TRABALHO DE ADM
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Teoria a Burocracia16
INTRODUÇÃO
Uma das primeiras aplicações do termo Burocracia data do século XVIII,onde o termo era carregado de forte conotação negativa, designando aspectos de poder dos funcionários de uma administração estatal aos quais eram atribuídas funções especializadas, sob uma monarquia absoluta. Essa definição se encaixa de forma muito próxima àquela hojeutilizada na linguagem comum: a Burocracia como sinônimo de excesso denormas e regulamentos, limitação da iniciativa, desperdício de recursos e ineficiência generalizados dos organismos estatais e privados.
Pretendo dar as bases de um modelo ideal de organização que pudesse ser copiado e aplicado às empresas, qualquer que fosse o seu ramo de atividade, Max Weber descreveu as características mais importantes da organização burocrática ou racional. Apesar de representar um passo à frente da organização formal proposta pela Teoria Clássica, a organização burocrática, ideal e teórica, mostrou-se carente da flexibilidade às inovações necessárias e imprescindíveis a uma sociedade moderna em processo de acelerada mudança.
Modelo impessoal e racional de gerir as organizações para garantir-lhes a eficiência. Na concepção de Max Weber, a organização burocrática, maximizando a racionalização, tornar-se-ia mais eficienteresistindo melhor ao personalismo e subjetivismo dos administradores.
ORIGENS DA TEORIA DA BUROCRACIA
A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcancedesses objetivos.
Max Weber (1864-1920), sociólogo alemão, foi o criador da Sociologia da Burocracia. Seu principal livro, para o propósito deste estudo, é “A Ética Protestante e o Espírito de Capitalismo”.
Max Weber afirma que o moderno sistema de produção, eminentemente racional e capitalista se originou da “ética protestante”: o trabalho
árduo e o ascetismo proporcionando a poupança e reaplicação das rendasexcedentes, em vez de seu dispêndio para o consumo.
Weber notou que o capitalismo, a organização burocrática e a ciência moderna constituem três formas de racionalidade que surgiram a partir dessas mudanças religiosas ocorridas inicialmente em países protestantes.
ORIGENS DA TEORIA DA BUROCRACIA EM ADMINISTRAÇÃO
A Teoria da Burocracia surgiu na década de 1940, para suprir as críticas das teorias organizacionais existentes, especialmente a Teoria Clássica (excesso de mecanicismo) e a Teoria das Relações Humanas (sociológica e utópica em demasia).
A origem da Burocracia data da antiguidade, como visto nos primórdios da administração, porém foi a partir da descoberta dos estudos de Max Weber, e com a tradução inglesa e a divulgação nos EUA desses estudos,que a administração e seus estudiosos, apropriaram-se dos conceitos dateoria weberiana adaptando-a aos pressupostos organizacionais administrativos da época.
As falhas práticas das teorias acima citadas, a necessidade de um modelo organizacional mais racional, o crescimento desordenado e a complexidade das empresas foram os fatos que mais contribuíram para o surgimento da Teoria da Burocracia.
Popularmente a burocracia é vista como uma empresa, repartição ou organização onde o papelório se multiplica e se avoluma, impedindo as soluções rápidas e eficientes, funcionários apegados a regulamentos e rotinas, causando ineficiência à organização, porém essas atribuições não são próprias da teoria e sim de suas disfunções.
Para Max Weber a burocracia é exatamente ao contrário, é a organizaçãoeficiente por excelência e para conseguir esta eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e nos mínimos detalhes como as coisas devem acontecer.
Para ele a burocracia não é um sistema social, mas um tipo de poder, por isso para entendê-la, ele procurou estudar os tipos de sociedade eos tipos de autoridade.
Tipos de poder, conforme Weber:
Tradicional: onde predominam características patriarcais e patrimonialistas;
Carismático: predominam características místicas e personalísticas; há seguidores, devoção, autenticidade;
Legal ou burocrático: predominam normas impessoais e hierárquicas, como no exército, repartições públicas etc.
2. CARACTERÍSTICAS DA BUROCRACIA
Para conseguir eficiência, a burocracia explica nos minimos detalhes como as coisas deverão ser feitas segundo Max Weber, a burocracia tem as caracteristicas a seguir:
Caráter legal das normas e regulamentos
É uma organização ligada por normas e regulamentos previamente estabelecidos por escrito. É baseada em legislação própria que define com antecedência como a organização deve funcionar.
1. São escritas.
2. Procuram cobrir todas as áreas da organização.
3. É uma estrutura social racionalmente organizada.
4. Conferem às pessoas investidas da autoridade um poder de coação sobre os subordinados e também os meios coercitivos capazes de impor adisciplina.
5. Possibilitam a padronização dentro da empresa.
Caráter formal das comunicações
1. A burocracia é uma organização ligada por comunicação escrita. Todas as ações e procedimentos são feitos por escrito para proporcionar a comprovação e documentação adequadas.
Caráter racional e divisão do trabalho
A Burocracia é uma organização que se caracteriza por uma sistemática divisão do trabalho. Esta divisão do trabalho atende a uma racionalidade que é adequada ao objetivo a ser atingido, ou seja, a eficiência da organização, através de:
1. aspecto funcional da burocracia;
2. divisão sistemática do trabalho, do direito e do poder;
3. estabelecimento das atribuições de cada participante;
4. cada participante passa a ter o seu cargo específico, suas funções específicas e sua área de competência e de responsabilidade;
5. cada participante sabe qual é a sua capacidade de comando sobre os outros e quais os limites de sua tarefa;
Impessoalidade nas relações
Essa distribuição de atividade é feita impessoalmente, ou seja, é feita em termos de cargos e funções e não de pessoas envolvidas:
1. considera as pessoas como ocupantes de cargos e de funções;
2. o poder de cada pessoa é impessoal e deriva do cargo que ocupa;
3. obedece ao superior não em consideração a pessoa, mas ao cargo que ele ocupa;
4. as pessoas vêm e vão, mas os cargos permanecem;
5. cada cargo abrange uma área ou setor de competência e de responsabilidade.
Hierarquia da autoridade
A burocracia estabelece os cargos segundo o princípio de hierarquia:
1. cada subordinado deve estar sob a supervisão de um superior;
2. não há cargo sem controle ou supervisão;
3. a hierarquia é a ordem e subordinação, a graduação de autoridadecorrespondente às diversas categorias de participantes, funcionários eclasses;
4. os cargos estão definidos por meio de regras limitadas e específicas.
Rotinas e procedimentos padronizados
A burocracia fixa as regras e normas técnicas para o desempenho de cada cargo:
1. O ocupante do cargo não pode fazer o que quiser, mas o que a burocracia impõe que ele faça;
2. a disciplina no trabalho e o desempenho no cargo são asseguradospor um conjunto de regras e normas, que tentam ajustar o funcionário às exigências do cargo e das organizações;
Competência técnica e Meritocracia
Na burocracia a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica:
1. admissão, transferência e a promoção dos funcionários são baseadas em critérios válidos para toda a organização;
2. necessidade de exames, concursos, testes e títulos para a admissão e promoção dos funcionários.
Especialização da Administração
Baseia-se na separação entre a propiedade e a administração: os administradores da burocracia não são os seus donos ou propietarios.
Profissionalização dos participantes
A burocracia é uma organização que se caracteriza pela profissionalização dos seus participantes. Cada funcionário é um profissional pelas seguintes razões:
1. é um especialista, ou seja, cada funcionário é especializado nasatividades do seu cargo;
2. é assalariado - os funcionários da burocracia participam da organização e recebem salários correspondentes ao cargo que ocupam;
3. é nomeado por superior hierárquico;
4. seu mandato é por tempo indeterminado;
5. segue carreira dentro da organização;
6. não possui a propriedade dos meios de produção, o administrador profissional administra a organização em nome dos proprietários;
7. é fiel ao cargo e identifica-se com os objetivos da empresa, o funcionário passa a defender os interesses do seu cargo e da sua organização.
Completa previsibilidade do funcionamento
O modelo burocrático de Weber parte da pressuposição de que o comportamento dos membros da organização é perfeitamente previsível:
1. os funcionários devem comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da organização;
2. tudo na burocracia é estabelecido no sentido de prever todas as ocorrências e transformar em rotina sua execução.
A burocracia é baseada em:
Consequências previstas
Objetivo
Carater legal das normas.
Caráter formal das comunicações.
Divisão do trabalho.
Impessoalidade no relacionamento.
Hierarquização da autoridade.
Rotinas e procedimentos.
Competência técnica e mérito.
Especialização da administração.
Profissionalização.
Previsibilidade do funcionamento.
Previsibilidade do comportamento humano.
Padronização do desempenho dos participantes.
Máxima eficiência da organização.
Figura 1. As características da burocracia segundo Weber.
Fonte: (CHIAVENATO, 2006, p. 137)
3. RACIONALIDADE BUROCRÁTICA
A racionalidade é um conceito muito ligado à Burocracia para Weber e implica na adequação dos meios aos fins. No contexto burocrático, istosignifica eficiência.
Para uma organização ser racional é preciso que os meios mais eficientes sejam escolhidos para a implementação das metas. È levada em consideração às metas da coletividade e não de seus membros individuais. Os seus membros não necesssriamente se mostram racionais,mesmo a organização sendo racional. Uma organização que se torna racional e burocrática cada vez mais, faz seus membros pessoas se tornarem engrenagem de uma máquina, ignora todo propósito e significado do seu comportamento. Mannheim denominou esse tipo de racionalidade como racionalidade funcional. Weber diz que a racionalidade funcional se alcança através da elaboração de regras - tendo base no conhecimento científico, dessa forma se dirigi em direção à eficiência todo o comportamento. Para Weber a burocratizaçãotem um sentido mais amplo, referindo-se ao modo de pensar e de agir fora das organizações na vida social, burocratização e racionalização coincide entre si. Os meios pelo qual se chega a um objetivo adequado podem ser através da racionalidade, referindo-se à visão racional do mundo.
4. AS DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA
Ao estudar as consequências previstas ( ou desejadas) da burocracia que a conduzem à máxima eficiência, Merton notou também consequências imprevistas (ou não desejadas) e que levam à ineficiência e às imperfeições.
As disfunções são as seguintes:
Internalização das Regras e Apego aos Regulamentos
A burocracia através das normas e dos objetivos da organização adquiriu um valor positivo e próprio, e a flexibilidade é uma das características de atividade racional, que diz respeito ao seu cargo ou função.
Excesso de Formalismo e Papelório
O Papelório é uma das disfunções da democracia, é o que leva o leigo imaginar que a democracia é um volume inusitado de vias adicionais e de formulários.
Resistência a Mudanças
Dentro da burocracia é tudo rotinizado, padronizado e previsto, os funcionários torna-se executores de rotinas, e as mudanças passam a ser indesejável, e o funcionário passa a resistir o que foi implantado; essa resistência passa a ser um comportamento de reclamações, tumultos e greves.
Despersonalização do Relacionamento
Trata-se da impossibilidade e relacionamento e aos colegas de trabalhoprovocar o caráter interpessoal da burocracia, e o conhecimento pelo número de registro, ou em identificação das pessoas.
Categorização como Base do Processo Decisório
Uma rígida hierarquização da autoridade, até a decisão tomada independente do seu conhecimento.
Superconformidade as Rotinas e aos Procedimentos
Baseado em rotinas e procedimentos, e a estrutura que as pessoas garantem fazer o que delas a empresa se espera.
A superconformidade a rotinas e regras conduz no comportamento democrático.
Exibição de Sinais de Autoridade
Enfatiza a autoridade de indicar as pessoas que tem o poder, ou seja acapacidade, ter o sinal da autoridade.
Dificuldade no Atendimento a Clientes e Conflitos com Público
Burocracia padronizada, e fazem funcionários perceber pressões externas.
Características da Burocracia
Disfunções da Burocracia
Internalização das normas.
Excesso de formalismo e papelório.
Resistências a mudanças.
Despersonalização do relacionamento.
Categorização do relacionamento.
Superconformidade.
Exibição de sinais de autoridade.
Dificuldades com clientes.
Carater legal das normas.
Caráter formal das comunicações.
Divisão do trabalho.
Impessoalidade no relacionamento.
Hierarquização da autoridade.
Rotinas e procedimentos.
Competência técnica e mérito.
Especialização da administração.
Profissionalização.
Características da Burocracia
Disfunções da Burocracia
Figura 2. As características e as disfunções da burocracia.
Fonte: (CHIAVENATO, 2006, p. 139)
As causas das disfunções da burocracia residem basicamente no fato dela não levar em conta a chamada organização informal que existe fatalmente em qualquer tipo de organização, nem se preocupar com a variabilidade humana (diferenças individuais entre as pessoas) que, necessariamente, introduz variações no desempenho das atividades organizacionais.
AS DIMENSÕES DA BUROCRACIA
O tipo “ideal” de burocracia, segundo Weber, deve ter as seguintes dimensões principais:
Formalização: todas as atividades da organização são definidas por escrito (rotinas e procedimentos) e a organização opera de acordo com um conjunto de leis ou regras (regras e regulamentos, regimento interno, estatutos) que são aplicáveis a todos os casos individuais, sem exceção.
Divisão do trabalho: Cada participante tem um cargo ou posição definidos com esfera específica de competência, com deveres oficiais, atribuições estritamente especificadas e delimitadas.
Principio da Hierarquia: a burocracia se assenta em uma hierarquia bem definida de autoridade. Cada funcionário é submetido a ordens impessoais que guiam suas ações de modo a assegurar sua obediência. Cada função mais baixa está sob controle e supervisão da mais alta, assegurando unidade de controle: cada funcionário tem apenas um único chefe. Daí o formato de estrutura piramidal da burocracia.
Impessoalidade: o funcionário ideal desempenha com impessoalidade no relacionamento com outros ocupantes de cargos. A burocracia enfatiza cargos e não as pessoas que os ocupam, pois as pessoas entram e saem da organização, mas os cargos permanecem para garantir sua continuidade e perpetuação.
Competência técnica: a seleção e escolha dos participantes são baseadas na competência técnica e qualificações profissionais dos candidatos e não em preferências de ordem pessoal. Daí a utilização detestes e concursos para preenchimento de cargos ou para promoções. A burocracia é eminentemente meritocrática. O sistema também prevê carreiras e as promoções são feitas de acordo com a antiguidade ou mérito funcional, dependendo sempre do julgamento do superior.
Separação entre propriedade e administração: os recursos pela organização burocrática para a execução de suas tarefas não são propriedade dos burocratas. A Administração está separada da propriedade dos meios de produção, pois o dirigente ou o burocrata nãoé necessariamente o dono da organização ou dos seus meios de produção,mas um profissional especializado na sua administração. Daí o gradativo afastamento do capitalista da gestão de seu próprio negócio e a pulverização do capital através das sociedades anônimas.
Profissionalização do funcionário: os funcionários da burocraciasão profissionais, pois são especialistas face à divisão do trabalho são assalariados de acordo com suas funções ou posição hierárquica, seus cargos constituem a sua principal atividade dentro da organização, são nomeados pelo superior imediato, seus mandatos são por tempo indeterminado, seguem carreiras dentro da organização e não possuem a propriedade dos meios de produção da organização.
Figura 3. Os graus de burocratização.
Fonte: (CHIAVENATO, 2006, p. 142)
Dentro de um ponto de vista estritamente técnico, a burocracia atinge o mais alto grau de eficiência no alcance dos objetivos organizacionais. Em outros termos, a burocracia significa o tipo de organização humana onde a racionalidade atinge o seu mais elevado grau.
O tipo “ideal” de burocracia segundo Weber, visa atingir certas consequências desejadas e antecipadamente previstas.
APRECIAÇÃO CRÍTICA DA TEORIA DA BUROCRACIA
O modelo Burocrático de Max Weber oferecia várias vantagens, já que o sucesso da burocracia em nossa sociedade se deve a inúmeras causas.
Contudo, a racionalidade burocrática, a omissão das pessoas que participam da organização e os próprios dilemas da burocracia, apontados por Weber, constituem problemas que a burocracia não consegue resolver adequadamente.
Segundo Perrow (1976), a burocracia representa oposição superior às alternativas de organização, que as chances de muda-lá foram inexistentes no século XX. Defende a burocracia como um fator importante para a eficiência da estrutura organização. Segundo ele, asdisfunções da burocracia são apenas conseqüências do fracasso de uma burocracia mal adequada.
Katz e Kahn consideraram a organização burocrática super-racionalizada, onde suas vantangens tem sido exageradas, burocracia não considera o ambiente e a natureza organizacional. Ambos defendem que as pessoas tornam as vantagens maiores do que realmente são. Para eles, o sistema burocrático só sobrevive por que as exigências do ambiente são óbvias e as exigências das tarefas individuais são mínimas, não necessitando de grandes processos. Salientavam também as fraquezas da teoria da máquina que dava pouca importância do intercâmbio do sistema com seu ambiente.
Para Robert Merton a burocracia é um processo conservador e contrário à inovação: o burocrata comporta-se como um ritualista apegado a regras e voltado para o deslocamento de objetivos. A burocracia foi a resposta às condições do século XX, mas está sendo levada ao desaparecimento por novas e diferentes condições do mundo moderno.
Warren Bennis aponta quatro situações que para ele ameaça a o fim da organização burocrática.
Transformações rápidas e inesperadas no ambiente.
Aumento de tamanho organizacional: o acréscimo de atividades tradicionais não é suficientes para sustenatr seu crescimento. Daí a reengenharia.
Crescente complexidade da tecnologia moderna, exigindo integração entre atividades e pessoas especializadas e de diferentes competências.
Mudanças radicais no comportamento administrativo e na filosofiados negócios, impondo a necessidade de maior flexibilidade da organização.
Kast e Rosenzweig salientam que o melhor caminho consiste em utilizar o modelo burocrático de Weber como ponto de partida, reconhecendo suaslimitações e disfunções. Mas:
A forma burocrática é mais apropriada para atividades rotineirase repetitivas da organização.
A forma burocrática não é adequada às organizações flexíveis quese vêem à frente de atividades não-rotineiras.
6.1 POSIÇÃO DA TEORIA DA BUROCRACIA DENTRO DA TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES
As teorias administrativas estudadas – Administração Científica, Teoria Clássica e Teoria das Relações Humanas – forma prescritivas e normativas: presas às prescrições e receituários que o administrador deve usar para trabalhar.. A Teoria da Burocracia não tem essa preocupação. Em vez de prescrever como o adminstrador deve lidar com as organizações, o modelo burocrático preocupa-se em descrever, analisar e explicar as organizações para que o adminstardor escolha a maneira apropriada para lidar com elas.
O modelo burocrático constitui um dos pilares da Teoria Tradicional daOrganização ao lado das Teorias de Taylor e Fayol. Weber é tido como precursor da Abordagem Estruturalista na Administração.
Devemos ressaltar as diferenças existentes entre as seguintes teorias:
1. A Teoria Clássica se apegou a detalhes enquanto o modelo de Weber preocupou-se com grandes esquemas de organização e sua explicação.
2. A Teoria Clássica é normativa e prescritiva enquanto a Teoria daBurocracia é descritiva e explicativa.
O modelo burocrático é muito mais amplo já que abrange diversas formasde organização e não só fábricas, como o modelo clássico fazia.
Por fim, Chiavenato (2006) descreve uma cuidadosa crítica na qual diz que a burocracia é talvez seja uma das melhores alternativas, porque levando em consideração as teorias anteriores, que são prescritivas e normativas, ela preocupa-se em descrever e explicar as organizações, dando ao administrador a escolha de que considera mais apropriada.
CONCLUSÃO
Na concepção de Max Weber, a organização burocrática, maximizando a racionalização, tornar-se-ia mais eficiente resistindo melhor ao personalismo e subjetivismo dos administradores.
Para os humanistas, essa racionalidade taylorista da burocracia constitui um empecilho para o exercício da iniciativa e criatividade no ambiente de trabalho. A teoria da burocracia, nos dias de hoje, padece de um esquecimento e desprestígio tal que, nem parece ter sido,no passado, uma estratégia bem intencionada de gestão, concebida por Weber.
O conceito atual costuma lembrar uma montanha de papel, uma teia viciosa de passos desnecessários para resolver um problema e, sobretudo, o grande instrumento de incompetência dos governos, aplicado nos procedimentos para atender suas obrigações diante do público.
O modelo burocrático de Max Weber oferece várias vantagens, já que o sucesso da burocracia em nossa sociedade se deve a inúmeras causas. Contudo, a racionalidade burocrática, a omissão das pessoas que participam da organização e os próprios dilemas da burocracia, apontados por Weber, constituem problemas que a burocracia não consegue resolver adequadamente.
Referências Bibliográficas
CHIAVENATO, Idalberto. Príncipios da Administração. Rio De Janeiro: Elsevier, 2006.
RIBEIRO, Antônio De Lima. Teoria Da Administração. 1º edição; São Paulo: Saraiva, 2004.
CERTO, Samuel C. Administração Moderna. 9º edição; São Paulo: PrenticeHall, 2003
MAGGINSON, Mosley C. Et.al.Adminsitração- Conceitos e aplicações. 4º edição; São Paulo: Harba Ltda, 1998
http://www.inatel.br/docentes/dayan/Publications/Fai_01.pdf
site pesquisado http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA48MAF/teoria-a-burocracia
Teoria Comportamental da Administração
← Administração May 2, 2012
8
159 Flares 159 Flares ×
Como vimos no post anterior sobre a Teoriadas Relações Humanas , o enfoque nas relações humanas ecomportamentais da Administração surgiram como críticasimportantes ao enfoque excessivo dado às tarefas e àestrutura organizacional, proposto pela Teoria Clássica.
Teoria Comportamental daAdministraçãoPode-se dizer que a Teoria Comportamental teve início em1947, com o surgimento do livro “Teoria Comportamental naadministração: O Comportamento Administrativo”, de Herbert A.Simon, o qual constituiu um ataque aos princípios da TeoriaClássica e à aceitação – com os devidos reparos e correções –das principais idéias da Teoria das Relações Humanas.
As principais características da Teoria Comportamental são:
1. A grande ênfase nas pessoas;2. A preocupação com o comportamento organizacional e os
processo de trabalho);3. O estudo do comportamento humano.Abaixo comentamos os principais estudos e propostas da TeoriaComportamental, com base no conteúdo apresentado pelo livro“Introdução à Teoria Geral da Adminisrtração”, de IdalbertoChiavenato. Acompanhe:
Hierarquia das necessidades deMaslowAbraham H. Maslow (1908-1970), um dos maiores especialistasem motivação humana, apresentou uma teoria da motivaçãosegundo a qual as necessidades humanas estão organizadas edispostas em níveis, em uma hierarquia de importância e deinfluenciação. Essa hierarquia de necessidades pode servisualizada como uma pirâmide. Na base da pirâmide estão asnecessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e notopo, as necessidades mais elevadas (as necessidades deautorealização). Vejamos o detalhamento destas necessidades:
1. Necessidades fisiológicas. Constituem o nível mais baixode todas as necessidades humanas, mas de vital importância.Nesse nível estão as necessidades de alimentação, de sono erepouso, de abrigo etc. Quando todas as necessidades humanasestão insatisfeitas, a maior motivação será a dasnecessidades fisiológicas e o comportamento do indivíduo teráa finalidade de encontrar alívio da pressão que essasnecessidades produzem sobre o organismo.
2. Necessidades de segurança. Constituem o segundo nível dasnecessidades humanas. São necessidades de segurança,estabilidade, busca de proteção contra ameaça ou privação efuga do perigo. As necessidades de segurança têm grandeimportância no comportamento humano, uma vez que todoempregado está sempre em relação de dependência com aempresa, na qual ações administrativas arbitrárias ou
decisões incoerentes podem provocar incerteza ou insegurançaquanto à sua permanência no emprego.
3. Necessidades sociais. Surgem no comportamento, quando asnecessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança)encontram-se relativamente satisfeitas. Dentre asnecessidades sociais estão a necessidade de associação, departicipação, de aceitação por parte dos companheiros, detroca de amizade, de afeto e de amor. Quando as necessidadessociais não estão suficientemente satisfeitas, o indivíduotorna-se resistente, antagônico e hostil em relação àspessoas que o cercam.
4. Necessidades de estima. São as necessidades relacionadascom a maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia.Envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança, a necessidade deaprovação social e de respeito. A satisfação das necessidadesde estima conduz a sentimentos de autoconfiança, força,prestígio, poder, capacidade e utilidade.
5. Necessidades de auto-realização. São as necessidadeshumanas mais elevadas e que estão no topo da hierarquia.Estão relacionadas com a realização do próprio potencial eautodesenvolvimento contínuo. Essa tendência se expressa pormeio do impulso que a pessoa tem para tornar-se sempre maisdo que é e de vir a ser tudo o que pode ser.
Teoria dos dois fatores de HerzbergFrederick Herzberg, psicólogo e professor americano deAdministração da Universidade de Utah, formulou a teoria dosdois fatores para explicar o comportamento das pessoas emsituação de trabalho. Para ele existem dois fatores queorientam o comportamento das pessoas:
1. Fatores higiênicos – ou fatores extrínsecos pois estãolocalizados no ambiente que rodeia as pessoas e abrangem ascondições dentro das quais elas desempenham seu trabalho. Osprincipais fatores higiênicos são: salário, benefíciossociais, tipos de chefia ou condições físicas e ambientais detrabalho.
As pesquisas de Herzberg revelaram que quando os fatoreshigiênicos são ótimos,eles apenas evitam a insatisfação dosempregados; se elevam a satisfação não conseguem sustentá-la
por muito tempo. Quando os fatores higiênicos são precários,eles provocam a insatisfação dos empregados.
2. Fatores motivacionais – ou fatores intrínsecos, pois estãorelacionados com o conteúdo do cargo e com a natureza dastarefas que a pessoa executa. Os fatores motivacionais estãosob o controle do indivíduo, pois estão relacionados comaquilo que ele faz e desempenha. Envolvem sentimentos decrescimento individual, reconhecimento profissional e auto-realização, e dependem das tarefas que o indivíduo realiza noseu trabalho. O efeito dos fatores motivacionais sobre aspessoas é profundo e estável. Quando os fatores motivacionaissão ótimos, eles provocam a satisfação nas pessoas.
Teoria X e Teoria YMcGregor, um dos maiores contribuintes no estudos da TeoriaComportamental, compara dois estilos opostos e antagônicos deadministrar: de um lado, um estilo baseado na teoriatradicional, mecanicista e pragmática (a que deu o nome deTeoria X), e, de outro, um estilo baseado nas concepçõesmodernas a respeito do comportamento humano (a que denominouTeoria Y).
Teoria X
É a concepção tradicional de administração e baseia- se emconvicções errôneas e incorretas sobre o comportamentohumano:
• As pessoas são indolentes e preguiçosas por natureza,evitam o trabalho ou trabalham o mínimo possível, em troca derecompensas salariais ou materiais.
• Falta-lhes ambição, não gostam de assumir responsabilidadese preferem ser dirigidas e sentir-se seguras nessadependência.
• Sua própria natureza as leva a resistir às mudanças, poisprocuram sua segurança e pretendem não assumir riscos que asponham em perigo.
• Sua dependência torna-as incapazes de autocontrole eautodisciplina, elas precisam ser dirigidas e controladaspela administração.
Teoria Y
É a moderna concepção de administração de acordo com a TeoriaComportamental. ATeoria Y baseia-se em concepções e premissasatuais e sem preconceitos a respeito da natureza humana, asaber:
• As pessoas não têm desprazer inerente em trabalhar. Aaplicação do esforço físico ou mental em um trabalho é tãonatural quanto jogar ou descansar.
• As pessoas não são, por sua natureza intrínseca, passivasou resistentes às necessidades da empresa, elas podem tornar-se assim, como resultado de sua experiência negativa emoutras empresas.
• As pessoas têm motivação, potencial de desenvolvimento,padrões de comportamento adequados e capacidade para assumirresponsabilidades. O controle externo e a ameaça de puniçãonão são os únicos meios de obter a dedicação e esforço dealcançar os objetivos empresariais.
• A capacidade de alto grau de imaginação e de criatividadena solução de problemas empresariais é amplamente – e nãoescassamente – distribuída entre as pessoas. Na vida moderna,as potencialidades intelectuais das pessoas são apenasparcialmente utilizadas.
A Teoria Comportamental é um dos temas mais interessantes eextensos dentro da TGA, por isso foi necessário abordar aquiapenas os itens mais marcantes. Espero que tenham gostado eque compatilhem seus conhecimentos conosco pelo comentários!Site pesquisado: http://www.sobreadministracao.com/teoria-comportamental-da-administracao/
Teoria Contingencial A Teoria da Contingência enfatiza que não há nada
deabsoluto nas organizações ou na teoria
administrativa. Existe umarelação funcional entre as
condições do ambiente e as técnicasadministrativas
necessárias para o alcance eficaz dos objetivos
daorganização. Tudo é relativo. Tudo depende. Ações
Características Resultados Resulta das Para obter
Administrativas Situacionais Organizacionais
A Teoria da Contingência é também designadaEscola
Ambiental e surgiu a partir dos resultados de
váriaspesquisas. Os resultados conduziram a uma
novaconcepção de organização. Essas pesquisas
verificaramque as condições sob a quais as empresas
trabalham sãoditadas “de fora” delas, isto é, do seu
ambiente externo.
1. Pesquisa de Chandler Sobre Estratégia e Estrutura •
Acumulação de recursos. • Racionalização do uso de
recursos. • Continuação do crescimento. •
Racionalização do uso de recursos em expansão.
2. Pesquisa de Emery e Trist sobre os Contextos
Ambientais • Ambiente tipo 1 – concorrência pura •
Ambiente tipo 2 – concorrência monopolística •
Ambiente tipo 4 – Monopólio • Ambiente tipo 3 –
Oligopólio
3. Pesquisa de Burns e Stalker sobre Organizaçõesa)
Organizações mecanísticas: b) Organizações orgânicas:•
Estrutura burocrática baseada na • Estrutura
organizacional flexível divisão do trabalho. com pouca
divisão do trabalho.2. Cargos ocupados por
especialistas. 2. Cargos modificados e redefinidos.3.
Decisões centralizadas na cúpula. 3. Decisões
descentralizadas e4. Hierarquia rígida e comando
único. delegadas. 4. Hierarquia flexível.5. Sistema
rígido de controle. 5. Tarefas executadas pelo6.
Predomínio da interação vertical. conhecimento.7.
Amplitude de controle mais 6. Predomínio da interação
lateral. estreita. 7. Amplitude de controle mais8.
Ênfase nas regras e procedimentos ampla. formais. 8.
Confiabilidade nas comunicações9. Ênfase nos
princípios universais da informais. Teoria Clássica.
9. Ênfase nos princípios da Teoria das Relações
Humanas.
• Coordenação centralizada. • Elevada
interdependência.• Padrões rígidos de interação em •
Intensa interação em cargos auto-cargos bem definidos
definidos, flexíveis e mutáveis.• Limitada capacidade
de • Capacidade expandida deprocessamento da
informação. processamento da informação.• Adequado
para tarefas simples e • Adequado para tarefas únicas
erepetitivas. complexas.• Adequado para eficiência da
•Adequado para criatividade eprodução inovação.
4. Pesquisa de Lawrence e Lorsch sobre Ambientes •
Conceito de diferenciação e de integração. •
Diferenciação. • Integração. • Conceito de integração
requerida e de diferenciação requerida. • Teoria da
Contingência.
5. Pesquisa de Woodward sobre Tecnologia • Produção
unitária ou oficina. • Produção em massa ou
mecanizada. • Produção em processo ou automatizada.
Ambiente é o contexto que envolve externamente
aorganização (ou o sistema). Como a organização é um
sistemaaberto, ela mantém transações e intercâmbio com
o ambiente quea rodeia. Portanto, tudo o que ocorre
externamente no ambientepassa a influenciar
internamente o que ocorre na organização. • Mapeamento
ambiental. • Seleção ambiental. • Percepção ambiental.
• Consonância e Dissonância. • Limites ou Fronteiras
Tipologia de Ambientes
Tipologia quanto à estrutura ambiental
Tipologia quanto á dinâmica ambientalAmbiente Estável:
Ambiente Instável:• Estabilidade e permanência. •
Instabilidade e variação.• Pouca mudança. • Muita
mudança e turbulência.• Problemas ambientais
rotineiros. • Problemas ambientais novos.•
Previsibilidade e certeza. • Imprevisibilidade e
incerteza.• Rotina e conservação. • Ruptura e
transformação.• Manutenção do status quo. • Inovação e
criatividade.• Reações padronizadas e rotineiras. •
Reações variadas e inovadoras.• Tendência à
burocracia. • Tendência à adhocracia.• Lógica do
sistema fechado. • Lógica do sistema aberto.•
Preocupação interna com a organização. • Preocupação
externa com o ambiente.• Intra-orientação para a
produção. • Extra-orientação para o mercado.• Ênfase
na eficiência. • Ênfase na eficácia.
Ao lado do ambiente, a tecnologia constitui outra
variávelindependente que influencia as características
organizacionais(variáveis dependentes). Além do
impacto ambiental (para muitosautores, imperativo
ambiental), existe o impacto tecnológico (paramuitos
outros autores, imperativo tecnológico) sobre
asorganizações.
Tipologia de Thompson1. Tecnologia de elos em
sequência.2. Tecnologia mediadora.3. Tecnologia
intensiva.
Tipologia de Thompson e Bates • Tecnologia flexível. •
Tecnologia fixa. • Produto concreto. • Produto
abstrato.
Tipologia de Perrow• A tecnologia constitui a
característica que define as organizações.• A
tecnologia é uma variável independente e os arranjos
organizacionais para fazer as coisas são as variáveis
dependentes.• As organizações devem ser estudadas como
“totalidades”, em vez de se lidar com processos
específicos ou com subseções.• A tecnologia é a melhor
base para comparar as organizações em função das
tipologias até agora existentes.
Impacto da Tecnologia• Determina a natureza da
estrutura e do comportamento organizacional das
empresas.• Tornou-se um sinônimo de eficiência.• Leva
os administradores a melhorar cada vez mais a eficácia
AMBIENTE DO SISTEMA ENTRADA SAÍDA PARA O NÍVEL PARA O
SISTEMA OPERACIONAL AMBIENTEPENETRAÇÃODAS
FORÇASAMBIENTAIS
NÍVEL INSTITUCIONAL INTERMEDIÁRIO OPERACIONAL
Relacionar a Integrar e Cumprir metas e TAREFA empresa
com o coordenar programas ADMINISTRATIVA ambiente
atividades internas cotidianas Imprevisibilidade e
Amortecimento da Previsibilidade e CONTEXTO Incerteza
Incerteza Certeza PREOCUPAÇÃO Eficácia Integração
Eficiência BÁSICA LÓGICA Sistema Aberto Bifocal
Sistema Fechado VISÃO Longo Prazo Médio Prazo Curto
Prazo PREDOMINANTE Futuro e Destino das Condições de
Presente e PERSPECTIVA Organização Presente e Futuro
Cotidiano
De Frente com a Incerteza Thompson Componente Objetivo
Componente Subjetivo • Amortecimento das influências
ambientais• Incerteza Generalizada• Contingência •
Suavização das transações de entrada e saída•
Interdependência dos • Previsão ou Adaptação das
variações ambientais componentes • Relacionamento dos
produtos ou serviços
AMBIENTEL Nível Institucional: EstratégicoÓ •
Formulação de Políticas GeraisGICA Nível
Intermediário: Tático • Formulação de Planos e
Programas INCERTEZADE Nível Operacional: Técnico SI •
Execução de Rotinas e RACIONALIS Procedimentos
DADETEMA NÚCLEO
Desenho OrganizacionalFatores de Contexto Estrutura
BásicaDimensões anatômicas da organização Mecanismo de
OperaçãoFeições Operacionais Mecanismo de
DecisãoConsequências Comportamentais
Desenho Organizacional: Configuração estrutural da
organização e arranjo dos órgãos dentro da estrutura
para proporcionar aumento de eficiência e
eficácia.Estrutura Matricial Gerente• Matriz;
Organização em grade Seguro de Seguro Serviços de•
Departamentalização funcional Vida Saúde Suportee de
produto Controle Processam Processam Assessoria
Assessoria Subscrição de• Ágil e Flexível à mudanças
ento ento Qualidade Legal Contábil
Organização por Equipes A abordagem de equipes torna a
organização mais flexível eágil ao meio ambiente
global e competitivo. Líder Equipe Equipe Equipe
Cliente
Campanha de Campanha de Produção Design Companhia
CentralCampanha de Campanha de Distribuição Propaganda
Campanha de Produção
Administração Homem Científica Econômico Teoria das
Homem SocialRelações Humanas Teoria Homem Homem
Estruturalista Organizacional Complexo Teoria
HomemComportamental Administrativo Homem Teoria dos
Funcional Sistemas
Surgiu da substituição das Estrutura teorias de
McGregor, Maslow e uniforme, hierárquica e de Herzberg
universal de necessidades • Objetivos
IndividuaisModelo de Vroom • Obtenção de dinheiro •
Satisfação de necessidades fisiológicas e de segurança
Clima Organizacional
MISSÃO Qual a razão de ser da empresa? VISÃO O que a
empresa quer ser? OBJETIVOSO que a empresa deseja
alcançar?
Missão Organizacional Pra onde queremos ir? Visão
Organizacional O que há no O que temos nos Objetivos
Organizacionais ambientes? Organização? Análise
Ambiental Análise Organizacional Quais as
oportunidades Quais são as forças e as ameaças
existentes na fraquezas que temos ambiente? na
Organização? Estratégia Organizacional
- Líder deve ajustar o seu estilo às várias dimensões
situacionais para obter êxito Três dimensões que
influenciam a liderança eficaz: • Relação Líder –
Membros • Estrutura da tarefa • Poder da posição do
líder Abordagem de Hersey e Blanchard:Surgiram com o
conceito de liderança situacional Tentaram a
integração de teorias de vários autores diferentes
sobre estilos de liderança e sistemas de administração
Motivando Processo de Objetivo Conduzir Influenciando
EFICIÊNCIA EFICÁCIA Ênfase nos Meios Ênfase nos
Resultados Fazer Corretamente as Coisas Fazer as
Coisas Corretas Resolver Problemas Atingir Objetivos
Salvaguardar os Recursos otimizar a Utilização de
Recursos Cumprir Tarefas e Obrigações Obter Resultados
Treinar os Subordinados Proporciona Eficácia aos
Subordinados Manter as Máquinas Disponíveis Eficácia
Organizacional
• Habilidade de organização de explorar o seu meio
ambiente
Site: http://pt.slideshare.net/admetz01/teoria-
contingencial-13484012
RESUMÃOTEORIA ESTRUTURALISTA
A Teoria Estruturalista representa um desdobramento da
Teoria daBurocracia e uma leve aproximação à Teoria
das Relações Humanas.Representa também uma visão
extremamente crítica da organização formal.O movimento
estruturalista teve um caráter mais filosófico
natentativa de obter a interdisciplinaridade das
ciências.Parte do conceito de estrutura, como uma
composição de elementosvisualizados em relação à
totalidade da qual fazem parte.Portanto por sua
natureza todas as partes estão
estruturadas(subordinadas uma a outra) de tal forma
que alterações em qualquer delasimplica em rever o
todo.
Origem da Teoria Estruturalista
As origens da Teoria Estruturalista na Administração
foram asseguintes:A oposição surgida entre a Teoria
Tradicional e a Teoria dasRelações Humanas
incompatíveis entre si.Requereu uma posição que
pudesse abranger os aspectos que eramconsiderados por
uma e omitidos pela outra e vice-versa.Busca ser uma
síntese da Teoria Clássica (formal) e da Teoria
dasRelações Humanas (informal).A necessidade de
visualizar "a organização como uma unidade
socialgrande e complexa, onde interagem grupos
sociais".Precisam compartilhar alguns dos objetivos da
organização (como aviabilidade econômica da
organização), mas que podem incompatibilizar comoutros
(como a maneira de distribuir os lucros da
organização).A influência do estruturalismo nas
ciências sociais e suarepercussão no estudo das
organizações.O estruturalismo teve forte influência
nas ciências sociais, taiscomo: Filosofia, Psicologia,
Antropologia, Matemática e Lingüística,chegando até a
teoria das organizações.
Novo conceito de estrutura: é o conjunto formal de
dois ou maiselementos que subsiste inalterado mesmo
com a alteração de um dos seuselementos ou relações.
Conceito Estruturalismo é a teoria que se preocupa com
o todo e com orelacionamento das partes na
constituição do todo. A totalidade, ainterdependência
das partes e o fato de que o todo é maior do que a
simples soma das partes são suas características
básicas. As Organizações
As organizações são uma forma de instituição,
predominante em nossa sociedade altamente
especializada e interdependente. Elas passam por todos
os aspectos da vida moderna e envolvem atenção, tempo
e energia de numerosas pessoas Possuem uma estrutura
interna e interagem com outras organizações. “São
concebidas como unidades sociais (ou agrupamentos
humanos) intencionalmente construídas e reconstruídas,
a fim de atingir objetivos específicos”.Exemplos:
Corporações, Exércitos, Escolas, Hospitais,
Igrejas,etc...Uma organização tem um objetivo, uma
meta, e para que este seja alcançado com mais
eficiência, é necessário que haja uma relação
estávelentre as pessoas, sendo estas relações sociais
estáveis criadasdeliberadamente, para atingir
determinado fim.Existe um tipo específico de
organização, as chamadas
organizaçõesformais.“..constituem uma forma de
agrupamento social, que é estabelecido deuma maneira
deliberada ou proposital para alcançar um
objetivoespecífico. ...é caracterizada principalmente
pelas regras, regulamentose estrutura hierárquica que
ordenam a relação entre seus membros”.Isto estabelece
um relacionamento formal entre as pessoas, reduzindoas
imprevisibilidades do comportamento humano, regulando
as relaçõesentre as pessoas e facilitando a
administração da organização.Dentre as organizações
formais existem as chamadas organizaçõescomplexas.
Devido ao seu grande tamanho ou à natureza complicada
dasoperações (como os hospitais e universidades), sua
estrutura e processoapresentam alto grau de
complexidade.A convergência dos esforços entre as
partes componentes(departamentos, seções) é
dificultada por fatores como a diferenciaçãodas
características pessoais e ao enorme tamanho da
organização.
O Homem Organizacional
O homem organizacional é aquele que desempenha
diferentes papéis emdiversas organizações e, para
isto, precisa ter certas características
depersonalidade a saber:
Flexibilidade:
em função da diversidade de papéis desempenhados e
asconstantes mudanças que ocorrem na vida moderna;
Tolerância às frustrações:
para evitar o desgaste emocionaldecorrente do conflito
entre as necessidades organizacionais e pessoais;
Capacidade de adiar as recompensas:
é poder compensar o trabalhorotineiro dentro da
organização em detrimento das preferências ouvocações
pessoais;
Permanente desejo de realização:
ou seja, adaptação às normas quepossibilitam o acesso
a postos de carreira dentro da organização.Tais
características nem sempre são exigidas nas
organizações emníveis máximos, sua aplicação dependerá
das combinações e/ou composiçõesde acordo com o tipo
de organização e os cargos a serem ocupados; Porém éde
grande valia de tenhamos conhecimento das mesmas para
podermos nosadaptar mais rapidamente a tais exigências
quando solicitadas.A exigência de o homem relacionar
seu comportamento com o de outraspessoas, visando
atingir um objetivo, gera a organização social.
Naorganização social encontramos o elemento
comportamento, gerado peloestímulo e o elemento
estrutura, que são categorias de comportamentos
ouconjuntos de comportamentos agrupados. Nas
organizações, as pessoasdesempenham determinados
papéis.“Papel é um nome dado a um conjunto de
comportamentos solicitados auma pessoa. Papel é a
expectativa de desempenho por parte do grupo sociale a
conseqüente internalização dos valores e normas que o
grupo de forma clara ou implicitamente (subentendido)
estabelece para o indivíduo”.Um indivíduo desempenha
vários papéis, pois participa de diversas organizações
e grupos, suportando, por isto, um grande número de
normas diferentes. Estas normas são direcionadas para
restringir o papel do homem, para uniformizar o
comportamento de dois ou mais membros do grupo ou
organização. Desta forma, com um comportamento mais
uniforme, o risco de surgirem conflitos é menor e a
administração da organização torna-semais fácil.
Organização Formal e InformalConceitos e Exemplos:
Enquanto a teoria clássica se concentra na organização
formal, ateoria das relações humanas tem como objeto
de estudo a organizaçãoinformal.A teoria
estruturalista estuda o relacionamento entre
ambas,buscando o equilíbrio entre as duas organizações
formal e informal.
Organização Formal
Refere-se geralmente ao padrão de organização
determinado pelaadministração como o esquema de
divisão de trabalho e poder de controle,regras e
regulamentos de salários e controle de
qualidade.Exemplo: Empresas tradicionais com longo
tempo no mercado, que temcomo algumas características
prêmios e punições.
Organização Informal
Refere-se ao relacionamento interpessoal, ou seja, as
relaçõessociais que se desenvolvem espontaneamente
entre o pessoal ou ostrabalhadores, acima e além da
formal (trabalham em equipe e são amigos).Exemplo:
Empresas que estimulam a criatividade e o
relacionamentoentre as pessoas que fazem parte de toda
a estrutura dando ênfase àmotivação, podemos utilizar
como exemplo empresas jornalísticas e depublicidade
que utiliza métodos modernos de administração.
Tipologia das Organizações
Não existem duas organizações iguais. As organizações
são diferentesentre si e apresentam enorme
variabilidade. Contudo, elas apresentamcertas
características que permitem classificá-las em certos
grupos outipos. Essas classificações que denominaremos
tipologias dasorganizações.Para facilitar a análise
comparativa das organizações, boa parte dosautores
estruturalistas desenvolveu tipologias de
organizações, tentandoclassificá-las de acordo com
certas características distintivas.
Tipologia de Etzioni
Etzioni elabora sua tipologia de organizações,
classificando asorganizações com base no uso e
significado da obediência. Para ele, aestrutura de
obediência em uma organização é determinada pelos
tipos decontroles aplicados aos participantes. Assim,
a tipologia dasorganizações, segundo Etzioni, é a
seguinte:a)Organizações coercitivas: o poder é imposto
pela força físicaou por controles baseados em prêmios
ou punições. Utilizam a força -latente ou manifesta -
como o significado principal de controle sobre
osparticipantes de nível inferior. O envolvimento dos
participantes tende aser "alienativo" em relação aos
objetivos da organização. As organizaçõescoercitivas
incluem exemplos como os campos de concentração,
prisões,instituições penais etc.b)Organizações
utilitárias: poder baseia-se no controle dosincentivos
econômicos. Utilizam a remuneração como base principal
decontrole. Os participantes de nível inferior
contribuem para aorganização com um envolvimento
tipicamente "calculativo", baseado quaseexclusivamente
nos benefícios que esperam obter. O comércio e
ascorporações trabalhistas estão incluídos nesta
classificação.
c)Organizações normativas: o poder baseia-se em um
consenso sobreobjetivos e métodos de organização.
Utilizam o controle moral como aforça principal de
influência sobre os participantes. Os participantestêm
um alto envolvimento "moral" e motivacional. As
organizaçõesnormativas são também chamadas
"voluntárias" e incluem a Igreja,universidades,
hospitais e muitas organizações políticas e sociais.
Aqui,os membros tendem a buscar seus próprios
objetivos e a expressar seuspróprios valores
pessoais.A tipologia de Etzioni é muito utilizada em
face da consideração quefaz sobre os sistemas
psicossociais das organizações Contudo, suadesvantagem
é dar pouca consideração à estrutura, à tecnologia
utilizadae ao ambiente externo. Trata-se de uma
tipologia simples eunidimensional, baseada
exclusivamente nos tipos de controle.
Tipologia de BLAU e SCOTT
Blau e Scott apresentam uma tipologia das organizações
baseada nobeneficiário, ou seja, de quem se beneficia
com a organização.Para BLau e Scott, há quatro
categorias de participantes que podemse beneficiar com
uma organização formal:a)os próprios membros da
organização;b)os proprietários ou dirigentes da
organização;c)os clientes da organização:d)o público
em geral.Em função dessas quatro categorias de
beneficiários principal que a organização visa
atender, existem quatro tipos básicos de
organizações:a)associação de benefícios mútuos: em que
o beneficiário principal São os próprios membros da
organização como as associações profissionais, as
cooperativas, os sindicatos, os fundos mútuos, os
consórcios etc;b)organizações de interesses
comerciais: em que os proprietários ou acionistas são
os principais beneficiários da organização como a
maior parte das empresas privadas, sejam sociedades
anônimas ou sociedades de responsabilidade
limitada;c)organizações de serviços: em que um grupo
de clientes é o beneficiário principal. Exemplos:
hospitais, universidades, escolas,organizações
religiosas e agências sociais;d)organizações de
Estado: em que o beneficiário é o público em geral.
Exemplos: a organização militar, correios instituições
jurídicas e penais, segurança pública, saneamento
básico etc.A tipologia de BLau e Scott apresenta a
vantagem de enfatizar aforça de poder e de influencia
do beneficiário sobre as organizações, aponto de
condicionar a sua estrutura.
Objetivos Organizacionais
Um objetivo organizacional é uma situação desejada que
umaorganização tenta atingir; um objetivo é um estado
que se procura, e nãoum estado que se possui. A
eficiência geral de uma organização édeterminada pela
medida em que essa organização atinge seus objetivos.
Funções dos objetivos organizacionais:
- pela apresentação de uma situação futura indica uma
orientação que a organização procura seguir; - os
objetivos constituem uma fonte de legitimidade que
justifica as atividades de uma organização; - os
objetivos servem como padrões para avaliar o êxito da
organização;
- os objetivos servem como unidade de medida para o
estudioso de organizações que tenta verificar e
comparar a sua produtividade. Os objetivos são ideais
que a organização pretende atingir e transformar em
realidade. Dois modelos de organização:- modelos de
sobrevivência: quando a organização desenvolve
objetivos que lhe permitem simplesmente existir e
manter sua produtividade;- modelos de eficiência:
desenvolve objetivos que lhe permitem nãoapenas
existir, mas também funcionar dentro de padrões de
crescente eficiência.O estabelecimento de objetivos
por uma organização é intencional, é um processo de
interação entre a organização e o ambiente.
Há cinco categorias de objetivos organizacionais
:A) Objetivos da sociedade: o ponto de referência é a
sociedade em geral, preenchendo as necessidades da
sociedade. Ex: manter a ordem pública.B) Objetivos de
produção: o ponto de referência é o público que entra
em contato com a organização. Ex: serviços a empresas.
C) Objetivos de sistemas: o ponto de referência é o
estado ou maneira de funcionar da organização. Ex:
ênfase nos lucros da organização.D) Objetivos de
produtos: o ponto de referência são as características
dos bens e serviços produzidos. Ex: ênfase na
variedade de produtos. E) Objetivos derivados: o ponto
de referência são os usos que a organização faz do
poder originado na consecução de outros objetivos.
Ex:serviços comunitários.As organizações podem alterar
seus objetivos, no processo de ajuntamento a situações
imprevistas. O objetivo de uma organização não é um
só, e sim um conjunto de objetivos. Há uma relação
íntima entre os objetivos organizacionais e o meio, o
que necessita uma constante reavaliação desses
objetivos em face das alterações do meio ambiente e da
organização.
Ambiente Organizacional
Ambiente é tudo o que envolve externamente uma
organização. Uma organização depende de outras
organizações para seguir seu caminho e atingir seus
objetivos. Assim, o importante não é somente a análise
organizacional, mas também a análise
interorganizacional, que está voltada para as relações
externas entre uma organização e outras organizações
no ambiente.
Dois conceitos para a análise interorganizacional:
Interdependência das organizações com a sociedade:
toda organização depende de outras organizações e da
sociedade em geral para poder sobreviver.Algumas
consequências da interdependência das organizações
são:mudanças frequentes nos objetivos organizacionais
à medida que ocorrem mudanças no ambiente externo e um
certo controle ambiental sobre a organização, o que
limita sua liberdade de agir.Cada organização precisa
desenvolver estratégias para lidar com oseu ambiente.
São elas:
-
Competição:
forma de rivalidade entre duas ou mais
organizações,mediada por um terceiro grupo; no caso de
uma indústria, o terceiro grupo pode ser o comprador
ou o fornecedor.
- Ajuste (ou negociação):
estratégia que busca negociações para uma cordo quanto
à troca de bens ou serviços entre duas ou mais
organizações; é uma decisão sobre o comportamento
futuro que seja satisfatório para os envolvidos.
- Coopção (ou cooptação):
processo para absorver novos elementos estranhos na
liderança ou no esquema de tomada de decisão de uma
organização, como um recurso para impedir ameaças
externas à sua estabilidade ou existência.
- Coalização:
refere-se à combinação de duas ou mais organizações
para um objetivo comum; agem como uma só com relação a
determina dos objetivos.
Conjunto organizacional:
cada organização ou classe de interações com uma
cadeia de organizações em seu ambiente, Forman do um
conjunto organizacional. A organização que serve como
ponto de referência é chamada organização focal e seu
conjunto organizacional são medidas pelos conjuntos de
papéis de seu pessoal que está volta do externamente
para o contato ou ligação com outras organizações
( chama do pessoal de fronteira ).Assim, inicia-se um
novo ciclo na teoria administrativa: o gradativo
desprendimento daquilo que ocorre dentro das
organizações para aquilo que ocorre fora delas.
Conflitos Organizacionais
Os estruturalistas discordam que haja harmonia de
interesse entre patrões e empregados (como afirma a
teoria clássica) ou de que essa harmonia deva ser
preservada pela administração, através de uma atitude
compreensiva e terapêutica, nivelando as condutas
individuais (como afirma a teoria das relações
humanas). Ambas as teorias punham fora de discussão o
problema conflito, provavelmente em decorrência de seu
caráter prescritivo. Para os estruturalistas, os
conflitos são os elementos geradores de mudanças e do
desenvolvimento da organização. Conflito significa a
existência de ideias, sentimentos, atitudes ou
interesses antagônicos e colidentes que podem se
chocar. Sempre que se fala em acordo, aprovação,
resolução, consentimento, deve-se lembrar que essas
palavras pressupõem a existência ou a iminência de
seus opostos,como desacordo, desaprovação,
desentendimento, oposição – o que significa conflito.
O conflito é condição geral do mundo animal.As fontes
de conflitos podem ser caracterizadas dentro de um
continuum que vai desde uma colisão frontal de
interesses e completa incompatibilidade em um extremo,
até interesses diferentes, mas não necessariamente
incompatíveis em outro extremo.Conflito e cooperação
são elementos integrantes da vida de uma organização.
As teorias administrativas anteriores ignoraram
completamente o problema conflito - cooperação. Hoje
consideram - se o conflito e a cooperação como dois
aspectos da atividades social, estando
inseparavelmente ligados na prática. Tanto que a
resolução do conflito é muito mais vista como uma fase
do esquema conflito - cooperação do que um fim do
conflito. O pensamento administrativo tem-se preocupa
do profundamente com os problemas de obter cooperação
e de sanar conflitos. Uma das situações conflitivas
típicas é a tensão imposta à organização pela
utilização do conhecimento como criar, cultivar e
aplicar o conhecimento sem solapar a estrutura
hierárquica da organização. Muitas vezes o
conhecimento traz conflitos com a hierarquia.
Para Blau e Scott existem dois tipos de conflitos, em
um processo fundamentalmente dinâmicos e dialéticos,
importantes do desenvolvimento das organizações: o
conflito entre a organização informal e a organização
formal; o conflito existente na relação entre clientes
e organização. Para estes dois autores há uma relação
de mútua dependência entre conflitos e mudanças, pois
as mudanças precipitam conflitos e os conflitos geram
inovações. O conceito de conflito e dilema permite uma
compreensão dos processos de mudança gerados
internamente dentro de uma organização. Enquanto o
conflito representa um choque de interesses
antagônicos, o dilema representa uma situação em que
se deseja atender a dois interesses inconciliáveis
entre si: o atendimento de um dos interesses impede o
atendimento do outro.
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA
A administração científica é um modelo de administração criado
pelo americano Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e
início do século XX e que se baseia na aplicação do método
científico na administração com o intuito de garantir o melhor
custo/benefício aos sistemas produtivos.
Frederick Taylor
Taylor procurava uma forma de elevar o nível de
produtividade conseguindo que o trabalhador produzisse mais
em menos tempo sem elevar os custos de produção. Assim, ele
observou que os sistemas administrativos da época eram
falhos. A falta de padronização dos métodos de trabalho, o
desconhecimento por parte dos administradores do trabalho
dos operários e a forma de remuneração utilizada foram as
principais falhas estudadas por Taylor.
Assim, em 1903, ele publica o livro “Administração de
Oficinas” onde expõe pela primeira vez suas teorias. Taylor
propõe a racionalização do trabalho por meio do estudo dos
tempos e movimentos. O trabalho deveria ser decomposto,
analisado e testado cientificamente e deveria ser definida
uma metodologia a ser seguida por todos os operários com a
padronização do método e das ferramentas.
Os operários deveriam ser escolhidos com base em suas
aptidões para a realização de determinadas tarefas (divisão
do trabalho) e então treinados para que executem da melhor
forma possível em menos tempo. Taylor, também, defende que
a remuneração do trabalhador deveria ser feita com base na
produção alcançada, pois desta forma, ele teria um
incentivo para produzir mais.
Princípios da Administração Científica
Em seu segundo livro “Principles of Scientific Management”
(Princípios de Administração Científica), publicado em
1911, Taylor apresenta seus estudos, porém com maior ênfase
em sua filosofia, e introduz os quatro princípios
fundamentais da administração científica:
• Princípio de planejamento – substituição de métodos
empíricos por procedimentos científicos – sai de cena o
improviso e o julgamento individual, o trabalho deve ser
planejado e testado, seus movimentos decompostos a fim de
reduzir e racionalizar sua execução.
• Princípio de preparo dos trabalhadores – selecionar os
operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-
los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo
com o método planejado para que atinjam a meta
estabelecida.
• Princípio de controle – controlar o desenvolvimento do
trabalho para se certificar de que está sendo realizado de
acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta.
• Princípio da execução – distribuir as atribuições e
responsabilidades para que o trabalho seja o mais
disciplinado possível.
A teoria proposta por Taylor e que causou uma verdadeira
revolução no sistema produtivo seguiu sendo aperfeiçoada ao
longo dos anos apesar das críticas e é sem dúvida alguma a
precursora da Teoria Administrativa. Contribuíram para o
desenvolvimento da administração científica: Frank e Lilian
Gilbreth que se aprofundaram nos estudos dos tempos e
movimentos e no estudo da fadiga propondo princípios
relativos à economia de movimentos; Henry Grant que
trabalhou o sistema de pagamento por incentivo; Harrington
Emerson que definiu os doze princípios da eficiência;
Morris Cooke que estendeu a aplicação da administração
científica à educação e às administrações públicas; e Henry
Ford que criou a linha de montagem aplicando e
aperfeiçoando o princípio da racionalização proposto por
Taylor.
As principais críticas a administração científica (AC) de
Taylor são:
• Para os críticos a AC transformou o homem em uma máquina.
O operário é tratado como apenas uma engrenagem do sistema
produtivo, passivo e desencorajado de tomar iniciativas.
• A padronização do trabalho seria mais uma intensificação
deste do que uma forma de racionalizar o trabalho;
• A superespecialização do operário facilita o treinamento
e a supervisão do trabalho, porém, isso reduz sua
satisfação e ele adquire apenas uma visão limitada do
processo;
• A AC não leva em conta o lado social e humano do
trabalhador. A análise de seu desempenho leva em conta
apenas as tarefas executadas na linha de produção;
• A AC propõe uma abordagem científica para a
administração, no entanto, ela mesma carece de comprovação
científica e teve sua formulação baseada no conhecimento
empírico;
• A AC se restringe apenas aos aspectos formais da
organização não abrangendo por exemplo o conflito que pode
haver entre objetivos individuais e organizacionais;
• A AC trata da organização como um sistema fechado sem
considerar as influências externas.
Fontes
COELHO. José Márcio; GONZAGA. Ricardo Martins;
Administração Científica de Taylor: O Homem do Tempo.
Acessado em: http://www.administradores.com.br/producao-
academica/administracao-cientifica-de-taylor-o-homem-do-
tempo/318/
LLATAS. Dra. Maria Virginia; Administração Científica de
Taylor. Acessado em: Administração Científica de Taylor.ppt
Pesquisado:
http://www.infoescola.com/administracao_/administracao-
cientifica/
Teoria Clássica da Administração
Introdução
No século XX, o panorama industrial tinha características eelementos para inspirar uma Ciência da Administração: uma imensa variedade de empresas, com tamanhos diferenciados, problemas de baixos rendimentos dos recursos utilizados, desperdício, insatisfação generalizada entre os operários, intensa concorrência, alto volume de perdas por decisões mal formuladas, isso tudo levou a divisão do trabalho entreos que pensam e executam , os primeiros fixam os padrões deprodução , descrevem os cargos estudam métodos e técnicas de trabalho. Esse panorama levou os autores clássicos a desenvolver uma Ciência da Administração.
A Teoria Clássica, teve o seu início na França e 1916, tendo como fundador o francês Henri Fayol, engenheiro que se baseava em princípios e técnicas para o seu trabalho.
Nos Estados Unidos, Taylor desenvolvia a Administração Científica, com ênfase nas tarefas, no operário em si.
O objetivo principal das duas teorias era o mesmo: a busca da eficiência das organizações.
Henri Fayol e Sua Obra
Henri Fayol (1841 – 1925), o Fundador da Teoria Clássica , nasceu em Constantinopla e faleceu em Paris , vivendo assimas conseqüências da Revolução Industrial e da I Guerra Mundial.
Formou-se em engenharia de minas aos 19 anos e entrou para uma empresa metalúrgica e carbonífera , foi promovido a gerente aos 25 anos e para Diretor Geral em 1888 com 47 anos, se aposentou em 1918, durante esse período salvou suaindustria da falência.
Fayol expôs sua Teoria da Administração em seu livro Administration Industrielle et Générale , publicado em 1916. Suas idéias também foram divulgadas por Gulick e Urwick .
Nos últimos anos de sua vida, Fayol voltou-se para a administração pública, estudando os problemas dos serviços públicos e lecionando na Escola Superior de Guerra de Paris.
Abordagem Simplificada da Teoria Clássica
A Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estruturaque a organização deveria possuir para ser eficiente. Partia da organização e da estrutura como um todo, para garantir a eficiência de todas as partes envolvidas, fossemelas departamentos, seções ou pessoas como executores de tarefas e ocupantes de cargos .
A análise das tarefas de cada indivíduo cedeu lugar a uma visão global e universal da organização. A qual partia da estruturação de toda organização e chegava finalmente ao indivíduo.
Henri Fayol o criador da Teoria Clássica, dividiu as funções da empresa e criou os princípios gerais da administração, que são as bases da administração como ciência, estes princípios são úteis para estruturar qualquer organização seja qual for seu ramo de atividade e seu tamanho.
Fayol e as Seis Funções Básicas da Empresa
Fayol partiu de uma abordagem sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma abordagem anatômica e estrutural, superando a abordagem analítica e concreta de Taylor.
Fayol via a organização como um corpo – o "corpo empresarial".As atividades desse corpo eram encaixadas em seis funções;
1. Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens e serviços da empresa.
2. Funções comerciais, relacionadas com a compra venda e permutação/troca.
3. Funções financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.
4. Funções de segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas.
5. Funções contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
6. Funções administrativas, relacionadas com as outras cinco funções integradas, pairando acima delas.
As Funções Administrativas
Sobre as funções administrativas, Fayol definiu elementos da Administração, ou funções do administrador, a saber;
1. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
2. Organizar: constituir o duplo organismo material e socialda empresa.
3. Comandar: dirigir e orientar o pessoal.
4. Coordenar: ligar, unir harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.
5. Controlar: verificar que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e as ordens dadas.
Fayol propôs-se a escrever sobre a função administrativa com o propósito de diferenciá-la das funções técnicas e comerciais, confundidas pelos executivos que compreendiam mal.
Ela se repartia por todos os níveis da empresa e não era privativa da alta cúpula, ou seja, não se concentrava exclusivamente no topo da empresa, não era privilégio dos diretores, sendo distribuída proporcionalmente por todos osníveis hierárquicos.
Os 14 Princípios Gerais Da Administração
Fayol refletiu sobre sua própria experiência como gerente eidentificou diversas técnicas ou métodos administrativos que havia aplicado e que, em sua opinião, haviam fortalecido o corpo organizacional ou tinham-no ajudado a funcionar. Apesar dos receios de que pudesse ser mal interpretado (como foi), dado que se poderia pensar que estivesse propondo leis universais ao chamar de princípios a esses procedimentos, Fayol propôs quatorze deles, argumentando com os leitores, conforme uma citação que diz,"... não existe nada rígido ou absoluto quando se trata de problemas de administração, é tudo uma questão de proporção". Consequentemente, se encararmos a lista de princípios a seguir como um conjunto de tópicos importantes e diretrizes que em certos casos os gerentes podem aplicar, a nossa atitude estará próxima do espírito que foram originalmente sugeridos.
1. Divisão do trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência.
2. Autoridade e responsabilidade: autoridade e o direito de dar ordens e o poder de esperar obediência. A responsabilidade é uma conseqüência natural da autoridade e significa ter o dever de prestar contas. Ambas devem estar equilibradas entre si.
3. Disciplina: depende da obediência, aplicação, energia, comportamento e respeito às normas estabelecidas.
4. Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade única.
5. Unidade de direção: uma cabeça e um plano para cada conjunto de atividades que tenham o mesmo objetivo.
6. Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais: os interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares.
7. Remuneração do pessoal: deve haver justa e garantida satisfação para os empregados e para a organização em termos de retribuição.
8. Centralização: refere-se à concentração da autoridade notopo da hierarquia da organização.
9. Cadeia escalar: é a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo.
10. Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana.
11. Equidade ( reconhecer o direito de cada um): amabilidade ejustiça para alcançar lealdade do pessoal.
12. Estabilidade do pessoal: a rotatividade das pessoas tem um impacto negativo sobre a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa permanecer num cargo, tanto melhor.
13. Iniciativa: a capacidade de visualizar um plano e assegurar pessoalmente o seu sucesso.
14. Espírito de equipe: harmonia e união entre as pessoassão as forças da organização.
Site pesquisado: http://professorwellington.adm.br/tga16.html
TEORIA NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO
A abordagem neoclássica nada mais é do que a
redenção da Teoria Clássica devidamente atualizada
e redimensionada aos problemas administrativos
atuais e ao tamanho das organizações de hoje.
A Teoria Neoclássica surgiu da necessidade de
se utilizarem os conceitos válidos e relevantes da
Teoria Clássica, expurgando-os dos exageros e
distorções típicos de qualquer teoria pioneira e
os condensado com outros conceitos igualmente
válidos e relevantes oferecidos por outras teorias
administrativas ao longo das três últimas décadas.
A Teoria Neoclássica pode ser identificada
através de algumas características
marcantes: a ênfase na parte prática da
Administração, a reafirmação relativa (e não
absoluta) dos postulados clássicos, a ênfase nos
primeiros clássicos de Administração, a ênfase nos
resultados e objetivos e, sobretudo, o ecletismo
aberto e receptivo.
O ponto fundamental da Teoria Neoclássica é o
de ser a Administração uma técnica social básica.
Isto leva à necessidade de o administrador
conhecer, além dos aspectos técnicos e específicos
de seu trabalho, também os aspectos relacionados
com a direção de pessoas dentro das organizações.
A Teoria Neoclássica surgiu com o crescimento
exagerado das organizações. Uma das respostas que
procurou dar foi a respeito do dilema
centralização versus descentralização. Boa parte
do trabalho dos neoclássicos está voltada para
fatores que levam à decisão de descentralização,
bem como às vantagens e desvantagens que a
descentralização proporciona.
A Teoria Neoclássica enfatiza as funções do
administrador: O Planejamento, a organização, a
direção e o controle. No seu conjunto, essas
funções administrativas formam o processo
administrativo...
http://www.administradores.com.br/artigos/
negocios/teoria-neoclassica/29753/
Pesquisado em:
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/teoria-
neoclassica.
Teoria das Relações Humanas
INTRODUÇÃO Á TEORIADAS RELAÇÕES HUMANAS Guidson Coelho
Joslaine Cristina Mara Izidoro
INTRODUÇÃO Á TEORIA DASRELAÇÕES HUMANAS• Introdução •
Abordagem Humanística • Objetivos • Autores influentes
• Principais Origens da Teoria • Transição da Teoria
Clássica para a Teoria Humanista• Desenvolvimento •
Experiência de Hawthorne: Fases e Conclusões•
Conclusão• Referências Bibliográficas
ABORDAGEM HUMANÍSTICAObjetivos de
aprendizagem:Identificar as origens e o contexto no
qual surgiu a Teoriadas Relações Humanas, deslocando a
ênfase na estruturae nas tarefas para a ênfase nas
pessoas.Mostrar a Experiência de Hawthorne e suas
conclusões;Mostrar a preocupação psicológica e
sociológica quantoà influência massificante da
civilização industrial sobre oser humano e o papel da
administração nesse aspecto.Identificar a concepção
de Administração a partir de umanova concepção da
natureza do ser humano: o homemsocial.
ABORDAGEM HUMANÍSTICA• É uma corrente administrativa
que enfatiza as pessoas, os grupos e a organização
informal e os grupos espontâneos existentes na
organização.• Revolucionou a Teoria Administrativa.•
Há uma migração dos aspectos técnicos e formais para
os aspectos psicológicos e sociológicos.• Surgiu nos
Estados Unidos na década de 1930, com o
desenvolvimento das ciências sociais e em decorrência
da Grande Depressão Econômica ocorrida nos anos de
1929, onde a busca da eficiência nas organizações,
passou a ser intensificada.
PSICOLOGIA DO TRABALHO OU PSICOLOGIA
INDUSTRIAL.Desenvolveu-se em duas etapas:•A análise do
trabalho e adaptação do trabalhador aotrabalho
(aspectos produtivos); Temas predominantes: seleção de
pessoal, orientação profissional, treinamento e
métodos de aprendizagem, fisiologia do trabalho e
estudo dos acidentes e da fadiga.•A adaptação do
trabalho ao trabalhador (aspectosindividuais e
sociais); Temas predominantes: estudo da personalidade
do trabalhador e do gerente, motivação e incentivos do
trabalho, liderança, comunicações e relações
interpessoais e sociais dentro da organização.
AUTORES INFLUENTES• Psicologia aplicada nas
organizações e uso de testes de seleção de pessoal.•
Obra: Psychologie und Wirtshatleben. Hugo Munsterberg
(1863 - 1913)• Ordway Tead (1860 - 1933) – Liderança
democrática na administração.• Obra: Human Nature and
Management.
AUTORES INFLUENTESCorrente psicológica - Rejeição a
qualquer fórmulauniversal ou única. Lei da situação
que determina ocerto e o errado, promovendo a decisão
em umprocesso com conhecimento de contexto
desseprocesso. Obra: The New State. Mary Parker Follet
(1868 - 1933)
AUTORES INFLUENTES Teoria da cooperação na
organização. Superação das limitações pessoais através
do trabalho conjunto. Obra: “As Funções do Executivo
Chester Barnard (1886 - 1961)
PRECURSOR DA TEORIA DAS RELAÇÕESHUMANAS Elton George
Mayo (1880 - 1949)Psicólogo industrial,
australiano;Como resultados das pesquisas, desloca o
foco deinteresse da administração da organização
formalpara os grupos informais e suas inter-relações,
com avalorização de incentivos não
monetários(psicossociais).Obra: “The Social Problems
of IndustrialCivilization” .
PRECURSOR DA TEORIA DAS RELAÇÕESHUMANAS• 1923 –
realizou estudos sobre as causas da alta rotatividade
de pessoal do departamento de fiação de uma empresa
têxtil localizada perto de Filadélfia , acreditava que
a solução dos problemas estava na mente e no corpo,
que o aborrecimento conduz a pensamentos depressivos e
a monotonia à fadiga.• Coordenou a experiência na
fábrica de Hawthorne, da Western Eletric Company,
realizada entre 1927 e 1932, que puseram em cheque os
princípios postulados da Teoria Clássica da
Administração .
COLABORADORES DE MAYO• John Dewey (1859- 1952) -
filósofo,educador e psicólogo, criador de umapedagogia
baseada no instrumentalismo,variedade do pragmatismo,
que renovou o método de ensino nos EUA.• Kurt Lewin
(1890 - 1947) –Aborda aspectos da Psicologia
Dinâmica,tais como: problemas de interação
social,papel de minorias sociais, estudos
sobredinâmica de grupo, entre outros.
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANASTem suas origens nos
seguintes fatos:•Necessidade de corrigir a
desumanização dotrabalho com a aplicação de métodos
científicos eprecisos.•Desenvolvimento das Ciências
Sociais,principalmente a Psicologia, com o
reconhecimentoda importância de revisar, criticar e
reformular asbases da Teoria Clássica.•As ideias da
filosofia pragmática de John Dewey eda psicologia
dinâmica de Kurt Lewin.• A experiência de Hawthorne.
TRANSIÇÃO DA TEORIA CLÁSSICAPARA A TEORIA DAS
RELAÇÕESHUMANAS
DESENVOLVIMENTO• A Experiência de Hawthorne
A EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE• Foi realizada no período
de 1927 a 1932, em uma fábrica de telefones da empresa
Western Electric Company, situada no bairro de
Hawthorne, na cidade de Chicago.• A empresa queria
identificar a influência dos fatores
físicos/ambientais sobre a produtividade de seus
trabalhadores;• A pesquisa foi conduzida por uma
equipe da universidade de Harvard, chefiada por George
Elton Mayo e patrocinada pelo Conselho Nacional de
Pesquisas dos EUA.
PRIMEIRA FASE DA PESQUISA• Objetivo: • Identificar de
que forma fatores ambientais influenciavam a
produtividade do trabalhador; • Aspectos como
luminosidade, temperatura, ventilação, cores, e
outros, seriam minuciosamente pesquisados . • O
primeiro fator estudado foi a iluminação, fazendo-se
várias mudanças de intensidade de luz no ambiente de
trabalho
PRIMEIRA FASE DA PESQUISA
PRIMEIRA FASE DA PESQUISA• Resultados • A cada
modificação os trabalhadores respondiam positivamente
com aumento de produtividade; • Desconfiados de
interferências de natureza psicológica os
pesquisadores decidiram reduzir a intensidade de luz,
dando a impressão de que haviam aumentado; •
Verificou-se a existência da influência do fator
psicológico na produção, devido ao aumento da produção
ser diretamente proporcional a intensidade da
iluminação. • Convictos de que estava ocorrendo
influência psicológica, os pesquisadores decidiram
mudar os objetivos da pesquisa para estudar
influências desse novo fator, e partiram para uma
segunda fase de investigação, abandonando a ideia
inicial
SEGUNDA FASE DA PESQUISA• Início em 1927, com o
objetivo de estudar de que forma fatores psicológicos
influenciavam a produtividade dos operários• Foi
criado um grupo experimental composto por seis moças
(cinco montadoras e uma fornecedora de material), que
ficavam em uma sala de provas separada do
departamento.• O grupo convidado para pesquisa possuía
um supervisor, que permanecia na sala e observava o
trabalho. As funcionárias foram esclarecidas dos
objetivos de avaliar as mudanças nas condições de
trabalho, e também eram informadas sobre os
resultados, e as modificações eram submetidas a
aprovação das mesmas.
SEGUNDA FASE DA PESQUISA
SEGUNDA FASE DA PESQUISA• Esta fase foi dividida em 12
períodos onde sofreram várias mudanças nas condições
de trabalho, como melhorias na forma de pagamento,
estabelecimento de pequenos intervalos de descanso e
distribuíam lanches leves nesses intervalos.• Os
resultados obtidos foram o aumento da produção e a
percepção da falta de conhecimento dos fatores
determinantes nas atitudes das operárias em relação á
supervisão, ao trabalho e á própria organização.
TERCEIRA FASE DA PESQUISA• Preocupados com as relações
entre funcionários, em 1928 os pesquisadores iniciaram
um programa de entrevistas afim de avaliar as atitudes
e os sentimentos dos operários quanto ao tratamento
dos supervisores.• O programa foi muito bem sucedido e
posteriormente foi modificado para a técnica de
entrevista não-diretiva (aberta), para que os
operários pudessem falar livremente sobre seus
sentimentos em relação ao trabalho.• Descobriram uma
espécie de organização informal dentro da organização
que se manifestava por padrões formados pelos próprios
trabalhadores.
CONCLUSÕES DA EXPERIÊNCIA• Exerceu influência
fundamental sobre a Teoria Administrativa, abalando os
princípios básicos da Teoria Clássica.• Definição dos
aspectos básicos da Escola das Relações Humanas. • O
nível de produção é resultante da integração social; •
O Comportamento social dos funcionários; • Recompensas
e sanções sociais; • Grupos informais; • Relações
humanas; • Importância do conteúdo do cargo; • Ênfase
nos aspectos emocionais.
CONCLUSÃO• A Teoria das Relações Humanas como o homem
é explorado no ambiente industrial. Essa nova teoria
administrativa vem mostrar o quanto é importante
valorizar as pessoas e suas relações dentro do
ambiente de trabalho. Entre as ideias principais dessa
teoria podemos concluir.
CONCLUSÃO• O trabalho é uma atividade tipicamente
grupal, pois a produção é influenciada mais pelas
normas do grupo do que pelos incentivos salariais e
materiais de produção.
CONCLUSÃO• O operário não reage como indivíduo
isolado, mas como membro de um grupo social.• A tarefa
básica da administração é formar uma elite capaz de
compreender e comunicar, com chefes democráticos,
persuasivos e simpáticos a todo o pessoal. Os
administradores devem perceber a lógica dos
trabalhadores e suas limitações.
CONCLUSÃO• O ser humano é motivado pela necessidade de
estar junto e ser reconhecido e receber adequada
comunicação.• A civilização industrializada trás como
consequência a desintegração dos grupos primários da
sociedade, como família, os grupos informais e a
religião, enquanto a fabrica surgirá como uma nova
unidade social que proporcionará um novo lar, um local
de compreensão e de segurança emocional para os
indivíduos.
CONCLUSÃO• A civilização industrializada trás como
consequência a desintegração dos grupos primários da
sociedade, como família, os grupos informais e a
religião, enquanto a fabrica surgirá como uma nova
unidade social que proporcionará um novo lar, um local
de compreensão e de segurança emocional para os
indivíduos.• As relações humanas e a cooperação
constituem a chave para evitar o conflito social.
CONCLUSÃO• As funções básicas da organização: • O
ambiente de trabalho passa a ser encarado com um
sistema social. Segundo Roethlisberger e Dickson A
organização industrial tem duas funções principais:
Função econômica: Equilíbrio Produzir bens ou
serviços. Externo Organização Industrial Função
Social: Equilíbrio Satisfazer seus Interno
participantes
COMPARAÇÃOTeoria Clássica Teoria das Relações
HumanasTrata a organização como máquina Trata a
organização como grupo de pessoasEnfatiza as tarefas
ou a tecnologia Enfatiza as pessoasInspiram em
sistemas de engenharia Inspirada em sistemas de
psicologiaAutoridade centralizada Delegação de
autoridadeLinhas claras de autoridade Autonomia do
empregadoEspecialização e competência técnica
Confiança e aberturaAcentuada divisão do trabalho
Ênfase nas relações entre as pessoasConfiança nas
regras e nos Confiança nas pessoasregulamentosClara
separação entre linha e staft Dinâmica grupal e
interpessoal
Vídeo• Empresas ti 2.wmv
Referências Bibliográficas• CHIAVENATO, Idalberto.
Introdução à Teoria Geral da Administração• http://
www.senado.gov.br/ead/Conteudo/DGERENCIAL/pdf/aula12.p
df• http://www.uniriotec.br/~simone/Analise
%20Empresarial/Parte%201%20-%•
http://www.aedb.br/seget/artigos10/289_Artigo%20Seget
%20TO.• http ://www.spiner.com.br/modules.php?
file=viewtopic&name=Forums&t=402• http
://ecoturismologa.blogspot.com/2008/04/abordagem-
humanstica-da-admini
PESQUISADO: http://pt.slideshare.net/MaraIzidoro/teoria-
das-relaes-humanas-12643537
"TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL"
Prof. Ilacyr Luiz Gualazzi (extraído da página:
http://www.unimep.br/~gualazzi)
A Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO)
surgiu a partir de 1962, decorrente das idéias de vários
autores, a respeito do ser humano, da organização e do
ambiente em que estes crescem e se desenvolvem.
Assim, o conceito de Desenvolvimento
Organizacional está intimamente ligado aos conceitos de
mudança e de capacidade adaptativa à mudança
CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO
O conceito de organização para os especialistas
em D O é tipicamente comportamentalista: "uma organização é
a coordenação de diferentes atividades de contribuintes
individuais com a finalidade de efetuar transações
planejadas com o ambiente". Esse conceito utiliza a noção
tradicional de divisão do trabalho ao se referir às
diferentes atividades e à coordenação existente na
organização e refere-se às pessoas como contribuintes das
organizações, em vez de estarem elas próprias, as pessoas,
totalmente nas organizações. As contribuições de cada
participante à organização variam enormemente em função não
somente das diferenças individuais, mas também do sistema
de recompensas e contribuições pela organização.
Toda organização atua em determinado meio
ambiente e sua existência e sobrevivência dependem da
maneira como ela se relaciona com esse meio. Assim, ela
deve ser estruturada e dinamizada em função das condições e
circunstâncias que caracterizam o meio em que ela opera.
Os autores do DO adotam uma posição antagônica
ao conceito tradicional da organização, salientando as
diferenças fundamentais existentes entre os sistemas
mecânicos (típicos do conceito tradicional) e os sistemas
orgânicos (abordagem do DO).Os sistemas orgânicos tornam as
organizações coletivamente conscientes dos seus destinos e
da orientação necessária para melhor se dirigir a eles.
Desenvolvem uma nova conscientização social dos
participantes das organizações, os quais, contando com sua
vivência particular, seu passado pessoal e sua
autoconscientização, definem o papel deles em relação à sua
organização.
DIFERENÇAS ENTRE SISTEMAS MECÂNICOS E SISTEMAS ORGÂNICOS
Sistemas Mecânicos
Sistemas Orgânicos
- Ênfase exclusivamente individual e nos cargos da
organização.
- Relacionamento do tipo autoridade – obediência.
- Rígida adesão à delegação e à responsabilidade dividida.
- Rígidas divisão do trabalho e supervisão hierárquica.
- Tomada de decisões centralizada.
- Controle rigidamente centralizado.
- Solução de conflitos por meio de repressão, arbitragem
e/ou hostilidade. - Ênfase nos relacionamentos entre e
dentro dos grupos.
- Confiança e crença recíprocas.
- Interdependência e responsabilidade compartilhada.
- Participação e responsabilidade multigrupal.
- Tomada de decisões descentralizada.
- Amplo compartilhamento de responsabilidade e de controle.
- Solução de conflitos através de negociação ou de solução
de problemas.
CONCEITO DE CULTURA ORGANIZACIONAL
Toda organização tem a sua cultura própria. Dá-
se o nome de cultura organizacional ao modo de vida próprio
que cada organização desenvolve em seus participantes. A
cultura organizacional repousa sobre um sistema de crenças
e valores, tradições e hábitos, uma forma aceita e estável
de interações e de relacionamentos sociais típicos de cada
organização. A cultura de uma organização não é estática e
permanente, mas sofre alterações ao longo do tempo,
dependendo de condições internas ou externas. Algumas
organizações conseguem renovar constantemente sua cultura
mantendo a sua integridade e personalidade, enquanto outras
permanecem com sua cultura amarrada a padrões antigos e
ultrapassados.
Os autores do D.O. consideram que mudar a
estrutura organizacional não é suficiente para mudar uma
organização. A única maneira viável de mudar uma
organização é mudar sua cultura, isto é, os sistemas dentro
dos quais as pessoas vivem e trabalham. Para que as
organizações possam sobreviver e se desenvolver, para que
exista a renovação e a revitalização, deve-se mudar a
cultura organizacional.
Além da cultura organizacional, os autores do
DO põem ênfase no clima organizacional. O clima
organizacional constitui o meio interno de uma organização,
a atmosfera psicológica característica em cada organização.
O clima organizacional está intimamente ligado ao moral e à
satisfação das necessidades humanas dos participantes. O
clima pode ser saudável ou doentio, pode ser quente ou
frio, pode ser negativo ou positivo, satisfatório ou
insatisfatório, dependendo de como os participantes se
sentem em relação à sua organização. A dificuldade na
conceituação do clima organizacional reside no fato de que
o clima é percebido de maneiras diferentes por diferentes
indivíduos. Algumas pessoas são mais ou menos sensíveis do
que outras em relação a alguns aspectos do clima. Além do
mais, uma característica que parece ser positiva para uma
pessoa pode ser percebida como insatisfatória ou negativa
por outras. Assim, o clima organizacional é constituído por
"aquelas características que distinguem a organização de
outras organizações e que influenciam o comportamento das
pessoas na organização". O conceito de clima organizacional
envolve diferentes graus, como o tipo de organização, a
tecnologia utilizada, as políticas da companhia, as metas
operacionais, os regulamentos internos - todos constituindo
os fatores estruturais -, além de atitudes, formas de
comportamento social que são encorajadas ou sancionadas -
que são os fatores sociais. Assim, o clima resulta de um
completo envolvimento de componentes relacionados com
aspectos formais e informais da organização, dos sistemas
de controle, dos procedimentos de trabalho, das regras e
normas, e das relações interpessoais existentes na
organização.
Cada organização é um sistema complexo e
humano, com características próprias, com sua própria
cultura e seu próprio clima organizacional. Todo esse
conjunto de variáveis deve ser continuamente observado,
analisado e aperfeiçoado para que resultem motivação e
produtividade. Para mudar a cultura e o clima
organizacionais, a organização precisa ter capacidade
inovadora, ou seja, deve ter as seguintes características:
a) adaptabilidade, ou seja, capacidade de resolver
problemas e de reagir de maneira flexível às exigências
mutáveis e inconstantes do meio ambiente. E, para ser
adaptável, a organização deve:
- ser flexível, para poder adaptar e
integrar novas atividades;
- ser receptiva e transparente a novas
idéias, sejam elas intra ou extraorganizacionais;
b) senso de identidade, ou seja, o conhecimento e a
compreensão do passado e do presente da organização, bem
como a compreensão e compartilhamento dos objetivos da
organização por todos os seus participantes. Aqui não há
lugar para alienação do empregado, mas para o
comprometimento do participante;
c) perspectiva exata do meio ambiente, ou seja, uma
percepção realista a uma capacidade de investigar,
diagnosticar e compreender o meio ambiente;
d) integração entre os participantes, de tal forma que a
organização possa se comportar como um todo orgânico.
Assim, não basta apenas mudar a estrutura. Há
que se mudar a cultura.
CONCEITO DE MUDANÇA
O mundo de hoje caracteriza-se por um ambiente
em constante mudança. O ambiente que envolve as
organizações é extremamente dinâmico, exigindo delas uma
elevada capacidade de adaptação como condição básica de
sobrevivência. A década dos anos 60 foi a "década da
explosão", caracterizando os novos ambientes que
proporcionaram o aparecimento do DO, a saber:
1. o ambiente geral altamente dinâmico envolvendo a
explosão do conhecimento, da tecnologia, das comunicações e
da economia. Essa conturbação impõe exigências
completamente diferentes sobre a Administração e os
participantes, modificando inteiramente o relacionamento
entre ambos;
2. o ambiente empresarial, diferente de toda a experiência
do passado, em face da internacionalização dos mercados, da
vida mais curta dos produtos, da crescente importância do
"marketing", das diferentes e complexas relações entre
linha e "staff", das participações múltiplas dos indivíduos
em diferentes grupos e organizações e da natureza mutável
do trabalho, produz uma série de exigências inteiramente
novas para o administrador;
3. os anuais valores em mutação à medida que melhoram as
condições humanas.
Toda essa multiplicidade de variáveis
complexas, mutáveis, explosivas e poderosas levou a uma
conclusão: apenas esforços isolados, lentos e gradativos de
se taparem alguns dos buracos da organização são
insuficientes para se levar o barco adiante. Tornou-se
imperiosa "a necessidade de estratégias coordenadas e de
mais longo prazo com o objetivo de desenvolver climas
dentro da organização, maneiras de trabalhar, relações,
sistemas de comunicações e sistemas de informações que
sejam congruentes com as exigências prognosticáveis e não-
prognosticáveis dos anos futuros. E foi a partir destas
necessidades que surgiram os esforços sistemáticos de
mutação planejada: o desenvolvimento organizacional.
O processo de mudança organizacional começa com
o aparecimento de forças que vêm de fora ou de algumas
partes da organização. Essas forças podem ser exógenas ou
endógenas à organização.
As forças exógenas provêm do ambiente, como as
novas tecnologias, mudança em valores da sociedade e novas
oportunidades ou limitações do ambiente (econômico,
político, legal e social). Essas forças externas criam a
necessidade de mudança organizacional interna. As
tentativas de mudança interna podem ser conscientemente
planejadas para que o ajustamento às novas condições
externas se processe com a mínima perturbação do equilíbrio
estrutural e de comportamento existente dentro da
organização.
As forças endógenas que criam necessidade de
mudança estrutural e comportamental provêm da tensão
organizacional: tensão nas atividades, interações,
sentimentos ou resultados de desempenho no trabalho. Estas
forças de mudança representam condições de equilíbrio já
perturbado dentro de uma ou mais partes da organização.
O desenvolvimento organizacional é necessário
sempre que a organização concorra e lute pela sobrevivência
em condições de mudança. Toda mudança é um problema que
deve ser solucionado de forma racional e eficiente. Cada
época desenvolve uma forma organizacional mais adequada e
característica à sua natureza. As mudanças que estão
ocorrendo no mundo moderno tornam necessário revitalizar e
reconstruir as nossas organizações. Estas têm de se adaptar
às mudanças do ambiente. As mudanças organizacionais não
devem ser feitas ao acaso, ao sabor da inércia ou da
improvisação, mas têm de ser planejadas.
Enquanto a mudança genérica envolve alterações
no ambiente em geral, a mudança organizacional é um
conjunto de alterações estruturais e comportamentais dentro
de uma organização. Esses dois tipos fundamentais de
alterações - estruturais e comportamentais - são
interdependentes e se interpenetram intimamente.
CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO
A tendência natural de toda organização é
crescer e desenvolver-se. Essa tendência tem suas origens
em fatores endógenos (internos, sejam eles estruturais ou
comportamentais, e relacionados com a própria organização
em si) e exógenos (externos e relacionados com as demandas
e influências do ambiente). O desenvolvimento é um processo
lento e gradativo que conduz ao exato conhecimento de si
próprio e à plena realização de suas potencialidades.
Assim, o desenvolvimento de uma organização lhe permite:
1. um conhecimento profundo e realístico de si própria e de
suas possibilidades;
2. um conhecimento profundo e realístico do meio ambiente
em que opera;
3. um planejamento adequado e realização bem-sucedida de
relações com o meio ambiente e com os seus participantes;
4. uma estrutura interna suficientemente flexível com
condições para se adaptar em tempo às mudanças que ocorrem,
tanto no meio ambiente com que se relaciona como entre os
seus participantes;
5. os meios suficientes de informação do resultado dessas
mudanças e da adequação de sua resposta adaptativa.
Os autores do D.O. salientam que "se encararmos
as organizações como estruturas orgânicas adaptáveis,
capazes de resolver problemas, as inferências quanto à sua
eficiência não se devem basear em medidas estáticas de
produção, embora estas possam ser úteis, mas nos processos
pelos quais a organização aborda os problemas". A
eficiência da organização relaciona-se diretamente com sua
capacidade de sobreviver, de adaptar-se, de manter sua
estrutura e tornar-se independente da função particular que
preenche. A fim de que uma organização possa alcançar um
certo nível de desenvolvimento, ela pode utilizar
diferentes estratégias de mudança.
Assim, existem três diferentes tipos de
estratégias de mudança:
1. mudança evolucionária: "quando a mudança de uma ação
para outra que a substitui é pequena e dentro dos limites
das expectativas e dos arranjos do status quo". Geralmente
a mudança evolucionária é lenta, suave e não transgride as
expectativas daqueles que nela estão envolvidos ou são por
ela afetados. Há uma tendência de se repetirem e reforçarem
as soluções que se demonstrem sólidas e eficientes e de se
abandonarem as soluções fracas e deficientes;
2. mudança revolucionária: "quando a mudança de uma ação
para a ação que a substitui contradiz ou destrói os
arranjos do status quo". Geralmente a mudança
revolucionária é rápida, intensa, brutal, transgride e
rejeita as antigas expectativas e introduz expectativas
novas. Enquanto as mudanças evolucionárias, por ocorrerem
aos poucos, não provocam geralmente grande entusiasmo ou
forte resistência, o mesmo não acontece com as mudanças
revolucionárias, geralmente súbitas e causadoras de grande
impacto;
3. o desenvolvimento sistemático: é diferente de ambos os
tipos de mudança citados. No desenvolvimento sistemático,
os responsáveis pela mudança delineiam modelos explícitos
do que a organização deveria ser em comparação com o que
é , enquanto aqueles cujas ações serão afetadas pelo
desenvolvimento sistemático estudam, avaliam e criticam o
modelo de mudança, para recomendar alterações nele,
baseados em seu próprio discernimento e compreensão. Assim,
dizem os autores, dimensões adicionais de comportamento e
de experiência humanos são trazidas para a dinâmica da
mudança, o que não ocorre com os dois tipos de mudanças. As
tensões intelectuais e emocionais criadas entre todos os
responsáveis pelo planejamento e implementação estimulam a
mudança. Essas tensões baseiam-se em compreensão,
discernimento, comprometimento e convicção quanto à
correção da mudança do que é para o que deveria ser. Assim,
as mudanças resultantes traduzem-se por apoio e não por
resistências ou ressentimentos.
Esses três tipos de estratégias de mudança
podem ser observados na conduta das organizações, seja na
sua forma pura ou em um número quase infinito de
combinações. Os autores preocupam-se com a última das
estratégias mencionadas, ou seja, com o desenvolvimento
sistemático.
(*) Compilado de Chiavenato, Idalberto, Introdução à Teoria
Geral da Administração, cap. 14 – Teoria do Desenvolvimento
Organizacional.
PESQUISADO EM:
http://www.lgti.ufsc.br/O&m/aulas/Aula3/teoria.htm
NOVAS ABORDAGENS EM ADM
Presentation Transcript
1.Novas abordagens da Administração
2.• A informação tem se apresentado nessemilênio como um
recurso indispensável paraas organizações.• Com a crescente
concorrência global asempresas estão buscando cada vez mais
asinformações e inovações como uma fontepara o sucesso de
seus negócios.
3.Com a evolução das organizações, estasforam obrigadas a
implantarem novosrecursos e novos graus de inteligência
deorganização, para obter um êxito na nova eraque vem
chegando. Para estas soluções foram apontadas:
4.• Depois de ter seu país e suas industriasquase
totalmente destruídas pela IIGuerra Mundial, para
reconstruir suaeconomia as empresas japonesascomeçaram a
praticar um conjunto deideias que passaram a revolucionar o
modode administrar uma empresa. As principaispraticas são:
5.Qualidade Total:• É representada pela exigência do
cliente,estando ligado a aplicação da melhoriacontínua na
organização como um tododesde a parte pessoal até a cúpula
deenvolvimento total Círculos de Controle de Qualidade
(CCQ) Grupos informais de trabalhadores queespontaneamente
passam a buscar soluçõescriativas para os problemas da área
ou daempresa.
6.Método “Ringi” de Decisão: trata-se da decisão
consensual, obtida através do comprometimento individual
com o resultado ou meta decidida pelo grupo.Kanban: sistema
de programação e controle de produção que visa “enxugar”
atividades que não agregam valor ao cliente. A produção é
gerenciada por painéis, permitindo o encadeamento de todas
as atividades do processo, “puxando” a produção.
7.Melhoria Contínua: Que baseia-se nocontrole estatístico
de qualidade/probabilidadeque visa a qualidade dos produtos
e serviços emprogramas de longo prazo para privilegiarem
amelhoria gradual da administração participativa,e na
mudança de conceitos , grupos que aderema adaptabilidade de
mudança organizacional. Justin-in-Time: integração da
empresa comseus fornecedores, permitindo a eliminação
deestoques com o surgimento atendido nomomento da
utilização dos componentes naprodução.
8.Empresas AmericanasEmprego vitalício Emprego a curto
prazoAvaliação e promoções lentas Avaliação e promoções
rápidasTomada de decisão coletiva Tomada de decisão
individualResponsabilidade Coletiva Responsabilidade
individual
9.Esse sistema é um procedimentoadministrativo puramente
democrático,onde todos os integrantes internos de
umaorganização tem o direito de opinar sobretodo e qualquer
assunto de interesse doscolaboradores dentro da empresa.
10.• A administração empreendedora tem como principal
característica a competitividade e a capacidade de estar
sempre revolucionando e inovando para se sobre sair cada
vez mais sobre o mercado de hoje.
11.• Reengenharia é a implementação demudanças radicais
que, ao redesenhar osprocessos de trabalho, visam melhorar,
deforma drástica a eficácia da empresa, emtodos os seus
aspectos tais como custos,qualidade, serviço e velocidade.•
As razões da Reengenharia: Existem duasrazões primordiais
pelas quais as empresasestão a procurar novas ideias na
busca dealterações de fundo: são os efeitos daglobalização
e as exigências dos clientes.
12.Fases da Reengenharia• Posicionamento para a mudança.•
Identificação dos processos existentes• Recriação dos
processos.•Transição para o novo sistema. Identificar
objetivos Avaliar os Avaliar processos Resultados
existentes Implementar Identificar novos Identificar
processos para a processos o que será Reengenharia mudado
13.Benchmarking é um processo contínuo decomparação de
produtos, serviços epráticas empresariais entre os
maisfortes concorrentes ou empresasreconhecidas como
líderes. É um processode pesquisa que permite
realizarcomparações de processos e práticas“companhia a
companhia” para identificaro melhor do melhor e alcançar um
nível desuperioridade ou vantagem competitiva.
14.Benchmarking é... Benchmarking não é...Um processo
contínuo Um evento isolado.Uma investigação que fornece
informação Uma investigação que fornece respostasvaliosas.
simples e “receitas”Um processo de aprendizado com outros
Cópia, imitaçãoUm trabalho intensivo, consumidor de Rápido
e fáciltempo, quer requer disciplinaUma ferramenta viável a
qualquer Mais um modismo de administração.organização e
aplicável a qualquerprocesso.
15.• Esse tipo de administração surgiu em1954 e tinha como
principal meta odesenvolvimento do trabalho interno
daorganização e como eram executadas asmais variadas
tarefas nos diversos setores,até que o objetivo fosse
alcançado.• Características: Mudanças ambientais,definição
dos objetivos, criação deoportunidades, autoridade
liderança, etc.
16.• Na administração Holística a empresanão é encarada
como uma organização comvários setores e departamentos
comfunções distintas, mas é visto como umtodo sem divisão
de tarefas que tem comoobjetivo alcançar metas e
objetivostraçados pela empresa.
17.Tem como característica analisarcuidadosamente todos os
setores daempresa, bem como os diversos fatores aoseu redor
que poderão influenciar noandamento da organização, dando
assimmais segurança para que a empresa possaexercer melhor
seus procedimentos paraque tenha êxito na busca de seus
objetivos.
18.• O que é? É o bom-senso que pode serensinado, praticado
para o crescimentohumano e profissional podendo mudar
oambiente de trabalho.• Surgiu no Japão no inicio dos anos
1950.• Na industria, seus principais papéis são:• Liberar
áreas; evitar desperdícios;melhorar relacionamentos,
facilitar asatividades e localização de
recursosdisponíveis.
19.Seiri Senso de Utilização Senso deSeiton OrdenaçãoSeisou
Senso de LimpezaSeiketsu Senso de Saúde Senso deShitsuke
Autodisciplina
20.• Seu objetivo principal é tornar osprocessos da gestão
de uma empresa maiságeis, claro e objetivos.
21.• Conhecimento é a informação estruturadaque tem muito
valor para uma organização
22.• A adoção pelas organizações de novosmodelos
gerenciais, bem como de novastecnologias de trabalho, está
levando aum modelo organizacional vistoatualmente como a
“empresa do futuro”.
23.Características• Capacidade para entregar, rápida e
globalmente, uma grande variedade de produtos.•
Envolvimento dos clientes e fornecedores.• Bancos de dados
atualizados.• Sistemas de informações integradas à rede de
clientes.
24.• Definições • A terceirização é uma prática que visa a
redução de custo e o aumento da qualidade. • Prática que
permite a empresa abrir mão da execução de um processo e
transferir para um terceiro. Esse termo utilizado com muita
ênfase nos anos 90, entrou no século XXI como sendo uma
“solução” para a redução de custos operacionais.
25.•
http://www1.serpro.gov.br/publicacoes/gco_site/m_capitulo01
.htm• http://djlgestao.blogspot.com.br/2010/04/solucoes-
emergentes.html• http://www.artigonal.com/administracao-
artigos/administracao- participativa-caminho-para-o-
sucesso-639668.html• http://www.guiarh.com.br/z59.htm•
https://sites.google.com/site/ferramentasgerenciais/adminis
tracao- estrategica•
http://www.5s.com.br/e/a_oquee5s/a_oquee5s.htm•
http://pt.wikipedia.org/wiki/5S•
http://www.sobreadministracao.com/o-ciclo-pdca-deming-e-a-
melhoria- continua/•
http://pt.wikipedia.org/wiki/Terceiriza%C3%A7%C3%A3o
PESQUISADO EM: http://pt.slideshare.net/admetz01/seminrio-
novas-abordagens-da-administrao
ABORDAGEM SOCIOTECNICA
1.Revisão de LiteraturaAbordagem Sócio-Técnica Dora
Cristina Moreira Martins Novembro de 2006
2.1. IntroduçãoPara a revisão da literatura à Abordagem
Sócio-Técnica o ponto de partida centrou-se no artigode E.
Trist (1978) On Socio-Technical Systems, publicado na
colectânea Human Relations –Theory and Developments, da
Colecção History of Management Thought.Trist propõe neste
artigo oferecer uma contribuição no sentido de desenvolver
uma teoria geralda empresa como um sistema sócio-técnico
aberto capaz de compreender um grande número deproblemas
industriais específicos.O ponto fulcral no artigo de Trist
é o de considerar que as organizações, como sistemas sócio-
técnicos abertos, ajudam a dar uma imagem mais realista de
como ambos os subsistemas podeminfluenciar e ser capazes de
actuar de novo no seu ambiente circundante.On Socio-
Technical Systems é, portanto, uma leitura actual e
prospectiva das organizaçõescontemporâneas, na qual o autor
desenvolve uma perspectiva teórica mas partindo da
observaçãoempírica a partir da metodologia pesquisa-acção.A
partir das hipóteses teóricas da teoria geral dos sistemas,
o Tavistock Institute of HumanRelations, institucionalizado
em Londres, em 1946, inicia um conjunto de investigações
noscampos relacional e organizacional. Com uma identidade
de trabalho orientada para odesenvolvimento de métodos de
pesquisa-acção vai ter um importante papel na difusão
dossistemas sociotécnicos, com vista a uma intervenção
centrada no desenvolvimento e mudançaorganizacionais.2. A
Abordagem Sócio-Técnica das organizações2.1. As origens da
Abordagem Sócio-TécnicaApós a Segunda Guerra Mundial, as
fortes mudanças económicas, sociais, políticas e
culturaisnos países mais desenvolvidos (E.U.A. e Europa
Ocidental) tiveram implicações determinantesno
funcionamento das organizações, fazendo emergir a abordagem
sócio-técnica.A abordagem sócio-técnica privilegiou nos
seus estudos uma intervenção centrada naparticipação
democrática dos trabalhadores nas organizações e, por outro
lado, desenvolveu ummodelo de análise baseado no equilíbrio
e optimização dos subsistemas técnico e social
nofuncionamento das organizações.Sob forte influência da
Teoria Geral dos Sistemas, com particular ênfase para a
perspectiva deBertalanffy (1973), as organizações das
décadas de 1940-1950 teriam que ser observadasenquanto
sistemas abertos, isto é, como realidades integradas e
universais. Pela primeira vez, sãocriticados os modelos
taylorista e burocrático de organização do trabalho
caracterizados 2
3.enquanto modelos fechados, isolados do ambiente externo
circundante e seguindo o imperativotecnológico.Os sistemas
abertos, pelo contrário, apresentam relações de intercâmbio
com o ambiente atravésda troca de informação, recursos,
matéria e energia. São eminentemente adaptativos para
sobreviverem e reajustam-se constantemente às condições do
meio, de forma a produzirem a ordem e a organização do
sistema, ao mesmo tempo que contrariam a desintegração da
entropia positiva que é produzida internamente.As
organizações, segundo a teoria geral dos sistemas, são
analisadas como sistemas abertos, cujo funcionamento incide
em três premissas específicas: 1. Serem interdependentes (a
mudança numa das partes do sistema afecta todas as outras
partes do sistema organizacional); 2. Serem totais (há que
encarar a organização do ponto de vista do seu
funcionamento global); 3. Serem sinergéticas (compreendendo
o sistema interactivo das partes da organização e explicar
que o todo é maior que a soma das partes).Na medida em que
existe interdependência entre as diferentes partes da
organização enquantosistema, a teoria geral dos sistemas
ajuda a estabelecer as fronteiras específicas da
organização,dando-nos a perceber a sua localização,
identificação social, os seus objectivos, as
suasestruturas, os seus valores, as suas funções
específicas e de que forma importam e exportamenergia,
recursos, informação e matérias do meio ambiente.Na
perspectiva sociológica da teoria geral dos sistemas, H.
Spencer e T. Parsons reflectiramsobre a organização
enquanto sistema aberto e organismo social defendendo que
as organizaçõestendem a evoluir de formas simples e
homogéneas para formas complexas, heterogéneas emutuamente
dependentes umas das outras, funcionando no sentido da
produção de resultadoscomuns. Tal exige modelos
institucionalizados de cultura normativa (valores, normas,
papéis,colectividades) que definem e orientam a ordem
social das organizações da sociedade, bemcomo, do
comportamento dos grupos e dos indivíduos, onde passam a
ser formalizados os níveishierárquicos da autoridade e
papéis inerentes, seja dentro dos grupos, das organizações
ou daprópria sociedade.No domínio da psicossociologia das
organizações destacam-se Kartz e Kahn que no seu
modeloteórico dão especial atenção aos problemas das
relações, das estruturas e da interdependênciaque enformam
o funcionamento das organizações. As organizações são, para
estes autores,sistemas abertos porque dependem do meio
ambiente circundante ao mesmo tempo que sãosistemas sociais
com cultura, valores, estruturas, normas e regras.
Funcionam como um sistemade papéis com características
específicas, dado serem constituídos por seres humanos,
recursos 3
4.materiais e tecnológicos que não interagem de forma
natural mas humana, resultado das atitudes,percepções,
motivações, crenças, hábitos e expectativas dos seres
humanos, razão pela qualnecessitam de utilizar forças de
controlo, coordenação e planeamento para reduzir a
variabilidadedo comportamento humano e tornar possível
alcançar os mesmos resultados para o sistema social(por
parte dos fundadores, líderes e restantes membros da
organização).Ambas as perspectivas (sociológica e
psicológica) da teoria geral dos sistemas constituem-se
edesenvolvem-se como resposta a um paradigma científico que
pretende explicar e compreenderas organizações enquanto
sistemas abertos numa relação de troca de inputs e outputs
com o meioambiente envolvente.2.2. Interacção entre o
sistema técnico e o sistema social na organização do
trabalhoVulgarizado na Europa do Norte, o modelo conceptual
da abordagem sócio-técnica obdece auma lógica completamente
distinta do taylorismo, afirmando cientificamente a ruptura
com osprincípios da Organização Científica do Trabalho:
percelarização, especialização, imposição detempos,
individualização, separação controlo/execução a favor da
criação de grupos semi-autónomos de produção caracterizados
pelos princípios de aprendizagem, autonomia,
iniciativa,flexibilidade e envolvimento dos
trabalhadores.Os principais representantes desta nova
abordagem organizacional (Trist, Emery, Rice,Banforth), ao
defenderem a empresa enquanto sistema sócio-técnico aberto
onde há dois grandessubsistemas que se interpenetram (o
técnico e o social), rompem com 1) o postulado
dodeterminismo tecnológico, segundo o qual era a aplicação
do sistema técnico que garantia adistribuição por postos de
trabalho, individuais e não qualificados e com 2) o
postulado de que oindivíduo devia ser o elemento base sobre
o qual era organizado o trabalho. No essencial, sãoestas
duas rupturas que marcam a originalidade da corrente sócio-
técnica, difundida peloTavistock Institute.O Tavistock
Institute concebe a organização como um sistema sócio-
técnico resultante dainteracção entre o sistema tecnológico
e o sistema social. Enquanto o sistema tecnológico
édeterminado pelas exigências típicas das tarefas que são
executadas em cada organização, querem termos de
competências quer dos conhecimentos exigidos pelo tipo de
equipamento,estruturas físicas e matérias-primas, o sistema
social é constituído pelas pessoas e
respectivasinteracções. Ambos os subsistemas são mutuamente
dependentes, influenciando-sereciprocamente, isto é, a
natureza da tarefa influencia a forma de dispor e organizar
as pessoas ea características psicossociais determinam cada
posto de trabalho.A premissa de equacionar a organização
como um sistema aberto em permanenteinterdependência com o
meio envolvente torna necessário o desenvolvimento de modos
4
5.colaborativos de acção, cabendo ao sistema técnico o
controlo das ferramentas e técnicasadequadas às tarefas de
conversão dos inputs em outputs, sendo responsável pela
eficiênciapotencial das organizações e ao sistema social a
responsabilidade pela divisão do trabalho e suacoordenação,
quer ao nível das pessoas quer da própria estrutura de
trabalho, estando-lheatribuída como principal função a
transformação da eficiência potencial em eficiência
real.Importa, portanto, à abordagem sócio-técnica analisar
o sistema de trabalho como um todo –tarefas, tecnologias,
pessoas e estruturas – assumindo-se estas como variáveis
básicas einterdependentes para a mudança
organizacional.Pela primeira vez, a organização é descrita
como uma realidade sistémica, onde o indivíduo maisdo que
extensão da máquina, complementa-a, onde a importância do
grupo de trabalho sesobrepõe ao indivíduo, valorizando-se a
supervisão interna pelo grupo e não a supervisão
doindivíduo pelo supervisor.3. O Modelo de Análise proposto
por Emery e Trist para diagnóstico fabrilReconhecidos como
os principais autores da abordagem sócio-técnica, Frederic
Emery (1925-1997) e Eric Trist (1911-1993) consideraram que
as empresas são compostas por um subsistematécnico e por um
subsistema social. Defendiam que embora sejam dois
subsistemas distintos, asua dinâmica funcionamento interno
é fundamentalmente interdependente e interactiva.
Daquiresulta uma actividade sistémica com capacidade de
produzir a auto-regulação do sistemaorganizacional e
optimizar o conhecimento técnico das relações existentes
entre a componentetécnica e a organização. Simultaneamente,
ambos os psicossociólogos, ao conceberem asempresas como
sistemas abertos, propunham estudar a relação entre os
sistemas tecnológico esocial a quatro níveis: 1)
individual; 2) grupos de trabalho primários; 3) unidades
internasalargadas envolvendo vários níveis de gestão e; 4)
a empresa como um todo.Para Emery e Trist existe o primado
do estudo dos sistemas e dos subsistemas de produção
dasorganizações, das interdependências existentes entre a
execução das tarefas e as formas reais daorganização do
trabalho, isto é, consoante as formas de organização do
trabalho adoptadas, assimse pode medir a sua produtividade,
absentismo, qualidade, rotatividade e acidentes. Por
essarazão, para a abordagem sócio-técnica, existem formas
variadas de ajustamento do sistema socialrelativamente às
contingências do sistema técnico e em que medida este é
determinante dadinâmica do sistema social.“O sistema
tecnológico funciona como uma das condições limitativas
determinantes do sistemasocial da empresa e tem um papel
intermédio entre os fins de uma empresa e o seu
ambienteexterior…a componente tecnológica não somente
estabelece os limites nos quais se pode agir, 5
6.mas também, pelo processo de adaptação, cria as
necessidades que devem ser tomadas em linhade conta pela
organização interna e os objectivos da empresa” (Emery et
al., 1963). Pesquisa-acçãoFoi um conceito metodológico
desenvolvido por Kurt Lewin (1965) que defende que a
utilizaçãodeste método implica construir uma teoria e, a
partir desta, estudar um grupo ou organizaçãocom o
objectivo de modificá-lo. Centra-se numa abordagem de
resolução de problemas. Paraisso há que considerá-la uma
metodologia que processualmente se desenvolve em 6
principaisfases sequenciais e cíclicas: “Diagnóstico,
recolha de dados, feedback ao cliente, a discussão dosdados
pelo cliente, o plano de acção e a acção”.Na abordagem
sócio-técnica das organizações, ao privilegiarem-se os
subsistemas técnico esocial, Emery e Trist utilizaram o
método de pesquisa-acção. Tinham como intenção provocar
amudança e o desenvolvimento organizacionais no sentido
oposto ao que era desenvolvido pelascorrentes tecnocratas e
mecanicistas (onde havia uma sobreposição das forças
causais sobre osvalores e normas dinamizadas pelos
indivíduos e grupos) a favor de uma abordagem por via
dainteracção e interdependência entre o sistema social e
técnico.Esta intervenção metodológica implicava a
colaboração entre os investigadores externos e asdiferentes
categorias de pessoal que procuravam solucionar problemas
sociais e técnicos queinviabilizassem os processos de
mudança e de desenvolvimento organizacionais. Logo,
aadopção desta metodologia pressupunha um programa de
estudos, experimentação e acções quevisavam resolver os
problemas existentes nas organizações através de uma
aprendizagemsistemática dos investigadores externos e dos
membros da organização que intervieram nessesprocessos.
Tal, exigia que todos os membros interagissem de forma a
socializar a percepção e asuperação dos problemas
existentes na organização. Experiências de intervençãoEste
contexto histórico Pós Segunda Guerra Mundial foi propício
ao desenvolvimento dostrabalhos de investigação da
abordagem sócio-técnica, porque as suas hipótese teóricas
emétodos de intervenção eram manifestamente positivos para
superar os efeitos nefastos dosprincípios e práticas
tayloristas e burocráticas institucionalizados na
organização do trabalho.Acresce a esse elemento favorável
de desenvolvimento, o clima de diálogo gerado
entresindicatos, associações patronais e o Estado, no
quadro institucional da negociação, participaçãoe
contratação colectiva, inscritas nos princípios da
democracia industrial e da co-gestão que seestava a
desenvolver em certos países (Trist, 1981). 6
7.São conhecidas algumas experiências emblemáticas desta
abordagem realizadas porinvestigadores do Tavistock
Institute em Inglaterra, Suécia, Índia, Noruega.Por ordem
histórica e cronológica destacam-se as experiências da
“Glacier Metal Company” edas minas de carvão, na Grã-
Bretanha e a democracia industrial, na Noruega. Outros
estudosforam feitos por ex. na Shell inglesa, na SAAB-
Scania e na Volvo, na Suécia bem como naempresa têxtil de
Ahmedabad, na Índia, corporizando mudanças importantíssimas
naorganização do trabalho, nomeadamente na maior
participação dos trabalhadores nos aspectosrelacionados com
a execução de tarefas, gerando-se uma melhor ambiência
social e um aumentoda produtividade do trabalho.3.2.1. A
Experiência da “Glacier Metal Company”Este estudo
experimental foi liderado por Elliot Jacques (consultor-
investigador e médico) desde1948 até 1970, numa empresa
metalúrgica situada com 1300 trabalhadores, situada nos
arredoresde Londres. Inspirado nos métodos de intervenção
da pesquisa-acção teve a oportunidade defazer uma
investigação baseada nos postulados teóricos e práticas
psicanalíticas esocioanalíticas, com a finalidade de ajudar
a resolver problemas humanos na organização. Osproblemas
eram sobretudo provenientes das tensões entre pessoas e
grupos ou entre osindivíduos e a organização. Pretendia,
através do seu desbloqueamento, viabilizar
orestabelecimento de relações sociais construtivas
conducentes ao bom funcionamento daempresa.A sua
intervenção foi muito importante, sobretudo nas soluções
apresentadas para resolver astensões e conflitos
interpessoais e intergrupais gerados pelos processos de
mudançadesenvolvidos pela empresa entre 1948 e 1951,
devidos ao despedimento de cerca de 250trabalhadores,
provocado pela crise da indústria mecânica.Esta intervenção
processou-se a 3 níveis básicos:- Na estrutura social da
empresa (Rede de posições dos indivíduos e grupos
distribuídos por umconjunto de papéis, determinando as
relações sociais formais na organização);- Na cultura da
organização (modo tradicional de pensamento e acção que é
partilhado pelosdiferentes membros na empresa que se
manifestam directamente nos diferentes
comportamentosadoptados) e;- Na personalidade dos membros
da organização (atitudes, crenças, desejos ambições,
simpatiase antipatias, aptidões para estabelecer relações e
liderar pessoas, conhecimentos e inteligência).Para o
autor, era importante estudar estes três níveis de forma
articulada porque qualquerorganização só pode ser estudada
correctamente se for vista como um processo de interacção 7
8.constante entre a estrutura, a cultura e a personalidade,
dado uma mudança num destes níveisrepercutir-se no
funcionamento global da organização.Uma das principais
causas de problemas que afectou negativamente o
funcionamento da empresae criou situações de resistência ao
processo de mudança, resultou de ansiedades derivadas
dascontradições entre a personalidade dos indivíduos e as
exigências do papel que eram obrigados aassumir e, por
outro lado, das situações de stress nos grupos. Tudo isto
provocado pelamultiplicidade de papéis que um mesmo
indivíduo é obrigado a assumir dentro da organizaçãolevando
a uma indefinição do seu comportamento na relação com os
membros com queminterage ao mesmo tempo que começam a
surgir distorções no processo comunicacional devidoàs
situações de ambiguidade criadas nas relações entre papéis,
gerando stress, conflito eansiedade no grupo. Para Jacques,
para superar essas contradições, havia que mudar as
funçõesatribuídas aos papéis de liderança sobre os
indivíduos e grupos e identificar o sistema deremuneração
salarial com períodos de autonomia de trabalho, uma vez que
esta multiplicidade depapéis dava lugar à falta de
responsabilização e indefinição relacional. Logo a solução
passavapor dar aos grupos maior responsabilidade e
autonomia na execução das suas tarefas. Interessavaainda
instituir um sistema de remuneração justo e equitativo, de
modo a identificar apersonalidade, o papel, o salário e o
tempo de trabalho para todos os membros da organização
aomesmo tempo que se dava maior autonomia aos subordinados
para potenciar a sua liberdade deacção, as suas faculdades
e iniciativas pessoais face ao trabalho estipulado pelas
suas chefias.3.2.2. A Intervenção nas Minas de Carvão na
Grã-BretanhaEm finais da década de 1940 os investigadores
do Tavistock Institute, Trist e Bantorth actuam aonível dos
problemas sociopsicológicos das minas de carvão da Grã-
Bretanha.Verificava-se que existia um estado de espírito
negativo no seio dos mineiros e, por outro lado,
aorganização do trabalho em algumas minas de carvão tinha
efeitos negativos na produtividade,na satisfação do
trabalho e no absentismo do local de trabalho. Esta
situação levou a que Trist eBanforth liderassem uma equipa
de investigadores para fazerem um estudo, em duas
fasesdistintas:Numa primeira fase foi feito um estudo
histórico comparativo sobre a organização do trabalhonas
minas de carvão na Grã-Bretanha, antes e depois da
introdução da mecanização no processode trabalho. Numa
segunda fase foram observadas mudanças na organização do
trabalho emalgumas dessas minas.Verificaram que, antes da
introdução da mecanização, o trabalho era realizado em
equipa. Asdiferentes operações eram executadas de forma
interdependente e autónoma por cada equipa demineiros.
Existia rotação na execução das diferentes tarefas, os
salários eram iguais e estavam 8
9.dependentes da produtividade de cada equipa de trabalho.
Existia um conjunto de estímulos emotivações que se
expressava na concorrência entre as diferentes equipas de
trabalho de forma aproduzirem o máximo e a receberem a
maior massa salarial possível. Para conseguir
estesobjectivos cada equipa de trabalho possuía autonomia
para escolher a sua equipa de mineiros,dando-lhe uma grande
coesão e identidade social. Esta autonomia, a satisfação no
trabalho e aamizade entre os diferentes membros das equipas
levava a que a produtividade do trabalhoatingisse altos
índices e o absentismo e os conflitos laborais fossem quase
inexistentes.Com a introdução da mecanização, os princípios
e práticas do taylorismo ganham força. Desdeentão cada
mineiro fica encarregado de um único posto de trabalho e de
executar uma só partedas tarefas que antes eram
distribuídas rotativamente por toda a equipa. A nova
organização dotrabalho introduzida pela mecanização das
tarefas traduziu-se na formação de um sistema deremuneração
diferenciado, no desenvolvimento da especialização do
trabalho e no aumento donúmero de qualificações que estavam
relacionadas com a execução das tarefas. Contudo,verifica-
se que, com a mecanização, a produtividade aumenta mas
também aumentam oabsentismo e os conflitos sociais. Esta
realidade resultava dos efeitos perversos criados
pelaespecialização do trabalho na execução das tarefas, na
divisão social do trabalho e nadiferenciação dos sistemas
de remuneração. Estas mudanças destruíram as bases da
fraternidadee da cooperação que fundamentavam a interacção
e a interdependência no seu seio,desencadeando o aumento da
conflitualidade interpessoal e diminuição da motivação e
satisfaçãoem relação ao trabalho.Os investigadores Trist e
Banforth tiveram oportunidade de observar outras minas de
carvãocomo Haighmoor, em 1959 e Durham, depois de 1954,
verificando que embora utilizando amesma tecnologia
adoptaram uma organização diferente do trabalho. Nestas
minas cada grupoera suficientemente autónomo para
desenvolver as suas tarefas não necessitando de
qualquersupervisão, onde o sistema de remuneração e os
prémios de produtividade resultavam dotrabalho de cada
grupo e não das qualificações e produtividade do trabalho
específico de cadatrabalhador. Todos participavam e
decidiam sobre as formas mais adequadas de organização
dotrabalho. Como resultado, a moral, a coesão, a identidade
social dos mineiros e a produtividadedo trabalho aumentaram
extraordinariamente, ao mesmo tempo que o absentismo e os
conflitoslaborais decresceram significativamente.3.2.3. A
Democracia Industrial na NoruegaEste projecto esteve a
cargo de uma equipa de investigadores liderada por Torsrud
e Emery nosfinais da década de 1950. Procuraram articular o
impacto das novas tecnologias sobre a 9
10.organização do trabalho a nível do funcionamento
primário das empresas à escala global dasociedade,
realizando um total de quatro importantes experiências em
empresas da Noruega.Predominava neste país nórdico uma
excessiva centralização nos processos de tomada de decisãoe
as associações sindicais transformaram-se em grandes
organizações burocráticas. Nestecontexto tornava-se difícil
operacionalizar a participação e a decisão dos
trabalhadores noprocesso de trabalho relacionado com a
execução das tarefas e o funcionamento da organizaçãoem
geral. Tal levou à adopção de uma nova organização do
trabalho identificada com aresolução dos problemas de
ineficácia dos Recursos Humanos e à difusão dos princípios
epráticas da democracia industrial na Noruega.Este projecto
procurou, portanto, estudar as possibilidades de
representação operária nosconselhos de administração das
empresas. Chegou-se à conclusão que para o projecto
dademocracia industrial avançar na Noruega tornava-se
necessário reestruturar toda a organizaçãodo trabalho, no
plano das estruturas e autoridade vertical e horizontal, de
forma a permitir quetodos os trabalhadores pudessem
participar e decidir democraticamente sobre o funcionamento
econsecução dos objectivos das empresas. A segunda fase
consistiu na formação de grupos semi-autónomos em várias
empresas, com o objectivo de equacionar as possíveis
modalidades dereestruturação da organização social do
trabalho.As quatro experiências realizadas em empresas
norueguesas permitiram constatar que:1ª. Numa fábrica
metalúrgica com princípios e práticas tayloristas foram
criados grupos semi-autónomos. Como resultado, aumentou a
produtividade mas verificou-se uma série de
conflitosresultantes da exigência de um aumento
salarial.2ª. Numa fábrica de papel que utilizava um método
de produção contínua foi feito um estudosobre as relações
interpessoais e o processo comunicacional na empresa. Esta
experiênciapermitiu verificar que a eficiência da empresa
passava pela descentralização da informação, oque exigia a
mudança no papel da chefia e da liderança relativamente aos
seus subordinados,permitindo assim uma maior participação
dos trabalhadores no acesso e gestão da informação.3ª. No
departamento da produção de caloríferos da fábrica Nobo,
reorganizou-se o trabalho emgrupos semi-autónomos sendo da
sua responsabilidade o controlo e coordenação das tarefas;
odesenvolvimento de formação a todos os trabalhadores para
executarem as diferentes tarefas,incentivou-se a
rotatividade dos postos de trabalho e tarefas consoante as
conveniências dogrupo; introduziu-se a supervisão apenas no
final do produto e o sistema de remuneraçãoassentava num
salário baseado na antiguidade e na experiência, assim como
um prémio degrupo.Esta experiência foi considerada muito
positiva porque permitiu observar que a constituição
dosgrupos semi-autónomos, identificados com os princípios
da democracia industrial, aumentava a 10
11.produtividade do trabalho. Por outro lado, a
rotatividade do pessoal e o absentismo diminuíram,enquanto
a motivação e satisfação no trabalho aumentaram.4ª. Numa
fábrica de adubos foram criadas 5 equipas de trabalho com
12 pessoas cada. Em cadaequipa existiam 3 grupos, sendo
cada grupo constituído por 4 pessoas. Cada elemento da
equipapodia participar integralmente nas tarefas da equipa
e todos tinham o conhecimento necessárioda globalidade do
processo de trabalho. O grupo de trabalho passou a ter a
responsabilidade pelacoordenação da execução das tarefas
(que anteriormente faziam parte da supervisão). Estamudança
obrigou à existência de uma grande formação e polivalência
profissional para todos osmembros dos grupos, instituindo-
se a aprendizagem como rotina no seio de cada grupo.
Osresultados foram francamente animadores. O absentismo
diminuiu, a produtividade do trabalhoaumentou
significativamente, ao mesmo tempo que a moral e a
satisfação dos operários eragrande.Destas experiências
foram extraídos alguns ensinamentos que passaram a
corporizar ospressupostos teóricos e metodológicos da
abordagem sócio-técnica. Trist (1978:57) sintetizaalgumas
dessas principais diferenças, com o objectivo de alertar
para os grandes problemas dagestão de topo bem como dos
problemas primários dos departamentos e grupos de trabalho:
Antes da Mudança Depois da mudança Separação entre
supervisão e execução. Grupos organizados por grupos de
trabalho semi-autónomos. Cada trabalhador desempenha uma
única Os trabalhadores rodam sistematicamente entre tarefa.
tarefas. Cada posto de trabalho tem um trabalhador Os
postos de trabalho não estão associados a particular.
trabalhadores particulares. Não há movimentação de
trabalhadores de um Os trabalhadores movem-se livremente de
um grupo de trabalho para outro. grupo de trabalho para
outro.4. Súmula conclusiva e análise crítica à abordagem
sócio-técnicaAs organizações são entendidas como sistemas
sociais assentes na interdependência e nainteracção entre
os seus subsistemas estruturais e funcionais, nomeadamente
na execução detarefas, no processo de tomada de decisão e
na organização do trabalho.Na abordagem sócio-técnica, para
uma mesma tecnologia, é possível estruturar uma
organizaçãodo trabalho baseada nas decisões e participação
do trabalho em grupo. É o grupo, através do
seufuncionamento interno, que coordena e controla a
execução das tarefas, não existindo umasupervisão externa.
As relações entre os diferentes trabalhadores passam a ser
dominadas pela 11
12.cooperação e solidariedade, fomentando a coesão e a
integração sociais, imprescindíveis para aconsecução dos
objectivos do grupo e da organização.Outro pressuposto
norteador da corrente sócio-técnica está em defender que o
trabalho enquantoacção humana e social relacionada com
qualquer tecnologia, atinge uma maior eficiência emgrupo do
que circunscrito a uma função polarizada do trabalho
individual centrada naespecialização e na competição entre
os diferentes indivíduos que executam uma
determinadatarefa.Os diferentes estudos de intervenção da
corrente sócio-técnica nas empresas da Noruega, Grã-
Bretanha, índia, Suécia demonstram várias virtualidades nas
novas formas de organização dotrabalho adoptadas após as
décadas de 1940-1950:a) sendo os trabalhadores a decidir e
participar na organização do trabalho, a sua criatividade
eresponsabilidade de execução das tarefas aumentam
substancialmente;b) aumentando a motivação e a identidade
em relação ao trabalho, desenvolve-se a coesãosocial e a
eficiência nas empresas;c) uma mudança organizacional
positiva exige um diálogo profundo e sistemático
entreinvestigadores e organização, por forma a permitir uma
intervenção baseada na pesquisa-acção,que tem por intenção
não só realizar diagnósticos aprofundados ao problemas que
afectam ofuncionamento interno da empresa como também
permitir a sua superação através de condutashumanas
assentes em relações interpessoais dialógicas e
democráticas.Numa perspectiva geral das correntes do
pensamento em gestão, a abordagem sócio-
técnica,impulsionada pelo Tavistock Institute, mais do que
a criação de formas inteiramente novas deorganização do
trabalho deve ser vista como parte de uma metodologia capaz
de repensar aorganização do trabalho na empresa
paralelamente ao modelo da Organização Científica
doTrabalho pois, num ambiente económico global e
competitivo, torna-se imperioso nãoequacionar um único
caminho em matéria de organização do trabalho e gestão de
empresas.Segundo o modelo conceptual da abordagem sócio-
técnica constatamos que era sua intençãodinamizar a
aprendizagem, a participação activa dos diferentes actores
na empresa (desde adirecção aos trabalhadores) e o
desenvolvimento da autonomia e responsabilidade
doscolaboradores com o objectivo de contribuir para a
melhoria da qualidade de vida no trabalhobem como da
performance sócio-económica da empresa.Neste sentido, a
abordagem sócio-técnica revela-se muito actual,
nomeadamente no contextoempresarial português onde, para a
análise e melhoria da produtividade, teremos que ter
emconta não apenas variáveis ligadas ao capital físico,
tecnológico e humano da empresa mastambém incluir o desenho
organizacional da empresa e a maneira como ela organiza o
trabalho, 12
13.preocupações estas preconizadas pela primeira vez pelos
autores da abordagem sócio-técnica nateoria das
organizações.Contudo, hoje continuamos a verificar que a
maioria das empresas nacionais ainda segue umalinha muito
mais tecnológica do que humana, o que pode ser explicado
pela falta de recursoshumanos qualificados e acentuado
défice de participação do pessoal nas mudanças
técnicas,tecnológicas e organizacionais introduzidas nas e
pelas empresas. Portugal revela ainda umacultura
empresarial fortemente enraizada nos princípios tecnocratas
e burocráticos daOrganização Científica do Trabalho,
valorizando o lucro em detrimento do desenvolvimento doseu
capital intelectual. As empresas tendem a inovar, na maior
parte dos casos, ao nível dosprocessos tecnológicos e só
muito raramente essa inovação é ao nível sócio-
organizacional, oque pode explicar o insucesso empresarial
e produtivo da nossa realidade económica actual.
Estepressuposto leva-nos a concluir da necessidade de
colocar ao mesmo nível quer a inovaçãotecnológica quer a
inovação organizacional e social da empresa como dois pólos
igualmenteimportantes para melhoria da viabilidade e
competitividade empresarial.Se tomarmos como exemplo o caso
japonês, constatamos que eles, ao contrário das
empresasportuguesas, explicam o seu sucesso organizacional
mais pela eficácia na gestão de pessoas, namotivação de
comportamentos e na gestão de uma cultura organizacional
congruente com o meioambiente do que na eficácia dos
equipamentos tecnológicos. Investiram, nos últimos
anos,sobretudo no enriquecimento do conteúdo de trabalho,
na iniciativa, responsabilidade eautonomia funcionais bem
como em modelos de gestão assentes na polivalência e
empowermentpara fazer face aos desafios colocados pela
evolução do meio em que operam.Ainda que a abordagem sócio-
técnica assentasse em ideias inteiramente novas e
diferentes faceao paradigma taylorista elas foram alvo de
forte oposição por parte das organizaçõescontemporâneas,
uma vez que ameaçavam as estruturas de poder. Contudo
também se reconhecea sua influência nas mudanças trazidas
ao nível dos valores sociais e seus efeitos nasorganizações
e indivíduos, nomeadamente na alteração da sua performance
produtiva, nasoportunidades de aprendizagem, na variedade
funcional, no apoio organizacional e no maiorpoder de
decisão e responsabilidade, capazes de incentivar a
flexibilidade e a aquisição de novascompetências tornando
as empresas mais competitivas e facilitando a sua
constanteadaptabilidade às variações do meio envolvente,
muito características da sociedade económicaactual. 13
14.Principais ReferênciasEmery, F.E. (1959),
Characteristics of Socio-technical Systems, Tavistock,
London.Emery, F.E. e Trist, E.L. (1964), “Social-technical
Systems”, Management Sciences: Models andTechniques,
Churchman, C.W. e Verhulst, M. (Eds.), New York,
Pergamon.Ferreira, J.M.C. (2001) “Teoria Geral dos Sistemas
e Abordagem Sociotécnica”, in FerreiraJ.M.C., Neves, J. e
Caetano, A. (Eds) Manual de Psicossociologia das
Organizações, Amadora,McGraw-Hill Portugal, pp.49-75.Trist,
E.L.; Higgin, G.; Murray, H. e Pollock, A. (1963),
Organisational Choise, London,Tavistock.Trist, E. L. (1978)
“On Socio-technical Systems”, in William A. Pasmore and
John J. Sherwood(eds), Socio- Technical Systems: A
Sourcebook, LaJolla CA:University Associates Inc., pp. 43-
57.Trist, E.L. (1981) “The evolution of socio-tecnical
systems, Issus in the quality of working life”,ocasional
papers, June, Canada, Ontário Ministry of Labour. 14
TEORIA DOS SISTEMAS CAP. 17 - CHIAVENATO (ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO FSA)
1.INTRODUÇÃOA Teoria de SistemaÉ um ramo específico da
Teoria Geral de Sistemas (TGS).Com ela, a abordagem
sistêmica chegou à TGA a partir dadécada de 1960 e tornou-
se parte integrante dela.
2.ORIGENS DA TEORIA DOS SISTEMASA TGS surgiu com os
trabalhos do biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy.
Ospressupostos básicos da TGS são: Existe uma tendência
para a integração das ciências naturais e sociais; Essa
integração parece orientar-se rumo a uma teoria dos
sistemas; A teoria dos sistemas constitui o modo mais
abrangente de estudar os campos não-físicosdo conhecimento
científico, como as ciências Sociais; A teoria dos
sistemas desenvolve princípios unificadores que atravessam
verticalmente osuniversos particulares das diversas
ciências envolvidas, visando ao objetivo da unidade
daciência; A teoria dos sistemas conduza uma integração na
educação científica.
3.ORIGENS DA TEORIA DOS SISTEMASLudwig Von
Bertalanffy(1901-1972)Visão criticaFísica, Química,
Biologia, Psicologia, Sociologia.A TGS afirma que deve
estudar os sistemas globalmente;
4.ORIGENS DA TEORIA DOS SISTEMASA TGS fundamenta-se em três
premissas básicas, a saber:Os sistemas existem dentro de
sistemas;SubsistemaOs sistemas são abertos;Meio Ambiente
constituído por outro sistemaSistema dependem de sua
estruturaObjetivo e finalidade
5.ORIGENS DA TEORIA DOS SISTEMASA Teoria de Sistemas
introduziu-se na teoria administrativa porvárias razões:A
necessidade de uma síntese e integração das teorias que
aprecederam;A Cibernética permitiu o desenvolvimento e a
operacionalização dasideias;Os resultados bem-sucedidos da
aplicação da Teoria de Sistemas nasdemais ciências.
6.CONCEITO DE SISTEMASO termo sistema é empregado de varias
formas, mas quedenotam o mesmo significado: Sistema é um
conjunto de elementos em interação recíproca; Sistema é um
conjunto de partes reunidas que se relacionam entre si
formando umatotalidade; Sistema é um conjunto de elementos
interdependentes, cujo resultado final é maiordo que a soma
dos resultados que esses elementos teriam caso operassem
demaneira isolada;
7.CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMASAs características básicas do
sistema de acordo com a definiçãode Bertalanffy,
são:Propósito ou objetivo: Todo sistema tem um ou alguns
propósitos ouobjetivos;Globalismo ou totalidade: Qualquer
mudança que ocorrer em qualquerparte do sistema vai alterar
na sua totalidade.
8.TIPOS DE SISTEMAHá uma variedades de sistemas e várias
tipologias para classifica-los. Ostipos de sistema
são:Quanto a sua constituição os sistemas podem ser:
Sistemas Físicos ou Concretos; Sistemas Abstratos ou
Conceituais.Quanto a sua natureza os sistemas podem ser:
Sistemas Fechados; Sistemas Abertos.
9.PARÂMETRO DOS SISTEMASParâmetros são constantes
arbitrárias que caracterizam, por suaspropriedades, o valor
e a descrição dimensional de um sistema ou componente
dosistema. Os Parâmetros dos sistemas são: Entrada ou
insumo (Input); Saída ou produto ou resultado (output);
Processamento ou processador ou transformador
(throughput); Retroação, retroalimentação, retroinformação
(feedback); Ambiente.
10.REPRODUÇÃO GRÁFICA DE UM SISTEMA
11.SISTEMA ABERTOO sistema aberto se caracteriza por um
intercâmbiode transações como ambiente e conserva-
seconstantemente no mesmo estado (auto regulação) apesarde
a matéria e a energia que o integram se
renovaremconstantemente (equilíbrio dinâmico ou
homeostase).
12.DIFERENÇA ENTRE SISTEMA FECHADO E SISTEMAABERTOSistema
Aberto Sistema FechadoEstá em constante interação dual como
ambiente. Não interage com o ambiente.Tem capacidade de
crescimento, mudança, adaptaçãoao ambiente e até auto
reprodução sob certas condiçõesambientais.O Sistema Fechado
não tem essa capacidade.Possui a capacidade de competir com
outros sistemas. Não tem a capacidade de competir com
outrossistemas.
13.A ORGANIZAÇÃO COMO UM SISTEMA ABERTOO conceito de
sistema aberto é perfeitamente aplicável àorganização
empresarial. A organização é um sistema criadopelo homem e
mantém uma dinâmica interação com seumeio ambiente, sejam
clientes, fornecedores, concorrentes,entidades sindicais,
órgãos governamentais e outros agentesexternos.Em suma, o
sistema aberto "pode ser compreendidocomo um conjunto de
partes em constante interação einterdependência,
constituindo um todo sinérgico, orientadopara determinados
propósitos e em permanente relação deinterdependência com o
ambiente.”
14.CARACTERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS ABERTOSAs
organizações possuem as características de sistemas
abertos, a saber: Comportamento probabilístico e não-
determinístico; As organizações como partes de uma
sociedade maior e constituídas de partesmenores;
Interdependência das partes; Homeostase ou “estado
firme":A organização alcança um estado firme – ou seja, um
estado de equilíbrio-quando satisfaz dois requisitos:
Unidirecionalidade ou constância de direção. Progresso em
relação ao fim.
15.CARACTERÍSTICAS DA ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS
ABERTOSAlém do mais, a organização como um sistema aberto-
precisa conciliar dois processos opostos,ambos
imprescindíveis para a sua sobrevivência, a saber:•
Homeostasia;• Unidirecionalidade• Processo• Independência
das partes.• Fronteiras ou limites;• Morfogênese;•
Resiliência;
16.MODELOS DE ORGANIZAÇÕESExistem vários modelos que
explicam a organização como um sistemaaberto.Modelo de
Schein;Modelo sociotécnico;Modelo de Katz e Kahn
17.MODELO DE KATZ E KAHNKatz e Kahn desenvolveram um modelo
de organização pormeio da aplicação da Teoria dos Sistemas
à teoriaadministrativa. No modelo proposto, a organização
apresentaas características típicas de um sistema aberto.
18.A ORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA ABERTO Importação
(entradas); Transformação (processamento); Exportação
(saídas); Os sistemas são ciclos de eventos que se
repetem; Entropia negativa;
19.A ORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA ABERTO Informação como
insumo, retroação negativa e processo de codificação;
Estado firme e homeostase dinâmica; Diferenciação;
Eqüifinalidade; Limites ou fronteiras;
20.CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAISKatz e Kahn salientam que
cada organização cria sua própriacultura com seus próprios
tabus, uso se costumes. A cultura do sistemareflete as
normas e os valores do sistema formal e sua
reinterpretaçãopelo sistema informal, bem como decorre das
disputas internas e externasdas pessoas que a organização
atrai, seus processos de trabalho edistribuição física, as
modalidades de comunicação e o exercício daautoridade
dentro do sistema.
21.CONCEITO DE EFICÁCIA ORGANIZACIONALComo sistemas
abertos, as organizações sobrevivemenquanto forem capazes
de manter negentropia, isto é,importação sob todas as
formas, de quantidades maiores deenergia do que elas
devolvem ao ambiente como produto.
22.ORGANIZAÇÃO COMO SISTEMA DE PAPÉISPapel é o conjunto de
atividades solicitadas de um indivíduo queocupa uma
determinada posição em uma organização. Os requisitospodem
ser óbvios ao indivíduo devido ao seu conhecimento da
tarefa ou doprocesso técnico, ou lhe podem ser comunicados
pelos membros daorganização que solicitam, ou dependem de
seu comportamento no papelpara que possam atender às
expectativas de seus próprios cargos.
23.MODELO SOCIOTÉCNICO DE TAVISTOCKO modelo sociotécnico de
Tavistock foi proposto por sociólogos epsicólogos do
Instituto de Relações Humanas de Tavistock. Para eles
aorganização é um sistema sociotécnico estruturado sobre
doissubsistemas:• Subsistema técnico;• Subsistema social;
24.APRECIAÇÃO CRÍTICA DA TEORIA DOS SISTEMASDe todas as
teorias administrativas a Teoria de Sistemas é a menos
criticada,pelo fato de que a perspectiva sistêmica parece
concordar com a preocupação estrutural-funcionalista típica
das ciências sociais dos países capitalistas de hoje.Uma
apreciação crítica da Teoria de Sistemas revela os
seguintes aspectos: Confronto entre teorias de sistema
aberto e de sistema fechado; Caráter integrativo e
abstrato da teoria dos sistemas; O efeito sinérgico das
organizações como sistemas abertos; O “homem funcional”;
Uma nova abordagem organizacional; Ordem e Desordem;
Características básicas da análise sistêmica.
25.CONFRONTO ENTRE TEORIAS DE SISTEMA ABERTO E FECHADOA
abordagem de sistema aberto trouxe uma nova e moderna
concepção para aAdministração, a partir dos seguintes
aspectos: A natureza essencialmente dinâmica do ambiente
conflita com a tendência essencialmenteestática da
organização; Um sistema organizacional rígido não pode
sobreviver na medida em que não consegueresponder
eficazmente às mudanças contínuas e rápidas do ambiente.
Para garantir sua viabilidade, a organização como sistema
aberto oferece ao ambiente osprodutos que ele necessita e,
se for o caso, cria nele a necessidade de tais produtos,
poissomente assim garante a absorção dos produtos e a
provisão de insumos. O sistema precisa de constante e
apurada informação do ambiente sobre sua natureza, sobre
aqualidade e a quantidade dos insumos disponíveis e sobre a
eficácia ou adequação Dosprodutos ou respostas da
organização ao ambiente.
26.CONFRONTO ENTRE TEORIAS DE SISTEMA ABERTO E FECHADOAo
contrário da abordagem de sistema aberto, a velha
perspectiva desistema fechado levou a TGA às seguintes
distorções: A teoria administrativa ficou limitada às
regras de funcionamento interno, à apologia daeficiência
como critério básico da viabilidade organizacional e à
ênfase emprocedimentos e não em programas; A perspectiva
de organização como sistema fechado; Já que o ambiente não
faz diferença, a perspectiva da organização como sistema
fechadoleva à insensibilidade para a necessidade de
mudanças e adaptação contínua e urgentedas respostas da
organização ao ambiente.
27.O EFEITO SINÉRGICO DAS ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS
ABERTOSSinergia é o esforço simultâneo de vários órgãos que
provoca umresultado ampliado e potenciado. Uma das razões
para a existência dasorganizações é o seu efeito sinérgico
ou sinergístico. A sinergia faz com queo resultado de uma
organização seja diferente em quantidade ou qualidadeda
soma de suas partes.
28.O “ O HOMEM FUNCIONAL”O indivíduo comporta-se em um
papel dentro dasorganizações, interrelacionandos e com os
demais indivíduos como umsistema aberto. Nas suas ações em
um conjunto de papéis, o "homemfuncional "mantém
expectativas quanto ao papel dos demais participantese
procura enviar aos outros as suas expectativas de papel.
29.UMA NOVA ABORDAGEM ORGANIZACIONALA perspectiva sistêmica
trouxe uma nova maneira de ver as coisas.Não somente em
termos de abrangência, mas principalmente quanto aoenfoque.
O enfoque do todo e das partes, do dentro e do fora, do
total e daespecialização, da integração interna e da
adaptação externa, da eficiênciae da eficácia.
30.ORDEM E DESORDEMA principal deficiência que se constata
na noção de sistemas abertos éo conceito de equilíbrio. O
mesmo conceito perseguido pelos autoresestruturalistas e
comportamentais. O ciclo contínuo e ininterrupto
defuncionamento de um sistema cibernético (em que a entrada
leva aoprocessamento, que leva à saída, que leva à
retroação e que leva àhomeostasia) tem como produto final o
equilíbrio.
31.CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA ANÁLISE SISTÊMICA Ponto de
vista sistêmico; Abordagem dinâmica; Multidimensional e
multinivelada; Multimotivacional; Probabilística;
32.CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA ANÁLISE
SISTÊMICAMultidisciplinar;Descritiva;Multivariâvel;Adap
tativa.
Teoria do Desenvolvimento Organizacional (T.D.O)
Teoria do Desenvolvimento Organizacional (T.D.O)
Mudanças nas Organizações
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O Desenvolvimento Organizacional é um processo que está
relacionado com a Teoria Comportamental. O autor que
iniciou os estudos sobre essa teoria foi Leland Bradford.
Essa teoria aborda os estudos do comportamento humano e da
estrutura. Além disso, é um esforço para alterar
comportamentos, valores, atitudes e estrutura de uma
organização para que a organização se adapte as mudanças e
desafios cada vez mais comuns nas empresas.
A Teoria do Desenvolvimento Organizacional visa compreender
os ambientes internos e externos, decidir quais mudanças
poderão ser realizadas e quais são os impactos dessas
mudanças e junção das metas da empresa com as necessidades
de seus empregados.
Variáveis do Desenvolvimento Organizacional
•O meio ambiente, a influência das mudanças no ambiente
organizacional, crescimento tecnológico, crescimento das
comunicações, crescimento do conhecimento, etc;
•A organização, falando de assuntos como flexibilidade,
dinamismo e proteção contra as consequências geradas por
agitação ambiental;
•Grupo social, que envolve situações relacionadas a
conflitos, comunicação e liderança;
•A pessoa.
Comportamento Organizacional
As teorias que envolvem o comportamento organizacional
tiveram origem a partir da Revolução Industrial do século
XVIII e XIX. O surgimento de novas máquinas tornaram os
métodos utilizados até aquela época defasados. As empresas
possuíam poucos gerentes, mas com o crescimento das linhas
de montagem se tornou necessária uma mudança.
Quatro segmentos influenciaram a evolução dos
acontecimentos relacionados ao crescimento do Comportamento
Organizacional. O primeiro deles foi a administração
científica que abordava as etapas de produção e a eficácia
do comportamento. Já a outra abordagem trata sobre os
princípios da administração aumentado a eficácia dos
processos realizados pelos gerentes para obter resultados.
Uma outra abordagem aborda a característica de que uma
empresa é um sistema, uma armação inter-relacionada que
pode ser afetada pelo ambiente e recebe o nome de abordagem
dos sistemas abertos. O Comportamento Organizacional se
refere a relevância das pessoas em uma organização.
O TEXO ABAIXO FOI PESQUISADO EM OUTRO SITE: Se fonte
"TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL"
A Teoria do Desenvolvimento Organizacional (DO)
surgiu a partir de 1962, decorrente das ideias de vários
autores, a respeito do ser humano, da organização e do
ambiente em que estes crescem e se desenvolvem.
Assim, o conceito de Desenvolvimento
Organizacional está intimamente ligado aos conceitos de
mudança e de capacidade adaptativa à mudança
CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO
O conceito de organização para os especialistas
em D O é tipicamente comportamentalista: "uma organização é
a coordenação de diferentes atividades de contribuintes
individuais com a finalidade de efetuar transações
planejadas com o ambiente". Esse conceito utiliza a noção
tradicional de divisão do trabalho ao se referir às
diferentes atividades e à coordenação existente na
organização e refere-se às pessoas como contribuintes das
organizações, em vez de estarem elas próprias, as pessoas,
totalmente nas organizações. As contribuições de cada
participante à organização variam enormemente em função não
somente das diferenças individuais, mas também do sistema
de recompensas e contribuições pela organização.
Toda organização atua em determinado meio
ambiente e sua existência e sobrevivência dependem da
maneira como ela se relaciona com esse meio. Assim, ela
deve ser estruturada e dinamizada em função das condições e
circunstâncias que caracterizam o meio em que ela opera.
Os autores do DO adotam uma posição antagônica
ao conceito tradicional da organização, salientando as
diferenças fundamentais existentes entre os sistemas
mecânicos (típicos do conceito tradicional) e os sistemas
orgânicos (abordagem do DO).Os sistemas orgânicos tornam as
organizações coletivamente conscientes dos seus destinos e
da orientação necessária para melhor se dirigir a eles.
Desenvolvem uma nova conscientização social dos
participantes das organizações, os quais, contando com sua
vivência particular, seu passado pessoal e sua
autoconscientização, definem o papel deles em relação à sua
organização.
DIFERENÇAS ENTRE SISTEMAS MECÂNICOS E SISTEMAS ORGÂNICOS
Sistemas Mecânicos
Sistemas Orgânicos
- Ênfase exclusivamente individual e nos cargos da
organização.
- Relacionamento do tipo autoridade – obediência.
- Rígida adesão à delegação e à responsabilidade dividida.
- Rígidas divisão do trabalho e supervisão hierárquica.
- Tomada de decisões centralizada.
- Controle rigidamente centralizado.
- Solução de conflitos por meio de repressão, arbitragem
e/ou hostilidade. - Ênfase nos relacionamentos entre e
dentro dos grupos.
- Confiança e crença recíprocas.
- Interdependência e responsabilidade compartilhada.
- Participação e responsabilidade multigrupal.
- Tomada de decisões descentralizada.
- Amplo compartilhamento de responsabilidade e de controle.
- Solução de conflitos através de negociação ou de solução
de problemas.
CONCEITO DE CULTURA ORGANIZACIONAL
Toda organização tem a sua cultura própria. Dá-
se o nome de cultura organizacional ao modo de vida próprio
que cada organização desenvolve em seus participantes. A
cultura organizacional repousa sobre um sistema de crenças
e valores, tradições e hábitos, uma forma aceita e estável
de interações e de relacionamentos sociais típicos de cada
organização. A cultura de uma organização não é estática e
permanente, mas sofre alterações ao longo do tempo,
dependendo de condições internas ou externas. Algumas
organizações conseguem renovar constantemente sua cultura
mantendo a sua integridade e personalidade, enquanto outras
permanecem com sua cultura amarrada a padrões antigos e
ultrapassados.
Os autores do D.O. consideram que mudar a
estrutura organizacional não é suficiente para mudar uma
organização. A única maneira viável de mudar uma
organização é mudar sua cultura, isto é, os sistemas dentro
dos quais as pessoas vivem e trabalham. Para que as
organizações possam sobreviver e se desenvolver, para que
exista a renovação e a revitalização, deve-se mudar a
cultura organizacional.
Além da cultura organizacional, os autores do
DO põem ênfase no clima organizacional. O clima
organizacional constitui o meio interno de uma organização,
a atmosfera psicológica característica em cada organização.
O clima organizacional está intimamente ligado ao moral e à
satisfação das necessidades humanas dos participantes. O
clima pode ser saudável ou doentio, pode ser quente ou
frio, pode ser negativo ou positivo, satisfatório ou
insatisfatório, dependendo de como os participantes se
sentem em relação à sua organização. A dificuldade na
conceituação do clima organizacional reside no fato de que
o clima é percebido de maneiras diferentes por diferentes
indivíduos. Algumas pessoas são mais ou menos sensíveis do
que outras em relação a alguns aspectos do clima. Além do
mais, uma característica que parece ser positiva para uma
pessoa pode ser percebida como insatisfatória ou negativa
por outras. Assim, o clima organizacional é constituído por
"aquelas características que distinguem a organização de
outras organizações e que influenciam o comportamento das
pessoas na organização". O conceito de clima organizacional
envolve diferentes graus, como o tipo de organização, a
tecnologia utilizada, as políticas da companhia, as metas
operacionais, os regulamentos internos - todos constituindo
os fatores estruturais -, além de atitudes, formas de
comportamento social que são encorajadas ou sancionadas -
que são os fatores sociais. Assim, o clima resulta de um
completo envolvimento de componentes relacionados com
aspectos formais e informais da organização, dos sistemas
de controle, dos procedimentos de trabalho, das regras e
normas, e das relações interpessoais existentes na
organização.
Cada organização é um sistema complexo e
humano, com características próprias, com sua própria
cultura e seu próprio clima organizacional. Todo esse
conjunto de variáveis deve ser continuamente observado,
analisado e aperfeiçoado para que resultem motivação e
produtividade. Para mudar a cultura e o clima
organizacionais, a organização precisa ter capacidade
inovadora, ou seja, deve ter as seguintes características:
a) adaptabilidade, ou seja, capacidade de resolver
problemas e de reagir de maneira flexível às exigências
mutáveis e inconstantes do meio ambiente. E, para ser
adaptável, a organização deve:
- ser flexível, para poder adaptar e
integrar novas atividades;
- ser receptiva e transparente a novas
idéias, sejam elas intra ou extraorganizacionais;
b) senso de identidade, ou seja, o conhecimento e a
compreensão do passado e do presente da organização, bem
como a compreensão e compartilhamento dos objetivos da
organização por todos os seus participantes. Aqui não há
lugar para alienação do empregado, mas para o
comprometimento do participante;
c) perspectiva exata do meio ambiente, ou seja, uma
percepção realista a uma capacidade de investigar,
diagnosticar e compreender o meio ambiente;
d) integração entre os participantes, de tal forma que a
organização possa se comportar como um todo orgânico.
Assim, não basta apenas mudar a estrutura. Há
que se mudar a cultura.
CONCEITO DE MUDANÇA
O mundo de hoje caracteriza-se por um ambiente
em constante mudança. O ambiente que envolve as
organizações é extremamente dinâmico, exigindo delas uma
elevada capacidade de adaptação como condição básica de
sobrevivência. A década dos anos 60 foi a "década da
explosão", caracterizando os novos ambientes que
proporcionaram o aparecimento do DO, a saber:
1. o ambiente geral altamente dinâmico envolvendo a
explosão do conhecimento, da tecnologia, das comunicações e
da economia. Essa conturbação impõe exigências
completamente diferentes sobre a Administração e os
participantes, modificando inteiramente o relacionamento
entre ambos;
2. o ambiente empresarial, diferente de toda a experiência
do passado, em face da internacionalização dos mercados, da
vida mais curta dos produtos, da crescente importância do
"marketing", das diferentes e complexas relações entre
linha e "staff", das participações múltiplas dos indivíduos
em diferentes grupos e organizações e da natureza mutável
do trabalho, produz uma série de exigências inteiramente
novas para o administrador;
3. os anuais valores em mutação à medida que melhoram as
condições humanas.
Toda essa multiplicidade de variáveis
complexas, mutáveis, explosivas e poderosas levou a uma
conclusão: apenas esforços isolados, lentos e gradativos de
se taparem alguns dos buracos da organização são
insuficientes para se levar o barco adiante. Tornou-se
imperiosa "a necessidade de estratégias coordenadas e de
mais longo prazo com o objetivo de desenvolver climas
dentro da organização, maneiras de trabalhar, relações,
sistemas de comunicações e sistemas de informações que
sejam congruentes com as exigências prognosticáveis e não-
prognosticáveis dos anos futuros. E foi a partir destas
necessidades que surgiram os esforços sistemáticos de
mutação planejada: o desenvolvimento organizacional.
O processo de mudança organizacional começa com
o aparecimento de forças que vêm de fora ou de algumas
partes da organização. Essas forças podem ser exógenas ou
endógenas à organização.
As forças exógenas provêm do ambiente, como as
novas tecnologias, mudança em valores da sociedade e novas
oportunidades ou limitações do ambiente (econômico,
político, legal e social). Essas forças externas criam a
necessidade de mudança organizacional interna. As
tentativas de mudança interna podem ser conscientemente
planejadas para que o ajustamento às novas condições
externas se processe com a mínima perturbação do equilíbrio
estrutural e de comportamento existente dentro da
organização.
As forças endógenas que criam necessidade de
mudança estrutural e comportamental provêm da tensão
organizacional: tensão nas atividades, interações,
sentimentos ou resultados de desempenho no trabalho. Estas
forças de mudança representam condições de equilíbrio já
perturbado dentro de uma ou mais partes da organização.
O desenvolvimento organizacional é necessário
sempre que a organização concorra e lute pela sobrevivência
em condições de mudança. Toda mudança é um problema que
deve ser solucionado de forma racional e eficiente. Cada
época desenvolve uma forma organizacional mais adequada e
característica à sua natureza. As mudanças que estão
ocorrendo no mundo moderno tornam necessário revitalizar e
reconstruir as nossas organizações. Estas têm de se adaptar
às mudanças do ambiente. As mudanças organizacionais não
devem ser feitas ao acaso, ao sabor da inércia ou da
improvisação, mas têm de ser planejadas.
Enquanto a mudança genérica envolve alterações
no ambiente em geral, a mudança organizacional é um
conjunto de alterações estruturais e comportamentais dentro
de uma organização. Esses dois tipos fundamentais de
alterações - estruturais e comportamentais - são
interdependentes e se interpenetram intimamente.
CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO
A tendência natural de toda organização é
crescer e desenvolver-se. Essa tendência tem suas origens
em fatores endógenos (internos, sejam eles estruturais ou
comportamentais, e relacionados com a própria organização
em si) e exógenos (externos e relacionados com as demandas
e influências do ambiente). O desenvolvimento é um processo
lento e gradativo que conduz ao exato conhecimento de si
próprio e à plena realização de suas potencialidades.
Assim, o desenvolvimento de uma organização lhe permite:
1. um conhecimento profundo e realístico de si própria e de
suas possibilidades;
2. um conhecimento profundo e realístico do meio ambiente
em que opera;
3. um planejamento adequado e realização bem-sucedida de
relações com o meio ambiente e com os seus participantes;
4. uma estrutura interna suficientemente flexível com
condições para se adaptar em tempo às mudanças que ocorrem,
tanto no meio ambiente com que se relaciona como entre os
seus participantes;
5. os meios suficientes de informação do resultado dessas
mudanças e da adequação de sua resposta adaptativa.
Os autores do D.O. salientam que "se encararmos
as organizações como estruturas orgânicas adaptáveis,
capazes de resolver problemas, as inferências quanto à sua
eficiência não se devem basear em medidas estáticas de
produção, embora estas possam ser úteis, mas nos processos
pelos quais a organização aborda os problemas". A
eficiência da organização relaciona-se diretamente com sua
capacidade de sobreviver, de adaptar-se, de manter sua
estrutura e tornar-se independente da função particular que
preenche. A fim de que uma organização possa alcançar um
certo nível de desenvolvimento, ela pode utilizar
diferentes estratégias de mudança.
Assim, existem três diferentes tipos de
estratégias de mudança:
1. mudança evolucionária: "quando a mudança de uma ação
para outra que a substitui é pequena e dentro dos limites
das expectativas e dos arranjos do status quo". Geralmente
a mudança evolucionária é lenta, suave e não transgride as
expectativas daqueles que nela estão envolvidos ou são por
ela afetados. Há uma tendência de se repetirem e reforçarem
as soluções que se demonstrem sólidas e eficientes e de se
abandonarem as soluções fracas e deficientes;
2. mudança revolucionária: "quando a mudança de uma ação
para a ação que a substitui contradiz ou destrói os
arranjos do status quo". Geralmente a mudança
revolucionária é rápida, intensa, brutal, transgride e
rejeita as antigas expectativas e introduz expectativas
novas. Enquanto as mudanças evolucionárias, por ocorrerem
aos poucos, não provocam geralmente grande entusiasmo ou
forte resistência, o mesmo não acontece com as mudanças
revolucionárias, geralmente súbitas e causadoras de grande
impacto;
3. o desenvolvimento sistemático: é diferente de ambos os
tipos de mudança citados. No desenvolvimento sistemático,
os responsáveis pela mudança delineiam modelos explícitos
do que a organização deveria ser em comparação com o que
é , enquanto aqueles cujas ações serão afetadas pelo
desenvolvimento sistemático estudam, avaliam e criticam o
modelo de mudança, para recomendar alterações nele,
baseados em seu próprio discernimento e compreensão. Assim,
dizem os autores, dimensões adicionais de comportamento e
de experiência humanos são trazidas para a dinâmica da
mudança, o que não ocorre com os dois tipos de mudanças. As
tensões intelectuais e emocionais criadas entre todos os
responsáveis pelo planejamento e implementação estimulam a
mudança. Essas tensões baseiam-se em compreensão,
discernimento, comprometimento e convicção quanto à
correção da mudança do que é para o que deveria ser. Assim,
as mudanças resultantes traduzem-se por apoio e não por
resistências ou ressentimentos.
Esses três tipos de estratégias de mudança
podem ser observados na conduta das organizações, seja na
sua forma pura ou em um número quase infinito de
combinações. Os autores preocupam-se com a última das
estratégias mencionadas, ou seja, com o desenvolvimento
sistemático.
(*) Compilado de Chiavenato, Idalberto, Introdução à Teoria
Geral da Administração, cap. 14 – Teoria do Desenvolvimento
Organizacional.