Segunda-feira, 15 de junho de 1987 Ano XCVII — N° 68 Preço

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JORNAL DO BRASIL

©JORNAL IX) BRASIL S A 1987 Rio de Janeiro — Segunda-feira, 15 de junho de 1987 Ano XCVII — N° 68 Preço: CZ$ 15,00

Governo punirá quem fraudar

preçosBrasília/José Varella

TempoNo Rio e em Niterói, nublado,sujeito a instabilidade no de-correr do período. Visibilida-de boa. Temperatura estável.A máxima foi de 35,3° em Ban-gu; e a mínima, de 19,2°, noAlto da Boa Vista. Foto dosatélite e tempo no mundo,página 14.

Esportiva

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Juiz tem mais 50%

Horas antes de congelar pre-ços e salários, o presidenteSarney assinou decreto au-mentando em 50% os venci-mentos dos juizes federais, osmesmos que vão julgar as pos-síveis ações contra as novasmedidas econômicas. (Pág. 7)

Escolas fecham

Em protesto contra o PlanoBresser, cerca de 150 mil pro-fessores da rede pública doRio entram em greve na próxi-ma quinta-feira, deixandosem aulas mais de 1 milhão dealunos das escolas de Io e 2ograus. (Página 5-b)

• Com o lançamento do discoIsaura Garcia — documentoinédito, do selo Estúdio Eldo-rado, a cantora volta para lem-brar a época em que era cha-mada A Personalíssima.

• O cantor-compositor inglêsRichard David Court, o Ritchie,está lançando seuquarto LP, Loucura &Mágica, com muitosrecursos eletrônicos.

Depressão leva

Fábio Lucena

a se suicidar

O senador Fábio Lucena (PMDB-AM) suicidou-se no apartamento em quemorava com a família em Brasília, dispa-rando no ouvido direito um tiro de seurevólver calibre 38. Lucena, 47 anos. pas-sava por uma crise depressiva, para a qualconcorria a morte recente de sua mãe. Háum ano, vivia praticamente em estado deembriaguês. Muito apegado aos seis filhose à mulher, era conhecido pelo tom durodos discursos e o hábito de fazer denún-cias. Seu lugar na Constituinte será assu-mido pelo suplente. Áureo Mello, que há20 anos estava fora da política. (Página 2)

O presidente José Sarney e o ex-deputadoPaulo Maluf abraçaram-se no casamentoda filha do ministro Aureliano Chaves. Masbastou o presidente se retirar da festa, quereuniu, ao mesmo tempo, figuras exponen-ciais da Nova e Velha República, para queMaluf pregasse o mandato de quatro anose acusasse Sarney de ter falhado na áreaeconômica. "O

que o Brasil precisa éde um presidente forte, com personali-dade", disse Maluf. Na festa, o ex-ministroda Justiça, Armando Falcão, sentou aolado do ministro Paszianotto. (Página 2)

Papa anuncia

que vai reatar

com a Polônia

O papa João Paulo II disse aos 96 bispospoloneses, reunidos em almoço no último diade sua visita, que espera um breve reatamentode relações diplomáticas entre o Vaticano e aPolônia, podendo haver troca de embaixado-res no próximo ano. Segundo ele, tratando-sede "um país considerado católico, o anormal éa ausência de relações".

O papa não se referiu diretamente àscondições apresentadas pela Santa Sé (reco-nhecimento de cursos universitários, legaliza-ção de associações como a Ação Católica),mas disse esperar ações políticas que

"tornemdigna de crédito" a proposta do governopolonês. Antes de voltar a Roma, ele orou notúmulo do padre Jcrzy Popieluszko e encon-trou-sc com o general Jaruzelski. (Página 12)

González pescaO primeiro-ministro espanholFelipe González aproveitou odomingo de sol em Salvadorpara uma pescaria, seu espor-te predileto. A mulher Car-men preferiu fazer comprasno Mercado Modelo e pechin-chou muito. (Página 13)

Willy BrandtNuma cerimônia emocionada,Willy Brandt entregou a presi-dência do Partido Social De-mocrata alemão depois de 23anos no cargo. O Congresso doSPD elegeu o moderado Hans-Jochen Vogel como novo pre-sidente. (Página 12)

Fusão nuclearO ministro da Ciência e Tec-nologia, Renato Archer, anun-ciou que ficará em Jacarepa-guá o Laboratório Nacional dePlasma e Fusào Nuclear. Olaboratório terá um reator To-kamak construído com ajudade técnicos chineses. (Pág. 6)

Neuzinha em cenaNeuzinha Brizola de volta àcena. Durante cinco minutos,de minissaia e sapatos de sal-tos altíssimos, ela cantou suamúsica Sem vergonha paracerca de 1 mil pessoas reuni-das no Clube Farolito, de Ca-xias. (Página 5-a)

Ritchie,

¥1 Bangu vence

Taça Rio e

está na final

O Bangu e campeão da Taça Rio.Uma vitória incontestável da equipeque fez uma campanha quase irre-preensível e chegou ao título invicto.O Botafogo, adversário de ontem,não chegou a ameaçar a conquista. Oresultado — 3 a 1 —, todo construídono primeiro tempo, poderia ter sidoainda mais expressivo, tal a suprema-cia técnica.

A festa do campeão, assistida porapenas 10 mil pessoas, foi contagiante.Afinal, o Bangu conquistou seu últimotítulo em 1966 (foi campeão estadual).Com a vitória, o Bangu ganhou tam-bém o direito de participar da final doCampeonato, ao lado do Vasco, cam-peão do primeiro turno, e de um tercei-ro clube, que sairá do próximo turno,um quadrangular com Vasco, Bangu,Flamengo e Fluminense.

O Flamengo, que torcia pelo Bota-fogo, derrotou o Goitacás por 1 a 0. OFluminense venceu o Mesquita por 2 a 0e o Vasco, num amistoso em NovaJersei, derrotou o Benfica, bicampeãoportuguês, por 3 a 0. A Seleção Brasilei-ra que vai disputar a Copa América seapresenta hoje para o início dos treinos.

Esportes

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Constituintes propõem

retorno à estabilidade

A Comissão da Ordem Social daConstituinte aprovou as propostas davolta à estabilidade no emprego e daredução da jornada de trabalho a 40horas semanais. Para garantir formal-mente que a questão da reformaagrária seja submetida à Comissão deSistematização, foi aprovado artigo

que garante a propriedade ao traba-lhador rural.

A Comissão do Sistema Tributário

quer a antecipação para 1988 dos re-

passes das novas quotas dos Fundos deParticipação dos Estados (FPE) e dos

Municípios (FPM). Pelo substitutivodo relator, José Serra, esses fundosseriam transferidos apenas em 1989.

Entre as mudanças mais impor-tantes contidas nas propostas apro-vadas até agora pelas comissões es-tão: mandato de cinco anos parao presidente José Sarney e seus su-cessores; parlamentarismo instituídoa partir de 15 de março de 1988;criação de seis novos estados; anistia

plena — com reintegração e paga-mento de atrasados — para servido-res civis e militares. (Páginas 3,4 e 5)

Custódio Coimbra

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A conquista do título emocionou o artilheiro Criciúma

O consultor-geral da República,Saulo Ramos, entrega nesta quinta-:feira ao presidente Sarney a nova lei deeconomia popular que prevê multasmais pesadas, fechamento do estabele-cimento, proibição de receber financia-*mentos oficiais e apreensão de estoquesespeculativos para quem fraudar asregras fixadas para o período de des-icongelamento de preços. i"Cadeia não adianta porque de-pois o juiz fica com pena de condenar",'explicou para"justificar a exclusão, nanova lei, da pena de prisão. Durante òcongelamento, e antes que a nova leiseja votada em regime ae urgência noCongresso, o Secretário Especial deAbastecimento e Preços, Ricardo San-tiago, conta mesmo é com a participa-ção da população, reconhecendo que aSunab não tem estrutura para vigiartodo o comércio.

Em entrevista na TV, o ministroBresser Pereira adiantou que, no progra-ma a ser apresentado no dia 22 ao FMI,o governo dirá que precisa de 7,3 bilhõesde dólares de financiamento este ano eem 1988. Nestas contas estão os 4,3bilhões de dólares de juros que o paísdeixa de pagar com a moratória e meta-de dos juros devidos no ano que vem.

"Acho que devemos fazer um

acordo com o Fundo", afirma o eco-nomista Francisco Lopes, um dos au-tores do plano anunciado sexta-feira."Se o Fundo aceitar o programa brasi-leiro e nos oferecer dinheiro, seriapouco inteligente não fazer esse acor-do", defende. (Págs. 15, 16 17 e 19)

Teixeira promete

pãozinho grátisTrês dias depois do anúncio da sus-

pensão ao subsídio do trigo, o ministro doPlanejamento, Aníbal Teixeira, anunciouque vai levar ao presidente um programade distribuição gratuita de dois pães de 50gramas por dia para 35 milhões de brasi-leiros com renda até dois salários mini-mos. O Programa do Pão tem um custoestimado de CZ$ 6 bilhões.

A distribuição, segundo o ministro,ficaria mais barata do que o subsídioque custa aos cofres públicos CZS 55bilhões. O Secretário Especial de Assun-tos Econômicos do Ministério da Fazen-da, Yoshiaki Nakano, revelou que ogoverno ainda gastará CZS 12 bilhõesem compromissos já assumidos, apesarda suspensão do subsídio, o que Teixei-ra não menciona em suas contas. (Pág. 20)

Tasso Marcelo

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Roberto e o Q .Métér-I

Gasolina cara

ajuda inventorDepois do último aumento no preço dos

combustíveis, o telefone não tem parado detocar na pequena oficina caseira do funciona-rio aposentado Roberto de Sá Gonçalves, 44.na Praia de Sepetiba: são dezenas de enco-mendas diárias de um pequeno aparelhoinventado por ele há mais de 10 anos, paraeconomizar gasolina ou álcool em carros.

Roberto garante que o aparelho, paten-teado por ele sob o nome de Q.Métcr-I,possibilita uma economia de até 30%no consumo de combustível, aumentandoa potência da centelha, além de ele-var a durabilidade do motor e reduzira poluição. Ele lamenta apenas que suaoficina não possa produzir mais do que2 mil aparelhos por mês. (Página 20)

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2 ? 1" caaerno o segunda-feira, 15/6/87 Política JORNAL DO BRASIL• Brasília — Fotos de Jose Varella

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Acredite, se puder

Ricardo Noblal

m janeiro, com o anúncio da suspensãode parte do pagamento dos juros da

externa, o governo ofereceu à consi-geração geral, como se fosse uma afirmação"a

soberania brasileira, o que não'passava,i£b*a verdade, de uma admissão pública de que

falência do país estava próxima. Os credo-5çes se recusaram a passar recibo. O recibo

foi, finalmente, assinado pelo próprio gover-no na semana passada, ao desembrulhar o

pacote do Cruzado Novo confeccionado pa-rà aliviar, em grande parte, a crise cambialprovocada com o esgotamento de nossasreservas de divisas.

À parte o congelamento de preços e desalários que, por ser temporário, não estádestinado a causar muitos arrepios, podem oFundo Monetário Internacional e os credo-res da dívida concluírem que o Brasil, enfim,revogou o delírio de que conseguiria, sozi-nho, alterar fundamente os mecanismos queregem o sistema financeiro internacional.Pode, em conseqüência, o ministro BresscrPereira reafirmar que o país não irá ao FMI:— o Fundo, se quiser, que goste, aprove apolítica econômica agora adotada e ajude opaís na renegociação de sua dívida. O Brasile o FMI ficaram mais próximos.

A receita que deu origem ao CruzadoNovo não guarda muita distância da receitaaviada pelo Fundo para países, como onosso, engolfados por graves dificuldadeseconômicas e financeiras. Para conceder seuaval, o Fundo sugere uma política que impli-que cortes de subsídios, redução do déficit,desaquecimento da demanda e estímulo àsexportações. A receita é clássica e cm partealguma inventou-se, até agora, algo de con-sistente e de sério para substituí-la — salvoexperimentos tropicais malsucedidos e, por-tanto, inconsistentes.

O governo cortou alguns subsídios. Odo trigo, no valor de pouco mais de CZS 55bilhões, representava cinco vezes mais que asoma de recursos mobilizados pelo Fundo deInvestimento do Nordeste (Finor) e 10 vezesmais que o capital do Fundo de Investimentoda Amazônia (Finam). Na dobra do pacotereservada à redução do déficit público,transformou-se o Banco Central em única eexclusiva autoridade monetária, reajusta-ram-se as tarifas públicas e suspenderam-sedespesas previstas para ocorrerem. Algumasforam, apenas, adiadas.

O desaquecimento da demanda seráacelerado com a perda, por enquanto aindaimpossível de ser estimada, do poder aquisi-tivo dos salários. A desvalorização do Cruza-do, a segunda em menos de dois meses quepoderá, cm breve, ser seguida de outra,estimulará as exportações, aumentará o sal-do da nossa balança comercial'e nos permiti-rá, no futuro, retomar o pagamento dosjuros da dívida. Promete o governo anun-ciar, nas próximas semanas, outras medidasque assegurariam sua determinação de, des-sa vez, cumprir, de fato, com sua parte noacordo que propõe à sociedade. É de se ver.

Poderia tentar reverter o ceticismo comque seu pacote foi recebido com providên-cias mais duras de combate ao déficit públi-co. Os incentivos fiscais, por exemplo, nãopassam de uma doação de dinheiro que ogoverno faz ao setor privado e que não temsido criterioso e eficientemente aplicado. Háum conjunto de isenções e de imunidadesfiscais que significam a renúncia do governoa parte de sua própria receita. A capacidadede investimento público é hoje igual à meta-de da capacidade de investimento do setorprivado.

Por força da má administração dos ban-cos estaduais e pela premência que o presi-dente da República tem de apoio políticopara arrancar da Constituinte cinco anos demandato, o governo está gastando uma fábu-

.la para sanear o que os governadores dasafra passada deixaram quebrado. A transfe-rência de recursos para isso gira, até agora,em torno de CZS 102 bilhões — quase odobro do subsídio cortado do trigo ou duasferrovias Norte-Sul. A ferrovia, por sinaldeveria ser definitivamente arquivada poruma administração que, há um mês, pensava

:"èjn gastar o que tinhà e em empenhar o quelião tinha e que jura agora que será austera.

A ausência absoluta de coerência departe do governo é responsável pela recepção fria e desconfiada que a sociedade ofere-ceu ao pacote que o próprio presidente, commedo de que não dê certo, sublinhou váriasvezes como "o

plano do professor BresserPereira" — como se ele, Sarney, pudessemais adiante, livrar-se dos efeitos de umdesastre que abreviaria, de vez, sua permanência no Palácio do Planalto. O governoque foi inaugurado sob a palavra de ordemde que era proibido gastar, gastou semcontrole até que a inflação estourasse emfevereiro do ano passado.

E o mesmo governo que disse ter reduzido a zero a inflação, posto o déficit públicosob freios seguros e afastado a recessãoeconômica dos horizontes nacionais. Não foioutro, foi o mesmo que na última sexta-feira

„cobrou uma renovada dose de sacrifícios dosbrasileiros para baixar uma inflação que

liatingira 30% em junho e para exorcizar o"^fantasma da recessão de que ele custou ajldmitir a existência. Em troca, garante quediminuirá sua contribuição ao déficit público,q'ue anda por mais de 7% do PIB.K, Dá para confiar? Acredite, se puder.

Mciluf aproveitou o casamento para reaparecer e fez sucesso Falcão (E) e Pazzianoto: passado e presente se encontram

Aureliano casa filha e junta

duas Repúblicas

' Ricardo Nobtat 6 editor regional do JORNAL DO BRASIL em"Brasília.i »-

Marcelo TopnozziBRASÍLIA — "Paulo. Pauló", disse

o presidente José Sarney, antes do abraçoapertado que marcava o reencontro como ex-deputado Paulo Maluf, seu conipa-nheiro dos tempos de PDS."Meus parabéns, o senhor está indomuito bem. Felicidades. Estou preocupa-do com a Roseana. Desejo suas melho-ras", respondeu Maluf, entre tapinhasnas costas e na barriga do presidente.

A cena foi o ponto alto do casamentoque reuniu a Velha c a Nova República.O ministro das Minas e Energia, Aurelia-no Chaves, era o anfitrião da festa, quereuniu mais de 2 mil pessoas para assistir,na Catedral Metropolitana, ao casamentode sua filha caçula, Maria Cccilia, comRenato César da Fonseca.

Entre as personalidades que lotarama catedral estavam, além do presidenteda República, o deputado Ulysses Gui-maráes, presidente da Câmara, da Cons-tituinte e do PMDB; o ministro do Exér-cito, general Leônidas Pires Gonçalves; oministro da Aeronáutica, brigadeiro Mo-reira Lima; o ministro da Fazenda, lires-ser Pereira; o ministro do Trabalho, Al-mir Pazzianotto; o ex-ministro da Justiça,Armando Falcão; o presidente das Orga-nizações Globo. Roberto Marinho(padriinho da noiva); a ex-secrctária dopresidente Tancredo Neves. AntôniaGonçalves, o general Rubem Ludwig; ogeneral Danilo Venturini; o ex-governador Francelino Pereira; o sena-dor Marco Maciel; e o ministro das' Comunicações. Antônio Carlos Maga-Ihães.

"Ele veio" — Mas ninguém des-se time respeitável de políticos, autorida-des e ex-autoridades causou mais frisson110 público que o arquiinimigo de Aure-liano na sucessão presidencial de 19X4.Como se estivesse em plena campanha,Maluf distribuiu beijos, abraços e tapi-nhas. roubando o brilho da cerimônia.

"Olha o Maluf. olha o Maluf. Eleveio...", constatou, meio incrédulo, umassessor de Aureliano encarregado dashonras aos convidados.

Foi a senha para a euforia de uns e oconstrangimento de outros. Ainda naigreja, a preocupação já era não ficarperto de Maluf, que sentou numa dasúltimas filas, ao lado de seu inseparávelassessor, Calim Eid.

Enquanto isso. na entrada principal

Depressão

BRASÍLIA— Deprimido e alcooli-zado, o senador Fábio Lucena (PMDB-AM), 47 anos, trancou-se ontem no seuquarto, no apartamento onde moravacom a família, na superquadra 309 Sul,pegou o revólver calibre 38 e disparou umtiro no ouvido direito. Morreu 15 minu-tos depois, ás 7h45min. A autópsia, reali-zada ontem de manhã no Instituto Médi-co Legal de Brasília, confirmou que nomomento do suicídio o senador, FábioLucena estava sob efeito de bebidas al-coólicas. O corpo será transladado paraManaus-, onde vai ser enterrado no cerni-tério São João Batista.

Esta não foi a primeira vez que FábioLucena sofreu uma crise depressiva que olevou a usar o revólver. Má cerca de doismeses, num momento de total descontro-le. o senador chegou a dar dois tiros emseu quarto, fazendo duas perfurações novidro da janela. Dias depois, chegouembriagado ao prédio onde mora e áqueima roupa indagou do porteiro: "Vo-cê duvida que eu tenha coragem deatirar? Disse, apontando para a armaainda no coldre.

Tiros— Uma semana antes daseleições, Fábio Lucena, embriagado, pre-gou um enorme susto nos operários queconstruíam, ao lado de sua casa, emManaus, a nova sede da Superintendên-ciada Polícia Federal. Lucena empunhouo revólver e deu vários tiros para o ar,determinando a suspensão imediata daobra.

Apesar desses incidentes, o senadorFábio Lucena tinha um temperamentodócil, que só se alterava quando exagera-va na ingestão de bebidas alcóolicas.Agressivo na tribuna do Senado, onde.através de uma retórica peculiar, ganhoufama de bravo parlamentar, em funçãodas denúncias que fazia. Fábio Lucena.

da catedral. Aureliano, de braço dadocom a filha Maria Cecília, teve que espe-rar alguns minutos até que a multidãoabrisse passagem para o cortejo dedamasde honra que precediam a noiva. Libera-do o caminho, o ministro e sua filhaentraram solenes rumo ao altar, ao somda marcha nupcial de Mendelssohn. exe-cutada por um quinteto de cordas daorquestra do Teatro Nacional. Com maisde meia hora de atraso, o arcebispo deBrasília, dom José Freire Falcão, inicioua cerimônia.

Duas horas mais tarde, a família deAureliano recebia os cumprimentos dosconvidados, no Clube do Exército. Nosalão lotado, os grupinhos logo se forma-ram. O presidente Sarney conversavaanimadamente com o governador do Dis-trito Federal, José Aparecido; o líder doPMDB na Câmara, deputado Luiz Henri-que e o presidente da Pctrobrás, Osires'Silva. Na fila dos cumprimentos, o ouvi-dor-geral da República, Fernando CésarMesquita, descobriu que estava logo nafrente de Maluf. Saiu de fininho e furou afila alguns corpos mais adiante, para nãoser fotografado perto do ex-deputado.

Dona Antônia Gonçalves, vestindotailleur preto c blusa de seda pérola, foisentar-se num canto acompanhada deduas amigas. A secretária de Tancredonão gostou quando o fotógrafo acionou acâmara. "Me deixa em paz", ordenou.

Depois de cumprimentar o constran-gido Aureliano. Maluf começou a circu-lar. Um fotógrafo que trazia na lapela umdistintivo com o slogan da campanhapresidencial. Brnsil esperança, registravatodos os seus passos. Antigos correligio-nários vieram cumprimentá-lo e dizer queele precisava voltar para a vida pública.

Uma fã mais ousada não resistiu:"Quero beijá-lo e o beijarei sempre que oencontrar, porque o senhor é a salvaçãodeste país". O deputado Lael Varella(PFL-MG), abraçado a Maluf, declarou:"Sou do PFL por força das circuns-tâncias. Mas o sr sabe que muitos de nósse afinam com o PDS. Eu não sei como oAureliano ainda não descobriu que temde se unir ao sr. Olha, pode contarcomigo. Não tenho rabo preso, sou inde-pendente. Minhas empresas não devemum tostão ao governo e quero trabalharcom o senhor".

"Tem microfone" —Poucodepois. Maluf partiu rumo ao ministro doExército. Leônidas sorriu, os dois se

abraçaram e começaram uma conversa depé-de-ouvido. Quando notou a presençado repórter, o general interrompeu aconversa: "Tem microfone aqui. Vamoschegar mais para cá".

Do outro lado, o ministro AntônioCarlos Magalhães, que chegou a ser pro-cessado por Maluf na campanha presi-dencial, lançava um olhar fulminante.NcSse momento. Sarney começava o ri-tual de sua retirada. Maluf notou a movi-mentação dos seguranças e postou-se es-trategicamcntc no caminho do presidem-te. Ao notar quem tinha pela frente,Sarney tentou fingir que não notava aaproximação. Mas acabou tomando ainiciativa.

Paulo, Paulo — chamou.Presidente — respondeu Maluf,

virando-se.Os dois se abraçaram, houve troca de

tapinhas.Depois dos abraços —

Bastou Sarney virar as costas e deixar afesta, para Maluf declarar aos jornalistas:"Quatro anos acho que é um bomprograma. O governo falhou lamentavel-mente na área econômica. O que o Brasilprecisa e um presidente forte, com perso-nalidade. Torço para que o novo plano dêcerto, mas está faltando credibilidade aogoverno. O Bresser conversou mais como Dr Ulysses do que com o presidente.Então o sr acha que o presidentenão é forte nem tem personalidade? —indagou um jornalista.Não é isso. não é isso. Sarney eum homem competente. Mas nós temoshoje o maior índice de inflação do mundoe a maior inadimplência externa e internado mundo. Estou voltando da Alemanha,faz seis meses que não venho a Brasília eposso dizer que a imagem do Brasil láfora é a pior possível. É ilusão pensar queo calote compensa.

O procurador-geral da República.Sepulveda Pertence, não deixou por me-nos. ao cruzar com Maluf: "Está gostan-do de ser oposição. Paulo?"

Em seguida Maluf cruzou com ogovernador José Aparecido e não perdeua chance de elogiar sua administração,dizendo que "ele é um grande governa-dor depois de ter sido um grande minis-tro". Constrangido. Aparecido não res-pondeu. Virou-se para sua mulher, donaLeonor: "Você conhece o Paulo Maluf?"O ex-deputado não perdeu tempo e acumprimentou efusivamente.

PFL só ganha a CSNcom aval de Moreira

Rogério Coelho i\etoO PFL do Estado do Rio pode fazer o novo presidente da

Companhia Siderúrgica Nacional, mas desde que o nome daspreferências de sua direção regional receba o aval do governadorMoreira Franco. Essa informação foi dada pelo ministro daIndústria c Comércio. José Hugo Castelo Branco, ao ministro dasMinas e Energia. Aureliano Chaves, que vem patrocinando para ocargo o nome do ex-prefeito de Duque de Caxias. Hidekel deFreitas.

Durante a festa de casamento de sua filha, Maria Cecília,Aureliano chamou José Hugo a um canto para indagar se ele játinha recebido o sinal verde do presidente da República paranomear o ex-prefeito de Duque de Caxias para a CompanhiaSiderúrgica Nacional. O ministro da Indústria e Comércio oaconselhou, então, a que recomendasse ao PFL fluminense quenegociasse primeiro o nome de Hidekel com o governadorMoreira Franco.

Compromisso — Há entre o presidente José Sarney e ogovernador fluminense um compromisso tácito pelo qual nenhu-ma nomeação para cargos federais de importância se fará noEstado do Rio sem o aval do ocupante do Palácio Guanabara.Esse mesmo critério vale para Minas. São Paulo. Paraná e MatoGrosso do Sul e tem o caráter de fortalecer, respectivamente, aslideranças dos governadores Newton Cardoso. Òrestes Quércia.Álvaro Dias e Marcelo Miranda.

Ainda durante o casamento de Maria Cecília, a que Hidekelesteve presente. Aureliano pediu ao presidente regional do PFLfluminense, deputado Rubem Medina. que fizesse um rápidocontato com Moreira para definir a situação do ex-prefeito deDuque de Caxias. Como Hidekel vinha fazendo, ultimamente,críticas fortes ao governador, o primeiro trabalho de Medina seráo de pacificar os espíritos. Isso tudo em meio a uma ofensivaviolenta do PMDB do Sul do Estado do Rio, que através doprefeito Luís Amaral, de Volta Redonda, e do deputado federalDenisar Arneiro, também quer a presidência da CSN.

Mais dificuldades — O governo federal vem encon-trando dificuldade, também, para nomear o substituto do ex-senador Marcos Freire na presidência da Caixa EconômicaFederal. É que o presidente Sarney teme aprofundar mais ainda assuas divergências com o governador Miguel Arraes, se o nome.provavelmente de um nordestino, não repercutir bem em Pernam-buco. O cargo, desde que Freire foi para o Ministério da ReformaAgrária, vem sendo disputado, com mais denodo, pelo ex-governador do Ceará. Luiz Gonzaga Motta.

Motta não conta com o aval do seu substituto no cargo. Tassoiereissati, e o presidente da República dificilmente fará qualquerato contrário ao governador do Ceará, ainda magoado com oepisódio do convite - depois retirado - para ocupar o ministério daFazenda. Dentro desse quadro de dificuldades políticas que seafigura para o presidente alterar importantes comandos federais, otécnico Maurício Vitti parece fadado a cumprir longa interinidadena presidência da Caixa. Tendência que parece valer, lambem,para a Companhia Siderúrgica Nacional que tem como presidenteprovisório o técnico Juvenal Osório Antunes.

leva senador Fábio Lucena ao suicídio

Uma vida marcada portinha junto à família um outro comporta-mento: "Era muito apegado à mulher eaos seis filhos", contou o cirurgião Aluí-sio Toscana França que desde 1980 acom-panhava o senador.

O apego à família o teria levado auma profunda depressão em novembrodo ano passado, quando morreu donaOtília. sua mãe, de trombose cerebral aos82 anos. "Depois da morte da mãe, eleficou muito fechado", confirmou o médi-co Aluísio Toscana.

Frustração — Nos últimos me-ses, Lucena guardava o revólver embaixo

do travesseiro. Isolou-se dos companhei-ros de partido, licenciou-se e viu crescer aidéia da morte."Eu vou morrer paraencontrar minha mãe", disse ele a umamigo há pelo menos 15 dias.

Além dos problemas familiares, osenador Fábio Lucena amargou a frustra-ção de não ter conseguido convencer abancada de seu partido de que era melhorcandidato para liderar o PMDB no Sena-do. Restou-lhe a vice-liderança comoprêmio de consolação. "Seu sonho eraser líder, mas ele não conseguiu e nãoestava nada satisfeito com o PMDB",informou o médico.

Áureo Mello

A volta à

política, 20

anos depois

O suplente Áureo Mello, 64 anos,casado, sem filhos, assumirá ama-

nhá a vaga deixada pelo senador FábioLucena (PMDB-AM). Duas vezes depu-tado federal pplo Rio de Janeiro nos anos50 e 60, Mello afastou-se da vida públicapor mais de 20 anos. Em 1982 voltou aoAmazonas e tornou-se o segundo suplen-le de Fábio Lucena.

Nas eleições de 1986, Áureo Mello,que já exibia a carteirinha de suplente,foi convidado novamente a compor achapa de Fábio Lucena. Tornou-se en-tão. — com a renúncia de Lucena aomandato que conquistara em 1982 —

duas vezes suplente; de Leopoldo Peres,que assumiu a vaga deixada pelo senador,e do próprio Fábio Lucena.

Ontem, depois das sete da manhã, otelefone de Áureo Mello não parou detocar: dos votos de felicidades aos reca-dos enviados pelos correligionários quan-to às composições necessárias na Assem-bleia Nacional Constituinte."Eu não imaginei que pudesse serconstituinte", surpreendeu-se ÁureoMello. Constrangido com a morte deLucena, ele recusou-se a fazer maiorescomentários. Jornalista, escritor e poeta.Áureo Mello vive em Brasília com amulher, Tcreza. onde é representante dojornal amazonense "A Crítica".

Nos últimos dias de vida. Fábio Luce-na falava em Áureo Mello de maneiraobsessiva. Seu receio, segundo um deseus melhores amigos, era de que Mellodemitisse os seus três filhos empregadosno Senado. O suplente afirmou que nãofará isso.

brigas e processosO senador amazonense Fábio Lucena. que completaria 47

anos de idade no próximo dia 11 de julho, teve uma vida políticaconturbada, marcada por dezenas de processos judiciais, atenta-dos e brisas pelos jornais. Eleito para seu primeiro mandato em1972. quando candidatou-se à Câmara Municipal de Manaus peloMDB. Lucena obteve uma votação jamais dada a qualquervereador na cidade. Processado pelo governo estadual com basena Lei de Segurança Nacional. Lucena teve sua candidatura adeputado federal em ll>74 impugnada, seis meses antes daseleições.

Na Câmara e através dos jornais. Lucena não diminuiu seusataques â administração do então governador João Nálter deOliveira e ao prefeito Frank lbrahim Lima. Neste mesmo período,por razões desconhecidas ale hoje. Lucena desentendeu-se com oproprietário do jornal A Noticia. Manuel Andrade Netto. Nessemesmo período. Lucena sofreu um atentado, atribuído a época aAndrade Netto.

Em 1976. Lucena reelegeu-se vereador e em 1978 lançou suacandidatura ao Senado. Perdeu a vaga para o candidato da Arena.João Bosco Ramos de Lima. que morreu antes de assumir e foisubstituído por Eunice Michiles. A época. Lucena ficou distanteda cadeira por cerca de 200 votos, movendo então um processopolêmico que envolveu denúncias de fraude e corrupção. Só em1982 conseguiu se eleger em meio a acusação de que o contra-almirante Gama e Silva, então presidente do Grupo Executivo doBaixo Amazonas (Gebam), vinculado ao Conselho de Segurança'Nacional, planejava assassiná-lo e ao candidato a governador.Gilberto Mestrinho. para assegurar a vitória do PDS no Ama-zonas.

Nas eleições do ano passado. Lucena. que era constituintenato. abriu mão de seus últimos quatro anos de mandato pára secandidatar à reeleição, A renúncia fazia parte de um acordo com ogovernador Gilberto Mestrinho que ajudaria Lucena a se reeleger,em troca da cadeira vaga no Senado. O suplente de Lucena.Leopoldo Peres. também se comprometeu a não assumir a vaga.que teria de ser preenchida através de novas eleições, que serealizariam em junho de 1987. Dessa forma. Mestrinho poderiaexercer o mandato de governador até março, cumprir o prazo detrês meses de desincompatibilização e candidatar-se à cadeira vagacom a renúncia de Leopoldo Peres.

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JORNAL DO BRASIL Política segunda-feira, 15/6/87 ? Io caderno ? Í3

Contradições retardam perfil

da nova Constituição

BRASÍLIA — Conservadora na orga-nização da economia; avançada no camposocial: inovadora e moderna nas questõesda'soberania popular, direitos individuais ecoletivos; casuística na organização do Es-'tado (criou novos estados, de sobreviveu-ciãeconômico-financeira discutível, e cie-vou Amapá e Roraima a essa categoria):descentralizado™ no sistema tributário cvivendo um impasse nos setores de comu-nicação, ciência, tecnologia c educação porfalta de um entendimento entre esquerda cdireita. Até o final da tarde de ontem, esseera o retrato da Constituição, que porenquanto assegura a Sarnev seus cincoanos de mandato, mas em compensação oobriga a dividir o poder, a partir de marçode 1988, com um primeiro-ministro cujaautonomia é bem maior do que gostaria oPalácio do Planalto.

Essa nova Constituição começou a scdefinir a partir de sexta-feira, quando asoito comissões temáticas da Constituinteiniciaram um fim de semana de sessõespermanentes para votar o trabalho dos seusrelatores.

Vitórias e derrotas — Conser-vadores c progressistas, direita e esquerdaganharam e perderam em cada comissão, epassarão esta semana contabilizando asderrotas c vitórias, preparando-se para aterceira fase dos trabalhos: a batalha den-tro da comissão de Sistematização, quedeverá compatibilizar vários projetos con-traditórios.

A maior vitória conservadora foi naComissão da Ordem Econômica. Ali. co-mo admitiu o deputado Afif Domingos(PL-SP), o diálogo foi substituído pela"estratégia". Trocando eni miúdos, preva-leceu o rolo compressor da direita, queignorou o regimento interno e o parecer dorelator, senador Severo Gomes (PMDB-SP). Sem poder apresentar um substitutivo(um parecer alternativo ao do relator), osconservadores apresentaram três emendasamplas que, no conjunto, valiam uma, e,tio grito, com a convivência do presidenteda comissão, deputado José Lins (PFL-CE), aprovaram-nas antes de votar o pa-reccr.

O resultado, pelo menos por enquanto,é a inviabilização, na prática, da reformaagrária. As desapropriações de terra, peloque foi decidido até o momento, deverãoser pagas cm dinheiro e não mais em títulosda dívida agrária. Muda também o concei-to de empresa nacional. Será empresanacional a pessoa jurídica constituída ecom sede no país, cujo controle acionárioesteja com pessoas físicas e jurídicas resi-dentes aqui ou por entidades de direitopúblico interno.

Para tentar contornar a situação, osprogressistas tinham como certa a aprova-

ção de uma emenda do deputado Domin-gos Lconelli (PMDB-BA) na Comissão daOrdem Social, determinando que cada tra-balhador rural terá direito assegurado apropriedade "na forma individual, coope-rativa, condominial, comunitária ou mis-ta". Uni parágrafo dessa emenda estabele-cia que. para isso, o estado promoverá adesapropiração das terras necessárias, pa-gando-as com títulos da dívida pública.

Conquistas — Já os progressistasforam amplamente vitoriosos na Comissãoda Ordem Social. Pelos menos nessa faseda Constituinte, a estabilidade no empregofica garantida ao final dos 90 dias decontrato de experiência e a jornada detrabalho será de 40 horas semanais, alémdc os sindicatos ficarem livres da tutela doMinistério do Trabalho e ser amplo odireito de greve. Os índios tiveram garanti-do o direito dc possuírem sua própriaorganização social.

Sarnev começou a ganhar os cinco anosde mandato na Comissão da OrganizaçãoEleitoral, confirmando-os depois na Co-missão da Organização dos Poderes. Noentanto, deverá amargar a perda de muitosdos poderes imperiais da presidência, divi-dindo-os com um primeiro ministro que lheindicará os ministros a serem nomeados cterá o poder da iniciativa dc leis. Dizia-seno PMDB que o mandato de Sarney expi-raria mesmo a 15 de março de I98S,quando deverá indicar o nome do primei-ro-ministro à Câmara.

No Poder Judiciário, os progressistastiveram, por enquanto, vitórias e derrotas.Assim, a justiça do trabalho só se pronun-cia sobre greves se for convocada para isso.Em compensação, perderam o tribunalconstitucional que terá suas funções absor-vidas pelo STF, que ganha também maiscinco ministros.

A esperança dos progressistas está ago-ra com a comissão da soberania, que apro-vou o Tribunal das Garantias Constitucio-nais. Ali. foi admitida a criação do defen-sor do povo e isso será outro problemapara a Comissão de Sistematização. Afinal,a Comissão da Organização dos Poderesdecidiu que isso será competência do Mi-nistério Público, que terá autonomia diantedo Executivo.

Uma votação que juntou conservado-res e progressistas foi a aprovação dosistema distrital misto. Agora, parte doscandidatos será eleita em distritos c outraparte mediante listas apresentadas pelospartidos. O sistema será regulamentadoposteriormente.

Todas essas mudanças, entretanto, ain-da passarão por várias etapas de debates evotações na Comissão de Sistematização,que inicia hoje suas atividades, e no plena-rio da Constituinte.

Brasília — Luiz Antônio Ribeiro1

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As mudanças,

até agora

Mandato de cinco anos pa-ra o presidente Sarney e seussucessores. Ou seja, eleiçãodireta apenas em 1989.

Parlamentarismo inspiradonos modelos francês e portu-guês a partir de 15 de marçode 1988. Para não atingir osministros militares, não have-rá moções individuais dc des-confiança. O gabinete só cairácoletivamente. O Congressosó será dissolvido se, ao rejei-tar três indicações para pri-meiro-ministro, não conseguiraprovar dois nomes como su-gestão.

Cria-se o Conselho da Rc-pública, integrado pelos presi-dentes da República, do Su-premo Tribunal Federal, daCâmara e do Senado c peloprimeiro-ministro e líderes daMaioria e da Minoria.

São criados seis novos esta-dos — Maranhão do Sul, Ta-pajós, Santa Cruz, Triângulo,Amapá e Roraima.

Eleição direta para gover-nador distrital c 24 deputadoscm Brasília, no dia da eleiçãodo presidente da República.

Surge o sistema distritalmisto: ao votar para depu-tado, o eleitor escolhe doiscandidatos, um do seu distritoc outro de uma lista geral decandidatos do partido.

Está mantida a eleição dcprefeito em 19S8

Juizados especiais julgarãoinfrações que não provoquemperda de liberdade.

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SANDRO MOREYRA

JORNAL DO BRASIL

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Prisco mostra a Passarinho a Constituição, da (jiial adotou o artigo dos militares- i-1

Esquerda perde na Organização Eleitoral

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BRASÍLIA —As Forças Armadasc os moderados fo-ram os vitoriosos naComissão da Organi-zaçáo Eleitoral queaprovou, com pe-

quenas alterações, o relatório do depu-tado Prisco Viana (PMDB-BA). A es-querda não conseguiu nenhum avançoporque os progressistas tio PMDB tive-ram uma presença flutuante em plenário,sendo substituídos, quase sempre, porsuplentes moderados. Como novidades, aproposta da comissão apresenta o estadode defesa, o conselho constitucional, ovoto distrital misto e o defensor do povo.

Se prevalecer o relatório de Prisco,continuará inalterado o papel das ForçasArmadas, responsáveis "pela defesa dapátria e a garantia dos poderes constitu-eionais, da lei e da ordem." O votodeverá continuar sendo obrigatório e per-mitido somente para maiores de 18 anos.

As eleições de presidente da Repúbli-ca. governadores e prefeitos será em doisturnos, sem direito a reeleição. O manda-to presidencial será de cinco anos —incluindo o do presidente José Sarney.Não foi fixado o mandato dos prefeitos, oque será feito pela Comissão de Sistema-tização, mas foi rejeitada a tese de man-

dato-tampão de dois anos. previsto pelorelator para os prefeitos a serem eleitosano que vem.

A proposta prevê o sistema de votodistrital misto. O eleitor escolherá doiscandidatos para a Câmara dos Deputadosc Assembléia Legislativa de seu estado.Um pelo voto nominal, dado a um doscandidatos registrados no distrito do elei-tor e outro ao partido. Os votos dados nalegenda seriam distribuídos entre os can-didatos de listas aprovadas em con-ve lição.

O relatório estabelece ainda que afidelidade partidária será regulada pelosestatutos dos partidos e as assembléiaslegislativas terão cinco meses para elabo-rar as novas constituições estaduais.

Estado de defesa — Foi pro-posto o estado de defesa, a ser decretadopelo presidente da República, ouvido oconselho constitucional, "para preservarou prontamente restabelecer, em locaisdeterminados e restritos, a ordem públicaou a paz social, ameaçadas por grave eiminente instabilidade institucional ouatingidas por calamidades naturais degrandes proporções."

A vigência do estado de defesa seriaile 3(1 dias. mas o Congresso, de acordocom o relatório, poderá rejeita-lo "semprejuízo da validade dos atos lícitos prati-cados durante sua vigência". O conselho

constitucional teria a função dc consultõ-iria política para assuntos referentes àordem pública e á paz social. "É presidi-,do pelo presidente da República e deleparticipam o vice-presidente, os presidén-tes do Senado Federal e da Câmara dosDeputados, o ministro da Justiça e umministro representante das Forças Artna-das," diz o projeto aprovado pela conii$-são da Organização eleitoral.

O estado de sítio decretado pelopresidente da República mas apreciadopelo Congresso, é transformado, no rela-tório de Prisco, em instância superior aoestado dc defesa. Entre as restriçõesprevistas no estado de sítio estão: deten-ção de pessoas em qualquer local; censuraà imprensa, ao rádio e à televisão; sus-pensão da liberdade de reunião e dainviolabilidade do lar; requisição de bensie intervenção nas empresas de serviçospúblicos. '

O PT conseguiu aprovar emenda' dòdeputado José Gcnoíno, que diz."A de-crctaçáo dos estados de defesa e de sítionão poderá atingir o direito á vida, inte-gridade e identidade pessoais; a não re-troatividade tia lei criminal; a liberdadede consciência c religião; e o direito dcdefesa." Insatisfeitos com o relatório, ospetistas responsabilizaram o PMDB porsua aprovação.

Egídio aceita privilégio de ministro militar

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BRASÍLIA—Num emocionadodiscurso pronuncia-do na madrugada deontem, o relator daComissão de Orga-

nização dos Poderes, Egídio Ferreira Li-ma (PMDB-PE), alterou seu projeto parapermitir que no sistema parlamentaristaos militares só sejam destituídos quandocair todo a gabinete. Pelo artigo aprovadonessa etapa intermediária dos trabalhoos,o parlamentarismo brasileiro não preverádestituições individuais ou plurais de mi-nistros. porque as moções de confiançaatingirão o gabinete coletivamente."Os militares ainda não estão prepa-rados para moções individuais de censu-ra. Mas eu tenho certeza de que um diaeles vão se democratizar", disse EgídioFerreira Lima, cedendo, numa exigênciafundamental, aos constituintes que se-guiam a orientação do Palácio do Planai-to. Desde o início da noite, até a votaçãodeste artigo, o relator estava afônico,pedindo sempre que algum parlamentarfalasse em seu lugar quando se tratava dedefender uma idéia do projeto.

Falta de condições — Ele sóvoltou a falar ao entrar em votação oartigo referente aos militares, quandoadmitiu que o país ainda não tem condi-ções políticas para permitir a derrubadaindividual dc ministros militares. Masessa guinada não o deixou tão contrariadoquanto se esperava. A comissão terminouaprovando os elementos básicos do parla-mentarismo proposto pelo relator e, tam-bém de madrugada, aprovou o primeiro eprincipal artigo desse sistema, o que dis-põe claramente que "o presidente daRepública é o chefe do Estado".

Brasília — Luiz Antônio Riboi

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Egídio cedeu ao Planalto

Em outro artigo, o projeto diz que "ogoverno é constituído pelo primeiro-ministro e demais integrantes do Conse-lho de Ministros". "Isso é excelente. Apartir do próximo ano o governo estaránas mãos de um primeiro-ministro e asatribuições do presidente da República selimitarão às incumbências de um chefe deEstado", disse o relator ontem de manhã.Num último recurso para proteger o pre-sidente Sarney desse parlamentarismo,constituintes presidencialistas consegui-ram adiar para 15 de março de 1088, e

não para o dia da promulgação da Coristi-tuinte. a nomeação do primeiro-ministro,

Sustentação — Caso seja apro:vado o Projeto Constituinte, o presidenteda República terá tempo de compor umtimaioria parlamentar no Congresso, basede sustentação praticamente inexistentehoje, com o frágil apoio do PMDB e doPFL. Sarney deverá indicar seu primeiro-ministro após consulta aos partidos comrepresentação majoritária na Câmara è,se esse nome for rejeitado, deverá fazeruma nova indicação no prazo de 10 dias,Na hipótese de a Câmara rejeitar pelaterceira vez os nomes por ele apresenta?dos, deverá apresentar ela mesma umalista dtíplicc sugerindo um novo primeiro-ministro.

Pelo projeto aprovado, o presidenteda República tem o poder de nomear eexonerar o primeiro-ministro, mas paraexercer esse último poder terá que provarque isso é indispensável para assegurar ofuncionamento regular da administraçãoe das instituições democráticas. Já osoutros ministros só serão exonerados apedido do primeiro-ministro. Próximodos modelos francês e português de parla-mentarismo, o projeto de Egídio dá aoprimeiro-ministro todas as atribuições deum governante, até a de prover e extin1guir os cargos públicos.

O Parlamento também sai fortaleci-do. A Câmara dos Deputados fica compoderes para impedir qualquer cidadão,através de moção ao primeiro-ministro,de continuar a exercer cargo ou função deconfiança no governo federal, inclusivena administração indireta. A comissãodecidiu também que durante cinco anos anova Constituição não poderá ser emen-dada.

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JORNAL DO BRASIL Política 9 a Edição ? segunda-feira, 15/6/87 ? 1" caderno ? 3

Contradições retardam perfil

da nova Constituição

BRASÍLIA — Conservadora na orga-njzação da economia; avançada no campoSocial; inovadora e moderna nas questõesda soberania popular, direitos individuais ccoletivos; casuística na organização do Es-tado (criou novos estados, de sobreviveu-cia econômico-financeira discutível, e ele-^ou Amapá e Roraima a essa categoria);descentralizadora no sistema tributário eVivendo uni impasse nos setores de comu-riicaçáo. ciência, tecnologia e educação porfalta de um entendimento entre esquerda edireita. Até o final da tarde de ontem, esseera o retrato da Constituição, que porenquanto assegura a Sarney seus cincoanos de mandato, mas em compensação oobriga a dividir o poder, a partir de marçode 1988, com um primeiro-ministro cujaautonomia é bem maior do que gostaria oPalácio do Planalto.

Essa nova Constituição começou a sedefinir a partir de sexta-feira, quando asoito comissões temáticas da Constituinteiniciaram um fim de semana de sessõespermanentes para votar o trabalho dos seusrelatores.

... Vitórias e derrotas — Conser-vadores e progressistas, direita e esquerdaganharam e perderam em cada comissão, epassarão esta semana contabilizando asderrotas e vitórias, preparando-se para aterceira fase dos trabalhos: a batalha den-tro da comissão de Sistematização, quedeverá compatibilizar vários projetos con-traditórios.

A maior vitória conservadora foi naComissão da Ordem Econômica. Ali, co-mo admitiu o deputado Afif Domingos(PL-SP). o diálogo foi substituído pela"estratégia". Trocando em miúdos, preva-leceu o rolo compressor da direita, queignorou o regimento interno e o parecer dorelator, senador Severo Comes (PMDB-SP). Sem poder apresentar um substitutivo(um parecer alternativo ao do relator), osconservadores apresentaram trés emendasí\mplas que, no conjunto, valiam uma. e,no grito, com a convivência do presidenteda comissão, deputado José Lins (PFL-CE), aprovaram-nas antes de votar o pa-recer.

O resultado, pelo menos por enquanto,c a inviabilizaçáo, na prática, da reformaagrária. As desapropriações de terra, peloque foi decidido até o momento, deverãoser pagas em dinheiro e não mais em títulosda dívida agrária. Muda também o eoncei-to de empresa nacional. Será empresanacional a pessoa jurídica constituída ecom sede no país, cujo controle acionárioesteja com pessoas físicas e jurídicas resi-dentes aqui ou por entidades de direitopúblico interno.

Para tentar contornar a situação, osprogressistas tinham como certa a aprova-

ção de uma emenda do deputado Domin-gos Leonelli (PMDB-BA) na Comissão daOrdem Social, determinando que cada tra-balhador rural terá direito assegurado apropriedade "na forma individual, coope-rativa, condominial. comunitária ou mis-ta". Um parágrafo dessa emenda estabele-cia que, para isso, o estado promoverá adesapropiraçáo das terras necessárias, pa-gando-as com títulos da dívida pública.

Conquistas — Já os progressistasforam amplamente vitoriosos na Comissãoda Ordem Social. Pelos menos nessa faseda Constituinte, a estabilidade no empregofica garantida ao final dos 90 dias decontrato de experiência e a jornada detrabalho será de 40 horas semanais, alémde os sindicatos ficarem livres da tutela doMinistério do Trabalho e ser amplo odireito de greve. Os índios tiveram garanti-do o direito de possuírem sua própriaorganização social.

Sarney começou a ganhar os cinco anosde mandato na Comissão da OrganizaçãoEleitoral, confirmando-os depois na Co-missão da Organização dos Poderes. Noentanto, deverá amargar a perda de muitosdos poderes imperiais da presidência, divi-dindo-os com um primeiro-ministro quelhe indicará os ministros a serem nomeadose terá o poder da iniciativa de leis. Dizia-seno PMDB que o mandato de Sarney expi-raria mesmo a 15 de março de 1988,quando deverá indicar o nome do primei-ro-ministro à Câmara.

No Poder Judiciário, os progressistastiveram, por enquanto, vitórias e derrotas.Assim, a Justiça do Trabalho só se pronun-cia sobre greves se for convocada para isso.Em compensação, perderam o tribunalconstitucional que terá suas funções absor-vidas pelo STF, que ganha também maiscinco ministros.

A esperança dos progressistas está ago-ra com a Comissão da Soberania, quevou o Tribunal das Garantias Constitucio-nais. Ali, foi admitida a criação do defen-sor do povo e isso será outro problemapara a Comissão de Sistematização. Afinal,a Comissão da Organização dos Poderesdecidiu que isso será competência do Mi-nistério Público, que terá autonomia diantedo Executivo.

Uma votação que juntou conservado-res e progressistas foi a aprovação dosistema distrital misto. Agora, parte doscandidatos será eleita em distritos e outraparte mediante listas apresentadas pelospartidos. O sistema será regulamentadoposteriormente.

Todas essas mudanças, entretanto, ain-da passarão por várias etapas de debates evotações na Comissão de Sistematização,que inicia hoje suas atividades, e no plená-rio da Constituinte.

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Mandato de cinco anos para opresidente Sarney e seus sucesso-res. Ou seja, eleição direta ape-nas em 1989.

Parlamentarismo inspiradonos modelos francês e portuguêsa partir de 15 de março de 1988.Para não atingir os ministros mili-tares, não haverá moções indivi-duais de desconfiança. O gabine-te só cairá coletivamente. O Con-gresso só será dissolvido se, aorejeitar três indicações para pri-meiro-ministro, não conseguiraprovar dois nomes como su-gestão.

Cria-se o Conselho da Rcpú-blica, integrado pelos presidentesda República, do Supremo Tri-bunal Federal, da Câmara c doSenado e pelo primeiro-ministroe líderes da Maioria c da Mi-noria.

São criados seis novos estados— Maranhão do Sul, Tapajós.Santa Cruz, Triângulo, Amapá eRoraima

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Esquerda perde na Organização Eleitoral

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A proposta prevê o sistema de votodistrital misto. O eleitor escolherá doiscandidatos para a Câmara dos Deputadose Assembléia Legislativa de seu estado.Um pelo voto nominal, dado a um doscandidatos registrados no distrito do elei-tor e outro ao partido. ()•- votos dados 11alegenda seriam distribuídos entre os can-didatos de listas aprovadas em con-venção.

O relatório estabelece ainda que afidelidade partidária será regulada pelosestatutos dos partidos c as assembléiaslegislativas terão cinco meses para elabo-rar as novas constituições estaduais.

Estado de defesa — Foi pro-posto o estado de defesa, a ser decretadopelo presidente da República, ouvido oconselho constitucional, "para preservarou prontamente restabelecer, em locaisdeterminados e restritos, a ordem públicaou a paz social, ameaçadas por grave eiminente instabilidade institucional ouatingidas por calamidades naturais degrandes proporções."

A vigência do estado de defesa seriade 30 dias, mas o Congresso, de acordocom o relatório, poderá rejeita-lo "semprejuízo da validade dos atos lícitos prati-cados durante sua vigência". O conselho

constitucional teria a função de consulto-;ria política para assuntos referentes' Üordem pública e à paz social. "É presidi-'do pelo presidente da República e dele]participam o vice-presidente, os presiden-;tes do Senado Federal e da Câmara dosDeputados, o ministro da Justiça e um.ministro representante das Forças Arma-,das." diz o projeto aprovado pela Comis-'são da Organização Eleitoral.

O estado de sítio decretado pelo!presidente da República mas apreciado,pelo Congresso, é transformado, no rela-,tório de Prisco, em instância superior ao:estado de defesa. Entre as restrições,previstas 110 estado de sítio estão: deten-'ção de pessoas em qualquer local; censura'à imprensa, ao rádio e à televisão; sus-'pensão da liberdade de reunião e da'inviolabilidade do lar; requisição de bens:'e intervenção nas empresas de serviçospúblicos.

O PT conseguiu aprovar emenda do!deputado José Genoíno, que diz."A de-'cretaçào dos estados de defesa e de sitio'não poderá atingir o direito à vida, intc-!gridade e identidade pessoais; a não tç-,troatividade da lei criminal; a liberdade;de consciência e religião; e o direito de.defesa." Insatisfeitos com o relatório, ospetistas responsabilizaram o PMDB porisua aprovação. - :

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Egídio aceita privilégio cie ministro militar:

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BRASÍLIA —Num emocionadodiscurso pronuncia-do na madrugada deontem, o relator daComissão de Orga-

nizaçáo dos Poderes, Egídio Ferreira Li-ma (PMDB-PE), alterou seu projeto parapermitir que no sistema parlamentaristaos militares só sejam destituídos quandocair todo a gabinete. Pelo artigo aprovadonessa etapa intermediária dos trabalhoos.o parlamentarismo brasileiro não preverádestituições individuais ou plurais de mi-nistros, porque as moções de confiançaatingirão o gabinete coletivamente."Os militares ainda não estão prepa-rados para moções individuais de censu-ra. Mas eu tenho certeza de que um diaeles vão se democratizar", disse EgídioFerreira Lima, cedendo, numa exigênciafundamental, aos constituintes que se-guiam a orientação do Palácio do Planai-to. Desde o início da noite, até a votaçãodeste artigo, o relator estava afônico,pedindo sempre que algum parlamentarfalasse em seu lugar quando se tratava dedefender uma idéia do projeto.

Falta de condições — Ele sóvoltou a falar ao entrar em votação oartigo referente aos militares, quandoadmitiu que o país ainda não tem condi-çóes políticas para permitir a derrubadaindividual de ministros militares. Masessa guinada não o deixou tão contrariadoquanto se esperava. A comissão terminouaprovando os elementos básicos do parla-mentarismo proposto pelo relator e, tam-bém de madrugada, aprovou o primeiro eprincipal artigo desse sistema, o que dis-põe claramente que "o presidente daRepública é o chefe do Estado".

Brasília ¦ Luiz Antônio Ribeiro

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Egídio cedeu uo Planalto

Em outro artigo, o projeto diz que "ogoverno e constituído pelo primeiro-ministro e demais integrantes do Consc-llio de Ministros". "Isso é excelente. Apartir do próximo ano o governo estaránas mãos de um primeiro-ministro e asatribuições do presidente da República selimitarão ás incumbências de um chefe deEstado", disse o relator ontem de manhã.Num último recurso para proteger o pre-sidente Sarney desse parlamentarismo,constituintes presidencialistas consegui-ram adiar para 15 de março de 198S, e

não para o dia da promulgação da Consti-ítuinte, a nomeação do primeiro-ministro.'

Sustentação — Caso seja apro-;vado o Projeto Constituinte, o presidente,da República terá tempo de compor uma;maioria parlamentar no Congresso, bajeide sustentação praticamente inexistente!hoje, com o frágil apoio do PMDB e doiPFL. Sarney deverá indicar seu primeiro-!ministro após consulta aos partidos comirepresentação majoritária na Câmara e,1se esse nome for rejeitado, deverá fazer'uma nova indicação 110 prazo de 10 dias.'Na hipótese de a Câmara rejeitar pela'terceira vez os nomes por ele apresenta-dos, deverá apresentar ela mesma umalista dúplice sugerindo um novo primeiro-ministro. , 1

Pelo projeto aprovado, o presidente;da República tem o poder de nomear e|exonerar o primeiro-ministro, mas parasexercer esse último poder terá que provar,que isso e indispensável para assegurarei;funcionamento regular da administração!e das instituições democráticas. Já os'outros ministros so serão exonerados' a'pedido do primeiro-ministro. Próximo1dos modelos francês e português de parla-mentarismo, o projeto de Egídio dá aoprimeiro-ministro todas as atribuições ijle,um governante, até a de prover e extin-jguir os cargos públicos. 1

O Parlamento também sai fortaleci-)do. A Câmara dos Deputados fica com.poderes para impedir qualquer cidadáojatravés de moção ao primeiro-ministro,;de continuar a exercer cargo ou função de*confiança no governo federal, inclusiVejna administração indireta. A comissão'decidiu também que durante cinco anos a'nova Constituição não poderá ser emen-dada.

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JORNAL DO BRASIL Política 3a Edição ? segunda-feira, 15/6/87 ? 1" caderno

Contradig

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Ões retardam perfil da nova Constituição

Brasília — Luiz Antônio Ribeiro

«BRASÍLIA — Conservadora na orga-rúgasâo ela economia; avançada no camposoeial; inovadora e moderna nas questõesdaTSSberania popular, direitos individuais ecoletivos: casuística na organização do Es-tíídfTtcriou novos estados, de sobreviveu-cta-econômico-financeira discutível, e ele-vtfjfj^mapá e Roraima a essa categoria);descentralizadora no sistema tributário evlgpdo um impasse nos setores de comu-nicação. ciência, tecnologia e educação porfjilja de um entendimento entre esquerda e

; direita. Até o final da tarde de ontem, esse' era. o retrato da Constituição, que por| enquanto assegura a Sarnev seus cincoj anos de mandato, mas em compensação o

obriga a dividir o poder, a partir de março1 de 1'ASH. com um primeiro-ministro cujaautonomia é bem maior do que gostaria oPalácio do Planalto.

Essa nova Constituição começou a sedefinir a partir de sexta-feira, quando asoito comissões temáticas da Constituinteiniciaram um fim de semana de sessõespermanentes para votar o trabalho dos seusrelatores.

¦ Vitórias e derrotas — Conser-vadores e progressistas, direita c esquerdaganharam e perderam em cada comissão, epassarão esta semana contabilizando asderrotas e vitórias, preparando-se para aterceira fase dos trabalhos: a batalha den-tro da comissão de Sistematização, quedeverá compatibilizar vários projetos con-traditórios.

.... A maior vitória conservadora foi naComissão da Ordem Econômica. Ali. co-mo admitiu o deputado Afif Domingos(PL-SP), o diálogo foi substituído pela"estratégia". Trocando em miúdos, preva-leéèü o rolo compressor da direita, queignorou o regimento interno e o parecer dorelator, senador Severo Gomes (PMDB-SP). Sem poder apresentar uni substitutivo(ünv'parecer alternativo ao do relator), osconservadores apresentaram três emendasamplas que, no conjunto, valiam uma, c./li) «rifo, com a convivência do presidenteda

"comissão, deputado José Lins (PFL-GE)vaprovaram-nas antes de votar o pa-recer.

O resultado, pelo menos por enquanto,é a inviabilização, na prática, da reformaagrária. As desapropriações de terra, peloque foi decidido até o momento, deverãoser pagas em dinheiro e não mais em títulosda dívida agrária. Muda também o concei-to de empresa nacional. Será empresanacional a pessoa jurídica constituída ecom sede no país, cujo controle acionárioesteja com pessoas físicas e jurídicas resi-dentes aqui ou por entidades de direitopúblico interno.

Para tentar contornar a situação, osprogressistas tinham como certa a aprova-

çáo de uma emenda do deputado Domin-gos Leonelli (PMDB-BA) na Comissão daOrdem Social, determinando que cada tra-balhador rural terá direito assegurado apropriedade

"na forma individual, coope-rativa, condominial. comunitária ou mis-ta". Um parágrafo dessa emenda estabele-cia que, para isso, o estado promoverá adesapropiração das terras necessárias, pa-gando-as com títulos da dívida pública.

Conquistas — Já os progressistasforam amplamente vitoriosos na Comissãoda Ordem Social. Pelos menos nessa faseda Constituinte, a estabilidade no empregofica garantida ao final dos 90 dias decontrato de experiência e a jornada detrabalho será de 40 horas semanais, alémde os sindicatos ficarem livres da tutela doMinistério do Trabalho e ser amplo odireito de greve. Os índios tiveram garanti-do o direito dc possuírem sua própriaorganização social.

Sarney começou a ganhar os cinco anosdc mandato na Comissão da OrganizaçãoEleitoral, confirmando-os depois na Co-missão da Organização dos Poderes. Noentanto, deverá amargar a perda de muitosdos podercs imperiais da presidência, divi-dindo-os com um primeiro-ministro quelhe indicará os ministros a serem nomeadose terá o poder da iniciativa de leis. Dizia-seno PMDB que o mandato de Sarney expi-raria mesmo a 15 de março de 1988,quando deverá indicar o nome do primei-ro-ministro à Câmara.

No Poder Judiciário, os progressistastiveram, por enquanto, vitórias e derrotas.Assim, a Justiça do Trabalho só se pronun-cia sobre greves se for convocada para isso.Em compensação, perderam o tribunalconstitucional que terá suas funções absor-vidas pelo STF, que ganha também maiscinco ministros.

A esperança dos progressistas está ago-ra com a Comissão da Soberania, quevou o Tribunal das Garantias Constitucio-nais. Ali. foi admitida a criação do defen-sor do povo e isso será outro problemapara a Comissão de Sistematização. Afinal,a Comissão da Organização dos Podercsdecidiu que isso será competência do Mi-nistério Público, que terá autonomia diantedo Executivo.

Uma votação que juntou conservado-res e progressistas foi a aprovação dosistema distrital misto. Agora, parte doscandidatos será eleita cm distritos e outraparte mediante listas apresentadas pelospartidos. O sistema será regulamentadoposteriormente.

Todas essas mudanças, entretanto, ain-da passarão por várias etapas de debates evotações na Comissão de Sistematização,que inicia hoje suas atividades, e no plená-rio da Constituinte.

As mudanças,

até agora

Mandato de cinco anos para opresidente Sarney e seus sucesso-res. Ou seja, eleição direta ape-nas em 1989.

Parlamentarismo inspiradonos modelos francês e portuguêsa partir de 15 de março de 1988.Para não atingir os ministros mili-tares, não haverá moções indivi-duais de desconfiança. O gabine-te só cairá coletivamente. O Con-gresso só será dissolvido se, aorejeitar três indicações para pri-meiro-ministro, não conseguiraprovar dois nomes como su-gestão.

Cria-se o Conselho da Repú-blica, integrado pelos presidentesda República, do Supremo Tri-bunal Federal, da Câmara e doSenado e pelo primeiro-ministroe líderes da Maioria e da Mi-noria.

São criados seis novos estados— Maranhão do Sul, Tapajós,Santa Cruz, Triângulo, Amapá eRoraima

Fim da censura no rádio e natelevisão.

Estabilidade no emprego e 40horas semanais de trabalho.

Surge o sistema distrital mis-to: ao votar para deputado, oeleitor escolhe dois candidatos,um do seu distrito e outro de umalista geral de candidatos do par-tido.

Está mantida a eleição deprefeito cm 1988

Anistia, com reintegração cpagamento de salários atrasados,de funcionários punidos pelos go-vernos militares.

militares !Prisco mostra a Passarinho a Constituição, da qual adotou o artigo dos

Esquerda perde na Organização Eleitoral!

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BRASÍLIA —As Forças Armadase os moderados fo-ram os vitoriosos naComissão da Organi-zaçáo Eleitoral queaprovou, com pe-

quenas alterações, o relatório do depu-tado Prisco Viana (PMDB-BA). A es-querda náo conseguiu nenhum avançoporque os progressistas do PMDB tive-ram uma presença flutuante em plenário,sendo substituídos, quase sempre, porsuplentes moderados. Como novidades, aproposta da comissão apresenta o estadode defesa, o conselho constitucional, ovoto distrital misto e o defensor do povo.

Se prevalecer o relatório de Prisco,continuará inalterado o papel das ForçasArmadas, responsáveis "pela defesa dapátria e a garantia dos podercs constitu-cionais, da lei e da ordem." O votodeverá continuar sendo obrigatório e per-mitido somente para maiores de 18 anos.

As eleições de presidente da Repúbli-ca. governadores e prefeitos será em doisturnos, sem direito a reeleição. O manda-to presidencial será de cinco anos —incluindo o do presidente José Sarney.Náo foi fixado o mandato dos prefeitos, oque será feito pela Comissão de Sistema-tizaçáo, mas foi rejeitada a tese de man-

dato-tampáo de dois anos. previsto pelorelator para os prefeitos a serem eleitosano que vem.

A proposta prevê o sistema de votodistrital misto. 0 eleitor escolherá doiscandidatos para a Câmara dos Deputadose Assembléia Legislativa de seu estado.Um pelo voto nominal, dado a um doscandidatos registrados no distrito do elei-tor e outro ao partido. Os votos dados nalegenda seriam distribuídos entre os can-didatos de listas aprovadas em con-venção.

O relatório estabelece ainda que afidelidade partidária será regulada pelosestatutos dos partidos e as assembléiaslegislativas terão cinco meses para elabo-rar as novas constituições estaduais.

Estado de defesa — Foi pro-posto o estado de defesa, a ser decretadopelo presidente da República, ouvido oconselho constitucional, "para preservarou prontamente restabelecer, em locaisdeterminados e restritos, a ordem públicaou a paz social, ameaçadas por grave eiminente instabilidade institucional ouatingidas por calamidades naturais degrandes proporções."

A vigência do estado dc defesa seriade 30 dias. mas o Congresso, de acordocom o relatório, poderá rejeita-lo "semprejuízo da validade dos atos lícitos prati-cados durante sua vigência". O conselho

constitucional teria a função de consulto-!ria política para assuntos referentes |ordem pública e à paz social. "É presidi- jdo pelo presidente da República e deletparticipam o vice-presidente, os presiden-!tes do Senado Federal e da Câmara dós-Deputados, o ministro da Justiça e urn jministro representante das Forças Arm;i-j"das," diz o projeto aprovado pela Comis- Jsão da Organização Eleitoral. ¦

O estado de sítio decretado pefo [presidente da República mas apreciado!pelo Congresso, é transformado, no rela-!tório de Prisco, em instância superior ao;estado de defesa. Entre as restrições;previstas no estado de sítio estão: deten-jçáo de pessoas em qualquer local; censura]â imprensa, ao rádio e à televisão; su!>-jpensão da liberdade de reunião e da]inviolabilidade do lar; requisição de bens;;e intervenção nas empresas de serviços,públicos. j

O PT conseguiu aprovar emenda do]deputado José Genoíno, que diz."A de-]cretaçáo dos estados de defesa c de sítio]não poderá atingir o direito à vida. intç-]gridade e identidade pessoais; a não rè-'troatividade da lei criminal; a liberdade!de consciência e religião; e o direito de]defesa." Insatisfeitos com o relatório, ps]petistas responsabilizaram o PMDB por;sua aprovação.

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Sistematização

vai definir o

capítulo famíliaA Comissão sobre Educação, Farm-

lia. Ciência e Tecnologia e das Comuni-cações não mandou nenhum projetopara a Comissão de Sistematização.Até a meia-noite não tinha sido iniciadaa votação. Agora caberá à Comissão deSistematização, com base nos relatóriosdas três subcomissões escrever o capítu-lo referente a Família. Educação eTecnologia e Comunicações.

Outras duas comissões, a da OrdemSocial e da Organização dos Podercscontinuavam votando seus pareceres ameia-noite. Estas duas vão mandar pro-jetos para a Comissão de Sistematiza-çáo. porque, quando se esgotou o pra-zo, até a noite, elas já tinham começadoo processo de votação.

Egídio aceita privilégio de ministro militar

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JORNAL DO BRASIL

BRASÍLIA —Num emocionadodiscurso pronuncia-do na madrugada deontem, o relator da

Comissão de Orga-nização dos Poderes, Egídio Ferreira Li-ma (PMDB-PE), alterou seu projeto parapermitir que no sistema parlamentaristaos militares só sejam destituídos quandocair todo a gabinete. Pelo artigo aprovadonessa etapa intermediária dos trabalhoos,o parlamentarismo brasileiro não preverádestituições individuais ou plurais de mi-nistros, porque as moções de confiançaatingirão o gabinete coletivamente."Os militares ainda não estão prepa-rados para moções individuais de censu-ra. Mas eu tenho certeza de que um diacies vão se democratizar", disse EgídioFerreira Lima, cedendo, numa exigênciafundamental, aos constituintes que se-guiam a orientação do Palácio do Planai-to. Desde o início da noite, até a votaçãodeste artigo, o relator estava afônico,pedindo sempre que algum parlamentarfalasse em seu lugar quando se tratava dedefender uma idéia do projeto.

Falta de condições — Ele sóvoltou a falar ao entrar em votação oartigo referente aos militares, quandoadmitiu que o país ainda não tem condi-ções políticas para permitir a derrubadaindividual de ministros militares. Masessa guinada não o deixou tão contrariadoquanto se esperava. A comissão terminouaprovando os elementos básicos do parla-mentarismo proposto pelo relator e, tam-bém de madrugada, aprovou o primeiro eprincipal artigo desse sistema, o que dis-põe claramente que "o presidente daRepública é o chefe do Estado".

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Egídio cedeu ao Planalto\

Em outro artigo, o projeto diz que "o

governo é constituído pelo primeiro-ministro e demais integrantes do Conse-lho de Ministros". "Isso é excelente. Apartir do próximo ano o governo estaránas mãos de um primeiro-ministro e asatribuições do presidente da República selimitarão às incumbências de um chefe deEstado", disse o relator ontem de manhã.Num último recurso para proteger o pré-sidente Sarney desse parlamentarismo,constituintes presidencialistas consegui-ram adiar para 15 de março de 19K8, e

não para o dia da promulgação da Consti-Ítuinte. a nomeação do primeiro-ministro..

Sustentação — Caso seja apro-jvado o Projeto Constituinte, o presidente;da República terá tempo de compor unia;maioria parlamentar no Congresso, basejde sustentação praticamente inexistente,hoje, com o frágil apoio do PMDB e dolPFL. Sarney deverá indicar seu primeiro-'ministro após consulta aos partidos com;representação majoritária na Câmara e.jse esse nome for rejeitado, deverá fazeruma nova indicação no prazo de 10 dias.iNa hipótese de a Câmara rejeitar pela;terceira vez os nomes por ele apresenta-;dos. deverá apresentar ela mesma uma;lista dúplice sugerindo um novo primeiro-;ministro. |

Pelo projeto aprovado, o presidente;da República tem o poder de nomear, eexonerar o primeiro-ministro, mas paialexercer esse último poder terá que provar]que isso é indispensável para assegurar ofuncionamento regular da administração,e das instituições democráticas. Já 'os,outros ministros só serão exonerados a!pedido do primeiro-ministro. Próximodos modelos francês e português de parla-mentarismo, o projeto de Egídio dá aoprimeiro-ministro todas as atribuições doum governante, até a de prover e extin-iguir os cargos públicos.

O Parlamento também sai fortaleci-!do. A Câmara dos Deputados fica con^poderes para impedir qualquer cidadSojatravés de moção ao primeiro-ministroíde continuar a exercer cargo ou função Üüconfiança no governo federal, inclusiyqna administração indireta. A comissão)decidiu também que durante cinco anos;(nova Constituição náo poderá ser emenjdada. 1 ;' \ I

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4. n Io caderno ? segunda-feira, 15/6/87 Política JORNAL DO BRASIL

Tumulto interrompe votação na Ciência e Tecnologia

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BRASÍLIA —"Cadê o respeito,secretário? Faná-tico, irresponsá-vel." Aos gritos,o deputado Ta-

deu França (PMDB-PR) atirou-senairente da nlesa da presidênciada Comissão da Família, Ciência eTéònologia e arrancou o bocal dorpiçrofone do presidente, senadorMarcondes Gadelha (PFL-PB)que, apesar dos protestos que du-rggfàrn mais de meia hora, insistiaeitj colocar em votação uma ques-t|Ê considerada anti-regimental:sg"éra possível votar ou não osdg&taques pedidos ao substitutivodg deputado Artur da Távola, re-jlftado no dia anterior. Se fosseapresentada em plenário, a maio-r® conservadora aprovaria e vota-r§j as questões de seu interesse,iif|ependente do fato de não maiseèstir relatório para ser emenda-dg, suprimido ou modificado.

& Foi evitado ainda um início det$jca de tapas entre constituintes,pgrto da mesa diretora dos traba-llps, e a sessão foi suspensa. Láfara o público, impedido de entrar

galerias, apesar dos protestosc§; esquerda, gritava:

"o povo uni-

dtí derruba a ditadura". E o líderPFL, deputado José Lourenço,

tentava convencer a líder dos mo-derados, Rita Furtado (PFL-RO),a esperar o resultado das negocia-ções que se desenvolviam entre aesquerda e a direita, a 100 metrosdo plenário da Câmara, onde areunião da Comissão se realizara àtarde."Só se vierem falar com onosso grupo logo", afirmava adeputada, ao mesmo tempo emque chegava ao plenário o depu-tado Mendes Ribeiro, represen-tante do grupo na comissão denegociação. A partir daí, esquerdae direita se reuniram em lugaresdiferentes, para ser informadosdos pontos dej:oncordância e dis-cordância de ambos os lados paraa montagem de um novo substitu-tivo.

Evangélicos — Na sala dapresidência da Constituinte, osdeputados Florestan Fernandes(PT-SP), Hermes Zanetti(PMDB-RS) e Carlos Alberto Caó(PDT-RJ) expuseram aos progres-sistas a posição dos conservadores.O capítulo referente à ciência,tecnologia e comunicação do subs-titutivo de Artur da Távola, pelavontade da parte antagônica, seriapraticamente retalhado e o princí-pio da verba exclusiva para o ensi-no público também era um impas-

se. De outro lado, a chamadabancada evangélica tinha um do-cumento preparado, manifestan-do-se favoravelmente ao capítuloda ciência e tecnologia, excluída aquestão da comunicação.

Quando a sessão recomeçou,às 18h, o acordo entre os doisgrupos ainda não estava concluí-ao, mas o clima de hostilidade eramenor. Antes que fosse suspensa,o senador Marcondes Gadelhamostrou-se absolutamente irredu-tível nas questões de ordem levan-tadas não apenas pelos membrosda comissão como também peloslíderes do PMDB, Mário Covas,do PDT, Brandão Monteiro e doPCB, Roberto Freire. Covas fez adefesa da ocupação das galeriaspelos manifestantes, afirmandoque havia lutado vinte anos "para

que o povo possa aplaudir e vaiar,e não aplaudir a mim e vaiar aosmeus adversários simplesmente".E, embora todos os líderes argu-mentassem pela impossibilidadede colocar a questão anti-regimental em votação dos desta-ques sem substitutivos, chegou achamar os deputados para quedeclarassem o voto. No oitavovoto, foi silenciado pelo deputadoTadeu França e praticamente reti-rado do plenário pelos assessores.

Minoria acua conservadores com regimento1-gNão foi a sessão niais decisiva mas toi

sfpi dúvida a mais pitoresca. Já derrotada

fduas vezes, a esquerda da Comissão da

nília, Educação, Cultura e Esporte.Qéncia e Tecnologia e Comunicação, às2$i30min de anteontem, quando a sessãorçabriu. desempenhou com bom humor atarefa de obstruir os trabalhos até depois

meia-noite, sob um lógico argumentorffiimental: era impossível votar os desta-qíjes ao substitutivo, como desejavam osconservadores, pois o substitutivo simples-rrtènte deixara de existir por obra e graçadgi; votos da própria maioria conservadora.Mo'havia, portanto, o que votar.

Enquanto isso, uma ativa galeria for-rrrjída por delegações de estudantes, pro-fedores, engenheiros e até sindicatos dearjistas se incumbia de fazer barulho. Opresidente da comissão. Marcondes Gade-lljrç (PFL-PB). nervosíssimo, era obrigadoaScsponder às questões de ordem que ospfogressistas faziam, quase às gargalhadas,nSftorma de uma sabatina: "Senhor presi-dÔhte, o substitutivo é um substitutivo a

Uma emenda supressiva vai suprimiroífluê? Uma emenda aditiva é aditiva a*7'

quê? Uma emenda modificativa. vai modi-ficar o quê?", indagava o deputado Antô-nio Britto, sob os risos de seus compa-nheiros.

Rol de artigos — Na verdade, osconservadores, ao seguir a liderança dadeputada Rita Furtado (PFL-RO) e dosdeputados Arolde de Oliveira (PFL-RJ) eMendes Ribeiro (PMDB-RS), acabaram seenrolando no regimento da Constituinte:derrubaram o substitutivo e queriam apro-var um rol de 15 artigos que pretendiamcaracterizar como o anteprojeto da comis-são à Comissão de Sistematização. Apenasse esqueceram de que os pedidos de desta-que eram feitos aos artigos do substitutivoque rejeitaram, em suas duas versões, porduas vezes consecutivas.

No dia seguinte, às 9 horas, quando asessão deveria ser aberta, começaram astentativas de negociação entre as duaspartes. A esquerda, reunida com o líder doPMDB na Constituinte, Mário Covas, como líder Luiz Henrique, também do PMDB,c com o líder do PC do B. Aldo Arantes.ainda discutia a estratégia de obstruir ostrabalhos e deixar o assunto para a Comis-

são de Sistematização. Às 13 horas, con-cordou com a negociação e de comumacordo, foi constituída uma comissão com-posta por três membros da maioria conser-vadora — Mendes Ribeiro. João Calmon(PMDB-ES) e Eraldo Tinoco (PFL-BA) —e três membros progressistas — FlorestanFernandes (PT-SP), Carlos Alberto Caó(PDT-RJ) e Hermes Zanetti (PMDB-RS).

Velório — Feito isso, o trabalhoseguinte foi o de convencer o senadorMarcondes Gadelha a suspender a sessãopor uma hora. "Suspendo por meia. Quemquer fazer acordo, faz em meia hora",disse. Covas foi chamado a intervir, semsucesso. No final, quem o convenceu foi odeputado Florestan Fernandes:"Nós que-remos dar uma chegadinha lá no velório doFábio Lucena.

Quase à uma hora da tarde. Gadelhareabriu a sessão, fez um longo e eruditodiscurso em favor da negociação — quenão o impediu de dizer que "não adiantachorar sobre o leite derramado" — e aencerrou em seguida, sob o pretexto dovelório do senador Fábio Lucena.

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Brasília — Luciano Andrade

/4s vezes Lima é o primeiro a gritar

Haroldo Lima

Ele esquece a

timidez quando o

tema é políticaO líder do PC do B na Constituinte, deputado

Haroldo Lima (BA), por trás da voz macia e de umaaparente timidez, divide hoje com o petista José Genoíno ocomando das tropas da esquerda na assembléia. Perdendopraticamente todas as batalhas, ante a coesão muito maiordemonstrada pelas forças conservadoras, Haroldo Limanão pretende ficar "marcando posição" até o final daConstituinte.

Nós temos cedido até o limite do razoável c essaConstituição está se desenhando pior do que a dos gene-rais. Se ela não responder a questões fundamentais dopovo, poderá ser condenada preliminarmente e simples-mente deixar de ser cumprida — ameaça o líder do PC doB.

O corte na testa, fruto de uma das muitas confusõesem que se tem envolvido desde que começaram os traba-Ihos da Constituinte, demonstra que a timidez dessedeputado não vale quando estão em jogo as questõespolíticas. Aí, ele é o primeiro a gritar. Tem sido assimdesde que se elegeu deputado federal pela primeira vez. em1982, pelo MDB baiano.

Seu radicalismo tem sido posto à prova na Constituin-te. Ontem, coube a ele negociar com o presidente daComissão de Comunicação, senador Marcondes Gadelha(PFL-PB), o ingresso dos populares na galeria. Diante deuma massa que gritava que ia entrar "na lei ou na marra",Haroldo Lima teve que fazer uma autêntica ginástica paraevitar um quebra-quebra.Eu já contive esse povo duas vezes, na base daconfiança que eles têm em mim. Para acontecer algumacoisa aí mais grave, um pau, basta um minuto. A responsa-bilidade disso é tias lideranças da Constituinte, que estão seafastando do povo — afirma o líder comunista.

No sábado, segundo Haroldo Lima, um deputadoconservador lhe procurou para dizer o seguinte: "Náovamos poder ter uma Constituição que seja combatidadesde o início por todas as entidades populares do país". Apartir dessa conversa, o líder diz que "a Constituição temque ser uma coisa de consenso, com todos estando deacordo". Mas ele ressalva: "Da forma como está indo. nósnáo vamos fazer força para estar de acordo. Poderemoschegar na votação da Carta com a ausência de muitosconstituintes".

A responsabilidade maior pela "direitização" dostrabalhos da Constituinte, segundo Haroldo Lima, é, pelaordem, do deputado Ulysses Guimarães e do líder MárioCovas. O primeiro por frear a atuação das forças popula-res. Em relação a Covas, o PC do B tem várias críticas.O Covas, na sua posição de líder, tem tido umaposição apenas de falar contra as coisas, o que é muitopouco. E preciso uma posição de luta. Com a sua preocupa-ção de não dividir o PMDB. o Covas está dando força aosconservadores. Ele faz média com a direita e com aesquerda e com um discurso avançado.

Para Haroldo Lima, existe uma grande diferençaentre o que Covas está fazendo e o que o PC do B gostariaque ele fizesse: "Não basta estar com a posição certa. Épreciso conquistar os outros para essa posição. O pau estáquebrando, eu estou com a cabeça rachada e o Covas ficapedindo calma a todo mundo.

MMSTÉMO DA MAMNHA

DIRETORIA OE ABASTECIMENTO

DA MJIRINNA

COMISSÃO DE LICITAÇÃOEDITAL NS 004/87

LICITAÇÃO N? 018/87CONCORRÊNCIA

AVISOObjeto: Fornecimento e distribuição degêneros alimentícios, grupados conformeespecificação abaixo, às Organizações Mi-litares do Ministério da Marinha, sediadasou estacionadas nos municípios do Rio deJaneiro, Niterói, Duque de Caxias e SãoGonçalo, situadas no Estado do Rio de Ja-neiro, no período de 01 de agosto a 31 dedezembro de 1987: GRUPO I - PESCADOINDUSTRIALIZADO OU FRESCO, GRU-PO II - CARNES E MIÚDOS, GRUPO III -OVOS, QUEIJOS, GORDURAS, FEIJÕES,CONDIMENTOS, COMPOTAS E SUCOSE GRUPO IV - FRUTAS FRESCAS, HOR-TALIÇAS E LEGUMES.Data: 16/07/87 às 10:00 horas.Local: Departamento de Planejamento daDiretoria de Abastecimento da Marinha,sito à Av. Brasil n9 10.500, Olaria - RJ.Edital: O Edital geral, contendo todos osdetalhes relativos à Licitação, encontra-seà disposição dos interessados, no endereçoacima mencionado, a partir da presentedata.

Rio de Janeiro, RJ., 10 de junho de 1987JOSÉ DA CUNHA FARIA

Capitão-de- Mar-e-Guerra (IM)Presidente da Comissão de Licitação

Deputado se fere em

tumulto e pára sessãoO deputado Haroldo Lima. do PC do B da Bahia, ao

atracar-se com um microfone rompeu o supercílio esquerdoe a sessão foi suspensa, o que se repetiria por outras duasvezes devido a tumultos, na Comissão da Família. Educação. Ciência e Tecnologia. A cada uma das interrupçõesenquanto parlamentares de todos os partidos trocavanempurrões e pontapés, o líder do PMDB na ConstituinteMário Covas (SP), chegava perto do líder do PFL. JoséLourenço (BA), e repetia: "Tá vendo. Zé. sem negociardando golpes de mão e atropelando o regimento nái"iremos a lugar algum, terminaremos não votando nada rdesmoralizando a Casa".

Entrar à força — Roberto Freire (PCB-PE),enquanto 150 populares ameaçavam arrombar a porta doplenário e entrar à força por causa da proibição de subir ásgalerias, dizia: "Nós é que estamos brigando e o presidenteproíbe o povo de assistir." Desligado o seu microfone.Haroldo Lima investiu para tomar o outro microfone emachucou-se. Em meio à tensão e constrangimento gerais.Lima, com o sangue escorrendo do supercílio esquerdo,gritou:— Eu não vou dizer que Vossa Excelência é umhomem inteligente, presidente (Gadelha), eu digo que vocêé um fascista, um imoral. Você quer as galerias vazias parafazer safadezas e votar imoralidades sem o conhecimentodo povo.

Covas, auxiliado por Antônio Brito e outros depu-tados, pediu "calma" a Lima e depois da interrupção ostrabalhos prosseguiram. O presidente da Comissão doSistema Tributário, Francisco Dornelles (PFL-RJ), chegouao plenário e procurou Covas para "negociar a continuida-de" da votação em sua comissão. Os manifestantes, á portado plenário da Câmara, ameaçaram novamente invadir orecinto, com apoio de Haroldo Lima, que pediu para queaguardassem dez minutos". Lourenço conversou com Co-vas, foi até o presidente Gadelha, que, voltando atrás,admitiu a entrada dos populares nas galerias. A sessão foinovamente suspensa. Covas, Lourenço e um grupo deparlamentares saíram do plenário para. enfim, negociar.

Comissão aprova quotasantecipadas de fundos

A Comissão do Sistema Tributário,Orçamento e Finanças aprovou a anteci-paçáo para 1988 dos repasses das novasquotas dos Fundos de Participação dosEstados (FPE) e dos Municípios (FPM).Pelo substitutivo do relator, deputado

José Serra (PMDB-SP), estes fundos seriam transferidos ape-nas em 89, após aprovação pelo Congresso da legislaçãoordinária que regulará o novo sistema tributário."Esta foi a grande vitória da comissão", afirmou odeputado Simáo Sessin (PFL-RJ), autor de uma das emendaspropondo a antecipação, prevendo que os municípios brasilei-ros praticamente terão dobrada sua arrecadação com as quotasdo FPM já no próximo ano.

O restante do substitutivo de Serra ficou praticamenteinalterado, apesar da aprovação de 11 emendas, sem granderelevância.

Fica mantida a possibilidade de os estados podereminstituir a cobrança de um adicional de 50% sobre o imposto derenda de pessoas físicas e jurídicas, uma exigência dos estadosmais desenvolvidos. A incorporação deste dispositivo pelaConstituição significa que cada contribuinte poderá pagar aogoverno estadual 50% sobre o que deve à União, caso ogovernador decida cobrar o adicional.

Mantido o critério — O sistema tributárioproposto pela comissão reserva 21,5% da arrecadaçãofiscal da União ao FPE. 22,5% ao FPM; e 2% paraaplicação nas regiões Norte e Nordeste. Fica mantido oatual critério de distribuição das quotas do Fundo deParticipação dos Estados, ou seja. 20% especificamente aoNorte e Nordeste e 80% para o país todo. inclusive essasduas regiões.

Com a negociação e conseqüente aprovação desteprincípio, as bancadas nordestina e nortista da comissão —que, aliadas à do Centro-Oeste, possuíam 32 dos 62 votos— garantiram a manutenção do substitutivo quase integral-mente como foi redigido por Serra.

Maioria conservadora

apoia relatório BisolO relatório do senador José

Paulo Bisol foi aprovado na madru-gada de ontem na Comissão de Sobe-rania, apesar da maioria conservado-ra de seus integrantes, entre os quais12 evangélicos. A aprovação submetei

agora à Comissão de Sistematização as seguintesdisposições. Tornar suscetíveis de apreciação judicialquaisquer atos praticados pelo comando revolucio-nário de 31 de março de 1964 e conceder a anistiaampla, geral e irrestrita a todos os funcionários civise militares punidos por atos institucionais e correia-tos. no período compreendido entre 2 de setembrode 1961 e Io de fevereiro de 1987.

Decidiu ainda a comissão que a soberania é dopovo. ao qual serão concedidos, inclusive, os benefí-cios do habeas data, que significa o direito deconsultar e corrigir qualquer registro oficial —inclusive os policiais e militares — sobre a suapessoa. Ainda de acordo com a comissão, a Consti-tuição será submetida a plebiscito.

O cidadão terá ao seu dispor uma defensoriapopular gratuita e um Tribunal de Direitos e Garan-tias Constitucionais, eleito por 2/3 do CongressoNacional. O Congresso também terá a função deaprovar — ou não — todos os acordos internacionaise até mesmo os de natureza econômica do país. ondesão eleitores todos os cidadãos maiores de 16 anos.

Sistematização agora

trabalha trinta diasA Constituinte entra agora na etapa da Comissão de

Sistematização: hoje. a Comissão de Sistematização recebeaté a meia-noite os anteprojetos das comissões temáticas,distribuindo a partir de amanhã aos relator BernardoCabral (PMDB-AM) os avulsos dos anteprojetos. O relatorterá dez dias para apresentar seu parecer a respeito de cadaanteprojeto, constituindo o anteprojeto da Comissão deSistematização. que durante cinco dias poderá receberemendas e será debatido pelos integrantes da comissão. Ofim do prazo para o recebimento de emendas e a realizaçãode debates é o dia 2 de julho. Haverá sessões de comissãode Sistematização às terças, quartas e quintas-feiras.

Bernardo Cabral terá. a partir do dia 3 de julho; cincodias para apresentar seu parecer com um projeto deConstituição, o qual. nesse prazo, poderá receber emen-das. Após a apresentação, haverá a distribuição dos avulsosdo projeto de Constituição (dia' 8) e a discussão do parecerdo relator (dia 9). No dia seguinte, esse projeto serásubmetido a votação e poderá receber emendas, ainda noâmbito da Comissão de Sistematização. que dará início nodia 12 ao texto final do projeto da comissão.

No dia 13. haverá a distribuição da redação final doprojeto da Sistematização, submetida ainda (dia 14) adebate dentro da comissão. O próximo passo, no dia 15, é avotação da redação final e encaminhamento ao plenário daConstituinte.

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\? ? Io caderno ? segunda-feira, 15/6/87 ? 2a Edição Política JORNAL DO BRASIL

Tumulto interrompe votação na Ciência e Tecnologia

BRASÍLIA —"Cadê o respeito,secretário? Faná-tico, irresponsá-vel." Aos gritos,o deputado Ta-

deu França (PMDB-PR) atirou-sena frente da mesa da presidênciadá Comissão da Família, Ciência eTfecnologia e arrancou o bocal domicrofone do presidente, senadorMarcondes Gadelha (PFL-PB)quo, apesar dos protestos que du-ráram mais de meia hora, insistiaertí colocar em votação uma ques-tão considerada anti-regimental:severa possível votar ou não osdástaques pedidos ao substitutivodõ«deputaao Artur da Távola, re-jeífado no dia anterior. Se fosseajjjesentada em plenário, a maio-,nfrconservadora aprovaria e vota-'ritas

questões de seu interesse,independente do fato de não maisejQstir relatório para ser emenda-dè; suprimido ou modificado.

i»Foi evitado ainda um início detrftca de tapas entre constituintes,¦«gto da mesa diretora dos traba-h©s, e a sessão foi suspensa. Lá

fora o público, impedido de entrarn$! galerias, apesar dos protestosd^esquerda, gritava:

"o povo uni-

do-derruba a ditadura". E o líderd^PFL, deputado José Lourenço,*W

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tentava convencer a líder dos mo-derados, Rita Furtado (PFL-RO),a esperar o resultado das negocia-ções que se desenvolviam entre aesquerda e a direita, a 100 metrosdo plenário da Câmara, onde areunião da Comissão se realizara àtarde."Só se vierem falar com onosso grupo logo", afirmava adeputada, ao mesmo tempo emque chegava ao plenário o depu-tado Mendes Ribeiro, represen-tante do grupo na comissão denegociação. A partir daí, esquerdae direita se reuniram em lugaresdiferentes, para ser informadosdos pontos de concordância e dis-cordância de ambos os lados paraa montagem de um novo substitu-tivo.

Evangélicos — Na sala dapresidência da Constituinte, osdeputados Florestan Fernandes(PT-SP), Hermes Zanetti(PMDB-RS) e Carlos Alberto Caó(PDT-RJ) expuseram aos progres-sistas a posição dos conservadores.O capítulo referente à ciência,tecnologia e comunicação do subs-titutivo"de Artur da Távola, pelavontade da parte antagônica, seriapraticamente retalhado e o princí-pio da verba exclusiva para o ensi-no público também era um impas-

se. De outro lado, a chamadabancada evangélica tinha um do-cumento preparado, manifestan-do-se favoravelmente ao capítuloda ciência e tecnologia, excluída aquestão da comunicação.

Quando a sessão recomeçou,às 18h, o acordo entre os doisgrupos ainda não estava concluí-do, mas o clima de hostilidade eramenor. Antes que fosse suspensa,o senador Marcondes Gadelhamostrou-se absolutamente irredu-tível nas questões de ordem levan-tadas não apenas pelos membrosda comissão como também peloslíderes do PMDB, Mário Covas,do PDT, Brandão Monteiro e doPCB, Roberto Freire. Covas fez adefesa da ocupação das galeriaspelos manifestantes, afirmandoque havia lutado vinte anos "para

que o povo possa aplaudir e vaiar,e não aplaudir a mim e vaiar aosmeus adversários simplesmente".E, embora todos os líderes argu-mentassem pela impossibilidadede colocar a questão anti-regimental cm votação dos desta-ques sem substitutivos, chegou achamar os deputados para quedeclarassem o voto. No oitavovoto, foi silenciado pelo deputadoTadeu França e praticamente reti-rado do plenário pelos assessores.

Minoria acua conservadores com regimento

—^Não foi a sessão mais decisiva mas foisom dúvida a mais pitoresca. Já derrotadapaj; duas vezes, a esquerda da Comissão daFamília, Educação. Cultura e Esporte,Ciência e Tecnologia e Comunicação, ãs2£Ü30min de anteontem, quando a sessãoreabriu, desempenhou com bom humor atarefa de obstruir os trabalhos até depoisdá"tneia-noite, sob um lógico argumentoregimental: era impossível votar os desta-

s ao substitutivo, como desejavam osconservadores, pois o substitutivo simples-m^iíe deixara de existir por obra e graçados votos da própria maioria conservadora.N$g havia, portanto, o que votar.

[«Enquanto isso. uma ativa galeria for-mada por delegações de estudantes, pro-feJSores, engenheiros e até sindicatos dearfistas se incumbia de fazer barulho. OprRSidente da comissão, Marcondes Gade-lhâ^(PFL-PB), nervosíssimo, era obrigadoa Rfsponder às questões de ordem que osprogressistas faziam, quase às gargalhadas,najjorma de uma sabatina: "Senhor presi-dente, o substitutivo é um substitutivo aqqg? Uma emenda supressiva vai suprimiro iquê? Uma emenda aditiva é aditiva a

quê? Uma emenda modificativa, vai modi-ficar o quê?", indagava o deputado Antô-nio Britto. sob os risos de seus compa-nheiros.

Rol de artigos — Na verdade, osconservadores, ao seguir a liderança dadeputada Rita Furtado (PFL-RO) e dosdeputados Arolde de Oliveira (PFL-RJ) eMendes Ribeiro (PMDB-RS). acabaram seenrolando no regimento da Constituinte:derrubaram o substitutivo e queriam apro-var um rol de 15 artigos que pretendiamcaracterizar como o anteprojeto da comis-são à Comissão de Sistematizaçáo. Apenasse esqueceram de que os pedidos de desta-que eram feitos aos artigos do substitutivoque rejeitaram, em suas duas versões, porduas vezes consecutivas.

No dia seguinte, às 9 horas, quando asessão deveria ser aberta, começaram astentativas de negociação entre as duaspartes. A esquerda, reunida com o líder doPMDB na Constituinte. Mário Covas, como líder Luiz Henrique, também do PMDB,c com o líder do PC do B. Aldo Arantes,ainda discutia a estratégia de obstruir ostrabalhos e deixar o assunto para a Comis-

são de Sistematizaçáo. Às 13 horas, con-cordou com a negociação e de comumacordo, foi constituída uma comissão com-posta por três membros da maioria conser-vadora — Mendes Ribeiro, João Calmon(PMDB-ES) e EraldoTinoco(PFL-BA) —e três membros progressistas — FlorestanFernandes (PT-SP), Carlos Alberto Caó(PDT-RJ) e Hermes Zanetti (PMDB-RS).

Velório — Feito isso, o trabalhoseguinte foi o de convencer o senadorMarcondes Gadelha a suspender a sessãopor uma hora. "Suspendo por meia. Quemquer fazer acordo, faz em meia hora",disse. Covas foi chamado a intervir, semsucesso. No final, quem o convenceu foi odeputado Florestan Fernandes:"Nós que-remos dar uma chegadinha lá no velório doFábio Lucena.

Quase à uma hora da tarde. Gadelhareabriu a sessão, fez um longo e eruditodiscurso cm favor da negociação — quenão o impediu de dizer que "não adiantachorar sobre o leite derramado" — e aencerrou em seguida, sob o pretexto dovelório do senador Fábio Lucena.

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Haroldo Lima (BA), por trás da voz macia e de umaaparente timidez, divide hoje com o petista José Genoíno ocomando das tropas da esquerda na assembléia. Perdendopraticamente todas as batalhas, ante a coesão muito maiordemonstrada pelas forças conservadoras, Haroldo Limanão pretende ficar "marcando posição" até o final daConstituinte.

Nós temos cedido até o limite do razoável e essaConstituição está se desenhando pior do que a dos gene-rais. Se ela não responder a questões fundamentais dopovo, poderá ser condenada preliminarmente e simples-mente deixar de ser cumprida — ameaça o líder do PC doB.

O corte na testa, fruto de uma das muitas confusõesem que se tem envolvido desde que começaram os traba-lhos da Constituinte, demonstra que a timidez dessedeputado não vale quando estão em jogo as questõespolíticas. Aí, ele é o primeiro a gritar. Tem sido assimdesde que se elegeu deputado federal pela primeira vez, em19K2, pelo MDB baiano.

Seu radicalismo tem sido posto à prova na Constituin-te. Ontem, coube a ele negociar com o presidente daComissão de Comunicação, senador Marcondes Gadelha(PFL-PB), o ingresso dos populares na galeria. Diante deuma massa que gritava que ia entrar "na lei ou na marra",Haroldo Lima teve que fazer uma autêntica ginástica paraevitar um quebra-quebra.Eu já contive esse povo duas vezes, na base daconfiança que eles têm em mim. Para acontecer algumacoisa aí mais grave, um pau, basta um minuto. A responsa-bilidade disso é das lideranças da Constituinte, que estão seafastando do povo — afirma o líder comunista.

No sábado, segundo Haroldo Lima, um deputadoconservador lhe procurou para dizer o seguinte: "Nãovamos poder ter uma Constituição que seja combatidadesde o início por todas as entidades populares do país". Apartir dessa conversa, o líder diz que "a Constituição temque ser uma coisa de consenso, com todos estando deacordo". Mas ele ressalva: "Da forma como está indo, nósnão vamos fazer força para estar de acordo. Poderemoschegar na votação da Carta com a ausência de muitosconstituintes".

A responsabilidade maior pela "direitização" dostrabalhos da Constituinte, segundo Haroldo Lima, é, pelaordem, do deputado Ulysses Guimarães e do líder MárioCovas. O primeiro por frear a atuação das forças popula-res. Em relação a Covas, o PC do B tem várias críticas.

O Covas, na sua posição de líder, tem tido umaposição apenas de falar contra as coisas, o que é muitopouco. É preciso uma posição de luta. Com a sua preocupa-çáo de não dividir o PMDB, o Covas está dando força aosconservadores. Ele faz média com a direita e com aesquerda e com um discurso avançado.

Para Haroldo Lima, existe uma grande diferençaentre o que Covas está fazendo e o que o PC do B gostariaque ele fizesse: "Não basta estar com a posição certa. Epreciso conquistar os outros para essa posição. O pau estáquebrando, eu estou com a cabeça rachada e o Covas ficapedindo calma a todo mundo.

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COMISSÃO DE LICITAÇÃOEDITAL NS 004/87

LICITAÇÃO 018/87CONCORRÊNCIA

AVISOObjeto: Fornecimento e distribuição degêneros alimentícios, grupados conformeespecificação abaixo, às Organizações Mi-litares do Ministério da Marinha, sediadasou estacionadas nos municípios do Rio deJaneiro, Niterói, Duque de Caxias e SãoGonçalo, situadas no Estado do Rio de Ja-neiro, no período de 01 de agosto a 31 dedezembro de 1987: GRUPO I - PESCADOINDUSTRIALIZADO OU FRESCO, GRU-PO II - CARNES E MIÚDOS, GRUPO III -OVOS, QUEIJOS, GORDURAS, FEIJÕES,CONDIMENTOS, COMPOTAS E SUCOSE GRUPO IV - FRUTAS FRESCAS, HOR-TALIÇAS E LEGUMES.Data: 16/07/87 às 10:00 horas.Local: Departamento de Planejamento daDiretoria de Abastecimento da Marinha,sito à Av. Brasil n9 10.500, Olaria - RJ.Edital: O Edital geral, contendo todos osdetalhes relativos à Licitação, encontra-seà disposição dos interessados, no endereçoacima mencionado, a partir da presentedata.

Rio de Janeiro, RJ., 10 de junho de 1987JOSÉ DA CUNHA FARIA

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Deputado se fere em

tumulto e pára sessãoO deputado Haroldo Lima. do PC do B da Bahia, ao

atracar-se com um microfone rompeu o supercílio esquerdoc a sessão foi suspensa, o que se repetiria por outras duasvezes devido a tumultos, na Comissão da Família, Educa-çáo. Ciência e Tecnologia. A cada uma das interrupções,enquanto parlamentares de todos os partidos trocavamempurrões e pontapés, o líder do PMDB na Constituinte,Mário Covas (SP), chegava perto do líder do PFL. JoséLourenço (BA), e repetia: "Tá vendo, Zé. sem negociar,dando golpes de mão e atropelando o regimento nãoiremos a lugar algum, terminaremos não votando nada edesmoralizando a Casa".

Entrar à força — Roberto Freire (PCB-PE),enquanto 150 populares ameaçavam arrombar a porta doplenário e entrar à força por causa da proibição de subir àsgalerias, dizia: "Nós é que estamos brigando e o presidenteproíbe o povo de assistir." Desligado o seu microfone,-Haroldo Lima investiu para tomar o outro microfone emachucou-se. Em meio à tensão e constrangimento gerais.Lima, com o sangue escorrendo do supercílio esquerdo,gritou:— Eu não vou dizer que Vossa Excelência é umhomem inteligente, presidente (Gadelha), eu digo que vocêé um fascista, um imoral. Você quer as galerias vazias parafazer safadezas e votar imoralidades sem o conhecimentodo povo.

Covas, auxiliado por Antônio Brito c outros depu-tados, pediu "calma" a Lima e depois da interrupção ostrabalhos prosseguiram. O presidente da Comissão doSistema Tributário, Francisco Dornelles (PFL-RJ), chegouao plenário e procurou Covas para "negociar a continuida-de" da votação em sua comissão. Os manifestantes, à portado plenário da Câmara, ameaçaram novamente invadir orecinto, com apoio de Haroldo Lima, que pediu para queaguardassem dez minutos". Lourenço conversou com Co-vas, foi até o presidente Gadelha, que, voltando atrás,admitiu a entrada dos populares nas galerias. A sessão foinovamente suspensa. Covas. Lourenço e um grupo deparlamentares saíram do plenário para, enfim, negociar.

Comissão aprova quotasantecipadas de fundos

BRASÍLIA — A Comissão do Siste-ma Tributário, Orçamento e Finançasaprovou a antecipação para 1988 dosrepasses das novas quotas dos Fundos deParticipação dos Estados (FPE) e doFundo de Participação dos Municípios

(FPM). Pelo substitutivo do relator, deputado José Serra(PMDB-SP). esses fundos seriam transferidos apenas em1989, após aprovação pelo Congresso da legislação ordiná-ria que regulara o novo sistema tributário.

Foi mantida a possibilidade de os estados cobraremuni adicional de 5% sobre o imposto de Renda de pessoasfísicas e jurídicas. O sistema tributário proposto pelacomissão reserva 21.5% da arrecadação fiscal da União aoFPE; 22,5rí ao FPM; e 2% para aplicação nas regiõesNorte e Nordeste. O projeto mantém atual critério dedistribuição das quotas do FPE. ou seja, 20% especifica-mente ao Norte e Nordeste e 80% para o país todo,inclusive essas duas regiões.

Também foi aprovado o repasse de 10% do Impostosobre Produtos Industrializados (1P1) aos estados e Distrito 'Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas expor-tações de produtos industrializados.

Um dos artigos do substitutivo determina que osgastos da União, com exceção dos projetos consideradosprioritários, seráo divididos proporcionalmente à popula-çáo de cada macrorregião. Reivindicação da bancadanordestina, foi aprovado por 53 votos a um. Votou contra odeputado César Maia (PDT-RJ).

Atualmente, 30% da população estão no Nordeste,que recebe 12,5% dos investimentos federais. Se o artigofoi para a Constituição, daqui a dez anos o Nordeste estarárecebendo 30%. Perdem com isso Rio e São Paulo.Perderiam, pois o Sudeste recebendo hoje 72% dos investi-mentos em dez estaria recebendo 42r<.

Maioria conservadora

apoia relatório BisolO relatório do senador José

Paulo Bisol foi aprovado na niadru-gada de ontem na Comissão de Sobe-rania, apesar da maioria conservado-ra de seus integrantes, entre os quais12 evangélicos. A aprovação submete

agora à Comissão de Sistematizaçáo as seguintesdisposições. Tornar suscetíveis de apreciação judicialquaisquer atos praticados pelo comando revolucio-nário de 31 de março de 1964 e conceder a anistiaampla, geral e irrestrita a todos os funcionários civise militares punidos por atos institucionais e correia-tos. no período compreendido entre 2 de setembrode 1961 e 1° de fevereiro de 1987.

Decidiu ainda a comissão que a soberania é dopovo. ao qual serão concedidos, inclusive, os benefí-cios do Intbcns data, que significa o direito deconsultar e corrigir qualquer registro oficial —inclusive os policiais e militares — sobre a suapessoa. Ainda de acordo com a comissão, a Consti-tuição será submetida a plebiscito.

O cidadão terá ao seu dispor uma defensoriapopular gratuita e um Tribunal de Direitos e Garan-tias Constitucionais, eleito por 2/3 do CongressoNacional. O Congresso também terá a função deaprovar — ou não — todos os acordos internacionaise até mesmo os de natureza econômica do país, ondesão eleitores todos os cidadãos maiores de 16 anos.

Sistematizaçáo agora

trabalha trinta diasA Constituinte entra agora na etapa da Comissão de

Sistematizaçáo: hoje. a Comissão de Sistematizaçáo recebeaté a meia-noite os anteprojetos das comissões temáticas,distribuindo a partir de amanhã aos relator BernardoCabral (PMDB-AM) os avulsos dos anteprojetos. O relatorterá dez dias para apresentar seu parecer a respeito de cadaanteprojeto, constituindo o anteprojeto da Comissão deSistematizaçáo. que durante cinco dias poderá receberemendas e será debatido pelos integrantes da comissão. Ofim do prazo para o recebimento de emendas e a realizaçãode debates é o dia 2 de julho. Haverá sessões de comissãode Sistematizaçáo às terças, quartas e quintas-feiras.

Bernardo Cabral terá. a partir do dia 3 de julho, cincodias para apresentar seu parecer com um projeto deConstituição, o qual. nesse prazo, poderá receber emen-das. Após a apresentação, haverá a distribuição dos avulsosdo projeto de Constituição (dia S) e a discussão do parecerdo relator (dia 9). No dia seguinte, esse projeto serásubmetido a votação e poderá receber emendas, ainda noâmbito d.i Comissão de Sistematizaçáo, que dará início nodia 12 ao texto final do projeto da comissão.

No dia 13. haverá a distribuição da redação final doprojeto da Sistematizaçáo. submetida ainda (dia 14) adebate dentro da comissão. O próximo passo, no dia 15. é avotação da redação final e encaminhamento ao plenário daConstituinte.

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JORNAL DO BRASIL Política segunda-feira, 15/6/87 ? Io caderno o -5-

Ordem Social pede

estabilidade e jornada

de 40 horas

RRAciT TA a Pnmi«nr, HP Orrlpm w!-,I kc retirou todos os destaques contra aquelas duas propostas. Os Metalurgicos de Canoas (RS). O texto aprovado. do substutivo de cia de falta grave comprovada judicialmcnte; B — ContraW a";OKAiilia a ^omissao at uruem aouai w. destaaues se votados e aprovados oermitiam mudar o texto do relator, admite que a empresa possa dispensar trabalhadores se tcrmo. nao superior a dois anos, nos casos de transitoriedade;dosda Constitute aprovou a estabilidade no em- relator estiver em situatfo economica dif.cil mas subordina esta decisao a serves ou de atividades da empresa; C - Prazos definidos.^ ;

nm^/vimn'Hp?in hnr^PmnnaiJ' n™ Jirh fik A estabilidade no emprego foi aprovada as 23h30min de comprova?ao judicial. contratos de experiencia. nao superior a 90 dias, atendidasTa?;um maximo de 40 horas semanais. Uma soida sibado A iornada de 40 horas no meio-dia de ontem Ouando o r\ u a• - r a ,in m,-in pcculiandades do trabalho a ser cxccutado: D — Supcrvenieifciajmaioria de pelo menos33 dos 65.vo.osgarant.u a U JJ V- j'^ , ,° ^ultado pratico disso sera o f.m da rotativid de d mao- ^ fa,() ceon6mico intransponfvci, {6aAm ou de i^fortunio daj

esquerda a manuten?ao, nesses dois temas. do L«0|LJ^ ^pu'ad1) tdme II avares de-obra e a prat.ca de dispensar trabalhadores para contratar cm sujcito a comprov!iqao judicial, sob pena de reintegraqaotexto original do relator da comissao, senador Almir Gabriel parte ao pienario expioairam em aptausos. Lerca ae bu airigentes outros por salarios menores, segundo o advogado sindical Ulisses 0u indeni/icln a cri.erin do emnren-idn •,PMDB«>. PT. PCS. PC do B. PTB. PDT - pn„e do f.

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° P Estabilidade - A estabilidade aprovada nao e plena , 0'cf,t0 fbre estabilidade, no capftulo que trata dos direitos alimcntaqao." Tambem neste item, os moderados retiraram seus'

Sabendo aue seria derrotado se houvesse votacao o grupo mas foi considerada um avanqo pelo deputado Paulo Paim (PT- dos trabalhadores e o que da Garantia do d.reito ao trabalho destaques contra as 40 horas. para ev.tar que fossem postos e^moderadofZ" do

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Igreja faz y^lAO "> !

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Ordem Social pede

estabilidade e jornada

de 40 horas

cia de falta grave comprovada judicialmente; B — Contrato: a";termo, não superior a dois anos. nos casos de transitoriedadc-.dos jserviços ou de atividades da empresa; C — Prazos definidos.fejp ;contratos de experiência, não superior a 90 dias, atendidas""a?;peculiaridades do trabalho a ser executado: D — Superveniérfcia-jde fato econômico intransponível, técnico ou de infortúnio dajempresa, sujeito a comprovação judicial, sob pena de reintegraçãoou indenização, a critério do empregado." •"*'>

ü texto aprovado da jornada de trabalho de 40 horas diz>0'seguinte: "Duração de trabalho não superior a 40 horas semanais,!.não excedendo de oito horas diárias, com intervalo para repouso cralimentação." Também neste item, os moderados retiraram seusdestaques contra as 40 horas, para evitar que fossem postos' eni,votação e derrotados. ' 1 '•

Metalúrgicos de Canoas (RS). O texto aprovado, do substutivo derelator, admite que a empresa possa dispensar trabalhadores seestiver em situação econômica difícil mas subordina esta decisão acomprovação judicial.

O resultado prático disso será o fim da rotatividade de mão-de-obra e a prática de dispensar trabalhadores para contrataroutros por salários menores, segundo o advogado sindical UlissesRiedel, que acompanhou os trabalhos da comissão. Riedel édiretor-técnico do Diap (Departamento Intcrsindical de Assesso-ria Parlamentar), o mais ativo lobby sindical na Constituinte.

O texto sobre estabilidade, no capítulo que trata dos direitosdos trabalhadores, é o que dá "Garantia do direito ao trabalhomediante relação de emprego estável, ressalvados: A — Ocorrên-

retirou todos os destaques contra aquelas duas propostas. Osdestaques, se votados e aprovados, permitiam mudar o texto dorelator.

A estabilidade no emprego foi aprovada às 23h30min desábado. A jornada de 40 horas, no meio-dia de ontem. Quando odeputado Edme Tavares proclamou sua decisão, as galerias e umaparte do plenário explodiram em aplausos. Cerca de 80 dirigentessindicais e representantes de entidades trabalhistas ocupavam asgalerias. O deputado e empresário Max Rosenmann (PMDB-PR),derrotado naqueles dois itens, lamentava: "Não temos nem claqueaqui".

Estabilidade — A estabilidade aprovada não é plenamas foi considerada um avanço pelo deputado Paulo Paim (PT-RS), secretário-geral da CUT e presidente do Sindicato dos

BRASÍLIA— A Comissão de Ordem Social KSTda Constituinte aprovou a estabilidade no em- ^prego e a redução da jornada de trabalho para mi?um máximo de 40 horas semanais. Uma sólida /' Ç~~Wkmaioria de pelo menos 33 dos 65.votos garantiu à 'Kl V-esquerda a manutenção, nesses dois temas, do IIMl^í fntexto original do relator da comissão, senador Almir Gabriel(PMDB-PA). PT. PCB. PC do B. PTB. PDT. uma parte doPMDB e um voto do PDS garantiram o resultado.

Não houve votação de destaques. A estabilidade e a jornadade 40 horas foram consideradas aprovadas pelo presidente dacomissão, deputado Edme Tavares (PFL-PB).

Sabendo que seria derrotado se houvesse votação, o grupomoderado, formado por uma parte do PMDB. pelo PFL e PDS.

Igreja faz"Domingo

da

Constituição"PORTO ALEGRE —On-

tem foi o "Domingo da Consti-tuiçáo" para a Igreja Católicagaúcha, quando se encerrou,nas centenas de igrejas, capelase salões paroquiais, a coleta deassinaturas para as sete emen-das que a CNBB encaminharáà Constituinte. Até o dia 7 dejulho, a CNBB deve divulgar olevantamento do número deassinaturas colhidas para cadaemenda.

Nas duas últimas semanas,as 20 paróquias de Porto Ale-gre mais as centenas de paro-quias das 12 dioceses de todo oestado apresentaram aos elei-tores gaúchos as quatro pro-postas elaboradas na 25" as-sembléia-gcral da CNBB. emItaici, cm São Paulo, além detrês outras, redigidas por enti-dades apoiadas pela Igreja.

As emendas referem-se aodireito à vida. condenando aprática do aborto, da eutanásiae da tortura, a livre criação deescolas em vistas de uma edu-cação mais abrangente, a livredivulgação de idéias políticas,religiosas e filosóficas, a ordemeconômica, a reforma agrária,a possibilidade de o povo apre-sentar projetos de lei, e aosdireitos das populações indí-genas.

Dom Ivo — Durante operíodo da coleta de assinatu-ras, os eleitores compareceramà igreja com seus títulos, e cadaum assinou três das propostasapresentadas. O bispo de SantaMaria, na região central doestado, Dom Ivo Lorscheiter,salientou a importância dasemendas, observando que aCNBB elaborou somente asquatro primeiras. Ele próprioassinou a que diz respeito aodireito à vida, a proposta delivre criação de escolas e a quefala sobre a ordem econômica.

Hoje e amanhã os bisposgaúchos estarão reunidos emErexim, a 360km de Porto Ale-gre. para discutir a conjunturasócio-cconômica e política doestado, alem da crise nas csco-Ias e nos hospitais católicosgaúchos. Segundo Dom Ivo, osbispos deverão posicionar-setambém em relação às emen-das encaminhadas à Consti-tuinte.

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Três gaúchos que fizeramtransplante de coração — Sezi-nando Dias Montezana, JoséAntônio Pires e Darcy da SilvaSant'Anna — enviaram corres-pondência aos deputados fede-rais do Rio Grande do Sul e aopresidente da Constituinte,deputado Ulysses Guimarães,pedindo que mais pessoas te-nham acesso a esse tipo decirurgia, que os mantêm vivosaté hoje.

"Sr. deputado: E nosso de-ver, como pessoas beneficiadaspor doação de coração, interce-der para que esse benefício sejaacessível a toda a sociedade ebeneficie o maior número pos-sível de brasileiros", diz o textodo telex enviado a Brasília.

Eles pedem aos constituintesque interfiram na atual legisla-ção, tornando propriedade doEstado o corpo de pessoas fale-cidas. para fins de transplantede órgãos. Segundo os trêstransplantados, as pessoas quenão concordarem com essa dis-posição teriam que fazer a res-salva, registrada nos documen-tos de identificação.

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Balanço — O procura-dor-geral do Estado do Rio,Hélio Sabóia, faz um balançohoje para o governador Morei-ra Franco das sugestões flumi-nenses aproveitadas pelas oitocomissões temáticas da Consti-luinte. Ele destacou, como amais importante delas, a quedisciplina os critérios da distri-buição dos Fundos de Partici-pação dos Estados e de Partici-pação dos Municípios, que per-dem finalmente o caráter pa-tcrnalista.

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JORNAL DO BRASIL Política

Ordem Social pede

estabilidade e jornada

de 40 horas

BRASÍLIA— A Comissão de Ordem Socialda Constituinte aprovou a estabilidade 110 em-prego e a redução da jornada de trabalho paraum máximo de 40 horas semanais. Uma sólidamaioria de pelo menos 33 dos 65 votos garantiu à'esquerda a manutenção, nesses dois temas, do'tèWoriginal do relator da comissão, senador Almir Gabriel(PMDB-PA). PT, PCB. PC do B. PTB, PDT. uma parte doPM'DB e um voto do PDS garantiram o resultado.

Não houve votação de destaques. A estabilidade e a jornada'Jé "40'horas foram consideradas aprovadas pelo presidente dacomissão, deputado Edme Tavares (PFL-PB).

Sabendo que seria derrotado se houvesse votação, o grupomoderado, formado por uma parte do PMDB. pelo PFL e PDS.

Igreja faz

fJDomingo da

Constituição"

retirou todos os destaques contra aquelas duas propostas. Osdestaques, se votados e aprovados, permitiam mudar o texto dorelator.

A estabilidade no emprego foi aprovada às 23h30min desábado. A jornada de 40 horas, no meio-dia de ontem. Quando odeputado Edme Tavares proclamou sua decisão, as galerias e umaparte do plenário explodiram em aplausos. Cerca de NO dirigentessindicais e representantes de entidades trabalhistas ocupavam asgalerias.

Estabilidade — A estabilidade aprovada não é plenamas foi considerada um avanço pelo deputado Paulo Paim (PT-RS), secretário-geral da CUT e presidente do Sindicato dosMetalúrgicos de Canoas (RS). O texto aprovado, do substutivo derelator, admite que a empresa possa dispensar trabalhadores se

estiver em situação econômica difícil mas subordina esta decisão acomprovação judicial.

Reforma agrária — Os progressistas da comissãoconseguiram aprovar a reforma agrária, garantindo sua apreciaçãopela Comissão de Sistematizaçáo.

— Agora ficou mais com a cara do PMDB — comentou olíder pcmedebista, senador Mário Covas, que 24 horas antes virafalharem todas as suas tentativas de fazer alguns companheiros dopartido 11a Ordem Econômica se sensibilizarem pela defesa dareforma agrária.

A nova chance surgiu por iniciativa do deputado DomingosLeonelli (PMDB-BA). que antes de submeter a questão à votaçãoda Comissão da Ordem Social costurou um acordo interno 110PMDB e com os partidos de esquerda e. ao final, acabou

recebendo o apoio até do PFL. PDS. PTB e PL. Foram 56 votosfavoráveis, cinco contra e três abstenções." I odo trabalhador rural terá direito assegurado à propriedn-de na forma individual, cooperativa, condominial, comunitária oumista para o desenvolvimento de suas atividades.

Parágrafo único — o Estado promoverá a desapropriação dai;terras necessárias ao cumprimento do disposto neste artigoímediante indenização por títulos da dívida agrária."

Com este texto, a emenda aditiva de Domingos Leonelli fòiincorporada ao relatório do senador Almir Gabriel (PMDB-PA)tno capítulo que trata dos direitos dos trabalhadores. Só foramcontrários à sua aprovação os constituintes Cunha Buenos (PDS:SP), João da Malta (PFL-PB), Levy Dias (PFL-MS), Sétio Dias(PFL-ES) e Roberto Ballestra (PDC-GO).

" '"PORTO ALEGRE — On-tem foi o "Domingo da Consti-tuição" para a Igreja Católicagaúcha, quando se encerrou,iras centenas de igrejas, capelasc.salões paroquiais, a coleta deitáSiffiTturas para as sete emen-das que a CNBB encaminharáa Constituinle. Até o dia 7 dejulho, a CNBB deve divulgar olevantamento do número deassinaturas colhidas para cadaemenda.í: 'Nás duas últimas semanas.as''20-paróquias de Porto Ale-gre' mais as centenas de paró-tíüfas das 12 dioceses de todo oestáclo apresentaram aos elei-for,çí gaúchos as quatro pro-postas elaboradas na 25'' as-sembléia-geral da CNBB. emItaicirem São Paulo, além detrês outras, redigidas por enti-dadeS apoiadas pela Igreja.

As emendas referem-se aoclircitõ à vida, condenando aprática do aborto, da eutanásiae"da'fortura. a livre criação deescolas em vistas de uma edu-cação mais abrangente, a livredivulgação de idéias políticas,religiosas e filosóficas, a ordemeconômica, a reforma agrária,a possibilidade de o povo apre-Wtitíi projetos de lei. e aosdireitos das populações indi-genas'.

Dom Ivo — Durante oP.çrígçlo da coleta de assinatu-rjas.-os eleitores compareceramà.igçvja com seus títulos, e cada11111 assinou três das propostasapresentadas. O bispo de SantaMaria, 11a região central doVMífdO, Dom Ivo Lorscheiter,salientou a importância dasemendas, observando que aCNBB elaborou somente asqtfatro primeiras. Ele próprioassinou a que diz respeito aoiJkéjtO à vida. a proposta delivre.criação de escolas e a quefala sobre a ordem econômica.

'Hoje e amanhã os bisposgaúchos estarão reunidos emErexim, a 36(lkm de Porto Ale-gre. para discutir a conjunturasócio-eeonómica e política doestado, além da crise nas esco-Ias e nos hospitais católicosgaúchos. Segundo Dom Ivo. osbispos deverão posicionar-setambém em relação às emen-das encaminhadas à Consti-tuinte.

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transplantes-v^PRTO ALEGRE —Três., gaúchos que fizeramiÇílUíplante de coração — Sezi-nando Dias Motitezana. JoséAntônio Pires e Darcv da SilvaSai1t'Anna — enviaram corres-pondência aos deputados fede-finsulo Rio Grande do Sul e aopresidente da Constituinte,(JfiPWdo Ulysses Guimarães,pedindo que mais pessoas te-nham acesso a esse tipo deCirurgia, que os mantém vivosate Tioje.

"Sr. deputado: É nosso de-ver,-como pessoas beneficiadaspcrnloação de coração, interce-der para que esse benefício sejaíJkAijíyel a toda a sociedade ebeneficie o maior número pos-sivèüle brasileiros", diz o textodo telex enviado a Brasília.

Eles pedem aos constituintesque interfiram 11a atual legisla-ção. tornando propriedade doEstado o corpo de pessoas fale-cidas. para fins de transplantedt 'órgãos. Segundo os trêstransplantados, as pessoas quenão Concordarem com essa dis-posição teriam que fazer a res-salva, registrada nos documen-tos de identificação.

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6ol° caderno ? segunda-feira, 15/6/87 Ciência JORNAL DO BRASIL

Informe JB

Na calada da noite da tumultua-

da sexta-feira, quando o paísse encontrava imerso nas medidaseconômicas decretadas pelo presi-dente José Sarney, o ministro daJustiça Paulo Brossard partia, comuma comitiva de dez pessoas, rumoa Paris.

Foi participar da ConferênciaInternacional sobre Abuso e Tráfi-co Ilícito de Drogas, que se realiza-rá a partir de quarta-feira em Vie-na. Além da esposa, o ministrolevou seu assessor, também acom-panhado da mulher, e um professorde Direito Internacional para con-sultas eventuais.

Ao montar sua viagem — abso-lutamente inoportuna para o mo-mento nacional — o ministro seesqueceu de dois detalhes:

— Em Viena funcionam duasembaixadas brasileiras: a Bilateral ea Missão Permanente Junto aosOrganismos Internacionais, com in-fra-estrutura suficiente para atende-lo.

— No plenário só há lugarpara três pessoas de cada país.

?Sua volta está prevista para o

dia 15 do mês que vem.

Novo Cruzado IA seqüência de Planos Cruzados

disparados pelo governo desde 27 defevereiro do ano passado acaba de serdevidamente batizada por um cinéfiloatento:

Cruzado I — Guerra nas estrelasCruzado II — O império contra-atacaCruzado III — O retorno de Jedi

OA fonte de inspiração é a trilogia

criada pelo cineasta americano GeorgeLucas. Todos os filmes foram premia-dos com o Oscar de Efeitos Especiais.Novo Cruzado II

Do ex-governador Leonel Brizola,no Uruguai, sobre as medidas do PlanoBresser que beneficiam as pequenasempresas:

— Elas vão ser favorecidas comoum leitãozinho que você engorda, en-gorda e depois de um tempo assa ecome.Novo Cruzado III

Um consumidor de disco-lascr, nasexta-feira, às 18h, comprou um discoda Bilic Holiday na loja Gramophone,do Shopping Center da Gávea, por CZ$790. No sábado encontrou na filial damesma loja, na cidade, o disco comoutro preço: CZS 950.

A loja c um verdadeiro achado paraos consumidores do gênero porque re-cebe, diariamente, novidades estrangei-ras.

?Em tempo: seu proprietário é tam-

bem funcionário da Receita Federal, doMinistério da Fazenda.Novo Cruzado IV

De Artur Sendas, presidente da As-sociação Brasileira de Supermercados(Abras):— Se os preços forem congeladospela oferta vai faltar tudo nas prate-leiras.

Novo Cruzado VDe reajuste em reajuste, pela média

dos últimos meses, os salários vão aca-bar sumindo:

em 1965 o então ministro do Planeja-mento, Roberto Campos, reajustou ossalários pela média dos útlimos doisanos. Esta média passou a ser o teto;

cm fevereiro do ano passado o PlanoCruzado I pegou este teto e rebaixou-opela média dos últimos seis meses;

e agora o Plano Bresser acaba de

achatar os salários pela média dos trêsúltimos meses.Muda, Brasil

Apesar do clima de pessimismo quereinou nas conversas de fim de semananas praias cariocas, o presidente daFinep, Fábio Celso de Macedo SoaresGuimarães, tinha consigo dados alenta-dores:

Mesmo diante da crise, os em-presários estão aumentando os investi-mentos na capacitação tecnológica: em31 de dezembro do ano passado osprojetos em análise na Finep totaliza-vam CZ$ 2,5 bilhões. Hoje eles chegama CZ$ 9 bilhões.

Pró-reformaO papa João Paulo II garantiu ao

bispo D. Alcimar Magalhães, de Impe-ratriz — onde há um ano foi morto opadre Josimo Tavares por causa deconflitos de terras — que caso venha ao

.Brasil, conforme tem demonstrado de-sejo a diversos bispos brasileiros, fazquestão de chegar bem perto do Bico doPapagaio, centro dos conflitos agrários.

?Pretende, inclusive, rezar uma missa

em homenagem ao padre Josimo nacidade de Imperatriz.Com discrição

Um dos lohbies solitários que, nestefim de semana, chamou atenção naAssembléia Nacional Constituinte foi odo deputado Mareio Braga (PMDB-RJ).

Discretamente, longe do plenário daComissão de Organização dos Poderese Sistema de Governo, ele procuravaalguns constituintes para evitar que vo-tassem a favor da oficialização dos car-tórios.

?Como se sabe, o constituinte e presi-

didente do Flamengo é também pro-prietário de um cartório no Rio.Sacola

Do deputado estadual NapoleáoVeloso (PMDB-RS), logo após a apro-vação do seu projeto que permite aossupermercados voltar a cobrar pelassacolas de papel:Ganhei esse projeto para o meupai e para a minha categoria.

Como se sabe, Napoleão é da famí-lia Veloso: dona das Casas da Banha.Fora do tumulto

A ausência mais notada na Comis-são de Soberania e dos Direitos e Ga-rantias do Homem e da Mulher foi a dodeputado Sarney Filho (PFL-MA).

Não compareceu uma vez sequer àsreuniões da comissão na semana passa-da, nem mesmo durante as tumultuadasvotações de sexta, sábado e domingo.Toma lá, dá cá

Acaba de ser criado, em Brasília, oInstituto de Reciprocidade Constitu-cional.

?O IRC funciona na base do você

vota na minha emenda que eu voto nasua.Anti violência

O bispo D. Mauro Morelli, de NovaIguaçu, passou o fim de semana redigin-do um manifesto que pretende dar novorumo à política de segurança no Rio.

Pela vida, contra a violência e apena de morte foi traçado a partir deuma reunião realizada na última sexta-feira na casa da atriz Lucélia Santoscom a presença de D. Mauro, do psica-nalista Hélio Pellegrino, do presidenteda OAB, Carlos Maurício, dos líderesda Assembléia Milton Temer (PSB) eErnani Coelho (PT), do ex-presidenteda Famerj, Chico Alencar, e dos advo-gados Nilo Batista e Modesto da Sil-veira.

Saldo parcial da violênciada reunião de sexta-feira ànoite da Comissão da OrdemEconômica: dois microfonesforam quebrados na cabeçade participantes e o própriopresidente da comissão —deputado José Lins (PFL-CE) — saiu correndo da reu-nião.

O cineasta Leon Hirszmanjá sc recuperou da infecçáopulmonar que o deixou inter-nado por alguns dias na Clíni-ca Bambina. Está dc volta àsua casa.

O economista FranciscoLopes, pai do Novo Cruza-do, ontem, jogava golfe,tranqüilamente, no GáveaGolf Club.

A Sunab mineira, na tardede ontem, nào atendeu aoschamados dos consumidores,apesar de sua delegada regio-nal garantir, na véspera, quehaveria um plantão refor-çado.A primeira reunião para acriação do Centro de Previ-são de Estudos Climáticos —que irá unificar os sistemasde previsão do tempo quehoje são feitos pelo Ministé-rio da Agricultura, da Mari-nha e da Aeronáutica c peloInstituto de Pesquisas Espa-ciais — será quarta-feira, àsHlh. no Ministério de Cien-cias e Tecnologia.

-Lance-Livre

O constituinte César Maia(PDT-RJ) segue hoje para Is-rael a convite do Partido Tra-balhista de lá. Vai conhecer osocialismo israelense.

As Semanas Villa-Lobos —série dc eventos que percor-rerão várias cidades até no-vembro em comemoração aocentenário de nascimento domúsico — serão lançadosquarta-feira, no Museu Villa-Lobos, com a presença doministro da Cultura, CelsoFurtado. Além do própriomuseu, e do Ministério daCultura, estão na co-produção: a Fundação Pró-Memória e o Banco Francês-Brasileiro.

Amanhã serão reinaugura-das as instalações do Institutode Medicina Social da Uerjcom a presença de diversossecretários, do presidente doInamps, Hésio Cordeiro, e doministro da Previdência, Ra-phael de Almeida Magalhães.

O edifício Maipu, na Ruade Sant Anna. Praça 11, temsérios problemas quandochove. E que os bueiros darua estão tão cheios de detri-tos que não escoam as águas,inundando o porão do pré-dio. Chamada, a-Cedac veri-ficou o problema, mas atéhoje nào deu solução.

A Associação de Morado-res dc Laranjeiras promove,no próximo dia 20, a partirdas 16h, embaixo do viadutode Laranjeiras, sua tradicio-nal festa junina. Haverá umabarraca onde as pessoas po-derão assinar propostas paraserem encaminhadas à Cons-tituinte.

A escritora Nélida Pinonsó volta da Europa quandoseu novo romance de cercade 400 páginas, e sem com-promisso com qualquer edi-tora, estiver pronto.

A TVE lança hoje, às9h30min, o mais novo pro-grama infantil — Canta Con-to — com dircção-geral deDermeval Netto.

A comissão de ética doPMDB do Paraná aprovou,semana passada, um voto delouvor ao senador AffonsoCamargo "pela postura mo-ral e progressista que temtido como parlamentar".

O diretor do Concine, C.us-tavo Dahl, está selecionandoseus melhores artigos paraeditar um livro.

Os camelôs nas ruas deIpanema estão tão diversifi-cados em suas ofertas que atépapagaios eram vendidos nosábado, na esquina da Vis-conde de Pirajá com Farmede Amoedo.

Gloria Alvarez

Laboratório de plasma

ficará no RioO Rio de Janeiro vai ganhar uma das mais

importantes áreas da pesquisa de ponta, a da fusãonuclear, com a construção do Laboratório Nacionalde Plasma e Fusão, em Jacarepaguá, revelou oministro da Ciência e Tecnologia. Renato Archer.

Um grupo de trabalho recém-constituído peloMinistério da Ciência e Tecnologia está preparandoo projeto do laboratório, que vai concentrar aspesquisas atualmente existentes no país sobre afusão nuclear (o Brasil é o único país da AméricaLatina que tem pesquisas nessa área) e ficará abertoa toda a comunidade científica brasileira.

Segundo o físico Ivan Cunha Nascimento,integrante do grupo de trabalho e líder de uma dasmais ativas equipes de pesquisa da fusão — a daUniversidade de São Paulo —, será instalado nolaboratório um sofisticado reator do tipo Tokanmk.110 qual o plasma (conhecido como o quarto estadoda matéria) é contido por gigantescos camposmagnéticos dentro de uma estrutura em forma derosca.

No Laboratório Nacional de Plasma e Fusãoserá feita pesquisa da fusão nuclear e de projetostecnológicos de aplicação mais imediata, como oaperfeiçoamento de tochas c maçaricos de plasmapara uso nas indústrias, produção de plasma pordescargas elétricas em gases e uso do plasma nacriação de cristais e produção de pastilhas decomputadores.

Os grupos de pesquisa na Universidade Fede-ral Fluminense, na Universidade dc São Paulo, naUniversidade dc Campinas, na Universidade Fede-ral do Rio Grande do Sul e no Instituto dc PesquisasEspaciais (Inpe) — transferirão suas atividades parao novo laboratório, mas o trabalho de formação derecursos humanos no nível de pós-graduação conti-nuará a ser feito nas universidades.

No momento, o Ministério da Ciência e Tec-nologia está à procura dc um terreno de 500 milmetros quadrados na região de Jacarepaguá parainstalação do laboratório.

A matéria-prima das estrelasChamado de quarto estado da matéria, poisnão é líquido, nem sólido, nem gasoso. o plasma é

obtido quando se aquece um gás a dezenas demilhares de graus centígrados de temperatura, esta-do em que a agitação térmica faz com que os átomospercam seus elétrons. O gás se transforma numamistura de elétrons e núcleos atômicos soltos.Matéria-prima das estrelas, o plasma constitui 99c/cde toda a matéria do universo.

Na Terra, porém, ele só existe nos relâmpagose auroras polares. Soviéticos e americanos estãoengajados numa competição acirrada para produzirplasmas com temperaturas cada vez mais elevadas.Acima de 100 milhões dc graus centígrados — atemperatura das estrelas — os núcleos de átomosleves se fundem formando átomos pesados e libe-rando grande quantidade de energia. É a fusãonuclear, processo que ocorre dcscontroladamcntena explosão das bombas de hidrogênio. Sc controla-do, este processo permitiria produzir energia usan-do como combustível os átomos de deutério existen-te na água do mar e não produziria lixo radioativo,ao contrário do processo dc fissão nuclear usado nasatuais usinas atômicas, como Angra 1. onde ocombustível sao átomos pesados de urânio, que separtem para produzir energia, liberando tambémradioatividade.

A maior parte dos protótipos de reatores defusão usa campos magnéticos para confinar o pias-ma numa espécie de garrafa invisível. Nas altíssimastemperaturas exigidas, nenhum material sólido se-ria capaz dc conter o plasma, que se esfriaria aotocar as paredes. São máquinas como os Estclara-tors (conversores estelares) ingleses e Tokamakssoviéticos, das quais existem exemplares operandoem vários países do mundo. Todas estas máquinas,entretanto, ainda consomem mais energia do quegeram, e esse é um dos desafios que os cientistasterão que vencer.

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Plasma feito por fusão nuclear .

Há alguns anos, os americanos do LaboratórioLivermorc de São Francisco criaram uma máquinachamada Shiva (nome da deusa hindu de muitosbraços) onde a fusão nuclear seria produzida noplasma gerado no foco de vários raios laser de altirpotência. Como os Estelarators e Tokamaks, aShiva também consumia mais energia do que gera'-1va. Isso. no entanto, não desencorajou os cientistas.'que sonham com a fusão nuclear via laser!'Elesplanejam construir em Livermorc uma máquinaainda maior, a Nova (nome das estrelas que ex-plodem).

Astronomia e Astronáutica

Leonardo da Yinci e a Astronomia

Ronaldo R. de Freitas Mourão

Apesar de importantes fenômenos celestes

visíveis a olho nu terem ocorrido durante avida de Leonardo da Vinci (1452-1512), não seencontrou nenhum relato desses eventos nos ma-nuscritos vincianos. Recordemos que neste perío-do, entre outros, apareceu o cometa Regiomonta-nus (1472), quando Leonardo estava com 20 anos.Esse cometa, observado pelo astrônomo italianoToscanelli atingiu brilho superior ao planeta Vê-nus, tendo sido visto, durante o dia, em plena luzsolar, a 21 de janeiro de 1472, tão imensa era a suamagnitude. Com uma extensa cauda, foi visíveldurante mais de três meses. É possível queLeonardo o tenha observado, assim como osoutros que apareceram em 1490, 1499, 1500 e1506; todos eles muito luminosos e visíveis à vistadesarmada. Do mesmo modo, é pouco provávelque Leonardo nào tenha observado os eclipses doSol e da Lua visíveis na França e Itália entre 1460e 151S. Entre os eclipses solares poderemosmencionar os de 1460, 1478, 1485, 1502 e 1518;todos eles com uma grandeza superior a setedécimos.

Ainda que não tenhamos encontrado referên-cias á observação destes fenômenos nos manuscri-tos de Leonardo, inúmeras são suas consideraçõesde natureza astronômica. Suas especulações sobreos astros — salvo algumas exceções — nãoultrapassaram em muito os conhecimentos geral-mente aceitos no século XV.

Para Leonardo o Sol girava ao redor da terraque. por outro lado, se encontrava no centro dosistema do mundo. Devemos notar que da Vinciviveu numa época cm que a teoria gcocêntrica,oriunda da antiga astronomia de Ptolomeu, tinhaplena aceitação. Assim mesmo, Leonardo defen-deu a idéia de "que a Terra é uma estrela" (Cod.Atl. foi. 112). ou seja, um astro "por assim dizersemelhante à Lua" (Ms.F.. foi.94) e que "não estáno meio do círculo do Sol, nem no meio domundo". Em outra parte deste último manuscrito,afirmou: "nossa Terra, com seu elemento deágua. parece preencher a mesma finalidade que aLua para nós" (Ms.F.fol.41).

O gênio de Leonardo da Vinci no que serefere à astronomia apresentou alguns avançosnotáveis em relação à concepção cósmica aristoté-lico-ptolomaica, como por exemplo, a idéia do Solimóvel, na qual exprimiu muito claramente a

rotação diurna da Terra ao redor do seu eixo, aoindicar que "os dias nào se iniciam ao mesmotempo em todo o universo"; e além disso afirmouque "quando no nosso hemisfério é meio-dia, emseu oposto é meia-noite" (Ms.Leic..fol.6). Umaconfirmação desta idéia está no trecho "o corpopesado descendente no meio do ar, estando oselementos em movimento circular rápido, numarevolução interna de 24 horas" (Ms.G.,fol.55).Nesta passagem sobre a queda dos corpos, escritaem 1510. Leonardo defendeu o movimento diur-no, se bem que nada tenha escrito sobre omovimento de revolução da Terra ao redor doSol, que parece não admitir em seus desenhosastronômicos (Cod.Arundel. foi. 104).

Convém lembrar que foi Leonardo, e não oastrônomo Moestlin, mestre de Keplcr, quemexplicou a luz cinzenta da Lua. Com efeito, logoapós a Lua nova observa-se, na parte do discolunar não diretamente iluminado pelo Sol, umaluminosidade muito tênue que por sua totalidadeé denominada cinzenta. As explicações até Leo-nardo eram, como Cleômede supunha, funda-mentadas na transferência do globo lunar, emoposição ao que se observa durante os eclipsestotais do Sol, quando este era oculto pela Lua.Apesar dessas evidências, Vitellione insistiu com

esta explicação no século XIII. Leonardo mostrouque este fenômeno era produzido pela reflexão,pelo globo terrestre, da luz proveniente do Sol.

Como Leonardo não era sempre muito claroao expor seu pensamento, os mesmos argumentosnào eram sempre julgados do mesmo modo.principalmente em virtude das contradições regis-tradas em seus manuscritos, com relação a deter-minadas especulações.

Duas das mais notáveis conclusões vincianas,referem-se à Terra. A primeira — a redondeza donosso globo terrestre — indicada cm um de seusmanuscritos (Cod. Triv. foi. 29) e demonstradaem seu Tratado dc Pintura: "qualquer que seja averdadeira posição do horizonte, com a provaexperimental que um observador no nível do mar.ao se elevar, aumenta o seu horizonte, o queconfirma a curvatura do mar" (Ms.F., foi. 52) ouno trecho "a superfície da água é perfeitamenteredonda" (Ms.F. foi. 82). A" segunda é sobre à _!dimensão da Terra, quando afirmou "considerai!-"do a grandeza de 7000 milhas da nossa Terra"'(Cod. Leic.. fl. 35), ou seja, cerca de 12 500 km dediâmetro, Leonardo não se afastou muito do valoratualmente calculado. - « ¦

Podemos concluir que este sábio artista italia-no. nascido em 1452. na cidade de Vinci, perto deFlorença. e falecido em 1512. no Castelo de Cloux(próximo de Amboisc, na França), não foi, na,acepção clássica da época, um astrônomo que sededicava ao registro dos fenômenos astronômico,s,mas na realidade um pesquisador enciclopédicoque também se ocupou dos astros, ao mesmotempo que se dedicou à matemática, à perspecti-va. a anatomia, à óptica, à mecânica, à balística,às fortificaçôes, à hidráulica, ao aperfeiçoamentode inúmeros inventos (dentre eles uma asa delta,em amostra na Exposição que a IBM organizoupara comemorar seu aniversário).

Ao lado do texto científico. Leonardo deixatransparecer passagem de raro lirismo poético,J(como esta concepção do universo: "A imagem daLua está a leste e a do Sol, a oeste: unem-se neste.ponto natural, olho... Quem poderia imaginar •<que um tão pequeno espaço poderia conter asimagens de todo Universo? Oh. poderoso meca- ••nismo! Que talento seria capaz de penetrar uniprodígio como este? E que língua estaria apta ti ¦revelar um tal mistério? Na verdade, nenhuma!"Se os pensadores do século XV se espantavam-diante das estrelas, Leonardo da Vinci via no olhoa única razão deste espanto."

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Apesar da cor negra dos Trajes, o astral de Neuzinha Brizola estava luminoso

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Enquanto não realiza o sonho de ter alguns hectares de terra, Arivaldo, que foi para Vitória com mulher e 15 filhos, consegue obter CZS 700 por dia vendendo limonada

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Cantora diz

que é feliz

só às vezes

Na manhã de 16 de março de

1983, pouco antes do sol nas-cer, o recém-empossado GovernadorLeonel Brizola. cm entrevista exclusi-va ao JORNAL DO BRASIL, cstra-nhou quando lhe perguntaram se cos-tumava sonhar e lembrar-se dos so-nlios. Resposta: "Nunca sonhei, dur-mo muito bem. NCio dou maior impor-tância aos sonhos, mas cies semprerevelam algo sobre nossa personalida-de". Estranhou, ainda, a perguntaseguinte: se era feliz. Resposta: "Ain-da não pude meditar sobre isso. Mastenho a consciência tranqüila."

Passados quatro anos c três me-ses, na noite de 13 de junho, sabado,sua filha Neuzinha ouviu extamenteas mesmas perguntas c, sem vacilar,respondeu: — Se sou feliz? Dependeda flexibilidade do rabo do jacaré(sic). Acho que a felicidade se resumea alguns momentos. Não existe pessoaque seja feliz sempre. Estar traba-lhando e realizar os delírios do meutrabalho tem sido para mim uma gran-de felicidade — diz Neuzinha.

Quanto aos sonhos, ela tambémfala deles com segurança:

— Eu sempre sonho. As vezesme lembro de tudo. Meu analista umavez me sugeriu anotá-los para nãoesquecê-los. Já tive sonhos proféticostambém. Me lembro que, há muitosanos, quando morávamos no Uru-guai, eu estava tomando o café damanhã com meus pais c meus irmãos.Naquela noite, eu havia sonhado quemeu tio João Luís do Va lie haviamorrido. Horas depois telefonarampara meus pais e comunicaram: o tioacabara de morrer. Um outro sonho,mais recente, foi com o Marcos Frei-re. Sonhei que ele havia saído daCaixa Econômica. E ele saiu mesmo.Já sonhei, também, com um homemque eu conhecia pouco, tinha visto acara dele uma ou duas vezes. Depoisque ele apareceu no sonho eu fiqueimeio apaixonada — lembra.

Saindo do terreno do abstrato —sonhos e felicidades —, Neuzinha foirevelando algumas de suas opiniõesatuais. Sobre o mundo e sobre si.

Sobre as últimas medi-das econômicas e sobre odiscurso de Sarney — "Pia-da. Para mim. isso já virou piada.Recuso-me a responder e comentarporque dispensa comentários. O povoque julgue. Aliás, o povo que julgue oóbvio."

O melhor programa de todoo dia é o Caderno B do JB.

Você fica sabendo o queacontece de importante por

ai e vai direto a um ótimo

programa.

| JORNAL DO BRASIL

.5 -a ? 1" caderno ? segunda-feira, 15/6/87 Cidade JORNAL DO BRASIL

Lavrador sonha com pedaço

de terra

Anabela PaivaSe a vida lhe deu um limão, faça

uma limonada. O provérbio descre-ve bem a situação atual do lavrador

,'Arivaldo São Paulo de Castro, quechegou a Vitória na sexta-feira embusca de um lote de terra, depois depassar seis dias acampado com amulher e os 15 filhos na RodoviáriaNovo Rio, tentando obter passa-gens. Desde sábado, Arivaldo adoçaa miséria da espera com a venda decopos de limonada a CZS 3, comsucesso, já que o produto não eracomercializado na cidade.

O sonho de alguns hectares deterra parece longe de se realizar —há milhares de trabalhadores inseri-tos no programa de reforma agráriado Espírito Santo — e os CZS 700que o lavrador, a mulher, Maria, e

„os filhos mais velhos obtêm por diasãò um pálido substitutivo dos can-teiros de rabanetes, beterrabas everduras que Arivaldo gostaria decultivar. Eles garantem, contudo, o

,Sustento da família.De acordo com os cálculos de,

l(i\rivaldo, a alimentação das 17 pes-soas consumiria CZS 300 por dia e osCZS 400 restantes poderiam ser re-

-Sexyados para futuros deslocamen-

tos. Ele não contava, entretanto,com a disparada dos preços causadopelo novo congelamento, que fezMaria desistir, por exemplo, ae com-prar arroz para dar aos filhos. Oalmoço de sábado da família foibiscoito com limonada.

Destino incerto — O destinodeles ainda é incerto. Ao contráriodo que disse inicialmente aos repor-teres, Arivaldo não tem um lote deterra reservado pelo Incra do Espíri-to Santo. Ele saiu de Rio Bonito,onde era empregado de uma fazen-da, para tentar a sorte no Estado, aconselho de um funcionário do Incrado Distrito Federal, Renato Lordei-ro. Arivaldo, que viveu em doisassentamentos próximos a Brasília,costumava telefonar para Lordeiro,que, segundo ele, teria recomendadoa viagem:

— Ele me disse que em Panças(Norte do ES) estavam pagando asaca do café a CZS 80 e que havia umprojeto de assentamento para SãoMiguel da Palha, um município pró-ximo, onde eu poderia conseguir umlote de terra — disse.

Um imprevisto acabou transfor-mando o que seria uma viagem tran-qüila — na medida em que pode ser

tranqüilo acomodar 15 crianças emum ônibus, com pouco dinheiro nobolso e seis grandes caixas de rou-pas, colchões e utensílios para carre-gar — num verdadeiro drama. Aspassagens aumentaram de CZS 145para CZS 221 e, ao chegar na rodo-viária, o lavrador constatou que odinheiro que possuía não era sufi-ciente para embarcar toda a família.Arivaldo buscou ajuda durante seisdias em várias instituições assisten-ciais até que obteve 14 passagens daFundação Leão XIII.

Ao chegar a Vitória, Arivaldopassou a evitar os repórteres, dizen-do vagamente que "eles querem uueos jornais saiam do caminho". Sana-do, entretanto, resolveu contar osmotivos do seu repentino silêncio:

— Um moço moreno claro, gor-do, me procurou lá na rodoviáriamesmo e disse que era do Incradaaui. Ele me falou que aquele mo-ço lá do serviço social (Jorge Rober-to da Silva, coordenador do Centrode Triagem do Imigrante da Funda-çáo Leão XIII) havia ligado para elee perguntado se estavam sabendo daminha chegada e dizendo que eutinha causado uma série de proble-mas para ele, porque o JORNALDO BRASIL havia se envolvido. O

homem do Incra disse que não tinhaassentamento para mim e que qual-quer declaração minha sobre elespoderia significar que estavam en-volvidos na minha vinda para o Espí-rito Santo."Dom de Deus" — Segundoo estatuto da reforma agrária, so-mente os trabalhadores localizadospróximos aos locais de assentamentopodem ser beneficiados com a distri-ouiçáo dos lotes. Portanto, a transfe-rència de Arivaldo para o EspíritoSanto infringiria as normas baixadaspelo próprio Incra. Assim, o funcio-nário do Incra, cujo nome Arivaldodiz não saber, pediu várias vezessilêncio e ofereceu, a título de contri-buição de uma loja maçônica da qualé membro, a quantia de CZS 3 milpara que o lavrador alugasse um tetopara a família.

Arivaldo acomodou a mulher eos 15 filhos num apartamento de trêsquartos no bairro de São Torquato,em Vila Velha, gastando os CZS 3mil ganhos. O agricultor está indeci-so entre a possibilidade de ir paraPanças, trabalhar para Antônio Bre-da — o maior produtor de café doEspírito Santo — ou retornar a Bra-sília "para ver se o Incra resolve aminha situação"

SOBRE DUAS RODAS. OU QUATRO.JORNAL DO BRASIL

Carro AMoto

Erotismo — "Tenho sonhoseróticos com o Sting, do conjunto ThePolice. Há um pôster dele no meuquarto e eu fico olhando para ele nahora de dormir. Se um dia ele vier dosEstados Unidos, vou conhecê-lo."

ídolos — "O Sting. Eu nem eramuito fã do Police, mas depois que oSting gravou o disco solo Sonho das.tartarugas azuis ele se tornou meuídolo. Ele é superpolítico nas letrasque faz. Atualmente só escuto ele.Sou fanática. Outro ídolo é o GenivalLacerda, aquele cantor brega paulistaque canta "não me interessa se ela écoroa/ panela velha é que faz comidaboa". Eu o conheci em São Paulo,quando fui fazer um show no Anhem-bi. Virei fã. Ele faz músicas de duplosentido. Por exemplo: "todo mundoquer a ximbiquinha dela" (Ximbica—1. Certo jogo de cartas. 2. Casa dejogo especializada em apostas de cor-ridas de cavalo. 3. Tomador de apos-tas em corridas hípicas. Mini-Aurélio,pg. 581)., Quero convidá-lo para gra-var uma faixa no meu próximo disco.

Caxias — Escolhi fazer o showno Farolito porque já me apresenteiaqui outras vezes. Fui muito bemrecebida pelo pessoal de Caxias quan-do morei aqui quatro meses. Eles mecurtiram muito. Eles não me vêemcomo artista, mas como uma pessoanormal, que anda pelas ruas. vai àpadaria. A platéia daqui é mais cari-

nhosa, a da Zona Sul é fria e elitista.Antes das últimas eleições, durante acampanha, visitei 157 comunidadescarentes e. independente de seremPDT ou brizolistas. sempre me trata-ram com maior carinho. Caxias nãotem nada a ver com aquela imagem depistoleiros. É uma pacata cidade deinterior."

Rituais antes de en-trar em cena — "Não, nenhum.Só quando estou cansada e tenho queestar em forma para trabalhar. Aí eudigo a mim mesma: "Neuza Maria, outu vais. ou tu ficas." E recebo umaenergia que não sei de onde vem."

Cores favoritas — "Preto,vermelho e azul. Aliás, as cores usa-das no trabalho para a Playboy."

COM DICAS &

NOVIDADES.

TODOS OS SÁBADOS.

Neuzinha

Jaz "show"

Iém Caxias

Lilian Newlands» mi 'Foi no Clube Farolito, um dos

tmais badalados de Caxias. A grandefêjStrela da noite seria Neuzinha Brizo-

ia, que se apresentaria cantando Sem, vergonha. de sua autoria, e parte datrilha sonora do filme Sexo frágil, dodiretor Jessel Buss, lançado esta sema-

"na. Do lado de fora do clube, adapta-.das numa Kombi. duas televisões pro-' jetavam o filme para os curiosos. Dolado de dentro, no camarim, Neuzinha

/Brizola, de minissaia e corpete decouro e uma longa capa preta entrea-

tberta, conversou sobre assuntos diver-'•sòs. Não parecia tensa. Ao contrário,mostrou-se extremamente simpática,

^tranqüila e madura. À sua volta, numa,-saía comprida, dezenas de pessoas que

çOjmpõem seu staff, entre elas a belaíKátia d'Ângelo, atriz e uma das me-• Ifiqres amigas de Neuzinha.

Estavam todos de couro negro.Mas o negrume estava só nas roupas,

.rião no clima. Depois de muita conver-sà.e alguns uísques servidos a todos,Neuzinha entrou em cena por volta das

. 2h30min da madurgada de domingo.¦ Antes disso, sua equipe lançou discos ecamisetas — promoção do filme —para a platéia, que aguardava a estrela

'dançando na pista. Havia umas milj pe!ssoas na quadra à espera de Neuzi-¦¦hha, e ninguém reclamou do atraso.Estavam ali dançando, e o que viesse

¦era lucro.Neuzinha ficou uns cinco minutos

no palco, cantou e mandou seu recado.Mãos nos quadris, pernas alongadaspelos sapatos de salto altíssimo, abai-xando-se para cantar, levantando paraevoluir, ela apresentou seu nrhero em

'-pfay-back e, antes de se retirar, fez umrápido discurso sobre as vantagens deCaxias. Alguém pediu que ela cantasse' butra:

— Ah, outra só se me pagarem.Eu gosto muito de Caxias. A Zona Sulé outra coisa — disse, dengosa, en-quanto brincava com a sua capa preta,na verdade, um símbolo do falecido"cacique" da cidade: Tenório Cavai-canti.

No teto, balões, bandeirinhas deSão João e lanternas. Pouco antes deNeuzinha aparecer, o clube promovia¦um concurso de quadrilhas.

DI

JORNAL DO BRASIL Cidade segunda-feira, 15/6/87 ? 1° caderno ? 5-b

Concertos aos domingos

retornam ao Municipal

André Câmara1

Apesar do céu azul c do sol quente damanhã de domingo, o Teatro Municipal

• ficou repleto, ontem, com o reinicio dasérie Concertos para a Juventude, inter-rompida desde 1974. depois de 30 anosconsecutivos de apresentações. A novasérie, também gratuita, está planejadaaté novembro, sempre com a OrquestraSinfônica Brasileira, regida ontem pelomaestro baiano Carlos Veiga, ex-adjuntoda OSB e atual diretor da OrquestraSinfônica da Paraíba, a qual fundou em1980.

No programa, três peças: a aberturada ópera Der Freischutz (O franco-atirador), de Carl Maria Von Weber;Memoprecoce para piano e orquestra,composta em 1920 por Heitor Villa-Lobos, com a participação da solistaSônia Goulart, e O Rio Moldava (poemasinfônico), do compositor tehcco BedrichSmetana. de 1874. A platéia, integradade adultos, jovens e crianças, deliciou-secom as didáticas orientações do regenteacerca das obras e a significação dainclusão de determinados instrumentosno decorrer da execução.

A retomada da série, uma iniciativado governo estadual, Secretaria deCultura, Fundação de Artes do Estadodo Rio e do Teatro Municipal, além dopatrocínio da White Martins, é considera-da pelo maestro "um importante passopara a formação do público". Segundoele. essa iniciativa desperta as pessoaspara a música, especialmente a erudita.

Intercalando a música com explica-çóes sobre a habilidade de um jovematirador com sua arma de fogo. na obrade Weber. ou a definição de alegro —uma abertura em ritmo rápido — e aindao significado do uso do flautim, por Villa-Lobos, para caracterizar as crianças naobra composta para elas, o regente con-seguiu prender a atenção de todos, que

acompanharam com vivo interesse o de-sempenho da orquestra.

Carlos Veiga iniciou seus estudos depiano aos 5 anos em Salvador, ondenasceu, ingressando mais tarde nos semi-nários de música da Universidade Fede-ral da Bahia, nas classes de trompete epercussão, onde posteriormente tornou-se regente titular. Viveu dois anos emMadri, depois de ganhar uma bolsa deestudos, e especializou-se com o maestrorusso Igor Markevitch, já falecido. Assu-miu a direçáo da Orquestra de Câmarado Estado da Paraíba e em 80 fundou aorquestra sinfônica deste estado, a convi-te do governador Tarcísio Burity. Em 85,foi designado pelo maestro Isaac Karabit-chevsky para o cargo de regente assisten-te da Orquestra Sinfônica Brasileira eeste ano reassumiu a direção artística daSinfônica da Paraíba.

Detendo-se mais no poema sinfônicoO Rio Moldava, Carlos Veiga envolveu opúblico quando falou a respeito da obra,relatando uma viagem num barco atravésdo rio "mais popular" que banha a Tche-co-Eslováquia. Descreveu as flautas noinício do movimento, assim como astrompas. representando os "fluídos dorio", a música que surge ouvida da mar-gem, proveniente de um casamento decamponeses, e mais adiante um passeio eo lugar.

A apresentação, iniciada àsI0h30min, terminou ao meio-dia. Noprograma está previsto, dentro da série,um novo concerto no próxi mo dia 21, nomesmo horário e local, com a execuçãode obras de Schubert (Rosamunde. aber-tura), Haydn (Conccrto cm Ré Maiorpara piano c orquestra). Falia (três dan-ças do ballé O Chapéu dos 3 picos) com aparticipação da solista Lucv de CarvalhoFerreira, no piano, e regência do maestroCarlos Veiga.

Marcelo Carnaval

Maria Sebastiana da Costa com o irmão, Sebastião

Parentes de professora

denunciam erro médico"Psicose exibicionista", foi o diag-

nóstico dado pelo psiquiatra do laserj,Mordekhay Antabi. à professora MariaSebastiana da Costa, 43, que, segundo afamília, estaria sofrendo um derrame ce-rebral. Mesmo com o lado direito docorpo paralisado, sem conseguir falar, elafoi obrigada a deixar o hospital, após serexaminada. Na manhã seguinte, porém,médicos de outra unidade do laserj cons-tataram que a professora realmente tive-ra um acidente vascular cerebral.

Revoltados com o que classificam de"erro grosseiro", os parentes de Sebastia-na vão responsabilizar criminalmente opsiquiatra e acionar o Estado. "Era evi-dente que ela não estava fingindo, mas omédico fez questão de ignorar meus ape-los e advertências", diz o publicitárioSebastião Pereira da Costa, irmão daprofessora, que já encaminhou a denún-cia ao Conselho Regional de Medicina e àprópria presidência do laserj. Sebastianaestá hospitalizada desde março, quandosofreu o derrame, com poucas chances derecuperação.

De posse de uma série de documen-tos. sobre o caso que pretende encami-nhar também à polícia, o publicitárioconta que tudo começou na sala de aulado Ciep General Augusto César Sandino.em Ricardo Albuquerque, onde sua irmãtrabalhava. Eram 15h45min. do dia 23 demarço, quando dois alunos brigaram emplena"aula e ela começou a passar mal.Socorrida pela médica da escola, ElzaMaria de Araújo Chaves, Sebastiana foiencaminhada à clínica Camod. nas ime-diações e, depois de examinada, levadaem carro particular ao laserj. acompa-nhada do irmão, da médica e de algunsprofessores.— O médico Jorge Wilson, da Ca-mod. já suspeitava que ela estivesse so-frendo de um derrame e. sem condiçõesde se aprofundar no diagnóstico, decidiuencaminhá-la ao laserj — conta Sebas-tiào. — Foi aí que começaram os proble-mas. Uma estagiária que atendeu tam-bém suspeitou de complicações neuroló-gicas. mas o psiquiatra Mordekhay. cha-mado em seguida, deu alguns remédios edisse que minha irmã teve uma criseemocional e necessitava apenas de trata-mento psiquiátrico, em ambulatório, eque era para liberar o leito para outrosdoentes — conta o publicitário.

Inconformado com o diagnóstico — airmã não movimentava o lado direito docorpo nem conseguia falar — Sebastiãochamou ao hospital seu amigo, o advoga-do Hércules Santos Soares, que tambémtentou alertar o médico para a gravidade

O reinicio da série Concertos para a Juventude, interrompida desde 1974, atraiu grande público ao Teatro)hb\

Óleo causa Professores param quinta-feira

acidente na

Av. Brasil

do caso. "Houve bate-boca, o médico foigrosseiro, disse que quem decidia ali eraele, mas só saímos de lá quando eleassinou um papel dizendo que era casopara tratamento psiquiátrico", lembra oadvogado que, em seguida, ajudou acarregar Sebastiana no colo, até o carro,e levá-la a Niterói, onde morava com o

A professora não conseguiu dormire. na manhã seguinte, foi levada ao laserjde Niterói. Depois de examinada, foiencaminhada à clínica Hasperj —conve-niada do laserj e ali, finalmente, foiconstatado que ela sofrerá um derrame.Sebastiana ainda permaneceu internadana clínica durante uma semana, fez exa-mes na Beneficência Portuguesa, na Gló-ria, até ser transferida para a ClínicaSanta Isabel, também conveniada, ondeestá até hoje. com paralisia parcial e semconseguir falar.

Orientado pelo advogado HérculesSoares. Sebastião preparou um misto derelatório e desabafo, de 13 laudos, comtodo o histórico do tratamento da irmã,que encaminhou ao laserj e ao CRM. Oassessor da presidência do instituto, LuísFelipe Mourity, já tomou conhecimentodo caso e considerou "grave a denúncia",que está sendo apurada pela comissão deética do hospital do laserj, integrada pelochefe de divisão médica. Haroldo Antu-nes da Silveira. Esta semana, o grupo queprepara um relatório a ser enviado aoCRM ouviu algumas pessoas citadas porSebastião e levantou dados sobre a con-duta do psiquiatra, que não parece preo-cupado com os possíveis desdobramentosdo fato:— Me lembro nem do caso, estavaseguro do diagnóstico, porque o quadrode paralisia afeta a parte facial, deixa aboca torta, entre outras coisas que nãoestavam ocorrendo — disse o psiquiatraMordekhay Antabi. 59 a.nos, desde 78 nolaserj Ele disse que já atuou comoclínico, endocrinologista e em setor deemergência, e nunca teve qualquer pro-blema.

O presidente do Conselho. LaerteAndrade Vaz de Melo. que também járecebeu a denúncia, explicou que há todoum procedimento até se chegar ao julga-mento do caso, e isto pode demorar trêsmeses. Se for comprovado que houveerro do médico, o psiquiatra poderá so-frer uma série de punições, que vão deadvertência sigilosa a cassação do diplo-ma. Os familiares da professora querem,também, processar a médica do Ciep.Elza Chaves, por ter aceitado, sem ques-ttonar, o diagnóstico do psiquiatra Mor-dekhav Antabi

Por volta das 13h de ontem,cerca de quatro automóveis derrapa-ram na altura do número 2021 daAvenida Brasil, em conseqüência deóleo na pista. A Brasília amarela deplaca WO-1449 capotou, o TL azulMS-5601 bateu na mureta e os outrosdois carros, após a derrapagem, con-tinuaram o seu percurso. Apesar detodos esses acidentes, ninguém teveferimentos graves.

Segundo Solange de Jesus, queestava no TL, um caminhão deixoucair uma lata de óleo na pista. Emseguida, um Chevette derrapou, sen-do o seu carro o segundo a sofrer oacidente: "Graças a Deus que nin-guém se machucou e meus filhosestão a salvo!", disse. O Centro deComunicações da PM (Maré Zero)chamou a Comlurb para jogar areiano local, o que causou uma leveinterrupção no trânsito.

Greve pára

ônibus em

PetrópolisPETRÓPOLIS — O prefeito Pau-

lo Rattes descartou a possibilidadede autorizar aumento das passagensde ônibus, reivindicado pelos donosdas empresas como a única soluçãopara o pagamento do gatilho salarialde maio dos rodoviários, em grevedesde sábado. Rattes disse que oaumento tarifário de 83%, concedi-do há um mês, é suficiente e anun-ciou que a Prefeitura está apenastentando intermediar as negociaçõesentre empresas e rodoviários.

Desta vez sem incidentes, o se-gundo dia da greve prejudicou opúblico da segunda etapa do V Hol-lywood Motocross. A Viaçáo Auto-bus anunciou, antes da greve, a colo-cação de dezenas de ônibus extrasentre Petrópolis e o Trevo de Bonsu-cesso, na Rio—Juiz de Fora. O cál-culo da empresa é de que 2 milpessoas não puderam assistir às cor-ridas. O jogo Serrano e Central, peloCampeonato da Segunda Divisão, sónão foi cancelado por ser oficial, masa bilheteria acusou um grande pie-juízo.

A paralisação continua hoje. dianormal de trabalho em Petrópolis.Os 720 rodoviários das seis empresasmunicipais reivindicam o cumpri-mento do acordo salarial de abril.Ontem, nenhuma empresa tentoucolocar ônibus em circulação, aocontrário do primeiro dia. quando osrodoviários depredaram ônibus daViaçáo Imperial.

Sc já era difícil a situação dos quase150 mil professores da rede pública doRio de Janeiro antes do Plano Bresser,com a nova política econômica, que sus-pende o gatilho alarial, ela ficou aindamais dramática. Assim, a greve decretadapara esta quinta-feira, que deixará semaulas mais de um milhão de alunos dasescolas de 1" e 2" graus, é uma forma deprotesto não só contra o governadorMoreira Franco e o prefeito SaturninoBraga, mas também contra o própriogoverno federal, como explicou HildésiaMedeiros, presidente do Centro Estadualdos Professores (CEP).

Sem muitas esperanças de conseguirum acordo. Hildésia vai se reunir nestaquarta-feira com os secretários munici-pais de Educação Maria Lúcia Kamache,Planejamento, Tito Ryff, e Administra-ção, Amadeu Rocha, e, no dia seguinte,encontra-se com a Comissão Mista daSecretaria Estadual de Educação. A novaassembléia dos professores está marcadapara segunda-feira. Até lá, eles permane-cerão em greve, como ficou decidido naassembléia no Instituto de Educação rea-lizada na noite de sábado.

Luta antiga — Um professor deIo grau das escolas municipais ganha oequivalente a 2,7 salários mínimos de

piso salarial (CZ$ 3 mil 590) e os profes-sores de 2" grau — escolas estaduais —recebem 3,2 mínimos (C'ZS 4 mil 300).Portanto, menos que os 3,5 salários mini-mos prometidos pelo ex-governador Leo-nel Brizola no ano passado e bem menosdo que os cinco salários mínimos de pisoque os professores querem ver indicadosem lei desde maio de 85, quando inicia-ram sua luta por uma tabela de venci-mentos.

A discussão desse plano de carreiracomeçou em maio de 85. mas só emmarço de 86, e assim mesmo parcialmen-te. é que o ex-governador Brizola e oprefeito Saturnino Braga aceitaram asreivindicações dos professores, ofcrecen-do piso salarial de 3.5 salários mínimos;na época, CZ$ 2 mil 814. Mas esse piso.na verdade, segundo Hildésio Medeiros,nunca foi pago, já que. em novembro,com o aumento do salário mínimo, nãohouve reajuste automático para o funcio-nalismo do Estado e município. E. com oPlano Cruzado, os governos estadual emunicipal resolveram dividir em duasparcelas — setembro de 86 e março de 87— o reajuste previsto na lei.

— Em março de 87, o governadorMoreira Franco enviou mensagem à As-sembléia Legislativa derrubando o decre-to do ex-governador Leonel Brizola, que

Engraxate vai à Justiça

para ficar com terreno

Apesar de morar há mais de 30 anosno pequeno barraco de dois cômodos naRua Hermenegildo de Barros, entre osnúmeros 60 e 72. na Glória, só nosúltimos sete é que o engraxate aposenta-do Alceu de Menezes Raposo, 68, estálutando na Justiça para obter a posse doterreno por usucapião. Ele está sendoacusado de posseiro por Ronney Sta-chelski, que se diz dono do terreno, masque até agora não apresentou nenhumdocumento de propriedade.

Curitibano, solteiro. Maza ou Maza-ropi — como é conhecido Alceu Rapozo— está no Rio há 35 anos e trabalhavacorno engraxate na Rua Cândido Men-des, na Glória. Durante todo esse temposempre morou no pequeno barraco, naencosta do morro, e nunca se sentiuameaçado por ninguém. Agora, ganhan-do apenas um salário da aposentadoria,faz biscate no prédio em frente, cuidandoda limpeza. Mazaropi está preocupadocom seu destino:

— Sempre vivi aqui. sem perturbarninguém. Já apareceram cinco pessoasdizendo que são donas desse terreno, masnunca ninguém provou nada. Agora apa-receu esse senhor, chamado Ronney, quenem sei quem é, e diz que o terreno é

dele, apesar de eu morar aqui há mais de30 anos. Não quero brigar com ninguém,a única coisa que gostaria é que eletivesse complacência comigo, pois estouvelho e não tenho para onde ir — disseMaza.

O barraco está localizado bem nomeio de um terreno de 12 metros delargura com três de profundidade, queformam os fundos dos números 102 a i 14da mesma rua. Segundo Maza. ali semprefoi um terreno baldio, por ser uma encos-ta do morro, mas assim mesmo RonneyStachclski se diz proprietário e construiuuma garagem entre o número 72 e obarraco do engraxate.

— Tenho quatro vizinhos que vãotestemunhar a meu favor, pois conheçotodo mundo aqui no bairro. Fui muitoboêmio e participava da banda aqui darua, mas agora quero é descansar e pareide beber há mais de 18 anos. Gostaria defazer umas melhorias aqui no barraco,mas, sempre que começo a fazer umaobra, vem a fiscalização e diz que nãoposso continuar, pois não sou dono doterreno. Mas se hoje estou vivo é graças aesse pequeno barraco onde gostaria deficar até o fim da minha velhice —afirmou Maza.

UMAlceu Rapozo invoca o usucapião para Jicar onde está

assegurava o gatilho salarial e os reíyuji-tes em 100'V do Índice de Preços t|oConsumidor (1 PC) acumulado e aindaextinguiu a data-base de 1" de março" —disse Hildésia. que viu ainda o pisosalarial dos professores municipais cairpara 2.7 mínimos, "o mais baixo riahistória do funcionalismo municipal, quesempre era melhor remunerado que oestadual".

Plano Bresser — Se os profes-sores estaduais, com Moreira Franco,receberam apenas um reajuste de 62.6%e perderam o gatilho, os municipais vj-vem hoje a dramática situação de, segun-do Hildésia, receberem de mínimo C'ZS 3mil 591), enquanto o resto do pessoal denível médio do Rio. com a memsa forma-ção. recebe CZS 8 mil 400. Bem menosque os C'ZS S mil 2(i0 pretendidos de pisopelo plano de carreira.— O Plano Bresser foi a gota d'águano oceano de insatisfação da nossa cate-goria, que, desde 86. não teve recompos-to seu piso salarial — lamentou Hildésia.A tabela de vencimentos pretendida peloCEP prevê piso salarial de cinco saláriosmínimos com indicação dessa vinculaçãoprevista em lei. progressão por tempo deserviço a cada cinco anos e percentualentre os níveis, atualmente com muitásdistorções.

Agra vai a

Palmas para

ouvir casalO delegado Antônio Agra Lopes,

que preside as investigações sobre a mor-te de Leon Eliachar. passou o fim^esemana organizando as peças do inqúefi-to para estabelecer a mecânica do crime edeve viajar amanhã à tarde para a cidadede Palmas, no Paraná, levando na baefy-gem uma carta precatória para ouvir ofazendeiro e vereador Alberto Araújo(principal suspeito de mandante do eri-me) e sua mulher. Vera Bini. com quemo jornalista mantinha um romance.

Agra Lopes já preparou 140 pergujj-tas a serem feitas ao casal. 60% das quaisdirigidas a Vera. pivô do crime. Ele nãotem mais dúvidas de que lisa CavanholMacedo e os pistoleiros Roy dos SantosBaummer e Melchisedeque de OliveiraMachado tiveram participação direta 'namorte de Eliachar, mas ainda não consp-guiu provar que os trés foram contratadospelo fazendeiro Alberto Araújo.

O delegado está certo de que Ilsh,conhecida como Sheila — a loura qúeaparece nas fotografias tiradas no aparta-mento do jornalista — foi plantada liavida de Eliachar para facilitar a ação dpscriminosos, e supõe ter sido o pistoleiroRoy dos Santos Baummer o autor dó tiroque o matou na madrugada de sexta-feira, dia 29, para sábado, dia 30.

Eliachar conheceu lisa na semanaque antecedeu o crime. No dia em que.ohumorista foi morto, ela foi vista entran-do 110 prédio onde Leon morava, naAvenida Rui Barbosa, por volta das 19h.lisa. Roy e Melchisedeque estiveram hos-pedados no Hotel Bragança, no Centro,até o dia 28. procedentes do Paranàt iederam vários telefonemas para a cidadede Palmas. Mas o delegado acredita queeles não agiram sozinhos e quer descolirirquem lhes deu apoio no Rio.

COMPRAR.

9-3 VENDER.

TUDO.

_ _ _ _ r-, _ _ JORNAL DO BRASIL

ALUGAR. Classificados

n ?

JORNAL DO BRASIL Nacional segunda-feira, 15/6/87 ? 1° caderno ? 7

Gonfusoes, queixas

e inércia

cercam reforma administrativa

1 BRASÍLIA — Dois anos. mais de 30 decretos, 4 milfuncionários remanejados ou aguardando rcmanejamcnto, cer-cu,.de-2!J mil órgãos extintos, muita confusão e reclamação deservidores públicos. Este c o balanço da reforma administrativadò;.g'uyerno, que começou quando a Nova República tinha trêsmeserde idade e boje, sem conseguir acabar com o comodismodos fuíícionários. a injustiça e a falta de critério das folhas depawmrento, ainda enfrenta problemas judiciais e ameaça a serat*rfjpçlãda pela crise econômica.

íÜQIpmprio Ministério da Administração teve seu nomereformado: agora é Secretaria Especial da AdministraçãoPública. Lá dentro, a Comissão Geral da Reforma Administra-iivtt»é~suhstituída pelo Grupo Executivo da Reforma, que,scjuiutò o secretário da Federação do Servidor Público doDistrito' Federal. Arnóbio Silva Queirós, é "autoritário e nãoo1ívêT>".principal interessado, que é o servidor". Enquanto isso,o-covemo. que prometeu não demitir ninguém, não sabe o queiflOTpi o tumultuado quadro de seus 2 milhões de funciona-rios.

r,T — Há mais de seis meses o governo prometeu publicar oprojeto de unificação dos regimes celetistas e estatutário, quedaria origem ao plano de cargos e salários, e até hoje não o fez— protesta Arnóbio Queirós, que representou a Confederaçãodo Servidor Público na Comissão Geral da Reforma Adminis-Irativa.

— Dentro de pouco mais de um mês apresentaremos oprojeto do novo regime jurídico, criando um sistema de carreirapara toda a administração federal — responde o ministro-chefeda.Sccietaria da Administração Pública, Aluízio Alves. Explicaque a reforma administrativa, "um processo de modernização eracionalização que não terminará nunca", está ainda em suaprimeira fase. analisando as estrnturas e preparando umapolítica de recursos humanos adequada, organizando a lotaçãoideal para cada órgão.

A época do decreto do presidente José Sarney determinan-do o início da reforma, em junho de 85. o ministro AluízioAlves denunciava superposição de órgãos com as mesmasfunções, dentro de um sistema viciado que abrigava funciona-rios ociosos. Com a formação do Grupo Executivo da Reforma— Gerap, formado pelos ministros da Administração. Traba-lho, Fazenda, Planejamento e Gabinete Civil, há oito meses,teve início a extinção de órgãos que. no entender do governo,não funcionavam bem.

O caso mais barulhento foi o do Banco Nacional daHabitação — seus funcionários foram ás ruas protestar contra oque consideravam demissão certa. Hoje. quase todos foramabsorvidos pela Caixa Econômica Federal, que desde 7l) nãorealizava concursos de admissão e tinha carência de pessoal.Temor semelhante viveram os funcionários do Instituto Brasi-leiro do Café. do Instituto do Açúcar e do Álcool, e da Sudcvea.transformada em Superintendência da Borracha.

O Gerap é autoritário, está extinguindo órgãos semdiscutir com os interessados e isso, na prática, é demissão,porque está havendo renianejamento sem critério — protestaArnóbio Queirós. Segundo ele, há funcionários sendo desloca-dos para regiões distantes daquelas em que vivem e. assim,preferem pedir demissão de seus cargos.

Só transferimos funcionários que se interessavam pelatransferência — rebate o ministro Aluízio Alves, que identificaoutras causas para o afastamento voluntário de funcionários,que admite existir. Entre essas, a desvalorização do serviçopúblico perante a sociedade e a falta de critérios para promo-çóes e gratificações, o que gera injustiças.

O ministro acha que esses são alguns dos obstáculos nocaminho da reforma — os outros seriam a inércia da própriamaquina e o estado de espírito dos funcionários:

Existem hoje 04 níveis de gratificação, mas 7Nrr dosfuncionários não recebem nenhuma.

Muitos servidores não têm o Io grauQuarenta e dois por cento dos 2 milhões de servidores

públicos (7t)(l mil na administração direta e autarquias, 1,300milhão na indireta) não têm sequer o I" grau completo — eisuma das conclusões do Caderno Especial da AdministraçãoPública.

Quase metade do pessoal é despreparada — lamenta oministro Aluízio Alves.

Para resolver este problema, a Seap assinou um convêniocom o Ministério da Educação para promover cursos supletivosaos servidores que estiverem nesta faixa. A formação de pessoalpassará ainda pela Escola Nacional de Administração Pública,que promoverá seu primeiro vestibular em agosto, entrandopara um grupo que já conta com três escolas especializadas: a deAdministração Fazendária, a Academia de Policia e o InstitutoRio Branco.

Mas não serão escolas que resolverão o problema damáquina administrativa, segundo o ex-diretor executivo doPrograma Nacional da Dcsburocratização do governo Figueire-do. João Geraldo Piquet Carneiro, que também consideraapenas.paliativas medidas como extinção de órgãos ou em-presas:

O sangue da administração é o servidor, e, se ele naoestiver motivado, não há como reformar.

Piquet Carneiro considera que o erro do atual governo foimarginalizar os funcionários competentes que serviram aogoverno passado e colocar em seu lugar pessoas inexperientes, oque levou à paralisia órgãos como a Sunab. a Seap e o Cip.

Aliedo

<SKJff— O governo expeliu os competentes e os substituiu pelos

apadrinhados. Nenhuma reforma resiste a um assédio doelientelismo como o dos últimos 24 meses— observa PiquetCarneiro, para quem qualquer reforma deveria começar comum pacto anticlientelista — "ou seja, nomeações apenas porcritérios de competência".

Uma reforma administrativa, lembra Piquet. terá quecorrigir erros de 400 anos — "o elientelismo é herança de umatradição colonial portuguesa", diz —, e a culpa pela deteriora-ção da máquina não é só do governo atual. Piquet conta oexemplo do Japão, que está se preparando para "construir umaorganização administrativa para os próximos 15 anos".

São Paulo vai ganhar primeira

universidade para

trabalhador

SAO PAULO — A primeira universidade brasileira desti-nada à classe trabalhadora deverá tornar-se realidade em breveem São Paulo. Cursos especiais, currículos dirigidos, experién-cia profissional contando pontos para o ingresso à universidadee um novo conceito de vestibular: seriam esses os primeiroscontofnos do perfil desta iniciativa a ser implantada na ZonaLeste, a mais carente da capital e palco de freqüentes conflitossociáis'."Ela será uma universidade para quem perdeu a primeiraoportunidade de cursar o nível superior", afirma o médico JoséAristodemo Pinotti. ex-Secretário da Educação, atual Secrctá-rio da' Saúde e um dos membros da Comissão do GovernoPaulista que estuda o modelo da nova universidade. A comis-são. também integrada por representantes do Conselho dosReitores do Estado de São Paulo e das secretarias de Educaçãoe de Ciência e Tecnologia, só se reuniu uma vez. SegundoPinotti. cm dois meses apresentará seu projeto ao governadorOrcstes Quércia.

A comissão defenderá uma ruptura com o elitismo culturalvivido hoje nas demais universidades públicas brasileiras. "Paraque. isto aconteça", observa Pinotti. "precisamos creditar for-malmente o trabalho como forma de aprendizado e oferecer aoprofissional — um torneiro mecânico, por exemplo — conheci-mentos teóricos para que ele possa se tornar um engenheiro". Agrande discussão se dará, no entanto, na definição de umvestibular para este tipo de ensino.j A comissão estadual ainda não chegou a debater esseponto, mas o secretário Pinotti acredita que a capacitaçãoprofissional deverá constituir-se em "importante garantia" deuma vaga. "Só posso adiantar, por enquanto, que o vestibularda Zona Leste não será. seguramente, este que está aí", avisa.Outro ponto sensível na criação da universidade se relacionou

com a questão da escolaridade exigida. Pinotti defende, além daexperiência profissional, o critério da escolaridade completa(até o segundo grau) para o ingresso à escola. Mas reafirmou anecessidade de facilitar o acesso aos cursos supletivos para osinteressados com escolaridade incompleta.

Com três milhões de habitantes, a Zona Leste de SãoPaulo transformou-se numa das regiões mais cortejadas pelospartidos políticos paulistas. Foi nesse universo — onde recente-mente mais de 13 mil famílias invadiram terras da prefeitura —que o PMDB amargou duas grandes derrotas eleitorais. EmIW5. Fernando Henrique Cardoso, concorrendo à prefeitura,perdeu para Jânio Quadros.

O projeto da universidade não é novo: vem sendo discuti-do, por exemplo, há pelo menos dois anos pelo Movimento deEducação da Zona Leste, ligado ao Partido dos Trabalhadores(PT). "Depois que a criança nasceu e ficou bonitinha, lodomundo quer ser o pai dela", queixa-se Neide Maria de Freitas,integrante do movimento.

Atuando há sete anos. o Movimento de Educação, forma-do por moradores da área, conseguiu alguns avanços naformação de estudantes de I" e 2" graus. "A idéia da universida-de surgiu há dois anos. mas depois que a levamos â Secretaria deEducação, em busca de apoio, o Governo assumiu o projeto."Tudo está sendo feito sem a nossa participação", reclamaNeide.

Embora tenham promovido várias reuniões, os moradoresda Zona Leste ainda não chegaram ao que seria um projetoideal. Em linhas gerais, eles reivindicam uma universidade comcursos livres que não dependam da escolaridade do aluno,cursos de curta duração com nível universitário e cursos de nívelmédio profissionalizantes em período integral e noturno.

Marinha cria distrito

íiaval para ficar perto

çtã indústria paulistar SAO PAULO — O Ministério da Marinha vai instalar umdjstrit£naval em São Paulo para substituir a comissão naval queatualmente trata dos interesses da Marinha na capital. Essa foi aforma de aproximar a força do parque industrial paulista,fuwHMwdor de equipamentos para suas unidades.

O objetivo da Marinha, instalando um distrito em SãoPaulo é acelerar a nacionalização da construção naval e reduzira dependência externa. O ministro da Marinha. AlmiranteHenrique Sabóia, acha que assim provocará maior estímulo eacompanhamento às indústrias que fornecem equipamentos,facilitando a construção de novas unidades bélicas, entre elas osubmarino nuclear, cujo propulsor está sendo desenvolvido emIperó, a 90 km de São Paulo.

O ministro Henrique Sabóia afirmou, ao anunciar ainstalação do distrito, que nunca entendeu por que em SãoPaulo, "um dos principais centros políticos e econômicos dopaís", a presença da Marinha se restringia a uma comissãonaval.

Na capital paulista já funcionou o ft" Distrito Naval atél')75, quando o Ministério da Marinha o transferiu para a basede Ladário, no Mato Grosso do Sul. Agora, com o objetivo deaumentar a estrutura de funcionamento de sua representação cde promover maior intercâmbio com as indústrias fornecedorasda construção naval, a Marinha volta a se instalar com maioresrecúrsos em São Paulo.

O Ministério pretende se aproximar mais do parqueindustrial paulista, fornecedor de boa parte dos computadores,aparelhos de precisão, instrumentos de navegação, radares,cabos condutores e vários itens de tecnologia avançada para aconstrução de modernas unidades da força.

' O prédio do novo distrito naval será construído na zona sulda cidade, em terreno doado pela prefeitura e com a ajuda daSociedade de Amigos da Marinha, aliada a vários setoresempresariais de São Paulo

asaALUMÍNIO S.A. EXTRUSÃO E LAMINAÇÃO

(Sociedade Anônima de Capital Aberto)CGC N- 10.886.893/0001-78AVISO AOS ACIONISTAS

FATOR RELEVANTE - GRUPAMENTO DE AÇÕESComunicamos aos senhores acionistas que a As-

sembléia Geral Extraordinária realizada em 26.05.1987,aprovou o grupamento das 528.126.646 ações em quese divide o capital social, a vigorar a partir de 19 de junhode 1987. Esta deliberação obedeceu ã Instrução n!56/86, complementada pela Instrução n2 62/87, ambasbaixadas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM.

As ações serão grupadas na proporção de 1000 (mil)ações atualmente existentes para cada ação do capitalapós o grupamento, ou seja, os acionistas receberãouma ação nova para cada grupo de 1000 (mil) possuídas,da mesma espécie e forma.

Os certificados atuais poderão ser negociados nor-malmente, considerando-se sua quantidade dividida pormil, até que se inicie a sua substituição pelos novos cer-tificados padronizados, em data que seráoportunamen-te definida pela Diretoria.

Aos acionistas é garantido o direito de ajustaremsuas posições acionárias, sendo-lhes concedido prazoaté o inicio da entrega dos títulos padronizados, obser-vada a antecedência mínima de 30 dias, o que poderá serfeito junto ao nosso Departamento de Acionistas, na RuaVisconde de Niterói, 354, 39 andar, Rio de Janeiro, nohorário de 12,00 às 18,00 horas, ou ainda pelos própriosacionistas entre si, mediante posterior comunicação àempresa.

Após este prazo, as eventuais frações de ações se-rão vendidas em Bolsa, individualizadas por espécie eforma, à cotação do dia em que se realizar a transação,colocando-se o produto da venda à disposição dosacionistas, na proporção das frações possuídas.

Rio de Janeiro, 03 de junho de 1987PAULO ORTIZ MONTEIRO

Diretor de Relações com o Mercado

CPT diz que é

tenso clima em

fazenda goianaIMIM KATRIZ (MA) — E tenso o

clima na Fazenda Santa Cruz. no Bico doPapagaio, município de Araguatins(GO), para onde a policia militar goianase deslocou há alguns dias. embora nãoconseguisse ainda executar o despejo deaproximadamente 500 famílias de possei-ros. cm cumprimento a uma liminar demanutenção de posse dada pela Justiçaaos proprietários do imóvel. A fazendafica a 150 quilômetros do município ma-ranhense de Imperatriz e o conflito pelaposse se arrasta desde I975.

A denúncia foi feita sábado pelocoordenador da Comissão Pastoral daTerra (CPT) em Imperatriz, padre Rai-mundo Nonato, que disse que os possei-ros, até então, vêm resistindo âs pressõesde jagunços e da própria policia. Aúltima vez em que a PM foi para a área dafazenda, disposta a retirar os posseiros,levou 40 homens armados.

Um relatório das áreas de conflitosno extremo norte goiano, em territórioaté então jurisdicionado pelo extintoGrupo Executivo das Terras do Ara-guaia-'Tocantins, aponta o fazendeiro Be-lizário da Cunha como proprietário daFazenda Santa Cruz (10 mil 730 ha),desmembrada nos loteamentos Pontáo cCastanheira. Mas a CPT acredita queexistam outros sócios do empreendimen-to. em Goiânia e São Paulo.

Sarney deu aumento a

juiz antes de congelarf\ Sizenani

BRASÍLIA — Horas antes dc a<-si-nar o decreto do cruzado novo que con-gelou preços e salários por 90 dias, opresidente José Sarney baixou outro de-creto. aumentando em 5(1'7 os vencimen-tos dos juizes federais, os mesmos queirão julgar as possíveis ações contra asnovas medidas. O aumento para os juizessaiu depois que o Ministério da Justiçainiciou gestões avisando que os venci-mentos dos magistrados estavam baixosdemais e que existia a possibilidade degreve.Acionado, o consultor-geral da Re-pública Saulo Ramos estudou o assunto,mas por pouco ia se esquecendo deledepois que se envolveu com o decreto docruzado novo. Na sexta-feira, quase aomeio-dia, depois de dormir poucas horase de já ter redigido o decreto com asmedidas econômicas. Saulo Ramos acor-dou sobressaltado. lembrando que haviaesquecido os juizes.Saí correndo até o escritório c fizum decreto relâmpago que o presidenteassinou — recordou o consultor.

A demora para a elaboração do de-creto aumentando o vencimento dos ma-gistrados aconteceu porque os ministrosdos Supremo Tribunal Federal que. pelahierarquia também tinham direito ao be-nefício, não queriam aumentos.

Um dos ministros me resumiu aopinião geral, dizendo que seus colegasdo STF não queriam aumentos porque

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aconsideravam os vencimentos suficientes.A solução foi fazer um decreto que<deixava de fora os ministros do STF —<explicou.

A mesma explicação foi dada aoprocurador-geral da República. Scpúlve-da Pertence, que perguntou a Saulo "quetrem da alegria é esse que você fez paraos juizes"?— Trem da alegria, nada. Eles esta-vam sem receber aumentos há muitotempo, ganhando CZS 30 mil, quandotudo já havia subido — argumentou Sau-'Io Ramos.

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33

8 ? Io caderno ? segunda-feira, 15/6/87

JORNAL DO BRASIL J. A. DO NASCIMENTO BRITO — Diretor ExecutivoMAURO GUlMARAEfS — Dirttor

Fundado cm IW1 FERNANDO PEDREIRA — Redaior ChcfeM I DO NASCIMENTO BRITO — Dtrrlor Prmdrntr MARCOS SA CORREA — Editorm

BERNARD DA COSTA CAMPOS — Pirelor FLAVIO PINHEIRO — Editor Aiiulcn/r

Democracia e Ideologia

Qualquer mentira, conforme sustentava Joseph

Goebbels, se for convenientemente marteladaatravés da propaganda, acabará entrando na cabeçadas pessoas. Isto é, tornar-se-á verdade aparente. Empolítica é suficiente funcionar como se fosse verdade.Os estados autoritários não admitem outra verdadeque não a oficial.

A Constituinte está demonstrando o alto grau derisco já atingido pelas teses da esquerda perante aopinião pública e nas comissões temáticas. São maispreconceitos do que conceitos, mais slogans do queteses. Atuam como palavras de ordem política, mascom verniz ideológico que confere aos seus porta-vozes a presunção de cientistas políticos ou de inteli-gências privilegiadas. Só eles conhecem aquela unida-de que Goebbels propunha.

Acreditam-se uns ungidos pela clarividência queo marxismo confere. No fundo, são lugares-comunsda propaganda política neste século. Não passam defanáticos em potencial. O grande repertório da es-querda brasileira é o nacionalismo, que traça umadivisória na sociedade, separando os brasileiros emduas categorias maniqueístas. Os bons brasileiros sãoos que defendem certas burrices e alguns interessesque a posição nacionalista disfarça. Por exclusão,passam a ser considerados maus brasileiros os queacreditam na competição econômica e os que conside-ram insuficientes os recursos nacionais para impulsio-nar as atividades econômicas.

A reserva de mercado mostra, no entanto, que onacionalismo não é nem inocente e nem desinteressa-do. Trata-se de defender para os espertos algunsprivilégios que os livrem da competição e, portanto,isentem de qualidade os produtos que fabricam evendem, mais caro, aos consumidores.

Mas não é apenas atrás do nacionalismo que seescondem as posições da esquerda. A ideologia fisgaoutro tipo de cidadão à procura de iscas. A reformaagrária apanha incautos no asfalto urbano, com oengodo de que os proprietários guardam terras paraespeculação. A Constituinte está cheia de militantesque, obviamente, plantam palavras de ordem marxis-ta, mas nada têm a ver com o trabalho da terra.Durante a semana, os corredores e salas do edifíciodo Congresso em Brasília foram invadidos por umahorda desses profissionais da mobilização, como for-ma de pressionar deputados e senadores. Centenasdeles ensaiaram com a maior liberdade, nos últimosdias, os cantos corais com que pretendem patrulhar ascomissões temáticas em seu trabalho final.

Há uma visível coordenação dos grupos depressão mobilizados pela esquerda para intimidar a

maioria da Constituinte. A técnica para acelerar amobilização e aumentar a intensidade desses grupos éexatamente a de criar o clima de que a direita está emplena atividade e que os conservadores são maioria naConstituinte. Os fanáticos desabam em Brasília parao que der e vier. ......

A consciência democratica brasileira nao chegoua se dar conta da escala pré-fascista assumida por essepatrulhamento. Mas os constituintes já sentiram nascostas o peso dessa carga ideológica que está sendodespejada nas sessões das comissões, como ensaiofinal para a votação no plenário, mais adiante. Nomomento em que a maioria percebeu a manobrasectária que ensaia as demonstrações de intolerância,a situação começou a inverter-se promissoramente. Jámudou a correlação de força.

Os democratas perderam o constrangimento dese ver chamados publicamente de direitistas. Na visãoideológica da esquerda, quem não está com ela estácontra ela: é, portanto, um direitista. Quem nãoendossa a farsa dessas propostas inócuas ou interes-seiras, como reserva de mercado, é estigmatizado deconservador. O tiro está saindo pela culatra. Osdemocratas estão se emancipando dessa tirania queprocurou intimidá-los para arrancar-lhes o voto e,com isso, trair o eleitor que votou para que os eleitosfizessem uma constituição democrática e não umregime intolerante de esquerda.

Cada um desses democratas que integram amaioria silenciada pelo patrulhamento de esquerdaestá habilitado a fazer ato de presença para ter aoportunidade de votar. E votar contra esse festival deignorância econômica e má fé política, que a creduli-dade ideológica não absolve.

O Brasil já teve algumas oportunidades deconstruir um regime democrático. Não aproveitou asmelhores, porque os políticos fizeram concessõesperigosas ao contrabando que se valeu do prestígiodas idéias liberais para entrar em circulação. Agoranão há mais condições para esse tipo de erro. Cadavoto democrata é precioso para que os possuídos deideologia se sintam definitivamente repelidos pelavontade majoritária dos brasileiros. É incrível que tãopoucos se apresentem como candidatos de esquerdanas eleições e surjam depois como se tivessem sidoeleitos para fazer uma constituição puxada à esquer-da. Essa inautenticidade é uma fraude. Os brasileiroselegeram democratas porque desejam uma constitui-ção sem preconceitos, e defendida contra os perigosdas esscamoteações ideológicas e políticas.

À maioria silenciada cabe dizer não às propostasde esquerda e garantir a vitória de tudo que seja capazde ensejar democracia. Democracia, e não ideologia.

Catacumbas da Esquerda"P

scavações na histórica política recente de um país' costumam deixar bispados os que povoaramseus porões, e o Brasil não configura uma exceção aessa regra. No caso brasileiro, como as escavaçõestêm freqüentemente seguido pistas à direita (até porserem bem mais numerosas), tal inquietação se mani-festa com maior intensidade entre militares e policiaisque se juntaram ao charco político do começo dosanos 70, dominados pela idéia de que a subversãopoderia ser fisicamente neutralizada, eventualmenteaniquilada. Vencedores ressabiados, eles agora pare-cem partilhar a suspeita de que qualquer tentativa deexaminar o passado nada mais é que um pretexto pararemetê-lo, no futuro, à cadeia.

Essa postura emerge com nitidez, quando, porexemplo, o país reclama a verdade sobre o assassinatodo deputado Rubens Paiva, ou pergunta por que osargento do caso Riocentro levava ao colo umabomba. Reportagens sublinhadas por tais interroga-ções são invariavelmente encaradas pelos remanes-centes dos porões como espertezas destinadas a açularo revanchismo e violar a lei da anistia. Confrontadoscom o olhar da história, os criminosos à solta costu-mam refugiar-se num desafio recorrente: por que aimprensa não cuida de investigar também os crimescometidos do lado esquerdo do pesadelo?

A reportagem publicada no último domingo peloJORNAL DO BRASIL sobre a saga de Mareio Leitede Toledo, assassinado pelos próprios parceiros dedelírio abrigados na Aliança Libertadora Nacional,talvez deixe desconcertados os que gostam de fazeressa pergunta. Isso é secundário. O essencial é que areportagem reafirma a evidência de que cabe àimprensa contribuir para o conhecimento da históriade um país mesmo, ou, sobretudo, quando se trata detempos de escuridão — e seja qual for a ideologia doscriminosos eventuais e de suas vítimas. Mais quedireito a essas investigações, uma nação tem dever deexaminar seu passado com as lentes da modernidade.E de conhecê-lo com precisão.

Qualquer que seja o país, é sempre muito maisagradável apenas contemplar alegres capítulos dahistória. A França, compreensivelmente, teria prefe-rido viver a belle époque, comemorar Verdun, saltaro governo de Vichy, cultuar a resistência, contornaros horrores da Argélia, driblar Dien Bien Phu eimaginar que sob o Arco do Triunfo só passaramtropas francesas. A verdade, porém, emerge à mar-gem e apesar dos censores. Desconfiados de que ahistória, ao contrário da Paris de Heminguay, nem

sempre é uma festa, os franceses vão aprendendo arevisitar infernos domésticos, como sugere o julga-mento do criminoso nazista Klaus Barbie. Lá comoaqui, é preciso saber o que aconteceu, como aconte-ceu e por que aconteceu, para que o que ocorreu deterrível não se repita nunca mais.

Aqui, seria preferível que os anos 70, ao menosem seus momentos dramaticamente sombrios, nãotivessem jamais existido. Como existiram, convémque nos perguntemos por que, num dado instante,tornou-se tão difícil tirar de cena atores assim perigo-sos. Nunca o Brasil foi tão pouco parecido com oBrasil. O governo, que não era abertamente honiici-da, aceitou o papel de acobertador de assassinos. Aoposição legal, que pouco tinha a ver com terroristas,viu-se compelida a protegê-los em muitas ocasiões —e a tornar-se cúmplice de homicidas também. Imobili-zado, o centro majoritário foi reduzido à condição deespectador do drama. É difícil esquecer o que vimos.

A história de Mareio Leite de Toledo tambémcontribui para espancar o mito de que, naqueles anostristes, jovens esquerdistas movidos pela generosida-des dos puros tentaram opor-se ao Golias autoritáriopara livrar o Brasil da escuridão política. O que houvefoi um confronto entre minorias ensandecidas, umaguerra entre seitas que irremediavelmente se pare-cem, seja qual for a localização geográfica das cata-cumbas que freqüentam. Graças a esse parentescoentre a esquerda e a direita, vigorou naquela época apena de morte, entre tantas outras punições à disposi-ção de tribunais improvisados.

Nos porões do DOI-CODI, a morte de MareioLeite de Toledo poderia ter sido decretada pelo queele não contasse caso fosse capturado. Nos porões daALN, o assassinato de Mareio foi decretado pelo queele poderia contar. Como costuma acontecer, associedades secretas, os códigos da ALN e do DOI-CODI tinham normas comuns, em tudo opostas aosvalores do brasileiro médio. Não deve surpreender aexistência, no país da cordialidade, de seitas dessegênero — o inglês fleumático, afinal, pertence àmesma nação do Hooligan de Liverpool que aterrori-za os campos de futebol europeu. O que surpreende einquieta é o poder que teve, na década de 70, a versãobrasileira dos hooligans à esquerda e à direita.

O JORNAL DO BRASIL se dispensa de perse-guir criminosos, até porque a sabedoria dos promoto-res da transição optou por poupá-los. Limita-se aperseguir a verdade histórica, convencido de que, semconhecê-la, país nenhum terá real consciência poli-tica.

Virtude

Tópico

A vangloria nem sempre é confor-tável. E há casos em que é mais virtuosado que pedante. Como na atitude,insólita para os seus pares, do deputadodo Espírito Santo, Luiz Carlos Piassi.que subiu à tribuna da AssembléiaLegislativa para uma denúncia, afir-mando: "Eu sou um marajá."

Diante de um plenário perplexo, odeputado se declarou portador de ven-cimentos de 180 mil cruzados mensais.E não limitou suas acusações ao Legis-lativo. Demonstrou abusos semelhantespor parte do Executivo, apontando umgovernador perdulário que dissipa re-cursos públicos para satisfazer mordo-mias."Demagogo. Demagogo". Grita-

vam, enfurecidos, os colegas de Piassi.Pode ser. Mas a denúncia foi útil àpopulação do estado, que a partir delaficou conhecendo mais marajás do quea sua vã imaginação supunha.

O deputado Piassi. ao denunciar osmarajás do seu estado, foi duplamentevirtuoso. Por tê-lo feito e por ser cha-mado de demagogo pelos outros ma-rajás.

Cartas

Flagrante policialO JORNAL DO BRASIL do dia 7/6/87

publicou na página 34, do Io Caderno,matéria sob o título Médico anestesista épreso no Humaitá com 482 gramas decocaína, relatando o flagrante policialcontra o médico anestesista Júlio Fernan-des da Costa, ocorrido em seu aparta-mento na Rua Humaitá, 282, 1.507, blo-co 2. Segundo consta na matéria foramdetidos, independente do médico, o au-tor teatral Francisco de Assis EpitácioPereira e a fonoaudióloga Leda MariaBastos de Azevedo.

A diretoria desta autarquia, órgãofiscalizador do exercício profissional dofonoaudiólogo (...) determinou o enca-minhamento do assunto para apreciaçãodo plenário deste Conselho Regional.

Assim, independente do aspecto pe-nal, esta autarquia analisará o envolvi-mento da fonoaudióloga citada, sob aótica ética-profissional e, se assim enten-der o plenário, será determinada a aber-tura de uma sindicância sumária, paraapurar, se for o caso, a punição cabível,concedendo à profissional, na conformi-dade com as legislações pertinentes, olegítimo direito de defesa. Dra. DulceConsuelo Hugginsde Lemos, presidente, eDra Tereza Maria Castro Alves, diretorasecretária do Conselho Regional de Fo-noaudiologia — Rio de Janeiro.

Petrópolis

fundo de reserva recolhido mensalmentepelo condomínio, agora no valor do segu-ro contra incêndio (cota mensal de CZ$29,11). Agora o prédio vai entrar empintura, e tenho de pagar 10 cotas men-sais de CZ$ 1 mil 978,70 cada uma, valoreste que a lei não permite repassar aoinquilino, embora o prédio tenha ficadosujo no decurso da locação. O resultado é

L. Brígido

ill

f IB

Tendo em vista o interesse do JOR-NAL DO BRASIL, no que tange aosproblemas de Petrópolis, gostaria de ex-por algumas ações, realizadas nos últimosquinze dias, em torno do desenvolvimen-to harmônico e social de nossa cidade:

a — tombamento de vários imóveisem nossa cidade, fato esse inédito emtoda a história administrativa do Muni-cípio;

b — indeferimento do projeto deconstrução de um apart-hotel, anexo aoHotel Ouitandinha, em coerência com otombamento acima noticiado, bem comonossa proposta de governo;

c — assinatura de contrato com aCaixa Econômica Federal, objetivando aconstrução de dez escolas, sete centroscomunitários, reequipamento do Hospi-tal Municipal, além de outras obras, novalor atual de Cz$ 110 milhões;

d — assinatura de convênio com aSecretaria de Fazenda e a Secretaria deSegurança do Estado, juntamente com aPolícia Militar, propiciando a construçãode um quartel em nossa cidade, tambémcom a participação financeira da comuni-dade petropolitana;

e — assinatura de convênio entre oDER/RJ e o Município, prevendo a trocade tecnologia, bem como colocando empleno funcionamento nossa usina de mas-sa asfáltica, e ainda a colaboração eintegração de serviços, o que propiciará arecuperação de nossas ruas e estradas,inclusive as vicinais;

f — agilização dos contratos com oBanco Nacional do DesenvolvimentoEconômico e Social e a Caixa EconômicaFederal junto ao Fundo de AssistênciaSocial, tendo como conseqüência a insta-lação, nos próximos 90 dias, da primeirausina de reciclagem e compostagem delixo do Estado do Rio, além de comprade veículos novos e recuperação total dafrota para a coleta do lixo;

g — sanção da Lei de Zoneamento emItaipava, 3" Distrito de Petrópolis, einstalação naquele local de novas indús-trias e do futuro Centro Administrativoda Prefeitura, o que irá diminuir conside-ravelmente o adensamento populacionaldo 1" Distrito, conservando e mantendonossas matas e encostas, evitando a fave-lização, melhorando a qualidade de vida,e. desta forma, determinando a preserva-ção da natureza e do patrimônio históricoda cidade;

h — realização da "Operação Cen-tro", que é a ação conjunta entre aSecretaria Municipal de Transportes e aPolícia Militar, cujo resultado imediatofoi o descongestionamento do trânsito nocentro da cidade, facilitando sobremanei-ra o escoamento do tráfego e do transpor-te coletivo. Paulo Rattes, prefeito dePetrópolis — Petrópolis.

ConfiscoA nossa legislação do inquilinato vem

funcionando como uma espécie de confis-co da propriedade. Vejam o meu exem-pio: em 12/9/83 e aluguei por CZ$ 150mil, então valor de mercado, um apt° dedois quartos e garagem, situado num dosmelhores bairros da cidade. Já no mêsseguinte, o Dec. 88.888 limitou a 80% doInpc os reajustes dos aluguéis. De 1/3/86a 28/2/87 — período do chamado planode estabilização econômica — os aluguéisficaram congelados. Em março/87 pudereajustar o valor locatício em 70,7%,indo o mesmo para CZ$ 2 mil 041,65,quando valor de mercado já era CZ$ 16mil. Não posso cobrar do inquilino o

J-_gR(SlPO—que presentemente tenho de acrescentarao aluguel que recebo o valor de CZS 42mensais para pagar as despesas condomi-niais que a lei não admite repassar aolocatário. Em suma, em vez de receber,hoje eu pago para que ele more. Isso nãoé um confisco? Vê-se. pois, que os nossoslegisladores e o governo persistem em-cumprimentar o povo com o chapéualheio. Até quando vai continuar essainsensatez? Xerxcs Rosa Batalha — Riode Janeiro.

MoedasO povo está jogando dinheiro fora.

Moedas para todos os lados. Muitas en-terradas nas ruas e outras rolando pelascalçadas. E muitas já deformadas peloscarros que passam em cima delas. Nós,brasileiros, somos ricos. E povo rico éassim: enfeita as ruas até com moedas...

E o que está acontecendo aqui emNiterói. Mas dizem que em São Gonçalo,Macaé e em muitas outras cidades poreste Brasil afóra está acontecendo a mes-ma coisa. E isto já acontece há váriosmeses. Agora, pergunto: para que ogoverno faz as moedas divisionárias? Nãoé para facilitar o troco? Portanto, não sepode jogá-las fora. As moedas têm quecircular.

Muitas pessoas guardam as moedi-nhas no cofre, o que é também um mal.Mas jogá-las fora é muito pior. E é porisso que não há troco nos ônibus nem nocomércio. Mas há, às vezes, até brigaspor falta de troco. E até morte, comoaconteceu, há tempos, com um trocadorde ônibus em São João de Meriti. (...) Ogoverno poderia, talvez, fazer as moedi-nhas de 1, 2, 5, 10 e 20 centavos umpouco maiores, mesmo sendo de materialmais barato. Porque essas agora de cruza-do são pequenas demais, ruim de manu-sear. Que tal fazê-las de duro-alumíniodourado, caso seja material resistente?Francisco Affonso — Niterói (RJ).

Rubens, o ídoloA vinda de Rubens Josué da Costa

para o Flamengo coincidiu mais ou me-nos com uma apresentação de SammyDavis Jr. no Tijuca Tênis Clube. Comen-tou-se, na ocasião, que uma dama ao vero show-man entrar em cena. murmurou:"Mas ele c horrível". Referia-se à anato-mia do cantor. Encerrado o espetáculo, amesma senhora não se conteve: "Ele elindo!"

Rubens era baixo, cabeçudo, meio-barrigudo e tinha as coxas coladas: foi.porém, um dos maiores coreógrafos dofutebol brasileiro. Quem o viu jogando,nunca o esquecerá. Difícil olvidar aquelafigura escapando triunfalmente do cercodos adversários com volteios e driblesmilimétricos.

A sua estréia, no Flamengo, numdomingo chuvoso, em 1951. foi umapágina marcante na história do Maraca-nã. Jogando em um time relativamentefraco contra o Vasco da Gama, todo-

L. Brígido

dade que se instalara, e levou-a á vitóriaimpossível.

No dia da sua morte, cm nome detodos que gostam de futebol, uma mere-cida reverência a Rubens, o bailarino,cultor do futebol-espetáculo e primeirogrande ídolo da torcida rubro-negra, daera Maracanã.Ivan Ferreira — Rio deJaneiro.

Banerj-BD-RioQuero (...) fazer do alorioso e comba-

tivo JORNAL DO BRASIL a viu demeus apelos justificados, candentes einflamados, dirigidos, principalmente, aoeminente ministro Bresser Pereira. Refi-ro-me aos seguintes pontos, os quaisgeram preocupações em toda sociedadebrasileira:

1. A privatização do Banerj. estra-nhamente postulada pelo dr Adolpho deOliveira. E evidente que uma proposiçãodessa natureza não esconde os escusosinteresses de um empresariado selvageme desumano, cuja insaciedade, em termosde lucros, ultrapassa todos os limiteséticos. (...)

2. O escândalo do BD-Rio, que en-volve um desvio (?) de 500 milhões dedólares e ao qual estão ligadas importan-tes figuras do Brasil. O dinheiro docontribuinte foi malbaratado em crimino-sos empréstimos a empresas falidas efantasmas, encerrando crimes de favorevcimento, concussão, corrupção passiva,corrupção ativa e advocacia administrati-va. Por incrível que possa parecer: asautoridades financeiras do Brasil preferi-ram ordenar a liquidação do BD-Rio.sem que fossem instaurados os obrigató-rios inquéritos policial e administrativo.(...) Espera-se que o governador MoreiraFranco, o ministro da Fazenda e o presi-dente do Banco Central (...) tomem asimprescindíveis medidas legais recomen-dáveis (...). Aloisio Oliveira, deputadoestadual PDT — Rio de Janeiro.

DesesperoSabem os senhores (...) o que é espe-

rar mais de 40 minutos por uma condução— e constatar que os ônibus esperados sedesviam de sua rota, deixando os usuá-rios cm situação de desespero? E o que.acontece seguidamente no ponto de em-barque em frente à estação Barão deMauá, lugar de baldeação para a multi-dão de passageiros em trânsito para seuslocais de trabalho na Zona Sul.

Nas horas mais difíceis os ônibus daslinhas 460. 461 e 462 (São Cristóvão-Copacabana. São Cristovão-Ipanema eSão Cristováo-Lcblon) aparecem comlarguíssimos intervalos, criando inevitá-vel tumulto entre os que ansiosamenteesperam transporte. (...) Esperamos que ,o novo governo se sensibilize com oproblema, que é dos que exigem urgentesolução. Sebastiana Barros de Oliveira -m.Rio de Janeiro.

Greve e vida(...) O direito à vida está acima de

quaisquer direitos e não pode ser abarca-do por direitos inventados e manipuladospelos homens. A greve constitui a maiorameaça ao direito à vida. pois impede oser humano de produzir e ser beneficiadopelos múltiplos meios de assistência indis-pensáveis para a sua sobrevivência. Agreve fere o Direito Natural, a ecologia ea doutrina cristão, que a repudia comjveemência. (...) A greve desvaloriza p ser"humano, semeando o egoísmo, a ganân-cia, o materialismo e toda a sorte demalefícios para a sociedade.

A greve ameaça a família, pois trans-mite lições de desobediência e indiscipli-na aos filhos. A greve ameaça o governo,pois impede de exercer os seus projetossociais, constituindo num atraso de vidapara a nação e numa estagnação política.Se a greve constituísse um direito..', osladrões teriam seu direito, os criminosostambém e viveríamos num mundo hostilpara o ser humano. (...). Vicente Guima-rães — Niterói (RJ).

As cartas serão selecionadas para publi-cação no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legí-vel e endereço que permita confirmaçãoprévia.

poderoso da época, base da Seleção Bra-sileira, líder invicto do campeonato (semempates), lídimo postulante ao tricam-peonato e invencível nos combates dire-tos com o Flamengo, há sete anos, Ru-bens tomou conta do jogo. Inteiramentedesinibido. logo nas primeiras interven-ções, exibiu um variado repertório dedribles que contagiou o resto da equipe,livrando-a de um complexo de inferiori-

CorreçãoO JORNAL DO BRASIL errou ao

afirmar que a gasolina e o álcool tiveramaumentos acumulados de, respectivamen-te. 163.7(lrf e I65.14rr. desde o início doano. Km verdade, estes aumentos foramde 128,32 */í> para a gasolinae de I28.57r<-para o álcool.

JORNAL DO BRASIL Opinião segunda-feira, 15/6/87 ? 1" caderno ? 9

Os visitantes da seca

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Felix de Athayde

Uma cópia de ministros — louçãos, loquazes, saltitantes

— descobriu o tesouro — o Tesouro Nacional — eresolveu fazer um convescote no Nordeste, por conta da"viúva". Os ministros queriam ver a seca verde. É o sucessoda temporada: um espetáculo "chocante", "na veia". Voa-ram, viram e voltaram.

Saltaram do avião em João Pessoa — cidade pequena,porém de prateleiras limpinhas — tomaram "um ônibus comar condicionado", segundo correspondentes do Diário dePernambuco, e se mandaram para o sertão. Em lá chegan-do. a primeira surpresa: a paisagem lunar da região — pedrae poeira; depois, os habitantes: todos baixinhos, cabeças0normes mal se equilibrando nos corpos disformes, gambi-tos finos, terrosos, secos — uns verdadeiros calungas.

Foi ver aqueles "lunáticos" e o ministro BresserPereira teve um frouxo de riso. Riu, riu e riu e não rio.Terminou dizendo que o governo não tinha liquidez. Suasmãos não derramaram dinheiro. Aproveitou a ocasião eespinafrou "o Plano Cruzado, pela panacéia que aí está",conforme mandaram dizer correspondentes do Diário dePernambuco. E recomendou "que os produtores nordesti-nos passem a pensar em produzir para a exportação, e nãopara o consumo interno."

Obedientes e eficientes, os consumidos nordestinos,agora, vão plantar para exportar, coisa que nunca fizeram.E estava na cara. Mas, foi preciso que o ministro BresserPereira descobrisse a pólvora. Exportar é a solução, ainda.Vão plantar cana-de-açúcar — para exportar álcool e açúcar—, cacau, feijão, algodão, frutas — para exportar sucos —.fumo e outras cositas mais. Como exportam jerimum —cucurbitácea tão apreciada nas melhores mesas de Brasília.

Assim foi, uma caveira de boi. Senhor rei mandoudizer qtie resolve depois.

Bresser Pereira voltou convencido de,que no Nordestenão há fome. Os nordestinos são safos. À falta de carne,comem calango, cobra dágua, jegue, palma etc. — iguariasque o Sul nem sonha ou engulha. Esta é a verdade, emBrasília: não pode haver fome numa terra eni que os

Antes que

José Agostinho MacielCoron<'l-nvÍH<lor

No início de 1986 o governo Sarney ia mal; muito

mal. Estava isolado. Sem respaldo dos políticos,nem da população em geral. Urgia uma providência.: j ¦

Lançou-se então o chamado Plano Cruzado. Foi umverdadeiro sucesso. Quem não se lembra daquela econo-mista que até chorou na televisão? Salvava-se a econo-mia do Brasil, com um remédio inusitado: decreto-lei.

Mas não era o bastante. Precisava o governo deapoio1 do povo brasileiro. Tinha que

"dar certo". Insu-flou-sc então o povo contra os produtores de carne, leite,gerentes de supermercados, farmácias, hotéis, restauran-tes, çnfim, contra os dirigentes das classes empresariaisem geral, estigmatizando-os, acusando-os de serem oscausadores chi desgraça nacional.

Naquela altura, qualquer inteligência mais lúcidaque tentasse elevar sua voz, abrindo os olhos dos maisingênuos, era logo calada pela força descomunal de umagrande parcela da imprensa que, autocensurada ou —quem sabe? — até comprada, se encarregava de iludir opovo com um sonho delirante. Criaram-se os "fiscais doSafpfty" para sutilmente exercerem as funções de poli-ciais de uma trágica "polícia-cconômica". Era a inflaçãozerada; fazia-se inveja aos suíços.

Mas atingiram seus objetivos a eleição de 22governadores e a grande maioria dos constituintes,garantindo praticamente sua permanência no governoaté ; 1990. Ou mais. Mesmo que, para isto, tenhamreduzido nossas reservas cambiais cm algo como setebilhões de dólares. Não precisamos ser c.xpcrts empolítica financeira internacional para imaginar a incômo-da situação cm que devem ter ficado os negociadores denossa dívida externa no chamado Clube de Paris, aoserem indagados sobre a razão dessa queda sete vezesbilionária, quando todas as condições eram favoráveis aum aumento, considerando-se que os preços do petróleono comércio internacional caíram, assim como as taxasde juros de nossos principais bancos credores.

Será que responderam que foi comprando alimen-tos' dos produtores europeus, produtos esses até hojequestionados por nossas autoridades sanitárias quantoaos,danos que podem causar à saúde, já que estãocontaminados pelas radiações do desastre nuclear deChernobyl, e que, assim procedendo, desorganizaramcompletamente nossa bacia leiteira o nossa indústriaagropecuária, beneficiando, e muito, a economia dessespaíses, que estavam com esses produtos encalhados.

• Afirmam que houve aumento do nosso poderaquisitivo, mas esqueceram de dizer que esse aumento sedeve, em grande parte, ao fato de que o povo, iludidocom a inflação zerada, retirou suas economias dascadernetas de poupança, ocasionando assim uma deman-da excessiva da grande maioria dos produtos, resultandono caos que atualmente vivemos. Falta tudo. Perguntam-se. então, os antigos poupadores: e agora, José?

Rogério Coelho Neto

T\ esde que a crise econômicase tornou mais forte e a

sua popular idade foi pratica-mente reduzida a zero, o presi-dente José Sarney não dá umpasso sem consultar os astros.Aliás1, para isso, ele dispõe de'üm

de seus próprios assessoresde comunicação, o jornalistaGe,túlio Bitencourt, que tam-bém é astrólogo — e dizem que dos bons. Pessoasque gozam da intimidade do presidente afiançam,aliás, que, quando governador do Maranhão, Sar-ney já gostava de tomar decisões, seguindo conse-lhos de conterrâneos acostumados a lidar com o;sdbfCnatural.

Do doutor Ulysses, o Senhor Diretas de trêsanos atrás que hoje foge de qualquer decisão emjtorno da marcação, o mais rápido possível, da;eleição que vai apontar o sucessor de Sarney,afiMam os que são a ele ligados que existe em SãoPaulo um vidente que dirige, praticamente, os seuspãs's'õs, desde a ida do PMDB para o poder.Ulysses teria aprendido, possivelmente, a confiarem algo que foge ao raciocínio dos simples mortaiscom-Tancredo Neves, o criador da Nova Repúbli-

habitantes, como Anteu. se nutrem da própria terra — vastae nutriente terra nordestina. E estamos conversados. Oministro não pode perder tempo: tem encontro importantecom os banqueiros. Estes, sim, precisam de ajuda.

Como essa da imobilizaçáo de 759r dos lucros dosbancos. Ainda bem que ficaram intocados os intocáveis 25c/ca serem distribuídos entre os pobres acionistas. E disso tudo(uma fortuna), uma coisa é certa, certa como a seca: oNordeste não tem ministro da Fazenda, tem feitor. Voumais longe (se este cavalinho de papel e letras papar léguas):região nenhuma tem ministro da Fazenda. Ministro daFazenda é um cargo de classe. No Brasil, só os banqueiros,esses vaisias, têm o privilégio de ter ministro da Fazenda.Aliás, já ouvi dizer que se, um dia, aparecer em Pernambu-co um ministro da Fazenda, a população lincha. Bárbarospárias!

Mas, tal justiçamento não ocorrerá, de certo, com oministro Bresser Pereira. Ele morrerá (cairá) antes, pelaboca. O professor fala como um cotovelo. Andou dizendoque a recessão, de manso, mansinho., já está a caminho,òarney jura que não. Não trabalha com essa hipótese. Umdiz, outro desdiz, vida que segue. As autoridades desautori-zam-se. Assim, não dá. Proponho que Suas Excelênciasdecidam se a recessão vem ou não vem, no "cara e coroa" tána cara, a recessão vem. Do outro lado, "o coroa" diz quenão vem.

Venha ou não venha, a recessão é uma trolha. Mexecom a vida de todo mundo, não é colher de chá paraninguém. Por isso, já se fala na elaboração do decreto-leiproibindo a recessão. Aqui, você não entra, papuda. De"pacote" em "pacote", barra-se o caminho da recessão. Elajá náo tem trilhos para correr: acabou-se a estrada Norte-Sul.

Essa já não tira o sono do ministro Bresser Pereira.Agora, ele dorme a sono solto, como uma inflação. Dizematé que ele bota o despertador para tocar às três horas damadrugada. Acorda, ri durante meia hora e, depois, volta adormir. Até hoje, não esquece aqueles homenzinhos guen-zos, sambudos, do Nordeste. E sempre que a lembrança émais nítida, ri sozinho. Afinal, é de outra raça, de outracasta. É...

seja tarde

Mais ainda vigora aquele velho ditado: pode-seenganar todos durante um certo tempo, alguns, duranteo tempo todo, mas nunca todos durante o tempo todo.

Agora que a farsa acabou, partimos para mais umajogada louca. Mais um salto no escuro. Lançar novamen-te o povo, tinhosamente, contra os credores internacio-nais, apelando para os nossos sentimentos. A dívidaexterna será o próximo cavalo de batalha do governo.Moratória. E assim pretende passar mais um ano deilusão, dando chance a que governantes de outros paísesnovamente duvidem de nossa seriedade.

Sou contrário à política nos quartéis. Não nosensinaram esta verdadeira arte, nas escolas militares.Principalmente a arte de fazer política na AméricaLatina, onde a democracia titubeia, vacilante, entre osregimes conservadores de direita, chamados de ditadura,e os regimes demagógicos de esquerda. Nesse ínterim,nós é que sofremos as conseqüências, pois entramostodos no mesmo saco, ficando conhecidos como gorilas,torturadores, assassinos etc. etc. etc.

Os ministros militares parecem os únicos que nãopercebem os caminhos tortuosos em que estamos entran-do. Condenam a "síndrome da catástrofe". Insistem quenão há crise. Sc eles apontam problemas, afirmam quesão facilmente contornáveis e que devemos todos confiarna competência dos seus atuais líderes políticos e da"messiânica" equipe econômica.

Recordo agora os conselhos de meus pais quando,inteligentemente, naquelas fases turbulentas da adoles-cência, nos chamavam à razão, contando-nos a históriatriste de uns filhos cujos pais, excessivamente permissi-vos, ficaram perdidos, por falta dc conselhos oportunos,nos caminhos perigosos dos vícios, amores proibidos esem arrependimentos e, próximos do fim, condenados àmorte, naquela hora fatal. Ao se despedirem dos pais,em vez de beijos, receberam dos filhos o desprezo, oescarro, a mordida raivosa. Os pais, arrependidos,choravam. O arrependimento quando chega, fazchorar...

Nosso povo, ainda inculto, é presa fácil do primeirodiscurso do político profissional. Mas felizmente aindatemos uma pléiade de civis confiáveis e capazes, amaioria deles, porém, longe da política, mas que podemdar uns bons conselhos aos nossos governantes e levaresta nação a um futuro honrado para os nossos filhos.Nós, militares, não levamos muito jeito para política.Bastam os recentes anos que nos foram tão desgastantes.Fomos incriminados demais. Chega.

Alguns bons políticos perderam as últimas eleições,somente porque se mantiveram fiéis às suas bandeiras.Nunca traíram seus ideais, nem seus partidos.

Outros foram eleitos simplesmente porque defen-deram um falso confisco de bois. Entraram na onda certada demagogia eleitoreira.

Estão aí, firmes nos seus castelos de areia.Mas, até quando?

O país

dos

ca, que fazia do sobrenatural uma espécie debússola política, ouvindo espíritas de mesa, chefesde terreiros tradicionais, videntes e jogadores debúzios.

Consultar os astros tem sido também umaconstante, ao que tudo indica, na faina diária dosassessores militares do presidente da República. Éque as pressões nas bases são grandes, porqueoficiais ou praças de qualquer unidade das TrêsForças pagam, como qualquer segmento da socie-dade civil, o alto preço do descalabro de umaeconomia que chegou ao fundo do poço depois deviver uma curta lua-de-mel com o sonho e afantasia.

Aquilo que era até aqui — ou que parecia ser— um privilegio dos políticos da Bahia, como o'ministro das Comunicações, Antônio Carlos Maga-lhães, está virando agora uma espécie de modismo.O governo, ao que se sabe, sem que tenha apretensão de viver no mundo da lua, nada resolvesem buscar primeiro conhecer o que dizem osastros. Corre uma lenda de que isso virou pratica-mente lei pela descrença do ex-ministro da Fazen-da, Dilson Funaro. O dono da Trol, uma fábrica debrinquedos, teria sido alertado por um vidente doCeará de que o final de fevereiro não era um mêspropício a grandes viradas econômicas. Funaro não

Estado modesto,

Otávio Tirso de Andrade

Brasil vai mal... Como sairão vocês dessa crise?"— é a pergunta que ouvimos no decorrer de umas

poucas semanas de viagem à Europa. Mas não há idéia, noestrangeiro, da babel em que o nosso país foi tranformadopela voraz alcatéia de politiquetes cavilosos implantada nopoder. Tal como os calamarcs da conhecida receita culináriaespanhola, os brasileiros estão a ser cozinhados "en sutinta". O mundo civilizado tem prioridades mais importan-tes com que ocupar-se. Náo há como nem por que dedicar-se a ministrar a dirigentes brasileiros cursos intensivos deinstrução moral e cívica. A Europa anda às voltas com odesarmamento, vale dizer, com o problema da própriasobrevivência física e política. Quanto às dívidas do TerceiroMundo, a África merece dos europeus, muito justamente,atenções maiores do que lhes poderiam suscitar as funaricesincineradoras de reservas cambiais. Na hora em que amoratória interna aventada pelo inefável senador Chiarelligeneralizar o caos — da cidade aos campos — as conseqüên-cias da subversiva iniciativa do prócer do Partido dos FalsosLiberais não ocuparão manchete: irão juntar-se ao noticiá-rio sobre os esquadrões da morte inseridos com freqüêncianas páginas policiais dos jornais de lá.

A súcia jacobino-rcacionária que infecta a Constituin-te pode perseverar cm paz na construção da muralha chinesaque afortalezará o gueto de negociatas, reservas de merca-do, cartéis, monopólios, empreguismo e vagabundagemburocrática cm que já transformaram o Brasil. A civilizaçãocm marcha inevitável no mundo que evolui velozmente —dos Urais ao Tejo, da África à Ásia — passará ao largo danossa Hiléia dc ignorância, cujos habitantes serão proibidosde ver o "crescimento da massa de saber científico e, porconseguinte, tecnológico, que se propaga em gigantescofogo de artifício cuja amplitude é impossível prever" (JcanMeyer: Le poicls de l'État).

Os apedeutas opostos ao capital estrangeiro não têmmais tempo para aprender que a maior parte dos paísesindustrializados ricos importou capital para desenvolver-se eque não o fez sob a forma de empréstimos: preferiuinvestimentos em empresas privadas. As economias cmestágio como a do Brasil, atualmente, também não poderãoprogredir só com recursos internos. As barreiras opostasaqui ao ingresso do capital estrangeiro visam a ancorar opaís na estagnação, onde a única atividade realmentepróspera será a intermediação das benesses do Estado, ouseja, a advocacia administrativa. Não é por outro motivoque tantos políticos profissionais tentam erigi-las e fortalece-Ias. Afinal essa "atividade" é o melhor negócio que co-nhecem.

A inexistência de obstáculos constitucionais ao ingres-so de capitais estrangeiros não significaria que o país iriarecebê-los às catadupas, de um dia para o outro. O créditoexterno dilapidado pela Nova República e seus planoscruzados náo se restabelecerá com brevidade. Além domais, a situação dos bancos internacionais é diversa dostempos em que as respectivas tesourarias explodiam competrodólares. Quanto aos investidores estrangeiros institu-cionais e privados, em geral, encontram na internacionaliza-çáo dos mercados financeiros dos países capitalistas oportu-nidades mais lucrativas e líquidas do que lhes ofereceriamempréstimos a países em desenvolvimento. A privatizaçãodas companhias estatais nos países do Ocidente Europeu

sortilégios

levou a sério a previsão, e o Plano Cruzado, porcoincidência ou não, depois de um período de falsaopulência, deu no que deu.

Há quem garanta que um astrólogo de estadonão definido cantou para o ex-ministro do Planeja-mento, João Sayad, as dificuldades que enfrentariano cargo. Esse mesmo leitor do segredo dasestrelas e dos planetas chegou até, segundo asmesmas fontes, a advertir Sayad de que ele não irialonge como um dos homens fortes da economia derisco que a Nova República resolveu adotar.

Se os astros andaram falando que o ministrodo Trabalho, Almyr Pazzianotto, não conseguirianenhum avanço significativo na área social, não sesabe. E duvidosa, ainda, a participação dos quelidam com sortilégios na área da educação. Já nosetor da cultura, dificilmente o professor CelsoFurtado, como bom nordestino que é. deve deixarde lado uma consultazinha inocente a este ouàquele chefe de terreiro. Teria sido um trabalhobem-feito por amigo baiano, o grande pistolãousado pelo ministro da Indústria e do Comércio,José Hugo Castelo Branco, para afastar para bemlonge paulistas e até alguns conterrâneos mineirosque pretendiam lhe tomar o cargo.

O ministro Raphael de Almeida Magalhães,que figura ao lado do ministro Renato Archer, na

Estado moderno

constitui outro pólo de atração de investimentos. Na Espa-nha de Felipe González, as ações das empresas locaissubiram 140</r, em termos reais, no decorrer do anopassado. O mundo capitalista pode perfeitamente esquecer-nos c continuar a progredir.

A propósito, observe-se que ao aumentar suas reservaspara fazer face à inadimplência do Brasil e de outros mauspagadores, o Citicorp não está cancelando dívidas. Ao fixá-Ias em 3 bilhões de dólares, revela quanto espera perder, aonegociá-las com terceiros. Os corretores norte-americanosSalomon Brothers, especializados no "mercado secundário"de dívidas do Terceiro Mundo, opinam que os títulos dadívida brasileira talvez possam ser negociados a 64% dorespectivo valor nominal. Ainda. Na hipótese dc preponde-rarem em nossa futura Constituição as teses xenófobas decertos "apristas" locais, valerão tanto quanto os "papa-gaios" peruanos: apenas llrí do valor nominal! Mas não étudo. Tal como acentua o comentarista Irwin Stelzer, emartigo publicado recentemente no Sunday Times, o maisperturbador sintoma revelado pela atitude do Citicorp é opessimismo que reflete quanto às perspectivas de crescimen-to da economia mundial. Ora, não havendo tal crescimento.'muito difícil será aos países devedores fazer face a seuscompromissos. Pois é justamente cm tal momento que scpretende dificultar ou impedir o ingresso de capital estran-geiro...

No que diz respeito à ciumenta "defesa" de nossasmatérias-primas, corremos o risco de ficarmos eternamentena posse delas, mantendo-as cuidadosamente inexploradas.A revolução tecnológica em curso faz com que os recursoshumanos tornem-sc, dia a dia, mais importantes do que osmateriais. O tempo do carvão de pedra e do ferro está a serultrapassado, e até mesmo o da indústria, tal como ainda aconhecemos. A respeito, leiam estas palavras de MichelCrozier em seu recente ensaio, publicado sob o significativotitulo de État modeste, État moderne: "O que terá sucessoamanhã, em mundo dominado por serviços e pela tecnolo-gia, será a capacidade de assegurar a qualidade, de desen-volver c utilizar conhecimentos, a adaptabilidade, a aptidãode organizar operações complexas. Em síntese: a inteli-gência."

Ao ler-se, ver-se e ouvir-se alguns dos senhores,constituintes, parece-nos que nossa Constituição brindará opaís com um Estado que se tornará o setor mais arcaico doconjunto social. A confirmar-se nossa suposição pessimista,os constituintes terão criado as condições para virmos a terem prazo relativamente curto uma autêntica revoluçãosocial. Várias regiões e setores da economia já cresceram obastante para não se submeterem à camisa-de-força em que,ineptos e subversivos pretendem aprisioná-los.

"Um Estado arrogante, onipresente e onicompetenteé necessariamente incompetente, porque não sabe mandarsenão a partir de princípios abstratos e pontos de vistagenéricos. Só o Estado modesto pode verdadeiramenterevelar-se ativo, uma vez que é o único capaz de dar ouvidosà sociedade, de compreender os cidadãos e portanto deservi-los, ajudando-os a realizar por si mesmos seus própriosobjetivos". Estas palavras são do já citado Michel Crozier.

O ensinamento que decorre da leitura do sociólogofrancês é o de que, em regime democrático, os governantesdevem adaptar-se ao povo que têm a obrigação de servir —e não o povo submeter-se às fantasias e projetos dosgovernantes. Na hora em que nos ameaçam fuzilar comtrens-balas e esmagar sob megaferrovias adiáveis, o ensina-mento é oportuníssimo. Não lhes parece?

famosa turma do poire, também tem lá as suascrenças e os seus pais-de-santo favoritos. Archerparece se segurar, por sua vez, com os mesmosprotetores de Sarney. Protetores, enfim, a quem osmais supersticiosos creditam o trabalho que permi;tiu a pacificação entre o presidente e o seu ministrode Ciência e Tecnologia, principais liderançaspolíticas do Maranhão, e que pareciam adversáriosirreconciliáveis.

Unia República, assim, teria que dar certo.Mas que existe alguma coisa errada, pairando demaneira teimosa no ar, não há dúvida. Não se sabeé se a culpa por esse instrumental de erros é doshomens ou dos astros. Dúvida que precisa, noentanto, ser urgentemente esclarecida, porque, emmatéria de sonho, a única previsão brasileiraconhecida continua sendo a de Joãozinho Trinta.Ele disse no seu primeiro carnaval portentoso paraa Escola de Samba Beija-Flor, em enredo quelevantou os foliões do Rio, que sonhar com rei dáleão.

E deu, na quinta-feira seguinte ao carnavalcitado. Para desespero dos banqueiros, incluindo-se, naturalmente, o da própria Beija-Flor. quevenceu o campeonato do samba, mas perdeu nosonho realizado na passarela alguns milhões decruz.-dos (cruzeiros à época).

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12 ? í° caderno ? segunda-feira, 15/6/87 Internacional JORNAL DO BRASIL

Papa deseja reatar relações

entre a Polônia e o VaticanoVarsóvia — ReutersVARSÓVIA — O papa João Paulo

II concluiu sua terceira visita à Polônianatal anunciando aos 96 bispos polonc-ses, num almoço cm Varsóvia. que pode-rão ser estabelecidas em breve relaçõesdiplomáticas entre a Polônia e o Vaticano¦— dependendo o prazo da disposição que

governo polonês demonstrar em aten-der a determinados reclamos da Igreja.

João Paulo II cumpriu ontem umadas etapas mais emocionais de sua via-uem, visitando e orando junto ao túmulo,

na igreja de São Estanislau Kostka. dopadre Jerzy Popieluszko, assassinado em1984 por agentes policiais do Ministériodo Interior. O crime abalou as relaçõesda Santa Sé com o governo polonês etransformou Popieluszko em mártir.

O papa teve de visitar o túmulo emcaráter privado, e não oficial, por exigên-

. cia das autoridades polonesas. Estavampresentes

'os pais do padre assassinado,

. Marianna e Jozef, que choraram ao se-• rem beijados pelo papa. João Paulo II

deteve-se longamente em frente ao túmu-lo, ajoelhado, e beijou a cruz de granito'

que o orna duas vezes. Somente algumascentenas de pessoas tiveram autorização'

para entrar na igreja, mas do lado de foracerca de 10 mil se aglomeravam, comalgumas bandeiras do sindicato Solidarie-dade.

Estas estavam presentes também namultidão de cerca de 1 milhão de fiéis quecompareceu à praça em frente ao Palácioda Cultura, no centro de Varsóvia. para amissa com que o papa encerrou o Con-' gresso Eucarístico nacional polonês deste

Jovens atacam

polícia e viram

carros na URSS

MOSCOU — Cerca de 15(1 adoles-.centes da cidade Komsomolskna-Amur.

- no extremo nordeste da União Soviética,viraram carros, depredaram uma delega-cia-e encurralaram o subchefe da polícia

em sua sala, enquanto seu assistente•fugia, informou o jornal Sotismlistichcs-' kava Industriya.

O choque entre a polícia e os adoles-'centes ocorreu no dia 2 de junho, quandoa polícia foi chamada a um salão de

[danças da cidade — às margnes do rioAmur, fronteira com a China — onde

[freqüentadores habituais tentavam expul-sar alguns membros da Liga da Juventude

.Comunista. Segundo o jornal, os dois•bandos estavam alcoolizados.

A polícia interveio no salão de baile eprendeu três baderneiros. Vários, entre-tanto, deixaram o local, juntaram amigose uma multidão de 151) adolescentes,armados com paus e pedras, tentaramlibertar os companheiros detidos."Na delegacia, os jovens viraram car-ros e quebraram vidraças. "O oficial de[serviço, Sukhanov, fugiu e o subchefe damilícia, Tkachuk, ficou encurralado na,sua sala", disse o jornal. A ordem foi¦restabelecida por reforços policiais.

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MiilIlÉlJoão Paulo II beija o túmulo do padre Popieluszko

ano. João Paulo II beatificou durante acerimônia o bispo Michal Kozal. mortoem 1943 no campo de concentração nazis-ta de Dachau, e cuja personalidade —segundo lembrou — "demonstra o poderdo amor contra as loucuras da arrogàn-cia, da destruição e do ódio".

Seguiu-se uma procissão de três qui-lômetros. liderada pelo papa, num papa-móvel. Segundo testemunhas, somentecerca de 4 mil pessoas tiveram autoriza-ção de participar, sendo vedada pelapolícia a adesão de milhares de outras,entre elas o líder do Solidariedade Zbig-niew Bujak.

Na fala aos bispos poloneses, o papa

disse que "no caso de um país considera-do católico, a Santa Sé considera que aexistência de relações é que é o normal ecorreto; o anormal é a ausência dessasrelações". A normalização das relaçõesdiplomáticas é uma velha reivindicaçãodo regime polonês, mas João Paulo IIlembrou que o caminho aberto para estanormalização deverá ser previamentepercorrido por um trabalho que "tornedigna de crédito" a proposta formal feitapelas autoridades polonesas.

Antes de retornar à Cidade do Vati-cano, o papa conversou pela segunda vez,no aeroporto de Varsóvia. com o generalWojcicch Jaruzelski, por 55 minutos.

O adeus emocionado a Willv Brandt

Social-democra taschoram e elegemnovos dirigentes

BONN— O partido Social De-mocrata alemão despediu-se. emo-cionado, do veterano presidente Wil-ly Urandt e elegeu uma nova cúpuladirigente. Depois de 23 anos no car-go. Brandt disse adeus aos correligio-nários num longo discurso pela reno-vação e afirmação do partido. Nofinal, foi longamente aplaudido depé. Muitos dos 1 mil 500 membros dopartido que assistiram à cerimôniachoraram.

O congresso soeial-democrataelegeu o moderado Hans-Jochen Vo-gel como novo presidente, com95,5c/r dos votos dos 440 delegadoscom direito a voto e dois secretáriosexecutivos, o premier do estado deSaar, Oskar Lafontaine. da ala es-querda, e o premier da Renania doNorte-Wcstfalia, Johannes Rau, daala direita. Lafontaine e seus compa-nheiros têm defendido uma aproxi-mação com os Verdes, capaz de der-rotar o centro e a direita. O congres-so, entretanto, aprovou uma declara-ção rejeitando a aliança. Rau foiderrotado cm janeiro, nas eleiçõesgerais, ao concorrer ao cargo deChanceler federal.

Brandt. de 73 anos. saiu do cargoum ano antes do previsto, pressiona-

Bonn — AFP

Brandi pediu fé no futuro

do pelas bases partidárias que nãoaceitaram a nomeação de uma cidadãgrega não integrante da organizaçãocomo porta-voz do partido. Na ceri-mònia de despedida, entretanto, oSPD todo homenageou o ex-chanceler e prêmio Nobel da Paz.Brandt foi eleito presidente de honravitalício do partido, o primeiro nos124 anos de história da organização.

Relembrando as origens do parti-do num longo discurso. Brandt ob-serveou que as duas guerras em que a

Alemanha se envolveu no século XXnão foram responsabilidade do parti-do, e sim da "esquina direita tiatradição alemã". O ex-presidente semostrou otimista em relação ao futu-ro do SPD e advertiu que o partidodeve lutar sem tréguas para defenderos interesses alemães no mundo eacabar com o desemprego e a injusti-çã social.

Para triunfar, o SPD necessita,disse Brandt. de "uma razõ clara,humanismo social e ecológico e umacultura democrática".

Em janeiro, nas últimas eleições,o SPD teve seu pior desempenhohistó rico cm 25 anos ao obter 37' idos votos do eleitorado. O novopresidente. Hans-Jochen Vogel. en-frenta um considerável desafio naelaboração de uma estratégica derecuperação e reconquista do poder.O partido perdeu boa parte dos elei-tores mais jovens para o partidoVerde.

O SPD está atualmente nego-ciando uma aliança com os liberais nacidade-estado de Hamburgo. Se forconcretizada, será a primeira entre oSPD e o FDP desde que os liberais seretiraram do governo do chancelersoeial-democrata ,Helmut Schmidt.em 19X2. terminando 13 anos degoverno de coalizão. Observadorespolíticos vêem poucas chances dosliberais abandonarem a coalização noplano federal com os democratas-cristãos do Chanceler Helmut Kliol.

Caviar não vai faltar eua manterao

para russo e americanoJL L. Brigido

ajuda militar

para a Unita

DERBENT, URSS — O controle dapoluição no Mar Cáspio e a reproduçãode esturjão cm fazendas recuperou aprodução de caviar negro na URSS. Con-sumidores sofisticados, de Moscou a No-va Iorque, estão com o suprimento daiguaria garantido por muitos anos.

Nos anos 60, a poluição de petróleona costa sul do Mar Cáspio, cm Baku, e aconstrução de usinas hidroelétricas no rioVolga perturbaram a ecologia dos rios,onde os esturjões desovam ameaçando oscardumes. Um novo sistema de filtragemdos dejetos de petróleo e a reproduçãocontrolada nas fazendas de peixes narepública soviética autônoma de Dages-tão recolocaram a situação sob controle.Em Derbent. o maior centro de produçãode caviar negro do mundo, esturjõesbebês estão sendo reproduzidos em lan-quês e transferidos para lagos artificiaisantes de serem jogados no Mar.

Mais de 20 milhões de quilos deesturjão são pescados toda primavera,quando os esturjões nadam do mar aosrios que desembocam no Cáspio, paradesova. O caviar é a ova defumada doesturjão — peixe conhecido como porco

tio mar. porque é capaz de comer quasetudo, e que chega a atingir o tamanho deum homem. O caviar vermellho, produzi-do no Extremo Oriente, é de qualidadeinferior. Quase todo o caviar negro domundo é produzido no Cáspio, 97rr naURSS e o restante no Irã.

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Vergès afirma que

lei

manda libertar Bai~hie

WASHINGTON — O GovernoReagan informou ao Congresso que deci-diu prosseguir a ajuda militar encobertaque dá aos rebeldes angolanos da Unita.em luta contra o governo marxista deLuanda. Segundo fontes da Casa Branca,o pacote de ajuda para os próximos 12meses será de pelo menos 15 milhões dedólares (podendo chegar a 17 milhões)em armas e equipamento, incluindo mis-seis antiaéreos Stinger.

A ajuda americana à Unita começouno ano passado, com um programa de 15milhões de dólares em equipamento mili-tar, mas não estava claro se ela prossegui-ria. Agora, além da decisão de renovar opacote, a Casa Branca deixou clara suaintenção de fornecer um novo pacote.

Além dos mísseis Stinger, os rebeldesliderados por Jonas Savimbi deverão re-ceher mísseis antitanques, para contratai-lançar o que o governo americano classi-fica de "nova remessa de tanques sovieti-cos" para as tropas angolanas.

O dinheiro para a Unita sai do orça-mento da CIA. A aprovação formal doCongresso não é necessária mas a ajudapoderá ser bloqueada através de votaçõesnesse sentido no Senado e na Câmara.

Etiópia elege

Io Parlamento

desde 1974ADDIS ABEBA — Pela primeira

vez desde a instauração de um regimemilitar socialista em 1974. a população daEtiópia votou ontem para formar umparlamento — Shcngo, ou assemlV íia nalíngua etíope — cujos 835 integranteselegerão o presidente da República popu-lar, escolha que certamente recairá sobreo atual chefe do Conselho Militar Admi-nistrativo Provisório criado em 1977, ogeneral Mengistu Hailé Marian.

A eleição foi convocada com diasapenas de antecipação, e sem uma cam-panha ao estilo ocidental. Os candidatosforam designados por organismos do úni-co partido existente, o Partido dos Traba-lhadores da Etiópia, por sindicatos eorganizações profissionais e pelos milita-res. Os eleitores podem escolher em cadacaso entre trés candidatos, exceto no deMarian. cujos contendores renunciarampara homenagear sua liderança.

Uma Constituição aprovada por refe-rendo cm fevereiro prevê que a Assem-bléia passa a ocupar o lugar do conselhoprovisório como órgão supremo do Esta-do, nomeando, além do presidente, ovice-presidente e todos os altos funciona-rios do governo. Foi criado também umConselho de Estado, mas. segundo ospadrões semelhantes aos do Estado so-viético que foram adotados, tudo indicaque a direção do país continuará entregueàs instâncias do partido único — cujafiliação não foi entretanto imposta comocondição para as candidaturas (de todasas classes sociais) ou para o voto.

O atual regime etíope derrotou em1974 a monarquia chefiada pelo impera-dor Hailé Selassié. que reinou durante 45anos. A Assembléia deverá tomar posseem setembro, provavelmente, em dataque coincida com o 13" aniversário darevolução. Os resultados demorarão deuma a duas semanas para serem conhe-cidos.

PARIS — Klaus Barbie, o ex-chefeda Gestapo cm Lyon, poderá ser postoem liberdade na França se o tribunalcumprir o que o Código Penal francêsestabelece: no caso de um teu ser conde-nado a penas diferentes por diferentesdelitos, as mesmas não são cumulativas eprevalece a condenação mais grave. Co-mo Barbie foi condenado à morte emjulgamento por a absência em 1952 e1954, "a condenação, vinte anos depois,está automaticamente prescrita e a Justi-ça francesa terá de libertá-lo" — disseontem o advogado Jacques Vergés, quedefende o nazista no processo em cursoem Lyon.

— A prescrição da pena eqüivale àsua execução e, portanto, segundo a lei.ele já foi justiçado — disse Vergés.Segundo o advogado, mesmo que o tribu-nal de Lyon julgue Barbie culpado porcrimes contra a humanidade "não teráescolha a não ser colocá-lo em liberda-de". O nazista enfrenta acusações deprisão e deportação de 400 judeus e 300militantes da resistência francesa quandochefiava a Gestapo de Lyon, de 1942 a1944. podendo ser condenado à prisãoperpétua.

O processo de Lyon deverá encerrara parte da tomada de testemunhas nocomeço do mês que vem. Hoje. o advo-gado Jacques Vergés apresentará suaanunciada linha de defesa de desclassifi-car o processo acusando a justiça francesade hipocrisia, apresentando testemunhasargelinas que acusarão o governo decompactuar com a prisão, a deportação atortura e a morte da resistência anticolo-nialista na Argélia. Um ex-membro daresistência francesa antinazista, Ray-mond Aubrac, também deverá depor,possivelmente revelando nomes de trai-dores e colaboradores de Barbie, dentroda resistência, que contribuíram para aprisão e a morte, em 1943. do líder JeanMoulin. enviado pessoal do General DeGaulle a Lyon.

Ao mesmo tempo em que Vergésreunia a imprensa em Lyon para argu-mentar que a justiça não pode condenarBarbie "à vida" depois de tê-lo condena-do à morte duas vezes, advogados france-ses observaram que o promotor poderáalegar que como que as sentenças demorte nunca foram executadas, penasmenores (prisão perpétua) não podemser invalidadas.

Roma — AFP

Eleição italiana — Candi-data pelo Partido Radical, Elena AnuaStaller (foto), mais conhecida como Cie-ciolina desde que iniciou sua extravagan-te campanha sustentada na exibição, dosseios, foi uma das italianas que votaramontem em dia de bom tempo, mas debaixo índice de comparecimento às ur-nas. A eleição para renovação integral daCâmara dos Deputados e do Senadoprossegue hoje até as 14h locais. Suce-dendo ao colapso da coalizão de cincopartidos de centro-direita que governavao país há mais de trés anos, estas eleiçõessão consideradas as mais incertas do pos-guerra, quanto a seus resultados. A lilti-ma pesquisa de opinião indicou pelaprimeira vez a Democracia Cristã supera-da. como maior partido do país, peloscomunistas, que são há décadas a segun-da força política, mas cuidadosamentemantida longe do poder por coalizõescomo a do chamado pentaparlido recém-desfeito.Cadeia humana — Dezenasde milhares de parisienses, convocadospor uma organização pacifista apoiadapelo Partido Comunista, formaram umacadeia humana de 25 quilômetros deperímetro para abraçar o centro da capi-tal francesa, pedindo o total desarma-mento nuclear. O PC modificou há al-guns anos sua posição favorável, na déca-da de 70. à dissuasào nuclear.Violência— Pela primeira vezem dois anos, Nova Deli sofreu atentadosde extremistas sikhs. que em quatro dite-rentes ataques com armas automáticasmataram 12 pessoas e feriram 22. Apolícia iniciou uma gigantesca caçada aosterroristas. No primeiro ataque, um jo-vem sikh entrou na casa de Shanti Behl.grande empresário da construção civil,onde se realizava unia festa infantil deaniversário. O extremista jogou uma gra-nada. que não explodiu, e começou a darrajadas de metralhadora a esmo. Cincopessoas morreram e 15 ficaram feridas.

Bernstein — O maestro aineri-cano Lconard Bernstein foi roubado du-rante um concerto em Munique, na Ale-manha Ocidental, sábado à noite. Apolícia recebeu telefonema dizendo quehavia uma bomba na sala de concertos eretirou as pessoas. Quando Bernsteinchegou mais tarde ao camarim, tinhamdesaparecido sua carteira e seu relógio demarim.Malvinas — Os Estados Unidose a Suíça estão realizando gestões paraque a Argentina e Inglaterra voltem anegociar a disputa sobre as Malvinas. EmBuenos Aires, o presidente Alfonsín dis-se que a Argentina está aberta às nego-ciações mas "não negocia a soberaniasobre as ilhas". A guerra das Malvinascompletou ontem seu 5" aniversário. ASuíça representa os interesses ingleses naArgentina, e o Brasil os interesses argen-tinos em Londres.Ford sai —A Ford está planejan-do se retirar da África do Sul. após olanos, seguindo o exemplo de mais de 100outras grandes empresas americanas, i|uedeixaram o país, por causa da políticaracista do apartheid. O anúncio foi feitoem Johannesburgo por dirigentes da filiallocal da Ford, que no entanto não quise-ram especificar os motivos da decisão.

Quase linchado — o Minis-tro da Informação e da Cultura da L oréiado Sul. Lee Woong-Hee. quase foi lin-chado por uma multidão, quando obser-vava incógnito as manifestações de de/e-nas de milhares de pessoas contra ogoverno, no centro de Seul. pelo quintodia consecutivo. Reconhecido por jorna-listas, ele começou a ser entrevistado efoi logo cercado pelos populares furiosos.Estudantes pacifistas da oposição o reti-raram do meio da multidão, aos gritos de"não à violência".

JORNAL DO BRASIL Internacional seguncla-feira, 15/6/87 ? Io caderno ? 13

González aproveita

sol para pescaria

no litoral baiano

Vitor Hugo Soares

SALVADOR — 0 primeiro-ministro da Espanha, FelipeGonzález, aproveitou ontem o domingo de sol e mar calmo, empleno inverno baiano, e trocou o passeio pelo Pelourinho,museus e áreas do centro histórico por seu lazer preferido: apesca. O líder socialista espanhol saiu para mar alto quando odia estava ainda amanhecendo, acompanhado de uns poucosintegrantes da comitiva, e só retornou quase no final da tarde,depois de "uma rica pescaria"."Muito pescado, muito pescado", revelou um dos acompa-nhantes de González, logo após o desembarque no cais, apoucos metros do Mercado Modelo, onde sua mulher, Mariadei Carmen, passou boa parte da tarde fazendo compras epechinchando preços de imagens de arte sacra e de objetos deartesanato típico da Bahia.

Cercado de forte esquema de segurança, que não permitiuo acesso nem dos jornalistas credenciados para a cobertura desua visita não oficial de três dias à Bahia, Felipe Gonzálezpescou na lancha Maria Cecília, de um empresário baiano. Obarco entrou na Baía de Todos os Santos, de volta da pesca,protegido por uma corveta do II Distrito Naval.

Os dois únicos compromissos cumpridos pelo primeiro-ministro estavam marcados ambos para depois das 20 horas: umencontro com a colônia espanhola que vive cm Salvador (umadas maiores do país. formada em sua quase totalidade pororiundos da Galícia, uma das regiões mais conservadoras daEspanha): e uma recepção oferecida no Palácio de Ondina pelogovernador Waldir Pires.

O líder socialista espanhol na tarde de sábado visitoualguns pontos turísticos do centro histórico de Salvador, na áreatombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco eaproveitou o domingo para a pesca, esporte de sua preferência,juntamente com o jogo de sinuca, conforme revelou ummembro de sua comitiva.

_____________ Salvador — Gildo Lima

Carmen pechinchou no Mercado ModeloCarmen pechinchou no Mercado Modelo

O embarque de Felipe González, às 5h3í)min da manhã, nalancha Maria Cecília, foi precedido de uma rigorosa varredurasubmarina, feita por técnicos da Marinha à procura de cxplosi-vos. Vários acompanhantes do primeiro-ministro da Espanha,inclusive os jornalistas, ficaram surpresos ao serem informadosno hall do Hotel Meridien de que Felipe González partira quasede madrugada para uma pescaria na costa do RecôncavoBaiano, sem hora para voltar.

O retorno da pescaria ocorreu às 15h30min. Felipe Gonzá-lez apenas acenou de longe para os fotógrafos c repórteres que,do cais do II Distrito Naval, pediam aos gritos que o barcopassasse mais perto, para uma foto, ou que o primeiro-ministroespanhol exibisse algum peixe capturado.

O desembarque ocorreu no cais da Capitania dos Portos,alguns metros adiante, cercado por agentes federais; soldado?da PM e integrantes da própria segurança do governo espanhol,que seguiu para o hotel.

Salvador — Gildo Lima

Carmen vira "fiscal

do Sarney" ao comprarSALVADOR — A vigilância rigorosa no controle do

congelamento de preços que o presidente Sarney voltou a pediraos brasileiros na semana passada, com o lançamento do novoplano econômico, contou ontem no Mercado Modelo (maisfamoso centro de venda de artesanato da Bahia) com umainesperada e eficiente aliada: Maria dei Carmen RomeroGonzález, mulher do primeiro-ministro Felipe González, quefez compras e visitou pontos turísticos e culturais da capitalbaiana, enquanto o marido se dedicava à pesca.Carmen Romero, que já estivera no Mercado Modelo natarde de sábado, retornou ontem ao famoso centro popular deSalvador, onde pechinchou com competência em várias barra-cas, durante horas, até conseguir sempre os melhores preços.As compras mais caras que fez foram duas imagens barrocas —uma de Nossa Senhora da Conceição e uma de Nossa Senhorado Parto —. que adquiriu por CZ$ 6 mil 500, depois de meiahora de pechincha. "As duas imagens custariam normalmente,no mínimo, CZ$ 10 mil", admitiu o dono da barraca, após asaída de Carmen.

O mesmo rigor no controle dos gastos a mulher de FelipeGonzález usou na visita a outras barracas, onde comproubalangandãs, bonecas em trajes típicos, objetos de prata,berimbau e trabalhos de rendas. Sempre sorridente e simpática,Maria dei Carmen era porém inflexível na negociação. Se nãoconseguia os preços que considerava justos, partia para outrasbarracas do Mercado Modelo.

Cercada de câmeras de TV, fotógrafos e repórteres, a certaaltura a primeira-dama da. Espanha confessou que se estavasentindo incomodada e inibida na realização de suas compras.Membros da. comitiva negociaram então uma trégua com osjornalistas e ela pôde continuar em paz as suas compras.(V.H.S.)

Coronel panamenho pedeasilo político a Madri

após deflagrar criseCIDADE DO PANAMÁ — O coronel reformado Roberto

Diaz Herrera, que deflagrou com stias acusações contra o chefedas Forças Armadas e outras autoridades a atual crise políticapanamenha e a decretação do estado de emergência, pediu eobteve da Espanha asilo político, por considerar que corre riscode vida em seu país.

Herrera. destituído em maio da vice-chefia das ForçasArmadas, denunciou atos de corrupção, fraude eleitoral e atéassassinato por parte do comandante das Forças Armadas,general Manuel Antonio Noriega, e outros dirigentes. Elesteriam sido responsáveis por fraudes nas eleições que levaram àpresidência Eric Arturo Delvalle, em 1984, pelo assassinato dolíder guerrilheiro Hugo Spadafora, em 1985, e pela explosãoque matou num avião, em 1981, o general Ornar Torrijos. entãodirigente supremo do país.Os distúrbios de rua e manifestações oposicionistas que seseguiram, exigindo a destituição dos acusados, levaram aoestado de emergência, que, segundo o presidente do Parlamen-to, Ovidio Diaz, poderá ser revogado dentro de 10 dias. Tantoele quanto o general Noriega exigem que Herrera apresenteprovas de suas acusações, até agora desconhecidas.

Em entrevista a uma estação de rádio ontem, Noriega foimais longe, afirmando que o movimento oposicionista é "telc-guiado" por adversários do acordo firmado com os EstadosUnidos para a devolução ao governo panamenho, até o ano2U00, da administração e soberania sobre o Canal do Panamá.

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Brasil-Cuba: boa política, pouco comércio

Em um ano, Brasil e

Cuba confirmaram uma

diplomacia soberana

Cristina Veiga

BRASÍLIA — No dia 25 de junho do ano passado, o

governo brasileiro anunciou sua histórica decisão dereatar relações diplomáticas com Cuba, país com o qualrompera em 1964. Um ano depois do reatamento, o balançoque se faz apresenta pequenos resultados concretos no campoeconômico-comercial. Mas são bastante significativos os sal-dos políticos dessa decisão. O mais importante deles talvezseja o sepultamento daquilo que os militares brasileirosreceavam que ocorresse: a exportação da revolução cubana.

Nesse ano de relações, não houve um único deslize porparte do governo Fidel Castro. Toda a cautela necessária paraum caso delicado como as relações com Cuba foi utilizada. Etodos os acordos previamente definidos pelos dois governos nasigilosa reunião de Paris, ocorrida dias antes do reatamento,estão sendo rigorosamente cumpridos. Os cubanos não dãoum passo dentro do Brasil sem antes comunicar c receber oaval do Itamarati. Todo esse cuidado de parte a parte temcomo. objetivo não dar margem a setores mais conservadoresda área militar, que certamente não gostaram da decisão dogoverno de reatar com Cuba.

O profissionalismo com que os diplomatas cubanos têmagido recebe elogios do Itamarati. "Eles praticam uma políticaséria", comenta um diplomata brasileiro ligado à área. "So-mos muito respeitosos da situação interna do país", confirmaum dos membros da embaixada cubana. "Temos uma posição

responsável e não praticamos o oportunismo político. Nãoprecisamos disso." E verdade. Cuba leva tão a sério asrelações com o Brasil que até mesmo para apoiar uma decisãodo governo Sarney — a de decretar a moratória dos juros dadívida externa — teve precaução. Fidel enviou uma mensagemde apoio ao presidente Sarney e lhe disse que só a tornassepública se o considerasse conveniente.

Cuba sabe da importância de manter relações com oBrasil. Para o governo Fidel, o reatamento com o Brasilrepresentou uma "vitória" frente aos Estados Unidos, quegostariam de ver Cuba isolada no contexto latino-americano."As relações são importantes também porque o Brasil é umpaís de peso político e econômico no mundo, e especialmentena região", comenta um diplomata cubano. O governo Fidelacha, inclusive, que o reatamento com o Brasil poderá vir ainfluenciar nas relações de seu país com outros governoslatino-americanos.

Para o Brasil, o reatamento com Cuba teve dois significa-dos. O primeiro, que o governo tem conseguido manter seuprincípio de auto-determinação. O segundo, que precisavamostrar em sua política externa o reflexo das mudançaspolíticas internas que estava atravessando. "A partir dogoverno Geisel, foi possível dar alguns passos na políticaexterna, mas ainda não era hora do reatamento com Cuba",analisa um diplomata brasileiro. "Fomos muito felizes nomomento de tomar essa decisão." O momento era aqueleporque já se havia conseguido aparar as arestas junto aosmilitares, e era o desejo "majoritário" da sociedade brasileiraque esperava da Nova República um ato como aquele.

Não bastasse o quadro político interno, o governobrasileiro se deparava com o quadro externo. Praticamentetodos os países latino-americanos democráticos mantém hojerelações diplomáticas com Cuba. Argentina. Uruguai e Peru.

os vizinhos e parceiros mais próximos brasileiros, j;í haviamtomado essa providência. Faltava o Brasil. Com a decisão, não ••ocorreu nenhuma alteração nas relações do Brasil com outrospaíses. Ele simplesmente não ficou para trás. "Foi um ato desoberania", comentou um diplomata.

A rapidez com que Brasil e Cuba se aproximarampoliticamente parece demonstrar que não sc quer perder maistempo.

Três ministros brasileiros já estiveram em Havana nesseprimeiro ano de relações: o das comunicações, Antônio CarlosMagalhães, o chanceler Abreu Sodré e o da Justiça, PauloBfossard.

Sc os contratos políticos têm sido muito intensos, omesmo não acontece no campo econômico-comercial. "Foram22 anos sem relações, não temos como recuperar esse tempocm um ano", argumenta um diplomata cubano, lembrando; ¦no entanto, que os passos têm sido lentos mais firmes. Todos 'esses contatos, por enquanto, resultaram de concreto apenas-em um chamado "acordo quadro", que dá base para que sé"desenvolvam acordos cconômico-comcciais. O único negóciorealizado foi a venda de sardinha cubana para o Brasil, no 'valor de USS 5 milhões, que resultaram na compra de papelãobrasileiro no mesmo montante.

O interesse do empresariado brasileiro em Cuba égrande. Mas as dificuldades técnicas atrapalham um pouco. Ogoverno Fidel necessita de crédito para comprar produtos-brasileiros, e o Brasil não tem no momento linhas de crédito.,disponíveis. "Mas estamos otimistas", afirmam os cubanos."O importante é que há vontade política", prosseguem elesnegando que haja qualquer impedimento de ordem políticapara a realização desses negócios. Há interesse na compra deequipamentos para usinas de açúcar, transportes, instalaçãode linha aérea pelo lado cubano. Mas tudo isso ainda estásendo discutido entre Brasil e Cuba.

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?/.14 ? 1" caderno ? segunda-feira. 15/6/87 JORNAL DO BRASIL

íObituário

Rio deLourival Souto de Castro. 61.ilc insuficiência respiratória, noHospital da Beneficência Por-tugiiesa. Carioca. advogado,casado. Morava na Cuivca.Amélia Lopes da (íraça. 7S. desepticemia. no Hospital da 13c-neficência Portuguesa. Cario-ca. viúva. Morava cm Bota-loeó.Alfredo Marques Antunes. 64.de insuficiência respiratória.

«Jieni casa na Tijuca. Português,comerciante. Casado com Ma-

o rui José Antunes, tinha uma•'filha.Jael Marques de Souza. 81. dediabete, na Casa de Saúde San-"'tá Rita. Pernambucana, viúva-l'dc' José Marques de Souza.Tiiiha oito filhos. Morava na' Tijuca.1'asquale Yilurdo. 76. de diabe-

Janeirote. no Hospital da BeneficênciaPortuguesa. Italiano, casado.Morava em Copacabana.Anachicilio de Souza. 81. dederrame, no Hospital do Anda-rai. Mineiro, casado com Mariado Carmo de Souza. 1 inha trêsfilhos. Morava no Grajaii.Aríete da Silva Rabelo. 46. decâncer, na Clínica de RepousoCampo Belo. Carioca, casadacom Jorge Mendes Rabelo.Morava no Estácio.Nev Grunewald. 37. de câncer,no Hospital da BeneficênciaPortuguesa. Carioca, analistade sistema, desquitado. Mora-va em Lins de Vaseoncellos.Hernadete I.ourcmjo Bomllin.50. de derrame, no Hospital deBonsucesso. Baiana, costurei-ra. Solteira, tinha uma filha.Morava em Bonsucesso.

Estados"Milton Krause. 73. de infarto.

em sua residência, em Porto"'^legre. Era médico. Atuou du-rante 43 anos como cirurgiãono interior do Estado e nacapital gaúcha. Foi vereador na

.^.'(lécada de 611 pelo Movimento¦ Trabalhista Renovador

(MTR). unia dissidência do¦.PTB, e. depois, pelo Partido

Democrata Cristão (PDC). Ul-timamente. estava organizando

;1;.9,.PDC. no estado. Deixa viúvaMarta Mazeron Krause e três'^"filhos: Fernando. Beatriz eMartinha e netos.Dom Altivo Pacheco. 71. de""artcriosclcrose irreversível, em''.Jui/ do Fora (MG). Bispo auxi-

. liar da Diocese de Juiz de Fora,• estava afastado para tratamen-

ExteArquivo 86

Gumldinc 1'age. 62. de infartodo miocárdio. em casa. em Ma-nhattan. Estados Unidos. Umatias pioneiras do movimentooIT-Broadway e que atuou emmais ile 500 peças, a atriz parti-cipava no momento de umaremontagem da peça lilithcspi-rit. de Noel Coward, e foi en-contrada por seu filho. Antlio-nv Torn, por volta das lHli.Nascida a 22 de novembro de

. 1924 em Kirksvilie, Missouri, ecriada em Chicago, Geraldine,após muita luta, conseguiu fir-mar-se 110 teatro nova-iürquino. obtendo grande êxitopor seus desempenhos em" Sumnier and smoke (levado ácena 110 Brasil sob o título deAnjo de pedra), de TennesseeWilliams, Strange interlude. de

-Lugene 0'Ncill. e The rainnia-" • ker. Foi candidata ao Oscar de.jiielhor atriz com Sumnier and• smoke. em l%l. Sweet bird of

youtli ("Doce pássaro da ju-ventude"). também de Teimes-see Williams, em 1962. comPaul Newman. e Interiors ("In-

v" fòriores"). cm 1978. Candida-- tou-se também ao Oscar de"atriz coadjuvante em diversas« oportunidades, como em 1953.

. com Hondo ("Caminhos aspe-•••••ros"). ao lado de John VVavne.

Ex-dirigente do PCB

no Sul invade conjunto

por não ter onde morarPORTO ALEGRE — Ex-dirigente regional do PCB (Parti-

do Coniunista Brasileiro) e líder de 11111 Grupo dos 11 11a décadar de 60. o v ia jante comercial aposentado Apolónio Canha partici-a. pou ontem de manhã da invasão de três casas 110 Jardim....Lepoldina II. nesta capital. Ele disse que a invasão foi uma

; decisão desesperada, pois ganha CZS 9 mil mensais e e não temonde morar. Uma hora depois da invasão, houve agressões,empurrões e gravatas em uni confronto com guardas partícula-res e a mulher de Apolónio. lida. que. como ele. tem problemascardíacos, chegou a desmaiar. A Brigada Militar levou todospata a 14'' DP.• -h?. As outras duas casas foram ocupadas pelo genro de¦•'Apolónio. José Tadeu. sua mulher. Marv. e uma filha do casal.' Íeípelo pintor de carros Carlos Neto. uruguaio naturalizadobrasileiro, com lolanda. sua mulher, e a filha Juliana. O chefe' da'segurança da empresa Serviço de Vigias Lida.. DonatoRoclrigues. chegou a ordenar a retirada dos pertences da casa

| Tnvadida por Apolónio. mas. no final, houve acordo e as [rés.famílias foram autorizadas a acampar em frente aos imóveis,para negociar sua compra amanhã com a Habitasul (empresaem liquidação extrajudicial).

Apolónio contou que. em 1975. adquiriu uma casa com¦ijininciamenlo do Sul-brasilciro. mas o imóvel era sujeito a¦inundações freqüentes e um temporal o deixou inabitável. Ele"•'disse que exigiu o pagamento do seguro para reformar a casa.

mas toi sucessivamente empurrado pelo Sulbrasileiro. constru-tora Maud e Seguradora Atlântica. Em 82. ele conseguiu umacordo, mas a reforma foi adiada e o Sulbrasileiro faliu. Maistarde, deu a casa para pagar uma dívida com 11111 supermercado.

PAULO ANTONIO RIZZO SOARES(Missa de 7° dia)

FERNANDO M. RIZZO SOARES

(Missa de 1° ano)

tSua

família convida para amissa que será celebradano dia 16 de junho, 3a-feira,às 11:30 horas, na Igreja do

Mosteiro de São Bento (RuaDom Gerardo, 68).

Caruaru abre ciclo de festas Tempo

juninas com

to de saúde. Foi ordenado sa-cerdote em dezembro de 194S.pelo Bispo Dom Justino JoséSantana. Pároco em Bias For-tes e Senhor dos Passos, foinomeado, em 1963. pelo PapaJoão XXIII, quarto Bispo daDiocese de Barra do Piraí, Es-tado ilo Rio, onde permaneceupor três anos, sendo designadopara a Diocese de Araçuaí. 110Vale tio Jequitinhonha. MinasGerais. Foi nomeado BispoAuxiliar de Juiz de Fora, peloPapa Paulo VI, função que de-seinpenliou durante oito anos.até ser afastado pelo BispoDom Juvenal Roriz. por moti-vo de saúde. Será substituídopor Dom Eurico Vcloso. 110-meado há poucos dias e queassumirá o cargo em 5 de julho.

rior

Entre seus outros sucessos natela incluem-se The day of thelocust ("O dia do gafanhoto"),Toys in the Attic ("Na voragemdas paixões") e Dear heart("Coração querido"). Foigrande sua participação 110 1110-vimento off-Hroadway. nosanos 50. que revelou diversosatores e autores teatrais muitoconhecidos ainda nos dias dehoje. Pagc foi uma figura deprimeira grandeza nos palcos enas telas durante quase 40anos. tendo atuado em IN fil-mes. além de numerosas peças,o que a tornou conhecidíssiina11a Broadway. Sua conquistasuprema, entretanto, só ocor-reria 110 ano passado, quandoganhou o Oscar de melhor atrizpor sua participação 110 filme Atrip to hountiful. Em 1966. con-tudo. já recebera o PrêmioEnimy. da televisão americana,por seu notável desempenho110 drama A Christmas memo-rv. apresentada pela cadeiaABC. No ano seguinte voltou aser premiada com a mesmaláurea por seu trabalho em Thetlianks giving visitor. levada aoar pela mesma cadeia. Pageinterpretava sempre papéis degrande vigor e dramaticidade.características que. plasmadas110 teatro, transportava parasuas atuações 11a tela. Emboradesempenhasse com freqüênciapapéis coadjuvantes, era co-mum suplantar os demais as-tros do elenco, inclusive os pró-prios protagonistas. GeraldinePage tinha três filhos e já eraavó. Casou-se três vezes, a últi-ma das quais com o ator RipTorn. ao lado de quem aindavivia.

CARUARU — Forró volante, ao estilo dos trios elétricos,com mais de duas mil pessoas dançando pelas ruas. bacamartei-ros. bandas de pífano e 11111 shovv pirotécnico, com a participa-çáo de vários fogueteiros do Norte e Nordeste, marcaram nestefinal de semana o início dos festejos juninos de Caruaru — acapital brasileira do forró — a 13(1 quilômetros do Recife. Acidade inteira estava nas praças, para ver a girándola com S50dúzias de foguetes, e comer milho assado e pamonha. Nemmesmo o sereno, que atrapalhou o sliow pirotécnico, fez comque as pessoas fossem mais cedo para casa. Dançaram até o solraiar.

São esses motivos que fazem com que a festa de São Joãoem Caruaru seja comparada com o carnaval de Recife e Olindae. até o final deste mês. a cidade espera receber cerca de 30 milturistas que vão ao agreste pernambucano em busca "do melhorforró do mundo", como diz dona Esmeraldina Fonseca, mora-dora ila Rua 3 de Maio. Nessa rua. há 15 anos. se comemora oSão João a partir do dia 1" de junho, com forrós ao ar livre,todas as noites, quadrilhas e casamentos de matutos.

Neste final de semana. Caruaru festejou o Dia Nacional doFogueteiro (13 de junho). São vários fogueteiros de cidades dointerior de estados nordestinos que concorrem ao melhorespetáculo. Este ano. o dono da festa foi o mestre Nestor JoséGuilhermino. autor do "jardim pirotécnico" que iluminou o céuda cidade. Apesar do sereno, que prejudicou a exibiçãopreparada por alguns fogueteiros. a festa foi considerada "amelhor de todos os anos".

Além dos fogos, os turistas que foram a Caruaru presencia-ram também um outro espetáculo à parte: enormes balõessubindo e colorindo os céus. ao som de músicas executadas porbandas de pífano. Cenas como essa. emocionaram o velho AbelAntônio da Silva, o responsável pela girándola: "É bomdemais", afirma, olhando para o céu, "é a melhor diversão queexiste, o São João em Caruaru". Depois do espetáculo,realizado 110 estádio de futebol do time Central de Caruaru, apopulação da cidade invadiu as praças para dançar a noiteinteira. O forró de rua. 110 entanto, vem perdendo a suaprincipal característica, porque 110 lugar do safoneiro acompa-nhado pela zabumba e pelo triângulo. Caruaru já recebeu o"forró volante" tinia espécie de trio elfrico junino, com músicasque nem sempre lembram São João.

show pirotécnico

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M úsica, comida e fogos Jazem afestança

Mendiga poetisa

lança terceiro

livro com olho em casa própria

SÃO PAULO — O tailleur azul celeste e blusa branca deblocados, a mulher chamada ao palco para fazer o lançamentodo seu terceiro livro de poesias tinha tudo para ser a mais novaimortal da Academia Brasileira de Letras, mas era apenasMaria Elisabele Lima Mota. catadora de papel, estuprada,prostituída, drogada, favelada, mãe solteira de três filhas —uma mulher da rua.

O antigo cinema dos Frades Franeiscanos da Rua Riachue-Io. bem perto da Praça da Sé. o marco zero de São Paulo, hojetransformado em quartel-general dos indigentes do centro dacidade, foi o lugar escolhido por Betinlia. como é maisconhecida entre sua gente, para o lançamento de Declaro queestou em tormento — poesias da sarjeta (Editora Espaço eTempo).

Na hora marcada, cinco da tarde, o salão estava lotado. Osucesso náo poderia ter sido maior, apesar da chuva e do frio dodomingo tipicamente paulistano, o bafo de cachaça indisfarçá-vcl no ar. Poucos autores no Brasil conseguem reunir 11111público maior 110 lançamento dos seus livros. Só que 110lançamento do novo livro de Betinlia havia mais amigos do quecompradores — quem ali poderia pagar CZS 1907 —. e o quedeveria ser uma tarde de autógrafos se transformou numafraterna, emocionada festa de marginalizados.

Náo faltou nem mesmo Frei Afonso, que tirou Betinlia esuas três filhas da sarjeta e as abrigou 110 seu escritório 110Mosteiro de São Bento. C0111 seu livro anterior, Ave vagueiru.Betinlia conseguiu realizar um antigo sonho e comprou umadentadura.

Sào Paulo — Jose Carlos Brasil

Embora a frente fria esteja em dissiparão 110 litoralde São Paulo, o tempo nessa região deve continuarnublado, com possibilidade de chuvas isoladas nesta área.No Sul. ainda ocorrem chuvas ocasionais, especialmenteno litoral, influenciadas pela massa de ar polar marítimaque domina esta região. No restante do país predominatempo claro, com nebulosidade.

No Rio e em Niterói

Nublado, sujeito ;i instabilidade 110decorrer do período. Visibilidadehoa a ocasionalmente moderada.Ventos Norte Noroeste rondandopara Sudoeste, fracos a moderados,com possíveis rajadas. Temperam-ra estável. A máxima de ontem foide 35.3". em Banim: e a mínima.19.2", no Alto da Boa Vista.

Precipitação das chuvas em mm

Nos Estados

Normal mensalAcumulada no anoNormal anual

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O Salvamar informa que o mar esia calmo,com agwas a 22" o baiihos nvctaduv

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20.1120.724.422.523.521 .S20.723.020.417.216.312.W10.916.316.0

No MundoAmsterdãAssunçãoAtenasHtrliinHonnBogotáBruxelasBuenos AiresCaracasCenebraHavanaLa Pail.imal.isboaLondresMadriMéxicoMianilMontevidéuMoscouNova IorqueParisRomaSão Salvador

claronubladoclaronubladochucoio

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Os amigos foram prestigiar a festa delançamento do terceiro livro de Betinlia

Avisos Religiosose Fúnebres

Recebemos seu anúncio na AvBrasil. [i00 De domingo a 6'* ate20 OOh, aos sábados e feriadosaté 17 OOh Tel 585-4350 —585-4326 — 585-4356 ou no ho-rário comercial nas lojas de

CLASSIFICADOSParu outras informações,

consulte o seuJORNAL DO BRASIL

DEA VASCONCELLOS(MISSA DE 7° DIA)

tA

DIRETORIA e FUNCIONÁRIOS DA AGÊNCIA DE VIAGENSCRANTECLAIR LTDA convidam parentes e amigos da inesquecívelDÉA VASCONCELLOS, esposa do Diretor Sérgio Vasconcellos, paraa Missa de 7o dia que mandam celebrar em sufrágio de sua alma, as

17:00 horas do dia 16 de junho, Terça-feira, na Igreja de N. S1 do Rosário, àRua Ribeiro da Costa n° 164 — LEME.

Avisos Religiosos

e FúnebresRecebemos seu anuncio na Av. Brasil, 500.De dominqo à 6a até 20:00n, aos sábados eferiados 17:00h. Tel: 585-4350 — 585-4326— 585-4356 ou no horário comercial nas lojasde

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CHRISTOVAAA LYSANDRO

DE ALBERNAZ

Missa de 30° Dia

. T , O GRUPO LYSANDRO DE ALBERNAZ e a

T COMPANHIA BRASILEIRA DE FOTOS-

1 SENSÍVEIS — BRAF convidam para ai Missa que, em memória do seu inesquecí-

vel Presidente CHRISTOVAM LYSANDRO DE

ALBERNAZ, será celebrada às 10:00 h de 3a-

feira, 16 de junho, na Igreja do Mosteiro de São

Bento, Rua Dom Gerardo, n° 68 — Centro—RJ.

CHRISTOVAM LYSANDRO

DE ALBERNAZ

MISSA DE 30° DIA

tA

família GONÇALVES LYSANDRO

DE ALBERNAZ convida para a Missa

que, em memória do seu inesquecível

pai, sogro e avô CHRISTOVAM, será

celebrada às 10:00h de 3a-f ei ra, 16 de

junho, na Igreja do Mosteiro de São Bento.

Cel RI Ex LUIZ GONZAGA REGINO(30° Dia)

t

Adalberto Vieira de Souza, Araken Dommgues Costa, Ary SayãoCaldeira Bastos Filho, Cesarmo Augusto César Ferreira, DonatoFerreira Machado, Eduardo Nilor Souza Mendes, Ernani Ferreira

Lopes, Eduardo Chuahy, Fortunato Câmara Oliveira, Fausto Gerpe, HectorAraújo. Hélio de Castro Alves Anísio, Irany Brizola Rotta, João EvangelhistaMendes da Rocha, Milton Temmer, Kardec Lemme, Luzio Miranda, JoséBento de Mello Filho, José Sotero de Menezes, José Ribamar P Torreão daCosta, Manoel Musa Filho, Marcelo Pires Cerveira, Múcio Scevola RamosScorzelli. Maurício Martins Seídl, Mathias Baliu, Nelson Werneck Sodré,Norival Mário dos Santos, Odair Fernandes Aguiar, Paulo Galvão DuarteSimões, Paulo Silveira Werneck, Paulo Pinto Guedes, Paulo SoaresMachado, Paulo de Mello Bastos, Paulo Malta Rezende, Pedro Paulo deAlbuquerque Suzano, Pedro Ricardo Lamego de Camargo, Carlos Albertoda Fonseca, Carlos Alberto Martins Alvarez, Ricardo Nicoll, Roberto JuliãoPereira de Baére, Rui Barbosa Moreira Lima, Sérgio Cavalan, SócratesGonçalves da Silva, Vanius de Miranda Nogueira, Wankes de Aragão Araújoe Wellington Luiz Gomes Pereira, amigos do inesquecível companheirocoronel Regino, convidam para a Missa que farão celebrar na Igreja doCarmo (antiga Sé), na Rua Primeiro de Março, esquina da Sete deSetembro, no dia 16 do corrente, as 10 horas, em sufrágio da boníssimaalma deste lutador incansável da causa democrática

DEA VASCONCELLOS(Missa de 7o Dia)

tA

família penhorada agradece as manifestações de pesar ecarinho recebidas pelo falecimento de sua muito querida DEA econvida para a Missa de T Dia que manda rezar em intenção desua alma, às 17:00 horas do dia 16 de Junho, Terça-Feira, na

Igreja de N.SJ do Rosário, a Rua Ribeiro da Costa — n° 164 — Leme.

MAURÍCIO CANTALICE DE MEDEIROS

(Ia Ano de Falecimento)

JOÃO MAURÍCIO DE MEDEIROS

(29° Ano de Falecimento)

tNeusa

Cantalice de Medeiros, Célia e Renato Paulino deCarvalho e Família, Lais e Euclides Garcia de Lima Fiho eFamília, comunicam aos parentes e amigos que faraó

celebrar Missa pelos seus entes queridos no dia 15 de Junho,hoje, às 19:00 horas, na Capela de Nossa Senhora de Lourdes,em São João Del Rey, Minas Gerais.

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JORNAL DO BRASIL Economia segunda-feira, 15/6/87 ? ln caderno ? _J5

Variação da OTN vai fixar

o rendimento da poupança

FMI conhecerá programa dia 22

PLANO BRESSERBRASÍLIA — Apartir de julho, o ren-dimento das caderne-ias de poupança seráfixado com base navariação das Obriga-çòes do Tesouro Na-cional (OTN). que vairefletir o índice dePreços ao Consumi-dor (IPC). mais ().5rfde juros. A informa-çâo foi prestada pelopresidente do BancoCentral. FernandoMilliet.

Outra mudança importante: a partir deagosto o rendimento da caderneta de poupan-ça será divulgado no dia I" de cada mês tendopor base a variação do IPC. Assim, o rendi-mento da poupança em agosto refletirá o IPCdo período compreendido entre 15 de junho a15 de julho. Para deixar claro que a poupançaestá realmente protegida contra a inflação, nahipótese de a OTN ficar abaixo da variaçãodas Letras do Banco Central (LBCs). o rendi-mento será pelo maior índice.

Ainda com relação à caderneta de poupan-ça. Milliet disse que a data de anúncio do IPCe da OTN será. a partir de agora. 110 dia 3(1 decada mês. e isso tem por objetivo preservar opoupador: "Como nós vínhamos medindo ainflação de I" a 3(1 de cada mês. só por volta dodia 15 ê que se ficava sabendo o rendimento eisso era inconveniente".

Juros Reais —Na opinião de Millieta inflação de junho será inferior à de maio(23.2%). ao contrário das previsões feitas poreconomistas e entidades acadêmicas não ofi-ciais, porque — apesar dos preços elevadosnos primeiros 12 dias deste mês — os outros 18dias apresentarão uma variação muito baixadevido ao congelamento. De maneira que,sentenciou, "a inflação média do mês de junhoserá inferior à de maio".

Haverá, ainda segundo o presidente doBC. uma mudança na forma como o governovai gerir a LBC. De acordo com as explicaçõesde Milliet. antes do Plano Bresser. a LBC era

"meramente a correção monetária", mas. ago-ra. será adotada "uma política monetária rea-lista".

— Vamos ler taxas de juros reais refleti-das na LBC para evitar os problemas deestocagem. de desabastecimento. de filas, deágio. como vimos no no passado — disse. "É

"essa política que vai assegurar a normalização

do mercado".Investimento —Com o objetivo de

evitar os erros praticados na execução doCruzado I. quando a aplicação na poupançafoi desestimulada. "a caderneta vai continuara dar um juro real positivo", destacou Milliet.Em seu entender, os erros do passado "leva-rani a uma desorganização da economia quenão se quer a repetição este ano". Este planopara dar certo "precisa que as pessoas tenhamrendimentos atraentes, nas suas formas depoupança. É uma das formas de ter investi-mento para crescer é ter uma alta taxa depoupança na economia", ponderou.

O presidente do BC garantiu que nãohaverá uma explosão das Lixas de juros e.numa primeira fase. "haverá juro real positivoe juro nominal bem mais baixo". Se durante operíodo do congelamento — 90 dias — não setiver juros reais positivos, não muito altos, nãoexplosivos, pode-se ter um fenômeno daspessoas acharem que é um bom investimentoreter estoques, desorganizar a produção, en-fim. desorganizar a economia, desabastecer oconsumo.

Política cambial — A manutençãode uma política cambial realista é outra garan-tia dada por Milliet. Ele informou que oprograma anunciado sexta-feira vai permitirum aumento nas reservas cambiais do país.fato extremamente desejável "porque um paísque pretende negociar soberanamente sua dí-vida externa precisa de reservas cambiais parapoder negociar com os banqueiros numa posi-çáo firme".

— Vamos atualizar a taxa de câmbio to-dos os dias. não haverá congelamento decâmbio — assegurou. Apesar disso. Millietdestacou que a manutenção das desvaloriza-ções diárias não significa necessariamente si-nalizar inflação.

Sarney vai estudar déficit

público amanhã com Bresser

BRASÍLIA— O presidente José Sarneyrecebe amanhã dos ministros da Fazenda, LuísCarlos Bresser Pereira, e do Planejamento.Aníbal Teixeira, um estudo sobre o déficitpúblico. O porta-voz do Palácio do Planalto.Frota Neto. disse que a determinação dopresidente aos seus ministros é para que odéficit seja controlado com "mão de ferro."

As estimativas feitas pelo Ministro daFazenda indicam que o déficit publico está emCZ$ 500 bilhões equivalente a 6% do ProdutoInterno Bruto (PIB). O presidente Sarneyquer agora que o estudo dos dois ministrosespecifique cada arca e os setores que maisestão pressionando o déficit público e indi-quem medidas para controlar e reduzir estedéficit. O presidente, segundo Frota Neto,quer que o governo atue de forma direta nocombate ao déficit público.

Na terça-feira, o Diário Oficial da Uniãocirculará com as novas regras para o mercadofinanceiro, para a captação de instituiçõesfinanceiras e os rendimentos do CBD e das

letras de câmbio. O governo também iráalterar a sistemática de crédito rural, criandouma regra homogênea para todos os contratos.

Também será divulgada a tablitu com asnovas regras de conversão de contratos comjuros prefixados no período de janeiro ajunho. O governo quer evitar os erros cometi-dos 110 Plano Cruzado, em que, devido a falhasna sistemática de conversão dos contratos,muitos devedores foram extremamente benefi-ciados. Agora, o governo quer que a conver-são alcance o menor número possível decontratos.

Os números do Ministério do Planejamen-to sobre o déficit público diferem dos doMinistério da Fazenda. Para o Planejamento,o déficit representa atualmente 5,4% do PIB.Deste total, a União e as estatais são responsa-veis por 3% do déficit público e os Estados eMunicípios por 2,4%. O presidente Sarneydeterminou aos dois ministros que cheguem aum consenso sobre os números para podercombater o déficit de forma efetiva.

Controle evita clientelismo

Kido Guerra

BRASÍLIA — Pela primeira vez. apóscinco anos sucessivos de gastos incontroláveis,iniciados com as eleições diretas para governa-dores em 1982. os governantes brasileirosdecidiram assumir a culpa pela crise econõmi-ca e cortar pela raiz a base de todos osproblemas financeiros nacionais: controlar otao famigerado déficit público que. geradopelo própria administração pública e marcadopor cilras fantásticas e inimagináveis, repre-senta uma monstruosa ficção econômica, ca-paz de desestruturar a economia de qualquerpaís.

O Plano Bresser. ao determinar, porexemplo, o corte de CZS 56 bilhões com ossubsídios ao trigo, reduz em cerca de 10% aestimativa de um déficit de 6% do ProdutoInterno Bruto em 1987 — cerca de CZ$ 500bilhões, uma fortuna equivalente a quase 34mil vezes o Prêmio da Loto. Mas apenasatenua o problema. O ministro da Fazendaprevê um déficit, em 87. de 3% do PIB.

O monstro e tão imenso e incontrolávelque quase tudo que o governo gasta — e porgastar mais do que pode. cria o déficit — sedestina a cobrir dívidas anteriores. O proces-so. conhecido como o giro da dívida, suga dogoverno toda a sua capacidade de investir emobras de caráter social destinadas a melhorar avida da população que. assim, é prejudicadaduas vezes: com o pagamento de altos impôs-tos e com o fato de não receber do governo oretorno material dos tributos que paga (pelomenos, boas escolas, hospitais e segurançapública).

E assim que. na prática, o déficit públicoatinge o cidadão: além de gerar a explosãoinflacionária, provocar a conseqüente alta dosjuros e determinar a imposição de tributosindiretos (como os compulsórios sobre com-hustíveis) e a taxação de produtos, comocigarros e automóveis.

Tentativa de controle — "Odéficit é produto de vontade política. Só faz odéficit quem tem poder e só quem tem poderpode deixar de fazê-lo" — raciocina o ex-ministro e deputado Delfim Neto (PDS-SP).que deixou o governo com o país um poucomenos endividado e um déficit anual de 2.7%do PIB.

O Plano Bresser, munido de uma série demedidas de contenção de despesas públicas(conseqüentemente do déficit) que passarão adepender da aprovação do Congresso Nacio-nal. é uma demonstração de vontade políticado governo.

— Cada despesa terá a receita previamen-te definida, este é o único caminho de contro-lar o déficit, fazer com que a lei orçamentáriaseja cumprida e e o que pretendemos para opróximo ano — diz o secretário especial deAssuntos Econômicos do Ministério da Fazen-da. Yoshiaki Nakano. um dos principais men-tores do plano. Mas os efeitos se sentirão

fundamentalmente a partir de 1988, em rela-ção ao caixa do Tesouro.

Apesar do corte dos subsídios ao trigo e doadiamento ou cancelamento de projetos orça-dos em 35 bilhões de dólares, o giro da dívidaexistente e o socorro às micro e pequenasempresas e aos estados e municípios continua-ráo engordurando as despesas públicas esteano.

São. quase todos, gastos justificáveis, noentanto, dentro da moderna teoria econômica.O ex-secretário da Fazenda do governo Brizo-Ia e deputado César Maia (PDT) entende quea relação "mais gastos, menos receita" éinerente aos países ricos.

— Em termos sociais, os gastos são maisimportantes do que as receitas — diz o depu-tado, citando a Alemanha e a Suécia comopaíses em que há déficit anual mas, em com-pensaçáo, as despesas oficiais com investimen-tos apresentam um retorno ao cidadão quepaga impostos.

No Brasil, porém, "a máquina é autofgi-ca", a dívida é acumulada em função da dívidajá existente", explica César Maia, criticandotambém a manipulação política do dinheiropúblico, que acaba recaindo sobre o con-triuinte.

Clientelismo — A irracionalidadedos gastos públicos possui outra causa: apolítica de clientelismo, provocada por pres-soes político-econômicas. "O governo gastamais do que pode para atender aos interessespróprios e de seus aliados. Como fica semcapacidade para investir, faz uso do lançamen-to de títulos através do Banco Central, presio-nando a inflação, a taxa de juros e desorgani-zando o mercado", analisa o banqueiro econstituinte Ronaldo Cézar Coelho (PMDB-RJ), um dos principais defensores do controledo Congresso sobre o que ele chama de"desperdício público".

A inflação, aliás, nao deixa de ser umbenefício ao governo. "As despesas geralmen-te não crescem na mesma velocidade que ainflação, enquanto a receita cresce diretamen-te proporcional à variação inflacionária, e ogoverno acaba explorando essa relação", ob-serva César Maia.

Outra medida do Plano Bresser para con-trolar os gastos públicos é a unificação doorçamento da União onde todas as despesasdo governo, inclusive de crédito, devem seraprovadas pelo Congresso. "Depois disso, oExecutivo não poderá mudar", espera Yoshia-ki Nakano. Se der certo, não haverá maisdecisões exclusivas do Executivo para cons-truir obras como a Ferrovia Norte-Sul e oTrem-Bala, ligando Rio a São Paulo, adiadaspelo governo para demonstrar a sua disposiçãoem ser um pouco mais austero. Essas obrasrecairiam no bolso do cidadão: a elevação dacarga tributária seria inevitável

BRASÍLIA— O governo brasileiro vaisubmeter, no próximo dia 22. o programamacroeconômico cm fase final de elaboraçãono Ministério da Fazenda ao Fundo MonetárioInternacional, informou ontem o ministroBresser Pereira. Se o Fundo aprovar o progra-ma — que, no entanto, náo está sendo feitonos moldes determinados pelo FMI —. have-ria uma reaproximação formal com a institui-çáo, facilitando a renegociação da dívida e aobtenção de dinheiro novo. Caso contrário, oBrasil poderá estender a moratória aos bancosoficiais.

A apresentação do plano, porém, seráfeita apenas nos termos do artigo 4" do FMI.que prevê a elaboração de relatórios periódi-cos sobre a economia nacional, mas semmonitoramento, o que náo representa a subco-missão formal à instituição.

As afirmações foram feitas pelo próprioBresser Pereira, ontem em Brasília, no progra-ma "Crítica e Autocrítica", da TV Bandeiran-tes, ressalvando.porém, que o programa emelaboração náo está adaptado exatamente aosmoldes exigidos pelo Fundo: "O FMI prevêdéficits públicos menores, até mesmo superá-vits. e nàoé bom o que estamos pretendendo".O novo plano anuncia a necessidade definanciamento no total de USS 7 bilhões 300milhões este ano c em 1988 USS 4 bilhões 300milhões relativos aos juros náo pagos esse anoe o restante correspondente à metade dosjuros que vencerão em 1988. "É fundamentalque a renegociação seja feita por dois anos",disse o ministro.

Bresser Pereira pretende renegociar toda adívida externa vencida, com "spreads" (taxasde risco) mais baixos e a fixação de um prazode carência ainda náo determinado, além demais 20 anos para amortização do principal.São essas as bases que o governo brasileirodeverá levar aos países credores, e. parafacilitar a renegociação, conta — mas náodepende — com o aval do Fundo MonetárioInternacional. A iniciativa do aval seria dainstituição.

— Náo vejo mal algum se julgar o planomacroeconômico para se chegar a um acordocom o FMI, caso eles queiram — admitiuBresser Pereira, com a concordância do seucolega Almir Pazzianotto, ministro do Traba-Iho, presente ao programa: "Não haveriaameaça á soberania do país".

O ministro Bresser Pereira entende, po-rém, que o plano cm elaboração por suaequipe — que prevê um superávit na balançacomercial este ano de US$ 8 bilhões e. noscinco anos posteriores, saldos próximos a USS10 bilhões, além de um crescimento econõmi-co de 5%, este ano, e entre 6% e 7%, de 1988a 1991 — poderá não satisfazer plenamente oFMI.

Arquivo

Bresser está na expectativado FMI aprovar seu programa

— Estamos trabalhando com os conceitosdeles, não com os objetivos deles, como asmetas de superávit comercial. Mas estamosdispostos a discutir e negociar", — explicou,acrescentando: "Quero uma negociação civili-zada."

Foi uma entrevista de quase duas horas,durante a qual Bresser Pereira, sempre àvontade, condiciona a eficácia do congelamen-to à fiscalização popular e à economia demercado. Segundo ele, até sexta-feira, o go-verno divulgará uma lista de produtos daSunab. com os preços em vigor no dia 11 e 110dia 12 passados, quando entrou em vigor ocongelamento.

Queixando-se que o plano "vazou" antesda hora para alguns veículos de comunicação,Bresser lembrou que o preço que vale, a títulode congelamento, é aquele praticado no dia docongelamento, "c não o que constava na notafiscal, sem os descontos fornecidos pelos co-mcrciantes". Admitiu, porém, que será difícilfiscalizar o novo congelamento.

Bresser contou que sua equipe chegou acogitar também de uma nova reforma monetá-ria para viabilizar a efetivação de uma tabelade conversão da moeda, como na época doPlano Cruzado. Mas, por recomendação doconsultor-geral da República, Saulo Ramos, ogoverno decidiu montar a tnblitu para contra-tos préfixados (para tirar a inflação embutida)sem mudar a moeda. Sobre a situação dosinvestimentos, de agora em diante, Bressersugeriu que a população prefira os papéis pós-fixados (como a poupança), para reduzir aespeculação.

Arquivo — 28 B 85

- A •

Saturnino Braga esperava aumentar a Unif em mais de 100%

Unif congelada tira do Rio

receita de CZ$ 300 milhõesO novo pacote econômico do governotrará um prejuízo de no mínimo Cz$ 300

milhões para o município, em decorrência docongelamento da Unif que seria reajustada nodia 1" de julho. A principal perda da Prefeitu-ra será na arrecadação da taxa complementar,de IPTU, referente ao recadastramento imobi-liário, que traria aos cofres municipais entreCz$ 500 milhões e Cz$ 600 milhões, calculadospela nova Unif, que seria aumentada em maisde 100%, relativo a inflação acumulada do 1°semestre de 87.

A situação financeira do município seagrava mais ainda porque o prefeito SaturninoBraga garantiu que o funcionalismo de nívelmédio e elementar será beneficiado com oplano de carreira, significando na maioria doscasos aumentos salariais de até mais de 100%.apesar do congelamento.

— Concedemos o plano — disse ele — maso reajuste da Unif nos compensaria. Agoraestamos com um acréscimo de custos, sem teraumento de receita. Mas não tenha dúvida deque se o governo federal reajustar a OTNnesse período de congelamento, reajustarei

também a Unif, pois a arrecadação municipaldepende dela. E uma posição unilateral, ogoverno federal ter direito a tudo e o municí-pio a nada. Náo está certo e nem podemosaceitar.

Saturnino Braga afirmou que poderia terfeito ontem â noite o reajuste da Unif. queseria publicado no Diário Oficial de hoje. masRessaltou que náo aprova esses atos feitos nacalada da noite: "E mais limpo deixar comoestá".

Sobre o novo pacote econômico, ele acre-dita que vai persistir o processo inflacionário,pois a especulação financeira continua com anáo taxação do ovemight, opcn, rendas decapital, herança, patrimônio. "O processo vaiser apenas represado para que daqui a 90 dias.os preços voltem a explodir. Do jeito que ascoisas foram feitas o que se obtiver de conten-ção inflacionária nesse período vai ser à custade salário dos trabalhadores. Na verdade ogoverno federal tratou apenas do seu lado.aumentando antes do pacote as taxas de luz.gás. telefone, combustível, deixando os Esta-dos e municípios em possibilidade de atualizarseus custos".

Acréscimo na inflação

será de 2% com o fim ....

do subsídio do trigoSAO PAULO — O fim do subsídio ao trigo, uma dasmedidas anunciadas na sexta-feira pelo governo, custará ao paísum acréscimo de cerca de 2% na inflação de junho, acredita o

presidente da Moinhos Pacífico. Lawrence Pih. A m.edjdapermitirá, porém, ao governo uma economia de aproximada-mente CZ$ 100 bilhões durante 1987. contribuindo pujiij aredução do déficit público e. indiretamente, a médio prazo,também da inflação, observou ele.

Para Pih. o preço do trigo deverá sofrer um aumento decerca de 250%. resultabdo em elevações de 411', no preço dopão e de 50% no das massas (macarrão., massas refrigeradas,etc). O consumo deverá ter uma retração da ordem de 15%."mas isso nao afetará muito os moinhos ou os fabricantes deprodutos a base de trigo \ analisou o empresário.

O preço internacional do trigo é de 11(1 dólares a tonelada,enquanto o preço pago aos produtores nacionais é de 170.a. ISOdólares a tonelada. A diferença entre o preço internacional e ointerno era bancada pelo governo, através de subsídios aosprodutos nacionais. A produção nacional de trigo foi de 5milhões e 300 mil toneladas em 1986. prevendo-se para este anouma produção de 4 milhões e 800 mil toneladas.

O Brasil importa 35% do irigo que consome, mas Pihacredita que essa taxa será reduzida a partir de agora, com aqueda de 15% no consumo nacional. Segundo ele. o tirasildiminuirá as importações para aproximadamente 20% do totalconsumido. O corte das importações, de acordo com ele. deveráser feito basicamente a partir das compras dos Estados Unjdos.já que o Canadá reinveste parte de suas divisas no próprioBrasil, na rede de armazenagem, e a Argentina, o terceirofornecedor, permite o pagamento em mercadorias e não emmoeda forte, além de ter um frete mais barato.

Segundo o presidente da Moinhos Pacífico, o fim dosubsídio e o conseqüente aumento nos preços dos derivados detrigo aletará mais as classes média e média alta que as camadaspopulares. Um estudo apresentado por Pih indica que ascamadas populares consomem proporcionalmente apenas' umquinto do consumo das classes mais bem remuneradas.

Demanda — A opção do governo, na avaliação de Pih.foi estruturar o congelamento sobre uma demanda mais restrita,que limitará naturalmente a tendência de aumentos de preços,ao invés de tentar baseá-lo sobre um rígido esquema defiscalização, que incluísse a volta dos "fiscais do Sarnev"isso, o governo anunciou que o plano será "neutro" do ponto devista distributivo. ou seja. não buscará repor integraImenteJasperdas do poder aquisitivo dos trabalhadores nos últimos mesfcs.De acordo com Pih. os trabalhadores manterão uma perdamédia de poder aquisitivo da ordem de 15% após o novo pTafjb.

O empresário considerou necessário que o governo matite-nha seu propósito de reduzir o déficit público, como formaniecontrolar a inflação. "Sarney já havia prometido austeridade emdiscurso de 20 de julho, quando anunciou a moratória, mas nãocumpriu. Vamos ver se cumprirá agora", afirmou.

Despesa de condomínio

sobe com aumentos das

taxas d água e energiaOs aluguéis devem ficar congelados pelo prazo máximo de

90 dias, mas as despesas de condomínio, repassadas aosinquilinos, continuarão aumentando com os reajustes de taxascomo água e energia e o disparo do gatilho salarial de maio aque faz jus o quadro de empregados dos edifícios. E. passado ocongelamento, os proprietários vão tratar de recuperar o quedeixarão de ganhar durante a vigência do plano Bresser Pereira.

Os administradores de imóveis aguardam a regulamenta-ção do decreto que congelou os preços, na esperança de quesejam dirimidas dúvidas. Uma delas surge logo na leitura doartigo primeiro do decreto, que determina o congelamento'-'dospreços à vista efetivamente praticados ou autorizados até o dia12 de junho de 1987". O diretor gerente da Rio Fiat."'queadministra 800 imóveis residenciais e comerciais. João Fernan-des, questiona: "Fica difícil entender o que vem a ser preço. oualuguel, autorizado".

Atualmente os aluguéis residenciais são reajustados pelaOTN, com os proprietários preferindo a correção semestral.Nos imóveis comerciais prevalece a livre negociação: vale o queestá escrito no contrato. Mas a inflação provocou defasagensmuito grandes, e os proprietários procuram retomar suas casas eapartamentos alugados há alguns anos para se beneficiar davalorizaçao. A Rio Fiat, por exemplo, administra um aparta-mento de frente para a praia de Ipanema, na Av. Vieira Souto,de 5 quartos e 2 salas, pelo qual o inquilino paga CZS 4 mil 700mensais. Alugado há 4 anos. seu proprietário espera apenascompletar 5 anos da data de assinatura do contrato para pedirsua revisão na Justiça, através da fixação de um novo alugtiêl aser fixado pelo perito.

— Passado o congelamento, os proprietários certamentevão querer recuperar suas perdas. Mas isso é difícil. Narealidade o poder aquisitivo da população está caindo e.também no mercado imobiliário, aumenta a inadimplência. Umapartamento de quarto e sala que. em janeiro, podia seralugado por CZS 15 mil mensais agora está vazio ou no máximose consegue um inquilino que pague CZS 13 mil — afirma odiretor gerente da Rio Fiat. João Fernandes.

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Na revista Domingo, vocêencontra a programação dasemana inteira.JORNAL DO BRASIL

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Economia JORNAL DO BRASIL

Entrevista/ Francisco Lopes

"Sou

a favor de um acordo com o FMI"

Altuir Thury

RecessãoO corte de

gastos não nosleva para arecessão

FMISe fizermosum acordo não

pagaremos 1bilhão dedólares

ReajustesO esquema doPlano é orríesmo propostopor EduardoModiano

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JORNAL 1)0 BRASIL — O que o governo vaifazer com os primeiros 15 dias da inflação dejunho para efeito de reajuste salarial?Francisco Lopes — Essa é uma questão que temmuita confusão, que precisa ser esclarecida.Com esse programa, ao congelar no dia 12, e aopagar no final do mês o mesmo reajuste quevocê pagaria se a inflação continuasse no mesmoritmo, você está dando ao trabalhador 15 dias depreços congelados. Vamos imaginar que esseprograma não houvesse sido feito. O reajustesalarial que seria recebido no final do mês seriaexatamente igual ao que vai ser recebido. Com adiferença que haveria 15 dias adicionais de altade preços. A nossa expectativa é que não hajanenhuma redução do poder de compra do salá-rio em relação ao que ele é hoje. É claro que opoder de compra do salário hoje é menor do quehá um ano atrás, mas aqui nós temos quelembrar a situação. Em meados de 86 havia umaeconomia que tinha muito salário e pouco pro-duto para comprar. A economia desabasteceuexatamente porque o Plano Cruzado não permi-tia que essa pressão de consumo se transformas-se cm aumento de preços e então os produtossumiram. Ou seja. o nível de massa salarial queexistia em 86 é incompatível com o nosso .desenvolvimento. A economia não tem riquezasuficiente para sustentar a massa salarial queexistia em 86.JB — Mas o governo sumiu com os 15 dias deinflação de junho...Francisco Lopes — Acho que aqui há umproblema de semântica. Eu teria ao final dejunho um aumento dc 20%, em função dogatilho acionado da inflação do mês anterior.Agora esse gatilho ia ser pago depois de terocorrido uma inflação de junho. E o gatilho dejulho seria pago depois de ter acontecido umainflação de julho. A inflação de julho vai sermuito pequena, digamos em torno de 2%.Então não teria nenhum sentido pagar umgatilho de 20% numa economia de preços con-gelados. Isso seria muito mais explosivo do queo Cruzado. Nós temos que consolidar umaeconomia onde os ajustes sejam graduais. Osistema de política salarial que é criado agoramantém o princípio da livre negociação em baseanual. Qualquer sindicato ou trabalhador podedemandar na sua data-base aumento salarial porconta dessa inflação que lhe parece que não foidada. Agora esse é um aumento salarial que teráque ser dado sem repasse a preços. O decretodiz explicitamente que qualquer tentativa dereposição dessa perda, que na verdade ocorreuem dezembro, pode ser negociada, mas nãorepassada a preços.JB — Muitos economistas não têm dúvidas emdizer que este esquema salarial do programaBresser é o maior arrocho salarial dos últimostempos.Francisco Lopes — Eu quero lembrar o seguin-te. Na época do Cruzado nós tivemos exatamen-te a mesma discussão. Lá nós discutimos os 15dias de fevereiro que foram roubados. No entan-to. um pouco por isso, os economistas dogoverno acabaram por dar um abono de 8% atécom uma postura demagógica de defesa dascríticas. Com isso, nós conseguimos destruir amelhor oportunidade que já tivemos de acabarcom a inflação, produzimos um desabastecimen-to cavalar que nunca aconteceu na economiabrasileira, destruímos um saldo comercial de 12bilhões de dólares e produzimos uma inflação de20%. É isso que conseguimos. As pessoas queparticiparam da elaboração desse plano têm aclara consciência de que essa discussão do "rou-bo" do salário vai acontecer exatamente comoaconteceu no Cruzado. Nós temos absolutaconvicção de que o que está sendo feito não vaiproduzir redução do salário real, inclusive por-que seria uma estupidez fazer um programa paragerar redução da massa salarial numa economiaque já está desaquecida. Seria, aí sim, umapolítica realmente suicida, porque nós já esta-mos numa economia desaquecida e uma reduçãoadicional do poder de compra do salário poderiaproduzir uma recessão enorme. E a idéia não éessa. Ao contrário. A minha expectativa é que aeconomia vai se reaquecer naturalmente. Aqueda da inflação por si só tende a aumentar opoder de compra do trabalhador. Porque, vejabem, a maior vítima da inflação alta sempre é otrabalhador. É ele que sofre mais a ilusãomonetária, e que tem,menos capacidade de sedefender da inflação. E ele que deixa o dinheirono banco parado enquanto não gasta e está naverdade sendo penalizado, pagando o impostoinflacionário. E esse imposto inflacionário vaicair de 20% para 2% ao mês. Isso é um ganhoenorme. Eu não tenho a menor dúvida que oconsumo vai recuperar-se. Mas isso tem que sermoderado. Se for muito alto nós estaremosrepetindo o Cruzado.JB — O que diferencia o esquenta salarial doPlano Bresser da proposta feita pelo economistaEduardo Modiano, em 1985?Francisco Lopes — O esquema de reajustes desalários e preços do programa é o esquemaproposto pelo Eduardo Modiano. Eu acompa-nhei essa discussão que o Eduardo Modianochamava de "repasse gradual". A idéia foi doModiano na época em que estávamos juntos naMacrométrica, discutimos muito, fizemos simu-lações sobre isso. E desde aquela época sempretive a convicção que este é o melhor esquema desaída. Foi o esquema proposto pelo PlanoSayad, e eu não tenho dúvida de que este é omelhor esquema de saída pela seguinte razão:ele é um esquema que permite reajustes mensaisde salários sem criar uma economia altamenteinstável que reajustes mensais poderiam produ-zir O problema de reajustes mensais é quequalquer pequeno choque inflacionário seriaimediatamente incorporado a custos e preços eaí nós teríamos uma economia extremamentevulnerável a choques. Há uma dificuldade de seter uma economia com reajustes mensais puros esimples com base na inflação do mês anterior. Oesquema do "repasse gradual" do Modiano temessa vantagem, porque ele permite reajustesmensais e não é tão instável. Na minha opinião omaior problema do Cruzado foi o que eu chama-ria de "efeito-represa" O Cruzado mirou nainflação zero e tentou fazer essa inflação zero atodo custo. A economia estava desabastecida, ogado tinha sumido, nós estávamos por volta dejulho indo contra as forças de mercado e ficamospresos neste objetivo de segurar a taxa deinflação a patamares muito pequenos. E opróprio gatilho tem essa concepção, ele foi feitopara não ser usado. O esquema da URP dáreajustes mensais permitindo que a distânciaentre o custo de vida e o salário dificilmente vaiser muito grande. O salário é livremente nego-ciado na data-base. E obviamente uma questãoque será colocada nas datas-base é a seguinte:quanto da inflação acumulada eu já tive de

QO economista Francisco Lopes, 41 anos, professor da PUC do Rio de

Janeiro, foi o primeiro dos pais do Cruzado a ser chamado para umaconversa com o ministro Bresser Pereira, logo que este tomou posse naFazenda. E foi o único que aceitou fazer uma nova tentativa decongelamento de preços e salários. Tanto André Lara Rezende quantoPérsio Árida não aceitaram fazer o plano e até desaconselharam oministro a fazer um choque. Francisco Lopes, entrentanto, impôs algumascondições e a principal delas era que o governo desse a sua parcela decolaboração para o êxito do plano, adiando investimentos polêmicos comoo da ferrovia Norte-Sul. No sábado da semana retrasada, com o planopraticamente concluído, o ministro Bresser reuniu seus assessores mais

próximos nos consultório de analista de sua mulher, Vera Cecília, paraficar longe dos olhos da imprensa. Sentados no divã, os economistasderam os últimos retoques no plano que introduziu a URP (Unidade deReferência de Preços), apelidada por alguns de "urgência

psiquiátricaArquivo — 6/5/87

antecipação (os reajustes pela URP são anteci-pações)? Nós temos certeza que a diferença quevai faltar em relação ao custo de vida nas datas-base vai ser muito pequena, dificilmente maisque 10%. No mecanismo do gatilho só haveriaum reajuste salarial quando a diferença entre osalário e o custo de vida chegar a 20%. E aí vemo "efeito-represa", nós estaríamos represandoos reajustes salariais e de repente temos que darum aumento de 20%. E isso produz o que nósvimos acontecer em janeiro: dar um aumento de20% e produzir inflação de 16%. Nós nãopodemos fazer isso. Se queremos consolidar umpatamar de 3% ao mês, temos que dar reajustesde no máximo 3% ao mês. É melhor ter o ajustegradual, com o salário indo atrás do custo devida se ele estiver acelerando, do que ficar comos salários represados e de repente dar umreajuste de 20%.JB — Há fortes indicações de que o governopretende continuar trabalhando com taxa dejuros altas. Qual é o efeito disso sobre a atividadeeconômica?Francisco Lopes — O ministro Bresser tem ditoclaramente que nós temos que caminhar paraum regime de independência do Banco Central.E isso é muito importante porque o que a genteobserva em economias com estabilidade depreços é um banco central independente. Quan-do o Paul Volcker saiu do cargo dele nosEstados Unidos, os mercados caíram, houveuma insegurança, exatamente porque ele era umindivíduo independente. Os mercados percebemque este senhor não faria nenhuma loucura.Como a economia está congelada, a taxa dejuros da LBC vai ser reduzida significativamen-te. Eu suponho que o BC possa até fazer umapolítica de redução gradual, sem oscilaçõesbruscas. E isso por si só será um elemento dedesafogo financeiro muito grande. Nós estamoscom taxas de juros no overnight de 30% e achoque vamos para taxas muito menores. Eu melembro dos diretores do Banco Central no fimdo ano passado fazendo o seguinte comentário:"Oue pena que nós fizemos a política errada.Nós devíamos ter começado com as taxas dejuros um pouco mais altas e agora está reduziu-do" A taxa de juros do Cruzado talvez foireduzida excessivamente e no final do ano teveque ser aumentada.JB — Agora, então, o governo deverá fazer ocontrário do Cruzado: começar com uma taxa dejuros alta?Francisco Lopes — Não. a taxa de juros certa-mente será muito menor que a atual. Eu miotrabalharia com taxas de juros negativas. Aí nóstemos que ver qual é a expectativa de taxa deinflação do mercado. E o BC tem que fazer apolítica da LBC para não produzir juros reaisnegativos. Porque se ele fizer isso nós vamos terespeculação de estoques, a experiência do Cru-zado. Aliás, a experiência do Plano Australnesse sentido é muito boa. Ele não leve nenhumproblema de desabasteçimento.JB — Com o Plano Bresser o governo passou aadotar a experiência do Austral e de Israel detentar várias vezes um combate à inflação?Francisco Lopes — O Plano Austral é uni Planode sucesso comparado ao Cruzado inicial. Elesnão reduziram a zero a inflação mas eles estãointeiros. A inflação caiu para 3%, 2%, voltoupara 8%, caiu de novo, eles estão conseguindo

ficar numa média de 5% a 6%. A experiência doAustral foi um fator dc inspiração para o PlanoBresser. A consciência de que um programa deestabilização numa economia que vive cominflação alta há décadas não pode ser um passede mágica, como se teve a ilusão de que seria oCruzado. O combate â inflação é uma lutapenosa, envolve sacrifícios e é uma luta perma-nente.JB — O Plano Bresser é um reconhecimento deque a ortodoxia não deve ser desprezada comple-tamente pela heterodoxia?Francisco Lopes — Esse é um programa lietero-doxo correto. É um programa que continuabaseado no congelamento de preços, e isso é adefinição básica da heterodoxia. Não é umprograma que se baseia no ajuste do déficitpúblico. Tanto que estamos iniciando o progra-ma num momento em que o déficit público émuito grande. O ajuste do déficit público temque ocorrer ao longo do tempo. Nós sempredefendemos que um programa heterodoxo con-segue diminuir o patamar tia inflação. Mas nãoconsegue eliminar os desequilíbrios.JB — Mas o déficit, como sustentam algunseconomistas, não é uma das fortes causas dainflação?Francisco Lopes — Toda a idéia heterodoxasobre a inflação é que ela é inercial. O déficit,nós temos um déficit público grande, mas acausa dessa inflação é inercial. Mas aí vem apergunta: será possível estabilizar a inflaçãobrasileira em 1% ao mês com um déficit públicode 6%. do PIB? Eu tenho dúvidas. Talvez nãoseja possível, a menos que se consiga financiaresse déficit. Aí vem outra questão: uma coisa éreduzir o patamar da inflação. Outra coisa é terparâmetros da economia compatíveis com essaredução. Um déficit público muito grande preci-sa ser financiado e se não houver formas definanciamento normais você vai acabar finan-ciando com a inflação. A inflação, e isso aspessoas têm que entender, é uma forma detaxação. E é taxação extremamente injusta,porque ela é arbitrária, tende a atingir ostrabalhadores. Nós não estamos falando dezerar o déficit público. Talvez nós possamosfinanciar um déficit de 2% a 3%> do PIB; issotem que ser estudado. A idéia do Plano deConsistência Macroeconômica é exatamente es-ta. Se não for possível, vamos acabar tendo umainflação mais alta.JB — De que forma os outros parâmetros daeconomia se ajustam a esse programa de inflaçãomais baixa?Francisco Lopes — O Plano de ConsistênciaMacroeconômica está sendo revisto agora. Eleestava sendo feito por uma equipe que não tinluiconsciência do programa de estabilização queestava sendo elaborado. Agora eles vão ter quefazer um esforço de adaptação. O programa deConsistência é quase um programa de metasmacroeconômicas. O que ele vai dizer é qual é aredução de déficit que nós vamos ter que fazerdada uma meta de inflação, para que nãotenhamos dificuldades no balanço dc paga-mentos.JB — Qual é a previsão dc inflação para junho?Francisco Lopes — A inflaçao de junho vai sermedida com base num vetor de preços do dia 15de junho, exatamente como foi feito no t ruza-do. O IBGE vai aplicar a mesma metodologia

que foi usada no Cruzado. A transição doperíodo de coleta de 1 a 30 para 15 a 15 vai serfeita da seguinte forma: o índice de junho aoinvés de refletir a inflação média de 1 a 30, quenão capta toda a inflação de junho, vai sercalculado de modo a captar toda a inflação dejunho. A inflação de junho vai ficar na mesmafaixa atual entre 20% e 25%. porque ela estácaptando toda a inflação acumulada até o dia 15.JB-E os meses seguintes?Francisco Lopes — Eu acredito que em junhonós ainda podemos ter algum efeito do fim dosubsídio do trigo. Alguns desses reajustes queestão sendo feitos vão ter repercussão ainda quea mais longo prazo. O aumento do aço vaiacabar se refletindo na geladeira. Mas nospróximos três meses eu acredito que vamos paraum patamar de 2%. A idéia é tentar consolidarum patamar entre 2%< e 5% no máximo. É claroque quando houver um dcscongelamento haveráo pagamento do excedente salarial do gatilho.Isso, nós calculamos, vai significar uni abono de10%. Claro que é um crédito que o trabalhadortem e vai ser pago, e isso deve adicionar 1% dereajuste salarial por mês.JB — Quais são as suas projeções para os índicesmacroeconômicos este ano?Francisco Lopes — A economia vai gerar umsaldo comercial de nuiis de 8 bilhões, que éfundamental, dada a situação crítica de reserva.A economia pode crescer de 3% a 5% do PIB.Não pode crescer mais inclusive porque não hácapacidade de produção. Para voltarmos a crcs-ccr teremos que ter mais investimentos privadosna economia e cm termos de inflação vamos terentre 2% e 5% em média até o fim do ano.Como já temos muita inflação até agora, prova-velmcnte vamos fechar o ano com 200%. o que émelhor do que os 800% que nós estávamossimulando. O déficit ainda é muito grande. Eutenho a impressão que o corte do subsídio dotrigo e a própria estabilização e o andamentodos investimentos públicos vai dar uma reduçãosignificativa. Me parece que nesse ano de 87ainda vamos ter um déficit maior que o que seriaconsistente. Um déficit de 4% a 5% do PIBainda pode ocorrer.JB — A suspensão dos investimentos püblicosnão é um risco maior para uma recessão?Francisco Lopes — Eu acho que o desaqueci-mento que nós estamos tendo ele vem da perdado poder de compra do Cruzado. Neste sentidoesse desaquecimento é saudável. Se nós puder-mos colocar essa economia numa trajetória decrescer pelo menos 5% todo ano. nós nãoprecisamos mais nada porque nós estamos com apopulação crescendo a 2%. estaríamos com oproduto per capita crescendo 3% por ano. Senós sustentarmos isso por 15 ou 20 anos conse-guiremos passar esse desfiladeiro, essa transiçãodo subdesenvolvimento. Os adiamentos de pro-jetos são, na verdade, de coisas que não estãosendo feitas. O governo não está deixando fazeros gastos básicos.JB — O Plano Bresser e o programa de Consis-tência Macroeconômica preparam o país paraum acordo com o FMI?Francisco Lopes — Eu acho que o cenáriomelhor talvez seja do FMI vir ao Brasil. Certa-mente, a missão do Fundo que está por vir aí vaifazer uma avaliação diferente dessa economia.A economia depois de 15 de junho é uma coisatotalmente diferente de antes de 15 de junho.Antes nós tínhamos uma economia indo para oabismo. Agora temos unia economia com con-trole. Com problemas, continuamos sem reser-vas, a inflação existe, existe um desaquecimen-to, mas o importante é que temos uma economiasob controle. Isso dará uma credibilidade inter-nacional para o Brasil, que permitirá uma nego-ciação externa relativamente fácil.JB — Mas teremos que passar pelo Fundo?Francisco Lopes — O próprio pessoal do Fundoacha que nós poderíamos fazer um acordo comos bancos sem precisar um acordo formal com oFundo. Um acordo formal com o Fundo teria aseguinte utilidade: hoje nós devemos um volumesubstantivo de dinheiro ao Fundo Monetário.Esse ano o Brasil vai pagar ao FMI 1 bilhão dedólares. E se nós fizermos um acordo com elesimediatamente nós deixamos de pagar esse 1bilhão de dólares e quem sabe conseguir algumdinheiro adicional. E não apenas no Fundo, masnos vários organismos oficiais, os Exibanks, odinheiro dos japoneses. A decisão de não fazerum acordo formal com o Fundo tem o custo denos interromper o acesso ao melhor dinheirodisponível no mercado.JB — Você defende um acordo com o FMI?Francisco Lopes — Eu acho que devemos fazerum acordo. Eu não sei em que condições, eu nãoacompanhei essa discussão, mas acho que deve-mos fazer um acordo com o Fundo. Um acordoevidentemente que não imponha ao pais nenhu-ma restrição. Se o Fundo Monetário aceitar oprograma brasileiro e estiver nos oferecendodinheiro, seria pouco inteligente não fazer esseacordo. E acho que dificilmente o Brasil sesubmeteria a um acordo de submissão com oFundo. E acho que o Fundo Monetário hojeentende muito melhor essas coisas que há cincoanos atrás.JB — Que critérios o novo programa de congela-mento adotou para não repetir os erros doCruzado, que gerou ágios e desabasteçimento?Francisco Lopes — A preocupação que existe éde fazer coisas criteriosas. Nós sabemos que naépoca do Cruzado houve uma tabela da Sunabfeita às pressas, que produziu efeito muitoperverso. Alguns produtos foram congelados aníveis muito abaixo do que estavam sendopraticados e isso foi parte do problema deexcesso de demanda. Agora houve a preocupa-çáo de não fazer uma tabela que produzadesabasteçimento, que aceite o fato de que emdiferentes regiões pode haver uma variação depreços que incorpore margem de transportes,por exemplo. E começamos fazendo uma tabelapequena, o que não quer dizer que outrosprodutos não venham a ser tabelados também.JB — Como ficam os aluguéis?Francisco Lopes — Os aluguéis ficam congela-dos é depois serão regidos pela lei do Inquilina-to. Houve uma decisão dc não tentar imporregras nessa área porque a experiência temmostrado que quanto mais você intervém nesseterreno mais problemas você cria. A intervençãodo Cruzado nessa área mostrou-se catastrófica,gerou distorções brutais. A idéia é que esseassunto deve merecer uma regulamentação àparte e por especialistas do setor a partir denegociações das associações, representantes,uma negociação política. Portanto, o governopreferiu não fazer lima intervenção, apenas ocongelamento. Depois a legislação, que estáevoluindo e pode até se propor fazer os reajustesdos aluguéis com base na URP. Isso me parecerazoável. A questão o como % ;ii ser feita es-..!conversão dos aluguéis que são semestrais ouanuais em aluguéis mensais com reajuste pelaURP

Congelamento!A preocupação

é evitar afalta de

produtos

PlanoEsse é um

plano correto.Não tem ai

ilusão doCruzado

SaláriosNão haverá

nenhumaredução no

poder decompra dos

salários

?

JORNAL DO BRASIL]

segunda-feira, 15/6/87 ? Io caderno ? 17 '

Lei da Economia Popular não prevê pena

de prisão

PLANO BRESSERBRASÍLIA —Sem prever penas deprisão, o projeto danova Lei da EconomiaPopular será encami-•nhado até quinta-feiraao presidente JoséSarnev, pelo cônsul-tor-geral da Repúbli-ca. Saulo Ramos. Peloprojeto, que poderáser votado em regimede urgência pelo Con-gresso. já que contacom apoio dos líderesdo PFL e do PMDB. infratores das regras deliberdade vigiada de preços (fase de flexibiliza-ção do congelamento) ou que fraudarem frau-dar as regras do mercado, quando a economiacaminhar livremente, vão pagar pesadasmultas.

— Cadeia não adianta, porque o juizdepois fica com pena de condenar o sujeito.Então, depois de analisarmos profundamentea experiência dos Estados Unidos e da França,resolvemos optar por multas que vão crescen-do conforme o tipo de delito. Além da multa,pode haver fechamento do estabelecimento,proibição de receber financiamentos oficiais eaté apreensão do estoque sonegado — disseSaulo Ramos, em sua casa na Península dosMinistros, ainda se recuperando da exaustivareunião de quinta-feira para sexta-feira, nacasa do ministro da Fazenda. Bresser Pereira,onde terminou ãs (ih a redação do decreto doNovo Cruzado.

Também até quinta-feira seguirá para opresidente Sarnev a lei que proíbe despejospor 90 dias e que vigorará, provisoriamente,até que fique pronta a nova Lei do Inquilinato.o que Saulo Ramos prevê para o final do ano.O consultor-geral aproveitou a entrevista paramandar uni recado aos que aproveitaram o

vazamento do anúncio do pacote para remar-car preços ou que ainda pensam em fórmulasde burlar o congelamento:

— Desta vez não será apenas a Sunab quefiscalizará. Os Estados e municípios estãoautorizados a fazer convênios com os Ministé-rios da Justiça e do Trabalho, que também vãoatuar nessa área. Para quem está vendendocom desconto e agora quer vender sem des-conto, posso adiantar que a Receita Federal jáestá instruída a agir com rigor. Serão autuadospor presunção de sonegação, já que vendiamum produto que custava 100 por 40. Se issoestava acontecendo, então é porque os 60restantes entraram por fora — explicou.

Romance — Segundo Saulo Ramos,"o Cruzado novo será um amor que vaicomeçar aos poucos. Não será uma paixãorepentina como foi o Cruzado velho". Paranão deixar dúvidas, esclareceu que o primeirocongelamento aconteceu sem que uma saídapara ele estivesse prevista.

Quanto ao reajuste dos salários, afirmouque, se a inflação for maior que zero durante operíodo de congelamento, os trabalhadoresvão receber seus salários reajustados com basena variação da Unidade de Referência dePreços (URP). que vai variar de acordo com oíndice de Preços ao Consumidor (IPC).

O Conselho Monetário Nacional (CMN),como prevê o Artigo 16 do decreto do Cruza-do novo, vai baixar uma série de medidasadaptando o mercado financeiro ao novo siste-ma. É certo que, de acordo com Saulo Ramos,o CMN criará condições de que o mercadotrabalhe com a URP. O CMN vai dar as regraspara o mercado financeiro e para a casaprópria. A regra de deflação vai permitir aoConselho emitir regulamentação especial paraos contratos de crédito agrícola, que serãoprivilegiados no ajuste do excesso de inflação.

Professor afirma que queda

cio salário real existe e

15 dias de inflação somemO economista Dionísio Dias Carneiro, da PUC do Rio.

prevê uma brutal queda do salário real provocado pelo novoprograma econômico. "O governo deu sumiço na inflação daprimeira quinzena de junho para efeito de indexação salarial epossivelmente para indexação financeira", advertiu. Em suaopinião, as medidas terão um "altíssimo impacto inflacionárioem junho".

Embora a instituição da Unidade de Referência de Preços(URP) tenha se inspirado nas idéias do economista EduardoModiano. que em I9S5 escreveu um artigo defendendo umaregra de repasse gradual de salário mantendo o seu valor real, aregra estabelecida pelo governo mantém o salário real em níveismuito baixos, na análise do economista Dionísio Dias Carneiro.

O impacto negativo imediato do programa sobre ossalários se dará principalmente pela transferência de renda parao setor público, via aumento das tarifas públicas. E somente nofinal do mês de junho, quando ocorrerá o disparo do últimogatilho, os salários reais serão recuperados em parte. Issopoderá gerar um alívio para o orçamento familiar em julho.

Mas esse alívio, prevê o economista, não significa que asvendas não se recuperam. Isso só acontecerá se as pessoaspassarem a confiar efetivamente noprograma do governo e se este garantira manutenção do mesmo orçamentofamiliar no futuro.

— Náo há evidências de que oprograma seja neutro do ponto de vistadistributivo. que é uma premissa básicado congelamento — argumenta Dioní-sio. que tem dúvidas sobre se os saláriosreais de agosto serão maiores ou meno-res do que se fosse mantido o gatilhosalarial.

Arquivo — 16 12 82

Ditmisio ('.<>rtiviri)

Ademi prevê nova euforia

no mercado imobiliário

O novo pacote econômico levará omercado imobiliário a experimentar ummomento de forte euforia, resultado daentrada de investidores que atuam naárea financeira. O resultado será a absor-ção da atual oferta de 1 mil 400 imóveisno município do Rio de Janeiro, queeqüivale a um mês de negócios. Algunsmeses depois, contudo, a crise chegará,porque a demanda continuará crescendoe os construtores não poderão repor aoferta de apartamentos pela ausência denovos financiamentos.

A previsão foi feita pelo presidenteda Associação de Dirigentes de Empresasdo Mercado Imobiliário — Ademi —.Carlos Firme, de olho na possibilidade de

se repetir o fenômeno na época do PlanoCruzado. Ele acredita que a única formade repor a oferta de imóveis ou atémesmo aumentá-la é a aplicação dosrecursos gerados pela caderneta de pou-pança no próprio setor imobiliário, o quenão está mais acontecendo. "Basta

que ogoverno demonstre a predisposição definanciar os imóveis que os lançamentosirão aparecer cm menos de 90 dias. Semfinanciamento, não é possível realizarnovos negócios imobiliários", disse Fir-me. Ele defende o aumento (somente aCEF está financiando) dos financiamen-tos para a faixa média dos compradores,ou seja imóveis com preço total entreCZ$ 534 mil e CZ$ 1 milhão 500 mil.

Exportador pede estímulos

SáO PAULO — As lideranças empresariaispreparam uma grande ofensiva para exigir dogoverno uma política de comércio exterior.Num movimento inédito, cerca de 50 entida-des de classe nacionais e uma centena deempresas ligadas ao comércio exterior estarãoreunidas quinta-feira, dia 18. no Clube Atléti-co Monte Líbano, em São Paulo, para elabo-rar um documento com sugestões ao governo.

O seminário "Comércio exterior: fato desobrevivência e desenvolvimento" reflete náoapenas uma preocupação imediata com o estí-mulo á exportação, mas uma visão de longoprazo. Hoje. não há empresário que conteste ofato de a exportação ser a grande arma para odesempenho interno, garantindo um cresci-mento ao redor de Vi do PIB e. conseqüente-mente, mantendo o nível de emprego.

Carros — O aumento para a indústria

CUT condena

o arrocho

salarialSAO PAULO — O único

objetivo das medidas adotadaspelo governo foi acabar com ogatilho para arrochar salários afim de gerar maior superávitcomercial destinado ao paga-mento da dívida externa. Ainflação náo cairá porque ogoverno não tem instrumentossuficientes para fiscalizar pre-ços e nem o povo acredita maisnesse tipo de congelamento,afirmou a CUT —Central Uni-ca dos Trabalhadores.

Na quarta-feira, a centralsindical se reunirá com as de-mais entidades do movimentosindical brasileiro a fim de dis-cutir e iniciar os preparativospara uma greve geral conside-rada inevitável pelo presidenteda entidade. Jair Meneguelli."Foi o próprio governo quemdecretou o estado de greve como anúncio deste pacote que éum roubo salarial mais descara-do do que foi o Cruzado I. umavez que agora todos os empre-sários já sabiam deste congela-mento que pegou os preços nasalturas", observou ele.

Na avaliação do coordena-dor de comunicações da CUT.Gilmar Carneiro dos Santos, amaior prova de que nem ogoverno acredita que a inflaçãová cair é que ele acabou com ogatilho. "Se o governo tivesseconvicção de que a inflação vaimesmo ceder ele manteria ogatilho até por uma questãopolítica", diz ele.

Para a CUT. o novo pacotevai agravar ainda mais a reces-são que se inicia. De acordocom Meneguelli. as montado-ras estão prevendo grandescortes de pessoal, pois estãoproduzindo metade do queproduziam em 1186

automobilística, o último concedio pelo Con-selho lnterministerial de Preços á área privadaantes do congelamento, vai sofrer um intensotiroteio. Hoje, os 200 maiores revendedoresde automóveis do país estarão reunidos emuma assembléia-geral, na qual decidirão aparalisação das atividades das 4 mil e 5 conces-sionárias.

Capitaneados pela Abrave — AssociaçãoBrasileira dos Distribuidores de Veículos Au-tomotores — os empresários do setor têm feitoum intenso lobby junto ás autoridades contro-ladoras de preços, pedindo que ao invés deaumentos, o governo diminua a voracidadefiscal sobre o setor automobilístico, diminuin-do o Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI). De acordo com os últimos dados dispo-níveis, as vendas de veículos em geral caíram36.K'r e a dos carros de passeio em particular42,2'r.

Economista diz que maior

prejudicado é trabalhadorBRASÍLIA — O maior prejudicado com o novo congela-

mento será o trabalhador. Depois de sua vigência, os reajustessalariais serão vinculados à variação da Unidade de Referênciade Preços (URP), cujo valor no dia 15 de junho foi fixado cm100. e náo haverá reajuste durante o congelamento previstopara um máximo de 90 dias. O professor Dercio Munhoz, doDepartamento de Economia da UNB, aponta que a URP náovai variar no primeiro trimestre de congelamento e, portanto,náo haverá como reajustar salários no segundo trimestre. Ossalários ficarão inalterados durante seis meses.

Como o salário será reajustado pela média da variaçãoda URP e essa unidade não variará, os trabalhadores vão ter deesperar mais três meses para que seus salários sejam corrigidos.O que vai acontecer são reposições por conta do resíduo demaio, como está previsto. O resíduo de junho não será levadoem conta, inclusive os aumentos de hoje — esclareceu Munhoz.

Enquanto os salários permanecerem inalterados, o minis-tro da Fazenda poderá autorizar reajustes de preços para. deacordo com o parágrafo 1" do artigo 6" do decreto presidencial,"corrigir desequilíbrios de preços relativos existentes no dia docongelamento".

Esse instrumento vai permitir ao ministro da Fazendacorrigir distorções que tenham como conseqüência o ágio e odesabastecimcnto, sem interromper a fase de congelamento —explicou Munhoz.

Outro ponto importante, a tablita de conversão. Peloscálculos do professor Munhoz, ela será aplicada prevendo umainflação de 15% ao mês deixando um resíduo inflacionário de4% a 4.5%, uma vez que a inflação observada nos últimosmeses atingiu 20%.

Acho que a tablita poderia ter sido maior nos meses deinflação menor — argumentou.

A tablita, segundo o professor, também vai funcionar deforma que o custo financeiro das empresas sejam reduzidos. Aeconomia nos próximos dias vai entrar numa fase de arrumação,uma vez que as empresas só saberão sua real situação dentro dealguns dias.

Com o anúncio do congelamento, todo mundo elevouseus preços no escuro, por estimativa, sem imaginar ao certoquanto o preço do fornecedor aumentou. Até as empresas searrumarem e saberem sua real situação financeira ainda vaidemorar uns 15 ou 20 dias. Vai ter gente se dando conta de quesubiu menos do que deveria subir os preços ou vice-versa —previu o professor.

SUPERMICROS

INVADEM 0 MERCADO.

INFO de junho faz uma ampla avaliação do mercado brasileirode supermicros. Mostra que este é um dos poucos segmentoscom a oportunidade de novos investimentos. Mesmo assim,por falta de um sistema operacional padrão e por política dasempresas, não haveria queda no preço dessas máquinas nospróximos três anos.Na seção Entrevista, Flávio Sehn, presidente da Edisa, questionaa importação do Clnix e avalia tendências da indústria.O MEC assume o projeto Educon e decide acelerar a informa-tização do ensino. Leia em Educação.CBBS: a nova onda dos micreiros. Saiba como entrar, munidoapenas de um micro, um modem e uma linha telefônica.PC Magazine: o processo da Lotus contra os clones pode mudar

o panorama da micro-informática.

: Para onde caminham asempresas de informática coma crise econômica.O teste do AT da Novadata.E mais: Atualidades, Opinião,Livros, Agenda. Em INFOde junho. O mundo da infor-

1 mática em suas mãos.r a

IRJFO

JA NAS BANCAS

Sindicalistas

acreditam que

greve resolve

Reagir a o arrocho salarial. Est;í é a

opinião unânime dos sindicalistas, in-dependente de categoria ou coloração parti-daria, com relação ao Plano Bresser. En-quanto o Plano Cruzado conseguiu dividir omeio sindical, isolando oposição às medidasanunciadas pek> governo a 2,H de fevereiro deI9S6 os lideres sindicais ligados ã CUT. onovo pacote uniu os trabalhadores. Ncnhu-ma roz se levanta a seu favor.

Partir para a greve geral é o que oslíderes de alguns sindicatos llumincnses pro-põem com maior ou menor ênfase. Há atéquem entenda que a luta não passa apenaspela reposição dos salários perdidos para ainflação:"Temos que brigar agora pela mu-dança de governo. Não há outra saída a náoser unificar o movimento sindical c partirpara a campanha das eleições diretas", a fir-ma Roberto da Silva, um dos diretores debase do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio.entidade filiada à moderada Central Geraldos Trabalhadores (CGT).

De maneira geral, os sindicalistas estãocontra o confisco nos salários decretado peladeterminação do governo de só repor oresíduo inflacionário não coberto pelos gati-

lhos daqui a três meses e em seis parcelas.Eles estão atentos ao fato de que. enquantoos salários foram congelados abaixo da infla-ção. muitos preços foram pegos por cima:"O governo avisou antes e gerou uma ondade aumentos superiores a qualquer expecta-tiva". acrescenta Eraldo Bulhões, secretáriodo Sindicato dos Médicos.

Nas primeiras análises, os lideres sindi-cais fluminenses detectam algumas diferen-ças entre o novo plano e o Plano Cruzado I.favoráveis ao movimento sindical. "O PlanoCruzado foi um verdadeiro golpe sem tan-ques nem metralhadoras, mas conseguiu ilu-dir muitos. Desta vez. porém, a populaçãoestá prevenida e calcjada. Há uma falta decredibilidade total no governo", explica Ro-naldo Barata, presidente do Sindicato dosBancários e membro da executiva estadualda CUT — Central Única dos Trabalha-dores.

O próprio comportamento das redes detelevisão, segundo os sindicalistas, demons-tra bem a reação popular a este plano,diferentemente do que ocorreu com o Cruza-do I. "Diversos companheiros que em leve-reiro de 1)86 falavam até que náo precisavamais ter sindicato, hoje estão revoltados eincrédulos", atesta Marcelo Felício, vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos deVolta Redonda. "Desta vez o governo nãovai conseguir anestesiar o povo com a publi-cidade", prevê Abdias da Silva, presidentedo sindicato dos Metalúrgicos de Niterói,que. como o de Volta Redonda, é filiado ãCUT.

S.A. WhiteMartinsC.G.C. ns 33.000.571/0001-85 ¦ Companhia Aberta AÇÃO

NOSSAS AÇÕESSAO NEGOCIADASNAS &OLSAS Dí VAIORESINFORMAÇÕES AOS ACIONISTAS

RESULTADO DO PERÍODO DE CINCO MESES FINDO EM 31/05/87Apresentamos abaixo um resumo das informações referentes ao resultado do mês demaio de 1987 e do período de cinco meses findo nessa data, em consonância com apolítica de informações praticada por esta Sociedade.

(Em Milhares de Cruzados)AcumuladoJan-mai/87

Vendas BrutasCusto dos Produtos, Mercadorias e Serviços

Vendidos, inclusive Depreciação de Maqui-nismos e Equipamentos de Cz$ 61.900(Maio/87) e Cz$ 228.508 (5 meses findos emMaio/87)

Lucro BrutoDespesas Financeiras Líquidas das Receitas de

Ci$ 150.516 (Maio/87) e Cz$ 359.939 (5 mesesfindos em Maio/87)

Resultado da Equivalência PatrimonialLucro OperacionalLucro LíquidoLucro por Lote de 1 000 Ações Cz$Valor Patrimonial do Lote de 1.000 Ações Cz$Quantidade de Ações do Capital em 31/05/87

Maio/871.441.969

581.891618.104

200.51315.546

188.074159 577

0,052,493.289.722.041.000

4.758.948

1 889.3892.083.609

472.143105.401954 771708 483

0,22

Atenciosamente,

Júlio César CassanoDiretor Jurídico e Relações com o mercado

AVISO DE SESSÃOTRIBUNAL DE FALÊNCIAS DOS ESTADOS UNIDOS

DISTRITO SUL DE NOVA YORKCapitulo 11Casos de Nos. 86B 12238ate 86 B 12241 (HCB)

Credor n° 4682

rpfprpntp r\McLEAN INDUSTRIES, INC., et al

DevedoresCOX & GREENWALD INC.240 MADISON AVENEW YORK, NY, 10016

AVISO DE SESSÀO DO TRIBUNAL A RESPEITO DA MOÇÃO DA McLEANINDUSTRIES, INC., UNITED STATES UNES, INC., E UNITED STATES LINES (S.A.),INC., COM VISTAS À AUTORIZAÇÃO PARA CELEBRAR DETERMINADASTRANSAÇÕES COM SEA-LAND SERVICE, INC., ENTRE OUTROS.SAIBAM QUANTOS ESTA VIREM que uma sessáo de tribunal será -ealizada perante Sjò Eoa, o Sr ~owa'd C

Buschmann III, Juiz de Falências dos Estados Undos. na Saia 237. Edifício dos Tribunais dos Estaaos tintos JO -oley Souare,Nova vort, N V . no dia 17 oe junho de 1987. as 10 horas, ou tão ogo apos essa ro'3 possam os representantes cos dosinteressados ser interrogados, para efeitos de se considera' os motivos petos dua<s náo deva ser registrada uma ordem, aue 01Aprove em todos os sentidos o moção da Mclean Industries. Inc , United States Lines, Inc <"U.S Unes"- e United States UnesIS A I. Inc. I"U S Unes— S A /"I. devedores e devedores em situação de posse fdenomotados. eofPvawte ps "Deved0'es .para eleitos de autorização, consoante as seções 363 (b) e 365 do Código de Falências. II li S C 55 363 (di e 36S. para levarem acaoo um acoroo com a Sea-Land Service, Inc . l"Sea-Land"). a base de iai certa carta de intenção datada de 20 de março de 1967entre os seguintes eiementos. entre outros. Sea-Land Corporation e os Devedores, e Ibl determinados documentos e acordoscorrelatos (denominados, coletivamente, o "Acordo Sea-Land"), 02 Aorove em todos os sentidos o Acordo Sea-Land. Queestipula, entre outros fatores, as seguintes transações principais com Sea-Land e determinadas af liadas suas

tai o acordo da Sea-Land no sentido de apresentar ofertas, navio por navio, no leilão de quafe i4i navios oa Casse C-8. aos121 navios da Classe C-6. e três 131 navios da Classe "lancer". pertencentes ou atualmente fretados peia U S L-es ib) o acordodos Devedores de modificar a ordem automatica de desistência, consoante a seção 362 ao Código de -alènc as. 11 U S C § 362.bem como a Ordem de Restrição deste tribunal, datada de 24 de novembro ae 1986.a fim de permitir o mie o de med'das deaceieramento de liduidaçãa ("foreclosing"! nosetordealmirantado in rem. noTribunal Distrital dos Estados Un-aos para o DistritoSul de Nova York. e num ou mais dos Tribunais Distritais dos Estaoos Unidos em sessão no Estaao aa CaMomia. no Estaoo deHawan. ou na Comunidade das Marianas do Norte, respectivamente, contra os navios citados acima, soo as condições assinaladasna moção aos Devedores e na ordem proposta, inclusive a aplicação continua da ordem automatica de desistência, e a Ordem aeRestrição deste Tribunal datada de 24 de novembro de 1986. com respeito, entre outros fatores, a (li a determinação, com dataassmalada da natureza, validez, escopo e prioridade de todos os interesses e reivindicações referentes a tais navios e aos demaisbens surtos ao acordo Sea-Land. e III) disposição do produto "descontados os custos aa venaai.

icl a aquisição pela Sea-Land de determinados chassis, guindastes, eduipamentos de estaleiro e direitos de arrendamentosde terminais, em Hawan, Guam, e Taiwan,

(d) a cessão para Sea-Land dos direitos e interesses da U S Lines e da U S lines (S A\. sob determinados contratosoperacionais com subsídios diferenciais junto ao Departamento oos Transportes, na Administração Marítima aos Estaoos u niaos,e

(f) outras considerações ademais dos contratos de afretamento de determinados navios, tudo pelo preço global de USS 125milhões,

03 Dar autorização para que todas as vendas pelos Devedores a Sea-Land sejam isentas e livres de todos os vínculos,reivindicações ônus ou interesses de panes outras que não os Devedores, aevenac tais dire tos caso existam se- transferidospara o produto da venda, com o mesmo vigore efeito como teriam contra os bens transfendos. devendo a va dez e extensão aetais vmculds ou outros interesses reivindicados serem determinadas peto T"Pu-a ae Falências em aata pôster or

01 Autonzar e habilitar os Devedores para executarem tais documentos e reai zarem tais ações aue se a~ necessar as carase implementar e efetuar os termos oo Acordo Sea-Land e as transações contempiaaas no mesmo, e

05 Conceder aos Devedores tais outros e adicionais remédios due se;am justos e corretosQUEIRAM TAMBÉM TOMAR DEVIDA NOTA que06 Os Devedores náo tem meios na atualidade de determinar qual a Darte. se de fato parte houver, da soma ae UòS 125

milhões a ser paga pea Sea-Land. que ficara disponível para satisfazer as reivmaicaçòes gerais não garant aas com/a as possesdos Devedores

07 Na sessão de tribunal de due se dà aviso pelo presente, o Tnbunal de Falências ra considerar qua>souer o-eias totaismais elevadas e melhores Dara os bens e interesses que se propõe transferir consoante os termos do Acoroo Sea-.ana, nc ,.s.eo afretamento de quaisquer dos navios sujeitos ao mesmo

08 A supra-citada sessão oe Tribunal seta realizada em conformidade com uma Oroem de Apresenta' Justificativas iü'aerto Show Causei emitida peio Tribunal oe Falências em 19 de maio ae 1987 Encontram-se exemplares da Ordem ae ApresentarJustificativas bem como Oas asseverações e oos anexos em respa-oo das mesmas, nos arauvos oe

II i Eugene 0'Connor Oficial do Tribunal de Falências. Edifícios aos Tribunais dos Estaaos Unidos. Foiev Square V. a Yorx.NY 10007

(2) os esentonos dos representantes jurídicos dos Devedores abaixo-assinados. Miibank. Tweed. Hadiey & McCloy 1 ChaseManhattan Plaza, Nova York. NY. 10004. e

(3) os seguintes escritórios da U S Unes ou da U S Lines (S A i conforme seja o caso27 Commerce Dnve Cranford. N-J. 07016. e 980 Wyndham Avenue. Long Beacn. CA. 90802. podendo os mesmos ser

examinados por qualquer interessado durante as horas normais do expediente09 A sessão de tribunal oe que se dá aviso peto presente poderá ser adiada de tempos em tempos pelos Devedores sem

aviso adicional aos credores ou as outras panes com interesses no caso. outro que não a comunicação aaisi aataisi ass.m aaiadals)em tai sessáo ,

10 A oposição, caso exista, aos remedios procurados pelos Devedores e que se descrevem neste Aviso ae Sessão deTribunal deve ser apresentada por escrito, deverá expor, com pormenores. os motivos ae tal ooosiçào ou outra declaração aeatitude, e devem ser apresentada ao Oficial do Tribunal de Falências, bem como ser transmitida aos representantes juriaicos aosDevedores, Milbank, Tweed. Hadiey & McCloy, 1 Chase Manhattan Plaza. New York. N Y 10005 (Atenção de Aian W Komberg.Esq./ de maneira calculada para ter razoável probaoiliaaae de chegar nas mãos aos mesmos as 17 horas do a*a 15 de junho de1987 ou em ocas ãe anterior11 O Tnbunal de Falências deverá reter a jurisdição oara DOder aeterminar quaisquer assuntos onundos aas transações auese propõem e que se descrevem acima, ou relacionados com as mesmas, sendo que tocas as pessoas ou entidades, aosubmeterem uma oferta na sessão de Tribunal citada no presente aviso, deverão ser regidas pelas condições estabelecidas peiotribunal de Faièncias, suometenao-se tais pessoas ou entioades. ao apresentarem oferta em tal sessáo ae tribunal a junsaição doTribunal de Falências com respeito a todos os assuntos onundos da respectiva oferta, aa realização da mesma e ae toaos osassuntos relacionados com a mesma

Datado em Nova York. N Yaos 20 dias de mao de 1987

MILBANK. TWEED HADLEY & McCLOYpor tai Aian W Komberg(integrante da sooeoadei1 Chase Manhattan PlazaNova York, NY 10005(212) 530-5000GILMARTIN. PÔSTER & SnARO26 BtoadwayNova York. NI Y 1000-1(212) 423-3220Representantes Jurídicos dos Devedores

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18 ? Io caderno ? segunda-feira, 15/6/87 Economia JORNAL DO BRASIL

Química & Petroquímica

O governador do Rio de Janei-ro, Moreira Franco, garante

que os trabalhos iniciados pelaCompanhia Petroquímica do Riode Janeiro (Coperj) para viabilizaro pólo fluminense não sofrerãosolução de continuidade, apesarda decisão anunciada pelo presi-dente Sarney, congelando o proje-to por seis meses. Os estudos quevão determinar a microlocalizaçãoda nova planta estarão concluídosdentro de 90 dias e todos os recur-sos para esta primeira fase, segun-do o governador, já estão assegu-rados.

Moreira também não se consi-dera derrotado pelo lobby quedefende a ampliação do complexode Camaçari, na Bahia (autoriza-do pelo Governo Federal) e dizque sua posição já é conhecidapelo presidente José Sarney. Ex-plica que os recursos para a conti-nuação dos trabalhos iniciados se-rão fornecidos pelo Banco Mun-dial e que os investimentos daUnião só vão entrar no projetodentro de um ano. E mais: seisempresas já estão qualificadas pa-ra apresentar os estudos de micro-localização do pólo petroquímicodo Rio de Janeiro.

Geisel na BahiaO presidente do conselho admi-

nistrativo da Companhia Petroquími-ca do Nordeste (Copene), general Er-nesto Geisel, estará na quinta-feira nopólo de Camaçari, recepcionando ogovernador da Bahia, Waldir Pires,que visita pela primeira vez as empre-sas do pólo desde que assumiu ocargo.

Anistia restritaO governador Waldir Pires reco-

mendou ao secretário do Trabalho,Antônio Carlos Barreto, empenhojunto aos empresários do pólo petro-químico de Camaçari no sentido deobter colocações para operários demi-tidos na greve de 1985.

Em conseqüência das negocia-ções feitas pelo sindicato patronal(Sinper) com o sindicato dos trabalha-dores (Sindiquímica), dos 145 ex-empregados, 53 já fizeram acordo.Mas ainda restam 92 desempregados,que não conseguem colocação em ne-nhuma das 32 indústrias petroquími-cas da Bahia.

EscaladaAs indústrias transformadoras de

PEBD (Polietileno de baixa densida-de) estão assustadas com a escaladados preços desse produto: de 31 dejaneiro deste ano até Io de junho, opreço à vista cresceu 190% e o produ-to com pagamento a 30 dias aumentou256%. Além disso, a diferença entrepagamento à vista e com faturamentoa 30 dias é de 24,14%. Ou seja, ofabricante cobra de custos financeiros24,14% ao mês.

GatilhoAs mudanças introduzidas na po-lítica salarial não modificam a decisão

tomada, semana passada, pelos em-presários do pólo petroquímico deCamaçari, em reunião convocada peloSinper: os salários de todos os traba-Jhaaores serão corrigidos este mês em

Os aumentos concedidos entre adata-base (setembro) e junho, signifi-cam um ganho de 6% acima da infla-ção do período. Isso porque as empre-sas pagaram três gatilhos de 25%concedendo ainda um adicional de3%, com o objetivo de assegurar amanutenção do poder aquisitivo da-queles trabalhadores.

Brasilplast 87Dois tipos de novas aplicações do

nytron, produto da NitrocarbonoS.A., serão apresentados na Brasil-plast 87, a segunda exposição brasilei-ra da indústria do plástico, entre 26 dejunho e 2 de julho, no Anhembi, SãoPaulo.

A primeira novidade é um poli-mero de média viscosidade, alta crista-linidade e rápido ciclo de moldagem.Trata-se do NC 720R4, projetado parautilização na fabricação de buchas,engrenagens, conectores, componen-tes elétricos, filtros de combustível epeças produzidas em moldes multica-vidades.

Com aplicação em peças estrutu-rais e de acabamento — tendo ascalotas de automóveis como aplica-ções típicas —, outro produto a serlançado na Brasilplast é o NC520 CM30, um homopolímero com 30% decarga mineral. Possui elevada resistên-cia mecânica, eliminando problemasde empenamento em peças planas.

RentabilidadeDobrou a rentabilidade das in-

dústrias do pólo petroquímico daBahia. A informação é do presidentedo Comitê de Fomento Industrial deCamaçari (Cofic), Fernando Paes deAndrade. Ano passado, as empresastiveram uma rentabilidade média de5,5% ao ano, depois de já teremconseguido até 14% nos bons tempos.

Desde janeiro, entretanto, porforça da nova política realista de pre-ços implementada pelo CIP, a rentabi-lidade do setor tem aumentado bas-tante, alcançando entre 10% e 11%.Até o final deste ano, pelos cálculosde Paes de Andrade, que também édiretor-superintendente da Copene, acentral petroquímica de Camaçari.

EnergiaO novo presidente da Federação

Internacional das Indústrias Consumi-doras de Energia (Ifiec) será o brasi-leiro Arthur Whitaker de Carvalho,vice-presidente executivo da Carbo-cloro Indústrias Químicas. A eleiçãoserá realizada amanhã, em Genebra,Suíça.

A Ifiec foi fundada em 1983 econgrega associações em defesa dosgrandes consumidores de energia emtodo o mundo. Seu principal objetivoé representar esses consumidores jun-to a autoridades e corporações inter-nacionais, tais como: ConferênciaMundial de Energia, Banco Mundial,ONU, Opep, entre outros.

Prazo maiorArgumentando que o governocearense concede um prazo de seis

meses para que as empresas do setorrecolham o ICM, a diretoria do Sindi-cato das Indústrias de Plásticos daBahia já recorreu ao governador Wal-dir Pires, solicitando um prazo maiselástico que os 45 dias dados atual-mente pelo estado, para estabelecercompetitividade com os produtos simi-lares fabricados no Ceará. Mas atéagora não houve uma resposta à rei-vindicação dos empresários.

Segundo o presidente do sindica-to empresarial, Luís Oliveira, os 39fabricantes de materiais plásticos dasáreas de utilidades domésticas e brin-quedos estão operando com apenasmetade de sua capacidade instalada,em média, por escassez de demanda.Quase todas as empresas do setor naBahia são de pequeno porte.

O principal item na elevação doscustos de produção — levando asempresas a trabalharem sem rentabili-dade — são as taxas de juros. Asindústrias pagam cerca de 30% ao mêspara desconto de duplicatas. Comomuitas delas concedem três meses deprazo aos seus clientes, terminam comum custo financeiro de 90% sobre suasvendas. Enquanto isso, os forneccdo-res de matéria-prima só aceitam ovigamento com um mês e ainda co-'rando juros de 19 a 22% sobre o

valor.

Ronaldo Lapa e Raimundo Lima

Empresa substitui em

janeiro o diesel por

gás em seus veículosEm meio à discussão sobre os preços de gasolina e álcool, aMotogás pretende a partir de janeiro começar a converter a frotade ônibus do Rio de Janeiro para o uso do gás natural comocombustível, em substituição ao óleo diesel. Trata-se de umaempresa comercial que está sendo criada pela Petrobrás Distribui-

dora, Petróleo Ipiranga e o Grupo Ultra, em um modelotripartite, para desenvolver um programa de conversão de 1 milveículos por ano nos próximos cinco anos. Ainda falta, porém,uma definição de custos, o que dependerá da política de preços dogoverno. Mas o chefe da divisão de fontes-alternativas da estatal,Osmar Chaves Ivo, garante que o novo combustível terá um customais barato do que o do álcool.

O plano prevê a conversão de 80 mil veículos até 1995, ouseja, a atual frota do país, começando pelo eixo Rio-São Paulodevido à estrutura de abastecimento de gás natural proveniente daBacia de Campos, no litoral fluminense. A conversão de cadaveículo, que consumirá 100 metros cúbicos diários de gás para umaautonomia de 300 quilômetros, está estimada em US$ 5 mil,enquanto cada posto, com capacidade para abastecer 100 veículospor dia, ficará em US$ 800 mil, prevendo-se a instalação de 10postos por ano.

O gás utilizado é o metado, que não acumula em caso devazamento por ser duas vezes mais leve do que o ar e, portanto,não explode, explicou Chaves Ivo. O gás não é tóxico e nemprovoca poluição, pois não deixa resíduos ao queimar, e seráacondicionado em cilindros de aço especial que, em caso deacidente, não estilhaçam. Na Itália, lembrou o técnico, desde 1945já foram usados em 1 milhão de carros e, nos 22 acidentesautomobilísticos registrados até hoje, o cilindro resistiu.

Os representantes das três empresas que formam a Motogásreuniram-se na semana passada com o vice-presidente do Sindica-to das Empresas de Transporte de Passageiros do Município doRio de Janeiro, Agostinho Gonçalves Maia, que concordou emparticipar do projeto. O Sindicato reúne 33 empresas de ônibusque só entrarão no projeto se houver garantia de que o novocombustível sairá mais barato do que o diesel consumido atual-mente.

Aumento na gasolina ainda

não dá lucro à PetrobrásCada vez fica mais difícil para o consumi-

dor entender que a Petrobrás ainda não estásendo devidamente remunerada pelos gastoscom o abastecimento de combustíveis no país,apesar do aumento de 164% no preço dosderivados este ano, superior à inflação acumu-lada de 126,94%. Desta última vez, o aumentode 13% no preço dos derivados veio acompa-nhado de uma desvalorização do cruzado de10,56%, o que se reflete nas despesas com aimportação de petróleo, mantendo-se tambémo subsídio ao álcool, mais uma vitória dosusineiros.

De acordo com análise preliminar de umtécnico da área financeira da estatal, a diferen-ça da taxa cambial na estrutura de preço dagasolina, de CZ$ 35,8 por dólar para o câmbiooficial de CZ$ 41,71, é de 16,5%, ou seja,superior ao aumento dos preços dos derivados,de 13%. Conforme observou o técnico, se ogoverno não diluiu este resíduo entre as de-mais parcelas que compõem o preço da gasoli-na, a Petrobrás continuará acumulando pre-juízo.

A majoração dos preços dos derivados dopetróleo, mantendo a diferença de 35% entreo preço da gasolina e o do álcool, certamentenão agradou ao presidente da estatal, OziresSilva, que na véspera do aumento havia dccla-rado que esta diferença deveria diminuir paracerca de 30%, conforme estudo da ComissãoNacional de Energia. Esta proposta vem sendodefendida pelo presidente da Petrobrás comouma das maneiras de diminuir o subsídio doálcool. Antes do último aumento, a Petrobrás

arcava com um prejuízo de CZ$ 1,90 por litrode álcool — cujo consumo eleva-se a 800milhões de litros mensais —, valor que corres-ponde à diferença entre a venda ao consumi-dor e o preço pago aos usineiros. E, com oestoque estratégico do produto, o custo finan-ceiro mensal totaliza CZ$ 4 bilhões.

A Petrobrás também chegou a propor aoministro da Fazenda, Bresser Pereira, a retira-da do repasse do empréstimo compulsório aoFundo Nacional de Desenvolvimento, o quenão foi aceito. Para acompanhar as despesas, oaumento do dia 8 de junho, de 24,9%, deveriaser de 33%, para eliminar a necessidade de secortar US$ 500 milhões do orçamento de.USS2,8 bilhões para este ano, uma tarefa conside-rada difícil pelos técnicos da empresa, pois jáse chegou praticamente ao segundo semestre.

Permanecendo o déficit na distribuição doálcool, mais a diferença cambial na estruturade preços, a Petrobrás terá mesmo de realizaro corte no orçamento, o que já começou a serconcretizado. Até agora a empresa reduziu asdespesas em pouco mais de US$ 200 milhõescom o cancelamento de alguns contratos, co-mo aconteceu com o da plataforma fixa para ocampo de Camorim, no litoral de Sergipe,orçada em US$ 15 milhões, para um projetoque resultaria na produção de apenas V milbarris diários de petróleo. Além dos investi-mentos, a estatal analisa também o corte emcusteio, tanto na área operacional como ria depessoal, o que poderá resultar em demissões,um fato inédito na empresa. $

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reflete recessão no paísA demanda por viagens aéreas domésticas começou a cair no

mês de maio último, em relação ao mesmo período do anoanterior. A empresa que sentiu mais os efeitos desta redução detráfego foi a Transbrasil, que tendo diminuído sua oferta delugares em 11% sofreu uma queda na procura de 26%. A VASPtambém teve uma redução de tráfego de 3%. A VARIG-Cruzeiroconjuntamente mantiveram uma pequena taxa de expansão, emparte, devido à maior oferta de vôos.

Os primeiros meses de 1987 ainda mostravam um aumentona demanda mas desde março já existiam sinais de enfraquecimen-to no tráfego aéreo.

Em 1986, os vôos domésticos tiveram um crescimento de35% em termos de passageiros-quilômetros transportados. Estaelevação foi diagnosticada por técnicos do setor como umarecuperação setorial em relação aos anos de 1983 a 1985 quando otráfego sofreu uma estagnação. Além disso, os primeiros meses doPlano Cruzado tiveram também um efeito benéfico sobre aaviação comercial.

As empresas de aviação estão amargando um outro proble-ma. além da redução de demanda, em meados de 1987. Ele érepresentado pela defasagem das tarifas em relação aos custos deoperação. Os aumentos tarifários concedidos ultimamente foraminferiores aos índices pedidos. Em adição, o tempo necessáriopara a obtenção destes acréscimos anula seus efeitos, devido àsaltíssimas taxas de inflação observadas nos últimos meses.

Em 1986, as passagens aéreas foram congeladas poucos diasantes de ser concedido um aumento de 30%. Mas as empresasconseguiram contrabalançar suas receitas devido ao forte aumentode tráfego. Já em 1987, com a queda de tráfego que já é sentida ecom as tarifas corroídas pela inflação e por aumentos insuficientesa situação econômico-financeira das empresas aéreas fica muitoprejudicada.A defasagem atual entre despesas e receitas pode serexemplificada através da taxa de câmbio. Este item tem grandepeso na composição de custos e das planilhas tarifárias. Asaeronaves são amortizadas em moedas fortes assim como sãopagos os juros de financiamentos e sobressalentes. A taxa cambialé alterada diariamente, provocando uma realimentaçáo de despe-sas todos os dias.

Segundo um dirigente de uma empresa aérea a situação paraser contornada necessitaria da volta à denominada realidadetarifária. Isto consistiria na elevação do preço das passagens nomesmo nível dos custos setoriais e em intervalos menores,enquanto perdurassem as altas taxas de inflação.

Entre empresas regionais a situação é também muito séria.Rolim Adolfo Amaro, que detém o controle de duas empresas, aTAM e a BRC, declarou a esta coluna recentemente que ascompanhias que dirige estão acumulando pesados prejuízos devi-do ao que chamou de política tarifária desatualizada e ineficaz.

Aero-NewsO Embracr Brasília, que voa num

mercado já povoado por muitos aviões,ganhou mais um concorrente. O DO-328alemão, de 30 assentos, tem asas altas esuas dimensões externas se assemelhamàs do EMB-120. A velocidade anunciadaé um pouco superior à do avião brasilei-ro, mas o alcance seria menor. O DO-328só começará a ser entregue na década de90, e nesta época as demais aeronaves dacategoria já terão assumido a maior partedo mercado potencial.

As turbinas do avião resultante dacooperação Brasil—Argentina, o CBA-123, deverão ser provavelmente as PT-6-A-67 de 1.300 SHP. Desde o show aero-náutico de Farnborough a PT-6-A-67 jáera considerada a mais séria candidatapara equipar o novo aparelho. As outrasturbinas também cotadas são a GarrettTPE-331 e a General Electric CT-7.

A Compania Mexicana de Aviaciónserá uma das próximas empresas aéreas aserem privatizadas. Até o fim deste mêsdeverão ser recebidas propostas para avenda desta companhia.

O lançamento oficial dos programas doAirbus A-330 (birreator para distânciasmédias) e A-340 (quadrirreator para eta-pas longas) foi resolvido no dia 12 último,em Paris.

A companhia australiana East-WestAirlines decidiu arrendar 3 Fokker 100para 109 passageiros.

A Wcstland Helicopters, que estápreocupada com a concorrência da Ae-rospatiale francesa na venda de helicóp-teros para a Marinha brasileira, anunciou

que vai despedir 1 mil 155 funcionários.Este total corresponde a cerca de 20%dos quadros totais da fábrica. A Wes-tland teve uma forte queda de encomen-das e não poderá manter suas unidadesde produção no mesmo ritmo do passzjdo.

Um Mc Donnell Douglas MD-SO jáestá testando em vôo uma turbina avan-çada do tipo UDF (unducted fan); AMDC tem planos de lançar na década de90 um avião de 110 lugares com o novomodelo de propulsão.

A cadência de produção do AirbusA-320 será de 8 aviões por mês, a partirda segunda metade de 1990. Esta será amais elevada taxa de montagem de umaaeronave comercial já obtida na Europa.

A presença de elementos estruturaisleves se acentua cm todos os tipos deaeronaves. Entre estes componentes sedestacam os materiais compostos (kevlar,fibras carbônicas, etc) e ligas metálicasespeciais (alumínio-lítio). No Mirage F-l(igual ao que lançou os Exocet contra afragata Stark) da década de 70 apenas0,25% do peso correspondia a compos-tos. No Rafale, um protótipo destinado adesenvolver tecnologia para caças da dé-cada de 90, 25% do peso é formado pordiversos materiais compostos, enquantooutros 10% são relativos a peças feitasem alumínio-lítio.

A Lufthansa adquiriu 10% do capitalda empresa "charter" alemã HapacLloyd.

Na próxima semana esta coluna, vaiapresentar uma matéria completa sobre oSalão Aeronáutico de Le Bourget.

JORNAL DO BRASIL Economia segunda-feira, 15/6/87 ? Io caderno ? 19

Nakano:

"Só

congelamento segura a inflação

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BRASÍLIA PLANO BRESSER

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— Ao terminodc uma semanaturbulenta, masainda trabalhan-do em períodointegral, o eco-nomista Yoshia-ki Nakano, se-eretário especialde AssuntosEconômicos doMinistério da Fa-zenda, 42 anos,tinha uma preo-cupaçáo: alugarum smoking para a recepção que o presi-dente José Sarney oferece hoje ao pri-meiro ministro da Espanha, Felipe Gon-zález.

Paulista de Cafelândia, fiel colabora-dor do ministro Bresser Pereira, Nakanoconversou sábado com os repórteres Ma-ria Luiza Abbott e Severino Goes, naSucursal do JORNAL DO BRASIL emBrasília.

Um dos pais do Novo Cruzado, eleestá convencido de que o congelamentode preços é a única maneira de acabarcom a inflação (que havia assumido nova-mente caráter inercial); garante que ostrabalhadores não terão perdas salariais;e revela que o corte do subsídio do trigonão foi total porque os custos de estoca-gem, transporte etc. continuam do gover-no. A seguir, o que Nakano pensa dodéficit público, FMI, juros e orçamento.

Brasília — José Varella

Subsídio ao trigo"O corte do subsídio ao trigo não foitotal, porque os custos de estocagem,transporte etc. continuam na mão dogoverno. Isto representa uma despesa decerca de 20% do total previsto com osubsídio este ano, que era de Cz$ 56bilhões. É possível que o gasto esteja emtorno de Cz$ 12 bilhões ainda, mas estesdados estão ainda sendo levantados."

Novo cruzado"A idéia de controlar a inflação atra-

vés de um choque gradualista nós tinha-mos antes de vir para cá. Desde o primei-ro dia decidimos que precisávamos de umchoque deste tipo para derrubar a infla-ção que estava num patamar de 20%. Aúnica forma de segurar uma inflação de20% é com o congelamento, não é comcontenção de demanda. Mas o congela-mento tem que ser breve e são fundamen-tais regras de saída e regras flexíveis pararespeitar o mercado. A gente vinha tra-balhando com todo o sigilo. Isso difieul-tou o trabalho porque era difícil conver-sar e discutir. Foi feita uma discussãomuito restrita. Eu, o Chico Lopes e oBresser. em sucessivas reuniões, desde oinício, e o grupo foi sendo ampliado. OFernando Milliet participou e. na últimasemana, incorporamos alguns setores bá-sicos porque precisávamos de informa-

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/lutes de ingressar no governo, (\akano já era partidário do choque gradualista

ções fundamentais. No último momentoé que você junta as pessoas das áreas-chave, colhe as informações e começa aanalisar cada medida e escrever o decre-to. Inevitavelmente, acaba se descobriu-do, após a divulgação do decreto, umasérie de problemas. É impossível prevertudo."

¦ Orçamento"Todas as despesas do governo, in-

clusive de crédito, estarão no orçamentounificado. Toda a despesa deverá seraprovada pelo Congresso e. depois disso,o Executivo não poderá mudar. Cadadespesa terá a receita previamente defini-da. Este é o único caminho de controlar odéficit, fazer com que a lei orçamentáriaseja cumprida e é o que pretendemospara o próximo ano. Esta mudança signi-fica que o Banco Central volta a ser umverdadeiro banco central. O BC vai ficarproibido de financiar o déficit através deemissão. A administração da dívida pú-blica é com o Ministério da Fazenda e,depois, de acordo com a necessidade definanciamento prevista, vai emitir ou res-gatar títulos. A decisão é do Tesouro,mas quem opera é o Banco Central, quetem uma estrutura montada. Isto significaque o Tesouro é o caixa do governo,responsável pelo pagamento, e o respon-

sável pela política monetária e cambial éo BC."

Déficit público"Fizemos um corte drástico no déficitpúblico: paralisação de um enorme nú-mero de obras, corte de subsídios. Com aqueda da inflação, a arrecadação devemelhorar e significa que, da estimativaque tínhamos dc mais de 6% do PIB,vamos para 3% a 3,5%. O socorro aosestados e municípios também está sendoanalisado da forma mais austera pos-sívcl."

Moratória"A moratória será mantida até quan-do a gente consiga negociar cm condições

favoráveis ao Brasil um refinanciamentodo principal em prazos longos e dosjuros, em condições aceitáveis. Temostodas as condições de sustentar a morató-ria. A decisão do Citibank de aumentarsuas reservas mostra que os banqueirosestão mudando; significa que estamosvivendo uma nova fase, os banqueirosestão mudando de atitude e isto vaifavorecer o país."

FMI"Tenho certeza que o FMI proporiao choque, com a inflação que estávamos

vivendo. Esta semana vem uma missãodo Fundo para concluir o relatório, quedeve ser favorável, com todos os esforçosde corte do déficit, saneamento do setorpúblico que estamos fazendo. O relatóriofavorável é importante porque os credo-res o condicionavam à negociação e àvolta do crédito. Mas nós não vamos aoFundo. Estamos fazendo nosso plano deacordo com as necessidades de cresci-mento do país e com o que se julgaimportante nesse momento. Isto estaráexpresso no plano e eles vão julgar, comotoda a população brasileira vai julgar."

¦ Inflação"Uma coisa é medida de inflação eoutra é o que vai acontecer com ossalários. Com relação ao índice, o que vaiser feito é a única solução tecnicamentecorreta para encadear os índices de junhocom julho; minimizar a transferência dejunho para julho. Vamos pegar no dia 15de junho os preços vigentes para todos osbens e este preço médio vai ser compara-do com a média de maio. O IBGE coletaquatro amostras, que é a média de maio.Isto significa que a inflação de junho vaiser muito maior do que se estivéssemosusando a forma natural de coleta. Comisso, você procura eliminar as transferên-cias de inflação de maio para julho. Emjulho, vamos mudar a periodicidade, pas-

sa a ser de 15 a 15. Vamos pegar quatrocoletas: a segunda quinzena de junho e aprimeira quinzena de julho e este índiceserá divulgado até.31 de julho. Nos mesesseguintes não haverá problema porqueserá de 15 a 15. Com isso, você encadeiao índice."

Juros"Na primeira semana, os juros vãoestar ainda relativamente altos. Mas ainflação baixando, os juros caem rapida-mente nos próximos meses. O momentoexato para derrubar vai depender daspessoas; não podemos permitir a quebrado sistema financeiro ou a elevação bru-tal de outras mercadorias tipo ouro oudólar. O reajuste da OTN depois docongelamento passa a ser pelo IPC. Estafase de transição é que é complicadaporque não podemos adotar uma políticade reduzir os juros. Vamos ter que adotaruma política de juros que procurará equi-librar a estrutura dc ativos. Não podemosfazer uma política cm que as pessoasvenham a sacar rapidamente, resgatartítulos e correr para dólar, ouro ou imó-veis. Os juros vão cair. Num primeiromomento, nós temos que partir comjuros altos para evitar esta corrida. Asregras atuais ainda estão sendo definidas.A LBC será administrada diariamente,de acordo com a reação do mercado."

Congelamento"O congelamento tem um prazo má-ximo de 90 dias, mas o nosso desejo é sairo mais breve possível dele. Quando per-cebermos que a inflação caiu de patamare está indo bem, queremos sair. Não vejorazão para alguém fazer especulação se afase de congelamento tem regras clarasde saída e, se fugir do congelamento,sofre penalidades. Na primeira fase doPlano Cruzado, o congelamento funcio-nou direitinho, as taxas de inflação forambaixíssimas. Aprendemos a lição do Cru-zado: primeiro, o congelamento não po-de ser prolongado; segundo, deve-se en-trar nele com regras claras de saída poisisso evita que as pessoas imaginem queserá prolongado e cobrem ágio. As em-presas vão agüentar sem problemas operíodo de congelamento.

Um projeto de lei antitruste estásendo estudado, mas o fator coercitivomais forte não são leis nem penalidades,é a própria população, o consumidor. Ocomerciante tem medo é do consumidor;ele não tem medo da Sunab. O governonão tem condições de estar presente emtodos os locais de venda. Quem estápresente é o consumidor. O problema dainflação não é problema de polícia. Nosoutros países, onde o consumidor é res-peitado, é porque o consumidor briga.

O consumidor está descrente porqueele sabe que na primeira fase o PlanoCruzado funcionou depois não, porque ocongelamento foi excessivamente prolon-

gado e houve aquela explosão de consu-mo. Estamos fazendo um novo plano eadotando medidas fiscais duríssimas: cor-te de subsídios, paralisação de todasaquelas obras, correção das tarifas públi-cas, reequilíbrio das contas do governo.E fazendo isso em uma fase em que aeconomia está em desaceleração. Na fasedo Cruzado, ela estava em aceleração, ademanda vinha crescendo a uma taxabastante alta. Certamente a demanda vaisubir porque o salário vai aumentar coma redução da inflação. Mas quando aeconomia está em desaceleração, estadesaceleração é fundamental para conteros preços."

¦ Salários"O salário médio vai subir. Toda a

sociedade vai ter um ganho, porque esta-va havendo uma forte desaceleração daeconomia e com essas medidas de dispa-rar o gatilho de junho, que elevará osalário médio substancialmente, a de-manda vai se recuperar. A sociedade vaiproduzir mais. Nós não vamos dividir umbolo fixo porque ele vai crescer algumacoisa, não excessivamente, para não re-petir o Plano Cruzado.

Os trabalhadores não vão ter perda esim um ganho muito grande. Com ocongelamento de preços, se pegarmos opoder aquisitivo do salário que^o traba-Ihador recebeu em junho, a média vaicrescer. Sobre isso, ele receberá mais20% de aumento. A alternativa que tí-nhamos era manter a situação anterior,deixar o gatilho e que a inflação o comes-se. Com a interrupção do processo deelevação de preços no dia 12, o saláriomédio do mês de julho deverá ser maior.Esta sistemática que propomos é muitomais adequada para uma inflação como aque prevemos, que vai manter o poderaquisitivo.

Quando há aceleração, o salário ficadefasado. Esta regra se aplica aos preçostambém. A variação da Unidade de Re-ferência de Preços (URP) é teto para avariação dos preços. Até três meses elapode ficar fixa, se perdurar o congela-mento. Se os preços estiverem congela-dos. os salários estarão congelados. Nomomento em que sairmos do congela-mento, está no decreto presidencial umafórmula sobre como será calculada aURP. Suponhamos que a inflação tenhasido de 2% em julho e I % em agosto. Em30 de agosto encerra o congelamento.Então, a média de inflação neste períodoé 1.5%. O reajuste salarial em setembroserá 1,5%; em outubro, 1.5%; e emnovembro, 1.5%. Os trabalhadores vãoganhar também um resíduo do gatilho emseis parcelas. Uma categoria média —fevereiro, por exemplo — tem resíduo de12,4%; deve ganhar, além da URP. 1,9%ao mês durante seis meses. Saiu do con-gelamento, os preços sobem e os saláriostambém."

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PAPEL CELULOSE BRANAC COMERCIO E INDUSTRIA LTDA.

p UNDADA no Brasil em 21 de março de 1961, com a finalidadex exclusiva de fornecer papéis com linhas d'água para a impressão de

jornais, livros e revistas, é associada à Central National-Cottesman Inc.,estabelecida desde 1886 em New York na Park Avenue 100. O grupoCentral National-Cottesman Inc. é responsável pela distribuição de papel ecelulose com um volume de vendas superior a US$1 bilhão anuais,equivalentes a mais de 2.000.000 tons plano. A CentralNational-Cottesman Inc. adquiriu recentemente a Lindenmeyer Paper Corp.,um dos maiores atacadistas dos Estados Unidos. A CentralNational-Cottesman Inc. é uma organização de mais de 700 funcionários,com escritórios de vendas em 12 cidades dos Estados Unidos, armazénsem 5 principais cidades americanas, 18 escritórios internacionais erepresentantes em mais de 40 países. A Papel Celulose Branac Comércio eIndústria Ltda., membro dessa organização, é tradicional fornecedora dosmais tradicionais e importantes jornais brasileiros, entre os quais o Jornaldo Brasil. Distribuidora desde a sua fundação da IKPC — Indústrias Klabinde Papel e Celulose S.A. e atualmente também da Pisa — Papel deImprensa S.A., no fornecimento de papel jornal nacional. A Papel CeluloseBranac Comércio e Indústria Ltda. também é distribuidora de insumos paraa indústria gráfica.

I I A Papel Celulose Branac Comércio e IndústriaLtda., representa exclusivamente no Brasil a MondiPaper Company Ltd., da África do Sul. Principais paísesservidos pela Central National-Cottesman Inc., comsuas afiliadas e representantes:

Africa do Sul • Honduras • PeruAlemanha • Hong-Kong • PoloniaAlgeria • Holanda • Rep. Popular

Arabia Saudita • Hungria da ChinaArgentina • Islandia • Rep.Australia • India Dominicana

• Indonesia • PortugalBelgica • lugoslavia • porto RicoBrasil • Iraque * Reino UnidoChile • Irlanda • RomeniaCoreia • Israel • Cingapura

Costa do Marfim • Italia • srj LankaColombia • Jamaica • Sudao

Costa Rica • Japao • SuazilandiaChecoslovaquia • Jordania • SueciaDinamarca • Kvvait • Sufqa

Emirados Arabes • Libano • TaiwanUnidos • Malasia • TailandiaEspanha • Mexico • Trinidad

Equador — •.Marrocos • TunisiaEgito • Mozambique • Turquia

El Salvador • Nova Zelandia • UruguaiFilipinas • Nigeria • VenezuelaFranqa • Noruega • ZambiaCana • Oman • ZimbaveGrecia • Paquistao

Guatemala • Panama

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20 ? Io caderno ? segunda-feira, 15/6/87 Economia JORNAL DO BRASIL

Governo dará 100 gramas

de pão por

dia a trabalhador

Consuelo DieguezBRASÍLIA — bpcccep

governo irá distribuir PLANO BRESSERgratuitamente, a par-tir-.do próximo mês,dois pães de 50 gra-mascada, por dia, pa-ra 35 milhões de pes-soas com renda de atédois salários mínimos.O ministro do Plane-jamento, Anibal Tei-xeira. explicou que es-te programa irá custaraos cofres do tesouroCZ$ 6 bilhões, esteano, e irá beneficiardiretamente a população mais carente, quenão será penalizada com o aumento do preçodo pão. provocado pela retirada do subsídio aotrigo.

O Ministério do Planejamento ja esta como programa de distribuição gratuita de pãopara a população carente concluído, aguardan-do apenas a autorização do presidente Sarneypara iniciar sua implementação. Um outroprograma que será adotado nos próximosmeses, é o de distribuição gratuita de maçar-rão, farinha de trigo, farinha de mandioca earroz para 28 milhões de pessoas também comrenda até dois salários mínimos. A idéia é dese distribuir um pacote de 17 quilos parafamílias de até seis pessoas, e dois pacotes parafamílias acima de sete pessoas.

O programa do pão já tem definida suaestrutura de distribuição. Segundo o ministroAnibal Teixeira, ela será semelhante ao siste-ma de distribuição do leite. Para o programado pão já estão credenciadas 21 mil associa-ções comunitárias e 2 mil 100 prefeituras delocalidades onde inexistem estas associações.O programa prevê a distribuição de ticketsentre os beneficiados para a tirada do produtonas padarias.

Anibal Teixeira explicou que a implanta-ção deste programa só foi possível por causado fim do subsídio ao trigo, que consumia,anualmente, CZ$ 55 bilhões do Tesouro. Ago-ra. com muito menos recursos, a populaçãomais carente, que apresenta deficiência ali-mentar de 400 calorias, será atendida, explicouo ministro.

O Ministério estima que a média do consu-mo do pão per capita ano, subirá de 4,5 quilospara seis quilos. Teixeira explicou que, com osubsídio ao trigo, houve uma alteração noshábitos alimentares da população mais carenteque, em função do preço, passou a consumirmais macarrão, deixando de consumir arroz,farinha de trigo e de milho. Agora, segundoele, não se pode deixar estas populações semcondições de consumir sequer o macarrão.

O programa de distribuição do pacote dealimentos será feito utilizando o excedenteagrícola do país, que hoje está em 600 miltoneladas de arroz, 300 mil toneladas defarinha de trigo e 120 mil de farinha demandioca.

Brasília — Luiz Antônio Ribeiro

Dono de restaurante espera

a volta da classe média

— O movimento caiu muito. Além disso,do jeito que estava, até mesmo os turistas jávinham pedindo um prato para dois. Pelocomentário do português Antonio Gomes, umdos sócios do Pigalle. estabelecido há mais de30 anos na Avenida Atlântica, pode-se avaliarcomo a classe média acordou rápido do sonhocOrtsuniista e desapareceu dos bares e restau-rantes da Zona Sul.

"" Agora, com a adoção de novas medidaseconômicas, anunciadas sexta-feira pelo Go-verno, e o conseqüente congelamento dospreços dos cardápios, a maioria dos proprietá-rios tem esperança que a freguesia volte grada-tivamente aos estabelecimentos, que. segundocies, tiveram uma queda média de 40% nomovimento dos três últimos meses. Eles garan-tem que os preços não sofreram reajustes apósa decretação do novo plano.

Na realidade, os donos de restaurantes sequeixam mais do reajuste dos preços doscardápios, do que a própria freguesia. "Au-mentamos tudo em função dos fornecedores,que a cada semana cobravam mais caro pelasmercadorias. Até frutos do mar e pizza brancacolocamos no couvert para agradar a fregue-sia", afirmou Manoel Rivera. um dos sóciosdo Mediterrâneo, em Ipanema, que atende aum público mais sofisticado, e que mesmoassim teve uma queda de 30% no movimento.José Serrano, gerente de seu concorrente maispróximo, o Dal Mare, que fica do outro ladoda Rua Paul Redfern. concorda que a fregue-sia andou aparecendo menos, mas diz que,com os preços congelados por 90 dias, "darápara respirar um pouco mais".

Na Rua Dias Ferreira, no Leblon, queabriga cerca de 15 restaurantes num trecho de800 metros, nenhum freguês reclamou damajoração dos preços. O comerciante LauroEríon, que freqüenta regularmente o La Molecom a família, disse que há cerca de 20 dias, ocardápio não se modifica. "De outra forma,todo mundo vai fugir", comentou, enquantocomia um filé com fritas, que sai, ali, ao preço

de CZ$ 165. Embora naquela rua os restauran-tes sejam todos vizinhos, há uma grandevariação de preços. Pelo mesmo prato — filécom fritas — o comerciante pagaria no BozóCZ$ 140, no Pronto CZ$ 170, c no Dinho'sPlace, cerca de CZ$ 300, aí dependendo doacompanhamento opcional que fizesse.

Manuel Fernandez, um dos sócios do Bo-zó, admitiu que o excessivo aumento dospreços leva a freguesia, cativada durante anos,a procurar um lugar mais barato. "Pode verque este é o restaurante mais barato da rua",afirmou tranqüilo. Zino Gonçalves Dias, e suamulher, Marta, que consumiam uma caipiríssi-ma no Pronto, acham que o preço da bebidaestá dentro dos padrões. Pagaram por ela CZ$55,00, valor médio do drink nas dez casasconsultadas. Francisco Scofano. dono do esta-belecimento, disse que tem esperanças que asnovas medidas dêem certo, mas criticou osfornecedores, que, segundo ele, já avisaramque a partir de amanhã (hoje), o preço do gelojá estará mais caro.

Um dos poucos que não reclamam muitoda queda do movimento foi Carlos Cunha, umdos sócios do Panclão, que fica na Rua Gene-ral Venâncio Flores. Ele afirmou que o últimoreajuste que fez no cardápio foi há cerca de ummês. "A freguesia paga com cartão de crédito,e não se queixa dos preços. Ofereço ar condi-cionado, música ambiente e preços dentro darealidade, pois quero mantê-la". Já o restau-rante Sereia de Ipanema, na Prudente deMorais, serve a refeição mais cara entre osrestaurantes de sua categoria: uma pizza muz-zarella média, acompanhada por uma caipirís-sima, e um pudim de sobremesa não sai pormenos de CZ$ 290,00, sem courvert. Pelamesma combinação, no Restaurante Impera-tor, na Avenida Atlântica, com vista para omar, o freguês pagaria CZ$ 65,00 a menos."Precisamos manter nossa freguesia, além dis-so o turista gasta bem", justificou o gerenteJosé Gomes, do Imperator.

Afinal

de contas,

onde se

encontra

o Brasil?

9

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NESTA 3a: O FIM DO GATILHO E O

CONGELAMENTO DE PREÇOS.

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Ricardo Santiago diz que Sunab não temestrutura para fiscalizar o comércio

SEAP espera que os

consumidores defendam

congelamento de preço

Maria Luíza AbbottBRASÍLIA — A defesa do congelamento de preços

decretado pelo governo na última sexta-feira será feita pelopróprio consumidor porque a Superintendência Nacional doAbastecimento (Sunab) não tem estrutura para fiscalizartodos os estabelecimentos comerciais do país. O secretárioespecial de Administração de Preços, Ricardo Santiago,acha que não interessa ao país criar uma Sunab "commilhões de fiscais".

Quem vai fiscalizar é o povo, não precisamos ficaresperando o Estado. A Sunab vai dar o respaldo necessárioao cidadão que apresentar notas fiscais comprovando aburla ao congelamento. Ele pode levar a nota à Sunab que afirma será autuada — disse Santiago.

Lista — O novo secretário da SEAP, que assumiu ocargo na semana passada, começará a partir de hoje umasérie de reuniões com a Sunab, no Rio, para definir a novatabela de preços ao consumidor, que terá 57 produtos e 580itens. A nova tabela repete a última lista que foi divulgadapelo governo em fevereiro, refletindo a média dos preçospraticados na última sexta-feira.

Segundo Santiago, a nova lista da Sunab, que serádivulgada até o final desta semana, servirá como tetomáximo, e os supermercados que estiverem com seus preçosacima da tabela serão obrigados a reduzi-los. Para elaborara tabela, a Sunab levou em conta o projeto Varcjão quelevanta todos os preços praticados no varejo diariamente.

Enquanto a tabela não sai, vale o congelamentodos preços efetivamente praticados na sexta-feira. Os super-mercados e lojas que estiverem com preços em promoçãosão obrigados a mantê-los — garantiu.

Desabastecimento —Para o secretário daSEAP, não haverá os problemas de desabastecimento queocorreram durante o Plano Cruzado. Ele explica que, destavez, o congelamento de preços é por tempo determinado epequeno, as condições de abastecimento são normais e ademanda não está aquecida.

O custo de estocagem, com a taxa de juros alta, vaidesestimular a especulação. O consumidor não vai formarestoques porque o que ele ganha com isto será inferior aorendimento da poupança — acredita.

A carne vai fazer parte da nova tabela de preços daSunab, repetindo a experiência do Plano Cruzado. Naépoca, isto acabou por determinar o desaparecimento doproduto do mercado e o governo foi obrigado a importar acarne, que acabou não chegando.

A demanda de carne, hoje. é menor do que a doano passado, apesar de estarmos na entressalra, quando aoferta cai. A equipe econômica tem sempre presente namemória a experiência do ano passado — lembrou.

O secretário da SEAP entende que qualquer interven-ção no mercado é traumática, mas o governo não vai hesitarem aplicar a Lei Delegada n" 4 — que não deu resultados noano passado — para punir os especuladores. Santiagoconsidera que para o empresário não interessa a intervençãoe, por isso, não haverá remarcações.

Comissões — O governo federal deverá fazerconvênios com os governos estaduais e municipais, criandocomissões para fiscalizar o cumprimento do congelamentode preços. Mesmo assim, ele acha que a Sunab. hoje, estámais aparelhada para controlar o mercado do que estava noPlano Cruzado.

Quarta-feira, em Brasília. Santiago terá uma reuniãocom todos os delegados regionais da Sunab, para transmitiras intruções do governo sobre a forma de atuação durante ocongelamento. Ele orientará os delegados, por exemplo,que os preços dos hortifrutigranjeiros estão fora da lista eterão variação de preços porque e impossível controlar asflutuações determinadas pelo clima.

O Conselho Interministerial de Preços (CIP) deveráficar sem muito trabalho durante a fase de congelamento, deacordo com a expectativa do secretário da SEAP. Istoporque o protocolo de entrada de pedidos de aumentoestará aberto, mas a expectativa é de que o governo nãolibere qualquer aumento neste período.

— Nesta fase. o CIP estará se preparando para odescongelamento, criando as regras de flexibilização dospreços — concluiu.

Supermercados do Rio e SP

explicarão remarcação à PF

/\unimed-rioCOOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

EDITALCONVOCAÇÃO DA ASSEMBLÉIA GERAL

EXTRAORDINÁRIAO Presidente da Ummed-Rio-Cooperativa de Trabalho Medico do

Rio de Janeiro, usando das atribuições conferidas peio Estatuto Social,convoca os 3 452 associados em gozo de seus direitos sociais, para sereunirem em Assembleia Geral Extraordinária Que se realizará em suasede na Rua Capitão Felix n° 34 Bonfica. nesta cidade, no dia 25 delunho de 1987, em primeira convocação às 18 (dezoito) horas, com apresença de 2/3 (dois terços) do numero de associados. Caso não haianúmero legal para a instalação, ficam desde |á convocados para asegunda convocação às 19 (dezenovel horas no mesmo dia e local,com a presença da metade mais 1 (um) do numero total deassociados Persistindo a falta de quorum legal, a assembleia realizar-se-à no mesmo dia e local em terceira e última convocação as 20 30(vinte e trinta) horas com a presença mmima de 10 (dezl associados, afim de deliberar sobre a seguinte ordem do dia novo vaicr do CH

Rio de Janeiro, 15 de junho de 1987(a) Dr Dialma Chastinet ContreirasPresidente

SÁO PAULO — Responsáveis por trêssupermercados do Rio e um de São Paulo (oEldorado) já foram intimados para depor napolícia. Atendendo a um pedido do presidenteJosé Sarney, feito por telefone, no sábado, odiretor do Departamento de Polícia Federal,Romeu Tuma, determinou às superintendên-cias regionais de todo o país que apurassem asdenúncias de remarcação de preços surgidasna Imprensa.

Tuma também está programando paraquarta-feira uma reunião dos superintendentesregionais, em Brasília, para orientá-los sobre aforma de agir. e assim evitar que se burle ocongelamento de preços. Ontem, ele explicou:"O presidente me pediu para agir com firme-za. Eu já mandei circular às superintendênciasregionais orientando sobre isso. Nós vamosagir com firmeza, mas dentro da lei. comserenidade, sem abusos. E, exceto cm caso deflagrantes, que até agora não ocorreram, va-mos trabalhar em contato com os órgãoscitados 110 decreto de sexta-feira, os ministé-rios da Fazenda e do Trabalho e o MinistérioPúblico."

O diretor da Polícia Federal acha que

agora haverá mais condições para a atuação dapolícia e dos órgãos envolvidos na fiscalização,porque o decreto de sexta-feira "corrige umadificuldade" em relação ao que criou o PlanoCruzado.

Ele explica que, no primeiro Plano Cruza-do. os flagrantes caíam, na Justiça, porque alei 1.521, de Economia Popular, fala apenasem tabelamento. Os advogados dos autuadosalegavam que seus clientes não estavam infrin-gindo nenhum tabelamento, já que o congela-mento não se referia especificamente a tabela;-mento. Agora, o decreto do Plano Bresser dizque os preços.congelados comparam-se aos dótabelamento do dia 12 de junho. Portanto,desrespeitá-los fere a lei de Economia Po-pular.

Além disso. Tuma considera que as condi-ções do momento são favoráveis à implantaçãodo plano. "Os preços agora estão atualizados,o que não acontecia antes. Não há razãonenhuma para remarcações". Por essas razõestodas, o diretor da Polícia Federal mostra-seotimista: "Acredito que agora teremos muitomenos problemas do que nas outras ocasiões".

Tasso Marceio

Roberto de Sá Gonçalves inventou o aparelho na oficina de casa !

Aparelho que

reduz consumo

de combustível vende mais

Francisco Luiz Noel

Depois do quinto aumento no preço doscombustíveis em menos de seis meses, embuti-do no novo pacote econômico do governo eanunciado no fim da noite de sexta-feira, apequena oficina caseira do funcionário públicoaposentado Roberto de Sá Gonçalves, 44, naPraia de Sepetiba, está agitada. O telefone nãopára: são dezenas de chamadas diárias, algu-mas de outros estados, em busca de umaparelho inventado por ele há mais de 10 anos— o Q.Métér-I —, que se difunde entre osautomobilistas, nesses tempos de crise, comoúltimo recurso para a economia do álcool e dagasolina.

O inventor garante que até 30% do com-bustível podem ser economizados com o enge-nho — um mini-sistema eletrônico do tamanhode uma pilha grande, com um capacitor devoltagem, instalado entre a bobina e o distri-buidor do motor. O aparelho, ele explica,aumenta a potência da centelha e permite oaproveitamento total da gasolina ou do álcool,com a vantagem adicional de elevar a durabili-dade do carro e reduzir a poluição atmosféri-ca. Roberto, auxiliado por filhos e sobrinhos,lamenta que, diante da procura, esteja produ-zindo apenas 2 mil aparelhos por mês:

—O pessoal está desesperado. Seu eufizesse 20 mil, venderia tudo — diz ele, querecebe pedidos também de São Paulo, Paranáe até do Mato Grosso do Sul. Para não serinterrompido enquanto produz, na oficina im-provisada na garagem de casa, no número 84da Travessa da Floresta, o inventor está pro-movendo entregas do Q.Métér-1 a domicílio,após encomendas pelo telefone 317-7152. Ca-da aparelho, com direito a instalação, feita emapenas dois minutos, custa CZS 450.

Persona non grata — Roberto deSá Gonçalves não esconde que. desde quecomeçou a vender seu invento, em 1973, évisto com reserva e hostilidade pelos represen-tantes da indústria automobilística, entre elesos fabricantes de velas para motores. "Comesta grande retração nas vendas de carros queestá aí. as concessionárias suportam a crisecom a reposição de peças. Se o Q.Métér-I é

usado para aumentar a vida útil do motor e dasvelas, acaba cortando um dos meios de essasempresas ganharem dinheiro", ele observa,para acrescentar: "no fundo, eles têm raiva demim".

O inventor começou a pesquisar a fabrica-ção do aparelho em 72, junto com o pai, umradiotécnico com loja em Marechal Deodoro.depois de ter ganho um engenho semelhantefeito na Alemanha, trazido por um amigo.Roberto morava em Santos, onde trabalhavacomo postalista dos Correios, e conseguiufinalmente produzir o Q.Métér-I em 73. Naépoca, o objetivo era somente facilitar apartida e aumentar a durabilidade do motor,já que a gasolina era barata — tanto a azul(especial) quanto a comum — e o consumonão preocupava aos motoristas. '

— Quando veio a crise do petróleo, come-cei a vender mais: saía com 15 dentro de umasacola, ia pela rua, vendia tudo e voltava,usando o dinheiro para fazer mais 15. Um dia,no centro de Santos, vendi para um dono dejornal e ele me disse: "se for bom. vou te darapoio". E deu mesmo: saiu uma reportagem enão pararam de me procurar mais — conta.

Roberto chegou a montar uma oficina comoito empregados na cidade paulista, depois deconseguir um sócio. Mas descobriu que osaprendizes estavam trabalhando escondido :também para o sócio, que tentou fazer sozinho jo Q.Métér-I e não conseguiu. A trapaça foinotada por Roberto quando, após testar al-guns aparelhos em viaturas militares, do Forte -ítaipu, recebeu mais pedidos, atendidos pelosócio. "Os aparelhos não funcionavam, pois jhaviam sido feitos por ele. e descobri tudo.Nunca mais quis ter sociedade com ninguém". '

De volta ao Rio. em 77. Roberto desen- icantou-se com o mundo dos negócios e deixou >de fabricar o aparelho durante um ano. mas ¦não resistiu: montou a oficina na garagem e. 1no ano passado, criou sua micro-empresa. a jQ.Métér Brasileira Indústria e Comercio.Mas, escaldado pelo prejuízo dado pelo sócio ;santista, preferiu trabalhar apenas com a famí-lia e decidiu nunca tomar empréstimos banca-rios para ampliar a produção. "Imagine se eu |tivesse mudado de idéia durante o Plano ICruzado", tranqüiliza-se. "Estaria falido".

Produção invade mesa da copa— Quando eles começam a trabalhar pra

valer, a casa vira uma bagunça — reclama,orgulhosa, a mulher do inventor do Q.Métér-I,Doroti, 47. que mistura os prazeres de dona-de-casa com os de secretária do marido, aten-dendo aos telefonemas e pedidos crescentes.Na produção, que costuma invadir até a mesada copa. Roberto de Sá Gonçalves mobiliza oscinco filhos — da mais nova. Renata, 10, aomais velho, Ângelo, 18 —, além de doissobrinhos.

Carioca, com a infância dividida entre osbrinquedos feitos em casa e a oficina deradiotécnica do pai. em Marechal Deodoro.Roberto, 44, ex-postalista dos Correios, nuncafez qualquer curso de eletrônica, tendo selimitado a concluir o segundo crau. "Tudo oque sei aprendi com meu pai. Ângelo Gonçal-ves, muito conhecido na região", diz o inven-tor. que se considera apenas cultivador de umhobby.

Roberto afirma que. além do Q.Métér-I,as "coisas utilitárias" têm sua predileção.

Entre as outras invenções está o espelhoretrovisor para capacetes de motociclistas, otriângulo alerta — um sinalizador luminoso,alimentado por pilha ou pela bateria do carro,acoplado na capota por ventosas — e o estepepara motos. Com esta ele está entusiasmado enão poupa a modéstia:

E uma coisa sensacional para o mundotodo: duas rodinhas, como bicicleta de crián-ça. que vão sob o assento e podem sermontadas quando furar um pneu. A motopode andar até a 40 quilômetros por hora, atéo piloto encontrar um socorro.

De todos os seus inventos, Roberto de SáGonçalves patenteou apenas o Q.Métér-I. quetem o registo 38700274 no Instituto Nacionalde Propriedade Industrial, do Ministério daIndústria e do Comércio. A precaução não foigratuita: outros inventores freqüentementeanunciam engenhos semelhantes, que. segun-do Roberto, "não funcionam".

Podem até abrir para copiar, poisou*,material é brasileiro — disse.

S

JORNAL DO BRASIL Economia segunda-feira, 15/6/87 ? ln caderno ? 21

circuito integrado Constituintes negociam acordo para

a reserva

Um grupo a d hoc formado por brasilci-

ros e norte-americanos examinou emsigilo nos últimos meses quais as reais possi-bilidades de investimentos estrangeiros nomercado de informática do Brasil. A conclu-são de que o país dispõe de uma fatia parainvestimentos externos nesta área bemmaior do que pode sugerir uma interpreta-ção da lei da reserva de mercado já chegouàs mãos dos dois principais negociadores docontencioso Brasil/EUA no campo da infor-mática —, o embaixador brasileiro PauloTarso Flecha de Lima e seu colega america-no Clayton Yeutter.

No Itamarati a expectativa c de que odesfecho deste contencioso, com dead-lincpara 30 de junho, será favorável ao Brasil.Os americanos não vão impor sanções co-merciais ao país, na opinião de diplomatasbrasileiros, que apontam, como instrumen-tos que favoreceram o abrandamento dasrelações, a conclusão do grupo paralelo queexaminou os investimentos e, sobretudo, arevisão da lista dâ Cacex dos produtos queexigem autorização prévia da SEI para ím-portação. O único indicador de fato ruimpara o governo brasileiro é o projeto de leide software, que encontra resistência noCongresso Nacional para votação imediata,como foi recomendado.

segura que não concor-rerá a qualquer cargo nanova diretoria, mas par-ticipa da articulação dachapa de oposição.Apoiado pelo presiden-te da Microlab, AntônioDidicr Vianna, CarlosAugusto teve seu nomevetado por empresáriosda entidade, em espe-ciai os representantesdos grandes bancos."Eu estou fora porquejá não queria mesmo",diz ele, acrescentandoque "estou defendendouma tese e não um no-me". Ex-presidente doBanerj, sob intervençãodo Banco Central, Car-los Augusto lamenta oque ele classificou de"cassação branca". Cas-sado ou não. cie assegu-ra que a plataforma quedefende é apoiada pelasempresas cariocas Con-part, Microlab, Medida-ta. Expansão, Moddata,Racimec e Biodala.

Reta finalAté o dia 22 de

junho a Abicomp (As-sociação Brasileira daIndústria de Compu-tadores e Periféricos)registrará chapas parasua nova diretoria. Achapa apoiada pelaatual diretoria já estádefinida. Cláudio Mam-mana (Elebra), na pre-sidência, Flávio Sohn( E d i s a), li a vice-presidência, e JoséGuaranys (Digiponto).na diretoria financeira.Ainda nesta chapa, figu-ram como diretoresIvan da Costa Marques(Cobra). Pietro Biselli(Sistema). Régis Ribei-ro Guimarães (SID), eCarlos Eduardo Corrêada Fonseca (Itautec).Uma outra chapa estásendo articulada porCarlos Rocha (TDA) eCarlos Augusto Rodri-gues Carvalho (Con-part).Carlos Augusto as-

ObstáculosParte do empresariado ligado à Abicomp

levanta obstáculos à presença de Cláudio Mam-mana à frente da entidade. Mammana é apoiadopor suas posições e idéias, de um modo geral,mas há quem considere que ele não tem sufieien-te experiência industrial e nem o savoir-fairenecessário para negociação com o governo. Umnome apontado que atenderia a esses requisitos éo de Luís Guinle, presidente da Elebra Telecon.

SucessoA representação civil no Conselho Nacional

de Informática e Automação (Conin) saiu plena-mente satisfeita da reunião realizada na últimaquarta-feira. O sucesso maior foi da Assespro(Associação das Empresas de Serviços de Infor-mática), que conseguiu que o Conin se pronun-ciasse sobre sua representação contra o ato daSecretaria Especial de Informática (SEI) cmclassificar a GSI (birô de serviços criado a partirda associação da IBM com o grupo Gerdau)como empresa nacional.

A Assespro não queria que sua representa-ção fosse votada ali, "a seco", como assegurou opresidente da entidade, Francisco Ramalho. Aformação de uma comissão do Conin para estu-dar a matéria foi votada por unanimidade pelasentidades civis presentes, pois ficou entendidoque, se a ação da Assespro fosse votada naquelahora, o resultado poderia basear-se não nosprincípios da lei de informática, mas nas pressõesexternas. Com a solução encontrada pelo minis-tro Renato Archer, a Assespro acredita que, porfim, o governo vai definir se a joint-venturetecnológica pode ou não ser considerada empresanacional. Certamente algum tempo depois de 30de junho, quando deverá ser encerrado o conten-cioso Brasil/EUA no campo da informática.

Tudo em "C"

Cipó e Caipirasão os nomes dos doisprodutos novos que acasa de software cario-ca Módulo Consultoriae Informática já estácomercializando nomercado. O Cipó é umsistema de transmissãode dados que permiteligar micros completa-mente incompatíveisentre si, de oito, 16 e32 bits. Seu segredo éque ele é todo escritona linguagem "C",presente em qualquertipo de micro, que secaracteriza pela porta-bilidade. Custa 33OTN (CZ$ 8 mil 300,pela projeção do valorde junho). O Caipira éum programa que pro-tege outros programasde computador contra

Bem-vindoA conversão de parte da dívida externa em

investimentos de risco no Brasil, em setores detecnologia de ponta, entre eles o de informática,como declarou-se publicamente interessado oCiticorp, é uma boa medida. Esta é a opinião dopresidente da Abicomp, Antônio Mesquita,"desde

que mantido o limite dos 30% nas empre-sas de informática, como manda a lei". "Estedinheiro não é carimbado; não tem ideologia",comentou ele.

Cristina Chacel

fowj

a pirataria, através dosrecursos da criptogra-fia. Seu preço, por có-pia protegida, é CZ$400.

Ainda é cedo para vislumbrar se a novaConstituição brasileira indicará a incopstitucio-nalidade da lei da reserva de mercado para ainformática e seu conceito de empresa nacional.Mesmo com a ação dos moderados que aprova-ram substitutivos na Comissão da Ordem Eco-nômica. modificando integralmente o relatóriodo senador Severo Gomes, e com o duro jogodas forças progressistas e conservadoras, que seconfrontam diante do relatório do deputadoArtur da Távola, na Comissão da Família, daEducação, Cultura e Esportes, da Ciência eTecnologia c da Comunicação.

O secretário-geral do Movimento Brasil In-formática (MBI), Milton Seligman, que no últi-mo sábado assistiu a um duro enfrentamentoentre os constituintes no capítulo da ciência etecnologia, assegurou ontem que os travesseirosde uma noite bem dormida aconselharam osconstituintes a adotarem uma postura de maiortransigência para a perseguição de um acordo."Até às 14 horas de hoje (ontem)", disse ele,"notava-se um grande interesse de todos oslados no sentido de buscar um acordo"."Mesmo que o resultado seja a nosso fa-vor", observou Seligman, à frente de umaentidade que reúne algumas associações, entreelas a Abicomp e a APPD. todas defensoras domodelo de informática vigente, "não nos inte-ressa uma Constituição eleita por uma maioriaprecária, de 60% dos constituintes". Ele justifi-ca que "60% da sociedade não têm o direito deprevalecer sobre 40%. porque isso é muitagente".

Na opinião de Milton Seligman, "a reservade mercado sozinha c inócua", uma vez que elase insere em um complexo de medidas para queo país seja "moderno, soberano, independente,socialmente justo c democrático". Segundo ele.as comissões da Constituinte têm apresentado

divergências que não avançam por sobre osproblemas políticos e as grandes lideranças doCongresso precisam estabelecer princípios co-muns.

— É como um sapato apertado para umasociedade que tem um movimento social muitointenso. Então, falar sobre reserva de mercadoem uma Constituinte que. por exemplo, nega areforma agrária foge ao conjunto da moderniza-ção que objetivamos — comentou.

O secretário-geral do MBI diz ainda que àAssembléia Nacional Constituinte cabe promo-ver um grande pacto das forças políticas do país,como forma de superar a gravíssima crise socialinstalada no país e, por decorrência, toda aproblemática econômica. "Hoje as posturas jásão de transigência na perseguição de um acordoque seja capaz de transitar desta situação ruimpara uma situação mais razoável para a soluçãodos problemas sociais", acrescentou.

Para ele, as vitórias obtidas com maioriaprecária levam a questões secundárias, c esta ésua grande preocupação. "Estamos cm meio auma tempestade onde o navio começa a enten-der a necessidade de eleger um rumo para evitaro naufrágio", comentou. O cerne das divergên-cias cm torno do estabelecimento ou não doinstrumento da reserva de mercado na novaCarta é quanto à definição do que seja "tecnolo-gia nacional".

Todos são a favor de enquadrar o mercado,na Constituição, como patrimônio nacional. Asposições de centro da Assembléia NacionalConstituinte entendem que "tecnologia nacio-nal" pode ser gerada através de joint-ventures(associação do capital nacional com o estrangei-ro) ou até mesmo pelo capital estrangeiro majo-ritário.

Modelo propicia vida melhor

O mercado brasileiro deve ser utilizadopara a formação de uma base econômica sobrea qual se construa um processo que gereoportunidade de melhoria de trabalho e decondições de vida para a população brasileira.É com base neste argumento que o presidenteda estatal da informática, a Cobra Compu-tadores, Ivan da Costa Marques, defendecomo justa a inclusão do instrumento dareserva de mercado na nova Constituição dopaís."É claro que existe quem pense que areserva dc mercado é muito específica paraconstar da Constituição", observa ele, "umavez que a Constituição deve ser a mais simplespossível para ter vida longa". O presidente daCobra acredita, entretanto, que não é justoque empresas estrangeiras tenham o acesso aomercado brasileiro assegurado constitucional-mente, pois "ao se organizarem para produzirno Brasil elas não privilegiam o mercado detrabalho do país, em quantidade e qualidade,na mesma proporção de suas matrizes".

Nacionalista convicto e um dos articulado-res do modelo de informática vigente no país,Ivan da Costa Marques acredita que "o paístem condições de bancar este modelo interna-cionalmentc". Em sua opinião,"depende 98%de nós e 2% de influências externas e aspressões são ineficazes, salvo quando elasencontram guarida entre nós, pois esta ques-tão se resolve internamente".' Até mesmo em relação às joint-venturesna área de informática — a associação deempresas nacionais com estrangeiras — opresidente da Cobra considera desnecessárias

para o desenvolvimento tecnológico do pais.Costa Marques cita. entre essas alternati-

vas, a contratação de técnicos estrangeiros,para trabalharem nas empresas brasileiras e oscontratos de transferência de tecnologias.. ."Uma empresa madura tem condições paraalugar uma suíte em São Francisco, por exem- -pio, e botar um anúncio no jornal para acontratação de técnicos, o que acaba saindomais barato do que as joint-ventures e c maiseficaz", diz.

Para as empresas nacionais de menor por-te, o presidente da Cobra recomenda comoalternativa às joint-ventures os contratos detransferência de tecnologias externas, dianteda impossibilidade de investirem em seus pró-prios produtos. Sob o ponto de vista interno.Costa Marques defende a cooperação entre asempresas nacionais, com o objetivo de reduzir 'os custos de desenvolvimentos tecnológicos ecompartilhar os poucos técnicos qualificados,',de que o país dispõe.

O mercado brasileiro de informática, nasua visão, foi dividido ao meio: "Existe umametade reservada, na qual atuam 300 empre-'-'sas, de todos os portes, e onde o ambiente éextremamente dinâmico, pois morrem umas enascem outras; existe uma metade livre, naqual atuam seis empresas estrangeiras e ondeesse dinamismo não se apresenta; a entrada na .metade reservada é muito barata c qualquerum pode pagar; a entrada na metade livre étão cara que só entra o capital estrangeiro;então, qual é a metade reservada e qual é a.livre?", pergunta ele.

País pode sofrer desgaste Unisys alerta para "gap ??

Se os constituintes brasileiros estabeleceremo instrumento da reserva de mercado na novaConstituição, o país enfrentará um enorme des-gaste junto aos organismos internacionais', comoo GATT (Acordo Geral de Tarifas dc Comér-cio), que só aceitam medidas protecionistas decaráter transitório. Esta é uma convicção dealgumas empresas multinacionais do setor deinformática.

Executivos da IBM Brasil, por exemplo,acham desnecessário o estabelecimento da re-serva de mercado na Constituição, uma vez quejá vigora no país uma lei ordinária. Consideramtambém que esta decisão política acabará porafastar ainda mais os investimentos estrangeirosno Brasil. Tocar nestes temas dentro dc umaempresa como a IBM, entretanto, exige extremacautela.

Como empresa estrangeira, a IBM adota apostura de não comentar explicitamente a políti-

ca brasileira para a área dc informática, querestringe sua atuação no mercado. O temor dcseus executivos é de que as criticas ao modelo dcdesenvolvimento adotado no país para o setorvenham a ser interpretadas como uma interfe-rência.

Mas a empresa não abstém-se dc marcar suaposição quando chamada a opinar, seja pelogoverno ou por parlamentares que estão traba-lhando na nova Constituição. "Achamos que,como líderes de tecnologia", admite uma fontegabaritada da companhia, "temos uma contri-buição a dar".

Um analista de mercado da IBM observaque a indústria brasileira de informática nãoprecisaria viver as dificuldades que seus empre-sários proclamam. "A demanda brasileira éenorme", comenta, "mas o mercado tem que sergerado com a prática de preços compatíveis como poder de compra da sociedade".

A reserva de mercado em setores de altatecnologia c a estabilidade no emprego irãodesestimular novos investimentos estrangeirosno Brasil c aumentar a defasagem tecnológicaem relação às nações mais desenvolvidas. Esteé o alerta do diretor de Relações Externas daUnisys Eletrônica (empresa resultante da fu-são da Burroughs com a Sperry), Georg Herz,que observa que desde o ano passado seconfigura um influxo dc capital em muitossetores industriais.

Para o diretor de Relações Externas daUnisys, a adoção de práticas protecionistas naConstituição pode prejudicar o desenvolvi-mento brasileiro no próximos anos. por se darnum momento em que a maioria dos países domundo está abrindo seu mercado a novosinvestimentos nacionais e estrangeiros. "De-corridos 10 anos de reserva dc mercado",

comenta Herz. "o país ainda não atingiu aauto-suficiência na produção dc insumos bási-cos. Continuamos na dependência da importa-ção dos circuitos integrados. A indústria nacio-nal não pode ser mais considerada embrioná-ria. Tem lucros acumulados mas não trouxe aauto-suficiência tecnológica nem avanços nes-sa área".

Para sugerir a adoção de dispositivos maisflexíveis que a reserva de mercado pela Consti-tuição. Herz cita o empresário Antônio Ermí-nio de Morais, que considera "proteção emexcesso para a área industrial como mesadademais para filho incompetente". O diretor deRelações Externas da Unisys pede uma me-lhor avaliação da reserva de mercado por partedos deputados constituintes e pergunta:"Quem é o principal beneficiado? O público, asociedade brasileira , ou apenas os grupos queusufruem da condição protecionista?"

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PUC promove no Rio debate sobre

sistema de comunicação de dados

Os mais avançados recursos tecnológicospara a comunicação de dados estarão sendodebatidos no Rio, de 22 a 25 de junho, noHotel Intercontinental. Trata-se da III Inter-national Conference on Data CommunicationsSystems and their Performances, um congres-so internacional em comunicação de dados,que está sendo organizado pela PUC do Rio, aEcole Nationale Superieure des Telecomuni-cations e a Universite Pierre et Marie Curíe(MASI).

Este encontro, que já reuniu pesquisado-res internacionais em Paris (1981) e Zurich(19S4), conta com o apoio de órgãos interna-cionais como o International Federation forInformation Processing (IFIP) e o Institute otElectrical and Electronic Engineers (IEEE) eé patrocinado pelo CNPq e pela IBM Brasil. Oobjetivo do congresso, de acordo com o pro-fessor Edmundo de Souza e Silva, da PUC, umdos organizadores, é reunir para o debateespecialistas de universidades e centros depesquisas de todo o mundo.

Já estão confirmadas presenças de pesqui-sadores da França, Itália, Suíça, Estados Uni-dos, Bélgica, Japão, Canadá e Alemanha,além de cientistas de grandes laboratórios decompanhias como a IBM, a AT&T, CentroNacional de Estudos cm Telecomunicações daFrança (CNET), e a empresa estatal italianade telecomunicações Italtel.

Em uma reunião realizada em dezembropassado em Houston, Texas, foram seleciona-dos 36 trabalhos de pesquisadores de todo omundo que serão apresentados nos dias 23, 24e 25 de junho. Na abertura do congresso, nodia 22. os interessados poderão participar dedois cursos, mediante pagamento de uma taxade USS 190, em cruzados, pelo câmbio oficial.Os cursos são ISDN: evolution alternativo andstate of the art, que será ministrado peloprofessor Mário Geria, da Universidade daCalifórnia de Los Angeles (UCLA); e DataCommunications Protocols. ministrado peloprofessor Hubert Zimmermann, da CNET, daFrança.

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InstrutorJORGE MARMION STUS

Mestre em análise desistemas pela Universidade

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Instrutor:Jorge Marmion Stus éconsultor da SCI nas áreasde Banco de Dados,ferramentas de 4? geraçãoe metodologias dedesenvolvimento desistemas. Formado emanálise de sistemasna Faculdade de Engenhariada Universidade Nacionaldo Uruguai.

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22 ? 1" caderno ? segunda-feira, 15/6/87 Economia JORNAL DO BRASIL

Bolso

Dólar, ouro e

Bolsas ganham

com a mudança

Cristina Calmou

Apesar tios desmentidos do governo quaseque diários quanto a um congelamento de preços,os mercados de risco registraram com antecipaçãoo anúncio na sexta-feira do Plano Bresser. Oouro. o dólar e as bolsas de valores subiramacentuaclamcnte. dando exccicntcs ganhos aosinvestidores. Vieram do mercado paralelo osprimeiros sinais de que haveria um novo choquena economia, com mudanças importantes na poli-tica cambial. Com isso. o btuck acumulou umavalorização de 17.S5rr. fechando a semana cotadoa CZ$ 49.5(1.

O melhor ganho no período foi do ouro.favorecido principalmente com a alta verificadano mercado internacional, a partir de boatosquanto à possibilidade de o novo presidente doFederal Reserve Board (o Banco Central america-no) desvalorizar o dólar em 309f. No mercadointerno, subiu pressionado pelo paralelo e emconseqüência das expectativas de mudanças naeconomia, dando um ganho para os investidores,cm comparação à semana passada, de 26,27%.com o grama fechando cotado a CZS 750.

As bolsas de valores, muito beneficiadas noinício ilo Plano Cruzado com o congelamento ejuros negativos, reagiram acentuadamentc desdequinta-feira, na expectativa de novos ganhos. NoRio. a alta foi de 12.41 Tí- e cm São Paulo de13.9'V . com um volume de negócios elevado.Mesmo desta vez o governo garantindo que osjuros reais ficarão elevados, para os investidores,mais preocupados com valores absolutos (nomi-nais). a redução prevista na parte da correçãomonetária poderá canalizar um volume adicionalde recursos para o mercado acionário, de acordocom previsão do diretor da Ney Carvalho. LuizArthur Corrêa.

Sobre Vale do Rio Doce. especificamente,esclareceu que a empresa será prejudicada com avalorização do dólar em relação ao cruzado, jáque tem grande parte de sua dívida nessa moeda.L-: isso explicaria a queda do papel no mercado deopções e também à vista, disse o corretor.

Na sexta-feira, quando os jornais já estampa-

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CDB Poupança Over BVRJ Bovespa Dólar Ouro

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vam notícias sobre o nevo pacote e o noticiáriodas televisões já confirmava algumas medidas, asbolsas refletiram de imediato o nervosismo daexpectativa. Os preços dos papéis oscilaram mui-to, o volume de negócios cresceu, as linhastelefônicas diretas com a: corretoras ficaram con-gestionadas e os operadores não paravam dereceber ordens. Às 1 !h30min de sexta-feira, já eratido como certo o anúncio das novas medidaseconômicas. Profissionais de mercado e grandesinvestidores se posicionaram para, na terça-feira,terem grandes ganhos, caso a alta prevista seconfirme.

O ovcrnighl. que fechou o mês financeirocom uma taxa efetiva de 23.44Cf. superando ainflação de 23,21% anunciada pelo IBGE na

sexta-feira, deu um rendimento para os aplicado-res na semana de 5.23%, com base em uma taxamês na faixa dos 30%. correspondente a 0.97% aodia. Com isso as cadernetas de poupança teórica-mente tiveram uma remuneração, no período, de5.36%. No mês de maio. mas só agora divulgado,os depósitos foram remunerados com uma taxa de24,06% (sendo 23.44% por conta da variação dasLetras do Banco Central e 0,5% de juros men-sais).

Os certificados de depósitos bancários pós-fixados estavam sendo emitidos com juros reais(além da variação da inflação) de 14% ao ano, oque representa para os aplicadorcs uma rentabili-dade na semana de 5.42% líquidos (já descontadoo imposto de renda de 35% sobre os juros).

en market

continua isento

de tributaçãoAs medidas anunciadas pelo governo na

sexta-feira não prejudicarão os investimentos enem alteram, na essência, as regras dos mercados.As cadernetas de poupança continuam com jurosde 6% mais correção monetária, calculada agorapela variação da OTN (Obrigação do TesouroNacional) ou 1PC (Índice de Preços ao Consumi-dor), o que for maior. A LBC — Letra do BancoCentral não serve mais como referência para ascadernetas, pois é intenção do governo de fazercom que esse título, negociado diariamente nomercado financeiro, passe a ter uma taxa de jurosreal.

O mercado financeiro não sofreu qualquertaxação adicional, com os negócios no opcniiKirkci mantidos normalmente. As operações decurtíssimo prazo (owrnight) garantidas por LBCcontinuam isentas de tributação na fonte, rendeu-do praticamente igual à taxa de inflação, 110período da aplicação. Já os financiamentos 01 cr-nighl em Obrigações do Tesouro Nacional ouEstadual permanecem com tributação de 40% 11afonte, só sendo vantajosos para empresas, quepodem abater do imposto de renda devido.

As bolsas de valores, com a manutenção dacorreção monetária para os investimentos emrenda fixa. não se beneficiam tanto com o conge-lamento dos preços. Vão reagir 11a mesma medidaem que as empresas se comportarem, a partir donovo pacote econômico, a ser complementadocom medidas de caráter macroeconômico 11a pró-xima semana. Desta vez o mercado acionário nãoaparece como a única alternativa atraente, poisalém das demais não terem sido afetadas, aeconomia, e. portanto, as empresas com açõesnegociadas em bolsa, sofrem com a recessão einflação.

A grande dúvida está relacionada com con-tratos (empréstimos, financiamentos e dívidasprefixadas) e investimentos cm papéis de rendafixa prefixados, como letras de câmbio e CDB.Em princípio, a tabela de deflação com redutor de15'í ao mês não prejudicará o mercado financei-ro: financeiras não perdem, os investidores tam-bém não e os tomadores de empréstimos tampou-co. Com um fator diário desagiará a 1,00467 aodia (15^; ao mês) todos os compromissos prefixa-dos. pois embutiam uma previsão inflacionáriaque não mais ocorrerá.

Negócios com o ouro

motivam distribuidoraSAO PAULO — Acaba de surgir uma nova

marca de barra de ouro no mercado financeiro. AAtual Distribuidora de TíUilos e Valores, sediadaem São Paulo, é a primeira distribuidora a impri-mir seu logotipo numa barra de ouro fundida pelaDegussa. credenciada pelas duas bolsas de merca-dorias de São Paulo. Até agora, apenas duascorretoras, além das fundidoras e de bancoscustodiantes. tinham marcas impressas em barrasde ouro.

A ofensiva da Atual, segundo Roberto Sou-za Barros. coincide com o crescimento vertiginosodos volumes operados nas bolsas nas últimassemanas. Com 25% do mercado, operando ape-nas no atacado, Souza Barros achou ter chegado ahora de colocar a marca atual sobre barras deouro.

Segundo Souza Barros. o que está provocamdo o aumento do volume negociado nas bolsas é ofato de muitas empresas terem começado a ver oinvestimento em ouro uma alternativa de movi-mentação financeira para seu capital. A dimensãodo mercado brasileiro de ouro hoje alcança de 250a 350 quilos negociados à vista no balcão dasfundidoras e de cerca de 1.00(1 quilos ao dia nospregões de spot das Bolsas de Mercadorias de SãoPaulo e na Bolsa Mercantil e (comercial) deFuturos.

BC terá de indicar hoje a

taxa que paga

o "overnight55

Amanhã, primeiro dia útil após a adoção doPlano Bresser, as instituições financeiras nãodarão um passo na captação de recursos o ver-niglu. para financiar suas carteiras de títulos, semque o Banco Centra! sinalize qual deve ser. daquipara a frente, a taxa de juros que serve de basepara todos os contratos da economia. A previsão éque caia. em termos absolutos, de 30% ao mêspara algo em torno de 15 a 20% ao mês, analisa odiretor da Corretora Ney Carvalho, Luiz ArthurCorreia.

O mais provável é que fique 110 primeiromomento na faixa dos 20% ao mês, o que daria,descontando os fins de semana, uma taxa efetivaao fim de um mês de 15%. A queda ocorrerá,contudo, em termos nominais (considerando ainflação), pois em termos reais a previsão dogoverno é de que suba, para desestimular aespeculação com estoques e mercadorias e incen-tivar a formação de poupança.

Se até a semana passada a taxa era elevada— em 30 dias encerrados na sexta-feira, osaplicadorcs tiveram um retorno de 23.44% para23,21 % de inflação — o juro real na realidade não

chegava a 1% ao mês, no opcn murket. Mas comoos aplicadorcs 110 Brasil. lembra Luiz ArthurCorreia, gostam de raciocinar em taxas absolutas,pode ocorrer uma fuga de recursos do mercadofinanceiro para o mercado de capitais ou de risco.Mas o importante, diz ele, é a taxa real. a quesupera a inflação e é isso que deve ocorrer daquipara frente, como forma do governo não incorrer110 mesmo erro do Plano Cruzado, quando traba-lliou com juros praticamente negativos, estimu-lando a demanda e esvaziando a poupança.

Uma fonte do Ministério da Fazenda garan-tiu, 110 fim de semana, que a intenção do governoé de trabalhar com juro real anual de 60% além dacorreção monetária. O difícil será o investidorentender que mesmo a taxa caindo de 1% ao diapara 0,67%, estará ganhando mais, em termosreais, do que antes, pois a inflação será bemmenor.

De qualquer forma, só nesta terça-feira, composse dos dados sobre a previsão inflacionáriapara junho, é que o Banco Central definirá a taxade juros para o opcn murket, hoje a grandeincógnita 110 mercado financeiro.

Tabela de deflação sai amanhã

Corretora pode

perder dinheiro

com prefixadoA tabela de deflação, que o governo deve

divulgar amanhã, para reduzir em 15% ao mêstodos os contratos que embutiam uma previ-são inflacionária, poderá vir a ser questionadana Justiça por instituições financeiras, princi-palmente as que atuam nos mercados futurosde mercadorias ou índices. 011 mesmo emopções de compra de ações. O uso do fatordeflator em operações futuras, onde o riscoembutido é o principal ingrediente dos nego-cios, pode favorecer enormemente todos os

que estejam em posições de compra, prejudi-cando os vendedores.Isto porque, 11a formação de um contrato

futuro, estão embutidas uma previsão de juros(ou inflação) e também a expectativa do preçodo produto em uma data posterior. Não estáembutida apenas a inflação, não cabendo,portanto, uma deflação. Alguns corretores,inclusive, argumentam que, como não houvemudança na moeda (permanece o cruzado),não está juridicamente correto determinar ouso de um fator diário de deflação (1.00467).Até porque isto pode representar uma quedacompulsória 110 preço de uma mercadorianegociada a futuro, quando o preço à vistapode subir normalmente, mesmo não havendouma inflação.

Cartilha diz

como calcular

nova prestação

governo deve definir, entre hoje eamanhã, inclusive divulgando uma cartilhade esclarecimento à população sobre asmedidas em geral do Plano Bresser. comodeverá ser usada a tabela de deflação, paratodos os contratos, títulos e obrigações efe-tuadas com taxas de juros prefixadas. Ofator deflator inicial, de 1.00467 diário ecumulativo, trará uma redução de 15% aomês nos valores contratados. A data previstapelo decreto lei para entrada em vigor dofator deflator é 16 de junho, mas como atabela oficial ainda não foi divulgada, hádúvidas se já seria aplicado amanhã.

itulos prefixados, crédito direto aoconsumidor, empréstimos pessoais, presta-ções de automóveis, compras a prazo com

juros embutidos, contratos futuros serãoregidos pela tabela de deflação, segundoinformou o governo. Contas em geral, comocarnes escolares, luz, gás, telefone, comprascom cartão de crédito mas pagas na data devencimento (sem juros), devem ser pagasnormalmente, sem uso da tabela.

A diferença do deflator para a tablita(tabela de conversão) divulgada logo após oPlano Cruzado é que o pacote econômico doministro da Fazenda, Luiz Carlos BresserPereira, não incluiu mudança 110 padrãomonetário. Logo não pode ser aplicadoindiscriminadamente a toda a economia,pois não retrata a desvalorização do cruza-do. mas sim que havia uma previsão inflado-nária embutida em alguns contratos que nãomais se concretizará.

Para saber como usar o fator deflator,basta saber o valor do compromisso a quitar edividir pelo índice determinado pelo governopara o dia do vencimento do contrato. Dessaforma, se uma prestação de um eletrodomésti-co. 110 valor de CZS 1,5(K), vencer no 1" dia databela, o fator de divisão será 1.00467, baixan-do para CZS 1.493,02 o valor da parcela. Sevencer ao final de 30 dias, dividirá por1.150,01, o que dará CZS 1.304,33.

Analistas das

Bolsas sugerem

muita cautelaAs Bolsas de Valores do Rio de Janeiro e de

São Paulo deverão começar esta semana commuitos negócios e forte tendência de alta. Porém,todo cuidado é pouco. Os analistas de mercadolembram que pode se repetir um filme já visto.Logo após o anúncio do Plano Cruzado o mercadooperou em alta de 54,65% no Rio e 90.91% emSão Paulo no mês de março, mas poucos mesesdepois o volume de negócios despencou e ospreços das ações caíram a níveis assustadores.

A hora é de muita cautela, aconselham osanalistas. Eles advertem que as Bolsas já deve-riam operar em alta esta semana, mesmo sem oanúncio do novo pacote econômico. É que nestaterça-feira vencem os contratos de vencimento dasopções na Bolsa de São Paulo, com as opções daPetrobrás como carro-chefe, e na próxima semanaserá a vez do vencimento das opções no Rio. Agrande dúvida é se o mercado de ações irásustentar esta tendência de alta ou voltará aoperar em baixa, como nos últimos meses.

Roberto Terziani. diretor da Capitaltec e ex-presidente da Associação Brasileira dos Analistasde Mercado de Capitais (Abamec), acredita queos investidores deverão começar a voltar para asBolsas de Valores esta semana, depois de terem serefugiado um longo período em mercados que aomenos garantiam a taxa de inflação, como 0 opcne o de renda fixa. "Agora, ao menos, já há umplano macroeconômico e o clima de incertezastende a diminuir", observa.

Este rcflu.xo de capital para o mercado deações ainda deverá encontrar alguns papéiscom preços muito baixos. Mas Álvaro Bandci-ra, diretor da Interunion. lembra que na con-tramáo destes investimentos que irão aportarno mercado de capitais, poderá haver umaverdadeira corrida de aplicadorcs interessadosem venderem suas ações, ultimamente comcotações muito baixas. A experiência amargavivida logo após os primeiros meses de euforiado Plano Cruzado não foi esquecida pelosinvestidores do mercado de ações. E. o maisprovável, é que ninguém espere os preçossubirem por muito tempo, sob o risco deacabarem perdendo boas oportunidades denegócios, caso as Bolsas despenquem.

Os analistas estão certos de que o merca-

do de ações só irá manter esta alta inicial, casoo Plano Bresser faça, realmente, efeito. Porenquanto, ainda não há nenhuma garantia deque o Governo irá conter seus gastos, que ataxa de inflação irá cair. e muito menos que ocongelamento de preços será respeitado. Astaxas de juros nominais deverão cair. mas astaxas de juros reais irão se manter nos níveisatuais ou. até mesmo, subir.

Conforme já foi visto na ultima semana,as empresas com tradição no mercado externodeverão continuar em alta. Principalmente asque tiverem pouco endividamento externo einterno e mostrarem fôlego para atravessar ocongelamento 110 mercado doméstico. Assim,os papéis da Paranapanema c Petrobrás deve-rão se manter em alta. sem esquecer as empre-sas exportadoras de produtos primários comosoja e café.

Mas o anúncio oficial de que o Governonão irá mais patrocinar grandes obras, como aFerrovia Norte-Sul c investimentos de peso nasáreas siderúrgica e petroquímica, deverá acen-tuar. ainda mais, a queda de ações dos setoresde bens de capital, siderurgia e construção.Álvaro Bandeira, da Interunion, frisa que asBolsas só irão se manter em alta se o PlanoBresser for realmente um sucesso. "O compor-tamento do mercado de ações irá dependeragora de como o Governo for administrar onovo Plano", acrescenta Roberto Terziani. daCapitaltec.

Novo congelamento — Bom 011ruim para as empresas e para o mercado? Essaé uma questão que vai poder ser avaliadaapenas depois de alguns dias de estudo sobre asmedidas contidas 110 novo pacote. A preocupa-ção na análise desta vez vai ser redobrada.Escaldados pela experiência do Plano Cruza-do. os analistas de mercado em São Paulo nãoquerem voltar a incorrer na onda triunfalista,que assolou o país em março do ano passado.

Assim, eles preferiram encarar as altasdos pregões de ações na quinta e na sexta-feirapassadas, como de reflexos de movimentosespeculativos ligados ao mercado de opções.Por enquanto, nenhum corretor conseguiu lo-calizar um ponto de ruptura na tendência dequeda a longo prazo que o mercado de açõesvem vivendo desde meados de 1986. O novopacote, antes de mais nada. vai tornar opróximo vencimento de opções, amanhã, umarara oportunidade para muitas surpresas.

Rentabilidade dos fundos

Renda Fixa

América do SulArbi-PalrtmôntoAymorôBamerindusBancocidade (01)BandeirantesBanospaBanestadoBanostesBank ol BostonBanortinvestBanqueirozBanrisul CBRFBB Ourofix (04)BCN Pro RendaBMGBNL-DenasaBoavisla CZSBozano CondomínioBradescoChase FlexinvestCIN NacionalCltinvestConta BMCCredibancoCredireal SCICrefisul Maxi R FixaCSC 7Deiapieve CidelDibranDIGEldoradoEstructuraF BarretoFiatFie BradescoFidep— Ronda Fixa (06)Fidesa—NMB BankFinanceiroFinasaFinmvest Cta e Renda (02)Fiv UnibancoFix BanerjGeralfixHMHoldinvestInvesplan—CEIInvest-RendalochpeItau Money MarketLloydsMaglianoMarkaMatoneMeridionalMontrealbank CondomínioMoradaMultiplicNoroeste FNINovo Norte (03)OmegaOpenPaulo WillemsensPillainvestPrime PrefixRenda RealRuralSafra Renda FixaSibisaSogeral (05)Souza BarrosSudamensTorramarThecaTOTAL

Patrlm. ValorLiquido da CotaCzS CzSMil Mil1 469 318.2 4.1275981.08755081.447.634.3 7.41644458823.7 3.6674452.772.4 0.0286731.937,0 4,753461.774,5 1.54910484 908.8 0,2229581.466.6 30.1589195 224 3.218294221 030.1 0.649064324,7 2.89921474.537.1 2,60516481 651.6 14.2137.939.6 3.136811 248.9 6.61530467 626.1 3,315317424 505 0.41530183 652,8 1.536619563.218.3 199.159493 332,0 2.264116429 992.1 1.2444023.930 016.2 2.91545390.443.2 2.585425379 201 0.638939180.5 2.17945 351,1 0.2862362.734.968.4 199.60745880 202.8 6.46054519 0997 37.645842.144.9 0.007535117.3 0.10600210 369.8 508.75163 922.5 0.4663695 449.7 4.17941342 871.6 0.6494151.030.6 2,278377213694.2 820.3914119 462,3 42,96276297 640,9 0,872165149.872,7 24.394469485 142,3 2.5504213408.4 0.7869189 471,8 6.700516 061,6 2.617273990,5 0.364089402,2 4.6954352.131.3 75.965167.558.1 1,727331 967 294.0 2.68841391 420,9 54,6528341 817.0 98.960113271,7 7,1038568554,0 0.2107265 065.0 0.32798888014.8 104.564.1 2.00711455 822.7 41,656539143 541.0 278.25013 845.6 0.346458 399.5 95,1823815.302.5 100.686564821.1 8.527975103 564,3 3.6841723.921.6 715.219910696.7 23.7171216464.7 4.3033 701 778.9 0.5715762526,5 25.273749.4 2 122.43383.2 0.08943115 764.3 25.3756722 748.22 385.269032215.5 5.986124 075 193.7

Rentab.Acum.no Méa%8.158,076,207.318.247,468.268.307,647.668,997,929.678.237.808.138.118.417.728.158.108.139,138.519.008.919.087.968.38

8.269.158.488.908,509.119.198.688.529,238.198.22

8.138.258.727.658.828.267.788.497.787.707.788.778.037.318.238.808.267.758.747.968.994.958.46

Rentab.Acum.No Ano%134.41138,9584.72118.24130.75110.03127.84184.53119.48126,66113.95140.82146.8442.10127.46114.0121.04138.62127.42130.01142.66144.84131,36138,58133.51113.84131.46130.20115.4116.96130.71123.05134.89128.83123.54157,05122.16130.50127.17128.43131.58126.92128.75136.72120.85121.18125,56107.51112.83136.84131.63125.14103,36123.84136.72121.61127.67128.49115.14131.5023.03128.16124.00128.74131.38128 88141.08124.9750.82112.54114.41116.10101.43

Delapievo-lnvestidelDtbranDIG AçõesDigibancoEconômicoEldoradoEliteEstructuraFAN NacionalFIATFIC BradescoFidepFiaesa NMB BankFinasaFininvest AçõesFMALBGarantiaGeral do ComércioGeraldo Corrêa (03)HMIncisaIndustrialInter-AtlânticoInvesplan Clllochpe AçõesItauaçôesItau Capital MarketLiborLloydsLo|icred AçõesMB Plus (01)Mercantil do BrasilMercaplanMeridional AçõesMerkinvestMilMisas»MontrealbankMontrealbank AçõesMoradaMulti-BancoMultiplicMultiplic 751Nacional AçõesNoroeste CNANoroeste FNAOmega AçõesOpenPaulo WillemsensPillainvest AçõesPillainvest CondomínioPortinvestPrimePrimusRealReahnvestReaimaisRizzoRuralSatra AçõesSanbrasSchahin Cury-FASCSegundadoSibisaSogeralSouza BarrosTerramar AçõesTheca de AçõesTorremolinosUnibancoTOTAL(01) Ex-Mercantil Ações(02) Ex-Cidade de São Paulo

39 201.63.300.21.205.34 527.7356497.1403.424 887.42.980.0793 930.21 005,1366 653.154 791.98.575.8552.856.54 619,2188 804.132.098,060 494.1601.6864.74 378.259 594,92.063.33 861.7118 525.1694 385.03 533.757.5

7.04618.473541.33970,4570.8940880.022385485.733.8766961.1980092,523880,050859852.37796.0591.0909731.28946620.34%8.18873167.113610.99913687 58856520.154531.173.69043,510951I.104777.790512II.01678

(13.32)(2.35)(3,18)(6.76)(2.54)(8.64)1.83(2.36)(7.17)(6.79)(5.12)5.92(8.22)(8.53)(5.01)(9.78)(6.05)(1.80)(4.43)(9.97)(5.91)(11.17)(11.28)(4.45)

13328.9 6.820992 (8,914 614.1194 142.7

319 288.25 870.0

0,35471,07031,639281,17929

(4.55)(9,46)(12.92)(8.63)

944.8 16 39295 (5 08)131 166.5 1.93 (11.14)103 619.1 46.205 (9,87)573.7 2,38557 (8.70)162 123,9 764.636153 (7,22)108 228 01 827,007525 (6,21)38 107,1 90.389431 (1,1.30)130 197.0 0.859 (5.29)

8 416.6 1.943666 (8.37)954 31 904.842228 —945.1 0 139352 (15 43)176094.7 10.235 (0,81)16 209.1 0.411 (7,64)611.6 4 062.2651 (4,39)36 815,0 0.325 (12.40)1 898 716.085991 047.87 808,4944,2123.791.4569.615.019.025 502,31 536.1749,412 569.2976.61 153.31.586.0133 361.7

4 693362.07842.959783 0076721.8611 2488816.04883.085760,8738.8842.122.5793.462219551 0311348.19661.7355562.948518

(2.68)9.747 94(13.02)(4.76)(8.93)(3.06)(6.93)(6.31)8.74(1.95)(7.91)(5.22)(8.86)(4.50)

(17.01)18.0825.371.7828.19(23.09)39.033.9340,00(15,95)31.82(23.74)1.24)58.25(2,78)(2.86)(2.33)35.4519 1026,12(4,22)(10,50)(3.74)(32,73)14.6716,908.87

18.87)(16.34)(16.34)(11,17)55 24(16.89)(14,83)(9.68)

(13,19)2,601.4010.2726.4314,79(20.78)7,58(6,59)1.571,2512.70107,06194.86(16,91)70.18(17.08)54,123675(6.93)26,5750.6243.64(26.73)204419.59(1.77)

Curto prazo

(01) Ex-Cidade de Sào Pauto(02) Incorporou a Conta Fininvest' em 03*33 86(03) Incorporou a Bancorbrâs em 01 09 86(04) Início das atividades em 22 04 87(05) Inicio das atividades em 01 04 87(06) Inioo das atividades em 10 12 86

Patrlm. Valor Rentab. Rentab.Liquido da Cota Acum. Acum.CzS CzS no Mês No Ano

Mútuos de ações

Patrlm. Valor Rentab. Rentab.Liquido da Cota Acum. Acum.CzS CzS no Mes No AnoMil Mil %Alfa-Unibanco 368 635.6 8 474138 <5.16) 24.80America do Sul AgOes 273 825.2 2,60353 (13 90) (14,53)Arbi-Equilibno 10 026.7 1 9.622 (8.82) (17,33)Aymord Ac6es 58 304.0 0.591151 (15 50) (34.73)Bamenndus Ag6es 687 675.5 3 11449 (8.38) (11.46)Bancoc-dado (02) 23 463,2 0.005182 (9.15) 6,49Bandeirantes Agdes 140 892,0 1,471 (12.23) (16.70)Banespa Acdes 309 095.7 1.384153 (12.78) (17,29)Banestado Agdes 21 684,80.251837345 (13.18) (22,27)Banestes 2 339 8 20 4179 (1 91) 48.13Banorteagdes 22 991.5 0.578534 (2.97) (17.92)Banqueiroz 87.0 0,777108 (8,24) 13,20Banrisul CAB — • — —Bannsul FAB 72 653.6 4.2896 (15 17) (25.84)BB AQdes Ouro 1 416 631.1 12.072 ( 3.63 45.55BBI Bradesco 60 031.8 3 863 0.26 1.18BBM — B Bah.a 24 754.2 6.9274 (1.61) 9.34BCA Baneri 355 804.8 0,0765 (11 36) (4,26)BCN AgOes 112326.6 1.363 (12.40) (21.94)BESC AgOos 26 265.3 0.64446 (24 08)BMC Agdes 140,5 7.024155 (16.63) (27.58)BMD 9 530.0 1,42437 ( 8.17) (14.48)BMG AgCes 18 364,9 1.479047 ( 5.50) 3.07BNL-Denasa AqOos 313861.1 5.30442 (11.19) (3,55)BNL Denasa Miner e Metal 43 844,9 43,233711 (15,06) (3.28)Boavista A<;0es 158 783.5 2.063935 (4 02) 9,39Boavista CSA 258 933.0 11.152037 ( 5.98 35.07Bonanza 1 040.9 474.67 (6,95) (7.41)Boston Sodnl 251 479.8 0.013889 (6.65) (13.54)Bozano AgOes 83 654 8 8,382637 (6,00) (7.97)Bozano Carleua 1232149 2.294171 (1.36) 14.37Bradesco Agdes 6 159 258.7 7.71442 (8.69) (0.69)Chase Flex Par 743 919 5 32.959389 (9.93) (2.26)Citibank 314 255.4 0.317 (11.20) 2.92City 2 797.8 216 67 (10 55) (25.28)Condominio Bancle 120 999.5 0.524475 ( 6 06) (10.16)-Oedibanco AgOes 233 758.7 5.011035 ( 5.62) 15.05Cred.banco Creoqur 4052.2 1.310624 (4.24) 41.27Credbanco FBI '294 616.9 1.028896 * (6.77) (2.33)Credireal 63 451.7 0.353 ( 7.35) (12.41)Crelisul (EX-157) 169 554 0 2.50411 (8.84 9 46Cretisul Blue Chip 134 152.5 0.128408 (10.13 3 80Crefisul Maxi Ac6es 93 504 3 0 275398 (9 53) 1.3?Creftsul Mult'pla 176 061.0 2 312036 (12.76) 2.37Cresonco Umbanco 1 489 487.0 3.452273 (5.25) (6 97)

América do Sul ao Portador (21)Bamerindus (10)Bancocidade (17)Bandeirantes (13)Banespa ao Portador (23)Bank of Boston (31)Banqueiroz (32)BCN (01)BFB (20)BMC (08)BNL-Denasa (22)Boavista (14)Bozano. Simonsen (07)Bradesco (30)CCF Flxinvest (02)Chase Supersavings (27)Citibank (16)Credibanco ao Portador (18)Crefisul ao Portador (03)Finasa (15)Garantia (19)Invesplan (34)lochpe (11)Itau (09)Lloyds (35)Meridional (12)Montrealbank (24)Nacional ao Portador (28)Noroeste ao Portador (25)Real ao Portador (04)Renda Rápida Banorte (29)Satra (05)Sogeral (33)Sudamens ao Portador (26)Unibanco ao Portador (06)

Mil2.324392,3782224.2552482 385982.0343491 5331612.310574254,152721.92828923 896471347,7 204.727649521 755.22 435.783505909 201.1 2.4685141 616 989.9 2 295.50408559 284.8 2 538,5675473 356.71 684,0403554 442 558.4 2 328,019434 102.8 239.1166551.770 203.6 255 362866535.681 7 232.453316.62,194.329516

Mil1 247 634.5234 088 8688 209.3130 649.0358 540,5444 493.817 872.91 029 704,91 867 356.1382 540.9

667.5233 697.1524.172.0163914.4235 481.1

1 332.41239.477082.105.359114.131522 945081126.576.31 876.361479154 960.51 613,889612205 166,0 190,9717905.783.0 2 498.81968112 366.315 809,5049254 359 592,4 2.56066211 894.1 1523 8543 430.2 1.705632 129 844.5 2.466336

8.12 132.449,07 135057,99 135 80e,07 138 606 18 103437.65 53.32888 56.258.25 137,978 95 119.288.36 135.258.06 104,738 44 130 838.88 137.306,77 129.558.13 137.508.09 68 409.07 132.80886 139,129.03 136.708 98 132.45842 11947668 33,248.19 133.036.75 101.9111.50 14,137.99 129.458 23 87.648.68 61 398.048.19 138.1758.10135.9852.3870.56131.61

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Enq^^Tãf^xdiza o sonho de ter alguns hectares de terra, Arivaldo, que foi para Vitória com mulher e 15 filhos, consegue obter CZS 700 por dia vendendo limonada

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| JORNAL DO BRASIL |

Cidade

Circulação restrita ao Grande Rio Rio de Janeiro — Segunda-feira, 15 de junho de 1987

Lavrador sonha com pedaço

de terra

Anahela PaivaSc a vida lhe deu um limão, faça

uma limonada. O provérbio descrevebem a situação atual do lavrador Ari-valdo São Paulo de Castro, que chegoua Vitória na sexta-feira em busca deum lote de terra, depois de passar seisdias acampado com a mulher e os 15filhos na Rodoviária Novo Rio. tentan-do obter passagens. Desde sábado,Arivaldo adoça a miséria da esperacom a venda de copos de limonada aCZ$ 3. com sucesso, já que o produtonão era comercializado na cidade.

O sonho de alguns hectares deterra parece longe de se realizar — hámilhares de trabalhadores inscritos noprograma de reforma agrária do Espí-rito Santo — e os CZS 7(K) que olavrador, a mulher, Maria, e os filhosmais velhos obtêm por dia são umpálido substitutivo dos canteiros derabanetes, beterrabas e verduras queArivaldo gostaria de cultivar. Eles ga-rantem, contudo, o sustento da fa-mília.

De acordo com os cálculos de Ari-valdo, a alimentação das 17 pessoasconsumiria CZS 300 por dia e os CZS400 restantes poderiam ser reservadospara futuros deslocamentos. Ele nãocontava, entretanto, com a disparada

dos preços causado pelo novo congela-mento. que fez Maria desistir, porexemplo, de comprar arroz para daraos filhos. O almoço de sábado dafamília foi biscoito com limonada.

Destino incerto — O destinodeles ainda é incerto. Ao contrário doque disse inicialmente aos repórteres,Arivaldo não tem um lote de terrareservado pelo lncra do Espírito San-to. Ele saiu de Rio Bonito, onde eraempregado de uma fazenda, para ten-tar a sorte no Estado, a conselho de umfuncionário do lncra do Distrito Fede-ral. Renato Lordeiro. Arivaldo. queviveu em dois assentamentos próximosa Brasília, costumava telefonar paraLordeiro, que, segundo ele, teria reco-mendado a viagem:

— Ele me disse que em Panças(Norte do ES) estavam pagando a sacado café a CZS 80 e que havia umprojeto de assentamento para São Mi-guel da Palha, um município próximo,onde eu poderia conseguir um lote deterra — disse.

Um imprevisto acabou transfor-mando o que seria uma viagem tran-qüila — na medida em que pode sertranqüilo acomodar 15 crianças em 11111ônibus, com pouco dinheiro no bolso éseis grandes caixas de roupas, colchõese utensílios para carregar — num ver-

dadeiro drama. As passagens aumenta-ram de CZS 145 para CZS 221 e, aochegar na rodoviária, o lavrador cons-tatou que o dinheiro que possuía naoera suficiente para embarcar toda afamília. Arivaldo buscou ajuda duran-te seis dias em várias instituições assis-tenciais até que obteve 14 passagens daFundação Leão XIII.

Ao chegar a Vitória, Arivaldo pas-sou a evitar os repórteres, dizendovagamente que

"eles querem que osjornais saiam do caminho . Sábado,entretanto, resolveu contar os motivosdo seu repentino silêncio:

— Um moço moreno claro, gor-do, me procurou lá na rodoviária mes-mo e disse que era do lncra daqui. Eleme falou que aquele moço lá do serviçosocial (Jorge Roberto da Silva, coorde-nador do Centro de Triagem do Imi-grante da Fundação Leão XIII) havialigado para ele e perguntado se esta-vam sabendo da minha chegada e ili-zendo que eu tinha causado uma sériede problemas para ele, porque o JOR-NAL DO BRASIL havia se envolvido.O homem do lncra disse que nao tinhaassentamento para mim e que qualquerdeclaração minha sobre eles poderiasignificar que estavam envolvidos naminha vinda para o Espírito Santo.

"Dom de Deus" — Segundo o

estatuto da reforma agrária, somenteos trabalhadores localizados próximosaos locais de assentamento podem serbeneficiados com a distribuição doslotes. Portanto, a transferência de Ari-valdo para o Espírito Santo infringiriaas normas baixadas pelo próprio lncra.Assim, o funcionário do lncra, cujonome Arivaldo diz não saber, pediuvárias vezes silêncio c ofercccu, a títu-Io de contribuição de uma loja maçôni-ca da qual é membro, a quantia deCZS 3 mil para que o lavrador alugasseum teto para a família.

Arivaldo acomodou a mulher e os15 filhos num apartamento de trêsquartos 110 bairro de São Torquato. emVila Velha, gastando os CZS 3 milganhos. O agricultor está indeciso en-tre a possibilidade de ir para Panças,trabalhar para Antônio Breda — omaior produtor de café do EspíritoSanto — ou retornar a Brasília "paraver se o lncra resolve a minha si-tuação". -

— Todo esse conforto — diz,apontando o apartamento sem luxos —não é meu objetivo. Eu gosto é daterra. F. uma maravilha preparar umcanteiro, colocar umas sementinhas edepois ver crescer o rabanete, as beter-rabas. E11111 dom de Deus — completa,emocionado.

Neuzinha

faz

"show"

em Caxias

Lilian Newlands

Foi no Clube Farolito, um dosniais badalados de Caxias. A grandeestrela da noite seria Neuzinha Brizo-la. que se apresentaria cantando Semvergonha. de sua autoria, e parte datrilha sonora do filme Sexo frágil, dodiretor Jessel Buss. lançado esta sema-na. Do lado de fora do clube, adapta-das numa Kombi. duas televisões pro-jetavam o filme para os curiosos. Dolado de dentro, 110 camarim. NeuzinhaBrizola, de minissaia e corpete decouro e uma longa capa preta entrea-berta. conversou sobre assuntos diver-sos. Não parecia tensa. Ao contrário,mostrou-se extremamente simpática,tranqüila e madura. A sua volta, numasala comprida, dezenas de pessoas quecompõem seu stuff, entre elas a belaKátia d'Angelo, atriz e uma das me-lhores amigas de Neuzinha.

Estavam todos de couro negro.Mas o negrume estava só nas roupas,não no clima. Depois de muita conver-sa e alguns uísques servidos a todos,Neuzinha entrou eni cena por volta das2h30min da madurgada de domingo.Antes disso, sua equipe lançou discos ecamisetas — promoção do filme —para a platéia, que aguardava a estreladançando 11a pista. Havia umas milpessoas 11a quadra à espera de Neuzi-nha, e ninguém reclamou do atraso.Estavam ali dançando, e o que viesseera lucro.

Neuzinha ficou uns cinco minutosno palco, cantou e mandou seu recado.Mãos nos quadris, pernas alongadaspelos sapatos de salto altíssimo, abai-xando-se para cantar, levantando paraevoluir, ela apresentou seu número empluv-hiick e. antes de se retirar, fez umrápido discurso sobre as vantagens deCaxias. Alguém pediu que ela cantasseoutra:

— Ah, outra só se me pagarem.Eu gosto muito de Caxias. A Zona Sulé outra coisa — disse, dengosa, en-quanto brincava com a sua capa preta,na verdade, um símbolo do falecido"cacique" da cidade*. Tenório Cavai-canti.

No teto. balões, bandeirinhas deSão João e lanternas. Pouco antes deNeuzinha aparecer, o clube promoviaum concurso de quadrilhas. A cantora,que chegou às 23n. passou mais tempono camarim do que 110 palco. Depoisda briga com o pai pelas fotos 11aPluyboy, foi a primeira vez que Neuzi-nha mostrou as pernas.

Fotos de Dilmar Cavalher. ,, ...

Cantora diz

que é feliz

só às vezes

1\T a manhã de 16 de março dc1H 1983, pouco antes do sol nas-ccr, o recém-empossado GovernadorLeonel Brizola, cm entrevista exclusi-va ao JORNAL DO BRASIL, estra-nhou quando lhe perguntaram se cos-tumava sonhar c lembrar-se dos so-nhos. Resposta: "Nunca sonhei, dur-mo muito bem. Não dou maior impor-tância aos sonhos, mas eles semprerevelam algo sobre nossa personalida-de". Estranhou, ainda, a perguntaseguinte: se era feliz. Resposta: "Ain-da não pude meditar sobre isso. Mastenho a consciência tranqüila."

Passados auatro anos e três me-ses, na noite de 13 de junho, sabado,sua filha Neuzinha ouviu extamenteas mesmas perguntas e. sem vacilar,respondeu: — Sc sou feliz? Dependeda flexibilidade do rabo do jacaré(sic). Acho que a felicidade se resumea alguns momentos. Não existe pessoaque seja feliz sempre. Estar traba-mando e realizar os delírios do meutrabalho tem sido para mim uma gran-de felicidade — diz Neuzinha.

Quanto aos sonhos, ela tambémfala deles com segurança:

— Eu sempre sonho. As vezesme lembro de tudo. Meu analista umavez me sugeriu anotã-los para nãoesquecê-los. Já tive sonhos proféticostambém. Mc lembro que, há muitosanos. quando morávamos no Uru-guai. eu estava tomando o café damanhã com meus pais e meus irmãos.Naquela noite, eu havia sonhado quemeu tio João Luís do Valle haviamorrido. Horas depois telefonarampara meus pais c comunicaram: o tioacabara de morrer. Um outro sonho,mais recente, foi com o Marcos Frei-rc. Sonhei que cie havia saído daCaixa Econômica. E ele saiu mesmo.Já sonhei, também, com um homemque eu conhecia pouco, tinha visto acara dele uma ou duas vezes. Depoisque ele apareceu no sonho eu fiqueimeio apaixonada — lembra.

Saindo do terreno do abstrato —sonhos e felicidades —, Neuzinha foirevelando algumas de suas opiniõesatuais. Sobre o mundo e sobre si.

Sobre as últimas medi-das econômicas e sobre odiscurso de Sarney — "Pia-da. Para mim, isso já virou piada.Recuso-me a responder e comentarporque dispensa comentários. O povoque julgue. Aliás, o povo que julgue oobvio."

Erotismo — "Tenho sonhoseróticos com o Sting, do conjunto ThePolice. Há um pôster dele no meuquarto e eu fico olhando para ele na

hora dc dormir. Se um dia ele vierEstados Unidos, vou conhecê-lo."

ídolos — "O Sting. Eu nem crdJjmuito fã do Police. mas depois que o •Sting gravou o disco solo Sonho das*tartarugas azuis ele se tornou meujjídolo. Ele é supcrpolítico nas letrasque faz. Atualmente só escuto ele. .Sou fanática. Outro ídolo é o GenivalLacerda, aquele cantor brega paulistaque canta "não me interessa se ela c -coroa/ panela velha é que faz comida ",boa". Eu o conheci em São Paulo,.,quando fui fazer um show no Anhem-;bi. Virei fã. Ele faz músicas de duplosentido. Por exemplo: "todo mundo-quer a ximbiquinha dela" (Ximbica —I. Certo jogo de cartas. 2. Casa dejoco especializada em apostas de cor-ridas de cavalo. 3. Tomador de apos-tas em corridas hípicas. Mini-Aurélio.pg. 581). Quero convidá-lo para gra-var uma faixa no meu próximo disco.

Caxias — Escolhi fazer o showno Farolito porque já me apresenteiaqui outras vezes. Fui muito bemrecebida pelo pessoal de Caxias quan-do morei aqui quatro meses. Eles mecurtiram muito. Eles não me vêemcomo artista, mas como uma pessoanormal, que anda pelas ruas. vai àpadaria. A platéia daqui é mais cari-nliosa, a da Zona Sul é fria e elitista.Antes das últimas eleições, durante acampanha, visitei 157 comunidadescarentes e. independente de seremPDT ou brizolistas, sempre me trata-ram com maior carinho. Caxias não

tem nada a ver com aquela imagem depistoleiros. É uma pacata cidade deinterior."

Rituais antes de en-trar em cena — "Não. nenhum.Só quando estou cansada e tenho queestar em forma para trabalhar. Aí eudigo a mim mesma: "Neuza Maria, outu vais. ou tu ficas." L recebo umaenergia que não sei de onde vem."

Cores favoritas — "Preto,vermelho e azul. Aliás, as cores usa-das no trabalho para a Playboy."

Maternidade — Tive o Pau-lo César, hoje com cinco anos, decócoras e dentro de casa. Amamentei-o ao peito por dois anos. Fiquei queera so "olho-e-peito", muito magra ecom os olhos grandes."

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2 segunda-feira, 15/6/87

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JORNAL DO BRASIL

Cidade

Cartas do Rio

República do Gatilho

eleição pelo voto direto de José Carlos Gre-gório, o gordo, para presidente da Comissão

Permanente de Internos do presídio Milton DiasMoreira, mostra ao lado da outra uma república dogatilho. E é uma legitimidade obtida por alguémque é a um só tempo assaltante de bancos, ladrãoae automóveis e membro da cúpula da falangevermelha.

O reconhecimento da vitória do Gordo peloDesipe foi imediato. Para o Departamento doSistema Penitenciário é um fato histórico, porqueacontece pela primeira vez nas cadeias brasileiras.Se o Desipe, até aqui, nada fez para moralizar erecuperar as prisões do Rio, já pode lavar as mãoscom este pleito limpo realizado em suas dependên-cias.

Essa maneira de ver as coisas do Desipe nãocorresponde à visão que a sociedade tem deepisódios como esse. Enquanto para o sistema aconsagração do Gordo representa um avanço de-mocrático, para a comunidade fluminense é umexercício de democratismo e mais uma queda noplano inclinado dos nossos costumes.

Que democracia se apura na relação promís-cua entre bandidos ° autoridades que reconhecemlideranças como o Gordo e organizações do crimecomo as falanges de todas cores que manipulam otráfico de drogas no Rio de dentro das celas?Quem não se recorda da malograda tentativa defuga do bandido escadinha, em que o seu comparsa

aparecia de metralhadora em punho? O Gordo sebeneficia, porém, de um tratamento privilegiadona prisão, enquanto suas vítimas arrostam asconseqüências de perdas e lesões irrecuperáveis.

A sociedade pergunta o que tem a ver com ademocracia o Desipe se curvar ao bandido ou obandido se elevar à condição de líder na prisãoadministrada de forma tão desastrada que engorda,ininterruptamente, as estatísticas de fugas, crimes,contravenções e choques com a guarda interna?Que melhor prato tem servido o Desipe à comuni-dade do que constantes sobressaltos nos presídios,mesmo os de segurança máxima?

O governador Moreira Franco, que tem com oRio de Janeiro o compromisso de dar nova orienta-ção ao estado, deve voltar as suas atenções para asituação dos presídios, onde uma herança de negli-gências e cumplicidades gerou padrões intoleráveisde promiscuidade. Se o Desipe privilegia comodemocráticos costumes que os limites éticos dasociedade não aceita, então é o Desipe que deveser investigado e penalizado.

Para a sociedade, criminosos perigosos queesperam na prisão o julgamento da Justiça, ou quecumprem penas pelos atos cometidos, não são osmelhores modelos de convivência democráticanum país que tem pago caro pelos espasmos deliberdade e democracia no curso de sua história.Apresentar o Gordo como exemplo de práticacívica ou de processo ético no interior de umpresídio é uma ofensa à comunidade.

Ossos de Dana (e do ofício)

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Carlos Hungria

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I—I . Em seu espaçoso escritório'—1 no centro da cidade, atrás deuma mesa de trabalho de ondepode alcançar um terminal decomputador, o advogado Leopol-do Heitor de Andrade Mendesrevela a imagem de um homemtranqüilo e bem sucedido. Aos 63anos de idade, quatro casamen-tos, oito filhos, sendo o mais novode três anos, e uma carreira de 40anos que lhe valeram o titulo deadvogado do diabo. LeopoldoHeitor hoje faz apenas um co-mentário sobre um dos mais ru-morosos casos jurídicos do pais,do qual participou como réu: "Éuma das mazelas da Justiça doantigo Rio de Janeiro, onde essascoisas podiam acontecer comqualquer um. E aconteceu comi-go, que tinha alguns inimigos".Foi um longo e tumultuado' pro-cesso ou, como ele mesmo cha-ma, "a cruz do advogado do dia-bo", nome de um de seus seislivros, onde ele conta a sua versãopara o caso. Em 1962, Leopoldo

Heitor foi acusado de ter assassi-nado a milionária tcheca Dana deTeffé, cujo desaparecimento foiseguido da venda de alguns deseus bens pelo advogado. Leopol-do Heitor, seqüestrado pela poli-cia, apresentou duas versões parao desaparecimento de Dana.Num primeiro depoimento disseque os dois iam para São Pauloquando, na estrada, foram abor-dados por estranhos, que mata-ram Dana, deixando-o ferido.Depois disse que a milionária foiseqüestrada por espiões devido aum suposto envolvimento com osnazistas e levada para um paíscomunista. Mas o elemento fun-damental para caracterizar o cri-me nunca foi localizado: o corpode Dana de Teffé, o que deu aLeopoldo Heitor o argumentoprincipal para conseguir a absol-vição, depois de três julgamentose sete anos de prisão. E a peruun-ta "onde estão os ossos ae Danade Teffé?" rendeu muitas man-chetes de jornais, persistindo sem

resposta por dez anos. Mas, antesdisto, em 1952, Leopoldo Heitorjá ganhara notoriedade, quandofoi assistente da promotoria etrabalhou pela condenação do te-nente Bandeira no também céle-bre crime do Sacopã. Mesmo comtantas atribulações, entre as quaisa morte de um filho, assassinadoem 1977, Leopoldo Heitor garan-te que não se sente um homemamargurado. "Tudo isso é passa-do", resume. No escritório deadvocacia, onde ele atende a to-dos os tipos de causas ("isto aquié uma clínica geral de direito"),Leopoldo Heitor é auxiliado pelofilho, Luís de Andrade Mendes,29, e por um microcomputador,onde, além das informações sobreas causas que lhe chegam, estáredigindo o seu sétimo livro, ago-ra com crônicas sobre a dificulda-de de se fazer justiça no Brasil.

Artluir Santos Reis

Justiça tributáriaEm resposta ao editorial Justi-

ça Duvidosa (JB, Cidade, 9/6/87),agradeço o reconhecimento dessejornal de que a administração Sa-turnino Braga vem tentando devol-ver ao sistema de arrecadação aeficiência e a modernidade que lhefaltavam.

Cabe acrescentar, no entanto,que nesse esforço estamos respei-tando também a justiça tributária atal ponto que diferenciamos pro-fundamente os casos dos contri-buintes que procuraram no correrdos anos se regularizar junto àFazenda daqueles que foram obje-to do recadastramento. Na primei-ra hipótese, estamos efetuando acobrança no valor histórico, ouseja, valor nominal da moeda daépoca do lançamento do tributo.Em todos os casos está sendo res-peitado o bloqueio do aumentoanual concedido por decreto doprefeito, nos exercícios de 1985,1986 e 1987, significando um rea-juste máximo inferior aos índicesinflacionários. A cobrança, no en-tanto, é devida porque o fisco co-mo administrador dos recursos dapopulação, não pode e não devedeixar de cobrar qualquer impor-tância que lhe é devida.

Além disso, a medida, sob oponto de vista do contribuinte, lhedará meios de regularizar sua situa-ção fiscal e permitirá ao municípiodo Rio de Janeiro a aplicação doprincípio teórico da tributação —'onde todos pagam, todos pagam

menos". (...). Antonio Carlos deMoraes, Secretário Municipal deFazenda — Rio de Janeiro.

ProfissionalismoEnquanto os veículos de co-

municação se preocupam em desta-car apenas os aspectos negativosdas atividades policiais, tenho odever de justiça de trazer o meutestemunho sobre o desempenhoda Polícia Civil, setor de Investiga-ções, particularmente o detetiveLevy e o escrivão Paulo Roberto.Ambos foram acionados para apu-rar um "informe" suspeito e agi-ram com alto espírito profissional ecom absoluta discrição, até concluí-rem que o citado "informe" nãotinha qualquer procedência. Felici-to o secretário Marcos Heusi porsua equipe e sugiro que o presenteelogio seja registrado na folha deserviços dos dois policiais. CarlosT. Silva — Rio de Janeiro.

EquívocoEsse jornal comete grande

equívoco em sua coluna diária daorigem dos nomes de ruas destacidade, ao afirmar que o filólogocarioca dr. Antônio ae Castro Lo-pes criou, entre outros neologis-mos, os vocábulos piquenique e"menu". Ocorre exatamente ooposto. Piquenique e "menu" sãofranceses, bem traduzidos pelo re-ferido filólogo e médico por con-vescote e cardápio. O lapso nãopassou despercebido ao leitor aten-to. Perilo ôalvão Peixoto — Rio deJaneiro.

InsegurançaNo dia 23/5/87 fui à concorri-

da sessão de 21h30min do cinemaRoxy, em Copacabana, e constateia insegurança absoluta do* localquanto a incêndio ou, pior, atémesmo auanto ao pânico de umaameaça ae incêndio. As duas saídaslaterais, não só durante a projeção,mas na saída, permaneceram fe-chadas; o granae público teve desair, quase que de duas em duaspessoas, por pequenas portas cen-trais. Mesmo não sendo especialis-ta em segurança, é óbvio que qual-quer suspeita de incêndio gerariauma situação de impossibilidade dedeslocar a platéia.

Assim, sugiro que o jornalfaça uma reportagem sobre o as-sunto para alertar o público —imaginando que o mesmo ocorraem outros cinemas da cidade — epara que, em conjunto com asautoridades, exija-se uma retifica-ção dos proprietários das salas deexibição. Paulo Gurgel Valente —Rio de Janeiro.

DemoraA surpresa do sr. Paulo Luiz

Gomes Esteves, expressa na ediçãode 4/6/87, quanto à demora paraatendimento ao seu contrato é nor-mal, mas deve ser esclarecida.Realmente o Lcblon é um bairrodesenvolvido que dispõe de cabostelefônicos e rede. Não possui, noentanto, terminais disponíveis paracomercialização imediata. (...)

Considerando que o contratodo sr. Paulo tem data de maio de1986, ainda nos encontramos den-tro do prazo, estando o atendimen-to previsto para o primeiro semes-tre do próximo ano. Maria Antoniade Oliveira, chefe da Divisão deRelações Públicas e Promoções daTclerj — Rio de Janeiro.

NavegaçãoNa edição do dia 28/5/87 desse

jornal foi publicada matéria no Ca-derno Cidade, sob a Companhia deNavegação do Estado do Rio deJaneiro — Conerj, sendo que, emseu final constatamos a vinculaçãode nosso nome com as notícias alipublicadas, permitindo assim, apresunção que todas as afirmativas

ali contidas foram por mim decla-radas.

Cumpre esclarecer que no diaanterior o jornalista desse jornalesteve cm nosso sindicato, colhen-do informações e material sobre asituação daquela empresa no ámbi-to das relações de trabalho comseus empregados e sindicatos, oca-sião em que lhe fornecemos todosos elementos disponíveis, inclusivecópia da Convenção Coletiva deTrabalho, firmada por todos ossindicatos e a empresa em causa.Informamos ainda naquela ocasiãoque em nosso entender, lamenta-velmente, a empresa não vinhacumprindo o avençado naquelaconvenção em sua íntegra, sendotal fato denunciado ao DRT, o qualdesignou o dia 3/6/87 para umareunião entre as partes interessa-das, a fim de resolver os problemaspendentes relativo ao cumprimentodaquele Acordo.

Esclarecemos ainda que amassa trabalhadora da Conerj, nãopoderia ser prejudicada pelas deci-sões da direção da empresa ouautoridades estaduais e que ve-nham a ferir as normas da Legisla-ção Trabalhista e se tal fato viesse aocorrer, os sindicatos seriam obri-gados a tomar as medidas judiciaiscabíveis para proteger os direitosdos empregados na empresa e queo nosso sindicato esta pronto parafazê-lo, se assim fosse necessário.José Silvérío Cunha Garcia, presi-dente do Sindicato dos Emprega-dos em Escritórios das Empresasde Navegação do Município do Riode Janeiro.

Ambulância sumida-O JORNAL DO BRASIL,

de 7/5/87, publicou no caderno Gr-dade, uma notícia com o títuloAmbulância do Inamps aue sumiuem 81 é encontrada. Não possodeixar de solicitar que retifiquem anotícia publicada, tendo a declararo seguinte:

1) Nunca fui sócio da Policlí-nica S. Vicente de Paula, em No-gueira, de propriedade do sr. Ema-ni Moreira da Rocha. Durante al-gum tempo trabalhei na referidapoliclínica como administradorapresentando minha demissão em1982 por discordar dos métodosadministrativos do dono da em-presa.

2) A ambulância de que trataa notícia, de propriedade doInamps, foi cedida para — comb^se na Policlínica S. Vicente dePaula — atender às áreas de Bon-sucesso, Araras, Itaipava e Noguei-ra transportando para Petrópolis ospacientes que necessitassem de umatendimento urgente. Com o des-credenciamento da policlínica em1985 a ambulância ficou abandona-da no estacionamento ao lado dohospital. Posteriormente, o sr. Er-nani M. da Rocha vendeu a policlí-nica e o veículo nunca mais foivisto.

3) Com o dr. Leonidas Sam-paio e o dr. Arão Furman, sousócio do Instituto Odontológico emNogueira, estando seus consultó-rios em pleno funcionamento. LuizPhilippe de O. Figueiredo — Riode Janeiro.

Coreto na BarraA Amalinda, Associação dos

Moradores e Amigos do JardimBarra Linda (...) tendo em vista oabandono a que nossa cidade foirelegada pela administração públi-ca, resolveu prover a comunidadede um sistema de segurança e urba-nizar as ruas e praças pertencentesao seu âmbito de atuação.

Pois bem, a reportagem dessejornal esteve em nossa comunidadeno dia 29/5/1987, e ali colheu dadoscom a vice-presidente sra. MarlyCarelli, que mostrou a horta-piloto, bem como o plantio dedezenas de árvores frutíferas.

Indagada sobre um buracoque estava sendo escavado na pra-ça que ladeia a rua Pierre Plancner,explicou tratar-se das fundações deum coreto, do estilo antigo, queserá erguido com doações da comu-nidade, e devidamente autorizadopela administração pública, confor-me planta em nosso poder, e que,depois de pronto será doado aomunicípio.

Pois bem, em reportagem dodia 30/5/1987, no Caderno Cidade,pág. 07, esse jornal publicou umartigo denominado Ecologista faz

de coreto na Barra "Abrigo Anti-nuclear", onde aparece entrevistade Emerson Guimarães dando aentender que este senhor estariaconstruindo um coreto — abrigoantinuclear em nossa comunidade.

Queremos deixar claro queesta associação é uma organizaçãoséria, que não pode se permitir aeste tipo de reportagem, que decerta forma deturpou as finalidadesa que se propõe, isto é, humanizare melhorar nossa qualidade de vi-da, sendo que o sr. Emerson Gui-marães, embora de certa formavenha colaborando com o plantiode algumas mudas nesta praça, nãopertence a associação, nem estáautorizado pela comunidade a fa-zer quaisquer declarações. (...).Júlio Zimerman, presidente daAmalinda — Rio ae Janeiro.

RepúdioAcompanhando através de re-

portagens desse jornal, a coberturadada ao escândalo das falsificaçõesdas guias de ITBI — Imposto deTransmissão sobre Bens Imóveis,vimos estarrecidos o envolvimentodo nome de José Expedito ColaresFilho, técnico judiciário do 23° Ofí-cio de Notas. Por tê-lo no convíviode nossa associação e por conheci-mento de quase 25 anos, não pode-mos deixar em branco as acusaçõesfeitas. Nascido na pequena Ubá —MG, Expedito estudou no ColégioGrambery em Juiz de Fora, vindopara o Rio de Janeiro, onde come-çou sua vida profissional como ban-cário. Exercendo há vários anos afunção de técnico judiciário, sendobacharel em Direito.

Para nós é gratificante podercontar com a amizade de uma pes-soa que em todo este tempo deconvívio, pautou sua vida profissio-nal e particular dentro aos maisrígidos parâmetros da honradez ehombridade, sendo um homemsimples, sem grandes ambições evaidades. O conhecimento que te-mos da vida pregressa de Expeditonos levam a apresentar nosso totalrepúdio ao envolvimento de seunome nas reportagens, por se tratarde uma pessoa bastante queridapor todos que com ele convivem.Joaquim Antonio Soares Saleme,presidente da Associação do Lestede Minas — Rio de Janeiro.

DetranO Detran continua igual?!

Não, se souber que o delegado JoséFernando Beliche de Miranda pas-sa parte do seu horário passeandopelo pátio à disposição de todos,para resolver qualquer problema.Tenho dois carros e com os doistive problema com o DUT. Comojá estava acostumada com a "de-sordem" que reinava, vejam bem,reinava no Detran, fui direto ver"alguém superior". Encontrei o dr.José Fernando que me atendeucom a maior atenção e solucionoucom a brevidade possível os proble-mas. Como só se escreve para "ma-lhar", fica aqui também um elogioa esse sr., que Deus o mantenhanesse cargo por muitos anos e queesse "mafuá"

que é o Detran possarealmente ser um departamento or-ganizado e principalmente decente.(...) Gloria B. Ezagui - Rio deJaneiro.

Escuro no GrajaúResido há 13 anos na rua

Grajaú, 36, e constantemente ocor-re falta de luz: quando venta, quan-do chove e, até mesmo, quandonão venta nem chove. Estas inter-rupções no fornecimento de luzvariam de 10 minutos a cinco ho-ras, chegando a 16 horas, comoaconteceu no dia 8 de maio emanhã do dia seguinte. Todo mun-do sabe os prejuízos decorrentes:falta de elevador, de água, comidaestragada e, o mais grave, prisãopara os que não podem, por motivode saúde, descer e subir as escadasdos edifícios. Tenta-se comunicar afalta de luz, mas o telefone 196 estápermanentemente ocupado. (...)Com a palavra as autoridades res-ponsáveis. (...). Joaquim OttoniJúnior — Rio de Janeiro.

SeguroApós uma colisão entre veícu-

los, cm que o motorista do carroque bateu no meu foi e se deu porculpado, fomos a seguradora doculpado, companhia Porto Seguro,sendo que a vistoria ficou marcadapara o dia 27/4/87, em uma oficinapor eles autorizada, cm Botafogo.Apesar dos meus telefonemas edas, sempre amáveis, promessas deque o meu carro seria vistoriadosem falta, senão ainda hoje, segu-ramente amanhã; o amanhã se pro-longou pelos dias 28, 29, 30 ...sendo que dia 4/5/87, meu veículoainda se encontra na oficina espe-rando que o inspetor Romero sedigne a cumprir com suas funções.

Como necessito do carro parafins de trabalho autorizei que oserviço seja feito, mesmo saindo domeu bolso, pois perco mais com ocarro parado do que aquilo queseria pago pela seguradora. Se aintenção da seguradora foi a de mevencer pelo cansaço ... conseguiu.Se foi por incompetência, não sei.Só sei que a longo prazo, com esteatendimento, a Porto Seguro sótem a perder. Ronaldo Jaime Koss— Rio de Janeiro

I

JORNAL DO BRASIL segunda-feira, 15/6/87 o Cidade o 3

Concertos aos domingos

retornam ao Municipal

i 1 Apesar do céu azul e do sol quente dajmafihá de domingo, o Teatro Municipal•ficou repleto, ontem, com o reinicio daIsérre Concertos para a Juventude, inter-'rompida desde 1974, depois de 30 anos[consecutivos de apresentações. A nova'série, também gratuita, está planejadaJaté novembro, sempre com a Orquestra[Sinfônica Brasileira, regida ontem pelo|maestro baiano Carlos Veiga, ex-adjuntoIda OSB e atual diretor da Orquestra'.Sinfônica da Paraíba, a qual fundou cm{1980.i No programa, três peças, a aberturaida -ópera Der Freischutz (O franco-|atirador). de Carl Maria Von Weber:iMcmoprecoce para piano e orquestra,icomposta em 1920 por Heitor Villa-•Lobos, com a participação da solista'Sônia Goulart, e O Rio Moldava (poemaisinfônico), do compositor tcheco BedrichiSmetana, de 1874. A platéia, integradaIde adultos, jovens e crianças, deliciou-sejcom as didáticas orientações do regentelacerca das obras e a significação da[inclusão de determinados instrumentos;no decorrer da execução.] -A retomada da série, uma iniciativa|do governo estadual, Secretaria dejCultura. Fundação de Artes do Estado;do Rio e do Teatro Municipal, além doi patrocínio da White Martins, é considera-ida pelo maestro "um importante passo;para a formação do público". Segundo

ele, essa iniciativa desperta as pessoasipara a música, especialmente a erudita.! Intercalando a música com explicaIções sobre a habilidade de um jovemlatirador com sua arma de fogo, na obraide Weber. ou a definição de alegro -[uma abertura em ritmo rápido — e ainda,o significado do uso do flautim, por Villa-[Lobos, para caracterizar as crianças na

obra composta para elas, o regente con-[seguiu prender a atenção de todos, que

acompanharam com vivo interesse o desempenho da orquestra.

Carlos Veiga iniciou seus estudos depiano aos 5 anos cm Salvador, ondenasceu, ingressando mais tarde nos semi-nários de música da Universidade Fede-ral da Bahia, nas classes de trompete epercussão, onde posteriormente tornouse regente titular. Viveu dois anos emMadri, depois de ganhar uma bolsa deestudos, e especializou-se com o maestrorusso Igor Markevitch, já falecido. Assu-miu a direção da Orquestra de Câmarado Estado da Paraíba e em 80 fundou aorquestra sinfônica deste estado, a convi-te do governador Tarcísio Burity. Em 85,foi designado pelo maestro Isaac Karabit-chcvsky para o cargo de regente assisten-te da Orquestra Sinfônica Brasileira eeste ano reassumiu a direção artística daSinfônica da Paraíba.

Detendo-se ntais no poema sinfônicoO Rio Moldava. Carlos Veiga envolveu opúblico quando falou a respeito da obra,relatando uma viagem num barco atravésdo rio "mais popular" que banha a Tche-co-Eslováquia. Descreveu as flautas noinício do movimento, assim como astrompas, representando os "fluídos dorio", a música que surge ouvida da margem, proveniente de um casamento decamponeses, e mais adiante um passeio eo lugar.

A apresentação, iniciada as10h30min, terminou ao meio-dia. Noprograma está previsto, dentro da sérieum novo concerto no próximo dia 21, nomesmo horário e local, com a execuçãode obras de Schubert (Rosamunde, aber-tura). Haydn (Concerto cm Ré Maioipara piano c orquestra), Falia (três danças do balé O Chapéu dos 3 picos) com aparticipação da solista Lucy de CarvalhoFerreira, no piano, e regência do maestroCarlos Veiga.

\Marici Sebastiana da Costa com o irmdo, Sebastido1Maria Sebastiana da Costa com o irmão, Sebastião

Marcelo Carnaval

"Psicose exibicionista", foi o diagInóstico dado pelo psiquiatra do laserj,IMordekhay Antabi, à professora Maria[Sebastiana da Costa, 43. que, segundo a[família, estaria sofrendo um derrame ce-[rebral. Mesmo com o lado direito dojeorpo paralisado, sem conseguir falar, ela[foi obrigada a deixar o hospital, após ser'examinada. Na manhã seguinte, porém,[médicos de outra unidade do laserj cons-[tataram que a professora realmente tive-Jra um acidente vascular cerebral.

Revoltados com o que classificam de; "erro grosseiro", os parentes de Sebastia-

.na vão responsabilizar criminalmente o|psiquiatra e acionar o Estado. "Era evi-idente que ela não estava fingindo, mas o; médico fez questão de ignorar meus apelios e advertências", diz o publicitário[Sebastião Pereira da Costa, irmão da[professora, que já encaminhou a denún-[ cia ao Conselho Regional de Medicina e à[própria presidência do laserj. Sebastianajestá hospitalizada desde março, quando[sofreu o derrame, com poucas chances de|recuperação.| De posse de uma série de documeni tos, sobre o caso que pretende encami-inhar também à polícia, o publicitário'conta que tudo começou na sala de aula

do Ciep General Augusto César Sandino,!em Ricardo Albuquerque, onde sua irmã[trabalhava. Eram 15h45min, do dia 23 demarço, quando dois alunos brigaram em

,plena aula e ela começou a passar mal.[Socorrida pela médica da escola. Elza[Maria de Araújo Chaves, Sebastiana foi[encaminhada à clínica Camod. nas ime-jdiações e, depois de examinada, levadajem' carro particular ao laserj, acompa-jnháda do irmão, da médica e de alguns| professores.i "— O médico Jorge Wilson, da Caimod, já suspeitava que ela estivesse so[frendo de um derrame e, sem condições[de se aprofundar no diagnóstico, decidiu[encaminhá-la ao laserj — conta Sebasitião. — Foi aí que começaram os proble[mas. Uma estagiária que atendeu tam|bém suspeitou de complicações neuroló[gicas, mas o psiquiatra Mordekhay, cha|mado em seguida, deu alguns remédios e[disse que minha irmã teve uma crise| emocional e necessitava apenas de trata-[mento psiquiátrico, em ambulatório, eJ que era para liberar o leito para outros[doentes — conta o publicitário.

Inconformado com o diagnóstico — a[irmã não movimentava o lado direito do

corpo nem conseguia falar — Sebastião[ chamou ao hospital seu amigo, o advogaido Hércules Santos Soares, que também! tentou alertar o médico para a gravidade

do caso. "Houve bate-boca. o médico foigrosseiro, disse que quem decidia ali eraele, mas só saímos de lá quando eleassinou um papel dizendo que era casopara tratamento psiquiátrico", lembra oadvogado que, em seguida, ajudou acarregar Sebastiana no colo, até o carro,e levá-la a Niterói, onde morava com oirmão.A professora não conseguiu dormire, na manhã seguinte, foi levada ao laserjde Niterói. Depois de examinada, foiencaminhada à clínica Hasperj — conveniada do laserj e ali, finalmente, foiconstatado que ela sofrerá um derrameSebastiana ainda permaneceu internadana clínica durante uma semana, fez exa-mes na Beneficência Portuguesa, na Glória, até ser transferida para a ClínicaSanta Isabel, também conveniada, ondeestá até hoje, com paralisia parcial e semconseguir falar.

Orientado pelo advogado HérculesSoares, Sebastião preparou um misto derelatório e desabafo, de 13 laudos, comtodo o histórico do tratamento da irmã.que encaminhou ao laserj e ao CRM. Oassessor da presidência do instituto, LuísFelipe Mourity, já tomou conhecimentodo caso e considerou "grave a denúncia"que está sendo apurada pela comissão deética do hospital do laserj, integrada pelochefe de divisão médica, Haroldo Antunes da Silveira. Esta semana, o grupo queprepara um relatório a ser enviado aoCRM ouviu algumas pessoas citadas poiSebastião e levantou dados sobre a conduta do psiquiatra, que não parece preocupado com os possíveis desdobramentosdo fato:— Me lembro bem do caso. estavaseguro do diagnóstico, porque o quadrode paralisia afeta a parte facial, deixa aboca torta, entre outras coisas que nãoestavam ocorrendo — disse o psiquiatraMordekhay Antabi, 59 anos, desde 78 nolaserj. Ele disse que já atuou comoclínico, endocrinologista e em setor deemergência e nunca teve qualquer pro-blema.

O presidente do Conselho. LaerteAndrade Vaz de Melo, que também járecebeu a denúncia, explicou que há todoum procedimento até se chegar ao julga-mento do caso. e isto pode demorar trêsmeses. Se for comprovado que houveerro do médico, o psiquiatra poderá sofrer uma série de punições, que vão deadvertência sigilosa a cassação do diplo-ma. Os familiares da professora querem,também, processar a médica do CiepElza Chaves, por ter aceitado, sem questionar, o diagnóstico do psiquiatra Mordekhay Antabi

acidente na

Av. BrasilPor volta das 13h de ontem

cerca de quatro automóveis derrapa-ram na altura do número 2021 daAvenida Brasil, em conseqüência deóleo na pista. A Brasília amarela deplaca WO-1449 capotou, o TL azulMS-5601 bateu na mureta e os outrosdois carros, após a derrapagem, continuaram o seu percurso. Apesar detodos esses acidentes, ninguém teveferimentos graves.

Segundo Solange de Jesus, queestava no TL, um caminhão deixoucair uma lata de óleo na pista. Emseguida, um Chevette derrapou, sen-do o seu carro o segundo a sofrer oacidente: "Graças a Deus que nin-guém se machucou e meus filhosestão a salvo!" disse. O Centro deComunicações da PM (Maré Zero)chamou a Comlurb para jogar areiano local, o que causou uma leveinterrupção no trânsito

Greve pára

ônibus em

PetrópolisPETRÓPOL1S — O prefeito Pau-

lo Rattes descartou a possibilidadede autorizar aumento das passagensde ônibus, reivindicado pelos donosdas empresas como a única soluçãopara o pagamento do gatilho salarialde maio dos rodoviários, em grevedesde sábado. Rattes disse que oaumento tarifário de 83%, concedi-do há um mês, é suficiente e anun-ciou que a Prefeitura está apenastentando intermediar as negociaçõesentre empresas e rodoviários.

Desta vez sem incidentes, o segundo dia da greve prejudicou opúblico da segunda etapa do V Hol-lywood Motocross. A Viaçáo Auto-bus anunciou, antes da greve, a colo-cação de dezenas de ônibus extrasentre Petrópolis e o Trevo de Bonsu-cesso, na Rio—Juiz de Fora. O cál-culo da empresa é de que 2 milpessoas não puderam assistir às corridas. O jogo Serrano e Central, peloCampeonato da Segunda Divisão, sónão foi cancelado por ser oficial, masa bilheteria acusou um grande pre-juízo.

A paralisação continua hoje, dianormal de trabalho em PetrópolisOs 720 rodoviários das seis empresasmunicipais reivindicam o cumpri-mento do acordo salarial de abrilOntem, nenhuma empresa tentoucolocar ônibus em circulação, aocontrário do primeiro dia, quando osrodoviários depredaram ônibus daViação Imperial.

fo CURSOSSECRETARIADOPROGRAMAÇÃO COBOlREDAÇÃO COMERCIAIPORTUGUÊSPREPARATÓRIO P/SUPLETIVO (2o GRAU)

INSCRIÇÕES ABERTAS EM TODAS AS FILIAIS CEN-TRAL DE INFORMAÇÕES (PABX) 221-2722

CONTABILIDADEAUX. DEP PESSOA!ARQUIVOREL. HUMANASDATILOGRAFIAESTENOGRAFIA

Andre Camara

O reinicioda serie Concertos para a Juventude, interrompida desde 1974, atraiu gratide publico ao Teatro

Andre CSmara

4 Iceu Rapozo

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André Câmara

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EDITAL DE CONVOCAÇAOO SINDICATO DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DO MUNICÍPIO ,

DO RIO DE JANEIRO O SINDICADO DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINONO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E O SINDICATO DOS ESTABELtCIMENTOS DE ENSINO DE VOLTA REDONDA convocam todas as escolas para aAssembléia Gera! Extraordinária na o'ô*ima terça-feira. dia 16 de ;unho. ás 18horas, no auditório do Colég>o Santo Antonio Maria Zaccana Rua do Catete 113

Caieie. Quando serão tratados os assuntos abaixo relacionadosa) 2a Semestralidade de 1987b) Problema dos gatilhos salariaisc) Depoimento do Presidente do Sindicato ae Sâo Pauk)dl Depoimento do Presidente da Federação Internacional de Escolas

Particularesel Assuntos geraisEm razào da delicada situação que atravessa a esco'a particular no

presente momento enfatizamos a necessidade do seu compareomentoRUMO

Xegundo Xou da Xuxa

faz Xucessc na

FNXentoeXineo.

Baixinhos e Baixinhas, voxês xá podem curtir o meu novo disco"Xegundo Xou da Xuxa". É xó ouvir a Rádio FM 105, que

eu tenho uma menxagem espexial pra voxê entrar na danxa.Beijinho, Beijinho. Ichau, Tchau.

0 OUE VOLTA.

CINEMA NO B

JORNAL DO BRASIL

Oleo causa

O reinicio da série Concertos para a Juventude, interrompida desde 1974, atraiu grande público ao Teatro

Agra vai a ,

Palmas para

ouvir casalO delegado Antônio Agra Lopeè.

que preside as investigações sobre a mor-te de Leon Eliaehar, passou o fim desemana organizando as peças do inqueri-to para estabelecer a mecânica do crime edeve viajar amanhã à tarde para a cidadede Palmas, no Paraná, levando na baga-gem yma carta precatória para ouvir bfazendeiro e vereador Alberto Araújo(principal suspeito de mandante do cri-me) e sua mulher. Vera Bini, com quemo jornalista mantinha um romance

Agra Lopes já preparou 14U pergun-tas a serem feitas ao casal, 609c das quaisdirigidas a Vera, pivô do crime. Ele ná,otem mais dúvidas de que lisa CavanholMacedo e os pistoleiros Roy dos SantosBaummer e Melchisedeque de OliveiraMachado tiveram participação direta namorte de Eliaehar, mas ainda não cónsé-guiu provar que os três foram contratadospelo fazendeiro Alberto Araújo.

O delegado está certo de que lisa,conhecida como Sheila a loura queaparece nas fotografias tiradas 110 apartà-mento do jornalista — foi plantada navida de Eliaehar para facilitar a ação doscriminosos, e supõe ter sido o pistoleiroRoy dos Santos Baummer o autor do tiroque o matou 11a madrugada de sexta-feira, dia 29. para sábado, dia 30.

Eliachai conheceu lisa na semanaque antecedeu o crime. No dia em que ohumorista foi morto, ela foi-vista entran-do 110 prédio onde Leon morava, naAvenida Rui Barbosa, por volta das 19h.lisa, Roy e Melchisedeque estiveram hos-pedados no Hotel Bragança, no Centròaté o dia 28, procedentes do Paraná, ederam vários telefonemas para a cidadede Palmas. Mas o delegado acredita queeles não agiram sozinhos e quer descobrirquem lhes deu apoio 110 Rio

De bem com a vida.

Engraxate vai à Justiça

invoca o usucapião para ficar onde está

para ficar com terreno

Apesar de morar há mais de 30 anosno pequeno barraco de dois cômodos naRua Hermenegildo de Barros, entre osnúmeros 60 e 72, na Glória, só nosúltimos sete é que o engraxate aposenta-do Alceu de Menezes Raposo, 68, estálutando na Justiça para obter a posse doterreno por usucapião. Ele está sendoacusado de posseiro por Ronney Sta-chclski. que se diz dono do terreno, masque até agora não apresentou nenhumdocumento de propriedade.

Curitibano, solteiro, Maza ou Mazaropi — como é conhecido Alceu Rapozo

está no Rio há 35 anos e trabalhavacomo engraxate na Rua Cândido Mendes, na Glória. Durante todo esse temposempre morou no pequeno barraco, naencosta do morro, e nunca se sentiuameaçado por ninguém. Agora, ganhan-do apenas um salário da aposentadoria,faz biscate no prédio em frente, cuidandoda limpeza. Mazaropi está preocupadocom seu destino:

— Sempre vivi aqui, sem perturbaininguém. Já apareceram cinco pessoasdizendo que são donas desse terreno, masnunca ninguém provou nada. Agora apa-receu esse senhor, chamado Ronney, quenem sei quem é e diz que o terreno é

dele, apesar de eu morar aqui há mais de30 anos. Não quero brigar com ninguém,a única coisa que gostaria é que eletivesse complacência comigo, pois estouvelho e não tenho para onde ir — disseMaza.

O barraco está localizado bem nomeio de um terreno de 12 metros delargura com três de profundidade, queformam os fundos dos números 102 a 114da mesma rua. Segundo Maza. ali semprefoi um terreno baldio, por ser uma encos-ta do morro, mas assim mesmo RonneyStachelski se diz proprietário e construiuuniu garagem entre o número 72 e obarraco do engraxate

- Tenho quatro vizinhos que vãotestemunhar a meu favor, pois conheçotodo mundo aqui no bairro. Fui muitoboêmio e participava da banda aqui darua, mas agora quero é descansar e pareide beber há mais de 18 anos. Gostaria defazer umas melhorias aqui no barraco,mas, sempre que começo a fazer umaobra, vem a fiscalização e diz que nãoposso continuar, pois não sou dono doterreno. Mas se hoje estou vivo é graças aesse pequeno barraco onde gostaria deficar até o fim da minha velhiceafirmou Maza

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Andre Camara

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reinicio da série Concertos para a Juventude, interrompida desde 1974, atraiu grande público ao Teatro

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Oleo causa Engraxate vai à Justiça

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cerca de quatro automóveis derrapa-ram na altura do número 2021 daAvenida Brasil, em conseqüência deóleo na pista. A Brasília amarela deplaca W0-1449 capotou, o TL azulMS-5601 bateu na mureta e os outrosdois carros, após a derrapagem, con-tinuaram o seu percurso. Apesar detodos esses acidentes, ninguém teveferimentos graves.

Segundo Solange de Jesus, queestava no TL, um caminhão deixoucair uma lata de óleo na pista. Emseguida, um Chevette derrapou, sen-do o seu carro o segundo a sofrer oacidente: "Graças a Deus que nin-guém se machucou e meus filhosestão a salvo!", disse. O Centro deComunicações da PM (Maré Zero)chamou a Comlurb para jogar areiano local, o que causou uma leveinterrupção no trânsito.

Greve pára

ônibus em

PetrópolisPETRÓPOLIS — O prefeito Pau-

lo Rattes descartou a possibilidadede autorizar aumento das passagensde ônibus, reivindicado pelos donosdas empresas como a única soluçãopara o pagamento do gatilho salarialde maio dos rodoviários, em grevedesde sábado. Rattes disse que oaumento tarifário de 83%, concedi-do há um mês, é suficiente e anun-ciou que a Prefeitura está apenastentando intermediar as negociaçõesentre empresas e rodoviários.

Desta vez sem incidentes, o se-gundo dia da greve prejudicou opúblico da segunda etapa do V Hol-lywood Motocross. A Viação Auto-bus anunciou, antes da greve, a colo-cação de dezenas de ônibus extrasentre Petrópolis e o Trevo de Bonsu-cesso, na Rio—Juiz de Fora. O cál-culo da empresa é de que 2 milpessoas não puderam assistir às cor-ridas. O jogo Serrano e Central, peloCampeonato da Segunda Divisão, sónão foi cancelado por ser oficial, masa bilheteria acusou um grande pre-juízo.

A paralisação continua hoje, dianormal de trabalho em Petrópolis.Os 720 rodoviários das seis empresasmunicipais reivindicam o cumpri-mento do acordo salarial de abril.Ontem, nenhuma empresa tentoucolocar ônibus em circulação, aocontrário do primeiro dia, quando osrodoviários depredaram ônibus daViação Imperial.

Apesar de morar há mais de 30 anosno pequeno barraco de dois cômodos naRua Hermenegildo de Barros, entre osnúmeros 60 e 72, na Glória, só nosúltimos sete é que o engraxate aposenta-do Alceu de Menezes Raposo, 68, estálutando na Justiça para obter a posse doterreno por usucapião. Ele está sendoacusado de posseiro por Ronnev Sta-chelski, que se diz dono do terreno, masque até agora não apresentou nenhumdocumento de propriedade.

Curitibano, solteiro, Maza ou Maza-ropi — como é conhecido Alceu Rapozo— está no Rio há 35 anos e trabalhavacomo engraxate na Rua Cândido Men-des, na Glória. Durante todo esse temposempre morou no pequeno barraco, naencosta do morro, e nunca se sentiuameaçado por ninguém. Agora, ganhan-do apenas um salário da aposentadoria,faz biscate no prédio em frente, cuidandoda limpeza, Mazaropi está preocupadocom seu destino:

— Sempre vivi aqüi.^em perturbarninguém. Já apareceram cinco pessoasdizendo que são donas desse terreno, masnunca ninguém provou nada. Agora apa-receu esse senhor, chamado Ronney, quenem sei quem é, e diz que o terreno é

dele, apesar de eu morar aqui há mais de30 anos. Não quero brigar com ninguém,a única coisa que gostaria é que eletivesse complacência comigo, pois estouvelho e não tenho para onde ir — disseMaza.

O barraco está localizado bem nomeio de um terreno de 12 metros delargura com três de profundidade, queformam os fundos dos números 102 a 114da mesma rua. Segundo Maza. ali semprefoi um terreno baldio, por ser tini:' en :os-ta do morro, mas assim mesmo RonneyStachelski se diz proprietário e construiuuma garagem entre o número 72 e obarraco do engraxate.

— Tenho quatro vizinhos que vãotestemunhar a meu favor, pois conheçotodo mundo aqui no bairro. Fui muitoboêmio e participava da banda aqui darua, mas agora quero é descansar e pareide beber há mais de 18 anos. Gostaria defazer umas melhorias aqui no barraco,mas, sempre que começo a fazer umaobra, vem a fiscalização e diz que nãoposso continuar, pois não sou dono doterreno. Mas se hoje estou vivo é graças aesse pequeno barraco onde gostaria deficar até o fim da minha velhice —afirmou Maza.

André Câmara

Alceu Rapozo invoca o usucapião para ficar onde está

Agra vai a

Palmas para

ouvir casalO delegado Antônio Agra Lopes(,

que preside as investigações sobre a mor-te de Leon Eliachar, passou o fim desemana organizando as peças do inquéri-to para estabelecer a mecânica do crime èdeve viajar amanhã à tarde para a cidadede Palmas, no Paraná, levando na bagaí-geni ijma carta precatória para ouvir 6fazendeiro e vereador Alberto Araújo

jtn ,|t. manjan(e j0 crl_me) e sua mulher, Veia omi, co..io jornalista mantinha um romance.

Agra Lopes já preparou 140 pergun-tas a serem feitas ao casal, 60% das quaisdirigidas a Vera. pivô do crime. Ele nãotem mais dúvidas de que lisa Cavanno!Macedo e os pistoleiros Roy dos SantosBaummer e Melchisedeque de OliveiraMachado tiveram participação direta namorte de Eliachar, mas ainda não conse-guiu provar que os três foram contratadospelo fazendeiro Alberto Araújo.

O delegado está certo de que lisa',conhecida como Sheila — a loura queaparece nas fotografias tiradas no aparta-mento do jornalista — foi plantada navida de Eliachar para facilitar a ação doscriminosos, e supõe ter sido o pistoleiroRoy dos Santos Baummer o autor do tiroque o matou na madrugada de sexta-feira, dia 29. para sábado, dia 30.

Eliachar conheceu lisa na semanaque antecedeu o crime. No dia em que óhumorista foi morto, ela foi vista entran-do no prédio onde Leon morava, naAvenida Rui Barbosa, por volta das 19h'.lisa. Roy e Melchisedeque estiveram hosrpodados no Hotel Bragança, no Centro,até o dia 28. procedentes do Paraná, ederam vários telefonemas para a cidadede Palmas. Mas o delegado acredita queeles não agiram sozinhos e quer descobrirquem lhes deu apoio no Rio.

Granada

explode

em elevadorUma granada de gás lacrimo-

gênio foi detonada ontem no ele-vador do bloco 2 do CondomínioVivendas da Penha, na Rua doCouto. 29. Penha. O síndico dobloco,, Ricardo Alves, chegou ater as vistas afetadas pela fumaçamas sem maiores conseqüências.A Polícia Militar foi chamada e,logo em seguida, pediu auxílio aosetor de Recursos Especiais daPolícia Civil.

A equipe Falcão IV. do Re-cursos Especiais, recolheu a gra-nada e levou-a para exames. Abomba pertence ao Exército e,possivelmente, pelo número desérie poderá se chegar até a uni-dade onde estava em carga. Nãohouve danos no elevador do pré-dio e alguns policiais acreditamque tudo tenha sido obra de al-guém que tentou assustar os mo-radores.

Xegundo Xou tia Xuxa

faz Xucesso na

FMXentoeXinco.

Baixinhos e Baixinhas, voxês xá podem curtir o meu novo disco"Xegundo Xou da Xuxa". É xó ouvir a Rádio FM 105, queeu tenho uma menxagem espexial pra voxê entrar na danxa.

Beijinho, Beijinho. "Ichau, Tchau.

De bem com a vida.

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EDITAL DE CONVOCAÇAOO SINDICATO DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DO MUNICÍPIO

DO RIO DE JANEIRO 0 SINDICADO DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINONO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E O SINDICATO DOS ESTABELECIMEN-TOS DE ENSINO DE VOLTA REDONDA convocam todas as escolas para aAssembléia Geral Extraordinária na próxima terça-feira, dia 16 de junho, às 18horas, no auditório do Colégio Santo Antonio Maria Zaccana Rua do Catete. 113— Catete. quando serão tratados os assuntos abaixo relacionados.

a) 2a Semestralidade de 1987b) Problema dos gatilhos salariaiscl Depoimento do Presidente do Sindicato de SSo Paulod) Depoimento do Presidente da Federação Internacional de EscolasParticularese) Assuntos geraisEm razào da del«cada situação que atravessa a escola particular no

presente momento, enfatizamos a necessidade do seu comparecimento.RUMO

JORNAL DO BRASIL

Concertos aos domingos

retornam ao Municipal

Apesar do céu azul e do sol quente damanhã de domingo, o Teatro Municipalficou repleto, ontem, com o reinicio daserie Concertos para a Juventude, inter-rompida desde 1974, depois de 30 anosconsecutivos de apresentações. A novasérie, também gratuita, está planejadaaté novembro, sempre com a OrquestraSinfônica Brasileira, regida ontem pelomaestro baiano Carlos Veiga, ex-adjuntoda OSB e atual diretor da OrquestraSinfônica da Paraíba, a qual fundou em1980.

No programa, três peças: a aberturada ópera Der Frcischutz (O franco-atirador), de Carl Maria Von Weber;Memoprccoce para piano e orquestra,composta em 1920 por Heitor Villa-Lobos, com a participação da solistaSônia Goulart, e O Rio Moldava (poemasinfônico), do compositor tcheco BedrichSmetana, de 1874. A platéia, integradade adultos, jovens e crianças, deliciou-secom as didáticas orientações do regenteacerca das obras e a significação dainclusão de determinados instrumentosno decorrer da execução.

A retomada da série, uma iniciativado governo estadual, Secretaria deCultura, Fundação de Artes do Estadodo Rio e do Teatro Municipal, além dopatrocínio da VVhite Martins, é considera-da pelo maestro "um importante passopara a formação do público". Segundoele, essa iniciativa desperta as pessoaspara a música, especialmente a erudita.

Intercalando a música com explica-ções sobre a habilidade de um jovematirador com sua arma de fogo, na obrade Weber, ou a definição de alegro —uma abertura cm ritmo rápido — e aindao significado do uso do flautim, por Villa-Lobos, para caracterizar as crianças naobra composta para elas. o regente con-seguiu prender a atenção de todos, que

acompanharam com vivo interesse o de-sempenho da orquestra.

Carlos Veiga iniciou seus estudos depiano aos 5 anos em Salvador, ondenasceu, ingressando mais tarde nos semi-nários de música da Universidade Fede-ral da Bahia, nas classes de trompete epercussão, onde posteriormente tornou-se regente titular. Viveu dois anos emMadri, depois de ganhar uma bolsa deestudos, e especializou-se com o maestrorusso Igor Markevitch, já falecido. Assu-miu a direção da Orquestra de Câmarado Estado da Paraíba e em 80 fundou aorquestra sinfônica deste estado, a convi-te do governador Tarcísio Burity. Em 85,foi designado pelo maestro Isaac Karabit-chcvsky para o cargo de regente assisten-te da Orquestra Sinfônica Brasileira eeste ano reassumiu a direção artística daSinfônica da Paraíba.

Detendo-se mais no poema sinfônicoO Rio Moldava, Carlos Veiga envolveu opúblico quando falou a respeito da obra,relatando uma viagem num barco atravésdo rio "mais popular" que banha a Tche-co-EsIováquia. Descreveu as flautas noinício do movimento, assim como astrompas, representando os "fluídos dorio", a música que surge ouvida da mar-gem, proveniente de um casamento decamponeses, e mais adiante um passeio eo lugar.

A apresentação, iniciada às10h30min, terminou ao meio-dia. Noprograma está previsto, dentro da série,um novo concerto no próximo dia 21, nomesmo horário e local, com a execuçãode obras de Schubert (Rosanmndc, aber-tura), Haydn (Concerto cm Ré Maiorpara piano e orquestra), Falia (três dan-ças do bale O Chapéu dos 3 picos) com aparticipação da solista Lucy de CarvalhoFerreira, no piano, e regência do maestroCarlos Veiga.

2'1 Edição ? segunda-feira, 15/6/87 o Cidade o 3André Câmara

Parentes de professora

denunciam erro médico"Psicose exibicionista", foi o diag-

nóstico dado pelo psiquiatra do laserj,Mordekhay Antabi, à professora MariaSebastiana da Costa, 43, que, segundo afamília, estaria sofrendo um derrame ce-rebral. Mesmo com o lado direito docorpo paralisado, sem conseguir falar, elafoi obrigada a deixar o hospital, após serexaminada. Na manhã seguinte, porém,médicos de outra unidade do laserj cons-tataram que a professora realmente tive-ra um acidente vascular cerebral.

Revoltados com o que classificam de"erro grosseiro", os parentes de Sebastia-na vão responsabilizar criminalmente opsiquiatra e acionar o Estado. "Era evi-dente que ela não estava fingindo, mas omédico fez questão de ignorar meus ape-los e advertências", diz o publicitárioSebastião Pereira da Costa, irmão daprofessora, que já encaminhou a denún-cia ao Conselho Regional de Medicina e àprópria presidência do laserj. Sebastianaestá hospitalizada desde março, quandosofreu o derrame, com poucas chances derecuperação.

De posse de uma série de documen-tos, sobre o caso que pretende encami-nhar também à polícia, o publicitárioconta que tudo começou na sala de aulado Ciep General Augusto César Sandino,em Ricardo Albuquerque, onde sua irmãtrabalhava. Eram 15h45min, do dia 23 demarço, quando dois alunos brigaram emplena aula e ela começou a passar mal.Socorrida pela médica da escola, ElzaMaria de Araújo Chaves, Sebastiana foiencaminhada à clínica Camod, nas ime-diações e, depois de examinada, levadaem carro particular ao laserj, acompa-nhada do irmão, da médica e de algunsprofessores.— O médico Jorge Wilson, da Ca-mod, já suspeitava que ela estivesse so-frendo de um derrame e, sem condiçõesde se aprofundar no diagnóstico, decidiuencaminhá-la ao laserj — conta Sebas-tião. — Foi aí que começaram os proble-mas. Uma estagiária que atendeu tam-bém suspeitou de complicações neuroló-gicas, mas o psiquiatra Mordekhay. cha-mado em seguida, deu alguns remédios edisse que minha irmã teve uma criseemocional e necessitava apenas de trata-mento psiquiátrico, em ambulatório, eque era para liberar o leito para outrosdoentes — conta o publicitário.

Inconformado com o diagnóstico — airmã não movimentava o lado direito docorpo nem conseguia falar — Sebastiãochamou ao hospital seu amigo, o advoga-do Hércules Santos Soares, que tambémtentou alertar o médico para a gravidade

do caso. "Houve bate-boca, o médico foigrosseiro, disse que quem decidia ali eraele, mas só saímos de lá quando eleassinou um papel dizendo que era casopara tratamento psiquiátrico", lembra oadvogado que, em seguida, ajudou acarregar Sebastiana no colo, até o carro,e levá-la a Niterói, onde morava com oirmão.

A professora náo conseguiu dormire, na manhã seguinte, foi levada ao laserjde Niterói. Depois de examinada, foiencaminhada à clínica Hasperj — conve-niada do laserj e ali, finalmente, foiconstatado que ela sofrerá um derrame.Sebastiana ainda permaneceu internadana clínica durante uma semana, fez exa-mes na Beneficência Portuguesa, na Gló-ria, até ser transferida para a ClínicaSanta Isabel, também conveniada, ondeestá até hoje, com paralisia parcial e semconseguir falar.

Orientado pelo advogado HérculesSoares, Sebastião preparou um misto derelatório e desabafo, de 13 laudos, comtodo o histórico do tratamento da irmã,que encaminhou ao laserj e ao CRM. Oassessor da presidência do instituto, LuísFelipe Mourity, já tomou conhecimentodo caso e considerou "grave a denúncia",que está sendo apurada pela comissão deética do hospital do laserj, integrada pelochefe de divisão médica, Haroldo Antu-nes da Silveira. Esta semana, o grupo queprepara um relatório a ser enviado aoCRM ouviu algumas pessoas citadas porSebastião e levantou dados sobre a con-duta do psiquiatra, que não parece preo-cupado com os possíveis desdobramentosdo fato:— Me lembro bem do caso, estavaseguro do diagnóstico, porque o quadrode paralisia afeta a parte facial, deixa aboca torta, entre outras coisas que nãoestavam ocorrendo — disse o psiquiatraMordekhay Antabi, 59 anos. desde 78 nolaserj. Ele disse que já atuou comoclínico, endocrinologista e em setor deemergência, e nunca teve qualquer pro-blema.

O presidente do Conselho, LaerteAndrade Vaz de Melo, que também járecebeu a denúncia, explicou que há todoum procedimento até se chegar ao julga-mento do caso, e isto pode demorar trêsmeses. Se for comprovado que houveerro do médico, o psiquiatra poderá so-frer uma série de punições, que vão deadvertência sigilosa a cassação do diplo-ma. Os familiares da professora querem,também, processar a médica do Ciep,Elza Chaves, por ter aceitado, sem ques-tionar, o diagnóstico do psiquiatra Mor-dekhav Aiitabi.

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Maria Sebastiana da Costa com o irmao, Sebastido

Marcelo Carnaval

Maria Sebastiana da Costa com o irmão, Sebastião

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4 o Cidade o segunda-feira, 15/6/87 Oerviço JORNAL DO BRASIL

JJQjeÉ dia nacional do artista plástico.

>ancos

Banco 24 Horas — Zona Sul — Av.Ataulfo de Paiva, 1174; Av. Copacabana,202 e 599; Rua Voluntários da Pátria,448; Praia de Botafogo, 216; Rua doCatcte, 320; Rua das Laranjeiras, 114;Rua Marquês de Abrantes, 88; RuaVis-conde de Pira já, 174; Avenida MinistroIvan Lins, 240; Barrashopping e CeasaLeblon.Zona Norte — Rua Maxwell, 300; RuaAristides Caire, 55; Rua Dias da Cruz,204; Avenida Ministro Edgar Romero,206; Estrada do Portela, 99; Estrada dosBandeirantes, 130; Estrada de Jacarepa-guá, 7753; Rua Cândido Benício, 2034;Uruguai, 329; Avenida 28 de Setembro,431, Rua Haddock Lobo, 360, Norte-shopping. Estrada dos Bandeirantes, 130,Rua Soriano de Souza, 115;Centro — A venida Rio Branco, 37 e 123;Niterói — Rua Miguel de Frias, 9, PlazzaShopping e Rua Quintino Bocaiúva, 61.Saque Eletrônico — clientes do Banco doBrasil e de todos os bancos estaduais —como o Banerj — possuidores do "SaqueEletrônico" poderão fazer compras noCarrefour, Casas Guanabara, CB, Cobal,Disco. Freeway, Minibox, Pão deAçúcar, Peg Pag, Sendas, Supermerca-dos Leão, Supermercados Nova Olinda,Supermercados Zona Sul e diversos pos-tos de gasolina. Alguns destes estabeleci-mentos também descontam cheques.Bradesco — Banco Dia e Noite — Acro-portos Internacional e Santos Dumont;Agências Carioca; Conde de Bonfim;Coronel Agostinho; Flamengo; Jacarepa-guá; Laranjeiras; Leblon; Madureira;Praça da Bandeira; Praça Saens Pena;Serzedelo Correia; Visconde de Pirajá;Barrashopping; Haddock Lobo; CeasaHumaitá, Leblon e Méier; CondomínioAlfa Barra; Clube Naval (Lagoa); Petro-brás; São Conrado Fashion Mall e PostoTouring Barra (Av. das Américas, 3201,Km 04).Itaú — Banco Eletrônico — AeroportoSantos Dumont; Avenida Copacabana,1362; Siqueira Campos, 143; Estrada doGaleão, 994; Rua Conde de Bonfim, 423;Rua do Catete, 355; Rua Haddock Lobo,18I-A; Rua Jardim Botânico, 712; RuaMarques de São Vicente, 52; Rua MouraBrito, 167; Rua Visconde de Pirajá 300 e451; Rua Voluntários da Pátria, 207 eBarrashopping.

comlurb

Todos os serviços de limpeza de ruas,praias e residências serão feitos normal-mente hoje, segundo informou a Asses-soria de Comunicação da Comlurb.•parcas

Durante o feriado, é este o horário esti-pulado pela Conerj para as saídas dasbarcas:Rio-Niterói — Partirão das estações doRio e Niterói, a cada 30 minutos, durantetodo o dia. O horário noturno, entre 30minutos e 4h30 min será mantido, comsaídas da Praça 15 às meias horas e deNiterói, às horas cheias.Praça 15—Ribeira — Da Praça 15, saídasàs 9h, llh, 13h, 15h e 17h. Da Ribeira,partirão barcas às 8h, lOh, 12h, 14h, 16he 18h.Praça 15—Paquetá — Saídas do Rio às7h30min, 10hl5min, 13h30min, 15h,17h30min, 19h e 23h. De Paquetá, saídasàs 5h30min, 9h, 12h, 15h, 17h, 19h e20h30min.Mangaratiba—llha Grande — Saídas às8h30min, com retorno da Ilha Grande às17h.Ilha Grande—Angra dos Reis — Partirábarca às 10hl5min, com a volta de Angraàs 16h.

Metrô

O Metrô funcionará normalmente hoje,das 6h às 23h, na linha 1 (Botafogo—Saens Pena) e das 6h às 20h, na linha 2(Estácio—Maria da Graça).

irens

Para permitir trabalhos de recuperaçãodas estruturas metálicas das pontes sobrea Avenida Francisco Bicalho, a CBTUalterou o tréfego ferroviário, desde aúltima sexta-feira. Os trens que circulamentre Deodoro e Dom Pedro II, nâoestão fazendo paradas nas estações deMangueira e Lauro Muller. A mudançaestará em vigor até as 3h de amanhã. Ostrens que saem da Central em direção aDeodoro partem de 15 em 15 minutos,para Japeri e Santa Cruz, de 20 em 20minutos, para Belford Roxo de 30 em 30minutos e para Gramacho, no mesmointervalo, partindo da Leopoldina.

ieiras livres

Getulio Vilanova

Curso ensina produção

em TV

Começa na próxima quarta-feira, dia

17, na Faculdade da Cidade, ocurso A prática da produção em televi-são, organizado pelo produtor e editor deTV Luís Felipe Raposo Jr. A meta princi-pai do curso é transmitir os conhecimen-tos necessários à formação de produtoresde TV, que, segundo Luís Felipe, nuncativeram no Brasil qualquer curso profis-sionalizante.

Durante o curso, que será dado às2as., 4as. e 6as., das 18h30min às 22h,serão abordados temas da história da TVà edição cm ilhas off-line, proporcionan-do aos participantes uma visão panorâmi-ca do assunto, para que possam ingressar

horas

Flores — Mercado das Flores de Bota-fogo — Rua General Polidoro, 238 —Tel.: 226-5844; Carlinhos das Flores —Av. Geremário Dantas, 71 — Jacarepa-guá — Tel.: 392-0037; Roberto das Flores

Av. Automóvel Clube, 1661 — Inhaú-ma — Tel.: 593-8749.Borracheiro — Avenida Princesa Isa-bel, 272 — Copacabana — Tel.: 541-7996; Rua Mem de Sá, 45, Lapa (juntoaos Arcos) com serviços de mecânico,eletricista e reboque. Telefone 224-2446.Reboques — Auto Socorro Botelho —Rua Sá Freire, 127 — São Cristóvão —Tel.: 580-9079; Auto Socorro Gafanhoto

Rua Aristides Lobo, 156 — Rio Com-prido — Tel.: 273-5495; Avenida dasAméricas, 1577 — Barra da Tijuca —Tel.: 399-2192.Chaveiros — Trancauto — Estrada Vi-cente de Carvalho, 270 — Vaz Lobo —Tel.: 391-0770 e Av. 28 de Setembro, 295

Tel.: 288-2099 e 268-5827, em VilaIsabel; Chaveiro Império — Rua CorrêaDutra, 76 — Catete — Tel.: 245-5860,265-8444 e 285-7443.Baby-sitter — Atividade CoordenadaPsicologia e Educação — Av. NossaSenhora de Copacabana, 897 — sala 1006

Copacabana — tel.: 255-8141 e 255-6858. (O pedido de baby-sitter deve serfeito das 8h às 19h).Aluguel de carros — Aeroporto Inter-nacional do Rio de Janeiro — Ilha doGovernador.Supermercados — Casas da Banha —Rua Siqueira Campos, 69 — Copaca-bana.Bancas de Jornais — Largo do Ma-chado, em frente à estação do Metrô;Copacabana — Rua Santa Clara, esquinacom Av. N. Sra. de Copacabana. Ilha doGovernador — Aeroporto Internacionaldo Rio de Janeiro (2o andar).Restaurantes — Não fecham: Demoi-selle — Aeroporto Internacional do Riode Janeiro — Ilha do Governador; Pai-meiras — Rua do Ouvidor, 14 — CentroTel.: 231-2362.Até 7 horas: Snack — Av. PresidenteMendes de Morais, 222 — São Conrado

Inter-Continental Hotel — Tel.: 322-2200.Até 6 horas: Pizza Palace — Rua Barãoda Torre, 340 — Ipanema — Tel.: 267-8346; Madrugada — Rua Sorocaba, 305Botafogo — Tel.: 286-6097.

no mercado de trabalho devidamentepreparados.

Além de vídeos e filmes sobre produ-ção, vários profissionais de televisão ecinema foram convidados para dar seusdepoimentos, que ficarão gravados emvídeo.

O organizador do curso, Luís FelipeRaposo Jr., realizou seu primeiro traba-lho na área de produção no cinema, em1983, no longa metragem Blame it onRio.

No desenrolar do curso, que se esten-derá até o final do mês de julho, LuísFelipe irá discutir com os alunos sobre osseguintes temas: a TV enquanto veículo

Até 5 horas: Nova Capela — Av. Memde Sá, 96 — Centro - Tel.: 252-6228.Até 4 horas'. Bella Blu — Rua SiqueiraCampos, 107 — Copacabana — Tel.:257-2041; Lamas — Rua Marques deAbrantes, 18 — Flamengo — Tel.: 205-0799; Fritz — Rua Barão da Torre, 472— Ipanema — Tel.: 267-4347.Até 3 horas: Real Astoria — Av. Ataulfode Paiva, 1235 — Leblon — Tel.: 294-0047; U-bahn— Rua Paulino Fernandes,13 — Botafogo — Tel.: 266-0465.

pimergencias

Zona Sul — Ipanema — Avenida Henri-que Drumond; Leme — Rua GustavoSampaio; Botafogo — Rua Vicente deSouza;Zona Norte — Catumbi — Rua EmíliaGuimarães; Madureira — Rua Adelaide;Tijuca — Rua Aguiar; Rocha Miranda —Rua dos Rubis; Parada de Lucas — RuaLuiza Prat; Ilha do Governador — RuaProfessor Hilarião Rocha (Bancários);Zona Centro — Santo Cristo — RuaUnião.

O advogado paulista João Batista deSampaio Ferraz foi promotor públi-

co no antigo estado da Guanabara; fun-dou e dirigiu o jornal Correio do Povo, noRio de Janeiro, com o intuito de defendera campanha em favor da proclamação daRepública; foi chefe de polícia da capitalda República (1890); deputado federalconstituinte (1891) e, cinco anos depois,voltou a ser chefe de polícia.

Pouco tempo depois de sua morte,aos 63 anos, em 1920, ele passou adesignar a antiga e pouco conhecida ruaSão Luís, por determinação do prefeitoCarlos Sampaio. A Rua Sampaio Ferrazestá registrada no departamento de logra-

Prontos Socorros Cardíacos — Tiju-ca — Prontocor — 264-1782 (Rua SãoFrancisco Xavier, 26); Ipanema — RioCor — 521-3737 (Rua Farme de Amoe-do, 86); Lagoa — Prontocor — 286-4142(Professor Saldanha, 26); Barra da Tijuca

CardioBarra — 399-5522 e 399-8822(Av. Fernando Matos, 162). Jacarepaguá

Urgecor — 392-6951 (Estrada TrêsRios, 563); Laranjeiras — Uticor — 265-6612 (Rua Soares Cabral, 36); Botafogo

Pró-Cardíaco — 246-6060 (Rua DonaMariana, 219); Eletrocor — 246-8036(Rua São João Batista, 80); Ilha doGovernador — Centro-Cor — 393-9676(Rua Cambaúba, 167 — Jardim Guana-bara).Prontos Socorros Dentários —Barrada Tijuca — Assistência Dentária daBarra — 399-1603 (Av. das Américas,2300); Botafogo — Clínica de Urgência

226-0083 (Rua Marquês de Abrantes,27); Leblon — Dentário Rollin — 259-2647 (Rua Cupertino Durão, 81); Tijuca

Centro Especializado de Odontologia288-4797 (Rua Conde de Bonfim,

664); Méier — Clínica OdontológicaCenso — 594-4899 (Rua José Bonifácio,281); Copacabana — Figueiredo Maga-lháes, 286 — 236-5795; N. S. Copacaba-na, 195 — 275-1246;Prontos Socorros Infantis —Botafogo — Amiu — 286-6446 (RuaMuniz Barreto, 545); Tijuca —Prontobaby — 264-5350 (Rua Adol-fo Motta, 81); Clínica Infantil Má-rio Novais — 284-2312 (Rua BomPastor, 295); Jardim Botânico —Psil — 266-1287 (Rua Jardim Botâ-nico, 448); Copacabana — UPC —Urgências Pediátricas — 287-6399(Rua Barata Ribeiro, 111); Ilha doGovernador — Prosilha — 393-0766(Rua Cambaúba, 151);Ortopedia —Leblon — Cotrauma —294-8080 (Av. Ataulfo de Paiva, 355);

douros do Rio de Janeiro sob o número8.069.Rua Sampaio Ferraz — Estácio. Começana Rua Haddock Lobo, 13. Termina naRua Maia Lacerda, 327.

Obra das Vocações Sacerdotais e os Clu-bes Vocacionais.

^tongresso

jj^rquidioceseOs catequistas das paróquias terão a suaHora Santa hoje, às 15h, na Igreja deSant'Ana, à Rua de Sant'Ana, às20h30min, com a presença do CardealEugênio Sales, fazem a sua Adoração aoSantíssimo Sacramento, o clero, os semi-naristas, os membros do Serra Clube, da

Comércio e Empresas — A indústria deshopping centers estará em discussão nosdias 16, 17 e 18 de junho, no HotelIntercontinental-Rio, num congresso querecebeu o nome de 2a Clínica de Shop-ping Centers. No encontro, os mais im-portantes empreendedores, especialistase profissionais da área vão responder adúvidas e questões trazidas pelos partici-pantes, através de audio-visuais, mesasredondas e respostas diretas, visandotransmitir informações técnicas e trocarexperiências com novos empresários, lo-jistas e profissionais interessados em sa-ber mais sobre a indústria, uma das quemais crescem no país. A iniciativa é daABRASCE — Associação Brasileira deShopping Centers, e as inscrições podemser feitas pelo telefone 263-9093, ou dire-tamente, no dia 16, pela manhã, no HotelIntercontinental e custam CzS 7 mil e500.

¦oncursos

de comunicação de massa: o CódigoNacional de Telecomunicações e a Cons-tituinte; quais os sistemas de cor existen-tes; a função do produtor de TV, dosassistentes e a telação com a equipe;pesquisa de arte, story-board, edição deimagens, sonorização, trucagens, anima-ção, efeitos especiais e off-line editing,entre outros.

O custo total do curso é de CZS 3mil, à vista, ou CZS 1 mil 650, em duasparcelas, sendo a primeira na matrícula ea segunda até dia 05/07. Informaçõesmais detalhadas podem ser obtidas naFaculdade da Cidade, Avenida EpitácioPessoa, 1664, ou pelos telefones 227-8996c 287-1145.

Cortrel — 274-9595 (Av. Ataulfo dePaiva, 658);Otorrino — Copacabana — Cota —236-0333 (Rua Tonelero, 152);Policlinicas Urgências —Copacabana — Clínica GaldinoCampos — 255-9966 (Av. N. Sra. deCopacabana, 492).Reumatologia — Botafogo — Centrode Reumatologia Botafogo — 266-5998,226-7651 e 246-5443 (Rua Voluntários daPátria, 445, grupos 1306/7).

jjiarmáciasZona Sul — Farmácia Flamengo (Praiado Flamengo, 224); Leme— Farmácia doLeme (Rua Ministro Viveiros de Castro,32); Leblon — Farmácia Piauí (Av.Ataulfo de Paiva, 1283); Barra da Tijuca— Drogaria Atlas (Estr. da Barra daTijuca, 18); Copacabana — DrogariaCruzeiro (Av. Copacabana, 1212);Zona Norte — Cascadura — FarmáciaCardoso (Rua Sidônio Paes, 19); Realen•go— Farmácia Capitólio (Rua MarechalSoares Andréa, 282); Bonsucesso— Far-mácia Vitória (Praça das Nações, 160);Méier — Farmácia Bio D'Ouro (RuaPadre Januário, 43); Farmácia Macken-zie (Rua Dias da Cruz, 616); CampoGrande — Drogaria Chega Mais (RuaAurélio de Figueiredo, 15); DrogariaChega Mais (Rua Barcelos Domingos,14); Farmácia Comari (Rua AugustoVasconcelos, 76); Jacarepaguá — Farmá-cia Carollo (Estr. de Jacarepaguá, 7912);Tijuca — Casa Granado LaboratóriosFarmácias e Drogarias (Rua Conde deBonfim, 300); Penha— Farmácia Chagas(Estr. Porto Velho, 86); Méier— Droga-ria Novo Méier (Rua Arquias Cordeiro,358); Ira já — Farmácia Paiva (Travessada Amizade, 15); Vila Isabel— FarmáciaPedro Ernesto (Blv. 28 de Setembro, 52);Sa'o Cristóvão— Farmácia Santa Rita deSão Cristóvão (Rua São Cristóvão, 399);Ilha do Governador — Farmácia Super-sônica (Aeroporto Internacional); Pavu-na— Farmácia N. S. de Guadalupe (Av.Brasil, 23.390); Rio Comprido — DrogaFleur (Praça Condessa Paulo de Frontin,38); Farmácia Drogacentral (Rua Ha-dock Lobo, 33); Drogaria do Império(Rua do Matoso, 15); Farmácia Saturnoda Tijuca (Av. Paulo de Frontin, 516);Zona Centro — Central do Brasil —Farmácia Pedro II (Edifício da Centraldo Brasil);Saúde — Saúde — Farmácia Luz daPraça (Rua Sacadura Cabral, 10).

^torreiosA agência do Aeroporto Internacional doRio de Janeiro funcionará hoje normal-mente, durante 24h, e as de Copacabanae da Rodoviária Novo Rio abrirão das 8hàs 12h. Em Niterói todas as agênciasfuncionarão em seus horários normais.

Monografia: Roquette-Pinto — A Con-tribuiçáo da TV ao Aperfeiçoamento doEnsino no Brasil é o tema deste ano do 4oConcurso Roquette-Pinto de Monogra-fias, criado pela Funtevê, para incentivara produção de trabalhos sobre a Teledu-cação no país. O Concurso é de âmbitonacional e dará ao primeiro colocado, umprêmio de Cz$ 30 mil. As inscrições seencerrarão no dia 15 de setembro. Asmonografias terão no máximo 200 laudasdatilografadas em espaço dois e deverãoser inéditas. Os interessados devem dirí-gir-se à Assessoría de Comunicação daFuntevê, na Avenida Gomes Freire, 474.(232-6933 ou 242-9572).

¦ursos

^^genda

Esoterismo — Começa amanhã, coma professora Marilda Bourbon, na Livra-ria Sakara: o curso Teoria dos sete raios— nível I (285-1177 e 232-0976).

Teatro — Interpretação, movimento,técnicas visuais, som e texto. Descobrir econhecer essas cinco caras do teatro é aproposta da autora e diretora e PrêmioMoiière de teatro infantil em 1980, LúciaCoelho, na oficina Descubra as cincocaras do teatro, que coordenará a partirde amanhã, no Centro de Letras e Artesda Uni-Rio, de segunda a sexta-feira, das13h às 20h (220-9156).

Informática I — A Datamicro ofere-ce a partir de amanhã o curso Introduçãoà microinformática. Vários horários (511-0395).

Informática II — O curso Basicavançado começa no dia 17 de junho naJMS. Aulas de manhã; pré-requisito:,basic (221-6067).

Parapsicologia — Curso iniciandoamanhã com o paranormal Luís Amorim,que virá especialmente de Brasília. Te-mas: O poder da mente, auto-sugestão,levitação, relaxamento auto-programado, clarividência, telepatia, etc.Local: Instituto Arcano Hermético Oci-denta! (239-1052).

Direção de cinema e vídeo — Pré-mio Kikito de melhor som, pelo filmeFonte da Saudade, no Festival de Grama-do deste ano, John Howard Szerman é ocoordenador do curso O papel do diretorde filmes e vídeos, de 17 de junho a 11 desetembro, na Casa de Cultura LauraAlvim. Aulas às segundas, quartas esextas-feiras, das 20h às 24h, objetivandointroduzir os alunos na direção de curtas,médias e longas-metragens, vídeos inde-pendentes e comerciais, etc. (227-2444).

Culinária — A Ma Cuisine dispõedos seguintes cursos: amanhã: Comidatípica brasileira: bobó de camarão e ca-marão com milho, das lOh às 12h; caixaspara bombons, das 13h30min às 17h econgelamento (três aulas) das 15h às 17h.Nos dias 17 de junho: Comida chinesa,das 9h às 12h e strudel de maçã, das 15hàs 17h e confeitagem de bolos (três au-Ias), das 17h30min às 20h. Em 18 dejunho: Pães, das 9h às 12h e trivial finofrancês, das 15h às 17h, ou das 19h às 21h(236-4911).Pintura — Começa no dia 17 de junho,na Faculdade da Cidade, o curso Pinturaem aquarela, com a artista plástica MariaVerônica, às segundas, quartas e sextas-feiras, das 14h30min. às 17h, até 31 dejulho (227-8996 e 287-1145).Corpo — Sistema de massagem de rela-xamento para cabeça, tronco, mãos, pés,pernas, braços e costas desenvolvido noInstituto Esalén, em Big Sur, Califórnia,Estados Unidos, a Massagem Esalén,difundida no mundo inteiro por GeorgeDowning, autor de O livro da massagem,já existe em São Paulo, sob orientação deJoris Marengo, que já realizou mais de100 treinamentos em todo o Brasil, paramais de 5 mil participantes. Presidente daAssociação dos Massagistas Esalén, Ma-rengo, radicado em Santa Catarina minis-trará a massagem, nos dias 19, das 20 às22h, e 20 e 21 de junho, das 9h às 12h edas 14h às 18h (232-5008, com Halima).Secretariado e Administração —Encerram-se no dia 19 de junho as matrí-cuias para os cursos Secretárias executi-vas e Básico de administração de peque-nas e médias empresas, com aulas aossábados, das 13h às 17h30min. Programa:primeiro curso: elementos de administra-ção; comunicação empresarial; noções deportuguês; arquivo; organização de escri-tório, etc; segundo curso: introdução àadministração; organização e métodos;administração de pessoal, etc. Local:CIAC, Centro Integrado de Aperfeiçoa-mento Cultural (240-0909).

Os bancos, hortomcrcados, supermer-cados e o comércio cm geral estarãofechados hoje, assim como todas as re-partições públicas c privadas.As pontes aéreas para São Paulo sairãode hora cm hora, e. se houver muitaprocura, os horários poderão ser modifi-cados.

A sedução da voz de Silvana estaráhoje e amanhã, a partir das 22h. noJazzmania (Rua Rainha Elisabeth. 769.Ipanema). No show, a cantora interpreta-rá composições de grandes nomes docenário musical brasileiro, ligados aorock, funk, bluc c, logicamente, jazz.Informações através do telefone 227-2447.

A Terra Clínica — Escola de Psicanáli-.se, dando prosseguimento à proposta detornar o atendimento psicanalítico acessi-vel a uma faixa mais ampla da população,está aceitando inscrições para novosclientes.. O atendimento é dirigido àscrianças, adolescentes e adultos, tantoindividualmente como cm grupos. Maio¦res informações na secretaria da clínica, àRua Gocthe. 54. Botafogo. (266-4157).Paisagens Marinhas é a exposição indi-vidual da artista Yvonne Boghossian, quepode ser vista no Cláudio Gil Studio ArteItanhangá, de 2aa 6J feira, das 14h às22he aos sábados, das I4h às 20h. O CláudioGil Studio fica no Artcenter ItanhangágiàEstrada da Barra da Tijuca. 1636. (399-6914).

O Núcleo Atlantic de Video exibehoje. das I6h às I9h, no Auditório do R.D. C. da PUC (Rua Marquês de SãoVicente. 225. Gávea), Ikiru, de AkiraKurosawa, com Toshio Mifune.

O Espaço Cultural Sérgio Porto, quefica na Rua Humaitá, 163, exibirá hoje,às 20h30min, Já Que Ninguém Me TiraPra Dançar, dirigido por Ana MariaMagalhães, em homenagem a Leila Di-niz. O video reconstitui a trajetória dcLeila Diniz através de suas imagens e damemória dos amigos, reunindo trechosde filmes, fotos e depoimentos de artistasque trabalharam e conviveram com omito feminino brasileiro dos anos 60.Revivendo fatos de sua vida. Leila éinterpretada por Lídia Brondi. LouiseCardoso e Lygia Diniz. Ingressos aCzS25.

De hoje até dia 21 de junho, o Depar-,tamento de Difusão Cultural da UFF(Rua Miguel de Frias. 09. Icaraí. Niterói)apresenta Giovanni — o homem seduzi-do por si mesmo; Crianças Fazem a FestaCom Esmeraldina; O Amor Continua NoCine Arte UFF; e Quarteto de CordasVai à Igreja. Informações pelo telefone717-8080 ramais 441 e 300.

Ainda na UFF será exibido hoje. às16h20min. lSh40min e 2lh. o filme AFilha de Minha Mulher, de BertrandBlier. com Patrick Dewaere e ArielBesse.

Prossegue, na Casa dc Cultura LauraAlvim, o ciclo de debates Brasil: AQuestão da Democracia, que acontecesempre às segundas-feiras, às 20h30min.A palestra de hoje será Ecologia, minis-trada por Carlos Mine. A Casa deCultura fica na Avenida Vieira Souto,176. Ipanema. O preço da palestra éCz$70. (227-2444).Já está de volta ao Rio a professora,Marina Bandeira, presidente da FUNA-BEN. Ela passou cinco dias em Montevi-déu para participar, como representantedo Governo brasileiro, da 67a Reuniãodo Instituto Interamericano Del Nino. OInstituto é o órgão da Organização dosEstados Americanos encarregado do de-senvolvimento de programas de atendi-mentos a menores carentes na AméricaLatina. A FUNABEN é integrante deseu Conselho Diretor.

Bethoven, Mignone eStrawinsky esta-rão sendo interpretados pela OrquestraSinfônica Nacional da UFF, hoje. às 2lh.na Sala Cecília Meireles. Sob a regênciado maestro Chléo Goulart, a orquestrainterpretará a 3a Sinfonia de Beethoven;o concerto para Fagote, de F. Mignonepelo solista Noel Devos; e o Pássaro deFogo, de Straninsky.

Obras

A Semana Integrada de Conservação eLimpeza, que chega agora às áreas daí11J e 26J Ras (Penha e Santa Cruz), vaibeneficiar, de amanhã até o dia 20 dejunho, mais de 40 locais nos bairros:Penha. Olaria. Paciência e Santa Cruz. ~Na operação, os Departamentos de Par-ques e Jardins e de Conservação. Co-mlurb e Comissão Municipal de Energia:estarão envolvidos no esforço comumcom mais 200 homens que contarão como apoio de 10 caminhões basculantes eum compressor de ar para desentupimen-to de galerias.11a Região Administrativa:

Amanhã: Ruas Leopoldina Rego; Nica-rágua; Castelo Branco; Cabreúva e Largoda Penha.Dia 17: Praça Panamcricana; Ruas Gon-çalves Magalhães; Laudelino Freire; LuizDorneles e Estrada do Quitumbo.Dia 18: Ruas Porto Velho e Ourique.Dia 19: Parada de Lucas: Ruas BulhõesMaciel; Cordovil e Jornalista GeraldoRocha.Dia 20: Penha: Ruas do Couto; CorreiaDias e Ingai.26a Região Administrativa:Dia 16: Sepetiba: Ruas José Fernandes;Ari Chagas e Murdahy.Dia 17: Paciência: Rua Auristela e Ave-nida Areia Branca.Do dia 18 ao dia 20: Santa Cruz: NOsConjuntos Cezarão; João 23; Reta doRio Grande e Conjunto São Fernando.

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Professor pára

e deixa

DUT ainda é um enigma para

o carioca

Luiz Fernando GomesQuem acreditou na campanha publi-

citaria do governo do estado — "Dêadeus à burocracia. O Banerj agora é oseu despachante" — certamente está ar-rependido. O que não deveria passar derotina a ser cumprida por cada proprietá-rio de veículo, sem grandes atropelos,acabou se transformando num dos maisproblemáticos processos de que se temnotícia, para a obtenção de um documen-to de uso obrigatório, o DUT, espécie decarteira de identidade para automóveis.• Quase todo mundo o requisitou; pou-cos conseguiram retirá-los. Pior que isso:muita gente ainda não conseguiu, sequer,decifrar os segredos encobertos pelas trêsletras dessa sigla. Nestas perguntas erespostas, vão todas as explicações paraquem ainda não tem ou quer entendermais sobre o documento:

O que é o DUT? — Com trêspartes distintas, destacáveis, o Documen-to Único de Trânsito, na realidade, reúneo certificado de propriedade e licencia-mento do veículo, o bilhete do seguroobrigatório e o recibo de pagamento doimposto estadual, o IPVA. Só uma dastrês partes do documento — a central —é de porte obrigatório pelos motoristas.A parte esquerda deve ser guardada emcasa. para evitar o furto, e só deverá serusada em caso de venda, da transferênciado carro para um outro proprietário. Oporte da parte relativa ao seguro — a dadireita — também é facultativo.

Por que foi criado? — Aoinstituir o DUT. em 1985, o ConselhoNacional de Trânsito dava início a umapolítica global que visa a facilitara identi-ficação e o controle da frota em circula-çáo. além de reduzir a possibilidade deregularização de veículos roubados. In-cluem-se nesse mesmo objetivo o Rena-vam — um número que serve ao cadastrode cada carro — e as novas placas, comtrês letras e quatro algarismos, sem iden-tificaçáo da cidade ou do estado de ori-gem. Pelo projeto, numa segunda etapa,os carros deverão sair emplacados dasfábricas.

Por que o atraso?De acordo com o Detran, pelo pró-

prio caos instalado no departamento nosúltimos três anos. Quando foram abertasas requisições do documento, em meadosdo ano passado, nas agências do Banerj.prometia-se entregar o DUT em 45 dias.no máximo. O desentrosamento entre obanco, o centro de processamento dedados do estado e a diretoria de emplaca-mento do Detran. entretanto, tornouinviável o prazo. Em alguns casos, há

mais de oito meses os proprietários lutampara conseguir o documento.

Como fazer? — Proprietários deveículo, qualquer que seja o final deplaca, deverão comparecer até dia 19 aoPosto central de emplacamento do De-tran (Avenida Francisco Bicalho. 250).Ali, 20 guichês estão abertos para aten-der ao público, de 8h às 20h nos dias úteise de Sh às 14h aos sábados. Para evitar osfalsos despachantes, sempre interessadosem ganhar um dinheiro a mais. o contri-buinte deve dirigir-se diretamente ao bal-cão de informações, onde será orientadosobre o guichê a ser procurado, de acordocom a combinação das letras da placa.

O que levar? — A distribuiçãodo Dl!T é gratuita. Além da carteira deidentidade,"devem ser apresentados ocertificado de propriedade do carro, com-provante de pagamento do IPVA de 1986e o último bilhete do seguro obrigatório,mesmo que esteja vencido, o que nãoacarretará problemas.

Quem está isento? — Pordeterminação da Federação Nacional dasSeguradoras, mesmo os seguros venci-dos, ao longo do ano passado, estãosendo cobertos pelas empresas filiadas,em caso de acidentes. Ao retirar o DUT-86 o proprietário estará, então, pagandopela cobertura desse período anterior.Seguros ainda em vigor, ou vencidos apartir de 15 de dezembro de 1986, porém,estão isentos de qualquer renovação. Noespaço apropriado do certificado serácarimbada a autenticação mecânica, novalor simbólico de um centavo.

E quem paga? — Todos osque tiverem o seguro vencido antes de 15ue dezembro. Neste caso, embora sepossa procurar qualquer agência bancá-ria, o mais recomendável é fazer o paga-mento nos caixas-volantes dos bancosItamaraty e Finasa, instalados no próprioDetran. Ali os funcionários têm tabelaatualizada dos valores devidos, de acordocom a data de vencimento do seguroanterior. Pagar além dessa tabela (vergráfico), é perder dinheiro, o que temocorrido com freqüência, por desinfor-mação.

E nos extravios? — A possi-bilidade de o DUT não estar nos guichêsé grande, pois cerca de 50% das requisi-çóes feitas ao Banerj se extraviaram. Seisso ocorrer, o proprietário deve preen-cher novo formulário — adquirido noDetran a CZS 15 — e encaminhá-lo aoServiço de Protocolo, que também fun-dona na Francisco Bicalho. 72 horasdepois da entrega o documento estará àdisposição em um guichê para esse fim epara atender aos que nunca deram entra-da ao pedido.

O descrédito que atrapalhaO descrédito do Detran junto à po-

pulaçáo, a falta de disposição para en-frentar filas ou a simples desatenção nocumprimento de prazos fizeram com quemuitos proprietários de veículos, nos últi-mos anos, deixassem não apenas de pro-curar os documentos de uso obrigatório,como o DUT, mas também parassem depagar taxas e impostos devidos, como oIPVA ou os Darjs de transferência depropriedade. Aqui, algumas explicaçõespara resolver esses casos:

Impostos atrasados — Como muitagente até hoje não entendeu a substitui-ção da antiga TRU pelo IPVA, é grandeo número dos que não pagaram o impôs-to de 86. Esses estão impossibilitados deretirar o DUT. Para corrigir a situação,devem comparecer ao guichê 77, na Fran-cisco Bicalho, onde funciona um posto daSecretaria de Fazenda. Os cálculos dodébito serão feitos — com juros e corre-ção monetária — e depois é só preenchero Darj para pagamento em qualqueragência do Banerj.

Se o carro não estiver em nome do

atual proprietário, antes de requisitar oDUT, a transferência deve ser feita me-diante o pagamento de um Darj, no valorde CZS 485,81. Se o recibo de compra evenda tiver sido emitido há mais de 30dias, o novo proprietário ainda terá depagar uma multa de CZ$ 560,16. Depois,é só se submeter à vistoria obrigatória eapresentar o nada-consta entrando com opedido do DUT.

Nos carros emplacados cm outrosestados, o processo é semelhante ao ante-rior, também sendo exigido o pagamentodo Darj de CZS 485,81. A diferença éque, além da vistoria e da apresentaçãodo nada-consta, são solicitadas certidõesnegativas emitidas pela Delegacia deRoubos e Furtos de Automóvel do estadode origem e da Polícia Rodoviária .

No caso de compra de um 0 Km, nãoexistem dificuldades. O proprietário sóprecisa pagar um Darj de CZS 145,17.referente ao emplacamento. Em trêsdias, depois do início do processo, recc-berá o DUT, também referente ao exer-cício de 19S7.

Uma história que se repeteA história vai se repetir a cada ano.

O DUT é renovável, tem de ser trocadona data de licenciamento do veículo. Porcausa do atraso na distribuição, entretan-to, o documento de 1986, que só agora ocontribuinte está obtendo, terá validadepor muito poucotempo, em alguns casospor menos de dois meses. É que, a partirde julho, o Detran começará a entregar oDUT 87, seguindo cronograma ainda aser fixado, com base nos finais de placa.Veja aqui o que ainda o espera:

O que levar? — Para obter oDUT-87, o único posto de distribuiçãoserá na Francisco Bicalho. Será exigida aapresentação da carteira de identidade,do comprovante de pagamento das cotasvencidas do IPVA deste ano e do originaldo DUT-86. É importante frisar que

quem não tiver esse último documentonão poderá retirar o novo.

Seguro — E bom preparar o espí-rito. Mesmo os que estão agora pagandoa complementação do seguro, para tirar oDUT-86, serão obrigados a fazer a reno-vação no ato de recebimento do do-cumento de 87. De acordo com a tabelaelaborada pela Federação Nacional deSeguradoras, o valor está fixado: é deCZS 188,32.

Será mais rápido? — O dire-tor de emplacamento do Detran, Belichede Miranda, garante que será mais rápidoretirar o DUT-87. Pelas suas estimativas,em 72 horas, a partir da requisição, todosos contribuintes estarão com o documen-to. Mas é bom que desde já se tomem asprecauções e se pense em guardar umlugar nas filas dos guichês.

DETRAN - TABELA DE SEGURO A PAGAR - DUT/1986Data de

vencimentojaneiro/86

fevereiro/86março/86abril/86maio/86|unho<86

1.5 milhão sem terSe já era difícil a situação dos quase

150 mil professores da rede pública doRio de Janeiro antes do Plano Bresser,com a nova política econômica, que sus-pende o gatilho salarial, ela ficou aindamais dramática. Assim, a greve decretadapara esta quinta-feira, que deixará semaulas mais de um milhão de alunos dasescolas de Io e 2o graus, é uma forma deprotesto não só contra o governadorMoreira Franco e o prefeito SaturninoBraga, mas também contra o própriogoverno federal, como explicou HiídésiaMedeiros, presidente do Centro Estadualdos Professores (CEP).

Sem muitas esperanças de conseguirum acordo, Hiídésia vai se reunir nestaquarta-feira com os secretários munici-pais de educação, Maria Lúcia Kamache,Planejamento, Tito Ryff, e Administra-ção, Amadeu Rocha, e, no dia seguinte,encontra-se com a Comissão Mista daSecretaria Estadual de Educação. A novaassembléia dos professores está marcadapara segunda-feira. Até lá, eles permane-cerão em greve, como ficou decidido naassembléia no Instituto de Educação rea-lizada na noite de sábado.

Luta antiga — Um professor deIo grau das escolas municipais ganha oequivalente a 2,7 salários mínimos depiso salarial (CZS 3 mil 590) e os profes-sores de 2o grau — escolas estaduais —recebem 3,2 mínimos (CZS 4 mil 300).Portanto, menos que os 3,5 salários mini-mos prometidos pelo ex-governador Leo-nel Brizola no ano passado e bem menosdo que os cinco salários mínimos de pisoque os professores querem ver indicadosem lei desde maio de 85, quando inicia-ram sua luta por uma tabela de venci-mentos.

A discussão desse plano de carreiracomeçou em maio de 85, mas só emmarço de 86, e assim mesmo parcialmen-te, é que o ex-governador Brizola e oprefeito Saturnino Braga aceitaram asreivindicações dos professores, oferecen-

do piso salarial de 3.5 salários mínimos:na época, CZS 2 mil 814. Mas esse piso,na verdade, segundo Hiídésia Medeiros,nunca foi pago, já que, em novembro,com o aumento do salário mínimo, nãohouve reajuste automático para o fundo-nalismo do Estado e município. E, com oPlano Cruzado, os governos estadual emunicipal resolveram dividir em duasparcelas — setembro de 86 e março de 87— o reajuste previsto na lei.

Em março de 87, o governadorMoreira Franco enviou mensagem à As-sembléia Legislativa derrubando o decre-to do ex-goVernador Leonel Brizola, queassegurava o gatilho salarial e os reajus-tes em 100% do índice de Preços aoConsumidor (IPC) acumulado, e aindaextinguiu a data-base de 1" de março" —disse Hiídésia, que viu ainda o pisosalarial "dos

professores municipais cairpara 2.7 mínimos, "o mais baixo nahistória do funcionalismo municipal, quesempre era melhor remunerado que oestadual"

Plano Bresser — Se os profes-sores estaduais, com Moreira Franco,receberam apenas um reajuste de 62,6%e perderam o gatilho, o municipais vivemhoje a dramática situação de, segundoHiídésia, receberem de mínimo CZS 3mil 590, enquanto o resto do pessoal denível médio do Rio, com a mesma forma-ção, recebe CZS 8 mil 400. Bem menosque os CZS 8 mil 260 pretendidos de pisopelo plano de carreira.

O Plano Bresser foi a gota d'águano oceano de insatisfação da nossa cate-goria, que, desde 86. não teve recompos-to seu piso salarial — lamentou Hiídésia.A tabela de vencimentos pretendida peloCEP prevê piso salarial de cinco saláriosmínimos com indicação dessa vinculaçãoprevista em lei, progresso por tempo deserviço a cada cinco anos e percentualfixo entre os níveis, atualmente commuitas distorções.

Zona Sul

Botafogo — Os moradores daPraia de Botafogo estão reclamando dototal estado de abandono dos pontos deônibus em direção do Centro, que, locali-zados nos canteiros que dividem a pistada Praia com a do aterro do Flamengo,ficam completamente alagados quandochove. Segundo a moradora AdrianaDias, o trecho junto ao meio-fio, que é deterra, se transforma em um "verdadeirolago", impedindo os usuários de fazersinal para os coletivos. "Ou a gente ficano meio da rua, arriscando a ser atropela-do por um ônibus ou então longe doponto, onde os motoristas não nos enxer-gam". contou a Adriana.Qs moradores estão pedindo à Secretaria•Municipal de Obras ou ao Departamentode Parques e Jardins para que coloquecalçamento no local, a fim de evitar osconstantes atropelos nos dias de chuva.

Ipanema — "Esse sinal fica abertomenos de cinco segundos." A reclamaçãoe da moradora Erica Maria Santos, comrelação ao sinal da Rua Joana Angélicanq cruzamento com a Visconde de Pirajá,

,que fecha em intervalos pequenos, per-rhitindo apenas a passagem de poucoscarros, o que provoca grandes engarrafa-mentos naquele trecho. A situação éagravada, segundo ela. com o estaciona-.mento irregular dos alunos e professoresjda Faculdade Cândido Mendes, que im-{pedem a passagem de mais de um veículo;pelo local. "O sinal nem acaba de abrir já{vai logo fechando. Enquanto isso. a Joa-|na Angélica fica parada, refletindo atéj mesmo no trânsito da Prudente de Mo-«rais", contou Erica.;Os moradores estão pedindo ao Detran¦ para que regule o sinal, ou então queicoloquem um guarda da Polícia MilitarIpara controlar o trânsito.<'.Peixoto — A Associação de Mo-jradores e Amigos do Bairro Peixoto já

possui um plano completo traçado para areestruturação da Ladeira dos Tabajaras.Em primeiro lugar, querem que a Prefei-tura conserte de vez um buraco imensoda Cedae, que já foi reparado duas vezese sempre volta a reabrir. Outra reivindi-cação é a colocação de quebra-molas,porque, como explica a presidente daassociação. Vitória B. Assis, "os motoris-tas correm demais por ali e, em menos deum ano, já houve dois atropelamentossérios"

Copacabana — A insônia temtomado conta dos moradores de um pré-dio na Travessa Guimarães Natal, emCopacabana. Ninguém consegue dormir,porque um galo da casa vizinha, de doisandares e vários cômodos, não pára decantar. Ele canta a noite inteira. Osmoradores já fizeram de tudo, até joga-ram água no galo, sem resultados. A casafica na Travessa Guimarães Natal, n" 19.Os vizinhos pedem socorro.

Copacabana — a calçada doShopping Cassino Atlântico na esquinada Avenida Nossa Senhora de Copácaba-na com a Rua Francisco Otaviano setransformou em moradia de mendigos,pivetes e desocupados, que. munidos depedaços de pano e caixas de papelão,chegam a dormir no local. A moradoraRosalina de Andrade afirmou que amaioria deles homens, mulheres e crian-ças — vem de bairros distantes, comoCampo Grande. Bangu e Vila Kosmos.

para mendigar na Zona Sul da cidade.Alguns, como não conseguem dinheiropara a passagem de volta, ficam pelascalçadas do Shopping, assustando pedes-tres e incomodando os moradores dasproximidades. "Alguns nâo fazem nada,mas entre eles há pivetes que provável-mente devem assaltar aqui por perto.Nós, moradores, estamos pedindo às au-toridades competentes que tomem provi-dências o mais rápido possível, antes queaumente o número de desocupados nolocal", disse Rosalina de Andrade.

Leblon — O estacionamento irregu-lar dos freqüentadores dos restaurantes ebares da Rua Dias Ferreira tem causadoengarrafamentos constantes no local, quese agravam principalmente durante a noi-te. Na rua, por onde passam ônibus, alémde veículos de passeio, funciona um gran-de número de restaurantes, entre eles oLa Mole, Arataca, Pronto, Bozóe Dino'sPlace que mantêm guardadores que nãoconsèguem ordenar os carros ao longo davia. O morador Cláudio Pontes afirmouque, por volta das 22h, o trânsito fluilento ao longo da Rua Dias Ferreira, umasituação que engarrafa também as ruastransversais. Os moradores estão pedin-do a presença de policiais do 19° BPM nolocal para tentar solucionar ou, pelomenos, amenizar o problema.

Lagoa — A colocação de um sinalna Avenida Epitácio Pessoa na esquinacom a Rua Vinícius de Morais é uma dasreivindicações dos moradores do local,que esperam por vezes 15 minutos paraconseguir atravessar a pista, de acordocom Andréa Figueiredo. A moradoraexplicou que o mais perigoso é a saídados veículos que descem a Vinícius deMoraes para pegar a Lagoa, quando osmotoristas muitas vezes nem se dão aotrabalho de verificar se a passagem estálivre."Qualquer dia vai ter um acidentesério ali naquele local. Os pedestres sãoos mais prejudicados, pois esperam umcerto tempo tanto para atravessar a Epi-tácio quanto a Vinícius", acrescentou

Andréa, que mora no bairro há mais decinco anos.

Lagoa — Os desportistas que cos-tumam utilizar a área de lazer da LagoaRodrigo de Freitas andam descontentescom o atual estado do local. As quadrasestão desniveladas, o asfalto irregular eas depressões na pista aumentam a cadadia. "Que eu saiba, aquela pista foiconstruída para se andar de bicicleta, masde ciclovia não tem nada", reclama aciclista Maria Cristina Galvão Mayrink.Ela diz que é desanimador andar por ali,devido aos canos de esgoto que despon-tam em certos trechos. "Já não há muitoespaço no Rio, e ainda deixam isso assim,largado; alguém tem que fazer algumacoisa", desabafa Maria Cristina.

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Zona Norte

Tijuca — O asfalto quebrado naRua Barão de Itapagipe, em frente aosblocos 365, 385 e 401, está dando traba-lho aos moradores. Cerca de um mêsatrás, a Telerj iniciou uma obra no local,como já havia feito anteriormente, dooutró lado da rua, mas não terminou. Oprejuízo fica por conta dos moradores,que alegam ser difícil entrar e sair dagaragem. Emílio Perrone. morador do385, diz que "quando chove é um horror,fica cheio de lama e terra, tornandoimpossível o estacionamento". Os mora-

dores da rua pedem à Telerj a conclusãoda obra e o fechamento dos buracos.

São Cristóvão — Os usuáriosdas linhas de ônibus de ligação norte-sul— 460,461,462,463 — estão reclamandoda queda de qualidade dos serviços, quehá cerca de três anos, quando foramlançadas, apresentavam carros em horá-rios constantes e motoristas maiscuidadosos. Atualmente, de acordo como comerciante Justino Fernandes, quediariamente pega o 463 em direção aCopacabana na Estação Leopoldina, to-das as quatro linhas passam a grandesintervalos, apesar do número de usuá-rios. "Com o tempo", acrescentou, "oscarros que saem de São Cristóvão emdireção ao Leblon, Ipanema e Copacaba-na foram diminuindo e, tanto na idaquanto na volta, são freqüentes as recla-mações dos passageiros. Além de demo-rarem até meia hora, os motoristas des-cem no meio do caminho, param embares e ainda dirigem como uns loucos."

Grajaú — A imagem do bairroGrajau está mudando. Normalmente co-nhecido como local residencial e arbori-zado, o bairro tem sofrido a destruição decasas em prol do surgimento de prédios,geralmente de oito a dez andares. "São,em média, três a quatro casas demolidaspor mês, devido à especulação imobiliá-ria crescente", aponta a professora Mariade Virtudes Arosa. da Escola ProfessorLourenço Filho. Ela é apenas uma dasmoradoras do Grajaú que se preocupacom a especulação. Entre as causas prin-cipais da situação atual, estão o altopreços dos impostos das casas, a difieul-dade de manutenção e as altas ofertas dasimobiliárias. "As pessoas acabam se ven-dendo por dinheiro", afirma Maria deVirtudes, "e isso está acabando com obairro".

Jardim Carioca — o lemados moradores da Rua Quitembu. nobairro Jardim Carioca, na Ilha do Gover-

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nador, é economia de água. SegundoIrene Rodrigues Pereira, da associaçãode moradores, "não cai água na rua hámais de duas semanas, e o negócio é fazereconomia com o que se tem". O fato jáfoi comunicado à CEDAE. mas a compa-nhia avisou que não há previsão para avolta da água. Alguns moradores estãoutilizando outros recursos, como a com-pra de pipas de água. "Meu vizinhocomprou uma de CzS 1.200 esta semana,mas nós, que somos operários, não temoscondições de pagar", disse Irene.

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Zona Oeste

Paciência — As ruas do bairroPaciência só têm lama. buracos e esgotopara oferecer aos seus moradores. Aúnica saída da associação do bairro éorganizar mutirões para melhorar as con-diçóes das ruas. só que. desta vez. estãoesbarrando em um grave problema: afalta de transporte. Para evitar a forma-ção excessiva de lama quando chove,resolveram jogar pó de pedra pelas ruas.Estava tudo pronto, quando a associaçãopediu um caminhão à Prefeitura paratransportar o material. A resposta, se-gundo a moradora Creuza Alves Frago-so. foi de que não havia caminhões dispo-níveis. Há cerca de 6 mil moradores nobairro Paciência, e Creuza diz que "essetrabalho deve ser feito imediatamente,não pode ser abandonado"

O Rio em tempo de festas juninas

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Heloísa TolipanííTJ alancc, clwngcz dc damc. Olha a

JD cobra, é mentira. Grande roda,voltar aos pares, parafuso geral. É tempo dcfestas juninas e comandos como estes vãoser ouvidos, nos arraiais de toda a cidade,durante a quadrilha. Remanescentes doscostumes do interior, elas resistem ao tem-po e aos novos hábitos dos grandes centrosurbanos, mas dc forma caricata. O ciclo dasfestas começou no sábado, em homenagema Santo Antônio. Dia 24 será a vez dc SãoJoão e dia 29, de São Pedro.

As festas juninas foram trazidas pelosportugueses no primeiro século dc coloniza-ção. Coincidem com o solstício dc inverno ecom o início do ano agrícola. É quando ohomem do campo apela para forças extra-terrenas que possam afastar espíritos malé-ficos que atrapalham seu trabalho. As festasde Santo Antônio se resumem praticamenteàs sagradas trezenas do catolicismo comatos litúrgicos nas igrejas ou, a partir de 1°de junho, às ladainhas rezadas em famíliaentre incensos e velas. As igrejas fazem suasquermesses para arrecadar fundos de ajudaaos pobres.

São João é a grande festa de origemmais disseminada pelo interior do país e nosgrandes centros. Em praticamente todos osbairros, clubes e colégios da cidade haveráquadrilhas e serão armadas barraquinhaspara venda de quitutes e pescaria debrindes.

Prometem muita animação também asfestas escolares, como a do Colégio SantoInácio, já famosa, que este ano será no dia21 dc junho, a partir das 8h. O Flamengofará a sua festa junina nos dias 27 e 28 e oFluminense, no dia 27.

A Igreja de São João Batista, em Bota-fogo, organiza sua quermesse a partir do dia19. No dia de São João, 24, haverá bênçãopara as mulheres grávidas às 8h. Às 20h serárezada missa solene com a presença do coralSom Música. A Riotur apóia a festa que serealiza hoje no Estádio de Remo da Lagoa,em benefício da Sociedade Amigos dos

Deficientes Físicos. Nos subúrbios, dezenasde ruas ser-r> fechadas para os festejoscomunitários e condomínios da Barra, co-mo o Novo Leblon, também montarão osseus arraiais.

A festa de São Pedro do Mar serárealizada este ano no dia 28, domingo, coma imagem do Santo seguindo em procissãomarítima de centenas de embarcações até ocais do Iate Clube, dali sendo levada emprocissão terrestre até a Igreja de NossaSenhora do Brasil, que desde 1948 convocaa comunidade dos pescadores para estafesta. Haverá então missa campal e a ben-ção dos anzóis.Vendas — O comércio está preparadopara as festas. Na Casa Turuna — AvenidaPassos, 77 — há vestidos caipiras de Cz$ 198a Cz$ 990, roupas de noiva para criança aCz$ 690 e para adulto a Cz$ 890, lenços aCz$ 36, chapéus de Cz$ 15 a Cz$ 35 ecamisas de manga curta para jovens até 16anos a Cz$ 185. A loja D'Arina, na RuaBarata Ribeiro, 699, tem vestidos de noiva,mais véu, buquê, anágua e chapéu, a Cz$ 1mil 200 para crianças de 6 a 12 anos. Osvestidos caipiras vem acompanhados daanágua e do chapéu, e a loja tem dosnúmeros 1 a 48. Os preços variam de Cz$350 a Cz$ 950.

Enfeites juninos podem ser compradosnas Casas Mattos. Na loja da AvenidaNossa Senhora de Copacabana, perto daRua Santa Clara, as bandeirinhas já presasno barbante custam Cz$ 12,88 e o pacotecom 500 está a Cz$ 32,20. As lanternascoloridas estão a Cz$ 31,60, os balões a Cz$53 e 50 folhas dc papel dc seda a Cz$ 65.Nas Lojas Americanas também são encon-trados roupas caipiras e ingredientes para astípicas comidas juninas: crcme de leite aCz$ 20, amendoim a Cz$ 13, milho a Cz$9,50, aguardente a Cz$ 18.

Nesta época, as lojas de discos fazempromoções para os álbuns de quadrilha eforró. Na Moto Disco da Rua da Alfânde-ga, 342, o disco Vamos Dançar a Quadrilha,de Alberto Calçada e seu conjunto, está aCz$ 55, e o São João do Arraia a Cz$ 95.

Luiz MorierEm tempo deinflaçãogalopante, ospreços dasroupascaipiras,principalmentenatradicionalCasa Turuna(AvenidaPassos), atéque não são

de assustar

Quando a mesa deve(?) ser fartaA tradição junina é de se fazer festa em

espaço aberto, ao luar, mas quem mora emedifício usa de criatividade para brincar. A foguei-ra passa a ser apenas um elemento decorativo,feita de papel e luzes vermelhas, e os alimentossão assados na cozinha e servidos em espetos oupratos de barro.

A mesa deve ser farta: milho, pamonha,canjica, amendoim, cana-mirim, batata-doce,inhame, fruta-pão e aipim. Não podem faltar oquentão e batidas diversas. A decoração do ar-raiai é improvisada com bandeirinhas coloridas,balões e lanternas de papel. Para forrar a mesa,papel crepom ou lustroso. Sobre a toalha, umarranjo de balas de coco, pratos e copos de papelcoloridos.

Festa junina começa com casamento caipira,pois a quadrilha é o baile que comemora ocasório. Homens e meninos devem ir de bigodespintados, dentes falsamente falhados e calça ameia-canela remendada nos fundilhos. Mulheres emeninas vão de vestido de chita, tranças, polainase chapéu. Tudo presidido pelo padre, os noivos eos padrinhos.

Jogos típicos de São João são a corrida desaco, a dança da batata (colocada na testa docasal, que não pode deixá-la cair) e o rabo noburro (com um aitmete as pessoas tentam, deolhos vendados, pregar o rabo num burro dese-nhado). Para animar, um disco de forró ouquadrilha, e está montado o arraial.

A hora do balão

e das crendicesAntônio, o santo das coisas perdidas e

venerado pulas moças solteiras em busca decasamento; João, protetor das mulheresgrávidas, e Pedro, o porteiro do céu. prote-tor dos pescadores e das viúvas, presidem àsfestas juninas, que conservam no interiorricas tradições folclóricas, devoções e cren-dices.

A fogueira deve ser acesa logo aoanoitecer. Quanto mais alta, maior o prestí-gio do dono da festa, que sempre deveacendê-la. Oualquer madeira pode ser quei-mada, com exceção do cedro, do qual foifeita a cruz de Cristo, e da videira. que dá auva para o vinho, símbolo do sangue deJesus. Quando um balão subir é bom fazerum pedido, mas só será atendido se ele nãose queimar.As moças casadoiras de norte a sul dopaís ainda fazem grande consumo de "san-to-antoninhos" de pau, de barro, de cera.dc chumbo. No dia de Santo Antônio, paraobrigá-lo a realizar o que pedem, tiram-lheo Menino Jesus dos braços, viram-no decabeça para baixo e o penduram dentro deum poço. Para apressar a graça do santo, émelhor rezar um Padre Nosso pela metade.Como também é o santo ao qual se recorrepara recuperar coisas perdidas, paga-se umagraça recebida com uma moedinha.

Na festa de São João muitas moças ealguns homens tiram a sorte, elas paraarranjarem marido e eles para fecharem ocorpo. São comuns as adivinhações, porexemplo: no dia do santo. 24 de junho,benze-se uma moeda na fogueira, à meia-noite, e no dia seguinte ela é dada aoprimeiro pobre que aparecer, cujo nomeserá o do futuro marido. Também resolveescrever três nomes em pedaços de papel,dobrar bem, embaralhar e. de olhos fecha-dos. colocar um no fogão, outro na rua eoutro embaixo do travesseiro — será este onome do marido.

A tradição diz que na noite de São Joãodeve-se pedir algo e plantar um alho. Se eleamanhecer com brotos, o desejo será aten-dido. Outra adivinhação popular mandapegar um copo com água, passar em cruzsobre a fogueira e depois quebrar um ovodentro. No dia seguinte a sorte estará deli-neada: se na água se desenhar a figura deum navio, viagem certa; de igreja, casamen-to; de caixão, morte.

A 2l) de junho, dia de São Pedro,homens com o mesmo nome do santo fin-cam um pau-de-sebo na frente da casa comum prêmio em dinheiro no topo para acriançada disputar.

As delícias quea cidade ignora

Nada é mais gostoso que se esquentarperto da fogueira numa noite fria de SãoJoão. Se o fogo exerce um fascínio sobrecrianças e adultos, quanto mais o fogocolorido de artifício. E ver um balãosubindo devagar para o céu estrelado!

Essas delícias da festa de São Joãoforam praticamente banidas dos centrosurbanos. No Rio, o Código de PosturasMunicipais proíbe a fabricação, comércioe queima de fogos de estampido, assimcomo soltar balões e acender fogueirasperto de matas, edifícios ou qualquerlugar que possa sofrer dano. Os fogos deartifício permitidos só podem ser usadosem descampados.

As penalidades para quem transgre-dir as normas são multas, apreensão domaterial e até prisão. O fabricante defogos pode ter licença cassada. Quemsoltar balão ou acender fogueira em lugarimpróprio também está sujeiro a penali-dades.

O Corpo de Bombeiros alerta a po-pulação para o risco de incêndios noperíodo junino, por causa dos balões quecaem nas matas ou ficam presos na fiaçãoelétrica. Aos pais é aconselhado só com-prar para os filhos fogos de artifício levese não deixar as crianças muito perto defogueiras.

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Aniônio Teixeira Filho

rn Durante séculos, o Aqucdutoda Carioca foi a principal refe-

rência internacional do Rio. maisou menos o que hoje representamo Pão de Açúcar, o Corcovado e asPraias da Zona Sul. Não haviapintor ou daguerreotipista estran-geiro que, em visita à cidade, dei-xasse de registrar imagens dos ar-cos, em toda a sua monumentalida-de, sobrepondo-se à paisagem doCentro, então dominada por ruasestreitas e sobrados. De acordo

com os registros históricos, foi cer-tamente a primeira obra faraônicado país — projetada para resolverou atenuar o problema crônico defalta de água — e que motivou umasérie de críticas. Considerava-seabsurda a idéia de um aqucdutopara levar água de Santa Teresa aoCentro, não só devido ao seucusto, mas pelas dificuldades queseriam encontradas durante a exe-cução da obra. A maioria da popu-lação não acreditava no empreen-

dimento. Mas, muito preocupadocom o problema, o governador doRio. Gomes Freire, conde de Bo-badela, resolveu assumir o projetodo engenheiro militar José Fernan-des Pinto Alpoim e realizar a obra— inaugurada em meados do sécu-Io XVIII — após uma autorizaçãoespecial de Portugal. Ao mesmotempo. Bobadela tocava outrosprojetos: construía o Paço Impe-rial, o Convento de Santa Teresa,hospitais, ruas, estradas e fortale-

zas. Os Arcos funcionaram comoaqueduto até o início da Repúbli-ca, quando foi transformado emviaduto, para permitir a ligação doCentro ao bairro de Santa Teresa,na época, um dos mais populososda cidade. No início eram bondesde tração animal, substituídos porbondes elétricos, até hoje cm ativi-dade e marca registrada de SantaTeresa, capaz de levar os morado-res à rua. em passeatas, quando sefala em desativá-los. Extremamen-

te resistentes — foram construídoscom granito, argamassa de cal,areia e azeite de peixe — os Arcosda Lapa parecem desafiar o tempo.Nas últimas décadas perdeu seuaspecto monumental com a cons-trução de prédios muito mais im-ponentes. como os da Petrobrás eo BNDES, mas ainda atrai acuriosidade de turistas de todos oscantos.

Bruno I hvs

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tu:? A FIFA já aprovou: lateralag*ora é cobrado no exatolug*ar em que a bola sair. Oinfrator será punido com areversão da cobrança.

JORNAL DO BRASIL

Esportes

? Na Espanha, o Real Madriganhou o título ao vencero Zaragoza por 3 a 1. NaItália, o Napoli derrotou oAtalanta e ficou com a Copa.

Taça Rio está nas mãos de quem

a mereceu_ O¦ ir«lÁiP/iimkrn'

Tadeu de t 4 guiarA cena é comovente aos olhos de

iqualquer banguensC. Suado, a faixaesticada pelo peito, o coração acele-jrado. Pinheiro segura pela primeirajvez a Taça Rio, já perto dos degrausIde acesso ao vestiário, e a beija. É oiclímax da emoção. À sua volta, osijogadores se abraçam, festejam. NaArquibancada, um grito uníssonçabafa a incansável bandinha — "Écampeão, É campeão. E campeão".São os também heróicos torcedoresIdo Bangu. E tudo isso se justifica: ojBangu enfim voltou a festejar umjtítulo, 21 anos depois de conquistar o[Campeonato Estadual de 1966.

Irrepreensível, o Bangu coroouesse seu triunfo — foi campeão invic-to — de um jeito que não deixadúvida: com bela vitória (3 a 1) sobreo Botafogo. Foi campeão com méri-tos, por mais que a sorte o tenha[acompanhado cm toda a trajetóriajou um erro de interpretação de arbi-Itrágem o tenha beneficiado. Mos-Itròu isso ontem, ao desenvolver umjfutebol correto, eficiente e bonito.jUm futebol que, com apenas cincoiminutos de jogo, definia a sorte doIjogo e da Taça Rio, levando osjaflitos torcedores do Botafogo a reti-¦rar faixas e enrolar bandeiras.

Os heróis — Houve o toquede mestre. A estratégia de Pinheirojfuncionou plenamente, mas os joga-dores do Botafogo ajudaram muito.Sem centroavante, o Bangu execu-tou um rodízio de jogadores no ca-mando de ataque. Ora aparecia Ar-turzinho, ora Marinho, ora PaulinhoCriciúma. Foi assim desde o primei-|ro minuto. Um vaivém constanteque desnorteou os zagueiros adver-sários. O Bangu perdeu muitos gols.Talvez por causa dessa facilidade."* Todo campeão tem seus heróis.No Bangu de hoje, é difícil destacarum. O time. equilibrado em todas aslinhas, não deixa, porém, de ter suasmolas mestras — como tinha o Ban-gu de 66. E por essas coincidênciasda vida, tem um Marinho — nova-mente em forma — como tinha emPaulo Borges a sua principal e mor-tal jogada ofensiva, capaz de aniqui-lar esquemas, desmoralizar defenso-res, bastasse que na origem a bolapartisse com o toque de maestria.Nos pés de um como no de outro,chegando limpa, invariavelmente abola encontra seu destino, o gol. Eesse toque vinha de Ocimar, comovem de Mauro Galvão, elegante,hábil, inteligente. Ou ainda do pe-queno Arturzinho, autor, autor dedois eols ontem.

O Botafogo foi uma repetição deequívocos — como tem sido desde oinício da Taça Rio. Com alguns joga-dores esforçados e outros em péssi-ma fase técnica, o time pecou nosmínimos lances, em simples bolasatrasadas (Wilson Gotardo, aos 30minutos do primeiro tempo, enco-briu o goleiro Jorge Lourenço equase marcou contra). Deixou a im-pressão de que somente uma refor-mulação ampla resolverá seu proble-ma de aparência crônica.

A alegria— A festa foi doBangu. E nunca esteve ameaçada.Ao contrário: no segundo tempo,desperdiçou muitos gols. Sem exage-ro, poderia ter goleado o desajusta-do Botafogo. Mas, mesmo superior ecom a vantagem de dois gols, procu-rou jogar sério. A própria torcida,em número superior à do adversário— e, por motivos óbvios, mais alegre—, somente começou a contar com aconquista quando faltavam menos de15 minutos para o fim do jogo. Em85, o Bangu foi vice-campeão brasi-Ieiro e estadual e isso deve ter deixa-do marcas.

"O Rio explode de emoção —Bangu campeão". Quando os torce-dores exibiram a faixa na arquiban-cada, não havia mais dúvida: a TaçaRio tinha novo dono — ano passado,o campeão fora o Flamengo. Asbandeiras começaram a tremular, osgritos de "campeão, campeão, cam-peão" a tomar conta do estádio.Logo, o juiz encerrou o jogo e aemoção invadiu o campo. Os abra-ços, os choros convulsivos, trocas decamisas c muita correria. Campeões,festejando.

Imagens de alegrias. Cenas defortes emoções. O Bangu ganhou aTaça Rio e parte, forte e decidido,para reeditar a consagradora vitóriade 66, sem o estigma de time perde-dor. Alem de importante conquista,a Taça Rio é um grande atalho parase chegar ao título estadual. Pinheirosabia disso quando a beijou. E todosque se emocionaram com a cena.

3Bcing,ll

Gilmar, Jacimar, Már-cio Rossini, Oliveira e Racinha: MauroGalváo, Tóbi o Arturzinho; Marinho,Paulinho Criciúma e Ado.Técnico: Pinheiro

Custódio Coimbra

1

BotafogoJosimar, Marinho, Wilson Gotardo Jorpe Lourenço.

Marco Aurélio (Viitfner); Derval. For-nando Macaé (Mazolinha) e Beryç-, Mau-

rício, Tóni e Helinho.Técnico: Jair Pereira

Local: Maracanã. Renda: CZ$ 765 mil 880.Público: 10 mil 252 pagantes. Juiz: João JoséLoureiro. Gols: no primeiro tempo. Marinho aum minuto. Arturzinho aos cinco e 23, e Bergraos 33 minutos. Preliminar. Bangu 1x0 Bota-fogo (junioreB).

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Pinheiro ergue emocionado o troféu ganho pelo Bangu. Ele foi o maior responsável pela conquista

Seleção enfrenta

seu novo desafio

João Saldanha

A Seleção Brasileira começa hoje,:com a apresentação dos jogadores, a fase¦de trabalho para a disputa da CopaAmérica, na Argentina. Os do Rio che-gam à sede da CBF às 18h30min. Duashoras depois se encontram com os convo-içados de São Paulo. Minas e Rio Grandedo Sul e seguem para Tercsópolis, onde;ficam treinando até sexta-feira.| No caminho para Córdoba, sede docrupo do Brasil, a Seleção pára em Fio-rianópolis e faz um amistoso com a Co-ilômbia, domingo. Desce um pouco maisjc na quarta-feira enfrenta a Seleção do[Paraguai, que terá Romerito, quarta-ifeira. No dia seguinte segue para a Ar-igentina.; A única dúvida da Seleção continuaIsendo Mirandinha. Ele foi confirmado nairelação do técnico Carlos Alberto Silva,'mas será obrigado a provar nos treina-mentos que está recuperado da contusão[na coxa direita que o afastou do último

jogo da excursão passada, com Israel. Eleteria uma chance de mostrar que estábom ontem, mas o jogo do Palmeirascom o Bandeirantes, pelo CampeonatoPaulista, previsto para ontem, foi adiado.

O médico da Seleção, Ronaldo Naza-ré, que havia vetado a convocação deMirandinha, resolveu atender ao apelodo técnico Carlos Alberto Silva, quegosta muito do atacante, e aceitar agarantia dada pelo médico palmeirense,Naércio Santos, de que o jogador estavarecuperado.

Na primeira parte dos treinamentos,o técnico Carlos Alberto Silva não pode-rá contar com Silas, Müller, Careca eNelsino, do São Paulo, que estará partici-pando das duas últimas partidas pelaLibertadores da América, dias 17 e 19.Os quatro foram liberados e se apresen-tam já para o primeiro amistoso, emFlorianópolis.

Difícilcome-çar a escre-ver quandoquase fiqueiem casa. Éque tinhaVasco xBenfica pelatelevisão,de graça, e,direto, emconcorrên-cia mais direta com os'times daFederação do Caixa D'Água.Palavra que eu pensava queexiste uma lei esportiva ou estesacordos entre gentlemen queimpedem que fossem passadosjogos na televisão quando osclubes brasileiros estão no cam-

Já estava gravado

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po. Ou será que esta lei tam-bém não pegou, como quasetodas as leis jurídicas e sociaisatualmente em nosso país?

De minha parte confessouma tremenda capacidade deesperança em que as medidasde controle de preços dêemcerto. Acontece que a corrup-ção e a anarquia no futebol sãomaiores do que as que reinamno Brasil. Assim como os pre-ços aumentam durante a noite,no futebol as coisas acontecemdurante o dia na cara de todos.

O jogo de Botafogo e Ban-gu mostrou um Botafogo apáti-co e incapaz de ganhar umapartida. Logo de cara o Mari-nho recebeu a franquia do ou-tro Marinho e fez o gol. As

luzes já estavam acesas e devemter ofuscado alguém. Não du-rou muito, uns três ou quatrominutos mais, e uma grandeavenida estava aberta na defesado Botafogo. O Arturzinhomandou para dentro. As luzesjá estavam acesas e devem terofuscado alguém. Macaé, não ojogador mas o crioulo espertoda Rua Miguel Lemos, olhou,olhou e foi embora dizendo:"Deram na nossa horta...Tchau..." E se mandou. Nembem tinha descido a escada eescutou aquele barulho: três azero. Como consolo exclamou:"Pelo menos este eu não vi, erademais..."

E era mesmo. Só mesmoprofissionalmente ficar no está-

dio vazio, com apenas 10 milgatões. A pequena torcida doBotafogo saiu e foi fazer comi-cio em frente à estátua do Beli-ni. Uns meio sem entusiasmogritavam aquele negócio do"Deu... deu... deu... O Fia-mengo... já perdeu..." Logo oFlamengo que nem estava jo-gando. Um consolo muito cho-cho. Meio besta até. Mas o quegritar? Paciência, melhores diasvirão.

E o Marinho? Se quandoestá marcado faz o diabo, fa-çam idéia jogando solto? E oArturzinho? O ex-botafoguense também foi pedra90. Quando o Bangu recebeu aTaça, já estava gravado: Bangucampeão."

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O CAMPEÃO DOS DESCARTÁVEIS.

MAIS RÁPIDO, MAIS RENTE E MUITO MAIS CONFORTO.

Gillette

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2 O ESPORTES 0 segunda-feira, 15/6/87 JORNAL DO BRASILAlmir Veiga

Sandro Moreyra

Um título

bem conquistado

Dc forma positiva o

Bangu venceu on-tem o Botafogo e tor-nou-se campeão da Ta-ça Rio, ou seja, do se-gundo turno do Cani-peonato. Com isso, fi-cou com o direito dedisputar as finais quedecidirão o título decampeão de 87. Os 3 a1 em cima do Botafogomostraram a determi-nação com que o recu-perado time dirigidopor Pinheiro pretende ir às finalíssimas.

No jogo de ontem, o Bangu teve umcomeço de furacão, deixando atordoada adefesa do Botafogo. Em cinco minutos.Marinho e Arturzinho tinham marcado,dando uma vantagem aos bangüenses queum time como o do Botafogo, alheio e jáfora do Campeonato, não teria como des-fazer.

Outro gol, também de Arturzinho, ain-da no F tempo, acabou com os sonhos nãodo Botafogo, mas daqueles rubro-ncgrosque alimentavam esperanças de alcançar oBangu. E mais gols poderiam surgir se Berg,dc falta, não tivesse marcado para o Botafo-go e acalmasse um pouco os bangüenses. Nosegundo tempo, o Bangu ficou em compassode espera, segurando o resultado, enquantoo Botafogo também se acomodava, nãopretendendo mudar a partida. Não tinhacomo.

O Bangu e, portanto, o campeão dosegundo turno — e com todos os méritos.Seu time não esteve bem na primeira fase,mas com a contratação do técnico Pinheirorecuperou-se e fez um returno irretocável.Ganhou por isso e também porque, aocontrário de Flamengo e Fluminense, quecom ele disputavam o título, não viajou,ficando por aqui cuidando de apurar seutime.

Resta agora tomar cuidado nas finais.Dos pretendentes ao título o Bangu é,politicamente, o mais fraco. E a políticasempre pesa nas decisões.

?O Vasco fez um bonito lá fora, com

uma importante vitória sobre o Benfica,bicampeão de Portugual, por 3 a 0, com golsde Vivinho, Mauricinho e Tita. E abiscoitoubela taça.

Agora o Vasco vai decidir a Copa deOuro cm Los Angeles, com o Roma, numaoutra partida de primeira linha. Uma novavitória vascaína, como a de ontem, ajuda amelhorar a imagem internacional do nossofutebol.

?

Depois das denúncias gravíssimas con-tra a máfia das arbitragens, nenhum juiz,desses que andam apitando por aí e sãopouco conhecidos do público, têm condi-ções de conduzir com tranqüilidade umapartida. Eles, que nunca tiveram força eprestígio, estão agora completamente des-moralizados, sem o menor crédito.

Na rodada de ontem sentiu-se isso.Qualquer falta que marcassem era logocontestada pelos jogadores em campo epelos dirigentes no túnel.

Na partida de juniores entre o Botafo-go e o Bangu, importante para a decisão dotítulo da categoria, o árbitro escalado come-teu os deslizes habituais de todos eles,malpreparados que são para a função. Masos erros, que em outras tardes seriam leva-dos na conta de natural incompetência,foram recebidos com suspeita desde o pri-meiro apito equivocado.

— O homem está na gaveta — era só oque se ouvia no lado do Botafogo, depois dogol do Bangu. E quando ele expulsou umjogador do Botafogo não se teve maisdúvida e não demoraram os protestos, asinvasões, os xingamentos, as ameaças deagressão e tudo o mais que hoje em diacompõe o cenário do futebol.

Em Caio Martins, também na prelimi-nar de Flamengo x Goitacás, outro juizinexperiente errou ao dar dois cartões ama-relos para um mesmo jogador, e já oFlamengo, que perdeu o jogo por 2 a 0, vaientrar na Federação com um protesto recla-mando os pontos perdidos em campo.

Só quero ver os árbitros que eles vãoarrumar para a decisão do Campeonato.

?

Histórias — Conta o nosso caro Fer-reirinha um curioso fato ocorrido com ochefe da delegação portuguesa que, cm 82,andou por aqui a disputar amistosos. Oreferido cidadão, tendo recebido um convitepara dar uma entrevista numa televisão deSão Paulo, optou pela viagem de trem.

Recebidas as passagens, o sisudo chefedeixou o hotel à noite, rumo à estação dePedro 11, na companhia de dois amigos.Atrasaram-se, porém, no trânsito, e quandochegaram à gare o trem já ia saindo.

Desesperados, correram o mais quepuderam, mas, enquanto os dois patríciospulavam no trem, o chefe não conseguiu.Ficou.

Solidário, um senhor que a tudo assisti-ra procurou confortá-lo. Disse amável:

Ainda bem que seus amigos tiverammais sorte e embarcaram.

Sorte coisa nenhuma — retrucou ochefe — quem tinha de embarcar era eu.Aquelas duas bestas só vieram me trazer àestação

. .-. Ilk imBk W BKHMaK WEm-* | >A ^ -JHralHi JftJnb isilt v t jai wssmWEEF ... vIm ¦¦¦ m jfc *IJs£Siilw m llElHI •<; '^HS aHSMarinho voltou a ser um jogador decisivo no time do Bangu. Fez gol, deu passes perfeitos e arriscou até mesmo uma bicicleta

No Bangu, a comemoração discreta Placar JB

Jorge Perri

No vestiário do Bangu, campeão invic-to da Taça Rio, duas surpresas: Castor dcAndrade e Cadinhos Maracanã não ficarampara rcccbcr os abraços e a alegria pelotítulo conquistado não passava dos limitesda normalidade. Apenas Gilmar mostravauma euforia maior que os companheiros.Abraçado à taça, não cansava de alisá-la, cdeixou escapar um suspiro dc alívio:

Corri muito cm busca de um títulode campeão. Por duas vezes, CampeonatoNacional e Carioca, cheguei perto. Agoranem senti o peso da taça na volta olímpica,e nem sentiria se pesasse mil quilos.

No canto do vestiário, o técnico Pi-nheiro não chegava para os abraços. Per-guntado se chegou a temer pelo resultadodo jogo, foi franco como sempre:

Tremi nos 15 minutos finais doprimeiro tempo. O Botafogo marcou o gol eo Bangu já não tinha a mesma armação

tática do início. Alguns jogadores começa-ram a correr de um lado para o outro semresultado prático. No intervalo, conversa-mos e arrumamos a casa. O segundo tempofoi diferente. O time voltou tranqüilo cdeixou o tempo passar conforme o combi-nado.

O Bangu parece disposto a ir maislonge que a Taça Rio. Ainda no vestiário,Pinheiro avisou aos jogadores que amanhãrecomeça tudo novamente em Moça Boni-ta. O time volta aos treinos c deve fazeralguns amistosos ate o reinicio do campeo-nato após a Copa América. Como não hácontundidos. Pinheiro espera ter todos osjogadores em campo.

Prêmio alto —Como dinheiro nãofica para depois em Moça Bonita, ainda novestiário o presidente Rui Esteves pediu aosjogadores que fossem à sede do clube para afesta. Deixou claro que Castor de Andradepoderia adiantar o prêmio da partida, queera de CZ$ 20 mil (pela conquista do título

ainda não havia uma defirição, mas poderiachegar aos CZ$ 100 mil).

Us dirigentes tinham tanta certeza naconquista do título que mandaram gravarna taça antes do jogo: Bangu campeãoinvicto da Taça Rio dc 1987. Quando al-guétn quis saber o que aconteceria cm casodc derrota, o presidente não hesitou:

A derrota nem passou pela nossacabeça. Mas se houvesse algum imprevisto,era só mandar tirar a placa. Felizmentetudo acabou dando certo. Na próxima vezque o Bangu ficar novamente nesta situa-ção, vamos providenciar nova gravação.Deu sorte e tudo que dá sorte deve conti-nuar.

Marinho, que era muito festejado pe-los torcedores, perguntou se algum dirigen-te da CBF estava no Maracanã.

Será que eles não viram comocorri. Acho que posso voltar a ter umachance na seleção deles. Eu me sinto umpotro, cheio de saúde.

No Botafogo, a revolta do técnico

Oldemário Touguinhó

O técnico Jair Pereira saiu do Maraca-nã revoltado com a atuação de algunsjogadores da defesa. Quando a porta dovestiário se abriu para a imprensa, o treina-dor foi o primeiro a ir embora. Só nocorredor de saída, concordou em dar algu-mas declarações:

— Você quer saber o que eu acho dadefesa? Prefiro não dizer, pois seria umatragédia. Deixaram o menino da lateralesquerda abandonado, sem nenhuma aju-da. Não havia cobertura, não havia nada.Isso não pode acontecer numa grande equi-pe como a do Botafogo. Tomar dois gols desaída, como tomamos, não existe. Nãoquero me alongar porque vou acabar dizen-ao o que não devo — disse Jair Pereira,revelando sua decepção pela apresentaçãode alguns jogadores. Amanhã, ele vai con-versar melhor com os dirigentes e tomar asprovidências que acha necessárias.

Com uma bolsa azul debaixo do braço,o treinador foi saindo para evitar maiscomentários sobre a derrota do time. Novestiário, o ambiente era mais tranaüilo. Opresidente Alternar Dutra de Castilho disseque agora o importante é analisar os erros etentar consertar o time para o CampeonatoNacional.

Vou conversar com o Fábio Egito(presidente do Fluminense) e saber se elequer fazer algumas trocas com o Botafogo.Também estamos em cima dc Edinho.

Para Emil Pinheiro, o importante nomomento é acalmar o grupo c, na reuniãode amanhã, armar um plano para o futuro.

Estou disposto a continuar colabo-rando. Sei que o Júlio César está querendovoltar definitivamente para o Brasil e pode-mos estudar a compra de seu passe, pois éum grande zagueiro. Ele está na SeleçãoBrasileira na Copa América e fica mais fácilum contato sobre sua situação na França.Vamos reforçar o time com jogadores dealta categoria, pois temos que mostrar no

Campeonato Nacional que o Botafogo c umtime cm condições de ser campeão.

Triste realidade — O supervisorJosé Dias já está tentando fazer uma pro-gramação de amistosos até agosto. O timedeve excursionar à África e ao OrienteMédio. Vários empresários estiveram du-rante a semana no Botafogo e ficaram dcresponder nos próximos dias.

Quando a gente sai da competiçãoantes do fim, tudo fica mais difícil. Mas nãopodemos exigir uma programação de altonível, com viagens para as principais cida-des do mundo. Temos que nos conformarcom o que chegar. As despesas são muitas eno Campeonato não vamos receber maisnada. Essa é a triste realidade — alertou osupervisor.

Quem estava desolado era Berg.Corri o campo inteiro, procurei

fazer o máximo. No fim, o time perde eestou com as pernas cheias de marcas daschuteiras deles. Assim é sofrer demais.

Cotagao Tadeu Guedes Joao Antonio Sandro Oldemario JorgeOtimo ?? bom De Aguiar de Freitas Saldanha Ramos Moreyra Touguinho Perri

? regular • pessimo (JB) (0 Dia) _______ (Ultima Hora) ______ (JB) (JB)

Gilmar ?? k+ ** ** ** **

Jacimar ifk ?? ?? ** **Marcio Rossini ?? ** ** **

p Oliveira ?* ?? ?? ?? ?? ** ***

0 Racinha ?* ** ** ** **

^ Mauro Galvao kir-k krk-k ?? ?? ?? ** k~k~k

PQ Tobi ?? ** ** ** *** ** **

Arturzinho ~k~k kkk kkk kk kkk kk ~k~k

Marinho ??? ??? kkk ??? ?? ??? ???

Paulinho Criciuma ?? ?? kk krk kkk ?? ??

Ado ** kk kk *

Jorge Lourenqo ?? *Josimar ?? *Marinho *

O Wilson Gottardo kk *

Q Marco Aurelio *

j*| Derval _? ?? *

£h Fernando Macae *

^ Berg krk kk ~kk kc-k

Mauricio k *Toni *Helinho *

Vagner —JL-_

SabadoRIO

America 0 x 0 OlariaMINAS

Atletico 1 * 1 ValeriodoceVila Nova 3x0 Uberaba

PARAYamada 5 x 1 Tiradentes

MARANHAOMaranhao 7 x 0 Tocantins

AMAZONASSul America 1 x 1 Penarol

RIO GRANDE DO SULInter (SM) 0 x 2 Juventude

RIOFluminense 2 x Mesquita

Campo Grande 0 x CabofrienseFlamengo 1 x GoytacazBotafogo 1 x Bangu

Americano 1 x Porto AlegreSAO PAULO

Noroeste 1 x Santo AndreFerroviaria 0x0 P. Desportos

Botafogo 3 x JuventusAmerica 0x3 Santos

Inter XV Nov. Jaú

Rio BrancoUberlândiaFabrilAméricaEsportivo

2 x 1MINAS

Democrata(SL) 2x0Caldense 1 x 1

Tupi 1 x 0Cruzeiro 1 x 0

Atlético-TC 0 x 0RIO GRANDE 00 SUL

Grêmio 3x0 InterPARANÁ

Londrina 1 x 2 PinheirosSANTA CATARINAAvai 0 X Chapecoense

Joinville 2X0 CriciúmaHercílio Luz 1 X Marcilio Dias

Paissandu 1 X FerroviárioPróspera 1 X Inter

ESPÍRITO SANTOGuarapari 0X0 Desportiva

GOIÁS0 X 2CRAC

GoiatubaSanta Helena 1

Anápolis 0 XGoiás

Goiânia0X0 Rio Verde

X 0 AnapolinaItumbiara

2 X 0 Vila NovaBRASÍLIA

Sobradinho 0 X 1 BrasíliaCeilàndia 1 X 1 Gama

Guará 0 X 1 TaguatingaTiradentes 3X2 Planaltina

BAHIABahia 3X0 Galícia

Fluminense 0X0 CatuenseItabuna 0 X VitóriaAtlético 2X0 YpirangaLeònico 3X2 Bahia/Feira

PERNAMBUCOSete SetembroO x 1 Santo Amaro

Ferroviário3 x 2AtléticoSanta Cruzl x OCentral

Sport4 x OAméricaPaulistanoO x 1 Náutico

CEARÁCalourosO x 2GuaraniFortalezaO x 1 Ferroviário

Icasa 0x4 CearáPARÁ

PinheirenseO x 3Tuna LusoALAGOAS

AsaO x 2CRBPenedensel x IComercial

PARAÍBASanta Cruz3 x OEsporte

Campinense2 x 2NacionalBotafogo 1 x OGuarabiraRIO GRANDE DO NORTE

ABC0 x OAméricaPotiguarO x ORiachuelo

MARANHÃOMoto 1 x Olmperatriz

SERGIPEVascol x 1 Confiança

Itabaiana2 x 1 SergipeSanta CruzO x 1 Estanciano

CSM1 x 1 LargartoPIAUÍ

Caiçara 1 x 2FlamengoParnaibaO x OComercial

Riverl x OTiradentesAMAZONAS

Nacional2 x OFastMATO GROSSO DO SUL

DouradenseO x 2ComercialTaveirópolisO x OUbiratan

EspanhaZaragoza 1x3 Real Madri

Gijon 1x0 BarcelonaEspanhol 5x0 Mallorca

(Real Madri campeão)

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Ganhando com Felix The Cat, Aurélio brilha em mais uma vitória clássica

JORNAL DO BRASIL segunda-feira, 15/6/87 O ESPORTES 0 3

Classista vence e

impede tríplice

coroa de RasharkinO sonho da tríplice coroa inédita entre as potrancas paraRasharkin terminou em pouco mais de dois minutos. Bem

pilotada por Paulo Cardoso, Classista surpreendeu a favoritanos últimos instantes e venceu a prova central de ontem àtarde na Gávea, o Grande Prêmio Marciano de AguiarMoreira.

Na largada, Ideale — uma decepção na corrida — foilançada para a frente seguida de Rasharkin. Rasharkindominou a ponteira e parecia a ganhadora. Perto de os 200metros finais, teve porém a presença incômoda de Classistaatropelando forte. Rasharkin não resistiu. Estes foram osresultados dos dez páreos corridos em pistas de areia e gramamacias:1"páreo — I mil 300 metros — arei» — 1" Daflon J. Ricardo2" Sapphire C. Lavor 3" Golden Honey J. M. Silva vencedor(5) 2,00 dupla inexata 1,80 placê (5) 1,00 (2) 1,00 tempo 1 min21 s2/5 exata (5-2) 4.20 — Triexata (5-2-6) — CZS 15.00.2"páreo — I mil 10(1 metros — areia — Io Carino J. M. Silva2" Parnak R. Vieira vencedor (1) 3,00 dupla inexata 5,00 placê(1) 1,60 (4) 1,70 tempo 1 min 09s2/5 exata (1-4) 13,00.3"páreo — I mil 100 metros — areia — 1° Fleurette Lark R.Freire 2" Disc G. F. Silva 3" Colheita J. Ricardo vencedor (6)9,70 dupla inexata 27,30 place (6) 3,50 (7) 2,7U tempo 1 min10s3/5 exata (6-7) 113,10 — Triexata (6-7-1) - CZS 194,00.4"páreo— I mil300metros — areia— 1" Olafson J. Queiroz2" Doutor Ibrahim J. Ricardo 3o Viva Zapata G. F. Almeidavencedor (7) 5,40 dupla inexata 45,70 placê 7 (2.40 (9) 3,80tempo 1 min 22s exata (7-9) 78,70 — Triexata (7-9-8) — CZS110,00.5"páreo — I mil 100 metros — areia — 1" lusa G. Guimarães2" Kicolombo J. Ricardo 3" Mascarado C. A. Martinsvencedor (2) 1,80 dupla inexata 3,50 placê (2) 1,30 (7) 1,40tempo 1 min 09s2/5 exata (2-7) 4.60 — Triexata (2-7-1) — CZS146,00.6" páreo — 2 mil 400 metros — grama — 1" Classista P.Cardoso 2o Rasharkin G. F. Almeida 3° Cittadela J. Ricardo4" Ideale J. Pessanha vencedor (3) 9,30 dupla inexata 4.70place (3) 1,00 (1) 1.00 tempo 2 min 27s4/5 exata (3-1) 42,20.7"páreo—l mil300metros — areia — Io Nicolinha J.Aurélio2o Major Edu J.F. Reis 3" Humus Negro J.Ricardo vencedor(6) 4,00 dupla inexata 9,80 place (6) 2.50 (1) 1,60 tempo 1 min24sl/5 exata (6-1) 12.60 — Triexata (6-1-9) — CZS 65,00ti"páreo — 1 mil 100 metros — areia — Io Owenc L.A. Alves2" Pasitéia J.M. Silva 3" Vitoriafan J. Aurélio vencedor (7)1,60 dupla inexata 6,40 place (7) 1,20 (3) 1,50 tempo 1 minMis 1/5 exata (7-3) 13.50 — Triexata (7-3-5) — CZS 21.009"' páreo — 1 mil 100 metros — areia — 1" Herel F. Silva 2"Carabar J. Ricardo 3" El Huracan C. Lavor vencedor (4)15,30 dupla inexata 9,30 place (4) 3,70 (3) 1.30 tempo 1 minü9s2/5 exata (4-3) 48,60 — Triexata (4-3-6) — CZS 315,00 —Não correu — Reporting10"páreo — l mil 100 metros — areia — 1° Doe J. Aurélio 2"Flor do Rio G.F. Silva 3° ícaro Lark C. Lavor vencedor (6)1,80 dupla inexata 4,60 place (6) 1.20 (5) 1,80 tempo 1 min lOsexata (6-5) 16,40 — Triexata (6-5-2) — CZS 115,00.

Hoje na Gávea

Yarco-Poio S8 1 JP Reis 6o-10 Cofiseum 1.3 NI 82slEscapei Por Pouco 58 2 R. Costa Io- 1 Ícaro larli 1.3 NP 83s!Hot Bog 57 3 A. Machado f° Io- 6 King Pacnell 1.4 AM MslDona flora 56 4 W Gonçatas 2o- 8 [I Host 1.2 NP 76$ •

Key&oanJ 56 5 R. Rodrigues Ap.4 8o-10 G. Humility 1.1 NP ?0s2«o pAr£0 — Às 15h30min — 1 003 metros — GRAMA Animais de 5 anes e mais. ganhadores até Cri 30 000.00 em Io lugar novV-" Pais INICIO 00 CONCURSO

OE 7 PONTOS E TRIEXATA

Parco — As 16h00min — 1.100 metros — Areia — Potrancas de 3 anos, sem vitória no Rto e em Sêo Paulo

çc pareq _ Às I6h30mm — 1 500 metros — GRAVA — Animais de 4 anos. sem ma>s de uma vrtóna no Rio e em Sào Paulo

1— Artlon 57 1 J.Aurilio 3°- 4 Kmwrj 16 AP 103s2— HeroidoSertio 57 2 JRicardo 1°-8 Espirta 13NP 83s43— Oonlan 57 4 Jf.Reis 1°- 5 Naida 15 GM 92sl4_ Tensonal 57 5 CLavor 4°-12 Carmo 1.0 GM 58s45— Four Trumps 55 1 R Costa 1°- 8 Dame lar* 1.2 NM 78s46-Burkan 57 8 MSilva 11°-12 It's a Hope 13 AU 83s2?— Dote Chic 57 9 J.Queiw 6°- 9 Orango D Oro * 1.3 NP 84s38— Quorovision 57 3 FPereira 1° 7°-12 Canno 1.0 GM 58s4" Alpetio 57 6 E Barbcsa 9°-12 I.A Hope -I- 13 AU 83s2

DESFILANDO: De volta a pista de grama, onde rende mais. AIPED0 vai levar o nesso voto e será um osso duro de roer ART10N t D7° PÁREO — Ás 17h00 — 1.200 — AREIA — Égua de 4 anos, sem mais de umv rtôna no Rio e em Sio Paulo

'• / 1?-PÁREO — Às 14h00 — 1 300 metros — AREIA — Potros e potrancas de 3 anos. sem vitória no Rio e em Sào PaulotüiEMi»è<— ——

*T—1-*-i — Café-ConcertojV " 2—Don Massmov£ ' 3— Casa Forte' r -4— MarKovii* • -b— Kamal KhanH . 6— Hidaw:l_

2o PÁREO — Às Hh30 — 1.300 metros — GRAMA — Éguas de 4 anos. sem vitória no Rio e em Sâo Paulo

56 1 RSilva 3°- 8 Chabablik 16 NP I0U256 2 C A Martins 8°- 8 Creek Boy 1.3 GM 78t4

3 JRicardo 3°- 8 Grasl Jo-Jo 1.1 NP I0s256 < R Marques 8s-12 Mwioil 1.1 NP 71s56 5 E BOueirai ?¦ 6 fciupati 13 NP 81s456 6 W Geneves 3"-ll CJiallal 13tf 81s

DMcreira Ap4 10o-10 Spnng Sun 1.1 NI 71slC.Valgas 3o 7 Tensonal* 1.4 AP 91s2

J Aurélio 3o 8 Four Tnjmps 1.2 NM 78s4R Rodrigues Ap4 8o 8 Colheita 1.0 GM 58sJ Ricardo 2o 5 Donlan 1.5 GM 92slC A Martins 7o 8 Four Tromps-I- 1.2 NM 78s4

- animais de 5 anos e mais. ganhadores até CZS 45.000.00 em 1° lugar no pais

1— ShalaKo Reg.s2— Calmirag#V;; -••3— Alcatrào

Chestnut\ <5 Gunfire

. _ Snow Real£f!e]ejelo 58

13 NI 81sl1.1 NP 71s1.1 AP 69s210 GL 58sl1.1 NP 70s21.3 AP 83s14 AP 91s

1— Pnncesa Run•* 2— Athinai> • • 3— Commemorative' ; "4_ Piracuruca

5— Chim Bela6— Ciara;-7— Joyance

1JF Reis2 J Z. Garcia

3 A. Machadc F°E R FerreiraR. Marques

61. Aurélio7 L Corrêa

2° 8 Jet iackílme2° 5 Great Joer

5o 8 Great Jo-io4o 8 J. Jackelme?° 7 Rianchtas (RS)12° 13 Chabib8o 9 Ravenne

1.1 AP 70s21.1 NP 70s3

1.1 NP 70s21.1 AP 70s2ü Al 75s212 NM 75*4li AL 75s

MaméliaEspiréa

3— InhataDe LoreNaida

6 Palm Tree3» PAREÔ - Ás 15ti - 1 200 metros - AREIA

58 2 G.F. Almeida55 3 M. B Santos Ap. 257 4 J. Rfcardo57 5 G F. Silva57 6 J. Aurélio55 1 R. Rodngues Ap. 4

1 JM Silva6°-6 C. Bicod •!•

5o 5 Euviglio (CP)3o 6 Fintador6o 7 Augusto2o 8 The Fellow9o 10 G. Humility5o 6 C. Blood83s5o 6 Anfl&to

José Aurélio

Com Nicolinha,

linda vitória em

páreo comum

Segundo colocado na estatística

de jóqueis da atual temporada,o bridão cearense José Aurélio foi odestaque entre os pilotos, ontem àtarde, na direção do Nicolinha, ga-nhador do sétimo páreo. Auréliomostrou nesta prova todas as quali-dades do grande jóquei: percursoperfeito, energia, habilidade comchicote e muita vontade de vencer.

A trajetória do piloto, oriundode um turfe modesto, o cearense,pode ser definida como fulminante.Depois que se estabeleceu no Rio,em pouco tempo Aurélio chegou ajóquei oficial do Haras Santa Ana doRio Grande, um dos mais poderososdo país. Veio a contratação de JorgeRicardo e sua saída do Santa Ana.Mas a estrela do piloto nem por issose apagou. Fixou-se como piloto pre-fcrencíal dos animais do stud Grum- José Aurélio

ser, o atual sucesso na estatística e asvitórias clássicas em algumas provasimportantes mostravam que a sorteestava coltando.

Mas foi nesta temporada dc86/87 que Aurélio assumiu seu espa-ço no turfe carioca e a maturidadeprofissional. O seu segundo lugar,praticamente assegurado, com exce-lente média de aproveitamento devitórias mostram bem a fase excep-cional que este cearense atravessa.Ontem, o páreo que venceu comNicolinha exigiu bastante de seu po-tencial. Correu em segundo lugardominando o ponteiro no final dacurva. Recebeu dois ataques: pelacerca interna, Humus Negro comJorge Ricardo e, por fora. MajorEdu, com o Reisinho. Uso entãotudo que sabe para derrotar os ad-versários com lisura. Com tocadaenérgica, o ritmo perfeito de chicota-das até trocar, com rapidez impres-sionante, o chicote da mão direitapara esquerda, o cearense brilhouintensamente. Os aplausos da tribu-na social, na volta para a repesagem,foram até demonstração pequenapara a beleza da direção de JoséAurélio. (MF)

Carlos Mesquita

1— Royal IMocn 57 1 D. Voreira Ap.4 2° • 5 C. Hill (CP) 1.1 Nl 70s22— ianana 57 2 L Correa 6° • 9 Pritica 11 NM 71s3— Grey Cloud 57 3 R. Freire 6° • 8 Dale 13 Nl 82s2

Fayara 57 4 R Marques 5° -10 )ogana 12 NP 77s4Dorescn 57 5 JMSilva 6° • 8 Miss lati 11 NP 70s

-So Prying 51 6 JAurtlio 3° -10 Disc —<3— 10 GM 58s4Galactia 57 7 J Ricarflo 5° • 5 Dellera 1.3 NP 84s2

8— Spring Sun 57 8 G GuimarSes 10°-10 Jogana —f— 12 NP 77s4DESFIULANDO: Retcma muito bern p'eparada a $gua SO PRYING, que pode perleitamente levar a melhor nesta oportunidadeROYAL MO8° PAREO — As 17h30min — 1.200 metres — AREIA — Potros e 3 anos, sem mats de uma vittna no Rio e em Sio Paulo —

TRIEXATA

1- Just King 56 1 J.Aurtl-o 2°-Z 6 Royal Task 11 NP 68s32— Causidico 56 2 J Ricardo 1°- 7 Euvigio (CP) 13 NL 80s43- Chabib 56 4 M-achado 1M3 E.Motfa 1.2 NM 75s44— GarantoSemprs 56 5 E.Barbosa 6°- 6 long Trip 1.3 NP 82sl5— FuracSo 56 6 G.F.Silva 1°- 8 Ca^a-Niquel 1.1 NP 70s46- Energy F.re 56 . 8 JF.Reis 1°- 8 Palm-Assii 1.1 AP 68s37- El Camilo 56 3 C.li/or 5°- 6 Jaws light 13 NM 81s2" Great Jockey 56 7 J.M.Silva 4°- 6 Royal Tas* 1.1 NP 68s3

9° PAREO — As 18h00 — 1.100 metres — AREIA — Animais de 5 anos e mats, garthadores at* CZ$ 6 000,00 (detlacionados) em1° '•ugar no Pais —

1— Zendes 58 1 J R SiUa 43- 7 Arab.io 11 NM 70sl2— Don Rodrigo 57 2 P.Vignolas 1°- 7 lady C<da 1.1 NP 70s43— Eipedida 55 3 G.F.Silva 1°- 6 Dahnha 1.1 NM 70s2• 4- Jager 57 4 R Freire 2°- 9 Poto 13 NP 84s5— Tnplo 58 5 D.Moreira Ap.4 1°- 6 Dalinha l.l NP 71s

. 6- Anadir 56 6 l.Esteves 3°- 7 ArabiJo 1.1 NM 70sl

. 7- End Big 58 7 JF Reis • 3°- 6 Otage (RS) 1.3 AU 84s28— Great Humility 56 8 MFerreira 1°-10 lamiel 1.1 NP 70s2

Volta fechada Escoriai São Paulo

DESFILANDO Prova bastante equilibrada, onde qualquer resultado nâo ns fará surpresa Vams selecionar TRtPlO. JAGER e ANAD10° PARE0 — Às 18h30min — 1100 metros — AREIA — Recorde: 65s4 (BARTER) — Dotada CZ5 30 000,00 Ammais de 5 anos

e mais, ganhadores ate CZ$ 9 000,00 (detlacionados) em Io lugar no Pais

Fcrgo 58 1 I A Alves Ap 5° 7 H lart 13 NP 84slPintassilgo 58 2 E Barbosa 1°- 8- lantus *(MG) 11 AM 73sAbelaido 58 3 L. S Santos Ap 2°- 8- Big Cnstal 11 NM 71sColumball 58 4 W Gonqalves 3°- 8- El Host 12 NP 76s

Pedroca Dollar 57 5 J Ricanjo 5C- 8- Big Cnstal 11 NM 71sleolil 58 6 F Silva 1°- 5- Uei (MG) 1.2 AP 78s4

Augusto 58 8 G. GuimarSes 1° 7° Safade/a -d- 11 AP 69s2Importumte 57 9 MB Santos Ap 10-11 Here! 13 NP 83s2Freguesia 55 11 R Freire 6°-8-El Host 12 NP 76s

10 Znmr 57 12 R Marques 5°- 6- le Tastevin (CP) 13 NM 82s" Oiuape 57 13 R Antfaio 3°- &- Big Cnstai -I- 1.1 NM 71s11 Marvell 57 14 J Aurtlio 6°- 8- Big Cnstal 11 NM 71s" ArabiSo 58 15 J R Silva 1°- 7- Jane Belle 11 NM 70sl

12 PataBraba 55 7 R. Costa3°- 9 Dato 13 Nl 82sl" Gustavo 58 10 G. F. Sdva 49 9 Dato 1.3 Nl 82sl

Indicações Mauro de Faria

/" parei> - Hidaw • Kamal Khan • Casa Forte — Hidaw reapareceem turma muito fraca e normalmente não será derrotada. KamalKhan lem chegado perto e pode formar a dupla. Casa Forte foiprejudicada em sua recente apresentação e mesmo entre os machosdeve figurar com destaque.2' páreo — Naida • Espiréa * Mamélia — Naida é ligeira e podeprevalecer sobre Espiréa. sua maior adversária na prova, por estedetalhe: Páreo duro entre as duas. Mamélia tem chegado longe naareia mas na grama rende o máximo e pode surpreender as favoritas.

• 3' páreo — Marco Polo • Escapei pí>r Pouco • Hot Bog— MarcoI Polo é muito superior à turma e dificilmente será derrotado porqualquer competidor. Escapei por Pouco venceu com extrema facili-Jade e deve figurar com destaque. Hot Bog é outro que volta bem etem alguma chance.4" páreo — Chestmit * Alcatrào • Flete-Belo— Chestnut é ligeiroe corre muito no gramado devendo ganhar sem problemas. Alcatràotambém rende o máximo na grama embora preferisse distância maior.Flete-Belo é outro animal de grama um pouco fora de distância. Temchance.5" páreo — Piracuruca • Princesa Run • Chimbcla — Piracurucacorreu menos em sua ultima apresentação e agora pode ser diferente.Pnncesa Run perdeu por pequena diferença e será uma fortíssimarival. Chimbela estréia corri campanha aceitável no Sul e tem muitachance.

. 6" páreo—Artlon • Dote Chie • Ouorovision—Páreo equilibradoentre nossos trés indicados. Artlon correu pouco recentemente masdeve se reabilitar. Dote Chie rende o máximo na grama e é muitoligeiro, podendo ter um páreo favorável. Quorovision foi bastanteprejudicado em suas duas últimas apresentações. Tem muita chance.7' páreo — So l'r\ing • Gre\ Cloud• Fayara — So Prying veio parauma turma muito fraca e mesmo na areia deve vencer. Grey Cloudvolta de longa ausência em boa forma, podendo derrotar nossa

> preferida sem surpresa. Fayara é veloz e aparece com boa chance na| companhia.! .sw parco — Energy Fire • Causídico • Just King — Energy Fire e; Causídico vão se pecar na frente, pois ambos são muito ligeiros.| Causídico é animal muito nervoso no alinhamento, por isso ÈnergyFire terá nossa preferência. Justi King atropela com disposição no. final, podendo tirar frutos da briga dos mais liceiros.

f páreo — Great Humility • End Big • Anadir — Great Humiht\venceu com extrema facilidade e pode repetir. End liig ira/ retrospec-íi> aceitável do Sul e estréia com exercícios suaves. Tem algumachance. Anadir está madura na turma e vai figurar com destaque.' 10" páreo — Arabião «Abelardo «Augusto — Arabiáo ganhou comfirmeza e melhorou. Continua em turma fawrável ao seu padrão,devendo repetir o feito. Abelardo perdeu ;k>s últimos metros porpequena diferença. Tem muita chance. Augusto é muito \elo; e vai

i dar trabalho na pista pesada.

Infelizmente, pelo menos para os

verdadeiros turfistas, por muitopouco, muito pouco mesmo, o turfecarioca não teve, ontem, sua primeiratríplice-coroada feminina. Afinal, co-mo a melhor potranca de sua geração(título que ela mantém com nitidez esem discussão), depois de levantartanto a milha das One Thousand Gui-neas cariocas, grande clássico Henri-que Possollo (Grupo I) quanto os doisquilômetros do grandíssimo clássicoDiana (Grupo I), o Oaks (quandoalcançou o importante double destafundamental prova pois, em 1986, foia ganhadora da versão paulista dofamoso clás-sico inglês), Rasharkin,uma Vacilanete II em Malindi, porSabinus, criação e propriedade doHaras Santa Maria de Araras, enfren-tava a largada, ontem, da milha emeia do Prix Vermeille carioca, gran-de clássico Marciano de Aguiar Mo-reira (Grupo I), na condição de favo-rita e como real candidata ao título.

Infelizmente, por pequena dife-rença, nos instantes finais da milha emeia, a filha de Vacilante II acaboutendo que se curvar diante de Classis-ta (Rasputin II em Rcrusáo, porSahib II), criação do Haras Santa Anado Rio Grande e propriedade do Stud

Minha Zebrinha. Foi. para nós, umaderrota injusta e circunstancial domelhor nome feminino da fornada de1983. Em linhas gerais, nada se podedizer da direção de G.F. Almeida 110dorso da neta de Sabinus. Sua estrale-gia foi perfeita. Se não foi para aponta, como se esperava, logo secolocou em segundo, a-companhando(obrigando-a a fazer um ritmo maistenso e não a deixando tranqüilamen-te galopar 11a frente), de muito perto asua "óbvia adversária Idéale (Execu-tioner II em Redondilha, por Dcvon),criação e propriedade dos Haras SãoJosé e Expedictus. segundo no últimoDiana para ela. E sua postura estavacorreta. Teoricamente, para vencer, eeste era o seu papel, outra opção nãotinha. G.F. Almeida adotou a certa.Na curva. Idéale tentou aumentar oritmo, ele foi atrás, forçando umaaceleração ainda maior. Apa-rentemente, para quem acompanhavaatentamente o páreo, naquelemomwnto. Rasharkin já trazia açãobem superior a sua rival e, pourcause, surgia como uma vencedoraiminente (e eminente).

Para nós, talvez com um exagera-do rigor e muita filigrana, o únicoinstante cm que G.F. Almeida não

esteve rigorosamente perfeito foi noinício da reta quando logo assumiu aponta (Idéale já estava amplamentebatida) e deixou sua pilotada corrermais fortemente, quem sabe gastandoas energias que lhe faltaram e lheforam fatais nos últimos metros. Massão meras conjecturas. Naquele mo-mento, ele trazia o páreo vencido comsua única real adversária pelas exibi-ções anteriores, completamente do-minada. Foi um engano, porém (nãosó dele, mas como nosso, que acha-mos a mesma coisa). Aprovei-tando-se do perfil da carreira, que, de qual-quer modo, foi bastante exigente emrelação a Rasharkin, corrida para ob-ter a melhor colocação possível e semmaiores pretensões, apresentou-se aum tanto desajeitada Classista que,mesmo sem maior brilho e ação, veiodominá-la. com uma certa difieulda-de, pertos do dernier poteau.

Por isso. a nosso ver, uma vitóriacircunstancial, um resultado a ser con-firmado necessariamente. Até segun-da ordem, o Vermeille 87 do Hipó-dromo da Gávea ficará como o Ver-meille da derrota da melhor potranca(independentemente da perda da trí-plice-coroa), e não como o da vitóriade uma outra.

I" Páreo l.OOOm — areia— Io Onela, G. Meneses — 2" Glif. N. Souza3° Ewer-Living. 1. Quintana — Vencedor CZS 15.411 dupla CZS15.611 dupla exata CZS 74.90 — Placês CZS 6.70 CZS 3.80 Trifeta CZS703,00 tempo 106 — Páreo l.lOOm —areia variante— 1" Sylvano.M. Fontoura — 2" Guarapare, A. Vale — 3" Dólar de Ouro. F.Ferreira — Vencedor CZS 1.30 dupla CZS 3,10 dupla extra CZS 4.30placês CZS 1.10 — CZS 1.90 Trifeta CZS 39rt.ini - .?• Páreo. .l.VS m

grama encharcada — GP Gal. Couto de Magalhães (GI1) Taça deOuro — lu Anseio. L.A. Pereira — 2" Moshi. M. Lourenço — 3"Nvere Court, J. Gonçalves — 4" Oferu Bird. E. Amorim — VencedorCZS 1.60 dupla CZS 2.60 dupla exata CZS 2.S0 placês — CZS 1.2(1 CZS1.40 tempo Jm43s9 — 4" Pareô l.lOOm — areia variante — 1" SixIbera. A. Moisés — 2o Epelin. A. Matias — 3" Alei Salmak, Z.Paulinho Jr Ap. 4 — Vencedor CZS 3.IÜ dupla CZS 4.20 dupla exataCZS 8.50 places CZS 1.70 CZS 1.50 Trifeta CZS 30S.U0.j" páreo I.MIk'i — areia— 1. Kabuchom L. Duarte 2. Durazmo N.Souza — 3. Joker Jet A. Matias — Vencedor CZS 3.5Ü dupla CZS 6.10dupla exata CZS 15.70 placês CZS 1,90 CZS 1.90 trifeta CZS 337.00 -(1" Pare o l.OOOm — areia 1. Nauet S. Martins — 2. Arrow Speed F. R.Oliveira — 3. Allendario M. Lourenço — Vencedor CZS 1.60 duplaCZS 13.00 dupla exata CZS 21.60 placês CZS 1.50 CZS4.20 trifeta CZS2.593.00 — ?' páreo l.OOOm —areia — 1. Swing Gently A. Alves — 2.Full Diamond J. Garcia — 3. Juracua S. Martins — vencedor CZS14,70 dupla CZS 18.10 dupla exata CZS 1.186,60 placês CZS 5.10 CZS2.60 trifete CZS 47.178,00 — ,*• páreo UOOm - areia - 1.Demanding G. Meneses — 2. Dívida Externa M. André — 3.Majumea C. Canuto — Vencedor CZS 1.80 dupla CZS 3.70 duplaexata CZS 7.50 placê CZS 1.40 CZS 1.70 trifeta CZS 178.009" páreo lOIXtm — areia — 1. Great Jazz C. Canuto — 2. Ringlet L.Duarte — 3. Pai-Aqui N. Souza — vencedor CZS 5.803 dupla CZ$ 10dupla exata CZS 2.MHI placês CZS 4.00 CZS 2.40 trifeta CZS 885.00 Wpáreo ISOOm — areia — 1. Orba M. Lourenço — 2. Daring EmotionG. Meneses — 3. Üctor Kiss A. Chaffin ap. 1 — vencedor CZS 1.50dupla CZS 2.10 dupla exata CZS 3.60 places CZS 1.10 CZS 1.20 trifetaCZS 71,00— IP'páreo 1200m — areia— I. LaCoqueta H. Freitas —2. Ninatacci L. A. Pereira — 3. Dama Garbosa C. Ferreira ap. 4 —vencedor CZS 8.00 dupla CZS <i.60 dupla exata CZS 30.90 places CZS4.50 CZS 2.00 trifeta CZS 3.09h.0U.

MARATm

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Atenção, corredores: 22 deag-osto é o dia da Maratona

oficial do Rio de Janeiro. Umevento criado pelo Jornal do

Brasil e que é hojereconhecido nacional e

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uoramfizeram da Maratona do Rio umacontecimento único. Inigualável.E esta corrida continua linda. Tãolinda que chega a servir de exemplopara outras competições no estilo. frente da 8a Maratona do Rio, umnovo atleta: a Behta Promoções.Largando junto com você,no tempo certo.E com aquela mesma vontade defazer da Maratona do Rio a festamais bonita da cidade.

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Nem a falta de

ônibus prejudica'show'

das motos

Cláudia RamosPETRÓPOLIS— Mesmo com os ônibus cm greve, cerca

de seis mil pessoas estiveram ontem no Motódromo Imperial,em Petrópolis, e assistiram à segunda etapa do HollywoodMotocross. Foi uma festa da equipe Yamaha-Malboro, ondeteve dois dos seus pilotos, Daniel Storbeck e Jorge Negrctti,nas primeiras colocações da principal categoria, a A. Superan-do as expectativas, Storbeck deu um show de habilidadevencendo Rodney Smith. da Hollywood, ficando Negretti emterceiro, Paraibinha em quarto e Rogério Nogueira cm -Quinto.

A classificação geral, depois desta etapa, ficou maisapertada, mas Rodney Smith continua liderando, com 37pontos, seguido por Negretti, com 32, Paraibinha. 21, eStorbeck e Rogério Nogueira empatados com 20 pontos. Nacategoria N (estreantes — novatos) o vencedor foi AlexandreBernardi, filho do ex-piloto Nivanor. o Velho, seguido porSandro Palmeira Paiva é Augusto Lopes.

A Corrida— Um grande espetáculo. Essas palavrasresumem uma pequena parte do que aconteceu na segundaetapa do Hollywood, realizada ontem. Não havia favoritos, cas opiniões se dividiam entre o jovem Dany e Rodney Smith,mais conhecido entre o público brasileiro como Brazuca.Gene Fireball, outro norte-americano, da equipe Hollywood,mesmo antes da corrida não tinha ilusões. Sua moto, do anopassado, não agüentaria seguir os primeiros colocados.

Na primeira corrida, da categora B, Alexandre Bernardi,vencedor da primeira epata, largou mal, com grande desvanta-gem em relação ao seu principal rival. Sandro Paiva. Foram 25minutos mais duas voltas de emoções e Alexandre só tevecerteza de que havia ganho quando viu a bandeirinha dechegada, após levar um tombo.

Nesse momento, eu me esqueci que sou o chefe daequipe — comentou Nivanor, bicampeão do HollywoodMotocross — para ser apenas o pai. Fiquei muito nervoso. Oforte no Alexandre é que ele é um piloto regular, não cai. Porisso, quando ele largou mal, teve de sair do seu estilo e ir atrásdo primeiro colocado.

Sob um sol forte, temperatura alta. dentro e fora dapista, pilotos da categoria A (importada) começaram aesquentar os motores para entrar em cena. Bolero de Ravel aofundo, dando toque emocionante ao espetáculo, começou aprova com Dany largando na frente. Mas não durou muitoessa liderança. Já na segunda volta, o californiano Rodney oultrapassou, imprimindo bom ritmo, difícil de ser seguidopelos brasileiros, como ele previra no dia anterior. O pelotãoda frente seguiu, quase sem modificações: Rodney cm primei-ro. assediado por Dany, encostado, Negretti cm terceiromuitos segundos atrás, Paraibinha, Fireball, Nogueira eSaçaki.

A partir da 6" volta ficava cada vez mais difícil para osbrasileiros acompanharem o ritmo de Rodney, que colocavauma volta na frente do segundo pelotão. A situação pareciapraticamente definida quando, por falta de sorte, Rodneyescorregou e caiu, sendo logo ultrapassado por Dany. quecolocou 18 segundos de diferença. O máximo que Rodneyconseguiu foi diminuir a diferença para 11 segundos.

Ao final, muito champanhe, fogos e chapeuzinhos joga-dos ao público. No posto de Dany, um texano de 19 anos, acerteza de tarefa cumprida.

A pista é difícil, cheia de curvas. Nos primeirosminutos preferi não puxar muito, para não cansar — comen-tou o texano.

Stuck vence pela 5a

vez em Le Mans e tira

Boesel da liderançaLE MANS, França — O alemão Hans Stuck. fazendo

equipe com o inglês Derek Bell e o norte-americano AlHolbert. deu ontem à Porsche sua sétima vitória consecutivanas 24 Horas de Le Mans, uma das principais etapas doMundial de Resistência. Stuck e Bell lideram o Campeonatocom 74 pontos, 14 a mais do que os segundos colocados, obrasileiro Raul Boesel e o americano Eddie Cheever, daJaguar, quintos colocado ontem.

Apenas 15 dos 48 carros que largaram completaram aprova. O Porsche de Stuck/Bell/Holbert deu 354 voltas pelocircuito de 13,535 quilômetros, liderando a corrida por maisde sete horas seguidas. Os Jaguar, vencedores das quatroetapas anteriores do Mundial de Resistência, aos poucosforam abandonando a corrida, e o único a completar foi o dadupla Cheever/Boesel.

RESULTADO1. Hans Stuck (RFA)/Derek Bell (ING)/AI Holbert (EUA). Pors¬che, 354 voltas2. J. Lassig (RFA)/B. Dryer (BEL).'P. Yvor (FRA). Porsche. 3343. P. Raphael (FRA),Y. Courage (FRA)/H. Regout (FRA), Pors¬che, 3314. G. Fouche (AFG)/F. Konrad (AUS)/W. Taylor (AFG), Pors¬che, 3265. E. Cheever (EUA)/R. Boesel (BRA), Jaguar, 324

CLASSIFICAQAO1. Hans Stuck/Derek Bell 742. Eddie Cheever/Raul Boesel 603. John Watson/Jan Lamrners (Hoi) 55

EQUIPES1. Jaguar 332. Porsche-Rolhmans 743. Porsche-Kremer 35

Russo continua na

frente na F-FordCASCAVEL (PR) — A diferença de apenas 16 centési-

mos deixa clara a disputa que Renato Russo travou comDjalma Fogaça para vencer a quarta etapa do Brasileiro deFórmula Ford ontem, em Cascavel, e assumir a liderança dacompetição, com 51 pontos. Fogaça, segundo colocado,mantém esta posição, na classificação geral, com 48 pontos, Ocarioca Elio Seikel estava em terceiro quando parou comproblemas de carburação.

Resultado da prova: Renato Russo (38.11); DjalmaFogaça (38.12); Gil Ferran (38.26); João Alfredo (38.44);Marco Gehring (38.46); Milton Sperafico (38.47). Classifica-çáo: Renato Russo. 51; Djalma Fogaça, 48; Gil Ferran. 45;Augusto Cesário, 31: Milton Sperafico. 24: Jefferson Elias,21.

Vitória de Giaffone

na Stock em Goiânia

GOIÂNIA — Affonso Giaffone venceu a segunda etapado Campeonato Brasileiro de Stock Cars, ontem em Goiânia,mas o líder da competição continua sendo Ingo Hoffmann,segundo colocado ontem, na frente de Fábio Sotto Mavor, queobteve a volta mais rápida (Imin39s69). Ingo Hoffmann temagora 345 pontos, contra 335 de Fábio Sotto e 310 de ZecaGiaffone.

Resultado da prova: Affonso Giaffone (Cofap/Refricen-tro); Ingo Hoffmann (Molybras); Fábio Sotto Mayor(HG/SKF/MI); Marcos Gracia (Havoline/Texaco); Válter íra-vaglini (Blindex).

Fórmula-3 — Maurício Sala terminou a quinta etapado Campeonato Japonês de Fórmula-3 em décimo lugar e,como os pilotos que chegaram à sua frente não haviammarcado pontos nas provas anteriores, ainda assim subiu dasexta para a quinta posição na classificação geral da competi-ção. A prova foi interrompida por causa da chuva, mas nãoimpediu a vitória do americano Ross Cheever.

m Maratona —Todos os 8 mil corredores

^JV cadastrados começarão aI receber, pelo correio, a

partir de amanhã, as inseri'çôes para a Maratona do Rio, que sendisputado dia 22 de agosto, com organização da Behta Promoções e Eventosapoio do JORNAL DO BRASIL e patro-cínio de Copersucar/União, Petrobrás,Mazola e Adidas. Os não cadastradospoderão retirar, a partir de quinta-feiranas agências dos Classificados JB, afichas de inscrição. Também amanhãserá iniciado o ciclo de minissimpósio:sobre a Maratona, com palestras, a partiidas 19h, na Behta (Ladeira Ari Barroso,17, no Leme), abertas a todos os interes-sados (a entrada é franca). Falarão cprofessor César Couto (métodos de trei-namento), Sheila Wosczisk (alimentação)e Paulo Olivieri (recomendações medi-cas). Serão sorteados, entre os partiapantes. quatro pares do novo calçado d'Adidas para corridas.

Edimburgo — afinal masculina do Tornekde Edimburgo. entre o sueco Anders Jarryd e o equatoriano Andres Gomez. du-

rou apenas 18 minutos. A partida foisuspensa por causa da chuva, quando osueco vencia por 3 a 2 no primeiro sct. Afinal feminina também não foi disputada.Devido a grande quantidade de agua quecobria a quadra. Gabriela Sabatini e anorte-americana Lisa Bonder repartiramo prêmio de 12 mil dólares,âueens Club — Boris Bcckerse classificou para a final do Torneio doOueens Club, ao derrotar Tini Mayottepor 4/6, 7/6 e 6/4. Becker enfrentará oveterano Jimmv Connors. que venceu PatCasli por 7/6 e 6 4 e não consegue umtítulo desde 84.Bolonha — O sueco Kent Carls-son jogou um tênis precioso e não tevedificuldades em vencer o espanhol EmilioSanchez. por 6/2 e 6/1. na final do Tor-neio de Bolonha. Carlsson. 18 anos,embolsou a quantia de 18 mil dólares.

CCE — O capitão Mar-cos Vinhas, montando Pi-colino. foi o vencedor dasérie principal do 11 Con-curso Completo de Equita-

ção — Combinado Nacional, disputadono final de semana em A vare. São Paulo.O bicampeão brasileiro de hipismo rural.Ubiratan Campos Freire, com Anlian-guera-Urubadi, foi o primeiro colocadoda série preliminar, enquanto Mario Ban-wart/Pernambucanas Rochedo ficou coma vitória na categoria mirim.

Amistoso — A Se-leçáo Argentina de vôleimasculina venceu ontem,em Buenos Aires, a de For-mosa. por 3 a II (15/6. 15/5 e

15/8), no último amistoso preparatóriopara os Jogos Pan-Americanos de índia-nápolis.Norceca —Cuba e Canadá vence-ram ontem por 3 a 0 os quatro jogos daprimeira rodada do Norceca (TorneioNorte-Americano e do Caribe de Vôlei).O Canadá, que enfrentou o México nascategorias masculino e feminino, não de-morou a fechar os jogos por 3 a 0. omesmo acontecendo com Cuba. que ven-ceu a Guatemala no feminino e PortoRico no masculino.

Grande Prêmio— O australiano WayneGardner foi o vencedor doGrande Prêmio de Motoci-tlismo da Iugoslávia, na ca-

tegoria rnHicc. mantendo sua liderança naclassificação geral, com 73 pontos, contra56 do americano Randy Mamola. segun-do colocado na prova de ontem. Na250cc. o venezuelano Carlos Lavado foi oprimeiro, pulando para quinto na geral,encabeçada pelo alemão Reinhold Roth.terceiro ontem. O espanhol Jorge Marti-nez venceu a ÍSOcc. c continua em primei-ro no geral, O brasileiro A. Barros foi o10" colocado na categoria.

Campeã — A sele-çáo masculina de basqueteda Grécia sagrou-se ontemcampeã da Europa, ao derrotar a União Soviética nu-

ma disputada e emocionante partida, de-cidida na prorrogação. O jogo realizadono Estádio Paz e Amizade, em Atenas,chegou ao seu final no tempo normalempatado em 89. obrigando as duas equi-pes a mais 10 minutos de confronto. Porapenas 2 pontos. 103 a 101. a Grécia- jconquistou o título, demoradamente co-memorado por toda a equipe e a torcidapresente.

Tenista é

Steffi festeja 18

anos ao lado dos

vizinhos em Bruhehl

orgulho

Bruehl. Alemanha Ocidental — A festa

de aniversário da alemã Steffi Graf co-meçou uma semana antes da data de seus 18anos. A vitória sobre Martina Navratilova nafinal de Roland Garros foi o primeiro presentepor sua maioridade, completada ontem. Osoutros chegaram depois: um carro da marcaOpel e uma linda festa organizada por suacidade. Bruehl. que lhe ofereceu ainda um cãoda raça Alsatian e uma enorme raquete detênis coberta de flores.

Ela planejara uma viagem a Londres,direto de Paris, para o início imediato dotreinamento para Wimbledon. Mas não conta-va com o orgulho dos moradores de Bruehlque, através do prefeito Guenther Reffert,fizeram com que voltasse à Alemanha parauma homenagem, que levou centenas de pes-soas às ruas.

Uma das figuras mais conhecidas da cida-de, de apenas 15 mil habitantes, Peter Fissl,disse que o povo local tem que agradecer aSteffi por ter "colocado Bruehl no mapa".Atualmente, os moradores do lugar, quandoperguntados de onde são, respondem simples-mente: "Da terra de Steffi Graf."

Por incrível coincidência, Bruehl é vizinhaa Leimen. cidade do ídolo masculino do tênisalemão, Boris Becker. A curta distância entreas duas cidades, apenas 20 quilômetros, é aresponsável pela amizade de Graf e Becker

4 O ESPORTES O segunda-feira, 15/6/87 JORNAL DO BRASIL

de cidade alemãBruhel. Alemanha Ocidental — AFP

Master — Muita gen-le foi à praia, em frente aGarcia D'Ávila. para assis-tir a final do Master VideoShow de Surfe Amador,

que teve como vencedor Luís Vasconce-los (Regley/K&K). Ele derrotou Zé Ro-herto Anibal (Cantáo/Rico). aproveitan-do melhor as ondas altas, de aproximda-mente l,5m. o que é difícil em Ipanema.

Projeto Ranc —A maior estrela da nataçãofeminina brasileira. PatríciaAmorim, e o recordistabrasileiro Jorge Fernandes

estiveram presentes no lançamento doProjeto Ranc de Natação, sábado à noite,no Flamengo, incentivando os 28 atletasda categoria infantil (de 9 a 12 anos), queterão o patrocínio a partir de hoje. Otécnico Alberto Klar iniciará os treina-mentos amanhã, na piscina do Flamengo,com os nadadores de vários clubes brasi-leiros adotados pelo projeto.

Rali — Após a tercei-ra etapa do Brasileiro deRegularidade, realizada emMinas Gerais, os gaúchosGilberto Hoff e Paulo

Veeck lideram a competição com 52pontos, vinte a mais que os segundocolocados, os mineiros Eduardo Cunha eOlívia Barros. Na última prova. HoffVeeck foi a dupla vencedora, repetindo osucesso obtido na etapa anterior em Bra-sília. A segunda colocada na prova deMinas foi Cristiano Nygaard Neri Reo-lan. que ocupa a quarta colocação nogeral, com 30 pontos.

Gilson BarretoCláudia pedala

enquanto espera

a vaga no PanCláudia Tourinho não foi ainda incluída na

equipe de ciclismo do Pan-Americano. mas conti-nua treinando na esperança de garantir uma vaga.Ontem, no Leme. ela venceu a primeira etapa daCopa Itaú. competindo com homens, porque astrês adversárias que se inscreveram eram tãofracas que Cláudia terminou as 20 voltas da provacom uma vantagem sobre elas.

Foi difícil, mas Cláudia acompanhou o ritmodo segundo pelotão da prova de Masters, lutandopela segunda colocação, quando o líder, JesusCancela Breia. abriu grande vantagem até avitória. Cláudia liderou o pelotão, mas acabouchegando em sexto lugar no geral, com um tempo(32:59) que ela considerou normal, até porquenão foi muito exigida e ainda está no meio de suapreparação, ganhando velocidade.

— Para mim. foi mais uma prova e mais umdia de treino. Continuo trabalhando normalmen-te. esperando que o Comitê Olímpico Brasileirome inclua na delegação, porque a Confederaçãode Ciclismo indicou meu nome — afirma Cláudia,confiante no resultado técnico dessa temporada,quando venceu quase todas as provas seletivas.

Domingo, Cláudia Tourinho disputa novaprova (na Quinta da Boavista) contra adversáriasde melhor nível técnico e gostaria que algumdiretor técnico do COB fosse ao local para avaliarsua performance e ter condições de decidir sobresua participação no Pan.

Entre muitos presentes,desde que ela tinha apenas seis anos e ele um amais.

Nesta época, Steffi Graf já jogava tênis hátrês anos, na sala de sua casa, com umaraquete de cabo encurtado por seu pai Peter,tendo uma pilha de almofadas como rede. Dasala para as quadras do Centro de Tênis, ondeSteffi gastou muitas horas de treino, foi umarápida evolução. A superioridade da meninaGraf era tanta que seus adversários maisfreqüentes eram os meninos.

Aos 13 anos Steffi Graf tornou-se a maisjovem tenista a figurar em um ranking num-dial. Aos 15 abandonou a escola para se

dedicar apenas ao esporte e aos 16 conquistousua primeira vitória contra a supercampeãMartina Navratilova e o título do Aberto daAlemanha. Pouco mais de um ano depois ajovem alemã já ocupava a segunda colocaçãono ranking.

Sem esconder sua meta de ser a primeirado mundo. Steffi Graf já conta com sete títulosdo circuito feminino, 39 vitórias consecutivaseste ano e nenhuma derrota para uma adversá-ria mais nova. A única que chegou a ameaçarfoi a argentina Gabriela Sabatini. 11 mesesmais nova, que por três vezes teve chances devencê-la nesta temporada, sem conseguir.

3

Trindade

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Ò paulista Jorge Zarijf (99) soube tirar proveito do vento fraco para conquistar pela terceira vez o titulo brasileiro

Zarif repete vitória na classe finn

O paulista Jorge Zarif, 29. costuma dizerque a baía de Guanabara é o seu recreiobandeirante particular. Ontem à tarde, navaranda do Iate Clube do Rio de Janeiro(ICRJ), depois de se tornar o novo campeaobrasileiro de iatismo na classe Finn, cheio demotivo c alegria, repetiu a frase mais uma vez.Em 1982 e 1984. nas mesmas águas, eleconquistou o mesmo título.

O 30" Campeonato Brasileiro da classeFinn foi, antes de tudo, um confronto diretoentre as suas duas grandes estrelas — JorgeZarif e Christof Bergman. Dentro e fora daraia. No final, vitorioso (com três primeiroslugares; um segundo, e um terceiro), Zarif.que se qualificou para representar o Brasil no30" Mundial cm Kiel, Alemanha Ocidental, de20 a 27 de julho próximos, preferiu falar dosventos, deixando de lado as divergências:

— Os ventos fracos me favoreceram eprejudicaram o desempenho do Christoph. Afesta valeu. Só espero repetir o feito no ano

que vem, na eliminatória para Seul. Ao quesei, em Seul os ventos costumam ser assim,fracos... — comentava o novo campeão, la-mentando também os muitos protestos junto àComissão de Regatas durante as provas.

O carioca Christoph Bergman, 24, que naclassificação geral ficou em segundo lugar, eraum inconformismo só. Apesar de reconhecerque os ventos fracos durante as regatas oprejudicaram, o campeão brasileiro de 1983,1985 e 1986 explicava mais a sua derrota pelo"tumulto" causado por Zarif:

— Venci duas das regatas, mas numadelas fui desclassificado. Antes da largada,houve um toque do meu barco em outro.Houve protesto e eu não tinha testemunha. OZarif e o Renato Frankenthal. que é o seuproeiro na Classe Star, testemunharam contramim. Essa desclassificação foi fatal para mim.

Além disso, outra questão, a mais polêmi-ca, aconteceu na regata de sexta-feira. A

presença de Peter Tancheit, campeão brasilei-ro e sul-americano e 3" lugar no Mundial daAustrália, cm janeiro, na Classe Laser, gerouum protesto de Zarif, sob a alegação de quePeter estava com o propósito de favorecerChristoph. A Comissão acatou o protesto sobo argumento de que Peter se inscrevera forado prazo.

Eu e o Peter nos inscrevemos no mes-mo dia. É lamentável a atitude de Zarif. Essefavorecimento, antiesportivo, que ele o tempotodo pretendeu insinuar, é uma acusação debaixo nível — defendeu-se Christoph.

Peter, que de um momento para outro seviu no centro das discussões, já decidido aconciliar as Classes Laser e finn — "os calen-dários são conciliáveis" —, preferiu não co-mentar o episódio. Apenas disse:

Até o final do ano vou comprar umaembarcação Finn. Na eliminatória para Seul.estarei perfeitamente adaptado.

Regatas de ontem

Primeira— Jorge Zarif, SP— Christoph Bergman, RJ— Renato Frankenthal, SP— Renato Machado de Almeida,

Segunda— Raul Batista, RJ— Jorge Zarif, SP— Fábio Martins, RJ— Christoph Bergman, RJ

Classificação final— Jorge Zarif, SP— Christoph Bergman, RJ— Renato Frankenthal, SP— Douglas Twested, SP

SP

Sohn quer

dirigir também os juvenis

BELO HORIZONTE — O coreanoYoung Wan Sohn, novo técnico da SeleçãoBrasileira masculina adulta de vôlei, pretendeassumir também o comando da equipe juvenil,a partir do próximo ano. para realizar umtrabalho conjunto de renovação, visando prin-cipalmente ao Campeonato Mundial, em 19911,que será disputado no Brasil. Embora aindanão tenha conversado sobre a sua idéia com opresidente da Confederação Brasileira de Vô-lei, Carlos Nuzman. acredita que não teráproblema para a concretização de seu obje-tivo.

Os jogadores jovens aprendem maisrápido e assimilam com maior facilidade doque os adultos a nova filosofia de trabalho. Osmais experientes demoram mais, pois temosque mudar seus costumes, hábitos e, principal-mente, a mentalidade, o que leva mais tempo— justificou Sohn.

Segundo o coreano, trabalhando com asduas seleções, o processo de formação dejogadores, dentro dos padrões que pretende(jovens e altos) será praticamente permanen-te, com a vantagem de que ao passar para aequipe adulta, o jogador saído do juvenil jáestará familiarizado com os métodos de traba-lho e sistema de jogo implantado por Sohn.

Sohn explicou que para este ano, devidoao curto período de treinamento antes dascompetições marcadas, não poderá trabalharcom os juvenis, como deseja. Lembrou que aSeleção juvenil está .se preparando sob ocomando do técnico Ênio Figueiredo para oMundial da categoria.

O trabalho está estruturado e sendobem executado e não poderíamos modificá-loagora — comentou.

Nova Seleção — Sohn já antecipouque no ano que vem começará a formar uma'nova seleção, renovando-a em cerca de 70 a 80por cento em relação ao grupo que fracassouno Pré-Olímpico. Para que isso seja possível,vai iniciar o mais rápido possível ampla obser-vação de jogadores jovens em todo o país.Pretende observar até os infantis, para desço-brir garotos altos e que tenham potencial paraserem trabalhados tecnicamente.

Uma posiçáo que receberá atenção espe-ciai c a de levantador. Sohn pretende alterar oatual quadro do vôlei brasileiro, em que oslevantadores são geralmente atletas baixos.Mais uma vez ele espera conseguir conciliartalento e altura.

No vôlei mundial, esta história de todolevantador ser baixo já acabou. Vamos mudaraqui no Brasil também. Quando o levantadorchegar à rede ele tem de ter condições parabloquear e até para atacar, embora o principalseja conseguir que ele faça um bom trabalhode bloqueio — afirmou.

De acordo com o esquema traçado pelaCBV, a prioridade do trabalho de renovaçãoentregue a Young Wan Sohn é o Mundial de1990, mas o coreano destaca também a impor-tância dos Jogos Olímpicos, ano que vem,quando espera ter condições de levar um timeque servirá como base para o Mundial, doisunos depois.

A Olimpíada servirá para testar o futu-ro desta nova equipe que vamos montar —comentou.

O treinador explicou que a escolha deCarlos Eduardo Guilherme, o Pacomc, paraauxiliar-técnico é pelo longo conhecimentoque ele tem de seu trabalho. Ressaltou que oentendimento entre eles é muito fácil. Disseque poderia ter optado por Luiz Eymard, seuauxiliar no Fiat Minas, mas afirmou que oclube ficaria prejudicado com a saída dos doisao mesmo tempo. Manifestou ainda desejo deentrar em contato com o maior número detécnicos para ampliar seu conhecimento sobreos treinadores brasileiros e trocar experiênciasque considera importantes para o desenvolvi-mento de seu trabalho

Gilson Barreto

Com um toque sutil, Bernard vence o bloqueio do Tijuca, na vitória tranqüila de 3 a ()

Flamengo ainda não perdeu um set

O Flamengo, que formou sua equipe devôlei há menos de um mês, será o campeão daTaça Rio de Janeiro, primeira fase do Cam-peonato Estadual, se derrotar o Canto do Rioamanhã, em Niterói, garantindo uma das va-gas para o Campeonato Brasileiro. Ontem, oFlamengo derrotou o Tijuca, por 3 a 0, econtinua sem perder set na competição, emquatro jogos.

O técnico Enio Figueiredo está satisfeito,mas ainda busca melhorar e variar as jogadas

de ataque, para o Festival de Londrina (de 21a 28 deste mês), onde o Flamengo enfrentaBanespa, Frangosul, Sadia e Grêmio de Lon-drina. Os parciais na vitória sobre o Tijucaforam de 15/6, 15/5 e 15/7.

Como o Tijuca estreara no CampeonatoMunicipal com uma vitória de 3 a 0 sobre oBotafogo, na véspera, havia grande expectati-va entre os torcedores sobre a possibilidade denova vitória ontem na Gávea. Até que apartida começou equilibrada, mas o Flamengo

foi superior depois do quinto ponto e nãodiminuiu o ritmo mesmo depois que perdeuMarcos Vinícius, com luxação no dedo mínimoda mão esquerda.

— Acho que o Flamengo foi melhor evenceu bem. Espero que não tenha acontecidonada de muito grave com o Marcos Vinícius,jogador muito importante para nosso esquema— garantiu o técnico Ênio. reconhecendo queno Festival os adversários são de maior nível eexigirão mais de sua equipe.

Esporte e saúde

Aeróbicos e controle do peso

Lurdes Aparecida de Azevedo, leitora de

Brasília, referindo-se como uma senhorade 56 anos com excesso de peso. entusiasmou-seao ler uma entrevista com Dr. Cooper e resol-veu começar a praticar exercícios aeróbicos.Antes, porém, gostaria de saber "quanto depeso poderia perder com a prática de exercíciosaeróbicos".

Para que alguém possa diminuir de peso àcusta de redução do percentual de gordura enão apenas à custa de desidratação, é precisoque ocorra um balanço calórico negativo. Tra-duzindo. compararia um balanço calórico comum extrato bancário em que se tenha quatrocolunas: a primeira, de depósitos, que eqüivale,para fins de raciocínio, à coluna de quota deingestão de calorias provenientes da alimenta-ção. A segunda, de retiradas, que eqüivale àcoluna de quota de gasto calórico para a manu-tenção das funções vitais e atendimento àsnecessidades do organismo durante as ativida-des físicas. A terceira coluna seria a do saldo daconta "depósitos — retiradas" e, em funçãodeste resultado, o conteúdo da quarta coluna,que expressaria o comportamento do capital e.comparativamente, o comportamento do pesocorporal. Assim, o peso estaria se mantendoestável, caso os depósitos fossem iguais ásretiradas; tendendo a aumentar caso os "depó-sitos" fossem maiores que as "retiradas" (saldo

calórico positivo) ou tendendo a diminuir casoas "retiradas" fossem maiores que os "depósi-tos" (saldo calórico negativo).

Saiba que existem basicamente três manei-ras de se produzir um saldo calórico negativo e.conseqüentemente, de se reduzir o peso corpo-ral: a primeira seria diminuir apenas a quota deingestão calórica submetendo-se a uma dietahipocalórica. A segunda seria, sem interferir naquota de ingestão calórica, mantê-la constante,porém aumentando a quota de gasto calóricoatravés de um aumento de atividade física,como, por exemplo, praticando exercícios. Aterceira seria a resultante da associação entreuma redução não tão grande da quota deingestão calórica com um aumento não tãosignificativo da carga de atividade física.

Como a primeira estratégia de utilização dedieta apenas, além de envolver um maior sacri-fício, pode fazer com que, além da redução dopercentual de gordura corporal, ocorra tabémredução do peso à custa da diminuição dachamada "massa magra" , que inclui os múscu-los, diria que você está fazendo uma opçãocorreta ao decidir praticar exercícios aeróbicos.

Para que pudesse responder-lhe precisa-mente quanto de peso você poderá vir a perdercom a prática de exercícios, teria que ter asseguintes informações: I) Quais os seus hábitosalimentares e qual a sua quota de ingestão

calórica diária atual; 2) Qual o nível atual da suacapacidade aeróbica. A primeira seria obtidaatravés de um inquérito alimentar e a segunda,através do resultado de um teste ergométrico.Este dado é importante, pois a sua capacidadede queima de calorias é diretamente proporcio-nal à sua capacidade aeróbica. Por estas razões,recomendo que consulte um profissional daárea de nutrição e submeta-se a um testeergométrico."

Sejam quais forem estas informações, entre-tanto, recomendo que não perca mais quequatro quilos por mês.

Como este assunto merece maior atenção eexistem hoje vários tipos de dietas e programascom a proposta de reduzir o peso. o CENTROAERÓBICO organizou um curso específicopara os que estejam interessados em saber maissobre o assunto e alcançar um resultado objeti-vo sem se exporem a riscos. O primeiro cursoacontecerá nos dias 17. 19 e 21 de agostopróximo e terá apenas 20 vagas. I odos recebe-rão um programa individual de orientação nu-tricional. As matrículas já estão abertas.

I)r. Paulo PegadoEndereço para corresondència:

Centro Aerobico do BrasilMedicina do Exercício

Rua Martins Ferreira, 40 — Tel• (021) 286-7796.

segunda-feira, 15/6/87 O ESPORTES O 5

Teste 861

0 FLAMENGO/RJ X FLUMINENSE/RJ

MARACANÃFLAMENGO17.05 — 0x0 Vasco — N21.05 — 0x1 Bangu — N24.05 — 3x2 Olaria — N29.05 — 3x0 Sei. Gabáo — F31.05 — 2x0 Afrlcan Sports — N06.06 — 0x1 Porto — N08.06 — 1x0 Sei. Argólia — F14.06 — 1x0 Goytacaz — CCOTAÇÕES: COL 1 (30%| COL X (40rí) COL 2 (30%)

FLUMINENSE16.05 — 1x1 Botafogo — N24.05 — 0x0 Sei. Japão — F26.05 — 1x1 Torino — N28.05 — 7x0 Sol. Senegal — N31.05 — 2x0 Torino — N07.06 — 1x1 Sei. Ariquemes — F09.06 — 1x1 Ferroviário — F14.06 — 2x0 Mesquita — C

CRUZEIRO/MG X FABRIL/MGMINEIRÀO

CRUZEIRO16.05 — 0x0 Vila Nova — C24.05 — 1x0 Nacional — C28.05 — 0x0 Rio Branco — F31.05 — 1x0 Caldense — F03.06 — 2x0 Atl. 3 Corações — C07.06 — 0x1 Democrata'SL — F14.06 — 1x0 América — N

FABRIL17.05 — 0x0 Atlélico — C24.05 — 0x0 Democrata SL — F27 05 — 1x1 Caldenso — C31.05 — 0x2 Nacional — F03.06 — 0x1 Esportivo — C07.06 — 0x2 Uberlândia — F14.06 — 0x1 Tupi — F

COTAÇÕES: COL l (70%) COL X (20%) COL 2 (I0r?)

GJCALDENSE/MG X ATLETICO/MG

POÇOS DÈ CALDASATLÉTICOCALDENSE17.05 — 0x1 Nacional — F

24.05 — 2x2 Tupi — C27.05 — 1x1 Fabril — F31.05 — 0x1 Cruzeiro — C03.06 — 2x1 Rio Branco — F07.06 — 1x0 América — F14.06 — 1x1 Uberlândia — C

17.05 — 0x0 Fabril — F24.05 — 0x0 Democrata GV — C27.05 — 1x1 Atl. 3 Corações — F31.05 — 1x1 Uberaba — C03.06 — 0x0 Vila Nova — C07.06 — 1x0 Esportivo — F14.06 — 1x1 Valeriodoce — C

COTAÇÕES: COL 1 (20%) COL X (20%) CO.L 2 (60%)

DEMOCRATA GV/MG X AMERICA/MGGOV. VALADARES

DEMOCRATA/GV17.05 — 1x0 Democrata SL — C24.05 — 0x0 Atlético — F27.05 — 2x0 Valeriodoce — C31.05 — 0x0 Esportivo — F03.06 — 2x1 Uberlândia — C07.06 — 0x0 Uberaba — F09.06 — 0x0 Nacional — F

AMERICA17.05 — 1x1 Valeriodoce — C24.05 — 0x1 Esportivo — F27.05 — 0x0 Democrata SL — C31.05 — 2x0 Tupi — F03.06 — 0x0 Nacional — C07.06 — 0x1 Caldense — C14.06 — 0x1 Cruzeiro — N

COTAÇÕES: COL. I (30^) COL X I4nrí] COL 2 (30% |

rr* goias/go x goiânia/goIkEJ SERRA DOURADAGOIÁS03.05 — 0x0 CRAC — F06.05 — 3x1 Anapolina — C17.05 — 3x2 Itumbiara — F24.05 — 1x2 Atlélico — N31.05 — 0x1 Santa Helena — F07.06 — 2x2 Anápolis — C14.06 — 2x0 Vila Nova — NCOTAÇÕES: COL I (40%) COL X (30%) COL 2 (30%)

GOIANIA10.05 — 0x1 Vila Nova — N13.05 — 0x2 Santa Helena —24.05 — 0x0 Ceres — F31.05 — 0x0 Atlético — N03.06 — 1x1 Rio Verde — C14.06 — 2x0 CRAC — F

[DCRICIUMA/SC X FERROVIARIO/SC

CRICIÚMACRICIÚMA2005 — 0x1 Ferroviário — F24.05 — 2x1 Paissandu — C27.05 — 0x0 Inter — C30 05 — 2x0 Avai — C03.06 — 0x0 Marcilio Dias — F07.06 — 3x0 Próspera — C10.06 — 1x0 Hercilio Luz — C14.06 — 0x2 Joinville — F

FERROVIÁRIO20.05 — 1x0 Criciúma — C2-1 05 — 0x5 Avai — F27.05 — 0x2 Chapecoense — F31 05 — 2x2 Joinville — C03 06 — 1x1 Inter — F07.06 — 0x1 Hercilio Lus — C10.06 — 1x1 Marcilio Dias — C14.06 — 0x1 Paissandu — F

COTAÇÕES: COL. I (50%) COL X (30%) COL 2 (20%)

? FLUMINENSE/BA X BAHIA/BA

FEIRA DE SANTANAFLUMINENSE BAHIA22.04 — 0x0 Vitória — 13.05 — 0x0 Itabuna — F26.04 — 1x2 Bahia — 17.05 — 2x2 Catuense — C03.05 — 1x4 Catuense — 20 05 — 2x1 Serrano — C27.05 — 1x1 Botafogo — 24 05 — 1x0 Itabuna — C03.06 — 1x0 Galicia — 31.05 — 3x2 Bahia Feira — F07.06 — 2x0 Vitória — C14.06 — 0x0 Catuense — C 07.06 — 2x0 Ipiranga -

14.06 — 3x0 Galicia -COTAÇÕES: COL I (30%) COL X (30%) COL 2 (40%)

CEARÁ/CE X FERROVIARIO/CEFORTALEZA

CEARA19.04 — 1x2 Ferroviário — N26.04 — 0x0 Fortaleza — N10.05 — 4x0 Tiradentes — N20.05 — 3x0 Quixadá — C31.05 — 6x1 América — N07.06 — 2x0 Guarani (Sobral) — F14.06 — 4x0 Icasa — F

FERROVIÁRIO22.04 — 0x1 Tiradentes — N03.05 — 3x0 América — N17.05 — 1x1 Calouros do Ar — N27.05 — 5x2 Icasa — C03.06 — 0x0 Tiradentes — C07.06 — 2x1 Guarani (Juazeiro) — F14.06 — 1x0 Fortaleza — N

COTAÇÕES: COL. I (40%) COL X (30%) COL 2 (30%)

TREZE/PB X BOTAFOGO/PBCAMPINA GRANDE

TREZE10.05 — 1x0 Santa Cruz — F13 05 — 1x0 Nacional (Patos) — (17.05 — 2x0 Esporte (Patos) — F20.05 — 2x1 Nacional (Cabedelo) •31.05 — 1x0 Guarabira — C07.06 — 0x0 Auto Esporte — C

BOTAFOGO10.05 — 1x0 Nacional (Patos) — F13.05 — 2x1 Esporte (Patos) — F24.05 — 1x2 Santa Cruz — C27.05 — 1x0 Nacional (Cabedelo) — C31.05 — 3x0 Santos — N07.06 — 2x0 Campinense — C14.06 — 1x0 Guarabira — C

COTAÇÕES: COL l (30%) COL X (30%) COL 2 (40%)SÀO BENTO/SP X SÃO PAULO SP

SOROCABAS. PAULO24.05 — 0x0 Juventus — C26.05 — 1x2 Noroeste — F28.05 — 0x0 S Bento — C30 05 — 2x2 Nápolis — F31.05 — 0x0 Mogi Mirim — C01.06 — 2x2 Guarani — C06.06 — 0x2 Juventus — N10.06 — 4x0 S Andro — F

COl X (30%) COL 2 (40%)

E3S. BENTO13.05 — 0x2 Ferroviária — F17.05 — 0x0 Bandeirante — F24.05 — 0x0 Guarani — C28.05 — 0x0 S.Paulo — F31 05 — 2x1 XV de Piracicaba07.06 — 0x0 Botatogo — C10.06 — 1x1 Palmeiras — FCOTAÇÕES: COL l (30' r)

ElJUVENTUS/SP X PONTE PRETA SP

RUA JAVARIJUVENTUS17.05 — 0x0 América — F24.05 — 0x0 S. Paulo — F27.05 — 1x1 Mogi Mirim — C31.05 — 0x0 Bandeirante — F03.06 — 0x2 P. Desportos — F06.06 — 2x0 S. Paulo — N10.06 — 3x0 América — C14.06 — 3x3 Botafogo — F

P. PRETA13.05 — 1x1 Noroeste — C17.05 — 1x0 Novorizontino — F24 05 — 1x1 XV de Jau — C27 05 — 0x3 Corintians — F31.05 — 0x1 America — C07 06 — 0x0 XV de Piracicaba — F1006 — 1x1 Botafogo — C

COTAÇÕES: COL I (40%) COL X(30%) COL 2 (30%)

EUSANTOS/SP X P. DESPORTOS/SP

PACAEMBUP. DESPORTOSSANTOS14.05 — 0x0 Novorizontino — F

17.05 — 1x3 Noroeste — F21.05 — 1x0 Guraram — C24.05 — 4x0 Ferroviaria — C31.05 — 2x0 Novorizontino — C07.06 — 0x2 Corintians — F10.06 — 1x0 Inter — C14.06 — 3x0 América — FCOTAÇÕES: COL. 1(40%) COL X (30%) COL 2(30%)

20.05 — 0x0 Corumbaense — F24 05 — 1x3 Inter — C27.05 — 2x2 America — C31.05 — 4x1 Palmeiras — N03 06 — 2x0 Juventus — C07.06 — 0x0 Novorizontino — F10.06 — 2x0 XV de Piracicaba — C14.06 — 0x0 Ferroviária — F

PALMEIRAS SP X CORINTIANS SPMORUMBI

CORÍNTIANS17 05 — 0x1 XV de Piracicaba — F21 05 — 2x2 XV de Jau — C24.05 — 0x1 Mogi Mirim — F27 05 — 3x0 P Preta — C31.05 — 1x0 Inter — F07 06 — 2x0 Santos — C10 06 — 1x1 XV de Jau — F

LL2PALMEIRAS10.05 — 0x0 P Preta — F13.05 — 1x0 Mogi Mirim — C17.05 — 1x0 Botafogo — C24.05 — 1x1 S André — F31.05 — 1x4 P Desportos — N07 06 — 1x1 Mogi Mirim — F10.06 — 1x1 Sâo Bento — C

COTAÇÕES. COL l (30%) COL X (40^ > COL 2 (30% I

Teste 860*1 Palmeiras/SP Bandeirantes/SP~2

Am6rica/SP Santos-SP 3 ¦*3 Ponte PretaSP Corintlans-SP

Ferroviaria-'SP p Desportos SP O| Fluminense RJ MesquitaRJ o¦ Flamengo/RJ GoytacazRJ OBotafogo/RJ Bangu RJ 3 ¦

§| Joinville/SC Crtciuma SC 0| Goias/GO Vila Nova GO o

10 | BahiaBA GaliciaBA o11 FortalezaCE Ferroviaria CE 1 B12 Atl6tico/MG Valeriodoce MG 113 | Cruzeiro MG America MG O* sorteioPrêmio: CZS 10 milhões 12 mil 664.01

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;* X Ii'-„. — Esse garoto joga tão bem quanto£*'o pai.íx'': A afirmação é de Eduardo que, como:;• a pequena torcida do Fluminense presen-;>• te ontem à tarde nas Laranjeiras, ficou>í impressionado com o futebol jogado por>; Alexandre Torres. Foi, sem exagero,£:;üma das mais perfeitas atuações indivi->' duais deste pobre Campeonato Estadual.y' Destruiu todos os ataques do Mesquita,

que não foram poucos, deu lençol e ainda;«: saiu do campo como herói, após marcar;.;¦ Os dois gols da vitória — 2 a Ü — que¦\.'. garantiu a presença do Fluminense no

quadrangular do terceiro turno,y,'. — Alexandre mostrou que, além de; ser grande jogador, possui forte persona-Validade. Soube superar todas aquelas críti-

cas que fizeram a ele na ópoca do Cam-peonato Brasileiro, além de conseguir"" anular de vez o estigma de "filho docapitão". Ele c simplesmente AlexandreTorres — vibrava, sentado nas arquiban-' cadas, Carlos Alberto Torres, pai do

j zagueiroTorres sentiu pela primeira vez a

.; sensação de ídolo Mal o jogo terminou,; foi cercado pelos repórteres, sem contar• com a enorme quantidade de crianças

que disputavam avidamente sua camisa.Sorriso tímido. Torres tentava de todas asformas evitar qualquer tipo de compara-

j ção com o pai:Ele é incomparável. Devo muitos

i ensinamentos a ele Depois de um início

de carreira conturbado, precisei muito dasua ajuda. Faltava apenas um jogo assimpara me firmar — exultava Alexandre.

Salvação — Foi uma sorte para oFluminense Torres ter marcado os seusprimeiros gols como profissional. O timenão estava bem com o ataque formadopor Alberto, Assis, Washington e Tatodesperdiçando a maioria das jogadas. Noentanto, era dia de Torres. Logo aos doisminutos, fez duas embaixadas dentro daárea adversária e, surpreendentemente,chutou de virada. Um belo gol.

No segundo tempo, no momento emque o Mesquita dominava, o artilheiroTorres escorou corner cobrado por Tatoe fez o segundo gol. Era a consagração.Por pouco, não fez o terceiro, minutosdepois. Só que não havia necessidade.Torres já tinha dado sua contribuiçãodecisiva para a vitória. Entusiasmado,um torcedor do Fluminense, declarou:

— E o velho ditado. Filho depeixe...

2

Fluminense — Pauio vitor, aí-do. Vica, Torres e Carlinhos; Jandir.Leomir e Assis (Zé Maria); Alberto, Wa-shington e Tato (Paulinho)Técnico — Carbone

Gomes

Mesquita — Ricardo, Vanderlei,Lazinho. Joel e Valdir; Manicora, Dela-cir e Denílson; Peninha (Mareei), Loyo-la e Esquerdinha (João Luiz)Técnico — AnaniasLocal — Laranjeiras Renda — CZ$ 145 mil 200Público — 1 mil 790 pagantes Jui« — AloisioViutf Cartão Amarelo — Lazinho e Leomir Gols— No primeiro tempo, Torres, aos dois minu-tos; no segundo tempo, Torres, aos 23 mi-nutos.

Três estrelas para umPaulo Vítor Na única vez em que foiexigido falhou deu uma saída errada degol. ?Aldo Iranqüilo. mostrou que aospoucos recupera a antiga forma. Poderiater explorado com mais regularidade asjogadas de ataque ?Vica Não tão bem quanto Torres, massoube imput sua presença na defesa.Valeu pela liderança. ?Torres — Perfeito. Ganhou todas nadefesa, mostrou técnica em muitas opor-tunidades e coroou sua atuação com osgols. ???Carlinhos — Limitado, ficou restrito àdefesa e quase não apareceu nas jogadasofensivas. Precisa mostrar mais futebol,caso queira ser contratado em definitivono fim do ano. ?Jandir— Ainda está longe de sua melhorforma física. Foi importante na marca-ção. mas. como todo time do Fluminen-se, preocupou-se demais com a defesa. ?

Leomir — Boa partida. Armou bonsataques, além de arriscar alguns lança-mentos. ??Assis — Em algumas oportunidades,acertou as tabelas com Washington. En-tretanto. está muito lento. Precisa chutarmaii em gol. ?Alberto— Muita correria, pouca objeti-vidade (•)Washington—Teve o mérito de não ficarisolado na área do Mesquita, voltandopara buscar jogo. Sem brilho. ?Tato — Abusou do individualismo. E oque é pior: perdeu quase todas. (•)Zé Maria — Jogou pouco tempo.Paulinho — Entrou, e fez o mesmo queTato. ou seja. nada. (•)

• No Mesquita, destacaram-se oslaterais Valdir e Vanderlei, além domeio-campo Manicera. 0 pastor Loyolaesteve muito mal. Denílson. recém-saídodas categorias inferiores, mostrou habili-dade Nada além disso

1 %!$£Tato é mais rápido, mas Lazinho o segura. Evita o drible, mas ganha cartão amarelo

TAÇA RIOVasco (40 pontos), Bangu (38),

Flamengo (34 e mais dois jogos arealizar pelo segundo turno) e Flumi-nense (31, com ainda quatro jogos pelafrente) são os clubes classificados paradisputar o terceiro turno do Campeo-nato Estadual. Eles jogarão entre si eserá campeão do terceiro turno aqueleque somar maior número de pontosganhos no quadrangular.Para o quarto e decisivo turno doCampeonato, já estão classificados oVasco (campeão da Taça Guanabara,primeiro turno) e o Bangu (campeão daTaça Rio, segundo turno). Se um dosdois ganhar tamWm o terceiro turno,terá um ponto de vantagem sobre ooutro nos jogos finais. Se o vencedordo terceiro turno for Flamengo ouFluminense, o titulo será decidido numtriangular, junto com Vasco c Bangu,sem vantagem para ninguém.

OntemFluminense 2x0 Mesquita

Flamengo 1 x 0 GoitacásBangu 3 x 1 Botafogo

Campo Grande 0 x 1 CabofrienseAmericano 1 x 0 Porto Alegre

Próximos jogosQuinta-feiraCabolnense x Fluminense Cabo Fno. 21 horasFlamengo x Campo Grande ... Caio Martins. 15h15minDomingoFlamengo x Fluminense Maracanã. 17 horasDia 24Fluminense x Portugueses Laranjeiras. 15h30minDia 28Fluminense x América Maracanã. 17 horas

ClassificaçãoPG BP GCTPG

— Bangu 23 13 10 21 4 38— Vasco 20 13 29 7 40Flamengo 18 11 17 7 34

— Americano 15 13 13 10 30— Fluminense 12 4 31

Goitacas 12 13 13 12 29America 12 12 13 10 22Cabofnense 12 12 12 19 20

9 _ Porto Alegre.... 1 13 1 11 20Botafogo 11 13 11 18Olaria 1 13 10 14 20

12 — Mesquita 13 21 1613 — Campo Grande. 12 10 17 1714 — Portuguesa 12 10 29 9

Vasco derrota

Benfica e vai

enfrentar RomaNOVA JÉRSEI, EUA — Basta-

ram ao Vasco dois bons momentos napartida — não mais do que quinzeminutos no total — para derrotar oBenfica, bicampeâo de Portugal, por 3a 0, na sua segunda partida nos Esta-dos Unidos (na primeira, goleou oAmérica do México por 5 a 0). SemRoberto e desfalcado do ímpeto deRomário, que visivelmente evitou asjogadas ríspidas para se apresentarinteiro à Seleção Brasileira, o Vascousou sua arma preferida, o contra-ataque, prejudicado pelas péssimascondições do campo, originalmentedestinado ao beisebol.

O primeiro gol, aos 20 minutos doprimeiro tempo, surgiu de uma tabelarápida entre Mauricinho e Tita peladireita. Tita cruzou para a área eVivinho completou. Com a vantagem,o VascQ recuou e deu campo ao Benfi-ca, que, no entanto, não esteve bem nafase inicial. O segundo tempo foi dife-rente. O Benfica voltou mais ousado epressionou muito. Teve até duas chan-ces para empatar, mas Geovani c Acá-cio salvaram.

Nos minutos finais, o Vasco avan-çou um pouco e definiu o jogo. Mauri-cinho, pela esquerda, fez o segundo,depois de uma tabela rápida com Ro-mário. No último minuto, Tita comple-tou passe perfeito de Mauricinho. NoBenfica, o destaque foi Carlos Manoel.Elzo, que estreou oficialmente, nãoesteve bem, exceto em dois chutes delonge. O Vasco, que enfrentará o Ro-ma quarta-feira, em Los Angeles, ven-ceu com Acácio, Paulo Roberto, Mo-roni, Donatoe Pedrinho; Dunga, Geo-vani e Tita; Mauricinho, Romário(Henrique) e Vivinho. O Benfica jo-gou com Bento, Veloso. Dito (CésarBrito), Edmundo e Álvaro; Elzo(Shell), Carlos Manoel e Nunes (JoséLuís); Diamantino (Tueba), Manika eVando.

Seleção tira

3o em Toulon

sem levar gol

Antonio Maria FilhoTOULON — A Seleção Brasileira

de Novos despediu-se do Torneio deToulon com uma boa vitória de 1 a üsobre a União Soviética e, com esseresultado, acabou em terceiro lugar. Nãosó os jogadores, mas também o público eos organizadores lamentaram a falta desorte da equipe brasileira, que não per-deu para ninguém, não sofreu um golsequer e, mesmo assim, não checou àfinal.

A campeã foi a França, que na parti-da principal de ontem, no Estádio Mayol,venceu a Bulgária na decisão por pênaltis(9 a S). depois de um tempo regulamen-tar que terminou empatado em 1 a 1 e deuma prorrogação de 30 minutos em quenão houve gol. Mais uma vez. como emtantos outros torneios internacionais, adecisão por pênaltis não fez justiça aofutebol apresentado: a Bulgária foi amelhor equipe na maior parte do jogo.

Na primeira série de pênaltis (cincopara cada cada lado) também houveempate: 4 a 4. Depois, com cobrançasalternadas, todos os jogadores tiveramque bater, terminando com os goleiros.Terminada a competição, houve distri-buiçâo de prêmios. O meio-campo fran-cês David Ginola. considerado pela im-prensa de seu país o substituto de MichelPlatini na Seleção e no coração da torci-da. foi escolhido como o melhor jogadorda competição.

O Brasil também esteve bem repre-sentado na premi ação; Tafarel, do Interde Porto Alegre, foi eleito o melhorgoleiro do torneio, depois de cumpriratuações que já o colocam entre os me-lhores goleiros do Brasil. O futebol maiselegante também foi apresentado por umbrasileiro, o zagueiro André, que rece-beu seu prêmio.

Bismarck — O jovem ponta-esquerda do Vasco, Bismarck, de 17anos, não foi premiado mas tambémbrilhou intensamente, merecendo no fimos maiores elogios do técnico René Si-móes, que o aponta como um dos grandesjogadores brasileiros do futuro. De fato,Bismarck foi, ao lado de Tafarel, o desta-que brasileiro em Toulon.

No jogo de ontem, ele constituiu ofator de desequilíbrio, com jogadas decategoria que mereceram aplausos datorcida e que marcaram sua principalcaracterística: a arrancada com a bola nopé, para cima do adversário e sempre emdireção ao gol. Uma dessas, jogadas quese sucederam com freqüência, teve desti-no certo: aos seis minutos do segundotempo. Bismarck pegou a bola no meio-campo, partiu com ela, passou por trêsadversários e, na entrada da área. trocoude pé, chutando com o direito e enganan-do o goleiro Kalilauskas.

O juiz foi o italiano Túlio Lanese.Brasil: Tafarel, Vanderlei. Sandro, An-dré e Mazinho; César Sampaio, Dacroch(Gérson Caçapa) e João Santos: Alcindo.Marquinhos (Tato) e Bismarck. UniãoSoviética — Kalilauskas. Chaugunov,Bedny. Gerashenko e Mushtruev; ha-nauskas, Kopelev e Revishvilik; Gushin(Mahamadiev), Masalitin e Piatnivski.

FIM DA

CALVÍCIENão é cirurgia.Não é transplante.Não é tratamento.

FISZPAN

R. 7 de Setembro, 88 s lojaAv. Copacabana, 836 s loja

Flamengo vence mas perde

logo a esperança

Roberto Prado

As esperanças do Flamengo — preci-sava que o Botafogo tirasse pelo menosum ponto do Bangu e o colocasse de novona luta pelo título — duraram 28 minu-tos, ontem, no seu jogo.com o Goitacás.Ouando os alto-falantes do Caio Martinsanunciaram o terceiro gol do Bangu. noMaracanã, ninguém mais se esforçou. Osjogadores caíram de rendimento, o técni-co Antônio Lopes parou de gritar e apartida se transformou numa verdadeirapelada. O Flamengo venceu por 1 a 0.mas perdeu o tricampeonato da TaçaRio.

O Flamengo entrou em campo commuita vontade. Do banco de reservas,Lopes pedia marcação sob pressão. Ogol. no entanto, não saía, e a irritação e o

- nervosismo aumentavam na medida emque o Bangu fazia seus gols. Aos 32minutos, Jorginho fez boa jogada peladireita e deu para Kita, que chutou fortee fez I a ü.

Houve ainda um rápido momento dealegria para os que estavam no banco dereservas do Flamengo: um torcedor resol-veu se divertir e passou a espalhar boatosdizendo que o Botafogo havia feito osegundo gol e estava prestes a empatar.A mentira, entretanto, foi logo descobcr-ta e o silêncio voltou a imperar. Nosegundo tempo, já certo de que nãovaleria mais o esforço, o Flamengo che-gou até a ser dominado pelo Goitacás,que não empatou por puro azar dos seusatacantes.

Lopes.

Flamengo Zé Carlos, Jorg-i-nho, Leandro, Mozer o Adalberto; An-drade, AÍUon (Zinho) e Bebeto; Renato,Kita e Marquinho. Técnico — Antônio

0

Goitacás Jorge Luíh (Cláu-dio), Zé Paulo, Amaral. Paulo Roberto eValtair; Haroldo, Zé e Luís Alberto; Fa-zoli (Bel), Paulinho e Cosme.Técnico — Antônio Leoni.Local — Caio Martins. Juia — Aloisio Felisber-to da Silva. Renda — CZ$ 263 mil 900. Público— 3 mil 238. Gol — Kita. aos 32 minutos doprimeiro tempo. Preliminar de Juniores — Fia-mengo 0x2 Goitacás.

Ataque, pontofraco do time

Zé Carlos — Seguro nas saídas do gol.Mostrou, mais uma vez, que é um dosmelhores da posição (??).Jorginho — Ainda não conseguiu umbom entrosamento com Renato. Ontem,também ficou preocupado em se poupar.Evitou as divididas e conseguiu seu objc-tivo: se apresentar hoje inteiro à Seleção(?)•Leandro — A mesma habilidade de sem-pre, mas lento na recuperação (?).Mozer— O melhor zagueiro. Na hora dapressão do Goitacás, foi quem mais apa-rcccu (??).Adalberto — Bem na marcação, maspouco eficiente 110 apoio ao ataque. An-dou se atrapalhando com Marquinho(*)•Andrade — E o ponto de equilíbrio domeio-campo do Flamengo. Joga simples,mas com eficiência (??).Aílton — Mais uma vez não teve boa

atuação. No jogo de domingo, deve sairpara a entrada de Zico (•).Bebeto — Não ter sido chamado para aSeleção foi um baque muito grande paraele. Não apareceu no jogo (•).Renato — Não ganhou uma única dividi-da com seu marcador. Está lento e semreflexo. Não é nem de longe o Renatoque jogava no Grêmio (•).Kita — O Flamengo já está acertando acontratação de outro centroavante. Kita,mais uma vez, deixou a desejar. Fez ogol, mas passou o jogo inteiro dandotrombadas, pisando na bola e fazendojogadas bisonhas (?).Marquinho — O futebol de sempre: in-cansável na luta pela posse da bola.Ontem, porém, se preocupou mais-emtrocar pontapés com seu marcador doque produzir para o time (?).Zinho— Entrou na ponta-esquerda, masnão acrescentou nada ao apático time doFlamengo (•).

No time do Goitacás, os destaquesforam o ponta-esquerda Cosme e o meia-esquerda Luís Alberto.

Zico — No intervalo do jogo de ontema diretoria do Flamengo, já certa de queo Bangu conquistaria o título da TaçaRio, se reuniu num canto e decidiu que avolta de Zico será domingo, com o Flumi-nense, no Caio Martins, às 11 horas. Ovice-presidente Gilberto Cardoso Filhoacha que essa é a única maneira deganhar algum dinheiro com a partida. Ojogo será televisado. A confirmação, noentanto, depende da concordância doFluminense.

Contratações — o técnico An-tônio Lopes quer esperar o fim da partici-paçáo do Flamengo no Campeonato Es-tadual — ainda faltam os jogos com oFluminense e Campo Grande — parafalar cm reforços, mas o centroavanteNunes é o primeiro nome da lista, segui-do pelo ex-jogador do clube. Júnior. Oboliviano Melgar, contratado por em-préstimo, deve chegar amanhã. O técnicoAntônio Lopes não o conhece.

André Câmara

JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro — Segunda-feira, 15 de junho de 1987

Isa urinha,

música e lágrimas

José Carlos Brasil

Reclusa em sua casa, a "personalíssima"

revive antigas glórias no novo discoArquivo

Rosangela Petta

"Eu era mesmode mim"

gosiosa", ela diz ^^s^qwes^^c^etenho

¦ Il'ShnMiBlHi

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OPUECONM

CINEMA NO B

JORNAL DO BRASIL

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lYGtA BOJUNGR NUNES

ADAPTAÇÃO £ DIREÇÃO

EWERTON DE CASTRO

ITEMRO NEISON RODRfêUESl|yoRÁmo5\n&T4

APOIO DO miwistewo ,&A CULTURA - IHSTITUTO"00 Ks N AC IO MAL DE ARTESl'VW CÊNICAS - FINEP

hgMXA ECONÔMICA FEDEfVuJ^jtoRA. ACflR

ESTREIA DIA 15

R&DlOAIELODIk

FfTlSTE^E097.3mHI

tTEATRO CARLOS GOMESapresenta

14 BIS

DIAS 18/19/20 e 21DE JUIMHOPromoc Jol

PRÓXIMA ATRAÇÃO FINIS AFRICAE E JfVANEY MATOGROSSO DE 16 A 26 DE JUNHO

TEATRO CARLOS GOMES • PÇA. TIRADENTES, 19 • F.: 242-1047 ¦ 222 0124"toara—~

SÁO

PAULO — A cena vemse repetindo há anos: cober-ta até a cabeça por roupas

de lã, esfregando fora o frio crônicocom dedos inchados pela deforma-ção óssea, ela acorda cedo, vai àcozinha preparar o primeiro café,liga o rádio e chora. Viciada emlágrimas, volta a chorar várias ve-zes ao dia, os olhos inchados portrás de grossas lentes de óculos.Pode ser por causa dos problemascom a filha e os dois netos, quemoram com ela, pela revolta comos noticiários da TV, pela raiva quesempre nutriu por quem agride anatureza, ou por solidão mesmo.Visitas, só de um ou outro vizinho.

Saídas são mais raras ainda:seu circuito não costuma ir alémdos limites do quintal, onde con-versa com as plantas, o papagaio, opássaro preto e o pequeno pixoxó-estrela, engaiolado recentemente.Isaurinha Garcia, 64 anos, "a per-sonalíssima" como dizia Blota Jr.,cantora das dores de cotovelo edos sambinhas do balacobaco, fe-chou-se em si mesma. E só voltou apassar um batom, sorrir e brincaroutra vez na semana passada,quando imprensa e produtores detelevisão foram procurá-la pelolançamento de um novo disco —Isaura Garcia — documento inédi-to, do selo Estúdio Eldorado, quetraz gravações surpreendentes.

É um disco bonito, porque ésincero — diz o produtor artísticoda Eldorado, Aluízio Falcão. Eleconta que, em 1979, Isaurinha par-ticipou do programa da Rádio El-dorado FM Inéditos, onde os artis-tas convidados, além de contaremsua vida, selecionavam músicasque gostariam de ter gravado, eminterpretação ao vivo. — No casoda Isaurinha, a voz ainda estavaem plena forma, e como o depoi-mento ficou muito emocionado,muito verdadeiro, resolvemos pas-sar para o vinil, intercalando 12faixas com lembranças que elamesma contou —, ele diz.

Nesses oito anos entre a grava-çáo e o lançamento do LP, Isauri-nha ouviu-se cantando na RádioEldorado e admirou-se:

Nossa, que saudade que te-nho de mim.

Quem a conhece bem, sabeque, antes, ela já havia gravadoContra-senso (de Antônio Bruno)e Por causa de você (Tom Jobim eDolores Duran). Mas tanto os fãscomo os curiosos vão espantar-secom as versões personalizadas deMatriz e filial (Lúcio Cardim).

Preciso aprender a ser só (MarcosValle e Paulo Sérgio Valle) e Náose esqueça de mim, do seu ídoloRoberto Carlos, com Erasmo.Quem gosta de voz e violão — eeste quem toca é o competentíssi-mo Edson José Alves — vai searrepiar com Falando sério (Mau-rício Duboc e Carlos Colla) e Sólouco — o arquétipo samba-canção que Dorival Caymmi com-pôs especialmente para Isauri-nha, mas jamais foi lançado porela por desentendimentos na gra-vadora.

— Eu brigava muito com ascompanhias de disco — lembra apaulista Isaura, nascida no tradi-cional bairro do Brás, filha de umdono de armazém e sobrinha dopintor José Pancetti. — Eu sentiaque a batida não rolava como euqueria. Quando surgiu a bossanova, eu disse: é isso aí.

Para quem diz que aprendeu a

"Eu sentia que a

batida não rolava

como eu queria.

Quando veio

a bossa nova, eu

disse: é isso aí"

cantar lavando roupa e engarra-fando vinho no balcão da loja dafamília (tomando seus golinhos,que ninguém é de ferro), o sucessofoi mágico. Aos 13 anos apenas,Isaurinha e a mãe, dona Amélia,foram concorrer no programa decalouros A Hora da Peneira, daRádio Cultura de São Paulo, emmeados dos anos 30. Gongadas,levaram tudo na brincadeira, atéque a mais velha dos quatro filhosde dona Amélia voltou a concor-rer, desta vez na Record, no QuaQua Qua Quarenta, de OtávioGabus Mendes. Camisa listrada,o sucesso da Carmem Miranda,que Isaurinha imitava (ao lado deoutro ídolo, Aracy de Almeida),lhe deu o primeiro lugar e, em1938, o contrato com a rádio, ondese apresentou depois de 40 anos.

Do contrato em diante foi aglória. Depois de fazer dupla comVassourinha e cantar o jingle dosaponáceo Radium (sua primeiragravação), Isaurinha entrou para a

galeria das estrelas do rádio, fre-qüentando temporadas no Copa-cabana Palace e na Rádio Nacio-nal do Rio, lançando sucessos ines-quecíveis (como Mensagem, de Al-do Cabral e Cícero Nunes) e can-tando nas boates da moda.

Eu era mesmo bonita e gos-tosa — orgulha-se Isaurinha hoje.— Mas, se a melhor coisa que acon-teceu na minha vida, e aconteceaté hoje, é pisar num palco, a piorfoi casar.

Isaura viveu 18 anos com umex-diretor da Record, Teófilo deAlmeida Sá, mas acabou caindonos braços do pianista WalterWanderley, pernambucano romãn-tico e de temperamento violento,com quem teve uma filha (Mônica,28 anos) e muitas brigas. Quebroua cara dele na boate Toalha deMesa, quando soube de mais umadas infidelidades do boêmio. Sepa-raram-se em 1966, quando Walter

seguiu para SãoFrancisco, EstadosUnidos, e viveu atémorrer, há nove me-ses, aos 54 anos.

— Ele era umdemônio mesmo —diz ela. — Bem queo padre me aconse-lhou antes: "Isaura,pense bem, é me-lhor você ficar como outro." Mas euquase respondi aopadre: "Então o se-nhor transa comum e com outro praver a diferença."

Hoje, Isaurinhaabandonou o co-

nhaque e diz que virou "brega".De redonda, passei a qua-

drada.Mas conforma-se com uma vida

simples, levada no claustro de umaampla e fria casa em Indianópolis.Dos seus queridos pássaros, sóguarda três exemplares, pois umdia achou melhor soltar no zoológi-co os quase 200 que criava. Refu-gia-se nas orações — é devota deSão Francisco de Assis —, admiteque às vezes xinga Deus ("Onde éque ele está quando a humanidadeprecisa?") e só fica brava quandoalguém ameaça cortar uma árvoreda sua rua.

Você pensa que Deus expulsouAdão e Eva do Paraíso porque elesestavam mandando brasa? — per-gunta. — Que nada, é porque elescomeçaram a maltratar a natu-reza.

Se Isaurinha Garcia pudessecantar hoje, à revelia do inchaçoque tem no pescoço, voltaria adizer que só louco amou como ela.

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2 o CADERNO B o segunda-feira, 15/6/87

O túnel do tempo

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JORNAL DO BRASIL

bA modernização dos

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De Walt Disney a Iggy Pop, pura vitalSiouxsie and the Banshees

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Luiz Carlos Mansur

AS viagens no tempo, em ge-

ral, sào experiências ines-quecíveis. E foi necessária

uma volta ao passado para queSiouxsie and the Banshees final-mente saíssem do torpor criativo deseus dois últimos LPs, Hyaena eTinderbox. O novo disco, Throughthe looking glass, que a Polygramestá lançando no Brasil, figuratranqüilamente entre os mais sabo-rosos produzidos pela banda.

Para operar essa reviravolta emsua carreira, precisou-se apenas desimplicidade: as 10 faixas do LP sãocovers de músicas que fizeram acabeça de Siouxsie quando ela ain-da era Suzan Janette Dallion. Odisco, além de marcar um renasci-mento, serve também como catálo-go das peças favoritas dos jovensque sabiam das coisas na Inglater-ra — e no mundo — pré-punk. Oglitter, reino do exagero, da paró-dia e do lamè movidos a cinismoassoberbado, está muito bem repre-sentado pela música que abre o LP:This town ain't big enough for theboth of us, dos alegríssimos Sparks,dois rapazolas bigodudos que en-

toavam peças cheias de modula-ções. Está muito bem, a menina,até fisicamente — tão gracinha co-mo nos primeiros tempos.

Outras pérolas esquecidas pelotempo brilham a cada faixa: LittleJohnny Jewel, gravada antes peloTelevision, o máximo da chamadanew wave nova-iorquina; Sea bree-zes, do Roxy Music, um grupo fun-damental para o rock dos primeirosanos 70; Gun, do ex-Velvet Under-ground John Cale; Hall of Mirrors,do Kraftwerk, onde os Bansheesconseguem, com um arranjo sim-pies, manter o clima de "Gabineteeletrônico do Dr. Caligari" do grupoalemão; e uma surpresa: Trust inme, da trilha sonora de Mowgli, omenino lobo, o último desenho ani-mado produzido por Walt Disneyantes de sua morte.

Siouxsie não deixa por menos emanda toda a sua voz em Strangefruit, do repertório de Billie Holl-day. Completando tudo, um arran-jo de metais que passeia na frontei-ra entre o mórbido e o divertido.You're lost little girl, dos Doors, eThis wheel's on fire, de Bob Dylan,praticamente injetam vida novanos oldies. Mas o grande momento

é mesmo a versão para de Iggy Pop,a primeira a sair em single e vídeo.Dançável, com um refrão forte, esem complicações desnecessárias.Vitalidade. Rock é isso.

Through the looking glass é oúltimo disco de Siouxsie and theBanshees que conta com a partici-pação do guitarrista John Carru-thers. Ele largou a banda logo de-pois de voltarem do Brasil, e agoraestào à cata d'outro. Carruthers, naverdade, não fará muita falta. Eeste Lp, em vez de representar umdaqueles famosos "momentos detransição" na carreira de um artistaou grupo, vira um marco. Mais oumenos como outro soberbo disco decovers, o Pin-ups de Bowie. Agora éesperar que, com suas própriascomposições, eles rendam tão bem.E que este túnel do tempo mante-nha viva a energia.

JT M trio de dois, que valeI I por um grupo e recicla

um velho gênero, agoraem formato portátil. A chavedesta charada, que pegou de sur-presa o mercado americano noinicio do ano, tem um nomecurto: Timbuk 3. Formado pelocasal Pat McDonald, 34, e Bar-bara Kooyman, 28, o duo incor-pora o número 3 pela inclusãoem suas apresentações do jam-box, um radiogravador daquelesenormes, que suplementa a se-çâo instrumental. A partir de umhit sarcástico, O futuro é tãobrilhante que eu preciso deóculos escuros (The future is sobright I gotta wear shades), oTimbuk 3 foi indicado para oGrammy de revelação do ano erecolocou o country estradeirolubrificado por gaitinha, vozes'em terças e guitarras choronasnos trilhos da modernidade.

Pat e Barbara vêm do maisprofundo coração do Texas, acidade de Austin, onde se apre-sentavam numa taverna da pe-sada conhecida por Buraco naParede. A partir de uma apari-ção no programa mensal daMTV, The cutting adge, um anoe pouco atrás, a dupla conseguiuum contrato e entrou em estúdiopara gravar o LP de estréia,Greetings from Timbuk 3 (CBS),lançado esta semana no Brasil.O disco teve uma trajetória fui-minante (nos dois sentidos) naparada americana. Subiu rápidoe já desapareceu, mas projetou o

LOGOGRIFOJERONIMO FERREIRA

PROBLEMAN° 2572

O A

U

A I O

10.11.

12.13.14.

15.

1617.18.

1. Ácido úlmico (6)2. Arbutina (6)3. Besuntar (5)4. Cálculo urinário

(7)5. Cavaleiro arma-

do de lança (5)6. Designação go-ral de aves (4)7. Da natureza da

urina (7)8. Grande estabe-

lecimento de fa-bricação indus-trial (5)

9. Hora final da vi-da (7)Máe d'água (5)Mineral mono-mótnco. sulpan-timonieto de ní-quel (8)Olmeira (7)Pederastia (8)Piroxónio altera-do para anfibólio(7)Planta de tubér-culos farináceose comestíveis(5)Relativo ao cúbi-to 17)Relativo aosMontes Urais (8)Transmontano(12)19 Ursídeo (6)

20. Vantajoso (4)Consiste o LOGO-

GRIFO em encon-trar-se determinadovocábulo, cujas vo-gais já estão inseri-tas no quadro acima.Ao lado, à direita, édada uma relação dovinte conceitos, de-vendo ser encontra-do um sinônimo paracada um. com o nú-mero do letras entreparênteses, todoscomeçados pela le-tra inicial da palavra-chave. As letras detodos os sinônimos

.estào contidas notermo encoberto,respeitando-se as le-tras repetidas.Soluções do pro-blema n° 2571 Pala-vra-chave: VICE-PRESIDENCIAL Par-ciais: veia. vmdicia.venera, veleira, vili-' pendiar. valdense. ví->.ril, vésper. vice-rei.versai, vieira, viseira.vedar, vesical. ver-• nal. venal, víndice,

. verdeia. visceral, vi-cinal.

EDMORT L.F.VERÍSSIMO E MIGUEL PAIVA GARFIELD

trio de dois no mercado que inte-ressa, o inglês, já contempladocom uma rápida excursão.

O Timbuk 3 não estaciona naface caipira da música interiora-na. Pat e Barbara usam aqueletom de voz do meio-oeste ameri-cano, mas também recorrem aeventuais pontuações negras defunk e reggae. "O universo vibrana batida de Bo Didley", exage-ra Pat, incensando o célebrebluesman. O folk e o country doTimbuk 3 são tratados com ins-trumentaçào econômica comorecomendam os Eurhytmics davida, mas sem todos aquelesexageros eletrônicos. Além dasguitarras em duo somadas àsvozes em terças, Pat ataca debateria eletrônica e baixo, en-quanto Barbara desdobra-se emviolino e partes de bandolim. Adupla começou em Madison,Wisconsin, onde Barbara, nasci-da em San Ahtonio, Texas, mo-rava, cursava universidade e co-nheceu Pat, já tocando num bar.Inicialmente o casal trabalhavaseparado: Pat no circuito folktradicional e a mulher mlsturan-do country e jazz na banda Bar-bara k & the Cat's away. Brigasnos grupos acabaram transfor-mando o casal numa dupla. Co-piando os músicos de rua deMemphis, eles passaram a levara parte rítmica registrada nogravador para os shows. Das pri-meiras apresentações nas calça-das de Nova Iorque ao pontofixo em Austin, a partir de 84, foium salto. "Num mundo em bran-

co e preto, somoso cinza", cantamem seu Eu te amode um jeito estra-nho. Outras le-tras aprontammais extravagân-cias, como as dePenteados e ati-tudes, ou aindaFatos a respeitode gatos. Comoterceiro lado nolance de dados dogrupo, a poesiado Timbuk 3 sur-preende aindamais a quem jálevou sustos comas músicas híbri-das e instrumen-tos dissonantes.Pedra que rolanão cria limo.

JIMDAVISSE «XX. RJCE ESFtNCÒÍ2.PÜ1A W/i,TIRA DE AHANH*,i£rroe...tMA&lUE EU ! >

AS COBRAS

'

_____ \/ERISS^MO

tuco, r~\ r~\ r~i r"|\~V~7(\ ww -sAee m*AiARwi-sTA...

/_r\\_r\S. r I ]\V) gL>&—

ip/ is-t. 87PEANUTS CHARLES M. SCHULZ

DA' DMA REVISAPA I/ QLIERO TERV""J / E&TA \ (MEBMO?) ^ni&so, marcie ! (certeza. de que) > ( perfbtoJ —-v v pKr^ J \

CHICLETE COM BANANA ANGELI

BSagfc I FT 77711 I

KID FAROFA TOM K. RYAN

( NOHMALMENTE, DE- \| (/WAS DESTE EU GOSToh (hSTA QUEBRADoQC^EaTODESp^mpQBgj

^IDI-OTAS OTA

COW3 O L06,40 JA FDI SOUTO/1NÃO lêM SEffrIOO OS BAIANOSfazerem um SH°w tç ffoiesro^

^ FPfift Solta-lo/

JA SEI.' &J 5OBO NO MCPPO/Cm fpo iM MOhç K PRogaçÊ Coto Co Wo tolSo % \MD05 ewfltJcÇ, E FAÇO UfM

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esrou com 55 anos> ^e ja' arranjei" TR(S> !!.

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QMAGODEIP PARKER E HART° rtAVIAH (ERA MUltO ^ ;

AVISRARA BRUNO LIBERATI

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@tES.BELINDA DEAN YOUNG E STAN DRAKE

HUMMM...MOLHO ljnl ..COM CASTAIUHAST] iC O QUE E&OUHCI O )liiACARA(V\ELA,C70 OE 1* /CHANT1LLY E 17 WOUV5?/ SORVETEIr

CEBOUmiA MAURICIODESOUSA

f COHO E f C

CRUZADAS CARLOS DA SILVA

HORIZONTAIS — 1 — diz-se do animal aquático,especialmente marinho, cu|0 corpo ó translúcido,estrutura semelhante ao núcleo de uma célula, difícil-mente corávol. 11 — pequena vassoura com que semolha o carvào na foria quando aceso em demasia(pl), instrumentos empregados na calafetagem debarcos. 12 — monge budista, 13 — diferenciada,diversificada. 14 — meson de massa igual a 0.Ò88unidade de massa atômica, spin nulo. parioade nogati-va o carga nula. 16 — antiga cidade da Arméni3.tomada polos tártaros em 1219. 17 — designaçãogenônca dos titulares dos trés primeiros graus daslojas maçônicas. venerávol. primeiro vigilante e segun-do vigilante, partícula corpórea indestrutível, represen-tada por um pedaço de osso duríssimo, comparável àcnsaiida de onde sai a mariposa, por sua ralacAo com acrença na ressurreição; 18 — panricfv \ sova. c1compostura. 20 — tipo de vi"^n marnp r. - partoem que se amuram as ve!js oo na-" 23 — pref.xolatino que exprime postçfto interior, 25 — cidado da

Palestina referida pela primeira vez no Livro II dos Reis.e tomada como sinônimo de Jerusalém, 27 — desgos-toso. contrariado; 29 — prolongamento da moldurasuperior do beque. 30 — designação comum a váriosprodutos líquidos (químicos ou farmacêuticos), espe-ciaimente aqueles om cuia composição entre o álcool,líquido orgânico do corpo humano, 33 — a que tem amesma idade, que 6 do mesmo tempo, que vive namesma época (particularmente a época em que vive-mos). 36 — aqueles que. no terreiro de candomblé,tém a incumbência de matar os animaisVERTICAIS — 1 — aparvalhado, atoleimado. apaler-mado. 2 — que aprosentam o mosmo tom ou igualacento tônico, 3 — raiz grega que sugere a idéia deponta. 4 — cidade edificada por Semer. ascedente deSaul. 5 — lei da antiga Roma contra o luxo eexcessivas despesas das mulheres. 6 — antiga medi-oa ¦ Jjuivaiente à terça paio do côvado. a sexta panede qualquer coisa, 7 — deus das trevas, divindadeidentificada ao Tifon dos gregos; 8 — emitido ou

formado pela boca. 9 — diâmetro comparativo demedalhas e moedas, conjunto sobre o qual se defineum grupo abeiiano aditivo, e cuios elementos podemmultiplicar-se pelos elementos de um anel, raiz qua-drada positiva do produto escalar de um vector por simesmo. 10 — cada um de u.na série de compostosbásicos que contém dois agrupamentos de hidrozonasadjacentes e sào produzidos pelo aquecimento de umaçúcar com fenildrazina e ácido acético. 15 — pele decordeiro caracu morto imediatamente depois de nas-cer, empregada em agasalhos e enfeites, tecidolustroso de là ou de lâ e algodão, com pêlo crespo, queimita o astracá. 19 — unidade de medidas agráriasequivalente a 100m^, 21 —(filos indiana) o absoluto, osenhor. 24 — operador vectorial que. multiplicado poruma função escalar, forma o gradiente da função e poruma vectorial. o rotaoonal. operador dei. operadornabia 26 — cada uma das várias cetonas isoméricas.líquidas, untuosas C14H220 ou qualquer misturadelas, de cheiro forte de violeta, que ocorrem no oieoessencial do lírio-florentmo o sào usadas em perfuma-

na. nome corrente das cetonas cíclicas. 28 — pasta docera e pó de sementes com que os parecis sepintavam para festas e cerimônias. 31 — (mit ) cadeiade montanhas que circunda a Terra, montanha imen-sa. cujo alicerce é uma pedra chamada sakhrat.constituída de uma esmeralda inteiriça. 32 — (abrev.)receita. 34 — conjunto de hinos ou antífonas que secantam na igreja católica durante o advento. 35 — tipode lava esconácea. rugosa. que se encontra no Havaí.Colaboração do O M QUEIROZ — Ipanema

SOLUÇÕES DO NUMERO ANTERIORHORIZONTAIS — acne. sacra. tiau. ele. udu. adatis.ra. isunco. adamitico, elenoforo. alamire. om. mamo-na. ose; ara. abai. acre. po<seVERTICAIS atura, cidadela, nau, eu. sedutora,alarile. cetico, auso. asmina, icorosas, imomore,alamar, omele, amba, obi. aoCorrespondência para: Rua das Palmeiras, 57 ap. 4Botafogo — CEP 22.270

1 [J—[3—[3—[5—[j—p—n—n—p—TT

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ARIES — 21 de março a 20 de abril ^Sua capacidade de condução de outras *pessoas e a natural aptidão de arietino »para a chefia estarão fortemente presen- *tes em seu comportamento. Molde tais -características aos seus interesses. Boa »vivência em família e no amor. Segurança „em suas ações.TOURO — 21 de abril a 20 de maio "Disposição favorável para o trato com "dinheiro. Você dispõe nesta segunda-feira "de grande sorte muita favorabilidade para sjogos, loteria e especulações Trato ami-agável com pessoas estranhas. Dedicação -no amor. Mostre seus sentimentos. Saú-,,de de ligeiramente instabilizada.

GÊMEOS — 21 de maio a 20 de junhoUma boa presença e influência muitofortes para novos ganhos marcam a suasegunda-feira. Você poderá se aventurarna aplicação de planos e proietos. Afetiva-mente você não vive um bom momento,procure mostrar-se mais afável e prontoao amor.

CÂNCER — 21 de junho a 21 de julhoIndicações de regularidade material. Nes-se quadro se destaca a possibilidade de.novas obrigações e responsabilidades emseu trabalho ou negócio regular Bomquadro em família. Manifestações de ca-rência e intranqüilidade no amor. Aja comcautela.LEÀO — 22 de julho a 22 de agostoCom um quadro moldado pelo trânsito daLua. você viverá uma segunda-feira de-boa disposição para assuntos jurídicos e o'trato de pendências. Afetivamente você 'pode se mostrar fechado e egoísta. Dê-sémais e faça confidências. Isso lhe fará-1*bem.

VIRGEM — 23 agosto a 22 de se-tembro —A semana se inicia de forma bastante mfavorável para o Virgiano, o grande benefi-^ciário. hoje, em assuntos materiais e no _crescimento de patrimônio e ganhos.=Vantagens inesperadas. Surpresas agra-"dáveis em família. Amor em fase debili-"tada. =LIBRA — 23 de setembro a 22 deuoutubroDia em que a regência predominante'mostra um quadro de incomum favoreci-"*mento para os negócios do comércio eatividades próprias, autônomas ou deexercício de profissão liberal pelo libriano.Demais casas em fase neutra. Procureagir e mostre sua força de vontade.

ESCORPIÃO — 23 de outubro a 21de novembroCom seu comportamento tendendo aoisolamento, o escorpiano. terá uma se-gunda-feira positiva em seu trabalho e em "tudo o que depender do intelecto. Busque,a companhia de pessoas mais amigas e;„Intimas. No amor podem ocorrer boas-mudanças.

SAGITÁRIO — 22 de novembro a 21 ^de dezembroO Sagitariano começa sua semana dê"forma bastante favorável em relação a"assuntos materiais. Acontecimentos ines-1"perados o farão sentir-se realizado. Boa«disposição quanto a vivência afetiva. Pre-í.sença de forte motivação em termos „amorosos. Novidades.

CAPRICÓRNIO — 22 de dezembro a20 de janeiroQuadro em que as influências se fazem "instáveis no trato com dinheiro e valores.Procure ser mais cauteloso em relação àcompromissos e documentos importan-tes. Afetivamente o dia estará integral-mente dependente de seu humor. Con-trole os nervos e as palavras.

AQUÁRIO — 21 de janeiro a 19 defevereiroA indecisão que agora preside as suasações estará hoje presente de formamuito acentuada no seu comportamento.Busque agir com cautela no trato comdinheiro. Pessoa da família será razão demuita alegria e de compensações futuras.Quadro neutro no amor.

PEIXES — 20 de fevereiro a 20 demarçoRegência material que favorece o piscia-no na maior parte desta segunda-feira.Indicações fortes de influência de pes-soas idosas, o que deve motivá-lo a 'aceitar conselhos e ajuda. Fim de tarde e ¦noite de bom significado afetivo. Roman- •tismo.

XADREZ ILUSKA SIMONSENCARIOCA RELÂMPAGO

Foram realizadas mais duas fases do Cam-'peonato Carioca Relâmpago, sob arbitragensde Carlos Eduardo Reis Cleto.

Os resultados da 6" fase. jogada em 31/5,'pontuaram os seguintes jogadores: 1o) DijalmaB.Caiafa (ALEX) 13 pts em 15 possíveis;*2°)Marcelo Einhorn (HSCER) 12,5; 3°)Jorge'O.G.Aarão (CRFI 12.0; 4°)Lisandro Papaleo(TTC) 11,5; 5°)Ronaldo R.da Silva (N/fil) 9.5;6°)Antonio F.Radetic (ADCLB) 8.5; 7°)DinoB.Oliveira Jr. (CXA) 7,5; 8")Ricardo S.Barata(TTC) 7.0; 9"ICesar Santos de Oliveira (ALEX)7.0 (desempate p/confronto direto) e 10°)An-dré Luiz de La Vale Reale (CRFC) 6.5.

A 71' fase foi realizada na sede do ALEX, nosábado, dia 6 de junho, sagrando-se campeão,com o total de 4.5 pontos em 5 possíveis.Sérgio Amador. |ogador do clube hospedeirodessa fase.

Nas demais colocações ficaram: 2°)FlávioMarques (Alex) 3.5 pts; 3°)Victor Traiber (CRF)2,5 pts; 4°)Cesar Santos (Alex) 2.0 pts; 5°)D|al-ma Caiaja (Alex) 1.5 pts e 6°)José EduardoBernardo (Alex) 1.0 ponto.Assim já estão com suas vagas garantidaspara a final deste campeonato, os jogadores:Marcelo Einhorn (Hebraica) 65 pts, DialmaCaiafa (Alex) 62 pts. Paulo Fucs (Alex) 44 pts,Victor Traiber (CRF) 40 pts e Flavio Marques da,Silveira (Alex) que. apesar de acumular 25,pontos, defenderá seu titulo ganho em 86

Os jogadores Jose Milton de O.Almeida"(AABB-L) 23 pts, Jose Henrique Dias (CRF) 22'.pts, Marcos Kraiser (H.) 20 pts. Paulo Sérgio'Roque (CRFC) 20 pts e Hilton Rios F° (CXG)1com 20 pontos, já conseguiram classificar-se'para a fase semifinal da disputa.Associação de GMs

Em Bruxelas. Bélgica, no último dia 14/2 foiconstituída, em termos de lei deste pais. aASSOCIAÇÃO DE GRANDES MESTRES, umaorganização sem fins lucrativos, voltada para apromoção e arranjo de eventos de alto nível.Entre vários os GMs presentes, tais como.Kasparov, Timman. Seirawan, Portisch e Lju-bojevic. foram discutidos aspectos da realiza-ção de uma "Copa do Mundo" de xadrez —uma série de eventos como os tradicionaissupertorneios de Tilburg, Buggno. Miksic, comcontagem de pontos como na Formula Um decarros e acertada a acomodação do calendariode provas oficiais referentes ao campeonatodo mundo, com o retorno ao antigo prazo de 3anos!

DIAGRAMA 392H Mattison 1918

mm W.

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abcd, efgh8 -8 -8 -5b2 -3p4 -3o4 -4PT1p -5R1r.

BRANCAS JOGAMEMPATE

Solução do diagrama 391 1ID1CR (ameaça2)D4C e 3)D7D+ +) (se 0-0- 0ID7T -CXD3)TxPB + +) (se T1D 2ID4D -CxD3)CxP + +)

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I ACBCRiTicAEU IV JU lMKiMa J

JORNAL DO BRASILsegunda-feira, 15/6/87 o CADERNO B o 3

SABORES.CHEIROS.BOM-GOSTO.

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1*

A revolução inglesa chegou.

Seis discos que vão abalar o Brasil.

E!l

Os programadores de radio e lopsias de discos cstào recebendo este tesouro da illu mau musicaldo planeia. que e a Inglaterra

Os ai ticos set So os correspondentes no front dessa guerra justa contra a mesmice e o marasmoMas este movimento vai tnunfar no Brasil. como tnunfou em outros países porque conta com

a imaginarão dos jovens — uma força que sempre fez as grandes mudanças comt\arem

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"Joy Drvtston" é a ma» lamosa "cult band' de todo omundo Dmofveu-wcomamoriedühnslalanCurítj.em 1980 Naquekano.o Joy Diviwori|á tinha umalegièo enorme de Üs. que foi crescendo em progressãogwmetnca. apesar dohm do grupo E uma banda querevolucionou a pop mus* na Inglaterra A voz de

Curtis grave e triste, pontua um insirumenialsofisticado em que se destacam os teclados, o baixo euma bateria marcante Neste divo. rigorosamenteoriginal, apenas acrescentamos a amologKa Lave WillTear Is Apart" 0 Jov Divtsion" deu ongem ao grupo" Ne* Ordetque e formado por seus remanescentes

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Lfii woíwtlo gur hof ct*?i *> B»«sjt cwifçouhá poucos vk& cum crr.lrrjj Jr gr »> tWumòf^núrfiifs ptpotiivJo «n solo 6núna.0<*Mf fDüa o wui (V pwt>Ji pari «mi noa

CTiMmusKaimfTTMOoni Ly*aía«nimovimffllo <}uf árn orym ts iffl<Jrr»o»f grupo» fK* cwní<r»jM «n lodo o mundoromo Smus* and th» BiftJim TN- f urr

Sf^OrJrt ApalavrKtuvT (.dmomnjdo»nrssr moviRvnio r t i*n r i trjfn «i«V »sgnj(«rtn»vi*vn>js Lm tributo füíw«towi<lf do ptv devarti»^ í dus oqufmôo li»

f indo landis f das rorvrfiooMttMumccacwn a •r&irtàrocu »*t>n<*>»otaiffHo d»n r«w «lofn rm talo »ÜU.TM5 Urçando no»*

Jrsv mo>m*ntu Divxnqw vucr nVi vürvAti i-wnie f m 1987, mas «ti I9W1995 Vorí-wt* EmmuiKa.oquffbomnludura pouco

aESTÚDIO ELDORADOde2 anus de boa muwa

Zózimo

Estrela brilhaChegou ontem ao Rio a jovem

soprano italiana Lúcia Mazzaria,que interpretará na ópera Carmeno papel de Micaella, a grande rivalda protagonista.Lúcia Mazzaria cantou La Bohè-me no início do ano em Veneza econquistou a unanimidade da cri-tica que a considerou como a maislegitima herdeira dos monstros docanto lírico.

Entusiasmados com sua voz, oscríticos não deixaram por menos,profetizando que ela será a grandesoprano dos anos 90.* * *

No Rio, Lúcia Mazzaria já parti-cipou do Concurso Internacionalde Canto, em 1985, e conseguiuarrancar a nota máxima de Fer-nando Bicudo e do rigoroso MárioHenrique Simonsen.

Lobby explícitoO plenário da Constituinte assis-

tiu, semana passada, ao primeirocaso de lobby explicito.

Foi feito pelo governador do RioGrande do Sul, Pedro Simon.

Usando suas prerrogativas de ex-senador, Simon transitou livremen-te entre os parlamentares que vota-vam as emendas da comissão dosistema tributário, pedindo ajudapara seu combalido estado.

Ganhou até um salva de palmas,puxada pelo presidente da comis-sào, deputado Francisco Dornelles.

¦ na

MarketingA mais nova peça do marketing

político evi diversos pontos do paisc. nada mais nada menos, a cami-sinha-de-vênus.

Foram distribuídos, em Aracaju,centenas de preservativos com onome de um deputado gravado nocartucho de papelão.

Agora, quem aderiu à moda foi overeador Dalton Guimarães, daFrente Liberal de Belo Horizonte.

Passou a distribuir pela cidadepreservativos acompanhados poruma mensagem:"Preserve-se. Conto com você em88".

Isto è o que se pode chamar depreocupação vital com seu eleito-rado.

m m m

EsfingeQuem conhece de perto dos mean-

dros políticos de Brasília garanteque o senador Marco Maciel, cio PFL,está sendo bem mais útil ao presiden-te Sarney depois que deixou a chefiado Gabinete Civil.

Exatamente como fazia na épocade Tancredo Neves, Maciel vem exe-cutando missões silenciosas pelopaís afora, representando o papel deum emissário político da presi-dência.

Já esteve diversas vezes com o ex-governador Leonel Brizola e, parasua surpresa, constatou que, em ro-das fechadas, ele parece ter menosqueixas de Sarney do que quandochega à frente das câmeras e micro-fones.

É por isso que, no Planalto, Brizolaganhou um novo apelido: esfinge — opoeta que finge.

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Dúvida

Foto: Jos6 Varela %i.I.., "

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Ricardo César da Fonseca e Maria Cecíliadiante do altar da catedral de Brasília

FestançaO grande acontecimento

social que agitou a capitalfederal no final de semana foio casamento da filha do mi-nistro Aureliano Chaves, Ma-ria Cecília, com Renato Césarda Fonseca, na tarde de sá-bado.

A Velha e a Nova Repúbli-ca encontraram-se na Cate-dral de Brasília, esperandopacientemente cerca de trêshoras na fila para cumpri-mentar as famílias dosnoivos.

Encerrada a cerimônia reli-giosa, os convivas foram rece-

bidos no Clube do Exércitocom um buffet que dividiu asopiniões.

Houve quem achasse queestava perfeitamente de acor-do com a austeridade prega-da pelo governo Sarney.

Outros, de língua mais feri-na, achavam que a escassezde comes e bebes podia sercreditada à tradicional sovi-nice mineira do anfitrião.

* * *O fato é que, encerrada a

festa, os restaurantes de Bra-sília ficaram lotados na noitede sábado.

DescortesiaÉ bem provável que pe-

los próximos 100 anos oPiauí não receba comohóspede o ministro Ra-phael de Almeida Maga-lhães.

O ministro da Previdên-'cia ficou especialmentechocado quando passavauns dias na casa de praiado governador AlbertoSilva e ouviu de seu anfi-trião a desculpa:

— Vou ter que sair parareceber uma pessoa muitoimportante.

Era Pele.¦ ¦ B

Turnê

italiana

Cumprimentado pelo presidenteJosé Sarney por ter cunhado a expres-sào de leve, um refrão repetido doOiapoque ao Chuí, o colunistaIbrahim Sued saiu-se com uma res-posta polêmica:— É mesmo, presidente. Já está aténo Aureliano. * * *

Quem estava por perto ficou naduvida se o colunista fazia mais umade suas piadas ou se tinha, apenas,trocado nomes.

Afinal, o encontro de Sarney eIbrahim Sued aconteceu durante arecepção que o ministro AurelianoChaves oferecia para comemorar ocasamento de sua filha.

Mais discussãoO embaixador Paulo Tarso Flecha

de Lima desembarca hoje na cidadedo México.

Vai ter um encontro com seu velhoconhecido Clayton Yeutter, que vem aser um assessor especial do presiden-te Ronald Reagan.

Em pauta, um assunto explosivoque ambos discutem há tempos, semchegar a um acordo: a política deinformática.

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Roda-VivaCarlos Hildebrandt e o novo embaixa-

dor brasileiro em Helsinque.O cartunista francês Gerard Luzier

chega ao Brasil no dia 25 para o lança-monto de sua peça O Amante Descarta-vel, dirigida por João Bethencourt.

O Brasil foi escolhido para sediar o 4oColoquio Latino-americano de Fotogra-fia que será realizado em Brasília nosegundo semestre.

Fecha suas portas, depois de quatroanos de atividades, a Programa Produ-ções. Moacir Deriquém vai se dedicar aoteatro Villa-Lobos e Marilena Cury tor-na-sc unia animadora cultural free-lancer.

Maria Rita e Afraninho Nabuco rece-bem para um jantar dia 21 em homena-gem ao jornalista Castello Branco.

O aniversário do chanceler Abreu So-drè será devidamente comemorado poramigos no proximo domingo.

O craque Toninho Cerezo renovou seucontrato com o Sampdoria, de Gênova.Vai ganhar 450 mil dólares por ano.

Pela primeira vez nos úl-timos 20 anos o cantorFrank Sinatra voltou à Itá-lia sob a mais completaconsagração: está com ca-sa lotada em todas as cida-des da península onde faráshows.

A temporada foi inaugu-rada sábado, em Palermo eantes de soltar as primei-ras notas de seu repertório,Sinatra agraciou o públicocom um cumprimentobem ao gosto italiano:— Io sono siciliano.

A voz era de um perfeitocappo local.* * *

A agência encarregadada turnê de Sinatra pelaItália instituiu um concur-so para que seja apontadoo verdadeiro pai do cantor,oferecendo o prêmio de3.500 dólares pela desço-berta. Criou-se o maiorfrisson na Sicília e um pa-dre da cidade de LercaraFriddi já apresentou umacertidão que, segundo afir-ma, é do pai do superastro.

Só que, antes de sua es-tréia em Palermo, o pró-prio Sinatra declarou queseu pai nasceu na cidadede Catanea o que mostranão ser tão desconhecidoassim.

Teria chegado clandesti-no nos Estados Unidoscom o nome de Antônio,logo trocado para An-thony.

ConviteSegue para Paris no pró-

ximo dia 25 o cineasta Nel-son Pereira dos Santos.

Foi convidado pela An-tenne 2 e pelo produtorJean Pierre Ramsa.v paraadaptar o livro La Portede Kercabanac, de LupeDuran, para a televisão.

Será um seriado que,exatamente como o livro,vai narrar a saga de umgrupo de franceses que de-sembarcou no século pas-sado em Minas Gerais.

Boa parte da série seráfilmada no Brasil.

Farpaso O ex-governador Paulo Malufnáo cansava de repetir no final desemana, em Brasília, que os 3 mi-lhôes de votos que conseguiu nasúltimas eleições lhe garantiam ocacife para continuar na vida poli-tica.

E, como de hábito, disparavasuas farpas, identificando ex-malufistas que. hoje, negam de pésjuntos suas simpatias passadas.— O Newton Cardoso era um dosfreqüentadores mais assíduos dopalácio dos Bandeirantes.

Se o governador mineiro tivesseouvido é bem provável que tivessechamado Maluf para uma queda debraço.

No mínimo.¦ ¦ ¦

Carta marcadaSe o novo plano econômico do

governo fracassar, a presidênciada República voltará a ouvir a su-gestão do nome de José Serra parao comando do Ministério da Fa-zenda.

O mais novo defensor da teseJosé Serra, já é o general Ivan deSousa Mendes, chefe do SNI.

Foi um funarista intransigente,baseado na tese de que o ex-ministro da Fazenda era um lio-mem honesto, acima de qualquersuspeita. Passou como defensor deBresser Pereira um períodocurtíssimo cjá está de olhos postosno futtiro com o nome de José Serrano bolso do colete.

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Boa duplaComentava-se em Brasília no fi-

nal de semana que o ministro Bres-ser Pereira perdeu todo o brilhan-tismo mostrado na reunião do Mi-nistério no momento em que foicercado pela imprensa.

Deu uma entrevista pífia, o quelevou o ex-Ministro do Trabalho,Arnaldo Prieto, a fazer umacuriosa proposta:— A dupla perfeita seria Funa-ro-Bresser. O Funaro, com seu ca-.risma, falava com a imprensa, e oBresser, com o Ministério.

A metroFoi o consultor-geral da Repúbli-

ca, Saulo Ramos, o responsável pe-la redação do decreto do CruzadoNovo.

Sentado na copa da casa do mi-nistro Bresser Pereira, Saulo Ra-mos passou seis horas trabalhandopara que as medidas pudessem seranunciadas à Nação na sexta-feira.

Pouco tempo depois voltou a sen-tar-se diante de um outro decreto,concedendo aumento de 50% aosjuizes.

Sua produção caudalosa já lherendeu uma piada nos meios políti-cos de Brasília.

Diz-se que Saulo Ramos, nos últi-mos tempos, anda legislando hmetro.

IncógnitoO ex-presidente João Figueiredo

passou boa parte da manhã de on-tem sentado num banco do calça-dão da praia do Pepino, no Rio.

Aproveitava o sol e a tranqüilida-de do momento para bater um lon-ro papo com um amigo.

Não foi interrompido uma única Ivez.

Ninguém o reconheceu.Míriam Lage

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4 o CADERNO B o segunda-feira, 15/6/87 JORNAL DO BRASIL

icinema CRÍTICA ? "Pesadelo 2f— a, vingança cie Freddy"

A bela

e o sapo

SHOW

Wilson Cunha

AQUELA casa branca

com grades na jane-la da Rua Elm conti-

nua aprontando. Agora, de-pois que os antigos proprie-tários a deixaram diante detodas aquelas desgraças emA hora do pesadelo, estánas mãos do Papai Clu Gul-lagher, mamãe Hope Langee seus dois filhos. E ali otemível fantasma de FredKrueger, sobrevivente dePesadelo 1, tentará se apos-' sar do jovem Jess (Mark' Patton).1 • Mas se no primeiro filmeWes Craven realizava um in-teressante exercício sobreas fronteiras entre o imagi-nário e o real — ninguémdevia dormir, pois Fred fa-ria um estrago —, neste Pe-sadelo 2 — a vingança deFreddy, tais limites tornam-se menos explorados. Assu-mindo a direção, Jack Shol-

Divulgação

J

Pesadelo 2: a doençada consciência ameri-cana continua

der oferece uma versão emque o imaginário projeta-sequase imbatível sobre oreal; temos, afinal, maisuma visão de O médico e omonstro. O adolescente Jes-se — protótipo do bom ame-ricano de amanhã — se tor-na louco assassino.

Esta nova safra de filmesde horror, entretanto, comose tem visto, gosta do jogode citações — para o final,Pesadelo 2 entrará na de Abela e o sapo: Kim Myers,vivendo a namoradinha deJesse e candidata ao troféuSuper-Meryl 87 (é a cara daoutra), se recusa a aceitar o"horror psicológico" do ra-paz. Vence, então, a malda-de com uma boa dose deamor mais um beijo na bocado horroroso homicida. Abela e a fera, lembrou al-guém?Embora menos intrigantedo que o Pesadelo original,este A vingança de Freddypoderá ser curtido peloscultores mais indulgentesdo gênero. Agora resta espe-rar que a série recupere ofôlego na parte 3. Já estápronta.¦ Lamentável o estado daspoltronas do Roxy: apesardos (já) 70 cruzados dos in-gressos, inúmeras estão to-talmente rasgadas. Até pa-rece "vingança do Freddy",com suas longas e afiadasgarras metálicas, protestan-do contra os freqüentes au-mentos de preço. É a eternafalta de respeito. Pena. Eraum cinema confortável na,em geral, confortável cadeiaSeveriano Ribeiro.

í . •

A sedução de Silvana

A cantora mineira Silva-na <foto) apresenta hojee amanhã, no Jazz ma-nia, seu show Sedução, commúsicas que váo do funk aoblue, do jazz ao rock, do gestoao som. Na estrada, em carrei-ra solo, desde 1984 — antesatuava em corais de musica

erudita —, Silvana. 24 anos,cantou inicialmente em casasnoturnas de Belo Horizonte.

Em 1986, veio para o itio, afim de ampliar seus estudos

técnicos de voz e projetar-semusicalmente. Ingressou naL ni-Rio, onde estuda com Elia-ne Sampaio, e estreou no Virodo Ipiranga, acompanhada pe-la banda RJ Express.

Dona de uma voz sensual,muita garra, muita presençade palco e espirito, Silvana faz-se acompanhar hoje, apôs adissolução do RJ Express, pe-los músicos Alex Meireles (te-cladista e compositor), Ary Do-mingues (guitarrista», Guilher-me Aranha (baixista) e BetoGomes (baterista). .No repertó-rio, musicas de Cazuza, .Vlari-na, Kiko Zam- ¦»bianchi, ItamarAssumpçào, Dja-van e Fátima Gue- J?des. O Jazzmania £Oca na rua Rainha MElizabeth, 7tí9, e os *shows começam %

feàs 22h. #

Pasolini vira ópera

KASSEL, Alemanha

Ocidental — Aexposição bienal

Dokumenta deste anoapresenta uma retrospectivada obra de Pier Paolo Pasolinicomo diretor de cinema. Paraa ocasião, encomendou-se umaópera sobre a vida, os ideais,as obsessões e realizações docineasta italiano, mortotragicamente. O libreto foiescrito por Gerd Ucker, em

íntima colaboração com aequipe da Ópera de Kassel, odiretor americano SiegfriedSchoenbohn e seu cenaristaalemão Rolf Reuter.A música para a ópera, quetem como título provisórioPier Paolo..., foi composta porWalter Haupt, que dirigiu aparte experimental da Óperada Baviera de 1979 a 1986, ecuja versão operática deMarat/Sade, de Peter Weiss,

teve sua bem-sucedidapremière mundial em Kassel,em 1984, com soluções teatraisestonteantes encontradas pelaequipe da Ópera da cidade.Pier Paolo pretende examinare retratar a tênue relaçãoentre um artista criativo, vistocomo marginal, e a sociedadena qual nasceu e se formou, eque, com uma boa ajuda delepróprio, terminou pordestruí-lo.

Sinfonia

de comida

COM a batuta do maestro Isaac

Karabitschevsky, smoking e seuchapéu de chcf, Claude Troisgros

começa hoje seu concerto clássico, numatemporada que vai até dia 27 de junho.No programa, a cozinha clássica francesa,com paté de campagne, filet de sole du-glère, coq au vin e aiguillctte de canard à1'orange e muitos outros pratos encontra-dos num bom manual de receitas dacozinha francesa tradicional.

— Está chegando o inverno, épocaideal para este tipo de comida — dizClaude Troigros, que ano passado tam-bém promoveu este festival. É o únicoperíodo do ano em que Claude Troigros,filho de Pierre Troisgros, um dos chefsmais respeitados da França, deixa delado sua maneira de cozinhar, mais liga-da à nouvelle cuisine française.

Em seu restaurante, uma bela casacor-de-rosa no Jardim Botânico, por ondejá passaram.de Henry Kissinger e DavidRockfeller a Roberto Carlos, Ivo Pitan-guy e muitos gourmets cariocas, ClaudeTroisgros ultima os caldos e molhos queusará esta noite.

O restaurante fica na Rua CustódioSerrão, 62, tel: 226-4542. Uma refeiçãocom entrada, prato principal e sobremesafica em torno de CZ$ 800.

Frederico Mendes

Chef Claude Troisgros

HOJE NO RIO

CINEMA

RECOMENDAÇÃOA ERA DO RÁDIO (Radio Days), de WoodyAllen. Com Mia Farrow, Seth Oreen, JulieKavner e Dianne Wiest. Veneea (Av. Pas-teur, 184 — 205-8349): 15h, 10h4Om,18h20m, 20h, 21h40m. Comodoro (RuaHaddock Lobo, 145 — 204-2025): 14h20m,10h, I7h40m, I9h20m, 2lh. (10 anos). Es-tróiaEm seu 15° filme, Woody Allen faz umacarinhosa homenagem à época em que, emtorno do rádio, reunia-se a família que exer-citava intensa e fértil imaginação, fugindoàs situações sem graça do dia-a-dia.EUA/1987.IMAGENS DO INCONSCIENTE (Brasileiro),documentário de Leon Hirszman divididoem três partes: Em busoa do espaço cotldia-no, No reino das mãos e A barca do sol. SalaDezesseis (Rua Voluntários da Pátria. 88 —280-0149): hoje, amanhá e quarta, às 20h e21h30min, exibição da segunda parte: Noreino das mãos, com as obras de AdelinaGomes. Estréia.

Documentário sobre o trabalho da Dra.NÍ86 da Silveira no Museu do Inconsciente,ligado ao Centro Psiquiátrico Pedro II, emEngenho de Dentro. A trilogia do filmeprocura investigar as causas das doençasmentais dos internos, que usam as artesplásticas como forma de terapia. Produção1983/85.DEPOIS DE HORAS (After hours), de Mar-tin Scorsese. Com Griffin Dunne, RossanaArquette e Verna Bloom. Cineolube EstaçãoBotafogo (Rua Voluntários da Pátria, 88 —280-0149): hoje. às 18h, 20h, 22h. A partirde amanhá, às 10h, 18h, 20h, 22h (18 anos).Até domingo. Reapresentaçào.

O filme, todo rodado no Soho em NovaIorque, mostra o encontro entre um executi-vo e uma garota que ele conheceu, poracaso, saindo de uma relação que não deucerto. EUA/1984.A DAMA DAS CAMÉLIAS (Camllle). deGeorge Cukor. Com Greta Garbo, RobertTaylor, Lionel Barrymore e Henry Daniel.Paissandu (Rua Senador Vergueiro, 35 —205-4053): 14h, 10h, 18h, 20h, 22h (14anos). ReaproBentaçáo.

A trágica história da cortesá francesaMarguerite Guthier, conhecida na socieda-de como Dama das Camólias, que morreujovem e tuberculosa, apaixonada pelo aris-tocrata Armand Duvall. Baseado no roman-ce de Alexandre Dumas, filho. EUA/1930.VERA (Brasileiro), de Sérgio Toledo. ComAna Beatriz Nogueira, Raul Cortez, Aida.Leiner e Carlos Kroeber. Bruni-Méier (Av.Amaro Cavalcanti, 105 — 591-2740):14h30min, íehlOmin. 17hS0min,19h30min, 21hl0min. (10 anos). Conti-nuaçáo.

Menina órfã, criada em instituições pa-ra menores, assume uma personalidademasculinizada para se impor às outras me-ninas. Produção de 1980 que recebeu emBrasília os prêmios de melhor atriz, tfilhasonora e som. No Festival de Berlim recebeuo Urso de Prata de melhor atriz.O DECLÍNIO DO IMPÉRIO AMERICANO(Le déolin de 1'empire amérioain), de DenysArcand. Com Dominique Michel, DorothéeBerriman e Genevieve Rioux. Studlo-Copacabana (Rua Raul Pompéia, 102 — 247-8900): 14h lOmin, 10h, 17h50min,19h40min, 21h30min. (18 anos). Conti-nuaçáo.

Numa tarde de outono, um grupo dehomens prepara a ceia enquanto as mulhe-res fazem ginástica. O assunto discutidoentre todos são as relações sexuais entre oscasais enfocando os dois universos: mascu-lino e feminino. Canadá/1988.DANÇANDO COM UM E8TRANHO (Danoewith a stranger), de Mike Newell. Com Mi-randa Richardson, Rupert Everett e IanHolm. Art-Fashion Mall 1 (Estrada da Gá-vea. 809 — 382-1268): 14h50min,10h4Omin, 18h30min, 20h20min, 22h. Art-Casashopping 1 (Av. Alvorada, Via 11,2.150 — 325-0740): de 3a a 0a. às 15h50min,17h40min, I9h30min, 2lh20min. Sábado edomingo e 2a, às I4h, I5h50min,17h40min, I9h30min, 21h20min. (14anos). Continuação.

A explosiva história de amor entre umamulher que trabalha numa boate e um corre-dor de automóveis, nos primeiros anos dadécada de 50. Inglaterra/1985.O NOME DA R08A (The name of the rose),de Jean-Jacques Annaud. Com Sean Conne-ry, F. Murray Abraham e Christian Slater.Pftláoio-1 (Rua do Passeio. 40 — 240-0541),Amérioa (Rua Conde de Bonfim, 334 — 204-4240): 14h, 10h2Omin, I8h40min, 2lh. 8áoLulas 1 (Rua do Catete, 307 — 285-2290),Cinema* 1 (Av. Prado Júnior, 281 — 295-2889); Leblon-2 (Av. Ataulfo de Paiva. 391 —239-5048): 14h30min, 10h5Omin,19hl0min, 21h30min. Com som dolby-stereo em todos os cinemas, exceto no Amér-loa e Cinema-1. (14 anos). Continuação.

Dois monges franciscanos estão hospe-dados em um mosteiro onde uma série doviolentos assassinatos acontecem mistério-samente. Como um Sherlock Holmea medie-vai, o monge mais velho e seu jovem apren-diz iniciam uma investigação para esclare-cer os crimes. Baseado no romance de Um-berto Eco. Co-produção/ 1980.

VELUDO AZUL (Blue velvet), de DavidLynch. Com Kyle MacLachlan. Isabella Ros-sellini. Dennis Hopper e Laura Dern. Lido-l

(Praia do Flamengo, 72 — 285-0042): 15h,17hl0min, 18h20min. 21h30min. (18anos). Continuação.

Numa pequena cidade americana, a his-tória de quatro personagens — um estudan-te. uma cantora, a filha de um detetive e ummatador psicótico — entrelaça-se, envolvidaem sensual mistério. EUA/1980.A COR DO SEU DESTINO (Brasileiro), deJorge Durán. Com Guilherme Fontes, JúliaLemmertz e Norma Benguell. Rioamar (Av.Copacabana, 300 — 237-9932): de 2a a 0a, às10h3Omin, 18h20min, 20hl0min, 22h. Sá-bado e domingo, às I4h40min, l0h3Omin,18h20min, 20hl0min, 22h. (14 anos). Rea-presentaçáo.Jovem nascido no Chile vem para oBrasil, ainda criança, logo após a morte doirmão, torturado pela polícia. Com a chega-da da prima, também perseguida pela poli-cia chilena, seu passado vem à tona e elecomeça a tomar consciência da história doseu país. Produção de 1980.BAIXO GÁVEA (Brasileiro), de Haroldo Ma-rinho Barbosa. Com Lucélia Santos. LouiseCardoso, Carlos Gregório o José Wilker. Art-Fashion Mall 3. Estrada da Gávea. 899 (322-1258): 14h, 10h. 18h. 20h, 22h. (18 anos)Reapresentaçào.

Duas amigas — uma diretora e outraatriz de teatro — dividem a mesma casa e amesma mesa de bar. onde passam as madru-gadas sufocando suas frustrações e inquie-tações. Produção de 1988. No Festival doBrasília recebeu os prêmios de melhor atriz(Louise Cardoso) e melhor ator (Carlos Gre-gório). Prêmio especial do juri no IIIFestRio.PLATOON (Platoon). de Oliver Stone: ComTom Berenger, Willem Dafoe e CharlieSheen. Lido-2 (Praia do Flamengo, 72 —285-0042): lSh, 17hl0min, 10h2Omin,21h30min. Bristol (Av. Ministro Edgar Ro-mero, 400-391-4822): 15h, 17h, 19h, 21h.(18 anos). Continuação.

O horror da guerra do Viotná, no dia-a-dia do um pelotão de infantaria, visto atra-vés do olhar inocente de um dos novosrecrutas. EUA/1980. Oscar de melhor filme,direção, montagem e som.HANNAH E SUAS IRMÁ8 (Hannah and HerSisters), de Woody Allen. Com Woody Allen,Michael Caine e Mia Farrow. Jóia(Av. Copa-cabana, 080 — 255-7121): 14h, 10h, 18h,20h, 22h. (14 anos). Continuação.

Comédia dramática sobre uma famíliaque se reúne anualmente para comemorar oDia de Ação de Graças e aproveita para fazerum balanço de suas próprias vidas, relaçõesafetivas e conquistas profissionais.EUA/1980. Oscar de melhor roteiro origi-nal, ator e atriz coadjuvantes.

3STREIAS1EXO FRÁGIL (Brasileiro), de Jessel Buas.'om Edson Celulari, Maitê Proença, Moniquejvans e Oswaldo Loureiro. Sáo Luiz 2 (Rua doJatete, 307 — 285-2290), Copaoabana (Av. Co-jacabana, 801 — 255-0953), Rio-Sul (Rua Mar-[Uê8 de Sáo Vicente, 52 — 274-4532), Barra-2Av. das Américas, 4.000 — 325-0487, TijuoaRua Conde de Bonfim, 422 — 204-5240, Madu-eira-2 (Rua Dagmar da Fonseca, 54 — 390-1338): 14h lOm, 10h, 17h50m, 19h40m,!lh30m. Odeon (Praça Mahatma Gandhi, 2 —J20-3835): 13h40m, 15h30m, 17h20m,

lBhlOm, 21h. Ramo» (Rua Loopoldina Rego,52 — 230-1880): 15h30m, 17h20m, 19hl0m,2lh. (14 anos).

Autora teatral e ator procuram patrocíniopara montar uma peça. Na tentativa de conse-guir dinheiro, o ator se faz passar por mulher efica noivo de um viúvo, rico e solitário. Produ-çào de 1980.

PESADELO II — A VINOANÇA DE FREDDY (Anlghtmare on Elm Street 2), de Jack Sholder.Com Robert Englund, Mark Patton e KimMyers. Vitória (Rua Senador Dantas, 45 — 220-1783): 13hl0m, 14h50m, 10h3Om, 18hl0m,

19h50m, 21h30m. Studlo-Catete (Rua do Cate-te. 228 — 205-7104), Ópera-1 (Praia de Botafo-go, 340 — 552-4945). Roxy (Av. Copacabana,945 — 230-0245), Barra — 3 (Av. das Américas,4.000 — 325-0487), TJJuca-Palaoe 2 (Rua Condede Bonfim. 214 — 228-4610): 14h50m.10h3Om, 18hl0m. 19h50m. 21h30m. Art-Méier (Rua Silva Rabelo. 20 — 249-4544):14h20m. 10h, 17h40m, 10h2Om, 21h. (14anos).

Segunda parte de A hora do pesadelo ondeuma aérie de assassinatos reais acontece du-rante os sonhos. EUA/1985.

CONTINUAÇÕESTOMARA QUE SEJA MULHER (Speriamo chesia femmina), de Mário Monicelli. Com Catheri-ne Deneuve, Liv Ullmann, Philippe Noiret, Ber-nard Blier e Stefania Sandrelli. Art-FashionMall 4 (Estrada da Gávea, 899 — 322-1258):I5h, I7hl5min. I9h30min, 2lh45min. Bruni-Tijuoa (Rua Conde de Bonfim, 370 — 208-2325): 14h30min, 10h4Omin, 18h50min, 21h.Bruni-Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 371 —521-4890), Bruni-Copaoabana (Rua Barata Ri-beiro. 502 — 250-4588): 15h, 17hl0min,19h20min, 21h30min. Art-Casashopping 3(Av. Alvorada. Via 11, 2150-325-0746): de 3aa 0a, às 10h3Omin, 18h45min, 21h. Sábado edomingo e 2a, às I4hl5min, I8h30min,18h45min, 21h. Bruni-Tijuca (Rua Condo deBonfim, 370 — 208-2325): 14h30min,10h4Omin, 18h50min, 21h (14 anos).

Retrato de uma família italiana típica ondeo papel principal é exercido pelas mulheres,mais realistas e independentes que os homens.Itália/1980. Ganhador de 7 prêmios David Do-natelo.JORNADA NAS ESTRELAS IV — A VOLTAPARA A TERRA (Star Trek IV — The voyagehome), de Leonard Nimoy. Com William Shat-ner, Leonard Nimoy o DeForrest Kelley. MetroBoavista (Rua do Passeio, 02 — 240-1291):12h45min. 15h. 17hl5min, 10h3Omin,21h45min. Condor Copaoabana (Rua Figueire-do Magalhães. 280 — 255-2610); Largo doMaohado 1 (Largo do Machado. 29 — 205-0842): 13hl5min. 15h30min, 17h45min, 20h.22hl5min. Baronesa (Rua Cândido Benício,1.747 — 300-5745): 14h30min, 10h45min,19h, 21hl5min. Leblon-1 (Av. Ataulfo de Pai-va. 391 — 239-5048), Barra-1 (Av. das Améri-cas, 4.808 — 325-0487): 15h, 17hl0min,19h20min, 21h30min. Carioca (Rua Conde deBonfim. 338 — 228-8178), Madureira-3 (RuaJoão Vicente. 15 — 503-2140). Olaria (RuaUranos, 1.474 — 230-2006): 14h30min,

16h40min, 18h50m, 21h. Com som dolby-stereo. (Livre).No século 23 o mundo está à beira dadestruição e. para salvá-lo. um grupo de aven-tureiros intergaláticos precisa voltar a 1988,numa operação de salvamento das baleias.EUA/1980.NOITE DOS ARREPI08 (Nlght of the creeps),de Fred Dekker. Com Jason Lively. Steve Mar-shall, Jill Whitlow e Tom Atkins. Art-Copaoabana (Av. Copacabana, 759 — 235-4895), Art-Fashion Mall & (Estrada da Gávea,800 -322-1258): 15h20min. 17h, 18h40min,20h20min, 22h. Art-Tijuoa (Rua Conde do Bon-fim, 406 — 254-0578), Art-Madureira (Shop-ping Center de Madureira — 390-1827):I4h30min, l0hlOmin, I7h50min, 2lhi0min.Art-Casashopping 8 (Av. Alvorada, Via 11,2.150 — 325-0740): de 3a a 0a, às 10hlOmin,I7h50min, I9h30min, 21hlOmin. Sábado, do-mingo e 2a. às I4h30min, I0hiomin.17h50min, 19h30min. 21hlOmin. Paratodos(Rua Arquias Cordeiro, 350, — 281-3028):14h20min, 10h. 17h40mln, 19h20min. 21h.Pathé (Praça Floriano, 45 — 220-3135): de 2a a0a. às I2h, I3h40min, I5h20min, I7h,I8h40min, 20h20min, 22h. Sábadoedomingo,a partir das 13h40min. (14 anos).

Jovem morre misteriosamente e o corpo vaipara um laboratório de ciência. Anos maistarde, o corpo escapa do laboratório espalhan-do pânico e terror e transformando as pessoasem mortos-vivos. EUA/1988.MÁQUINA MORTÍFERA (Lethal weapon). deRichard Donner. Com Mel Gibson, Danny Glo-ver. Gary Busey e Mitchell Ryan. Ópera-2(Praia de Botafogo. 340 — 552-4945): 14h, 18h,18h, 20h, 22h. Madureira-1 (Rua Dagmar daFonseca. 54 — 390-2338), Paláoio-2 (Rua doPasseio, 40 — 240-6541): 13h30min.I5h30min, 17h30min, I9h30min, 2lh30min.Tijuoa Palace 1 (Rua Conde de Bonfim, 214 —228-4610): 15h, 17h. 10h, 81h. (14 anos).

Dois policiais de Los Angeles, veteranos daDivulgação

Bodas de sangue é o primeiro filmedâlrüõgmcUiemaibalé dirigida porCarlos Saura e coreografáda por Antônio Gades. A ele se seguiram

Carmen e Amor bruxo, mas é principalmente em Bodas de Sangue que asensualidade e magia da música espanhola estão presentes narrando a

tragédia passional de Federico Garcia Lorca. A narrativa éextremamente simples — um grupo de bailarinos, numa sala, ensaiandoa adaptação coreografáda da peça — mas é impossível não se envolver

na beleza das imagens e da música

guerra do Vietnam, têm métodos diferentes detrabalho mas sáo obrigados a atuar juntos paradesvendar o mistério de um crime dado inicial-mente como suicídio. EUA/1988.POR FAVOR. MATEM MINHA MULHER (Rut-hless people). de Jim Abrahams-David e JerryZucker. com Danny Dvito. Bette Midler e JudgeReinhold Largo do Machado 2 (Largo do Ma-chado. 20 — 205-0842): 14)1. I5h50min,17h40min. 19h30min. 21h20min. (14 anos).

Comédia sobre o seqüestro de uma mulherriquíssima, mas tão chata, que até os aoqUes-tradores seriam capazes de pagar para devolve-la ao marido. EUA/1986.REAPRESENTAÇÕESEU (Brasileiro), de Walter Hugo Khouri. ComTarcísio Meira, Bia Soidl. Monique Lafond eChristiane Torloni. Lagoa Drive-In (Av. Borgesde Medeiros. 1.420 — 274-7999): 20h30min,22h30min. Até quarta. (10 anos).

Um empresário, rico e poderoso, vai parauma ilha paradisíaca cercado de belas mulhe-res, na tentativa de encontrar resposta parasuas insatisfações afetivas. Produção de 1980.AS AVENTURAS DE GWENDOLINE NA CIDA-DE PERDIDA (Gwendoline), de Just Jaeckin.Com Tawny Bitaen, Brent Huff, BernadetteLafont. Jean Rougerie e Zabou. Coral (Praia deBotafogo. 310 — 55 1-8649): 14h30min,10h2Omin. 18hl0min. 20h. 21h50min (14anos).

Uma jovem bonita foge de um convento emParis e vai parar na Ásia viajando em umcargueiro. Lá. ela conhece um aventureiro queestá atrás de um exemplar raro de borboletas eos dois juntos passam por todo tipo de aventuratendo como cenário as florestas asiáticas. Pro-duçáo francesa.EU, CHRISTIANE F., 13 ANOS, DROGADA EPROSTITUÍDA (Christiane F.), de Ulrich Edel.Com Natja Brunkhorst. Thomas Haustein eDavid Bowie. Tijuoa-Palace 2 (Rua Conde doBonfim, 214 — 228-40101: 14h30min,18h40min. I8h50min, 2lh. (18 anos).

Baseado no livro homônimo escrito pelosjornalistas Kai Hermann e Horst Rieck a partirdo depoimento da jovein Christiane F que. aos13 anos. vivia no submundo das drogas, sendoobrigada a prostituir-se para manter o vício.Alemanha'1981.FALCÁO — O CAMPEÃO DOS CAMPEÕES(Over the top). de Menahem Golan. Com Silves-ter Stallone, Robert Loggia e Susan Blakely.Palácio (Campo Grande): 15h. 10h4Omin,18h20min, 20h (10 anos).

Motorista de caminhão percorre as estradasamericanas participando do competições dequedas-de-braço. EUA/1988.

EXTRASBODAS DE SANGUE (Bodas do sangre), deCarlos Saura. Com Antônio Gades. CristinaHoyos e Juan Antônio Gimenez. Cândido Men-des (Rua Joana Angélica. 03 — 227-9882) hojee amanhá. às 14. 15h30min, 17h, 18h30min.20h. 21h30min. (Livre).Baseado na peça de Federico Garcia Lorca.o filme mostra a chegada dos bailarinos à salade ensaios, o acerto dos últimos detalhes efinalmente um ensaio corrido da peça. Es-panha/1981.EU, LEONARDO — De Lee R Bobker. ComFrank Langella, Joseph Mahor, Jeremiah Sulli-van e Louis Terene. De 2a a domingo, emsessões contínuas, das llh às I8h, no PalácioGustavo Capanema (Salão de Exposições). Ruada Imprensa. 10. Até dia 28.

Vida e obra do gênio Leonardo da Vinci,mostrando aspectos da época em que viveu,com textos extraídos de suas próprias reflexõescomo filósofo, artista, cientista e inventor.EUA/1983.

f. PERTO DE VOCE

SHOPPING8ÀRT CASASHOPPING 1 — Dançando com umSBtranho: de 3a a 6a. às 15h50min, 17h40min,I9h30min, 2lh20min. Sábado, domingo e se-íunda, às 14h, 15h50min, 17h4'0min,19h30min, 21h20mín. (14 anos).ART CASASHOPPING 2 — Noite dos Arrepios:ie 3aa6aàs íehlOmin. 17h50min, 10h3Omin,21hl0min. Sábado e domingo e segunda, apartir das 14h30min. (14 anos).ART CASASHOPPING 3 — Tomara Que SejaMulher: de 3a a 0", às 16h30min, 18h45min,21h. Sábado e domingo e segunda, a partir das14hl5min. (10 anos).ART FASHION MALL 1 — Dançando com umSatrànho: 14h50min, 18h40min, I8h30min,20h20min, 22h. (14 anos).ART FASHION MALL 2 — Noite dos Arrepios:I5h20mín, 17h, 18h40min, 20h20min, 22h14 anos).ART FASHION MALL 3 — Baixo Gávea* 14hIBh, 18h. 20h, 22h. (18 anos).ART FASHION MALL 4 — Tomara Que SejaMulher: 15h. 17hl5min, íehSOmin.21h45min. (14 anos).3ÀRRA 1 — Jornada nas Estrelas IV —- A Volta?ara a Terra: 15h, 17hl0min. 10h2Omin.2lh30min. (livre).3ARRA 2 — Sexo Frágil: 14hlOmin, 18h,I7h50min, 10h4Omin. 21h30min. (14 anos)3ARRA 3 — Pesadelo II — A Vingança derçeddy: 14h50min, 16h30min, lBhiomini0h5Ümin, 21h30min. (14 anos),íio SUL — Sexo Frágil: 14hlOmin. 10hI7h50min, 10h4Omin. 21h30min (14 anos).COPACABANA\RT-COPAC ABANA — Noite dos Arrepios:I5h20min, I7h, I8h40min. 20h20min. 22h.14 anos).

BRUNI COPACABANA — Tomara Que SejaMulher: 14h30min, 10h4Omin, 18h50min,21h. (14 anos).CINEMA 1 — O Nome da Rosa: 14h30min,16h50min, 19hl0min, 21h30min. (14 anos).CONDOR COPACABANA — Jornada nas Estre-Ias IV — A Volta Para a Terra: 13hl5min,15h30min, 17h45min, 20h, 22hl5min (livre).COPACABANA — Sexo Frágil: 14hlOmin. 16h.I7h50min, I9h40min, 2lh30min. (14 anos).JÓIA — Hannah e Suas Irmãs: 14h, 16h, 18h,20h, 22h (14 anos).RICAMAR — A Cor do Seu Destino: de 2a a 8a,às 10h3Omin, 18h20min, 20hl0min. 22h. Sá-bado e domingo, a partir das 14h40min.ROXY — Pesadelo II — A Vingança de Freddy:14h50min, 18h30min, 18hl0min, 19h50min,21h30min. (14 anos).STUDIO COPACABANA — O Declínio do Impé-rio Americano: 14hlOmin, 18h, 17h50min,19h40min, 21h30min. (18 anos).IPANEMA E LEBLONBRUNI IPANEMA — Tomara Que Soja Mulher:15h. 17hl0min. 19h20min, 21h30min. (14anos).CÂNDIDO MENDES — Bodas de sangue: I4h,I5h30min, I7h. I8h30min. 20h. 2lh30min.(Livre).LAGOA DRIVE IN— Eu. 20h30min. 22h30min(18 anos).LEBLON 1 — Jornada nas Estrelas IV — AVolta para a Terra; 15h. I7hl0min. 10h2Omin,21h30min. (Livre).LEBLON 2 — O Nome da Rosa: 14h30min,16h50min. 19hl0min, 21h30min. (14 anos).BOTAFOGOBOTAFOGO — Rumo para o alto 13h30min,18h05min, 18h40min, 20h. (18 anos),CORAL — As Aventuras de Owendollne na

Cidade Perdida. I4h30min, 18h20min,18hl0min. 20h, 21h50min. (14 anos)ESTAÇÁO BOTAFOGO — Depois de horas: 18h,20h. 22h. (18 anos).ÓPERA 1 — Pesadelo II — A Vingança deFreddy: 14h50min. 18h30min. 18hl0min,19h50min, 21h30min. (14 anos).ÓPERA 2 — Máquina Mortífera: 14h. 16h. 18h.20h, 22h. (14 anos).SCALA — Surubas, sacanagens e gostosas t...aéreas I4h. 17h20min. 21h30min. (18 anos).VENEZA — A Era do Rádio 15h. 16h40min.18h20min. 20h, 2lh40min. (10 anos).CATETE E FLAMENGOLARGO DO MACHADO 1 —Jornada nas Estro-Ias IV — A Volta para a Torra: 13hl5min.15h30min, 17h45min. 20h. 22hl5min. (Livro).LARGO DO MACHADO 2 — Por Favor. MatemMinha Mulher: 14h. 15h50min. 17h40min.19h30min, 21h20min. (14 anos).LIDO 1 — Veludo Azul 15h, 17hl0min.19h20min. 21h30min (18 anos).LIDO 2 — Platoon 15h. 17hl0min. 10h20min,21h30min (18 anos).PAISSANDU NOSTALOIA — A dama daa carne-lias: 14h. lüh. 18h. 20h. 22h (14 anos).SÁO LUIZ 1 — O Nome da Rosa 14h,18h20min. 18h40min. 21h (14 anos)SÁO LUIZ 2 — Sexo Frágil 14hl0min. lOh.17h50min. 19h40min, 21h30min. (14 anos).STUDIO CATETE — Pesadolo II — A Vingançade Freddy 14h50min. 10h3Omin. 18hl0min.I9h50min. 2lh30min. (14 anos).CENTROMETRO BOAVISTA —Jornada nas Estrelas IV— A Volta Para a Terra 12h45min. 15h.17hl5min. 19h30min. 21h45min. (Livre)ODEON — Sexo Frágil 13h40min. 15h30min,17h20min, 19hl0min, 21h. (14 anos).

ODEON — Sexo Frágil: 13h40min. 15h30min.17h20mln, lBhiomin, 21h. (14 anos).ORLY — Suruba», saoanagens e gostosa» t...aéreas: de 2a a 6". às lOh. Ilh30min. 13h,14h30min. 16h, 17h30min, 10h, 20h30min.Sábado e domingo, a partir das I4h30min (18anos).PALACIO 1 — O nome da rosa. 14h, 16h20min.18h40min. 21h (14 anos)PALÁCIO 8 — Máquina Mortífera: 13h30min.15h30min, 17h30min, 19h30min. 2ih30min.(14 anos).PATHÉ — Noite dos Arrepios de 2a a 8a. às12h. 13h40min, 15h20min, 17h. 18h40min,20h20min. 22h. Sábado e domingo, a partir das13h40min. (14 anos).REX — Viagem além do útero: 2a. sábado edomingo, às 14h. 16h40mtn. i0h2Omin. De 3aa 0a. às lOh, 12h40min, 15h20min, I8h,10h2Omin. (18 anos).VITÓRIA — Pesadelo II — A Vingança deFreddy 13hl0min. 14h50min, iah30min,lBhiomin, 10h50min. 21h30min (14 anos).

TIJUCAAMÉRICA— O Nome da Rosa 14h. 18h20min,18h40min. 21h (14 anos).ART TIJUCA — Noite dos Arrepios 14h30min,íehlOmin, 17h50min. 10h3Omin. 2ihlOmin(14 anos).BRUNI TIJUCA — Tomara Que Soja Mulher:14h30min. itíh40min. lBhSOmin. 21h. (14anos).CARIOCA — Jornada nas Estrelas IV — A Voltapara a Terra I4h30min, 18h40min,18h50mín, 21h. (Livre).COMODORO — A Era do Rádio 14h20min,16h 17h40min, 19h20mm. 21h. (10 anos).COPER TIJUCA — Eu. ChrisUano F. 13 anos.

Drogada e Prostituída: 14h40min, 18h50min,10h, 21hl0min.TIJUCA — Sexo Frágil: 14hl0min, 16h.I7h50min, I9h40min. 2lh30mín. (14 anos).TIJUCA PALACE 1 — Máquina Mortífera: 15h,17h. 19h. 21h. (14 anos).TIJUCA PALACE 2 — Pesadelo II — A Vlngan-ça de Freddy: 14h50min, 10h3Omin,lBhiomin. 10h5Omin. 21h30min. (14 anos).

MÉIERART MEIER — Pesadelo II — A Vingança doFreddy I4h20min, 18h. 17h40min.19h20min, 21h. (14 anos).BRUNI MEIER —Vera 14h30min. lGhlOmin,17h50min. 10h3Omin. 2ihi0min. (10 anos).PARATODOS — Noite dos Arrepios:I4h20min, I0h. I7h40min. I9h20min, 2lh.(14 anos).

RAMOS E OLARIARAMOS — Sexo Frágil 15h30min. 17h20min.lOhlOmin. 21h. (14 unos)OLARIA — Jornada nas Estrelas IV — A Voltapara a Terra 14h30min, 18h40min,18h50min, 21h (Livre).

MADUREIRA E JACAREPAGUÁART-MADUREIRA — Noite dos Arrepios14h30mm. ltíhlOmin. 17h50min. 10h3Omin.21hl0min. (14 anos).ASTOR — Surubas, sacanagens e gostosas t...aereas I4h, I6h40min. 18h. I0h20min. 21h.(18 anos)BARONESA — Jornada nas Estrelas IV — AVolta para a Terra 14h30min. 16h45mm, 10h,21hl5min. (Livre).BRISTOL — Platoon 15h. 17h, 10h. 2lh. (18anos).

MADUREIRA 1 — Máquina mortífera13h30min. 15h30min. 17h30min, 19h30min,21h30min (14 anos)MADUREIRA 2 —Sexo Frágil 14hl0min. 16h.17hS0min. íoh-iomin. 2ih30min, (14 anos).MADUREIRA 3 — Jornada nas Estrelas IV — AVolta para a Terra. 14h30min, 10h4Omin,18h50min, 21h (Livre).CAMPO GRANDEPALÁCIO — Falcão — O Campeào dos Cam-peões: I5h. I8h40min. I8h20min, 20h (10anos).NITERÓIARTE UFF (717-8080) — 3 1/2 semanas doamor. Hoje. A filha de minha mulher. As16h20min. 18h40min. 21h. (18 anos).WINDSOR (717 6280) — A Noite dos Arrepios14h30min. íahlOmm. 17ti50min. 10h30min.21hlOmin. (18 anos).CENTER (711-8909)— Sexo Frágil 14hl0min,16h. 17h50inin. 10h40min. 21h30min. (14anos).NITERÓI (717-9322) — Pesadelo II — A Vin-gança de Freddy I4h20min. 18h, 17h40min,19h20min. 2lh. (14 anos).NITERÓI SHOPPING 2 — Falcáo — O Campeáodos Campeões I4h30min. lõhlOmin,17h50min. lBhSOmin. 21hl0min (10 anos)NITERÓI SHOPP1NO 1 — Vera 14h30min,íehlOmin, 17h50min. 19h30n..n. 21hlOmin(18 anos).ICARAÍ (717-0120) — O Nome da Rosa14h30mín, 10h5Omin. 19hl0min. 21h30min(14 anos).CINEMA 1 (711-9330) — Tomara Que SejaMulher 15h30min. 17h45min, 20h,22hl5min. (14 anos).CENTRAL (717-0387) — Jornada nas EstrelasIV — A Volta para a Terra 14h30min,16h40min. 18h50min. 2lh (Livro).

JORNAL DO BRASIL

FIL.MES DA TV

Os

males

da

ambição

Paulo A. Fortes

O que transforma um filmenum clássico? Por certo,não bastam apenas talento

e disposição. É necessária algumasorte e muita magia, uma alquimiaimponderável e imprevisível. As-sim caminha a humanidade (Canal4, OhOõmin) é um filme onde estefenômeno se realiza por inteiro. Foiuma superprodução ao custo, altis-simo para a época, de 5 milhões dedólares. Seu produtor-diretor,George Stevens, queria encerrar atrilogia sobre as contradições e con-quistas da América, que já contavacom Um lugar ao sol e Os brutostambém amam.

Perfeccionista ao extremo, Ste-vens chegava a levar cinco anosnamorando um roteiro, planejandoa produção, antes de iniciar as fil-magens. Resolveu adaptar para astelas um mastodôntico best-sellerde Edna Ferber, que contava a sagade duas gerações de texanos, viven-do e amando em meio às violentasmudanças causadas no estado peladescoberta do petróleo, que sacu-diu definitivamente aquela estrutu-ra social, agrária e aristocrática,preconceituosa e desigual.

É a esse Texas, ainda agrário,que chega a bela Leslie Benedict,recém-casada com Buck, um dosmais ricos e poderosos fazendeirosdo estado. Através dos olhos destamoça, vamos conhecer o luxo e oprovincianismo dessa sociedade,que odiava os mexicanos e não con-

segunda-feira, 15/6/87 o CADERNO B o 5

Taylor e Dean em Assim caminha a humanidade (Canal 4,0h05min)

seguia enxergar além das cercas doRiata Ranch. Logo a moça — es-plendidamente interpretada porElizabeth Taylor, que aos 23 anosde idade conseguiu assumir o suaveenvelhecimento de sua personagemirá se aliar ao motorista da famí-lia, Jett Rink, último papel na car-reira de James Dean, na defesa dasminorias e dos miseráveis que vi-vem na periferia da fazenda.

Vacilante entre o amor por Bucko melhor desempenho na carrei-

ra de Rock Hudson — e o idealismode Jett, ela assiste à progressivatransformação do rapaz num big-boss do petróleo, um homem an-gustiado, bêbedo e decadente. Ste-vens faz, com este filme, uma pará-bola sobre a corrupção, inerente aopoder, seja numa sociedade agrá-ria, seja num capitalismo mais mo-derno e competitivo. Nem mesmovalores individuais como o amor e asolidariedade resistem a essa ava-lanche de emoção e ambição quemove a história humana. Neste fil-me brilhante, encharcado de sen-sualidade sublimada, indicado pa-ra 10 Oscars, mas que só levou aestatueta de direção, George Ste-vens encerra sua trilogia afirmandoque a felicidade é um bem cada diamais escasso, no caminho da huma-nidade.

A PROGRAMAÇÃO

MOWOLI, O MENINO LOBOTv Globo — 14h20min(Jungle book) produção americana do 1942,dirigida por Zoltan Korda. Elenco: Sabu. Jo-seph Calleia, John Qualen, Frank Puglia. Cor(105min).Aventura. Nas florestas da índia, garoto(Sabu) cresce e vive em meio a lobos selva-gens. Baseado no livro de Rudyard Kipling.A MAIS VELHA PROFISSÃOTv Copacabana — 21h30min(The oldest profession) produção franco-italiana dirigida por Mauro Bolognini, Jean-Luc Godard, Mario Monicelli, entre outros.Elenco: Raquel Welch, Elsa Martinelli, Jean-ne Moreau, Marilu Tolo. Cor.Comédia em capítulos, contando a história daprostituição, dosdo a pré-história até os tem-pos futuros.

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADETv Globo — OhOõmin(Giant) produção americana de 1950, dirigidapor George Stevens. Elenco: Elizabeth Taylor.Rock Hudson, James Dean, Carroll Baker. Cor(198min).Drama. Fazendeiro (Hudson) volta casadocom bola moça (Taylor) à sua propriedade noTexas. Ela acaba se aliando ao chofer (Dean)na defesa das minorias miseráveis. O rapazacha petróleo em suas terras e torna-se maispoderoso do que o antigo patrão.O VALE DA REDENÇÃOTv Bandeirantes — 0h30min(Count throe and pray) produção americanado 1955, dirigida por Georgo Sherman. Elen-co: Van Heflin, Joanne Woodward, Phll Carey.Cor (102min).Western. Homem mulherengo (Heflin)volta da guerra à sua cidade transformando-se em pregador. Ninguém acredita nisso, anão sor a dona do saloon da cidade.

James Dean

O mito,

30 anos depois

Paulo A. Fortes

A INDA hoje, mais de 30MM anos após sua morte,Jfc * ainda permanecem as

perguntas sobre James Dean,sua vida, seu mistério e seumito: será que ele foi tudo aqui-lo que dele ficou? Será que, emalgum momento, ele teve cons-ciência do enorme monstro designificados que, dentro de si, odestino estava forjando? Quan-do Dean foi enterrado, a 8 deoutubro de 1956,' na minúsculaFairmount, Indiana, o reveren-do Xen Harvey predisse:" A car-reira dele nâo terminou. Ape-nas começou. E agora é o pró-prio Deus quem dirige a pro-duçáo."

Por este tempo, de JamesDean só se conhecia um filme:Vidas amargas, dirigido por

Vidas amargas foi o únicofilme a estrear com Deanainda vivo

Elia Kazan, dois anos antes. Ofilme que o entroniza-ria definitivamente no panteãodos mitos deste século, Juven-tude transviada, de NlcholasRay, só estrearia três semanasapós seu enterro. Nestes doisfilmes, e também em Assim ca-minha a humanidade, seu últi-mo trabalho, Dean faz papéissemelhantes: um jovem, incon-formado, com as injustiças deseu mundo, que se refugia namarginalidade, e rejeita a socie-dade maior, mesmo sofrendomuito por isto.

Com James Dean, os jovensdaqueles puritanos, prósperos ehipócritas anos 50 finalmenteencontravam sua cara. As rou-pas, o penteado, o jeito, a sen-sualidade apenas sugerida, tu-do sugeria modernidade e re-beldia.

Blssexual, egocêntrico, compendores sadomasoquistas, ele

nem mesmo conse-guiu consolidar seuprestigio como gran-de ator. Correm boa-tos de que, em Assimcaminha a humanida-de, Dean teve dificul-dades para interpre-tar Jett Rink na meia-idade, rico e bèbedó.Uma das últimas ce-has do filme, um enor-me porre de Rink, te-ria sido filmada comum substituto: pores-te tempo, JamesDean já havia esbor-rachado seu Porscheprateado, a 140 quilô-metros por hora, deencontro a um velhoFord, num cruzamen-to que vai para Sali-nas, Califórnia.

TVE para,

crianças

A TVE lança hoje a mais novaopção na programação in-fantil de tevê no Rio, o Canta

Conto, que irá ao ar de segunda àsexta, às 9h30min, para as criançasque ficam em casa de manhã, e, às13h30min, para aquelas que já vol-taram da escola. Dirigido por Der-meval Netto, criado e apresentadopor Bia Bedran, o programa expio-ra o lado sensível, delicado e poéti-co da alma infantil.

— Vamos restabelecer a digni-dade da programação infantil datevê perante a criança — eleanuncia.

Canta Conto vai cantar a músi-ca e o folclore brasileiro para crian-ças, contar a literatura infantil,dançar com a Banda Pequena, for-mada por. meninos e meninas, pes-quisar sons, visitar a cidade (asexternas do primeiro programa fo-ram gravadas no Jardim Botânico)e explorar ainda o imaginário e oabsurdo no mundo da criança.

Antonio Teixeira Filho

Divulgação HOJE NO RIO

TELEVISÃO

CANAL 28:00 Telecurso Io grau — Aula de Ciências8:18 Teleourso 8° grau — Aula de Física8:80 TVE na Esoola8:30 Qualificação Profissional para o Magis-

té rio — Integração Social e Comunicaçãoe Expressão

9:00 Sítio do Picapau Amarelo — Seriado ln-fantil. Episódio: A cuca vai pegar9:00 Canta Conto — Música, histórias e jogospara crianças. Apresentado por Bia Be-dran

10:00 Supertelinha — Desenhos animados efilmes com bonecos. Apresentado porLisandra Campos

10:30 Mundo Selvagem — Documentário: Ter-raa do Rio Drowed

11:00 Uma Pitada de Sorte — Aventuras vivi-das por um mágico (Rubens Corrêa), umpalhaço (ítalo Roa si), uma oigana (AliceReis) e um narrador (Sérgio Brito)

11:30 Década da Destruição — Documentário:As tempestades da Amazônia

12:00 Telecurso Io Grau — Reprise12:16 Telecurso 2o Grau Reprise12:35 Diário da Constituinte — Noticiário pro-dusido pelo Congresso12:39 TVE Escola12:40 Qualificação Profissional para o Magis-

tório — Reprise13:10 Sítio do Picapau Amarelo — Reprise13:40 Canta Conto — Música, histórias e jogos

para crianças. Apresentação de Bia Be-dran

14:10 Supertelinha — Desenhos animados efilmes oom bonecos. Apresentação deLisandra Campos

14:40 Mundo Selvagem — Reprise16:10 Uma pitada de Sorte — Reprise16:40 Década da Destruição — Reprise16:10 Sem Censura Especial — Debate de as-

suntos em evidência. Apresentação deLúcia Leme

19:10 Enciclopédia Britânica — Dooumentá-rio: O pulsar do coração de um vulcão ena selva escura das cavernas

80:10 Viver — Medicina e saúde da família emdebate. Apresentação de Jalusa Bar-cellos

20:36 Diário da Constituinte — Noticiário pro-duzido pelo Congresso80:40 Tempo de Esporte — Resenha com atua-

lldades '«acionais e internacionais.Apresentarão de Ana Lúcia Gregati eMárcio Martins

81:30 Advogado do Diabo — Entrevistas con-duzidas por Oswaldo Sargentelli Jr. An-tônlo Torres é o convidado de hoje

88:30 Jornal das Des — Noticiário analíticocom Áurea Rocha e Mounir Safatli

83:10 1987 — Jornalístico de entrevistas00:10 Eu Sou o Show — A trajetória de um

artista. Benito Di Paula (Ia parte)00:40 Boa Noite de Jonas Resende — Tema:Nossa Esoola Nacional de Clroo

CANAL 46:30 Telecurso Io Grau — Educativo6:45 Telecurso 2o Grau — Educativo7:00 Bom-Dia, Brasil — Comentários políti-cos. Com Carlos Monfort7:30 Bom-Dia, Brasil — Reprise8:00 Xou da Xuxa — Infantil com desenhos,brincadeiras e musicais. Apresentaçãode Xuxa12:20 Diário da Constituinte — Noticiário pro-duzido pelo Congresso12:25 RJ TV — Noticiário local. Com SôniaMaria

12:40 O Globo Esporte - Noticiário esportivocom Fernando Vanucci13:00 Hoje — Noticiário, agenda cultural e

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; l.CILV.

DermevalNettoquerdevolverdignidadeaosprogramasinfantis

SHOW

O projeto TVE Escola estréiahoje o seu segundo ano comvárias reformas que visam

ampliar a visão de currículoescolar, respeitando a fantasia e

a imaginação da criança.Dividido em duas etapas — aprimeira com início às 8h e

reprisada depois, a partir das12h — tem novos quadros comdesenhos, documentários e oquadro Canta Conto (foto)

apresentado por Bia Bedran que,com a participação de bonecos,resgata o tradicional hábito de

contar histórias.entrevistas. Com Leda Nagle e MarcosHummel13:25 Vale a Pena Ver do Novo — Reprise danovela: Vereda Tropical14:20 Sessão da tardo — Filme: Mowgli, o me-nino lobo16:20 Sessão Aventura — Seriado: Casal 20.17:80 Sessão Comédia — Seriado: Supergatas.17:55 Direito do amar — Novela de WalterNegrão. Com Glória Pires, Lauro Coronao Carlos Vereza18:50 Brega e Chique — Novela de CassianoGabus Mendes. Com Marília Pera, JorgeDória, Glória Menezes e Fábio Sabag19:45 RJ TV — Noticiário local. Com ValériaMonteiro10:55 Diário da Constituinte — Noticiário pro-duzido pelo Congresso20:00 Jornal Nacional — Noticiário nacional einternacional. Com Cid Moreira e CelsoFreitas20:30 O Outro — Novela de Aguinaldo Silva.Com Francisco Cuoco, Natália do Valo oIoná Magalhães21:20 Viva o Gordo — Humorístico com JôSoares22:25 Monte Cario — Minissérie (Ia parte)23:20 Jornal da Globo — Noticiário com LeilaCordeiro o Eliakim Araújo. Comentá-rios de Paulo Henrique Amorim23:50 Globo economia — Comentários de Li-lian Wite Fibe23:55 RJ TV — Noticiário local. Com ElianaRodrigues00:05 Cineclube — Filmo: Assim caminha ahumanidade

— Noticiário nacional e internacional.Com Jacyra Lucas e Sérgio de Carvalho13:00 Boletim da Constituinte — Noticiárioproduzido pelo Congresso

13:05 Cló para os íntimos — Programa femini-no apresentado por Clodovil. O entrevis-tado de hoje ó Hermeto Paschoal

14:00 Romance da Tarde — Reprise da novelaNovo amor15:00 Mulher 87 — Temas de interesse damulher. Apresentação de Celene Araújoe direção de Newton Travesso.17:00 Lupu Limpim Claplá Topò — Infantilapresentado por Lucinha Lins o CláudioTovar18:55 Boletim da Constituinte: Noticiário pro-duzido pelo Congresso19:00 Manchete Esportiva — 2a Edição — Noti-ciário apresentado por Paulo Stein19:25 Jornal Local — Noticiário apresentado

por Ana Maria Badaró19:30 Helena — Novela de Mário Prata, Dago-mir Marquezi e Reinaldo de Moraes.Com Luciana Braga, Thales Pan Chacon,Mayara Magri e Aracy Balabanian20:20 Jornal da Manohete — Ia edição — Noti-ciário nacional e internacional. ComCarlos Bianchini e Ronaldo Rosas. Co-mentários de Villas-Bóas Corrêa21:20 Corpo Santo — Novela de José Louzeiro.Com Christiane Torloni, Reginaldo Fa-ria e Nathalia Timberg22:20 Hill Streot Blues — Seriado. Episódio:Uma profissão antiga23:20 Momento Eoonómico — Comentários doMarco Antônio Rocha23:25 Jornal da Manohete — 2a edição — Noti-ciário nacional e internacional. ComLuiz Santoro, Leila Richers o RonaldoRosas

81:80 Aglldo no País das Maravilhas — Humo-rístioo com Agildo Ribeiro88:80 Investigação Nacional — Com SérgioMotta Mello83:80 Jornal da Noite — Noticiário. Com Ma-ria Lins, Gilberto Ribeiro e José Augua-to Ribeiro83:60 Ação e investimento83:66 Flash — Entrevistas com Amaury Jr.00:26 Entre amigos — Musical com Caçuli-nha e convidados00:30 Cinema na Madrugada — Filme: Valeda redenção

CANAL 9

CANAL 7

CANAL 67:45 Programação Educativa8:00 Repórter Manchete12:00 Manchete Esportiva — Io Tempo — Noti-ciário apresentado por Márcio Guedes12:30 Jornal da Manchete — Edição da Tarde

6:46 Programa Jimmy Swaggart—Religiosocom o pastor protestante7:16 Quallfioaçào Profissional — Educativo

7:30 O Despertar da Fé — Programa religiosoda Igreja Universal do Reino de Deus

8:00 TV Fofào — Infantil com desenhos ebrincadeiras. Com Orival Peasini e Eleo-nora Prado

10:00 Ela — Programa feminino. Com EdnaSavaget

11:66 Boa Vontade — Programa religioso daLegião da Boa Vontade. Com o pastorJosé de Paiva Netto

12:00 Esporte Total — Noticiário esportivo.Com Elys Marina e Elia Júnior

18:30 Esporte Compacto — Ediçáo Looal. ComJosé Roberto Tedesco

13:00 Jornal da Constituinte — Noticiário doCongresso Nacional

13:06 Fórmula Única — Musicais, entrevistase clips. Com Fernando Guizard

14:00 TV Fofáo — Infantil (continuação)16:00 TV Criança — Infantil com desenhos ebrincadeiras. Com Mônica Ferri, Eleono-ra Prado e Cibele Colososhi

18:00 O Barco do Amor — Seriado. Episódio: Ocapitão e a dama

19:00 Diário da Constituinte — Noticiário doCongresso

19:06 Jornal do Rio — Noticiário local. Apre-sentado por José Augusto Ribeiro e Ro-sana Bensusan. Com Paulo Branco, JoséRoberto Tedesco e Gilka Serzedelo

19:40 Jornal Bandeirantes — Edição nacionalcom Ferreira Martins, Marília Gabriela,Newton Carlos e José Augusto Ribeiro

20:10 Dinheiro — Comentários com Rafael Mo-reno

20:16 A Feiticeira — Seriado. Episódio: Amortem que ser verdadeiro20:46 Tudo em Família — Seriado. Episódio: Aprimeira e última ceia

9:00 Qualificação Profissional — Educativo9:15 Encontro com a Vida — Religioso compastores protestantes9:20 A Hora da Eucaristia — Religioso com o

padre Jair Rodrigues9:35 Igrejada Graça—Religiosocom o pastorR.R. Soares10:00 Posso Crer no Amanhã — Religioso10:20 Um Momento com Deus — Religioso10:35 Avontura aos Quatro Ventos — Do-cumentário11:10 Viva com Saúde11:20 Em Tempo — Comentários sobre moda.agenda cultural, entrevistas o informa-

çáo. Com Roberto Milost11:55 Momentos do vida — Religioso12:00 Jornal — Noticiário nacional e interna-cional. Com Hélio Ansaldim Padre Gon-dinho, Murilo Antonio Alves. Maria Li-dia e José Luiz Monogatti13:00 À Moda da Casa13:15 Comer Bom — Culinária com Etty Fraser13:30 Férias no Acampamento — Seriado14:00 Cachorro Lobo — Seriado14:30 O Gênio Maluco — Desenho15:00 O Regresso de Ultraman — Seriado15:30 Rio Turismo — Programa do Turismo18:30 Vibração — Programa jovem com músi-ca. esportes e lançamentos. Com CosinhaChaves19:45 Os Garotinhos — Seriado19:45 O Mundo é Pequeno — Documentário20:15 Informe Econômico — Mercado financoi-ro com Nelson Priori20:30 Pontos do Rio — Entrevistas com SidneiDomingues21:30 Filme Longa Metragem: — A mais velha

profissão23:30 Encontro Marcado — Entrevistas comDanuza Leão (reprise)0:00 Última Palavra — Religioso com o pastorMiguel Ângelo.0:05 Rio Turismo — Programa do turismo

CANAL 11

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RADIO JBJORNAL DO BRASILAM 940KHz ESTÉREO

JBI — Jornal do Brasil Informa —de 2a a sáb., às 7h30min,I2h30min. I8h30min e 0h30min.Repórter JB — de 2& a dom. Infor-mativo ás horas certas.JB Noticias — De 2a a 8tt Informati-vo às meias horas.Além da Noticia — Com Villas-Bóas Corrêa, ás 7h55min. do 2a a6aMomento Económioo — Com Arnaldo César Ricci, as 8h lOmin, de2" a 0aNo Mundo — Com William Waack.de 2a a 0a. as 8h25minNa Zona do Agrião — Com JoáoSaldanha, as 8h40min. de 2a a 0aPanorama Econômico — Informa-tivo econômico, de 2a a 0a. as8h45min.Via Preferencial — Com CelsoFranco, às OhlOmin. de 2a a 0aOs Rumos da Política — Com Ro-gério Coelho Neto. de 2a a 0U. as9h40min.Encontro com a Impronsa — de 2aa 0a às 13hArte-Final Variedades Com

Luiz Carlos Saroldi, de 2a a 0a. às22h.Música da Nova Era — Com MirnaGrzich, dom, às 21h.Arte-Final Jaz» — Com MaurícioFigueiredo. Dom., às 22h.

FM ESTÉREO99,7MHz

HOJE20h — CDs a raio laser: Segun-

da 8uite de Árias e Danças Anti-gas. do Respighi (Phil Hungaricae Dorati — 19:03); Sonata em Lámaior, K 331, de Mozart (Uchida— 24 00); Concerto em memória deum anjo, para violino e orquestra,de Alban Berg (Perlman, 05 Bos-ton e Ozawa — 25 30); Sonata n. 5,em Fá maior, para 2 oboés, fagotee continuo, de Zelenka (Olaetzner,Ooritzki e Soenstevold — 10:40);Tasso — lamento e trionfo, deLiszt (Orq Paris e Solti — 20:54).LPs: Sonata n. 5, em dó menor, op.10-1. de Beethoven (Arrau —18:37). Concerto em Dó maior, pa-ra viola, órgão e orquestra, deMichael Haydn (Marie-TheresoChailley, Marie-Claire Alain ePaillard — 30 00). Canção de Oleg,o 8ábio. de Rimsky-Korsakoff (Re-shetin, Petrov. Coro e Orq Bolshoio Boris Khaikin 15:33)

7:00 Telecurso — Educativo7:15 Patati, Patatá — Educativo7:30 Qato Félix — Desenho8:00 Boto — Infantil com desenhos e brinca-

deiras. Com o palhaço Bozo14:30 Justiça de Deus — Novela16:80 Vlvian» — Novela18:30 Maravilha — Desenhos e brincadeiras.

Apresentação de Mara18:10 Carrossel — Desenhos18:4fi Jornal Looal — Notlolárlo19:10 Jornal Noticentro — Noticiário nacional

e internacional19:40 Show da Lucy — Seriado80:1B Taraan — Seriado£1:10 A Pantera Cor-de-Rosa / O Caldeirão da

Sorte — Desenhos e sorteio81:80 Musioamp22:30 Miaml Vice — Seriado83:30 Bronk — Seriado

0:30 Jornal 84 Horas — Noticiário nacional einternacional

EXPOSIÇOES

ZECA DO TROMBONE — Apresentação do ins-trumentista e da banda Infernal. 2a e 3a, às 21 h,na Marbolla, Av. Prado Júnior, 03 (275-4809).Couvert a CZ$ 150,00.BADEN POWELL — Show com o violonista.Teatro Clara Nunes, Rua Marquês de Sáo Vi-conte, 52/370 (274-9606). De 2a a 4a às 21h.Ingressos a CZ$ 300,00.8ILVANA E RJ EXPRESS — Show da cantora eda banda. As 22h30min, no Jazzmania, Av.Rainha Elizabeth, 709 (227-2447). Couvert aCZ$ 100,00. Consumação a CZ$ 100,00.JOÁO ROBERTO KELLY — Show do pianista ecompositor. Às 22h, na Vogue. Rua CupertinoDurào, 173(274-4145). Couvert e consumação,a CZ$ 100,00.TEATRO DO 80M — Apresentação de jazz,música erudita e teatro. As 21h30min, no Dou-ble Dose, Rua Paul Redfern, 44 (294-9791).Ingressos a CZ$ 100,00.NOITE DE CHORINHO — Apresentação de Dir-cou Leite e o regional Choro Só. As 22h30min,no Viro da Ipiranga. Rua Ipiranga, 54 (225-4702). Couvert a CZ$ 100,00.SON CARIBE — Salsa, merengue e rumba. As23h, no Biblos, Av. Epitácio Pessoa, 1484 (259-4101). Couvert a CZ$ 200,00.CAVALO DE TRÓIA — Show do lançamento dogrupo de rock. As 22h, no Barão com JoanaRua Barão da Torre esquina com Joana Angéli-ca. Couvert a CZ$ 150,00.FABÍOLA — Show da cantora e conjunto. Às23h, no Alô Alô. Pça. da Paz (521-1400). In-gressos a CZ$ 150,00.CANTA NOEL — Show com o grupo CoisasNossas. Às 22h30min, no People. Av. Bartolo-meu Mltre, 370 (294-0647). Couvert a CZ$200.00.CRIKA OHANA — Pocket-show com a cantora epoetisa. Às 23h, no Vitor Vitória, Rua Domin-goa Ferreira, 03 (255-8841). Ingressos a CZ$150,00.

PERFORMANCEPERFORMANCE — Com Jorge Salomào e Oru-po Seis Irmãos e lançamento do n° 3 da revistaImã. Às 20h, na Casa de Cultura Laura Alvim,Av. Vieira Souto, 178.

TURÍSTICOSBRASIL DE T0D08 08 TEMP08 — Espetáculocontando a história de todas as épocas doBrasil, deade o seu descobrimento. Direçào deJ. Martins. Plataforma, Rua Adalberto Ferrei-ra, 32 (274-4022). Diariamente às 22h e 24h.Ingressos a CZ$ 000,00, com direito a d rink snacionais.GOLDEN RIO — Show musical com a cantoraWatusi e o ator Grande Otelo à frente de umelenco de bailarinos. Direção de Maurício Sher-man, Scala-Rio, Av. Afrânio de Melo Franco,290 (239-4448). Diariamente, às 21h30min.Couvert a CZ$ 000,00.OBA OBA BRASIL TROPICAL — 8how apre-sentado por Luiz César. Com Vera Benévolo,Laerte Rafael. Wilza Carla. As Mulatas Que NãoEstão no Mapa e a orquestra do maestro Fraga.Rua Humaitá, 110 (280-9848). Diariamente

RECOMENDAÇÃORUBEN GERCHMAN — Obras recentes.Maurício Leite Barbosa Galeria de Arte,Estrada da Gávea, 899 — Loja 210. De 2a a0a. das lOh às 22h. Sábados, das lOh às 20h.Obras escolhidas (1959-1987). Galeria JeanBoghioi, Rua Joana Angélica. 180. De 2a a0a. das I4h às 21h. Até quinta. Uma seleçãode trabalhos de diversas fases de Gerchmane uma mostra de seus trabalhos recentes.Em duas exposições, o essencial do que foi atrajetória, desde 1905 até hoje. de um dosartistas mais importantes de sua geração,que explodiu na mostra Opinião 05.A AVENTURA DO GÊNIO UNIVERSAL —Mostra sobre a vida e obra de Leonardo daVinci. A exposição está dividida de acordocom os quatro elementos da natureza: ar.água. terra e fogo. Sáo 33 réplicas dosprincipais inventos. 200 painéis fotográfi-cos, projeção de slides dos desenhos e pintu-ras e exibição do filme Eu, Leonardo. Palá-cio Gustavo Capanoma. Rua da Imprensa.16 De 2a a domingo, das llhàs 18h Atédla28. Reproduções o painéis fotográficos comprojotos idealizados por Leonardo da Vinci.um dos grandes gênios da arte ocidental e.como mostra esta exposição, um homem desete instrumentosROBERT YARBER — Pinturas ThomasCohn. Rua Baráo da Torre. 185 De 2a a 0a.das I4h às 21h Sábados das 10h às 20hAté dia 30.

TEATROCORDA BAMBA — Texto de Lygia BojungaNunes. Direçào de Ewerton de Castro. ComCláudia Rocha, Cristina Montenegro e ElianeMattos. Teatro Nelson Rodrigues. Av Chile.230 (212-0272). 2a a 3a. èa 21h; de 4a a 6a. às18h30min. Ingressos a CZ$ 100,00FRAGMENTOS — Espetáculo sobre a trajetóriado amor. baseado no livro de Roland Barthes,Fragmentos de um discurso amoroso. Com BiaMontez e Henrique Cukierman. Músicas deRoberto Burgel e poemas de Carlos Drummondde Andrade. Às 21h30min, no Botanlo, RuaPacheco Leáo, 70 (274-0742). Couvert a CZ$80,00. Até o dia 30.PASSA PASSA PAS8ARÁ — Texto de Ana Lui-za Job. Músicas de Antônio Adolfo. PaulinhoTapajós e Xico Chaves, direção de Archimedes

INFANTILBELELÉU — Musical de Ramon Pallut. Dire-çáo de Cláudio Torres Gonzaga. Com o grupoAres do Tempo. Uma aventura no mundo daspersonagens fantásticas, com muito humor.Teatro de Bolso, Av. Ataulfo de Paiva. 209 (239-1498). Às 17h30min. Ingressos a CZ$ 80.00.

VÍDEOVÍDEO-SHOW — Exibição de Emotional ros-cue. com alguns dos maiores sucessos dosRolling Stones. De 2a a domingo, às I4h, 10h.18h, 20h, 22h. 0a e sábado, sessões também àmeia-noite, na Sala de Vídeo Cândido Mendes,Rua Joana Angélica. U3.AS REVELAÇÕES DO DR. CALIOARI — Vídeode Mário Meirelles. Saguão do Cineclube Esta-çáo Botafogo (Rua Voluntários da Pátria. 88 —280-0149). diariamente. 20 minutos antes dassessões.NÚCLEO ATANTIC DE VÍDEO — Festival doclássicos japoneses com a exibiçáo de Ikiru. de

Akira Kurosawa Hoje, às 10h e 19h. no Audi-tório do R.D.C.. Rua Marquês de Sào Vicente.225QUINZE ANOS SEM LEILA — Exibição dovídeo Já que ninguém me tira pra dançar..., deAna Maria Magalhães, sobre a trajetória deratriz Leila Diniz. Hoje. ás 21h. no EspaçoCultural Sérgio Porto. Rua Humaitá. 103VÍDEOS FRANCESES — Exibição do Avonturé:La crolslère Jaune. um rali automobilísticoatravés do Himalaia e deserto de Gobi Hoje. às9h. 18h e 20h. na Aliança Francesa do Centro.Av Presidente Antônio Carlos. 58 2o andarEntrada franca

jantar dançante às 20h30min e show às 23h.Couvert a CzS 550,00.

PARA OUVIRSKYLAB BAR — Apresentação do cantor eviolonista Estevam. As 22h. Av. Atlântica.3204 (255-8812). Sem couvert.EDSON FREDERICO — Apresentação do pia-nista. maestro e grupo às 22h. Música ao vivo apartir das 20h. no The Cattleman. Av. EpitácioPessoa, 864 (259-1041). Couvert a CZS 100.00.Happy-hour às 18h com Ligia Maria (piano evoz).CARIOCA — Apresentaçáo do Trio Atalaia. DasUh30min aa 15h. Hotel Nacional, Av. Nie-meyer. 709 (322-1000)CALÍGOLA — Às 19h. Eduardo Prattes (piano)e grupo; Chiquinho Botelho (piano) e grupo eLuiz..Tei*pira (percussão) e outros. Rua Pru-dente de Morais, 129(287-7146). Couvert a 02$130.00. Consumação a CZ$ 270,00.VINÍCIUS — Às 22h, conjunto Bígband e oscantores Leuma. Zé Carlos e Cristo. Couvert aCz$ 100.00. Av. Copacabana. 1144 (237-1497).CHIKO'S BAR — Piano-bar com música ao vivoa partir das 21h. Com o conjunto de Eli Arco-verde e as cantoras Celeste e Rita. Aberto dia-riamente a partir das I8h. com música de fita.Sem oouvert. sem consumação mínima. Av.Epitácio Pessoa. 1.500 (207-0113 e 287-3514).

PARA DANÇARSEGUNDA ESPETACULAR — Apresentaçáo daOrquestra do maestro Pedrotti e dos cantoresZanone e Maria Helena. Clube de Regatas Vas-co da Gama, Rua Tasso Fragoso. 05. Às 20h.Ingressos a CZS 120,00 (homem) e damasgrátis.SOBRE AS ONDAS — Às 20h. apresentaçáo deMiguel Nobre (piano) e Consuelo (voz), às 23h,banda do pianista Joàozinho e cantores Betho oCristiani. Av Atlântica, 3432(521-1290). Cou-vort a CzS 110.00.PAPILLON — Discoteca. A partir das 20h. RuaPrefeito Mendes de Morais. 222 Ingressos aCZ$ 150,00, mulher e a CZ$ 250,00 homem,com direito a drinque.CARINHOSO — Apresentaçáo da banda Cari-nhoso, banda Tempus 7 e os cantores PedrinhoRodrigues. Dora Freitas. Fernando e Jorge. Às22h, na Rua Visconde de Pirajá, 22 (287-3579)Couvert a CZS 150.00.CAFÉ NICE — Às 18h, Mauro e o grupo AltaVoltagem e, às 23h, Carlos Moura e orquestra.Couvert a Cz$ 120,00. Av. Rio Branco, 277 '(240-0490).

GAFIEIRAS E PAGODESPAGODE DO RODA — Apresentaçáo do conjun-to Samba Tropical e convidados. Às 20h, noRoda Viva. Av. Pasteur, 520 (295-4045). Cou-vert a CZS 100.00.PAGODE NO BECO — Apresentaçáo da sambis-ta Georgette e grupo Ginga e Raça. Às 20h, noBeco da Pimenta. Rua Real Grandeza. 178 (200-5740). Couvert a CZS 50.00.

Bibiano. Teatro Vanucci. Rua Marquês de S.Vicente. 52. Às 17h Ingressos a CZS 100.00.

MUSICAXIII CONCURSO INTERNACIONAL DE CAN-TO DO RIO DE JANEIRO E I CONCURSOINTERNACIONAL DE PIANISTAS ACOMPA-NHADORES — 3a Semifinal Às 18h30min, naSala Cecília Meireles. Lgo da Lapa. 47. Ingres-sos a CZS 150.00 platéia e CZS 100.00, platéiasuperior. 'SEGUNDAS LÍRICAS — Cavalleria Rusticana,ópera de Mascagni. Com Marília Soren. Herci-lio Pinto. Raul Gonçalves e outros Às18h30min, no Teatro Glauco Rocha, Av. RióBranco. 179(220-0259). Ingressos a CZS 50.00

DANÇAMOMENTOS — Espetáculo do dança com ogrupo Vaciliou Dançou. Direçào de CaríotaPortella Teatro Villa-Lobos, Av. Princesa Isa-ibel. 400 (275-069S) 2ae3aàs2ih IngressosaCzS 120.00 Até amanhã

Greta Garbo

0 maior mito do cinema ressurge luminosa em seu maior desempenho

Wilson Cunha

D

EPOIS do Cruzadoin, que mais nos restasenão cair nos braçosde Greta Garbo — fui-

gurante de beleza e emoção co-mo a Marguerite Gauthier de Adama das camélias? O filme érelançado hoje no Paissandu etambém não tem final feliz: açqrtesã Gauthier é obrigada adispensar o grande amor de suav}'da (Armand Duvall/Roberttáylor) para evitar que o rapazsèja prejudicado por sua péssi-ma reputação. Restará, entre-canto, o consolo de ter sido tu-do muito bonito enquanto du-rou. A nostalgia não é maiscomo antigamente, já lembrouSimone Signoret em sua exce-lente autobiografia.

; Rever Garbo — o último mi-tò vivo do cinema, já que Marle-ne Dietrich é uma personalida-de à parte — torna-se, sempre,um fascínio. Por mais que seescreva e teorize, há sempre umcerto mistério sobre comoaquela gordota Greta LouiseGustafsson, nascida em Esto-colmo a 18 de setembro de 1905,aparentemente sem grande fas-cínio pela fama, conseguiu en-tusiasmar Mauritz Stiller aponto de fazê-lo tornar-se seuinseparável mentor. Assimquer a história: em 1923, Gretaestava em A saga de Gosta Ber-ling. Pouco depois, conseguirianovo feito: dobrar Louis B.Mayer. O então chefe de produ-ção da MGM convidou Stiller atrabalhar nos EUA, mas Stillersó aceitaria a exigência se Gar-bo estivesse no pacote. "Ela émuito gorda", resmungariaLouis, "nos Estados Unidos oshomens não gostam de mulhe-res gordas."

Ela foi, emagreceu (um pou-co) e venceu: quando Os pros-critos (The torrent) estreou emfevereiro de 1926, nascia o mito.Que a MGM se encarregaria dealimentar. Assim, em AnnaChristie (1930), de ClarenceBrown, seu primeiro filme sono-ro, proclamava-se: "Garbo fa-la." E se sua imagem mistério-sa, inatingível, distante, ficavamenos rígida, o cartaz anuncia-va: "Garbo ri." Era a vez deNinotchcka, sua primeira co-média, dirigida por Ernst Lu-

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Greta Garbo ê a cortesâ Gáuthier no filme A dama das camélias

bitsch, em 39. "Garbo excede!",poder-se-ia ter afirmado, no en-tanto, em 1936, quando foi diri-gida pela primeira vez porGeorge Cukor. Para a maioriados críticos, como a infeliz etuberculosa Marguerite Gau-thier, Greta Garbo teria seumaior desempenho. E ondeCukor realizaria um dos seusmais fascinantes exercícios demise-en-scène.

Para o papel do enamoradoArmand Duvall foi escolhido

Robert Taylor — então um dosgrandes astros dos estúdios daMarca do Leão. Anos mais tar-de, George Cukor relembraria oencontro Garbo/Taylor: "Du-rante as filmagens, ela não con-versou muito com Robert Tay-lor. Era delicada, mas distante.Tinha de convencer-se de queele era o rapaz ideal e sabia que,caso se tornassem amigos, des-cobriria que não passava de ou-tro bom garoto".

Distante, misteriosa. O enig-

ma Greta Garbo se tornaria im-batível cinco anos depois. Em1941, depois de filmar nova-mente sob a direção de Cukor(Duas vezes mulher/Two facedwoman, um mau filme), ela sim-plesmente abandonou tudo —sumiu de circulação. Ocasio-nalmente aparecem fotos — co-mo a de 76, em uma esquina deNova Iorque — onde é indiscre-tamente flagrada. Mas, um dia,ela dissera: "Eu quero ficar so-zinha." E era a pura verdade.

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«llf WBÊÈM* % / fCukor e Ava Gardner no set de o pássaro azul;

sensibilidade feminina

George Cukor

Criador de estrelascinema começava afalar, em 1929, eHollywood importou

um grande contingente daBroadway: George Cukorestava entre os maisimportantes. No anoseguinte dirigia um nomede prestigio, TallulahBankhead (em Casamentosingular/Tarnishcd lady), eficaria conhecido como odiretor de mulheres —algumas das maisimportantes atrizes, sobsua orientação,alcançariam suas melhoresinterpretações.Poi assim com uma NormaShearer (Romeu e Julieta,36), Joan Crawford (Umamulher original/Susan andGod, 39), KatharineHepburn (O fogosagrado/Kceper of theflame, 42, entre muitos),Judy Holliday (Nascidaontem, 50), Judy Garland

> (Nasce uma estrela, 54) ouMarilyn Monroe (Adorávelpecadora, 61) — para não

; exagerar na filmografia.Tratando de suas atrizescom carinho, Cukor levariaeste cuidado à produção, àelegância da mise en scène.

E se tornaria não só umcineasta singularmente felizno trato com as mulheres,mas, igualmente, com umVincente Minnelli,realizador de estilorequintado, de que My fairlady (Minha bela dama, 64)com Audrey Hepburn é umbelo exemplo. E o realizado "

para TV, Love among theruins (74), Laurence Òlivier'"e a velha amiga KatharineHepburn no elenco, é uma fespécie de testamento,Cukor exercitando ao i"máximo sua sensibilidade.George Cukor morreu em1983, com o amargor deuma fracativa co-produção(a primeira) entre EUA eURSS: O pássaro azul (76),onde reuniu um elenco develhas conhecidas, comoAva Gardner. Mas levou,também, o prazer de tratarcarinhosamente CandiceBergen e Jacqueline Bisset- -— que reuniu em um filmede sucesso popular: Ricas efamosas (81). Ura carinho y-idêntico ao com que,naquele longínquo 1936,sua câmara circulou emtorno de Greta Garbo paraA dama das camélias.

Um

Diana AragãoMabel ArttiQL

PELA

primeira vez em suavida profissional, o can-tor-compositor RichardDavid Court, o inglês Rit-

chie, saiu do estúdio gostando mui-to de um disco seu. No caso, oquarto Lp de sua carreira — Loucu-ra & mágica — e o primeiro de umcontrato de três outros com a Poly-gram, depois de sua saída, até hojeinexplicável para ele próprio, daCBS, mèsmo deixando um saldodevedor de um disco.

Muito bem instalado em sua co-bertura com vista para a Lagoa(comprada de Tônia Carrero), ocompositor lembra um menino combrinquedo novo, tal seu entusiasmocom o novo disco, cuja música-título, a Loucura & mágica, emparceria com Antônio Cícero, já es-tá nas paradas. E a alegria é inteira-mente justificável. Desde o estourode Menina veneno, em 1983, quan-do vendeu 900 mil compactos,computados com os outros suces-sos — A vida tem dessas coisas,Vôo de coração e Pelo interfone —ele só voltou às paradas com Tran-sas (Nico Rezende-Paulinho Lima),logo quando entrou na Polygram, achamado de Mariozinho Rocha, di-retor artístico da gravadora.-: As transas de gravadora não sãodeixadas de lado. Apesar de suatumultuada saída da CBS — quedeclarou que não tem nada a co-mentar sobre o assunto — Ritchienão se recusa a falar sobre o tema:

Eu tava muito empolgadocom o sucesso, e no final de 1984estava com o Lp mais do que pron-to pra ser gravado, mas a gravado-ra (CBS) não queria. Eu queria pro-var que eu não era descartável.Depois de fazer um primeiro Lpcomercial, porque tem de ser assim,fiz um segundo experimental: A vi-da continua. Mas o pessoal de láficou decepcionado. Acho que foium disco mal compreendido tam-bém pela gravadora. Minha saídacontinua inexplicável, apesar da¦denúncia do Tim Maia, de que euteria saído da CBS por pressão doRoberto Carlos, devido às minhasvendagens. É fofoca, não tenho evi-dència de absolutamente nada, enão tenho nem condições de fazeresses comentários. Posso dizer ape-nas que, quando senti que o tercei-ro Lp, o Circular, nâo estava sendotrabalhado, pedi para sair, mesmodevendo um disco. E eles me libera-ram logo, o que achei estranho,depois de ter vendido tanto.

Depois do disco comercial obrigatório, Ritchie querfazer música não descartável

Mariozinho Rocha, diretor artís-tico da Polygram, logo o pegou pa-ra o seu elenco. Ritchie, que apor-tou no Brasil pelas mãos de RitaLee e Liminha, "a fim de enriquecerminha música", não só fez isso, co-mo ainda, junto com Lulu Santos,Lobão, Fernando Gama e Luís Pau-lo Simas, criou o Vímana, sementedo atual rock nativo.

— Na CBS, eu me sentia só em-pregado, quando somos a alma donegócio. Mas não gosto de compa-rar as duas gravadoras, porque sãodois zoológicos completamente di-ferentes.

Aos 35 anos, casado com Leda(uma das donas da loja de modasAspargus), pai de Mary, seis anos. eLynn, dois, o artista se define como

uma pessoa caseira que prefere re-ceber os amigos em casa às badala-çóes da noite carioca. Preocupadocom a saúde, voltou a fazer exerci-cios de peso, alongamento e corri-da, depois de 15 anos, "para abrirmelhor o peito para cantar". Masfaz tudo em casa, assim como suasmúsicas, criadas no miniestúdio dacobertura onde mora há dois anos.

Completando 15 anos de Brasilem setembro — as viagens a Lon-dres são mais por conta do trabalhode sua mulher, pois sua família éformada por um irmão que mora naBélgica e uma irmã na índia —, eleadmite mudanças a partir destenovo disco.

Sáo novos caminhos, novasaberturas nas minhas parcerias,uma nova maneira de compor, maisem cima dos ritmos, dos sons. Sem-pre faço música para ser letrada.Como componho pensando em in-glès, os letristas depois têm de re-bolar para encaixar a letra na mé-trica.

Além de novos parceiros comoAntônio Cícero ("depois de quebra-do o gelo do primeiro encontro,quanto tomamos um porre, foi óti-mo"), Nico Rezende ("já foi da mi-nha banda") e Cazuza ("foi ótimotambém, e Paulinho Lima já foimeu empresário e é meu amigo"),este Loucura & mágica foi "conce-bido, criado, gravado, montado ecortado com auxílio de compu-tadores". Os recursos eletrônicosforam usados ao máximo, devido àgreve dos músicos no começo doano, e, como não dava para esperarmais, lá entrou a parafernália. Masisso só acrescenta beleza ao novotrabalho de Ritchie, com sua lin-guagem romântica.

Fã da música popular brasileira("me encaixo mais nas baladas e naMPB do que no rock"), ele nâodispensa os chorões como Pixingui-nha, Benedito Lacerda, Garoto eDilermando Reis, além de contem-porâneos como Milton Nascimentoe Egberto Gismonti.

Vim para o Brasil pra enri-quecer minha música e fiquei louco.Não era nada do que eu imaginava.Achava o Tom Jobim meio FrankSinatra. E até hoje não parei depesquisar e gostar do ritmo brasi-leiro. O povo é muito musical, ins-tintivamente.

É esse povo que julgará, nova-mente, o talento de Ritchie, quemostra em três dias. de 22 a 24 dejulho, no programa Alternativa na-tiva, no Canecáo, as músicas desteLoucura & mágica.

Dócio Daniel/Divulgação

grupo Coisas Nossas pesquisa a obrade Noel Rosa há 11 anos

Salve Noel!

NOEL

Rosa é o primeirohomenageado do projetoSalve o compositor po-pular brasileiro, que es-tréia hoje no People com a apresen-

taçáo do grupo Coisas Nossas. Oshow — o mesmo que esteve emcartaz na Sala Funarte em maio,quando se relembravam os 50 anosde morte do compositor de Vila Isa-bel — poderá ser visto todas as noitesde segunda-feira deste mês. A idéiado People, coordenada pela produto-ra Regina Oureiros, é fazer o mesmocom outros dos nomes mais expressi-vos da MPB.

Há 11 anos, o Coisas Nossas, quetem o mesmo nome de um samba deNoel, vem baseando todo o seu tra-balho na obra do compositor. Mesmoquando o grupo se apresenta comum repertório de seus próprios com-ponentes, há sempre alguma compo-siçâo de Noel Rosa.— Ele é o compositor com quemais se identifica o espirito do grupo— diz Beto Cazes, percussionista doCoisas Nossas. — Como ele. tambémlidamos com o lado critico da reali-dade, temos um senso de humor,uma ironia, afinados com a obra deNoel.

São 27 músicas, entre grandes su-cessos de público, como Último dese-,o, estremeadas por outras menosconhecidas, como as paródias, nasquais o compositor era exímio, e até

uma composição inédita — Não mor-re tão cedo, que dava título ao showda Funarte. Além da parte musical, ogrupo relembra muitas histórias deNoel. Coisas pitorescas ou tristes,muitas delas ainda não reveladaspara o público — Caola. violonista ecantor do Coisas Nossas, está escre-vendo junto com o jornalista JoãoMáximo um livro sobre o composi-tor: Noel Rosa, uma biografia.

Entre estas histórias, o grupo con-tará como foi que Noel Rosa fez aparódia que eles chamam de A can-ção do prepúcio. Quem adianta éBeto Cazes:

— O Noel tinha um amigo, moto-rista. conhecido por Malhado, queadorava cantar em serestas. Era mui-to ignorante e não entendia nadadaquelas letras rebuscadas das vai-sas que cantava. Malhado vivia ator-mentando o compositor para lhe es-crever uma música. Noel fez' umaparódia pornográfica e sugeriu queMalhado fizesse uma seresta para asduas filhas de um general em VilaIsabel. Só que o general acordou esaiu dando tiro por todo lado. OMalhado continuou sem entendernada. e Noel. que saíra de fininho. jáestava rindo do outro lado da es-quina.

A letra da paródia é impublicável.Mas pode ser ouvida nos shows des-sas noites de segunda-feira.

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