Domingo, 24 de junho de 1990 Ano C - - N° 77 Preço para o Rio

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© JORNAL DO BRASIL S A 1990 Rio de Janeiro — Domingo, 24 de junho de 1990 Ano C - - N° 77 Preço para o Rio: Cr$ 50,00

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No Rio e cm Niteról, céuclaro a parcialmente nu-blado, nevoeiros espar-bob na madrugada e tem-peratura estável.Máxima e mínima de on-tem: 26,1° e 12,1° em Ban-

(fu. Mar meio agitado e viBibilidade mo-derada. A foto do satélite, o mapa do tem-po e o tempo no mundo estão na página 18.

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? O economistanorte-americanoLcstcr Thurow(foto), do Institutode Tecnologia deMassachussets.transformou-se emuma das maioresvedetes intelec-tuais dos EstadosUnidos e é apon-

tado como o virtual sucessor de John Ken-neth Galbraith. Crítico mordaz da atualeconomia americana, que perdeu o seu ladoempreendedor, eJe não fica só nisto. Apontasuas setas para outras mazelas que corroema maior potência do mundo, como, porexemplo, o seu combalido sistema educa-cional. Chamado de "o

grande explicador"da cena contemporânea norte-americana,dele dizem que

"se os Estados Unidos têmum milhão de problemas. Thurow tem ummilhão de respostas".

UommgoFl&vk) Rodrigues

? Uma série de discos, fitas e livros estáresgatando a história do rádio no Brasil. Épossível comprar, por exemplo, horas deprogramação ao vivo da Rádio Nacionaldos anos 50 — do Programa César de Alen-car ao humorístico Balança mas não cai —.lançamento de uma loja de Ipanema. Asprateleiras de discos ficaram repentinamen-te cheias de inéditos de Chico Alves, SílvioCaldas. Orlando Silva e outros heróis doveículo em que brilhou Paulo Gracindo (fo-to). A mais notável de todas estas novida-des, porém, è um álbum de cinco LPs, feitopela BBC de Londres, contando, com mi-nuciosa pesquisa e uma série de entrevistas,o que se passou desde Roquette Pinto até oslocutores das FMs.

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rSroaramaReprodução

? A Casa Brasil-França, na Praça15. expõe esta se-mana fotografiasde um mestre ge-nial, o francêsHenri Car lie r-Brvsson, e de seuprestigiado discí-pulo brasileiro, Se-bastião Salgado. Éum programa espetacular em qualquer cida-de do mundo. A mostra conta com 150trabalhos de Bresson (foto), alguns inéditos, eoutros 50 de Salgado, uma seleta de suasviagens pelo Nordeste brasileiro, pela Bolíviae pelo Peru. Na área cinematográfica, o gran-de lançamento da semana é o novo filme dosTrapalhões, Uma escola atrapalhada, queestréia na sexta-feira. Com um elenco que•traz o ídolo infantil Angélica, o roqueiroSupla e o conjunto Polegar, o filme só mostraOs Trapalhões durante 15 minutos.

ENTREVISTA? O advogado Luís Octávio da MottaVeiga, de 39 anos, que há três meses assu-miu a presidência da Petrobrás, está con-vencido de que o grande problema da maiorempresa estatal brasileira é o fato de ela serconfundida com o governo.

"Quanto maisgoverno ela for, menos empresa será", con-cluiu ele. Embora revele que ao assumirencontrou a Petrobrás bem dinheiro até pa•ra pagar a folha salarial. Motta Veiga ga-rante que

"mesmo mal administrada, qual-quer empresa de petróleo é um bomnegócio Mesmo afirmando que não advo-ga a privatização da empresa, ele acreditaque

"o governo deve atuar prioritariamente

no saneamento básico, escola pública, hos-pitais públicos". (Página 13)

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Guerra de nervos

contra uruguaiosO técnico Azeglio Vicini já come-

çou a guerra de nervos para o jogoentre Itália e Uruguai, amanhã, noEstádio Olímpico, pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo. Após otreinamento de ontem, ele repetiu aadvertência que já fizera antes: "So-

mente o jogo duro e o cinismo dosuruguaios poderão estragar outranoite de festa no futebol."

Vicini ignora os dados fornecidospelo computador do Mundial, queapontam a seleção do Uruguai comoa menos violenta e menos punidapelos árbitros. As provocações deVicini dificilmente atingirão os uru-guaios, que estão mais preocupadoscom a lentidão do time e com odesgaste provocado pela tensa parti-da contra a Coréia, na quinta-feira.

Camarões passa

para as quartasA bruxa continua impossível. On-

tem, mandou a Colômbia para casa epermanece em Nápoles, á espera do ven-cedor de Bélgica x Inglaterra. Camarõesfoi o primeiro pais a chegar ás quartas-de-final. Seu próximo compromisso serádia Io de julho. O veterano Milla, de 38anos, voltou a brilhar. Ele fez os doisgols dos africanos na vitória de 2 a 1.

Poucas horas depois, em Bari, foi avez de a Tchecoslováquia ganhar suavaga, ao derrotar a Costa Rica por 4 a 1e eliminar a segunda seleção latino-ame-ricana. Skuhravy, que marcou três vezes,é o goleador da Copa, com 5 gols. ATchecoslováquia enfrentará, nas quartas-de-final, o vencedor de Alemanha x Ho-landa, em Milão, no próximo domingo.

Clássico europeu

para milanês verAlemanha Ocidental e Holanda fa-

zcm hoje, cm Milão, o jogo que pro-mete ser um dos mais emocionantes daCopa. A rivalidade entre as duas sele-ções começou na decisão da Copa de1974, quando os alemães, em casa,venceram por 2 a 1. Há dois anos, nasemifinal do Campeonato Europeu,também na Alemanha, a Holanda de-volveu o placar.

O clássico não se resume às seleções— estarão frente a frente jogadores daInter (os alemães Brchmc, Matthãus eKlinsmann) e do Milan (os holande-ses Rijkaard, Gullit e Van Bastcn),times que dividem a preferênciado torcedor milanês. A partida, vá-lida pelas oitavas-de-final da Co-pa, começa às 16h (hora de Brasília).

A seleção brasileira enfrentasua primeira decisão na XIVCopa do Mundo. Joga contra aArgentina, pelas oitavas-de-fi-nal, no Estádio Delle Alpi, deTurim, às 12h (horário de Brasí-lia). O técnico Sebastião Lazaro-ni não escalou ninguém, emprincipio, para marcar Marado-na, individualmente. Houve atéITÁLIA go reunião com os

jogadores paradecidir o que fa-zer. A ordem écercá-lo, impe-dindo que a bola

chegue aos seus pés.Brasil e Argentina já se en-

frentaram 71 vezes com suas se-leções principais. São 27 vitóriaspara cada lado e 17 empates. EmCopas do Mundo, a vantagem ébrasileira, com duas vitórias eum empate. Aliás, Maradonaainda não sabe o que é ganhardos brasileiros. E Careca alertapara o fato de que, pela primeiravez no Mundial, o Brasil vai en-frentar um time que também temum libero, o zagueiro Simon.

Turim prefereos

scariocas'

A torcida de Turim deverá serfavorável à seleção brasileira, hoje.Não porque morra de simpatia porela, e sim porque Maradona é odia-do no Norte italiano. O turinense,entre uma equipe e outra, preferetorcer pelos cariocas, como chamatodos os brasileiros, do que pelosgaúchos, como são conhecidos os ar-gentinos.

A delegação brasileira fez reser-vas na Varig, para voltar ao Brasil,depois de amanhã, embora ninguémconfirme. Os jogadores desconver-sam. Alguns batem na madeira, co-mo Careca. A chefia da delegaçãodiz que é um procedimento normal,assim como reservar passagens paraoutras cidades italianas, onde o Bra-sil ainda tenha de jogar na Copa.

Esportes* I T A L I A O O

Escolas ganham

a briga pelas

mensalidades

O ministro da Educação. CarlosChiarelli, anunciou ontem cm PortoAlegre que assinará portaria esta se-mana estabelecendo a livre negociaçãopara as mensalidades escolares. Os au-mentos terão que ser referendados pormais da metade de pais de alunos emassembléias realizadas nos colégios.

Chiarelli advertiu, porém, que asmensalidades continuam congela-das. "Os aumentos só serão permiti-dos se os pais autorizarem", disse. Aportaria atende, segundo Chiarelli,aos muitos apelos de associações deescolas, que alegam ser inviávelmanter os colégios sem aumento dasmensalidades, devido aos reajustessalariais de professores. (Página 3)

Assalariados

reforçam o mês

fazendo 'bico'

Apelar para o conhecido bico é asaída adotada por muitos assalariados,desde o Plano Collor, para fechar ascontas no final do mês. Afinal, apesardos salários congelados, os preços con-tinuam subindo. Uma recepcionista deestatal comprou uma televisão com avenda de chocolates na Páscoa. O locu-tor de uma rádio vende sanduíches pa-ra abastecer a moto.

A falta de dinheiro dos consumido-res vem prejudicando o movimento dediversos setores. Bancas de jornais queoferecem serviços extras, como telefo-ne, ar condicionado e entrega a domicí-lio, por exemplo, tiveram queda de até80% nas vendas logo após o anúnciodo Plano. E essa redução ainda não foitotalmente recuperada. (Página 24)

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As chances desperdiçadas

Há um outro campeonato mundialem que o Brasil, por desperdiçar opor•tunidades, está em má colocação, bati-do por fracos adversários econômicoscomo Costa Rica, Srí Lanka, Colômbiae Romênia. Numa espécie de torneiopromovido recentemente pela ONU en-tre 130 países, para conhecer o seu nívelde bem-estar social, o Brasil classili-cou-se em 80° lugar e, só com muitoesforço, pode vir a empatar, por exem-pio, com a Albânia — modesto resulta-do para um pais que, como afirma opresidente Fernando Collor, pretendepassar para a divisão do PrimeiroMundo.

O pior é que esse atraso do Brasil emtermos de qualidade de rida não é devi-do â falta de recursos, mas à sua injustadistribuição e má aplicação. A oitavaeconomia do Ocidente gasta muito nosetor social, só que gasta mal, é umperdulário. Por isso, o relatório da

ONU rebaixou-o para a categoria dos"países das oportunidades perdidas",ao lado da Nigéria e do Paquistão,cujos governos jogaram fora suas chan•ces de desenvolvimento humano.

"O crescimento econômico do Bra-sil não significa qualidade de vida",disse ao JORNAL DO BRASILMahbub Ü1 Haq, diretor do Progra-ma de Desenvolvimento das NaçõesUnidas, responsável pela pesquisa.Ex-ministro do Planejamento do Pa-quistão, U1 Haq se declara "fascina-

do" pelo caso brasileiro, principal-mente nos anos 70: "O crescimen-to foi excelente e muito poucosse beneficiaram disso". Aliás, foi nes-sa época que o ex-presidente Garras-tazu Médici constatou: "A economiavai bem, mas o povo vai mal". Vinteanos depois, ambos estão piores. (Ca-derno especial O continente perdido)

Medina relata

um drama que

durou 16 dias

Na primeira entrevista desde quechegou em casa depois de passar 16dias seaüestrado. o empresário Rober-to Meaina, de 41 anos, revelou queviveu "um drama". "Eu ficava sozinnono chão de um quarto apenas com umcolchonete. Não tinha nenhum agasa-lho. Tremendo de frio, pedia que medessem uma camisa, mas não davam.Era impossível dormir."

A polícia ainda não conseguiu cap-turar o seqüestrador Mauro LuísGonçalves de Oliveira, o MaurinhoBranco, nem localizar a casa ondeMedina ficou. Um policial com expe-riência em operações especiais disse queestranhou o comportamento dos dele-gados que estão no caso, pois

"deixa-ram escapar uma ótima oportunidadede prender os seqüestradores". (Pág. 9)

Ação policial

demonstra que

Anistia acertou, i

Em outubro de 1985, Delton Mota,estudante exemplar de 20 anos, conver-sava com amigos numa esquina do bair-ro Jaçanã, em São Paulo. Policiais queprocuravam um traficante se aproxima-ram atirando e Delton foi morto à quei-ma-roupa. "Meu filho morreu por umengano da polícia", diz a mãe, inconfor-mada até hoje. "Morreu

por ser negro."Crimes como este — sempre impunes

— poderiam constar do relatório divul-gado na semana passada pela AnistiaInternacional, entidade de defesa dosdireitos humanos, que enumerou casosde torturas e assassinatos praticados pe-la polícia brasileira para mostrar que aviolência oficial contra pobres e negrosatingiu "níveis assustadores". (Página 4)

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© JORNAl DO BRASIL S A 1990 Rio de Janeiro — Domingo, 24 de junho de 1990 Ano C - -N° 77 Preço para o Rio: Cr$ 50,00 2a Edição

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No Rio e em Niterói, céuclaro a parcialmente nu-blado, nevoeiros espar-sob na madrugada e tem-peratura estável.Máxima e minlma de on-_ -xji-Lir-L.1- 26,10

e 12,10 em Ban-Mar meio apitado e visibilidade mo-

derada. A foto do satélite, o mapa do tem-po e o tempo no mundo estão na página 18.

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Reprodução? O economistanorte-americanoLester Thurow(foto), do Institutode Tecnologia dcMassachusets,transformou-se emuma das maioresvedetes intelec-tuais dos EstadosUnidos e é apon-

tado como o virtual sucessor de John Ken-neth Galbraith. Crítico mordaz da atualeconomia americana, que perdeu o seu ladoempreendedor, ele não fica só nisto. Apontasuas setas para outras mazelas que corroema maior potência do mundo, como, porexemplo, o seu combalido sistema educa-cional. Chamado de "o

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"se os Estados Unidos têmum milhão de problemas, Thurow tem ummilhão de respostas".

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? A Casa Brasil-França, na Praça15, expõe esta se-mana fotografiasde um mestre ge-nial, o francêsHenri Cartier-Bresson, e de seuprestigiado discí-pulo brasileiro, Se-bastião Salgado. Éum programa espetacular em qualquer cida-de do mundo. A mostra conta com 150trabalhos de Bresson (foto), alguns inéditos, eoutros 50 de Salgado, uma seleta de suasviagens pelo Nordeste brasileiro, pela Bolíviaepelo Peru. Na área cinematográfica, o gran-de lançamento da semana é o novo filme dosTrapalhões, Uma escola atrapalhada, queestréia na sexta-feira. Com um elenco quetraz o ídolo infantil Angélica, o roqueiroSupla e o conjunto Polegar, o filme só mostraOs Trapalhões durante 15 minutos.

Program

ENTREVISTA? O advogado Luís Octávio da MottaVeiga, de 39 anos, que há três meses assu-miu a presidência da Petrobrás, está con-vencido de que o grande problema da maiorempresa estatal brasileira é o fato de ela serconfundida com o governo.

"Quanto maisgoverno ela for, menos empresa será", con-cluiu ele. Embora revele que ao assumirencontrou a Petrobrás sem dinheiro até pa-ra pagar a folha salarial, Motta Veiga ga-rante que

"mesmo mal administrada, qual-quer empresa de petróleo é um bomnegócio ". Mesmo afirmando que não advo-ga a privatização da empresa, ele acreditaque

"o governo deve atuar prioritariamente

no saneamento básico, escola pública, hos-pitais públicos". (Página 13)

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Técnico e jogadores brasileiros discutiram bastante sobre como parar Maradona

Berger é 'pole' no

100° GP de SeiunaO austríaco Gerhard Berger con-

quistou ontem a pole-position para oGrande Prêmio do México de Fór-mula 1, que será disputado hoje, às17h (horário de Brasília). Largará aolado do italiano Riccardo Patrese,da Williams. O brasileiro AyrtonSenna, companheiro de Berger naMcLaren, sai em terceiro, e NelsonPiquet, em oitavo.

Maurício Gugelmin e RobertoMoreno não conseguiram se classifi-car. A prova de hoje será a 100a nacarreira de Ayrton Senna. A RedeGlobo só começa a transmitir às17h55, se não houver prorrogaçãono jogo Alemanha x Holanda, pelaCopa do Mundo. Na F Indy, DannySullivan é o pole em Detroit. Émer-son Fittipaldi largará em oitavo.

Camarões passa

para as quartasA bruxa continua impossível. On-

tem, mandou a Colômbia para casa epermanece em Nápoles, à espera do ven-cedor de Bélgica x Inglaterra. Camarõesfoi o primeiro país a chegar às quartas-de-final. Seu próximo compromisso serádia Io de julho. O veterano Milla, de 38anos, voltou a brilhar. Ele fez os doisgols dos africanos na vitória de 2 a 1.

Poucas horas depois, em Bari, foi avez de a Tchecoslováquia ganhar suavaga, ao derrotar a Costa Rica por 4 a 1e eliminar a segunda seleção latino-ame-ricana. Skuhravy, que marcou três vezes,é o goleador da Copa, com 5 gols. ATchecoslováquia enfrentará, nas quartas-de-final, o vencedor de Alemanha x Ho-landa, em Milão, no próximo domingo.

Clássico europeu

para milanês verAlemanha Ocidental e Holanda fa-

zem hoje, em Milão, o jogo que pro-mete ser um dos mais emocionantes daCopa. A rivalidade entre as duas sele-ções começou na decisão da Copa de1974, quando os alemães, em casa,venceram por 2 a 1. Há dois anos, nasemifinal do Campeonato Europeu,também na Alemanha, a Holanda de-volveu o placar.

O clássico não se resume às seleções— estarão frente a frente jogadores daInter (os alemães Brehme, Matthãus eKlinsmann) e do Milan (os holande-ses Rijkaard, Gullit e Van Basten),times que dividem a preferênciado torcedor milanês. A partida, vá-lida pelas oitavas-de-final da Co-pa, começa às 16h (hora de Brasília).

vencer

A seleção brasileira enfrentasua primeira decisão na XIVCopa do Mundo. Joga contra aArgentina, pelas oitavas-de-fi-nal, no Estádio Delle Alpi, deTurim, às 12h (horário de Brasí-lia). O técnico Sebastião Lazaro-ni não escalou ninguém, emprincípio, para marcar Marado-na, individualmente. Houve até

reunião com osjogadores paradecidir o que fa-zer. A ordem écercá-lo, impe-dindo que a bola

chegue aos seus pés.Brasil e Argentina já se en-

frentaram 71 vezes com suas se-leções principais. São 27 vitóriaspara cada lado e 17 empates. EmCopas do Mundo, a vantagem ébrasileira, com duas vitórias eum empate. Aliás, Maradonaainda não sabe o que é ganhardos brasileiros. E Careca alertapara o fato de que, pela primeiravez no Mundial, o Brasil vai en-frentar um time que também temum libero, o zagueiro Simon.

Turim prefereos'cariocas'

A torcida de Turim deverá serfavorável à seleção brasileira, hoje.Não porque morra de simpatia porela, e sim porque Maradona é odia-do no Norte italiano. O turinense,entre uma equipe e outra, preferetorcer pelos cariocas, como chamatodos os brasileiros, a torcer pelosgaúchos, como são conhecidos os ar-gentinos.

A delegação brasileira fez reser-vas na Varig, para voltar ao Brasil,depois de amanhã, embora ninguémconfirme. Os jogadores desconver-sam. Alguns batem na madeira, co-mo Careca. A chefia da delegaçãodiz que é um procedimento normal,assim como reservar passagens paraoutras cidades italianas, onde o Bra-sil ainda tenha de jogar na Copa.

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Escolas ganham

a briga pelas

mensalidades

O ministro da Educação, CarlosChiarelli, anunciou ontem em PortoAlegre que assinará portaria esta sc-mana estabelecendo a livre negociaçãopara as mensalidades escolares. Os au-mentos terão que ser referendados pormais da metade de pais de alunos emassembléias realizadas nos colégios.

Chiarelli advertiu, porém, que asmensalidades continuam congela-das. "Os aumentos só serão permiti-dos se os pais autorizarem", disse. Aportaria atende, segundo Chiarelli,aos muitos apelos de associações deescolas, que alegam ser inviávelmanter os colégios sem aumento dasmensalidades, devido aos reajustessalariais de professores. (Página 3)

Assalariados

reforçam o mês

fazendo 'bico'

Apelar para o conhecido bico é asaída adotada por muitos assalariados,desde o Plano Collor, para fechar ascontas no final do mês. Afinal, apesardos salários congelados, os preços con-tinuam subindo. Uma recepcionista deestatal comprou uma televisão com avenda de chocolates na Páscoa. O locu-tor de uma rádio vende sanduíches pa-ra abastecer a moto.

A falta de dinheiro dos consumido-res vem prejudicando o movimento dediversos setores. Bancas de jornais queoferecem serviços extras, como telefo-ne, ar condicionado e entrega a domicí-lio, por exemplo, tiveram queda de até80% nas vendas logo após o anúnciodo Plano. E essa redução ainda não foitotalmente recuperada. (Página 24)

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O pior é que esse atraso do Brasil emtermos de qualidade de vida não é devi-do à falta de recursos, mas à sua injustadistribuição e má aplicação. A oitavaeconomia do Ocidente gasta muito nosetor social, só que gasta mal, é umperdulário. Por isso, o relatório da

ONU rebaixou-o para a categoria dos"países das oportunidades perdidas",ao lado da Nigéria e do Paquistão,cujos governos jogaram fora suas chan-ces de desenvolvimento humano.

"O crescimento econômico do Bra-sil não significa qualidade de vida",disse ao JORNAL DO BRASILMahbub Ul Haq, diretor do Progra-ma de Desenvolvimento das NaçõesUnidas, responsável pela pesquisa.Ex-ministro do Planejamento do Pa-quistão, Ul Haq se declara "fascina-

do" pelo caso brasileiro, principal-mente nos anos 70: "O crescimen-to foi excelente e muito poucosse beneficiaram disso". Aliás, foines-sa época que o ex-presidente Garras-tazu Médici constatou: "A economiavai bem, mas o povo vai mal". Vinteanos depois, ambos estão piores. (Ca-derno especial O continente perdido)

Medina relata

um drama que

durou 16 dias

Na primeira entrevista desde quechegou em casa depois de passar 16dias seqüestrado, o empresário Rober-to Medina, de 41 anos, revelou queviveu "um drama". "Eu ficava sozinhono chão de um quarto apenas com umcolchonete. Não tinha nenhum agasa-lho. Tremendo de frio, pedia que medessem uma camisa, mas não davam.Era impossível dormir."

A polícia ainda não conseguiu caç-turar o seqüestrador Mauro LuísGonçalves de Oliveira, o MaurinhoBranco, nem localizar a casa ondeMedina ficou. Um policial com expe-riência em operações especiais disse queestranhou o cpmportamento dos dele-gados que estão no caso, pois

"deixa-ram escapar uma ótima oportunidadede prender os seqüestradores". (Pág. 9)

Ação policial

demonstra que

Anistia acertou

Em outubro de 1985, Delton Mota1,estudante exemplar de 20 anos, conver-sava com amigos numa esquina do bair-ro Jaçanã, em São Paulo. Policiais queprocuravam um traficante se aproxima-ram atirando e Delton foi morto à quei-ma-roupa. "Meu filho morreu por umengano da polícia", diz a mãe, inconfor-mada até hoje. "Morreu

por ser negro."Crimes como este — sempre impunes

— poderiam constar do relatório divul-gado na semana passada pela AnistiaInternacional, entidade de defesa dosdireitos humanos, que enumerou casosde torturas e assassinatos praticados pe-Ia polícia brasileira para mostrar que aviolência oficial contra pobres e negrosatingiu "níveis assustadores". (Página 4)

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2 ? Io caderno ? domingo, 24/6/90 Brasil JORNAL DO BRASIL

Coluna do Castello

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Opinião pública e

opinião publicada

Foi o falecido senador

Milton Campos quemdistinguiu eleitorado e opi-nião pública para lamen-tar que no Brasil quasenunca coincidam um e ou-tra. Os candidatos preferi-dos pelos eleitores nemsempre são os favorecidospela opinião, segmentomenor e mais exigente da sociedade. Novadistinção é agora introduzida pelo presidenteFernando Collor para isolar da "opinião

públi-ca", que seria o segmento maior, a "opinião

publicada". Esta é a que se lè e se ouve comfreqüência nos jornais e na televisão, que reco-lhem declarações de políticos, de economistas,de sociólogos, dos próprios jornalistas, etc. Sãopessoas privilegiadas quanto à oportunidade decomunicar o que pensam ou que gostariam quese pensasse a propósito de questões em pauta,principalmente a propósito do governo e dosseus programas.

O presidente, ao falar, naturalmente supu-nha que os registros hostis ao seu governo, tãofreqüentes nos meios de comunicação, se dis-tanciavam do pensamento da maioria da popu-laçâo, por ele identificada como a "opinião

pública". Desta, a "opinião publicada" é ape-

nas uma parcela, pequena, reduzida e geral-mente engajada, coisa que Collor não disse masque pode ser deduzida do que disse. Aconteceu,no entanto, que em seguida à publicação doachado presidencial, dois grandes jornais deSão Paulo coincidiram em apresentar pesquisasnas quais refletem uma tendência da "opinião

pública" para encontrar-se com a "opinião pu-

blicada". Ao fim dos 100 dias, prazo tão curto,o governo recebe o primeiro impacto negativo,ao qual saberá sem dúvida dar a devida aten-ção. A "opinião

pública" caminha no rumo da"opinião publicada".

Os dados da Folha e do Estadão são muitoparecidos e registram mudança das reações po-pulares com relação ao Plano Brasil Novo. Os71 % favoráveis a Collor do DataFolha de mar-ço caíram para 36% em junho. Uma leituragenerosa poderá indicar que os crentes no Pia-no são ainda mais numerosos do que os des-crentes, pois apenas 18% consideram ruim estegoverno. O número-chave talvez esteja nos43% registrados por ambos os jornais. São osque acham o governo apenas regular. Regular éjulgamento impreciso, indeciso, mas nuncamuito positivo pois na melhor das hipótesessugeriria que a margem de dúvida sobre acorreção do projeto governamental aumentou aponto de ser a tônica da opinião pública. Ascapitais, como costuma acontecer, estão navanguarda dessa modificação de tendências, járegistrada, aliás, uma semana antes em Brasíliapor uma pesquisa de opinião realizada porempresa local. Nela surgiam números seme-lhantes aos paulistas.

Claro que o presidente da República não sesentirá intimidado por esse primeiro revés doseu governo que se espraia da "opinião

publi-cada" para a "opinião pública". De certo modoele devia contar com essa quebra de índices depopularidade, tal o potencial de agressividadede uma política antiinfiacionária que se preten-da eficaz e de uma reforma administrativa des-tinada a eliminar vícios centenários dos proce-dimentos do Estado e que alcança a rotina detrabalho e de vida de centenas de milhares depessoas. Para um homem do seu estilo talvezseja até mesmo um novo desafio lutar contra aadversidade. Tal como Leônidas nas Termópi-Ias, Collor está sendo convocado para comba-ter à sombra.

Especialista em comunicação social o presi-dente tem o direito de supor que sua presençana televisão, registrada antes de conhecidas aspesquisas, poderão restabelecer pelo menosparte da confiança perdida no êxito de umplano que não alcançará seus objetivos semantes deixar muitas vítimas pelo caminho. Aspróprias pesquisas foram realizadas em mo-mento anterior, mas esse fato produz apenashipóteses ainda inconseqüentes. Em todo o ca-so, discurso e pesquisas são o que houve nos100 dias do governo Collor.

A disputa no Rio Grande do Sul

A disputa eleitoral no Rio Grande do Sulestá sendo definida nas convenções de hojenaquele estado. Nelson Marchezan será oficia-lizado pela coligação PFL-PDS-PTB-PRN co-mo candidato a governador. A expectativa quemais o animava era a da adesão do deputado eradialista Sérgio Zambiasi, campeão das prefe-rências populares, que prefere apoiar a receberapoios. Ele não quer ser candidato, mas osbrizolistas asseguram com tranqüilidade quesua popularidade radiofônica não é transferi-vel.

O PMDB aproxima-se do seu desfecho senão se reunir em torno do ex-governador PedroSimon, sua liderança remanescente, ele própriocandidato a senador com um candidato a go-vernador que o partido hesita em aceitar. Sehouver o racha, Simon sairia da disputa e oPMDB não se recomporia. Nesse caso a lutaficaria entre Marchezan e Alceu Collares, doPDT. O brizolista ê o favorito mas o ex-minis-tro Pratini de Morais, candidato a deputado,acha que a disputa pode ser equilibrada e atépender para o PDS.

Carlos Castello Branco

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JORNAL DO BRASIL Brasil domingo, 24/6/90 ? 1° caderno ? 3

Mensalidade escolar terá negociaçãoJosé Varolla — 30/6/88 ^

PORTO ALIiGRE — O ministro da Educação,Carlos Chiarclli, anunciou ontem que vai editar porta-ria esta semana estabelecendo a livre negociação nasmensalidades escolares. A medida permitirá que asmensalidades sejam aumentadas, se referendadas pormais da metade dos pais de alunos, cm assembléias depais e mestres. Chiarclli advertiu, entretanto, que alivre negociação não altera a regra básica de que asmensalidades continuam congeladas: só haverá au-mento se os pais aprovarem.

O ministro diz ter recebido muitos apelos de asso-ciações e diretores de escolas, que alegam que os custosgerais e os reajustes salariais dos professores, semaumento da mensalidade, estariam tornando inviável amanutenção dos colégios.

O ministro da Educação avisou ainda que terminana quinta-feira, dia 28, o prazo para as universidadesfederais de todo o país apresentarem suas propostas deredução de 30% dos custos. Quando o governo federaldeterminou, a cada ministério, a redução de 30% doquadro de pessoal, as universidades, através dos reito-res, solicitaram e obtiveram a redução cm cima degastos (horas extras, funções gratificadas, etc.), e nãomais na demissão de pessoal.

Collor participará

hoje de caminhada

por criança carente

BRASÍLIA — Ao lado de 500 meninos de rua,artistas e esportistas, o presidente Fernando Collorparticipa hoje de manhã da Caminhada pela Criança",no Parque Rogério Pithon Farias, o principal de Brasi-lia. Ao final da caminhada, que terá percurso de 1.400metros e será transmitida ao vivo pela televisão, opresidente convocará a sociedade a participar do esfor-ço do governo em favor das crianças carentes do pais.Collor vestirá uma camiseta branca com a inscrição"Criança Prioridade Nacional".

O evento de hoje c o primeiro de uma série quemarcará o lançamento dos programas que compõe oprojeto Ministério da Criança. ídolos do público in-fantil irão acompanhar Collor na caminhada, como aapresentadora Angélica, as paquitas do Show da Xu-xa, os atores Kadu Molitcrno e André de Biasi, queformam a dupla Juba e Lula, e o elenco do programaTrapahotel, além do roqueiro Supla.

O presidente deverá chegar no Parque RogérioPithon de Farias de helicóptero, às 9h, e será recebidopor 500 crianças atendidas por entidades assistenciaisdo Distrito Federal. Ele iniciará a caminhada, ao ladodo menino Felipe dc Paula Santos, de 15 anos, autordo desenho adotado como símbolo da CB1A. A corri-da terminará na Praça das Fontes, onde outras 2.500crianças das escolas das cidades-satélites de Brasíliairão saudar o presidente com bandeiras do Brasil.

? O ministro das Relações Exteriores, FranciscoRezck, disse que o presidente Collor, na reunião

ministerial de sexta-feira, "referiu-se a uma política derecusa de transferência de alta tecnologia como umapossível forma de neocolonialismo, chamando atençãopara o mundo desenvolvido, em geral, e sua avarezaquanto à transferência de tecnologia". Rezek afirmouque Collor "não fez aos Estados Unidos a acusação dejogar o Brasil no fosso colonialista". Segundo um dosparticipantes da reunião, Collor citou os Estados Uni-dos, o que mereceu reparo de Rezek, quando admitiuiniciar a ofensiva em busca dc tecnologia pelo presi-dente norte-americano, George Bush, que poderá visi-tar o Brasil em setembro.

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JB

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Informe JB .,284-2122*254vÒ797V- 264-0291 ,

Carlos Chiarelli

Zélia estuda em São

Paulo as políticas

salarial e industrial

SÀO PAULO — A ministra da Economia, ZéliaCardoso de Mello, passou o dia em mais uma reu-nião secreta no prédio paulista do Ministério daFazenda. Além da Medida Provisória sobre a reposi-ção salarial para ser enviada amanhã ao Congresso,a política industrial, que será anunciada na terça-fei-ra, também foi discutida na reunião com o presidentedo Banco Central, Ibrahim Eris, o secretário depolítica econômica, Antonio Kandir, o assessor daSecretaria de Política Econômica, Carlos AlbertoLuque, o diretor do departamento de indústria ecomércio, Luis Paulo Veloso Lucas, o diretor adjun-to Antonio Maciel Neto e o assessor especial doMinistério da Economia, José Francisco Gonçalves.

A ministra não quis falar com a imprensa e,através de um assessor, mandou dizer que se tratavase uma reunião técnica, onde a equipe, na verdade,estava se preparando para enfrentar as perguntas dosjornalistas no próximo dia 26, ás 10 horas, quandoserá realizado um balanço dos 100 primeiros dias donovo Ministério da Economia. O programa aconte-cerá no auditório da Radiobrás, em Brasília. Pelaagenda da ministra, hoje será um dia de descanso ede torcida: o palpite de Zélia é Brasil 2, Argentina 0.

Bomba — Uma bomba de fabricação caseiraexplodiu no início da madrugada de ontem na portado jornal Hora do Povo, em São Paulo. A explosãodanificou a porta da gráfica, mas não feriu ninguém.Maria Aparecida Zanon Monteiro, diretora do jor-nal do MR-8, não soube a quem atribuir o atentado,"pois as últimas edições vêm dando ênfase à Copa doMundo". Ela disse que "a única manchete que des-toou foi uma sobre o seqüestro de Roberto Me-dina: "Malufista comanda o seqüestro no Rio".Dívida — Onze países da América Latina eCaribe decidiram criar um comitê para acompanhara renegociação de suas dívidas externas. O secretáriopermanente do Sistema Econômico Latino-America-no (Sela), o uruguaio Carlos Perez Del Castillo., disseque a decisão foi tomada em recente conferência, emCaracas, sobre o endividamento externo no Conti-nente. Além do Brasil, participarão do comitê Mé-xico, Argentina, Venezuela, Equador, Peru, Cuba,Costa Rica, Guatemala, Jamaica e Guiana.Papa — O papa João Paulo II condenou, çmencontro com bispos brasileiros, o "permissivismo-moral-difundido no Brasil pelos meios de comunica-ção, principalmente as televisões". Segundo o papa,a "crise da família brasileira" tornou-se "aguda"depois da aprovação da Lei do Divórcio, em 1977.João Paulo II sugeriu o incentivo da educação cristãaos jovens brasileiros. A ação pastoral da Igreja,disse, deve dar uma "resposta cristã adequada" àsexigências da juventude.

Metalúrgicos recuam

e deixam fábrica da

Ford em S. Bernardo

SÀO PAULO — Terminou na madrugada dc on-tem a ocupação da maior fábrica da Ford brasileira, cmSão Bernardo do Campo, por cerca de sete I mil de seus9.800 funcionários. A ocupação foi iniciada no início datarde de sexta-feira, quando os metalúrgicos trancaramos portões da fábrica, impedindo a saída de funcioná-rios administrativos e chefes, em protesto contra ademissão dc 100 operários dos setores de manutenção eferramentaria, cm greve há 13 dias por um aumento dc84,32% — a empresa oferece 45%.

Heguiberto Delia Bclla Navarro, funcionário daFord c vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicosde São Bernardo do Campo e Diadema, disse que aocupação foi suspensa porque as folgas de fim desemana desmobilizaram os trabalhadores. Uma assem-bléia na porta da fábrica, convocada para as 6h desegunda-feira, deverá discutir outras as formas de con-tinuaçào do movimento. "Estamos esperando a Auto-latina ou a Fiesp entrar em contato conosco paranegociação", antecipou Navarro.

A assessoria de imprensa da Autolatiija. Iwltling quecontrola a Ford e a Volkswagen no Brasil, divulgou umlevantamento de estragos causados pelos metalúrgicos:cinco quadros de avisos quebrados, destruição dc partede uma cerca e pneus furados de dois carros. A empresaacusou o soldador José Arcanjo de Araújo, funcionárioda Ford desde I973. de ter sugerido em discurso que ostrabalhadores que se armassem e incendiassem a fábn-ca. no caso de represália à ocupação.

O sindicalista Heguiberto Navarro relutou as acusa-çôes da Autolatina: "As listas de demitidos foramtiradas dos quadros, que foram abertos com chave, enão acredito que o Zé Prelo (apelido do metalúrgicoJosé Arcanjo Araújo) tenha feito isso. Toda vez que háconfronto, as empresas jogam essas acusações contra ostrabalhadores"

Assembléia — Em assembléia realizada na ruaporque a sede do sindicato não comportava os presen-tcs. mais de 5 mil metalúrgicos dc Santo André, noABC paulista, decidiram ontem de manhã, por aclama-ção, rejeitar a proposta de 45% de aumento feita pelaFiesp e manter a greve, que entra hoje na segundusemana. Dos 47 mil metalúrgicos de Santo André. 25mil estão parados desde o dia 11 O pool de seteempresas (Cofap, Eluma, Brosol. Mollins, KS Plstòcs eElevadores Otis) que negocia em separado com o Sindl-cato dos Metalúrgicos vai reunir-se terça-feira comrepresentantes dos trabalhadores.

Petroleiros gaúchosnormalizam produção

porto alkgre A refinaria AlbertoPasqualini, em Canoas, na Região Metropo-litana, retomou sua produção normal de 12mil m3 de combustíveis a partir da meta-noi-te de sexta-feira, com o término da greve dosmais de 1 mil petroleiros gaúchos. Eles acei-taram a proposta da Petrobrás suspensão detrês demissões, garantia de que nenhum gre-vista será punido e negociação do descontodos oitos dias de paralisação.

Segundo o secretário-geral do Sindicatodos Petroleiros, Leonel Moraes, a greve dacategoria está suspensa até o próximo dia 28,quando haverá nova assembléia para exarni-nar a situação. O julgamento do dissídio dacategoria está marcado para 2 de julho.

Durante a greve, um acordo entre os pe-troleiros e a superintendência da refinariaAlberto Pasqualini manteve a produção diá-ria de 9 mil m3 de combustíveis (gasolina,óleo diesel e gás de cozinha), que era sufi-ciente para atender á demanda mínima domercado no Rio Grande do Sul.

Nilo (E) aceitou a vice e Brizola homenageou Vivaldo (D)

Brizóla apresenta Nilo

e garante

união no PDT

Ao lado do deputado federal VivaldoBarbosa — que desejava ser o segundonome na chapa pedetista —, o ex-governa-dor Leonel Brizola apresentou o advogadoNilo Batista, escolhido como candidato doPDT a vice-governador do Rio, afirmandoque as desavenças ocorridas no partidoestão solucionadas. Depois de homena-gear Vivaldo, Brizola admitiu: 'Tivemosumas escaramuças típicas de um partidodemocrático, mas agora estamos unidos".As candidaturas ao Palácio Guanabaraserão oficializadas hoje na convenção doPDT — não realizada na semana passadadevido à dificuldade para definir o vice eos candidatos à Assembléia Legislativa,.

O presidente do PDT pós fim tambémna disputa pelas suplências do Senado.Apesar dos partidos coligados ao PDTpleitearem essas vagas para nomes dosseus quadros (o PCB indicou o arquitetoOscar Niemeyer e o PC do B o vereadorEdson Santos), em busca de um consenso,a executiva do PDT optou pelos pedetis-tas. Junto ao candidato ao Senado, pro-fessor Darcy Ribeiro, os deputados Doutel

Ronaldo e Técio

dividem tucanosCom a homologação da candidatura

do deputado Ronaldo Cézar Coelho aogoverno do Rio e o do advogado TécioLins e Silva para o Senado, ontem naconvenção do PSDB. alguns tucanosinsatisfeitos debandaram para outros ar-raiais. O vice-presidente do partido noEstado, Raimundo de Oliveira, e seucompanheiro da executiva regional Pau-lo Bahia, apresentaram uma carta-re-núncia aos convencionais. Raimundo eBahia, que são a favor de um coligaçãocom o PDT, farão campanha para ocandidato Leonel Brizola

"Coligação é estelionato eleitoral, oeleitor vota em quem está vendo e nãosabe quem elege", afirmou Ronaldo.Os deputados alumcistas Ana MariaRattes c Artur da Távola, apesar decontinuarem no PSDB, não foram àconvenção Rattes telefonou para Ro-naldo dizendo que não compareceriaporque a festa era dele. Para Raimun-do, os tucanos não aceitaram a aliançacom o PDT por medo. "Falam em Bri-zola e as pernas tremem logo", disse.

de Andrade e Abdias do Nascimento, res-pectivamente, concorrerão a primeira esegunda suplência. "Nunca tivemos umcompromisso a esse respeito. Por se tratardo nosso vice-presidente e líder na Câmara(Doutel), ficou difícil paara nós ofereceressas supièncias", explicou o ex-governa-dor.

Ao apresentar a chapa majoritária doPDT, Brizola se referiu às candidaturasdos outros partidos como "uma estratégiada direita". "Eles aparecem divididos. Es-tão fazendo as suas jogadas, mas na hora heles se unem", disse. Pensando nisso, avitória no primeiro turno das eleições seráa "estratégia" do PDT, como declarouDarcy Ribeiro: "Toda a nossa força serápara garantir logo de primeira e temosmuita possibilidade de ganhar".

O PDT fechou coligações com o PTRe outros inúmeros partidos, garantindoassim maior tempo no horário do TREno rádio e tc.levisão. Com sua existênciagarantida, o PV também decide hojeapoiar o PDT. "Nossa esperança é nosentender", disse Bnzola.

Rockefeler é o

vice de NelsonO candidato do PMDB ao governo I

do Rio, senador Nelson Carneiro, con-;seguiu reunir ontem o apoio do PRN,PDS, PFL e PTB. Representantes des-ses partidos decidiram, num encontroontem na sede do PFL, formar umafrente denominada Aliança Progressis-;ta. O nome do candidato a vice-go-vernador, que "conseguiu a solidarie- •dade dos outros partidos", será o doex-prefeito de Campos Rockefeler deLima. "Teremos uma chapa fluminen-se e não apenas carioca", afirmou odeputado Francisco Dornellcs — ex-candidato do PFL.

O presidente do PMDB, Paulo Rat-tes, disputará o Senado Federal, tendocomo suplentes o petebista Álvaro Fer-nandes e o cx-deputado Celso Peça-nha (PRN). A candidatura de Peçanhaestá dependendo de uma consulta juri-dica, já que o PRN realizou convençãona semana passada e deverá submetero candidato à aprovação dos conven-cionais.

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4 ? Io caderno ? domingo, 24/6/90 Brasil JORNAL DO BRASIL """

Violência policial

confirma relatório da Anistia

" atos: Ji

mSérgio Sá Leitão*

A Anistia Internacional, entidade queganhou o Prêmio Nobel da Paz de 1977,divulgou na semana passada um do-cuinento em que acusa a policia brasilei-ra de torturar e matar susjjeitos. Tam-bem responsabiliza autoridades pelaimpunidade de torturadores, considera"explosiva" a situação das penitencia-rias, acha incompreensível a quantidadede menores assassinados no país e asse-gura que os vários artigos da Constitui-ção que tratam dos direitos individuaissão desrespeitados diariamente nas dele-gacias. O relatório da Anistia traz umasérie de casos exemplares, típicos de pai-ses que não vivem num estado de direito.A combinação de prepotência e impuni-dade, segundo a Anistia, criou uma si-tuação critica para o Brasil, um paisonde a violência oficial contra pessoaspobres e negras atingiu níveis "assusta-dores".

Um dos casos que aparecem com des-taque no relatório da Anistia Internado-nal aconteceu em Porto Alegre há exata-mente seis anos. Graças a uma denúnciado policial Arquimedes Ribeiro, a im-prensa recebeu fotografias feitas numadelegacia gaúcha que mostravam um jo-vem negro pendurado num pau-de-ara-ra, instrumento de tortura usado duranteo regime militar contra presos políticos.Antônio Clovis dos Santos, o Doge, de17 anos, sem antecedentes criminais epreso por simples suspeita, confirmou astorturas e identificou quatro agentes co-mo torturadores. O caso derrubou a cú-pula policial da época e levou a umprocesso na Justiça. O rapaz, entretanto,foi morto 20 dias antes de depor e ospoliciais foram absolvidos por insuficiên-cia de provas.

O caso Doge, porém, não teve o seuponto final nesta apoteose de impunida-de. Dias depois do julgamento, dois diri-gentes do Movimento de Justiça e Direi-tos Humanos do estado, Jair Krischke eAugustinho Veit, em protesto contra aabsolvição dos policiais, colocaram doisoutdoors na capital, com o desenho dorosto dos policiais absolvidos ao lado dodesenho de Doge e uma pergunta incô-moda —"Até quando?" No mesmo dia,policiais destruíram os painéis e os agen-tes denunciados pelo negro torturadoprocessaram Veit e Krischke por calúnia.Como resultado, os defensores da vitimapassaram ao papel de culpados: foram

condenados a uma multa de Cr$ 236,00 eperderam a condição de pessoas primá-rias. Eles entraram com recurso, mas esteainda não foi julgado.

Outra história de violência contrapresos humildes, que bem poderia cons-tar do relatório da Anistia e tem toquesiguais de mórbida ironia, teve como pai-co a 20" Delegacia do Rio, no bairro deVila Isabel (Zona Norte), e como mo-mento o dia em que o texto final da novaConstituição, que trata a tortura comocrime inafiançável, ficou pronto. Em se-tembro de 1988, durante uma batida noMorro dos'Macacos, na Zona Norte, aPolicia Civil prendeu o operário LuísFernando Carreira, 32 anos, acusando-ode fazer parte da quadrilha do traficanteMaico. Um dia depois, um repórter doJB ouviu na delegacia gritos que vinhamde uma sala. Em seguida, Carreira apa-receu com a mão no estômago e disse:"Moço, não fiz nada... Eles me baterampara eu confessar..." O caso caiu noesquecimento total, como muitas das his-tórias denunciadas pelo relatório daAnistia Internacional. E nada aconteceucom os responsáveis pela delegacia. Se-gundo informações da Secretaria de Poli-cia Civil, foi aberto um inquérito interno,que inocentou os policiais — para a poli-cia, tudo não passou de um lamentávelequívoco do jornalista e uma denúnciainfundada do preso. De fato, a perícia,feita um dia após o espancamento, "nãoconstatou nenhuma lesão corporal" emCarreira. Semanas depois da prisão, elefoi solto por falta de provas. E hojerecusa-se a comentar o episódio. O dele-gado Carlos Poppe, à época titular dadelegacia, foi transferido para o Depar-tamento Geral de Polícia da Capital, on-de realiza trabalhos internos.

Tão polêmico quanto os casos Doge eCarreira foi o do Homem Errado, quedeve o seu nome ao filme homônimo docineasta inglês Alfred Hitchcock, rodadoem 1957 com Henry Fonda no papel deum músico de jazz que é acusado por umcrime que não cometeu. Na vida real, opersonagem de Fonda foi representadopelo operário Júlio César de Mello Pinto,executado por policiais gaúchos a cami-nho de um pronto socorro em 14 de maiode 1987. Durante um assalto a um super-mercado, Júlio aproximou-se do localatraído pelos tiros. Nervoso, teve umataque epilético, caiu ao chão e foi presopelos PMs, que o confundiram com umdos assaltantes. Desfeita a confusão, o

operário foi morto por ser testemunhainvoluntária da execução de um dos ver-dadeiros assaltantes.

Em muitos desses episódios, a Justiçatermina absolvendo os policiais por faltade provas — as testemunhas, com medode represálias, muitas vezes desaparecemsem deixar vestígios. Dois casos recentes,entretanto, foram documentados por cá-maras de emissoras de televisão. No diaIo de setembro do ano passado, umaequipe de reportagem da TV Educativapresenciou uma agressão ao preso Vag-ner Batista, 19 anos, quo havia sido deti-do na sede da Polinter (Divisão de Vigi-lãncia e Capturas) após uma batidacontra traficantes nos morros da Tijuca edo Andaraí, na Zona Norte da cidade. Otape mostra um X-9 — um dedo-duro aserviço da polícia — dando um violentotapa no rosto de Vagner.

Com o tape e o barulho criado emtorno da história pelas entidades de defe-sa dos direitos humanos, dois inquéritos— um penal e outro administrativo —instaurados pelo secretário de Policia Ci-vil do governo do estado, advogado He-lio Saboya, determinaram o afastamentodo delegado responsável pela Polinter,Hélio Guaíba, e a abertura de processocontra o X-9 Cleber Gonçalves Tiago,que hoje cumpre pena no presídio deÁgua Santa por envolvimento cm outroscrimes. Um detalhe conferiu ao caso umacerta dose de humor, apesar dos contor-nos trágicos: na Polinter, ninguém sabiaque Cleber não era um policial. Segundoo inspetor Reis, da Polinter, "Cleber a-presentava-se como policial e tinha umrelacionamento excelente com os outrospoliciais".

Alguns meses antes, em Belém, umaequipe da Rede Brasil Amazônia filmouo espancamento do assaltante AguinaldoGaya, 20 anos, na delegacia do bairro deSacramento, na periferia da cidade. Ascenas, obtidas sem que os policiais pcrce-bessem, mostram Gaya sendo espancadocom um porrete nos braços, na barriga enas costas pelos policiais Envaldo Xaviere Raimundo Maues. Outro policial ne-gou a Gaya o direito de recorrer a umadvogado. Os policiais foram expulsosda policia e ainda não foram a julgamen-to. Alguns deles não foram presos emflagrante e estão foragidos. O governa-dor do estado, Hélio Gueiros, eonfirman-do o relatório da Anistia, considera oespancamento "normal" — "essas coisasacontecem todos os meses; as vítimas querecorram á Justiça".

Fotos: Jurandlr Silveira

oau ruuiu —

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Sâo Paulo — Zaca Feitosa

Até hoje a imagem do filho traz lágrimas a Djalma Gomes da Mola e a D. Delba

O rapaz que

morreu por

ser negro

de 'troca

de tiros'da PM de São Paulo

Ricardo Kotscho

SÃO PAULO — Já passava das 22h

de 14 de outubro de 1985 quando otelefone tocou no modesta casa de doisandares da família Mota, no bairro doJaçanã, Zona Norte da cidade. Dclton, ofilho de 20 anos, tinha saído com seuDodginho e o ex-jóquei Djalma Gomesda Mota, preocupado com a demora,correu para atender.

Djalma, dá um pulo na delegacia. ODélton foi detido pela policia - avisouuma voz anônima.

Nem deu tempo de perguntar nada.Djalma, que já estava de pijama, colo-cou uma roupa e foi correndo ao 39°Distrito Policial. Sobre a mesa do dele-gado Luís Apolônio, viu o relógio, acarteira de identidade de Délton e umsaco de pipocas, o único vício do filho.

O que aconteceu? - perguntou as-sustado.

Seu filho foi preso... houve umtiroteio e... - respondeu o delegado, semcompletar a frase.

Délton estava morto.Hoje, cinco anos e três meses depois,

sentado no sofá da sala do mesma casasimples, com um retrato do filho namão, Djalma — um homem negro de 55anos, magro, elegante, dono do seu pró-prio negócio de peças para carburador— chora ao lembrar daquela noite.

Quando cheguei ao hospital, ele jáestava morto. Ver meu filho naqueleestado, três tiros à queima-roupa... Nãodá para agüentar mais... Eu me faço deduro, tento ser forte quando bate a sau-dade do menino na esposa, mas é umagrande mentira.

Como acontece sempre que o assun-to volta à sala, dona Delba, a mãe,inventa alguma coisa para fazer e vai daruma volta.

da policia. Morreu por causa da cor, porser negro — desabafa.

Traficante — Djalma conta que aPolicia andava à procura de Zé Negui-nho, um traficante temido na região.Délton estava conversando com trêsamigos sobre a ponte do córrego quecorta a Rua Capitão Nascimento, apoucas quadras de sua casa. Estava es-curo. eles não puderam ver quem eramos homens que se aproximaram, atiran-do.

— Pensei até que fossem assaltantes— lembra um dos amigos, o metalúrgicoWagner Vasiü Abwener, que junto comDélton correu e mergulhou na água sujado córrego. — Pegaram o primeiro ne-gro que encontraram pela frente, acha-ram que era o traficante procurado, emataram.

Uma semana depois, Zé Neguinhotambém foi encontrado morto, com vá-rios tiros. No mesmo dia, chegou à casados Mota uma carta da prefeitura, co-municando que Délton, um estudanteexemplar, tinha sido aprovado no con-curso para auxiliar de enfermagem. Mas,nos registros do 39° DP, ficou apenas aversão do capitão PM Gilson Lopes daSilva,'comandante da Guarnição 9199da Rota (Rondas Ostensivas Tobias deAguiar), que levou Délton já morto parao Hospital Presidente. Segundo o capi-tão, Delton era traficante e morreu nu-ma "troca de tiros", um eufemismo usa-do por policiais para disfarçar mortes asangue frio.

Se não fosse a revolta de Djalma,indignado com a versão dada pela PM, ocaso seria certamente arquivado comomais uma ocorrência de rotina em queum bandido foi morto durante um tiro-teio com policiais. O delegado ApolônioJúnior simplesmente alegou que "nãoapareceram outras testemunhas" e já iaencerrando o caso, mesmo não tendoencontrado antecedentes criminais deDélton.

A Copa — Só que a familia Motanão se conformou c foi bater às portas

do Centro Santo Dias de Direitos Hu-manos (CSDUH), entidade criada emantida pela Arquidiocese de São Paulohá 10 anos para combater a impunidadede policiais envolvidos em casos de vio-lência. Em poucos dias, os advogados daentidade descobriram que o revólver en-tregue pela PM no 34° DP como a armautilizada por Délton para resistir à pri-são era du Secretaria de Segurança Pú-blica.

Denunciados na 3" Auditoria da Jus-tiça Militar estadual, só na última quar-ta-feira os dois policiais envolvidos, ocapitão Gilson Lopes da Silva (arroladoem outros 30 processos) e o soldadoMaurício Correia do Nascimento, deve-riam comparecer à primeira audiência deinstrução do processo. Como era dia dejogo do Brasil na Copa do Mundo,entretanto, a audiência foi adiada para12 de dezembro.

Diante do adiamento, a equipe dequatro advogados e dois estagiários doCentro Santo Dias resolveu apelar paraa Justiça comum com uma ação de res-ponsabilidade civil contra o Estado, queterminará com uma indenização para afamilia do morto, se vitoriosa. A familiade Délton Gomes da Mota não queriaenvolver o caso com dinheiro:

Esse dinheiro não vai trazer nossofilho de volta. Só queremos é provar queele era inocente e foi preso por engano— explica Djalma.

Benedito Mariano, diretor do CentroSanto Dias, acabou por convencê-lo, ex-plicando que o objetivo é apenas daruma garantia material às famílias dasvítimas, sem contar uma satisfação ínti-ma:

Se a Justiça comum condena oEstado num caso em que a Justiça Mili-lar absolveu os policiais, trata-se de umavitória moral.

Ao concordar, porém, Djalma deci-diu que, se ganhar na Justiça, vai doar odinheiro a alguma instituição de carida-de.

I—I O gaúcho Doge, 17 anos, preso'—' como suspeito, denunciou ospoliciais que o colocaram num pau-de-arara (no alto, à esquerda). Diasdepois foi morto em condições sus•peitas. Quando os policiais foram

absolvidos na Justiça, Jair Krísch-ke, do Movimento de Justiça e Di-reitos Humanos do Rio Grande doSul, mandou fazer um outdoor so-bre o caso Doge (no alto, à direita).No mesmo dia, os policiais acusa-

dos pelo rapaz destruíram o out-door (em baixo) e entraram comuma ação de calúnia contra Jair,que foi condenado a pagar umaindenização.

Casos são apurados por estrangeiros

As denúncias de violação dos direitoshumanos no Brasil formuladas pela Anis-tia Internacional não foram apuradas porbrasileiros, por uma questão de segurançae imparcialidade. A participação dá SeçãoBrasileira da Anistia no relatório limitou-se ao envio dos casos para o SecretariadoInternacional, em Londres. Lá, durantequatro anos, I SO funcionários integrando30 nacionalidades averiguaram minuciosa-mente as informações. Membros da Anis-tia em outros países vieram ao Brasil,acompanharam julgamentos, visitaramprisioneiros e ouviram parentes de vitimase autoridades. Na segunda-feira, o advo-gado senegalês Bacre Waly, vice-presiden-te do comitê executivo internacional daAnistia, esteve pessoalmente em São Paulopara divulgar o relatório.

"Essa é uma das formas de garantir aidoneidade de nossos trabalhos. Quandofazemos uma denúncia, o mundo inteiroouve", explica o jornalista Rodolfo Kon-der, presidente da Seção Brasileira daAnistia Internacional, que tem sede emSâo Paulo. Kondcr está apenas rcafirman-do uma das premissas básicas da entidade,que é seguida à risca desde a sua fundação,em 1961. Uma seção nunca apura as de-núncias contra abuso dos direitos huma-

nos em seu próprio pais. Sobre o Brasil aAnistia já denunciou prisões ilegais duran-te o regime militar e, mais recentemente,divulgou relatórios sobre a violência rural.

A Anistia Internacional se faz repre-sentar em cerca de 150 países, através deseus 750 mil sócios. A Seção Brasileira,apesar de ser uma das 47 seções nacionaisda entidade, conta com um número aindareduzido de militantes (cerca de 750).Além dos membros individuais, fazemparte da Anistia Internacional no Brasil 30grupos com representantes em seis estados— São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grandedo Sul, Paraná, Minas Gerais e Brasília.Os membros da Anistia são voluntários. Éde suas contribuições que depende a enti-dade. Konder conta que há alguns meseshavia conseguido através da FundaçãoFord uma doação de US$ 25 mil. O Secre-tariado Internacional recusou. A verbaoferecida ultrapassava em 5% o orçamen-to previsto para a seção no Brasil. Para aAnistia, a independência econômica é tãovital quanto a política.

Um pais vigia o outro. No inicio dejunho, quando o massacre dos estudantesna Praça da Celestial, em Pequim, fez umano, membros da Anistia visitaram as em-

baixadas da China em seus países. A Seção !Brasileira incentivou seus militantes a es-;creverem ao governo chinês, protestando..No mesmo mês, foi a vez do governo \brasileiro receber cartas. Cerca de 300 •mensagens, vindas de 40 países, cobravam 'das autoridades brasileiras a apuração da imorte de sete jovens em Diadema, São JPaulo, executados no final de maio por ijusticeiros, como são chamados os mem- \bros dos novos esquadrões da morte. ;A Anistia recebe ajuda de entidades,congêneres brasileiras, como a Comissão;Teotônio Vilela, de São Paulo. A Comis- •são teve atuação destacada no caso dos 18'presos asfixiados na cela forte de uma,delegacia da Zona Leste de São Paulo, em ;fevereiro do ano passado. Até hoje os!policiais civis e militares acusados do cri- jme não foram julgados. "Mas denuncia- <mos o caso em todo o mundo", diz o!advogado Oscar Vilhena, secretário-exe-cutivo. O caso de Antônio Clóvis dos,Santos, o Doge, morto no pau-de-arara de ¦uma delegacia de Porto Alegre, foi incluí- \do no relatório da Anistia a partir de um1sumário enviado pelo Movimento de Jus-!tiça e Direitos Humanos do Rio Grande'do Sul, outra entidade de defesa dos direi-!tos humanos com atuação destacada.

Prepotência marca a ação da políciaUma panela de pressão prestes a ex-

plodir, aquecida por um fogão onde ocombustível é a prepotência, a incompe-tência e a impunidade. Assim os represen-tantes de entidades de defesa dos direitoshumanos e juristas descrevem a situaçãoda violência oficial no pais. "Estamos vi-vendo sob a legislação do pânico", afirmao jurista Mareio Thomaz Bastos, cx-presi-dente da Ordem dos Advogados do Brasil."Para combater a violência urbana, a poli-cia e o judiciário resolveram agir tambémcom violência, é isso funciona como lenhana fogueira". Segundo o jurista Hélio Bi-cudo, a cultura autoritária faz da políciauma fonte de violência. "Assim disfarçama incompetência", diz.

Os números apresentados pela AnistiaInternacional, e algumas vezes até pelaspróprias polícias, comprovam a constata-ção de Bastos. Em 1989, policiais militaresmataram- 585 pessoas, durante operações,segundo dados fornecidos pela Corregc-doria da PM de São Paulo. No Rio, aSecretaria de Policia Civil assegura quenão tem dados sobre o número de inquéri-tos administrativos abertos para apurarcasos de violência policial. Quase todos ospoliciais que mataram e torturaram pre-sos, ou fizeram prisões ilegais (sem man-dados de prisão), foram demitidos, maspoucos estão presos em todo o país, aomesmo tempo era que se multiplicam osfamosos casos exemplares de violência ofi-ciai contra pobres.

Segundo vários juristas, quando é vio-lento, um policial se coloca no mesmopatamar de banditismo que o infrator dalei. "Logo eles estarão agindo em conjun-to, como já vem acontecendo algumasvezes nos esquadrões", afirma o presidenteda Comissão de Justiça e Paz de SãoPaulo, Marco Antonio Rodrigues. Alémdas criticas à prepotência dos métodosilegais, vários especialistas garantem tam-bém que a tortura é absolutamente inefi-ciente. E, apesar das torturas, a criminali-dade continua a se expandir nos bolsòes depobreza. Só em São Paulo, no ano passa-do, ocorreram 5.736 homicídios — quatrovezes o número de civis mortos no mesmoperíodo no Libano, pais que vive em guer-ra civil.

Sobre a situação dos presídios, alguns

Gilberto Alves

Mareio Thomaz Bastos

juristas asseguram que, além das péssimascondições e da supeipopulação, há umpacto de comipção e favores ilícitos entreos habitantes — presos e direção. Isso foiconstatado pelo ex-secretário de Justiçapaulista José Carlos Dias, que tentou des-mantelar a organização que existia dentroda penitenciária Carandini e foi vitima deum boicote que se estendeu por todo apolicia. "Em certa época, havia uma rebe-liào a cada três dias", conta. "As prisões,no fundo, reproduzem os valores de cor-rupçâo e regras da criminalidade e nãocontribuem para a recuperação".

A violência policial e o inchaço dospresídios não são os únicos fatores da crisede violência do país. Contribuem para issoa morosidade do poder judiciário e a faltade fiscalização das delegacias e prisões porparte dos juizes. "O Judiciário tende a serconservador e burocrático em sua estrutu-ra. Seus quadros pertencem á classe médiae se afastam cada vez mais da realidade dapopulação mais pobre, a principal vitimada violência oficial", diz Mareio ThomazBastos. "O Judiciário deve parar de olharpara o próprio umbigo", emenda Dias.

Muitos juristas se colocam contra oaumento das penas e a criação da pena de

morte. "Aumentar o castigo para erimino- \sos não é necessário. Quando é preso, ele <já recebe várias penas acessórias, como!espancamentos, torturas, estadia em celas'superlotadas. E toda a violência se mostrainútil no combate ao crime", afirma Bas-tos. O ex-procurador Hélio Bicudo, famo-so por suas denúncias contra o esquadrão-da morte, concorda: "A legislação é ade-.quada nas punições. O problema é da;policia, que prende mal". Ele acredita que.»"há um pacto entre polícia e delinqüentes;}que pagam pedágio para não serem pre-l;sos. A policia corrupta se alimenta dir-criminalidade e gera sua violência". •

Segundo o relatório da Anistia Inter-1nacional, a Polícia Civil insiste em obteÇconfissões sob tortura. "Torturar não é-apenas um dos crimes mais covardes. É!atitude de policia burra. Investigadores;eficientes partem do crime para chegar ao-criminoso, e não o contrário", diz José!Carlos Dias. Segundo Mareio ThomazBastos, a tortura sequer é eficiente nffelucidação dos crimes. "Uma pessoa tor-Cturadü pode confessar qualquer coisa íconfissão sob tortura não vale como pro*va". Ü

O advogado Jair Krischke, por outro!lado, observa que a violência oficial e>não-oficial decorre de três fatores: "o eli-tismo da minoria que tudo tem e tudo.pode; o autoritarismo, única coisa real-;mente socializada no pais; e a exclusão dos.pobres, afastados da cidadania". A vice-;presidente da Comissão de Direitos Hu-'manos da Câmara Municipal de Belo Ho-;rizonte. Helena Grcco, do PT, consideraque a "impunidade" é a maior causa daviolência policial. "O governo não faz na-da, a não ser silenciar", diz. "Este proble-ma da violência patrocinada pelo Estado-deve ser enfrentado logo pelos brasileiros.;Senão, vamos continuar sendo acordados*apenas pelos bravos relatórios da Anis*;tia".

* Participaram: Karina Pastore eCristina lori (São Paulo), JoséMltchell (Porto Alegre), Fernarr-ldo Lacerda (Belo Horizonte) eVera Ogando (Recife).

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JORNAL DO BRASIL Brasil domingo, 24/6/90 ? 1° caderno ? 5

Paraíso fecha portas para

CollorFotos de Murilo Monon

Eleitores do PRN

em cidade paulistaestão decepcionados

Paulo Buscato

PARAÍSO, SP — Acostumados à rotina

morosa de uma típica cidade pequena dointerior de São Paulo, os 6 mil moradores domunicipio agrícola de Paraíso, a 415 quilôme-tros da capital, não esperaram o término dosprimeiros 100 dias do governo Collor e de seuplano de estabilização econômica para decretaro fim de uma lua de mel iniciada no dia 17 dedezembro do ano passado, data do segundoturno da eleição presidencial. Naquele dia, Pa-raiso, que deu a maior vitória percentual aFernando Collor em São Paulo — com 74,17%dos votos — trocou o orgulho de ser o municí-pio mais collorido do estado pela decepção eincerteza diante das medidas econômicas dogoverno federal."As pessoas daqui sempre aplaudiram o jeitocorajoso do Collor, mas agora parece que ele estácedendo às pressões dos poderosos", reclama oprefeito de Paraíso, José Sgobi (PDS), 58 anos,malufista ardoroso, que no segundo turno daeleição fez campanha para Collor ao lado dosprincipais plantadores de laranja do município,cujas fazendas cercam os 187 quilômetros qua-drados de área da cidade. Com uma populaçãobasicamente de bóias-frias, que trabalham cercade oito meses por ano na colheita de laranja e nocorte de cana-de-açúcar em suas 279 propriedadesrurais, Paraíso desencantou-se com o confiscofeito pelo governo em suas cadernetas de poupan-ça e, acima de tudo, irritou-se com a volta dainflação.

Lamentações — "Se a eleição acontecessede novo ele não teria metade dos votos que teve",aposta José Eduardo Vasconcelos, delegado depolicia da cidade. "Ninguém poderia imaginarque o plano seria tão violento", lamenta RenatoMelhado, eleitor do presidente e gerente da agên-cia local do Banespa, um dos três bancos dacidade, cujos clientes tiveram cerca de NCzS 10milhões bloqueados. E, atualmente, Melhado ad-ministra um volume de depósitos 40% menor.Cauteloso, o gerente do Banespa não teve cora-gem de estender diante da agência uma faixaanunciando sua caderneta de poupança, mndaguardada no fundo do balcão. Com a experiênciade quem viu seus guichês se transformarem embalcões de lamentações depois do dia 16 de mar-ço, Melhado viu a rapidez com que antigos clien-tes resolveram gastar parte de seus recursos nacompra de insumos agrícolas temerosos de umnovo furacão econômico."No começo as pessoas gostavam do planoporque achavam que os preços dos produtosiam ficar baixos", critica o bóia-fria PedroGuerra, 31 anos, coletor de laranjas, com rendade CrS 10 mil mensais. Eleitor de Lula nosegundo turno, Guerra tem o valor de um salá-rio mensal bloqueado numa conta de poupança,parte do dinheiro era guardado para os trêsmeses sem colheita na região. "Se não surgirtrabalho logo a minha situação pode se compli-car", admite. Graças aos dólares das exporta-ções de laranja, a maioria dos trabalhadoresbraçais de Paraíso exibe um poder de consumomaior que constrasta com o de bóias-frias deoutras regiões de São Paulo.

Recessão — É a laranja, inclusive, quetem permitido a Paraíso manter sua rotina semmuitos sobressaltos e sem precisar encarar aface dura da recessão. Sem uma única indústriafincada em seus limites, com um comércio inci-piente e limitado a uma dezena de pequenaslojas, o municipio não vê desemprego entre osseus trabalhadores, que continuam ligados dire-tamente à riqueza exposta pelos 1,9 milhões depés de laranja da cidade. Não é raro, por exem-pio, encontrar bóias frias passeando pelas ruaslocais a bordo de fuscas comprados com odinheiro da coleta de laranja. Para quem vivediretamente desse trabalho, no entanto, persistea insegurança quanto ao futuro. "Acho que esseplano já está furando e aí a coisa pode ficarcomplicada", impressiona-se o fazendeiro LuizGalbeiro, 37 anos, que com o sogro administraos 250 hectares da fazenda Santa Terezinha eseus 25 mil pés de laranja.

O desencanto dos habitantes de Paraísodiante dos efeitos mais perversos dos 100 diasde governo Collor causa alguns constrangimen-tos àqueles que demonstraram maior entusias-mo na campanha eleitoral. "Muita gente veioreclamar comigo", relembra o despachante po-

O prefeito José Sgobi entre os alunos da única escola de Paraíso

Bóias-frias vivem

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Galbeiro: plano está furando

licial Armando Salvaninim, 33 anos, presidentedo diretório municipal do PRN. Coordenadorda candidatura na cidade, ele admite ter feito acampanha colloricla usando, entre outros artifi-cios, a afirmação de que se Lula fosse eleitotomaria as terras e casas da população e muda-ria para vermelha a cor da bandeira brasileira."E ai o povão teve medo". Apesar de ardorosodefensor das idéias políticas do atual presidenteda República, como a da reforma administrati-va federal, o presidente do PRN de Paraíso nãoesconde o susto que tomou com o plano. "Atéeu fiquei meio nervoso", admite. O movimentoem seu escritório caiu 30% desde março.

Um outro entusiasta da candidatura Colloroptou por um comportamento de absoluta dis-crição. "Prefiro não ficar falando sobre o as-sunto. Não acho bom demonstrar que tambémfiquei espantado", confessa o fazendeiro Osval-do Darme, dono de 100 mil pés de laranja eNCzS 6 milhões bloqueados, em grande parte jáliberados graças para pagamentos de dívidas eimpostos. Por isso mesmo, sempre que é abor-dado nas ruas por algum eleitor descontente,procura não espichar a conversa. "O Collor éum homem bem intencionado", sustenta ele.

de plantação e

comércio da laranja

Paraíso tem apenas 36 ruas cortando os

seus 187 quilômetros quadrados desuperfície e um ritmo de vida onde impera atranqüilidade quase absoluta. A cidade eseus 6 mil habitantes sobrevivem como re-féns bem protegidos de uma cultura agrico-Ia voltada para os reluzentes dólares daexportação — a plantação de laranjas. Do-no de 1,9 milhões de pés plantados emquase todo o município, que proporcio-nam uma produção anual de 4.8 milhões decaixas e receita de US$ 17 milhões, Paraísotem sua economia distante de qualquer pro-cesso de industrialização.

O crescimento demográfico em Paraíso équase estático, 0,7% ao ano. No município,não há semáforos, trânsito engarrafado,poluição, bancas de jornais ou violência. Asruas são quase todas asfaltadas e as redes deluz e esgoto estão instaladas em quase todoo municipio. "Aqui é mesmo um paraíso desossego", elogia o fazendeiro Luiz Galbei-ro, que passa a maior parte do tempo cui-danao cio pomar de laranjas de seu sogro.Os números da tranqüilidade da cidade,onde as pessoas se demoram em conver-sas nos bancos da única praça, explicam asatisfação que os moradores têm pelo lugarondem vivem.

No único distrito policial do município,apenas 37 ocorrências policiais foram regis-Iradas de janeiro até agora, em sua maioriapequenas brigas em bares. A própria dele-gacia não tem condições de abrigar presoalgum em suas três celas, que estão interdi-tadas pelas autoridades estaduais por faltade segurança. Mesmo assim, nem o própriodelegado reclama da situação. "Paraíso èuma das cidades mais tranqüilas da região",depõe José Eduardo Vasconcelos que, jun-tamente com um investigador, comanda apolícia local.

Sem nenhum hospital e apenas uma es-cola, que abriga 913 alunos, a Prefeitura deParaíso equilibra-se com um orçamento deCrS 51 milhões e uma arrecadação que, emmaio, chegou a CrS 14,3 milhões mas devecair pela metade agora em junho, por forçada interrupção de um repasse ae verbasfederais. (P.B.)

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I

6 ? Io caderno ? domingo, 24/6/90 JORNAL DO BRASIL

informe JB

\ questão da preservação domeio ambiente continua sen-

do uma pedra 110 sapato do go-verno brasileiro.

Soube-se agora que o BancoMundial rejeitou um pedido definanciamento para a BR-116 — aestrada que liga São Paulo a Curi-tiba — temendo o desmatamentode um pequeno trecho da MataAtlântica.

Em tempo: o projeto não erade construção de nenhum trechonovo.

E sim da duplicação da estra-da já existente.

?A estrada BR-116, mais co-

nhecida como Régis Bittencourt, érecordista brasileira em acidentes.

Daí a importância desta obra.

Entulho jurídicoAcredite se quiser.A equipe do governo que cuida

da desregulamentação acaba de en-contrar uma pérola da burocracia.

Está em vigor uma lei que limitaem três o número de cores para osrótulos de cerveja.

?Por que, ninguém sabe.

Não é bem assimA Itália tem um funcionário pú-

blico para cada 15 habitantes —

quase duas vezes mais do que o Bra-sil, que possui um servidor para cada25 habitantes.

Aliás, em termos proporcionais,o Brasil não tem muitos servidorespúblicos.

?O que é grave, no caso brasilei-

ro, é a péssima qualidade do serviçopúblico.Farpas

Do líder sindicalista Luiz Anto-nio de Medeiros, sobre a declaraçãodo empresário Mário Amato, dizen-do que o líder da CUT, Jair Mene-guelli, está certo em não querer assi-nar um pacto com o governo:

O Meneguelli foi introduzidocomo herói porque, de fato, devol-veu aos empresários os anéis que elesestavam perdendo com a assinaturado acordo.

AmadorismoDo deputado César Maia, sobre

as dificuldades políticas do presiden-te Collor de Mello :

Este governo é tão incompe-tente na articulação política queconseguiu fazer do deputado Eucli-des Scalco o mais radical líder daoposição.

O deputado Scalco é, como sesabe. líder do PSDB — um partidode oposição, mas aberto ao diálogocom o governo.Provocação

Outra do deputado César Maia:Já que o PT e o PDT estão

convencidos de que houve perdassalariais de 166%, por que não usamesse indicador para reajustar o salá-rio dos funcionários das prefeiturasdestes dois partidos — sem, natural-mente, repassar o aumento para astarifas?

^O mesmo critério deveria valer

também para reajustar os saláriosdos empregados nos sindicatos daCUT.

Lá e cáO novo superintendente da Fiat

Automóveis, Pacífico Paoli, ao serperguntado quanto ganha um ope-rário na Itália preferiu respondersem falar em valores:

Um operário, com o quintosalário, já consegue comprar umcarro para a família.

O salário mínimo na Itália estáem torno de US$ 1 mil.

Já o salário mínimo no Brasil éde US$ 45.

De pesoA torcida brasileira vai contar

hoje com a animação dos tifosi ita-lianos em Turim no jogo contra aArgentina.

É que, embora tenham medo deque a Itália venha a enfrentar o Bra-sil nas semifinais da Copa, os italia-nos estão loucos para mandar devolta para casa o jogador Marado-na, que como craque do Napoli con-segue afastar do scudctto os demaistimes italianos.

Curto-circuitoNão é só o setor siderúrgico que

tem estatais cujas diretorias aindanão entraram na onda Collor.

No setor elétrico, ainda mantêmdiretorias do governo Sarney a Ele-trosul, Light, Escelsa e Eletronorte.

Eletrobrás, Furnas e Chesf játrocaram seus diretores.

?Há quem veja nessa demora

uma salutar preocupação do gover-no federal em evitar a entrega dessescargos ao insaciável apetite fisiológi-co dos políticos governistas.Só para a saída

O deputado Delfim Netto(PDS-SP) está convencido de que osrecursos que o governo captou como Plano Collor, através da cobrançade 10F e a antecipação de impostospagos em cruzados novos, só dãopara exatos seis meses contados apartir da posse.

A fonte seca às vésperas daseleições.

TarzanO torcedor-símbolo do Botafo-

go, Otacílio Batista do Nascimento,o Tarzan, é candidato a deputadoestadual pelo PMN, em Minas.

Ele fica postado próximo á ro-doviária. no Centro da capital mi-neira, fazendo "movimento do eusozinho" contra os salários de políti-cos.

A quem assina o livro e adere âsua campanha, oferece gratuitamen-te o panfleto

"Como se livrar dacaspa. xistosc. verruga, frieira e as-ma alérgica".

PornopolíticaSe depender do Conselho Esta-

dual da Condição Feminina do Pa-raná, o candidato do PRN ao gover-110 do estado, José Carlos Martinez,ficará sem os votos das mulheres.

Causou revolta, e é agora moti-vo de campanha contra Martinez, aseguinte declaração que fez há umasemana, comparando seu projeto degoverno ao casamento:

— A gente ceva a menina, con-versa com o velho, dá uma fugidinhapara experimentar e depois casa.

?Para o conselho, as mulheres fo-

ram ofendidas e devem agora apo-sentar este tipo de político, que vê namulher mero objeto da especulaçãomasculina.

Frango comunistaO dia Io de julho tem sido

aguardado ansiosamente pela Ale-manha Oriental. É quando haverá aunificação da moeda.

Como o marco oriental valebem menos que o ocidental, as coo-perativas do pais trataram de se pre-parar.Armazenaram tudo o que puderam,deixando os pobres consumidores ámercê de filas em supermercados va-zios e com mercadorias escassas.

Os frangos, por exemplo — cujoquilo custa 1,5 marco no país contra6 marcos, na Alemanha Ocidental—, foram estocados ás toneladas.

Esgotaram-se os dois milexemplares do livro americanoU.S. Imigration Mude Easy, daFcridan Chantler Company, co-mcrciaiizado no Brasil pela Edi-lora Record. Somente 11a cidademineira dc Governador Vaiada-res — conhecida por exportarclandestinos para os EstadosUnidos — vendeu-se mais queem São Paulo e Rio. Uma dasdicas é como obter mais fácil-mente o Green-card, o visto defi-nitivo dc permanência para cs-trangeiros no pais.

O ministro Ozires Silva assinahoje às lOh, em Sio José dosCampos, a transferência para *prefeitura da litorina que liga acidade a Jacarei. O pequeno tremestava sendo desativado pelaRFFSA.

O presidente da Fiocruz, Her-mann Schartz Mayr, viajou sex-ta-feira para Genebra, na Suiça.onde se encontra com autorida-des da Organização Mundial deSaúde. Ele pretende conseguir

-Lance-Livre-recursos para os projetos na áreade saúde pública dc Mangui-nhos.

O ministro do Trabalho, Antô-nio Rogério Magri, fala hoje noprograma Critica c Autocrítica,da TV Bandeirantes, às 23h, so-bre o relacionamento entre gover-00, empresários e trabalhadores.

E amanhã, no Debate emManchete, à meia-noite, é a vezdo deputado federal GuilhermeAfif Domingos (PL-SP) e dodeputado estadual Paulo Duque(PMDB-RJ), com participaçãodo professor Arnaldo Niskicr.falarem sobre o Plano Collor e aseleições em São Paulo.

O guitarrista brasileiro Ricar-do Silveira, radicado há \áriosanos nos Estados Unidos, que lan-ça em julho seu terceiro LP ame-ricano Amazon Sccrets, faz tem-porada de 12 a 22 no Rio JazzGub.

Os estudantes da Coordena-ção e Aperfeiçoamento de Pes-soai do Ensino Superior (Capes),

ligado ao Ministério da Educa-ção, estão há dois meses semreceber o dinheiro dc suas boi-sas. Os funcionários informamque não há previsão para o rcce-bimento.

Os prefeitos petistas Jacó Bit-tar, de Campinas, e NeirobisNaggae, de Angra dos Reis, rela-tam suas experiências em admi-nistração municipal, amanhã, àsI8h30, na ABI, Rio, com a pre-sença do candidato ao governo,Jorge Bittar.

A Abap, a Associação Co-mercial, a Pleninco e a AD-R10estão se mobilizando para prepa-rar campanha contra o esvazia-mento econômico do Rio.

Faltam 264 dias para o fim dogoverno Moreira Franco. Portan-to, ainda há tempo para ele cum-prir sua principal promessa decampanha — acabar com a vio-lência no Rio de Janeiro em seismeses.

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Bahia — Max Center — A\ Antônio Carlos Magalhães. 11" 846.Salas 154 a 158 — telefones: (071) 359-9733 (mesa) 359-2979359-2986Pernambuco — Rua Aurora. 325. 4" and., s 418 420 — BoaVista — Recife — Pernambuco — CEP 50050 — telefone: (081)231-5060 —lelcx. (081) 1 247Correspondentes nacionaisAcre. Alagoas. Amazonas. Espirito Santo, Goiás, Mato Grosso.Mato Grosso do Sul. Pará. Paraná, Piaui. Rondônia, SantaCatarina.Correspondentes no exteriorBuenos Aires, Paris, Roma, Washington, DC.Serviços noticiosos •AI P, Tass, Ansa, AP. AP Dow Jones. DPA. EKE, Reuters,Sport Press, UPI.Serviços especiaisBVRJ. The New York Times, Washington Posi. Los AngelesTimes. Le Monde, El Pais, L'Express.

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Segunda/Dominoo Exacutiva (Saqunda/Saxta-Fa'ra)Entraga Mansal Trimastral Samaatml Manaal Trimaatral SamaatralDomiciliar ¦~~_T ~~~"|Prago Pra?o Prepo Pr«Qo Pra?o Praco 3A vista A viata Parcalaa A vista Parcalaa A vista A vista Parcataa A viata Parcalaa

R»ode Janeiro 980,00 2646 00 1397.90 4998,00 1850.00 660.00 1881,00 993,70 3564 00 1324.90Minas Garais/Espinto Santo/SAo Paulo ' 1421.20 3837.20 2027.20 7248.10 2694.40 990.00 2821.50 1490.60 5346.00 1967.30

GoiAma/Salvador/Mace>6/CuiabACuritiba/FlorianbpolisPorto Alegre/Campo Granda 1863.00 5030.10 2657,40 9501.30 3532.00 1322,20 3768,30 1990.80 7139,90 2654,20O Brasilia

230, 20 6;i3 ?0 328240 "'30 ,° «M-80 1650 00 4702.50 2-164 30 8910 00 M12.20Camacan-BA — 139?3.00 5194 30 10608 80 3943 70

Manaut 318380 8596,30 4541 40 16237 40 6036 10 2543 20 7248,10 3829 20 13733.30 5105 20Para/H0W4fna 318380 8596 30 4541.40 16237 40 6036,10 2312 20 6589.80 3481.40 12485,90 4641.50

Entrega postal em todo o lamlbrio nacional 6213 20 3262.40 11736,10 4362,80 4702 50 2484 30 8910 00 3312,20' OBSERVAR AO No caso específico de Br.isilia— I rimestr.il (Sábado e Domingo) Cri I 622.40Semestral (Sabado e Domingo) ( rS 1 244.80

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JORNAL DO BRASIL Brasil domingo, 24/6/90 ? 1" caderno ? 7

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Mesmo eleita, Cidinha não abrirá nulo da casa na Barra da 1 ijuca

Do fado ao 2° lugar em audiência no Rio

O codmmo q/um tal part»6a cuhura do pak.

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As nossas

responsabilidades

Nosso partido realiza hoje, em sua sede, a Convenção que definirá os candidatos do PDT aoGoverno do Estado, ao Senado à Câmara Federal e à Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.Ingressaremos, então, numa batalha decisiva. Aqui, estará em julgamento, a partir de agora, o que temsido este mar de imposturas e de insensatez em que vem se constituindo o Governo Collor e o seu igual,o Governo de Moreira Franco no Estado do Rio de Janeiro. Estas populações, que historicamente têmsido uma espécie de vanguarda do povo brasileiro, têm — mais que quaisquer outras — voltadas para sias atenções de todo o País. As elites e os conservadores mais corruptos e comprometidos, que tem estesgovernos como biombos, todos eles sabem que neste Estado é que vai se ouvir mais forte o não com queos brasileiros vão responder a todas as violações e retrocessos praticados por aqueles personagens e seusdesasUosos Governo.rangia maljgna e (orpei buscamos o caminho da coerência e da dignidade.

Lutamos com honra espírito aberto e sem nenhum sectarismo, pela mais ampla unidade das fórçasdemocráticas e progressistas. Muitas e importantes correntes de opinião irmanaram-se conosco e,hofeTam'nhamPoXo a ombro com o PDT. Lamentavelmente, porém alguns outros preferiram oscaminho" das ambições mesquinhas, da auto-suficiência e da arroganc.a - talvez, mesma seuverdadeiro naoel, renegando a união popular que lhes serviu quando se tratou de apoiar stus propnoscandidatos Em outras áreas progressistas, o poder econômico de alguns de seus integrantesprevaleceu colocando-as a serviço do conservadorismo ou de simples vaidades pessoais, mesmo sob oprotesto de seus mais legítimos representantes. . pnT , .......

Apesar de tudo isso, não nos resta senão assumirmos nossas responsabilizaidis. Ao PDT_e acadaum de nós, neste-momento. cabe-nos o dever de sermos coerentes, firmes e fieis a vontadeeaslutas denossa população. A mim, com uma vida de dedicaçao ao meu Pais, nada anihicKisü pessoulmente.Aqui no Rio de Janeiro — como antes, no Rio Grande do Sul — ja bastaria ter sido honrado com am?ssão de governar uma população tão lúcida e corajosa. E e exatamente por tenriossemprc merecido

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nossa população.Aqui. no Rio de J^t^confia^^e^s^a sc^iSarieíad^que,'justo* agora quando" nosso Pais mergulha em um período tãosombrio e tempestuoso — que nào poderia jamais faltar a este povo. .... , ~

Agora, como sempre, é hora de começar de novo uma luta que nao ha de parar nunca. senãoquando o povo brasileiro conquistar de fato o seu sagrado direito a justiça e a liberdade t este Pais,afinal, ensejar um presente e um futuro digno a seus filhos.

Por isso, aqui vão concentrar todo o seu poderio, suaspressões, suas intrigas c falsidades e, sobretudo, montanhasde dinheiro para tentar iludir e enganar aos incautos cbuscar, assim, amealhar os votos da população. Notemcomo. no Rio de Janeiro, acertaram-se quase todos PMDB, PFL, PTB, PRN(?) e uma série de pequenos grupos Bfíiob— numa frente esdrúxula, cujo o único objetivo não é outro r»rVPsenão o de tentar derrotar a oposição, liderada pelo PDT. PlCSlOCntC QO PU 1.

A Chapa do PDTEsta é a chapa de candidatos que a convenção do PDT irá apreciar e. certamente, oferecer ao povo I

do Rio de Janeiro. Como c próprio da natureza social de um partido como o nosso, buscamos abrirespaços — ao lado de outros nomes representativos de nossas lutas — para a ampla participação demulheres, jovens, sindicalistas e de nossos irmãos negros, talvez como nenhuma chapa de candidatos otenha feito na história de nosso Pais. Na convenção, o PDT aprovará ainda sua coligação com o PCB, |PC do B e PV. forças representativas e importantes, que estiveram ombro a ombro conosco 110 segundoturno da eleições presidenciais. Examinaremos ainda as possibilidades de alianças e apoio de ouirospartidos, como o PMN, o PMUT. o PTR (que afastou os Colagrossi, rompeu publicamente com oGoverno Collor), o PSC, o PTN e outras agremiações.

Governador

Leonel Brizola

Vice-governador

Nilo Batista

Senador

Darcy Ribeiro

SuplentesDoutel de Andrade

Abdias do Nascimento

Deputados Federais

Cidinha quer falar bem alto na CâmaraJL Olavo Ruftno

Gloria Alvarcz

Hoje o PDT terá que bater o martelo nadisputada escolha entre 90 pretendentes para ti-rar os 69 candidados de sua chapa para deputadofederal pelo Rio de Janeiro. Entre os novatos, ummime tem vaga certa: Maria Aparecida CamposStrauss, uma paulistana que completa 48 anos deidade em setembro, a sexta filha de um casal deimigrantes portugueses. Ou melhor, CidinhaCampos, como é conhecida e admirada pelos 298mil ouvintes que consegue cativar por minuto,segundo o Ibopc do mês de maio, no programaCitlinha livre, de segunda a sábado, de 9h às 12h,na Rádio Tupi, há 11 anos.

Nestas três horas — do palco de um pequenoauditório de cerca de 20m: com 36 poltronas —sentada numa das cinco cadeiras de uma mesao^al, Cidinha encarna a média de seus ouvintes,sem problemas em divergir. Ama c desama muitorapidamente, polemizando com paixão e, quandoo tema envolve amigos, o faz com parcialidade.Mas- políticos experientes, como os deputadospedotisias César Maia e Eduardo Chuahy (candi-dato a deputado estadual que fará dobradinhacom Cidinha no Rio) — participantes há anos doprograma —, são unânimes: "Ela é verdadeira nadefesa de seus argumentos."

; Movida a paixão e café — faz o programacom uma garrafa térmica ao lado —. decidindodúvidas rapidamente, ela, que vinha sendo asse-diada há anos pelo PDT, em fevereiro optou porparticipar da eleição de 3 de outubro: "Vi que opender econômico ia me calar. Fiz rádio na épocado* Figueiredo e do Sarney e, até então, nuncasentira o que senti quando soube que um deier-minado diretor da Tupi, durante minhas férias,havia dito à produção do meu programa que "a

partir daquele dia ninguém criticaria mais o presi-dtifvfe Collor'. Foi pior do que censurar." CidinhareSJtveu que chegara a hora de ingressar nacarreira política para falar bem alto no plenário.

!*ôuru — Politicamente, a radialista não temdijvidas: seu guru hoje é Leonel Brizola, quecqnsidera uma pessoa "de bem", com as mesmasprioridades que as suas. Só que nem tudo foramdores nessa relação. A posição de Cidinha duran-te* metade do governo Brizola foi critica e. emI485. na campanha para prefeito do Rio, nãoapoiou Saturnino Braga, o candidato do PDT.I'òz campanha para Marcelo Cerqueira, entãocandidato do PSB, e cobrou de Brizola, no ar,quando Saturnino deixou o PDT com um estron-doso "Não disse que ele era um pulha?"

| Na sexta-feira passada, mais uma vez, nocomando do Cidinha livre, ela teve um bate-bocaviplcnto com o deputado César Maia. Um mêsdtjpois do Plano Collor, no mesmo auditório,os dois tiveram a primeira discussão do gênero —em torno do Plano Collor. No auge da briga —quando o deputado dizia "você está errada por-que a população nào quer inflação e está do ladodó Plano"—, Cidinha colocou os telefones dopíograma abertos para debate público c deu em-pate técnico.

A entusiástica paixão pelo PDT lhe rende,naturalmente, criticas nos arraiais anti-brizolis-taST É o caso da dublè de atriz e vereadora peloPb do Rio. Neusa Amaral. "Até ela ser faná-ticà*pelo PDT, era minha filha querida. Mas hojemèlpdeia. Sua cabeça mudou muito. Está mordi-da pelo mosquito Regina Gordilho". Cidinha dáo' troco comentando a atuação de Neusa noepisódio de abril do ano passado, quando ReginaGordilho (PDT) era a presidente da Casa e avereadora quis. com um ato simbólico, mostraraõ~povo que limpariam a Câmara carioca."Qflem é público que se dê ao respeito para nãovirar vidraça. Não pode é uma vereadora fazer abaixaria de limpar escadas da Câmara Municipalcqjp lencinho na cabeça. É muito pro meugosto."

"• Um que não tem papas na língua quando faladâ"radialista é o cantor Agnaldo Timóteo, quee$S; sendo processado por calúnia pela Cidinha:"Eo que se pode chamar de uma pessoa profun-

damente cínica, uma grande mistificadora e opor-tunista. Acha que tem direito a tudo, desde queseja o que ela quer. Mais ou menos no mesmoestilo do homem que a patrocina: Leonel Brizo-Ia."

A deputada estadual Daisy Lucidi (PFL-RJ),58 anos — chamada no ar de "velha", "tia" c"perua" e severamente criticada por Cidinha porser radialista e deputada —, foi eleita em seuprimeiro mandato como vereadora, em 1976,com 55 mil votos arrebanhados com a atuaçãonum programa semelhante ao de Cidinha: o Alô,Daisy, há 19 anos no ar e que, em maio, teve5% da audiência do Cidinha livre. Daisy diz quenão responde a nenhuma das provocações de suaferrenha crítica: "Ê uma brasileira, uma comuni-cadora de prestigio, tem todo o direito de secandidatar. Agora vai ver de perto que criticar émuito fácil, mas, a gente não faz o que quer, faz oque pode."

Luvas e chapéu — Se for eleita depu-tada federal — o que é provável —, Cidinha vaicomeçar nova etapa de sua atribulada vida cerca-da de altos e baixos. Aos 7 anos, cantava fadoscm programas de rádio e fazia teleteatro. Aos14 era garota-propaganda e ajudava financeira-mente a mãe, dona Tereza, 89 anos, que até hojemora em São Paulo ao lado do marido Amândio,84 anos. Dos programas de calouro ao Mexeri-cos da Cidinha, na Rádio Jovem Pan — quando,nos anos 60, viajou pelo mundo entrevistandopersonalidades como o escritor Jean Genet e aatriz Cláudia Cardinale sem falar inglês, francêsou italiano —, ao Fantástico, na TV-Globo, foitudo muito rápido.

Ela já era casada com o diretor di televisãoManoel Carlos desde os 15 anos e tinha umafilha, Carolina (hoje com 21 anos), quando apaixão pelo também diretor de TV Carlos Mangaa levou a tentar o suicídio — um assuntoque jura já ter esquecido, mas que tem sido

insistentemente lembrado agora, às vésperas desua candidatura. "Só está voltando à tona porquesou candidata e precisam, pegar a banda podredo candidato. A minha é esta. Não vão encontrarum cheque sem fundos, um atraso de pagamento,um deslize profissional, uma opinião desencon-trada. Se fiz mal a alguém na minha vida, fiza mim. Mas quando estiver no Congresso Nacio-nal, para me matar, têm que me abater a tiros."

A mulher determinada, hoje, vive muito bemnuma belíssima casa num condomínio da Barrada Tijuca, Zona Sul do Rio de Janeiro. Conforta-velmente instalada num requintado divã, vestiu-do uma camisa jeans, um confortável legging ealpargatas, Cidinha hoje é muito diferente daque-Ia mulher que se mudou de mala e cuia para oRio quando se viu julgada, em sua terra natal,por tentar trocar de marido e não dar certo. NoRio, já reconciliada com Manoel Carlos, preocu-pava-sc com belas roupas, vestia-se com Cio-dovil, usava luvas, sapatos altos e chapéu.

A passagem pela TV Globo como repórterinternacional do Fantástico, no início dos anos70, durou um ano. Foi na emissora que conheceuo cinegrafista Ricardo Strauss. pai de Ricardi-nho (o filho de 8 atjosi e seu marido há 18 anos.Demitida, viveu tempos de vacas magras, masencontrou uma gorda saída: o espetáculo Homemnão entra. Hoje não é só o palco que sus-tenta a família Campos Strauss. O programaCidinha livre consegue abrigar uma avalanche depublicidade. O saldo de 15 destes comerciais de30 segundos vai, por contrato, para sua conta-corrente. E com a mesma ousadia com que aplicapaixão nos debates e na sua vida particular, dá oseu testemunho defendendo as qualidades doproduto que anuncia. Por eles, cobra 585 BTNs/mês, ou seja, embolsa CrS 26 mil por cada meiominuto de anúncio que. só na primeira meia horado programa, podem significar até CrS 300mil.

Alberto Garcia (administrador)Alexandre Costa Prado (economista)Arildo de Matos Telles (professor)Arnaldo de Assis Mourthé (engenheiro)Arthur José Poerner (escritor)( armem Sampaio (jornalista)Carlos Alberto Oliveira Caó (jornalista)Carlos Alberto Campista (advogado)Carlos Eduardo Novaes (jornalista)Carlos Roberto Lupi (jornalista)César Maia (economista)Cidinha Campos (radialista)Clemir Ramos (advogado)Daltro Jacques Dornellas (militar)Edésio da Cruz Nunes (advogado)Edésio Frias (empresário)Eduardo MaScarenhas (médico)Eloy Fcrnandez y Fernandez (professor)Erudilio Barreto (produtor rural)Fausto Wolf (jornalista)Fernando Lopes (economista)Hélio Maturano (produtor rural)Hésio Cordeiro (médico)lvanildo Pereira Lima (professor)Josc Alves Torres (advogado)José Carlos Coutinho (empresário)José C. Brandão Monteiro (bancário)José Maurício L. Barreto (economiárío)José Vicente Brizola (músico)Juberlan de Oliveira (professor)Junot Abi Ramia Antonio (engenheiro)Lacrte Resende Bastos (lavrador)

Luís Alfredo Salomão (engenheiro)Luiz Albano (metalúrgico)Luis Carlos Ribeiro Prestes (cineasta)Luis Fernando Bocayuva Cunha (engenheiro)Lysaneas Maciel (advogado)Manoel Cabral de Queiroz (engenheiro)Marcelo Cerqueira (advogado)Márcia Cibilis Viana (economista)Mareio Braga (advogado)Marco Maranhão (economista)Marino Clinger (médico)Miro Teixeira (jornalista)Mirth Xavier de Medeiros (petroleiro)Otelino de Souza (comerciário)Odilon Carlos Faria (médico)Paulo Portugal (empresário)Paulo Ramos (militar)Pedro Celestino (engenheiro)Regina Gordilho (empresária)Ricardo El Jaick (advogado)Roberto D'Ávila (jornalista)Roberto Mangabcira Unger (professor)Ronald Barata (bancário)Rosalda Paim (professora)Ruy Raposo (jornalista)Sérgio Carvalho (militar)Sérgio Fadei (empresário)Sérgio Lomba (advogado)Sérgio Rçbcrto Pacheco Cury (advogado)Ubirajara Muniz (engenheiro)Vivaldo Barbosa (advogado)Wilson Fadul (médico)

Deputados EstaduaisAcácio Caldeira - advogadoAdir Ben Kauss - arquitetoAdroaldo Peixoto Garani - funcionário públicoAfonso Celso Nogueira Monteiro - advogadoAfrânio Mendonça - empresárioAlberto Brizola - radialistaAlexandre Farah - advogadoAlicc Tamborindéguy - advogadaAtoisio Trindade de Oliveira - advogadoAltair Luchessi Campos - militarAilamir Gomes Moreira - comerciárioÁlvaro Cabral da Silva - médicoAnanias Batista - militarAnselmo Amaral dos Santos - comerciárioAntonio Carlos Pereira Pinto - empresárioAntonio Ferrcira(Ferreirinha) - empresárioAntonio Felix - comercianteAntonio Pçdro - atorApolinário Soares - engenheiroArildo Capitão - militarAugusto Ariston - advogadoAylson dos Santos Neves - advogadoBcnito Diaz Paret - empresárioCarlos Corrêa - advogadoCarlos Emir Mussi - médicoCarlos Fernando Vignolli - economistaCarlos Guimarães - professorCelso Dalmaso - engenheiroCláudio Celso da Silveira - professorCláudio César da Cruz - funcionário públicoCláudio da Silva Pereira - contadorComélio Ribeiro - empresárioCosme Giovani Kcdi - pescadorDaniel da Silva Costa Jr. - advogadoEben Ezer Flora dos Santos Cabral - advogadaEdir Ignacio da Silva - advogadoEduardo Chuay - militarEduardo Costa - médicoEider Dantas - empresárioElias Pessanha - professorElmiro Reis - soldado PMEveraldo Paiva de AndradeEl vira Augusta Brum Soares - produtora ruralFernando Antonio Bandeira - advogadoFernando Guida - bancárioFernando Leite Fernandes - radialistaGeraldo Moreira da Silva - funcionário públicoGilberto Silva - professorGil de Souza Marinho - petroleiroHélio Marques da Silva - professorIlva Reis - médicaIsaquc Fonseca - metalúrgicoObservação: as nossas nominatas de candidatos a deputado federal e estadual, até as eleições, poderãosofrer algumas alterações, por desistências de companheiros, que serão substituídos, por critérios daComissão Executiva Regional de nosso partido.

PARTIDO DEMOCRÁTICO TRABALHISTA

Jamil Dantas - funcionário públicoJardanes de Oliveira - professorJesus do Nascimento - professorJoão Carlos Alves dos Santos - economistaJoão Paciero - maritimoJosé Augusto de Abreu Nunes - professorJosé Barbosa Porto - funcionário públicoJosé Gouveia Filho - advogadoJosé Juarez Antunes - estudanteJosé Loureiro - escritorJosé Miguel - funcionário públicoJosé Nader - empresárioJosé Nicolau - empresárioJosé Renato de Jesus - empresárioLcôncio Vasconcellos - advogadoLuis Carlos Machado - eletricistaLuis Carlos Moreira - advogadoLuis Henrique Ferreira - advogadoLuiz Carlos' Novaes - empresárioLuiz Fernando Taranto - advogadoLuiz Gonzaga Lula de Oliveira - médicoLuis Henrique Moraes Lima - economistaLuvercy Varanda Ambrósio - empresárioManoel Messias Panuileâo - advogadoMarco Antonio Alencar - advogadoMariano Gonçalves - advogadoMaria Aparecida Souza Loureiro - professoraMaria das Graças Tu/e de Mattos - professoraMaria Tereza Couri de Andrade - professoraMárcio Gomes - antropólogoMiranildo Cabral - físico nuclearMoncleber Melo Gomes - advogadoMurilo Asfora - advogadoNeil Passos - ferroviárioPalmir Antonio da Silva - advogadoPaulo César PC Freitas Martins - comerciantePaulo Pfcill - engenheiroPaulo Pinheiro Stcinbruch - advogadoPaulo Sérgio da Silva Branco - medicoPedro Paulo Santos - advogadoRosalice Fernandes - radialistaRosa Maria de Lima - advogadaRubens de Arruda Câmara - comercianteRubens Lima Filho - enfermeiroSatiê Mizubiti - professoraSebastião Marinho - mecânicoSedcni Mendes - corretorSérgio Luiz da Silva - funcionário públicoTito RufT - economistaYara Lopes Vargas - professoraYonne GrofT - funcionária pública

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jornal do brasil Brasil domingo, 24/6/90 p l" caderno ? 7

Gidinha quer falar

bem alto na Câmara

Gloria Alvarez

Hoje o PDT terá que bater o martelo nadisputada escolha entre 90 pretendentes para ti-rar os 69 eandidados de sua chapa para deputadofederal pelo Rio de Janeiro. Entre os novatos, umnome tem vaga certa: Maria Aparecida CamposStrauss, uma paulistana que completa 48 anos deidade em setembro, a sexta filha de um casal deimigrantes portugueses. Ou melhor, CidinhaCampos, como é conhecida e admirada pelos 298mil ouvintes que consegue qitivar por minuto,segundo o Ibope do mês de maio, no programaCidinha livre, de segunda a sábado, de 9h às 12h,na Rádio Tupi, há 11 anos.

Nestas três horas — do palco de um pequenoauditório de cerca de 20m2 com 36 poltronas —sentada numa das cinco cadeiras de uma mesaoval, Cidinha encarna a média de seus ouvintes,sem problemas em divergir. Ama e desama muitorapidamente, polemizando com paixão e, quandoo tema ertvolve amigos, o faz com parcialidade.Mas políticos experientes, como os deputadospedetistas César Maia e Eduardo Chuahy (candi-dato a deputado estadual que fará dobradinhacom Cidinha no Rio) — participantes há anos doprograma—, são unânimes: "Ela é verdadeira nadefesa de seus argumentos."

Movida a paixão e café — faz o programacom uma garrafa térmica ao lado —, decidindodúvidas rapidamente, ela, que vinha sendo asse-diada há anos pelo PDT, em fevereiro optou porparticipar da eleição de 3 de outubro: "Vi que opoder econômico ia me calar. Fiz rádio na épocado Figueiredo e do Sarney e, ate então, nuncasentira o que senti quando soube que um deter-minado diretor da Tupi, durante minhas férias,havia dito à produção do meu programa que 'apartir daquele dia ninguém criticaria mais o presi-dente Collor'. Foi pior do que censurar." Cidinharesolveu que chegara a hora de ingressar nacarreira política para falar bem alto no plenário.Guru — Politicamente, a radialista não temdúvidas: seu guru hoje é Leonel Brizola, queconsidera uma pessoa "de bem", com as mesmasprioridades que as suas. Só que nem tudo foramflores nessa relação. A posição de Cidinha duran-te metade do governo Brizola foi critica e, emI985, na campanha para prefeito do Rio, nãoapoiou Saturnino Braga, o candidato do PDT.Fez campanha para Marcelo Cerqueira, entãocandidato do PSB, e cobrou de Brizola, no ar,quando Saturnino deixou o PDT com um estron-doso "Não disse que ele era um pulha?"

Na sexta-feira passada, mais uma vez, nocomando do Cidinha livre, ela teve um bate-bocaviolento com o deputado César Maia. Um mêsdepois do Plano Collor, no mesmo auditório,os dois tiveram a primeira discussão do gênero —cm torno do Plano Collor. No auge da briga —quando o deputado dizia "você está errada por-•que a população não quer inflação e está do ladodo Plano"—. Cidinha colocou os telefones doprograma abertos para debate público e deu eni-pate técnico.

A entusiástica paixão pelo PDT lhe rende,naturalmente, críticas nos arraiais anti-brizolis-tas. E o caso da dublê de atriz e vereadora peloPL do Rio, Neusa Amaral. "Até ela ser faná-tica pelo PDT, era minha filha querida. Mas hojeme odeia. Sua cabeça mudou muito. Está mordi-da pelo mosquito Regina Gordilho". Cidinha dáo troco comentando a atuação de Neusa no

;episódio de abril do ano passado, quando ReginaGordilho (PDT) era a presidente da Casa e a

.vereadora quis, com um ato simbólico, mostrarao povo que limpariam a Câmara carioca."Quem é público que se dê ao respeito para nãovirar vidraça. Não pode é uma vereadora fazer abaixaria de limpar escadas da Câmara Municipalcom lencinho na cabeça. É muito pro meu'gosto."

Um que não tem papas na língua quando fala,da radialista é o cantor Agnaldo Timóteo, queestá sendo processado por calúnia pela Cidinha:;"E o que se pode chamar de uma pessoa profun-

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Mesmo eleita, Cidinha não abrirá mão àa casa naWarra da "Tijuco"

damente cínica, uma grande mistificadora e opor-tunista. Acha que tem direito a tudo, desde queseja o que ela quer. Mais ou menos no mesmoestilo do homem que a patrocina: Leonel Brizo-la."

A deputada estadual Daisy Lucidi (PFL-RJ).58 anos — chamada no ar de "velha", "tia" e"perua" e severamente criticada por Cidinha porser radialista e deputada —, foi eleita em seuprimeiro mandato como vereadora, em 1976.com 55 mil votos arrebanhados com a atuaçãonum programa semelhante ao de Cidinha: o Alt).Daisv, há 19 anos no ar e que, em maio, teve5°/o da audiência do Cidinha livre. Daisy diz quenão responde a nenhuma das provocações de suaferrenha crítica: "É uma brasileira, uma comum-cadora de prestigio, tem todo o direito de secandidatar. Agora vai ver de perto que criticar émuito fácil, mas, a gente não faz o que quer. faz oque pode."

Luvas e chapéu — Se for eleita depu-tada federal — o que é provável —. Cidinha vaicomeçar nova etapa de sua atribulada vida cerca-da de altos e baixos. Aos 7 anos, cantava fadosem programas de rádio e fazia teleteatro. Aos14 era garota-propaganda e ajudava financeira-mente a mãe, dona Tereza, 89 anos, que até hojemora em São Paulo ao lado do mando Amândio,84 anos. Dos programas de calouro ao Mexeri-cos da Cidinha. na Rádio Jovem Pan — quando,nos anos 60, viajou pelo mundo entrevistandopersonalidades como o escritor Jean Genet e aatriz Cláudia Cardinale sem falar inglês, francêsou italiano —, ao Fantástico, na TV-Globo, foitudo muito rápido.

Ela já era casada' com o diretor de televisãoManoel Carlos desde os 15 anos e tinha umafilha, Carolina (hoje com 21 anos), quando apaixão pelo também diretor de TV Carlos Mangaa levou a tentar o suicídio — um assuntoque jura já ter esquecido, mas que tem sido

insistentemente lembrado agora, às vésperas desua candidatura. "Só está voltando à tona porquesou candidata e precisam pegar a banda podredo candidato. A minha é esta. Não vão encontrarum cheque sem fundos, um atraso de pagamento,um deslize profissional, uma opinião desencon-trada. Se fiz mal a alguém na minha vida, fiz.a mim. Mas quando estiver no Congresso Nacio-nal, para me matar, têm que me abater a tiros."

A mulher determinada, hoje, vive muito bemnuma belíssima casa num condomínio da Barrada Tijuca, Zona Sul do Rio de Janeiro Conforta-velmente instalada num requintado divã, vestin-do uma camisa jeans, um confortável leggiiw ealpargatas, Cidinha hoje é muito diferente daque-la mulher que se mudou de mala e cuia para oRio quando se viu Julgada, em sua terra natal,por tentar trocar de marido e não dar certo NoRio, já reconciliada com Manoel Carlos, preocu-pava-sc com belas roupas, vestia-se com Cio-dovil, usava luvas, sapatos altos e chapéu.

A passagem pela TV Globo como repórterinternacional do Fantástico, no mício dos anos70, durou um ano. Foi na emissora que conheceuo cinegrafista Ricardo Strauss, pai de Ricardi-nho (o filho de 8 anos) e seu marido há 18 anosDemitida, viveu tempos de vacas magras, masencontrou uma gorda saída, o espetáculo Homemnão entra Hoje não é só o palco que sus-tenta a família Campos Strauss. O programaCidinha livre consegue abrigar uma avalanche depublicidade. O saldo de 15 destes comerciais de30 segundos vai. por contrato, para sua conta-corrente E com a mesma ousadia com que aplicapaixão nos debates e na sua vida particular, dá oseu testemunho defendendo as qualidades doproduto que anuncia. Por eles, cobra 585 BTNsmès, ou seja, embolsa CrS 26 mil por cada meiominuto de anúncio que, só na primeira meia horado programa, podem significar até CrS 300mil.

Do fado ao 2° lugar em audiência no Rio

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8 ? Io caderno ? domingo, 24/6/90 Brasil JORNAL DO BRASIL

Indexação parcial pode

estabilizar inflação em 10%

Saída é tentar

manter a taxa

em 10% ao mês

O economista Edmar Bacha acha que asaída menos traumática e desastrosa pa-

ra a atual situação econômica seria o governotentar administrar a taxa dc inflação em 10%ao mês, com uma indexação parcial da econo-mia. "O melhor é o governo sc conformar comessa idéia agora para depois das eleições tentarfazer a coisa direito", avalia Bacha. Ele temeque o governo opte por outros caminhos cacabe levando o país a uma recessão profundaou mesmo a uma estagflaçâo (recessão cominflação), provocando uma grande desorgani-zaçào na economia.

Bacha pondera que, no momento, o gover-no está sem instrumentos eficazes para comba-ter uma inflação da ordem dc 10% ao mês. Paratentar debelar esse nível de inflação, Bachaavalia que só restam ao governo dois caminhos:um novo congelamento ou um confronto comos agentes econômicos. Em ambos os casos, eleacha que haveria uma grande desorganizaçãoeconômica. Bacha descarta a hipótese dc umnovo congelamento por considerá-la absoluta-mente desastrosa: "Para congelar preços e salá-rios, o governo teria que congelar novamente aKquidez e isso levaria o pais a uma estagflaçâo",argumenta.

No caso do confronto, o governo ao invésde congelar deixaria tudo liberado para contra-lar a moeda. Seria uma maneira de reprimir odéficit público, deixando de repassar recursospara estados e municípios, colocando compul-seriamente os Certificados de Privatização nosistema financeiro, não corrigindo as dotaçõesorçamentárias c cortando os investimentos dasempresas estatais. "H uma política tradicionalde reprimir o déficit ao invés de suprimi-lo."Essa política também implica maiores taxas ciejuros, com aumento da recessão, acompanhadada livre negociação salarial: "È mais desorgani-zador do que o congelamento", diagnosticaBacha.

Falta de uma

política gerou

as expectativas

O governo eslá desperdiçando a oportuni-dade criada com o Plano Collor para

traçar uma política econômica de médio e longoprazos, que possa levar o pais a uma taxa dcinflação mais baixa, com um crescimento eco-nòmico aceitável socialmente. A falta de umapolítica econômica, 11a visão de Dionisio DiasCarneiro, explica em parte o desencanto com oPlano Collor e contribui para uma nova ondade expectativas inflacionárias."Sem uma política econômica, pode-se fazerquantos planos quiser, pode desindexar, aplicarchoques, que vai resultar exatamente no mesmolugar: na falta de uma política para a frente",argumenta Dionisio. No curto prazo, Dionisioacha que o governo cometeu três desperdíciosdurante esses primeiros meses de administraçãodo Plano Collor: errou ao fixar a meta deinflação zero, demorou para fazer uma políticamonetária que reintroduzisse o risco ás opera-ções de overnight 110 mercado financeiro e usouos instrumentos errados na reforma administra-tiva e para controle do déficit público.

Ao estabelecer a meta de zero para a infla-çào, o governo perdeu a chance de introduziruma indexação moderada na economia, basea-da na prefixação. que garantisse uma taxa está-vel de inflação, mesmo que numa faixa mensalde 8% a 10% ao mês. Na parte da políticamonetária, Dionisio acha que o governo adotouas medidas acertadas, ainda que tardiamente,ao parar de financiar diariamente as posiçõesdas instituições financeiras no overnight c aodeixar dc sinalizar a taxa estimada de inflação.Falta ainda ao governo praticar uma taxa dejuros mais punitiva para "encarecer o crédito ctomar cara a especulação com mercadorias,com o dólar, com a antecipação de importaçõesou postergação de exportações. Enfim, tornarcara a aposta na inflação".

Dionisio também critica a reforma adminis-

Presidente

ficou isolado

politicamente

O sociólogo Sérgio Abranches achaque a sociedade brasileira efetiva-

mente incorporou uma mentalidade infla-cionária difícil dc ser combatida. As dúvi-das e incertezas geradas pelo governo nãoajudaram a desfazer esse ambiente e, dcuma forma ou de outra, as pessoas conti-nuam buscando formas de se defenderempreviamente de uma possível retomada dainflação. Nessa busca da indexação, a in-ilação acaba efetivamente voltando.

Abranches também admite que os efei-tos do Plano Collor se esgotaram maisrapidamente do que o esperado, dada adimensão do choque monetário. Ele tam-bém critica o abandono da prefixaçãopela inflação zero e acredita que, comisso, o governo "perdeu a possibilidade deestar comemorando 100 dias (completa-dos na última sexta-feira) com a inflaçãode 10% com uma tendência declinantcdos índices para a faixa de 5% em julho eagosto". Ao invés disso, ele avalia que ogoverno acabou provocando uma subver-são das expectativas, levando a inflação auma tendência de alta, ainda que hnta.

Ao avaliar que a situação do governoficará insustentável na hipótese de umaretomada da inflação, Abranches achaque o grande problema é a falta de susten-tação política do presidente.

"O presiden-

te está politicamente isolado. Ele não tema seu lado interlocutores com a mesma

Fotos: R.T. Fasanello

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Edmar Bacha -

O governo ao invés

de suprimir está é

reprimindo o déficit

A saída, segundo Bacha, seria tentar aco-modar as expectativas para esse ano fazendouma reforma fiscal, que realmente reduza odéficit público e resolva o problema do ano quevem, e elaborar uma política salarial que re-componha as perdas pela média dos últimos 12ou 24 meses. Em segundo lugar, ele vê necessi-dade de uma política salarial que proporcioneuma indexação parcial e dá como exemplo orepasse automático de 50% da inflação, deixan-do a parcela restante para ser livremente nego-ciada a cada três meses. "Com uma taxa de10% ao mês, isso seria plenamente compatível",avalia.

Cristina Bocayuva

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^ÉÈÉÉÉÊiJDionisio Dias Carneiro

Os preços estão

desatrelados de

qualquer indicador

trativa e patrimonial. Acha que a privatizaçãodeveria ser usada como instrumento de raciona-li/ação do estado e do investimento público epara o aumento da poupança pública. Ele la-menta o uso dos Certificados de Privatização —cuja compra será compulsória pelas instituiçõesfinanceiras — como mecanismo de política mo-netária e geração de receita para equacionar odéficit público. Também acredita que as demis-sões de funcionários públicos não vão resolver oproblema do déficit e teme que o governo acabedemitindo as pessoas erradas nos lugares erra-dos a custo maior. "Ninguém está convencidoque o governo é grande demais. Todo mundoestá convencido que o governo é grande ondenão deveria ser."

Sérgio Abranchea

Os 100 dias podiamser comemorados com

a inflação em queda

densidade política que a oposição tem efica compelido a uma posição muito maispersonalista do que é desejável para o tipodc presidencialismo que a modernidaderequer", avalia Abranches.

Nesse contexto, ele teme a possibilida-dc de um retorno á indexação, que pode-ria sinalizar para a sociedade que o gover-no é incapaz de controlar a inflação."Qualquer tipo de indexação do tipo quevínhamos praticando no passado repre-senta a volta da indexação dc preços esalários c rapidamente teremos uma reto-mada do processo Superinflacionário",pondera ele.

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recessão já está desenhada no cenárioeconômico, mas nem assim há garan-tia de que o governo consiga exercercontrole sobre a inflação. De concre-

to, a inflação está na faixa de 10% ao mês, umnúmero perigoso, dado o impacto psicológicoque representa a volta da alta de preços aosdois dígitos. Ao invés de tentar evitar a reinde-xação a qualquer custo, correndo o risco deprovocar uma grande desorganização na eco-nomia, talvez fosse melhor o governo tentarintroduzir algum mecanismo de indexação par-ciai, que ao menos garanta uma estabilizaçãoda taxa de inflação no nível de 10% ao mês, atéas eleições de outubro, quando poderia sertentado um entendimento nacional.

Essa avaliação do atual estágio do PlanoCollor não chega a ser um consenso entre osparticipantes do Balanço Mensal do JORNALDO BRASIL. Mas é compartilhada pelos eco-nomistas Edmar Bacha e Rogério Werneck, daPUC do Rio, e Plinio de Arruda SampaioFilho, da Universidade de São Paulo. De qual-quer forma, os demais debatedores — o depu-tado César Maia (PDT RJ), o economista Dio-nísio Carneiro, da PUC, e o cientista políticoSérgio Abranches, do Instituto de Pesquisas doEstado do Rio (Iuperj) —já se mostram menosotimistas quanto aos resultados e, principal-mente, em relação à condução do programa deestabilização do governo Collor.

Todos acham que o governo demorou aadotar uma política monetária austera paracontrolar a moeda e reclamam da falta de umapolítica fiscal sólida, que garanta o equilíbriodas contas públicas. César Maia acha que umaretomada da inflação deixaria o governo com-pletamente sem popularidade c acredita queainda é possível uma controle da taxa atravésda política monetária, caso o governo realmen-te leve à frente o cumprimento das metas queele mesmo estabeleceu para a expansão da moe-da. O custo desse projeto, segundo Maia, é umaprofunda recessão, com a qual ele não concor-da. mas avalia que é menos desgastante para ogoverno do que uma retomada da inflação.

Bacha não vê a menor possibilidade de cum-primento das metas de expansão monetária. Elelembra que a programação monetária prevêque a quantidade de moeda vai aumentar entre

1 "ii e 2% nos próximos meses, mas o BancoCentral acaba de divulgar que neste mês a basemonetária (emissão primária de moeda) estácrescendo 22% ao mês. "O

governo precisa teruma política mais austera na prática e menosirrealista do que tem sido anunciada", criticaBacha.

Sérgio Abranches discorda da volta de qual-quer tipo de indexação, achando que ela podegerar uma situação muito explosiva. Ele tam-bém acha que a saída é pela via política, atravésde um entendimento nacional a ser costuradoapós as eleições parlamentares. Entretanto, te-me que até lá o governo resolva adotar novospacotes econômicos a Um de evitar 11111 outrodescontrole dos preços.

"O governo não está

disposto a disputar as eleições com dois dígitosdc inflação", avalia Abranches.

Plínio de Arruda Sampaio Filho tambémacha que a saída deve ser negociada. Acha.porém, que é preciso que o governo estejadisposto a negociar e principalmente tenha ca-pacidade para definir qual é o projeto que eletem para o pais nos próximos anos. DionisioCarneiro não vê razões objetivas para o des-controle da economia, mas acredita que oserros do governo provocaram uma deteriora-çào nas expectativas favoráveis. "As expeetati-vas quanto aos preços se desatrelaram comple-lamente de qualquer indicador", detectaDionisio. Ele avalia que essa situação gera naspessoas a necessidade de uma política salarial,mas se mostra contrário a essa tese. "Se vocêsinaliza para a frente uma taxa de reposiçãosalarial, ninguém vai esperar chegar lá pararecompro margem de lucro. Todos vão come-çar a fazer reajustes preventivos", argumenta.

Pacto deve ser

retomado só

após eleições

governo não pode ter a pretensão de tiver\J um pacto soóial úsando o fator surpresa,da mesma forma que fe/ ao seqüestrar a liquide/da economia. A critica do deputado César Maia ,itentativa de pacto desenhada pelo governo noinicio da semana passada c compartilhada portodos os participantes do Balanço Mensal. "Essascoisas demoram, os negociadores têm que voltarpara consultar as bases", pondera Maia. "Osempresários reunidos pelo governo não tinhamrepresentatividade para fechar um acordo queprevia um novo congelamento de preços", argu-menta Rogério Werneck.

Maia aclia que uma solução negociada para acrísc econômica não pode ser descartada pelasimples desistência manifestada pela equipe eco-nõmica do governo. Ele acha que essa saída deveser um compromisso de toda a sociedade, mas sóri? chances de um pacto social após a eleição de Jde outubro, já com o novo Congresso definido.

"Se o governo não tomar a iniciativa de umdiálogo nacional, nós temos que fi/c-lo. Antesdas eleições isso será muito difícil, mas depois asforças denhKráticas tem que tomara iniciativa deum entendimento nacional que possa compor umquadro que reverta de fato as expectativas econtribua para o controle do processo infíacioná-rio ". argumenta Maia.

Plinio Sampaio Filho concorda com essa tesee defende a participação da CUT na reuniãoconvocada pela equipe econômica na inicio dasemana. "Se tem uma coisa que a CUT não podeser acusada é de não saber negociar. Tanto sabeque cresceu" diz ele rebatendo as acusações deque a entidade teria in\iabili/ado o acordo pro-posto pelo go\erno.

Problemas mais

graves são os

de longo prazo

A inflação que está aí ainda pode serconsiderada residual, dc acordo com

análise de César Maia. Logo após o choquedo Plano Collor todo mundo desovou seusestoques, levando a uma baixa dc preços.Num segundo momento, começou a reposi-çào de estoques, provocando uma ajta decustos que resulta num inflação residual,mas, segundo Maia. ainda plenamente con-trolável. Mesmo achando que só será possí-vel uma saída política que passe por umaampla negociação via Congresso, Maia achaque o governo deve começar a enfrentaralguns problemas de natureza estrutural echega a enumerar os oito pontos que devemcomeçar a ser atacados.

Em primeiro lugar, ele vê necessidade deaprovação do projeto que regulamenta o usode medidas provisórias, de forma a evitarque o governo continue operando casuística-mente. O segundo ponto é a questão dasperdas salariais, que precisam ser definidasrapidamente para que as reposições não sc-jam fruto de reajustes açodados do Judiciá-rio. O terceiro problema é que o governodeve definir se fica com a liberdade de co-mércio ou se continua fazendo pressões so-bre o câmbio.

Na pauta de César Maia, o quinto pontoé a dívida externa. Ele acha que o governoaté está conduzindo bem essa questão, masse preocupa quanto ao impacto monetárioque ela pode exercer no próximo ano. já queo governo deveria gerar um superávit fiscaligual ao saldo da balança comercial para darconta dos cruzeiros da divida, sem gerarinflação.

Em seguida, vem a preocupação com areforma fiscal — que está prevista pela lei dcdiretrizes orçamentárias para ser enviada aoCongresso após as eleições — e a reforma

Preços estão

sendo formados

pelas incertezas

A inflação está ressurgindo não porresíduo nem por memória do passa-

do e sim por incerteza quanto ao futuro,na opinião de Plinio de Arruda SampaioFilho. "Ninguém sabe o que fazer nessepaís. Não se sabe se é bom fazer investi-mentos, nem se sabe quanto utilizar doequipamento produtivo ou como deve serfeito o pagamento de salários", analisa oeconomista.

Esse quadro de incerteza, segundo ele.é o principal responsável pela volta dainflação para o atual patamar de 10% aomês. Plinio Filho, entrentanto, acha queesse índice não è estável. Ao contrário,está em processo de aceleração. Ele avaliaque os agentes econômicos têm uma incer-teza generalizada quanto ao valor dc seupatrimônio, de sua produção, não sabemqual é seu custo real e acabam jogandotodas as suas dúvidas no preço, gerandomais inflação. Por isso, também defende avolta dc uma forma de indexação quefuncione como "um cinto de segurança,para conviver com a inflação, principal-mente na área de salários".

Paralelamente, o governo não faz poli-tica econômica. Lm hora admita que numprimeiro momento ele tenha recuperadosua capacidade de fazer uma política fiscale monetária, Plinio acha que essa chancefoi perdida de maneira acelerada. Pelolado fiscal, vê apenas um superávit decaixa que vai cair no segundo semestrecom o aprofundamento da recessão. Pelolado monetário, o governo está criandouma forma adequada de financiar a dívidapública, mas também está remontando a

Reposição dos

salários pode

ser catastróficaTT ma reposição salarial pelo pico até^ 15 de março vai compor uma massa

de demanda incompatível com o produtodisponível na economia, na avaliação deRogério Werneck. Ou seja, se o governoresolver conceder reajustes zerando asperdas salariais até 15 de março, acabarágerando um efeito riqueza e, conseqüente-mente, uma onda de consumo que vaipressionar a alta de preços.

Rogério Werneck está temeroso quan-to ao projeto que está sendo elaboradopelo governo para recuperar as perdassalariais que vêm sendo reclamadas pordiversas categorias profissionais.

"Essa

semana pode ser decisiva para o programade estabilização, porque o governo estámexendo com a política de rendas. Sccometer algum erro, pode colocar a perdertudo que conseguiu até agora." Werneckacha que o problema não é a reposiçãodas perdas em si e sim a forma como elaserá calculada. Se pelo pico, o resultadopoderá ser desastroso. O ideal, segundoele. seria uma recomposição pela média.

Outra preocupação do economista équanto ao déficit público, que no seuentender não está zerado, apesar de ogoverno insistir nessa tese. A hipótese deuma grande recessão no segundo semestrepara conter as pressões inflacionárias re-

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MãmmmmmÊtWÍÉÍÍM

Céaar Maia

Um presidente não

pode tomar decisão

individualmente

administrativa que. segundo Maia, aindanão teve sua doutrina definida pela governo."A sociedade precisa saber que processtvdeprivatização é esse, para negociar suas frtíh-teiras e limites." nh

O último ponto a ser atacado por CésarMaia é o estilo do presidente da República."Ele está operando como indivíduo e certa-mente tomará decisões bem tomadas, más aprobabilidade c que tome muitas decisõesincorretas", critica, avaliando que o presi-dente Collor precisa ter um estado-maiorque lhe assessore nas decisões, dado o-graude complexidade que envolve a condução doEstado.

' mmPlínio da Arruda Sampaio Piihó

, • - %A diferença é que jo país está assustado:

e traumatizado :11

ciranda financeira, ao invés de direcionaros recursos para a produção.

Na sua avaliação, o governo' não con-segui ufa/cr nada na parte fiscal, nemconsegue" fazer unia política econômica:Plinio acha que o governo optou .pelocaminho do confronto e da recessão. "Oúnico instrumento que ele conseguiu 1110-bilizar foi tirar a prefixação, que era unibom mecanismo que ele tinha na màó.Acabou com a prefixação para fazer ;arecessão via salários. Essa é a única coisiaque foi feita."

iRogério Werneck

Um erro na políticade rendas podebotar tudo a perder j—f \ • • •

sultará em perda de receita para o govej--no. Além disso, para manter a taxa deinflação estável terá que novamente atra-sar as tarifas públicas, segurando reajustede preços. E, finalmente, a reforma admi-nistrativa, com as demissões no funciona-lismo só devem gerar resultados no ailoque vem. Esse ano. as demissões acarreta-rào custos ao governo.

"Eu'acho que vai

haver um déficit público razoável este aiioc isso de alguma maneira alimenta asexpectativas inflacionárias", ponderaWerneck.

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LC

JORNAL DO BRASIL Cidade domingo, 24/6/90 ? 1" caderno ? 9

Seqüestradores de Medina continuam solto

jg João Cerquoiras

Já se passaram mais cie 4X horas dalibertação do publicitário Roberto Medi-na, 41 anos, e a polícia do Rio de Janeiroainda não conseguiu capturar o seques-trador Mauro Luís Gonçalves de Olivei-ra, o Maurinho Branco, nem localizar acasa utilizada para manter o empresárioem cativeiro durante 15 dias. Cerca de100 homens das divisões de Entorpeceu-tes, Roubos e Furtos, Polinter, Furtos deAutomóveis e Anti-Seqüestro continuamempenhados na prisão dos seqüestrado-res. Durante todo o dia de ontem, carrosda Polícia Civil foram vistos cruzando acidade a procura de Maurinho Branco,que teria cm seu poder uma mala comUSS 2,5 milhões de dólares (ainda nãofoi revelado o valor real do resgate).

F.sse dinheiro, de acordo com infor-inações colhidas pela polícia, é para serrateado entre os integrantes da quadrilhade seqüestradores. Dois deles não parti-ciparào da partilha por já estarem pre-sos. São o professor de educação físicaNazareno Tavares Barbosa e José Cor-nélio Rodrigues Ferreira, o Pr cá. Umaboa parte do dinheiro também deverá serenviada para os integrantes do ComandoVcrnwllw nos presídios, como vem acon-tecendo desde que aumentou o número

de seqüestras na cidade. A policia estáinvestigando como esse dinheiro entranas penitenciárias e chega até os presos.

Apesar de estar mais empenhada naprisão de Maurinho Branco, a políciatambém procura os demais integrantesda quadrilha, todos com prisão preventi-va decretada pela juiza Sueli Lopes Ma-galhães, da 22" Vara Criminal. Os poli-ciais estão realizando investidas emvárias favelas da cidade, onde os 11 se-qiiestradores que ainda estão em liberda-cie têm acesso. Maurinho Branco, porexemplo, é freqüentador assíduo dosmorros do Borcl e Pavão/Pavãozinho,além de permanecer durante longo tem-po nos morros da Mineira, no Catumbí,e Coroa, em Santa Teresa, onde se cs-conde na casa do traficante Bruxo.

A juíza Suely Magalhães decretou aprisão preventiva dos traficantes RobsonRoque da Cunha, o Robson Caveirinha,que atua no Pavão /Pavãozinho, cm Ipa-nema; Jorge Luiz Fernandes, o Azeitonaou Manteiga, do Morro da Mineira; eJorge Meireles, o Ivan Nobreza, que ge-rencia os pontos do traficante A'ai. Foi110 Pavão Pavãozinho, reduto do trafi-cante Tomzé, que Nazareno e MaurinhoBranco tramaram o seqüestro de Rober-to Medina, segundo a policia.

Um esconderijo em Botafogo

Policiais do Departamento Geral deInvestigações Criminais (DGIC) pren-deram ontem Francisco Siqueira Cam-pos, de 43 anos, que afirmou ser irmãodo governador de Tocantins. Ele foraapontado pelo seqüestrador Mauro LuísGonçalves de Oliveira, o MaurinhoBranco por ter cedido seu apartamento,em Botafogo, para reuniões da quadrilhaque sequestrou Roberto Medina. Fran-cisco confessou aos policiais ser viciadocm cocaína e que Maurinho Branco équem fornece a droga para ele.

Segundo a polícia, Francisco disseque Maurinho Branco só se reuniu alitrês vezes e que não sabe o que era.tratado nas reuniões porque não parti-cipava delas. Só soube que tratavamde seqüestro quando a notícia foi pu-blicada fazendo referência ao nome deMaurinho. É amigo do pai do seques-trador, que conhece como Edir.lio Pro-têtico e que está preso. Francisco Si-queira Campos participou também nafesta no Morro do Pavãozinho, onde oprofessor de educação física NazarenoTavares Barbosa acertou com Mauri-nho o seqüestro de Roberto Medina.

Francisco disse que foi a festa por-que é músico. Toca saxofone e o convi-ciaram para tocar pagode. Se compli-cou quando lembraram a ele quesaxofone não é instrumento para tocar

em pagodes. Francisco está sem em-prego. Com ele os policiais encontra-ram uma carteira profissional onde eleaparece com a função de assistente admi-nistrativo no Instituto de Pesquisas, estu-dos e Assesoría do Congresso (Câmarados Deputados)a sua carteira.

Segundo o delegado Luís Mariano, apolícia já tinha informações de que oirmão de um político, viciado em co-caína, era muito freqüentado por Mau-rinho, em apartamento em Botafogo.A polícia chegou a Francisco atravésde João Joaquim da Silva, 49 anos,freqüentador do edifício "Balança maisnão cai", na Rua de Santana. Na investi-gação João Joaquim aparecia como"pombo correio" de Maurinho Branco.Detido, João disse que conhece Mauri-nho por que é mecânico e eletricista deautomóveis e já fez reparos em carrosdele. de quem se tornou amigo.

Foi João quem fez referência a Fran-cisco e levou os policiais até o seuapartamento, onde também esteve di-versas vezes e até chegou a pernoitar.Os dois homens, segundo o delegado,seriam interrogados outra vez ontem átarde quando seriam feitas algumas aca-reações. Francisco reconheceu Nazarenoda festa no Pavãozinho. Mariano acredi-tava que ambos tinham outras informa-ções a dar.

Francisco Siqueira Campos, com as mãos no rosto, disse que é viciado

A operação que não houve

Delegado nega que tenha

feito acordo com advogados

O delegado Luís Mariano negouontem que tenha sido feito qualqueracordo com os advogados NélioSoares Andrade c José MandarinoGuedes, no sentido de libertar LuizHenrique Gonçalves Domingos deOliveira, irmão do seqüestrador deRoberto Medina, Mauro Luiz Gon-çulves de Oliveira, o MaurinhoBranco, cm troca do publicitário.Afirmou que do acordo só constoua liberação da mãe do criminoso,Esmeralda Domingos de Oliveira.

Disse o delegado que l.ui/ Henri-

que já havia sido autuado cm fia-grante de vadiagem e que sua libera-çáo passara a ser problema daJustiça. Segundo Mariano. o combi-nado era a liberação de Esmeralda e,em troca, Roberto Medina seria li-betado e os seqüestradores não rcce-beriam dinheiro do resgate. O dele-gado disse que para a policia, LuizHenrique é vadio, ladrão e homici-da. "Eles não têm do que recla-mar: Nós não soltamos o Luiz maseles também não deveriam ter rcce-bido a grana

".

Um policial com experiência em operaçõesespeciais disse ontem que estranhou muito ocomportamento dos delegados que investigamo caso Medina. especialmente durante o dos-fecho, quando "deixaram escapar unia ótimaoportunidade de prender os seqüestradores".0 policial, que concordou em analisar 'o traba-llio dos colegas sob a condição de não ter o seunome revelado, disse que qualquer manualprevê operações de vigilância que poderiam lersido marmadas para, pelo menos, seguir osseqüestradores depois que eles tivessem libera-do o refém, na quinta-feira à noite, na esqui-na da Avenida Paulo de Frontin com aRua Joaquim Palhares, no Rio Comprido.

O policial, especialista em operações poli-ciais, comentou que não conhece, na literaturade casos de seqüestro, nenhum que lenha ler-minado de uma forma tão estranha como esta:a policia fez um acordo com os seqües-tradores, sabia a hora que o refém seria entre-gue a dois advogados e vários repórteres efotógrafos e não se interessou nem mesmo porse informar sobre o local isso ocorreria. Aprimeira falha da polícia, segundo o policial,foi "nào ler mantido uma vigilância paraseguir os dois advogados que intermediaram anegociação com Maurinho Branco".

O policial recorda que, mesmo sendo ile-gal, a interceptaçào telefônica faz parte darotina dos investigadores e, portanto, deveriater sido usada desde o inicio das negociaçõesentre Maurinho e os advogados e delegados.Um aparelho simples que a policia dispõefornece em segundos o número do telefone queestá sendo usado do outro lado da linha e,através de computador, é possível saber rapi-damente o endereço."Então era só grampear o telefone dosadvogados óu da própria Secretaria de PoliciaCivil, para onde Maurinho eslava ligando. Senào fosse possivel saber logo o endereço deonde o bandido eslava ligando, pelo menos sesaberia em que bairro ele estava. Se o telefonedo advogado estivesse grampeado, se saberia olocal exato onde Medina ia ser solto. Comisso, era fácil cercar a área, mesmo que fossepara agir só depois de garantir que o Medi-na já estuva à salvo", disse o policial.

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1) Os advogados aguardam a chegadade Medina e Maurinho Branco2) Medina e Maurinho se aproximam3) Policiais, no sistoma do rolôgio. ob-sorvam4) o comandante da operação lica naestação do metr. próxima ao local5) Com Medina já em segurança. Mauri¦nho è preso nervo

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Ainda que nào fosse possivel a inter-ceptação telefônica, o especialista assegura queo resgate de Medina e a prisão de MuurinlwBranco "não seriam difíceis". "Era só seguir osadvogados e jornalistas, sem que nem elesnem os bandidos perccbcccm. Assim, a policiachegaria ao local em que o publicitário foiliberado. Esse seguimento nào seria difícil,pois o escritório do advogado Nélio (de onde ogrupo saiu) fica no Centro, numa rua de muitomovimento, o que facilitaria a ação de 10policiais se revezando no seguimento, sem se-rem notados", disse o policial.

Chegando ao local — a esquina da A vem-da Paulo de Frontin com Rua Joaquim Palha-

res — o especialista disse que adotaria o "sis-tema do relógio": uns 20 homens e mulheresdisfarçados, circulando pela área, cm du-pias, à pé. de carro, ou moto, que passariampor rádio o relato de suas observações a umchefe da operação baseado em um local próxi-mo, como, por exemplo, a estação Estácio, doMetrô — onde se improvisaria a base lo-cal da operação. O cerco passaria a ser ostensi-vo a partir do momento em que Medina fossedeixado e Maurinho Branco estivesse se din-gindo, como aconteceu, em direção á ZonaSul, pela Avenida Paulo de Frontin. A essaaltura, toda região estaria cercada.

Empresário conta o cativeir Adriana Lorete

"C

Medina tenta

se recuperar

dos traumasada dia parecia um ano.Para sobreviver, eu espera-

va ser libertado todos os dias". Dajanela de sua casa, na Barra da Tijuca,o empresário Roberto Medina, emo-cionado, conversou ontem pela ma-nliã, durante 20 minutos, com jortia-listas. "Ainda não consigo dormirbem. Estou tomando algumas vitami-nas. Fiquei muito tempo sem comer.Estive 15 noites sem dormir. O lugaronde fiquei era muito frio. Não tinhanenhum agasalho. Tremendo de frio,pedia que me dessem uma camisamas não davam. À noite, era iinpossi-vel dormir. Foi um drama", contouMedina, visivelmente abatido.

Abraçado todo o tempo com afilha Roberta, de 12 anos. RobertoMedina não quis responder perguntassobre atuação da policia c as negocia-ções para sua libertação e o resgate."O noticiário ainda está muito coufu-so. tenho de amarrar as idéias. Porisso pedi para que a entrevista fossesegunda", disse ele, referindo-se á co-letiva marcada para amanhã pelaagência Artplan, que exigiu dos jor-nais as perguntas, por escrito, apre-sentadas com três dias de antecedên-cia. Apesar disso. Medina atendeu,ontem, um pedido que a imprensa en-viara através dc um empregado dacasa, para que ele aparecesse e desseapenas um "bom dia" aos repórteres.

O publicitário foi examinado pordois amigos, os médicos Júlio CésarFigueiredo e Jan Guilherme dcAguiar. "Estou melhorando. Sob oponto de vista físico, nào sofri nenhú-ma violência. Mas do ponto de vistapsicológico sim, pois era ameaçado demorte todo tempo. A noite, a cadameia hora, abriam a porta com a me-tralhadora".

'O maior momento de tensão foi oda publicação da revista Veja. Foiquando senti mais ameaça em relaçãoá minha vida. Os seqüestradores sesentiram violentados por a imprensanão ter cumprido o combinado", disseele. Para Medin aquele momento detensão foi pior até do que o da prisãoda mãe do seqüestrador MaurinhoBranco. "Nào soube ao certo o mo-mento da prisão da mãe do seqüestra-dor. Eu ficava sozinho no chão de umquarto apenas com um colchonete.Via pouco e ouvia muito. Havia somde muita gente c o latido de um cão",contou.

Experiência — Depois dc teragradecido à imprensa e a sua famíliaa garantia de estar vivo hoje, Medinadisse que os 15 dias de cativeiro foram"uma profunda lição dc vida". Natentativa de se controlar emocional-mente durante os 15 dias, o empresá-rio contou que tentava "racionalizaras coisas". Emocionado, observou quese surpreendeu com "a força" conse-gtiida nos momentos de tensão. "Es-

pero que essa experiência sirva paraque haja uma ação mais concreta. Issotudo traz um fundo social e mostra oestado em que o nosso pais se encon-ira. Creio que será resolvido quandoempresários, imprensa, perceberemque estamos vivendo uma crise deproporções alarmantes e reestrutura-rem o lugar onde a gente está. Tenhohoje um sentimento profundo de in-justiça", afirmou.

Medina chamou os seqüestradoresde "desumanos, que seqüestram e ma-tam. São bandidos", mas insistiu noproblema social que leva à criminali-dade. "Vejo que isso é resultado dapouca oportunidade dada às pessoas".Ele confessou que não entendeu o sig-nificado do gavião que foi dado comopresente pelos seqüestradores."Achei estranho, mas vou ficarcom ele. Um dos seqüestradores mecolocou o gavião no braço, que come-çou a me atacar. Eu disse que nàoqueria o bicho", disse Medina.

Durante a entrevista, Mediria esteve ao lado da filha Roberta, de 12 anos

Valor do resgate gera dúvidasAté a noite de ontem, persistia a

dúvida quanto ao valor do resgate pa-go por Roberto Medina. Sabe-se que,em 7 de junho, dia seguinte ao seqües-tro, os criminosos exigiram USS 5 mi-Ihões (cerca de CrS 450 milhões, aocâmbio paralelo). No dia 17, em umacarta deixada na Igreja de São José, naLagoa, os seqüestradores reduziram opedido para USS 2,5 milhões. Três-dias depois, o deputado Rubem Medi-na levou o dinheiro ao local combina-do para a entrega, no Aterro do Fia-mengo. O Banco Central, porém,autorizou a venda de USS 3,5 milhões,ao câmbio comercial (a cotação deontem era de CrS 57,64).

Na segunda-feira, o presidente do

Banco Central, Ibrahim Eris, partici-pava de uma reunião decisiva, tentan-do um acordo entre governo, empre-sários e trabalhadores sobre políticasalarial, quando pediu licença para seausentar, por volta das 19h. A reu-niào, que já durava cinco horas, aindaestava pela metade. O motivo que reti-rou Eris da mesa de negociação foi oseqüestro do empresário Roberto Me-dina.

Ele foi cuidar pessoalmente deunia segunda autorização para que afamília Medina pudesse comprar aocâmbio comercial — quase a metadeda cotação no mercado paralelo —mais USS 2 milhões para pagar o res-

gate exigido pelos seqüestradores. OBanco Central já tinha autorizado, nodia 13, a liberação de USS 1,5 milhãopara o mesmo fim. No total, portanto,a família teve autorizações para ad-quirir-USS 3.5 milhões através do Ci-tibank.

O presidente Fernando Collor foiconsultado sobre a autorização espe-ciai c aprovou-a. Durante todo o tem-po que durou o seqüestro, Collormanteve-se discretamente á distânciada família Medina, apesar da amizadeque os une. O presidente temia que seuenvolvimento ostensivo no episódiopudesse multiplicar o valor do resgateexigido pelos seqüestradores.

Polícia não sabe como

combater seqüestrasO seqüestro do publicitário Roberto

Medina acabou comprovando que a po-,licia carioca não está preparada para dar».combate a este tipo dc crime. Uma análi-se das investigações realizadas até agora ,revela despreparo c uma série de erros, v*As falhas começaram com a precipitadaprisão do professor de educação física ^Nazareno Tavares Barbosa. Como o tprofessor tinha sido apontado por outrocomparsa, José Cornélio Rodrigues Fer-reira, o Preá, como um dos planejadoresdo seqüestro, a. atitude mais elementar dequalquer investigador deveria ser mantê-Io sobre estrita vigilância, para conseguirchegar aos demais integrantes de quadri- 'lha e ao paradeiro de Medina.

Os delegados envolvidos na operaçãopreferiram, no entanto, o caminho maisfácil: prender Nazareno, que não estava ssequer escondido, mas em seu endereçoconhecido, uma casa modesta em Benfi-ca. Os interrogatórios de Nazareno nãolevaram a nada, pois Mauro Luís Gon-çalves de Oliveira, o Maurinho Branco,decidira sozinho o local do cativeiro deMedina. Mas a polícia descobriu que 'Nazareno teria um encontro com Mauri-nho Branco no dia em que foi preso. Ospoliciais também não foram capazes deaproveitar a oportunidade de armar umacilada para prender Maurinho ou qual-quer outro comparsa que se apresentasse 'no ponto.

Finalmente, a polícia não quis armarnenhum tipo de vigilância dos passos dosadvogados Nélio Soares dc Andrade eJosé Mandarino Guedes, mesmo saben-do que Maurinho tinha feito um acordopelo qual entregaria Medina aos dois nanoite de quinta-feira. O delegado Elson ,Campeio, um dos responsáveis pelas in-vestigações do caso, preferiu ficar no seugabinete, esperando telefonema dos ad-;vogados, que lhe tinham prometido co-municar a libertação do refém.

Outro evidente erro que não escapa àmais superficial análise foi a entrega docaso a cinco delegados, justamente al-guns dos personagens mais vaidosos da,policia do Rio. Em lugar de atuarem em?conjunto, eles preferiram sair cada umpor seu lado, sem a suficiente troca deinformações necessária para um verda-deiro trabalho de equipe. O Diretor da-Divisào Anti-Seqüestro, Jurerny Batista,um dos cinco delegados, não fazia misté-rio de sua irritação com a falta de coor-.denação das investigações. Os repórterespuderam ouvir várias vezes Jurerny re->danar que estava "sendo boicotado" porseus colegas.

Mais orros — A prisão dos paren-tes do criminoso que guardava Medinateve o evidente propósito de pressioná-lopara acabar com o seqüestro, o que podeser apontado como um erro, do ponto devista ético ou jurídico. Com o fato con-sumado e a reação do bandido, que en-trou em contato com a polícia, através deadvogados, os delegados conseguiram fe-char um acordo com Maurinho Branco,que se dispunha a entregar Medina mes-mo sem o pagamento de resgate, poisconsiderava que a polícia tinha tomado,seus parentes como reféns. Essas nego-,ciações paralelas nào impediram, contu-do, o pagamento do resgate. No final,havia policiais insinuando que nào forapago nenhum resgate, mas a família con-firmava que os dólares foram pagos, pes-soalmente, pelo irmão do seqüestrado,deputado Rubem Medina, e pela mulherdc Roberto, Maria Alice.

Outro erro da polícia foi nào ter utili-zado nas investigações uma agenda deMaurinho Branco, que tinha caído nasmãos de detetives de forma misteriosa.No dia 20, quando um policial tentoupartir para os endereços da agenda, embusca de pistas, recebeu uma contra-or-deni: "esperar até as 22h de quinta-feira,dia 21" (justamente a noite cm que Me-dina foi libertado. Nào houve explica-

çnpc tnhrp essa contra-ordem, mas apa-rentemente foi porque já estava sendoarticulado o acordo entre a. polícia eMaurinho Branco, para a entrega de Me-dina em troca da libertação dos parentesdo criminoso.

Os investigadores tampouco se preo-,cuparam em montar um esquema de vi-gilância nos endereços conhecidos deMaurinho Branco: uma fazenda em Rio;Claro, no sul do Estado, um apartamen-to na Rua 18 de Outubro, na Tijuca euma cobertura na Rua Teodoro da Silva,em Vila Isabel.

Governador acompanhaIodas as investigaçõesO diretor da Divisão de Repressão a

Entorpecentes, delegado Elson Campeio,afirmou ontem que a forma como proce-,deu para fazer com que Roberto Medinafosse libertado pelo bandido MaurinhoBranco, foi previamente comunicada aoGovernador do Estado, Moreira Franco,;e ao Secretário de Polícia Civil, delegado.Heraldo Gomes. "Agora, quando enviar,o inquérito para a Justiça, relatarei aojuiz como os fatos aconteceram", disse.

Campeio não quis dar explicações so-bre um provável esquema que poderia ter ,armado para grampear o telefone do ad-vogado Nélio Soares e segui-lo até olocal onde ele teria um encontro comMaurinho Branco e, assim, prender obandido e resgatar Medina. Ele preferiudizer que grampear telefone é crime pre-visto em lei, é uma violação do sistemade comunicações. "Nada do que aconte-ceu foi premeditado. Quando a coisa co-meçou, narrei tudo a Moreira Franco e aHeraldo Gomes, que a endossaram", re-velou.

Depois de revelar que tinha informa-ções de que a mãe de Maurinho estava sebeneficiando com dinheiro de origem cri-minosa e que o filho estava comprandoimóveis e colocando no nome dela, aprendeu e pediu a juiza Sueli Magalhães,da 22" Vara Criminal, para decretar asua prisão temporária. "Ela ficou com agente c nos levou as casas e sítio quepertenciam a Maurinho, disse o delega-do.

JORNAL DO BRASIL Cidade 2" Edição ? domingo, 24/6/90 ? Io caderno ? 9

Seqüestradores de Medina continuam soltos

Já se passaram mais de 48 horas dalibertação do publicitário Roberto Medi-na, 41 anos, e a polícia do Rio de Janeiroainda não conseguiu capturar o seqües-trador Mauro Luís Gonçalves de Olivei-ra, o Maurinho Branco, nem localizar acasa utilizada para manter o empresárioem cativeiro durante 15 dias. Cerca de100 homens das divisões de Entorpeccn-tes, Roubos e Furtos, Polinter, Furtos deAutomóveis e Anti-Seqüestro continuamempenhados na prisão dos seqüestrado-res. Durante todo o dia de ontem, carrosda Polícia Civil foram vistos cruzando acidade a procura de Maurinho Branco,que teria em seu poder uma mala comUSS 2,5 milhões de dólares (ainda nãofoi revelado o valor real do resgate).

Esse dinheiro, de acordo com infor-mações colhidas pela polícia, é para serrateado entre os integrantes da quadrilhade seqüestradores. Dois deles não parti-ciparão da partilha por já estarem pre-sos. São o professor de educação físicaNazareno Tavares Barbosa e José Cor-nélio Rodrigues Ferreira, o Pr cá. Umaboa parte do dinheiro também deverá serenviada para os integrantes do ComandoVermelho nos presídios, como vem acon-tecendo desde que aumentou o número

de seqüestras na cidade. A policia estáinvestigando como esse dinheiro entranas penitenciárias e chega até os presos.

Apesar de estar mais empenhada naprisão de Maurinho Branco, a políciatambém procura os demais integrantesda quadrilha, todos com prisão preventi-va decretada pela juíza Sueli Lopes Ma-galhães, da 22* Vara Criminal. Os poli-ciais estão realizando investidas cmvárias favelas da cidade, onde os 11 se-qüestradores que ainda estão em liberda-de têm acesso. Maurinho Branco, porexemplo, é freqüentador assíduo dosmorros do Borel e Pavão/Pavãozinho,além de permanecer durante longo tem-po nos morros da Mineira, no Catumbí,e Coroa, em Santa Teresa, onde se es-conde na casa do traficante Bruxo.

A juíza Suely Magalhães decretou aprisão preventiva dos traficantes RobsonRoque da Cunha, o Robson Caveirinha,que atua no Pavão /Pavãozinho, em Ipa-nema; Jorge Luiz Fernandes, o Azeitonaou Manteiga, do Morro da Mineira; eJorge Meireles, o Ivan Nobreza, que ge-rencia os pontos do traficante Nai. Foino Pavão/Pavãozinho, reduto do trafi-cante Tomzé, que Nazareno e MaurinhoBranco tramaram o seqüestro de Robcr-to Medina, segundo a polícia.

João Cerqueira

Um esconderijo em BotafogoPoliciais do Departamento Geral de

Investigações Criminais (DGIC) pren-deram ontem Francisco Siqueira Cam-pos, de 43 anos. que afirmou ser irmãodo governador de Tocantins, José Wil-son Siqueira Campos. Ele fora aponta-do pelo seqüestrador Mauro Luís Gon-çalves de Oliveira, o Maurinho Brancopor ter cedido seu apartamento, em Bo-tafogo, para reuniões da quadrilha queseqüestrou Roberto Medina. Franciscoconfessou aos policiais ser viciado emcocaína e que Maurinho Branco e quemlhe fornece a droga.

Segundo a policia. Francisco disseque Maurinho Branco só se reuniu alitrês vezes e que não sabe o que eratratado porque não participava delas.Só soube que tramavam um seqüestroquando a notícia foi publicada fazendoreferência ao nome de Maurinlw. Éamigo do pai do seqüestrador, que co-nhece como Edinlio Protético e queestá preso. Francisco Siqueira Campostambém participou da festa no Morrodo Pavãozinho, onde o professor deeducação física Nazareno Tavares Bar-bosa acertou com Maurinlw o seqües-tro de Roberto Medina.

Francisco disse que foi à festa por-que é músico. Toca saxofone.. Mas,acabou se complicando quando lem-braram que saxofone não usado em

pagodes. Francisco está desemprega-do. Os policiais também encontraramem seu poder uma carteira profissio-nal, na qual aparece com a função deassistente administrativo do Institutode Pesquisas, Estudos e Assesoria doCongresso Nacional.

Segundo o delegado Luís Mariano,a polícia já tinha informações de que oirmão de um politico, viciado em co-caína, era visitado por Maurinho, numapartamento em Botafogo. A políciachegou a Francisco através de JoãoJoaquim da Silva, 49 anos, freqüenta-dor do edifício "Balança mais nãocai", na Rua de Santana. Na investi-gação João Joaquim aparecia como"pombo correio" de Maurinho Branco.Detido, João disse que conhece Mauri-nlio por que é mecânico e eletricista deautomóveis e já fez reparos em carrosdele, de quem se tornou amigo.

Foi João quem fez referência aFrancisco e levou os policiais até o seuapartamento, onde também esteve di-versas vezes e até chegou a pernoitar.Os dois homens, segundo o delegado,seriam interrogados outra vez ontem átarde quando seriam feitas algumasacareações. Francisco reconheceu Na-zareno da festa no Pavãozinho. Maria-no acreditava que ambos tinham ou-tras informações a dar.

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Francisco Siqueira Campos, com as mãos no rosto, disse que é viciado

A operação que não houve

Apartamentos interditadosNa mesma operação o delegado

Luís Mariano, diretor do Departamen-to Geral de Investigações Criminais(DGIC) e da Divisão de Repressão aCrimes Contra o Patrimônio (DRCCP)também interditou, ontem, os doisapartamentos de cobertura que, segun-do Esmeralda Domingos de Oliveira, 49anos, pertencem a seu filho MauroLuis Gonçalves de Oliveira, o Mauri-nho Branco. Os imóveis, no entanto,estão em nome de Fernando César deSouza C-foram comprados por procura-ção, pelo advogado Valdilson Bezerrada Silva, que tem registro n° 23.821 naOAB-RJ. Na' procuração, os dois sãoidentificados como advogados, com es-

critório na Rua da Assembléia n° 34,sa-Ia 702, no Centro da cidade.

Os apartamentos, segundo o delega-do, foram comprados à vista no dia 21de novembro do ano passado, com di-nheiro obtido através de seqüestros.Um deles, um duplex na cobertura doedifício Henrique Franco (Rua 18 deOutubro n° 429, na Tijuca, Zona Nor-te), foi adquirido por US$ 70 mil e ooutro, no edifício Assumpção (RuaTeodoro da Silva n° 551, bloco B, emVila Isabel, Zona Norte), por NCz$ 480mil. O primeiro, conforme os morado-res. está avaliado em cerca de Cr$ 10milhões e, embora esteja em obras,chegou a ser usado por Maurinho Bran-co, que residia no imóvel de Vila Isabel.

Um policial com experiência cm opera-ções especiais disse ontem que estranhoumuito o comportamento dos delegados queinvestigam o caso Medina, especialmentedurante o desfecho, quando "deixaram cs-capar uma ótima oportunidade de prenderos seqüestradores". Este profissional, queconcordou em analisar o trabalho dos cole-gas sob a condição de não ter o seu nomerevelado, disse que qualquer manual reco-menda a vigilância no local da entrega dasvítimas para que os seqüestradores possamser seguidos posteriormente. Ele acha quetal procedimento deveria ter sido adotado,na noite de quinta-feira passada, na esquinada Avenida Paulo de Frontin com a RuaJoaquim Palhares, no Rio Comprido,quando o publicitário Roberto Medina foilibertado.

O policial também comentou que nãoconhece nenhum caso de seqüestro no Bra-sil que tenha terminado de forma tão estra-nha. A policia carioca não só fez acordocom os seqüestradores como sabia a horaque o refém seria entregue a dois advogadose vários jornalistas.E, o mais curioso: nào seinteressou nem mesmo em saber o localonde ocorreria a entrega do empresário. Aprimeira falha da polícia, segundo este ana-lista, foi "não ter mantido sob vigilância osdoisadvogados que intermediaram a nego-ciação com Maurinho Branco".

O policial recorda que nestes casos ex-tremos, a interccptaçâo telefônica faz parteda rotina dos investigadores c, portanto,deveria ter sido usada desde o início dasnegociações com Maurinlw. Um aparelhosimples que a polícia dispõe fornece cmsegundos o número do telefone que estásendo usado do outro lado da linha e,através de computador, é possível saberrapidamente o endereço."Então era só fazer a escuta do telefonedos advogados ou da própria Secretaria dePolicia Civil, para onde Maurinho estavaligando. Sc não fosse possível saber logo oendereço de onde o bandido estava ligando,pelo menos se saberia em que bairro eleestava. Se o telefone do advogado estivessegrampeado, se saberia o local exato ondeMedina ia ser solto. Com isso, era fácil

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1) Os advogados aguardam a chegadade Medina e Maurinho Branco.2) Medina e Maurinho se aproximam.3) Policiais, no sistema do relógio, ob-servam.4) O comandante da operação fica naestação do metr, próxima ao local5) Com Medina já em segurança. Mauri•nho è preso.

cercar a área, mesmo que fosse para agir sódepois dc garantir que o Medina já estava ásalvo", disse o policial.Ainda que não fosse possível a intcrccp-

tação telefônica, o especialista assegura queo resgate dc Medina e a prisão de MaurinhoBranco não seriam difíceis. "Era só seguiros advogados e os jornalistas, sem que nemeles nem os bandidos perccbecem. Assim, apolícia chegaria ao local em que o publicitá-rio foi liberado. Esse acompanhamento nãoseria difícil, pois o escritório do advogadoNélio, de onde o grupo saiu, fica no Centro,numa rua de muito movimento, o que faci-litaria a ação dc 10 policiais se revezando navigilância, sem serem notados", disse o po-licial.

Chegando ao local — a esquina da Ave-nida Paulo de Frontin com Rua JoaquimPalhares — o especialista disse que adotariao "sistema do relógio": uns 20 homens emulheres disfarçados, circulando pela área,em duplas, a pé, dc carro, ou moto, quepassariam por rádio o relato dc suas obscr-vações a um chefe da operação baseado emum local próximo, como, por exemplo, aestação Estácio do Metrô — onde se impro-visaria a base local da operação. O cercopassaria ã sèr ostensivo a partir do momen-to cm que Medina fosse deixado c Mauri-nho Branco estivesse se dirigindo, comoaconteceu, cm direção á Zona Sul, pelaAvenida Paulo de Frontin. A essa altura,toda região estaria cercada.

Empresário conta o cativeiro de 15 diasAdriana Lorete

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se recuperar

dos traumas

t < ada dia parecia um ano. Pa-ra sobreviver, eu esperava

ser libertado todos os dias". Da janeladc sua casa, na Barra da Tijuca, oempresário Roberto Medina, cmocio-nado, conversou ontem pela manhã,durante 20 minutos, com jornalistas."Ainda não consigo dormir bem. Estoutomando algumas vitaminas. Fiqueimuito tempo sem comer. Estive 15 noi-tes sem dormir. O lugar onde fiquei eramuito frio. Não tinha nenhum agasa-lho. Tremendo dc frio, pedia que mpdessem uma camisa mas não davam. Anoite, era impossível dormir. Foi umdrama", contou Medina, visivelmenteabatido.

Abraçado todo o tempo com a filhaRoberta, de 12 anos, Roberto Medinanão quis responder perguntas sobreatuação da polícia c as negociações parasua libertação e o resgate. "O noticiárioainda está muito confuso, tenho deamarrar as idéias. Por isso pedi paraque a entrevista fosse segunda", disseele, referindo-se à coletiva marcada pa-ra amanhã pela agência Artplan, queexigiu dos jornais as perguntas, porescrito, apresentadas com três dias deantecedência. Apesar disso, Medinaatendeu, ontem, um pedido que a im-prensa enviara através dc um emprega-do da casa, para que ele aparecesse cdesse apenas um "bom dia" aos repór-teres.

O publicitário foi examinado pordois amigos, os médicos Júlio CésarFigueiredo e Jan Guilherme de Aguiar."Estou melhorando. Sob o ponto devista físico, não sofri nenhuma violên-cia. Mas do ponto de vista psicológicosim,, pois ,cra ameaçado de morte todotempo. A noite, a cada meia hora,abriam a porta com a metralhadora"."O maior momento de tensão foi oda publicação da revista Veja. Foiquando senti mais ameaça em relação â

minha vida. Os seqüestradores se senti-ram violentados" pui d uirprensâ tíhu icicumprido o combinado", disse cie. ParaMcdin aquele momento de tensão foipior até do que o da prisão da mãe doseqüestrador Maurinlw Branco. "Nãosoube ao certo o momento da prisão damãe do seqüestrador. Eu ficava sozinhono chão dc um quarto apenas com umcolchonetc. Via pouco e ouvia muito.Havia som de muita gente e o latido dcum cão", contou.

Experiência — Depois de teragradecido á imprensa e a sua família agarantia de estar vivo hoje, Medinadisse que os 15 dias de cativeiro foram"uma profunda lição de vida". Na ten-tativa de se controlar emocionalmcntedurante os 15 dias, o empresário contouque tentava "racionalizar as coisas".Emocionado, observou que se sur-preendeu com "a força" conseguida nosmomentos dc tensão. "Espero

que essaexperiência sirva para que haja umaaçao mais concreta. Isso tudo traz umfundo social e mostra o estado em que onosso país se encontra. Creio que seráresolvido quando empresários, impren-sa, perceberem que estamos vivendouma crise de proporções alarmantes ereestruturarem o lugar onde a genteestá. Tenho hoje um sentimento pro-fundo de injustiça", afirmou.

Medina chamou os seqüestradoresde "desumanos, que seqüestram e ma-tam. São bandidos", mas insistiu noproblema social que leva à criminalida-de. "Vejo que isso é resultado da poucaoportunidade dada às pessoas . Eleconfessou que não entendeu o significa-do do gaviao que foi dado como pre-sente pelos seqüestradores."Achei estranho, mas vou ficar comele. Um dos seqüestradores me colocouo gavião no braço, que começou a meatacar. Eu disse que não queria o bicho,que estava me atacando, mas eles insis-tiram que eu o levasse como presente, ocolocaram cm um saco, mas depois mederam a gaiola. Muito estranho que,com a frieza que tiveram ao me liberta-rem, continuassem exigindo que eu fi-casse com o gavião", disse Medina.

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Durante a entrevista, Medina esteve ao lado da filha Roberta, de 12 anos

Valor do resgate gera dúvidasAté a noite de ontem, persistia a

dúvida quanto ao valor do resgate pa-go por Roberto Medina. Sabe-se que,em 7 de junho, dia seguinte ao seqües-tro, os criminosos exigiram USS 5 mi-lhões (cerca de Cr$ 450 milhões, aocâmbio paralelo). No dia 17, em umacarta deixada na Igreja de São José, naLagoa, os seqüestradores reduziram opedido para USS 2,5 milhões. Trêsdias depois, o deputado Rubem Medi-na levou o dinheiro ao local combina-do para a entrega, no Aterro do Fia-mengo. O Banco Central, porém,autorizou a venda de USS 3,5 milhões,ao câmbio comercial (a cotação deontem era de Cr$ 57,64).

Na segunda-feira, o presidente do

Banco Central, Ibrahim Eris, partici-pava de uma reunião decisiva, tentan-do um acordo entre governo, empre-sários e trabalhadores sobre políticasalarial, quando pediu licença para seausentar, por volta das 19h. A reu-nião, que já durava cinco horas, aindaestava pela metade. O motivo que reti-rou Eris da mesa de negociação foi oseqüestro do empresário Roberto Me-dina.

Ele foi cuidar pessoalmente deuma segunda autorização para que afamília Medina pudesse comprar aocâmbio comercial — quase a metadeda cotação no mercado paralelo —mais USS 2 milhões para pagar o res-

gate exigido pelos seqüestradores. OBanco Central já tinha autorizado, nodia 13, a liberação de USS 1,5 milhãopara o mesmo fim. No total, portanto,a família teve autorizações para ad-quirir USS 3,5 milhões através do Ci-tibank.

O presidente Fernando Collor foiconsultado sobre a autorização espe-ciai e aprovou-a. Durante todo o tem-po que durou o seqüestro, Collormanteve-se discretamente á distânciada família Medina, apesar da amizadeque os une. O presidente temia que seuenvolvimento ostensivo no episódiopudesse multiplicar o valor do resgateexigido pelos seqüestradores.

Deficiências

são notóriasO seqüestro do publicitário Roberto

Medina acabou comprovando que a po-lícia carioca não está preparada paradar combate a este tipo de crime. Umaanálise das investigações realizadas atéagora revela despreparo e uma série deerros. As falhas começaram com a preci-pitada prisão do professor de educaçãofísica Nazareno Tavares Barbosa. Comoo professor tinha sido apontado por ou-tro comparsa, José Cornélio RodriguesFerreira, o Preà, como um dos planeja-dores do seqüestro, a atitude mais ele-mentar de qualquer investigador deveriaser mantê-lo sobre estrita vigilância, paraconseguir chegar aos demais integrantesde quadrilha e ao paradeiro de Medina.

Os delegados envolvidos na operaçãopreferiram, no entanto, o caminho maisfácil: prender Nazareno, que não estavasequer escondido, mas em seu endereçoconhecido, uma casa modesta em Benfi-ca. Os interrogatórios de Nazareno nãolevaram a nada, pois Mauro Luís Gon-çalves de Oliveira, o Maurinlw Branco,decidira sozinho o local do cativeiro deMedina. Mas a polícia descobriu queNazareno teria um encontro com Mauri-nho Branco no dia em que foi preso. Ospoliciais também não foram capazes deaproveitar a oportunidade de armar umacilada para prender Maurinlw ou qual-quer outro comparsa que se apresentasseno ponto.

Finalmente, a polícia não quis ar-mar nenhum tipo de vigilância dos pas-sos dos advogados Nélio Soares de An-drade e José Mandarino Guedes, mesmosabendo que Maurinho tinha feito umacordo pelo qual entregaria Medina aosdois na noite de quinta-feira. O delegadoElson Campeio, um dos responsáveis pe-Ias investigações do caso, preferiu ficarno seu gabinete, esperando telefonemados advogados, que lhe tinham prometi-do comunicar a libertação do refém.

Outro evidente erro que não escapaâ mais superficial análise foi a entregado caso a cinco delegados, justamentealguns dos personagens mais vaidososda polícia do Rio. Em lugar de atua-rem em conjunto, eles preferiram saircada um por seu lado, sem a suficientetroca de informações necessária paraum verdadeiro trabalho de equipe. ODiretor da Divisão Anti-Seqüestro, Ju-remy Batista, um dos cinco delegados,não fazia mistério de sua irritação com afalta de coordenação das investigações.Os repórteres puderam ouvir várias vezesJuremy reclanar que estava "sendo boi-cotado" por seus colegas.

Mais erros: A prisão dos parentesdo criminoso que guardava Medina teveo evidente propósito de pressioná-lo pa-ra acabar com o seqüestro, o que podeser apontado como um erro, do pontode vista ético ou jurídico. Com o fatoconsumado e a reação do bandido, queentrou em contato com a polícia, atra-vês de advogados, os delegados conse-guiram fechar um acordo com Mauri-nho Branco, que se dispunha a entregarMedina mesmo sem o pagamento de res-gate, pois considerava que a polícia tinhatomado seus parentes como reféns. Essasnegociações paralelas não impediram,contudo, o pagamento do resgate. Nofinal, havia policiais insinuando que nãofora pago nenhum resgate, mas a famíliaconfirmava que os dólares foram pagos,pessoalmente, pelo irmão do seqüestra-do, deputado Rubem Medina, e pela mu-Iher de Roberto, Maria Alice.

Outro erro da polícia foi não ter uti-lizado nas investigações uma agendade Maurinho Branco, que tinha caídonas mãos de detetives de forma miste-riosa. No dia 20, quando um policialtentou partir para os endereços da agen-da, em busca de pistas, recebeu umacontra-ordem: "esperar até as 22h dequinta-feira, dia 21" (justamente a noiteem que Medina foi libertado. Nào houveexplicações sobre essa contra-ordem,mas aparentemente foi porque já estavasendo articulado o acordo entre a políciae Maurinlw Branco, para a entrega deMedina em troca da libertação dos pa-rentes do criminoso.

Os investigadores tampouco se preo-cuparam em montar um esquema devigilância nos endereços conhecidos deMaurinho Branco: uma fazenda em RioClaro, no sul do Estado, um apar-tamento na Rua 18 de Outubro, na Ti-juca e uma cobertura na Rua Teodoroda Silva, em Vila Isabel. O Diretor daDivisão de Repressão a Crimes Contrao Patrimônio, delegado Luís Mariano,preferiu invadir logo esses três locais,onde nada encontrou.

Moreira acompanhatodas as operaçõesO diretor da Divisão de Repressão a

Entorpecentes, delegado Elson Campeio,afirmou ontem que a forma como proce-deu para fazer com que Roberto Medinafosse libertado pelo bandido MaurinhoBranco, foi previamente comunicada aoGovernador do Estado, Moreira Franco,e ao Secretário de Polícia Civil, delegadoHeraldo Gomes. "Agora, quando enviaro inquérito para a Justiça, relatarei aojuiz como os fatos aconteceram", disse.

Campeio não quis dar explicações so-bre um provável esquema que poderia terarmado para grampear o telefone do ad-vogado Nélio Soares e segui-lo até olocal onde ele teria um encontro comMaurinho Branco e, assim, prender obandido e resgatar Medina. Ele preferiudizer que grampear telefone é crime pre-visto em lei, é uma violação do sistemade comunicações. "Nada do que aconte-ceu foi premeditado. Quando a coisa co-meçou, narrei tudo a Moreira Franco e aHeraldo Gomes, que a endossaram", re-velou.

Depois de revelar que tinha informa-ções de que a mãe de Maurinho estava sebeneficiando com dinheiro de origem cri-minosa e que o filho estava comprandoimóveis e colocando no nome dela, aprendeu e pediu a juíza Sueli Magalhães,da 22* Vara Criminal, para decretar asua prisão temporária.

110 ? r caderno ? domingo, 24/6/90

JORNAL DO BRASILnm 181)1I

M. I-'. DO NASC IMENTO BRITO Diretor PreuJente

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Capitão de Assaltos

Sc Jorçc Amado fosse mais jovem, e se não

fosse incuravclmcntc lírico, talvez pudesse seriontratado para transformar cm romance a histó-ria do garoto de 15 anos que c chcfc de umaquadrilha dc garotos no Rio dc Janeiro.

Mas a história dc R.F.G., que c conhecidocomo Baldaracci, nada tem dc lírica: pede muitomais um Truman Capote do que o velho mago(tos Capitães de Areia. "Ele não é o maior assai-iante de bancos do Rio", diz o experiente delega-tio Hélio Vigio, "mas sem dúvida e o líder dc umadas maiores quadrilhas que atuam na cidade". Éimia quadrilha dc garotos, que atua com a maiordesenvoltura — como conta a reportagem docaderno Cidade — c que não cuida dc arrancarrelógios cm sinais dc trânsito: assalta bancos. Aoque se apurou, são todos oriundos do Morro daProvidencia, na Saúde, onde Baldaracci nasceu csc criou. Preso, o pequeno

"capitão dc assaltos"Vai ser encaminhado à Delegacia dc Segurança cProteção do Menor, onde já esteve outras vezes.

A história foge um pouco aos estereótipos.Baldaracci não c um "menor abandonado" quedesaguasse no crime por falta dc qualquer refe-rcncial familiar ou afetivo. Tem pai c mãe, csuficiente sentimento filial para comprar, com odinheiro dos roubos (segundo informou a poli-pia), uma casa que deu de presente à mãe. Nessacasa dc Sepctiba cie foi localizado, cm companhiade diversos parentes: a irmã, o cunhado, o pa-drasto que também ficou detido na Delegacia dcRoubos c Furtos, pois já respondeu a inquéritopor furto c passou dois anos na prisão.

Baldaracci estudou até a quinta série, na escolaLicínio Cardoso (Praça Mauá), c abandonou osestudos para entrar no crimc. Começou usandodrogas com freqüência, misturou-sc a traficantes cassaltantes do morro da Providência c virou bandi-do.

O problema do menor abandonado é sufi-cientemente sério para que o governo Collor

queira fazer dele a sua segunda prioridade, logodepois do combate à inflação. Melhorando essequadro, Baldaracci certamente teria mais difieul-dade cm recrutar o seu bando dc assaltantes.

Mas problemas específicos não devem ser ati-rados negligentemente no bojo dc um megapro-blcma. £ o Rio tem problemas específicos, queprecisam ser enfrentados cm nível local c regio-nal. Meninos como Baldaracci, por exemplo,vccm prospcrar.à sua volta um verdadeiro paraí-so do crimc, que a polícia não coíbe.

Nas favelas, mora muita gente honesta, queestá ali por falta dc opção. Mas as forças dcsegurança, no Rio, estão permitindo que as fave-Ias sc transformem cm santuários #dos grandesbandos c organizações criminosas. E fácil imagi-nar a admiração cjuc um menino dc morro podesentir por esses cxcrcitos particulares, manejandoarsenal respeitável c exibindo a afluência cconô-mica que decorre de uma indústria rendosa. Ncs-sc mundo violento e cheio de ostentação, o cami-nho do estudo pode parecer excessivamenteenfadonho (sobretudo levando-se cm conta o ní-vel atual do nosso ensino público). A isca dasdrogas ajuda a pavimentar o terreno: c tudo sctransforma numa grande escola do crimc a esti-mular as mais arrojadas imaginações romanescas.E sc quadrilhas de menores já sc saem tão bemassaltando bancos, o que faria essa cultura damarginalidade recuar para os subterrâneos doedifício social?

É essa arrogância plctórica do crimc que teriadc ser combatida c destruída quanto antes, sc asociedade pretende manter um mínimo dc cquilí-brio (atualmente tão precário). Mas essa campanhanão será bem sucedida sc algumas favelas continua-rem a funcionar como fortalezas ao estilo medieval— mundos fechados cm si mesmos, com as suaspróprias leis c seus senhores onipotentes c violcn-tos.

Sindicalismo Obsoleto

Ci rda dia fica mais claro por que a CUT recusou

' o entendimento nacional entre governo, cm-presários c trabalhadores: pelo temor dc suas pró-prias fraquezas num regime dc livre negociaçãoentre empresas e empregados — a qual poderialevar à efetiva distribuição da renda nacional aostrabalhadores, através da participação no lucro dasempresas.

A livre negociação deixa cm segundo plano, naprática, toda a articulação do sindicato único, cujatorça política sc sustenta com a contribuição obri-gatória do imposto sindical. Sentindo o risco dalivre negociação, que é portadora do pluralismosindical, as alas radicais da CUT demonstraramque, para elas, mais importante do que o Brasil émanter o poder sindical sob o seu controle exelusi-vo.

Durante muito tempo, o Partido ComunistaBrasileiro adotou postura semelhante. Não im-

portava sob que circunstâncias ou alianças: oimportante era conquistar cargos na administra-ção pública para os quadros do partido. Os novosventos que sacudiram o mundo comunista acaba-ram, porém, arejando o PCB. A CUT, no entan-to, continua no passado.

O imposto sindical é herança do fascismo.Foi criado no Brasil por inspiração direta daCarta dei Lavoro, dc Mussolini. À sombra doimposto obrigatório para manter as entidadesempresariais e sindicais sob as asas do Estado,vicejou o viciado ncleguismo sindical. Do ladoempresarial prosperou o corporativismo dc cscu-sas relações com o Estado. Por tudo o que simula

cm termos dc avanço sindical, a CUT deveriaexaminar as suas contradições.

Será o jogo democrático compatível com aarrogância c a prepotência da CUT'.1 A diferençaentre ela c as demais tendências sindicais fala porsi. Mais do que isso falam os péssimos resultadosdo desgastado processo dc reajuste salarial combase na indexação automática pela inflação pas-sada, ao qual tanto sc apega a CUT.

Desde 1974, o Brasil teve 14 políticas sala-riais: mas com nenhuma delas aumentou a fatiados salários na renda nacional. Desde 1979,quando começaram os reajustes semestrais, quepassaram a mensais cm 1987, a fatia dos salárioscaiu á metade, limitando-sc hoje a 34% do PIB.Só a CUT não vê (ou . finge não ver) que amelhoria da distribuição dc renda no pais precisapassar por novas formas dc negociação, comoprovaram as conquistas do chamado sindicalismode resultados. A CUT prefere ganhar o comandode poderosos sindicatos (enquanto engordadoscom a contribuição obrigatória) para servir deplataforma a vôos políticos radicais. Insiste natecla da luta dc classes, não se importando que asbases continuem a sofrer sucessivas perdas reaisdc salários.

Os brasileiros estão vendo para que serve acontribuição sindical quando assistem pela telcvi-são, ouvem no rádio ou lêem nos jornais caríssi-mos comunicados dos comandos de funcionáriospúblicos c empregados das estatais que resistemao indispensável saneamento do Estado, ou daslideranças que recusam a via democrática danegociação direta entre empresas c empregados.Para um radicalismo inútil c obsoleto.

Vícios Públicos

O prefeito piauiense que vendeu dois anos dc seumandato ao vice-prcfcito (assinou no ato uma

nota promissória), c depois voltou atrás, rccusan-do-sc a entregar o cargo, cometeu de uma sóçajadada todos os grandes vícios da vida públicabrasileira. No prefeito dc uma pequena cidade dcquatro mil habitantes sc projetam erros, ignorância,impropriedades e falta dc compreensão do que é ares publica característicos de cem anos dc vidarepublicana.

O prefeito não só usa escandalosamente aprefeitura para dar cobertura aos seus interessespessoais, loteando-a, negociando-a, mas não temum pinço dc vergonha dc fazer do cargo umtrampolim para os interesses dos amigos e corrcli-gionarios. A briga dos dois, do prefeito que ven-deu o cargo c do vice-prcfeito que o comprou,mas não levou, seria digna das escaramuças inte-rioranas que fizeram as delícias dos leitores dasaventuras de Dom Camilo e Pepnone nos anos50, sc não contivesse uma pesada ciosc de faita dcmoralidade e idealismo que caracteriza a maioriadas pessoas que atualmente ocupam os cargospúblicos.

No Brasil, o político c o empresário têm sedede transformar aquilo que pertence ao Estado,portanto a toda a população, num bem pessoal.O político chega à arca do tesouro entre outrosmeios através da distribuição dc cargos aos pa-rentes e aos correligionários; o empresário, quealmeja a maior quantidade dc lucros com ummínimo dc risco, corre aos subsídios como sc elesfossem um maná lançado irresponsavelmente aos

*tventos. E assim todos praticam a rapinagem daadministração encarada como presente caído doscéus.

No caso do prefeito piauiense, quando jámais nada havia a rapinar na prefeitura, lem-brou-sc dc vender o cargo, que, por sinal, nãoentregou, pois a última coisa que o homem públi-co brasileiro honra é a própria palavra. Assim aHistória do Brasil, que começou com a distribui-ção dc sesmarias c capitanias, continua hoje, nomesmo diapasão, com a distribuição e venda dccargos, como se a sociedade não estivesse cansadadc práticas desonestas nos porões c nos sótãos.

A crisc ctica do nosso tempo, no Brasil, sctraduz melhor na política. Pois aquilo que ospolíticos fizeram, na sua trajetória em busca dopoder, é difícil dc desfazer pelos próprios políti-cos. Tudo, portanto, está sob suspeita. Descon-fia-sc dos homens públicos, da direita e da cs-querda, dos desonestos c dos honestos, porquetodos eles, nas diversas oportunidades históricas,mostraram-se incapazes dc atender aos reclamosda sociedade.

Hoje nenhum partido está preparado para cn-tender o Brasil, da mesma forma que o Brasil scencontra sem condições dc entender os partidos quepedem votos aos eleitores para sc alçar ao poder.Num momento cm que ate os cargos eletivos sãoobjetos dc compra c venda, é fácil visualizar odesencontro fatal entre o regime político c a socic-dade civil. De que outra maneira entender a falta dcespírito público do homem público brasileiro?

Cartas

Burocracia do I l\Si ) Tenho "M anos. padeço tio

Mui ile ParKinsun c venho sofrendo oarbítrio da burocracia do INI'S. C011-tribui durante 30 anos sobre o salário eminha aposentadoria loi rdu/ida a2.85 salários mínimos (beneficio n"

I 11 IM)(r-l) Para ingressar na Justiçade\o apresentar a declararão de Ren-da Mensal Vitalícia, o que venho ten-tando obter ha mais de um ano .Iaesti\e 110 posto da Rua RaimundoC orrêa, no da Marquês de Mirantes.110 da Graça Aranha. 110 arquivo delienfica e ate 110 arqui\o geral de Cor-(IomI. que está fechado o que osburocratas fingem ignorar, cncaminhando pensionistas para lá.

Apelo para que a direção do IM'Sme informe o local evito onde podereiconseguir ;i declaração do RMI. 1 1 erecorro a esse jornal, cm faic do me-gavel interesse social da questão, quenão e so minha, mas de milhares deaposentados deste município 1 1 Kl-Icn Lillv Renato Sicvcrs — Rio de .la-neirn.Sem retorno

Pm qualquer pais civilizado o utladào paga imposto para que o I stado garanta sua saúde e dos familiares.1 educação dos seus filhos, a segura 11-ça e outras necessidades basicas NoBrasil Nono. antes do cidadão receber,a Secretaria da Receita Federal ja seantecipou nu cobrança do Imposto deRenda, subtraindo dos seus Nencimcn-tos 25".. Mas o governo, totalmenteausente e inoperante, não retribui oimposto em forma de serviço publicoPor causa tia ausência, inoperància.incapacidade (...) e incompetência dosgovernantes, o cidadão paga o impôs-10. que não lhe reverte nada. mesmoque a Constituição diga o contrário, cdepois paga a escola, o medico e asegurança particulares Bruna l/idroGusmão — Niterói (RJ).Imposto de Renda

O governo poderia aproveitar oembalo e desregulamentar as contradi-çòes tio Imposto de Renda Exemplorecebo pensão alimentícia e lenho maisde 65 anos. mas não tenho direitoao abatimento pela idade porque apensão não e paga pelo lapas ou pelast orças Armadas O dinheiro não e omesmo'1 A idade não ê a mesma'' Porque a discriminação'1 Martha Queiroz:de Abrand — Rio de Janeiro.Iferj

Não me parece correto, na laseeconômica em que estamos vivendo,com irrisórios aumentos de salarto econtenção dc preços. ( ) que o gover-110 do Estado do Rio de Janeiro realizeuma correção de cerca de 56,2"o naUfcrj de junto Este imposto ja haviasofrido um grande reajuste mesmoapós o congelamento de preços. 110inicio do novo governo, com a "justificaliNa" de que o aumento tinha sidoaprovado antes do plano econômicoli agora'' ( l Flúvja Moita — Rio dcJaneiro. --j

Gostaria de saber que critério ado-ta o confuso governo fluminense parafixar o Nalor da 1'ferj que, nestemês, sofreu um inexplicável aumentode 56,2°», elevando-o a CrS 2 085Isso. além do assalto ao bolso do con-tribuintc, provocou absurdas distor-çòes nos licenciamentos dc aulomó-veis, porquanto o IPVA é calculadocom base na TIerj ( )

Um Fiat Uno S, novo. a gasolina,( ) custa CrS 526 479.86, eiscu IPVA,com aplicação da alíquota de 3"n so-bre o valor citado, será de CrS

1 5 7t>4.30 Entretanto, este mesmomodelo, ano 89, usado, pagara umIPVA equivalente a 12.6 Ufcrj (CrS26 271), 66.33% mais caro que o mo-delo zero quilômetro ( ) Somente osveículos fabricados de 1985 para traspagarão um IPVA inferior aos mode-los produzidos em 1990

Caso o contribuinte ainda mereçaalgum apreço ( ), compete a Secreta-ria estadual de Fazenda corrigir deimediato estas distorções. Carlos G. dcFaria — Niterói (RJ).Reforma administrativa

Sobre a reforma administrativa dogoverno Collor seria útil que o gover-110 desse o exemplo de cumpridor dalei e da Constituição. Entretanto o quesc vê é o terrorismo, com seleção arbi-trária dc funcionários colocados sobpressão para "aposentar-se" sobameaça de disponibilidade ou detransferência para regiões longínquas.A disponibilidade e a transferêncianão podem ser usadas para tal fim semabuso do regime jurídico A disponibi-lidade só tem lugar juridicamente na

extinção legal tle 11111 cargo (.. ) Pre-tendem coagir os de maior tempo deserviço a aposentar-se para darem afictícia aparência de terem baixado osgastos públicos. Ora. a Constituiçãoassegura aos servidores a irredulibtli-dade de proventos e a lei 1711 52 asse-gura "provento igual" entre disponi-ne 1 s e os de eletivo exercício Oscritérios usados ou pretendidos sãopois semelhantes aos da ditadura Var-gas. cujo decreto nesse sentido loi de-pois. em memorável decisão do Supe-rior t ribunal Federal, derrubado eexecrado tingido

^

Se o governo Collor não der oexemplo de fiel respeito ás leis. comopode pretender que os cidadãos não oimitem nesse descaminho'.' ( ) BentoGuimarães Pedreira — Rio de Janeiro.

?Ingressei no serviço público fede-

ral por concurso, ocupando vaga exis-tente, tle acordo com o art 12. item IItia lei 1711 ile 28 10 52. No entanto,estou sendo colocada em dispoinbili-dade e preterida por funcionários damesma carreira, readaptados e ampa-rados por leis. Pelo exposto, não estãosendo respeitadas as ordens do presi-dente da República ( ) Ocirema daGlória Brandão — Rio de Janeiro.Enxugamento

I I A Pclrobrás começou o "cn-xuganiento" de suas despesas com asdemissões de 283 bolsistas enge-nheiros, químicos, geólogos, adminis-tradores. ( ) São jovens que alcança-ram .1 admissão na empresa porconcurso publico, realizado entre 38mil candidatos Foram nomeados emItillio tle 1'IX1) e passaram dez mesesestagiando e estudando por conta daempresa. ;i 11111 custo de l'SS 10 1111-lliòes Agora foram sumariamente dis-pensados, e a Petrobras justificou oscortes como medida de economia. I )(. 0111 a expectativa tle que concursopublico seria respeitado, estes técni-cos largaram seus empregos estáveis11a esperança de pertencer á maior em-presa estatal brasileira I ) José Eu-gênio P. Rodrigues — Rio de Janeiro.Liberdade

Quando refletimos sobre as medi-tias provisórias tomadas pelo governoeleito pelo povo, ( ) constatamos se-vera restrição ao lídimo direito de pro-prtedade que reveste o usar e /ruir osvalores que nos pertencem Podemosentão afirmar que a liberdade é o ca-minho mais curto para o lolahtans-PIO

Alguém |á escreveu que "todo sis-tema político tende a ruir pela hiper-trofia de seu principio básico"

Brigido

^ Tf fflL-ioQ 1

A liberdade é o mais caro postula-do da democracia A liberdade de opi-mão. de crença. ( ) enfim, todas asformas de liberdade são o objetivofundamental dos governos democratt-cos Há entretanto um risco considera-vel de que todas as formas dc liberda-de. por mais legitimas que sejam,possam ser utilizadas pelos inimigosda democracia. A própria História nosadverte de tal risco — o fascismo naItália de Mussolini. o nazismo 11a Ale-manha tle Hitlcr e o comunismo 11aRússia dc Stalin são exemplos. 110mundo moderno, tle como se valeramos inimigos da liberdade, para destrui-Ia. á custa das facilidades que por elalhes foram proporcionadas. Todoseles. usando as liberdades que lhesforam confiadas c asseguradas, supri-miram-na impicdosamentc. mergu-lhando suas pátrias cm uma longa 1101-te totalitária ( )

Diante dos feitos do Executivo edo Legislativo assistidos até o momen-to. resta ao Judiciário exercitar, efeti-vãmente, (...) e manter abertas "asasas da liberdade sobre nós", sob penatle o Brasil engrossar aquele caudalhistórico. Pedro Paulo Marques Cajaty

Rio dc Janeiro.Estrela de ferro

Já que a própria Lagoa Rodrigode Freitas repudiou a "estrela dc fer-10" de Tomic Olitakc, corroendo ascorrentes que a prendiam a um blocode concreto em seu fundo, por que nãose aproveita a oportunidade para reti-rar de vez esse inonslrengo que agridea paisagem tão bonita e harmoniosatia Lagoa? Maria Lúcia Cru/ Brandão

Rio dc Janeiro.I nainps

Alguma coisa boa ainda aconteceno Inamps. Precisei fazer uma cirurgiatle implante de lente 110 olho. e após oscontatos iniciais 110 USE. onde fuimuito bem atendido, a equipe de oftal-mologia do Dr Adcrbal, com o cirur-gião ür Marco Aiitomo. realizaram aminha cirurgia, de pronto. Agradeço aatenção de todos e penso que aindaexiste muita coisa boa no Inamps paraser aproveitada Caetano Francisco dasDores — Duque de Caxias (RJ).Problema tio liador

Através do JORNAL DO BRA-SIL laço 11111 apelo ao PSB-PartitloSocialista Brasileiro que. por falta depagamento, foi despejado de sua sede,á Rua Alexandre Mackctizic. 11" 10.Centro, pelo proprietário do imóvel.Acontece que eu fui fiador do imóvelpara o partido, e agora estou sendoprocessado para pagar a divida.

Moro hoje na Califórnia e nãolenho condições dc acompanhar acausa na Justiça Não é justo eu terque pagar uma divida que não é 1111-ilha ( ) F lamentável, mas essa dividaé tle figuras Ilustres tio Rio de Janeiro,que faziam parle do diretório nacionale municipal do partido, como JamilHatldad, presidente nacional do PSB,José Frejat, Marcelo Cerqueira, Ser-gio Cabral. Milton Temer. GodofredoPinto. ( ) Saturnino Braga. PauloGoldrajh e outros ( ) Agora que es-tamos perto das eleições ( ) c a horade fazer o meu apelo para que assu-niam as suas responsabilidades e pro-curem o advogado do proprietário doimóvel e solucionem o caso ( ) ValdirSilva — Califórnia (EUA).Desespero

Pela situação desesperadora cmque me encontro, venho solicitar aopresidente da Republica que intercedaem meu favor |unto ao Banco Central,para liberar o meu dinheiro, que estáem cruzados novos. Tenho 42 anos,estou desempregada desde 31 12 89,com uma irmã adulta cxecpecional euma filha em idade escolar, sem expe-riência e também sem emprego Esta-mos á beira da indigência, e não fossea ajuda de alguns amigos e parentes,sabe lá o que seria de nós.

Pode parecer.'que estou assim pornão ter qualificação profissional. Nãoe verdade Sou secretaria competente,e o meu currículo pode provar. Masem nosso pais, alguém com mais de 35anos e considerado velho e incapaz, couço sempre que minha experiência éboa. mas "a firma pediu alguém maisnova"

Ja q .e pedir emprego é querer de-mais, apelo ao presidente para que eupossa lazer uso do meu dinheiro —tudo o que eu recebi tle indenização —e amenizar a minha dura situação. (...)rodo o processo e documentos neccs-sários já estão em poder do BancoCentral, I ) e o meu dinheiro estáretido 110. Fundo Nominativo do Ban-eo Nacional, agência Praça 15. Rio deJaneiro ( ) O pouco que conseguiretirar, conforme as medidas provisó-rias. já acabou, e agora estou semnada ( ) Maria Lúcia Soares — Riode Janeiro.Inflação

A diretoria da Codcrte discordatia ministra Zélia — existe inflação, ctias grandes. Fm maio pagamos CrS4.500 c neste mês CrS 9 mil. Aumentodestes nem no governo Samcy. Poronde anda o secretário Tuma? Vera L.Alves — Rio dc Janeiro.A* caria» serão selecionada» para publica-ção no todo ou em parte entre at quetiverem attinatura, nome completo e legi-vol e endoreço que permito confirmarãoprévia.

Uma questão de palpite?

JORNAL DO BRASIL Opinião domingo, 24/6/90 ? 1" caderno ? 11

APENAS DUAS AMOSTRAS DE:

1982AFUNDAMENTO DO MALARJOGO AMERICANO iPORTUGUESA DE DESPORTOSINATIVIDADE: 9 MESES19782 DENTES QUEBRADOSJOGO SANTA CRUZ *CENTRAL DE CARUARUINATIVIDADE:UMA SEMANA19802 DEDOS QUEBRADOSJOGO MARILIA xPALMEIRASINATIVIDADE:2 MESES

1983].¦ OPERAÇÃO DO JOELHO,Cl RASPAQEM DA RÓTULAINATIVIDADE: 8 MESES1980FRATURA DO PERÔNIOJOGO MARILIA xINTER DE LIMEIRAINATIVIDADE: 4 MESES1974FRATURA DO MALÉOLODIREITOJOGO FLUMINENSE >PORTUGUESAINATIVIDADE: 10 MESES1985DISTENSiO DO TENDÀODE AQUILESJOGO: BONSUCESSO *VOLTA REDONDAINATIVIDADE: 4 MESES

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Jui? 4\^Tw^CilJUA if'

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1981FRATURA DO V8MEKJOGO AMERICANO ¦ FLAMEINATIVIDADE: 1 MÍS1984DISTENSiO DONERVO RADIALJOGO GOVIACA^triburgoINATIVIDADE:3 MESES

1979HÉRNIA INQUINALROMPIDATREINO DOITABUNA FCINATIVIDADE:8 MESES1978MENISCO INTERNOROMPIDOTREINO DO SANTA ClINATIVIDADE: 1 ANC19822.' OPERAÇÃO DOMENISCO INTERNOJOGO AMERICANOGOVTACAZINATIVIDADE: 11 MESES1976FRATURA DO TORNOZELOESQUERDOJOGO FLAMENGO xBRASIL DE PELOTASINATIVIDADE: S MESES

O ponta-tsquerda José Roberto — Bonsucesso.

— Do seu livro de denúncia e protesto, Futebol — a dor de uma paixão.

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Barbosa Lima Sobrinho *

auando ouvi falar cm 360 mil demissões, confesso que

não acreditei. Tinha a impressão de que se tratava,tão-somente, de um palpite, para um bilhete da lolcca. comuma falha inicial, para decompor nos cinco ou seis númeroscom que se concorre ao sorteio. Não conseguia explicar, oucompreender, a razão da preferência. Por que 360.000 e não300.000? Ou até mesmo um número maior, se trouxesse algumajustificação aceitável. Se era uma questão de simpatia, umnúmero redondo teria mais condições para agradar.

Verdade que se alegava que se tratava, apenas, de umapercentagem sobre o total do funcionalismo. Mas uma percen-tagem também é cega de nasccnça, como qualquer critérionumérico, que não leva cm conta nem a necessidade do serviçopúblico, nem a competência ou o mérito do servidor. Umcritério tão-somente para medir quantidades, e não para julgarc premiar merecimento, ou para atender à eficiência das repar-lições do Estado, ou aos problemas que surgiriam como conse-qüência das demissões. Nem se poderia saber, ao certo, qual aredução da despesa, quando a ação do Poder Executivo teriaque ser revista tanto pelo Poder Legislativo, como, principal-mente, pelo Poder Judiciário que, num Estado de Direito, nãosão obrigados a referendar as decisões do Poder Executivo. Pormais autoridade que possa ter Sua Majestade o Presidente daRepública, já não vivemos sob o regime discricionário. Há querespeitar uma Constituição elaborada por uma assembléiaemanada da totalidade do eleitorado brasileiro, valendo comodocumento fundamental da soberania popular. A Constitui-ção, que assegura a estabilidade do servidor público, limita aaposentadoria compulsória e dispõe que, mesmo no caso deextinto o cargo, ou declarada a sua desnecessidade, o servidorestável ficará cm disponibilidade remunerada "até seu adequa-do aproveitamento cm outro cargo" (art. 41). A disponibilida-de utilizada pelo Governo anula, praticamente, a estabilidadedos servidores públicos civis, estabelecida nesse mesmo artigo

Fazer

Eurico de A ndrade Neves Borba *

Nas poucas análises que estão sendo feitas, no Brasil, sobre

a derrocada do Leste Europeu ressalta, na maioria, asuperficialidade na defesa de grandes posições: o deleite cinicode uma direita burra e a perplexidade de uma esquerda despre-parada.

Quanto à direita, apenas três reflexões. Em primeiro lugar aconstatação de que foi o capitalismo liberal, postulador de umapura economia de mercado, que provocou a imensa injustiçasocial, sobre a qual se desenvolveu a grandiosidade dos paísesdesenvolvidos. E preciso não esquecer que foi este sistemacapitalista liberal que propiciou o surgimento da contestação ea alternativa de vida socialista que, na expressão marxista-leni-nista, se espalhou, rapidamente, pela Europa, Ásia e algunsoutros pontos do planeta.

A direita deveria ter a consciência de que o esfacelamentodo comunismo não fez desaparecer, automaticamente, as injus-tiças sociais que pretendia resolver. A iniqüidade social, inadm-missível, permanece nas suas dimensões nacional e internacio-nal.

Por fim, quanto à direita, o que apresenta como alternativa?Há que se reconhecer a precariedade da teoria política eeconômica que oferece. Os princípios do livre mercado c dademocracia formal evidentemente são insuficientes.

Quanto à esquerda, dois pensamentos. Não foram as forçasendógenas do socialismo que suscitaram a extraordinária pri-mavera do Leste Europeu — foi a inadequação e exaustão domodelo que não pode atender às aspirações das populações quepensava liderar. Foi o abafamento da liberdade, foi o atrasotecnológico, foi a ineficiência do sistema econômico em suprir asociedade de bens e serviços essenciais (por exemplo alimentos).Não há muito o que discutir — são fatos a serem analisadoscom serenidade e honestidade. Aconteceu.

O outro aspecto que a esquerda precisa aceitar, para nãoviolentar mais uma vez a realidade, é que se o diagnóstico dacrise está no caminho correto (acredito que esteja), a propostado socialismo está errada. Numa perspectiva histórica dialéticapoder-se-ia visualizar a tese, no capitalismo selvagem da livreconcorrência, a antítese, no comunismo marxista, e a sínteseestá ainda para ser construída. No primeiro movimento, ocapitalismo aprofundou as injustiças sociais; a reação, o comu-nismo, oprimiu a liberdade e a democracia que pretendiapromover. A síntese, com certeza, estará muito mais nas pro-porções da filosofia social do que com as teorias econômicas.

È preciso dar um basta, senão por uma questão de naturalinteligência, pelo menos por uma questão de compostura inte-lectual, à ridícula disputa esquerda x direita. Há um mundo aconstruir. Não tem sentido discutir quem estava com razão sese admite um processo histórico dialético. O importante, ofundamental é absorver, metabolizar experiências. As exigén-

41 da Constituição de 5 de outubro de 19SX. Tanto mais quefalta a extinção do cargo e a demonstração de sua desnecessi-dade. Não será mais uma demonstração do descaso pela Cons-tituição vigente, descaso tantas vezes revelado nas MedidasProvisórias, a ponto de provocar a intervenção do ProcuradorGeral da República, no cumprimento de deveres impostos pelaConstituição.

Não se sente a necessidade de nenhuma justificação, paraessas 360.000 demissões. Basta uma linha no Diário Oficial.Nada mais, como no caso do confisco das Cadernetas dePoupança. Do que a vontade do Poder Executivo, muitoembora a Declaração Universal dos Direitos da Pessoa 11 uma-na tenha determinado, no seu artigo 17, que "ninguém seráarbitrariamente despojado de sua propriedade". O que não eramais do que uma conseqüência do regime capitalista, figurandoentre os princípios que constituem a ordem econômica assegu-rada.

Sem que se possa omitir que essas demissões, como aredução dos vencimentos dos servidores estáveis, não se res-tringem à pessoa do funcionário demitido, ou aposentado.Alcançam, também, sua família, que a própria DeclaraçãoUniversal dos Direitos da Pessoa Humana considerava "elem-lento natural e fundamental da sociedade", com "direito áproteção da sociedade e do Estado." Quando a impressão quese tem é a de que o que está cm vigor, não é a Constituição de 5de outubro, mas o Ato Institucional n" 5, de 13 de dezembro de1968. quando havia que juntar forças para a restauração doestado de direito.

Nem se diga que o Brasil estava na frente de todos os paises.quanto ao número dos servidores públicos. Ainda há poucos dias.a revista Veja publicava números que provavam exatamente ocontrário. Enquanto o Brasil tinha um servidor público para cada25 habitantes, os Estados Unidos contavam tom I servidor para31 habitantes. A percentagem dos gastos, segundo a mesmarevista, se era de 26,1 sobre o PIB. no Brasil, chegava, ainda nosEstados Unidos, a 23,3%, a 42.9"/,, na Suécia, c a 57,7% naHolanda. E o mais significativo é que, entre os demitidos e os

aposentados não chegava a haver nenhum marajá. Pelo menos agrande maioria era dos baraabés, com uma média de salários quetalvez não excedessem a seis ou sete salários mínimos, que estãolonge dos salários existentes nos países ricos.

O que caracteriza a utilização de um critério de quantidadeé que, em muitos c muitos casos, valerá para acarretar profun-ila desorganização do serviço público, cm numerosas reparti-çòes do estado, sobretudo na área cultural, como demonstrou,neste JORNAL DO BRASIL, Herbcrt de Sousa, no artigo"Um tiro na cultura", reportando-se a medidas que poderiamobedecer à inspiração do doutor Goebbels. A Biblioteca Na-cional, por exemplo, estava sendo aparelhada para fazer amudança de sua coleção de jornais, que já não cabem no seuprédio atual, e terá agora que desistir de tudo, com o corte denão sei quantos de seus servidores. E ai está apenas umexemplo dos resultados das demissões que estão sendo executa-das. desorganizando serviços da maior utilidade e impedindoreformas que estavam sendo executadas. Cultura, no governoatual, está virando palavrão.

Mais importante que as economias que estão sendo desejadasteria sido a redução do papel-moeda em circulação, com oconfisco de tantos cruzados novos, resultante das primeirasmedidas do plano econômico. Mas com as torneiras que forammontadas, para transformar cruzados novos em cruzeiros, nãofaltou muito para que se restaurasse a situação anterior. Paraabrir caminho à venda das mansões de Brasília, aceita-se, comopagamento, a liberação dos cruzados novos retidos no BancoCentral, o que proporciona duas vantagens ao dono dos cruza-dos, com a liberação das somas confiscadas e com a compra demansões na capital da República. Uma faculdade que se transfor-maria num monopólio dos ricos, como se poderia comprovarcom a lista dos donos dos cruzados confiscados, e já beneficiadospelas doze torneiras criadas para esse efeito, muito emborapudessem concorrer para o sacrifício da liquidez que estava naessência do plano econômico, que foi levado á pia batismal, como nome do presidente Fernando Collor.

Pelo que me parece, o argumento da campanha, que era ôcombate aos marajás, já foi para escanteio, nessa fase esportivaque estamos vivendo, não obstante sua proveitosa utilização napropaganda do candidato vitorioso no pleito presidencial. Nãohá informação de que do marajás tenham sido atingidos pelas'350 mil demissões garantidas pelo Governo e que alcançamservidores de baixa renda, sem a intenção de fazer economiaspara encontrar reservas com que pagar os juros da dívidaexterna. O programa da privatização acabará tendo, comoresultado, a desnacionalização do setor público da administra-ção brasileira. As viagens do Presidente ao Japão não tiverairtoutra preocupação do que conhecer cidades, sem ter a preocu-paçào de adotar o modelo de seu desenvolvimento econômico^Porque o Japão sempre teve como objetivo acumular, dentrçdo pais, todos os lucros que pudessem ser obtidos pelas empre-1sas japonesas. Graças a essa orientação, conseguiu transfor'1mar-se, na opinião de Pierrc Noel Girard c Michel Godet, noílivro documentado que é a Rádioscopie du Japon, no "primeirçvexportador de capitais do mundo, conseguindo renda per capitomaior do que a dos Estados Unidos".

Os lucros obtidos pelas empresas estrangeiras se acumulamnos paises em que se encontram os donos desse capital. Os lucros,que ficam no. país, e constituem o capital nacional, são os queresultam das empresas controladas pelo capital nacional. ''

Nos paises dominados, ou penetrados pelo capital estran-!geiro, os capitais acabam saindo do pais em que se criaram,'Não conseguem, por isso, vencer o imenso fosso que separa ospaíses ricos dos países pobres. Quando a renda per capita dessespaises ricos aumenta, por exemplo, três mil dólares, o TerceiroMundo se considera feliz quando consegue aumentar dez poFcento desses três mil dólares. E não consegue nunca sair de uma-condição colonial como se tivessem, por destino, não sairnunca de uma situação colonial, por mais esforços que façapara se declarar independente. f[* Jornalista, escritor, membro da Academia Brasileira de Letras |

Presidente da Associação Brasileira de imprensa.' r

dinheiro para a emergência, e o pai fazendo uma leitura queressaltava a arrogância. A solução veio na segunda leitura dotelegrama que a inflexão materna amaciou: papai, mande dinhei-,ro. Estava implícito que era por favor.

Há leitura nas entrelinhas, que se faz com os óculos na pontà'do nariz quando a primeira, nas linhas, não satisfaz. O mais da£vezes, lê-se à procura do sentido escondido por interesse, pudorou discrição do autor. De qualquer forma, ler e interpretar são:parentes próximos, embora morem em cidades diferentes. Melhoré ler nos olhos, como é especialidade dos namorados.

Antes, porém, que a leitura avançasse além dos textos, porautorização da semiótica, a História já se defendia para o futuro:nunca se considerou definitivamente escrita. Admitia ser reescritae, com isso, ia se livrando da companhia de muitos figurões que asobrecarregavam pelo tempo afora. Tanto se lhe dá que façam aseu respeito várias leituras. Quem agüenta ser periodicamentereescrita não se opõe a releituras. Ela se deixa reescrever ou Icfcom a mesma paciência de uma grande dama que experimentaum vestido. Aos historiadores, o trabalho de costureira.

Émile Faguet recomenda "ler atentamente e desconfiar dosentido inicial das coisas". Em A Arte de Ler, adverte contra "as

primeiras impressões" e recomenda, num capitulo inteiro, todocuidado com os autores obscuros. "Os difíceis", diz Faguet, "nãosão compreensíveis à primeira leitura, nem mesmo á segunda,Tudo se passava entre os limites da leitura e da releitura, antes dadifusão autorizada pela semiótica."Ler é agradável; reler, àsvezes, é ainda mais agradável", dizia Faguet, com ressalva:"Ocupação de gente pouco ocupada." Abonava-se com Voltaire;que excluía Paris, pela escassez de tempo, do prazer da releitura.Mais perto do nosso tempo, Royer-Collard concluía em tempo:"Na minha idade não se lê, relê-se." il

Sendo assim, com o aumento da média de idade do leitor,devia o próprio Estado, que vai sendo demitido das suas incom-petências, estimular com subsídios e incentivos fiscais a releitura.Falta à Arte de Ler a companhia de uma Arte de Reler, para ser"um prazer de velhos", na opinião do autor, fora de circulação,'de Émile Faguet.

Depois que a semiótica ampliou o conceito de leitura, OttôLara Resende, com a autorização da idade, alargou com outrafrase imortal o confinado espaço da releitura, que estava naocasião em debate entre mais velhos: "Ê preciso reler, sobretudo,os livros que não tivermos lido." A mão e a luva.

Se tudo pode ser lido, graças à semitótica, pouca coisa,entretanto, merece reeleitura. Eis um Otto inteiro, e não pelametade (scmiótico). É ai que entra (melhor, sai do embrião) osentido oculto no paradoxo de bolso. O que merece reeleitura, senão tiver sido lido em tempo, comporta a segunda oportunidade,O leitor mais velho está seguramente mais qualificado a ler, aindaque com atraso, os clássicos (e também modernos) que separada-mente lhe pareciam chatos. Com atraso, a leitura vale em dobròpelo acréscimo do sabor de releitura. i

• Redator do JORNAL DO BRASIL

a hora A mão e a luva

cias que atualmente se colocam para a construção do ProjetoHumanidade são: ética, eficiência e eficácia.

Estão com a palavra os filósofos. Voltam ao proscênio asvelhas (e não respondidas) perguntas: o que somos, de ondeviemos, para onde vamos. Indivíduo e Sociedade, Liberdade eDemocracia, Justiça.

A ciência e a tecnologia estão à disposição, cada vez mais.da comunidade humana. Como organizá-las em função dofascinante projeto do Homem e suas múltiplas aspirações nestelimiar de um novo milênio? Não se tem ainda noção. Naconfusão criativa e excitante deste fim de século há espaço, (enecessidade), de se esboçar e propor para o debate c a experiên-cia, múltiplas alternativas. É preciso ousar. Se necessário tudorecomeçar mas nunca, jamais, interromper o processo de hu-manização c se deixar perder na descrença, no cansaço, noretrocesso, na anarquia ou no autoritarismo.

Há certezas de conquistas irrenunciávcis: a liberdade, ademocracia, a participação e representação popular; a noção depaz. de solidariedade, de justiça social; o sentimento de interde-pendência internacional, do uso correto do meio ambiente; acerteza das extraordinárias potencialidades da educação, daciência, da tecnologia; o valor das artes; a consciência daspossibilidades de superação da miséria, da vida digna paratodos, são conceitos e aspirações já incorporados, de formadifusa ou explicita, na maioria dos povos.

A Social Democracia poderá vir a ser a síntese histórica aser oferecida ao julgamento dos povos, particularmente àrealidade brasileira e latino-americana.

A identidade própria da social democracia encontra-se naproposta da união dos ideais do socialismo com as exigênciasda liberdade e da democracia. Marx e os socialistas históricosnão são a única fonte de inspiração. O pensamento socialcristão, a doutrina da igreja e os pensadores leigos são outravertente a ser considerada, bem como algumas virtudes eacertos do sistema capitalista do livre mercado, principalmentedo Oeste Europeu. De forma resumida e esquemática a socialdemocracia, como a entendemos, caracteriza-se por: 1) condi-ções de vida digna para todos; 2) a efetividade das liberdadesdemocráticas no âmbito de um Estado de direito; 3) sociedadeparticipativa, representativa e pluralista; 4) moderna e eficienteeconomia de mercado socialmente regulada; 5) paz e interde-pendência internacional; 6) o uso correto do meio ambiente.

Hoje, em todo o mundo, luta-se pela vida como nunca.Luta-se pela vida plena em todas as suas dimensões materiais eespirituais. Há pressa", há sentimento de urgência. Não pensemos políticos, cientistas sociais e filósofos que o caminho estálivre — a grande passarela da história para experimentòsirresponsáveis e autoritários não existe mais. O povo passou cjá virou a esquina na procura de seus próprios caminhos. Opovo está certo, pois "quem sabe faz a hora, não esperaacontecer...".

• Vice-Reltor da PUC/RJ. curador do Centro Alceu Amoroso Lima paraa Liberdade

Wilson Figueiredo*

O grande negócio deste final de século será a especializaçãoem leituras. Assim mesmo, no plural. Um mesmo texto

hoje — além de muitas cópias — fornece várias leituras, cada qualdiferente da outra. Mais'do que nunca, a versão ganha preemi-nência sobre os fatos. Aliás, a nova técnica permite leitura deobjetos, pessoas, situações.

Depois que tudo passou a ter significado legível, antes descar-tável, só fica faltando o raio laser — que lê os discos compactos— ler pelo homem. Tudo será leitura em breve. De um fatoqualquer não escrito, pode-se fazer mais de uma leitura. De umaeleição, tiram-se várias leituras, a partir do resultado, com osolhos de quem vence ou com os do perdedor. Pode-se ler oresultado eleitoral, á mineira, nas entrelinhas, ou à paulista, deacordo com o nível de renda do leitor.

Num sentido geral — incluindo os analfabetos, que lêem comos olhos da televisão — lê-se mais do que nunca. Tudo é leitura,num certo sentido. Pelo menos na procura de sentido para ascoisas. Lia o cego com os dedos antes que a semiótica deitasse erolasse na leitura.

Há tantas maneiras de ler quanto as de ser. Tresler não conta,porque é ler ao contrário. Folhear livro não é leitura, maspreliminar. E vizinha da chamada leitura em diagonal, que nadatem a ver com a geometria. É um modo de dizer que alguémpassou os olhòs em vôo rasante sobre o texto, de cima para baixoe da esquerda para a direita, mais útil para quem se dedica à caçade frases na temporada certa. Os machistas fazem há séculos amesma leitura antiquada da mulher, e o feminismo faz deles umaleitura moderna. Há sempre o que ler, de parte a parte. Sãoleituras de quem sabe de cor e salteado tudo sobre o outro.Decorado.

A política, com os dois pés na terra, lê nas nuvens, queAristôfanes descodificou muito antes de Cristo. Quando se olhaqualquer delas, estão dizendo uma coisa. Olha-se daí a pouco, e jáestão sussurrando outra. É tudo assim. A semiótica, que vê tudointeiro (e não pela metade, como pensam ao pé da letra ostrocadilhistas), oficializou a leitura múltipla. O máximo que ohomem se permitiu durante séculos foi ler e, numa percentagempequena, reler. Lia com lentes bifocais, para captar o sentidoperto e o mais distante. Agora se lê com um sentido multifocal.

Cada leitura comporta uma interpretação coerente. Desde quecoerente, pode ser menos que interpretação. Tantas são as versõesao alcance quantas o leitor seja capaz de extrair do texto. Ou docontexto. Pode-se fazer leitura de qualquer episódio não escrito.No sentido de palpite oral, nunca se leu tanto entre nós. Já não épreciso saber escrever para ler. Separaram-se amigavelmente aescrita e a leitura.

A anedota foi pioneira no lançamento do conceito de quetudo comporta, no mínimo, duas leituras ao gosto do freguês. Aquestão se apresentou com um rapaz cm dificuldades pedindo

12 ? Io caderno ? domingo, 24/6/90 Opinião JORNAL DO BRASIL

FRASES DA SEMANABeatriz

A era Dunga

fc**1

r^%.\ *<-££>!/f.< v.- STT"!"? /

Lazaroni

"A equipe está bem,

mas precisa galgar

parâmetros.95

— Técnico Sebastião Lazaroni,sobre a seleção brasileira. Se-gunda-feira, dia 18, em Asti.

"Se eu fosse mais alto,

ia tentar jogarbasquetebol."

— Diego Maradona, da seleçãoargentina, sobre o destaque quea imprensa italiana deu aos lan-ces em que usou as mãos. Se-gunda-feira, dia 18, em Nápoles.

'Estou em um buraco,

estou mal, mas vou

ficar bem logo."

— Publicitário Roberto Medina,quando ainda em poder dos se-qüestradores, num bilhete envi-ado à família. Domingo, dia 17, noRio.

"Nunca este país esteve

tão perto do pactosocial."

— Ministra da Economia, ZéliaCardoso de Mello, após reuniãocom empresários e trabalhado-res. Terça-feira, dia 19, em Brasl-lia

"Eu não posso sentar e

conversar com meus

companheiros sendo

demitidos." ~

— Jair Meneguelli, presidente daCUT, após reunião com a ministraZélia. Terça-feira, dia 19, em Bra-silia.

"É recessão ou

recessão."

— Maflson da Nóbrega, ex-minis-tro da Fazenda, sobre a políticaeconômica do governo Collor. Se-gunda-feira, dia 18, em Brasília.

"O time econômico do

governo é como o time

brasileiro na Copa. Vai

levando, vai levando,

mas vai vencendo."

Ti to Ryff*

Ainda c cedo para saber se a

Era Dunga vai nos permitirtrazer o tetra ou não. Mas, em maté-ria de combate à inflação, já é possí-vel fazer um prognóstico: vai serdifícil conquistar a taça. Faltam ta-lento, habilidade, espírito de equipe,aplicação tática c, sobretudo, umaestratégia de jogo claramente defini-da. Por outro lado, sobram trucu-lência, vontade de mudar o resulta-do na marra e até mesmo odesrespeito flagrante às mais ele-mentares regras do jogo. Essa é aimpressão que nos transmitem osprimeiros 100 dias do Governo Col-íor.

No entanto, para enfrentar a cri-se do país é preciso mudar radical-mente dc tática, já que o plano dccurto prazo do governo fracassou, averdade é esta. Seus principais obje-tivos — reverter a expectativa infla-cionária, "enxu-

gar" a liquidez eeliminar o déficitfiscal — naõ foramalcançados. A cx-pectativa inflado-nária está dc volta,principalmente nosmeios empresariais,na área acadêmica centre os profissio-nais da economia.A liquidez do siste-ma econômico foirecomposta rapida-mente, graças àsportas que o pró-prio governo dei-xou abertas c ao fa-moso jeitinho brasileiro e representahoje 80% daquela que vigorava an-tes do Plano. E o verdadeiro equili-brio fiscal ainda não foi atingido,pois o aumento dc arrecadação éapenas temporário, vez que decorresobretudo de medidas de carátertransitório como as da MP n" 160,que alteram a legislação do impostosobre operações financeiras, e as quedeterminam a venda de bens móveisc imóveis da administração pública.

Talvez o único beneficio extraídopelo governo do enorme trauma aque submeteu a economia brasileiracm 15 dc março último tenha sido aredução drástica do valor da dividainterna e de seu serviço (juros camortização). Ainda assim, esse rc-sultado foi obtido a um custo eco-nõmico c social considerável, ex-presso na desestruturação domercado financeiro e na retenção dapoupança de pessoas físicas (namaioria,pequenos poupadores caposentados) e do capital dc girodas pequenas c médias empresas na-cionais, já que as grandes empresasencontraram formas de recuperar osrecursos que tinham aplicado nomercado financeiro.

Diante do fracasso da interven-çào cirúrgica a que submeteu a eco-nomia, o governo ameaça recorrer adoses ainda mais intensas de trucu-lência: demissão indiscriminada de360 mil funcionários do serviço pú-blico e dc empresas estatais, livrenegociação salarial e política monc-tária fortemente restritiva destinadaa penalizar a sociedade com umarecessão profunda pelo fato de osagentes econômicos continuarem, deum lado, a remarcar preços c. dc

— João Paulo dos Reis Veloso,ex-ministro do Planejamento.Quarta-feira, dia 20, em São Pau-Io.

•"O

que falta ao

presidente são alguns

fios de cabelos

brancos."

Para enfrentar a

crise no país ,é preciso mudar

radicalmente de

tática Já queo plano do governo,

a verdade é esta,

fracassou.

outro, a exigir reposição salarial.Ora, o país já viu este jogo antes

c dele deveríamos ter extraído duaslições importantes: a primeira é queo sistema econômico tem fiexibilida-

dc maior do que se imagina paracriar a liquidez de que necessita paracontinuar funcionando, mesmo cominflação ascendente; a segunda éque, a partir dc uma determinadataxa dc inflação mensal, a indexaçãogeneralizada — inclusive dos salá-rios e do câmbio — torna-se inevitá-vel. Sendo assim, c ingenuidadeacreditar que a inflação poderá serderrotada confrontando-se o gover-no c a sociedade. O resultado seráinflação alta e recessão profunda.

Quem sabe o governo devesseexaminar de perto a experiência dasnações cujas economias são as maisestáveis c dinâmicas atualmente: OJapão, os tigres asiáticos, a Alemã-nha e a França. Verificaria que nes-tes paises existe verdadeira integra-ção de objetivos entre governo csociedade, consubstanciados numaestratégia econômica c social clara edefinida que emergiu de um proccs-so complexo de discussão c intera-ção entre a Sociedade c o Estado.

Poderia analisar,também, a expe-riència de combateà hipcrinflação le-vada a efeito noMéxico c em Israel,onde as políticasmonetária c fiscalsão complementa-das por uma políti-ca dc rendas coor-denada pelosgovernos daquelespaíses.

E, finalmente,inspirado nestesexemplos, talvez ogoverno brasileiroresolvesse encerrar

de vez a Era Dunga, propondo aopais uma estratégia abrangente decombate à inflação c dc retomadado desenvolvimento econômico,contemplando, entre outras, a defi-niçâo de uma reforma dos sistemastributário c financeiro, de uma poli-tica industrial c de comércio exteriore, sobretudo, a fixação das formas edos fóruns adequados para a nego-ciação de uma política de rendas.

Neste sentido, não basta nego-ciar uma "trégua" social que inter-rompa por três meses o processo dcrcmarcação de preços c as rcivindi-cações de reposição salarial. E fun-damcntal que o acordo social paraderrotar a inflação c criar as condi-ções para a retomada do desenvolvi-mento econômico tenha caráter ins-titucional e, por isso mesmo,duradouro. Por exemplo: por quenão dar substância aos Grupos Exe-cutivos de Política Setorial que ser-viriam, ao mesmo tempo, para ajus-tar a sintonia fina da política decurto prazo c para fornecer os ele-mentos indispensáveis à formulaçãode um modelo dc desenvolvimentoeconômico e social para o pais?

Ainda é possível virar o jogo c"evitar a catastrc" como diria Ne-ném Prancha, cujos conhecimentostécnicos marcaram época no futeboldc praia. E a "catastrc", no caso,seria a volta da inflação que, soma-da à desorganização em que ainda seencontram o mercado financeiro e osistema de produção, teria consc-qüências sociais c políticas imprevi-siveis. Mesmo porque nenhum denós torce contra o Brasil, no futebolou na política. Mas o torcedor e ocidadão não podem ficar indiferen-tes quando, logo no início do jogo, afalta dc entrosamento da equipe c aestratégia inadequada não deixamdúvidas quanto ao resultado final.

* Vereador (PDT-fíJ)

Crise na Bolsa do Rio

— Senador Fernando HenriqueCardoso (PSDB-SP), sobre Collor.Quinta-feira, dia 21, em Brasília.

"O presunto de peru

tem menos colesterol."

— Deputado Hilário Braun(PMDB-RS), sobre o projeto desua autoria — sobre presunto fei-to de coxa de peru — que subme-teu à aprovação da Câmara.Quarta-feira, dia 20, em Brasília.

Sérgio Quintella *

A importância do mercado finan-ceiro para o Rio de Janeiro dis-

pensa comentários. Não apenas aquiestá a mais antiga Bolsa de Valores,bem como todas as principais entida-des do setor, da CVM, IBMEC, Andi-ma, Codimec, Adecif, Anbid, a mesa dcopen do Banco Central, o BNDES, oIRB e toda uma enorme e competenteequipe de profissionais de mercadoatuando nos Bancos Múltiplos, nascorretoras e distribuidoras de valores.Infelizmente, porém, como tem ocorri-do em outros setores, o Rio está seria-mente ameaçado de perder, de formairreversível, a posição que sempre ocu-pou como importante centro (maneei-ro.

O risco é grande e as conseqüênciasfunestas. Dc acordo com o último"Balanço Social" do mercado de capi-tais, elaborado pelo Codimec (Comitêde Divulgação do Mercado de Capi-tais), o mercado de capitais reúne 2.524'entidades, em 30 faixas de atuação. Emseu núcleo básico (incluindo os órgãosnormativos, instituições financeiras —como bancos de investimento, correto-ras e distribuidoras — Bolsa de Valo-res e associações de classe) estão em-pregados diretamente 29.840 pessoas.No Banco Central, por exemplo, dos6.000 funcionários, cerca de 1.500 tra-balham direta e indiretamente em fun-ções relacionadas ao mercado de capi-tais. O corpo técnico da Comissão deValores Mobiliários, por sua vez, é de400 funcionários. Somente nos Bancosde Investimento trabalhavam ao finalde 1988 mais de 14 mil pessoas, 85%das quais com nível médio e superior;nas corretoras e distribuidoras, mais dc70% dos 19.100 funcionários estão li-gados ao mercado de capitais e estãosendo severamente atingidos pelos efei-

tos do caso Nahas de julho de 1989,pela absurda tributação do IOF sobreo estoque de ações e finalmente pelaperda de confiança nos instrumentosde poupança e no mercado financeiroem geral.

É importante que os empresários ea elasse política do Rio — esta emgeral ausente dos debates maiores so-bre os assuntos que envolvem a vidaeconômica do nosso Estado — alertema sociedade para os custos sociais dacrise que se abate sobre a nossa Bolsa eo mercado de capitais. É importantetambém lutar contra a transferênciapara Brasília da CVM, da mesa deOpen, do IRB e Susep. E fundamentalque os nossos técnicos e homens domercado busquem novas formas deagilizar o mercado de capitais e am-pliar a capitalização das pequenas emédias empresas. Nesse sentido, tenhorecebido, para exame, como membrodo Conselho de Codimec, inúmeras cinteressantes propostas que, penso, de-vem ser debatidas e aprofundadas. Al-gumas me parecem concepções origi-nais; outras até mesmo já testadas comêxito em diferentes paises. Cito, comoexemplo, os chamados mercados co-munitários de ações, as cadernetas departicipação c de fomento (propostahá algum tempo pelo corretor Adol-pho de Oliveira), as cédulas pignoratí-cias, as Bolsas cambiais (que podemganhar relevo com o início do processode liberação do câmbio). Todos essesmecanismos devem ser examinados àluz da necessidade urgente de reativaro mercado de capitais, reerguer a nossaBolsa de Valoroes e manter o Riocomo importante centro financeiro.Com a palavra os especialistas. Só nãovale é ficar parado, assistindo a maisuma perda para o nosso Estado.' Presidente do Conselho de Administração

da AD — Rio

LUÍS FERNANDO VERÍSSIMOi

Trauma

O que quer dizer "a hora H"? Não é

uma pergunta retórica, eu realmente

gostaria de saber. Cartas para este

jornal. Há algum tempo ninguém

precisaria de explicações. A referên-

cia à hora agá seria compreendida

por todos. Eu sei, por exemplo, o

que é o "Dia D". Dia do desembar-

que aliado na Normandia, durante

a Segunda "Guerra~~Mundia 1. Dia

importante para uma geração que,

quando fala em guerra está sempre

falando da Segundona, a última

guerra em que todo mundo sabia

pelo que estava lutando, embora de-

pois pudesse ter dúvidas retroativas.

Mas o fato que deu origem á "hora

agá" se perdeu no tempo. Esqueci-

do o fato, ficou a frase. Hoje muita

gente fala que nós temos um trauma

com a Argentina no futebol e é

quase uma frase feita que dispensa

explicações. Mas milhões de brasi-

leiros não sabem que trauma e esse.

Quem, por exemplo, acompanha o

futebol de uns quinze anos para cá

não tem nenhum trauma com a Ar-

gentina no seu passado. Quando a

Argentina foi campeã do mundo em

78, Brasil e Argentina foi um jogoigual, e desde então levamos vanta-

gem sempre. Mas dizem os biólo-

gos que características adquiridas

são transmissíveis geneticamente.Há a história da minhoca. Uma mi-

nhoca foi condicionada, num labo-

ratório, a reagir a determinado im-

pulso. Cada vez que acendia uma

luzinha a coitada da minhoca leva-

va um choque, ou coisa parecida.Depois de tudo isto ainda mataram

a minhoca e a cortaram em pedaci-nhos. E deram os pedacinhos da

minhoca condicionada para outra

minhoca comer. Espero que você já

tenha almoçado. Não quero alon-

gar esta impressionante história de

sacrifício e canibalismo induzido em

nome da ciência, só quero contar

que a minhoca que comeu os peda-cinhos da outra não só passou a ter

espasmos involuntários cada vez

que via uma luzinha como transmi-

tiu esta característica a seus filhos e

netos. Assim, nosso trauma com a

Argentina pode estar no sangue.

Mesmo quem só tem a memória

celular de derrotas inenarráveis pa-

ra a seleção argentina, e de jogos

que quase acabaram em guerra de

verdade entre os dois países, sabe

que nenhum jogo contra a Argenti-

na é apenas um jogo, é sempre uma

revanche. Não importa de quê. E

uma revanche. Está chegando a ho-

ra H. Passando pela Argentina, pas-

saremos para a outra fase da Copa

como quem passou por um ritual de

regeneração. Seremos outros. Nos

olharemos no espelho e perguntare-mos "Quem é?" E seremos melho-

res.

Shakespeare no Planalto

Fernando Pedreira

Cem dias. Por que cem dias? Talvez porque as pes-

soas gostem de números redondos, que facilitam ascontas. Arthur Schlcssinger Jr. escreveu um livro famososobre os "Mil Dias" do governo de John FitzgcraldKennedy, no início dos anos 60. Abatido pela bala de umpobre diabo, Kennedy não concluiu seu mandato; morreu33 meses depois dc tomar posse.

33 foram os anos de Cristo. Números (quase) cabalísti-cos. Muito antes de Hitler e do militarismo prussiano, avelha Europa sofreu uma Guerra dos Cem Anos, e outrados Trinta Anos, assim mesmo, com maiúsculas. Mas, osCem Dias mais famosos (terão sido os primeiros?) dahistória moderna foram sem dúvida os de NapoleãoBonaparte. O Imperador imperou dez anos exatos, dc1804 a 1814. Foi deposto, confinado na ilha dc Elba (nãoera ainda a Elba Ramalho), de onde voltou triunfalmentepara governar e guerrear por mais Cem Dias, até o tiro demisericórdia dos ingleses, em Waterloo, e o exílio definiti-vo em Santa Helena.

Assim se escreve a História — confor-me qualquer pessoa de boa fé pode verifi-car (até com mais detalhes c maiores pre-cisões) cm qualquer boa enciclopédia.Neste mesmo mês de junho de 1990,quando o governo Collor completa osseus primeiros escassos, confusos, cemdias, o cronista Carlos Castello Branco,esteio e orgulho do jornalismo políticobrasileiro (bem melhor e mais digno que apolítica propriamente dita), inteira 70anos de vida e 30 de Brasília, cidade paraonde se mudou definitivamente no iníciodo governo Jânio Quadros, atraído pelocanto de sereia do seu amigo José Apare-cido de Oliveira.

Castello tinha então, portanto, 40anos, a mesma idade que hoje tem o presidente FernandoCollor, o que sem dúvida ajuda a explicar as aventuras emque se meteu naquela época, trocando o litoral peloPlanalto e mergulhando confiantemente no terrível ves-peiro que era o gabinete do doutor Caligari, mais conhe-cido como Jânio da Silva Quadros.

A bem da verdade, deve-se dizer que, naqueles anos,Castello não foi o único a optar pelo tumultuado, precá-rio e poeirento faroeste que era então Brasília. Antes edepois dele, vários outros conhecidos jornalistas deram omesmo passo. Alguns, como Evandro Carlos de Andrade,levariam dez anos para encontrar o caminho de volta.Outros muitos ficaram, e acabaram criando raízes defini-tivas.

Os pioneiros que fundaram a sucursal do Estado de S.Paulo em Brasília, ainda em 1960 (o primeiro jornal amontar uma sucursal de verdade na nova Capital) ficarampor lá quase todos, até hoje. Dentre os que voltaram, aocabo de alguns anos (além deste modesto escriba), lem-bro-me do Vlado Herzog, Alexandre Gambirasio, Anto-nio Pimenta. Entre os que ficaram, Manoel Vilela Maga-Ihàes, Ary Ribeiro, Raymond Frajmund, Fernando Lara.A escola era boa, além dc risonha e franca.

Temos, na verdade,

um governofreqüentemente

shakespeariano:"Much

ado

about nothing",

muito barulho pornada ou quase nada.

Não fosse o fascínio que o poder, com todos os seusbalungandãs, exerce sobre o público em geral (e os jorna-listas, em particular) c c possível que os 30 anos do

cronista Castello e seus companheiros de Brasília mere-'cessem, hoje, análise mais séria e detida do que os trêfegos;cem primeiros dias da atual administração. Quantos go-;vemos, quantas crises, quantos generais, quantos homens-fortes (e fracos) apareceram e desapareceram, diante da •iluminada janela do Castelinho, ao longo desses anos?

Em que medida os jornalistas de Brasília puderam, ousouberam, mostrar ao país o que dc fato ocorria cm suaCapital? Em que medida o prestígio c a proximidade dojpoder (além das ideologias dominantes) levaram a im-;prensa, ao longo dessas três décadas, a ajudar na constru-ção da montanha dc equívocos e erros que hoje entopem apolítica c a administração pública brasileiras e parecem,já, quase impossíveis dc varrer? Eis aí algumas perguntas,entre tantas, que talvez valessem, nos setenta anos deCarlos Castello Branco, a organização de simpósios ejseminários em algumas dessas, em geral inúteis e ineptas,;escolas de Comunicação e Jornalismo.

É possível que o pecado capital da nossa imprensa seja,hoje sua exagerada fixação (Freud explica?) na pessoa dos

poderosos. Não há paspalhão, ocupandocargo de destaque no governo ou no Con-gresso, que não tenha permanentemente!em volta uma dúzia de repórteres prontos;a lhe espetar microfones e gravadores sob;o nariz. Em troca, são raros demais eescassos os jornalistas (um Gilberto Dil-menstein, um J. Carlos Assis, quando eraainda repórter) dispostos a pesquisar edescobrir a informação relevante, a verda-de por trás da fachada, o sentido e osignificado do que realmente ocorre na.República e no país.

Ainda agora, como julgar os cem diasiniciais de Fernando Collor? Seu governo,se fosse cotado em Bolsa, exibiria umamedíocre relação entre custo e beneficio:lucros pequenos, custos muito elevados. A

inflação desabou de oitenta para oito, mas já é outra vez:ascendente e rebelde. E quanto custou ao pais, especial-mente aos milhões de pequenos e médios poupadores, oimpiedoso ippon de março? Na crucial reforma adminis-trativa o escândalo é enorme, a entropia aumenta, mas osprogressos são ainda milimétricos.

• Temos, na verdade, um governo freqüentemente sha-kespeariano: "Much ado about nothing", muito barulhopor nada, ou quase nada. Muita fanfarra e foguetório,decisões corajosas e audazes, entretanto aliadas a umaainda maior falta de competência administrativa (e desiso) que acaba frustrando esperanças c expectativas nãosó do pais, mas do próprio governo.

E o pior é que não há indícios dc que as coisas possammudar muito também nos próximos cem dias, os quaisdevem fechar-se, em outubro, com um relativo, massignificativo, Waterloo eleitoral. Felizmente, o nosso Bo-naparte das Alagoas não corre o risco de uma SantaHelena. Ao contrário, se souber aprender com a experíên-cia dos seus próprios desacertos e afoitezas iniciais, nãolhe faltará tempo para acertar.

O caminho, a orientação geral, estão certos. Faltamjuízo c competência na execução. Quem sabe, ao longodos seus primeiros mil dias, lá pela metade do mandato, opresidente possa enfim reunir c apresentar ao país resulta-dos mais consistentes e convincentes? Tomara.

• Jornalista

JORNAL DO BRASIL Entrevista/Luís Oct&vio da Motta Veiga domingo, 24/6/90 ? 1" caderno ? 13

A Petrobrás não é o governo

Daniel Stycer eMarcelo Auler

Demissões"Essa luta quetravam pelanão-demissãolinear é tão burrae obtusa quanto o cações

A Petrobrás c uma empresa que dá certo?É. Mas eu encontrei uma empresa que

pode não dar certo, na qual o governo passa-do interferiu muito, misturando lógicas pes-soais e política com lógica empresarial. 0presidente Sarney entrou na administraçãoda empresa. Junto a isso, a crise finan-ceira pela qual a empresa passou ajudou acriar o corporativismo.

Como se nota essa interferência do governona Petrobrás?

No governo passado isso foi muito claro.A lei determina que a designação do presi-dente e dos diretores da empresa seja feitapelo presidente da República. Portanto, aadministração da empresa deve refletir umapolítica elaborada pelo presidente da Repú-blica. Isso, porém, não deve significar intro-missão na administração da empresa. A inge-rència do governo aumenta o fisiologismò,aumenta o empreguismo. Quando se traz alógica política para uma empresa, pode ser ofim dela. A pior coisa para a Petrobrásé ela ser governo. Quanto mais governo elafor, menos empresa será. E ela só sobreviveenquanto empresa. Eu não estou falando deempresa ideal, ela não existe. Mas, idealmen-te, nós temos que profissionalizar a empresa,a administração, evitar a ingerência, as indi-

próprio corte linear'"

O senhor encontrou irregularidades na Pe-trobrás?

Não quero entrar nisso.Há empreguismo na Petrobrás?Não acho que haja empreguismo na

Petrobrás. Tinha um certo grau de fisiologis-mo em função do excesso de indicações dogoverno passado. No governo passado, umdiretor trouxe um plantei grande. O presiden-te Collor me deu liberdade de fazer a direto-ria. Eu poderia ter trazido várias chefias. Eutrouxe apenas três, o resto é tudo do quadro.

A nomeação de Ricardo Dias Martins,concunhado de Leopoldo Collor de Mello, ir-mão do presidente da República, para chefe dadivisão de Publicidade, não foi uma interferên-cia política?Ele foi indicado para essa divisão porquetem experiência na área dc publicidade. E umcargo dc comissão; posso chamar quem euquero. O Ricardo Martins é um cm pelomenos 600 nomes que eu poderia trazer.

O quadro da Petrobrás não lhe ofe-receria opções suficientes?

Depende. No caso do meu chefe daSuperintendência de Comunicação, acho quenão. Eu queria uma pessoa que estivesse emsintonia comigo. Para o escritório de Brasíliaprecisava de alguém que pescasse o que estáacontecendo nos vários setores da adminis-tração pública. Por isso, chamei o embaixa-Üor Garcia dc Sousa, que tem trânsito nogoverno.A Petrobrás é um bom negócio?

Mesmo mal administrada, qualquer em-presa de petróleo é um bom negócio. O queaconteceu foi que o governo anterior arro-chou os preços e a Petrobrás não só parou deinvestir como, quando assumi, não tinha di-nheiro nem para pagar a folha salarial. Co-

empregados é des- meçou a ter um déficit corrente. A em-r» • «anUnlUnv n n limitar no

Eficiência"A eficiência naempresa sedeteriorou. Arelação entrevenda deprodutos enúmero de

favorável

Crise"A Petrobrás nãosó parou deinvestir como,quando assumi,não tinhadinheiro nem

fiaraolha;ar aarial'

presa precisa trabalhar dentro de limites decustos operacionais aceitáveis, temos quecompará-la com outras empresas. Temos quepedir preços e avaliar constantemente o graude eficiência.

Esse grau de eficiência é baixo?Ele não é baixo, ele se deteriorou. A

relação entre venda de produtos e número deempregados é muito desfavorável em compa-ração às demais empresas internacionais.Existem áreas com um grau de ociosidadealto. Não vou citar quais, mas há setoresclaramente inchados. Na área operacionalou nas plataformas é difícil encontrar ociosi-dade. Temos que rever as áreas ociosas, semperspectivas de recuperação, rever o caso deempregados com desempenho insuficiente.Há pessoas com 30 anos de casa que medisseram: "Nesta casa não se consegue demi-tir." Essa luta que travam pela nào-demis-são linear é tão burra e obtusa quantoo corte linear. Perguntei ao sindicalistas semanteriam um empregado incompetente ouque faltasse muito, caso tivessem uma ofici-na. Só porque é governo, então pode agüen-tar desaforo? Acho que não pode ser assim.

Historicamente se fala que o grupo Petro-brás era um domínio do general Geisel e seugrupo. Esse domínio ainda existe?

A Petrobrás, desde o início, tem umatendência à militarização. Foi no corpo dasForças Armadas que se buscaram os seusprimeiros funcionários. Mas o grande pro-blema não é esse, e sim a miscigenação entreempresa e estado. A vontade de estatizar, detransformar a empresa em parte do estado,interessa aos cartórios fisiológicos, incluindo-se as áreas militares e outras áreas, coordena-das com esses cartórios. Interessa também aosindicalismo pré-histórico, meio moribun-do, que acha que a empresa, sendo es-tado, esta mais segura.

O senhor acha então que a Petrobrásdeveria ser privatizada?A Constituição Federal manteve, pelamaioria dos representantes da população noCongresso Nacional, o monopólio do petró-leo da União, cuja execução cabe á Petro-brás. Como presidente dela, estou aqui paracumpri-la.

Mas o senhor teria preferência por privati-zá-la?

A minha preferência, em tese, é queo dinheiro público seja usado naquilo real-mente necessário. Dinheiro hoje está curto ecaro. Não sei se o dinheiro público hoje éabsolutamente necessário á industria do pe-trólco.

Mas já foi.Não só foi, como sem o dinheiro público

m Três meses após assumir a

presidência da maior estatalbrasileira, o advogado Luís Oc-távio da Motta Veiga está con-vencido de que o que mais atra-

palha a Petrobrás é confundi-lacom o governo:

"Ela precisa ter

uma visão empresarial e operarcom bases economicamenteviáveis." Aos 39 anos, o ex-xe-rife da Comissão de ValoresMobiliários diz ter encontrado

uma empresa sem dinheiro pa-ra pagar seus funcionários, do-minada pela ingerência políti-ca, e conclui:

"Quanto mais

governo ela for, menos empresa' 99sera.

Motta Veiga contesta a for-

ma linear com que o governofederal exigiu o corte de empre-

gados. Mas considera "tão bur-

ra e obtusa" quanto esse corte

linear a luta do sindicalismo —"pré-histórico e meio moribun-do" — pela não-demissão li-

near. Para ele, o grande desafioda reforma administrativa nãoestá nas demissões, mas sim noPrograma Nacional de Privati-zação. Nessa área, admite,muito pouco se fez; embora a

própria Petrobrás já pudesseter caminhado bastante.

Zeca Fonseca

Reforma"Esse negócio de Idemissão é bompara dar notícia

no iornal. Ogrande desafio dareforma é a priva-

tização"

não se teria feito a indústria do petróleo noBrasil. Esse problema da estatização, da par-ticipação do governo, precisa ser visto emduas etapas distintas. A Companhia Siderúr-gica Nacional, por exemplo, não seria cons-truída se não fosse o governo. O mes-mo se pode dizer da Petrobrás.

Seria certo, depois de todo esse investimen-to, privatizá-la?Depende do preço. Não estou advo-gando a privatização da Petrobrás, mas, paramim, o governo deve atuar prioritariamenteno saneamento básico, escola pública, hospi-tais públicos. Todos concordam com isso. Jáa participação do governo na indústria dc pe-tróleo é uma outra discussão. Não me cabecontestar a lei, mas a sociedade pode e devefazer permanentemente essa discussão. Sefosse o caso de vender, teria que ser pormuito bom preço. Eu, como contribuinte,não gostaria de ver isso dado de graça aninguém.

Essa ingerência do governo, que o senhorcombate, não se repetiu quando determinaramde Brasília um corte na empresa, levando-o,segundo se comenta, a constestar a ordem decortar 30% do quadro da empresa?

Nunca recebi de Brasília telex, carta ouinformação determinando que eu cortasse 10,15 ou 20% do pessoal. O que questionei écomo podem, 30 dias após a minha posse, vircom um número sem termos estabelecidouma fórmula, um jeito, uma política para aPetrobrás operar. Então, 20 ou 30% é umabsurdo, não tem sentido. Além disso, quan-do se diz que o sistema Petrobrás tem 80 milpessoas e se cria um Programa Nacional dePrivatização, é preciso conjugar esse planocom a reforma. A privatização é o aspectomacro da retirada do estado da economia;o micro é a diminuição do número depessoal.

O senhor acha que o governo pode, com 30ou 60 dias, estabelecer uma reforma estipulan-do um corte de S, 20 ou 30%?

Eu acho que é possível, na adminis-tração direta, porque a reforma administrati-vâ vinha sendo trabalhada há muito tempo.Talvez tanto tempo quanto o da equipe eco-nômica da ministra Zélia. A reforma vinhasendo estudada antes e começou a ser im-plantada no dia seguinte à posse.Que nota o senhor daria para a re-forma administrativa?

Para mim é nota 10.Mas está se cometendo uma série de

tropeços?É complicado. Acho que a reforma admi-

nistrativa é, talvez, a coisa mais difícil queprecisa ser feita. E é difícil avaliar se estásendo bem ou mal feita. Mas a grande refor-ma administrativa é a privatização. Esse ne-gócio de demissão é muito bom para darnotícia no jornal. Mas o grande desafio dareforma administrativa é a privatização.Mas nessa área se fez pouco.

Nessa área se caminhou pouco por-que também é uma área complicada. Epreciso ver, por exemplo, o caso das petro-químicas. Algumas delas, onde somos mino-ria, não c uma questão de privatização massim de venda de ativos pelo melhor preço. Nocaso de empresas onde a Petrobrás tem maio-ria de ações, não. Essas devem fazer partedo Programa Nacional de Privatização. Nocaso do modelo tripartite nós já poderíamoster dado partida em muita coisa.

E por que não foi dada a partida?»Primeiro porque essa questão está sendovista ainda pelo governo como um programaamplo. Da nossa parte, já poderíamos terdado partida ontem. Mas precisamos compa-tibilizar o que a administração da Petrobrástem com a visão do plano mais amplo. Epreciso também que isso seja feito de formabalanceada. A Petrobrás participa, atravésda Petroquisa, de empresas que produzemmais ou menos o mesmo produto. Sair dc

uma c não sair da outra gera um desequilí-brio neste sistema.

A Petrobrás precisa participar da petroquí-mica?

Acho que não. Na minha visão ela sóé indispensável no que se definiu comoexecução do monopólio: exploração, perfura-çào, refino. A distribuição não é monopólio,mas é inerente a uma empresa de petróleo.Para mim, a Petrobrás não precisa sair dadistribuição, até porque não existe empresade petróleo sem a sua bandeira na rua.Não é só marketing, tem um sentido cultural,de imagem de uma empresa de petróleo.

Nesse sentido, o senhor justifica o fato de aPetrobrás ser a dona da maior frota de naviospetroleiros do país.Não. Acho que ela não precisa ser donado navio, mas a operadora do transporte. Eupreciso saber é se com o que pago a um navioteria maior ou menor rendimento em outroinvestimento. Tudo é uma questão de preço.Não quero tomar partido antes de estudar-mos o caso. Se for mais barato ter navio,vamos ter navio.

Então o senhor admite acabar com aFronape (Frota Nacional de Petroleiros)?

Não. Você têm que ter sempre umaquantidade mínima de navios. Eu diria quemenos de 30% a Petrobrás nunca vai poderdeixar de ter.

O Centro de Pesquisa será mantido?O Centro de Pesquisa (Cenpes) é impor-

tante. Ele já fez muita coisa pela Petrobrás, jáeconomizou muito dinheiro. Mas existeaquela dificuldade de avaliar o que é melhor:desenvolver a pesquisa ou comprar uma coi-sa pronta. A pesquisa é sempre benvinda,mas em alguns momentos pode ser melhorcomprar coisas prontas. E também umaquestão de conta.

Seu primeiro corte foi sobre bolsistas, re-cém-contratados, treinados pela empresa. Nãoé incoerência? Não se está demitindo mão-de-obra que substituiria aquela que vai se aposen-tar?

Esse é um problema complicado. Comeceia demitir empregados ao mesmo tempo queestava admitindo esse pessoal. Ficava incoe-rente essa movimentação. Mandei parar deadmitir, demitir os recém-contratados, fa-zer um balanço e aí sim admitir de novo osbolsistas. Do ponto de vista político da em-presa, esse movimento de entra-e-sai não ébom. Mas agora o sindicato entendeu que setrata de reposição de pessoal.

Como foram decididos esses cortes?O corte só pode ser linear se a gor-

dura, a ociosidade, for linear. Aqui nãofoi. Tem áreas profundamente atingidas, ou-tras sairão com o mesmo número de antes.Nào me preocupam na reforma as áreas ope-racionais, onde não se encontra ociosidade.Os números saíram da própria administraçãoda empresa. Dos 100% dos demitidos, apo-sentados ou dispensados, 80% saíram docorpo da empresa, das gerências. Do númeroque veio de baixo para cima — cerca de 2 mil—, a direção só agregou 20%. Nos reserva-mos o direito de dizer: "Olha, aqui tem gentedemais".

No total, quanto a empresa vai eco-nomizar?

Vai gerar uma economia boa. Hoje exis-tem 80 mil pessoas no Sistema Petrobrás, 53mil na holding. Com o Programa Nacional dePrivatização saem mais de 10%. Ou seja:você pega a Petroquímica União (PqU), aCopesul, as empresas que já foram extintas

Interbrás e Petromisa —, Goiasfértil, In-dústria Carboquímica Catarinense (ICC) eCompanhia Brasileira de Álcalis, e já temquase 10 mil funcionárias. Na holding, entreacordos, aposentadorias e dispensas, teremosum corte de 10%, pouco mais de 5 mil. Esseano já foram feitas cerca de 2.500 aposenta-dorias o total deve chegar a 3 mil.

Que outras mudanças são necessárias naempresa?

Temos que rever certas políticas. Não éum julgamento da qualidade das pessoas,mas um julgamento de políticas. Quandodigo que é preciso rever a atuação da empre-sa nos transportes, não estou dizendo que elaé ruim, mas questionando se é economica-mente viável, lucrativo ou interessante tra-balhar nessa área. Não posso dizer queo Cenpes é ruim, mas em um determi-nado momento é preciso discutir se é maisinteressante, mais barato, mais eficaz a curtoprazo comprar tecnologia. A questão é, den-tro de uma visão empresarial que a Petrobrástem que ter, ver como empregar melhor o seudinheiro. Nào estou criticando a Petrobrás deantigamente, quando o dinheiro era farto ebarato. Mas hoje, quando o dinheiro é curtoe caro, a Petrobrás tem que dar um salto,viver dela. A época da Petrobrás mobilizadaem sondas acabou. Vamos alugar. É maisbarato, melhor, e a gente consegue a mesmacoisa.

Mas ela não tem um papel social? Quandocompra uma sonda não gera empregos nopais?Acho isso incoerente. Se o governo querdesenvolver uma sonda deve criar um órgãode política industrial para resolver isso, não aPetrobrás. Essa confusão, que o governo fe-deral faz, é prejudicial à Petrobrás. Por queela tem que pagar mais caro pelo que énacional? Então que não nos cobre maiseficiência e barateamento dc custo. A empre-sa tem que operar com bases economicamen-te viáveis.

A empresa conciliará seus preços com apolítica de combate á inflação?

Os preços já estão defasados 10%, emfunção da taxa de câmbio. Isso tem que serrevisto e vai ser revisto. É um compromissodo presidente Collor não criar artificilialismonas tarifas públicas. Artificialismo de preçofoi muito usado e nào resolveu o problemada inflação.

Quanto a Petrobrás vai investir esse ano?O programado no ano passado era 1,7

bilhão de dólares. Mas não vamos che-gar a isso. Estamos atrasados cinco anos noprojeto de auto-suficiência, que só deveráocorrer em 1999. As previsões iniciais eramde atingirmos a auto-suficiência em 1990,produzindo 1,2 milhão de barrisidia. Esta-mos produzindo a metade. Agora, esperamosatingir 1 milhão de barris/dia em 1995.Para isso, precisamos de preços melhores e deprivatizarmos empresas do sistema em buscade dinheiro pára investimento.

No mundo já se discutem alternativas decombustíveis. A gasolina continuará sendo im-portante no Brasil?

A gasolina é o quarto combustível no país.Antes vem o diesel, o óleo combustível e oGLP (gás de cozinha). Nessa questão existemdois aspectos: um é do combustível e outro éo da indústria automobilística. No que dizrespeito à qualidade da gasolina, com o ál-cool anidro tivemos uma melhora: melhorano produto, quanto à qualidade de combus-tão e ao meio ambiente. Mas ainda há umadiscussão grande sobre o que é poluente. Ometanol, por exemplo, é considerado o com-bustível menos poluente do mundo.

E a crise do álcool?Temos que tentar resolvê-la ou, pelo me-

nos, minimizá-la. Onde se distribuiu metanola crise foi reduzida. Quais as saídas? Mistu-rar produtos em substituição ao álcool;transformar alguns segmentos, como, porexemplo, os táxis a álcool em gasolina. Sãosoluções concretas para diminuir a demandade álcool. Partir do preço do óleo para darsubsidio ao álcool é muito difícil. A médioprazo a gente tem que caminhar para umarevisão de preços de álcool vis-à-vis com agasolina. Fala-se que no futuro teremos umcardápio dc combustíveis.

Preços"Ospreçosjá

estão defasados10%, em função

da taxa decâmbio. Isso temque ser revisto e

vai ser revisto"

Crise do álcool"Quais as saídas?

Misturarprodutos em

suostituição aoálcool e

transformar ostáxis a álcool em

gasolina"

C

14 ? Io caderno ? domingo, 24/6/90 Meio Ambiente/Ciência JORNAL DO BRASIL

Devastação condena à morte o ecossistema de MaricáHenrique Ruffato

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Drenagem acabou com ararinhas e jacarésmas espécies novas de percevejos e micro-borboletas até hoje só foram encontradasnesta região.

Relatos de naturalistas mostram queum dia viviam na região das lagoas e darestinga de Maricá jacarés, capivaras, mi-cos-leões, cachorros do mato, ararinhas eaté veados. Hoje não existem mais. "Aculpa foi das obras de drenagem feitas naépoca de Getúlio Vargas para impedir ainundação de áreas alagáveis nas baixadasdo Rio e assim acabar com o mosquitotransmissor da malária, doença que eraepidêmica na região", conta o zoólogo RuiCerqueira, chefe do Departamento de Eco-logia da UFRJ.

Segundo ele, em Maricá essa drenagemacabou com os brejos ao redor das lagoas,reduzindo também a produção pesqueira."A tendência das lagoas é desaparecer ra-pidamente e certamente durarão muito

menos que 100 anos", prevê o pesquisa-dor.

Hoje, na região ainda há porcos-espi-nho„ mas são caçados por habitantes lo-cais. Já a devastação das restingas provo-cada pelos loteamentos ameaça cerca de600 espécies de plantas, principalmentemirtáceas e cambuís — habituadas a viverem solos pobres como esses. A região tam-bém é colorida por bromélias c até orquí-deas.

Nas restingas, os nutrientes estão navegetação e não nos solo. "Por isso, écatastrófico cortar plantas nesse local", en-fatiza Ricardo Iglesias, também pesquisa-dor da UFRJ, especialista em insetos. "Asusbtituição de espécies de insetos estácomprometendo a alimentação de anfíbiose répteis", adverte. Segundo Iglesias, algu-

A preocupação maior é com a cinolébia,uma espécie de peixe de aquário muitocolorida que é endêmica nessas áreas derentinga, ou seja, só existem ali. "Esses

peixes desovam em águas temporárias —acumuladas com as chuvas em pequenaslagoas perto das restingas. Quando essaspoças secam, o adulto morre, mas ficam osovos para o nascimento dos filhotes naspróximas chuvas", explica a bióloga EricaMaschi, que periodicamente recolhe amos-tras de peixes nos rios e lagos da regiãopara análise. "O desmatamento das mar-gens dos rios para a retirada de areia estámudando a composição da fauna de pei-xes", alerta. (S.,4.)

Astrônomos da Nasa retratam

asteróide em golpe

de sorte

Sérgio Adeodalo

O paraíso ecológico que reúne partes intocá-" Vèis de Mata Atlântica, o complexo lagunar deMaricá e uma restinga de 60 km2, na Região dos"l^agos, _ abrigo do último trecho ainda preser-vado de restinga do estado — está com setença demorte decretada. Em 12 anos, a área ocupada poratividades agrícolas aumentou 117% , o espelhode água das quatro lagoas da região diminuiu3,4% c, o pior, a área de restinga degradada

¦ «cresceu 467%, atingida pelos empreendimentosimobiliários.

Esse foi o diagnóstico feito por um grupo depesquisadores do Departamento de Ecologia da

, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),com base em imagens de satélite, fotografias aé-reas e estudos de campo. "O roubo de areia paraa construção civil, os loteamentos e a abertura deestradas estão destruindo as restingas", denuncia" a bióloga Maria Fernanda Quintela, coordenado-ra do projeto. Segundo o levantamento, 42,5 km2de restinga (70%) já estão devastados.

As restingas têm uma importante função den-tro do ecossistema. Além de abrigar animais quesó vivem neste tipo de vegetação, as restingas'' servem como barreira contra a movimentaçãode areia levada pelo vento e chuvas em direção àslagoas e protegem o lençol freático que garante oabastecimento de água das vilas e cidades vizi-nhas. "A destruição dessas áreas poderá se-car as lagoas da região", adverte Fernanda Quin-tela. Os bancos de areia nas margens dos rios clagoas aumentaram 4,3% nos últimos anos.

Loteamento — Situada entre Itaipuaçú ePonta Negra, a região teve suas matas exploradaspela agricultura desde o século passado e depoisfoi cobiçada pelos loteamentos. O estudo mos-

«wirou que, cm 12 anos, a área ocupada por sítiosr ~^'|umentou 207% e as pastagens permanentes

«¦ cresceram 41,4%. As areas abandonadas por£ posseiros são hoje 3% a mais e a Mata Atlântica

ficou 11,2% menor.A pesquisa avaliou também a evolução da

5'" população humana diante da devastação e atual-,'<Vi mente os técnicos estão cruzando mapas no

computador para obter dados mais precisos sobreos riscos da ocupação humana para o ambiente."A área já está tão degradada que a maioria dos

r. veranistas abandonaram seus sítios ou casascompradas na época em que aquilo era umparaíso", ressalta a pesquisadora Edna MachadoGuimarães, especialista em Ecologia Humana."Hoje, Maricá é praticamente um subúrbio de

Niterói e o turismo de classe alta foi substi-tuido pelo de classe média-baixa", analisa EdnaMachado, lembrando que grandes propriedadesrurais deram lugar a pequenos sítios. "Muitas

pessoas moram nos sítios e trabalham no Rioou cm Niterói, transformando suas casas de vera-neio em residência permanente".

Há um século, Maricá atendia toda a denlan-da de pescado da capital, mas hoje só existem 300pescadores na região, divididos em dois núcleospesqueiros — Ponta Negra e Zacaria. "E muitoruim ser pescador numa lagoa que morre dia-a-dia", lamenta Edna Machado.

A maior parte da área devastada está protegi-da por decrcto, mas não na, prática — em 1984, ogoverno estadual criou a Área de Proteção Am-biental (Apa) de Maricá, que teoricamente man-teria algumas áreas intocáveis, mas abriria outrasaos loteamentos. O que ocorreu foi que o gover-no passado criou uma Apa com uma legislaçãotípica de Estação Ecológica, que impede a ocupa-ção humana e faz desapropriações para fins depreservação.

Favela — "Como as desapropriações nãoforam feitas, muitas casas foram construídasclandestinamente e agora a área corre o risco devirar uma favela, consumindo todo o verde",adverte o presidente da Fundação de Engenha-ria e Meio Ambiente do Rio (Feema), FernandoAlves de Almeida. "O decreto do governo passa-do é muito restritivo e ilegal", denuncia.

A questão abriu uma polêmica. A Feemaaprovou um plano diretor, permitindo os lotea-mentos em áreas já devastadas, o que contraria oconfuso decreto do governo anterior. "A pre-servação da área é perfeitamente compatível como uso da terra, através de uma ocupação ordena-da", opina Fernando de Almeida. A idéia dogoverno é permitir a execução do plano indutorde turismo na região, através de maciços investi-mentos espanhóis. "O objetivo é usar o turismopara preservar o ambiente. Ninguém faz turismoem lugar degradado", justifica o presidente daFeema. Mas a Procuradoria Geral do Estadocontestou o plano diretor da Feema na justiça e aquestão ainda não foi resolvida.

Os pesquisadores da UFRJ temem que o pro-jeto do governo estadual acabe de vez com aecologia, afugentando as 80 espécies de aves quehabitam o local e interferindo nos recursos hidri-cos. "Toda a Apa de Maricá deve ser intocável",reclama Edna Machado.

Universidade pode

ter liberdade para

definir vestibularBRASÍLIA — A partir do segundo semestre

deste ano, cada universidade poderá ter liberdadepara escolher a forma de seleção a ser aplicadaaos novos alunos, seguindo normas fixadas peloMinistério da Educação. Essa e outras propostasde mudanças no ensino superior fazem parte deum relatório produzido por um grupo de educa-dores nomeados pelo Ministério da Educação eque serão analisadas durante a semana pelo mi-nistro Carlos Chiarelli.

Ainda sobre o vestibular, Chiarelli poderáoptar por outra proposta que recomenda umexame classificatório, sem uma média minima deaprovação, possibilitando assim o preenchimentode todas as vagas ociosas. A proposta sugereainda cursos de recuperação dos alunos menospreparados, que seriam ministrados na própriauniversidade.

Ao mesmo tempo em que facilita o ingresso denovos alunos nas universidades, o grupo de tra-balho recomenda a avaliação dos cursos de gra-duação, pesquisa e extensão para garantir aqualidade do ensino. Hoje, apenas os cursos depós-graduação são avaliados pela Coordenadoriade Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Supe-rior (Capes). A comissão propõe que os cursossejam acompanhados pela comunidade academi-ca, cabendo ao MEC apenas a função de promo-ver e fornecer os recursos para o trabalho.

Também preocupado com a qualidade doensino, o grupo sugere ainda maior entrosamentoentre órgãos de pesquisa e as universidades paragarantir a participação dos alunos cm trabalhosde laboratórios. "Atualmente, muitos laborató-rios de institutos de pesquisa, como a Financia-dora de Estudos e Projetos (Finep) c o Conse-lho Nacional de Desenvolmcnto Científico eTecnológico (CNPq) estão localizados nas uni-versidades sem que os alunos participem de qual-quer dessas atividades", observa o diretor da Se-cretaria Nacional de Ensino Superior (Senesu),Paulo Roberto Thompson Flores.

Atropelamento — A intenção do go-verno de efetuar reformas no ensino superior écontestada por educadores da Universidade deBrasília (UNB). Para o professor titular de eco-nomia da Faculdade de Educação, Jacques Velo-so, o governo está atropelando o Congresso Na-cional, que está votando o projcto-de-lei sobre asDiretrizes e Bases da Educação Nacional. "Todasessas questões são tratadas com mais profundida-de no projeto-de-lei", lembra Jacques. Quanto aovestibular, o educador acha que qualquer mudan-ça para facilitar o ingresso do aluno só poderáocorrer em caráter provisório.

O problema, na sua opinião, é mais amplo cestá relacionado com a fragilidade dos cursos deprimeiro e segundo graus. Ele acha que a univer-sidades não podem substituir os cursos de se-gundo grau promovendo aulas de recuperaçãoaos alunos deficientes. "O governo tem que me-lhorar a qualidade do ensino fundamental paraque o aluno consiga ingressar no ensino supe-rior", argumenta. Segundo ele, em países como aItália, França e Argentina, onde não existe vesti-bular, os alunos mais fracos conseguem entrarna universidade, porém acabam desistindo devi-do ao alto grau de reprovação.

O educador, no entanto, acha que tambémque não cabe ao governo discutir o vestibular,porque isso fere a autonomia da universidade."Com uma avaliação profunda nas universi-dades, realizada pela comunidade acadêmica, ha-veria condições de cada universidade optar pelotipo de seleção que considerar mais apropriada",defende Veloso. Assim, depois de avaliadas,aquelas que não apresentassem o padrão de qua-lidade necessário à sua condição, estariam sujei-tas a perder o título universidades. No caso dosestabelecimentos de ensino superior isolados(fundações e faculdade), Veloso acredita que serianecessário um maior acompanhamento do gover-no com relação aos exames de seleção pa-ra manter a qualidade do ensino.

PASADENA, Califórnia, EUA — Num ex-traordinário golpe de sorte, astrônomos da Nasaconseguiram as primeiras imagens detalhadas deum asteróide. A pesquisa foi feita em agosto doano passado usando a gigantesca antena parabó-lica do Observatório de Arecibo. Ondas de radarforam refletidas num asteróide desconhecido,descoberto 13 dias antes pela astrônoma EleanorHelin. Os resultado estão sendo publicados agorapela revista Science. Quando o asteróide foi des-coberto, estava numa posição ideal para ser ob-servado de Arecibo pelo astrônomo Steven Ostro,que, por acaso, tinha quatro dias de observaçãoreservados no cronograma do observatório.

Os asteróides são fragmentos de metal e ro-cha, alguns cora dezenas de quilômetros de diâ-metro, que vagam pelo espaço. Como são relati-vãmente pequenos, sua observação é difícil.Mesmo as fotos obtidas com os maiores telescó-pios óticos mostram apenas pequenos pontinhosde luz contra o céu estrelado. No ano passado,dois asteróides passaram muito perto da Terra,um deles no mês de março, o outro em agosto. Osastrônomos do Laboratório de Propulsão a Jatoda Nasa usaram o radiotlescópio para obter umaimagem do asteróide empregando ondas de rá-dio.

A antena parabólica de 300 metros de diãme-tro, situada em Arecibo, PortoRico, foi construída sobre umvale e não pode se mover paraacompanhar um objeto nocéu. O gigantesco radioteles-cópio só pode observar obje-tos que passem diretamentesobre ele. Por coincidência, foiexatamente o que aconteceucom o asteróide. As ondas deradar emitidas pela antena re-fletiram no objeto e voltaramao observatório, criando umaimagem exatamente como aluz de uma lampada de flashfaz ao refletir no objeto foto-grafado.

Outras coincidências ex-traordinárias ajudaram os pes-quisadores a obter seus resul-tados. Os asteróidesgeralmente seguem órbitas im-previsíveis e foi preciso pedir

ajuda a observatórios do mundo inteiro paradeterminar com precisão a posição do asteróideno céu. No mês de agosto do ano passado oasteróide estava na mesma região do céu ocupadapela lua cheia, o que tornava a observação difícil.Então, houve um fato inusitado: no dia 17 deagosto ocorreu um eclipse total da Lua, o quepermitiu que dois cientistas ingleses determinas-sem com precisão a posição e os movimentos doastro errantq,

As imagens feitas em Arecibo mostram que oasteróide é formado por duas rochas no lugar deuma. Os dois corpos viajam pelo espaço girandoum ao redor do outro, numa espécie de dançacósmica. A análise do radar indica que são corposirregulares, com uma superfície acidentada echeia de crateras. Eles giram numa direção con-trária aos ponteiros do relógio, levando quatrohoras para completar uma rotação completa.

No futuro, a Nasa pretende enviar uma espa-çonave até um asteróide. Trata-se da sonda espa-ciai Craf, sigla em inglês de Encontro com Come-ta e Asteróide, que deve ser lançada no final doséculo. O estudo dos asteróides é importanteporque esses objetos podem colidir com os plane-tas, provocando explosões com a potência demilhares de bombas nucleares.

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Ecologista dos EUA promete

apoiar conversão da dívidaJL Leof

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BRASÍLIA — Quando começar a renego-ciar sua dívida externa com o Fundo MonetárioNacional (FMI) e com o comitê dos bancoscredores internacionais, o governo brasileiro sóterá a lucrar se, ao mesmo tempo, apresentarum amplo projeto de preservação ambientalque garanta a demarcação das reservas indige-.nas brasileiras, de reservas extrativistas e des-carte a construção de grandes usinas hidrelétri-cas na Amazônia. Somente em projetos deconversão de parte da dívida externa em pro-gramas de preservação da ecologia, o Brasilpoderá receber uma injeção de USS 300 mi-íhòes.

A previsão é da ambientalista norte-ameri-cana "Barbara Bamblc, representante na Améri-ca do Sul da National Wild Life Federation,maior entidade ecológica não governamentaldos Estados Unidos, com seis milhões de asso-ciados, que esteve na semana passada no Brasilem contatos com entidades ambientalistas euma audiência com o secretário do Meio Am-biente da Presidência da República, José Lut-zenberger. "O governo brasileiro deve reiniciaras negociações com o FMI e bancos credoresdentro de três meses e, se apresentar projetosconcretos para a preservação do meio ambiente,terá todo o nosso apoio para que obtenha umaredução da dívida", garantiu Barbara Bamble.

A National Wild Life Federation exerce for-te pressão sobre o Congresso dos Estados Uni-dos, onde possui fiéis aliados como os senado-res democratas Al Gore e Timothy Wirth, alémdo republicano Bob Kasten. A indicação doprofessor José Lutzenberger para ocupar a se-cretaria do meio ambiente da Presidência reper-cutiu muito bem nos Estados Unidos e isso,segundo Barbara Bamble, poderá facilitar ascoisas no momento de negociar a dívida externabrasileira.

Portas abertas — Barbara Bamble con-fessa que ficou impressionada com as primeirasmedidas adotadas pelo governo Fernando Col-lor na área ambiental, inclusive com o convêniofirmado na última terça-feira entre o InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis (Ibama), Conselho Nacio-nal de Seringueiros e Instituto de Estudos Ama-sônicos (IEÀ), que prevê a implantação, em 4anos, de reservas extrativistas na Amazônianuma área de quase 25 milhões de hectares.Medidas como essa, garante Barbara Bamblc,ajudarão a abrir as portas para o governo brasi-leiro não só renegociar a dívida externa emcondições extremamente vantajosas, mas tam-bém garantir a abertura da torneira dos bancoscredores para a cessão de novos empréstimos.

O processo de conversão de pequenas partesda divida externa brasileira em projetos am-bientais específicos, proposta já endossada pelopresidente Fernando Collor, deverá seguir ostrâmites normais como já ocorreu em outrospaíses como Costa Rica, Equador, Zâmbia,Madagascar e Bolívia. "Tem que haver o doa-dor de recursos para, então, se comprar parteda dívida de um banco credor, no mercadosecundário", ensina Barbara Bamble."A visão desenvolvimentista do atual gover-no brasileiro é melhor que a do anterior", opinaBarbara Bamble. Realista, ela garante que osbancos credores internacionais não pretendem,de forma alguma, abrir mão de seus lucros, massão suscetíveis a pressões exercidas pelo Con-gresso norte-americano.

O senador Timothy Wirth, por exemplo, queesteve chefiando a delegação do Congresso dosEUA que visitou o Brasil ano passado, passan-do pelo Acre em solidariedade ao líder serra-gueiro Chico Mendes, assassinado em dezem-bro de 1988, integra a comissão do Congressoque participa do comitê dos bancos credores dadívida externa brasileira.

De acordo com Barbara Bamble, o governoCollor poderá obter uma renegociação da dívi-da mais vantajosa do que a oferecida ao gover-no mexicano, com a redução das taxas de jurospara o futuro, a redução do valor nominal dealguns títulos da dívida e poderá conseguir aliberação de novos empréstimos até mesmo pa-ra comprar parte da dívida pelo valor oferecido?o mercado secundário.

Leopoldo Silva

Bamble quer projeto brasileiro

Projeto deu certo

no Terceiro MundoExperiências de conversão da dívida ex-

terna em projetos de proteção ao meio am-biente já deram certo em outros países. ABolívia foi a primeira a usar sua dívida parapreservar natureza. Em 1987, a entidade am-bientalista norte-americana Conservation In-ternational foi autorizada pelo governo boli-viano a comprar USS 650 mil de sua dívidaexterna através do Citicorp Bank — devidoao deságio, os títulos foram adquiridos naverdade por USS 100 mil. Em troca, o gover-no da Bolívia comprometeu-se a criar a Re-serva Florestal de Chimane, de 1.152 hecta-res, para a exploração auto-sustentada.

Também precisou aumentar a Reserva deBeni em 335.045 hectares, colocar todas asáreas sob máxima proteção oficial e criar umfundo de USS 250 mil para a manutenção efiscalização das áreas protegidas. A Conser-vation Internacional passaria a ser a cônsul-tora oficial do governo para os projetos depreservação. "Inicialmente, essa conversãopioneira sofreu criticas dos que pensavamque isso lesaria a soberania nacional, masdepois a oposição foi neutralizada pelo êxitodas experiências posteriores de Costa Rica eEquador", comenta o engenheiro FranciscoPerlingeiro Neto, em artigo publicado naúltima edição da revista da Fundação Brasi-leira para a Conservação da Natureza.

Através da conversão de mais de USS 80milhões da dívida externa, adquiridos pelosgovernos da Holanda e da Suécia e por enti-dades conservacionistas da Europa e dos Es-tados Unidos, em dois anos a Costa Ricaaumentou de 8% para 27% a área de parquesnacionais.

Em 1988, as Filipinas converteram USS 2milhões de sua dívida de.USS 29 bilhões parapreservar 1,3 milhão de hectares. O Equador,que no ano passado tinha uma dívida externade USS 11 bilhões, usou USS 10 milhões paraproteger 2,1 milhões de hectares.

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Tecnologia moderna permite

ampliar a visão do Uhiverso

Usando novas técnicas de interferometria óti-ca, astrônomos do mundo inteiro estão conse-guindo unir vários telescópios pèquenos paraproduzir a ampliação de um telescópio gigantes-co. Recentemente, astrofisicos franceses usaramum equipamento de dois telescópios, colocado noObservatório de Calem, nos Alpes Franceses,para observar um disco de matéria luminosaenvolvendo a estrela Gama, na constelação da'Cassiopéia. Os telescópios franceses são monta-dos sobre trilhos, a 120 metros de distância umdo outro. Suas imagens combinadas revelam de-talhes mil vezes menores do que os que podiamser distinguidos pelos antigos sistemas de umúnico telescópio.

Com esse equipamento foi possível medir odiâmetro das estrelas duplas Capela A e B, a 42anos-luz da Terra (um ano-luz eqüivale a 9,5trilhões de quilômetros) descobrindo-se que elasgiram uma ao redor da outra num período de 104dias. Agora os franceses querem construir o siste-ma OVLA (Optical Very Large Airay) que seráformado por 27 telescópios de 1,5 pictro de aber-tura, instalados no pico do monte Mauna Kea,no Havaí. Um projeto semelhantfc está sendodesenvolvido pela agência espacial americanaNasa, para ser instalado na Lua por volta do ano2005, quando os astronautas estiverem construin-do a base lunar.

Os novos telescópios não servem só para des-

cobrir os ^egredos da natureza. Em Maui, noHavaí, a Força Aérea dos EUA instalou umconjunto de telescópios sofisticados para obser-var os satélites soviéticos. A estação de Mauí usaraio laser para iluminar os satélites soviéticosdurante a noite, jwrmitindo que. seus detalhessejam observados pelos telescópios óticos.

O sis^ma permite determinasse um satéliteespião e^tá funcionando ou foi desativado. N°caso dos satélites equipados çòm reatores nuclea-res, as fotos chegam a mostrar os reatores soviçti-cos brilhando em brasa quando sua potênciatotal é acionada no espaço. No dia 24 de abril, anave espacial Discovery foi lançada, colocandoem órbita o telescópio espacial Hubble.

As imagens do tanque, iluminado pelos ca-nhões laser do observatório, mostram sua pene-tração na atmosfera até se desintegrar pelo calordo atrito com o ar. A desintegração foi tãobrilhante que pôde ser vista através das nuvens, aolho nu, por observadores nas várias ilhas do

arquipélago havaiano. Os telescópios também fo-tografaram as navés tripuladas norte-americanas,permitindo distinguir objetos no seu comparti-mento de carga. As fotos mostram que quandoum ônibus espacial aciona seus motores em órbi-ta produz rastros de gás mais longos que a pró-pria espaçonave. Os rastros se orientam na dire-ção do campo magnético terrestre,

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JORNAL DO BRASIL Intfiraácional

Conservador é eleito

líder do PC russo e

diz apoiar Gorbachev

MOSCOU — O conservador Ivan Polozkov, eleito sccrctá-rio-gcral do recriado Partido Comunista Russo, defendeu apermanência do lider Mikhail Gorbachev na chefia do PC daUnião Soviética e se disse preparado para trabalhar em conjun-

, to com o ultra-reformista Itoris Veltsin, presidente do SovieteSupremo (Parlamento) da l;cderaçào Russa, a maior e maisimportante das 15 repúblicas soviéticas. No segundo turno davotação, sexta-feira à noite, Polozkov recebeu 1.396 dos 2.648,votos, contra 1.066 dados ao moderado Oleg Lobov.

No encerramento do Congresso Constituinte do PC russo,. ontem, Gorbachev. que tem mandato de presidente da URSS

•por mais quatro anos, afirmou que não pretende deixar dedisputar a reeleição para sccrctArio-gcral do PCUS no 28°Congresso do partido, a partir de 2 de julho. Mesmo conside-rando a possibilidade de os dois cargos serem ocupados porpessoas diferentes, como defendeu o líder conservador YcgorLigachcv, Gorbachev se disse "convencido de que se devemanter a situação como está", e fez um apelo á união dopartido.

Inicialmente contrário à recriação do PC russo, incorpora-do ao PCUS por Stálin em 1925, Gorbachev acabou apoiandoa transformação da conferência das organizações comunistasem Congresso Constituinte do novo partido, que, dominadopelos conservadores, terá um peso importante no 28" Congres-so do PCUS. Duramente atacado durante os debates, o presi-dente da URSS chegou a mencionar a possibilidade de opartido ter um novo sccretário-gcral "dentro de 10 ou 12 dias ,e pediu mais respeito ao cargo cm si.

Surpresa.— A posição tic Polozkov a favor da continui-dade de Gorbachev no posto causou surpresa entre muitosanalistas políticos, que esperavam unia aliança dele com os"conservadores liderados por Ligachev para enfrentar o atualpresidente. Como chefe do PC cm Krasnodar durante osúltimos cinco anos, Polozkov destacou-se como critico deGorbachev, principalmente nas questões econômicas, manifes-tando-se também contra a despolitização do Exército e doKGB (policia secreta)

Km seu discurso, antes de ser eleito, Polozkov fez umadefesa do marxismo ortodoxo, c afirmou que o partido ' deveser salvo das ameaças de destruição que vem da esquerda e dadireita". Ele acusou a liderança partidária, comandada porGorbachev. de não ter "um programa claro de ação pararenovar o socialismo".

Depois de eleito, Polozkov mudou de tom, rechaçou o rótulode conservador e disse que irá "apoiar a permanência de Gorba-clicv como presidente e sccretário-gcral do partido , afirmandoque assim ele "pode ser mais ativo c influente em prosseguir coma perestroika". O chefe do PC russo disse esperar que suasrelações com Gorbachev "se fundem cm bases sólidas , acresceu-lando que "os comunistas comprometidos com a perestroikadevem deixar de lado suas relações pessoais".

De seu posto. Polozkov desempenhará um papel-chave,capaz de atrapalhar os planos de reformas tanto de Gorbachevcomo do uhn-perestroikista Boris Y e 11 si», com quem disputou, há menos de»uni mês. a presidência do Soviete Supre-jmo russo, retirando sua candidaturaapós ser derrotado no primeiro turno da|votação. Sobre sua relação com Ycllsin.fque preside o Parlamento onde o PCIrusso irá atuar, Polozkov disse não ver!confronto entre eles. "Nós simplesmente!iremos trabalhar juntos", afirmou. fwn /vJwifcõü

Prefeito de Berlim é

contra plano de Moscou

para desmilitarização

BERLIM OCIDENTAL — O prefeito do lado ocidentalde Berlim, o social-dcmocrata Walter Momper, rejeitou aproposta de desmilitarizar totalmente a antiga capital alemã, amenos que os soldados soviéticos saiam também do resto daAlemanha Oriental. A proposta de retirar todos os contingcn-tes estrangeiros dos dois lados da cidade foi feita sexta-feira

. pelo ministro do Exterior soviético, Eduard Shevardnad-ze.

Pela proposta soviética, apresentada durante cerimônia dedesativação de um antigo ponto de passagem no Muro deBerlim, todas as tropas estrangeiras teriam seis meses para seretirarem da cidade a partir da data oficial da reunificaçãoalemã. Momper, cuja posição foi divulgada cm entrevista aojornal dê Munique Suddeutsehe Zeilung, não concorda com a

'li I 1111|" i "i ii Ipntfiis sff rnniinuar a presença de soldadossoviéticos ao rrdnr da "i-t-yl" i-nn.nin.Jin içpt nn interior do

. território da atual Alemanha Oriental,w- A proposta de Shevardnadze foi rechaçada também pelos

outros cinco chanceleres integrantes da reunião dois-mais-qua-iro (as duas Alemanhas, França, Grã-Bretanha e Estados Uni-dos, além da própria URSS). Em entrevista ao jornal Weh AmSomitag, o ministro da Defesa alemão-ocidental, Gerhard Stol-

"'"tcnberg, classificou o plano de "inaceitável para o Ocidente'"e incompatível com os interesses legítimos da Alemanha".A presença de tropas soviéticas ao redor de Berlim vem

sendo usada como argumento para que Bonn, atual capi-fiai da RFA, seja a capital da Alemanha unificada. "Pode¦ Berlim ser a capital com as tropas soviéticas às suas portas?",. -perguntou Momper na entrevista.

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domingo. 24,6/90 ? 1" caderno o 15

Bombas destroem dois

escritórios do partido

do governo sul-africano

JpHANNESBURGO — Atentados a bomba destruíramdois escritórios do Partido Nacional do governo sul-afri-cano, em Johannesburgo. durante a madrugada de anteontem.As explosões ocorreram menos de 24 horas depois de a policiater delido II extremistas brancos acusados de organizarum compló para matar o presidente Frcdcrik de Klerk c o liilcrnegro Nelson Mandela.

Uma das bombas — feitas de explosivos industriais —devastou a sede do partido no subúrbio de Auckland Park,enquanto a outra explodiu no escritório de Helderkruin, umacidade satélite de Johannesburgo. Os atentados não deixaramvítimas, mas provocaram sérios danos materiais. O presi-dente De Klerk está com sua segurança reforçada desde an-tcontem, quando compló foi descoberto.

O jornal Vrye IVeekhlad noticiou que os 11 supostos terro-ristas presos — c depois soltos — pertencem ao Movi-mento de Resistência Afrikaner e pretendiam, além de matarDe Klerk e Mandela, atacar integrantes do governo, destruirusinas hidreléticas, barragens, um estádio e envenenar a águada cidade negra de Soweto.

Duas organizações de extrema-direita — os Lobos Brancose o Exército dos Granjeiros — ofereceram uma gratifi-cação de USS 37,6 mil a quem matar o ex-agente de segurançaJau Smith, que teria informado o jornal sobre o plano de matarDe Klerk e Mandela.

Com o filho morto nos braços, o iraniano chora depois (1o terremoto que matou 40 mil Pr HYl C ir O ~ /TI IfUStrO do

Novos tremores causam pânico

Canadá tenta acalmar

no Irã 2 dias após a tragédia.. r vr ,i m.Jnc nnm Vvicr» nnc rnrnns nnr» iá foram "f*pit;» Hí» Xí)% fias cidades <TEERÃ — Novos tremores de consi

derávcl intensidade provocaram pânicoentre a população do Irã, dois dias de-pois do terremoto que matou 40 milpessoas e deixou mais de 100 mil feridos.A população correu para as ruas c otrabalho das equipes de resgate nestaregião do mar Cáspio ficou prejudicado.

Ainda traumatizados pela tragégia,os iranianos começaram ontem a enter-rar seus mortos em valas coletivas. "Sobas atuais circunstâncias, os números de40 mil mortos e 100 mil feridos são esti-

Linha-dura — O vice-presidenteda China. Wang Zhen, um dos liderescomunistas mais ortodoxos do pais, ata-cou duramente os moderados do Parti-do Comunista, acusando alguns delesde traidores. Em artigo publicado noDiário tio Poro, do PC. Wang advertiuque o pais vai defender o socialismo "aqualquer custo" e denunciou a exis-téncia de oportunistas no partido.Roubo em Veneza — Ladrõesroubaram de uma igreja em Veneza um

mados com base nos corpos que já foramenterrados ou encontrados pelas equipesde resgate. Infelizmente, este número de-ve crescer", disse a agência de notíciasoficial Irna.

A televisão local mostra a toda horaas impressionantes imagens de devasta-çào. Segundo a lrna, quatro pequenascidades na região montanhosa de Gilanpraticamente desapareceram c "seus ha-bitantes devem estar todos mortos". Acidade de Roudbar foi a mais atingida esó ali o número de mortos passa de 6 mil.

quadro do século 18 de Giovanni Battis-tu Tiepolo. cujo valor è incalculável. Oquadro, representando o martírio de SãoBarlolomeu. foi pintado em 1720 e res-taurado várias vezes. A policia disse queo roubo deve ser destinado a algum cole-cionador. já que a tela é muito conhecidapara ser vendida a museus ou galerias.Turista ferido — Dois turistasalemàes-ocidentais e dois cidadãos israe-lenses (um árabe e outro judeu) fica-rum feridos na explosão de uma bomba

Cerca de 80% das cidades da região deOshkur foram devastados e o restanteficou seriamente danificado", segundo aagencia oficial.

O governo teme agora o surgimentode doenças devido à decomposição doscorpos que ainda estão sob os esconi-hros. O Ministério das Relações Extcrio-res negou que o Irã tenha rejeitado aujuda de médicos e equipes de socorroestrangeiros. A chancelaria atribuiu a in-formação a "certos meios de comunica-ção estrangeiros".

no balneário de Ein Gedi, no Mar Mor-to. um dos principais pontos turísticosde Israel. A bomba estava numa latade lixo na praia.Mandela — O lider nacionalista•ul-africano. Nelson Mandela, conheceuontem em Boston, nos EUA, três de seusnetos, nascidos durante sua estada de27 anos na prisão. Mandela. e a mulherWinnie. agradeceu á população da ei-dade por cuidar das crianças.

jlJulroney

população do QuebecOTTAWA — O primeiro-ministro do

Canadá, Brian Mulroney, alertou que opaís pagará caro por não ter conseguidoaprovar uma emenda constitucional desti-nada a evitar a secessão do estado deQuebec. A emenda, que protegia a culturamajoritariamente francesa desta região,expirou na sexta-feira á noite depois que asassembléias de Manitoba e Ncwfoundlanddeixaram de votá-la.

O primeiro-ministro Mulroney ocupoucadeia dc rádio e tevê para tentar acalmaros ânimos no pais. Em discursos cm inglêse francês (os dois idiomas oficiais) Mulroney disse que se sentia"profundamente decepcionado" pelo fracasso das negociaçõese prometeu buscar outra solução. "Há potencialmente impor-tantes implicações para o Canadá. Isto certamente terá conse-qüèncias

", alertou o primeiro-ministro.Mulroney, natural de Quebec, foi o autor da emenda Meech

Lake, que durante três anos deu garantias à população deorigem francesa e, durante este período, evitou o surgimento deesforços separatistas. Temeroso de que as incertezas prejudi-quem economicamente o pais, o primeiro-ministro pediu que osinvestidores estrangeiros não abandonem o Canadá pot'causado fracasso do acordo."Os canadenses sempre superamos os desafios da unidade edeveremos fazer isto mais uma vez", disse, lembrando que oCanadá ainda è a oitava economia do mundo. A oposição rea-giu pedindo a renúncia dc Mulroney. O líder do PartidoLiberal, Hcrb Gray, criticou o primeiro-ministro, quem consi-derou responsável pelo fracasso do acordo.

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16 ? Io caderno ? domingo, 24/6/90 Internacional JORNAL DO BRASIL

IMFORME/Internacional

^ volta dos varõescomissão de ques-

tóc§ constitucionais ciaÇâmara dos Deputadosifalianos deu o primeiropasso para revogar a fa-itiosa 13" disposiçãotjsjnsitóría da Constitui-çao republicana da Itá-liaVque há 43 anos proi-biu a presença dequalquer varão da anti-ga Casa Real dos Savóiaqm território nacional.Proibição justificada pe-la criminosa responsabi-lídade política que o reiVittorio Emanuele IIIteve nas décadas de 20,30 e 40, quando permitiue apoiou a aventura fas-cista conduzida por compreensivos.

Mussolini. O apoio damaioria governista deGiulio Andreotti foi de-terminante para o votodos constitucionalistas.Se os plenários da Câ-mara e do Senado con-firmarem essa revoga-ção, os muitos varõesSavóia que vivem emMônaco, na França, emPortugal e na Espanha,não precisarão mais cru-zar as fronteiras da Itá-lia como fazem até ago-ra: com documentosfalsos ou contando coma cumplicidade de poli-ciais mais ou menos

A damasedutora

A Comunidade Eco-nômica Européia revela-sea cada dia que passa maissedutora. Uma sondagemrealizada na Noruegamostra os seus poderes:57% dos entrevistados sãohoje favoráveis à adesãode seu pais à CEE, contra43% ae opositores. Esteresultado é um aconteci-mento, sobretudo depoisda negativa no referendopromovido er,. 1972. Mes-mo assim, as 12 organiza-çòes que militam contra eque contam mais de 100mil pessoas em suas filei-ras continuam ativas emsua campanha "A comu-nidade contra a comuni-dade".

Pornografiaaprovada

O escritor Mário Vargas Llosa,freqüentemente acusado por seu ex-ad-versário na corrida presidencial pe-ruaua, Alberto Fujimori, de ter umamante da pornografia por cana deteu último livro, O Elogio da Mtuktu-ta, respondeu com trioq&ila ironlaemParis, durante entrevista «e cwce»deu recentemente à Ulevhào fnutce-sa: "Os multado* d» ursas mostramque 40% dos peruanos aprovam a por-nografia, ae é asskt qae ele vt unilivro erótico." O livro, que mottra arelaçào Sncestoow da madrartá com o

escreveu se divertindo muito. "Escre-ver é sempre uma exptritock tortu-rante. Este livro, no entanto, fiz com omaior prazer e com uma grande dosede nyeurismo, confessou Uosa combom humor ao programa literário VA-postrophe, de Benuurd Pivot,

Bordel àfrancesa

Madame MichèleBarzach, ex-ministra deSaúde da França, deixouo moralismo de lado e,em artigo no jornal LeMonde, defendeu a regu-lamentação da prostitui-ção. Segundo ela, o pro-xenetismo e a exploraçãode mulheres e menoresnão são privilégio de pai-ses exóticos, mas aconte-cem no dia-a-dia daFrança. Para combateristo (e o avanço da Aids)ela defende a autorizaçãopara a prostituição, cmforma de "casas aber-tas", administradas pelasprostitutas sem ínterme-diários e com um contra-to de saúde com equipesmédicas, permitindo ocontrole sanitário tantode prostitutas e prostitu-tos como de seus clientes.

Palavra caraA nova estrela do cir-

cuito norte-americano deconferencistas que jáocuparam cargos no go-verno dos Estados Uni-dos é a ex-embaixadorado pais na ONU, JeaneKirkpatrick (foto). A di-plomata linha-dura estácobrando US$ 20 mil porconferência e, com aagenda tomada para ospróximos 12 meses — pe-ríodo em que já tem 70palestras marcadas —,ela deve faturar US$ 1,4milhão em um ano. O de-sempenho de Kirkpatrickestá provando que algunsanos com o salário min-suado de funcionário pú-blico e toda a atenção dascâmeras de TV pode ga-rantir uma boa vida paraos políticos afastados dopoder. A ex-embaixadora

é agenciada pela HarryWalker Agency, que, co-mo os empresários deHollywood, cobra 30%de cada contrato. Da lis-ta de estrelas do escrito-rio de Walker fazem par-te o ex-prefeito de NovaIorque Edward Koch(USS 20 mil por confe-rência) e o ex-secretáriode Estado Henry Kissin-ger (USS 30 mil, o recor-\de).

Saco de gatosUm novo perfil político da União

Soviética começou a ganhar contornosconcretos na conferência dos comunistasda República Russa, a mais importanteda Federação, que na semana passadadecidiu a recriação do PC Russo, abolidopor Stálin em 1925. Gorbachev, primeirorelutante, acabou abençoando a decisão.A discussão, porém, abriu o saco degatos político em que se transformou oPCUS. Conservadores, peresiroikisias eultra-reformistas fizeram de tudo emuma semana: houve alianças, acordos,vaias, criticas e até um pito de Gorba-clicv, que pediu mais respeito à figurado dirigente do partido. A verdade éque não dá mais para disfarçar as divi-sões dentro do PC e o surgimento deuma nova correlação de forças. Os bom-beiros já correm para apagar o fogo cgarantem que só a união e a cooperaçãopodem evitar o caos.

Regina Zappa,com correspondentes

Parentes de desaparecidos cobram do novo govcrno a invest igat;a.o dos abusos militarcs

i.in I'^Hsagiw, ^bib corn 23

'arenles de desaparecidos cobram do novo governo a investigação dos abusos militares

Reuter — 30/3/90ri

"Tudo pelo Social"

Acerca do Editorial do Jornal do Brasil, veiculado no dia 22.06.90, intitulado "Tudo pelo Social", a executivanacional dos empregados da Caixa Ecônomica Federal tem a dizer.- O Editorialista do Jornal, no afa de defender as demissões levadas a cabo pelo interventor dos banqueirosna instituição, peca pela desinformação e busca, servir aos donos do poder com informações distorcidas efalaciosas, senão vejamos:

- Foi desenvolvido pela empresa um programa de contenção de desembolso, sem necessidade dedemissão, representando um corte de 33% nas despesas com pessoal, o equivalente ao pagamento de19.629 funcionários. Além disso, os empregados sugeriram que fosse suprimida a jornada de trabalhoexcedente às 06 horas, o que proporcionaria uma economia adicional de 13% da folha, mensalmente,proposta aceita pela direção da CEF e Secretaria de Administração. Por que as demissões? Para fazermarketing político e desestabilizar a empresa.

- Desde a estruturação do movimento dos trabalhadores da CEF que o eixo central das lutas e campanhasdesenvolvidas interna e externamente tem sido o de defender a instituição. Se a empresa hoje continuaatrasada tecnológica e administrativamente, com os transtornos nas informações aos clientes daídecorrentes, não é, como quer parecer o editorialista, culpa dos funcionários, mas sim função dasfreqüentes intervenções político-demagógicas de sucessivos governos que transformaram a instituiçãoern instrumento de bodas políticas de ocasião (5 anos de Sarney, candidatura Iris Resende, cobertura dedespesas de viagem do Collor è Europa, pagamento de contas de publicidade do governo, etc).

- A CEF conviveu, nos últimos anos, com uma deficiência crônica de pessoal, amenizada somente noúltimo ano com a contratação dos funcionários aprovados no concurso de 1988, mesmo tendoabsorvido os 8.500 funcionários do ex-BNH e não 12 mil, como quer o desinformado editorialista.Durante todos esses anos a empresa tem utilizado, sob a fachada de estágio de estudo, milhares detrabalhadores - mão-derobra barata sem direito a férias, licença-médica, 13° salário, FGTS — semqualquer vinculo, para suprir a deficiência de pessoal. Chegou a contar com 23 mil e hoje, após oscortes, ainda conta com 8.500 estagiários em todo o pafs, que são utilizados na maioria dasvezes no atendimento direto à clientela, sem qualquer treinamento ou qualificação. Isto sem falar naflagrante ilegalidade que incorre a empresa, ao manter milhares de trabalhadores sob o regime delocação de mão-de-obra, ao arrepio de decisão do TST, remunerando as empresas locadoras à base de3,5 vezes o salário pago a esses trabalhadores.

- Ao tentar classificar os membros da executiva dos empregados no espectro das forças políticas queintegram a CUT, mais uma vez erra o editorialista, que deveria deixar a tarefa para os organismos derepressão.

- Sugere o editorialista, tentativa de racionalização das atividades do Banco, durante o governo Sarney,com manifestações contrárias da "entidade" dos empregados. Terá sido por ocasião dos favorecimentospara garantir os 5 anos de Sarney, na gestão Prisco Viana? Na campanha de Iris Resende?

- De fato, não serão os funcionários da CEF que irão construir 4 milhões de casas populares, somosbancários. No entanto, para informação ao editorialista, é a CEF o agente operador do FGTS, cujo fundoé a fonte de financiamento dos programas de habitação popular, e ainda, a CEF sozinha detém 35% detoda a captação de poupança do pais. A captação feita no BB e demais bancos federais tem destinaçãodiferenciada (crédito agrícola no BB, por ex). O BB é mais voltado à área rural, enquanto a CEF sededica ao saneamento, habitação e infra-estrutura urbana.

- A presença de agôncias dos bancos federais nas diversas praças por todo o país, não deve ser vistasomente sob a ótica mercantilista do lucro fácil. Dela não se pode dissociar o caráter de assistência eprestação de serviços à comunidade.

- Os empregados da CEF entendem que é necessário uma reestrutuação na empresa no sentido demodernizá-la, tonando-a mais ágil e eficiente. Porém, esse processo deverá contar com amplaparticipação de seu corpo funcional e os diversos segmentos envolvidos. Estamos alertas para resistir aosucateamento da empresa e a entrega de seu patrimônio â rapinagem dos banqueiros privados, pano defundo do projeto de reforma do interventor Lafaiete Coutinho, vice-presidente da Febraban e BancoEconômico.

- Entendem ser necessário uma ampla discussão sobre a função social das estatais. Gastar milhões emilhões em inserção de anúncios e propaganda do governo nos diversos meios de comunicação éfunção da CEF? Achamos que não. Com a economia resultante desse desperdício, seguramente serápossível abrirmos postos do INAMPS, uma escola ou um hospital, como quer o editorialista.

Executiva Nacional dos Empregados da CEF

Descoberta de cadáveres abre

feridas da ditadura no Chile

Informar bem, não importa a quem

Ex-agentes da RDAajudam Ocidentea combater terror

Edward CodyThe Washington Póst

• -n/r UNIQUE, Alemanha Ociden-| JLVJi tal — Centenas de oficiais do¦ serviço secreto da Alemanha Oriental. têm desertado desde o colapso do go-

|> verno comunista, fornecendo às agên-cias ocidentais verdadeira mina de ou-ro de informações sobre espiões noOcidente e conexões alemãs-orientaiscom o terrorismo. Segundo uma auto-ridade da Alemanha Ocidental, que

! por razões óbvias prefere o anonimato,esta nova onda de desertores tem aju-dado o governo de Bonn a desmantelarcadeias de espiões e prender suspeitosde terrorismo, confirmando,além disso, o envolvimento daLíbia no atentado a bomba àdiscoteca La Belle em BerlimOcidental, em 1986.

As informações proporcio-, nadas pelos funcionários da

Alemanha Oriental que deser-taram nos seis últimos mesessão consideradas particular-mente valiosas, já que a fron-teira entre as duas Alemanhasfoi, durante anos, a linha defrente na batalha da espiona-gem da guerra fria. Além dis-so, sabia-se que a AlemanhaOriental era, freqüentemente,o ponto de destino dos extre-mistas do Oriente Médio quebuscavam ajuda logística e as-sistência médica.

Com a ajuda das informa-ções de desertores passadas devolta através da fronteira, asautoridades do novo governoalemão-oriental prenderam, nas duasúltimas semanas, nove fugitivos ale-mães-ocidentais ligados a explosões debombas e assassinatos organizados pe-la Fração do Exército Vermelho, umaorganização terrorista radical da parte

.ocidental, cujos membros eram prote-gidos na Alemanha do Leste.

O Ministério da Segurança do Esta-do alemão-oriental e sua poderosa po-lícia secreta, a Stasi, tinham uma longa

história de cooperação com os serviçossecretos do Oriente Médio, especial-mente da Síria, lêmen do Sul e Libia, ecom grupos radicais da região. Agora,a informação de um desertor da Stasiconfirmou o que o serviço secreto ame-ricano já sabia: agentes baseados naembaixada da Líbia em Berlim Orien-tal proporcionaram ajuda logística pa-ra o atentado palestino à discoteca LáBelle, em Berlim Ocidental.

O ataque terrorista à discoteca, nodia 5 de abril de 1986, matou doissoldados americanos, uma mulher tur-ca e feriu mais de 150 pessoas, incluin-do cerca de 60 recrutas dos EUA. Emretaliação, o presidente Ronald Rea-gan ordenou que bombardeiros ameri-canos F- II, baseados na Inglaterra,atacassem alvos militares líbios no dia14 de abril.

Segundo uma fonte do Bundesna-

chrichtendienst (BND), agência alemã-ocidental de espionagem externa, ofi-ciais do Ministério da Segurança daAlemanha Oriental tiveram conheci-mento prévio do atentado á discoteca,mas nada fizeram para impedi-lo.

Com o novo governo eleito emmarço passado, mudou a política ale-mã-oriental em relação aos grupos ter-roristas e serviços secretos de naçõesamigas do antigo regime. Mas a maio-

ria das informações tem chegado à Ale-manha Ocidental não através do novogoverno, mas dos agentes desertores,muitos quais trazem consigo documen-tos secretos.

Markus Wolf, ex-chefe de opera-ções de espionagem da AlemnhaOriental, disse há poucos dias, numaentrevista à TV alemã-ocidental, que oBND está fazendo essa farta colheita,em parte, porque oferece aos desertoressomas de até 1 milhão de marcos, alémde garantir-lhes imunidade a processos.Ele próprio teria sido sondado, masnão aceitou.

O BND e o Escritório de Proteçãoda Constituição, agência de segurançainterna da Alemanha Ocidental, nega-ram a informação, afirmando que seusfuncionários não têm autoridade paraconceder imunidades, mas que os tri-bunais perdoam as acusações ou mos-

Massarani tram-se indulgentes com agen-tes alemães-orientais quefornecem dados valiosos.

O governo do chancelerHelmut Kohl em Bonn, pre-vendo a reunificação das duasAlemanhas antes do fim doano, está preparando uma leide anistia que resolveria a si-tuação da maioria dos cerca de85 mil alemães-orientais queteriam trabalhado para o Mi-nistério da Segurança no go-verno comunista. A anistia,que deve entrar cm vigor apósa reunificação, excluiria aspessoas recrutadas na Alemã-nha Ocidental ou agentes con-denados por graves violaçõesaos direitos humanos.

A democratização da Ale-manha Oriental e a perspecti-va de reunificação iminenteafastaram o tradicional alvode espionagem do BND: o go-

verno comunista em Berlim. Oriental eseu aparelho de segurança. Entre suastarefas remanescentes, está o controlede cerca de 350 mil soldados soviéticosainda na Alemanha Oriental, a caçaaos operadores da Stasi que devem teringressado no Exército da AlemanhaOriental e o monitoramento dos agen-tes soviéticos provavelmente mistura-dos aos milhares de alemães-orientaisque iniciarão vida nova na AlemanhaOcidental pós-reunificação.

política. Foi enviado ao congressoum pacote de leis, chamado LeisCumplido, em atenção ao ministro daJustiça Francisco Cumplido, que es-tabelece a eliminação da pena demorte, a redefinição da competênciada Justiça Militar e a ampliação dosdireitos e garantias individuais.

No campo específico das violaçõesaos direitos humanos foi constituídaa Comissão de Verdade e Concilia-ção, integrada por personalidades davida nacional, encarregada de compi-lar e averiguar denúncias de 16 anosde ditadura. Outro passo importanteno projeto de reconciliação nacionalera o acordo que estava sendo nego-ciado entre o governo, os partidos doAcordo pela Democracia, coligaçãoque apoiou a candidatura de Aylwin,e até setores da direita. Por esse acor-do se propunha uma fórmula pararedução de penas para os cerca de400 presos políticos herdados da dita-dura e também para os eventuaiscondenados por violações aos direi-tos humanos.

Aplicar a lei — Se não detevetotalmente a marcha destes dispositi-vos, Piságua serviu para desacelerá-Ias e em alguns casos mudá-la derumo. A surpresa causada pela des-coberta e a possibilidade de que possase repetir tornou imprudente falar deanistia ao mesmo tempo que levantoua questão da auto-anistia concedidapelo regime militar em 1978. A maio-ria dos crimes que esperam esclareci-mento e punição ocorreu antes destadata. Por isso, os setores à esquerdado Acordo estão pedindo a revoga-ção da anistia.

O governo atua com moderaçãoAP —

para não criar atritos indesejáveiscom os militares. "Como defensordos direitos humanos sou partidáriode que se derrogue a lei de anistia",diz Máximo Pacheco, presidente daComissão Chilena de Direitos Huma-nos e senador eleito da DemocraciaCristã. "Como senador penso que setrata de um problema político muitocomplexo. Em todos os casos a Justi-ca deve investigar, identificar as víti-mas, os transgressores e aplicar a lei.Depois, se for o caso, o juiz aplicará aanistia."

Depois de Piságua cresceu porparte da sociedade o interesse em quetodas as passagens obscuras e nãoreveladas da história chilena nos últi-mos 16 anos sejam agora devidamen-te esclarecidas. De maneira surpreen-dente os próprios militares semostraram dispostos a colaborar nes-te sentido. O comandante da ForçaAérea, general-do-ar Fernando Ma-thei, que ocupava o mesmo cargo nostempos de Pinochet, declarou que noque dependesse dele e de sua Arma,,estava disposto a abrir todos os ar-quivos."Depois de 11 setembro de 1973houve uma guerra interna com cente-nas de mortos, várias centenas demortos", reconheceu o general. "AForça Aérea assume a responsabili-dade por tudo que fez e esta dispostaa colaborar para cjue se saiba o queaconteceu." O próprio Exército, emnota oficial, mostrou-se disposto aaclarar os fatos, mas insistiu na teseda guerra interna, com a qual esperapoder justificar todos os crimes co-metidos.

Excetuando-se os extremos á di-13/6/90 reita e à esquerda, existe uma

consciência bastante clara deque a democracia é hoje obem a ser preservado. Dentrodesta ótica, a posição domi-nante é a de gue se deva in-vestigar e punir, com o cuida-do de não cair norevanchismo. Procura-se evi-tar um confronto direto comas Forças Armadas e preser*var a figura de Pinochet. A-tribui-se a Aylwin a afirma-ção de que, por enquanto,Pinochet é um interlocutorinsubstituível. tü

Além de possíveis crimi-nosos em liberdade, existemprescís políticos atrás das grâ-aes è estas questões exigemrespostas mais urgentes e tãoclaras quanto a aos mortosenterrados em covas clandes-tinas. O que tanto governo;como a oposição e os pró-prios militares esperam é quetodas estas questões se resol-vam de forma transparente omais rapidamente possível."Que nao prolonguemos in-definidamente esta busca decadáveres por que ela só pre-judicaria nosso projeto dereocncihação" diz MáximoPacheco. De fato, Aylwin

f;ostaria de colocar um ponto

inal neste amargo e delicadocorpos capítulo até dezembro.

Maurício CardosoCorrespondente

buenos aires — O passado e ofuturo do Chile se encontraram háduas semanas em Piságua, à beira davala comum onde estavam enterradosos corpos de 23 pessoas executadasclandestinamente pelas Forças Arma-das logo após o golpe de Estado de 11de setembro de 1973. Diante da ma-cabra descoberta, o novo Chile de-mocrático do presidente Patrício Ayl-win se viu moralmente compelido aenfrentar o problema dos direitos hu-manos violados durante os 16 anosde ditadura do general Pinochet.Com isso, o governo também procuraum novo ângulo para enfocar o rela-cionamento entre civis e militares, narealidade o mais premente problemapolítico do novo Chile."Existe umã divida com a alma doChile que está marcada por gravesviolações aos direitos humanos. É ne-cessário reparar o dano causado eisso supõe verdade e justiça," disse oministro Enrique Krauss em nome dogoverno durante o enterro de 18 dos23 corpos encontrados em Piságua."Esses crimes correspondem a res-ponsabilidades individuais que a Jus-tiça tem a obrigação de assinalar. Umsoldado que ordena matar sem razãonão transforma o Exército em umassassino", concluiu.

Em Piságua, uni pequeno povoa-do perdido entre o deserto e o mar noextremo norte chileno, foi localizadaa primeira vala comum onde estavamenterrados os corpos de 23 pessoasfuziladas por soldados do Exércitoentre outubro de 1983 e fevereiro de1974. A descoberta ocorreu em con-seqüência da denúncia da existênciade um cemitério clandestino na re-gião, apresentada à Justiça pelo mé-dico Alberto Neumann. O médico es-teve detido em Piságua, local paraonde os militares levavam presos po-líticos para serem julgados por umconselho de guerra e, se condenados,fuzilados. Entre os corpos identifica-dos havia os de seis pessoas que, deacordo com informes militares daépoca, eram consideradas desapareci-das.

Valas comuns — Os dados dis-poníveis nos organismos de proteçãodos direitos humanos indicam que oshomens de Pinochet devem ter cava-do muitas outras valas comuns simi-lares à de Piságua ao longo do terri-tório chileno. A Agrupação deFamiliares de Executados Políticosatesta a existência de 2.040 mortos narepressão política da ditadura, dosquais 740 foram condenados pelosConselhos de Guerra e fuzilados su-mariamente. Os corpos de 104 fuzila-dos jamais foram entregues a seusfamiliares. O Vicariato da Solidarie-dade, organismo vinculado ao arce-bispado católico de Santiago, compu-ta também uma relação de 900desaparecidos.

Em meio às denúncias, o governoprocurava eliminar o "entulho de au-toritarismo" na legislação deixadapor Pinochet, ao mesmo tempo quearquitetava uma fórmula para cica-trizar as feridas abertas pela violência

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O enorme buraco no lado frances e o ponto de partida das escavagoes submarinas rumo a Inglaterra

O túnel sob o Canal da Mancha

CalaisDover

Folkestone

Cheriton

7 7 2 r 1 1 1 7 } 9/ / O primeiro projeto

França

Silvio FerrazCorrespondente

SANGATTE, França — Um imenso painelluminoso, com números digitais, marca os der-radeiros metros para que os operários e enge-nheiros da obra do século vejam, literalmente, aluz no fim do túnel — o que acontecerá emalgum dia de dezembro. Afinal, hoje faltamapenas 7,5 quilômetros para que o homem con-cretize um sonho de quase três séculos: ligar aInglaterra ao continente. No Eurotúnel, cincomáquinas concebidas especialmente para a obraperfuram e colocam um anel de revestimento acada seis minutos, avançando com uma veloci-dade de 250 metros por semana. 40 metrosabaixo do leito do Canal da Mancha, materiali-/ando um projeto cujo custo é compatível àambição faraônica do projeto: USS 14 bilhões.

Quando estiver totalmente concluído, esteimenso complexo ferroviário será capaz detransportar 30 milhões de pessoas por ano e 15milhões de toneladas de carga, fazendo com queo tempo gasto de trem entre Londres c Parispela primeira vez rivalize com os aviões —apenas três horas de viagem, de porta a porta.Indiferentes a estes números, com a atitude dequem disputa uma partida, times ingleses cfranceses, cada um de seu lado, buscam perfuraro maior número de metros por dia. Os francesesestão adiantados dois quilômetros sobre o pre-visto.

Apesar de terem sido construídos até hojecentenas de túneis em todo o mundo, nenhumrivaliza com o Eurotúnel. Com uma extensãototal de 50 quilômetros, dos quais 38 quilôme-tros sob o mar. o complexo envolve três túneisferroviários: um para ir, outro para voltar eentre umbos um túnel de serviço; para garantirmanutenção, ventilação e a segurança do siste-ma. Por eles circularão 40 locomotivas e 500vagões, agrupados em composições que deixa-rão as plataformas a cada cinco minutos, levan-do carros de passageiros, trens e caminhões.Com seu desenho arrojado, capaz de causarinveja ao Flash Gordon, o Euroshuitlc, nome debatismo do trem, sairá de Folkestone, na Ingla-terra, e chegará ao terminal de Coquelles, naFrança, 35 minutos depois.

Formigueiro — Depois de passar por umrígido esquema de segurança que não poupasequer nosso guia — o veterano comandante dejatos. William Colleman, hoje dedicado a expli-car em detalhes a obra —, vestimos roupasimpermeáveis, capacete e botas, e descemos atéo fundo do poço de 50 metros cavado no ladofrancês. "Aqui dentro cabe o Arco do Triunfo eainda sobra espaço", conta Collcmann. A sen-sação é de se estar descendo ao centro de umgigantesco formigueiro, onde milhares de ope-rários, trens, vagonetas, mais de 100 quilôme-tros de cabos — água, ar, telefone, eletricidade—- criam um cenário Spielbergiano.

Deste imenso buraco, todo revestido emconcreto especial, saem seis túneis — três emdireção á costa inglesa, três outros, subterrã-neos, voltados para a própria França, ligando aboca do Eurotúnel ao terminal ferroviário deCoquelles. Contrariamente ao que se poderiaimaginar, o canteiro de obras é relativamentelimpo — apesar da lama sob nossos pés. Não háfumaça e o ar c renovado com perfeição. "Estascondições são conseguidas pelo minucioso con-trole feito por um imenso painel eletrônico,onde todas as funções vitais do túnel estão sobvigilância ininterruptamente", explica Colle-mann.

Enquanto andamos cm direção ao fundo domar, Pascaline-Séveri.ne, Virginie, Catherine,Brigitte e Europa trabalham indiferentes à nos-sa curiosidade. A elas, operários, engenheiros e600 mil acionistas devem o avanço de 250 me-tros por semana. "As meninas", como são cari-nhosamente chamadas pelo pessoal do Eurotú-nel, são as colossais máquinas encarregadas deperfurar e simultaneamente revestir os túneis.Seus nomes não foram colocados por acaso.São pessoas que existem na vida real. Brigitte,

por exemplo, é a mulher do chefe do canteiro deobras, Pierre Matheron. Pascaline-Scverine.duas filhas gêmeas de um operário.

Concebida inicialmente pela empresa ameri-cana Robbins, baseada em Seattle, Brigitte foicopiada sob licença pelos pesos-pesados da in-dústria japonesa: Mitsubishi c Kawasaki. A di-versidade de fabricantes deveu-se ao fato de oconsórcio franco-británico que escava o Euro-túnel só ter disposto de dois anos para colocar"as meninas" em ação, sob pena de comprome-ter todo o cronograma da obra.

As perfuradoras rivalizam-se a complexossatélites, tão grande é o número de operaçõesque realizam, e funcionam como robôs, prescin-dindo da ajuda do homem para a maior partede suas tarefas. "Elas são como submarinoscavando a 40 metros abaixo do fundo do mar",diz. orgulhoso, Collemann. Por isso mesmo,não há mau tempo que prejudique o andamentodos trabalhos. Em fevereiro passado, quandoum furacão com ventos de 130 quilômetroshorários assolou a costa de Calais, interrom-pendo todas as atividades, no fundo do mar otrabalho continuou sem alterações. E, mais im-portante: com uma ínfima margem de erro.

Serurança — Continuo a caminhar pelotúnel cie serviço, o mais adiantado. Percorridos600 metros. Collemann avisa: "Aqui estamosexatamente onde quebram as ondas". A marchaé retomada, agora sob o mar, com os pés secos.

A cada 250 metros, uma imensa escotilha deaço é instalada na parede do túnel. São janelasque se abrirão e fecharão com o deslocamentodo ar dentro dos dois túneis, á passagem decada composição a 160 quilômetros horários.Com elas se evitará o efeito-pistão — uma mas-sa de ar que se comprimiria à frente das loco-motivas reduzindo sua velocidade.

As estimativas são de que. em 1993. 67milhões de passageiros e 84 milhões de tonela-das de mercadorias cruzarão o Canal da Man-clia. Deste total, o Eurotúnel dará conta de45% do tráfego. Sua capacidade de absorvermais passageiros só não é maior por razões desegurança: como um trem andará praticamentecolado ao outro, com apenas cinco minutos deintervalo, se o número de trens fosse aumenta-

do, eles não teriam espaço suficiente para frearem segurança.

A obra do século, na realidade, não se limi-tará a levar de um lado para outro gente ecarga, mas mudará a vocação econômica daregião de Calais e criará um outro corredor detrânsito para esta Europa cada vez mais unifica-da. Os trens que partirão de Londres, ou osturistas que embarcarão seus carros no Euros-hultle no terminal de Folkestone, poderão se-guir direto para Espanha ou Portugal, por auto-estrada ou por linhas de TGV (Trem de AltaVelocidade), ou para Bélgica, Holanda, Alemã-nha — evitando o congestionamento do tráfegoda região parisiense. Hoje, por exemplo, umtrem gasta 7hl2m para ligar Londres a Colônia:com o túnel, gastará 4hl0m.

Máquinas escavam250 metros por semana

para abrir o túnelsob o Cana1 da Mancha

Para que o projeto saísse do papel e sematerializasse em concreto, fios e máquinas,passaram-se quase três séculos — batalha sem-pre perdida pela teimosia dos ingleses em ver oCanal da Mancha como sua maior defesa. Cou-be a Churchill enfrentar militares retrógrados,acenando com a modernização das guerras,mostrando que o mar não defenderia coisa al-guma.

Vencida a batalha decisiva em 1981, surgiuoutro desafio: por exigência de Margaret That-cher, a obra teria que ser financiada exclusiva-mente por dinheiro tomado junto ao públicoinvestidor. Os governos francês e inglês com-prometiam-se a usar 50% do tráfego do túnel,pagando por eles. c com isso canalizar milhõesde dólares para os cofres do Eurotúnel. Mas,tudo isso só depois da conclusão da obra. Nemum tostão oficial de adiantamento.

Por isso mesmo, embora os fatores atmosfé-

ricos não atrapalhem o andamento das obras nofundo do mar, na superfície a direção do Euro-túnel é obrigada a constantes ginásticas paraconseguir o volume de recursos necessário parabancar a majestosa obra até o fim. Formou-seum consórcio de 220 bancos e a empresa lançouações no mercado, conseguindo, de pronto, 300mil acionistas: hoje 600 mil. Mas, nem tudo sãoflores. Os custos foram subestimados em váriositens sensíveis e o projeto, inicialmente previstopara consumir USS 7 bilhões, já está em USS 14bilhões.

Compromisso — Na semana passada.Thatcher voltou atrás no compromisso assumidocom Mitterrand em 1987 — de modernizar osramais ferroviários de ligação entre Folkestone eLondres para comportar trens de alta velocidade— prejudicando, coni isso, a meta de ligar as duascapitais em apenas três horas. O governo Mitter-rand replicou: a França manterá seus compromis-sos e. de seu lado. realizará os investimentosnecessários. A diferença de comportamento é ex-plicada pela natureza das zonas mais beneficiadaspelo Eurotúnel: enquanto os ingleses temem pelasuperpopulação da região costeira, de Dover aRamsgate, do lado francês o que se espera é orenascer da região de Calais, deprimida economi-camente há muitos anos.

A decisão de Thatcher provocou ásperos pró-testos no Parlamento inglês. O porta-voz da opo-sição, John Prescott, afirmou: "Thatcher, comsua decisão, está condenando a Inglaterra à peri-feria econômica da Europa."

Mas, o importante, crêem os responsáveis peloEurotúnelvé não esmorecer. Por isso mesmo, suasmensagens em busca de novos acionistas conti-nuam otimistas: "Tornando-se acionista do Euro-túnel, você se torna acionista do maior pedágiodo mundo." De fato, serão 30 milhões de pessoaspassando por ano de um lado para outro — quaseo mesmo movimento que o aeroporto de Heath-row, em Londres, com 32 milhões de passageirospor ano, o mais movimentado da Europa. Donode uma concessão por 55 anos, com direito a fixarlivremente seu pedágio, o Eurotúnel proclama emoutro anúncio: "Júlio César, Leonardo da Vinci,Ferdinand de Lesscps sonharam em mudar aTerra. Nós estamos fazendo isso."

AP — Sangatte, França

Um exército de 25

mil trabalhadores

. _..............O enorme buraco no lado francês é o ponto de partida das escavações submarinas rumo à Inglaterra

O sonho de quase três séculos- Para se tornar realidade, a ligação Trans-Mancha teve que esperar quase três séculos econsumiu 27 projetos. Entre os principais mo-mentos deste gigantesco sonho estão:1751 — Pela primeira vez na história fala-se dotúnel. O francês Nicolas Desmarets, geólogo efísico, lança a idéia e, com ela, ganha o prêmio deum concurso destinado a buscar o melhor meiode atravessar o Canal da Mancha.1802 — Napoleão Bonaparte, então primeirocônsul, recebe o projeto de um túnel com duasgalerias superpostas: a inferior recolheria aságuas de infiltração, a superior seria reservada àscarruagens e diligências. O detalhe curioso: aventilação se daria através de imensas chaminéserguidas desde o fundo da Mancha. O conflitoentre França e Inglaterra enterra o projeto.1833 -— Um engenheiro de minas francês, AiméThomé de Gamont, desenha a primeira carta dorelevo submarino do estreito de Pas-de-Calais. 1

1867 — Passados mais de 30 anos, o mesmoengenheiro apresenta o projeto de um túnel ferro-viário submarino — exatamente no lugar dotúnel atual, ligando Cap Gris-Nez a Folkstone.Tanto Napoleão III quanto a Rainha Vitóriaaprovam o projeto.1868 — Criação do Comitê Franco-Britânicopara estudo do túnel.1872 — Criação, em Londres, da concessionáriaThe Channel Tunnel Company, que se declaraapta a construir o túnel.1875 — Criação- da concessisonária francesaL'Association du tunnel sous-marin. Estudos esondagens são retomados.1876 — A França perfura um poço de explora-ção para, então, iniciar a construção da galeriahorizontal. A inauguração é prevista para 1891.1882 Do lado francês. 1.839 metros de galeriaestão perfurados. Do lado inglês, militares e con-servadores opõem-se ao projeto. Os trabalhos sãoabandonados.

1907 — 0 Comitê de Defesa Imperial da lngla-terra opõe-se a toda e qualquer obra que impli-que em ligação fixa entre os dois países.1916 — A guerra veio mostrar que ã Manchanão garante proteção à Inglaterra. Volta-se adefender o túnel.1919 — Cria-se o Comitê Francês do Túnel soba Mancha.1938 — Primeiro projeto francês de um túnelrodoviário. O problema de ventilação mata oprojeto.1954 — Churchill mostra-se favorável ao túnel,certo de que os progressos militares invalidam ostemores de invasão através de um túnel.1960 — Ingleses avaliam projetos, que vão depontes até túneis.1963 — Comissão Franco-Britânica opta porum túnel que se assemelha bastante ao atual:duas galerias ferroviárias de 52 km, tendo aocentro uma galeria de serviços ligada às laterais acada 250 metros.

1971 — É criado um consórcio internacionalque se divide em duas concesssionárias privadas.1973 — Início dos trabalhos na França, usando-se a mesma galeria perfurada no final do séculopassado.1974 — Trabalhistas ingleses vetam o projetopor razões financeiras.1975 — A França para os trabalhos e o poço é .fechado com a inundação de 300 metros de gale-rias já prontas.1980 — A pedidos da Comunidade Européia,ingleses estudam novos projetos entre pontes rodo-viárias e ferroviárias, túneis de via única ou dupla.Thatcher aprova o projeto Trans-Mancha.1981 — Thatchcr c Mitterrand estudam projetos ecomeçam a conversar.1086 — Assinatura do Tratado Franco-Britânico,ratificado um ano depois.1987 — Inicio dos trabalhosDezembro 1990 — Abertura do túnel de servi-ço. (S.F.)

O Exército de 25 mil homens c mulheres quejparticiparam das diversas etapas do projeto —jdesde a concepção de uma parte de Brigitte, aienorme escavadeira, até um programa de compu-jtador destinado a registrar abalos sísmicos e>orientar o imenso painel de controle das ativida-'des — conta cada metro de avanço que separa ojsonho da realidade. Atualmente, nos canteiros de!obras inglês e francês, são 4.500 operários e;engenheiros buscando concretizar o mais rápido'possível a ligação entre a Inglaterra e a França,num túnel com 50 quilômetros de extensão, dos!quais 38 quilômetros sob o Canal da Mancha.\Para isso, utilizam ferramentas do século XXI:'sátélites e raios laser. •

Para que as cinco máquinas colossais se en-ícontrem sem um erro superior a cinco centíme-'tros é necessário colocar em marcha uma parafer-lnália de instrumentos. Dentro das máquinas,;canhões de raios laser lançam um feixe de luz cmdireção ao alvo. Sua trajetória permite ao opera-ídor da máquina — um verdadeiro submarino^escavando a 40 metros abaixo do fundo do mar'— observar um eventual erro em relação aotraçado do projeto, estampado na tela de um|computador. i

Satélites - A cada 187 metros é instalada;uma aparelhagem com raios infravermelhos, ca-paz de medir com margem de erro de apenas um'milímetro a distância percorrida, dando assim,'muito precisamente, a orientação do túnel já!escavado. Para que o traçado possa ser obedecido!são necessários pontos de referência. Sua leitura:permite que as máquinas avancem. Mas, como!são encontrados os pontos de referência? Aqui'são os satélites que jogam um papel importante, jGraças ao conhecimento muito preciso das órbi-'tas de quatro satélites Navstar, a posição de umadezena de pontos de referência é estabelecida nas;costas da França e da Inglaterra. Temporaria-'mente, estes pontos estão equipados com antenas.'Para completar a perfeita amarração, duas ante-:nas instaladas nas bocas do Eurotúnel —em|Folkestone e Sangatte — captam os sinais envi-iados pelos satélites. !

Isso tudo seria inútil sem as máquinas maravi-'lhosas que, enquanto escavam, vão deixando em!seu rastro um túnel perfeitamente acabado. Cada]uma é um enorme cilindro, com diâmetro maior'que o do túnel, 7,60 metros. Escavando a camada!de calcáreo munida de brocas rotativas e dentes!cortantes, ela avança puxando um trem de servi-iço, com 250 metros de extensão. O trem, dividido!em dois andares, leva no primeiro tudo o que é'necessário ao funcionamento da máquina, alémdos anéis de concreto especial, pré-fabricados noscanteiros da obra. No andar de cima, uma esteira'rolante escoa o calcáreo misturado com água ateo grande poço de 50 metros de profundidade neflado francês. A cada seis minutos um anel a.solidamente aparafusado ao anterior, deixandopara trás um túnel acabado. Os poucos centíme-tros que separam a rocha do túnel são preenchi^dos com um neoprene especialmente desenvolvi-?do para o Eurotúnel. Cada metro construíddcusta cerca de USS 44 mil.

As preocupações com segurança são extrema^durante a construção e serão também estritas ^época de seu funcionamento. "Temos que prevectudo, desde um terremoto à explosão de umiíbomba terrorista", explica o guia William Cole-imann, do Eurotúnel. Assim, serão colocados de|tectores de explosivos nas plataformas de embar»que. "São de última geração e capazes de detecta^até mesmo o até agora indetectável Sempex, ex*plosivo plástico de fabricação tcheca, preferidapelos terroristas", afirma Colemann. ;

Risco zero - Os terremotos representamrisco praticamente nulo. Em primeiro lugar por-que a região do Canal da Mancha não é sujeita Áeste tipo de fenômeno. O último registro de unisismo foi em 1939, com uma intensidade de apejnas 0,5 pontos na escala Richter. Em segunde)lugar, porque contrariamente aos edifícios, ondéos movimentos sísmicos se fazem sentir nas fun»dações, nos túneis o centro de gravidade é o eixá— o que torna extremamente reduzida a acelera-ção amplificada dos movimentos. '

Prevenir é melhor que remediar é também unjdito proclamado entre os responsáveis pela consitração da obra do século. Por isso, dois trens dtsocorro e dois trens de combate ao fogo estão ertpermanente estado de alerta. Fora do túnel, heli*cópteros garantem a remoção para os hospitaiílocais de qualquer acidentado em poucos minuítos. Exercícios asseguram a retirada de todas aspessoas do túnel em 82 minutos. "No último dojquatro acidentes fatais no túnel, conseguimosresgatar a vítima e colocá-lo na sala de operaçõelem apenas 17 minutos", frisa Colemann.

Longe da frente de combate, René Veillardidono do restaurante mais movimentado da reígião, esfrega as mãos de contentamento a cadametro avançado. Seu entusiasmo é tanto que acada semana ele escreve na capa do cardápio Çnúmero de semanas que faltam para a inaugura*ção. Enquanto isto não ocorre, inaugurações patfciais são comemoradas com um bom vinho daregião. E o Eurotúnel já é ponto obrigatório dpvisitação dos turistas. Nos últimos 12 meses fo1ram recebidos 500 mil visitantes — rivalizandocom as praias de desembarque dos Aliados náNormandia. (S.F.)

JORNAL. DO BRASIL domingo, 24/6/90 ? 1° caderno p 17,Getúllo VlIanovS"

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Tempo bom em todo o Brasil

¦ 0 tempo está bom em todo oJJrasil, o céu claro se estende do Sulüo Norte, porque as frentes friasforam para o mar. bloqueadas pelapassa polar e uma alta pressão tro-picai, sobre a região Norte, afastouás nuvens das baixas pressões tropi-tais. A v ariação é dada pela tempe-ratura que se encontra elevada noNorte e no Nordeste, com a massatropical e baixa nas regiões Centro-Oeste. Sudeste e Sul sob a influencia

polar.i As altas pressões, tanto tropicaisquanto polares, têm o mesmo efeitodispersor de nebulosidade Do outro

lado do continente, a alta pressão doOceano Pacifico prolonga o céu cia-ro de costa a costa O litoral doChile, com uma pequena invasão denuvens, a costa do Peru e do Equa-dor têm o tempo bom. da mesmaforma que o litoral do Nordeste e doNorte brasileiros com a presença daalta pressão do Oceano AtlânticoDesta vez até as Guianas e grandeparte do litoral da Venezuela estãolivres das nuvens.

As baixas pressões tropicais seconcentraram sobre a América Ccn-trai, a Colômbia e o litoral Oeste daVenezuela, que tem o ceu nublado.

mesmo que não haja chuvas. A tem-peratura se mantém elevada menosem Bogotá, por causa da altitude

No extremo Sul do continente jase formaram nuvens das baixaspressões subpolares, que darão mi-cio a uma nova frente fria, que deve-ra ser desviada para o mar como aanterior. A massa polar parece ter seestabilizado no Sul do Brasil e en-quanto mantiver esta posição ne-nhuma frente fria conseguira rom-per o seu bloqueio

A imagem obtida pelo satéliteGóes-"' mostra duas frentes frias so-

bre o Oceano Atlântico, diante dolitoral do Sul do Brasil e da Argenti-na. que ja foram desviadas por estebloqueio. Ainda há nebulosidade deuma delas sobre o continente mas nolimite da massa polar que só permi-tiu a evolução das nuvens até a Ar-gentina. Hoje, esta formação tam-bém será desviada para o mar,deixando o tempo bom em BuenosAires

A temperatura minima nacionalfoi a de Curitiba, com 2,2°. e a máxi-ma a de Teresina. com "?3.6", exem-plificando a diferença da massa po-lar para a tropical.

wPmk m-•j nfi\ V'O& UffX T

INVERNO NO RIO

O 6" Distrito de Meteorolo-gia mantém a previsão de bomtempo para hoje. O céu estáclaro, a temperatura estável,entre 25° e 26° de máxima, jamena para o Inverno, e mini-ma entre 12° e 13°. As noites ¦permanecem com o céu limpo !iluminadas pelas estrelas, ideal'para as festas juninas.

O Serviço de Meteorológico da Marinha infor-ma que o mar está meio agitado, com ondas delm e l,5m. formadas pelos ventos de Sudoeste eSudeste, com 10 a 15 nós, em intervalos de 4 e 5segundos. A visibilidade vai ficar restrita entre 4 e10 quilômetros durante a manhã, por causa donevoeiro, passando a boa até o fim da tarde.

As praias liberadas pela Feema para o ba-nho de mar são as do Pepino, Vidigal, Copaca-bana e Leme, em toda a sua extensão, enquantoa de São Conrado, diante do hotel Nacional, ea de Ipanema, em frente á Rua Paul Redfern,têm estas restrições.

O SOLnascente 6h3.1mirbpoente I7h!ftniin-

Ot)t»ervatiV'0 Naciona'

nascente .'.8hl5minpoente I9h24mm

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Dirctona do Hidfogratia e NavcgacAo

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NO MUNDO, ONTEM

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Ctdada mji nifcu Genebra chuvas 18 10 Cfcteda Condhyft— mix.min.|3 Havana nublado 31 23 Moscou nublado 18 II

^ 19 Johannes- Nairobi nublado 23 1321 12 burgo claro 13 Nova Delhi nublado 39 2817 Lishoa claro 26 18 Nova Iorquc nublado 31 1919 10 Londres nublado 21 12 Pans nublado 22 1213 Los Angeles claro 21 16 Roma claro 27 V35 22 Madn claro 34 16 Toquio claro 29 2423 15 Mexico chuvas 21 12 Viena chuvas 18 1320 14 Miami chuvas^ _ 31 27 Washington claro 31 18

Amsterdã nubladoAtenas claroBerlim nubladoBogotá nubladoBruxelas nubladoBuenos AiresclaroCairo claroChicago claroCopenhague nublado

Professor pode

fazer nova greve

Obituário

Os professores de escolas particu-lares poderão fazer nova greve, destaívez para protestar contra as escolasJque não pagaram o aumento salarial;de 84.32% conseguido depois de 28'dias de paralização, há dois meses.;Em assembléia realizada ontem de¦manhã, os professores escolheramuma comissão que vai percorrer oscolégios convocando todos os colegaspara decidir, na próxima sexta-feira,à melhor forma de pressionar os do-fios dos estabelecimentos de ensino.

"Durante esta semana vamos mo-ffllizar a categoria. Se o patronato-insistir em não pagar nosso aumento,«>'nova paralização poderá ser inevi-lável", declarou, ao final da assem-ffléia, o professor Gerson Seabra, di-Jttor do Sindicato dos Professores dofeètíOH

Município do Rio. O presidente dosindicato, Gilson Puppin, prometeudivulgar os nomes das escolas quenão pagaram o aumento, retroativoao mês de abril, e também das quepagaram percentuais inferiores a84,32% "O

grande problema é quemuitos colégios já aumentaram asmensalidades alegando que precisa-vam pagar os salários reajustados,mas não pagaram. Muito poucasescolas pagaram o aumento integral-mente", disse Puppin.

Se optarem mesmo pela greve, osprofessores terão que decidir se a pa-rahzação será feita pelos profissionaisde todas as escolas, inclusive as quepagaram os reajustes, ou se será seto-rizada, ou seja, apenas os que nãoreceberam farão greve "A greve tam-

bém poderia ser total, mas vamosdecidir na assembléia a melhor ma-neira de obrigar o pagamento do rea-juste e a diferença dos meses de abril,maio e junho", disse Gerson Seabra.

A denúncia dos professores, deque não receberam o aumento de sa-lário, será feita formalmente durantereunião do Conselho Estadual deEducação, na próxima quinta-feira.¦ Gilson Puppin alertou também paraa possibilidade de os professores ini-ciarem o segundo semestre do anoletivo em greve, caso os donos deescolas não cumpram o pagamentodos reajustes salariais e outras reivin-dicações dos professores, como umplano de carreira. "Se não formosatendidos, o segundo semestre de au-

Jogo tenso estimula a superstição

Quando a Seleção Brasileira enirarem campo hoje. ao meio-dia, os torcedo-res fanáticos vão consagrar a máxima.iinânime que diz que "Não se mexe emtime que está ganhando" Eles podemestar usando a mesma roupa que vesti-pini na estréia do Brasil na Copa. oupermanecer no mesmo lugar que ocu-jjavam no campo da sala. Vale tudopara ajudar o time brasileiro - de meiasSujas à língua para fora. Se superstição écoisa "baseada no temor ou na ignorán-ba". como o Dicionário Aurélio define,pu uma "crença em presságios tirados defatos puramente fortuitos". pouco im-jporta o significado da palavra para osíorcedores xntas. Em época de Copa dojjyiundo. qualquer coincidência não e me-'ra obra do acaso

r O compositor Aldir Blanc. por exem-^lo, vai se trancar no quarto, sozinho,para garantir a vitória. "Virou mania,i se o Brasil continuar, \ou fazer aJnesma coisa até o final", diz ele, quejdesde 1958 assiste às Copas com muita

§' ente e cerveja em volta."Este ano éiferente. Com um futebol feio assim,

êu me tranco pra ninguém ver minhafcara emburrada". argumenta o vascai-.110. Mas tem gente que chega às raiasida crendice explicita. O parceiro de com-posição de Aldir. Moacir Luz. é umque assume a superstição como um viciof Cheguei a fazer um ano e meio de¦pnálise para me livrar disto Mas porsuperstição parei a terapia", brinca;Moacir promete fazer mandinga para o;Maradona e respeitar a teoria de quenada acontece por acaso: "Na Copa do;México, durante o último jogo. botei aJingua para fora e o Brasil fez um golfiquei com a língua assim até o final dai

partida " Agora, Moacir vai no máximo

trancar o amigo que estiver no banheirose acontecer um gol. "Já fiz isto no últi-mo jogo, e é melhor do que ficar com acamisa babada."

Continuar com a mesma roupa é ohábito mais freqüente do torcedor ma-maço Paulo Alberto Nussesveig, mes-trando em Ótica Quântica na PUC, 23anos, não tira e nem lava a camisa daseleção número 10 que comprou um diaantes da estreia do Brasil."So assistocom dois amigos, no meio do sofá esempre com a mesma meia de lã, paranão ser um pé-frio", diz. Na compa-nina dos amigos Luciano e Álvaro Oli-veira. ele está proibido de assistir osjogos em outra casa: "Eles acham quese eu faltar, o Brasil perde", explicaJa Marilena Couri, assessora da Secre-taria de Cultura do Rio, alem de vestira mesma roupa, uma túnica verde "sem-pre lavada", faz questão de usar umafitinha verde e amarela e uma corda commoedas douradas na testa "Vejo os jogosno mesmo lugar, o Rox> Roller, e cadavez que o jogo fica difícil, compro umacerveja e ofereço para Exu"

Independente de promessas, a canto-ra Alcione não poupa esforços paragarantir a vitória: retira-se da sala quan-do se acha "pé-frio", e só volta depois dogol. "Saio e volto quantas vezes for ne-cessario", garante A astróloga Leilocatambém não economiza as energias posi-tivas para torcer Ela faz uma concentra-ção absoluta nos lances decisivos. "Men-talizo um gol quando o Brasil ataca Soespero que hoje não seja um jogo igualao ultimo — aquilo foi um verdadeirodesgaste energetico"

Argentina mexe

com os nervos

dos torcedores

A Sora ? ganhar o jogo ouA voltar para casa. Essa tor-turante realidade preocupa nãosó jogadores e comissão técnicada seleção brasileira, como tam-bém milhões de torcedores que acada partida do Brasil sofrem,rezam, xingam e, pelo menos atéagora, comemoram a vitoriacom lambada, chope, e muitafesta nas ruas. Hoje, ao meio-dia, o Rio de Janeiro de Janeirovai viver mais um dia de tensãocom o jogo da seleção brasileirana Copa do Mundo. A partidacontra a Argentina está mexen-do com os nervos da cidade.

As praias ficarão mais vaziasdo que normalmente. No Jóquei

Clube não haverá corrida. Afi-nal, só se pensa em futebol. Pe-Ias ruas da cidade, os churrascose pagodes começam cedo.

"Quanto mais difícil o jogo,mas nós sofremos. Em compen-sação, maior é a festa com avitória ", comenta Cézar Arêas,88 anos, veterano em Copas doMundo que desde ontem está sepreparando para o assisitir o jo-go de jogo contra a Argentina. Osenhor Arêas é um dos mais an-tigos moradores da Rua Ronaldde Carvalho, em Copacabana,vencedora do concurso que es-colheu a decoração mais bonitada cidade para a Copa. Emboraassista os jogos em seu aparta-mento, a cada vitória da seleçãobrasileira, desce com a mulher,dona Maria José, para ver deperto as folia organizada pelaturma da Ronald de Carvalho."É uma beleza. O melhor daCopa é a festa ", alegra-se Arêas.

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Rio de JaneiroIas será muito prejudicado", afirmouo professor

Os professores das escolas parti-culares decidiram participar da Mar-cha Pela Educação Pública, na próxi-ma terça-feira, dia 26. A passeata estásendo organizada pelos professoresde escolas municipais e estaduais epretende reunir professores, pais ealunos em defesa de melhores saláriose qualidade do ensino público. A ma-nifestação deverá começar ás 16h, naCandelária, Centro da cidade, de on-de seguirá até a Cinelândia. "Vamos

participar do movimento e aproveita-remos a oportunidade para denunciaro não cumprimento do acordo firma-do entre os professores e os donos deescolas", anunciou Puppin

Acácio José Machado, 75 anos, de pneu-monia e câncer de estômago, no Hospitaldo Inamps do Andaraí, no Andarai (Zo-na Norte) Mineiro, aposentado, era ca-sado e morava em Copacabana (ZonaSul). Foi sepultado ontem no Cemitériode São João Batista, em Botafogo (ZonaSul)José Fernandez Muniz, 65 anos, de neo-plasia metastática, no Hospital Evangéli-co, na Tijuca (Zona Norte). Espanhol,aposentado, era casado e morava emBotafogo. Foi sepultado ontem no SãoJoão Batista. Teve três filhos.

Lídia Martins Seabra, 79 anos, de pneu-monia, cm Teresópolis (Região Serrana).

Fluminense, era solteira e morava emTeresópolis. Foi sepultada ontem no SãoJoão BatistaAlcir de Souza Guimarães, 65 anos, dediabetes, no Hospital Municipal MiguelCouto, na Gávea (Zona Sul). Fluminen-se, era funcionário público, solteiro emorava em Ipanema (Zona Sul). Foisepultado ontem no São João Batista.Eurides Gonçalves Ferreira, 69 anos, dediabetes, no Hospital Evangélico, na Ti-juca. Fluminense, era casada com JorgeDias Ferreira, e morava no Maracanã(Zona Norte). Foi sepultada ontem noCemitério de São Francisco Xavier, noCaju (Zona Portuária). Teve oito filhos. ¦

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Jm Adayr Eiras de Araújo, Augusto Pinto de Souza F°.Alcides Morales, Aloisio Marques Cavalcanti, Adail

J de Oliveira, Jean Louis Bodin, Luiz Vicente Goulart' de Macedo, Mario Cerqueira Teixeira de Souza,

Paulo Afonso Gouvêia Cabral e Zilmar Guedes, cónster-nados com o repentino falecimento do seu queridoamigo Roberto, convidam para a Missa de 7o Dia, queserá celebrada no próximo dia 25 de Junho, 2a feira, às18:30 horas, na Igreja de Santa Mônica no Leblon.

ANTONIETA HAMPSHIRE

CAMPOS DA PAZ

(NIETA)(AGRADECIMENTO)

Mariza Campos da Paz Adriana e Sandra, May Hampshire Campos daPaz Malta Fernando e Roberta Heloísa Maria Abreu Fialho Campos daPaz, Ricardo. Eduardo e Ana Paula, e Germana Ferreira agradecem aosparentes e amigos pelo carinho recebido por ocasião do falecimento denossa mãe, avó. sogra e amiga muito amada

AGOSTINHO DIAS CARNEIRO JR.(MISSA DE 7° DIA)

JL AGOSTINHO VERA REGINA e GUIT LHERME DIAS CARNEIRO. Pai. Mãe e

| Irmão, agradecem a solidariedade recebida por ocasião do trágico FALECI

MENTO do nosso querido AGOSTINHO econvidam para à Missa de 7o Dia que serácelebrada no dia 26 06 3d FEIRA às 11 00HORAS na Igreja de. Santa Mônica À RuaJosé Linhares 88 LEBLON

AGOSTINHO DIAS CARNEIRO JR.(MISSA DE 7° DIA)

JL IVANO VELLOSO DE CARVALHO, EMl-| LIA e família agradecem a solidariedadeI recebida por ocasião do trágico faleci

mento de seu adorado neto sobrinho eprimo AGOSTINHO e convidam para a Missade 7o Dia que será celebrada no dia 26/06,terça feira às 11 00 horas, na Igreja de SantaMônica. à Rua José Linhares. 88 Leblon

MARIA JOSÉ GOMES OSÓRIO(ZíCA)Ivo Tito Livio Márcia Ugo Maurício Soloni e Netos

convidam demais parentes e amigos para a Missa de 7oDia que será celebrada em sua memória às 19 30h Do dia25/06 90 (Segunda feira) na Igreja do Sagrado Coraçãode Jesus R Carolina Santos 146 Méier

JOÃO CLIMACO DA S. FILHO

50 ANOS DE SAUDADE

fPor

teu amorPor teu exemploPor tua bondade

O carinho de tua filha DELZASILVEIRA CASTELLO BRANCO.

MARIA IRICÊ BARROS DE MACEDONEWTON SIDNEY BARROS DE MACEDO

(1 ANO DE SAUDADES)Carlos Macedo, Wellington Barros de Macedo,Cleonice Barros de Macedo e Shmuel Datum con-vidam demais parentes e amigos para a missa emintenção das almas de seus inesquecíveis MARIAIRICÊ E NEWTON SIDNEY que será celebradaAMANHÃ, 2a feira, dia 25 de junho, ás 10:45 h,na IRMANDADE NOSSA SENHORA MAEDOS HOMENS, á Rua da Alfândega, 54 — Cen-tro (esquina de Av. Rio Branco).

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JORNAL DO BRASIL Economia domingo, 24/6/90 ? Io caderno ? 19

Falta de matéria-prima ameaça a produção de sabão

Beatriz

Informe £conômico

"T A Rede Globo enviou às cem maiores

agências de propaganda uma carta emque, digamos assim, estimula a compra de

w pesquisas de audiência de televisão, feitas* pelo Ibope. A carta ressalta a importância" técnica e comercial das pesquisas de audiên-

cia, registra que "todos estamos de acordo"

quanto à competência do instituto de pesqui-b sa e observa que, apesar disso, vem caindo a- compra de pesquisas, por parte das agências,

especialmente depois do plano de estabiliza-"ção.

Considerando, em conseqüência, que aqueda do faturamento pode obrigar o Ibopea suspender boa parte de suas atividades, queexigem a manutenção de uma estrutura ope-racional cara, a carta da Rede Globo exortaas agências de propaganda a dedicarem maisverbas à compra de pesquisas. E acrescenta,fortemente persuasiva:

"A defesa e a manu-tenção do instrumental existente são absolu-tamente necessárias e a Rede Globo entendeque a compra de pesquisa de audiência detelevisão precisará ser levada em conta nasua relação comercial e de parceria com asagências."

MistérioA pedido do Banco Central, alguns bancos

estão levantando, entre seus clientes, quantos cru-zados novos ficaram com pessoas físicas, quantoscom pessoas jurídicas.

Devem sair números interessantes.

PiorandoPesquisa feita entre executivos membros da

Câmara de Comércio Americana para o Brasilindicou que a maioria prevê dias difíceis. Pergun-tados sobre a situação de suas empresas nestemomento, em comparação com 14 de março,metade disse que era pior, metade que estavamelhor.

Como estarão as companhias dentro de doismeses? Melhores, é a resposta da maioria.

Mas em seis meses a maioria esmagadoraacha que suas empresas estarão em situação piordo que a de hoje.

Queda-de-braçoOs produtores de laranja da região Noroeste

do estado de São* Paulo estão com dificuldadespara negociar a venda da safra. Hoje, o preçomédio da caixa de laranja é de USS 2,20, mas aindústria de suco quer esticar o pagamento: umaentrada de USS 1 e 11 prestações de USS 0,15. Osprodutores insistem que as laranjas só virarãosuco se a entrada for de USS 2.

CréditoDepois da edição do Plano Collor, a Petro-

graph, fabricante de cartões em PVC, está rindo àtoa. Em abril e maio, com uma produção de 1,2milhão de cartões (um crescimento de 100% emrelação ao mesmo período do ano passado), aempresa faturou USS 840 mil. "A volta das ven-das a prazo estimulou o comércio a investir emseus próprios cartões de crédito", explica o geren-te de marketing da Petrograph, Laerte Costa Li-ma Filho, que tem, entre outros, Carrefour eCasas Pernambucanas como clientes.

US$ 7 bilhões é muitoExecutivos do setor financeiro entendem quenão existe a menor possibilidade do governo reco-

lher USS 7 bilhões, como planejou, com as vendasdos Certificados de Privatização, CPs. Esses pa-péis só servirão para adquirir ações de empresasprivatizadas e devem ser obrigatoriamente com-prados por bancos e demais instituições financei-

-ras (corretoras, fundos de pensão, seguradoras,por exemplo) numa determinada proporção emrelação a seus patrimônios.

Todas as instituições financeiras já têm pare-ceres jurídicos que apontam diversas ilegalidades einconstitucionalidades na medida que obrigou acompra dos CPs. Mas antes de ir à Justiça, asinstituições querem negociar alternativas com oBanco Central. Alternativas que darão ao gover-no bem menos do que os USS 7 bilhões.

— Ou o governo aceita menos, ou fica semnada, porque derrubamos a coisa na Justiça — dizum executivo que participa das negociações.

Mais salárioA Federação das Indústrias do Estado de São

Paulo tirou dinheiro de algum lugar. Seus nego-ciadores aumentaram para 45% a oferta do rea-juste salarial para os metalúrgicos do interior doestado. No começo da negociação, a Fiesp ofere-cia 11%. Tem gordura para pagar os 45% ou aidéia é buscar tudó no repasse para os preços?

Os trabalhadores pedem 170%.

Política industrialA política industrial que a ministra Zélia

Cardoso de Mello anuncia na próxima terça-feiraserá o tema do seminário que a empresa Brain-Trust promove no próximo dia 29, em São Paulo.Participa o secretário de Desenvolvimento Indus-trial, Luís Paulo Veloso Lucas, e outros funcioná-rios do governo envolvidos na execução da novapolítica.

.Carlos Alberto Sardenberg, com

O BANCO DOS ANOS 90

Eduardo Alves

A queda na extração de sebo ani-mal e na fabricação de soda cáustica— matérias-primas essenciais para afabricação de sabões —, que vem seregistrando nos últimos dois meses,está restringindo a produção de sa-bão e colocando em risco o abasteci-mento do mercado. De um lado doproblema está a entressafra da carne,que este ano começou mais cedo edesregu. u o fornecimento do sebo.'De outro, a queda no consumo decloro, cujo processo de obtenção for-ma a soda cáustica. "Estes dois fato-res ameaçam o fornecimento de sa-bão. Os estoques estão se exaurindo eas indútrias não aceitam mais pedi-dos", declara o diretor da Abisa (As-sociação Brasileira das Indústrias deSabão), Luiz Eduardo Pereira deCarvalho.

A composição do sabão em barraé muito simples. Basta preparar aquente uma fórmula onde entra 60%de gordura e 40% de soda cáustica. Agordura pode ser de vários tipos. Amelhor, e mais barata, é a do seboanimal. As fontes desta matéria-pri-ma são açougues e frigoríficos quevendem sobras de gordura para asgraxarias. A soda-cáustica é obtidana produção do cloro que é altamentepoluente. Se não houver alguma em-presa que precise do cloro, não sefabrica a soda.

Sebo — Segundo Luiz EuardoPereira de Carvalho, a produção na-cional de sebo — cerca .de 220 miltoneladas por ano — nunca foi sufi-ciente para suprir o mercado interno.Para contornar o problema, as indús-trias brasileiras importam em média60 mil toneladas de sebo dos EstadosUnidos e da Argentina todos os anos."O

problema é que este sebo demorano mínimo 50 dias para chegar e afalta de matéria prima é um problemapresente", diz.

Além do problema no abasteci-mento, as indústrias de sabão têmque enfrentar constantes oscilaçõesdo preço do sebo, que não é controla-do, apesar do sabão estar rigorosa-mente tabelado. As graxarias e frigo-ríficos estabelecem quanto queremcobrar pelo produto. Em geral ospreços variam em função da procura.Um bom exemplo aconteceu logo de-pois do Plano Collor, quando o con-gelamento de preços tabelou o sabãoem um patamar que não pagava nemo custo de produção. As fábricas pa-raram e o preço do quilo do sebo caiude CrS 32 para CrS 15.

Com a matéria-prima mais barata,as empresas puderam viabilizar aprodução e vender ao preço congela-do. Duas semanas depois, o preço dosebo voltava a subir. Logo o insumoestava novamente custando CrS 32."Antes do Plano este preço embutiaum custo financeiro de quase 90% eagora este custo náo existe. Isto signi-fica que o preço sofreu um aumentoreal de aproximadamente 75% desde16 de março", calcula Luiz Eduardo.

Mercado d® sabões¦-;:Yj

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Carlos Pereira-—

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Fonte: Abisa (1989)

O preço do sebo

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(Crf/Kg)32,00 32,00

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13/3 27/3 03/4 17/4 24/4 08/5 15/5 29/5 12/6 22/6Fonte: Abisa

Soda — A falta da soda é causa-da por fatores bem diferentes. O usodo cloro no país está concentrado emduas grandes empresas. Uma delas éa Salgema, que há várias semanasinterrompeu as compras do produto."A outra é a Dow Química que sevinha sustentando o mercado comsuas encomendas. Recentemente, noentanto, uma greve parou a fábrica einterrompeu a linha de produção. Emconseqüência-, a empresa também pa-rou de adquirir cloro e só deveráretomar as compras na próxima se-mana. Isto vai demorar para se refle-tir no abastecimento de sodas ", cal-cuia Carvalho. Neste caso aimportação é inviável: o produto es-trangeiro custa 60% mais caro doque o nacional. Por outro lado, vá-rios setores mais poderosos, como asindústrias de alumínio, papel e petró-leo, também usam as sodas e têmprioridade na compra da produção.

Devido a este quadro de proble-mas muitas empresas de sabão estãodeixando de aceitar encomendas desupermercados e revendedores em to-do o pais. Segundo o presidente daAbisa, se não fossem as dificuldadescom as matérias-primas e o tabela-mento de preços — que impede o usode matérias alternativas —, o abaste-cimento de sabões no Brasil difícil-mente teria problemas. 0 setor é umdos poucos onde a concorrência fun-ciona de maneira perfeita. Mais de120 fabricantes dividem o mercado,produzem cerca de 450 mil toneladaspor ano e competem regionalmentequase de igual para igual. As seismaiores empresas não chegam a con-trolar nem metade de toda a produ-ção do país e a maior delas, a cariocaUnião Fabril Exportadora, é umaempresa familiar de capital totalmen-te nacional.

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Bomba de sucesso

Postos Zip se expandemem Recife e serviçosconquistam clientela

RECM E: — A abertura do mercado de distribuição de"

derivados de petróleo e álcool combustível, preso àsconcessões federais até o governo Collor, ao invés de intimidar,estimulou os investimentos da rede de postos Zip, comparável,...na região, á Rede Itaipava do Rio de Janeiro. Nos próximos 15dias, a empresa começa a construção programada para quatromeses, do décimo segundo posto Zip, no Grande Recife, com 2 r)1mil m2 e investimento previsto superior a USS 700 mil. Até o $final do ano, os sócios Fernando Didicr e Manoel Souza Leão, j jproprietários da rede Zip. prometem construir mais dois postosdo mesmo porte na capital.

"Tudo que conseguimos até agora pode ser explicado pelanossa filosofia de reinvestir o lucro no próprio negócio e tratarde forma inovadora, na região, a revenda de combustível comouma atividade empresarial que exige organização e administra-ção séria, sem os improvisos daqueles que se consideram apenasdonos de postos", diz Didier, explicando o sucesso da rede Zip,que, em apenas seis anos. transformou-se na maior do Norte eNordeste, com faturamento mensal de mais de USS 7 milhões.Este crescimento foi assegurado por uma fórmula que os doissócios consideram a mais eficiente para enfrentar o mercado,agora mais competitivo: capricho no atendimento e mão abertapara o treinamento de pessoal.

Treinamento — A rede de postos Zip é a única doBrasil a manter um centro de treinamento volante, que absorvequase I % dos custos de pessoal, garantindo a reciclagem, a cadatrés meses, dos seus 350 funcionários. Em um trailer, equipadoinclusive com videocassete, os frentistas e subgerentes recebeminstruções, no próprio local de trabalho, tanto sobre os produ-tos comercializados, como também lições de boas maneiras.Para estimular ainda mais a presteza dos frentistas no atendi-mento, a empresa oferece prêmios, como viagens e eletrodomés-ticos, àqueles que se destacam numa avaliação mensal, ondeuma barba bem-feita vale tanto quanto a cota de venda decombustível do período. "O frentista bem cuidado, bem infor-mado, conquista a confiança do cliente", diz Didier, ex-gerentede operações do Shell, em Pernambuco.

A preocupação em agradar à clientela, nos postos Zip, vaidesde a lavagem espontânea dos pára-brisas à distribuição depirulitos ás crianças. Próximo às bombas, existem discretosaltofalantes com música ambiente bem suave para embalar apaciência do cliente enquanto ele espera pelo abastecimento. Ocuidado com a clientela estende-se até o projeto arquitetônico 'dos postos, com designs modernos, com bons espaços (1500 a2000 mil metros), bem iluminados e muito limpos. Além dastrocas de óleo e lava-jato, os postos Zip também mantêm, comrequintes de shoppings centcr, livrarias e lanchonetes, que já setransformaram em ponto de encontro dos jovens bronzeados dosofisticado bairro de Boa Viagem. Apesar de representar apenas2% do faturamento mensal da rede Zip, o shopping é um grande,atrativo para as mais de 150 mil pessoas que visitam os postos,todo mês.

A estratégia de marketing pioneira de Manoel Souza Leão eFernando Didier — que começaram o negócio com uma modes-ta bomba de calçada, no Centro de Recife — começa a fazerescola entre os concorrentes "Os outros postos imitam todas asnossas iniciativas, até coisas simples, como a cadeirinha quecolocamos ao lado das bombas para descanso dos frentistas",diz Leão, ex-diretor financeiro do grupo João Santos em Per-nambuco. "O que nos tranqüiliza è que eles tentam manter onosso padrão de atendimento, mas não dão continuidade",completa o empresário, incansável ao repetir para os seusfuncionários que "quem não tem competência não compete".

Apicius As crônicas com sabor especial. JB

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B* ¦..-. IIP? B^': ^VJJ BK: «swpn|i,,,^™*.....*»*-*gg|Robert Mosbacher: ELI A querent investir nas areas ae telecomunicaqoes, informatica e servigos

Liberalizacao enfrenta divergencias'" ., '. S6nia p-Almeida - 2/6/90,

acredita que a

^. :-i^HMK ':' Wilsoni Pedrosa - 05/08/88

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^^wwhMWBHBHBWSWBWWSK A'Joel Rauber: Brasil quer flcar junto aos paises desenvolvidos

Arquivo

'^Gunnar Vikberg: sugestdes ao ministro da Infra-Estrutura

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Empresários vão participar das negociações no Gatt

-®- . -¦- Frederico Rozario

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Cláudia Bensimon eCoriolano Gatto

Os empresários brasileiros, pela primeiravez, terão participação direta nas discussõessobre a liberalização do comércio de serviços noâmbito do Acordo Geral de Tarifas e Comércio(Gatt). A idéia do governo Collor, dentro daobstinada meta de abrir fronteiras como formade também ganhar maior participação externa,é a de que o empresariado esteja representadonas negociações finais da Rodada Uruguai,marcadas para julho, em Genebra, quando es-

., tarão em discussão as normas que vão reger asrelações comerciais entre os cerca de 90 paisesmembros daí para frente.

Esta guinada vai ter um grande impacto naeconomia. Para assegurar a entrada dos produ-tos brasileiros lá fora — as exportações repre-sentam um pouco menos de 10% do PIB (Pro-duto Interno Bruto) —, o governo quer deixartotalmente livre o ingresso do capital estrangei-ro no setor de serviços, que aqui responde por' cerca de 60% do PIB, englobando informática,bancos, seguros, consultoria, publicidade,transportes, turismo, entre outros segmentos.

Na pior das hipóteses, os setores que estarãoabertos à concorrência internacional represen-tam pelo menos 20% do PIB, ou praticamenteo dobro das exportações do pais, que devemalcançar USS 32,8 bilhões em 1990. Por estarazão, empresários e especialistas em comércioexterior olham com cautela o novo cenário e háaté quem discorde abertamente da estratégiaoficial.

Empresários — De todo modo, na pri-meira semana de dezembro deste ano, em Bru-xelas, os 15 temas discutidos nesta rodada serãoobjeto de um acordo amplo, a ser seguido portodos os países, marcando o encerramento dociclo Uruguai, com desdobramentos ainda pou-co claros na área de comércio de serviços, quepela primeira vez obedecerá a normas especifi-

;' cas e multilaterais. Regras relativas à proteçãoda propriedade intelectual, redução e consoli-dação de tarifas de produtos também são pon-tos sensíveis para o Brasil e prometem esquen-tar ainda mais as discussões.

Mas foi a questão dos serviços que mobili-, zou, nos últimos 10 dias, lideranças empresa-'; riais do Rio e de São Paulo em reuniões com o: governo. O resultado é que nesta semana oi presidente da Associação das Câmaras Ameri-\ canas de Comércio no Brasil, Gunnar Vikbcrg,

entrega a primeira sugestão ao ministro da, Infra-Estrutura, Ozires Silva, que iniciou as

conversações com os empresários. A entidaderepresenta empresas responsáveis por mais de40% do capital estrangeiro investido no Brasil.

O ponto alto dessas articulações ocorreu nai última sexta-feira, no Rio, no encontro de diri-f gentes da Confederação Nacional da Indústriaj com o secretário (ministro) de Comércio ameri-i cano, Robert Mosbacher. Ele deixou claro oi interesse dos EUA em investir no Brasil nas

áreas de telecomunicações, informática, serviçossí* financeiros, no setor de plásticos, aeroespacial ef- de energia eólica. E o verdadeiro exército deft,representantes da indústria americana de tele-^comunicações (as gigantes Bell e Hughes, entre^outras) que acompanhou o secretário eviden-tf:; ciou que esse é um dos setores que os EUAT& querem ver liberalizados mais depressa.

^ Barreiras — Para se ter uma idéia deiteíiomo os americanos estão jogando tudo na^Rodada Uruguai, basta dizer que o secretário"««anunciou com todas as letras que nem mesmo a& pendente negociação da dívida externa afetará a' disposição de investir aqui, deixando claro que

o importante será a posição brasileira favorávelàs suas propostas no Gatt.

A inclusão dos serviços no Gatt vai encon-trar muitas barreiras. A primeira delas — e. maispoderosa — é a Constituição. O presidente doBanco Central, Ibrahim Eris, lembra, porexemplo, que toda a regulamentação do capitalestrangeiro no sistema financeiro, incluindo se-guros, depende ainda de uma legislação com-plementar, como determina o Artigo 192 dotexto constitucional. "O ministro Ozires nãoquis rasgar a Constituição", apressa-se a escla-recer Eris, fazendo referência ao anúncio daposição brasileira em relação à inclusão deserviços no Gatt feito ao empresariado, pelaprimeira vez, por Ozires Silva, no último dia15.

Como a discussão do comércio de serviçosno âmbito do Acordo Geral é muito nova paraos empresários brasileiros, poucos arriscam pre-visões sobre o novo cenário. O superintendentedo Comitê Executivo do Banco Nacional, Ar-noldo de Oliveira, considera positiva a entradade bancos estrangeiros no país, mas defende asmesmas regras em vigor nos paises desenvolvi-dos: pouca regulamentação do governo. "Aquié tanta papelada, um excesso de regulamenta-ção, que às vezes a gente não sabe o que faz",reclama.

Congresso — O vice-presidente da Bra-desço Seguros (a primeira do ranking do setor),Carlos Motta, receita cautela ao governo brasi-leiro. "O problema é tão complexo que nãocabe apenas ao Poder Executivo. O Congressonão pode estar ausente", defende. Já o diretorde relações externas do grupo Gerdau, PeterRosenfeld, lembra que as regras estabelecidaspara o comércio de mercadorias tradicionaissão transparentes, citando, como exemplo, queé possível identificar práticas de dumping com-parando preços de produtos comercializadosaqui e lá fora. "Mas dificilmente dois serviçossão iguais", lembra.

Ele também acha positiva a posição brasilei-ra, mas acredita que a liberalização do comérciode serviços só vai ser benéfica se for possívelcriar mecanismos que evitem a concorrênciapredatória, lembrando que algumas estimativasapontam que em 1995 os serviços vão responderpor 90% do comércio mundial. Gunnar Vik-berg reconhece que a maior abertura da econo-mia brasileira não vai ocorrer com velocidade eele admite resistências dentro do CongressoNacional. "Agora é difícil ter uma aprovaçãoradical", revela. Ele não esconde, porém, o seuapoio às medidas liberalizantes colocadas emmarcha pelo presidente Fernando Collor deMello.

O capital estrangeiro nosetor de serviços (%)'

Arrendamento mercantil 46,7Bancos comerciais 14,2Com6rcio 21,7Corret./Distrib/Financeiras 35,0Seguros 24,5Servipos de engenharia 6,7Transports '¦; 0,2Turismo 6,7Total 8,8

(') Participafao das multinacionaisno Brasilpor patrimdnio liquido em cada selorFonte: Reinaldo Gongalves

CARTA ÀPOPULAÇÃONós, funcionários demitidos da CEF, queremos repudiar o ataque brutal que a Caixa Econômica Federalvem sofrendo por parte do Governo Federal através de sua administração representada por LafayetteCoutinho, como parte de uma política de esvaziamento e privatização de empresas estatais.Visando implantar sua política de sucateamento e inviabilizar o funcionamento da CEF, inclusive doFGTS, a empresa nesse momento demite a nível nacional 11.172 empregados (2.341 concursados novos -

74 telefonistas - 23 motoristas - 53 vigilantes -142 licenciados sem vencimentos - 8.500 estagiários), sendoa maioria dos que demitidos do RJ são concursados recém-admitidos que estavam lotados no Setor deArrecadação do FGTS, que a partir de outubro/90 deveria centralizar toda a arrecadação do Estado, o quedemonstra, na prática, que é falsa a preocupação que o governo diz ter com a população de baixa renda.Por entendermos que o ataque à CEF faz parte de uma política mais ampla do governo, de privatizaçãoe/ou extinção das estatais e que somente através da luta conseguiremos barrar estas demissões e principal-mente os planos de arrocho e miséria do governo Collor, deflagramos no dia 20/06 greve por tempoindeterminado tendo como eixo central: A defesa do patrimônio público contra as demissões.Todos nós, nos esforçamos, fizemos sacrifícios para conseguir estudar e ser admitidos nessa Empresa,depois o governo através de uma política eleitoreira joga por terra todos os nossos sonhos.Nesta postura de "moralizador" do serviço público, o governo Collor e o presidente da CEF, LafayetteCoutinho, ameaçam demitir um número maior de empregados dentro de sua política de "enxugamento" dasestatais, o que a nosso ver é uma atitude criminosa, uma vez que a CEF hoje tem um número bem menor deempregados que a sua necessidade, o que faz com que os empregados existentes tenham que fazer umgrande número de horas-extras que muitas vezes nem são pagas.Na verdade isso demonstra a real necessidade de manter esses empregados justificando, inclusive, aconvocação dos outros concursados que aguardam exame médico.Só a luta dos empregados da CEF garantirá a manutenção da empresa enquanto banco múltiplo e sociala serviço da população.Convocamos toda à população a se unir a nós, funcionários da CEF demitidos, nessa luta dando todoapoio d nossa mobilização, e além disso, exigindo ao Governo Federal a manutenção de nossa empresa enossa readmissáo.

Chega de mentiras colloridas!COMISSÃO DE EMPREGADOS DEMITIDOS

ASSOCIAÇÃO DE PESSOAL DA CEF/RJSINDICATO DOS BANCARIOS/RJ - FILIADO A CUT

Robert Mosbaclier: EUA querem investir nas áreas de telecomunicações, informática e serviços

Liberalização enfrenta divergências

Os Estados Unidos, o Japão e a Comunida-de Econômica Européia querem que, paralela-mente ao acordo geral a ser firmado no encer-ramento da Rodada Uruguai, sejamestabelecidos compromissos mínimos para li-beralização do comércio de serviços em algu-mas áreas. Até aí parece existir alguma linhaem comum. Mas a CEE, por exemplo, divergedos EUA quando propõe que já no final dasdiscussões todos os tipos de serviço sejam con-templados. Os americanos, por sua vez, nãosentem entusiamo algum em promover umaampla abertura nos setores financeiro, detransporte aéreo e marítimo, para citar algunsexemplos.

Por conta da variedade de serviços e dasespecificidades de cada um — já existem cercade 150 tipos diferentes identificados —, a saídapara chegar a um consenso foi instalar grupossetoriais de discussão, diz o representanté doBrasil no Gatt, embaixador Rubens Ricúpero.Já houve encontros setoriais de turismo, con-sultoria, construção civil e telecomunicações."Tudo isso para ver como os princípios geraisque regem o Gatt podem ser aplicados emcasos específicos", explica Ricúpero.

Ambiciosa — Mas, o embaixador acredi-ta que é uma meta "muito ambiciosa" promo-ver desde já a liberalização — que o Brasil nãoconseguia sequer ouvir falar antes do inicio daRodaaa Uruguai, em 1986 —, citando comoexemplo as dificuldades de aplicar novas nor-mas em setores que já possuem jurisprudênciaprópria, como o de transportes aereos. "Emuito complexo tecnicamente", avalia. Dequalquer modo, no final, estabelecidos algunsprincípios básicos, as negociações deverão obe-

Até mesmo os EUA

restringem serviçosAs pressões do governo norte-americano

para incluir os serviços brasileiros no Gattsempre foram intensas. Nos anos 80. funcioná-rios da Casa Branca ligados ao poderoso Ame-rican Express (Amex) convenceram o entãopresidente dos EUA, Ronald Reagan, a usartoda a sua influência com vistas a apressaruma posição do governo brasileiro em relaçãoao tema.

Esta história — que nào faz parte de umconto de ficção — chegou a ser noticiada e élembrada pelo economista Reinaldo Gonçal-ves, que já representou a UNCTAD (Confe-rência das Nações Unidas para o Comércio eDesenvolvimento) em uma reunião do Gatt.Na sua opinião, a mudança na rota do governobrasileiro, iniciada em 1986 e que ganhoumaior força em dezembro de 1989, quandoocorreu a Rodada Uruguai em Montreal, noCanadá, é bastante rápida e nào tem umaestratégia muito definida.

Negativo — "A estratégia neoliberal podeter efeitos negativos na economia brasileira",ressalva Gonçalves, também professor daUFRJ. Ele lembra que mesmo nos EstadosUnidos, onde domina a liberdade de comércio,há restrições na área de serviços. Um exemplotípico fica por conta do sistema financeiro. Umestrangeiro para abrir um banco nos EUAprecisa da regra da reciprocidade. Quer dizer,uma instituição financeira aberta lá por brasi-leiros precisaria resultar na ampliação de ban-cos americanos aqui.

Gonçalves defende a presença estrangeirano setor de construção pesada, tracionalmentecontrolado por grandes empreiteiras que sem-pre viveram á sombra do Estado, mas não temdúvidas de que o ingresso das multinacionaisno segmento de serviços de engenharia seriadesastroso. Com base em estatísticas interna-cionais, o ex-consultor das Nações Unidas res-salva que a participação das multinacionais emimportantes segmentos de serviços alcança8,8% de todo o patrimônio liquido das empre-sas, enquanto em toda a indústria as empresasestrangeiras abocanham 32,8%.

A inclusão dos serviços no Gatt seguramen-te aumentaria bastante esta participação. So-mente na publicidade as multinacionais detêm15% da receita do segmento. "No mundo in-teiro, há restrições (em relação aos serviços),mesmo nos Estados Unidos", arremata Gon-çàlves. (C G)

S6nia D'Almeida - 2/6/90

Ricúpero acredita que a liberalização ime< lata uma meta ambiciosa

decer à atual sistemática do Gatt. É o queexplica um dos membros da missão brasileirano organismo, ministro Flávio Safra.

Existem três níveis de discussão na área dosserviços. O primeiro consiste no estabelecimen-to dos princípios básicos que vão reger asrelações comerciais entre os países.

"São asregras do jogo", diz o ministro. Num segundomomento, a elaboração de anexos para trata-mento de setores que necessitem de regulamen-tação específica. E somente num terceiro está-gio — que deverá extrapolar a RodadaUruguai — é que entram as negociações pro-priamente ditas.

Os Estados Unidos já distribuíram listasespecíficas de serviços que gostariam de ver

liberalizados para vários países membros doGatt. O ministro esquivou-se de detalhar arelação encaminhada para o Brasil sob o argu-mento de que como os americanos são aspontas de lança de todas essa discussão, estãoapenas fazendo uma espécie de "exercício demodelo". Com alguma insistência ele admitiuo interesse dos EUA no setor de telecomunica-ções.

O ministro reitera que nenhum outro país,nem tampouco o Brasil, elaborou lista seme-lhante. Mas, a tendência é de aue as negocia-ções no setor de serviços vennam funcionaratravés de listas, em que cada país vai "trocarvantagens", de acordo com os princípios bási-cos. (C.fi.)

Rauber adotará posição dos EUA

Cristina de Luca

No que diz respeito aos serviços de comunica-ções. a orientação do governo brasileiro é para queo pais se alinhe aos Estados Unidos nas negocia-ções do Gatt. "A intenção do Brasil é a de nào ficarà margem de acertos entre países de marcantedesenvolvimento setorial", acrescenta o SecretárioNacional de Comunicações, Joel Rauber.

A posição americana é a de promover e assegu-rar o acesso às redes públicas de comunicação paraos paises signatários do acordo, com base em tari-fas e condições não discriminatórias. Para tanto, osEUA propõem a separação dos serviços públicosde telecomunicações dos serviços de valor agregado(enhanced services), através da criação dos serviçoscomerciais de telecomunicações (business telecomu-nicalions services).

Os enhanced services são aqueles serviços queoferecem ao usuário algo mais do que a simplestransmissão telefônica ou de dados, como os servi-ços de disseminação de informações por compu-tador. Pela divisão proposta, estes serviços passa-riam a ser considerados serviços comerciais que,por definição, incluem todos os serviços que com-binem transmissão (transporte de telecomunica-ções) com qualquer outro não classificados comotal e, especialmente, o armazenamento de informa-çòes.

Limites— No entanto, a primeira reunião dogrupo setorial de telecomunicações do Gatt, reali-zada dias 5 e 6 deste mês, em Genebra, não foi

conclusiva. "Os limites entre serviço público e ser-viço de valor agregado foram considerados impre-cisos e duvidosos", revela Rauber. E os paísespresentes — Japão, Canadá, Coréia do Sul. Comu-nidade Econômica Européia. Malásia, Austrália,índia e Hong-Kong, além de Brasil e EUA —adiaram para a próxima reunião setorial, marcadapara os dias II e 12 de julho, a decisão sobre apostura internacional mais adequada para tratar osserviços de telecomunicações.

O Brasil conhece bem as dificuldades existentespara conceituar o que é serviço público de teleCo-municações, atualmente, no pais, monopólio daUnião assegurado pela Constituição. Existe umazona cinzenta que consegue confundir até mesmopotenciais investidores estrangeiros: o chuirman áüBell, Robert Dahut, perguntou durante encontrocom empresários brasileiros e na última sexta-feira,o porquê de o Brasil ter estabelecido que telefoniamóvel, por exemplo, não é serviço público. Nin-guèm soube responder. Há alguns meses, a assesso-ria jurídica da Secretaria Nacional de Comunica-ções vem trabalhando na nova regulamentação dosserviços de telecomunicações que pretende determi-nar quais deles poderão ser explorados pela inicia-tiva privada.

Por isto a proposta de criação de uma novamodalidade de serviços, denominados comerciais, ébem vista pelo governo brasileiro. Respeitada aConstituição, eles seriam, com certeza, os serviçosque poderiam ser prestados pela iniciativa privada,em regime de concorrência, ou não, com as conces-sionáriasdaTelebrás.

20 ? 1" caderno ? domingo, 24/6/90 Economia JORNAL DO BRASIL í

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JORNAL DO BRASIL Economia domingo, 24/6/90 ' ? 1° caderno ? 21

A População do Estado do Rio de JaneiroUtilizando os principais jornais do Estado, o presidente do Banerj, Márcio Fortes, em entrevista

coletiva ,fez uma série de declarações, mostrando definMvamente, o quanto a atual diretoria está distantedos reais interesses do povo fluminense e especificamente dos funcionários da instituição que dirigem.

0 BANERJ pertence ao povo do Estado do Rio de Janeiro e a ele devem ser dadas todas asinformações sobre a realidade de sua instituição financeira. Mas, o Sr. Márcio Fortes, vem a públicodeclarar que, os 16 milhões devidos pelo Estado ao Banerj 6 assunto exclusivo dele e não explica osgastos com propagandas, que antes de promover o BANERJ, promove a si próprio, ou ainda, não explicaa contratação de assessorfas e consiitorias pagas em BTN.

Como também, râo declara que no dia 21.06, a diretoria que preside se deu, a titulo de complementosalarial, a quantia de 109 mil cruzeiros, que representa um aumento de cerca de 50% no vencimento decada diretor desta inst«uição(!l!).

Tudo Isto mostra o ni vel de autoritarismo do Presidente do Banerj, que ê o oposto do estilo moderno quepretende passar para a opinião pública.

Nõs, funcionários do Banerj, compreendemos o transtorno que nossa greve causa a toda à população,Já que, pagamos o funcionalismo do Estado e do Município e recebemos uma série de taxas e impostos.

Entretanto, a nossa luta não se resume apenas a restituição das nossas perdas salariais. Nós estamoslutando também pela defesa do BANERJ, pois a atual diretoria, lentamente, quase imperceptivelmente,procura passar à opinião pública que o problema das estatais se deve aos altíssimos salários recebidospor seus funcionários, como por exemplo, declarou o Sr. Márcio Fortes, em relação ao BANERJ, quandodiz que o salário médio é de 100 mil cruzeiros, quando na realidade eles giram em tomo de 25 mil brutos,porque, na verdade, os descontos em nossos contracheques aumentaram barbaramente(lll), como tudoneste paia

0 que de tato vai para o botso sequer dá para pagar o aluguel o supermercado, a escola das crianças,etc., que estão completamente liberados. Precisamos sobreviver com dignidade por isto estamos lutandopor aumento de salário. Não é possível que diante da situação financeira critica que passa o funcionáriodo Banerj, esta diretoria se mostre tão Insensível. Não é possível que legislando em causa própria adiretoria se dé aumento de salário e feche os olhos se negando a negociar um aumento digno para osverdadeiros construtores do patrimônio do povo do Rio, seus funcionários.

OBS: Senhores gerentes, o nosso movimento ê seu também, afinal todos estamos sendo jogados namiséria. Por isso, precisamos de sua solidariedade. A diretoria, como sempre, vai ameaçar com punições,listas, etc. E vão pressioná-los para que cumpram o papel de seus capatazes. Chamamos os gerentespara se unirem ao funcionalismo em greve e a se negarem a cumprir este papel para bem da dignidaded® todos. Sindicato dos Bancários/RJ (filiado i CUT)Reuniao/Domingo/17 horas _

todos os funcionários/no Sindicato Comissão Sindicato dos Func.do Banerj

A CURTO

PRAZO*it I

KC • RDH • CDB

Japão tem vaga para

2 milhões

de trabalhadores estrangeiros" Massarani *—

Friederick Brum

Empresas japontsas estão solicitan-do do governo uma maior flexibilidadena admissão de trabalhadores estran-geiros no país. O motivo é um só: hácerca de dois milhões de vagas e não háquem as ocupe. E esse número tende a

"- aumentar, segundo o Ministério doTrabalho do Japão, que já registrouum incremento de 6% na oferta deemprego de 1988 para 1989. A econo-

» mia japonesa, de fato, não pára de cres-¦ cer e a taxa de incremento populacio-£"nal, ao contrário, vem a cada ano se"

reduzindo — e, em conseqüência, limi-tando a possibilidade de reprodução daforça de trabalho.

Uma estatística publicada recente-mente pelo jornal de economia e fi-nanças Nihon Keizai Shimbun, assina-la que 49% dos japoneses terá mais de40 anos no ano 2000, e em 2020 umquarto da população será maior de 65anos. A Câmara de Comércio de Osa-ka. uma grande cidade próxima a Tó-quio, preparou um documento que re-vela que o Japão não terá, dentro depouco tempo, como manter em funcio-namento sua economia sem receber emmassa trabalhadores estrangeiros, es-pecialmente no setor da construção'' civil e de hotelaria.

Robôs — Há outras áreas em quehá falta de trabalhadores. As fábricasde automóveis, que em algumas de suasfases operacionais, como a soldagem ea pintura já se encontram até 90%automatizadas, estão aumentando o

inúmero de robôs na montagem final,""onde a automatização é de 5%. A Nis-

1 san introduziu recentemente um sis-tema automático para montar carro-

, cerias que pode fazer quatro unidades"/"gastando o mesmo tempo que traba-•• lhadores fariam apenas uma. A Mitsu-" bishi opera com um esquema seme-

lhante e a Toyota já anunciou queinvestirá 100 bilhões de ienes (US$ 645milhões) durante os próximos cincoanos para automatizar suas linhas demontagem, ao invés de contratar 6.000novos empregados.

As empresas japonesas preferem¦ contratar trabalhadores estrangeiros

que tenham algum tipo de afinidadecom a cultura do país. Isto faz com quea mão-de-obra preferida seja a dos pai-ses do cinturão do pacifico, que incluios tigres asiáticos. Este critério nãoexclui, é claro, os imigrantes, muitosdeles no Brasil, ou seus descendentes.Um oficial do consulado japonês noRio informou que a entrada e absorçãode trabalhadores estrangeiros no seupaís é um fenômeno cada vez maior eque surge pela demanda da economia.

Imigrantes ilegais — Segundoele, não há uma política oficial paraatração de mão-de-obra, já que o as-sunto vem sendo discutido no âmbitodo Ministério da Justiça do Japão, ten-do em vista suas implicações legais. Ogoverno tem se preocupado com a en-trada ilegal de trabalhadores, que é fa-cilitada por muitas empresas instaladasno Japão.

Trata-se de um fenômeno típico depaíses desenvolvidos e que não se res-tringe ao Japão. Na Grã-Bretanha, porexemplo, segundo o jornal FinancialTimes, já há falta de trabalhadores. Eneste caso, de trabalhadores qualifica-dos, que entendam de computadores,por exemplo. O Times chega a qualifi-car o problema de crise porque a escas-sez de trabalhadores nesta área chegaa 20.000 pessoas. Sc a tendência persis-tir, eles serão 35.000 em dois anos e50.000 na metade desta década.

Salários — Também naquelepaís, uma das principais razões para a

falta de trabalhadores qualificados é adiferença entre a redução do crescimen-to demográfico e o aumento na ofertade empregos. A força de trabalho entre18. e 23 anos, por exemplo, segundoestatísticas do governo britânico, seráreduzida cm 1 milhão de pessoas até1993.

Nos Estados Unidos o fenômenoadquire outras características. O gover-no americano tenta compensar a redu-ção da taxa de natalidade com o au-mento das cotas de imigração, de formaa eliminar o gap provocado pelo cresci-mento da economia. A mão-de-obraque entra é em grande parte desqualifi-cada, ou parcialmente qualificada.Além disso, o número daqueles queconseguem chegar ao fim de seu treina-mento profissional é cada vez menor.Portanto, o trabalho dos que sabemfazer algo interessante para a economiapassa a ter um preço maior no merca-do.

Inflação — Sobem os salários, so-be a inflação. Isto acontece mesmo como recente slowdown áa economia, carac-terizado pela diminuição de seu cresci-mento. Num cenário mais otimista paraos próximos meses, o Departamento(ministério) do Trabalho estima que ocusteio da massa salarial irá resultarnuma elevação inflacionária mesmo su-perior aos 4,8% do ano passado. Mi-chael Evans, consultor econômico, cmentrevista ao The Wall Street Journal, émais específico: "Espero uma inflaçãode 5,5% neste ano e no próximo, taxaque em grande parte será determinadapela elevação dos custos com a mâo-de-obra.

Tais custos não se limitam aos salá-rios. Empresas como a Mazak Corpo-ration, do setor de bens de produção,estão enviando seus novos empregadospara estudar no Japão, o que tambémaumenta — e consideravelmente —seus custos, comprometendo os resul-tados financeiros. Audrey Freedman,de uma instituição de pesquisa sobrequestões de mercado de mão-de-obra,diz que o problema é tão sério que põeem risco a expansão da maior econo-mia do mundo nesta década.

Imigrantes

provocam

polêmicaTT m grande debate está toman-U do conta do Japão atualmen-

te — como já aconteceu nos Esta-dos Unidos — sobre a utilização deestrangeiros para cobrir a crônicafalta de mão-de-obra. Pelas contasdo governo, cerca de 100.000 traba-lhadores ilegais já estão preenchen-do vagas em fábricas e restaurantes.Mas, as agências de seguro socialdizem que esse número pode chegaru 200.000, em sua maioria gente dasFilipinas, Tailândia, Bangladesh,Paquistão e China.

Os birõs de imigração nos aero-portos do pais têm registrado a ca-da dia a chegada de milhares e mi-lhares de trabalhadores, agoraassustados com a possibilidade deserem punidos por uma legislaçãorigorosa, que estabelece multas deaté 300.000 ienes (USS 2.000, apro-ximadamente), ou prisão por trêsanos. Tais penalidades, no entanto,nunca foram de fato aplicadas. Osimigrantes ilegais são simplesmentedeportados.

A lei que regula a imigraçãopara o Japão foi modificada recen-temente, prevendo penas para osempregadores de três anos de pri-são e pagamento de 2 milhões deienes (cerca de USS 13.000) emmultas. O grande debate focalizajustamente isto: pode um empresá-rio ser penalizado por estar empre-gando alguém que contribui para ocrescimento do país e que não podenormalmente ser substituído porum japonês? (FB)

Companhias européias

brigam por

executivos

As empresas européias estão fazen-do de tudo para manterem seus executi-vos, deixando-os longe da concorrên-cia, que briga com unhas e dentes pelamão-de-obra qualificada disponível. Adisputa promete ficar mais acirrada àmedida em que as fronteiras comerciaisentre os países forem abolidas, em 1992,e cada organização puder entrar no ter-ritório da outra livremente". Uma formade enfrentarem o desafio é pagandosalários cada vez mais elevados, e nistoos suíços têm lições a ensinar.

De fato, os executivos das empresassuíças ganham mais do que os de qual-quer outro país europeu. Uma pesquisarealizada recentemente pela sucursal deBruxelas da firma de consultoria inter-nacional Wyatt, revelou que nas com-panhias industriais um gerente que ocu-pa uma posição intermediária na áreaadministrativa ganha o equivalente aUSS 230.475 por ano, em média — USS144.000 após o desconto dos impostos.

Isto representa 28% mais que o queganham os alemães, que vêm cm segun-do lugar; 31% mais em relação aositalianos e 48% mais que os franceses.

• Tais salários fazem inveja a executivosde outros países, como a Grã-Bretanha, *

que paga menos de USS 70.000. É ver-dade que o gap provém em grande parlede sistemas tributários e mercados dis-tintos. Mas, com a chegada de 1992,tais diferenças tendem a se reduzir ou adeixar de existir.

Ligar o salário dos executivos àssuas performances é uma tendência de-tectada em todos os países europeus.

Na França, Alemanha e Suíça, de 80%a 90% dos dos gerentes administrativosganham algum tipo de rendimento va-riável. Os britânicos optam por ações,com 70% dos executivos sendo propfie-tários de parcelas do capital das orgtuii-zações para as quais trabalham.

Japão — No Japão, a procura portop executives é um fenômeno novo. Osjaponeses foram acostumados a passartoda, ou quase toda a vida, em apenasuma empresa. Mas, o velho sistema delealdade de empregados para.com pa-trões — e vice-versa — parece que estácaindo por terra e os valores praticadosno ambiente de trabalho parecem-se ca-da vez mais com os existentes no merca-do americano.

Números do governo japonês indi-cam que um número crescente de traba-lhadores em funções de mando estãoinsatisfeitos com suas atividades profis-sionais, por motivos que em muitos ca-sos estão relacionados ao nível salarial,e dispostos a mudar de emprego. Poroutro lado, certos setores da indústria,como a construção naval, já despedemcostumeiramente seus funcionários gra-duados.

A maneira como as empresas japone-sas lidam com o problema da reposiçãoda mão-de-obra também mudou. Muitasgrandes organizações, que no passadorecrutavam funcionários nas universida-des e centros de pesquisa, hoje já fazem oque no Ocidente é prática corrente: tele-fonam e convidam alguém para sair. daempresa concorrente, oferecendo melhorsalário ou posição. (FB)

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Arquivo — 19/12/8522 ? Io caderno ? domingo, 24/6/90 Economia JORNAL DO BRASIL

Promar cria bolsa de barcos

Serviço inéditoauxilia na comprae venda de iates

Eduardo Alves

A Promar — loja de artigosnáuticos do grupo Mesbla —

lançou um serviço inédito na áreade compra e venda de iates: o PierPromar. O sistema é uma bolsa debarcos qv.e funciona através deanúncios na imprensa com fotosdas embarcações e informações pa-ra os possíveis interessados. Estatécnica de venda é muito usada empaíses onde o mercado náutico estámais desenvolvido, como nos Esta-dos Unidos. O cliente que se inte-ressa por algum dos barcos liga pa-ra a Promar e é levado pela equipeda loja até onde o iate está ancora-do. "A maior novidade é que nãotrabalharemos apenas com iates ca-

ros, vamos dar grande destaque aosbarcos pequenos e de médio porte",revela Rui Martinelli, superinten-dente da Promar.

Atualmente, a Promar tem sedesno Rio, Manaus e São Paulo, queresponde por 40% das vendas. Naloja da Marina da Glória — inau-gurada em janeiro deste ano numprojeto de US$ 200 mil —, os clien-tes podem encomendar barcos detodos os fabricantes nacionais ecomprar 1.200 itens.

A subsidiária da Mesbla c dica-da a área náutica emprega 300 fun-cionários e se divide em três empre-sas: a Promar, a Nivesa e a MesblaNáutica. A última é a mais antiga,com 70 anos de atuação no merca-do e 15 lojas em todo o Brasil. "A

subdivisão dentro do mesmo mer-cado ajuda a atingirmos cada seg-mento com uma loja específica epermite que sejamos representantesexclusivos de varias marcas de mo-tores concorrentes", explica o dire-

tor-presidente da área náutica dogrupo Mesbla, Henrique de Botton.A Mesbla Náutica, especializada navenda de iates de grande porte, éresponsável por 70% do faturamen-to da subsidiária que, no ano passa-do, foi de US$ 3,8 milhões — 3%do total faturado pelo grupo.

O mercado náutico cresceu 30%no ano passado. "Em 199.0, no en-tanto, o Plano Collor trouxe umarecessão que está fazendo as empre-sas venderem 20% menos do que nocomeço de 1989. Estamos traba-lhando com uma realidade que mu-da a cada mês e não dá para fazerprevisões com mais de uma semanade antecedência", revela de Botton.

Segundo dados da Acobar (As-sociação Brasileira dos Construto-res de Barcos), existem hoje no paíscerca de 80 mil barcos de fibra devidro e a capacidade de produçãodos estaleiros nacionais não superaa marca de seis mil iates por ano.

— Orestes AraújoA Racimec vai investir USS 15 milhões para instalar uma fábrica de mecânica fina

Racimec pretende

informatizar

atendimento da rede McDonald's

Sônia Araripe

Dentro de pou-cos meses os aman-tes dos sanduíchesdo McDonald's po-derão apreciar umavantagem a mais.Ao invés de ficarem nas filas nashoras de grande movimento, o aten-dimento será praticamente todo in-formatizado. Ao chegar nas lojas, ocliente marcará em um papel seupedido e irá colocá-lo dentro de umamáauina que cuidará de ler e enca-minhar diretamente para a linha deprodução. A conta será paga na sai-da. Esta inovação está sendo estuda-da cuidadosamente e se for colocadaem prática será mais um ponto daRacimec, uma empresa totalmentenacional, especializada em máquj-nas registrauoras versáteis, que tan-to podem ser utilizadas em loterias,como em bancos ou no comércio.

A implantação das modernasmáquinas PC 2808 em vários pon-tos, como na rede McDonald s, éapenas uma das novidades que aRacimec programa para os próxi-mos três anos. Este novo equipa-mento já está em fase de testes juntoaos clientes: sua maior vantagem éque irá falar a língua dos compu-tadores e terá uma memória muitomaior. No futuro, quando as linhas

• telefônicas forem bem confiáveis,será possível uma empresa ter todasas máquinas interligadas a umcomputador central, em sistema online.

Desta forma, o acompanhamentodas vendas será imediato. De norte asul, será possível saber exatamente odinheiro que entra e sai. E os planosnão param apenas em novos produ-tos e serviços. A empresa pretendeimplantar uma moderna fábrica emManaus, de mecânica fina, envol-vendo investimentos de cerca deUS$'15 milhões.

Estados Unidos — Este proje-to cuidará da produção de moldespara fabricar equipamentos do últi-

mo tipo, viabilizando um antigo so-nho aos dirigentes da empresa: aexportação de máquinas nacionaispara o mercado norte-americano."O

problema é com a composiçãodos gabinetes (as caixas que reves-tem a máquina) dos computadores.Os Estados Unidos exigem que se-jam praticamente inunes ao fogo."Isto só será possível através da me-cânica fina", explica Simão Brayer,presidente da Racimec. O primeiropasso já foi feito: a Unisys comprouauas mil máquinas nacionais que es-tão instaladas na CicMe do Méxicoe em Guadalajara. "E onde eles cos-tumam fazer os testes dos produ-tos", diz.

Quando a fábrica em Manaus es-tiver pronta — se tudo der certo, apartir do segundo semestre de 1991—, estará determinado o fim da uni-dade de São Paulo, situada na zonaindustrial da capital, que produz ho-je os equipamentos eletrônicos. Aidéia é de que outra empresa iráalugar estas instalações. Os projetospodem parecer ambiciosos para umaempresa jovem, que completará 25anos em agosto. Mas quem conhecede perto sua história e a de seu prin-cipal executivo, sabe que não e umsonho impossível.

"Nosso segredo é investir tudoem nosso próprio negóciç", revelaSimão Brayer. Há outros ingredien-tes nesta receita de sucesso: poucasdívidas financeiras, muitas colhera-das de investimentos em pesquisa cdesenvolvimento, e pitadas de con-fiança nos produt.os lançados. "Nãohá o que errar nesta massa", brincao empresário. O brilhante desempe-nho aa Racimec já foi medido poranalistas do mercado financeiro.

Crescimento — Um recente es-tudo preparado por Carlos AntônioMagalhães, diretor técnico da Dis-tribuidora City, sobre a saúde finan-ceira das 110 maiores empresasabertas, mostrou que nos últimosquatro anos o lucro do setor de in-formática foi o que mais cresceu. ARacimec foi a líder, de 1986 até1989, na frente de outras gigantes,como a Itautec.

Mas nem sempre tudo deu certo.Na época do Plano Cruzado, a em- 5presa assumiu uma dívida pesada deUSS 5 milhões. "Foram tempos difi-ceis", lembra Brayer. Hoje, depoisde zerar esta conta em vermelho, eleprocura pensar no futuro, um cená- ]rio muito positivo. No ano passadoa Racimec fechou com um fatura- «'mento de cerca de USS 44 milhões,um pouco acima da média de USS s42 milhões que é registrada desde1986. Os investimentos em pesquisa je desenvolvimento têm se mantido [na ordem de 7% do faturamento.Ano passado, por exemplo, foramde USS 2,8 milhões.

Este ano é esperada uma reduçãodo ganho — as vendas caíram porconta do Plano Collor — mas será imantida a fatia do bolo para o de-senvolvimento e pesquisa de novosprodutos.

"No nosso setor precisa- jmos estar sempre modernizando",diz Brayer. A Racimec não conquis- ;tou apenas o mercado nacional.Seus produtos são exportados hoje ¦para a América Latina — Bolívia, ;Chile, Equador, Paraguai e México— e está praticamente certa a venda jpara o continente africano — Nigé-ria, Senegal e Alto Volta — e ainda \Portugal. "Nossa vantagem é que amesma máquina serve em uma casa.' Jlotérica, em um banco ou em um :botequim", acredita o empresário. j

Escola — As Casas Pernambu- jcanas, por exemplo, estão utilizando •equipamentos da Racimec. Os pro- ídutos têm etiquetas com códigos de ;barras que são lidas por bastões deleitura ótica e a nota sai, no mesmo.^segundo, na máquina registradora.

Mas a menina dos olhos de Si-v.mão Brayer é a escola que criou^í!junto à fábrica, no Recreio dos Baq-deirantes (Zona Oeste do Rio). To-wdo ano 25 filhos de funcionários, nobrigatoriamente com cinco anos,-*??entram no SER (Sistema Educado-^nal Racimec). Atualmente o projeto*?^já está no quarto ano. "Nossa inten-ção é que em 2001 tenhamos a pri-meira turma de engenheiros forma- pdos", conta. £

Empresa cresceu com Loteria Esportiva

A novíssima geração de executivosbrasileiros saiu praticamente da formapara altos cargos de direção. Passarampor boas escolas, faculdades de nome edepois alçaram vôos mais altos. A maio-na aprendeu os afazeres com seus paisou avôs e está assumindo o controledentro de uma hierarquia quase que na-tural. Mas uma geração mais antiga deempresános trilhou outra estrada muitomais sinuosa.

Simão Brayer, por exemplo, 63 anos,já foi office-boy, passou por várias seçõesde bancos, até chegar ao cargo de gerentede Planejamento do Banerj, se formouem arquitetura e finalmente começou seuprópno negócio. No inicio, este mineirode Vargmha só tinha a determinação deque iria vencer na vida. Montou umaempresa especializada em processamentode dados, em 1966, já batizada de Raci-mec, que acabou sendo o embrião dogrupo hoje, com ramificações não apenasna informática, mas também na mecâni-ca e ainda uma pequena empresa deturismo.

Loteria — Brayer chegou a fazeralguns trabalhos na área bancári.a, masganhou fôlego quando criou as máqui-nas que faziam ingressos padronizadospara cinema. "São os mesmos até hoje.Já é hora de modernizar esta idéia ,observa. Mas o sucesso de seu negóciochegou mesmo quando ele aceitou a em-preitada de lançar a Loteria Esportiva noBrasil. O governo de Costa e Silva, em1969, deu três meses para quem aceitasseo desafio de viabilizar o projeto, impon-do ainda outra condição: os contratosseriam de risco.

Das 11 empresas que trabalhavam nosegmento de processamento de dadosnesta época — inclusive multinacionais—, apenas a Racimec aceitou. Brayer

pegou um avião e foi conhecer de perto,durante 10 dias, como funcionavam asloterias de 12 países da Europa. Foi umaverdadeira maratona, que acabou semostrando de pouco resultado prático."Olhei tudo e descobri que nenhumaservia para nosso modelo", lembra. Emalguns países o resultado demorava atéum mês para ser conhecido e o sistemaera feito principalmente na base da con-fiança.

O empresáno conta que a lâmpadaacendeu na viagem de volta, ainda noavião. Sena utilizado um furador portá-til, chamado de port-a puncli. Como sefosse um estojo, este pequeno aparelhomanual serviu para marcar, em largaescala, os palpites de vários volantes deloteria em cartões para serem processa-dos pelos computadores. A primeira ex-periência, entretanto, não deu certo. Osdados eram transentos de um papel paraoutro. Nesta transenção, a margem deerros era grande. A solução foi dada porum funcionário da Caixa Econômica: ovolante sena do mesmo tamanho que ocartão do computador.

Risada — O efeito de um sobre ooutro representou uma economia de es-cala e finalmente viabilizou o lançamen-to da Lotena. Depois de três testes inter-nos, foi marcado o lançamento oficial emabril de 1970, em plena Copa do Mundo.O presidente da Racimec lembra que foiarmada uma barraca na Cinelândia(Centro do Rio) para acompanhar o an-damento da apuração do jogo. Porém,24 horas depois, ainda não havia o resul-tado definitivo.

Os repórteres pressionavam para sa-ber o número de ganhadores. O climaficou tenso. Mas a saída foi encontradapor Brayer, que utilizou seu bom-humorpara amenizar a situação. Chamou todos

os repórteres para uma sala e disse que A*faria uma revelação importante. Ao in- JSvés disto, revelou que tinha trazido uma ágravação do trabalho dos computadores, f;E ligou um saco de risadas, recém-trazi- ||do da viagem ao exterior. l>

Foi gargalhada geral. "Fiquei com o *telefone de todos os repórteres e só 12 ?horas depois chegamos ao resultado fi- £nal", lembra. Apenas em 1971 é que foiassinado o contrato oficial. Desde o iní- £cio, a administração da loteria ficou a "icargo da Caixa Econômica Federal. A *1Datamec ganhou o programa desenvol- "*vido por Brayer e seus companheiros,mas ainda havia um problema a ser re- 2solvido: as apostas vinham de todo o jpaís para serem apuradas apenas no Rio 4de Janeiro. "Começamos a apurar tam- 3bém em São Paulo e iniciamos uma pes- «,quisa permanente para aperfeiçoar o sis-tema", conta o empresário. J

Máquina — A princípio eram taproveitados computadores para proces*-""-'sar todas as informações. Apenas em1976 foi lançada a primeira máquinamecânica, após quatro anos de estudo,' '¦com o nome de Datalef. Foram monta-,dos 16 protótipos até se chegar ao defini-tivo. "Produzimos 45 mil unidades, queforam exportadas para países da Améri-ca Latina, que passou a servir de padrãointernacional", diz. Neste equipamento ;foram gastos cerca de USS 2 milhões.

A máquina eletrônica foi lançada em1979, batizada como Datacronic modelo2. Hoje em dia é utilizado um modelomais avançado, o número 5, e a moder-mzação continua. No ano que vem en-trará em operação uma nova máquinaque fala a língua dos computadores e terá juma memória muito maior: PC 2808,com capacidade para processar 160 mi-Ihões de apostas. (5.^.)

SC incentiva produção GruP° Wembley

investirá em

de alimentos caseiros fábrica têxtil

Carlos Stegemann

FLORIANÓPOLIS — O melhor dosalimentos caseiros produzidos pelas re-giões coloniais de Santa Catarina, e com agarantia de um selo de qualidade oficial,começa a entrar no mercado da região Suldo país. Resgatando uma tradição queveio com os imigrantes europeus — aprodução própria de alimentos, que vãode derivados de suínos a doces, condimen-tos e bebidas—, a Secretaria de Agricultu-ra catarinense lançou cinco unidades deindustrialização caseira, para ensinar no-vos métodos e garantir normas básicas dehigiene."Queremos melhorar a qualidade dosprodutos que o agricultor já faz e assegu-rar a procedência confiável aos consumi-dores", explica Nelton Rogério de Souza,técnico e coordenador do programa. "Háuma identificação nacional com o padrãocatarinense de qualidade de alimentos. Ca-da região têm vários produtos típicos, paraconsumo próprio, feiras e até comercionacional", acrescenta.

A diversidade é grande: são derivadosde suínos como salame, lingüiça, bacon elombinho defumado; patê, queijo, iogurte,frescal (queijo com meia-cura), nata, man-teiga, creme de leite, pães, doces, biscoitos,geléias, chocolates, conservas, vinhos e ca-chaças. "Quando se realiza uma feira forade Santa Catarina com produtos típicosdo estado, a disputa entre os compradoresé enorme", garante Souza.

Cachaça—O programa previu uni-dades em Florianópolis, para atingir apopulação do litoral (cachaça, hortaliças efrutos do mar defumados); agronômica,para a população do Alto Vale do Itajaí(conservas e compotas, temperos, doces,farináceos e derivados de leite); videira,para o Vale do Rio do Peixe e meio-oestedo Estado (vinho e maçãs); e Chapecó eSão Miguel do Oeste (principalmente deri-vados de suínos e aves).

Levantamentos da Secretaria de Agn-cultura indicaram que apenas 20% dasfamílias das regiões coloniais de SantaCatarina ainda vendem alimentos caseiros."Muitos nem produzem mais. Hoje nosdeparamos com moradores do meio ruralcomprando carne congelada em supermer-cados de cooperativas", revela Souza.Com as unidades de industrialização, eleespera que as famílias voltem a produzirpara a subsistência e comecem a comercia-lizar o excedente. "A idéia também é re-forçar uma economia informal, criandorenda adicional para este meio", completao coordenador.

Alguns produtos, como o chocolate deTreze Tilias, região colonizada por tirole-ses há pouco mais de 50 anos, são disputa-díssimos em lojas especializadas de outrosestados. "Há segredos de família que sãotransmitidos só para os descendentes, du-rante muito tempo", afirma Souza. Mui-tos grupos já estão organizados para ex-portar estes alimentos artesanais para forade Santa Catarina.

Selo—O treinamento projetado pelaSecretaria de Agricultura prevê grupos de15 a 20 pessoas, com dois cursos mensais."Queremos reforçar valores como higienedos alimentos, utensílios e ingredientes uti-lizados, além de aperfeiçoar alguns meto-dos de aproveitamento total das matérias-primas", define Nelton de Souza. A partirdestes cuidados, e do uso exclusivo deingredientes naturais, o alimento ou a be-bida artesanal estarão aptos a receber oselo de qualidade de Produzido em SantaCatarina.

O coordenador do programa não es-conde a confiança no sucesso do empreen-dimento, pela tradição dos habitantes dasregiões coloniais catarinenses. "Na Euro-pa, os vinhos e queijos possuem referên-cias familiares de procedência, como mar-ca registrada. Vamos repetir isto em nossoestado", garante.

[\airo Alméri

BELO HORIZONTE — O grupoWembley, do empresário José AlencarGomes da Silva, presidente da Federaçãodas lndústnas do Estado de Minas Gerais,vai investir USS 75 milhões em uma em-presa para o acabamento de toda a linhade tecidos de suas fábricas de MontesClaros (MG). A Cebractex — CentralBrasileira de Acabamentos Têxteis S,A,que já tem carta-consulta aprovada naSuperintendência de Desenvolvimento doNordeste (Sudene). terá capacidade nomi-nal instalada para processar mensalmenteaté 12 milhões de metros lineares de teci-dos.

Alencar prevê que o projeto estaráconcluído até o final de 1992, e abrirá 800novos empregos. O grupo — que atua nasáreas têxteis, hotelaria, construção civil, departicipações, confecções, comércio deroupas e agropecuária — colocará emoperação no segundo semestre a sua maisnova fábrica de tecidos, a Cotenor S,AIndústna Têxtil, em Montes Claros, comcapacidade instalada para 9,5 milhões demetros/mês de tecidos de algodão e algo-dão-poliéster.

Ainda no segundo semestre deste ano,o grupo Wembley concluirá a tnplicão daCotene — Coteminas do Nordeste S/A(antiga Sendó), em Natal (RN), com ca-pacidade elevada para 7,5 milhões metros,mês. Nos dois projetos a serem concluídos,os investimentos totalizaram USS 150 mi-lhões. Ainda em Montes Claros, o grupotem a Cia. de Tecidos do Norte de MinasS/A (Coteminas), com capacidade para 3,5milhões metros/mês de tecidos.

Com cerca de cinco mil empregados, ogrupo Wembley encerrou 1989 com fatu-ramento operacional de aproximadamenteUSS 250 milhões e um lucro líquido deUSS 25 milhões. O patnmômo liquido dogrupo, segundo Alencar, soma cerca deUSS 350 milhões.

A GREVE DO REAL CONTINUA

BANCO REAL PAGA MAIS PARA CACHORROS

QUE PARA SEUS FUNCIONÁRIOSOs funcionários do Real, em greve desde o dia 12, decidiram continuar a

greve. O Banco Real continua mantendo a proposta de 20% de adiantamento(um bancário ganha hoje Cr$ 9.000) mantendo a exploração e a miséria dos seusfuncionários.

Apesar da greve nacional do Real que atinge quase 90% a nivel nacional, quedemonstra claramente o descontentamento dos funcionários e a justeza dareivindicação, a direção do banco continua intransigente oferecendo migalhas.

Enquanto isso, o Banco Real, mostrando o absoluto descaso e falta de respeitopara com a vida de seus funcionários, sustenta CACHORROS DE GUARDA nasagências periféricas, pagando por sua manutenção, Cr$ 27.000111 O Banco Real,tem mais consideração com seus cachorros que com seus próprios funcionários.

Os clientes do Banco Real, que precisam dos serviços do banco, continuamsendo penalizados pela intransigência da direção deste banco explorador.

Nós, funcionários do Real, fazemos um chamado à população e em particularaos clientes do banco, para que telefonem para as agências e exijam o imediatoatendimento das nossas reivindicações.

Queremos ter uma vida digna, um salário digno, condições de trabalho deseres humanos.

Não queremos ser tratados pior do que cachorros; por isso estamos lutando,estamos em greve e vamos até o fim.

Precisamos do apoio de todos vocês, clientes do Banco Real.

Sindicato dos Bancários RJ — Filiado à CUT.

DUVIDAS

SOBREASSINATURAS?

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iouza: novo programa vai orientar produtores e conjerir selo

W

JORNAL DO BRASIL Economia domingo, 24/6/90 ? Io caderno ? 23

Ivando Faria

Tecnologia brasileira

no mercado português

Dentro de alguns anos,

a pauta da balançacomercial brasileira conta-rá Jambém com um itemque mostra nosso ingressono time dos países com altacapacidade tecnológica: aexportação de especialistasde ílto nível. Com apenas28 anos, Ivando Silva deFaria se prepara para en-grossar a lista de especialis-tas brasileiros que levam seus cérebrospara o exterior. Ele irá implantar, jun-to com dois técnicos de computação,os serviços da Bolsa de Valores do Riode Janeiro vendidos para o mercadoacionário de Portugal.

De malas prontas, Ivando, juntocom sua mulher, deverá pegar o aviãoainda esta semana para Lisboa, comdestino final a cidade do Porto. Seráa primeira vez que pisará em terraslusitanas. Lá, este especialista domercado financeiro — com diplomade engenheiro civil — irá ensinar aoscorretores e técnicos portugueses co-mo funcionam os serviços informati-zados da Bolsa carioca e ainda amecânica do mercado de ações brasi-leiro. "Não adiantava ir algum técni-co lá, dar algumas palestras e voltar.Era preciso alguém trabalhando 24

Cotação

Nair Renda Sarubbi

Receita paulista para um

restaurante pernambucanohoras por dia no projeto",conta.

Apesar de ter se forma-do em engenharia, Ivandosempre gostou da agitaçãodo mercado financeiro.Fez um curso de pós-gra-duação do Comitê de Di-vulgação do Mercado deCapitais de seis meses, ho-rário integral, de onde saiudireto para a Bolsa do

Rio. "Passei por uma verdadeira la-

vagem cerebral. Foi um curso exce-lente", elogia. Depois de ter passado

or praticamente todos os setores daVRJ, ele ficou no último ano na

mesa de operações, que auxilia ascorretoras. Também tem dado várioscursos sobre os negócios em bolsa.

Acreditando na internacionaliza-ção do mercado de capitais, Ivandoirá trabalhar na Bolsa do Porto, queficará interligada diretamente a Bolsade Lisboa, as únicas de Portugal."Estarei na bolsa menor, mas auenecessita de maior criatividade", diz.O contato foi feito através de dirigen-tes da bolsa portuguesa em visita aoRio, interessados cm um especialistabrasileiro in loco. Seu contrato inicialé de dois anos. "Quero trabalharmuito", garante. (Sônia Araripe)

Depois de concluir o curso de Co-

municação Social, montar umaconfecção de roupa feminina e produ-zir estampas em silk-screen em artigosde cama, mesa e banho de hotéis, aempresária pernambucana Nair Ren-da Sarubbi, 34 anos, casada, mãe dequatro filhos, descobriu sua verdadeiravocação e entrou, com bastante desen-voltura, em um setor que até então eracompletamente dominado pelos ho-mens de Pernambuco: o de restauran-tes.

Mais do que quebrar um tabu, Nairconseguiu revolucionar o mercado aoabrir a Oficinade Massas, umrestaurante decozinha italianaque fornece 16 ti-pos de massas ecinco de molhos

Srontos para o

lorte-Nordeste,através do siste-ma de franquiada Alimenta, quee um dos maio-res da AméricaLatina cm buti-que de carnes."Já estamosnos preparando

Fátima Ali

para, a partir do próximo mês, abrirtambém o restaurante para almoço",diz ela. Ao lado da irma Anelise, Nairestá faturando mensalmente USS 31mil com o negócio e outros USS 10 milcom a boutique de carnes da Alimenta,que fica ao lado do restaurante.

A idéia de montar o negócio sur-giu há quatro anos, depois de terdescoberto em São Paulo a comercia-lização de massas e molhos prontos."Imaginávamos inicialmente que orestaurante ficasse em segundo pia-no", diz Nair, revelando que o cresci-mento foi tão grande a ponto de ter

que investir alto (USS 60mil) na sua relocalização.Agora ela já pensa emmontar um sistema defranquia próprio em todoo Norte-Nordeste. (VeraOgando)

Fátima Ali, ex-diretora das revis-

tas Nova e Capricho e recém-em-possada no cargo de diretora comer-ciai da emissora de televisão MTV —todos veículos do grupo Abril —também está se lançando no mundoempresarial. Fátima, que passará 10dias em Nova Iorque e Londres nassedes da MTV, está abrindo as portasde sua empresa de assessoria edito-rial. Seu primeiro contrato, como nãopoderia deixar de ser, foi fechadocom a Editora Abril (onde trabalhoupor 25 anos), para prestar assessoriaàs revistas Elle, Nova, Cláudia e Ca-pricho. (Valéria da Silva)

Alcyr Meneses"Crise? Que crise?" É assim que o

corretor de imóveis Alcyr Meneses —36 anos, 19 de mercado imobiliário —responde as perguntas de quem atesta osucesso de seus últimos lançamentos.Nos últimos meses, Meneses conseguiuvender mais imóveis do que qualqueroutra empresa do mercado imobiliário."O segredo é fazer uma propagandaeficaz, ter bom preço, saber vender emostrar ao cliente o que ele realmenteestá comprando." Aproveitando a ondade sucessos, ele ainda tem mais quatroslançamentos programados. (EduardoAlves) """—J

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A Mobil Oil do Brasil manifesta publicamente seu apoio ao ato do Governo que destabelou osóleos lubrificantes automotivos.

A decisão do Governo traduz lucidez e confirma a intenção de beneficiar o consumidor atravésda livre competição e do acesso a nova tecnologia.

A Mobil espera que os revendedores animados pela liberdade que se segue há 10 anos de tabe-lamento contraproducente não se aventurem a aumentos abusivos e inapropriados à presenterealidade econômica.

Para orientar os revendedores e os consumidores em geral, a Mobil torna público os preçosmáximos de venda de seus lubrificantes que recomenda sejam observados em todo o país.

LISTA DE PREÇOS PARA LUBRIFICANTES AUTOMOTIVOS:

Pre?o recomendadoProduto: Embalagem: em Cr$:

(unitario)

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Mobil Delvac MIL-200 balde (20 litrosl 3.059,24Mobil Delvac 1300 balde (20 litros) 3.236,74Mobil Delvac 1400 Super balde (20 litros) 3.784,15

Mobilube balde (20 litros) 3.169,44Mobilube GX balde (20 litros; 3.664,20Mobilube HD balde (20 litros) 4.023,73

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24 ? 1° caderno ? domingo, 24/6/90 Economia

Superbáncas de jornal I

não evitam queda de

venda com Plano Collor

Tereza Lobo

Engana-se quem pensa que só de jornais vivem osjornaleiros. De uns tempos para cá, a maioria deles trans:formou seus velhos quiosques em superbancas, atraentescentros de lazer com telefone, água, ar refrigerado e umainfinidade de quinquilharias que atiçam o consumismomesmo daqueles que querem manter o bolso incólume. Parao freguês, a chance de ficar bisbilhotariío uma imensavariedade de revistas nacionais e estrangeiras sem se preò-cupar com a hora: muitas bancas rolam redondo, 24 horaspor dia. A clientela cativa goza de certas regalias, como aentrega a domidílio e o pagamento quinzenal. Mas todo essecharme não foi capaz de impedir uma espécie de desastre,uma queda de até 80% nas vendas depois do Plano Collor,redução que ainda não foi totalmente recuperada.

No Rio de Janeiro existem cerca de 2.500 bancas dejornais, 200 delas consideradas nobres. São comercializadosmensalmente 15 milhões de jornais e seis milhões de revis-tas. Para atrair os consumidores, a principal arma é exibiros produtos e nâo economizar no tratamcflto. "Nosso lemaé pegar o freguês no colo e tratá-lo o melhor possível,porque ele tem que levar alguma coisa", ensina CláudioD'Ambrosio, gerente da banca da Praça Nossa Senhora daPaz, em frente ao número 365 da Rua Visconde de Pirajájem Ipanema.

Nem a facilidade do pagamento com cartão de crédito,adotado por grande parte dos jornaleiros, foi capaz de fazetcom que as vendas das superbancas recuperassem o fôlego;desde o impacto sofrido egi março. "Nos primeiros,diasapós o Plano Collor tivemos encalhes violentos", revela dpresidente do Sindicato dos Vendedores de Jornais, Fran-»cisco Scofano. E agora, com a Copa do Mundo, segundoD'Ambrosio, o movimento voltou a cair, pois a atenção e qlazer das pessoas estão voltados para o futebol pela televi-isão. Até ás 15h da última quarta-feira, ele ainda não tinhatirado a féria de Cr$ 8 mil. Em tempos normais, sua bancafatura mais de Cr$ 10 mil por dia, sendo 27% do preço dácapa para o jornaleiro.

Marketing — As revistas femininas são o carro-chefedas vendas nos jornaleiros, seguidas pela linha infantil. A!juventude freqüenta pouco as bancas de jornais e procuráuma leitura dirigida, sobre automóveis, surfe e informática]observa Scofano, que reclama da falta de hábito de leiturados jovens. Das revistas importadas, as de maior saida sãcias de arquitetura e decoração e as de computação.

Existe toda uma estrutura mercadológica na arrumaçãcdas revistas nas bancas. As revistas femininas e as dcvariedades sempre ficam expostas na frente da banca,'ffl-quanto a linha infantil de histórias em quadrinho é coloca-da na prateleira mais baixa, áo alcance dos olhos e das mão;das crianças. As revistas são agrupadas por assunto e as quetratam de sexo, com nus masculinos e femininos, têm unicanto especial. Revistas e jornais estrangeiros e de outro^estados também são expostos do lado de fora da banca. >

"" "•E necessário também conhecer o comportamento dd

consumidor para deixá-lo à vontade. Francisco Carnevalt!Siciliano, da banca 24 horas da Miguel Lemos, em Copaca-!bana, expõe as revistas para o público gay do lado de FqÍjJda banca para atrair os freqüentadores da boate La Cueyíuali perto. Ele comenta que os gays só compram quandoíapenas o jornaleiro está na banca e não há nenhum freguês.'Para eles, as revistas são colocadas em sacos de papel. Oágarotões de praia gostam de ficar lendo as revistas de surfe;mas são logo espantados pelo jornaleiro.

Existe ainda o casquinha, aquele que entra na banca,1mexe em tudo, lê um pouco e não compra nada. À noite; é'aihora dos boêmios, que ficam horas folheando as revisías,'conta d'Ambrosio, da Nossa Senhora da Paz, especializada

. em revistas estrangeiras, que respondem por 80% dos seu»títulos, além de jornais de vários países. ~ jNa banca Central do Leblon, na Rua Ataulfo de Paivaem frente á drogaria Piauí, o freguês pode receber em casajornais e revistas e, de quebra, algum produto da farroáciajconta o gerente Antônio Pinnola, que tem cerca de 200fregueses cadastrados para pagamento quinzenal, receben-do também todos os cartões de crédito. Aivmn '

Personagem — Em frente ao Edifício Central, naAv. Rio Branco 156, Pakjuale Amato já é um conheckk^personagem do centro do Rio. Ele reclama que os consumi-'dores estão sem dinheiro, mas se diverte na banca, ponto deencontro de torcedores do Fluminense. Fregueses cativostelefonam para saber se suas revistas .chegaram. Com umchapéu verde-e-amarelo, ele está preparado para assistirdali mesmo aos jogos da Copa do Mundo, instalado emfrente a uma minúscula televisão e a vários circuladores dear. "A turma gosta de passar aqui para bater papo. Aquiencosta de tudo, até mendigo e maluco", conta Pasqualç.Sua banca também é procurada por nordestinos, que vêmem busca de jornais de seus estados.

No Largo da Carioca a concorrência é grande, pois láestão instaladas cinco bancas de jornais. Cartas para todos .os fins e Rezas para todos os males são livros que semisturam a revistas pornográficas e de moda feminina,passando pela informática e surfe na superbanca de Gio-vanni Lobianco. Em letras garrafais desenhadas em tapu-mes de madeira estão os nomes de todos os livros do tipomanual do construtor, do pescador e do fazendeiro, ou <}sque ensinam a criar bovinos, coelhos, bicudos, curiós epeixes em aquário. No entanto, os imensos cartazes não sãosuficientes para atrair o freguês, reclama Giovanni, desolá-do com a queda das vendas.

JORNAL DO

Salário congelado aumenta procura por

4bico'

Carina Caldas

Locutor dc radio vendendo sanduichcs. Enge-nheiro projetando para fora e recepcionista ani-mando festas infantis. Apelar para a economiainformal vem sendo a saída adotada por muitoscongelados assalariados para engordar a renda efechar as contas no final do mês. Isso porque nãohá trégua nos preços da alimentação, vestuário ceducação, enquanto se discute como c quandorepor o fôlego dos já combalidos salários.

Não que os chamados bicos sejam novidade noBrasil. Mas certamente merecem novo destaquequando começam a ganhar mais adeptos, porconta do quadro criado pdo Plano Collor: descon-gelamento de preços sem a automática contrapar-tida dc reajuste dos salários. Essa realidade, naprática, levou o locutor de uma rádio carioca aanunciar, entre os colegas de trabalho, seu próprioproduto: incrementados sanduichcs que, a CrS 60cada, ajudam a engordar seu salário dc CrS 22 mil,enchendo o tanque da moto e pagando os dgar-ros.

"Comecei cm maio, meio na brincadeira, masfoi dando certo. No inicio, vendia 10 por dia, agorajá são uns 25", explica o locutor, que mwste umahora, pela manhã, na produção dos sanduichcs,contando com a ajuda da namorada. Ele justifica osucesso do chester á Califórnia (com frutas) c dopeito dc peru com molho rose — as opções docardápio, que conta ainda com a tradicional saladade ovos: "O dinheiro está curto para todo mundo.Por isso, o pessoal abre mão da refeição mais cara,por um sanduichc bem feito e mais barato."

para festas e jantares csuio fracos. Pode ser a .unidade ou maior quantidade. O que for estábom", diz a recepcionista, moradora de Irajá,subúrbio do Rio.

Até um engenheiro dc renda mais elevada —na faixa de CrS 110 mil mensais — acabou seguin-do o caminho do bico, ate meio por acaso. Numareunião de amigos, há duas semanas, ele conheceuum brasileiro mais abastado, disposto a construiruma casa dc campo cm Tcresópolis, na regiãoserrana do Estado. Conversa vai, conversa vem, oengenheiro, 39 anos, acabou se rendendo c accitan-do subir a serra para fazer a obra.

Alivio — Os valores extras cobrados pelasescolas dc suas duas filhas c o reajuste do alugueldo apartamento em que mora, na Gávea, Zona Sulda cidade, foram os fatores que pesaram na dcci-são do engenheiro. "É a primeira vez que trabalhodirctamcnle para uma pessoa. Vou ficar com meusfins de semana ocupados, mas, ainda assim, maisaliviado", confessa.

Tanto cie quanto a recepcionista e o locutorexigiram anonimato ao revelar sua adesão à infor-malidade. Mas o curioso é o motivo alegado. Oprofissional do rádio apela para a discreção. "Nãopega bem ficar divulgando isso por aí." O enge-nheiro lança mão de uma desculpa: "Pode contarmeu caso, mas o nome não é tão importante." Já arecepcionista pensou duas vezes e decidiu ser maisdireta: "Se souberem que estou me virando porfora, podem acabar me incluindo na lista de dc-missões da empresa. E ai, com esse dinheiro curto,como vou conseguir vender o dobro de salgados edoces?", justificou.

ANTENA JANCOtOREspecial para TV i cores.

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Páscoa — Há três meses, uma recepcionistade uma estatal, 32 anos, abre seu contracheque cencontra CrS 10 mil de salário liquido. Mas usandoseus dotes culinários para fazer salgados e docespor encomenda e ainda suas habilidades manuaispara confeccionar enfeites para festas infantis, elavem conseguindo dobrar sua renda. Na Páscoa, oslucros foram ainda mais compensadores. "Com os

ovos dc chocolate que vendi, comprei uma televi-são para minha filha", conta.

Mas, agora, como também sua clientela nãoanda muito animada, ela não hesitou cm mudar aestratégia de seu negócio paralelo. "Passei a vendersalgados e doces mais nos finais de semana, cmcasa, para vizinhos e amigos, porque os pedidos

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MBMEmEH]MEU

Especial

O continente

perdido

Apesar da alta renda per capita,do crescimento rápido e dos substan-ciais gastos do governo nos setoressociais, o Brasil ainda não alcançouUm indice de desenvolvimento huma-no satisfatório e está longe de chegarao Primeiro Mundo, como quer opresidente Fernando Collor. Conti-nua aliás entalado na descrição quedele fez, com precisão simplória, ogeneral Emílio Mediei, olhando a se-ca nordestina do alto dos índices deprosperidade autoritária dos anos70: "O Brasil vai bem, mas o povovai mal".

Mediei, além de gerente do desen-volvimento equivocado, foi seu pro-feta. Um mapa-mundi de países commá qualidade de vida colocaria hojeo Brasil ao lado das piores compa-nhias. Acima dele, com melhores ín-diccs de bem-estar social, estão pai-ses como Costa Rica e Sri Lanka.Um pouco abaixo, Paraguai, Iraquee Emirados Árabes.

Para chegar a essas conclusões, oRelatório sobre desenvolvimento huma-no, lançado recentemente pela Organi-zaçào das Nações Unidas, abandonouos índices que registram apenas o crês-cimento econômico de um país, comorenda per capita, PNB ou PIB. c ado-tou um novo critério de avaliação, oIDH — índice de DesenvolvimentoHumano — que procura revelar a realqualidade de vida de uma população,medida pela possibilidade de acesso áeducação, à saúde, ao consumo, á hi-giene, enfim a tudo o que de fato faz avida melhor.

O novo critério derruba o mito deque o desenvolvimento se resume aoatendimento das necessidades básicasdo cidadão, como alimentação, vesti-menta e moradia. Um país realmentedesenvolvido não é o que cria riqueza,mas o que a distribui igualmente entre

a sua população c o que aplica racio-nalmcnte seus recursos, principalmcn-te no campo social. Em suma, cresci-mento econômico não significanecessariamente bem-estar social. Scassim fosse, a Arábia Saudita, comUSS 6.200 de renda per capita, seriaum paraíso social, assim como o Bra-sil, com USS 2.020 e uma das dezeconomias mais pujantes do mundo,não seria o inferno social que e.

Um índice de Felicidade NacionalBruta — como queria há duas déca-das o escritor Jean-Jacques Servan-Schreibcr — seria o ideal para aferiro desenvolvimento humano, porqueestabeleceria uma relação direta en-tre crescimento econômico e fclicida-de. O IDH pretende avaliar em quemedida uma sociedade é feliz.

"A economia precisa coordenarseus números para examinar a quali-dade de vida", argumenta o diretordo projeto da OPNU. o paquistanêsMahbub U! Haq. "Foi isto que bus-camos: indicar outros fatores queprecisam ser levados em conta nahora da definição de políticas econò-micas c de investimentos sociais".

De acordo com esses critérios, oBrasil ocupa o 80° lugar no rankinginternacional e foi enquadrado numacategoria especial, junto com o Pa-

quistão c Nigéria, a dos países quedesperdiçaram oportunidades. OBrasil, constata o relatório, investebastante no campo social, mas osrecursos ou são mal aplicados ou nãochegam a seu destino. ("A distribui-ção brasileira de renda está entre as

piores do mundo", diz o relatório).

Em 1985, 30% do PIB brasileiroforam destinados a melhorar a quali-dade de vida do povo. A Suécia, se-gundo maior índice de bem-estar domundo (o primeiro é o Japão), gasta

Albânia

Coréia do NorteEquador

Iraque

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Tail&ndia

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Mal&sia ls|&v ( \

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Sri Lanka —|h * J

Ilhas Maurícios

EmiradosÁrabesUnidos

Neste continente hipotético, o Brasil conseguiu novos vizinhos, parceirosda mesma infelicidade social. Na escala crescente de 130 países elaborada

pela ONU para medir o índice de desenvolvimento humano, o Brasil estáem 80°, em condição inferior às minúsculas Ilhas Maurícios, Coréia doNorte, Sri Lanka, Albânia e Malásia e um pouquinho melhor que Paraguai,Tailândia, Emirados Árabes Unidos, Iraque e Equador.

40%. A diferença é que um gasta mal eoutro bem. A Costa Rica investe 2%menos que o Brasil (em 89, 14%) eestá cm melhor situação cm termos dedesenvolvimento humano.

O relatório não deixa dúvida: oBrasil joga dinheiro fora. De fato,não é por falta de recursos que elepermitiu que o seu índice de mortali-dade infantil chegasse a 85 por 1 mil,quase o dobro do Sri Lanka e umpouco abaixo do índice de Myan-mar, países que têm uma renda percapita cinco c dez vezes menores doque a renda brasileira.

Essa estratégia do desperdício éaplicada a todos os setores. Na áreada sáude, o país investe mais cmmedicina curativa (78%) do que napreventiva. Não sabe que é melhor emais barato prevenir do que reme-diar. Em educação, os disparates nãosão menores. O economista CarlosLessa já fez o cálculo: de cada Cr$100,00 destinados às escolas públi-cas, só Cr$ 52,00 chegam às salas deaula — e nenhum governo se mos-trou interessado em descobrir ondevão parar os outros CrS 48,00.

(Nas páginas seguintes, a entrevis-ta de Mahbub U1 Haq, a situação emoutros países e alguns exemplos decomo o Brasil desenvolve a sua estra-tégia do desperdício)

Os melhores Os pioresJapao (0,996) Niger (0,116)Sugcia (0,989) Mali (0,143)Suipa (0,986) Burkina Faso (0,150)Holanda (0.984) Sierra Leone (0,150)Canada (0,983) Chade (0.157)Acima estão os dois extremos da escala de zero aum das Nações Unidas. Os números entre parente-sis indicam o índice de Desenvolvimento Humano(IDV), que leva em consideração a expectativa devida, o nivel altabetização e a renda per capita

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26 ? Io caderno ? domingo, 24/6/90 Especial JORNAL DO BRASIL

QuandoSÓ o dinheiro não traz felicidade

Relatório da ONU mostra como o crescimento econômico não é sinônimo de bem-estar social--

Manoel Francisco BritoCorrespondente

A derrocada dos regimes comunistasna Europa do Leste provocou uma una-nimidade eufórica nos países industriali-zados sobre seu regime econômico e poli-tico. O fracasso_jjo comunismo foitomado como prova definitiva da supe-rioridade histórica do capitalismo e daredenção de seus conceitos de progressoe prosperidade. De uma hora para outra,o mercado passou a ser encarado como asolução mágica para as mazelas econô-micas do mundo, e a democracia liberalcomo o único sistema político capaz deexpressar a vontade de um povo.

Poucas vozes têm se levantado contra

este tipo dc euforia. Uma delas, e talvez amais importante, é a do economista pa-quistanês Mabul U1 Haq, ex-ministro doPlanejamento em seu pais. ex-assessor dapresidência do Banco Mundial e atual-mente diretor do Programa de Desenvol-vimento das Nações Unidas. Haq, desdeque deixou o Banco Mundial no começoda década passada, dedica seu tempo asubverter alguns dos mitos do capitalis-mo como ordem econômica e social."O capitalismo se preocupa com aquestão da liberdade como nenhum outrosistema e sua capacidade de gerar riquezasc tremenda", afirma ele. "Mas isto nãosignifica que o sistema está livre de maze-Ias. Ao contrário", diz. "O sistema sófunciona plenamente quando a populaçãopode participar dc suas vantagens econô-

micas e sociais. A existência de um merca-do por si só não garante a prosperidade detodos assim como uma democracia, paraser plena, depende da plena participaçãopopular". Haq acredita que a elite capita-lista, ao determinar seus sucessos e fracas-sos apenas pela contabilidade da riquezagerada pelo sistema, muitas vezes se es-quece de cuidar destas questões."Não importa o tamanho da riquezaque um país produz se ela não se traduzirnum desenvolvimento social que permitaà sua população competir no mercado eparticipar da vida política", ensina Haq,usando como exemplo a situação dospróprios paises desenvolvidos."Eles chegaram onde estão porquefizeram pesados investimentos na área deeducação e saúde, que potencializaram

sua capacidade de gerar riquezas e dedistribuí-las de maneira mais igualitáriapor toda a sociedade".

Haq afirma que atualmente o capitalis-mo anda esquecido desta lição histórica efascinado com conceitos quantitativos quemedem o grau de prosperidade de umpovo apenas pelo dinheiro. O economista,que há anos luta para incluir o conceito denecessidades sociais básicas nas análiseseconômicas sobre o desempenho de países,conseguiu uma pequena vitória, como elemesmo define, com a publicação de umestudo que ele dirigiu sobre desenvolvi-mento humano píira a ONU.

Nele, Haq advoga uma mensagemsimples. Ê preciso se buscar outros con-ccitos além da renda per capita e rendanacional para gerir uma economia e me-

dir o grau dc prosperidade de uma na-ção. O economista reconhece que a pro-posta não é original, mas anda sendoposta dc lado por paises, tanto os indus-trializados quanto aqueles em estágiomenor de desenvolvimento, que pro-põem ou seguem programas para tirarsuas economias do buraco apenas suge-rindo a implantação pura e simples daeconomia de mercado.

Daí a importância deste relatório —que tenta encontrar uma nova ética paraum sistema que se provou historicamentemais forte. No estudo, segundo Haq, oBrasil aparece com destaque, numa si-tuação que o economista define ao mes-mo tempo como triste e fascinante. Ape-sar de gastar rios de dinheiro com

programas sociais, não conseguiu tradu-zir sua prosperidade econômica em bene- .ficios para sua população.

Haq já está dirigindo um segundo es- 1tudo, a ser publicado cm abril, para tentardescobrir as causa das distorções na politi-ca social de alguns países, entre eles oBrasil. "Ao Brasil faltou imaginação. Sua' 'elite criou a prosperidade, mas investiu •apenas em si própria. Foi incapaz de en-'"'xergar os benefícios de uma distribuiçãomais equitativa desta riqueza", afirma.

Dessa falta de imaginação, participa '

também a elite do capitalismo mundial."Veja o que ela fez cm relação ao Brasil.Nunca percebeu o verdadeiro potencialde prosperidade do país c o relegou ape-nas à posição de um gigante frustrado".

"O modelo social brasileiro é intrigante. Pode ser bem intencionado, mas privilegia a elite

BrUflO L-lbôfâtl • . 1« . 1M .« nmn *Que paises, ou pais, o senhor apontariacomo exemplos de sucesso na área do desen-volvimento social?

Costa Rica, Sri Lanka. China, emboraela hoje esteja fora de moda, e Jamaica. Oscasos mais impressionantes são os da CostaRica e do Sri Lanka. No primeiro, a rendaper capita é de 400 dólares, a expectativa devida é de 71 anos e 90% das casas têmeletricidade. A Cosia Rica gasta 12% doseu Produto Interno Brulo com o desenvol-vimento social e tem uma distribuição derenda equilativa. Já no Sri Lanka, onde apropriedade da terra e da indústria é con-centrada, c 10% de seu PIB são dedicados àárea social, o governo percebeu que as for-ças do mercado, por si só, são incapazes depromover a distribuição de renda. Atravésde políticas sensatas, ele compensou a defi-ciência da estrutura social do pais e domercado com uma distribuição mais justade alimentos, educação, saúde e moradia.Assim equilibrou-se a situação social nopais. permitindo aos mais carentes acesso anecessidades básicas e com isso uma com-petição de igual para igual com os maisabastados.

O senhor não citou na lista nenhum dospaises ricos. Por que?Os paises ricos conhecem a importânciade buscar este equilíbrio. Por isso eles estãoonde eslâo hoje. Os exemplos históricos sãoinúmeros. Veja os Estados Unidos na épocada depressão. O New Dea! de Rooseveltreciclou 15% do seu PIB para a educação,saúde e habitação. Foi a primeira tentativados americanos em grande escala para tirarda miséria a maior parte de sua população.Ele tem seus defeitos, mas no geral deucerto. A Suécia adota esle tipo de política ealé hoje tem uma atitude radical: 40% doseu PIB é canalizado para o desenvolvimen-lo social. Os paises ricos são paises que emalgum ponto de sua história conseguiramcombinar a existência de um livre-mcrcadocom polilicas de investimento social — delal maneira que eles potencializaram suacapacidade de gerar riquezas e aumentaramas chances dos indivíduos de partilhar dosbenefícios. Mas nós, os paises pobres, aindalemos que andar muito para chegar a esseestágio. Não lemos dinheiro, vivemos frá-géis democracias.

Além disso, como podem os países pobres,como o Brasil, investir na área social se ospaises ricos lhes impõem programas de rea-justes econômicos que incluem cortes nosgastos de setores como previdência e educa-ção?O Brasil me fascina. Seu caso c peculiar,intrigante. O pais nunca ignorou a questãoda educação, saúde ou casa. Mas seu invés-timento, 10% do PIB, foi mal-direcionado.Os indicadores de crescimenlo econômiconão se coadunam com os de qualidade devida. O crescimento do país nos anos 70 foiexcelente, com o aumento da renda percapita ficando em torno dos 3% ao ano. E,no entanto, muito poucos se beneficiaramdisso. Só 65% das casas têm eletricidade e aexpeclativa de vida é de 65 anos. Mas oproblema, em parte, é da responsabilidadedo próprio Brasil. A distribuição de rendano Brasil é muito deficiente e, apesar dosgaslos sociais, não é compensada por politi-cas com um mínimo de sensibilidade, mes-mo quando os objetivos são os mais acerta-

dos. Veja o caso da educação. O Brasil dásubsídios á Universidade IS vezes maioresdo que os que destina á educação primária.Ora. no ensino superior, o índice de pessoaseconomicamente pobres é de apenas I % Seeles não forem alfabetizados, jamais come-çarão o longo caminho em direção à Uni-versidade. O modelo pode ser bem intcncio-nado. mas privilegia a elite.

Por que essa opção preferencial pelosmais ricos no Brasil?

Por causa dos poderosos interesses que

A distribuição de renda no

Brasil, além de deficiente,

não é compensada por uma

política social sensível

se apropriam do orçamento — interessesagrários e industriais. Esles últimos, porexemplo, se apropriaram dos recursos dapolilica dc prevenção na área da saúde,desviando-os para a medicina curativa. Oresultado foi a multiplicação de instalaçõeshospitalares da pior qualidade nas cidades,e de doentes. Para que? Não seria maisinteligente investir para que a populaçãonão precisasse passar pelos hospitais? Nasaúde também repete-se o caso da educa-ção, cujo setor tem hoje um padrão compa-rável ao da Inglaterra até a Segunda Guer-ra. A educação no Brasil é destinada aosque têm dinheiro, e os recursos do Estadomantêm a situação. As chamadas institui-cões de elite, que servem basicamente aosricos da população é que acabam sendobeneficiadas.

Essas são as causas internas. Mas não háoutras, externas?

Sim. nos paises ricos. Nós, paises pobresnos tornamos repassadores de riquezas pa-ra o mundo desenvolvido. Reajustar politi-cas sociais a esla lalta de dinheiro vai sertarefa penosa. Os países ricos criaram estafalia de liquidez que sufoca as sociedadesdos paises pobres e eles não podem se de-clarar inocentes e lavar as mãos. Foram elesque incentivaram esla política, que a plane-

jaram. Eu me lern-bro bem dela. Naépoca, meados dadécada de 70. eu eraum dos principaisassessores do Ro-berl McNamara,então presidente doBanco Mundial.

_ _ Recebíamos minis-tros de finanças de

diversos paises e os encorajávamos a tomaremprestado. Como havia petrodólares so-brando, o crescimento econômico poderiaser infinitamente financiado. A idéia eraque os paises pobres fizessem empréstimosde curto prazo, já que achávamos que astaxas de juros tenderiam a cair. A dividaexterna do Brasil, por exemplo, foi todaconstruída em cima de acordos dc curtoprazo, ao invés de se buscar negociaçõesmenos gulosas, mais seguras e permanen-tes. O plano era muito bom, mas todas assuas premissas estavam erradas. O dinhei-ro do petróleo não era ilimitado, o cusiodos empréstimos subiu, o crescimento eco-nòmico não veio e a crise de liquidez emer-giu. Os paises ricos poderiam ter feito al-guma coisa. As inátituições multilateraistinham condições de empurrar os paises

pobres em direção à reestruraçâo de suasdividas em bases de mais longo prazo. Maselas estavam dominadas por grupos queviam a questão da divida, da transferênciadc capital, cm termos puramente comer-ciais. Hoje a divida é impagável.

O sr. acha que o plano Brady de reduçãoda dívida reverteu este tipo de atitude?

Em parte sim, mas não é suficiente.Nem os paises ricos pagariam essa divida.Eles conhecem bem os perigos de encarareste tipo de compromisso financeiro. Entreas duas grandes guerras, John MaynardKeynes escreveu um livro exortando osaliados a não forcarem a Alemanha a pa-gar suas dividas da Primeira Guerra. Nin-guém ouviu. A Alemanha entrou numaaguda situação de austeridade, que acaboudescontrolada. Os salários caíram, não selez nenhuma compensação na área social eo resultado foi a revolta, que se traduziuno nazismo. Por isso, depois da SegundaGuerra, ninguém pensou em austeridadepara a Europa. Ao contrário. Criou-se oPlano Marshall e transferiram-se recursos,aos invés de retirá-los, para o continente.A lição era forte demais para ser ignorada.E, de certo modo, ela ecoa alé hoje. Veja aEuropa do Leste. Depois que ela entrounesse processo de derrubada dos regimescomunistas, nenhum país industrializadolhe propôs cobranças de dividas. Ao con-trário. A Europa Ocidental quer criar umbanco de desenvolvimento exclusivo para aregião, alé porque, além de fazer sentidopolítico, a iniciativa apresenta sólidos ar-guinemos econômicos a seu favor. A Euro-pa do Leste tem uma das melhores rendasper capita do mundo, cerca de 3 mil dóla-res, c sua população em um bom nívelsocial. Ela não tem capital financeiro, mas

tem um sólido capital humano para parti-cipar do mundo desenvolvido. A Américalatina também tem um capital humano quenão pode ser negligenciado, mas infeliz-mente ainda não recebe tratamento priori-tário das políticas econômicas.

A que se deve a incapacidade de revertereste tipo de política?A ciência econômica ainda está muitopreocupada com as coisas que podem sermedidas cm termos de dinheiro. Ela sedivorciou de outras necessidades humanas

volvimento de uma sociedade. A economia 'precisa coordenar seus números com meios.'dc examinar a qualidade de vida. Foi istoque buscamos neste estudo da UNDP,apontar para outros fatores que precisamser levados cm conta na hora da definiçãode políticas econômicas c de investimentossociais.

Os paises socialistas não conseguiram,superar em boa parte esta dicotomia, apesarda falta de liberdade inerente a seus sistemas .sociais?

Os paises socialistas em geral tiveramótimo desempenho na área social. Mas eles ysão a maior prova de que o conforto, ainda -que pequeno, não é tudo na vida. Seus)governantes não souberam polencializar a.capacidade de educação e bem estar de sua'população. Foram incapazes de traduzirseus investimentos sociais em ganhos poli-ticos e econômicos para a população. Nãoderam liberdade e nem foram capazes deprovocar um crescimento econômico. Eisto prejudicou o desenvolvimento socialna região. Gorbachev diz que não se podemanter um povo como refém por tantotempo. Há duas maneiras de se provocaruma verdadeira revolução e a União Sovié-tica, curiosamente, já experimentou am-bas. A primeira, provocada pela insupor-tável pobreza, aconteceu em 1917. A outra,causada pela falta de liberdade, ainda estácm andamento. Uma população, pressio-nada pela miséria, age para acabar comela. Uma população educada e saudável,não se submete por muito lempo a umaditadura. Quando se quer mudar as coisasem umu pais dc modo radical, é só deixar o ;povo faminto, ou então educá-lo. Na Eu-'ropa do leste, os lideres das atuais revolu-ções são intelectuais ou trabalhadores que ¦passaram por algum tipo de educação queos qualifica e permite desajarem algo me-lhor.

Existem conceitos para nortear políticasde desenvolvimento que produzam cresci-mento econômico e prosperidade social?

— Existem, mas, <

A riqueza de um paísnão é suficiente paraindicar a qualidadede vida da sociedade

talvez mais importantes. Adam Smith afir-mava que a economia era uma ciência queprecisava servir a sociedade. Nos anos 50,porém, os economistas foram tomados poruma mentalidade de quantificação finan-ceira. Tudo foi sendo reduzido a equaçõesfinanceiras. As coisas mais importantes,porém, nem sempre são quanlificávcis. Ve-ja os países ricos. O dinheiro não lhestrouxe a completa felicidade. As ruas desuas cidades estão cheias de mendigos, suapopulação mais pobre está a mercc dosbandidos e traficantes, eles sofrem com aaids. Não estou querendo dizer que dinhei-ro não ajuda. Ao contrário, principalmenteno Terceiro Mundo, onde nem mesmo selula pela sobrevivência social, só pela so-brevivência econômica. Mas ele não é tu-do, não basta para indicar o grau de desen-

para implementá-los, é necessário. ¦.uma mudança realde mentalidade,que não quanlifi- .,que tudo a partirdo dinheiro ou dariqueza. É preciso ,se perguntar qual éa verdadeira razão'

desta riqueza, qual o seu sentido. Os econo- 'mistas precisam insistir em modelos que in-vistam numa distribuição mais equitativa derenda, dos agentes produtores de riqueza —como a terra por exemplo. É sempre a me- ••lhor opção: dar meios ao indivíduo de esco- •,lher seus próprios caminhos e definir suas ,responsabilidades. Mas quando não se temcondições de melhorar imediatamente a dis-tribuição de renda, pelo menos deve-se favo-recer mecanismos de compensação, que pos- -sam distribuir outros ativos sociais ,importantes, como a educação, a saúde e amoradia. O crescimenlo não pode ser redu-zido ao volume dc dinheiro que ele gera: *Tem que ser o ponto de partida para umprocesso dc distribuição de renda e de politi-cas sociais eficazes que assegurem sua futurareprodução. (M.F.B.)

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JORNAL DO BRASIL Especial domingo, 24/6/90 ? Io caderno ? 27

Em campo, as equipes da segunda divisão

¦ Ao lado de Paquistão e Nigéria, o Brasil foi parar na categoria das oportunidades perdidas

A renda per capita do Sri Lanka é deUSS 400 e a do Brasil chega a USS 2.020,portanto, a qualidade da vida dos brasi-leiros e cinco vezes melhor que a doscingalcses, certo? Errado. Embora o Bra-sil seja um país mais rico, sua renda édistribuída de forma menos equilibrada,gerando uma enorme disparidade entreas classes sociais. Aqui, a expectativamédia de vida é de 65 anos e os anallabc-tos chegam a 22% da população. Comum volume de riqueza muito menor, oSri Lanka conseguiu elevar a longevida-de média de seus habitantes a 71 anos ereduzir o índice de analfabetismo a 13%.Diante disto, qual dos dois países é real-mente mais desenvolvido?

Na escala crescente de um a 130 ela-borada pelas Nações Unidas para mediro índice de desenvolvimento humano dospaíses, o Brasil ocupa o 80° lugar e o SriLanka figura embolado com três pontosà frente. "O que importa", diz o relatórioda ONU para 1990, "é como o desenvol-vimento econômico é gerenciado e distri-buido em beneficio da população." Alémdo Sri Lanka, Chile, Costa Rica, Jamaicae Tailândia são citados como exemplosde países que, com pouco dinheiro, con-

seguiram atingir um razoável nível dedesenvolvimento humano. Na outraponta, a Arábia Saudita, Argélia, Cama-rões e Emirados Árabes aparecem comopaíses que têm uma renda per capitarelativamente alta, mas proporcionamum péssimo nível de vida para a maioriada população

Estas disparidades provam aue cres-cimento econômico está longe de signifi-car desenvolvimento humano. A multi-plicação dos problemas sociais nos paísesricos e industrializados reforçam esta te-se. Basta ver o crescimento vertiginosodo número de homeless (os sem-teto) nosEstados Unidos, uma das razões que ocolocam em 112" lugar, atrás de 18 pai-ses, entre os quais a Nova Zèlândia,Itália e Espanha. Esta aferição nada con-vencional do nível de riqueza e pobrezarevela outras surpresas.

Além do Sri Lanka, estão mais bemcotados que o Brasil países como a Albâ-nia, o Panamá e a Cingapura. O Japãoocupa a confortável 130a posição, comoo país de melhor nível de desenvolvimen-to humano. O pior é Niger, uma naçãoda África Ocidental. Na América Latina,outro resultado inesperado: o Chile

(107°) está na frente de Cuba (92"). Acausa é histórica. Enquanto o pais deFidel Castro teve praticamente que re-nascer das cinzas depois da ditadura deFulgèncio Batista, o Chile, que através-sou o regime Pinochet, sempre teve umatradição de cuidado com o bem-estar dopovo.

Para a ONU, os paises podem serclassificados em três categorias, de acor-do com o seu desempenho nos últimos 30anos. Em primeiro li gar estão aquelesque conseguiram atingir e manter umnível razoável de desenvolvimento hu-mano, como é o caso de Botswana, Cos-ta Rica, Coréia, Malásia e Sri Lanka. Emseguida vêm os que tiveram um sucessoinicial, mas não conseguiram sustentá-lo,como Chile, China, Colômbia, Jamaica,Kènia e Zimbabwe. A última categoriaatende pelo sugestivo nome de "oportu-nidades perdidas" Nela estão Brasil, Ni-géria e Paquistão. São países que tiveramum bom crescimento econômico, masnão traduziram esta riqueza em desen-volvimento humano O relatório duONU revelou sobretudo o que já se sabiahá muito tempo; um pais pode ir bem e opovo mal.

Costa Rica

Da extinção do

Exército ao

avanço social

Até o fim da década de 40, os

gastos militares na Costa Ricatrituravam a impressionante parcela de60% do orçamento nacional. Era oExército ou o desenvolvimento social.A opção ficou clara no artigo 12 daConstituição de 1949, vigente até hoje:"Prescreve-se o Exército como institui-çào permanente. Somente através deconvênio continental ou para defesa na-cional poder-se-ão organizar forças mi-litares"

Em bom português, o Exército esta-va extinto. E. com a massa de recursosdisponíveis a partir da medida, foi en-gendrado um programa nacional de de-senvolvimento social que se firmou co-mo um dos mais eficientes no mundonos últimos 50 anos. "Esses investimen-

/^ Oceano Atl&ntico

mcaS

America doSuljOceano Paclfico " / r

tos seriam impossíveis sem a supressãodo Exército", afirma Samuel Levy. côn-sul honorário da Costa Rica no Rio.

Não se trata de uma avaliação exa-gerada. Até então um pais politicamen-te instável e com tímidos resultados naárea social, a Costa Rica passou a re-verter todos esses indicadores a partirde 1960. A mortalidade infantil, de 121por cada mil nascimentos em 1960, re-duziu-sc a toleráveis 22 por mil em1988. A expectativa média de vida —calculada em modestos 56,4 anos em1950 — saltou para consideráveis 73,7anos em 1985, índice maior que os 69,7

da Argentina ou dos 65,7 do México, eque humilha os 63,4 do Brasil. A faça-nha permitiu a inclusão do país entre osde melhor qualidade de vida no relato-rio da ONU.

A cobertura básica de saúde foi cs-tendida a setores anteriormente nãoatingidos, como as áreas rurais. Em1980, água e saneamento básico já che-gavam a 60% da população. Existe ummédico para cada 700 habitantes. Osetor educacional também registrouavanços. "Não há analfabetos no país",exagera Levy, esquecendo-se dos 8% deanalfabetos que escaparam do PlanoNacional de Desenvolvimento. Toda-via, nem tudo na Costa Rica são índicesconfortáveis. A dívida externa atual, deUSS 4 bilhões, pode ser traduzida numendividamento per capita de USS 1 mil361, algo bem superior á média brasilei-ra, cm torno de USS 821. No entanto,esses dados não serviram de argumentopara que investimentos básicos fosseminibidos.

Cuba

Planejamento

consistente e

de longo prazo

I America do Nort*

^3 Cuba

Oceano Atl&ntlco

A experiência cubana é uma provaconcreta de que um pais não preci-

sa de grandes riquezas para resolver seusproblemas sociais. Vontade política e uniplanejamento consistente e de longo pra-zo são suficientes. Foi com estes doisfatores que Cuba conseguiu sair do caossocial em que se encontrava antes darevolução comunista de 1959 para, pou-co mais de 20 anos depois, reduzir oanalfabetismo a um índice próximo dezero e baixar a mortalidade infantil paraa taxa européia de 11,1 mortes a cada Imil crianças nascidas vivas.

Quando os comunistas chegaram aopoder, apenas 56,4% das crianças emidade escolar freqüentavam a escola. Oensino público estava abandonado e asescolas particulares, além de poucas,eram privilégio de um grupo reduzidoNo pais inteiro havia só três univcrsida-des. A metade da população vivia nocampo, mas só um terço das matrículasno ensino primário ocorria nas áreas ru-rais. O resultado era um índice de analfa-betismo de 23,6% E o motivo principaldeste abandono era "fraude e corrupçãona distribuição de verbas", segundodiagnosticou na época o Banco Mun-dial.

Uma vez no poder, o novo governoconstatou que não havia dinheiro nemprofessores suficientes para reverter estequadro. A única solução possível seriauma grande campanha fora dos modelosconvencionais que envolvesse política-

mente toda a população E foi o que sefez em 1961. batizado de Ano Nacionalde Alfabetização Mais de duzentas milpessoas — entre estudantes, operários,donas-de-casa, aposentados — percorre-ram o pais para ensinar a todos, criançase adultos, a ler e escrever Setenta quar-téis e centenas de mansões abandonadaspelos seus donos se transformaram em

escolas. Foi a grande virada cu-bana.

Ao fim da campanha, o anal-fabetismo estava reduzido a 10%,segundo a professora Tania Za-gury, autora de Escola cm Cuba

Impressões de uniu educadorabrasileira. Quase todos os analfa-betos haviam aprendido ao me-nos os rudimentos da leitura e daescrita. Depois era só continuar otrabalho. Em 25 anos, o nível deescolaridade foi duplicado e atradicional pirâmide educacional

se inverteu. Em 1986 havia no pais maisalunos de nível médio (46,2%) do queprimário (43.1%). Atualmente, esta dife-rença é ainda maior 48.1% contra 40%.respectivamente.

A formação universitária cresceu de2.4%, em 1960. para 12.5%. no anopassado Hoje. Cuba tem 300 mil profes-sores. 24 vezes mais do que havia antesda revolução Das 16 províncias (esta-dos) do pais, 11 possuem institutos deformação de professores em níveis médioe superior Existe até uma reserva de 18mil profissionais do ensino, que. em sis-tema de rodízio, fazem cursos de aperfei-çoamento. O governo cubano espera quedentro de poucos anos todos os profes-sores primários do pais tenham nível su-penor Em 1961, o Ano Nacional deAlfabetização. 70% dos profissionaisnão tinham um titulo sequer

Assim como a educação, a saúde foitratada como prioridade e hoje todos oscubanos, de qualquer parte do país, têmuma assistência médica eficiente e gratui-ta do nascimento á velhice. Esta disposi-ção é traduzida no orçamento destinadoa estes dois setores: 22,8%. contra os10,16% gastos com defesa cm 1988. Asdoenças endêmicas, como poliomielite.malária, sarampo e diftena, foram elinn-nadas e a expectativa de vida, que antesda revolução era de apenas 53 anos,passou para 75 anos (12a mais que a dosbrasileiros). A mortalidade infantil bai-xou de 65 para 11,1 por mil crianças.

Sri Lanka

Conflitos não

atrapalham os

investimentos

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Sri Lanka

^ Oceano Indico

Os recentes relatórios internacionais

descobriram que o paradoxal SriLanka — uma ilha com 16 milhões 600mil habitantes distribuídos em parcos 65mil 610 km: — possui algo mais a mos-trar ao mundo que paradisíacas praiastropicais e intermináveis listas de mortosem conflitos étnicos internos: o país dis-põe também de bons índices sociais.

Encravado no largo da costa sul duíndia, o Sn Lanka tornou-se independenteda Comunidade Bntànica em 1948. Já em1945, no entanto, o governo elaborou umprograma de assistência médica que cobriuquase todo o pais. Instituiu também aeducação livre c universal.

O Sn Lanka possui 10.077 escolas pn-márias e secundárias e oito universidades,que consomem a maior parte dos genero-sos 9,4% do orçamento dedicados à edu-cação. O índice de analfabetismo é de12,9%.

Uma outra investida a longo prazo —um programa de subsídios de alimentosaplicado entre 1942 e 1979 — reduziu opreço de 50% a 70% do arroz consumidonesse período. O consumo médio diárioatual representa 104% do mínimo reco-mendado pelas organizações de saúde.

O cingaleses compensam os tímidosíndices econômicos (PIB de USS 6,4 bi-'Ihões, renda per capita de USS 363 edívida externa de USS 3,4 bilhões) comdesempenhos sociais elogiáveis, como asexpectativas médias de vida de 68,3 anospara homens e de 71,5 para mulheres,além de uma taxa de mortalidade infantilde 29 por 1.000 nascimentos.

A virada do "New

Deal'

Crise levou Estudoa intervir nos EUA

para ajudar pobres

Em março dc 1933, ao assumir o governo dos Esta-

dos Unidos pela primeira de quatro vezes, o demo-crata Franklin Delano Roosevclt encontrava o paismergulhado numa inédita depressão econômica — pos-terior à queda brutal da Bolsa em 1929 — que acirravamais que nunca a disparidade entre ricos e pobres. Cercadc 15 milhões dc trabalhadores estavam desempregados,o que deixava á beira da miséria, considerando-se suasfamílias, ccrca de 50 milhões dc pessoas. Centenas demilhares de agricultores vagavam com fome, obrigadosa deixar suas terras. Nas metrópoles do país, que emtorno da Primeira Guerra Mundial se tornara o maispróspero do mundo, proliferavam as favelas.

Hcrbert Hoovcr, o presidente republicano que saía.não soubera fazer frente ao problema. Sua visão eraainda a dos republicanos que o haviam antecedido: a deum liberalismo, de um laissez-faire ortodoxo que estig-matizava qualquer intervenção do Estado na atividadeeconômica. A crença prevaleeente, e que até então pare-cia dar certo, era a de que cabia à livre iniciativaexclusivamente gerar riqueza, trabalho e bem-estar. Jánuma crise anterior do capitalismo americano, cm 1890.o presidente Cleveland firmava pé cm sua convicção dcque não cabia ao governo ajudar os cidadãos, mas ocontrário

Homem esquecido — A gravidade da situaçãoposterior ás falências, á queda brutal da produção, dospreços c da renda nacional e ao desemprego em massagerados pela crise dc 1929 levou Roosevclt a propor, emsua campanha eleitoral, o New Deal, o "novo trato"destinado a socorrer o Iwmem esquecido, o cidadãocomum mais ou menos desamparado face ao confrontodos mecanismos da livre iniciativa, quando estes descar-rilavam.

Era um conceito novo. que enfrentaria sérias resis-tcncias por parte da comunidade empresarial e do capi-tal, mas que contribuiria para pôr os Estados Unidos emdia com conquistas sociais que já haviam sido encami-nhadas na Europa (em parte porque lá a prosperidade eas garantias automáticas do laissez-faire não haviamfuncionado tão bem). Encaminhava-se o país para umestado de coisas que no segundo pós-guerra se consoli-dana no chamado welfare state (Estado prcvidenciário).O essencial dessas conquistas, ainda hoje por seremalcançadas em países como o Brasil, não são maiscontestadas nem mesmo pelos republicanos, inclusivecm nossa era de nco-liberalismo

Uma primeira fase do New Deal, de 1933 a 1935,preocupou-se sobretudo em tarefas de assistência e recu-

Arquivo

peração, visando a amenizar o sofrimento dos desem-pregados. Com autorização do Congresso, cerca de USS4 bilhões foram destinados, através dc diferentes agên-cias governamentais, a empregar milhões dc pessoas emobras públicas de demolição de favelas, combate á ero-são do solo, reflorestamento, eletrificação rural, cons-trução e financiamento de instituições educativas e pro-fissionais, estradas de rodagem, escolas, usinasgeradoras dc energia e hospitais.

Na agricultura como na indústria, tratou-se de con-trolar a produção e a concorrência para impedir a quedados preços, permitir lucro razoável aos produtores e

capacitá-los a pagarmelhores salários.Através da NationalRecovery Administra-tion (NRA), organiza-ram-se códigos regulardores da produção, dashoras de trabalho e dossalários na indústria.Veio ainda a iniciativaque mais concretamen-te frutificou: a Tennes-see Valley Authority,que congregou sete es-tados do sul na produ-ção de energia barata,para eletrificação docampo, irrigação, pro-teção do solo, produ-

ção de nitratos, prevenção de enchentes, melhoria danavegação fluvial.

A segunda etapa, a partir de 1935, é geralmenteconsiderada como a da reforma do sistema capitalistaamericano. Introduziu-se, basicamente, toda a legislaçãotrabalhista que cm grande parte vigora até hoje: saláriomínimo, horas máximas de trabalho diário, fortaleci-mento dos sindicatos, seguro-desemprego, pensões —toda uma infra-estrutura que ainda era extremamenteprecária nos anos 20, o que apanhou desvalidas asvítimas da crise de 29.

Já em 1936 a Corte Suprema revogava o AgriculturalAdjustment Act e o National Industrial Recovery Act,sustentando que a Constituição não autorizava o gover-no a interferir na regulamentação da atividade econômi-ca ou a promover reformas econômicas ou sociais. MasRoosevclt conseguiu nomear novos juizes, formando noSupremo uma maioria favorável a novas legislações. Oessencial, de qualquer forma, estava encaminhado, sobrea premissa básica de que, tendo resolvido o problema daprodução, a economia americana precisava tratar dedistribuir mais equitativamente o poder aquisitivo entrea massa dos cidadãos.

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4

Raro exemplo de boa aplicação

Fiocruz investe

Cr$ 8 milhões e

tem retorno rápido

A epidemia de Aids escancarou para a opiniãopública a lamentável qualidade do sangue no

pais, com o conseqüente risco de transmissão deoutras doenças, como hepatite, malária e doençade chagas. Muito dinheiro está sendo gasto napesquisa e produção de novos kits-diagnósticocapazes de salvar milhões de pessoas.

Os resultados obtidos pelos cientistas provamque este investimento tem ótimo retorno. O Insti-tuto Biomanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz(Fiocruz), tem conseguido progressos com o invés-timento anual de Cr$ 8 milhões na produçãomensal de 60 mil reações para diagnóstico de

hepatite. 60 mil para doença de chagas. 10 milpara leptospirose, 4 mil para raiva e 20 mil pararubéola, além de 60 mil lâminas para confirmardiagnósticos de Aids feitos nos bancos de sanguepúblicos do país. Todos os kits são fabricados comum custo IO vezes menor do que o preço cobradopelas indústrias privadas.

Através de sofisticadas técnicas de engenhariagenética, cientistas da Fiocruz conseguiram desen-volver um kit revolucionário para diagnosticar adoença de chagas, muito mais preciso do que otradicional. O mesmo está acontecendo com o kitcapaz de detectar o bacilo da malária no sangue dedoadores. Recentemente, também nos laborató-rios da Fiocruz, foi criado um novo kit que diag-nostica a leptospirose — transmitida por urina deratos — em apenas quatro minutos, enquanto oantigo levava uma hora e meia.

A opulência de Brasília em Mogi

MOGI DAS CRUZES. SP — Amais de 1.000 quilômetros de Brasília.Mogi das Cruzes é unia típica cidade dointerior paulista. Sua atividade principal éa produção hortifrutigranjeira. Mesmo as-sim. o município abriga um vasto pedaçoda capital federal. O maior edifício daregião, com quase 10.000 metros quadra-dos de área construída, pertence, porexemplo, ao Ministério do Trabalho e daPrevidência Social. É cinco vezes maior doque o da prefeitura.

Embora se destine ao atendimento dosbeneficiários do INPS e do lapas cm Mo-gi, cuja população não chega aos 300 milhabitantes, o prédio tem o mesmo tama-nho da sede do Ministério do Trabalho, naEsplanada dos Ministérios, em Brasília.Na amplidão do edifício, perdem-se os I09funcionários públicos que ali dão expe-diente durante metade do dia. Com aseparação do Inamps, que agora pertenceao Ministério da Saúde, a assistência mé-dica aos beneficiános do sistema, antesprestada num pequeno pronto-socorro, foi

parar no Hospital Luiza Pinho de Mello,cedido pelo deputado federal Bezerra deMello (PMDB-CE), dono da Universida-de de Mogi das Cruzes.

Um juiz — Ao lado deste faraônicoedifício fica um outro apêndice dos pode-res federais — a Junta de Conciliação daJustiça do Trabalho. A moderna constru-çào de dois andares em 1.200 metros qua-drados de área construída, plantada numbelo e bem cuidado jardim, serve para queum juiz e dois vogais. assessorados por 12funcionános, se reúnam algumas vezes porsemana para julgar os conflitos trabalhis-tas da cidade.

Abençoada por um clima excelente eterras férteis, Mogi das Cruzes é uma dasprincipais abastecedoras das feiras livres cdo Ccasa paulistano,. Nada mais lógico,portanto, que o Ministério da Agriculturatambém montasse sua embaixada na cida-de. E não houve economia. Numa área emque caberiam dois campos de futebol, comdireito a arquibancada, instalaram-se três

espaçosos galpões da Cobal. Um para achamada Rede Somar, destinado à vendadireta dos agricultores aos consumidores eos outros dois para que os produtores daregião negociem com os atacadistas de SãoPaulo.

"Não funciona uma coisa nem outra",critica o vereador Pedro Komura. Os su-permercados locais substituíram o varejàoe a comercialização com os atacadistasacabou sendo organizada em outro local."Não dá para trabalhar com quem passa odia jogando baralho", ataca o vereador,referindo-se aos funcionários públicos que,vinculados ao remoto comando de Brasi-lia. não se sintonizam com a realidadelocal.

Por razões políticas, o ex-ministro InsRezende não aceitou a proposta de venderao município o aparato federal ocioso."Mas o ministro Antônio Cabrera estásendo bastante sensível à idéia", diz Mino-ru Harada, secretáno municipal de Agri-cultura.

Enquanto o Hospital da Lagoa não consegue gastar toda a sua verba, em Pernambuco falta tudo

Nove meses c o prazo máximo que anatureza humana estabeleceu para re-produzir-se. Curiosamente, é esse tam-bém o tempo que um segurado da Previ-dência precisa aguardar se, paracontinuar vivo, depender de uma cirurgiano Hospital Getúlio Vargas, o maior darede do Inamps cm Pernambuco. Umaespera que abala os nervos do pacienteMário Oliveira, um jardineiro de 28anos, dependente de uma operação noaparelho urinário. "Já perdi a conta dasvezes que vim ao Getúlio Vargas", recla-ma Oliveira, alinhado numa fila com 3mil pessoas.

São doentes que ainda não preen-chem requisitos médicos característicosdos casos agudos — tratados em condi-ções de emergência. Para isso, porém,precisam de sintomas mais graves e dedores mais fortes. Movido por esses es-tranhos desígnios, os mecanismos deatendimento à saúde da população criampara o doente o paradoxo de sentir-setão mais reconfortado quanto maior fora letalidade do mal que o ataca.

Foi assim com José Tavares de Lira,internado aos 78 anos para operar apróstata e despachado do hospital IOdias depois. Antes até que fosse conheci-do o diagnóstico sobre a natureza dotumor que lhe extirparam. "E se for ummal maior e precisar operar de novo?",pergunta-se Lira, aterrorizado com apossibilidade de voltar à disputa por um

dos 180 leitos do Getúlio Vargas atendi-dos por 717 médicos e funcionários di-versos ou 3,9 pessoas por leito — menosda metade dos oito que a OrganizaçãoMundial de Saúde recomenda como arelação ideal funcionários/leito.

A extrema anemia do Getúlio Vargasexibe um pavoroso contraste no confron-to com o nutrido quadro de funcionáriose médicos que engorda a folha do Hospi-tal da Lagoa, um dos maiores do Inampsno Rio de Janeiro. São 10,5 profissionaispara cada um dos 196 leitos em funcio-namento. Enquanto em Recife o diretordo hospital, Luis Domingues, batalhapara encaixar em seu magro orçamento399 contratações, sobram — pelos pa-dròes da OMS — 490 profissionais noLagoa, um hospital que ano passadodevolveu ao governo NCzS 134.146.25que não conseguiu gastar.

Trilha — Ainda assim, ninguémconsegue ali uma cirurgia eletiva em me-nos de quatro meses. "Já está tudo mar-cado", confirma o pediatra José Albertode Oliveira, chefe da Coordenação Médi-ca. "Só conseguimos remanejar para ou-tros hospitais que tenham disponibilida-de", explica. O remanejamento, noentanto, costuma abrir para o doenteuma trilha em que a solução do seu casoparece estar sempre adiante do guichê emque ele desembarca. Como Luís CarlosPereira. 26 anos e CrS 5 mil de salário,que às I lh de sexta-feira completava ummês de caminhadas com a mãe, Idalina,

para livrá-la de um abeesso no peito,logo abaixo do osso esterno."Quando começou era como uma es-

pinha", relata Luis Carlos, que mora emNova Iguaçu, na Baixada Fluminense, elevou Idalina à Clínica São José, tambémdo Inamps. De lá, saiu com uma receita"que custou 840 pratas e não adiantounada. Quando cheguei aqui, o médicoolhou a receita e disse que estava tudoerrado. Mas o novo tratamento já tem 15dias e lá na mesma", desespera-se,olhando Idalina encolhida de dor e es-premida com mais 20 pessoas num bancode madeira no Io andar do hospital.

A longa espera por cirurgias e cônsul-tas é doença incurável no atual sistemade saúde do país. Em Recife, a dona-de-casa Amara Costa, 37 anos, já foi socor-rida quatro vezes na emergência do Ge-túlio Vargas para aplacar as fortes doresque sente no estômago, enquanto esperahá um mês pela consulta com um gas-troenterologista — o hospital tem apenas135 médicos para atender a 15 mil pa-cientes por mês no ambulatório.

Mas não faltam apenas médicos."Desde março convivemos com uma dis-tribuição desorganizada das verbas",queixa-se o diretor do Getúlio Vargas.Na semana passada, por exemplo, porfalta de dinheiro chegou a faltar o pro-saico fio de sutura sem o qual nem cirur-gias de emergência podem ser feitas.

Mogi das Cruzes, SP — Murilo Menon

O edifício (lo Ministério do Trabalho é tão grande quanto o da sede em Brasília

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JORNAL DO BRASEL Especial domingo, 24/6/90 ? 1" caderno ? 29

Universidades triplicam gastos

em 9 anos

¦ Do US$ 1,1 bilhão de 81, as despesas com pessoal chegaram aos USS 3,8 bilhões em 89

BRASÍLIA — Uma lista decomputador, com um metro c meiode altura, é a mais nova munição deque dispõe o presidente FernandoCollor na guerra aberta contra as 48universidades públicas brasileiras, de-flagrada com o início da reforma ad-ministrativa. Com base em levanta-mento elaborado pelo Departamentode Orçamento da União, vinculadoao Ministério da Economia, o gover-no vai tentar provar que as institui-ções de ensino superior se transfor-maram cm autênticos sorvedouros dodinheiro público. 0 estudo mostraque, nos últimos nove anos, as despe-sas com pessoal das universidadesmais que triplicaram: saltaram deUS$ 1,1 bilhão, em 1981, para USS

. 3,8 bilhões, no ano passado.O trabalho, que destrincha caso a

; caso a evolução dos gastos em cada; estado, chegou à mesa de Collor na

semana passada, acompanhado deoutro documento reservado, encami-nhado ao secretário de Administra-ção, João Santana. O dossiê entreguea Santana, redigido pelo técnico Pe-dro Luis Barros Silva, chega a algu-mas conclusões — todas elas contrá-rias aos interesses das universidades.Por ele, é possível saber que, no Bra-sil, existe um professor universitáriopara cada oito alunos — uma médiamuito superior à dos Estados Unidosou da Comunidade Econômica Euro-péia, 15 professores por aluno.

Ineficiência — "Consideradosos docentes e os funcionários das uni-versidades brasileiras, essa relação caipara 2,6", ressalta o técnico PedroSilva. Mais adiante, o dossiê chega acitar outro estudo, do Núcleo de Pes-quisas sobre o Ensino Superior daUniversidade de São Paulo, para pro-var a tese da ineficiência. Segundo a

USP, as universidades brasileiras gas-tam, em média, USS 8.804 contraUSS 5.100 do Reino Unido, USS3.975 do Canadá e USS 5.900 daAlemanha Ocidental.

Na listagem enviada a Collor, aradiografia oficial das universidadesrevela que o grande salto nos gastoscom pessoal ocorreu a partir de 1986.Até aquele ano, o custo estava nomesmo patamar de 1981 — cerca deUSS 1,1 bilhão. Já em 1987, os salá-rios passaram a comprometer aquantia de USS 1,8 bilhão, alcançan-do a marca de USS 2,6 bilhões no anoseguinte. Esta explosão de gastos foigeneralizada. A Universidade Federalde Alagoas, por exemplo, gastavaUSS 12 milhões em salários em 1981e, em 1989, pagou USS 55 milhões aseus servidores. Na Universidade Fe-deral do Rio de Janeiro, as despesascom pessoal foram de USS 365 mi-lhões no ano passado — cinco vezesmais do que no início da década de80.

Uma lição de gastosA folha das institutes de en¬s/no superior triplicou nosanos 80Ano Gastos

(US$ bilhao)1981 1,11982 1,31983 0,81984 0,71985 0,91986 1,11987 1,81988 2,61989 3,8

Fredorico Rozáriojâ&f -

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No Borel, 512 desabrigados pelas chuvas de 88 moram no esqueleto de um Ciep

Cieps inacabados viram casa de pobre

WÊfemafíiíi

Construído para educar, o Centro In-tegrado de Ensino Público (Ciep) domorro do Borel, na Tijuca, Zona Nortedo Rio de Janeiro, está cumprindo outropapel social: abrigar 512 pessoas. Apósas fortes chuvas de fevereiro de 1988, osdesabrigados transformaram o prédio detrês andares — um esqueleto de concretopré-moldado — num condomínio de in-contáveis casas e um único banheiro. Ascrianças, de todas as idades, que ali deve-riam estar freqüentando as salas de aulada escola especial, repartem o espaçocom cachorros, gatos, galinhas, ratos,baratas — e duas infectas e contagiosasvalas negras.

Esse é apenas um. num universo decanteiros de obras, esqueletos e até de

Cieps prontos, abandonados pelo estadotodo. E sintoma de uma sindrome brasilei-ra, a da descontinuidade administrativa,que faz com que um governante não con-tinue, por princípio, a obra do antecessor.Carro-chefe da gestão do então governa-dor Leonel Brizola, de 1982 a 1986, osCieps — amados ou contestados — custa-ram de USS 800 mil a USS I milhão cada,com capacidade para mil crianças. Uminvestimento polêmico: seria essa a melhormaneira de gastar em escolas?

O ex-vice-governador Darcy Ribeiro,coordenador do projeto, diz que sim. Asecretária de educação do governo Mo-reira Franco que sucedeu Brizola, Fáti-ma Cunha, diz que não. Darcy Ribeirosequer admite que o custo da construção

fosse elevado: "Feito com concreto pré-montado, uma tecnologia avançada daconstrução civil, cada 20 Cieps erguidoscustam 30% menos do que se construi-dos pelo método convencional. E ficamprontos em apenas seis meses — umquarto do tempo necessário para seconstruir uma escola tradicional".

É possível. Mas dos 500 Cieps pro-metidos em campanha, apenas 109 fo-ram construídos. Desses, Brizola transfe-riu 44 para a Prefeitura Municipal doRio de Janeiro — como o do Borel —,deixando para Moreira Franco a gerên-cia de outros 65. Pelas contas da Secreta-ria, o custo mensal de um aluno na redeestadual é de USS 14 — e o do aluno doCiep estadual, de USS 57.

Escolas novas e

660 mil sem aulaSALVADOR — O governo da Ba-

hia gastou quase Cr$ 700 milhões paraconstruir 104 novas escolas, mas deixou1.841 fechadas por falta de manuten-ção. Com este dinheiro, seria possívelrecuperar 1.000 escolas fechadas, ga-rantindo educação para mais de 660 milalunos que, apesar de matriculados, es-tão sem aulas.

Para reconstruir uma sala de aula, aSecretaria de Educação gasta, em mé-dia, CrS 170 mil, enquanto a construçãode uma nova sala exige o investimentode CrS 1,8 milhão. Como a secretariadiz ter construído 387 salas nas 104novas escolas, os recursos investidospossibilitariam a recuperação de 4 milsalas. Nas novas escolas foram matricu-lados 37.440 alunos, mas a recuperaçãodas fechadas garantiria educação para662.760.

Quando o ano letivo de 1990 come-çou. 2.700 colégios públicos dos 4.200da Bahia estavam fora de funcionamen-to por falta de pisos, telhados, sanitá-rios e professores. Novecentos mil alu-nos matriculados não podiam estudar.Nos últimos quatro meses, o governoestadual garante ter recuperado 859unidades, investindo CrS 906,6 milhões.Mas pesa contra a Secretaria de Educa-ção a acusação de que apenas pintou efez reparos de emergência em algumasdestas escolas. É o caso, por exemplo,da Escola Hildete Lomanto, em Salva-dor, que foi reformada em março e jáestá fechada.

Percival Alves, diretor do Sindicatodos Profissionais em Educação, diz que.na verdade, apenas 200 foram reforma-das. E desafia a Secretaria de Educaçãoa explicar por que ainda faltam cartei-ras, professores e giz nas escolas recu-peradas. "O que eu gostaria de saber épara onde foi este dinheiro", pergunta.

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ESAD apresenta Curso

de Telemarketing

? Preparar os homensde Marketing e Ven-

das para atuarem com umanova técnica de promoçãoe vendas é o principal ob-jetivo da direção ao procu-rar um novo dimensiona-mento de colocação do seuproduto no mercado con-sumidor.

O uso do Telemaiketingcomo uma nova arma devenda tem sido adotadacom grande eficácia.

Como usá-la, quando,sua abrangência face a es-trutura do mercado da em-

presa e sua integração comas outras peças do processosão fundamentais ao su-

cesso.Dentro da filosofia que

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participantes tenham aoportunidade de solucionartodas suas dúvidas, terá onúmero de participanteslimitado a 20 (vinte) pes-soas. Assim, pedimos quecaso V.Sa. tenha em mentecrescer suas vendas atravésdo mecanismo apresentado,faça sua inscrição o

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liarbosa (iclui i/ui' PA PP vslimula organiza^iio sindical

Um país que

se programa para

desperdiçar

¦ A má aplicação das verbas é uma constante onde se gasta muito sem a menor preocupaçãoBRASÍI IA — Foi preciso cons- para sua instalação, embora lutas- Barras, PI - Fotos de Natanael Guedes

^mmm Dólares para

Nordeste ficam

truir carretas especiais para levar àsuniversidades os equipamentos pe-sados de engenharia, verdadeirosmastodontes que durante dez anosatravancaram portos brasileiros.Eram produtos alemães, húngarose tchecos importados pelas institui-ções federais de ensino superior pa-ra equilibrar a balança comercialentre o Brasil e o Leste Europeu.No valor global de USS 70 milhões(Cr$ 6,3 bilhões no paralelo atual)o programa começou a ser objetoda atenção governamental em 1979mas, até hoje, ainda aparecem res-tos de planetários da área gráfica eastronômica, além de algumas fá-bricas, em completo abandono nosporões universitários.

Tudo indicava que era um gran-de negócio: as universidades preci-savam dos equipamentos e os pai-ses do Leste queriam vendê-los.Mas os professores universitáriosescolhiam os equipamentos aleato-riamente, por fotografias publica-das em catálogos, e muitas fábricasvieram por engano. Os técnicos es-trangeiros que deveriam instalá-losnão o fizeram, e não foram envia-das sequer peças de reposição. Osequipamentos eram inadequados árede elétrica nacional. E, por fim,as universidades não tinham espaço

sem, com todo o poder de persua-são dos professores.

Exemplos como esse, de má apli-cação de verbas em programas dedesenvolvimento social, são co-muns em outros programas, comoos de equipamentos hospitalares,que os ministérios da Educação eda Saúde desenvolveram com em-presas e governos da Europa Oci-dental. Eram programas que exi-giam gastos do governo brasileiroem contrapartida aos empréstimosinternacionais, mas de eficácia con-testada pelos técnicos.

"Recursos internacionais jamaisdeveriam ser utilizados para pro-gramas sociais, de administraçãocomplexa em numerosas instânciasdecisórías que não se adaptam àsexigências contratuais dos financia-dores", diz o economista EverardoMaciel, técnico da Secretaria de Pia-nejamento do Ministério da Econo-mia, ex-secretário da Educação, Fa-zenda e Planejamento do governode Pernambuco e ex-secretário Ge-ral do ministério da Educação. Nes-ses cargos, o professor precisou re-sistir bravamente ao intenso lobbydos vendedores de equipamentos detomografia computadorizada, osmais insistentes freqüentadores degabinetes dos ministérios da Educa-ção e da Saúde. uma casa de farinha

Ao sabor das muitas ondas Qg azareg (|e Um llliailCÍado

I O dinheiro só chega depois da hora de plantar

Os projetos da área social têm pro-blemas tipicos de execução, que nãocaracterizam, por exemplo, a adminis-tração de uma barragem. Além da ge-rência c da indefinição de responsabili-dades (a Constituição não repartiuencargos entre União. Estados e Muni-cipios). são muito diversificadas as fon-tes de financiamento, cada uma comseus critérios, exigências e método deacompanhamento. "E a máquina admi-nistrativa não é profissional, o que pro-voca a descontinuidadc de governos",diz Maciel — e é confirmado pelas aná-lises da Coordenação de Desenvolvi-mento Social do IPEA (Instituto dePlanejamento Econômico e Social).

De 1980 a 1984. as despesas daUnião feitas com recursos do Tesouromostram uma curva descendente, co-meçando em CrS 113 bilhões e termi-nando o período em CrS 96 bilhões. Osgastos com programas sociais se man-tem numa média de CrS 27 bilhões dototal c proporções que variaram de

. 23.66% a 26.26%. sendo que em 1981 e1982 chegaram a quase 30% do total dedespesas. Nos cinco anos seguintes,cresce a despesa geral, retomando osníveis de 1980 (cerca de CrS 114 bi-lliôes) para chegar a CrS 529 bilhões em1989. Ai entram cm declínio, com pi-ques de 30% do total em 1985 e 28.14%em 1987, até os 14.68% de 1989.

Para 1990. a tendência é de reduçãomaior ainda nesses gastos. Em março eabril, com o hoom do recolhimento deimpostos em cruzados novos, houve au-mento da arrecadação, mas a partir demaio a receita tributária começou a reve-lar sinais de enfraquecimento c as demaisfontes de recursos dependem do nivcl daatividade econômica, também em decli-nio. Nas avaliações do IPEA, até o go-verno Geisel os programas sociais se de-senvolviam sozinhos, isolados. O generalpromoveu uma certa articulação com umorçamento unificado e fontes novas derecursos. Seu sucessor, o general Figuei-redo. tentou dar continuidade.

BARRAS, PI — Só em outubro aSudene viu a cor do dinheiro que lhefoi destinado no ano passado, paraexecução do Programa de Apoio aoPequeno Produtor (PAPP). Mesmoassim recebeu apenas a primeira par-cela, equivalente a 3,2% do orçamen-to previsto para 1989. Motivo: sem-pre faltou a contrapartida emcruzados para os dólares empresta-dos pelo Banco Mundial e houveatraso nos nebulosos caminhos per-corridos pelas verbas do governo. Oprograma deveria atender 537 mil fa-mílias rurais no Nordeste. Mas foiadiado em toda a região, especial-mente no Piauí.

Pobre, com graves problemas so-ciais e altos índices de subnutrição, oestado do Piauí só executou 30% dasações previstas para 1989. E agrieul-tores como Antonio Batista de Sousa,67 anos, ficaram sem assistência.Desde os 10 anos, Antônio trabalhano roçado de dois hectares, mas hádois se entusiasmou com a promessade construção de uma casa ae farinhamecanizada, para processar a man-dioca que produz com mais 30 fami-lias da comunidade, no município deBarras, a 157 quilômetros de Teresi-na.

Caminho — "Tenho fé em Deuse na ajuda dos homens", diz Antônio,enquanto vê, desolado, o boi devorara mandioca que poderia lhe renderum bom dinheiro. Afinal, se a casa defarinha estivesse pronta. Antônio po-deria aproveitar esta safra. "Não seipor que este dinheiro demora tanto achegar", comenta. Para chegar até eleo dinheiro cumpre um longo cami-

i peai,pela Secretaria do Tesou-

Sudene, Banco do Bra-sil, secretarias estaduais dePlanejamento, Agricultura e Fazendaaté alcançar as empresas de extensãorural. Quando chega á comunidadeestá totalmente defasado. Se chegapequeno à Sudene, vai mais miúdoainda para o Piauí."Como os atrasos e estes longospasseios, quando os recursos chega-ram ao Piauí, em 1989, só deram paracobrir 10% a 15% dos custos", dizJosé Ossian de Pinho Alencar, dire-tor-executivo do PAPP no estado. Noano passado, o PAPP investiu USS7.991.852,57 no Piauí — a maior par-te herdada dos recursos de 1988."Temos capacidade de gasto, hádemanda e a população rural precisado PAPP, mas é necessário condicio-nar as ações às exigências do calendá-rio dos agricultores', explica FranciscoBatista Ponte, coordenador do Setorde Apoio às Pequenas ComunidadesRurais, um dos segmentos mais signifi-cativos do PAPP. "O dinheiro custatanto a chegar que a gente terminasendo mal interpretado pelo agricultor.E é difícil reconquistar a confiança, sesó oferecemos promessas", reclama oagrônomo Francisco Antônio de MeloSilva, da unidade do PAPP no Vale doParnaíba, que abrange 29 municípios,entre eles Barras.

Na gaveta — A situação de Bar-ras, aliás, é exemplar. Com 1.600 famí-lias incluídas no PAPP, recebeu esteano pouco menos que USS 1 mil, as-sim mesmo no dia 10 de abril. "Só deupara pagar os atrasados e cobrir des-pesas operacionais, como combustí-

vel", afirma José Wellington de LimaBarros, chefe do escritório do PAPPem Barras. Ele tem 20 projetos engave-tados, que exigem USS 418.181.

A 17 quilômetros de Barras, a co-munidade de Vaca Brava tem menosqueixas. Ali os agricultores construí-ram silo, cooperativa, poço d'água ecasa de farinha. Sessenta e três famíliasreceberam terras e as lavouras foramirrigadas. A casa de farinha tem motormovido a diesel — não há luz em VacaBrava — e já permitiu dobrar a produ-ção, que era ae 300 quilos diários.

Pena que tanto esforço não tenhaaumentado a renda dos agricultores.E que o dinheiro do Fundo de Finan-ciamento de Comercialização (Fia-com) ainda não foi visto. O Fiacomdeveria dispensar os atravessadores eaumentar o lucro dos pequenos agri-cultores, mas não passa de um sonhopara Francisco Gonçalo da Silva, seisfilhos e 38 anos. Ele se orgulha de terproduzido 100 toneladas de farinhana safra passada e reclama: "O

preçoé do atravessador, que bota a faca nogogó da gente. Já perdi as contas dodinheiro que perco toda semana."

Segundo a Sudene, o Piauí rece-beu desde 1985, quando o PAPP co-meçou no estado, USS 33 milhões 800mil. Mas, pelas contas dos técnicos,foram apenas USS 22.184.142,55. Pa-ra 1990, estão previstos USS 24 mi-lhões. Ossian reclama, entretanto,que para manter o cronograma se-riam necessários USS 9 milhões 666mil até junho. Só chegaram, porém,USS 2.184.142,55. O dinheiro recebi-do em março pela Sudene só foi vistoem abril no Piauí.

A vitória do clientelismo Afinal, meio motivo para comemorarFoi no governo Figueiredo que so-

breveio a crise econômica e a retomadade uma prática usual nos anos 60: a doclientelismo político na destinação dasverbas. A criação do Finsocial, em 1982,não compensou a redução. E a máximafranciscana "é dando que se recebe" deuseus primeiros passos no Governo Fi-gueiredo, quando o estratégico setor dealimentação foi entregue ao PTB em tro-ca de apoio no Congresso.

Com a Nova República, em 1985, osgastos sociais aumentaram para atenderos movimentos sociais e as demandasclientelistas. De 1986 para 1987, os gas-tos com habitação e saneamento saltamde CrS 1.8 bilhão para CrS 3.5 bilhões echegam, em 1988, a CrS 3,8 bilhões. Ogrande instrumento de distribuição dessebolo maior de dinheiro foi a SEAC (Se-cretaria Especial de Assuntos Comunitá-rios). Sob o comando de Anibal Teixeira,a Seac virou o quartel general da troca defavores pela aprovação, no Congresso,de cinco anos de mandato para JoséSarney. Em 1989, as verbas murcharampara CrS 468 milhões.

Abundância — O governo, na-quele período de abundância, distribuiuleite; ajudou prefeituras em mutirões decasas populares: salpicou postos de aten-dimento em saúde nos estados, mas osindicadores de saneamento da PNAD(pesquisa nacional por amostra domici-liar) permaneciam baixos: aumentavamas doenças. Até os SUDS (sistemas unifi-cados c descentralizados de saúde), agoratransformados cm SUS pela reforma ad-ministrativa, que representaram umatentativa de racionalizar o serviço desaúde no pais, cairam nas disputas políti-cas regionais.

Na educação, na linguagem dos ava-liadores do programa, "desbaratamen-to" foi total. Os professores, mais bemorganizados, conseguiram aumentos sa-lariais que provocaram o crescimento dafolha. O programa da merenda escolarpassou a engolir 60% das verbas federaispara a educação básica e entrou na mirados críticos da centralização: estudantes

do sertão nordestino recusavam os for-mulados de sopa de soja e exigiam xerém(papa de milho) com carne de bode. Em1989. o então diretor da Fundação deAssistência ao Estudante (FAE), respon-sável pela merenda, admitiu descentrali-zar e foi ameaçado de demissão: o lobbydas empresas de alimentação não abriamão do mercado cativo.

Brasil Novo — Os ministros daeducação do governo Sarney quiseramdeixar sua marca nas escolas técnicas deensino rural. No meio da atabalhoadaexecução de três programas financiadospelo Banco Mundial (BIRD) - Edurural,Monhagara e Edutec - o PFL deixou, nasua incursão no ministério, gestões dossenadores Marco Maciel (PE) e JorgeBornhausen (SC), o PROTEC. Com ver-bas orçamentárias nacionais o projetodotaria o Brasil de mais 200 EscolasTécnicas. Os relatórios mostram que al-gumas foram construídas, mas as análi-ses da política educacional as incluem norol do clientelismo: 21% do programaestavam concentrados Sul, principalmen-te em Santa Catarina.

O presidente Fernando Collor iniciouseu governo lançando programas quenão entusiasmaram os técnicos de plane-jamento. A alfabetização de adultos, porexemplo, há muito abandonou as preo-cupações do setor educacional, que pre-fere secar as fontes do analfabetismo - odéficit escolar e a formação c remunera-ção dos professores de ensino básico. Oaproveitamento de vagas ociosas no ensi-no superior anunciado pelo ministro daEducação pode multiplicar os de cursosde baixa qualidade.

A implantação definitiva dos SUSdeve esperar a nomeação dos secretáriosde Saúde dos próximos governos. Naavaliação do professor Divonzir Guzzo,do IPEA, os gastos sociais serão reduzi-dos neste ano, tanto pelo declínio dareceita como pela própria determinaçãoem cortar gastos. "Mas é preciso esperaro Plano Plurianual que está para sersubmetido ao Congresso", diz.

O Programa de Apoio ao PequenoAgricultor, dirigido especificamente parao Nordeste, prevê investimentos de USS2 bilhões 534 milhões em oito anos. Aprimeira etapa vence em 1993 e deveatender 600 mil famílias de pequenosagricultores, em 860 municípios que ocu-pam área de I milhão 419 quilômetros.

Mais da metade dos recursos (59,2%)vem do governo federal. Os outros40,8% se originam de empréstimos con-traidos junto ao Banco Mundial. Só esteano, porém, os 5.450 técnicos do progra-ma têm motivos para comemoração. Aocontrário do que acontecia anteriormen-te, quando o Brasil sempre atrasava acontrapartida em cruzados exigida paraa liberação de dólares, a verba já começaa sair casada, ou seja, simultaneamenteem dólares e cruzeiros. Assim o Brasil selivra de pagar as comissões de compro-misso (multas pela não utilização do di-nheiro contratado), o que vinha ocorren-do sistematicamente desde 1985.

As casadas permitem maior agilidade,mas ainda não se chegou ao ideal. De-corridos seis meses do ano, a Sudene —que administra o PÀPP — recebeu atéagora apenas 7,8% da verba previstapara 1990. O programa, pelo menos, éum dos poucos que não se submete aoclientelismo político. As obras são indi-cadas pelas associações de moradoresoficializadas e incluem chafarizes, poços,irrigação, hortas e casas de farinha.

Em seu favor o PAPP contabilizaalguns sucessos. Múcio Wanderlei, técni-co da Sudene e um dos diretores doprograma, aponta como exemplo o abas-lecimento de água nos sitios. Em cincoanos, prevê, será possível alcançar a metaestipulada para oito anos. Os projetos deextensão rural também são bem-sucedi-dos e já atingiram 54% da meta. E osprogramas de apoio a pequenas comuni-dades já alcançaram 95% do público-al-vo. "Diante da escassez de recursos, issojá seria um bom motivo para comemo-rar". afirma o técnico.

Barbosa acha que PA PP estimula organização sindical

Do outro lado estão os fracassos,como é o caso da irrigação pública, queenvolve desapropriação de terras e atéagora só cumpriu 20% de seus objetivos.O crédito de investimento rural, funda-mental para os agricultores, não chegoua 14% do previsto para a primeira etapado PAPP. "O mercado financeiro estavatão desorganizado que os agricultores

tinham até medo de passar na porta deum banco", explica Wanderlei.

Para Francisco Chagas Barbosa, 41anos e cinco filhos, presidente do Sindi-cato dos Trabalhadores Rurais de Bar-ras, no Piauí, o PAPP tem um méritomaior — motivar a organização dos tra-balhadores rurais. "Foi depois do PAPPque a gente começou a se reunir paradiscutir nossos direitos", coma.

pelo caminhoBRASÍLIA — Por causa de ques-

tõezinhas burocráticas, os pequenos-agricultores do Nordeste não tiveram!acesso aos USS 3,5 milhões a eles'destinados no ano passado pelo Ban-co Mundial. Os dólares do Programade Apoio ao Pequeno Produtor Rural'(PAPP) foram enviados ao Banco'Central, mas não chegaram a ser re-passados aos bancos encarregadosdos financiamentos aos agricultores.O dinheiro ficou parado em Brasília àespera de providências burocráticas'que não vieram ou foram tomadascom atraso. Uma dessas providên-.cias, a nova regulamentação do crédi-to rural do PAPP, somente foi insti-*tuída quando faltavam nove dias'para o término do ano.

Além dos agricultores terem per-dido os financiamentos a juros bai-xos, o governo ainda foi obrigado apagar ao Banco Mundial uma multade quase USS 30 mil pela não utiliza-ção dos recursos. Esta foi apenasuma das estarrecedoras distorções ve-rificadas na execução do PAPP, pro-grama criado em 1985 com a preten-são de reverter o cenário de pobreza,do Nordeste. Amarihã, uma equipedo Banco Mundial se reúne com re-presentantes do governo em Brasília,para discutir os entraves que vêmprejudicando o programa.

Aberrações — Cinco anos apósseu lançamento, o PAPP já entroupara o folclore das aberrações da bu-rocracia. Com projetos específicos nasáreas de ação fundiária, recursos hídri-cos, pesquisa agrícola, extensão e cré-dito rurais, comercialização e apoio apequenas comunidades, o programavisava melhorar a vida de pelo menos600 mil famílias de pequenos agrieul-tores de 10 estados brasileiros — novedo Nordeste e Minas Gerais — sob aadministração da Sudene. Outro obje-tivo do PAPP era centralizar os proje-tos de apoio aos pequenos produtoresnordestinos. Por isso, simultaneamenteà sua criação, o então presidente Sar-ney extingiu os programas com objeti-vos semelhantes, como o Polonordes-te, Procanor, Projeto Sertanejo eProhidro.

Algum tempo depois, entretanto,o mesmo presidente Sarney aprovoua criação de novos programas sfmila-res ao PAPP. O Programa São Vicen-te, por exemplo, é semelhante ao pro-jeto do PAPP de Apoio às PequenasComunidades Rurais, enquanto o;Projeto Padre Cícero tem o mesmopropósito do projeto de Recursos Hí:dricos do PAPP. O principal adversa-rio do PAPP, porém, foi a falta deagilidade e competência dos organís-mos encarregados de sua execução.Dos USS 927 milhões colocados peloBanco Mundial à disposição do pro-grama, apenas USS 202,3 milhões ha-viam sido utilizados de 1985 até ofinal do ano passado.

Espanto — O secretário do De:senvolvimento Regional, Egberto Pe-reira, ficou estarrecido com a nãoutilização desta imensa quantidadede recursos, principalmente por setratar da região mais carente do país.Uma das primeira decisões do secre-tário foi destravar a burocracia queimpedia a saída dos dólares de Brasí-lia. De 16 de março até o final dtímaio foram aplicados CrS 713,7 nii-lhões provenientes do Banco Mun-dial nos diversos projetos do PAPP— cinco vezes mais do que havia sidoaplicado de Io de janeiro até o dia 15de março. . ,

A expectativa de Egberto é que. oPAPP ganhará novo impulso após areunião de amanhã com a missão doBanco Mundial. Na reunião, será fei-ta uma dura avaliação do que foiexecutado dentro dos planos traçadospelo Banco Mundial. A história doPAPP, contada pelo Banco Mundial,repete a conhecida saga de descami-nhos e enganos dos programas a car-go do setor público, a começar pelo"suprimento atrasado e inadequadode fundos federais". Há uma grandequantidade de funcionários nas coor-denações estaduais do programa,aponta o relatório, mas o pessoal édespreparado e trabalha sem motiva-ção.

Ainda de acordo com a avaliaçãodo Banco Mundial, cerca de 30% doçsistemas de abastecimento de água jáconstruídos não funcionam por faltade manutenção adequada. O projetode expansão e pesquisas agrícolas foiprejudicado pela interferência de for:ças políticas e piorou ainda mais noano passado com a extinção da Em-brater e a suspensão dos financia-mentos federais para as atividades depesquisa.

A maioria das atividades florestaisdo PAPP, que incluíam a produção edistribuição de mudas de plantas pa»ra a silvicultura, simplesmente nãosaiu do papel. De todos os projetosdesenvolvidos pelo PAPP, o que estáindo melhor, segundo o Banco Mun:dial, é o de produção e distribuiçãode filhotes de truta. Mesmo assim,com eficiência duvidosa, ressalta orelatório, porque os filhotes são dis-tribuídos a preços subsidiados.

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Gotciras, tetos, vidros c carteirasquebradas mantém fora de usocerca de 35% das escolasbrasileiras.

Em Teresina, entre os 1200servidores da Universidade Federaldo Recife, exitem, só no setor decoordenação dc ComunicaçãoSocial, 18 jornalistas, númeroequivalente ao quadro de repórteresdos jornais locais. Apesar disso,nenhum boletim de notícias éproduzido na Universidade. Asnoticias são divulgadas numjornalzinho feito pelos própriosestudantes.

Quando era secretário daFazenda do Estado do Rio, CésarMaia descobriu que o Banerj tinhaum serviço de manutenção commais de 100 pessoas. Mandoususpender o contrato, opagamento, a firma e amanutenção. Até hoje ninguémnotou.

O Dnos — DepartamentoNacional dc Obras c Saneamento— construiu em abril do anopassado, cm Limoeiro do Norte, a129 km dc Fortaleza, uma pista dcpouso dc 1.400 metros de asfalto,capa/, dc receber ate Boeings. Apista dá acesso ao projeto dcirrigação Jaguaribc-Apodi. que estácom 20% dc capacidade ociosa cUS10 milhões dc dividas. Hoje. apista custaria CrS 26 milhões,suficientes para asfaltas deiquilômetros de avenidas.

O cálculo c do economistaEdmar Bucha: o governo gasta comum universitário — cm geral filhodc família com posse — o mesmoque gasta com 18 estudantesprimários ou secundários.

l:m São Paulo, o custo indiretodc um aluno representa apenas 7%do custo direto. No Piaui, chega a70% do custo direto. Custo direto csala dc aula. professor, carteira,livro, caderno. O indireto éburocracia, funcionários fantasmas,etc.

O governo destinou Cz$ 300milhões, em dezembro de 1987,para combater a epidemia dedengue, no Rio dc Janeiro — queentre 1986 e 1987atingiu mais de60 mil pessoas. A SecretariaEstadual de Saúde contratou 2.200guardas sanitários e comproucarros c fumaccs. O dinheiroacabou em setembro de 1988, comtodo o pessoal dispensado c omaterial encostado.

O diretor do Banco do Mundialpara a America Latina se recusou afinanciar novos projetos no Brasil.Segundo o deputado César Maia,que buscou recursos externos paraprogramas sociais no Rio. o diretordo banco disse: "Não financiamosmais ncliuma obra no Brasil. Jáfinanciamos escolas, postos dcsaúde, hospitais e muito mais cnada funciona. Agora queremosdar dinheiro para que tudo issofuncione".

No escritório do Incra —Instituto Nacional dc Colonizaçãoe Reforma Agrária —, cmFlorianópolis, estão lotados 104servidores, mas /1 deles sãoprocuradores do orgáo, mais de10% do total. Justamente com osmais altos vencimentos. Na últimaquinta-feira, o ministro daAgricultura, Antônio Cabrera,assinou portaria colocando 38funcionários do Incra cmdisponibilidade, e ainda, serápossível abrir dois novos escritóriosno estado.

Do total de 1.500 funcionáriosda CSN (Companhia SiderúrgicaNacional), um terço pertencem aárea administrativa. A constataçãofoi dos mineiros da empresa, emlicença remunerada ha 45 dias eocupando as instalações da CSN nosul catarinense. "Trabalhamos

parasustentar esse pessoal. Nãoprecisamos nem de 100funcionários para esse setor",reclama o presidente do sindicatodos mineiros de Criciúma.

A Legião Brasileira deAssistência, que apoia praticamentetodas as creches do Brasil, nãotemconhecimento de quanto custasustentar uma creche.

DUVIDAS

SOBRE

ASSINATURAS?

32 ? 1° caderno ? domingo, 24/6/90 Especial JORNAL DO BRASIL

Tudo pelo

social, inclusive esbanjamento

¦ Economistãs concordâm cm que o país não sabe quanto gasta, só sabe que gasta muito

Todos concordam. O Brasil, um paiscom evidentes discrcpâncias sociais, gas-ta muito dinheiro cm programas eomu-nitários, mas, por mau gerenciamento,não sabe nem onde nem quanto investe.Compartilham desse pensamento econo-mistas de linhas ideológicas distintas, co-mo Mário Henrique Simonscn, CésarMaia, Edmar Bacha e Carlos Lessa. Eexemplos para ilustrar o desperdício deverbas c que não faltam para esses nomesque um dia estiveram exercendo cargosno governo."A área esquecida da vida brasileira éa social. O social é o território do atra-so". Esse pensamento do economistaCarlos Lessa, diretor no governo Sarneydo BNDES (Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social), grandefinanciador de programas sociais, refletea distância entre a prática c a teoria nodesenvolvimento de políticas sociais noBrasil, principalmente nas áreas de saúdee educação.

Centralização — Edmar Bacha,economista que entre I9S5 e 1986 presi-diu o Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística (IBGE), considera que "omau gerenciamento dos programas so-ciais dá margem a desvios c desperdi-çios". Ele aponta como causador a cen-tralização e a falta de transparência naadministração dos recursos públicos.

Para o deputado federal do PD T Cé-sar Maia. ex-secretário de Fazenda doRio de Janeiro no governo de LeonelBrizola. a falta de estrutura administrati-va profissional, doutrina, lógica de ges-tão e de carreira prejudicam qualquer

plano de governo. "Quando termina ummandato acaba, junto, todo o governo",diz o economista. Ele destaca também aimpunidade.

O ministro do Planejamento do presi-dente Ernesto Geisel, Mário HenriqueSimonsen, não concorda que coloquemem um mesmo nível os problemas daeducação, saúde e previdência social. Aincoerência econômica, segundo ele, éprejudicial para a educação. "Boa partedo ensino primário e secundário c pago.enquanto que o universitário é pratica-mente gratuito. Os recursos que faltamao ensino primário e secundário, ondeestudam pessoas de baixa renda, acabamsubsidiando o ensino universitário". Nusaúde, Simonsen indica dois pontos criti-cos: ao invés de incentivar a medicinapreventiva, que é mais baratrf, o Brasilinveste na cura das doenças e na falta depostos dc saúde, que, com uma triagemnos doentes, resolveriam em 90% as filasdo Inamps.

Exemplos — A lista de exemplosde dispcrdícios de dinheiro citados peloseconomistas é longa e uma mais espanto-sa que a outra. Bacha cita um levanta-inento do Banco Mundial, cm 1986, queestimou que apenas 16% das famíliasbrasileiras ganham mais dc dez saláriosmínimos por mês. Justamente essa falia èatingida com 34% dos benefícios sociais.Na outra ponta, os 41% mais pobres —que sobrevivem com menos de 2,5 salá-rios mínimos — recebem apenas 20%provento público.

Uma pequena história contada porCésar Maia demonstra a incapacidade

do poder público cm ser competente. Opersonagem é um soldado que vigiavaum banco de praça. Um dia, seu capitãoquestionou sua função c precisou pesqui-sar muito para descobrir que o soldadofora escalado para vigiar um banco queacabara de ser pintado para evitar quealguém sentasse antes da tinta secar. Nomesmo dia. foi trocado o comando enunca mais o soldado saiu dali.

O exemplo de Simonsen está relaciona-do ao lnan (Programa Nacional de Ali-mentação c Alimentação). Segundo o ex-ministro, que não sabe qual c a situaçãodo programa atualmente, o lnan não con-seguia encontrar nutricionistas com práti-ca gerencial, nem gerentes com práticasnutricionistas. Fizeram primeiro o progra-ma sem saber se havia material humano.

Lessa, por sua vez, exemplifica como odinheiro público é gasto sem retorno socialno financiamento que o BNDES concedeupara a construção de mil postos de saúdepelo Ministério da Sáude. A idéia eraresolver, com essa rede primária, 80% dosproblemas que levam as pessoas ao hospi-tal. "Antes dc continuar investindo mais,resolvi ver os resultados de tanto financia-mento e pedi ao Ministério da Sáude alista dos novos postos, com endereço, parauma pesquisa do IBGE. Como o ministé-rio não tinha os endereços, pedi então ásSecretarias dc Saúde. Dez meses depois,tínhamos 600 endereços. E quando chega-ram as fotos pudemos ler, nas placas deinauguração, datas como 1972, 1975, eassim por diante. Descobrimos tambémque 80% do pessoal dos postos não ti-nham formação medica".

Custódio Coimbra - 11/5/86

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Brasil destina milhões de dólares aos programas sociais mas não resolve nada

? Em Aracaju, descobriu-se queuma creche recebe mensalmenteCrS 1.2 milhão para atendera 600crianças c só presta assistência a300. Outra crcclic. visitada pelosuperintendente da LBA. abrigava96 crianças c estava recebendo por240 matrículas. Outra descoberta:algumas associações de moradorese sociedade bcneficientes recebemquatro vezes pelo mesmo serviço,porque firmam convênios aomesmo tempo com a LBA, o Bancodo Brasil, o governo do Estado c aPrefeitura.

LIGUE

ASSINANTE:

? A Sudene — Superintendência dcDesenvolvimento do Nordeste— temnada menos que 89 procuradores,ganhando cm média CrS 240 mil pormês, com direito a horário flexível. Nalista de corte, a Sudene colocou emdisponibilidade 588 servidores, dosquais 33 eram procuradores, que vãopara casa recebendo em média CrS 170mil. Restam ainda 56 procuradores,embora o próprio governo federalreconheça a necessidade dc apenas 28.

Nada como viver num país rico

? Colaboraram nestaedição Clóvis Marques,Eduardo Marini, GabriclaMáximo, luri Totti, JoséRoberto de Alencar. ReginaZappa, Sérgio Adeodato,Simone Lima e Xico Vargas(Rio), Mário Rosa, RicardoMiranda Filho, RosângelaBittar e Teodomiro Braga(Brasília), Márcio Chucr(São Paulo), Antônio José(Belém), Lcticia Lins(Barras, PI), Cinthia Lages(Tcrezina), Yvana Fechcine(Recife), Waldomiro Júnior(Salvador), Adiberto deSouza (Aracajuj, FlaminioAraripe (Belo Horizonte) cCarlos Stegemann(Florianópolis).

Carro e MotoParada obrigatória no JB.

H

D F i

Rio de Janeiro, 24 de junho de 1990 — Ano I N° 51 Nâo pode ser vendido separadamente

JORNAL DO BRASIL

V 1 / •

Idéias

Sumário

O fechamento

das galerias de

arte pode ser

um golpemortal para a

arte brasileira

Por Ligia

Canongia(Página 3)

Há um elo

trágico entre a

vida e a obra

de Euclides da

Cunha e a

Nação

PorLamartine P.

Costa(Página 7)

As igrejas

tradicionais

deixaram de

seduzir os fiéis

e estão

perdendoterreno para os

evangélicos

Por Maria

Clara Bingemer(Página 9)

Com Collor,

podemos estar

assistindo ao

ocaso das'presidências

imperiais'

Por Luiz

Werneck Vianna

(Página 10)

PARA

ENTENDER

ACENA

AMERICANA

Se os Estados

Unidos quiserem voltar

a ocupar espaço no

mundo capitalista

devem voltar à

produção e à

competitividade

¦ Por Lester Thurow

(Página 4)

Hio OB Janeiro, ct ub juiiiiu uh issu — «num ai

Paulo Mendes Campos

Didi, coisa mental

Da

V i n c imudou aótica esté-tica ao di-zer que

pintura é coisamental. Didi,mais que nin-guém, introdu-ziu no futebol opoder da inteli-gência. Não foium espontâneo,um inspirado,um romântico;foi o cerebral, oracionalista, oclássico.(...)

Antes da Co- l' •-*:

pa de 1958, per- ^guntei-lhe qual

"

era a dificuldadeprincipal do jo-gador brasileiro na Europa.Respondeu-me que era a can-cha pesada: os gramados de lásão espessos e os terrenos es-tão quase sempre úmidos; de-pois de 20 minutos, nossa mo-çada ficava sem perna.Pedi-lhe o remédio. Era sim-pies: encharcar bastante ocampo fofo do Bangu e reali-zar ali os treinos da seleção.Transmiti pelo jornal o reca-do; mas a comissão técnicanão tomou conhecimento dele.Nossos dirigentes não topampalpites de meros atletas.

De volta da Suécia, Didicontou-me o que se passou navéspera da partida decisiva.Chovia durante a noite, e ele

P i hi "ll1 mill11 ''I'1"1 III I1 I'l 1 ||

não conseguia dormir, temen-do, mais que tudo, a canchapesada. Acordou nervoso ecansado, mas decidido a trans-mitir uma impressão de calmae confiança aos jogadores me-nos experientes. E teve a felizsurpresa de saber que os amá-veis suecos haviam estendidopedaços de lona sobre o gra-mado.

Perguntei-lhe: Que disse vo-cê aos jogadores, quando apa-nhou a bola no fundo das re-des e veio andando sem pressa,depois que os suecos fizeram,no início, aquele primeiro gol?— Disse: não é nada, minhagente, nós vamos encher essesgringos.

IdéiasENSAIOS

Editor: José Castello/Editor-assistente: Wilson CoutinhoDiagramador: Antoninho de Paula/ Redator: Ney Reis/Capa: Liberati

Colaboram nesta edição:

B Ligia Canongia, curadora ecritica de arte

Lester Thurow, economista,reitor da Escola Sloan deAdministração, do MIT,autor de The Zero-SumSociety. Este artigo foipublicado originalmentecomo reportagem na revistaThe Atlantic Monthly.

Lamartine P. Costa, doutor

em Filosofia, professor daUFRJ.

Maria Clara Bingemer,doutora em teologia pelaPontificia UniversidadeGregoriana, de Roma

Luiz Wernecb Vianna,cientista social, professor doIuperj

Sérgio Sá Leitão, repórterda Editoria de Política doJORNAL DO BRASIL

BarnabéParasita, pobre diabo, jesuíta ou

revolucionário. Estas são algumas de-finições dadas ao funcionário públicobrasileiro, mais conhecido como bar-nabé, segundo pesquisa de BárbaraHeliodora França, autora da disserta-ção Barnabé — consciência política dopequeno funcionário público, defendidano Departamento de Ciências Sociaisda USP. Bárbara Heliodora levantouas características pessoais, universocultural, formas de mobilização e ten-dências políticas dos barnabês do Riode Janeiro e Niterói para revelar quemé, o que pensa e como vive esse funcio-nário "relegado ao limbo das indefini-ções sociológicas".Vagas

Para conseguir uma das 4.170 vagasoferecidas pela Universidade EstadualPaulista (Unesp), o vestibulando teráque abusar do raciocínio e engavetar amemória que privilegia datas, núme-ros e fórmulas. O aviso aos candidatosestá sendo dado pelos próprios direto-res da Fundação para o Vestibular daUnesp, empenhados em preparar exa-mes que comprovem a habilidade e oraciocínio do estudante. Segundo osdiretores da fundação, no próximoano a Unesp quercolocar em seusbancos apenas alu-nos que possuam es-pírito crítico, capa-zes de articularidéias e, principal-mente, de com-preendê-las.A nti-semitismo

Hans JoachimDunker (cônsul-ge-ral da Alemanha),Henri Vignal (côn-sul-geral da França)

o jornalista Ales-sandro Porro parti-cipam, nesta quinta-feira, às 21h, da me-sa redonda 1990Racismo/ Anti-semi-tismo: tremores defim de século?, pro-movida pela Asso-ciação Rligiosa Is-raelita e Centro deCultura JudaicoBrasileiro. (Rua General Severiano,170). Informações: 295-6444.Prêmio

A Universidade Federal de Viçosa(UFV), através de seu Departamentode Engenharia Florestal, foi uma dasduas instituições universitárias em to-do o mundo agraciadas com um prê-mio concedido pela Sociedade Ameri-cana de Fotogrametria eSensoriamento Remoto: o 1990 AsprsInternational Educational LiteratureAward. O prêmio foi entregue na cida-de de Denver, Colorado (EUA) du-rante convenção anual da entidade.Há 15 anos a UFV desenvolve ativida-des na área de sensoriamento remoto.Parapsicologia

Convidada pela Universidade Fede-

José Murilo Carvalho

Cem diasO Instituto Universitário de

Pesquisas do Rio de Janeiro pro-move dia 29 o seminário A valiaçãodos 100 dias de Governo Collor,com a participação de José Murilode Carvalho, Renato Boschi, LuizWerneck Vianna e outros. Infor-mações: 286-0996.

ral do Rio Grande do Sul, a parapsi-cóloga Barbara Ivanova, da Academiade Ciências da Universidade Soviética,participa, dia 26, do seminário Parapsicologia dos países socialistas e suasaplicações, quando discutirá as expe-riências realizadas na União Soviéticana área da parapsicologia. O seminá-rio é promovido pelo Departamentode Ensino e Currículo da Faculdadede Educação. Informações: (0536) 27-5131 ramal 95.Campus

Desativados desde o ano passadodepois da extinção do Projeto Ron-don, os campi avançados de Humaitá,no Amazonas, e do Vale do Ribeira,na Região Sul de São Paulo, perten-centes à Universidade Estadual Pau-lista (Unesp), deverão voltar a funcio-nar a partir do próximo semestre. Ofuncionamento só foi posssível depoisda atuação decisiva da Pró-Reitoriade Extensão Universitária e AssuntosComunitários da Unesp, que organi-zou dois alentados programas de estu-dos sócio-econômicos a serem desen-volvidos nas duas regiões.Especial

O Grupo Interdisciplinar de Pesqui-sas e Estudos para Integração das

ações referentes àspessoas portadorasde necessidades es-peciais se reunirádia 2 de julho, às12h30, na Uerj, paratraçar um programaamplo de apoio aosportadores dessescuidados especiais.Informações: 284-8322 ramal 2176.Diversos¦ A Faculdade deFilosofia e Ciênciasda Unesp irá pro-mover nos dias 13 e14 de agosto o semi-nário Filosofia e En-sino da Filosofia,formulado paraprofessores e alunosde curso de filosofia,ciências sociais e pe-dagogia que discuti-rão as diversas con-cepções sobre

filosofia e o ensino da disciplina. ¦Presidente da Associação Internacio-nal Acelerativa e Coordenador do La-boratório de Idiomas da Uerj, o pro-fessor Luiz Machado lançou, nosEstados Unidos, mês passado, duranteo 9o Congresso da Sociedade deAprendizagem Acelerativa o livro Thebrain of the brain — the key to lhemysteries of man. ¦ Até 20 de julhoestarão abertas as inscrições para oMestrado em História do Brasil, Anti-ga e Medieval, no Instituto de Filoso-fia e Ciências Sociais da UFRJ. Infor-mações: Largo de São Francisco, n° 1,sala 203, Rio.

Tina Correia(colaborou na sucursal de São Paulo)

I Idéias/ENSAIOS 2 24/6/9Q ? JORNAL DO BRASIL

CARTAS

Carisma

Na

seção "Recado" de Idéias/Ensaios dodia 10 de junho, o empresário AndréRauschburg afirma, referindo-se ao PlanoCollor, que

"somente uma guerra santaliderada por um herói com determinaçãoresgatará a nação de todos os males".

Ora. segundo Umberto Eco, mesmo umaguerra santa é uma guerra. Além disto, umaguerra tem que ser feita contra alguém,contra um inimigo. Ainda, segundo Eco,quando nossos inimigos são muito fortes épreciso escolher outros, mais fracos Fun-cionános públicos, talvez Mas isto agoranão vem ao caso. Preocupa-me mais a estó-na do "herói".

Será que já não vimos, e por várias vezes,este filme'' Em todas as mitologias aparece afigura do herói carismático que lidera seupovo e ou assume so-bre si as suas culpas,expiando-as com seusacrifício pessoal. É ocaso, por exemplo, dePrometeu.

Para muitos, a His-toria e feita apenas pe-los "grandes homens",os "geniais

guias dospovos" Considerandobem aqueles que amaioria dos livros deHistória aponta comoos "grandes", realmen-te parece que tudo émesmo uma questão deproporção: se você mata alguém, é um ban-dido. se mata milhões, é um "grande líder"Sena certamente o caso de Hitler, se ele nãotivesse tido a infelicidade de perder a guerra.Alias, não foi ele o "líder carismático" quesalvou a Alemanha da maior crise de suahistoria0 Mas de que forma, e a que preço?

Quero deixar claro que não estou dizendoque o presidente Collor tenha tendências na-zi-fascistas. mas apenas alerto contra umaperigosa idéia que surge nos tempos de crise:a de transferir para o Estado, ou pior, paraum homem, as decisões sobre os destinos deuma nação. A mística do herói conduz muitofacilmente ao culto do chefe, e daí ao fanatis-mo. E esse é um dos principais ingredientes detodas as ditaduras que já existiram. Hitler,Vlussolini. Stáhn e Khomeyni que o digam

Lideres sempre foram e serão necessários-iomens e mulheres capazes de decidir criati-

vãmente, e assumir as conseqüências de suasdecisões Aliás, creio que sempre foram osindivíduos, normalmente incompreendidosem seu tempo, que fizeram a humanidadeavançar, muitas vezes à custa de suas pró-5nas vidas. Os grupos e as nações, por suaírópna necessidade de estabilidade e de pre-servação. tendem principalmente a conservaro status quo, e reagem às mudanças.

Mas falava sobre a decisão responsávelcomo característica do líder. Já Dostoievsky,em seu Os Irmãos Karamazo\\ dizia da pro-funda dificuldade do homem em decidir, emescolher responsavelmente seu próprio desti-no, e da conseqüente tentação de entregar adecisão (e a responsabilidade) a alguém, e ir

dormir tranqüilo. Ora. é justamente ai que seestabelece a diferença entre líderes e lideres.

Homens como Jesus, Gandhi ou LutherKing foram líderes que até hoje mobilizammilhões de pessoas. Todos eles aceitaram a 'morte violenta como conseqüência naturalda opção que fizeram. Chegaram a ensinarseus seguidores a aceitar a morte, mas sempreem função de um bem maior, um bem paratodos. Cada um deles enfatizou a dignidadedo homem que assume o seu destino. Aescória citada acima, ao contrário, tinha amorte como valor, soube apenas sepultarmilhões de inocentes sob os escombros deseus delírios megalomaníacos.

Em relação à nossa própria história, ob-servemos: dois homens puxam a espada, gn-tam, e fazem, um, a Independência; outro, a

República. Mas que m-dependência? E que re-pública? Por quem e.principalmente, paraquem, essas coisas fo-ram feitas? Qual foi aparticipação do povobrasileiro nesses even-tos? Só é independenteum povo que conquistaessa independência, ecujo governo adminis-tra a res publica em fun-ção dos reais interessesdo país.

O povo brasileiro de-ve tornar-se agente de

sua própria história, construtor de seu pró-pno destino, sem transferir a quem quer queseja essa responsabilidade, pois, só assim,como diz João Ubaldo Ribeiro, "deixará deexistir um país que em vez de governantestem donos, em vez de povo tem escravos, emvez de orgulho tem vergonha". AlexandreRamos da Silva — TeresópolisSugestão

Sou

Professora de Sociologia na UFF ecostumo utilizar textos do Idéias En-saios como um dos materiais paracomplementar debates, seminários etc.

Há textos bem interessantes e oportunosneste bom veículo que é o Idéias Ensaios etenho o hábito de arquivá-los, incentivan-do os alunos a que façam o mesmo. Poristo, venho sugerir que modifiquem o seuformato: seria difícil imprimi-lo no tama-nho da revista Domingo e em papel umpouco melhor? Aproveito a oportunidadepara sugerir que, a exemplo do Caderno Bde segunda, que tem o espaço "De OlhoNeles", o Ensaios Idéias também destineuma página ou coluna a nomes ainda nãoconsagrados ou sem know-how, mas comcapacidade de reflexões originais; tal de-mocratização e acessibilidade tornaria ojornal ainda mais simpático. Outra"idéia": divulgar com antecipação quais ostemas em pauta para futuras edições, abrin-do oportunidade a quem se habilite a escre-ver sobre os mesmos. Sem mais, torcendopela permanência e pela expansão destaidéia boa que é o Idéias!Ensaios. SeleneCarvalho Herculano — Rio

Hitler foi carismático também

Recado

Mais que

um

grito na

agonia geral

O fechamento de galeriasde arte pode ser mortal

para um sistema tão

pobre como o brasileiro

Ligia Canongia

Salvar-se

virou questão de criatividade. Mas, in-versamente, a "era Dunga"propõe a eficácia oua competência como instâncias que relegam essacriatividade a segundo plano. Na instabilidadede um raciocínio ambíguo, que não chega a

efetivar de todo nem a eficácia nem a criatividade,está todo o sistema cultural do país. E o mercado dearte não poderia fugir à regra. As galerias começam aressentir-se da recessão que inibe a economia demodo geral e, sucessivamente, vão se fechando, ape-sar de qualquer competência ou esforços criativos.Ora, é necessário atentar para a função que galeriasde arte exercem no mundo contemporâneo. Indepen-dente de sua eficácia comercial ou de gosto, as gale-rias são canais de escoamento, vitais para a produçãoartística, e têm papel fundamental no circuito queleva a obra até a sua absorção no mercado ou,simplesmente, até a fruição do espectador interessa-do. Se um espectador habitual de exposições de artevai até Nova York, por exemplo, é certo que seuinteresse não será totalmente esgotado pela progra-mação do Morna (Museu de Arte Moderna), doWhitney e do Guggenheim. Galerias como as de LeoCastelli, Mary Booneou de Barbara Gladstone pode-rào atraí-lo com igual ou até maior interesse queaquele que o leva aos museus. A função da galeriahoje, e isto é de fato um fenônemo internacional, ébem mais ampla do que ser uma simples "loja dequadros". A galeria é lugar de circulação de idéias, detroca de conhecimentos. Se o mercado está afetadono seu suporte comercial e, conseqüentemente, seacha impedido de integrar um sistema cultural que oinclui necessariamente, isso é temível. Sobretudo emum país como o Brasil, onde os museus e as institui-ções públicas pouco ou náda fazem para gerar infor-mações e divulgar a produção artística. O vazio daesfera pública está, ou pelo menos estava, sendosuprido pela esfera privada. No momento em que estatambém opera na precariedade, o impacto de umapossível falência do circuito se torna duplamenteperigoso e deplorável. Não há uma crise de mediocri-dade na arte brasileira, como alguns incautos afirma-ram; e isso pode ser detectado graças ao trabalho dasgalerias; raramente dos museus. O mercado diz res-peito à sobrevida da produção e, portanto, à sobrevi-vencia material do artista. Seu abalo tem ressonânciaspor demais complexas para ser confundido com ummero grito insignificante dentro da agonia geral.

ifQKN&LDO.BRASIL ? >24/6/90 .3 ildéSãs/EN SAIOS

*

Per sonalidade

Em janeiro deste ano, a revistaamericana The Atlantic Monthly,publicou uma extensa eexcepcional reportagem,intitulada O homem com todas as

respostas, feita por Charles C. Mann com amais nova vedete da cátedra dos EstadosUnidos: o economista Lester Thurow, reitorda Escola Sloan de Administração, do MIT, >da qual publicamos aqui, condesados eadaptados, os melhores momentos.

Cabelos louros, testa grande, esportista,casado e pai de dois filhos, autor do best sellerThe Zero-Sum Society, Lester Thurow temsido apontado como o mais adequado

sucessor de John Galbraith, atraindo platéiascom charme, inteligência e paradoxos paraempreender uma árdua cruzada, cujafinalidade é reerguer o capitalismo americano.Para isto, Thurow aponta a arma de umargumento aparentemente banal, emboraesquecido pelos homens de negócio dosEstados Unidos. Abdicando de se dedicar à

produção e à competitividade, o capitalismoamericano purga uma fatal amnésia: a de queele só foi vitorioso quando aliava tecnologia einventividade, campos deixados de lado paraa triunfal presença nesses setores daAlemanha e do Japão.

O sintoma disso é que ao visitar uma; fábrica em Daewoo, na Córeia, Thurow

observou que os coreanos usavam tecnologia

alemã e japonesa, mas nada vindo dosEstados Unidos. "A única coisa americanaaqui sou eu como turista", ironizou. Nascido

em 7 de maio de 1938, em Montana, estadono nordeste dos Estados Unidos, fazendofronteira com o Canadá, filho de um paimetodista, Lester Thurow deseja que o

* capitalismo americano retorne às suas origens

de eficácia, e com livros, artigos, aparições naTV, ele acabou por se tornar uma espécie de"explicador" da cena contemporâneaamericana. Dele dizem: "Se os EstadosUnidos têm um milhão de problemas, LesterThurow tem um milhão de respostas".

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Idéias/ENSAIOS 24/6/90 ? JORNAL DO BRASIL

Lições do

homem de todas

as respostas

í/ma au/a com o economista

americano que tem na

ponta da língua as saídas

para os impasses do EUA

leis antitrustes. porexemplo — podem terfacilitado aos adminis-tradores se tornarem ca-pitalistas. Mas nenhumdesses esforços será obastante, se não foracompanhado por umamudança de coração.

¦ Establishment e

oligarquiaAlguns países têm um

establishment; outrostêm oligarquia. Os Esta-dos Unidos tem ido parafrente e para trás. Ospais fundadores [os po-líticos que fizeram a in-dependência dos Esta-dos Unidos] são umestablisment. As pessoasque governam o país de-pois da 2a Guerra Mun-dial são establishment.Nos anos 20, tivemosuma oligarquia. E eupenso que os historiado- O cassino Taj Mahál de Donald Trump:res vão ver os anos 80 apostando no jogo, e não em empreendimentos seguroscomo uma oligarquiatambém. A questão é: oque seremos nos anos 90? Num lugar como este lições ensinadas. Dentro desse espírito, imagina-gostaríamos de preparar as pessoas que querem se um país que deva uma soma igual a um quintose juntar ao establishment para se oporem às de seu produto nacional bruto; um país que há 30pessoas que querem se juntar às oligarquias. anos é o maior devedor do mundo; um país que| Quando a dívida é um bom negócio tem sua.s comunicações, transportes e indústrias

Os professores de Economia costumam dar farmacêuticas em mãos estrangeiras; um paísexemplos hipotéticos aos seus alunos e fazer-lhes com déficit colossal; um país com uma históriaperguntas construídas especificamente para sa- de altos e baixos na economia; um país queber se as suas conclusões estão de acordo com as outros países, com moeda mais forte, estão com-

Lester Thurow

I 0 mau exemplo de Donald TrumpPara evitar a perda do controle de mercado (e

para evitar que a próxima geração de administra-dores de empresa venham exclusivamente da Eu-ropa ou do Japão), os Estados Unidos têm quefazer mais do que, por exemplo, Donald Trump.Enquanto seu pai, Fred Trump, fez sua fortuna,nos anos 50 e 60, seguindo a regra do velho estilocapitalista: construindo casas para a classe médiano Brooklyn e em Queens, Donald acabou des-cobrindo que havia mais fortuna à sua espera,nos anos 70 e 80, na exploração do jogo e namanipulação do mercado de ações.

Estranhamente a nova elite do mundo dosnegócios tem sido desviada por um velho amigo:o lucro acima de tudo. A maximização dos lucrosnão tem levado à maximalização da produção.Uma série de mudanças nas regras do jogo — as

prando a preço cada vez mais alto. Um paíscomo este será encarado pelas gerações do futurocomo um lugar onde prevalecerão as sólidas — ejá fora de moda — virtudes da poupança e doinvestimento?

Este país descrito são os Estados Unidos de1914. Naquele ano os Estados Unidos deviammais de USS 7 bilhões a outros países. O totalpode ser risível em termos de agora, mas em 1914um bilhão de dólares era um hilhão de dólares,soma de arregalar os olhos numa nação onde aprodução de bens e serviços era de apenas USS36 bilhões. Essa dívida era considerada uitrajan-te. principalmente em relação aos ingleses, nos-sos maiores credores, os quais alguns americanossupunham estar recuperando através das finan-ças o que haviam perdido na guerra. "É a essacobiça cruel e brutal, essa gula impiedosa, essepolvo de além-mar, que estamos subjugandonossas famílias" bradou um populista de Kan-sas. "Não o permitamos. Céus! Será que não hávoz, humana ou divina,que possa despertar opovo americano para osenso de perigo?"

Na verdade, esse po-pulista estava errado. Asimples existência deuma dívida externa nãosignifica nada. Reduzi-do ao básico, o débitototal dos Estados Uni-dos era a diferença entreo que os estrangeiros de-viam aos americanos e oque os americanos de-viam aos estrangeiros.Alemães adquiriam bô-nus do Tesouro dos Es-tados Unidos, árabesdepositavam dólares embancos de Nova Iorque,japoneses compravamfazendas em Montana— tudo isso era jogadona coluna deve do livro-caixa pelo simples moti-vo de envolver a pro-messa do povo destepaís de que outros paísesreceberiam alguma coisado que lhes eram devi-do Os exatos caminhosque tais transações per-corriam eram geralmen-te complicados, mas elessempre terminavam comos estrangeiros dandoaos americanos algo de valor — em geral dinhei-ro — e os americanos retribuindo com um "devoe não nego". Quando os alemães compravam osbônus, os Estados Unidos tomavam o seu dinhei-ro-emprestado com a promessa de pagar-lhescom juro. Quando os árabes depositavam dinhei-ro em bancos americanos, estes também estavamtomando dinheiro emprestado para pagar comjuros. Bens imóveis também entram como débitopor razões de contabilidade. Ou seja, quando umjaponês compra uma fazenda, não pode levá-lapara casa com ele, de modo que, num certosentido, este país ficava-lhe devendo a fazenda.Naturalmente, todas essas dívidas tinham de serpagas Um estrangeiro para com quem tivésse-mos um "devo e não nego", de USS 100, tinhanas mãos uma hipoteca nossa de USS 100. Nãohá nada de errado com a hipoteca em si. Comodiz o historiador econômico Mira Wilkins em suadetalhada Hisiory of foreign investiment in lhe

United States to 1914, a maior parte do quepedimos emprestado de outros países na viradado século foi empregado na construção do siste-ma ferroviário americano. Isso baixou o custo dotransporte e permitiu às empresas acesso a mer-cados maiores. O que, em troca, ajudou a indús-tria do país a crescer. E o que, por fim, aumentouo produto nacional bruto o bastante para pagaras dívidas sem muito sacrifício. Pesando tudo,segundo Wilkins, os Estados Unidos ficou me-lhor por ter-se endividado. Precisávamos do di-nheiro de nações estrangeiras para construir nos-so próprio país.¦ Quando os americanos deixam de sercompetitivos

Os professores de Economia geralmente pe-dem aos seus alunos para formularem idéias apartir de exemplos reais. Dentro desse espírito,examine-se a noção generalizada de que os Esta-dos Unidos estão perdendo terreno porque seus

A evasão escolar nos Estados Unidos é de 30%.Thurow resolveria o problema em 17 segundos

concidadãos já se esqueceram de como trabalhar.Será verdade? Considere-se a indústria america-na de roupas. De chapéu na mão, os industriaisdo setor vivem implorando ao Congresso maisimpostos e taxas de importação, o que acabaobrigando o americano a pagar mais caro porsuas roupas; de outra forma, a indústria serávitima dos menores salários e das regras maisprecárias de segurança que imperam no TerceiroMundo. Alguns economistas acham que é impôs-sível salvar essa indústria, porque os operáriosamericanos simplesmente não trabalham porpreço competitivo. O certo é deixá-lo extingüir-senaturalmente ou, no máximo, protegê-la commedidas temporárias até que as fábricas sejamfechadas e a indústria saia de cena. Partindodesse exemplo acima, pode uma indústria deroupas desenvolver-se num país industrializadoque tenha preços mais baixos, sindicatos maisfortes, férias mais longas e salários mais altos queos dos Estados Unidos?

Sim. E o exemplo vem da Alemanha Ociden-tal, que é um dos maiores exportadores de roupado mundo. E tem lutado mais por preços e im-postos do que qualquer país da Europa ociden-tal. Mesmo pelos padrões americanos, os sindi-catos de lá são fortíssimos. A indústria de roupaalemã paga salários mais altos, garante pelo me-nos três semanas de férias por ano, assistênciamédica e presença do sindicato em todos osaspectos da produção, da demissão de operáriosà organização dos turnos de trabalho. Apesar oupor causa dessas coisas, a indústria produz rou-pas de uma qualidade e de um bom gosto que nãopodem ser obtidos em países pobres. Mais im-portante: eles vendem essas roupas.I 0 buraco do déficit americano

Sabe-se que é mais caro investir nos EstadosUnidos do que na Europa ou no Japão, emboranúmeros exatos sejam difícies de obter. Os invés-timentos na América, além de iudo. tiveram umgrande obstáculo no déficit federal, principal

mente o acumulado naera Reagan. O principalproblema para o déficité que força o governo alevantar dinheiro atra-vés de ações. Estas açõestiram do mercado opouco dinheiro disponí-vel, o que deixa as em-presas, os negócios, bri-gando pelas sobras.Com isso. o preço do di-nheiro sobe, o que signi-fica dizer que quem qui-ser levantar dinheiropara abrir uma nova fá-brica nos Estados Uni-dos vai pagar mais donum país de déficit me-nor. Se houve um anopara se iniciar o proces-so de equilíbrio das fi-nanças federais, este anofoi 1989, já que 1990 éum ano eleitoral e 1992 éa corrida para a próxi-ma eleição presidencial.Se havia um ano-chave,era mesmo 1989, masnão fizemos o mínimoprogresso.

De acordo com algu-mas estimativas, o défi-cit no ano passado erade USS 161 bilhões, USS89 bilhões acima da me-ta Gramm-Rudman.

Um grande problema. Mas não perda de dinhei-ro em termos da economia americana. Um au-mento relativamente pequeno de impostos pode-ria resolver o problema do déficit sem afetar opadrão de vida americano. Este é o caso que oestablishment deve agir e dizer ao povo america-no por que os impostos devem subir e por que asdespesas devem baixar. Sou um democrata, masmesmo o mais intransigente Republicano con-cordaria com isso. Mas o que temos é um presi-dente abdicando inteiramente de sua responsabi-lidade de educar o povo. Meu Deus! Se nãopodemos resolver problemas simples — e o défi-cit é um problema simples — o que faremos comos difícies, como a educação?

¦ Como melhorar a educação americanaCada país tem problemas que, encarados por

seus habitantes como insolúveis, não parecemtão difícies aos olhos de outro país. No Japão,

JORNAL DO BRASIL ? 24/6/90 5 Idéias/ENSAIOS

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Os Ford eram empresarios que investiam em tecnologia.•_ J.7 . J_ •____...

por exemplo, temos ocaso da moradia. Umdos países mais ricos domundo com um povomorando em casebres. Ecasebres caros! Mais in-crível ainda é que, ape-sar da crise de moradia,um décimo da Prefeiturade Tóquio ainda é de fa-zendas. O problema nãoestá na densidade demo-gráfica do Japão. A Ho-landa tem uma densida-de demográfica maiorque a do Japão e os ho-landeses vivem em belascasas. Pequenas, é ver-dade, para os padrõesamericanos, mas ótimas.Você pergunta aos japo-neses qual é o problemae eles vem com a ladaí-nha sobre o preço do ar-roz, pouca terra paraplantar e assim pordiante — e eles jogam amão para o céu. Poisbem, um americano quefosse lá diria: "Mas issoé loucura. Por que nãovendem as fazendas?Afinal de contas, já nãotemos fazenda em Ma-nhattan". O mesmo se pode dizer sobre a educa-ção nos Estados Unidos. Temos uma evasãoescolar da ordem de 30%. Ninguém, no mundodesenvolvido, tem evasão tão grande. Mas váfalar sobre educação com as pessoas daqui...Elascomeçarão a discorrer sobre as 15 mil escolas dolugar, sindicatos intransigentes, controle da na-talidade — e jogarão aos mãos para o céu. Vocêsabe o que um coreano faria? Viria aqui e diria:"Feche as escolas por uma semana em fevereiroe, nessa semana, submeta todo aluno de ginásio aum exame difícil. Explique a eles que, se nãopassarem, não terão terão chances de ir para afaculdade. É isso que fazem na Coréia, onde oíndice de evasão é de talvez meio por cento.Quanto tempo é necessário para colocar este

Ford eram empresários que investiam em tecnologia.Aqui o modelo de mais um novo carro

plano em ação? Cerca de 17 segundos! E estariaresolvida a nossa crise de ensino.

¦ Uma crítica às escolas de AdministraçãoPor se concentrarem em finanças, essas escolas

têm produzido especialistas em finanças, quandona verdade o que precisamos é de uma geração deespecialistas em aplicação prática de tecnologia.A indústria americana do aço acabou há vinteanos por causa de especialistas em finanças quelevaram muito tempo para avaliar a importânciade novos fornos de oxigênio e do processo defundição contínua. Os empresários acabaramtendo altas despesas para reaparelhar suas fábri-cas. Tenho esperanças de que meus alunos noInstituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT)saberão resolver esta questão de produção-tec-

nologia. Tão importantequanto isso é incluí-losnuma nova realidade docapitalismo. Os capita-listas, penso eu, sãoconstrutores de império,que estão criando imen-sas empresas cujos desti-nos estão inseparável-mente ligados à suacriação. Os Henry Fordse os Thomas J. Watsonsdo passado tiveram deproduzir melhor e maisbarato para continua-rem no negócio. Nãopodiam vender tudo oque tinham, mesmo quequisessem: reduzir a ze-ro seus estoques seriaaviltar os preços. Maisimportante: eles nãoqueriam vender tudo.Seu prestígio dependiade suas empresas. Mui-tos deles tinham a singu-lar capacidade de enri-quecer por cóntaprópria. Mas eles cons-truiram grandes institui-ções. Tinham de fazerisso, se quisessem sobre-viver. Foram essas insti-tuições que levaram os

Estados Unidos à sua liderança mundial. Essescapitalistas ainda existem: Kenneth Olsen, da Cor-poração de Equipamento Digital, é um dos meusexemplos favoritos. Mas a maioria das empresas,hoje, pertencem a instituições financeiras como asde fundo mútuo. Pela lei, esses fundos devem terem mente apenas os interesses dos seus investidores— devem sempre buscar retorno em vendas ime-diatas. Pela lei, tais instituições não podem apoiarum empresário que decida apostar em nova produ-ção, como Henry Ford fez quando partiu para oseu Modelo A. Pela lei, devem fazer dinheiro semtirar os olhos do mercado de ações. Como todomundo sabe, os empresários americanos devem ter,como primeira prioridade, o retorno imediato deseus investimentos, e como segunda, o preço desuas ações.

O método Thurow na sala de aulaCharles C. Mann

Nas

manhãs de terça e quinta-feira do anopassado, Lester Thurow deu um curso intitu-lado Economia Macro e Internacional Apli-cada, na Escola de Administração de Sloan.Os alunos deste tipo de curso pertencem a

uma casta muito diferente, digamos, dos que fazemcurso de música eletrônica: ninguém chega atrasa-do, o corredor em frente a sala de aula está cheio dealunos quinze minutos antes da hora marcada. Umvisitante não se sentiria constrangido pelo númerode estudantes negros e hispânicos que faziam ocurso. Com os futuros homens de negócio da Amé-rica sentados compenetradamente no auditório,Thurow lia as suas notas de aula do alto do pódio.Vestia um terno cinzento, sapatos pretos, gravatadiscreta. O único traço de sua ligação com Monta-na era o desenho índio na fivela prateada do cinto.

Thurow parecia um pouco cansado aquela ma-nhã. Além de escrever, fazer conferências, lecionar,

ele é um administrador em tempo integral. Suas ati-vidades, em setembro do ano passado, foram im-pressionantes intensas: recepcionou os novos alu-nos no campus, compareceu a várias recepções avisitantes ilustres, realizou conferências em Massa-chusetts, Missouri, Nova Iorque, Texas, escreveuartigos para jornais como o The Boston Globe, DieZeit e Corriere delia Será, visitou a família naEspanha, encontrou-se com o dissidente soviéticoBoris Yeltsin e trabalhou sua candidatura à presi-dência da Escola Sloan de Administração, doInstituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT),que ele acabou conquistando apesar de ser o aza-rão do páreo. Até mesmo seus hobbies, naquelemês, eram desgastantes, incluindo calistênicas ecorridas a pé às 5 da manhã como parte de umregime que o permitiu realizar, no mês de junho, aescalada do Gasherbrun II, uma montanha doPaquistão com quase 9 mil metros de altitude.

Thurow tornou-se líder de uma escola de admi-nistração de empresa pelo mesmo motivo que se fezeconomista: o trabalho lhe dava uma pequena

chance de mudar a América. Tendo passado boaparte do tempo dizendo aos executivos que elesestavam arruinando o país, ele, de repente, tinha aoportunidade de mostrar a uma nova geração deestudantes o que era o "mundo segundo LesterThurow". Os formados pela Escola Sloan são ins-tados a pôr em prática o que Thurow prega. Emuito do que ele prega pode ser resumido em trêspontos:

1. Você tem de produzir para sobreviver.2. Você tem que competir com pessoas quefazem o mesmo.3. No momento, os americanos não estão fazen-

do o bastante tanto nunca coisa como em outra.Ele não está sozinho em sua maneira de ver as

coisas. Nos últimos anos muito da elite americana- nos negócios, no trabalho, nos círculos acadê-micos se convenceu de que a crise de produtivi-dade é séria, ou mesmo perigosa, e que tanto oproblema quanto a solução estão basicamente naprodução.

Idéias/ENSAIOS 6 24/6/90 ? JORNAL DO BRASIL

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Tragé dia.

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r. -J xi-S^xMBHBiBi - >;:ylgfe''!'yf - *W^?^ilr^lPll wMMBBHHIII^^^^^^^^STarcisio Meira, Vera Fischer e Guilherme Fontes em Deseio: um Euclides ambiguo

Um elo

com a

Nação

A TV reviveu a vida

trágica de Euctídes da Cunhaesmaecendo a carga trágica

do escritor com o país

Lamartine P. Costa

Tarcísio Meira, Vera Fischer e Guilherme Fontes em Desejo: um Euclides ambíguo

M os tempos atuais, em% que trágico é uma

yt adjetivação comum^ ] a tantos problemas

da sociedade brasi-leira. resta-nos apelar paraNietzsche. que usou a tragédia grega para explicar asturbulências sociais e políticas que dominavam aAlemanha do final do século passado. Afinal, desdeesta experiência bcm-sucedida do polêmico filósofo, atragédia recuperou-se como visão do mundo e nãosomente como manifestação teatral, sua versão maisconhecida.

No Brasil do presente, o elo de ligação com otrágico nacional é um dos papéis exercidos pela tele-visão, que faz habitualmente a representação da vida.E o que ocorreu com o drama pessoal de Euclides daCunha, cuja recente versão televisiva vem ensejando oresgate de certos traços de uma pretendida — e talveznecessária — tragédia brasileira. Em Nietzsche, estamediação fez-se através de Richard Wagner, a perso-nalidade mais conhecida dos alemães em seu tempo,quando se relacionaram a arte e as atitudes pessoaisdo compositor com a identidade nacional.

Nesta tarefa, Nietzsche resguardou diferenças, masextraiu proveito das semelhanças, concluindo queWagner oferecia ao povo alemão a oportunidade decatarse. Do mesmo modo, admitiu-se que as tragédiasencenadas na Grécia doconturbado século 5 bus-cavam o efeito de alívio e de purgação dos sentimen-tos de medo e de piedade,ao se revelarem em públi-co o drama e a violênciadas relações íntimas daspessoas, da pátria e da so-ciedade.

Em circunstâncias simi-lares, hoje, Euclides daCunha volta a ser temapopular, graças á televi-

são, que, embora superficial, imediatista e asséptica,gera freqüentemente uma relação de catarse com seusassistentes. Antes, no início do século, ainda vivo oautor, a publicação de Os sertões, uma das primeirasdescrições do Brasil real, obteve grande repercussão.Agora, o impacto na opinião pública ressurge asso-ciado a uma tragédia pessoal de variadas interpreta-ções. tal como em qualquer peça clássica do teatrogrego.

Este desnudamento excessivo implica naturalmen-te em certo esmaecimento da aura do autor Euclides.Note-se que algo semelhante aconteceu com o maiormito das letras brasileiras. Machado de Assis, quetem sido revisitado por questionamentos sobre suasreações com respeito à sociedade em que vivia. A

diferença entre um e outrocaso, entretanto, exprimeo sentido da revelação: emMachado a crítica literáriatem repensado a pessoa e asociedade através do au-tor; em Euclides, por forçade intensa exposição pú-blica, a pessoa tende a ex-plicar o autor diante deseu contexto social. Estepoder de personalizaçãoda obra pelo público temsido comprovado ultima-

mente em Freud e em Proust. autores já clássicos,mas que foram esmiuçados na intimidade por livrosbest-sellers de Peter Gay e George Painter, resul-tando em importantes reinterpretações das obras, enão meras revisões biográficas.

Mas. a tragédia de Euclides compartilhada comum público de dimensão nacional, após se obscure-cer por algumas dezenas de anos, constitui sobretu-do um primeiro passo. Cuprida a função de cartase,há interrogações que fluirão nos próximos estágios,notadamente quanto à possibilidade de Euclides tersido protagonista de sua própria obra e. enquantotal, ter relevado ou subestimado acontecimentossegundo motivações pessoais e papel social. Comapoio neste percurso invertido da obra euclidiana,será possível verificar sua atualidade e em quepontos se trata de uma tragédia mais ampla epersistente.

Um primeiro exercício desta contextualizaçãoparte da chamada "tragédia da Piedade" — quan-do Euclides morre ao tentar matar o amante de suamulher —. que, na versão televisiva, apresenta oautor, testemunha da carnificina de Canudos, comouma figura ambígua: determinado na missão deintelectual, comprometido com exigências moraispara seu país, mas distanciado das obrigações coma própria mulher e a família. No plano simbólico, atragédia se compõe com um intelectual franzino e

?

Agora, o impacto

na opinião

pública ressurge

associado a uma tragédia

pessoal como em qualquer

peça de teatro grego

JORNAL DO BRASIL ? 24/6/90 7 Idéias/ENSAIOS

tuberculoso, impotente diante de incompreensõesque o cercam, mas que deve tomar uma posição,mesmo sabendo que não há saída possível. Noepílogo da Piedade, Euclides ataca o oponente maisforte e seguro, tombando mortalmente ferido numrevide de legítima defesa.

Em suma, Euclides convivia com a ambigüidadedos personagens trágicos de Sófocles: a contradição

1 insolúvel entre o elevado sentido da vida e o desejo- individual. Não estaria aí a explicação de ter Eucli-

des solicitado a irrecusável intervenção do Barãodo Rio Branco para obter a vaga de catedrático doColégio Pedro II, após perdê-la em memorávelconcurso público para o filósofo Farias Brito? Nãoseria este um exemplo típico de moral "relativa", defreqüente identificação entre intelectuais brasilei-ros. historicamente ambíguos diante do público edo privado?

Mais significativa, todavia, é a constatação deque a obra de Euclides perpassa constrangimcrTsde dualidade á semelhança de sua vida pessoal. Defato. o autor de "Contrastes e Confrontos" e "ÀMargem da História" pode ser condignamente si-tuado na comparação com escritores russos doséculo XIX, como Tolstoi, Dostoievsky ou Turgue-niev. Em conjunto, todos estes grandes nomes daliteratura optaram por narrativas ou ensaios nosquais se conflitavam questões sociais e políticas deseus países, então dominados por adversidades.

Em todos eleshá uma visão mes-siânica do homemque se sustenta daterra, ora se sub-metendo, ora seimpondo, diantedo poder que o ex-piora ou da natu-reza que o intimi-da. Inversamente,porém, aos autoresde índole liberta-dora que vivência-ram uma Rússiapré-revolucioná-ria, Euclides deumaior empenho ao

trágico do que a conclamações por justiça ou aoconfronto com os poderes empedernidos. Ou seja: oBrasil euclidiano emergiu como uma epopéia desertanejos e seringueiros que ressurgiram como he-róis a lutar em meio a condições imutáveis e destinoinexorável.

Diante deste fato, vale conjecturar sobre a possi-bilidade de Euclides da Cunha não ter jamais aban-donado sua obsessão pela fatalidade e pelo homemheróico, porque deste modo conseguia equalizarpostura intelectual com divergentes atitudes pes-soais. Assim transparecem seus impecáveis textosque incorporavam tanto um humanismo radicalcomo ufti linear respeito pelas ciências. Na mesmafeição transcorrem a opção pelas idéias do socialis-mo — uma das primeiras do pais — que não levouEuclides a modificar os compromissos que manti-nha com as instituições tradicionais.

Aliás, a convivência de situações contraditórias,que se acomodam e culminam em alguma forma deperversidade, conflito ou tragédia, é um dos traçosmais persistentes da identidade nacional. Dela seocuparam em diferentes versões e profundidadespraticamente todos os grandes nomes da literaturabrasileira. O próprio Euclides da Cunha deixoucifrada a percepção deste falacioso esforço conci-liador ao descrever a cidadela de Canudos que "eratemerosa porque não resistia" ou "rendia-se

paravencer". Não residiria aí a essência da tragédia daPiedade? Não é este o cerne da tragédia brasileira?

Religião

A sedução

das

seitas

As religiões tradicionais

estão perdendo terreno

para as evangélicas

porque não sabem mais seduzir

Maria Clara Luchetti Bingemer

"Em sua literalidade,seduzir significa des-viar do caminho. E, co-mo o único caminho játraçado é o que nos le-va à morte, desvio é si-nal de vida."

Eduardo Prado

A sedução é filha do desejo. Atinge, revolve efl fascina aquilo que, dentro de cada um, éAl pulsão e energia querendo brotar e v,.plo-

X JL dir. E. quando explode, des-encaminha,desvia do caminho previamente traçado pe-

la chamada normalidade, pelas expectativas pro-váveis e plausíveis, pela lógica convencionada.Na origem da sedução, portanto, está o extra-vio, a extra-vagância que toma rumos outros queos dos padrões estabelecidos.

E por isso que a sedução gera e traz insegu-rança. Se jà havia um caminho traçado, por quenão segui-lo? Por que

"desviar-se", "extraviar-se", louca e desesperadamente atraído por algoou alguém novo e diferente, que arrasta para odesconhecido e o nunca dantes navegado? Oscaminhos traçados e previstos são seguros. Asedução os altera, os transtorna, os tres-louca. Etorna extra-vagantes os seduzidos que por eles sedeixam atrair.

O fenômeno das diversas seitas religiosas quecrescem e proliferam incessantemente, transfor-mando o campo religioso brasileiro, podem edevem ser analisados desde o ponto de vista dasedução. Assustam-se a antropologia, a sociolo-gia e as outras ciências sociais: "Quem são aspessoas que aderem às diferentes religiões quesurgem a cada momento e por quê?" Preocu-pam-se as Igrejas tradicionais e históricas, quedevem assistir, perplexas, à evasão de numerososde seus adeptos que vão engrossar ainda mais asfileiras das seitas.

O susto, a insegurança, a preocupação tomamainda maiores proporções por não se conseguirdelimitar com precisão todo o leque de manifes-tações religiosas que caberia dentro do termo"seitas". O que são afinal as seitas? As religiõesafro-brasileiras? As Igrejas Pentecostais? As reli-giões orientais? Ou neo-orientais? As novas ma-nifestações religiosas ligadas à natureza e á eco-logia como o Santo Daime? Onde enquadrá-las?Como defini-las?

Na verdade, não é possível incluir todas elasna mesma categoria. O termo "seita", tal comovem sendo usado, acaba por abarcar uma enor-me gama de Igrejas e Movimentos religiosos, quena realidade apresentam grandes diferenças en-tre si. Parece que o termo em si já vem carregadode um juízo de valor, que opõe "seita" a "Igreja"ou mesmo a "religião". Consideram-se as seitas"pseudo-religiões",

que escondem atrás de siobjetivos econômicos ou políticos mais ou me-nos escusos, que as deslegitimam enquanto pro-postas religiosas.

Enquanto isto. elas proliferam, seduzindomultidões, desviando quantidades de pessoas deseu programado e cinzento caminho cotidianoPessoas atraídas pelas catarse das assembléias eliturgias coletivas eou eletrônicas, pelas curasrealizadas em massa, pela possibilidade de expe-rimentar as inebriantes sensações do êxtase e dogozo que pareciam reservadas apenas aos relatosautobiográficos dos grandes místicos como San-ta Teresa d'Ávila, São João da Cruz e outros.

Ao lado desta experiência afetivo-catártica.aparece o "outro lado" das seitas. Seus líderes edirigentes, por muito carismáticos e possuídospor Deus que sejam, parecem bastante alertas erealistas quanto às coisas materiais. E aquelesque foram seduzidos pelo

"extravio" do divino edo religioso são convidados a desembolsar gene-rosamente parte importante de seu salário — àsvezes bem magro — para engordar os cofres daigreja, ou do bispo, ou para financiar coisas tãoluxuosas e sofisticadas como canais de televisão.Indigna-se a opinião pública, denunciam osmeios de comunicação. As pessoas de bem fazemcoro: há desvio, extravio, exploração premedita-da e iníqua do povo inocente por trás do fenô-meno do avassalador crescimento das assim cha-madas seitas.

Se toda essa insegurança constatada não deixade ter sua pertinência, há que buscar mais longeas raízes do fenômeno. Há que ir até a insatisfa-ção com as experiências vividas na infância eadolescência, dentro de nossas Igrejas tradicio-nais. experiência às vezes mais "sociológicas"

(por tradição de família) e culturais do quepropriamente religiosas. Há que recuar até odesencanto de uma geração que mergulhou decheio na militância política de corte marxista,convencida de com isso transformar o mundo eagora emerge, perdida e vazia, massacrada pelos

Pessoas atraídas pela

catarse das assembléias e

das liturgias coletivas

parecem lembrar os

relatos de São João da

Cruz

No planosimbólico, atragédia se

compõe com

um

intelectual

franzino e

tuberculoso

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Bruno Veiga 20/7/88

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JORNAL DO BRASIL ? 24/6, 90 8

Adeptos da Igreja Universal do Reino de Deus em transe místico

longos anos de ditadura militar, pelo fracassodas revoluções, pela capacidade de resistência dosistema capitalista que parece sempre de novoencontrar a maneira de renascer das própriascinzas. Esse desencanto e esse vazio buscam umaalternativa, agora não mais estrutural e coletiva,mas pessoal e comunitária, independente, autô-noma.

Insatisfação, vazio, desencanto, são sinôni-mos de vulnerabilidade, fragilidade emocional. Eessa vulnerabilidade é terreno fértil para a sedu-ção, que pode vir como sedução do Sagrado, oqual arranca da repugnante monotonia da reali-dade e propõe uma fascinante extra-vagância,um contato direto e gozoso com a Alteridadedivina, uma aventura interior, uma viagem que,ainda que por caminhos desviados, faz tocar eapalpar o fundo da própria identidade.

Nossas Igrejas, com seu aparato institucional,sua hierarquia solidamente estruturada, seu bem

preciso código de ética, suas liturgias pouco ounada participativas parece que perderam suacapacidade de sedução, de atração para o cami-nho novo e vivo que produz a exaltação e a

polarização das energias, propiciando o senti-mento da união transfigurada da carne e doespírito.

Talvez o crescimento das seitas seja um alerta

para nos dizer a nós, cristãos das Igrejas históri-cas e tradicionais, católicos ou protestantes, queé preciso recuperar a sedução como elementofundamental de nossa proposta religiosa e ecle-sial. Recuperar, sim, algo que é nosso, pois desde

sempre a experiência do Tiomem bíblico é de queDeus é, antes de mais nada, o Grande Sedutor.

É a força desta Sedução divina que quebra aresistência e verga a nuca do profeta, obrigado aadmitir, exausto de tanto lutar: "Tu me seduzis-te, Javé, e eu me deixei seduzir. Foste mais fortedo que eu e venceste." (Jer 20,7). É éste mesmoDeus que, qual amante atencioso e delicado,seduz sempre de novo a esposa infiel chamadaIsrael, que insiste em deixar-se encantar pelosídolos enganosos, des-encaminhando-a para odeserto a fim de reconquistar-lhe o coração (Os2,16). ,

E sobretudo por seu poder de sedução queJesus de Nazaré inquieta e desassossega os pode-rosos de seu tempo. Arrastando atrás de si asmultidões de pobres, famintos e doentes de quema sociedade de então seqüestrara a dignidade e aesperança; fazendo com que homens e mulheresse des-viassem do caminho lógico e traçado dafamília e da profissão, deixando tudo para segui-lo; enamorando inúmeras pessoas que tudo pre-

A Igreja hoje não está

acionando o potencial de

sedução de que é

portadora, esquecendo o

desejo de todo o ser

humano

Bruno Veiga 20/7/88teriam para sen-tar-se a seus pése ficar pendentesde seus lábios,Jesus passa a servisto como umperigoso sedu-tor.

Dele disse-ram; "Ele estáseduzindo o po-vo com seu ensi-namento, desdea Galiléia, pas-sando por todaa Judéia e agorachegou aqui."(Lc 23,5). Estasedução que ge-rou insegurançaentre as pessoasnormais e sériasacabou levandoJesus à morte.Morreu por des-viar e desenca-minhar o povoda lei, das regrase dos costumesde então. Mas asedução que se-meou atrás de sipermitiu tam-bém que seus se-guidores, ultra-passassem asbarreiras da"sensatez" e gri-tassem nas pra-ças:

"Ele está vi-vo! Nós vimos!

O amor é mais forte que a morte!"Talvez nos sintamos atemorizados hoje de

entrar por esse des-caminho. Talvez nossasIgrejas e nossas práticas religiosas, nossa litur-gia e nossa ação pastoral não estejam acionando todo o potencial de sedução do qual sãoportadoras, ou sendo mensageiras do desejoque habita em cada ser humano e que buscaexpressar-se na experiência religiosa, em formade êxtase, louvor, cântico, festa, celebração.Provavelmente por não querermos des-viarninguém do seu caminho, não atraímos maisquase ninguém para a extra-vagância da sedução, que desperta os sonhos maiores, a capacidade de enamoramento que existe em jovens evelhos, a ternura e a ira, o mistério e a gratui-dade, a paixão e o sentido. Tudo isso pode seraltamente perigoso.

Talvez por sermos ainda e em boa parte filhosdo logos, o paíhos não consegue encontrar seucaminho através de nossos gestos e palavras. Eassim, tristemente, nos sentimos incapazes dedes-viar a atenção dos nossos contemporâneosanestesiados pela marcha fúnebre da normalida-de que conduz sempre ao mesmo lugar.

Só a re-descoberta da sedução do Transcendente, do totalmente Outro, pode provocar essedes-vio, essa extra-vagância vital. Porque se to-dos os caminhos previamente traçados são osque levam à morte, o verdadeiro Sedutor é o queseduz para o grande des-caminho da verdadeiraVida produzida pelo amor que é mais forte que amorte.

Política

0 ocaso

da mania

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autontana

Com suas contradições

o Governo Coílor esgota a

tradição imperial do

presidencialismo brasileiro

Luiz Werneck Vianna

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Velha

marca da his- *toria brasileira, asupremacia do Es- f gjrtado sobre a socie- dade civil, com suas

raízes ibéncas e coloniais, adquire sentido moder-no com a revolução pelo alto levada a efeito pelomovimento político-militar de 1930. Supremaciaque, a partir de então, sem ignorar o carisma deVargas como chefe do novo Estado, menos aindao uso da coerção sobre os diferentes grupos sociaisque se opunham à perda da sua autonomia pelopoder de cooptação das recém-fundadas institui-ções corporativas, foi sobretudo escorada por umamplo consenso envolvendo setores das elites e dasclasses subalternas.

Nos novos Estados e regime político, o moder-no e a modernização não vão consistir num resul-tado imprevisto no que se refere à intenção dosseus criadores, como se diz em'grande número deinterpretações sobre o período, especialmente na-quelas que se baseiam na assim chamada categoriado "Estado de Compromisso" A regulação domercado de trabalho e a mstitucionalidade corpo-rativa não foram neutras quanto a fins econômi-cos, não se autolimitando à intenção de criarprocedimentos e meios para dirimir, sob a arbitra-gem do Estado, os conflitos entre as diversasfrações das elites, e de colocar sob controle osindicalismo num momento de debilidade do apa-relho estatal. A modernização econômica não foifilha de uma política errática, apenas uma "fuga

para a frente" de uma ordem burguesa em equilí-bno precário.

Indústria, modernização, corporativismo e re-gulação estatal da cidadania se constituem emtemas, processos e instituições de uma revoluçãopelo alto, que requer uma expropriação política dasoberania da sociedade civil. Aqui, a necessidadede expropriar vai coincidir, porém, com o ânimode setores das elites e do sindicalismo de abdica-

rem politicamente em fa-vor do novo Estado e deseu projeto.

Abdicação que traziapara ambos ganhos acurto e longo prazos, pa-ra as elites emergentes, apaz social, uma políticade transição para umasociedade industrial demassas, a primazia da ín-dústna no contexto dapolítica estatal, os recur-sos públicos como meiode alavancagem da ini-ciativa privada e de re-criação de uma modernaordem burguesa; para ossindicatos, a legislaçãoprotetora do trabalho, aincorporação dos traba-lhadores como classe aosistema da ordem, a ci-dadania social.

A convergência daação expropriadora so-bre a soberania da socie-dade civil, com o ânimode abdicar politicamentede frações significativasde suas classes funda-mentais, dissimula o bo-napartismó do nosso re-grnie. imprimindo a esteuma feição institucionali-zada e racionalizada, emque cabe ao carisma e àsinterpelações "irracio-nais" um papel de sim-pies elemento coadjuvan-te, no interior de umacomplexa arquiteturaque visa a solidarizar or-ganicamente Estado esociedade civil para aconformação da vontade nacional.

Estas as circunstâncias que ungem o presiden-ciahsmo no limiar do Brasil moderno. A reparti-ção entre poderes, como na Carta liberal de 1891,consiste numa sobrevivência formal — o presiden-te não representa a sociedade ou parte dela; ele éseu intérprete geral. Demiurgo do novo, ele con-sulta o -passado, realizando o presente em prospec-ção para o futuro, e se a sociedade, pela lógicaintrínseca a ela, não cessa de fragmentar e indivi-dualizar o corpo da Nação, é atribuição delerecriar no Estado os laços de solidariedade dacomunidade nacional, da qual é encarnação viva.

Entidade ideal, metafísica, contraposta à físicados interesses individuais, o Executivo detém avontade geral, autoconsciência de uma sociedadeinarticulada, presença depositividade que abre ca-minho para a maximiza-ção do poder nacionalem meio a pequenos ín-teresses contraditórios edisruptivos, que somenteconhecem as suas razõese por isto estão destituí-dos de virtudes públicas.

Nascido assim, con-servado com atributosassemelhados na Cartade 1946, no desempenho

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Entidade metafísica,

contraposta à física

dos interesses

individuais, o

Executivo detém a

vontade geral de uma

sociedade inarticulada

presidencial do "segun-

do" Vargas e de Jusceli-no e nos dos generais-presidentes do vintênioautoritário, a figura dopresidente não se deixaráreter pela definição cons-titucional. O presidentenão representa, encarnaO interesse público é irre-dutível ao privado, por-que deste não se podedescortinar o todo — atradição, a vocação dagrandeza nacional. A po-lítica consiste na ciência ena arte de realizar a vo-cação da nação, e não noexercício burguês da ad-ministração dos conflitosde interesses dos seresprivados Este Estado,que se materializa na fi-gura do seu presidente —por definição tácita, umhomem acima do faccio-sismo dos partidos —.nunca conheceu a tenta-ção de ser o comitê exe-cutivo das classes domi-nantes. e nem a de ser olugar de representaçãodos seus interesses ime-diatos.

Um universal, ele é aidéia da nação, e no pan-teão das suas tradiçõeshaverá lugar para todos— o nativismo, o bandei-ran-tismo, Tiradentes.Zumbi —, sedimentaçãoque não conhece a noçãode ruptura e de desconti-nuidade e que tece o es-pinto do povo na Histó-

ria. O espírito do povo se realiza na consciência doseu intérprete geral, o Estado burguês moderno seinstituindo na instância expressiva do nacional-po-pular.

Instaura-se o nacional-popular como ideologiade Estado. A unção populista é o sinal, em cadapresidente, de que o carisma da sua figura mstitu-cional se renova e se rotimza pelo cargo e nãç pordom pessoal do seu eventual ocupante. É nopresidente que o espírito do povo faz sua marchaascendente para a civilização e a justiça, na buscade realização do humano brasileiro e da "Teoriado Brasil".

À direita ou a esquerda, em regimes constitucio-nais ou de exceção, a legitimação e a função dapresidência transcendem os procedimentos racio-

nais-legais e a simplesadministração de coisas ede instituições. A auraque as envolvem derivada sua identidade com atradição, encarnação ins-titucional do ideal mes-siânico de nação singulare movida em direção àgrandeza. Nossa eslavo-filia também tem sido es-tatal; a presidência, figu-ra taumatúrgica quemantém e recria a solida-

Idéias/ENSA^OS 10 i 24/6 90 ? JORNAL DQ BRASIL

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riedade social pela invo-cação da esperança, enão pelo atendimentoconcreto de vontade daspartes. A sociedade podeviver no interesse, mas oEstado e o seu chefe sãode extração holista, re-presentantes e criadoresde uma coletividade ondenão se reconhece a iden-tidade das partes que acompõem, em que a ge-ração de um bem públiconão necessariamente dizrespeito aos indivíduos ea seus interesses priva-dos.

Subitamente, a candi-datura Collor, sua vitóriaeleitoral e seu primeirodia de governo implo-dem com esta tradição deexercício da presidência.Na forma, a aparência decontinuidade, inclusivepelo momento de pleni-tude dos poderes presi-denciais contido no cha-mado plano Collor deestabilização monetária.Ali estavam os traços co-nhecidos da intervençãoregulatória sobre a socie-dade civil, o discurso desalvação nacional do ho-mem presidencial. Nasubstância, porém, aqui-lo que parecia ser um au-ge do velho presidencia-lismo denunciava aagonia de uma tradição.

Sobretudo a circuns-tância. agora, era outra.Uma nova sociedade ci-vil tinha refeito sua história em nome da postu-laçâo de sua autonomia diante do Estado. Processogeral que, de um lado, significava a perda dacapacidade de cooptação, por parte do Estado,sobre os sujeitos emergentes da vida social e, deoutro, o crescimento do sistema da representação eda vida associativa. E, na contraface do mesmofenômeno, a cessação das condições que, antes,criaram a possibilidade, para empresários e sindica-tos, de terem ganhos efetivos com sua abdicaçãopolítica e já importavam a plena retomada da suasoberania política, à medida que seus novos interes-ses dependem do exercício irrestrito dos seus direitosde cidadania. Interesses, representação de interesses,por sua própria natureza profana, colidem com atradição metafísica do Estado, desencarnando apresidência do seu papel aurático de intérprete doespírito do povo.

O plano Collor desconsidera o fato de que apresidência não mais se defronta com atores capazesde ganhar com sua abdicação política. Ao contrário,sua perspectiva tem sinal oposto. Muito particular-mente para os empresários, confia-se em que, maisuma vez, a abdicação política será possível em trocada produção de uma hegemonia burguesa perfeitano longo prazo. Para os sindicatos, a fórmula éoutra: pede-se a abdicação incondicional.

Noutra dimensão, rompe-se com a idéia de que ofuturo consiste na realização da tradição de naçãomessiânica. Para a reforma neoliberal do Plano

Collor versus Constituição

Sérgio Sá Leitão

á duas explicações correntes entre os poli-ticos para os seguidos conflitos de Fernan-do Collor de Mello com o Congresso ecom a Justiça. Segundo o senador tucanoFernando Henrique Cardoso, lider da ala

rosa dos analistas, a assessoria presidencial temsido incompetente para administrar o "ímpeto"de Collor e mantê-lo dentro dos limites constitu-cionais. Em outra trincheira, o deputado petistaJosé Genoíno, líder da ala vermelha, assegura queas transgressões do governo são um reflexo com-petente da aspiração "imperial" do presidente.Entre as duas alas, apenas uma certeza: incompe-tente ou competente, a equipe do ministro daJustiça, Bernardo Cabral, já colocou Collor — e.por tabela, todo país — em pelo menos umasituação de crise institucional.

A história dessa crise, que terminou com umaderrota política do governo, teve o seu pontapéinicial em 4 de maio, quando o presidente editoua Medida Provisória 185. Em linhas gerais, amedida permitia que o Tribunal Superior doTrabalho suspendesse as reposições salariais ob-tidas pelos trabalhadores nos tribunais regionaisdo trabalho. Natarde do dia 31 demaio, a Câmarados Deputados en-frentou o governo erejeitou a 185 por149 votos a 133 —graças, em parte, àmudança de humorde deputados go-vernistas que nãoconseguiram no-mear parentes eamigos na nova ad-ministração. Re-voltado com astraições. Collorreeditou a medida

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no dia seguinte, o que o Supremo Tribunal Fede-ral, seis dias depois, considerou inconstitucionalpor'nove votos a zero.

O Supremo deu razão ao procurador-geral daRepública, Aristides Junqueira. Amparado na opi-nião de nove entre dez juristas, ele alegou que areedição de uma medida provisória significa, naprática, que o Executivo está legislando em substi-tuição ao Legislativo. Junqueira foi o autor de umadas ações de inconstitucionalidade que aportaramno Supremo. No meio júridico. a reação foi imedia-ta. "O presidente tomou uma decisão que ameaçounossa democracia", diz o jurista Mareio TomásBastos, ex-presidente da Ordem dos Advogados doBrasil. "O Supremo, porém, deu a resposta adequa-da". No fim das contas, a crise entre os poderes,que o presidente só digeriu após a primeira vitóriada seleção, freiou o "ímpeto" — ou a "aspiraçãoimperial" de Collor.

Antes desse delicado conflito, outros jabs foramtrocados entre o governo e o Congresso. Durante a-votação do Plano Collor, os lideres do governoacertaram com a oposição várias modificações nostextos. No dia 13 de abril, porém, Collor rompeuo acordo e vetou 47 itens dos projetos de conver-são aprovados no Congresso. Alguns dias depoisdos vetos, mais uma briga: Zélia Cardoso deMello declarou que não atenderia a um pedido

nada prosaico dosenador Jamil Had-dad — ele queriaver a lista dos sa-ques bancários efe-tuados antes doPlano. Zélia fez quefoi, não foi, mascabou fondo: o Se-nado fez um pedidooficial e ela foiobrigada a liberar alista. Com o tremde volta aos trilhos,à academia cabe aresposta: a razãoestá com vermelhosou com rosados?Collor no dia da posse

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Collor não há futuro sem o cancelamento de umahistória em que não se vê qualquer positividade.Negativa a raiz ibérica, negativos o patrimonialis-mo, a indústria cartorial, o patrimônio públicoestatal, a esperança holista numa comunidade na-cional forte e justa que emeija do Terceiro Mundo,através de uma estratégia endógena.

A retórica populista do candidato não podecoexistir com seu significado real de radical rupturacom o nacional-popular da tradição do Estadoburguês. À idéia-força de representação do espíritodo povo sucede a de mercado, a da matriz utilitáriado interesse, a do cálculo de se chegar ao PrimeiroMundo pela abertura das fronteiras econômicas eda reforma minimalista do Estado.

Exercita-se a presidência sob a forma antiga,enquanto se desorganiza tudo aquilo que era sua

Exercita-se a

presidência sob a

forma antiga,

enquanto se

desorganiza tudo

que era sua base de

sustentação material

base de sustentação ma-terial e ideal. Paralela-mente, optando em fa-vor dos novos interessesda ordem privada, inten-ta-se obrigá-los a umaabdicação em favor davontade do Estado numcontexto de expansão erevigoramento da vidaassociativa dos empresá-rios e de construção dasua identidade política.A presidência assenta-sesobre a idéia de contra-dição, animada por doisprincípios organizadoresinconciliáveis — a de re-presentante em geral daNação, vista como umacomunidade em constru-ção, e a de representantede interesses concretosde uma classe. Rompe,assim, e de uma só vez,com o atraso e com omoderno, negando aoprimeiro qualquer legiti-midade e esperança his-tórica, enquanto impõeao segundo uma abdica-ção que ele não quer enem precisa.

Mas é a presidênciaque se reveste da formaatrasada, com seu bona-partismo anacrônico,numa sociedade queavança em termos da re-presentação de interes-ses. O plano Collor, estaintervenção de estilo ja-cobino sobre a socieda-de, em nome da altaburguesia, quer salvar a

quem já se salvou por si mesmo, adotando aperspectiva e os interesses burgueses modernoscontra suas associações, sua representação políticade classe, e contra a própria legalidade do direitopúblico e privado burguês. Enfrentar as elites eco-nômicas em nome de um projeto em favor delasparece ser um contra-senso, salvo se, por detrás detudo, não se esconda a simples ambição de quemforça a abdicação de todos para ter em si o poderabsoluto.

A esta altura, não é tão provável que o planoCoilor erradique de vez a inflação, bem menosprovável ainda que tenha o condão de nos levar aoPrimeiro Mundo. Mas certamente comprometeusem remédio a tradição que nos vem de, pelomenos, seis décadas autoritárias, em que a presi-dência significava a intervenção da razão sobreuma sociedade sem ela. A linguagem do interesseda sociedade civil está na política de uma socieda-de democraticamente organizada. A presidênciafalava pelo povo; as classes e o mundo do interessefalam pelo Parlamento, pelos partidos, sindicatos eassociações. Para repetir o jeito de uma metáforafamosa, nesta cena agora desencantada de Tercei-ro Mundo, quando o plano Collor começar a fazerágua, reclamando por mais intervenções que lhetampem as avarias, vai levar com ele para asprofundas, além dos ratos do navio, o regimepresidencial e uma boa parte do que ele significana particular tara política brasileira.

1 JORNAL DO-BB ASIL ? : 24/6 90 !Í1 : Idéias/ÉNÍfAÍOS

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O que elesestão pensando

que ele

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0 presidencialismo praticado no Brasil induz ao desrespeito a Constituigaor

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ocupado com umcurso sobre His-

Rodrigo Naves"Tenho me

tória da arte que p- ;';]¦dou há um ano 1^ r^- Ipara artistas, pro- l|p ; ê- ffessores e pessoas fc. ài^ÍSfcu I Hque estão de certaforma envolvidas ^Bj^MÍ99H|com arte. São au- ^MMH^fliiIas particularessemanais com Illl^^^^Ril*três horas de duração e atualmen-te os temas são a obra de Klee eMiró", explica o crítico de artes

plásticas e editor da revista NovosRumos, do Cebrap. Naves tambémpensa em escrever dois ensaios paraa revista que edita. Um será sobre aidéia de morte nas obras do compo-sitor Nélson Cavaquinho e do artis-ta Goeldi. "A morte, para eles, nãoera o fim de uma trajetória, masalgo com o qual conviviam e quepoderia assediá-los a qualquer mo-mento. É como vive o povo brasi-leiro, e a morte aqui não tem umafeição cultural. Por isso, nos dois euvejo uma espécie de dificuldade demorrer. O ensaio poderá se chamarA morte dificir, revela. O outroensaio seria sobre a obra e a perso-nalidade artística da pintora MiraSchendel. "Ao mesmo tempo, semi-biográfico e sobre seu trabalho. Al-¦go diferente de tudo que já fiz",finaliza Naves.

Ives Gandra Nilo BatistaAdvogado tributarista Advogado,

ex-secretário dePolícia Civil do RJ

¦ Sim. ¦ Depende dapresidencialismo é um formação dofracasso no mundo governante. 0 primeirointeiro — exceto nos dever de umEUA — por não funcionário público épermitir que os partidos ler a Constituição parapolíticos representem as saber respeitá-la,diversas correntes embora no Brasilideológicas. No Brasil, predomine uma certao poder semiditatorial vocação para feitor. Nodo Executivo torna-o caso do Plano Collor,irresponsável. No livro vejo uma mescla deDemocraaes, autoritarismo comhistoriador Lijphart ' alguma ignorância^constata que das 21 sobre a Constituição,democracias que Mas noatravessaram os últimos parlamentarismo o40 anos sem rupturas, governante autoritário20 são parlamentaristas, também maniput3*a

Constituição a seufavor.

Ronaldo César Ary QuintellaCoelhoEmpresário, candidatoa governador do Rio

¦ Sim, pela tradiçãoautoritária dosgovernantes. O regimemilitar submeteu ospoderes ao executivo,agravando uma práticaque vem do populismo— o castilhismo deBrizola é um exemplode falta de tradiçãodemocrática (nogoverno de Castilho, oparlamento se reuniasomente duas vezes porano). É precisofortalecer o sistemarepresentativo a partirde melhorias noprocesso eleitoral.

Afonso Arinos Sandra CavalcantiSenador Deputada federal

¦ Sim. ¦ Sim. Fui ¦ Sim, não tenho apresidencialismo presidencialista, mas menor dúvida. E umpraticado no Brasil é experiência me mostrou problema inerente aouma ditadura. que este sistema de sistema. Nos EUA istoPrincipalmente neste governo só existe de não ocorre, mais pelamomento em que o fato nos EUA, onde força dos costumes quegoverno mandou a poder Executivo aquela sociedadeConstituição às urtigas regulado pela Suprema confere às instituições,e está governando ao Corte—instituição que como explica o senadorseu bel-prazer. sequer está prevista na Fullbright no livro TheCorremos sério risco de Constituição price of empire. Noentrar num período de americana. Nos cem Brasil, oarbítrio total. anos de República no presidencialismo foi

Brasil temos mais de 50 implantado emanos de desrespeito substituição àConstituição, entre monarquia sob formaestados-de-sítio, de 'ditaduraditaduras e outras esclarecida', amparadaintervenções federais. na filosofia positivista.

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Estado do Rio.

O calendário turístico cultural do Rio de Janei-ro tem, a partir de agora, uma nova data a

ser comemorada: 24 de junho, dia de São João,padroeiro das festas juninas. O status se deve àimportância dessa grande manifestação popular,que andou meio esquecida por parte das autorida-des públicas, mas que, todos os anos, em junho e

julho, reúne multidões em centenas de arraiais,montados por todos os cantos do Estado. "É a festa

popular mais rica queexiste em nosso Estado,até mesmo do ponto devista antropológico",ressalta a secretáriaestadual de Cultura,Aspásia Camargo.

Ela lembra que éuma festa tipica-mente brasileira,

que se utiliza dosmais variadoscomponentes,como a culiná-ria, a música, a

dança, o teatro, o vestuá-rio, o cenário e as brincadeiras in-

fantis para destacar aspectos do nosso foi-clore. "As festas juninas são realizadas em todos oslugares do Brasil, mas com variações. Se, no Nordes-te, a ênfase fica por conta das grandes fogueiras —

que, segundo a lenda, espanta os maus espíritos —,aqui, no Estado, principalmente na Baixada Fluminen-se, se destaca a dança de quadrilha, ponto alto dasfestas fluminenses", diz a antropóloga e professora daUniversidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ), Cássia Frade.

E foi através dos concursos de dançade quadrilha, promovidos por entida-des civis e pelas Prefeituras de municí-pios da Baixada Fluminense, que essafesta popular cresceu e hoje faz partedo roteiro cultural do Estado. "Era ne-cessário descentralizar a política cultu-ral, geográfica e administrativamente,estimulando a gestão eficaz da culturanos diferentes órgãos e no conjuntodos municípios do interior, onde real-

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mente acontecem essas manifestações populares'diz Aspásia.

IDENTIDADE CULTURALDe acordo com a secretária estadual de Cultura,

a revitalização do interior, através do estímulo á pro-moção de eventos populares, constitui-se em agentesocializador na formação da identidade cultural dasnovas gerações através da integração educação/cultu-ra/turismo. Atualmente é muito grande, entre as pes-soas que promovem a cultura, o sentimento do retornoao interior em busca das raízes da cultura fluminense,a fim de marcar a nossa identidade. "Há

uma questãosocial bem definida", aponta Maurício Barros, coorde-

nador do grupo de quadrilha Chovaou Faça Sol, de Nova Iguaçu.

Segundo ele, os grupos de qua-drilha e as próprias festas juninas,além de se constituírem em manifes-tações populares, são verdadeiroseventos culturais, que ocorrem portodas as cidades do interior, e quepodem e devem ser aproveitadas co-mo atrações turísticas. "Alguns

gru-pos estão descaracterizados, pornão conhecerem bem a história des-sas festas e por estarem preocupa-

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dos em só ganhar os concursos. Mas quando viajamospara o interior, sentimos o envolvimento das pessoascom essas festas. Muitos até choram durante as nos-sas apresentações e isso é gratificante", diz SilvanaBarros, que coordena o trabalho do Chova ou Faça Sol,junto com Maurício.

O grupo, que agora está a procura de patrocíniopara participar do Festival da Juventude, em setem-bro, na França, é responsável também por um dosprincipais estudos sobre quadrilhas, realizado noPaís. "As

quadrilhas foram incorporadas às festasjuninas no século passado aqui no Brasil. A verda-deira quadrilha era uma dança de salão da aristo-cracia francesa e que foi trazida para o Brasil pelamissão artística francesa, que visitou o País a convi-te da Família Real. A criadagem, vendo e ouvindoaquela dança marcada com evoluções à francesa,levou a dança para o quintal e a adaptou ao seumodo de vida", resume Silvana.

Já a festa junina em si, segundo Cássia Frade,fazia parte do calendário agrário das sociedadesprimitivas, que nos solstícios de verão realizavamfestas para homenagear a terra e a boa colheita.Mais tarde, a Igreja Católica se apropriou dessesvalores e deu outro significado a essas festasassociando a imagem dos santos desse período:St° Antonio, São João, São Pedro (padroeiro dospescadores). Uma terceira apropriação ocorreu, e

aí quase uma volta ao passado,quando as comunidades ruraisaproveitaram todos esses ri-tuais para, novamente, realizarfestas em tempos de colheitas,com fartura de comida e muitadança. A dança de quadrilha jáabrasileirada.

Hoje, todas as festas juninas têm fogueira deSão João que, segundo a tradição católica, foiacesa pela primeira vez quando do nascimento deJoão, filho de Isabel, que era prima de Maria, mãede Jesus; bastante comida, à base de milho emandioca; muita bebida, música e dança, alémdas brincadeiras de roda, bandeirinhas e jogos.Tudo isso poderá ser comprovado — além dasdiversas festas organizadas pelas Prefeituras dointerior— no III Encontro de Danças de São João,organizado pela Secretaria Estadual de Cultura,nos dias 30 de junho e 1o de julho, no Sambódro-mo, Rio de Janeiro.

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9 CONVERSA DE DOMINGO

«¦vem todo pacotemWê traumatiza o país.

^ W A BBC de Lon-

dres, por exemplo, acabade lançar um que produziuem homenagem aos 50

anos de seu serviço brasi-leiro, O rádio no Brasil, e

em vez de causar transtor-nos pôs de novo no ar a

deliciosa e popularíssimaera de ouro do rádio brasi-

leiro. Dez programas divi-didos em cinco discos

compõem esse presente in-

glès. que resgata momen-

tos para muitos inesquecí-veis. como trechos da

novela O direito de nascer,.da Rádio Nacional, ou de uma narração esportiva de

Ary Barroso, e recupera um pouco da memória cultural

de um país tão freqüentemente acusado de não ter

memória.Embalada por esse pacote, a repórter Márcia Vieira

— que usava fraldas quando a fascinação nacional pelatelevisão atropelou as ondas do rádio — mergulhou na

tarefa de escrever a reportagem que começa na página14 e conviveu com a paixão de pessoas como o ex-locu-

Relíquias mantêm viva a velha natuo nactonai

tor da Rádio Nacional,

Luiz Carlos Manzo, o em-

presário Francisco Aguiar

e o colecionador curitiba-

no Leon Barg.Manzo é responsável

pelas 200 fitas da série As-

sim era o rádio e está lan-

çando o 20° LP com gra-vações de seus ídolos feitas

em estúdios radiofônicos.Francisco, dono da Moto

Discos, põe nas lojas o 25°

disco reproduzindo suces-

sos da época dos 78 rota-

ções por minuto, e Barg se

prepara para unir passadoe futuro, lançando os pri-meiros CDs de Francisco

Alves, Orlando Silva, Carmem Miranda e Vicente Ceies-

tino. À essa batalha para evitar que tudo se perca no

éter, se juntou a Rádio Jornal do Brasil, que pôs no ar o

programa Arquivo Sonoro e à disposição do público seu

próprio arquivo. Iniciativas assim impedem que a poeira

que hoje cobre os 494 lugares do auditório da Rádio

Nacional esconda de vez esse momento riquíssimo da

cultura do país.FÁBIO RODRIGUES

• SUMÁRIO

PerfilO psicanalista e artistaplástico M. D. Magno lançaDe Mysterio Magno, seu 14°livro, e continua causando

polêmica. Pág. 8

ManiaPlantar orquídeas semprepareceu um hobbycomplicado, mas quementende garante que o climado Rio é propício para ocultivo. Pág. 20

Domingo 6

Radical ChieA deliciosa personagemdescobre irritada que,quando os garçons se metemem sua vida, nem sempremudar de bar é a solução.Pág. 36

ModaImpecavelmente elegante emseus ternos e capas,o detetive Dick Tracy chegaao cinema em julho e prometeentrar na moda. Pág. 28

No estilo de Dick Tracy

"Domingo

Editores Alfredo Ribeiro e Joa-quim Ferreira dos Santos. Su-beditores Fábio Rodrigues ePaulo Vasconcellos. RedatorCadu Ladeira. Repórteres Ale-xandre Medeiros. Anna Mug-giati. Cláudio Figueiredo. Es-ther Damasio. Helena Tavares.Maria Sílvia Camargo, MárciaVieira. Mauro Ventura. SidneyGarambone. Sérgio Rodrigues.Sônia Pedrosa. Moda ReginaMartelli e Danièle Scherer. ArteFábio Dupin (editor) e Fernan-do Pena (subeditor). Diagrama-dores David Lacerda, ElianaKrajcsi, lia Maria Kohen. Foto-grafia Jurandir Silveira (editor),Hipólito Pereira (subeditor).Colaboradores Apicius, BrunoLiberati. Danusia Barbara.Dulce Caldeira. Carlos Magno.Marília Sampaio, Miguel Paiva.Roni Filgueiras, Regina Rito.Tutty Vasques. SecretáriaOneir Pinho. Secretário gráficoJosé Fernando Cordeiro. Ge-rência comercial Heloysa Hele-na C. Magalhães — RJ. Tels.:585-4324 e 585-4322. Tile Ave-laira — SP. Tel.: (011) 284-8133. Redação Av. Brasil. 500/6o andar. Tel: 585-4697. Com-posição e fotolito JORNAL DOBRASIL. Impressão JB Indús-trias Gráficas S/A. Rua P. n°200. Penha.

N" 738. 24 de junho de 1990Capa: Foto de Flávio Rodrigues(Rádio da Loja Porius)

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O CARTÃO OFICIALDA CORA

PERFIL

Psicanálise

no divã

O polêmico M. D. Magno lança seu 14° livro

¦H

•pa le é um dos nomes mais comenta-dos nos meios intelectuais cario-cas e figurinha fácil do Leblon,

bairro que freqüenta há 14 anos. sempre acaminho do Colégio Freudiano do Rio deJaneiro. Geralmente vestido de preto, emcontraste com o esbranquiçado da barba edo cabelo. Magno Machado Dias exibeuma imagem austera como a de um médicoou juiz. distante do sujeito "de maior irre-verência consistente", que o psicanalistaEduardo Mascarenhas e muita gente co-nhece. Na verdade Magno. 52 anos. é pen-sador, terapeuta e artista plástico. E, paraespanto de muita gente, criador de umanova psicanálise, baseada na releitura deFreud e Lacan. Tudo elaborado por ele,aqui mesmo, longe das neves de Viena edas universidades francesas, entre o calordo Colégio Freudiano, no Leblon, e suacasa, no Recreio das Bandeirantes.

Considerado autoritário, sedutor, her-mético, gênio e até louco. Magno é do tipoque só não provoca indiferença. Tambémpudera. O titulo de seu recém-lançado 14°livro. De Mysterio Magno, dá a chave deseu estilo. "Ém latim, de Mysterium Mag-num quer dizer 'sobre o grande mistério' eé o titulo de um texto do filósofo alemãoJacob Boehme", diz. Mas é também uma

H ::

brincadeira do autor com seu próprio no-me. "Magno tem carisma, é sedutor sobtodos os pontos de vista", diz o terapeutaBelmiro Salles, 42 anos, ex-diretor do Co-légio Freudiano e ex-analisando de M. D.Magno. Belmiro fez uma trajetória típicana instituição, até deixar o colégio há doisanos. "Do velho Eduardo Vidal ao Otáviode Souza, todo mundo teve contato comMagno", explica. Foi quando Magno mu-dou os estatutos da instituição em 1985,determinando que ali se estudaria JacquesLacan segundo M. D. Magno, que a maio-ria debandou.

A exemplo de Freud, criado na conser-vadora Viena do final do século passado,Magno nasceu em Campos, Estado doRio, "a cidade mais reacionária do País".Aos 15 anos ingressou no Colégio Militar,aos 17 começou a ler Freud e dois anosdepois estava deitado num divã. Graduadoem Artes Plásticas e Psicologia, mestre emComunicação e doutor em Teoria Literá-ria, ele tem currículo eclético e o costumede exercer todas as disciplinas ao mesmotempo. "Sua obra no consultório ou numa

galeria é uma só", explica o artista plásticoTunga, 38 anos, seu amigo há 15. Magnoescreve peças de teatro, poesias e músicaerudita, incentivado pela mulher, a profes-

Magnanimidades

Homossexualismo — Não existe.Política — É preciso marketing para lidarcom a massa. Por isso, sou Collor.Dinheiro — Se tivesse todo dinheiro e tempodo mundo ficaria em casa com as minhasbrincanagens.Cidade — O que faço só é possível nestePaís, nesta cidade. Aqui o jeitinho brasileirofunciona até na teoria. O Brasil é maneiro emaneirista.Mídia — Os jornais e revistas vivem depatotas, não são confiáveis.Cinema — Detesto, mas adoro ver no vídeo

filmes truculentos com Charles Bronson.TV — Para ver Pantanal, como o povão.Música — Ouço todos os grandes pensado-res da música como Brahms e Satie.Guru — Lacan, com quem Magno se anali-sou durante seis meses em 1969.Zélia Cardoso de Mello — Ela é um tesão.Tristeza — Fico muito triste por causa domeu cachorro, Kaiser, que morreu.

Jacquem Lacan, guru e analista

Análise — Qualquer um pode ser analista. Oeducador Anísio Teixeira me analisou semnunca ter estudado o assunto ou se analisa-do.Dificuldade — Detesto aparecer, ser reco-nhecido, fotografado.

Domingo 8

I

1

sora de música Annita Iedda CardosoDias, e auxiliado pelo secretário Márcio epor Potiguara Mendes da Silveira, editordo psicanalista e diretor do Colégio Freu-diano. E também professor universitáriohá 25 anos e foi diretor da FaculdadesIntegradas Estácio de Sá, onde deixou suamarca até no estacionamento, rebatizadode Estácionamento.BRIGA. Fazendo uma espécie de misturaentre Guimarães Rosa e Lacan, Magnocriou um novo vocabulário analítico. Emrestritos meios ipanemenses, por exemplo,não há quem não saiba que falanjo corres-ponde ao terceiro sexo, aquele que o sujeitotem com as coisas ou "o sexo dos anjos". Eque maneiro designa a escola artística quemistura classicismo e barroco e que, segun-do ele, é o resumo do Brasil. São magnani-midades (veja quadro).

"Magno confundeobscuridade com profundidade", acusa oterapeuta Luis Alberto Py, que há doisanos protagonizou uma briga com inte-grantes do Colégio Freudiano quando dis-se, em nota publicada no JORNAL DOBRASIL, que falanjo e maneiro pareciam"nomes de sanduíche em menu de lancho-nete da moda". Py tenta demolir com sar-

casmo teorias discutidas nos badalados se-minários do Colégio Freudiano, quechegaram ao auge no 2o Congresso daCausa Freudiana no Brasil, em 1985, cujosímbolo era uma banana. "Seus livros mecansam, não existe preciosidade por trás damuralha que cada palavra sua convida atranspor", diz Py.

"Não acredito que os lacanianos dialo-guem com colegas de outras áreas", afirmao psicanalista Chaim Samuel Katz. "Mi-

nhas portas estão abertíssimas. eles é quenão tem o que discutir", rebate Magno,para quem 99,9% dos terapeutas repetemteorias como papagaios. Há outra explica-ção: a maioria se ressente da maneira queMagno discute. "Ele é autoritário, mantémo poder em suas mãos", diz Chaim. "Man-tenho sim, porque tenho uma instituiçãoonde tudo gira em torno de minhas teorias.Gostaria de discuti-las. mas só ouço desa-venças pessoais", rebate Magno. "É com-plicado", resume Belmiro Salles. "No Co-légio a maioria se analisa com Magno e nofinal da terapia tem que ficar convivendocom ele como diretor de estudos."

Quando criou o Colégio Freudiano em1976, junto com Betty Milan, trazendo pa-

ra o Brasil o polêmico pensamento do ana-lista francês Jacques Lacan, M. D. Magnocriou uma instituição livre, sem preocupa-ções com a opção sexual ou o status docandidato à formação. Ao mesmo tempo,concentrou lá parte de sua produção, for-mulando teorias sobre a perversão, que atéentão era vista pela psicanálise

"de manei-ra moralista", segundo o terapeuta e pro-fessor de psicologia Antonio Sérgio Men-donça. Logo, o colégio atendia umademanda de terapeutas e analisandos quenão queriam ouvir "que suas práticas se-xuais não ortodoxas eram um desvio", co-mo diz Magno. Este pequeno grupo origi-nal se ampliou e diversificou, a ponto deMagno ter hoje como analisandos gentecomo o cineasta Lui Farias, o produtormusical Nélson Motta e uma legião deadmiradores que inclui a professora Heloí-sa Buarque de Hollanda, o marchand Ma-tias Marcier e o artista plástico AntonioDias. "Ele tem uma vida em consonânciacom suas teorias. Ser terapeuta é isto",acredita Eduardo Mascarenhas. Quempensa diferente, que atire mais uma pedra.

MARIA SILVIA CAMARGO

Domingo 9

Domingo 10

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Domingo

Mergulho

no

paraíso

Sobre

Angra dos Reisjase disse que em partealguma do Brasil ha

tanta intimidade entre a terrae o mar. 0 fotografo CarlosSecchin. autor deste ensaio,

preferiu, porem, deixar essaintimidade de lado e mirousua lente sobre o mar. a terrae o céu tentando estabelecerdiferenças entre eles. "Docu-

montei a região em três ni-\eis. com fotos terrestres,submarinas o também deavião, para dar a dimensãodas ilhas como um todo",di/. A intimidade ainda assimacaba aparecendo. No ipêamarelo, em que a cor intensadas tolhas quebra a monoto-ma \erde da enseada. Numafileira de canoas ou num ban-do de gaivotas. Apreciar asfotos de Secchin e como mor-gulhar um pouco nas suasaventuras aquáticas. E ai \a-lem os truques, como abrirum ouriço para atrair o peixe,que se aproxima atras da co-mída e acaba compondo oauto-retrato do fotografo.

Foram três anos de trabalho

para um total de 220 lotos

que seriam publicadas numli\ro. afinal suspenso com o

ad\ento do Plano Collor.Ajudaram muito na execuçãodo trabalho a rique/a da tio-

ra e fauna do local e a lu/

tropical. "É um pra/er loto-

gralar num cenário tão lindo.I m quadro de total integra-

çào da terra, do mar e do

céu." Exatamente como na

Ilha da Botina, um pedaço deterra enfeitada por uma mata

exuberante e cercada peloa/ul transparente da região.Ali. e possível enxergar as pe-dras no Iundo do mar. A es-trela marinha e a agua \i\a.A dificuldade maior do loto-

grafo foi a luta contra o tem-

po. "Com muita rapidez a

região perde suas caracteristi-cas naturais. Voltava a luga-res que tinha fotografado e janão encontrava o mesmo ce-

nario. vi muita dcvastaçao.Resta apreciar o que ticouregiiUrado pela lente de Sec-

chin.

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NACIONAL

\W CAPA

Memórias no ar

Discos, fitas e livros resgatam a história do rádio no Brasil

/ Jm M^mf m

«um pais C|ue a cada 15

inos esquece o queÊ^ÊM aconteceu nos últimos

^L 15. o que está aconte-

cendo com o rádio é

absolutamente memorável. O veí-

culo. de 68 anos nacionais, podeser ouvido hoje numa inesperada

onda de lançamentos —

em discos, titãs, livros —

que recuperam sua histó-

ria para as novas gera-ções. Acredite: há uma

loja de Ipanema venden-do fitas com programas

gravados ao vivo na Rá-

dio Tupi e Nacional...nos anos 40 e 50. Os

grandes heróis da épocade ouro da MPB. de Sil-vio Caldas a Araci de Al-

meida. têm discos lança-

dos na praça com as

velhas matrizes reproces-

sadas. num som de pri-meiríssima. PRK 30. a

novela Direito de Nascer,o programa de auditório

de César de Alencar: sónão ouve de novo quemnào quer. Numa épocaem que o satélite joga ho-

ras intermináveis de ima-

gens da Copa na Itáliadentro de casas do mais

profundo interior, o Bra-

sil ouve a voz que tinhano início do século — e éuma experiência não só

fabulosamente histórica,mas emocionante.

Quem conta a história

é o pesquisador Paulo

Tapajós. Heron Domin-

gues. o mais famoso lo-

cutor do Repórter Esso,

passava dias dormindonos estúdios esperando a

oportunidade de entrardefinitivamente para a

história do rádio, anun-

ciando aos ouvintes o fimda Segunda Guerra

Mundial. Foram dias de plantão, redaçao o telegrama internacional

dormindo numa cama de armar, anunciando o arm^ticio. H

indo em casa apenas para tomar entrou para a historia do radiojor-

banho. Um sacrifício que seria pie- nalismo, mas com esta magoa,

namente recompensado pela ale- com depoimentos ora tristes, como

gria de anunciar um fato histórico, este c3ra engraçados, como as Pm-

Pois iustamente numa dessas rarís- das do Manduca e do PRK 20; ma

simas saídas de Heron chegou na sempre reveladores de um pais que

Fotos d* FitvioRodriguM as novas gerações do vi-

deo nao conhecem, que a

BBC preparou um pacotede 10 programas dividi-

dos em cinco discos paracontar a história do rádio

brasileiro.Pérolas. É um trabalho

de primeiro mundo, queresgasta uma parte im-

portante da memória cul-

tural do país e está sendodistribuído para universi-dades, colecionadores e

grande público (no Rio,

o Conselho Britânico te-

rá dois exemplares paraempréstimo). Lançado

em comemoração aos 50

anos do serviço brasileiro

da estação londrina, O

rádio no Brasil traz pre-ciosidades como trechosda novela O direito denascer, que a Rádio Na-

cional apresentou duran-te dois anos, a música deabertura de Jerônimo, o

herói do sertão e a última

edição do Repórter Essocom o locutor RobertoFigueiredo lendo, em

1980, as principais man-chetes da história do ra-

diojornal sem conseguirconter o choro. Tem

também pérolas como a

narração esportiva de

Ary Barroso e o atorPaulo Gracindo ofere-

cendo às ouvintes o direi-

to de ter Ivon Cury can-O microfone que \

r„ tando uma serenata aotez o sucesso

demuitmgente telefone desde que en-

na Rádio Nacioaal viassem uma embalagem

Domingo 14

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AJcione toma conta da Fonoteca

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Chico: do 78 rotagdes ao Lp

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do Leite de Colônia. Num país que

possui em arquivo apenas meia dú-zia de minutos de programas televi-sivos fundamentais como JovemGuarda e F//?o í/c/ Bossa, acontecidoshá recentíssimos 20 anos. esteja cer-to: alguma coisa acontece nos cora-

ções e mentes da memória pátria."Acho

que conseguimos traçarum panorama fiel do que foi o rádio

no Brasil", define o pesquisadorValvênio Martins, que não apenaseditou o programa como cedeu dosseus arquivos cerca de 60% do ma-terial utilizado. O escritor Ivan Les-

sa, autor do texto de introdução, se

emocionou ao ouvir os programas."Eu tenho pena de quem quiser hoje

gostar do rádio de ontem. Sobrou

tào pouco", escreveu. Um lamento

justo, mas que já encontra alento em

outros bons lançamentos dessa on-da de reviva/. A Collectofs. uma

pequena loja de Ipanema dirigida

por José Maria Manzo. ex-locutor

da Nacional, especializou-se em co-locar no mercado fitas e discos com

programas gravados das rádios Na-cional e Tupi. Ele conseguiu as rari-

dades com colecionadores e herdei-ros de ex-funcionários das rádios.Só na série Assim era o rádio foramlançadas 200 fitas (especiais com

Dalva de Oliveira, o humorísticoBalança mas não cai. Antonio Cor-

deiro narrando Brasil e Uruguai na

final de 50). Os discos já sào vinte,

apresentados com o título Os ídolos

do rádio. todos gravados original-mente em 78 rotações e reapresen-tando desde Francisco Carlos a

Carlos Galhardo, com gravaçõesinéditas. "Para fazer a matriz em

Lp. uso uma agulha especial quevem da Inglaterra para tocar o 78rotações. O novo disco sai sem

aqueles ruídos", diz Manzo.passado em laser. É o mesmo

processo da Moto Disco. Até o fim

do mês, o proprietário Francisco

Almeida Aguiar lança o 25° discoretirado da sua coleção particular de

78 rotações com o Lp das irmãs

Carmem e Aurora Miranda. Graças

a abnegados como ele. as vozes mi-

crofônicas de Ciro Monteiro. Lindae Dircinha Batista são figurinhas

fáceis nas lojas de discos. "Financei-

ramente não compensa, porque osdiscos vendem no máximo 2 mil

cópias. Mas insisto porque essa é a

paixão da minha vida e de muitos

\Continentino: nova Nacional

Herois do radio

\ r\.^ jh|'

Mariene

1k3l ,-v~-

Carlo* Galhardo e Orlando SUra

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twoa Curl

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Heróis do rádio

Suzana cuida das fitas e Saroldi edita o Arquivo Sonoro, na JB

outros colecionadores", diz. Os 78rotações também são as meninas

dos olhos do curitibano Leon Barg.

que há dois anos pegou a sua cole-

çào de 26 mil discos e começou arelançar os principais cantores como selo Revivendo. Em um mês, ele

inaugura a era do disco laser com oscantores de 78 rotações. "Vou lan-

çar primeiro os CDs de FranciscoAlves. Orlando Silva. Carmem Mi-randa e Vicente Celestino, que ven-dem mais." Se você quiser descansarlendo sobre todos esses heróis, aeditora Francisco Alves está lançan-

Onde achar

os tesouros

do rádio

ucm viveu c gosta de recordarou quem não conheceu e quer

* conferir uma época em que orádio era o principal veículo de comu-nicação do país. pode sair à procura dealguns tesouros nos seguintes endere-ços:

Conselho Britânico (R. Elmano Gar-dim. 10 — Urca) — É o único lugar noRio onde o público pode encontrar olançamento O radio no Brasil, da BBC.que é cedido por emprestimo. Funcio-na das 10 às 16 horas.CoIlector's (R. Visconde de Pirajá.550 Loja 112 — Ipanema) — Tem a

venda 200 fitas com programas da Rá-dio Nacional e 20 discos da série Osídolos do rádio, que vai de FranciscoAlves a Almirante. Fitas e discoscustam CrS 950. O álbum triplo deSílvio Caldas. CrS 2.700

Arquivo Sonoro da Rádio Jornal doBrasil (Tel.: 585-4696 e 585-4399. das10 às 22h) — Coordenado por SuzanaBlass, o arquivo tem 5.500 teípes comtrechos da programação e noticiário darádio desde 1972. Toda quarta, às 22h.a rádio apresenta o programa Arquivosonoro. com as mais de 700 entrevistasfeitas no programa Especial JB. A gra-vação de fitas de uma hora custa CrS2.5 mil. Fitas de lh30 saem por CrS 3mil

Moto Discos (R. Sete de Setembro. 124— Centro) — Francisco Aguiar vende

discos de Francisco Alves, Orlando Sil-va, Dalva de Oliveira e outros ídolos

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^Acetye os acetatos da Nacional

Domingo 16

Manzojaeditou 200 fftasf 20 <f/^^^emissora

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Ex-locutor da Rádio Nacional, Manzojá editou 200 fitas e 20 discos com programas da emissora

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por CrS 730. O último lançamento reú-ne Carmem e Aurora Miranda e traz aPequena Notável cantando .<V<y /w/'ay/do sapateiro. Chico também vende oslançamentos da gravadora curitibanaRevivendo.

Arquivo da Rádio Nacional (PraçaMauá. 7) — Das 9h às 16h. AcelyFernandes atende qualquer pessoa quequeira pesquisar nos 3.500 discos de 16

polegadas, que abrangem os progra-mas da rádio de 1938 a 1960. nas 3.200fitas cassetes (de 1960 até hoje) c nos2.700 scripts. O arquivo possui apare-lho para discos de 16 e de 78 polega-das. A pesquisa é grátis e para fazer

gravações basta levar a fita cassete e ogravador.

Arquivo Nacional (R. Azeredo Couti-nho. 77/610) — Lá estão os discos quepertenciam ao acervo da Rádio May-rink Veiga. Aberto das 9h às 18h.

do a primeira biografia de HenriqueForeis Domingues. o Almirante. 11-gura fundamental para o veículo(alguns de seus programas estào dis-poníveis em fitas). Escrito pelo jor-nalista Sérgio Cabral. No tempo deAlmirante Uma história do rádio eda MPB traz histórias de Noel Ro-sa. Carmem Miranda.

E graças a paixào de homens co-mo Cabral. Manzo. Chico e Barg.além da insuspeita BBC. que a erade ouro do rádio no Brasil, quedurou do final dos anos 30 até ofinal dos anos 50. nào é esquecida.Os discos em acetato de 16 polega-das. onde a partir de 1938 eramgravados os programas da RádioNacional para que os artistas pudes-sem escutar o resultado do trabalho,foram amontoados num banheirodo prédio número 7 da Praça Mauáou jogados no terraço. Este descasodestruiu peças rarissimas. comoquase todos os capítulos da radio-novela O Direito de Nascer. "Houve

discos que se esfarelaram na vitrolaporque foram deixados no sol", de-nuncia Luis Saroldi. autor da pes-quisa do projeto da BBC e coorde-nador da Rádio Jornal do BrasilAM. O que restou do acervo aindaconseguiu escapar da fúria de umdiretor que propôs jogar

"aquele en-

tulho" no mar. segundo contam Sa-roldi e Sônia Virgínia Moreira noseu livro Rádio Nacional, O Brasilem sintonia. O "entulho"

acaboupermanecendo no banheiro da Na-cional e hoje está dividido entre oMuseu da Imagem e do Som. oarquivo da própria rádio ou espa-lhado nas estantes de colecionado-res. como Valvênio e Manzo.vitrine. Ouvir qualquer uma destasfitas é mergulhar num tempo emque as rádios, principalmente a Na-cional. Tupi e Mayrink Veiga, dita-vam o tom da cultura popular. ANacional passava o dia com umaprogramação ao vivo. tinha orques-tras de 80 músicos e fãs berrando naporta para conseguir um autógrafo,um beijo do seu idolo. Podia serEmilinha, Marlene. Cauby Peixoto.Angela Maria. Dalva de Oliveira.Ivon Cury. "Era

um tempo maravi-lhoso. eu vivia cercado de moças,que tentavam me rasgar a roupa.Depois veio a televisão e todo mun-do esqueceu a rádio", lembra PauloGracindo. hoje com 79 anos. "Eu

marlene vive tempos difíceis

dei valor quando acabou . lamenta

Marlcne. a favorita da Aeronáutica.

Aos 66 anos. a rival de Emilinha

passa por tempos difíceis. Atingida

pelo Plano Collor — "só consegui

salvar CrS 70 mil" — . sem gravar

um disco desde 1977 e se dizendo

esquecida pelos produtores de show.

Maliene sobrevive com os aluguéis

dos apartamentos que comprou na

época em que ser artista da Rádio

Nacional garantia contratos milio-

nários. "Na rádio a gente ganhava

uma besteira, mas aquilo era uma

vitrine. Recebíamos muitos convites

c numa turnê ao sul do país ganhei o

suficiente para comprar uma casa de

oito quartos em Petrópolis.

Hoje, os 494 lugares do auditório

da Nacional estão empoeirados. Do

antigo prédio do jornal A noite, na

Praça Mauá, a rádio ocupa apenas

dois andares, o 20 e o 21°. Os índices

de audiência despencaram dos 42

pontos que alcançava em 1954 para

0,13 no mès passado. "Em abril só

tínhamos 0.07", diz o diretor Luiz

Eduardo Continentino Porto. De-

pois de demitir 40% dos funcioná-

rios e fechar a famosa seção de es-

portes. Continentino quer mudar o

perfil da Nacional. 'Teremos um

programa de documentos perdidos,

outro de educação de trânsito. Mu-

dar a rádio é um desafio." Nos pia-

nos de Continentino está também o

tombamento do 22° andar, onde

funcionavam os estúdios, para

transformá-lo no Museu da Radio

Nacional. Por enquanto, o que a

emissora possui é um arquivo com

3.500 discos de 16 polegadas. 3.200

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Um pacote

muito

especial

Coordenado

por Luiz Hablitzel,

com pesquisa de Luis Carlos Sa-

roldi e texto de Valvênio Mar-

tins. O rádio no Brasil se divide em 10

programas:

Programa 1: Pioneiros e desbravadores— Depoimentos de Roquete Pinto e

Renato Murce sobre a primeira trans-

missão feita na Exposição do Centená-

rio da Independência, em 7 de setem-

bro de 1922. O primeiro locutor foi

ninguém menos que o presidente Epi-

tácio PessoaPrograma 2: A formação de quadros —

Mostra a gravação da primeira trans-

missão da Rádio Nacional. "Alô Bra-

sil. Esta é a PRE-8", anunciou o locu-

tor Celso Guimarães às 21h do dia 12

de setembro de 1936.

Programa 3: Anos de consolidação —

Emissoras se afirmam comercialmente.

Abertura do segundo programa da sé-

rie Um milhão de melodias, de 49.

Programa 4: Radionovela — Traz tre-

chos da primeira radionovela, Em bus-

ca da felicidade, e preciosidades como a

abertura de Jerônimo, o herói do sertão

e trecho de um capítulo de Direito de

nascer.

Programa 5: Os auditórios — Neste

bloco misturam-se depoimentos de Cé-

sar de Alencar, Emilinha, Marlene. Omelhor é a apresentação do Rei da Voz

Francisco Alves, cantando ao vivo doLargo da Concórdia.

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A hiatdria do ridio em diaco

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A hiatória do rádio em diaco

Domingo 18

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Tapajós: memória do rádio

Programa 6: Esporte/jornalismo —

Destaque para a última transmissão doRepórter Esso, na voz do locutor Ro-berto Figueiredo, na Rádio Globo.

Programa 7: Humorismo — Trechosdos melhores programas de humor, co-mo Balança mas não cai, com PauloGracindo e Brandão Filho vivendo o

primo-rico e o primo-pobre, ou o fa-moso PRK-20

Programa 8: A TV e seus fantasmas —

A concorrência da televisão e os cami-

nhos que o rádio tomou. O destaque é

uma fala de Roberto Carlos. "Você mebotou no paredão, hein bicho!"

Programa 9: A cisão FM/AM — Aentrada da Rádio Cidade FM, que mu-

da o estilo das outras emissoras. Tre-

cho de um Hit Parade, de 1945

Programa 10: História do serviço brasi-

leiro a BBC — Mostra a transmissão

de estréia, em 14 de março de 1938.

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fitas cassetes e 2.700 scripts de pro-gramas.

"Isto é uma parte ínfima do

que a rádio possuía. Quando che-

guei aqui há 10 anos. encontrei tudonuma sala, cheio de poeira", explicaAcely Fernandes, que cuida do acer-vo. "Muita coisa sumiu. Já encon-

trei um destes discos de acetato, como nome da rádio, num sebo da cida-de", diz o pesquisador Paulo Tapa-

jós, um dos principais responsáveis

pelo sucesso da fase de ouro da

Nacional.PRESERVAÇÃO E DESCASO. O restodo arquivo só estará à disposição do

público quando o Museu da Ima-

gem do Som reabrir, provavelmenteem setembro. São 5.000 discos de 16

polegadas, 1.300 scripts, 20 mil or-

questrações e 300 mil partituras deRadamés Gnatalli e outros maestros

que trabalhavam na Nacional. A

diretora do MIS, Maria EugêniaStein, quer mudar o perfil do museu."Muita

gente diz que este acervo

não é difundido, mas temos a preo-cupação de preservar o material ori-

ginal." Segundo Maria Eugênia, o

MIS ainda não teve condições de

reproduzir em rolos estes discos de

acetato. "Cada vez que a gente toca

para alguém pesquisar é um desgas-te que o original sofre." Mas quan-do reabrir, o MIS terá um compu-tador robotizado da Sony e o

público vai enfim ter acesso liberado

ao arquivo.Triste destino é o dos 2.000 discos

de 78 rotações, 1.000 de 16 polega-das, além de fitas com discursos de

presidentes brasileiros do acervo da

Fonoteca Estadual, guardado numasala da Biblioteca Pública Estadual."Dá

uma tristeza ver isso assim",lamenta a funcionária Alcione dos

Santos. A diretora da Biblioteca,Ana Lígia, garante que o acervo vai

para o MIS. Maria Eugênia Stein

diz que ele fica na biblioteca. Porestas e outras é que o radialista Luis

Carlos Saroldi vibra com a iniciativa

da BBC. "Temos

que erguer as

mãos por eles terem se interessado

pela história do nosso rádio." O

escritor Ivan Lessa vai mais longe

no texto de introdução do trabalhoda BBC. "Deve vir por aí coisa

nova. Qualquer coisa em 3-D. alta

definição. Só peço uma coisa: to-mem nota e não joguem nada nem

ninguém fora."MARCIA VIEIRA

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9 MÂNLA

Para o advogado Álvaro Peaaoa, que tem mais de 3 mil espécies, cultivar orquídeas "é uma cachaça

Flor uma vez ao ano

Criadores de orquídea

fazem do culto à

beleza um bom negócio

M^aimundo Mesquita é um advo-

gf gado não muito diferente dosoutros. Enfrenta casos compli-

cados em tribunais e o trabalho derotina de um escritório de advocacia.Mas como ninguém é de ferro, nashoras vagas dá asas ao seu passatempopreferido: cultivar orquídeas. Tudocomeçou há cinco anos. quando Rai-mundo, apaixonado por plantas desdea adolescência, visitou uma exposiçãopromovida pela OrquidaRIO, entida-de que na época reunia alguns poucosadmiradores de orquídeas e que hojeja tem cerca de 500 sócios. Ele seencantou, não largou mais o hobby eno próximo mês troca a função detesoureiro da OrquidaRIO pelo cargode presidente.

Morador de uma cobertura na Zo-na Sul do Rio. Raimundo é um exem-pio típico do orquidófilo amador e omelhor incentivo para aqueles que

adoram orquídeas mas não se encora-jam a plantá-las por morarem emapartamentos. Mesmo reconhecendoque sua casa não é o lugar mais apro-priado para o cultivo, ele não faz pormenos: tem mais de 50 exemplares emduas miniestufas e um terraço. "Im-

portante é se dar muita atenção aelas", diz. O clima da cidade favoreceo plantio de algumas espécies e o se-gredo está em só molhar as plantasuma vez por semana e não deixá-lasdiretamente expostas ao sol. "O Riotem tudo que as orquídeas gostam:vento, umidade, clima quente e clari-dade." As espécies que melhor seadaptam ao nosso clima, segundo ele,são dos gêneros Phaluempsis, Cattle-ias. Lcielias, Vandeis, Dendobrios e On-cidios. Já nas regiões serranas, comoPetrópolis. Teresópolis e Nova Fribur-go, o ideal são as Sophronitios, Dendo-briums, Milton ias, entre outras.

"Cultivar prquídeas é uma cacha-

ça'\ garante Álvaro Pessoa, outro ad-vogado apaixonado pelas plantas. Ál-varo também é acima de tudo umcolecionador. Tem 3 mil plantas no

seu sítio em Teresópolis, onde se dis-trai fazendo o cruzamento entre espé-cies, para depois trocar sementes comcolecionadores da Colômbia e da Ve-nezuela — países que, segundo a gran-de maioria dos orquidófilos, têm asmais belas espécies do mundo. "Faço

por divertimento e o que mais mechama a atenção é a beleza das plantasflorindo", diz ele. Sua paixão pelasplantas é tanta que mantém um orqui-dário no Alto da Boa Vista, no Rio,apenas pelo prazer de plantar.

"Por

enquanto não tenho intenções de ven-der."

Mas se cultivar orquídeas é mesmoum vício, é preciso ter paciência epersistência para levá-lo adiante. Amaioria das espécies leva de três acinco anos para florescer, e o númerode sementes que vingam é muito pe-queno.

"Cada cápsula tem aproxima-

damente 1 milhão de sementes, e àsvezes só uma ou duas germinam", ex-plica a bióloga Sandra Altenburg Ode-brecht, neta do alemão Rolf Alten-burg, que há 36 anos fundou aFlorália, em Niterói. Antes da Florá-

Domingo 20

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A atração do híbrido

W^<ir<' os orquidófllos mais antigos, o cultivo de orquídeas ganhoug^uma atração a mais. Eles descobriram uma outra forma de

tornar este hobbv mais interessante com o cruzamento deespécies. ,4 cada ano surgem novos tipos de orquídeas, e o intercâmbiocom o exterior é o caminho mais seguro de propagá-los. São Paphio-pedilums. Odontoglossums e Miltonias. As primeiras, chamadas Sapa-tinho de Vênus devido a seu formato. levam de seis a sete anos paratlorescere têm origem na Ásia. As Odontoglossums nascem nas regiõesentre os Andes e o México e demoram três anos para florir, assimcomo as Miltonias. originárias da Colômbia. Um vaso com uma delasem flor custa no mínimo CrS 2 mil.

As Paphiopedilums (fotos 1, 2e 3) têm origem na Ásia e sàorhamaria* de Sapatinho de Vênus.

As Miltonias (foto 4) vêm daColômbia e as Odontoglossums(foto 5) dos Andes e do México.

lia. seu avô tinha uma fábrica de remé-dios e plantava orquídeas por hobby.A distração acabou virando a princi-pai fonte de renda da família, duasnovas filiais foram abertas em Maricáe Petrópolis. e hoje Sandra é a respon-sável por uma empresa que chega até adesenvolver novos tipos de orquídeas.Como são as novas espécies que incre-mentam as vendas ao exterior, a Fio-rália exporta atualmente entre 20 mil e30 mil plantas para os Estados Unidose Europa por ano. "O mercado exte-rior é muito amplo", diz a bióloga.

BOM NEGÓCIO. Sandra garante quesão necessários alguns anos para que ocultivo de orquídeas começe a dar lu-cros. Mas o negócio é tão vantajosoque outro orquidário. o Aranda. deTeresópolis. apesar de ter sido criadohá apenas cinco anos. já entrou noesquema e exporta para os EstadosUnidos e Japão. Isso sem falar naimportação de espécies nativas da Tai-lândia. China. Filipinas, índia e plan-tas semeadas em laboratórios — aschamadas híbridas — da Inglaterra."Estamos sempre trazendo novas es-pécies, mas nossa grande preocupaçãomesmo é com a preservação das maistradicionais", explica o gerente doAranda. José Alberto Neves Jasmim.que está no orquidário desde sua fun-dação. "Orquídeas não dão trabalho.

Raimundo Mesquita vai presidir o OrquidáRio, que já tem 500 socios

Jorge Verbooner cuida de mais de 50 mil plantas no Orquidário Binot

Domingo 21

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desde que tenham local adequado",diz. Como as espécies do Aranda sãoraras, um vaso com uma orquídea fio-rida custa em torno de CrS 2 mil,enquanto em outros orquidários ospreços variam entre CrS 600 e CrS1.200.

Quando dá certo, o cultivo comer-ciai de orquídeas acaba se tornandopatrimônio de algumas famílias, comoa dos Altenburg, donos da Florália.Mas se o assunto é tradição, são osdescendentes de Pedro Maria Binotque entram em alta. São eles que le-vam adiante o trabalho do patriarcada família, fazendo do Orquidário Bi-not, de Petrópolis, o mais antigo doBrasil. Há 50 anos, Jorge Verboonencuida das mais de 50 mil plantas deixa-das — há mais de 100 anos, garante ele— por Pedro Maria, padrasto de seupai. A exportação também está napauta dos negócios, e em 1989 foramexportadas 20 mil plantas para os Es-tados Unidos, Japão e Alemanha. Jor-ge, ao contrário de outros orquidóíilosprofissionais, que preferem não reve-lar o quanto faturaram no ano passa-do, calcula que o Binot ganhou cercade US$ 140 mil com a venda de orquí-deasr e palmeiras. Para os amadores,uma quantia que, sem sombra de dúvi-das, os leva a pensar seriamente emtransformar o hobby em negócio. Afí-nal, eles sabem que a crendice popularque diz que orquídeas dão azar já écoisa do passado. Ao contrário, dãolucro.

Como plantar

lantar orquídeas em casa exige pa-ciência, um cantinho claro e arejado e

~ alguns truques: regar pela manhã pa-nt que à noite estejam secas; não molharquando o \axim estiver úmido; em diasquentes, borriíar água nas Folhas, e nãodeixá-las expostas ao sol. Uma vez por anoas orquídeas florescem. As sementes podemser obtidas na OrquidaRIO (R. Sorocaba,122. Botafogo). Raimundo Mesquita dá di-

. cas de como plantar: ? Pegue frascos trans-parentes, como os de refrigerante. Coloquesob as tampas uma borracha para vedar,fure-as e ponha os frascos na panela depressão com água. Leve ao fogo por meiahora ? Faça um suco de tomate natural ou

uma pasta de banana d'água verde comaçúcar. Faça uma geléia com 12 g deAgar-Agar, produto à base de algas, 15g deaçúcar e o suco. Complete com água até umlitro. Leve ao fogo brando até dissolver.Despeje I cm da geléia em cada frasco.Tampe e leve à panela de pressão por maismeia hora. Esfrie até ficar dura. ? Ponhaalgumas sementes numa seringa descartávele algodão no canhão da agulha para evitar aperda de sementes. Encha a seringa comlcm3 de água sanitária e 9cm3 de água.Agite e pressione a seringa até esvaziar.Repita o processo só com água. Reenchacom água destilada e injete quatro gotas nagarrafa com a mistura. Tampe bem e espereum ano. ? Quebre o frasco e ponha amistura num vaso. Quando as plantas cres-cerem, coloque em vasos.

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jfffífJam Marcier fez no Pio o lançamento nacional doa móveis Mackintosh

Antes tarde

Demorou, mas veio. Ter-ça-feira passada, MatiasMarcier fez o lançamento na-cional, no Rio Design Center,da primeira remessa produzi-da no Brasil de três obrasclássicas do mobiliário criado

pelo arquiteto escocês Char-les R. Mackintosh. Trata-sedo conjunto para sala de jan-tar composto pela mesa altaG.S.A. e as cadeiras IngramHigh e Ingram Low. Feitosem ébano negro, os móveisforam desenhados em 1900 echegam agora ao Brasil coma marca Probjeto, a únicafábrica brasileira autorizada

pela italiana Cassina — de-tentora dos direitos sobre ascriações do arquiteto — a

produzi-los por aqui. "É im-portante que as pessoas sai-bam que as peças não sãocópias, mas reedições nume-radas e supervisionadas dire-tamente pela Cassina", dizMatias, que organizou amostra Mackintosh: Há 90Anos um Revolucionário paracomemorar a chegada tardia."Vamos transformar a lojanum grande mostruário dotrabalho desse inovador dasformas." Os móveis ficam emexposição na Matias Marciercom exclusividade até o dia19 de julho.

¦| vez na rota inversa. Faz duas3 exposições simultâneas de

§ suas pinturas expressionistas

g no Centro Cultural CândidoS Mendes, a partir das 18h. e

no Instituto dos Arquitetosdo Brasil, a partir das 21h30.para no dia seguinte voltaraos bons tempos em estiloprofessoral: começa a dar umcurso de introdução à carica-tura, no próprio CândidoMendes. "Em meu trabalhonunca separei as coisas", ga-rante. "O componente críticoe o traço de caricaturista per-maneceram vivos nas telas."As exposições ficam abertasao público até o dia 15.

Toque infantil

Um novo nome na conste-lação de brasileiros que bri-lha no jazz americano. É IvoPerelman. saxofonista paulis-ta radicado nos EUA queacaba de lançar seu primeiroálbum por lá. Incensado pelacritica como uma das revela-ções do ano e com a partici-pação em seu disco de ferasjazzisticas como Airto e Fio-ra Purim. John Patitucci. Pe-ter Erskine e Don Preston.Perelman impressionou nãosó como instrumentista, mastambém pela escolha do re-

pertório. São músicas infantisbrasileiras como Escravos cieJò. O cravo c a rosei. Teresi-nha de Jesus, entre outras,além de dois novos arranjos

para El dia em que me quierase Ponta de areia, de MiltonNascimento.

Molíica expõe e ensina

Sem dilemas

Cartunista ou pintor? Pa-ra o caricaturista e artistaplástico carioca OrlandoMollica. o dilema nunca exis-tiu. "O humor foi a porta queencontrei para redescobrirmeu lado artístico", diz ele.Mas quem pensou que, dosdesenhos dos anos 70 no Pas-quim às telas de sua atualfase como pintor. Mollica ti-nha entrado numa estradasem retorno, enganou-se. No

próximo dia 2 de julho, eleabre de novo a porta, desta

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As Wilson Phillips

o o saxofonista PerelmanO

s Novas na praia

5 Foi preciso uma nova ge-ração para unir os BeachBoys ao The Mamas and thePapas. O feito é do trio Wil-son Phillips, composto porCarnie e Wendy Wilson, fi-lhas do Beach Brian Wilson,e por Chynna Phillips, filhados Papas John e MichellePhillips. Seu compacto Holdon chegou à lista dos Hot 100da Billboard e o primeiro LP.Wilson Phillips — que embreve será lançado no Brasil—. promete seguir o mesmocaminho.

Domingo 23

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JOAQUIM FERREIRA DOS SANTOS

Fitos Hart

No i nício, Vilma achavamuito estranho ficar tocandopiano para pessoas que nãoouviam e sc ocupavam maisem tagarelar entre uma garfa-da e outra. Depois acostu-mou. Está completando 12anos no Demoiselle, restau-rante do Aeroporto do Riode Janeiro, e só não entendeua timidez do brasileiro: "Eles

têm vergonha de aplaudir emrestaurante, mesmo quandotoco uma música a pedidodeles". Entre as músicas, Vil-ma conversa com os fregue-ses: "Eles me contam seusproblemas e às vezes comuma música ajudo a reconci-liação de casais."

Fernando Barberé

lagartixa profissional aceitatrabalho. E o caso de Fernan-do Barberá, um dos princi-pais alpinistas brasileiros,que está abrindo com o ami-go Alexandre Portela, umaempresa, a Rapei, destinada atrabalhos arriscados em luga-res íngremes e difíceis. Dublêpara filmagens, limpeza deencostas para condomíniosjunto a pedreiras, limpeza deprédios, resgates, etc:»"NaEuropa, esse tipo de trabalhoé muito divulgado. Em Paris,por exemplo, são alpinistasque fazem a limpeza da pi-râmide de vidro do Louvre."

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Foto d* Renato Velasco

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Volta ao Rio para curta tem-porada. Quinta-feira dá pa-lestra na Santa Úrsula, nasexta, workshop no EspaçoCoringa. Agenda: as últimasnovidades da liberação ener-gética e muito humor. Se-mana passada Aron exibiauma madeira redonda e dizia:"E o testículo fossilizado doBuda."

José Santos

E le leva o freguês do térreodo Rio-Sul até o 44° andar daTorre, onde está a mesa cincoestrelas do Maxim's. Recep-cionista finíssimo e agradeci-do por toda a atenção de suaelegante freguesia. "Em noitede banquete alto dá pra con-tar com CrS 4 mil de gorjeta.

Só no Dia dos Namorados euganhei o salário do mês." Osegredo da profissão é sim-pies:

"O negócio é tratar bemo cliente, que na saída ele nãote esquece. Ali eu me sinto naposição de um guru, vou sóguiando as pessoas."

Aron Abend

i4ron apresentou a bioener-

gética ao Brasil. Foi no iníciodos 70. Antes, no governoGoulart, participou do Planode Alfabetização com Paulo

reire. Nos últimos anos an-dou por cursos de meditaçãocom o Rajneesh, formou gru-pos de terapia em Madri.

Quinto lugan a bandeira no aafalto da Conde deBon&m, Tijuca

As iuas mais bonitas

do Rio no concurso

Cidade de Olho na Copa

mm «o Rio há tradições que não levamíWÊ mais de duas Copas para se perpe-

tuar: ruas e avenidas coloridas deverde e amarelo, numa demonstração deunião e entusiasmo do carioca pelo fute-boi. não deixam mentir. Foi para incen-tivar esta festa que o caderno Cidade e aRádio Cidade, com o apoio da Riotur.criaram o concurso Cidade de Olho naCopa. Sete jurados percorreram 10 ruasfinalistas e escolheram a Ronald de Car-valho, cm Copacabana, como a maisbonita — confira as outras nestas pági-nas. A vitória ficará marcada numa pia-ca de bronze fixada em um pedestalinaugurado na última quarta-feira. Como concurso, decorar as ruas durante aCopa — costume iniciado em 1982 —

passa a ter caráter oficial. E a cada

quatro anos. além da disputa pelo títulode campeão mundial, o carioca vai tor-

çer também para ver sua rua campeã.

A taça

do

asfalto

0CIDADE

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Décimo: Souza Aguiar, Méier 3°s Paiaaandu outra a Praia do Flamengo o Senador Vergueiro

40; fpifc^m Paiaaandu, Flamengo Nono: Rua Volga, em Bangu Oitavo: Haddock Lobo, Tijuca

Sétimo: a Avenida N.Sa de Fátima, Centro Sexto: Riachuelo, Centro

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REGINA MARTELLI

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A l|f* ÍWModa

O homem

da capa

A capa ama-rela de A Fa-vorita, sobrepaletó e ca-miaa. deGiorgio Ar-mani comgr avataSaint Gall.BreathleaaMahoney empretinho decrepe daMarca e Cia

Com estréia prevista para 20 de julho, D/cfc Tracy, o filme, promete dar o que falartambém na moda. Ao contrário da roupa ridícula do Batman, o charmoso detetive (leiaquadro na pág. 31) sempre se apresentou com ternos impecáveis, chapéu e uma elegantecapa amarela. Sobriedade para contrastar com a sensualidade de Breathless MadonnaMahoney. Warren Beatty, o inverno e chuvas esporádicas podem contribuir para que ovestuário incorpore as capas de gabardine que tiram o folêgo de qualquer mulher. Nasfotos. Christine Fernandes e Franklyn, da Talent. Maquiagem e cabeça, Hair by Dudu.Produção de Yara Figueredo.

Domingo 2 H

Fotos de Ricardo Leoni

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Domingo 29

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Ela usa blusa Fa-bricatto e saiajusta Filiar Rossi.Ele, paletó Geor-ges Henri, camisaMr. Wonderful,gravata SaintGall. A capa éGiorgio Armani

Domingo 30

Domingo 31

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Sangue-frio

¦h >a Chicago dos anos 30, a políciaJwã perdia de goleada dos bandidos

como numa cidade contemporâ-nea que conhecemos, e o desenhistaChester Gould resolveu criar Plainclo-thes Tracy, um investigador à paisanacapaz de dar uma mãozinha aos homensda lei. O primeiro nome foi podado paraDick, abreviatura de detetive, e a caralogotipo, de queixo e nariz quadrados,abria alas para a mais original das histo-rias em quadrinhos. Um herói feio, semsuperpoderes, teimoso e sentimental, ca-

paz de combater o mal com a violênciade tonéis de tinta preta. E os darks aindanem eram nascidos.

Mas não foi só isso que tornouDick Tracy popular. Além das encani-çadas batalhas onde podia levar bala,ser incendiado ou sofrer torturas diver-sas, atraía multidões para sua tira diá-ria, publicada primeiro na ChicagoTribune, através de outros ganchos:um elenco de vilões lombrosianos e oarsenal de invenções, que faziam a his-tória decolar do hiper-realismo ao deli-rio total: um rádio de pulso liga odetetive à Central de Polícia; uma câ-mera de anel tira fotos microscópicas;um circuito de TV vigia locais de risco— antecipando um equipamento hojecorriqueiro nas megalópoles.

Democrática, a tira de ChesterGould, um americano de Pawne, Okla-homa (1900-85), que pilotou o persona-gem até 1977, também dotava os ban-didos de perspicácia científica. Oespião nazista de testa múltipla TheBrow, em 1944, montou uma máquinade confissão apta a perfurar as vítimas.

Houve até quem inventasse um projétilde gelo capaz de matar sem chance

para a balística. O cover cinematográ-fico de Warren Beatty estiliza DickTracy para os 90, sem preservar tantos

detalhes. Nem o rosto quadrado do

personagem foi transposto para a tela.

Mas a essencia tragicômica da criação

permanece fiel às idéias do autor: Semuma dose de humor, não se escreve

seriamente", ensinava Gould.

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Sérgio aceita qualquer desafio para dar alegria às crianças

Gepeto eletrônico

Ele conserta a última novidade em brinquedos

M^afaèl Gomes veio ao mundo hádois meses e já sabe das coisas.Acostumado a dormir ao som de

um brinquedo de corda, noite dessas sepôs a chorar quando o brinquedo que-brou. "Ele não dorme com nenhumaoutra música", conta a mamãe Valéria,que no outro dia teve de correr para aloja Pra Criança (Av. Nossa Senhorade Copacabana, 581 /loja 17 — Tel.:236-0074) em busca de conserto e sos-sego: "Passei

por aqui outro dia e re-solvi experimentar." Em três minutos,Valéria, Rafael e a irmã Renata saíamfelizes com o briquedo enquanto, den-tro da loja, Sérgio dos Santos Cristóvãojá enfrentava o desafio de decifrar omecanismo de um papagaio de pelúcia,brinquedo que repete tudo que se fala.'Não largo um brinquedo até descobrir

o defeito, às vezes sonho com a solu-ção", diz Sérgio, uma espécie de Gepe-to dos tempos modernos, sem pinó-quios à sua volta mas repleto decomplicados aparelhos eletrônicos queele faz funcionar com a precisão de umrelógio.

Sérgio é bem mais novo que o velhocarpinteiro que queria um filho de ver-dade para companhia. Tem 35 anos,quinze de profissão. Nascido e criadono Humaitá, maníaco por perfeição earrumação, desde cedo consertava ospróprios brinquedos. Não demoroumuito para os vizinhos descobrirem seutalento e Sérgio começou a atender deporta em porta. Há sete anos, final-mente, ele armou um grande salto. "Fui

na Fábrica da Estrela, em Vila Isabel, epedi que eles me fornecessem matéria-prima." Hoje, é consertador autorizadotambém pela Grow, Mimo, Atma eBandeirantes e detém um catálogo de8.000 clientes, no Rio, São Paulo, Vitó-ria e Recife. Mas é a manutenção dosbrinquedos do Free Shop do AeroportoInternacional do Rio de Janeiro que lhetraz os maiores desafios. "Eles me man-dam brinquedos importados, coisas no-vas, cheias de circuitos."

Apesar de consertar qualquer brin-quedo, Sérgio é especialmente hábil comos eletrônicos. "Estou me formando emProcessamento de Dados só para exerci-tar meu raciocínio lógico." Estimuladopela filha Carolina, de 11 anos, ele estádesenvolvenedo um controle-remoto pa-ra o carro da Barbie, uma das maiorespacientes da Pra Criança — á substitui-ção de um quadril da boneca, por exem-pio, custa Cr$ 645. Cada brinquedo daloja conta uma história. Não faz muitotempo, Sérgio teve que fazer um conser-to de emergência na boneca de umamenina de 4 anos que era uma espécie deLinus, personagem de Charles Schultz, esó se separava da boneca em curtíssimosespaços de tempo. Existem também assenhoras que tratam bonecas como fi-lhas e o pai rico que compra brinquedostão sofisticados para o filho que nuncaconsegue fazê-los funcionar. De todos, oque ele mais gosta são os de lata. "Eles

têm uma tecnologia única", diz o Gepe-to eletrônico. "Comparativamente

àépoca em que foram criados, são muitomais sofisticados que os modernos."

# ilustríssimo domingo

Chope colorido desgostou apreciador da bebida

Colorido indigestoQuero registrar meu pro-

testo contra o tal de chopecolorido (Domingo n° 735).Concordo com AntonioHouaiss quando diz que

"tal-

vez seja uma derivação paraquem não gosta de cerve-ja". Não consigo imaginar

que alguém que aprecia a de-licia que é o chope possa to-mar esta coisa colorida. Essenegócio me faz lembrar acampanha para presidente.Deve ser tão ruim quanto o

que está no poder. ManoelBomfim de Lima, Rio de Ja-neiro, RJ.

Ecologia em altaVenho parabenizar a edi-

ção do artigo Há vida no meioda lama, da Domingo n° 734.em que foi colocada a impor-tância dos manguezais como"maternidade do mar" e asagressões que estes vêm so-frendo na cidade do Rio deJaneiro. Quero lembrar quetambém no Estado do Rio deJaneiro, em Angra dos Reis.os manguezais (áreas de pre-

realidade; 2) não usamoschurrascarias para fechar ne-

gócios; 3) a empresa Sua Ma-8 jestade Roupas S.A. foi cita-

| da indevidamente, uma vez

| que não fecha negócios emchurrascarias/restaurantes. Aela nossas desculpas. AntonioCastoldi, Rio de Janeiro, RJ.

servação permanente) estãosendo totalmente destruídospor aterros e desmatamentosilegais, para construção demansões e condomínios dealto luxo, e denunciar asameaças que o secretário mu-nicipal de Meio Ambiente deAngra dos Reis, o biólogoMario Moscatelli, vem rece-bendo. Os estudantes que as-sinam esta carta pedem queos órgãos competentes (?),como a Feema, parem de ser

coniventes com a destruiçãoindiscriminada de nossos am-bientes (...) Claudia do ValeMadeira, representante do C.A. de Biologia da UERJ, emais 57 assinaturas, Rio deJaneiro, RJ.

DesculpasCom relação à matéria O

lugar da comilança, da Do-mingo n° 736, esclarecemosque: 1) o horário citado, de12h às 18h, não condiz com a

Malho a malhoNão poderia me omitir so-

bre a matéria Quadro a qua-dro (Domingo n° 736). queapresenta uma telenovela me-tida a protesto. É engraçadoa família Farias se manifestarassim tão repentinamente,como se fosse a única atingi-da pelo nefasto governo Col-lor no setor cultural. Elessempre se deram muito bemcom os governos passados,com o pessoal da Embrafilme(...) Do que é que este meninoestá reclamando? Será que serfilho do Roberto Farias ouparente do Barretão é a chavepara todas as portas? (...) Écomo diz o velho ditado: depau que nasce torto, até acinza é torta. Nèlio Menezes.Rio de Janeiro, RJ.

# HORÓSCOPO de 24 a 30 de junhoCARLOS MAGNO

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Áries ? 21/3 a 20/4

Hoje e amanhã são dias que pe-dem maior rigor e seriedade nassuas ações e decisões. Evite ex-cessos e atitudes estabanadas, so-bretudo na esfera familiar.

Touro ? 21 /4 a 20/5

Abertura para novos relaciona-mentos, imprimindo à sua perso-nalidade uma maior rebeldia ino-vadora e trazendo confrontoscom figuras de autoridade. Rejei-te escapismos.

Câncer n 21/6 a 21/7

A palavra-chave da semana é:imprevisibilidade. A vertigem dosfatos poderá tirá-lo do seu eixo,vivendo uma semana incomumde mudança frontal da rotina.Impulsividade indomada.

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Leão ? 22/7 a 22/8

Não é a toda hora que vivemosuma oposição Sol-Urano, que setornará exata na sexta-feira, re-volucionando a rotina do planetanum clima de tensão e de altavelocidade. Rupturas.

Libra ? 23/9 a 22/10

A semana deve ser iniciada commaior pulso para organizar as-suntos pendentes, merecendo dasua parte maior paciência e serie-dade ao avaliar questões comer-ciais.

Escorpião ? 23/10 a 21/11

A semana traz confrontos mar-cantes com pessoas que represen-tam o passado e simbolizam ofator que impede a sua total in-dependência. Drible incidentescotidianos.

Sagitário ? 22/11 a 21 /12

Esta semana não convida você ariscos extremados, sobretudo navida pessoal e financeira, onde ofator surpresa pode trazer algumtranstorno de última hora. Sejacauteloso.

Capricórnio - 22/12 a 20/1

Reveja os prós e os contras doque foi vivido de seis meses paracá e determine modificações e re-forços que tragam uma remode-lação das suas relações mais im-portantes.

Aquário ? 21/1 a 19/2

Esta é uma semana que destaca aoposição Sol-Urano, quebrandoos tabus e o ritmo normal da vidade toda a gente. O ideal é rompercom o passado, mas com muitotato.

Peixes ? 20/2 a 20/3

Não espere que os outros tomematitudes que ajudarão você a re-solver seus problemas partícula-res. Dê seu grito de independên-cia, evitando atos rebeldes eexcêntricos.

Gêmeos ? 21/5 a 20/6 Virgem ? 23/8 a 22/9

Tal como ocorreu em maio do A hesitação deve ser substituída

ano passado, Vênus passeia por pela coragem, mesmo que você

Gêmeos a partir da noite de hoje, coloque mil obstáculos na frente

ficando neste signo até 20 de ju- na hora de agir com vigor, colo-

lho próximo. Abertura amorosa cando para fora toda a sua indig-

e artística. nação.

Domingo 33

QuadrinhosGarfield jim davis

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Domingo 35

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Domingo 36

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* Tutty vasques

Carta aberta ao Mestre Zu

Colunista sente que seu estilo e^íáj^iudando e, assustâdo, pede conselhos

TURIM

— Tanto tempo nestacidade me credencia a uma certaintimidade com a elegância dis-

creta de suas esquinas e com a negativaconcreta de suas meninas. Me acostumeia tudo isso: sentar no Mole passou a sera mais completa tradução de quem, atéchegar aqui. só tinha na cabeça Áfricasutópicas e Quilombos de Zumbi. E euficava ali, acomodado num banco daMole Antonelliana — o Empire Statetorinense — a imaginar quantas músicaseu não poderia compor nesses últimos 24dias, se tivesse a metade do talentodo Caetano Veloso. Eu queria muitotransformar em poesia a energia pós-moderna que. imaginava, me unia aoVelho Zu e ao Velho Mundo. Sempre

que me lembrava de um e pisava nooutro, me vinha essa imensa vontade decaetanear o que há de bom.

Vocês devem estar imaginando que aCopa do Mundo não me fez bem. Não éverdade! É que estando assim, absoluta-mente distante da esquizofrenia nacionalem busca da razão econômica, minhaveia poética exige de mim muito mais do

que a ferrugem me permite oferecer. Araiva, a bronca, a fúria dos contra-ataques que por tanto

tempo lubrifícaram minhas engrenagens estilísticas, acabaram

por embotar o doce prazer de fazer poesia. E, quando eu tento,

sai uma coisa assim, meia rococó. Então eu levanto do Mole e

saio por aí duro de vontade de dobrar uma esquina e toparcom aquela careca sensata do Mestre Zu. Me ensina, amigo,

me ensina a fazer poesia, que eu te ensino a namorar! Pode

torcer o seu nariz malicioso, caro leitor pré-moderno. Eucompreendo seus problemas!

Mas, por favor, entenda os meus! Estou com dificuldades

de escrever e — talvez seja isso — com muito medo de não

encontrar as trilhas poéticas que o Velho Mundo me sugere e

um dia voltar ao Mundo Cão sem a aspereza e a maldade que

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fazem parte do meu produto material deentretenimento sarcástico. Ainda faltamuito para eu voltar, mas me permito,nesse espaço dominical onde posso bateruma bola sem falar de futebol, especularsobre o Tutty que, um dia, vai dar devolta numa praia qualquer do Leme aoPontal. Não houve nada igual em tantose tantos anos de sobrevivência guerreirano meu aparelho do Encantado. Nuncaconsegui pensar no que iria acontecercomigo depois do dia seguinte. Agora,impregnado de trabalho, mas desconta-minado do vírus da emergência caóticanacional, eu penso, logo existo. Saí doCTI, amigo Zu!

É dia do meu aniversário, Zu! Muitoobrigado, cara! E eu queria de presente a

possibilidade de reencontrar um novocaminho para a minha pena. E, nessashoras, fico doido de vontade de te ver eescutar essa careca mundana. Deve ser

por isso, por ter um pé em cada canto domundo, que a sua cabeça consegue sepa-rar o tapa da pancada. Tá vendo só: meenrolo todo quando entro numa de bus-car uma imagem poética que substitua acostumeira saravaida verbológica. Sai

uma labial no lugar de uma palatal e, de vez em quando, batode frente na línguodental. Dói pra caramba!

Na Itália, o sujeito tem sempre um bom predicado para lhefazer companhia nas orações por uma vida melhor. Ninguém

pega uma preposição qualquer e sai por aí, abrindo o verbo ebatendo o pé de teimoso. Não! Aqui todo mundo tem nome,

pronome e cognome. Os artigos são da melhor qualidade e as

máquinas de calcular desconsideram as operações de subtra-ção da dignidade popular. Olha aí de novo a minha poesiadescambando para um jeitinho vulgar de enfeitar a construçãosintática. Sorte que está acabando o papel de carta e o porteirodo Mole tá querendo fechar a portaria. Eu quero mais!Alguém aí pode me ajudar? Beijos, Tutty!

AS COBRASLUIS FERNANDO VERÍSSIMO

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Domingo 38

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Sebaatiio Salgado

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w^ois craques da foto-

MM grafia internacionalexpõem no Rio esta

semana uma coleção de seusmelhores trabalhos. O mes-tre francês Henri Cartier-Bresson e um de seus discí-

pulos mais atentos, o hrasi-leiro Sebastião Salgado,estarão na Casa Brasil-França a partir de quarta-feira. São 1.555 trabalhosde Bresson, com novidades

para quem assistiu a sua úl-tima expo aqui. em 1985. noMAM Salgado vem com 55fotos. Pág. 4. Foto de capade Bresson. Os Trapalhões,

por Zeca Fonseca.

Show

O som agressivo e de letrasdepressivas do Jesus e MaryChain, urti grupo escocês deboa carreira no rock dos 80,apresenta-se quinta e sextafeira no Canecão, dandoinício a uma grande turnêpela América do Sul emostrando as letras do LPAutomatic. Pág. 25

The Jesus e Mary Chainfazem ahowa quinta esexta no CanecÃo

Teatro

O humor urbano de PedroCardoso e Felipe Pinheiroestá de volta a partirde sexta-feira com oespetáculo A macaca, noCentro Cultural Banco doBrasil. A dupla lançou algunsdos principais momentos doteatro besteirol na décadade 80. Pag. 24

Felipe Pinheiro e PedroCardoso estréiam Amacaca no B. do Brasil

Cinema

O nome mágico dos Trapalhões,a maior bilheteria do cinemanacional, puxa o elenco de Umaescola atrapalhada, que estréia nasexta-feira em 117 cinemas dopaís. No elenco, o roqueiropaulista Supla e a apresentadorada Rede Manchete, Angélica.Pág. 26

Angélica está em Umaescola atrapalhada, umfilme dos Trapalhões

Sebastião SalgadoSUMARIO

Televisão

Artes

O poeta daesculturabrasileira,Amílcar deCastro, mostraseus novostrabalhos apartir de

quinta-feirana galeriaThomas Cohn, emIpanema. Pág. 24

Cena Aberta

As atrizes daTV continuamcom os olhospregados natela da Copado Mundo, masnem sempreestão muitopreocupadas coma bola, mas simcom o charmedos craques.Pág. 7

O melhor filmeque as tvs

programarampara hoje ésem dúvidaO discretocharme daburguesia, deBunuel, que aBandeirantesapresenta às20h.Pág. e

IíI

Programa 3

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Henri Cartier-Breaaon eternixou eata paiaagem franceaa^n^96^^^^^^^M

Flagrante de Sebaatiio Salgado no Peru, em 1977

CAPA

Festa para

os olhos

Programa 4

Exposição reúne

Salgado e

Cartier-Bresson

uem gosta de foto-ffl grafia, deve preparar3K3p o espírito, pois o que

vem por aí é de tiraro fôlego. Nada menos do que155 fotos de Henri Cartier-Bresson, um dos mestres da fo-tografia do século 20, estarãoexpostas, a partir desta quarta-feira, na Casa França-Brasil.Mas isso não é tudo. Para justi-ficar o nome e objetivo comque foi criada a casa — incre-mentar as relações culturais en-tre os dois países —, tambémfazem parte da mostra 50 fotosde Sebastião Salgado, famosofotógrafo brasileiro que atual-mente vive em Paris. Entre asfotos da exposição Cartier-Bresson/ Sebastião Salgado.Fotografias estarão aquelas queparticiparam, no ano 1985, damostra sobre a arte de Cartier-Bresson, no Museu de ArteModerna, além de muitas ou-tras, inéditas.

Trata-se, na verdade, deuma retrospectiva sobre a obrade Bresson, organizada peloCentro Nacional da Fotografiade Paris, com fotos feitas entrea década de 30 e os anos 70.Entre elas, as clássicas, badala-díssimas, como a das prostitu-tas no México e os retratos dosescritores Jean-Paul Sartre, Ez-ra Pound, Truman Capote e doescultor suíço Alberto Giaco-metti. Antes de chegar aos sa-lões da Casa França-Brasil, aexposição itinerante rodou omundo e esteve em lugares co-mo o Centro Internacional deFotografia de Nova Iorque,nos Estados Unidos, e no Ja-pão.

Para a superintendente deProjetos Culturais da CasaFrança-Brasil, Maria EduardaMagalhães, "Sebatião Salgadotem um olhar fotográfico mui-to parecido com o de Bresson.São duas sensibilidades que se

aproximam, já que tanto umcomo o outro percebem no co-tidiano o momento estético".Essa afinidade casou, segundoela, com a intenção da CasaFrança-Brasil "de estabelecerrelações entre os artistas fran-ceses e brasileiros".

Estarão nesta exposição asmesmas fotos de Salgado que,em 1982, foram expostas noMuseu Nacional de Belas Ar-tes, no Rio. A relação entre otrabalho dos dois fotógrafoscomeça logo no catálogo da ex-posição, com uma montagemem que duas fotos dos dois fo-tógrafos se transformam emuma só. Mas o acaso tambémajudou a dar um certo sentidode ordem á exposição. "As fo-tos de Salgado, que compõem aexposição, foram feitas princi-palmente na América do Sul eno nordeste brasileiro. Ele dáum olhar generoso sobre umaárea que o Bresson jamais co-nheceu. Bresson nunca veio aoBrasil, foi no máximo até oMéxico, onde tirou fotos quetambém estarão na mostra",diz Maria Eduarda. Pegandocarona no prestígio desses doismonstros sagrados da fotogra-fia, poderão ser vistos, em mos-tra paralela, os trabalhos dosalunos de comunicação daUniversidade Federal do Riode Janeiro (UFRJ) e do Núcleode Fotografia da Escola de Ar-tes Visuais do Parque Lage, oque soma um total de 225 fotosem exposição. Uma festa paraos olhos.

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nica da Lipoaspiração e a arte da escultura, Dr. OnofreMoreira, que além de cirurgião é escultor, retira as gordu-ras localizadas no abdômem, culotes, coxas, costas, bra-

ços, pernas e ginecomastia (busto em homem). Esta gordu-ra pode ser injetada em outras partes se necessário. As

mamas, mesmo as muito volumosas, são operadas semcicatrizes medianas. Utilizando silicone, são corrigodas ma-mas pequenas ou flácidas, nádegas, pernas e outras par-tes do corpo. Outros problemas que podem receber ade-

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WH TELEVISÃO /Filme* de hoje

O mestre do absurdo

omingo é aquelam W coisa, grandes filmes

prometidos masnem sempre exibidos. A Ban-deirantes acena hoje para oespectador com O discretocharme da burguesia {Le char-me discret de la bourgeoisie,França, 1972), de Luis Bunel. Uma grande obra do pa-cote de filmes do irreverentediretor espanhol adquirido

pela emissora. Se não passar,a Bandeirantes ao menos temuma ótima desculpa. LuisBunuel é o mestre do absur-do.

E absurdo não falta em Odiscreto charme da burguesia.O título já é descarada ironia.O roteiro de Bunuel e Jean-Claude Carriére é um enge-nhoso desfile de falta de sen-tido. E argumento, naquelaacepção americana a que es-tamos acostumados, não há.Um bando de ricos se reúne

para uma noitada. Planejamtráfico de cocaína, se envol-vem num crime, se dedicamaos embates de Eros e tentamsair para um jantar, sempreinterrompido por algumainesperada sandice. Meradesculpa para lambadas vá-rias e doídas no lombo do

pessoal da casa grande. Uma

O DIABRETETV E— 16h(Un bon petit diable) de Jean-Claude Brialy. Com PhilippeClay, Alice Sapritch, MichelCreton e Bernadette Lafont.França, 1983.Drama. Em 1860, na Norman-dia, irrequieto órfão vive sob otacão de uma velha avarenta eegoísta. Cor (90'). Cotação: ?O CAÇADORTV E — 20h(Rogue male) de Clive Donner.Com Peter 0'Toole, JohnStranding, Alistair Sim e Ha-rold Pinter. Inglaterra (TV),1976.Suspense. As vésperas da 2aGuerra, inescrupuloso caçadoringlês tenta conseguir novo tró-feu: a cabeça de Hitler. Cor(113'). Cotação: ?O DISCRETO CHARME DABURGUESIATV Bandeirantes — 20h(Le discret charm de la bour-

Fernando Rey pratica seu charme indiscreto

perfeita forma surrealista pa-ra o conteúdo favorito do di-retor: sexo e o ridículo dasinstituições e da igreja.

Fernando Rey, StephaneAudran. Jean-Pierre Cassei eMichel Piccoli são alguns dosatores que se dedicam comgosto a esta nada discreta es-culhambação dos costumes.Curiosamente, a furiosa sáti-

geoisie) de Luis Bunuel. ComFernando Rey, Delphine Sey-rig, Stephane Audran, BulleOgier e Jean-Pierre Cassei.França, 1972.Absurdo. Grupo de esnobes en-dinheirados tenta sair para jan-tar mas são sempre impedidospor algum fato inusitado. Cor(105'). Cotação: ? ? ?O CONQUISTADOR DOORIENTETV Corcovado — 22h(II conquistatore d'Oriente) deTTanio Boccia. Com GiannaMaria Canale, Rik Battaglia,Paul Muller e Furio Meniconi.Itália, 1960.Épico. No antigo Oriente, he-róico aventureiro desafia o po-der de um violento e despóticousurpador. Cor (90'). Cota-ção:*LOUCADEMIA DE POLI-CIATV S — 22h(Police Academy) de Hugh Wil-

ra de Bunuel conquistou ocomportado cinema america-no. O discreto charme da bur-

guesia ganhou o Oscar de me-Ihor filme de língua nãoinglesa. Prêmio muito maissignificativo ganha o especta-dor hoje. O filme vai ao ar emversão original legendada.

ROGÉRIO DURST

son. Com Steve Guttenberg,Kim Cattrall, G.W. Bailey,Bubba Smith e Donovan Scott.EUA, 1984.

Comédia. Quando as exigênciaspara o ingresso na força policialde uma cidade americana sãorepentinamente reduzidas, umbando de completos débeismentais entra para a Academiade Polícia. Cor (92'). Cotação:*

CÓDIGO DO SILÊNCIOTV Globo — 23h55(Code of silence) de Andy Da-vis. Com Chuck Norris, HenrySilva, Bert Remsen, Molly Ha-gan e Mike Genovese. EUA,1985.Ação. Tira bruto e honesto en-frenta não só o crime organiza-do mas a corrupção dentro daprópria polícia. Cor (101'). Co-tação: ?

Programa 6

o

I* w CENA ABERTA Olavo Rufino

Belos e

bons

de bola

<|*âo só os grandes lan-iwtces dos jogos da Copa

do Mundo atraem osolhares femininos. Na ver-dade, as mulheres prestamatenção em tudo. Desde ocarinho no trato com a bolaaté os músculos mais rígidosou o rosto mais atraente.Enquanto a bola rola nogramado, o olhar femininoestá em outra. O da atrizBia Seidl, por exemplo, aBeatriz da novela Mico Pre-to, não desgruda da coxa dogoleiro colombiano Higui-ta. Mas para Scarlet Moonnada se compara à elegân-cia do técnico da seleçãoalemã Francis Becken-bauer.Claudia Raia — "O RenatoGaúcho, embora esteja nareserva, é na minha opiniãoo mais charmoso. O italia-ninho Giuseppe Giannini éum Deus. Como melhorcraque eu fico com o Care-ca. Os olhos mais sensuaissão os do zagueiro alemãoThomas Berthold."Vera Fischer — "Garanto

que ninguém prestou aten-ção em Naji Jouini, árbitrodo jogo entre Brasil e CostaRica. Eu prestei. É bonito,charmoso e competente. Ascoxas, eu escolho as do cen-tro-avante Careca. Outroque é um tipo supersensualé o alemão Thomas Ber-thold. Só perde para o ita-liano Giuseppe Giannini,que é lindo de morrer."Maria Zilda — "O GlennHysen, zagueiro sueco, é umgato. As coxas do Brancoimpressionam. Em termosde charme escolho o italia-no Giuseppe Giannini. Aboca, eu fico com a do ale-mão Thomas Berthold."

Cissa Guimarães — "Pra

mim o Careca é charmoso,bonito e gostoso. Eu diria,irresistível. Além é claro dejogar um bolão..."Bia Seidl — "Fico com ocharme do Branco, lateral

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¦¦¦¦¦¦¦ ¦ ¦. . ¦ • " / • ::,/ ' ' "

Rádio

Caneca mexe com o coração de Cissa Guimarães

O sensual Berthold

esquerdo do Brasil. Osolhos do Giuseppe Gianni-ni, meio-campo da Itália. Amelhor coxa é do Higuita, ogoleiro colombiano."Scarlet Moon — "O maisbonito é o príncipe Giusep-pe Giannini. Os mais char-mosos são os jogadores daseleção dos Camarões. Osmais competentes da equipealemã e o mais chique, mais

O elegante Beckenbauer

tudo, é o Francis Becken-bauer."ítala Nandi — "Como

perso-nalidade admiro muito ocentro-avante brasileiro Ca-reca. Ele é impetuoso. OTaíTarel ganha destaque peloequilíbrio que demonstra emcampo, e o Müller porque éjeitoso e esforçado. Agora, oMaradona, sinceramente, éum chato."

REGINA RITO

Domingo

agora é

programa

jm Rádio JB/AM (940i\ KH z) está estreando

dois novos programasneste final de domingo. Paraquem gosta e quer saber umpouco mais sobre a história dorock. às 19h de hoje começa oBalanço do Rock. e logo após.às 20h. é hora de entrar no arRevista de Domingo, que trazuma agenda completa, com tu-do o que vai rolar de melhor naárea cultural e uma prévia dosassuntos que deverão ser desta-que na semana.

Balanço do Rock surgiu davontade do produtor e apre-sentador Alceu Rodrigues decriar um espaço em que pudes-se relacionar o rock com ocomportamento social de cadaépoca, do pós-guerra aos diasde hoje, e identificar suas raízescomo gênero musical. O pri-meiro programa promete. Al-ceu vai ?ínostrar um materialainda inédito no Brasil: umapesquisa feita em 1966 pela As-sociação dos Produtores deDisco dos EUA. O resultado,divulgado na época pela Bitl-board e pela Cashbox. selecio-nou o supra-sumo do rock feitode 1945 a 1965. No topo dalista, Elvis Presley. seguido porBeatles e Fats Domino.

Já Revista de Domingo.apresentada e produzida porAna Maria Badaró. é uma fór-mula nova de apresentar varie-dades, com música e pitadas dehumor. Ana abre o programacom o módulo Ainda é domingoe mostra as opções para o finaldo dia. Depois, é a vez da agen-.da da semana, que além daprogramação cultural, faz umapanhado dos assuntos quevão estar em pauta. Colaboramna agenda Sônia Carneiro, deBrasília, falando da semana dogoverno e do Congresso, RuiPizarro, com sua análise econô-mica, e Regina Zappa — edito-ra JORNAL DO BRASIL —.

que traça um panorama sobrepolítica internacional. A infor-malidade fica por conta dequadros como A inconfidentedo planalto, onde Sônia entre-vista um político sobre os bas-tidores do governo, e Pombo-correio, em que as melhorescartas serão lidas por um locu-tor misterioso.

Programa 7

ít TV & RADIO

Estréia A, E, I, O...Urca

TV. Manhã6h 6 EDUCATIVO6h30 6 DESENHO ANIMADO6h45 4 SANTA MISSA EM SEU

LAR — Religioso7h 6 COPA TOTAL — Esportivo

7 PAREEPENSE—Religioso7h 15 11 EDUCATIVO7h30 7 A HORA DA GRAÇA — Re-

ligioso9 PROJETO VIDA NOVA —

Religioso11 CLUBE IRMÃO CAMI-

NHONEIRO SHELL — In-formativo

7h35 4 TELECURSO IRRIGAÇÃO— Informativo sobre agricul-tura. Apresentação de SérgioRoberto Ribeiro. Hoje: Reu-nindo água, plantas e animais

7h55 4 GLOBO RURAL — Infor-mativo sobre o campo

8ti 2 PALAVRAS DE VIDA —Mensagem religiosa de d. Eu-gênio Sales

7 ANUNCIAMOS JESUS —Religioso

9 POSSO CRER NO AMA-NHÃ — Religioso

11 PÉ NA ESTRADA — Musi-cal sertanejo

8hl5 7 CADA DIA — Religioso8h30 7 PRIMEIRO PLANO —

Apresentação de RogérioCoelho Neto

8h45 2 MISSA AO VIVO — Cultoreligioso

10 AUTOMOBILE — Programaautomobilístico. Apresenta-ção de Paulo Sant'Anna. Re-prise

8h55 4 A TURMA DO CHARLIEBROWN — Desenho. Episó-dio: Snoopv nos esportes

9 PROGRAMA GERSONBERGER — Apresentação deGerson Berger

% 6 ESTAÇÃO CIÊNCIA — Pro-grama sobre ecologia e ciên-

9h25

9h30

f|p: ¦§ttio

/' i o

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9h45

10h30

10M5

Uh

Uhl5

cias. Apresentação de Gonza-ga Motta e Tânia Viegas

7 SHOW DE TURISMO —Apresentação de Paulo Mon-te

9 COMUNIDADE NA TV —Programa de entrevistas orga-nizadas pela Federação Israe-lita do Estado do Rio de Ja-neiro

11 VOYAGERS —Seriado2 ZERO A SEIS — O PRI-

MEIRO MUNDO — Progra-ma sobre puericultura. Tema:Os assassinos de crianças

4 DISNEYLÂNDIA — Seria-do. Episódio: O touro Ferdi-nando e MkkeyMANCHETE RURAL — In-

formativo sobre o campo.Apresentação de Luiz Adria-noSHOW DO ESPORTE —Esportivo. Apresentação deLuciano do Valle

10 VIBRAÇÃO — Músicas e es-portes de ação. Apresentaçãode Cesinha Chaves e CláudiaTenório

2 AS AVENTURAS DO TIOMANECO — Seriado. Episó-dio: O monstro da serra doimpossível

9 MESQUITA BRÃULIOPERGUNTA: QUEM TEMA RESPOSTA? — Programade competições. Apresentaçãode Mesquita Bráulio

10 REALCE — Músicas, espor-tes e entrevistas. Apresenta-ção de Patrícia Barros, Ricar-do Bocão e Antônio Ricardo.Reprise

11 DUCK TALES —Seriado4 BOM DIA ITÁLIA — Espor-

tivo sobre a Copa6 ESPORTE E AÇÃO — Es-

portivo11 PROGRAMA SÍLVIO SAN-

TOS — Programa de auditó-rio

2 360 GRAUS — turístico. Ho-je: PanamáSELEÇÕES PORTUGUE-

SAS — O SHOW DA MAL-TA — Musical. Apresentaçãode Jorge Sereno

2 UNIVERSIDADE ABERTA— Documentário jornalístico.Hoje: Homeopatia e a integra-ção universidade-em presas

10 ECOLOGIANDO — Jorna-lismo ecológico. Apresentaçãode Ricardo Guterrez e AnaRichard

llh30 6 COPA TOTAL — Raio X dojogo .

11 SBT ITÁLIA 90—EsportivoUh35 4 BOLÃO DO FAUSTAO11M5 2 GLOBO CIÊNCIA — Docu-

mentário6 COPA 90 — Jogo: Brasil x

ArgentinalltóO 4 COPA 90 — Jogo: Brasil x

Argentina10 UM SALTO PARA O FU-

TURO — As novas imagensda Região dos Lagos

TV. Tarde

12b 7 COPA 90 — Jogo: Brasil xArgentina

9 CAMISA NOVE - Mesa-re-donda sobre esporte e entre-vistas. Apresentação de Olde-mário Touguinhó, LuizOrlando e Orlando Baptista

11 COPA 90 — Jogo: Brasil xArgentina

13 VINDE A CRISTO - Reli-gioso

12H15 2 MPB ESPECIAL — Musical.Hoje: Eduardo Duselt

12h30 13 NASHVILLE — Musical re-gjonal

13h 2 SPORT MOTOR ESPE-CIAL — Revista sobre má-quinas e motor

13h3013h5013M5

I4h

15h

15h30

lSh3515b45

15h50

16h

16h3017H5017h55

9 PROGRAMA SÍLVIO SAN-TOS — Programa de auditó-rio

13 CLIP TV — Musical4 BOLÃO DO FAUSTÃO4 DOMINGÃO DO FAUS-

TÃO — Programa de auditó-rio. Apresentação de FaustoSilva

2 STADIUM — EsportivoRESUMO DA COPA — Es-

portivoSHOW DO ESPORTE —Continuação

11 PROGRAMA SÍLVIO SAN-TOS — Continuação

2 VESTÍGIOS DO PASSADO— Documentários. Hoje: Osmaias, os astecas e os incas

6 COPA TOTAL13 CIDADE NUA —Seriado

4 BOLÃO DO FAUSTÃOCOPA 90 — Jogo: Alemanha

x Holanda4 COPA 90 — Jogo: Alemanha

x Holanda2 ESPECIAL CICLO FRAN-

CÊS — Filme: O diabreteCOPA 90 — Jogo: Alemanha

x Holanda13 SESSÃO KUNGFU

4 BOLÃO DO FAUSTÃO4 GP DO MÉXICO DE F-l

TV. Noite

18h 2 INTERVALO — Informativosobre a propaganda no Brasile no mundoCOPA TOTALSHOW DO ESPORTE —Continuação

18h30 13 COLUMBO —Seriado19h 2 CANAL JAZZ — Musical.

Apresentação de RobertoMoura. Hoje: Os contrabai-xista Ron Carter e Luís Alves

4 OS TRAPALHÕES — Hu-morístico

6 ESPECIAL JOÃO BOSCOMusical

19M0 2 JORNAL VISUAL — Noti-ciário dedicado a surdos-mu-dos

19h50 2 REDE BRASIL — DOMIN-GO — Noticiário nacional einternacional

20h 2 ESPORTE VISÃO — Mesaredonda sobre esportes. Apre-sentação de Januário de Oli-veira

4 FANTÁSTICO — Varieda-desPROGRAMA DE DOMIN-

GO — Variedades. Apresen-tação de Paulo Alceu e Caro-lina FerrazCARLTON CINE — Filme:

O discreto charme da burgue-sia

13 ALÉM DA IMAGINAÇÃOSeriado

21h 13 POLÍTICA NACIONAL —Programa político. Apresen-tação de Berto Filho

21M5 6 SHOW DE GOLS — Espor-tivo

22h 2 OPINIÃO PÜBLICA — Re-vista jornalística. Apresenta-ção de Tarcísio e Haroldo deHollandaGRID DE LARGADA — Bo-letim da Fórmula-1APITO FINAL — Esportivo

9 DOMINGO ESPECIAL —Filme: O conquistador doOriente

11 SESSÃO DAS DEZ — Fil-me: Loucademia de policia

22h05 6 JORNAL DA MANCHETEEDIÇÃO DE DOMINGONoticiário nacional e inter-

nacional22hl0 4 A, E, I, O... URCA — Minis-

série de Carlos Manga e DoeComparato em 13 capítulos.Com Débora Bloch, CarlosAlberto Riccelli e Raul Cortez

22h30 6 FREE JAZZ —Musical23h 4 BATE BOLA — Esportivo

7 CARA A CARA — Entrevis-tas. Apresentação de MaríiiaGabriela. Hoje: A ministra daEconomia Zélia Cardoso deMello. Reprise

13 NA CORDA BAMBA — Se-ríado

23h30 2 CINEMA DE DOMINGO —Filme: O caçador

6 COPA TOTAL - TOQUEDE BOLA — Esportivo.Apresentação de João Salda-nha e Alberto Léo

13 PALADINO DO OESTE —Seriado

23h55 4 DOMINGO MAIOR — Fil-me: Código do silêncio

11 PRIMEIRA FILA — Boletimda Fórmula-1

Oh 7 CRÍTICA E AUTOCRÍTICAEntrevistas. Apresentação

de Dirceu Brizola. Hoje: Oministro do Trabalho RogérioMagri

9 POINT BY BENÍCIO BRA-GA — Variedades

11 SBT ITÁLIA 90 — Esportivo0hl5 11 COPA 90 — Reprise do jogos

do dialh35 4 ESPORTE ESPETACULAR

Esportivo. Apresentaçãode Fernando Vanucci

(A programação da TV Búzios/10/25 sópode ser captada na Armação de Búzios,Cabo Frio, Arraial do Cabo, São Pedroda Aldeia e Rio das Ostras).

Rádio Jornal do BrasilAM 940 KHz ESTÉREOJBI — Jornal do Brasil Informa — Às 8h30.12h30,18h30 e 23h30.Repórter JB - Informativo às horas certas.Especiais JB — Das 1 lh às 12h30.Som Latino — Das 21 h às 22h30.Arte Final Jazz — Das 22h à 23h30.Lotação Esgotada — Das 23h50 às 0h30.Noturno — De 0h30 à 1 h56.

FM ESTÉREO 99, 7 MHz10 horas - Reprodução digital (CDs eDATs): Abertura da Ópera Vespri Sicilia-ni, de Verdi (OS Ópera Budapest, Josif Con-ta - DDD - 8:38); Dança Húngara n° 17, deBrahms-Kreisler (Sitkovetsky. Canino -DDD - 3:47); Rondas de Primavera, das 1Imagens para Orquestra, de Debussy (OSLondres, Monteux - ADD - 8:01); Concertode Câmara em Ré maior, para flauta doce.oboé, violino, fagote e contínuo, RV 94. deVivaldi (Petri, Holliger, Ayo, Thunemann -DDD - 11:49); Noite no Monte Calvo, deMussorgsky - Rimsky-Korsakoff (OS Dal-Ias, Mata - DDD - 11:20): Inlermezzo n° 2,em ré bemol, de Poulenc (Rubinstein -ADD - 2:47); Sinfonia n° 5, em dó menor,op. 67, de Beethoven (Fil. Berlim, Karajan -DDD - 30:01); Mazurcas n°s. 44 a 51, op.post. 67 e 68, de Chopin (Antonio Barbosa -DDD - 14:44); Sinfonia em si bemol maior,n° 85 - A Rainha (Quarta das Seis SinfoniasParisienses), de Haydn (Fil. Berlim, Karajan- DDD - 23:51); Concerto em mi bemolmaior, para trompete e orquestra de cordas,de Jan Kritel Neruda (Maurice André -DDD - 15:49); Sonata em dó maior, K 330de Mozart (Horowitz - DDD - 13:24); AsFontes de Roma, de Respighi (Fil. Berlim,Karajan-ADD -17:00).

Rádio Cidade 102,9 MHzSaudade Cidade — Às 7h.American Tog 40 — Às21h.Overdose — As 13h, 17h e 20h.

FM 105 — 105, 1 mu»Musical — Às 6h.Vale a Pena Ouvir de Novo — Às 12h.Roberto Carlos em Detalhes — Às 13hSem Parar— Às 14h, sem intervalos comer-ciais.Musical — Às 16h.

Programa 8

Vfl FILMES DA SEMANA

DIA CANAL/H FILMES

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0 li.in O ULTIMO PISTOLEIRO (The shootist) EUA, 1976, cor, 99'. De Faroeste. Pistoleiro com cancer pensa em se aposentar mas eDon Siegel. Com John Wayne, James Stewart e Ron Howard. desafiado para um ultimo duelo por velhos inimigos.

11 7i,iA * CRIMES EM CHICAGO (Through naked eyes) EUA, 1985, cor, 95' Policial. Flautista com mania de espiar os vizinhos de bino-

De John L. Moxey. Com David Soul e Fionnula Flanagan. culo se torna suspeito de dois insanos homicidios.

A nn.in UM CORPO QUE CAI (Vertigo) EUA, 1958, cor, 128'. De Alfred Suspense. Detetive deixa a policia e aceita seguir a misteriosaHitchcock. Com James Stewart, Kim Novak e Tom Helmore. esposa de um amigo pela qual acaba se apaixonando.

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RÁPIDOS BRUTOS E MORTAIS (Los amigos) Itália, 1972, cor, 92'.De Paolo Cavara. Com Anthony Quinn e Franco Nero.

O NASCIMENTO DA LUA NEGRA — O SUPER CARRO NE-GRO (Black moon rising) EUA, 1986, cor, 100'. De Harley Cokliss.

O ABISMO NEGRO (The black hole) EUA, 1979, cor, 97'. De RalphNelson. Com Maxmillian Schell e Anthony Perkins.

MAIS FORTE QUE A VIÍÍGANÇA (Jeremiah Johnson) EUA, 1972,cor, 107'. De Sydney Pollack. Com Robert Redford e Will Geer.

MALÍCIA NO PAÍS DAS MARAVILHAS (Malice in Wonderland)EUA, 1985, cor, 95'. De Gus Trikonis. Com Elizabeth Taylor.

RENEGADOS ATÉ A ÚLTIMA RAJADA (Thieves like us) EUA,1974, cor, 123'. De Robert Altman. Com Robert Carradine.

S.O.B. (S.O.B.-) EUA, 1981, cor, 121'. De Blake Edwards. Com JulieAndrews, William Holden e Richard Mulligan.

A SAGA DE JIMMY (Pony Express rider) EUA, 1976, cor, 100'. DeRobert Totten. Com Robert Preston e Henry Wilcoxon.

SINOPSE

Faroeste. Pistoleiro surdo-mudo e seu parceiro são contrata-dos pelo governo do Texas que luta pela sua independência.

Ação. Ladrão profissional é contratado pelo governo para recu-perar segredos escondidos num possante carro experimental.

Ficção cientifica. No espaço, à beira de um misteriosoburaco negro, duas naves espaciais entram em conflito.

Faroeste. Ex-soldado vai viver nas montanhas, casa-se comuma india e enfrenta selvagens hostis e caçadores.

Comédia dramática. O encontro entre Louella Parsons e HeddaHopper, as duas maiores colunistas de fofocas de Hollywood.

Criminal. Assaltante é ferido mas salvo por moça simplóriapor quem se apaixona. Ele planeja abandonar o crime mas...

Comédia. Quando percebe que o filme que está relizandoserá um frcasso, produtor resolve transformá-lo num pornô.

Faroeste. No velho Oeste, dois amigos se desentendem ini-ciando uma violenta guerra entre suas famílias.

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MARIA E JOSÉ: UMA HISTÓRIA DE FÉ (Mary and Joseph: a storyof faith) EUA, 1979, cor, 145*. De EricTili. Com JefTEast.

MORTE NOS SONHOS (Dreamscape) EUA, 1983, cor, 99'. DeJoseph Ruben. Com Dennis Quaid, Max Von Sidow e Eddie Albert.

A GRANDE PAIXÃO (The last fling) EUA, 1986, cor, 93'. De CoreyAllen. Com John Ritter, Connie Selleca e Paul Sand.

VERÃO DE ILUSÕES ÍLifeguard) EUA, 1976, cor, 96'. De DanielPetrie. Com Sam Elliott, Anne Archer e Kathleen Quinlan.

COMEÇAR DE NOVO (Letting go) EUA, 1983, cor, 100'. De JackBender. Com John Ritter, Sharon Gless e Joe Cortese.

VIAGEM AO SOBRENATURAL (Out of the body) Australia, 1988,cor, 86'. De Brian Trenchard-Smith. Com Mark Hembrow.

POR QUE EU? (Why me?) EUA, 1984, cor, 100'. De Fielder Cook.Com Glynnis 0'Connor, Armand Assante e Craig Wasson.

A INCRÍVEL MULHER QUE ENCOLHEU (The incredibks shrinkingwoman) EUA, 81, cor, 96'. De Joel Schumacher. Com Lily Tomlin.

AQUELE CASO MALDITO (Un malédetto imbroglio) Itália, 1959,P&B, 115'. De Pietro Germi. Com Claudia Cardinale.

PESADELOS DIABÓLICOS (Nightmares) EUA, 1983, cor, 99'. DeJoseph Sargent. Com Christina Raines e Emílio Estevez.

NOSSA VIDA COM PAPAlí(Lite with father) EUA, 1947, cor, 118'.De Michael Curtiz. Com Irene Dunne e William Powell.

DEGRAUS DO PASSADO (Time travellers) EUA, 1976, cor, 78'. DeAlexander Singer. Com Sam Groom, Tom Hallick e Booth Colman.

OS PODERES DA MÁFIA (Uno uomo in gnocchio) Itália, 1978, cor,123'. De Damiano Damiani. Com Giuliano Gemma.

ROMEU E JULIETA (Romeo and Juliet) Inglaterra, 1954, cor, 138'.De Renato Castellani. Com Laurence Harvey.

ASSASSINO A BORDO (Killer.on board) EUA, 1977, cor, 103'. DePhilip Leacock. Com Claude Akins e Patty Duke Astin.

UM TOQUE DE CLASSE (A touch of class) Inglaterra, 1972, cor,106'. De Melvin Frank. Com George Segai e Glenda Jackson.

Drama bíblico. Dramatização da história de Maria e José,que após o casamento se tornaram pais de Jesus Cristo.

Fantasia. Paranormal com o dom de penetrar nos sonhos alheiosé chamado para acabar com os pesadelos do Presidente.

Romance. Conquistador conhece a mulher ideal durante umaviagem a Acapulco só que a moça está prestes a se casar.

Drama. Salva-vidas leva uma vida muito dura, cercado desol e de garotas de biquíni que o perseguem.

Romance. Viúvo e mulher abandonada entram para um grupode terapia e apesar da insegurança acabam se apaixonando.

Terror. Estudante descobre que seus pesadelos sobre mulhe-res violentamente assassinadas estão realmente ocorrendo.

Drama. Após um acidente, bela moça fica com o rosto horrcn-damente desfigurado e sofre operações para se recuperar.

Comédia fantástica. Por excesso de exposição a produtosindustrializados, dona de casa começa a encolher.

Policial. Departamento de polícia descobre conexão entreum misterioso assassinato e um grande roubo de jóias.

Terror em episódios. Quatro histórias de pessoas envolvidascom um assassino, videogames, um carro e ratos gigantes.

Comédia familiar. Em Nova Iorque, 1890, um casal e seusdois filhos vivem um cotidiano tumultuado e divertido.

Ficção científica. Dois médicos viajam ao século passado embusca da vacina para uma doença que se perdeu num incêndio.

Criminal. Ex-presidiário tenta reconstruir sua, vida, mas seunome está na lista negra da Máfia, que começa a caçá-lo.

Tragédia. Versão cinematográfica da peça de Shakespearesobre os filhos de duas famílias rivais que se apaixonam.

Suspense. Vírus mortal ataca passageiros e tripulação de umcruzeiro e o capitão do navio tenta controlar a situação.

Comédia romântica. Em Londres, americano casado e ingle-sa divorciada iniciam um atribulado caso de amor.

Esta é uma seleção dos filmes programados para a semana.Confira a programação completa, diariamente, pelo Caderno B. Recomendações

Programa 9

t CINEMA

LançamentosSTANLEY E IRIS (Stanley & Iris), deMartin Ritt. Com Jane Fonda, Robert deNiro, Swoosie Kurtz e Martha Plimpton.Metro Boavista (Rua do Passeio. 62 — 240-P91) Barra-3 (Av. das Américas, 4.666 —325-6487): I3h40, 15h30, 17h20, 19hl0. 2Ih.Largo do Machado 1 (Largo do Machado, 29

205-6842), Condor Copacabana (Rua Fi-guciredo Magalhães. 286 — 255-2610), Le-blon-l (Av. Ataulfo de Paiva, 391 — 239-5048). América (Rua Conde de Bonfim, 334_ 264-4246): 14hl0, 16h, 17h50, 19h40,21h30. Norte Shopping 1 (Av. Suburbana,5.474 — 592-9430): 15h30, 17h20, 19hl0,21 h. (Livre).O encontro entre um homem analfabeto euma viúva acaba em romance, onde umcompartilha com o outro seus medos e frus-trações. Baseado no livro de Pat Barker.EUS/1989.BLAZE, O ESCÂNDALO (Blaze), deRon Shelton. Com Paul Newman, LolitaDavidovich. Jerry Hardin e Gailard Sartain.Palãcio-2 (Rua do Passeio, 40 — 240-6541),Barra-2 (Av. das Américas, 4.666 — 235-6487). Tijuca-1 (Rua Conde de Bonfim, 422

264-5246): 13h30, 15h30, 17h30, 19h30.21 h30. São Luiz I (Rua do Catete, 307 —285-2296). Ópera-1 (Praia de Botafogo, 340

552-4945), Roxv (Av. Copacabana, 945236-6245): 14h,' 16h, 18h, 20h, 22h. (14

anos).Nos anos 50, na conservadora Louisiana, acarreira política de um governador ficaameaçada quando ele se apaixona por umasiripper. EUA/1989.WARLOCK — O DEMÔNIO (War-lock), de Steve Miner. Com Julian Sands,Lori Singer, Richard E. Grant e Mary Wo-ronov. Odeon (Praça Mahatma Gandhi, 2 —220-3835). Barra-1 (Av. das Américas, 4.666

325-6487): 13h40, 15h30, 17h20, 19hl0,21 h. Ôpera-2 (Praia de Botafogo, 340 —552-4945), Copacabana (Av. Copacabana,801 — 255-0953), Carioca (Rua Conde deBonfim. 338 - 228-8178): 14hl0, 16h,17h50, 19h40, 21h30. Madureira-2 (RuaDagmarda Fonseca, 54 — 450-1338): de 2* a6', às 15h30. !7h20, 19hl0, 21h. Sábado edomingo, a partir das 13h40. Norte Shopping2 (Av. Surburbana, 5.474 — 592-9430), O la-ria (Rua Uranos, 1.474 — 230-2666): 15h30,17h20, 19h 10, 21h. (10 anos).Terror. Caçador de bruxas persegue o demô-nio através dos séculos e ambos encontram-sc em Los Angeles, onde tem lugar a terrívelluta entre o bem e o mal. EUA/1989.

OBCECADO PARA MATAR (Relen-tless), de William Lustig. Com Judd Nelson,Robert Loggia, Leo Rossi e Meg Foster.Palàcio-1 (Rua do Passeio, 40 — 240-6541):14h, 15h40, 17h20,19h, 20h40. Studio-Cate-te (Rua do Catete, 228 — 205-7194): 14h50,16h30, 18hl0, 19h50, 21h30. Madureira-3(Rua João Vicente, 15 — 593-2146), Ari-Méier (Rua Silva Rabelo, 20 — 249-4544):I4h20, 16h, 17h40, 19h20, 21h. (14 anos).Homem rejeitado pela academia de políciapretende eliminar dois detetives que o pro-curam como a provável próxima vitima deum psicopata. EUA/'1989.

LUA DE CRISTAL (Brasileiro), de Tizu-ka Yamasaki. Com Xuxa, Sérgio Mallandro,Rubens Corrêa, Júlia Lemmertz e MariluBueno. Art-Copacabana (Av. Copacabana,759 — 235-4895), Art-Fashion Mall 2 (Estra-da da Gávea, 899 — 322-1258), Art-Casas-hopping 2 (Av. Alvorada, Via 11, 2.150325-0746), Art-Tijuca (Rua Conde de Bon-fim, 406 — 254-9578), Art-Madureira I(Shopping Center de Madureira — 390-1827), Campo Grande (Rua Campo Grande,880 _ 394-4452), Largo do Machado 2 (Lar-go do Machado, 29 — 205-6842): 14h,15h40, 17h20, 19h. 20h40. Pathè (Cinelândia— 220-3135): de 2" a 4" e 6*. às 12h, 13h40,15h20, 17h, 18h40, 20h20, 22h. 5*, sábado edomingo, a partir das 13h40. Paratodos(Rua Arquias Cordeiro, 350 — 281-3628):14h40, 16h20, 18h, 19h40, 21h20. Ramos(Rua Leopoldina Rego, 52 — 230-1889):15h, 16h40,18h20, 20h. (Livre).Garota do interior vem para a cidade grandecom o sonho de tornar-se cantora, mas sofremuito até encontrar seu príncipe encantado.Produção de 1990.

O COZINHEIRO, O LADRÃO, SUAMULHER E O AMANTE (The cook. lhethief, his wife and her lover), de Peter Gree-naway. Com Helen Mirren, Richard Bohrin-ger, Michael Gambon e Alan Howard. Esta-ção Paissandu (Rua Senador Vegueiro, 35 —265-4653): 15h, 17hl0, 19h20, 21h30. Ari-Fashion Mall I (Estrada da Gávea, 899 —322-1258): 15h30, 17h40, 19h50, 22h. Rica-mar (Av. Copacabana, 360 — 237-9932):14h40,17h, 19h20, 21h40. (18 anos).Ladrão e sua mulher, submissa e maltratada,freqüentam restaurante onde ela conheceoutro homem. Os dois tornam-se amantes,em freqüentes encontros no banheiro dorestaurante. Inglaterra/Holanda/1989.

CINEMA PARADISO (Cinema Paradi-íoJ, de Giuseppe Tornatore. Com Philippe

A TORCIDA BRASILEIRA

CONFIA NO TIME DO

CíjRACÃ

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Pronto Socorro Clínico

LAGOA 286 4142 • TIJUCA 264 1712

246 0404 248 4333

Dr. Antônio Farias Neto — CRM 5231805-9Dr. João Regalia Jr. — CRM:5241938-4

CREMERJ LAGOA: 5295437-7 CREMERJ TIJUCA: 5295436-0

Blaze: politic* e pmixAo nom EUA dom mnom SO

Noiret, Jacques Perrin, Salvatore Cascio eMario Leonardi. Leblon-2 (Av. Ataulfo dePaiva, 391 — 239-5048), Lido-2 (Praia doFlamengo, 72 — 285-0642): 15h, 17hl0,19h20, 21h30. Tijuca-Palace 2 (Rua Condede Bonfim, 214 - 228-4610): 14h30, 16h40,18h50, 21h. (Livre).A morte de um projecionista de cinema, numvilarejo da Sicília, traz velhas recordações aum bem sucedido cineasta. Oscar de melhorfilme estrangeiro. França/Itália/1989.

SOCIEDADE DOS POETAS MOR-TOS (Dead poets society), de Peter Weir.Com Robin Williams, Robert Sean Leonard,Ethan Hawke e Josh Charles. Veneza (Av.Pasteur, 184 — 295-8349): 16h50, 19hl0,21h30. Sábado e domingo, a partir das14h30. Tijuca-2 (Rua Conde de Bonfim, 422— 264-5246): 14h, 16h20, 18h40, 21h. (10anos).Numa escola conservadora, professor de li-teratura estimula o inconformismo dos alu-nos, mas essa nova postura cria inúmerosconflitos. Oscar de melhor roteiro original.EUA/1989.

BAGDAD CAFE (Bagdad Cafe), de PercyAdlon. Com Marianne Sagebrecht, C.C.H.Pounder, Jack Palance e Christine Kauf-mann. Jóia (Av. Copacabana, 680 — 255-7121): 14h50, 16h30, 18hl0, 19h50, 21h30.(Livre).Alemã hospeda-se num motel, em pleno de-serto americano, e sua presença muda a vidade todos os habitantes do local. Alemanha/1988.

INIMIGOS, UMA HISTÓRIA DEAMOR (Enemies, a love siory), de PaulMazursky. Com Ron Silver, Ánjelica Hus-ton, Lena Olin e Margaret Sophie Stein. SãoLuiz 2 (Rua do Catete, 307 — 285-2296),Cinema-I (Av. Prado Júnior, 281 — 295-2889): 15h, 17hl0, 19h20, 21h30. (Livre).Tragicomédia sobre um homem, que fugiupara os Estados Unidos depois da guerra, edescobre que está casado com três mulheresao mesmo tempo. EUA/1989.

ELA Ê O DIABO (She-devil), de SusanSeidelman. Com Meryl Streep, RoseanneBarr, Ed Begley Jr e Linda Hunt. Rio-Sul(Rua Marquês de São Vicente, 52 — 274-4532): 14hl0, 16h, 17h50, 19h40, 21h30. (Li-vre).Mulher abandonada pelo marido preparadiabólica vingança para atrapalhar seu ro-mance com uma escritora famosa. EUA/1989.

UM ROSTO SEM PASSADO (JohnnyHandsome), de Walter Hill. Com MickeyRourke, EUen Barkin, Elizabeth McGoverne Morgan Freeman. Art-Fashion Mall 4 (Es-trada da Gávea, 899 — 322-1258): 14h40,16h30, 18h20, 20hl0, 22h. Art-CasashoppingI (Av. Alvorada, Via 11, 2.150— 325-0746).15h30, 17h20, 19hl0, 21h. Star-Copacabana(Rua Barata Ribeiro, 502/C): 14h, 16h, 18h,20h, 22h. (14 anos).Homem de feições deformadas faz uma ci-rurgia plástica e, com novo rosto, vinga-sedos assassinos de seu único amigo. EUA/1989.

Programa 10

MUITO MAIS QUE UM CRIME (Mu-sic box), de Costa-Gavras. Com JessicaLangc, Armin Mueller-Stahl, Frederic For-rest e Donald Moffat. Star Ipanema (RuaVisconde de Pirajá, 371 — 521-4690): 14h30,16h50, 19hl0, 21h30. Bruni-Tijuca: 14H30,16h40, 18h50, 21h. Sábado nâo haverá aúltima sessão. (14 anos).Operário aposentado, de origem húngara, èacusado de crimes de guerra e sua filhaadvogada prepara a defesa, mas tem dificul-dades para provar sua inocência. EUA/1989.

SUSIE E OS BAKER BOYS (The fabu-lous Baker Boys), de Steve Kloves. Com JeffBridges, Michelle Pfeiffer, Beau Bridges eEllie Raab. Art-Fashion Mall 3 (Estrada daGávea, 899 — 322-1258): de 2' a 6*, às 16h,18h, 20h, 22h. Sábado e domingo, a partirdas 14h. Art-Casashopping 2 (Av. Alvorada,Via 11,2.150 — 235-0746): de 2' a 6'. às 17h,19h, 21 h. Sábado e domingo, a partir das15h. (Livre).Dois irmãos, pianistas de bar, contratamuma bela mulher como cantora, que muda orumo de suas carreiras e de suas vidas.EUA/1989.

DIFÍCIL DE MATAR (Hard to kill), deBruce Malmuth. Com Steven Seagal, KellyLeBrock, Bill Sadler e Frederick Coffin.Madureira-l (Rua Dagmar da Fonseca, 54— 450-1338): de 2" a 6'. às 15h30, 17h20.19hl0, 2Ih. Sábado e domingo, a partir das13h40. Palácio (Campo Grande): 15h30,17hl0,18h50,20h30. (14 anos).Depois de ficar sete anos em coma, detetivedecide vingar-se dos criminosos que tenta-ram matá-lo. EUA/1989.

HARRY E SALLY — FEITOS UM PA-RA O OUTRO (When Harry mel Sally),de Rob Reiner. Com Billy Crystal, MegRyan, Carrie Fischer e Bruno Kirby. Siudio-Copacabana (Rua Raul Pompéia. 102 —247-89Q0), Lido-1 (Praia do Flamengo, 72 —285-0642): 14h50, 16h30, 18hl0. 19h50,21h30. Tijuca-Palace 1 (Rua Conde de Bon-fim, 214 — 228-4610): 14h20. 16h, 17h40,19h20.21h. (Manos).Dois ex-colegas de universidade passam on-ze anos relacionando-se apenas como ami-gos até que descobrem estar apaixonadosum pelo outro. EUA/1989.

Reprises

PINOCCHIO (Pinocchio), desenho ani-mado de Walt Disney. Dublado em portu-guès. Cândido Mendes (Rua Joana Angélica,63 _ 267-7295): 5*, 6' e domingo, 16h.Sábado, às 14h e 16h. (Livre).Boneco de madeira recebe o dom da vida eum grilo falante como consciência para aju-dá-lo a ser um menino de verdade. Baseadono livro de Collodi. EUA/1940.

ACOSSADO (A bout de souffle). de Jean-Luc Godard. Com Jean-Paul Belmondo,Jean Seberg e Jean-Pierre Melville. Estação 2(Rua Voluntários da Pátria, 88 — 286-6149):19h. Até quarta. (18 anos).Primeiro longa de Godard, considerado umdos manifestos da nouvelle vague francesa.Jovem marginal comete assassinato e planejafugir com uma americana. França/1959.

MEPHISTO (Mephisto), de István Szabó.Com Klaus Maria Brandauer, Krystina Jan-da, Ildikó Bansagi e Rolf Hoppe. Estação 3(Rua Voluntários da Pátria, 88 — 286-6149):18h, 21h. Até quinta. (16 anos).História real do ator Gustav Gründgens,que se consagrou interpretando Mephisto,até se tornar marionete de um general nazis-ta. Baseado no livro de Klaus Mann. Hun-gria/1981.

O GRITO (llgrido), de Michelangelo An-tonioni. Com Alida Valli, Dorian Gray eSteve Cochran. Estação 2 (Rua Voluntáriosda Pátria, 88 — 286-6149): 21h. Até quarta.(14 anos).Homem abandonado pela mulher viaja coma filha à procura da felicidade, mas acabasuicidando-se. Itália/1957. P&B.

BETTY BLUE (Beity Blue — 37.2" lematin), de Jean-Jacques Beineix. Com Bea-trice Dalle, Jean-Hughes Anglade, Consuelode Haviland e Gérard Darmon. CândidoMendes (Rua Joana Angélica, 63 — 267-7295): 18h, 20h. 22h. Ultimo dia. (18 anos).O romance neurótico entre uma moça meiodoida e um frustrado escritor. França/1986.O DECLÍNIO DO IMPÉRIO AMERI-CANO < Le déclin de iempire amèricain), deDcnnys Arcand. Com Dominique Michel,Dorothée Berryman e Genevieve Rioux.Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Io deMarço, 66): 16h30. 18h30, 20h30. Últimodia. (18 anos).Numa tarde de outono, um grupo de ho-mens prepara a ceia enquanto as mulheresfazem ginástica. Todos falam sobre o mesmotema: as relações sexuais entre casais, tantodo ponto de vista feminino como masculino.Canadá/1986.BOCA DE OURO (Brasileiro), de WalterAvancini. Com Tarcisio Meira, Luma deOliveira, Cláudia Raia e Osmar Prado. La-goa Drixe-ln (Av. Borges de Medeiros, 1.426

— 274-7999): 20h30, 22h30. Até quarta. (16anos).A saga do líder de uma quadrilha de tráficode drogas, numa favela do Rio de Janeiro.Adaptação da peça de Nelson Rodrigues.Produção de 1989.

CAMILLE CLAUDEL (Camille Clau-dei), de Bruno Nuytten. Com Isabelle Adja-ni, Gérard Depardieu, Laurent Grevill e Al-lain Cuny. Estação 1 (Rua Voluntários daPátria, 88 — 286-6149): 15h30, 18h30.21h30. Até quarta. (Manos).Baseado em fatos reais. A trágica história deamor entre a escultora Camille Claudel e seumestre, o célebre Rodin. França/1988.CYBORG — O DRAGÃO DO FUTU-RO (Cyborg), de Albert Puyn. Com Jean-Claude van Damme, Deborah Richter, Vin-cent Klyn e Dayle Haddon. Art-Madureira 2(Shopping Center de Madureira — 390-1827): 15h30, 17h20,19hl0, 21h. (10 anos).No futuro, gangues selvagens e canibalescassaqueiam a Terra e apenas um soldado,mestre em artes marcias, poderá salvar oplaneta. EUA/1989.

ExtrasA CHINESA (La chinoise), de Jean-LucGodard. Com Annie Wiazemsky, Jean-Pier-re Léaud e Juliet Berto. Hoje. às 18h30. noCineclube Jean Renoir. Rua Jacinto, 7. En-trada franca. (18 anos).Grupo de jovens planeja alentados terroris-tas. em meio a discussões sobre a RevoluçãoCultural Chinesa. França/1966.A ESCOLHA DO PÚBLICO: O GOR-DO E O MAGRO (I) — Hoje: A batalhareal (A battle royal). de diretor não identifi-cado, Bode expiatório (The goat), de ArvidE. Gillstrom, Marchas eferroadas ( With loveand hisses), de Fred Guiol e Na idade dapedra (Flving elephanls), de Frank Butler.Cinemateca do MAM (Av. Beira-Mar, s/n°):16h30.A ESCOLHA DO PÚBLICO - Hoje:De crápula a herói (II gene rale delia rovere),de Roberto Rosselini. Com Vittorio de Sic-ca, Hans Messemer, Giovanna Ralli e AnneVernon. Cinemateca do MAM (Av. Beira-Mar, s/n°): 18h30.França/Itália/1959.

Hoje é o último dia para verBetty Blue ao Cândido Mondem de Ipanema

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Robert deNiro volta àa telas com Stanleje íris, de Martin Ritt

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A história cativante damoça do interior quevem lutar por um ideal.

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BARRA-1 — Warlock — O demônio:13h40, I5h30, I7h20. I9hl0, 2lh. (10 anos).Curta: Memória das Minas, de Luiz Keller eTânia Quaresma.BARRA-2 — Blaze. o escândalo-. 13h30.15h30,17h30. 19h30. 21h30. (14 anos). Cur-ta: MAM SOS, de Walter Carvalho.BARRA-3 — Stanley e íris: 13h40, 15H30.17h20. 19hl0. 2lh. (Livre). Curta: Históriasda Rocinha, de José Mariane.NORTE SHOPPING 1 — Stanley e Íris:15h30, 17h20, 19hl0, 2!h. (Livre). Curta:Teatro negro, de Daniel Caetano.NORTE SHOPPING 2 - Warlock - Odemônio: !5h30. 17h20, 19hl0, 21h. (10anos). Curta: Carrossel, de Antonio CarlosTextor.RIO-SUL — Ela é o diabo: 14hl0, 16h,17h50, I9h40, 21h30. (Livre). Curta: Memó-rias de um cine-jornal, de Carla de Nieme-yer.

Copacabana

ART-COPACABANA — Lua de cristal:14h, 15h40, 17h20, 19h, 20h40. (Livre).CINEMA-1 — Inimigos, uma história deamor: 15h. 17hl0,19h20.21h30. (Livre).CONDOR COPACABANA — Stanley eíris: 14hl0, 16h, 17h50, 19h40. 21h30. (Li-vre).COPACABANA — Warlock — O demô-nio: 14h 10, 16h, 17h50, 19h40, 21h30. (10anos). Curta: A resistência da lua, de OctávioBezerra.JÓIA—BagdadCafe: 14h50,16h30,18hl0.19h50, 21h30. (Livre). Curta: Fia X Flu. àsombra das chuteiras imortais, de AlexandreNiemeyer.RICAMAR - O cozinheiro, o ladrão, suamulher e o amante: 14h40, 17h, 19h20,21h40. (18 anos). Curta: Minuano, de LuizKeller e Tânia Quaresma.ROXY — Blaze, o escândalo: 14h, 16h. 18h,20h, 22h. (14 anos). Curta: Eclipse, de Anto-nio Moreno.STAR-COPACABANA — Um rosto sempassado: 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. (14 anos).Curta: Bojado, um artista de Olinda, de SaniLafon de Pádua.STUDIO-COPACABANA — Harry eSally — Feitos um para o outro: 14h50,16h30, 18hl0, 19h50, 21h30. (14 anos). Cur-ta: O carrasco da floresta, de Vitor Lustosa.

Ipanema e Leblon

CÂNDIDO MENDES — Pinocchio: 5*. 6*e domingo, às 16h. Sábado, às 14h e 16h.(Livre). Betty Blue: 18h, 20h, 22h. (18 anos).LAGOA DRIVE-IN — Boca de ouro:20h30, 22h30. (16 anos).LEBLON-1 — Stanlev e Iris: 14h 10, 16h,17h50, 19h40, 21h30. (Livre). Curta: JoãoRedondo, de Emanoel Cavalcanti.LEBLON-2 — Cinema Paradiso: 15h,17hl0, 19h20, 21h30. (Livre).STAR-IPANEMA — Muito mais que umcrime: 14h30, 16h50, 19hl0, 21h30. (14anos). Curta: Cláudio Tozzi, de FernandoConi Campos.

Botafogo

BOTAFOGO — De todas as formas possi-i-eis: 14h30,17hl0,19h50. (18 anos).ESTAÇÃO 1 — Camille Claudel: 15h30.18h30, 21h30. (14 anos).ESTAÇÃO 2 — Acossado: 19h. (18 anos).O grito: 21h. (Manos).ESTAÇÃO 3 — Mephisto: 18h, 21h. (16anos).ÓPERA-1 — Blaze, o escândalo: 14h, 16h,18h, 20h, 22h. (14 anos). Curta: As cobras,de Otto Guerra.ÓPERA-2 - Warlock — O demônio:14hl0, 16h, 17h50, 19h40, 21h30. (10 anos).Curta: Balada para Tenório Jr., de RogérioLima.

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Shoppings

ART-CASASHOPPING 1 — Um rostosem passado 15h30, 17h20, 19hl0. 21h (14anos). Curta Chico Caruso, de Joatan VilelaBerbelART-CASASHOPPING 2 - Lua de cris-tal: I4h. 15h40. 17h20. I9h. 20h40. (Livre).ART-CASASHOPPING 3 — Susie e osBaker Boys: de 2* a 6'. às 17h. 19h. 21h.Sábado e domingo, a partir das 15h. (Livre).Curta Balada das dez bailarinas do cassino,de João Carlos VelhoART-FASHION \1ALL 1 — O cozinhei-ro. o ladrão, sua mulher e o anmnte: 15h30,17h40, I9h50, 22h (18 anos). Curta: .4 últi-ma canção do beco, de João Carlos Velho.ART-FASHION MALL 2 — Lua de cris-tal: 14h. 15h40, I7h20. 19h. 20h40. (Livre).ART-FASHION MALL 3 — Susie e osBaker Boys: de 2* a 6*. às !6h, I8h. 20h. 22h.Sabado e domingo, a partir das 14h. (Livre).Curta Abismo de espumas, de Ronaldo Ger-man.ART-FASHION MALL 4 — Um rostosem passado: 14h40, 16h30, 18h20, 20hl0,22h. (14 anos). Curta: Dedo de Deus, deCristiano Requião.

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Programa 12

VENEZA — Sociedade dos poetas mortos:de 2* a 6*. às 16h50, 19hl0, 21h30. Sábado edomingo, a partir das 14h30. (10 anos).

Cate te e Flamengo

ESTAÇÃO PAISSANDU — O cozinhei-ro. o ladrão, sua mulher e o amante: 15h,17hl0,19h20, 21h30. (18 anos).LARGO DO MACHADO 1 — Stanley eíris: 14h 10. 16h, 17h50, 19h40, 21h30. (Li-vre).LARGO DO MACHADO 2 — Lua decristal: 14h, 15h40, 17h20, 19h, 20h40. (Li-vre).LIDO-1 — Harry e Sally — Feitos um parao outro: I4h50, 16h30, 18hl0, 19h50, 21h30.(14 anos).LIDO-2 — Cinema Paradiso: 15h, 17hl0,19h20,21h30. (Livre).SÃO LUIZ 1 — Blaze, o escândalo: 14h,16h, 18h, 20h, 22h. (14 anos). Curta: CarlosChagas, o passado presente, de Paulo Villa-ra.SÃO LUIZ 2 — Inimigos, uma história deamor. 15h, 17hl0,19h20. 21h30. (Livre).STUDIO-CATETE — Obcecado para ma-lar. 14h50, 16h30, 18hl0, 19h50, 21h30. (14anos). Curta: Cone Sul, de Enio Staube.

CentroCENTRO CULTURAL BANCO DOBRASIL — O declínio do império america-no: 16h30, !8h30, 20h30. (18 anos).CINEMATECA DO MAM — Ver a pro-gramação em Extras.METRO BOA VISTA — Stanley e íris:13h40, 15h30, 17h20, 19hl0, 21h. (Livre).ODEON — Warlock — O demônio: 13h40,15h30, 17h20, 19hl0, 21h. (10 anos). Curta:Balada para Tenòrio Jr., de Rogério Lima.PALÁCIO-1 — Obcecado para matar. 14h,15h40, 17h20, 19h, 20h40. (14 anos). Curta:Calazans Neto, mestre da vida e das artes, deAgnaldo Siri Azevedo.PALÁCIO-2 — Blaze, o escândalo: 13h30,15h30, 17h30, 19h30, 2Ih30. (14 anos). Cur-ta: Histórias da Rocinha, de José Mariane.PATHÉ — Lua de cristal: de 2' a 4* e 6*, às12h, 13h40, 15h20, 17h, 18h40, 20h20, 22h.5", sábado e domingo, a partir das 13h40.(Livre).REX — Jogos do sexo: de 2* a 6', às 13h,16h, 19h. Sábado e domingo, às 15h, 18h,19h35. (18 anos),VITÓRIA — Uma dama do prazer: de 21 a6*, às 14h, 15h20, 16h40, 18h, 19h20, 20h40.Sábado e domingo, a partir das 15h20. (18anos). Curta: Um sorriso por favor — Omundo gráfico de Goeldi, de José de Barros.

Tijuca

AMÉRICA — Stanley e íris: 14hl0, 16h,17h50, 19h40, 21h30. (Livre). Curta: Visãodo Céu — Gruta dos Três Poderes, de Marce-lo Ferreira Mega.ART-TIJUCA — Lua de cristal: 14h,15h40,17h20,19h, 20h40.(Livre).BRUNI-TIJUCA - Muito mais que umcrime: 14h30, 16h40, 18h50, 21h. Sábado,não haverá a última sessão. (14 anos). Curta:Eu sou vida, eu não sou morte, de HaroldoMarinho Barbosa.CARIOCA — Warlock — O demônio:14hl0, 16h, 17h50, 19h40, 21h30. (10 anos).Curta: Músicos camponeses, de Jefferson deAlbuquerque Jr.TIJUCA-1 — Blaze. o escândalo: 13h30,15h30,17h30,19h30, 21h30. (14 anos). Cur-ta: João Redondo, de Emanoel Cavalcanti.TIJUCA-2 — Sociedade dos poetas mortos:14h, 16h20,18h40,21h. (10 anos).TIJUCA-PALACE 1 — Harry e Sally —Feitos um para o outro: 14h20, 16h, 17h40,19h20, 21h. (14 anos). Curta: Memórias deum cine-jornal, de Carla de Niemeyer.TIJUCA-PALACE 2 — Cinema Paradiso:14h30, 16h40,18h50,21h. (Livre).

Méier

ART-MÉIER — Obcecado para matar:14h20, 16h, 17h40, 19h20, 21 h. (14 anos).Curta: Um dia Maria, de Marcos AntonioSimas.BRUNI-MÉIER — Uma mulher provocan-te: 15h, 16h30, 18h, 19h30, 21h. (18 anos).PARATODOS — Lua de cristal: !4h40,16h20, 18h, 19h40. 21h20. (Livre).

Ramos e Olaria

RAMOS — Lua de cristal: 15h, 16h40,18h20, 20h. (Livre).OLARIA — Warlock — O demônio: 15h30,17h20, 19hl0, 21h. (10 anos). Curta: Ameri-ka, de Octávio Bezerra.

Madureira

ART-MADUREIRA 1 — Lua de cristal:14h, 15h40,17h20,19h, 20h40. (Livre). Cur-ta: Capiha, ontem, hoje, sempre, de FernandoSpencer.ART-MADUREIRA 2 — Cyborg — Odragão do futuro: 15h30, 17h20, 19hl0, 21h.(10 anos).MADUREIRA-1 — Difícil de matar: de 2aa 6', às 15h30, 17h20. 19hl0, 21h. Sábado edomingo, a partir das 13h40. (14 anos). Cur-ta: Lã, de Carmem Pereira Gomes.

MADUREIRA-2 — Warlock — O demô-nio: de 2* a 6*, às 15h30, 17h20, 19hl0, 21h.Sábado e domingo, a partir das 13h40. (10anos). Curta: Minuano, de Luiz Keller eTânia Quaresma.MADUREIRA-3 — Obcecado para matar:14h20, 16h, 17h40, 19h20, 21h. (14 anos).Curta: Mal star, de Pedro Nani.

Campo Grande

CAMPO GRANDE — Lua de cristal: 14h,15h40,17h20,19h, 20h40. (Livre).PALÁCIO — Difícil de matar: 15h30,17h 10, 18h50, 20h30. (14 anos).

Niterói

ARTE-UFF — A guerra dos Roses: 16h40,19h, 21h20. (10 anos). Até quarta. Curta: Óde casa, de Katia Messel.CENTER — Cinema Paradiso: 14h30,16h40, I8h50, 21h. (Livre). Curta: Santa domaracatu, de Fernando Spencer.CENTRAL — Obcecado para matar:14h20, 16h, 17h40, 19h20, 21h. (14 anos).Curta: Perto de Clarice, de João Carlos Par-reira Horta.CINEMA-1 — Inimigos, uma história deamor. 14h30, 16h40, 18h50, 21h. (Livre).Curta: Trajetória do frevo, de FernandoSpencer.ICARAl — Stanley e íris: 14h 10, 16h,17h50,19h40, 21h30. (Livre).NITERÓI — Warlock — O demônio:14hl0, 16h, 17h50, 19h40, 2Ih30. (10 anos).Curta: A Rocinha tem histórias, de EuniceGutman.NITERÓI SHOPPING 1 - Lua de cris-tal: 14h30, 16hl0, 17h50, 19h30, 21hI0. (Li-vre).NITERÓI SHOPPING 1 —Lua de cris-tal: 14h, 15h40,17h20,19h, 20h40. (Livre).WINDSOR — Lua de cristal: 14h, 15h40,17h20, 19h, 20h40. (Livre).

Sáo Gonçalo

STAR SÃO GONÇALO — Lua de cristal:14h, 15h40,17h20,19h, 20h40. (Livre).TAMOIO — Retroceder nunca, render-sejamais: 15h, 18h, 21h. (10 anos). Falcão, ocampeão dos campeões: 16h30, 19h30. (10anos). Curta: Impresso a bala, de Ricardo deBarros Favilla.

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TeatrosCOPÉLIA — Texto de Marilia GamaMonteiro. Direção de Lúcia Coelho. EspaçoVersátil Bailei Dalal Achcar, Estrada da Gá-vea, 899 — São Conrado Fashion Mall. Sáb.e dom., às 16h e 17h. Ingressos a CrS 350,00.UMA HISTÓRIA DIFERENTE — Tex-to do grupo Tudo Vira Canto. Direção dcReinaldo Sant'Ana. Teatro Sesc Engenho deDentro, Av. Amaro Cavalcanti, 1.661 (249-1391). Hoje, às 17h. Ingressos a CrS 100,00.Último dia.SONHATOS DE MONTEIRO — UMSONHO DE LOBATO — Texto e direçãode Marcelo de Barreto. Teatro Villa-Lobos,Av. Princesa Isabel, 440 (275-6695). Sàb., às17hl5; e dom., às !6hl5. Ingressos a Cr$250,00. Professores e acompanhantes têm50% de desconto no preço do ingresso. Últi-mo dia.APRENDIZ DE FEITICEIRO — Textode Maria Clara Machado. Direção de MarcoAntônio Marcondes. Teatro Benjamin Cons-tant, Av. Pasteur, 350 (295-3448). Sàb., às17h30 e dom., às 16h e 17h30. Ingressos aCrS 200,00. A criança que trouxer um dese-nho de feiticeiro terá desconto de 20%. Últi-mo dia.TOM E THÉO — Texto de Arnaldo Mi-randa. Direção de Patrícia Ventania. TeatroSesc Madureira, Rua Ewbanck da Câmara,90 (350-9433). Sáb. e dom., às 16h. Ingressosa CrS 150,00. Último dia.DEU BODE... NA CASA DA ONÇA -Texto e direção de Carlos Adib. Teatro Pos-to 6, Rua Francisco Sá, 51 (287-7496). Sáb. edom., às 16h30. Ingressos a CrS 150,00.Crianças têm 20% de desconto. Último dia.A BRUXINHA QUE VIROU FLOR -Texto e direção de Carlos Soares. Teatro deBolso Aurimar Rocha, Av. Ataulfo de Paiva,269 (294-1998). Sáb. e dom., às I6h. CrS300,00. Adulto com duas ou mais criançasterá 50% de desconto. Criança que levar umdesenho sobre a Copa do Mundo, pagaráCrS 200,00. Último dia.NUNCA DIGA NÃO À SUA IMAGI-NAÇÃO — Texto de Tiago Gonçalves. Di-reção de Jota Diniz. Teatro Cawell, RuaDesembargador Isidro, 10 (238-6000). Sàb. edom., às 17h. Ingressos a CrS 250,00. Últimodia.A ONÇA E O BODE — Texto de CleberRibeiro Fernandes. Direção de DartagnanHolanda. Teatro Óperon, Rua SargentoJoão Lopes, 315 (393-9454). Sáb. e dom., às17h30. Ingressos a CrS 100,00. Último dia.TARÔ-BEQUÊ — Texto de Márcio Sou-za. Direção de Waldez Ludwig. Teatro Posto6, Riia Francisco Sá, 51 (287-7496). Sáb. edom., às 18h. Ingressos a CrS 200,00. Nestemês, a criança que levar um desenho sobre anatureza, terá 20% de desconto.CINDERELA — Musical de José Wilker.Direção de Eduardo Martini. Teatro ClaraNunes, Rua Marques de São Vicente, 53(274-9696). Sáb., às 17h; e dom., às 16h.Ingressos a CrS 300,00.0 espetáculo começarigorosamente no horário.O PATINHO FEIO — Texto de MariaClara Machado. Direção de Toninho Lopes.Teatro Tablado, Av. Lineu de Paula Macha-do, 795 (294-7847). Sáb. e dom., às 17h.Ingressos a CrS 150,00.A CASA DE CHOCOLATE — Texto deNazi Rocha. Direção e adaptação de VivienRocha. Teatro de Bolso Aurimar Rocha, Av.Ataulfo de Paiva, 269 (294-1998). Sáb.. dom.e feriados, às 17h30. Ingressos a CrS 500,00.Quem levar este anúncio, terá 20% de des-conto.UMA PITADA DE SORTE — Texto deAlice Reis. Direção de Dudu Sandroni. Tea-tro Cândido Mendes, Rua Joana Angélica, 63(267-7098). Sáb., às 17h; e dom., às 16h30.Ingressos a CrS 200,00.0 espetáculo começarigorosamente no horário. Não será permiti-da a entrada após o inicio.O MISTÉRIO DE FEIURINHA — Tex-to de Pedro Bandeira^ Direção de LeonardoSimões. Teatro da Cidade, Av. Epitácio Pes-soa, 1.664 (247-3292). Sáb. e dom., às 16h.Ingressos a CrS 150,00. Promoção: Crianças

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de nome Caio e Pedro, com identificação,pagam a metade do ingresso.OS DESENHOS ANIMADOS — Textode Dione Camargo. Direção de Paulo Afon-so de Lima. Com Flávia Monteiro, TessyCallado e elenco. Teatro Sesc Tijuca, RuaBarão de Mesquita, 539 (208-5332). Sáb. edom., às 17h. Ingressos a CrS 200,00. Nestemês, a criança que levar um desenho sobre aCopa terá 20% de desconto.A MÁGICA AVENTURA AFRICANA— Texto de Caio de Andrade. Direção deJoão Gomes Rego. Teatro Cacilda Becker,Rua do Catete, 338 (265-9933). Sáb. e dom.,às 17h. Ingressos a CrS 130,00.TISTU O MENINO DO DEDO VER-DE — Texto de Maurice Druon. Tradução eadaptação de Oscar Felipe e Neyde Men-donça. Direção de Ivan Mcrlino. TeatroBarrashopping, Av. das Américas, 4.666(325-5844). Sáb., dom. e feriados, às 16h.Ingressos a CrS 500,00. Acompanhantescom duas ou mais crianças têm 40% dedesconto. O espetáculo começa rigorosa-mente no horário.DESBOTADO? QUEM DIRIA... — Mu-sical de Neide Follain. Direção de VivaldoFranco. Teatro Barrashopping, Av. dasAméricas, 4.666 (325-5844). Sáb. e dom., às17h30. Ingressos a CrS 250,00. Professores eadvogados têm desconto de 40%.BRINCANDO DE VIDA — Musical.Texto e direção de Mongol. Teatro Vannuc-ci. Rua Marquês dc S. Vicente, 52 (239-8545). Sáb. e dom., às 16h. Ingressos a CrS300,00. A criança que vier vestida de verde eamarelo, pagará CrS 250,00. Maiores de 60anos não pagam.APENAS UM CONTO DE FADAS —Musical de Eduardo Tolentino. Direção deFernando Carrera. Teatro Vannucci, RuaMarquês de S. Vicente, 52 (239-8545). Sáb. edom., às 17h30. Ingressos a CrS 300,00.Crianças que levarem uma varinha de con-dão, pagarão CrS 250,00. Maiores de 60anos não pagam.MEIA VOLTA VOU VER — Texto edireção de Helvécio Alves Jr. Teatro Villa-Lobos - Sala Monteiro Lobato, Av. PrincesaIsabel, 440 (275-6695). Sáb., às 17h30; dom.,às 16h30. Ingressos a Cr 150,00. Adulto,acompanhado de três ou mais crianças, nãopaga. Não será permitida a entrada apos oinício do espetáculo.CECÍLIA — Baseado em textos de CecíliaMeireles. Adaptação de Carlos Augusto Na-zareth. Direção de Alice Koenow. TeatroGaleria, Rua Senador Vergueiro, 93 (225-8846). Sáb. e dom., às 17h. Ingressos a CrS200,00. A criança que levar uma poesia deCecília Meireles terá 40% de desconto.

O CIRCO MÁGICO DE PROVOLO-NE, GOIABADA E GUARANA - Textoe direção de Carlos Henrique Casanova.Teatro Tereza Rachel, Rua Siqueira Cam-pos, 143 (235-1113). Sáb., às 17h; dom., as16h. Ingressos a CrS 250,00.SOPA DE LETRINHAS - Texto e dire-ção de Cláudio Ramos. Teatro da UFF, RuaMiguel de Frias. 9 (717-8080). Sab. e domàs 16h. Ingressos a CrS 200,00. ALADIM EA PRINCESA IASMIN EM UMA

TARDE EM BAGDÁ — Texto e direçãode Alexandre Mendonça. Grajaú Tênis Club,Rua Engenheiro Richard, 83 (577-2365).Sáb. e dom., às 16h. Ingressos a CrS 200,00 eCrS 150,00 (sócios). Até julho.O IMPERADOR DAS ESTRELAS —Texto de Carlos Aquino. Direção de HugoSandes. Teatro do Colégio Estadual PedroAlvares Cabral, Rua República do Peru, 104.Sáb. e dom., às 17h. Ingressos a CrS 100,00.A criança que levar um desenho de cometaterá 50% de desconto no ingresso.REBECA, A BRUXINHA ENCANTA-DA — Texto e direção de Limachem Che-rem. Clube Municipal, Rua Haddock Lobo,359 (264-4652). Dom., às 17h30. Ingressos aCrS 150,00. Acompanhante não paga.Criança vestida com camisa da Copa tem20% dc desconto.OS TRÊS PORQUINHOS X KID LO-BÃO — Texto e direção de Jorge Rosa Jr.Teatro Brigitte Blair 1, Rua Miguel Lemos,51-H (521-2955). Sáb. e dom., às 16h. In-gressos a CrS 200,00.O GATO, O RATO E A ONÇA CAN-TORA — Texto e direção de Jorge Rosa Jr.Teatro Brigitte Blair 1, Rua Miguel Lemos,51-H (521-2955). Sáb. e dom., às 17h. In-gressos a CrS 200,00.

O CHAPEUZINHO VERMELHO -Texto e direção de Jorge Rosa Jr. TeatroBrigitte Blair 1, Rua Miguel Lemos, 51-H(521-2955). Sáb. e dom., às 18h. Ingressos aCrS 200,00.O BRUXINHO TRAPALHÃO — Textoe direção de Luiz Alfredo de Lima. Casa deCultura Lima Barreto, Av. Heitor Beltrão,353 (228-2938). Dom., às 18h. Ingressos aCrS 100,00. A criança que levar um desenhode bruxa paga CrS 80,00.

A PRINCESINHA TEIMOSA - Textode Luiz Alfredo de Lima. Casa de CulturaLima Barreto, Av. Heitor Beltrão, 353 (228-2938). Dom., às 16h. Ingressos a CrS 100,00.A criança que levar um desenho de umaespiga de milho pagará CrS 80,00.

MEU JARDIM, MINHA FLORESTA— Texto e direção de Chico Francis. TeatroCésar Fabbri, Av. Engenheiro Richard. 83(577-2365). Sáb. e dom., às 17h30. Ingressosa CrS 200,00. Quem levar um desenho deindio terá 20% de desconto. Até dia 30 dejunho.

FAMILY SHOW — O SHOW — Mági-cas, brincadeiras, dança e música com LennaMacedo. Sáb. e dom., às 17h30. Primo Basi-lio, Rua Antônio Basílio, 114 (208-8297).Ingressos a CrS 200.00. Estudante tem 50%de desconto.

ARRAIÃ NORTESHOPPING — Jogos,brincadeiras, comidas típicas e festival dequadrilhas. Hoje, às 15h. Norteshopping. Av.Suburbana, 5.474 — Del Castilho. Até dia Iode julho.FESTA JUNINA DA FUNDAÇÃOCULTURAL IBAM — Brincadeiras, co-midas típicas e quadrilhas. Hoje. às 16h.Largo do Ibam, 1 (266-6622) — final da RuaVisconde Silva. Entrada franca.JARDIM ZOOLÓGICO — 2 400 ani-mais entre répteis, aves e mamíferos. Parqueda Quinta da Boa Vista, s/n° (254-2024). De3' a 6*, das 9h às 16h30; sáb. e dom., das 9hàs 17h30. Ingressos a CrS 120,00. Entradafranca para criança até um metro de altura.PARQUE PLAYTOY — TIJUCA —Parque de diversões. Diariamente, das lOhàs 22h. Tijuca Off Shopping, Av. Maracanã,987. Ingressos a CrS 50,00 (por brinquedo).PARQUE PLAYTOY — BARRA —Parque de diversões. Sáb. e dom., espetáculode marionetes de Gilvan Javarini, Circo debonecos animados, com o grupo Ilusões Cò-micas Teatro de Bonecos e Circo Dom Ra-mon. 5* e 6*, das 16h às 22h; sàb., dom. eferiados, das lOh às 22h. Ingressos a CrS400,00. Crianças até cinco anos não pagam.Av. Alvorada, 2.150, ao lado do Casaslwp-ping.TIVOLI PARQUE — Parque de diver-sões. 5' e 6a, única sessão: das 17h às 21h.Sàb., Ia sessão: das 13h30 às 17h30 e 2*sessão: das 18h30 às 22h30. Dom.. Ia sessão:das 9h30 às 13h30: 2" sessão: das 13h30 às17h30: e 3a sessão: das 18h30 às 22h30.Nesta semana, show do grupo Trem da Ale-gria. de 5a e 6a. às 18h; sáb.. às 19h; e dom.,às 16h30. Até dia 24. Av. Borges de Medei-ros, s/n° (294-2045). Ingressos a CrS 600,00.Só será permitida a entrada até duas horasdepois de iniciada a sessão.

Cinema

A DAMA E O VAGABUNDO (Lady andlhe tramp), desenho animado dc Walt Dis-ney. Dublado em português. Lagoa Drive-in,Av. Borges de Medeiros, 1.426 (274-7999):hoje às 18h30. (Livre).Romântica história de amor entre uma cade-la de luxo e um cachorro vira-lata, que vivenos becos. EUA/1955.

Shows

PINTANDO O SETE — Show com odesenhista Daniel Azulay e seus persona-gens. Teatro da Cidade, Av. Epitácio Pessoa.1.664 (247-3292). Sáb. e dom., ás 17h30.Ingressos a CrS 200.00.

Karaoke

KARAOKÊ DO VOVÔ JEREMIAS —Festival de lambada, discoteca, brincadeiras,gincanas e karaokê com Walter Jeremias.Sáb. e dom., às 18h, no Botanic, Rua Pache-co Leão, 70 (259-6427). Ingressos a CrS150.00, com direito a lanche.

CircoGRAN BARTHOLO CIRCUS - Atra-ções internacionais como o Fabuloso Afri-can Show e o Show dos Pombos Austríacos.De 3' a 6'. às 21h; 5a, às 17h30 e 20h; sáb., às15h, 17h30 e 20h; dom., às lOh. 15h. 17h30 e20h. Praça Onze. Tels: 242-8228/8691. Ca-deiras populares a CrS 250,00; cadeira late-ral a CrS 500,00 (adulto) e CrS 300,00(criança); cadeira central a CrS 700,00 (adul-to) e CrS 400,00 (criança); camarote de 4lugares a CrS 4.000,00.

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TEATRO

A ESTRELA DO LAR — Texto c direçãode Mauro Rasi. Com Marieta Severo, SérgioViotti, Sônia Guedes e outros. Teatro Copa-cubana, Av. N.S. de Copacabana, 29! (257-08X1). De 4' a sáb., às 21h. Dom., às !9h.Ingressos a CrS 600,00 (4" e 5a), CrS 700,00(6J e dom.) e CrS 800,00 (sáb., feriados evéspera de feriados). Todas as 6"s jovens de10 a 18 anos pagam CrS 600,00. Duração:2h. Pai e filho escrevem, paralelamente, tex-tos com visões antagônicas sobre a mulher ea mãe.

A PARTILHA — Texto e direção de Mi-guel Falabella. Com Susana Vieira, Natáliado Vale. Aríete Sales e Thereza Piffer. TeatroVannucci, Rua Marquês de São Vicente, 52/3° (274-7246). De 4' a 6a. ás 21h30. Sáb.. ás20h e 22h. dom., ás 19h. Ingressos a CrS600,00 (4'. 5" e dom) e CrS 700,00 (6*, sáb.,vespera de feriado e feriado). Duração:

I h.iO. O espetáculo começa rigorosamente nohorário.O valor do ingresso não será devolvidoaos retardatários..Nesta comédia dramática em que quatroirmàs eompartilham o passado, a lembrançado teatro de Tcheckov se expressa através deum humor, com alguma crueldade, mas to-cando profundos sentimentos.AIURICAUA — Texto de Márcio Souza.Direção de Marcos Moreyra. Com o GrupoQopola. Teatro Benjamin Constam, Av Pas-teur. 350 (295-3448). De 5' a sáb., às 2lh;dom., ás 20h. Ingressos a CrS 200,00 (5as) eC rS 350.00 e CrS 200.00 (classe e estudan-tes). Duração: Ih30.Guerreiro indigena. inconformado com aopressão dos brancos, lidera seu povo contraeles.

UMA CAMA PARA QUATRO - Textode Older Cazarré. Direção de Olncy Cazarré.Com Zaira Zambelli. Alcione Mazzeo e ou-tros. Teatro Suam. Praça das Nações, 247(270-70X2). De 5a a sáb., ás 2Ih30; dom ás2lh. Ingressos a CrS 400.00. Duração: lh30.Até dia 24 de junho.Comedia. Um mesmo apartamento é aluga-do por dois casais, durante o Carnaval.CIRCO DA \ IDA — Texto de Elbe deHolanda. Direção de Waldecyr Rosas. ComThelmo Fernandes. Jqice Duarte, Jõ Amo-rim e outros. Teatro Óperon, Rua SargentoJoão Lopes, 315 (393-9454) — Ilha do Go-vernador. Sáb., às 21 h e dom., ás 20h. Atédia !" de julho.COMÉDIA DOS SEXOS - Texto deGugu Oiimccha e Petersen. Direção de GuguOlimecha. Com Eduardo Tornaghi, RogérioCardoso, Agnes Fontoura e outros. TeatroBurra Shopping. Av. das Américas, 4.666(325-5844). 5a e 6a. às 2lh: sáb., às 20h e 22h;dom., às 20h. Ingressos a CrS 500,00 (5a èdom.) e CrS 600.00 (6a e sáb.). Duração-l h30.Comédia. Dois casais tentam gerar filhos naesperança de preencherem suas vidas.O DUELO — Texto de Thereza Falcão eJoão Brandão. Direção de João Brandão.Com o grupo Trogló. Teatro de Bolso Auri-mar Rocha. Av. Ataulfo de Paiva, 269 (239-'498). 6a e sáb.. às 2lh30. dom., às 20h30.Ingressos a CrS 250.00. Duração: Ih20. Atédia 29 de julho.

Casal de adolescentes é obrigado a escreverum texto paraa teste no colégio.UMA ESTÓRIA DE BORBOLETAS —Texto de Caio Fernando Abreu. Direção deGilberto Gawronski. Com Ricardo Balt eLeonel Brum. Mercado Sào José das Aries,Rua das Laranjeiras, 90 (205-3837). De 5a asáb., às 2!h30; dom., ás 20h. Ingressos a CrS400,00. Duração: Ih.

FICA COMIGO ESTA NOITE — Textode Flávio de Souza. Direção de Jorge Fer-nando. Com Débora Bloch e Luiz FernandoGuimarães. Teatro dos Quatro, Rua Mar-quês de Sào Vicente, 52/2° (274-9895). 5a e6a, às 2lh30; sáb., ás 20h e 22h; dom., às I9hIngressos a CrS 500,00 (5a, 6a e dom.) e CrS600,00 (sáb., feriado e véspera de feriado).Duração: l h20. O espetáculo começa rigoro-somente no horário e não será permitida aentrada após o inicio.

O reencontro de uma viúva com seu maridonuma noite inesquecível para ambos.JOGOS NA HORA DA SESTA — Textode Roma Mahieu. Direção de Marco Antô-nio Palmeira. Com Izabella Bicalho, ArildoFigueiredo, Leonardo Netto e outros. Tea-tro Dulcina, Rua Alcindo Guanabara, 17(240-4879). 4a, ás 19h; 5a, 6a e sáb., às 2Ih;dom., ás 19h30. Ingressos a CrS 300,00.'Duração: 1 h 10.Adultos interpretam crianças que vivem umarelação de violência e intolerância no play-ground.

MÁSCARAS — Direção e roteiro deDácio Lima. Com Gulu Monteiro, ElkeRettl. Luiz Igreja e outros. Teatro Sesc deNiterói, Rua Padre Anchicta, 56 (719-9119).6a e sáb., às 21h; dom., ás 20h30. Ingressos aCrS 350,00 (desconto de 50% para comer-ciários com a carteira do Sesc). Duração: Ih.Até dia 24 de junho.Espetáculo de teatro, mímica, dança e artesplásticas.MADAME MARGUERITE — Texto deRoberto Athayde, na versão francesa deJean Loup Dabadie. Direção de Savas Kary-dakis. Com Daniéle Sodré. Teatro da Alian-ça Francesa de Botafogo, Rua Muniz Barre-to, 730 (286-4248). 2a, 4a e 6a, às 21h; dom.,ás I9h. Entrada franca. Até dia Io de julho.

EU POUPO. TU POUPAS, ELLE"TUMA"! — Texto de Beto de Castro.Direção de Paulo Afonso de Lima. ComSolange Theodoro, Jorge Cherques, MárciaDorneles e outros. Teatro Tereza Rachel,Rua Siqueira Campos, 143 (235-1113). De 4a

a 6"1, ás 2lh30; sáb., ás 20h e 22h; dom., às18h e 20h30. Ingressos a CrS 350,00 (4a e 5a),CrS 400,00 ( 6a e dom.) e CrS 500,00 (sáb.).'Duração: lh!5.Industrial bem sucedido tem seu capital con-liscado. o que complica sua vida familiar esua cabeça.

MACHADO EM CENA/UM SARAUCARIOCA — Textos de Machado de Assis.Direção de Luis de Lima. Com Pedro PauloRangel, Lilia Cabral, Maria Lúcia Dahl.Música ao vivo com o Quadro Cervantes.Teatro Glauce Rocha, Av. Rio Branco 179(220-0259). 4a, 5a e 6a, às 18h30; sáb., às 21 h;dom., às !9h. Ingressos a CrS 350,00. Dura-ção: lhl5. Até dia Io de julho.Coletânea de cinco peças de Machado abor-dando com humor a vida e os costumes doséculo passado.A MANDRÁGORA — Texto de Maquia-vel. Tradução de Pedro Garcez Ghirardi.Direção de José Henrique. Com Nilce Aze-vedo, André Porfiro, Celso Taddei, MonaMagalhães e outros. Palcão, Teatro da UNI-RIO. Av. Pasteur, 436. De 2a a sáb., às 2lh;dom., às 18h30 e 20h30. Entrada franca.Duração: lh20.

Comédia. Obra do renascimento, é uma sín-tese cômica e teatral do pensamento políticodo autor.MISERBRAS, INDÚSTRIA DA FOMEE DA MISÉRIA — Texto e direção de LuisCarlos Palumbo. Com Cláudio Juarez, AlexRoger, Ângela Andrade e outros. TeatroCésar Fabhri, Av. Eng. Richard, 83 (577-2365). Sáb. e dom., às 21 h. Ingressos a CrS200,00 e CrS 150.00 (sócios).Os sonhos, pensamentos e frustrações de trêsfamílias de bóias-frias.O MISTÉRIO DE IRMA VAP - Textode Charles Ludlan. Direção de Marilia Péra.Com Marco Nanini e Ney Latorraca. TeatroCasa Grande, Av. Afrânio de Melo Franco290 (239-4045). De 5a a sáb., às 21h30; dom.,às I9h. Ingressos a CrS 600,00 (5a), CrS700,00 (de 6a e dom.) e CrS 800,00 (sáb.).Todas as 6as jovens de 10 a 18 anos pagamCrS 500.00.Comédia que envolve suspense, terror e mis-tério e acontece no final do séc. 19, naInglaterra.MUSICAOS/O PRAZER SUBVERTE— Texto e direção de Helvécio Júnior. Co-reografias de Marcellus Ferreira. Com GikiBondiorno. Miguel Mudrik Glei Pélias eoutros. Teatro Villa Lobos, Sala MonteiroLobato. Av. Princesa Isabel, 440 (275- 6695).De 5a a sáb., às 21h30; dom., ás 20h. Ingres-sos a CrS 200,00 (5a), CrS 250,00 (6a a dom.).Escritor encontra personagem criado por elee, a partir daí, mergulha num grande delíriomusical.NA SAUNA — Texto de Nell Dunn. Dire-ção de Bibi Ferreira. Tradução de FlávioMarinho. Com Nina de Pádua, Jalusa Bar-cellos, Nivea Maria e outros. Teatro VillaLobos, Av. Princesa Isabel, 440 (275-6695).De 4a a 6a, às 21h; sáb., às 20h e 22h30;dom., às I9h. Ingressos a CrS 400,00 (4a è5a), CrS 500,00 (6a e dom.) e CrS 600,00 (6a,sáb. e véspera de feriado). Duração Ih40~Não é permitida a entrada após o inicio doespetáculo. Até dia Io de julho.Seis mulheres, em crise de identidade, ex-põem suas frustrações e expectativas.NÃO EXPLICA QUE COMPLICA -Comédia de Alan Ayckbourn. Direção deBibi Ferreira. Com Sylvia Bandeira, Rubensde Falco, Tânia Loureiro e outros. Partici-pação especial de Jonas Bloch. Teatro Prin-cesa Isabel, Av. Princesa Isabel, 186 (275-3346). De 4a a 6a, às 2ih30; sáb., às 20h e22h30; dom., às 18h30 e 2ih. Ingressos a CrS450,00 (4a e 5a), CrS 550,00 (6a e dom) e CrS600,00 (sáb. e véspera de feriado). Duração-lh50.

As peripécias de três casais em que os mari-dos nem sempre se portam de forma adequa-da.O NOSSO MARIDO — Comédia de Ma-rilú Saldanha e Marilia Garcia. Direção deCláudio Cavalcanti. Com Cláudio Cavai-canti, Maria Lúcia Frota e Lina Fróes. Par-ticipação especial de Lidia Mattos. TeatroSenac, Rua Pompeu Loureiro, 45 (256-2640). 6a e sáb., ás 21h30; dom., às I9h.Ingressos a CrS 350,00. Duração: Ih30.OLHARES DE PERFIL - Texto de Ale-jandra Guibert e Roberto Cordovani. Dire-ção de Roberto Cordovani. Com RobertoCordovani, Maximiliana Reis, Xiambé eEduaçdo Gaspar. Teatro Nelson Rodrigues,Av. República do Paraguai, s/n° (262-0942).De 4a a 6a, ás 21 h; sáb., às 20h e 22h30;dom., ás 20h. Ingressos a CrS 600,00. Dura-ção: Ih20. Até dia 15 de julho.Ator interpreta Greta Garbo com tanta con-vicçâo, que acaba sendo confundido comela.ORÊSTIA — Texto de Esquilo. Com oGrupo Mergulho no Trágico. Teatro PostoSeis, Rua Francisco Sá, 51 (287-7496). De 5aa sáb., às 21 h e dom., às 20h. Ingressos a CrS300,00. Duração: 1 h30..Tragédia grega. Orestes e a irmã, Electra,tramam o assassinto da mãe para vingar amorte do pai.PEQUENA HISTÓRIA DA VIDA IN-TEIRA — Texto e direção de Cláudia SoutoHenriqucs. Com Lenir Frazão. Teatro daAliança Francesa de Copacabana. Rua Duvi-vier. 43 (541-9497). De 5a a sáb., ás 2Ih30.dom., às 20h. Ingressos a CrS 300,00, CRS150,00 (classe artística) e CrS 100,00 (alunosda Aliança). Duração: Ih. Até dia 29 de

julho.POR FALTA DE ROUPA NOVA PAS-SEI O FERRO NA VELHA - Texto deAbílio Fernandes. Direção de Paulo Afonsode Lima. Com Amândio, Saluquia Rentime,Henriqueta Brieba e outros. Teatro da Praia.Rua Francisco Sá, 88 (267-7749). 4a e 5a às2Ih30; 6a, às 22h, sáb., às 20h e 22h30; edom., às I8h30 e 21 h. Ingressos de 4a e 5a, aCrS 200,00; 6a e dom., a CrS 250,00: sáb.' aCrS 300,00. Duração: lh30. Até dia 17 dejunho.O PROTAGONISTA - Texto de LuizAgustoni. Adaptação de Cecil Thiré. ComCecil Thiré, Renée de Vielmond, ThelmaReston e outros. Teatro Clara Nunes, RuaMarquês de São Vicente, 52 (274-9696). De4a a 6a, às 21h30; Sáb., ás 20h e 22h30 edom., às 18h30 e 20h30. Ingressos a CrS500,00 (de 4a a 6a) e CrS 600.00 (sáb. e dom.).Duração: Ih40.SONHOS DE UM SEDUTOR — Textode Woody Allen. Direção de Cécil Thiré.Com Luísa Thiré, Alexandre Lipiani. EdgarAmorim e outros. Sesc de Madure ir a. RuaEwbanck da Câmara. 90 (350-9433). 6a esáb., às 21 h e dom., às 20h. Ingressos a CrS200,00. Duração: lh40.UM E OUTRO — Textos de FernandoPessoa c Manuel Bandeira. Direção de Mi-guel Falabella. Com ítalo Rossi e CláudioBotelho. Teatro Cândido Mendes, Rua JoanaAngélica. 63 (267-7295). De 5a a sáb às21 h30; 5a, às 17h e dom., às 19h. Ingressos de5 a dom., a Cr$ 500,00; vesperal de quinta, aCrS 400,00. Duração: IhlO. O espetáculocomeça rigorosamente no horário e não serápermitida a entrada após o inicio.Poesia, falada e cantada, como ponto deumao entre Bandeira e Pessoa.YERMA — Texto de Frederico GarciaLorca. Direção de Clóvis Levi. Denise Tel-les, Carmela Soares, Helena Tinoco e outros.Teatro Cacilda Becker. Rua do Catete 338(^5",9933)' De 4* a sáb- às 21h: dom- is20h. Ingressos a CrS 250,00 (4a, 5a e dom.) eCrS 300,00 (6* e sáb.). Mulheres grávidas,acompanhadas, não pagam. Duração: lh20.

Infanto-juvenilANT|ARES...AMARGORREGRÉCIA

Texto e direção de Sérgio Gkaioa. ComLuis Tabet, Carlos Marques, Mariana Ker-sen e outros. Teatro Iracema de Alencar, RuaKetiro dos Artistas, 571 (392-7427). Sáb. eaom., ás 19. Ingressos a CrS 150,00.

Programa 16

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O coral fianfanta Prnfiinrffl $e aoreaenta hoieno Centra Cultural Candido Mendes da Rua da Assembleia

ShowsTITÃS/Ô BLÉS* BLOM — Show dogrupo. 6* e sáb., às 22h30; dom., às 19h.Canecâo, Av. Venceslau Braz. 215 (295-3044). Ingressos a CrS 600,00 (arquiban-cada e pista), CrS 700,00 (mesa lateral emezzanino) e CrS 800,00 (mesa central efrisas).

ORQUESTRA DE SAX — Show da or-qucstra no Projeto Sax Symbol. De dom. a4a, ás 2lh30. Tetro Cândido Mendes, RuaJoana Angélica, 63 (267-7295). Ingressos aCrS 300.00. Até dia 27.

GARGANTA PROFUNDA — Show docoral. 5*. às 18h30; 6a, às 12h30 e 18h30;sáb., às 21 h e dom., às 20h. Teatro JoãoTheotônio, Centro Cultural Cândido Men-des. Rua da Assembléia, 10/subsolo (224-8622, r.236). Ingressos a CrS 250,00 e CrS150.00 (às 12h30).

CLÁUDIO COSTA/YASMIN - Showdo cantor e banda, na Série Música no Po-rào. 6a e sáb., às 22h; dom., às 21h. Casa deCultura Loura Ahim, Av. Vieira Souto, 176(227-2444). Ingressos a CrS 300.00.

ERA UM GAROTO QUE COMO EUAMAVA OS BEATLES E OS ROL-LING STONES — Show do grupo OsMiquinhos Amestrados. De 5a a dom., às21h30. Teatro Ipanema, Rua Prudente deMoraes, 824 (247-9794). Ingressos a CrS300,00 (5a) e CrS 400,00 (de 6a a dom.).Último dia.

TRILHAS SONORAS — Show do cantorBelchior e banda Radar. Teatro Suam, Praçadas Nações, 247 (270-7082). De 5a a dom., às19h. Ingressos a CrS 400,00. Último dia.

FELIPE ABREU/DUKE 90 — Show docantor e banda. Sáb., às 21h30 e dom., às21 h. Espaço Cultural Sérgio Porto, Rua Hu-maitá. 163 (266-0896). Ingressos a CrS200.00.

HumorDERCY GONÇALVES/BURLESQUE— Show da humorista. Texto e direção deDercv Gonçalves. Teatro Rival. Rua ÁlvaroAlvim. 33 (240-1135). De 5a a sáb., às 21h;dom., às 19h. Ingressos a CrS 450,00 (5a edom.) e CrS 500,ÒÒ (6* c sáb.).SÉRGIO RABELLO E O CONCERTODESCONCERTANTE — Apresentaçãodo humorista Sérgio Rabello. Teatro da La-goa, Av. Borges de Medeiros, 1426 (274-7999). 6a e sáb.. às 2!h30: dom., às 20h.Ingressos de 6a e dom., a CrS 400.00; sáb. aCrS 500,00.JOÃO KLEBER/RIR...0 MELHORINVESTIMENTO — Show do humoris-ta. Direção de Chico Anysio. Teatro da Ci-dade, Av. Epitácio Pessoa, 1664 (247-3292).De 5a a sáb., às 21h30; dom., ás 21h30.Ingressos a CrS 400,00 (14 anos).AGILDO RIBEIRO — Show do humoris-ta. Texto de Agildo Ribeiro e Gugu Olime-cha. 6a e sáb., às 2Ih30; dom., às 20h. TeatroCawell, Rua Desembargador Isidro, 10 (238-6000). Ingressos a CrS 500.00.

RevistasÊ MOLE OU QUER MAIS ? — Texto edireção de Brigitte Blair. Com Clovis Gier-kens. Patrícia Blair e grande elenco. TeatroBrigite Blair II, Rua Senador Dantas, 13(220-5033). De 5a a dom., às 21h. Ingressos aCrS 300,00.NOITE DOS LEOPARDOS — Showerótico com o travesti Eloína e modelosmasculinos. Teatro Alasca, Av. Copacabana,1241 (247-9842). -5a e dom., às 2lh30; 6a esáb.. 24h. Ingressos a CrS 400.00 (5a) e CrS450,00 (de 6a a dom.).

SEXY BOYS — Tex<o e direção de BrigitteBlair. Show de rapazes sensuais. Apresenta-ção de Marlene Casanova. Teatro BrigitteBlair II, Rua Senador Dantas. 13 (220-5033).

5a, 6a e dom., às 18h30; sáb., às 24h. Ingres-sos a CrS 350,00.ME ENGANA QUE EU GOSTO -Texto e direção de Brigitte Blair. Com LuisValentim, Gigi Saint Cyr, Jorge Rosa Júniore outros. Teatro Brigitte Blair I, Rua MiguelLemos, 51 H (521-2955). De 5a a dom., às21h30; Ingressos a CrS 350.00.

Casas noturnas

NOUVELLE CUISINE — Show da gru-po. De 4a a 2a, às 21h30. Sáb. e dom., às 19h,para não fumantes. Couvert a CrS 500,00 (4a,dom. e 2a) e CrS 700,00 (de 5a a sáb.).Consumação a CrS 500,00. Após o showMistura Dancing. Mistura Up, Rua GarciaD'Ávila, 15 (267-6596).VICTOR BIGLIONE — Show do guitar-rista e banda. 5a, às 22h; 6a e sáb., às 23h;dom., às 21h. Couvert a CrS 400,00 (5a edom) e CrS 600,00 (6a e sáb.). Rio Jazz Club,Rua Gustavo Sampaio, s/n° (541-9046). Úl-timo dia.BENITO DE PAULA/FAZENDO PAI-XÃO — Show do cantor e banda Tempero.4a e 5a, às 21h30; 6a e sáb., às 22h30; dom., às20h. Ingressos a CrS 400,00 (4a, 5a e dom) eCrS 500,00 (6a e sáb). Asa Branca, Av. Memde Sá, 17 (242-7066).PEOPLE — Show do grupo Terra Molha-da, com músicas dos Beatles. Dom. e 2a, apartir de 22h30. Couvert a CrS 400,00. Showdo grupo Friends, com música country. 3a,às 22h30. Couvert a CrS 400,00. Av. Bartolo-meu Mitre, 370 (294-0547).MARIA ALICE FERREIRA — Apresen-tação de fados com a cantora, Festival Gas-tronômico Português. 6a e sáb., a partir de20h.; dom., a partir de 12h. Rio Othon Pala-ce, Av. Atlântica. 3.264 (521-5522 r.2411).Ingressos para o festival a CrS 3.000,00.TRIVOLY — Show da cantora Tatiana.De 6a a dom., a partir de 22h. Rua BulhõesMarcial. 125 (391-4238). Sem couvert.

PERESTROIKA — Lambada com o gru-po Terra. De 5a a dom., ás 23h. Couvert econsumação a CrS 300,00. Rua CondeD'Eu, 133 (399-9073) — Largo da Barra.

bUffalo grill — Música ao vivo. apartir de 20h. Show de Deli (voz), Jotan(violão) e Fernando (piano). Couvert dedom. a 5a, a CrS 200.00; de 6' e sáb.. a CrS300,00. Rua Rita Ludolf, 47 (274-4848).OLD VIC — Show com o cantor Wil Bote-lho. De 4a a dom., a partir de 21h30. Couverta CrS 60,00. Av. N. Sra. Copacabana. 7(275-4099).RIVE GAÚCHE — Show de música dosanos 50 60, com o grupo Rock RevivaLTodos os domingos, às 22h. Couvert a CrS200.00. Av. Epitácio Pessoa. 1.484 (220-4652).BACO — Show do cantor e violonista Re-nato Vargas. Diariamente, às 22h30. Couvert

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Gatas que pagarem o ingresso nasexta e sábado ganham outro gratuitoRua Raul Pompéia. 94 - Copacabana

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Programa 17

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DIA 29 DE JUNHO - SEXTA-FEIRA

AUDING 16 ANOS

SHOW

a CrS ."*0.00. Av. Ataulfo de paiva. 1.235(294-0047).

JAZZMANIA — Show de rock com ogrupo Analfa. Todos os domingos, às 23h.Couvert a CrS 300.00. Show de lambia como Grupo Terra. Todas as 3"s, às 23h. Couverta CrS 400.00 Av. Rainha Elizab:tn. 769(227-2447).

SOBRE AS ONDAS — Diariamente, apartir de 21 h a banda de Miguel Nob e. comos cantores Roberto San e Cacy. revezando-se com a handa de Belo Godoy. Couwrt aCrS 330.00 (de dom a 5') e CrS 550.0) (6*.sáb. e véspera de Penado). Av Atlântica,3 432(521-1296)

BIBLOS — Show Acorde em Tom Maior,com a banda Arte Final. Todos os domin-gos. ás 22h Couvert a CrS 200.00. Av. Epità-cio Pessoa. 1.484 (521-2645). Ate dia 27 dejunho.VICE-RE^ — Música ao vivo. com o pia-nista Hector Capobianco. Diariamente, apartir das 20h30. Sem couvert. Sem consu-mação. Av. Monsenhor Ascàneo, 535 (399-1683).

CHICO'S BAR — Música ao vivo. Diaria-mente, a partir de 21 h. Com Eli Arcoverde cSilvio Gomes (piano). Tihério César e Ro-mildo Cardoso (baixo) e Leila Kocha e Ro-sana Sabensa (voz). Sem couvert. Consuma-v"ão a CrS 350,00 Av. Epitácio Pessoa. 1824(287-3514).

Rl\ E GAL CHE — Show de Stènio (pia-no). Enston (baixo). Jair (bateria) e a canto-ra Lygia Drummod. Diariamente, às 2!h.Couvert a CrS 25.00. Sem consumação. Av.Epitácio Pessoa. I 484 (521-2645).

Pagodes e gafieiras

FORRÓ DO LEBLON — 3', JohnnyClav Show; 4* e dom., a Banda Regue daBahia Brilho do Som. 5*, Zé da Onça e SuaGente. A partir das 22h, na Rua BartolomeuMitre. 630. Ingressos de 3' a 5": CrS 50.00(homens): mulheres não pagam. De 6* adom. CrS 70.00 (homens) e CrS 30,00 (mu-lheres).DOMINGUEIRA VOADORA - Músi-ca para dançar com a Orquestra Tabajara doMaestro Severino Araújo. No intervaloapresentação do Coral da USU. Dom., apartir de 22h. Circo Voador, Lapa. Ingressosa CrS 150.00.ELITE CLUBE — Programação: 6* e sáb.,ás 23h, e dom., às 21h, conjunto Turma daGafieira. Rua Frei Caneca, 4 (232-3217).Ingressos a CrS 60,00. homem e CrS 50,00,mulher (5a) e CrS 30,00. mulher e CrS 40,00,homem (de 6* a dom.).PAGODE DA HARMONIA - Apresen-tação dos conjuntos Só Samba e Balanço, deBruno Maia Prédio da ACM, Rua da Lapa,86. Todos os domingos a partir de 20h30.Ingressos a CrS 4.00 (mulheres) e CrS 7,00(homens).BANDA AFRO LEMY Alô — Apresen-tação da banda. Todos os domingos de I6hàs 22h. Quadra do Grêmio Recretaivo Unidosde São Braz. Rua Goiás, 16 — Engenho deDentro. Entrada franca.

Dance terias

BABILÔNIA — Discoteca a cargo de Tonyd'Carlo e Robson Vidal. Av. Afrânio deMelo Franco. 296 (239-4835). De 4" a dom.,

Luciana Leal

Programa 18

UM HAPPY HOUR PARA AFOGAR AS SAUDADES.

Este ano, o aniversário da AUDING vai reunir amigos de hoje, antigos professores e alunos pararecordar os velhor tempos. E comemorar.Você que tem feito parte do nosso grupo éjiosso convidado."Happy Hour and Conversation Club" especiais no Centro Cultural Auding/Tijuca.Venha rever antigas fotos e renovar as amizades.Dia 29 de junho, a partir das 18:00 horas com Queijos e Vinhos.E indispensável confirmar sua presença pelo telefone: 208-4949 com Maria Ignez ou nossa linha24 horas especial 288-9434.

A e i r\ a n i mm** a CENTRO - BOTAFOGO - TIJUCAJ\ ljr}ll\l^m IDIOMAS Centro Cultural Auding^"lw LSilV KJ O CURSO do seu TEMPO Rua Padre Elias Gorayeb, 40

PSICOSE — MúsicjDiscoteca a cargo de W

mecânica e videos.alter. De 4a a dom., a

partir das 22h e vesp. de dom., às 16h. RuaMariz e Barros. 1050 (2j84-1796). Ingressos aCrS 200,00, homem e CrS 130.00, mulher (de4* a 6* e dom.) e CrS 220,00. homem e CrS150.00, mulher (sáb.);CrS 120,00.

^esperai de dom., a

CARINHOSO — Músjica para dançar coma banda da casa e o cDora. Diariamente a pasáb.. às 24h, o cantor Fedrinho Rodrigues.Rua Vise. de Pirajá, 22 (287-0302). Couvertde dom. a 5' a CrS 300,00 e 6*, sáb. e vésperade feriado a CrS 500,00.

Dnjunto da cantoratir das 22h. De 2a a

ás 22h30. Ingressos a CrS 250,00 (mulher) e300,00 (homem). Matinê, sáb. e dom., às16h. Ingressos a CrS 290,00.BALI BAR — Aprtsentação de vídeos emúsica para dançar com o discotecário An-war. 6a a sáb.. às 22h. Dom., o discotecárioFernando Costa. A partir de 22h30. Estradada Barra da Tijuca, 1636 (399-3460). Ingres-sos a CrS 200,00.

HELPe Adão. Av. AtlânticaDiariamente a partir daCrS 450,00.

Discoteca a cargo de Tom, André4332 (521-1296).22h. Ingressos a

ZODÍACO — Música d: fita para dançar.Av. Sernambetiba, 1996 (1399-0375). Consu-mação de dom. a 5a a CrS 195,00; 6a, sáb. evéspera de feriado a CrS 390,00.ZOOM — Lambada com Naum e o Brilhoda Lua. Todas as 4*s., partir das 22h.Discoteca com Gustavo ie Caux e AiresDiógenes. De 4a a dom., às 22h e vesp. dom.,às 16h e 20h. Lgo. de S. Conrado, 20 (322-4179). Ingressos a CrS 150,00 (homem) e CrS120,00 (mulher)..LEON'S DISCO — Discoteca e música aovivo, com o discotecário Edinho. De 5a adom., às 21h; e vesp. sáb. e dom., às 15h.Travessa Almerinda Freitas, 42 (359-0277).Ingressos 5a a CrS 2,00; 6a a CrS 20,00(homem) e CrS 10,00 (mulher); sáb. a CrS25,00 (homem) e CrS 15,00 (mulher); dom. aCrS 10,00; vesp. de sáb. e dom. a CrS 8,00..VINÍCIUS — Música ao Vivo para dançar,a partir das 22h, com a Bigband e os canto-res Regina Falcão, Cássia e José Carlos. Av.Copacabana, 1144 (267-1497). Couvert dedom a 5a a CrS 110,00; 6a, sáb. e véspera deferiado a CrS 170,00.

Felipe Abreu canta no Espaço Sérgio Pc

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CLIMICAS MÉDICASDt acordo com a Resolução 1.036 80 do C onstlho Irdtr»! dc Mtdicim

SOBRE AS ONDAS — Música ao vivopara dançar, diariamente a partir das 21 h,com a banda de Beto Godoy e o quinteto deMiguel Nobre e a cantora Cacy. Av. Atlânti-ca, 34^2 (521-1296). Couvert de dom. a 5' aCrS 120,00 e 6*. sáb. e véspera de feriado aCrS 190,00. Consumação 6\ sáb. e vésperade feriado a CrS 120,00.COLUMBUS — Discoteca a cargo deAmândio da Hora e Nino Cario. Diaria-mente, a partir das 22h. Matinê, dom., apartir das 16h. Rua Raul Pompéia, 94 (521-0279). Ingressos a CrS 400,00 (de 2* a 5") eCrS 500,00 (6", sáb. e véspera de feriado) cmatinê a CrS 140,00.MR MERENGUE — Diariamente, a par-tir de 22h, lambada, salsa e merengue. Acargo de Luiz Fernando. Rua Raul Pom-péia, 94 ( 521-0279). Ingressos a CrS 400.00(de dom. a 5a) e CrS 500,00 (6', sáb. evéspera de feriado. Matinê de dom.. 16h. aCrS 140.00.PAPILLON — Discoteca de 3" a dom., apartir das 21h. Hoiel Intercontinental, Av.Prefeito Mendes de Morais, 222 (322-2200)Ingressos de 3* e 5* a CrS 290,00,; 6a, sáb. evépera de feriado a CrS 360,00 c dom. a CrS290.00 (homens) e CrS 220.00 (mulher). Ma-linê. sáb. e dom.; às 16h. Ingressos a CrS200,00 (com direito a um refrigerante).

PRESS — Discoteca e vídeos a cargo deRicardo Araújo. Aberta de 3a a dom., apartir das 22h. Av. Sernambetiba. 4700(385-2813). Consumação a CrS 400,00.

BOITE VOGUE — Música ao vivo com oconjunto da casa e discoteca. A partir das22h. Rua Cupertino Durão, 173 (274-4145).Couvert de dom. a 4a a CrS 100.00; de 5a aCrS 200,00; e de 6a, sáb. e véspera de feriadoa CrS 160,00. Consumação de dom. a 4a aCrS 120.00; de 5a a CrS 120,00; e de 6a, sáb. cvéspera de feriado a CrS 240.00.

CHAMPAGNE — Lambada com DidoOliveira e banda. 6a e sáb.. a partir de 22h.Música ao vivo e discoteca. De 3a a dom. apartir de 21h. Rua Siqueira Campos, 225 A(255-7341). Couvert a CrS 300.00 (homem) eCrS 200.00 (mulher). Consumação a CrS200.00.

CALÍGOLA - Diariamente, a partir de22h. Discoteca a cargo de Rodrigo Vieira.Rua Prudente de Morais. 129 (287-1369).Consumação a CrS 700.00.

CLUB 1910 — Discoteca a cargo de Ro-berto Franklin e Geraldo. Diariamente, apartir das 22h30. Av. Atlântica, 1.910 (237-9246). Sem couvert e sem consumação.

LAMBARRA — Lambada com o conjuntoCasanova's. Todos os domingos, a partir de20h. Ilha dos Pescadores, Estrada da Barrada Tijuca, 793 (399-0005). Ingressos a CrS250,00 (homem) e CrS 200,00 (mulher).

LAMBADA CHIC — Lambateria com oconjunto de Wander Paul. De a 5a e dom., apartir de 22h. 6* e sáb., às 23h. Av. N. Sr*. deCopacabana, 1.102 (287-8253). Ingressos aCrS 300,00.

LINEA LATINA — Discoteca com cum-bia, merengue, lambada e outros ritmos lati-nos. Todos os domingos, a partir de 22h.Mistura UP, Rua Garcia D'Ávila, 15 (267-6596). Couvert e consumação a CrS 180,00.

SALASSIÊ LAMBATERIA — Show delambada com a banda Brilho áo Som. 6', às22h. Show com a banda Digno do Réu. Sáb.,às 22h. Dom., música ao vivo, a partir de21 h. Rua Humberto de Campos, 699 (294-5535). Ingressos a CrS 200,00. Consumaçãoa 150,00.THE JAM — Dimrtma-e videO a cargo deRôimilo Marques. De 5a a dom., a partir de22h.- Estrada do Joá, 3.425 (399-3292). In-gressos a CrS 250.00 (de 5a a dom); CrS350,00 (6a, sáb. e véspera de feriado).

KOOL IBIZA — Discoteca a cargo deTony D'Carlo. De 5a a sáb.. a partir de 22h;dom., de 17h, às 23h. Matinês aos sábados,às 16h. Ingressos a CrS 350,00 (homens), CrS300,00 (mulheres) e CrS 250,00 (matinê). Av.Quintino Bocayuva, 679 (710-0505). Praia deCharitas — Niterói.

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SHOW

CENIRA MULHER & ARTE — Coletivade pinturas, esculturas, cerâmica e fotogra-fias. Hotel Nacional, Av, Niemeyer, 769. DaslOh às 22h. Último dia.IRAMAR PENTEADO — Pinturas. Mu-seu do Ingá, Rua Presidente Pedreira, 78 —Niterói. Das 14h às 18h. Último dia.CARLOS EDUARDO SOARES — Fo-tograflas. Museu do Ingá, Rua PresidentePedreira, 78 — Niterói. Das 14h às 18h.Último dia.COLETIVA DE GRAVURAS — Obrasde sete gravadores. Museu do Ingá, RuaPresidente Pedreira, 78 — Niterói. Das 14hàs 18h. Último dia.FILATELIA, CARTOFILIA E MA-RILYN MIRANDA — Coleção de selossobre cinema, cartões postais e fotomonta-gens de Zello Visconti. Museu de Arte Mo-derna, Av. Beira-Mar, s/n°. Das lOh às 18h.Até dia 30.RONDON E O INDIGENISMO BRA-SILEIRO — Exposição etnográfica, docu-mental e fotográfica em homenagem ao Ma-rechal Rondon. Museu do índio. Rua dasPalmeiras, 55. Das 12h às 17h. Até dia 30.EXPOSIÇÃO DE CERÂMICA — Cera-mistas da Oficina de Cerâmica do SESCTijuca. Galeria de Arte do SESC da Tijuca,Rua Barão de Mesquita, 539. Das lOh ás22h. Até dia 1°.RESGATE DA MEMÓRIA - Exposiçãocom o acervo do museu. Museu Histórico

MAPAS CARTOGRÁFICOS — Exposi-ção com 20 mapas raros dos séculos XVII,XVIII e XIX. Museu do Primeiro Reinado,Av. Pedro II, 293. Das 13h às 17h. Até dia26 de agosto.

A ARTE DE FAZER MAPAS — Exposi-ção ilustrativa da história da cartografia ho-landesa dos séculos XVII e XVIII. Museu deAstronomia, Rua Gbneral Bruce, 586. Das16h às 20h. Até dia Í6 de agosto.O CARNAVAL i:ARIOCA E SUASORIGENS — Exposição de fotos, textos,fantasias e instrumentos do carnaval cario-ca. desde 1641 até a década de 60. Museu doCarnaval, Rua Frei Caneca, s/n° — Praça daApoteose. Das llh às 17h. Exposição per-manente.MUSEU DA REPÚBLICA - Hall deentrada, escadaria e 7 salas do andar nobredecoradas como á épòca da Presidência daRepública. Palácio do Catete, Rua do Cate-te, 153. Das 12h às 17h. Exposição perma-nente.

MARQUESA DE SANTOS - Objetospessoais, cartas e reproduções fotográficassobre a vida da marquesa. Museu do Primei-ro Reinado, Av. Pedro II, 293. Das 13h às17h. Exposição permanente.COLONIZAÇÃO E DEPENDÊNCIA— Documentos históricos que traçam a evo-lução econômica do pais, desde a colônia.Museu Histórico Nacional, Praça MarechalÂncora, s/n°. Das 14h30 às 17h30. Exposi-ção permanente.

~ Exposições

c ARTE & MEDALHA — Exposição ilus-• trativa da evolução da medalhistica no Bra->». sil. Centro Cultural Banco do Brasil, Rua Io^

de Março, 66. Das lOh às 23h. Até dia 26.â JACOB LAWRENCE — Desenhos e gra-3 vuras. Sala Bernardelli do MNBA, Av. Rio^

Branco, 199. Das I5h às 18h. Até dia 8.OLHAR VAN GOGH — Coletiva comobras de 25 artistas. Escola de Artes Visuais,Rua Jardim Botânico, 414. Das lOh às 17h.Até dia 15.

Nacional, Praça Marechal Âncora, s/n°. Das14h30 às 17h301 Até dia Io.ROLAND URBINATI — Pinturas. Carade Cultura Laura Alvim, Av. Vieira Souto,176. Das 16h às -19h. Até dia 15.PINTURA SOBRE PAPEL — Exposiçãocom 44 obras de. 12 artistas alemães. MuseuNacional de Belas Artes, Av. Rio Branco,199. Das 15h às 18h. Até dia 22 de julho.COLEÇÃO BOUDIN — Pinturas. SalaJoaquim Lebreton do MNBA, Av. Rio Bran-co, 199. Das 15h às 18h. Até dia 5 de agos-to.

Vídeos

VÍDEOS NO MAGNETOSCÓPIO —Exibição de O repórter Ernesto Varela, cole-tânea com as melhores reportagens. Hoje, às22h e 0h30, no Magnetoscópio, Rua SiqueiraCampos. 143/sala 30 (235-5297). Até dia 3.VÍDEOS NO MAGNETOSCÓPIO —Exibição de / do not know what it is 1 am like,de Bill Viola. Hoje, às 19h e 23h, no Magne-toscôpio, Rua Siqueira Campos, 143/sala 30(235-5297). Até amanhã.VÍDEOS NO MAGNETOSCÓPIO -Exibição de um making of dos filmes Diasmelhores virão e Kuarup, de Cacá Diegues.Hoje. às 21h e !h30. no Magnetoscópio, RuaSiqueira Campos, 143/sala 30 (235-5297).Até dia 3.NÚCLEO ATLANTIC DE VÍDEO/MOSTRA INFANTIL - Exibição deH ãUm na terra da magia, de Ron Howard.Hoje. ás 16h. na Casa de Cultura LauraAlvim, Av. Vieira Souto. 176.

VÍDEOS NO CENTRO CULTURALBANCO DO BRASIL — Às 16h30: ChetBaker Candy, gravado ao vivo na Suécia. Às17h30: Ingrid, documentário sobre IngridBergman (versão original em inglês). Às18h30: De crápula a herói, de Roberto Ros-selini. Às 21 h: Roma, cidade aberta, de Ro-berto Rosselini. Hoje. no Centro CulturalBanco do Brasil, Rua 1° de Março, 66.VÍDEOS NO TV PIRATA - Exibiçãodos vídeos Metallica (Califórnia 83), Slayer(Holànda 88), Motorhead (Birthday party),Nuclear Assault (Alemanha 88) e MercyfulFate (Holanda 84). Hoje, às 18h, no TVPirata, Rua do Catete, 243.VÍDEO-SHOW — Exibição do vídeo TheSingles Pretenders. Hoje, às 18h, 20h, 22h,no Cândido Mendes, Rua Joana Angélica,63.VÍDEOS NO GARAGE — Exibição dosvídeos The years after (Live at Marquee) eWhisbone Ash (Live ai Marquee). Hoje, àsI8h e 20h, no Garage Vídeo Club, Rua Cea-rá, 154.

BARATO DO DOMINGO O que há para fazer gastando pouco ou quase nada

9b £'íue tal se preparar para torcer peloBrasil com uma corrida ou caminhadana pista Cláudio Coutinho (Praia Ver-melha. próximo à Escola Superior deGuerra — Urca)? DE GRAÇA

tllOhVá visitar a exposição de pipas e piõesjaponeses do Parthenon (Rua Manoelde Abreu. 9. Centro — Niterói). Parteda Semana do Japão, tem diversos pro-dutos orientais. DE GRAÇA

12hAssista ao jogo do Brasil no TeatroJoão Caetano (Praça Tiradentes) e vi-bre com a festa. Vai ter telão e quatrotelevisores. Do lado de fora, banda demúsica. DE GRAÇA

*12hNo Circo Voador (Arcos da Lapa), temtelão e pagode, com o grupo Boca Novaanimando o jogo. Quem quiser, podeaproveitar para almoçar macarronada,a CrS 200. Entrada a CrS 100.

fFilé de peixeO Restaurante Zona do Agrião (RuaIpiranga, 134 — Laranjeiras) traz nocardápio de hoje um delicioso filé depeixe com arroz branco e purê de bata-tas. A CrS 340, dá para dois.

f Frango grelhado çSe você estiver no Centro, aproveitepara comer o frango grelhado do Café eBar Riachuelo (Rua do Riachuelo, 100).Acompanha arroz com fritas ou arrozde forno. CrS 190.

tFeijoadaNão perca a deliciosa feijoada do Res-taurante Perez (Rua Barata Ribeiro, 96

Copacabana). Vem com arroz, couvee inclui sobremesa para uma pessoa. Paradois, a CrS 350.

Pi cadinho$V

No Restaurante Milho Rei (Rua Had-dock Lobo, 335-A — Tijuca), a pedida éo picadinho á americana. Vem com ar-roz, purê de batatas, petit-pois e umovo estrelado. CrS 180.

*14h30Quem mora na vizinhança, deve apro-veitar para assistir ao show do cantorWeber Werneck e sua banda no Madu-reira Shopping Rio (Estrada do Porte-ia, 222 — Madureira). DE GRAÇA

16h iíkHoje tem festa junina no IBAM (Largodo IBAM, n° 1 — Humaitá). Animado-res culturais, artistas, brincadeiras, qua-drilha infantil, canjica e muito quentãoDE GRAÇA

16h30O Centro Cultural Banco do Brasil (RuaIo de Março, 66 — Centro) passa ofilme O declínio do império america-no, que foi prêmio da crítica no festi-vai de Cannes. DE GRAÇA

*18hO projeto Rio Rua programou para es-te fim da tarde na Praça Serzedelo Cor-rea (Copacabana) um grande show comEIson do Forrogode. É para dançar atése acabar. DE GRAÇA

t18h30Não deixe de assistir à apresentaçãoda comédia A mandràgora, de Maquia-vel. com os alunos de teatro da UNI-Rio(Avenida Pasteur, 436 — Praia Verme-lha). DE GRAÇA

I19h30Aproveite a noite para ouvir o concer-to do conjunto de música antiga daUFF na Basílica Nossa; Senhora Auxi-liadora (Rua Santa Rosa, 216, SantaRosa — Niterói). DE GRAÇA

t19h30Relaxe e aprenda sobre raja yoga as-sistindo à palestra da intjiana Asha Purino Centro de Raja Yoga !Brahma Kuma-ris (Rua Pinheiro da Cunha, 185 — Tiju-ca). DE GRAÇA

22h ICom ou sem vitória do Brasil, não dei-xe de dançar na domingueira voadora.No repertório da Orquestra Tabajara.samba, bolero e agora também lamba-da. CrS 150.

Programa 20

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recheada, lagosta Neuchatel, carréde carneiro à provençal. além desorvetes e sobremesas apetitosas.E, é claro, fondues. Um jantar saiem torno de CrS 850.

Churrascaria Palace (Rua Ro-dolfo Dantas, 16, Copacabana.Tel: 541-8398) — Um rodízio commuitas carnes, acompanhamentosfrios e quentes, e um serviço queprocura ser o mais atencioso pos-sivel. Sua promoção volta-se paraas mulheres e crianças até 10 anos.que pagam a metade, isto é. CrS420.

Gota d'Ãgua (Praça Balthazarda Silveira, 16, Centro de Teresó-polis. Tel.: 742-9766) — Um mistode bar e restaurante comandadopor uma grande figura humana, omineiro Ivan Mata Machado. Es-pecializado em trutas realmentefrescas, que podem vir com amên-doas, alcaparras e ervas ao mesmotempo, para o freguês ir tirandodas molheiras e fazendo suas pró-prias experiências gastronômicas.Comece pelas bolinhas de queijoou pelas rãs à doré. saboreie astrutas, assunte sobre o coelho aoforno ou o coq au vin, descubra derepente que Tom Jobim em pessoafoi até lá buscar sua truta na quen-tinha para comer no sitio que temperto. Enfim, sinta-se feliz. De-pois, é o licor de damasco da casa.Trutas. CrS 700.

El Sheik (Avenida J. J. deAraújo Regadas, 178. loja 14. Te-resópolis. Não tem telefone) — Acasa funciona de terça a domingo,das lOh às 24h, sob comando deSalomão Daitelcvaig. também co-nhecido como o enteado do médi-co sanitarista Noel Nutels. A casatrabalha com comidas árabes tra-dicionais. mas tem suas versõesespeciais, como os quibes naturais,ou seja, sem carne: de cebola, rico-ta, espinafre, coalhada seca, cc-noura com vagem e palmito, porCrS 50 cada. Há também umainfiltração de comida judia, comfluden, guefilte fish, beigel. A con-vivência é total, principalmente nosalão do segundo andar, com qua-dros originais de Aldemir Martins,Lan, Bianco, Alvarus, uma tape-çaria de Caribe.

Franz (Estrada Sorimà. 347,altura da Estrada do Joá. 3.340,Barra da Tijuca. Tel.: 399-6678) —Ah, os salsichões do bávaro FranzHertlein... Fazem um ligeiro croc,aquela minima resistência que assalsichas honestas têm de mostrarantes de serem devoradas com gu-la. Acompanhadas das saladas,dos chucrutes. dos frios e dos joe-lhos de porco, são pratos que sa-tisfazem a família. Música no ar.um atendimento às vezes lento,strudel e torta de morango comcreme, o saldo é bem positivo. Edá para levar para casa. em quen-tinhas. Preços em torno de CrS600.

DANUSIA BARBARA

Hora de

subir

a serra

^^inverno chega e faz¦ ^Maquele friozinho que

justifica as gulodices, ospratos mais fortes, a comilan-ça que apazigua aborrecimen-tos. Comer é bom. De vez emquando se descobrem alegresnovidades, como a de que Te-resópolis começa a ser umcentro gastronômico. Primeirofoi D. Irene e sua cozinha rus-sa. Agora há o Les Artisants,com uma cozinha de bom ní-vel, num ambiente chique e apreços razoáveis. Sem falar noGota d'Água com as trutas doIvan. No El Sheik, o atrativosão os quadros das paredes eos quibes naturebas. Quemnão sobe a serra, pode optarpelos quitutes finlandeses doKoskenkorva, pelas especia-rias portuguesas do Festivaldo Othon. em seu último dia,ou então mergulhar nas carnesa bom preço da ChurrascariaPalace.

Les Artisants (Estrada Teresó-polis—Friburgo, km 4. Tel.: 742-8636) — Um restaurante bonito,com lareira funcionando à noite,decoração de Gilles Jacquard, co-zinheiros e maiíre de bons restau-rantes cariocas. Enfim, uma sur-presa em plena serra. Ligado aoempreendimento Green Valley. doempresário pernambucano Anto-nio Carvalho Ventura. A comida ála carte segue estilo francês e até oscroissants do couvert, feitos lámesmo, vêm quentinhos, comme ilfaut. No almoço de sábado e do-mingo, há brechas para pratosbrasileiros: a feijoada, por CrS680, o pernil à brasileira ou a car-ne-seca com abóbora, por CrS520. Há um bom playground paraas crianças, que também podemoptar por um menu infantil, tipoarroz, feijão, filé e fritas. O grandecharme, no entanto, é o jantar desexta e sábado.

Koskenkorva (Avenida Gere-mário Dantas, 439, Jacarepaguá.Tel.: 392-8320) — Seu Martti e amulher Maija fazem o possível pa-ra mostrar um pouco da sua cozi-nha de origem, a finlandesa. Nomomento, estão em pleno festivalde trutas, mas oferecem tambémcarnes á Lapônia, crua e um pou-co defumada, turnedôs cobertosde cogumelos no molho do vinho,panquecas flambadas, tortas demaçã e sempre, para começar, pão

preto, patê, frios e vodea. Refeiçãoem torno de CrS 600.

Le Vieux Port (Rua Souza Li-ma, 37. Copacabana. Tel.: 267-5049) — O casal Christian e Lúciafaz a comida tradicional francesa:hoje é dia do pot au feu, o cozido àfrancesa, por CrS 600 para duaspessoas. Há também menus de re-feição completa — graíin de frutosdo mar, boeuf bourguignon e char-lotte de pêra, por exemplo — porCrS 600 por pessoa. No jantar desexta-feira e sábado, música aovivo com o chansonnier Gigi.

Festival português no Rio OthonPalace (Avenida Atlântica, 3.264/3o and., Copacabana. Tel.: 521-5522) — Hoje é o último dia paraprovar pastelinhos de bacalhau,espadarte fumado, caldo verde àmoda do Porto, arroz de pato,leitão assado à Bairrada, alheiras àBragança, bacalhau à Lisboense,leite creme queimado, rabanadas,toucinho-do-céu, barrigas de frei-ra, travesseiros de Sintra. Por CrS3.000 por pessoa, mais 10% servi-ço.

Helvetia (Avenida Atlântica,2.964, Copacabana. Tel.: 255-6332) — O restaurante de luxo doRio Atlântica Suíte Hotel tembons pratos da cozinha suíça einternacional: sopa de cevada comlegumes, entrecôte ao molho detutano, filé-mignon ao molho ro-

quefort com frutas secas, codorna Salomão, do BI Sheik

Progrsmn

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Claudio e Angela garantem a qualidade do Baynide

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Ite^: ^V^T^Sm^^Sg. ™BB™iB^'t-- x v v :Latorraca, Marieta e Nanini na teatada Almida

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Um almoço tal qual um presente

R. T. FimimIIo

Charme, design e gostosu-ra. o Bayside tem tudo paravencer na vida. Seus sandui-ches vêm no pão francês ouno pão árabe, quase redon-dos de tanta coisa, em combi-nações harmônicas: salame,

pasta de azeitona, alface e

provolone (Portofino): ches-ter. pasta de ricota tempera-da. tomate e alface (Marbel-la): lombinho. abacaxi,molho rose e alface (Ibiza) oucarne assada, molho rosé. to-mate e alface (Porto Seguro).As saladas, em caixinhas in-dividuais. têm aquele aplombdos ingredientes de primeira:a de tomate com queijo é pu-ra Itália.

Sucesso também são ossalgadinhos: quiches. folhea-

dos, empadões, pastéis deforno e um quibe que deixousaudades. Deve ser o efeitotecnologia, tipo fast foodmultinacional: cozinha cinti-lante, pessoal treinadíssimo epoucos produtos. Gom seissanduíches, três salgados esete saladas por dia. dá parafazer aquela comida precisa,quebra galho de qualidade eatendimento melhor que mui-to restaurante por aí. Os só-cios Cláudio Scappini e An-

gela Lodi contam que oalmoço tem que parecer um

presente, satisfazer os senti-dos de quem come. Praia deBotafogo 228, loja 117, edifí-cio Argentina, Centro Em-

presarial Rio. Tel.: 552-8193.

Danusia Bárbara

Cliudia Hungria atende aos fia do chocolate

Plantão do chocolate caseiro

() chocolate caseiro Pia-nalto. de Gramado. RioGrande do Sul. criou o sis-lema de atendimento domi-ciliar H so ligar para 263-Tosy e 263-7793 ou para o

plantão de 24h. 577-7365. e\ a rios tipos de tabletes,bombons. tonduc.\. dieteti-

cos e ate kits de presente —

tudo em chocolate — sãoentregues em qualquer partedo Rio. a preço de fabrica.A carioca Claudia Hungria,de 19 anos. adora chocolatee e u m a d a s m o ç a s q u eatendem aos pedidos por te-lefone.

Marieta

na Alsácia

«b«*o Petronius está ha-vendo um festival daAlsácia, com os vi-

nhos da região e alguns pra-tos apetitosos. Pois outrodia, estavam lá se deliciandocom as especialidades alsa-

anas Marieta Severo,Marcos Nanine, Ney Lator-raca, Andréa Beltrão e GuelArraes: com muito gewürz-traminer, medalhões de vi te-la e umas tortinhas de ma-

çã, a farra se estendeu até as3 da manhã. O festival vaiaté o final deste mês.

Programa 22

li

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Apicius

RECEITADenis Derkian

Em cartaz com O Prata-

gonista. no teatro Clara Nu-nes. o ator curitibano DenisDerkian. 33 anos, gosta decozinhar e já teve dois res-taurantes em São Paulo,onde criou o pato assado ala Derkian. servido com pu-rê de batatas, repolho roxoe beterraba:

Ingredientes: 1 pato. 1 kgde batatas. 1 kg de beterra-ba, 1 repolho roxo. bacon,vinagre, pimenta do reino,sal. açúcar, cravo e canela.

Feitura: Tempere o patoe coloque.no forno para as-sar. Enquanto isso. refogueo repolho roxo com bacon.Depois, adicione vinagre,

pimenta do reino e sal a

gosto. Em outra panela, co-zinhe a beterraba, com cas-ca. na água com cravo ecanela a gosto. Deve-se co-locar um pouco mais decravo do que canela. A águadeve cobrir a beterrabacompletamente. Depois decozida, tire a pele e corte abeterraba em fatias. Passenum coador a água do cozi-mento, retirando o cravoe a canela. Adicione estaágua coada novamente àbeterraba, já fatiada. Colo-

que vinagre e açúcar a gos-to. A parte, cozinhe as bata-tas e faça um purê.

DANUSIA BARBARA

Glória,

ossos e

enlevo

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uando os mortos começam a

^morrer, revela-se a natureza in-terna de suas anatomias. Em bom

português: sobram os ossos. E, assimmesmo, só por algum tempo. Fica de-pois — por certo — a memória. Tam-bém sujeita ela aos contratempos denossa precaríssima alma. Lembras mui-to bem, até que lembras só de uns peda-ços, e depois... Como é mesmo que foi?**Foi assim..." — Te dizem. E contam ocontrário do que realmente aconteceu.Mas que aconteceu? A memória é uma

prostituta muito mais barata e vulgardo que todas as que vicejam agora naCâmara e no Senado de certo país cujonome esqueci. Legisla — como eles —

em causa própria, só que acredita emtudo que diz. Mais sábios são, os sena-dores, os deputados e até mesmo osvereadores. Como os romancistas e os

poetas mentem, sabem que mentem eacham bonito mentir. Mesmo tiram dis-

to enlevo e glória. Já a memória, não.Mente, acredita e jura que tudo aquilo éverdade. Graças a ela, se escreve umaHistória nova a cada geração.

Mas falava eu dos mortos, leitor ca-ro, e fazia mal. Mortos nada são. Fo-ram em vida. E, se lembro de certasenhora que me deu para ler Montaignee Voltaire, não a lembro morta. Era,

defunta, um corpo qualquer — como o

de um cachorro ou de um papagaio ,

pois só a alma pode dar algum interesseao corpo. O resto fica melhor em está-

tua de mármore. Pois só a vida interes-sa. _

É o que sabem os restaurantes. E.

por saberem disto, alguns se danam,

que sobrevivem muito além da mortenatural à qual os fadava a desastrosíssi-ma qualidade do que ofereciam ao fre-

guês. Por exemplo: o Antonio's foi umadas casas mais agradáveis que já tre-

qüentei. Hoje é um sepulcro mal caiado,onde cobram preços exorbitantes.

Felizmente, nem sempre é assim.Por alguns meses — que a vida nos

faz errantes — não fui ao Ântiquarius.Voltei em um fim de tarde e lá encontreium arroz de pato lamentável. "Ah!

Quegrande desgraça!", comentei com meuumbigo. Ao que ele respondeu, o querespondem os umbigos. Nada. Interpre-tei tal silêncio como: "Ah! Meu Deus!Ficou péssima a casa!" Bobagem a demeu umbigo. Voltei. E lá encontrei: 1)uns adoráveis bolinhos (que eles cha-mam de pastéis) de bacalhau, com arrozde bacalhau e brócolis. tudo isto acom-

panhado por umas salsas fritas no óleo.

que estavam crocantes e mui desejá-veis:) 2) um lombinho de porco muitobom, muito simples (o chamam "da

fazenda"), que chega à mesa com uma

purée de maçã. Mas. melhor ainda, bomleitor, estava a meloa que me serviramna Adega do Valentim. Que é uma me-loa? Sei lá! É um melão Cantaloupeadorável, tendo o exterior craquelé.Com um Porto (e eles lá têm algunsbons), é coisa para alegrar três abades.

Programa 23

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Pinheiro e Cardoso: macacadas it<

N—^MriBim ?

tk ROTEIRO DA SEMANA /Teatro

Uma dupla com a macaca

v^edro Cardoso e Felipe^^Pinheiro estão de volta.

Investindo num humorurbano, seus espetáculos setornam cada vez mais ácidos,como a cidade que os inspira.A partir de sexta, no CentroCultural Banco do Brasil, elesestréiam A macaca. O espetá-culo, escrito, dirigido e inter-pretado pela dupla, é dividi-do em três partes.

"A ma-caca jovem", explicam, "a

macaca adulta e a macaca ve-lha. As três partes são inde-pendentes. A vantagem é queo espectador pode chegaratrasado ou sair antes do fi-nal." Para levar ao palco essaproposta de espetáculo aber-to, foi reunida uma equipeem que Amir Haddad é res-ponsável pela supervisão,Tim Rescala pela música edireção musical, Castelar pe-la iluminação e com a partici-pação até um pai-de-santo(Brhemar).

no Centro Cultural Banco do Brasil MACKSEN LUIZ

U Outros

PAPEL PRINCIPAL — Hélio Timbiraexpõe trabalhos em papel a partir dequarta, na Avatar, em Botafogo.ARQUEOLOGIA DO FUTURO — De-senhos e pintura? de Sandra Hottum quemostram o encontro de colonizadorese colonizados no Brasil de 1500. Vernis-sage quinta, no Staccato Studio, noJardim Botânico.ARTE E CABELOS — Exposição dopintor c cabeleireiro Erni Buijes Gar-cia a partir de amanhã, na Rua Gene-ral Glicério, 445/loja A, Laranjeiras.DOSE TRIPLA — Aquarelas de Valé-ria Salgueiro, pinturas de Inge Dryer edesenhos de Diô a partir de quarta, noMuseu do Ingá, em Niterói.VIAGENS — Italiano radicado no Rio,Negrito expõe 30 fotos de Paraty e deNew England, nos Estados Unidos, apartir de quarta, no IBEU.CARLOS RANGEL — Exposição depinturas a partir de sexta, na Rua An-tônio Basílio, 201/304, Tijuca.RAFAEL BORDALO PINHEIRO —Exposição de peças do caricaturista e ar-tista plástico português que marcou ohumor do final do século 18 no Brasil eem Portugal, a partir de terça, às I8h,na Casa de Rui Barbosa (R. São Cie-mehte, 134). A mostra Zé Povinho — Aobra e a vida de Rafael Bordalo Pi-nheiro, é paralela às comemorações dos115 anos do surgimento do personagemZé Povinho, em Portugal, e traz o que oartista produziu no Brasil, onde fundouos jornais PsitU! e O Besouro. Até 4 deagosto, de 2* a 6", de 10 às 17hs, e aossábados, das 12 às 17hs..

¦ Artes plásticas

Poesia

em

ferro

«Mie já foi chamado depoeta da escultura peladensidade e lirismo de

sua obra. O mineiro Amílcarde Castro mostra que essa de-finição não é nenhum exage-ro a partir das 21 h destaterça-feira, quando inaugurauma exposição comemorati-va de seus 70 anos de vida e41 de artes plásticas na Tho-mas Cohn Arte Contemporâ-nea (Rua Barão da Torre,185/A — Ipanema), exata-mente o mesmo local ondefez sua primeira individual deesculturas no Rio de Janeiro,há sete anos. Junto com osdoze trabalhos em ferro dasafra mais recente, em que a

ênfase está nas formas hori-zontais, alguns com elemen-tos móveis, será exibida umasérie inédita de cinco pinturasonde o artista abre mão dosgrafismos marcantes de suaobra anterior. Nascido emParaisópolis, Amílcar — quetambém é desenhista — foialuno de Guignard e Weiss-mann em Belo Horizonte, in-,

tegrou no início da década de50 o movimento neoconcretoe fez a reforma gráfica doJORNAL DO BRASIL querevolucionou a diagramaçãoda imprensa carioca. A expo-sição fica em cartaz na Tho-mas Cohn até o dia 20 domês que vem.

MAURO VENTURA

Escultura de Amilcar de Castro na Thomas Cohn

Programa 24

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Tbe Jesus and Mmry Chain mostra músicas do novo disco em show no Canedo

O rock do desespero

^Mriado em 1985, o grupo• .escocês The Jesus and^^Mary Chain conquis-

tou um espaço no mundo dorock com uma combinaçãode letras depressivas e umsom agressivo, distorcido porguitarras e pontuado por mi-crofonias. Eles se apresentamno Canecão quinta e sexta,dando início a uma turnê pelaAmérica do Sul que os levaainda a São Paulo, Curitiba,Porto Alegre e Buenos Aires.O Jesus chega na esteira deseu mais recente trabalho,Automatic, seu terceiro Lp.Em músicas como Halfway tocrazy e Here comes Alice nãofaltam alusões à loucura, sui-cídio e drogas. Mas apesardas letras manterem o deses-pero de sempre, agora elesparecem embalar seu baixoastral numa batida mais pope dançante. Não é uma pe-quena concessão para umgrupo que, por pura introver-são, começou a carreira emshows cantando de costas pa-ra o público.

CLÁUDIO FIGUEIREDO

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PROJETO RAUL SEIXAS-A idcia ANTONIOé revelar bandas promissoras. Começaesta quinta no Circo Voador com umshow reunindo os grupos Violeta deOutono, Finis Africac c A Tribo. Notelâo, vídeos inéditos do patrono RaulSeixas, que estaria completando 45anos dia 28. A promoção é do CircoVoador e do programa Caixa Preta daRádio Fluminense FM.KAOMA — O grupo que descobriu

Clara Crocodilo, se apresenta de quartaa sábado no Jazzmania.

ADOLFO .E ANGELARO RO — Na série em benefício daCasa do Músico, eles fazem o show deamanhã no Jazzmania.TONI COSTA — O guitarrista quecostuma acompanhar Caetano Velosotoca ao lado de sua banda. Sábado, noCirco Voador. li IIPLEBE RUDE — O grupo toca coversdo The Clash, sua banda preferida.

um filão milionáriopo que aescoonu Quinta e sexta, no Bali Bar.colocando a Iam- '

£dà£s paradas de todo o mundo se QltfNTETO BRASILEIRO pE ME->V " . » '." > :'•. "¦•' g-> ¦ *•

apresenta so esta terça, no Canecao. TAIS — O grupo festeja 15com a Rio Dixieland Band que faz 10

Paulo, a cantora brinda os cariocas anos. Sexta na Sala Cecha Me,reles,

com uma seleção de staridards do jâzz. MARISA GATA MANSA CantaQuarta a sábado, no People. ^omJobmU^RADICAL CHIC — No lançamento® di e outros. De quinta a sábado no Bar

^Sl?Hifli!?SSWiii!W!fWff Jakui. do Intercontinental. Ale dia 7.toncursocom desfileetudoparaeleger z£ L0UREN£0 — O arranjador, te-¦-•¦--¦¦ - -/« - *_: «yi« Ac ;

¦ a mulher mais parecida com a persona- cladista e compositor se apresenta asgem criada por Miguel Paiva. As can- terças e quartas no Rio Jazz Club. Atédidatas; yâó" ser, submetidas a uim^sa^ > diabatina que vai desde o signo atél BbíBS; '

GILSON PERANZETTA e MAURO M«Sri,fwi..r-«r=J r.;-r---.— >•.'-tn»' Vú%':v--r=--fTefer?ncia^exuai^Sc?ta^n!oi(e^i^^^^j§^^^Q^^j^]^ravar^n^jniAvatar (Rua Gal: Dionisio, 47 — Bo- disco junt0s, eles voltam a formar um

- tafoeol H.m tm-ar sabado no Espaco SertaH «-)• 1 ipS».fyZW^m: mduo paraBLUES ETlUCOS ^-O agrupo, um

g ggggg dos porta-vozes do blues brasi eiro, q^q preto — O conjunto animalança o Lp Sna-Ho-Zay com um show # ^ de chorotocando dc Elton Me-de quinta a sabado. no Teatro Ipane-

deiros a Tom Jobim. ^ no Espaço

LENY ANDRADE — Ela se consolida Cultura1 Sérgio Porto.

SvezX no exterior como canto- OSWALDO MONTENEGRO — Co-ra de iazz Aqui cânta de quinta memorando os dez anos de carreira eledomingo no Rio Jazz Club. Até dia 8. lança seu novo Lp e estréia seu showVÂNIA BASTOS — A cantora, que sábado no Canecao, onde fica ate diaestreou ao lado de Artigo^ Barnabé em 8.

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Programa 25

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¦ OntTOS Clara Crocodilo, se apresenta de quaria: - a sabado no Jazzmania.PROJETO RAUL SEIXAS — A ideia ANTONIO ADOLFO E ANGELAe revelar bandas promissoras. Come^a RO RO — Na serie em beneficio daesta quinta no Circo Voador com um Casa do Musico, eles fazem o show deshow reunindo os grupos Violeta de amanha no Jazzmania.Outono, Finis Africae e A Tribo. No TONI COSTA — O guitarrista quetelao, videos ineditos do patrono Raul costuma acompanhar Caetano VelosoSeixas, que estaria completando 45 tocaaoladodesuabanda.Sabado.noanos dia 28. A promogao e do Circo Circo Voador. 'Voador e do programa Caixa Preta da PLEBE rude — O grupo toca cover.?Radio Fluminense FM. do The Qash, sua banda preferida.KAOMA — O grupo que descobriu Quinta e sexta, no Bali Bar.um filio milionario colocando a lam-^ im»a«ii Finn riir MFbada nas paradas de todo omundose QLTOTETO BRASILEIRO DE ME-apresenta s6 esta tersa, no Canecao. TAIS- O grupo festeja 15 anos juntoMISTY — Depois do sucesso em Sao com a R.o D.x.eland Band, que faz 10

Paulo, a canZ brinda os cariocas anos. Sexta na Sala Cecha Me,rel«.

com uma sele^ao de standards do jazz. MARISA GATA MANSA CantaQuarta a sabado, no People. Tom Jobim, Dolores Duran, Tito Ma-RADICAL CHIC - No lanvamento di eoutros. De quinta a sabado no Barda segunda edi?ao de Radical Chic, um Jakui, do Intercontinental. Ate dia 7.toncurso com desfileetudo para eleger Zfc LOURENQO — O arranjador, te-a mulher mais parecida com a persona- cladista e compositor se apresenta asgem criada por Miguel Paiva. As can- tenjas e quartas no Rio Jazz Club. Atedidatas vao ser submetidas a uma sa- dia 4.batina que vai desde o signo ate as GILSON PERANZETTA e MAUROpreferencias sexuais. Sexta, a noite, no SENISE — Depois de gravarem umAvatar (Rua Gal. Dionisio, 47-Bo- Jisco juntos< ete voltam'a formar umtafogo). duo para tocar sabado no Espa?o Ser-BLUES ETlLICOS —O grupo um poporlo.dos porta-vozes do blues brasi eiro, q^q pretO — O conjunto animalan^a o Lp Sna-Ho-Zay com um show # ^ de chorotocando dc Elton Me-de qumta a sabado, no Teatro Ipane- deiros a Tom Jobim. ^ no Espa?o

LE1SY ANDRADE — Ela se conSolida Cultural ^rgio Porto.

SvezXno exteriorcomo canto- OSWALDO MONTENEGRO — Co¬ra de iazz Aqui canta de quinta memorando os dez anos de carreira eledomingo no Rio Jazz Club. Ate dia 8. lan?a seu novo Lp e estrcia scu showVANIA BASTOS — A cantora, que sabado no Canecao, onde fica ate diacstrcou ao lado dc Arrigo^Bairnabc em 8.

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ROTEIRO DA SEMANA ¦ CiüCmM

Os discretos Trapalhões

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escola atrapalha-da, o mais novo filmedos Trapalhões, es-

tréia sexta-feira em 117 cine-mas do Brasil, trazendo umasurpresa para a platéia fiel aoquarteto: em uma hora emeia de fita. Didi. Dedé,Mussum e Zacaria (este foio último trabalho de MauroGonçalves) aparecem apenas15 minutos."Fizemos somen-te uma participação espe-ciai", avisa Renato Aragão.Ele resolveu inovar em sua37a produção cinematográfi-ca e apresentar um grupo deatores jovens, liderados pelaapresentadora Angélica e pe-lo roqueiro Supla. Assim, emvez das tradicionais aventu-ras infantis, entra em cenauma história sobre adoles-centes. feita para este públi-co. Passado no fictício Colé-gio Mateus Rosé, uminternato onde acontece detudo, o filme aborda temascomo o amor, medo, sexo eintriga, com pitadas de hu-mor e muita música.

Uma escola atrapalhadatem tudo para emplacar uma

grande bilheteria: Tami (An-gélica), Carlão (Supla), Alan,Alex, Ricardo e Rafael (ogrupo Polegar), alunos do co-légio, contracenam com umcorpo docente experiente.

A volta

do gigolô

americano

uem tem memóriasensorial, certamentenão se esqueceu do fa-

buloso Richard Gere em Gi-go/ô americano, de 1980. Nes-te filme ele mostrou seusolhos de gato (que a imprensaamericana define como"olhos de ursinho", afinai ca-da cultura com sua tara) e selançou como símbolo sexual,mas talento mesmo só mos-trou em 1982, com A forçadodestino. Depois disto, Gere sófez fracassos e aproveitou otempo para se dedicar ao bu-

Supla e Angélica, estrelas da escola atrapalhada

ciai amoral, sem conflitos in-ternos, hábil em manipular osoutros. Seu oponente é Ray-mond Avilla (Andy Garcia) :eo filme, um thriller emocio-nante. Não é exatamente umafita sobre o bem o mal, pois oenredo tenta se ater aos con-flitos psicológicos dos perso-nagens. O resto da semana édas crianças. Os Trapalhõesestréiam ao lado de AngélicaUma escola atrapalhada (vejaacima) e há a reprise de Ber-nardo e Bianca, de Walt Dis-ney. Quem busca maior con-sistência deve ir ao CineclubeBanco do Brasil a partir deterça, onde a mostra Era umavez um muro reúne quatro fil-mes sobre a Alemanha dividi-da.(Maria Silvia Camargo)

Gere em Justiça cega

dismo (é convertido desde1978) e ao ativismo político.Isto, além de namorar a pin-tora brasileira Silvia Martins,de quem já está separado. Ge-re decidiu voltar a fazer su-cesso com este Justiça cega,de Mike Figgis, que estréiasexta-feira. Com os cabelosmais grisalhos, Gere faz o pa-pel de Dennis Peck, um poli-

Ewerton de Castro, Fafy Si-

queira, Marcello Picchi, Cris-tina Prochaska e Gugu Libe-rato são funcionários da es-cola dirigida pela simpáticaDona Alma Rosé (JandiraMartini). Já os Trapalhõesfazem personagens à parte doenredo: Didi é o faxineiro.Mussum é o Mago Mumu,um misto de ambulante e

pai-de-santo e Dedé e Zacariasão os Caça-Bombas — ver-são tupiniquim dos Caçafan-tasmas. Todas as interven-ções do quarteto foramimprovisadas: "Filmamos tu-do em cinco semanas e sóconseguimos reunir os quatroem um dia. Eles chegavam noset e resolviam como iriamaparecer", diz o diretor, An-tônio Deo Rangel. Já o elen-co principal teve a orientaçãoda psicóloga Kátia Achcar,que traçou o perfil psicológi-co de cada personagem.

O argumento, escrito porPaulo Aragão Neto, filho deRenato e superintendente daRA Produções, foi roteiri-zado por Luis Carlos Góes,que deu toques de humor su-til nas situações dramáticas.Para Deo Rangel, o filmemarca uma nova frente naRA Produções e no própriocinema nacional: "O

públicoadolescente sempre ficou delado." Para Renato Aragão,o filme é a posibilidade de darchance a novos talentos, coma garantia de qualidade dosTrapalhões: "Em nossas pro-duções, fomos sempre os ato-res principais. Chegou a horade apresentar gente nova. Pa-ra não deixá-los soltos, fize-mos participações especiais."Foi de Renato a idéia demanter um distanciamentoentre os Trapalhões e a tramada história. No único mo-mento em que os quatro seencontram, o comentário deDidi, depois de uma sériede trapalhadas, é claro: "Isto

que dá a gente se meter nofilme dos outros." Mas Re-nato tranqüiliza o público in-fantil: "No final do ano lan-çaremos O Robin Hood doasfalto, ao lado de Xuxa."

ANNA MUQQIATI

Programa 26

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A bola não pode

chegar até

¦ A ordem é cercar Maradona, imprensar o time inteiro da Argentina e vencemos 90 minutos

Oldemário Touguinhó

ASTi, Itália — Lazaroni não vai fazernenhum esquema especial para marcar Ma-

-. radona. "Considero-o o melhor jogador domundo em atividade. No entanto, temos que

f* impedir é que a Argentina toda tenha espaçoi para jogar. Isso é uma das formas de nãoy deixar Maradona ter muita participação na'

partida. Vamos fechar o caminho para a• bola não chegar aos seus pés, pois com ela

dominada, o homem é um constante perigopara qualquer defesa."

Em 1982, na Copa da Espanha, Marado-na foi bem marcado, revoltou-se, agrediuBatista e acabou expulso. Lazaroni disse queisso é coisa do passado e lembra outra Copa."Em 1986, no México, vários ingleses cerca-

> vam suas jogadas e Maradona driblou todosque cruzaram seu caminho, driblou até ogoleiro para marcar o gol da Argentina. Otalento sempre encontra uma saída para seuobjetivo. A questão é dificultar essa saída."

Mesmo reconhecendo que a Argentina éum adversário difícil, por ser o atual cam-peão do mundo, e ter Maradona, Lazaroniacredita numa grande vitória do Brasil notempo regulamentar. "Temos time para nãodeixar o jogo ir até a prorrogaçãao e muitomenos chegar às cobrancas de pênaltis. Va-mos entrar para ganhar. Nosso time é me-lhor e vai provar isso no campo", afirmaLazaroni com otimismo.

O técnico espera muita luta, mas nãoquer violência. Espera que o árbitro trabalhe

. tranqüilo. "Vamos jogar com lealdade, masnão quero meu time perdendo bola dividida.Tem que entrar duro na bola para levarvantagem. A partida é de vida ou morte e

.. assim tem que ser o jogo. Quem tiver maisdisposição vai vencer. Espero que seja o

J- Brasil."¦ Caminho de Caniggia — Ele também

aposta numa partida com jogo mais bonito,porque terá um estilo sul-americano. "Não éo estilo que está prevalecendo na Copa.Aqui, todos correm e não deixam o adversá-rio em liberdade. Apesar disso, nós vamosentrar com muita determinação. Marcar emcima, sem deixar espaço. O lado esquerdoterá que fechar o caminho para Caniggia,jogador muito habilidoso, além de veloz.Alemão, Branco e Ricardo Gomes têm reco-mendações sobre essas arrancadas do ata-cante argentino", lembra Lazaroni.

O Brasil deve ir com força ao ataque."Não adianta ficar apenas Careca e Müllerna frente. O meio campo tem que estaradiantado para participar dos lances de ata-que. A Argentina tem um esquema parecidocom o nosso. Por isso, sem combate, sem

r determinação, fica difícil chegar ao gol. E

preciso vencer nos 90 minutos. Nada detocar para trás ou dar a bola e assistir asconclusões. Vamos imprensar os argentinosem seu campo. É assim que temos que brigarpelo gol."

O técnico chega a dizer que o time podeganhar de 1 a 0 com gol de mão aos 91minutos, que o resultado lhe agrada. "Não

interessa como será a vitória, o importante éque ela venha. Brasil não vai jogar bonito, otime vai competir, terá que eliminar o adver-sário. Se der para fazer isso e jogar bonito,melhor ainda."

Sobre as cobranças de pênaltis, o técnicochega a brincar aos dizer: "É uma situaçãotão especial, tão difícil para quem cobra, queè uma responsabilidade para se colocar nospés de um presidente. Na Granja Comary,quem cobrou o pênalti foi o Presidente Col-lor. E cobrou bem, fez o gol. Aqui, isso épara ser resolvido por Careca, Branco, Vai-do, Jorginho, Müller ou Ricardo Gomes eDunga. Escolho na hora, observo os queestiverem mais tranqüilos para fazer as co-branças. Só acho que não haverá necessida-de disso contra a Argentina."

E a presença de Renato, no banco? Porque? Simplesmente, porque se for precisomontar um ataque com três homens — comestas características — Lazaroni não hesita-rá. Ele mesmo diz isso. A certeza absolutaele ainda não tem porque isso depende darevisão médica.

c

Jogadores fazem reunião

Tadeu de Aguiar

Desde que a Argentina foi confirmadacomo adversária da seleção brasileira, nasoitavas-de-final, o assunto nas angustiantes

, noites do Hotel Hasta é sempre o mesmo:Diego Armando Maradona. Fala-se sobresua habilidade, visão de jogo e lançamentos,relembram-se alguns gols, mas o que mais sediscute entre jogadores e comissão técniòa écomo marcar o melhor jogador do mundo.E, após horas de confabulações, decidiu-sepelo que já fora anunciado: uma vigilânciapor zona, que pode ser alterada, se o craqueargentino estiver em tarde inspirada e resol-ver desequilibrar. "Temos uma saída deemergência", garante Mauro Galvão.

O mistério do libero é apenas jogo decena. Após muita polêmica, entremeada deopiniões divergentes sobre a melhor maneirade parar o camisa 10 argentino, chegou-se àconclusão de que a marcação por zona é amelhor. Alternativa que, durante o jogo, tempossibilidade de ser trocada por uma peree;guição individual. A princípio, o escolhido éAlemão, que o conhece bem, do Napoli,embora nada impeça que outro possa secandidatar à ingrata tarefa. "Sou a favor docombate coletivo, e não individual. Foi as-sim que o anulamos na Copa' América",defende o capitão Ricardo Gomes.

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Um genio cheio JjPPP

de manhas, mas

que nao engana

ifa Ledio Carmona

É exatamente esse o raciocínio da comis-são técnica, consolidado após a entrega defarto relatório sobre a maneira de jogar doadversário, preparado pelo observador Jairodos Santos. O técnico Sebastião Lazaroni, aprincípio, não quer perder um jogador, sópara andar atrás de Maradona. Admite, nomáximo, mexer nesse planejamento, casonada dê certo no jogo. Prova de que maisuma vez ele ouviu as ponderações de algunsjogadores.

"Sou a favor de marcação indivi-dual. Não podemos correr nenhum risco",disse Jorginho. Ele acha que Maradona, emum segundo, pode decidir um jogo.

A partir desses comentários, abriu-se apossibilidade de adoção de marcação indivi-dual durante o jogo. Com o que Dunga nãoconcorda. "A opinião do Jorginho não é aminha. Ele não jogou na Copa América, e,naquela competição, jogamos por zona eMaradona não andou", retrucou o cabeça-de-área. Só que, mesmo com os argumentosde Dunga, outros companheiros foram fiéisa Jorginho. "Não

podemos deixar a criançasozinha. É suicídio", ponderou Renato,apoiado por Careca. "O combate tem queser especial. Sou favorável a alguém específi-co em cima do Diego", sugeriu, preocupadocom possíveis diabruras do velho amigo,hoje à tarde, no Estádio Delle Alpi.

Ninguém dá crédito ás manhas de Diego Ar-

mando Maradona. Na seleção brasileira, acerteza é de que se trata de pura fantasia o decanta-do problema na coluna de que¦ tanto se queixa ocraque argentino. Os jogadores acham que ele dese-ja apenas criar dúvidas e inquietação nos planostáticos de Sebastião Lazaroni. Outros entendemque tudo não passa de provocação. Enquanto exis-te um grupo que, preocupado ao extremo, jura queo adversário só criou essa contusão para não trei-nar e poupar energias para hoje. "Ele é muitomalandro. Não acredito em nada do que tenhoescutado", contestou Ricardo Rocha.

A descrença em relação ao problema médico deMaradona é geral na seleção brasileira. Todos es-tão certos de que ele estará em campo hoje à tarde,

enfiado na camisa 10da Argentina, em pie-na forma física. Atémesmo os velhos co-nhecidos do Napoli,

como Alemão e Care-ca, acham graça quando perguntados a respeito dapossibilidade de ele ser vetado. "Diego é cheio dehistória. Acho impossível ele perder a oportunida-de de disputar essa partida", avisou Alemão, quejamais o enfrentou, nem mesmo em simples treina-mento no clube italiano. "Ele vai jogar. Isso éinvenção de jornal italiano", explodiu Careca, que,sempre que pode, faz criticas à imprensa esportiva.

Definitivamente, as dores na coluna de Mara-dona não deram grande ibope na concentração doHotel Hasta. A seleção brasileira entende essasnotícias como grande encenação. "Ele está escon-dendo o jogo. Quer nos desviar a atenção", refor-çou Mauro Galvão, certo de que, hoje à tarde, omaior jogador do mundo estará mais inteiro quenunca. Pode ser que ninguém acredite, que tudonão passe de um grande blefe de Maradona, masfato é que não existe jogador qve ignore os passosdo argentino nos últimos dias. "Ele nunca deixa seutime na mão. Se tiver cinco por cento de chance dejogar, entra em campo. Sempre foi assim", finah-zou Renato.

Reportagem JB na Itáüa: Alfredo Ribeiro, Araújo Netto, José Castello, Ledio Cannona, Marcelo Pontes, Manucha Moner^°Valporto, Pomodoro di Capri, Tadeu de Aguiar e Tutty Vasques. Fotografia: Evandro Teixeira e H.polito Pereira. Retaçao. GilbertoPaulett.(Ld.tor£Fernando Paulino Neto e Vicente Senna (Subeditores), Aydano André Motta Cláudio Arrcguy Gisele Porto,Carlos Mansur, Mair Pena Neto, Marcelo Gomes, Marcos Malafaia, Marcus Veras, Paulo César Vasconce los Paulo Mo Clement Paul J^gens, RicardoGonzalez, Roberto Falcão. Arte: Fábio Dupin (Editor), Ali Celestino, Da Costa, Jose Mira, Luís Carlos Rocha e Silvio Marinho. Banco de Dados.Maurício Faria. Apoio técnico: Marco Aurélio Freitas.

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Hugo Maradona

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Juiz do jogo

está na Fifajuiz escalado para o

C/ jogo entre Brasil e Ar-genlina, hoje. em Turim, ofrancês Joel Quiniou, é umfuncionário público. Eleapitou a partida Itália xTchecoslováquia na pri-meira fase da Copa. Qui-niou, que também fala in-g 1 ê s e alemão, foidesignado árbitro interna-cional da Fifa em 1983 e

do Brasil

desde 1983desde então atuou nos Jo-gos Olímpicos de Los An-geles, no Mundial juvenilda União Soviética e naCopa do Mundo do Méxi-co. Os bandeirinhas, o so-viético Alexei Spirin e oitaliano Pierluigi Pairetto,são árbitros internacionaisda Fifa desde 1987 e 1989,respectivamente.

^ No mando nio bà cab«im)ro que cobrelio caro. A ex-matar 4o atacante ho-

landé* Rud Gollit ctté cobraiA JudicialmenteUSS 3 milhões por coaiidcraMe a idealizado-ra das traacinfaas tipo raitafari usadas pelojogador e que tornaram asa imagem inconfuo-divtl. Ela alaga qae o penteado favorece Gullitem «ontruto* publicitários e por isso merece«ma porcantageai MM lacros. O jogador, quegaraat* nada laber oficialmente, prefere niofalar do assunto.

Escócia fracassano jogo de roletas

. seleção escocesa de futebol retornou on-A tem, a Glasgow, atribuindo à sua legen-dária lalta de sorte o fracasso pela não classi-ficaçào á segunda fase da Copa da Itália."Sabíamos que estávamos participando de umjogo de roletas. Desgraçadamente, alguns denós não sabem jogar", declarou o técnicoAndy Roxburgh. Mas logo depois o treinadordeixou escapar um depoimento contraditório,no qual aponta outro motivo para o maldesempenho. "Há um espaço entre o êxito e ofracasso e nós mesmos desperdiçamos nossaschances. Mo Johnston teve oportunidade demarcar cm todas as partidas. Não o fez e, porisso, fomos eliminados", disse, culpando oatacante.

| Uruguai recusa viajar

| em hora que não marcou

T A delegação uruguaiaajeitou a possibilidadede viajàr a Roma em vôoespecial programado pa-ra ontem, às 13h (horá-rio italiano), pelo Comi-tê Organizador doMundial. "Nós nos ne-gamos a viajar porquenão fomos consultados",declarou Daniel Pastori-ni, um dos responsáveis

pela delegação. Os uru-guaios alegam que que-riam permanecer em Ve-rona até hoje, viajandodepçis do almoço paraRoma, onde fariam o re-conhecimento do Está-dio Olímpico à noite. OComitê ainda não garan-tiu à seleção uruguaiaque o vôo será consegui-do no horário desejado.

mm Os americanos, que vão organizar apróxima Copa, estão divididos em re-

laçio i apresentado de sua seleção na Itália.Jogadores e eomiasio técnica ficaram satis-feitos. "Observamos como jogam europeus elatino-americanos. Agora é preciso aproveitara experiência", disse o libero Wlndiscteiann,capitão da equipe. O técnico BobGans-kr tem a mesma opinião. Mas a imprensacriticas duramente o time. "Nossos jogadoressio imito latos, frágeis e sem experiência",dizia o Los Angeles Times de sexta-feira.Para o USA Today, os Estados Unidos preci-sam demitir o técnico se não qwserem passarvergonha on 1994.

Conejo pode ir para Espanha

Atuações de Conejo

valem boa propostaAs boas atuações na primeira fase do mundial, prin-

cipalmente contra Brasil e Escócia, fundamentais para aclassificação de sua equipe às oitavas de final, valeramao goleiro Conejo, da Costa Rica, mais que repentinafama. Considerado uma das revelações da Copa, eleinteressado Real Valladolid, da Espanha, que inclusivejá mantevfe lhe fez uma proposta inicial. A definição donegócio, contudo, deverá ser feita ainda esta semana.Aos 30 anos, jogando no Saprissa, da Costa Rica,Conejo espera ansioso a transferência. "Jogar na Espa-nha seria excelente para mim. Só posso sonhar com issograças à Copa, onde realmente tenho me apresentadobem". Da surpreendente seleção da Costa Rica, queconseguiu eliminar a Suécia, no Grupo C, Conejo é oprimeiro a ter possibilidade de sair do país. A expectati-va, porém, é que Medford e Cayasso também recebampropostas.

Áustriaiá temo seu Maradona

O irmão mais jovem deDiego Maradona, o tam-bém meio-campo HugoMaradona, 21 anos, trans-feriu-se ontem para o Ra-pid Viena. Jogará um anono clube austríaco, segun-do informou um represen-tante do Napoli, clube do-no de seu passe. Hugojogou entre 1987 e 1988 noAscoli, da Itália, e atuouna última temporada peloRayo Vallecano, da Espa-nha.

Leitura na Itália

sobre o futebol"O futebol, uma história mundial: das origens

à Itália 90" — seleção de ensaios coordenadospor Bruno Colombuo, traçando uma históriadetalhada do esporte. Editora Mondadori.

"Os estádios da Copa do Mundo 1990"— livro de arte, ricamente ilustrado. EditoraZecca deli Stato.

"Jogadores de futebol: 1961/1986" — coleçãoem cinco volumes que reproduz álbuns anuaisde figurinhas dedicados aos principais times eseleções da Itália. Editora Panini.

"As cidades do Mundial"— livro de arte quetraça um mapa das cidades da Copa 90. EditoraAbete.

"Oito cidades na bola" — com tama-nho menor, este livro se assemelha ao anterior.Editora Rizzoli.

"Mundiais de futebol 1930/1990" — livro emque o ex-craque Sandro Mazzola conta numaperspectiva pessoal a história das Copas doMundo. Editora Pierpaolo Taureci.

"Onze contos sobre futebol" — Prêmio Nobelde Literatura 1989,- este livro marcou uma im-portante transição na obra de Camilo Jose Cela,que o levou do realismo a uma nova concep-ção de literatura. Editoia Leonardo.

"A escola de gols — para aprender e melhorara técnica do futebol" — pretende servir de guiaaos rapazes que se iniciam no esporte. EditoraRizzoli.

"Os grandes do Mundial" — um livro comespirito de enciclopédia, com datas, nomes eprotagonistas de todos os eventos das Copas doMundo. Editora Gremese.

"Futebol, o jogo maior" — seleção de ensaiosque faz uma apologia apaixonada do esporte.Editora Fabbri.

Reuter — 19/10/89

Ingressos — A procurapelos ingressos para a finalda Copa do Mundo no diade oito julho enlouqueceuo mercado paralelo em Ro-ma. Um ingresso de pri-meira classe não pode sercomprado por menos de2.400 dólares.Contra — O Comitê deDefesa contra a Copa doMundo, formado por ro-manos insatisfeitos com asalterações em seu cotidiano,,durante o Mundial, lançouquinhentas camisetas coma inscrição Copa do Mun-ilo, que suco! Até o final dejulho, deverão ser lançada^cinco mil unidades. ||Kissinger — O ex-se-cretário de estado Henry$Kissinger disse que a sele-Mção italiana está muito for-Vfte, e que provavelmente se-»";rá uma das finalistas doMundial.A outra, segundoele, deverá sair do confron-to entre Brasil e Alemã-nha.Apostas — A RAI —televisão estatal italiana —divulgou ontem os últimosresultados da bolsa deapostas do Mundiai. OBrasil se mantém no segün-do lugar e a Itália está dis-parada na preferência dosapostadores. As surpresassão as seleções da Colôm-bia e Tchecoslováquia, queaparecem na terceira colo-cação ao lado da Alemã-nha. A Argentina está empenúltimo entre as 16 equi-pes das oitavas-de-final, àfrente apenas do Uruguai.Boa fama — Além deter apagado um pouco afama de violenta por tersido a equipe que menosfez faltas na Copa da Itália,a seleção uruguaia tambémfoi a que mais sofreu faltasno Mundial (91). A seleçãoque menos sofreu faltas foia Bélgica (34). O Brasil so-freu 55. Maradona foi ojogador mais caçado em .campo, tendo sofrido 28:faltas. 'v

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JORNAL DO BRASILITÁLIA 902 O Esportes 0> domingo, 24/6/90

O lamento de dois ex-campeões

¦ Nílton Santos e Bellini criticam esquema europeu da seleção brasileira

A estrela francesa

Alfredo RibeiroTurim, Itália — Evandro Teixeira

TURIM, Itália — Há quem diga que ele foi o primeiro alaesquerdo do mundo, o inventor das avançadas pela lateral docampo até a área adversária. Nílton Santos, 65 anos, titularda seleção brasileira em três Copas do Mundo, de 1954 a1962, reserva de Augusto em 1950, lamenta que, hoje, oBrasil se reduza a um país importador de esquemas táticos.

"Estão brincando com o nosso prestígio. Com os euro-peus, a gente só tem que aprender a disciplina", diz. Sem-pre na companhia de Bellini, 60 anos, revivendo a duplabicampeã do mundo cm 1958 e 1962, Nílton Santos está naItália a convite da Marsans Turismo. É a primeira e últimavez que ele vem a uma Copa do Mundo na condição deobservador: "Sinto-me um inútil."

Apesar da fama, Bellini e Nílton Santos chegaram a serbarrados, como muitos outros torcedores, num dos treinos daséjeçâo no Estádio Delle Alpi. Em Asti, eles dizejji que nãovão, "até porque, depois, é capaz de falarem que nos estamosquerendo aparecer", afirma Bellini. "As pessoas da CBF sãomuito vaidosas, acham que sabem de tudo, mas se esquecemde que estão perdendo há 20 anos, enquanto nós ga-nhamos duas Copas, não é, Nílton?" O ex-lateral-esquerdodó" Botafogo e da seleção concorda c reclama a forma-ção de uma comissão técnica para dirigir a seleção. "Nuncavencemos uma Copa com o comando centralizado num ho-mem só." , .

As farpas nostálgicas são indisfarçáveis, mas a lógicapós-moderna do raciocínio de Nílton Santos é espetacu-lar. Ele está convencido, por exemplo, de que foi um maunegócio para o Brasil a exportação de jogadores paraa Europa. "Antigamente, eles não sabiam o que era uma folhaseca do Didi, um lançamento do Gérson; agora, conhecemtudo sobre o Careca, o Romário. Pode ver que o Maradona iànão tem mais aquela facilidade de jogo."

Falta ponta — Mas o problema não é só esse. Não hápontas no ataque da seleção, coisa que Nílton exige. E queninguém pense na indicação de Renato para titular. "ORenato joga pelo meio. Eu queria um ponta como Gar-rincha, Julinho, Sabará. Posso falar, porque jogava de laterale adorava enfrentar o Bangu, porque o Paulo Borges era igualao'Renato." E se pudesse escolher entre Argentina e Tchecos-lováquia como adversário do Brasil nas oitavas-de-final,Nilton Santos apontaria para os vizinhos sul-americanos."No meu tempo, optaria pela Tchecoslováquia, mas, agora,eles já usam até calção curto." Para ele, os melhoresda Copa até agora são Alemanha e Bélgica.

"Apesar de tudo, estamos no páreo", avisa Bellini, con-trariado pela não convocação do ponta-esquerda João Paulo.Pelo que viu até agora, o ex-zagueiro do Vasco e da seleçãoacha que ainda dá para torcer pelo Brasil. "A Holanda foi umbicho papão de computador", diz. Para Bellini, "qualqueresquema de jogo é bom se for bem implantado, e nós sócomeçamos a jogar com libero na Copa América". Epreciso tempo para acertar. E a dupla Bellini-Nílton Santostem todo o tempo do mundo para ver os jogos e baterpernas pelas imediações do Hotel City, na Via Juvarra, 25,onde os dois estão hospedados. Ontem pela manhã, foramfazer compras no mercado e Bellini levou uma camisa daseleção para dar de presente à dona de uma loja. Nomais, t um tédio só. "Já combinamos que, se o Brasil fordesclassificado, nós voltamos pros nossos garotos." Belinifaz um trabalho com menores para a prefeitura de São Paulo.Nílton Santos dirige uma escolinha de futebol da LBA emBrasília.

Pia tini evitacomparaçõescom o passado

Araújo NettoCorrespondente

OMA — Três anos depois deJEw ter pendurado as chutciras(prematuramente, na opinião de mui-tos), aos 35 anos de idade, MichelPlatini, que está na Itália comentan-do as partidas da Copa do Mundopara a Minitel, rede de televisão fran-cesa, não quer fazer qualquer tipo decomparação entre o mundial de hojee outros do passado. "É um exercícioidiota, perfeitamente inútil", diz ele,que minutos depois se trairia ao co-mentar o belíssimo segundo gol ita-liano, marcado por Roberto Baggio,contra os tchecos. "Não conheço bemo Baggio. Lembro-me de tê-lo visto,há quatro anos, numa mesa de mas-sagens dos vestiários da Juventus,tratando de um joelho que haviamachucado. No entanto, sei que eletem só 23 anos — e aos 23 anos qual-quer um está muito longe da maturi-dade."

Do futebol que se está vendo noItalia 90, Platini diz que a pequenaamostra que teve lhe parece boa. "Es-te é um mundial que tem tudo paradar certo, para ser um dos melhores,dentro e fora do campo". Ao comen-tar as diversas equipes que viu emação, o ex-campeão pela Juventusachou que devia falar e exaltar me-lhor a Azzurra. "Esse time continuacom a tradição dos mais importantese vitoriosos que no passado represen-taram o futebol italiano."

Além de ter conseguido manter avelha tradição, Michel Platini obser-va outros fatores positivos na seleçãoitaliana. "Continua camaleão, quemuda de pele e de cor, a cada mo-mento, conforme as circunstâncias.Não me agradou contra a Áustria,não me agradou contra os EstadosUnidos, mas me agradou demais con-tra a Tchecocslováquia. Nada disso énovidade. A Itália sempre teve essacaracterística: se adapta e confundecom o adversário que enfrenta.Quando joga contra o Brasil, é sem-pre capaz de jogar igual ou melhor doque o Brasil. Quando enfrenta a Cos-ta Rica, se comporta como a CostaRica". Por esta razão, Platini pedemuita atenção para a Itália.

Do seu novo trabalho no futebol,Platini também fala com a preocupa-ção de não complicar o simples, nemde abusar da retórica. "Nas primeiras

Nílton (E) e Bellini não estão muito animados com a equipe atual

Platini elogiou Baggio

duas semanas de minha experiênciacomo técnico de uma seleção francesaque devia ser totalmente refeita, perdiduas partidas fundamentais. Um anodepois desse infausto inicio, já fize-mos 10 partidas, sem sofrer qualquerderrota, empatando duas e ganhandooito. Inclusive contra a Alemanha e aSuécia. Balanço que não me parecefalimentar."

No papel de técnico, Michel Plati-1ni diz que — até aqui — se sentemuito á vontade. Porque está fazendouma coisa que conhece muito bem:duas vezes por mês encontrar-se c ¦<reunir-se com os jogadores, escolher • iuma equipe e disputar um bom jogo.!"Era mais ou menos o que fiz quase .sempre em minha vida de jogador de • ,futebol. Portanto, coisa sem mistériopara mim. O que mais temo é aquelemomento em que deverei enfrentarum grupo de jogadores com o qualdeverei conviver e trabalhar por mui-to tempo. Não sei se estou preparadopara essa experiência das grandescompetições internacionais, como um .campeonato europeu ou um mun-,dial."

O futuro, porém, não assusta Pia-tini."O que pode me ajudar c até mesalvar é o fato de que continuo con-vencido de que as grandes vitóriassão sempre alcançadas pelos jogado-res. Ao contrario, as derrotas sempre <foram e serão culpas do técnico. Pelo ,menos é o que a historia ensina. Será .sempre ele a pagar, perdendo o em-prego, pelas derrotas."

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JORNAL DO BRASILitalia no domingo, 24/6/90 O Esportes O 3

repetem clássico de dramas e gols

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muitos gols. Não há meio termo.Quem vencer, segue avante na Copado Mundo. O perdedor segue para oaeroporto, para a incômoda viagemde volta. A partida será às 12h (horá-rio de Brasília), no Estádio Delle Al-pi, de Turim.

I Brasil c Argentina estão empata-dos no confronto entre as duas sele-ções principais. Cada uma venceu 27vezes. E houve 17 empates. Os argen-iinos levam vantagem nos gols. Fize-ram 118 gols, contra 107. Mas emCopas do Mundo, os brasileiros estãomelhores. Nos três jogos, venceramdois — 2 a 1, cm 1974; 3 a 1, cm 1982t— e empataram outro — 0 a 0 (emRosário, Argentina), em 1978.

De nada vale o retrospecto da pri-meira fase dessa Copa do Mundo,diante de uma rivalidade tão intensa.O Brasil venceu seus três jogos — 2 a 1Suécia, 1 a 0 Costa Rica e 1 a 0 Escócia— e c uma das duas equipes classifica-das sem pontos perdidos. A outra é ada Itália. Já a Argentina, foi surpreen-dida na estréia por Camarões, perden-do de 1 a 0. Recuperou-se na vitóriaSobre a União Soviética, por 2 a 0, egarantiu a classificação no empate de 1a 1 com a Romênia. Basta lembrarque, em 1982, a Itália empatou seustrês jogos na primeira fase e o BrasilVenceu seus três. E deu no que deu.; A seleção brasileira terá Müller devolta ao ataque, cm lugar de Romá-rio. E o técnico Sebastião Lazaroniefetiva Ricardo Rocha na zaga, man-dando Mozer para o banco dc reser-vas. Essa alteração provocou o pro-testo de Aldair, que se julgava nodireito de ser ele o substituto de Mo-zer contra a Escócia, c não RicardoRocha. "Se não ficar no banco, vouembora", fez beicinho o ex-jogadordo Flamengo. Ninguém deu bola parasua choradeira.

A maior preocupação da seleçãobrasileira é Diego Armando Marado-na. Os jogadores convenceram Laza-roni a marcar o craque argentino porzona, como na Copa América do anopassado (vitória do Brasil, por 2 a 0,110 Maracanã, gols de Bebeto c Ro-mário). O treinador era a favor dcmarcação individual. Mas ficou accr-tado que, se necessário, abandona-sea idéia dos jogadores e um homem,provavelmente Alemão, será encarre-gado dc vigiar os passos do camisa 10adversário. Os brasileiros, em geral,não acreditam muito nos problemasde coluna alegados por Maradona.Acham que é jogo de cena, provoca-çâo. Como a declaração do astro deque não confia na defesa do Brasil.

Na Argentina, o técnico Carlos Bi-lardo substitui um campeão mundialpor outro. Sai o barbudo Sérgio Ba-tista, em má fase, entra outro apoia-dor estilo Dunga: Ricardo Giusti. Otime será concentrado no meio-cam-po, com quatro homens, deixandoMaradona mais solto, como um dosdois jogadores avançados. O outro é olouro e cabeludo Caniggia, o RenatoGaúcho portenho, principal arma deataque dc sua equipe.

A sorte está lançada. O grandeclássico sul-americano será reeditadona terra da Fiat, diante de uma torci-da inflamada, que, segundo Júnior(até hoje ídolo do Torino), se vestiráde amarelo. O vencedor dará um pas-so importante — o da confiança de terdeixado para trás, mais que um rival,um grande time — em direção a Ro-ma, palco da final da Copa, no dia 8de julho.

Tudo certo com Ricardo Rocha História de Mozer dá errado

Tudo acontc-ceu como Ricar-do Rocha plane-jara. A cnanccpara jogar sur-giu no momentocerto — dentroda Copa doMundo, contraa Escócia, ad-versário forte eperigoso. Suaatuação foi per-feita, impecável,capaz ac con-vencer os diri-gentes da Fio-rentina aue valiaa pena descarre-gar milhões dedólares paracontratá-lo aoSão Paulo. E, dequebra, provoua Sebastião La-zaroni que o lu-gar era mesmoseu, não de Mo-zer. Hoje, contraa Argentina,continua emcampo. Sem me-do de nada —muito menos,deMaradona. "E oreconhecimentoao meu trabalho", agradeceu.

Ricardo Rocha era o oposto dcMozer após o treino da manhã deontem. Finalmente, o treinador con-firmou que ele continuaria na defe-sa. "Ele mereceu essa efetivação.Sua regularidade me impressionou",justificou Lazaroni. O ex-titular cn-trou rápido no ônibus e fugiu dasentrevistas. Ricardo Rocha só que-ria saber dc falar. Para quem apare-cesse á sua frente. Achou graça, in-clusive, da pergunta dc um repórter,que manifestou vontade de saber seele olhara para a cara de Mozer nomomento em que o técnico anunciouo time que jogaria contra a Argenti-na. "Não olhei para ninguém, sópara o chão. Fiquei com vergonha",ironizou.

De agora em diante, Ricardo Ro-cha está ainda mais á vontade parafalar o que pensa sobre a seleção. Eum dos jogadores mais bem articu-lados dos 22 convocados. Expressa-

Ricardo Rocha (E) planejou seu sucessose bem, não deixa nada para depoisc tem opiniões francas e definidas.Como a dc ontem sobre o melhoresquema tático a ser adotado contraa Argentina. "Tem

que ser o mesmode sempre. Primeiro, a defesa; de-pois, o ataque", assumiu sua filoso-fia, numa prova de que é partidárioconvicto das idéias de Lazaroni.

A partida dc hoje, segundo Ri-cardo Rocha, tem característicasbem definidas. Acredita que muitosjogadores ocuparão o meio campo cpouca gente ficará fixa no ataque."Vai ser jogo de paciência, quemnão gostar ou não souber jogar xa-drez, leva desvantagem", brincou.No fundo, quis dizer que as chancesserão mínimas e quem fizer gol pri-meiro dificilmente deixará de sairclassificado. "Quem sair na frente,ganha. Está escrito no perfil de cadauma das equipes", garantiu, com oorgulho de mais novo titular brasi-leiro.

Ele sempre achouque tudo nãopassava de umgrande engano.Mozer nuncaimaginou querealmente estives-se barrado porLazaroni para ojogo dc hoje,contra a Argenti-na. Somente on-tem pela manhã,quando o treina-dor comunicou atodos os jogado-res no centro docampo que Ri-cardo Rocha es-tava mantido en-tre os titulares,após sua seguraatuação contra aEscócia, é que ozagueiro doOlympiquc deMarselha desper-tou para a durarealidade. Açora,seu lugar e nobanco de reser-vas. "Por favor,não me pertu-bem", esbravejouo zagueiro paraos jornalistas, que o cercaram após otreinamento de ontem.

Durante toda semana, Mozer pro-curou manter-se tranqüilo e sóbriodiante das noticias de que perdera aposição para Ricardo Rocha. Alimen-tava esperanças de que tudo não pas-sava de um boato programado pelaimprensa paulista com objetivo de co-locar o zagueiro do São Paulo entre ostitulares. Chegou a dizer que conside-rava Sebastião Lazaroni um grandeamigo e, extremamente confiante, der-ramou-se em elogios ao treinador. Nofundo, considerava-se intocável. Ao seconvencer da realidade, desabou porcompleto. "As justificativas não meconvenceram", reclamou Mozer.

Os dias passaram após o jogo con-ira a Escócia c Mozer não se deu aotrabalho de procurar Sebastião Laza-roni para certificar-se se iria ou nãovoltar ao time na vaga de RicardoRocha. Pior: divertia-se com as insis-lentes perguntas que lhe eram feitas

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Foi mais uma queda brusca de Mo-zer na seleção brasileira. Antes, eraconsiderado o melhor libero entre os-22 convocados. Mauro Galvão rever-teu esta situação. Depois, teve quecorrer atrás de uma das outras duasvagas de zagueiro. Conseguiu duranteos amistosos finais de preparação',mas, na primeira brecha — foi suspen-so com dois cartões amarelos —, Ri:~cardo Rocha o desbancou e convenceuSebastião Lazaroni de que estava me-lhor. Mozer foi para o banco de reser-"vas, levando junto sua autoconfiança-fa eterna certeza de que sempre scrlíftitular da seleção brasileira. "

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muitos gols. Não há meio termo.Quem vencer, segue avante na Copado Mundo. O perdedor segue para oaeroporto, para a incômoda viagemde volt;a. A partida será ás 12h (horá-rio de Brasília), no Estádio Delle Al-pi, de Turim.

Brasil e Argentina estão empata-dos' no confronto entre as duas sele-ções principais. Cada uma venceu 27vezes. E houve 17 empates. Os argen-tinos levam vantagem nos gols. Fizc-rani 118 gols. contra 107. Mas emCopas do M undo, os brasileiros estãomelhores. Nos três jogos, venceramdoif — 2 a 1, cm 1974; 3 a 1, em 1982

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De nada vale o retrospecto da pri-meira fase dessa Copa do Mundo,diante de uma rivalidade tão intensa.O Brasil venceu seus três jogos — 2 a 1Suécia, 1 a 0 Costa Rica e 1 a 0 Escócia

e é uma das duas equipes classifica-dasi sem pontos perdidos. A outra c ada Itália. Já a Argentina, foi surprecn-dida na estréia por Camarões, perden-do de 1 a 0. Recuperou-se na vitóriasobre a União Soviética, por 2 a 0, cgarantiu a classificação no empate de 1a 1 com a Romênia. Basta lembrarque, cm 1982, a Itália empatou seustrês jogos na primeira fase e o Brasilvenceu seus três. E deu no que deu.

À seleção brasileira terá Müller devolta ao ataque, em lugar de Romá-rio. E o técnico Sebastião Lazaroniefetiva Ricardo Rocha na zaga, man-dando Mozer para o banco de reser-vas. Essa alteração provocou o pro-testo de Aldair, que se julgava nodireito de ser ele o substituto de Mo-zer! contra a Escócia, e não RicardoRofha. "Sc não ficar no banco, vouembora", fez beicinho o ex-jogadordo Flamengo. Ninguém deu bola parasua choradeira.

A maior preocupação da seleçãobrasileira é Diego Armando Marado-na. Os jogadores convenceram Laza-roni a marcar o craque argentino porzona, como na Copa América do anopassado (vitória do Brasil, por 2 a 0,no Maracanã, gols de Bebeto c Ro-mário). O treinador era a favor demarcação individual. Mas ficou acer-tado que, se necessário, abandona-sea idéia dos jogadores e um homem,provavelmente Alemão, será cncarre-gado de vigiar os passos do camisa 10adversário. Os brasileiros, cm geral,não acreditam muito nos problemasde coluna alegados por Maradona.Acham que é jogo de cena, provoca-ção. Como a declaração do astro deque não confia na defesa do Brasil.

Na Argentina, o técnico Carlos Bi-lardo substitui um campeão mundialpor outro. Sai o barbudo Sérgio Ba-tista, cm má fase, entra outro apoia-dor estilo Dunga: Ricardo Giusti. Otime será concentrado no meio-cam-po, com quatro homens, deixandoMaradona mais solto, como um dosdois jogadores avançados. O outro é olouro e cabeludo Caniggia, o RenatoGaúcho portenho, principal arma deataque de sua equipe.

A sorte está lançada. O grandeclássico sul-americano será reeditadona terra da Fiat, diante de uma torci-da inflamada, que, segundo Júnior(até hoje idolo do Torino), se vestiráde amarelo. O vencedor dará um pas-so importante — o da confiança de terdeixado para trás, mais que um rival,um grande time — em direção a Ro-ma, palco da final da Copa, no dia 8de julho.

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Tudo certo com Ricardo Rocha História de Moz&dámado^

Tudo aconte-ceu como Ricar-do Rocha plane-jara. A chancepara jogar sur-giu no momentocerto — dentroda Copa doMundo, contraa Escócia, ad-versário forte cperigoso. Suaatuação foi per-feita, impecável,capaz de con-vencer os diri-gentes da Fio-rentina aue valiaa pena descarre-gar milhões dedólares paracontratá-lo aoSão Paulo. E, dequebra, provoua Sebastião La-zaroni que o lu-gar era mesmoseu, não de Mo-zer. Hoje, contraa Argentina,continua cmcampo. Sem me-do de nada —muito mcnos.deMaradona. "E oreconhecimentoao meu trabalho", agradeceu.

Ricardo Rocha era o oposto deMozer após o treino da manhã deontem. Finalmente, o treinador con-firmou que ele continuaria na defe-sa. "Ele mereceu essa efetivação.Sua regularidade me impressionou",justificou Lazaroni. O cx-titular cn-trou rápido no ônibus e fugiu dasentrevistas. Ricardo Rocha só que-ria saber de falar. Para quem apare-cesse á sua frente. Achou graça, in-elusive, da pergunta de um repórter,que manifestou vontade de saber seele olhara para a cara dc Mozer nomomento cm que o técnico anunciouo time que jogaria contra a Argenti-na. "Não olhei para ninguém, sópara o chão. Fiquei com vergonha",ironizou.

De agora cm diante, Ricardo Ro-cha está ainda mais á vontade parafalar o que pensa sobre a seleção. Eum dos jogadores mais bem articu-lados dos 22 convocados. Expressa-

Ricardo Rocha (E) planejou seu sucesso

se bem, não deixa nada para depoise tem opiniões francas c definidas.Como a de ontem sobre o melhoresquema tático a ser adotado contraa Argentina. "Tem que ser o mesmode sempre. Primeiro, a defesa; de-pois, o ataque", assumiu sua filoso-fia, numa prova de que é partidárioconvicto das idéias de Lazaroni.

A partida de hoje. segundo Ri-cardo Rocha, tem característicasbem definidas. Acredita que muitosjogadores ocuparão o meio campo epouca gente ficará fixa no ataque."Vai ser jogo de paciência, quemnão gostar ou não souber jogar xa-drez, leva desvantagem", brincou.No fundo, quis dizer que as chancesserão mínimas e quem fizer gol pri-meiro dificilmente deixará de sairclassificado. "Quem sair na frente,ganha. Está escrito no perfil de cadauma das equipes", garantiu, com oorgulho de mais novo titular brasi-leiro.

Ele sempre achouque tudo nãopassava dc umgrande engano.Mozer nuncaimaginou querealmente estives-se barrado porLazaroni para ojogo de hoje,contra a Argenti-na. Somente on-tem pela manhã,quando o treina-dor comunicou atodos os jogado-res no centro docampo que Ri-cardo Rocha es-tava mantido en-tre os titulares,após sua seguraatuação contra aEscócia, é que ozagueiro doOI ym pi que deMarselha desper-tou para a durarealidade. Açora,seu lugar e nobanco de reser-vas. "Por favor,não me pertu-bem", esbravejouo zagueiro paraos jornalistas, que o cercaram após otreinamento de ontem.

Durante toda semana, Mozer pro-curou manter-se tranqüilo e sóbriodiante das noticias de que perdera aposição para Ricardo Rocha. Alimen-tava esperanças de que tudo não pas-sava de um boato programado pelaimprensa paulista com objetivo de co-locar o zagueiro do São Paulo entre ostitulares. Chegou a dizer que conside-rava Sebastião Lazaroni um grandeamigo c, extremamente confiante, der-ramou-se em elogios ao treinador. Nofundo, considerava-se intocável. Ao seconvencer da realidade, desabou porcompleto. "As justificativas não meconvenceram", reclamou Mozer.

Os dias passaram após o jogo con-tra a Escócia e Mozer não se deu aotrabalho de procurar Sebastião Laza-roni para certificar-se se iria ou nãovoltar ao time na vaga de RicardoRocha. Pior; divertia-se com as insis-tentes perguntas que lhe eram feitas

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Mozer perdeu o bom humor ao virar reserva

sobre como se sentia barrado pelotreinador, após ser titular absoluto.Ontem, custou a acreditar no que ou-vira na prclcção. Nervoso, foi ao en-contro de Lazaroni logo após a con-versa. Perguntou-lhe quais eram oscritérios que ele utilizara. E logo obte-ve a indesejada resposta. " Ele medisse que o time escalado era o ideal.Não aceito essa tese!"

Foi mais uma queda brusca de Mo-zer na seleção brasileira. Antes, eraconsiderado o melhor libero entre os22 convocados. Mauro Galvào rever-teu esta situação. Depois, teve quecorrer atrás de uma das outras duasvagas de zagueiro. Conseguiu duranteos amistosos finais de preparação,mas, na primeira brecha — foi suspen-so com dois cartões amarelos —, Ri-cardo Rocha o desbancou e convenceuSebastião Lazaroni de que estava me-lhor. Mozer foi para o banco de reser-vas, levando junto sua autoconfiança ea eterna certeza de que sempre seriatitular da seleção brasileira.

i JOBNAL DO brasil2" Edição ? domingo, 24/6/90 O Esportes O 3

4 O Esportes O domingo, 24/6/90

Bonde-restaurante é

um programa

barato

Alfredo Ribeiro' TURIM. Itália — 0 marketing do

negócio é da pior qualidade. Nos ho-tcis, centros de imprensa e pontos deencontros da cidade, ninguém sabeindicar precisamente de onde sai,quanto custa e qual o percurso doRistotram, um bonde-restauranteqye cumpre o mesmo papel de qual-quer ônibus de city-tour, mas com oromantismo e um certo clima de épo-cá tão adequado â Itália. E forampoucos os brasileiros que aproveita-ram esse programa da agência Fran-co Rosso (Via Roma, 61), que aténão é dos mais caros, considerando-se" que, além do giro per Ia città, as 50mil liras da passagem cobrem o custodo almoço servido a bordo em plenotráfego de Turim.'

Ontem pela manhã, um grupo desejs mineiros de Coronel Fabricianojulntoii-se a 12 turistas italianos naplataforma de embarque da PiazzaCastelo. As 9h30, o Ristotram partiupára uma viagem de quatro horasp«*lo centro histórico da cidade, comdireito a uma parada de acesso à vistapanorâmica da torre do Mole Anto-nelliana. Para o brasileiro de primeiraviagem, a guia turística Alessandrapreparou um discurso didático, quecomeçava na relação de poder da fa-mília Savoya, no século 18, e revelavaa realidade atual do operário turinen-sé: "O salário mínimo da categoriamais baixa numa escala de especiali-

zação profissional é de US$ 800",disse Alessandra, para espanto dopessoal que veio de Coronel Fabricia-no torcer pelo Brasil.

A história e a modernidade deTurim — informações sobre a Fiat ea RAI, a rede de televisão italianaque está sediada na cidade — forampassadas a limpo durante a viagemnum ambiente atapetado, com acen-tos de veludo, mesas forradas portoalhas vermelhas e ar condicionado.Exatamente como num restaurante.O Ristotram funciona há dois anos,depois que o artista plástico Giugiaroreformulou o design de alguns bondesvelhos tirados de circulação no trans-porte de passageiros. O serviço debordo é feito pelo garçon do restau-rante II Bagaiw e, se não é umamaravilha, é absolutamente decente(veja comentário de Pomodoro diCapri).

Com capacidade para 42 passagei-ros por viagem, o percurso históricoda cidade foi cumprido ontem pelamanhã no clima informal que a baixafreqüência de passageiros sugeria.Falta divulgação para este e outroscircuitos do projeto, que tem maistrês passeios programados, semprenos fins de semana, quando o tráfegodos bondes urbanos é bem mais tran-quilo: a colina turinensc e o Superga(9h30 às 13h30), Turim e o Rio Pó(14h30 às 18h30) e Turim à noite(20h30 às 23h30).

Turim, Itália — Evandro TeixeiraÉÉÉ

Um passeio turístico, no bonde, com um bom almoço

Romodoro di Capri

O coelho

do senhor E.T.

Alora io direi que no Risto-tram a comida é bonde. E obonde ê una delícia. Come-seTorino com os olhos e a bocafica sem jéito de reclamar dellipratos piemonteses servidos nobalanço do tram. Por exempio: ilsignore E.T., uno fotógrafobaiano, que nos ha acompanha-to, disse tenire adorado la "pe-

nosa" que foi servida. Ma non'e-ra galinha aquilo. Era unconiglio alia canavesana, ou se-ja, un coelho, entende? II signoreE.T. entendéo e ficou con saúda-des delia Amazônia, un ristoran-te da Rua do Catete, que ha ser-vito un coelho da "peste".

O vino rosso deve ter subidoalia testa dei signore E.T., quecomeço a bebere já no primeiroprato, una crêpes con fonduta,que é una massa con crema equeijo. Molto buona. A sobre-mesa, tanbién típica do Piemon-

te, fói una spécie de torta decacau e nozes, un tanto esquisitapara o gosto dos brasiléiros. Ocafé fói fórte e frio. Dopo, unagrapa — la nostra cachaça —pára rebater. Julgar a comidadei Restotram é como ir ao Ma-racaná e meter o páu no cachór-ro caliente. Quem gostou dopasseio, adorou la comida

atiEMPRESA DE VIAGENS E TURISMO LTDA.

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ARQUIBANCADA

Qual o seu palpite para o jogo Brasil x Argentina?

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Tasso Jeretesatlgovernador do CearᦠAcredito que o pia-car será de 1 a 0 para oBrasil. No esquema que

time tem jogado, nãopodemos esperar me-lhor resultado, mesmoque seja contra a Ar-gentina, uma seleçãoque não tem tradição devencer o Brasil em Co-pas do Mundo. Esse es-quema dc jogo de nossaseleção c muito defensi-vo, não dando, por isso,oportunidade para oataque adversário. Con-fio na vitória mesmocom um placar fraco de

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Álvaro Masgovernador do ParanᦠNão estou animadocom o Brasil, mas achoque podemos arrancarum gol. Apesar da riva-lidade, nossa seleçãotem levado vantagemnos últimos anos sobrea Argentina. Se nossotime não está em bommomento, o delbs atra-vessa uma fase pior.Nem Maradona, grandedestaque argentino, estábem. Mesmo não apre-sentando um futebolbrilhante, temos venci-do as partidas.

governador de Santa Catart-na¦ O Brasil vai ganharpor 2 a I, com gols deCareca e Müller. Mas ojogo será muito difícil etenso porque os adver-sários são tradicionais,com rivalidade quasehistórica. Eu prefeririaum time mais fraco parao jogo de hoje. Argenti-na e Brasil ainda nãomostraram bom fute-boi, mas no clássico elespoderão melhorar orendimento. A marca-ção deve ser em cimadc Maradona.

Newton Cardosogovernador de Minas Gorais.¦ Será uma partida di-fícil, poderá até serequilibrada, mas o Bra-sil vai vencer a Argenti-na, por I a 0. Acho queo sistema implantadopor Lazaroni é válido,pois o importante, mes-mo com um jogo feio, ègarantir a vitória em to-das as partidas c chegarao título. Como todobrasileiro, sinto falta daginga característica denossos jogadores.

Carlos WilsonCamposgovernador de Pernambuco¦ O placar será dc 2 a1, com gols de Branco eCareca. Vai ser um jogodifícil porque são duasgrandes seleções. Mas oBrasil leva a vantagemdc ter mais jogadoreshabilidosos. Ao contra-rio das partidas anterio-res, acredito que nossaseleção terá mais facili-dade para atacar por-que a Argentina jogaaberto e permitirá que oataque e meio campobrasileiro cheguem fácil-mente ao gol. Gostariaque Lazaroni mantives-sc a mesma equipe quejogou contra a Escócia.

Silvai Quazzolligovernador do RQS¦ Acho que vai seruma partida mais difí-cil, ainda, do que asanteriores, principal-mente porque a Argen-tina tem um estilo dejogo semelhante aonosso. Além disso, temum craque chamadoMaradona. Mas confiona seleção brasileiraque, apesar dos pesa-res, vem vencendo süaspartidas. Acho, até,que vamos repetir o re-sultado das partidasanteriores no jogo dchoje contra a Argen-tina: 1 x 0 para o Bra-sil.

ESPORTE NA TV

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Globo

11h35 BoUo do Faustlo12h Brasil i Argentina13h50 BoUko do Fauatfto15h35 BotAo do FauatAo16h Alemanha * Holanda17h50 Bolio do FamUo17h55 Automobilismo — Prêmio do

México de Fórmula 123h05 Bato-bola — Com Galvao Bue-

no, Pelé. Lazaroni, Júnior1h40 Ssporta Ispataoular

Manchete

7h11h3012h15h3016h21h4522h23h30

Copa Total — noticiárioCopa Total — noticiárioBrasil > Arf ntlnaCopa Total — noticiário

OrM da laf ada — Fórmula 1Toque do bola — mesa-redondacom Alberto Lèo, Paulo Steln,Márcio Quedes. Armando Mar-ques, João Saldanha e convida-d 08

<S>Bandeirantes

9h3512h14h16h18h20h22h30

Itália SOBrasil i ArgontinaSoia

i — Fórmula Indy(VT)Show do SaportaApito final — mesa-redondacom Luciano do Valle, JuarezSoares, Rlvelino, Zico, MárioSérgio e convidados

SBT

12h Brasil x Argentina16h Alemanha x Holanda23h55 Primeira fUa — boletim do GP do

México de Fórmula 1Oh Mesa-redonda — Com Roberto

Cabrini, Ivo Morganti, Sócrates,Émerson Leão e convidados

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(Bolonha)Dia 10/61S hor— ^ ^

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JORNAL DO BRASIL

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CENTRORua 7 de Setembro, 71 - 10°. andar

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4 O Esportes O domingo, 24/6/90 ? 2" Edição

Bonde-restaurante é

um programa

barato

Alfredo Ribeiro

TURIM, Itália — O marketing donegócio é da pior qualidade. Nos ho-téis, centros de imprensa e pontos deencontros da cidade, ninguém sabeindicar precisamente de onde sai,quanto custa e qual o percurso doRistotram, um bonde-restauranteque cumpre o mesmo papel de qual-(Juer ônibus de city-tour, mas com oromantismo e um certo clima de épo-ca tão adequado à Itália. E forampoucos os brasileiros que aproveita-ram esse programa da agência Fran-co Rosso (Via Roma, 61), que aténão é dos mais caros, considerando-se que, além do giro per Ia città, as 50mil liras da passagem cobrem o custodo almoço servido a bordo em plenotráfego de Turim.

Ontem pela manhã, um grupo deseis mineiros de Coronel Fabricianojuntou-se a 12 turistas italianos naplataforma de embarque da PiazzaCastelo. Às 9h30, o Ristotram partiupara uma viagem de quatro horaspelo centro histórico da cidade, comdireito a uma parada de acesso à vistapanorâmica da torre do Mole Anto-nelliana. Para o brasileiro de primeiraviagem, a guia turística Alessandrapreparou um discurso didático, quecomeçava na relação de poder da fa-milia Savoya, no século 18, e revelavaa realidade atual do operário turinen-se: "O salário mínimo da categoriamais baixa numa escala de especiali-

zação profissional é de US$ 800",disse Alessandra, para espanto dopessoal que veio de Coronel Fabricia-no torcer pelo Brasil.

A história e a modernidade deTurim — informações sobre a Fiat ca RAI, a rede de televisão italianaque está sediada na cidade — forampassadas a limpo durante a viagemnum ambiente atapetado, com acen-tos de veludo, mesas forradas portoalhas vermelhas e ar condicionado.Exatamente como num restaurante.O Ristotram funciona há dois anos,depois que o artista plástico Giugiaroreformulou o design de alguns bondesvelhos tirados de circulação no trans-porte de passageiros. O serviço debordo é feito pelo garçon do restau-rante II Bagatto e, se não é umamaravilha, é absolutamente decente(veja comentário de Pomodoro diCapri).

Com capacidade para 42 passagei-ros por viagem, o percurso históricoda cidade foi cumprido ontem pelamanhã no clima informal que a baixafreqüência de passageiros sugeria.Falta divulgação para este e outroscircuitos do projeto, que tem maistrês passeios programados, semprenos fins de semana, quando o tráfegodos bondes urbanos é bem mais tran-quilo: a colina turinense e o Superga(9h30 ás 13h30), Turim e o Rio Pó(14h30 às 18h30) e Turim à noite(20h30 às 23h30).

Turim. Itália — Evandro Teixeira

Um passeio turístico, no bonde, com um bom almoço

Pomodoro di Capri

O coelho do senhor E.T.Alora io direi que no Risto-

tram a comida é bonde. E obonde é una delícia. Come-seTorino com os olhos e a bocafica sem jeito de reclamar dellipratos piemonteses servidos nobalanço do tram. Por exempio: ilsignore E.T., uno fotógrafobaiano, que nos ha acompanha-to, disse tenire adorado la "pe-

nosa" que foi servida. Ma non'e-ra galinha aquilo. Era unconiglio alia canavesana, ou se-

.... ja, un coelho, entende? II signoreE.T. entendéo e ficou con saúda-des delia Amazônia, un ristoran-te da Rua do Catete, que ha ser-vito un coelho da "peste".

O vino rosso deve ter subidoalia testa dei signore E.T., quecomeço a bebere já no primeiroprato, una crêpes con fonduta,que é una massa con crema equeijo. Molto buona. A sobre-mesa, tanbién típica do Piemon-

te, fói una spécie de torta decacau e nozes, un tanto esquisitapara o gosto dos brasiléiros. Ocafé fói fórte e frio. Dopo, unagrapa — la nostra cachaça —

pára rebater. Julgar a comidadei Restotram é como ir ao Ma-racaná e meter o páu no cachór-ro caliente. Quem gostou dopasséio, adorou la comida

Aitilheiros

5 gols: Skuhravy (Tchecos)4 gols: Michel (Espanha); Roger Mil-la (Camarões)3 gols: Matthãus e Võller (AlemanhaOc.);2 gols: Schillaci (Itália), Bilek (Tchc-cos); Lacatus e Balint (Romênia); Ca-reca e Müller (Brasil); Klinsmann(Alemanha Oc.); Jozic e Pancev (lu-goslávia); Redin (Colômbia)I gol: Giannini.e Baggio (Itália);Ogris e Rodax (Áustria); Caligiuri eMurray (EUA); Hasek, Luhovy eKubik (Tchecos); Burruchaga, Mon-zon e Troglio (Argentina); Omam-Bi-yik (Camarões); Zavarov, Protasov,Dobrovolski e Zigmantovich

(URSS); Stroemberg, Brolin e Erks-troem (Suécia); Roger Flores, Med-ford, Cayasso e Gonzales (Costa Ri-ca); Mo Johnston e McCall (Escócia);Littbarski e Bein (Alemanha Oc.);Susic e Prosinecki (Iugoslávia); Ju-maa e Khalid Mubarak (Emirados);Valderrama e Rincon (Colômbia);'Ceulemans, Clijsters, De Grysc, DeWolf, Scifo e Vcrvoort (Bélgica);Hwangbo K.wan (Coréia); Bengoe-chea e Fonseca (Uruguai); Górriz(Espanha); Lincker e Wright (Ingla-terra); Sheedy e Quinn (Eire); Kieft eGullit (Holanda); Abdel Ghani (Egi-to);

ITALIA 00

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JORNAL DO BRASIL

ARQUIBANCADA

Qual o seu palpite para o jogo Brasil x Argentina?Í

Tasco jMwiuatigovernador do CearᦠAcredito que o pia-car será dc 1 a 0 para oBrasil. No esquema que

time tem jogado, nãopodemos esperar me-lhor resultado, mesmoque seja contra a Ar-gentina, uma seleçãoque não tem tradição devencer o Brasil cm Co-pas do Mundo. Esse cs-quema de jogo dc nossaseleção c muito defensi-vo, não dando, por isso,oportunidade para oataque adversário. Con-fio na vitória mesmocom um placar fraco dc

aO.

Álvaro Diasgovernador do ParanᦠNão estou animadocom o Brasil, mas achoque podemos arrancarum gol. Apesar da riva-lidade, nossa seleçãotem levado vantagemnos últimos anos sobrea Argentina. Se nossotime não está cm bommomento, o deles atra-vessa uma fase pior.Nem Maradona, grandedestaque argentino, estábem. Mesmo não apre-sentando um futebolbrilhante, temos venci-do as partidas.

Caalldo MaManargovernador de Santa Catari-na¦ O Brasil vai ganharpor 2 a 1, com gols deCareca e Müller. Mas ojogo será muito difícil ctenso porque os adver-sários são tradicionais,com rivalidade quasehistórica. Eu prefeririaum time mais fraco parao jogo dc hoje. Argcnti-na c Brasil ainda nãomostraram bom fute-boi, mas no clássico elespoderão melhorar orendimento. A marca-ção deve ser cm cimadc Maradona.

Nawton Cardosogovernador de Minas Gerai».¦ Será uma partida di-ficil, poderá até serequilibrada, mas o Bra-sil vai vencer a Argenti-na, por 1 a 0. Acho queo sistema implantadopor Lazaroni é válido,pois o importante, mes-mo com um jogo feio, égarantir a vitória cm to-das as partidas e chegarao titulo. Como todobrasileiro, sinto falta daginga característica denossos jogadores.

Carlos WilsonCamposgovernador de Pernambuco¦ O placar será de 2 aI, com gols dc Branco cCareca. Vai ser um jogodifícil porque são duasgrandes seleções. Mas oBrasil leva a vantagemde ter mais jogadoreshabilidosos. Ao contrá-rio das partidas anterio-res, acredito que nossaseleção terá mais facili-dade para atacar por-que a Argentina jogaaberto e permitirá que oataque e meio campobrasileiro cheguem fácil-mente ao gol. Gostariaque Lazaroni mantives-sc a mesma equipe quejogou contra a Escócia.

Silvai Guazzelligovernador do RGS¦ Acho que vai seruma partida mais difjV™cil, ainda, do que as,anteriores, principaI-'D|mente porque a Argen;',,,tina tem uni estilo d(£.jogo semelhante aôn,nosso. Além disso, tem'."um craque chamado"Maradona. Mas conficrna seleção brasileiraque, apesar dos pcsfl^res, vem vencendo sua^partidas. Acho, até',que vamos repetir o rii--"sultado das partidasanteriores no jogo dchoje contra a Argcn-tina: I x 0 para o Bra-sil.

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ESPORTE NA TV :?¦

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11h35 loUo do Faustfco 7h Cop* Total — notici4rio 9h35 HMIaOO 12h Braail * Argentina 112h BrasJI < Arv*n<in. 11h30 Copa Total — notlcidrio 12h BraaH ¦ ArnonUna 16h Atomanha * Hotanda .J.13h50 BoUo do PauatAo 12h BraaHa Arflantlna 1th Boa. 23h55 PrtmolrsMa-boletlm do GP.fio,,15h35 BoUo do Fauatto 15h30 Copa Total — noticlArio 16h Alamanha a Holanda M6xico de F6rmula 1 . ir.l16h Alamanha a Holanda 16h Alamanha a Holanda 18h AutomoWKamo - Fbrmula Indy Oh M.aa-rodonda - ComRob^rto17h50 BoUo do F.u.Uo 21h45 Show da goto (VT) Cabrinl. Ivo Morgan! SOcratM.17h55 Automoblllamo — Pr6mlo do 22h Grid da largada — Fbrmula 20h Show do Saporta Emerson LeSo e convidados

M6xico de FGrmula 23h30 Toqua da bola — mesa-redonda 22h30 Aplto final — mesa-redonda23h05 pata hola — Com Galv^o Bue- com Alberto L6o, Paulo Stein. com Luciano do Valle. Juarez > >i

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Torcedores turinenses

amam os 'cariocas' e

odeiam os 'gaúchos'

Vôo de volta está marcado

Um indesejável DC-10 da Varig decola ter-ça-feira, às 15h, para o Brasil — a seleçãobrasileira já fez sua reserva. A 24 horas doeliminatório jogo contra os argentinos, porém, éproibido passar essa informação adiante. Nadelegação, poucos confirmam. Os jogadoresdesviam o olhar e alguns batem três vezes naprimeira madeira que vêem pela frente, comoCareca. "Faz outra pergunta, parceiro." O maupensamento é imediatamente afastado. As res-postas saem muito rápidas, para mudar logo oassunto. "Ê claro que, como em qualquer torce-dor, a derrota vem à cabeça. O negócio é evitarpensar negativamente. O pensamento tem queser positivo", analisou Ricardo.

Mas não falar, ou falar pouco, em derrota,na véspera da decisão com a Argentina, não étabu apenas dos jogadores. Até jornalistas evi-tam o tema. Um radialista prometeu não divul-gar a notícia da reserva do avião. "Ela èmuito para baixo, os torcedores não vão gos-tar." Se depender dessa corrente positiva, aseleção brasileira chegará a Roma e disputará afinal da Copa, dia 8 de junho. "Sinceramente,ninguém pensa em derrota. Sabemos que seráum jogo difícil, mas lá, entre a gente, a confian-ça é grande. Talvez seja por causa do esquema,que nos transmite segurança", afirmou o trei-nador de goleiros, Nielsen.

De fato, o ambiente entre os jogadores é de

tranqüilidade e otimismo. As brincadeiras, so-madas às fisionomias descontraídas, passam aimpressão de que não é véspera de um jogo coma Argentina, muito menos de Copa do Mundo."Às vezes, a tensão parte dos proprios jornalis-tas. Desde que ficou definida a Argentina comoadversária, já respondi a mais de 20 perguntassobre a marcação a Maradona. Nós estamosmenos preocupados", disse Dunga, outro que serecusa a falar em derrota. "Mas ninguém devepensar mesmo em derrota. Até atrapalha",reagiu Jorginho. Mesmo assim, adverte que aseleção brasileira é formada por jogadores ex-perientes e que sabem reagir aos maus momen-tos. "Temos de estar preparados para tudo."

O raciocínio é simples: tudo pela vitória."Sabemos que corremos riscos amanhã (hoje),mas estamos conscientes de que tudo dependeda gente, do nosso trabalho em campo", afir-mou Ricardo. A reserva no DC-10 da Varigéapenas providência administrativa — viajarãode volta ao Brasil apenas os jogadores quequiserem e alguns devem permanecer na Euro-pa para cuidar das transferências e aproveita-rem uns dias de descanso com as mulheres —,da mesma forma como já estão sendo escolhi-das as próximas concentrações do Brasil naItália. Comissão técnica, jogadores e, mesmo,os jornalistas sabem disso. Mas é sempre bomevitar o assunto. Pode dar azar.

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rfl URIM, ITÁLIA — O momento é excep-X cionalmente favorável aos brasileiros. Esta

ddade, mais do que nunca, está se vestindo deverde-amarelo e se aliando aos cariocas — comosão chamados todos os brasileiros na Itália. Derepente, brasileiro virou sinônimo de educação,de dvilidade, de nobreza. Mas que ninguéjn seengane. Esta simpatia exagerada que explode noalvorecer da convivência de 15 dias — nem sem-pre padfica—entre brasileiros e turinenses deveser creditada, em grande parte, à Argentina.Mais precisamente a Diego Maradona, que éodiado no norte da Itália. É uma questáo depreconceito, mesmo. "Ele é muito bom com umabola nos pés, mas tem a cabeça de um meridiona-le", diz Alberto Bottero, garçon da pizzaria Ma-rechiaro. Traduzindo em preconceilulês, o meri-dionale é a imagem de um nordestino no sul doBrasil. Aqui, o problema se inverte: o sul daItália é que[é discriminado.

É por isso que o nordestino Ricardo Rocha,de Pernambuco, pode entrar em campo certo deque vai contar com o apoio da torcida italianano Delle Alpi. O meridionale Maradona canali-zou para os gaúchos — como são chamados osargentinos — a antipatia da torcida turinense.Forza, Brasile! — a saudação se repete em cadacontato de torcedores brasileiros com os comer-ciários de Turim. Uma relação que, antes dachegada dos argentinos, se estabelecia com umcerto mal estar. Não por causa do comporta-mento dos cariocas. O problema é que o turismoverdeoro não reverteu nenhuma economia adi-cional à poupança de quem se preparou parareceber milhares e milhares de torcedores.

"A verdade é que esperávamos que chegas-sem muito mais turistas, sobretudo brasileiros",disse a prefeita Maria Magnani Noya. "Masforam dias de grande amizade entre brasileiros eitalianos, o que impediu que acontecessem episó-dios de violênda registrados em outras cidades."Foi esse clima de tranqüilidade que levou aprefeita sodalista a relaxar a lei seca em dias dejogos, restringindo a proibição alcoólica aosmercados. Isso, aliás, aliviou a tensão entre do-nos e funcionários de bares e restaurantes. "É

preciso entender que no Brasil se come bem comcinco dólares. Aqui, não se toma duas cervejascom este dinheiro e, para se fazer uma boarefeição, é preciso gastar USS 60", pondera ogarçon Bottero, na qualidade de cúmplice daclientela brasileira.

Pouca compreensão — Nem todomundo é tão compreensivo. "Em todo este pe-ríodo de Copa do Mundo só transportei doistorcedores escoceses e um turista brasileiro",lamenta o motorista de táxi Aldo Sandn. "O

L. Brlgido

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próximos jogos da Copa em suas próprias casas. Assim, vendo osjogos num Philco-Hitachi em cores, com todo o conforto do

controle remoto, som estéreo Surround Sound e tela plana, elesse cansam bem menos que no campo.E, enquanto eles

aceitam o nosso sincero convite, esperamos que a equipe do Brasilconfirme sua presença nos jogos das próximas fases.

aumento do movimento turístico me parece mui-to limitado durante o Mundial", diz BernardinoGaretto, presidente da Associação de Hotéis,explicando que os brasileiros só ficam em Turirçnos dias de jogos da seleção. Em termos cconó-micos — não há quem esconda — a presença dosbrasileiros foi um fiasco. E o comércio localacabou enfrentando a concorrência de camelôsque trouxeram do Brasil camisetas, fitinhas depulso e uma infinidade de produtos para a vendanas arcadas barrocas de Turim.

Valeu a intenção desta torcida que veio paracá com poucos dólares e que, a principio, assus-tou os turinenses, alarmados por campanhas pu-blicitárias de prevenção aos hooligans. "É certoque, de início, recebemos algumas queixas porcausa do trio elétrico, mas a grande maioria dopovo gostou desta iniciativa brasileira, que tro-cou a violência pela alegria", diz a prefeita No-ya. Mas a Banda Beijo e toda a parafernáliaeletrônica patrocinada pela Perdigão só entrouuma vez na Piazza San Cario. Foi numa segun-da-feira, dia 4, e o espetáculo acabou em bate-boca entre torcedores e carabinieri. O trio elétn-

co teve sua locomoção limitada à área em tornodo Estádio Delle Alpi e, mesmo assim, comrestrições de horário de shows e volume musical."Outro dia quase prenderam nosso técnico desom", diz Márcio Pedreira, da diretoria da Ban- "* '*da Beijo.

Turim é uma cidade conservadora e a lei dosilêncio não vigora só para os brasileiros. Depoisda vitória da Itália sobre a Tchecoslováquia, aprefeita Maria Noya fez um pedido formal aosturinenses para que não buzinassem durante ascomemorações da Copa. "Não pretendo repri-mir, mas peço a boa vontade de todos pararesolver este problema." Há que se esperar paraver como os turinenses vão se comportar ama-nhã, quando a Itália volta a campo contra oUruguai. A última possibilidade de festa para osbrasileiros em Turim acontece hoje. Já se sabepor aqui que a torcida verdeoro não gosta debriga, mas imagina-se uma possível transforma-ção de comportamento diante dos vizinhos ar- •-gentinos. É por isso que foi armado um forteesquema de segurança envolvendo dois mil poli-^_ciais. Depois, bye, bye Turim. """

Nostálgico, Carecalembra as jogadas deZico e não se dá ao tra-balho de disfarçar a fal-taj que ele faz. "Se Zicoestivesse jogando na se-leção, seria brincadei- BRASIL

AHOEHTIM*brasileira sempre esbarram no mesmo problema— na ausência de um jogador que encoste nosdois atacantes. Careca tem dito isso desde que aseleção estreou na Copa do Mundo. Mas oinevitável isolamento da dupla Careca-Müller éum drama que o time ainda leva esta tarde parao .Estádio Delle Alpi, em Turim, contra a Ar-gentina, pelas oitavas-de-final.

Na teoria, a missão é de Valdo, que nuncafoi de fato um meia-ponta-de-lança nos seustempos de Grêmio. "No Benfica, tenho jogadosó na criação, do meio-campo para frente, par-tidpando das jogadas de ataque." Valdo argu-menta que recebe orientação diferente na sele-çâo, embora o técnico Sebastião Lazaronisempre repita nas entrevistas que já lhe pediupara ajudar Careca e Müller. "Fica difícil ir láatrás combater, pegar a bola e aparecer naárea", responde o meia, se apressando em dizerque não tem que criticar o esquema do treina-dor. "Só acatá-lo."

Para muitos, no entanto, não se trata dedesobediência tática e, sim, de falta de qualida-dè. "Isso não é verdade. Na seleção, há Tita,Bismarck e eu, que jogamos assim em nossos

Valdo não aceita as criticas

clubes. É uma opção tática do treinador, queprefere jogar com dois volantes", disse Silas,que, mesmo assim, considera o time brasileiroofensivo. "Se perdemos tantas oportunidadesde gols, é porque criamos." Entre os reservas,Bismarck acha que este tipo de jogador não estáfazendo falta ao time. "A seleção está jogandobem, mantendo bom nível dos jogos. Por quemudar o que está dando certo?"

Careca, é claro, discorda, embora tenha elo-giado a melhora de Valdo, que se aproximoumais no último jogo. "Mas ainda é pouco",afirmou, conformado com a impossibilidade deter Zico a seu lado

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6 O Esportes O domingo, 24/6/90ITÁLIA 90 JORNAL DO BRASIL

Brasil enfrenta enfim um time com libero

asti, Itália — _____Jogar com libero é Cep»rotina na seleção /^\xjbrasileira desde o ^

\$S Tfano passado. En- \J^frentá-lo também vO J* *deixou de ser novi- BRASILdade nos vários ARGENTINAamistosos da fase de preparação. Na Co-pa do Mundo, porém, somente hoje, con-tra a Argentina, o time encontrará umjogador com essa função específica comoadversário. E, coincidência, tão recuadoqüanto Mauro Galvão. Trata-se de Si-mon, 30 anos, que, ao lado, ainda terá acompanhia de outros dois zagueiros:Monzon e Ruggeri. "Eles

jogam de ma-neira muito parecida com a nossa. Vamoster muita dificuldade para criar jogadas",preocupa-se Müller.

Nas sucessivas conversas com o técni-co Lazaroni, os jogadores têm discutidomuito a melhor forma de fugir ao conges-tionamento que certamente encontrarãona defesa argentina. E principalmente, deanular a figura do libero. As sugestõessão as mais variadas. "Já sabemos maisou menos como jogar contra o liberosul-americano. Faltam apenas seremacertados alguns detalhes", explicou Ri-

cardo, que confessou ser mais fácil jogara favor que contra um libero.

Os atacantes são mais abertos em seuscomentários. Admitem que, dessa vez,suas dificuldades serão redobradas. "Te-

mos que largar o meio e ir pelas pontas.Cruzamentos da linha de fundo serãoessenciais", alerta o ponta Renato, queconsidera essa a melhor maneira de ata-car, hoje. Careca é ainda mais incisivo."Estamos cansados de treinar contra lí-bero na seleção brasileira. Espero quetodos aqui tenham aprendido como en-frentá-lo", comentou o centroavante, ou-tro partidário das jogadas pelas laterais.

Jorginho discorda dos companheirosde ataque. Para ele, nada no esquematático de Lazaroni deve ser alterado con-tra a Argentina," em razão de o adversáriojogar com Simon como libero. "Nossa

cautela tem que ser a mesma. É com elaque fizemos seis pontos. E, libero porlibero, sou mais o nosso." Ricardo Rochafoi mais cauteloso. "Eles

já jogam assimhá muito tempo. Não dá para ignoraresse fato", preveniu o zagueiro. O fato éque jogar com libero não é tão difícilquanto tê-lo como adversário.

Caniggia preocupa defesa

Nem só de Maradona vivem as preo-cupações brasileiras. Ao lado do principalastro argentino, atua um jogador que nin-guém na seleção ousa contestar — o louro ecabeludo Caniggia. "Ele é a eminência par-da do Maradona. Quando Diego pega abola, procura logo por ele", comentou Ale-mão, que sugere cuidado e atenção com oatacante argentino. Essa opinião é com-partilhada por outros. Mesmo assim, olateral Branco, que, em tese, é o quecruzará mais com Caniggia em campo,garante que não abandonará a idéia dedeixar o Dclle Alpi hoje sem fazer gol."Ele é rápido e se mexe mais por meulado, mas vou apoiar do mesmo jeito. Nos-so sistema defensivo está muito bem, a co-bertura é eficiente." Branco lembrou queRicardo assume a lateral esquerda, quando

está no apoio, e Dunga e Mauro Galvãosempre dão cobertura. Caberá, portanto, aRicardo a missão de vigiar o veloz Canig-gia.

"É um bom jogador, mas já enfrenteioutros bons também nessa Copa, e me saibem."

Os cuidados defensivos brasileiros nãoserão somente com Maradona. É o quedeixam claro os jogadores.

"Caniggia, alémde rápido, é inteligente e sabe se movimen-tar muito bem", elogiou Ricardo Rocha.Sem dúvida, o Brasil fará forte marcaçãoaos atacantes argentinos. "Ninguém podeter liberdade para jogar. Isso não existe nofutebol atual", acrescentou o libero MauroGalvão. A exemplo de Maradona, o nomeCaniggia consta no livrinho dos indesejá-vcis da zaga brasileira.

Um juiz severo e intolerante

A Comissão de Arbitragem da Fifa escolheua dedo o juiz que vai apitar o jogo de hoje, noEstádio Delle Alpi, entre Brasil e Argentina.Consciente de que o mais tradicional clássicoSul-Americano sempre é disputado com muitasprovocações, catimba e violência de ambas aspartes, a entidade não quis correr nenhum risco.E, após muito estudo, decidiu-se que o maisindicado para apitar esse grande desafio seria ofrancês Joel Quiniou, famoso por sua volúpiana distribuição de cartões amarelos e verme-lhos. "Já me disseram que ele nunca deixa nadapara depois", confessou Branco, famoso peloseu pavio curto.

Quem mais está em condições de falar sobreas características de Joel Quiniou é Mozer, queo conhece bem por jogar no Olympique, de

Marselha, desde o ano passado. O juiz francêsvive em Paris, tem 40 anos e, apesar doemprego no futebol, exerce outra atividade: éfuncionário ministerial do Governo. No seupais, como em toda Europa, é consideradoexigente, intolerante e disciplinador ao extremo.Tem excelente preparo físico e não admite pon-tapé por trás. "Com ele, teremos que correr dequalquer tipo de barulho. É melhor pensarapenas em jogar futebol", alertou Careca.

"Ele è muito severo. Não podemos vacilarque logo vem em cima", recomendou Mozer. Opsicólogo Paulo Angioni tem falado muito so-bre o problema. Todo silêncio em campo serábem recebido, pois, com aquela abafada roupaquente, estará o sempre severo Joel Quiniou.

João Saldanha

Brasil contra o campeão

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Agente as

vezes ficapensando quetudo gira emtorno de nós.Este jogo dehoje, por exem-pio, que faz atorcida brasilei-ra parar. Ositalianos ficaram de tal modo en-rascados no Uruguai que só pen-sam nisto. O resto que se arranje.Nosso jogo é com o time do Ma-radona, ídolo dos napolitanos.Sim, ídolo dos napolitanos nosjogos do Napoli pelo campeonatoitaliano, local. No geral eles que-rem que o Maradona entre pelocano. E o Careca também. Quemestiver contando com os torcedo-res que apareçam por aí, por estecaminho, pois que fique sabendoque a reação é totalmente inversa.O papo itaüano é Uruguai e nadamais. No resto eles querem e ma-nifestam ostensivamente que nãoestão dando bola nem para nósnem para os argentinos.

Nosso jogo tem a importânciade um jogo entre a Argentina,último campeão do mundo e otime brasileiro que até agora nãoempolgou muito. Nem a Argenti-na, pois as críticas ao Maradona

— que é a base de tudo — nao saodas melhores. E assim vai indo acoisa, meio na moita, atraindo so-mente nós e os argentinos, comose o jogo principal da América doSul seja apenas uma coisa muitoparticular. Mas quem quiser con-tar com vantagens a respeito deque Careca ou Alemão ou Müllerjogam na Itália, saiba que istosoma contra.

Favoritismo não existe princi-palmente porque os especialistasadotaram uma posição de neutrali-dade. Acho que estão certos e osprognósticos que se dividem sãoplenamente justificáveis. A Argen-tina segundo se propala dependemuito de seu cracão. É verdade eoutra verdade é que ele não tempodido ser a estrela que brilhou noMéxico. Quanto a nós, creio que ofato do time não ser modificadonos dá pelo menos a garantia deque iremos jogar com um time quejá se entende. Engraçado, acho queBrasil deve ser considerado favori-to. Vi um jogo deles e me pareceumuito fraco. Com aquele joguinho,não ganham da gente. E não deveser posta em prática aquela idéia de

que ganhe ,o melhor. Papo furado,estaremos torcendo por nosso time,ora bolas.

; , . T >.7: • •• ... < 1 * • • # v,Careca (d) espera jogo pelas pontas para neutralizar o libero argentino

O medo do batedor na hora do pênaltiA hora do pesadelo ou a hora do

pênalti. São os 40 metros mais difíceisde serem percorridos pelo jogador defutebol — esta c mais ou menos adistância entre o circulo central domeio campo, onde pacientemente obatedor aguarda o momento decisi-vo, e a marca do pênalti. "É umacarga psicológica muito grande. Du-rante a caminhada, a gente pensa naresponsabilidade, na família, nosamigos. E olha para o alto e vê todaaquela gente na expectativa. No Mé-xico, cheguei na bola, escolhi o cantoe mandei ver." Foi uma passagemmarcante na carreira de Branco a

decisão por pênaltis contra a França,nas quartas-de-final da Copa de1986.

É uma experiência que poucosgostariam de viver, até pelo alto riscode desclassificação. O espírito da sele-ção brasileira è evitar que o jogoultrapasse os 90 minutos. "Queremosvenccr no tempo normal', afirmouDunga. Dos que estarão cm campohoje, Alemão é outro que participouda serie de pênaltis que eliminou oBrasil no México. "E um momentoparticular, indescritível. É uma emo-ção incrível."

TafTarel parece captar bem estemomento. "O goleiro tem sua parcelade responsabilidade. Se ele defenderum pênalti, transmitirá tranqüilidadeaos companheiros." Não há tecei taou métodos infalíveis, tanto para ba-ter quanto para se defender um pê-nalti. Entre os batedores, há preferên-cias pela maneira de cobrar. "Eu

chego na bola já sabendo em que ladochutar", afirmou Alemão. Para ele,não è um momento de brincadeira,mas de muita seriedade. Por isso, to-dos procuram evitá-lo.

Para eles, futebol é guerraExistem jogadores que, por

caraterísticas próprias, rendemmuito melhor em determina-das partidas. Valdo, por exem-pio, diz que suas melhoresatuações acontecem semprediante de times técnicos e des-preocupados com sistemas de-

fensivos. Müller admite queseu rendimento cresce em jo-gos velozes, onde a correriapredomina sobre a habilidade.O clássico entre Brasil e Ar-gentina é apropriado para trêstitulares do time de Lazaroni.Guerreiros por convicção,

adeptos de fazer faltas e peitaradversários, os corajososBranco, Dunga e Alemão ga-rantem que se sentirão bem nomeio das cotoveladas, cuspara-das e arranhões que possamacontecer hoje à tarde. Paraeles, tudo é válido no futebol.

TI quem melhor resume o espi-JQi rito do gladiador. Joga forra-do de caneleiras, tornozeleiras eproteções para os joelhos. Ao pri-meiro apito do juiz, passa a distri-buir carrinhos e faltas em quemaparecer à sua frente. Decidido,tem a mania de peitar os árbitrose, sempre que a ocasião recomen-da, mete o dedo na cara dos ad-versários. É o jogador que maisfala na seleção de Lazaroni.Aponta as jogadas, reclama doscompanheiros e compra qualquerbriga. Costuma dizer que futebolbonito é coisa do passado e quemais valem hoje garra c disposi-ção. Levou um cartão amarelo naCopa, na estréia contra a Suécia.Motivo: falta violenta.

temporadas, é chamado pe-los torcedores de cão danado, tal abravura que coloca em cada lance.Embora faça muitas faltas, é maisdiscreto do que Dunga na vontadeque emprega no combate aos ad-versários. Tem sangue quente enão admite qualquer deboche ouironia dos adversarios. Logo quero revide. Perde a cabeca com errosde arbitragens e reclama mais doque qualquer outro companheiro.Sua correria em campo é inigualá-vel. Perde cerca de quatro quilospor partida e luta até o últimominuto. Na Copa do Mundo, ain-da não tomou cartão amarelo. Fa-la alto e impõe respeito, até mes-mo em alguns juizes de pulso fra-co.

JL gadores mais esquentados daseleção brasileira. É irreverente,sabe provocar os atacantes adver-sários e, esperto, costuma semprecobrar a primeira falta no meio dabarreira, a fim de acertar algumadversário e fazer com que ele de-sista de ficar ali na próxima co-brança — foi ele quem nocauteouo escocês McLeod, no jogo dequarta-feira. Fala os 90 minutose reclama demais dos juizes. Elecostuma usar cotovelos fora doalcance das vistas dos árbitros. Ebom marcador, mas, quando se vêem desvantagem, não pensa duasvezes para dar ura pontapé. Temum cartão amarelo nesta Copapor jogo violento.

Renato vai parao banco otimistaOtimista é aquele sujeito que é

convocado como vigésimo-segundojogador, passa toda a primeira fasesem sequer ser cogitado para a reser-va e, mesmo assim, acredita que ter-minará a Copa do Mundo comotitular, só porque vai ser um doscinco do banco. Assim é Renato."Lazaroni vai ter problemas paraarmar o time na partida seguinte,se me deixar jogar", assegura, con-fiante e bem humorado. Ele trans-mite a certeza de que vai atuar. "Ohomem não confirmou", diz, maspisca um dos olhos e sorri, como seconfirmasse sua presença no bancocontra a Argentina.

Renato nem de longe lembra ojogador angustiado que vivia recla-mando por uma oportunidade, mes-mo que fosse na reserva. Extroverti-do e otimista, o atacante acreditaque mudará o rumo tático da sele-ção. "Quero entrar, e bem, paracontinuar. Se você tem um esquemafuncionando bem, mas surge outromelhor, com qual ficaria? Com omelhor, é claro. É o que vai aconte-cercom Lazaroni. Ele vai se convcn-cer de que jogar com três atacantes émelhor do que com dois."

Renato discorda de que o timefique vulnerável com três na frente."Há gente demais para marcar.Além disso, com mais atacantes, au-mentamos a preocupação defensivaao adversário". Renato vê, com suapresença em campo, aumentar aspossibilidades de gols de Careca."Ele não tem ninguém para lhe ser-vir. As melhores jogadas do Brasilsão com os alas, mas a marca-ção sobre eles já é grande. Precisa-mos ter novas opções". Ele se consi-dera em perfeita forma física etécnica, mas reconhece que chegoumal à seleção brasileira. "Eu me de-diquei, para merecer esta oportuni-dade. Por questão de coerência e dejustiça, tenho de ter minha oportu-nidade, porque Lazaroni sempredisse que jogariam os melhores. Ho-je, estou entre os melhores da sele-ção."

Para ele, a escolha do técniconão tem nada a ver com a contusãode Bebeto e a falta de ritmo deRomário. "Lazaroni sentiu que po-de precisar de mim. Se o Brasil esti-ver perdendo e a Argentina se fe-char, quem é que ele pode colocaralém de mim? Careca, Müller e Ro-mário têm as mesmas caracteristi-cas. Jogam pelo meio. Eu sou pon-ta", disse, satisfeito e convencido deque se entrar durante a partidanão sai mais do time.

Angioni diz quetime está calmoSe depender de cabeça, está tu-

do bem com a seleção. É o quegarante o supervisor e psicólogoPaulo Angioni, que vê o time tãotranqüilo que nem pensa em pê-naltis porque acha que vence nos90 minutos. "Isso é um exemplode segurança, maturidade e con-fiança", explica. No Vasco, ondetambém é supervisor, Angioni é oconfidente dos jogadores. Na sele-ção, ele procura fazer o mesmo."Não se impõe nada aos grandesjogadores. Hoje já me sinto inte-grado. Converso com os mais jo-vens e mantenho um diálogo aber-to com os antigos". Para o jogo dehoje, o supervisor diz que o climaé excelente. "Ninguém teme o ad-versário. Todos têm respeito porele, mas acreditam na vitória."

Maradona também não é enca-rado como nenhum bicho papão."Eles acreditam no gênio do ar-gentino, mas estão certos de quenão o deixarão atuar com liberda-de. São muito importantes as opi-niões de Careca e Alemão, seuscompanheiros no Napoli." Angio-ni diz que todos os jogadoresbrasileiros são experientes, facili-tando a criação de um bom am-biente. "Não há nenhum sonha-dor, todos passaram pormomentos importantes. Até o Bis-marck já esteve em Mundial dejuniores."

O supervisor exalta o otimismode Careca. "Ele está sempre con-versando sobre vitórias, diz que otime vai às finais. Isso é bom."Angioni também elogia Ricardo, aquem considera líder nato. "Ele

assume o comando do grupo semquerer se impor." Angioni acredi-ta que Lazaroni tem uma forçamuito grande para promover aunião dos jogadores.

"E um técni-co que trabalha em equipe. Porisso, todos estão de cabeça fresca.O resto é jogar para vencer."

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Argentina vai marcar laterais brasileirosTurim, Itália — Fotos de Evandro Telxolra

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ROMA — A rapidez do ataquebrasileiro é a grande preocupação do Scp** tl^.treinador da Argentina, Carlos Bilar- /s\j\ Jwwtdo, para o jogo de hoje, contra o Brasil. & YJ<\^MfMas o pedido especial do técnico ar- \Twgentino a seus jogadores não foi sobre V/Q J» iPMüller e Careca, mas em relação aos laterais Jorginho e Branco. "Eles são a BRASILmola mestra do ataque brasileiro", dis- ARGENTINAse Bilardo às rádios argentinas. "Se ——conseguirmos bloquear suas jogadas, ficará bem mais fácilmarcar Careca e Müller."

Os laterais brasileiros, sempre que subirem ao ataque,terão marcadores especiais. O apoiador Basualdo, 26 anos,um dos jogadores preferidos de Bilardo, cuidará das subidasde Branco. O experiente Olarticoechea, 31, campeão do mun-do no México, se encarregará de Jorginho. "São jogadoresmuito eficientes e precisam ser bem marcados. Mas o Brasil étodo perigoso quando vai ao ataque", comentou Olartico-chea.

Nas conversas com jornalistas argentinos, Bilardo temelogiado a seleção brasileira. "Gosto deste Brasi} que atacacom oito mas também se defende com oito. E um timemoderno". Nos dois últimos dias, os jogadores assistiram,com direito a comentários de Bilardo, aos teipes dos jogosbrasileiros contra Suécia, Costa Rica e Escócia. O técnicoalertou a defesa — o libero Simon e os zagueiros Monzon,Ruggeri, mais o reserva Lorenzo — sobre os deslocamentos• do ataque adversário e, em particular, para as tabelas rápidasentre Müller e Careca.

O time argentino usará, na defesa, marcação homem-a-homem, como a maioria das seleções européias. Ruggeri —ou Lorenzo, se o titular voltar a sentir a contusão no púbis —cuidará de Careca e Monzon ficará na marcação de Müller. 0apoiador Giusti, que volta ao time após uma contusão, ficaráencarregado da marcação de Valdo. O resto do meio-campo— Burruchaga e Troglio — deve cuidar para que Alemão,Dunga e os zagueiros não saiam desmarcados.

"Com Diego assim, com problemas físicos, não possousá-lo em outra função que não seja atacar", explicou Bilardoaos jornalistas que cobravam a colocação de dois atacantes —pom Balbo ou Dezotti ao lado de Caniggia — e a escalação deMaradona um pouco mais recuado, como quarto homem demeio-campo, como no México. As contusões do craque impe-dem que ele tenha fôlego para ir e voltar. Assim, Maradonaserá o homem mais adiantado da Argentina, com liberdadepara entrar por todos os setores, enquanto Caniggia foiorientado a usar sua velocidade pelas pontas. "Precisamos deum time mais rápido, com mais movimentação no ataque.Mas também, com todo cuidado na defesa, pois a históriadessa Copa prova que quem faz o primeiro gol é o vence-dor."

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JORNAL DO BRASILdomingo, 24/6/90 O Esportes O 7

Simon, um discreto em

lugar do líder Brown

Dos problemas que Carlos Bilardo teve para substituiros campeões de 1986, o menor foi para a difícil posiçãode libero. Privado do experiente Jorge Luis Brown, comple-tamente fora de forma, o técnico convocou o discretoJuan Ernesto Simon, 30 anos, Bola de Ouro de melhorjogador da Argentina, na temporada 88'89, realizando umsonho do jogador, arquivado pelos cinco anos em queatuou no Monaco, da França. "O Campeonato Francêsnão tem nenhuma repercussão na Argentina. Eu fiqueimuito tempo esquecido."

O zagueiro começou no Ncwells Old Boys e logo foiapontado como possível sucessor de Daniel Passarela naseleção argentina. "São dois estilos muito diferentes e acomparação nunca me fez bem", garante Simon. Passarelaera um libero que atacava muito, hábil com a bola nos pés.Era também um líder em campo. A liderança na defesa e aposição de libero na seleção foram herdadas por Brown,cria de Bilardo no Estudiantes de La Plata. Antes, porém, afirmeza e o senso de colocação de Simon já tinham chama-do a atenção do Monaco. Em 1983, apenas US$ 200 millevaram o libero para o Campeonato Francês.

"Foram anos muito importantes para mim. Na Argenti-na, jogava na sobra mas não chegava a ser libero. Nessesanos na Europa, aprendi como deve jogar o verdadeirolibero, a sair jogando mais, a surpreender no ataque",conta Simon, que, apesar de suas palavras, na seleção' argentina ataca pouco.

Depois de cinco anos, com seu filho entrando cm idadeescolar, o jogador resolveu voltar á Argentina, ao rece-ber boa proposta do Boca Juniors. "Não seria verdade dizerque voltei para jogar na seleção. Mas era meu sonho, e eusabia que, no Boca, estava mais perto de realizá-lo." Desta-que do time em duas temporadas consecutivas, Simon foichamado por Bilardo após uma forte pressão de jornalistase torcedores. "Mas eu nunca imaginei que acabaria titu-lar."

A sombra de Jorge Luis Brown ainda era muito forte,mas o libero de 1986 tinha problemas médicos e físicos eSimon começou a jogar e agradar. "Juan é um jogador quedá tranqüilidade à defesa. Não complica as coisas atrás. Fazsempre o mais certo e o mais fácil", elogia Brown, que,mesmo cortado, está na Itália com a seleção. Bilardo tam-bém se mostra satisfeito. "Simon demonstrou muita firmezae tem o talento para estar sempre no lugar certo", afirmaBilardo.

Ser titular na Copa era o sonho que realizou, mas a mácampanha argentina deixa Simon aborrecido. "Temosum time para fazer mais, para ir adiante." Reconhece que oBrasil é um adversário muito difícil. "Para nós, da defesa,será o maior desafio, pois o ataque brasileiro tem jogadores' como Careca, Müller, Romário, contra quem nunca joguei,mas, todos sabem,'estão entre os melhores do mundo."

vimos esse filme antes. Sempre que os

argentinos enfrentam a nossa seleção fazem o maior

cinema. Catimbam aqui, encenam ali... futebol queé bom, nada.

Mas hoje em Turim queremos ver é a vitória do }

nosso futebol-arte. Sem mais delongas ou milongas. \Vibra, Brasil! Adios, Maradona!

Bilardo não conseguiu repetir time de 86

Contusões e má fase tiram

vários jogadores que ele

achava fundamentais em 90

uando a Copa América de 1989 acabou, com o Brasilcampeão e a Argentina num inconvincente terceiro

lugar, o técnico Carlos Bilardo percebeu que precisaria dotaíento e da experiência dos campeões de 1986 para armar seutime para a Copa do Mundo de 1990. Os jovens ainda nãoconseguiam passar de promessas e demoravam a alcançar umnível internacional. O treinador sonhava em usar na Itália umtime com 10 campeões do México — Pumpido, Ruggeri,Brown, Olarticochea, Batista, Giusti, Burruchaga, Enrique,Maradona e Valdano. Hoje, está reduzido a seis campeões enenhum deles está em plena forma. "Tivemos sempre proble-mas demais", lamenta.

A Argentina de 1990 lembra o Brasil de 1986. Quatro anosdepois do.sucesso de 1982, com uma seleção derrotada masque encantou o mundo, o técnico Telé Santana queria repetirno México Leandro, Oscar, Júnior, Cerczo, Falcão, Sócrates,Zico e Dirceu. Os craques foram ficando pelo caminho. Osargentinos sofrem da mesma sindrome — alguns jogadoresenvelheceram, outros ficaram muito tempo afastados porcontusão, outros estão simplesmente fora de forma. "Tenta-mos manter a base de 1986, mas foi difícil. Com pouco tempode treinamento, era melhor ter juntos jogadores que já seconheciam, mas os planos não deram certo."

Os anos após a vitória de 1986 não foram gloriosos.Ricardo Giusti. um dos pulmões do time no México, é reservano lndependiente há duas temporadas. Com 34 anos, o fôlegonão é o mesmo e as pernas, também — o apoiador, que sójogou 10 das 38 partidas no Campeonato Argentino, sofreuduas distensões musculares. "Giusti é um jogador muitoimportante e precisamos dele aqui", explica o treinador."Estou praticamente recuperado e espero ajudar a Argentinaa ser bicampeã", garante o apoiador.

Esperar. Bilardo passou horas de angústia acompanhandoas dificuldades de seus campeões. O versátil Olarticoecheapassou dois anos na França, sempre na reserva. Voltou para aArgentina, para o Racing, e só no começo deste ano voltou amostrar o futebol que o levou a titular da seleção. "Olarticoe-chea também não estava bem, mas, nas duas últimas partidas,mostrou que eu estava certo em esperá-lo." O apoiadorEnrique não teve a sorte dos outros dois. Após duas opera-ções no joelho, de 1988 para cá, Bilardo não o considerava emcondições de disputar a Copa c o tirou dos planos. Enriquevoltou a jogar em abril e foi o melhor jogador do River Plate,campeão argentino.

"É preciso compreender que foi um processo muito dolo-roso para toda a seleção. Cada corte de um companheiro éum drama, cada um que fica pelo caminho faz todos sofre-rem", conta Jorge Luis. Brown, 33 anos, libero do time

Mais difícil foi o caso de Jorge Valdano, 34 anos, queabandonara a carreira em 1987, após uma hepatite. Vidaarrumada na Espanha como jornalista, o artilheiro encontrouBilardo na cobertura da Copa América e o técnico, seuamigo, pediu que ele voltasse. Valdano negou, Bilardo insistiue o atacante acabou retornando à rotina dos treinos. A forma,porém, não voltou. O técnico esperou mas acabou cortando oatacante. A amizade acabou e até Maradona reclamou comBilardo.

"Acho que a última temporada foi particularmente ruimpara muita gente»aqui", afirma o apoiador Batista, queamargou a reserva no River Plate. Maradona esteve contun-dido, gordo e fora de forma. Pumpido teve um problema naclavicula, Burruchaga ficou sem jogar três meses, Ruggeri foiconsiderado ponto fraco do Real Madrid na temporada. "São

grandes campeões mas passaram por momentos difíceis",lamenta Bilardo que, com a fratura de Pumpido, conta sócom seis de seus homens de 1986 — Ruggeri, Batista, Giusti,Olarticoechea, Burruchaga e Maradona.

No México, os titulares de Telê ficaram reduzidos aquatro jogadores do time de 1982 — os ex-reservas Carlos eEdinho, mais Júnior e Sócrates. Leandro, que abandonou aseleção, Dirceu e Cerezo, contundidos, sequer foram inseri-tos. Oscar e Falcão perderam a forma e a vaga de titulares.Zico lutou contra contusões. Foram os jovens da seleção —Josimar, Júlio César, Branco, Alemão, Müller e Careca —que ajudaram o Brasil a chegar às quartas-de-final, quando otime foi eliminado nos pênaltis, após dominar a partidacontra a França.

"Temos uma nova geração promissora, mas que aindanão está pronta e precisa conviver com os craques maisexperientes", explica Bilardo. Na verdade, Serrizuela, Sensini,Lorenzo, Troglio, Balbo e Caniggia são jogadores que nãoconseguiram se firmar, apesar das chances dadas pelo treina-dor. Sua opção, no último ano, pelos velhos campeões fezcom que deixassede lado outros jogadores consideradostalentosos na Argentina, como o apoiador Corti e o atacanteFulnes.

O terceiro lugar no grupo e a difícil oitava-de-final contrao Brasil foram outros golpes no time já abalado. Mas oscampeões do México ainda não estão derrotados. Lembramda campanha brasileira em 1986, vencendo problemas. "Umpouco mais de sorte e o Brasil poderia estar na semifinal. Ou,na final, contra nós", lembra o barbudo Batista. Maradona eBurruchaga também não fazem a barba desde a derrotacontra Camarões, um pacto contra as dificuldades que duraaté o fim da Copa do México. "A Argentina tem uma equipede coração, e de lá vamos tirar forças para a recuperação",garante Burruchaga, ainda se recuperando de um problemana coxa. "Ouçam-me. A Argentina não está acabada. Esta-mos nos acostumando às dificuldades", avisa Maradona, comuma barba cerrada, que, como o duro caminho do time, podeacabar hoje.

naCopa depois de tantos problemas

campeão, cortado por Bilardo. Brown é tão importante paraa seleção, que está na Itália, concentrado com os jogadores eparticipando dos treinos. É homem da confiança de Bilardo,tinha 17 anos quando foi lançado pelo técnico, como libero,no Estudiantes, em 1975. Após a Copa do México, tevepéssimas temporadas na Espanha e na França."Simon está muito bem, é um dos nossos melhores joga-dores, mas Brown não é só um libero, é um líder em campo,um homem que dá moral ao time", explica Bilardo.

ITÁLIA 90JORNAL, DO BRASIL 2a Edição ? domingo, 24/6/90 O Esportes O 7

A rgentina vai marcar laterais brasileirosTurim \\ Turim, Itália — Fotos de Evandro Teixeira

BRASILARGENTINA

Oscar Valporlo

ROMA — A rapidez do ataque ¦¦brasileiro è a grande preocupação dotreinador da Argentina, Carlos Bilar-do, para o jogo de hoje, contra o Brasil.Mas o pedido especial do técnico ar-gentino a seus jogadores não foi sobreMüller c Careca, mas em relação aoslaterais Jorginho e Branco. "Eles são amola mestra do ataque brasileiro", dis-se Bilardo às rádios argentinas. "Seconseguirmos bloquear suas jogadas, ficará bem mais fácil

. marcar Careca e Müller."Os laterais brasileiros, sempre quf, subirem ao ataque,

terão marcadores especiais. O apoiador Basualdo, 26 anos,úm dos jogadores preferidos de Bilardo, cuidará das subidas' de Branco. O experiente Olarticoechea, 31, campeão do mun--do no México, se encarregará de Jorginho. "São jogadoresmuito eficientes e precisam ser bem marcados. Mas o Brasil étodo perigoso quando vai ao ataque", comentou Olartico-chea.

Nas conversas com jornalistas argentinos, Bilardo tem. elogiado a seleção brasileira. "Gosto deste Brasil que ataca

com oito mas também se defende com oito. É um timemoderno". Nos dois últimos dias, os jogadores assistiram,

, com direito a comentários de Bilardo, aos teipes dos jogosbrasileiros contra Suécia, Costa Rica e Escócia. O técnicoalertou a defesa — o libero Simon e os zagueiros Monzon,' Ruggeri, mais o reserva Lorenzo — sobre os deslocamentosdo ataque adversário e, cm particular, para as tabelas rápidas'entre Müller e Careca.

O time argentino usará, na defesa, marcação homem-a-homem, como a maioria das seleções européias. Ruggeri —ou Lorenzo, se o titular voltar a sentir a contusão no púbis —cuidará de Careca e Monzon ficará na marcação de Müller. Oapoiador Giusti, que volta ao time após uma contusão, ficaráencarregado da marcação de Valdo. O resto do meio-campo— Burruchaga e Troglio — deve cuidar para que Alemão,Dunga e os zagueiros não saiam desmarcados.

"Com Diego assim, com problemas físicos, não posso. usá-lo em outra função que não seja atacar", explicou Bilardoaos jornalistas que cobravam a colocação de dois atacantes —com Balbo ou Dezotti ao lado de Caniggia — e a escalação deMaradona um pouco mais recuado, como quarto homem demeio-campo, como no México. As contusões do craque impe-dem que ele tenha fôlego para ir e voltar. Assim, Maradonaserá o homem mais adiantado da Argentina, com liberdadepara entrar por todos os setores, enquanto Caniggia foiorientado a usar sua velocidade pelas pontas. "Precisamos deum time mais rápido, com mais movimentação no ataque.Mas também, com todo cuidado na defesa, pois a históriadessa Copa prova que quem faz o primeiro gol é o vence-,dor."

Simon, um discreto em

lugar do líder Brown

Dos problemas que Carlos Bilardo teve para substituiros campeões dc 1986, o menor foi para a difícil posiçãode libero. Privado do experiente Jorge Luis Brown, comple-

¦ tamente fora de forma, o técnico convocou o discretoJuan Ernesto Simon, 30 anos. Bola de Ouro de melhor

Jogador da Argentina, na temporada 88/89, realizando umsonho do jogador, arquivado pelos cinco anos cm queatuou no Monaco, da França. "O Campeonato Francêsnão tem nenhuma repercussão na Argentina. Eu fiqueimuito tempo esquecido."

„ . O zagueiro começou no Newells Old Boys e logo foiapontado como possivel sucessor de Daniel Passarela na' seleção argentina. "São dois estilos muito diferentes e a' comparação nunca me fez bem", garante Simon. Passarelaera um libero que atacava muito, hábil com a bola nos pés.Era também um líder em campo. A liderança na defesa e aposição de libero na seleção foram herdadas por Brown,cria de Bilardo no Estudiantes de La Plata. Antes, porém, a ,firmeza e o senso de colocação de Simon já tinham chama-,do a atenção do Monaco. Em 1983, apenas US$ 200 milL levaram o libero para o Campeonato Francês.

"Foram anos muito importantes para mim. Na Argenti-na, jogava na sobra mas não chegava a ser libero. Nesses' anos na Europa, aprendi como deve jogar o verdadeirolibero, a sair jogando mais, a surpreender no ataque",'conta Simon, que, apesar de suas palavias^-na-selecão

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9HHHHHRMaradona faz um gol durante o treinamento da seleção argentina de reconhecimento do Estádio Delle Alpi, em Turim

argentina ataca pouco.I' )Depois de cinco anos, com seu filho entrando em idade' escolar, o jogador resolveu voltar à Argentina, ao rece-

ber boa proposta do Boca Juniors. "Não seria verdade dizerque voltei para jogar na seleção. Mas era meu sonho, e eu'sabia

que, no Boca, estava mais perto de realizá-lo." Desta-• 'que do time em duas temporadas consecutivas, Simon foi' chamado por Bilardo após uma forte pressão de jornalistas( e torcedores. "Mas eu nunca imaginei que acabaria titu-rlar."

A sombra de Jorge Luis Brown ainda era muito forte,¦ :mas o libero de 1986 tinha problemas médicos e físicos e

. Simon começou a jogar e agradar. "Juan é um jogador quedá tranqüilidade á defesa. Não complica as coisas atrás. Fazsempre o mais certo e o mais fácil", elogia Brown, que,

, mesmo cortado, está na Itália com a seleção. Bilardo tam-bém se mostra satisfeito. "Simon demonstrou muita firmezaé tem o talento para estar sempre no lugar certo", afirma' Bilardo.

Ser titular na Copa era o sonho que realizou, mas a mácampanha argentina deixa Simon aborrecido. "Temos•um time para fazer mais, para ir adiante." Reconhece que oBrasil é um adversário muito difícil. "Para nós, da defesa,será o maior desafio, pois o ataque brasileiro tem jogadorescomo Careca, Müller, Romário, contra quem nunca joguei,mas, todos sabem, estão entre os melhores do mundo."

Bilardo não pôde

repetir 86

Contusões e má fasetiram jogadores queele achava essenciais

auando a Copa América de 1989 aca-

bou, com o Brasil campeão e a Argen-tina num inconvincente terceiro lugar, o técni-co Carlos Bilardo percebeu que precisaria dotalento e da experiência dos campeões de 1986para armar seu time para a Copa do Mundode 1990. Os jovens ainda não conseguiampassar de promessas e demoravam a alcançarum nivel internacional. O treinador sonhavaem usar na Itália um time com 10 campeõesdo México — Pumpido, Ruggeri, Brown,Olarticochea, Batista, Giusti, Burruchaga,Enrique, Maradona e Valdano. Hoje, estáreduzido a seis campeões e nenhum deles estáem plena forma. "Tivemos sempre problemasdemais", lamenta.

A Argentina de 1990 lembra o Brasilde 1986. Quatro anos depois do sucesso

-de 1982, com-uma seleção derrotada mas queencantou o mundo, o técnico Telê Santanaqueria repetir no México Leandro, Oscar, Jú-nior, Cerezo, Falcão, Sócrates, Zico e Dirceu.Os craques foram ficando pelo caminho. Osargentinos sofrem da mesma síndrome — al-guns jogadores envelheceram, outros ficarammuito tempo afastados por contusão, outrosestão simplesmente fora de forma. "Tentamosmanter a base de 1986, mas foi difícil. Compouco tempo de treinamento, era melhor terjuntos jogadores que já se conheciam, mas osplanos não deram certo."

Os anos após a vitória de 1986 nãoforam gloriosos. Ricardo Giusti, um dos pul-mões do time no México, é reserva no Inde-pendiente há duas temporadas. Com 34 anos,o fôlego não é o mesmo e as pernas, também— o apoiador, que só jogou 10 das 38 parti-das no Campeonato Argentino, sofreu duasdistensões musculares. "Giusti é um jogadormuito importante e precisamos dele aqui",explica o treinador. "Estou praticamente re-cuperado e espero ajudar a Argentina a serbicampeã", garante o apoiador.

Esperar. Bilardo passou horas de an-gústia acompanhando as dificuldades de seuscampeões. O versátil Olarticoechea passou

dois anos na França, sempre na reserva. Vol-tou para a Argentina, para o Racing, e só nocomeço deste ano voltou a mostrar o futebolque o levou a titular da seleção. "Olar-ticoechea também não estava bem, mas, nasduas últimas partidas, mostrou que eu estavacerto em esperá-lo." O apoiador Enrique nãoteve a sorte dos outros dois. Após duas opera-ções no joelho, de 1"988 para cá, Bilardonão o considerava em condições de dis-putar a Copa e o tirou dos planos. Enriquevoltou a jogar em abril e foi o melhor jogadordo River Plate, campeão argentino. Talvez otécnico devesse ter esperado mais.

"É preciso compreender que foi um pro-cesso muito doloroso para toda a seleção.Cada corte de um companheiro é um drama,cada um que fica pelo caminho faz todossofrerem", conta Jorge Luis Brown, 33 anos,libero do time campeão, cortado por Bilardo.Brown é tão importante para a seleção, queestá na Itália, concentrado com os jogadores eparticipando dos treinos. E homem da con-fiança de Bilardo, tinha 17 anos quando foi"lançado pelo técnico, como libero, no Estu-diantes, em 1975. Após a Copa do Méxi-co, teve péssimas temporadas na Espanha e naFrança e um punhado de contusões.

"Simon está muito bem, é um dos nossosmelhores jogadores, mas Brown não é só umlibero, é um líder em campo, um homem quedá moral ao time", explica Bilardo. Mas ojogador treinou dois meses com a seleção enão conseguia voltar a ser o mesmo. "Foiuma decisão difícil mas inevitável", lembra otreinador.

Mais difícil foi o caso de Jorge Vai-dano, 34 anos, que abandonara a carreira em1987, após uma hepatite. Vida arrumada naEspanha como jornalista, o artilheiro encon-trou Bilardo na cobertura da Copa América eo técnico, seu amigo, pediu que ele voltasse.Valdano negou, Bilardo insistiu e o atacanteacabou retornando á rotina dos treinos. Aforma, porém, não voltou. O técnico esperoumas acabou cortando o atacante. A amizadeacabou e até Maradona reclamou com Bi-lardo.

"Acho que a última temporada foi parti-cularmente ruim para muita gente aqui", afir-ma o apoiador Batista, que amargou a reserva

no River Plate. Maradona esteve contundido,gordo e fora de forma. Pumpido teve um pro-blema na clavicula, Burruchaga ficou sem jo-gar três meses, Ruggeri foi considerado pontofraco do Real Madrid na temporada. "Sãograndes campeões mas passaram por momen-tos difíceis", lamenta Bilardo que, com a fra-tura de Pumpido, conta só com seis deseus homens de 1986 — Ruggeri, Batis-ta, Giusti, Olarticoechea, Burruchaga e Mara-dona.

No México, os titulares de Telê fica-ram reduzidos a quatro jogadores do time de1982 — os ex-reservas Carlos e Edinho, maisJúnior e Sócrates. Leandro, que abandonou aseleção, Dirceu e Cerezo, contundidos, sequerforam inscritos. Oscar e Falcão perderam aforma e a vaga de titulares. Zico lutoucontra contusões. Foram os jovens da seleção— Josimar, Júlio César, Branco, Alemão,Müller e Careca — que ajudaram o Brasil achegar às quartas-de-final, quando o time foieliminado nos pênaltis, após dominar a parti-da contra a França.

"Temos uma nova geração promissora,mas que ainda não está pronta e precisa con-viver com os craques mais experientes", expli-ca Bilardo. Na verdade, Serrizuela, Sensini,Lorenzo, Troglio, Balbo e Caniggia são joga-dores que não conseguiram se firmar, apesardas chances dadas pelo treinador. Sua opção,no último ano, pelos velhos campeões fez comque deixasse de lado outros jogadores consi-derados talentosos na Argentina, como oapoiador Corti e o atacante Fulnes.

O terceiro lugar no grupo e a difíciloitava-de-final contra o Brasil foram outrosgolpes no time já abalado. Mas os campeõesdo México ainda não estão derrotados. Lem-bram da campanha brasileira em 1986, ven-cendo problemas. "Um pouco mais de sorte eo Brasil poderia estar na semifinal. Ou, nafinal, contra nós", lembra o barbudo Batista."A Argentina tem uma equipe de coração, ede lá vamos tirar forças para a recuperação",garante Burruchaga, ainda se recuperando deum problema na coxa. "Ouçam-me. A Argen-tina não está acabada. Estamos nos acostu-mando às dificuldades", avisa Maradona.

Equipe fc

treino le\

az

eveTURIM, Itália — Logo após a

chegada a Turim, ontem à tarde, aseleção argentina foi ao Estádio DelleAlpi, onde enfrenta hoje o Brasil,para fazer um treino de reconheci-mento de gramado. Maradona tevedificuldades para se movimentar, cor-rendo com dificuldade e evitandodar piques.

Como ontem era véspera de jogo,o técnico Carlos Bilardo optou porfazer um treinamento leve. Marado-na foi o último a entrar em campo. Ojogador, que se ressente de contusõesno tornozelo e no joelho, preferiu sepoupar. Ruggeri, encarregado porBilardo de marcar Careca, tambémnão mostrou boa forma física no trei-no de ontem.

Para aprimorar a pontaria, o trei-nador dirigiu inicialmente uma sessãode chutes a gol durante dez minutos.A seguir, os jogadores passaram a semovimentar em todo o campo, fazen-do trocas de passes. Até os goleirosparticiparam. Bilardo pediu aos za-gueiros e laterais para treinarem pas-ses longos, e aos atacantes e aosmeio-campistas para aprimoraremtoques curtos.

Ruggeri recebeu atenção especialde Bilardo. O técnico jogava bolasaltas para que Ruggeri cabeceasse.Uma pelada, entre titulares e reser-vas, encerrou as atividades com bola.Os titulares, que por vezes chegarama ficar com três jogadores a menos,venceram por 3 a 2. Por fim, houvedez minutos de exercícios físicos. j

Após o treino, o técnico CarlosBilardo se negou a falar com a im-prensa. Todos entraram apressada-mente no ônibus que os levaria parao hotel. Antes do treinamento, Ca-niggia disse que a vitória hoje perten-cerá à equipe que primeiro fizer o gol."Espero que este ganhador seja otime argentino. Contra uma equipeforte como o Brasil, acho que vamosjogar tudo o que não conseguimosnas três partidas anteriores."

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Já vimos esse filme antes. Sempre que os

argentinos enfrentam a nossa seleção fazem o maior

cinema. Catimbam aqui, encenam ali... futebol queé bom, nada.

Mas hoje em Hirim queremos ver é a vitória do

nosso futebol-arte. Sem mais delongas ou milongas.

Vibra, Brasil! Adiqs, Maradona!

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8 O Esportes O domingo, 24/6/90ITALIA 90

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JORNAL DO BRASIL

Aí embaixo tem uma Antarctica

geladinha esperando por você.

NA

GRANDE

ÁREA

Armando Nogueira

A hora dos anjos

TURIM, Itália — Giacin-

to Facchetti, renomadolateral italiano dos anos 70,analisa assim a reviravolta so-frida pelo futebol neste Mun-dial:

— "O futebol é um jogo cu-rioso. Hoje, são os sulamcri-canos, brasileiros e argenti-nos, que adotam sistemasdefensivos, enquanto que nós,os europeus, estamos tentan-do, cada vez mais, soltar onosso jogo, buscando um mo-delo mais ofensivo".

Se não ocorrer um milagrede transformação, o leitor ve-rá a prova do que diz Fachettinos dois jogos de hoje: em Mi-lão, Alemanha-Holanda; aquino Estádio dos Alpes, Brasil-Argentina. Lá, alemães e ho-landeses estarão empenhadosnuma luta mais franca, maisdesassombrada, jogando fute-boi de peito aberto. Cá, brasi-leiros e argentinos estarão,por sua vez, jogando a sortenuma partida de xadrez. Em-bora uma equipe tenha Mara-dona e a outra tenha Careca,pedras serão manejadas porLazaroni e Bilardo.

Confesso que cheguei apensar em escrever uma carti-nha ao nosso Lazaroni, comuma sugestão: já que ele nãoadmite trocar ninguém e co-mo, a essa altura, não cabemais reforço fora dos 22 ins-critos, que o bom Lazaroniconcordasse em, roçar os an-jos-da-guarda. É sabido quetodo mundo tem o seu anjo.Lá em cima, esses entes ceies-tiais é que governam, semprepara o bem, a vida de cada umde nós cá embaixo. Por que,então, o anjo-da-guarda deMazinho não rende o de Jor-ginho por uma hora e meia? OBebeto está indiponível? Poisque o anjo de Bebebto substi-tua o do Alemãa__Conv-«ssa

inãiríTseleção ga-"nharia, certamente, um novo

élan ofensivo para surpreen-der os campeões do mundoque estão esperando um Brasilretrancado, europeizado, en-fim, robotizado como elespróprios.

Preferi não escrever a carta.Os realistas do novo futebolbrasileiro iriam cair na garga-lhada, achando que eu sou umdelirante e que esse papo deanjo-da-guarda é conversamole para ninar criança.

Pois, então, seja o queDeus quiser.A Copa na cabeça

Dois campeões do mundo,

em Copas passadas, estão ho-je dirigindo seleções no Mun-dial da Itália. Quem são eles?

O templo queemociona

As arcadas desta cidade meemocionam e eu já sei porque:a pessoa se sente um poucosantificada auando caminhapelas abóbadas seculares, pi-sando o chão de mármore queenobrece algumas ruas e ave-nidas de um comércio refina-do.

Nada, porém, até agora,me deixou mais comovido do

que o Estádio Delle Alpi. Vi-sitei-o num dia de trégua doMundial. Vazio, em silencio, éa capital que o futebol jamaisteve em sua vida. O estádio,com seus traços hamoniosos,tem a serenidade celestial doparaíso. As cadeiras se debru-çam sobre o campo, criandouma cálida intimidade entre opúblico e o jogador, tal comoacontece nas arenas que nospõem a um passo do toureiroembora nem tanto do touro...

Em épocas remotas, os ho-mens se reuniam no templopara observar o movimentodos astros e o vai-c-vem dospássaros no céu. Pois o Está-dio Delle Alpi, com seu jeitode santuário, parece ter sidofeito sob medida para acolher

Pboi.

i paa procissão de fiéis do fute'

À obra é feliz em tudo: naconcepção vertical do estádio

que deixa as pessoas, como jáaisse, mais perto do gol; noverde da grama imaculada poronde rola, sem sustos, a bolado jogo; nas cadeiras, todaspintaainhas de azul que é acor emblema de Turim; nageometria espacial da marqui-se que protege o público semesconder-lhe o céu; e por últi-mo, no rigor impressionanteda acústica que espalha, fiel-mente, pelos quatro cantos doestádio, os gritos de louvor eblasfêmia que divide as torci-das.

Não existe neste Mundiallugar melhor para reunir, ejnfesta ou em guerra, a multidãode deuses e demônios do fute-boi.

. .Na cabega

Os dois ex-campeões mun-diais que hoje dirigem seleçõesna Copa sao Beckenbauer,que é técnico da eauipe daAlemanha e Jack Charlton,campeão de 66 com a Ingla-terra, hoje, treinador da equi-pe do Eire.

exAPUKISttVCOS TtCMCXXÍXjr ÉCfnçj dr AW5 AáSACeNClAUENTü

Eire e Romênia será

jogo dos estreantes

Estilo uruguaio preocupa Vicini

¦ Técnico italiano começa guerra de nervos para intimidar adversária,

Araújo NettoCorrespondente

ITÁLIAURUGUAI

ROMA — Averdade reveladapelo computador'1do Mundial — deque o Uruguai é aseleção menos vio-"lenta e menos pu-nida pelos árbitros.— não desencoraja a guerra de ner-vos que o técnico e diversos jogadoresitalianos estão fazendo, com a espe-rança de intimidar seus adversáriosde amanhã e de predispor o árbitroinglês, George Courtney, que dirigiráa oitava-final de Roma. Ontem mes-mo, Azeglio Vicini repetiu a adver-tência de que somente o jogo duro e ocinismo dos uruguaios podem estra-gar outra noite de festa do futebol.

Consultado pela reportagem dojornal italiano de maior tradição —Corriere delia Sera — o banco de da-dos da Copa confirmou a afirmaçãodo técnico Oscar Tabarez, reivindican-do para o Uruguai o título de equipemais leal e menos violenta na primeirafase das finais da Copa. Os dados docomputador revelam que a seleçãouruguaia manteve a média de 13 faltaspor partida, inferior a de todas asdemais, principalmente daquela daCoréia, seu último adversário, que co-meteu 24 faltas marcadas pelo árbitro.

Limitando ao mínimo o horário deabertura da concentração de Marinoaos jornalistas (que começam a se tor-nar presenças desgradáveis e irritar osjogadores), o técnico italiano conti-nuou adiando (para esta manhã) oanúncio da escalação do time que

AFP — 17/09/89

amanhã enfrentará o Uruguai. Mesmoconfirmando as presenças de Baggio eSchillaci, Vicini manteve segredo sobrea solução que adotará para o meiocampo, no caso de se confirmar a au-scncia de Donadoni, que ainda ontemnão parecia restabelecido de uma en-torse no joelho direito.

Na confortável concentração ita-liana, somente o número excessivo eas perguntas sempre repetitivas derepórteres italianos e estrangeiroscriavam mal-estar entre os jogadores.Muitos deles, praticamente mais dametade dos 22, tomaram a decisão depermanecer em seus quartos durantetodo o horário de abertura para aimprensa. A grande queixa de todos éde que jornalista não consegue seroriginal, pergunta mil vezes a mesmacoisa — isto quando não tenta intri-gar uns contra outros.

Preocupação — No meio doclima de euforia que tomou conta daimprensa e dos torcedores italianos, qlibero Franco Baresi, considerado omelhor jogador da seleção, fez quês-tão de dar um aviso. "Não

podemosde maneira alguma desprezar os uru-guaios. Vários jogadores da seleçãoatuam no futebol italiano e nos cojnhecem muito bem. A cautela seráfundamental."

A opinião de Baresi é comparti-lhada pelo apoiador Donadoni. Ocompanheiro do libero no Milanacha que os uruguaios, embora te-nham conseguido a classificação dra,-maticamente e ainda não tenham fewto uma boa exibição neste Mundial;deverão crescer nesta oitava-de-final,"È um adversário muito perigoso ecom jogadores bem talentosos."

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Uruguai aposta na ousadia

§. 11§O bom futebol de Rubem Sosa ainda não apareceu

VERONA, Itália — O técnico Os-car Tabarez não sabe se vai conse-guir, mas ele quer tentar. Se o Uru-guai enfrentar a Itália, amanhã, noEstádio Olímpico, com o mesmo pa-drão e velocidade que apresentou naprimeira fase do Mundial, será muitodifícil vencer. É necessário ter umatática mais ousada e jogar com maisrapidez.

É uma tarefa difícil. Além de cons-tatar que o time está muito lento,Oscar Tabarez observou falhas na de-fesa — os zagueiros geralmente estãomal colocados, principalmente nasbolas pelo alto — e não tem gostadodo rendimento do meio campo, prin-cipalmente de Rubem Paz, cujasatuações ainda não justificaram a fa-ma que tem.

Os jogadores têm a mesma opi-nião de Tabarez. O zagueiro NelsonGutierrez reconheceu as falhas da de-fesa. "Estivemos muito mal na pri-meira fase. Cometemos erros que nãoacontecem normalmente. Temos queconversar para que eles não se repi-tam" O apoiador Perdomo concorda

com Gutierrez. "Está na hora demostrarmos nosso jogo."

Não é apenas a lentidão do time,que preocupa Oscar Tabarez. O can-saço e o desgaste, provocados pelatensa luta na busca da classificação','deixam o técnico inquieto. Até on-tem, alguns jogadores ainda se quei-,xavam de dores musculares e nem,chegaram a participar do leve treina-mento. "O time se desgastou muitona partida com a Coréia", admitiuEsteban Gesto, preparador físico dáseleção. "Acho que amanhã (hoje), osjogadores já estarão recuperados epoderão render muito mais."

O fato de enfrentar a Itália não as-susta os uruguaios. Eles acham que otime pode se beneficiar do frenéticoincentivo que o adversário receberádurante os 90 minutos. "Isso

pode re--verter a nosso favor", disse o ponta-esquerda Rubem Sosa, do Lazio, queainda não teve uma grande atuaçãoneste Mundial. O técnico Oscar Ta-barez concorda com o atacante. "O

Uruguai não está morto e vai mostrar"isso contra a Itália."

Guy Thys não teme os inglese»

¦ Para veterano técnico belga, adversário ainda joga como há 10 anosVnrnna Itália — AFP

INGLATERRABÉLGICA

VERONA.Itália - Otécnico GuyThys e os jo-gadores daBélgica de-monstraramontem a maisabsoluta tran-qüi 1 idade àsvésperas de enfrentar a Inglaterra pelasoitavas-de-final da Copa. O principalmotivo: as mulheres dos jogadores ca-sados chegaram ontem à concentraçãoe Thys autorizou-as a passarem a noitecom eles. Ontem, durante o treino, oambiente era de total descontração —ao contrário do adversário, às voltascom contusões — e Thys comentavaque, nesta altura da Copa, não há por-que ficar nervoso. "Isso só prejudica-ria. Não há porque temer os ingleses. Enão haveria diferença se fôssemos osprimeiros do grupo e pegássemos lu-goslávia ou Holanda. Qualquer jogoagora é difícil."

O veterano treinador (67 anos) din-giu o time no último confronto com osingleses, na Copa Européia de 1980,disputada na Italia. Naquela ocasião,houve empate de 1 a 1. "Aposto que osingleses continuam jogando da mesmaforma", disse Thys, que esteve emLondres assistindo à vitória do Uru-guai sobre a Inglaterra (2 a 1), em maioultimo. Thys alertou seu time para terespecial atenção com Gascoigne, Bar-nes e Waddle. "Estes não são jogado-res tipicamente ingleses. São muito ha-bilidosos e podem decidir o jogo."

Entre os jogadores, um dos maisanimados para o jogo é o zagueiroDemol. "Fiz um gol em Wembley, peloPorto, jogando contra o Arsenal, anopassado. Vou tentar repetir a façanhaterça-feira. Não é fácil derrotar os in-gleses, mas estamos bem." O lateralGerets, que volta ao time após cumprirsuspensão, diz que adora jogar contraos ingleses. "Eles jogam duro, comocu. mas são leais. Gosto do estilo in-glcs"

Além de Gerets, os jogadores Chj-ters, Grun e Versavel (contundidos),que não enfrentaram a Espanha, prati-camente garantiram a escalaçao notreino de ontem, embora o técnicoThys tanhe afirmado que só anuncia aescalação hoje. A situação mais difícil édo também contundido Emmers. Omeio-campo está praticamente fora dojogo contra os ingleses.

|—| A Bélgica poderá enfrentar a In-'—' glaterra sem o apoio de seus tor-eedores, segundo informou ontem aFederação Belga de Futebol. Segundoele, a maioria dos belgas da Itáliatemem ir a Bolonha devido à presençados hooligans ingleses. "Vamos infor-má-k» que a polícia tomou todas asmedidas de segurança. Os belgas têmque comparecer e ajudar a seleção",disse o presidente da Federação, Mi-chel D'Hooge. O dirigente disse que jáchegaram a Bolonha os especialistasda polida inglesa, e nio haverá proNe-ma algum para os 12 mil torcedores daBélgica, que acompanharam a primei-ra fase em Verona.

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j§s|Pi!O treino da Bélgica ontem deu sono ao técnico Thys

EIREROMÊNIA

GÊNOVA,Itália — Os trei-nadores das sele-ções do Eire e daRomênia têmduas coisas emcomum: ambosdesconhecem otime adversário epela primeira vezpassam para a segunda fase de um Mun-dial. Jackie Charlton afirma que não sa-be nada da Romênia enquanto EmericJenei diz que o futebol romeno é muitodiferente do futebol britânico.

Jenei teve que voltar ás pressas paraBucareste para resolver problemas fa-miliares não esclarecidos pela chefia dadelegação, mas sua volta era previstapara hoje, na nova concentração,emSanta Margherita Ligure. Mas o querealmente perturbou a delegação romenaforam as insistentes notícias publicadaspelos jornais italianos dando conta de

pedidos de asilo feitos por jogadores.Depois de uma série de desmentidos, osdiregentes proibiram a entrada de jorna-listas italianos até mesmo em treinos.

O grande problema do time romenoé encontrar um substituto para o ata-cante Lacatus, artilheiro do time, queestá suspenso por um jogo por ter le-vado dois cartões amarelos. Os maiscotados são o estreante Raducioiu eveterano Rodion Camataru.

A seleção do Eire está mais tranqui-la, pois já se encontra em Rapallo des-de sexta-feira, com mais tempo paratreinamentos. Apesar da classificaçãopara a sewgunda fase, a imprensa doEire não perdoou a baixa qualidade dofutebol apresentado. Mas o treinadorJackie Charlton foi direto: "Estou li-gando a minima para a opinião da im-prensa. Falam mal do futebol apresen-tado mas a verdade é que passamospara a segunda fase". O arbitro indica-do para esta partida c o brasileiro JoséRoberto Wright.

Nem gol garante vaga a Wright

?

Mas cabeçada alivia

frustração do corte

na Copa do México

A os 13 minutos do segundo tempoA do jogo contra o Egito, quandomarcou de cabeça o gol da classifica-ção, o zagueiro inglês Mark Wright, 26anos, do Derby County, espantou deuma vez de sua mente a frustração docorte na Copa de 86. Naquele instante,o herói do jogo lembrou-se, já comalivio, de quando quebrou o pé direitoàs vésperas da convocação para oMundial do México. "Senti-me absolu-

tamente em êxtase. Foi um gol impor-tante e fantástico", afirmou sobre oprimeiro gol que fez pela Inglaterra, em26 jogos.

Wright só começou afastar o trau-ma do corte em 88, quando voltou a serconvocado, junto com outro contundi-do em 86, Terry Butcher. Seus proble-mas, contudo, não tinham terminado.Naquele ano, no Campeonato Euro-peu, foi considerado o melhor em cam-po no jogo entre Inglaterra e Holanda.Assim mesmo, acabou barrado porBobby Robson, sem maiores explica-ções, e só recuperou a vaga no Mun-dial, no jogo contra a Holanda. Namudança tática feita por Robson,

Wright entrou como libero e, na voltaao sistema antigo contra o Egito, But-cher estava barrado por Wright.

"Ele amadureceu, está em paz coma bola. Wright é hoje capaz de jogar emsistemas com quatro ou cinco zaguei-ros. Eu tinha isso em mente quando oreconvoquei, e ele mesmo sabia de seupotencial", elogia Bobby Robson. Ozagueiro, contudo, não se ilude. Sabeque, como em 88, pode muito bemperder a vaga, até porque Butcher ê umídolo da torcida. "Sei

que fui bem, masButcher é o titular e so joga pelo meulado. Não posso dizer que assumi aposição, embora vá lutar como nuncapara isso."

O técnico da Inglaterra começaa ficar preocupado com os efei-

tos que as seguidas contusões possamcausar a seu time a partir de agora,quando as partidas sio eliminatórias.Robson disse que nio quer usar osproblemas médicos como desculpa pa-ra o fato de a Inglaterra nio ter des-lanchado na Copa, mas acha que essefator é importante. Ontem, no últimotreino realizado em Cagliari — a de-legaçio viaja hoje para Bolonha —,Robson nio deu um coletivo devido àsausências de Bryan Robson (tendio deAquiles inchado), Lineker (inflama-çio num dedo) e Des Walker (pança-da no pé). O técnico comandou umtreino tático, e disse que ainda niotem como confirmar o time para ojogo contra a Bélgica.

Recordando Camarões.

Assista o jogo nos Postos Itaipava, torcendo por uma Argentina igual à do jogo dos Camarões.

E comemore com Heineken, one way, Cr$ 85, BIG COKE, 2 í, Cr? 95, e KAISER, lata, Cr$ 28,.

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o veterano Milla, agora, tambcm c artilhciro da Copa

Asti, It&lia — Hipblito Pereira

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CAMARÕES 2

Nkono. Onana, Ebwelle, Tataw e Ndip-,Kana-Biyik, Mbouh e Mlode (Milla), Maka-naky (Djonkep), Mabdan e Omam-Biylk.Téonioot Valerl Nepomniacht

Hlgulla, Escobar, Qlldardo Gomez, Horro-ra o Poreai Gabriel Gomez (Redin), Vai-derrama e Alvarez; Rlncon, Fajardo (Igua-ran) e Estrada.Técnico: Francisco Maturana

Local: Estádio San Paolo (Nápoles); Públi-co: 50.026;Juta Tullio Lanese (Itália). Bandeira Vor-malha: Jamal Al Sharll (Síria), «andalr»Amarela: Berny Ulloa (Costa Rica); Car-tõos amarelos. Kana-Biylk. Ndip, Mbouh,Onana, Perea, Gabriel Gomez; Ooln Naprorrogação, Milla aos 2 e 5 minutos doprimeiro tempo; Redin aos 11 minutos dosegundo tempo.

M

Romário — Romá-rio deixou o treinocerto de sua presençano banco de reservas."Lazaroni me cum-primentou pelo meudesempenho e em ho-menaçem a isso vaime deixar no banco",disse, sòrrindo.Gubbio — A sele-ção já definiu a voltapara Gubbio, caso seclassifique, e os do-nos do Hotel Ai Cap-puccini garantiramesvaziá-lo para rece-ber a delegação a par-

tir de amanhã. De-pois doiogo de hoje,será definido se a se-leção fica em Gubbioaté o final da Copa —saindo só nos jogos— ou se vai quinta-feira para Napoli, on-de jogará as quartas.Homenagem — Ochefe da delegaçãobrasileira, OlavoMonteiro de Carva-lho, e o diretor JorgeSalgado, além de par-te da comissão tecni-ca, receberam, ontem

á tarde, em nome daseleção brasileira ho-menagem de despedi-da do Comitê Asti 90,pela passagem daequipe pela cidade.Rivalidade — Parao comentarista MárioJorge Lobo Zagalo, arivalidade entre Ar-gentina e Brasil não éa mesma. "Hoje, osjogadores são maisprofissionais. Jogarna Europa mudou acabeça do jogador la-tino."

Milla quer jogar

desde o inícioButragueno causa polêmica

Mariucha MoneróNÁPOLES, Itália — A vitória da Re-

pública dos Camarões tem um responsávele ele sabe disso. Muito antes do técnicosoviético Valery Nepomniachi anunciar aescalação do time que tentaria chegar àsquartas-def-final, o número 9, Roger Mil-Ia, garantia que poderia jogar os 90 e maisoutros 30 minutos, apesar de seus 38 anos.O, treinador não acreditou e esperou osegundo tempo para colocá-lo em campo.Ames tarde do que nunca. O mais velhojogador dos Camarões mostrou porque éum dos donos do time. Fez dois gols,classificou seu país para a próxima fase emais uma vez deixou Nepomniachi mal.Na eufórica comemoração Milla não pou-

pou o técnico. "Fiz dois gols no finalporque não entrei antes. Se tivesse entradoteria marcado no primeiro tempo."

A vitória de ontem foi mais uma provaque, apesar do cargo, Valery Nepomniachié apenas mais uma figura no banco dereservas. Ao final da prorrogação, jogado-res e comissão técnica rolavam pela gra-ma, se abraçavam e festejavam outra vitó-ria imprevista. Sozinho, o treinadorpermaneceu em seu lugar e só foi cumpri-mentado por um assistente que após daros parabéns aos atletas lembrou de lheestender a mão.

O lugar de honra está reservado aMilla, que dedica a vitória aos torcedoresde seu país e prevê outros sucessos. "Nun-ca pensei em voltar à seleção de maneira

tão maravilhosa", disse ele, após o jogo."Até porque não pensava mais em jogarna equipe. Foi a torcida que me fez voltar,foram eles que me obrigaram a reencon-trar a boa forma e a vestir novamente acamisa do meu pais." Não é bem assim.Jogar a segunda Copa do Mundo e podermostrar que seu futebol ainda não acabouera um desejo que o jogador tinha desdeque foi esnobado por clubes franceses. Elenão esconde a mágoa. "Agora quero vermuitos presidentes de equipes da Françabatendo na minha porta", declara.

Foi Milla com seus dois gols que fez osjogadores de Camarões andarem maisadiante. Foi ele também que permitiu àtorcida comemorar uma vitória quando os

pênaltis já pareciam inevitáveis. Foi ele,ainda, que provocou a alegria dos reservasque, sem restringir a felicidade, faziam aola no banco e dançavam uns com osoutros minutos antes do jogo acabar. "Asnossas vitórias não são importantes ape-nas para nosso pais, mas para todo ofutebol da África", lembra o artilheiro.

No primeiro gol prevaleceu a técnica ehabilidade de Milla que deixou dois mar-cadorcs para trás e venceu Higuita semcerimônia. Mas foi no segundo que eledemosntrou todo seu oportunismo e expe-riência. "Quando vi onde estava o Higuitapensei numa fração de segundos que deve-ria tentar roubar a bola. Consegui, conso-lidei a vitória e senti uma felicidade enor-me", contou o jogador.

VliRONA. Itália — Vida dura es-sa de técnico de seleção. Sem proble-mas no time — já escalado e prontopara a partida contra a Iugoslávia,terça-feira o espanhol Luiz Suarezenvolveu-se ontem em polêmica comseu colega do Real Madri, John Ben-jamin Toshack, que defendeu a saidade Butragueno do time para que ocentroavante pudesse se recuperar damá fase técnica com mais calma."Não dou palpites nas suas decisõesno Real Madri, gostaria que ele nãofalasse do meu time", atacou Suarez.

O técnico confirmou Butragueno cos outros jogadores que estiveram emcampo na vitória sobre a Bélgica, quevaleu o primeiro lugar do Grupo E.

Suarez esta otimista. "A equipe estáem ascensão. Espero que se confirmeisso contra a Iugoslávia. Agora, é deci-são". O treinador acrescentou que nãomudará nem a forma dos espanhóis secomportarem em campo. "Deu certo.Não há o que modificar."

Suarez hoje estará em Turim, paraassistir a Brasil e Argentina, de ondesairá o próximo adversário da Fúriacaso ela consiga vencer a Iugoslávia."O Brasil é responsável pela maiormudança tática entre as seleções queestão aqui", comentou. "O time estáperfeitamente adaptado ao esquemacom libero. Não é um dos favoritospor acaso."

? Durante a recrea-fáo que fizeram on-

tem. no Estúdio Comu•na/e. os jogadores daseleção brasileira rebe-rum uma visita importan-te. Patrocinados pela in-dústria de bebidasSeagram, os tricampeõe$mundiais foramdesejarboa sorte e transmitirconfiança na conquistada Copa. Num clima dedescontraçâo, históriasdo mundial de 1970,brincadeiras e dicas que

partida nervosa como a que são contra ao esque-de hoje. Apesar de oti- ma excessivamente de-mistas, Féhx e Clodaldo fensivo da equipe de Se-

poderão ajudar numa confessaram a Dunga bastião Lazaroni.

Fifa revê a lei

do impedimento

Surgem mais sugestões para mu-

dar as regras do impedimento. AEscócia pede a revisão da lei que tira acondição do jogador que estiver namesma linha do defensor. A Fifa querlimitar a situação ao caso em que umjogador, em posição de impedimento,procure levar vantagem ou prejudiquea ação do defensor. Na lei atual, ojogador é punido a despeito de suasintenções. Pela sugestão da Fifa, o ár-bitro precisará de muita sensibilidadepara julgar as reais pretensões do ata-cante. Ja o País de Gales sugere quenão deve ser considerado impedido ojogador que, i frente da linha dosbeques, receber passe de seu própriocampo. Tudo será definido em reuniãoda International Boards, após a Copa.

Um gol ainda em

busca do autor

ontinua confusa a paternidadedo gol da vitória do Brasil so-

bre a Costa Rica. Oficialmente, nasúmula, persiste o registro do juiz dapartida, o tunisiano Naji Jouini, quemarcou gol contra, do zagueiro Mon-tero. A Fifa, porém, distribuiu umaorientação para que só fosse conside-rado gol contra aquele em que o joga-dor chuta (ou cabeceia) a bola emdireção à sua própria meta. A decisãoda entidade tem como objetivo aju-dar no concurso — patrocinado pelaAdidas — que premiará o goleadorda Copa do Mundo. Por isso, o ata-cante brasileiro Müller tem dois golsno ranking dos artilheiros, emboranão apareça na súmula do jogo,disputado no último dia 16.

itAlia npJORNAL DO BRASIL >'

Camarões vai em frente

na Copa

H A 4zebra'

africana derrota a Colômbia e chega às quartas-de-final N̂ápoles, Itália — Reuter

domingo, 24/6/90 O Esportes O 9

Futebol e política

entre os iugoslavos

José Castello

I8PANHAIUGOSLÁVIA

OARDA,Itália — A po-litiCa nunca es-teve tão mistu-rada ao futebolcomo hoje, naseleção da Iu-goslávia. Opais está, desdeo degelo daglasnost, convulsionado pelos naciona-lismos. O que tem isso a ver com aseleção que enfrentará, terça-feira, aEspanha? Tudo. O presidente da Fede-ração Iugoslava de Futebol, Tome Fili-povski, nascido em Skopje, Macedo-nia, procura manter o equilíbrio egovernar sentimentos que vêm de zo-nas muito distantes do gramado, masneles se refletem com a mesma objetivi-dade de uma contusão na panturrilhado atacante Zlatko Vujovic, 32 anos,do Paris Saint-Germain — que estáameaçado de não jogar.

Mas não é apenas uma contusãomais grave que pode barrar um joga-dor na seleção iugoslava. O atacanteDejan Savicevic, 23 anos, do EstrelaVermelha, considerado o homem detiro mais certeiro de seu país, vemamargando o banco, dizem, por razãoextracampo: nasceu em Titograd, capi-tal de Montenegro. Sua origem, embo-ra ele não admita, provocaria constan-te mal estar no treinador Ivica Osim,que nasceu em Saravejo, na Bosnia-Herzegovina. Nem ele estaria livre dasfraturas nacionalistas.

Já Dragan Stojkovic, 25 anos, domesmo Estrela Vermelha, que acaba deser vendido por USS 10 milhões para oOlympique do Tio Patinhas BernardTapie, tornando-se o jogador mais va-lioso da história do futebol iugoslavo,teria o posto de grande estrela do timenão apenas por seus próprios e inegá-veis méritos — é, de fato, um craque —mas, mais uma vez, por obscuras ques-

tòes nacionais: Stojkovic nasceu emBelgrado, capital não apenas da lugos-lávia mas também do Estado da Sérvia— que detém 36% da população de 23milhões de habitantes do país.

O técnico Ivica Osim convive, ain-da, com outro problema, que faz lem-brar as insônias de Lazaroni — a Iu-goslávia tem mais de 400 jogadoresatuando no exterior. Entre os 22 con-vocados, nove vieram de fora — entreeles o atrapalhado goleiro TomislavIvkovic, 29 anos, que joga no Sj-ortingde Lisboa e foi, sem dúvida, vacilantena partida de estréia na Copa, quandoseu time foi goleado por 4 a 1 pelaAlemanha.

"Só tivemos um mês para nos reen-contrar", lamenta Katanec. "Precisa-mos do máximo esforço de integração,pois agora temos pela frente uma sele-ção que joga, antes de tudo, com gran-de empenho profissional". É o que osiugoslavos mais temem na seleção daEspanha: o poder de atuar em blococomo uma muralha, de jogar para oresultado e não para a platéia, comofez na vitória contra a Bélgica.

"Meu maior temor é que os espa-nhóis façam o primeiro gol", admite oassessor técnico Darvo Musovic, queontem falava em nome do treinadorIvica Osim — recolhido para um dia dereflexão e, como quase todos os técni-cos que vieram à Itália, mergulhado emfitas de videoteipe das partidas jogadaspelos adversários. "Quando os espa-nhóis marcam primeiro, têm a chancede fazer aquilo que sabem fazer me-lhor: se defender. E aí precisaremoscuidar de nossos nervos, ou a partidaestará perdida"."O que mais me assusta é o caráteribérico", disserta, com grande fluência, ;o zagueiro Faruk Hadzibegic, 32 anos,outro que atua no futebol francês, maisexatamente no Sochaux. "Hoje eles jo-gam de modo um pouco mais ofensivo,mas sua grande força está na determi- «nação de defender o gol, como se esti-vessem numa guerra."

LATERAIS

N Á P O -LBS, Itália —O'tempo desurpresas naCopa da Itáliaainda não aca- bou A seleção CAMARÕES

COLÔMBIAde' Camarõespaisou às quar-tas-de-final doMundial ao derrotar a Colômbia por 2 aI, ontem, no Estádio Sun Paolo, em Ná-poles. O herói do jogo, mais uma vez, foi ocentroavante Roger Milla, autor dos doisgols, ambos marcados no segundo tempoda. prorrogação e que o colocaram comoum dos artilheiros da Copa, ao lado doespanhol Michel, com quatro gols. O golcolombiano foi marcado por Redin, tam-bém ;na prorrogação. Agora, Camarõesenfrenta o vencedor do jogo Inglaterra eBélica, marcado para a terça-feira.

A Colômbia começou melhor.Entu-siasmada com o empate contra a Alemã-nlia, a seleção sul-americana foi ao ataquee logo aos sete minutos perdeu gol feito,através de Estrada, que, livre, diante deNkono chutou nas mãos do goleiro. Aequipe camaronesa, muito nervosa, erravapasses simples e facilitava o adversário.Aos poucos, porém, os africanos acerta-ram a marcação — principalmente a deMbouh sobre Valderrama — e á Colôm-bia sobrou apenas as jogadas individuaiscomo a que Fajardo lez, aos 21 minutos.Elo deu um drible muito bonito em Onanae bateu forte, pela linha de fundo. A únicachance de Camarões aconteceu aos 29minutos, quando François Biyik desceupela esquerda e cruzou para Makanakychutar por cima. Aos 45 minutos, os co-lombianos tiveram sua melhor oportuni-dade, quando Rincón bateu falta da entra-dauda área e a bola foi na trave deNkono.

O segundo tempo foi uma negação cmtermos de chances de gol. Só houve uma,aos nove minutos, quando François Biyikchutou para fora, diante de Higuita. AColômbia ainda tentou atacar, mas esbar-rava na incompetência dos seus atacantese na bem plantada defesa camaronesa. Otreinador colombiano, Francisco Matura-na, colocou Redin no lugar de Gomez e

recuou Rincón para o meio campo. Asubstituição em nada melhorou o ataqueda equipe da América do Sul.

Camarões chegou á prorrogação apos-tando no seu goleiro Nkono, conhecidocomo excelente pegador de pênaltis. To-cando bola, os africanos continuaram se-gurando o atabalhoado ataque colombia-no. O jogo chegaria mesmo à decisão porpênaltis, se os cainaroneses não tivessemMilla. 38 anos. Em jogada individual, eledriblou Perca e Escobar e marcou, aosdois minutos do segundo tempo da pror-rogação. O desespero tomou conta da Co-lômbia e três minutos depois, Higuita co-meteu um erro fatal: tentou driblar Millana intermediária. O artilheiro tomou abola e partiu livre para fazer o seu quartogol na Copa. Os colombianos ainda mar-caram, através de Redin, após bonita ta-bela com Valderrama, aos 11 minutos.Mas não havia mais tempo. A zebra afri-cana vai continuar na Copa.

Técnico elogia jogadores Higuita reconhece erro

O técnico soviético Valerie Nepom-niachi parece conformado com sua situa-ção de coadjuvante no sucesso dos Ca-marões. Sempre sério, ele se mantémdiscreto mas tenta salvar as aparências.Após a vitória sobre a Colômbia e aclassificação obtida ontem, ele fez ques-tão de elogiar os jogadores e principal-mente o atacante Milla, que decidiu apartida. "O mérito é todo do jogador",disse o treinador. "Ele entrou no jogocom dificuldades e terminou por mostrarque conhece tudo sobre futebol", con-cluiu.

Ele não concorda que tenha posto Mil-Ia em campo muito tarde. "Acho queentrou na hora certa. Quando ele vai parao campo parece que entra também no

A derrota foi um castigo para aColômbia, que fez um primeiro tempobem melhor que Camarões. E justa-mente uma das maiores estrelas daequipe colombiana saiu de campoapontada como responsável pela des-classificação. O goleiro Higuita nãotentou justificar o erro ao tentar driblarMilla no segundo gol. "Sei que errei etodos viram. Mas vai me servir de liçãopara o resto da vida."

A derrota não fez com que Higuitaperdesse a tranqüilidade. Criticado portodos os torcedores, ele garante que nãorecebeu qualquer palavra dura de seuscompanheiros. O técnico Francisco Ma-turana foi o primeiro a defender o golei-

ro. "Ele sempre jogou desta maneira ecumpriu perfeitamente sua função. E jus-to que um dia possa se equivocar."

A Colômbia não chegou ás quartas-de-final, mas volta para casa com acerteza de que fez um bom papel."Sempre disse que iríamos até ondefosse posssivel. Parece que o fim dalinha é aqui", lamentou Maturana.Mesmo derrotado, o técnico fez ques-tão de elogiar o adversário e desejar boasorte á seleção de Camarões daqui parafrente. "Podíamos ter garantido umavitória no primeiro tempo. Não conse-guimos e permitimos que Camarões pe-gasse confiança. Perdemos o jogo, masnão a cabeça. Que eles sejam felizes."

Nápoles, Itália — AP

coração dos outros jogadores", elogiou osoviético. "Aliás, sempre disse que era umtime forte. O futebol está no sangue dopovo dos Camarões", afirmou.

O desfalque de três jogadores comcartões amarelos — Ndip, Biyik eMbouh — não preocupa o técnico para apróxima partida, com o vencedor de In-glaterra e Bélgica. "Os reservas são tãobons quanto os titulares". Não perder aconcentração é sua grande advertênciapara os atletas. "Não podemos repetiraquele jogo contra os soviéticos. Mascomo agora só a vitória interessa, achoque é mais fácil exigir aplicação e con-centração dos jogadores. Vamos nos pre-parar para mais uma batalha", encerrou,deixando as glórias para Milla.

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JORNAL DO BRASILITÁLIA 9p 2a Edição ? domingo, 24/6/90 O Esportes O 9

Camarões vai em frente

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africana derrota Colômbia

Copa

CAMARÕESCOLÔMBIA

NAPO-LHS, Itália —t) tempo deSurpresas naCopa da Itáliaainda não aca-bou. A seleçãode Camarõespassou às quartas-de-fi-nal do Mundial ao derrotar a Colômbiapor 2 a 1, ontem, no Estádio San Paolo,em Nápoles. O herói do jogo, mais umavfcz, foi o centroavante Roger Milla,autor dos dois gols, ambos marcadosno segundo tempo da prorrogação eqye o colocaram como um dos vice-ar-tilheiros da Copa, ao lado do espanholMichel, com quatro gols. O gol colom-hrano foi marcado por Redin, tambémna prorrogação. Agora. Camarões en-frenta o vencedor do jogo Inglaterra eBélgica, marcado para a terça-feira.

A Colômbia começou melhor. Entu-siasmada com o empate contra a Ale-manha, a seleção sul-americana foi aoataque e logo aos sete minutos perdeugol feito, através de Estrada, que, li-vrc, diante de Nkono chutou nas màosdo goleiro. A equipe camaronesa, mui-to nervosa, errava passes simples efacilitava o adversário. Aos poucos,porém, os africanos acertaram a mar-cação — principalmente a de Mbouhsobre Valderrama — e á Colômbia so-brou apenas as jogadas individuais co-mo a que Fajardo fez, aos 21 minutos.Ele deu um drible muito bonito emOnana e bateu forte, pela linha de fun-do. A única chance de Camarões acon-teceu aos 29 minutos, quando FrançoisBiyik desceu pela esquerda e cruzoupara Makanaky chutar por cima. Aos45 minutos, os colombianos tiveramsua melhor, oportunidade, quando Rin-çón bateu falta da entrada da área e abola foi na trave de Nkono.

O segundo tempo foi uma negaçãoem termos de chances de gol. Só houveunia. aos nove minutos, quando Fran-çois Biyik chutou para fora, diante deHiguita. A Colômbia ainda tentou ata-car, mas esbarrava na incompetênciados seus atacantes e na bem plantadadefesa camaronesa. O treinador co-

lonibiano, Francisco Maturana, colo-cou Redin no lugar de Oomez e recuouRincón para o meio campo. A substi-tuição em nada melhorou o ataque daequipe da América do Sul.

Camarões chegou á prorrogaçãoapostando no seu goleiro Nkono, co-nhecido como excelente pegador de pé-naltis. Tocando bola, os africanos con-tinuaram segurando o atabalhoadoataque colombiano. O jogo chegariamesmo à decisão por pênaltis, se oscamaroneses não tivessem Milla, 38anos. Em jogada individual, ele dri-blou Perea e Escobar c marcou, aosdois minutos do segundo tempo daprorrogação. O desespero tomou contada Colômbia e três minutos depois,Higuita cometeu um erro fatal: tentoudriblar Milla na intermediária. O arti-lheiro tomou a bola e partiu livre parafazer o seu quarto gol na Copa. Oscolombianos ainda marcaram, atravésde Redin, após bonita tabela com Vai-derrama, aos 11 minutos. Mas não ha-via mais tempo. A zebra africana vaicontinuar na Copa.

I 1} 1 camarQes 2

Nkono, Onana, Ebwelle, Tataw o Ndip;Kana-Biyik, Mbouh e Mfede (Milla), Maka-naky (Djonkep). Mabdan e Omam-Biyik.Ttcnlcoi Valeri Nepomniachl

COLOMBIA 1 |

Higuita, Escobar. Gildardo Gomez, Herre-ra o Perea, Gabriel Gomez (Redin). Vai-derrama e Alvarez, Rincon, Fajardo (Igua-ran) e Estrada.Técnicoi Francisco Maturana

Locais Estádio San Paolo (Nápoles), Públi-co 50.026;Juizi Tulllo Lanese (Itália). Bandeira Var-malhai Jamal Al Sharll (Slrla), BandalraAmirtia: Berny Ulloa (Costa Rica), Car-tões amarelos Kana-Biyik, Ndip, Mbouh,Onana. Perea. Gabriel Gomez. Oolst Naprorrogação, Milla aos 2 e 5 minutos doprimeiro tempo, Redin aos 11 minutos dosegundo tempo

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iM|Â Colômbia não resistiu ao balanço do veterano Milla

Milla quer jogar

desde o início

Mariucha MoneroNÁPOLES, Itália — A vitória da Re-

pública dos Camarões tem um responsávele ele sabe disso. Muito antes do técnicosoviético Valery Nepomniachi anunciar aescalaçào do time que tentaria chegar àsquartas-def-final, o número 9, Roger Mil-la, garantia que poderia jogar os 90 e maisoutros 30 minutos, apesar de seus 38 anos.O treinador não acreditou e esperou osegundo tempo para colocá-lo em campo.Antes tarde do que nunca. O mais velhojogador dos Camarões mostrou porque éum dos donos do time. Fez dois gols,classificou seu país para a próxima fase emais uma vez deixou Nepomniachi mal.Na eufórica comemoração Milla não pou-

pou o técnico. "Fiz dois gols no finalporque não entrei antes. Se tivesse entradoteria marcado no primeiro tempo."

A vitória de ontem foi mais uma provaque, apesar do cargo, Valery Nepomniachié apenas mais uma figura no banco dereservas. Ao final da prorrogação, jogado-res e comissão técnica rolavam pela gra-ma, se abraçavam e festejavam outra vitó-ria imprevista. Sozinho, o treinadorpermaneceu em seu lugar e só foi cumpri-mentado por um assistente que após daros parabéns aos atletas lembrou de lheestender a mão.

O lugar de honra está reservado aMilla, que dedica a vitória aos torcedoresde seu país e prevê outros sucessos. "Nun-ca pensei em voltar à seleção de maneira

tão maravilhosa", disse ele, após o jogo."Até porque não pensava mais em jogarna equipe. Foi a torcida que me fez voltar,foram eles que me obrigaram a reencon-trar a boa forma e a vestir novamente acamisa do meu pais." Não é bem assim.Jogar a segunda Copa do Mundo e podermostrar que seu futebol ainda não acabouera um desejo que o jogador tinha desdeque foi esnobado por clubes franceses. Lienão esconde a mágoa. "Agora quero vermuitos presidentes de equipes da Françabatendo na minha porta", declara.

Foi Milla com seus dois gols que fez osjogadores de Camarões andarem maisadiante. Foi ele também que permitiu àtorcida comemorar uma vitória quando os

pênaltis já pareciam inevitáveis. Foi ele,ainda, que provocou a alegria dos reservasque. sem restringir a felicidade, faziam aola no banco e dançavam uns com osoutros minutos antes do jogo acabar. "Asnossas vitórias não são importantes ape-nas para nosso país, mas para lodo ofutebol da África"; lembra o artilheiro.

No primeiro gol prevaleceu a técnica ehabilidade de Milla que deixou dois mar-cadores para trás e venceu Higuita semcerimônia. Mas foi no segundo que eledemosntrou todo seu oportunismo c expe-riência. "Quando vi onde estava o Higuitapensei numa fração de segundos que deve-ria tentar roubar a bola. Consegui, conso-lidei a vitória e senti uma felicidade enor-me", contou o jogador.

Futebol e política

entre os iugoslavos

SSÍ

José Castello

ISPANHAIUGOSLÁVIA

GARDA,Itália — A po-lítica nunca es-teve tão mistu-rada ao futebolcomo hoje, naseleção da lu-goslávia. Opaís está, desdeo degelo daglasnost, convulsionado pelos naciona-lismos. O que tem isso a ver com aseleção que enfrentará, terça-feira, aEspanha? Tudo. O presidente da Fede-ração Iugoslava de Futebol, Tome Fili-povski, nascido em Skopje, Macedo-nia, procura manter o equilíbrio egovernar sentimentos que vêm de zo-nas muito distantes do gramado, masneles se refletem com a mesma objetivi-dade de uma contusão na panturrilhado atacante Zlatko Vujovic, 32 anos,do Paris Saint-Germain — que estáameaçado de não jogar.

Mas não é apenas uma contusãomais grave que pode barrar um joga-dor na seleção iugoslava. O atacanteDejan Savicevic, 23 anos, do EstrelaVermelha, considerado o homem detiro mais certeiro de seu pais, vemamargando o banco, dizem, por razãoextracampo: nasceu em Titograd, capi-tal de Montenegro. Sua origem, embo-ra ele não admita, provocaria constan-te mal estar no treinador Ivica Osim,que nasceu em Saravejo, na Bosnia-Herzegovina. Nem ele estaria livre dasfraturas nacionalistas.

Já Dragan Stojkovic, 25 anos, domesmo Estrela Vermelha, que acaba deser vendido por USS 10 milhões para oOlympique do Tio Patinhas BernardTapie, tornando-se o jogador mais va-lioso da história do futebol iugoslavo,teria o posto de grande estrela do timenão apenas por seus próprios e inegá-veis méritos — é, de fato, um craque —mas, mais uma vez, por obscuras ques-

tões nacionais: Stojkovic nasceu em.Belgrado, capital não apenas da lugos-'lávia mas também do Estado da Sérvia!— que detém 36% da população de 23milhões de habitantes do país. !

O técnico Ivica Osim convive, ain-da, com outro problema, que faz lem-brar as insônias de Lazaroni — a lu-goslávia tem mais de 400 jogadoresatuando no exterior. Entre os 22 con-vocados, nove vieram de fora — entreeles o atrapalhado goleiro Tomislav;Ivkovic, 29 anos, que joga no Sportingde Lisboa e foi, sem dúvida, vacilante"na partida de estréia na Copa, quando;seu time foi goleado por 4 a 1 pela1Alemanha.

"Só tivemos um mês para nos reen-contrar", lamenta Katanec. "Precisa-mos do máximo esforço de integração,;pois agora temos pela frente uma sele-ção que joga, antes de tudo, com gran-de empenho profissional". E o que osiugoslavos mais temem na seleção daEspanha: o poder de atuar em blococomo uma muralha, de jogar para oresultado e não para a platéia, comofez na vitória contra a Bélgica.

"Meu maior temor é que os espa-.nhóis façam o primeiro gol", admite o.assessor técnico Darvo Musovic, que.ontem falava em nome do treinadorIvica Osim — recolhido para um dia de'reflexão e, como quase todos os técni-cos que vieram à Itália, mergulhado emfitas de vídeoteipe das partidas jogadaspelos adversários. "Quando os espa-;nhóis marcam primeiro, têm a chance;de fazer aquilo que sabem fazer me-',lhor: se defender. E aí precisaremos!cuidar de nossos nervos, ou a partida;estará perdida". !"O que mais me assusta é o caráteribérico", disserta, com grande fluència,"o zagueiro Faruk Hadzibegic, 32 anos,,outro que atua no futebol francês, maisexatamente no Sochaux. "Hoje eles jo-;gam de modo um pouco mais ofensivo,;mas sua grande força está na determi-,nação de defender o gol, como se esti-;vessem numa guerra."

Butragueno causa polêmicaVFRONA. Itália - Vida dura es-

sa de técnico de seleção. Sem proble-mas no time • já escalado e prontopara a partida contra a Iugoslávia,terça-feira •. o espanhol Luiz Suarezenvolveu-se ontem em polêmica comseu colega do Real Madri, John Ben-jamin Toshack, que defendeu a saidade Butragueno do time para que ocentroavante pudesse se recuperar damá fase técnica com mais calma"Não dou palpites nas suas decisõesno Real Madri, gostaria que ele nãofalasse do meu time", atacou Suarez.

O técnico confirmou Butragueno eos outros jogadores que estiveram emcampo na vitória sobre a Bélgica, quevaleu o primeiro lugar do Grupo E.

Suarez esta otimista. "A equipe está;em ascensão. Espero que se confirme;isso contra a Iugoslávia. Agora, é deci-;são" O treinador acrescentou que não-mudará nem a forma dos espanhóis se;comportarem em campo. "Deu certo.Não há o que modificar" ;

Suarez hoje estará em Turim, para;assistir a Brasil e Argentina, de onde;sairá o próximo adversário da FUria\caso ela consiga vencer a Iugoslávia.;"O Brasil é responsável pela maior;mudança tática entre as seleções que;estão aqui", comentou. "O time está;perfeitamente adaptado ao esquema!com libero. Não é um dos favoritos;por acaso." ;

Italia AFP

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Técnico elogia jogadores Higuita reconhece erro

O técnico soviético Valerie Neporn-niachi parece conformado com sua situa-ção de coadjuvante no sucesso dos Ca-maròes. Sempre sério, ele se mantémdiscreto mas tenta salvar as aparências.Após a vitória sobre a Colômbia e aclassificação obtida ontem, ele fez ques-tão de elogiar os jogadores e principal-mente o atacante Milla, que decidiu apartida. "O mérito é todo do jogador",disse o treinador. "Ele entrou no jogocom dificuldades e terminou por mostrarqúe conhece tudo sobre futebol", con-cluiu.¦ Ele não concorda que tenha posto Mil-la em campo muito tarde. "Acho queentrou na hora certa. Quando ele vai parao,campo parece que entra também noi.

coração dos outros jogadores", elogiou osoviético "Aliás, sempre disse que era umtime forte. O futebol está no sangue dopovo dos Camarões", afirmou.

O desfalque de três jogadores comcartões amarelos - Ndip, Biyík eMbouh — não preocupa o técnico para apróxima partida, com o vencedor de In-glaterra e Bélgica. "Os reservas são tãobons quanto os titulares" Não perder aconcentração é sua grande advertênciapara os atletas. "Não podemos repetiraquele jogo contra os soviéticos. Mascomo agora só a vitória interessa, achoque é mais fácil exigir aplicação e con-centração dos jogadores. Vamos nos pre-parar para mais uma batalha", encerrou,deixando as glórias para Milla

A derrota foi um castigo para aColômbia, que fez um primeiro tempobem melhor que Camarões. E justa-mente uma das maiores estrelas daequipe colombiana saiu de campoapontada como responsável pela des-classificação. O goleiro Higuita nãotentou justificar o erro ao tentar driblarMilla no segundo gol "Sei que errei ctodos viram Mas vai me servir de liçãopara o resto da vida."

A derrota não fez com que Higuitaperdesse a tranqüilidade. Criticado portodos os torcedores, ele garante que nãorecebeu qualquer palavra dura de seuscompanheiros. O técnico Francisco Ma-turana foi o primeiro a defender o golei-

ro. "Ele sempre jogou desta maneira ecumpriu perfeitamente sua função. Ejus-to que um dia possa se equivocar"

A Colômbia não chegou às quartas-de-final, mas volta para casa com acerteza de que fez um bom papel"Sempre disse que iríamos até ondefosse posssivcl Parece que o fim dalinha é aqui", lamentou MaturanaMesnío derrotado, o técnico fez ques-tão de elogiar o adversário e desejar boasorte á seleção de Camarões daqui parafrente "Podiamos ter garantido umavitória no primeiro tempo. Não conse-guirnos e permitimos que Camarões pe-gasse confiança. Perdemos o jogo, masnão a cabeça. Que eles sejam felizes."

Uma noite sem surpresas em BariBarl, Itália —AFP

vy (D) comemorou com Bilek o seu primeiro gol

LATERAIS

Romário — Romá-rio deixou o treinocerto de sua presençano banco de reservas."Lazaroni me cum-primentou pelo meudesempenho e em ho-menaçem a isso vaime deixar no banco",disse, sorrindo.Gubbio — A sele-ção já definiu a voltapara Gubbio, caso seclassifique, e os do-nos do Hotel Ai Cap-puccini garantiramesvaziá-lo para rece-ber a delegação a par-

tir de amanhã. De-pois do jogo de hoje,será definido se a se-leção fica em Gubbioaté o final da Copa —saindo só nos jogos— ou se vai quinta-feira para Napoli, on-de jogará as quartas.Homenagem — Ochefe da delegaçãobrasileira, OlavoMonteiro de Carva-lho, e o diretor JorgeSalgado, além de par-te da comissão tecni-ca, receberam, ontem

â tarde, em nome daj -seleção brasileira ho-'0'menagem de despedi-da do Comitê Asti 90,pela passagem daequipe pela cidade.Rivalidade — Parao comentarista MárioJorge Lobo Zagalo, arivalidade entre Ar-gentina e Brasil não é .a mesma. "Hoje, osjogadores são mais iprofissionais. Jogarna Europa mudou acabeça do jogador la-tino."

¦ Tchecos goleiam Costa Rica por 4 a 1

? Durante a recrea-ção que fizeram on-

lem, no Estádio Comu-nale. os jogadores daseleção brasileira rebe-ram uma visita importan-te. Patrocinados pela in-dustria de bebidasSeagram, os tncampeòesmundiais foramdesejarboa sorte e transmitirconfiança na conquistada Copa Num clima dedescontraçào, históriasdo mundial de 1970,brincadeiras e dicas quepoderão ajudar numa

partida nervosa como ade hoje. Apesar de oti-mistas, Féhx e Clodaldoconfessaram a Dunga

que são contra ao esque-ma excessivamente de-„fensivo du equipe de &>

bastião Lazaroni.

Fifa revê a lei Um gol ainda em

do impedimento busca do autor

Surgem mais sugestões para mu-

dar as regras do impedimento. AEscócia pede a revisão da lei que tira acondição do jogador que estiver namesma linha do defensor. A Fifa querlimitar a situação ao caso em que umjogador, em posição de impedimento,procure levar vantagem ou prejudiquea ação do defensor Na lei atual, ojogador é punido a despeito de suasintenções. Pela sugestão da Fifa, o ár-bitro precisará de muita sensibilidadepara julgar as reais pretensões do ata-cante. Ja o Pais de Gales sugere quenão deve ser considerado impedido ojogador que, á frente da linha dosbeques, receber passe de seu própriocampo. Tudo será definido em reuniãoda International Boards, apos a Copa.

ontinua confusa a paternidadedo gol da vitória do Brasil so-

bre a Costa Rica. Oficialmente, nasúmula, persiste o registro do juiz dapartida, o tunisiano Naji Jouini, quemarcou gol contra, do zagueiro Mon-tero. A Fifa, porém, distribuiu uma -orientação para que só fosse conside- .rado gol contra aquele em que o joga- *dor chuta (ou cabeceia) a bola emdireção à sua própria meta. A decisão ?da entidade tem como objetivo aju- *dar no concurso — patrocinado pelaAdidas — que premiará o goleador »da Copa do Mundo. Por isso, o ata-cante brasileiro Müller tem dois golsno ranking dos artilheiros, emboranão apareça na súmula do iogo,disputado no último dia 16.

Menos umazèbra na Copadas surpresas. ATchecoslováquiafecolocou as coi-sas no seu devi-(Io lugar, ontem à noite no Está- TCHECOSdio San Nicola, COSTA RICAem Bari, ao go-lear com facilidade a fraca Costa Ricapor 4 a 1. Os tchecos passaram às quar-tas-de-final, e domingo que vem estarãoém Milão para enfrentar o vencedor dojogo Alemanha e Holanda. O atacanteSkuhravy marcou três gols de cabeça e é'p novo artilheiro do Mundial, com cinco.Kubik, cobrando falta, e Gonzalez fize-tem os outros gols.[ Foi a vitória de um time nitidamentesuperior ao outro, num jogo que deixouÜe ser monótono apenas nos gols. ATchecoslováquia venceu quase andando,diante de adversário com grandes pro-blemas na defesa, que passou os 90 mi-nutos se atrapalhando na marcação aoscompetentes atacantes tchecos. Kubik,Moravcik e o artilheiro Skuhravy tive-ram enorme facilidade para tabelar epenetrar na área costarriquenha. Só nãomarcaram mais gols porque foram inefi-cientes na finalização.

O primeiro tempo foi de dar sono notorcedor mais fanático. Conscientes desua superioridade, os tchecos marcaramo primeiro gol àos 11 minutos, comSkuhravy completando de cabeça cruza-mento de Moravcik. Foi só. A Costa

Rica mostrou sua verdadeira cara nogramado do San Nicola, ao ser batidosem dificuldade pela Tchecoslováquia.Os costarriquenhos só tiveram algum su-cesso quando marcaram seu gol — Gon-zalez, de cabeça, aos 10 minutos do se-gundo tempo — e se aproveitaram derápido descontrole tcheco, criando duaschances, com Jara e Medford.

O sonho durou apenas nove minutos.Aos 19, Kubik tocou para Skuhravy que,de cabeça, fez 2 a 1. Eram 31 minutosquando Kubik bateu falta no ânguloesquerdo, sem chances para o bom golei-ro Barrantes (o titular, Conejo, estavamachucado). Seis minutos depois, Cho-vanek cobrou córner na cabeça de Skuh-ravy. que marcou de novo.

Depois de surpreender na primeirafase, a Tchecoslováquia vai às quartasenfrentar um favorito (Alemanha ou Ho-landa). Mesmo com a derrota, a CostaRica tem do que se alegrar — chegou àsoitavas-de-final. Mas volta para casa, lu-gar de zebra que parou de dar certo

Tchecoslováquia: Steiskal, Kablec,Kocian, Hasek e Straka; Bilek, Chova-nek, Knoflicck e Moravcik; Kubik eSkuhravy. Costa Rica: Barrantes, Cha-varria (Guimarães), Flores, Montero eChavez; Obando (Medford), Marchena,Gonzalez e Ramirez; Jara e Cayasso. Oalemão Sicgfried Kirschen apitou o jogoe deu cartões amarelos a Kocian, Straka.Hasek, Gonzalez e Marchena

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JORNAL DO BRASIL;-

Sardenha está feliz com o fim da Copa

CAGLIARI, Itália — A popu-laçào da Sardenha está fcstajandoa Ivolta da tranqüilidade à ilhameditarrânea com a saída pro-grfcssiva dos indesejáveis hooligansingleses. Com seus intermináveisfestivais de violência, eles trans-formaram a vida de Cagliari numgrande pesadelo, desde o início dejunho.

"Foi triste demais. Alegro-me que tenha terminado", afir-mou um assutado comercianteqiie não quis se identificar. Elelamentou ainda as medidas de se-gurança, como a lei seca, que tira-ram de vez os fregueses de seubar.

, As autoridades italianas passa-ram meses estudando formas deconter a violência dos ingleses. Apolícia foi reforçada por centenasde soldados e o resultado, emboracom números bem elevados deconflitos, foi considerado bom,perto da tragédia que os própriospoliciais previam.

"A maioria dosingleses são bons. Mas há algunsqiie vieram só para causar proble-mas. Houve muita bebida e mui-tas brigas. Não posso dizer queestou feliz porque a Copa acaboupara Cagliari. Já estava na horade eles irem embora", disse outrocomerciante.

A próxima cidade a sofrer comos hooligans é Bolonha, onde aInglaterra enfrentará a Bélgica.Craig Brewin, da associação detorcedores ingleses, disse que, sex-ta-feira, somente quatro mil ingle-ses permaneciam em Cagliari e jáestavam saindo. "É difícil saberquantos irão a Bolonha. Pensoque não chegarão a dois mil".Brewin afirmou que a maioria doshooligans está sem dinheiro e teráque regressar à Inglaterra. "Masos verdadeiros hooligans voltarãoà Itália à medida que a Inglaterraavance na Copa."

Talvez por isso, um policial deCagliari tenha aberto um largosorriso, quando indagado se esta-va feliz com a partida dos vânda-los. "Os ingleses são muito boagente, gosto deles. Mas não via ahora de que fossem embora."

mmAFP — 16/06/90

* á'"""

Sábado passado, uma das ultimas batalhas, em Cagliari, entre hooligans e policiais

Sociólogo vê fenômeno de longo prazo

LONDRES — Os hooligans existemhá muito tempo na Inglaterra, só queantes eram enviados para a Marinhaou para as colônias. Agora, se concen-tram no futebol, onde extravasam umailusão de grandeza alimentada pela erada primeira ministra Margareth That-clicr. Esta é a linha de pensamento dosociólogo John Williams, diretor do cen-tro de investigação sobre o futebol, daUniversidade de Lcicester. Ele não acre-dita no desaparecimento do fenômeno, acurto prazo."A violência não é um problema re-ccnte e remonta à Primeira Guerra Mun-dial, na Inglaterra e Escócia", afirma. Ofenômeno cresceu nos anos 60 com aexplosão da cultura adolescente (rockcrs,nwils, etc) e quando grupos de jovenstorcedores começaram a brigar para ocu-par as tribunas dos torcedores adversa-rios. Daí, se produziu "uma identificaçãoterritorial e um rito de iniciação", disse osociólogo.

A imprensa rapidamente tratou ofenômeno do hooliganismo "identifican-do os estádios como lugares propíciosaos problemas, onde os jovens podempor à prova sua reputação local e suavirilidade". Ao fazerem publicidade, os

jornais transformaram a violência cm al-go atraente. E o fenômeno, ao invés dedesaparecer, se criminalizou.

Quanto mais a policia aperfeiçoavaos métodos de repressão, mais os Itoo-ligans sofisticavam suas técnicas. E ocaso do ICF (lnter City Firm) de WestHam, assim chamado porque seus in-tegrantes, que parecem executivos, via-jam nos trens expressos Inter-City paradespistar os policiais.

Estes grupos organizados, terrenopredileto para a atuação da extremadireita, não são os únicos responsáveispelos incidentes. "Um grande númerode jovens torcedores se sentem atrai-dos pelas richas", afirma John Williams,para quem a própria forma do jogo in-glès, muito físico e anti-intelectual, seusvalores de abnegação e de compromissototal, alimentam a agressividade dos fa-náticos.

Os hooligans asseguram que não re-trocedem nunca e sua reputação nãocontribui para solucionar o problema.Os clubes pertencem a homens de ne-gócios locais, "estreitos de espirito, ga-nanciosos, e os estádios são muito ve-lhos", discorre o sociólogo. "O fute-boi inglês é quase exclusivamente um

Literatura sobre 'hooligans'

.José Custeilo

gueto da classe operária. Uma celebra-ção de suas tradições e de sua cultura.E sectário, misógino, conservador e. aci-ma de tudo, imperialista", completa.

Contrariamente a seus primos docontinente europeu, os ingleses expor-tam seus hooligans ao estrangeiro, parti-cularmente os torcedores da seleção na-cional. "Não é uma casualidade osingleses se satisfazerem rotineiramentecom o ultranacionalismo e o racismo, ese considerarem como um corpo expedi-cionário, como se os jogos se tratassemde uma nova campanha das Malvinas",afirmou Williams.

"Aos ingleses é difícil pensar queseu país já não é mais que uma equipede segunda divisão no futebol interna-cional", defende Williams, acusandoMargareth Thatcher de reforçar umaimagem de grandeza que já não existe.Para o sociólogo, o desaparecimentodos hooligans è uma esperança irreali-zável a curto prazo e passa pela moder-nização econômica e cultural da socie-dade britânica, por uma maior igualdadesocial, e também pelo redescobrimentoda responsabilidade pública, malogridapor 12 anos de thatcherismo.

VERONA, Itália — Por que nãotemos hooligans no Brasil? Por queeles proliferam na Europa civilizada,enquanto em nosso desordenado ter-ceiro mundo os torcedores, apesar detodos os excessos, não se permitemcenas de tanta insânia e barbárie?Giorgio Triani, jornalista e professoritaliano, que acaba de lançar pelaEdizioni Associate, de Roma, o en-saio "Mal do estádio — História datorcida e da paixão pelo futebol",tenta uma resposta. Ela vem envoltaem todos aqueles véus de magia, pri-mitivismo e espontaneismo com queos europeus, por mais espertos quesejam, fantasiam o Brasil. "A diferen-ça fundamental entre os torcedoresbrasileiros e os hooligans está no mo-do de encarar o futebol", diz o pro-fessor Triani. "Os brasileiros vêem ofutebol como uma atividade cuja prá-tica depende, sem dúvida, da tática,da força, determinação física e psí-

3uica, habilidade técnica, mas que

epende também de forças incontro-láveis, da sorte e do destino."

Não seria por acaso, pensa Gior-gio Triani, que enquanto na Itália sefala simplesmente em cálcio, cuja tra-dução literal pode ser chute, pontapé,e em outros países se usam palavrascomo football. soccer ou fussball. noBrasil se fala, mais comumente, empartida de futebol ou Jogo de futebol.Em nosso país, o futebol estaria asso-ciado, sempre, à idéia de jogo. NaEuropa, os torcedores supõem que oresultado de uma partida é determi-nado, fundamentalmente, por razõesconcretas e mensuráveis. No Brasil,ao contrário, ele será determinado,antes de tudo, pelo destino e peloazar.

Não seria também mero acaso,que no Brasil os que acompanham atrajetória de um clube sejam chama-dos torcedores, "isto é, aqueles quetorcem e se contorcem, como no sam-ba ou numa sessão de umbanda".Enquanto na França, por exemplo, otorcedor é chamado suporter, quevem do verbo suporter, cujo significa-do muito mais pragmático, é encora-jar, ou ajudar. Na sutileza destas pa-lavras, o professor Triani encontrauma imagem mágica do futebol bra-

sileiro. Imagem, vale insistir, carrega-, ,da de mitos a respeito da sensualida-,;-;de desgovernada c da espiritualidadeque envolve esse esporte em nosso . -país, mas que usa o futebol brasileiro,como contraponto para a compreen-v;.são do fanatismo que reina hoje nos.-.'estádios europeus.

Um tiro magistral — Triani,": .lembra uma entrevista dada pelofrancês Michel Platini à escritora','Marguerite Duras, em que o jogador^.,declarou: "De repente, se dá um tiroV-,magistral e se vence por I a 0 e se ecampeão do mundo. Mas por que?,,.,Como se poderia saber que aquele,.-;-,tiro magistral deveria ser dado aos 37minutos? E por que? Isso é o futebol.. .Não se pode explicá-lo."

Os torcedores, que o digam os 'hooligans, perderam, porém, essa di- . 'mensão espiritualizada do esporte."Triani compara o pragmatismo dos'hooligans ao espírito contemplativo',;dos duelos de espada no budismo',Zen. "Um mestre Zen de espada nãòtem o desejo de vencer ou de destruir,'não é animado pelo ódio", diz. Já o,futebol europeu perdeu sua inocên-'cia. Os hooligans seriam a projeçãonas arquibancadas de uma estética. ;tramada nos vestiários, onde o que,vale, hoje, é a vitória a qualquer pre-,ço, c não o espetáculo. Novamente,. ,Giorgio Triani se ampara no nosso ,futebol: "Nas catedrais brasileiras,.,como o Maracanã ou o Morumbi,,arabescos desenhados por pés como,os de Zico asseguram aos torcedores, ',que, para cada um deles, há lugar,.-reservado no paraíso."

Para o professor Triani, o futebolbrasileiro não perdeu a dimensão de1fé, magia, sonho e encantamento que •

preserva os torcedores dos impulsos'-destrutivos e os conserva num estado1"semelhante ao do amor. "Os torcedo-;Hres brasileiros são homens enamora-' 'dos, enquanto os hooligans são ho-mens indiferentes", compara. Não se'sabe se Giorgio Triani está mudando1'suas teorias depois de ver em campoo futebol até aqui vitorioso, mas cer-tamente indiferente, da seleção deLazaroni. Os torcedores brasileiros, ^sempre bem-humorados, até aqui:-,confirmaram as idéias de Triani. Dãó'aos hooligans lição de fair play e civi-lidade.

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JORNAL. DO BRASIL domingo, 24/6/90 O Esportes O 11

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Fã-clube de Senna está

pronto para comemoração

Gerhrad Berger diz que Ayrton Senna é o melhor companheiro de equipe que já teve em toda a sua carreira

Berger não teme sombra de Senna

¦ O ex-número 1 da Ferrari se acostuma a ser o número 2 da McLaren

Rutli de Aqui noCorrespondente

CIDADE DO MÉXICO — E difícil¦correr à sombra de Ayrton Senna, ser>o número 2 da equipe campeã da Fór-mula I? Muito. Quem admite "umaenorme pressão na cabeça" c o aparcn-temente calmo austríaco Gerhard Ikr-ger. ex-Ferrari e hoje McLaren. "Nãoestá fácil para mim essa pressão toda.Não consigo ficar frio o suficiente. Nor-malmente nas outras equipes, como aBenetton c a Ferrari, os outros pilotos éque estavam mais ou menos na minhasombra. Agora, na McLaren, preciso meacostumar com essa nova situação. Maseu sabia que ia ser duro e mesmo assimescolhi esse caminho. E lhe digo queestou muito feliz", disse Berger. cara degaroto aos 30 anos, com uma filha de 10anos da primeira mulher.

Relaxado, simpático, Berger — umdos mais procurados pela legião de mo-ças dedicadas a roubar aos pilotos beijosà queima-roupa — falou ao JORNALDO BRASIL no Hotel Ritz Carlton, emMontreal, na véspera de queimar a larga-da no Grande Prêmio do Canadá, cmmais uma prova de sua mdisfarçável an-siedade para passar à frente de Senna.

"Você sabe que Ayrton é muito rápi-do. De qualquer forma, se dermos umaolhada no histórico da temporada, nin-guém esteve tão perto dele quanto eu.Mas devo admitir que cie é um pilotoexcelente. Acho que ele também está sen-tindo a pressão que venho fazendo mas oAyrton tem uma cabeça muito mais fortedo que a minha. Com um período tãolongo de sucessos, potes, vitórias, voltasmais rápidas, você acaba ficando maisforte e consegue relaxar", disse o louroBerger, o mais alto piloto da F 1.

No GP de San Marino ano passado,viu a morte de perto, ao rodar na curvamais rápida da pista de Imola, Tambu-rello, em sétima marcha, a 280 quilô-metros por hora. Ele bateu de frente,incendiando sua Ferrari. Milagrosamen-te. Berger não sofreu quase nada eperdeu apenas um GP, o de Mônaco.Foi exatamente no circuito situado numparque no subúrbio da Cidade do Méxi-co que. no ano passado, Berger voltou àspistas após o acidente em Imola, com asmãos ainda seriamente queimadas e en-voltas em bandagens.

Mansell— Na temporada atual, amesma curva de Tamburello, em Imo-Ia, reservou-lhe um incidente desagra-dável com Nigel Mansell: o Inglês oacusou de ter fechado sua Ferrari, le-vando-o a dar uma rodada de 360 grause. mais tarde, a abandonar a corridacom problemas no carro. Berger, apósa corrida, lamentou o episódio e Man-sell saiu furioso do autódromo, indodireto de helicóptero para sua casa naIlha de Man.

Também em Imola Berger largouantes da luz verde, mas não recebeupenalizaçào. É mais um indicio de que,embora esteja numa equipe que consi-dera a melhor do mundo, sente queprecisa trabalhar muito para vencer. "Defora, todo mundo pensa: Ah, o Ayrtontem um senhor carro. Então se eu tam-bém tiver serei tão rápido quanto ele.Mas não é assim. Quem está longe nãoimagina como ele trabalha duro, comocie se concentra e se dedica"

Às vésperas de correr seu centésimoGP, Senna, tão acossado por criticasano passado, pode orgulhar-se da ad-miração que desperta em seu novo com-panheiro de equipe. "Realmente, gostodele bastante", disse Berger, elogiando a

honestidade do brasileiro. "Sobre a brigacom Prost não posso dizer quem estavacerto. Mas não tenho problema algumcom Ayrton. E, quanto ao fluxo de in-formações, nós somos muito abertos etentamos nos comportar da mesma for-ma no circuito. Ele é o melhor compa-nheiro de equipe que eu já tive em minhavida. Não gostaria de trocar com ne-nhum outro, mesmo sendo difícil paramim", afirmou, candidamente, o pilotoaustríaco.

Nascido numa das regiões mais be-Ias da Áustria, o Tirol, hoje um de seusspots preferidos para esquiar no iqver-no, Berger começou a correr profissio-nalrçicnte muito tarde, aos 21 anos, por-que o pai era contra. "Ele não tinhamedo. Só achava que ia gastar muitodinheiro e não ia ganhar nada em troca.Meu pai é muito prático. Hoje, ele adoraque eu corra", diz Berger, rindo muito,sem qualquer ressentimento.

Diversão — Quando tornou-se pi-loto, livre já da mesada paterna, nemsonhava em participar da Fórmula 1."Corria para me divertir". Mas os re-sultados na Fórmula 3 foram tão ani-madores que o estimularam a traba-lhar com mais afinco e seriedade e.depois de apenas 40 corridas, no ano de1984, ele já estava na categoria máxi-ma do automobilismo.

Berger — que hoje tem uma vida tãopacata quanto possível cm Mônaco comsua segunda mulher — reconhece estarcom "muita fome" de ganhar. "Achoque as perspectivas melhoraram paramim na McLaren. Na Ferrari, não haviachance de ganhar. Éramos sempre o se-gundo time. Nós éramos rápidos, mas abloodv McLaren estava sempre na frenteda gente". E agora, não é Senna que estásempre na sua frente? Será que, antes da

corrida, não surge um desejo, lá no fun-do, de que Senna tenha algum problema?"Acho que, se eu pensar que só tenhochance de ganhar se Ayrton tiver umproblema, aí tenho que desistir da F1".

Ale si — E o francês Jean Alesi, daTyrrel? E mesmo, na sua opinião, agrande e nova sensação, da F 1? Bergerescolhe as palavras: "É uma boa per-gunta. Acho que ele tem talento, é umbom piloto, mas as condições favore-cem boas performances suas. O tipo depneu que ele está usando, com maisaderência, permite que vá mais rápidonas curvas e também que ele saia dapista e volte. E isso parece fantásticona televisão, como show. Seu carro éum dos bons no momento. O motortem menos potência (oito cilindros) masele pode compensar com a aerodinâmicada Tyrrel. O torque do motor também ébom. Não quero com isso reduzir seuvalor. Ele é bom, é rápido, não cometemuitos erros. Mas tem muito a apren-der".

Nesse momento, Berger lembra suaprópria situação, na Benetton em 86."Todo mundo começa a falar em você,em busca de novos talentos. Mas aivocê tem que escalar a montanha e láem cima o ar é tão rarefeito que vocêcomeça a errar mais". Será que Alesinão tem sido um pouco ousado demais,a ponto de prejudicar outros pilotos,como fez com Piquet em Imola? "Nóstodos somos assim nessa idade", con-cede Berger. "O que eu já fiz na pista...Em Hockenheim, na Alemanha, andeia 300 km por hora para ultrapassardois carros na grama. Mas hoje mudei.Não dá para arriscar a vida dessa for-ma. Mas isso só vem com a idade, aexperiência. Alesi um dia muda sua cabe-ça"

Manoel Francisco BritoCorrespondente

, PORTLAND, EUA — Ao final datemporada passada, a sabedoria da Fór-mula Indy dava como favas contadasque este seria o ano da Porsche. A.teoria tinha alguma base na realidade.Teo Fabi, do meio de 1989 em diante, se"colocou sempre entre os cinco primei-ros e chegou inclusive a ganhar umacorrida. Os resultados eram prova deque a equipe tinha finalmente, depois•de três anos, conseguido acertar seumotor para fazer frente aos Chevy V-8,dos carros das principais eqaipes da"Indy.

¦' Como se não bastasse, a Porscheprometia trazer às pistas este ano umrevolucionário chassi March, mais fi-

(no e todo em fibra de carbono. Aocontrário do esperado, porém, o de-

. sempenho da Porsche este ano é desa-pontador. E a equipe não desmente os

.rumores de que estaria pensando in-clusive em abandonar a Fórmula Indy,

-ao fim do campeonato. Se isso aconte-

cer, os donos das outras equipes daCart — entidade que organiza a Indy -terão que jogar a culpa sobre eles mes-mos.

A Porsche não tem dúvida quanto àrazão para os péssimos resultados. "Nãonos deixaram usar nossos chassis", recla-ma Steve Brown, porta-voz da firma ale-mà nos EUA. O choro tem razão de ser.A equipe, no fim do ano passado, con-sultou a Cart se poderia construir e usarum chassi de fibra de carbono. KirkRussel, diretor-técnico da entidade, deusinal verde para as pesquisas.

Depois de tudo pronto e alguns tes-tes indicando que a expriéncia tinhatudo para se converter em grande su-cesso, os alemães foram avisados deque o conselho de diretores da Cart,duas semanas antes do começo da tem-porada, decidira decretar seus chassi ile-gais. "E um típico caso de legislação emcausa própria", acusa Brown. "O resul-tado disso tudo é que, às vésperas docampeonato, fomos obrigados a começara fabricar um carro do zero", conta Fa-bi.

De fato. Todo o carro da Porsche, o90P, das dimensões do motor à aerodi-nâmica, foi construído a partir dos chasside fibra de carbono. Sem este, o resto dasinovações técnicas criadas pela equipeficaram imprestáveis. "E aí a gente teveque transformar o boxe num imenso la-boratório", recorda John Andretti, se-gundo piloto da equipe. Eles já tentaramtudo. Trocaram a caixa de marchas delado, mas aí ficaram sem lugar para ms-talar o turbo do motor. Decidiram colo-cá-lo na frente do motor e acabaramperdendo espaço para o tanque de óleo,que foi instalado no lugar original dacaixa de marchas. "Em Detroit, mexe-mos em tudo para deixar tudo no mesmolugar e o resultado também foi o mesmodas outras corridas". Fabi e Andrettiabandonaram a prova.

Aqui em Portland, onde Fabi conse-guiu a pole-position em 1989, o primei-ro treino não foi nada animador. Fabificou com o 27° tempo. Andretti foimelhor, mas não passou do 13° lugar."E duro perceber que você regrediu emrelação ao ano passado", lamenta An-

Passa bem goleiro que

teve parada cardíaca

Placar JB

PORTO ALEGRE — O goleiro' Barbirotto, do Caxias, passa bem e jájfòi retirado o coágulo no seu crânio, em-cirurgia encerrada às 3h30 da madruga-da de ontem, no hospital da PUC. Nanoite anterior, numa partida com o In-ternacíonal, em pleno estádio Beira-Rio. Ele sofreu traumatismo craniano eteve parada cardíaca. Exames no Hos-pitai São Lucas, da PUC, comprova-ram fratura e afundamento do osso pa-rietal no crânio e fraturas no maxilar eno nariz.

Barbirotto, ontem de manhã, estavarecolhido á UTI do hospital, mas se-gundo o primeiro boletim médico, pas-sava bem e já estava movimentando osbraços e pernas e começava a falar.Melhor goleiro dos times do interior,Barbirotto chocou-se com o zagueiroMarques, seu companheiro de equipe,sofrendo a lesão e a parada cardíaca.

Enquanto os médicos, no campo, fa-ziam um atendimento de emergência, osjogadores dos dois times choravam emvolta do goleiro.

Segundo o médico que realizou acirurgia, Antônio Zhema, o atleta co-meça a se recuperar e, após a realizaçãotambém de duas tomografias, consta-tou-se que não existe mais o coágulo nocrânio, e que ele está se recuperando.Até a lesão do goleiro, o Caxias jávencia por 2 x 0, e terminou a partidaderrotando o Internacional por 3 x 1.

Em Caxias do Sul, o Grêmio ficoucom um ponto extra para a final docampeonato, ao empatar sem gols como Juventude. Com isso, Grêmio, Inter-nacional e Caxias estão classificadospara o quadrangular final do campeo-nato gaúcho. O quarto participante serádefinido quarta-feira, na partida entreJuventude e Ipiranga.

Eastbourn*,.Inglaterra — Rautar

WJti

TENISTorneio de ¦artboum*(Inglaterra)Final: Maitlna Navratllovi (EUA) 0/0 • 6/2 QretctienMagora (EUA)mmmmssmAmistoso(Buenos Aires. Argentina)Argentina 120 » 101 Scoref Internacional (EUA)

Aberto de l~(Nova Iorque, EUA)Segunda volta. 1* Amy Alcott (EUA) 134; 2* Kathy

Navratilovavenceu afinal de

Eastbourne

Poatlewalt (EUA) e Patty Sheeban (EUA) 136Aberto de Harrteon(Estados Unidos)Segunda volta. 1* Blalne McCallIster (EUA) 67 2*Jay Haas (EUA) 67

HÓQUEIBMW Trophy(Amstelveen, Holanda)Alemanha Oc 3 x 2 AustráliaGrA-Gretanha 3 x 1 EspanhaClassificação 1* Austrália. Alemsnha e Paquistão 74* Holanda 6

SÃO PAULO — Principal lã-clubede Ayrton Senna no Brasil, com 2.200associados, a TAS — Torcida AyrtonSenna — não pensou em nada especialpara comemorar a centésima corrida dopiloto, hoje, no México. Mas prepara-se, com faixas e troféu, para recepcionarseu ídolo após o GP da Alemanha, dia27 de julho, quando os diretores daTAS calculam que Ayrton irá comple-tar sua 50° pote, recorde absoluto nacategoria."O Ayrton já tem 46 poles e nósestamos contando que ele faça as qua-tro restantes nas próximas corridas —

México, França, Inglaterra e Alemã-nha", aposta Adilson Carvalho de Al-meida, 28 anos, que divide seu tempoentre o trabalho de bancário e a presi-dência da TAS em São Paulo, ondeacontecem as principais atividades daentidade fundada em maio de 1988, emBrasília, onde está concentrada a maiorparte dos associados.

Adilson considera importante amarca de cem corridas atingida porAyrton, "ainda mais que ele esteve paraabandonar a carreira por causa de Jean-Marie Balestre, presidente da Fisa".

Os GPs de Senna

Porsche ameaça abandonar a Indy

¦ Equipe alemã se irrita com proibição do seu chassi de fibra de carbono

dretti. Para piorar, a Porsche perdeu oengenheiro que estava desenvolvendo ocarro, Tony Cicale, para a Newman-Haas, equipe de Mario e Michael An-dretti

Irónicamcnte, foi Carl Haas. um dosdonos da equipe, que iniciou a campa-nha contra o chassi de carbono. Haas éo representante nos Estados Unidos doschassi Lola, que ganharam quatro dascinco corridas deste. A Porsche não deci-diu o que fará daqui para a frente. Emteoria, o uso de chassi de fibra de carbo-no está liberado para o ano que vem,mas a equipe tem dúvidas sobre se auidaestará correndo nos EUA

"A decisão da Cart foi um traumapara nós", diz Brown. "Queremos per-manecer aqui, mas não nessas condi-ções." Se a Porsche sair da Indy, vaiser um trauma para a Cart, que estáem franco processo de internacional')-zar sua categoria e não se pode dar aoluxo de, nesse objetivo, perder o apoiode um fabricante europeu do porte doalemão.

OP Data Largou Chegou Observafio

Brasil 25/03 17° NC AB10* voltaAf.Sul 07/04 13° 6°B6lgica 29/04 19° 7"San Marino 06/05 NL —Franpa 20/05 13° NCMdnaco 03/06 13° 2° OP interrompidoCanada 17/06 9° 7°EUA (Detroit) 24/06 7° NC AB 22* voltaEUA (Dallas) 08/07 6° NC AB 10* voltaInglaterra 22/07 7° 3°Alemanha 05/00 9° NC AB 5* voltaAustria 19/08 10° 14°Holanda 26/08 13° NC Anuncia ida p/ LotusItalia 09/09 NL —Europa(RFA) 07/10 12° NC AB inlcio corridaPortugal 21/10 3° 3° SaidaToleman

Brasil 07/04 4° NCPortugal 21/04 1° 1°San Marino 05/05 1° NC AB 57* voltaMonaco 19/05 1° NCCanada 16/06 2° 16°EUA (Detroit) 23/06 1° NCFranpa 07/07 2° NC AB 10* voltaInglaterra 21/07 4° NC AB 60* voltaAlemanha 04/08 5° NCAustria 18/08 14° 2°Holanda 25/08 4° 3°Italia 08/09 1° 3°B6lgica 15/09 2° 1°Europa 06/10 1° 2° ProstcampeSoAfrica do Sul 19/10 4° NCAustralia 03/11 1° NC

Brasil 23/03 1° 2°Espanha 13/04 1° 1° 100* pole da LotusSan Marino 27/04 1° NC AB 12* voltaMdnaco 11/05 3° 3°B6lgica 25/05 4° 2°Canada 15/06 2° 5°EUA (Detroit) 22/06 1° 1°Franpa 06/07 1° NC Bate 3* voltaInglaterra 13/07 3° NCAlemanha 27/07 3° 2°Hungria 10/08 1° 2°Austria 17/08 8° NCItalia 07/09 5° DPortugal 21/09 1° 4° falta gasolina no finalMexico 12/10 1° 3°Autraha 26/10 3° NC AB 43* volta

Brasil 12/04 3° NC AB 50* voltaSan Marino 03/05 1° 2°B6lgica 17/05 3° NC AB 1* voltaMdnaco 31/05 2° 1° 1 * vit susp hidraul.EUA (Detroit) 21/06 2° 1°Franqa 05/07 3° 4°Inglaterra 12/07 3° 3°Alemanha 26/07 2° 3°Hungria 09/08 6° 2°Austria 16/08 7° 5°Italia 06/09 4° 2°Portugal 20/09 5° 7°Espanha 27/09 5° 5°M6xico 18/10 7° 10°JapSo 01/11 9° 2° Piquet campeSoAustralia 15/11 4° 2° desclassificado

Brasil 03/04 1" D na 31* voltaSan Marino 01/05 1° 1°Mflnaco 15/05 1° 11°M6xico 29/05 1° 2°Canada 12/06 1° 1°EUA (Detroit) 19/06 1° 1°Franpa 03/07 2° 2°Inglaterra 10/07 3° 1°Alemanha 24/07 1° 1°Hungria 07/08 1° 1°B6lgica 28/08 1° 1°Italia 11/09 1° NCPortugal 25/09 2° 6°Espanha 02/10 1° 4°JapSo 30/10 1° 1° Senna campeSoAustralia 13/11 1° 2°

Brasil 26/03 1" 11°San Marino 23/04 1° 1°Mdnaco 07/05 1° 1°Mexico 28/05 1° 1°EUA (Phoenix) 04/06 1° NCCanada 18/06 2° NCFranpa 09/07 2° DInglaterra 16/07 1° NC AB 12* voltaAlemanha 30/07 1° 1°Hungria 13/08 2° 2°B6lgica 27/08 1° 1°Italia 11/09 1° NCPortugal 24/09 1° NCEspanha 01/10 1° 1°japSo 22/10 1° D Prost campeftoAustralia 05/11 1° 15"

EUA (Phoenix) 11/03 5° 1° bras. + vitdriasBrasil 25/03 1° 3°San Marino 13/05 1" NCMdnaco 27/05 1° 1°Canada 10/06 1° 1°

NL=nSo largou/ NC = n8o completou/ D = desclassificado/ AB =abandono

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JORNAL DO BRASIL 2" Edição ? domingo, 24/6/90 O Esportes 0 11'

Pedido de Senna favorece

Berger no México

Cidade do MAxico — AFP

Ruth de AquinoCorrespondente

CIDADE DO MÉXICO — AyrtonSenna conseguiu que a Fisa mudasse aposição do pole na pista, mas quemlargará em primeiro, hoje, no GP doMéxico, é seu companheiro de equipena McLaren, Gcrhard Berger. "Dessavez, vou tomar muito cuidado para nãoqueimar a largada", disse o austríaco,que no último GP, no Canadá, foi pe-nalizado por largar antes de acender aluz verde. O brasileiro corre hoje sua100* prova. Ele larga em terceiro lugar,atrás ainda do belga Thierry Boutsen,da Williams. A Rede Globo anunciatransmissão para 17h55, se o jogo Ale-manha x Holanda, pela Copa do Mun-do, não tiver prorrogação."É uma questão de estatística",brincou Senna. "Sei que, para mim, édiferente não largar na frente. Mas issoé inevitável. Não dá para ficar sempresaindo na pole", acrescentou, sem expli-car direito por que seu carro não tevedesempenho tão bom quanto o de Ber-ger.

"Com tanque cheio pela manhã, ocarro estava andando bem, mas comtanque vazio à tarde, não. Só no fimdos treinos consegui acertar e obter umbom equilíbrio, mas a pista estava maislenta. Por isso acho que meu tempo foibom."

Berger, que fez seu melhor temposexta-feira (Iml7s850), disse que ele eSenna escolheram diferentes soluçõespara seus carros. "Tentamos coisas di-versas. E a solução nunca é a perfeita",explicou, elogiando muito seu carro. Oaustríaco afirmou não ter decidido ain-da que tipo de pneu deverá usar hoje.Ano passado, a decisão de misturardois compostos de pneus contribuiu de-cisivamente para a vitória de Senna.Este ano, está mais difícil ainda esco-lher, segundo o brasileiro, porque aGoodyear está com três tipos diferentesde pneus de corrida.

Berger queixou-se especialmente deuma forte ondulação na última curva,mais perigosa de todas, chamada Peral-tada. "Estava um rio ontem (sexta-fei-ra), de manhã e de tarde, e hoje (ontem)pela manhã. E se existe uma curva ondeisso não deveria existir, é essa. Esperoque as pessoas aqui verifiquem isso bemc tentem melhorar. Se chover durante acorrida, acho que será o ponto maisperigoso da pista."

Inversão — O austríaco será be-neficiado por uma iniciativa de Senna.Sexta-feira, o brasileiro abordou Ro-.land Bruynserade, inspetor da Fisa, epediu que ele modificasse a posição dopole-position.

"Da mesma forma queera no Canadá, e depois foi modificado,aqui no México o pole estava numaposição desfavorável, do lado de dentroda pista, onde o asfalto está mais sujo, ecom menos aderência. Como a primeiracurva após a largada é bem distante,acaba não fazendo diferença sair em

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Os GPs de Senna

Senna (E) e Berger lado a lado no boxe. No grid, porém, o austríaco está melhor

primeiro ou em segundo", ponderou,sem saber se seria prejudicado pela mu-dança, pois não participara ainda dostreinos cronometrados.

Ontem, Bruynserade confirmou quea posição da pole será mudada já no GPde hoje e que passará a ser do lado de

fora da pista. "Acho que nunca estou

muito velho para aprender", admitiu oinspetor da Federação Internacional deEsporte Automobilístico. "Nós demosuma olhada e percebemos que a consi-deração de Senna tinha razão de ser."

Por muito pouco, Senna não foi pre-

Qrid do México1. Gerhard Berger Áustria McLaren 1m17s2272. Riccardo Patrese Itália Williams 1m17s4983. Ayrton Sonna Brasil McLaren 1m17s6704. Nigel Mansell Inglaterra Ferrari 1m17s7325. Thierry Boutsen Bélgica Williams 1m17s8836. Jean Alesi França Tyrrel 1m18s2827. Pierluigi Martini Itália Minardi 1m18s5268. Ndson PlqiMt Brasil Benetton 1m18s5619. Satoru Nakajima Japão Tyrrel 1m18s575

10. Stefano Modena Itália Brabham 1m18s59211. Derek Warwick.... Inglaterra Lotus 1m18s59112. Martin Donnelly...Inglaterra Lotus 1m18s99413. Alain Prost Francês Ferrari 1m19s02614. Alessandro Nannini.... Itália Benetton 1m19s22715. Andréa de Cesaris Itália Dallara 1m19s86516. Paolo Barilla Itália Minardi 1m19s89717. Michele Alboreto Itália Arrows 1m19s94118. Emanuele Pirro Itália Dallara 1m20s04419. Aguri Suzuki Japão Larrousse 1m20s26820. Olivier Grouillard .... França Osella 1m20s27421. David Brabham Áustria Brabham 1m20s44722. Philippe Alliot França Ligier 1m20s65723. Gregor Foitek Suiça Onyx 1m21s11624. Nicola Larini Itália Ligier 1m21s11625. Eric Bernard França Larrousse 1m21s27326. J.J.Lerto Finlândia Onyx 1m21s519

Sullivan sai na frente

em Detroit

¦ Émerson enfrenta problemas no seu carro e cai duas posições no \grid9

Manoel Francisco BritoCorrespondente

PORTLAND, EUA — O tempo, en-solarado e bem mais fresco que na sexta-feira, apresentava condições ideais pa-ra que os pilotos conseguissem andarmais rápido, no último treino de cias-sificação para as 200 milhas de Por-tland. Mas, inexplicavelmente, poucospilotos melhoraram suas marcas, e aposição de partida para a prova perma-neceu praticamente inalterada. Na pri-meira fila, largam Danny Sullivan e Mi-chael Andretti. Logo atrás, vêm AlUnser Jr. — que, na sexta-feira, nãopassara da nona posição — e MarioAndretti.

Depois, partem Bobby Rahal — ou-tro que conseguiu melhorar sua marcaanterior — e Rick Mears. Émerson Fitti-paldi continuou com problemas e caiu dasexta para a oitava posição no grid. Aseu lado, estará Eddie Cheever. "O carroestá muito pior que antes", suspirou obrasileiro. Antes de entrar na pista, seusmecânicos descobriram que a embrea-gem do carro estava quebrada. "Troca-mos tudo em vinte minutos, mas elacontinua não funcionando bem."

Émerson também continuou tendoproblemas com a potência do motor e

com a estabilidade. "Continuo lento nasretas e agora, nas curvas, estou saindo defrente." Seu desempenho e o de Mearsprovocaram longa reunião no boxe, en-tre Roger Penske, proprietário da equi-pe, Teddy Mayer, chefe de boxe deEmerson, e os dois pilotos. Durante al-gum tempo, eles ficaram tentando resol-ver um mistério. Seus carros foram ajus-tados do mesmo modo que o terceirocarro da equipe, pilotado por DannySullivan, mas os resultados foram diame-tralmente opostos."Não sei o que está acontecendo",contou Émerson. "Os carros estão iguaisde acerto, mas diferentes de direção." Opiloto lembrou que esse é o mesmo carroutilizado em Detroit, e que, naquela cor-rida, também estava contente em termantido o segundo lugar no grid. "Meu

carro não estava bem hoje. Enfrenteiproblemas na estabilidade e duvido queconseguisse passar Sullivan. Pelo menos,fiquei onde estava."

Raul Boesel, que teve grave acidentepela manhã e foi obrigado a entrar naúltima sessão de treinos com carro reser-va, também não tinha muito que recla-mar. "Virei mais rápido com esse carroque com o outro", disse ele, que avançoudo décimo quinto para o décimo segundolugar no grid. "Agora á tarde, vamostrabalhar para regular melhor o acelera-dor. Ele está muito sensível. Qualquertoquinho, e o carro sai que nem umfoguete. Assim, fica perigoso de guiar."

Da lndy a F 1 — Al Unser Jr.confirmou que está sendo contatado pa-ra correr na Fórmula I ano que vem. A

Melhores do 'grid'1. Danny Sullivan Penske/Marlboro . 56s6 195,2 km/h2. Michael Andretti Newman/Haas 56s8 94 km/h3. Al User Jr Kraco/Galles 57s 193,8 km/h4. Mario Andretti Newman/Haas 57s2 193,2 km/h5. Bobby Rahal Kraco/Galles 57s3 193 km/h6. Rick Mears Penske/Penzoil .... 57s5 192,8 km/h7. Eddie Cheever Target 57s6 192,7 km/h8. Émerson Flttlpaldl Penske/Chevy 57s7 192,5 km/h

Ontem na Gávea Placar JB

1* Páreo: Io Exotic Fame J.Ricardo 2oPerhaps Love M.Cardoso 3o PajelançaE.S.Gomes — Vencedor(2)2,0 D.Inexa-ta(24)l,5 Placês(2)l,0 e (4)1,0 D.Exata(2-4)4,3Triexa ta(2-4-5)9,2Tempo: lm31sl/5.2*Pireo: Io Sirranuk J.Pessanha 2o NoroJ.M.Silva 3o Duaitina J.Ricardo — Vence-dot( 1)6,7 D.Inexata(14)19,8 Placés(l)3,7 e(4)2,8 D.Exata(l-4)42,9 Triexata(l-4-5)64,4Tempo: lm24s2/5.3o Páreo:(GP/Gr.I) Io Ad UsundelphiniJ.M.Silva 2o Fórum Sky J.Ricardo 3o LoveBoy J.Pessanha — Vencedor( 1)1,0 D.Ine-xata( 15)3,4 Placês(l)l,l e (5)1,4 D.Exata(l-5)3,1 Tríexata( 1 -5-3) 15,9 Tempo: 3m05s2/5.4° Páreo: Io Le Professeur M.A.Santos 2oHg.ir Dresser J.Aurélio 3o LitiganteA.L.Sampaio — Vencedor(2)8,2 D.Inexa-ta(2-l 1)33,1 Placês(2)5,7 e (11)4,6 D.Exa-ta(2-l 1)95,3 Triexata(2-11-7)1.688,20 Tem-po: lm37sl/5.5® Páreo: 1° Indian Chres J.M.Silva 2°Governatore J.Ricardo 3o Ante TodoF.Pereira P — Vencedor(7)2,2 D.Inexa-ta(67)3,3 Placês(7)l,5 e (6)1,6 D.Exata(7-6)3,3 Triexata(7-6-5)ll,5 Tempo: Im30s2/5.

6° Páreo: 1° Gabbatore J.M.Silva 2° MonDaniel J.Ricardo 3° Nartaja C.G.Netto —Vencedor(4)2,7 D.Inexata(45)l,6 Pia-cês(4)l,9 e (5)1,2 D.Exata(4-5)4,0 Triexa-ta(4-5-6)18,l Tempo: lm31sl/5.7° Páreo: GP ABCCC — 1° Villach KingC.Lavor 2o Vuarnet A.L.Sampaio 3° Im-plausible J.M.Silva — Vencedor(5)3,2 D.I-nexata(55)21,4 Placê único(5)3,9 D.Exa-ta(5-5)26,9 Triexata(5-1-2) 19,9 Tempo:lm34s4/5.8° Páreo: 1° Golden Dancer J.M.Silva 2°Quejat M.Penafiel 3o Uncle Yuka J.Pinto

Vencedor(l)l,9 DInexata(l5)14,9 Pia-cês(l)l,9 e (5)4,5 D.Exata( 1-5)24,3 Triexa-ta(l-5-2)312,8 Tempo: 2m04s4/5.9° Páreo: 1° Aymorè Alegre J.Ricardo 2°Self-Control C.Lavor 3° Enjov YnnralfM.Almeida — Vencedor(3)l,4 D.Inexa-ta( 13)2,8 Piacês(3)l,2 e (1)1,3 D.Exata(3-.1)4,1 Triexata(3-1-4)34,7 Tempo: Im44s2/

10° Páreo: 1° Galhofeiro CAMartins 2oGinaluz A.Ramos 3o Fajran E.R.FerreiraVencedor(3)6,5 D.Inexata(39)l 1,0 Pia-cês(3)2,l e (9)1,9 D.Exata(3-9)2l,0 Triexa-ta(3-9-2)218,0 Tempo: lm 10.

FUTEBOLCampeonato BquatorianoNacional 1x1 AucasDeportivo Quito 1*0 BarcelonaFllanbanco 1x0 Liga da QuitoEmelec 2x1 CuancaTécnico Universitário 2x0 MaçaraJuventus 0x0 DelflnClassificação: 1* Nacional 23; 2* DeportivoQuito 21

Circuito da Outono ATC(Fluminense)Terceira etapaQuartas-de-finalRoberto Calvet 7/6,4/6,6/4 Renato CitoAfonso Pereira 6/3,6/0 Atila SantoaSemifinaisRicardo Corrêa 7/5,8/3 Strpln BflrnrrnAfonso Pereira 6/2,6/2 Roberto CalvetTomoio da Eaatbouma(Inglaterra)Final: Martina Navratilova (EUA) 6/0 e 6/2Qretchen Magers (EUA)Ciáaaleo Wantwortti(Inglaterra)Final: Guy Forget (Fra) 7/5, 3/6 e 6/3 Henrlloconte (Fra)

Tornalo da Wfrral(Hoylake, Inglaterra)Final: Mllotlav Mecir (Tch) 1/6, 7/5 e 6/3Yannick Noah (Fra)Tomaio da Manchaatar(Inglaterra)Final: Peta Sampraa (EUA) 7/6 (11/9) e 7/6(7/3) Gllad Bloom (Isr)

GOLFE

Aborto da Manda(Dublin)Terceira volta (par 72): 1" Jose Maria Olaza-bal (Esp) e Marc Ferry (Fra) 210; 3* FrankNobllo (NZL) 212Abarto da Rochaatar(Nova Iorque, EUA)Segunda volta: 1" Amy Alcott (EUA) 134; 2*K.thy Pn.tlaamll (t-IIA) « P.wy gh—l^n(EUA) 136

BASQUETEAmlstooo(Buenos Aires, Argentina)Argentina 120 x 101 Scorer Internacional(EUA)

judicado pelo perfeccionismo. Nos últi-mos minutos dos treinos de ontem, es-tava na segunda posição, comIml7s670, mas Riccardo Patrese virouem Iml7s498, garantindo a segundaposição, na primeira fila. Pelo menosSenna largará do lado certo da pista."Vou acabar saindo do lado de fora,onde o asfalto é melhor e tem maisaderência", disse ele, que, hoje pela ma-nhã, às 9h (hora local), receberá umahomenagem da McLaren, por seus 100GPs.

Já Nelson Piquet, disse que está an-dando tudo que pode com sua Benet-ton. Conseguiu melhorar seu tempo emcinco décimos de segundo. "Estou an-dando na Peraltada com pé embaixo."Acredita que não precisará parar paratrocar pneus na prova. "Com tanquecheio, o carro está bom demais."

Dois brasileiros se frustraram on-tem. Roberto Moreno foi desclassifica-do porque, após rodar, seu Eurobrunfoi empurrado. "Estou muito desapon-tado, porque meu chefe de equipe, Pa-vanello, recebeu o comunicado da Fisade manhã, e como era em inglês, colo-cou na mala dele e nem leu." MaurícioGugelmin não teve melhor sorte. Usouos dois jogos de pneus de.classificação átarde, mas não conseguia andar direitocom seu Leyton House titular. A 15minutos do fim, recorreu ao reserva."Quando estava fazendo Im21s6, aca-bou a gasolina no final da reta."

equipe mais interessada até agora, se-gundo o piloto, é a Williams. "Eles metelefonaram, semana passada, pedindoque eu fosse á Inglaterra testar o carroe discutir bases para um futuro con-trato. Mas o calendário da lndy impe-diu que eu deixasse a América do Nor-te. Talvez em agosto eu faça a viagem."

Al Jr. considera a Williams umaequipe forte, mas certamente estaria me-nos reticente se o convite tivesse vindo daMcLaren ou Ferrari. Além da equipe,outro forte motivo para não ir para aEuropa é o excelente relacionamentopessoal com o chefe de sua equipe, RickGalles, que, no entanto, já começou aprocurar substitutos para se precaverquanto a uma eventual ida de seu pilotopara a Fórmula-1.

Dinheiro não seria problema. Al Un-ser acha que receberia por volta deUS$ 4 milhões, bem mais do que os US$1 milhões ganha por ano na lndy. Quemtambém continua estudando a possibili-dade de ir para a Europa é MichaelAndretti, que tem conversado com aMcLaren e a Ferrari, segundo BernieEcclestone, que tem interesse na presençade um americano na F 1, para ver seconsegue conquistar o mercado do país,que há anos esnoba sua categoria.

? A marca de 100 Grandes Pre- Desde que estreou na catego-miosde Formula 1, que Ayrton ria, no GP do Brasil de 1984,Senna completa hoje, no Mexi- pela Tolleman (no ano seguinte,co, e apenas mais um numero ja estava na Lotus, onde ficouexpressivo na carreira de um ate 1987), Senna ja obteve 46piloto destinado a bater recor- poles-positions, recorde absolutodes. Das 99 provas que dispu- na F 1. E foi o terceiro brasileirotou, por tres equipes diferentes, a se sagrar campeao mundial —venceu 23 — tem o maior nume- depois de Emerson e Piquet. Foiro de vitorias entre os brasileiros em 1988, seu primeiro ano nada Formula 1; Nelson Piquet McLaren, quando teve oito vi-tem 20; Emerson Fittipaldi, 14; e torias, recorde de um piloto nu-Jose Carlos Pace, uma. ma mesma temporada.

OP Data Largou Chagou Obaarva^Ao

Brasil 25/03 17° NC AB 10* voltaAf.Sul 07/04 13° 6°Bdlgica 29/04 19° 7°San Marino 06/05 NL —Franpa 20/05 13° NCMdnaco 03/06 13° 2° QP interrompidoCanada 17/06 9° 7°EUA (Detroit) 24/06 7° NC AB 22* voltaEUA (Dallas) 08/07 6° NC AB 10* voltaInglaterra 22/07 7° 3°Alemanha 05/08 9° NC AB 5" voltaAustria 19/08 10° 14°Holanda 26/08 13° NC Anuncia ida p/ LotusItalia 09/09 NL —Europa (RFA) 07/10 12° NC AB inicio corridaPortugal 21/10 3° 3° SaidaToleman

Brasil 07/04 4° NCPortugal 21/04 1° 1°San Marino 05/05 1° NC AB 57* voltaMdnaco 19/05 1° NCCanada 16/06 2° 16°EUA (Detroit) 23/06 1° NCFranpa 07/07 2° NC ABIO'voltaInglaterra 21/07 4° NC AB 60* voltaAlemanha 04/08 5° NCAustria 18/08 14° 2°Holanda 25/08 4° 3°Italia 08/09 1° 3°B6lgica 15/09 2° 1"Europa 06/10 1° 2° Prost campeaoAfrica do Sul 19/10 4° NCAustralia 03/11 1" NC

Brasil 23/03 1° 2°Espanha 13/04 1° 1° 100* pole da LotusSan Marino 27/04 1° NC AB 12* voltaMdnaco 11/05 3° 3°Bdlgica 25/05 4° 2°Canada 15/06 2° 5°EUA (Detroit) 22/06 1° 1°Franga 06/07 1° NC Bate 3* voltaInglaterra 13/07 3° NCAlemanha 27/07 3° 2°Hungria 10/08 1° 2°Austria 17/08 8° NCItalia 07/09 5° DPortugal 21/09 1° 4° falta gasolina no finalMexico 12/10 1° 3°Autraiia 26/10 3° NC AB 43* volta

Brasil 12/04 3° NC AB 50* voltaSan Marino 03/05 1° 2°B6lgica 17/05 3° NC AB 1* voltaMdnaco 31/05 2° 1° 1* vit. susp. hidraul.EUA (Detroit) 21/06 2° 1°Franpa 05/07 3° 4°Inglaterra 12/07 3" 3°Alemanha 26/07 2° 3°Hungria 09/08 6° 2°Austria 16/08 7° 5°Italia 06/09 4° 2°Portugal 20/09 5° 7°Espanha 27/09 5° 5°Mexico 18/10 7° 10°Japao 01/11 9° 2° Piquet campeaoAustralia 15/11 4° 2° desclassificado

Brasil 03/04 1° D na 31* voltaSan Marino 01/05 1° 1°Mdnaco 15/05 1° 11°Mexico 29/05 1° 2°Canada 12/06 1° 1°EUA (Detroit) 19/06 1° 1°Franpa 03/07 2° 2°Inglaterra 10/07 3° 1°Alemanha 24/07 1° 1°Hungria 07/08 1° 1°B&lgica 28/08 1° 1°Italia 11/09 1° NCPortugal 25/09 2" 6°Espanha 02/10 1° 4°Japao 30/10 1° 1° Senna campeaoAustralia 13/11 1° 2°

Brasil 26/03 1° 11° *San Marino 23/04 1° 1° £Mdnaco 07/05 1° 1°Mexico 28/05 1° 1°EUA (Phoenix) 04/06 1° NCCanada 18/06 2° NCFranga 09/07 2° DInglaterra 16/07 1° NC AB 12" voltaAlemanha 30/07 1° 1"Hungria 13/08 2° 2°B6lglca 27/08 1° 1°Italia 11/09 1° NCPortugal 24/09 1° NCEspanha 01/10 1° 1°Japao 22/10 1° D Prost campeaoAustralia 05/11 1° 15°

EUA (Phoenix) 11 /03 fi° 1" bras. + vitdriasBrasil 25/03 1° 3°San Marino 13/05 1° NCMdnaco 27/05 1° 1°Canada 10/06 1° 1°

NL=n3o largou/ NC = n3o completou/ D = desclassificado/ AB =abandono

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Um emocionante acerto de contas em Milão

ALEMANHAHOLANDA

Hoje é o dia doacerto de contas.Alemanha e Ho-landa, além de de-cidirem uma vagapara as quartas-de-final, vão revi-ver um dos maio-res clássicos dofutebol mundial nos últimos 20 anos.Sua rivalidade começou com uma finalde Copa (Alemanha 2 a I, em 1974) epassou por uma semifinal do Campeona-to Europeu (Holanda 2 a 1, em 1988). Enão sera apenas um confronto de duasseleções. Estarão cm campo, cm ladosopostos, três jogadores da Inter (os ale-mães Brehmc, Matthãus e Klinsmann) etrês do Milan (os holandeses Rijkaard,Gullit e Van Bastcn). Duas equipes que,neste mesmo Estádio Giuseppe Meazza,dividem as paixões dos torcedores deMilão.

Nos jogos entre seleções, os holande-ses levam vantagem nos últimos doisanos. Além da vitória no Europeu, supe-raram os alemães em seu grupo nas eli-minatórias. depois de dois empates. E,entre os dois times italianos, o últimocampeonato revelou cquilibrio: no pri-meiro turno o Milan venceu por 3 a 0 e,no segundo, a Inter ganhou de 3 a 1.

Agora, Alemanha e Holanda encon-tram-se cm situações muito diferentes.Os alemães, depois de bela campanha naprimeira fase, são, teoricamente, os fa-voritos. Os holandeses decepcionaramnas três primeiras partidas, e ficaram emterceiro lugar no seu grupo — depois deum sorteio que jogou para hoje umapartida que todos imaginavam nas semi-finais ou até na decisão. Era essa a ex-pectativa de Klinsmann, atacante daAlemanha e da Inter. "Todos esperáva-mos esse jogo para mais adiante. Masnão tem jeito. Eles terão que ir para casamais cedo."

Seu companheiro na Inter, o lateral-esquerdo Brehme — que volta hoje de-pois de uma suspensão por cartões ama-relos — quer aproveitar o melhor prepa-ro físico de sua equipe. "Temos quepressioná-los durante os 90 minutos,porque, no joço contra o Eire, eles mos-traram que ainda não estão cm plenaforma." O treinador da Alemanha,Franz Beckenbaucr, confirmou a escala-ção do zagueiro Kohler, aue se recupe-rou de uma contusão, no lugar de Reu-ter, que sentiu o tendào de Aquiles apósa partida. Littbarski susbtitui Hãssler,também contundido.

Animação — Entre os holandeses, oclima é de animação. Todos acham que ojogo de hoje vai representar a recupera-ção da equipe. "Ate agora, jogamos seminspiração", disse o técnico Leo Bee-nhakker. "Por isso, enfrentar os alemãesserá muito importante para nós. Vamoscomeçar tudo de novo.' Ele espera que oatacante Marco Van Bastcn, do Milan,artilheiro do último Campeonato Italia-no, finalmente mostre a que veio nestaCopa.

INP/Horstmüller

História da rivalidade07/07/74 (Munique) Alemanha 2x1 Holanda (finaldo Mundial)18/06/78 (C6rdoba) Alemanha 2x2 Holanda (semifinal do Mundial)20/06/88 (Hamburgo) Alemanha 1 x Holanda (semifinal do Europeu)19/10/88 (Munique) Alemanha 0x0 Holanda (eliminatdrias)26/04/89 (Roterda) Holanda 1 x Alemanha (eliminatbrias)

Matthãus

Craque alemão

sonha com título

em sua 3a CopaT7I le é o maior idolo da Internazionale. E, atéXll agora, a grande estrela desta Copa do Mundo.Mas o apoiador Lothar Matthãus, 29 anos, sabe queo sonho de conquistar o titulo mundial — que viuescapar nas duas últimas Copas — pode terminarhoje, se ele e seus companheiros não repetirem odesempenho da primeira fase. E sabe, também, quedo outro lado, para tentar acabar com esse sonho,está seu grande rival: Ruud Gullit, do Milan,que ainda não mostrou sua melhor forma.

"Ele é um jogador perfeito", reconhece Mat-thãus, precavido diante da possibilidade de que, aqualquer momento, Gullit desencante de vez. Mas,talvez até para evitar que a tensão atinja um nívelinsuportável, o craque alemão faz questão de separarbem as coisas. "Este não será um jogo pelo Campeo-nato Italiano. É uma partida internacional, onde sedisputa uma vaga para as quartas-de-final." Mát-thãus não quer que a rivalidade entre as torcidas deInter e Milan se sobreponha á que, nos últimos anos,separa alemães e holandeses.

Matthãus não tem lembranças muito boas daHolanda. Na semifinal do Campeonato Europeu de1988, disputada em Hamburgo, na Alemanha Oci-dental, foi ele quem abriu o placar. A vaga nadecisão parecia certa, para afirmar de vez uma novageração de jogadores, da qual ele era o maior des-taque. Mas Koeman e Van Basten — este, nosúltimos momentos da partida — fizeram com que adona da casa amargasse a eliminação. Um traumaque Matthãus não quer viver novamente.

Para animar seu desejo de vingança, Matthãusrecorda que, na primeira fase, a Alemanha sobrou nacompetição. Marcou 10 gols em três jogos, e aplicouduas goleadas — 4 a I na Iugoslávia e 5 a 1 nosEmirados Árabes. Uma campanha em que ele de-sempenhou papel fundamental. Fez três gols, mos-trou muita movimentação, marcou, driblou e lançou,sempre com categoria. Se mantiver o nível que temdemonstrado, pode finalmente exorcizar o fantasmalaranja. E é isso que lhe dá confiança. "Respeitamosos holandeses, mas não os tememos."

Falta ingresso na cidade

Torcidas fazemduelo de corese de vibração

Marcelo Pontes

MILÃO, Itália — O clássico entre

Alemanha e Holanda, com bata-lha de grandes craques e duelo de torcidasrivais, no Estádio Giuseppe Meazza, co-meçou a contagiar desde ontem esta cida-de, com a chegada de levas de torcedoresholandeses que estavam acompanhandosua seleção em Cagliari e Palermo, ou quevieram de trem da Holanda.

Como a torcida da Alemanha ocupouMilão desde a primeira fase da Copa, enão precisou mudar de cidade, os holande-ses não estão encontrando ingressos comfacilidade. Esse é o medo da polícia e dosorganizadores. A falta de ingressos podeser o estopim de brigas e desordens. Aprevisão é de que hoje, em torno do está-dio, haja multidões de torcedores á caça deentradas. Calculam os organizadores daCopa que há apenas 5 mil ainda disponí-veis, para 15 mil pretendentes. São os in-gressos que a Fifa conseguiu recolher devários postos de venda, logo após o sorteioque indicou a Holanda como adversáriada Alemanha, colocando-os à disposiçãodas federações de futebol dos dois países.

Por causa disso, a frase mais ouvidanos pontos por onde circulam torcedores,como a Estação Central de trem, a Piazzadei Duomo (Praça da Catedral) e arredo-res do estádio era essa: "Do vou haveticket? ("Você tem ingresso?")." Até o fi-nal da tarde de ontem, os cambistas eramencontrados com tanta dificuldade quantoos bilhetes que escondem. Hoje é o diadeles.

Diante desse quadro, que dá a Milão asensação de estar abrigando uma verda-deira final de Copa do Mundo, a policiamontou dois planos: um de guerra, outrode aconselhamento a torcedores sem in-gressos, para que voltem a suas cidades. Éclaro que torcedor nenhum, numa disputacomo essa, aceita tal conselho. Então, só oplano de guerra funciona.

Às 11 h20m (6h20, de Brasília) de on-tem, por exemplo, quando chegou umtrem de Palermo à Estação Central — umprédio de 1936, com o tamanho (II milmetros quadrados) e a imponência dasgrandes obras feitas por Mussolini —, 100policiais esperavam não mais que 70 torce-dores holandeses. Fizeram um corredor da

plataforma 10, onde o trem parou, até umandar intermediário entre o ponto de de-sembarque e as bilheterias, para que ostorcedores passassem.

Revista — Parecia uma tropa for-mada para revista de autoridade. Os torce-dores passavam alegres, com roupas ebandeiras na cor laranja do uniforme daHolanda, cantando hinos de estádios defutebol em seu idioma e até inventandoletras, como a de uma musiquinha curtaque aconselha a ser policial, "porque assimvocê não vai ser coisa nenhuma". Natural-mente, os policiais não entendiam nadadesse coro em holandês. A alegria dostorcedores acabou, porque tiveram deagüentar duas horas de minuciosa revistanas mochilas de cada um. E um espetáculoimperdível para quem está esperando tremnuma estação — ver o que existe dentro deum mochilão desses de torcedor.

Havia, entre outras coisas, papel higiê-nico, sabão em pó, fumo de fina qualidadepara cigarro artesanal, sandália suja debarro, roupa enfiada de todo jeito emsacos de lixo de plástico preto, canivete,litro de rum Bacardi e máquina fotográficaMinolta modelo XG-1, com lente normal eoutra de 200mm — tudo isso na mochilado torcedor holandês Ronald Bouwman,24 anos, funcionário dos correios em seupaís, como informa o cartão de visitas queele, com jeans, tênis, camiseta colorida,colete de couro marrom, tira laranja amar-rada na cabeça e muito bom humor, distri-buiu aos policiais.

Além do Bacardi e do canivete, apreen-didos, nada havia de perigoso, para ospoliciais, na bagagem de todo mundo. Amedida em que se confimava que eramtorcedores pacíficos, e não temidos hooli-gatis, até os guardas ficavam descontraí-dos. De repente, um deles topou com abota no litro de Bacardi, quebrando-o."Bravo, bravíssimo", gritaram vários de-les. Na mesma hora, outro policial berrou:"Cuidado, é um atentado. Vai explodir."Era um policial acendendo o cigarro deum pobre bêbado da estação.

Muitos torcedores que chegam vão di-reto para o estádio ou para a Praça daCatedral. No estádio, existe apenas umbar. Ali, no começo da tarde de ontem,bebia-se baldes de chope e cantava-se hi-nos de uma mesa para outra, provocandotorcedores rivais. No estacionamento, hágente acampada em traillers com geladei-ra, fogão, som estereofônico, muita bebidae mesa com quatro cadeiras, para um jogode cartas.

Ruud Gullit

Volta aos poucos

a arte do grande

capitão holandês

Ele sofreu muito para disputar sua primeira

Copa do Mundo. Foram três operações nojoelho direito e nove meses de inatividade. MasRuud Gullit, 27 anos, conseguiu chegar lá. E seubom futebol, ainda ressentido depois de tantotempo, vem aos poucos aparecendo. O gol con-tra o Eire já fez lembrar a classe que ajudou oMilan a ser campeão italiano e intercontinental efez da Holanda campeã da Europa. Hoje, diante

dos alemães — que ajudou a eliminar no Euro-peu de 1988 —, espera finalmente explodir."Quero muito enfrentar a Alemanha", afirmou."E o adversário ideal para nos recuperarmos dasdeficiências que apresentamos na primeira fa-se."

Para conseguir isso, será necessário um fute-boi muito melhor que o que ele e seus compa-nheiros têm mostrado até agora. E a forma físicade Gullit será fundamental. Contra o Eire, nosprimeiros minutos, ele se movimentou bem, a-presentou-se para jogadas e, numa delas, deixousua marca de artilheiro. Mas, a partir da metadedo primeiro tempo, parou em campo. E otime parou com ele, dando aos irlandeses achance de passar às oitavas no seu primeiroMundial.

Mas o reencontro com o Estádio Giuseppe

Meazza pode fazer com que Gullit consiga supe-rar esses problemas. Ele esteve ausente do gra-mado milanês durante praticamente todo oúltimo Campeonato Italiano, entrando apenasnas últimas partidas, com participação discreta.Quem sabe o Meazza não será o palco perfeitopara o renascimento de um grande craque?

O técnico da Holanda, Leo Beenhakker, con-ta com ele para superar o favoritismo alemão."Quando vejo um jogador como Gullit melho-rando a cada partida, só posso ficar otimista.Todo o time melhora com ele", disse. Curiosa-mente, Beenhakker quase não assumiu o co-mando da seleção por pressão do próprio joga-dor, líder da equipe, que preferia o ex-craque Jo-hann Cruiff como treinador. Mas ele sabe que émelhor não se indispor com Gullit. Pode ser agarantia da classificação.

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NÂO PODE SER \ ENDIDO SEPARADAMENTERio de Janeiro, 24 do junho do 1990 — Ano II — N" 123

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Casa e Decoraçao

Decoradores e paisagistas apresentam criações baseadas na realidade brasileira"""" "~~

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__"Como mostrarcriatividade cm cs-paço tão pequeno?",questionou o dcco-rador GuilhermeRodrigues Alves aover o pequeno espa-ço reservado a elena Casa Cor'90:chapclaria acopla-da a um lavabo. Ocharme do local fi-cou por conta de umdetalhe: a pia emforma de bacia, pin-tada cm epóxi, c abica com o mesmoacabamento. As pa-redes. Guilhermepreferiu forrar comtecido listrado,coordenando com oquadriculado docarpete.

Muito algo- ^dão, plantas, pol-troiias dc junco,aparadores de fer-ro c mesas de ma-deira, pintadas emtrompe l'oeil comtampo de mármore,criam ar de jardimde inverno na va-randa decoradapelos arquitetosBeto Galvez e Nó-rea Clemente."Uma varanda emmansão em SãoPaulo precisa seraconchegante, mastambém deve man-ter o estilo clássicodo interior da ca-sa", opina Galvez.

Casa Cor'90

une antigo

ao moderno

Maria Lúcia SismaringaDe São Paulo

s materiais já não são tão nobres, embora nãof ^ faltem cm cada ambiente detalhes luxuosos co-^ M mo cadeiras Luís XV ou estilo berdemeier, tape-

tes kilinn e objetos de arte dos séculos XVIII eXIX. O plano Collor influiu na montagem dos 29 ambien-tes criados por 28 arquitetos c decoradores de interiores,além de duas paisagistas, que participam, dc 11 de junho aIo de julho, da Casa Cor'90 — exposição anual paulista queapresenta as mais modernas e variadas tendências de deco-ração do período.

Este ano, ao contrário da última exposição, na qualpredominou o estilo imperial, houve consenso em se optarpor estilo mais voltado para a realidade brasileira, e quasetodos os participantes jogaram dc forma criativa coma mistura do moderno com o antigo. A casa que sedia aexposição, de propriedade de Marina Crespi Prada, na RuaOliveira Pimentel, 271, no bairro dc Jardim Paulista, con-tribuiu para que os expositores soltassem a imagina-ção: em terreno de 1.750 metros quadrados, o arquitetoGregori Warchavchik, que participou da Semana de 22,construiu mansão de dois andares, com 950 metros quadra-dos, em estilo modernista, c o jardim foi projetado eexecutado pelo paisagista Burle Marx. Até o ano passado,os decoradores podiam transformar os cômodos destina-dos a eles no que preferissem. Agora, no entanto, a funçãode cada ambiente estava determinada.

Um terraçode apoio para osdormitórios deve terar romântico, paraas pessoas começa-rem bem o dia. Osmóveis de vime pin-tados e o sofá de te-cido floral em tonspastéis foram esco-Ihidos por João Ar-mentano para darao ambiente look ro-mântico, ao mesmotempo clean, já quea decoração, ali, de-veria servir apenascomo acessório áinspiradora paisa-gem projetada porBurle Marx.

^gO lugar mais^ requintado dacasa tem de ser asala de visitas. ELuiz Fernando Re-dó, único represen-tante carioca naCasa Cor'90, impri-miu seu tom chi-que a este espaço.Os móveis de li-nhas simples con-trastam com as so-fisticadas parcela-nas da índia, quepertenceram à Em-baixada da Argen-tina, e com os cris-tais Baccarat doséculo XVIII, queenfeitam a lareiracom tampo em már-more.

Para fugir dos convencionais balcão e banquetasencontrados em qualquer bar, Layde Tuono preferiucriar sala gostosa, onde se pudesse descansar, ouvirmúsica, e que também fosse usada como bar. O armáriooriginal do cômodo foi transformado em suportes paraas garrafas de bebida, com espaço reservado tambémpara o aparelho de som, livros e objetos de arte Aescrivaninha, com pés de ferro e tampo de carvalho,desenhada especialmente para Helena Rubinstein, noinício do século, jaz as vezes de balcão

A Como decoração de cozinha não é sua especial ida-de, Inès Capobianco, Elizabeti Rodrigues e Enrique San-tibaUes resolveram usar a criatividade para reconstituiruma cozinha quase country, com móveis do inicio dadécada de 50, quando terminou a construção da casa,que podem ser aproveitados como objetos decorativos emqualquer outro ambiente. Os tijolos do piso foram enrr-Ihecidos e o toque moderno foi conseguido com as pintu-ras em stencil que enfeitam os armários e os rodapés.

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Casa e Decoração ? domingo, 24/6/90 JORNAL DO BRASIL

Decoradores e paisagistas apresentam criações baseadas na realidade brasileira

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Fotos de Murilo Menon

Bcbcl Alves deLima deu ar de brasi-lidade à sala de jan-tar, que nem por issoperdeu a elegância. Atoalha de mesa derenda do Ceará e ovoile das cortinas, alouça da Bavária dadécada de 20 nos tonsverde e amarelo, asfolhas de bananeira eo armário do séculoXVII demonstramque estilos completa-mente diferentes po-dem se integrar deforma harmoniosa.

~ Para dar climatropical ao jardim deinverno da ala supe-rior da casa, CarolinaSzabô decidiu deco-rar o ambiente quaseexclusivamente compeças brasileiras e es-culturas africanas.Abusou do junco, damadeira, das plantase das esculturas empedras de rio, e pres-tigiou artistas brasi-leiros: a mesa em ma-de ir a de corteirregular, por exem-pio, é de Zanine Cal-das, e a cadeira emferro e couro é assina-da por Flávio de Car-valho.

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Apesar da ser o cartão devisitas du casa, o hall de entradapassa em geral despercebido aosvisitantes, ansiosos para conhe-cer o interior da residência. Parachamar a atenção para o ambien-

te, Brunete Fracardi buscou cau-sar impacto visual com o chocan-te contraste do preto e doamarelo. Os tapetes, desenhadospela áecoradora, misturaram os

dois tons. Os espelhos estilo Phi-lippe Stark, a mesa contemporá-nea e o revestimento em veludodas paredes deram o togue de ele-gância ao ambiente.

A "O quarto de uma jovem de 20 anos tem de serao mesmo tempo despojado e romântico", pensouLuciana Teperman ao idealizar este ambiente. Ocarpete recebeu leves toques florais em stepling,combinando com os tons de rosado e lilás da colcha e

do tatame japonês da cabeceira. Peças modernas,como a escultura de Sônia Ebling, contrastando coma papeleira de fim de século, ocupada por coleção devidros de perfumes, contribuíram para o visual neo-clássico do quarto, seguindo o estilo da cama.

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Léo Shehtman se preo-cupou em criar quarto de ca-sal bonito e confortável acusto minimo. Para isto, optoupor usar quase exclusivamentecompensado e madeira pinta-da. As sancas em linhas ser-vem como bancadas, ao mesmotempo que transmitem certocharme ao ambiente. A camaem estrutura de ferro com bal-daquim completa o visual.

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O tinteiro confec-cionado pelo joalheiroHarry Winston pertenceuao Barão de Cocais (JoséFeliciano Pinto Coelho daCunha), governador daprovíncia de Minas Geraisno século XIX e homena-geado mais tarde pelos mi-neiros com a escolha deseu nome para uma dascidades do estado.

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Quando soube que caberia acia montar uma biblioteca, a arqui-teta Silvana Mattar pensou que se-ria boa oportunidade para resga-tar o espaço da mulher executivadentro de casa — e decidiu projetaruma biblioteca feminina. Optoupor associar o requinte do modernoà elegância do clássico, dando

prioridade, no investimento, aosobjetos de arte e não ao mobiliá-rio. Assim, o quadro de GilbertoSalvador se harmoniza perfeita-mente com a mesa de estilo arroja-do, mas de montagem simples: tam-po de vidro apoiado cm vaso decerâmica e cm gaveteiro.

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O quarto de hóspedes idealizado por José AntônioBernardes e Lourdinha Bentes transforma-se durante odia em sala de televisão ou estúdio, que pode ser usadopelos moradores quando não há visitantes. O vermelhoquente das paredes choca a princípio, mas combinaperfeitamente com a brincadeira de se misturar malasVuitton antigas, usadas como mesa, fragmentos de pe-ças de igreja do século XVIII, prateleira em metal cro-mado com deslgn supermoderno e outros objetos de di-versas épocas e estilos. "O ambiente não é nada clean,mas a intenção foi dar uma cara de lar, onde, com bomgosto, você vai agrupando coisas diferentes de que gòstae vai adquirindo com o tempo", conta Bernardes.

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?i4 cadeira bertôia emferro cromado, dosanos 40, o porta-retra-to em estrutura de fer-ro, dos anos 50, e a es-crivaninha em rddicadesenhada pelo deco-rador Arthur de Mat-tos Casas, que assinaeste ambiente, mos-tram que sala intimapode ser elegante semque se precise lançarmão de peças cldssi-cas. "Agrupei elemen-tos de diversas déca-das do século XXdando visão contem-porânea ao mobiliá-rio", explica Casas.

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^ Revestir o sofácom forro de cortinas,construir a estantecom ipê de piso cia-reado, lançar mão deadornos em madeira,ferro e bambu e abrirmão do carpete naárea onde os jogado-res caminham duran-te uma partida de si-nuca, de forma a evi-tar o desgaste rápido,e jogar com as luzes— esta foi a formaencontrada por Hele-na Viscomi para mon-tar sala de jogos fun-cionál, aconchegantee de custo acessível.

O quarto de umadolescente está sem-pre cheio dos mais di-ferentes objetos, masè possível, com umpouco de criatividadee quase sem gastar di-nheiro, encontrar lu-gar para tudo, semque o espaço tenha acara de depósito deentulho. É o que com-provarn Suzana Yas-suda Macedo, TetelaYassuda Monteiro eBaisa Noschese com amontagem desta es-tante, onde os mini-mos espaços são apro-veitados.

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Planta baixa dos dois apartamentos antes da reforma

Romance inspira

estilo de viver

Projeto unifica dois apartamentos

para utilização nos fins de semana

Planta dareforma

que trans-formou os

doisaparta-mentos

num único,dividido em vários

ambientes

E

sse projeto faz parte de umahistória romântica. Um casal

• os dois trazendo os filhos decasamento anterior — comprou doisapartamentos vizinhos num apart-hotel para transformá-los em apenasum a ser utilizado nos fins de sema-na. O quarto, sala, banheiro, cozinhae varanda duplicou, e, para organizar

> .o espaço da melhor maneira, foi cha-' mada a Arte Ambiente, escritório deXarquitetura de interiores que, além'-."de fazer a reforma, desenhou os mó-*'>veis e decorou os ambientes.

A antiga sala de um dos aparta-mentos, na extremidade do imóveltransformado, virou grande quartopara o casal. Nesse quarto foi criadoum closet, revestido como as pare-des, enquanto um armário de madei-ra esconde a antiga entrada social. Acozinha, que ficava nesse ambiente,foi desativada, e os arquitetos usa-ram esse bom espaço para o apareci-mento de uma espécie de despensa,que guarda um pouco de tudo: bebi-das, casacos, frigobar etc.

No espaço anteriormente ocupadopelo quarto surgiu ambiente dividido

em duas partes, basicamente diferen-ciadas pelos pisos. A saleta que abri-ga o som central e o telefone commesinha e poltronas é revestida comtábua corrida. A sala de jantar, commesa redonda e quatro cadeiras, re-cebeu piso de mármore com friso degranito.

Esses seriam os limites do primei-ro apartamento se os arquitetos nãotivessem quebrado a parede que sepa-rava os dois. Mas ao invés de simples-mente deixar espaço vazio, coloca-ram uma estante central compassagem pelos lados. Por elas che-ga-se ao living, que acomoda confor-tável sofá. Também está ai a pequenacozinha, para rápidas refeições, cujabancada serve de bar.

O último cômodo foi transforma-do em mistura de quarto para hóspe-des, sala de televisão e escritório.Para o banheiro do segundo aparta-mento foi criada solução interessan-te. com o box escondido por painel demadeira e acrílico. Quando não háhóspedes no apartamento, esse ba-nheiro serve apenas como lavabo. 0telefone da Arte Ambiente é 274-7297.

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10*20 Marrom Caramelo Extra.10x20 Marrom Tàmara Extra...10x20 Vermelho Meteoro Extra10x20 Preto Dakar Extra10x20 Azul Ipanema Extra

Vaso ConvencionalBidet 3 FurosLavatórío p/ ColunaColuna p/ LavatórioVaso c/ Caixa acopladaCuba Sobrepor marrom, branco e rota.

Aparelho p/lavatórioAparelho p/bidetAparelho lavatório bica longaRegistro pressão 3/4Registro gaveta 3/4Torneira de paredeTorneira de lavatório bica longaTorneira de lavatórioDucha p/bidet (riaEspelheira oval 45x60 ref.660Lixeira c/tampaLavatório redondo ref. 665 Suporte p/lavatórioChuveiro p/boxChuveiro c/ducha

30x30 NAS CORESiBranco - Creme - Cinza - Verde Village - Marrom Village- Castor - Bege - Amêndoa - Champagne - CarameloDamasco Gralitte Extra

MODELO VOGUEVaso ConvencionalBidet 3 FurosLavatório p/ ColunaColuna p/ LavatórioCuba Embutir L. 37Lavatório L. 710Vaso c/ caixa acoplada

¦Urano 20x30 ExtraCanes 33 x 33 ExtraAlpes 30 x 40 ExtraAquarius 30 x 40 Extra

NAS CORES:Branco - Creme - Cinza - Verde Village - MarromVillage - Castor - Bege - Amêndoa - Champagne- Caramelo.

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CAPRICETORNEIRA P/ LAVATÓRIO.APARELHO P/ LAVATÓRIOAPARELHO P/ BIDETDUCHA P/ BIDET

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MODELO IBIZA

Vaso ConvencionalBidet 3 furosLavatório p/colunaColuna p/lavatórioVaso c/caixa acopladaCuba SobreporCuba embutir

NAS CORES:Creme 37 — Cinza 87 — Amêndoa 78 - Verde Village 63 FIRENZE

TORNEIRA PI LAVATÓRIO.APARELHO P/ LAVATÓRIOAPARELHO P/ BIDETDUCHA PI BIDET

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Vaso ConvencionalBidet 3 FurosLavatório p/ ColunaColuna p/ LavatórioVaso c/ Caixa acopladaCuba Sobrepor

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MODELO PARISVaso convenc. c/assento .........15.000,00Vaso c/caixa acoplada c/assento....i.....22.800,00Bidet 3 furos 10.350,00Lavatório p/coluna 6.900,00Coluna p/lavatôrio || 1.350.00Cuba sobrepor Paloma 5.520,00Cuba embutir oval 3.330,00Cuba embutir Luna pequena 4.020,00Lavatório s/coluna Habitat Branco 1.340,00

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ASSENTOS P/VASO CIDAMAR; MODELO IBIZA; NAS CORES:• Bone, Branco, Wild Rose, Macè, Âmbar> Griz, Rosa Shell, M. Green, PretoIMODELO SQUARE 7.360.;nascoriss ';Bone, Branco, Wild Rose, Macè, Âmbar'Griz, Rosa Shell, M. Green, Preto

Espelho DT 2060Espelho AR 4073Espelho AR 3053Armário AR 700Espelho VA 4120-1,20*0,75*0,15.Espelho DT 3064 - 0,84*0,84*0,14.Espelho VA 4100 -1,00*0,70*0,15.Espelho VA 4080 - 0,80*0,65x0,15Espelho VA 9100-1,00*0,70*0,15

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r50?? 118,0049 - Caf6 Torrado MoidoCasa Grande pet 500 g 144,80

50 - Chi Prrto T.nd.H.at32,80

51 - Chocolate em P6 Nestler*20?- 63^052 - Geltia de Abacaxl Slainj*240," 69,4053 - Gel+la de Mocot6Colombo Nat. vdo 200 45,90

54 - Geltia de Mocot6Colombo Vlt. vdo 200 45,9055 - Kara

rdoT™!. 129^)056 - Lelte em P6 DesnatadoGI6rla Ita 300 J 14,0057 - Leite em P6 Semldesnat.GI6Ha Ita 300 111,0058 - Leite L. Vlda Diet aParmaiat cx lOOO ml .... 50,0059 - Leite L. Vida Int.Parmaiat cx lOOO ml .... 50,0060 - Leite Molico Instantaneo

l'"3™". 114/X)61 - Leite Ninho Instantaneo

;,o4o<;n. 104,0062 - Mate Leao cx 200 g 68,9063 - Mel Beimel

rdo2f..° 138,7064 - Nescafe Tradi^aordo5°a- 61/80

65 - Nescau Ita 500 g 78,00

66 - NestonJ'500? 147,6067 - Ovomaltine Suico'r200,3 224,00

68 - Tody Vitaminador2~B. 37/10

DOCES E

SOBREMESAS

ARISCO

8182

83

84

42 - Açúcar Cristal drpct 2 kg( )

Abacaxi em Calda CicaIta 450 gi Açúcar Refinado Gran.Doçura pct 500 gAmeixas em Calda BeiraAlta Ita 400 gAmeixas Secas AriscoIta 200 g( Cereja MarasquinhoVega vdo 1 OO gc Coco Ralado MeninaIntegral pct ÍOO g( ) Creme de Leite NestleIta 300 gCreme de Leite Parmalatcx 200 ml( ¦ Doce de Leite Itambêcp 400 g

- Fermento em Pã RoyalHá IO© g( Figo em Calda VegaIta 450 gFlan Royal c/Calda deMorango cx 190 g( Flan Royal cx 60 gGelatina Q-Gel Cerejacx 85 ml

( Gelatina Q-GelFramboesa cx 85 g i( Gelatina Q-Gel Pêssegocx 85 '( ) Gelatina Q-Gel Uvacx 85 i( >

189,50

54/10

131,00

73,40

119,00

45,50

68,90

48,00

87,70

33,00

198,70

56/4029,30

25,90

25,90

25,90

25,90

86 - Gelatina Royal Limãocx 85 g( ) 87 - Goiabada AriscoIta 700 g( 88 - Goiabada PeixeIta 700 g

89 - Jaca em Calda Palmeironpot 200 c

90 - Leite Condensado GlãriaIta 395 gi 91 - Leite Condensado MoçaHa 395 c( ) 92 - Leite de Coco Meninavdo 200 ml

93 - Manja Royal c/CaldaAmeixa cx 170 g94 - Marmelada Cica

Ita 700 g95 - Massa p/Bolo Anivers.

Santlsta pct 500 g

98

99

103

104

108

109

110

111

29,80

84,00

89,80

282,40

64,00

64,00

37,90

56,40

99,70

84,40

96 - P6ssego Calda MetadeAHscolta,450IB 150,00

Pêssego Extra VegaIta 450 gi Pêssego Metade ExtraPeixe Ita 450 gPudim de Leite Royalpct 250 g) -v •••••Pudim Royal Caramelocx 11O g( ) Pudim Royal Chocolatecx 110 gt

159,50

159,50

88,70

24,00

24,00Salada de Frutas AriscoIta 450 g( 90,00

DIETÊTICOS

Abacaxi em Calda DietRegime Ita 250 gAdoçante Aspart CristalDiet. cx 50 envt Adoçante As parta meZero-Cal. cx 50 envt Adoçante Assugrinvdo 10O mlAdoçante Dietilfre 80 mli Chá Magrisanpct 50 g( Chocolate Dialético Panpct 35 gChocolate em Pã CristalDiet pot 150 g( Diet Chá SteviaCamomila pct IO undDiet Chá Stevia "cVdreirapct IO und( > ••••Diet PepsiIta 350 ml(

136,00

208,00

213,80

154/10

145,40

99,60

25,20

326,20

57,80

57,80

31,90Diet Pepsi One-Waygfa 250 ml( 23,80

115 -

116 -

117 -

118 -

119 -

120 -

Diet Pepsi Petffre 1,5 1Gelatina Diet CerejaRoyal pct 14 gGelatina Diet DietilFramboesa pct 14 g( ) Gelatina Diet MorangoRoyal pct 14 gi GeiAia Diet MorangoDoce Menor vdo 200 gGoiabada DietêtícaColombo Ita 500 g

68,00

124,60

268,30

Pêssego em Calda DietRegime vdo 200 g

Pop Laran|a DietAntárctica gfa 250 ml( Pudim Diet. BaunilhaDietil cx 25 gPudim Diet Choc. Dietilcx 25 g< Pudim Diet. MorangoDoce Menor pct 25 g( ) ;•Queijo Cottage Lacremepct 370 g( )

143144

145146147

152

153

154

155

156157

158

159

160

121 - Guarand Diet. AntdrcticaO.W. gfa 250 ml ........ 23,80

122 - Guarand Diet. BrahmaO.W. gfa 250 ml 23,80

123 - Guorand Diet6ticoAntarctica Ita 350 ml .. 27,00 1

CONSERVAS

HELMMANSA VERDADEIRA

MAIONESE

Azeitona Verde LaVioietra vdo 500 gi Cebolinha em ConservaEsp. Stein vdo 200 g( Cogumelo Steinvdo 200 g( Ervilha Arisco Ita 200 g( Ervilha com Cenoura EttlIta 200 gt Ervilha Etti Ita 200 gErvilha Fresca NP OOVega Ita 200 gErvilha Jurema Ita 200 g( Ervilha Peixe Ita 200 gExtrato de Tomate AriscoIta 370 g( Feijoada OderichIta 330 g

130 - Almondegas Oderich;,a83°°. 139,00131 - Aspargo Inteiro Agape

238,50132 - Atum CP Grated.!,0,7°0 48,90133 - Atum S6lido Rubi,(,a,9^» 83,50

134 - Azeltona Preta'LaVioletra vdo 200 g 110,80135 - Azeltona Vega-d° 5°°° 225,40

136 - Azeltona Verde ArlscordoT.° 79^0137 - Azeltona Verde Castelode Alvear vdo 200 g .... 79,50

185,00

178,50

267,00

45/10

68/1046,50

86,5049,0049,00

40,00

50,00149 - Hellmannsmlx Alho

c/ervas env 12 g 37,30150 - Hellmannsmlx Bacon

?nv,2,B. 37,30151 - HellmannsmlxCebolinha env 12 g .... 37,30 |Maionese Gormetvdo 500 gMaionese Hellmann'svdo 250 gMilho Verde OderichIta 200 g< Palmito Silvestre extraMacio vdo 300 gPalmito Stéln Ita 400 gPatê de Figodo PerdigãoIta 145 g( Patê de PresuntoPerdigão Ita 145 gPepino em Vinagre Steinvdo 300 g< Pickles Coq. Esp.Paladoro vdo 250 gPresuntada OderichHa 330 g( )

98,00

56,80

59,80

241,60245,00

33,60

33,60

97,60

74,70

87,00162 - Salsicha Anglo

37,40163 - Salsicha VionaOderich Ita 180 g 40,00164 - Sardinha Jangada

»°,32» 31/90

i

a>

REFRIGERADOS

<

M njg==-

i —^ Queiios Finos H573 1 WV <)165 - Kit Queijos Lacreme57 J) 1.200,00 ^

166 - Mantelga Mutrfcia c/Sal L«|57^0 ro50<5a. 158^0 W

167 Margarinu Cremosa129 70 c/Sal Craybom pot SOOfl 77/00

b

IOS

168

169

Margarina Cremo>ac/Sal Delicia pot 250 g( ) Margarina Cramosac/Sal Mila pot 250 g(

215 -38,50

38,50

170 - Margarina Cremosa

| Pirogue pot 25Q g 32,80

171 - Queljo Brie Lacremer15?!! 197,50172 - Quei|o CamembertLacreme pet 170 g 207,70173 - Quei|o Fundido AlhoLacreme pet 100 g 56,50

174 - Queljo Fundido CebolaLacreme pet lOO g 56,50175 - Quel|o Fundido NaturalLacreme pet lOO g 56,50176 - Quel|o Fundido PimentaLacreme pet lOO g 56,50177 - Queljo Gouda LacremerS5?° 483,24178 - Queljo Minas PrensadoLacreme pet 550 g 346,60179 - Quei|o Polenghir4x)8°° 84,00180 - Queljo Ralado Sao VltoI"*50,0 34,50181 - Queijo Saint PaulinLacreme pet 550 g 402,00

182 - Requeijao CromosoCatari cp 190 g 109,80183 - Requeijao Lacreme

j^40^ 168,80

DIVERSOSAlpistepet 500 g( )

191 -192 -

197 ¦

198 •

199

200

201

202

203

204

205

206

207

208

209

210

211

212

213

214

Aparelho Atla PlusCarga cart 4 undAparelho Gillette AtlaPlus cart 1 undAparelho Multi Barba Blccart 3 undEsfregão Alvejado gdeBucheim 42 x 90 1 undEsfregão p/Pia Bucheim30 x 30 cm 1 undt Esponja Bettaninpet 2 undEsponfa Diouro pet 15 gEsponjão Scoth Brith 3 Mpet 4 und( ) Filtro de Papel 102Mellita cx 40 undFiltro de Papel 103Mellita cx 40 undi Flanela Bucheim30 x 50 cm 1 und( Forrafagóocx 12 und( Fósforo Fiat Luxpet IO cxsi Girassolpet 500 gGuardànapo Poppe gde.33,5 x 30 cm pet 50 und( ) Guardanapo Poppe24 x 22 cm pet 50 und( >Inseticida Rodox AerosolIta 300 mlInseticida SBP Aerosol

Ita 300 mlInseticida SBP ElétricoIta 1 IO v c/6 cargasInseticida SBP Refilcx 20 und

( Lampada IncandescenteG.I. 100W / 127VLampada IncandescenteG.E. 150W / 127V

< Lampada IncandescenteG.E. 15W / 127V( ) Lampada IncandescenteG.E. 60W / 127VLampada IncandescenteG.E.40W/ 127 VLampada P/GeladeiraG.E. 40W / 127VLenços c?-s Papel KleenexBranco cx 150 undLenços de Papel KleenexBranco cx 50 undNaftalina em bolasdisquim pet 30 und( Óleo Singerfre lOOml<

111,40

139,20

155,40

37,60

69,80

20,00

33,2023,40

94,70

53,80

73,80

49,40

162,00

30,00

65,30

39,40

24,60

223,90

168,80

239/40

156,70

69,60

9330

5930

5230

52,30

9330

82,80

23/40

1930

94,40

223

224

225

226

227

228

229

230

231

232

233

234

235

236237

Painco Ração p/Piriquitopet 500 g( ) Palitos Dental Estilocx 100 undPano de Chão Saco Seko1 und< •••••Pano de Copa EstampadoBucheim 1 und( Perfexpet 5 und( Pilha Ray-O-Vac Grandepet 2 und( Pilha Ray-O-Vac Médiapet 2 undPilha Ray-O-VacPequena pet 4 und( Prendedor de RoupaPlást. pet 2 undt Prestobarba Gilletecart. 2 undPurif. de Ar CogumeloMágico fre 65 ml( Purificador Bom ArLavandai fre 300 ml( > Rolo de Alumínio Rolitto7,5 x 30 cmSaco de Lixo p/BanheiroProlix pet 20 undc ) ••!Saco Lixo p/Pia Prolixpet 20 und( Saco Lixo Dover-Roll10O I pet 25 und< ) -]Saco Lixo Dover-Roll20 I pet 100 und< ) Saco Lixo Dover-Roll40 I pet 50 undSaco Lixo'Dover-Roll60 I pet 50 und( ) •••!Tira Ferrugens Fer-Oxfre 25 ml( ) Toalha de Papel Poppepcl 2 x 20 m( ) Vela Platino cx 8 und< ) Zipy Médio EmbalagemPlástica eje 15 und< )

f

51,90

17,80

122,80

92,40

121,80

86,80

74,50

79,80

43/40

48,80

138,40

185,60

104,50

48,70

46/40

320,00

240,00

240,00

320,00

19/40

88,9048,70

154,90

REFEIÇÕES

CONGELADAS

LIVREStDACOZINHA

REFEIÇÕESSUPERCONGELADA|S

jcooR

freeREFEIÇÕES SUPERCONGELADAS

Parmegianade Bat. cx 400 gBife ac/P uriBife a Role c/ArrozPintado cx 400 gCarne Assada c/Puré deBatatc^s cx 350 g( Empadão de Carnepet 400 gFrango ao QueijoCremoio c/Arrox cx 450 g( ) Lombinho Recheadoc/Batata Palha cx 250 gPeru a Brasileirac/Farofa de Ovo cx 300 gStrogonoff de Carnec/Arroz cx 450 g( Strogonoff de Frangoc/Arroz cx 450 g(

239,00

258,00

239,00

258,00

239,00

280,00

334,00

239,00

239,00

PESCADOS

CONGELADOS

253 - Posta do Namoradop* 1 "¦ 580,00

CEREAIS E

FARINÁCEOS

256

257

258

259

260

261

262

263

264

267268

Arroz Campeiro Parbol.I.f. tp. 1 pet 5 kgArroz Vigor Agulhinhapet 5 kgAzeite Castelo de AlvearIta 500 mlAzeite Gallo-PortuguésIta SOO mlAzeite Português OuroPortugal Ita 500 ml( Canjica Lavioleterapet 500 g< Ervilha Part. Amer.Lavioletera pet 500 gFarinha do Mand. CruaExtra pet 500 g( ) Farinha do Rosca Kitanopet 500 g( Farinha de Trigo Esp.Boa Sorte pet 1 kg( Feijão MeylorUberabinha pet 1 kg( Fubá Mimosopet 1 kg( ) Grão de Bico Mexic.Lavioletera pet 500 gt Lentilha Kitano pet SOO g( Maizena pet 500 g( Óleo de Milho GildaIta 900 ml(

215,40

182,90

189/40

290,00

284,60

45,80

75,50

49/40

87,20

32,00

85,00

59,90

98,60105,8029,90

84,00 1

- 274275

Óleo de Milho MazolaIta 900 mlóleo de Soja LizaIta 900 ml< Óleo MariaIta 500 ml( Pipoca Mágicapet 500 gSagu Colombo pet 200 gTrigo p/Kibe Lavioleterapet 500 gi

118,60

38,00

96/40

73,6045,60

85,50

MASSAS, SOPAS

E CONDIMENTOS

ARISCO

Alho e Sal Ariscopot 300 g( ) •— 54,00

247 - Camarao Cinza c/Casca [VG (15 a 25) pet 1 kg ... 680,00 288

248 - Camardo Rosa c/Casca 289Tipo Macae pet 1 kg 300,00

249 - File de Cherne 290I"*1 750,00250 - File de Dourado 291fc*1

k,9 280,00251 - FII6 de Garoupinha 2921 k,9 210,00252 - FII6 de Talnha 293

r1 k)° 250,00

279

280 -

281 -

282 -

283 -

284 -

285 -

286 -

287 -

Caldo de Carne Knorrcx 63 gCaldo de Galinha Knorrcx 69 g( _>Canela em Pô Palhetafre 40 g( >...Catchup AHscovdo 400 gCatchup Cicavdo 400 gCremalho Ariscovdo 300 gCreme de Cebola Moggienv 68 gCreme de Ervilhasc/Bacon Knorr env BO gEspaguete com Ovos N.°8 A d ri a pet 500 gi Espaguete c/OvosPiraqué pet 500 gEspaguete Semola A d ri aN.° 8 pet 1 kgLasanha Adria pet 500 gMac. Parafuso Adriapet SOO gMolho de Pimenta Verm.Arisco vdo 150 mlMolho de TomatePomarola Itq 350 mlMolho'de Tomate Pomltocx 520 gMolho de Tomate SalsaD7Oro cx 520 g

48,90

48,90

39,70

Molho Inglês Ariscovdo 150 ml( Molho p/ MacarronadaPerdigão Ita 180 g( )

80,00

78,20296 - Molho Tom. PenelradoTarantella cx 520 g ..... 53,00297 - Mosiarda Arisco

|rl200)n 49,00298 - Mostarda Escura Stein

frc 200 44 40299 - Mostarda Steinfrc 200 44 40300 - Pimenta do Reino em P6

Palheta frc 40 g 33,50301 - Polpa de Tomate Tomato

r520,a 50,00302 - Puro Alho Arisco

r,3T°. 166^)0303 - Sal Refinado Realfc,3x),kg 42,00

304305

Só Pure Arisco Ita 350 gi Sopa de Galinha cJEspaguetinho pet 72 gTalharim Ninho Piraquépet SOO g

5030

79/W

39,80307 - Tempero Comp. s/Pimenta

Arisco pot 200 g 54,00!308 - Tempero Compl. CondimixBacon pot 190 ^7/K)

309 - Tempero CompletoArisco pot 300 g 54,001Tempero Condimixc/Pimenta pot 190 gTempero Esp. RefogadosCondimix pot 280 gTempero Fondor Maggivdo ÍOO gTempero Maggi Grillvdo 100 g< Vinagre BelmonteBranco fre 750 mlVinagre Belmonte Tintofre 750 ml( Vinagre Vinho BrancoÚnico fre 750 ml( Vinagre Vinho TintoÚnico fre 750 mli.

BEBIDAS

67,00

67,00

63,00

63,00

29,80

29,80

2930

29,80

ANTARCTICAAgua Mineral NaturalIndaia fre 1,5 I( 39,00

)

98,00

30^)0

79/40

79/40

39,80

39,80

6930119^0

3930

70/10

7530

4530

68,20

319 - Água Tônica BrahmaIta 350 ml< 320 - Cerveja AntarcticaIta 35Ò ml( 321 - Cerveja BavariaPremiur * One-Waygfa 355 ml( ) 2 - Cerveja Brahma ChoppIta 350 ml

323 - Cerveja Brahma ExtraOne-Way gfa 300 ml324 - Cerveja Maít 90 O.W.

gfa 300 ml

27,20

32,70

54,00

32,70

3130

26,40325 Conhaque Dreher

gfa 970 ml 214,40326 - Guaraná Antarcticafre 2 I

< 327 - Guaraná AntarcticaIta 350 mli 328 - Guaraná AntarcticaOne Way gfa 250 ml( ) 9 - Guaraná BrahmaIta 350 ml<

6830

27,20

2330

27,20Licor de Chocolate Boisgfa 690 ml( ) Licor de Menta Boisgfa 690 ml( )

660,00

660,00

333

334

Limão BrahmaIta 350 ml( Pepsi Cola One-Waygfa 250 ml( Pepsi Cola Petfre 1,5 I(

27,20

2330

5830

r In,n3i fio i» ãn váhrias de í?Q0fi) á no 061 ou enquanto durarem nossos estoques Os preços constantes deste Jornal estão em perfeita consonânciadata do Ato cloncessivo

;í>^

335 - Soda LimonadaAntarctica O.N.r23)0:.'. 23,80

336

337

Stslnhagcr Boisgfa 980 ml( ) Suco d* Laran|aParmalat cx 1 OOO ml( Suco de Tomate NaturalMllanl gfa SOO ml( ) Suco de Uva Parmalatcx 1 OOO ml(

Tang Laranjaenv 120 g( )

346

347

Vinho B. Baron LantlerChard. gfa 720 ml( Vinho B. LiebfraumilchNacional gfa 720 ml( Vinho Baron LantierRiesllng gfa 720 ml( Vinho Branco Katx Wiengfa 720 ml( Vinho Gros Dei NoblesCab Franc gfa 720 ml< Vinho Cios Des NoblesMerlot gfa 720 ml( ) Vinho Forestler CheninBlanc gfa 720 mli Vinho Tinto Conde deFoucauld gfa 720 mlXarope de GroselhaMilani gfa 900 mlXarope do Maracu|áVannuccl frc 1 I(

SAÚDE

352 - A.A.S. Infantilenv 10 und( . 353 - Alkaseltzerc/ 2 env( ) 354 - Cepacol Normalvdo 200 ml

355

356

359360

-k, )icool Pring frc 1 OOO mlAmaclante Mon Bifoufrc 500 ml

361 - Bombrilpct 60 gt 362 - Cera Pasta IncolorPollflor Ita 450 g( ) 363 - Cera Pollflor LiquidaIncolor 900 mlt 364 - Desodor Pedra Sanitária50 g( ) 365 - Desinfetante Kaliptofrc 750 ml( 366 - Desinfetante NectralJasmin frc 500 ml( ) 367 - Desinfetante Pinho SolPlus vdo 750 ml( 368 - Desodor Sanit. Bom ArLavanda Refil 40 g( 369 - Desodor Sanit. Bom ArLavanda unid( 370 - Detergente Limpol Limãofrc 500 ml< 371 - Detergente Limpol Maçãfrc 500 mlt 372 - Detergente LimpolNeutro frc 500 mlt 373 - KaolIta 200 ml( 374 - Limpa Tapete Karpexfrc 500 mli 375 - Limpa Vidro VidrexCompleto frc 500 ml

376 - Limpa Vidro Vidrex RefÜfrc 500 ml(

304,80

60,00

83,50

60,00

38/40

269,00

185/10

253,20

198,00

270,00

270,00

269,00

253,80

185,60

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