ANO XLVIII MAIO — JUNHO, 1957 NÚMERO 248

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FUNDADA EM 1909

Edição da 8. A. "O Malho"

Grande prêmio na exposição do Centenário, em1922 — Premiada com medalha de ouro na Ex-posição de Turim de 1911 — Diploma de honrada Feira Internacional de Nova York em 1940.

órgão oficial da Exposição do Centenário, em1922, do Centenário da Pacificação dos Movi-mentos Politicos de 1842, do Centenário do Doisde Julho, da Bahia, do Instituto Históriconas comemorações do Centenário do Nascimentode D. Pedro II, do Centenário do plantio de caféno Brasil, do Centenário da República do Equa-dor, do Cinqüentenário do Cerco da Lapa, e doCinqüentenário da Fundação da AcademiaBrasileira.

DIRETORES:

Oswaldo de Souza e SilvaAntônio A. de Souza e Silva

REDAÇÃO E ADMINISTRAÇÃORua Senador Dantas, 15 — 5.° Andar

Telefones: 22-9675 — 22-0466 — 22-0745Caixa Postal, 880 — End. Teleg. "O MALHO"

Rio.•

Publicidades e assinaturas em São Paulo:Av. Ipiranga, 879 — 13.° — sala 131

Tel. 36-4564

PREÇOS DAS ASSINATURAS(Remessa sob registro Postal)

Brasil, países da América e Espanha:

PUBLICAÇÃO BIMESTRALAnual Cr$ 120,00

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Número avulso Cr$ 20,00

ANO XLVIII — N.° 248

MAIO — JUNHO, 1957

NOSSA CAPA

BRAGA

Tela de José Maria de Almeida

^ A ALFAIATARIA PENA, ^^FJl f^^ I

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O ALFAIATE DOS IMORTAIS

ADVOGADO — Causas eiveis: assuntos co^merciais, falências, concor-

datas, executivos; direito de família: desquites, ali-mentos, inventários; questões eiveis em geral, des-pejos, notificações, ações sobre posse. WaldemarRodrigues, advogado, inscrito na Ordem dos Advo-gados do Brasil, atende das 15 às 18 horas, diária-mente na Avenida Rio Branco, 18 — sala 1206 —telefone: 23-2984.

UM TESOURO PARAA SUA MENTE

LIÇÕESROSACRUZES

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O HERÓI DA VÁRZEA DO CAPIBARIBE

Agostinho Barbalho Beraerra nasceu em Olinda em princípiosdo século XVII. Era filh0 do heróico pernambucano LuizBarbalho Bezerra, oriundo de Antônio Bezerra Felpa de Bar-buda, natural de Ponte de Lima e sua mulher D. Maria de Araújo,os quais vieram para esta capitania no começo da sua povoáçãocom o seu primeiro donatário Duarte Coelho. Antônio BarbalhoBezerra^ jovem ainda, achou-se envolvido na invasão em Pernam-buco, e nos campos de batalha não desmentiu o já proverbial en-tusiasmo e valor pernambucano. Ocupada e^ta província em 1630

pelo exercito holandez, seu pai que então estava no começo da suacarreira militar, apresentou-se aó general Mathias de Albuquer-que, com os seus escravos e criados, mantidos à sua custa e semremuneração alguma pelo estado, e oferece os serviços de todospela causa da pátria. Agostinho Barbalho Bezerra assentou práçáno exercito como simples soldado; mas ao lado do seu pai, infla-mado do seu valor e heroísmo, êle soube conquistar pelos iseusfeitos, quer n Brasil, quer em. Portugal na guerra da restauração,títulos e postos honrosos, e um nome yque ai posteridade reverenteproclama bem alto. A heróica defesa do Arraial do Bom Jesus, osfeitos da Várzea do CapibairibeR de Serinhaem |e outros, foram tes-temunha do valor de Agostinho Barbalho Bezerra, Caindo pri^iio-neiro em poder dos holandezies, por dois lanos esteve privado dasua liberdade; mas conseguinte a êle apresenta-se de novo noexercito no ano de 1639, entã0 possuindo |a|s dragonas de cíapitãode infantaria que lhe conferira o Conde da Torre. Na célebre jor-nada que 0 exercito pernambucano executou de Pernambuco paraa Bahia, quando já não lhe restava esperança alguma no resul-tado da guerra, Agostinho Barbalho muito assinalou-se nos en-contros que então teve com os inimigon, e suportou heroicamente,todos os trabalhos que passaram por caminhos ünvios e matas, em

penosa marcha de quatrocentas léguas. Em 1641 embarcou daBahia como cabo de uma esquadrilha composta de oito navios,destinada a comboiar uma frota? que dali partia para o reino,mss voltou logo porque a sua missão era pô-la fora da barra, elivrá-la dD alcance da esquadra holandeza que cursava por es^esmares. Em 1643 embarcou Agostinho Bezerra para o Rio de Janeiroacompanhando a seu pai 0 mestre de campo Luiz Barbalho Be-zerraK que despachado governador dessa capitania, ia assumir ásua administração, e no ano seguinte seguiu para {Portugal, comocabo da frota dos açúcares. Estava então em Portugal, que tra-vava renhida luta com a Espanha. Agostinho Barbalh^ sobe aosregios paços de D. João IV, e ofereoe-lhe os seus serviços em de-fesa da causa da liberdade portugueza. Parte cem demora para oAlemtejo, acompanhado de criados e cavaleiros mantidos à suacusta, e nos oito diasi em que o iMarquez de Torrecusa teve sitiadaa praça de Elvas, Agostinho Barbalho achou-se em todos' os com-bates aue se deram. Numerosos foram as aventuras e empreen-dimentos de Agostinho Barbalh0 Bezerra: em 1660 o povo depozThomé Correia de Alvarenga que substituía Salvador Correia deSá e Benevides na capitania do Rio >de Janeiro e ofereceu o cargode governador a Agostinho Barbalho Bezerra, que 0 aceitou de-pois de muita relutância e insistências populares; El-Rei reco-liheceu sua interferência na revolução e honrou-o com a doaçãoda capitania de Santa Catarina; recebe em 1663 o título de Pi-dalgo da Casa Real Portuguesa e o cargo de administrador das*minas de esmeralda na capitania do Ri0 de Janeiro e patente degovernador da gente. Heróico soldado da Várzea do Capibaribe,debelador dos corsários, eminente defensor da pátria na invasãoholandeza, Agostinho Barbalho Bezerra morreu em data incertasabendo-se que em 1675 já não existia o glorioso combatente doArraial do Bom Jesus e de Serinhaem.JOÃO CAETANO/ — O VITORIOSO

A arte plástica e a estética, tudo o que o bel0 perpetua naJT\ tela e na estatuária; tudo quanto o pensamento realizoue a imaginação deu formas gigantei^cas; tudo quanto ceie-bnzou as nações e contribuiu para a glória dos governos, temmerecido dos poetas e historiadores estudos comparados, e pelo es-timulo que produzem essas analises tem aparecido competidores

lliditeCalçar bem é resumir com arte a psicologia da mulher

"CASA FERRAZRUA URUGUAIANA, 34

que com sua caprichosacoleção oferece sempre osúltimos modelos cm calça-

dos finos.

% Ilustração Brasileira

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que disputam à porfia, na escala de suas aptidões, um lugar dehonra, e como que esse esforço se traduz por uma conspiraçãocontra as celebridades que existiram. E' esta a lei de ordem fi-sica. de que as leis morais são corolários. João Caetano viveu efoi compreendido. Nas lutas rivais que os seus adversários lheopuseram, foi 'êle vitoriado. Teve um governo; dominou, deu leis

e foi aclamado, pelos nacionais e estrangeiros, um emulo deKean, a única figura que competia com TalmaR o único perfilque, nas leis das ideas e dos principidsi constitutivos da arte, deu-nos o modelo daquelas epòpéiaíji figuras do teatro da Gréciano temp0 da sua maior elevação. Tendo aqui vencido a indife-rença e o temor dos literatos, do ei-jpírito apoucado e sem vistados seus adversários, já nobilitado e aceito como o primeiro ar-tista do Império. Quiz ir à pátria de Herculano e Rebello dar pro-vas de seu civismo, agradecendo à Majestade Real, a demonstraçãode apreço, pela qual foi com toda justiça e conveniência — re-munerado dos seus .serviços que fez e prestou a Portugal. JoãoCaetano, o ater, ficará entre agrário de Menezes e Penna, rest-peitável grupo que simbolisa o geni0 da tragédia e da comedia(Pessana Povoa).

O BONDE SUPLANTA AS DILIGENCIAS

O relatório do chefe de polícia da Côrt.e de 1866, registra onúmero de noventa e uma diligencias pertencentes a divr-sos Havia várias emprezas: a da«s> diligencias roxas de An-

tonio José Gonçalves; a das amarelas de Vila Real & Cia. ea das brancas e azues de píropriedade de Cândido Marques daCruz, desde 1864, trafegavam aj> diligencias da empreza "Flor doComercio". O ponto inicial dos veículos de todas as empreszas. fi-cava no largo de São Francisco de Paula. Deste logradouro saiam,de meia em meia hora, as diligencias roxas para Catumby, RioComprido e Campo de S. Cristóvão. A 1 de Dezembro de 1878, ini-ciou-se um serviço da Praia de Botafogo, canto da Rua, São Cie-mente, até Copacabana. Pertenciam os veículos ao Dr FigueiredoMagalhães, que montara ali uma casa de saúde para conváles-centes, cômodos para banhistas e um hotel anexo. Quando se pro-

clamou a República res-tavam da|s antigas em-prezas e da Companhiade Carruagens Flumi-.nense, apenas doze car-ros ocupados no tráfegopara Botafogo e Laran-jeiras. O ponto de para-da desses veículos ficavano largo da Carioca, naface onde se erguia o ca-!sarão do hospital da Ve-nerável Ordem 3.a da Pe-nitência, demolido, na ad_niinistração do PrefeitoDr. Pereira Passos. As•diligencias da Tijuca par-itiam do ponto terminalda linha de bondes daCompanhia São Cristo-vão. O percurso delsde ofim da Rua Conde deBonfim até a "Bica doMonteiro" e ao Alto daBoa Vista, fazia-se nomáximo em trinta minu-tos. Para os lindos re-cantos da floresta, a via-gem era feita em velhasseges e "victorias" da co-cheira situada na RuaConde de Bonfim, 119

Por uma viagem redondaao Alto da Boa Vista pa-gavam 10$. Encontravaiali o excursionista ani-anais de sela para pas-jseiosR alugados, antes de1870, desde 600 réis a1$200. Conforme as ho-ras de utilização de ani-mais, eram estes aluga-dos em anos posterioresá 5$ e 10$. O proprieta-rio daquela cocheira,Plácido Antônio Fernan-des Perez, descendenteide antigo dono das dili-gencias e do "Hotel Pe-reiz", manteve duraantemuito® anos o serviço detransporte da Rua Con-de de Bonfim ao Alto daBoa Vista. O preço dapassagem importava em1$000.

R >UGE LIQUIDORAINHA DA HUNGRIA

De Mme. CamposDA AS FACES UM ROSADO

INCOMPARAVELA VFADA KM TOD* A PARTE

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O primeiro olharé paro o busto!

Si a plástica do seu busto nSoa satisfaz, é tão simples corri-gi-la I Quando os seios sfioatrofiados, fácil 6 desenvolve-los com a PASTA RUSSA.Quando aos seios falta firmeza,a PASTA RUSSA restabelecea linha justa da plástica femi-nina. fortificando os tecido,e ativando a circulação local.

PASTARUSSAdo Dr. G. RICABAL

A BELEZA DOS SEIOS"Nas drogarias, farmácias,perfumadas e nas boas

easas do ramo.CAIXA POSTAL» 6 —

MEIER — RIO

"Firme como oPão de AssucarG>9

FIRMEcomo o Pão de

Assucar

SULAMERICA

não é apenas um lema — é uma diretriz atuante do

Sul America

Alguns anos decorridos da sua

fundação, a "SUL AMERICA" Cia.Nacional de Seguros de Vida ado-tou como "slogan" a frase que se

tornaria famosa - bem característicada sua solidez, da sua grandeza.Nesta oportunidade, ao tornar

Antônio S. de Larragoiti Jr.l.° Vice Presidente

público um resumo do balanço

correspondente ao 61.° ano de

operações, a Cia. deseja reafirmar

seus propósitos de garantir paraseus segurados a manutenção desta

diretriz - "Firme como o Pão

de Assucar" através dos tempos.

A. Ernesto Walier2.° Vice Presidente

O ano de 1956 traduzido em cifrasResumo do 6I.0 balanço da "Sul America" Cia. Nacional de

Seguros de Vida relativo ao ano ãe 1956

Os novos seguros aceitos, com os respectivos primei-ros prêmios pagos, atingiram a quantia de 12.357.861.734,00

O tolal de seguros em vigor aumentou para 38.269.383.832,00

Os pagamentos aos próprios segurados e aos benefi-ciários dos segurados falecidos (sinistros, liquidações elucros) somaram 280.767.489,80

Os pagamentos de lucros atribuídos às apólices deSeguros em Grupo, importaram em 42.413.305 50

O total de pagamentos, inclusive lucros S. G., desdea fundação 2.672.133.163,00

O Ativo elevou-se era 31 de dezembro de 1956 à im-portância de 3.390.082.809,20

Alguns valores do ativo no Brasil

Títulos Públicos de Renda 308.501.423,70

Ações. Debêntures e Outros Títulos 246.814.192,30

Imóveis para uso próprio 613.710.341,40

Empréstimos s/Hipotecas, Apólices de Seguros e Ou-trás Garantias 808.544.755,90

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Sul AmericaCOMPANHIA NACIONAL DE SEGUROS DE VIDA

FUNDADA EM 1895 :A-2794-B

Maio - Junho — 1957 3

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30 anos dando asas

VARIG

A 7 de maio de 1927 constituía-se a primeira empresa de aviaçãono Brasil — a VARIG.A mentalidade pioneira que ins-pirou seus fundadores prevaleceunestes 30 anos em todas as ati-vidades da empresa: a VARIGrealizando o primeiro vôo co-mercial em 1927, operou tam-bém a primeira linha diária nopaís em 1936; promoveu a so-cialização da empresa em 1945,instituindo uma Fundação; cri-ou o serviço de aviões mistoscom tarifas reduzidas em 1947;fundou a primeira Escola dePilotos Comerciais, em 1951;instalou jato-propulsãò auxiliarem seus aviões em 1953.

ao progresso

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1927 1957

Ontem pioneira no tempo ehoje pioneira no espaço aVARIG serve seus passageiroscom os mais modernos e avan-çados aviões que cruzam os jcéus das três Américas.

4 Ilustração Brasileira

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yl visita do Presidente da Republica Portuguesa, General Craveiro•**¦*¦ Lopes, tem para o nosso país uma significação que transcende oslimites das aproximações diplomáticas, meramente convencionais, pararepresentar um ato de fraternidade de dois povos que têm, nesta alturada civilização, muitos e sérios motivos para se entenderem e estimarem.Bem disse o sr. Albino de Souza Cruz, dirigente supremo da Federaçãodas Associações Portuguesas no Brasil, que os portugueses e brasileirosse ufanam de haver construído no trópico um dos pontos altos da cul-tura contemporânea. E nós compreendemos perfeitamente que essesbravos e intrépidos descendentes dos desbravadores do oceano no séculoXVI devam orgulhar-se conosco de uma obra que é, em muitos pontosdeste hemisfério obra comum. .presente em terras brasilicas o chefe deEstado lusitano, recebemo-lo não só com as demonstrações a que lhedava direito a qualidade de primeiro magistrado de uma nação amigade alem-mar, mas principalmente com as efusões do fundo da alma denosso povo. Passados os momentos de júbilo, que foram todos aquelesdo tempo em que aqui demorou o governante ilustre da terra portu-guêsa, chegou a hora do regresso. E então o general Craveiro Lopespartiu de volta com a convicção de que deste lado do Atlântico há umamentalidade progressista e que se afirma em solidariedade com os co-laboradores de origem lusa que afluem a estas plagas cheios de confi-anca na vitória do esforço honesto e com fé no futuro de uma raça novaque não desmente as tradições do velho tronco ibérico de que procedeem primeira linha. Ao pisar de novo Lisboa, o primeiro magistrado dePortugal pôde dizer a seus compatriotas que o Brasil abraçou na suapessoa a Portugal, com a mesma ternura com que Portugal abraçou o.Brasil quando lá esteve o seu Presidente.

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HÊÊUÊÊUM NÍVEL DE VIDA SATISFATÓRIO PARA TODOSO

vulto dos problemas econômicos cresceu de um modo rápido e extrlaordi-nário, após a terminação grande guefrra de 1914. Aquela colossal con-vulsão sacudiu o mundo em todos os sentidos, trazendo conseqüências

absolutamente inesperadas, principalmente no terreno social econômico. Hoje,após a última catastrófica luta, devemos esperar ainda por mais graves con-seqüências. E' indiscutível que no período, compreendido entre as duas grandesguerras, um enorme cabedal de experiência foi adquirido e muito se tem feitopelo progresso humano, mas o problema social econômico, com toda 'sua comple-xidade, continua a desafiar a boa vontade de todos. Em geral, a solução de umproblema depende da determinação de uma ou mais iguaildade, onde figuramuma ou mais incógnitas, ao lado de outras quantidades conhecidas. Como seenuncia o problema social? o que se observa, presentemente, entre os homensé o padrão de vida desigual. Ao lado do palácio opulento, aí está na meiaencosta do morro o casebre miserável, coberto com duas ou três folhas de zinco,esburacadas, premidas contra um madeiramento precário por blocos grosseirosda pedreim vizinha, chão de terra pisada, portas às vezes, paredes desengonça-das, frestas sempre, contribuindo inconscientes para adoçar a reflexão amargado desditoso morador, com a segurança de não caber à Natureza pródiga res-ponsabilidade na desgraça que o acompanha, segurança que lhe vem atravésdas frinchas das paredes, na alegria otimista do sol, a mesma para todos, queninguém pode monopolizar. O que nos fere logo a vista é a desigualdade frisantedas condições do vida do individuo humano. Nada justifica esse quadro queoscila entre o esplendor e a miséria. Não é possível evidentemente fazercom que todos os homens transformem-se em opulentos capitalistas. Estabele-çamos um regimen econômico que permita efetivamente, pelo aumento, a me-lhor distribuição da riqueza, provinda do trabalho, um nível de vida satisfa-torio para todos, e estará achada a solução. Em resumo, um equilíbrio so-ciai, onde atuem também os fatores novos nascidos ao influxo da solidarie-dade, que a grandeza da desgnaça geral, imposta pela guerra, despertou naconsciência coletiva, aprimorando-a e impelindo-a na marlcha incessante parao aperfeiçoamento. O problema social, inseparável do econômico, exige paraa sua completa resolução um aperfeiçoamento técnico de par com o reconheci-

mento espontâneo da necessidade de uma distribuição mais equitativa dos lu-cros. O aperfeiçoamento técnico nos processos de trabalho permitir-nos-à oaumento de produção e, consequentemente, a barateza do produto e dilataçãodo consumo, o que proporcionará maiores lucros, com os quais, principalmentese deve melhorar a sorte do operário. Aliás esse aprimoramento técnico écondição necessária para conseguir, pela estabilidade, a permanência da situa-çao conquistada. Teremos assim maior produção e maior consumo, aumen-tando os lucros e os salários, coincidindo tais fatos com a baixa dos preçosdas mercadorias, e que tudo permitirá elevar o padrão de vida. Si o mundoque estamos a imaginar, fosse comparado com o atual, é claro que se dife-renciariam por uma diversa distribuição da riqueza produzida, entre os quepara ela concorrem. O lucro seria distribuído no primeiro caso por um númeroincomparavelmente maior de individuos; o bem resultante seria evidentementemais geral. Este resultado impõe o predomínio efetivo do bem geral sobre oindividual, para solução do problema social-econômico, e é lógico que se oro-cure anular as conseqüências decorrentes do predomínio inverso, que se nro-cteriza a imagem atual do nosso campo econômico, embora se tenha pretendidoem vao, obter neste caso a coincidência dos) dois interesses. Torna-se portantonecessáno modificar a organização do Estado, que decorre do nÕssc£ temapolítico, para que ele possa saber* agir devidamente e cumprir o seu dest no Oregime será o da economia liberal dirigido pelo Estado capaz. Houve evMenc?Ste

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PEDRO RACHE

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6 Ilustração Brasileira

LINGUAGEM-

Consideram-na por muito tempo mero organis-

mo vivo. Estava então em moda o naturalis-mo. 0 organicismo tudo invadira. As cousas

inexplicáveis do seu tempo, tal como hoje fazemosàs do nosso, ao lhes darmos nomes que nos encobrema ignorância, o pensamento filosófico dos séculosXVII e XVIII, imbuídos de naturalismo exuberante,apelidava, meio pernóstico e doutorai, jeux de Ia na-ture. Sempre as mesmas utilidades da natureza: ouserve para a violentarmos com os nossos caprichos,ou para lhe invocarmos a indulgência, no caso mais'comum dos nossos desacatos. É hoje ponto pacíficona bôa doutrina filológica e lingüística" não possuira língua nem aspecto exclusivamente natural, com-parável a órgão vivo, nem meramente cultural, comoimediato produto da civilização. A concepção natu-ralista foi tão fértil em monstruosidades, como a radi-calmente culturalista o pode ser em erros e absurdos.Separados modernamente, os campos na natureza e nacultura, Natur e Kultur, as ciências da primeira rege-as a idéia de leis, regendo as da segunda, ou do es-pírito, a idéia de eventos ou de sucessos. O fenômenolingüístico deve a complexidade á participação dasduas, ainda que nele notoriamente predomine a influ-ência de ordem cultural, como produto da civiliza-zação, cuja fundamental essência é a permanenterenovação. 0 caráter cultural do fato é hoje maisque patente. Os estudos do padre Schmidt sobre oparalelismo entre as áreas culturais e lingüísticas,coincidem com as indiretas afirmações da escola spen-gleriana, e as próprias convicções das escolas sócio-lógicas de Comte a Durkheim, de Tarde a BesterWard. As aquisições científicas no campo da diale-tologia, inicadas por Ascoli e Cornu, ressaltam, porsua vez, o aspecto proeminentemente cultural da lin-guística em Gillieron, Gasen — Paris e Dauzat seusmais destemidos batedores. A contribuição natural,orgânica, é, contudo, inconfessável. Daí a reconhe-'cida complexidade do problema, que parece na-ger entre dex eaux, participando de diferentes in-fluências. Encontram-se os elementos de naturezacultural na própria atividade do espírito, a que servea hngua, na sua quase diríamos divina finalidade.Formam o substrato, a matéria residual do povo. es-

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FENÔMENO DE CULTURAtruturada nas tendências, nas tradições, nas afinida-des, por obra quase exclusiva da civilização. O con-tingente orgânico é, relativamente, escasso. Exclui-das, por inevitáveis, disposições anatômicas e fisio-lógicas, diretamente vinculadas a influências do meio,ou do ambiente geográfico, bem como de outras dofundo eminentemente individual, vícios e deformida-des pessoas, a linguagem reduz-se a fenômeno fun-damental de cultura. Todo o erro da escola natura-listica consistiu em confundir a espontaneidade dolingüístico com a inata propensão do espírito paraexteriorizar o pensamento, governado, como é sabi-do, tanto nas inibiçoes, como nas expansões de ordemracional ou afetiva, por um conjunto de latênciasadormecidas nas profundezas do ser. Nada sabia aescola da forma e da razão por que despertam essassonolências, desse wake-up da alma, a que não fal-tam modernamente explicações, que chegam a culmi-nar no pansexualismo freudiano. O próprio léxico deuma língua ainda não é, a rigor, nossa linguagem.Imobilizados, desvitalizados pela inércia, os vocabu-los lembram mais um ossuário, ou um cemitério, noconceito pitoresco de Bourciez. Em sentido social ebiológico, língua é manifestação de pensamento comoelementos fonéticos, acústicos, de expressão. De pen-samento, e não de idéias, que dele são apenas célu-las, ou simples elemento nuclear. E a palavra é a ex-

pressão verbal, ou material da idéia. A escrita, a orto-

grafia, onde preponderam os elementos óticos, não

passa de desenvolvimnto ou visualisação do fenômenoauditivo. O papel é fotográfico: o binômio som e côrsó inspirou os Rimbaud e Sully Prudhome pelo equi-valente psicofisiológico existente na esfera sensoril.A côr de uma vogai de ser como o som do azul e dovermelho. A racionalidade da escrita sônica que tantoapaixonou a estirpe dos Gonçalves Viana e Leite deVasconcellos, procurava a melhor correspondênciaentre as duas realidades — de som e de forma^Si naidéia e sua "entité concrete", a palavra, reside o fun-damento da linguagem, a língua acompanha, comosombra, a eterna trajetória do pensamento. E este ésinônimo de cultura.

HENRIQUE LANGDEN

0 ESTADO - A FORCA AO SERVIÇO DO DIREITO

A teria objetivista do Estado é de data muito recente; nasceu nos últimosanos do século passado. Teve contra si todo o mundo de idéias feitas,dos princípios consagrados no texto das constituições, nas máximas de

governo, nos cânones da política liberal. Ainda hoje, pela corrente das noçõespredominantes nos parlamentos e nas academias, é desconhecida ou desprezada.A despeito, porém, de todos esses tropeços e ameaças, pode-se dizer que já fez oseu caminho e desafia qualquer! contestação. De acordo com um critério rigo-rosamente positivo, a explicação da teoria do Estado se encontra nos seguintesprincípios: — Nas sociedades humanas, em que já se tenha operado a discrimi-nação das diversas correntes de interesses coletivos, se estabelece, natural-mente, em obediência à lei geral de equilíbrio, uma diferenciação política, ca-raterizada pelo reconhecimento e aceitação de um sistema de funções de man-do, ao qual incumbe, antes de tudo, a defesa da ondem, nas relações sociais.Para que as varias classes de interesses diferentes se mantenham em harmonia,é preciso que se subordinem à observância das normas de direito."O Estado é a força ao serviço do direito". Essas funções de disciplina sãodesempenhadas por um homem ou por um grupo de homens, como qualqueroutra forma de atividade, no meio social. A essse homem, ou con-junto de homens, encaritegado do desempenho de mando, se convencioudar a denominação pouco precisa de "governantes", em oposição à massa dopovo, que constitue o que se chama de "governados". A autoridade publica nãopertence, porém aos governantes, qualquer que seja a forma de organização doEstado; não é uma prerrogativa política, um direito subjetivo, uma regalia,ou um privilégio; o poder do mando, no Estado, é inseparável das própriasfunções de disciplina, é uma condição de ser, objetiva e impessoal, dessas fun-ções. Os governantes, tanto como os,governados, estão sujeitos à autoridade de-corrente dessas funções de mando. Tanto os governantes como os governos estão,naturalmente, adstritos a conformai* suas ações com os princípios de direito.Estão, uns e outros, inteiramente submetidos às regras de direito: os governan-tes devem pautar as leis que formulam e os atos que praticam pelos preceitosde direito, que são, ao mesmo tempo, preceitos de moral; e os governados de-vem obediência e rfespeito às leis e aos atos do poddr publico. As normas deconduta impostas aos governados pelos governantes são legitimas, uma vez quese conformem com os preceitos de direito, e o governo pode legitimamente lan-çar mão da força, para impô-las coativamente. E' bem certo que, por abusode poder, a autoridade publica muitas vezes impõe à obediência dos governadosleis injuridicas e Ordens ilegais. Mas esses atos de prepotência não prevalecem.O ritmo nas relações políticas acaba por restabelecer. As leis injuridicas sãorevogadas ou caem pelo desuso, os atos ilegais não se podem manter contraa repulsa, declarada ou latente, com que são recebidos. Em resumo, o Estadonão é uma pessoa, dotada de direitos subjetivos, inalienáveis, indivisíveis, im-prescritiveis. O Estado é tão somente o fato, objetivo e real, da organizaçãopolitica de uma nação. Sob este aspéto, o Estado não é uma pessoa, com direitospróprios; é ma instituição, um aparelho de organização social, ura ambientede equilibrios. Perante um critério rigorosamente objetivista, é inadmissívela confusão entre o poder de governo no Estado e o poder de mando, em queos governantes aparentemente estão investidos. A força, com que a organizaçãodo Estado se impõe, não reside na vontade de ninguém: é uma força de caráterobjetivo, decorrente dos próprios princípios de equilíbrio da vida social. Aevolução natural da vida, individual ou social, é sintetizada na seguinte formula:tendência invariável para o melhor equilibrio, para uma adaptação mais per-feita. A ordem é um princípio indispensável de equilíbrio, inseparável do con-ceito de adaptação. O direito é um conjunto de preceitos necessários à manu-tenção da ordem no meio social. Os preceitos de direito não podem deixarde ser obrigatórios, visto que são necessários à ordem, condição primária davida, individual e coletiva. Desde que se criaram no meio social as situaçõesde conflito de interesses coletivos, desde que se formou o meio nacional, surgiunecessariamente, um conjunto de funções de disciplinas armadas do poder decoação, pelas quais o respeito aos princípios do direito passou a ser assegurado.Essas funções de disciplina, como qualquer outra forma de atividade no meiosocial, são exercidas por um indivíduo ou um grupo mais ou menos dilatado deindivíduos, em cujas mãos se enfeixa a maior força. Mas essa força de domi-nação não decorre da vontade dos governantes — rei absoluto ou corpo nacionalde eleitores — e sim dos próprios princípios de equilíbrio pelos quais a ordemsocial se sustenta. Das necessidades da preservação da ordem é que decorrem asfunções de disciplina, que, no seu conjunto, constituem a organização politicado Estado. Encarado sob o aspecto de pflocesso de preservação da ordem jurídica,o Estado não é uma pessoa, com direitos próprios; é uma instituição, um apare-lho de organização social, um processo de equilibrios. O Estado representa umasíntese de interesses econômicos, perfeitamente diferenciados de todas as outrasordens de interesses representa um patrimônio. Considerado como titutar deseus direitos patrimoniais, é, sem dúvida, uma pessoa jurídica. Nesse aspetoparticular é equiparado às funções.

EUSEBIO DE QUEI ROZ LI MA

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O ANODE 1900...

DEGAS...PICASSO...

enorme de pintar novos aspectos. Mont-martre encheu cs seus olhos de impres-soes torturados. E êle corre para os cir-cos, pinta "clowns" e arlequins, com ar-dor e ansiedade. As cores fortes, as atitu-des excêntricas, os saltos sobre o vácuo,as fisionomias trágicas lhe despertamidéias e entusiasmos renovadores.O azul e o vermelho foram o trampolimpara o seu triunfo. A tela "Os saltimban-cos", vendida à Princesa Lechnowky,por doze mil francos, lhe abriu o caminho

Z)egí7s — "Dançarina"

Renoir — "Mãe e jilhos"

A pintura francesa do fim do século-** XIX até o início deste, quando nãoera grotesca, era inquieta. Tem-se a im-pressão de que, depois do ciclo do roman-tismo, os artistas de todas as regiões daFrança, e mesmo os estrangeiros que alivieram se estabelecer, necessitavam deagitação, de desiquilíbrio, de fugir dassombras imóveis de que os seus anteces-sores se haviam entoxicado.A linha, clássica da estesia desprendeu-sedo sonho e começou a viver. Foram fican-do para trás as árvores melancólicas eesguias de Corot e a ondulação dos nusmacios de Ingres.Cezanne, Matisse, Utrillo, Ronalt, Monet,Renoir, apareceram como orquídeas es-tranhas num panorama angustiado. Pi-casso chegou a Paris com a sua boina ca-tala, a velha caixa de tintas e uma sede

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para a glória. Depois, a sua insaciedade este-tica o levou para outros rumos. O seu sanguerude, habituado a latejar sob o sol fervente daCatalunha, não se contentou com as notas sua-ves, o equilíbrio, a doçura harmoniosa dos mo-tivos já tão explorados por outros artistas. EPicasso uniu-se aos espíritos mais ardentes de Pa-ris. Apollinaire estava sempre em sua companhia.Sérgio Dighler tornou-se seu amigo, e o contactode "Ballets Russos" lhe deu uma agilidade maisquente, alguma coisa como o vento que, ao meio-dia, sopra, às vezes, a areia dos campos em que des-cansam os "miuras" da sua terra. Picasso era a Es-panha, em todo o seu vigor, que ia esquecer-se dassuas tradições nos cafés tumultuosos de Paris para,também, poder viver no século XX.Degas era um outro temperamento, no panoramadas artes plásticas daquele tempo. Conta um jor-nalista, seu contemporâneo, que, um dia, o bomDegas o recebeu em seu "atelier" da rua Victor-Massé. Ao vê-lo, perguntou-lhe o mestre, serena-mente:

Picasso — "Bouquet sobre a cadeira'

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Cesanne — "Retrato de Gustavo Gebroy"

Que deseja, meu amigo?Aproximar-me do senhor, olhá-lo bem

de perto, junto de meus olhos — disse-lhe o visitante.

Curioso... — murmurou Degas, pen-sativo. Os outros vêem aqui para ver osmeus quadros. O senhor teve o trabalhode subir estas escadas só para ver-me...É pintor?

Não... Sim... Respeito muito a pin-tura para profaná-la com o meu pin-cel...

Ah ! Então, o senhor não vai à igrejaporque ama demais a Deus? Não, nãofaça isso, meu amigo. Vá aos museus epinta, como deve ir às igrejas e rezar...Degas era um poeta dos meio-tons. Agraça das suas bailarinas impregnavatoda a sua alma. E a sua alma enchia osbastidores dos teatros de Paris como asombra de uma alta e imensa flor intan-gível...

DE

yy

SJOSUÉ MONTELLO• v;íi;. v;;fc.-r;v; v : ,. . •.-; «A

wmA PROPÓSITO DE PEDRO II

-v.^í 'ASa-AAA.

I A E SIVÀ T U A DE BALZAC

Iprmieiro consultei Pedro Calmon, técnico em D. Pedro II

x ^Wgrafo ilustre e mmudente de O Rei Filósofo tip™¦mf&tomaM&: mmm meticuloso da edição brasUeta !£f Cwnedia Humana tinham notícia de que D Pedro II deLou

1?tT^W§ mmmmnt, Fran^ois Cojpée vühe°stribuií^ ÍaM' w

erdÍI?and,LessePs. entre os priLhos con-d" Ba^.

subscn«M Pública de que resultou a estátua

HÜÜ^^ ü° UVr0 qUe dedicou à «K*«« «"O, quem* Zu I

* qUe ° Últim0 taPer^or brasileiro contri-; ^o^r^r^110 instánte-para que paris «*»««.* lta*£ h£? °d"' ° monumento ao inexcedível trabal

I poteão £ m"°t Ue Barbey d'A^evilly definiu como o Na-

«tz£CIa' ~ l0S0 ~tando: sem o crepús-

ÍÈÜÍ fel^br°' foÍ St6fan Zweig 1uem atent°u Para afo?™? f

de quetBalzac tem «ido, para os seus biógra-a^em WMt'

Um, t6mf PerÍg0S°' pel° risco de P^difporquem .o toca as emboscadas da má fortuna.Alain era de opinião que a incredulidade somente subsisteenquanto nao consultamos o oráculo: desde que o fazemosestamos obrigados a dar-lhe um pouco de crédito 'S SS:

6-ÍdênCÍa d0S fatOS> ^roborarKlo a des-im^S o barTIa -m f P,r'° naS Velas da credulidade,Tnossa mão

C ^ d° leme qUe °bedece ao *™è™O próprio Zweig, suicidando-se antes de concluir a binp-™fia do romancista, poderia servir de novo aZrln£xf"grande peso à suspeição da cabula póstuma sflsfímana, no espetáculo de todos os dia^, não fosse em verda"de, um tecido de surpresas e coincidências

Llm^outamdíl16^^3 «^ idades de toda

Mesmo com os embargos de Madame Hflnl !l- -morreu. Em 1883 a 4n*W* JTaa^me Hanska, a idéia nãois s*cSsSr-= saí

Palais-Royal g d° ° marmore na praça do

SiS2o de ^^="=^S'^^^^^--a a ™« deg.

Em plela ^^S^ZSÍITT^T^zt:sentr^ ° *aba*° - =s fmo10 Ilustração Brasileira

Em janeiro de 1893, quando o tempo se escoa, o que existeda estátua é um esboço vago de projeto, na cabeça do escul-tor. E somente em 1897, depois de lutas de toda ordem éque Rodin termina o monumento.No Salão Nacional de Belas Artes, onde a obra de arte é ex-posta, trava-se um novo combate, mais áspero, mais renhi-do, entre a audácia da concepção artística e a incompreen-sao do público. No Galois, Jean Rameau, criticando o traba-lho de Rodin, sugere que se faça à estátua um pedestal tãoalto, para que só de longe ela possa ser vista.Ante o clamor da imprensa e a incompreensão do público,a Societe des Gens de Letres" recusa o trabalho em queRodm empregara o melhor de seu gênio.Lrtv^íí46

apÒS ,\m°rte d0 escultor - contorne acentuaAndré BUly, no relato de VKVoque 1900 - que o Balzac deRodin se ergue sob o céu de Montparnasse.

Um observador propenso à credulidade fácil poderia dizerque a má fortuna, que costuma atingir os oficiantes do cultotuYT^f'

nã° Se 1Ímlt0U a alcan?ar- no "aso

£ es £tua, os artistas que a levantaram. A cabula, ao que parece

n,VneP;P°f !fempl°' acab0u na cadeia> Maupassant, no hos-picio. E Pedro II, que deve ter assinado a subscrição em1888, no ano seguinte perdeu a coroa.LIÇÃO DAS REVOLUÇÕES BRASILEIRAS

J S rZT™' n° qUlnt° VOlUme dos ensaios críticos dede Í!ÜS1 ^^ Um dêSS6S ^^ C°m 3 data

e°nsa°r 1 W$& ^ ~ maÍS Uma fantasia & umensaio _ e a deposição do velho imperador, em conseauên-cia da proclamação da República no Brasil COnsequen-ÍSrVedTe?! l ™ ?""* P°lítÍC° & ««figuraçãoMM We^x ^ Um aPêndÍCe a° CaP"Ul0 WNêsse^capítulo, Voltaire fez Candide sentar à mesa numahospedam veneziana, em companhia de Martin e de m£sses estrangeiros. Os seis estrangeiros são: Achmet III v"hosultão destronado; Ivan, imperador de todas as Rúsíastambém expulso do trono; Carlos Eduardo, Si da InS'ra, igualmente no exílio; Augusto III, rei do Polaco ÍmSmlnat°e S?a:

^^ Le«- -> *- P^Te Zpiamente banido, e por fim Teodoro, barão de Neuhof exSei

íríúzia^ fgÍna de L6S ContemVoravnS, acrescentí àmeia dúzia de reis no exüio o imperador brasileiro contiLde

d;onai"modo'na graça do pasticbe «&m o 1£oséseaíSsqruPPrnHPÍa

anarrativa: "^pois de ter escutadoCân^n?? ham Vind0 Passar o carnaval em VenezanZZ^2Z:érm°PeVSOaaSem qUe ceava lautlmlntênuma mesa vizinha. Era um velho Hp ar «n^» « „*- vuma bela barba derramada sobre oSP i

M< COmAnte uma pergunta de Cândido, que se mostra nrnfnnHomente impressionado com o ar de contenZll^ t~operador exilado, Pedro II lhe fi 22^?

° ^^Lq:ZTrn^Z^%S^ SÚ<JÍt0S -

nava. Mas devo confessar an^'rT Brasü ^ue eu rei"

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ii i» ii' i.iiBBwiairaiTiwiBwnwr"Hi'mr^^fiiMpFff 3a?fl--7-'ag^^<vagaaBa :_ _:.i__..^_. - rv'r",;'«-..-:-;. ¦ ¦...<

Paris, essa capital das ciências e das artes, onde a vida é tãodoce e tão nobremente empregada e onde disponho de exce-lentes amigos".Depois de mostrar as doçuras de seu Império e de aludir àcircunstância de pertencer a uma família real propensa aperder os tronos, "sem nenhuma aptidão para reconquista-los", Pedro II termina por contar a forma original pJor que

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havia sido proclamada a República em nossa terra:— "Devo acentuar que os revolucionários foram perfeitos.Eles compreendiam que o que ocorrera não tinha sido porculpa minha, que eu mesmo estava a par de tudo e não osodiava. Nunca uma revolução foi mais pacífica nem maiscortês de parte a parte. Aqueles senhores me embarcaramcom muita polidez, num navio bastante confortável".

E completando a narrativa, sem esconder aemoção:

"Todos nós tínhamos lágrimas nos olhos,quando nos separamos. E se eu quisesse meaproveitar da comoção geral, talvez ainda esti-vesse no Rio de Janeiro. Mas aí minha situa-ção seria um tanto precária. A condição desimples particular convém mais aos meus gos-tos. Além do mais, eu adoro as viagens. Ama-nhã de manhã deixo Veneza e estarei em Pa-ris dentro de oito dias'.Por fim, num suspiro de conformismo, PedroII encontra, para remate de seu romance derei, este consolo de filósofo:

"No mesmo dia em que perdi minha coroa,o presidente Carnot me ofereceu as palmas deoficial da Instrução pública. Isso me deu umgrande prazer".E Jules Lemaitre, passando da fantasia literá-ria ao comentário político, extrai do episódioesta lição: "Dessa forma o Brasil acaba deinaugurar brilhantemente, e do modo maiscurioso, uma nova espécie de revoluções: aque-Ias em que os povos serão polidos e os monar-cas resignados. Uma revolução nada mais serádo que uma luta de cortesias entre vencedorese vencidos. A fuzilaria, nesses casos, será subs-tituida pelas barretadas".E é esse, em verdade, um dos traços marcan-tes da originalidade brasileira. Nossas revolu-ções, com a graça de Deus, acabam em salvasde artilharia e em banda de música. Porquenão é com ódio que se voltam as páginas denossa história política.

Maio-Junho — 1957 H

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A DEUSA DAS SOMBRAS LONGASA deusa das sombras longaseu sei que, um dia, virá.Virá do abismo, (Na Noite,ela se perde por lá...)

Virá do abismo. Entre as ondase os ventos, numa hora má,as suas lanternas roxas,em silêncio, apagará...

(Luz, para quê, se, nas trevas,são mais fundas suas velas?)Ela há de vir para cá...

12 Ilustração Brasileira

E, na oculta areia friada minha enseada invisível,em mim desembarcará.

PADUA DE ALMEIDA

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Ha pouco tempo, o público do Rio

ovacionou calorosamente o pianis-ta Witold Malkuzynski que, faz ai-

guns anos, fazia no palco do Teatro Mu-nicipal a sua estréia no continente ame-ricano, recém-laureado que fora no Con-curso Internacional de Varsóvia.Malkuzynski lembra Paderewski na mo-cidade e pode considerar-se atualmente oherdeiro artístico do inesquecível pianistapolonês. De fato, foi Paderewski quem opreparou para o concurso que lhe abri-ria as portas duma brilhante carreira in-ternacional.Hoje, no transcorrer dessa carreira, Mal-kuzynski fez a volta do mundo. Conver-sar com êle eqüivale a participar dessaaventura excitante. Aqui o vemos ,na fo-tografia, ora aos pés da imagem impres-sionante dum Buda colossal, ora monlan-

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Malcuzynski montando um elefante

o marido; para sermos exatos: ao con-curso que lhe deu esse marido — e asduas filhinhas do casal: :Pierrette, mo-rena e graciosa como a mãe; e Christine,loura e do tipo bem eslavo.

As garotas gostam de música? — per-gunto.

Demais ! — responde-me o pai — Nósnão desejaríamos, de modo algum, queelas seguissem a carreira artística. Mas,de momento, não há como arrancá-las àssuas respectivas paixões: Pierrette e opiano; Christine e o ballet.A conversa vai correndo amena; os mi-nutos voam, Malkuzynski confessa-se en-cantado, porque eu quasi não lhe façoperguntas. E conta-me que já lhe fize-ram perguntas deste teor: "Que é o queo senhor toma com o café da manhã?""Qual é a côr do seu pijama?"

A VOLTA DO MUNDO COM MALKCUZYNSKI

do um elefante, ora ainda saudando à maneira intlúdois bailarinos de Ceilão em trajes típicos, acimacios quais se ergue misterioso um deus da trindadeindú.Pergunto a Malkuzynski se o público do Oriente seinteressa muito pela música.— Ê um público excelente — responde-me êle —Onde quer que eu tenha tocado, seja no NovíssimoContinente, isto é, Austrália e Nova Zelândia, sejana índia ou em Ceilão, sempre encontrei uma cor-respondência entusiástica da parte do público, e notebem: quando me refiro a "público", não falo dos eu-ropeus lá residentes e sim às populaçeões nativasque formam a grande maioria dos auditórios.Uma nota curiosa, para os fãs de Malkuzynski: sa-bem que êle é adepto convencido da yoga?

— Diga uma cousa — pergunto — aderiu à yogapor simples curiosidade, ou encontrou nela resulta-

dos práticos?Resultados surpreendentes ! — responde-me êle,

com toda a convicção. — Não conheço nada melhorpara a saúde e para o sistema nervoso. Nunca deixode praticar a yoga, antes dos meus concertos.

Mas quem o iniciou na yoga?Foi Yelmdi Menuhin. Imagina que, durante uma

das suas tournées pelo Oriente, Yehudi conheceu ummestre da Yoga e tal foi o seu entusiasmo, que o con-vidou a passar as férias, na sua casa da Suiça. Ora,acontece que Yehudi e eu somos quasi vizinhos. Daí,a minha adoção à yoga.Eu não disse que, com Malcuzynski, fazemos a voltado mundo? Com a yoga viemos da índia à Suiça.É nas montanhas suiças, cobertas de neve, que vamosconhecer, praticando o esqui, toda a família Mai-cuzynski: êle, a esposa — a pianista francesa ColetteGaveau, concorrente ao mesmo concurso que laureou

Reportagem de SHEILA IVERT

Veja só que absurdo ! — comenta êle, sacudindoa cabeça, à lembrança desses episódios.É realmente de estarrecer que, tendo oportunidadede conversar com um artista inteligente e viajado,alguém perdesse tempo em focalizar assuntos tão in-sôssos. Enfim, são as surpresas da carreira que, comexceção desses pequenos espinhos, tem sido para oartista um rosai semelhante aos que, no verão, per-fumam as veredas da Suiça, essas veredas floridas eamenas onde, certamente, brincam Pierrette e Chris-tine, esperando o regresso do pai. Sem que eu lhepergunte, Malkuzynski faz este comentário sobre oRio:

É uma cidade brilhante, de intensa vida social !Quantas recepções, quantos cocktails, quantos jan-tares ! E, em todas essas festas, a par dos smokings,símbolo da rigorosa etiqueta do brasileiro, quantasmulheres bonitas ! E como se vestem bem !

UM GRANDE QUADRO DA "CEIA" DO SENHORBÊBmnrnmmmBWmmBBBBBBBBÈÉÊBBmmWmmmmmmWmmmTWmmWÊBÊÊBÊmn fl ________¦ bb__B — o.tm^bmmmmm_---------------w_--'.?'- -.«sa«HMn3^______M_______B_H_____________-__fl9flflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflH_§_ •- ¦ *f- > 1|_T 1'fifc 'i.ffl*"*™'- - \- ___Kfll§H_ _R__. ym flBBB______H_lifM__i^fl B___B_aBM_M_B_W __&__BB . t^stCa:^^^^^^^^^^BmÊÊÊmWml^^^^^Ay *>-"¦¦ BPiffia _B_H_i_^._^^^^P^_B fP^^BB«I^II^II^II^II^II^II^II^II^II^II^B--_P*Tfflii-^ AA<_—y*_r - »^jB .' ¦—-_"\'_ ¦"« ** '___________________________^__P_)£QV WmT ^^ _____h

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I *> or ocasião de seuanivers/.rio, ocor-

rido na sexta-feira san-ta deste ano foi o engenheiro patrício dr. Li-bero Oswaldo de Mi-randa presenteado pelasua esposa, SenhoraDejanira Fróis, comum sugestivo quadrode sentido religioso,representando a "Ceia

do Senhor". Trabalhode amplas proporções,essa tela traduz umarara sensibilidade ar-tística, como será fá-cil de verificar da nos-sa gravura. Dessa obraem que técnica e sen-timento se harmonizame equilibram disse o mestre Henrique Cavalleiro, professor da artista, escrevendoa sua impressão nestes termos:" — Felicito-a por seu trabalho. Lembro-me, que ao ter notícia das proporçõesda tela, dissera a Ivone ser um tanto audaciosa a idéia. E é realmente. Não es-perava, francamente, encontrar o que estou vendo. Pela suavidade de tons, dá-nos a impressão de uma pintura dos séculos XIV ou XV.Por seu panejamento, leve, suave, lembra-nos uma tela de Giolto, de Piero dela Francesca. Caracteriza-se pela espontaneidade e está bem longe dos primei-

ros trabalhos da autora, ao tempo da Escola. — Portinari gostaria de ver estetrabalho. — Suas tonalidades, baixas, uniformes, casam-se muito bem, como umpainel decorativo. — Tem forte espiritualidade; somente muita fé, uma fé. ar-dente, de parte do artista, justificam a expressão espiritual que brota de cadauma das figuras do quadro. Também a composição está muito bôa."Cavalleiro é um dos nossos maiores pintores contemporâneos e a sua opinião temo mérito da sinceridade. Dejanira Fróis bem a mereceu pelo seu esforço e peloseu esplêndido talento.

Maio - Junho — 1957 13

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RESSURREIÇÃODELUÍSEM VERSALHESO MAIS BELOTEATRO DO MUNDO

ÓPERA

As novas grades das Portas do Castelo deVersalhes, executadas pela artista Brandi.

Após

quatro anos de trabalho intenso, uma das grandes etapas da ressur-reição do Castelo de Versalhes acaba de ser vencida: a Ópera de LuisXV, o mais belo de todos os teatros do mundo, reencontrou seu brilho

primitivo. Construído a partir de 1767 por Jacques Ange Gabriel, o arquitetoda Praça da Concorde, foi solenemente inaugurado três anos mais tarde, num ban-quete por ocasião do casamento do Delfim de França — o futuro Luis XV —com. a arquiduquesa Maria Antonieta de França.Despojado de sua mobiliária preciosa e de suas sedas durante a Revolução pin-tado de vermelho «pompéien» sob Luis-Felipe, sofreu uma última metamorfosenos princípios da Terceira República em 1871. Foi convertido em salas de reu-moes do Senado, transformação lamentável, que levou a abrir uma vidraçariano centro do teto, a colocar um soalho „o nível do palco, por cima desta, a cons-ru.r la ,.ib os oradore5 Des(|e a(]ue]a ,„„.„,_teatro real ja era irreconhecível.

Se cogitava da restauração há muito tempo; esta tarefa complexa e delicada foilevada a efeito, não somente pela restauração do edifício mesmo, mas pela re .ri-buição quasi total dos elementos sumidos. No teatro enfim ressuscitado, a primeirarepresentação foi dada era honra de S. M. a Rainha Elisabeth II, de Inglaterra,e da S. A. R. o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo.

A arquitetura interior da ópera de Versalhes foi construída em madeira, ma-deira verde demais, aliás. Foi necessário reforçar todos os elementos constitui.-vos, notadamente a grande arquitrave do palco, que ameaçava desmoronar, assimcomo os delicados baixos-relevos de Pajou, que decoram as tribunasPara restituir à sala todo seu caráter primitivo, e para restabelecer fielmente adeslumbrante po .remia de false mármore, fei necessário recorrer aoS inven-tanos originais as descrições contemporâneas, e, naturalmente, aos raro. fra-me„,os alnd „ao „_,_- ])e|_ ^^ ^ ,tu oe mármore vermelho do Languedoc, o mármore «griotte» das colonas -r ntiana e dos socos, e o mármore Campan, mosqueado de verde das par eschatas. Nas reservas do museu, foi reencontrada a pintura decora ia I. Dumeau, representando Apolo premiando as Artes, a q„al foi recoloe da no U_¦nopertuna „draÇaria do teto. O chão tende sido restabelecido o Z •pn„„,„„, surgm o problema das cadeiras: poltronas confortáveis ou para esP .ar a exat. ao arnueológica, bancos semelhantes aos inicial™!eexi tente"

exigências do século XX ! Fragmentos de fazendo foram

A cortina de bocado palco.

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A Ópera de Versalhes: os balcões

reencontrados por milagre. Esta descoberta permitiu cobrir os bancos de veludo

de Utreeht azul escuro, veludo tecido em Amiens, nas prensas da época. A cor-

tina do palco, guarriecida de flores de lírio ,foi também reconstituída. E dois

renques cle lustres de cristal foram colocados nas partes altas do teatro, um deles

suspenso na abóbada do teto, o outro pregado aos espelhos do último balcão.

O Camarote do Rei, assim como os dois camarotes laterais do primeiro Ministro

e do Intendente dos Edifícios Reais, foram guarnecidos, como na origem, de

grades de bronze dourado. Debaixo da pintura, foi encontrada com surpresa,

uma encantadora decoração antiga. Para completar a ilusão, foram dispostas,

no chão, espessas peles de ursos do Canadá.Se a sala do teatro cle corte só pode receber setecentos espectadores, o palco é

o maior da França, após o da Ópera de Paris, construído sob Napoleão III por

Charles Carnier. Foi equipado cle maneira a mais moderna e dotado de todos os

dispositivos de segurança. As decorações arquitetônicas à antiga foram também

reconstituídas, tais como se apresentavam no Século XVIII. Naquela época, uma

extraordinária maquinaria permitia levantar o soalho da sala, afim dè pô-lo no

nível do palco. O teatro era assim transformado numa imensa sala de baile.

Enfim, o palco da Ópera foi também objeto de uma restauração muito atentiva.

O admirável foyer, decorado de figuras e medalhões de madeira de Pajou, read-

quiriu a sedutora policromia de falso mármore. Acrescentamos que a eletrici-

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4 Ópera de Versalhes, vista geral.Ao centro: o Camarote real.

dade substituiu as velas de outrorã, mas foram instaladas fal-

sas velas, e para isso cento e sessenta e cinco quilômetros cle

cabos foram necessários.Amanhã, a Ópera de Gabriel poderá se tornar o centro cle

um prestigioso festival, que poderá rivalizar com os cle Salz-

bourg e cle Bayreuth. Lully e Rameau se encontrarão em casa.

Suas magníficas óperas suntuosas devolverão ao mais belo tea-

tro do mundo sua razão cle ser. Até lá, a representação cle

gala que marcou oficialmente a ressurreição do teatro real,

marcou também um memorável aniversário: há um século.

em Setembro cle 1855. a Rainha Vitoria da Inglaterra e o

Príncipe Albert foram recebidos neste mesmo teatro, por Na-

poleão III e pela imperatriz Engenie; um jantar, servido pormesinhas, devolveu à Ópera um pouco cle seu brilho. Em Abril

cle 1957, a Rainha Elisabeth e o Príncipe Philip, recebidos

pela Presidente da República francesa na antiga residência

dos Reis cle França, evocaram com certeza o jantar histórico,

iluminado pelas elegâncias faustosas do Segundo Império.

Mas, pela primeira vez desde a queda da monarquia francesa,

a Ópera de "Luis o Bem-Amado" expressou exatamente toda

a graça do século da "douceur de vivre".

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todos os embaixadores do Chile, um dos mais simpáticos não é nemestadista nem político, mas músico. Em todos os cinco continentes, mi-com o CmSÈ rST T' dC °Utr0 m°d0' jamais teriam ° menor intactorir°Qaut "". """ Sen'"me"t0 * C°mUnhS° Mm ^h "™ >°-ficaT ltmirUÍt'a -gente PenS3' ? mÚSÍCa nã° é semPre um idioma universale caz. Inúmeros músicos, mesmo famosos, têm-se mostrado provincianos semqualquer sentido de internacionalismo. Pelo estilo de tocar ou pela mator ên a e

BSfeá** h0nZ0nJte! e tCndem a ™1^ Justamente, a

unir a Çhuman

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^^ e beleZaS fundamentais ckpaze deunir a humanidade. Os músicos franceses, por exemplo, tocando para platéiasnorte-americanas, as vezes se queixam de que conquanto na Franca o que a'mais sucesso e uma execução musical fria, controlada, intelectualizai -quasepor assim dizer, rarefeita - nos Estados Unidos o auditório exige outro tipo de

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0 famoso.pianista, em companhia de sua mãe, emmarço ultimo, guando passou quatro dias no Chilenum intervalo de tounée.

apresentação. Da mesma forma, a maioria das platéias latino-americanas reieit*

vai no mais íntimo do coração e da alma. ' IUe lhesEm Cláudio Arrau, pois, o importante não é o fato de ser chileno n™ «técnica pianístiica extraordinária, que lhe permite 7*

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dois exemplos de mérito indiscutível -pertencem Smeme T™* ^^

uma dúzia de pian tas llZ i" T °!f ^ ?*

" M P°deria dizer demais exigente. nt0 SegUmd°' e claro' os cri^rios da crítica

-U p„tóa rea,iZaí sua ífflí^Sr O^eSo t».S16 ilustração Brasileira

recentemente atingiu altos paramos de perfeição graças ao dr. Domingo SantaCruz, nem sequer existia naquela época. 0 ensino musical do jovem Cláudio nãopoderia, de modo algum, ser confiado simplesmente aos professores particularesdisponíveis em Santiago.Assim sendo, o governo chileno — orientado Deus sabe por que maravilhoso ins-tinto — mandou Cláudio, acompanhado da mãe, para a Alemanha aos sete anoscom o precípuo objetivo de fazer-se músico. A princípio o menino não encontravaprofessor a seu gosto; desanimado, perdeu muito do entusiasmo pelo piano. Porfim, foram, êle e a mãe, apresentados à célebre pianista chilena Rosita Renardque recomendou seu próprio professor, Martin Krause, ex-aluno de Franz LisztKrause, encantado ao ouvi-lo tocar, declarou que se tratava "do maior talentodepois de Lizzt." Hoje, graças às relações entre seu instrutor e o imortal húngaroapraz a Arrau dizer com uma simpatia que lhe tira qualquer suspeita de pre-sunçao, que, musicalmente falando, é descendente direto de Beethoven: Lisztestudara com Carl Czerny, e este, por sua vez, fora aluno de Beethoven... Sejacomo for, o fato e que desde o início não passou despercebido a Krause o valor21"°

«ecutante, e a amizade entre os dois tornou-se firme e feliz. Atéeste contai0;,^1186 n

^ ^^T ^ ° P&Í d° menin0' falecid° (l"a"d°este contava tres anos O mestre ajudou o pupilo a alcançar tão grande perspeciva musical que ainda na adolescência, conquistou os prêmios Liszt e 1 bach erSas"™ IS 7 f27, :-"^

"° CO"CUrSO d° C»"=— In.ernacional depianistas

na Suíça. Desde então, Arrau tem se dedicado tão intensamente aosconcertos pelo mundo inteiro, que jamais teve tempo para entrar em cuàisuuerthoven ?nCUrS0J- Entftant0' ^siderado um dos maiorse ntTrpre s 7e Beethoven do mundo atual, deve grande parte de sua competência a Krause o únicoGracaTá Z ZZ'™

^ ° *! Cm t|Ue a m5e ° k™" à «_2__?3' din" T Soyevmmental ininterrupto, o jovem Cláudio pôde man-ter se em Berl m durante nove anos, enquanto procurava desenvolver-se como m

Cláudio Arrau

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as grandes tradições da arte alemã do século Y1Y i- • 1dos ao teclado, impunha ao e.níri.n ! 2í , í* Enfíu,anto disciplinava os de-

de significados e do p der WS^MSt humani?ade; a estante busca

revelar „s segredos dos" Sra„c£ S5SS S™ ° " mÚSÍC° a'gUm P°deria

Cernia!.3 Entre^S elf L^?"^™ ^"^ Para dar COncertos na Europauma breve tournéí pelos Sol Uni08' ^K™11

"° HemÍSÍérÍ° °CÍdental> *»ainda, como intérprete das oi S*h]*™^,

"ão quis apresentar-se,tocar com a Or|^ÉShW 1 K™' ^í dÍÍÍCeÍS- Lembr°-™ de ouvi-loem novembro d 1923 ||™* * ,ChlCag\sob a agência de Frederick Stock,tímido ao pri^i o conta to no

^^^o^, e provavelmente um poucodadeira e da ali

" eou o 7

™ pla*eia d-co»h-ida, longe da pátria ver-

Voltou à Europa, e só daí a18 anos visitou novamente osEstados Unidos.Enquanto isso, foi procurandosempre amoliar e aprofundarsua arte. Deu, na Alemanha,uma série de doze recitas queabrangeram toda a música deTohann Sebastian Bach parainstrumentos de teclado, proe-za que produziu, no público,espanto e respeito. Em segui-da aventurou-se a executarciclos de todas as 32 sonatasde Beethoven para piano. To-cou todas, ou quase todas, ascomposições de Mozart, Schu-bert e Weber, para o instru-mento. Assim pôde ficar co-nhecendo exaustivamente amúsica que constitui o verda-deiro cerne do repertório clás-sico e romântico na Alemã-nha. Voltou-se então para amais moderna expressão fran-cesa, e fez-se mestre em De-bussy e Ravel.Conquanto já houvesse apare-cido em cidades muito distan-tes entre si, como Moscou(ali, em 1934 e 1935, seusconcertos foram pagos emjóias e peles, e não em di-nheiro) e Buenos Aires, sò-mente nos dez últimos anosfoi que se tornou, inquestio-nàvelmente, uma das maioresfiguras do cenárid musicaldo mundo. Seu primeiro reci-tal no Carnegie Hall, de NovaYork, em 1941, fez dissiparda memória do público a im-pressão daquele seu meio êxi-te de rapazinho com cara depoucos amigos... Olin Dow-nes, crítico de The New YorkTimes, usou as palavras "vi-

gor incomparável", referindo-se à execução de Arrau, e

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men e sua se/iW, ryuc é natural da Alemanha.

O chileno Cláudio Arrau, um dos grandespianistas de nosso século.

toda a imprensa e o público novaiorquinos foram unânimes em conferir lh> nni„,sos idênticos aos que, na Europa e na América do S„l n lf» >PVisto nue em 1941 Nn„, v^ u ^m«ica co 5ul, o haviam consagrado.

Alnís, essa visita constituiu ako de esnetarnlar i,„,A .. a

provocaram "ceoas de en.usiasmo „a platóia como rarao ™te Se h"via v t,o S

comida e a bebida." P ' * ^^ e U° imP°»ante como a

Desse ponto de vista, o povo de Israel assemelha-se ao próprio Arrau Emboraeja fino conhecedor do bom beber e do bom comer, não é, em absoll aròstaIo fpo daqueles ,oe só querem o êxito para ganhar mais dinheiro a m de d dÍcai-se, com maior aíinco, a comer e a beber... É, com efeito, tão dedlicad o àai te que chega a sentir-se um pouco constrangido na presença de outras pessoas^:z:iy r rneza de *¦«>*«*««> ~- «• *>« ^y:,rzie se pelo que haja de importante e significativo na música. Quanto às questõessiderar, de modo algum, um homem engraçado ou amante de pilhérias Não achagraça, oon.udo, em quaisquer comentários le.ianos sobre mnsL, ou ohservacS sque revê em falta de verdadeira sensibilidade artística. Para A rau a musicaln mondo que transcende ao piano, „m mundo de que é cida(lâo nfan0'U

"^bretudo detesta a comercialização trivial da arte, e jamais cedeu à pres ão do,mpresanos no sent.do de apresentar peças mais leves ou Meeis de entenderE pergunta, mesmo: por que cargas d'água vai um músico dedicar a vida inteiraaos problemas de tnterpretação de Beethoven e Brahms, e depois proceder comose essa musica fosse irremediavelmente incompreensível nas províncias'Ao realçar a posição de Arrau perante a música, sua disciplina básica de Bach.Beethoven e Brahms, receio dar aos leitores uma impressão de estreiteza porparte do grande músico. Na verdade, tem êle

gosto eclético e vasta compreensão. De tempera-mento conservador, jamais se interessou grande-

lan, o dinamarquês, é grande amigo de Arrau ^vf^fti COntem»0rànea>. ™° é inegá-vel. \e em si mesmo uma espécie de porta-vozdas grandes figuras do passado. Preocupam-no

os aspectos seguros, consagrados, da música; nãose entrega a experiências. Entretanto, dentrodesses limites, é um espírito que alça grandesvôos. Assim escreveu, no jornal Boston Heraldo crítico Rudolph Eli Jr.: "Êle toca músicafrancesa como música francesa, espanhola comoespanhola ,alemã como alemã..."Arrau vive segundo as normas de sua própria de-finição do trabalho do pianista, pois mantémum repertório enorme. Embora seja constante-mente procurado pelas orquestras sinfônicascomo solista de obras-primas da maior dificul-dade, como por exemplo o Concerto em Sol Mai-or, de Beethoven, e o de Brahms em si bemol,esta sempre em condições de executar nada me-nos que sessenta-e-uma peças para piano e or-questra além daquelas duas. No campo da lite-ratura para solista, conhece tantas obras que po-deria dar setenta-e-seis recitais, cada um comum programa diferente. Aliás não se trata desimples proeza mnemônica, pois a compreensãoque Arrau tem das sutilezas de estilo entre vá-nas centenas de peças é tão extraordinária comosua técnica.

(Continua na página 42)

Maio . Junho — 1957 17

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PÁGINAS ESCOLHIDAS

A RELÍQUIAConto de OSVALDO ORI CO

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Não foi sem forte emoção que aceitei o convite para participar

da abertura daquele cofre. Ele representava a herança daCondessa, uma criatura que eu conhecera em diversas fases

da vida e à qual — por ique não dizê-lo ? — tive uma admiraçãoque roçou pelo encantamento. O doutor Carlos da Nobrega, diretordo Asilo a que se recolhera, sabendo talvez dos meus sentimen-tos quis proporcionar-me a oportunidade de entrar em contactomais intimo com a sua vida, na qual eu fera apenas um especta-dor à distância. Admirei-a. Não me concedeu o destino mais doque as migalhas do seu olhar. Nada tive além de rápidas chispasde atenção, quando elaa banhada pelos clarões dos refletores, dan-cava no Éden, de que eu me fizera freqüentador metódico, pon-tual. Até antes avesso à boêmia e aos prazeres noturnos, entraracasualmente, levado por um amigo, no Cassino onde ela trabalhava.Era o grande número de atração. Toda gente ficava entusiasmada,direi melhor excitada, com o aparecimento da Condessa. Em voltade seu corpo claro e perfeito não se movia apenas a luz dos re-fletores da casa. Outras luzeig menores, porém mais vivas, conver-giam para o seu vulto: a de todos aqueles olhos espalhados no sa-lão. Era uma esquisita mariposa. Não ia jatrás da luz, A luz é que vi-nha procurá-la e se entontecia no seu ,corpo, batendo as asas nosquadris forforescentes. Pouco afeito à delícia e ao .rumor de tais am-bientes, fiquei logo cativo de suas graças . Passei a freqüentar o Édencom uma pontualidade que nunca tivera na escola. Todas as noi-tes lá estava eu numa daquelas mesinhas, às vezes só, outras ro-deado de amigos, para o espetáculo favorito. A principio, satisfazia.,me em ver. Toda a minha recreação era assistir à cena do apare-cimento da Condessa, para ver-lhe o corpo desabrochar a algunspassos, como uma fonte luminosa no salão escurecido. Depois, fi-quei mais exigente. Queria também ser visto. Consegui certa mesaque fosse propícia à sua atenção. Era tão difícil |s,er fixado ! Osolhos da Condessa tinham a luminosidade lápida dos faróis. Acen-diam e apagavam co muma presteza desco.ic.rtante. Diferiam des-tes num ponto. E/ que só sirviam para desorientar o;viajante queandasse nas suas águas. E, a proposto, contavam-se mui os ca-sos. Mas eu não ligava. Não me .sentia em perigo. E' essa, pelomenos, a convicção de todos os que se .atiram a semelhantes em-presas. Julgava-me forte e preparado para toda espécie de aven-turas e desejos mesmo de qre a,, fortuna me sorrisse é eu viesse acair na simpatia da Condessa. p0r que não ? Eu tinha vinte ecinco anos sonhadores, uma bela cabeça de rapaz, com a van-tagem de uma trunfa ondulada e atrevida, que me ia muito bem.Os cabelos eram bastos e negros e brilhavam quaine tanto comoos! desses artistas que trabalham em arame. Tinha! assim, certosrequisitos para despertar a atenção daquela criatura. E, mexendo-me na cadeira, batendo palmas com excesso ou dando sucessivosbravos às suajs ej>ki;ões, aguardava 0 instante em que ela, agra-decida ou comovida, deixasse parar os olhos no espectador en-tusiasmado e sincero, dando-me a impressão de que a luz dos-faróis ficasse por urna momentos imóvel na noite...

Ingenuidade dos vinte e poucos anos, que se foi desfazendo aospoucos, à medida que a evidência mostrava as coisa»,?, reais. Nuncalogrei essa coisa impossivel. Os olhos da Condessa ficaram sem-pre saltand0 no espaço, sem fixar-se jamais na minha cabeleirae nos meus desejos. Via-a sempre de longe, resignando-me ao pa-pel de aplaudi-la, mandando-lhe flores e pensamentos. Nem para-outra coisa foram feitos os namorados sem sorte.Apenas uma vez logrei falar-lhe. Apertou-me friamente a mão:— Ah ! E' o senhor que costuma enviar-me uns cravos brancos com(uns cartões escritos. Tem uma letra muito simpática.Esse primeiro encontro deixou-me uma impressão gelada e desalén-tadora. A saida do Éden, amontoavam-se sempre os admiradoresincondicionais, essejsi que se deixam prender até a ponta das unhase acompanham uma ilusão com a técnica de quem perde um jogode xadrez: até à última pedra. Eu não estava neste caso, mas nãoera por virtude: simplesmente por timidez. Receava que os con-correntes me chamassem a contas pela ousadia. E, graças a essecuidado, nunca me abandonei inteiramente à minha fascinação.Comportava-me com cautelaB deixando o Éden depois do últimonumero da Condessa, após certificar-me de que, mais uma veznao havia sido escolhido. Saía melancólico, mais conformado. Tinhaa noite seguinte para tentar. Era uma roleta humana. Talvez; queum dia o meu bilhete não saisse branco ! A Condensa só deixavao Cassino em companhia de uma pessoa: uma velha dama, que po-18 Ilustração Brasileira

liciava com os olhos os cortasãos da porta, enquanto ela, sóbran-eeira, envolvida na sua capa de peles, mal concedia aos recalci-trantes o direito de vê-la.Não me posso queixar de ter Isido jamais desfeiteado. Minha ad-miração nunca foi ao atrevimento. Contentava-se em esperar asua benevolência, liludindo-se com a possibilidade de ser notadaum dia. Esse dia não chegou. A Condensa deixou o Éden, a convitede um conde paulista, muitas vezes milionário, que lhe rescindiuo contrato, trocando por uma soma elevada ú prazer que „os davao empresário oferecendo-noj-i a ilusão do seu corpo em troca deum consumo de bebidas todas) as noite! Exigiu que a redisão be-naficiasse também a dama de companhia, que fazia, o solicito papelde cão de fila, poupando-lhe o trabalha de escorraçar os çump_i-mento: súplices dos últimos notivagos.

Vim a saber que estava instalada em um palacete para os ladosde Eotafogo, onde as suas graças só erarry vistas por um especta-dor. E que, por sinal, as pagava bem caro. Tinha automóveis oluxo que queria, os caprichos que inventava. Perdera| aquela ccVvtede admiradores apressados, mas ganhara certa consideração so-ciai passeando por salões familiares 0 título vistoso que trazia:Condessa Eva Paccini. Seu corpo esguio- que tantas paixões acen-dera nas noites esquecidas do Éden,, perdeu a, flexibilidade de re-puro luminoso, acreruentando adiposidades que lhe sombreavamas fôrmas, velando de certo modo (a primitiva destinação do palco.Longe de a humilharem, essas gorduras bem sucedidas contrí-fcuiam para reforçar-lhe a nobiliarquia, garantindo-lhe o títuloque usava. Uma Condessa deve trazer tempre colo nutrido, braçosroliços e alguns fios de prata na testa. De sua oabeça airosa, ondebrilhara uma cabeleira negra de meridional, começavam a es-correr agora fios de prata, que lhe aumentavam a nobreza dasünha|:'. O col0 estava cheio de carnes claras e de jóias. Os braçoseram duas peças bem torneadas.Essa segunda fase da Condessa ainda me perturbou por multotempo. Comecei a freqüentar a ópera e a comédia, não pelascompanhias que ffje revezavam no palco, mas para fixar com obinóculo a frisa de onde brotava- como uma rosa mais vivida, aminha antiga fascinação do Éden. Por trás dela, >o vulto do Condeemergia como uma sentinela inóspita, substituindo a velha damade companhia de outras épocas.Acompanhava-me talvez a fatalidade. Nunca dirigi à minha dam*o binóculo que pudesse pescar um olhar. ,0 an,zol de madrepérolavoltava inteiramente vazio daauela direção. Havia em torno mui-ta corvina apresentada, bastante pescado miúdo, mas o que meinteressava, (0 que sempre me interessou) era aquele peixe doAdriático, esquivo e estranho, que jamais lograra apanhar nasminhas redes.A certa altura da vida, comecei a notar oue a Condessa nãoaparecia maift nos teatros, nas festas, nos lugares aonde todagente vai menos para ver do que para ser vista. Atribui àquelescabelos brancos, que vinham chegando. Mostrava-seB ainda umavez, fidalga. A nobreza impõe certo recolhimento à velhice quechega; Nao se deve ostentar o declínio. Suportá-lo com discriçãoe ainda uma fôrma de ser elegante, por i_,:o, ou pela morte dohomem que lhe rescindira o contrato do Éden, a Condessa muvamais apareceu na sua frisa, nem foi a chás de caridade nemapareceu em parte alguma. Mais tarde ouvi dizer que empobrecerae se desfizera de todas as jóias. E que, para poupar-se de outrosvexames, prefirira recolher-se a um abrig0 de velhos, onde vima ter sempre noticias dela pelo diretor, meu amigo e companheirode outros tempos, que me confidenciou a sua história, conhecendotalvez as minhas velhas inclinações.

— Sabe V. quem se recolheu agora ao nosso Asilo o A condevnEva Paccini, a famosa bailarina do Éden. Está uma'ruiná- assimmesmo uma ruma florida. Perdeu tudo, menos o timbre de fidaleaAo ser admitida, perguntei-lhe como queria ser tratada Resnon-üevíamto°?dnUIÍEf dÍSÜnt0: Conde!fa- Conserva uma capa, q„eaevia ter gido bela, e uma arca, onde, segundo diz estão c* inrdados os seus documentos. ' a° guai~E exortava-me a vê-la.

m« ^ fnZZ Uma lvisita ao Abrig0- verá coisas interessante!-mas So a Condessa vale por um espetáculo. Perdeu tudo- Smaoa

__%_ h-eÍm SÓ nã° perdeu a fldalgula- ° eCesafio 5do

autentica "^ qUand0 annunciava t«*ar-se de uma nobreza

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Na decadência é que se conhece a origem. — arrisquei eu, ten-tando lembrar-me do tratadista oue enunciara a frase, coisa queque não consegui.Pois é verdade. O caso da Condessa confirma-o perfeitamenteDespojada de tudo8 da mocidade, da formosura e dos brincos da

fortuna, guardou a sua tradição de fidalga. Como é caprichosa !Embora tentado pelo noticiário do meu amigo, resisti ao convite.Seria cruel. Mais cruel comigo mesmo do que com ela permitir-mesemelhante confronto. Ver murcha, dentro do livro do destino,a flor que eu vira freuca e apetecivel na roseira. Não fui.Mas um dia, entrou-me em casa o diretor do Abrigo com uma fi-sionomia que eu não traduzi se era de gáudio ou tristeza, de lu-cro ou de perda.Sabe ? A Condessa morreu...Disse isto com uma voz de epitafio, mas logo imprimiu à narra-tiva outro tom.

Surpreendendo a toda gente, que a imaginava na miséria, aCondessa fez testamento doando cem contos ao Abrigo,Espantoso !

E' o que lhe digo. Cem contos. Palrece incrível 0 sacrifíciofeito. Recolhe-se a um asilo de inválidos para guardar intactaa quantia de um legado ! Só mesmo um capricho de fidalguia.E insistiu para que fosse com êle assistir à atertura da arcaem que a Condessa guardava "os seus documentos". Devia es-tar lá o papel que habilitava o Atrigo a receber a herança.Dessa vez não me foi possível resistir. Um secreto desejo derever a história daquela vida impeliu-me a ir. Quantas recor-dações de nobres e potentados nã0 ficariam ali sepultadas !Abriu-se a arca. Jornais velhos, velhas estampas. Aqui, pro-gramas antigos de saraus e concertos. Ali convites para fe-cepções. Nenhuma nota humana povoando a solidão dosdocumentos.O diretor do Asilo procurava um ponto de apoio para o le-gado. Eu, liricamente, buscava indícios da vida amorosa daCondessa. Um silêncio de fatos pesava sobre o conteúdo daarca.De repente^ surprendi um olhar de satisfação pular do rostodo meu amigo em direção a uma sobrecarta lacrada.Era como se dissesse: está aqui. Via-o já pondo a mão nolegado que a Condessa deixara. Quebrou o sinete do lacre.Retirou o que havia dentro. Passou-me depois o conteúdo,escondido entre tantas quinquilharias e ,que a sua hospedeguardava com feroz ciúme. Era um maço de cartões, en-rolados numa fita que fora azul. A tinta meio sumida,aquela letra simpática, que ela achara, fez-me recuar trin-ta anos no tempo, transportando-me velozmente aos meusbelos tempos do Éden.Mais espanto.so que o testamento parecia-me aquele fei-xe de cartões, que eu imaginava terem ficado abandona-dos num camarim, morrendo com as flores que eu lheenviara.Nada mais havia na arca. Nem um indicio que autori-zasse a crer na veracidade do testamento. Tudo fan-tástico. E, mais fantástico do que tudo, aquela relíquiade uma aventura tímida, sincera, e que, por isso mes-mo, fora a única que ela tivera o capricho de con-servar...

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Maio - Junho 1957 19

Alguns amigos e admiradores de Catulo promoveram, sob os

auspícios do Centro Carioca e o alto patrocínio do gover-nador da cidade, sr. Embaixador Negrão de Lima, umasugestiva homenagem à memória do glorioso cantor e poeta.Reunidos no jardim do Senado da República onde se encontra obusto do maravilhoso interprete da alma do Brasil no que elapossue de mais caraterístico, durante algumas horas da noite, osparticipantes dessa demonstração de culto ao insigne trovadorimprovisaram uma serenata, nos moldes daquelas em que Catulocostumava figurar com as suas estrofes e o seu violão. E entãoa massa que acudiu ao convite do Prefeito pôde ouvir as cançõesdo vate eminente através de vozes maravilhosas como as de Vi-cente Celestino, Gilberto Alves, Estefana de Macedo, GastãoFormenti. Ali estiveram perto da hérnia de Catulo os que nãoo esquecem e apontam o seu exemplo ao futuro. E quando oprofessor Asterio de Campos encerrava a cerimonia com umaevocação da gloria do autor de "Talento e formosura", "Rasgao coração", e tantas outras maravilhas, Estefana de Macedo di-rigia com a sua garganta de ouro um coro de "O luar dosertão".

E stão em briga os comunistas indígenas, dizem as folhasburguesas que recolhem em suas colunas as provas da con-troversia doutrinaria dos nossos vermelhos... A primeiravista poder-se-à acreditar que mesmo nesse partido de tão fer-

renha e feroz ortodoxia tenha havido um afrouxamento de du-reza, seguindo o modelo da matriz moscovita que também deupara aparecer aos olhos do mundo ocidental como um país ondejá se pode ter um pouco de liberdade para discutir sem perigode fuzilamento ou de campo de concentração. Mas conhecidosos métodos dessa gente, e bem examinadas as cousas. temos aimpressão de que tudo isso não passa de um conflito simuladopara fins misteriosos. Os burgueses imaginam que com o apa-recimento das primeiras rugas a solidez do bloco ficará profun-damente comprometida. E toca então a abrir colunas aos ar-tigos dos brigões. Estes, por sua vez, aproveitam a facilidade deexpansão e não perdem vasa para fazer propaganda das suasidéias através de órgãos que são, ou deviam ser, seus inimigosnaturais. Eles sabem que o que importa é que falem deles, bemou mal, mas falem...

20 Ilustração Brasileira

iiJ.Tjj J Proibido falar com o motorista"... Isso estáJ2^ escrito, em letras bem visíveis, numa tabole-

ta interna dos coletivos. Ônibus e lotaçõesostentam esse letreiro. Mas não há meio de con ven-cer, nem aos motoristas, nem a certas pessoas do pú-blico, que se trata de uma advertência defensiva pro-tetora da vida dos passageiros desses veículos urbanos.Prova-se com a maior facilidade que noventa por cen-to dos desastres de transito correm por conta de des-cuido dos profissionais do volante. A fatalidade nãoentra neles com mais de dez por cento do total. En-tretanto os motoristas como que se comprazem. emdesmoralizar a lei, contanto com a colaboração dosque deviam ser os primeiros a fazê-la respeitar, pelomenos por uma questão de auto-defesa. Recentemen-te houve alarido no interior de um lotação, porqueuma senhora protestou em altas vozes contra a deso-bediencia ao aviso. Acabou obtendo a solidariedadedos demais passageiros. A atitude dessa senhora de-veria ser seguida por quantos se acostumaram a as-sistir de braços cruzados e coração aos pulos os dia-logos entre motoristas e passageiros em carros quetrafegam a setenta quilômetros...

'| m jornal norte-americano, especializado em as-suntos de petróleo lançou, com sérios e visíveisintuitos de intriga, o boato de que o governobrasileiro estaria inclinado a renunciar ao monopólio

estatal na exploração do petróleo, abrindo mão doseu privilegio em favor de empresas estrangeiras quedesejam para si as vantagens dessa exploração. A di-vulgação de semelhante notícia causou assombrocomo é lógico que acontecesse, dadas as condições emque o problema vem sendo enfrentado pelo poder pú-blico, e também diante do êxito incontestável da Pe-trobras, verificado num resultado líquido de mais dedois bühões de cruzeiros. Mas há males que vem parabem. O boato da folha norte-americana foi imediata-mente desmentido em termos que não admitem sus-peitas. E todo o mundo teve oportunidade de ficarsabendo que a política nacionalista do petróleo édogma de fé no Brasil. Sobre isso não há duas opi-moes no povo. Temos o direito e mais do que o direitoa obrigação de tirar com os nossos próprios recursoso óleo que há de ser um dos fatores essenciais danossa verdadeira independência econômica

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* s conquistas científicas, que sef~\ anunciam, já não nos estancam

a sede de futuro. Prometheu de-sacorrentou-se para ser um insatisfeitodolorido.

*Se o tempo entorpece as paixões, nu-ma feliz compensação procrêa misté-rios, aguçando com a intercepção de

-: véos e a multiplicidade de pistas, o. encontro radiante da Verdade, fugidiça

e divina.*

Na documentação de nossa história po-dem faiscar desde o trabalhador maishonesto e escrupuloso ao que dos maisimprobos o seja.

*Só se progride mudando. Ai de nós,porém, se no campo das transforma-ções, do bota-abaixo, das reformações,quem se lembrasse de catar uma lem-branca do que se foi na derrubada, decolher a imagem da ruina, a flor daseara antes de passar a ceifadeira. Per-der-se-ia a continuidade, isto que nosdistingue no universo, dando-nos a se-quência no caos, cosendo ao resultadodo dia de amanhã os esforços da ves-pera consciente e fecunda.

*Nas sociedades de hoje,' a civilizaçãocompraz-se nos seus dias de rasoura.Substitui-se aos trancos e às cegas, ese há muitas vezes erros, é que a pressade substituir e de inovar esquece assubordinações indispensáveis.

Cada elemento vale o seu tempo, cadatipo os seus serviços. No branco daexistência social é preciso não esque-cer um mandamento de iniciação filo-sófica; — o intermediário é um fechoentre os pontos que extrema.

jrNão há homem isolado, como tambémtambém não existe fato propriamenteisolado.

*Tudo se encadeia nesta pobre vida hu-mana que é uma lógica em ação.

*Cargo precioso o daqueles, que nãodeixam se perder nas águas da exis-tência os acontecimentos velozes, e, sen-tados no seu barco, vão anotando em

. sábios comentários e dados informati-vos, extra'dos com pachorra, a vidapassageira que todos vivem.

Isto é a História ? — 0 livro de bordodesta humanidade, que não sabe dondeveio e sóbressalta-se, tomando alturas,'consignada pela certa a recomposiçãoda matéria, na ignorância ou fantasiado seu porto derradeiro.

*Não há coragem na decisão de pensa-dores, recalcitrando em cenaculizar-senuma feira; há melhor ainda, o des-velo de bons amigos, guardando o fogosagrada das tradições que não rendem,que não sobem nas cotas, que não su-jeitas às valorizações agrárias fenome-nais, mas nas quais se perfilha o pre-,.,sente, resguardando os moveis de sua

esperança e as geratrizes de sua gran-<íeza.

Na cenosidade ambiente — ó historia-dores — andais com um facho estu-dando a fauna extinta dos heróis queforam vencedores ou sacrificados. Soisum pedaço de humanidade, na suamelhor polpa, a que pode ser consi-derada em reserva às sublimidades daEspécie, enquanto a outra se abriga ereduz por toda parte às expressõesmais ordinárias da Vida. Quer isto di-zer, que sois um resultado amável, umcoeficiente brilhante dessa bendita ati-vidade prática, que soergue a nossaterra, dando vagares a aplicados ehonrando-os no ajuntamento, guarda eproliferação dos estudos históricos, pormeio dos quais se hão de apreciar asiraizes de nosso desenvolvimento eacompanhar as suas fases leg'timas eintegrais.

*Entre nós tudo tende ao exagero. Povonovo, as novidades nos exaltam, a se-paração republicana mal imitadae dirigida quase nos divide. Somos, en-tretanto, por demais unos, para quecerta obra satânica de teóricos nosmutile os membros. Temos quatro sé-culos de fusão profunda. A luta pela

ludo; clareiras aliviam; cerrados atra-vancam; há gorgeios lindos e urros deespantar; dia alto ainda e a noite seprecipita nas trevas da espessura ecientilam faíscas do sol no fulgor no-turno das luciolas. Acasos, maravilhas,contrastes, tristezas, horrores e dispa-rates. A nossa história tem dessas im-pressões de mata virgem.

*O que sempre convirá é aliciar gentede algum critério e alguma boa von-*tade às indagações, excitar a apetenciaaoa estudos, cuja aridez se desconta nadeliciosa esperança da novidade pro-vavel, e, na doce elevação de um tra-balho preeminente às paixões e in';o-ressés do dia.

*Lembrando-nos que há precipios atra-entes./ que a esperteza ou o repousonão pode ser o apanágio ou a fortunaexclusiva de um povo; e, bem assim,que o de tipo social não se estatue emreserva de graças a filhos prediletos eminados, daremos com isso passos maisseguros e olharemos para mais longe.

*As industrias florescentes numa "eco-nômia destrutiva" têm a vi'.aTi':lccljameaçada dos cavliacès.

*

BRASILbsAMENTOCfU* ? ?

ALBERTO RANGELterra irmanou-nos e confundiu-nos. E'no sentido de reforçar essa fusão quedevemos trabalhar sempre. Quebradana ordem constitucional, é urgentefoitificá-la por todos os meios. E ne-nhuin melhor campo do que aqueleno qual se analisam as origens, sesondam as aspirações, se comenta ahistória do nosso povo, e se indica ediscrimina a amplidão da nossa terra.

Romper matagais e paues, lançando aslinhas de definição perimétrica, na de-sordem pujante de uma natureza deexceção, é preparar-se realmente àsorientações imprescendíveis no misti-forio das obscuridades e entrançamen-tos dos nossos fastos, emaranhados nasua complexidade essencial e comumao elevado grau de tais fenômenos.Também é floresta o passado, pedin-do processos de medida, investigaçãoe norteio, no esquadrilhar-lhe os inci-dentes e modalidades, as formas e ossucessos. Horizontes encurtam-se naconfusão das frondes, há surpresas deferas e de frutos saborosos, cipós queferem, outros que dessedentam; bar-rocais escabrosos e alfombras de ve-

(SELECIONADAS POR

Como em toda parte, a civilização sefundou e cresceu em contacto mais oumenos direto com o mar, enquanto quepara dentro das terras do norte doBrasil, intercaladas no dom'nio dásrochas cristalinas, o habitante se foifixando na independência em que oimpederniu o esquecimento criminosado litoral.

*

Secundando a ação dos ventos e aconformação geológica, o homem temcolaborado na obra do deserto, derru-bando as matas e queimando-se, de-sen volvendo os gados sem medida, nemregra de estabulaçáo. A árvore é con-densador e chamariz de humidade, quechupa nas raizes e atrai para a at-mosfera, nas oficinas clorofileanas dasramagens.

*

A grande missão das nacionalidadeshodiernas vem a ser também opor acivilização aos males cosmologicos, ogênio humano às agressões terrestres.

*

Repitamos sempre, que a questão daoeca não é simplesmente um fato me-teórico, não é a dependente exclusiva

DE MATTOS PINTO)

de depressões baricas, de peças oufartas consignações udométricas, psícri-cas ou termometricas. O problema ésocial, confinando com os vexames decircunstâncias planetárias.

A raça é uma expressão da pátria eesta é antes de tudo expressão geo-gráfica. Os nevoeiros das montanhasescandinavas crearam as mitologias tro-:vejantes de combates e guerreiros; osda nossa cordilheira encobrirão ape-nas o que mais ou mais tarde nos po-redá surpreender e afrontar, sem quehaja remédio que cure, e sem que hajasolução que honre. E' doloroso, masabsolutamente necessário lembrar taisconjecturas. Não há conveniências pos-siveis perante a geografia e a história,a lógica e os designios plausíveis deoutras fatalidades.

IA vida das nacionalidades garante sena livre função e intangibilidade denodulos geográficos melindrosissimos.Toda pátria digna e prudente, pelomenos enquanto não se regenerar ouniverso, é um c'rculo de armas, tendopor centro susceptível um feixe deprevenções potenciais. Se as melhoresassim se dispõem, urge não esquecero exemplo

A idéia da luta nas fronteiras, comfiliações históricas. as mais recentes, emedo de absorção interna, num paísnecessariamente fadado ao imprevisto

e arriscado fator progressista da colo-nização, podem ser dois conceitos fal-sos e um par de visualidades. Nem porisso devemos deixar de pensar nas for-mas bruscas ou lentas de modificaçõesgeográficas e de transformação social,de que o mundo anda por toda parteadoentado.

Em plena efervecência da riqueza eco-nômica pròsseguida bem ou mal, çon-forme as exigências do programa uni-versai em que segundo Ferrero a quan-tidade se disputa à qualidade, não nosesqueçamos nunca da independênciaintangível e da inteireza física do ter-ritório. Cogitação de vida, com os atri-<butos indeléveis e ciosos da pátria eraça. é já razão internacional paraexistir e evoluir. "

Renan afirmava que a vida das naçõesera um plebiscito continuado dia a dia.Sob este ponto de vista, o nosso paísnão chegou ainda à posição políticaem que os estados se definem. Na prá-tica da consulta própria, base do selfgovernement, subsistente às transito-rias organizações sociais depois dagrande Revolução, vivemos a trapacear,a torcer e a demolir, consentindo naempreitada lamentável de expertalhõese de gangorristas eleitorais. Estamosportanto na fase da barbaria, da pseu-da representação e democracia, frau-dadas na perversão dos processos le-gais, na rasteira e mascaragem de to-dos os sufrágios públicos.

1

Dos temposBUlicos

à Estância Azul...

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Os carneiros foram tocados pela graça de Deus, segundo a tradi-

ção bíblica.Em sua lã há uma sugestão de nuvens, e, se eles se movem, dão-nosa idéia de que se desprendem, serenamente, de uma estampa do An-tigo Testamento.Aquele andar imaterial e puro tem o encanto de um ritual. Nessesentido, sob o ponto de vista místico e estético, é interessante a suasemelhança com os pombos; que, também, simbolizam concepçõessagradas da teologia cristã.Na velha Ática, os rebanhos de ovelhas constituíram, igualmente, umdos mais suaves motivos da poesia lírica. Os deuses do Olimpo nãose julgavam menos eternos se desciam à terra para conviver, doce-mente, com os pastores daquela bemaventurada espécie de caprinos.

Mas, se os antigos encontraram nos carneiros uma das atraentes ima-gens representativas da sua mitologia bucólica e da sua gnose, osfazendeiros da nossa época, imitando os nossos antepassados, vol-tam, do mesmo modo, porém com um fim menos espiritual, a suaatenção para eles, transformando-os, prosaicamente, numa das suasfontes de renda. E assim é que apuram, de maneira verdadeiramentenotável, os magníficos tipos de suas criações-modêlo.Estes flagrantes, de uma exposição de Ovinos Controlados em PortoAlegre, em 1952 e pertencentes a uma fazenda de gado ovino dasproximidades de Livramento, Estado do Rio Grande do Sul, é umaprova disso. Qs leitores estão vendo alguns dos maravilhosos exempla-res das raças Rambouillet e Mariana, de requintado "pedrigré",

per-tencentes à Estância Azul, na referida cidade.

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Frederico IX, Rei da Dinamarca

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mar Georg, hoje Frederico IX, rei da Dina-marca, nasceu em 11 de março de 1899 no

palácio Sorgenfri, sendo filho mais velho do rei Cris-tiano X e da rainha Alexandrina, nascida princesa deMecklenburg - Schwerin.Em sua juventude foi um grande desportista e, aliás,ainda hoje continua a praticar vários esportes. Desdecedo estudou as questões sociais e foi guiado pelo paina ciência da administração pública. Aos dezoito anos,isto é, no ano de 1917, quando ainda era príncipe'herdeiro, passou a fazer parte do Conselho de Estado.Seguindo estudos militares, foi primeiramente nomea-do oficial do exército e, depois, cursou a Escola Na-vai. Dotado de invejável cultura e perfeitamente trei-nado para a sua futura missão, estava em condiçõesde ser — como aliás tem sido — o digno e segurocontinuador da obra de Cristiano X.Em 24 de maio de 1935 casou-se, em Estocolmo, coma princesa Ingrid, da Suécia, nascida em 28 de marçode 1910 e filha do então príncipe herdeiro GustavoAdolfo, atualmente o rei Gustavo VI Adolfo, da Sué-cia, e da princesa Margaret, nascida princesa da Grã-Bretanha e Irlanda.Dois dias depois o casal chegava à Dinamarca, ondeera aguardado com circunspeção. De fato um suecotorna circunspeto qualquer dinamarquês e entre osdois povos sempre houve feroz luta de epigramas. Masa princesa Ingrid conquistou rapidamente todos oscorações. Simples, afável, educada de acordo com astendências democráticas dos povos nórdicos, falandocom perfeição o dinamarquês, agradou plenamente.Constataram os dinamarqueses que a princesa tinhaa paixão das flores, que ela mesma dirigia os jardi-neiros e presidia à decoração de seus apartamentos.Chegaram à conclusão de que o gosto e as preferên-as dela também eram os seus. E quando a esposa dopríncipe herdeiro passou nas ruas de Copenhague, em-purrando o carro com a filhinha, o entusiasmo dos di-namarquêses chegou ao auge. Eles amam Ingrid tantoquanto os belgas amaram Astrid, sua irmãO casal teve três filhas: a atual herdeira do trono, aprincesa Margrethe, nascida a 16 de Abril de 1940-

SUA MAJESTADE FREDERICO IX,REI DA DINAMARCA.

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A Rainha Ingrid, da Dinamarca

24 Ilustração Brasileira

a princesa Benedikte, nascida a 29 de Abril de 1944-e^princesa Ana Maria, nascida a 30 de Agosto dê

Quando nasceu a terceira filha.Frederico disse- «Eutambém tenho a possibilidade de ser o sogro da Eu-ropa . Com efeito, seu bisavô, o rei Cristiano IX, daWmarca, assim havia sido chamado, p„rque suastres filhas eram esposas de soberanos: o tzar da Rús-sia, o rei da Inglaterra e o rei da Grécia.Um dia, Cristiano IX estava passeando com os trêsgenros „„ parc,ue ,,„ um de ^ ^^

a sEo/o "' PedÍ""iheS ' ÍndÍCa!â° d° -"-hoseguir. Os quatro personagens o acompanharam Nomomento da despedida, o s„ee„ agradeceu-Ihes , ama

«aaA^fP ° n°me dd- «^adea-Ihe Ztiano IX Este aqui é o tzar da Rússia, esse é o reid Inglaterra e imperador das Índias e aq„êle é o Za Greera. Eu sou „ rei da DinamaKa »

g=ndo que esfvessem z„mbando ^ ^ J '.

E eu sou o xá da Pérsia "Em 20 de Abril de 1947, eom a morte do rei Cristia

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e ^rte, tem eompl.ao ZIZ. gfig». „

Por HENRIQUE PAULO BAHIANA

jamais deixou de praticar, a medida em torno do peitoacusa 1 metro e 25 centímetros. Ergue, sem esforçoaparente, acima da cabeça, um peso de 70 quilos.Como bom marinheiro, tem abundantes tatuagens, nopeito e nos braços, feitas por um especialista inglês.O rei Frederico IX tem um temperamento profunda-mente artístico. Apaixonado pela música, é um exce-lente pianista e compositor. Se não fosse rei, diz êle,seria chefe de orquestra. O casal real vai freqüente'-mente ao Tivoli, que é o "Luna Park" de Copenhague,para ouvir concertos populares. Muitas vezes vê-se orei, em seu camarote, na Ópera, seguindo o concertocom a partitura sob os olhos. Êle se tem revelado umexímio regente e dirige às vezes a orquestra da rádiode Copenhague, a orquestra do Teatro Real e aindaa orquestra da Guarda. Em Paris, em 1950, a radio-televisão francesa apresentou Sua Majestade regendoa ouverture" da "Colina dos Elfos."Frederico apraz-se em cultivar na família o amor pelamusica. Quase toda manhã, quando as princesas fa-ziam a primeira refeição, antes de irem para a escola,tocava discos de música clássica ou moderna e os co-mentava com fervor e competência.O rei sempre cuidou muito das filhas. No castelo deAmaliemborg, as princesas, ao voltarem da escolatomavam chá com os pais. A propósito, dizia o sobe-'rano: Ha duas espécies de reuniões a que en nãofaltaria por coisa alguma - a sessão do Conselhoi-nvado e o chá com minhas filhas"

Fredeneo IX encantava as princesas contando-lhes ashistorias mais sensacionais da Dinamarca' è o piorcasttgo para elas era a privação de ouvir êsSe8 Ltasticos contos do vasto repertório paterno.Soherauo de «. reino qae eompreende ,uinhe„tas¦lhas, mar.nhe.re por voeaçáo, Sua majestade tem umprofundo amor ao ma, E todos os anos, na ™

ada apropriada, „ rei, . rainha e as prin esas nlr-v ra IC16-'

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PP» gáudio especialdas princesas, uma viagem com escalas nos diversos

Como monarca, Frederirn TY -chefp Jn > •

"eaenco 1X e o comandante emchefe do exercito, da marinha e da força aérea- êlep

-n, as paten.es de almirante e de general|en.de

sons devores ofieiais, o rei tem revel!d0™an.¦tzrj: :el:rviri,ôdas 's™dmJ>:

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humanitários. instltuiÇ<>es sociais e de finsProeurando estreitar as relações da Di„amarca comi gri9;rrFro£icklmente-cMn a <^«- m. a slVern^;: f^ W^1954. os ^aises Baixos emFrederico IX rpina ,su«ada q„e v^S^ ?£*

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CRISTÓVÃO COLOMBO EM PORTUGALA

chegada de Cristóvão Colombo emáguas portuguesas, de volta da pri-meira viagem em que descobriu aAmérica, foi algo espetacular. Nesse mo-mento angustioso, ante o emissário de umrei cruel, como D. João II e que matara oseu próprio cunhado a punhaladas, irmão deD. Manuel, o genovês conduziu-se dentrode seu domínio, sem vacilação.Chegou a 5 de Março de 1493 às proximida-des de Lisboa, de onde se avistava a praiade Cascais. Mal tinha deitado âncora encon-trou um leão feros, que sete anos antes do-brara o Cabo das Tormentas: BartolomeuDias.O intrépido navegador português aproxi-mou-se numa pequena embarcação a velaarmado até os dentes, e gritou para o des-cobridor do Novo Mundo, que do seu caste-lo de comando contemplava aquela praiapara a qual se dirigira a nado muitos anosantes:

Entrai no meu batei, senhor! Vinde darsatisfação da vossa entrada ao comandanteda minha náu, para ser transmitida a El-ReiNosso Senhor!Cristóvão Colombo não se intimidou daque-Ias palavras ríspidas, autoritárias, que en-cerravam uma ordem peremptória. Procurouretomar a calma habitual. Incontinenti, sa-cudido pela reação brusca do tratamentoinesperado, com dificuldade, lançando mãode palavras italianas, espanholas e portu-guesas ,respondeu:

Yo soy almirante dei ré di Castela! Anadie doi satisfazzione!No salgo de mi buquê! Solo a fuerza! Elmio dovéíre é morire como Almirante diD. Fernando!

A resposta era incisiva e clara. BartolomeuDias, o herói dos sonhos de D. João, que foimais tarde tragado pelas ondas furiosas doOceano, na volta de Pedro Alvares Cabralmudou o influxo da voz:Senhor Almirante! Mostrai-me as cartasdei rei de Castela, se as tendes!

Colombo retirou-se por um momento, abriua arca de ferro que tinha no seu beliche, edela puxou um canudo longo de couro, deonde sacou os documentos exigidos.Acenou a Bartolomeu Dias que subisse, mos-trando-lhe toda a documentação em seu uo-dêr.O conquistador do Cabo da Bôa Esperançadescobriu-se. Lançou os olhos por sobreaqueles pergaminhos bem conservados. Pe-diu licença. Retirou-se para comunicar aoCapitão Álvaro Damas, conforme nos relataColombo no seu Diartfo de Navegação. Estenão demorou em chegar, indo ao encontrodo Almirante de Castela. Não trazia armas.Apenas tambores e cornêtas.Não demoraram os nobres da Corte de D.João a chegar a nau Santa Maria.A 8 de Março de 1493 D. João II.° manda-va por intermédio de D. Martinho de Noro-uha, uma carta ao descobridor do NovoMundo, para que viesse ao Mosteiro de N. S.das Virtudes, em Vai Paraíso, na Comarcade Santarém. Nessa missiva vinha uma or-dem real para que fosse hospedada sem pa-gamento a gente da nau Santa Maria.No outro dia Colombo foi dormir' na primei-ra localidade próxima. Depois se dirigiu a

Por HENRIQUE GONZALEZ

Vai Paraíso, a nove léguas de distância,montado numa mula, para avistar-se com orei de Portugal.D. João Il.o o recebeu com grandes honras.Fez o Almirante sentar-se a seu lado. Disse-lhe em palavras repassadas de satisfação quefolgava do bom termo da viagem mas.segundo um tratado entre Portugal e Espa-nha, aquela conquista pertencia a êle, reide Portugal.Cristóvão Colombo, dono de si mesmo, comosempre sê. portava, óra com sotaque italia-no, óra espanhol, redarguiu:— Altezza! Yo no sé de nessúno tratato! Elré di Espanha intutta Ia Andaluzia avevafato una publicazione, piú conos ciuta: nessu-no naviganti al suo serviço dovera permitii-re di tocare na Ia Ia Guinéa y S. Giorgi,Altezza!

Ao pronunciar aquela palavra altezza Cris-tovão Colombo ainda que quizesse não podiadeixar de trair a sua nacionalidade. DiziaAltedza!Terminada a palestra D. João II.° mandouque o Prior de Crato, a pessoa de maior» no-bresa que havia no momento, hospedasse oAlmirante.Essa visita ao rei, mesmo que os historiado-res quizessem desmentir o Diário de Colom-bo, conforme relatamos, foi exata, tanto queJoão de Barros, cronista, das Décadas, nas-cido quatro anos depois, assim a descreve:— Estava El rei o ano de 1493, a 6 de Março,Vai Paraíso, junto ao Mosteiro de N. S. dasVirtudes, termo de Santarém, por razão dapeste que assolava aquela Comarca, quandofoi-lhe dito que ao porto era chegado umCristóvão Cólon, que dizia que vinha da Ilha

de Cipango e trazia muito ouro e riquesaEl rei, que conhecia este Cólon, e sabia porel rei D. Fernando de Castela, foi enviadoa este descobrimento, mandou-lhe rogar quequizesse vir a êle para saber o que acharanaquela viagem.Chegou ante el rei, que o recebeu com gasa-lhado (deu-lhe hospedagem) e ficou tristecom a gente da terra que com êle vinha,nao ser negra de cabelo revolto, mas con-forme em aspeto lhe diziam ser da índia,sobre o que êle tanto trabalhavaO cardador de lã já cançado de tanta hon-ra, se despediu do rei D. João II.0 em 11 deMarço de 1493.Depois do almoço o Almirante maior daíndias partiu da nau Santa Maria, acompa-nhado de D. Martinho de Noronha, para bei-jar as mãos da rainha, consorte de D. João,que lhe mandou dizer que não fosse emborasem vê-la em Vilafranca, no Mosteiro de S.Antônio, no qual estava também o Duquefuturo rei D. Manoel, e o marquez, confor-me Diário de Colombo. Feita esta últimavisita regressou a bordo.Já no dia 12 chegou um escudeiro para lhepropor um convite de amigo da onça: ir porterra para a Espanha. Mandaria preparar asbestas. Colombo não foi tolo.Agradeceu com todo o requinte.Já a 13 de Março de 1493 o Almirante toma-va a derrota de Sevilha.A 15 estava na barra de Saltes.Daí foi a Barcelona levar as notícias ao rteiD. Fernando de Espanha e à rainha d. Isabel,embora o próprio Martin Alonso Pinzon hou-vesse tentado se adeantar, porém foi repe-lido.

Maio-Junho — 1957 25

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A companheira mais fiel do pintor,em todas as horas, é a paleta. A

paleta se estende sobre o braço do ar-tista como uma grande asa. Uma asaaberta, que lhe traz do céu todas assuas cores.O pintor usa a paleta como se ela fi-zesse parte de seu corpo. O bater deseu coração parece dar vida àquele pe-daço de madeira que o acompanhanoite e dia.É certo que, antes de se formarem ascores sobre a paleta, se esboçam os sen-timentos íntimos de quem as foi reti-rar dos segredos da luz e da massa, eque esses sentimentos íntimos é quedão o verdadeiro impulso à criação ar-tística, mas é indiscutível que, sem apaleta, o milagre pictural não se rea-lizaria.As paletas, cuja conformação tradicio-nal é a de uma elipse, com um orifíciopara a passagem do dedo polegar doartista, têm sido feitas, através dostempos, de materiais diversos, entre-tanto, a madeira de lei, a porcelana eo marfim são, sem devida, os meios es-colhidos pelos pintores.Todos sabem que a gênese dos traba-lhos a óleo está nas paletas. Às vezes,contudo o artista, por um capricho,resolve transformar a causa em efeito.

f;_fSS11?' j?nta na PróPria Paleta. Re-tratos, naturezas mortas" e paisagensiluminam aquele pitoresco e mistério-so utensilho com as suas cores e for-mas imprevistas.2S rfquet nenhul» grande pintorS

de tert uma das suas paletas2í£S2_samen<*.pültada'com a maiorÉP^ a um dos cant°s de seu "ate-ÍÍS* 1SS,° uma esPécie àe requinte__ÊmE?a,que nã0 se furtam°smais hábeis e famosos artistas do pin-

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Mas, o que achamos, sinceramente,mais digno da nossa afetuosa admira-ção é a simples paleta com os vestígiosdas experiências cromáticas ansiosa-mente objetivadas pelos pintores du-rante toda a sua vida. Aquele amon-toado de cores que ali estão dormindo,que tomam o aspecto de nuvens inde-cisas, que lembram ora flamas erran-tes, ora pensamentos que não chega-ram a se definir, é a própria alma doartista. Olhando-o, vemos toda umaexistência expressa, subconsciente-mente, em tons longínquos ou próxi-mos. É um mundo que se acha diantede nós com um estranho véu de tintasindecifráveis no meio. Cada uma da-quelas pinceladas obscuras representaum desejo ignorado, uma angústia queninguém veio a conhecer, uma alegriaou uma paixão inconf essada.Oh ! a expressão infinita das paletas !Se os sonhos pudessem se condensarnuma forma visível, seriam como elassão.Porque elas são, realmente, como so-nhos. Têm a imprecisão dsa névoas eninguém compreende o mistério silen-cioso das suas manchas.Elas são os sonhos com que os artistasprocuram captar os reflexos inatingí-veis da Perfeição através da harmoniadas cores.

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O CARNAVALCARIOCA DEOUTROS TEMPOS

SUA IMPORTÂNCIA: A MaiorFesta Popular. — Às Grandes ePequenas Sociedades; Cordões e

RanchosADOLFO MORALES DE LOS RIOS FILHO

SUA IMPORTÂNCIA

a MAIOR FESTA POPULAR - Não havia festaf\ de caráter popular que excedesse, em importân-, cia, ao Carnaval. Pode-se dizer que a popula-çao, quasi que em peso, participava do mesmo. Desde

gabado a noite ate a madrugada de quarta-feira cle

e S Mrdade T d°minada »el°s ™™«doe pelos iohoes carnavalescos.Os bondes, superlotados, desde cedo transportavammilhares de mascarados e de carnavalescos X ocentro da cidade. À noite, bem adiantadas as horastinha lugar o retorno. Mas tanto na vinda como navolta para os bairros, ninguém ficava silencioso nosbondes, pois cantorias, assobios, businas, pandeiros ereco-recos animavam às viagens. Os moWneiros econdutores^ passavam maus momentos. Certos bairrosficavam tao sem gente, que pareciam abandonados.La so permaneciam os velhinhos e as velhinhas

No centro urbano o borborinho era tremendo Pas-seava-se, cantava-se afinada ou desafinadamente, cor-ria-se, pulava-se... O dia mais fraco era o de segun-ae confetis. E o da maior era a terça-feira, quandodesfilavam as grandes sociedades.Dos mascarados, vistos nas ruas e nos bailes, uns esta-vam ataviados com riquezas; outros grotescamente ealguns, de maneira original. Assim, podiam seToTsercto, um Toureiro demasiadamente pacato' não nn„cos gracmsos Palhaços; misteriosos DomúóTVZ.(Lou») d?"/01"

máSC3ra Ínt6Íra 0U meia iscaraDoZA il° .encasacado e encartolado Burro-Doutor; o vermelhissimo Diabinho e o seu incomen

rantonha, e de tridente na mão; o Sujo, verdadeira-28 Ilustração Brasileira

éofoÁSr

mente imundo; um impertigado Rei ou uma conven-cida Princesa; o asqueroso Morcego; o coitadinho dosurumbatico Urso; o Clown, cheio de babados e nãopoucas vezes sem espírito ou com o espírito engana-fado, como se dizia então; a terrível Caveira; a esga-mçada Pastorinha; o convencido Príncipe do Cordão-o índio, sobrecarregado de penas e de bicharocos em-balsamados sempre gingando, ao imitar ataques e de-fesas; o esfrangalhado Pai João; os enfatuados Pagern¦e Marques; os nada temíveis General e Guerreiro' oenfático Chinês; uma delicada Vivandeira\mpretencioso Fidalgo; ou um ridículo Polichinel.

/\ s Grandes e Pequenas Sociedades - Mas o pre-

ePO nfUnC1° • ° Carnaval semPre vinha de dois mê-ses antes pois os grandes clubes Tenentes do DiTboDemocráticos e Fenianos, realisavam todos os sába-'dos estrondosos bailes carnavalescos. O Clube dosTenentes surgiu de uma transformação do Clube dosZuavos.fundado em 1855. Depois deste nome foi chamado Euterpe Comercial Tenentes do DMo. Euternèem virtude de possuir uma bôa e vistosa bandl de

ao comercio. Por sua vez, a denominação de Tenente,do Diabo proveio da frase de um presidente de assembleia qUe diante de um tumulj exclamou f QuerZbo 0ecTK TSün

VÕ° Sêr todos ^^tes doía-eod°F

d°S Df™***c°* ^i fundado em 1867le^s, de Baetas; os Democráticos, de Caravicm-e os Fenianos, de Gatos Ontmc „i. ^araPicus,

a organização de prSos m,? í' "^ dt0 com

cidade, na5tersa,£f r cZ^i.' „='-!

organizados pelos melhores cenógrafos da cidadecomo Publico Marroig, Jaime Silva, Ângelo Lazary'Alfredo Brêda, Miguel Bilota, Miguel Moura, ou porartistas pintores, de que foram exemplos Fiúza Gui-marães, Hipólito Colomb e Manuel Faria — estavamconstituídos de Carros Alegóricos e de Carros de Cri-tica. Os Alegóricos — puxados por dezenas de mulaseram verdadeiras maravilhas de concepção e de ma-quinaria, e se impunham também pela sua enormeextensão. Para isso, as suas partes componentes es-tavam devidamente articuladas. Representavam ani-mais fantásticos; grutas miríficas; pagodes chineses;arvores frondosas, em cujas balouçantes ramarias, be-ias ou feias raparigas jogavam beijos ao povo comuma monotonia de fazer dó; templos de belas colunasgiratórias; caramanchões floridos; caravelas de velaspandas; naves repletas de canhões ! Mulheres aovento, balouçantes em trapézios, reclinadas docemente,encarapitadas em lugares incrives... E, por certobastantes nuas. Delas, a mais importante, procedendoo prestito, era a porta-estandarte. Tudo isso brilhan-do por meio de lantejoulas e de cores as mais varia-das, de dourados e pratas; com ilumina,ão de archo-

gjm fogos de Bengala, feitos em Madureira ou em

<HLCarT«de 2rÍtÍCa$ contrastavam com os outrospela pobresa. Em caminhões disfarçados, comparsascheios de ironia criticavam as coisas, os homens os

cos ütTar '""»>"»?». - acoot^imentoTSmcos. Uma tribuna, um xadrez policial, uma gaiola umaSado.C°"S,Í,UÍam ° amb™te »«-*5l? fa"Mas os préstitos não eram somente isso. Havia as ban-ciaari„TTacifse;idarn;e fan,asiadas-as >^*. *-clarins, a comissão de frente, ou Guarda de HonraToda montada em blQs com e

Honrasos componentes elegante e uniformemente SpTuSsn„a«°at

fanMÍa- Garb°S0S «Uavam cLTchtdo novo LT

&S na!imS°S' a^adecendo o aplausoüo povo Este tomava, dessa sorte, partido na dismit*dos clubes para, através os préstitJs, alcançar a Sna. Deve-se dizer, também, que além de sua finalTda-zando T? ?Ca '°S dubeS eram recreativos, organi-zando periodicamente, bailes e jogos de salão Sn»Bsedes, como a dos Fenianos, na Wsa de São Fr»nasco e as dos Democráticos e TeZ*s Io DMoZ

Sam'o SfrVlubeS' ParíiciPava dos bailes ^ue precediam o tnduo carnavalesco. P

Outras pequenas sociedades carnavalesm* »Lcom os seus desfiles e W-. 8 aleeravam,e suburbanas As Zil íestas' dlversaf *>nas urbanas'latina.*? Cidade Za™»* T* ^maVam'Se P» -Carnavalescos (no^ EnKenhr1 n ÍW PepÍn0S

f Ramos, emmmê f::t±tbzdrProgresso e Furrecos (ambas em ^Tcr^"

C ^fZ etR.anAhos - Agrupamentos carnavales

cortejo a pé para o sucessolTa^ ZTZt

Pode-se afirmar que tais agremiações enchiam a cida-de com a variedade e brilho das fantasias de seuscomponentes, originalidade das canções, suavidadedos melodiosos ritmos musicais e sincrônipos acompa-nhamentos de pandeiros, réco-récos, xequerês, choca-lhos e cavaquinhos.O cordão era um agrupamento de cincoenta ou cempessoas do povo, de ambos os sexos, negras ou mula-tas — o que não impedia a presença de alguns bran-cos — que marchava, encabeçado pelo porta-e:tan-darte com trejeitos de dança, cantando canções pou-co gramaticais, ao som de instrumentos de percussão,tocados com excelente ritmo musical. Outras vezes,alguns dos figurantes batiam palmas, como acompa-nhamento das canções. De começo não houve or-ganização. Todos cantavam e dançavam fantasiados àsua maneira. Uns de índios; outros de príncipes e dereis. Outras de princesas e de rainhas. E havia o ve-lho, o diabinho, o morcego. E ciganos e ciganas. Opróprio estandarte era um manto da Costa, pois do-minavam os cordões de baianas. Depois, o cordão or-ganizou-se. Os figurantes passaram a exibir fantasiascondizentes com a idéia que o desfile devia apre-sentar: luta contra os mouros, marujada, guerra doParaguai. E para que o desfile do cordão se proces-sasse na devida ordem, evitando a intromissão de es-tranhos, seus componentes passaram a ser cercados porum cordão — ou fosse um quadrângulo de forte cor-da — sustentado por simpatizantes, simplesmente ves-tidos. Talvez daí lhe provenha o nome.Um dos cordões mais famosos foi o da Rosa de Ouro,do Andaraí, para o qual a maestrina e compositorabrasileira Chiquinha Gonzaga — cujo verdadeiro nomeera Francisca Hedwiges Gonzaga — compusera em1899 a marchinha chamada "Ó abra alas .'"

"Ó abre alas

Que eu quero passar.Rosa de OuroÊ que vai ganhar.

Ainda recordamos uma variante desses versos, masnão sabemos se eram do original de Chiquinha Gon-zaga ou se foi adaptação alheia, como era freqüenteacontecer quando uma canção, um samba ou umamarcha obtin'iam sucesso. A variante que guardamosem nossa recordação é a seguinte:

"Ô abre alasQue eu quero passar,Que eu sou da liraNão posso ficar." (*)

Outro famosíssimo cordão era o Mimoso Bogarí, quecantava relembrando, talvez, o inesquecível ouro dasMinas Gerais:"Sou eu ! sau eu !Sou eu que cheguei aqui 'Sou eu Mina de Ouro

. Trazendo o nosso Bogarí."

Depois, o cordão evoluiu, passando a apresentar-secada vez mais ricamente fantasiado. Foi o prenunciodõ' aparecimento do rancho; ou seja um cordão me-lhorado, apresentando, como insígnia, o verdadeiroestandarte. Isso ocorreu em 1911, cabendo a idéia dacriação ao cronista carnavalesco João Guimarães (Va-gçlume), do Jornal do Brasil. Cada rancho se apre-sentava com indumentária condizente com o enredo,ou aásunto adotado para a exibição pública. E assimhavia; enredos que diziam respeito ao Egito, ao Japãoou k^China, da mesma forma que ao Tempo do Impe-rio, à> Náu Catarineta, à Guerra contra os Holande-zes, áb Descobrimento do Brasil ou à Corte de LuizXV. |ram figuras principais nos desfiles: a porta-es-tanda\te, com os seus requebrados e volteios; o ba-liza, que gingava todo enquanto balouçava no ar orá^Píj^0 bastã°; os mestres-salas, disciplinando asevohíçoes dos grupos de comparsas; e os mestres decantõ,\ritmando as vozes.°* P|?meiros grandes ranchos foram Flor do Abacatee Ameno Resedá, ambos com sede na Rua CorreiaDut™í no bairro do Catête. Neste último rancho sedestócáram o compositor Américo dos Santos (vulgoFaim) e o conhecido folião e jornalista Everardo Lo-PÇÍ;_';Qutro rancho que alcançou renome foi o Misé-rif!Í^ome> constituído de sócios dos Clubes de Re-gata|í sediados na Praia de Santa Luzia. Não menordestaque teve o rancho Rosa Branca, do Estáciode Sá, cujos componentes eram todos pretos. E fa-zendo fosqquinhas se exibia por toda a parte o ran-cho Rosa de Diamantes.Durante o Carnaval também apareciam pelas ruasoutros ranchos baseados nos cultos africanos. Assimacontecia porque os devotos de tais cultos, principal-mente do culto omoloc.ô, fechavam os seus terreirosc vinham participar da mais renomada festa paga.Tais ranchos traziam como figuras principais as sam-bas, ou dançarinas dos terreiros afro-brasileiros, cria-doras dos sambas.

Foi, segundo ensinam Tancredo da Silva Pinto e By-ron Torres de Freitas (*), naqueles terreiros que oritmo do samba surgiu e se desenvolveu, criando essamúsica-dança, que já tem foros de senhoria nos sa-lões brasileiros e estrangeiros Dentre os ranchos liga-dos a esses cultos podiam ser apontados Os Africanosde Vila Isabel, o da Velha Inhá do Estácio de Sá, eo de Tia Benedita, no Rio Comprido. Dançando, can-tantdo e rebolando-se "as sambas eram — segundo osreferidos autores — figuras de destaque nos festejosde Momo, pelo seu pé de dança e molêjo das cadei-ras. Muitos curiosos ofereciam dinheiro para que obloco parasse. Parado o bloco, formava-se uma roda,saindo a chefe para o centro e colocando-se em frenteda samba escolhida para sambar, por meio de pai-mas. A samba, então, fazia o sinal da Cruz,, sacudin-do-se toda ao som dos ganzás, adufos (pandeiros) eoutros instrumentos, e, a certa altura ia se agachandocom as mãos nas cadeiras e se levantando, num re-bolar originalíssimo, de cima para baixo e de baixopara cima, fazendo com que os assistentes jogassemchapéus, dinheiro e outros objetos, aos pés da sambagritando ao mesmo tempo: "ecô... ecô.. .ecô (chega,está bom), ocasião em que a samba ia tirar outra,batendo palmas em frente da colega e pedindo licen-ça à chefe para voltar à roda.Quando iam tirar as mulheres para as danças, os ho-mens diziam: "Agô, iáiá" (a senhora dá licença?) eas mulheres respondiam: "Agô iá, iôiô" (licença temo senhor). E, assim, o pessoal dos terreiros brincavao Carnaval, deixando como tradição as ricas baianasde hoje e as escolas de samba".Discorrendo sobre o assunto, os referidos e curiososautores, estabeleceram a diferença entre samba e ba-tucada, uma vez que a confusão entre ambas não pou-cas vezes tem lugar. A "batucada", ou melhor "ban-tucada", proveio dos Angolistas, negros Bantús, queconstituíam uma raça valente, alegre e livre. Brinca-vam eles a "capoeira", divertimento somente para ho-mens, onde mostravam grande agilidade e segurançanos golpes aplicados. O ritmo dos batuqueiros eraforte, atrativo e diferente de qualquer outro, sempreacompanhado por grandes adufos. O ritmo dos pan-deiros comandava os golpes da capoeira. Eram mui-tos tais golpes ou pegadas. Assim, a batucada levechamada "baú" não servia para derrubar o contudor.A batucada pesada conhecida como "banda cruzada",aplicada com as duas pernas, fazia cair o contendorcom a perna esquerda ou a direita. Era tão violentoque não dava tempo para a defesa. Com o golpe "6a/?-da de frente", o batuqueiro caía em cima do adver-sário, mas sem se machucar. Por sua vez, na "bandajogada" o batuqueiro vinha gingando o corpo e nomomento em que se aproximava do contendor batiapalmas perto do rosto do mesmo para distraí-lo. Feitoisso, passava rápido a perna e o derrubava perigosa-mente. Por sua vez, a "tesoura" constituía um golpe

'Cordão" — Tela de Olga Mary

dado com as duas pernas trançadas nas pernas docontendor. A "tirica", ou "rabo de arraia", era umapegada exigindo muita agilidade ,pois consistia emcolocar uma das mãos rio chão e levantar uma daspernas até que o rosto do contendor fosse atingidocom o pé. Outras batucadas tinham denominação nãomenos curiosas. Tais foram as batucadas pesadas."É ordem do rei matar", "O rei mandou castigar","O navio apitou', "Chegou Minas Gerais". Inúmerosforam os adeptos da batucada, tornando-se assim, ba-tuqueiros de renome: "Eduardinho, da Piedade' Vai-demar, da Babilônia; Inácio, do Catête; Abel e Me-lado, de Catumbí; Caneta, Nino e outros, do Estácio'Geraldo, da Fundição (Cidade Nova); Bernardo Sa-pateiro, valente tirador da batucada, do Beco do Es-pinheiro. E, ainda, o grande João Minas, introdutorda cuíca no samba (um parêntese: a palavra cuícaé uma forma aportuguesada da palavra angolensePuita", que ê um instrumento do culto, especial-

mente entre os "lundas").Por sua vez, a "estilização do samba, como samba-canção, samba de breque, samba-batucada, foi obrados compositores populares modernos. Os sambas an-tigos possuíam letras curtas, tais como: "Olha o remano mar...", "Saia de babado, babadão...", "Iáiá nãovai no coqueiro, não...", etc. Surgiram, porém, com-positores como Rubens, Baiaco, Milton, Ismael, Ti-belo, Francelino e outros, que freqüentavam o ter-reiro da Tia Benedita, no Rio Comprido, e, com eles,o samba estilizado, em yia forma contemporânea. Da-quele povo do santê, surgiu também a primeira es-cola. de samba no Rio de Janeiro, onde brilhou ogrande tocador de cuíca Oliveira, já falecido, e querepresentou o nosso samba no estrangeiro."Com o passar do tempo, a batucada modificou-sè,deixando de parte a capoeirágem, passando, assim, aser, no Carnaval, um grupo de quinze ou vinte rapa-zes ou homens, geralmente pretos ou mulatos, quepercorria as ruas ao som de cantorias, com acompa-nhamento de cuícas, réco-récos, xaque-xaques, pan-deiros e pequenos tambores.Segundo Lúcio Rangel (*), o samba começou a sercmtivado por volta de 1922 pelas Escolas de Samba.Informa, mais, que a primeira desse gênero surgiu noEstácio de Sá. Entretanto, não falta quem diga queas escolas de samba surgiram em 1927 na casa do ma-cumbeiro José Espinguelo, no Engenho de Dento.Deve-se deixar assinalado que as atuais e famosasescolas de samba Mangueira e Portela, foram funda-das em 192 como blocos, sob os nomes de Arengueirose Vai como pode. A primeira passou, em 1929, a cha-mar-se Estação Primeira; e, em 1931, a segundarecebeu o nome de Portela. 0 referido autor escla-rece, que não há diferenciação entre o samba do mor-ro e o samba da cidade. Sendo suas caracterís-ticas as mesmas, não há, pois, duas modalidades de

(Continua na pag. 42)

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FOTOGRAFIAS TIRADASNOS STUDIOS DE

FOTO PREUSS

(SÓ CRIANÇAS)RIO — NITERÓI

30 Ilustração Brasileira

Luiz Octavio, com treze mezes, fi-lho do casal João Afonso Rezende.

Sima, com dois e meio anos, filhado casal Estael Quaresma.

IMAGENSDO FUTURO

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Afaria „Zice, com dezeseis meses,filha do casal Wilson Nassif,

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propósito de acordosortográficos entrePortugal e Brasil, ti-nnamos ultimamente

a impressão de que o assun-to estava como que tempo-tariamente esquecido, pelomenos, de nada sabíamosnem havíamos deparado comqualquer referência da im-prensa ao mesmo assunto.A não ser que as renovadascomissões interacademicasdos dois citados países paratratar da unificação orto-grafica, — se é que elas sub-sistiram — não quisessemrevelar o que pretendiamfazer.Sabemos agora, porém, queo Ministro da Educação eCultura nomeou, há poucosdias, uma comissão, a fimde proceder à revisão do en-sino da lingua portuguesanas escolas brasileiras.Julgamos a ocorrência aus-piciosa; não só pela exigen-cia dos reparos que devemser feitos no subvertido re-gime da ortografia, comotambém porque, segundo onoíficiaijio da imprensa, adita comissão foi constitui-da por elementos capazes delevar a bom termo tão difi-cil incumbência.E se antes nada havia sur-gido ao conhecimento pu-blico no que se relaciona àdebatida e ainda não termi_nada questão ortográfica,foi porque, — como natu-ralmente supomos — os su-cescivos e recentes aconte-cimentos políticos no ambi-ente nacional e a intranqüilidade provocadapela assustadora carestia da vida em nossopaís, não mais permitam a ninguém pensarem acordos ortográficos.A sabedoria popular, em seu apurado racio-cinio, terá por certo considerado que, se tudono Brasil está subvertido, porque não estarátambém a ortografia ? O raciocínio parece-nos coerente.E realmente ha vários anos assim temos an-dado; isto é: aos tropeços, escrevendo malou mesmo não sabendo como escrever. Estaé que é a verdade.Desde 1911 que a lingua portuguesa temsofrido repetidas reformas.E desde 1930 que nada menos de seis aoito sistemas ortográficos têm obrigado obrasileiro a mudar de rumo quanto à ma-neira de escrever.Nada menos de seis a oito decretos gover-namentais de uso compulsório têm impostoao paciente povo brasileiro um vocabulárionovo e divergente, como se a esse povo,pouco alfabetizado e que ignora partícula-ridades ortográficas ou mesmo, a uma gran-de parte dos mais letrados, fosse possívelaprender a escrever por decretos.E daí a profusão de leis, circularesç porta-rias, regras e convenções loue obrigaram obrasileiro a escrever por normas oficiais eregula mentares, o que deu motivo a um ver-dadeiro problema ortográfico, gerando ain-dá-a maior confusão entre todos os aueescrevem por dever de ofício ou pretendamacaso redigir pjo-umn. coisa.A n^ssa suposição, pris como simples obser"vadores do assunto, é a de "ue, nãm obstan-te os sucessivos acordos entre a Academiade Ciências de Lisboa e a do Rio de Janeiro;apesar dos vários e divergentes decreto^governamentais imnondo decicões inter-acadêmicas, além dos bem intencionadosnronosjtos oue ac^so venh°m a ser feitor nosentido da unificação ortográfica luso-bra-fileira, jamais se noderá aiu-star ou subor-diiiar a lingua portuguesa falada e escritano Brasil, no estado em oue a mesma seencontra atualmente, à lingua portuguesafalada e escrita em Portugal.Porquanto, — assim presumimos — essairreparável divergência? parte de um prin-cipio fundamental: o acentuado antagonis-

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SUBVERSÕES E CONFUSÕESORTOGRÁFICAS

ALBERTO RUiZ

mo no que se refere à fonologia, à léxico-logia, à morfologia e à sintaxe das duaslínguas, havendo ainda a formação da pa-lavra escrita e da prosódia usada nas va-rias regiões dos dois países; característicosesses, que, em rigor e como se sabe, sãocompletamente diferentes.Ha também outra particularidade igual-mente importante que devemos lsvarem conta; Em Portugal, a tendência é paraalongar a terminologia da palavra; como,por exemplo: "estare" em vez de estar (ver-bo); "cantare", vivere"", "ouvire", etc, emvez de cantar, viver, ouvir e assim sucessi-vãmente.Ao passo que no Braj-il a tendência é paraencurtar a palavra, como, por exemplo:"está" e "tá", em vez de estar; "canta","vive" e "ouvi", em vez de cantar, viver eouvir, etc, afora os vícios de linguagem tãocomuns e tão divergentes nos dois países.E além do oue foi mencionado, ocorremainda a. troca dos b b por v v em Portugale dos i1 r por 11 no Brasil, sem aludir aos di-ferentes termos usados nos dois países e^ue imnossibilitam a pretendida identfdadede linguagem. Poderá, portanto ser unifi-cada uma ortografia de tão profundos e di-vergentes característicos, embora proveni-tentes da mesma origem ?

Escrevendo esta crônica ligeira com as de-vidas reservas, é oportuno esclarecer aquem acaso a leia, que não pretendemosensinar a ninguém as regras da ortografiasimnUfiçada nem fazer a analise dos váriose divergentes decretos ortográficos aue en-tre nósi? brasileiros tanto têm subvertido agrafia da. lingua portuguesa e afligido apaciencb dos oue são obrigados a escreverpelos métodos oficiais.Aliás, não ensinamos coi«a nenhuma. O queapenas, como simples observadores da sub-versão existente em nosso país, — já o afir-mamos — é tão somente assinalar a im-possibilidade de uma unificação ortogra-fica entre o Brasil e Porutgal.Nesse sentido, pois, expomos a seguir. —sem pruridos eruditos — algumas ligeirasreflexões ouanto ao confusionismo daatual grafia.. Nos limites restritos deuma crônica Vgeira, nos moldes simplifica-

dos da que fazemos agora,é evidente que não nos serápossível citar variadosexemplos referentes á sub-versão ocorrida no Brasil emesmo em Portugal.Seiliam intermináveis. En-tretanto, apontaremos ape-nas alguns dos que deno-nijinamos "exemplo.^ \ t:S;f.-cos" e que muito clara-mente evidenciam que nãoestamos longe de acertar.E, assim, eis o primeiro: éa grafia e a pronuncia dapalavra "recepção".Escolhemos propositalmenteesta palavra por ser umadas mais apropriadas aocaso que citamos,No Brasil, mesmo com tô-das as convenções interaca-demicas e decretos impon-do normas oficiais, tcda agente escreve e pronuncia"recepção" com p; sendoque muitas pessoas, exage-rando a pronuncia, princi-mente nordestina, a pro-nunciam "recépeção".' Ora, em Portugal, ninguémescreve ou pronuncia a pa-lavra "recepção" como noBrasil. Em território lusi-tano toda gente escrevee dz "recessão", com aacentuação tônica bemaberta: re-cé-ssão.Lembro aqui, a título decuriosidade, o. conhecido egordissimo Chaby Pinheiro,ótimo ator português comacentuada e nunca perdida .pronuncia lusitana da pro-vincia, a recitar uns versos

de Macedo Papança, o Conde de Monsaraz:Na recessão da envaixada,a varoneza sorria...

Lembramos também o termo "vossa exce-lencia" usado no Brasil como tratamentocerimonioso ou meramente cortês.Alguns oficiais de gabinete ministeriais, di-rigindo-se aos respectivos ministros, costu-mam adotar uma variante do citado termo,empregando "vocelencia". Em Portugal, po-rém, o ermo usado é "vocencia", adotadotambém como tratamento às pessoas de ca-tegoria social. .E assim, é costume ouvir-se: Ora pois. Porquem és.. Vocencia não entra ? Temosainda como exemp1© a palavra Antônio, queanui no Brasil é dita com a tonalidade fe-chada e — sem que saibamos poroue — re-cebeu o inexplicável estigma de um acentocircunflexo na sílaba tô.Ouvimos dizer aue assim deverá ser? porcausa da obrigatoriedade da acentuaçãodessa palavra, na ante-penuhVma silaba.Em Portugal, pcirém, tcda gpnte chamaAntônio (ou Antônio) com a acentuação to-nica bem aberta. E assim ódete, Adlaide,Ablardo. dezasete, rédacã0 e tantos outrosvariadissimos termos descordantes dos den-ticos e usados no Brasil.Ha também oue r^narar na. construção dafrase. O povo português, mesm0 da gentecon-iderada rude, fala gramaticalmentebem a lingua portuguesa, empregando comacerto, 0 modo e o temoo dos verbos5 assimcomo a colocação dos pnnomes.Emquanto aue ^s brasileiros, mesmo os maisletrados. — salvo exceções, naturalmente —em í?er"l não sabem gramática e empregampessimamente mal os verbos e os pronomes,estropiardo. ouanto possível, 0 chamadovernáculo, que é a pureza da lingua. O ou-tro evemnlo tío?co o oual não podemos dei-xar de citar, é o da supressão ou presençade certas consoantes iul<ra„as mud^s eInúteis, conforme as antagônicas e opostasdeterminações dos diversos decretos orto-gráficos r<up assim impuseram, para agradoou ou desespero dos que adotaram um ououtro r?3ime,Exeusado será di*er oue aplaudimos a sim-plificação ortográfica; pois em verdade,existiam na lingua portuguêsas palavras de

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NA RESIDÊNCIA DOCASAL IVO ARRUDA

N °S CT0MeIo^c^rruda' dÍretor do BUREAU INTERNACIONAL

„ant DE ^PRENSA e a sra. Maria Amorim Arruda, na sua ele-

IlTrn^r* • PanTã' 0ffrecAeram um J"antar aos d«. Robertoliarroso Filho, vice-presidente da Associação Brasileira de Munici-Pios e Joaquim Peixoto, Secretário das Finanças do ParanádimJtrnonLT?1Can0" P

""l?0 em dÍVersas mesas' arm^as" no jar-dim tropical da casa da rua Barão da Torre, prolongando-se a reu-mao (houve danças) até três horas da madrugada seguinteNasi fotos vem-se, ao alto, grupo de convidados ladeando os homenageados entre os quais o Deputado Carvalho Sobrinho coronelFre

xoV^Safi FisTimbaanX°rrrrT n "^ Hayde Barroso e Le«or* P«-da

°'Dklta L uoTl, ? n í J^"1™»*» de Relações Públicasaa ualta Lino ) Lehta De Tulho e a sra. Maria Amorim ArnH»

IaTRrria° DePU,'ad° Carvalhü SobrinhoTcTama u„d,Tu. Pado g0rl°' PSeud°"Ín'° de Wn"-* Poeta humorística

StaSS,.6 etlmolo^a latin* em que deter-minadas consoantes eram perfeitamentedispensáveis e que serviam tão somentepara dificutar a falta de conhecimento Sos

?nm^fnoo!fbiam. escrever P°r ess^ antfgo ecomplicaado regime etimológicom0inaCçOãoSegUinte, f0Í convenieníe a su^ eü-Daí, porém, à supressão total de todas asconsoantes julgadas mudas e inúteis háuma grande distancia e consideramos uraerro grave o banimento decretado. Que nosSrafl?a.

°S meStr6S da si»P™^ão or-Todavia, 0 que um dos decretos ortográficospreconiza para uso da escrita da lingulportuguesa no Brasil, quantp ao regSdas consoantes mudas, é que se pronunciem'e se escrevam as palavras em que elas fi-ÜSÍa1 conforme soem ou sejam escritas emde 5/12/45)

G VI' d° Decret0-lei n-° 8.286Consideramos tão falho e tão pueril esteprece!to, que nem vale a pena^evá-lo*Como é que, de momento, se noderá sahPrquando determinada palkvraP°e pronÍ£cia ou se escreve de um modo ou de ou-tro em Portugal ?Ha também outro exemplo típico- exis-tem na lmgua portuguesa palavras de gra-fnrnífG^tlCa * áe siZniii™&o diversa, con-forme a presença ou a ausência de umamútei?

consoante« ^ iradas mudas tSão assim as palavras "facto" (ou fatr^"pacto" (ou pato) e "ato" (ou ato)" Temosnotado que alguns prfessores e entendidosem ortografia simplificcada, não Sam fpresença da consoante c em palavras designificação diferente, embora sejam escríctoadTleta eí*endem' ÍSt° é: »»™"cionada letra. Os que, — como nós —- nndam apenas mariscando umas tant^ 15congruencias no terreno o^S| ^!naer,T, ?atUraI de aPrend« mSs algS-dam

°t'e P°UC° que sabem> não conc^r-dam, porem, com essa exigência ah*,!ÍIíae inconveniente da supressão dessaedeoutras consoantes consideradas sem valorquando a sua presença ou ausencS eY oueexprime e significação das palavral emque elas se encontram P^avras emE assim vejamos" Com a supressão da letra c na palavra "facto" (resultando f«tn7quando é que 0 lletrado vae sab

"r se essapalavra exprime um acontecimento ri§Seo.sa existente ou significa umT roupa

™e

32 Ilustração Brasileira

?p°r^T' C0nÍo s-e diz no norte do país ? Gerasempre confusão.ÍLÍÍ/01" isso que um funcionário publico»DedtóntVíT """^W». * materialTa'pediente para o seu Departamento neriiiíuma escova de "facto", com c: De ftctope^uma escova de fato para %£t

Sto" comnS^° *» letra c na Pa'avramfi& '• mo e que ° mesmo iletrado iráante I ÍZlLPalaWa Pat0> sem a «™Sante cj, exprime uma convenção, um conSerâco';4m^eSmente um Plumitivo ? x"Sm 2 w Zeí"Se: - "os ^morados fi-«eram um pato de morte ?»»favra ^acto" ti^f*™ ^ letra * na pa-trlítpn^,' com<> e que o ignorante dea^vf^denClas orto^aficas irá também£^"J» Palavra ato significa um™o oresento 1 ?p^m£ pe^ de teatro ouo presento do indicativo do verbo atar"Será possivel que se adotem semelhante^absurdos ortográficos ? Felizes TslfppnST COntra as anomalteortogrlficafda^^oSnVs^tir^68 e ™u-?ÁuÚr™* «^ Tt^afl!votadaàUdaTeraSzag0ra à °StenSlVa *«*»Esta inofensiva letra foi tão útil nor tãnlongo tempo, atravessandoMncóW no?dilatada decênios' ^>vh,, "^oium^, poimento regular de tf5S C?mo COmpl'e'

Hcá™Fs?nco^reeSraS»near^me»^ Justi-tasia oú bXcade?áabSmPf "&* fan"grafia de certas palavra e tS0*™ * daram a imnor Br^fi S ' E assim Passa-com s (com aceS ,T/' paiz tambémmez, iguaimenrcim0^^ ,U e aindacircunflexo) comoTe Ln S s um acentomudança do I f ^,fora bastante amudanças uma L ™? °Cando COm essastograficas; pnSataS «««fusões or-"Paiz", aue semAVSnte na P^avra(com acento Sudonn tf / ?afia de Pai«vista a quem^lnol V* da.ndo à P^meirafica, a impresSàe queaseTaUtCaÍari°rt0gra-vTcJSfT0* 6 nl° de ™ te

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riaVSodLParfnexn,i:Qlie Vanta"em te-Por s ao grande SínTl mudanÇa do zneficios tlrfam tida nn° lletrado ? ^ue be~trás os que mal sabeni"S,"* tr°Ca de le'Perigo teria Ta^fSa^o6 J5T2 ^

tuições da Republica com a permanênciaetc ?

Z naS palavras Brazil> Paiz» mez,Realmente nã0 sabemos.nrUní?e-eXTpl0 *? fantasias ortográficas, éprofusão de acentos graves, agudos, circun-nexos e tremas, com que os organizadoresda unificação em Portugal marcam inútil-mente muitas palavras que por mais de se-çulo jamais fizeram semelhantes estigmas-Assim, e que, as palavras "outro" "esse""aquele", "ha" (verbo haver) "lápis'' "ama-vel", "imóvel", "Antônio" e inúmeras ouSasAparecem assinaladas por esses inexpres-sivos acentos, como se fossem eles indispen-sáveis a sua pronuncia.Ora — como julgamos — o regime daacoMo^om

datTOr^ SCT -feito «»ieam8eX empaíawas ^ fim T*0*8 ,da Pron"»eia dasStnSfU í™ de que denunciem a suaSia"TSaS> C°m° °S term0s "sábla".m?srtamhLa f^ é °P°r^no apontar-z! os dttSSn3 narardaumDarvra "freqüência" grafta da pala"

^c°hrerqSuedanrrhfabiiatadraPala-

alemã, I^JS^dffiSttt»"í2Stranscendentes particularidade!^a ™haSa

EaS™IÜ^ Ung.ua P°rtuSesaamatemTdrf im22£ QUe t0da essa confusãorsíio i ° lmP°sta como ortografia ofioiaiasãsçssasscit^ r asmSSSsíySa &«unificação ortogral ca

dai ° empenho pelaformante. rtogranca' ~ dlzia o nosso in-Podemos afirmar agora norém m,P x* „sa parte, transmitindo' o que n?s fot revê8'

r!?n Iperatos acadêmicos portueupi«?e<?pete quais mantemos a nossa S^dmfEntretanto, sem que os nossos reparos tra-ceSf rnSUraS V ironla^ Snuamoscertos de que será impraticável oualmiertentativa de unificação ortográfica^ entrerecerTÚe^^ov8^ Nâ° ™ »^° S a!recer que o povo de um país é que faz e(Continua na página 42).

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MÃEMinha Mãe ! Como faz faltaTua vida em meu viver !Tudo em minha'alma se exalta,Na face a angústia ressalta,Quando penso em meu sofrer !Como é triste, é árduo e atrozAlguém ainda pequenino,Deixar de ouvir, cedo, a vozDe sua Mãe ! É o Destino !Não há na vida um obstáculoDe intensidade tão vasta,Como o que traz o espetáculoDe uma Sorte assim madrasta !Sob o signo do tormentoDe uma cruel adversidade,A vida é um só sofrimento,Um só drama de saudade !Podes crer que hoje o meu sonho,É poder, — ó Mãe querida ! —Prestar com todo o carinho— Ritual místico e tristonho —A homenagem comovidaQue o mesmo terno filhinhoTe deve por toda a vida !

PETRARCA MARANHÃO

TORMENTOS DO ESPÍRITOQuem sente alma descrente da venturae o coração ungido da saudade,vivendo vida de íntima torturae vendo a vida sem serenidade;

Quem sente alma sofrendo a desventurade sonho bom que o coração invade,sem a esperança, na ilusão mais pura,de fugitiva e vã felicidade;

Quem alma presa de um afeto sentee muito perto se lhe vê dos olhos,mas se lhe vê do coração ausente;

Quem somente por um amor existe,e deste amor emergem os escolhos;aos tormentos do espírito resiste.

HORMINO LYRA

AM O RATRIBUTO

Convencendo-me assim de que a poesiaé que serena o coração palpita,nada como esse ardor que exalta e incitao que o sonho me enleva todo dia!Nada como a tranqüila simpatiaque recônditamente a alma recita,em meio à luz que sempre assim bendita,tão suavemente o íntimo extasia !Nasceu há muito da simplicidadedos atributos próprios de bondadeque a grandeza divina em tudo inspira !E que toda alma apenas sublimadapôde bem pressentir nessa escaladapor onde se harmoniza a própria lira!

JOÃO DANIEL DE CASTRO

O NORDESTINO E A SECAHEITOR BERREDO

Deixando para trás, a roça e a casa,fugindo à seca numa luta imensa,o nordestina, sob um sol qu abrasa,guarda no olhar a luz de eterna crença.

Da antiga mata verde, exuberante,uma visão dantesca se oferece;somente galhos secos, nesse instante,como se fossem mãos, postas em prece...A mansa vóz dos córregos calou;a passarada já não canta em festa;de tudo enfim, de tudo que êle amou,uma saudade amarga apenas resta.

Lembrando a doce Virgem do Calvário,tendo na face a mágua que a consome,quanta mãe reza, triste, o seu rosário,chorando o filho morto a sede e a fome.E, em procissão de dor e de amargura,em busca d'água pela estrada em fora,êle ainda crê, na sede que o tortura,no milagre da chuva que demora.

Faminto, em trapos, boca ressequida,do nordestino a crença em Deus é tanta,que embora sinta já fugir-lhe a vida,contrito os olhos para os céus levanta...

E quando finda toda essa tormenta,e a chuva cai num hino de esperança,na fé sublime e forte que o sustenta,

'êle retorna certo da bonança.

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I/lWy4 ^Lfí^ é, mesmo, um pecado moreno. É oamor em cena, com seus cabelos pretos, seu sorrisoespontâneo e suas qualidades de atriz de comédia.Consagrada no mundo teatral do Rio, de São Paulo,Santos e Campinas, é já um nome consagrado.

Maria Lídia — filha da Sra. LídiaGomes de Mattos e Dr. Augusto Go-mes de Mattos, da nossa sociedade.

ENLACE — MONTANÁRI DI CNIDO - DERDERIAN

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^^ onstituíu um verda-deiro acontecimento

mundano na sociedadepaulista, os esponsais daSnrta. Delfina Montanáricom o Snr. Mário PhilipDerderian, filhos do Co-mendador Ugo Montanáridi Cnido e da Snra. Car-mella Montanári, e do Co-mendador Dr. Philip M.Derderian e da Snra. AnaDerderian. A benção nup-ciai foi dada na vetustaIgreja Santa Terezinha,em Higienópolis, com apresença d'e figuras ex-ponênciais da sociedadebandeirante. Após a sole-nidade foi oferecida ele-gantíssima recepção noSalão Nobre da Lugarte-nência Magistral da "Or-dem Sacra Imperial Angé-üca, de Constantino, OGrande", à Rua São Luiz,258, na cidade de SãoPaulo. Os nubentes rece-beram a honrosa Mensa-gem do Príncipe MiguelIII e outra do Embaixa-dor José Carlos MacedoSoares, Ministro das Re-lações Exteriores.

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SenhoritaCARMEN AMÉLIA VÉGA PEREIRA DALMEIDA

p1 azendo o seu "debut" social, quando com-pletava quinze anos de idade, a 21 de Abril

passado, a senhorita Carmen Amélia ofereceu,na residência dos seus pais, o industrial JoãoRosa Pereira d'Almeida, diretor da "União Fa-brü Exportadora" e D. Maria Diaz de Ia VégaAlmeida, uma elegante recepção, a qual com-pareceram figuras as mais destacadas da so-ciedade carioca.Aqui vemos a jovem debutante na noite dasua grande festa e num flagrante com os inu-ros presentes que recebeu.

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0 PAI DA NOSSA HISTORIOGRAFIA LITERÁRIADe CARLOS MAUL

(Carta aberta a Mario Portugal Fernandes Pinheiro)

Li com muita satisfação os originais de seu trabalho CÔNEGO FERNANDESPINHEIRO (Vida e obra). O copioso material que V. acumulou para ademonstração de seu ponto de vista — que é, aliás, o de quantos estudam o

nosso passado —- de que ao Cônego cabe a primazia da historiografia literáriado Brasil, não deixará no espírito dos leitores nenhuma dúvida a respeito dessaprioridade. Ao ilustre clérigo e professor, seu eminente antepassado, tocou oque tem tocado a muitos dos que escrevem em nossa terra: a omissão de seunome exatamente pelos que lhe aproveitaram as lições e as pesquisas. Não senegará a alguns dos que versaram o mesmo assunto, posteriormente, mérito outalento. São evidentes os esforços dos continuadores, mas o que não se tolera éa injustiça para com quem proferiu a primeira palavra e coordenou os primeiroselementos necessários a tudo o que se produziria mais tarde comi base nas suasinvestigações. As várias histórias da literatura aparecidas no Brasil, de brasilei-ros e de estrangeiros que por aqui andaram serviriam para a repetição de nu-merosos erros e equívocos, porque todas traziam a eiva da carência de um examedas obras referidas, e no que estavam certas reproduziam o texto do CônegoFernandes Pinheiro.Nada perderiam os autores desses livros se houvessem prestado ao antecessora devida reverência pelo que lhes deixou de caminho percorrido e de colheitaabundante. Poderiam ter feito o que V. acabou fazendo com energia, brilho ebrobidade. Agora^ao ler-se o que V. reuniu em suas páginas, verificar-se-à, àíúz de ura riquíssimo documentário da melhor autoridade, que ninguém maisousará tirar ao Cônego Fernandes Pinheiro o título que lhe pertence por direitode conquista. Discutir, nos moldes de determinados escribas, se era ou nãobrilhante a prosa de velho mestre, não lhe tira o valor, nem ao esforço nem àvastidão de conhecimentos. Lá está no Píndaro que o "mérito pertence a quemteve a primeira idéia".No caso em apreço, teve-a, indiscutivelmente, o Cônego Fernandes Pinheiro queV. indica como o pai de nossa historiografia e crítica literárias. Tudo o que pos-suímos nesse sentido é posterior ao seu atívento. A êle, portanto, o que se lhereconhece como de sua iniciativa.

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UM CONCURSOLITERÁRIO EM PETROPOLIS

Em colaboração com a Prefeitura de Pe-

trópolis a Academia Petropolitana deLetras promoveu recentemente um con-

curso, parte do programa de comemora-ções do primeiro centenário da elevação dePetropolis à categoria de cidade. No atoinaugural dessas solenidades realizadas nosalão do Museu Imperial, procedeu-se à en-trega dos prêmios e diplomas conferidos aosvencedores do torneio. Foi este b resultadodo concurso:Sonetos premiados: "Petropolis" de Edmun-do Manoel de Melo Costa, com Cr$ 2.000,00;"Petropolis" (dois trabalhos) de ManoelBragança Santos, respectivamente comCri$ 500,00 e Cr$ 1.000,00. As menções hon-rosas couberam a Herauto de Oliveira, Jan-sen Filho, Tobias Pinheiro, Alcides H. deOliveira, Nancy Figueiredo e José Flavio deCamargo Lima. Houve uma especial a VilmaOlinto Bahiana. Foram julgadores os aca-demicos Mario Cruz, Carlos Cavaco e Ca-rauta de Souza. Contos premiados: "Cançãona serra", de Eduardo de Castro, comCr$ 2.000,00; "O velho e o menino" deMoysés Duek, Cr$ 1.000,00 e o "Menino dacarrocinha" de Walter J. Farah com Cr$..500,00. As menções honrosas tocaram a Ma-ria Tereza Melo Soares, Alberto Montalvão,Anesia de Souza Ramos, José Jambo daCosta, Yolanda Heloisa de Souza, Joffre Mar-tins Veiga e Vilma Olinto Bahiana. Foramjuizes os acadêmicos Plínio Olinto, FlavioMaciel e Eugênio Lopes Barcelos.

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GUSTAVO BARROSO XILÓGRAFO

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^To primeiro almoço da Ordem/dos Velhos Jornalistas cada qual^- ; teve oportunidade de contar algo dos seus primeiros passosna profissão. Quase todos tiveram o seu jornalzinho manuscritode colégio, como indicio da vocação. Gustavo Barroso contou ahistória do "O Garoto", periódico de que foi fundador", diretor,redator e até gravador. Era uma folha irreverente que se publicou

em Fortaleza em 1907. O ilustre, escritor dava-lhe o máximo dassuas energias espirituais e aproveitava \a sua queda paria o desenhoesboçando caricaturas. Naquele tempo, entretanto, ainda não ha-via, e muito menos nos Estados, as facilidades de hoje em matériade fotogravura ou zincogravura. A xilogravura resolvia o problema,embora fossem rarissimos os artistas do gênero entre nós. Aqui

era um italiano de nome Cattaneo quefornecia aos jornais os retratos de ho-mens importantes. Quanto ao mais, as re-vistas ilustradas se arranjavam com a li-tograf ia.Gustavo Barroso exibiu aos confrades oclichê em madeina de cajazeira — a maisadequada, além do buxo e do piquiá mar-fim — e no qual aparece o "Garoto" en-trevistando um figurão político que erarecebido em Fortaleza ao som de umafilarmônica. Nem as notas de música deixaram de ser fixadas pelo gravador in-cipiente e improvisado.E' esse documento interessante que aquipublicamos, a demonstrar que um verda-deiro jornalista nunca se aperta, nemmesmo quando tem de enfeitar a suaprosa com algum boneco.

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PARA ADELMAR TAVARES¦ :X-- ,3SSSI

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Bittencourt de Sá recebeu de Adelmar Tavares o preciosopresente "Um ramo de cantigas". E como excelente poetaque é, assim agradeceu num belo soneto:

Meu querido Adelmar e hoje me veio,de suas generosas mãos amigas, W-SMcheirando ao longe, "UM RAMO DE CANTIGAS",que você me mandou pelo Correio.

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Moro num largo velho, velho e feio,mas ensombrado de árvores antigas,nas quais, zombando de armas inimigas,os passarinhos cantam, sem receio.

Tomando assento ao lado da janela,abro o livro e, em voz alta, os versos leio,enquanto um sol gostoso entre por ela.

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Em redor, todos ouvem; ninguém fala;fora, os pássaros cessam seu gorjeio,e o gorjeio dos versos enche a sala !...)

OS LIVROS DO DIA

"Direito e Avesso"Editora Pongetti

< pvireito e Avesso.", de Hen-rique Pongetti, é o mas-

nific0 livro de crônicas queacabo de ler com o maior inte-resse e a mais viva emoção.O autor é um mestre consa-

grado nesse gênero literárioque, na aparência, dos maisfáceis, é, contudo, dos maisidifíceis.Pongetti sabe tratar os assun-tos com dextresa, leve_aB suti-lesa, ao mesmo tempo em quedesfilam as "boutades" e osparadoxos no que ninguém écapas de imitá-lo.Outras vezes ele é profunda-mente, sentidamente humano,como na crônica "Minha Mãe",cuja leitura nos comove 0 co~ração e mareja os olhos delagrimas.

"As tres Marias"Editora José Olímpio

íí as tres Marias", de Rachelde Queiroz, atinge, ago-

ra, a terceira edição, o que valepela consagração desse ro-mance.Em que consiste, porém, o se-gredo de Rachel ? No seu es-tilo simples, nos seus dons deobjjervaçãoR na sua capacidadede retratar caracteres, de pin-tar cenas e quadros.Ora, essas qualidades nem sepode dizer que sejam uma con-quista da escritora, pois Ra-

EDGAR PROENÇA

chel isurgiu com elas, ao des-crever a seca no "Quinze", seulivro de estréia, e o cangacei-rismo no "João Miguel".Apuradas, depuradas, ela® apa-recém em "As tres Marias", oromance das tres irmãs, dastres estrelas...

"3 Mascaras"Editora "O Cruzeiro"

O velhos o novo, o teatrosimplesmente, tem 0 seu

simbolo em duas máscaras,uma que ri, outra que chora— a comédia e a tragédia —nesse desgraçado binário daexistência humana._._Accioly Netto juntou-lhe maisuma, não no palco mas no li-vro, e fez a sua obra — 3 Más-caras — que são tres peças degêneros diferentes, porém comum traço comum — o talentodo autor."3 Máscaras" enfeixam umasátira, "Helena Fechou a Por-ta"; um drama, "A Vida nãoé nossa"; e uma comédia, "Amentira de Cada Dia".Se nos fosUe dado, no livroB odireito de escolha, preferiria-mos "Helena fechou a Porta",mas esse gesto pessoal talvezfosse modificado ao vermois aexibição das outras peças.Em autores como Accioly Net-to o dificil é saber quando sãcmaiores ou menores do que sipróprios.

RAUL DE AZEVEDOCom

o falecimento de Raul de Azevedo perdem as letras do Brasil uma ciesuas figuras mais expressivas e operosas e a sociedade um de seus ele-mentos mais brilhantes. Escritor de boa prosa deixou cerca de quarenta

.volumes' de ensaios, novelas, romances, conferências, crônicas, viagens, contos,critica e era todos eles a sua personalidade se afirma com originalidade, vigore independência de conceitos. Convivendo comnosco nesta revista durante mais devinte anos, Raul de Azevedo" foi um colaborador sempre interessante.. Membroda Federação das Academias de Letras do Brasil como delegado da AcademiaAmazonente, nesse ilustre sodalicio onde se reúnem valores de todos os Estados,a sua passagem pelo mesmo se assinalou pof uma atividade fecunda. Escritor no

melhor sentido do termo, apaixonado pela sua arte, podem ser destacados dasua rica e numerosa bibliografia alguns tomos que o colocam na primeira linhados nossos romancistas: "Doutor Renato", "Onde está a felicidade", "Brancos epretos", "Aquela mulher", são romances que alcançaram êxito na sua época easseguraram ao autor uma posição altamente honrosa na literatura nacionalnossa contemporânea. Neste ano de 1957 saiu a sua coleção de crônicas "Dona

Beija", e anunciava êle .um volume de episódios a que deu o título de "A minhavida sem fim". Estava 'O volume em impressão quando a morte o surpreendeu.Mas não se iludiu Raul de Azevedo na escolha do título das suas últimas pági-nas. Realmente a sua vida não teve fim. Desaparecido materialmente, o prosadoresplêndido, o homem de coração aberto, o cavalheiro de maneiras distintas erequintadas, <o representativo de uma época, nenhum desses desaparecerá da me-mória de seus compatriotas, daqueles quecom êle privaram e daqueles que ape-nas puderam admirar o fulgor das cen-telhas de seu grande e nobre espírito.

NA ACADEMIA BRASILEIRA

Pela morte do nosso saudoso colabora-dor Raul de Azevedo pedindo, em sessãona Academia Brasileira de Letras, umvoto de pesar, Adelmar Tavares disse queo fazia com a maior emoção, pois quenele contava, já por mais de vinte anos,um de seus mais devotados e leais ami-gos, bem como as letras no Brasil nãocontaram servidor mais devotado e fiel.Fechando os olhos aos oitenta e doisanos de idade, pois que nasceu em S.Luiz do Maranhão em 1875, seu espíritoesteve sempre voltado com amor e devoção para as cousas literárias. A princípiob\* o íazia do Amazonas pois nesse Estado muito tempo vivera, tendo sido depu-tado e diretor da Biblioteca Pública, agitando sempre os meios intelectuais eescrevendo na imprensa artigos e crônicas que atraiam para o seu nome a maisviva simpatia e interesse. A politica, porém, não era o seu "béguin". Este estavacom os homens de letras e os livros de literatura, principalmente poetas e os cri-ticos. E com esse amor passou a sua longa vida. Não se agitava um problema deletras que êle não agitasse dentro dele. Não havia conferência literária em quenao estivesse na primeira fila, e esta Academia o teve sempre como dos seusmais constantes amigos. Nunca a tinta do jornal saiu de suas narinas, e.eram asredações o ponto predileto das suas palestras, homem afável, elegante, enleiantemesmo, e sobretudo bom, de comovedora bondade. Amigo, tendo da amizade umconceito quase religioso, era o primeiro a trazer a seu amigo o conforto nas.ho-ras tristes e o aplauso sincero nositriunfos. Homem semi invejas nem perfídias,

sua pena só se movia para aplaudir e animar — que o digam os seus fiéis comoesse nosso grande amigo Osvaldo de Souza e Silva, diretor da "Ilustração Bra-sileira" e outras revistas desta cidade, a quem êle vivia a solicitar a publicaçãode fotografias e trabalhos de iniciantes. Membro da Federação das Academias deLetras do Brasil, da Academia Amazonnse, da Maranhense, e outras, Raul deAzevedo interessava-se por tudo quanto fosse literário, andando de sol nado asol posto com os bolsos cheios de» cartas a expedir para uma infinidade de inte-lectuais espalhados por esse Brasil a fóira, agradecendo livros, trocando livros,dando contas de incumbências recebidas. Nunca vi devotamento igual, nem maisdesinteressado. Ainda há poucos dias êle juntava à sua bagagem mais um livro deensaios, "Dona Beija", cuja remessa aos amigos foi a preocupação constante desuas últimas horas. Nos tempos rudes de tão agressivo materialismo, consolavavermos ainda homens como esse que vêm ao mundo para terem sempre uma florna mão... E por isso a multidão que por êle chorou floriu o seu esquife.

A essas palavras do ilustre Acadêmico Adelmar Tavares, associaram-se osacadêmicos Peregrino Júnior, presidente da Casa de Machado de Assis e Rodri-

go Otávio Filho.

Maio - Junho — 1957 37

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HOMENAGEADO PELA IMPRENSA MINEIRAO DIRETOR DA E. F. C. B.

A imprensa; de Minas prestou, num domingo de Maioúltimo, expressiva homenagem ao Engò. Jair Regode Oliveira, diretor da; E. F. C. B. O almoço reali-

zou-se no aristocrático Minas Ten«s Clube e foi inicia-tiva da .Associação Mineira de Imprensa e do Sindicatodós Jornalistas Profissionais de Mina& Gerais. O nossoflagrante focaliza o instante em que o j orn alista NeiOtaviani Bernis saudavam o homenageado, ressaltandoo seu magnífico esforço e equibrada gestã0 à frente! dagrande ferrovia, vendo-se a seguir, atentos, o Eng.° Jairde Oliveira, o dr. Hélio Adami de Carvalho, presidenteda Associação Mineira de Imprensa, o dr. Braz Giacomo,vice-diretor da E. F. C. B., a jornalista Cora Lopes, chefe

x dá seção da Divulgação è o dr. José Moacyr Lamarca.Tesoureiro da grande ferrovia. Antes do agradecimentodo homenageado, que se caracterizou pela costumeiraelegância e modéstia, falou, em nome dos engenheirosda Central, solidários naquela justa homenagem, o Dr.J. M. de Andrade Sobrinho, chefe d0 Departamento deRelações Públicas da E. F. C. B.

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Grupo de pessoas presentes ao ato inaugural daSeção Gáutemala, vendo-se a encarregada de ne-gócios da Guatemala Snra. Francisca FernandesHall, Sra. Anna Amélia Queiroz de Mendonça, Snra.Gabrielle Mineur, Ministro Clovis Salgado, Dr. Cel-so Cunha e Professor Anísio Teixeira.

Com a presença d0 Ministro-da

Educação e CulturaF altas au-ridades,.Embaixadores e AdidosCulturais, figuras do nosso meio cul-túral e social, do secretário geral emembros do Instituto de CulturaBraül-Guatemala, realizou-rse, na Bi-blioteca Nacional, a solene instala-

ção da "Seção Guatemala".Iniciativa de alto valor cultural, élode aproximação e fraternidade Pan-Americana, podemos nos congratu-lar còm a ilustre diplomata '•¦Fran-cisca Fernandes Hall, encarregadade jiegóçios da nobre nação amiga,

0 grupo orfeônicò da escola Guatemala

INAUGURADA A "SEÇÃOGUATEMALA" NABIBLIOTECA NACIONAL

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a Guatemala, a cuja visão egrande amizade ao Brasil deve-mos este auspicios0 aconteci-mento.Entre os numerosos volumes cons-tantes desta nova seção encon-tramos obras, de J. Adriãn Coro-nado P. Pablo Garzona Nápoles,Mario Efrain Najera Farfan, Da-vid Vela, Rafael Girard e outrosexpoentes da literatura Guate-malteca.Á nota simpática e graciosa cons-tituiu o grupo orfeonico da eis-cola Guatemala, presente à so-lenidade, que cantou os Hinos Nacionais do

Brasil e da Guatemala, e mais, mantendo du.rante o ato um delicioso "bakground" mu-sical, de canções folclóricas Guatemaltecas.

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SIDR ANSK Y,MESTRE DO LÁPIS

O Rio assistiu a exposição de retra-tos de um autêntico mestre do lá-pis: Joseph Sidransky.

Nome já famoso no velho continente,Oficial da Academia de Belas Artes, con-tinua a sua gloriosa carreira, colhendonovos louros na América do Sul.Artista de grande sensibilidade, dono deuma técnica pu jante, seus retratos vi-bram e nos apresentam instantâneos davida real. Por isso, a exposição Sidransklogrou entre nós um grande êxito, ali-nhando-se entre os acontecimentos ar-tísticos do ano.

RECEPÇÕES

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Flagrante da recepção oferecida por D.Antônio PedrQ São Payo e Snra. Geor-gina Dart S£J0 Payo, comemorando iadata do seu natalício, em sua residência,vendo-se o Embaixador Yoshiro Ando, doJapão e Snra. Embaixatriz, o Juiz Cris-tovão Breiner, o Embaixador Paulo Hass-locher, Cônsul Mello Barreto e o Jor-inalista Cândido de Oliveira, 1além deinúmeras pessoas das suas relações.

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conomia e cr Í/IAJ3/IAJ&2A.

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DESENVOLVI M ENT0 EC 0NÔMI CON UM MU N DOCRESCENTE DE E X PA N S Ã O E NEC E SSIDADE

No mundo hodierno m relações eco-

nômicas ocupam um lugar de relê-vância indiscutível. Quando Malthus

previu com o aumento demográfico do mim-do, uma catástrofre antropufoga, baseadotoa teoria de que os meios de subsistênciase desenvolviam num ritmo aritmético e ocrescimento populacional num ritmo geo-métrico, desconhcia, talvez, a capacidadehumana no terreno econômico.Vivemos, é certo, numa época engenhosae de lutas, sobretudo de lutas competitivas— ipdiçe da evolução a que atingimos atra-vés das guerras e dos estágios transitórios —porém, vislumbrando um panorama de in-Contestável grandeza e de progresso admi-rável, tanto técnico como científico.

O desenvolvimento das nações implicoui porseu turno, no desenvolvimento econômico,como imperativo de sobrevivência e de es-peranças, num mundo crescente de expan-são e de necessidade.O velho continente com sua experimentação'através dos centênios forjados na evolu-ção de lutas expansionistas, separados porvadiram ná avalanche de fogo, miséria éfronteiras irremoviveis, que as guerras in-sangue une-se agora num exemplo digni-ficador de ampla cooperação.Pode-se afirmar que é o sinal dos tempos.O mundo cansado e amadurecido, emboraainda em discordância política e territorialentre o Oriente e o pecidente, precisamen-te porque o desconhecimento de ambos no

CARLOS MATHEUS

que concerne crenças, princípios, aspira-ções e cultura, estabelece uma fronteiradivisivel que, o torna por isso mesmo, doisao invés de um, onde prolifera a magoa, adesconfiança e o recalque dos; orientais pelafalta de apreço, cortesia e afeição dos oci-dentais, tantas vezes demonstrada atravésde ações e atos, deixaram de prevalecerseus melhores e mais construtivos predi-.cados.O recente acordo firmado entre os paísesda Comunidade Européia de Carvão e Aço,para a crição de um Mercado ComumEuropeu, que outra coisa não é, senão oagrupamento econômico de grandes áreasde comércio livre, ultrapassa os limites doVelho Continente para alcançar os países

A PETROBRÁS CONSOLIDOU SUÁ POSIÇÃO EM 1956REVELAÇÕES DO BALANÇO GERAL DA EMPRESA — DOCUMENTO DA MAIOR

IMPORTÂNCIA PARA A ECONOMIA NACIONAL

O balanço geral da PETROBRÁS re-lativo ao exercício de 1956 é üm do-

cumento de alto interesse para os estu-diosos da nossa realidade, econômica. Osseus dados refletem a esplêndida posi-ção dos negócios da empresa e os excep-cionais resultados por ela obtidos naprodução, refinação e transporte de pe-tróleo. Ao mesmo tempo, testemunhamo acerto da orientação dada à PETRO-BRÁS, que, em menos de três anos defuncionamento efetivo, conseguiu atin-igir um índice de organização técnica e^administrativa que a tornou capaz depoder cumprir, com eficiência, o seu vas-:to e complexo programa de trabalho:Os lucros da PETROBRÁS em 1956 —é o que revela o seu balanço geral —foram superiores a 1 bilhão é 850 milho-es de cruzeiros e provieram da receitaindustrial da empresa, excluídas ascontribuições compulsórias que lhe sãoproporcionadas por lei.Entre os fatos que tornaram possíveisresultados tão auspiciosos, destaca-se aduplicação da produção de óleo bruto noRecôncavo Baiano, que saltou de2.021.900 barris, em 1955, para 4.058.704barris, em 1956, permitindo que a Refi-naria Presidente Bernardes, em Cuba-tão, passasse a processar, a partir deoutubro, uma média de 10 mil barrisdiários de petróleo nacional.Ao mesmo tempo, as duas refinariasda PETROBRÁS atingiram índices deoperação e de rendimento econômicomuito mais elevados que os dos anos an-teriores. Assim a Refinaria Presidente

Bernardes processou, em 1956, uma car-ga 70 por cento superior à de 1955, ofe-recendo ainda ao mercado consumidorvários produtos novos, como o hexano,o solvente de borracha e a gasolina ex-tra, esta última na base de 2.300 barrisdiários. O seu faturamento foi da ordemde 7 bilhões de cruzeiros, ou seja, maisdo dobro do registrado em 1955. No quediz respeito à Refinaria de Mataripe, acarga de óleo cru por ela processada, em1956, cresceu na base de 26 por centoem relação ao ano anterior, enquantofoi de cerca de 50 por cento o aumentoverificado no valor das entregas dos seusprodutos. ,É oportuno mencionar também a en-trada em funcionamento da fábrica deasfalto construída pela PETROBRÁSem Cubatão, que tem capacidade paraatender a todo o consumo do país.A leitura do balanço geral da PETRO-BRÁS evidência ainda outro fator quemuito contribuiu para os animadoresresultados financeiros da empresa em1956: o crescimento dos índices de ren-tabilidade da Frota Nacional de Petro-leiros a que foram incorporadas trêsunidades, duas das quais especializadasno transportes de gás liqüefeito e umano carregamento de óleo lubrificante.Os petroleiros nacionais transportaram,no ano findo, 3.126.765 toneladas mé-tricas de óleo bruto e derivados, poupan-do divisas para o país no valor de 12 mi-lhões de dólares. Em exercícios anterio-res, a situação da Frota Nacional de Pe-troleiros era de déficit. Em 1956, o seulucro líquido foi da ordem de 200 mi-

lhões de cruzeiros, tendo sido suficientepara cobrir todos os prejuízos até en^tão verificados. • ~~

Contando com p invariável apoio dogoverno e do povo, a PETROBRÁS con^seguiu atingir, como o demonstra o seubalanço geral de 1953, resultados quelhe deram a condição de maior empresaindustrial do Brasil. Para o corrente anoo seu programa será cerca de duas vezesmaior que o do ano passado e, para en-frentá-lo, dispõe a empresa de organi-zação, de recursos financeiros e técnicose da solidariedade integral da opiniãopública do país, interessada na crescen-te expansão da indústria petrolífera na-cional.

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1908 -EXMMT*^1. DIPLOMA DE HONRA ^fl..flflBflflflflNflBBfl____w^|wyj> EXPOSIÇÃOTdq CENTENÁRIO ^.^ ^^^^^^fc_.

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BARBOSA V

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;— Jlatinos-americános, na preocupação de seestabelecer um Mercado Comum da Amé-rica Latina. Assim é que, esses países de-ram. ultimamente, os primeiros passos para"a fundação de. um Banco Interamericanô.Os pianos de desenvolvimento econômico

e social das Américas foram apresentadosnuma reunião da Comissão Interina do Co-mité Interamericanô de RepresentantesPresidenciais. De acordo com o plancB cadapaís estudará suas necessidades de desen-volvimento econômico, e os relatórios se-riam postos à disposição dos .capitalista»particulares.O tratado do Mercado Comum Europeu es-tipula a abolição gradual de tarifas e quo-tas comerciais, entre os seis países signatã-rios, num prazo de 12 a 17 anos. Os seisEstados e seus 160.000.000 de habitantespoderão assim comerciar entre si, com amesma liberdade em que 0 fazem as pro-vincias ou regiões de uma nação.O "nool" atômico, denominado "Eurátomo"destina-se a unir os recursos das naçõesacordantes, com a finalidade de produzirenergia atômica para a indústria e a agri-cultura em grande escala. Seu advento pre-vê uma evolução industrial para a Europa,nem precedentes.Porém, mais importante do que os eviden-tes resultados dos "pools", será a conse-norteia e^oerada de abolir as remotas bar-r°iras, que ser»aram os países europeus. Semdevida, a* futuras gerações européias, te-rão o destino de devolver ao velho mundo

40 Ilustração Brasileira

um estado social digno das esperanças dá-queles que agora o estabeleceram. aTerá^ 0 Brasil, por imprativo de seu destinoeconômico de se unir como pedra angularda América Latina^ a um movimento dêfraternização econômica, não "só" no prórprio continente, como também, com a Eu-ropa e 0 resto do mundo, guando da suavisita à Europa, o Sr. Figuéres, presidenteda Costa Rica, declarou, em Londres, quea América Latina embora ligada aos És-tados Unidos por. principies inalienáveis

Jnão podia deixer de se unir a Eurooa, nrin-cipalmente, no intercâmbio comercialO "Financial Times", dé Londres, tentoulatravés de uma análise recehteB focalizaras dificuldades econômicas, brasileiras, aodizer que, há poucos motivos para se crerna firmeza do cruzeiro demonstrada no se-gundo semestre do ano pasrado, quando serefletiu indícios de que a situação econômi-ca geral do país havia tomado uma ten->dência para a melhoria, mas a interrupçãode seu avanço é atribuível aos sinais deque n0 ano em curso, talvez, se torne mui-to menos favorável que 1956 para o Bra-sil no terreno econômico.Por outro lado, parece que existe poucaesperança de que a notável posição dos pa-gamentos exteriores, continui como no anopassado que, graças a0 volume das vendasde café, o Brasil teve um "superávit" dasexportações sobre as importações equiva-lente a 250 milhões de dólares, contra 116milhões do ano de 1955 e, os cálculos par-

ticulares acusam uma renda líquida de 300milhões de dólarej?, isto,, 200 milhões a maisque no ano de 1956. Contudo, se prevê umaredução de 40% na produção do café ex-portável, portanto, queda das rendas de di-visas, è agravo da situação econômica.De há muito vive o fabuloso Brasil premidopor uma irremediável conjuntura econômi-ca, submergindo pouco a pouco, n^s cata-dupás inflacionáriais>, prestes a sucumbir noterrível abismo que a desorganização íi-nanceira o encurralou por incapacidade ou,por iniciativas negativas de planos inefi-cazes e mirabolantes. Urge, pois, uma re-denção. econômica para este "gigante daprópria natureza" que é inadiável deverde todos e, de cada um em particular, dosbrasileiros.

A tarefa é árdua e onerosa, já não dependeso do Governo, mas do conjunto harmônicoda nação, num dever impostergável pelasobrevivência da nacionalidade. Que nosjsirva de espêlb0 o admirável exemplo eu-roçeu de união ante o espectro da ruinaeconômica de suas comunidades.Devémoa sim, através de um tod0 lutarpela soberania e emancipação econômicade uma terra rica, tanto nas entranhascomo à flor de seu solo, dinamizando edesbravando outras tantas fontes de ri-queza, para não pararmos e findarmos como café.

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USINA ÁTOMO -ELÉTRICA NO BRASIL

NO relatório anual da American & Fo«

reign Power, empresa que no Brasiltem grandes investimentos realizados

•em usinas elétricas, e cuja última realiza-cão de vulto foi a Usina de Peixoto, vemunia revelação sensacional: a construçãode três usinas átomo-elétricas no continen-te americano, uma das quais no Brasil.As outras duas usinas serão instaladas emCuba e no México, onde a American & Fo-reign Power tem interesses. Subsidiáriasdesta empresa se encontram na Argentina,Brasil, Cuba, Colômbia, Costa Rica, Equador,Guatemala, México, Panamá e Venezuela,e o relatório diz quei todos os esforços serãofeitos para desenvolver as atividades nes-tes países.Falando especificamente sobre o Brasil, orelatório diz que "do ponto de. visita da ba-lança de pagamentos, 0 ano de 1956 foi bompara o Brasil e o valor do cruzeiro se man-teve estável até certo ponto; Contudo, con-tinuaram os "deficits" fiscais, aumentou aquantidade de numerário em circulação eos preços continuaram subindo. A severarestrição às importações e o aumento dasexportações, dada a maior procura de café,deram ao País um saldo favorável de 250milhões de dólares em sua balança co-mercial".Accrescenta o relatóri0 que as reservas deouro e divisas estrangeiras atingiam, em no-vembro passado, a 638 milhões de dólares,"o nível mais alto registrado desde 1950".Da usina átomo-elétricaH todavia, não fo-ram fornecidos outros detalhes.

AUMENTO DE PRODUÇÃO DE CIMENTO

NAO obstante as dificuldades com que

luta no que diz respeito ao encare-cimento de fretes e de mão-de-obra,

a indústria do cimento constitui um doissetores que apresentaram, no ano passado,maior desenvolvimento. A produção do ei-mento Portland comum foi da ordem de3.249.603 toneladas, segundo estimativasprocedentes, o que significa um acréscimode 551.805 toneladas em relação ao volumeproduzido em Í955*.Enquanto isso, a importação de cimentocomum, que havia sido de cerca de 242mil toneladas em 1955, baixou, no ano pas-sado, para 30.615 toneladas. Deve-se isto,em parte, à circunstância de haver diminui-do de ritmo o movimento da construção ei-vil, por força dalsi restrições de crédito vi-gentes. Mas, em parte, a queda has compras

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tem explicação em face do acentuado au-mento da produção interna.Por outro lado vale assinalar que, em 1956,o Brasil exportou cimento, embora em es-cala moderada — 2736 sacas para a Bolíviae 500 sacais para 0 Paraguai. Os principaismercados consumidores de cimento, no Bra-sil, foram , em 1956, os seguintes Estados:

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EXPORTAÇÃO DE PINHO

O BRASIL está exportando mensalmen-mente 20 milhões de pés quadradosde pinho e madeiras brancas para a

Argentina, e é o único exportador desseproduto na América do Sul. Desde setembrodo ano passado, quando foram reiniciadasas exportações, que estiveram interrompi-das de janeiro a agosto de 1956B já foramexportados 96 milhões de pés. Por enquantoa Argentina é o maior país importador, naAmérica do Sul.Durante um certo tempo, a Venezuela es-teve interessada em comprar pinho brasilei-ro, mag foi obrigada a desistir em face dasidificuldades de transportes. A Argentinaimporta 60% de toda a exportação de pi-nho brasileiro. Qs outros 40% são colocadosna Alemanha, na Inglaterra e, agora, naEspanha, mercado que há quarenta anosnão adquiria madeiras ao Brasil.

O BRASIL VAI FABRICAR AUTOMÓVEIS

JA

estão aprovados os planos para fa-bricação de jipes da Willys~0\erland,da Vemag e da Land-Rover, em São

Paulo, com uma produção de 15 mil, 5mil e 1200 unidades, respectivamente em1960. A Fábrica Nacional de Motores pro-duzirá 7200 caminhos, a Mercedes Benz, aGeneral Motores e a Ford, respectivamente,12 mil, 25 mil e 30 mil caminhões. Camio-netas de carga, e de passageiros, da Vemage da Volkswagen, serão lançadas, sendo aprodução da primeira de 10 mil e a da se-gunda de 5 mil unidades. Há possibilidadede que supere a meta estabelecida para1960, que é de 60 mil unidades anuaisTMa-teriais para veículos motorizados estãQ sen-do produzidos e o seu volume crescerá con-sideravelmente. A construção de automó-veis será uma realidade, em breve, e cons-truir-se-ão também locomotivas.

BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL

OBRASDL assinalou em 1956 o maior

saldo do comércio exterior já regis-trado em sua história: US$ 246 mi-

Ihões. Comentando o fato, o relatório doBancco do Brasil asisinala que, apesar dea redução das importações, nos sete primei-ros meses do anoa haver contribuído paraaquele "superávit", o que prepondsrante-mente para êle concorreu foram o volumedo Valor dos forneciments aos mercadosexternos.Sobre uma exportação de US$ 1.482 milhões,o café pesou com US$ 1.039 milhões.Para que ee meça a dependência em quea balança comercial brasileira está docafé, veja-se que, enquanto este produtoconcorreu com 70% do valor exportado, osdois outros1 produtos mais importantes, oalgodão e o cacau, influíram apenas com6% e 4%, e os demais produtos com só-mente 20%.Esses elementos jüstfficam perfeitamentea advertência do Presidente da República,em discurso pr~nunciado no encerramentoda Bacia Paraná-Uruguai, de aue o Brasilprecisa diversificar sua exportação, paragarantia de seu desenvolvimento econômico;

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GABELLOSBRANCOS

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GABELLOS

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DR. OSWALDO SERRAAssistente da Faculdade Nacionalde Medicina — Assistente da Clínicado Prof. F. E. Rabelo — Chefe deAmbulatório da Santa Casa de

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SEN C/MSAÚDE SEGURA

SO COM VELASESTERILISANTES

N UNSE42 Ilustração Brasileira

O CARNAVAL CARIOCA DEOUTROS TEMPOS

... (Continuação da página 29)

sambas. O que aconteceu é que alguns sambistas demorro ficaram poulares: na cidade, como é o caso —

que, cita — deAgenor de Oliveira, o Cartola. Por suavez, não faltaram sambistas da cidade que se tornaramfamosos no morro. Pelo que menciona a Sinhô, naFavela, e Noel Rasa, no Morro da Mangueira. Emseu trabalho, Lúcio Rangel ensina què existe confu-são entre rancho e escola de samba. Fjhtretanto, "nada

tem a ver um com.outro..Nó rancho a musica é aces-sório, o enredo/é. tudo. que. conta. Além do mais* urancho se apresenta com orquestra a mais completapossível. Num desfile de escola de samba não há mo-tivos alegóricos/não há orquestra, ê o samba em todaa sua pureza, sem artifícios que o desvirtuem. O so-lista e o coro cantam única e exclusivamente ácom-panhados por instrumentos de percussão, tamborins,cuícas e surdos" ¦'Os estandartes dos crrdões e dos ranchos se apresen-tavam riquíssimos; de seda ou de.veludo, com desta-cados títulos recamados de ouro e de prata, vistosase coloridas alegorias, inúmeras borlas e flocos a gra-nel. Os respectivos títulos não deixavam de ser curió-sos. Se um era chamado Amantes do Sereno, outropretendia levar-lhe a palma cora o título deAmantes do Beija Flor. Por sua vez, a faltade timidês estava estereotipada nos estandartes dosDestemidos do Inferno, Destemidos da Chama é Tei-mosos da Chama. Qualquer título em que figurasseo ouro, tinha o melhor acalhimento. E assim houve,além da antes citada Rosa de Ouro, mais o Chuveirode Ouro, Coração de Ouru, Galo de Ouro, Jasmin deOuro, Caju de Ouro e Dois de Ouro. O mesmo ocor-ria com a prata, pelo que houve a Chuva de Prata,o Chuveiro de Praa e os Filhos do Chuveiro de Prata,formados, naturalmente, de uma dissidência com osdo simples Chuveiro.O ema das pedrinhas reluzentes se apresentava fre-quente. Assim, os Vassourinhas cantavam, numa ofertafácil de fazer, a seguinte quadrinha:

"Se esta rua fosse minha .Eu mandava ladrilharCom pedrinhas de brilhantesPara meu bem passear."

Outros cordões e ranchos exibiam nomes não menosoriginais, como Prazer da Pedra Encantada, Uniãodos Amores, Triunfo das Morenas, Cananga do Japão,Mariposas de São Clemente, Botão de Rosa, Jardi-neira, Recreio das Flores, Arrepiados, O Portão fechaàs Onze, Mimosas Cravinas, A Chave está aqui e, porfim, a Lira dos Clowns.Existia, também, um rancho com pretensões a clube.Tal era o Aliança Clube, formado pelos operários daFábrica de Tecidos Aliança, nas Laranjeiras.Havia, é claro, cordões mais modestos, até nos títulos:Velhos Cucumbis, Caramurús; E alguns nem títulostinham; tais eram, em geral, os formados de índios.Condizentes com os títulos de alguns dos citados cor-does e ranhos, em que havia tantas pedrinhas multi-cores, ouros e pratas, as coloridas e sedosas vestimen-tas e os toucados dos comparsas ofuscavam as vistascom as lantejoulas, os galões dourados e prateados,os cordões e jóias falsas. Para exibir tão custosasfantasias, os figurantes podiam passar necessidadesdurante o ano todo, mas no Carnaval tinham de bri-lhar... E brilhavam mesmo..,

(*) — Aquela menção à lira nada tinha a ver como instrumento desse nome, nem com a músicaporquanto referia-se tão somente ao que en-tão era chamado do povo da lira, o que eqúi-valia dizer: o melhor povo, o selecionado en-tre o povo, o excelso. * r.:

(*) —Sambas, Cotas, Jabás, em ."O Dia", de r7' dèFevereiro de 1954.

(*) — Música Popular, "Manchete", 21 de abril de1954.

CLÁUDIO ARRAN MAESTROPO TECLADO

(Continuação da página 17) -A

Apesar de manter domicilio em Nova York paratodos os efeitos —- era empresário, Arthur Jud-son, tem escritório naquela metrópole :~r Arrau aindahoje conserva sua cidadania chilena. No Chile moraainda sua genitora, e Cláudio tem grande carinho pelapátria. Dada a quantidade de compromissos interna-cionais que é obrigado a cumprir, não pode yoltar aopaís com a freqüência que desejariam êle e seus pa-trícios, os quais chegam a queixar-se disso; mas vaisempre que pode. Ainda este ano assim fez, dandocinco recitais.No entanto, após uma temporada de mais de cem con-certos em três ou quatro continentes, Arrau se com-praz em descansar um pouco em sua casa de LongIsland, a meia hora de Nova York. Ali leva a vidapacata de bom marido e pai de família (tem doisfilhinhos). Aliás "pacata" não é bem o termo, porquesegundo confessa a esposa dele, é impossível havertranqüilidade numa casa onde "nosso imenso cachor-ro dinamarquês vive entrando, quase sempre seguidode nossos filhos e dos amiguinhos da vizinhança".Arrau gosta muito de mostrar aos amigos os "troféusde viagem", conforme sua própria expressão. Vêemse, espalhados pela casa (o mais longe possível doalcance da formidável cauda do dinamarquês), osmais variados objetos; raras estatuetas africanas, reu-nidas aqui e ali, na Europa e na África do Sul, mo-bília antiga pratarias e cristais de vários lugares dosEstados Unidos e da Europa; quadros modernos depintores sul-americanos e outros da Renascença itá-liana; e vasta biblioteca onde aós livros se juhtá,também, muita música.Nós que temos acompanhado o desenvolvimento artís-tico de Arrau por muitos anos percebemos sua cons-tante humanização. Esse amadurecimento êle o deve,em parte, à esposa e Carmen e Mario (a menina temtreze anos, ò menino onze), Sim, porque a famíliacontribui para que êle se lembre sempre de que amúsica, por mais importante que seja intrinsicamen-te, é apenas parte da vida. Suas interpretações refle-tem a vida em seu conjunto, marcando-o como genúi-no artista, a quem a pátria honrou recentemente dan-do seu nome a uma das ruas da capital. --

SUBVERSÕES E CONFUSÕESORTOGRÁFICAS

{Continuação da página 34)

compõe os fenômenos naturais da sua lin-guagem.Que força terão, pois, ps decretos conven-cionais para impor a esse mesmo povo re-gimes oficiais de ortografia? E aqui noBrasü, onde atualmente quase ninguém ob-dece as leis regulares em vigor, essa debili-dade da lei ortográfica ainda mais se farápentir.E' oportuno esclarecer também que não hapropriamente, uma lingua brasileira. A lin-gua- pátria é, em verdade, a lingua portu-guesa. E' uma só.Assim o entendemos. Entretanto, embora damesma origem, tendo ela atravessado pormais de quatro séculos e meio dois paisesdiferentes, já não comporta unificações Hacomo que uma tendência para a separaçãodos seus çaracteristicos ortográficos e nãopara uma perfeita identidade.Usando de uma figura de retórica, diremosfinalmente, que a lingua portuguesa falada^escrita no Brasil e a usada em Portugal,nos moldes em que vai sendo empregadanum e noutro país, é qual um grande riode origem comum, que ao revolver daságuas ja se bifurcou em duas correntesque se distanciam cada vez mais, em cursosdiferentes, para não mais se juntarem

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o seu aparecimento vem. a revista mensalde figurinos e bordados "MODA E BORDADO"conquistando dia à dia a preferência das sé-nnoras brasileiras.A Empresa editora desse mensário, jubilosa-mente animada com essa justa preferência, resolveumelhorá-lo e ampliá-lo em todas as suas secções eespecialmente em sua feitura material. Assim é quedos centros mundiais de o.nde se irradia a modafeminina foram contratados serviços especiais dos

jrtistas mais em evidência, dos mais notáveis crea-dores da elegância. Com a edição que está à vendaterão as nossas patrícias ocasião de verificar mi*"MODA E BORDADO", revista edUãS!WâÊFais; se iguala ou e, muitas vezes, melhor que asmelhores publicações de figurinos feitas noestrangeiro. ¦"MO DA E B O RD A D O "

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Gráfica Pimenta de Mello S. A. — Rio

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