Domingo, 14 de junho de 1987 Ano XCVII — N° 67 Preço

149
JORNAL DO BRASIL ©JORNAL DO BRASIL S A 1987 Rio de Janeiro - - Domingo, 14 de junho de 1987 Ano XCVII 67 Preço: CZ$ 20,00 Sunab apronta tabela 4a-feira Oq rnnçnmiHnrpç hraçilpírnc nnHpm firar na Tempo No Rio e em Niterói, nublado a encoberto, com chuvas e tro- voadas isoladas. Temperatura estável, no início do dia e de- clinando após. A máxima de ontem foi de 35° em Bangu; e a mínima, de 16,4° no Alto da Boa Vista. Foto do satélite e tempo no mundo, página 22. Pensão de Prestes A pensão concedida pela Câ- mara do Rio ao líder comunis- ta Luiz Carlos Prestes foi re- jeitada pelo beneficiado, que na iniciativa uma injustiça. (Página 12) DOMINGO O futuro finalmente parece ter chegado às bolorentas concep- ções que o estado costuma manter em relação à cultura. A nova Biblioteca Pública Esta- dual, inaugurada pouco mais de três meses nos últi- mos dias do governo Brizola —, pode ser um indício de que as coisas estão mudando. Do seu moderno projeto arquitetôni- co até sua revolucionária con- cepção do que deve ser uma biblioteca onde vídeos e computadores podem ser tão importantes quanto os livros tudo ali sugere o que pode vir a ser um centro cultural do século XXI. Brasília Luciano Andrade ' I |"t - ' .-Ir? ' * '' J (:K L-./¦ «•».: %Jlg 2v! i-~p£Ímnt , i W®.1 i / Placas de Paris Paris preserva, com placas nos portais das casas, a lem- brança de seus moradores ilustres, sejam franceses, co- mo Molière e Victor Hugo, ou estrangeiros, como Casano- va, Freud e os brasileiros D. Pedro II e Santos Dumont. (Página 18) No tumulto da madrugada, Luís Salomão (de terno claro) atraca-se com José Egreja B SPECIALT Liberati Execução na ALN polêmicas causa As declarações de Carlos Eugê- nio Sarmento ao JB, revelando o julgamento e a condenação à morte, pela direção da ALN, do militante Márcio Toledo, em 1971, provoca- ram polêmicas entre os antigos in- tegrantes das organizações armadas. "Reflexo da tradição autoritária e messiânica da esquerda", na opi- nião de Daniel Aarão Reis (ex-MR- 8), e "produto do isolamento e do medo", para Paulo Henrique Lins (ex-ALN). O caso deve ser aborda- do, segundo Herbert Daniel (ex- VPR), com a postura que Spino- za recomendava aos historiadores: "Não chorar, nem rir. Compreender." >CK^QN HE 'V\3ía*T> Conservadores derrotam Severo na Constituinte Depois do tumulto da madrugada de ontem, a Comissão da Ordem Econômica da Constituinte aprovou três emendas dos conservadores que modi- ficaram o substitutivo do relator Severo Gomes nas partes referentes a reforma agrária, questão urbana e princípios da ordem econômica. As três propostas são de autoria de parlamentares do PMDB. Os progressistas sofreram outra derrota na Comissão da Ciência e Tecnologia, que rejei- tou o substitutivo do deputado Artur aa Távola por 37 votos contra 26. Mas conseguiram aprovar, por 41 votos contra 17, o substitutivo do senador José Paulo Bisol na Comissão da Soberania. A Comissão da Organização Eleitoral aprovou o sistema de voto distrital misto. (Páginas 2, 3 e 5) Os consumidores brasileiros podem ficar na primeira semana do congelamento sem uma tabe- la para fiscalizar os preços. A tabela da Sunab contendo 57 produtos (580 itens) não ficará pronta antes de quarta-feira e talvez seja divulgada na sexta-feira. "O congelamento não será rígido", prometeu o ministro Bresser Perei- ra, para que se evite a escassez de mercadorias. No primeiro dia de vigência do congelamen- to não houve tumultos nos supermercados e no comércio de uma maneira geral. Não houve também, como se supunha, uma febre de remar- cação de preços. Umà nova pesquisa do JOR- NÁL DO BRASIL mostrou, porém, que desta vez 49% dos consumidores cariocas não estão dispostos a fiscalizar os preços. O ministro. Bresser Pereira admitiu que à inflação de junho baterá um novo recorde, supe- rando os 23,2% registrados em maio, embora estime que em julho a taxa será menor do que 2%. O economista Francisco de Assis Melo, ex- superintendente do IBGE, calcula que os oito aumentos autorizados na sexta-feira, sozinhos, significam 5,5% de inflação. No mercado financeiro aposta-se numa ex- plosão dos juros reais como forma de conter a especulação com mercadorias e formação de estoques. Com a queda da inflação, os juros serão aparentemente reduzidos, que se trabalhava com uma taxa de 1.000% ao ano. Mas fontes do governo asseguram que os juros ficarão em torno de 60% ao ano, além da inflação. (Págs. 23, 25, 26, 27, 28, 29 e 30) Técnicos apontam arrocho salarial Os economistas acham que o Plano Bresser vai produzir o mais grave arrocho salarial da história recente do país. Edmar Bacha, ex-presidente do IBGE e um dos autores do Plano Cruzado, acha que os assalariados terão um grande baque e o Instituto de Economistas do Rio de Janeiro denun- cia que junto com o plano some um mês de inflação para efeito de reajuste salarial. "Não arrocho mais doloroso e mais profundo do que a perda do emprego", afir- mou o ministro do Trabalho Almir Pazzianotto explicando que o novo plano não deve ser vis- to como um programa de política salarial mas sim como conjunto de medidas para debelar a inflação. O economista Francisco Lopes acre- dita que a queda da inflação vai aumentar o poder de compra do trabalhador. (Página 24) PREÇO BAIXO, O menor preço ou seucfinheiro devolta. i/rJÊi Compromisso e devolve seu dinheiro. i^lJpúblico: o Ponto Na hora. garante o menor preço em todos os pro- dutos de todos os seus departamentos. Todos os dias. /I volfa Para receber eu dinheiro de , basta que você apresente, no mesmo dia. a nota fiscal da ou- Se você com- tra loja. comprovando o m^Aar qualquer pro- modelo, preço e a mes- auto no Bonzão e, no ma data de compra. ^ mesmo dia, encontrá-lo r . por um preço maisbai- ff^$í Pode andar de xo em outro lugar, o ^rf^loja em loja que Bonzão desfaz a venda o Bonzão garante: nos- so preço sempre sera mais baixo do que o de ~ todos os concorrentes, ^ Até mesmo daqueles § que estiverem promo- vendo liquidações. ^ "**-V4 A hora é essa. 0 Bonzão está | com você.§ Ê 2 no Brasil. e< Vamos acreditar mês, (\ PONTO FRIO Wilson Pedrosa lita Camata, a musa policiada Desencanto vem cedo para Rita Rita Camata, 25, apenas quatro meses e meio no mandato de deputado federal pelo PMDB do Espírito Santo, desencantou-se com a política. "Estou cheia desse radicalismo entre a esquerda e a direita", queixa-se de seus colegas da Constituinte. "Sou muito policiada pelos gru- pos feministas. Até alguns jornalistas me conde- naram por ser contra o aborto." Rita acusa de "ditador" o deputado baiano Prisco Viana, rela- tor da Comissão da Organização Eleitoral, que rejeitou sua proposta de criação de um tribunal para julgamento de questões constitucionais. (Pág. 4) Candeias, BA Glldo Lima : jfir ' ff lBP v. v v i({•>>• v• Anália (Cruz), a musa esquecida Passado ainda alegra Anália O povoado, no Recôncavo Baiano, é pequenino, quase nada, mas 30 anos todo o Brasil tomou conhecimento dele, quando Eu vou pra Maracanga- lha, que Dorival Caymmi lançou em 1956, se tornou sucesso nacional. Depois, Anália a musa da canção deixou o povoado que hoje, com o fim da usina cm função da qual vive, pode sumir do mapa. Anália está em Candeias, no Recôncavo mesmo, com 73 anos. É reumática, mas dc cabeça lúcida. A seus conterrâneos a usina oferece emprego a 50 quilômetros, mas. assim como ninguém vai mais para Maracangalha como Caymmi propunha, ninguém quer sair de lá. (Pág. 14) Americano acha errada reserva Aids demite no Brasil e pára de informática "show" nos EUA O Brasil perde dinheiro, mercado e suas chan- ces de desenvolvimento futuro com o modelo de política de informática que adotou. Em comparação com outros países latino-americanos, como México e Argentina, o Brasil tem menos vantagens e mais custos: "O Brasil perde com a informaíica 500 milhões de dólares por ano", afirma o economista William Cline. Diretor do prestigiado Instituto de Economia Internacional, em Washington, Cline acaba de concluir o livro Informática e Desenvolvi- mento, no qual analisa as experiências no setor de computação desses três países latino-americanos. Diz que, se as coisas continuarem como estão, em termos tecnológicos o Brasil se arrisca a permanecer como uma sociedade de segunda classe (Página O Banco Itaú distribuiu circular para alertar seus 70 mil empregados sobre o perigo da Aids e assegura- lhes assistência médica e cobertura de seguros, mas um grande laboratório farmacêutico demitiu vários servidores homossexuais, inclusive um médico, por constituírem grupo de risco. Em todas as empresas consciência de que a Aids é problema social e econômico. Em Nova Iorque a morte de artistas chega a cancelar espetáculos: "O número é de pasmar e não pára de crescer", revela Vincent Liff, diretor na Broadway. A doença ataca atores, músicos clássicos e populares, cantores e artistas plásticos. na Me- tropolitan Opera House 20 morreram nos últimos meses. A Aids imprime sua marca na própria criação e serve de tema a poetas e pintores. (Páginas 16 e 19) <r*

Transcript of Domingo, 14 de junho de 1987 Ano XCVII — N° 67 Preço

JORNAL DO BRASIL

©JORNAL DO BRASIL S A 1987 Rio de Janeiro - - Domingo, 14 de junho de 1987 Ano XCVII — N° 67 Preço: CZ$ 20,00

Sunab só apronta tabela 4a-feira

Oq rnnçnmiHnrpç hraçilpírnc nnHpm firar na

TempoNo Rio e em Niterói, nubladoa encoberto, com chuvas e tro-voadas isoladas. Temperaturaestável, no início do dia e de-clinando após. A máxima deontem foi de 35° em Bangu; e amínima, de 16,4° no Alto daBoa Vista. Foto do satélite etempo no mundo, página 22.

Pensão de PrestesA pensão concedida pela Câ-mara do Rio ao líder comunis-ta Luiz Carlos Prestes foi re-jeitada pelo beneficiado, quevê na iniciativa uma injustiça.(Página 12)

DOMINGOO futuro finalmente parece terchegado às bolorentas concep-ções que o estado costumamanter em relação à cultura. Anova Biblioteca Pública Esta-dual, inaugurada há poucomais de três meses — nos últi-mos dias do governo Brizola —,pode ser um indício de que ascoisas estão mudando. Do seumoderno projeto arquitetôni-co até sua revolucionária con-cepção do que deve ser umabiblioteca — onde vídeos ecomputadores podem ser tãoimportantes quanto os livros— tudo ali sugere o que podevir a ser um centro cultural doséculo XXI.

Brasília — Luciano Andrade

' I |"t -

' .-Ir? ' * '' J

(:K-./¦ «•».:

%Jlg

2v !i-~p£Ímnt , iW®. 1 i

/

Placas de ParisParis preserva, com placasnos portais das casas, a lem-brança de seus moradoresilustres, sejam franceses, co-mo Molière e Victor Hugo, ouestrangeiros, como Casano-va, Freud e os brasileiros D.Pedro II e Santos Dumont.(Página 18)

No tumulto da madrugada, Luís Salomão (de terno claro) atraca-se com José Egreja

BSPECIALT

Liberati

Execução na ALN

polêmicascausa

As declarações de Carlos Eugê-nio Sarmento ao JB, revelando ojulgamento e a condenação à morte,pela direção da ALN, do militanteMárcio Toledo, em 1971, provoca-ram polêmicas entre os antigos in-tegrantes das organizações armadas."Reflexo da tradição autoritáriae messiânica da esquerda", na opi-nião de Daniel Aarão Reis (ex-MR-8), e "produto do isolamento e domedo", para Paulo Henrique Lins(ex-ALN). O caso deve ser aborda-do, segundo Herbert Daniel (ex-VPR), com a postura que Spino-za recomendava aos historiadores:"Não chorar, nem rir. Compreender."

>CK^QN

HE

'V\3ía*T>

Conservadores

derrotam Severo

na ConstituinteDepois do tumulto da madrugada de ontem, a

Comissão da Ordem Econômica da Constituinteaprovou três emendas dos conservadores que modi-ficaram o substitutivo do relator Severo Gomes naspartes referentes a reforma agrária, questão urbanae princípios da ordem econômica. As três propostassão de autoria de parlamentares do PMDB.

Os progressistas sofreram outra derrota naComissão da Ciência e Tecnologia, que rejei-tou o substitutivo do deputado Artur aa Távolapor 37 votos contra 26. Mas conseguiram aprovar,por 41 votos contra 17, o substitutivo do senadorJosé Paulo Bisol na Comissão da Soberania. AComissão da Organização Eleitoral aprovou osistema de voto distrital misto. (Páginas 2, 3 e 5)

Os consumidores brasileiros podem ficar naprimeira semana do congelamento sem uma tabe-la para fiscalizar os preços. A tabela da Sunabcontendo 57 produtos (580 itens) não ficarápronta antes de quarta-feira e talvez só sejadivulgada na sexta-feira. "O congelamento nãoserá rígido", prometeu o ministro Bresser Perei-ra, para que se evite a escassez de mercadorias.

No primeiro dia de vigência do congelamen-to não houve tumultos nos supermercados e nocomércio de uma maneira geral. Não houvetambém, como se supunha, uma febre de remar-cação de preços. Umà nova pesquisa do JOR-NÁL DO BRASIL mostrou, porém, que destavez 49% dos consumidores cariocas não estãodispostos a fiscalizar os preços.

O ministro. Bresser Pereira admitiu que àinflação de junho baterá um novo recorde, supe-rando os 23,2% registrados em maio, emboraestime que em julho a taxa será menor do que2%. O economista Francisco de Assis Melo, ex-superintendente do IBGE, calcula que os oitoaumentos autorizados na sexta-feira, sozinhos,significam 5,5% de inflação.

No mercado financeiro aposta-se numa ex-plosão dos juros reais como forma de conter aespeculação com mercadorias e formação deestoques. Com a queda da inflação, os jurosserão aparentemente reduzidos, já que setrabalhava com uma taxa de 1.000% ao ano.Mas fontes do governo asseguram que os jurosficarão em torno de 60% ao ano, além dainflação. (Págs. 23, 25, 26, 27, 28, 29 e 30)

Técnicos apontam

arrocho salarial

Os economistas acham que o Plano Bresser vaiproduzir o mais grave arrocho salarial da históriarecente do país. Edmar Bacha, ex-presidente doIBGE e um dos autores do Plano Cruzado, achaque os assalariados terão um grande baque e oInstituto de Economistas do Rio de Janeiro denun-cia que junto com o plano some um mês de inflaçãopara efeito de reajuste salarial.

"Não há arrocho mais doloroso e maisprofundo do que a perda do emprego", afir-mou o ministro do Trabalho Almir Pazzianottoexplicando que o novo plano não deve ser vis-to como um programa de política salarial massim como conjunto de medidas para debelar ainflação. O economista Francisco Lopes acre-dita que a queda da inflação vai aumentar opoder de compra do trabalhador. (Página 24)

PREÇO BAIXO,

O menor

preço

ou

seucfinheiro

devolta.

i/rJÊi Compromisso e devolve seu dinheiro.

i^lJpúblico: o Ponto Na hora.

garante o menor

preço em todos os pro-dutos de todos os seusdepartamentos. Todosos dias.

/I

volfa

Para receber

eu dinheiro de

, basta que vocêapresente, no mesmo

dia. a nota fiscal da ou-

Se você com- tra loja. comprovando om^Aar qualquer pro- modelo, preço e a mes-auto no Bonzão e, no ma data de compra.

^ mesmo dia, encontrá-lo r .

por um preço maisbai- ff^$í Pode andar dexo em outro lugar, o ^rf^loja em loja queBonzão desfaz a venda o Bonzão garante: nos-

so preço sempre sera

mais baixo do que o de ~

todos os concorrentes, ^

Até mesmo daqueles §

que estiverem promo-vendo liquidações. ^

\©"**-V4 A hora é essa. .§

0 Bonzão está |

com você. §Ê2

no Brasil.

e<

Vamos acreditar

mês, (\PONTO FRIO

— Wilson Pedrosa

lita Camata, a musa policiada

Desencanto vem

cedo para RitaRita Camata, 25, há apenas quatro meses e

meio no mandato de deputado federal peloPMDB do Espírito Santo, desencantou-se com apolítica.

"Estou cheia desse radicalismo entre aesquerda e a direita", queixa-se de seus colegasda Constituinte. "Sou muito policiada pelos gru-pos feministas. Até alguns jornalistas me conde-naram por ser contra o aborto." Rita acusa de"ditador" o deputado baiano Prisco Viana, rela-tor da Comissão da Organização Eleitoral, querejeitou sua proposta de criação de um tribunalpara julgamento de questões constitucionais. (Pág. 4)

Candeias, BA — Glldo Lima

: jfir '

ff lBP v. v v i({•>>• v•Anália (Cruz), a musa esquecida

Passado ainda

alegra AnáliaO povoado, no Recôncavo Baiano, é pequenino,

quase nada, mas há 30 anos todo o Brasil tomouconhecimento dele, quando Eu vou pra Maracanga-lha, que Dorival Caymmi lançou em 1956, se tornousucesso nacional. Depois, Anália — a musa da canção— deixou o povoado que hoje, com o fim da usina cmfunção da qual vive, pode sumir do mapa. Anália estáem Candeias, no Recôncavo mesmo, com 73 anos. Éreumática, mas dc cabeça lúcida. A seus conterrâneosa usina oferece emprego a 50 quilômetros, mas. assimcomo ninguém vai mais para Maracangalha comoCaymmi propunha, ninguém quer sair de lá. (Pág. 14)

Americano acha

errada reserva

Aids demite no

Brasil e pára

de informática "show"

nos EUA

O Brasil perde dinheiro, mercado e suas chan-ces de desenvolvimento futuro com o modelo depolítica de informática que adotou. Em comparaçãocom outros países latino-americanos, como Méxicoe Argentina, o Brasil tem menos vantagens e maiscustos: "O Brasil perde com a informaíica 500milhões de dólares por ano", afirma o economistaWilliam Cline.

Diretor do prestigiado Instituto de EconomiaInternacional, em Washington, Cline acabade concluir o livro Informática e Desenvolvi-mento, no qual analisa as experiências no setor decomputação desses três países latino-americanos.Diz que, se as coisas continuarem como estão, emtermos tecnológicos o Brasil se arrisca a permanecercomo uma sociedade de segunda classe (Página

O Banco Itaú distribuiu circular para alertar seus70 mil empregados sobre o perigo da Aids e assegura-lhes assistência médica e cobertura de seguros, masum grande laboratório farmacêutico demitiu váriosservidores homossexuais, inclusive um médico, porconstituírem grupo de risco. Em todas as empresas háconsciência de que a Aids é problema social eeconômico.

Em Nova Iorque a morte de artistas chega acancelar espetáculos: "O número é de pasmar e nãopára de crescer", revela Vincent Liff, diretor naBroadway. A doença ataca atores, músicos clássicos epopulares, cantores e artistas plásticos. Só na Me-tropolitan Opera House 20 morreram nos últimosmeses. A Aids imprime sua marca na própria criaçãoe serve de tema a poetas e pintores. (Páginas 16 e 19)

<r *

2 ? Io caderno ? domingo, 14/6/87 JORNAL DO BRASIL

Coluna do Castello

g*m\r*&' jJL{\4i

vfcj

Passando da defesa

ao ataque

O Sr. Ulysses Guima-rães encarou com es-

perança e relativo otimis-mo o pacote com o qual opresidente José Sarneypassa pela segunda vez dadefensiva para a ofensiva,tentando reverter as ex-pectativas nacionais emtorno da capacidade doseu governo de domar si-tuações críticas. Em 1986 ele golpeou umainflação em ascensão com o Plano Cruzado,com o qual desfez o pessimismo do próprioPMDB que se viu compelido de uma hora

•• para outra a abandonar uma atitude dedescompromisso e quase rebeldia por uma

$¦ participação na receptividade popular a cujoentusiasmo se rendeu e do qual iria sebeneficiar eleitoralmente, conquistando vin-te e dois governos estaduais expandindo demaneira imprevisível suas bancadas parla-mentares.

Naquela época, como agora, o presiden-te do PMDB foi previamente notificado doplano do ministro da Fazenda, sendo quedesta vez teve oportunidade e estado deespírito para melhor discutir item por item asidéias e as soluções propostas, contribuindocom sugestões quase sempre aproveitadaspara melhorar a aceitação política do proje-to. O presidente da Constituinte, em princí-pio, acha a estratégia do presidente daRepública, de passar da defesa aó ataque,perfeitamente válida e entende que a supres-são do gatilho salarial pode ser assimilada devez que foi mantida a equivalência da corre-ção entre preços e salários, mediante apreservação de um tipo satisfatório de inde-xação.

A esquerda radical deverá insistir, comode praxe, na falta de credibilidade do gover-no, reivindicando o retorno do gatilho. Atendência, porém, do PMDB, coincidindocom as primeiras reações de opinião pública,é a de prestigiar um projeto de estancamentoda crise que atingira níveis insurportáveis etendia a levar o Sr. José Sarney à marca dopênalti. O presidente, pela segunda vez,surpreende os políticos e a nação com suacapacidade de enfrentar situações extremascom medidas de choque. É, possível quemais uma vez o Sr. José Sarney salte porcima da fogueira, tanto mais quanto associouseu projeto, à abdicação das aspirações quema-s o excitavam como governante. O adia-mento da ferrovia Norte-Sjl terá sido umcorte na visão de glória e eficiência de umpresidente que assim pratica exemplarmentea virtude da humildade.

Os indícios de sinceridade do Sr. JoséSarney, abdicando da idéia de repetir trintaanos depois a aventura de um plano de obrascapaz de acelerar o desenvovimento nacio-nal que Juscelino Kubitschek legou ao país,não poderão deixar de sensibilizar as brasi-leiras e brasileiros a quem se dirigiu repassa-do de emoção. O presidente soube ir aosacrifício dos seus sonhos e assimilar umprojeto que, reproduzindo em substância oplano cruzado, acrescenta ao primeiro otempero da previsibilidade das correçõescujo cronograma é previamente indicado. OSr. Bresser Pereira, ciente dos erros deadministração do primeiro plano, eliminouda sua concepção a parte onírica do congela-mento permanente e da inflação zero, optan-do por uma previsão aparentemente realistada relatividade dos efeitos de uma estratégiaeconômica que se aplica com a consciênciadas suas limitações e da sua precariedade emface de problemas estruturais crônicos.

Espera o presidente José Sarney terdado fim ao pesadelo que, com anação,viveu de novembro do ano passado até suapresença de anteontem na cadeia< nacionalde rádio e televisão. O sectarismo políticotentará ainda mobilizar reações populares àsupressão do gatilho salarial, que se tornainstrumento inviável em face da crescenteescassez de recursos do setor público e dosetor privado, mas a nação, carente deesperança, mais provavelmente confiafa nonovo projeto de salvação dopresidente daRepública e do seu ministro da Fazenda.

Os governadores dos estados, com rarasexceções, demonstraram-se sensíveis a umprojeto de cujo êxito dependerá sua capaci-dade de enfrentar conjunturas econômicas esociais que se lhes iam tornando inabordá-veis no quadro da hiperinflação e da reces-são a que o Sr. José Sarney tenta opor odique de uma decisão tecnicamente bemformulada. Provavelmente alguns irão insis-tir na quebra de credibilidade do presidenteresultante do erro a que foi induzido porexcesso de autoconfiança, dele e do ministroDilson Funaro, a cujo messianismo se deveparte dos erros a que o governo foi levado noprimeiro lance de esperança com que mobili-zou o país.

A força da experiência e a indicação deque o tempo não dará ao presidente daRepública uma terceira oportunidade parasaltar a fogueira são fatores que deverãopesar para que melhore a performance naexecução de um projeto que renova a espe-rança do país a ponto de poder atender adeterminação do presidente de permanecerno governo até 1990.

Carlos Castello Branco

Fazendeiros comemoram

com churrasco derrota

da esquerda do PMDBBRASÍLIA — Muita cerveja, churrasco, comentários de queo senador Mário Covas, líder do PMDB na Constituinte, não

passa de "um comunista enrustido" e eventuais gritos de "morteaos comunistas". Foi assim a comemoração feita na madrugadade sábado, por um grupo de aproximadamente trinta empresáriosrurais, militantes da UDR, na Churrascaria Tabu. Com eles,estavam os deputados Maluly Neto (PFL-SP) e João Resek(PMDB-SP).

No jantar, os fazendeiros comemoraram a derrota daesquerda do PMDB na sessão noturna da Comissão da OrdemEconômica, que não conseguiu aprovar o parecer do relator,senador Severo Gomes. A sessão foi suspensa depois de umtumulto na Mesa, com deputados de direita e de esquerda seengalfinhando, entre empurrões, para arrebentar com os fios dosmicrofones.

Os primeiros militantes da UDR chegaram à churrascariagritando "morte aos comunistas". Depois, mais calmos, pediramcerveja e churrasco. Nas conversas, Maluly pregava a necessidadede "um trabalho de verdadeira evangelizáção" do empresariadorural contra a reforma agrária defendida pela esquerda.

O líder do PMDB, senador Mário Covas, foi acusado porvários adversários da reforma agrária de ser "um comunistaenrustido". Alguns fazendeiros juraram em voz alta que não maisvotariam nele e acrescentaram que querem saber como ele fará acampanha para o governo de São Paulo, em, 1990.

Em voz alta, vários revelaram que haviam subornado umascensorista da Constituinte para levar até as galerias militantesda UDR que não dispunham de senhas de acesso. Um outrocomentou que não teve dúvida: comprou por SOO cruzados asenha de um trabalhador recrutado pela Contag.

Brasilia—Luís Antônio Ribeiro

Socos e empurrões substituíram o debate alto na comissão que trata da economia

Anna Lúcia eAdam Vot&ç&o na Comissão d.6 Ordem

Econômica acaba em pancadaria

Mi A

I |

ja/Vk. ¦ /fjxw

m

DISNEY

VJiSaldas mensais

JULHO 10,13,20,22,23City-tour em Miami, Cabo Kennedy,2 Disney,2 Epcot.Lake Buena Vista,Medieval Times.Buschgardens.Seaworld,Wet'n Wild.Boardwalk and Baseball.Rosie 0'Grady's,0ld Town Shopping,Costa da Flórida.Hotéis: Miami: Hyatt RegencyOrlando: Travei Lodge

Informações a folhetos;

CLUBAEROLWtFAS gmAR G£MT/A/AS H yens o Tunsnx) Ucia.Rua ds Ajiembléi», 10 Gr. 3506 - T«U.:(021 >224-7720 • 231-2126Ou no seu Agente ^e Viagem EMBRATUR - 05336-00-41 -6

RODE A EUROPA

COM O FRANCÊS

m ,™ h DOS SEUS

IfMy. SONHOSLj*.=

A Bis Turismo lhe proporcionauma viagem inesquecível à Europa, por 30dias, com um francês que é aconchegante,bebe pouco, chega rapidinho ao lugar de-sejado e causa inveja a todos: O possanteRENAULT 21 por apenas USS350Gostou? Peça BIS! >Mt/

BIS TURISMO IAv. Alm. Barroso, 63/2718Tels.: 240-9360 • 240-6725

BRASÍLIA — Terminou em pança-daria a primeira parte da sessão de vota-ção do relatório da Comissão de OrdemEconômica no plenário da Câmara Fede-

. ral. Os trabalhos foram suspensos à 1hora da madrugada de ontem, após 15minutos de agressões verbais e físicasentre deputados dos grupos progressistase liberal - conservador. O conflito só nãose reproduziu nas galerias, ocupadas poruma massa compacta de representantesda UDR e da Contag, pela interferênciaeficaz da segurança da Câmara.

O tumulto começou após uma hora emeia de sessão, consumidas nas tentativado grupo progressista de obstruir a leiturado substitutivo do grupo conservador. Noinício dos trabalhos o presidente da Co-missão, deputado José Lins (PFL-CE),identificado com os moderados, decidiu

_ acatar o pedido de preferência dos con-servadors para colocar em votação trêsemendas-substitutivas, que, aprovadas,prejudicariam na integridade o relatóriooficial do senador severo Gomes(PMDB-SP), em torno do qual se reu-niam os progressistas.

Cientes da manobra, os progressistastentaram, durante todo o dia, obter umveto do presidente da Constituinte, Ulys-ses guimarães, à interpretação que JoséLins dera ao regimento da Comissão;acatando emendas substitutivas pra a ín-tegra dos três grandes temas em discus-são: a reforma agrária, a questão urbanae os princípios gerais da economica. Ulys-ses limitou-se porém a citar o regimentoda Constituinte, que permite a apresenta-ção de emendas-substitutivas sobre temascorrelatos. "A definição do que é temacirrekati cabe ao presidente da comis-são", disse Ulysses.

Obstrução — A obstrução con-sistiu em inúmeras questões de ordem daesquerda, na tentativa de fazer prevale-cer a tese de que não haveria correlação,por exemplo, entre os dispositivos sobreo acesso ao sub-solo e a intervensão doestado na economia - temas contidos nosubstitutivo so- dos princípios gerais.

Após 40 minutos de debate, o liderdo PMDB na Constituinte, senador Má-rio Covas (PMDB-SP), tomou a palavra

para pedir que José Lins reconsiderassesua interpretação, rejeitando as emen-das-substitutivas e deixando que se votas-se o relatório e posteriormente as emen-das solitárias. "Lembre presidente, queeste é o momento que vossa excelênciafaz história", disse Covs.

Citando o dicionário da Lingua Por-tuguesa, e Aurélio Buarque de Holanda,Covs discorreu longamente sobre o termo"correlato" e achou apropriado ler com-passadamente um exemplo de aplicaçãoda palavra, que considerou "apropriadopara o momento por que passa o senhorpresidente". Tratava-se de um pequenotrecho da obra literária de Lygia Fagun-des Telles: "acont ece que o pintor eiru-qeceu e com os poderes e a glória vieramos vícios correlatos, ficou vaidoso e mes-quinho".

Descontrole — Eram 23h50m eLins perníaneceu impassível. As galeriascomeçavam a se manifestar, com cadagrupo aplaudindo as falas de seus repre-sentantes e vaiando a manifestação doadversário. Aos 10 minutos da madruga-da, a sessão foi suspensa pela primeiravez, por 5 minutos depois que os lideresdo PFL, José Lourenço (BA) e do PT,José Genoíno (SP) se agrediram verbal-mente.

A evidência de que Lins havia perdi-do o controle dos trabalhos despertou ointeresse dos grupos antagônicoas para atentativa de determinar o curso da ses-são. Enquanto o deputado Wladimir Pai-meira (PT-RJ) incitava os companheirosa manter a obstru ção - "é a única armaque possui a minoria para vender carouma vitória para o adversário", afirmou -, o deputado conservador Maluly Neto(PFL-SP) lia o regimento da Câmara paraLins, lembrando-lhe que ele tinha prerro-gativas para cassar a palavra de parla-mentares envolvidos claramente envolvi-dos no expediente da obstrução.

Lins tomaria esta iniciativa às 24h e45m, precipitando os acontecimentos. Ovice-presidente da mesa, deputado HélioDuque 9PMDB-PR), ligado aos progres-sistas, em protesto e sob aplausos dostrabalhadores, renunciou ao cargo. Osubstituto foi escolhido de imediato por

Lins, que indicou o moderado deputadoJalles Fontoura (PFL-GO). A UDRaplaudiu e Jalles começou imediatamentea ler o bloco de substitutivo dos conserva-dores, sob a vaia de trabalhadores edeputados progressistas.

Agressões — a fala durou cincominutos, com o deputado José Lourençoprocurando evitar que o deputado harol-do Lima PC do B-BA) arrancasse o fio domicrofone. A proeza aebou sendo per-pretada pela deputado Raquel Capiberi-be (PMDB-MA) que arrebentou o fioenrolando-o no braço. "Vem tomar sevocê é homem", desafiou a deputada aosenador Saldanha Derzi (PMDB-MS),que a perseguia na tribuna.

Fontoura apenas trocou de lugar econtinuou a ler o documento no microfo-ne da presidência da mesa. Neste mo-mento Aldo Aranes (PC do B-GO) já seatracara com Derzi, derrubando o mastrocom a bandeira nacional e perdendo osóculos. Com o tumulto armado no cantoda tribujna, o deputado Luis Salomão(PDT-RJ) aproveitou a distração da se-gurança, escalou a parede da tribuna eavançou sobre Jalles, tirando -lhe o mi-crofone e rasgando o substitutivo.

Um segurança segurou Salomaõ pelobraço e os dois só não se precipitaram nochão do plenário, porque esbarraram nodeputado Jorge Viana 9PFL-BA), quechegava para tomar o microfone de Saio-mão. Os dois se empurraram e Vianaaebou de costas para Haroldo Lima, quese preparava para prensá-lo. Dois depu-tados porém se adiantaram e puxaramLima pra trás. Os brigões começavam aser contidos.

Pálido e trêmulo Lins pediu à segu-rança que repusesse o microfone na mesae sob apupos dos trabalhadores e aplau-sos da UDR suspendeu a sessão e avisouque as galerias não seriam mais abertas,A l.h45m o presidente deixou a Câmaraescoltado por jorge Viana, saldanha derzie o deputado José ulisses (PMDB-MGO,preocupados em orientá-lo sobre os pro-cedimentos que devia tomar na reabertu-ra dos trabalhos, na manhã de sábado.

Editorial Primeira Instância

Comfl

¦ desde 1840

bíiBll o mundo é

EUROPAMARAVILHOSA36 diaa-10 paísesPortugal-EspanhaFrança-ltália-ÁustriaSuíça-AlemanhaHolanda-BélgicaInglaterra.Saídas: Jun.18-25-27-28-29-30Jul. 02-04-05-06-07-0916-23-30 - Ago. 06-1320-27 - Set. 03-10-1724EUROPA FASCINANTE25 dias - 09 paisasI tal ia-Áustria-Suíço-AlemanhaHolanda-Bélgica-InglaterraFrança-EspanhaSaldas: Jun 2027 Jul 04-06 07-08-09-1113-14 15-16-18-25 - Aqo 0108-15-22 29 Set 05-12-1926 Out 03EUROPA ESSENCIAL23 diaa - 08 paisaaItália-Austna-Suíça-AlemanhaHolanda-Bélgica-InglaterraFrancaSaidaa:Jun 2027 Jul 04 06 07-08 09-1113 14 15 16 18-25 Ago 0108-15 22-29 Set. 05 -12-1926 Out 03SINFONIA EUROPÉIA29 dias - 11 paisaaItália-Grécia-lugoslavia-HungriaÁustria-TchecoslovaquiaAlemanha-Holanda-BélgicaInglaterra-FrançaSaidaa:Jun 30 Jul 14-2128 Ago 18 Set 01 29JÚIAS DA EUROPA27 dias - 10 paisasBelgicaAIemanha OcidentalAlemanha Oriental PolôniaRússia-Finlândia-SuéciaNoruega Dinamarca HolandaSaidaa:Jun 27 Jul 04 25Ago 01

GRANDE CIRCUITOEUROPEU46 diaa - 13 paisasPortugal-Espanha-França-ItáliaQrécia-lugoslávia-Hungria .Áustria TchecoslováquiaAlemanha-Holanda-BélgicaInglaterra8aidaa:Jun. 27 - Jul. 04-11Ago 01-15 • Set 12EUROPA ROMÂNTICA24 diaa - 10 paisasQrécia-Iugoslávia-HungriaÁustria-TchecoslováquiaAlemanha-Holanda-BélgicaInglaterra-França.Saidaa:Jun. 14 Jul 05-19-26Ago 02-23 • Set. 06 Out 04SAGA ESCANDINAVA14 diaa - 06 paiaasFinlândia - Suécia - NoruegaDinamarca-Alemanha-Holanda.Saidas:Jul. 11-18- Ago. 08-15EUROPAmediterránica20 diaa - 04 paisaaPortugal -Espanha- França-Itália.Saldas:Jun 27 - Jul. 04-11Ago 01-15 - S«t. 12EUROPA PANORÂMICA27 diaa - 08 paisasInglaterra-França-SuiçaAlemanha-Áustria-ItáliaEspanha-PortugalSaidaa:Jun 28 - Jul. 05-1219-26 Ago 02 Set 06-27EUROPA DE LESTE17 diaa • 06 paisaaBelgica AIemanha OcidentalAlemanha Orlental-PolôniaRussia-Finlándia.Saidae:Jun. 27 Jul. 04-25Ago 01OCIDENTE EUROPEU27 diaa - 08 paisaaPortugal-Espanha-França-ItáliaSuíça-Luxemburgo BélgicaInglaterraSaidaa: Jun 23 30Jul 07-14 21-28 Ago 04-182b S«t 01 08 22-29

¦PklGAl

DO NORTE

AMEH

AMÉRICAMARAVILHOSA IIIRotairo: 18 diasVlaitando: Montreal-TorontoWashington-New York-OrlandoMiamiSaidaa:Jun 27 - Jul. 04-1118-25 - Ago 15 • Set 05Out 03CASSINOS DO OESTEE HONOLULURoteiro: 18 diaaVlaitando: Los AngelesLas Vegas-Salt Lake City-RenoLago Tahoe San FranciscoHonolulu.Saidaa:As 3's Feiras.

AMÉRICAMARAVILHOSA IRotairos: 17-22 a 27 diaaVisitando: Miami-OrlandoWashington-Toronto-MontrealNçw York-San FranciscoLas Vegas-Los AngelesAcapulco-México.Salda»:Jun 21 - Jul. 05-1219-26 - Ago. 23 - Set. 20Out. 25OESTE AMERICANORotairo: 15 diaaVisitando: Los AngelesPhoenix-ScottsdaleGran Canyon-Bryce CanyonLas Vegas-Mammoth LakesYosemite-National ParkSan Francisco-Carmel-Monterey8aidaa:Ago.14 - Set. 11Out 23AMÉRICAMARAVILHOSA IIRotairo: 28 diaaVlaitando: México AcapulcoLos Angeles-Las VegasSan Francisco-MontrealToronto-Washlngton-New YorkOrlando MiamiSaidaa:Jul. 17-24 - Ago 0526 Set. 23

O GRANDE SONHO AMERICANOEm Anibua axclusivo, um rotairo com pi ato atravésdo unlwM dm fantMia • da MatAria norta-amaricana.Rotairo: 20 diaa Visitando: Miami-Orlando-SavannahCharleston-New Bern-Williamsburg Washington-New York.Saidas:Jun. 24 Jul. 01-08-15-22-29Ago. 05-26 - Set. 02-23 Out. 07 28Nov. 04-25 Dez. 02-16

CRUZEIROS

MARÍTIMOS

AMERPDOSUL

No VerãoEuropeu.

"DMITRIYSHOSTAKOVICHClasse únicaserviço de1" classe.DA COSTA AZULAO ATLÂNTICOMarselha-Palma de MaiorcaCeuta-Lisboa.De 19 a 23 de ago - 5 dias deviagem.AÇORES E MADEIRALisboa-Ponta Delgada(S Miguel)-Horta-(Faial)Funchal-Lisboa.De 23 a 30 de ago. • 8 diaa deviagem.

MARROCOS E ILHASATLÂNTICASLisboa-Casablanca-AgadirArrecife-(Lanzarote)-TenenteFunchal-LisboaDe 30 de ago. a 06 deset. - 8 diasde viagem.

CIRCUITO SULAMERICANO • 14 diaaVlaitando: SantiagoPueno Montt-Peulla BarilocheBuenos AiresSaldaa:Todos os sábadosCHILE MARAVILHOSO12 diaaVlaitando: SantiagoPueno MonttCruzeiros Skorpios.Saldas:Todas as 4's. Feiras(Inicio: Sat./87)LAGOS CHILENOS10 diaaVlaitando: SantiagoPueno Montt-Peulla.Saidss: Todos os domingos.BUENOS AIRES EBARILOCHE • 10 diaaSaidaa: Todas 6's. Feiras.BUEN08 AIRES - 06 diaaSaidaa: Diárias

ORIENTE

CHINA FASCINANTERotairo: 28 diaaVlaitando: Los^ngeles-Tokyoleijing-ShanghaiGuilin-Ghangzhou-Hong Kong

TRANSO BRASILNos super modernosWideboeing 767.

WUT DISNEY WORLDEPC0T CENTERSaidaa:Jun 28 - Jul 01-03 0508-10-12-15-17 19-22-24 2629-3130 Kg de bagagem na ida e navoha Serviçodebordoemclasseeconômica e executiva Sujeito aaprovação governamental.

ITÁUA e balearesLisboa-Olbia-(Sardenha)Citavecchia-(Roma)-Livorno(Pisa)-Palma de MaiorcaGibraltar-LisboaDe 06 a 17 de set. -12 dias deviagemCANÁRIAS E MADEIRALisboa-Las Palmas-FunchalLisboa.De 20 a 25 de set. 6 dias deviagem

GIBRALTAR E CEUTALisboa-Gbraltar-Ceuta-Lisboa.De 17 a 20 de set. 4 dias deviagem.

SICÍUA E RIVIERAADR I An CALisboa-Tanger-Catánia-(Sicilla)Bari-Zadar(Jugoslávia)-TriesteVenezaDe 25 de Set a 02 de out • 8 diasde viagem.

Preços especiais para grupos e famílias.

RIO DE JANEIRO:CENTRO:RUA MÉXICO. 21 LOJA - TEL. :217-1840IPANEMA:RUA VISC.DE PIRA JÁ, 547LOJA A - TEL.:511-1840EMBRATUR 00002 00-41-9

Sào Paulo Av.Brig.Faria Lima. 1501 -tel.:(011)210-1666Campinas-SP;Rua da Conceição. 289 - tel.(0192)32-6188Recife.Rua AurOfa, 295 - sala 101 - tels.:(0811222-4599/222-4292Salvador:Rua Vise.do Rosário. 3 - s/909 - leis (0711242-0731/242-9375Porto Alegre Rua dos Andradas. 1137 - s/505 - tel.:(0512)25-1062Curitiba Rua XV de Novembro. 362 - s/603 - tel :(041 J222-8532Belo Horizonte:Rua Goitacaies. 71 - s/1204 - tel :{0311226-3335CONSULTE O SEU AGENTE DE VtAGENS

¦BinTii 11U ij fiwBtjHipnii

¦|mmr

Bangkok.Saidaa:Jul 02-09-1630 Ago 13 • Set 03 24ORIENTE CLÁSSICORotairo: 29 diasVlaitando: San FranciscoHonolulu Osaka-Kyoto-TokyftHong Kong-Bangkok SeoulLos Angeles.Saidaa:Jun 26Jul 10-14-24 - Ago. 07 28Set 18MARAVILHAS DOPACÍFICORotairo: 31 diasViaitando: Los AngelesHonolulu Taipei-Hong KongCingapura-Melbourne-SydneyAuckland-Fi|i-PapeeteBora Bora-MoreaSaidaa:Jul. 10-17 27 - Ago 07-21Set. 11 - Out 02

M

E3HS3

I IIn

••Y f- ^IMiii^^MM«:«fe ^MBgMWWfct. -y'¦¦'

»

|||^

SO/vhqsl

MBBBBHIi^^^^KBBBBBBMWB^HBB^BBr*muI wRfir Hffin>jl \»

Com (I

KL^, CRUZEIROS

)RTEV^ MARrTIMOS^

#f^i ^Ps^

¦ms^ro11H1 Iillinl"1—

3

Saidaa:As 3's Feiras _-rf~-

^S|FMHE|^rjp^^w" ' wi5S£

SONHO AMERICANO" I

TRANS 0 BRASIL WWM^^^-'

Anna Lucia e Adam

Medieval Times,Buschgardens.Seaworld.^G,,n Wild.Boa.dwalk and Baseball.

^ 5; Infnrmir^at » fnlhatoa: ^

1

WAIT MSNEYWORLDEPCOT CENTER

part* M

j|gE-J

Brasília — Luciano Andrade Brasília—Luís Antônio Ribeiro

''•*& <¦fcféttF..&&¦%'*,t»:*&'¦'\ .*** &3-C*Wtr >Ü:;iT'r*'¦"</W

Severo sem presença

da esquerda

BRASÍLIA —Sem a presença do gru-po progressista, que seretirou do plenário emprotesto contra o com-portamento do presi-dente, a Comissão daOrdem Econômica aprovou três emendasdo grupo conservador para substituir orelatório do senador Severo Gomes(PMDB-SP). Entre os 39 constituintesque aprovaram as emendas, 16 perten-cem ao PMDB.

Após duas horas de obstrução, opresidente da comissão, deputado JoséLins (PFL-CE), conseguiu colocar emvotação o pedido de preferência para avotação das emendas, encaminhado pelodeputado Jorge Viana (PMDB-BA).Imediatamente, 24 progressistas saíramdo plenário, deixando nota de protestoque acusava Lins de violar o regimento,ao permitir que as emendas ao relatóriode Severo fossem votadas antes que acomissão tivesse apreciado a proposta dosenador pemedebista.

A preferência para a otação foi apro-vada por 39 votos, contra cinco e umaabstenção das emendas. A da reformaagrária, elaborada pelo próprio JorgeViana, plantador de cacau, ainda provo-cou uma reação de esquerda, sendo apro-vada por 39 votos, contra 16 e noveabstenções.

A emenda substitutia da questão ur-bana, elaborada pelo deputado José Ulis-ses (PMDB-MG), empresário da constru-ção civil, recebeu 39 votos a favor, cincocontra e uma abstebção. A dos princípiosgerais da ordem econômica, de autoriado empresário e deputado Irapuan CostaJúnior (PMDB-GO), teve 39 votos afavor e sete contra.

Ao final das votações, o deputadoRoberto Cardoso Alves (PMDB-SP), dogrupo conservador, pediu a palavra paraanunciar a vitória "inquestionável" e pe-dir uma declaraçõa do relator SeveroGomes, comprometendo-se a votar a fa-vor das emendas na Comissão de Siste-matização. \

Os três pontos da derrota• Eis os pontos cm que o relatório de

Severo Gomes foi derrotado pelo votoconservador:

Empresa nacional — ParaSevero, é a empresa constituída sob leisbrasileiras, com centro de decisão no paísc sob controle decisório e de capital debrasileiros. Para os conservadores, quefizeram aprovar a emenda do senadorIrapuan Costa Júnior, é qualquer empre-sa constituída e com sede no país e quetenha no seu controle de capital pessoasfísicas ou jurídicas domiciliadas no país.O termo "pessoas jurídicas domiciliadasno país" inclui as multinacionais aquiconstituídas antes da promulgação danova constituição.

Usucapião urbano — Pelorelatório de Severo, o prazo para a posse

definitiva do imóvel ocupado, sem con-testação, seria de três anos. O substituti-vo do deputado Josc Ulysscs (PMDB-MG), adotado pelos conservadores, de-fende o prazo de cinco anos.

Imissão de posse — O relatordava ao proprietário direito de questio-nar na Justiça o mérito da desapropriaçãoe de ser indenizado em dinheiro casotenha ganho de causa. O substitutivo dodeputado Jorge Viana (PMDB-BA),adotado pelos conservdores, não fala ex-plicitamente da imissão e reivindica ainclusão no processo judicial de desapro-priação da vistoria prévia da proprieda-de. Os progressistas acreditam ser essaexigência uma manobra dos latifundiáriospara atrasar os processos de desapro-priação.

"Vem tomar,

se voce

homem..."*e

Baixa, quase gorda, cabeloscurtos tingidos e trajando, como

sempre, vestido largo amarrado nacintura, a deputada Raquel Capiberi-be (PMDB-AP) arrebentou o fio domicrofone, enrolando-o no braço, edesafiou o senador Saldanha Derzi(PMDB-MS), que ameaçava perse-gui-la: "Vem tomar, se você é ho-mem...". O deputado Aldo Arantes(PC do B-BA) atracou-se com Derzi,perdendo os óculos e derrubando omastro com a bandeira nacional. Es-calando a parede da tribuna, o depu-tado Luiz Alfredo Salomão (PDT-RJ)avançou sobre o deputado Jalles Fon-toura (PFL-GO), pouco antes escolhi-do para vice-presidente, sob aplausosda torcida da UDR. Jalles substituía o

deputado Hélio Duque, que aplaudi-do pela torcida de trabalhadores re-nunciou ao posto em protesto contra adecisão do presidente da comissão,deputado José Lins (PFL-CE). decolocar em votação primeiro trêsemendas do grupo conservador. Saio-mão tomou o microfone das mãos deJalles e rasgou o substitutivo que elelia. Um segurança agarrou Salomãopelo braço e os dois só não caíramporque esbarraram no deputado Jor-ge Viana (PFL-BA). que chegava pa-ra tomar o microfone de Salomão. Osdois se empurraram e Viana acaboude costas para Harotdo Lima. que sepreparava para prensã-lo. Dois depu-tados se adiantaram e puxaram Limapara trás. Os brigões começaram a sercontidos.

Esta foi uma cena da sessão emque parlamentares dos grupos pro-gressista e conservador decidiam namadrugada de ontem o que deve serincluído no capítulo sobre a OrdemEconômica da futura Constituição.

Carlos Castello Branco

2 ? Io caderno ? domingo-, 14/6/87 ? 2a Edição Política JORNAL DO BRASIL

Coluna do Castello

RIO DE JANEIRO:CENTRO:RUA MÉXICO. 21 LOJA - TEL.:217-1840IPANEMA:RUA VISCDE PIRA JÁ. 547LOJA A - TEL.:511-1840EMBRATUR 00002 00-41 9

Sào Paulo Av Brig Faria Lima. 1501 - tel (011)210-1666Campmas-SP Rua da Conceição. 289 - tel (0192)32-6188Recife Rua Aurora, 295 - sala 101 - tels. (081 )222-4599/222-4292Salvador:Rua Vise òo Rosário, 3 s/909 - tels (071)242-0731/242-9375Porto Alegre Rua dos Andradas. 1137 - s/505 - tel.:(0512)25-1062Curitiba Rua XV de Novembro. 362 - s/603 - tel (041J222-8532Belo Horizonte Rua Goitacazes. 71 • s/1204 • tel (031 )226-3335CONSULTE O SEU AGENTE DE VIAGENS

Passando da defesa

ao ataque

O Sr. Ulysses Guima-rães encarou com es-

perança e relativo otimis-mo o pacote com o qual opresidente José Sarneypassa pela segunda vez dadefensiva para a ofensiva,tentando reverter as ex-pectativas nacionais emtorno da capacidade doseu governo de domar si-tuações críticas. Em 1986 ele golpeou umainflação em ascensão com o Plano Cruzado,com o qual desfez o pessimismo do próprioPMDB, que se viu compelido de uma horapara outra a abandonar uma atitude de

, descompromisso e quase rebeldia por umaparticipação na receptividade popular a cujoentusiasmo se rendeu e do qual iria sebeneficiar eleitoralmente, conquistando vin-te e dois governos estaduais, expandindo demaneira imprevisível suas bancadas parla-mentares.

Naquela época, como agora, o presiden-te do PMDB foi previamente notificado doplano do ministro da Fazenda, sendo quedesta vez teve oportunidade e estado deespírito para melhor discutir item por item asidéias e as soluções propostas, contribuindocom sugestões quase sempre aproveitadaspara melhorar a aceitação política do proje-to. O presidente da Constituinte, em princí-pio, acha a estratégia do presidente daRepública, de passar da defesa ao ataque,perfeitamente válida e entende que a supres-são do gatilho salarial pode ser assimilada devez que foi mantida a equivalência da corre-ção entre preços e salários, mediante apreservação de um tipo satisfatório de inde-xação.

A esquerda radical deverá insistir, comode praxe, na falta de credibilidade do gover-no, reivindicando o retorno do gatilho. Atendência, porém, do PMDB, coincidindocom as primeiras reações de opinião pública,é a de prestigiar um projeto de estancamentoda crise que atingira níveis insuportáveis etendia a levar o Sr. José Sarney à marca dopênalti. O presidente, pela segunda vez,surpreende os políticos e a nação com suacapacidade de enfrentar situações extremascom medidas de choque. É possível que maisuma vez o Sr. José Sarney salte por cima dafogueira, tanto mais quanto associou seuprojeto à abdicação das aspirações que maiso excitavam como governante. O adiamentoda ferrovia Norte—Sul terá sido um corte navisão de glória e eficiência de um presidenteque assim pratica exemplarmente a virtudeda humildade.

Os indícios de sinceridade do Sr. JoséSarney, abdicando da idéia de repetir trintaanos depois a aventura de um plano de obrascapaz de acelerar o desenvolvimento nacio-nal que Jusceliíio Kubitschek legou ao país,não poderão deixar de sensibilizar as brasi-leiras e brasileiros a quem se dirigiu repassa-do de emoção. O presidente soube ir aosacrifício dos seus sonhos e assimilar umprojeto que, reproduzindo em substância oplano cruzado, acrescenta ao primeiro otempero da previsibilidade das correçõescujo cronograma é previamente indicado. OSr. Bresser Pereira, ciente dos erros deadministração do primeiro plano, eliminouda sua concepção a parte onírica do congela-mento permanente e da inflação zero, optan-do por uma previsão aparentemente realistada relatividade dos efeitos de uma estratégiaeconômica que se aplica com a consciênciadas suas limitações e da sua precariedade emface de problemas estruturais crônicos.

Espera o presidente José Sarney terdado fim ao pesadelo que, com a nação,viveu de novembro do ano passado até suapresença de anteontem na cadeia nacionalde rádio e televisão. O sectarismo políticotentará ainda mobilizar reações populares àsupressão do gatilho salarial, que se tornainstrumento inviável em face da crescenteescassez de recursos do setor público e dosetor privado, mas a nação, carente deesperança, mais provavelmente confiará nonovo projeto de salvação do presidente daRepública e do seu ministro da Fazenda.

Os governadores dos estados, com rarasexceções, demonstraram-se sensíveis a umprojeto de cujo êxito dependerá sua capaci-dade de enfrentar conjunturas econômicas esociais que se lhes iam tornando inabordá-veis no quadro da hiperinflação e da reces-são a que o Sr. José Sarney tenta opor odique de uma decisão tecnicamente bemformulada. Provavelmente alguns irão insis-tir na quebra de credibilidade do presidenteresultante do erro a que foi induzido porexcesso de autoconfiança, dele e do ministroDilson Funaro, a cujo messianismo se deveparte dos erros a que o governo foi levado noprimeiro lance de esperança com que mobili-zou o país.

A força da experiência e a indicação deque o tempo não dará ao presidente daRepública uma terceira oportunidade parasaltar a fogueira são fatores que deverãopesar para que melhore a performance naexecução de um projeto que renova a espe-rança do país a ponto de poder atender adeterminação do presidente de permanecerno governo até 1990.

¦ desde 1840

Com nnrBU o mundo é

EUROPAMARAVILHOSA36dias-10paísesPortugal-EspanhaFrança-ltália-AustriaSuiça-AlemanhaHolanda-BélgicaInglaterra.Saídas: Jun.18-25-27-28-29-30Jul. 02-04-05-06-07-0916-23-30 - Ago. 06-1320-27 - Set. 03-10-1724EUROPA FASCINANTE25 dia* - 09 paiMiItalia-Áustria -Suíça AlemanhaHolanda Bélgica-InglaterraFranca EspanhaSaidaatJun 2027 Jul 04 06 07 08 09-1113 14 15 16 10-25 • Ago 0108 15-22-29 Set 05-12-1926 Out 03EUROPA ESSENCIAL23 dias • 08 país«sItalia Áustria Suíça AlemanhaHolanda-Bélgica-InglaterraFrançaSaídas: Jun 2027 Jul 04 06 07 08 09 1113 14-15 16 18 25 Ago 0108-15-22 29 Set 05-12-1926 • Out 03SINFONIA EUROPÉIA29 dias - 11 paisasItalia-Grecio lugoílavia HungriaÁustria TchecoslováciuiaAlemanha ¦ Holanda - BélgicaInglaterra FrançaSàldat:Jun 30 Jul 14-2128 • Ago 18 - Set 01-29JÓIAS DA EUROPA27 dias - 10 paisasBeigica-Alemanha OcidentalAlemanha Oriental PolôniaRússia Finlândia SuéciaNoruega Dinamarca HolandaSaidaa: Jun 27 Jul 04 25Ago 01

GRANDE CIRCUITOEUROPEU46 dias - 13 paisasPortugal-Espanha-França-ItáliaGrécia-lugoalavia-Hungria .Austria-TchecoslovaquiaAlemanha-Holanda-BélgicaInglaterra.Sàfdaa:Jun 27 - Jul. 04-11Ago 01 15 Set 12EUROPA ROMÂNTICA24 dias - 10 paisasQrecia- Iugoslávia -HungriaÁustria-TchecoslovaquiaAlemanha Holanda-BélgicaAgo 02-23 - Set. 06 • Out 04SAGA ESCANDINAVA14 dias - 06 paisasFinlândia-Suécia-NoruegaDinamarca-Alemanha HolandaSsidaa:Jul. 11-18 Ago. 08-15EUROPAmeditehrànica20 diaa - 04 pais«sPortugal Espanha-França-ItáliaSaidaatJun 27-Jul 04-11Ago 01-15 Set 12EUROPA PANORÂMICA27 diaa - Otí paísasInglaterra-França SuíçaAlemanha-Áustria-ItaliaEspanha-Portugal.Saída»:Jun 28 -Jul 05-1219 26 Ago 02 - Set 06-27EUROPA DE LESTE17 diaa - 06 paisasBélgica Alemanha OcidentalAlemanha Oriental-PolómaRússia-FinlândiaSalda»:Jun 27 - Jul. 04-25Ago 01OCIDENTE EUROPEU27 dias • 08 paisasPortugal-Espanha-França-ItaliaSuíça-Luxemburgo-BélgicaInglaterraSaida»: Jun 23-30Jul 07-14-21-28 l25 Set 01 08 22 :

AMtMCAMARAVILHOSA IIIRotairo: 18 diasVisitando: Montreal-TorontoWashington-New York-OrlandoMiami.Saidaa:Jun 27 - Jul 04 1118-25 - Ago 15 - Set 05Out 03CASSINOS DO OESTEE HONOLULURotairo: 18 diasVisitando: Los AngelesLas Vegas-Salt Lake City-RanoLago Tahoe-San FranciscoHonolulu8®idaa:As 3's Feiras

AMÉRICAMARAVILHOSA IRotairoa: 17-22 «27 diasVisitando: Miami-OrlandoWashington-Toronto-MontrealNew York-San FranciscoLat Vagai-Los AngelesAcapulco-México.laidai:Jun 21 • Jul 05-1219 26 - Ago 23 • Set. 20Out 25OESTE AMERICANORotftiro: 15 diaaVisitando: Lo» AngelesPhoeniK-ScotUdaleGran Canyon-Bryce CanyonLas Vagas-Mammoth LakesYosemite-National ParkSan Francisco-Carmel-MontereySaldaa:Ago 14 - Set. 11Out 23AMÉRICAMARAVILHOSA IIRotairo: 28 diaaVisitando: Mé*ico-AcapulcoLos Angeles Las VegasSan Francisco-MontrealToronto-Washington-New YorkOrlando-MiamiSafdaa:Jul 17-24 -Ago 0526 Set. 23

O GRANDE SONHO AMERICANOEm Anlbus axcluaivo, um rotairo oompiato atravésdo univarao da fantasia • da hiatòrla norta-amsricana.Rotairo: 20 diaa Visitando: Miami-Orlando-SavannahCharleston-New Bern-William»burg Washington-Naw York.Saidaa: Jun 24 Jul. 01 08-16 22-29Ago 05-26 - Set 02 23 Out. 07 28 -=^=~-Nov 04-25 Dez 02-16 . —:—r~r=-m —

Noi super modernosWideboeing 767.

SaidaatJun 28 Jul 01 03 0508 10 12- 15-17-19 22 24-2629-3130 Kg. de bagagem na ida e navolta Serviço de bordo em classeeconômica e executiva Sujeito aaprovação governamental

No VerãoEuropeu.

"DMITRIYSHOSTAKOVICHClasse únicaserviço de1* classe.DA COSTA AZULAO ATLÂNTICOMarsalha-Palma de MaiorcaCauta-LisboaDe 19 a 23 da ago • 5 dias deviagemAÇORES E MADEIRALisboa-Ponta Delgada(S.Miguel)-Ho rta-(Faial)Funchal-LisboaDe 23 a 30 da ago - 8 dias daviagem.

MARROCOS E ILHASATLÂNTICASLisboa-Casablanca-AgadirAr recife-{Lanzarotel-TenenteFunchal LisboaDa 30deago. a 06 dasat - 8diasda viagem

itAua e salearesLisboa-Olbia-(Sardenha)Citavecchia-(Roma|-Livorno(Pisa) Palma da MaiorcaGibraltar LisboaDe 06 a 17 de set -12dias deviagemCANÁRIAS e madeiraLisboa Las Palmas-FunchalLisboaDe 20 a 25 de set 6 dias deviagem

GIBRALTAR S CEUTALisboa&braltar-Cauta-LisboaDe 17 a 20 de set. • 4 dias deviagem.

SIClUA E HIV1ERAADRIAUCALisboa-Tanger-Ca tánia-(Sicilta)Bari-Zadar(Jugoslavia)-TrissteVeneza.De 25 de Set a 02 de out - 8 diasde viagem.

Preços especiais para grupos e famílias.

AMERICA DO SULCIRCUITO SULAMERICANO - 14 diasVisitando: SantiagoPuerto Montt-Peulla-BarilocheBuenos Aires8aidse:Todos os sábadosCHILE MARAVILHOSO12 diasVisitando: SantiagoPuerto MonttCruzeiros SkorptosSaidas:Todas as 4's. Feiras(Inicio: Set./87)LAQOS CHILENOSlOdissVisitando: SantiagoPuerto Montt-PaullaSaidas: Todos os domingos.BUENOS AIRES EBARILOCHE - 10 diaaSaidaa: Todas 6's. Feiras.BUENOS AIRES - OS diasSaidas: Diárias

ORIENTE

CHINA FASCINANTERotairo: 28 diaaVisitando: Los Angeles-TokyoOsaka-Kyoto-Bei|ing-ShanghaiGuilm-Ghangjhou-Hong KongBangkokSaidaa: Jul 02-09-1630 Ago 13 Set 03 24ORIENTE CLÁSSICORotairo: 29 diaaViaitando: San FranciscoHonolulu-Osaka Kyoto TokyoHona Kong-Bangkok SeoulLos AngelesSaidaa:Jun 26Jul 10-14-24 - Ago 07-28Set 18MARAVILHAS DOPACIFICORotairo: 31 diasViaitando: Los AngelesHonolulu-Taipei Hong KongCingapura - Melbour ne SydneyAuc*land-Fi|i-PapeeteBora Bora-MoreaSaidaa:Jul 10-17-27 Ago 07 21Set. 11 Out 02

Adesivo pró-reforma contradiz Cardoso

Anna Lúcia e Adam

RODE A EUROPA

COM O FRANCÊS

DOS SEUS

Conservador desfigura relatório

A£ROL//V£ASA /? G£A/r/NA S

Saídas mensaisJULHO 10,13,20,22.23

City-tour cm Miami, Cabo Kennedy,2 Disney,2 Epcot.Lake Buena Vista,Medieval Times.Buschgardens.Seaworld.Wet'n Wild.Boardwalk and Baseball.Rosie 0'Grady's,0id Town Shopping,Costa da Flórida.Hotéis: Miami: Hyatt RegencyOrlando: Travei LodgeInformaçÔaa a folhatos;

CLUBVitais t* Turismo Ud3.Rua da Asiemblii». 10 Cr. 3S06 • T*lm. :<021 )224-7720 o 231 -212S

Ou no sau Agenta (Je Viagens EMBRATUR • 05336-00-41-6

A Bis Turismo lhe proporcionauma viagem inesquecível à Europa, por 30dias, com um francês que é aconchegante,bebe pouco, chega rapidinho ao lugar de-sejado e causa inveja a todos: O possanteRENAULT 21 por apenas I IQt^fíOGostou? Peça BIS!

BIS TURISMO ÇfAo. Alm. Barroso, 63/2718Tels.: 240-9360 • 240-6725

Socos e empurrões substituíram o debate alto na comissão que trata da economia

]

In

I

I\

I

JORNAL DO BBASXL Politica domingo, 14/6/87 ? 1° caderno ?

j

Torcidas de posseiros e ruralistas agitam madrugadd

J- Brasilia — Fotos de Luciano de Andrade j

prietdriotmVafs vTncdaE UDR e dJ —--7-- - Intensivo especial para concurso da Petrobrsis I' , , , Dr, , n ^ vom ai o concurso para Auxilar de EscntOrio da Petrobrds. Idade: 18 a 45 anos. Escolaridade s6 1° grau Otims I

pOSSCirOS COmandadOS pelo rL. UO D e ' oportumdade Comeco a so preparar ja. A Degrau Cultural estd iniciando novas turmas intensivas especiais (manhS. tardo o I

^£5^7^°

ma'',iCU''" Gan'Jn'''I

incideLCm^srseriom Pr°V°Car qUa'qUer

35 Slk f ^~jk ^ HNumcricamente inferior — cerca de "* t— % / I /Z^~r .400 pessoas — 0 bloco de posseiros e ¦> -^SSSMSt^SS^T'"-^ iX ¦ / M M iWW A W MAM Hsindicalistas foi 0 mais organizado duran- Wm'"'^Wtw \ MmBmm PP? ¦ / M # M W B M B H<

te toda a noite de sexta-feira e madruga- ^ L» I W trl W M ^ Wda de ontcm. Os posseiros vaiavam, ^"' H ^\ f ^

seguindo rigorosamente 0 comando dos ,,* <I COMUMIHAnn IVIO Jtdeputados Haroldo Lima (BA) e Aldo . ,„-dgk ., 4 < ,., ^ UUIVIUWIUHUU IM BArantes (GO), lideres do PC do B na - . . *—»gT '

H 0 jornal O FATO estarci circulando, diariamente, a partir do prbximo diaCamara. >' W ^-¦'-^^^^M^M^MMMM ¦ 20 de julho, com duas edigoes: &s 16hs e duas horas da madrugada, na

No plenSrio, Lima e Arantes agiam ¦ cidade do Rio de Janeiro.

^

int|ri06hd0dES>ad°he em Brasil'^ s^° Paul0, Bel° Horizonle e Juiz de

^

se° Linslfnte ^ comiss5°' dcPutado Jo' posseiros descansam no Salao Verde

da Camara a partir de 21h de sexta-feira. I

que da entrada a Camara. Quando chega- I Kvam a porta de acesso a galeria, um '.

,^v V '1J f- llHlMwIilVI WH Hi IHWH Iseguran?a dividia as duas partes: "com j

^ 'T~' '* V'

'<^5 ! " ' <r *£. I

(esqucrda)". Nem todos os lugares foram ' ^ ^ M tk Iocupados. O bloco da UDR (Uniao De- 8|^ i^ ¦¦ I I LW Imocnitica Ruralista) era maior e ocupou Jt < , * , : t ^ j, I IIP! h| Icompactamentc toda a mctade das cadci- .. ', f>kl a ... . IIIBIIII Iras que Ihe cabia. ( ' .' I1U HW Wl I

Antes do infcio da sessao, a manifes- • ..^a;.":', • •• Itaqao mais barulhcnta dos proprietaries IIP H Irurais ocorreu quando chegou o presiden- llll[ H Ite da UDR, Ronaldo Caiado, IIHIfe II I

c da Contag (Con- Bfedcra<;ao Nacional dosTrabalhadores 'IAgricultura) I

11^1 I ¦¦ H ^IPII^I I^ULI H III IIIIIII

reforma agraria, distribuido por asses- IHV H^PI MM IIS Ml I MMIS^T^nl^^B I"Ardllafpartes acompanharam em DLL Hill V IHULIVU ¦ Isiiencio o debate regimental que se trava- WT ifc' y»#y Wf <SV I

^ MINHA

PRIMEIRA VIACEM A EUROPA ^

I

Aldo Arantes, com gritos de "fascista". 1: jB'^ j I

rii-ir nc'nal^rins''Rprphpil mal v.nia? ft v-xl>EUROPA DINAMICA , 3ftS^iS42^ih^_' ^ Icuar as galenas. Kec u . HaroZf/o Lima (D), como um maestro, comandoua torcidada Contag e PC do ViSita aOS centTOS mais adiantadOS IAs va.as aumentaram amda mms naroiao uim { j, jj

jg^ ^ ^ |ng|a(;erra Franga e Espanha. I

^

'

*''

^*'' mon^nhas nevadas da^ Am^ica do Sul. |

Dentro da Camara, segurancas exigiarri i- * ': ^. _

'.

. _ ___ _ _ _ u-. Icredenciamento especial para permitir VARIG ft.entrada de pessoas. Como um pouco de cautela nao faz mal, segurancas revistaram todo mundo rT

Rua da Quitanda, 50 (Esq. de Sete de Setembro) 2?andar PB(PABX) 292-1212 - Telex 021-30919 - Rio de Janeiro £ I

EMBRATUR N? 00906-00-41-7 - Interurbano Gratis (021) 800-6153 V

3/^0ORES BOM

" GOSTO. v N6s NAO LEVAMOS VOCE A QUAL0UER LUGAR. ^

IB CHEIROS. A P 1 C 1 |

DQUE ESTHEIA. D DUE VDLTfl. 0DUEC11NTINUA. g.N=%f

1 NOVO ViDEO-CASSETE SONY BETAMAX SL-30 MD 0FERTA ESPECWL-U i| Controle remoto total sem fio (unico no Brasil). Slim- (». v>raem 1.500' 270,00 i vista Mm >$SBg£J& ^ \jj||^ \ml^g line. Betascan. Sistemade cores Dual, Pal-Me » §§m i/*' ;A'**'}!?, centro-catete-riosul-copacabana-ipanema-barrashopping-

NTSC. Beta SkipScan. Pause. Timer para 7 dias com v C v'vlfftl'. -Mj^w|v norteshopping-tijuca-m£ier-•6 eventos. > ~ .^ .* v bonsucesso - ramos - ilha do governador -

7,, . _ ... . -J •••',«- • v< «»,, x. £¦ -o^W WW PENHA - MA0UREIRA • BANGU - CAMP0 GRANDE •

nrPQtarnPC Hp A QQll fin - • / ^;;; .. SANTAcruz• NOVAiguaqu-nilopolis-caxias.

UlCoLdyUwO UC *Ti99U)UU l,.<A ^^-f"X niierOi plaza shopping - niteroi - s. gonqalo -„4..,_ . . . .... „. . „. I ^ '

wy^rprlri'P''" petrOPOUS-voltaREDONDA• BARRAmansa^GRAMS: 1 fita gravada e inscrigSo no Video Clube Betamax. . - .iffiiuuj!.^ ,,_

Política domingo, 14/6/87 ? 1° caderno d 3JORNAL DO BRASIL

Torcidas de posseiros e ruralistas agitam

¦M. Brasília — Fotos de Luclano de AndradnBrasília — Fotos de Luclano de AndradeBRASÍLIA — As torcidas de pro-

prietários rurais vinculados à UDR e deposseiros comandados pelo PC do B epela Contag passaram quatro horas emeia xingando-se mutuamente de "fascis-tas" e "comunistas", durante a sessão damadrugada de sábado da Comissão deOrdem Econômica. Depois, por volta delh30min de ontem, elas saíram das gale-rias da Câmara sem provocar qualquerincidente mais sério.

Numericamente inferior — cerca de400 pessoas — o bloco de posseiros esindicalistas foi o mais organizado duran-te toda a noite de sexta-feira e madruga-da de ontem. Os posseiros vaiavam,aplaudiam ou ficavam quietos sempreseguindo rigorosamente o comando dosdeputados Haroldo Lima (BA) e AldoArantes (GO), líderes do PC do B naCâmara.

No plenário, Lima e Arantes agiamcomo maestros: sempre que o encami-nhamento da sessão lhes era favorável oudesfavorável, agitavam vigorosamente osbraços para cima, em direção à galeria.Militantes do PC do B, distribuídos estra-tegicamente entre os posseiros, retrans-mitiam as ordens e comandavam os gritosde "reforma agrária já" ou "o povo vaisaber das manobras de você" (referênciaao presidente da comissão, deputado Jo-sé Lins).Divisão — As duas torcidas começa-ram a ocupar as 935 cadeiras das galeriasda Câmara a partir de 21h de sexta-feira.Todos eram revistados no Salão Negroque dá entrada à Câmara. Quando chega-vam à porta de acesso à galeria, umsegurança dividia as duas partes: "comterra para cá (direita), sem terra para lá(esquerda)". Nem todos os lugares foramocupados. O bloco da UDR (União De-mocrática Ruralista) era maior e ocupoucompactamente toda a metade das cadei-ras que lhe cabia.

Antes do início da sessão, a manifes-tação mais barulhenta dos proprietáriosrurais ocorreu quando chegou o presiden-te da UDR, Ronaldo Caiado, que foisaudado entusiasticamente. Até então, osposseiros e sindicalistas da Contag (Con-federação Nacional dos Trabalhadores naAgricultura) gritavam "mais um, maisum" a cada parlamentar que, no plená-rio, embaixo, aceitava um adesivo sobrea reforma agrária, distribuído por asses-sores sindicais.

As duas partes acompanharam emsilêncio o debate regimental que se trava-va no plenário até o início da madrugada,quando o presidente da comissão, JoséLins (PFL-CE), disse que não aceitariamais questões de ordem. Sua decisão foirecebida, por orientação do deputadoAldo Arantes, com gritos de "fascista".Lins repondeu que seria obrigado a eva-cuar as galerias. Recebeu mais vaias.

As vaias aumentaram ainda maisquando os deputados Haroldo Lima (PCdo B) e José Lourenço (PFL) começarama disputar o fio do microfone da mesa. Adecisão do deputado Hélio Duque(PMDB-PR) de renunciar a seu cargo namesa foi recebida com aplausos dos pos-SC'r0S-. . , j • . .Duelo — A explosão dos dois ladosocorreu quando a sessão foi suspensa, auma hora da madrugada. Os posseirosgritavam "reforma agrária, já, na lei ouna marra". Começou então um dueloverbal entre as duas partes. Sindicalistase posseiros gritavam "assassinos" ou"um, dois três, UDR no xadrez". Osproprietários rurais respondiam com "va-gabundos" ou "comunistas no xadrez".

No final, o bloco da UDR passou agritar os nomes dos seus deputados prefe-ridos, entre os quais Roberto CardosoAlves (PMDB-SP). Quando o líder doPMDB na Constituinte, senador MárioCovas, deixava o plenário foi recebidopor vaias e gritos de "comunista".

Ontem de manhã, quando a sessãoda comissão foi reiniciada, o clima eraoutro. O senador José Lins proibiu apresença de público nas galerias. Cercade 300 posseiros só conseguiram chegaraté a rampa de acesso ao Congresso.Dentro da Câmara, seguranças exigiamcredenciamento especial para permitir aentrada de pessoas.

Intensivo especial para concurso da PetrobrásVem al o concurso para Auxilar de Escritório da Petrobrás. Idade: 18 a 45 anos. Escolaridade: só 1o grau. Ótimaoportunidade. Comece a se preparar já. A Degrau Cultural está iniciando novas turmas intensivas especiais (manhã, tarde e

noite). Vagas limitadas. Turma especial só aos sábados. Informações, apostilas e matrículas Praça Mahatma Gandhi. 2/2°andar — Cinelándia. Das 8h30m ás 17 horas. Tel. 220-5715 e 220-7235.

COMUNICADO — N° 4O jornal O FATO estará circulando, diariamente, a partir do próximo dia20 de julho, com duas edições: às 16hs e duas horas da madrugada, nacidade do Rio de Janeiro.No interior do Estado e em Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Juiz deFora às 6hs da manhã.

OLYMPIO CAMPOS— Executivo Geral —

verbal comauDíi, os posseiros descansam, no Salão Verde

MINHA PRIMEIRA VIAGEM A EUROPA31 dias fascinantes de Lisboa a Roma,incluindo Cruzeiros ao Reno e Danúbio. -Saídas Especiais: Julho/ Agosto/Setembro

Haroldo Lima (D), como um maestro, comandou a torcida da Contag e PC do B

ijí-tf-tfjj

ESCANDINÁVIA & RÚSSIAAfinal, os encantos proibidosse revelam por trás da Cortina.Saídas Especiais: Julho/Agosto/Setembro

FANTASIA ORIENTALToda a emoção do encontro coma cultura exótica do Japao, China,Tailândia e Singapura.Saída Especial: 20 de Agosto

ENCANTOS ANDINOSA inesquecível beleza dos lagos e dasmontanhas nevadas da America do Sul.Saídas Especiais: Todas as 3?s feirase Domingos

Maiores informações

B0LAIRVIA66IMS vario

Rua da Quitanda, 50 (Esq. de Sete de Setembro) 2?andar(PABX) 292-1212 - Telex 021-30919 - Rio de JaneiroEMBRATUR N? 00906-00-41-7 - Interurbano Grátis (021) 800-6153

Co^wmpoi^odecaiJ^eMn^ojuz^rnalTseguranças revistaram todo mundo

? SABORES, BOM-GOSTO

U CHEIROS

NÓS NÃO LEVAMOS VOCÊ A QUALQUER LUGAR.

CINEMA NO BJORNAL DO BRASIL

JORNAL DO BRASIL

GRAVA MELHOR

QUEM TEM BETAMAX

Meu amor, agoravamos curtir melhor

a nossa casa.As ofertas da Garson

são imperdíveis!

NOVO VÍDE0-CASSETE SONY BETAMAX SL-30 MDControle remoto total sem fio (único no Brasil). Slim-line. Betascan. Sistema de cores Dual, Pal-M eNTSC. Beta SkipScan. Pause. Timer para 7 dias com6 eventos.

OFERTA ESPECIAL:Fita virgem L-500

CENTRO - CATETE - RIO SUL - COPACABANA - IPANEMA - BARRASHOPPING •N0RTESH0PPING - TIJUCA - MÉIER •

llMgrr ¦ B0NSUCESS0 - RAMOS - ILHA D0 GOVERNADOR -1111111 - PENHA -MADUREIRA-BANGU- CAMPO GRANDE-

SANTA CRUZ • NOVA IGUAÇU - NIL0P0LIS - CAXIAS •NITERÓI PLAZA SHOPPING - NITERÓI • S. G0NÇAL0 •

PETHÓPOLIS • VOLTA REDONDA - BARRA MANSA7 prestações de 4.990,00

GRÁTIS: 1 fita gravada e inscrição no Vídeo Clube Betamax

V

W

CI

B

uMR

IE CM

n

B(

fcl

4 ? Io caderno ? domingo, 14/6/87 Política JORNAL DO BRASIL

SeteJVlares

vverauoia

Turislica

melhores FERIAS de JULHO programadas.

kw^WW.Wm^J^mlnM \lf7gf,Tlf BRASIL - ORLANDO - BRASIL

A opcao mais econdmica

para viajar para os EUA. ——vVOOS CHARTER VASR, adulto crianca fretamento !ktt War to

us$554, US$494, msms

Nao incluido F.N.D. IUSS 103,50) - PreQos sujeitos a altera• PROGRAMACAOfoes conlorme deliberates governamentais. Preqos paraembarque em qualquer ponto do Brasil, exceto Porto Ale- rnnnT ultuigre e Floriandpolis, onde os valores serao acrescidos de OloNtT • trliUI • MIAMIUSS 100,00

* IMPORTANTE ! Para sua maior tranqüilidade e desua família, mantemos filiais com equipe de brasileiros emMIAMI e NEW YORK lhe atendendo o ano todo. ? ? ?

DISNEY - EPCOT

• MIAMI

PROGRAMAS

de[9 17

DIAS a DIAS

VÁRIAS OPÇÕESDE EXCURSÕESCOM GUIASBRASILEIROS:

VÔOS CHARTER © VASRfretamento Sete ©íareei

EXCURSÕES

PARTE TERRESTREPREÇOS A PARTIR DE:

DISNEY WORLDEPCOT CENTERCABO KENNEDYSEA WORLDBUSCH GARDENSWET'N WILDCYPRESS GARDENS| MEDIEVAL TIMES• CITY TOUR

Opcionalmente em vôos delinhas regulares. pela

F¥WAMAvianca

US$ 399,001

(*)Preço por pessoa (ADULTO) emapto. quádruplo.

SAÍDAS VASP AIR BUSJUNHO • 25. 28 e 30JULHO • 02. 03. 05. 07. 09, 10, 12, 14, 16, 17, 21, 23

24, 26. 28. 30 e 31.Consulte sobre datas de SAÍDA emvôos pela PAN AM • AVI ANCA • VI ASA.

FLY&DRIVE

üs$ 22,00

PREÇO TOTAL POR PESSOA EM APARTAMENTOQUAORUPLO (7 DIAS x 22.00) = US$ 154.00VARIAS OPÇÕES DE 8 A 1 7 DIAS

HOTEL + AUTOMÓVEL

PARTE TERRESTRE QUE INCLUE,6 noites em Hotel de categorialuxo, em MIAMI ou ORLANDO,mais um automóvel tipo - Chevette,durante sua estadia.

BARILOCHE

PARTE TERRESTRE A PARTIR DE:00 ?

155/US$(*) Preço por pessoa em apto triplo.

BUENOS AIRESLAGOS ANDINOSLOS PENITENTES

ATILLANCA

SALVADOR

MACEIÓARACAJUFORTALEZA

8DIAS

SAÍDAS: JUNHO - 30JULHO - 07, 14, 21 e 28

TODOS PROGRAMAS FINANCIADOS

Consulte seu agente de viagens

'lOQCVj

Ai ViagensRua México, 119 - Grupo 604Tel.: 220-9099 - RIO Telex (21) 35316 VIAE

AQUILAOperadora Tur.

AQUILA TurismoAv. Churchill, 129 gr. 901 - CasteloTels.: 220-8070/4224 Telex: (21) 38128 - JCVT

p™__Jurisroo Itda.TRAVtt AGfVCr |Av. N.S. de Copacabana, 978 - S/solo - 114 e 115Tels.: 255-4998 (Direto)235-5531 / 5728 / 0527 / 5069

ROYAL VIACI NSK TI RISMO

ROYAL Viagens & TurismoAv. Erasmo Braga, 227 - Gr - 204Tel.: 221-3131 - RIO

HOTÉIS E RECEPTIVO S/A

Av. Almirante Barroso, 22 - S. 202Tel.: 262-7437 - RIOTelex: (21) 31282 PGRJ

ALÇAR - Viagens e Tur.Rua Barata Ribeiro. 370 Loja F

A A Ia Tel: 235 3900 RIO-r7== Telex (21) 37886 AVIR BR

BRASIL VISION

R. São José. 46. 12°Tel.: 224-5010Telex: (21) 31808 MEVT

/V)\ MAEIC TOÜRS Viag. e Turismo»*. Pres Vargas. 542 Gr. 1704

magic touros. 'el 233-7899 RIO

monte verde

Rua Visconde de Inhaúma. 77Tels 233-3492/8817Telei (21) 38171

21?

PAXTUR - Passagens e TurismoR. Visconde de Piraga. 330 lo|a 105Tels.: 287-0999 287-1000 - RIO

A». Amaral Peiioto. 467 120718Tel.: 717-6520 - 719-5896

TUMMO LTDA NITERÓI

Dias R°ch3, 16-A(jUANATUR Copacabana - RIO

Tel.: 235-3275

íttoropolR. Buenos Aires, 6825° andarTel.: 242-0141 - RIO

NOBRE Turismo Lida.Rua do Ouvidor. 130.2P. Cr. 211

ÍTiirirtiiin Tei 221-1741 - rioVLunsiuu Telei (21) 3U4B „mIftobrr

SULT0UR - Tourismo e Cambiokm\ iv. Rio Branco. 151C

Tel.: 224-2312 - RIOTelei 121) 22990

Sctc/V!arvs 4^, PQA FL0RIAN0, 51 - 17° (CINELANDIA) - RIO IOpcradora tels. 533-3121 / 3506 / 3888 / 3939 / 3158Tlirisiica PLANTAO AOS SABAOOS. DAS 9:00 AS 12:00 HS

SAO PAULO BRASILIA MIAMI NEW YORK(011) 256-5222 (038) 225-4959 (305) 374-6164 (212) 302-9058/

Brasília — Wilson PecJrosa

Rita, que se considera "fruto da repressão", disse que na Constituinte há radicalismo e prepotência

Rita está decepcionada com a política

Jorge Bastos Moreno Saudade da filha é o que dóiBRASÍLIA — Exatamente quatro meses e 15 dias depois de

ter assumido uma cadeira na Câmara dos Deputados com a maiorvotação de seu estado, a capixaba Rita Camata, 25 anos,desabafa: "Estou decepcionada com a vida pública". O desencan-to maior é com a Constituinte, "Estou cheia desse radicalismoentre a esquerda e a direita. Vamos ter uma Constituiçãodeformada e, mais uma vez, o povo será a grande vítima".

Rita se considera uma das pessoas "mais patrulhadas"dentro da Constituinte, por causa de suas posições, por exemplo,em relação ao aborto. Recordista de propostas — são mais de 500'—, a deputada envolveu-se nas discussões de todos os temas,principalmente os sociais.

"Sou muito policiada pelos grupos feministas. Até algunsjornalistas me condenaram por ser contra o aborto. Sou vigiadaaté nas posições políticas. Alguns colegas meus do chamadogrupo progressista disseram que eu os decepcionei, votandocontra a orientação da liderança da Constituinte para que abancada decidisse sobre a duração do mandato do presidente JoséSarney. Eu queria a convocação da convenção. Mas, no dia, todomundo me criticou e uma jornalista passou por mim c disse: "Quedecepção". Hoje, os progressistas estão defendendo a realizaçãoda convenção. Eu estava errada?", pergunta.

"Eu sou fruto da repressão", acrescenta, sobre sua situaçãoideológica. "Eu não tenho ainda posição definida sobre todas ascoisas. É muito cedo, para mim, ter convicções ideológicas. NaConstituinte, voto com a minha consciência e interpretando osentimento médio do eleitorado. Por isso, às vezes, até com adireita. A média do meu eleitorado é conservadora".

Definições — Integrante da Comissão da Família,Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia e Comunica-ção, Rita Camata já tem posições definidas sobre os principaistemas em discussão. Um de seus projetos condiciona ao julga-mento da comunidade científica todas as experiências genéticas.É também defensora intransigente da "democratização e morali-zação" das concessões de canais de rádio e televisão.

Mas a deputada enfrenta dissabores em outras comissões,como a da Organização Eleitoral e Partidária e das Garantias dasInstituições, cujo relator é o deputado Prisco Vianna. Elaapresentou um projeto criando um tribunal constitucional, paraeliminar dúvidas da adaptação da nova Constituição às Constitui-ções estaduais e punir o descumprimento das disposições constitu-cionais.

"Esse projeto foi aprovado por unanimidade na subcomis-são", conta. "Mas o relator é um ditador e disse que só coloca norelatório aquilo que estiver dentro de suas convicções. Então, seele não segue a média das posições dos integrantes da comissão,nós todos estamos fazendo o que na Constituinte?"

Por tudo isso, a deputada está pensando em não mais secandidatar à reeleição. E também não está muito empolgada coma idéia de disputar a prefeitura de Vitória.

"Ela vem de uma experiência no Executivo e é natural que,no início, estranhe um pouco o Congresso. Mas, é uma compa-nheira de muito valor, que certamente dará a sua contribuição àCasa, tanto quanto tem dado ao PMDB", diz o presidente daConstituinte, deputado Ulysses Guimarães.

Seu ingresso na política foi quase contra avontade do marido, a quem conhece desde ainfância, já que são da cidade dc Venda Nova,no interior do Espírito Santo. Mas só começa-ram a namorar em 1981, quando se encontra-ram por acaso nos estúdios da TV Gazeta, "aGlobo de lá", onde Rita foi fazer um teste deapresentadora. Camata "deu a maior força",acabou conquistando seu coração c se casaramnove meses depois, três meses antes de aconvenção do PMDB indicá-lo candidato aogoverno do Estado.

— Eu sou uma mulher muito romântica,que adora ouvir Caetano, Bethânia e Chico —diz Rita, apaixonada também por dança, jazz etênis, atividades que deixou de lado depoisque passou a ser primeira-dama. Desde queentrou na política, Rita não tem mais temponem de ver sua filha Enza, de um ano e cincomeses. Sentindo a falta dos pais, Enza quasenão os deixou ir ao trabalho ontem e choroumuito até conseguir acompanhá-los até a portado Congresso, onde fez sucesso junto aosparlamentares.

Não foi apenas sua carreira de apresenta-dora de televisão que foi interrompida. Eleita

Rainha dos Estudantes Capixabas em 1976,Rita quase seguiu a carreira de modelo, para aqual o passo mais próximo era a disputa dotítulo de Miss Espírito Santo. Mas o pai nãodeixou.

Habituada a usar vestidos longos e só-brios, Rita posou assim para a revista Pluyboy,há dois anos. Apesar de aparecer "vestida atéo pescoço", a reportagem sobre ela fez esgotara edição da revista nas bancas do EspíritoSanto.

Na campanha eleitoral, Rita recorreu maisà sua família, que a ajudou muito, do que aomarido. Penúltima de uma família de noveirmãos (cinco homens e quatro mulheres), adeputada é gêmea univetelina com Mônica,funcionária da Caixa Econômica em VendaNova.

Diferente da irmã gêmea — Mônica é maisalta e tem cabelos crespos —, Rita, que foiprofessora de Jardim de Infância, explica arazão da sua grande luta a Constituinte emfavor da criança e do menor abandonado:

— Eu me derramo em lágrimas quandofico muito tempo longe da minha filha.

Sem jogo de

cintura, ela

se atrapalha

Rita está muito "amargurada" com

a atividade parlamentar e "preocu-pada" com a situação do pais. Não discu-te a duração do mandato de Sarneyporque suas bases não estão, até agora,lhe cobrando isso. Cobram definições dogoverno. Ela se arrisca a opinar sobrealgumas personalidades:

Sarney — Não se pode julgá-loisoladamente. O PMDB é também gover-no, só que o apoia quando as coisas estãobem e o critica quando a situação estáruim. Vamos ver se esse novo PlanoCruzado vai dar certo.

Ulysses — Admiro muito o dou-tor Ulysses. Ele tem uma vida públicaque se confunde com a história de luta dopovo brasileiro contra o autoritarismo. Euma figura respeitável. O único reparo

que faço é que ele — não porque nãoqueira, mas porque não está tendo tempo— não tem podido dar uma maior assis-tência às bases do PMDB. O doutorUlysses é um grande líder e, se tivessemais tempo, as bases do partido estariammais confiantes no governo, pois a pala-vra dele é sempre seguida por todos.

Brizola— Respeito a inteligênciado Brizola. É um homem dogmático.Mas acho que ele se perde um pouco portentar ser populista. Hoje, o país está tãoavançado que não se empolga mais com oapelo populista. Não me atrevo a dizerque Brizola tem que se reciclar. Achoque ele tem que adaptar o seu estilo ao dopovo brasileiro.

Lula — Eu o admirei muito, en-quanto sindicalista.

Rita reconhece não ter o jogo decintura dos políticos e, por isso, às vezescomete alguns "escorregôes", por ter umjeito "muito simples, franco e direto dedizer as coisas". Ela se sente tão sufocadadentro da Constituinte que pensa até emfazer um pronunciamento da tribuna,apelando para que seus colegas saiamdessa radicalização entre esquerda e di-reita.

PRAIA DO PRADO

E PORTO SEGURO:

Jfem+Mm.

'<Wm,

At..

Ali, no sul da Bahia, entre Porto Se-guro e Alcobaça, a Praia do Prado es-pera por você com tudo o que lhe dá di-reito: natureza quase selvagem, casa-rio simples e uma beleza imensa.

E, para suas noites de diversão, tema lambada, a dança típica do lugar,dançada nos bares de Prado com ale-gria e sensualidade.

No novíssimo Hotel Praia do Prado,você completa seus sonhos com outrosatrativos: piscina, excelente restauran-te, ótimos apartamentos e um serviçode primeira.

Você vai — e vai pedir a Deus paraficar por lá.

Excursões em confortáveisônibus de turismo com arcondicionado.Programas de 5 e 7 dias.Você também conheceráPorto Seguro e Alcobaça. E sequiser, "estica" até Ilhéus eSalvador.Preços inacreditáveis.

SOLICITE FOLHETO AO SEUAGENTE DE VIAGENSAPOIO: \Babiatursa *emtur

EXCURSÕES FERROVIÁRIASPANTANAL MATOGROSSENSE

14 dias incluindo compras na Bolivia e Paraguai com os melhores hotéis.Saídas: JUN 17. JUL. 08. 15. 22 e 29. AGO 05 e 19

CIDADES HISTÓRICAS4 dias-Hotel ? ? ? ? (Exclusividade da Trilhos).Saidas: JUL 09 e 23. AGO. 20

CIDADE DA CRIANÇA |EV^ROs3 dias incluindo Playcenter, Simba Safari, Exotiquarium. Hotel * *'* * Saídas: JUN 26. JUL. 03. 10.17. 24 e 31. AGO. 14 e 28

J. Carneiro - Pioneiroem Turismo Ferroviário

TRILHOS AGENCIA DE VIAGENS LTDA.Rua da Assembléia, 10 - Loja s/s 110 (Edifício Cândido Mendes)

Tels.: 224-9038 e 224-8113 - EMBRATUR 04456.00.42.5

HAPPY BIRTHDAY

DISNEYWORLD ESTÁ EM FESTA. COMEMOREVIAJANDO CONOSCO E PARTICIPE DOS

SEUS 15 ANOS DE CRIAÇÃO

soleturEM TURISMO A NÚMERO 1EMBRATUR N.° 00942.00.41.3

CENTRO: Quitanda, 20 - Sobreloia -Tel.: 221-4499COPACABANA: Santa Clara, 70 - SobrelojaTel.: 257-8070TIJUCA: Saens Pena, 45 • Loja 10 LTel.: 264-4893IPANEMA: Visconde de Pirajá. 351 • Loja ATel.: 521-1188BARRA: Av. Armando Lombardi, 800 - Loja NTel.: 399-0309

Mlaml City - Cabo Kenncdy —Orlando — Dhneyworld — Epcot

Center— Busch Gardena —Seaworld — Weí'n iclld — Clrcus

Wortd.15 DIASSAÍDAS

(2 «7 -10-22 julho 87)

?CDS

Sir

Embratur:00197-00-41-8

TURISMORy 5. k>U. 90 • Grvpci 909/910(etq. Afc'. Rio Btmnto)

m: 224-9455

m

a

JORNAL DO BRASIL Política domingo, 14/6/87 ? Io caderno ? 5

Comissão de Soberania Covas admite divisão do PMDB

é dos "progressistas

M\\ \

BRASÍLIA — Aaprovação do relato-rio do senador JoséPaulo Bisol (PMDB-RS), relator da Co-missão de Soberania,deu aos progressistasa primeira grande vi-tória da Constituinte. Num clima demuita emoção, por 41 votos contra17, depois de um dia tenso de muitasconversas sem acordo, às 11 h30mino relatório estava aprovado na ínte-gra, embora ainda esteja sujeito aalterações, que serão formalizadasaté hoje. por processo de votação emdestaaue de emendas, propondo no-va redação, supressão ou acréscimode trechos ou expressões e até mes-mo artigos do relatóvio.

— Foi a expenencia mais dura emais gratificante da minha vida.Uma vitória da coragem moral, ondeo voto de algums pessoas me sur-preendeu e emocionou — comentoucom lágrimas nos olhos, mãos trêmu-Ias, o senador Bisol, entre abraçosde parlamentares e familiares.

Dois deputados — Anna MariaRattes (PMDB-RJ) e Lysâneas Ma-ciei (PDT-RJ) — e a delicada firme-za na condução dos trabalhos dopresidente da Comissão, Mário As-sad (PFL-MG), facilitaram a vitóriados progressistas com o relatórioconsiderado o mais avançado de to-das as comissões. Ele muda, inclusi-ve, o conceito de estado, garantindoque a soberania é da nação — dopovo —, que delegará os poderes doestado. Pelo texto de Bisol a Consti-tuição será aprovada por plebiscito eo eleitor terá o poder de destituir osseus representantes aue nãocumprirem compromissos de campa-nha. Será concedida a anistia plena atodos os punidos por Ato Institucio-nal, desde 1961.

Virada dos evangélicos —Os conservadores, que somavam 25votos fechados, ameaçavam derrotaros progressistas enviando à Comis-

são de Sistematização apenas os rela-tórios, aprovados nas subcomissões.Enquanto Anna Maria Rattes e as-'sessores do senador Bisol convoca-vam por telefone todos os suplentesafinados com as posições do senadorpara comparecerem à votação, Lysâ-neas, Bisol e o deputado BrandãoMonteiro, líder do PDT na Câmara,negociavam acordos com os evangé-licos, envolvendo três itens do rela-tório: o relativo às limitações aoscultos, à não discriminação aos ho-mossexuais e à legislação sobre pro-teção ao consumidor. Uma briga desocos entre Lysâneas e o deputadoJoão de Deus (PDT-RS) impediu aformalização do acordo. Mas, naabertura da sessão de votação, comuma hora de atraso, às 9h30min,Bisol iniciou seu discurso declarando

- de público que aceitava as modifica-ções propostas pelos evangélicos.

E

O deputado José Fernandez> gncitoiapre

ção do substitutivo. O deputado José

epu(PDT-AM), que liderava o grupo,

publicoferta de Bisol, garantindo a aprova-também icamcnte aceitou a

Mendonça (PFL-MG), líder dos con-servadores na Comissão de Sobera-,nia, ainda tentou com manobras re-gimentais reverter a situação, pro-pondo, inclusive, que o relatóriofosse votado capítulo a capítulo. Umprocesso mais demorado, que impe-diria, por exemplo, a presença dossuplentes progressistas durante todaa votação. Não deu certo. MárioAssad cumpriu rigorosamente o regi-mento interno. Com surpreendentesvotos positivos de conservadores, co-mo os deputados Costa Ferreira(PFL-MA) e Sotero Cunha (PDC-RJ), estava aprovado o relatóriomais avançado da Constituinte.

As feministas empolgadas puxa-ram o coro: "Democracia", investin-do contra Maria Cora Mena Barreto,que durante todo o trabalho dascomissões protestava contra a possí-vel liberação do aborto e a extinçãoda censura ao rádio e à televisão.

BRASÍLIA — Divergências sobreauestões ideológicas como a propriedadeda terra, o monopólio estatal do petróleoe o capital estrangeiro dividiram o PMDEcm duas facções, uma sob o comando dolíder do partido na Constituinte, senadorMário Covas, e outra conduzida pelopresidente, deputado Ulysses Guima-rães, com ajuda do líder do governo,deputado Carlos SanfAnna.

Diante dos líderes do PT, Lula, e doPDT, Brandão Monteiro, e de outros 13parlamentares desses dois partidos, doPMDB e até do PDS, Covas admitiu apossibilidade de abandonar o plenário navotação da Ordem Econômica: "Nãoadianta eu dizer que o PMDB vai sair do'lenário, porque uma parte vai ficar. Nãoá como negar que o partido está divi-

dido".A partir desta semana, Covas preten-de intensificar a "ida às bases", percor-rendo as seções pemedebistas em todo o

país com o objetivo de formar um movi-mento de pressão sobre a cúpula dopartido. Ele concluiu que essa é a únicaopção, após o resultado das votações nascomissões temáticas.

Foi a banca do PMDB reunida porUlysses e SanfAnna, estimulada peloPalácio do Planalto, apoiada pelo PFL epelo PDS, que derrotou a proposta dereforma agrária do senador pemedebistaSevero Gomes (SP) e derrubou o parecerdo relator da Comissão de Educação, odeputado, também pemedebista, Arturda Távola (RJ).

Na terça-feira, Covas será homena-

Brasília — Wilson Pedrosa

Covas lidera um bloco

geado pelos correligionários em São Pau-Io.. Dois dias depois, acompanhado dosenador José Richa (PR), terá encontrocom os pemedebistas do Rio. O governa-dor de Pernambuco, Miguel Arraes, jásabe que o líder irá visitá-lo, tática queusará com os demais governadores dopartido.

Ele não sabe se o governador New-ton Cardoso, por exemplo, terá interesseem conversar, mas irá a Belo Horizonte,possivelmente no dia 10 de julho. Se aconvenção nacional do PMDB não formarcada para o dia 27, nessa data eleestará desembarcando em Ilhéus, naBahia, para reunir-se com o diretóriolocal.

Poder mantém partido unido

Conservadores perdem tudobrasIlia — Depois da vitória

de ontem, a votação matutina naComissão de Soberania foi tranqüila,com cinco destaques aprovados emais um êxito dos progressistas, queconseguiram que fossem votados pri-meiro os 32 destaques propondoapenas alterações ao substitutivo.Com isso, dificultam a aprovação deemendas com àlterações substanciais,ao texto, propostas em outros 318pedidos de votação em destaque.

Foi suprimido o texto que libera-va de exigência de diploma para oexercício de profissões cuja práticanão implique risco de vida. E manti-do o artigo que libera a limitação donúmero de divórcios. "Salve aAids", reagiu Maria Cora MennaBarreto, lobista representante daTFP. A atitude provocou uma res-posta malcriada do pernambucano

Maurílio Ferreira Lima: "Vou man-dar fazer um teste na senhora agoramesmo".

Cumprindo o acordo com osevangélicos, que facilitou anteontema vitória do substitutivo, foi suprimi-do o texto proibindo a profissão deculto que incite violência ou defendadiscriminações, e alterados dois ou-tros pontos; um relativo à lei sobre adefesa do consumidor e outro a ter-minologia referente aos homosse-xuais incluída no capítulo da cidada-nia. Foi decidido aue a regulamenta-ção sobre direito ae consumidor seráregida por código próprio, e mantidaa redação original (do primeiro rela-tório apresentado por Bisol), queproibe a discriminação por raça, pro-fissão, religião e comportamento se-xual, como queriam os evangélicos.O texto original referia-se a orienta-ção sexual.

BRASÍLIA — O deputado DelfimNetto (PDS-SP) e o presidente nacionaldo PT, deputado Luís Inácio da Silva(SP) não acreditam que as divisões doPMDB na votação de inúmeras questõesimportantes da Constituinte levem o par-tido a uma ruptura. O argumento deDelfim e Lula, que poucas vezes têm amesma opinião sobre um assunto, é igual:o PMDB é um partido no poder e por issonão se divide.

"O PMDB tem 22 governadores e 17ministros. O fisiologismo é uma realidadee ninguém vai largar o partido", disseLula. "O poder é uma força muito grandeque neutraliza a tendência à divisão",afirmou Delfim, que. como ministro du-rante quase 20 anos. tem grande expe-riência sobre o assunto. Ele acha que asdiferenças de opinião no PMDB sãonaturais, pois, no caso da Constituinte,não há voto de partido, mas, sim, deacordo com a consciência de cada um.Para Lula. o que está ocorrendo com oPMDB é uma prova de que o partido dodr. Ulysses não passa de um "balaio degatos".

Programa divide — Um im-portante líder do PFL, porém, tem opi-nião diametralmente oposta à de Lula eDelfim. Ele considera que as divisõesdentro do PMDB são insuperáveis e seaprofundarão cada vez mais à medida emque se aproximar a hora da definição danova Constituição. Segundo o parlamen-tar pefelista, no momento da votação dacarta no plenário, o PMDB estará dividi-do em dois campos: um que apóia Sarneye outro de oposição. Na avaliação dessedeputado — com grande trânsito na cor-rente moderada do PMDB — é normalem todo partido a existência de alasdireita e esquerda. Mas, argumenta ele,no caso do PMDB as diferenças são

muito grandes. Enquanto o partido este-ve na oposição, elas ficaram em segundoplano, diante da necessidade de unidadeface arbítrio. Agora, porém, o PMDBtem de aplicar um programa de governo,lembra o dirigente do PFL, e não é maispossível conciliar visões ideológicas abso-lutamente distintas.

O deputado comunista FernandoSantana (PCB-BA) também acredita queo PMDB caminha para a divisão. "Ele éuma frente, mas, quando uma parte dabancada vota a favor do capital estrangei-ro e contra a pátria, a ruptura é umaquestão de tempo." O pedetista Noel deCarvalho (RJ) tem opinião semelhante:"Durante uma época, o PMDB foi aesperança da nação. Agora está se con-vertendo no seu carrasco." Segundo oparlamentar fluminense, que pertenceuao MDB/PMDB no passado antes deingressar no partido de Brizola, a hora dadefinição está chegando para os pemede-bistas progressistas.

Muitos deles já estão buscando novoscaminhos. O grupo socialista existentedentro do PMDB — Domingos Leonelli(BA), Nelton Friedreich (PR), NelsonWedekin (SC), entre outros — esperaaproveitar a próxima visita do primeiro-ministro espanhol, Felipe González, aoBrasil para fortalecer a discussão dessaopção. Leonelli quer convidá-lo para par-ticipar de um encontro com os socialistasdo PMDB em Brasília. O deputado HélioDuque (PR), porém, adverte: "Estãoquerendo nos empurrar para fora doPMDB, mas nós não entregaremos alegenda do partido." A maioria dos pro-gressistas do PMDB investe no fortaleci-mento da figura do líder Mário Covas,que, nas últimas pesquisas de opinião,apareceu disparado como o nome maisforte entre os pemedebistas para a succs-são presidencial.

Maciel articula pactoouvindo Brizola e Lula

Um pacto político que permita a continuidadeda transição até o seu término natural e possibiliteuma Constituição progressista e duradoura. É o queo presidente nacional do PFL, senador MarcoMaciel, pretende discutir e propor, rapidamente,aos presidentes nacionais do PT e PDT, deputadoLuís Inácio Lula da Silva e ex-governdor LeonelBrizola, respectivamente. Através de intermediá-rios, Lula e Brizola já concordaram em ter umencontro preliminar em separado com Maciel. Adata deverá ser marcada durante a próxima semana.Procurado ontem de manhã, Maciel se recusou acomentar o assunto.

No entanto, segundo alguns políticos, o quepreocupa o senador pernambucano são as dificulda-des do governo Sarney que, na sua opinião, sàomuito mais políticas do que econômicas. Para ele, asolução passa por um acordo político que reunatodos os partidos sem distinção. Esse acordo defini-ria um programa mínimo de governo. Maciel enviouum recado por emissários a Lula e Brizola, dizendoque os partidos devem agora procurar o que os unae não o que os separa. Esse recado, acrescentaramos emissários, deve impedir que a tansiçáo demo-crática sofra qualquer tipo de interrupção.

Temática — Segundo fontes pedetistas epetistas, Maciel também quer conversar com Lula eBrizola sobre o andamento dos trabalhos na Consti-tuinte e, principalmente , discutir a questão daordem econômica. Entre os diversos itens , estão areforma agrária, o monopólio do petróleo, a políti-ca econômica e a questão social. Lula disse ontemque está aberto para qualquer conversa com todosos presidentes de partido, inclusive com o presiden-te Sarney. Ele só procurava uma data livre em suaagenda, tendo a impressão de que um encontropreliminar poderá ocorrer na próxima semana.

O deputado Vivaldo Barbosa (PDT-RJ), quefoi o intermediário de Maciel junto ao ex-governador Leonel Brizola, disse que este tambémconcorda em conversar com o senador sobre oacordo interpartidário. Maciel pretende procurar,brevemente, o Partido Comunista Brasileiro.

Com PMDB, Maciel procuraria somente umamodernização e ampliação do documento firmadoentre os dois partidos e que deu origem à AliançaDemocrática, o quel seria revisto. Não haveriadificuldade para esse entendimento, de acordo compolíticos do PFL, uma vez que as principais lideran-ças pemedebistas, o deputado Ulysses Guimarães eo senador Mário Covas, têm enfatizado seu apoioao governo do presidente Sarney.

Segundo fontes do PFL, Maciel não estariadando muita importância às divergências entre osdois partidos em torno da ordem econômica nanova Constituição. Na sua opinião, o entendimentonecessário para uma ordem econômica progressistacomeça agora na Comissão de Sistematização.

Mineiro quer Congresso

funcionando em julhoBELO HORIZONTE — O Congresso deveráser convocado extraordinariamente durante o reces-so em julho, para possibilitar o "ajustamento

parla-mentar à realidade do país" e discutir as medidaseconômicas decretadas pelo presidente José Sarney,revelou o Io vice-presidente nacional do PFL,deputado Maurício Campos.

A convocação é proposta da deputada SandraCavalcanti (PFL-RJ), que começou a recolher assi-naturas para o projeto de decisão. "Num momentode crise e ajustamento da economia, não podemostirar férias e ficar ausentes", justificou Campos.

Em sua opinião, o grande problema que opresidente José Sarney vai enfrentar , com as novasmedidas econômicas é o descrédito do povo, após ofracasso do Plano Cruzado. Mas o vice-presidentedo PFL acredita que, a partir de medidas concretas,como o corte de gastos públicos supérfluos, ogoverno poderá recuperar a credibilidade.

Evangélico arrasarelatório Távola

BRASÍLIA — Depois dequase doze horas de obstrução,não foram necessários mais doque quinze minutos para que osconservadores, aliados aosconstituintes evangélicos, se-lassem o destino do substituti-vo do deputado Artur da Távo-la (PMDB-RJ), relator da Co-missão da Família, educação,Cultura e Esporte, da Ciência eTecnologia e Comunicação.Ele foi rejeitado por 37 votoscontra 26, segundo a proclama-ção do resultado pela mesa, oupor 36 contra 27, segundo acontagem dos constituintes fa-voráveis à emenda.

Às 14hl5min, quando a ses-são foi suspensa devido à mani-festaçáo da galeria, que pediaensino público, jogava dinheirosobre os parlamentares — sen-tados à direita da mesa, embloco — e os chamava de "ven-d idos",- a estratégia final dosdois grupos já estava estabele-cida. A direita iria concentraresforços para aprovar os quinzepedidos de destaque seleciona-dos no dia anterior, em reuniãono Hotel Nikkey, em que esta-vam presentes as suas mais ex-pressivas lideranças: a depu-tada Rita Furtado (PFL-RO) eo deputado Mendes Ribeiro(PMDB-RS). A esquerda sim-plesmente pretendia obstruir avotação até o último prazo.

Acusação — "Eu voudefender o substitutivo derro-tado na Sistematização", anun-ciou Távola. "Vamos obstruiraté segunda-feira", informou adeputada Cristina Tavares(PMDB-PE) que, no final daprimeira votação, já alterada,gritou para um dos deputadosevangélicos: "Pensa qu eu nãosei que os evangélicos foram nasemana passada ao Palácio doPlanalto pedir concessões derádio?" O atingido, o deputadoMatheus Iensen (PMDB-PR),invocava o "testemunho deDeus" para negar a acusação.

Na página 7, BernardoCabral, a nova estrela daConstituinte

RIO-SANTOS(Terrenos de Frente Para o Mar)

Oportunidade fantástica. Apenas uma norado Rio, no km 44 a km 60 da Rio-Santos.Terrenos de diversos tamanhos, alguns defrente para a praia. Pertos do Hotel Porto-bello e Club Mediterranee (ambos emconstrução) os terrenos se beneficiarãocom a entrada em operação de ambos osHotéis. Valorização certa. Opção maravilho-sa para casa de praia. Tel.: 789-1104.

^

6

m af

A PÉROLA DO CARIBE

SOLDE CUBA

10 dias. Visitando Havana e Bogotá Partidas mensais (se-manais em Julho). Terrestre (meia pensão) • só US$270,00

CUBA MULTIC0L0R10 dias. Visitando Havana,Trinidad, PlayaGirón, Cienfue-aos, Varadero e Bogotá Partidas quinzenais. Terrestre[pensão completa) - só US$ 410,00

(Kl

CUBA, MÉXICO E MIAMI17 dias. Visitando Havana, Varadero, México eMiami (opcional a Disney). Partidas: 6 e 13 de julhoAérea: US$ 1.170 - Terrestre: US$ 779

SOL, MAR E AREIA- VARADERO É.

Itinerário especial para as Férias de Julho, combinandoHavana e Varadero, 20 Km de praia, o Centro Turístico deCuba 10 dias de viagem. Partidas semanais em Julho. Ter-restre (meia pensão) - só US$ 399,00

VOANDOTEMOS TAMBÉM PROGRAMAS DE VIT1UG0

AVIdllvd E DE EVENTOS / Parte aéns US» 790,00La Aarolínaa de Colombia

^©tATIN EXPRESS // BANC0RCOtttUUl SEU AGENTE

Em sete opções irrecusáveis: pela elaboração, criatividade, preços eprincipalmente qualidade

Diversas saídas mensais

OPERAÇÃO

MUNDOTURÍSTICO AJM

Av Rio Branco, 156 • gr 2033Tel 220 3684. 262-5537 e 262 9830EMBRATUR 0094100416

àMItatiaiaturismo

Centro Av Rio Branco 120 ¦ s/l ¦ PABX 221 202?Ipanema RuaVisr. de Pt*aja 540 s/l 208

Te» 5111147 EMBRATUR 0001000411

ESC ©BARTURISMO E VIAQENS LTOA

Rua Sào Bento. 13 • 1 ? and PABX 233 0825Rua Coronel Gomes Machado 130

NilerôiTel 719-5345 EMBRATUR 0000i004n

R I 0 T R A V E LTURISMO

Av Rio Branco 161 • ioia - Tel 221 2838Telex (021131549 embuatur 0040900411

SINFONIA EUROPÉIARoteiro: Lisboa - Madrid - Roma - Assis -Florença - Pádua - Veneza - Klagenfurt - Viena

Salzburg - Innsbruck - Munich - LagoConstança - Zurich - Floresta Negra -Mannheim .- Rio Reno - Colônia - Düsseldorf -Amsterdam - Londres - Paris.

MARROCOS E O MELHOR DA EUROPARoteiro: Casablanca - Rabat - Meknes - Fez - Mar-rakesh - Roma - Assis - Florença - Pádua - Veneza

Londres - Paris - Madrid - LisboaCHINA E ORIENTE

Roteiro: San Francisco - Honolulu - Osaka -Nara - Kyoto - Hakone - Monte Fuji - Tokyo -Bangkok - Hong Kong - Canton - ShangaiNanking - Pequim - Los Angeles.

EUROPA MUITO ESPECIALDiversos roteiros de 15 ou 18 dias de duraçãocom preços' muito especiais e saídas todos ossábados, abrangendo todos os destinos:Roma, Londres e Paris. Interior da Suíça,Escócia, Egito e Terra Santa; Grécia e IlhasGregas, Escandinávia, União Soviética, RioReno, Sicília e Iugoslávia.

MARES DO SULRoteiro: Los Angeles - Nadi'- Sydney -Melbourne Auckland - Waitomo - Rotorua -Papeete - Bora Bora- Moorea

ALOHA AMÉRICARoteiro: Miami - Sea World - Orlando -Disneyworld - Epcot Center - Acapulco - Taxco

México - Honolulu - Los Angeles - Las VegasSan Francisco - New York - Montreal - OtawaMil Ilhas - Niagara Falls - Toronto.

'• DO REINO DOS VIKINGS AOS GIRASSÓIS DARÚSSIARoteiro: Copenhagem - Oslo - Laerdal - Sognef-jord - Bergen - Estocolmo - Helsinque - Leningra-do - Moscou - Minsk - Varsóvia - Chestochova -Gracóvia - Wadowice - Budapeste - Praga - Ber-lim - Paris

Acompanhamento de guias brasileiros» Hotéis de 1.* categoria, sempre centrais

Irovel/erviee bfoxflEm excursão a melhor opção

ItatiaiaturismoKda

Av Rio Branco. 120 - S I].Tel. 221-2022Ruh Visc de Pirajá. 540208Í209 — Tel. 5111147EMBRATUR 0010 01 41-1

ür7.N€WAYTOURAv Pres Wilson. 165/8" AndCentro - Rio de JaneiroTel. 210-1288EMBRATUR 00312 00 41 1

(=FAMMATifilSMO l \.1AG£NS LTCWRua da Candelária. 79 -Gí 402 Tel 233-8486Cenlro - Rio de JaneiroEMBRATUR 00850-00-41 -0

RIO"TRAVELRIO TRAVEL TURISMO LTDA

Av Rio Branco. 161Centro ¦ Rio de JaneiroTel 221-2838EMBRATUR 00409-00-41-1

13 anos depontualidade

Av Rio Branco. 156-2* Sobre-Up 332Acbmo pi9sc*d»s rol»nt9SFone: 262-2790

EXCUP'"*'CS

y u i

Ú

s Domlngot

12 Dl»*S.nt..9°. V.ID.'«"°- Vl"*O,, Mi.. Punl« " °Grandú. T"« *° ^ 'hu.r.. C.n.l d. •S»!d«r • Domingo»

I 10 u.io««l»o. vi*.

£ co.dim.i-. d"po, Tarra. Mandonxa. Côrfnh» 6 Buano» Air®»£"»¦- T."» • p°""09°*_

I 12 0l*t* v.ip.'«'»°- vift**• J CuIC0.

li Paz-StldM- Oon^°>

* sS0^*~

cELDORADO

OLanChile

DISNEYBARILOCHEB. AIRESMÉXICOBOLÍVIAPERU

AEREASsaídas semanais

Cidada da Criança • 3diaaSarras Gaúcha» • S ou •diaaNordaata • 1? ou 15 diaaNorta-Nordatia • 19 d>a»Foi do Iguaçu • 3 ou ftdiaaRODOVIÁRIAS

VÁRIAS SAÍDAS SEMANAISSul do Braaii • 9 ou ndiaafoi Oilarania • 0 diaaFoz com Sul do Braail •

15 dia»Cidadaa Hiatôricaa • 4diaaCidada da Criança • 3dia»

Turismo

lRuaSloJot4.tt-Grt.90S/fl0P224-9455

Embratur n* 00197-00-414

SABORES.CHEIROS.BOM-GOSTO.

A P I C I U S 'í.

JORNAL DO BRASIL

EEl

Política 2a Edição a domingo, 14/6/87 ? 1° caderno ? 5

Conservadores e evangélicos derrotam Távola

2^

BRASÍLIA — Sem admi-tir qualquer tipo de negocia-ção, sem fazer qualquer con-cessão à esquerda ou aceitarqualquer abertura do grupo, oministro das Comunicações,Antônio Carlos Magalhães,foi. sem dúvida, o grande vitorioso nas duasúnicas votações que aconteceram, até às 18h deontem, na Comissão da Família, da Educação,Cultura e Esporte, da Ciência e Tecnologia e daComunicação. Na primeira, por 37 votos contra26, foi derrubada a versão final do substitutivodo deputado Artur da Távola (PMDB-RJ). Nasegunda, por igual número de votos, foi rejeita-da a primeira versão do substitutivo.

Durante a elaboração do último substituti-vo, o relator fez concessões ao grupo conserva-dor, assumindo, por exemplo, o artigo textualdo presidente da Comissão, senador MarcondesGadelha (PFL-PB). na questão da informática,e devolvendo ao Poder Executivo a prerrogativade conceder canais de rádio e televisão, desdeque as submetesse ao Congresso e que ouvisse oConselho de Comunicação. Távola adotou oconceito de empresa nacional do substitutivo dorelator da Ordem Econômica, senador SeveroGomes (PMDB-SP, que foi negociado com osconservadores.

Às llh, após duas horas de discussão, adeputada Sandra Cavalcanti, pelo PFL, e repre-sentantes da esquerda concluíram um acordosegundo o qual seriam aprovados o substitutivo'e pedidos de destaque para modificações emalguns artigos de consenso. Os outros destaquesinegociáveis seriam disputados pelo voto, emplenário.

Quando Sandra voltou ao plenário, o grupodos conservadores, liderado pela deputada RitaFurtado (PFL-RO) — mulher do secretário-geral do Ministério das Comunicações, RómuloFurtado — reagiu.. "Negociaram com a pessoaerrada, ela não é a maioria", avisou, pelomicrofone, o deputado Aroldo de Oliveira(PFL-RJ). De fato, Sandra não teve um voto.Nem o seu próprio, pois como suplente, sequerchegou a ter vez. "A culpa foi do Artur, quemanteve-se irredutível em 309r do substitutivo ,disse a representante do PFL fluminense.

Votos mudados — De fato, o acordodo grupo que segue o ministro Antônio CarlosMagalhães já tinha sido fechado nos dias queantecederam a votação, no Hotel Nikkey, comos parlamentares evangélicos e outros consti-tuintes que tinham interesse na aprovação deoutros artigos ou na rejeição de pontos específi-cos do substitutivo. Anteontem à noite, estavampresentes no quartel-general dos carlistas osdeputados José Elias, Ângelo Magalhães, JoséCarlos Martinez, Roberto Vital, Onofre corrêa,Rita Furtado, Mendes Ribeiro, Arolde de Oli-veira e o filho do ministro das Comunicações,deputado Luiz Eduardo.

Eles mudaram, por exemplo, votos queestavam comprometidos com a comunidadecientífica e acadêmica, como os deputados Ro-berto Vital, Cláudio Ávila, Roberval Piloto eOnofre Corrêa. Um dos convencidos, AloísioMagalhães, simplesmente não apareceu paravotar.

Os carlistas chegaram a um substitutivocondensado em 15 pedidos de destaque, algunscontraditórios entre si ou sem sentido. Na pro-posta, feita às pressas, mantém-se o atual regimede concessões de emissoras de rádio e televisão;e são derrubadas as garantias de reserva demercado para a tecnologia nacional, a norma deque o ensino privado não pode receber verbapública e a garantia de acesso do cidadão abancos de dados que contenham informaçõespessoais."Vou defender o suybstitutivo derrotado naComissão de Sistematização", anunciou o depu-tado Artur da Távola. "Vamos obstruir atésegunda-feira", informou a deputada CristinaTavares (PMDB-PE), que no final da primeiravotação gritara para um deputado evangélico:"Pensa que eu não sei que os evangélicos foramna semana passada ao Palácio do Planalto pedirconcessões de rádio?" O atingido, deputadoMatheus Iensen (PMDB-PR), invocou "o teste-munho de Deus" para negar a acusação. Mas odeputado Nelson Aguiar, que votou a favor dosubstitutivo de Távola e foi exceção, junto com adeputada Maria Lúcia, acusou seus companhei-ros de credo de terem traído "o povo evangélicopor interesses pessoais."

Sant'Anna

dá ajuda à

esquerdaEnquanto articulava a derrota das forças

progressistas em praticamente todas as co-missões temáticas da Constituinte, o líderdo governo na Câmara, deputado CarlosSanfAnna (PMDB-BA) ajudou, com seuvoto. a aprovar o relatório da Comissão deOrdem Social, a única em que houve avançosreais para a esquerda. Sant'Anna, que ésuplente da comissão, votou no relatório dosenador Almir Gabriel (PMDB-PA), quegarante as teses consideradas avançadas.

Essa aparente contradição pode ser ex-plicada pela afirmação de um senador ligadoàs correntes mais à esquerda do PMDB deque Sant'Anna não é nenhum troglodita, e épossível negociar com ele. Na Comissão daOrdem Social, especificamente, o líder dogoverno foi assessorado por sua mulher,Fabíola Aguiar, demitida do Ministério daSaúde por suas posições avançadas na ques-tão da reforma sanitária.

Cautela — Carlos Sant'Anna ficoucoordenando de seu gabinete a atuação dos

moderados nas votações a partir de sexta-feira. Preferiu, ao contrário do líder MárioCovas, não percorrer as comissões. Atravésde diversos olheiros, porém, acompanhou asvotações, especialmente a votação da Comis-são de Organização dos Poderes, onde seriavotado o mandato do presidente Sarney.

Nessa comissão, os moderados JorgeLeite (RJ), Borges da Silveira (PR) e Henri-que Alves (RN) chegaram a um acordo comos progressistas, como Miro Teixeira (RJ)Itamar Franco (MG). O acerto foi fechado àscinco horas da madrugada de sexta-feira parasábado. Com a chancela de Carlos Sant'An-na decidiu-se votar o conjunto do relatóriodo relator Egídio Ferreira Lima e, numaoutra votação, os temas polêmicos como aoficialização dos cartórios e o mandato dopresidente Sarney.

Numa avaliação dos interesses do gover-no em jogo na Cons-tituinte, concluiuque acabaram com aFederação na Co-missão dos Estados,onde foi aprovada acriação de mais sete.Na questão da refor-ma agrária, avaliouque os dois lados"estão brigando en-tre si".

Primeiro

relatório

cria estadosBRASÍLIA — O depu-

tado José Thomaz Nonô. presi-dente da Comissão de Organi-zação do Estado, entregou on-tem à tarde ao relator da Co-missão de Sistematização,deputado Bernardo Cabral(PMDB-AM), o primeiro rela-

•tório aprovado por uma dascomissões da Constituinte. Aaprovação do relatório, elabo-rado pelo senador José Richa,relator da Comissão de Organi-zação dos Estados, ocorreu às3h40min da madrugada, apósquase treze horas de discussão.Agora, o deputado BernardoCabral tem até o dia 26 próxi-mo para dar seu parecer.

No relatório, os constituin-tes propõe a criação dos esta-dos de Maranhão do Sul, To-cantins, Tapajós, Triângulo eSanta Cruz. Além disso suge-rem a transformação dos terri-tórios do Amapá e Roraima emEstados. Na sessão que discu-tiu o relatório, os constituintesvotaram 284 destaques, rejeita-dos 275 deles.

O novo relatório diz. tam-bém, que compete à Uniãopermitir, nos casos regulamen-tados por lei complementar,"que forças estrangeiras transi-tem pelo território nacional ounele permaneçam temporaria-mente".

RIO-SANTOS ,(Terrenos de Frente Para o Mar)Oportunidade fantástica. Apenas uma horado Rio, no km 44 a km 60 da Rio-Santos.Terrenos de diversos tamanhos, alguns defrente para a praia. Pertos do Hotel Porto-bello e Club Mediterranee (ambos emconstrução) os terrenos se beneficiarãocom a entrada em operação de ambos osHotéis. Valorização certa. Opção maravilho-sa para casa de praia. Tel.: 789-1104.

A PÉROLA DO CARIBE

OOraEIA.

0 QUE VDLTA.

MM

CINEMA NO B

JORNAL DO BRASIL.

SOL DE CUBA

10 dias. Visitando Havana e Bogotá Partidas mensais (se-manais em Julho). Terrestre (meia pensão) - só US$ 270,00

CUBA MULTIC0L0R

10 dias. Visitando Havana, Trínidad, PlayaGirón, Cienfue-gos, Varadero e Bogotá Partidas quinzenais. Terrestre(pensão completa) - só US$ 410,00

CUBA, MÉXICO E MIAMI

17 dias. Visitando Havana, Varadero, México eMiami (opcional a Disney). Partidas: 6 e 13 de julhoAérea: US$ 1.170 - Terrestre: US$ 779

SOL, MAR E AREIA -VARADERO É.

Itinerário especial para as Férias de Julho, combinandoHavana e Varadero, 20 Km de praia, o Centro Turístico deCuba 10 dias de viagem. Partidas semanais em Julho. Ter-restre (meia pensão) • só US$ 399,00

VOANDOA««t«NA« TEMOS TAMBÉM PROGRAMAS DE VITIUGOAvianca E DE EVENTOS / Parte aérea US4 790,00

La Aarolínaa da Colombia

JT^TaTIN EXPRES5//BANC«ROPERAÇÃO - CONSULTE SEU AGENTE-

MUNDOTURÍSTICO AIM

Av Rio Branco. 156 • gr 2033Tel 220 3684.262 5537 e 262-9830

EMBRATUR 0094100416

ESC ©BARTURISMO E VIAGENS LTOA

Rua SSo Benlo. 13 ¦ 1o and PABX 233 0825Rua Coronel Gomes Machado. 130

Niterói Tel 719-5345 EMBRATUR OQOOKWit

Aítatiaiaturismo

Centro Av Rio Branco 120 s'l PABX 221 202?Ipanema Rua Vise de Ptra|â. 540 s/l 208

tel ^111147 CMBRATUR 0001000111

9R I

T0 T R A V E lURI SMO

13 anos depontualidade

A» Rio Branco. 156-2" Sobre-loia 332Ac®mo p/ascad«« rol$nfs £

Fone: 262-279Ó

Fogaça, feliz com o apoio ao parlamentarismo, beija a testa do relator Egídio

Organização de Poderes prefere 5 anos

A prevalecer naConstituinte o entendi-mento da Comissão deOrganização dos Pode-res, o presidente JoséSarney ficará cinco anosno governo. Por 43 vo-tos a 19. essa comissão derrubou ontem,às 19h30, a disposição transitória do pro-jeto de Egídio Ferreira Lima que previaeleições presidenciais para 15 de dezem-bro de 1988. "Eu me submeto à maioria,mas voto contra", disse o relator, noencerramento da votação.

Também contrariado com a duraçãodo mandato presidencial, o senador JoséFogaça não escondeu, contudo, sua satis-fação com outra votação: a que, por 59

votos a dois, optou pelo parlamentarismocomo novo sistema de governo a vigorarno Brasil. De acordo com a propostaaprovada de José Fogaça, o primeiro-ministro, um parlamentar, será o chefedo Governo e terá quase tantas atribui-ções quanto o presidente da República.

Ele exercerá a direção superior daadministração federal, elaborará o planode governo, indicará os ministros deEstado, expedirá decretos e regulamen-tos, prestará contas ao Congresso, prove-rá e extinguirá cargos públicos e decreta-rá o estado de calamidade. Por essesistema, o governo passa a contar tam-bém com um Conselho da República,com poderes para pronunciar-se sobre

dissolução da Câmara, declaração deguerra, intervenção federal e estado desítio.

Depois de um dia de negociações,não foi difícil para a comissão, às 18h,iniciar a votação do projeto. Só doisconstituintes — Bocayuva Cunha e Vivai-do Barbosa, ambos do PDT — votaramcontra o parlamentarismo, fiéis ao desejode Brizola, que quer eleger-se presidenteda República. A votação para o mandatopresidencial foi marcada pelo tumulto e aemoção, quando o relator Egídio Ferrei-ra Lima fez um pronunciamento dizendoque não seria coerente com os anseios dasociedade dar cinco anos de mandato aSarney.

Minoria aprova mandato que Sarney quer

m

O mandato do pre-sidente Sarney foi fixa-do em cinco anos pelaComissão da Organiza-ção Eleitoral, apesar damaioria dos votantesdefender os quatroanos. É que pelo mecanismo da Consti-tuinte, para se derrotar uma proposta dorelator são necessários os votos da maio-ria absoluta das comissões, nesse caso, 32votos. A proposta do deputado PriscoViana (PMDB-BA) era de cinco anos eos que queriam derrubá-la tiveram so-mente 27 votos. Os que defenderam oscinco anos representaram 20 votos.

Ficou mantido o texto original e osvotos favoráveis aos quatro anos foramdados pelos partidos de esquerda — PT,PDT, PC do B — pelo PDS e pela alaprogressista do PMDB. O deputado Pau-Io Ramos (PMDB-RJ) da ala progressis-fa, considerou tão importante a votaçãoque retirou uma emenda que previa qua-tro anos de mandato presidencial paraevitar um novo confronto no plenário."Tivemos um bom ensaio", disse o depu-tado.

A comissão, que iniciou seus traba-lhos às 9h30min, desenvolveu suas ativi-dades em clima de muita tranqüilidade,sem a presença de alguns constituintes

ilustres, como Mário Covas e MarcoMaciel. Além de derrotar a proposta demandato-tampão para os prefeitos queserão eleitos no próximo ano, a comissãodecidiu impedir que um candidato con-corra a dois cargos eletivos, um para oExecutivo e outro para o Legislativocomo queria o relator.

Ficou decidido ainda que o voto e oalistamento são obrigatórios e forammantidos os 18 anos como idade mínimapara votar. A comissão abriu possibilida-de para os cabos do Exército votaremporque proíbe o voto somente aos recru-tas que estejam prestando serviço militarobrigatório.Dois turnos — Sobre eleição degovernadores e prefeitos, serão como asdo presidente da República, em doisturnos e só será eleito quem tiver maioriaabsoluta de votos. Com relação a parti-dos políticos, foi cumprido o acordo reali-zado entre esquerda e direita. Para reti-rar a exigência de que os partidos deve-riam receber 39r dos votos em âmbitonacional em pelo menos cinco estados,foi aprovada a necessidade de os partidosterem 1% dos votos apurados nas últimaseleições ou 1% de reresentação na Câma-ra para terem acesso à propaganda eleito-ral gratuita. Também só poderão concor-rer às eleições nacionais os partidos que

tiverem (1,5% de filiados em relação aototal de eleitores, no município, estado eno país.

Os deputados que votaram a favordos quatro anos foram:PMDB — Antero de Barros, AntônioBrito, Arnaldo Martins, Asdrúbal Men-des, Euclides Scaldo, Hélio Rosas, IranSaraina, José Tavares, Nelton Friedkich,Osmir Lima, Roberto Brant, RobsonMarinho, Rospide Neto, Waldir Pugliesi,Domingos Leonelli, Paulo Ramos, Ge-raldo Alkmim, Percival Muniz e Fernan-do Gasparian; PDS — Artenir Werner eKonder Reis; PDT — Ayrton Cordeiro,Moema São Thiago; PTB — FranciscoRossi; PT — José Cienoíno e PauloDelgado; PC do B — Lídice da Matta.

Os que votaram em cinco anos:PMDB — Daso Coimbro, Edwaldo Mo-ta, Heráclito Fortes. Israel Pinheiro Fi-lho, José Mello, Luiz Soyer, Prisco Via-na, Nilson Gibson, José Freire; PFL —Sadi Hauache, Alércio Dias, EtevaldoNogueira, Evaldo Gonçalves, HorácioFerraz, José Camargo, Ricardo Izar;PDS — Jarbas Passarinho; PTB — Otto-mar Pinto.

Na página 7, a votação daSoberania

•i 4.

Em sete opções irrecusáveis: pela elaboração, criatividade, preços e

principalmente qualidadeDiversas saídas mensais

SINFONIA EUROPÉIARoteiro: Lisboa - Madrid - Roma - Assis -Florença - Pádua - Veneza - Klagenfurt - Viena

Salzburg - Innsbruck - Munich - LagoConstança - Zurich - Floresta Negra -Mannheim - Rio Reno - Colônia - Düsseldorf -Amsterdam - Londres - Paris.

MARROCOS E O MELHOR DA EUROPARoteiro: Casablanca - Rabat - Meknes - Fez - Mar-rakesh - Roma - Assis - Florença - Pádua - Veneza

Londres - Paris - Madrid - LisboaCHINA E ORIENTE

Roteiro: San Francisco - Honolulu - Osaka -Nara - Kyoto - Hakone - Monte Fuji - Tokyo -Bangkok - Hong Kong - Canton - ShangaiNanking - Pequim - Los Angeles.

EUROPA MUITO ESPECIALDiversos roteiros de 15 ou 18 dias de duraçãocom preços muito especiais e saídas todos ossábados, abrangendo todos os destinos:Roma, Londres e Paris. Interior da Suíça,Escócia, Egito e Terra Santa; Grécia e IlhasGregas, Escandinávia, União Soviética, RioReno, Sicília e Iugoslávia.

MARES DO SULRoteiro: Los Angeles - Nadi - Sydney -Melbourne • Auckland - Waitomo - Rotorua -Papeete - Bora Bora- Moorea

ALOHA AMÉRICARoteiro: Miami - Sea World - Orlando -Disneyworld - Epcot Center - Acapulco - Taxco

México - Honolulu - Los Angeles - Las VegasSan Francisco - New York - Montreal - OtawaMil Ilhas - Niagara Falls - Toronto.DO REINO DOS VIKINGS AOS GIRASSÓIS DA

RÚSSIARoteiro: Copenhagem - Oslo - Laerdal - Sognef-jord - Bergen - Estocolmo - Helsinque - Leningra-do - Moscou - Minsk - Varsóvia - Chestochova -Gracóvia - Wadowice - Budapeste - Praga - Ber-lim - Paris

Acompanhamento de guias brasileirosHotéis de 1.' categoria, sempre centrais

iMd/ervioebrailEm excursão a melhor opção

Av Rio Branco. 161 • loia ¦ Tel 221 2838Tele« |021| 31549-EMBRATUR (XM9004n

I Itatiaiaturismo

I KdaAv Rio Branco. 120 • S I j.Tel 221-2022Rua Vise de Pira|á, 540208'200 — Tel 5111147EMBRATUR 0010-01 -41 -1

NCWAYOURAv Pres Wilson. 165/8° AndCentro ¦ Rio de JaneiroTel 210-1288EMBRATUR 00312 00 41 1

CLfammaftfepy fiw.w ( vuru\s HCA

Rua da Candelária. 79 -Gr 402 Tel 233-8486Centro • Rio de JaneiroEMBRATUR 00850-00-41-0

SÃRIO- TRAVEL

RIO TRAVEL TURISMO LTDAAv Rio Branco. 161Ceniro - Rio de JaneiroTel 221-2838EMBRATUR 00409-00-41-1

EXCUp"*cS

ANDINOS

12 Dl" viMPU..-0 "O"". >•••^8""0'

12 Dlat

Bu«"0* Aire* ,T.'C» «

ESnsrs

i

L» WsVo.»

ELDORADOV—2

O LanChile

njSB»

DISNEYBARILOCHEB. AIRESMÉXICOBOLlVIAPERU

AEREASSAÍDAS SEMANAIS

Cidada da Criança • 3diasSerra» Gaúcha» • S oo 8diaaNordctia • <2 ou 15 dia*Norta-Nordaaia • 19 d>a»Foi do 'guaçu • 3 ou 5dia»RODOVIÁRIAS

VÁRIAS SAÍDAS SEMANAISSul do Braail • • ou 11dia»Foz Ditaram» • • dia»

Fox com Sul do Braail •15 diaiiCtdadaa Histórica» • 4dlatCidsds da Criança • 3dias

Turismo

IruiSíO JoU. JO - Gr». 909/JW f224-9455

EmButu' »• OOier-OMI-*

SABORES.CHEIROS.BOM-GOSTO.

A P I C I ü S

JORNAL DO BRASEL

HI

siazxE

a

KUl

H

9

I

mm

6 ? Io caderno ? domingo, 14/6/87 Política JORNAL DO BRASIL

Informe JB

Gonta o folclore político que, cm

1955, o então comandante doPSD, Benedito Valadares, andavaassustado com a rebelião militar,estimulada pela UDN, contra a pos-se do presidente Juscelino Kubits-chek.

Valadares estava convencido de

3ue não havia mais jeito e chegou a

efender com uma frase que ficoufamosa — "O Juscelino quer bancaro Tiradentes com o nosso pescoço"— a renúncia do presidente eleito.

Ao saber do temor do seu com-panheiro de partido, Juscelino pe-gou o telefone e falou com Vaiada-res, cm seu apartamento na RuaRaul Pompéia, em Copacabana:

Você está assustado à toa.Não há nenhum golpe. As ForçasArmadas vão garantir a minhaposse. Claro que vem golpe — rea-giu Valadares. — Agora mesmo euestou ouvindo cometa lá embaixo.

Valadares, deixa de ver fan-tasma. Quem está tocando a corne-ta aí embaixo é o filho do LucasLopes, seu vizinho, que estuda mú-sica.

?Esta história foi lembrada, na

semana passada, numa roda de po-líticos em Brasília, num momentoem que tem muita gente confundin-do buzina de automóvel com apitode urutu.Novo Cruzado I

No Brasil de hoje quem não estiverconfuso c porque seguramente está malinformado.Novo Cruzado II

O professor Chico Lopes, da PUCdo Rio, foi o único remanescente doCruzado a trabalhar com afinco naelaboração do Plano Brcsscr, que, aliás,guarda algumas semelhanças com o Pia-no Sayad — também de sua autoria cque foi tão bombardeado há três meses.

?Ele ficou tpda a semana passada

acampado em Brasília.

Novo Cruzado IIIDe Geraldo Assunção, empresário

da Gledson, responsável por grandeparte da fabricação de jcans brasileiros:

Se a situação econômica do paísnão melhorar nos próximos 120 dias, euquebro. Aliás, eu só não, todos.

Novo Cruzado IVAgora com tempo integral dedicado

às atividades empresariais, Paulo Ro-berto Falcão, o ex-rei de Roma, apren-de depressa.

Sua frase, na noite de lançamentoda gríffe de roupas esportivas de seuamigo Ayrton Scnna:

É grave a crise.

Mão leveA casa do prefeito Paulo Leone, de

Nova Iguaçu, acaba de ser equipadacom um piano.

Trata-se de móvel que pertence aoacervo do Centro Educacional Padrão,na Estrada de Madureira, e que foidesapropriado pela Prefeitura com tudoo que tinha dentro.

Doce vidaOs deputados estaduais fluminen-

ses, imbuídos de alto espírito público epreocupados com a escalada do custo devida, resolveram disparar o gatilho —mas só cm causa própria.

Eles passam a receber Cz$ 170 milmensais.

?Enquanto isso, o funcionalismo pú-

blico estadual está com seu salário con-gelado.

numa roda de amigos, voltando a cutu-car o prefeito Saturnino Braga:

— O Saturnino é aquele prego nosapato, que incomoda. A gente martelao prego e sai andando, mas fica sempreuma dorzinha.

AidsA cada quatro horas, aparece um

novo caso de Aids no Brasil. De cada 10casos novos de Aids, 7 ocorrem cm SãoPaulo.Tabagismo

O consumo de cigarros despencou22% em maio — em relação ao mesmoperíodo do ano anterior.

DestinoOs CZ$ 423,2 milhões que o Estado

do Rio recebeu no último dia Io —

primeira parcela do pagamento dosroyalties do petróleo — serão destina-dos, centavo por centavo, ao rcapare-lhamento da Polícia e ao combate àcriminalidade.Conselho

O secretário estadual de Transpor-tes, Josef Barat, foi procurado por doisoutros secretários de Transportes — deAlagoas e de Recife — cm busca demaiores detalhes sobre a encampaçãodos ônibus, realizada no último go-verno.

Ocorre que muitas empresas de ôni-bus, no Nordeste, estão falindo, porcausa da situação econômica. Josef Ba-rat foi taxativo:

— Esta c uma idéia que eu nãoencampo. Vocês estão comprando umsério problema.

?

CutucandoDo ex-govenador Leonel Brizola,

Lance-Livre

As dívidas das 16 empresas cncam-padas no Rio giram em torno de CZ$300 milhões e, dos 2 mil 200 ônibusencampados, só 1 mil 600 continuam cmcondições de uso.

Pelo mundoA revista americana Billboard — a

Bíblia do mundo fonográfico que circu-la semanalmente 100 mil exemplarespelo mundo inteiro — vai dedicar seunúmero da primeira semana de setem-bro ao Brasil. O repórter Chris McGo-wan já está no Rio.

Sem conviteO presidente Sarncy prometeu cm

1986 ao então candidato a governador,Pedro Simon, que seu estado, o RioGrande do Sul, seria o primeiro a servisitado após a posse dos governadores.

Até hoje não foi lá, e o próprioSimon garante que não é nenhumadiscriminação. Sarney não foi ao RioGrande do Sul porque não foi convida-do, explicou o governador:

— Como posso convidá-lo? Paralevar vaia?

Baixando o nívelO líder do PFL na Câmara Munici-

pai de Belo Horizonte, Dalton Guima-rães, lançou sua campanha à reeleição,cm novembro do próximo ano, de for-ma inovadora.

Aproveitando a campanha de pre-venção contra a Aids, está distribuindocorrespondência que inclui duas camisi-nhas da Jontex. Nos envelopes azuis,pregou adesivos em vermelho forte comos dizeres:

Prescrvc-sc. Conto com você cm 88.

Cena cariocaConversa de um motociclista, inde-

vidamente paramentado, que levavauma bela e quase nua garota na garupa,com o PM de serviço na avenida Antô-nio Carlos:

— Pô, seu guarda, se eu paquerarmulher de capacete, não vou pegarnenhuma!

O deputado José Serra fezbeicinho na sexta-feira, in-conformado de não ter sidoavisado do Novo Cruzadocom antecedência.

O movimento de mães daBaixada Fluminense não estágostando do funcionamentodos Cieps no governo Morei-ra Franco: reclama dos doisturnos, da merenda e da proi-biçáo de reuniões comunitá-rias nas dependências das es-colas.

Quem indicou RicardoSantiago para a SecretariaEspecial de Administraçãode Preços foi o próprio minis-tro da Fazenda, Bresser Pe-reira, por sugestão do econo-mista Francisco Lopes, quefoi seu companheiro na equi-pe do ex-ministro JoãoSayad.

Uma mesa-redonda sobrearquivo e controle de do-cumentos na AdministraçãoPública, para discutir o caosque reina nos arquivos, a serrealizada dias 1° e 2/7, na salade conferência do Banco Cen-trai, em Brasília, terá comopresidente de honra a direto-ra-geral do Arquivo Nacio-nal, Celina Moreira Franco.

O Hospital de Oncologiado Inamps inaugura, na pró-xima quarta-feira, os seuspróprios laboratórios de ana-

tomia patológica c patologiaclínica c seus serviços de ra-dio diagnóstico recém-modernizado com um apare-lho de ultra-som e um outrotelecomandado.

O Conselho Nacional dosDireitos da Mulher vai desen-volver, juntamente com aUnicef, um programa de pro-moção da mulher de baixarenda do Norte e Nordeste dopais. O objetivo é formar, naprópria comunidade, agentesde saúde que atenderão àsmulheres de baixa renda.

Faz 25 anos, na próximaterça-feira, a revista Enge-nharia Sanitária, editada pe-la ABES (Associação Brasi-leira de Engenharia Sanitáriae Ambiental). É a única re-vista técnica brasileira quecuida de saneamento básico emeio ambiente.

Do Manolo, da gravadoraRCA, surpreendido sexta-feira pelo congelamento depreços anunciado pelo gover-no: "Nós estávamos aplican-do o (ndice de inflação apenasno dia 25 de cada mês. Ogoverno não poderia punirquem age da forma certa,mas puniu. A bandeira doBrasil, agora, deveria serNão vamos ganhar nem per-der, vamos empatar."

Otávio Augusto, presiden-

CURSO DE

leituraDINÂMICA

Leia 3000 palavras porminutos com compreensão:Promoção: IOM — Institutode Otimização da Mentec AB — Consultoria.Rua do Catete. 311-S/1311Tel. 285-7526 e 285-5908Professor: Juarez Lopes.

Se o povo e a cultura japonesao fascinam, porque não apren-der sua língua?Matricule-se já!!

Inicio JULHO 87curso jip Tels:_L__ 236-3189TflP 255-7626

Rua Barata Ribeiro, 370, Gr. 220

Quércia teme

perder

eleição com crise

te do Sindicato dos Atores doRio, acaba de chegar de TelAviv, onde participou deuma conferência sobre direi-to autoral. O sindicato vailiderar um programa de in-tercâmbio de legislação sobredireito autoral do Brasil comdiversos países.

A Fundação Nacional doíndio anda sem memória esem arquivo. Para recuperarum processo que rola desde1954 sobre litígios agrários,envolvendo os índios panka-raru e os fazendeiros dasfronteiras entre Pernambucoe Bahia, os assessores jurídi-cos da Funai tiveram que re-correr ao Conselho Missioná-rio Indigenista.

Verbas federais que o go-vernador recebe para repas-sar a municípios mineirostêm sido destinadas apenas aprefeitos do PMDB. Esta foia constatação do líder doPFL na Assembléia Legislati-va de Minas, deputado Mil-ton Sallcs, que pretende de-nunciar o fato ao presidenteSarney.

Nas contas do senador Má-rio Covas, faltam 638 diaspara o presidente Sarney dei-xar o governo. Já na matemá-tica do presidente, ainda fal-tam 1.003 dias.

CONCURSOSFISCAL I.S.S. — B.N.D.E.S.

NOVAS TURMAS EM JULHO * ISbídoT8'4

©

CURSOBAHIENSE

Praça Ana Amélia, 9/5° andar(próximo à Santa Casa)

262-9858 / 262-9760

JMS-Ro Iníbrmalica e Ensino

CURSOS

DE

COMPUTAÇAO

u^olrítensívo de computadores e terminais.(38 micro» • o torminois)

Equipa d» professores altamente especializado*.Professores de plantõo • Apoio de psicólogos.Material didático grátis • ístágio remunerado.

|

~~Tfl

| |1racmec;|1

e ANÁLISE DE SISTEMAS (1 ano) 28/07e PROGRAMAÇÃO (6 mesos) 18 o 25/06Formação de Programadores para grande porte, com base COBOLe MICROINFORMÁTICA:Introdução à Microlnformática.. 22/06 dBase II 23 06Basic.... 16/06 dBase III 1806Basic Avançado 17/06 Lotus 1 23 29 06Wordstar(Micro p-Escritório) ....17/06 MS/DOS 24/06

Turmas: Manhã, Tarde, Noite e Sábados.A melhor estrutura de «ursos do Pais.Visite-nos a conheço nossos instalações.Rua da Alfândega, 91 -3° andar S 221-6067

SÁO PAULO — O governador OrcstesQucrcia defenderá a estabilidade política dogoverno, c, conseqüentemente, o mandato decinco anos pretendido pelo presidente José Sar-ncy, mesmo que o país sofra o agravamento dacrise econômica. O raciocínio do governador csimples e obedece a uma lógica linear: "Sc o paísfor para a hiperinflação, o governo ficará desa-creditado, o PMDB também e perderemos aseleições. Logo, para que eleição?"

Conhecendo u priori as medidas que inte-graram o novo pacote econômico do governo,Quércia defendeu com vigor as mudanças glo-bais. "O mandato do presidente José Sarneyestá definido em cinco anos. O que precisamosagora é assumir o governo c combater a inflaçãopara valer, com medidas que alcancem todo opaís", observou o governador.

A preocupação política de Qucrcia, agora,está voltada para as eleições municipais de 1988.Apesar de negar oficialmente, o governador jáestimula, no entanto, a candidatura de seusecretário de Obras, João Oswaklo Lciva, omais poderoso c influente de seus colaborado-res, à Prefeitura dc São Paulo. "Eu acho que ele(Lciva), deva ser pelo menos candidato a candi-dato. É uni direito dele", sugere, para depoisacrescentar, cm tom conciliador: "Eu vouapoiar aquele que for mais convcnicntc para opartido".

Na estratégia qucrcista de preparação paraas eleições municipais o candidato do palácioprocuraria se viabilizar dentro do PMDB localate janeiro do ano que vem, quando um novodiretório municipal seria eleito, assim como osdelegados que escolherão o postulante oficial dopartido para o pleito de novembro. Mesmo queLciva não consiga a maioria dentro do PMDB, ocacife do governador aumentaria considerável-mente para futuras negociações.

Com um olho na eleição municipal e outrona administração do estado, Quércia, da mesmaforma que Sarney, acha que precisa de tempopara acertar. E não quer uma campanha presi-dencial a curto prazo.

É seguindo esse princípio — da necessidadede estabilidade política para a implementação dcalterações econômicas — que Quércia se posi-ciona contra uma convenção nacional do PMDBnesse momento. Ele, que há um mês era favorá-vcl ao encontro, acredita que agora este "nãoseria produtivo, e só alimentaria a discórdiadentro do partido".

A vinculação a Sarney, que transformouQuércia cm uma das primeiras lideranças dopaís a defender sua pretensão de permanecercinco anos no Palácio do Planalto, fica maiscompreensível quando se contempla a situaçãocm que se encontra o mais rico estado dafederação, que tem assustadores 95% dc seuorçamento comprometidos com a folha dc paga-mento do funcionalismo. Não é por acaso,assim, que os três principais ministros da áreaeconômica estiveram no Palácio dos Bandeiran-tes — Luiz Carlos Brcsscr Pereira, da Fazenda;Anibal Teixeira, do Planejamento; c José HugoCastelo Branco, da Indústria e Comércio —para ouvirem as reivindicações de São Pauloanes dc lançarem o novo plano econômico.

Quanto a planos, por sinal, Quércia é enfáti-co: "Vamos apresentar o nosso plano dc gover-no no próximo dia 25, faça chuva ou faça sol. Equeremos obter recursos para construir o metrôdc superfície na Grande São Paulo (linha Leste-Oeste), 80 mil casas populares em todo oEstado, dobrar o número dc distritos policiais nacapital e iniciar o nosso programa para acriança."

nnnnnnnnnnnnnnnnv*njjnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn

FUNDAÇAOGETULJO VARGAS

IRH/CATESPE VCURSÓS NOTURNOSAv. 13 de Maio, 23 - 12?andar - Cehfto

RIO DE JANEIRO - RJ

CURSOS NOTURNOS — INlCIO — 13.07.87e ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRAe ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIAe ADMINISTRAÇÃO DE MATERIALe ADMINISTRAÇÃO DE PATRIMÔNIO

ADMINISTRAÇÃO DE PESSOALe ANÁLISE E AVALIAÇÃO ECONÔMICO

FINANCEIRA DE EMPRESASANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE BALANÇOS

e ATUALIZAÇÃO EM IPI E ICMATUALIZAÇÃO EM MATEMÁTICA FINANCEIRA

e AUDITORIAe BÁSICO DE CONTABILIDADEe CHEFIA E LIDERANÇAe COMÉRCIO EXTERIOR — IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃOe COMUNICAÇÃO ESCRITA — TÉCNICA DE

REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIACONTABILIDADE EMPRESARIALCUSTOSELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOSESPECIALIZAÇÃO E APROFUNDAMENTO EMCONTABILIDADEESPECIALIZAÇÃO EM SUPERVISÃO DE VENDASESPECIALIZAÇÃO EM VENDASIMPOSTO DE RENDA — PESSOA JURÍDICAINTRODUÇÃO À TÉCNICA GERENCIAISLEGISLAÇÃO TRABALHISTA E FGTSMARKETINGMERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAISORGANIZAÇÃO E MÉTODOSPLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃOPLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DERECURSOS HUMANOS

CURSOS DIURNO — INÍCIO — 06.07.87ADMINISTRAÇÃO — ANÁLISE FINANCEIRA

CURSOS AOS SÁBADOS — INÍCIO — 01.08.87ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRACOMUNICAÇÃO ESCRITA — TÉCNICA DEREDAÇÃO E.CORRESPONDÊNCIAESPECIALIZAÇÃO EM AUDITORIAESPECIALIZAÇÃO EM CONTABILIDADEESPECIALIZAÇÃO EM VENDASORGANIZAÇÃO E MÉTODOSPLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DERECURSOS HUMANOS

Informaçõès no.,local oii pelos telefones:262-3094, 262-3591, 262-3148 e 240-1565

UtiuyíaMUtititititititititititititititititititititititititititititititititititititititi

cursos de formação em

Análise de Sistemas e

Programação de Computadores

ANÁLISE06 da julho Diariamente de

Tp°alo„Z"noite: 19 as 22 horas

PROGRAMAÇÃOBOTAFOGO CENTRO IBPIM^IER04 de julho 21 de lulho 08 da |ulho07 de julho

CoordenaçãoAntonlo Juarez AloncarMSc pelo COPPE/UFRJEber SchmltzPhD pelo Imperial College, LondresJosé Fábio Marinho de AraújoMSc pela Univ. Califórnia, BertioleyMilton Albuquerque BezerraMSc pelo COPPE da UFRJPaulo Blanchl FrançaPhD pela Univ. Califórnia, BorkoleyYsmar Vlanna e Silva FilhoPhD pela Univ. Califórnia, Berkeloy

INFORMAÇÕESTal.: 286-6891

InstitutoBrasileiro de Pesquisaem InformáticaCentro: Av. Marechal Câmara, 160 - Ed. La Bourget — 2? andarMéier: Rua Constança Barbosa, 188 — Tels.: 594-8047 e 594-9244Botafogo: Rua Álvaro Ramos, 71 — Tel.: 275-2143

reeeeeeeeeeeeeeeeeec:-c;-u

LICITAÇÓES(Dec.Lei 2.300/86), REAJUSTES

DOS CONTRATOS DO PODER PÚBLICO.As questões controvertidas com a aplicação do Dec. Lei 2.300/86 e asimplicações econômicas ap6s o plano cruzado, envolvendo os setores, ^Público e Privado, serão esclarecidas no simpósio que a Editora NDJ Ltda.promoverá com a participação da destacados juristas.

Licitações e Contratos Administrativos (Dec Lei 2.300/86).Efeitos das Normas Gerais nos Estados e Municípios.

Professores: Caio Tácito - (Titular de Dir. Administrativo da Fac. de Direito daUERG. "A maior autoridade brasileira em Contratos Administrativos."Todiio Mukai - (Doutor em Direito pela USP. Prof. de Dir. Administrativo daUniv. Mackenzie - SP.) - "Conferencista e Debatedor em Simpósios sobre Licita-ções e Contratos em São Paulo, Porto Alegre, ITA (Min. Aeronáutica) e Curitiba.

Reajustes de Contratos Públicos, Preços Públicos, e Realinhamentos.Professor: Ives Gandra da Silva Martins (Tributarista, Titular de Direito Econô-mico da Fac. de Dir. da Univ. Mackenzie - SP.Local: Auditório da ADECIF - Rua do Carmo, 27 -13° and. - Rio de Janeiro.

Dia 07/julho/87- das 9 âs 18 horas,

Inscrições Rio de Janeiro Tel. (021) 281-5267 ' '*

Sào Paulo Tel. (011) 223-8655 . ; ; i- \Rua Conselheiro Crispiniano, 344 • 6.° and;- cjs.603/4 -SR , ,j

SABORES.CHEIROS.BOM-GOSTO.

A P I C I U s"

JORNAL DO BRASIL

AMANHA

na

me

TVE _ UMA EMISSORA FUNTEVE

JORNAL DO BRASIL S A

Ancelmo Gois

Avenida Brasil, 500 — CEP 20949Caixa Postal 23100 — S. Cristóvão — CEP20922 — Rio de JaneiroTelefone — (021) 585-4422Telex — (021) 23 690, (021) 23 262,(021) 21 558Vice-Presidência de MarketingVke-Praidente:Scrgio Rego MonteiroÁreas de ComercializaçãoSuperintendente Comercial:José Carlos RodriguesSuperintendente de Vendas:Luiz Fernando Pinto VeigaSuperintendente Comercial (São Paulo)Sylvian MifanoTelefone — (OU) 284-8133 (São Paulo)Gerente de Vendas (Classificados)Nelson Souto MaiorClassificados por telefone (021) 580-5522Outras Praças — 8(021) 800-4613 (DDG —Discagem Direta Grátis)©JORNAL DO BRASIL S A 1987Os textos, fotografias c demais criações intclcc-luais publicados neste exemplar nào podem serutilizados, reproduzidos, apropriados ou estocadoscm sistema dc banco dc dados ou processo similar,cm qualquer forma ou meio — mecânico, clctrôni-co. microfilmagcm. fotocópia, gravação etc. —sem autorização esenta dos titulares dos direitosautorais.

SucursaisBrasília -r- Setor Comercial Sul (SCS) — Quadra I.Bloco K. Edifício Dcnasa, 2o andar — CEP 70302

telefone: (1161) 223-5888 — (ele*: (061) 1 011SAo Paulo — Avenida Paulista, 1 294,17° andar —CEP 01310—S. Paulo. SP — telefone: (011) 284-8133 (PBX) — telex: (OU) 21 061, (011) 23 038Minas Gerais — Av. Afonso Pena. 1 500, 7o andarCEP 30130 — B. Horizonte. MO — telefone:(031) 222-3955 — telex: (031) 1 262R. G. do Sul — Rua Tcnentc-CoroncI CorreiaLima, 1 960/Morro Sta. Teresa — CEP 90640 —Porto Alegre, RS — telefone: (0512) 33-3711(PBX) —telex: (0512) 1 017Rahia — Rua Conde Pereira Carneiro. 22b —Salvador — Bahia — CEP 411IK) — Tel.: (071)244-3133 — Telex: 1 095Prrnambuco - Rua Aurora. 325 - 4o and. s/ 41K/420 -Boa Vista - Recife - Pernambuco - CEP 50050 - Tel.:(081) 231-5060 - Telex: (081) 1 247Ceará— Rua Desembargador Leite Albuquerque.832 — s/202 — Edifício Harbour Villagc —Aldeota — Fortaleza — CEP 60150 — Tel.: (085)244-4766 — Telex: (085) 1 655Correspondentes nacionaisAcre, Alagoas. Amazonas, Espírito Santo. Goiás.Mato Grosso. Mato Grosso do Sul, Pará. Paraná,Piauí. Rondônia, Santa Catarina.Correspondentes no exteriorBuenos Aires, Paris. Roma. Washington. DC,Londres.Serviços noticiososAFP. Airpress. Ansa. AP. AP/Dow Jones. DPA.EFE. Reuters. Sport Press. UPI.Serviços especiaisBVRJ, The New York Times.

Superintendência de CirculaçãoSuperintendente: Luiz Antonio CaldeiraAtendimento a AssinantesCoordenação: Maria Alice RodriguesTelefone: (021) 580-5262 c 585-4183Preços das AssinaturasRio de Janeiro — Minas GeraisMensal CZS 450.00Trimestral CZS 1.270,00Semestral CZS 2.400.00F.spírito Santo — São PauloMensal CZS 54(1.00Trimestral CZS 1.550.00Semestral CZS 2.900,00BrasíliaMensal CZS 600.00Trimestral CZS 1.750.00Semestral CZS 3.300.00Trimestral(Somente sábado c domingo) CZS 600.00Semestral(Somente sábado e domingo) CZS 1.200.00Croilnia — Salvador — Maceió — CuritibaMensal CZS 600.00Trimestral CZS 1.750.00Semestral CZS 3.300.00Recife — Forlaleia — Natal — João Pessoa —TeresinaMensal CZS 880.(10Trimestral CZS 2.500.00Semestral CZS 4.700.00

Entrega praUl em todo o território nacionalTrimestral CZS 2.500.00Semestral CZS 4.700,00Atendimento a Bancas e AgentesTelefone: (021) 585-1127Preços de Venda Avulsa em BancaRio de Janeiro — Minas GeraisDtas utcis CZS 15.00Domingos CZS 20.00Esplrito Santo — Sao PauloDias utcis CZS 18.00Domingos CZS 25.00DF, GO. SE, AL, BA. MT, MS,no SC RSDias utcis CZS 20.00Domingos CZS 30.00MA, CE, PI. RN. PB. PEDias úteisDomingosDemais EstadosDias úteisDomingos• Com ClassificadosDF, MT. MSDias úteisDomingosPernambucoDias úteis Domingos

..CZS 30.00

..CZS 35.00

CZS 35.00CZS 40.00

...CZS 30.00CZS 35.00

CZS 35.00CZS 40.00

M

AMANHAl

na ]

we 1

As questoes contravertidas com a aplicaqao do Dec. Lei 2.300/86 e asimplicapdes econdmicas ap6s o piano cruzado. envolvendo os setores,publico e Privado, serao esclarecidas no simp6sio que a Editora NDJ Ltda.promoverfi com a participapao da destacados juristas.

Licitapoes e Contratos Administrativos (Dec Lei 2.300/86).Efeitos das Normas Gerais nos Estados e Municfpios.

Professores: Caio Ticito - (Titular de Dir. Administrative da Fac. de Direito daUERG. "A maior autoridade brasileira em Contratos Administrativos."Torilio Mukai - (Doutor em Direito pela USP. Prof, de Dir. Administrativo daUniv. Mackenzie - SP.) - "Conferenciita e Debatedor em Simp6sios sobre Licita-9oes e Contratos em Sao Paulo, Porto Alegre, ITA (Min. AeronSutica) e Curitiba.

Reajustes de Contratos PCiblicos, Pre^os PCiblicos, e Realinhamentos.Professor: Ives Gandra da Silva Martins (Tributarista, Titular de Direito Econd- 1mico da Fac. de Dir. da Univ. Mackenzie - SP. 8Local: Audit6rio da ADECIF - Rua do Carmo, 27 -13° and. - Rio de Janeiro. 1

Dia 07/julho/87- das 9 as 18 horas. g

JORNAL DO BRASIL Política domingo, 14/6/87 ? 1° caderno ? -7

:a deixa prefeitos doentesM- Recife — Fotos de Natanael Guedes

. \f>H\ B A Bp -''

,4 ^ '¦• s"^^<':\vv .*>• "¦ '¦Vv,.v''

Saturnino teme exemplos, Jarbas jd foi internado e Kertesz luta em vao

desgasta — diz Saturnino — e quem „ .yay- 1'jMk „:vai tcr que responder pelos proble- 'Jggig jgBfek.mas c o PMDB. 0 PDT csta muito Wmbem". Maria Luiza reconhcce que .nao tem hojc a mesma performance -Pm -ai Rkde 1985, quando foi eleita a primeiia t :prefeita do PT: "sei

que me desgas- Br 1tei e nao sera facil o partido fazcr Jsucessor mas sou dos poucos prefei- |5|fc Jjtos que ainda rcune 20 mil pessoas ?

*. * Mp 11em praga publica a favor da autono- 3mia municipal, como ocorreu recen- jHnSjftj - V

A angustia dos prefeitos e maior - j|mesmo entre os eleitos pelo PMDB. |i| luriSPfc• mmDe Manuel Ribeiro a Jarbas Vascon- , % *w£ V*.

' . JR

celos o desgaste do partido preocu- I ''^lSt # iSlL

pa: "Para

ganhar a eleigao, o PMDB rjmr- ; H -precisa, em primeiro lugar, se estru- Jjj '.; : ~

turar como partido nos municipios e, ||hB V g-em segundo lugar, rcsolver de uma ilflHvez se assume os crros do governo 1MB, : i| ^BPF^'''federal e explica as dificuldades ao ||||f V

' lllfe/ ; iT: #

povo ou se vai para a oposigao Ml' <4, * ' I' '' / ¦ wL-

^ Entre os pcmedcbistas, so um If ' iSf ijlllNr-

Earefeito se confessa tranqiiilo— Ro- \ «y - »

lerto Rcquiao. "No Parana, como ¦EaHV . | llf llilP^ 'em todo o pais, o PMDB esta des- lP8>Wlly /• * iu««L. W./' ./'gastado mas as lideranqas poli'ticas Mff .-r ;£'•****? ^do partido aqui continuam populares J* JllSc com altos indices de aceitaqao", I i sw" >»,,afirma. 0 prefeito nao consegue ex- Maria Luiza: retiro para recuperar as forcasplicar, porem, porque em pesquisa

Requiao: excesso de tensao faz peso

ilyES

mr §

~W

ftp

^

Guedei

Maria Luiza: retiro para recuperar as forças

Caixa baixa deixa prefeitos doentesJ- *J Recife — Fotos de Nai

Terezinha NunesRECIFE — O prefeito Jarbas

Vasconcelos foi internado em marçono Hospital das Clínicas, depois desentir fortes dores abdominais;Maria Luiza Fontenelle, prefeita deFortaleza, teve que tirar licença dequatro dias recentemente: "preciseime recolher pois não conseguia tra-balhar, de tanto cansaço"; RobertoRequião, de Curitiba, perde e ganha

3uilos constantemente "dependendo

o grau de tensão" e Saturnino Bra-;a, do Rio de Janeiro, convive com oantasma de ter visto alguns anteces-

sores saírem da prefeitura para ohospital: — Marcelo Alencar,Marcos Tamoio e Israel Kablin tive-ram problemas cardíacos e eu sóposso ter receio, devido à tensãoconstante e da angústia financeira —diz.

Os prefeitos das capitais brasilei-ras, os primeiros eleitos depois darevolução de 1964, estão angustia-dos. Poucos confessam uma frustra-ção completa mas ninguém escondeo desencanto diante dos problemas.Além da saúde abalada pelas tensõese pela falta de condições de atendersequer aos funcionários públicos —confessam a impossibilidade de con-tinuar oferecendo o gatilho salarial apartir deste mês. Eles ainda nãosabem como enfrentarão as eleiçõesde 1988: — "Quero saber o quevamos dizer em praça pública —afirma Manuel Ribeiro, prefeito deManaus. Ele acha que além da faltade recursos que vem desgastando osprefeitos, o PMDB também está maldiante da opinião pública e no próxi-mo ano será cobrado por isso.

Situação — Nosso mandatotem sido uma constante tensão. Noprimeiro ano enfrentamos a eleiçãode governador, no segundo a maiorcrise da história brasileira e no ter-ceiro seremos desafiados a eleger ossucessores. Esta conclusão do prefei-to de Belém, Coutinho Jorge, ponti-lhou as reuniões informais desta se-mana no Recife, quando 16 prefeitosdas 23 capitais brasileiras se encon-traram para empossar Jarbas Vas-concelos na Associação dos Prefeitosdas Capitais.

Se a associação já foi um instru-mento criado para tentar arrancar dogoverno federal algum tipo de recur-so, os prefeitos acham que o piorestá por vir. Este mês, sem exceção,esgotam-se as possibilidades dos mu-nicípios em continuarem pagando ogatilho salarial aos seus funcionários,coisa que Maria Luiza Fontenelleainda não conseguiu fazer desde ja-neiro, quando o gatilho começou avigorar. "Os professores estão comquatro meses de salários atrasadosrelativos ao ano passado e Fortalezaestá à beira de uma convulsão social— e acho que isso ainda não ocorreuporque o povo acredita na seriedadedo governo municipal e ainda temesperanças", afirma a prefeita.— Esquecemos até das obrasque deveríamos começar, dos proje-tos elaborados e das promessas decampanha, de tão preocupados quevivemos com o pagamento da folhade pessoal. Todos os meses fico —angustiado, sem saber como vou pa-gar os salarios do mês seguinte — dizSaturnino Braga.

Sucessores — Saturnino, co-mo Maria Luiza, encontram, porém,um alento para falar aos eleitores em1988 na campanha para eleger seussucessores. Enquanto os prefeitospemedebistas confessam-se perple-xos diante do desgaste do partido, osdois se sentem aliviados: "O

poder

Saturnino teme exemplos, Jarbas já foi internado e Kertesz luta em vão

desgasta — diz Saturnino — e quemvai ter que responder pelos proble-mas é o PMDB. O PDT está muitobem". Maria Luiza reconhece quenão tem hoje a mesma performancede 1985, quando foi eleita a primeiraprefeita do PT: "sei

que me desgas-tei e não será fácil o partido fazer osucessor mas sou dos poucos prefei-tos que ainda reúne 20 mil pessoasem praça pública a favor da autono-mia municipal, como ocorreu recen-temente".

A angústia dos prefeitos é maiormesmo entre os eleitos pelo PMDB.De Manuel Ribeiro a Jarbas Vascon-celos o desgaste do partido preocu-pa: "Para ganhar a eleição, o PMDBprecisa, em primeiro lugar, se estru-turar como partido nos municípios e,em segundo lugar, resolver de umavez se assume os erros do governofederal e explica as dificuldades aopovo ou se vai para a oposição",opina Jarbas.

Entre os pemedebistas, só um

Erefeito se confessa tranqüilo — Ro-

erto Requião. "No Paraná, comoem todo o país, o PMDB está des-gastado mas as lideranças políticasdo partido aqui continuam popularese com altos índices de aceitação",afirma. O prefeito não consegue ex-plicar, porém, porque em pesquisaque mandou fazer recentemente 63por cento dos curitibanos culparamos políticos e os partidos pelo caos.

Propaganda — Na tentativade se livrar dos males nacionais, osprefeitos pemedebistas já começama preparar os discursos municipais.Jarbas diz que nenhum outro prefei-to abriu tanto a prefeitura para acomunidade, ouvindo-a em todos osmomentos. É Requião acena com ocontrole dos transportes urbanos e asobras sociais.

Os temas municipais variam decidade para cidade mas os prefeitospemedebistas se articulam para irmais longe. Ameaçam levar às pra-ças públicas os problemas financei-ros que enfrentaram e a situação demendicância a que foram relegados."Já perdi a conta das viagens aBrasília e quase nada consegui",afirma Mário Kertesz, de Salvador.Dessa bateria de críticas não escapa-rá a Nova República que ajudou osatuais prefeitos a se elegerem.

— Recentemente surgiram sin- .tomas de que depois da esquizofre-nia, a Nova República tende perigo-samente para a esclerose múltipla —afirma Jarbas Vasconcelos. Ele acha

ue "o caldo entornou com a idéiaa prorrogação dos mandatos".

um programa infantil.Alugar o seu imóvel hoje, pode acabarsendo um verdadeiro "XOU".Vbcê passa por mil aventuras, aparecemos interessados que gostam, mas, de-pois de ver, beijinho, beijinho, tchau,tchau.Por isso, na hora de alugar o seu imó-vel, você precisa de uma assessoria sé-ria e segura para cuidar dos seus inte-resses.

A Júlio Bogoricin Administradora tratade cada passo do processo, desde aelaboração do melhor contrato, até o re-cebimento dos aluguéis.Portanto, na hora de alugar, chame a Ju-lio, uma empresa de gente grande, quetrata o seu imóvel como uma coisaséria.

AJUOBOGORION ADMNSTRADORARJ--M:262489a |SP-TU.:<MD2588333.

EXOTISMO

MARROQTI NOPartidas de Maio a Outubro.

11 dias de viagem. Visitando Casablanca, Rabat,Tanger, Fez, Marrakesh. .

Hl IfiOPt (OU !

MARROCOS 1<Partidas de Maio a Outubro. í

29dias de viagem. Visitando Marrakesh, Casablanca.Fez, Madrid, Bilbao, Bordeaux, Paris, Zuricli,Veneza, Florença, Roma, Pisa, Nice, Barcelona eCasablanca.

Consulte seu Agente de Viagens.

Q&VlGgOnx MqÜG royai cüf marocCENTRO: AV NJOBRANCO. 99• 11'PÀBXCOPACABANA. RL'A FRANCISCO SA. JJ 12" TF.L 267 7*hSAorAUH) RUADOMJOSEDEBARROS,/77 o" TEL..2SI IM

Um roteiro Super camarada.São 27 dias de aventuras nas maravilhosas paisagens doNorte Europeu. Aproveite a abertura do CamaradaGorbachev e venha conhecer ao vivo um mundo decultura e Folclore.

ESCANDINÁVIA & RÚSSIASaídas: 19 de Junho/17 de Julho/07 de Agosto.

Itinerário:Brasil-Londres-Bruxelas-Bremen-copenhagen-Estocolmo-Kongsvinger/Laerdai-Cruzeiro Sognefjord/Oytese-Bergert-Oslo-Leningrado-Tallinn-Moscou-Londres-Brasil.

DYmMWTOURSA tua operadora õt Turismo Intourist British Airways

¦LAr|^ALÇAR VIAGENS E TURISMO

ITDA.Rua Barata Ribeiro, 370 •loia FTel 235-3900EM8RATUR 0452400411

CQRDDB4j

Av. Rio Branco. n° 156S/sala 108Tel 262-6781

EMBRATUR 00.155 0041-6av Copacabana 166•

terreoTel 532-3838EMBRATUR 006590041-1

porCo noviagens e turismo Itda.Figueiredo cte Magalhães.286 S'L 201Tel 235-4649Cascaoura Tel 591-5197

EMBRATUR 00892-00-42-5

Alugar imóvel pode ser como

Leonel Brizola <2>

Uma comissão especial de nosso partido, foi credenciadapara angariar fundos e coordenar a campanha financeiradestinada a sustentar estas publicações. Serão organizadas,também, subcomissões em cada Estado da Federação.Para recolher as contribuições, foi aberta no Banco doBrasil a conta n° 341.991-6, código 2865-7, Agência Io deMarço — Rio de Janeiro, cujos titulares são: A.M. Doutelde Andrade — PDT, Marcelo N. de Alencar e EdmundoMuniz, e os depósitos podem ser feitos em qualqueragência daquele estabelecimento bancário em todo o terri-tório nacional. . Além disso, correspondência e sugestõespodem ser enviadas para a Caixa Postal 2724, Rio deJaneiro.

ULYSSES E SARNEY:

OS GRANDES RESPONSÁVEISEsta situação deprimente a que chegamos — o nosso País frente ao

.mundo e nós todos, aqui dentro, como gado para o.matadouro —, tem doisgrandes responsáveis, os Srs. José Sarney e o Dr. Ulysses Guimarães. Oprimeiro, por estar investido na Chefia da Nação; o segundo, por ser, há 20anos, o chefe incontestado do único partido de oposição consentido peláditadura e, nestes tempos, detentor da maioria absoluta do Congresso, emapoio ao Governo.

Ambos, Sarney e Ulysses, simbolizam o que tem sido esta impostura quese chama Nova República, espécie de continuidade sob disfarce civil, doregime de arbítrio. Um período, enfim, sem precedentes em matéria decinismo e politicagem.Sarney, nos dois anos de Presidência, chegou ao ponto, nestes últimos

dias, de conseguir que mais de 80% da população manifestassem a vontade devê-lo substituído a curto prazo por um governante legítimo. Um Presidenteeleito e acatado pela Nação, que tenha crédito e conte com o respeito e acolaboração de todos. Trata-se de uma situação que se torna, a cada dia^verdadeiramente intolerável para o povo brasileiro.

O Governo Sarney, de início, além de esquivar-se de seu principal dever,o de fazer a transição convocando eleições, passou um ano inteiro empoliticagens. Um Governo mais que inútil; pernicioso, que só agravou a crise edesacreditou o Poder Público. A impressão que se tem é que, cavilosamente,preparavam o terreno para o golpe e a aventura do Plano Cruzado. Em tudo]como se verificou, a traição aos compromissos assumidos nas praças públicas, àpreocupação eleitoreira e a obsessão do continuísmo a qualquer preço.

Retrocedeu-se, em poucos meses, como era de se esperar, à inflaçãogalopante, 30% ao mês, a este ambiente vergonhoso para o nosso País e a estequadro de angústias e sofrimentos indescritíveis para a população.

E agora, em lugar de tomar a iniciativa de convocar eleições sem maisdelongas, como está reclamando a cidadania neste País, em vez de administrarcom equilíbrio, seriedade e pertinácia, ajudando a Nação a atravessar a crise,vem o Sr. Sarney, pateticamente, chorando lágrimas de crocodilo, decretar umnovo pacote e pedir mais penas e sacrifícios ao povo brasileiro. Penas esacrifícios mais dolorosos ainda, verdadeiramente insuportáveis para a genera-lidade da nossa sofrida população.

Desta vez, sem meias-palavras, é a própria recessão, o receituário doFMI, com todas as suas trágicas conseqüências.

O próprio Ministro da Fazenda, nestes últimos dias, estimulou despudo-radamente a elevação dos preços. Vem sendo um escândalo a oferta degrandes descontos, artificio desonesto que a especulação encontrou paraencobrir preços escorchantes à espera do "congelamento" de ontem.

Além disso, o próprio pacote contém diversos aumentos brutais, como ode 35% para o pão, 45% para as massas, e entre 30 e 45% para diversas tarifase serviços públicos essenciais. Isso para não falar no reajuste dos combustíveise na desvalorização cambial, com o conseqüente reflexo nos produtos quedependem de importações. Desta vez, não há "musa"

que possa afirmar queos preços não foram congelados lá de cima, no máximo concebível.E os salários? Da mesma forma, ninguém conseguirá encobrir essa

desumanidade com o povo trabalhador de nosso País. "Congelam" as perdas,o resíduo do desgaste que vinha ocorrendo e não era coberto pelo gatilho, eainda o meio mês de inflação que "desaparece" nos cálculos oficiais. Calcula-se uma perda salarial de 40%, comparando-se com a situação anterior aochamado Plano Cruzado. Os que vivem de salário, as pequenas e microempre-sas e os produtores do campo são, como sempre, os que vão pagar a conta.

É exatamente por tudo isso que os dois Robertos, o Marinho e oCampos, devem estar esfregando as mãos de satisfação, confraternizando comos banqueiros internacionais e o FMI.

Chegou o momento em que o povo brasileiro tem o direito de exigir umfim ao continuísmo do Sr. José Sarney. Esta sim, é uma questão prioritária desegurança nacional: Ele está afundando o País. Quem devia, em primeirolugar, ter esta compreensão, teria de ser ele próprio. O Sr. Sarney, se nãoestivesse tomado por uma obsessão, veria o que todos estão vendo: seuGoverno exauriu-se, desacreditou-se, não tem as condições necessárias paraconjurar a crise. Este grau de fraqueza do Governo Sarney pode torná-lo maisnefasto ainda, pois o transforma em presa fácil de todas as pressões einteresses, sempre que acenem com apoio ao seu continuísmo.

Veja-se sob este ângulo o que o atual pacote de medidas econômicasrepresenta para o Governo Sarney. No momento em que ele vem sendorepudiado pela população, obtém o apoio do conservadorismo nacional einternacional. Observe-se, também em função do continuísmo, estas alquimiasvisando à instituição de regimes exóticos, com a preocupação de evitar que opovo vote livremente.

Nada disso que vem ocorrendo surpreende mais o povo brasileiro. Nemos intentos de um novo parlamentarismo esdrúxulo, como ocorreu em 1961.Nem, tampouco, as receitas cruéis do Fundo Monetário Internacional,encobertas com pele de cordeiro. Nem mais, daqui para a frente, o cinismo, ahipocrisia, a falta de senso público daqueles que tinham, mais que ninguém, odever de serem sinceros para com a Nação.

E o que dizer do "Senhor Diretas", Dr. Ulysses Guimarães? Releve-nosSua Excelência, mas não se pode entender, nem admitir, o papel assumido porele nestes últimos dois anos.

Desde o primeiro momento, após a tragédia da morte de Tancredo, o Sr.Ulysses tergiversou gravemente, no instante em que deixou de exigir do Vice-Presidente, que então ascendia à Presidência, a fixação da data para arealização de eleições diretas. Tornou-se co-responsável, desta forma, peloabastardamento do processo de democratização, ao ponto de, até hoje, o povobrasileiro ver protelado o seu direito de votar.

Ele apoiou o Cruzado I e o II. E agora, sabe-se que ele era o único dosdirigentes partidários que tinha conhecimento do novo pacote, que reintroduzno País a política do FMI e patrocina, por vontade do governo, umamonstruosa elevação de cu„to de vida e o arrocho salarial.

E assim, de manobra em manobra, chegou-se a este quadro inconcebí-vel, em que o venerando Sr. Ulysses, agora, chama a si a triste tarefa deimpedir que a população exerça o direito do voto, a fim de que o ex-chefe daArena e do PDS, Sr. José Sarney, agora na Presidência da República tenhamais alguns anos de mando, sem voto e contra a manifesta vontade da maioriados brasileiros.

Se eles persistirem, verão que o nosso povo seguirá os caminhos de suasobrevivência e de seu destino superior, deixando-os à margem da estrada.Estará, outra vez, nas ruas e praças públicas. Não irá parar até o resgate deseus direitos. A história prova, um povo que viu uma vez a face da esperançanão a esquece jamais.

? ? ? ?CONGRESSO DO PDT (1) — Dias 10, 11,12 e 13 de julho realizar-se-á, emBrasília, no auditório do Senado Federal, o primeiro Congresso Brasileiro doSocialismo Democrático. Pela primeira vez em nossa história, um partidopolítico realiza este evento no momento em que se reúne e delibera umaAssembléia Nacional Constituinte.CONGRESSO DO PDT (2) — A Executiva Nacional está enviando a todos osórgãos e instituições do Partido, em todo o território do país, o regulamentosobre delegações e participantes.O Congresso contará, também, comampla presença de representantes eobservadores dos partidos-irmãos, in-tegrantes da Internacional Socialista,além de delegações e convidados espe-ciais de outros partidos, de muitosoutros países com os quais o PDTmantém relações fraternas e de ami- Leonel Brizolaza^e- Presidente do PDT.

f \

m

S3

w

0!

JORNAL DO BRASIL Política 2a Edição ? domingo, 14/6/87 ? 1° caderno ? 7,

Soberania aprova o fim

da censuraBrasília — Luís Antônio Ribeiro

na Comissão dea liberação de

BRASÍLIA — Dois pontoscontrovertidos do relatório do sena-dor José Paulo Bisol (PMDB-RS)— a desapropriação da propriedadeimprodutiva e a extinção da censu-ra, inclusive ao rádio e a televisão —foram aprovados sem dificuldades,durante a votação da tarde de ontemSoberania, que aprovou tambémautorização estatal para a fundação de associações,por 41 votos contra 3. Os parlamentares José Men-donça (PFL-MG) e Samir Achoa (PMDB-SP) foramvozes solitárias contra a extinção da censura.

A comissão aprovou também a anistia plena dosservidores públicos civis e militares — com reintegra-' ção e pagamento dos salários atrasados, a formacomo constava originalmente no relatório. Foi igual-mente aprovado o Tribunal de Garantia dos DireitosConstitucionais. A defensoria do povo, mesmo apro-vada, terá os detalhes estabelecidos por lei ordinária..

Um acordo entre Bisol e 19 membros da comis-são, alterando o texto sobre a desapropriação, facili-tou a aprovação desse item. O relator incluiu no textoque trata de desapropriação de bens de uso pessoal(que só poderão ser tomados por "inarredável inte-resse social ou necessidade pública") uma frasegarantindo ao proprietário a "imediata indenizaçãoem dinheiro". Também acrescentou que a desapro-priação de propriedades não de uso próprio ficarácondicionada ao "uso meramente especulativo nostrês últimos anos que antecedem o ato de desapro-priação".

Pequena vitória — Ele permitiu umapequena vitória aos conservadores, que propuseramo acordo, quando incluiu na redação do item relativoa propriedade que os programas, planos e projetos dedesenvolvimento social (que envolvam desapropria-çáo) dos municípios serão submetidos a apreciaçãojudicial. O que confere aos juizes locais o poder atéde vetar esses projetos.

No entanto, a estratégia do relator está sendo,justamente, não fechar questão em pontos de seu

Bisol enaltece

coragem moral1 O relatório de José Paulo Bisol foi aprovado

cedo, às llh30, para ser em seguida submetido aosdestaques, por 41 votos contra 17."Foi a experiência mais dura e mais gratificanteda minha vida. Uma vitória da coragem moral, ondeo voto de algumas pessoas me surpreendeu e emocio-nou", disse Bisol, com lágrimas nos olhos, entreabraços de parlamentares e parentes.

Além de Lysâneas Maciel e Ana Maria Rattes,facilitou a vitória dos progressistas a condução ele-gante e firme dos trabalhos pelo presidente dacomissão, deputado Mário Assad (PFL-MG). Orelatório é considerado o mais avançado de todas ascomissões. Muda inclusive o conceito de Estado,estabelecendo que a soberania é da nação — do povo—, que delegará os poderes ao Estado.

Pelo texto de Bisol, a Constituição será aprovadapor plebiscito e o eleitor terá o poder de destituir seusrepresentantes que não cumprirem compromissos decampanha.

Evangélicos — Os conservadores, quesomavam 25 votos fechados, ameaçavam derrotar osprogressistas enviando à Comissão de Sistematizaçáoapenas os relatórios aprovados nas subcomissões.Enquanto Ana Maria Rattes e assessores de Bisolconvocavam por telefone todos os suplentes afinadoscom as posições do senador para comparecer àvotação, Lysâneas, Bisol e o deputado BrandãoMonteiro, líder do PDT na Câmara, negociavamacordo com os evangélicos, envolvendo três itens dorelatório: os relativos à limitação dos cultos, à nãodiscriminação contra homossexuais e à legislação deproteção ao consumidor. Uma briga de socos entreLysâneas e o deputado João de Deus (PDT-RS),delegado de polícia e, como Lysâneas, evangélico,impediu a formalização do acordo. Mas na aberturada sessão de votação, Bisol iniciou seu discursodeclarando de público que aceitava as modificaçõespropostas pelos evangélicos. Foi decisivo.

Do texto final foi suprimida a exigência dediploma para o exercício de profissões cuja práticaimplique risco de vida. E mantido o artigo que tira daConstituição a limitação do número de divórcios."Salve a Aids", reagiu Maria Cora Menna Barreto,lobista representante da TFP (Tradição, Família ePropriedade). A atitude provocou uma resposta mal-criada do pernambucano Maurílio Ferreira Lima(PMDB): "Vou mandar fazer um teste na senhoraagora mesmo."

. i «INLysâneas cumprimenta o relator Bisol. Atrás, Benedita da Silva

relatório que não prevalecerão na Comissão deSistematizaçáo. A questão da propriedade, porexem-pio, será definida pela proposição apresentada pelaComissão de Ordem Econômica. Com essa estratégiatenta aprovar principalmente as questões em que nasistematizaçáo prevalecerão suas proposições, comona questão da censura.

Essa estratégia incluiu a retirada do relatório doitem que dava à mulher a responsabilidade sobre avida intra-uterina. O que era considerado pelosevangélicos, principalmente, como uma verdadeira"liberação do aborto". Ao retirar do texto este item,no entanto, o senador Bisol atendeu às feministasque, diante das resistências encontradas, preferemver a questão fora da nova Constituição, para serdecidida pela legislação ordinária.

Nordeste muda itens

do relatório SerraNuma demonstração de força, a

bancada nordestina garantiu as duasúnicas alterações do substitutivo dorelator da Comissão do Sistema Tri-butário, Orçamento e Finanças, Jo-sé Serra (PMDB-SP), na tarde deontem. Até então, estava sendo votado apenas ocapítulo do sistema financeiro e o presidente dacomissão, deputado Francisco Dornelles (PFL-RJ),previa que a votação não seria concluída "antes dameia-noite da segunda-feira", porque 600 das 915emendas apresentadas referiam-se somente à questãotributária, tema que suscitará as maiores polêmicas.

A primeira emenda alterando o substitutivo deSerra, do deputado Domingos Juvenil (PMDB-PA) eaprovada em plenário com os votos majoritários dosnordestinos, proíbe que os depósitos e poupançascaptados por instituições financeiras no Norte eNordeste sejam aplicados em regiões mais desenvol-vidas.

A comissão aprovou, ainda, emenda do deputadoFernando Gasparian (PMDB-SP), que foi relator daSubcomissão do Sistema Financeiro, transferindo aoCongresso Nacional a competência para estabeleceros limites e condições do endividamento mobiliáriodos estados e municípios e as condições para opera-ções de crédito externo e interno das unidades. Serradava ao Senado Federal esses poderes, por entenderque a Casa "representa a Federação" e todos osestados, conforme argumentou, "precisavam ter omesmo peso nesta decisão".

De resto, todo o substitutivo de Serra estavasendo homologado em plenário, deixando Gasparianrevoltado. Ele chegou a ameaçar abandonar a vota-ção, para que não houvesse quorum, prevendo quenenhuma emenda seria aprovada.

Guaraná em pó — O deputado José Serranão desviou atenção dos debates durante a votaçãona Comissão do Sistema Tributário, Orçamento eFinanças nem na hora do lanche. A maioria dosparlamentares preferiu a cozinha, onde eram distri-buídos sanduíches e refrigerantes. Mas Serra, relatorda comissão, movido a guanará em pó tomado emmeio ao tumulto, era um dos poucos atentos.

O deputado Luiz Henrique (PMDB-SC) cumpri-mentava tranqüilamente um a um seus correligioná-rios, alheio à insistente campanhia acionada pelopresidente da comissão, deputado Francisco Domei-les (PFL-RJ).

Confronto — Como último recurso contra aaprovação do relatório de Bisol os conservadores,como o deputado José Mendonça, tentam retardar avotação, para impedir que a aprovação do relatórioseja formalizada no prazo previsto — hoje. O quepode facilitar recurso para que sejam encaminhados àComissão de Sistematizaçáo os relatórios finais dassubcomissões.

Capitaneada por partidários de Bisol, como AnaMaria Rattes (PMDB-RJ) e Lysâneas Maciel (PDT-RJ), a grande maioria dos membros da comissão porsua vez, está empenhada na agilização da votação.Apesar de ser composta majoritariamente por parla-mentares conservadores (entre eles 12 evangélicos) aComissão de Soberania está aprovando o relatóriomais avançado da Constituinte.

Estabilidade passasem um voto contra

BRASÍLIA — A Comissão deOrdem Social da Constituinte apro-vou pedido de destaque do depu-tado Domingos Leonelli (PMDB-BA), que estabelece um princípiogeral de estabilidade no emprego. Aredação do destaque aprovado diz: "A todos éassegurado o direito ao trabalho com justa remunera-ção: o emprego é considerado bem fundamental àvida do trabalhador e ninguém o perderá sem causajustificada."Aprovado por unanimidade (64 a 0), esse texto,entretanto, não eqüivale à criação concreta e imedia-ta da estabilidade no emprego, segundo explicoudepois o deputado e empresário Max Rosenmann(PMDB-PR). "É apenas um objetivo geral, umaaspiração a ser atingida, com o que concordamos",disse ele. Domingos Leonelli saudou a aprovação deseu destaque como "um avanço" na direção daestabilidade, embora essa palavra não conste de suaemenda.

Negociação — Até às 16h de ontem acomissão ainda não tinha votado dois outros itens quepoderiam reforçar ou atenuar o princípio geral deestabilidade esboçado pelo destaque de Leonelli. Osdeputados Max Rosenmann e Cunha Bueno (PDS-SP) articulavam a inclusão, no capítulo que trata dosdireitos dos trabalhadores, de um acréscimo ao artigosegundo que, na prática, reforçaria o atual princípioda indenização em dinheiro aos trabalhadores demiti-dos, em lugar da estabilidade pura e simples.

Esse item assegura "direito ao trabalho" e "em-prego estável", mas com "pagamento de indenizaçãoproporcional e progressiva em relação ao tempo deserviço, na forma da lei" aos demitidos. Já o depu-tado Domingos Leonelli, em sentido contrário, pro-curava reforçar o princípio da estabilidade articulan-do a manutenção no substitutivo original (do senadorAlmir Gabriel (PMDB-PA) do artigo quarto. Esseartigo diz: "A lei protegerá o salário e punirá comocrime a retenção definitiva ou temporária de qual-quer forma de remuneração do trabalho."

Reforma agrária — Outro item aprovadosem dificuldade foi o destaque pedido ao item II doartigo primeiro, que diz: "Todos tem direito amoradia, educação, saúde, transporte, descanso, la-zer e meio ambiente sadio." Até o final da tarde.Domingos Leonelli tentava obter apoio para umaemenda aditiva que daria a todos os trabalhadoresrurais "o direito assegurado à propriedade na formaindividual, cooperativa, condominial, comunitária oumista para o desenvolvimento de suas atividades".

Alugar imóvel pode ser como

um programa infantil.Alugar o seu imóvel hoje, pode acabarsendo um verdadeiro "XOU".Você passa por mil aventuras, aparecemos interessados que gostam, mas, de-pois de ver, beijinho, beijinho, tchau,tchau.Por isso, na hora de alugar o seu imó-vel, você precisa de uma assessoria sé-ria e segura para cuidar dos seus inte-resses.

A Júlio Bogoricin Administradora tratade cada passo do processo, desde aelaboração do melhor contrato, até o re-cebimento dos aluguéis.Portanto, na hora de alugar, chame a Ju-lio, uma empresa de gente grande, quetrata o seu imóvel como uma coisaséria.

JUUOBOGORKM ADMNS1RADORARJ-leL:262-49991 SP-Tri^tUl) 2589333.

HQ

EXOTISMO

MAIUUHHIM)

Partidas de Maio a Outubro.11 dias de viagem. Visitando Casablanca, Rabat,

Tanger, Fez, Marrakesh. j

I I ltOI»\ COJI !

MARROCOS i<aPartidas de Maio a Outubro. 5

29 dias de viagem. Visitando Marrakesh, Casablanca.Fez, Madrid, Bilbao, Bordeaux. Paris, Zurich.

Veneza, Florença, Roma, Pisa, Nice, Barcelona eCasablanca.

Gmsulte seu Agente de Viagens.

ÍS[Viagens MqIíç ^SlâSI marocCENTRO AV K/O BKAXCO. w II" PABX: 2ii-4>-ki¦ COPACABANA NUA FRANCISCO SA. 2i 12° TF.L 267-75(5SAOPALta RL'A DOM JOSÉ DE BAKNUS. 177 ¦ t>" TEL 2JI iifrt

um roteiro Super camarada.São 27 dias de aventuras nas maravilhosas paisagens doNorte Europeu. Aproveite a abertura do CamaradaCorbachev e venha conhecer ao vivo um mundo decultura e Folclore.

ESCANDINÁVIA & RÚSSIAsaídas: 19 de Junho/17 de Julho/07 de Agosto,

itinerário:Brasil-Londres-Bruxelas-Bremen-Copenhagen-Estocolmo-Kongsvinger/Laerdal-Cruzeiro Sognefjord/Oytese-Bergen-Oslo-Leningrado-Tailinn-Moscou-Londres-Brasil.

BYNAMW TOUR3A tua operaoora d* Tummo Intourist

§"???¦' VW British Airways

ALÇAR VIAGENS E TURISMOITDARua Barata Rieeiro. 370 •loia fTel 235-3900

EMBRATUR 0432400411

i/r' 156

jAv Rio Branco n"S/saia 108

Tel 262-6781EMBRATUR 0015300 41-6

Av CooacaDarta. 166 -terreoTel 542-3848EMBRATUR 006590041-1

l^port.o noviagens e turismo Itda.

Figueiredo de Magalhaes,236 S/12Q1Tel 235-4649Cascadura Tel 591-5197

EMBRATUR 00892-00-42-5

Leonel Brizola (2)

Uma comissão especial de nosso partido, foi credenciadapara angariar fundos e coordenar a campanha financeiradestinada a sustentar estas publicações. Serão organizadas,também, subcomissões em cada Estado da Federação.Para recolher as contribuições, foi aberta no Banco doBrasil a conta n" 341.991-6, código 2865-7, Agência Io deMarço Rio de Janeiro, cujos titulares são: A.M. Doutelde Andrade — PDT, Marcelo N. de Alencar e EdmundoMuniz, e os depósitos podem ser feitos em qualqueragência daquele estabelecimento bancário em todo o terri-tório nacional. Além disso, correspondência e sugestõespodem ser enviadas para a Caixa Postal 2724, Rio deJaneiro.

ULYSSES E SARNEY:

OS GRANDES RESPONSÁVEISEsta situação deprimente a que chegamos — o nosso País frente ao

mundo e nós todos, aqui dentro, como gado para o.matadouro —, tem doisgrandes responsáveis, os Srs. José Sarney e o Dr. Ulysses Guimarães. Oprimeiro, por estar investido na Chefia da Nação; o segundo, por ser, há 20anos, o chefe incontestado do único partido de oposição consentido peladitadura e, nestes tempos, detentor da maioria absoluta do Congresso, emapoio ao Governo.

Ambos, Sarney e Ulysses, simbolizam o que tem sido esta impostura quese chama Nova República, espécie de continuidade sob disfarce civil, doregime de arbítrio. Um período, enfim, sem precedentes em matéria decinismo e politicagem.

Sarney, nos dois anos de Presidência, chegou ao ponto, nestes últimosdias, de conseguir que mais de 80% da população manifestassem a vontade devê-lo substituído a curto prazo por um governante legítimo. Um Presidenteeleito e acatado pela Nação, que tenha crédito e conte com o respeito e acolaboração de todos. Trata-se de uma situação que se torna, a cada dia,verdadeiramente intolerável para o povo brasileiro.

O Governo Sarney, de início, além de esquivar-se de seu principal dever,o de fazer a transição convocando eleições, passou um ano inteiro empoliticagens. Um Governo mais que inútil; pernicioso, que só agravou a crise edesacreditou o Poder Público. A impressão que se tem é que, cavilosamente,preparavam o terreno para o golpe e a aventura do Plano Cruzado. Em tudo,como se verificou, a traição aos compromissos assumidos nas praças públicas, apreocupação eleitoreira e a obsessão do continuísmo a qualquer preço.

Retrocedeu-se, em poucos meses, como era de se esperar, à inflaçãogalopante, 30% ao mês, a este ambiente vergonhoso para o nosso País e a estequadro de angústias e sofrimentos indescritíveis para a população.

E agora, em lugar de tomar a iniciativa de convocar eleições sem maisdelongas, como está reclamando a cidadania neste País, em vez de administrarcom equilíbrio, seriedade e pertinácia, ajudando a Nação a atravessar a crise,vem o Sr. Sarney, pateticamente, chorando lágrimas de crocodilo, decretar umnovo pacote e pedir mais penas e sacrifícios ao povo brasileiro. Penas esacrifícios mais dolorosos ainda, verdadeiramente insuportáveis para a genera-lidade da nossa sofrida população.

Desta vez, sem meias-palavras, é a própria recessão, o receituário doFMI, com todas as suas trágicas conseqüências.

O próprio Ministro da Fazenda, nestes últimos dias, estimulou despudo-radamente a elevação dos preços. Vem sendo um escândalo a oferta degrandes descontos, artificio desonesto que a especulação encontrou paraencobrir preços escorchantes à espera do "congelamento" de ontem.

Além disso, o próprio pacote contém diversos aumentos brutais, como ode 35% para o pão, 45% para as massas, e entre 30 e 45% para diversas tarifase serviços públicos essenciais. Isso para não falar no reajuste dos combustíveise na desvalorização cambial, com o conseqüente reflexo nos produtos quedependem de importações. Desta vez, não há "musa"

que possa afirmar queos preços não foram congelados lá de cima, no máximo concebível.

E os salários? Da mesma forma, ninguém conseguirá encobrir essadesumanidade com o povo trabalhador de nosso País. "Congelam" as perdas,o resíduo do desgaste que vinha ocorrendo e não era coberto pelo gatilho, eainda o meio mês de inflação que "desaparece" nos cálculos oficiais. Calcula-se uma perda salarial de 40%, comparando-se com a situação anterior aochamado Plano Cruzado. Os que vivem de salário, as pequenas e microempre-sas e os produtores do campo são, como sempre, os que vão pagar a conta.

É exatamente por tudo isso que os dois Robertos, o Marinho e oCampos, devem estar esfregando as mãos de satisfação, confraternizando comos banqueiros internacionais e o FMI.

Chegou o momento em que o povo brasileiro tem o direito de exigir umfim ao continuísmo do Sr. José Sarney. Esta sim, é uma questão prioritária desegurança nacional.' Ele está afundando o País. Quem devia, em primeirolugar, ter esta compreensão, teria de ser ele próprio. O Sr. Sarney, se nãoestivesse tomado por uma obsessão, veria o que todos estão vendo: seuGoverno exauriu-se, desacreditou-se, não tem as condições necessárias paraconjurar a crise. Este grau de fraqueza do Governo Sarney pode torná-lo maisnefasto ainda, pois o transforma em presa fácil de todas as pressões einteresses, sempre que acenem com apoio ao seu continuísmo.

Veja-se sob este ângulo o que o atual pacote de medidas econômicasrepresenta para o Governo Sarney. No momento em que ele vem sendorepudiado pela população, obtém o apoio do conservadorismo nacional einternacional. Observe-se, também em função do continuísmo, estas alquimiasvisando à instituição de regimes exóticos, com a preocupação de evitar que opovo vote livremente.

Nada disso que vem ocorrendo surpreende mais o povo brasileiro. Nemos intentos de um novo parlamentarismo esdrúxulo, como ocorreu em 1961.Nem, tampouco, as receitas cruéis do Fundo Monetário Internacional,encobertas com pele de cordeiro. Nem mais, daqui para a frente, o cinismo, ahipocrisia, a falta de senso público daqueles que tinham, mais que ninguém, odever de serem sinceros para com a Nação.

E o que dizer do "Senhor Diretas", Dr. Ulysses Guimarães? Releve-nosSua Excelência, mas não se pode entender, nem admitir, o papel assumido porele nestes últimos dois anos.

Desde o primeiro momento, após a tragédia da morte de Tancredo, o Sr.Ulysses tergiversou gravemente, no instante em que deixou de exigir do Vice-Presidente, que então ascendia à Presidência, a fixação da data para arealização de eleições diretas. Tornou-se co-responsável, desta forma, peloabastardamento do processo de democratização, ao ponto de, até hoje, o povobrasileiro ver protelado o seu direito de votar.

Ele apoiou o Cruzado I e o II. E agora, sabe-se que ele era o único dosdirigentes partidários que tinha conhecimento do novo pacote, que reintroduzno País a política do FMI e patrocina, por vontade do governo, umamonstruosa elevação de custo de vida e o arrocho salarial.

E assim, de manobra em manobra, chegou-se a este quadro inconcebí-vel, em que o venerando Sr. Ulysses, agora, chama a si a triste tarefa deimpedir que a população exerça o direito do voto, a fim de que o ex-chefe daArena e do PDS, Sr. José Sarney, agora na Presidência da República tenhamais alguns anos de mando, sem voto e contra a manifesta vontade da maioriados brasileiros.

Se eles persistirem, verão que o nosso povo seguirá os caminhos de suasobrevivência e de seu destino superior, deixando-os à margem da estrada.Estará, outra vez, nas ruas e praças públicas. Não irá parar até o resgate deseus direitos. A história prova, um povo que viu uma vez a face da esperançanão a esquece jamais.

? ? ? ?CONGRESSO DO PDT (1) — Dias 10, 11, 12 e 13 de julho realizar-se-á, emBrasília, no auditório do Senado Federal, o primeiro Congresso Brasileiro doSocialismo Democrático. Pela primeira vez em nossa história, um partidopolítico realiza este evento no momento em que se reúne e delibera umaAssembléia Nacional Constituinte.CONGRESSO DO PDT (2) — A Executiva Nacional está enviando a todos osórgãos e instituições do Partido, em todo o território do país, o regulamentosobre delegações e participantes.O Congresso contará, também, comampla presença de representantes eobservadores dos partidos-irmãos, in-tegrantes da Internacional Socialista,além de delegações e convidados espe-ciais de outros partidos, de muitosoutros países com os quais o PDTmantém relações fraternas e de ami-zade.

Leonel BrizolaPresidente do PDT.

'I

UI

¦1

8 ? Io caderno ? domingo, 14/6/87 Política JORNAL DO BRASIL

Bernardo Cabral agora é a estrela da Constituintev_/ Arquivo — 7/5/87

A partir de amanhã, quando a comis-são de sistematizaçáo começa seu prazode 30 dias para apresentar ao plenário daConstituinte o primeiro anteprojeto da.futura Constituição, os refletores queiluminam as estrelas de maior evidênciana política serão desviados de personali-dades como Ulysses Guimarães e MárioCovas e apontarão para um amazonensede 55 anos, que embora pouco conhecidodo grande público já faz o maior sucessoentre os parlamentares, entre os verda-deiros donos do poder na administraçãopública e nos quartéis, no meio dasrepresentações diplomáticas e das multi-nacionais e de milhares de entidades quepelo país inteiro representam o que seconvencionou chamar de sociedade orga-nizada.

Tanta atenção voltada para BernardoCabral, o relator da Comissão de Siste-matização, já o deixa com olheiras dequem mal consegue dormir quatro horaspor dia. Ele não disfarça mais o tiquenervoso de roer unhas e, de vez emquando, manipulando um aparelho quecomprou nos Estados Unidos, descobreque a saúde de ferro que gosta de alar-dear, com orgulho de quem sempre fezginástica e raramente toma remédios, étraída com avisos de pressão alta. Desdeque a 9 de abril, aliado aos senadoresMário Covas e José Richa, derrotou odeputado Pimenta da Veiga, candidatode Ulysses Guimarães, na disputa peloprivilégio de ser o principal redator dafutura Constituição, Bernardo não temtempo sequer para uma mania que lhe dáconforto nas horas de tensão, a leitura dehistórias do Tio Patinhas.

Exercício — Conserva, porém,dois hábitos que com o tempo foicultivando, desde que aos 17 anos decidiuser advogado para colocar na cadeia um-policial que acabara de assassinar umirmão seu, em Manaus: dedica-se sem-pre, das 6 às 7 da manhã, nas terças,quartas e quintas, à leitura de obrasliterárias (no momento, devora em inglêsum livro de Richard Braun sobre grandespolíticos norte-americanos) e nas sextas,sábados e segundas a tratados jurídicos(digere um volume de quase mil páginassobre Direito Constitucional de um autorargentino, Calderón); e, principalmente,ouve.

Ouvir tem sido nos últimos dias oprincipal exercício de quem agora é cha-mado a traduzir em artigos, parágrafos,alíneas e incisos o que pensam os 559

constituintes e a sociedade brasileira.Além de ter acompanhado a produçãototal de quase 15 mil emendas, apresenta-das inicialmente nas 24 subcomissões eem seguida nas oito comissões em queforam divididos os temas da Constitui-ção, Bernardo ouve do mais humildedeputado ao mais expressivo líder departido; pode receber às 8 da manhã emseu gabinete tanto o embaixador de Is-rael, Itvhak Sarfaty (como aconteceu naúltima quarta-feira), como o governadordo Rio Grande do Sul, Pedro Simon(sexta-feira); almoça com o embaixadorda Nicarágua (terça-feira) ou com o mi-nistro da Aeronáutica, brigadeiro Morei-ra Lima (segunda-feira); conversa com osgovernadores da Amazônia (quinta),com o presidente da Confederação Na-cional da Indústria, Albano Franco, e osuperintendente da Sudene, DoranySampaio (terça-feira), ou com os presi-dentes da Federação Nacional dos Enge-nheiros e da Mineração Jacundá, de Ron-dônia (segunda-feira) — apenas para daros exemplos de uma semana de suamovimentada agenda.

Amigos de fé — Quase nenhumtempo ele tem agora para a mulher, donaZuleide, o filho de 32 anos, Júlio Bernar-do, também advogado, e as netas Márciae Ana Carolina. Mas freqüentemente seentrega a longos bate-papos com os ami-gos que hoje fazem a sua cabeça. Háentre eles gente de posições tão diferen-tes quanto Mário Covas, de quem écompadre, e os generais Lcônidas Pires,,ministro do Exército, e Ivan de SouzaMendes, ministro-chcfe do SNI. •

De Covas, Bernardo foi vice-líder naCâmara dos Deputados pelo antigo MDBe companheiro de lista de cassação, emjaneiro de 1969, logo após a edição doAto Institucional n° 5. De Leônidas,tornou-se amigo quando ele ainda eramajor, há 27 anos, época em que tambémconheceu não só o general Ivan de SouzaMendes, como o atual consultor-gcral daRepública, Saulo Ramos, e o governadordo Distrito Federal, José Aparecido deOliveira.

Leônidas e Ivan trabalhavam no ga-binete militar do presidente Jânio Qua-dros; Saulo era do gabinete civil e Apare-cido secretário particular do presidente.Quando queriam tratar de assuntos sobreo Amazonas, procuravam o chefe dogabinete civil do governador GilbertoMestrinho, Bernardo Cabral. Na época,José Sarney era vicç-líder da UDN na

Cabral: pressão alta surpreende saúde de ferro

Câmara, partido que mais fazia oposiçãoao PTB de Bernardo — o que não osimpede, hoje, de conversarem com relati-va freqüência, embora não tanta quanto aque se nota nos encontros do relator como consultor-gcral da República. Ontem,por exemplo, Bernardo foi ao Palácio daAlvorada, conversar com o presidente.

Se tivesse sido feita alguma fotografiado almoço que Bernardo ofereceu noúltimo domingo, certamente seria umbom flagrante de algumas amizades quecercam o deputado encarregado de colo-car em ordem milhares de idéias destina-das a disciplinar a vida dos brasileiros.Estavam lá — um dia depois do almoçoque Bernardo tivera com Ulysses Guima-rães, Raphael de Almeida Magalhães,

Afinal

de contas,

onde se

encontra

o Brasil?

£ De 2.a a 6.a-feira, das 13 às Política, economia, cultura,14 horas, você encontra o educação e tudo que é assuntoBrasil no programa

"Encon- no momento num programatro com a Im- de debatesprensa", na RÁDIO JORNAL DO BRASIL com as perso-Rádio Jornal nalidades quedo Brasil AM. sâo noticia.

AM STEREO 940 KHz

Encontre o Brasil no programa Encontro com a imprensa.

Encontre o Brasil no programa

Encontro com a imprensa.

0 DDE ESTRE1A.

0 QUE VDLTA.

OOlfCHNM

CINEMA NO B

JORNAL DO BRASIL

0 DIA-A-DIA

DA CIDADE

NO

JORNAL DO BRASIL

Cidade

COMPRAR.

VENDER.

ALUGAR.

TUDO.JORNAI. no BRASIL

Classificados

AS MARAVILHAS DOS ESTADOS UNIDOSQUE VOCÊ SÓ VIU EM CINEMA

UM ÔNIBUS BRASILEIRO NAJUL AG SKTSAIDAS: j, ||e |7 6 4e9

COSTJHPOESTEApós pesquisar, palmo a palmo, uma das regiões mais belas do planeta, a SOLETUR

criou um roteiro com todas as atrações da COSTA OESTE DOS ESTADOS UNIDOS para você.E, como de costume, mantendo o padrão de qualidade que você já conhece.

Guia brasileiro. Inglês você sófala se quiser.Café da manhã c meia pensãoopcionais.3 noites em San Francisco, 3 noi-tes em Los Angeles e 2 noites emLas Vegas.Visita a Nação Navajo, à trilhada "Corrida do Ouro" e ao Cir-cuito dos Cassinos (LakeTahoe,Reno e Las Vegas).O maior e mais completo rotei-ro: 30 cidades, 4.500 Km.

Kolciro: Los Angeles, Malibu, San-la Barbara, Solvang, Morro Bay,San Simeon, Big Sur, Carmel,Monterey, San Francisco, Oak-land, Groveland, Vosemile Park,Sonora. Jamestown, Columbia Ci-ty, Angel'sCamp, LakeTahoe, Re-no, Carson City, Mamniolh l akcs.Mount Whilney, Bisliop, DeaihValley, Las Vegas, Zyon Canyon,Lake Powell, Page, Reserva Indigc-na Navajo, Monument Valley,Ciran Canyon, I lagslaff, Phoenix,Tempe, Scottsdale, Los Angeles.

KM TI RISMO \ Ni'

ísoleturlmhkatuk N- iknj: i«>4i I

CKNTRO: K. da Quitanda. :<> - SobrelojaTcl.: 22I-44WCOPACABANA: K Sania Clara. 70 - SobrelojaTcl.: 257-80701 IJl ( A: Praea Saens Pena, ¦ l oja 10 lTcl.: 264-4XWIPANKMA: K. Visconde de hraia. .151Loja A - L:*J. I orum • Tcl.: 521-118KBARRA: Av. Armando Lombardi. 8(X) - Loja Nlid. Condado de Cascais - Tcl.: 399*0309ou no seu Agenle de V iagens filiado à ABAV

Renato Archer c general Ivan Mendes —o ministro da Marinha, almirante Hcnri-que Sahóia (que condecorou Bernardo-naquinta-feira com a Ordem do MéritoNaval, no grau de comendador), o minis-tro da Aeronáutica, brigadeiro MoreiraLima (que o levou na segunda-feira paraalmoço no ministério), os senadores Má-rio Covas e José Richa, o deputadoAdolpho de Oliveira (PL-RJ), um dosprincipais auxiliares de Bernardo na Co-missão de Sistematizaçáo, e o ouvidor daRepública, Fernando César Mesquita.

• No final, apareceu José Aparecido.— Não gosto de rótulos, mas me

considero um homem liberal, ou de cen-tro-esquerda — define-se Bernardo.

O cuidado

com grupos

de pressão

Bernardo Cabral adora vinho do

Porto e queijo de qualquer tipo.Gosta também de colecionar livrosraros, principalmente em latim. E temum vício muito maior do que o desaborear doses de bom uísque: á todahora bebe leite. No sufoco destesdias, às vezes chega até de noiteapenas com leite e, no máximo, umamaçã. Mas, sabendo do que ele gosta,ninguém ouse mandar-lhe presentes,agora que se torna a figura maisimportante da Constituinte, porqueele os devolverá. Esse cuidado detransitar com uma couraça de isençãono meio de tantos grupos de pressão,interessados até nas vírgulas do futurotexto constitucional, é uma de suasprincipais preocupações.

Ele jura que até hoje sequer osministros militares com quem convcr-sa habitualmente lhe fazem pedidosdiretos para serem incluídos na Cons-tituição. "A única preocupação delesé que não se abram portas para que-brar a disciplina e a hierarquia nasForças Armadas", diz Bernardo."Por uma questão de justiça", acres-centa, "devo também ressaltar quecm nenhum momento o senador Co-vas ou o deputado Ulysses Guimarãestentaram me influenciar de maneiradireta ou oblíqua, o que por igualdevo dizer do senador Afonso Ari-nos", presidente da Comissão de Sis-tematização.

Se pela lista das pessoas que pro-curam ser recebidas por BernardoCabral pode-se ter um termômetro dograu de interesse dos grupos de pres-são que cada vez mais aumentam ocerco ao gabinete do relator da Siste-matização, descobre-se que o Poder

Judiciário está mais preocupado coma futura Constituição do que os milita-res. Desde os ministros do SupremoTribunal Federal, abalados com aproposta de transformação do STFcm Tribunal Constitucional, até juizesdas mais distantes comarcas o pro-curam, animados com sua credencialde ex-presidente do Conselho Federalda Ordem dos Advogados do Brasil,para pedir-lhe bom senso ao colocarno papel o capítulo do Poder Judi-ciário.

Pelas mãos de Bernardo, todos oscapítulos da Constituição passarão pe-lo menos seis vezes, nas idas e vindasentre os debates da Comissão de Sis-tematização e os do plenário da Cons-tituinte.. Ele acha que o mais difícil desua tarefa será compatibilizar os capí-tulos da ordem econômica e do siste-ma tributário, porque nessas duasáreas as pressões são muito fortes.

Ele já fixou alguns critérios paranortear o seu trabalho. Os conflitosjurídicos, por exemplo, seráo defini-dos por ele próprio; os conflitos políti-cos serão repassados para o presiden-te e o líder do partido. Um exemplo:se uma comissão propôs mandato decinco anos para Sarney e outra qua-tro, poderia decidir juridicamente op-tando pela proposta da comissão quetem mais competência para tratrar doassunto. Mas prefere a opção política,entregando a questão para o PMDB,que ainda discute se fará convençãopara tratar do assunto.

Entretanto, o que mais sensibilizao relator e sua principal secretária,dona Marisa Scrôa da Mota, pós-graduada em Pedagogia e Psicologia,são as 60 cartas, em média, que rece-be por dia dos mais longínquos pontosdo país. Sabe quais são os assuntosmais tratados pelas cartas, considera-das por Bernardo retrato fiel do que opovão está pensando? Não é a dura-ção do mandato de Sarney nem oparlamentarismo. E o drama dos ven-cimentos ridículos dos aposentados.

Disputas internas dividem Comissão

Os 93 integrantes da Comissão deSistematizaçáo é que entram em ativida-des intensas, agora que as oito Comissõesrepresentativas dos capítulos cm que po-derá se dividir a nova Constituição con-cluem seus relatórios finais. Os outros466 parlamentares se limitarão, no caso,a torcer pelas questões que defendem.

A Comissão de Sistematizaçáo come-ça suas atividades com disputas internasentre os grupos nomeados pelo relator,deputado Bernardo Cabral (PMDB-AM), para ajudar no trabalho. Depois deintensas negociações foram designadosapenas o senador Fernando HenriqueCardoso (PMDB-SP) e o deputado Nel-son Jobim (PMDB-RS) para elaborar otexto que, antes de ser apresentado àcomissão, será submetido ao líder MárioCovas c ao deputado Ulysses Guimarães.

A Comissão de Sistematizaçáo écomposta por 53 integrantes fixos, maisos presidentes c relatores das comissões erelatores das subcomissões, totalizando93. Sáo divididos proporcionalmente cn-tre as bancadas da Constituinte e têm aparticipação de todos os partidos da se-guinte forma: 49 do PMDB, 24 do PFL,seis do PDS, três do PDT e PTB, dois doPT c um do PL, PDC, PC do B, PCB ePMB. Fazem parte da Sistematizaçáotodos os líderes partidários, à exceção deMário Covas e, pelo critério da propor-cionalidade, o presidente é do PFL —senador Afonso Arinos e o relator doPMDB — deputado Bernardo Cabral.

Dois grüpos— A tarefa da Sis-tematização é "reunir, enxugar e discipli-nar os relatórios das Comissões, sempoder introduzir modificações que desfi-gurem o que foi aprovado", diz o relatorBernardo Cabral que terá até o próximodia 26 para apresentar aos demais partici-pantes da comissão o "primeiro esqueletodo projeto." Para tornar mais ágil otrabalho, Bernardo Cabral nomeou doisgrupos iniciais e a partir daí começaramas confusões.

Um dos grupos é formado por amigospessoais do relator — Sandra Cavalcanti(PFL-RJ), Nilson Gibson (PMDB-PE),Vivaldo Barbosa (PDT-RJ), Joaquim Be-viláqua (PTB-SP) e Konder Reis (PDS-SC), coordenados pelos deputados Adol-fo de Oliveira (PL-RJ). Esses sáo oschamados "relatores de campo". Do ou-tro grupo fazem parte apenas pemedebist

Brasília — Luiz Antônio Ribeirolill§

Arquivo — 21'3 07

Nelson Jobim (E) e F. Henrique, relatores auxiliares

tas — o deputado Nelson Jobim e ossenadores Fernando Henrique Cardoso,Wilson Martins (MS) e José Ignácio (ES)— e foram denominados "relatores auxi-liares".

No entanto, os "relatores de campo"que, segundo Bernardo Cabral, ajudarãosomente na pesquisa, trazendo informa-çáo para o relator, também se sentiramno direito de influir no texto final dotrabalho. Isso provocou a reação dosrelatores auxiliares que náo admitiramser coordenados por um parlamentar doPL e o racha foi inevitável. FernandoHenrique c Nelson Jobim apresentaramseu descontentamento para Cabral e fi-cou acertado que somente os dois têmautoridade para entrar no mérito dotrabalho, saindo também Wilson Martinse José Ignácio.

Exigência — Apesar disso, odeputado Adolfo de Oliveira pretendeiniciar já amanhã o trabalho de cruza-mento dos relatórios no Prodasen —Serviço de Processamento de Dados. Pa-ra o deputado, o fato de Fernando Hcnri-que e Nelson Jobim não quererem sercoordenados por ele é mera falta dememória: "Fui um dos fundadores doMDB e secretário-geral do partido."

O deputado Vivaldo Barbosa (PDT-RJ), "relator de campo" também náoconcorda com a reação dos pemebistas,"porque esse é um trabalho pluripartidá-rio e a representação de todos os partidospermitirá um texto mais harmonioso".Argumentos á parte, Fernando Henriqueexigiu que Bernardo Cabral enviasse umofício ao presidente da comissão, senadorAfonso Arinos, deixando claro que so-mente ele e Nelson Jobim poderiam ex-por suas opiniões no texto, ignorandoqualquer proposta dos demais.

Resolvida a questão — que pode serreaberta desde a não aceitação das novasatribuições dadas aos "relatores dc cam-po" — Cabral, com a ajuda de FernandoHenrique e Nelson Jobim, apresenta oprimeiro projeto à comissão no dia 26,depois dc receber o aval de Mário Covase Ulysses Guimarães. Recebe emendassó dos componentes da comissão e refaz otexto com as novas propostas até o dia 7de julho. Pode receber novas emendas e,no dia 10 de julho, começa a votação. Nodia 15 de julho, o primeiro esqueleto daConstituição deverá estar no plenário,quando todo os 559 constituintes passama trabalhar juntos e começa a fase deapresentação de emendas populares.

Agora é tempo de rever os eleitores

Terminada a segunda fase dos traba-lhos da Constituinte, com a entrega dosrelatórios das oito comissões à Comissãode Sistcmatização, começa agora um pe-ríodo dc recesso branco para a maioriados parlamentares. Durante 30 dias dcrecesso, eles poderão rever suas bases,numa revoada de volta aos que represen-tam. Desde a instalação da Constituinte,no dia 1" de fevereiro, senadores e depu-tados náo tiveram praticamente tempopara se dedicar ao eleitorado.

O deputado Jesus Tajra (PFL-PI)decidiu, por exemplo, passar 15 dias emcontato com seus eleitores. "Sentindo aresposta ao trabalho da Constituinte efazendo relatos da minha atuação. Colo-cando-me mais uma vez á disposição das

bases para ser o intermediário de suaspropostas na nova Constituição".

Já o deputado Paulo Delgado (PT-MG) vai agir, nesse recesso, de formadiferente, atendendo à orientação do par-tido e realizando o trabalho que conside-ra absolutamente indispensável: "Mobili-zar as bases para as emendas popularesque podem ser apresentadas à Consti-tuinte a partir de 15 de julho".

Segundo Paulo Delgado, o partidofará uma avaliação sobre o que foi apro-vado e, a partir daí, traçará uma estraté-gia de trabalho para atuar em todo o país."Nós, constituintes, temos a responsabili-dade dc empurrar essa mobilização paraconquistas democráticas na nova Carta".

Somente dois deputados do PT, Lula

e Plínio Arruda Sampaio, permanecerãocm Brasília, porque fazem parte da Co-missão de Sistematizaçáo. Outros parla-mentares pretendem realizar mobiliza-çóes populares para propor sugestões àConstituinte, particularmente os que lu-tam pela criação de novos estados. E ocaso do deputado David Alves da Silva(PDS-MA). que pretende colocar no ma-pa uma nova estrela simbolizando o Esta-do do Maranhão do Sul. Vai percorrer,para isso, a região que considera ideal,para colher as assinaturas, particularmen-te o município de Imperatriz, que seria acapital do novo estado. O mesmo fará odeputado Chico Humberto (PDT-MG)na região do triângulo mineiro, em defesada criação de um estado de igual nome.

OFOOORE sandro moreyra

ASPIADAS. jornal DO BRASIL

ASESTtWftS. Sfegg85

JORNAL DO BRASIL Política domingo, 14/6/87 ? Io caderno ? 9Marcelo Carnaval

60 ccntro ofouti. A boh* id*!/a 6e I mil auisas d<<1,-. r^w||^ pjnppAna.cw AsA cidade

se inforifià n

Cidade.

LENTES DE CONTATO KRIEGER

Tudo o que você precisa,tem no Cidade. E muito maisÉ o melhor lugar da cidadepara você consultar.JORNAL DO BRASIL

•^T*1 IM1CROLENTES

levíssimas em várias coresCz$ 2.000.00

LENTES SOFLENSde uso semanalSÉRIE "O"Cz$ 4.000.00

SOFLENSUSA

e WAICONAlemãlentes

gelatinosasCz$ 2.400.00

São José, 90/501 TEL. 2321306r SEUS OLHOS.MERECEM O MELHORl

(PROMOÇÃO ATE O FIM DESTE MÊS)

Colagrossi, no puro estilo populista, faz Aliança Democrática crescer no Rio

Colagrossi se impõe ao PMDB

e amplia espaços de Moreira

Rogério Coelho Neto

O ex-deputado José Colagrossi, suplente do senador NelsonCarneiro , não é capaz de chupar um limão. Mas se lhe derem umele espreme e faz uma gostosa limonada. A imagem, que elemesmo cunhou, serve para explicar o êxito da Secretaria deArticulação com a União — a antiga representação do Estado doRio em Brasília — por onde estão começando a passar as maisimportantes decisões do novo governo fluminense.

Aos 61 anos de idade, Colagrossi, uma cassaçao, algumaspontes de safena e um gosto todo especial pela articulaçãopolítica, já ampliou os domínios de sua Secretaria Extraordináriapara além das fronteiras da Aliança Popular Democrática, coliga-ção de 12 partidos que levou Wellington Moreira Franco ao poder.Nas últimas reuniões parlamentares que promoveu, em Brasília,já puderam ser notados os deputados José Carlos Coutinho eOswaldo Almeida, do PL, um partido que ficou neutro nacampanha eleitoral fluminense de 1986. Ou Féres Nader, ex-prefeito de Barra Mansa, eleito no PDT.

Há quem diga que a Secretaria de Articulação com a União,sediada em Brasília, foi dada a Colagrossi para que ele ficasse bemlonge do centro de poder. O governador Moreira Franco desmen-te essa alegação, feita intriga pelos que não gostam do antigohomem forte do PDT. Imaginando, contudo, que ela sejaverdade, o suplente do senador Nélson Carneiro está levandonaturalmente os adversários à loucura: a nova Secretaria é umsucesso, segundo atestam seus próprios desafetos do PDT.

Gato escaldado — É claro que Colagrossi tem preten-soes eleitorais altas, autorizado pelos 500 mil votos que conquistou

O 44caixeiro-viajcinte"

dos políticos do RioEnquanto a batalha pela sucessão de Saturnino não vem,

Colagrossi prefere se apresentar como um aiixciro viajante. Écomum, por isso mesmo, vê-lo, quando em Brasília, de segunda-feira à tarde até o início da noite de sexta-feira, sobraçandoprocessos. São pleitos de deputados federais, deputados estaduaisou prefeitos, que leva para ministérios, empresas de economiamista, estatais ou fundações do serviço público.

A mulher Fernanda, que dirige movimentos voltados para adefesa da ecologia, costuma dizer que o lazer do marido é apolítica, o que explica a sua intensa movimentação dos finais desemana pelo interior do estado. "E preciso mostrar a cara paraque não nos esqueçam", diz Colagrossi aos que se espantam com asuas andanças.

Moreira tira partido, de certa forma, da atividade intensa doseu secretário de Articulação. Aos deputados federais que têmreivindicações na área federal, não pensa duas vezes para reco-mendar: "Procure o Colagrossi". Os que seguem o conselho têmse dado bem. O deputado Fábio Raunheitti (PTB-RJ) está nessecaso. Pelas mãos do secretário de Articulação do Rio de Janeiroresolveu três pleitos junto ao DNER e mais dois junto aoDNOCS.

Ao presidente nacional do PFL. senador Marco Maciel,transmite sempre queixas do prefeito Paulo Leone. de NovaIguaçu, que se sente marginalizado pela cúpula do seu partido. Apedido de Maciel, Colagrossi descobriu que Leone precisa deajuda para tocar um pronto-socorro municipal e para obraseducacionais. Reivindicações que vão bater, certamente, paraatendimento rápido, nas áreas competentes dos Ministérios daPrevidência e da Educação.

Quanto a futuro, o ex-militante do PDT não revela preocu-paçáo maior. "Serei certamente candidato a prefeito do Rio e nãovou precisar para isso de ninguém, porque agora disponho dasminhas próprias armas." O PTR, de fato, só aguarda uma palavrade ordem para ir às ruas. Como carro-chefe de uma dissidênciaque começou a se formar no partido de Brizola e que encontrarápassagem, naturalmente, no PMDB, quando a hora da campanhaeleitoral soar forte.

como segundo candidato pemedebista ao Senado. Votos que nãodevem ser debitados, contudo, na conta do aleatório, porque elenão foi segunda opção para o eleitor determinado a reelegerNélson Carneiro. Quem votou nele o escolheu contra Nélson.

Artífice do PDT. no qual investiu desde o seu limiar.Colagrossi foi superado na corrida pela indicação do candidato dopartido á Prefeitura do Rio. em 1985. Brizola preferiu o entãosenador Roberto Saturnino Braga e a ele só restou um protestoformal. Um ano depois, na luta pela sucessão do próprio Brizola.Colagrossi voltou a se apresentar candidato. Preterido por DarcyRibeiro, aí não agüentou mais e deu adeus ao brizolismo.

Feita a passagem para o PMDB. Colagrossi pulou na linha defrente da articulação da candidatura de Moreira Franco. Aconvenção pemedebista, que o ex-prefeito de Niterói, hojegovernador, ganhou por escassos 26 votos, teve o seu dedo. Suaimportância na vitória convencional de Moreira — passo maisimportante para o governador do que a própria eleição — o fezcredor de uma parcela importante do poder conquistado pelaAliança Popular Democrática.

Colagrossi não esconde que se a eleição de prefeito for emdois turnos se apresentará, ano que vem, como candidato àsucessão carioca de Roberto Saturnino. Mas avisa que desta vezninguém vai conseguir frustrar sua pretensão. Ao trocar o PDTpelo PMDB, o ex-deputado criou, de passagem, um partidoalternativo: o PTR, onde aninhou cerca de 500 quadros pedetistas.

Por enquanto, a Prefeitura do Rio é um sonho. Até porque atese da prorrogação dos atuais mandatos municipais continua acorrer solta pelos corredores do Palácio do Planalto. O queimporta, diz o secretário, é ajudar Moreira a criar um novoPMDB: progressista e solidário.

kYLJ

A,Ali' como o português e hospitaleiro! E quantaemoção ao se ouvir o fado ou ver a Torrede Beiem! V"ôí "lvN5v

OleL. E fascinante acompanhar a saudação* r\ oo povo de Espanha aos seus heróis nas praçasde touros...

Ola-lal... Oue outra cidade, a não ser Paris, tantodeslumbra nossos olhos e tanto conforta nossoscorações?

Yes, Siri... Pontualidade, Elegancia, Civilidade.Tolerância... certamente, as grandes virtudesdo Homem residem em Londres.

Nossa!.., Mão se sabe o que brilha mais emAmsterdam: os diamantes expostos nas vitrinesou os olhos das mulheres que entram nas lojas?

Prego1 Aqui, uma aula de Historia... ali, umaaventura bem romântica. Roma e tudo isso...e pizzas deliciosas, também'

iff

JJ ' C

Parece um sonho Oue exclusividade um "UojJCruzeiro pelo Rio Reno e outro navegando ;pelo romântico Danúbio

Nada supera o prazer deüescrever

yjflffMQEüBOfflum roteiro "dvnámico1 ¦.'K1 ^L^nhosdeBordeaux,Lisboa;a fascinação deMad^: os whos^aeBo^Qt\ beleza de versailles e 3 3ieçi encantamento de

« Florença e a

eternidade de Roma.procure seu Agente de

Viagens na sua cidade.

passas»

vâ»o DYNAM1C TOUHB

Ir^v^L^

DISQUE CtfNAMIC GRÁTIS(021) 800-6156

CHINA e (MENTE

^ HON

wtde Oi

Conheça todo o exotismo e os mistérios da

China e do Oriente a bordo dos luxuosos

navios da Royal Viking Line.

HONG KONG/KOBE-14 dias ou 12 dias. Partidas:

3 de Junho, 1." de Julho, 18de Agosto, 13 de Setembro, 11

de Outubro

KOBE/HONG KONG- 14 dias ou 12 dias. Partidas: 17 de Ju-nho, 13 de Julho, 30 de Agosto, 27 de Se-tembro, 25 de Outubro

HONG KONG/TOKYO-12 dias. Partida: 25 de Julho^^ION

W 1<

XAKHODXA

XmGANG(Béfftng)

TOKYOfPVSAN

TOKYO HONG KONG12 dias. Partida: 06 de Agosto.

Preçototal a partir de

US$ 3.022.

PACOTE TERRESTREGRÁTIS EM HONG KONG

3 noites de Hotel de LuxoTraslados de chegada e saídaCity tour

HÒNC KONG.

passagerrt oé;Rio

„or conta

• Passagem aérea em classe econômica tarija GN- ÍO.FSD por conta do passageiro.

A/ AIR LINES ROYAL VIKING LINE

iscrRua da Ajuda, 35 ¦ S.L. 201Tel.: 533-0212

ÍURISÜW D?BR?S™ida EMBRATUR:009-24-00-41 -5brazriktynfHomofconter

Av. Pres. Antônio Carlos, 51 -199 andarTel.: 220-8870

fHomotioi) ^ua ^sc' 207- loja 115Tel.: 267-6111EMBRA TUR: 00-203-0041-1

A tua operadora de Turtomo

Quem sempre impôs osmenores preços do mercado,

agora, em época decongelamento, vai deitar e

rolar. E sabe porquê? Porquenão existe ninguém que

possa com a força de nossaspromoções e com todo o

regimento de ofertasespeciais que sempre

forcaram a baixa dos preçosem toda a cidade. A ditadura

continua, pois a suaeconomia precisa continuar

em ordem. 0

O caminho certo.O Seu Ponto-de-Encontro. Maxwell, SOO.

Aberto diariamente até 22 horas.

pass

IM1CROLENTES

levissimas em varias cores usa ¦Cz$ 2.000.00 e WAICON ILENTES SOFLENS^£%jA Alema

de uso semanal y. e. \ lentes HSERIE "O" gelatinosas ¦Cz$ 4.000.00 2.400.00 J

seusolhos jO MELHORj

^ (PROMOCAO ATEQ FIM DESTE MES) J

10 ? Io caderno ? domingo, 14/6/87

JORNAL DO BRASIL

Fundado em 1891M F DO NASCIMENTO BRITO — Diretor Presidente

BERNARD DA COSTA CAMPOS — Dirtlor

J. A. DO NASCIMENTO BRITO — Diretor ExecutivoMAURO GUIMARÃES — Diretor

FERNANDO PEDREIRA — Redator ChefeMARCOS SÁ CORRÊA — Editar

FLÁVIO PINHEIRO — Editor Assistente

Ique

Primeira Instância

E possível que tudo se salve quando vier a fase dasvotações no grande plenário. Até aqui, a Consti-

tuinte de Brasília não autoriza uma previsão do quenos aguarda nessa etapa, nem mesmo se o últimoestágio dos trabalhos permitirá que se identifique,como de costume, a Constituição que se vai ter, peloano em que se reuniram os homens eleitos para fazê-la.

A enxurrada de pareceres e emendas ameaçalevar consigo a data-referência para além dos limitesde 87. Não é o número que sugere a classificação deenxurro mas a natureza caótica da matéria, o borbu-lhar escandaloso das contradições, das propostasrepetitivas e do caráter de conflito insanável queexibe na superfície a marca distintiva mais escura daConstituinte: a absoluta falta de definição em qual-quer domínio.

Na Constituinte de 46 houve uma situação confli-tiva, até esperada, quando se defrontaram no PalácioTiradentes, logo depois da queda do Estado Novo, asduas grandes correntes de opinião em que se dividirao país: uma composta dos que ansiavam pela volta àlegalidade democrática e outra que também a deseja-va mas gostaria de condicioná-la a certos modelos decomportamento estatal deixados pelo longo e intensoesforço legiferante da ditadura deposta. Até isto,entretanto, era nítido e se colocava em termos altos,por mais que as forças desentranhadas do sistemaanterior, e constituídas de homens que o serviram aolongo de quinze anos, tivessem que vestir a máscarade Janus e olhar simultaneamente para São Borja,onde hibernava o velho chefe, e para o Catete, onde osubstituíra pelo voto seu Ministro da Guerra.

Sabia-se de que e de quem se tratava. De um ede outro lado, a estatura dos homens superava o pédireito da pequena casa em que se reuniam, na Praça15. A corrente majoritária sabia tanto o seu papel queem certo episódio a voz de seu líder não precisou demais argumento para limitar no caso a aspiração dacorrente oposta: "Nós somos a maioria", exclamousingelamente Nereu Ramos. A minoria, por sua vez,tinha os limites de sua atuação política traçadoscuidadosamente pelo bom senso, lucidez e competên-cia de seus condutores. Entre um e outro campo,integralistas, comunistas e socialistas liberais se apre-sentavam muitas vezes com o ímpeto verbal que dávida às assembléias políticas, sem que nenhum dessesgrupos se mostrasse destituído da consciência exatado que eram em face do caráter insofismavelmentemajoritário da vontade nacional: formações embrio-nárias com ambições de crescimento futuro mas comlimitações naturalmente impostas, e aceitas, na horapresente.

Nítido, em conseqüência, era o propósito — quea todos uniu acima das divergências doutrinárias—decorresponder o mais rapidamente possível ao manda-to da nação: dotar o país de uma Constituição quevoltasse a colocá-lo no caminho verdadeiramenterevolucionário da democracia — garantidora dosdireitos políticos e sociais exercidos sob a luz daliberdade criadora. Definida a fisionomia de cada um,puderam todos formar em torno da aliança Mangabei-ra-Nereu, que demarcou as áreas de entendimento e

possibilitou a elaboração e promulgação do novoestatuto fundamental em apenas sete meses. Consti-tuição ideal? Não era, nem poderia ter sido. Semdúvida foi, no entanto, a Constituição possível, a quese queria no momento e a que se podia dar a um povoem formação, que com ela viveu e progrediu ao longode quase duas décadas.

Em Brasília neste instante, o que é maioria e oque deve ser tido por minoria ninguém sabe. Cadagrupelho, por mais insignificante, sente-se em condi-ções de dominar a Constituinte, numa escalada dassubcomissões às comissões temáticas, passando pelade sistematização até o plenário. Quem é comunistaou quem não é, quem se coloca à esquerda ou àdireita de quem, tudo depende do grau de confusãomedido na hora, segundo a escala estabelecida porcada um constituinte, desde o suposto partido majori-tário de sigla cambiante às formações que tentamreagir ao progressismo cego com a advertência de quenão aparecerão diante do povo como conservadores,até um punhado de intelectuais que se exercitam naformulação de doutrinas revolucionárias atribuídas —por eles — a uma categoria de trabalhadores a elasindiferentes.

Desse quadro de penumbra, tudo que sai éconfuso e contraditório. Ao mesmo tempo que sequer conferir ao povo a faculdade de cassar mandatosparlamentares, concebe-se a prorrogação do mandatodos prefeitos à revelia do eleitorado. Dirigentesmunicipais sentem-se encorajados a pressionar, paraisto, constituintes que eles julgam depender do votoque confessam não ter. • A pressão produz efeitoimediato entre homens respeitáveis mas arrastadospela torrente da confusão. Oscila-se entre apelosarcaicos à democracia direta e as tentações dosmandatários biônicos; entre a exacerbação infanto-juvenil do sentido de sistema representativo, marcadopelo pronunciamento freqüente do eleitor, e a velhasuperstição da coincidência dos mandatos, antes atri-buída a uma atitude de desconfiança autoritária emface do processo eleitoral.

De um regimentalismo ferreamente concebidopara estreitar os caminhos rumo à Constituição, já seacena com o contra-senso de deferir ao plenário adecisão das questões de ordem, que são incidentesregimentais tradicional e necessariamente resolvidospelo presidente da sessão. É a anarquia, a negaçãodaquele mínimo de autoridade sem a qual ninguémdirige nada e todos sucumbem ao desvario dasmaiorias ocasionais. Tudo confuso, tudo indefinido,tudo contraditório e conflitivo, é assim que se con-templa, já na metade de um ano que se anuncioucomo de esperança, o quadro de uma Constituinte daqual nada se pode esperar, nem mesmo que o produtode seu trabalho, seja qual for, se dê a conhecer notempo previsto.

A menos que uma formação majoritária sedefina e desde logo resolva exercer o papel deduzidodos votos populares, qualquer Constituição elaboradaem tal atmosfera há de nascer, como se diz de certassentenças judiciais de primeira instância, "clamando

por uma reforma".

Grupo dos Oito

T1 erminou em Veneza a reunião do Grupo dosSete. São os países mais industrializados (ou mais

ricos) do bloco ocidental — entendida esta acepçãomenos no sentido geográfico que no da prática daeconomia de mercado. Pelos critérios atualmente emvigor para medir a riqueza das nações, o Brasil fariaparte desse grupo se em vez de Grupo dos Sete ele sechamasse Grupo dos Oito.

Este é um dado que a consciência brasileira dehoje (sobretudo a da classe política) ainda nãoassimilou completamente. Pelo lado do ufanismo,sim: a torto e a direito, os oradores enchem a bocapara falar na "oitava economia do mundo". Mas,feita esta menção, o discurso costuma tomar outrorumo. Não é o discurso de quem se sinta realmenteinstalado entre as dez maiores economias do mundo.

Por um lado, essa esquizofrenia tem a sua razãode ser. O rápido desenvolvimento brasileiro dasúltimas duas décadas (rapidíssimo, até) não foi, comose sabe, um desenvolvimento homogêneo. Áreas desombra persistiram ao lado de sucessos concretos —desequilíbrio inevitável sempre que há desenvolvi-mento muito rápido; mas o brasileiro não pode,realmente, dar-se por satisfeito com o patamar a quechegou em matéria de organização social.

O que não convence, entretanto, é a postura queo Brasil — numa desanimadora simbiose entre faixasda opinião pública e faixas da classe política —

continua a adotar para consumo externo. Podemosargumentar que o crescimento foi desequilibrado;mas é insustentável dizer que os problemas se devemà "ingerência externa", à "ação das multinacionais".

Quem acumulou dinheiro, no Brasil 64-87, fo-ram muito menos as multinacionais do que o próprioEstado: este é, de fato, o gigante que pesa sobre aeconomia brasileira; que privilegia setores em detri-mento de outros — e nenhum setor é mais privilegia-do do que o próprio aparelho governamental.

Os estrangeiros não são cegos em relação ao quese passa no Brasil. Viram o país crescer a um ritmovertiginoso; viram o ingresso brasileiro numa série demercados novos — como, por exemplo, o de arma-mentos. Estão assustados com a crise de agora,dispostos até a esperar que ela abrande um poucopara retomar o diálogo. Mas não aceitam que a oitavaeconomia do mundo ocidental faça o papel de eternoórfão à procura de um pai. Acreditam de fato nacapacidade de crescimento do Brasil — muito mais doque alguns brasileiros atingidos de melancolia profun-da. (E, tratando-se de estrangeiros, não se pode falarde "ufanismo".)

Isso mostra o quanto é urgente a definição donosso perfil externo, com crise ou sem crise. Seriatriste se fôssemos os últimos a perceber o que lá forajá se tornou axiomático: a fantástica potencialidadedo Brasil.

Tópico-

Mau ExemploCorrigir desigualdades regionais

num país desigualmente desenvolvido éaspiração comum da sociedade, masisto não se faz por métodos antidemo-cráticos. Como a barganha que acabade ser feita entre o relator da comissãodo sistema tributário, deputado JoséSerra, e a superbancada do Nordestepara dividir o Fundo de Participaçãodos Estados.

Para salvar o seu parecer, conside-rado um dos melhores dessa fase daConstituinte, Serra teve de concederparcelas mais altas do que as disponí-veis para o Norte e Nordeste, em detri-mento dos demais estados. Só não ce-deu na parte em que os nordestinos

exigiam recursos privilegiados no orça-mento da União.

Sabe-se que força está por trásdessa pressão nordestina. É a força doautoritarismo embutida na distorçãoque o regime militar criou ao estabele-cer a representação dos estados naCâmara dos Deputados. Equacionadoem um mínimo (oito) e um máximo(sessenta) de deputados por estado, omecanismo constitucional faz com queem São Paulo um parlamentar corres-ponda a 250 mil eleitores, enquanto emum estado pequeno ele corresponda a50 mil.

Esse princípio casuístico precisa serrevisto e corrigido pela Constituinte,sob pena de perpetuar um obstáculo à

descentralização federativa. Ele não eproporcional, mas desproporcional;não é abrangente, mas divergente; nãoé justo, mas discriminatório. Beneficiaalguns para prejudicar muitos. E sóenfraquece a capacidade representativados cidadãos, porque dá uma falsanoção de igualdade.

A barganha clientelística operadano seio da comissão do sistema tributa-rio aponta para a urgência da mudançadesse processo. Uma Constituinte nãopode ter esse tipo de comportamentocomo fórmula de composição de inte-resses-contraditórios. É um mau exem-pio para o país e decepciona a socieda-de que se mantém na expectativa darestauração plena da federação.

Cartas

País liquidadoChegando agora aos 66 anos, nunca vi

um governo tão fraco, tanta indecisão,tanta politicagem e cegueira em Brasília,tanta xenofobia tercciromundista (quenos impede de receber novos investimen-tos e aprender novas tecnologias) entreos políticos, que não têm o menor espíri-to público! Os gastos continuam: viagensde funcionários (desde os mais gradua-dos), jatinhos oficiais, ferrovias diversasetc. E todo o povo angustiado!

Num país tão cheio de possibilidades,e uma pena tudo isto, mas, no limbo deBrasília, ninguém parece perceber a gra-vidade da situação, e de que estão prepa-rando caminho para o aparecimento depersonagens ainda piores.

Gente: dever não é vergonha, vergo-nha é dar calote, como se fôssemos umarepubliqueta qualquer! Pois é, desta vezparece que conseguimos liquidar o país:universidades fechando, indústrias afun-dando, desemprego aumentando, infla-ção galopando: acho que desta vez Deusdeixou de ser brasileiro! Gilda de A.Becker — Rio de Janeiro.

Repulsa

do-sc, em lugar de um rei, uma-chefí»òeestado (chefia do governo com o primei-ro-ministro) vantajosamente plural, denúmero ímpar, confiável e apolítica, soba coordenação do presidente do órgãoque é interprete da Constituição, isto é, oPresidente do Supremo Tribunal Federal,sendo os demais componentes, o Presi-dente do Senado Federal (os menciona-dos são sucessores do Presidente da Re-pública em casos de vacância, no presi-

L. Brígido

O povo brasileiro faz um grande es-forço para soerguer o Brasil, enquanto asautoridades alheias à grandeza do paísperdem tempo em discussões improduti-vas. São homens que não estão ã alturada pátria. As autoridades já não sabemadministrar nada referente ao povo, só osseus bens pessoais, e ainda ficam dandodemonstrações grotescas cm público. Ospontapés verbais deveriam ser trocados lánas suas propriedades e não cm reparti-ções públicas, bem do povo, e que mere-ce respeito. Deveriam fazer um esforçoproporcional ao físico e se comportarempelo menos enquanto ocupam cargos pú-blicos.

O povo está se sacrificando pagandopesados tributos para receber em trocacenas de homens da caverna. Enquantoisto a dívida aumenta, como aumenta osofrimento do povo brasileiro que deseja-ria no poder só pessoas sérias. NatanaelGonçalves Vieira — Rio de Janeiro.

Conselho econômicoO Presidente dos Estados Unidos dis-

põe da colaboração de um "Conselho deAssessores Econômicos", para poderconsultá-los sobre os problemas econômi-cos complexos, que um Presidente políti-co, leigo, não pode entender.

É isto que está faltando ao PresidenteSarney. Ele precisava dum conselho des-ta natureza, pois ele está se entusiasman-do sucessivamente pelos planos dos mi-nistros Dornelles, Funaro, Bresser etc.,sem ter um perfeito juízo imparcial doassunto. Devia-se organizar este conselhocom nomes ilustres, imparciais, comoBulhões, Simonsen, Bacha etc. para as-sessorar o presidente. Guilherme SantosFilho — Rio de Janeiro.

Crédito educativoGostaria de que a Caixa Econômica

Federal, que se diz um banco social,explicasse que critério adota para conce-der o Crédito Educativo, que visa ajudaro aluno carente. Neste semestre me ins-crevi no Crédito Educativo, e como nãobastasse a demora na divulgação do resul-tado, ainda tive a decepção de saber queminha proposta foi indeferida. (...)

Penso que minha proposta foi indefe-rida porque, no mínimo, eles acharamque o salário que coloquei fosse algumafortuna. Face a tal atitude, pergunto-me:será que para obter o Crédito Educativoa pessoa tem que receber um salário querepresente condições de vida incompatí-veis com a dignidade humana? (...) Ale-xandre Luiz Bittencourt — Rio de Ja-neiro.

Sistema realistaPublicando minha carta sobre parla-mentarismoem28/5,oJB pôs cm contato

dois amigos que não se comunicavam hámeio século. Ele discordante porque fa-vorável à permanência do patrício que-temos na Presidência de sistema que sódeu certo nos Estados Unidos porque naHistória nunca houve país mais favoreci-do pelo acaso. Peço agora ao JB quepublique esta resposta que também pode-rá valer para outros amigos, em diálogoimportantíssimo, pois o que interessa nãoé ser favorável ou desfavorável a pessoasmas dar ao Brasil um sistema políticorealista e duradouro, isto é, parlamenta-rista, o que o sr. Ulysses Guimarães dissenão ser possível em país que tem oFunrural, mas eu digo por isso mesmo serurgente, e oportuno, desde que seja rea-lista, não casuísta. A propósito, estoupublicando um opúsculo que propõe esteparlamentarismo que, além de ser autên-tico. puro, tem a vantagem de ser repu-blicano. Como será? Simplesmente, ten-

;ate—

dencialismo), e, por fim, em terceirolugar, o chefe do poder que assegura ofuncionamento dos demais, institucio-nais, políticos e jurídicos, leia-se: o chefedo Estado Maior das Forças Armadas,assim constitucionalmcntc responsabili-zadas, não marginalizadas para seremchamadas sozinhas ao poder em momen-tos de crise, com a desvantagem de sedesgastarem. (...). Oldegar Franco Viei-ra, professor titular da Universidade Fe-deral da Bahia — Salvador.

Conquista enganosaA notícia hoje divulgada sobre a pre-

tensão de se estender o voto ao jovemcom 16 anos de idade é, pelo menos,apavorante. O seu conteúdo demagógicopoderá dar uma falsa impressão de con-quista aos jovens, representando umaconquista enganosa. Não se iludam: atrásdessa ilusão virá o rebaixamento da idadeda responsabilidade penal para 16 anos,com o que b5'/r dos menores presos,tanto por direção de veículo como porfurto, assaltos, irão irremediavelmentepara as varas criminais e penitenciárias.

Para os políticos, uma lembrança: nãose esqueçam de que metade da populaçãobrasileira é de menores. Imagine-se opeso que representam numa eleição, poiso direito de votar inclui o de ser votado.Demagogia tem hora. Isto é, não deveriater. Alyrio Cavallieri, ex-juiz de Menores— Rio de Janeiro.

EsclarecimentoSobre a notícia publicada no

JORNAL DO BRASIL de 11/6, segundoa qual o ministro das Comunicações"mandou um telex ao seu colega RenatoArcher, da Ciência e Tecnologia, coorde-nador do conselho (Conin), dizendo quenão aceita permanecer subordinado aele", cabe esclarecer que no referidotelex o próprio titular das Comunicaçõessalienta que "continuo a entender que noConin o substituto eventual do nossopresidente é você". Logo, não há ne-nhum sentido de insubordinação, comosugere a notícia. José Monserrat Filho,diretor de Comunicação Social do Minis-tério da Ciência e Tecnologia — Brasília(DF).

Mensalidades escolares(...) Gostaria de comentar (...) sobre

a questão do repasse dos reajustes dossalários dos professores e funcionáriosdas escolas particulares às mensalidades.Neste processo, estamos percebendo oquanto a interferência do governo é da-

L. Brígido

m« \ I' ( °

Ml i Ifi|\\|Mil 1 I™i j\ IHluWvL—L*fll<S40P-

nosa e inibidora de ações que conduzam amelhoria da qualidade do ensino, sem umcomportamento da oportunidade que atodos deve ser oferecida para terem ensi-no em todos os níveis. (...)

Creio que as negociações entre aspartes diretamente interessadas levam asmelhores soluções, não descartando amediação das autoridades competentes,caso se chegue a um impasse. Para isto,temos que remover a "ferrugem", causa-da pelos mais de 20 anos de regimeautoritário, dialogar para a busca desoluções que conduzam a melhoria da

qualidade do ensino com a cobrança deum preço justo para ambas as partes,escola c alunos.Agora, mais especificamente gostaria

de referir-me as negociações que tenhoconduzido, juntamente com os colegasrepresentantes dos diretórios acadêmi-cos, com a direção da Universidade Cato-lica de Petrópolis. Nas quais, tenho ob-servado a falta de disposição para aampla negociação, para o diálogo o maisaberto possível, visando ao interesse co-mum da manutenção do bom nível doensino oferecido pela universidade, jáque todos devem passar e a instituiçãopermanecer. Ela é a única coisa perma-nente. (...). Otávio Henrique Ilha Cam-pos, presidente do Diretório Central deEstudantes da Universidade Católica dePetrópolis.

IrresponsabilidadeUma pobre criatura de nome Maria

Custódia da Silva, matrícula Inamps227637, após aguardar um mês (de outu-bro a novembro de 1986, ano passado)para marcar consulta, foi finalmenteatendida no Hospital de Ipanema,Inamps. Diagnosticado o mal — um mio-ma no útero — que deveria ser extirpado,Maria submeteu-se a todos os exames,com as conhecidas filas, e aguardou olaudo, para, então, ser convocada para acirurgia.

Como tardasse o caso, e com dores,Maria voltou ao Hospital de Ipanema. Eobteve, pasmem, tranqüila informação:seu laudo desaparecera misteriosamente.Isto num hospital da Zona Sul. Imaginempor aí. Feita nova consulta para serprovidenciado outro laudo — e, eviden-temente, repetir os exames pelo tempodecorrido, Maria Custódia da Silva, de-serdada e sem padrinhos, neste país demarajás, espera, paciente e humilhada,que o Inamps, entupido de médicos efuncionários, se lembre do seu direito decontribuinte e abrevie sua agonia. ChicreFarhat — Rio de Janeiro.

INPSMeu companheiro, que era estatutá-

rio durante 27 anos como professor daUni-Rio, foi quase que obrigado a optarpara CLT, em 1976. Como em 1986 elecompletou 70 anos, a universidade expul-sa o professor, mas não providencia nadapara seu ex-professor. O próprio tem queir ao INPS e pegar um formulário, preen-cher e dar entrada na aposentadoria. Jáque ele não pediu para sair, e sim auniversidade que manda embora, achoque ela teria obrigações de providenciartudo.

Logo o professor deu entrada norequerimento em 17/12/86 no INPS-PAPCopacabana 01720850, recebendo umprotocolo nu 41804350353, e até hoje nãodão respostas alguma. Dizem que estãopesquisando. Lamento, mas, se o compu-tador foi introduzido nas repartições, foipara melhorar e abreviar o andamentodos processos. (...) Quando é que vamoster uma máquina ativa e desenvolvida?Maria Reis — Rio de Janeiro.

Ponte Rio — NiteróiÉ preciso pensar em uma alternativa,

pois a ponte Rio — Niterói é duradoura,o que já está provado, mas não é eterna.São constantes os acidentes por falta demanutenção adequada e não alisamentosde superfícies. (...) Hoje já pensam emaumentos mensais do pedágio. Será quefazem manutenção preventiva nas colu-nas da parte que fica no fundo da baía?Celso Carlos Guarany — Rio de Janeiro.As cartas serão selecionadas para publi-cação no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legí-vel e endereço que permita confirmaçãoprévia.

«||lg H •- „< I

Carlos Brandão Carlo$ Olinto Brandão

CorreçãoO JORNAL DO BRASIL de ontem errouao publicar a foto do ex-presidente doBanco Central, Carlos Brandão, como sefosse o pecuarista Carlos Olinto Brandão.

JORNAL DO BRASIL Opinião domingo, 14/6/87 ? Io caderno ? 11

0 bolo de camadas

Fernando PedreiraC <^3 ara cobrir esse imenso, trilionário déficit público, será

preciso ou cortar maciçamente despesas; ou elevarbrutalmente os impostos até níveis sem precedentes, ou ainda,de acordo com a opinião de alguns, aprovar uma vigorosamistura de uma e outra coisa (cortes e aumentos). O fato básicoé que estamos violando grave e mesmo irresponsavelmente aregra cardeal das boas finanças públicas: os governos devemextrair do povo, em impostos, aquilo que dispensam embenefícios, serviços e proteções." (David Stockton, autor esuperburocrata norte-americano.)

"Falta mencionar outra característica notável do Estadomexicano: embora tenha sido o agente cardeal da moderniza-ção, ele próprio não conseguiu modernizar-se inteiramente. Emmuitos aspectos, continua patrimonialista. Neste tipo de regi-me, o chefe do governo (o Príncipe ou o Presidente) considera oEstado como seu patrimônio pessoal. Por isso, o corpo defuncionários e empregados governamentais, dos ministros aoscontínuos, dos magistrados e senadores até os porteiros, longede constituir uma burocracia impessoal, forma uma grandefamília política ligada por laços de parentesco, amizade, compa-drio, bairrismo ou outros fatores de ordem pessoal. O patrimo-nialismo é a vida privada incrustada na vida pública (...).

Dentro do Estado mexicano há uma contradição queninguém até aqui pôde ou sequer tentou resolver: o corpo detecnocratas e administradores, a burocracia profissional, com-parte os privilégios e os riscos da administração pública com osamigos, os familiares e os favoritos do presidente, junto com osamigos, os familiares e os favoritos dos seus ministros. Aburocracia mexicana é moderna, dispõe-se a modernizar o país;seus valores são modernos. Diante dela, às vezes como rival, àsvezes como associada, se levanta essa massa de parentes,protegidos e amigos (...).

Esta sociedade cortesã se renova parcialmente a cada seisanos, isto é, cada vez que chega ao poder um novo presidente.Tanto por sua situação, como por sua ideologia implícita e seumodo de recrutamento, os quadros cortesãos não são moder-nos: são uma sobrevivência do patrimonialismo. A contradiçãoentre a sociedade cortesã e a burocracia tecnocrata não imobili-za o Estado, mas torna certamente difícil e sinuosa a suamarcha. Não há duas políticas no interior do Estado: há duasmaneiras de entender a política, dois tipos de sensibilidade e demoral." (Octávio Paz, autor mexicano.)

"Não é possível pensar nas classes sociais em termos devilões e heróis. Por isso, é inútil pensar na tecnoburocraciacomo o novo vilão da história, como uma classe necessariamen-te autoritária que frustrou as esperanças do socialismo. Isto éser vítima da ideologia burguesa. É certo que não temos ainda aexperiência histórica de sociedades que sejam dominantementeestatais e razoavelmente democráticas, mas é muito cedo paradeduzir daí que o estatismo seja incompatível com a democra-cia. Ele é tão incompatível com a democracia quanto ocapitalismo, na medida em que só numa sociedade sem classes esem Estado, socialista e autogestionária, poder-se-á pensar emdemocracia plena." (/n"Sociedade Estatal e Tecnoburocracia",do professor e superburocrata L. C. Bresser Pereira, teórico doestatismo e atual ministro da Fazenda do Brasil.)

"Por pleno que seja, o sistema democrático não supõe aeliminação de todos os núcleos autoritários ou autocráticosexistentes na sociedade (forças armadas, igrejas, grandes em-

presas estatais ou privadas, indústrias, corporaçoes, famílias,etc.), porque essa eliminação seria não só impossível e utópica,mas altamente inconveniente. Tudo o que os liberais pretendemé limitar o poder desses núcleos, submetendo-os a normas queassegurem as liberdades ditas essenciais a todos, isto é, não só acada cidadão, mas também a esses mesmos subsistemas interna-mente não-democráticos, a esses organismos autoritários, públi-cos e privados, cuja existência é necessária à eficiência daprodução e ao bom e livre desempenho da sociedade emconjunto.

A democracia é, pois, um sistema impuro e instável, quetraz em si o germe da própria negação, à boa maneira hegeliana.O que não quer dizer que essa negação seja fatal e inevitável.Ao contrário: a contradição entre a forma democrática do todoe a natureza não-democrática ou antidemocrática das partes é amola verdadeira e a razão de ser do regime. O grande equívocodos radicais — e muito especialmente dos jovens, que malacabaram de descobrir a liberdade — consiste precisamente nacrença ingênua de que se pode levar a liberdade às últimasconseqüências. Isto é: que se pode eliminar a contradiçãoessencial do regime democrático, sem acabar eliminando aprópria democracia (R.A., escritor e cronista brasileiro).

Passemos aos fatos. O grande mal do PMDB (e ainfelicidade deste país, que o PMDB hoje governa) está em queos seus melhores teóricos e dirigentes vivem mergulhados numnevoeiro acadêmico submarxista, que os impede de ver arealidade nacional tal como ela é.

Muita saúva e pouca saúde os males do Brasil são,escreveu há tempos mestre Mário de Andrade. Saúvas sobretu-do ideológicas. A atual crise brasileira, que o PMDB agravoubrutalmente em dois anos de governo, em vez de remediar, écomo um grande bolo de camadas, apoiadas umas sobre asoutras.

A camada mais funda há de ser a cultura patrimonialistaque ainda domina o nosso sistema de poder e os nossosprincipais quadros políticos, e hoje se exibe de maneira quaseparoxística, impudica, no governo da família Sarney e dos seusfavoritos de S. José do Pericumã.

Sobre essa base política, aninha-se a segunda camada que éa do mercantilismo econômico. Em muitos sentidos, o Brasil éainda um país pré-capitalista. Sua economia é dominada nãopelo mercado, mas por reservas de mercado: imensos monopó-lios e oligopólios, grandes cartéis, públicos e privados, massempre estreitamente dependentes dos favores e da proteção doTesouro. Não se negará que essa vasta máquina, essa gordamontanha de privilégios tenha servido, ao longo das últimasdécadas, à modernização do Brasil. Mas, hoje, ela serve-se,mais do que serve ao país. Seu peso exagerado e crescentesufoca o que a economia brasileira tem de mais livre, eficiente ecriativo.

O medonho déficit público atual, gerador da inflação e dasmais agudas doenças de que sofremos, é filho natural (inevitá-vel) do patrimonialismo político e do mercantilismo econômico.A curto prazo é certamente preciso cortar o déficit, e não háoutro meio de fazê-lo senão usando a tesoura do americanoDavid Stockton. A mais longo prazo, entretanto, não iremos aparte nenhuma enquanto não reconhecermos que as nossaspiores saúvas estão dentro de nós mesmos — na nossa própriaherança intelectual e cultural. O nevoeiro acadêmico submarxis-ta (pemedebista) só serve para disfarçar essa herança e, comisso, aumentar sua capacidade de confundir.

O resto, doutor Bresser, é paliativo. E papo furado.

Demônios familiares

Juarez Bahia

Dizem que Deus, ao ser perguntado recentemente se ainda

se considerava brasileiro, chamou São Pedro (dono dachave das coisas) e de nariz visivelmente torcido lhe perguntou:Que suposto país natal é esse?

Brasil, Senhor.Nunca ouvi falar. Em que parte da terra fica?Lá onde o diabo perdeu as botas — esclareceu São

Pedro, provocando rumores.Depois da cena só restou o silêncio. Não se sabe, ao certo,

se Deus deixou ou não de ser brasileiro. Preferiu calar.Provavelmente decorrerá longo tempo até que a mudez eternaseja quebrada. O que está fora de dúvida é a crescentemultiplicação de seres diabólicos no país. Por todas as latitudese longitudes, e não apenas em lugares certos como repartiçõespúblicas, partidos, academias literárias e clubes de futebol.

Nossos diabos familiares são em muito maior número doque a cota normal de cada nação, calculada sempre à base deum anjo demoníaco para incontáveis anjos do bem. Não seestranhe essa proporção, ela é mais ou menos oficial. Apopulação angelical teologicamente avaliada é 99 vezes a dahumanidade. Dessa multidão, só uma terça parte, no máximo,se converteu em anjos do mal, recrutados por Satanás medianteincríveis artifícios, desde quando o príncipe das trevas serebelou contra Deus.

Duas das raras criaturas vivas que podem atestar isso estãono Vaticano. Monsenhor Giuseppe Del Ton, protonotárioapostólico, especialista cm anjos, considerado o maior latinistada Igreja, e monsenhor Conrado Balducci, um dos maisrespeitados estudiosos de demônios. Ambos podem ser cônsul-tados. Para quem for incômodo ir a Roma, basta ler o tratadobíblico de Del Ton, A Verdade sobre os Anjos e Arcanjos.

Dom Giuseppe e Don Balducci devem estar neste momen-to extremamente ocupados em separar o joio do trigo, isto é,em classificar a origem dos anjos que trafegam na atmosferabrasileira. Excluídos os anjos-da-guarda, que são intocáveis e oanjo-padroeiro nacional, que está acima de qualquer suspeita,poderiam cuidar os especialistas de indentificar a perturbadoraminoria a serviço do inferno.

Como os anjos bons são seres visíveis e costumam agircomo sentinelas de um exército com sua própria hierarquia —querubins, serafins, arcanjos, ou potestades, dominações, tro-nos etc — não é tão difícil localizar os que são verdadeiramentedemoníacos. Assim, os que atendem por nomes como Miguel,Gabriel, Rafael, são gente fina, virtuosa, dedicada e sã. Não é ocaso, porém, dos que se chamam Adalberto (condenado pelopapa Zacharias no ano 745), Tabuel, Uriel, Siniel.

Tão constantes e perniciosos revelam-se os nossos diabosque melhor seria, para afastá-los do culto diário, caracterizá-lossegundo sua designação mais popular. Os diabos da inflação, dacorrupção, dos preços, do cruzado, do confisco, da burocracia,da confusão, dos impostos, da recessão, do compulsório, dafome, da seca, do desemprego, das enchentes, da moratória.

das mordomias, dos infortúnios, da agiotagem, da dívida(interna e externa).

Infelizmente, não se esgotam nessa breve relação. Temosmais diabos no sótão da república. Estão soltos o diaboestatizante, os diabos aidéticos, intransparentes, mentirosos,fraudulentos, arrogantes, inadimplentes. O diabo zodiacal (detodos talvez o mais pessimista, pois só vê para o Brasil umfuturo negro). E assim por diante.

Essa quantidade de diabos para uma só nação, ainda quede dimensão continental como a nossa, é alarmante. Ainda maispor ser o Brasil profundamente religioso. Não seria nenhumexagero apontar toda essa corja demoníaca como traidora dapátria, se fosse o caso de se supor que em alguma época denossa história algum espírito autoritário terá ousado invocarSatanás por esperteza, ignorância ou má fé.

Do alto de Sant'Angelo, João Paulo II acaba de reconhe-cer o mal que o diabo faz ao mundo. "O demônio está vivo —adverte — e atuante na desordem, na incoerência e na crise".Parecem palavras destinadas exclusivamente ao Brasil. O Papanão se limita às conseqüências do pecado original, mas à açãosombria e disseminada de Satanás, às maldições em curso. Erecomenda-nos uma oração secular que pede a São Miguel paraacorrentar no inferno Satanás e os outros espíritos perversosque rondam por aí em busca de almas perdidas. O presidenteSarney devia decorar a prece para a missa da capelinha doAlvorada.

E é bom que Sarney não cometa o equívoco de quererexorcizar demônios apenas atraindo-os para o café da manhãem palácio, supondo que os anjos se nutrem de manjar. Osanjos têm natureza incorpórea e, portanto, dispensam alimen-tos. Sejam eles malignos ou puros.

Também, de nada adiantará sensibilizá-los com oferendasem dinheiro ou cargos. Armadilhas desse tipo não funcionampara anjos, mesmo que sejam os piores do inferno, porque,apesar de maus, eles nunca perdem a virgindade.

Como os anjos costumam assumir semblantes humanos,convém que o presidente ouça esta recomendação do monse-nhor Del Ton: "Em matéria de visões há que ter cuidado,porque às vezes também o demônio se apresenta como umapessoa belíssima, para enganar os outros". Aí pode estar umadas chaves do problema brasileiro. Quantos desses demônios seinstalaram em palácio e já envolvem Sarney com suas dia-bruras?

O presidente não deve se precipitar e imaginar estratégiascomo, por exemplo, uma maciça propaganda antidiabólica paracomprometer mais ainda a imagem de Satanás neste paíscatólico. Poderia funcionar melhor uma reunião ministerial emque os ministros cedessem seus lugares a bruxas, babalaôs,feiticeiros, adivinhos, profetas etc, numa grande pajelança emcadeia nacional de TV.

Se isto não resolver, é porque não tem mais jeito.Possivelmente esta não é uma época incômoda para os diabos edeve-se acreditar que só com eleições diretas eles se darão porvencidos.

¦m

\TeoS$Tr|~"~jruiHTE

J4UU Hjj

sa-sppsp, ...njj-

Z_Jw. ~

~,n

Autênticos e mascarados

Barbosa Lima Sobrinho

Na sua Teoria Geral do Estado, Hans Kelsen, que tanta

influência exerceria na doutrinação de sua época, encon-trava, nos partidos políticos, fatores necessários da formação davontade estatal. De que outro meio se poderia valer o Estado,num regime democrático, para a coordenação e a manifestaçãode sua vontade? E isso para não fechar os olhos a uma realidadepresente. A institucionalização dos partidos políticos fez pro-gressos assombrosos, em todas as Constituições modernas,como registra Paulo Bonavides no seu excelente Ciência Políti-ca. Sem a atuação dos partidos políticos, a vontade do Estadoficaria limitada à manifestação da vontade dos dirigentes,eliminado o pensamento e o querer dos povos e até mesmo apossibilidade da existência de uma democracia participante. Opartido político entendido como conjunto de cidadãos reunidospor um ideal comum, por um projeto de ações consistentes edeterminadas.

É ainda de Paulo Bonavides a lição de que "pertencendo àcamada de escritores políticos modernos e contemporâneos quemais cedo compreenderam a importância dos partidos políticos,com respeito à democracia, Kelsen escreve: "Os partidospolíticos são organizações que congregam homens da mesmaopinião para afiançar-lhes verdadeira influência, na realizaçãodos negócios públicos".

Que se pode esperar dos partidos políticos, em face daelaboração de um texto constitucional, senão a oportunidade dedefesa e realização de seus programas partidários? Quando arealidade pode nos surpreender, no momento dos votos decisi-vos, que os constituintes esqueçam os compromissos de seupartido e os transformem num prélio entre autênticos e masca-rados. Entre os que obedecem fiel e escrupulosamente aoprograma de seu partido e os que deixam patente que as siglaspartidárias valeram apenas para a sua campanha, na conquistade votos influenciados pelos programas e atuação de suaagremiação, nos pleitos que acabaram de se encerrar. Nãopassavam de máscaras, para um desfile conveniente, como se aseleições se realizassem no Carnaval.

Seria realmente curioso recordar os programas e oscompromissos de um partido que se destacou pela sua lutacontra regimes autoritários, como foi o caso do antigo MDB,forçado, pelos adversários, a admitir, com a letra P, a presençade um partido político, passando de MDB a PMDB. Já noprograma do MDB se incluía a defesa dos ideais do povobrasileiro. Como a defesa do "desenvolvimento das empresasestatais, com a rigorosa fiscalização de sua eficiência administra-tiva". Não esquecendo o esforço para evitar a descapitalizaçãodo país. Como o objetivo da exploração das riquezas naturais,de preferência sob o regime de monopólio. Sem esquecer a

\ /V<\\\\Ll^ XiV//// \ 1 ff//\y MA I

%Ij'ggssgggsgsacsgggsca 3g»Bg«aHgsgsBgBpg« sag 8smg as sa ggggsff

defesa da Petrobrás e da lei 2.004, com a revogação dasconcessões de áreas de mineração a empresas com maioria decapital estrangeiro. Nacionalização das fontes e empresas deenergia, transportes, indústrias extrativas e de infra-estrutura,consideradas fundamentais. Um programa minucioso de reali-zações nacionalistas.

Foi com esse programa que se apresentou ao eleitoradonacional e conquistou votações que lhe deram solidez e lheabriram perspectivas para a conquista da maioria, verificada nopleito recente de novembro de 1986. Não foram poucos ossofrimentos que se transformaram em prestígio e em apoiopopular, como as cassações de líderes como Mário Covas,Alencar Furtado, Lisâneas Maciel e tantos outros servidores doprogresso do Brasil. Não se arrependeu, porém, dos compro-missos que vinha assumindo e que ultimamente se repetiramnum longo trecho de seu programa atual, quando se reporta àpresença do capital estrangeiro e redige um longo capítulo, quevale a pena recordar neste momento, em que parece que oscompromissos se transformam em letra morta. Diz o programado PMDB; o programa com que travou o pleito de 1986 econquistou a maioria absoluta e a vitória em todos os Estadosdo Brasil, exceto o de Sergipe. Não se trata de opiniões vagas,mas de compromissos básicos, como se diz no programa:

"Capital estrangeiro. O PMDB entende que um requisitoessencial para a democratização é a transferência para o país doscentros de decisão econômica, hoje parcialmente localizados noexterior. Isto implica mudança na ação do Estado com relaçãoao capital estrangeiro. Em termos imediatos impõe-se limitar aliberdade de que desfrutam as empresas multinacionais emnosso país. Isto significa ainda controlar mais eficazmente osfluxos de divisas remetidas ao exterior (lucros, juros, pagamen-tos por assistência técnica, exportações subfaturadas e importa-ções sobrefaturadas), estabelecer o controle prévio da entradade capitais de multinacionais no país, orientar esse reinvesti-mento segundo prioridades definidas pelo interesse público,criar mecanismos que impeçam a compra de empresas nacionaispor empresas estrangeiras. E preciso nacionalizar a economia eevitar que, devido aos mecanismos de endividamento externo,se produzam situações privilegiadas de crédito e financiamentopara empresas multinacionais. De igual modo, o PMDB lutarápela defesa da Amazônia, opondo-se à sua desnacionalização eprogramando, por uma legislação adequada, que impeça avenda indiscriminada de terras ao capital estrangeiro. Comrelação ao petróleo, o PMDB defende a manutenção domonopólio estatal na pesquisa, lavra, refinação e transporte,como previsto na lei 2.004. Conseqüentemente, exige o fim doscontratos de risco, que derrogam, na prática, aquela lei."

Mas será que o PMDB está cumprindo os compromissos deseu programa? Estará exigindo o fim dos contratos de risco? Ouestará autorizando o eleitorado nacional a perguntar o que

überati valem os compromissos constantes de seu programa?Ou será que voltamos àquela fase em que se

distinguiam autênticos e moderados, quando todo opartido se unificava numa atitude corajosa de reação ede pregação da democracia? Ou estaremos diante doscandidatos que se valeram do prestígio do partido, paraa conquista de mandatos, considerando-se livres documprimento do programa da legenda em que seinscreveram? Ou que surgem de público com a máscarado PMDB, para ter o direito de votar contra oscompromissos do PMDB.

O que me impressiona é como essa atitude podeconcorrer para o desprestígio de todos os partidospolíticos, interferindo na própria prática da democraciabrasileira. É o que isso significa na desmoralização davida pública, transformada num Carnaval, sob a batutado rei Momo, quando há mandatos que se transformamem máscaras. Será que os partidos não terão condiçõesde reagir, para que os dissidentes de seu programa setransformem em trânsfugas, para a dignificaçáo da vidapública brasileira?

Eleição é melhor e mais barato

Ricardo A. Setti

Pelo menos três características

faziam conhecido até o começoda década de 70 o Estado norte-americano de Indiana: é em suamaior cidade que ocorrem as famosasMil Milhas de Indianápolis, um clás-sico do automobilismo. Foi ali quenasceu o grande compositor ColePorter. E — caso único na repúblicafundada por Thomas Jefferson — emIndiana os governadores de Estadotinham mandato de um ano, o quelevava seu eleitorado às urnas, religiosamente, a cada 365dias.

Bem, não é preciso exagerar nem em matéria dedemocracia (tanto é que hoje os mandatos em Indiana têm 4anos), mas — voltando ao Brasil — a Nova Repúblicatambém não precisaria chegar ao ponto em que chegou.Nascida dos escombros de um sonho que tinha, exatamente,eleições diretas para a Presidência em seu núcleo, a NovaRepública, de vexame um vexame chegou ao ponto em que

está: a ojeriza de seus maiores diante de uma urna lembra ohorror do Conde Drácula ante uma réstia de alho.

O ex-"Senhor Diretas", o doutor Ulysses Guimarães,tornou-se, como se sabe, um arauto da troca de presidentesó para o longínquo 1990. O ministro Aureliano Chaves,enquanto dá um piparote que pode jogar na lata de lixo osbilhões de sofridos dólares que o país investiu no Proálcool,alegremente se junta aos que esqueceram o compromisso deTancredo Neves com um mandato de quatro anos. Osenador Marco Maciel embarca na mesma canoa e, emnome de não se sabe de que princípio democrático, quer dequebra desestimular vocações políticas, propondo um man-dato-tampão para os prefeitos a serem eleitos em 1988.

Quanto ao presidente Sarney, não é nem preciso dizer:os videoteipes de televisão mostrando seu virtual juramentopelos quatro anos são constrangimento suficiente, quandocontrastados com sua tentativa de atropelar a Constituinteem busca de mais um ano em palácio. Como se não bastasse,o presidente ainda se exime de puxar severamente as orelhasdos áulicos que, no Planalto, têm os olhos brilhantes e aboca transbordando de saliva diante das manobras em cursopara prorrogar os mandatos dos prefeitos eleitos em 1982 —expediente que até o governador mineiro Newton Cardoso,

com sua ética toda particular, não hesitou em classificar de"pouca vergonha".O curioso é verificar em nome do que se procura

assestar todos esses golpes ao voto. A tentativa feita pelopresidente Sarney de convencer a nação da necessidade deseus cinco anos seria só vazia e deplorável, se não fossepoliticamente grave. A discussão toda sobre coincidência ounão de mandatos, por seu lado, se constitui num dosbestialógicos mais surpreendentemente duradouros da poli-tica brasileira: por que diabos, afinal, não se pode tereleições presidenciais simultaneamente com a de prefeitos,eleições de governadores ao mesmo tempo que de senadorese deputados, ou tudo isso e vice-versa? Qual a real diferençapolítica que isso faz? Nos Estados Unidos, na Suécia ou naInglaterra, ninguém se preocupa em fazer coincidir oudescoincidir mandatos. Mas, naturalmente, nós brasileirossempre temos que procurar uma forma de fazer, uma vezmais, a Europa e a América do Norte se curvarem ante anossa criatividade.

Se o argumento, então, for este que vem sendohasteado no Executivo, em círculos do PMDB, no seio doPFL e em outros setores — o de que os custos econômicosde sucessivas eleições não são suportáveis para o país —, éde matar de rir. Pois o custo de não fazer eleições

presidenciais, por exemplo (vamos ficar só nesta), nósestamos vendo qual é, desde que o Planalto escancarou asfuradas cornucópias do governo federal para distribuirbenesses aos governadores em troca de apoio político e àcusta do nosso bolso. A coisa, como se sabe, se conta embilhões de dólares. E só Deus sabe se o ímpeto gastalháo dosgovernadores será contido pelo novo pacote econômico.

O fato de o fantasma hipócrita do custo econômico daseleições ter sido esgrimido invariavelmente pelos generaisdo regime passado para impedir o voto popular deveria, porsi só, fazer corar os políticos que agora o adotam. Da mesmaforma, se não fosse pedir demais, esses políticos deveriamcontemplar, mesmo que por breves instantes, o que aconte-ce nas democracias de verdade no além-mar, antes de dizerque crise e eleição não combinam. Ali, eleições, justamente— e não golpes de estado — costumam ser remédio paradesacertos.

Esperemos que a Nova República ainda se recupere e,nesse caso, não faça mais uma reserva de mercado. Tambémnessa matéria, a tecnologia nacional é bem pior do que aestrangeira.

Ricardo A. Setti é editor regional do JORNAL DO BRASIL em São Paulo

12 ? 1° caderno ? domingo, 14/6/87 Cidade JORNAL DO BRASIL

Prestes rejeita a pensão

sancionada por Saturnino

Custódio Coimbra

O projeto de lei do líder pedetistaEmir Amed concedendo a Luís CarlosPrestes pensão vitalícia equivalente a 10salários mínimos — CZS 19 mil 704 — foilogo aprovado pela Câmara Municipal esancionada pelo prefeito Saturnino Bragaei com a mesma rapidez, rejeitada pelobeneficiado, que vê na iniciativa umainjustiça. Em nota aos jornais, para aAdição de segunda-feira, ele pretendetornar pública sua posição.•fc- Prestes, que mora na Gávea, em ruaque define como agradável e bem arbori-z&da — a Rua das Acácias — e emapartamento doado por amigos, comple-tàrá 90 anos em janeiro e declarou quepara viver basta-lhe o que tem hoje."Preciso apenas do essencial e isto eu!tenho através da solidariedade dos com-panheiros". Sobre a pensão, responde de¦pronto: "Não vou aceitar". Sua justifica-tiva para a recusa baseia-se na coerência:

.! — Disseram que era uma homena-gem. Mas no momento em que o prefeito¦Saturnino Braga realiza uma série de'demissões

de trabalhadores e pais de.família, usando como argumento a faltade dinheiro, não seria justo que eu rece-.besse esse dinheiro.

Prestes acompanhou com interesse adivulgação do último pacote econômico,que começou a analisar. Desculpando-sepor ainda não ter concluído esse trabalho

e, portanto, não ter ainda opinião forma-da, adianta:

— É apenas um plano para satisfazerao Fundo Monetário Internacional aoqual o governo se dirigirá breve, embusca de novos empréstimos. Quem pagalogicamente por essas medidas é a classeoperária. E quem vai controlar os preçosdesta vez? Na primeira nós tínhamos asfiscais do Sarney mas agora náo teremosmais quem se preste a esse papel ridículo.Será um fracasso. Não passa de umabrincadeira com o trabalhador.

Prestes falou também sobre os traba-lhos da Constituinte, que classifica de "amais reacionária que o país teve". Segun-do Prestes, "ela está numa etapa derealizar limpeza em tudo que a esquerdaconseguiu a duras penas. Nas comissõesque estudam os temas, os radicais deesquerda estão sendo massacrados. São559 direitistas contra apenas 40 esquer-distas. Isso me lembra a de 46, quandoeles" — referindo-se à direita — erammais de 300 e nós éramos 15. Quando eudiscursava pedindo a reforma agrária, oscoronéis colocavam o dedo em riste nomeu nariz dizendo que não adiantavaporque eles eram maioria. Hoje é amesma coisa. Só que agora quem está lásão os filhos de empresários, através daeleição mais cara que tivemos. Por issoteremos a Constituição mais reacionáriade todos os tempos".

Policiais não prendem

os

assassinos de Eliachar

Os detetives Cláudio Menezes e Ber-•nardino Mota, da 9a DP (Catete), retorna-iam ao Rio ontem, trazendo novos indíciosdo envolvimento do fazendeiro e vereadorem Palmas, Alberto Araújo, na morte dojornalista Leon Eliachar e a comprovaçãode que os pistoleiros Roy dos Santos Baum-mer e Melchisedeque de Oliviera Machadoe a loura lisa Cavanhol Macedo, conhecidacomo Sheila, participaram do crime.

Além de obter o reconhecimento oficialde Slieiki como a mesma mulher que esteveíom Eliachar no dia em que ele foi morto,os policiais encontraram e apreenderam,em um matagal próximo à casa onde a louramorava, na cidade de Palmas, a placa de umcarro, provavelmente do Corcel II amarelono qual os pistoleiros e a mulher vieram ao.Rio para executar o jornalista. Descobriramtambém que, após o crime, Roy, Dcque e•lisa voltaram a Palmas. Agora, os três estãodesaparecidos.•1

Clima tenso — Cláudio e Motapassaram apenas dois dias no Paraná àprocura dos assassinos de Leon Eliachar.Não conseguiram encontrá-los, mas fizeram•várias diligências, montaram uma minidele-gacia em uma residência perto de Palmas e[recolheram uma série de indícios que apon-tam para o vereador Alberto Araújo, mari-do de Vera Bini, com quem o jornalistamanteve um relacionamento amoroso. Tu-do isso sob o clima tenso de uma cidadeViolenta como Palmas, onde os pistoleirosRoy e Deque são considerados xerifes erespeitados por todos.»•| Em suas investigações, os detetives des-cobriram que Roy — tido como um "lio-meni audacioso" — e seu cúmplice Dequeéstiveram na Boate La Piova, onde Sheila¦trabalhou durante dois anos, em períodosintercalados, na madrugada do dia 11, fa-zendo ameaças de morte a uma mulher quehavia dado uma entrevista à imprensa. Royameaçou ainda outras pessoas na boate,gritando que, se alguém falasse algo sobreéle, morreria.

E, de fato, a cidade está vazia, com.poucas pessoas na ruas, e poucas foramaquelas que se arriscaram a comentar algo a.Respeito do crime. Mesmo assim, chegou ao"Conhecimento dos policiais uma informaçãoConsiderada importante: o vereador Alber-fo Araújo, que tem grande influência na.çidade, ajudou muito na obtenção da liber-dade condicional de Roy, que esteve preso

durante três anos por lesões corporais denatureza grave, disparo de arma de fogo epor ter provocado o desabamento de umacasa que invadiu com seu carro.

Nas diligências realizadas não só emPalmas mas também em União da Vitória,próximo da fronteira com Santa Catarina,os investigadores localizaram três mulheres,que assinaram um termo de reconhecimen-to de Sheila (ou Usa) como a mesma mulherque aparece nas fotografias tiradas no apar-tamento de Leon Eliachar.

Uma das testemunhas — seus nomesestão sob rigoroso sigilo devido ao risco quecorrem — contou que Sheila alugara umcômodo de madeira na cidade de Palmas,em maio. onde permaneceria no máximo 30dias. Durante o curto período em que lápermaneceu, ela saía sempre depois das 10horas e só andava de táxi. Na noite de 19 demaio, lembrou a testemunha, a loura dei-xou o cômodo dizendo que iria viajar. Nodia 31 (dois dias após a morte de Eliachar)Sheila voltou para Palmas, onde ficou até odia 2, quando partiu em um Corcel IIamarelo dirigido por um homem ainda nãoidentificado, comentando que iria para San-ta Catarina.

Ainda segundo a testemunha, cm suasconversas com Sheila — "mulher de vidafácil, que freqüentava boates para sua so-brevivência" — esta lhe contara que passa-ria a viver maritalmente com Roy e que jáestavam procurando uma casa para morar.

Na próxima terça-feira, o delegado An-tônio Agra Lopes, da Delegacia do Catete,deverá seguir para Palmas a fim de ouvir overeador e sua mulher Vera. Ela já haviapreparado 53 perguntas para fazer a Vera, eoutras 36 para o político, números queaumentarão com as novas informações tra-zidas pelos detetives Cláudio e Mota.

Deque

0 REINO MÁGICO DE DISNEY NÃO É PRIVILÉGIO SÓ DAS CRIANÇAS.12 dias maravilhosos em Disney e Epcot, e mais11 passeios opcionais incluídos no preço.O padrão Soletur agora na Flórida.Guia brasileiro. Inglês você só fala se quiser.

£-'* £ man^ã e meia pensão incluídos.• Grupos máximos de 45 pessoas.F** Possibilidade de extensão a Washington e Newgr,*<York.

WrHnRfrrr . "^v:- <¦

Paralelamente aos festejos no convento, houve farta distribuição de pães e sopa para as crianças pobres

Nova turma intensiva para concurso do ISS começa dia 17Isso mesmo A Degrau Cultural está começando nova turma intensiva especial imanhâ e nonei cara o concurso de F scal deRendas \,agas limitadas Temos também a coleção de apostilas básicas E lembre-se inscrições do concurso serào convocadas a2^aUndaT°mce,5L°ândr°aV- Sni?" 220-72359°S220%312 é ES,Ude C°m 3 me'hC' eQu'Pe da C'd3<!e PraÇa Mana,ma Ga,1tihl<

soleturEM TURISMO A NÚMERO 1EMBRATUR 00942 00 41 3

CENTRO: Quitanda. 20 ¦ Sobreloia • Tel : 221-4499COPACABANA: Santa Clara. 70 - Sobreloja ¦ Tel.: 255-8070TIJUCA: Saens Pena. 45 ¦ Loia 10 L - Tel.: 264-4393IPANEMA: Visconde de Piraiá. 351 - LOJA A - Tel 521-1188BARRA: Av. Armando Lombardi. 800 - loia N - Tel 399-0309Solicite lolheto especifico ao seu Agente de Viagens

Metrô jáaumentou

para CZ$ 8O metrô amanheceu com

passagens mais caras no pri-meiro dia após o novo congela-mento de preços: o bilhete uni-tário passou de CZS 6 paraCZ$ 8; a tarifa dupla, de CZS11 para CZS 14; o bilhete para12 viagens, de CZS 6<) paraCZS 80; e o mensal foi elevadode CZS 180 para CZS 240. Amédia de reajustes foi de 30%.

Os ônibus municipais, inter-municipais e de longo percursoterão aumento das passagensna terça-feira, com reajuste en-tre 209r a 30%, de acordo comentendimentos que vêm sendomantidos pelos secretários es-tadual e municipal de Trans-portes, Joseph Barat e MiguelBahury. Os trens urbanos estãomais caros desde 23h de sexta-feira: a passagem passou deCZS 1,50 para CZS 3, corres-pondentes a reajuste de 100%.

Advogados

fiscalizam

presídioDevido a várias denúncias

de arbitrariedades na revistafeminina dos presídios, dois ad-vogados pertencentes à Comis-são de Defesa dos Direitos dosPresos, Janete Maria Duartedos Reis Monteiro de Castro eLuís Henrique Alves da Costa,assim como o presidente dacomissão, o advogado AnatólioArraes, foram ontem à tardefiscalizar a revista das visitantesdo sexo feminino no PresídioMilton Dias Moreira.

Segundo Anatólio Arraes, acomissão comunicou ao Desipea existência de tais denúncias eentão o diretor-geral, ValneideSerrão Vieira, autorizou a fis-calizaçáo. Para a comissão, amaneira correta de realizar arevista feminina seria com apresença de uma ginecologistaou de uma assistente social.Anatólio disse que a comissãonão é contrária à revista, masfrisou que ela deveria ser feitade maneira correta, náo expon-do a parte íntima das mulherese respeitando a dignidade doser humano.

Para Janete Monteiro, o fatodos menores visitarem os paisno presídio, entrando na sexta-feira e só saindo no domingo, êum absurdo: "E chocante parauma criança ver o pai numacela e permanecer três diascom a família naquele cubí-culo", alertou, complementan-do que, certamente, as criançasvêem os pais tendo relaçõessexuais. Luís Henrique consi-dera que o ideal seria o conví-vio do preso com a famílianuma colônia agrícola, e nãonum complexo penitenciário.

Luís Henrique afirmou que,se fosse cumprida a nova Lei deExecuções Penais, assinada nogoverno João Figueiredo, cercade 50% da massa carceráriaseria posta em liberdade nossistemas semi-aberto (em que opreso sai para trabalhar, voltaàs 19h para o presídio e passa ofim de semana no presídio) eaberto (em que o preso faz amesma coisa que no do sistemasemi-aberto, mas pode passar ofim de semana em casa).

Luís Henrique fez questãode frisar que o problema não édo Desipe, e sim da Vara deExecuções, já que, depois queo preso é condenado, a respon-sabilidade fica a cargo da vara:"O Desipe é simplesmenteuma casa de custódia", escla-

Namorados comemoram o

seu dia com performanceromântica e

"Beijokê"

Mareia Penna Firme

Nem mesmo o estilo dramático do casal Maria e Kassius ouo dançante de Sandra e Paulinho superou o tradicional românti-co de Angela e Zico no concurso para a escolha do beijo maisperformático — Beijokê — organizado pelo Karaokê MangaRosa, em Botafogo. Sob o comando do pirata Luís Sérgio Limac Silva, seis casais venceram a vergonha de se beijarem empúblico e, durante 15 segundos, cronometrados para cada um,improvisaram cenas como se estivessem fazendo teste paraparticipar de ponta numa novela. Até o primeiro casal decidir seinscrever foi preciso muito chope e apelos de Luís Sérgio.

Porém, nas mesas situadas em cantos mais escuros, osbeijos foram a prática preferida dos casais que. na madrugadade sábado, comemoraram o Dia dos Namorados. Entre assubidas ao palco para cantar e o envio de torpedos (bilhetesanônimos) com mensagens de amor. os freqüentadores dokaraokê tentavam tomar coragem, "colocando primeiro obeijador de molho no copo de chope".

Maria e Kassius abriram o concurso acenando para o estiloque acreditaram ser o mais performático. Depois que subiramno palco, Kassius ficou sozinho no centro e Maria sumiu,criando suspense na platéia. De repente, saiu correndo de trásdos bastidores, atirando-se à cintura de Kassius numa encena-ção dramática ao som de How deep is your lovc?, do conjuntoBee Gees.

Outro casal que mereceu os gritos da platéia foi Paulinho eSandra, que preferiu ensaiar o estilo charmoso e, durante obeijo, dançaram marcando bem o ritmo lento da música. Antesdo forte abraço, Paulinho tirou o echarpe que usa, envolvendo-o em sua parceira e puxou-a como nas cenas de filmesromânticos. Os demais casais, um pouco nervosos, náo conse-guiram sair do lugar-comum, usando abusivamente carinho noscabelos e às vezes uma caída até o chão imitando tango.

Mas só Angela c Zico conseguiram contagiar e convencer aplatéia, lançando mão do estilo tradicional romântico, queainda é consagrado e respeitado. Ao final do concurso, às 3h, osseis casais subiram ao palco e, em conjunto., repetiram os beijos.Mas os aplausos foram mesmo para Ângela e Zico, queacabaram arrebatando os prêmios: ela ganhou um cordão comum coração e ele uma pulseira de pirata. Para comemorar avitória, um beijo, não tão longo, mas ainda romântico.

Angela Furtado Bastos, 21, e José Henrique Machado eSilva, 24. namoram há três meses e relutaram um pouco emaceitar p desafio do beijo em público. Garçonete do MangaRosa, Angela disse que ficou muito nervosa e que "sentiu osangue ferver como se quisesse sair pelo rosto". Ainda meioboba, com cara de apaixonada, disse que a experiência foimaravilhosa. José Henrique, advogado, concordou com anamorada e acrescentou que "nós dois éramos os únicos queestávamos curtindo o momento".

O beijokc do Manga Rosa termina domingo, mas. até lá. arelações-públicas Edite Cunha, que, durante toda a madrugada,passou de mesa em mesa na tentativa de animar os casais para abrincadeira, espera tornar a prática do beijo cm público tãonatural corno a de cantar mesmo que a experiência não seja dasmelhores.

Francisco Teixeira

O velho estilo foi consagrado pela platéia

Convento de S. Antônio

recebe fiéis e mulheres

à procura de casamento"Meu Santo Antônio querido, eu vos peço, por quem sois;

dai-me o primeiro marido, que o outro eu arranjo depois." Comos versos na cabeça, milhares de mulheres se dirigiram ontem,dia do santo, ao Convento de Santo Antônio, no Largo daCarioca, para conseguir, com a força de suas orações, saúde,trabalho e principalmente um marido ideal, "difícil na praça",segundo a maioria delas.

Desde as primeiras horas da manhã, a igreja recebeutambém grande número de pessoas que procuravam o santopara a busca de soluções imediatas e inadiáveis, como aresolução de problemas familiares e econômicos. Paralelamenteàs festividades no convento, a Sarca (Sociedade dos Amigos daRua Carioca) promoveu na tarde de ontem, no Largo daCarioca, farta distribuição de pão e sopa para os pobres.

Para comemorar a data. o guardião do convento, freiEdgar VVeist, organizou, como todos os anos, uma grande festapara receber os fiéis. Para o interior da igreja foram programa-das seis missas. Do lado de fora foram armadas cerca de vintebarracas, que ofereciam desde velas e água benta até salgados evinho em copo. Glória Maria Pereira. 25, que afirmou já estar"a meio caminho andado" do casamento, e Rita de CássiaMatos. 18, negaram que estivessem ali para "arranjar marido".Férias, disseram que foram pedir saúde e trabalho, mas no fimconcordaram que o santo ajuda um pouco a quem estiverprecisando. Frei Gamaliel Divigili. mestre em espiritualidadefranciscana e que faz parte do corpo de frades do convento,confessou que "conhece muita gente que já conseguiu arrumarcasamento com a força do santo".

Havia, porém, o lado triste da história. A funcionáriapública Ana Monteiro de Souza, 56, disse que foi ao conventoem busca de auxílio para seu neto, Rafael, 11. Segundo ela.desde que o pai dele desapareceu, o menino não come direito edesinteressou-se por tudo. "Só Santo Antônio poderá meajudar", disse ela, em prantos. Por volta das 13h, uma senhora,que não quis identificar-se, fez uma pequena crítica: AguaBenta a CZS 5 é meio brabo, o senhor não concorda?

Lendas — Estamos no finai do século XX. Os tempossão outros, mas Santo Antônio, o casamenteiro, mantém seuprestígio. E há muitas lendas em torno desta crença. A principaldelas conta que existia em Pádua, onde o santo viveu a maiorparte de sua vida, um tirano de nome Erzelino, que baixara umdecreto segundo o qual as pessoas deveriam levar idêntico dotepara o casamento.

Dessa forma, rico sempre casaria com rico. e pobre compobre. Casava-se mais pelo sfafusdo que com o coração. Umdia, a população revoltou-se e Santo Antônio enfrentou o tiranoem praça pública. E tal foi a força de sua investida que Erzelinoviu-se obrigado a revogar o decreto. O povo carregou-o emtriunfo e, desde então, ele passou a ser aclamado como "o santocasamenteiro".

Santo é de Lisboa mas

milagres são de PáduaSanto Antônio de Lisboa confunde-se com o milagre.

Segundo a lenda, não há canto ou recanto da vida humana queele náo tenha visitado e nem necessidades a que náo tenhaatendido. A confiança do povo nele é ilimitada, e suas súplicasparece serem sempre atendidas, mesmo em situações desespera-doras.

De família pobre. Santo Antônio nasceu em Lisboa em1195. Chamava-se Fernando de Bulhões e faleceu perto dePádua, na Itália, em 13 de junho de 1231. aos 36 anos. SantoAntônio de Lisboa, ou Santo Antônio de Pádua, acaboudisputado por portugueses e italianos, mas foi entre estesúltimos que realizou os milagres que o transformaram em santo.

Seu nome está em todas as partes do mundo, sendo hoje omais popular santo da Igreja Católica em todo o Ocidente. Pelaexumação de seu cadáver, teria tido, segundo os historiadores,cerca de 1,70 metro de altura, rosto comprido e estreito, narizfino, cabelos pretos e feições másculas.

Mas, para a Igreja, mais importante do que seus traçosfísicos foram o espírito e o coração "deste homem incansável",que pregou o Evangelho, lutou pelo bem dos pobres e investiucontra tiranos e exploradores. A cidade de Padova (Pádua). naItália, onde morreu e está enterrado o santo, é ainda hojevisitada anualmente por milagres de turistas, que a procuramem busca dos milagres.

O convento — O Convento de Santo Antônio, noLargo da Carioca, está completando 379 anos de idade. Oprédio começou a ser construído em 1608 e sua inauguraçãooficial data de 1620. Desde essa época presta assistênciamaterial e religiosa aos pobres do Rio de Janeiro. Além disso,em seu claustro foram enterrados frades, nobres e pobres. Em1710, por ocasião da invasão francesa, abrigou parte dapopulação da cidade e 600 soldados que ali se refugiaram para,em seguida, reorganizados, repelir os invasores.

Em 1791 abriu suas portas a Joaquim José da Silva Xavier,o Tiradentes, que. durante algum tempo ali recolhido, conse-guiu fugir às perseguições dos governantes portugueses. Oconvento abriga também o mausoléu dos cinco filhos dosimperadores Dom Pedro I e Dom Pedro II. Há três anos sofreusua terceira restauração e mantém hoje uma obra social que dáassistência mensal a quase 500 famílias pobres, graças à atuaçãode 100 senhoras que formam a chamada Pia União e quedistribuem bolsas de mantimentos, incluindo cobertores, rou-pas, remédios, feijão, arroz, açúcar e biscoitos. Além disso,todos os dias pela manhã há farta distribuição de pães. àexceção dos domingos.

H

MM

12 ? 1" caderno ? domingo, 14/6/87 ? 2Ü Edição Cidade JORNAL DO BRASIL

Custodio Coimbra

ft||j| • -'

>%t§i*$$ ,'&&V^kb*'<&\>'>i. 1^^KI^K^^Krm>?t 4B0m * •••,

' " &»"- " jC |^9 &. v -y' * ;l

||^KJvt^7 4 *^'* - 5 ^^ '

a.--' <¦< % <s ^ ' v f < ' <VS^>X vt %Sv jF-^^iffM •¦¦^ |^i pi'

v% |ppjpj ^jjjjjW £,,¦ jjBBHjH^^^;

.j ^x M«SCo Teixeira

::: :"':';«K^®iSw!^>S|^®®xi&>^M^^^^88^^^^^^^^^* ;'^HH aBI^ jg&i'-' y V;V'.':9

j^^p SHBB

|g ^ a

0 velho estilo foi consagrado pela plateia

«JK^?T>ewKW2>^CTvlL ^>aBa8r^:al¥1Ptoll^WrT?MW

Custódio Coimbra

Paralelamente aos festejos no convento, houve farta distribuição de pães e sopa para as crianças pobres

O velho estilo foi consagrado pela platéia

Nova turma intensiva para concurso do ISS começa dia 17Isso mesmo. A Degrau Cultural está começando nova turma intensiva especial fmanhã e noite) para o concurso de Fiscal deRendas Vagas limitadas. Temos também a coleção de apostilas básicas E lembre-se: inscrições do concurso serão convocadas aaualquer momento. Prova prevista para final de agosto. A hora é esta. Estude com a melhor equ.oo aa cidade Praça Mahatma Gandhi2;2° andar • Cinelàndia • 220-5715 • 220-7235 * 220-5312

0 REINO MÁGICO DE DISNEY itáO É PRIVILÉGIO SÓ DAS CRIANÇAS.

í-,*r+

12 dias maravilhosos em Disney e Epcot, e mais11 passeios opcionais incluídos no preço.O padrão Soletur agora na Flórida.Guia brasileiro. Inglês você só fala se quiser.Café da manhã e meia pensão incluídos.Grupos máximos de 45 pessoas.Possibilidade de extensão a Washington e NewYork.

£***\tét'

soleturEM TURISMO A NÚMERO 1EMBRATUR 00942.00.41.3

CENTRO: Quitanda. 20 - Sobreloja - Tel.: 221-4499COPACABANA: Santa Clara, 70 - Sobreloia - Tel. 255-8070TIJUCA: Saens Pena. 45 • Loia 10 L ¦ Tel.: 264-4893IPANEMA: Visconde de Pirajá. 351 - LOJA A - Tel.: 521-1188BARRA: Av. Armando Lombardi, 800 - Loia N • Tel.: 399-0309Solicite folheto especifico ao seu Agente de Viagens

Prestes rejeita a pensão

sancionada por Saturnino

O projeto de lei do líder pedetista'Emir Amed concedendo a Luís CarlosPrestes pensão vitalícia equivalente a 10salários mínimos — CZS 19 mil 704 — foilogo aprovado pela Câmara Municipal esancionada pelo prefeito Saturnino Bragaej.com a mesma rapidez, rejeitada pelobeneficiado, que vê na iniciativa umainjustiça. Em nota aos jornais, para aedição de segunda-feira, ele pretendetornar pública sua posição.'í "I Prestes, que mora na Gávea, em rua

; qjjp define como agradável e bem arbori-zada — a Rua das Acácias — e em' apartamento doado por amigos, comple-tara 90 anos em janeiro e declarou quepara viver basta-lhe o que tem hoje."Preciso apenas do essencial e isto eutènho através da solidariedade dos com-panheiros". Sobre a pensão, responde depronto:

"Não vou aceitar". Sua justifica-tiva para a recusa baseia-se na coerência:

. — Disseram que era uma homena-gem. Mas no momento em que o prefeitoSaturnino Braga realiza uma série dedemissões de trabalhadores e pais defamília, usando como argumento a faltade dinheiro, não seria justo que eu rece-besse esse dinheiro.

Prestes acompanhou com interesse adivulgação do último pacote econômico,que começou a analisar. Desculpando-sepor ainda não ter concluído esse trabalho

e. portanto, não ter ainda opinião forma-da, adianta:

— É apenas um plano para satisfazerao Fundo Monetário Internacional aoqual o governo se dirigirá breve, embusca de novos empréstimos. Quem pagalogicamente por essas medidas é a classeoperária. E quem vai controlar os preçosdesta vez? Na primeira nós tínhamos asfiscais do Sarney mas agora não teremosmais quem se preste a esse papel ridículo.Será um fracasso. Não passa de umabrincadeira com o trabalhador.

Prestes falou também sobre os traba-lhos da Constituinte, que classifica de "amais reacionária que o país teve". Segun-do Prestes, "ela está numa etapa derealizar limpeza em tudo que a esquerdaconseguiu a duras penas. Nas comissõesque estudam os temas, os radicais deesquerda estão sendo massacrados. São559 direitistas contra apenas 40 esquer-distas. Isso me lembra a de 46, quandoeles" — referindo-se à direita — erammais de 300 e nós éramos 15. Quando eudiscursava pedindo a reforma agrária, oscoronéis colocavam o dedo em riste nomeu nariz dizendo que não adiantavaporque eles eram maioria. Hoje é amesma coisa. Só que agora quem está lásão os filhos de empresários, através daeleição mais cara que tivemos. Por issoteremos a Constituição mais reacionáriade todos os tempos".

Policiais não prendem

os

assassinos de Eliachar

Convento de S. Antônio

recebe fiéis e mulheres

à procura de casamento"Meu Santo Antônio querido, eu vos peço, por quem sois;

dai-me o primeiro marido, que o outro eu arranjo depois." Comos versos na cabeça, milhares de mulheres se dirigiram ontem,dia do santo, ao Convento de Santo Antônio, no Largo daCarioca, para conseguir, com a força de suas orações, saúde,trabalho e principalmente um marido ideal, "difícil na praça",segundo a maioria delas.

Desde as primeiras horas da manhã, a igreja recebeutambém grande número de pessoas que procuravam o santopara a busca de soluções imediatas e inadiáveis, como aresolução de problemas familiares e econômicos. Paralelamenteàs festividades no convento, a Sarca (Sociedade dos Amigos daRua Carioca) promoveu na tarde de ontem, no Largo daCarioca, farta distribuição de pão e sopa para os pobres.

Para comemorar a data, o guardião do convento, freiEdgar Weist, organizou, como todos os unos. uma grande festapara receber os fieis. Para o interior da igreja foram programa-das seis missas. Do lado de fora foram armadas cerca de vintebarracas, que ofereciam desde velas c água benta até salgados evinho em copo. Glória Maria Pereira, 25. que afirmou já estar"a meio caminho andado" do casamento, e Rita de CássiaMatos, 18. negaram que estivessem ali para "arranjar marido".Ferias, disseram que foram pedir saúde e trabalho, mas no fimconcordaram que o santo ajuda um pouco a quem estiverprecisando. Frei Gamaliel Divigili, mestre em espiritualidadefraneiscana e que faz parte do corpo de frades do convento,confessou que "conhece muita gente que já conseguiu arrumarcasamento com a força do santo".

Havia, porém, o lado triste da história. A funcionáriapública Ana Monteiro de Souza. 56, disse que foi ao conventoem busca de auxílio para seu neto. Rafael, 11. Segundo ela.desde que o pai dele desapareceu, o menino não come direito edesinteressou-se por tudo. "Só Santo Antônio poderá meajudar", disse ela, em prantos. Por volta das 13h, uma senhora,que não quis identificar-se, fez uma pequena crítica: ÁguaBenta a CZS 5 é meio brabo. o senhor não concorda?

Lendas — Estamos no final do século XX. Os tempossão outros, mas Santo Antônio, o casamenteiro, mantém seuprestígio. E há muitas lendas em torno desta crença. A principaldelas conta que existia em Pádua, onde o santo viveu a maiorparte de sua vida, um tirano de nome Erzelino. que baixara umdecreto segundo o qual as pessoas deveriam levar idêntico dotepara o casamento.

Dessa forma, rico sempre casaria com rico, e pobre compobre. Casava-se mais pelo sfafusdo que com o coração. Umdia, a população revoltou-se e Santo Antônio enfrentou o tiranoem praça pública. E tal foi a força de sua investida que Erzelinoviu-se obrigado a revogar o decreto. O povo carregou-o emtriunfo e, desde então, ele passou a ser aclamado como "o santocasamenteiro".

Santo é de Lisboa mas

milagres são de PáduaSanto Antônio de Lisboa confunde-se com o milagre.

Segundo a lenda, não há canto ou recanto da vida humana queele não tenha visitado e nem necessidades a que não tenhaatendido. A confiança do povo nele é ilimitada, e suas súplicasparece serem sempre atendidas, mesmo em situações desespera-doras.

De família pobre. Santo Antônio nasceu em Lisboa em1195. Chamava-se Fernando de Bulhões e faleceu perto dePádua, na Itália, em 13 de junho de 1231. aos 36 anos. SantoAntônio de Lisboa, ou Santo Antônio de Pádua, acaboudisputado por portugueses e italianos, mas foi entre estesúltimos que realizou os milagres que o transformaram em santo.

Seu nome está cm todas as partes do mundo, sendo hoje omais popular santo da Igreja Católica em todo o Ocidente. Pelaexumação de seu cadáver, teria tido, segundo os historiadores,cerca de 1,70 metro de altura, rosto comprido e estreito, narizfino, cabelos pretos e feições másculas.

Mas, para a Igreja, mais importante do que seus traçosfísicos foram o espírito e o coração "deste homem incansável",que pregou o Evangelho, lutou pelo bem dos pobres e investiucontra tiranos c exploradores. A cidade de Padova (Pádua). naItália, onde morreu e está enterrado o santo, é ainda hojevisitada anualmente por milagres de turistas, que a procuramem busca dos milagres.

O convento — O Convento de Santo Antônio, noLargo da Carioca, está completando 379 anos de idade. O'prédio começou a ser construído em 1608 e sua inauguraçãooficial data de 1620. Desde essa época presta assistênciamaterial e religiosa aos pobres do Rio de' Janeiro. Além disso,em seu claustro foram enterrados frades, nobres e pobres. Em1710, por ocasião da invasão francesa, abrigou parte dapopulação da cidade e 600 soldados que ali se refugiaram para.em seguida, reorganizados, repelir os invasores.

Em 1791 abriu suas portas a Joaquim José da Silva Xavier,o Tiradentes. que. durante algum tempo ali recolhido, conse-guiu fugir às perseguições dos governantes portugueses. Oconvento abriga também o mausoléu dos cinco filhos dosimperadores Dom Pedro I e Dom Pedro II. Há três anos sofreusua terceira restauração e mantém hoje uma obra social que dáassistência mensal a quase 500 famílias pobres, graças à atuaçãode 100 senhoras que formam a chamada Pia União e quedistribuem bolsas de mantimentos, incluindo cobertores, rou-pas. remédios, feijão, arroz, açúcar e biscoitos. Além disso,todos os dias pela manhã há farta distribuição de pães. àexceção dos domingos.

Os detetives Cláudio Menezes e Ber-nardino Mota, da 9a DP (Catete), retorna-ram ao Rio ontem, trazendo novos indíciosdo envolvimento do fazendeiro e vereadorem Palmas, Alberto Araújo, na morte dojornalista Leon Eliachar e a comprovaçãode que os pistoleiros Roy dos Santos Baum-mer e Melchisedeque de Oliviera Machadoê a loura lisa Cavanhol Macedo, conhecidacomo Sheila, participaram do crime.

Além de obter o reconhecimento oficialde Sheila como a mesma mulher que estevecom Eliachar no dia em que ele foi morto,os policiais encontraram e apreenderam,em um matagal próximo à casa onde a louramorava, na cidade de Palmas, a placa de umcarro, provavelmente do Corcel II amarelono qual os pistoleiros e a mulher vieram aoRio para executar o jornalista. Descobriramtambém que, após o crime, Rov, Dcqtic elisa voltaram a Palmas. Agora, os três estãodesaparecidos.

i' Clima tenso — Cláudio e Motapassaram apenas dois dias no Paraná àprocura dos assassinos de Leon Eliachar.Não conseguiram encontrá-los, mas fizeramvárias diligências, montaram uma minidele-gacia em uma residência perto de Palmas erecolheram uma série de indícios que apon-tam para o vereador Alberto Araújo, mari-dp de Vera Bini, com quem o jornalistamanteve um relacionamento amoroso. Tu-do isso sob o clima tenso de uma cidadeViolenta como Palmas, onde os pistoleirosRoy e Dcque são considerados xerifes erespeitados por todos.

, . Em suas investigações, os detetives des-cobriram que Roy — tido como um "lio-mem audacioso" — e seu cúmplice Dcqueestiveram na Boate La Piova, onde Sheilatrabalhou durante dois anos, em períodosintercalados, na madrugada do dia 11, fa-zendo ameaças de morte a uma mulher quehavia dado uma entrevista à imprensa. Royameaçou ainda outras pessoas na boate,gritando que, se alguém falasse algo sobreele, morreria.

E, de fato, a cidade está vazia, compoucas pessoas na ruas, e poucas foramaquelas que se arriscaram a comentar algo arespeito do crime. Mesmo assim, chegou aoconhecimento dos policiais uma informaçãoconsiderada importante: o vereador Alber-tó Araújo, que tem grande influência nucidade, ajudou muito na obtenção da liber-dade condicional de Roy, que esteve preso

durante três anos por lesões corporais denatureza grave, disparo de arma de fogo epor ter provocado o desabamento de umacasa que invadiu com seu carro.

Nas diligências realizadas não só emPalmas mas também em União da Vitória,próximo da fronteira com Santa Catarina,os investigadores localizaram três mulheres,que assinaram um termo de rcconhecimcn-to de Sheila (ou lisa) como a mesma mulherque aparece nas fotografias tiradas no apar-tamento de Leon Eliachar.

Uma das testemunhas — seus nomesestão sob rigoroso sigilo devido ao risco quecorrem — contou que Sheila alugara umcômodo de madeira na cidade de Palmas,em maio, onde permaneceria no máximo 30dias. Durante o curto período em que lápermaneceu, ela saía sempre depois das 10horas e só andava de táxi. Na noite de 19 demaio, lembrou a testemunha, a loura dei-xou o cômodo dizendo que iria viajar. Nodia 31 (dois dias após a morte de Eliachar)Sheila voltou para Palmas, onde ficou até odia 2, quando partiu cm um Corcel IIamarelo dirigido por um homem ainda nãoidentificado, comentando que iria para San-ta Catarina.

Ainda segundo a testemunha, em suasconversas com Sheila — "mulher de vidafácil, que freqüentava boates para sua so-brevivência" — esta lhe contara que passa-ria a viver maritalmente com Roy c que jáestavam procurando uma casa para morar.

Na próxima terça-feira, o delegado An-tônio Agra Lopes, da Delegacia do Catete,deverá seguir para Palmas a fim de ouvir overeador e sua mulher Vera. Ela já haviapreparado 53 perguntas para fazer a Vera, eoutras 36 para o político, números queaumentarão com as novas informações tra-zidas pelos detetives Cláudio e Mota.

Metrô jáaumentou

para CZS 8O metrô amanheceu com

passagens mais caras no pri-meiro dia após o novo congela-mento de preços: o bilhete uni-tário passou de CZ$ 6 paraCZS 8; a tarifa dupla, de CZS11 para CZS 14; o bilhete para12 viagens, de CZS 60 paraCZS 80: e o mensal foi elevadode CZS 180 para CZS 240. Amédia de reajustes foi de 30%.

Os ônibus municipais, inter-municipais c de longo percursoterão aumento das passagensna terça-feira, com reajuste cn-tre 20% a 30%, de acordo comentendimentos que vêm sendomantidos pelos secretários cs-tadual e municipal de Trans-portes, Joseph Barat e MiguelBahury. Os trens urbanos estãomais caros desde 23h de sexta-feira: a passagem passou deCZS 1,50 para CZS 3, corres-pondentes a reajuste de 100%.

Rio tem 23

crimes em

uma noiteO Grande Rio teve uma das

noites mais violentas dos últi-mos anos: 23 pessoas foramassassinadas — cinco em Nite-rói. quatro em Alcântara e asdemais cm subúrbios do Rio ena Baixada Fluminense. A fal-ta de pistas dos criminosos écomum em quase todos os ca-sos. Muitos assassinatos forampresenciados por moradores,que, no entanto, não queremse envolver.

No Morro do Castro, emNeves, Niterói, cinco homens— Helcir Pereira da Costa, 28,José Isaías Neves. 29, Ivanildode Amorim, 19, Josc Luís dosSantos. 23 c Luís Carlos Neves.26 — foram mortos com tirosna cabeça. Não há testemu-nhas. Em Alcântara, um ho-mem foi encontrado com o cor-po carbonizado, no campo defutebol da rua Itaguaí, bairroGuarany; o feirante Lenier Pei-xoto, 35, na margem da Rodo-via Amaral Peixoto, com doistiros no peito e dois na cabeça;o comerciante Edgard Rangeldos Santos. 33, com vários tirosno peito, dentro de seu bar, nobairro Retiro; e Jorge José daRosa, na Estrada do Monjolo.

Luís Carlos Martins Pereira,23, foi encontrado em São Joãode Meriti. O traficante "Mar-cclinho" e sua amante Ginaforam mortos por três homensem Padre Miguel. Jamildo Fer-nando Rodrigues, 34, e umcolega desconhecido forammortos por dois homens emSanta Cruz. Rogério da Silva.25, discutiu com dois homens cfoi morto perto de casa, emBelford Roxo. Três homens fo-ram mortos juntos na Estradade Madureira, em Queimados.Wilson da Silva Oliveira, 21,foi encontrado numa vala darua Tóquio, em Agostinho Por-to. O soldado PM Luís Gonza-ga Gomes. 48, foi assassinadopor traficantes cm Padre Mi-guel. Dois homens mataram oservente Jairo da Silva Gama,34, em Rocha Miranda. JorgeLuiz Afonso Felício. 27, mor-reu no Morro da Mangueira eum traficante morreu afogadono Rio Faria-Timbó. depois detrocar tiros com PMs do 22"BPM.

Namorados comemoram o

seu dia com performanceromântica e

"Beijokê"

Mareia Penna Firme

OS M À1 S VENDIDOSAS RÉ SE N HASVI D A JÜ U IT U RAL

JORNAL DO BRASILIdéias

Nem mesmo o estilo dramático do casal Maria e Kassius ouo dançante de Sandra e Paulinho superou o tradicional românti-co de Angela e Zico no concurso para a escolha do beijo maisperformático — Beijokê — organizado pelo Karaokê MangaRosa, em Botafogo. Sob o comando do pirata Luís Sérgio Limae Silva, seis casais venceram a vergonha de se beijarem empúblico e, durante 15 segundos, cronometrados para cada um,improvisaram cenas como se estivessem fazendo teste paraparticipar de ponta numa novela. Até o primeiro casal decidir seinscrever foi preciso muito chope e apelos de Luís Sérgio.

Porém, nas mesas situadas em cantos mais escuros, osbeijos foram a prática preferida dos casais que. na madrugadade sábado, comemoraram o Dia dos Namorados. Entre assubidas ao palco para cantar e o envio de torpedos (bilhetesanônimos) com mensagens de amor, os freqüentadores dokaraokê tentavam tomar coragem, "colocando primeiro obeijador de molho no copo de chope".

Maria e Kassius abriram o concurso acenando para o estiloque acreditaram ser o mais performático. Depois que subiramno palco, Kassius ficou sozinho no centro e Maria sumiu,criando suspense na platéia. De repente, saiu correndo de trásdos bastidores, atirando-se à cintura de Kassius numa encena-çáo dramática ao som de How Jeep is your love?, do conjuntoBee Gees.

Outro casal que mereceu os gritos da platéia foi Paulinho eSandra, que preferiu ensaiar o estilo charmoso e. durante obeijo, dançaram marcando bem o ritmo lento da música. Antesdo forte abraço, Paulinho tirou o echarpc que usa, envolvendo-o em sua parceira e puxou-a como nas cenas de filmesromânticos. Os demais casais, um pouco nervosos, não conse-guiram sair do lugar-comum, usando abusivamente carinho noscabelos e às vezes uma caída até o chão imitando tango.

Mas só Angela e Zico conseguiram contagiar e convencer aplatéia, lançando mão do estilo tradicional romântico, queainda é consagrado e respeitado. Ao final do concurso, às 3h. osseis casais subiram ao palco e, em conjunto., repetiram os beijos.Mas os aplausos foram mesmo para Ângela e Zico, queacabaram arrebatando os prêmios: ela ganhou um cordão comum coração e ele uma pulseira de pirata. Para comemorar avitória, um beijo, não tão longo, mas ainda romântico.

Angela Furtado Bastos, 21, e José Henrique Machado eSilva, 24, namoram há três meses e relutaram um pouco emaceitar o desafio do beijo em público. Garçonete do MangaRosa, Angela disse que ficou muito nervosa c que "sentiu osangue ferver como sc quisesse sair pelo rosto". Ainda meioboba, com cara de apaixonada, disse que a experiência foimaravilhosa. José Henrique, advogado, concordou com anamorada c acrescentou que "nós dois éramos os únicos queestávamos curtindo o momento".

O beijokê do Manga Rosa termina domingo, mas, até lá, arelações-públicas Edite Cunha, que, durante toda a madrugada,passou de mesa em mesa na tentativa de animar os casais para abrincadeira, espera tornar a prática do beijo em público tãonatural como a de cantar mesmo que a experiência não seja dasmelhores.

Francisco Teixeira

,/X V

Cidade domingo, 14/6/87 ? 1° caderno ? 13

y^ Custiidlo Coimbra

tjf Quern usa

<mS,_ a cabeca possa

US# antes na Arapua

As melhores ofertas, o melhor atendimento e tudo o que voc§ precisa

¦ '1 „_«1^*#**lllW^^l

^ y' REFRIGERADOR CONSUL

h

"V ~—? " 340 SUPER LUXO

ra$P?; | ' *"" • -* 340litrosdecapacidade^*iir ij ^ > , / Gaveta para came e go-

jij^ -

••""¦" m

^

^-'r]r~ir~iI iO

|

codevoltagem ^I^Hl """"""^^ " -^ \w36cm. Cinescopio Km mrnKuM .a::.:^ .-4^

*"%*. -black-matrix 110/220 J* ^¦^Mp»^Ml1""1 - ^M~i&~~'volts. 1 anode VlWWf ^»-V:.r ''^ji ^"^1 -—- APARELHODEgarantia. k xr.JL

'"IB JANTAR CRISTAL

Toca^cos Bolt-drive Sinto- pesso^em informa-nia AM/FM. 2 caixas acusti- 'A/ [I! ~

'. |<~ ¦ goes tecnicas ;,;- " -'";,

cas. Fino acabamento ill I #%#%#% ¦110/220 volts ~l 16 290 ,

2.5901 MS?*] A ij

' avwJ

«™on»

AVista '*•%-. 1.990,

A Vista

—?.¦'" 1/7 / BICICLETA MONARK

4®Hk 3.890, WB7T a |MQUEIROTRAMONTINA

| SS—6 229, A Vista ~?

^S^T/I )\ :^\

\ ********* 1QQ .W8®**^ Iww# AVista

0(ertaivoll<)o«altM/MH7oumquanlodurDriioiioei1o<5ue. I AMM AVM 4m#Ia A Dv/tf^ilAscamflf6<sd«stapfoiTOcdartlontaiAaoaprKom4ilmodev«idaaocaflsurnldat(PMVC) _>r|l J I I 111 l^k ¦"¦ I I II H II III ¦>< I 1^%IIopoi o ptnode dt sua valiaade, confatme portona « da SUNAS %#%#\# k\/IVlw \#l I I l\#VI%/ \0 WIUWlll

CONSÓRCIO BRASIL fl/TO OE MÁQUINAS l TOA.R. LEANDRO MARTINS, 10 - LOJA -TEL.: 263-8791

Cidade domingo, 14/6/87 ? Io caderno ? 13Custódio Coimbra

pflmo AUGRe AGENCIA LAPA

Roupas de todos os tipos e tamanhos até o n.° 62. As ca-misas esporte vão até o n.° 10 e as camisas sociais e pijamas têm mangas mais compridas de até 70cm e commais cintura. Cuecas anti-alérgicas de tecido ou malha,também com as pernas mais longas. Ceroulas de tecido,malha, flanela, lã e de helanca. Robes de chambre, rou-0pões e suspensórios. a

(A CRÉDITO_i_VE2ES)

Òs bombeiros não evitaram que o ônibus fosse quase totalmente destruído pelo fogo

Quem usa

a cabeça

passa

REFRIGERADOR CÔNSUL340 SUPER LUXO340 litros de capacidadeGaveta para carne e go-vetão para legumesGarantia de 1 ano

TVC NATIONAL 14"Regulador automóti-co de voltagem.36cm. Cinescópioblack-matrix 110/220volts. 1 ano degarantia.

APARELHO DEJANTAR CRISTALLINE 20 PEÇASAVista

<<$rv\<t^à0 /

LAVADORATANQUINHOCapacidade de 50litros, lava até 5kg deroupa com o mínimoconsumo de energia.Funcionamento sim-pies podendo serusada por qualquerpessoa sem informa-ções técnicas.

ELETROFONE SONATASONANTEToca discos Belt-drive. Sinto-nia AM/FM. 2 caixas acústi-cas. Fino acabamento110/220 volts.

PRANCHA ELTON 2030AVista

sltgfspi AVistaAVista

BICICLETA MONARKBMXSSDesign avançado. Resis-tente e arrojada. Própriapara acrobacias e mala-barismos de estilo livre

FAQUEIRO TRAMONTINA24 PEÇASEm inox com cabo demadeira

AVista

CADEIRA DE PRAIADobravel. Prática. Leveeconfortável. AVista

'i A Vista

350lojas em lodo o Brasil

JORNAL DO BRASIL

¦A

Ônibus é

destruído

pelo fogoO fim dc semana prolongado

começou acidentado para os 25passageiros que viajavam noônibus RJ — XN 3691, da linha357, que faz o percurso entre oLargo dc São Francisco e Ben-to Ribeiro. Por volta das lOhdc ontem, o motorista do veí-culo, Lacth Almeida de Cas-tro, 64, percebendo que umafumaça espessa saía do com-partimento do motor, estacio-nou junto ao muro lateral doCemitério do Caju c pediu aosocupantes que descessem, poiso ônibus estava pegando fogo.Minutos depois, uma guarniçãodo Corpo dc Bombeiros, co-mandada pelo oficial César,chegava ao local, mas não pôdeimpedir que as chamas se pro-pagassem, destruindo quase to-talmente o veículo. O trânsito,cm princípio, chegou a ficarretido, mas, uma hora depois,o esqueleto sobre rodas só ser-via para aguçar a curiosidadedas crianças que passavam pelolugar. Não houve vítimas.

Doméstica

leva jóias

da patroaA publicitária Laura Fabris

foi ontem de manhã ã 14'' DP,no Leblon, registrar queixa dodesaparecimento de uma caixade couro com todas as suasjóias, mas não conseguiu con-sultar os álbuns de fotografiascm que tentaria identificar aladra — uma empregada do-méstica que começara a traba-lliar cm sua casa na quinta-feiraà noite. O delegado de plantão,Valdir, pediu que ela voltassena terça-feira.

Lamentando a perda dc di-versas jóias de valor — aliançasde ouro e brilhantes, um colarde pérolas de três voltas, umanel de grau com pedra verde,dois anéis dc ouro, um terço eobjetos de prata —, Laura ex-plicou que gostaria mesmo é derecuperar um broche dc ouro epedras semipreciosas com a mi-niatura dc uma coluna do Palá-cio da Alvorada, que ela ga-nhou na inauguração de Brasí-lia. A empregada dizia se cha-mar Ana e desapareceu na sex-ta-feira à tarde.

Laura não fez o retrato-falado da moça, que disse ter26 anos c ter trabalhado duran-te sete anos para uma famíliapaulista cm Natal. Ela foi apre-sentada à publicitária por suaantiga empregada Lurdes. Lau-ra explicou que a moça temcerca dc l,55m, é magra, more-na, dc traços finos, olhos arre-galados, "jeito humilde e carade anjo". Segundo a publicitá-ria, Ana revirou gavetas cmtodo o apartamento, mas sólevou as jóias.

O desaparecimento das jóiasse deu entre 13h30min e16h30min de sexta-feira. Lauranão desconfiou da moça humil-dc, que disse ter uma filha deum ano e oito meses, "queficava com uma tia numa casaverde na rua da Feira, perto daEstrada Velha da Pavuna. Eladisse que queria ganhar só CZ$800,00, mas acertei um saláriodc CZ$ 1 mil 800", contouLaura Fabris, que mora naAvenida Epitácio Pessoa, naLagoa.

Laura deu por falta dc suaaliança de casamento, de ouro,de uma aliança dc 24 brilhan-tes, do broche da inauguraçãode Brasília, do colar de péro-Ias, dc duas pulseiras com cercadc 30 gramas de ouro cadauma, do anel de grau, do terço,do anel de ouro com pedra azule de objetos de prata.

Advogado dá

cheque frio

e desapareceO advogado Carlos Figucire-

do Forbes — acusado dc este-lionato por ter pago uma dasparcelas da compra do Hary'sBar, no Leblon, com um che-que dc 67 mil 776 dólares deconta encerrada no BankersTrust Company, de Nova York— fechou as portas do seuescritório no centro c está desa-parecido desde segunda-feira.Pela terceira vez no últimomês, o adovogado foi intimadoa depor na Delegacia de De-fraudaçócs e não compareceu.

O bar foi comprado, cm trêsparcelas, pela firma francesaPrcmicre Leisure da qual For-bes era procurador, em maiode 86. Os israelenses MarcusMarcovitz e Haya Avira Shay,ex-proprietários do estabeleci-mento, deram queixa na Poli-cia Federal, que mandou o pro-cesso para a delegacia. Só nomês de março foi instaurado oinquérito e, até o momento,apesar de já terem sido envia-das algumas intimações, nemos lesados, nem o acusado de-puseram. O cheque — da conta34561834 — do banco america-no correspondia a 1874 cotasdo bar e era a segunda parcelapaga pela firma francesa, mas aconta estava encerrada desdeabril dc 1986.

arai

ijfejml

14 ? Io caderno ? domingo, 14/6/87 Nacional JORNAL DO BRASIL

Fim de usina ameaça matar a Maracangalha da canção

Vítor Hugo Soares

5 IHIBii^(^^H^H||^8HflB|^^^ltB^^I |^|H wlu[ (¦[¦i^^Bi^^BHH ily

S3 WMBB MHP^^^I w^nr

!¦¦ ^HBgHB^HB^^HnMB wm^_ J^f^fsBS/Jkm^^- 0

PfovM

4 !ji« y« «1«:iil Í::;PHjMfAM

mm

i fÊ%à

iii^r

Cozinha Kitchen Wood.Corpo totalmente em cerejeira natu-ral, interna e externamente. Portascom molduras maciças e miolo de ce-rejeira.

Armário simples-Qe 4.790, por 3.100,Armário duplo- De 7.590, por 5.970,Paneleiro duplo» De 22.180, por 17.990,Gabinete duplo - De 9.290, por 7.990,

Cozinha Formy Line. Corpo emmadeira maciça, marfim, com

revestimento externo em fórmica.Portas com moldura em mogno, commiolo em fórmica diagonal bege, ou

em cerejeira natural maciça, compuxadores embutidos.

Armário simples - Por 3>990tArmário duplo - Por 5.900,

Paneleiro duplo - Por 14.990,Gabinete duplo - Por 7.300,

||j||||jj^^^^p

I I H9- Hiiil ! \Mw II .1. ®ir ^|ra| .1 I I I I I¦¦¦¦Wr Liwiw? i_ . I' :i" i jl. > I^ ¦ -—"—~~ lfPStfBRPl£^l^yi>l cHa-^Tf^Z2r~n5~^^—^T~_rrr~!LBMiB

IllallSfBlli IBfjSHI -fL H'I ®01 $^4 |hH

^1?=^?yyy§5R" |fl :< I' jf

| R I 1

|

Hi 3m I I"1 wtiPi -3 ]> Ji^n Eg? ^ I I

^ ' ^ V' ¦»

1 Armário embutido Vogue Luxo.Acabamento interno e externo laqueadobranco, com Protektor Process, que dámaior resistência, não amarela, nãomancha e não solta nunca. Portas lisas»De 5.490, por 4.790, o m2

Cortina em linhobordado, com pregasamericanas.3,00x3,00mPor 2.050,Almofada em crochê,redonda ou quadrada.De 400, por 310,Almofada em crochê,coração.

De 270, por 210,-.4-Si

Tapete em crochê SOXIOOcm Qe 43Q( por 350,Tapete em crochê 120X180cm De 1.990, por 1.490,Passadeira em crochê. SOXISOcmDe 790, por 590,

CarpeteBandeirante 6mm.De 519, por 449, o

PORQUE COMPRAR MÓVEIS NA SEARS:Porque a Sears tem equipes instaladorasprofissionais, que garantem o serviço.Porque os vendedores sãoespecializados e dão orientação para oseu projeto, com orçamento einstalação gratuitos.

Porque a Sears tem grandediversificação em estoque, para prontaentrega.Porque só na Sears você tem um direito

especial: satisfação garantida ou seudinheiro de volta.

OFERTAS VÁLIDAS AIÉ 19'06' 870U ANTES. SE NOSSO ESTOQUE SE ESGOTA».

sisSears

: u-i: V ''

Plaza ShoppingBotafogoBarra Shopping

£SÉ

SALVADOR — "Eta pau, acabou Mara-cangalha!". A reação fatalista é de MariaAmália da Cruz, de 73 anos, a Anália, apelidoque todo mundo neste país já cantou namúsica de sucesso de Dorival Caymmi. Aexclamação ela soltou quando soube que aUsina Cinco Rios (uma das mais tradicionaisdo Recôncavo Baiano) moeu no primeirosemestre deste ano a sua última safra de cana.

Ao voltarem das férias coletivas do perío-do de entressafra, no sábado, dia 20, seus1.200 trabalhadores saberão oficialmente quea quase centenária usina não mais voltará aesquentar as caldeiras para nova moagem eque os operários que quiserem serão transferi-dos para a Usina Nova Paranaguá, construídapelo grupo que controla a Cinco Rios a 50quilômetros de Maracangalha, no municípiode Cachoeira.

No povoado do recôncavo que ganhoufama pela animação de suas festas, o ambientede melancolia que se respira nestes dias só éinferior ao espanto de Anália (atualmentevivendo com uma filha em Candeias), ao saberque a velha usina, que sempre foi a razão deser de Maracangalha, está de "fogo morto".Com a tristeza acentuada pela chuva, que nãopára de cair nesta época do ano, não se fala emoutro assunto nas soleiras das portas das casasda usina, na Praça Dorival Caymmi, nos barese na barbearia de Seu Francisco Alves deMeneses, que ninguém sabe por que mas todoschamam de Seu Luisinho.

— Eles vão levar a nata, o resto do leiteeles jogam fora — comenta com um riso quenão consegue esconder a mágoa João Nasci-mento, o Zuquinha, que desde menino traba-lhou para a Usina Cinco Rios, como a quasetotalidade das mais de 2 mil pessoas que vivemem Maracangalha. Perto de completar 50anos, zuquinha já decidiu que não vai traba-lhar cm Cachoeira, na usina construída parasubstituir a Cinco Rios pelo Grupo Paranaguá,que hoje controla as três únicas usinas deaçúcar que ainda funcionam na região — amaior produtora de açúcar do páis no Impérioe até a década de 50 botando fumaça pelas

chaminés de mais de 20 usinas em plenofuncionamento. Quando as férias coletivasacabarem, Zuquinha, já hoje de aviso prévio,irá ao escritório da velha usina apenas para asdespedidas:

Vou receber minhas contas e cuidar davida aqui mesmo em Maracangalha, que eunão deixo por nada deste mundo — diz o velhocanavieiro.

O jovem Antônio Carlos do Sacramento,20 anos, motorista da Cinco Rios há oito, jásabe que o seu trabalho na Nova Paranaguáestá assegurado, mas nem por isso vive menosamargurado nas conversas, no canto da praça,com os companheiros:

Não conheço lugar no mundo comoMaracangalha — diz Sacramento, que ganhaCZ$ 7 mil por mês.

Pará trabalhar na nova usina construídapelo Grupo Paranaguá no município de Ca-choeira, quem mora no tranqüilo c bucólicopovoado de Maracangalha (onde quem chegatem a impressão de ter recuado no tempo pelomenos um século, às margens da Lagoa CincoRios, terá que passar diariamente duas horas(ida e volta) viajando de ônibus que os donosprometem fornecer.

Nada disso é tentação para quem hojevai a pé para o trabalho e pode até almoçar emcasa se quiser — lamenta Domingos Pereira,Vigia da Usina Cinco Rios, preocupado com amudança que está a caminho.

Mas a melancolia e a preocupação —presentes em todos os pontos de Maraganga-lha — se estampam com mais força no rostodas mulheres do lugar, antes reconhecidas emtodo o Recôncavo pelo ar festeiro e a despreo-cupação simbolizada por Anália na música deCaymmi. elas sofrem preocupadas com o futu-ro dos maridos, dos filhos, dos namorados e daprópria Maracangalha, que dificilmente terácondições de sobreviver sem a usina e amaioria de sua população saindo para traba-lhar longe. É a opinião de Maria Antònia, quetrabalha no balcão da padaria do vereadorEraldo Oliveira Ceuta, do PMDB, e resume ade todas. O vereador tenta iniciar um movi-mento de opinião pública para evitar o fecha-mento definitivo da Usina Cinco Rios.

Maracangalha (BA) — Gildo Lima

'''¦/•••w o^'v-r./.. \ ' 7. v'j/¦¦¦*'' Vs"'

Cinco Rios de fogo morto: fim do trote bom com chapéu-de-sol

Uma união que durou 75 anos

Os proprietários da Cinco Rios procuramtranqüilizar a população do povoado, quesempre viveu intimamente ligado com a suavelha usina de açúcar e com ela enfrentoutodas as dificuldades ao longo de 75 anos:

A Usina Cinco Rios realmente nãomais voltará a funcionar, mas não pensamosnem de longe desempregar ninguém — diz emSalvador o atual superintendente Jarbas LimaAraújo.

Segundo o diretor do Grupo Paranaguá,ao qual pertence a Cinco Rios, não há maiscondições técnicas para a velha usina de Mara-cangalha continuar funcionando.

Construímos uma usina nova a umadistância de 50 quilômetros da atual, comcapacidade para processar 900 mil toneladas

de cana, em area em que a lavoura pode sermecanizada. Não podemos mais manter aUsina Cinco Rios, que processa apenas 120 miltoneladas por safra, com equipamentos obso-letos. Depois, podia ser pior para todos, atepara a gente de Maracangalha, que não vamosabandonar à própria sorte — explica Jarbas.

Em relação aos 1 mil 200 empregados dausina (80% na lavoura e 20% na indústria),Jarbas Araújo informa que serão recolocados.Os que não quiserem serão indenizados.Quanto à Cinco Rios, há o plano de transfor-mar as instalações da velha usina em metalúr-gica, "para garantir o emprego em Maracanga-lha e dar apoio às indústrias do grupo", revelaAraújo. O Grupo Paranaguá fez uma propostanesse sentido que está sendo negociada com ogoverno da Bahia. (VHS)

Anália

O desencontro

de sempre com

Dorival Caymmi

"Eu vou pra Maracangalha. eu vou Eu vou deuniforme branco, eu vou Eu vou de chapéu depalha, eu vou Eu vou convidar Anália, eu vouSe Anália não quiser ir, eu vou só Eu vou só,eu vou só sem Anália, mas eu vou"

ff tk h, meu filho, Anália não mora maisXa> aqui. Foi embora pra Candeias e

deixou a gente só". O lamento saudoso é deDona Maria Pequena, amiga de juventude ecompanheira de festas da personagem maisfamosa de Maracangalha: a Anália que ocompositor Dorival Caymmi imortalizou jun-tamente com o povoado.

Não há praticamente ninguém da antigageração em Maracangalha que não se lembrede Anália. Dorival Caymmi, porém, que aconsagrou, nunca chegou a conhecer pessoal-mente Maria Amália da Cruz, hoje com 73anos de idade, apesar das muitas tentativasque foram feitas para isso. O compositorsoube da fama da mulata festeira através deum amigo comum, Paulo José Rosa, que viviacm Maracangalha, e incluiu a Amália deMaracangalha na canção, embora trocando oM de seu nome de registro de nascimento porum N, dando fama nacional a Anália, em1956.

Em Candeias, a 46 quilômetros de Salva-dor, onde vive hoje adoentada na casa de umafilha, Anália (como é chamada por todos hoje)também sente saudades de seu tempo democidade.

— Não me arrependo de nada daqueletempo, meu filho. Samba, bebida e candomblénunca me fizeram mal. O reumatismo que mefaz sofrer hoje é por causa da lavagem deroupa durante muitos anos para ganhar a

Candeias (BA) — Gildo Lima

Anália já deixou Maracangalhasobrevivência — diz Anália, com um risomatreiro que faz transparecer no rosto aimagem da antiga rainha das festas do Recôn-cavo Baiano.

Eu é que não quero fazer a metade doque mamãe fazia. Ela largava qualquer coisapor causa de samba e candomblé — conta afilha Edite, sentada em uma cadeira ao lado deAnália na casinha de Candeias.

Anália confirma as palavras da filha econta mais:

Homem não me segurava. Quando euarrumava minhas trouxas para ir a um samba,que às vezes demorava mais de uma semana,não queria conversa. Se ele ameaçava com um"você é quem sabe de sua vida", eu nãovoltava mais. Partia para outra — recorda aantiga musa de Maracangalha. que confessater tido oito companheiros. (VHS)

arsons

sara

F

?

JORNAL DO BRASIL Educação domingo, 14/6/87 ? 1" caderno ? 15

Reitor da PUC quer fim

do diploma como valor absoluto

Com diploma ou não, mudar é precisoMartha Baptista

O fim do diploma como único cami-nlio para se exercer uma profissão. Essatese é defendida pelo reitor da PUC —Pontifícia Universidade Católica do Riode Janeiro, padre Laércio de Dias Mou-ra, que critica o "canudismo" — o valorabsoluto do diploma como forma deavaliar a capacitação profissional de umindivíduo — que condiciona as universi-dades c estimula a criação de faculdadesde fim de semana:

— O diploma deixa de ser uma fontede saber para se tornar uma fonte deprivilégios — diz o reitor.

Padre Laércio sugere que as entida-des de classe passem a ter a responsabili-dade de avalizar a capacidade do futuroprofissional através de exames. E achaque, uma vez livres do condicionamentodo diploma como única forma de acesso auma profissão regulamentada, as univer-sidades terão alunos mais motivados cliberdade para criar cursos novos. Oreitor ressalva, entretanto, que esse siste-ma não teria validade para profissiõesque envolvessem risco de vida, como amedicina.

Controvérsia — Essa tese nãoe nova — a questão da supervalorizaçãodo diploma foi discutida pelo sociólogoSimon Schwartzman cm 1985, no relato-rio final da Comissão Nacional de Refor-mulação da Educação Superior, reunidapelo MEC (Ministério da Educação) — cdesperta controvérsia no meio academi-co. Na qualidade de relator da comissão,cujas propostas estão apresentadas nolivro "Uma nova política para a educaçãosuperior brasileira", Schwartzman conde-

Arquivo — 13.2.85

Chiquito Chaves

''. •-

illssfssssiMB&sy .........v/tv^s^v:-.v,v-Schwartzman: corporativismo.

Pe. Laércio: motivar mais

na o sistema corporativo —"a idéia, quese procurou implantar no Brasil desde oEstado Novo, de que a sociedade deveestar organizada cm corporações profis-sionais fechadas, todas sob a tutela doEstado, com regras estritas de acesso econtroladas por órgãos normativos supe-riores" — e suas conseqüências para oensino superior.

O sistema corporativo, diz o sociólo-go, provocou em termos dc ensino supe-rior a expansão "aparentemente infinita"dc profissões regulamentadas c de seusrespectivos conselhos profissionais, commembros provenientes de faculdadesidênticas, "moldadas segundo currículosmínimos legalmente estabelecidos".Schwartzman enumera uma série de pro-blemas que teriam sido acarretados poresse sistema, entre eles, a imposição derestrições à liberdade das universidadesde experimentarem novos currículos eformatos educacionais.

Os próprios alunos tendem a des-valorizar os cursos que não conduzem aprofissões reconhecidas — argumenta.

Prática — O reitor da PUC-Rioconcorda e cita o caso do curso deEngenharia Operacional, que formavaum engenheiro cm três anos e só sobrevi-vcu cinco anos por desinteresse dos alu-nos, causado pelo fato de a profissão nãoser regulamentada.

Se eu criasse hoje um curso mistu-rando direito e economia, os estudantesnão se interessariam porque o diplomacorrespondente não daria acesso a umaprofissão regulamentada — exemplificapadre Laércio.

Simon Schwartzman afirma que oatual sistema corporativo não garante aqualidade técnica e científica dos profis-sionais:

O fato de passar quatro ou cincoanos numa faculdade não é garantia. Emgeral as pessoas adquirem a prática no

dia-a-dia dc trabalho. O diploma em sinão diz nada — argumenta.

Ele propõe que os sistemas tradicio-nais e burocráticos de controle sejamsubstituídos por formas de controle maisefetivas. Isto é, que caia a obrigação dcregistrar o diploma no MEC c que ocontrole dc qualidade seja feito por con-selhos profissionais que avaliariam o fu-turo profissional através de exames. Aoutra sugestão é que essas entidadesficassem responsáveis pelo credencia-mento dos cursos existentes nos cstabclc-cimentos de ensino superior.

Nos Estados Unidos, a cada trêsanos, as instituições de ensino são avalia-das por órgãos não governamentais queemitem certificados dc qualidade — diz.

Liberdade — Schwartzman res-salta que há dois tipos dc profissões: asque envolvem riscos dc vida, como amedicina, c necessitam dc um controlerígido, c outras que, segundo ele, não sãoprofissões e nas quais é possível ter umaformação genérica. Seria o caso dos so-ciólogos, jornalistas c também dos econo-mistas.

Há uma tendência no Brasil paratodas as atividades fingirem que são Me-dicina. Isso é uma aberração. Não sejustifica um mercado dc trabalho exclusi-vo para economista c, tampouco, temsentido um sociólogo ter diploma regis-trado no MEC. O jornalismo deve serfeito por quem sabe e não importa se apessoa adquiriu esse conhccimcnto numestágio ou numa faculdade. Sou a favorde um mercado dc trabalho mais livre cregulamentado com a participação efeti-va dos profissionais mais competentes decada área.

Arquivo — 19.11.86

Embora chame a atenção para o fatode que os profissionais que saem dasuniversidades têm melhor qualificação, oreitor da UnB (Universidade de Brasí-lia), Cristóvam Buarque, acha que a leinão deveria impedir ninguém de usar oseu potencial.Isso não corresponde aos interes-ses sociais, nem aos individuais — afirma.

O reitor da USP (Universidade deSão Paulo), o físico José Goldemberg,também condena o corporativismo brasi-leiro:

Sem o título universitário, rarasvezes se consegue exercer uma profissãoqualificada. Isso é um absurdo, porquepara ser capitalista, por exemplo, não hánecessidade de diploma.

O reitor da Unicamp (UniversidadeEstadual de Campinas), Paulo RenatoCosta Souza, também é contra o quechama de credencialismo:

Essa tendência dc se credenciarpessoas e profissões para tudo já foi longedemais. A sociedade caminha fatalmentepara uma revisão total desse processo.

O reitor da UnB, Cristóvam Buar-que, acha que a maioria das pessoas nauniversidade brasileira quer apenas umdiploma e com isso o saber fica cmsegundo plano. A causa dessa situação,segundo ele, está na própria lei, que"assegura que só os diplomados podemexercer uma profissão". Cristovám Buar-que refuta o argumento — usado pordefensores do diploma — dc que esteprotege a sociedade contra os charlatõesou maus profissionais. Afirma que issoseria evitado se houvesse um acompanha-

mento rigoroso do exercício da profissão.Cristóvam Buarque crítica o fato dc

que os profissionais provenientes decursos técnicos ou dc nível secundárioestejam sempre "condenados" a receberbaixos salários. Ele argumenta que, se ossalários fossem iguais para o pessoal denível médio e superior, só iria para auniversidade quem tivesse realmente vo-cação.

Mas não é todo mundo que defende ofim da obrigatoriedade do diploma. Ovice-reitor da Uerj (Universidade do Es-tado do Rio de Janeiro), Ivo Barbieri, é afavor do restabelecimento da "verdade"do diploma.

— Sou a favor do fechamento dasfaculdades que vivem da venda de diplo-mas. É preciso que haja rigor na conces-são do diploma e que ele, uma vezconcedido, seja a expressão da verdade,espelhando a capacidade de quem o con-seguiu — afirma Barbieri.

Curso livre — O vice-reitor daUerj defende também o surgimento deformas não convencionais dc formaçãouniversitária, como cursos livres, onde aexperiência anterior do aluno fosse valo-rizada e a freqüência não fosse rígida.

O reitor da UFRJ (Universidade Fe-dcral do Rio de Janeiro), Horácio Mace-do, acha que a discussão cm torno daobrigatoriedade ou não do diploma está"fora da realidade brasileira". Segundoele, a questão da exigência de diplomapara se ter uma profissão vem evoluindonaturalmente. Em alguns países, como os

Estados Unidos, essa evolução foi maisliberal e o exercício da profissão é hojecontrolado pela sociedade através de exa-mes dc suficiência. Em outros, como oBrasil, a evolução seguiu uma linha con-serbadora e corporativista, e o controle éfeito através da concessão de diplomas.

Horácio Macedo afirma que essa mu-dança não se faz com a simples aboliçãodo diploma e argumenta que a sociedad'.brasileira é muito apegada culturalmentà questão formal.

Abolir o diploma não é o importante neste momento. O fundamental (boas universidades e fazer com que ela;não sejam fábricas de diplomas — diz (reitor da UFRJ.

O presidente da OAB — Ordem do:Advogados do Brasil, seção do Rio dcJaneiro, Carlos Maurício Martins Rodrigues, ex-aluno da PUC, diz que, em tesea idéia de acabar com a exigência drdiplomas para se exercer profissão comca advocacia, deixando a avaliação do:profissionais sob a responsabilidade da:entidades de classe, é "fascinante"

É possível um excelcnte autodidata vir a ser um bom profissional, mas enregra geral se uma pessoa não tiver unestudo sistematizado não chegará a qualquer resultado, principalmente, no Brasil, onde o curso secundário é deficicnti— conclui o presidente da OAB-RJ.

Participaram leda Cavalcante (Brasília) o Unide Albuquerque (São Paulo).

Martins: Tese fascinante

PERSIANAS

PanÃmerkan 2

MEIO SÉCULO DE QUALIDADEPERSIANASVERTICAIS

EHORIZONTAIS

EMALUMÍNIO

PORCELANIZADOOU

TECIDOPLASTIFICADO.

Atendimento à Clientes: Tel.: (021) 241-1177Rua Frei Caneca, 101/103 - Centro

Av. Alvorada, 2.150, Loja L, Bloco G - Casa Shopping - Barra Eo

ÀV'"w ' ( , A;:;> _ * -

i*r/: '• M

- .-V... • ¦¦, '

it <? if v»\

'' "J

Hk Vi m 1

-< $1 J

®i /§» • . Pi m

JBr 8hB8w

¦¦dvMIr

wBfl

^3£mment°L*<

y:

HH

1

H

j

I!f

: " docngas do coragao— provocara um aumcnto do abscntei'smoc f < _Marco Antonio Antunes jo dcsanimo, gcrando qucdas na produgao c na produtividade. ^OnilllllCcK^SO interna— " '

| "7 — Tal previsao e endossada por Nelson Savioli, Gerente Geral dc / . • • p _

SAO PAULO — A dirctoria de um grande laboratorio Rccursos Humanos da Rhodia S/A, o maior grupo privado I flIlt0Cip3 lniOrmaCaOfarmaccutico national dcmitiu recentemente varios funcionarios qui'mico cm operagao no Brasil. V Jespecializados, entre os quais um medico, reconhccidamente V,;^M / ^ Na maioria das emprcsas que se prcocupam com ohomossexuais. por constituirem um dos grupos dc risco da Aids. Alerta — Nao foi registrado na Rhodia, ate o momento, problema, entrctanto, os cuidados raramcntc passam dos scrvi-

Banco Itaii prcfcriu distribuir uma circular entre seus 70 mil ncnhum caso dc Aids, talvez porque a cmpresa tenha sido uma ^B gosde informagao rcsumidos em imprcssos, videos ou palcstras.funcionarios reitcrando a existencia de servigos intcrnos de (jas primeiras a prevenir o avango e as conseqiiencias do nial ^B Muitas companhias garantem assistcncia mcdica propria aosoriciuagiio c prevengao. Alcm disso. a circular garante assistcn- entre seus funcionarios. Parecc pouco, mas cm agosto dc 1985. funcionarios aidcticos, porem a maioria apenas os encaminhacia mcdica propria aos que contrai'rem a doenga. cobertura quando apenas 500 ocorrencias haviam sido registradas no pais, aos hospitais publicos especializados no tratamcnto — umamaxima dc scguro de vida c ncnhum tipo de perseguigao a a rcvista interna Rhodia Atualidadcs alertava para o problema terapia que no maximo prolonga a vida do paciente, ja que aaidcticos comprovados ou intcgrantcs dc grupos dc risco. cm um artigo do medico Vicente Amato Neto, dirctor superin- Aids e uma doenga fatal.

... , . „ - tendente do Hospital das Clinicas e chefe do servico de fgf^9|fl9Bl^BHBNH^^^B Na Volkswagen, maior montadora de veiculos do pais,Os dois cxtremos atestam os dtferen cs lpos c rc< g . Molcstias Contagiosas da instituigao. Naturalmente, um simples Zseus 44 mil funcionarios so tiveram por enquanto informagoesempresarios brasileiros ao problema a its, cujas vi imas artigo nao basta para resolver o problema, mas o proprio i n'l1' 'iIIIiUm BjMi sobre o contagio e o combate a doenga atraves de um jornalpais — num total conhecido dc quase > mi casos a t Amato Neto — nas horas vagas um esforgado meio-campista do interno, com um artigo do medico-chefe da cmpresa, scgundogrande maioria pessoas que estavam ou estao trabalhando. Mais tjmc de futc|,n| dc vcteranos da Faculdadedc de Medicina da ( §§§§ m. seu DePartamento de Assessoria de Imprensa. No momento. aimportant ainda e constatar que um exprcssivo numcro dc Univcrsidade de Sao Paulo — ressalta a importancia desse tipo Bhto empresa nao registra nenhum caso entre os trabalhadores. mascompanhias, sobretudo as que empregam grande volume dc ^ traba|ho prCventivo nas emprcsas.

. quatro deles morreram de Aids no ano passado.funcionarios, prcocupa-se com a questao. Essas cmprcsas Ouando nao se nensa ou nao se node fazer outra coisa Entre as c°nipanhias estatais, o Banco do Brasil e citadoparccem convencidas dc que a Aids nao c uma doenga .,T7iPo no iorn;^inho intrrno a dis^ de folhetos como exemplo por medicos paulistas. 0 servigo medico dahomossexual, mas acima e tu 0 c »sso,po c

explicativos sobre como evitar a Aids ou a realizacao de tcma e distribuir as fitas entre emprcsas, entidades e associates instituiqao e o primeiro a se encarregar da orientaqao eacabar transformando-se num problema cconomico.

rcsuUados importances^ - observa interessadas. Amato so teme que o crescimcnto das solici.a'oes P^mover trabalhos teoricos de prevent. Ouando cons,a,aEnquanto a comunidade cientifica internacional nao en- Amato Valeria Petri e outros espccialistas tem sido constantc- introduza no meio medico o habito de cobrar para falar sobre um cf° P°s'tivo — ou seja, alguem contagiado com o HIV —.

contrar uma vacina contra o HIV (o virus causador da moles- mente convjdados a profcrir palestras para grupos dc funciona- cssc tcma, eminentcmcnte social. "Sabemos que ja ha gentc 0 Por,aclor e cncaminhado a medicos especializados e a cmpresatia), a tcndencia da doen^a e cxpandir-se em todos os setores da rjos de companhjas privadas, estatais, socios de clubes e ate de cobrando, o que nao e nada bom", lamenta. ^a 1:om as despesas de tratamento ou intcrnaqao. Mcsmosocicdadc. "As cmprcsas nao ficarao livres desse indesejavel companhias privadas, estatais, de clubes e ate mesmo para O proprio Amato clocia os trabalhos Dreventivos oue vem AiHc Vm

anC° °-, ras ,ja |1norrcrani clecrescimcnto", avisa'a doutora Valeria dubcPs dc servPi?os. como Lyons e Rotary. scndo ^Zdofcomra^'!S emp^eomo a Seas

' ^ ^ ^ d° Hosp,tal dasde dcrmatologia da Escola Pauhstadc Medicina, . c. As so|icita?6cs sao tantas quc 0 supenntendente do Bayer e 3M, todas multinacionais. A 3M, por exemplo, al6m de — Mas a maioria das emoresas nao assume a sua r«nnnmaiores autondades bras.le.ras no assunto. Hospital das Clinicas - num trabalho mais amplo recomcndado folhetos explicando como evitar o mal, gravou uma palestra do sabilidade. limitando-se a encaminhar os aidcticos aos ho£isEvidentemcntc, tal disscminaqao — a exemplo do que pclo medico Jose Anstodemo Pinotti, secretano dc Saudc de especialista sobre o assunto para cxibi-la aos seus empregados publicos—queixa-se o mesmo especialisti Mais'innnif't;i

'i 'ocorre cm rclaqao ao alcolismo, as drogas. ao cancer c as Sao Paulo - vai comegar a gravar cm video palcstras sobre o dc todos os nivcis. postura dcdois grandes bancos brasileiros,'que estariam cxigin-

do testes anti-Aids no processo de contrataqao de novosfuncionarios, denuncia Paulo Cesar Bonfim, presidente do

... Grupo de Apoio a Prevengao a Aids (Gapa), uma entidade civil

AO • Preconceito — Bonfim diz quc tais bancos so nao/ C X. •; " • .' foram denunciados publicamentc atd agora "porque as pessoas

j g\ induzidas a fazer o teste (a maioria se rccusa a isso) nao quercm1 liiir/| se ver envolvidas". Na sua opiniao, o trabalho realizado pelas

\y empresas brasileiras para prevenir a Aids ainda c muito mal• Affllfll A p ^^1 k't0

~ e' 0 1ue ^ P'or- "^astante preconceituoso". Tais¦ 1.91 IN HII I MB ¦¦ a

rV VViililtifi um a4—^ ^ 1 mKM BH o teste

(7=j tl^ \ pi ^ Rhodia, scgundo Nelson o\v I —-> CT/\J mesma forma que a Shell, a Volkswagen e a Ford. Valeria Petri,

1 especialista da Escola Paulista de Medicina, acha que a—-j V ^fr^n agugar o

/S\ mm Para evitar isso, ela recomenda as empresas tres cuidados: 1)I \\ Realizar o teste apenas em pessoas interessadas em faze-lo; 2)

1 __ Em caso positivo, manter a confidencialidade; e 3) Mantcr umTl I 111 1 I 1 GJUc 1 F-IX/l LJe BLJIvI servigo de aconselhamento para funcionarios contaminados ou

^apenas em panico.empresas que nos consultam sobre a convenicncia

c> promoverem testes macigos entre os funcionarios, mas nuncarecomendamos isso, por causa do clima tenso, do verdadciropavor que tal mcdida provocaria — alerta a medica paulista,

Jl?'.. ¦ \\MfiSftSl 11. acostumada a receber em seu consultorio, todos os dias, pessoas~j|'F • > assustadi'ssimas pelo simples fato de terem um dos sintomas daL f ' mJ Aids: febre baixa e constantc, perda do apetite, suorcs notur-

|j |, I jj /''1H Ml nos• diarreia persistente e outros, que podem muito bem nao

| | ¦¦"¦«./„»»'~,if

H j^lil CS(ar relacionados com a doenga. (MAA)

^ ^ ^

[Wf Virus atemoriza onde

I ' , Foyat^Continentai2001

alcool e droga maior

¦ i(T vOnlinCniQl - • ^ ^ . Tampai de crista/. 4 queimadores. u l^JL^ H Em dois seminarios realizados nesta capital, em margo eI y =====• ZUUl Acendimento no forno. ¦ jA abril, sobre drogas, alcoolismo e Aids, a Management CenterB Cozinha deprimeira ciasse. ; - . ~v ^ Termo control, mesa inox, luz no / d0 Brasil (MCB) conseguiu reunir centenas de empresariosP forno. 3 anos de garantia. ¦ \ interessados nos tres assuntos. fontcs de grandes prejuizos para1 - C ' \ suas resPect'vas companhias. A constatagao final, no enccrra-

| " vista: /?r if mento dos debates, indica que o alcool continua sendo a

ou(l + 6)= 7xM.»4m2. Mmm [, W9iI '///W principal droga consumida pelos trabalhadores brasileiros deOOyfl I

' 1 1 | J' '^r todos os niveis, mas o problema da Aids c o que mais temorcausa, gragas aorapido avangodessa enfermidade letal.^

^

. ^ do Hospital Emilio Ribas, que dissertaram sobre sintomas.5 Multi Corte Arno transmissao, prevengao e a agao governamental — impressio-

I O ; • r- i- _ c. » n°u a informagao de que. das 23 empresas participantes do• •••.:: Corta, rata e espreme frutas. scgundo enconstro. |, k-vclaram ter casos de A.ds em seusCaf^ackiadepara 1 ^litros

quadros. Desse total, apenas duas mortes foram confirmadas.

; IB l li Pavor — Casos ao mesmo tempo clucidativos c cscabro-_

| i—l

sos^foram^lau«do^do^cxei^

yH

. I V i I VWI recomenda a legislagao norte-americana. umu das mais avanga-j I /I I das do mundo no setor.

I f . _ — Foi um caos — contou o cxecutivo da empresa —II M I jr™^ Llder por contianga porque todos OS demais funcionarios fugiam da simples prcsen-

j;..'• || I t I qa desse aidctico. Nao bebiam agua no bebedouro comum cLJ muitos se recusavam a usar o mesmo banheiro.

Embora considcre atitude humanitaria da empresa, ajp medica Valeria Petri, dermatologista chefe da Escola PaulistaI de Medicina, entende que ela errou ao tornar o caso publico —

f que apenas provocou mais panico entre os funcionarios.Uquidincador Amo LSA Sandro Vidotto, da Gerencia de Programas da MCB, diz

m Jk || 1 3 velocidades. Copo pISstico que o pr6ximo seminario da empresa, sobre drogas e Aids, sera1 fume. Capacidade p/2 litros. realizado no Rio de Janeiro, dias 29 e 30 deste mes. Nele, novas

j|W wT nf rt ¦ 7SO informagoes sobre a doenga sera divulgadas, bem como oB Uterta: ""f avango das empresas em termos de prevengao da tnolestia e doB encaminhamento de aidcticos para tratamento.

t< j j . B —O simples avango rapido da Aids garante a cxistcnciaB 'I ¦¦¦¦ [ Tl ¦ jj de programas cada vez mais adiantados nas empresas — observaB 'J

B 0 suPerin,endente do Hospital das Clinicas, Vicente Amato^ B * Af»NQ) ¦

Neto, que no entanto adverte que "ainda ha muito que fazer",/Cn\ f pois a maior parte dos empresarios encara a Aids como uma

doenga comum. "E preciso antes de mais nada um profundo,^S§Sr^ I trabalho de educagao sobre o que e a Aids, como evita-la e

Mttik. m HAItn como conviver com os doentes", recomenda. (MAA)

I

od^a-da I

j JORNAL DO BRASIL j

1.000 watts. Maior poder de n. W*UTA' I ® *M Isucgao. Varios acessorios. :: ¦¦¦¦¦¦¦¦¦'¦ ¦ ¦ ¦ IA vista: 3.900. Espremedor Walita Sincron I V ®

_ 4 f\£\ Jarra transparente com alga.ou(l + 6)= 7xI.C/WJ( Leve e compacto. _ ¦Total: 7,0211 Oferta: 870f

' i x

CENTRO • BANGU • BONSUCESSO • CAMPO GRANDE • CATETE « COPACABANA • CORDOVIL « ILHA DO GOVERNADOR • MADUREIRA • MÉIER • PENHAALCÂNTARA • DUQUE DE CAXIAS • NILÓPOLIS • NITERÓI • NOVA IGUAÇU • PETRÓPOLIS • SÃO GONÇALO • S.JOÃO DE MERITI • TERESÓPOUS¦ ¦ • ¦ -'V. ' .. v -f ¦*»&¦*; \ ^ •• ; h1 * •• v

doenças do coração — provocará um aumento do absenteísmo cdo desânimo, gerando quedas na produção c 11a produtividade.Tal previsão é endossada por Nelson Savioli, Gerente Geral deRecursos Humanos da Rhodia S/A, o maior grupo privadoquímico cm operação no Brasil.

Alerta — Não foi registrado na Rhodia, até o momento,nenhum caso de Aids, talvez porque a empresa tenha sido umadas primeiras a prevenir o avanço e as conseqüências do malentre seus funcionários. Parece pouco, mas em agosto dc 1985.quando apenas 500 ocorrências haviam sido registradas no país,a revista interna Rhodia Atualidades alertava para o problemacm um artigo do médico Vicente Amato Neto, diretor superin-tendente do Hospital das Clínicas e chefe do serviço deMoléstias Contagiosas da instituição. Naturalmente, um simplesartigo não basta para resolver o problema, mas o próprioAmato Neto — nas horas vagas um esforçado meio-campista dotime de futebol de veteranos da Faculdadedc de Medicina daUniversidade de São Paulo — ressalta a importância desse tipode trabalho preventivo nas empresas.

— Quando não se pensa ou não se pode fazer outra coisa,um artigo no jornalzinho interno, a distribuição de folhetosexplicativos sobre como evitar a Aids ou a realização depalestras podem trazer resultados importantes — observa.Amato, Valéria Petri e outros especialistas têm sido constante-mente convidados a proferir palestras para grupos dc funciona-rios de companhias privadas, estatais, sócios de clubes e até decompanhias privadas, estatais, de clubes e até mesmo paraclubes de serviços, como Lyons e Rotary.

As solicitações são tantas que o superintendente doHospital das Clínicas — num trabalho mais amplo recomendadopelo médico José Aristodemo Pinotti, secretário de Saúde deSão Paulo — vai começar a gravar cm vídeo palestras sobre o

Comunicação interna

antecipa informaçãoNa maioria das empresas que se preocupam com o

problema, entretanto, os cuidados raramente passam dos servi-ços de informação resumidos cm impressos, vídeos ou palestras.Muitas companhias garantem assistência médica própria aosfuncionários aidéticos, porém a maioria apenas os encaminhaaos hospitais públicos especializados no tratamento — umaterapia que no máximo prolonga a vida do paciente, já que aAids é uma doença fatal.

Na Volkswagen, maior montadora de veículos do país,seus 44 mil funcionários só tiveram por enquanto informaçõessobre o contágio e o combate à doença através de um jornalinterno, com um artigo do médico-chefe da empresa, segundoseu Departamento de Assessoria de Imprensa. No momento, aempresa nào registra nenhum caso entre os trabalhadores, masquatro deles morreram de Aids no ano passado.Entre as companhias estatais, o Banco do Brasil é citadocomo exemplo por médicos paulistas. O serviço médico dainstituição é o primeiro a se encarregar da orientação epromover trabalhos teóricos de prevenção. Quando constataum caso positivo — ou seja, alguém contagiado com o HIV —,o portador é encaminhado a médicos especializados e a empresaarca com as despesas de tratamento ou internação. Mesmoassim, "três funcionários do Banco do Brasil já morreram deAids em São Paulo", revela um médico do Hospital dasClínicas.

Mas a maioria das empresas não assume a sua respon-sabilidade, limitando-se a encaminhar os aidéticos aos hospitaispúblicos—queixa-se o mesmo especialista. Mais inquietante apostura de dois grandes bancos brasileiros, que estariam exigin-do testes anti-Aids no processo de contratação de novosfuncionários, denuncia Paulo César Bonfim, presidente doGrupo de Apoio à Prevenção à Aids (Gapa), uma entidade civilsem fins lucrativos.

Preconceito — Bonfim diz que tais bancos só nãoforam denunciados publicamente até agora "porque as pessoasinduzidas à fazer o teste (a maioria se recusa a isso) não queremse ver envolvidas". Na sua opinião, o trabalho realizado pelasempresas brasileiras para prevenir a Aids ainda é muito malfeito — e, o que è pior, "bastante preconceituoso". Taisempresas, se denunciadas, poderão ser punidas, pois a legisla-ção brasileira não obriga um candidato a qualquer vaga arealizar o teste anti-HIU.

A Rhodia, segundo Nelson Savioli, não exige o teste, damesma forma que a Shell, a Volkswagen e a Ford. Valéria Petri,a especialista da Escola Paulista de Medicina, acha que aexigência do teste pode aguçar o pânico entre os funcionários.Para evitar isso, ela recomenda às empresas três cuidados: 1)Realizar o teste apenas em pessoas interessadas em fazê-lo; 2)Em caso positivo, manter a confidencialidade; e 3) Manter umserviço de aconselhamento para funcionários contaminados ouapenas em pânico.

Há empresas que nos consultam sobre a conveniênciade promoverem testes maciços entre os funcionários, mas nuncarecomendamos isso, por causa do clima tenso, do verdadeiropavor que tal medida provocaria — alerta a médica paulista,acostumada a receber em seu consultório, todos os dias, pessoasassustadíssimas pelo simples fato de terem um dos sintomas daAids: febre baixa e constante, perda do apetite, suores notur-nos, diarréia persistente e outros, que podem muito bem nãoestar relacionados com a doença. (MAA)

Vírus atemoriza onde

álcool é droga maior

Em dois seminários realizados nesta capital, em março eabril, sobre drogas, alcoolismo e Aids, a Management Centcrdo Brasil (MCB) conseguiu reunir centenas de empresáriosinteressados nos três assuntos, fontes de grandes prejuízos parasuas respectivas companhias. A constatação final, no encerra-mento dos debates, indica que o álcool continua sendo aprincipal droga consumida pelos trabalhadores brasileiros detodos os níveis, mas o problema da Aids é o que mais temorcausa, graças ao rápido avanço dessa enfermidade letal.

Mais do que as palestras proferidas por dois especialistasem Aids — os médicos Caio Roscnthal, do Hospital das Clínicasda Faculdade de Medicina da USP, c Maria Eugênia Fernandes,do Hospital Emílio Ribas, que dissertaram sobre sintomas,transmissão, prevenção e a ação governamental — impressio-nou a informação de que. das 23 empresas participantes dosegundo encontro, II revelaram ter casos de Aids em seusquadros. Desse total, apenas duas mortes foram confirmadas.Só na capital paulista são atendidos hoje de 10 a 12 novos casosde Aids por dia, catalogados entre funcionários dos maisdiversos tipos de empresas.

Pavor — Casos ao mesmo tempo elucidativos e escabro-sos foram relatados pelos executivos presentes aos seminários, amaioria deles médicos a serviço de empresas privadas e estatais,originários de diversos estados brasileiros e do interior de SãoPaulo. Uma empresa, com um caso constatado, resolveu mantero empregado trabalhando normalmente, a exemplo do querecomenda a legislação norte-americana, uma das mais avança-das do mundo no setor.

Foi um caos — contou o executivo da empresa —porque todos os demais funcionários fugiam da simples presen-ça desse aidético. Não bebiam água no bebedouro comum emuitos se recusavam a usar o mesmo banheiro.

Embora considere atitude humanitária da empresa, amédica Valéria Petri, dermatologista chefe da Escola Paulistade Medicina, entende que ela errou ao tornar o caso público —que apenas provocou mais pânico entre os funcionários.

Sandro Vidotto, da Gerência de Programas da MCB, dizque o próximo seminário da empresa, sobre drogas e Aids, serárealizado no Rio de Janeiro, dias 29 e 30 deste mês. Nele, novasinformações sobre a doença será divulgadas, bem como oavanço das empresas em termos de prevenção da moléstia e doencaminhamento de aidéticos para tratamento.

O simples avanço rápido da Aids garante a existênciade programas cada vez mais adiantados nas empresas — observao superintendente do Hospital das Clínicas, Vicente AmatoNeto, que no entanto adverte que "ainda há muito que fazer",pois a maior parte, dos empresários encara a Aids como umadoença comum. "E preciso antes de mais nada um profundotrabalho de educação sobre o que é a Aids, como evitá-la ecomo conviver com os doentes", recomenda. (MAA)

Marco Antonio Antunes

tema e distribuir as fitas entre empresas, entidades e associaçõesinteressadas. Amato só teme que o crescimento das solicitaçõesintroduza no meio médico o hábito de cobrar para falar sobreesse tema, eminentemente social. "Sabemos que já há gentecobrando, o que não é nada bom", lamenta.

O próprio Amato elogia os trabalhos preventivos que vêmsendo realizados contra a Aids em empresas como a Dupont,Bayer e 3M, todas multinacionais. A 3M, por exemplo, além defolhetos explicando como evitar o mal, gravou uma palestra doespecialista sobre o assunto para exibi-la aos seus empregadosdc todos os níveis.

COPA fc*

COZINHA

Fogão Continental 2001Del ReyTampa de cristal. 4 queimadores.Acendimento no forno.Termo control, mesa inox, luz noforno. 3 anos de garantia.À vista: 5.490,ou (1 + 6) = 7x1.412,Total: 9.ÕS4.

Continentalm—r 2001Cozinha de primeira classe.

WfM

Multi Corte AmoCorta, rala e espreme frutas.Jarra de plástico fumé.Capacidade para 1,5 litros.Oferta: 1.35

Líder por confiança

Liqüidificador Amo LSA3 velocidades. Copo plásticofumê. Capacidade p/2 litros.Oferta: 75

A«NO

BLACK&

DECKER©•uauK

IWl,

JORNAL DO BRASILAspirador Black & Decker1.000 watts. Maior poder desucção. Vários acessórios.À vista: 3»90ou (1 + 6) = 7x1.OOTotal: 7.02

Cidade

mxxtA

Espremedor Walita SincronJarra transparente com alça.Leve e compacto.Oferta: 87Í

16 ? 1° caderno o domingo, 14/6/87 NãCÍOna.1 JORNAL DO BRASIL

Empresas têm reações contraditórias quanto

à Aids

rMl

m

o

n

D

0

ID

D

D

BO

JORNAL DO BRASIL Ciência domingo, 14/6/87 ? Io caderno ? 17

Brasil acompanha a revolução dos novos materiais

Jorge Luiz Ccilife

0 desenvolvimento recente de materiais cerâmicos super-condutores (Capazes de conduzir a eletricidade sem perderenergia por aquecimento) chamou a atenção do mundo para aproximidade de uma revolução tecnológica baseada na desço-berta de novos materiais. Uma mudança que pode ser taoimportante quanto a transição da tração animal para a máquinaa vapor, no final do século 18 e, desta, para a energia dopetróleo e seus derivados, no início do século 20.

O Brasil está muito situado para acompanhar essa novacorrida tecnológica. Temos pesquisadores trabalhando na área ereservas importantes de matérias-primas, como o quartzo e oníobio, essenciais para a criação de alguns dos novos materiais.Além disso, o mercado brasileiro para tecnologias de ponta éconsiderado internacionalmente muito importante, ocupando o5" lugar, acima até da Inglaterra e da França.

Na área das cerâmicas supercondutoras (uma inovaçãotecnológica que surpreendeu até os cientistas), bastou o anúnciode sua descoberta no exterior para que vários centros de.pesquisa brasileiros produzissem equivalentes nacionais emquestão de meses. Mas os novos materiais incluem também açosespeciais, ligas metálicas que, amassadas, voltam à formaoriginal e plásticos capazes de substituir o aço. Para coordenar odesenvolvimento das pesquisas neste setor, o Ministério daCiência e Tecnologia acaba de criar uma secretaria especial denovos materiais. A partir de um relatório concluído no mêspassado por uma comissão de técnicos e cientistas, o Governovai montar um programa para os novos materiais que, naspróximas décadas, farão parte do nosso dia-a-dia.

Verbas — Segundo Heitor Luz Neto, membro dacomissão e pesquisador do Núcleo de Pesquisa de NovosMateriais, do Instituto Nacional de Tecnologia, o objetivo doprograma é determinar as necessidades da indústria e promovera pesquisa, desenvolvimento e produção no Brasil de equivalen-tes dos novos materiais produzidos no exterior, de modo aevitar a exportação de matérias-primas que, mais tarde, têm queser importadas sob a forma desses novos materiais.

A verba destinada pelo Governo para essa área depesquisa este ano é de CZ$ 900 milhões, isto só para começar oesforço exigido por uma área nova e muito vasta. A indústrianacional, principalmente a indústria aeronáutica, já usa algunsdos novos materiais, como cerâmicas e fibras de carbono, naconfecção de pisos de aeronaves e tubeiras de escapamento demotores de foguetes (os cones traseiros, por.onde saem os gasesincandescentes do foguete), para as quais é necessário obteçmateriais leves e altamente resistentes. Empresas como aEmbraer têm um setor de produção moderno e sofisticado, masa decisão quanto ao material a ser fabricado ainda depende doque está sendo usado por firmas americanas, como a Boeing oua Lockheed. Segundo o relatório da Comissão de NovosMateriais do Ministério da Ciência e Tecnologia, é preciso queas empresas brasileiras criem concorrentes para os novosmateriais que começam a ser usados no exterior, de modo que oBrasil não termine na condição de importador de materiaismanufaturados com as matérias-primas que ele mesmo exporta.

Quartzo — É o caso, por exemplo, do quartzo,elemento usado na produção das fibras óticas usadas emmodernos sistemas de comunicação via raios laser. O Brasildetém 95% das reservas mundiais de quartzo de alta qualidade,mas, embora fabrique as próprias fibras óticas, não possui atecnologia nem produz quartzo fundido, importando todos osseus derivados, como os tubos para fibras óticas, os vidrosóticos, as ampolas c cadinhos.

Um dos campos que prometem maiores novidades na áreade novos materiais são os polímeros, plásticos avançados quevão permitir economia de energia e de recursos naturais. Estesplásticos incluem membranas separadoras, que podem serusadas para purificar a água, controlar a poluição do ar e, namedicina, em máquinas para diálise e nos biomateriais usadospara a substituição de artérias e válvulas cardíacas.

Segundo o Núcleo de Pesquisa de Novos Materiais, umincentivo imediato à pesquisa nestas áreas permitirá ao Brasilantecipar os produtos que vão ser lançados num futuro próxi-mo, podendo produzir as inovações tecnológicas tão logo elasentrem em demanda no mercado internacional.

O trabalho em casa,

com microcomputadorA mudança na base tecnológica de uma sociedade sempre

se caracterizou pelo emprego de novos materiais. Quando ahumanidade saiu da era da tração animal para era da máquina avapor, passou a usar muito ferro. O clássico cenário darevolução industrial, na Inglaterra vitoriana do século passado,era uma paisagem povoada por imensas estruturas metálicascomo pontes e viadutos, trens de ferro, navios de ferro,máquinas de ferro. A Torre Eiffel com seus 320 metros de vigasmetálicas trabalhadas constitui um símbolo desta época, a erado ferro e da máquina a vapor.

Quando a máquina a vapor foi substituída pelos motoresde combustão interna — a gasolina e óleo diesel — o mundoentrou na era do plástico, esse subproduto do mesmo petróleoque movimenta o mundo de hoje. Meias de nylon, roupas delycra, recipiente e vasilhames de poliestireno, trajes de neopre-ne constituem apenas alguns exemplos da infinidade de produ-tos que povoam o dia-a-dia do homenm da civilização doplástico e do motor a gasolina.

Esperava-se uma mudança semelhante com o uso daenergia nuclear, mas esta revelou-se perigosa e cara demais. Omundo dos automóveis atômicos, aviões e navios nucleares comque sonhava o homem dos anos 50 não saiu das páginas dasrevistas ilustradas. A nova era tecnológica está sendo moldadapor uma revolução, não nas fontes de energia, que carecterizoua era do vapor e do petróleo, e sim na transmissão e processa-mento de dados pela informática, que vai poupar energia emateriais. i

Com os supercondutores cerâmicos, já se visualiza ummundo de trens magnéticos, flutuando acima dos trilhos, e deenergia elétrica barata transmitida sem perdas desde as usinasgeradoras. Um mundo onde o homem do futuro trabalhará emcasa, em contato direto com o escritório através de uma rede demicrocomputadores e videofone. Numa casa capaz de tomarformas diferentes enquanto extrai energia do sol através defotocélulas feitas de substâncias que ainda há pouco eram merascuriosidades de laboratório. (JLC)

Antenas de satélites

terão efeito memóriaQuando se fala em novos materiais, pensa-se apenas em

novos plásticos e cerâmicas capazes de substituir os metais.Entretanto, um dos ramos mais promissores nesta área depesquisa é o desenvolvimento de metais, como aços, com aestrutura atômica modificada, o que lhes dá propriedadesinéditas.

Normalmente os metais têm seus átomos dispostos emforma cristalina, com cada átomo ocupando um lugar definidonuma rede de forma geométrica precisa. É isso que dá aspropriedades de dureza, maleabilidade e condutividade elétricade um aço, por exemplo. Derretendo e resfriando-se este açoem alta velocidade, é possível, porém, criar um novo tipo dematerial com alta resistência à corrosão, por exemplo, ou maiormaleabilidade. Este processo pode ser usado para revestir aslâminas de uma turbina de avião a jato com uma camada dematerial de alta resistência à corrosão e altas temperaturas,criado a partir do próprio metal que forma a lâmina da turbina.

Outra novidade neste setor são as ligas metálicas comefeito de memória de forma. Trata-se de ligas metálicas cujoscristais podem assumir novas formas capazes de lembrar aforma original. Se uma peça feita com esse metal foi dobrada àtemperatura ambiente e, mais tarde, aquecida, ele voltaráautomaticamente à forma original. Uma aplicação que começa aser testada é na construção de antenas para satélites decomunicações. Essas enormes antenas parabólicas precisamviajar ao espaço dobradas e empacotadas dentro da ogiva dosfoguetes. Uma antena dessas, construída com liga de efeitomemória, se desdobraria automaticamente no espaço ao seraquecida pela luz do sol, sem precisar da ajuda de motores ouengrenagens sujeitas a defeitos para ser aberta e instalada.Sistemas de controle de temperatura e de prevenção contraincêndio também poderiam ser fabricados com placas de liga deefeito memória, substituindo os reles bimetálicos atuais (JLC).

Instituto de Medicina Social renasce das cinzas

Berço do movimento

sanitarista retoma

prestígio perdido

Edmilson Silva

Depois de quatro anos de decadência,

motivada pela crise geral em que mergu-lhou a universidade brasileira e a crise particu-lar da Universidade do Estado do Rio deJaneiro (Uerj) no governo passado, o Institutode Medicina Social (IMS), berço dos principaislíderes do movimento sanitarista, reabre suasportas terça-feira revigorado por uma injeçãode mais de CZ$ 20 milhões.

O dinheiro que vai propiciar o ressurgi-mento do outrora reputado IMS veio doInamps, presidido por um ex-aluno e profes-sor do Instituto, Hésio Cordeiro, e da Finep,que tem entre seus diretores outro ex-aluno eprofessor, Reinaldo Nery Guimarães.

Se a presença de egressos do IMS empostos-chave da administração agora facilita a

reativação do Instituto, foi, por paradoxal quepareça, a saída desses profissionais um dosfatores que contribuiu para o enfraquecimentodo IMS. De lá saíram, no começo dos anos 80,além de Hésio c Reinaldo. os médicos LuizFelipe Moreira Lima e Suely Rozenfeld, quetiveram destacada atuação na Secretaria Na-cional de Vigilância Sanitária, do Ministério,da Saúde, até serem demitidos pelo ministroRoberto Santos. Também o presidente daFiocruz e secretário estadual de Saúde, SérgioArouca, foi professor do IMS. No total, oInstituto perdeu oito de seus melhores profis-sionais, levados para cargos cm órgãos daadministração federal.

Além de perder seus mais preparadosquadros, o IMS ficou impossibilitado de subs-tituí-los, vítima de uma renitente crise salarial."A Uerj era a universidade que pior pagava",conta Renato Veras, mestre em medicinasocial e integrante do colegiado que dirige oInstituto. Agora, a crise salarial.da Uerj aca-bou, frisa Veras.

Idealizado èm 1967 por Américo PiquetCarneiro, Hésio Cordeiro, Lina Pereira Nunese Moysés Szklo, o IMS caracterizou-se por

desenvolver uma linha de trabalho contempla-va pesquisas sobre a prática médica oficial ealternativa, abrangendo desde a epidemiologiaaté o ponto de vista do consumidor dosserviços de saúde. Desde 1974, por lá passa-ram 100 alunos de pós-graduação, que produ-ziram 55 teses de mestrado com temas semprevoltados para a humanização e socialização daprática médica.

Mas, a partir de 1982, começou a decadên-cia. "Nossa situação

"ficou catastrófica", resu-me a antropóloga Maria Andréa Loyola, tam-bém integrante do colegiado que dirige o IMS."Não havia cadeiras, os livros dos professorese pesquisadores ficavam no chão e até assalta-dos fomos. Nos meses de inverno, tínhamosque procurar as salas mais iluminadas pela luzdo dia, porque, das 80 salas do conjunto, sóduas tinham lâmpadas".

Pioneirismo — O IMS renascjdo vairetomar suas linhas mestras de ação. Umadelas é a que o diretor João Regazzi chama dedesospitalização do ensino médico: a formaçãode profissionais de medicina que privilegiem o

atendimento dos pacientes eth ambulatório,abrindo mão das onerosas e freqüentementedesnecessárias internações.

Outra abordagem pioneira que será reto-mada é a interdisciplinaridade no tratamentodas questões de saúde. O IMS vai aceitar, nosmestrados de saúde coletiva geógrafos, soció-logos, antropólogos e economistas, entre ou-tros.

Para aplicação imediata, já há 12 projetosengatilhados. Um deles vai pôr em práticauma pesquisa que, segundo Andréa Loyola, épioneira: a epidemiologia da terceira idade(velhice), em que a ênfase será dirigida para oatendimento ambulatorial das pessoas de bai-xa renda, usando uma abordagem psicanalíti-ca. O projeto, de autoria de Renato Veras,está pronto e foi financiado pela Finep. Outrapesquisa analisará os mecanismos da constru-ção social da doença (isto é, a maneira como ascondições sócio-econômicas e culturais in-fluem no comportamento biológico das pes-soas). E, na terça-feira, durante a cerimôniade reinauguração do Instituto, será lançada apublicação Cadernos do IMS, que em seuprimeiro número edita quatro estudos.

^ ¦ mm n i^mn

TUDD o que tem de bomsor~"

|

^

automatico

^

Radio Gravador CCE-CR 500 Possui 3 faixas de onda, PM/SW/MW.Controle de nivel para ajuste |automatico de grava<;ao. 7V Telefunken 170 -T =^ 110/220 Volts. Microfone embutido. Branco e preto. 17". Antena s

I 1 : . 9 QQ/1 telescopica interna. |I I A VISta: 110/127/220 Volts.

ou(i+6)= 7*769, . s(a 7.490, ITotal: 5.383f OU(t + 6)= 7x1.927,

Total: 13.489, o

^ SANYO

j||^^ ^

3 --

o v » 7nnnrrF

^ ^

Micro System S^300080 Watts de pottneia. CoMrole de System Sanyo GXT 150 Com equalizador grafico. Sintonizador

^^l^lSVd-POSSUi 720/220 ** SZ^rTontai.

ft**

Avista: 8.990f Avista: ^^.390, Avista: • '

ou (1 + 6)= 7x2.313, ou(l +6)= 7x3.445, ou(l + 6)=

Total: 16.191, Total: 24.115, Total: 13.125,

dii)

CENTRO • BANGU • B0NSUCESS0 • CAMPO GRANDE • CATETE • COPACABANA • CORDOVIL • ILHA DO GOVERNADOR • MADUREIRA • MÉIER • PENHA

ALCÂNTARA • DUQUE DE CAXIAS • NILÓP0LIS • NITERÓI • NOVA IGUAÇU • PETRÓP0LIS • SÃ0G0NÇAL0 • S.JOÃO DE MERITI • TERK0P0US

oCJ BOIrja

AbstencaO e O maior medo dos "Show" de Kinnock naotrouxe vitoria

Slip I >' 111 publicidadc dos trabalhistas? Nada de~\ / * 1 * *-E-

1 idSSGlOS aO 3.1 * jKg |ll|$' muito especial: programas tccnicamen-

politicos na eleicao itaiiana ime ao som de M

Brs/j/lis fslhsrsm JSSSsm JJWIRJ desimplesmentepeloconteudo. Assim,—— representar o canto do cisne de sua linha Mas o maior risco para os socialistas f. f uma gaivota voando ao som de Brahms

Araujo NetO politics, de aspcra e intransigente resis- de Craxi d o de uma recuperagao da ; .1.^enquanto Kinnock passcava pela praiaCorrespondents tencia hs pressoes e ambigoes do Partido Democracia Crista, que seria interpreta- Sergio Rodrigues Wr com sua mulher substituiam centcnas

Socialista de Bettino Craxi, o parceiro da como uma vitdria pessoal de scu maior Correspondents de palavras sobre como o partido tor-ROMA — O fantasma que assusta _ue ven(je majs caro seu apoio decisivo a inimigo: o secretario Ciriaco de Mita. —— |iu| nou-se mais humano e razoavel desde

lideres e partidos politicos italianos nas qualquer coalizao dc governo que preten- Nessa hip6tese, Craxi deveria automati- T ondres — O barulho que se fez em L&X. IjJHI sua furiosa e dcsastrada campanha deeleiqoes de um novo Parlamento, hoje e ^ se formar na Italia, que vive em camente renunciar & prctensao de voltar AJI torno da campanha publicitaria do f />¦

' Bras"'' ser'a um fracasso-amanha, e o da abstengao. Todas as regime de democracia bloqueada. a chefia de um pr6ximo governo italiano. Partido Trabalhista, principalmente ff"'Aqui deu certo.sondagens revelaram que atd semana pas- Uma democracia em que nenhum Saberia — a partir de amanha & noite, campanha televisiva, ajudou a tornar Em seu ultimo programa dc TVsada somente 70% dos quase 47 milhoes Dartjdo maioritario nunca teve forgas quando serao apurados os votos — que mais surpreendentc ate para o Partido antes da clciqao, tcrqa-fcira, os conscr-de eleitores ja tinham tornado a decisao suficientes oara eovernar sozinho. Sem- eleitorado e a mSquina da Democracia Conservador a maioria de 102 wdciras ® vadores fizeram um comovente esforqode volar por um dos 14 partidos ou por nre nrecisou reoartir o noder com varios Crista teriam se alinhado e apoiado no Parlamento que Margaret Thatcher ¦aBljyy^ %..j, k '' W Sgk. para pontuar a fala de Margaret That-

j i j JL pre precisou reparur o poutr cum »aiiua earantiu para cumpnr confortavelmcn- chercom tnlhassonoras—stntomatica-uma das 10 legendas regionais que plei- s6cios, pequenos mas muito cxigentes. Iinha de intransigencia de de Mita contra te seu hist6rico terceiro mandato. Te- BKhNI/fe/ > K < Wm mente, porem, o enlevo de Brahms foiteiam representaqao na futura (e ) Risco semelhante corre o Partido as exigencias o mia-se que os programas dirigidos pelo J f/ ?7"i\ mSMm substitufdo pcla grandiloqiicncia de

Icgislatura parlamentar. Socialista liderado por Bettino Craxi. Nas para 0s comunistas, segunda forqa, as virtuoso Hugh Hudson — de Carrua- J J acordes marciais.Numa Italia com a tradiqao de ser o sondagens, o PSI aparece como o unico indicates das sondagens tambem nao gens de fogo — inaugurassem uma era £g|IN° que diz respcito aos 42,4% da

pais recordista de indices de compared- dos tradicionais — e considerados gran- sao animadoras: antccipam uma nova— de personalismo e predominancia da Thatcher" vitoriosa populaqao que votaram Toric, a primci-mento e participagao nas muitas eleiqoes ,jes — que (jeve crescer, modestamente, ainda que discreta — perda do PCI, de publicidade sobre a politica, como nos ' ra-ministra parece estar certa quandoque viveu desde a queda do fascismo, em de um a dois pontos, o que lhe permitiria um ou dois pontos. EUA. O Partido Trabalhista pareciater apoio que existe principalmente nos fala na importancia de sua politica eco-1943, a perspectiva dc uma abstenqao da passar dos atuais 114% aos 12% 0u 0 maior receio dos comunistas 6 tam- descoberto a polvora, levando os con- raivosos tabloides sensacionalistas, mas n6mica: habjtantes do centro-sul doordem de 30% nao sena s6 assustadora. 13%. Umresultado que ainda nao corres- b6 , perspectiva de uma erande servadores a tambem arnscar seus pas- e ele nao havia sequer citado durante Pal's- operdnos quahficados e classeNenhum lider politico podena deixar de ponderia aos projetos ambiciosos de Cra- lhstencio Durante a camDanha vSrios sos em programas de TV mais elabora- a campanha. media formaram um bloco solido desde

itEirX-SntI *1 sr.£S3 H

m - . «.»

&2£Z.**m'" "E",i2a' 0 p,,,id0 Com""is,a'

' SJ^STTpSr^ SSfr^rfiS? sraccx tsxssz

Atd o ultimo dia da campanha elcito- Arauiv0 _ 1/8/86 "ma de entusiasmo e de convicSao. deu a chance de ironizar: se a campa. Peter Mendclson diretor de comunica- Qucm paga mcnos impostos, viu seusexta-feira oassada — cssaprevisao smss-* - Muitos desses eleitores chegaram ao ma- nha trabalhista tinha sido assim tao qao do Partido Trabalhista e principal salario engordar em termos reais nos

Hp uma fnrtp ih-itpnrAn mrecia ser a s ximo da franqueza, dizendo a seus lide- boa, entao sua plataforma devia ser articulador da campanha, disse estar ultimos anos e esta comprando sua casailnira nowfvel e cabi'vel A observacao |§1'> (<-,-»< ' res: "Posso ate votar por amor e fidelida- realmente ridicula para justificar uma orguihoso do trabalho feito, "0 melhor a juros baixos nao quis se expor aos

• f • nm <- nnacp imnnime Pra de ao partido, mas nao pelo que voces derrota dessa proporgao. Kinnock, ten- em decadas . O motivo da derrota, nscos de um governo de tendenciesmais rcquc l q Hk fizeram. Voces nos abandonaram." tando explicar o fracasso, culpou segundo ele, foi simples: "Saimos de socialistas. A mensagem dos trabalhis-a de que 3S eieisoes ae noje e amanna #, sl|| Temerosos se confessam ainda todos "ilusao de prosperidade" criada pelos um patamar muito baixo e so consegui- tas foi passada com muita competencia,farao historia como as mais impopu ares HbL • IK os Ifderes dos partidos menores das diver- coriservadores, e, talvez habituado dc- mos subir metade da ladeira. Na proxi- mas Thatcher parece ter conseguidodeste pais. Por isso mesmo as mais impre- ' <Jp sas coalizoes de governos liderados pela mais a pensar em termos de comunica- ma eleigao, nao tenho nenhuma duvida criar uma boa multidao dc satisfeitos.r.imri^irnTnrdnsmaLTudM^se 11^^ Jit Democracia Crista ou pelos socialistas. gao de massa, o apoio da maioria dos de nossa vitoria. Nenhuma ediqao de imagens pode mu-

ou muito lentamente suas escolhas e Hi ,cmem 1ue as abstenqoes e os votos em j ¦'J*preferencias politicas. jsM branco reduzam ainda mais seus peque- 1 llCltClier* UTYl lUld ClG CMflOV 6 OCllO

O mt'do de umii forte abstencao e ^ I nos patrini6nios de votos. .... .maior entrc os partidos maiores A De- A grande e possivelmente decisiva LONDRES — Personalidades for- uma professora de dicqao. Em entrevis- cedendo-lhc scu tcrceiro mandato con-mncncia Crista oartido de maioria rela- W , k. M incognita e constitufda pelos 2 milhoes de tes demais costumam despertar amor tas com a imprensa. o estilo costuma sccutivo. Dificil de entender? Nem tan-tiva e de noder

'ha 4^ anos se reconhece SfBHl eleitores que, hoje e amanha, estarao ddio, mas este nao e o caso de Margaret funcionar muito hem: intcligente, e t0. Margaret Thatcher acredita ter uma

¦ %nf Mm tth&zxzzatuais parecem estar jogando a prdpna W SH eles 0 ficl da balanqa Deles esperam M ue ap6str6scoposdecervcjai eSpccie de cscudo. Respondendo a per- dade de sociahsmo no pais. A base desobrevivencia politica: se nao consegui- muito as chapas verdes, que pela prime comece

a deseiar boa sorte ao IRA da guntas de eleitores comuns na TV, muita energia, ela trabalha quasc querem recuperar pelo mcnos dois dos seis ra vez concorrem a uma eleiqao nacional, pr6xima vez —, mas em vez de amor semana passada, cla nao se saiu tao fanaticamcnte, mais que qualquer umpontos perdidos nas eleiqoes de 1983, JM HfjflH como defensores independentes, hetero- seria mais correto falar em respcito, hem. "Posso dizer uma coisa?", pediu, de seus ministros para cumpn-la. Oual-devcm passar o comando do partido a . * M||M|| geneos e apaixonados dos ecologistas lealdade e temor. num mcio de fogo cruzado de acusa- quer obstaculo em seu caminho seraoutros. Particularmente para 0 secretario EBHH mmMi iWMMW ambientalistas de diversas tendencias , goes. "Nao", foi a resposta em coro. simplesmente removido, como aconte-Ciriaco de Mita, estas eleigoes podem Craxi: apoio caro ideoldgicas. A ll8jura c a voz de "ultcrK;r na0 Mas cra certamente um coro de ceu com a Argentina e 0 sindicato dos

sao agradaveis. Ela tem sempre uma ^djo Do ou(ro jado cstao os majs de 13 mineiros de carvao. Nao e dificil imagi-expressao dura e combativa, mesmo milhoes de eleitores que garantiram a nar como ela devolve a um pais ha

..gtm-.v quando ri, e seu ingles e pesado, as cssa mulher dc 61 anos um lugar entre muito decadente seus sonhos de gran-,

~W^l|j|ll sflabas pronunciadas com 0 rigor de os fenomcnos politicos do seculo, con- deza. (S.R.).

£W Mmk wl ¦" v S

(k i . 1 J&k fe' »

v

^s^Ua Passa,d°,

^

^jjj^

Na Sears voce encontra H' exflt,llll(1I.0<1 1873 • 1932 nao deixa mentir. Ou sera que as placasqualidade e a maior n Ml nagZ™SL SSTS i .....variedade de artigos. Conta HB B| outras placas que indicam eventos .m^r- V 6 Villa LoL°(duas placas), mas pra'tica-com pessoal especializado RH .. MM SSoT<LT, visto" iebprimeira mente nao hdmusicoimportante que nao

para instalar seu aparelho e M,; | vezsem i895 no .4 ** J '

^ ^com uma Assistencia ' ( |HE|| I ip^ ^oemmuno n° 56 da Rue Jamb, onde dramatizam, rnorreu naPlace Vcndome.

Tecnica conhecida pela sua ; ? \ LJBBF/ OS representantes do rei da Inglaterra^e Santos Dumont morou aqui Ma«dhque wpwwA.n^nii inliHnHo A —~ Benjamin Franklin assinaram 0 tratado . f. .

competencia Alem de um '

\ '' de iz da Guerra

J Independencia ame- i^ro^uktador nLTr°pa^T^I

enCOntra na Sears: . 9utws a'ncia sao surpreendentes: no - Os nomes sucedem-se nas placas.^ ,W"M« ¦v» alt0 de Montmartrei uma pequena placaeCOnOmiCO e etlCienie Freezer Brastemp 230 I. lembra que no dia 30 de margo de 1814 os So mortos — Politicos e revolu-Oontroto de Manutencao Porta revers(vel cossacos langaram pela primcira vez um ' cionarios como Lenine e Ho Chi Min

--mwOa • MArfAilA nnrnuoitAs/cl nrnHos grito: bistro, pedindo ao cozinheiro de (que andou pelo Rio como cozinheiro,que garante O perfeito P '•

I um restaurante onde se reuniam que se mas no ^'° nao P'acas ou sao raras).funcionamento de seus basculantes, isolamento apressassc com a comida. Bistro em russo Exilaram-se, viveram, estudaram oualalmHAmaetirAe C nirirl« termico total 110 V. quer dizer depressa, e todos os bistrots de conspiraram em Paris. Para ser homena-

ij l ," n 4A 7IWi nn Paris nasceram ali. Ha placas que mistu- n ^ geado e preciso, antes de mais nada. estarganha OUtra exclusividade: 10.7UU,UU Por ram fatos c eventos, como a do acronauta gfepjffiW ^ morto, ser de notoriedade reconhecida esatisfacao aarantida OU seu AO 70ft brasileiro AugustoSevero, mAvMaine. ter passado por ou vivido em Paris. A

j " l^./yU. proximo it Montparnasse. No dia 12 de pnmeira e a terceira condigocs sao ca-

ainnelro ae VOIta. maio de 1902 caiu com o seu dirigtvel Pax 15® t'JXSiSSbais. O segundo criterio e mais discutlvel.e morreu. A placa estii la no local do '% sMOs franceses praticamcnte nao tem idcia

As condi^oes dosta promo^do relornarflo ao pre^o mdximo de vendo oo consumidor (PMVC) Plcio Shaping desastre. ^1 •: de quem tenha sido D. PedrO II, por?pos o porfodo do suo voiidodo, conforme poriario is do sunab. Os descomos continuom Botatogo Mais sorte teve Santos Dumont (tido . !j8e2li§ji8 <i'i'm;XyaSS.v' | <3A exemplo, enquanto muitos homenagea-v6iid0s at6 18/06/87, ou antes, se nosso estoque se esgotor. C An »»n por muitos como um simbolo do azar). M§ .U-vC . ^ dos franceses sao dificeis.de; reconhecer

Satisfacao garantida OU seu etihheiro ele volta OCdiS) s6 vcr na Av Champs Elystes em frente f* "* atd mesmo para osrP^sien^sa^^

mm nest'^inulvcl'diantc do qual"?^ 1903"ez TfoYnwiagem a Moliere conLnos .i moral e aos bons costumes.

* ' v1

o maior medo dos

íleicão italianaicos na

Mas o maior risco para os socialistasde Craxi é o de uma recuperação daDemocracia Cristã, que seria interpreta-da como uma vitória pessoal de seu maiorinimigo: o secretário Ciriaco de Mita.Nessa hipótese, Craxi deveria automati-camente renunciar à pretensão de voltarà chefia de um próximo governo italiano.Saberia — a partir de amanhã à noite,quando serão apurados os votos — que oeleitorado e a máquina da DemocraciaCristã teriam se alinhado e apoiado alinha de intransigência de de Mita contraas exigências do PSI.

Para os comunistas, segunda forga, asindicações das sondagens também nãosão animadoras: antecipam uma nova —ainda que discreta — perda do PCI, deum ou dois pontos.

o maior receio dos comunistas é tam-bém pela perspectiva de uma grandeabstenção. Durante a campanha, váriosdos líderes de maior expressão descobri-ram que — mesmo entre os mais tradicio-nais e fiéis eleitores do PCI — se registrauma perda de entusiasmo e de convicção.Muitos desses eleitores chegaram ao má-ximo da franqueza, dizendo a seus lide-res: "Posso até votar por amor e fidelida-de ao partido, mas não pelo que vocêsfizeram. Vocês nos abandonaram."

Temerosos se confessam ainda todosos lfderes dos partidos menores das diver-sas coalizões de governos liderados pelaDemocracia Cristã ou pelos socialistas.Republicanos, social-democratas, liberaistemem que as abstenções e os votos embranco reduzam ainda mais seus peque-nos patrimônios de votos.

A grande e possivelmente decisivaincógnita é constituída pelos 2 milhões deeleitores que, hoje e amanhã, estarãovotando pela primeira vez. Podem sereles o fiel da balança. Deles esperammuito as chapas verdes," que pela primei-ra vez concorrem a uma eleição nacional,como defensores independentes, hetero-gêneos e apaixonados dos ecologistas eambientalistas de diversas tendênciasideológicas.

representar o canto do cisne de sua linhapolítica, de áspera e intransigente resis-tência às pressões e ambições do PartidoSocialista de Bettino Craxi, o parceiroque vende mais caro seu apoio decisivo aqualquer coalizão de governo que preten-da se formar na Itália, que vive emregime de democracia bloqueada.

Uma democracia em que nenhumpartido majoritário nunca teve forçassuficientes para governar sozinho. Sem-pre precisou repartir o poder com váriossócios, pequenos mas muito exigentes.

Risco semelhante corre o PartidoSocialista liderado por Bettino Craxi. Nassondagens, o PSI aparece como o únicodos tradicionais — e considerados gran-des — que deve crescer, modestamente,de um a dois pontos, o que lhe permitiriapassar dos atuais 11,4% aos 12% ou13%. Um resultado que ainda não corres-ponderia aos projetos ambiciosos de Cra-xi, de passar da condição de terceiropartido para a de segundo, desbancandoo Partido Comunista.

Araújo NetoCorrespondente Sérgio Rodrigues

CorrespondenteROMA — O fantasma que assusta

líderes e partidos políticos italianos naseleições de um novo Parlamento, hoje eamanhã, é o da abstenção. Todas assondagens revelaram que até semana pas-sada somente 70% dos quase 47 milhõesde eleitores já tinham tomado a decisãode votar por um dos 14 partidos ou poruma das 10 legendas regionais que piei-teiam representação na futura (e décima)legislatura parlamentar.

Numa Itália com a tradição de ser opaís recordista de índices de compareci-mento e participação nas muitas eleiçõesque viveu desde a queda do fascismo, em1943, a perspectiva de uma abstenção daordem de 30% não seria só assustadora.Nenhum líder político poderia deixar deinterpretá-la como demonstração de té-dio, desinteresse e perda de confiança dopovo na classe dirigente e nas organiza-ções partidárias.

Até o último dia da campanha eleito-ral — sexta-feira passada — essa previsãode uma forte abstenção parecia ser aúnica possível e cabível. A observaçãomais freqüente — e quase unânime — eraa de que as eleições de hoje e amanhãfarão história como as mais impopularesdeste país. Por isso mesmo as mais impre-visíveis — mesmo para quem sabe que oeleitor italiano é um dos mais prudentes econservadores do mundo. Muda poucoou muito lentamente suas escolhas epreferências políticas.

O medo de uma forte abstenção, émaior entre os partidos maiores. A De-mocracia Cristã, partido de maioria rela-tiva e de poder há 42 anos, se reconhececomo a que mais arrisca. Seus líderesatuais parecem estar jogando a própriasobrevivência política: se não consegui-rem recuperar pelo menos dois dos seispontos perdidos nas eleições de 1983,devem passar o comando do partido aoutros. Particularmente para o secretárioCiriaco de Mita, estas eleições podem

TP ondres — O barulho que se fez emJjl torno da campanha publicitária doPartido Trabalhista, principalmente acampanha televisiva, ajudou a tornarmais surpreendente até para o PartidoConservador a maioria de 102 cadeirasno Parlamento que Margaret Thatchergarantiu para cumprir confortavelmen-te seu histórico terceiro mandato. Te-mia-se que os programas dirigidos pelovirtuoso Hugh Hudson — de Carrua-gens de fogo — inaugurassem uma erade personalismo e predominância dapublicidade sobre a política, como nosEUA. O Partido Trabalhista parecia terdescoberto a pólvora, levando os con-servadores a também arriscar seus pas-sos em programas de TV mais elabora-dos, no fim da campanha. No entanto,Neií Kinnock perdeu a eleição.

O irônico Norman Tebbit, presi-dente do Partido Conservador, não per-deu a chance de ironizar: se a campa-nha trabalhista tinha sido assim tãoboa, então sua plataforma devia serrealmente ridícula para justificar umaderrota dessa proporção. Kinnock, ten-tando explicar o fracasso, culpou a"ilusão de prosperidade" criada pelosconservadores, e, talvez habituado de-mais a pensar em termos de comunica-ção de massa, o apoio da maioria dosjornais a Margaret Thatcher — um

Thatcher: vitoriosa

Arquivo — 1 /8/86

Craxi: apoio caro

Placas de rua guardam passado de Paris

moradores ilustres ' ~

de todo o mundo wiiIImIIHIMII

Fritz UtzeriCorrespondente

Paris — Antes de criar a psicanálise

Sigmund Freud morou em Paris,durante três anos, entre 1883 e 1886, ejustamente onde fica o hotel do Brasil.Talvez aí esteja a explicação de tudo.Quem sabe? Hoje quem andar pelas ruas.de Paris e tiver o trabalho de levantar opescoço de vez em quando poderá desço-brir uma boa parte da história do mundo(o Brasil incluído) escrita geralmente empequenas placas de mármore de 30 por40, em letras douradas, onde são home-nageadas nada menos que 1 mil 371personalidades célebres: de heróis daresistência até cantoras de cabaré. ^Vale a pena passear e ler. '/C.Z.

Quem não se lembra de //Edith Piaf? Seu nascimento, a /19 de dezembro de 1915, na jescada de uma casa miserável 1 "ÍTiocdo 20° arrondissement, o j ;bairro mais pobre de Paris, \§f||g

"vàs).está registrado numa placa. V'Longe dali, no aristocrático 16° VVarrondissement a outra inscrição, \\Jtmno 67 de Boulevard Lannes: "Estacasa abrigou a grande cantora e foiseu último domicílio." Da vida à morte,da pobreza à fama sem livrar-se da tragé-dia. O resumo de uma vida em duasplacas, como tantas pelas ruas de Paris.

Às vezes é possível encontrar grava-do na pedra o nome de um obscuroresistente morto pelos alemães nos diasda libertação da cidade, aos pés do qualalgum transeunte anônimo depositou umpunhado de flores. Mas, no número 17 daRue des Arcades, no hotel Bedford, épossível ver uma grande placa de bronzeonde aprendemos que ali morreu D.Pedro II, "grande patriota, protetor dasciências e das artes e amigo de seu povo",amizade que não o impediu de morrer noexílio.

Mulheres — De 1 mil 371 home-nageados apenas 94 são mulheres. Háoutras placas que indicam eventos impor-tantes para o nosso dia-a-dia, como acriação do cinema, visto pela primeiravez em 1895 no 14 do Boulevard desCapucines. Outros são históricos, como oque ocorreu no n° 56 da RueJacob, ondeos representantes do rei da Inglaterra eBenjamin Franklin assinaram o tratadode paz da Guerra da Independência ame-ricana pelo qual a Grã-Bretanha reconhe-cia o novo país: os EUA.

Outros ainda são surpreendentes: noalto de Montmartre, uma pequena placalembra que no dia 30 de março de 1814 oscossacos lançaram pela primeira vez umgrito: bistro, pedindo ao cozinheiro deum restaurante onde se reuniam que seapressasse com a comida. Bistro em russoquer dizer depressa, e todos os bistrots deParis nasceram ali. Há placas que mistu-ram fatos c eventos, como a do aeronautabrasileiro Augusto Severo, na Av Maine.próximo à Montparnasse. No dia 12 demaio de 1902 caiu com o seu dirigível Paxc morreu. A placa está lá no local dodesastre.

Mais sorte teve Santos Dumont (tidopor muitos como um símbolo do azar). Ésó ver na Av Champs Elysées em frenteao número 114. "Inventor, construtor,piloto, pioneiro da aeronáutica, morouneste imóvel diante do qual cm 1903 fez

Elgin Brother 830. Amáquina de tricô quepossui um carro parafios de inverno e umpara fios de verão.De 35.000,00 Por

29.000.

Compact 4 em 1. É geladeira,fogão, pia e armário, numsó produto.

De 16.660,00 Por 10.990

Na Sears você encontraqualidade e a maiorvariedade de artigos. Contacom pessoal especializadopara instalar seu aparelho ecom uma AssistênciaTécnica conhecida pela suapontualidade ecompetência. Além de umserviço que você sóencontra na Sears: oeconômico e eficienteContrato de Manutençãoque garante o perfeitofuncionamento de seuseletrodomésticos. E aindaganha outra exclusividade:satisfação garantida ou seudinheiro de volta.

Freezer Brastemp 230 I.Porta reversível eaproveitável, gradesbasculantes, isolamentotérmico total 110 V.De 16.700,00 Por

12.790,•fesss- --LigOi

ihIIÍS®! a.y 'Plaza ShoppingBotafogoBarra Shopping

As condições desta promoção retornarão ao preço máximo de venda oo consumidor (PMVC)após o período de suo validade, conforme portaria 18 da SUNAB. Os descontos continuamválidos Qté 18/06/87. ou antes, se nosso estoque se esgotar.

18 ? Io caderno ? domingo, 14/6/87 Internacional jornal do brasil

^fjJgpP^yv

lfL^Ns^^saseeJ^^^vlfe'B J S Jf |MM^^/^?j|k II fH /\ it: I \\* II s [I tffSff.'.'jyHpJ*"

-^liBbw I I w/AIml. L. 1 j | \^/ Jl // I; fJ Q A Qyft ^ 11 ! ^SflVE^i/

B^^H BBttBBBsBSSBm=p f^Q^j^^Jy j f flf,

i | MPW^g^Sf . "™" "~

ill lit J ^ 'sso mesmo' Na Sears vocd compra ¦¦ jj}^Vy^NIB^'''A "w

^BT • _I ii II1 ii copos de cristal por quilol Uma ^ Ml»f jLx^Jli/ft v /|)|| H

XX #j forma prdtica e economica para voce |:|| |a vl| 1V| fm 1\W^*— -Br^S compor os conjuntos que quiser, life ^jJ.I^jj^ mCJKtI IIInV( sua escolha. Sao varios modelos ^tfniBg^. yBMP^ wtfjr * ^^5

lapidados, com design moderno W®*®hS3|^R3RP% ^Cf S 0 quilo ^

|Hh^ii -*^^U fino acabamento. ""

Ií£ml?>

Ploza ShoppingBotafogoBarra ShoppingOFERTAS VÁLIDAS ATÉ 18/06/8 7. OU ANTES SE NOSSO ESTOQUE SE ESGOTAR.

wmmíbii:

Internacional

A doença está matando os artistas

e mudando a criação em Nova Iorque

Jeremy GerardThe New York Times NOVA IORQUE— A comunidade

artística está cada vez mais dividida emtorno de um tema vivido, a cada dia quepassa, com desespero: Aids. Há duassemanas, uma das principais peças dogratuito Festival Shakespeare no CentralPark foi cancelada pela morte do diretorCharles Ludlam, vítima da Aids.

Muitas mortes por Aids deixam deser noticiadas por causa de um estigmaqué só agora começa a ceder. BeverlySills, diretor geral da Ópera de NovaIorque, revelou que duas dúzias de mem-bros do quadro da casa — cantores,músicos e pessoal de apoio — morreu nosúltimos meses e que ela escreveu dezelogios fúnebres às vítimas da Aids.

Joseph Papp, produtor do FestivalShakespeare admite: "Já vi tanta gente àminha volta morrendo disso que nãoquero falar a respeito. É muito doloroso.A última coisa que desejo é me sentirexplorado, ou os meus amigos, por essasituação".

— Tanta gente tem sido diretamenteatingida que o nosso clima social foiafetado — diz Lisa Philips, curadora doBienal do Museu Whitney. — Nós sabe-mos que estamos perdendo; acima detudo amigos, mas, também, algumas dascabeças mais criativas que conhecemos —diz Colleen Dewhurst, presidente da As-sociação de Eqüidade dos Atores e doSindicato de Atores Profissionais.

Morrem os artistas e os trabalhosartísticos. Michael Bennett, um dos dire-tores e coreógrafos mais influentes daBroadway abandonou o trabalho em ja-neiro de 1986 quando foi atacado peladoença. Ele está desde dezembro passa-do em Tucson, Arizona, lutando contra adoença.

Vanguarda— A lista de vítimasda Aids nas artes tem um impacto espe-ciai. Ela inclui, para nomear só alguns, opianista clássico Paul Jacobs, o agenteteatral Bruce Svan, o ator e cantor, ativonas campanhas contra a doença, DavidSummers, o editor da revista Opera NewsRobert Jacobson, o diretor da ópera deNova Iorque David Hicks, o fundador daCompanhia de Teatro Nova AmsterdanBill Tynes, o bailarino Charles Ward, opianista e cantor Liberace e os atoresRock Hudson, Seth Allen e Neil Fia-nagan.

Artistas que estiveram na vanguardade movimentos sociais estão envolvidosem inúmeros eventos para o levantamen-to de fundos para a pesquisa da doença.A New York Art World abriu a ArteContra Aids, uma rede de exibições deartes plásticas. Treze famosas compa-

nhias realizarão, no dia 5 de outubro, noTeatro do Estado de Nova Iorque oconcerto Dancing for Life, com as pre-senças de Michail Baryshnikov, TwylaTharp, Jerome Robbins e Lar Lubovitche Peter Martins. Outro concerto — Musicfor Life—com apoio de músicos eruditosestá marcado para o dia 8 de novembrono Cornegie Hall.

Até agora, os artistas evitaram semanifestar a respeito da Aids, temendo asugestão de que os alvos prioritários dadoença — homossexuais masculinos eusuários de drogas intravenosas — cn-contram-se em concentração particularno mundo das artes. Teme-se que adoença seja atribuída a um gueto.Estigma — Alguns artistas achamque a discussão sobre a Aids e as artesestigmatiza os artistas. Os promotores doconcerto Dancing for Life, por exemplo,divulgaram uma declaração que afirma."Aids não é uma doença que discrimina.Ela ataca gente da comunidade de negó-cios, das artes, e no governo — todaprofissão, todo grupo etário, todo costu-me sexual".— Os artistas recebem mais atençãodo que as pessoas de outros ramos.Embora exista um número talvez equiva-lente no mundo de negócios, os mortospela doença não são notados. Os gaystambém são atraídos para a arte. É umaatração criativa. A comunidade gay éproeminente no mundo da ópera — dizBeverly Sills.

Vincent Liff, diretor da Broadway,admite que sua agência lida todo o diacom as conseqüências da Aids. "Devoconfessar que a doença se espalha assus-tadoramente, diariamente, na comunida-de em que trabalhamos. A quantidade demortes é de pasmar e não pára de crescer.Eu diria que, no mínimo, nos últimosquatro anos, 150 artistas que conhecemosestão mortos. Trabalho muito com musi-cais. Um número absurdo de artistasmorreu". . _Michal Callen, um compositor de 32anos, interrompeu uma entrevista, naquinta-feira, para atender o telefone. Navolta, informou que Joseph Foulon, atore diretor da Coalizão das Pessoas comAids, acabara de morrer com a doença.Callen fez uma pausa para falar breve-mente do amigo e continuou a contarsobre o disco que acabou de fazer: Viven-do cm Tempo de Guerra. Na semanapassada, Callen foi preso, em Washing-ton, numa manifestação de protesto con-tra o que ele chama de a "desleixadaresposta da sociedade à epidemia deAids". Há seis anos o artista, contamina-do, luta contra a Aids. O disco recémfeito foi um triunfo: "Estou mais feliz doque jamais estive, embora tudo que euescreva esteja, de alguma forma, impreg-nado de doença e morte".

Aids deixa sua marca

nas artes americanas

domingo, 14/6/87 ? Io caderno ? 19JORNAL DO BRASIL

A crise cultural

(de uma época de

muita melancolia

O impacto da Aids não c mensurávelapenas por obituários. A doença estáimprimindo uma marca na substância cno espírito da criação artística. Conscien-te ou inconscientemente, a resposta àAids dos artistas é cada vez mais explí-cita.

O último single de Cindy Lauper,Boy Blue, foi escrito para um amigo dacantora que morreu da doença. "Antesdele morrer" — contou a artista — "eleouviu a canção c pediu que as pessoassoubessem exatamente o quê ela aborda-va e que os direitos autorais fossemdoados à pesquisa sobre a Aids. Euqueria levantar dinheiro, não queria fazerdeclarações sobre o tema, não queria oestigma, mas vou cumprir a promessa quefiz ao meu amigo".

Outra canção, a música-título do últi-mo long-play do cantor de rock Prince —Sign of thc Times — conta a história deum "francês esquálido que morreu deuma doejiça violenta com um nome pe-qúeno", cuja namorada, por azar, "usauma seringa e tem o mesmo fim".

Cantores como Dionne Warwick ePatti La Belle contribuíram com direitosautorais para a pesquisa sobre o Aids. Abanda Huey Lewis and the News idem. Otrabalho recente de pintores como RossBleckner trata do tema explicitamente."No meu trabalho eu gosto de manifestaresperança", diz o artista, "apesar dasmortes que presenciamos; mas o horrorda Aids virou alguma coisa que se infiltrana consciência".

— É uma coisa nova — explicaBleckner — que gente com 20 ou 30 anostenha que se deparar com a morte. AAids também produziu uma ruptura nocomportamento sexual, reiterando deuma maneira definitiva a conexão entre oprazer e a morte. Para muitos com essaidade, a morte não é mais uma abstração.A doença está mudando a maneira das

pessoas pensarem, de uma maneira aná-loga às mudanças que a guerra do Vietnãimprimiram na cultura americana. Osartistas nem sempre reagem diretamente,mas temas como esses impregnam o caldocultural de uma época.

O fotógrafo Duane Michals está cn-tre aqueles para quem a discussão sobre arelação, ou não, da incidência da doençana comunidade artística é bizarra. "Estoudesapontado, considerando a quantidadede gente que é gay entre os artistas.Antes disso ser um tema político, antesda discussão sobre o estigma, é um pro-blcma emocional, estético. Aids é algomuito forte. Porque as pessoas não aencaram, ao invés de fazerem círculos equadrados"?

Michals expôs dois trabalhos reiacio-nados com a doença. O Sonho das Floresmostra uma seqüência de quatro fotogra-fias mostrando a cabeça de um homemgradualmente se dissolvendo numa massade flores. O fotógrafo dedicou-a a amigosque morreram de Aids. A outra, exibeum jovem segurando um crânio e éacompanhada por um poema intitulado

"Todas as coisas dissolvem-se na mente".Para o artista, a obra expressa o desejode viver a vida intensamente a cadamomento, sabendo que tudo é transi-tório.

No número de janeiro de 1987 darevista Art fórum, o crítico e romancist;Edmund Wfiite escreveu: "Se a arte pretende confrontar a Aids com mais honestidade do que a media, deve começaicom tato, evitar o humor e concluir emraiva." O tato é necessário, explica Whi-te, porque "não devemos reduzir os indi-víduos às suas mortes. A Aids produzcomplexos e reflexões estreitas, mas issonão se deve a escolhas morais ou intelec-tuais. O que nós estamos presenciando alongo prazo é a morte da doença comometáfora ou metonímia".

— Evitar o humor — continua oescritor —, porque o humor parece gro-tescamente inapropriado para a ocasião.O humor amolece a fruição de algo que éum escândalo impronunciável: a morte.Concluir com raiva, digo, porque indig-nar-se com a morte da luz é apenassão".(NYT)

Escritores descobrem o temaNOVA IORQUE — Os editores de livros custaram a publicar

livros sobre a Aids depois que a doença se tornou notícia, em1981, mas agora estão compensando o tempo perdido. Grandeseditoras, gráficas obscuras, casas editoras religiosas e organizaçõesvárias já publicaram livros ou estudos sobre a doença mortal ouestão prestes a fazê-lo. Embora a maioria das publicações vise aopúblico adulto, algumas obras se destinam aos jovens, e já estácrescendo o segmento de livros de ficção tendo a Aids como panode fundo.

Muitos livros são escritos por pessoas que contraíram adoença ou cujos esposos ou amantes morreram da síndrome daimunodeficiência adquirida. Mas há outras obras sobre a preven-ção da doença, sobre questões legais e sociais ou terapias detratamento alternativas. Pesquisa recente de um semanário decasas editoras revelou que já há mais de 130 livros e bibliografiasde referência sobre a doença. Segundo uma fonte da indústria, embreve poderá haver tantos livros sobre Aids como os que já foramescritos sobre o câncer.

CRUZEIRO DO SULCHURRASCARIA

Copos sem pés,ideal para o bar. É isso mesmo. Na Sears vocd compra

copos de cristal por quilo I Umaforma prática e econômica para você

compor os conjuntos que quiser, àsua escolha. São vários modelos

lapidados, com design moderno efino acabamento.

Inaugurada na zona sul, com o melhor e maiscompleto Rodízio de Carnes selecionadas

do Rio de Janeiro. Salão totalmente refrigerado,atendimento perfeito e estacionamento em frente.

Av. Afrânio de Melo Franco, 131 • Tel.: 239-4491

Copos com pés,ideal para a mesa.

o quilo

m

1

¦IP

20 ? 1° caderno ? domingo, 14/6/87 Intemacional JORNAL DO BRASILGildo Lima

Gonzalez chega para

reequilibrar o comercio

mmmmSSk.. D - O primeiro-ministro da Espanha c lidcr do Gonzalez desembarcou no acroporto international Dois dc

''° incrcmcn,°sc basc,a no c1uill'brio"- <> prime.ro-fart,^° Socialism 191Pei'ar.10 Espanhol, Felipe Gonzalez, desem- Julho acompanhado da mulher. Carmen Romero, e comitiva, . .. .. .barcou ontem, as 14h30min, no aeroporto dcsla capital, iniciando debaixo dc urn sol intenso, embora com a tempcratura amena de ntfr.mEmbora [essa'va"do <lue: com° <«ngcntc politico de um paisv,s."a 0flCial dc S,etC dlas a° pa,s" Em raP'da en,rcvista, disse que Um dia de inverno baiano. Foi reccpcionado pelo govcrnador cstrangdro, nao podc fazer juizo sobre a situaqao do Bras.l, Felipe ,

«W—vel° cm busca de um ma.or cquilibrio nas relates comerciais Waldir Pires, prefeito Mario Kcrtcsz e varios sccrctarios de Gonzalez disse confiar na potenc.alidade que opais aprcscnta. "0BayiHHHHVnKM (atualmente favorave.s ao Brasil) e do aprofundamento dos lagos estado, cntre os quais o sccrctario de Cultura, poeta Jose Carlos Brasil visto de fora, c um pais jovem, com muita potcnciahdade e

culturais, politicos c sociais entre Espanha e Brasil. Capinam. O ministro da Cultura da Espanha, Javier Solana, veio co™, mfpldades dc conjuntura, nao dificuldadcs de perspccti-f Ningucm deve ter a pretensao de se escolhcr como tambem na comitiva de Felipe Gonzalez. vas ,a 'rmo"-5»- excmplo — fnsou Felipe Gonzalez, diante das varias perguntas Felipe Gonzalez ficara tres dias na Bahia. Hoje, as 10 horas <4 V que procuravam estabelecer pontos de contatos entre a situagao ~ E scmpre mclhor falar no final do que no comeqo dc uma fara uma visita aos pontos turisticos de Salvador, como o '£ | enfrcntada pela Espanha apos a ditadura de Franco e as dificulda- v'sita, porque ai ja se conhcccm os scus rcsultados — advertiu Pelourinho e o centro historico, tombado pela Unesco como

des politicas e economicas enfrentadas atualmente pelo Brasil. Gonzalez. Destacou, porem, que o objetivo principal de suavinda Patrimonio da Humanidadc. As 20 horas tera um cncontro comAo contrario, tambem temos muito que aprender com a enorme ao Brasil 6 a busca de up> aumento das relaqoes comerciais. No reprcscntantes da comunidade espanhola da Bahia e depois sera• experiencia politica adquirida pelo Brasil nesses anos de transi^ao ano passado, essas relates foram desfavoraveis a Espanha, que homcnageado pelo govcrnador Waldir Pircs com um jantar, na

Pires (E) recebeu. Gonzalez no aeroporto democratica. comprou 625 milhoes dc dolares e vendeu apenas 60 milhoes ao residencia oficial dc Ondina.Arq

TUDO

O QUE TEM DE BOM I

A A ill Tr/N i; dcixara a Belgica com sou Baley |/|| dc Seculo XX, quando termi-

-= J

^

fill

milljl lilil nun+2)= 3y4 6SO s mantcm nos cargos OS princi-Kit com 7 Portas Texas * ^

HowJ'(^

/i • K 99#) iiliilll 111 li/frMllly .. gi os seis novos ministros estaAvista. - _ I Hf nl §"2 Fogao Esmaltec Mod. 3406 y9 Cecil Parkinson, que se viuou(l + 2)= 3x1.740,

Manipuladores praticos <1 obrigado a afastar-se do gover-

/^||J||N ii||. anatomicos. a| no em 1983, depois de admitir•&? fllfflM /jfM jR, Amplo visor no forno. zB que engravidara sua secretaria.

ll uj : . 0% £%t%£% z Ele substituira Peter Walker noAvista: dS»VWf Ministerio da Energia.

JIBSoS5»5^,I ifgT~-v~J I |M 6r^3l$SwkK lotal. °H excrcito sandinista caiu matan-

^

1

fjjRar ¦

d^\ sold^dos que^ p^rticipa-

Emiaminado plastico, nas cores j||j|||^ J||| ^Mesa revesUda em laminado ^1 r

CpIscroma7os d0br6Vd'C°m P'astico. Cadeira com pes " ^^''nd;'S^

A vista: 3.450, ICu^mS^ShhhI A vista: 4.500, ill 1 \mpus da universidade de¦a 1 ^4% SI Iv IV )l ¦1(1 I Bonn dc manifestagao pacifista

ou(i v2)= 3x1.ISO, OU(i+2)= 3x1.500, I pedindo o fim^ das armas nu-

rjX ip^i

Cafeteira Faet ^

60 anOS dc (dSd fica, sem interven^ao policial.

1.190, 11 ^iou^a venda secrcta tie a^

^

s

{^jj Conjunto Copa Monaco Em 'laminado

plastico, com I ^^3-= p. sibilidade de julga-los segundoI Em laminado plastico, na cor mesa eldstica, pes cromados a publicaqao, que diz nao co-1 cerejeira, com pes cromados. nas cores cerejeira e ovo. /fgj > ' -vAl nhecer o numero exato de re-n , _ ^*%£% « jm ISl fens transferidos e nem revela|j Avista: 7.SW, Avista: 4.090, suas fontes.

OU (1 +2)- 3x2.500, OU (1 + 2)= 3x1.630, iTIfTl ' I Papa — Depois dos tcmas¦ -m VI 5 politicos em suas homilias de

IP Gdansk

e das violcntas ma^i-

BRflun ' i ceiitenas^de criangas, em missa

^Acendedor Eletrdnico espremer frutas. luszko, assassinado em I9S4

Conjunto p/ Feijao e Arroz Conjunto p/ Mantimentos Magiclick — Mod. Ago Avista¦ 3 150 Por Policiais-4 Pegas Com 5 potes, em plastico. Cores Duravel. Para qualquer tipo de ' . Acao Direta — UmEm ago inoxidavel. Tramontina contrastantes. aparelho a gas. ou(l + 6)= 7x8Hf, jjjj tribunal de Paris condenou aOfe® 350, Oleiia: 99, Oferta: 159, Total 5.670, g K^sSEE.

"petoS

B do do grupo terrorista Aqao

20 ? Io caderno ? domingo, 14/6/87 Internacional JORNAL DO BRASIL

r o comercioBrasil. "O incremento se baseia no equilíbrio", frisou o primeiro-ministro.

Embora ressalvando que, como dirigente político de um paísestrangeiro, não pode fazer juízo sobre a situação do Brasil, FelipeGonzález disse confiar na potencialidade que o país apresenta. "OBrasil, visto de fora, é um país jovem, com muita potencialidade ecom dificuldades de conjuntura, não dificuldades de perspecti-vas", afirmou.

Felipe González ficará três dias na Bahia. Hoje, às 10 horasfará uma visita aos pontos turísticos de Salvador, como oPelourinho e o centro histórico, tombado pela Unesco comoPatrimônio da Humanidade. Às 20 horas terá um encontro comrepresentantes da comunidade espanhola da Bahia e depois seráhomenageado pelo governador Waldir Pires com um jantar, naresidência oficial de Ondina.

Arquivo

SALVADOR — O primeiro-ministro da Espanha e líder doPartido Socialista Operário Espanhol, Felipe González, desem-barcou ontem, às 14h30min, no aeroporto desta capital, iniciandovisita oficial de sete dias ao país. Em rápida entrevista, disse queveio em busca de um maior equilíbrio nas relações comerciais(atualmente favoráveis ao Brasil) e do aprofundamento dos laçosculturais, políticos e sociais entre Espanha e Brasil.— Ninguém deve ter a pretensão de se escolher comoexemplo — frisou Felipe González, diante das várias perguntasque procuravam estabelecer pontos de contatos entre a situaçãoenfrentada pela Espanha após a ditadura de Franco e as dificulda-des políticas e econômicas enfrentadas atualmente pelo Brasil. —Ao contrário, também temos muito que aprender com a enormeexperiência política adquirida pelo Brasil nesses anos de transiçãodemocrática.

González desembarcou no aeroporto internacional Dois deJulho acompanhado da mulher, Carmen Romero, e comitiva,debaixo de um sol intenso, embora com a temperatura amena deum dia de inverno baiano. Foi recepcionado pelo governadorWaldir Pires, prefeito Mário Kertesz e vários secretários deestado, entre os quais o secretário de Cultura, poeta José CarlosCapinam. O ministro da Cultura da Espanha, Javier Solana, veiotambém na comitiva de Felipe González.

— E sempre melhor falar no final do que no começo de umavisita, porque aí já se conhecem os seus resultados — advertiuGonzález. Destacou, porém, que o objetivo principal de sua vindaao Brasil é a busca de um aumento das relações comerciais. Noano passado, essas relações foram desfavoráveis à Espanha, quecomprou 625 milhões de dólares e vendeu apenas 60 milhões aoPires (E) recebeu González no aeroporto

Béjart — O coreógrafofrancês Maurice Béjart (foto)deixará a Bélgica com seu Baléde Século XX, quando termi-nar no fim deste mês o contratocom o Teatro Nacional de LaMonnaie. Ele confirmou a de-cisão ao ministro da EducaçãoAntoine Duquesne, em telefonema de Leningrado. Não obteve do diretor da Ópera Nacional, Gerard Mortier, resposta sobre suas pretensões d.maior autonomia e orçamentoseparado para o balé, e vaiprovavelmente estabelecer-seem Lausanne, Suíça, com ordançarinos do grupo que fundou em 1970.Thatcher — Após suaconsagrada vitória nas eleições,que lhe deram um inédito ter-ceiro mandato consecutivo, aprimeira-ministra britânicaMargarct Thatcher anunciouseu novo Gabinete, em que semantém nos cargos os princi-pais ministros, como GeoffreyHowe (Relações Exteriores).George Youngcr (Defesa),Douglas Hurd (Interior) e Ni-gel Lawson (Finanças). Entreos seis novos ministros estáCecil Parkinson, que se viuobrigado a afastar-se do gover-no em 1983, depois de admitirque engravidara sua secretária.Ele substituirá Peter Walker noMinistério da Energia.Helicóptero — Umhelicóptero soviético M-17 doexército sandinista caiu matan-do 15 soldados que participa-vam de operação contraguerri-lha na província de Jinotega. Ogoverno nicaragüense disse quea queda foi motivada por umacidente. O aparelho carregavasuprimentos e reforços para astropas que lutam contra osguerrilheiros contras no rioAmaka.Pacifismo — Cerca de100 mil pessoas, vindas de todaa Alemanha, participaram noCampus da universidade deBonn de manifestação pacifistapedindo o fim das armas nu-eleares, criticando o presidentedos Estados Unidos, RonaldReagan — que passou pela ci-dade na véspera — e elogiandoas propostas de desarmamentode Mikhail Gorbachev. Aocontrário das manifestaçõescontra Reagan ocorridas emBerlim Ocidental, esta foi pací-fica, sem intervenção policial.Reféns — A revista liba-nesa Ash Shiraa (que denun-ciou a venda secreta de armasamericanas ao Irã) informouque alguns dos oito reféns ame-ricanos de Bierute foram leva-dos para o Irã, para sereminterrogados. O governo deTeerã estaria estudando a pos-sibilidade de julgá-los segundoa publicação, que diz não co-nhecer o número exato de re-féns transferidos e nem revelasuas fontes.Papa — Depois dos temaspolíticos em suas homílias deGdansk e das violentas mani-festações seguidas de repres-são, o papa João Paulo II reto-mou as questões mais especial-mente religiosas em Czestocho-wa, onde celebrou missa nosantuário de Jasna Gora, omais importante da Polônia.Em Lodz, horas depois, eledeu a primeira comunhão acentenas de crianças, em missano aeroporto da cidade. JoãoPaulo II encerra hoje sua ter-ceira visita ao país natal, po-dendo visitar em Varsóvia otúmulo do padre Jcrzy Popie-luszko, assassinado em I9S4por policiais.Ação Direta — Umtribunal de Paris condenou àprisão perpétua o terroristaRegis Schleicrier, pelo atenta-do do grupo terrorista Ação

E&VMLTECTECNOLOGIA NO SEU DIA-A-DIA

Cozinha Componível MilanoEm laminado plástico na corcerejeira.À vista: 13. 98Cou (1 + 2) = 3x4.66C

Kit com 7 Portas TexasCom 3 gavetas. Revestido emlaminado plástico, na corcerejeira.À vista: 5.221ou (1 + 2) = 3x1.74

Fogão Esmaltec Mod. 3406Manipuladores práticos eanatômicos.Amplo visor no forno.À vista: 2.090

ou (1 + 6) = 7x537Total: 3.759jpippeggjííõr

lj|

Conjunto Console OregonEm laminado plástico, nas corescerejeira e ovo, dobrável, compés cromados.À vista: 3.450,

ou (1 + 2) = 3x1.150,

l Conjunto p/ Copa CalifórniaMesa revestida em laminadoplástico. Cadeira com péstubulares pintados.À vista: 4.501ou (1 + 2) = 3xl.50í

Cafeteira Faet 60anosdecasaAutomática. Capacidade p/até12 xícaras de café. sOferta: 1.190. f

Conjunto Copa CapriEm laminado plástico, commesa elástica, pés cromados enas cores cerejeira e ovo.

À vista: 4.89Íou (1 + 2) = 3xl.63€

Conjunto Copa MônacoEm laminado plástico, na corcerejeira, com pés cromados.

À vista: 7.50ou (1 + 2) = 3x2.50

Multipratic II BraunCorta, pica, rala e tritura. Tem4 tipos de facas e acessório p/espremer frutas.À vista: 3.15Íou (1 + 6) = 7x811Total: 5.67Í

Acendedor EletrônicoMagiciick - Mod. AçoDurável. Para qualquer tipo deaparelho à gás.Oferta: 15i

Conjunto p/Feijão e Arroz4 PeçasEm aço inoxidável. TramontinaOferta: 350

Conjunto p/ MantimentosCom 5 potes, em plástico. Corescontrastantes.Oferta: 99.

1?i

CENTRO^ B ANGU • BQNSUÇESS0 • CAMPO GRANDE • CATETE • COPACABANA • C0RD0VIL • ILHA DO GOVERNADOR • MADUREIRA •MÉIER «PENHA

^ 3 ALÉANTARA • DUQUE DÈ CAXIAS • NILÓPOUS • NITERÓI • NOVA IGUAÇU • PETRÓP0LIS « SÃO G0NÇAL0 • S.J0Ã0 DE MERITI • TERESÓPOLIS Yl'V;'.? ¦ %,'*&$£¦ • v. ¦ ' $' ^ *

fff ,** V -V

Direta que matou dois policiaiscm 1983. O cúmplice NicolasHalfcn foi condenado a 10 anosde prisão, c seu irmão Claudefoi absolvido.

KZJ

Wl: V~'-

. VBOIO t=iO

JORNAL DO BRASIL Internacional domingo, 14/6/87 ? Io caderno ? 21

Argentina fortalece programa

nuclear com exportações

Rosental Calmon AlvesCorrespondente

BUENOS AIRES — A Argentinaacertou a venda de urânio enriquecidopara um reator experimental no Irã epretende participar aa construção de umacentral atômica de produção de eletrici-dade nesse mesmo país, como parte deuma ofensiva para assegurar um lugar no restrito clubede exportadores internacionais de indústria nuclear. Háoutros negócios já fechados com o Brasil, o Peru e aArgélia, e projetos de tentar vender a vários países.— Nós chegamos à conclusão de que exportartransformou-se numa necessidade primordial, porquenossa indústria nuclear ficou superdimensionada depoisdos ajustes no programa nacional de energia atômica —disse um alto funcionário argentino. Ele se referiaum

Sistema de

defesa faliu

na A. Latina

Claudia Antunes

A concepção tradicionalde segurança na América La-tina — baseada, no planointerno, na doutrina de segu-rança nacional e, plano exter-no, no conflito Leste-Oeste

já demonstrou sua ineficá-cia e precisa ser definitiva-mente substituída. Essa foi aprincipal conclusão de um se-minário realizado no Rio so-bre segurança internacional ¦no contexto d;i democratiza-ção latino-americana, doqual participaram os especia-listas Carlos Portales, chile-no, e a peruana Laura Mada-lengoitia.

Laura, que é assessora daComissão Sul-Americana pa-ra a Paz, Segurança Regionale Democracia (um organismoindependente mas que tem oapoio dos governos democrá-ticos da região), lembrou queiniciativas recentes como oGrupo de Contadora (Mexi-co, Colômbia, Panamá e Ve-nezuela), que busca uma so-lução negociada para o con-flito centro-americano, de-monstram a falência do anti-go sistema interamericano dedefesa da OEA (Organizaçãodos Estados Americanos).

Sistema — Na guerradas Malvinas, por exemplo, osistema interamericano nãosó não funcionou quantocomprovou que está subordi-nado aos interesses da super-potência regional (os EUA),que, no caso da AméricaCentral, não contribui para asolução pacífica defendidapor Contadora — afirmouela.

Tanto Laura quanto Car-los portales, integrante daAssociação Chilena de Invcs-tigação para a Paz, concorda-ram em que a nova concep-ção de segurança latino-americana deve estar ligada adois fatores: a necessidade deresolução dos imensos pro-blemas sociais do continentee uma política externa sobe-rana. "O eixo deixa de ser oconflito Leste-Oeste, traduzi-do no medo da subversãosoviética, para ser o conflitoNorte Sul", observou a espe-cialista peruana.

Na prática, essa nova con-cepção significa uma relaçãode cooperação e não dedisputa entre os vizinhos lati-no-americanos (um exemplorecente é o acordo de inte-gração Brasil-Argentina) e arejeição de qualquer inter-venção das superpotências naregião.

Ditaduras — Mas en-quanto houver a ameaça-de ditaduras militares nocontinente, essa políticavai esbarrar em contradi-ções (foi o caso de umavotação no Banco Mun-dial, ao passado, quando aEuropa foi contra um em-préstimo para o Chile, osEstados Unidos se absti-veram e os países demo-cráticos latino-americanosvotaram a favor do em-préstimo. Para afastar orisco golpista seria precisoredefinir o papel políticodos militares na AméricaLatina.

— O pensamento mili-tar tem que incorporar oconceito de soberania po-pular e respeito à demo-cracia. A doutrina de se-gurança nacional mostrouque pode acabar com asinstituições democráticosmas não consegue resol-ver os problemas sociais

afirmou Laura. Para osque imaginam que isso se-ja difícil, ela diz que "osmilitares não são um pen-samento monolítico e tu-do dependerá da força dasociedade civil"

certamente à grave crise financeira que o setor enfrenta,mesmo depois de haver reduzido substancialmente asmetas mais ambiciosas do programa nuclear.

Pouco antes de o presidente Raúl Alfonsín tomarposse, em 1983, o governo militar anunciou que o paístinha conseguido desenvolver tecnologia própria deenriquecimento de urânio, na base de 20%. Por isso, aArgentina foi consultada, em dezembro de 1985, pelaAgência Internacional de Energia Atômica (AIEA)como um dos países que poderiam vender urânio enri-quecido ao Irã..

O combustível destina-se a colocar novamente ematividade o reator experimental da Universidade deTeerã, instalado, há 20 anos, pela empresa norte-americana GA Technologies. Ate a queda do Xá, osEstados Unidos forneciam urânio enriquecido a 93%,para ser usado nesse reator de pesquisas. Mas o supri-mento foi interrompido e o equipamento, paralisado.

Agora, por US$ 5 milhões 500 mil, a Argentina vaialterar o núcleo do reator para adaptá-ío a trabalhar comurânio com enriquecimento de apenas 20%, e fornecerá150 quilos desse combustível nuclear num prazo de trêsanos. Isso permitirá que as pesquisas nucleares dauniversidade do Irã possam continuar.

Por outro lado, a Argentina participa, junto comuma empresa da Alemanha Federal e outra da Espanha,de um consórcio que está tentando retomar a construçãode, duas centrais nucleoelétricas (de 1.287 MW cadauma), no sul do Irã. As centrais estavam sendo construí-das pela KWU, da Alemanha, mas as obras foramparalisadas após a queda do Xá. Agora, a KWU ficariaapenas com um terço do contrato, dividindo-o com suasassociadas argentina e espanhola, num negócio quepassaria dos US$ 3 bilhões no caso de serem construídasas duas centrais previstas.

Os planos argentinos de exportar serviços na áreanuclear se estendem a vários países, principalmente doTerceiro Mundo. Na Iugoslávia, por exemplo, os argen-tinos entraram numa concorrência importante para pres-tação de certos serviços na construção de centraisatômicas. Foi a primeira vez que o país entrou numadisputa importante, concorrendo com os exportadorestradicionais, como a Alemanha Federal e o CanadáNa America Latina, já houve negócios importantescom o Brasil, e as perspectivas agora são de que os doispaíses juntem forças para atingir terceiros mercados. NoPeru, finalmente, está. chegando ao fim um projeto deconstrução de um centro atômico em Huarangal, pertode Lima, incluindo, naturalmente, a instalação de umreator desenhado e fabricado na Argentina. O custo ésuperior a US$ 100 milhões. Um contrato semelhante foifirmado com a Argélia, onde os argentinos estão insta-lando um reator.

O Bonzão está vendendo todos os brinquedos

pela metade do

preço da concorrência. Aproveite

esta oportunidade e garanta

um Feliz Aniversário,

Feliz Dia das Crianças e Feliz Natal.

*

Meninos

mSSSa pKD0CONCORRENCIA BUIN^U

Boneco Lion Thundercats Glasslite 598, 299,Boneco Cheetara Glasslite 356, 178,Conjunto Aguia de Fogo Glasslite 700, 350,Conjunto Aventura na Estrada Glasslite 1.060, 530,Thundertanque Glasslite 1.080, 540,Speed Cars Jipe Estrela 276, 138,Speed Cars Jipe com capota Estrela 276, 138,Mfssil Estrela 276, 138,Langa Raio Laser Estrela 196, 98,Conjunto Jacarepagua Estrela 5.980, 2.990,Ferrorama XP 1.400 Estrela 1.796, 898,Conjunto Stock Car Estrela 8.400, 4.200,Big Trem Estrela 1.980, 990,Top Car Estrela 1.170, 585,Carro Pampi Grow 336, 168,Carro Truk Grow 336, 168,Carro Laser Trol 70, 35,Carro Buggy Lunar Trol 96, 48,Transporte Lunar com foguete Trol 150, 75,Foguete Espacial com torre de langamento Trol 270, 135,Estagao Galatica Trol 316, 158,Cruzador Espacial Trol 316, 158,Nave Espacial com veiculo de transporte Trol 270, 135,Nave Patrulha Espacial Trol 70, 35,Modulo de Exploraijao Trol 96, 48,Caravela Pirata Trol 1.780, 890,Caminhao Carga Bruta Basculante Colorama 150, 75,Boneco He-Man 310, 155,Boneco Homem Fera 310, 155,Boneco Zodac 310, 155,BonecaTila 310, 155,Boneca Maligna 310, 155,Boneco Homem Aquatico 310, 155,Boneco Esqueleto 310, 155,Boneco Mentor 310, 155,Boneco Stralos 310, 155,Foguetex Jipe com teto solar 138, 69,Foguetex Jipe fricgao 138, 69,Conjunto Grande Premio Brasil 8.400, 4.200,Cano Maximus Estrela 10.400, 5.200,

Meninas

s; pKD°CONCORRENCIA BUI^AU

Boneco Nenezinho Estrela 820, 410,

MSSSA PjgOD°CONCORRENCIA buI^AU

Boneca Bochechinha Estrela 2.080, 1.040,Boneco Feijaozinho Fiu-Fiu Estrela 310, 155,Boneca Tippy Estrela 1.830, 915,Boneca Meu Bebe Estrela 1.398, 699,Boneca Tchibum Estrela 1.350, 675,Boneca Chuquinha Hora de Ver Vovo 138, 69,Boneca Noivinha Estrela 218, 109,Boneca Mama Nene Estrela 470, 235,Boneca Chuquinha com seu enxoval 176, 88,Boneca Chupetico 170, 85,Boneca Chupetico com saco agasalho 170, 85,Boneca Magali Mimo 1.056, 528,Boneca Visu Mimo 190, 95,Boneca Namorinho Mimo 164, 82,Boneca Bombonzinho Trol 206, 103,Boneca Magolim Trol 270, 135,Boneco Tuquinho Hello Kit Balila 288, 144,Boneco Sonho Colorido Balila 358, 179,Boneca Quero-Colo Balila 570, 285,Batedeira de Bob Bandeirante (fricqao) 184, 92,Liquidificador Bandeirante (fricqao) 184, 92,Kit Frit Estrela 458, 229,Batedeira Estrela 300, 150,Liquidificador Estrela 300, 150,Brincando de Maquiagem Grow 474, 237,Conjunto Cosmetico da Boneca Mueller 78, 39,Conjunto Minienfermeira Mueller 138, 69,Lanchinho da Monica Mimo 198, 99,Boneco Manequinho Estrela 820, 410,Boneca Bebe Moranguinho 736, 368,Boneco Chiquinho colorido Walbert 198, 99,Boneca Maricota colorida Walbert 198, 99,

Jogos

mSSda prW°CONCORRENCIA Bul^rtu

Jogo Castelo Assombrado Estrela 210, 105,Jogo Gato e Rato Estrela 150, 75,Jogo Blefe de Mestre Estrela 278, 139,Jogo Pega Pulga Estrela 530, 265,Jogo Master Grow 420, 210,Jogo Cara Maluca Grow 360, 180,Jogo La Vem o Lobo Grow 158, 79,Jogo Tostao em Tostao Grow 166, 83,Jogo Mix Kit Mimo 780, 390,

Diversos

PREÇOMÉDIO DA

CONCORRÊNCIALancha Névoa Bandeirante 330,Cachorro Snif Snif Filhotes Estrela 596,Cachorro Xereta Estrela 206,Cachorro Lat Lat Estrela 668,Cachorro Snifão Estrela 1.196,Operação Boinas Verdes Glasslite 430,Robô Voltron Master Glasslite 1.400,Volante Júnior Mueller 104,Conjunto Instrumentos Médicos Doutoranho Mueller 100,Aeroporto Mueller 610,Super Rosto Mueller 570,Telefone Digital da Mônica 170,Strato Jet Trol 144,Parque de Diversões Trol 620,Palhaço Pitufo Trol 346,Conjunto Bankada QI 146,Conjunto Vivendas QI 350,

PREÇO DOBONZÃO

165,298,103,334,598,215,700,

52,50,

305,285,

85,72,

310,173,

73,175,

Lazer

Grátis. Na compra de qualquer mercadoria dessa linha.

Prancha de Surf BentleyNadadeiras New Vans em silicone

Binóculo FlagraPrancha de Surf Sprint Catamaran

ir de Hand Surf.

M^nin nA PRECO 00MEDIO DA BONZAOCONCORRENCIA

,S 796, 398,10.290, 5.145,1.130, 565,

cordinha 3.340, 1.670,cordinha 5.090, 2.545,

i cordinha 7.020, 3.510,518, 259,

3.130, 1.565,

f]PONTO FRIO

O que é bom tá no Bonzão.

ooVOoCNJo-ara

JOC/5

va>Icü

NOC/5C/5o

72vã>C/5o-fr—icooC/5cu"O

£oC/5001a>

Esta promoção é valida nas lojas Uruguaiana, Bangu e Madureira, enquanto durarem nossos estoques. Aproveite antes que acabei;

22 ? Io caderno ? domingo, 14/6/87 JORNAL DO BRASILSão Paulo/José Carlos Brasil

Obituário

Rio de JaneiroAlfa Antônia da Conceição, 81,de insuficiência aguda do cora-

•ção, em casa no Andaraí. Sol-teira, carioca. Aposentada, ti-nha dois filhos.Maria da Dores, 87, de paradacardio-respiratória, no Hospi-tal do Andaraí. Carioca, soltei-ra. Tinha dois filhos, moravano Andaraí.Dionésio da Silveira Rodrigues,81, de acidente vascular cere-

'bral, em casa em Santa Tereza.Pernambucano, aposentado.Casado com Maria Xavier Ro-drigues, tinha quatro filhos.Jorge Rodrigues de Souza, 71,de insuficiência respiratóriaaguda, no Hospital Pan Ameri-cano. Carioca, aposentado.1 Casado com Leonor Moreirade Souza, morava em VilaIsabel.Gastão Azevedo Machado, 79,de infecção pulmonar, no Hos-pitai Central do Exército. Ca-rioca, militar. Solteiro. Moravaem Benfica.Nize Teixeira de Oliveira, 66,de infarto agudo do miocárdio,em casa em Jacarepaguá. Ca-rioca, viúva de Normando Pra-do de Oliveira. Tinha um filho.Zacharias Martins, 67, de arte-riosclerose, no Hospital SouzaAguiar. Carioca, funcionáriopúblico. Casado. Morava emNova Iguaçu.Eurico da Rocha, 54, de insufi-ciência respiratória aguda, noHospital Antônio Pedro. Ca-rioca, solteiro. Morava naGlória.Maria Nestine da Conceição,

84, de acidente vascular cere-bral, no Hospital SouzaAguiar. Mineira, doméstica.Solteira, tinha sete filhos. Mo-rava na Tijuca.Maria José Ribeiro de Paiva,63, de pneumonia, no HospitalEvangélico. Carioca, casadacom Manoel de Paiva Pinto.Tinha um filho, morava na Ti-juca.Sarah Ferreira Vasques, 50, decâncer, em casa em Ipanema.Carioca, casada com MoacyrVasques.Antônio Damasceno Portugal,82, de parada respiratória, noHospital Silvestre. Gaúcho,aposentado. Divorciado, mora-va em Botafogo.Carlos de Oliveira Ramos, 79,de arterioesclerose, no Hospi-tal Pró-cardíaco. Cearense,magistrado. Casado com Divade Oliveira Ramos, tinha umafilha. Morava em Laranjeiras.Adila Bartolomei Pereira, 65,de insuficiência respiratória, no •Hospital Universitário. Cario-ca, aeroviária aposentada. Sol-teira, morava em Copacabana.Aucília dos Anjos Gomes, 74,de parada cardio-respiratória,no Hospital Central do Iaserj.Carioca, aposentada. Viúva, ti-nha dois filhos. Morava emBrás de Pina.Olavo Paranhos, 67, de câncerno esôfago, em casa em Copa-cabana. Carioca, funcionáriopúblico. Casado com CidaliaMarques ParanhoS. Tinha umafilha.

EstadosVirgílio José Baptista, 83, de

insuficiência cardíaca, cm BeloHorizonte, onde residia. Em-presário, ingressou na Compa-nliia Cervejaria Brahma, aos16 anos, tendo ocupado a ge-rência de filiais em diversosestados e também da matriz.Em 1957, passou a sócio-gerente da Distribuidora Mi-neira de Bebidas Ltda (Distri-buidora dos Produtos Brahmano Estado). Foi ainda diretorda Associação Comercial deMinas. Era casado com Gennyde Paula Baptista e tinha seisfilhos.

Jesuino Napolêao Maga-Ihães, 43, e Geraldo de Barros,69, em acidente automobilísti-co, na BR-262, próximo aotrevo da localidade de José deMelo, a 51 quilômetros de Belo

Horizonte. Eram respectiva-mente os prefeitos das cidadesmineiras de Ipanema e Concei-ção do Ipanema, ambas no valedo Rio Doce, e retornavam aosseus municípios no Monza daPrefeitura Municipal de Ipane-ma, quando o veículo foi atin-gido por chapas de aço quecaíram da carroceria da carre-ta, placa ID-6692 (Rio de Ja-neiro). Morreu também o mo-torista da prefeitura, Landi Va-lentim Ferraz. Jesuino Maga-Ihães estava em seu segundomandato. Eleito em 1982 peloPDS, se transferiu dois anosdepois para o PMDB. Era ca-sado e tinha uma filha. Geraldode Barros, que também se ele-geu pelo PDS, mas estava noPMDB, cumpria seu quartomandato.

Inspetor que denunciou

tortura na polícia do

Sul é preso por rouboPORTO ALEGRE — Autor de denúncias de torturas na

polícia gaúcha e depois envolvido em crimes como estupro, oinspetor Arquimedes Ribeiro esteve foragido durante um anono Rio Grande do Sul, sem que os policiais o localizassem,embora ele freqüentasse a noite porto-alegrense. Foi precisoque ele passasse a agir em Santa Catarina para ser preso,acusado de chefiar uma quadrilha de arrombadores de casas.

Arquimedes, preso sexta-feira na cidade de Imbituba elevado para o presídio de Florianópolis, poderá ser transferidopara Porto Alegre, onde tem prisão preventiva decretada.Segundo a polícia catarinense, foi apreendida grande quantida-de de objetos roubados, dois carros (um, com placas frias dacidade gaúcha de Alvorada) e pequena quantidade de maconha,além de documentos falsos — Arquimedes usava a carteira deidentidade falsificada de Victor Carcavilla.

Arquimedes denunciou há três anos que a tortura erahabitualmente usada nos interrogatórios da polícia gaúcha,apresentando gravações e fotos de um rapaz negro penduradono pau-de-arara. O rapaz foi mais tarde identificado como omenor Clóvis dos Santos, o Doge, sem antecedentes criminais,que confirmou as torturas também no assaltante Cléber Guiar-te. O caso provocou a queda da cúpula da polícia gaúcha,causou uma crise na secretaria de Segurança e as duas testemu-nhas de acusação foram assassinadas. Doge foi morto 20 diasantes de depor na Justiça e Cléber Gularte foi executado porPMs após participar de um assalto, no dia 14 de maio. Aexecução de Cléber foi presenciada pelo operário Júlio César deMelo Pinto, morto com dois tiros, provavelmente disparadospor soldados da Brigada Militar.

Os cinco policiais acusados da prática de torturas foramabsolvidos por falta de provas e Arquimedes negou as denúnciasque havia feito. A imprensa, o inspetor confessou que "nãopegaria esse rabo de foguete sozinho".

Preso por estupro e tentativa de assassinato, Arquimedesfugiu e, era visto freqüentando a noite porto-alegrense acompa-nhado, inclusive, por outros policiais, embora tivesse prisãopreventiva decretada. Mas ele resolveu agir em Santa Catarina eterminou preso.

IPM que apura a morte

de operário gaúcho tem

8 policiais indiciadosPORTO ALEGRE — Subiu para oito o número de

policiais militares indiciados pelo assassinato do operário JúlioCésar de Melo Pinto, preso ao ser confundido com assaltantesde um supermercado e executado em um carro da PM acaminho do hospital. Agora, foi indiciado o soldado Jorge JesusGomes, no IPM (Inquérito Policial Militar) presidido pelocapitão José Bernardes Pereira, que pretende concluir o inque-rito até a próxima semana.

O caso provocou grande mobilização do movimento negro,no Rio Grande do Sul, revoltado com a prisão de Júlio César,"por ser negro e pobre". A entidade tenta convencer deputadosda Assembléia Legislativa a instaurar uma CPI (ComissãoParlamentar de Inquérito), para investigar a atuação da BrigadaMilitar, em especial da PM 2 (serviço secreto), que o movimen-to responsabiliza pela execução do operário, o que não estariasendo investigado pelo capitão Pereira, que é chefe do serviço.

O advogado Luís Barbosa, do movimento negro, tem umasérie de dados indicando que o operário, preso após um assalto,no dia 14 de maio, ao Supermercado do Dosui, foi morto nocaminho para o hospital (ele saiu do local do assalto semferimentos), por ter sido testemunha involuntária da execução,pelos PMs, do assaltante Cléber Gularte. Cléber, que vinhasendo procurado pela Brigada, acusado de ter morto um PMnum assalto anterior, era testemunha de acusação contrapoliciais acusados de prática de torturas, no episódio que ficouconhecido como caso Doge. As torturas foram denunciadas,através de fotos e gravações, pelo inspetor Arquimedes Ribeiro,atualmente preso, acusado de roubo, estupro e tentativa de' homicídio.

São Paulo/Ariovaldo dos SantosPela primeira vez, a Confraria do Garoto comemorou aniversário fora do Rio

Viaduto do Chá é palco

para festa de 12 anos

da Confraria do Garoto

Os irmãos Nildo e Maria de Oliveira sãosuspeitos de afogarem gêmeos num balde

Perus ameaça linchar

família sob suspeita

de ter matado gêmeosSÃO PAULO — Primeiro ela perdeu os filhos, Patrick e

Samanta, gêmeos com 46 dias de vida, mortos por afogamentonum balde de lavar fraldas. Depois, Maria Alves de Oliveira,25 anos, auxiliar de laboratório, foi espancada pela políciapara confessar o assassinato dos próprios filhos. Agora, não sóela mas toda a família está sendo ameaçada de linchamentopela população de Perus, bairro operário do extremo norte deSão Paulo, palco da tragédia da madrugada do últimodomingo.

Maria denunciou que policiais de Perus a torturarampara confessar o crime. Dizendo-se ameaçada de morte, foimorar com a amiga Aparecida Benedita Bras — com quemdividia o aluguel da casa onde as crianças foram mortas — nobarraco dos seus pais, que fica numa favela próxima, do outrolado da linha de trem que liga Perus a São Paulo.

Ali, ontem, todos estavam em pânico. Segundo umadenúncia anônima feita à polícia, alguém viu um irmão deMaria, Nildo Alves de Oliveira, carregando uma máquina deescrever, um liqüidificador e um aparelho de som para a casade um amigo íntimo na madrugada de domingo — exatamenteos objetos que a mãe dos gêmeos afirmou terem sido roubadosda sua casa.

A denúncia foi divulgada por um programa policial degrande audiência na periferia de São Paulo (Gil Gomes, naRádio Record) e começaram as ameaças de linchamentocontra toda a família. Amontoados no pequeno barraco de seupai, o ajudante de caminhão Antonio Alves de Oliveira, queveio com a família do Ceará em 1978, Maria, a amigaAparecida e o irmão Nildo agora vivem trancados e assus-tados.

Maria e Aparecida, que moram juntas há quatro anos,foram ouvidas no inquérito policial na quinta-feira, acompa-nhadas de um advogado, e voltaram a negar a autoria docrime. "Eu e minha amiga jamais faríamos uma coisa dessas",jura Maria. Aparecida só ouve. Nada fala. Antonia, a mãe deMaria, não pára de chorar, murmurando: "Eram meusprimeiros netinhos, tinha tanto gosto de criar... estou sofren-do como Nosso Senhor Jesus Cristo sofreu na cruz". Nildo, oirmão, longas unhas pintadas e trejeitos afetados que lembramum travesti, garante que dormiu na casa dos pais na madruga-da de sábado para domingo:

LAURA MANSO MONTEIRO

DE BARROS(Vva. Marco Aurélio de Barros)

Io Aniversário

tSua

Família, pranteando a saudade de suaquerida LAURA, convida para a Missa,que fará celebrar na Igreja Na. Sra. doCarmo (Rua Io de Março), às 10,30 horas,

do dia 16 do corrente, pela passagem do 1oaniversário de seu falecimento.

Tempo

SÂO PAULO — Pela primeira vez, a Confraria do Garotoformada por freqüentadores do Bar do Ernesto com idade

média de 50 anos, mas "idade mental de 13", como eles dizemdeixou o Rio de Janeiro para comemorar seu 12° aniversário

varrendo o Viaduto do Chá, em São Paulo, numa manifestaçãobem-humorada contra o mau olhado, por melhores salários edias "que nunca virão". Usando máscaras do prefeito JânioQuadros e do presidente José Sarney, o grupo espalhou incensono viaduto, jogou pétalas de rosa e ainda distribuiu aospaulistanos galhos de arruda-macho e santinhos de São Lalau, opadroeiro dos corruptos.

— Estamos trabalhando por um Brasil melhor — avisou oxerife do grupo, jornalista Nelson Couto. — Por isso, escolhe-mos São Paulo, que é a capital do trabalho. No Rio, nemadiantaria porque todo mundo vai mesmo é prà praia.

Depois de viajar a noite toda de trem, ocupando umvagão, os 13 membros e alguns suplentes da Confraria nãoperderam a disposição e o bom humor. Levando cartazes comos dizeres "Nem só de praia vive o homem" e "De Gaulle é quetinha razão, o Brasil não é um país sério", os garotos oferece-ram champanha de cidra e bolo — com o número 13 — aospaulistanos.

A manifestação começou pontualmente às 13h, mas aConfraria garante que "a superstição já era". As vassouras,todas muito usadas, não só simbolizavam a campanha eleitoraldo prefeito Jânio Quadros, mas também tinham como missão"espantar as bruxas". A manifestação foi encerrada pelo árbitrode futebol Luis Carlos Gonçalves, o Cabelada, que acendeuuma vela para o Corintians sob os gritos de "todo juiz é ladrão,Cabelada ainda não".

Roseana recebe alta e

embarca para Brasília

dizendo que está bem

SÃO PAULO — Mais magra, vestindo uma túnica lilás,calça da mesma cor, e ainda demonstrando sinais de abatimen-to, a filha e assessora especial do presidente Sarney, RoseanaSarney Murad, recebeu alta e deixou, ontem, às 10h20min oInstituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo,onde ficou 10 dias internada e se submeteu a uma cirurgia paraextirpar um pólipo do intestino grosso."Estou muito bem", garantiu Roseana antes de seguir parao Aeroporto de Congonhas, onde embarcou de volta a Brasília,"para descansar mais uns dias". A mãe, Dona Marly Sarney,que permaneceu esses dias com ela no hospital, declarou àsaída: "Graças a Deus, está tudo ótimo com a Roseana, correutudo bem, como atestam os boletins divulgados pela equipemédica".

Uma das principais intermediárias das articulações políti-cas do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional e aConstituinte, especialmente com os setores progressistas, Ro-seana disse que ainda não conversara com o presidente sobre opacote econômico divulgado por Sarney e o ministro BresserPereira, na noite e sexta-feira."Gostei muito", limitou-se a afirmar sobre o pacoteeconômico, contando que assistira à divulgação pela TV, no seuapartamento, o 822 do Instituto do Coração. Roseana Sarneyinternou-se no Incor no último dia 3 e foi operada em seguida —a nona cirurgia a que se submeteu nos últimos anos — pelaequipe do gastroenterologista Silvano Raia, que assinou osboletins médicos divulgados nos últimos 10 dias.

Ontem, Roseana, a mãe e comitiva deixaram o hospitallevando muitas malas, uma sacola de mão cheia de presentes e,protegidas por uma dúzia de agentes de segurança da presidên-cia da República, dirigiram-se em quatro Opalas Comodoropara o Aeroporto de Congonhas, de onde seguiram paraBrasília.

Vagão se solta de trem

e três pessoas morrem

em queda na ferrovia

SÃO PAULO — Três passageiros do trem de prefixo PA-05, que ia para Santa Fé do Sul, no extremo oeste do estado deSão Paulo, morreram ontem de madrugada, esmagados no leitoda ferrovia, depois de cair do último vagão, que se desengatoudo carro-restaurante. As causas do acidente estão ainda sendoapuradas pela Fepasa (Ferrovias Paulistas S.A.).

A composição deixara São Paulo e atingia, pouco antes das3h, o km 146, entre as cidades de Itirapina e São Carlos. Umforte solavanco assustou algumas pessoas que estavam no carro-restaurante e viram o último vagão de passageiros se soltar. Trêspassageiros caíram na linha, morrendo de forma quase instantâ-nea. Os mortos são Samuel Batista dos Santos, de 31 anos,morador em Jundiaí, Eduardo Diogo Costa, de 20 anos,morador em Campinas, e Edgard Robério Barbosa Tambulgari.

v.

A frente fria que se encontra ao sul do Rio Grande doSul ainda provocará chuva e nebulosidade nesta região,devendo melhorar a partir de domingo. A temperaturacontinuará declinando, podendo ocorrer geadas a partir dodia 14/06.

Na região sudeste o tempo estará sujeito a mudança apartir da madrugada de domingo, devido à chegada destesistema frontal.

As demais regiões terão predominância de céu nubla-do com chuvas isoladas no litoral do nordeste e norte daregião norte.No Rio e em Niterói

Claro a nublado, com possível ins-tabilidade a partir da tarde. Tem-peratura em ligeira elevação. Tem-peratura em ligeira elevação. Ven-tos Norte fracos a moderados comrajadas ocasionais. Misibilidadeboa. Máxima: 31,6° em Jacarepa-guá e Bangu; mínima: 16.6" noAlto da Boa Vista.

Precipitação das chuvas em mm

Normal mensalAcumulada no anoNormal Anual

43.2681.9

1075.8

O Sol

O Mar

Rio

Angra

CaboFrio

Nascerá às

Prcaraar03h37min/l.lm16h43min/i.2m

02h01 min/l. lm15h00min/l.lm()2h50min/1.2m16h23 min/1.2m

06hl7inin17hl9niin

IlhObminrtUm23h42min/t).fan10h30min/ü.2m18h00min/0.5m09h58min/0.1m23h37min/0.6m

O Salvamar informa que o mar está calmocom águas a 21° c banhos liberados.

A Lua

?CheiaAte 17/06

Nova26/06

DMinguanle18/06

aCrescente04/07

Nos EstadosCondi^des VlAx. Min.

RR: enc 30.8 26.8AM: enc. 30.5 23,1AP: enc. 24.2PA: enc. 32.0 23.6MA: enc. 30.2 23.9AC: pte nub 31.0 19.0PI: nub 33.4 22.0CE: nub. 28.7 23.6RN: nub. 28.8 22.8PB: nub. 28.8 22.8PE: nub. 28.7 21.9AL: nub. 28.2 21.6SE: nub. 29.6 24.9BA: nub. 27.0 23.2ES: pte nub 29.2 20.4MG: pte 26.0 13.8SP: pte 26.5 12.8PR: nub. 24.5 9.8SC: nub. 27.4 12.9DF: nub. 26.4 16.1RO: enc. 31.0 21.8GO: pte. nub 30.8 17.2MT: pte 33.4 22.8MS: pte 29.0 20.3RS: nub. 26.4 15.4

No MundoAmsterda nublado 18 9Assurxjao nublado 29 19Atenas — —Berllm claro 23 13 .Bonn nublado 21 11Bogotii claro 20 4H rim I as nublado 17 11Buenos Aires nublado 12 5Caracas nublado 26 20Genebra nublado 23 11Havana claro 34 22La i'az claro 13 4Lima variavel 20 16Lisboa claro 24 14Londres claro 18 09Madri claro 27 13Mexico chuvoso 25 13Miami nublado 29 26Montevideu nublado 15 06Moscou claro 26 14Nova lorque nublado 25 13Paris variavel 19 12Roma chuvoso 24 16Toquio claro 26 16Washington nublado 28 21

Rodoviários em greve

depredam 3 ônibus no

centro de PetrópolisPETRÓPOLIS — Três ônibus da Viação Imperial foram

depredados, e um motorista, detido, durante o primeiro dia dagreve dos 720 rodoviários de Petrópolis que reivindicam ocumprimento do acordo salarial de janeiro e o pagamento dogatilho salarial de maio. A empresa pôs ônibus de 11 linhas emcirculação, com 16 rodoviários que não aderiram à greve. Osônibus das linhas Duque. Sargento Boening e Alto Independên-cia tiveram os vidros e faróis quebrados na Rua Paulo Barbosa,no Centro, onde têm o ponto final.

Apesar de a 4a Companhia da Polícia Militar (Petrópolis)ter solicitado a ajuda de 50 homens da tropa de choque do 15°BPM (Caxias), o tumulto terminou antes que o reforço chegas-se, às 9h, quando o empresário Paulo Amorim, dono da ViaçãoImperial, mandou recolher todos os ônibus. O motoristaidentificado apenas como Milton, da Viação Cascatinha, ficoudetido por meia hora num camburão da Polícia Militar porprovocar desordem no Centro da cidade, protestando aos gritoscontra os empresários. Ele foi liberado sem ser encaminhado 'adelegacia

Logo depois que a greve foi decretada, na noite de sexta-feira, as seis empresas de ônibus de Petrópolis solicitaram àPolícia Militar reforço para coibir piquetes nas portas dasgaragens. Mas a medida foi desnecessária, porque os rodovia-rios não apareceram.

t

JOSE CARLOS DA SILVAMACHADO

(MISSA OE 7° DIA)José Carlos. Pedro Anselmo. Anna Virgínia e Carlos Alberto, convidamparentes e amigos para a Missa de 7o Dia em memória de seu queridopai e sogro JOSÉ CARLOS. 2a feira 15'06/87 às 18 hs. na Matriz NaSadeCopacabana. R. Hilário de Gouveia. 36

CHRISTOVAM LYSANDRO

DE ALBERNAZ

MISSA DE 30° DIA

JL A família GONÇALVES LYSANDRO

T DE ALBERNAZ convida para a Missa

I que, em memória do seu inesquecível

pai, sogro e avô CHRISTOVAM, será

celebrada às 10:00hs de 3a feira, 16 de

junho, na Igreja do Mosteiro de São Bento.

CHRISTOVAM LYSANDRO

DE ALBERNAZ

Missa de 30° Dia

JL O GRUPO LYSANDRO DE ALBERNAZ e a

T COMPANHIA BRASILEIRA DE FOTOS-I SENSÍVEIS — BRAF, convidam para a

* Missa que, em memória do seu inesquecí-vel Presidente CHRISTOVAM LYSANDRO DEALBERNAZ, será celebrada às 10:00 hs de 3a-feira, 16 de junho, na Igreja do Mosteiro de SãoBento, Rua Dom Gerardo, n° 68 — Centro—RJ.

t

?

?

D

¦

^ SSo Paulo/Jos^ Carjos BrasH

$fl^^K9^^^^^^w^ngfeK$*wyJRH^^HH£|^H9j£g$tlpBIIP*^35Xr*^Vv^ JHP

¦ b ^^jiyj&S^f^^^^Kiiiiitf||||||fl^K

Pela primeira vez, a Confraria do Garoto comemorou aniversdrio fora do Rio

\^* d t d Chr '

J

iKL tayMB| SAO PAULO — Pela primeira vez, a Confraria do GarotoB^<> |pSMaSpii-^Bjy^m|^^MSK^^P —. formada per frequent,idores do Bar do Ernesto com idjdeW. / ^ JR|H^HhhBHHJHH|^^|HhH mddia de SO anos, mas "idade mental de 13". como clcs dizem11 rXS^f, Llm' —deixou o Rio dc Janeiro para comemorar seu 12" aniversario

I / *(§*« varrendo o Viaduto do Cha, em Sao Paulo, numa manifestaqao4jL bem-humorada contra o mau olhado, por melhores salarios e'^8fe~

Ipfr jHHHHIi9|iSfl dias "que nunca virao". Usando mascaras do prefeito Janio

gfe ; lllSi&Si: CSS Quadros e do presidente Jose Sarney, o grupo espalhou incensoJm, | •¦ tml no viaduto, jogou pdtalas dc rosa c ainda distribuiu aos

•' P8"''5^005^®a^hos^e

arruda-macho c santinhos de Sao Lalau, o

,'" ' , '.f|-^8i§l|y os c"zeres "Nem s6 de praia vive o homem" c "De Gaulle e que¦ • ¦ ... * \^v tinha razao, o Brasil nao & um pais s6rio", os garotos ofercce-

(, ? £m Confraria garante que "a superstiqao ja era". As vassouras,<Tu ,jj II todas muito usadas, nao s6 simbolizavam a campanha eleitoral*B SUV, ,Jift-'•':do prefeito Janio Quadros, mas tambcm tinham como missao¦k flnj "espantar as bruxas". A manifestaqao foi encerrada pelo Srbitro.tow <. ">£• */ vwl? . r..«„u~i i ..:„ /~\._i /~> „ /-.. i. ./...* i ...

21,2 ,4-y13^2 10.C

São Paulo/José Carlos Brasil

*W8»WSSiisiii

São Paulo/Arlovaldo dos Santos

22 ? 1° caderno ? domingo, 14/6/87 ? 2a Edição JORNAL DO BRASIL

Obituário

Alfa Antônia da Conceição, 81,de insuficiência aguda do cora-ção, em casa no Andaraí. Sol-teira, carioca. Aposentada, ti-nha dois filhos.Maria da Dores, 87, de paradacardio-respiratória, no Hospi-tal do Andaraí. Carioca, soltei-ra. Tinha dois filhos, moravano Andaraí.Dionésio da Silveira Rodrigues,81, de acidente vascular cere-bral, em casa em Santa Tereza.Pernambucano, aposentado.Casado com Maria Xavier Ro-drigues, tinha quatro filhos.Jorge Rodrigues de Souza, 71,de insuficiência respiratóriaaguda, no Hospital Pan Ameri-cano. Carioca, aposentado.Casado com Leonor Moreirade Souza, morava em VilaIsabel.Gastão Azevedo Machado, 79,de infecção pulmonar, no Hos-pitai Central do Exército. Ca-rioca; militar. Solteiro. Moravaem Benfica.Nize Teixeira de Oliveira, 66,de infarto agudo do miocárdio,em casa em Jacarepaguá. Ca-rioca, viúva de Normando Pra-do de Oliveira. Tinha um filho.Zacharias Martins, 67, de arte-riosclcrose, no Hospital SouzaAguiar. Carioca, funcionário

Rio de Janeiropúblico. Casado. Morava emNova Iguaçu.Eurico da Rocha, 54, de insufi-ciência respiratória aguda, noHospital Antônio Pedro. Ca-rioca, solteiro. Morava naGlória.Maria Nestine da Conceição,84, de acidente vascular cere-bral, no Hospital SouzaAguiar. Mineira, doméstica.Solteira, tinha sete filhos. Mo-rava na Tijuca.Maria José Ribeiro de Paiva,63, de pneumonia, no HospitalEvangélico. Carioca, casadacom Manoel de Paiva Pinto.Tinha um filho, morava na Ti-jucá.Sarah Ferreira Vasques, 50, decâncer, em casa em Ipanema.Carioca, casada com MoacyrVasques.Adila Bartolomei Pereira, 65,de insuficiência respiratória, no ¦Hospital Universitário.- Cario-ca, aeroviária aposentada. Sol-teira, morava em Copacabana.Aucflia dos Anjos Gomes, 74,de parada cardio-respiratória,no Hospital Central do Iaserj.Carioca, aposentada. Viúva, ti-nha dois filhos. Morava emBrás de Pina.

Estados! Virgílio José Baptista, 83, de

insuficiência cardíaca, em BeloHorizonte, onde residia. Em-presário, ingressou na Compa-nhia Cervejaria Brahma, aos16 anos, tendo ocupado a ge-rência de filiais cm diversosestados e também da matriz.Em 1957, passou a sócio-gerente da Distribuidora Mi-neira de Bebidas Ltda (Distri-buidora dos Produtos Brahmano Estado). Foi ainda diretorda Associação Comercial deMinas. Era casado com Gennyde Paula Baptista e tinha seisfilhos.

Jesuino Napolêao Maga-Ihàes, 43, e Geraldo de Barros,69, em acidente automobilísti-co, na BR-262, próximo aotrevo da localidade de José deMelo, a 51 quilômetros de Belo

Horizonte. Eram respectiva-mente os prefeitos das cidadesmineiras de Ipanema e Concei-ção do Ipanema, ambas no valedo Rio Doce, e retornavam aosseus municípios no Monza daPrefeitura Municipal de Ipane-ma, quando o veículo foi atin-gido por chapas de aço quecaíram da carroceria da carre-ta, placa ID-6692 (Rio de Ja-neiro). Morreu também o mo-torista da prefeitura, Landi Va-lcntim Ferraz. Jesuino Maga-lhães estava em seu segundomandato. Eleito em 1982 peloPDS, se transferiu dois anosdepois para o PMDB. Era ca-sado e tinha uma filha. Geraldode Barros, que também se ele-geu pelo PDS, mas estava noPMDB, cumpria seu quartomandato.

Professor do Io e 2o

graus decide entrar

em greve quinta-feiraOs 140 mil professores de 1" e 2° graus das redes estadual e

municipal entram em greve na quinta-feira. A decisão foitomada ontem, em tumultuada assembléia no Instituto deEducação. A categoria quer piso de cinco salários mínimos,revisão dos planos de carreira e elaboração de um novo Estatutodo Magistério e alega que o governador Moreira Franco e oprefeito Saturnino Braga se recusam a atender às reivindica-ções.

Durante a assembléia, os professores demonstraram revol-ta com as novas medidas econômicas anunciadas pelo governo edecidiram apoiar a CUT em sua proposta de greve geral. Dos140 mil professores, pouco mais de 2 mil compareceram àassembléia.

Inspetor que denunciou

tortura na Polícia do

Sul é preso e fogePORTO ALEGRE — Na madrugada de ontem, o inspetor

Arquimedes Luchtemberg Ribeiro, capturado na manhã desexta-feira em Imbituba, no litoral de Santa Catarina, sob aacusação de liderar uma quadrilha de assaltantes, conseguiufugir em menos de 20 horas depois da prisão do DepartamentoEspecializado de Investigações Criminais (DEIC) em Florianó-polis, para onde havia sido levado pouco depois da meia-noite.

Arquimedes estava foragido da polícia gaúcha desdesetembro do ano passado, quando fugiu do Grupamento deOperações Especiais, no centro de Porto Alegre, depois de seenvolver com crimes de estupro de mulheres. Preso em Imbitu-ba e com sua prisão preventiva decretada no Rio Grande do Sul,o inspetor que ainda não foi exonerado do quadro da políciagaúcha poderia ficar em Santa Catarina ou voltar para PortoAlegre. Tudo dependia do entendimento entre os juizes dosdois Estados.

Ele fugiu novamente trancando os dois policiais do plantãodo DEIC no banheiro do Departamento. Arquimedes aprovei-tou o momento em que não estava algemado e dominou um dospoliciais desarmando-o e o outro com a arma. Em seguida, fugiunuma viatura da polícia. No bairro Barreiros, em São José(região metropolitana de Florianópolis), o inspetor chegou atrocar tiros com outros policiais, o que o obrigou a abandonar ocarro e fugir a pé.

Para a Secretaria de Segurança de Santa Catarina, a prisãode Arquimedes, procurado agora em todo o Estado, é umaquestão de honra. As autoridades policiais daquele Estado nãoafastam a possibilidade de ele ter fugido para Porto Alegre.

IPM que apura a morte

de operário gaúcho tem

8 policiais indiciadosPORTO ALEGRE — Subiu para oito o número de

policiais militares indiciados pelo assassinato do operário JúlioCésar de Melo Pinto, preso ao ser confundido com assaltantesde um supermercado e executado em um carro da PM acaminho do hospital. Agora, foi indiciado o soldado Jorge JesusGomes, no IPM (Inquérito Policial Militar) presidido pelocapitão José Bernardes Pereira, que pretende concluir o inqué-rito até a próxima semana.

O caso provocou grande mobilização do movimento negro,no Rio Grande do Sul, revoltado com a prisão de Júlio César,"por ser negro e pobre". A entidade tenta convencer deputadosda Assembléia Legislativa a instaurar uma CPI (ComissãoParlamentar de Inquérito), para investigar a atuação da BrigadaMilitar, em especial da PM 2 (serviço secreto), que o movimen-to responsabiliza pela execução do operário, o que não estariasendo investigado pelo capitão Pereira, que é chefe do serviço.

O advogado Luís Barbosa, do movimento negro, tem umasérie de dados indicando que o operário, preso após um assalto,no dia 14 de maio, ao Supermercado do Dosul, foi morto nocaminho para o hospital (ele saiu do local do assalto semferimentos), por ter sido testemunha involuntária da execução,pelos PMs, do assaltante Cléber Gularte. Cléber, que vinhasendo procurado pela Brigada, acusado de ter morto um PMnum assalto anterior, era testemunha de acusação contrapoliciais acusados de prática de torturas, no episódio que ficouconhecido como caso Dogc. As torturas foram denunciadas,através de fotos e gravações, pelo inspetor Arquimedes Ribeiro,atualmente preso, acusado de roubo, estupro e tentativa dehomicídio.

Pela primeira vez, a Confraria do Garoto comemorou aniversário fora do Rio

Viaduto do Chá é palco

para festa de 12 anos

da Confraria do GarotoSÃO PAULO — Pela primeira vez, a Confraria do Garoto

—! formada por freqüentadores do Bar do Ernesto com idademédia de 50 anos, mas "idade mental de 13", como eles dizem

— deixou o Rio de Janeiro para comemorar seu 12° aniversáriovarrendo o Viaduto do Chá, em São Paulo, numa manifestaçãobem-humorada contra o mau olhado, por melhores salários edias "que nunca virão". Usando máscaras do prefeito JânioQuadros e do presidente José Sarney, o grupo espalhou incensono viaduto, jogou pétalas de rosa e ainda distribuiu aospaulistanos galhos de arruda-macho e santinhos de São Lalau, opadroeiro dos corruptos.

— Estamos trabalhando por um Brasil melhor — avisou oxerife do grupo, jornalista Nelson Couto. — Por isso, escolhe-mos São Paulo, que é a capital do trabalho. No Rio, nemadiantaria porque todo mundo vai mesmo é pra praia.

/ Depois de viajar a noite toda de trem, ocupando umvagão, os 13 membros e alguns suplentes da Confraria nãoperderam a disposição e o bom humor. Levando cartazes comos dizeres "Nem só de praia vive o homem" e "De Gaulle é quetinha razão, o Brasil não é um país sério", os garotos oferece-ram champanha de cidra e bolo — com o número 13 — aospaulistanos.

A manifestação começou pontualmente às 13h, mas aConfraria garante que "a superstição já era". As vassouras,todas muito usadas, não só simbolizavam a campanha eleitoraldo prefeito Jânio Quadros, mas também tinham como missão"espantar as bruxas". A manifestação foi encerrada pelo árbitrode futebol Luis Carlos Gonçalves, o Cabelada, que acendeuuma vela para o Corintians sob os gritos de "todo juiz é ladrão,Cabelada ainda não".

Os irmãos Nildo e Maria de Oliveira sãosuspeitos de afogarem gêmeos nüm balde

Perus ameaça linchar

família sob suspeita

de ter matado gêmeosSÃO PAULO — Primeiro ela perdeu os filhos, Patrick e

Samanta, gêmeos com 46 dias de vida, mortos por afogamentonum balde de lavar fraldas. Depois, Maria Alves de Oliveira,25 anos, auxiliar de laboratório, foi espancada pela políciapara confessar o assassinato dos próprios filhos. Agora, não sóela mas toda a família está sendo ameaçada de linchamentopela população de Perus, bairro operário do extremo norte deSão Paulo, palco da tragédia da madrugada do últimodomingo.

Maria denunciou que policiais de Perus a torturarampara confessar o crime. Dizendo-se ameaçada de morte, foimorar com a amiga Aparecida Benedita Bras — com quemdividia o aluguel da casa onde as crianças foram mortas — nobarraco dos seus pais, que fica numa favela próxima, do outrolado da linha de trem que liga Perus a São Paulo.

Ali, ontem, todos estavam em pânico. Segundo umadenúncia anônima feita à polícia, alguém viu um irmão deMaria, Nildo Alves de Oliveira, carregando uma máquina deescrever, um liqüidificador e um aparelho de som para a casade um amigo íntimo na madrugada de domingo — exatamenteos objetos que a mãe dos gêmeos afirmou terem sido roubadosda sua casa.

A denúncia foi divulgada por um programa policial degrande audiência na periferia de São Paulo (Gil Gomes, naRádio Record) e começaram as ameaças de linchamentocontra toda a família. Amontoados no pequeno barraco de seupai, o ajudante de caminhão Antonio Alves de Oliveira, queveio com a família do Ceará em 1978, Maria, a amigaAparecida e o irmão Nildo agora vivem trancados e assus-tados.

Maria e Aparecida, que moram juntas há quatro anos,foram ouvidas no inquérito policial na quinta-feira, acompa-nhadas de um advogado, e voltaram a negar a autoria docrime. "Eu e minha amiga jamais faríamos uma coisa dessas",jura Maria. Aparecida só ouve. Nada fala. Antonia, a mãe deMaria, não pára de chorar, murmurando: "Eram meusprimeiros netinhos, tinha tanto gosto de criar... estou sofren-do como Nosso Senhor Jesus Cristo sofreu na cruz". Nildo, oirmão, longas unhas pintadas e trejeitos afetados que lembramum travesti, garante que dormiu na casa dos pais na madruga-da de sábado para domingo.

LAURA MANSO MONTEIRO

DE BARROS(Vva. Marco Aurélio de Barros)

Io Aniversário

tSua

Familia, pranteando a saudade de suaquerida LAURA, convida para a Missa,que fará celebrar na Igreja Na. Sra. doCarmo (Rua 1o de Março), às 10,30 horas,

do dia 16 do corrente, pela passagem do 1oaniversário de seu falecimento.

Loteria

O primeiro prêmio da 2354a extração da LoteriaFederal saiu para o bilhete 53505, no valor de CZS1.600.000,00, vendido para Santa Catarina. Os outrossorteados foram os seguintes: 2o) 79937, CZS 100.000,00para São Paulo; 3o) 69709, no valor de CZS 60.000,00, saiupara Goiás; 4o) 53336, de CZS 40.000,00, foi para o estadodo Rio de Janeiro; e 5o) 12861, no valor de CZS 20.000,00,saiu para o estado de São Paulo.

Tempo

Roseana recebe alta e

embarca para Brasília

dizendo que está bem

SÃO PAULO — Mais magra, vestindo uma túnica lilás,calça da mesma cor, e ainda demonstrando sinais de abatimen-to, a filha è assessora especial do presidente Sarney, RoseanaSarney Murad, recebeu alta e deixou, ontem, às 10h20min oInstituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo,onde ficou 10 dias internada e se submeteu a uma cirurgia paraextirpar um pólipo do intestino grosso."Estou muito bem", garantiu Roseana antes de seguir parao Aeroporto de Congonhas, onde embarcou de volta a Brasília,"para descansar mais uns dias". A mãe, Dona Marly Sarney,que permaneceu esses dias com ela no hospital, declarou àsaída: "Graças a Deus, está tudo ótimo com a Roseana, correutudo bem, como atestam os boletins divulgados pela equipemédica".

Uma das principais intermediárias das articulações políti-cas do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional e aConstituinte, especialmente com os setores progressistas, Ro-seana disse que ainda não conversara com o presidente sobre opacote econômico divulgado por Sarney e o ministro BresserPereira, na noite e sexta-feira."Gostei muito", iimitou-se a afirmar sobre o pacoteeconômico, contando que assistira à divulgação pela TV, no seuapartamento, o 822 do Instituto do Coração. Roseana Sarneyinternou-se no Incor no último dia 3 e foi operada em seguida —a nona cirurgia a que se submeteu nos últimos anos — pelaequipe do gastroenterologista Silvano Raia, que assinou osboletins médicos divulgados nos últimos 10 dias.

Ontem, Roseana, a mãe e comitiva deixaram o hospitallevando muitas malas, uma sacola de mão cheia de presentes e,protegidas por uma dúzia de agentes de segurança da presidên-cia da República, dirigiram-se em quatro Opalas Comodoropara o Aeroporto de Congonhas, de onde seguiram paraBrasília.

Vagão se solta de trem

e três pessoas morrem

•em queda na ferrovia

SÃO PAULO — Três passageiros do trem de prefixo PA-05, que ia para Santa Fé do Sul, no extremo oeste do estado deSão Paulo, morreram ontem de madrugada, esmagados no leitoda ferrovia, depois de cair do último vagão, que se desengatoudo carro-restaurante. As causas do acidente estão ainda sendoapuradas pela Fepasa (Ferrovias Paulistas S.A.).

A composição deixara São Paulo e atingia, pouco antes das3h, o km 146, entre as cidades de Itirapina e São Carlos. Umforte solavanco assustou algumas pessoas que estavam no carro-restaurante e viram o último vagão de passageiros se soltar. Trêspassageiros caíram na linha, morrendo de forma quase instantâ-nea. Os mortos são Samuel Batista dos Santos, de 31 anos,morador em Jundiaí, Eduardo Diogo Costa, de 20 anos,morador em Campinas, e Edgard Robério Barbosa Tambulgari.

A frente fria, que ontem estava no Sul do país, deveprovocar, a partir de hoje, aumento de nebulosidade einstabilidade na região Sudeste. A massa de ar polar, queacompanha este sistema, irá causar declínio de temperatu-ra no Sul. Nas demais regiões predomina tempo claro.Apenas em algumas áreas do Norte poderá haver chuvasisoladas.No Rio e em Niterói

Nublado a encoberto, com chuvas etrovoadas isoladas. Temperaturaestável no início do dia e declinan-do após. Ventos Noroeste a Su-doeste, fracos a moderados, comrajadas ocasionais. Visibilidademoderada. Máxima: 35". em Ban-gu; e mínima, 16.4", no Alto daBoa Vista.

Precipitação das chuvas em mm

Normal mensalAcumulada no anoNormal Anual

43.2681.9

1075.8

Nasccrfl&s 06h3(>min® 801 Ocaso&s 17hl4minO Mar Prcamar Baixamar

Whllmin/l.lm Hh43min>t).2m '° 17hl6min/1.2m OOhlOminD.Gm

02h35min/l.lm llh22min/0.2mAn era15h27min/l.lm 18WXhnin/l.lmCabo 03hl8min/Um 10h45min/0.1mFrio 17hl5min/1.2m 23h37mia'0.hmO Salvamar informa que o mar está calmocom águas a 21° e banhos liberados.

A Lua

CheiaAte 17/06

26/06

DMinguante18/06

aCrescente04/07

Nos EstadosCondiçõesptc.nub.ptc.nub.pte.nub.pte.nub.pte.nub.pte.nub.nub.nub.nub.nub.nub.nub.nub.nub.nub.pte.nub.pte.nub.nub.pte.nub.pte.nub.pte.nub.pte.nub.nub.nub.nub.

No Mundo

Amsterda nublado 17 16Atenas nublado 34 28Berllm nublado 22 12Bonn claro 19 —BoROta claro 19 6Bruxelas nublado 17 13Buenos Aires claro 11 6Caracas nublado 32 19Genebra claro 24 11La Paz claro 11 4Lima claro 21 16Llsboa claro 24 13Londres nublado 17 10Madri claro 27 12Mexico claro 23 12Miami nublado 29 27Montevidtu claro 10 4Nloscou claro 22 10Nova Iorque nublado 23 19Paris chuvoso 21 10Roma nublado 30 17T6qulo claro 24 18Washington nublado

| 29 21

Rodoviários em greve

depredam 3 ônibus no

centro de Petrópolis

PETRÓPOLIS — Três ônibus da Viação Imperial foramdepredados, e um motorista, detido, durante o primeiro dia dagreve dos 720 rodoviários de Petrópolis que reivindicam ocumprimento do acordo salarial de janeiro e o pagamento dogatilho salarial de maio. A empresa pôs ônibus de 11 linhas emcirculação, com 16 rodoviários que não aderiram à greve. Osônibus das linhas Duque, Sargento Boening e Alto Independên-cia tiveram os vidros e faróis quebrados na Rua Paulo Barbosa,no Centro, onde têm o ponto final.

Apesar de a 4a Companhia da Polícia Militar (Petrópolis)ter solicitado a ajuda de 50 homens da tropa de choque do 15°BPM (Caxias), o tumulto terminou antes que o reforço chegas-se, às 9h, quando o empresário Paulo Amorim, dono da ViaçãoImperial, mandou recolher todos os ônibus. O motoristaidentificado apenas como Milton, da Viação Cascatinha, ficoudetido por meia hora num camburão da Polícia Militar porprovocar desordem no Centro da cidade, protestando aos gritoscontra os empresários. Ele foi liberado sem ser encaminhado 'adelegacia

J0SE CARLOS DA SILVAMACHADO

(MISSA DE 7° OU)José Carlos. Pedro Anselmo. Anna Virgínia e Carlos Alberto, convidamparentes e amigos para a Missa de 7o Dia em memória de seu queridopai e sogro JOSÉ CARLOS. 2a feira 15/06/87 às 18 hs na Matriz NaSa deCopacabana. R Hilário de Gouveia. 36

CHRISTOVAM LYSANDR0

DE ALBERNAZ

MISSA DE 30° DIA

tA

família GONÇALVES LYSANDRO

DE ALBERNAZ convida para a Missa

que, em memória do seu inesquecível

pai, sogro e avô CHRISTOVAM, será

celebrada às 10:00hs de 3a feira, 16 de

junho, na Igreja do Mosteiro de São Bento.

CHRISTOVAM LYSANDRO

DE ALBERNAZ

Missa de 30° Dia

tO

GRUPO LYSANDRO DE ALRERNAZ e aCOMPANHIA BRASILEIRA DE FOTOS-

SENSÍVEIS — BRAF, convidam para aMissa que, em memória do seu inesquecí-

vel Presidente CHRISTOVAM LYSANDRO DE

ALBERNAZ, será celebrada às 10:00 hs de 3a-

feira, 16 de junho, na Igreja do Mosteiro de São

Bento, Rua Dom Gerardo, n° 68 — Centro—RJ.

?

n

D

¦

JORNAL DO BRASIL Economia domingo, 14/6/87 ? 1° caderno ? 23

Informe Econômico BreSSCV prevê

inflação mClLOr GITl juilho

Omais importante executivo do Bank otAmerica no Brasil, Argentina e Uru-

guai, Joel Kom, acha ciue será bem aceitapelos bancos credores do Brasil a hipótesede conversão apenas dos juros da dívidaexterna, excluindo-se portanto o principal,como o Brasil pretende no seu plano denegociação. "Terá receptividade se for opagamento dos juros não remetidos esteano".

O Bank of America perdeu com oBrasil nesses primeiros meses de moratóriacerca de US$ 40 milhões c calcula perderoutros US$ 100 milhões se a suspensão dopagamento dos juros se estender até o fimdo ano. Korn reconhece que hoje é "ponto

pacífico" que o Brasil não vai pagar inte-gralnicnte os juros da dívida externa, niasele acha improvável que os bancos concor-dem com a retomada do pagamento só nopróximo ano. "O Brasil começa a melhoraro saldo e terá portanto chance de pagar pelomenos parte dos juros deste ano".

?O Bank of America depois de intensas

discussões internas, provocadas pela decisãodo Citibank, decidiu também aumentar suasreservas. Com medidas de ajuste internofeitas nos últimos meses, o banco já tinhacm reservas para créditos duvidosos US$ 1,1bilhão. Agora, passou esse total para US$3,3 bilhões.Na espera

Não bastam as recentes medidas de ajusteinterno para detonar os investimentos. Mesmo omais animado investidor e amigo pessoal dopresidente Sarney, comandante da Sharp MatiasMachline. está aguardando resoluções específicaspara desengavetar seu acalentado projeto de umafábrica de cinescópio.

Hoje, a única produtora c a Philips, mas sea Comissão de Política Aduaneira aprovar aredução da alíquota de importação de compo-nentes será deflagrada a concorrência. Machlineestá disposto a comprar a RCA — um negócioem torno de 5 milhões de dólares — e investirmais (í milhões de dólares para engatilhar oprojeto este ano.

DiferençasA fórmula de cálculo dos reajustes salariais

do pacote foi inspirada numa idéia desenvolvidapelo economista Eduardo Modiano, publicada naRevista de Pesquisa e Planejamento Econômico,de dezembro de 1985. Com duas diferenças:

O trimestre cuja média de aumentosreajustava mensalmente os salários era o imedia-lamente anterior, nos cálculos do professor Mo-diano. Assim, o índice de reajuste para agostoera a média dos aumentos de preços do trimestremaio-julho. Na fórmula do governo, outubroainda estará sendo reajustado pelo trimestremaio-julho.

A segunda diferença é que Modiano desen-volveu a teoria — segundo explicam seus colegasda PUC — como uma forma de manter o salárioreal. A do governo não tem tão generosospropósitos.Atropelos

Os bastidores do Plano Cruzado — o pri-meiro — eram a grande atração do programa"Canal Livre", que irá ao ar amanhã na TvBandeirantes. O plano Bresscr trouxe o maiortumulto, pois o ex-ministro Dilson Funaro gra-vou o programa antes do anúncio do NovoCruzado. Até o final da tarde de ontem, aBandeirantes tentava, sem êxito, trazer Funarode volta de seu retiro prolongado para

"atuali-zar" sua rcccitadc uma saída para o Brasil.

O programa Crítica c Autocrítica está com omesmo problema. Tinha gravado longa entrevis-ta com Mario Henrique Simonsen. Só que antesde tudo.No ponto

Mesmo empenhado cm não emitir sinais deque preparava um novo congelamento, o minis-tro Bresscr Pereira não conseguiu esconder ocontentamento no meio da semana passadaquando foi visitado pelo economista AntonioBarros de Castro, da UFRJ, com dados mostran-do a convergência dos preços.

Ficou claro então para o economista que onovo choque não iria demorar muito.Erro histórico

Nenhum plano econômico até agora corri-giu o que o empresário Jorge Simeira Jacob,presidente do Grupo Fenícia, chama de "errohistórico": o tamanho e a interferência do Estadona economia. Não bastam, em sua opinião,pequenas correções do rumo."Precisa acabarcpm o FND, reduzir o IOF e o compulsório dosbancos, descolar a economia e cortar de fato asdespesas dos estados c municípios".Plenos poderes

Um economista carioca telefonou na sexta-feira para um amigo recem-empossado cm cargona Sunab e quis saber como ele estava admints-trando a máquina semidesmontada de controlede preços c que mal conhecia.

O noviço respondeu:Estou aqui brincando de Deus.

ConflitoO ministro Bres- tativa do congelamen-

ser Pereira afirmou tü A Justj entcndeque os preços que va- ,lem nos pontos de ven- ,! j . •da são os de promo- f|X'>dos c, se a determi-ção. Mas há interpre- "-''Çâo do ministro per-tações jurídicas que mancccr, há quementram cm choque acredite numa chuvacom a determinação de ações dos comer-do ministro. Não foi dantes, querendo ga-toa que os comercian- rantir seus "direitos",tes usaram do artifício Se é que se pode cha-da promoção na expec- niar assim.

Na dúvidaNa coletiva que concedeu em Porto Alegre,

o líder do PFL no Senado. Carlos Chiarelli, disseque estava no Rio Grande do Sul para anunciar aliberação de CZ$ 500 milhões do Ministério das-Minas e Energia para a usina Candiota 2, locali-zada em Bagé. "Com a decretação do novo planoeconômico do governo, prefiro deixar para vercomo fica essa questão, para fazer ou não oanúncio."

Miriam Leitão

Brasília — José Varella

PLANO BRESSERBRASÍLIA — Oministro da Fazenda,Luiz Carlos BresserPereira, garantiu on-tem que o congela-mento de preços de-rretado pelo governona sexta-feira não serárígido e que serão res-peitadas as leis demercado.

Ninguém vaiter preços engessados,que é o que leva aoágio e ao desabasteci-mento — disse em en-trevista coletiva, no ministério.

Os juros e o câmbio também ficarão livres,mas os salários permanecerão congelados porperíodo, ainda indefinido, de no máximo trêsmeses. Bresser previu que a inflação de julhoficará abaixo de 2%, mas o índice de junho —que incorporará todos os aumentos de preçosconcedidos pelo governo na véspera do conge-lamento — será muito maior do que o demaio, de 23,2% que já foi um recorde.

O plano de controle macroeconômico queestá sendo elaborado pela equipe da Fazendapretende reduzir o déficit público de 6,7%para 3% e 3,5% do Produto Interno Bruto(PIB). O nível atual do déficit foi classificadocomo uma "loucura" pelo ministro e decorreudo desequilíbrio das finanças dos estados, dainflação — que reduziu a receita tributária — edo subsídio ao crédito agrícola. Uma reduçãomaior do déficit agora "não será realista", masesta será a meta cm 1988.

Ao longo desta semana deverão ser cria-das comissões municipais para fiscalizar ospreços e qualquer infração, segundo o minis-tro. será comunicada à Sunab, ao promotorpúblico e ao delegado de polícia, se for o caso.

Apesar das medidas tomadas pelo gover-no, a inflação deste ano não será inferior a200%, de acordo com o ministro, que pediuajuda à população para que o novo congela-mento de preços apresente resultados con-cretos.

Isso vai exigir alguns sacrifícios denossa parte. Vamos tratar de fazer sacrifícios erealmente acreditar neste plano, que é funda-mental — enfatizou.

Bresser voltou a afirmar que a aproxima-ção com o Fundo Monetário Internacional(FMI) será apenas nos termos do artigo 4 dainstituição, que prevê a elaboração de relato-rios periódicos sobre a economia brasileira,mas sem monitoramento.

Não vamos fazer carta de intenção aoFMI e nos submeter a uma série de condido-nalidades que o FMI possa impor. Estamospontos para uma reaproximação com o FMI apartir de iniciativa dele.

Quanto ü moratória, disse que não faz omenor sentido o Brasil suspendê-la agora,porque o país não tem condições de pagar os 4bilhões 300 milhões de dólares de juros quevencem neste ano. O ministro adiantou queentre 1987 e 1988 o Brasil quer rcfinanciar 7bilhões 300 milhões de dólares de juros, rene-gociando o estoque da dívida com a reduçãodos spreads (taxa de risco cobrada pelos ban-queiros internacionais), a exemplo do queconseguiram a Argentina c o México.

Eis os principais pontos da entrevista doministro:• Salários — "O plano que nós elabora-mos estabelece uma redução grande na taxa deinflação, que vai permitir que os trabalhadorestenham um ganho real de salário. Com ainflação de 20%, o poder aquisitivo dos traba-lhadores ia diminuindo, até se recompor atra-ves do gatilho,- mas a inflação continuava

tjjj

I '* A'-*"

\v

jmnn\

w"

Bresser Pereira afirmou que o congelamento de preços não será rígido, para evitar o ágio

comendo seu poder aquisitivo c ele voltavapara o ponto de perda. O salário médio real,portanto, ficava entre os dois picos, o dereajuste e o de maior perda. Com a inflaçãomenor, a perda do poder aquisitivo dos salá-rios torna-se menor. E isto para o mês dejulho, porque em junho ele ainda receberá os20% de aumento, que é o último gatilho. Ostrabalhadores ganharão, portanto, e não per-derão com o novo Plano Cruzado."

— Se o congelamento for de 75 dias e. nofinal do mês de agosto, a inflação ficar cm 1%c a de julho em 2%, em setembro, outubro cnovembro, o aumento dos trabalhadores seráde 1,5%, que é a média dos dois números,durante o congelamento.

Recessão — "Estou absolutamenteconvencido de que a linha recessiva da econo-mia, que estava clara, vai reverter, porque acausa fundamental era a falta de consumo c deinvestimentos. A classe média estava colocan-do dinheiro na poupança em vez de consumircoisas necessárias, e os empresários não invés-tiam mais nada, porque havia uma enormeinsegurança, uma taxa nominal de juros altíssi-ma. e as empresas pequenas estavam entrandocm falência. Não era possível haver crcseimen-to, e o setor privado estava totalmente parali-sado. Com a inflação totalmente contratada,haverá uma retomada do investimento e umacerta retomada no consumo — não comoaconteceu no Plano Cruzado — e a ccnomiasai da recessão."

Aluguéis — "Em relação aos alu-guéis, a situação é muito complicada. Nãotemos soluções fáceis para o problema dosaluguéis, infelizmente. Há aluguéis incrível-mente baixos e que não podem ficar assim e háaluguéis incrivelmente altos que também nãopodem ficar assim. Não faz sentido. O conge-

lamento termina junto com os demais preços eé muito difícil encontrar soluções quandoterminar o congelamento, será a lei que jáexiste, ou que vier a ser feita, que irá resolvero problema e um pouco o mercado também.

Poupança e compras a prazo— "O redutor da Tablita de Conversão abran-ge todos os contratos prefixados e aqueles quetiverem cláusula de correção monetária nãoserão modificados, porque a inflação baixa e acorreção também. A caderneta de poupançaestá absolutamente garantida e continua aregra da correção monetária plena e a alterna-tiva da LBC."

Comissões municipais — "Na

próxima semana, será baixado um decretoconstituindo comissões municipais para fazer oacompanhamento dos preços, da fiscalização elevar os problemas á Sunab, ao promotorpúblico e ao delegado de polícia dependendodo caso. Compreendo que a população estejaum pouco ressabiada, porque o Plano Cruza-do, afinal, fracassou. Estou absolutamenteconvencido, no entanto, de que este plano nãovai fracassar e que todos os erros cometidos noPlano Cruzado náo serão cometidos desta vez,não vamos permitir o excesso de demanda,nem o engessamento da economia e o desres-peito total do mercado que aconteceu no outroplano. É fundamental que a população ajude acontrolar."

FMI — "O fundamental para um relato-rio positivo do FMI é que apresentemos agoraum plano de controle macroeconômico coe-rente e capaz de alcançar um superávit comer-ciai razoável de 8 bilhões de dólares neste anoe uma redução do déficit público, de 6,7% doPIB para 3% ou 3,5%. Certamente, o FMI vaiquerer uma redução violenta do déficit, quenós não poderemos fazer para que não nos

custe uma recessão, que está fora de cogita-ção. O plano de estabilização vai ajudar nanegociação, porque é difícil o Fundo fazer umacordo com alguém que tenha uma inflação de20%. Com o congelamento, a receita doEstado aumenta porque a defasagem do prazode cobrança e de recolhimento dos impostosfica menor, com a inflação menor. Haverá umaumento de receita real, que diminui o déficitpúblico e ajuda a fazer um relatório que oFundo aceite mais facilmente. Vamos fazer umplano de acordo com nossos interesses, oFundo aceita ou não aceita. É problemadeles".

Moratórias — "Não podemos pagar100% dos juros devidos este ano c mais 100%do próximo ano c. por isso. precisamos de umrefinanciamento de 7,3 bilhões de dólares.Antes desse refinanciamento não podemossair da moratória, porque não somos irrespon-sáveis. Os credores sabem disso e nós também.Estamos pagando spreadde mais de 2%. o queé um absurdo, porque o razoável seria o que aArgentina e o México estão pagando, emboraseja alto. Só saímos da moratória fazendorenegociação do principal da dívida com prazode carência e muitos anos para pagar. Se oscredores concordarem com isto. teremos gran-de interesse em sair da moratória. O interesseé nosso, mas também é deles".

Câmbio — "A desvalorização ficará cmtorno de 9%. 9 e poucos. O número exato saiterça-feira. Serão mantidas as desvalorizaçõesdiárias em níveis baixíssimos porque a inflaçãoserá mínima. Esta é uma taxa realista com umapequena folga, que é importante para o Brasil— repetindo o exemplo do Japão — para queo país possa exportar sem problemas cambiaissérios, o que foi um instrumento fundamentalpara o desenvolvimento econômico japonês".

Aumentos de 12-06

leite. .0,53

pao .1,43

farinha de trigo 0,51

gasolina ,0,01macarrao 1,00

gás de cozinha 0,200,67energia elétrica

transportes urbanos (1) 1 >20

total. .5,50

Fonte: Francisco ilc Assis Mello

Peso de 8 produtos é 5,5%

Novos aumentos

empurram índice

a nível recordeinflação de junho ganhou um fortíssi-mo empurrão rumo às alturas com a

decisão governamental de aumentar, antesdo congelamento, uma série de produtos. Osreajustes de um grupo de oito mercadoriasacrescentarão um impulso de 5,5% na infla-ção de junho, que deverá ser superior a 20%.Pelos cálculos elaborados pelo ex-superintendente de Contas Nacionais eAgregados Macroeconômicos do IBGE, ccriador do INPC, Francisco de Assis Melo, omaior impacto ficará por conta dos transpor-tes urbanos que, caso sejam reajustados em20%, responderão por um aumento de1,20% no custo de vida.

A inflação de junho — que será calcula-da pela variação dos preços médios entre 15de junho e 15 de maio — vai gerar umresíduo para reposição salarial futura (con-forme os termos do novo decreto presiden-ciai) muito elevado, que será aplicado apartir de salário de outubro próximo. Avariação do custo de vida só não será maiorainda porque uma série de aumentos depreços realizados na sexta-feira última nãoentrará no cômputo da inflação de junho. Eo caso do aço, que náo entra diretamente nocálculo do índice de Preços ao Consumidor,mas é registrado indiretamente pela variaçãode produtos vendidos ao consumidor. Oaumento do aço, portanto, seria sentido nomês seguinte. Como, porém, o congelamen-to se estende até setembro, somente emoutubro o aumento do aço seria incluído nocusto de vida.

Impacto em São Paulo chega a 4%

SÁO PAULO — Os últimos aumentos(telefone, pão, combustíveis e outrositens) terão um impacto de 4% na taxa docusto de vida do paulistano com rendafamiliar entre dois e seis salários mínimosnos próximos 30 dias, segundo avaliaçãodo coordenador adjunto do índice depreços ao Consumidor da Fundação Insti-tuto de Pesquisas Econômicas (Fipe).Heron Esvael do Carmo.

O economista disse que a Fine man-tém a expectativa de que em junho o seuíndice venha a ser inferior ao de maio(quando houve a taxa recorde de2o,49%), porque a contribuição de itenscom preços reajustados esta semana serácompensada pelo fato de o congelamentoenglobar os últimos 15 dias deste mês. Deacordo com os cálculos de Heron, a

participação dos produtos que obtiveramreajustes na taxa da Fipe será esta: leite(0,50%), pão (0,70%), energia (0,70%),telefone (0,40%) e combustíveis(0,65%).

Heron, que prefere falar cm tabela-mento e não congelamento entende que oefeito do pacote é mais de ordem psicoló-gica do que prática,

"já que o mercado

está praticando preços diferenciados paracada produto". Na sua opinião, em vezde partir para supertabelas, o governodeveria elaborar uma tabela inteligente eprática, que englobasse apenas os produ-tos de controle mais viável — e de maiorinteresse para os consumidores — como opão, o leite, o sabão em pó, a cerveja e oaçúcar.

Arrocho salarial — Para He-

ron, um fato que deve colaborar para quea política de tabelamcnto de preços consi-ga algum efeito positivo foi a maneiraencontrada pelas autoridades para fazeros ajustes. Depois de deixar os preçoscorrerem desenfreadamente — principal-mente a partir do anúncio do próprioministro Bresser Pereira de que haveriaum novo congelamento —, o governodecidiu promover um arrocho salarial, aoacabar com a política do gatilho e ignorarmetade da inflação de junho para efeitosde cálculos dos salários daqui a 90 dias."O governo vai jogar os aumentos debai-xo do tapete", resume Heron.

"Se com o plano Cruzado o governoreajustou os salários em 8% e o saláriomínimo em 15%, aumentando a massa de

salários, agora fez o contrário, diminuin-do ainda mais o poder de compra dotrabalhador, que já estava com perdasprovenientes dos resíduos que sobravamdepois da aplicação do gatilho . Comisso. segundo Heron, os preços de váriosprodutos poderão ser ajustados em razãoda queda de demanda.

Heron alerta para a possibilidade deo governo, se não for eficiente na admi-nistração do tabelamcnto, enfrentar umproblema que lhe trouxe aborrecimentosno início do plano Cruzado: enquanto oIBGE (que mede a inflação oficial) regis-tratava taxas baixas e até negativas, aFipe (a exemplo do Dieese) apuravaaumentos, detectando a cobrança deágios em vários produtos.

OFOiaaE

AS PIADAS

ASEST0RI&

SANDRO MOREYRA

JORNAL DO BRASIL

ET— \<*fr24 n Io caderno ? domingo, 14/6/87 Economia JORNAL DO BRASIL

Salários ficarão sem reajuste durante cinco meses

BRASÍLIA— PLANO BRESSEROs salários con-gelados por 90dias perderão,na verdade, co-mo se ficassemparalisados porcinco meses, se-gundo concluí-ram os econo-mistas do Con-selho Regionalde Economia deBrasília. Alémdos 120 dias emque terão sala-rios congelados, os assalariados nãoreceberão pelas perdas ocorridas emjunho, com a inflação do mês, e só nofinal de outubro começam a ser repôs-tas as perdas ocorridas durante o con-gelamento.

O governo determinou que os sala-rios não teriam compensação pelosaumentos de preços ocorridos até o dia15 de junho, incluídos os autorizadosde última hora. como leite (26.7%),pão (35,7%) e combustíveis (cerca de13%, em média). Foi mais generosocom as empreiteiras: no 2" parágrafodo artigo 14 do decreto-lei do novoCruzado, ele determina que "os preçosde obra. fornecimento e serviços pres-tados" poderão, após o congelamento,aplicar a inflação de junho em seusreajustes.

Outra causa das perdas provocadasnos salários foi a decisão do governode conceder apenas 20% de reajuste,da escala móvel, e pagar só em seisvezes, só após o congelamento, o resí-duo inflacionário — a inflação acumu-lada desde a última data de reajuste,que não foi compensada com a escalamóvel. Quem mais perdeu com issoforam os quase 2 milhões 500 miltrabalhadores com data-base cm outu-bro. que acumularam, de cara, 23,57%de resíduo e aumento de preços nãocompensados no salário. Somados àsperdas sofridas nos últimos oito mesese meio, esses trabalhadores estão comseu poder de compra reduzido à meta-de, desde seu último reajuste salarial.

O cálculo é do Conselho Regionalde Economia do Distrito Federal, que,

como outras equipes de economistas,dentro e fora do governo, pôs suascalculadoras para funcionar assim queforam anunciadas as novas regras depolítica salarial. Parte das perdas dostrabalhadores será compensada com adevolução, em seis parcelas, do resí-duo inflacionário.

Só quando for conhecida a infla-ção de junho, os trabalhadores pode-ráo calcular exatamente quanto per-deram com o novo Cruzado. Esseaumento de preços simplesmente nãovai ser compensado; é perda de poderde compra. Ela ficou maior com osaumentos de última hora autorizadospelo governo: bens de primeira ne-cessidade, como o pão francês e oleite, que aumentaram respectiva-mente 26,7% e 35,7%, e insumosbásicos, como o aço. Pelas regras depreços em vigor, as empresas queusem esses insumos básicos poderãorepassar esses aumentos aos seus pre-ços, após o congelamento.

Continua livre a negociação sala-rial e as perdas,segundo argu- ~mentam os técni-cos do governo,poderão ser com-pensadas nas da-tas de reajuste(data-base) decada assalariado.Não há garan-tias, porém, que,com os preçoscongelados, asempresas acei-tem conceder au-mentos além dosprevistos em lei,nem se sabe se aJustiça do Traba-lho julgará legaisas greves por au-mentos reais du-rante o períodode congelamen-to. A todos ostrabalhadores,portanto, é asse-

gurada a reivindicação de reposiçõessalariais, inclusive aqueles com data-base durante o congelamento. O go-verno espera que. com a ameaça derecessão e desemprego, as movimen-tações sindicais se restrinjam.

Com inflação baixa, inferior a 7%ao mês. os trabalhadores teriam rea-justes só a quatro meses, caso fossemantida a escala móvel — que sógarante ajuste automático quando ainflação acumula 20% desde o últimoreajuste. Agora há o reajuste mensal,com base em um novo índice criadopelo governo: A URP. Durante trêsmeses se verifica a inflação de cadamês. tira-se a média, essa média éque é a URP, que vai ser usada a cadamês, nos três meses seguintes paracorrigir o salário. Se a inflação cres-cer, ainda que aos poucos, a URP ésempre menor que o aumento dospreços. Quanto maior for o aumento,maior a diferença entre o reajuste dossalários e dos preços. Maior é oarrocho.

Acréscimo nos saláriosa partir de outubro

Data-base Resíduo (%) Pago em 6parcelas (%)

Janeiro 9,44 1,51Fevereiro 12,42Março 18,41AbrilMaioJunhoJulhoAgosto.

3, 5..2,68..

7,77..6,51.,

1,972,860,570,44

1,251,06

Setembro 4,74 0,77Outubro 23,57 3,59Novembro 21,26 3,26Dezembro 17, 2,71

Junho não tem resíduo porque os trabalhadores negociaram na data¦base e a escala móvel zerou para eles. Para se calcular a parcela pagaem seis meses não se divide o resíduo por seis: usa-se as regras daprogressão geométrica, extraindo a raiz sexta do resíduo.

Pazzianotto

nada sabia

sobre plano

BRASÍLIA — O ministro do Traba-lho, Almir Pazzianotto, não teve qual-quer participação no Plano Bresser Perei-ra. Sua única proposta — a de que oreajuste mensal fosse feito com base nainflação dos dois últimos meses, e nãotrês, como prevê o decreto do novochoque — foi rejeitada. Até a sua grandeconquista na adoção do primeiro PlanoCruzado, no ano passado — a escalamóvel — saiu de circulação. Mesmo as-sim. o ex-advogado do Sindicato dosMetalúrgicos de São Bernardo do Campo(SP) defende calorosamente o novo pia-no que, a seu ver. vai afastar um fantas-ma: "o maior arrocho salarial seria arecessão".

Pazzianotto só foi comunicado dadecisão do governo às 23 horas de quinta-feira, quando o plano já estava sendoredigido na casa de Bresser. Na manhaseguinte, fez apenas um rápido comenta-rio com seus assessores: "Isto está muitoesquisito...".JB — Qual ;i su:i opinião sobre o planoeconômico do ministro Bresser Pereira'.'Pazzianotto — Havia necessidade de al-guma medida governamental para a con-tenção da inflação e do aumento do custode vida. A sociedade estava rcivindican-do, a imprensa, os empresários, todosestavam extremamente apreensivos coma situação criada no campo econômico.Até entre os trabalhadores já se nota-vam, já se registravam, por um lado,sinais de descontentamento pelo fato de ainflação ir além dos 20%; a reposiçãodeterminada pelo método em vigor eraparcial. Em outros setores já se registra-vam negociações abaixo do gatilho dos20%. A situação já preocupante dasempresass e a possibilidade de perdas depostos de trabalho. O plano, nestas con-dições, foi pedido pelo presidente daRepública, c formuladas as condições já -conhecidas.JB — O plano é satisfatório?Pazzianotto — É um plano que pretenderesultado em um prazo relativamente

Arquivo — 5'3'87

Almir Pazzianottocurto, por isto é que estabelece o conge-lamento de preços por um período máxi-mo de 90 dias, com a previsão de seratenuado a partir de 45 a 60 dias.JB — O sr acha que os trabalhadoressofrerão perdas salariais'.'Pazzianotto — O plano tem como objeti-vo evitar que se avolumassem as perdas.Seja de salário, seja de emprego. A perdamaior que o trabalhador acabaria sofren-do, a persistir o quadro inflacionário,seria a perda do emprego. Não há arro-cho mais doloroso e mais profundo doque a perda do emprego. Os resultadosdo programa nós vamos observar nospróximos 40. 60, 90 dias. Acredito queeste programa, ao estabelecer esta corre-lação entre salários e preços, vai possibili-tar que os reajustes dos salários acompa-nhem os reajustes dos preços, ou que osreajustes dos preços não se sobreponhamaos reajustes de salários.JB — O plano Bresser. no que dizrespeito:) parte salarial, está sendo muitocriticado, não apenas por economistascom posições bastante heterodoxas, co-mo c o caso do diretor do DIEESE.Walter Barclli. mas também por econo-mistas ortodoxos, como o ex-ministro catual deputado Delfim Netto. Eles consi-deram que o plano resultará num arrochosalarial. Parece que o governo está sozi-nho na defesa da política salarial estabe-tecida pelo plano -Tãzzianotto — Não sei se na situação decrise cm que o país está embrulhadohaveria uma outra fórmula capaz de seevitar de maneira plena a ocorrência deárea de descontentamento. Aliás, o Pia-

no Cruzado também ensejou muitas críti-cas à época do seu lançamento. Só muitotempo depois verificaram que era umaboa coisa. O governo deve estar prepara-do para realizar pequenos ajustes, se semostrarem indispensáveis. Entretanto, aconcepção do programa, no que se referea salário, é melhor do que o gatilho, umavez que determina reajustes mensais in-dependentes da taxa de inflação. Quandolançou o Plano Cruzado e a inflação caiua zero. criticou-se muito o fato de que oreajuste só se daria quando a inflaçãoatingisse 20%. alegando-se que passa-riam muitos meses para que se tivesse oprimeiro reajuste. A disparada da infla-ção tornou o reajuste mensal insatisfatõ-rio. Com isto, se conclui que o erro nãoestá no sistema de ajuste, e sim nainflação.JB — Este plano está todo montado naperspectiva de redução da inflação. Nocaso disto não ocorrer, o trabalhador nãoficará muito vulnerável a este novo siste-ma. já que o seu reajuste será feito pelamédia du inflação dos últimos três meses?Pazzianotto — Toda a inflação é muitoarriscada. O risco está na inflação e nãono plano.JB — O salário mínimo como fica ?Pazzianotto — Era o reajuste da escalamóvel, como os outros salários e passarápara CZ$ 1.969,92. -E a regra será amesma dos outros salários.JB — Unia outra questão se refere aos 12dias do mês dc junho que não foramconsiderados no reajuste do gatilho eforam excluídos dos salários dos trabalha-dores. Como será resolvida esta perda ?Pazzianotto — Eu não tenho esta perdacomo definitiva. É só uma questão a sercuidadosamente vista. Acho que é preci-pitado afirmar que há esta perda.JB — Mas já foi instituída esta perda ouhá alguma forma de os salários recebe-rem estes 12 dias?Pazzianotto — Precisa ser examinado. Euentendo que deve ser encontrada umasolução. Não sei se isto está expresso notexto. Tenho a impressão que o texto nãoimpõe perdas a ninguém.JB — Para o senhor, não houve arrochosalarial...Pazzianotto — Não está nos planos doGoverno realizar arrocho salarial. O ar-rocho vinha sendo realizado pela infla-ção, que estava colocando o país na rotada recessão. Este sim, é o pior dosarrochos.

Mínimo é o

mais baixo

desde 1947

TO RASÍLIA — O novo planoeconômico congelou também a

promessa do presidente Sarney derecuperar o poder aquisitivo do salá-rio mínimo: com o congelamento dcsalários, o mínimo recebeu apenas oreajuste de 20% da escala móvel emais 48 centavos de arredondamen-to, aumentando para CZ$ 1.970,00.Comparado com o seu poder decompra no passado, foi instituídopelo governo o mais baixo saláriomínimo da história do Brasil.

Se alguma das quase 2 milhõesde pessoas empregadas com saláriomínimo na carteira de trabalho rc-solver comprar, diariamente, um li-tro de leite e dois pãezinhos terá degastar mais dc um terço de seusalário. Com os novos aumentos doleite e do pão francês, que, no Rio,estão custando respectivamente CZ$16,60 (o litro, tipo C) e CZ$ 1,90, ogasto mensal do trabalhador só comum litro de leite e dois pães diáriosserá de CZ$ 555.00.

Criado em 1947, com o objetivode atender às necessidades essen-ciais de sobrevivência de um traba-lhador e sua família, o salário mini-mo deveria garantir o custo do trans-porte, alimentação básica, saúde,educação, vestuário e lazer. Ele che-gou ao seu nível máximo em 1956,quando valia CZ$ 3,80, ou, segundoos cálculos do Conselho Regional deEconomia do Distrito Federal, CZS5.300,00. Em cruzados de hoje, com-parado com esse salário, o recém-

criado salário mínimo do Cruzado IIIrepresenta 37% daquele valor.

O fantasma do excesso de con-sumo que assombrou o primeiroCruzado impediu que o ministro daFazenda, Bresser Pereira, concedes-se qualquer tratamento diferenciadopara o mínimo, ao contrário do queaconteceu em 1986, quando, comoprova da opção do governo pelosmais pobres, foi concedido ao mini-mo um abono de 15%. Os trabalha-dores com esse salário ganham, ago-ra, um acréscimo de 48 centavosacima dos 20%<, apenas para que sepudesse obter um número redondoquando se dividir o mínimo por 240e se encontrar o salário-hora. Ahora do trabalhador que ganha salá-rio mínimo é de CZ$ 8,21.

Os efeitos do aumento do salá-rio mínimo se estendem além dostrabalhadores com carteria assinada:segundo estudo do Ministério doTrabalho, pouco mais de 17 milhõesde trabalhadores, ou 32,7% das 53milhões de pessoas ocupadas naeconomia, ga-nliam até um sa-lário mínimo.São trabalhado-res rurais ou em-pregados no se-tor informal daeconomia, comoempregadas do-mésticas, serven-tes c operáriosde construção,sem carteira detrabalho assina-da. Essas pes-soas também so-frem indireta-mente os efeitosdos aumentos —

ou perdas — no salário mínimo.Pelas novas regras salariais, o

salário mínimo perdeu pelo menos18,41% de seu poder de compra,que é o resíduo inflacionário, oaumento de preços que superou os20% de reajuste do gatilho para ostrabalhadores com salário reajusta-do anualmente em março. Alémdisso, o governo não vai considerar,para o reajuste salarial, os aumentosocorridos no primeiros dias dc ju-nho, que se incorporam definitiva-mente às perdas salariais.

Só o resíduo será reposto, mascm seis prestações após o desconge-lamento dc preços. Os 18,41% sãodivididos cm seis meses pelas regrasda progressão geométrica, o quedará acréscimos mensais de poucomenos de 3% para o salário mínimo,a partir de setembro. A partir dessemês, o mínimo será reajustado tam-bém pelas novas regras salariais:calcula-se a média da inflação cmtrês meses e usa-se esse índice parareajustar o mínimo, mensalmente,nos três meses seguintes.

Evolução do salário mínimo real

ANOS/MESES SALARIO MÍNIMO índice(A PREÇOS

DE JUNHO) +Média Anual 1956 5.300,00 100Média AnuaM 986 2.707,00 51,09Janeiro 1987 2.516,44 47,48Março 1987 2.736,92 51,64Maio 1987 2.251,44 41,48Junho 1987 1.970,40 37,18

+ Calculado pelo Conselho de Economia do Distrito Federal,usando-se o IGP para medir as perdas de poder aquisitivo cestimando-se uma previsão de ll.8rr para a inflação nos primeirosdias de junho. O salário a preços dc junho não pode ser confundidocom salário nominal. Enquanto que o mínimo, em janeiro, era deCZS 964,80. esse salário, a preços de junho, tinha o mesmo poderaquisitivo que CZS 2.516.44, hoje, por exemplo.

Intensivo especial para o magistério. Só 80 vagasA Dearau Cultural irucia. dia 20, uma turma especial para o concurso do magistério do Município Concurso está confirmadoPressão 1 500 vagas Olima oportunidade para os professores Comece a se preparar |á Prova será no final de outubro. Intonsivoespecial só aos sábados Temos tambóm coleçSo especial de apostilas. Informações Praça Mahatma Gandhi, 2/2° andar * Cinelèndia •220-5715 e 220-7235

SAÚDE AOSEU

alcance^HUGVÍt

PLANO \ * ^em car®nc'a (nos Centros Médicos)

PA! / * Consultas e exames sem limite

/ • Sem taxa de inscrição

PLANODAME

Totalmente sem carência para omínimo de 15 funcionários

IASESJOTA& |X7HNAI, r»o HWAWIL

262-^06

Golden CrossPLANO \ • Livre escolha de médicos assistência internacional de súde

V5P / hospitais no Brasil e no Exterior Saúde em primeiro lugar.

Bacha prevê o

"maior baque"

dos salários

Arquivo — 10 5 87

a,

O ex-presidente do IBGE, eco-nomista Edmar Bacha, disse que osassalariados vão sofrer o "maior ba-

ue" com o novo plano econômicoo governo, lembrando que já esta-

vam "entre a cruz e a calderinha".Embora considere ben-vindas as me-didas, ressalta a necessidade dc segarantir que os preços deixem efeti-vãmente de subir. Para isso serápreciso reduzir o déficit público eevitar burlas no congelamento.

Edmar Bacha está muito prcocu-pado com as mudanças anunciadaspara o indexador. Para ele, a decisãode excluir os primeiros 15 dias de

jlllp

Edmar Bacha

junho e os reajustes autorizados docálculo da inflação constituem "umamedida dura". "Se a inflação nãocair, o salário cairá porque ele nãoestá sendo defendido da inflação quejá houve", diz o economista.

O ex-presidente do IBGE achaque há "uma incongruência na mu-dança de indexador". A LBC terá 30dias e o INPC apenas 15 dias. Epreciso que o cômputo da OTN sóinclua os últimos 15 dias da variaçãoda LBC, caso contrário vai geraruma distorção na remuneração dascadernetas dc poupança".

Bacha também espera que a mu-dança de indexador não afete osprocedimentos atualmente adotadospelo IBGE para o cálculo do INPC edo IPCA. O economista defende amanutenção desses índices nos mes-mos períodos de coleta em que sãofeitos atualmente, dc 1° a 30 de cadamês.

Chico Lopes

diz que ajuste

agora é melhor

O economista Francisco Lopes, umdos autores do Plano Bresser, disse on-tem que os técnicos que participaram daformulação do plano "têm a clara cons-ciência que a discussão do "roubo" desalário vai acontecer exatamente comoela aconteceu com o Cruzado". Lopesjustificou que existe lima convicção naequipe de governo que o plano não vaiproduzir redução de salário real.

Seria uma estupidez fazer um pro-grama para gerar uma redução da massasalarial num país que já está com aeconomia desaquecida. Seria uma políti-ca suicida — disse. Sustentou que aqueda da inflação que o programa dogoverno vai gerar tende a aumentar opoder de compra do trabalhador.

A maior vítima da inflação altasempre é o trabalhador — justificou-se.

O economista revelou que o esquemade reajustes dc salários e preços adotadono plano Bresser é o mesmo propostopelo economista Eduardo Modiano. da

Arquivo — 5 3 07

Francisco LopesPUC do Rio, num trabalho escrito em1985, quando ainda era sócio de Lopes naempresa de consultoria Macrométrica.Francisco Lopes disse que desde aquelaépoca sempre teve a convicção de queesta é a melhor saída, e que. por isso, jáestava no Plano Sayad.

— Eu não tenho a menor dúvida queé o melhor esquema. Ele permite reajus-tes mensais do salário sem criar umaeconomia instável que reajustes mensaispoderiam produzir — explicou. — Se nósqueremos consolidar um patamar inercial

de 3% de inflação ao mês nós temos quedar reajustes no máximo de 3% ao mês.

O economista entende que é melhoro esquema do "repasse gradual" para otrabalhador porque a perda mês a mês émenor do que 110 esquema do gatilho de209c e é benéfica para a economia porquenão faz o represamento. "E melhor terreajuste gradual, com o salário indo atrásdo custo de vida do que ficar com estesreajustes represados e de repente dar umaumento de 20%, porque aí esse aumen-to detona uma inflação de 20%". alegou.

Inflação de

junho não vai

ser compensada

A inflação de junho — que deveráser a maior da história econômica doBrasil — não será compensada por qual-quer política salarial da Nova República,nem sob a forma de gatilho salarial nemdentro da nova fórmula de Unidade deReferência de Preços com base trimes-trai. "Vai sumir a reposição de um mêsdc inflação. Este é um arrocho salarialimplícito, disfarçado", denuncia o diretordo Instituto de Economistas do Rio deJaneiro, José Luiz Homem da Costa.

Para se entender o raciocínio deHomem da Costa, que integrou ano pas-sado o desativado Conselho do IPC doIBGE, é preciso ver que. de um lado. ogatilho salarial parou no mês de maio(pago no mês de junho). A inflação dejunho, que geraria o disparo do gatilho

daquele mês e seria pago em julho, nãomais será usada para recompor o poderde compra do assalariado. De outro lado.a URP — Unidade de Referência dePreços — tem como base de cálculo avariação média do IPC de julho, agosto esetembro. O IPC de julho vai mostrar avariação de preços de 15 de junho a 30 dejunho (somente 15 dias), o de agosto de1" de julho a 30 de julho e o de setembroa inflação de 1" de agosto a 31 do mesmomês. Assim, a primeira URP vai medir avariação de preços depois do congela-mento. Fica fora da URP. portanto, ainflação acumulada de 15 de maio a 15 dejunho (quando tem início o congelamen-to). O IPC de junho não mais dispara ogatilho daquele mês nem entra no cálculoda primeira URP.

A nova política salarial representaum arrocho imediato muito mais forte doque 110 lançamento do Cruzado I. porquedesta vez não houve abono geral (em1986 ele foi de 8%) c o reajuste diferen-ciado por categorias foi substituído pelogatilho limitado a 20% da inflação, disseo diretor do Sindicato dos Economistasdo Rio de Janeiro. Paulo Mibielli. A

redução dos investimentos no início doano e a recessão dos últimos meses leva-ráo a mais perdas salariais para os traba-lhadores, além do congelamento determi-nado pelo governo Sarney. O quadromacroeconômico em fevereiro de 1986era de expansão dos negócios, do nível deemprego e dos salários.

O sucesso da mudança salarial de-penderá quase que exclusivamente dodesempenho da inflação. "A perda doassalariado será menor ou maior, confor-me a inflação cair ou aumentar. Mashaverá perdas", disse Mibielli. Ele estácético quanto à hipótese de êxito, por-que. primeiro, os empresários continuamremarcando preços e. segundo, o gover:no não consegue melhorar a estrutura decontrole de preços (Cip/Sunab). Mesmoassim, Mibielli acredita que a situaçãopoderá ser melhor do que o quadro dosúltimos seis meses. "Não houve controlede preços e o gatilho não repunha natotalidade. A situação era péssima. Ago-ra, poderá haver controle de preços Crepasse parcelado. Logo, a perda poderáser menor, o clima será menos ruim";disse Mibielli.

m

K

JORNAL DO BRASIL Economia domingo, 14/6/87 ? Io caderno ? 25Arquivo — 9/7<86

, rw 1>7 JI

NA0A

ORNAL DO BRAS1L I

RECESSAO

PFL pretende

fiscalizar novo

plano econômico em todo

país

PLANO BRESSER

Miguel Arracs queria controle dos juros

Pacote é recessivo

e incompleto, diz

governador Arraes

RECIFE — O novo pacote do Plano Cruzado é recessivo eincompleto. Recessivo porque parte de um drástico corte nosgastos públicos e, com isto, penaliza principalmente o Nordeste,região que precisa de investimentos federais para sair da crise.Incompleto porque não prevê nenhum tipo de controle sobre astaxas de juros e sobre o próprio sistema financeiro.

A avaliação é do governador de Pernambuco. Miguel Ar-raes, e foi expressa ontem, nesta capital, cm seu primeiropronunciamento sobre o elenco de medidas adotado pelo governofederal com o objetivo de conter a inflação. "Além do mais, oplano não leva em conta a questão da dívida externa, que qualquertrabalhador sabe ser uma das causas das dificuldades que estamospassando", disse Arraes.

Enfatizando ser critico de qualquer plano econômico quetome por base a recessão, Arraes reconheceu no entanto que asmedidas são importantes por atenderem à necessidade urgente deque "era preciso fazer alguma coisa".

Da forma que estava, com o povo sendo sufocado pelainflação e por um custo de vida altíssimo, não poderia continuar —disse o governador de Pernambuco, acrescentando estar dispostoa fazer qualquer esforço que contribua para o êxito do congela-mento de preços, a parte do programa de ajustes que, no seumodo de ver, atende mais de perto às necessidades da população.

Agora, um plano como esse só pode ter êxito com oengajamento do povo. E, pelo que sei, o povo está descrente, oque é muito ruim — acrescentou Miguel Arraes, frisando seremnecessários um grande esforço e a união de todas as forçaspolíticas para garantir o êxito do congelamento.

Ao analisar o Plano Bresser, Arraes acrescentou que eleparte do ponto de vista de que a inflação é causada principalmentepelo déficit público. "Para mim há um engano nisso tudo, porquenos Estados Unidos também existe um déficit público semelhanteao nosso, sem que haja uma inflação tão acelerada", explicou ogovernador, acrescentando que o ponto principal é mesmo adívida externa e a sangria de recursos que dela decorre.

Simon aplaude mas diz

que tabelaria os jurosPORTO ALEGRE— O governador do Rio Grande do Sul,

Pedro Simon, elogiou o "gesto de coragem e ato de grandeza" dopresidente José Sarney por deflagrar um novo plano econômicocom congelamento e por suspender "obras que tanto desejava,como a Ferrovia Norte-Sul". Simon, porém, fez uma retificação:"Eu iria um pouco além, faria também um tabclamcnto dosjuros". Mas o senador gaúcho José Fogaça, partidário de Simon,disse, falando de Brasília a rádio do estado, que o Plano Bresser"desconhece o programa do PMDB, sendo apenas um preparopara o Brasil voltar a pagar a dívida externa em prejuízo domercado interno".

José Fogaça entende que a maioria das medidas tomadaspelo governo federal foram recessivas e que o novo congelamentode preços", "apesar da necessidade, está fora do cenário que seriatecnicamente ideal", já que a maioria dos preços dos produtosestão elevados muito acima dos tetos do mercado, enquanto ostrabalhadores sofrerão perdas. Para Fogaça, o único pontopositivo do novo plano foi a suspensão de algumas grandes obrasplanejadas pelo governo, como a Norte-Sul.

O governador Pedro Simon foi enfático no otimismo emrelação ao Plano Bresser, ressaltando a garantia de Sarney e doministro da Fazenda de que os preços dos produtos não aumenta-rão mais do que os salários. "A inflação, que era galopante, nãobaixará a zero, mas pelo menos será reduzida", disse Simon. "Namedida em que todos percam um pouco, todos sairão ganhando ea economia tenderá a se estabilizar".

Em tempo— Em Goiania, o governador HenriqueSantillo disse "que era tempo de o governo tomar algumainiciativa em relação à economia brasileira", mas ressaltou quealguns reajustes deverão ser feitos durante a execução do PlanoBresser. Santillo não quis entrar em detalhes, principalmentedevido a suspensão da Ferrovia Norte-Sul, que defendia e que oaproximou do presidente José Sarney.

™ O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Goiás,José Evaristo dos Santos, comentou por sua vez "hoje é muitodifícil* apoiarmos qualquer medida do governo que não venhaacompanhada de clareza sobre seus próprios gastos. O governogasta muito, sem previsão orçamentária, e depois mente, liberan-do a infla çào e jogando o país na recessão".

BRASÍLIA— O presiden-te nacional doPFL, senadorMarco Maciel,anunciou on-tem que o par-tido vai consti-tuir comissõesa níveis nacio-'nal, estadual emunicipal paraacompanhar aexecução e fa-zer a fiscaliza-çáo do novoplano econô-mico do governo. Para tanto, Macielconvocou, para terça-feira, uma reu-nião com as bancadas do partido naCâmara e Senado. Para melhor dis-cussão, os pefelistas se reunirão emtrês grupos de 50 cada vez. Macielquer tirar desse encontro uma comis-são para acompanhar a nível nacio-nal a execução do plano.

No dia 23, será a vez dos presi-dentes dos diretórios- regionais pro-moverem a criação dessas comissões

a nível estadual e municipal. "Aarticulação com os diretórios munici-pais" — disse Maciej — "criará acapilaridade necessária para que ha-ja um real congelamento de preçosem todo o país."

Segundo o ministro, as medidastomadas anteontem pelo presidenteSarney se impunham. "O

país",acrescentou, "passa

por uma criseque se refletia, inclusive, de modomais intenso no corpo social. Forammedidas adequadas para conter ainflação, baixar os juros e criar con-dições para que o país cresça e selivre de uma . ameaça de recessãoiminente."

Para o senador, o êxito do planopassa mais pela adesão da populaçãodo que pelas medidas que possam sertomadas pelo Conselho MonetárioNacional. Disse ainda que três pon-tos provocaram, no passado, a falên-cia do Plano Cruzado. Para ele, ademora na correção dos preços aca-bou provocando o ágio "que nãorecolhia imposto". Além disso, hou-ve um excessivo aquecimento da

economia,"além da capacidade deprodução do país", e faltou o contro-le do déficit público. Maciel ressal-tou que, antes do Plano Cruzado, odéficit chegava a 2,5% do PIB, atin-gindo agora 6,7%.

"As metas do novo plano", res-saltou, "são menos ambiciosas emais factíveis. O país não suportariauma inflação de 1000% ao ano".Maciel acrescentou que os partidostêm, agora, uma grande responsabi-lidade: "Temos

que mostrar que sa-bemos governar. Se não conseguir-mos isso, toda a responsabilidadecairá sobre a classe política".

O senador admitiu que as comis-sões estaduais de fiscalização do PFLdeverão também acompanhar a apli-cação dos dinheiros públicos federaisque foram recentemente entreguesou prometidos aos governos esta-duais. No entanto, disse acreditarque haverá maior controle na distri-buição dessas verbas a partir dadisposição de Sarney de conter odéficit público.

Moreira quer incentivar

a adesão popular para o

controle do congelamentomiracema (RJ) — O governador Moreira Franco

anunciou em Santo Antonio de Pádua, Noroeste Flumi-nense, que vai usar seu governo para mobilizar apopulação do Estado na fiscalização do congelamentode preços do novo Plano Cruzado. Disse apoiar asrecentes medidas econômicas baixadas pelo governofederal, salientando que

"as autoridades governamen-tais estavam de braços cruzados, deixando a economiacaminhar para a hiperinflação e a recessão".

Moreira Franco aceitou as explicações que Opróprio presidente Sarney lhe deu sobre a suspensão doprojeto da Linha Vermelha e do Pólo Petroquímico.Mas garantiu que todos os outros convênios e projetosprevistos desde o início de seu governo prosseguirãonormalmente, como a construção e reforma de hospi-tais, escolas e presídios.

O governador esteve participando das comemora-ções do aniversário de Pádua, junto com os secretáriosÉlcio Costa Couto (Agricultura), e Ricardo Boechat(Comunicação Social) e o líder do governo na Assem-bléia Legislativa, deputado Elias Camilo Jorge. Morei-ra inaugurou a nova sede da Prefeitura de Pádua,visitou a 8a Exposição Agropecuária e Industrial domunicípio, colocou em operação três novos postos deserviços da Telerj e recebeu o título de cidadãopaduano da Câmara de Vereadores.

Garson lanca moda nesfce inverno:

VIDEO-CASSETE SHARPVC-4040 B

Controle remoto de 8 funções.Programação para até 7 dias

de antecedência. Localizaçãorápida de imagem.

Reprodução nos sistemasPAL-M ou NTSC.

24.850,00 à vista

¦ ur 11 •' ¦> •• •- *•i^bbh ——iwpwmpww

n" ————m¦ WBBIMggWBPi——¦mHBM

I ——I-

VIDEO-CASSETE SHARP VC- 4290 BControle remoto. Programaçãopara 3 gravações com até 14dias de antecedência.Gravação instantânea.Reprodução automática PAL-M ou NTSC.

29.900,00 à vista

g^pPRODUZIDO NA ZONA FRANCA DE MANAUS

||^L s \

|H| tvacoressharp11 ^ ML 51 cms (20"). Display Digital,

||^Bh AMI-Auto

Memory Image.

a) ihi Dflcr W

| _—' HHcu I / MHb,S Meu amor, agora H|^B^SSB^^BBSasBS&SBS88aS9^H *§?

vamos curtir melhor anossacasa. <"1 111 if." "

As ofertas da J t^B8BHB8BSSBSSSS5SSSSSBBB89EBfiP<<<^Garson sao /

ISI^* >> , if.- \..v ^

CENTRO - CATETE - RIO SUL - COPACABANA - IPANEMA - BARRASHOPPINGTIJUCA - MÉIER - N0RTESH0PPING - ILHA DO GOVERNADOR - B0NSUCESS0

RAMOS - PENHA - MADUREIRA -BANGU • CAMPO GRANDE - SANTA CRUZNOVA IGUAÇU - NIL0P0LIS - CAXIAS - NITERÓI - NITERÓI PLAZA

SHOPPING - S. G0NÇAL0 • PETR0P0LIS - VOLTA REDONDABARRA MANSA.Departamento de vendas

por atacado: Tel.: 221-8397

JORNAL DO BRASIL Economia 2a Edição ? domingo, 14/6/87 ? Io caderno ? 25Arauivo — 9/7/86

'/f

/

/ K

'

\Miguel Arraes queria controlc dos juros

Pacote é recessivo

e incompleto, diz

governador Arraes

RECIFE — O novo pacote do Plano Cruzado é recessivo eincompleto. Recessivo porque parte de um drástico corte nosgastos públicos c, com isto, penaliza principalmente o Nordeste,região que precisa de investimentos federais para sair da crise.Incompleto porque não prevê nenhum tipo de controle sobre astaxas de juros e sobre o próprio sistema financeiro.

A avaliação é do governador de Pernambuco, Miguel Ar-raes, e foi expressa ontem, nesta capital, em seu primeiropronunciamento sobre o elenco de medidas adotado pelo governofederal com o objetivo de conter a inflação. "Além do mais, oplano não leva cm conta a questão da dívida externa, que qualquertrabalhador sabe ser uma das causas das dificuldades que estamospassando", disse Arraes.

Enfatizando ser crítico de qualquer plano econômico quetome por base a recessão, Arraes reconheceu no entanto que asmedidas são importantes por atenderem à necessidade urgente deque "era preciso fazer alguma coisa".

Da forma que estava, com o povo sendo sufocado pelainflação e por um custo de vida altíssimo, não poderia continuar —disse o governador de Pernambuco, acrescentando estar dispostoa fazer qualquer esforço que contribua para o êxito do congela-mento de preços, a parte do programa de ajustes que, no seumodo de ver, atende mais de perto às necessidades da população.

Agora, um plano como esse só pode ter êxito com oengajamento do povo. E, pelo que sei, o povo está descrente, oque é muito ruim — acrescentou Miguel Arraes, frisando seremnecessários um grande esforço e a união de todas as forçaspolíticas para garantir o êxito do congelamento.

Ao analisar o Plano Bresscr, Arraes acrescentou que eleparte do ponto de vista de que a inflação é causada principalmentepelo déficit público. "Para mim há um engano nisso tudo, porquenos Estados Unidos também existe um déficit público semelhanteao nosso, sem que haja uma inflação tão acelerada", explicou ogovernador, acrescentando que o ponto principal é mesmo adívida externa e a sangria de recursos que dela decorre.

Simon aplaude mas diz

que tabelaria os jurosPORTO ALEGRE — O governador do Rio Grande do Sul,

Pedro Simon, elogiou o "gesto de coragem e ato de grandeza" dopresidente José Sarney por deflagrar um novo plano econômicocom congelamento e por suspender "obras que tanto desejava,como a Ferrovia Norte—Sul". Simon, porém, fez uma retificação:"Eu iria um pouco além, faria também um tabelamento dosjuros". Mas o senador gaúcho José Fogaça, partidário de Simon,disse, falando de Brasília a rádio do estado, que o Plano Bresser"desconhece o programa do PMDB, sendo apenas um preparopara o Brasil voltar a pagar a dívida externa em prejuízo domercado interno".

José Fogaça entende que a maioria das medidas tomadaspelo governo federal foram recessivas e que o novo congelamentode preços", "apesar da necessidade, está fora do cenário que seriatecnicamente ideal", já que a maioria dos preços dos produtosestão elevados muito acima dos tetos do mercado, enquanto ostrabalhadores sofrerão perdas. Para Fogaça, o único pontopositivo do novo plano foi a suspensão de algumas grandes obrasplanejadas pelo governo, como a Norte—Sul.

O governador Pedro Simon foi enfático no otimismo emrelação ao Plano Bresser, ressaltando a garantia de Sarney e doministro da Fazenda de que os preços dos produtos não aumenta-rão mais do que os salários. "A inflação, que era galopante, nãobaixará a zero, mas pelo menos será reduzida", disse Simon. "Namedida em que todos percam um pouco, todos sairão ganhando ea economia tenderá a se estabilizar".

Em tempo — Em Goiânia, o governador HenriqueSantillo disse "que era tempo de o governo tomar algumainiciativa em relação à economia brasileira", mas ressaltou quealguns reajustes deverão ser feitos durante a execução do PlanoBresser. Santillo não quis entrar em detalhes, principalmentedevido a suspensão da Ferrovia Norte—Sul, que defendia e que oaproximou do presidente José Sarney.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Goiás,José Evaristo dos Santos, comentou por sua vez "hoje é muitodifícil apoiarmos qualquer medida do governo que não venhaacompanhada de clareza sobre seus próprios gastos. O governogasta muito, sem previsão orçamentária, e depois mente, liberan-do a infla ção e jogando o país na recessão".

NA0A

JORNAL DO BRAS1L I

RECESSA9

Moreira executará pólo

mesmo

sem ajuda do Governo Federal novo plano econômicoBRASÍLIA —D nresiHpnfp nnrinnal Hn PFÍ çpnnHr

PFL vai convocar suas

bases para fiscalizar

pronunciamento BRESSERà nação paraanunciar o novoplano cruzado, o,presidente Sar-ney foi avisadopelo governadorMoreira Francode que a suspen-1são por sei meses

*

da construção dopólo petroquími-co do Rio de Ja-neiro simples-mente não inter-romperia a obra: como a participação dosrecursos da União só está prevista paradentro de um ano, ela prosseguirá, se-gundo confirmou ontem o governador,porque para os estudos de sua localizaçãojá existem recursos do Banco Interameri-cano de Desenvolvimento (BID) e paraos estudos de infra-estrutura o governodo estado está negociando empréstimoscom o Banco Mundial.

Sarney achou que mesmo assim tinhanecessidade política de incluir o pólopetroquímico do Rio na relação de obrasque seriam adiadas — como a ferrovia

Norte—Sul, a ferrovia da produção, otrem-bala Rio—São Paulo, o programasiderúrgico, a Linha Vermelha no Rio e aUsina Angra-II. Moreira Franco fazquestão de ressaltar que o pólo petroquí-mico andará agora mesmo sem Sarneyporque, como diz, quer "tranqüilizar osinvestidores privados"."Carioquinhas" — Em rela-ção à Linha Vermelha, via expressa alter-nativa à Avenida Brasil, Moreira lembraque é uma obra prometida pelo governofederal e que seria financiada pela inicia-tiva privada. "Vamos continuar cobrandoessa obra", disse. Angra-II já estavaparada e o governo do estado não querenvolver-se com essa obra. E todos osconvênios já assinados, como os do sa-neamento da Baixada Fluminense e daconstrução de estradas vicinais, têm re-cursos garantidos em orçamento ou pelaCaixa Ecoômica ou pelo BNDES, nestesdois casos através de convênios pararepasse de recursos do BID e do BancoMundial.

Longe de ficar abalado com anúnciode suspensão de obras, Moreira estáentusiasmado com o fato de o governofederal ter aceito o plano de saneamentodas finanças do Estado. O déficit de CZS

40 bilhões com despesas de custeio já estácoberto — uma parte, financiada com as"carioquinhas", como são denominadasas Letras do Tesouro do Estado, outracom a rolagem das dívidas interna eexterna e uma terceira parte com o pro-grama de empréstimos que Sarney criará,enviando mensagem ao Congresso.

Congelamento — O governa-dor do Rio informou que determinará àPolícia Civil que preste toda colaboraçãoà população para que seja respeitado onovo congelamento de preços. Depoisque forem publicadas as novas tabelas depreços, a população pode recorrer àsdelegacias de polícia para as denúnciascontra comerciantes infratores.

Moreira elogiou o fato de pela pri-meira vez ter sido feito um plano econô-mico com todas as etapas de sua evoluçãoe flexibilidade para adequações. "Há umdado negativo, o ânimo quebrado dapopulação, que saiu bruscamente da eu-foria para a desorganização da economia.Mas isso traz um dado positivo: obriga ogoverno a colocar como primeira meta abusca da credibilidade, da crença naseriedade. Daí a necessidade de ser trans-parente, divulgando informações econô-micas verdadeiras", afirmou Moreira.

BRASÍLIA — O presidente nacional do PFL, senador MarcoMaciel, anunciou ontem que o partido vai constituir comissões aníveis nacional, estadual e municipal para acompanhar a execuçãoe fazer a fiscalização do novo plano econômico do governo. Paratanto, Maciel convocou, para terça-feira, uma reunião com asbancadas do partido na Câmara e Senado. Para melhor discussão,os pefelistas se reunirão em três grupos de 50 cada vez. Macielquer tirar desse encontro uma comissão para acompanhar a nívelnacional a execução do plano.

No dia 23, será a vez dos presidentes dos diretórios regionaispromoverem a criação dessas comissões a nível estadual emunicipal. "A articulação com os diretórios municipais" — disseMaciel — "criará a capilaridade necessária para que haja um realcongelamento de preços em todo o país."

Segundo o ministro, as medidas tomadas anteontem pelopresidente Sarney se impunham. "O país", acrescentou, "passapor uma crise que se refletia, inclusive, de modo mais intenso nocorpo social. Foram medidas adequadas para conter a inflação,baixar os juros e criar condições para que o país cresça e se livre deuma ameaça de recessão iminente."

"As metas do novo plano", ressaltou, "são menos ambiciosase mais factíveis do que do Plano Cruzado. O país não suportariauma inflação de 1000% ao ano". Maciel acrescentou que ospartidos têm, agora, uma grande responsabilidade: "Temos

quemostrar que sabemos governar. Se não conseguirmos isso, toda aresponsabilidade cairá sobre a classe política".O senador admitiu que as comissões estaduais de fiscalização

do PFL deverão também acompanhar a aplicação dos dinheirospúblicos federais que foram recentemente entregues ou prometi-dos aos governos estaduais.

X

VIDEO-CASSETE SHARP i B EZZH ® ¦¦¦IIIiim>i

Controle de Hi m l_ M ¦raiiiiiiiiProgramagao para ^

de imagem. l —H, ~|

PAL-MouNTSC. i—i———————

24.850,00 & vista ulw„MCcmcu.on„, „o„„» 6LJ A I3DVIDEO-CASSETE SHARP VC-4290 BControle remoto. Programagao

Q] para com| de

raj -pal-

2^90(^00 a '

pboduzido na zona franca de manaus

L

to i ¦¦Hi

Hit? I "" I

Meu amor, agora ^B|^Ssji!*2jg2SS5!5333£3SSB£HSfllvamos curtir melhor 1is a nossa casa. 1 1 : 1 1 1

As Ofertas da J nfljlj'NMMMHNMMH'MMaMMMMMMHMMMHMnMHMMHMMMHaaMHMHtfMMMVaNttHMMMMjGarson sao /

TV A CORE^ |

'¦ -v- centro - catete - rio sul - copacabana - ipanema - barrashoppingI C

"* »' - „^KkTIJUCA - MEIER - N0RTESH0PPING - ILHA DO G0VERNAD0R - B0NSUCESS0

< Jf > ;# RAMOS -PENHA-MADUREIRA-BANGU-CAMP0 GRANDE- SANTA CRUZ\ -v NOVA IGUACU - NIL0P0US - CAXIAS - NITER0I - NITEROI PLAZA

\ «"*, SHOPPING - S. GONCALO - PETROPOLIS - V0LTA REDONDA'

JHp BARRA MANSA.

,v * •: porPatacadeo:°Te,e: 221-8397

¦

I„ .. iWWWBWIIPI

t nnB^S5^Bh—iii—I

<9i I

¦«" — M IWMi

26 ? Io caderno ? domingo, 14/6/87 Economia JORNAL DO BRASIL

Nova tabela da Sunab não sai antes de quarta-feira

PLANO BRESSERA nova tabela daSunab que conterá 57produtos da cesta bá-sica, incluindo a car-nc. e cerca de 580itens (marcas e emba-lagcns), não sairá an-tes de quarta-feira.Sua publicação noDiário Oficial se daráno máximo ate sexta-feira. Para o Superin-tendente da Sunab,Celsius Lodder. a ta-bela tem que atenderao consumo básico dapopulação, c 57 itensele considera "ate muito". A tabela será,inicialmente, diferente para as 10 regiões me-tropolitanas, mas poderá ser diferenciada maistarde por municípios.

A diferenciação se faz necessária, segundoo superintendente, principalmente por proble-mas de frete e regiões produtoras. Os preçostabelados já sairão com os aumentos autoriza-dos na sexta-feira para a indústria, ou seja, osprodutos que necessitarem de aumentos cmfunção dos novos preços dados às fábricas,pelo Conselho Interministerial de Preços(CIP), serão incorporados à nova tabela.

Para aqueles produtos que necessitam deaumento e não estiverem incluídos na tabela, aSunab aplicará a fórmula custo, lucro maisdespesas, fixando as margens de lucro paracada produto. Os aumentos comprovadamen-te necessários serão repassados, garantiu osuperintendente.

A fiscalização, no entanto, enquanto nãodispuser da nova tabela, está trabalhando combase nos preços do dia 12 (sexta-feira), quandofoi decretado o congelamento. "Os preçosestão congelados, e os fiscais estão orientadospara multar todos aqueles que descumpri-rem". Ninguém poderá, segundo Lodder,"sair remarcando seus preços aleatoriamente,mas somente após autorização da Sunab".

Com relação ao perigo de desabastccimen-to enquanto os preços não estiverem defini-

dos, Lodder acredita que isso não vai aconte-cer. "O sistema de preços está ajustado; nãoacredito em desabastecimento nem agora nemno final do prazo", acrescentou. Segundo ele,o que estava acontecendo com os preços erauma elevação "inercial", os reajustes mensaisestavam sendo dados em função da alta infla-ção, mas de forma equilibrada. Lodder reafir-mou que os preços que serão corretos para serpraticados são os do dia 12, mesmo que nestadata estivessem em promoção.

O superintendente confessou que foi pegode surpresa pelo congelamento e explicou quefoi convidado para o cargo na terça-feira (dia9) e só tomou conhecimento do que teria defazer na quarta-feira. No dia 12, dia em que foidecretado o congelamento, Lodder estava as-sumindo o cargo, pois foi exatamente o mesmodia em que saiu publicada sua nomeação.

Lodder explicou ainda que a "flexibilidadedos preços", anunciada pelo ministro, deveráser implantada até mesmo antes do prazo de90 dias. "Temos até 90 dias para manter ospreços congelados, mas deveremos começarantes a mexer em qualquer setor que apresen-te problemas". Para ele, a Sunab terá condi-ções de controlar o congelamento e a utiliza-ção das Polícias Militar e Federal acontecerá"somente quando necessário". Os fiscais daReceita Federal, do ICM e de algumas secreta-rias estaduais poderão ser utilizados, junta-mente com os da Sunab, para efetuar ocontrole do congelamento.

Uma reunião com todos os delegados daSunab em todo o país foi convocada pelosuperintendente para a próxima quarta-feira,quando Lodder pretende redistribuir os fis-cais. "Os fiscais da Sunab são iguais à renda dopaís: eles existem, mas são muito mal distribuí-dos", comparou.

A fiscalização da Sunab, ontem, foi dividi-da no Rio em sete equipes de dois fiscais cadae uma equipe de três fiscais. Os 17 fiscais emgrupos de dois fiscalizaram as regiões dosbairros do Leblon, Copacabana, Glória, Cate-te, Méier, Tijuca, Centro e Niterói.

Custódio Coimbra

Uma frágil estrutura de fiscalização

Instrumento essencial para a eficácia docongelamento dos preços, o exército de Bran-caleone da Sunab dificilmente cumprirá suatarefa sem a adesão popular e uma açãogovernamental integrada c agressiva. Únicoórgão do governo que dispõe de ferramentasadministrativas para fiscalizar preços, a Sunabsaiu do ostracismo no ano passado, com aimplantação do Plano Cruzado, depois de 20anos de funcionamento sem nada para fazer.

A fragilidade do órgão pode ser avaliadapor seu próprio orçamento para 1987, de CZ$362 milhões, dos quais 72% são utilizados parapagamento de pessoal e encargos, 2% parainvestimentos e 27% para outras despesas.Até mesmo a prática de atos corruptos, co-muni a todos os órgãos de fiscalização, dá aidéia de sua pobreza: as propinas recebidas,em geral impossíveis de comprovar adminis-trativamente, variam de CZS 300 a CZ$ 500.

O salário do delegado do Rio, o topo deuma carreira de 35 anos, também é elucidati-vo: CZS 34 mil mensais brutos: Seus agentesadministrativos recebem, por mês, algo entreCZS 3 mil e CZS 5 mil; os fiscais, em média,ganham CZS 25 mil.

O órgão, para fiscalizar todo o territórionacional, dispõe de 2 mil 101 funcionários, dosquais metade trabalha no Rio de Janeiro,entre a Superintendência e a Delegacia. Destetotal de funcionários, 1 mil 258 trabalham naárea administrativa, 586 são fiscais e 257 sãoprofissionais técnicos. Acrescenta-se ao núme-ro acima 20 outros servidores cedidos a outrosórgãos públicos, com ônus para a Sunab.

Para compensar os baixos salários, tornou-se comum a promoção de viagens não só para

os fiscais como também para os agentes admi-nistrativos. Mesmo sem objetivos definidos, osfuncionários da Sunab viajavam com frcqiiên-cia, acrescentando aos seus vencimentos diá-rias de cerca de CZS 500. Diante deste quadro,fica difícil imaginar que este exército depaupe-rado tenha tocado, no ano passado, nadamenos que 43 mil 126 processos.

Apesar de possuir uma frota de 479 veícu-los, a Sunab só conta com 322 para o trabalhoem todo o país. Dos 240 motoristas destesveículos, 118 são funcionários e o restante écedido. De janeiro a novembro do ano passa-do, a Sunab gastou CZS 455,94 em contastelefônicas e só neste primeiro trimestre de1987 pagou CZS 211 mil 367,05 à Telebrás.

Os agentes administrativos da Sunab, noRio, estão terminando um treinamento paraoperação de 11 microcomputadores recém-adquiridos pelo órgão, com a finalidade deinformatizar parte do processo burocrático.Como não trabalha com processos sumários, aSunab é vítima de uma implacável máquinaburocrática, que começa pelo auto de infraçãoe seu registro protocolado.

Em um processo deflagrado pelo descum-primento da tabela de preços, o infrator temdez dias para apresentar defesa, anexada àpapelada. Todo o processo é examinado poradvogados do órgão e depois analisado pelodelegado que arbitra a multa ou a insubsistên-cia da matéria. Se insubsistente, o processosegue para julgamento do superintendente daSunab. Se arbitrada multa, uma guia é emitidacom o valor para execução pela seção defiscalização. Todo este longo caminho gera umvolume inacreditável de papel.

Pouca gente para muito trabalho

Entre fevereiro de 1986 e junho de 1987,em pelo menos um setor público o congela-mento foi mantido: a Sunab, órgão encarrega-do de fiscalizar os preços no varejo, conta hojecom o mesmo número de elementos humanosque integravam seus quadros quando do Cru-zado I. Nem mesmo em Minas, estado commais municípios —722—, há mais fiscais — 13— do que antes. "Com 13 fiscais não temoscondições de executar a fiscalização eficaz nemcm um único bairro de Belo Horizonte",reconhece Aparecida Rolim, delegada regio-nal da Sunab.

Seu colega de São Paulo, Rubens Baggiodos Santos, recomenda que o consumidorfiscalize os preços ele próprio, exigindo a notafiscal. Com exatos 81 fiscais sob seu comando,Baggio admite que a magra estrutura da Sunabpaulista nunca esteve tão despreparada paraum eventual corpo-a-corpo com as remarca-ções.No Rio Grande do Sul, mesmo com ape-nas 15 fiscais encarregados de atuar no contro-le de preços em todo o estado, o delegadoJuarez Almeida está otimista. É que agora eleconta com "reforço extra" — dois gerentes desupermercados c um açougueiro, condenadosa prestar serviços ao órgão por terem feitoremarcaçôes ilegais durante o Cruzado I.

— Essas pessoas foram condenadas pelaJustiça a seis meses de detenção, mas porserem primárias tiveram revertidas as puniçõesem trabalhos em favor da comunidade, atuan-do na Sunab, onde, duas vezes por semana,integram as equipes internas de comparaçãode preços e notas fiscais — conta Almeida.

Mesmo com um único fiscal para controlaros preços de 16,2 municípios (são 243 em todoo estado), Juarez acredita que a Sunab poderáproteger os consumidores da prática do des-contômetro — tática empregada pelas lojas deaumentar nominalmente os preços para daraltos descontos, assegurando assim um valormaior para o produto quando do congelamen-to: "Temos uma equipe do Serpro calculandopor computador o preço diário de 500 produ-tos e serviços", adverte.

No extremo oposto, no Rio Grande doNorte, foi necessária a interferência do gover-nador Geraldo Mello para evitar que as lojascontinuassem a remarcar preços como foi feitodurante a madrugada. Melo mobilizou as poli-cias civil e militar, os fiscais da DelegaciaRegional do Trabalho para ajudar a Sunab e aReceita Federal na fiscalização do congela-mento. A operação de emergência funcionaráaté a publicação da nova tabela de preços.

Instituto de Previdência

dos Servidores do Estado

de Pernambuco — I.P.S.E.P.

AVISO DE LICITAÇÃOEDITAL DE CONCORRÊNCIA

PUBLICA N° 01/87De ordem do senhor presidente do Instituto dePrevidência dos Servidores do Estado de Pernambu-co — IPSEP, faço ciente às firmas interessadas queàs 10:00 (dez) horas do dia 10 de julho de 1987, nasala da Comissão Permanente de Licitação, no 1oandar do edifício IPSEP, à rua do Sol, 143, bairro deSto Antonio — Recife-PE, serão recebidas e abertasas propostas para a execução de obras de reforçodas fundações e restauração dos elementos desuper estrutura do centro de diagnóstico e materni-dade do IPSEP, no bairro do Derbi — Recife-PE, deacordo com o artigo 69 da Lei 7741/78 e decretoestadual n° 12.173 de 10.02.87.Fornecimento do edital: Rua do Sol, 143, 1o andar —Edifício IPSEP — bairro de Sto Antonio — Recife-PE,sala da Comissão Permanente de Licitação.

Ney Lins e Silva FurtadoPresidente da Comissão Permanente de Licitação

IkriiA RevendedorWvil Autoriado-RJRuedaAKIndeg*91 sele 809

Tel.(021) 242-0479

cobra

a sVENDIDOS

N_ H A SR E S EVIDA CULTURALJORNAL DO BRASILIdéias

Celsius Lodder só divulgará terça-feira o total das reclamações à Sunal

Carioca não crê que

vá dar certo

Quase a metade dos cariocas (49%) não secandidata mais a fiscal do Sarney para ocontrole dos preços congelados. Pela pesquisarealizada pelo Departamento de Mercado doJORNAL DO BRASIL, junto a 561 pessoasentrevistadas por telefone, o carioca não acre-dita que o novo pacote econômico do governová dar certo. Dos entrevistados, 53% nãoacreditam, 28% ainda dão crédito ao governo e

Você vai fiscalizar os preços?

19% não sabem.Apenas 8% consideraram "ótimo" o pro-

nunciamento do presidente Sarney em cadeianacional de TV anunciando o Plano Bresser,enquanto 17% qualificaram como "péssimo"seu desempenho diante das câmeras. Apesarde 62% serem favoráveis ao novo congelamen-to e 59% terem compreendido as novas medi-das econômicas, 22% não entenderam nada.

Você é a favor do congelamentode preços?

Sim 48%Nao 49%Nao sabe 3%

Sim 62%Nao 32%Nao sabe 6%

Você acredita no novo pacote?Você compreendeu as novasmedidas?

Sim 28%Nao 53%Nao sabe 19%

Sim 59%Nao 22%Nao sabe 19%

Mercadorias já amanheceram mais caras

BELO HORIZONTE — A julgar pelo primeiro diaapós a divulgação do novo Cruzado, a população destacapital não vai exercer o papel de fiscal, para impedir amajoração dos preços, congelados por 90 dias. Ao contra-rio do que aconteceu ano passado, após a implantação doCruzado I, não se registraram prisões de gerentes desupermercados ou protestos de consumidores às portas dosestabelecimentos, apesar de as mercadorias terem ama-nhecido mais caras em quase todos os supermercadosexistentes em Belo Horizonte.

Mas não houve nem necessidade de se trabalhardurante a madrugada. Com o vazamanto das notícias,desde a manhã de ontem, os supermercados se prepara-ram, aumentando o preço ao longo do dia, como compro-vou em três estabelecimentos diferentes a presidente doMovimento das Donas-de-Casa, Lúcia Pacífico Homem,que percorreu os supermercados Epa e Kit (no bairroCidade Nova) e CB Merci (Cidade Jardim).

— No Kit, fui comprar um saco de arroz Cocai porCZS 79,00 de acordo com o que marcava na tabuleta sobre

a pilha de sacos e, ao passar no caixa, me cobraram CZS85,00, ao mesmo tempo que uma funcionária corria pararetirar a tabuleta e remarcar o preço — contou LúciaPacífico.

Ela disse que recebeu diversos telefonemas ontem,com donas-de-casa relatando casos semelhantes de remar-cação ilegal.

— Já era previsto que as maquininhas de remarcaririam voltar a funcionar a pleno vapor, se possível, até à luzde velas para não chamar a atenção — afirmou.

Remarcação — O consumidor curitibano estápessimista quanto ao novo plano econômico do governo.Ontem a procura pelo trigo — cujo subsídio foi eliminado— crescia consideravelmente nos supermercados c asdonas-de-casa alegavam que, "com os preços atuais, nãoadianta congelar, pois continuaremos sem poder com-prar". Enquanto os funcionários remarcavam os preçosdos produtos, a Sunab em Curitiba — que no Cruzado Imontou o primeiro centro de atendimento ao público —permaneceu fechada.

Arthur Sendas descarta novas importaçõesArthur Sendas, presidente da Abras — Associação

Brasileira de Supermercados, afirma que o apoio políticoàs medidas tomadas pelo governo será fundamental para osucesso do novo plano econômico. Ele descarta a nccessi-dade de importação de alimentos em larga escala, comoaconteceu em 1986, devido à restrição das reservas cam-biais. Mas admite que poderá haver compras no exteriorde soja, leite e outros produtos já previstos. A carne,segundo ele, não será problema, pois a oferta do produtose encontra estável e o estoque do governo é suficientepara fazer frente à entressafra que se inicia.

O presidente da Associação dos Supermercados doRio de Janeiro, Joaquim de Oliveira Júnior, achou ocongelamento uma medida acertada. "Sou contra congela-mento de preços, em princípio, mas neste momentoalguma coisa tinha que ser feita". Joaquim de Oliveiraapoiou também o fim do gatilho dos salários. "Não adiantanada reajustar o salário em 20% e deixar as mercadoriassubirem 50%. É preferível parar o aumento dos preços dosprodutos", acrescentou.

Em Salvador, o empresário Mamede Paes Mendon-ça, proprietário da maior cadeia de supermercados do

Nordeste, a rede Paes Mendonça, disse não ser contrário àadoção de um novo congelamento de preços, mas advertiuque a medida não poderá vigorar por mais de 45 dias.

Desde sexta-feira a remarcação de preços foi pratica-da de forma ostensiva em alguns supermercados e discreta-mente em outros, sobretudo nos da rede Paes Mendonça."Apoio totalmente as medidas econômicas do governo,embora não acredite que solucione a crise", frisou PaesMendonça, enquanto empregados de sua rede de super-mercados tratavam apressadamente de recolher das prate-leiras produtos com preços antigos.

Em recife, o presidente daAssociação dos Supermercados dePernambuco, Altair Bezerra, con-siderou as novas medidas econò-micas do governo ineficazes: "Nãovai acontecer absolutamente nada.Os fornecedores já anteciparam ospreços dos produtos prevendo ocongelamento e a nova política

salàrial vai tornar mais pobre aArthur Sentia» classe média", afirmou.

Irmão de Bresser vê plano sem erros

' 1

^oowoj. \SABAOOS

SÃO PAULO — Administrando a maior rede desupermercados do país, responsável por 10% das vendasde alimentos com 650 lojas, 62 mil funcionários e fatura-mento de CZS 30 bilhões 100 milhões em 1986, Sylvio LuizBresser Pereira, diretor-executivo do Grupo Pão deAçúcar, acredita na viabilidade do novo plano econômicode seu irmão, Luiz Carlos. Para ele, dessa vez não haveráos erros do primeiro plano.

De acordo com ele, a demanda declinante e os preçosrelativos alinhados, como ocorre hoje, deverão garantir oêxito do congelamento. "Quem elevar seus preços simples-mente perderá os clientes", previu Sylvio Luiz. Entretan-to, ele não dispensa o exercício da fiscalização dos preçospor parte da população, mesmo concordando que ciatenha ficado cética em relação ao congelamento do PlanoCruzado.

No último congelamento, os supermercados foramacusados de sonegar produtos, formar estoques especulati-vos e cobrar ágio. São coisas do passado, segundo SylvioLuiz. Ele acredita que a manutenção de rendimentos reaisdos ativos financeiros, no atual plano, evitará que osrecursos desse setor sejam desviados para a formação deestoques especulativos de bens, como aconteceu no PlanoCruzado, provocando a falta de produtos e o ágio. Eleprevine, no entanto, para o aumento do preço da carne,que deverá ocorrer a partir de julho, cm razão do inicio daentressafra. Sylvio Luiz acha. porém, que os estoquesreguladores do governo, da ordem de 80 mil toneladas,serão suficientes para evitar a especulação.

Ele acredita que um congelamento de 90 dias é oideal, podendo os segmentos mais competitivos da ccono-mia começar a ser liberados antes, mantendo sob adminis-tração mais longa os preços dos setores monopolizados.

Barra da Tijuca

muda pouco preçoQuem pensou que haveria uma gran-de remarcação de preços das mercadorias

na madrugada retrasada — horas após oanúncio do novo choque na economia —das prateleiras dos principais hipermerca-dos da Barra da Tijuca, enganou-se. Ospreços mantiveram-se quase estabilizadosde sexta-feira para sábado e as promo-ções — que dissimularam os aumentosdurante os últimos dias — é que poderãosurgir após um fim de semana prolon-gado.

Em rápida consulta aos consumido-res, ontem pela manhã, ficou constatadoque poucos produtos foram remarcadosnas últimas 48 horas e que a maioria daspessoas não acreditam mais nas promes-sas anunciadas pelo governo federal. Nosupermercado Freeway, o movimento eraintenso, mas poucas pessoas se preocupa-vam em comparar os preços atuais, colo-cando direto as mercadorias nos carri-nhos. No supermercado Carrefour, todoseram categóricos em afirmar que os pro-dutos aumentaram nas últimas semanas.

Ipanema — O morador de Ipane-ma, Henrique Silva, 40, desde quinta-feira está controlando os preços das mer-cadorias de diversos estabelecimentos.Segundo o morador, o supermercadoDisco, da Visconde de Pirajá, alterou ospreços das tabuletas de promoções dasrefeições que custavam CZS 46 e passa-ram para CZS 58,60; dos pãezinhos, deCZS 12 para CZS 16; e do produto delimpeza, Odd, que custava CZS 17 esubiu para CZS 24.

Algumas mudanças nos preços foramfeitas no supermercado Boulevard, emVila Isabel. Da lista de 39 artigos, elabo-rada pelo JORNAL DO BRASIL, 11tiveram o preço majorado de sexta-feirapara ontem. São produtos de limpeza,hortifrutigranjeiros, asseio pessoal c arti-gos de cozinha.

Três tipos de requeijão em copo:Itambé, Poços de Caldas e Pauli, cotadosa CZS 41; CZS 40,90; e CZS 41 respecti-vãmente na sexta-passada, estavam aCZS 56; CZS 58,90 e CZS 58,90. Outroitem, os ovos brancos médios, que esta-vam a CZS 22 a dúzia, passaram paraCZS 26. A cebola com preços anteontema CZS 11,80 (promoção), ou mesmo, aopreço normal de CZS 21, subiu para CZS22; o tomate de CZS 12,80 foi para CZS19,80 o quilo e a laranja-pera de CZS9,30 a dúzia passou para CZS 14,50. Oóleo Violeta foi elevado de CZS 21.50passando a CZS 26,80 a lata de 90(1mililitros.

As lojas de eletrodomésticos — comoPonto Frio e Tele-Rio, na Rua Uruguaia-na — guardaram os cartazes com ospreços de venda a crédito e só os produ-tos que estavam em oferta no caso decompra à vista exibiam os preços davéspera. O movimento foi normal parauma manhã de sábado, mas os vendedo-res procuravam convencer os consumido-res a comprar à vista ou esperar umapossível nova política de juros do gover-no antes de abrirem um crediário.

O fiscal da Secretaria Municipal daFazenda, João Zariff Tannus, 44 anos,depois de constatar majoração dc preçoscm quatro produtos no supermercadoMaracanã, no bairro de Santa Tereza,deu queixa na T Delegacia Policial, masos policiais de plantão mostravam-se céti-cos — "ele não trouxe nota fiscal daprimeira compra".

— Não sou fiscal do Sarney não, masdo meu bolso — disse, exigindo provi-déncias.

Alimentos sobem

100% em um diaBRASÍLIA—Aocontráriodoqueacon-

teceu no início do Plano Cruzado I comdistribuição de multas cm todo o país,desta vez, ao longo do primeiro dia donovo congelamento de preços, a maquini-nha de remarcação nos supermercadosnão funcionou. Depois de ser usadaexaustivamente na sexta-feira e, prova-velmente, durante toda a madrugada, amáquina remarcadora também foi conge-lada. A prova disso é que os fiscais dadelegacia regional de Brasília não tive-ram muito o que fazer e não registraramirregularidade.

Mas, antes de sumir da vista dosfiscais, a máquina de remarcação deixoupara o consumidor uma desagradávelsurpresa com o aumento geral dos pre-ços. Um levantamento feito peloJORNAL DO BRASIL nos supermerca-dos de Brasília reuniu os preços de algunsprodutos praticados na quinta-feira. Dos10 produtos pesquisados em quatro su-permercados todos foram remarcados,em média, em mais de 100%.

Os alimentos básicos como o arroz,tipo I, de CZS 55,00 passou para CZS103,00, pacote de 5 quilos; o feijão (roxo)de 1 quilo que custava CZS 23,20, foivendido ontem por CZS 53,30; a farinhade mandioca (crua) 1 quilo, de CZS 11,3pulou para CZS 13,70. Os aumentosforam maiores ainda nos preços dor pro-dutos supérfluos. A água mineral Indaiá,de CZS 17,00 passou para 23,00; lata deleite condensado vendida na quinta-feiraa CZS 25,00 foi aumentada para CZS30.66 e o leite condensado de CZS 24,00foi para CZS 42,70.

Irritação — Desânimo e irrita-ção marcavam ontem cedo o comporta-mento da maioria das centenas de fregue-ses do supermercado Eldorado, localiza-do no elegante bairro dos Jardins, em SãoPaulo. A irritação era pelo fato de cons-talarem que. enquanto o decreto do go-verno congelava os salários, os preços decertos produtos continuavam subindo. Odesânimo era o consenso entre os clien-tes: ninguém estava disposto a repetir opapel de início do Plano Cruzado, quan-do uni batalhão de fiscais do Sarneyimpedia que os supermercados remarcas-sem os preços.

Ontem, ao contrário, os clientes ti-nliam preocupações diferentes. Algunsprocuravam encher os carrinhos, forman-do estoques de produtos para as próximassemanas, desconfiados de que o tabela-mento não será mesmo para valer.

ra

JORNAL DO BRASIL Economia domingo, 14/6/87 ? Io caderno ? 27

Taxas de juros

serão bem superiores à inflação

A grande expectativa do mercado rrccccqfinanceiro agora é com a política de taxa rLMNU Dr,caatrlde juros a ser adotada pelo governo, apartir de terça-feira. A previsão e de umaexplosão nos juros, em termos reais, co-mo instrumento contra a especulação commercadorias e estoques e de forma agarantir a formação de poupança interna.Uma fonte do Ministério da Fazendagarantiu que os juros deverão ser de 60%ao ano; além da inflação. Em termosnominais, contudo, haverá uma quedasubstancial nas taxas, que superavam1000%.

O sinal sobre a tendência dos juros,dentro das novas regras do Plano Bresser,deverá partir da diretoria da dívida públi-ca e mercado aberto do Banco Central, que acompanha edireciona diariamente o opcn nuirket. A grande incógnita é qualserá a taxa da LBC (Letra do Banco Central) no primeiro dia útilapós o congelamento de preços e salários. A expectativa é nosentido de que passará a render mais do que a inflação, o que nãoacontecia até semana passada, pois o juro real do papel era .praticamente zero: 23,44% no período de 15 de maio a 15 dejunho para uma inflação de 23,21%.

Como mudará a forma de cálculo da inflação (o período decoleta dos dados passa a ser entre os dias 15 de cada mês),permitindo ao IBGE divulgar o índice todo final de mês, o BancoCentral fica com mais liberdade para executar uma políticamonetária mais rigorosa (juros reais). Antes, pela obrigação daLBC render igual à inflação, ficava com pouca margem demanobra. E ainda tinha o agravante de explicitar diariamente suaexpectativa de inflação, muitas vezes não condizente com aprópria apuração do IBGE (isso porque é recebida as informaçõesrelevantes após 10 dias de terminado o mês, criando umaexpectativa futura sobre um acontecimento passado).

O dirigente de uma distribuidora de porte a«.r i que omercado financeiro ficará travado na primeira semana, ate absor-ver inteiramente as medidas anunciadas. Tem dúvidas sobre afórmula de cálculo da OTN, sobre o novo indexador da economia,e mesmo qual o novo patamar dos juros. Ninguém — disse ele —vai se atrever a fazer operações no mercado sem que antes oBanco Central dê alguma orientação às instituições.

Sarney acorda cedo e

dá ordens a auxiliares

para tocar novo planoBRASÍLIA — Escaldado pelo fracasso do Cruzado I, o

presidente José Sarney acordou cedo para disparar as primeirasprovidências em defesa do novo plano econômico, decretado navéspera. Antes das 8h, enviou telex aos governadores para pedir"a união de todos" e ligou para o ouvidor-geral da República.Fernando César Mesquita, exigindo que sejam revistos todos osmecanismos contra possíveis infratores.

O cancelamento do crédito bancário dos empresários quedesrespeitarem as regras do congelamento de preços poderá seruma das medidas sugeridas por Mesquita. Na próxima terça-feira,quando se reunir com o superintendente da Sunab, CelsiusLodder, e o secretário cxecutivo do Conselho Nacional de Defesado Consumidor, Luís Amaral, o ouvidor-geral proporá a criaçãode uma comissão destinada especificamente a acompanhar osdesmembramentos do novo Plano Cruzado.

Mesquita vai fazer funcionar o Conselho de Defesa doConsumidor, vinculado ao Ministério da Justiça, que não se reúnehá quase dois anos. O ouvidor deverá centralizar as denúnciascontra os infratores, c o conselho efetivamente adotará as medidaspunitivas. Além dos cortes dos créditos ou benefícios obtidosjunto a qualquer instituição governamental, a comissão poderáimpetrar processos por abuso do poder econômico contra asempresas junto ao Cade — Conselho de Defesa Econômica.

Ainda esta semana, Mesquita determinará à Comissão deImportação de Alimentos, que funciona sob sua responsabilidade,que reveja e reestruture o setor de abastecimento e importação dealimentos do governo. "Nós poderemos sugerir a extinção dealguns órgãos para evitar a duplicidade de tarefas", prevêMesquita. Esses estudos deverão estar concluídos até o dia 20 dejulho, em plena vigência do congelamento.

Nessa linha de ação que visa a evitar os erros que fizeramnaufragar o Cruzado I devem trabalhar também os governadoresde estado e os prefeitos. No telex enviado ontem, Sarney pede "ovalioso apoio dos governadores à implantação das medidaseconômicas cujo objetivo é regularizar a vida econômica do país,preservando o salário dos trabalhadores, criando melhores condi-ções para o funcionamento das empresas e reduzindo substancial-mente a inflação e os juros".

Parcelas de crediário serão reduzidas

Cristina Calmou

O fator deflator do Plano Bresser,diário e calculado pela multiplicaçãocumulativa de 1,00467, não será aplicadoa contas em geral, como telefone, luz,gás, mensalidades escolares, compras aprazo com cartões de crédito. Apenascontratos (empréstimos e financiamen-tos) e investimentos cm títulos pre-fixados (letras de câmbio e certificados dedepósitos bancários) terão seus valoresreduzidos em 15% ao mês. E só aquelesfirmados entre Io de janeiro e 12 dejunho. Os aluguéis serão congelados pe-los atuais valores de contrato.

Um consumidor que tenha adquiridoum eletrodoméstico, usando o créditodireto ao consumidor, vai ser beneficiadopelo deflator. Uma prestação que vençano próximo dia 30, por exemplo, e cujovalor está fixado em CZ$ 1.500,00, teráde ser recalculada com base no fatordiário, que deverá ser de 1.072,23 no diado vencimento. Com isso a parcela cairápara CZ$ 1.398,95, resultado da divisãodo primeiro valor pelo deflator do dia 30.

Uma aplicação em um título, pré-fixado, cujo valor de resgate estivessefixado em CZ$ 100 mil no dia 15 dejunho, portanto 30 dias a contar do inícioda deflação (16 de junho), será reduzidapara CZ$ 86 mil 955. Para as financeiras,que captam recursos através da emissãode letras de câmbio e emprestam paraterceiros, a medida é, em princípio, neu-tra, afirma o presidente da Adecif (Asso-ciação das Empresas de Crédito, Investi-mentos e Financiamento), Germano deBrito Lira, pois se receberão menos dosseus clientes, pagarão menos aos investi-dores.

Ele teme, contudo, que haja distor-ção no uso da tabela de deflação, querepresente um prejuízo para as financei-ras, caso implique maiores vantagens pa-ra os devedores. Ou seja, que na práticao desconto nas prestações supere a dcfla-ção nos seus compromissos com os invés-tidores, já que as taxas de juros embuti-das nas duas operações são diferentes

Fator de conversão

&

u

n

n

©

a

n

n

u

n

Junho Julho

16 1.004,67 117 1.009,36 218 1.014,08 319 1.018,81 420 1.023,57 521 1.028,35 622 1.033,15 723 1.037,98 824 1.042,82 925 1.047,69 1026 1.052,59 1127 1.057,50 1228 1.062,44 1329 1.067,40 . 1430 1.072,39 15

1.077,39

1.128,78

&

U

n

n

&

n

n

n

(800% na captação ao ano contra 1.355%nos empréstimos), por exemplo.

Recentemente o JORNAL DOBRASIL publicou uma carta do secreta-rio de Planejamento do Estado, AntonioCláudio Sochaczewski, onde ele dizia teradquirido uma máquina de lavar roupa, aprazo, e que a taxa embutida, na prática,representava uma de juro real de 43% aomês. No seu caso o benefício não serámuito grande, pois o juro era muitoelevado, mas mesmo assim terá umaredução na prestação, fixada com baseem uma inflação que não mais ocorrerá.

Sua prestação de CZ$ 3.987, depen-dendo do prazo de vencimento, poderá

CDB pode ter 20% mais LBC

SÂO PAULO — O Plano Cruzadofoi anunciado numa sexta-feira. 28 defevereiro. Na segunda-feira seguinte, omercado financeiro abriu suas operações,negociando juros reais de 15% ao ano.Dois dias depois, esse patamar estava em20% bruto ao ano.

Com base nessa experiência, um di-retor de uma mesa de operação de umgrande banco dizia ontem que sua insti-tuição vai começar a operar na terça-feiracotando o CDB pós-fixado de 60 dias em20% bruto ao ano mais a rentabilidade daLBC. No pré-fixado, a taxa de aberturapara operações por 60 dias deverá ser emtorno de 40% bruto ao ano, que corres-ponde a uma taxa mensal líquida de2,65% no caso de um investimento nomi-nativo.

No ovcrhight, a expectativa dessediretor era a de trabalhar na abertura domercado com a rentabilidade da LBC, nonovo mês financeiro que se inicia naterça, de 0,23% ao dia, ou seja, 17c aomês. Se isso se confirmar, e essas taxasforem mantidas até o dia 15, elas vãocorresponder a uma rentabilidade real noperíodo de 16 de junho a 14 de julho, de5%. E como as regras da poupançacontinuam em vigor, seria essa taxa de

5% que iria remunerar a poupança domês de junho.

Essa hipótese construída por essediretor, com base em consultas a mesasde outras intituições, se baseia na visãode que é fundamental ao sucesso doPlano Bresser que o custo do dinheironos dias seguintes ao novo choque nãocaia a zero. Com isso, o governo vaidesestimular qualquer princípio de espe-culação com estoques de bens duráveis.

E, para manter o dinheiro caro, ogoverno tem como alternativas, ou elevaras taxas nominais de juros, ou as taxasreais. A hipótese de manter as taxasnominais elevadas, ou seja a LBC comrentabilidade alta, é descartada pelo pre-juízo psicológico que representaria nosentido de sinalização de inflação eleva-da.

A dúvida será resolvida logo na aber-tura dos negócios na terça-feira. O minis-tro Bresser Pereira disse que os jurosreais agora vão cair para 4% ou 6%. Astaxas de juros reais das linhas de liquidezdo Banco Central para as instituiçõesfinanceiras ficaram na sexta-feira em15% ao ano. Confirmada a previsão doministro, elas caem, contra a expectativadesse diretor de mesa de São Paulo.

ser deflacionada cm, no máximo, 15% aomês caso vença em 15 de julho, o que areduziria para CZS 3.466,92. Se vencerno dia 28 de junho, data cm que firmou acompra, o fator de deflação será de1.062,44 que implicará em CZS 3.752,68.Esses cálculos foram feitos com base emuma tabela de conversão montada peloJORNAL DO BRASIL e calculada para30 dias. considerando o fator deflator de1,00467 diário e cumulativo fixado pelogoverno, através do decreto-lei, que esta-beleceu as regras de congelamento. Chi-co Lopes, um dos autores do novo plano,disse que a tabela está correta. O gover-no, no entanto, pode mudar a qualquermomento o fator deflator.

Governo explica

pontos do planoBRASÍLIA — O governo deverá

liberar hoje ou, no máximo, amanhã,uma cartilha de seis páginas com expli-cações didáticas sobre vários pontos dopacote econômico anunciado na sexta-feira: aluguéis, poupança, salários,preços, prestações, empréstimos, entreoutros.

A cartilha seria liberada ontem àtarde pelo Ministério da Fazenda, mashavia divergências com o Banco Cen-trai sobre alguns dados, especialmentena tabela de conversão. Como o gover-no espera que tal cartilha seja ampla-mente divulgada pelos jornais, decidiuadiar a divulgação, possivelmente parahoje.

O presidente do Banco Central,Fernando Milliet, passou o dia reunidocom assessores em seu gabinete, nãosó fechando os dados da cartilha comoultimando uma série de atos relativosao mercado financeiro e às novas fun-ções do próprio banco, que perdeutoda a parte de fomento e de execuçãodos fundos,

Grupo baiano consegue

vitória com adiamento

do pólo petroquímicoO adiamento da implantação do pólo petroquímico do

Rio de Janeiro, embutido nas medidas anunciadas pelopresidente José Sarney, na sexta-feira, surpreendeu todos ospolíticos e técnicos fluminenses envolvidos com o projeto esignificou mais uma vitória para o grupo que defendia comoprioritária a ampliação do complexo de Camaçari, na Bahia.O objetivo do governo foi evitar despesas. Mas estudoelaborado pelo BNDES, intitulado "Súmulas ProspectivusPetroquímicas", indica que a ampliação do pólo baianoexigirá investimentos de US$ 1.150 bilhão, volume derecursos bem maior do que o necessário para o pólofluminense na sua primeira fase: US$ 200 milhões.

O fato consumado, na verdade, sempre foi o pressu-posto das forças que representam o lobby baiano. Enquantoa Companhia Petroquímica do Rio de Janeiro (Coperj) davaos seus primeiros passos para definir a microlocalização desua planta, a Bahia saiu na frente pela ampliação deCamaçari. Iniciou o processo de contratação da engenhariabásica para a nova central de matérias-primas e já anunciouque em setembro as obras serão iniciadas, independente daautorização oficial. O diretor-superintendente, FernandoPaes de Andrade — um dos responsáveis pelos trabalhos—,garante que a nova unidade começa a operar até o final de1991, garantindo ao país a auto-suficiência no setor petro-químico já no início da década.

O sucesso de Camaçari — coroado com o anúncio doadiamento do pólo fluminense — foi também favorecidopela Petrobrás. Esta, por seu lado, iniciou a ampliação darefinaria Landulfo Alves, em Mataripe, que fornecerá parteda nafta do pólo petroquímico do Nordeste. A ampliação daRLAM não foi afetada pelo corte de 500 milhões de dólaresno orçamento da estatal, e o próprio presidente, OziresSilva, numa reunião a portas fechadas com empresários daFederação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb),revelou que seus técnicos iniciaram as especificações finaisdo projeto, que deverá ser aprovado para execução. Acapacidade atual de processamento de 130 mil barris diáriosde óleo será aumentada em 100 mil barris, com investimen-tos de 178 milhões de dólares em três anos. Apesar dasfacilidades já demonstradas com Camaçari, a própria Petro- 1brás continua jogando duro com os interesses fluminenses.Até o momento, por exemplo, não revelou as reservas degás da Bacia de Campos, ponto crucial para garantir osuprimento do pólo do Rio de Janeiro.

Déficit petroquímico — Informações da Asso-ciação Brasileira da Indústria Química e de ProdutosDerivados (Abiquim) indicam que o déficit acumulado parao ano passado ficou em torno de 1 bilhão de dólares, com asimportações superando em grande escala as vendas exter-nas. Esta situação será muito grave este ano — dependendodo ritmo do crescimento econômico — e, segundo algunsestudos do setor, poderá chegar ao seu ponto crítico nospróximos quatro anos, caso o governo continue adiando aampliação da oferta de produtos petroquímicos no país. Assoluções propostas para neutralizar esse desequilíbrio inclui-riam a instalação do pólo fluminense, a ampliação deCamaçari e ainda o desgargalamcnto das outras centrais: aPetroquímica União, em São Paulo, e a Copesul, no RioGrande do Sul.

Outro estudo elaborado pelo grupo Unipar — que anopassado enviou ao Conselho de Desenvolvimento Industrial(CDI) carta-consulta para a implantação de um pólo no Riode Janeiro — garante que, se o governo continuar adiandoas soluções apontadas pelos relatórios técnicos, o país terá,daqui para a frente, prejuízos crescentes em divisas. Consi-derando-se apenas as cowoditics petroquímicas, essas per-das chegarão, entre importações subsidiadas e exportaçõesnão realizadas, a 1 bilhão 700 milhões de dólares, entre 1987e 1991. Além disso, a projeção da balança comercial dosetor, considerando esse quadro, aponta déficits crescentesnos próximos anos, acumulando no período cerca de 3bilhões 500 milhões de dólares.

Teixeira perde verbas

e Pazzianotto fica sem

poder com novo pacoteBRASÍLIA — O Plano Bresser retira espaço dentro do

governo dos ministros do Planejamento, Aníbal Teixeira, e doTrabalho, Almir Pazzianotto, reconhecem fontes governamentais.A necessidade de se reduzir o déficit público estabelecida no planosignificou, de imediato, um corte de CZ$ 1,3 trilhão no orçamentodo ambicioso Plano de Ação Governamental (PAG), de Teixeira,enquanto Pazzianotto amargou uma derrota ao não ver atendidasua proposta de médias bimestrais de inflação para os reajustesdos salários.

Ao contrário do Plano Cruzado, o Plano Bresser foi concebi-do. tocado e colocado em execução por um só ministro, deixandototalmente à margem dc sua elaboração dois outros ministros que,teoricamente, teriam de ter um mínimo dc participação no novochoque heterodoxo — justamente os do Planejamento e doTrabalho.

Tido como "um ufanista" por um assessor do ministro daFazenda, Teixeira — em função da vitória de Bresser Pereirajunto ao presidente José Sarney conseguindo adiar oito projetosde grande porte contemplados no PAG — não se limitará a cortarapenas o CZ$ 1,3 trilhão correspondente ao que seria aplicado nosempreendimentos. De acordo com um assessor do ministro doPlanejamento, a diminuição do déficit público obrigará Teixeira aefetuar cortes em todos os projetos abrangidos pelo PAG. É issoque ele está fazendo desde ontem com os principais elaboradoresdo plano de ação. que tinha nada menos do que 1 mil 200 páginasna versão original.

O ministro do Planejamento começou a sentir que o PAGteria de ser encurtado após abrir o debate, na reunião ministerialdo dia 2, sobre a real dimensão do déficit público. Tinha umnúmero — 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) — que ofavorecia, na medida em que encurtava a real dimensão do déficite, dessa forma, poderiam sobrar recursos para tocar seu plano.

Confrontado com o número de Teixeira e o número daFazenda — déficit de 6,7% do PIB —, é que Sarney há duassemanas (conforme revelou ontem um assessor de Bresser), deusinal verde para adiar os projetos de grande porte. Foi aí que oPAG começou a encolher."Está muito estranho", foi a primeira reação de Pazzianottoa assessores, na manhã da sexta-feira, após se confrontar, no inícioda madrugada, na casa de Bresser, com o modelo pronto eacabado da Unidade de Referência de Preços (URP) e seumecanismo de aumento de salários com base na média da inflaçãodo trimestre anterior. Quis fazer valer a proposta do uso da médiabimestral, nas, ainda na residência do ministro da Fazenda, fdemovido sob a justificativa de que sua sugestão era "inexeqüi-vel", relata um auxiliar do ministro da Fazenda.

O Plano Bresser encontrou um ministro do Trabalho muitodiferente daquele da época do plano cruzado, que absorveu ogatilho salarial por imposição de Pazzianotto. Na verdade, segun-do um assessor governamental que conhece bem o ministro doIrabalho, sua permanência no ministério c crucial para quecontinue tentando pavimentar sua estrada para a Prefeitura de SãoPaulo. "Até chegar lá. Pazzianotto não tem lugar que lhe dê basera sustentar o sonho da prefeitura e, por isso. o ministério lhe ésencial" resume esse assessor.

S T a Q S S DOMINGO

rllffl

PR**

AGENTES,

Na revista Domingo, vocêencontra a programação dasemana inteira.JORNAL DO BRASIL

PROCURAM-SE

PARA SUETERES IDE MALHA DEALGODÃO) Empresa de Nova York,com patrimônio de USS 100 milhões,procura agente para conseguir produto-res do sueteres para senhoras, blusasde ombro rebaixado, de malha, a preçosrazoáveis, cortados e costurados empoliester e algodão, bem como algodãoâ 100%. para exportação aos E. Unidos.Responder p/ Telex (N° 220554-retorno de resposta: OSCUR). ou porfacsimile 212-944-2065. indicando tam-bém clientes americanos com que te-nham feito negócios

PORTO» NAZARETH §/A<CORRETORA I» SEGUROS

INFORMA

paraessencial

Temos a satisfação de comunicar que o Conse-lho Nacional de Seguros Privados, sob a Presidênciado Exmo. Sr. Ministro da Fazenda, aprovou a plenaindexação dos contratos de seguros, com base nasobrigações do Tesouro Nacional.Assim, a partir da vigência da nova Resolução, em 1ode agosto próximo, tanto as importâncias seguradascomo as indenizações serão reajustadas de acordocom a variação do valor nominal da OTN.Nossa empresa se congratula com essa decisãohistórica para o Mercado de Seguros do Brasil einforma estar aparelhada para orientar nessa fase detransição da nova sistemática.

I PORTO, NAZARETH S/A. — CORRETORA DE SEGUROS

lT(

V

ROBERTO DA SILVA PORTOPresidente

Tels.: São Paulo (011) 285-3133 • Rio de Janeiro(021) 240-5052 • Belo Horizonte (031) 222-9933

VENDO SISTEMAS KS E PABX/NEC Telefone para268-4343 e troque seu sistema telefônico por um sistema KS ou PABX NEC. A CG vende e aluga com

pronta entrega, instalação imediata e manutençãocompleta. Distribuição para todo o Estado do RioCG TELECOMUNICAÇÕES E ELETRÔNICA LTDA.Rua Ambrosina, n° 42, Andarai RJ CEP 20540-Tel 268-4343 Telex (021) 31092 CGTX BR. /VEC

DESCUBRA

A VERDADEIRA EUROPA

Slnta-se em casa na Europa, dei•xando seu roteiro nas màos de uma

empresa verdadeiramente européia.Sào 50 anos de experiência para lhe

oferecer o que há de melhor.

• Roteiros inéditos.

A maior frota de ônibus de turismo, equi-pados com sala de jogos, vídeo e bar.

Guias europeus com total domíniodo português.

Seleção de hotéis, consideran-do qualidade, atendimento,localização e preço.

A melhor relação preço/qualidade.

CONSULTE SEU AGENTE DE VIAGENS.

S01

?EZMItours

28 ? Io caderno ? domingo, 14/6/87 Economia JORNAL DO BRASIL

11

j—^

^

'^11^

Lr i

WÁiUVJiUUJi

MÓDULOS ICARAÍIndividuais, em tecido Cheniie

De_

520,00 à vista

ESTANTE ARVOPLAC MOD.1SSConfeccionada em padrãoCerejeira semi-fosca; 4 portascom apliques e moldura. ^

pesÇ2«

1.730,00 à vista

ESTANTE ALINEEm padrão Cerejeira com forrotraseiro, 4 portas e 1 bar.

De- D®®!co°l°

2.650,00á vista

BICAMA MÃEZINHA IVONEDurante o dia, um lintk> sofá, à noiteuma confortável cama.

dTzszzmc

p, 1.650,00

BICAMA MASTERConfeccionada em Pinus etecido verde em diagonal.

3.150,00à vista

J I

*vista &

^o COLCHOES SUAVE SONO 1D!SSP^ 0.78x1*8X10

DesSS5L I Lg

(®». oeMmk/fifoJm

P 690,003:MUCHE'S^EM 45M4»«M

|rT~-===V^I ,^,Wxla O^SSL

oe^28Wp/ 1.990.00pafca^J^

£ vista & ' -^^"^B®Bp5i >-V;} *-»«¦«, ^

—I_!^p_L p/990|0Piy«te

ESTANTE ANDRÉA - Ref. 2050Em padrãq Cerejeira, 4 portas,1bar, puxadores em madeira.

DescgJJͮoDM4<MUr

p/ 2.300,00

á ircsts

CADEIRA MODERNAEm polipropileno.

380,00á vista

DORMITÓRIO AURORACAPELINHAEm padrão Cerejeira, com 10 eco*1*0portas, cama baú, 2 mesinhas "^ÉÉI^de cabeceira e 1 banqueta. ^wWl*m

te330^Oítp/

5.390,00à vista üj .-^ ^

ttfill

in

II

*

' 111 ^ ^

DORMITÓRIO ACAPULCOEm padrão Cerejeira com

portas, 3 gavetas, cama baú, n«>2 mesinhas de cabeceira e Pe!|flk

banqueta.

D^stwmi W

4.990,00

man¦My !s| MS M™!!

hipBH ®

Plillir

Itl i 9ftl

"^ftr-

OFERTAS VÁLIDAS ATÉ 20/06/87 OU ATÉ O TÉRMINO DO ESTOQUE

ATENDIMENTO IMEDIATO CRÉDITO À JATO ENTREGA RÁPIDA

AQUI.VOCÊ NÃO PERDE TEMPO.TUDO É FÁCIL ERÁPIDO.

I

1

m^nrr

•S.J

nniiim

i

j\"« " 1 ~3gg

JORNAL DO BRASIL Economia domingo, 14/6/87 ? Io caderno ? 29.

-w*-m -iw-sr AM* WW • if • 9jy¦viryB'*9 jmf" pJB ' Y* *¦ I

1 i 1 M ill H B w^dk ntlfrkU*A V m wi \m ijpH^M L-wCu8 <m M ffWInES»A\m v» vA' vl -^rJw y^r!.*}% innjLjrib^J m In wH wips^^S^H ^W^fwwwWWWw^mi^

^ItHBPIBfrffn

W#V?:yc}l$?/¦<)•;¦ ¦;¦/¦;-.v.-vííí••¦'.'•/.: r.-.v • ••!.'• rs. V;-V.-i.l:... .... . -.

GRUPO ESTOFADO MONZA CORALSofá com 2 poltronas. DeJ5^9$Q0

X

P/ 2.750,00

Qe«cogy

á vista

GRUPO ESTOFADO CABOFRIO MISTOEm tecido Chenile verde, comacabamento em courvinmarrom.

De.

3.990,00

pe s'conto

à vista

ESCADA BIANCAAluminizada, com 5 degraus.Leve efácil de transportar.

520,00 à vista

0.344£0C oe^jjJL

ft >el£a£ii^

M 1 ^

^ 1

^ nortMiTftnio i?rrri rr mrnrnrfn liiiiinimm^iiIi 1,"j'HJ'))>I1 AfflFj ul iffil1

H EmpadrSo Cerejeira, com (l/VVM/ /n iL^/^vly (/MiinWI inlli lull10 portas e cama bau. ^

IhmI ^ .¦;

DORMIT0RIOALICECAPELINHA

UlITi III ill |i ill i I, Em padrSo Cerejeira, com 10 ^nto ilium,III lit KM M lfrtmmr DORMIT0RIO MEXICO ll portas, cama bau, 2 mesinhas irg=r- [h.——^r irij^i|l|r^"]|nr~~ll Hp ! IIV M Mill1 j f/1 uW/AW ¦ Em padrSo Cerejeira, com de cabeceira e 1 banqueta. ^KfiSjA1 J. ||

¦l|i -*»¦« ^uupuu

DM o.3tt944#(C,

7.500,00 mfffl

..

J

,1

I

DORMITÓRIO ASTECA II CAPELINHAEm padrão Cerejeira, com10 portas e cama baú.

TUDO EM ATÉ

PAGAMENTOS

1+6 PAGAMENTOSCOPACABANA Rua Barata Ribeiro. 373 A • CENTRO Rua Bueríos Aires. 139 • TIJUCA Rua General Roca 818 • VILAISABEL Av 28 de Setembro. 277 • NITERÓI Rua da Conceição. 79 81 • NITERÓI BRASTEL SUPER Rua Marquês de Paraná. esquina de Rua Sào Lourenco • MADUREIRA Rua Ministro Edgard Romero. 224 Rua Mana Freitas. 52 (no calçadàol'CAXIAS Av Nilo Peçanha. 190 B • SÀO JOÃO Ot MERITI Rua da Matriz. 223 • MOVA IGUAÇU Av Nilo Peçanha220 • NILÓPOLIS Av Mirandela. 197 e Av Mirandela. 141 ' CAMPO GRANDE Rua Coronel Agostinho 97 ' PETRÓPOUSRua ao Imperador. 744 748 • VASSOURAS Rua Caetano Furquim • TRES RIOS Rua Prefeito Walter Franklin. 130BARHA DO PIRAI Rua Governador Portela. 29 Centro

BRASTEL

tudo a preço de banana

etOsCO

30 ? Io caderno o domingo, 14/6/87 Economia JORNAL DO BRASIL

Exportação volta a ser a grande prioridade

do paísi n ofpiín oloi/irlo rofrn onriVnli ríticto tCTílO flíí fYnlncân H'i rlormnrli r\r\ AtQUÍVO

PLANO BRESSERA segundamididesvalori-zação do cruza-do decretadapelo MinistroLuiz CarlosBresser Pereirano espaço de 43dias não deixadúvidas sobre aprioridade dapolítica econô-mica. É garantiro aumento dasexportações, re-compor as reservas e retomar o paga-mento dos juros da dívida externa.Existem outros fatores mostrando cia-ramente que a arrancada das exporta-çóes já começou e que deve ser incenti-vada também pelo setor privado, nospróximos meses.

Dez grandes empresas vão lançarno próximo mês em São Paulo umacampanha que custará CZS 28 milhões,com ampla divulgação em jornais erevistas, incentivando os empresários alutarem por espaço no mercado exter-no. Com um lema convidativo: "Ex-

portar não é difícil. Fature esta".Com o mesmo objetivo, mas com

um tom mais dramático, a Federaçãodas Indústrias de São Paulo e a Asso-ciaçáo dos Exportadores Brasileirospromovem esta semana um semináriodo qual vão participar todos os pesos-pesados da empresas exportadores bra-sileiras sob o tema: "Comércio-Exterior: Fator de Sobrevivência e De-senvolvimento".

Pelas contas feita no Instituto deEconomia Industrial da UFRJ nãoeram necessários incentivos, nem cam-panhas: a exportação está sendo reto-mada com grande intensidade. No bo-letim que divulga na próxima semana,o IEI da UFRJ confirma sua análise,feita no último número, de saldo deUS$ 9 bilhões, e acrescenta algunsdados: o saldo de USS 520 milhões deabril não foi resultado da primeiramididesvalorizaçáo feita por Bresserde 8,49%; e ainda não está se sentindo

o efeito da elevada safra agrícola desteano. "Apesar do crescimento de 30%em relação ao mês de março, as expor-tações de produtos básicos ainda en-contravam-se 23% abaixo do valor ob-tido em abril de 86". registra o bo-letim.

O setor industrial também estáaquém das suas possibilidades, mos-tram os economistas da UFRJ, porque,excetuando a indústria automobilísti-ca, o conjunto dos produtos manufatu-rados está também 23% menor do queno mesmo período do ano passado.Em parte isto seria conseqüência domovimento de atender o mercado in-

Arquivo — 6/3/86

Wm Ha

terno, na explosão da demanda docruzado, que fez várias empresas des-cumprirem contratos e renunciarem afatias do mercado já conquistadas."Os que abandonaram o mercadoexterno no ano passado terão que agircomo novos exportadores ..este ano,tentando formar novamente uma car-teira de clientes", receita o diretor dodepartamento do Comércio Exteriorda Fiesp. Alguns setores no entantocontinuam garantindo seu espaço nocomércio internacional. O setor depapel e celulose por exemplo garanteque, como não reduziu as vendas, nãoterá dificuldades agora. O setor quími-co conta com uma conjuntura interna-cional favorável, com preços altos,incentivando os exportadores, e ocomplicado setor têxtil tenta driblar aspolíticas protecionistas. "Estamospreenchendo todas as nossas cotas deexportação", assegura o presidente doSindicato das Indústrias de Têxteis,Luiz Américo Medeiros.

Em um movimento semelhante degarantir, da forma mais fluente, espaçono mercado externo, um grupo deexecutivos de Franca, uma cidade quevive basicamente das exportações decalçados, acabou de voltar de um cursode reciclagem de inglês. Não bastaentretanto o esforço do setor exporta-dor ou as vantagens cambiais, na opi-nião do presidente da AEB, é precisotambém desburocratizar os órgãos quecuidam de comércio exterior no Brasil.Existem hoje, nas contas de Zadrozny,18 órgãos dentro da burocracia paratratar das exportações. Essa multipli-cação de gabinetes só complica o pro-blema e cria dificuldades para as pe-quenas e médias empresas. Zadroznydeverá insistir nesse ponto durante oseminário desta semana: a política deincentivo às exportações precisa ter ummínimo de constância para não setransformar no coelho que o governotira da cartola em momentos de crise."Quando o país precisa de divisas paragerar superávit na balança comercial,ele sempre usa o mesmo truque: lançamão dos estímulos à exportação."Noberto Ingo Zadrozny

Café e soja garantem US$ 5 bilhõesSAO PAULO — Se dependesse ape-

nas do café e da soja, o Brasil teriagarantido um bom resultado na balançacomercial no atual exercício, pois, caso seconfirmem as previsões otimistas, os doisprodutos renderão ao país divisas daordem de 5 bilhões de dólares.

Os números coletados junto ao IBC eexportadores revelam que só no primeirosemestre foram exportadas mais de 10milhões de sacas de café. Os exportado-res esperam um desempenho ainda me-lhor no segundo semestre, totalizando até

o fim do ano 18,5 milhões de sacas, novalor de 2,5 milhões de dólares.

O produto só não renderá mais divi-sas cm conseqüência de sua baixa cotaçãono mercado mundial, onde oscila nopatamar de 1 dólar por libra-peso, depoisde ter ultrapassado dois dólares há menosde dois anos.

O complexo soja (grão, farelo e óleo)mantém a perspectiva de render outros2,5 bilhões de dólares em 1987, depois dofraco desempenho do ano passado, quan-do registrou 1,6 bilhões de dólares, coti-

forme dados da Cooperativa dos Agrope-cuários de Maringá (PR).

Os exportadores estão sendo benefi-ciados principalmente pela redução doplantio nos Estados Unidos, bem comopela diminuição do consumo interno. Aqueda da safra americana constitui ofator básico da alta das cotações na Bolsade Chicago. Segundo os dirigentes dacooperativa paranaense, o desempenhodas vendas externas seria ainda melhor seo produto brasileiro fosse mais competiti-vo. Eles propõem, para tanto, uma acele-ração das desvalorizações do Cruzado.

Domingo. às2lh 30

em Cribca&Autacritica:

Bresser

Pereira

e

Pazzianotto

Em duas horas de entrevista, neste domingo, excepcionalmente às 21h30, o ministro da Fazenda, Luiz CarlosBresser Pereira e o ministro do Trabalho, Almir Pazzianotto, esclarecem os detalhes e os objetivos do novopacote econômico do governo — o plano Novo Cruzado.

<«>

mm

DOMINGO, 21h30

9 (fWil

1'f^Miq'O piihi-citar-o <1*CAIXA ICOMtJWiC*FEDERAL tSPtRM DÊ AIS DA PANAM

GAZETA MERCANTILRADIQHTELEVISÀG

microtec

< , | ' .

* ^

Em Franca, onde estão as indústrias de calçados, o sonho do mercado interno acabou

Projetista e executivos se reciclamSÂO PAULO — Os executivos dosetor de exportação da indústria decalçados de Franca — onde se con-centra a indústria nacional de calça-dos masculinos — voltam aos cursosde inglês para uma rápida recicla-gem. Os projetistas desenham rapi-aamente novos modelos a serem lan-çados no mercado mundial, porque osonho de só vender internamenteacabou: o negócio é exportar.

Mas, os calçadistas de Franca edos demais centros produtores decalçados do país precisarão fazermuito mais do que simplesmentereciclar o inglês. "Além de alterar aprogramação da produção, o queestamos fazendo, vamos precisar de,no mínimo, uma política cambialmais realista", defende Carlos Briga-gão, diretor da Sândalo, uma dasgrandes empresas do ramo.

Por seus cálculos, a defasagemdo câmbio até sexta-feira era de20%. Seja como for, a Sândalo járesolveu destinar este ano 35% desua produção — 10 mil pares por dia— às exportações. Trata-se de umpercentual expressivo, poisem 1986,devido ao grande consumo interno,só exportou 5% do que produziu.

Outro gigante do setor, Samello,que também fabrica 10 mil pares/dia,vai exportar 15% da sua produção,diz Dorival Icibaci, gerente comer-ciai da empresa. Só não exportarámais porque ainda "confia no merca-do interno", com base na capacidadede atração de sua marca. "Em épo-

cas de crise, as marcas famosas le-vam grande vantagem sobre as me-nos conhecidas", ensina.

Renato Cruz, gerente de propa-ganda e marketing da Vulcabrás —• asegunda fábrica de calçados do país— saiu da 19a Feira Nacional deCalçados e Artefatos de Couro(Francal), preocupado com os fracosnegócios realizados por todas as em-presas na'mostra. "Vamos crescerzero este ano", disse. Mas a Vulca-brás — responsável por marcas comoAdidas, Le Coq Sportif, Pony, Pumae Worker (esta de sapatos finos decouro) — vai continuar atendendo aseus "tradicionais clientes interna-cionais", mais para não perder mer-cados do que pensando num grandefaturamento.

Cruz acha que os altos custosfinanceiros comprometem os resulta-dos de exportação, mas mesmo as-sim o setor como um todo tem tudopara confirmar a previsão de Sebas-tião Burbulhan, presidente do Sindi-cato da Indústria de Calçados doEstado de São Paulo, para quemserão exportados este ano pelo me-nos 1,1 bilhão de dólares, contra1,05 bilhão em 1986. O pacote dogoverno poderá empurrar esse nú-mero para cima.

Nos mercados externos — inclu-sive o dos Estados Unidos, que ad-quirem 85% dos sapatos exportadospelo Brasil —, as barreiras são prati-camente inexistentes aos calçados,exceto por algumas ameaças de so-bretaxas.

Evolução das exportações de calçados

Ano Pares(milhões)

Total em dólares(milhões)

19819819819819819851981987(+ ]

49,2.,69,7.,61,4.93,2.

144,1.132,7.142,1.143,0.

387,9562,2501,0

681,031.020,0

907,01.050,01.100,0

( + ) Estimativa — Sindicato da Industria de Calçados.

Recuperação nas

vendas externas

vai ser lenta

SÃO PAULO — A retomada do

ritmo das exportações brasilei-ras deverá enfrentar as dificuldadespróprias de qualquer fornecedor queabandona sem maiores explicações ofreguês constante para atendera umeventual. Foi o que o Brasil fezparcialmente no ano passado, quan-do o aquecimento do mercado inter-no levou exportadores tradicionais adesviar parte significativa de suascotas de vendas externas para ointernas. Agora, ao querer voltar,poderão achar muitas portas cer-radas.

Há setores de demanda interna-cional muito alta, como o petroquí-mico, que não deverão colocar maio-res entraves à retomada das exporta-ções brasileiras. São setores cujademanda internacional supera aoferta. Há outros, entretanto, comoo têxtil eode calçados (para ficaremapenas dois), cujo mercado é muitodisputado, principalmente por paísesde vigorosa e volumosa exportação(como Formosa, Coréia do Sul eCingapura), que apresentarão difi-culdades à retomada das exportaçõesbrasileiras. Isto faz o coordenadorgeral da Funcex — Fundação Centrode Estudos do Comércio Exterior —Michel Alaby, prever que a recupe-ração das exportações, tão desejadapelo governo e pelos banqueiros na-cionais, "será muito difícil este ano".

Para o diretor do Departamentode Comércio Exterior da Federaçãodas Indústrias do Estado de SãoPaulo (Fiesp), Benedito de Sanctis

Pires de Almeida, "os que abando-naram o mercado externo, no anopassado, neste terão que agir comonovos exportadores, tentando for-mar novamente uma carteira declientes, e isto leva algum tempo".Ele não sabe precisar qual o percen-tual dos exportadores que abandona-ram seus clientes externos em I9S6.A maioria, explicou, embora tivessereduzido suas exportações, manteveum vínculo com a clientela.

O setor de papel e celulose apre-sentou uma produção da ordem de 4milhões e 480 mil toneladas parapapel e 3 milhões c 580 mil toneladaspara celulose, em 19S6. representan-do crescimento dc 11,5% e 5.2%,respectivamente, em relação a 1985.As exportações foram de 712 miltoneladas de papel e 913 mil tonela-das dc celulose. "Não reduzimosnossas exportações no ano passado,portanto não teremos dificuldadespara aumentá-las neste", afirmou opresidente da Associação Nacionaldos Fabricantes de Papel e Celulose,Horácio Cherkaski.

De acordo com ele, o setor deve-rá aumentar suas exportações entreaté 7% em 1987, em função deganhos de produtividade. Até agora,segundo explicou, a demanda domercado interno continua aquecida,nos níveis de 1986, apenas um poucomenos nervosa. Mesmo que a de-manda interna caia, o setor não terádificuldades em aumentar as expor-tações. "pois a demanda internado-nal é hoje muito forte e os preçosestão bons", frisou.

O setor químico também vivesituação favorável, com os preços e amedida internacional incentivandoos exportadores. Como se prevê umaqueda no consumo interno este ano(o consumo cresceu 309c em I9S6.comparando com 1985). o excedentedeverá ser dirigido ao mercado ex-terno. Em 1987. as exportações deprodutos químicos c petroquímicospoderão atingir o patamar de 1 bi-Ihão e 500 milhões de dólares (omesmo de 19S4), representando umcrescimento de cerca de 25% sobre1986.

Campanha está pronta há três mesesSÃO PAULO — Uma campanha

cívica para estimular as exportações esta-va articulada há cerca de três meses, idéiado empresário Laerte Setúbal, com apoioda Associação de Comércio Exterior(AEB) e da Federação das Indústrias doEstado de São Paulo (Fiesp). "Antes depensar em reduzir a capacidade ociosa,tente a exportação", era o mote domovimento que, em outras palavras, ad-mitia a chegada da recessão.

Agora, a idéia foi resgatada com umslogan mais positivo:"Exportar não édifícil, fature essa". Orçada em CZS 28milhões, com veiculaçáo em revistas ejornais, a campanha foi entregue à Colut-ti e Associados, agência de médio porteque venceu uma concorrência com outrastrês para vários trabalhos da Fiesp.

Até agora, 10 empresas deram res-paldo financeiro ao projeto (Duratex,Springer, Cotia Trading, Abrasucos, Vil-

lares, DHL, Cofap, Spasa Trading, Asso-ciaçáo das Empresas Comerciais e Impor-tadoras e Sindirações). Mas, se a partici-pação crescer até o final da próximasemana, a campanha — que começa emjulho, com previsão de 120 dias de dura-ção — poderá englobar também a mídiaeletrônica.

A mobilização parte da premissa deque apenas 200 empresas detém 75% dototal de exportação brasileira e outrastrês mil ficam com os 25% restantes.Busca-se assim aumentar o universo deempresas exportadoras, através do públi-co-alvo definido como a pequena e médiaempresas. Nesse sentido, todos os textos— quatro segmentos de cada anúncio —orientam os empresários a buscarem in-formações nos órgãos de classe, como aFiesp e a AEB.

Todas as peças têm um tom positivo emotivacional, começando com um título.

intercalado por um desenho e seguidopor um subtítulo e o texto: "Os america-nos estão pagando para pisar em basesbrasileiras", anuncia uma das peças aoinformar sobre o grande volume de ex-portação de sapatos.

E falam também do sucesso brasilei-ro na venda de chá para Inglaterra, rodasde trem para o Japão, brinquedos para osEstados Unidos e até tapioca para aEuropa. O clímax final será dado com' uma simples indagação: "Onde você esta-va esse tempo todo? Enquanto outrosempresários faturaram bilhões com asexportações."

Além dos anúncios, selos e adesivoscompletam o cerco direto ao governo,pois o alvo principal da campanha émostrar que a iniciativa privada está seesforçando para exportar e, assim, temdireito a cobrar a fatura.

J

¦

¦

9 IfWil

o

JORNAL DO BRASIL Economia domingo, 14/6/87 ? Io caderno ? 31

*' ft ' > ' •• ' v:' >V S S v

i;^^H jPP^^,

Arquivo — cic/o/oo

|g HI

/ 1 Ai J|^H^^^wHHRr flpp^^L;:; . J^^^^s^^^sSSitirr

Mv jflH '¦.; aHMnHH|

Juan Sourroiiille acha inflaqao insoluvel

Plano Austral faz 2

anos sem conseguir

acabar com inflação

Rosental Calmon AlvesCorrespondente I

BUENOS AIRES — 0 Plano Austral, que conseguiu tirara Argentina de uma inflação de 30% ao mês, complèta hoje doisanos, mas esta já é sua quinta versão e o país enfrenta o terceirosurto inflacionário desse período. A tentativa de reeditar ocongelamento no final de fevereiro último não deu certo e o pioré que esses ressurgimentos da inflação parecem -cada vez maisfreqüentes. Com isso, aumentam as pressões, inclusive dentrodo governo, para que o país regresse à economia de mercado.

Quando o choque heterodoxo foi anunciado, a 14 de junhode 1985, a economia argentina estava num verdadeiro caos,devido à galopante inflação de níveis similares aos que o Brasilregistra atualmente. O congelamento de preços e salários durou10 meses e ajudou o partido de Alfonsín a ganhar uma eleição.A segunda fase do Austral durou seis meses, de abril a setembrode 1986, quando o sistema de "preços administrados", quesucedeu ao congelamento, desembocou na primeira crise infla-cionária desde o lançamento do programa.

A aplicação de remédios monetários fortes (aumento dataxa de juros, aceleramento das desvalorizações cambiais, entreoutras) fizeram o índice de aumento do custo de vida descerlentamente dos 8,8% a que tinha chegado em agosto de 1986.Em vez de congelamento, optou-se então por um sistema de"pautas", estabelecendo-se que os preços, tarifas e saláriossubiriam na base de 3% ao mês — que era a inflação esperada.

Essa terceira fase do Austral durou apenas cinco meses,menos, portanto, que a segunda. Além disço, também desem-bocou em outro surto de inflação, a níveis similares aos deagosto: 7,6% em janeiro e 6,5% em fevereiro. Foi aí que ogoverno tentou um recongelamento para debelar o novo surto.Mesmo assim, a situação era tão grave que, embora com ospreços e salários congelados, março teve uma inflação de 8,8%,entre outras causas, devido ao arrasto estatístico do mêsanterior.

Críticas — Essa quarta fase do Austral foi muito maiscurta que as anteriores. O recongelamento só durou dois meses,pois foi recebido sem entusiasmo pela população e não agüen-tou ¦ as pressões dos comerciantes e dos assalariados, queexigiam aumentos. A atual, portanto, é a quinta fase do Australe se caracteriza pelos sintomas indicando que já se estaria emmeio a um novo surto de inflação.

O governo tenta deter o ressurgimento inflacionário nova-mente com medidas monetárias e especialmente através de umforte aumento da taxa de juros. Mesmo assim, já se prevê que ocusto de vida crescerá neste mês acima de 6% (já há estimativasde 7%), numa escalada semelhante às duas anteriores.

Os críticos do atual programa antiinflacionário dizem queos economistas do governo descobriram fórmulas que sãosimples aspirinas, que reduzem a febre, mas não curam adoença. Agora, prevêem que a febre vai voltar cada vez maisfreqüentemente e que a única saída é abrir a economia e deixaras leis do mercado atuarem. A União dos Industriais Argenti-nos, por exemplo, quer liberdade de fixação de preços esalários, câmbio livre, eliminação gradual das taxas de importa-ção e reformas estruturais.

Dentro do governo, altos funcionários, como o secretáriode Coordenação Econômica Adolfo Canitrot, já trabalham emplanos para uma abertura econômica, que seria, virtualmente, ofim do Plano Austral. Mas aí entra o problema político: haveráeleições (parciais, porém muito importantes) no dia 6 desetembro e o governo gostaria de chegar até lá sem grandestraumas econômicos. O ideal seia manter a inflação mensalabaixo dos 4%, mas a essa altura isso parece difícil.

O fantasma que ronda o Ministério de Economia é oregresso a inflação mensal de dois dígitos, já que o outro temor— inflação anual de três dígitos — já se tornou realidade após osurto do início do ano. Os idealizadores do Austral reconhecemque, se o plano falhou em algo, foi em não cumprir as promessasde reformas estruturais profundas (esperadas para depois daseleições). Mas, de qualquer forma, pelo menos aqui ninguémvendeu a ilusão de que se chegaria à inflação zero.

— Em economia, há problemas que jamais se resolvem aque, simplesmente, são administrados — disse, recentemente, oministro Juan Sourrouille. Para os economistas do Austral,certamente a inflação é um desses problemas insolúveis. Onegócio é administrá-la.

Entrevista/william Cline

Reserva de mercado custa ao país

US$ 500 milhões

Recessão impedirá que os

produtos sumam como no

consumismo do Cruzado ISÃO PAULO — No setor de abastecimento, a diferença

básica entre o consumismo do cruzado e o ano de desaqueci-mento interno é que os produtos não irão sumir das prateleirasdos supermercados, mas dos armários dos consumidores. Umasimples análise da série histórica de pesquisas da Nielsen — umdos maiores institutos do mundo, que analisa no Brasil ocomportamento de 80 categorias de produtos em milhares depontos de venda — mostra claramente que nenhum segmentoescapa ileso das variações negativas típicas das recessõesinternas.

Em 1980, apesar de 62% das categorias de produtospesquisados ainda apresentarem crescimento, já se manifesta-vam os primeiros sintomas de sensível queda no consumo, pois,mesmo com 26 setores em expansão, nove estagnaram e seteperdiam fôlego. O fundo do poço chegou em 1981, afetandoindiscriminadamente 31 dos 44 mercados pesquisados — ten-dência amenizada no ano seguinte, quando, dos 52 mercadosanalisados, 25 apresentaram queda. A lenta recuperação come-çou em 1983, com 17 segmentos em crescimento, 17 estáveis e28 em quda, o que se manteve no ano seguinte: respectivamen-te: 19, 18 e 27. A grande euforia no consumo ocorreu mesmoem 1985, quando 63 das 68 categorias de produtos cresceram,com mais abrangência e intensidade que no ano passado, queregistrou crescimento em 74 das 81 categorias pesquisadas.A pesquisa Nielsen também permite detectar tendênciasdo comportamento específico de cada mercado. Com base noperíodo de crise de 1981 a 1983, pode-se antever uma repetiçãoda violenta retração do consumo de inúmeros produtos.No setor alimentício, o consumidor costuma abandonar,numa primeira etapa, produtos supérfluos ou de maior valor, oque poderá comprometer a venda de bebidas em pó nãoadoçadas (que chegaram a sofrer quedas de 22% em 1982 e1983), café solúvel, caldos, chá preto, extratos e concentradosde tomate, gomas de mascar, iogurtes, misturas para bolos,doces e salgados, além de peixe enlatado, refrigerantes, sobre-mesas prontas gelificadas, sopas desidratadas e enlatadas. Nosegmento de produtos de limpeza caseira, os fabricantes estãocm alerta para uma eventual queda de venda de ccras paraassoalho, concentrados de limpeza, detergentes líquidos, inseti-cidas cm acrosol, lustra móveis, sabões e detergentes pararoupas.

Washington — "A política brasi-leira de informática está custando ao paíscerca de 500 milhões de dólares por ano".A afirmativa é do economista WilliamCline, uma das maiores autoridades emdívida externa, que acaba de concluir umlivro onde analisa as políticas de informá-tica seguidas pelo Brasil, México e Ar-gentina. Em entrevista concedida ao cor-respondente Sílvio Ferraz, do JORNALDO BRASIL, Cline mostra ter o Brasiloptado pelo modelo mais feehado domundo e faz previsões sombrias! Emcontraste, a Argentina optou por umesquema tarifário, onde os produtos im-portados são taxados de forma decrescen-te, e o México não apenas admite aparticipação estrangeira no setor de mi-cro e grandes computadores, como abriuexceção para a IBM instalar uma imensafábrica em troca do compromisso deexportação de 100 mil computadores jáno próximo ano. A política mexicana jáestá rendendo frutos. Seus computadorescustam, em média, 25% a 35% acima dospreços internacionais. Em contrapartida,o preço dos computadores brasileirosatinge a faixa de 150% a 200% sobre ossimilares estrangeiros, sem levar em con-ta a constante queda nos preços interna-cionais.

Criar um modelo de desenvolvi-mento autônomo, como pretende o Bra-sil, é engajar-se na arrojada tentativa deatirar num alvo em constante movimento— ressalta Cline, mostrando ser o setorda informática, ao contrário da maioria,extremamente ágil em seus avanços. Paraele, o modelo de substituição de importa-ções só deu certo no Brasil nos setoressiderúrgico e petroquímico, para ficar emdois exemplos, porque estas tecnologiasestão consolidadas há anos.

Pouca coisa mudou quando se falaem produzir um lingote ou um compostopetroquímico — frisa. — No mundo dos

JB — A estratégia brasileira de informáticaestá correta cm comparação com outrospaíses?Cline — A questão central é saber da conve-niência de uma estratégia mais fechada oumais aberta, sob duas dimensões. A primeira,com relação ao comércio internacional. Asegunda, com relação à participação de empre-sas multinacionais. Basicamente, nos princi-pais países em desenvolvimento, vê-se umavariação de estratégias. O Brasil está numextremo fechado, nas duas direções. Os paísesda Ásia Oriental, Coréia, Taiwan, no outroextremo de abertura. Com relação a Taiwan,por exemplo, o primeiro computador foi pro-duzido em 1980. Em 84, suas exportações jáatingiam 327 milhões de dólares e, na metadede 85, nada menos de 810 milhões. Na Améri-ca Latina, temos o México mais aberto e aArgentina numa posição intermediária. A es-tratégia parte principalmente da hipótese daindústria nascente. Existe, na teoria econômi-ca, a possibilidade de ser conveniente darproteção a esta indústria nascente. Restaria aesta indústria atingir a eficiência internacional,melhorar sua produtividade e conseguir com-petir não apenas em preço como em quali-dade.JB — Isso é possívej com o modelo brasileiro?Cline — Difícil. É preciso considerar que,numa indústria com alto grau de progressotecnológico como a informática, a curva doscustos de produção não e estática. Ela cairapidamente. Pode-se verificar a rápida redu-ção nos preços dos microcomputadores nosEstados Unidos e a nova tecnologia disponívelnos produtos oferecidos aos consumidores. Eaqui se coloca um problema fundamental: parater sucesso na indústria de informática, umpaís terá não apenas que reduzir o seu custounitário até o custo inicial, como será obrigadoa baixar os preços para também compensar aredução de seus competidores no preço doproduto internacional. Isso é um desafio ex-traordinário. É o mesmo que estar atirandonum alvo em constante movimento.JB — Há possibilidade de êxito com a políticafechada adotada pelo Brasil?Cline — Em meu livro concluo que a políticade substituição de importações na AméricaLatina como um todo, e no Brasil, em particu-lar, tem saído muito cara. Excessivamentecara. Isso sem falar nos resultados, que consi-dero bastante ineficientes. Tenho dúvidas nãoapenas sobre essa experiência, de forma geral,como também, especificamente, no setor deinformática.JB — O Brasil não teria, então, condições decompetir?Cline — No que se refere à informática,acredito ser muito difícil colocar uma indústrianascente no mesmo patamar da indústria inter-nacional. A tecnologia nesse setor é muitorapidamente ultrapassada, além do fato de oscustos caírem de forma acelerada. Para dar umexemplo, o custo do MIPS (unidade equiva-lente a 1 milhão de informações processadaspor segundo) tem caído cerca de 20% ao ano.

JB — Como, então, o modelo de desen-volvimento da indústria siderúrgica conseguiuêxito?

Cline — Há um contraste muito grandeentre a informática e outros setores de produ-ção, como a indústria siderúrgica, por exem-pio. Aqui houve muito sucesso, mas os custosdessa tecnologia, assim como na indústriaautomobilística, são muito mais estáveis. Osprocessos de fabricação não variam com avelocidade e agilidade de um computador.Embora nestes setores o Brasil tenha tidomuito sucesso, é altamente improvável queconsiga o mesmo na informática, simplesmen-te porque o setor náo oferece as mesmascondições para o êxito.

JB — Por què?Cline — Veja a questão da escala, por

exemplo. Para haver rentabilidade, é precisoque se produzam entre 30 e 50 mil unidadespor ano. O mercado nacional brasileiro émuito modesto, quando se considera que vá-rias empresas só produzem 3.a 5 mil unidadespor ano. Ao todo, são 11 mil computadoresproduzidos por ano. Como complicádor, surgeo fato de que só há mercado para 7 milcomputadores mais sofisticados. Temos que

questionar se o Brasil terá condições de atingira eficiência baseado numa economia de escala,se produz tão pouco.

JB — Qual, então, a chave do sucesso?Cline — Nos casos da Coréia e Taiwan, a

chave do sucesso é vender no mercado interna-cional. Até mesmo o México ficou atraído poreste êxito oriental, tomando a decisão depermitir à IBM instalar uma fábrica totalmen-te estrangeira em seu território. Neste caso,serão nada menos que 100 mil computadoresPC Made in México, colocados no mercadocom bons resultados para a exportação globaldo país. Esta produção viabilizará a economiade escala.

JB — É compensador, para o Brasil, ocusto dessa política oposta, fechada?

Cline — Creio que não. É verdade que oBrasil tem progredido rapidamente em termosde produção. A produção hoje em dia émetade nacional e gera 1 bilhão de dólares defaturamento. O emprego tem também expan-dido — embora, com 40 mil empregados, nãopossa ser considerado um setor que vá gerarmuitos empregos no país. A medida da inefi-ciência é simples. Um dos indicadores de queesta indústria não é eficiente é o pobre desem-penho das exportações. Por isso mesmo, achoque não vale a pena o preço pago pelo Brasil.

JB — Qual a situação brasileira quandocomparamos os preços no mercado interna-cional?

Cline — Quando se examinam os preçosbrasileiros contra os preços cobrados no mer-cado internacional, vemos que nos microcom-putadores mais sofisticados, tipo PC, o preçomédio brasileiro é mais ou menos 2,5 vezessuperior ao preço internacional. E note queaqui não levamos em conta a queda dos preçosinternacionais. A IBM, por exemplo, foi obri-gada a reduzir em 18% o preço de seus PC porcausa das imitações coreanas. Para uma com-paraçáo mais acurada do preço brasileiro,teríamos também que levar em consideraçãoeste imenso e próspero mercado de imitações.E mais, há indicadores de que esta diferençade preços internos e externos tende a seacentuar à medida que se sofisticam os compu-tadores.JB — Quanto custa ao Brasil manter estapolítica?Cline — Considerando este excesso de preçodos produtos brasileiros, podemos concluirque a política de informática está custando aoBrasil 500 milhões de dólares por ano.JB — Como chegou a este número?Cline — Considerei um fator de sobrepreçomédio equivalente a 1,83 dos produtos brasi-leiros em comparação ao internacional. Comoa indústria brasileira gerou 1.165 bilhão dedólares, dividindo este valor por 1,83 conclui-remos que o valor real da produção foi 637milhões de dólares. Subtraindo do valor nomi-nal (1.165 bilhão de dólares), chegaremos aoresultado que o custo para a economia brasilei-ra está sendo de 500 milhões de dólares, emnúmeros redondos.JB — Vale a pena pagar este preço parasubsidiar o desenvolviemtno desse setor?Cline — Não. Sobretudo, quando vemos,repito, que o Brasil está atirando num alvomóvel.

Para ter sucesso nainformática, é comoestar atirando todoo tempo num alvo emconstante movimento

JB — Qual a opção, neste caso?Cline — Os brasileiros precisam decidir opreço que a sociedade está disposta a pagarpara controlar esta tecnologia. A indústriaautomobilística brasileira é hoje competitivainternacionalmente porque seu modelo con-templou a ativa participação de empresasmultinacionais. Alguns chegaram mesmo acriticá-lo, argumentando ser a tecnologia de-senvolvida na sede das empresas e não noBrasil. Restam, no entanto, os grandes benefí-

cios dessa indústria no Brasil, não apenas emrelação ao emprego, como impostos e, final-mente, modernização de seu parque indus-trial. Hoje, não há carro que não possa serfabricado por brasileiros.JB — E o argumento de que a segurançanacional estaria ameaçada com a abertura domercado de informática?Cline — Ele não se sustenta. Não apenas pelaimensa diversidade de países fabricantes —qualquer deles poderá vender os equipamen-tos mais sofisticados —, como também pelofato de ser muito mais barato entregar direta-mente ao setor privado os 500 milhões dedólares subsidiados para as Forças Armadascomprar os equipamentos sofisticados de quenecessitam. Não podemos esquecer que orecente conflito entre a Inglaterra e a Argenti-na em torno das Ilhas Falkland, os raros êxitosda Força Aérea Argentina foram devidos aomoderno míssil Exocet. O que quero frisar éque também na segurança nacional o queimporta é dispor de equipamentos tecnologica-mente avançados.

A política brasileiraestá custando por anoUS$500 milhões devidoao sobrepreço. Quem

paga é a economia.

JB — Qual sua receita para o Brasil?Cline — Acredito que o mais lógico seriareexaminar a política e responder se, depois deoito anos de reserva de mercado na informáti-ca, não seria mais conveniente fazer duasmodificações importantes. Em primeiro, pro-mover maior abertura — colocando tarifasaduaneiras em vez de limitar a participação naprodução. Seria estabelecido um calendáriodecrescente de incidência dessas tarifas atéchegar a 50% no máximo, isso promoveriauma abertura na parte comercial. A segundamodificação importante seria estimular jointventures com as empresas multinacionais.

JB — Como estai o Brasil em relação aoMéxico e a Argentina?

Cline — O México está muito mais aberto.Sua política prevê a faixa dos minicomputado-res para os fabricantes nacionais, mas nosmicro as multinacionais podem participar cmaté 50% do capital. Foi aberta uma exceçãopara a IBM, com 100% de capital estrangeiro,pelo compromisso de exportações maciças desua produção, gerando receitas para o gover-no. O resultado é que, enquanto no México ospreços dos computadores são entre 25% e35% superiores aos preços internacionais, noBrasil este sobrepreço atinge entre 150% e200%.

JB — E a Argentina?Cline — Fazer esta comparação ainda é

difícil, pois os argentinos acabam de iniciar suapolítica de informática. Em todo o caso, elesestão se utilizando do mecanismo tarifário,impondo uma sobretaxa de 100% sobre oproduto estrangeiro. Mas é importante frisarque sua lei prevê a redução dessa tarifa para50%, em cinco anos.

JB — O modelo do desenvolvimento auto-nomo deu resultado na índia e na França?

Cline— Na índia não deu certo. Em 1984,eles alteraram a lei para permitir a participa-ção do capital estrangeiro. Na França, apesarde todo o subsídio governamental ao setor,náo foram conseguidos grandes progressos. Etemos que notar que o Brasil náo dispõe dosrecursos que os franceses têm para investir afundo perdido na sua indústria de informática.Apesar de ter adotado políticas semelhantes àdo Brasil, índia e França já concluíram quesuas experiências fracassaram e, por isso mes-mo, estão rumando para a abertura.

JB — A política brasileira de informáticanão poderá levar o país a se transformar numpaís de segunda classe?

Cline — Tenho medo desta perspectiva.Quando visito o Brasil e comparo com oMéxico, verifico a diferença. O México dispõede equipamentos muito mais modernos. Náo

computadores, é diferente. O custo do :processamento de 1 milhão de informa-ções por segundo cai 20% ao ano —.acrescenta.

Cline analisa ainda quatro casos inte- ,ressantes no setor da informática. Coréiado Sul e Formosa, onde as políticas foramabertas e os resultados estão aí paramostrar seu acerto. Formosa, que produ-ziu seu primeiro minicomputador em1980, já pode exibir ao mundo exporta-ções que atingem a 1 bilhão de dólares.Os outros dois são a índia e a França,.Ambos tentaram o caminho autônomo edesistiram parcialmente depois de pesa-das perdas. "A constatação dos francesesfoi simples. Em 1982 eles gastaram 1,8bilhão de dólares em pesquisas. Enquan-to isso, a indústria nos Estados Unidosinvestiu 18,5 bilhões de dólares", ob-serva.

Seu livro, Informática e desenvolvi-mento, foi escrito com o apoio financeiroda IBM, embora os pontos-de-vista econclusões sejam de responsabilidade ex-clusiva do autor. Sentado em seu confor-tável escritório no Instituto de EconomiaInternacional, no Dupont Circle, no co-ração de Washington, Cline prevê: A.situação brasileira não poderá manter-sesem que a sociedade pague um pesadopreço. Cline responde afirmativamentequando perguntado sobre o risco de asociedade brasileira se transformar numasociedade de segunda classe.

Cline afirma ser a indústria brasileiravoltada exclusivamente para o fatura-,mento, beneficiada pela política de reser-va de mercado. Para ele, o hipotéticoingresso de gigantes americanos da indús-..tria de computadores obrigará a umaacomodação do setor, embora acredite -que as empresas mais sólidas lucrarãocom isso. Outras, simplesmente desapa-;recerão. "Afinal, esta festa tem que aca-bar", sentencia.

se trata apenas do custo. Também o atraso nasentregas em decorrência da burocracia é muitogrande no Brasil. No Brasil, há que se planejarcom 16 meses de antecedência para conseguirum computador importado. Muitas vezes ounão se sabe bem o que se quer ou, pior, amáquina pode chegar já superada pelo avançotecnológico do setor.JB — E as conseqüências para o país dessasituação?Cline — A falta de disponibilidade de compu-tadores pode ser especialmente danosa. Alémdo aumento dos produtos devido ao sobrepre-ço dos computadores nacionais, há potencial-mente o sério risco de estar atrasando oavanço tecnológico e, conseqüentemente, oprogresso industrial com seus reflexos na eco-nomia como um todo. O modelo japonês deatualização de estoques — manter o mínimode estoque para reduzir custos — espalhadopelo mundo só é possível com o uso desistemas de computadores.JB — Eos robots num país com mão-de-obratão barata?Cline — Aos que argumentam ser a máo-de-obra táo barata, respondo que os robots atual-mente sáo fatores de qualidade numa linha deprodução.JB — O atraso brasileiro pode ser medido?Cline — Tomemos os Estados Unidos comreferência. A economia brasileira eqüivale a6% da americana. Mas o consumo brasileirode micro e minicomputadores é de 1,3% emrelação ao consumo no» Estados Unidos. Emcontraste, em muito produtos no Brasil oconsumo é muito mais elevado. Televisoressáo 15%, em relação aos Estados Unidos;automóveis, 4%. Os computadores estão empior situação.JB — O isolamento do Brasil dos avançostecnológicos poderá refletir-se no status dasociedade brasileira?Cline — Sem dúvida. Há o perigo do atrasoem relação ao cenário mundial. No caso daindústria automobilística, por exemplo, não écerto que o Brasil consiga manter sua lideran-ça na produção latino-americana se náo tiveracesso a máquinas mais modernas. O Méxiconá terá este problema. Isso diz quase tudo.JB — Neste cenário, quanto tempo vai-sepassar até o Brasil chegar ã beira do precipíciotecnológico?Cline — Acho difícil prever um momentoespecífico onde determinados setores indus-triais brasileiros começarão a perder a suacompetitividade. Mas o perigo está presentede forma muito clara. Os que acreditam que oBrasil só precisa de computadores mais sim-pies estão fora da realidade. O computador écomo um telefone. Afeta a vida de todos.Qualquer profissional que o utiliza pode sentira diferença. Um país pode viver com sistemastelefônicos antiquados, mas será uma socieda-;de que comprometeu seu potencial de desen-volvimento.JB — E os seus prognósticos?

Cline — A política de informática poderialevar o Brasil a um final feliz ou infeliz desde omomento em que foi implantada. No entanto,os capítulos já desenharam um final infeliz. Aúnica forma de alterar este quadro é promoveruma adaptação na lei de informática e abrir oparque industrial brasileiro, assim como o seumercado, para os avanços tecnológicos dessesetor. Já existe uma base industrial no Brasilcapaz de proporcionar condições para estaabertura.

JB — A entrada desses gigantes america-nos não destruiria o parque nacionaP.Cline — Os industriais do setor estão faturan-do muito. Eles sabem que esta situação nãopode perdurar para sempre. Um dia esta festatem que acabar. É claro que algumas empresaspequenas poderão desaparecer. Mas, as quesobrarem seguramente ficarão mais fortes econsolidadas. O ponto aqui é promover umaabertura gradual. As empresas teriam tempode se adaptar às novas circunstâncias. Existemáreas onde a empresa nacional tem vantagens.As máquinas de automação bancária sáo umbom exemplo. Há uni modelo desenhado parao caso brasileiro. Além do mais, a experiênciamexicana mostra que firmas nacionais podemcompetir num ambiente onde as multinacio-nais estão presentes.

I

i

SE? / * Ai h Jim

m "¦ hR aHMHUH

32 ? Io caderno ? domingo, 14/6/87 Turfe/Esportes JORNAL DO BRASIL

Hoje na Gávea Cânter

1"."pARE0 - is 11*00 — 1.300 mete - CRAM* — Polruejs Je 2 anas, sun vittm no Rio t mi Sio Paulo — IRIEXATA

1_ Kolimotwa 55 1 LA. Alves Ap 7°- 7 Implicanle 1.3 AU 83s?« 2_ sappMit 55 2C. Lavor 3°- 5 Grande Pedida 12 AM Hs4

5- Oinalia 55 3 J. Pessanha 1 7 Implicante* 1.3 AU 83s!4_ Tamann 55 < I F. Reis 8 Epitope 12 NM 77s4

— S— Dallon 55 5 J. Ricarto 3°- 6 F. Honey (RSI 700 AL «s(6— Golden Honey 55 6 I.M. Silva 6»- 9 Oalaba 1.1 HP 68s2

2o PÁREO - Às Uh30min - 1.000 metros - GRAMA — Ca»alos de' anos, sem mais de duas vilònas m Rio e em Sio Paulo

CarmoSo GoldenXaltniumPamak

Mon SchmooFabutanTAtandu

1JM. SilvaW. Guimarães Ap. 4C. lavo'

5 R. VieiraM. ferreira

57 J.Ricardo4°- 7 Disco Volante

Io- 121. Flores6o- 1 Disco Volante2o- 4 Teleto4o- Soberano2o- 7 Jody

1.3 NP

1.0 GM 58s41.3 NP 82s41.0 GL 58s1.1 NM 68s41.2 NU 76s

82s4

3° PÃREO — Hs 15h00 — 1.000 metros - GRAMA ¦ - Éguas de 4 anos, sem mais de duas vitórias no RTRIBUTA

e em Sio Paulo

... 1— Colheita2-Doral'" 3— Heríide• "4- So Preseirt5— linda7— Ftaltelait

J.RicartioG.F.AImeidaC.Felipe Ap.4A.Machido F°LS.Santos Ap.2

S GJ.Silvfl7 R.Freire

3o- Hekia7°- Couit Flowr8°-10 Colheita3o- Pulpería5o- S Hekia

Hekia4o- Court Flower

1.1 AU1.3 AP1.1 NP1.2 NP1.1 AU1.1 AU1.3 AP

701B2s270sl76s270j70s82s2

4» PÁREO - Jts 15h30min - 1.300 metros - GRAMA - Potros de 2 anos, sem »it6ria no Rio e em Sio Pauloí! • INÍCIO 00 CONCURSO DE 7 PONTOS l TRIEXATA

— So Glossy- Schener-'•5 —Jack Rabbit- latente— Sunacho— Japan Air

¦ ? — Olalsont — Viva Zapata

« 9 — Doutorlbrahim" Day Ato

5555555555555555

5555

J.F.Reis 2°-7 Jo Run 1.2 NM 76s*F.Pereira 5°-8 Old Pretender' 1.1 AL 67sl

J.Pessanlia l°-5 Air Special ICP) 1.0 Nl 63s3c.Uvoi 4®-6 Bertam 1.3 AU 83s2RAntlnio S°-8 Tenteirn 1.2 NM 76il

A-Machado P> 5°-6 Bertan 1.3 All 83s2J.Qoeiroi 2°-6 Bertazo 1.3 AU 83s2

9 G.FJUmeida 2°-5 Grand Noir 1.3 *P 82ig j.Ricario 4#-S Tanteo IRSI 1.0 GM 59s3

10I.M.Sil»a 4"-5 Lordly U AP 83s2

5o PÁREO - k 16h00 -1.100 metros - AREIA—Animais de 5 anos e mais, ganhadores ali CZJ 60.000.00 em 1 lugar noPaisTRIEXATA

1- Mascarada'2- lusa3— Barbicha

.4— Captain Blood5- Pace Matarfr- Epie Jet7— Kicolombo8- Kíkoço

58 1 CAMartins 10°-10 Gira Raio 1.2 NP 7Ssl56 2 G.GuiniarJes 3°- 7 Rododendrom 1.3 NP 82s256 3 G.Fi!mtida 2°- 6 Abd-EI-Kanm 1.0 GM 5!s58 4 lAurilia 5°- 7 Rododendrom 1.3 NP S2s258 5 F.Pereira 1° 4°- 6 Abd-EI-Karim 1.0 GM 5!s5! 6 A.P.SOUM 2°- 6 The Fellow 1.1 AU 70s358 7 J.Ricardo 5s- 8 Gay tips 13 NP 82s25; 8 R.Freire 3°- 6 The Feta 1.1 All 70s3

go pjfojo _ Js I6h30min - 2.400 melros - GRAMA - G.P. MABCIANO DE AGUIAR Potrancas d< anos - GRUPOI -

1 - Marian 56 3 G.F-Almeida 1°- 7 Ideale' 2.0 GP 122slI _ ideale 56 2 J.Pessanha 2°- 7 Rashartin' 2.0 GP 122sl3 - Classista 56 < P.Cardoso 3°- 7 Rashartin 2.0 GP 122slI _ Ciltadella 56 5 J.Ricardo 3°- 7 Rejalona U AP 82s»_ el,; 5{ i i.Lanes 3°- 7 Cisterna 1.3 Nl) 82s4

7° PAREO - As 17h00 - 1.300 metres - GRAMA - Cavalos de 4 anos, sam vilta no Rio a em Sio Paulo TRIEXATA

c' j— Major Edu 57 2 1. F Reis 2°- 9- Black Nanquim 1.2 NM 77s3¦ '2- Gaviio lies 57 3 F. Silva 6°- 7 libber 1.3 NP 84s3

• 3- Mato Grosso 57 4 W. Guimaries Ap.4 7°- 9- Comis. Alejre 1.1 NP 69s„4- longlegTable 57 5 R. Antonio 2°- 9 Black Nanquim 1.2 NM 77s3

5_ h( 57 6 E. Mannho 5°- 7- Tensorial 1.4 AP 91s2&_ NicoHnha 57 8 1. Auiilio 9°-13 Pelacion 1.1 NP 69s2"}- Seldom 57 9 C. LAvor <°- 5- Man 1.5 GM 92sl

- Red White 57 10 G. F. Silva 2°-7-libber 1.3 NP 84s3.*•}- Humus Negro 57 11. Ricardo 3°- 5- Oonlan 1.5 GM 92sl

f— Man Piaba 57 7 M. Ferreira 7°- 7- libber 1.3 NP 84s3

8" PAREO - k 17h30min -1.100 metres - AREIA - Polios e potrancas de 2 anos, sem vitJiia no Rio a em Sio Paulo TRIEXATA

•'1— Moiano 55 1R. Freire 3°-ll Finshall 1.1 AP 69s2" '2- Belcash 55 2 AP. Souza 11°-11 Finshall 1.1 AP 69s23_ Pjsitiia 55 3 1. M. Silva 3 Joe Poker 1.1 NP 68sl4- Zingrante 55 5 LS.Santos Ap. 9°-9 Joe Poker 1.1 NP 68sl' 5— Vitoriatan 53 7 J. Aurflio 3°-7 Faledela 1.0 gm 57s3i- locket 55 8 G.Guimaries Estreante

11— Owene 55 4 UlAlves 2°-ll Hnshall* 1.1 AP 69s2, So Kingly 55 6 1. Ricardo 6°-ll Finshall" 1.1 AP 69s2

9° fliSEO — k 18h00 —1.100 metres—AREIA—Animais de 5 anos e mais, ganhadores ate CZt 18.000,00 (detlacionadoslem 1" lugar no Pals TRIEXATA

i' I- Reporting 58 2 1. Pessanha I"- 5- Causldico (CP) 1.3 Nl 81s4,-¦ 2- Mapo 57 3 0. Ricardo 2°- 8- So Far 1.3 AP 81sl'

3— Carabar 58 4 1. Ricardo 9- Hal Gremito 1.2 NU 76sl4_ Hertl 56 6 F. Silva 1°-11 Great Horse' 1.3 NP 83s25_ Deheaven 57 7 R. Mamues 1°- 8- Oortmoon 1.1 NP 69s2S_ El Huracan 55 8 C. lavor 2°-10 Gira Raio 1.2NP 76sl7— QueenPameel 53 1R. Rodiigms Ap.4 7°-10 Gira Raio 1.2 NP 76sl

Poema Melhor 56 5 1. B. Fonseca 3°- 8- So Far 1.3 AP 81sl

Duplex — Servindo co-mo garanhão no Haras SãoQuirino, o craque nacionalDuplex obteve sua primeira vi-tória como pai com o potroJiplex ganhador de uma provaem 1 mil 500 metros, na areia,no domingo passado, no hipó-dromo de Cidade Jardim, emSão Paulo.Clássicos — Duasatrações clássicac para o próxi-mo fim de semana na Gávea,dias 20 e 21. No sábado, serácorrido o Grande Prêmio As-sociação dos Criadores e Pro-prietáríos de Cavalos de Corri-da, em 1 mil metros, na grama,com as presenças prováveis deFelix The Cat, Rossignol, Ha-gada, Your Song e Ibirajá en-tre outros. No domingo, serádisputado o Grande PrêmioNestor Jost, Criterium aos doisanos, que terá como maioratração o encontro das líderesdas gerações masculina e femi-nina. So Beauty, representan-do as potrancas, e Ofanto, lí-der dos potros.Hay Que Dar — avelocista Hay Que Dar, ganha-dora clássica em Cidade Jar-dim, e vencedora de uma eli-minatória de potrancas em 800metros, ambas na grama, deve-rá reaparecer no Grande Prê-mio Cordeiro dè Graçam, a sercorrido no próximo mês naGávea. Hay Que Dar está empreparativos para intervir noquilômetro internacional doGrande Prêmio Major Sue-kow, no primeiro sábado deagosto, e o Cordeiro servirá deteste definitivo para o clássicointernacional de agosto.Bowling — Segundocolocado no Grande PrêmioBrasil do ano passado, perden-do para Grimaldi, Bowling(Crying To Run em Taggên-cia), criação e propriedade doHaras Satanta Ana do RioGrande, reaparece como atra-ção da milha e meia do GrandePrêmio Dezesseis de Julho(Grupo II), quando enfrentaráRadnage e Deep Blue entreoutros nomes. Bowling traba-lhou no último final de semanacom desenvoltura em 2 mil 400metros e, segundo seu pilotooficial Jorge Ricardo, está per-to do ponto ideal.

10" PÁREO - Às IShíOmin - 1.1C(deflacionados) em 1° lugar no Pais

TRIEXATAI- I Believe yo« 57 1 C.Felipe Ap.4 I0- 7 Arabiio -I- 1.1 NM 70sl

Icaro lart 58 2 G.FAImeida 7°- 9 Polvo 1.3 NP 84sJ— Hrpn6tico 57 3 If.Reis 7°-10 LTenente' ISP) U NM 76s54- El Guardian 57 4 R.Silva 2°- 5 Orakulino (CP) 1.1 Nl 71s35- Flor do Rio 57 5 G.F.Sita 5°- 6 Rapidej 1.1 NP 70sl

X Ooc 58 6 lAaitlio !"• 5 Montemaior 1.2 NP 76s"Big-Racket 54 7 G.Guimaries 5°- 6 Delmonle 1.3 NP 80s4- Jeane Belle 56 8 LRicardo 2°- 7 Arabiio 1.1 NM 70sl

Indicações

Io páreo — Daflon 9 Dinaléa • Sapphire — Daflonestréia com bons exercícios e no capricho do treinadorAdail Oliveira. Dinaléa pode correr melhor na grama e atéameaçar a vitória de nossa preferida. Sapphire não largouem sua recente atuação ficando fora do páreo. Tem muitachance em carreira normal.2o páreo — Caríno • Xalinium * So Golden — Do

•,modo como venceu na estréia em 1 mil metros, Carino.deve repetir sem surpresa. Xalinium corre muito nogramado e será um adversário perigoso. So Golden éligeiro e gosta da grama. Vai figurar com destaque.3o páreo — Fleurette Lark • Colheita • Lência — Orendimento de Fleurette Lark aumenta muito no gramadoe nele dificilmente será derrotada. Colheita, livre dosproblemas de pulo na largada, é fortíssima adversária.' Lência rende o máximo no gramado e merece atenção.4o páreo —— Viva Zapata • Jatene • Schener—Aestréia de Viva Zapata foi excelente. Somente foi superadonos últimos galões. Jatene fracassou completamente cmsua última apresentação. Sua reabilitação na grama éesperada e bastante provável. Scherrer retorna melhoradoe pode surpreender nossos preferidos.5o pareô — lusa • Barbicha * Kicolombo — lusacaiu um pouco de turma e mesmo em distância develocidade deve ganhar, pois é ligeira. Barbicha não teveboa largada e ainda foi segunda colocada. Tem muitachance. Kicolombo é veloz e conta agora com a direção doRicardo.6o páreo — Rasharkin • Ideale * ClassistaIo páreo — Zié • Nicolinha * Red White — Ziécorre o máximo na grama e normalmente, nesta raia, vaiganhar. Nicolinha é outro que está à vontade no gramado epode derrotar nosso escolhido. Red White vem de boaexibição. É perigoso.8o páreo — Owene • Morano • So Kingly—Ovimestá maduro na turma, sempre chegando cada vez maisperto dos primeiros. Deve vencer. Morano foi prejudicadoem sua última apresentação. So Kingly ficou longe recente-mente e agora com Jorge Ricardo pode até surpreendernosso indicados.9o páreo — Carabar • Deheaven • El Huracán —Carabar foi prejudicado em sua recente atuação e podevencer agora, num páreo mais vazio. Deheaven é muitoveloz e pode ter um páreo favorável. El Huracán, corridopara uma partida curta, é perigosíssimo.10o páreo — Doe * ícaro Lark • Hipnótico — Doeestá maduro na companhia e deve ganhar normalmente,ícaro Lark correu menos em sua última apresentação,sendo o melhor nome para a formação da dupla. Hipnóticoestréia com bons exercícios, merecendo atenção.

Amanhã

Mauro de Faria

1° PAREÔ - Aa 14 horaa - 1400m -(AREIA) - CZJ 50.000 - DUPLA-EXATA -(AgínclanHIpédromo)—TRIEXATA— Kg.

Cafó Concerto, R.Silva 156DonMassino.CAMartins 256Casa Forte, J.RIcardo 354Markov.R.Marques 456

Kamal Khan, E.B.Queiroz 556Hldaw. W.Gonçalves 656

2o PAREÔ - Aa 14h30mln — 1.300m —(GRAMA) - CZ$ 40.000 - DUPLA-EXATA -

(Hlpidromo) TRIEXATA —Mamélia, D.Moreira 157/3Espirea, C.Valgas 257

Inhata,J.Aurélio 357DeLora.R.Rodtlgues 457/3

Naida, J.Ricardo 557PalmTree,C.A.Martins 657

3° PAREÔ — A» 15 horet — 1.200 m —(AREIA) - CO 30.000 - DUPLA-EXATA -

(Hlpódromo) —Marco-Polo, J.F.Reis 158Escapei Por Pouco, R.Costa 258HotDog.A.MachadoF0 357

Dona Flora, W.Gonçalves 456Keyt»ard,R.Rodiigues 556

4o PAREÔ - Aa 15h30m - 1.000 m —(QRAMA) - CZ$ 30.000 - DUPLA-EXATA -AoInciaieHIpédromo)—TRIEXATA Kg.

flNlCIO DO CONCURSO DE 7 PONTOS)Shalakô Regis, G.F.AImeida 258Calmira.M.B.Santos 355Alcatrâo,J.Ricardo 457Chostnut. G.F.Sitva 557Gunfire.J.Aurélio..... 657SnowReal.R.Rodrlgues 755Flete-Belo.J.M.Silva 158" Tar|âo,C.A.Martins 858

5o PÁREO — A» 16 hor»« — 1.100m —(AREIA) - 03 50.000 - DUPLA-EXATA -

(Hlpódromo)-TRIEXATAPRINCESARUN, J.F.Reis 156ATHINAUz.Garcia 256

COMMEMOFTATIVE,A.M. Filho... 356PIRACURUCA, E.R. Ferreira 456CHIMBELA.R. Marques 556CLARAZ.J.Aurélio 656

JOYANCE.L. Corroa 7566o PÁREO - Aa 16h30m - 1.500m - (GRA-MA) - Ca 40.000 - DUPLA-EXATA - (Hlpd-dromo) - TRIEXATA

ARTLON,J.Aurélio 157HERÓIDO.SERTÁO,J.Ricardo... 257DORILAN,J.F.Reis 457TENSORIAL.C.Lavor 557FOURTHUMPS,R.Costa 755BURKAN,J.M.Silva..... 857DOTECHIC.J.Queiroz 957QUOROVISION,F.PereiraF° 357" AIPEDO, E. Barbosa 657

7® PÁREO - Às 17h - 1.200m (AREIA) -ca 40.000 - DUPLA EXATA - (Aeínclai •Hlpódromo)—TRIEXATA) Kg.1 Royal Moon, D. Moreira 157/3

. 2 Jariana.L. Corrêa 257GreyCloud,R.Freire 357Fayara, R. Marques 457Doreson,J.M.Silva 557SoPrying,J.Aurélio 657Galactia,J.Ricardo 757Spring Sun, G. Guimarães 8576° PÁREO - Al 17h30mln -1,200m (AREIA)- Ca 50.000 - DUPLA-EXATA - (Hlpódro-mo) - TRIEXATAJustKing, J.Aurélio 156

Causídico,J.Ricardo 256Chabib, A. Machado F° 456Garanto Sempre, E.Barbosa 556Furacão, G.F. Silva 656EnergyFire,J.F.Reis 856El Camilo, C.Lavor 356" GreatJockey,J.M.Silva 756

9° PÁREO — À» 18 horas — 1.100m —(AREIA) - ca 30.000 - DUPLA-EXATA -

(Hlpódromo) TRIEXATA—Zélides.J. R.Silva 158Don Rodrigo. P.Vignolas 257Expedida. G.F.Sitva 355Jager, R.Freire 457Triplo, D.Moreira 558/4

Anadir.LEsteves 656EndBig.J.F.Reis 758Great Humility, M.Ferreira 856

10° PÁREO — As 18h30mln — 1.100m —(AREIA) - ca 30.000 - DUPLA-EXATA -(Agénclait Hlpódromo)—TRIEXATA Kg.Pongó, LAAIves 158

Pintassilgo. E.Barbosa 258Abelardo. L S.Santos 3586Columball. W.Gonçalves 458Pedroca Dollar, J.Ricardo 557Leotil. F.Sitva 658Augusto,G.Guimarães 858Importuintó.M.B.Santos 957/5Freguesia. R.Freire 1155

10 Zumr, R. Marques 1257" Ojuape.R.Antonio ;.... 135711 Marvell, J.Aurélio 1457" AraPiâo.J.R.Silva 155812 Pata Braba. R.Costa 755" Gustavo. G.F.Silva 1058

" "

Coml,92m de altura, Luiz Amaro foi importante no tricampeonato de basquete do Botafogo. Em 68

Tricampeão de basquete pelo

Botafogo

Amaro encontra no

iatismo a alegria

dos velhos tempos

Geraldo Bezerra de Menezes

Não é só no futebol que o Botafogo há muito

tempo não sabe o que sejam títulos expres-sivos. No basquete, também. As últimas vitóriasnesse esporte vêm igualmente da década de 60:tricampeão estadual — 1966, 1967 e 1968 — ecampeão brasileiro e sul-americano — 1967. LuizAmaro Veiga, um dos participantes do 30° Cam-,peonato Brasileiro da classe finn, que está sendorealizado na raia do Iate Clube do Rio de Janeiro,ajudou (e muito) o Botafogo nessas conquistas.

Na década de 60, o iatista de hoje, niteroien-se de 40 anos, brilhava nas quadras. Com a camisado Botafogo, tricampeão estadual e campeãobrasileiro e sul-americano. No auge da fama, em1970, dois dias antes do embarque da SeleçãoBrasileira para o Mundial da Itália, estourou oadutor da coxa esquerda num treino. Foi o fim desua carreira.

A solução foi dedicar-me mais à Faculdadede Economia, superando um momento difícil decerta desorientação — lembra Luiz Amaro.

Vida nova — Mas um amigo é sempreum amigo. Axel Schimidt, que tanto insistira,acabou por convencê-lo anos depois a uma novaexperiência: o iatismo. E, assim, em 1974, o ex-jogador de basquete começou a velejar.

— Nunca pensei que fosse tão bom. Aminha vida se transformou por completo. Tenhocom Axel uma dívida impagável — faz questão dedizer.

Tal como no basquete, títulos e mais títulos.,Até hoje, Luiz Amaro conquistou mais de 80vitórias em regatas. Em 1978, campeão brasileirona classe star, além de quinto lugar, junto comAxel, na mesma classe, na Semana Pré-Olímpicade Talim (Norte da URSS); em 1980, vice-campeão sul-americano no tornado. Essas, algu-mas das conquistas doatual campeão brasileiro desharpie.

Gilson Barreto

i

1 gora, o iatismo é sua paixão

Por muito tempo exercendo um cargo deexecutivo na Bolsa de Valores — gerente deprodução —, a mudança maior na vida de Ba/x/-nho (com os seus l,92m de altura, assim échamado no mundo da vela) se deu no campoprofissional. Ano passado, consultada a mulher,Rita de Cássia, com quem tem dois filhos —Renata, oito, e Luiz Gustavo, seis —. tomou adecisão drástica: largou o antigo e estável trabalhopara se transformar num fabricante de velas(elvstrom).

Os melhores — Dizendo-se uma exce-ção no iatismo, porque começou já adulto, LuizAmaro se arrisca a indicar os melhores do esporteno país:

Na história do iatismo brasileiro, semdúvida, os gêmeos Axel e Eric Schimidt, tricam-peões mundiais de Snipe, estão em primeiroplano. Da nova geração, os seus sobrinhos TorbenGrael, prata olímpica em Los Angeles, e AlanAdler são os destaques — observa Luiz Amaroque, apaixonado por Niterói, onde nasceu e vive,procura explicar o porquê de ser essa cidade "umberço de campeões":

Em Niterói, é grande a colônia de ale-mães e ingleses, que trouxeram a vela para oBrasil. Além disso, há sete iates clubes em ativida-de e, mais, a enseada de São Francisco, decondições especialíssimas. Quem veleja bem naenseada de São Francisco, em qualquer lugar sedá bem... O vento — inconstante — ronda muitosob a influência dos morros que a cercam.

Quanto ao 30° Brasileiro de Finn ("nãotenho pretensão de vencer"), classe que considerade "super-homens, tanta a força física que exige",vê Jorge Zarif ("mais experiente") e ChristophBergman num mesmo nível:

Se nas regatas predominarem ventos for-tes, ganha o Bergman; ao contrário, se houverventos fracos, vence o Zarif.

Basquete — Ninguém renega uma pai-xão. O basquete tem ainda espaço especial na vidado ex-campeão. Breve, pelo Clube Central deIcaraí, vai participar de uma partida contra umaSeleção de Veteranos do Chile.

Na minha época, era um dos mais altosdo time com os meus l,92m de altura. Hoje, seriaum dos mais baixos. O Ari Vidal, técnico daSeleção Brasileira, é extremamente dedicado ehonesto. Ele me dirigiu. Acho que em dois anos oBrasil vai estar muito bem — comenta esperan-çoso.

Luiz Amaro discorda quanto a investimentosem jogadores de fora:

É preciso que haja investimentos, masnão em termos imediatos. Valores há, é só investirdesde cedo, como se faz no interior de São Paulo.O Rio de Janeiro está fraco em renovação devalores e vai continuar assim, se insistir em buscara solução em jogadores estrangeiros — afirma,com a sua experiência.

Toque Internacional

Sem as mulheresA final feminina de Roland Garros entre a

tcheca de passaporte americano Martina Navrati-lova e a alemã ocidental Steffi Graf foi um jogoemocionante, altamente técnico e de irretocávelbeleza. Quase todo mundo o viu assim, dasarquibancadas ou da poltrona da sala. Mas houvequem não gostasse. E há quem não goste dequalquer partida de tênis — final ou não — jogadapor mulheres. Está nas bancas a edição da revistabritânica Women's Own que mostra essa pessoa: éo tenista australiano Pat Cahs, 13° do rankingmundial e o primeiro de seu país.

Cash fala com ódio. Para ele, o tênis femini-no é simplesmente "uma porcaria, dois sets delixo". A seu ver, as tenistas "ganham mais do quedeviam" e, na quadra, não correspondem a essareceita. Garante, por fim — e enfático: "O

público que comparece a eventos como Wimble-don quer ver os homens jogando."

Já levou o troco, no mesmo tom dasabrido,dado pela norte-americana Pam Shriver, sextajogadora do ranking internacional: "Trata-se deum porco chauvinista e suas declarações demons-tram um raciocínio mesquinho e burro."

Pat Cash, ao que parece, poderia ser irre-preensível intérprete da versão daquele velhosamba dos anos 40, que dizia: "Sc eu pudesse,acabava com tudo o que é mulher."

Moacyr Andrade

Braço é braçoO francês Alain Prost terá no próximo domingo —

quando as baratinhas voltarão a roncar em outro circuitode rua, o de Detroit (EUA) — mais uma oportunidadede superar o escocês Jackie Stcwart em número devitórias nos grandes prêmios. Mesmo que o faça, aindaestará, porém, atrás de Stcwart em aproveitamento erendimento. E os dois — os mais vitoriosos pilotos daFórmula-1 nos últimos 20 anos — permanecem longe(Stcwart definitivamente, pois já não corre) de superarduas legendas do automobilismo, os "primitivos" Alber-to Ascari, italiano, e Juan Manuel Fangio, argentino.

Prost, em Detroit, completará 110 corridas. Sevencer, terá 28 vitórias, a média de uma para quasequatro provas. Stewart venceu 27 vezes em 99 participa-çóes: tem a excelente média de um triunfo para cada 3,6corridas. Ascari correu 32 vezes e ganhou 13: média deuma vitória a cada 2,4 grandes prêmios. E Fangio, notopo como em quase tudo na história do esporte dasmáquinas, largou 51 vezes para 24 primeiros lugares nopólio, com a extraordinária mídia de uma vitória a cada2,1 corridas.

Dificilmente Prost — a quem o L'.Epoquc preten-deu homenagear um dia desses com um tocadilho ridícu-lo, chamando-o de "Prostigieux" — chegará lá.

Rolas rápidas

Cestas decisivasHoje é dia de decisão no basquete europeu

e, talvez, no norte-americano. Na Europa, hásurpresa na quadra: a presença — como finalistado Campeonato de Seleções — da Grécia, aindaque no seu terreno de Atenas. Do outro lado,move-se um habitual freqüentador de partidasdecisivas, a União Soviética.

Os soviéticos, atuais campeões europeus,chegam à finalíssima como únicos invictos docampeonato, no qual derrotaram por duas vezes aEspanha, tida pelos especialistas como seu maioradversário. Os gregos, contra todas as expectati-vas, derrotaram iugoslavos e italianos. Estes tam-bém eram apontados como prováveis finalistas,previsão que se fazia com base na força de seubasquetebol de clubes, talvez com o esquecimentode que o forte dos times da Itália está principal-mente nos jogadores estrangeiros, sobretudo nor-te-americanos e iugoslavos, mas igualmente brasi-leiros, como Oscar, Mareei e Israel.

Nos Estados Unidos, só haverá decisão se ojogo de hoje for ganho pelo Lakers, de LosAngeles. Se vencer o Celtics, de Boston, a con-quista do título de profissionais fica adiada paraterça-feira. Lá, o campeonato é definido numasérie final de sete partidas. Hoje. joga-se a sexta.O Lakers tem três vitórias; o Celtics, duas. Nascinco partidas já realizadas, ganhadores e perde-dores passaram — em todas! — dos 100 pontos.

Já não há mais entradas para as finais debasquete, natação e atletismo dos JogosPan-Americanos, que se disputarão emagosto em Indianápolis, Estados Unidos. Osingressos são vendidos pela Ticketmaster, amaior agência norte-americana de reservade bilhetes para teatro e competições espor-tivas. As entradas mais baratas custam cincodólares; as mais caras, 25.

A Argentina vai a Indianápolis com 283atletas, a maior representação que o paísenvia aos Jogos Pan-Americanos desde1951. Os argentinos acreditam na medalhade ouro no vôlei e no basquete masculinos(mesmo com a força, que reconhecem, dosnorte-americanos nesses dois esportes) e nohóquei (sobre grama e sobre patins), em quesão praticamente imbatíveis em toda a Amé-rica.

• A Seleção Cubana de vôlei feminino trei-na 40 horas por semana para manter ahegemonia no Pan. Cuba quer conquistar opentacampeonato na competição. Entre ou-tras razões, para homenagear o treinador daequipe, Eugênio George, que vai completarem Indianápolis 20 anos como técnico daSeleção.

• Don Alfredo Di Stefano, por muitos con-siderado o maior jogador do futebol argenti-no da era pré-Maradona, trouxe o Valenciade volta à Primeira Divisão do CampeonatoEspanhol. É mais um triunfo que consegueno futebol ibérico, onde realizou a segundametade de sua brilhante carreira de futebo-lista, agora num terceiro estágio, como téc-nico.

• Os soviéticos Gary Kasparov, atual cam-peão mundial, e Anatoly Karpov, ex-campeão, iniciam em outubro, em Sevilha,Espanha, mais um match pelo título máximodo xadrez. Outro soviético, também ex-campeão mundial, Mikhail Botivinnik, fazuma previsão: Kasparov conservará o título.Botvinnik, por muito considerado o maiorjogador de todos os tempos, divide essadistinção entre Kasparov e o norte-americano Bobby Fischer. Ele acha queKasparov é melhor do que o americano nascombinações iniciais das partidas, mas queFisher, no seu tempo, superava o soviéticonas conclusões. Apesar do favoritismo quedá a Kasparov no próximo match, ele ccnsi-dera Karpov — campeão mundial durante10 anos — um jogador

"da mais alta cate-goria".

32 ? 1° caderno ? domingo, 14/6/87 ? 2a Edição Turfe/Esportes JORNAL DO BRASIL

Hoje na Gávea1° PAREO — k 14h00 — 1 300 netras — GRAMA - Poltancas «e 2 amis, sem vilSiia ro Rio e era Sio Paulo — TRIEXATA

' 1— Kolimotwa 55 1 I A. Alves Ap 7°- 7 Implicante 13 All 83s!2- Sapplwe 55 2 C lavor 3°- 5 Grande Pedida 12 AM ?lsJ' 3_ Oinalfa 55 3 1 Pessanha 1°- / Implicante- 13 AU 83s2lamarin 55 »If. Rtis 8 Epitrope 12 NM !h>5— Oalton 55 5 1 R'carilo 3°- 6 F. Honey (RSI 100 Al 42s<¦6— Golden Honey 55 6 IM Silva 6°- 9 Dalaba 1.1 NP 68s2

""•"PARiO — As I4h30min — 1.000 metros — GRAMA — Cavalos de 4 anos, sem mais de dtias vitfinas no Rio e em S3o PauloCanno 57 1 IM Silva 1°- 12 1. Flores 10 GM 58s4

So Golden 57 2 W GuimatSes Ap 6°- 1 Disco Volante 1.3 NP 82s4F 3 Xalimum 57 3 C. lavor 2°- 4 lelelo 1.0 Gl 58s> 4 pafTiai( 57 5 R Vieira 4°- Soberano 1.1 NM 68s4

5 Mon Schmoo 57 4 M. ferreira 2°- 7 Jtd( 1.2 NU 76s¦_ " Fabulosod'Arandu 57 J Ritardo4°- 7 Disco Volante 1.3 NP 82s4

3" PAREO — As 15ti00 — 1.000 melius — GRAM — fguas de 4 anos, sem mais de duas vitinas no Rio e em Sio PauloTRIEXATA

,¦ 1— Colheila 57 1 J Ricarto 3°- 6 Hekia 1.1 AI1 70s. 2_ Dorset 57 2 G.FJUmeida 1°- 7 Court Rower 1.3 AP 82s2

3- Heniide 5? 3 C.Felipe 8°-10 Colheita 1.1 HP /Osl<— So Present 57 4 AJbcludo F° 3°- 9 Pulpena 12 NP 7Ss2¦" J- lineia 57 5 LS.Sanlos Ap? 5°- 6 Heliia 1.1 »U 70s$- Dist 57 6 G.F.Silva 6 Hekia 1.1 AU 70s

z 1— FleLiretteUrV 57 7 RJreire 4°-1 Court Flower 1.3 AP 82s2

4° Pita) — is 15h30min — 1.300 metros — GRAMA — Polros de 2 anos, sem vitdha no Rio e em SJo PauloINlCIO DO CONCURS!) DE 7 PONTOS E TBIEXATA

•1-So Glossy 55 1 JF.Reis 2°-7 Jo Run 1.2 NM 76s4— Scherrer 55 2 F.Pereira F° 5°-8 Old Pretender 1.1 AL 67sl— Jack Rabbit 55 3 Jfessanha l°-5 Air Special (CP) 1.0 NL 63s3- Jatente 55 4 C.Lavor 4»-6 Bertan 1.3 AU 83s2

— Sunacho 55 5 RAnWnio 5°-8 Tenteiro 1.2 NM 7fisl- Japan Air 55 6 A.Uachado F« 5°-6 Bertam 1.3 AU 83s2

— Olafson 55 7 J.Queiiw 2°-6 Bertazo 1.3 AU 83s2- Viva Zapata 55 9 GFJllmeida 2°-5 Grand Noir 1.3 AP 82s

— Doulorlbrahim 55 8 JRicardo 4°-6 lanleo (RSI 1.0 GM 59s3" Day After 55 10 J.M.Silva 4°-5 lordly 1.3 AP 83s25° PAREO — is 16h00 — 1.100 metros — AREIA—Animals de 5 anos e mais, ganhadores alt CZS 60.000,00 em 1' lugar no

Pals

TRIEXATA

1— Mascarade 58 1 CAMartins 10°-10 Gira Raio 1.2 NP 76sl' 2— lusa 56 2 G.Guimaries 3°- 7 Rododendrom 1.3 NP 82s2'"3- Barlicha 56 3 G.FAImeida 2°- 6 Abd-EI-Karim 1.0 GM 58s

4—Captain Blood 58 4 JAurilio 5°- 7 Rododendrom 1.3 NP 82s25— Pace Maker 58 5 F.Pereira 4°- 6 Abd-EI-Karim 1.0 GH 58s' 6- Epic Jet 58 6 Af.Souia 2°- 6 The Fellow 1.1 AU 70s37— Kicolombo 58 7 JRicardo 5°- 8 Gay lips 1.3 NP 82s28— Keko(o 57 8 R.Freirt 3°- 6 The Fellow 1.1 AU 70s3

6' PAREO - lis 16h30min - 2.400 meiros - GRAMA - G.P. MARCIAWO DE AGUIAR Potrancas de 3 anos - GRUPOI -- Rasharkin 56 3 G FJllmeida 1°-1 Ideale 2.0 GP 122sl

— Ideale 56 2 Jfessanha 2°- 7 Rasharkin 2.0 GP I22sl— Classista 56 4 P.Cardoso 3°- 7 Rasharkin 2.0 GP 122sl— Cittadella 56 5 JRicardo 3°- 7 Regalona 1.3 AP 82s" - Clis 56 1 l.lanes 3°- 7 Cislerna 1.3 NU 82s4

7o PÁREO — Às 17hOO - 1.300 metros - GRAMA — Cavalos de 4 anos, sem vilino no Rio e em SJo PauloTRIEXATA

1— Major Edu 57 2 J. F. Reis 2°- 9- Black Nanquim 1.2 NM 77s3' 2- GaviSo Ives 57 3 F. Silva 6°- 7 Jibber 1.3 NP 84s3' 3— Mato Grosso 57 W. GuimarSes Ap.4 7°- 9- Comis. Alegre 1.1 NP 69s. 4— Longleg Table 57 5 R. Antonio 2°- 9 Black Nanquim 1.2 NM 77s3»- 5- Zi* 57 E. Marinho 5°- 7- Tensorial 1.4 AP 91s2

6— Nicolinha 57 J. Aurtlio 9°-13 Pelacion 1.1 NP 69s27— Seldom 57 C. LAvor 4°- 5- Oorilan 1.5 GM 92sl&— Red White 57 10 G. F. Silva 2°- 7- Jibber 1.3 NP 84s3S— Humus Negro 57 J. Ricardo 3°- 5- Dorilan 1.5 GM 92sl

Man Piaba 57 M. Ferreira 7°- 7- Jibber 1.3 NP 84s3

8o PÁREO — h 17h30min — 1.100 metros — AREIA — Potros e potrancas de 2 anos, sem vitória no Rio e em Sâo PauloTRIEXATA

1- Morano 55 1R. Froire 3°-ll Finshall 1.1 AP 69s22- Belcash 55 2 AP. Souta 1I°-11 Finshall 1.1 AP 69s2"3- Pasitfa 55 3 ). M. Silva 3 Joe Poker 1.1 NP 68sl4- Zingrante 55 5 LS.Sanlos Ap. 9°-9 Joe Poker 1.1 NP 68sl5— Vilorialan 53 7 J. Aurilio 3°-7 Faledela 1.0 gm 57s3'6— locket 55 8 GGuimarjes Eslreanle¦7- Owene 55 4 lAAIves 2°-ll Finshall* 1.1 AP 69s2

So Kingly 55 6 J. Ricardo 6°-U finshall- l.l AP 69s2

9° PARE0 — ii 18h00 —1.100 metros—AREIA- Animais de 5 anos e mais, ganhadores ali CZS 18.000,00 Idellacionados)P» em Io lugar no Pais

TRIEXATA1— Reporting 58 2 J. Pessanha l°- 5- Causldico (CP) 1.3 Nl 81s42— Mapo 57 3 0. Ricardo 2°- 8- So Far 1.3 AP 81sl3— Carabar 5! 4 J. Ricardo 4°- 9- Hal Gremilo 1.2 NU 76sl4— Herel 56 6 F. Silva 1°- 11 Great Horse 1.3 NP 83s25— Oeheaven 57 7 R. Marques 1°- 8- Dortmoon 1.1 NP 69s26— El Huracan 55 8 C. lavor 2°-10 Gira Raio 1.2NP 76sl7— Queen Pameel 53 1R. Rodrigues Ap.4 7°-10 Gira Raio 1.2 NP 76sl

PoemaMslhor 56 5 J. B. Fonsect 3°- 8- So Far 1.3 AP 81sl

10" PAREO — h 18h30min — 1.100 metros — AREIA — Animais de 5 anos e mais, ganhadores alt C21 6.000,00(deflacionados) em 1° lugar no Pals

TRIEXATA1- I Believe you 57 I C.Felipe Ap.4 7°-1 Arabiio -I- 1.1 NM 70s!2- Icaro lark 58 2 G.FAImeida 7°- 9 Polvo 1.3 NP 84s"'3— Hipnitico 57 3 JF.Reis 7M0 LTenente * (SP) 1.2 NM 76s5

- 4- El Guardian 57 4 R.Silva 2°- 5 Drakulino (CP) 1.1 Nl 71s3,- 5- nor do Rio 57 5 G.F.Silva 5°- 6 Rapidet 1.1 NP 70sl

6— Doc 58 6 JArtlio 2"- 5 Montemaior 1.2 NP 76s. 7— Big-Racket 54 7 G.Guimaries 5°- 6 Delmonle 1.3 NP 80s4

8— Jeane Belle 56 8 JRicardo 2°- 7 Arabiio 1.1 NM 70sl

Indicações Mauro de Faria

. Io páreo — Duílon • Dinaléa * Sapphire — Daflonestréia com bons exercícios e no capricho do treinadorAdail Oliveira. Dinaléa pode correr melhor na grama e ate

..ameaçar a vitória de nossa preferida. Sapphire não largou

. cm sua recente atuação ficando fora do páreo. Tem muita.chance cm carreira normal.

2o páreo — Caríno * Xalinium • So Goldcn — Domodo como venceu na estréia cm 1 mil metros, Carinodeve repetir sem surpresa. Xalinium corre muito nogramado e será um adversário perigoso. So Golden é

< ligeiro e gosta da grama. Vai figurar com destaque.3o páreo — Flcurcttc Lark • Colheita * Lência — Orendimento de Fleurctte Lark aumenta muito no gramadoe nele dificilmente será derrotada. Colheita, livre dosproblemas de pulo na largada, é fortíssima adversária.Lência rende o máximo no gramado e merece atenção.4o páreo — Viva Zapata • Jatenc * Schcrrer — Aestréia de Viva Zapata foi excelente. Somente foi superado

r.nos últimos galões. Jatene fracassou completamente emsua última apresentação. Sua reabilitação na grama éesperada e bastante provável. Scherrer retorna melhoradoe pode surpreender nossos preferidos.5o pareô — lusa • Barbicha • Kicolombo — lusacaiu um pouco de turma e mesmo cm distância develocidade deve ganhar, pois é ligeira. Barbicha não teveboa largada e ainda foi segunda colocada. Tem muitachance. Kicolombo é veloz e conta agora com a direção doRicardo.6o páreo — Rasharkin • Ideale • Classista7o páreo — Zic • Nicolinha • Red White — Ziécorre o máximo na grama e normalmente, nesta raia, vaiganhar. Nicolinha é outro que está à vontade no gramado epode derrotar nosso escolhido. Red White vem de boaexibição. É perigoso.8o páreo — Owcnc • Morano • So Kingly— Owenestá maduro na turma, sempre chegando cada vez maisperto dos primeiros. Deve vencer. Morano foi prejudicadoem sua última apresentação. So Kingly ficou longe recente-mente e agora com Jorge Ricardo pode até surpreendernosso indicados.9o páreo — Carabar • Deheaven • El Huracán —Carabar foi prejudicado cm sua recente atuação e podevencer agora, num páreo mais vazio. Deheaven é muito«loz e pode ter um páreo favorável. El Huracán, corridopara uma partida curta, é perigosíssimo.10° páreo — Doe * ícaro Lark • Hipnótico — Doeestá maduro na companhia e deve ganhar normalmente,ícaro Lark correu menos em sua última apresentação,sendo o melhor nome para a formação da dupla. Hipnóticoestréia com bons exercícios, merecendo atenção.

VJIIOVJI i uaiitJiu

iatismo e sua paixao ^

Braco e braco

Arquivo, 22/1/69

Com 1,92m de altura, Luiz Amaro foi importante no tricampeonato de basquete do Botafogo. Em 68

Arquivo. .22/1/69Cânter

DupleX — Servindo co-mo garanhão no Haras SãoQuirino, o craque nacionalDuplex obteve sua primeira vi-tória como pai com o potroJiplex ganhador de uma provacm 1 mil 500 metros, na areia,no domingo passado, no hipó-dromo de Cidade Jardim, cmSão Paulo.Clássicos — Duasatrações clássicas para o próxi-mo fim de semana na Gávea,dias 20 e 21. No sábado, serácorrido o Grande Prêmio As-sociação dos Criadores e Pro-prietários de Cavalos de Corri-da, cm 1 mil metros, na grama,com as presenças prováveis deFelix. The Cat, Rossignol, Ha-gada, Your Song e Ibirajá en-tre outros. No domingo, serádisputado o Grande PrêmioNestor Jost, Criterium aos doisanos, que terá como maioratração o encontro das líderesdas gerações masculina e femi-nina. So Beauty, representan-do as potrancas, e Ofanto, lí-der dos potros.Hay Que Dar — avelocista Hay Que Dar, ganha-dora clássica em Cidade Jar-dim, e vencedora de uma eli-minatória de potrancas em 800metros, ambas na grama, deve-rá reaparecer no Grande Prê-mio Cordeiro de Graçam, a sercorrido no próximo mês naGávea. Hay Que Dar está empreparativos para intervir noquilômetro internacional doGrande Prêmio Major Sue-kow, no primeiro sábado deagosto, e o Cordeiro servirá deteste definitivo para o clássicointernacional de agosto.Bowling — Segundocolocado no Grande PrêmioBrasil do ano passado, perden-do para Grimaldi, Bowling(Crying To Run em Taggên-cia), criação e propriedade doHaras Santa Ana do Rio Gran-de, reaparece como atração damilha e meia do Grande Prê-mio Dezesseis de Julho (GrupoII), quando enfrentará Radna-ge e Deep Blue entre outrosnomes. Bowling trabalhou noúltimo final de semana comdesenvoltura em 2 mil 400 me-tros c, segundo seu piloto ofi-ciai Jorge Ricardo, está pertodo ponto ideal.

Resultadoda corrida

1° páreo — 1 mil 100 metros—1" El Host J.C. Castilho 2°Obelisk J. Aurélio vencedor(4) 2,80 dupla inexata 9,80 pia-ce (4) 2,00 (1) 2,50 tempo 1min 09s exata (4-1) 24,102" páreo — I mil 200 metros—1" Myster Gy G.F. Almeida 2oCorsário Alegre C.A. Martins3" It's A Hope J. Aurélio ven-ccdor (3) 1,20 dupla inexata7,20 place (3) 1,20 (4) 1,90tempo 1 min 15s2/5 exata (3-4)7,0 Tricxata (3-4-1) — CZ$39.003"páreo — I mil 100 metros—1" Blaisa G.F. Silva 2o Calo-melano J.M. Silva vencedor(3) 4,00 dupla inexata 10,40place (3) 2,60 (1) 2,00 tempo 1min 10s2/5 exata (3-1) 16,10 —Não correram — Juanera cFort Analogy4" páreo — I mil 100 metros—Io Guilty J. Aurélio 2o Defini-ção J.C. Castilho 3o FaledelaC. Lavor vencedor (7) 1,50dupla inexata 1,80 place (7)1,10 (4) 1,30 tempo 1 min08s4/5 exata (7-4) 3,50 — Tric-xata (7-4-2) — CZ$ 16,00 —Não correu — Hammamet5o páreo — 1 mil 100 metros —Io How Much J.F. Reis 2o HalfPark G.F. Silva 3o FronteiroC. Lavor vencedor (6) 1,80dupla inexata 3,80 place (6)1,50 (2) 1,60 tempo 1 min lisexata (6-2) 6,10 — Tricxata (6-2-5) — CZS 12,006o páreo — 1 mil 100 metros—Io Mestre Itu J. M. Silva 2"Uruguai M. Monteiro 3o SnowCross L. S. Santos vencedor(2) 2,60 dupla inexata 4,40 pia-ce (2) 1,70 (7) 1,80 tempo 1min lis exata (2-7) 11,20 —Tricxata (2-7-4) — CZS 242,007" páreo — 1 mil 100 metros —1" Kandira R. Freire 2o EldackG. F. Silva 3" Idabela J. Pessa-nha vencedor (4) 4,10 duplainexata 344,80 placê (4) 3,50(1) 4,30 tempo 1 min lis exata(4-1)295,00 — Triexata (4-1-6)CZS 586,00 — Não correu

Hanniver8" páreo— 1 mil 100 metros—Io Solidário Alegre G. F. Al-meida 2" Miss Mel G. F. Silva3° Polvo D. Moreira vencedor(6) 2,40 dupla inexata 7,30 pia-cê (6) 1,30 (7) 1,70 tempo 1min lis exata (6-7) 8,60 —Triexata (6-7-5) — CZS 70,009o páreo — 1 mil 200 metros —Io Flexa Prateada L. S. Santos2o Cara Sun J. F. Reis 3°Devon Night G. F. Almeidavencedor (7) 7,90 dupla inexa-ta 22,50 placê (7)3,30(1)2,80tempo 1 minl6s3/5 exata (7-1)49,00 — Triexata (7-1-5) —CZS 163,00IO" páreo — 1 mil 200 metros— 1" Bravo Vitória J. Aurélio2° Rei Nick R. Marques 3"Dear F. Silva vencedor (7) 1,60dupla inexata 10,70 placê (7)1,40 (5) 3,90 tempo 1 min16s3/5 exata (7-5) 16,50 —Triexata (7-5-2) — CZS 64,00

JiJHF éÍ&MCom l,92m de altura, Luiz Amaro foi importante no tricampeonato de basquete do Botafogo. Em 68

Tricampeão de basquete pelo

Botafogo

Amaro encontra no

iatismo a alegria

dos velhos tempos

Geraldo Bezerra de Menezes

Não é só no futebol que o Botafogo há muito

tempo não sabe o que sejam títulos expres-sivos. No basquete, também. As últimas vitóriasnesse esporte vêm igualmente da década de 60:tricampeão estadual — 1966, 1967 e 1968 — ecampeão brasileiro e sul-americano — 1967. LuizAmaro Veiga, um dos participantes do 30° Cam-peonato Brasileiro da classe finn, que está sendorealizado na raia do Iate Clube do Rio de Janeiro,ajudou (e muito) o Botafogo nessas conquistas.

Na década de 60, o iatista de hoje, niteroien-se de 40 anos, brilhava nas quadras. Com a camisado Botafogo, tricampeão estadual e campeãobrasileiro e sul-americano. No auge da fama, em1970, dois dias antes do embarque da SeleçãoBrasileira para o Mundial da Itália, estourou oadutor da coxa esquerda num treino. Foi o fim desua carreira.

A solução foi dedicar-me mais à Faculdadede Economia, superando um momento difícil decerta desorientação — lembra Luiz Amaro.

Vida nova — Mas um amigo é sempreum amigo. Axel Schimidt, que tanto insistira,acabou por convencê-lo anos depois a uma novaexperiência: o iatismo. E, assim, em 1974, o ex-jogador de basquete começou a velejar.

— Nunca pensei que fosse tão bom. Aminha vida se transformou por completo. Tenhocom Axel uma dívida impagável — faz questão dedizer.

Tal como no basquete, títulos e mais títulos^Até hoje, Luiz Amaro conquistou mais de 80vitórias em regatas. Em 1978, campeão brasileirona classe star, além de quinto lugar, junto comAxel, na mesma classe, na Semana Pré-Olímpicade Talim (Norte da URSS); em 1980, vice-campeão sul-americano no tornado. Essas, algu-mas das conquistas doatual campeão brasileiro desharpie.

Gilson Barreto

\gora, o iatismo e sua paixao

Por muito tempo exercendo um cargo deexecutivo na Bolsa de Valores — gerente deprodução —, a mudança maior na vida de Baixi¦nho (com os seus l,92m de altura, assim échamado no mundo da vela) se deu no campoprofissional. Ano passado, consultada a mulher,Rita de Cássia, com quem tem dois filhos —Renata, oito, e Luiz Gustavo, seis —, tomou adecisão drástica: largou o antigo e estável trabalhopara se transformar num fabricante de velas(elvstrom).

Os melhores — Dizendo-se uma exce-ção no iatismo, porque começou já adulto, LuizAmaro se arrisca a indicar os melhores do esporteno país:

Na história do iatismo brasileiro, semdúvida, os gêmeos Axel e Eric Schimidt, tricam-peões mundiais de Snipe, estão em primeiroplano. Da nova geração, os seus sobrinhos TorbcnGrael, prata olímpica cm Los Angeles, c AlanAdler são os destaques — observa Luiz Amaroque, apaixonado por Niterói, onde nasceu e vive,procura explicar o porquê de ser essa cidade "umberço de campeões":

Em Niterói, é grande a colônia de ale-mães e ingleses, que trouxeram a vela para oBrasil. Além disso, há sete iates clubes em ativida-de e, mais, a enseada de São Francisco, decondições especialíssimas. Quem veleja bem naenseada de São Francisco, cm qualquer lugar sedá bem... O vento — inconstante — ronda muitosob a influência dos morros que a cercam.

Quanto ao 30° Brasileiro de Finn ("nãotenho pretensão de vencer"), classe que considerade "super-homens, tanta a força física que exige",vê Jorge Zarif ("mais experiente") e ChristophBergman num mesmo nível:

Se nas regatas predominarem ventos for-tes, ganha o Bergman; ao contrário, se houverventos fracos, vence o Zarif.

Basquete — Ninguém renega uma pai-xão. O basquete tem ainda espaço especial na vidado ex-campeão. Breve, pelo Clube Central deIcaraí, vai participar de uma partida contra umaSeleção de Veteranos do Chile.

Na minha época, era um dos mais altosdo time com os meus l,92m de altura. Hoje, seriaum dos mais baixos. O Ari Vidal, técnico daSeleção Brasileira, é extremamente dedicado ehonesto. Ele me dirigiu. Acho que em dois anos oBrasil vai estar muito bem — comenta esperan-çoso.

Luiz Amaro discorda quanto a investimentosem jogadores de fora:

É preciso que haja investimentos, masnão em termos imediatos. Valores há, é só investirdesde cedo, como se faz no interior de São Paulo.O Rio de Janeiro está fraco em renovação devalores e vai continuar assim, se insistir em buscara solução cm jogadores estrangeiros — afirma,com a sua experiência.

Toque Internacional Moacyr Andrade

Sem as mulheresA final feminina de Roland Garros entre a

tcheca de passaporte americano Martina Navrati-lova e a aiemã ocidental Steffi Graf foi um jogoemocionante, altamente técnico e de irretocávelbeleza. Quase todo mundo o viu assim, dasarquibancadas ou da poltrona da sala. Mas houvequem não gostasse. E há quem não goste dequalquer partida de tênis — final ou não — jogadapor mulheres. Está nas bancas a edição da revistabritânica Women's Own que mostra essa pessoa: éo tenista australiano Pat Cash, 13° do rankingmundial e o primeiro de seu país.

Cash fala com ódio. Para ele, o tênis femini-no é simplesmente "uma porcaria, dois sets delixo". A seu ver, as tenistas "ganham mais do quedeviam" e, na quadra, não correspondem a essareceita. Garante, por fim — e enfático: "Opúblico que comparece a eventos como Wimble-don quer ver os homens jogando."

Já levou o troco, no mesmo tom dasabrido,dado pela norte-americana Pam Shrivcr, sextajogadora do ranking internacional: "Trata-se deum porco chauvinista c suas declarações demons-tram um raciocínio mesquinho e burro."

Pat Cash, ao que parece, poderia ser irre-preensívcl intérprete da versão daquele velhosamba dos anos 40, que dizia: "Se eu pudesse,acabava com tudo o que é mulher."

Já não há mais entradas para as finais debasquete, natação e atletismo dos JogosPan-Americanos, que se disputarão emagosto em Indianápolis, Estados Unidos. Osingressos são vendidos pela Ticketmaster, amaior agência norte-americana de reservade bilhetes para teatro e competições espor-tivas. As entradas mais baratas custam cincodólares; as mais caras, 25.

A Argentina vai a Indianápolis com 283atletas, a maior representação que o paísenvia aos Jogos Pan-Americanos desde1951. Os argentinos acreditam na medalhade ouro no vôlei e no basquete masculinos(mesmo com a força, que reconhecem, dosnorte-americanos nesses dois esportes) e nohóquei (sobre grama e sobre patins), em quesão praticamente imbatíveis em toda a Amé-rica.

Cestas decisivasHoje é dia de decisão no basquete europeu

e, talvez, no norte-americano. Na Europa, hásurpresa na quadra: a presença — como finalistado Campeonato de Seleções — da Grécia, aindaque no seu terreno de Atenas. Do outro lado,move-se um habitual freqüentador de partidasdecisivas, a União Soviética.

Os soviéticos, atuais campeões europeus,chegam à finalíssima como únicos invictos docampeonato, no qual derrotaram por duas vezes aEspanha, tida pelos especialistas como seu maioradversário. Os gregos, contra todas as expectati-vas, derrotaram iugoslavos e italianos. Estes tam-bém eram apontados como prováveis finalistas,previsão que se fazia com base na força de seubasquetebol de clubes, talvez com o esquecimentode que o forte dos times da Itália está principal-mente nos jogadores estrangeiros, sobretudo nor-te-americanos e iugoslavos, mas igualmente brasi-leiros, como Oscar, Mareei e Israel.

Nos Estados Unidos, só haverá decisão se ojogo de hoje for ganho pelo Lakers, de LosAngeles. Se vencer o Celtics, de Boston, a con-quista do título de profissionais fica adiada paraterça-feira. Lá, o campeonato é definido numasérie final de sete partidas. Hoje, joga-se a sexta.O Lakers tem três vitórias; o Celtics, duas. Nascinco partidas já realizadas, ganhadores e perde-dores passaram — em todas! — dos 100 pontos.

• Os soviéticos Gary Kasparov, atual cam-peão mundial, e Anatoly Karpov, ex-campeão, iniciam em outubro, em Sevilha,Espanha, mais um match pelo título máximodo xadrez. Outro soviético, também ex-campeão mundial, Mikhail Botivinnik, fazuma previsão: Kasparov conservará o título.Botvinnik, por muito considerado o maiorjogador de todos os tempos, divide essadistinção entre Kasparov e o norte-americano Bobby Fischer. Ele acha queKasparov é melhor do que o americano nascombinações iniciais das partidas, mas queFischer, no seu tempo, superava o soviéticonas conclusões. Apesar do favoritismo quedá a Kasparov no próximo match, cie consi-dera Karpov — campeão mundial durante10 anos — um jogador

"da mais alta cate-goria".

Braço é braçoO francês Alain Prost terá no próximo domingo —

quando as baratinhas voltarão a roncar em outro circuitode rua, o de Detroit (EUA) — mais uma oportunidadede superar o escocês Jackie Stcwart em número devitórias nos grandes prêmios. Mesmo que o faça, aindaestará, porém, atrás de Stcwart em aproveitamento crendimento. E os dois — os mais vitoriosos pilotos daFórmula-1 nos últimos 20 anos — permanecem longe(Stcwart definitivamente, pois já não corre) de superarduas legendas do automobilismo, os "primitivos" Alber-to Ascari, italiano, e Juan Manuel Fangio, argentino.

Prost, em Detroit, completará 110 corridas. Sevencer, terá 28 vitórias, a média de uma para quasequatro provas. Stewart venceu 27 vezes em 99 participa-çóes: tem a excelente média de um triunfo para cada 3,6corridas. Ascari correu 32 vezes e ganhou 13: média deuma vitória a cada 2,4 grandes prêmios. E Fangio, notopo como cm quase tudo na história do esporte dasmáquinas, largou 51 vezes para 24 primeiros lugares nopólio, com a extraordinária média de uma vitória a cada2,1 corridas.

Dificilmente Prost — a quem o LEpoquc preten-deu homenagear um dia desses com um trocadilhoridículo, chamando-o de "Prostigieux" — chegará lá.

Bolas rápidas

• A Seleção Cubana de vôlei feminino trei-na 40 horas por semana para manter ahegemonia no Pan. Cuba quer conquistar opentacampeonato na competição. Entre ou-tras razões, para homenagear o treinador daequipe, Eugênio George, que vai completarcm Indianápolis 20 anos como técnico daSeleção.

• Don Alfredo Di Stefano, por muitos con-siderado o maior jogador do futebol argenti-no da era pré-Maradona, trouxe o Valenciade volta à Primeira Divisão do CampeonatoEspanhol. É mais um triunfo que consegueno futebol ibérico, onde realizou a segundametade de sua brilhante carreira de futebo-lista, agora num terceiro estágio, como téc-nico.

/

E

JORNAL DO BRASIL Esportes domingo, 14/6/87 ? 1° caderno ? 33

Maria do Carmo

melhora recorde

sul-americanoSÁO PAULO — A atleta Maria do

Carmo Fialho bateu ontem o recordesul-americano dos 400 metros com bar-reira, durante o Campeonato Estadualde Atletismo, que se realiza no GinásioConstâncio Vaz Guimarães, no Ibira-puera, Maria do Carmo ainda não estárelacionada entre os desportistas queparticiparão dos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis. Casada,26 anos,.há quatro adotada pelo Pão deAçúcar Esporte Clube, ela não conse-'guc entender o absurdo da situação;

— O que é que eu posso fazer? —perguntava após ter batido o recordesul-americano com a marca de 57'20,superando o tempo de 57,61, da atletabrasileira. Conceição Gcremias.

Maria do Carmo, que treina sob aorientação de Akio Matsura, tem espe-rança de que sua boa presença noCampeonato possa mudar a posição doComitê" Olímpico Brasileiro (Cob)."Eles me deixaram de fora, mas é bempossível que agora voltem atrás", espe-ra a atleta.

Robson — Robson Caetano,campeão mundial dos 200m, c queparticipa de torneios pela Europa, vol-tou a se destacar ontem, cm Bratislava,Tchcco-Eslováquia, ao vencer a provados 200m com a marca de 20s37. Outramarca de destaque na competição foido cubano Jaime Jefferson, com8,49m, no salto cm distância, novorecorde dc seu país. Jefferson superouem 40 centímetros o nigeriano PaulEmordi.

Petrópolls — Carlos Rosa

Duelo de americanos

é a maior atração no

Motódromo Imperial

Claudia Ramos

Nos treinos de ontem, os pilotos da categoria A já deixaram o público entusiasmado

PETRÓPOLIS — Os treinos para a segunda etapa do VHollywood Motocross, realizados na manhã dc ontem noMotódromo Imperial, cm Petrópolis, deram ao público umapequena idéia do pega que acontecerá na corrida da categoria A(motos especiais), a partir das 11 horas de hoje, entre oamericano Rodney Smith, da Equipe Hollywood, e DannyStorbcrck, da Yamaha. Não existe favorito unânime, as pessoasse dividiram em elogios para Rodney "Brazuca" e para o jovemDanny. Entre eles, apenas a certeza de uma boa corrida.

Storbcck, de 19 anos, chegou a pouco menos de um mês doTexas, onde já corria profissionalmente. Em março, tevepequeno problema físico, quando quebrou o pulso e ficou semtreinar durante certo tempo, a ponto da Yahama pensar cmcontratar outro estrangeiro. Com estilo arrojado, firme nosmovimentos e uma boa moto (Yamaha 250), foi contratado pelaYamaha para competir ate o.final do ano, quando vence seucontrato.

A renovação, segundo o técnico da Yamaha, FranklinMatos, o Maguila, só vai depender do desempenho dos doisoutros pilotos da equipe: Ncgrctti e Saçaki.

Sc o nível alcançado por ambos for bom a ponto dccompetir com Rodney ou qualquer outro, não precisamos dcum estrangeiro. Caso contrário, quero que ele fique.

A partir desta etapa, já contando pontos para o rankingbrasileiro de 87, o público pode ter a certeza de que irá assistirótimas disputas. Danny garante que não vai facilitar o caminhode Rodney, pois veio ao Brasil para competir c, se possível,ganhar de "Brazuca".

Os brasileiros não tem mais chance este ano —comenta Rodney Smith — a entrada me força a acelerar mais.Não sei como vai ser a disputa entre nós, porque quase nãocompeti com ele nos Estados Unidos. Quando ele começoucomo profissional eu acabava de me mudar para o Brasil.

Nos treinos livres dc ontem, Rodney fez o melhor tempo,seguido sempre por Danny.

A

Sr-

Vl

Empresários —O Aberto do Frade, dispu-tado no último fim dc se-mana no novo campo doHotel do Frade, cm Angra

dos Reis, foi um sucesso. Agora, osempresários vão ter a oportunidade deconhecer o campo, que poderá se trans-formar numa das grandes sensações datemporada. A este II BCN Invitational —dias 20 c 21 — modalidade par-point,estarão presentes: Antônio Carlos deAlmeida Braga, Raffaelle Lconctti, Ken-neth Stephen, Ronald Miles, Sérgio Al-berto Monteiro dc Carvalho e jogadorescomo Mário Gonzales, Jean Paul VanTilburg, Roberto Gomes, Paulo Wilcm-sens c Mário Gonzales Filho.

Boas ondas — omar não chegou a subir,mas as ondas de aproxima-damente l,5m permitirambom índice técnico na ter-

ccira etapa do III Circuito dc SurfeProfissional, ontem em Itacoatiara, emNiterói. A primeira fase começou comdez baterias c a segunda com seis, deonde saíram 16 surfistas para a terceira eúltima fase, que será realizada hoje. Osclassificados disputam a fase homem ahomem contra os 16 primeiros do rankingdc 1986.

Fratura — a tênis-ta norte-americana ZinaGarrison não participará doTorneio de Eastbourne, napróxima semana, assim co-

mo o dc Wimblcdon, após constatar umafratura cm seu pé direito. Enquanto Gar-rison será obrigada a ficar fora das qua-dras, sua compatriota Pam Shrivcr estámais perto do título do Torneio dc Birmi-gham: passou nas semifinais pela japonc-sa Etsuko Inone (6/2 e 6/4) classificando-se para decidir com a soviética CarissaSavchenko, que derrotou a alemã EvaPfaff (6/3 e 6/0). Em Edimburgh ossemifinalistas também já são conhecidos.Na próxima rodada, Ivan Lcndl enfrenta-rá o sueco Anders Jarryd e o norte-americano Jolian Kriek jogará contra oequatoriano Andres Gomez.

Rumo a Seul —Dez países no masculino esete no feminino começa-ram a disputar em Havana,Cuba, o X Torneio Norte-

Centro-Americano e do Caribe (Norce-ca) de vôlei, que classifica os vencedorespara os Jogos Olímpicos de Seul. OCanadá estreou com vitórias no masculi-no (15/0, 15/6 c 15/5 no Panamá) c nofeminino (15/0, 15/0 e 15/2 em IlhasVirgens. Outros resultados: Cuba 15/0,15/2 e 15/1 Nicarágua; e México 15/6,15/3e 15/4 Ilhas Virgens; República Domini-cana 15/7, 15/11 c 18/16 Porto Rico, nomasculino. Cuba 15/10, 15/1 e 15/0 Méxi-co, no feminino. O torneio prosseguehoje com mais três jogos no masculino edois no feminino.

A/

A

Vítor chega otimista da Europa

Hipismo lutará

pela medalha

de prata no Pan

Fernando Lacerda

BELO HORIZONTE — Com vastoconhecimento do hipismo mundial, am-pliado pela participação cm oito torneiosinternacionais dc saltos, nos últimos trêsmeses, o mineiro Vítor Alves Teixeira,que chegou da Europa, afirmou que aequipe brasileira selecionada para os Jo-gos Pan-Americanos, cm Indianápolis,da qual faz parte, tem condições dc brigarcom os canadenses pela medalha de pra-ta. O ouro, segundo ele, dificilmentedeixará de ficar em mãos dos norte-americanos, aue além dc reunir um gran-de número de cavalos e cavaleiros dequalidade, estarão competindo cm casa.

Primeiro selecionado para integrar aequipe brasileira no Pan, cm março pas-sado, Vítor Alves considera forte o grupode cavaleiros que vai representar o país.Ele se diz esperançoso com o potencial daequipe, principalmente pela versatilidadedas montadas dos cavaleiros que a inte-gram. Comparando com as equipes sele-cionadas para os Jogos Pan-Americanosde 1983, cm Caracas, e para os JogosOlímpicos de Los Angeles, em 1984,Vítor acredita que a atual reúne melhorescondições.

As últimas equipes reuniam ani-mais especialistas apenas cm grande prê-mio c fracos nas provas dc velocidade.Agora, a situação melhorou, pois temoscavalos versáteis, que saltam bem osgrandes prêmios e as provas dc vclocida-de — explicou Vítor, que ficará apenasuma semana no Brasil, retornando àEuropa sábado que vem, para a disputade outros cinco torneios, na fase final desua preparação para o Pan-Americano.

Além da versatilidade das montarias,Vítor destaca o nível técnico e a experiên-cia dos cavaleiros integrantes da equipebrasileira c o reforço que representa aparticipação dc Nelson Pessoa Filho, oNeco, radicado há 25 anos na Europa, cc^uc, em sua opinião, dispensa comenta-rios.

O Neco conseguiu reverter suacondição dc profissional, c obteve a licen-ça para disputar o Pan-Americano, com-petição que muitos cavaleiros e amazonasprofissionais sempre disputaram pelosEstados Unidos e Canadá.

Apesar de ressalvar que não pôdeacompanhar dc perto os últimos desem-penhos de Luiz Felipe Azevedo c PauloStcwart, os outros dois integrantes daequipe, Vítor disse que tem recebidoboas informações sobre a atual forma dc

Belo Horizonte — Waldomar Sabino»* VBk < .¦ li ::

- ^ xi 'í II •: Vítor matou as saudades do Cepel e retorna sábado a Luropa

Luiz Felipe, um cavaleiro muito expe-riente, c sobre a montaria dc Stcwart,Piaton. Vítor espera que os demais inte-grantes da equipe se juntem a ele e aNeco, na Europa, para disputarem juntosalguns torneios.

Numa competição como o Pan-Americano, o trabalho em equipe é cs-sencial. São dois dias dc provas porequipe e a estratégia e a participação decada concorrente são fundamentais parao sucesso do grupo — observou.

Vítor Alves, recebido como verdadei-ro ídolo pelos colegas e alunos do Cepel— Centro de Preparação Eqüestre daLagoa, para onde foi, poucas noras apóschegar a Belo Horizonte, espera poderlevar duas montarias ao Pan (Larramy cTip Ton), mas já definiu que o titulardeverá ser Larramy.

No Pan-Americano de Caracaslevamos dois cavalos c escolhemos otitular lá. De todo jeito, Larramy estámuito bem e, se a competição fosse hoje,ele seria o escolhido. O Tip Ton tambémestá muito bem e pode ser usado seacontecer algum problema com Larramy.

Não será por falta de bons cavalosue Vítor Alves não continuará sua sériec bons desempenhos internacionais. Sc-

gundo ele, o cavalo Zurkis—sua terceiramontaria, que está na Europa — teveótima performance, a ponto dc ser consi-derado hoje uma atração nos certames.

O Zurkis é um cavalo pequeno,mede l,52m, mas tem grandes qualidadestécnicas e características de velocidade.Apelidado de Anão, Vítor venceu com

ele as provas de caça a 1,50m cm Wicsba-den (Alemanha Ocidental) e de barra-gem, cm Eindhovcn (Holanda), além deficar cm 6" lugar no Grande Prêmio dcWicsbaden c em 3o lugar, ainda cmWicsbaden, na prova de cronômetro,com 96 concorrentes. Nesta prova, Vítorc Zurkis superaram o cavalo medalha dcprata em Los Angeles, Abdulah, monta-do pelo cavaleiro medalha dc ouro na-qucla Olimpíada, Joe Fargis. Larramyteve desempenhos considerados ótimospor Vítor, enquanto Tip Ton sofreu umatorção na primeira prova, cm Jerez de laFrontcra (Espanha) c foi poupado norestante da excursão.

Vítor explicou que optou por termi-nar seu treinamento na Europa e não nosEstados Unidos, por uma estratégia. Se-gundo ele, cerca dc 20 conjuntos norte-americanos de excelente nível estãodisputando as vagas para o Pan c ostorneios no mês dc julho serão bastantedisputados.

— Nossos cavalos já estão pratica-mente no ponto. Agora, resta fazer otrabalho dc manutenção e não seria acon-sclhável entrar em provas muito dispu-tadas e que exigiriam muito dos cavalos— explicou.

Ele viaja sábado que vem para aEuropa. Dc 23 a 28 próximos, disputa oGrande Prêmio de Aachen, na cidade domesmo nome, na Alemanha Ocidental. Éconsiderado o torneio de melhor níveltécnico da Europa. Depois, Vítor vaiparticipar dc quatro competições naFrança.

Giaffone na Stock

e Russo na Ford são

os "poles"

de hojeGOIÂNIA —O paulista Affonso Giaffomc, da Equipe

Cofap-Rcfricentro, é o polc-position da prova dc hoje, pelasegunda etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Cars, emGoiânia. Giaffone fez o melhor tempo de classificação, 1:37.23,mas não superou o recorde da pista, de Alencar Júnior, daEquipe Eme-Gc/ Refriccntro, de 1:36.59.

O segundo colocado foi Fábio Sotto Mayor, da EquipeHG/SKF/M1, com 1:37.73, numa disputa em que ficou evidentea preocupação maior cm poupar os canos e pneus do que com apolc-position. Tanto assim, que os principais pilotos classifica-dos pouco foram à pista, como Fabinho, que deu apenas duasvoltas no circuito.

O terceiro tempo ficou com Ingo Hoffmann (Molybras),com 1:37.85, seguido de Adalberto Jardim (Filadélfia/ Molvko-te), com 1:38.05, Luis Pereira (Havoline-Tcxaco), com 1:38.05c Waltcr Travaglini (Blindex) com 1:38.14.

Fórmula-Ford — Renato Russo sai na polc-positionda quarta etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula-Ford,cm Cascavel (PR), ao lado do líder da competição, DjalmaFogaça (tem 30 pontos). Russo, vice-lídcr, com 29, esperaassumir a ponta do campeonato hoje e prevê boa disputa contraFogaça e Augusto Ccsário, terceiro na classificação geral e dogríd.

A 5'1 etapa do Mundial dc Fórmula-Indy será disputadahoje cm Portland, onde o recordista é Mário Andretti. Noprimeiro treino, Emerson Fittipaldi ficou em terceiro, com60s21, atrás de Roberto Guirrciro (60s35) e Andretti (60s21).

Falta de tempo faz

vôlei só convocar

doze para excursãoBELO HORIZONTE — Devido ao pouco tempo que terá

para preparar a equipe, antes da excursão ao Japão, cm julho, edos Jogos Pan-Americanos, nos Estados Unidos, em agosto, onovo técnico da Seleção Brasileira masculina de vôlei, ocoreano Young Wan Sohn, desistiu dc convocar 14 ou 15jogadores, como pretendia inicialmente. Ele revelou que vaichamar apenas 12 e começar a treiná-los dia 1" dc julho, no Rio.

Sohn não quer perder tempo com observações e, depois,com o corte que teria dc fazer de dois ou três jogadores.Segundo ele, o torneio do Japão, no qual, além da seleção local,o Brasil deverá enfrentar a França e mais um ou dois paísesainda a ser confirmados, servirá para avaliar as reais possibilida-des da Seleção no Pan-Americano.

— Oucremos ganhar dos Estados Unidos, dc Cuba e daArgentina. Queremos ganhar dc todo mundo. Mas, temos desaber o que falta no nosso time, quais são os nossos problemas enâo os deles — filosofou Sohn, que esteve no Rio, quinta-feira,para a primeira conversa dc trabalho com o presidente da CBV,Carlos Nuzman.

O coreano afastou a possibilidade da realização de amisto-sos no Brasil antes da viagem ao Japão, também sob a alegaçãodc falta dc tempo. Mas admitiu a possibilidade dc realizar jogospreparatórios no período entre a viagem ao Japão e o Pan.

Carlos Eduardo Guilherme da Silva, o Pacome, treinadordo Sadia, dc Santa Catarina, será o auxiliar técnico de Sohn naSeleção Brasileira.

Preparando-se para a disputa do segundo Circuito Nacio-nal dc Vôlei adulto, cm julho, a Unisa, vice-campeã mineira devôlei masculino, iniciou ontem, em São Paulo, uma série dejogos com os times do Banespa, Coríntians, Santos, Tclcsp eGuarujá. Aproveitando a viagem, a Unisa levou também suaequipe masculina juvenil, que enfrentará as principais equipespaulistas da categoria.

FUTEBOL INTERNACKMML EXCLUSTVO

AO VIVO, DIRETO DO ESTÁDIO MUNICIPAL DE NOVA IORQUE , COM EXCLUSIVIDADE

VASCO x BENFBCA HOJE IG OOHS

O ENCONTRO DE DUAS GRANDES FORÇAS DO FUTEBOL MUNDIAL.

UM SENSACIONAL AMISTOSO ENTRE O ATUAL CAMPEÃO DA TAÇA GUANABARA E O

CAMPEÃO PORTUGUÊS.

pA

TV CORCOVADO

CANAL9

RIO

hi

E

BEI

An GomfS

¦>

i

"Fp

4

=

¦ ^KmJ "' '

•»i« W> . x\\AMU .. *: 4"JI'||||PF^-' I ,*/ 0*# Sate*- .; '< .it 4

O Flamengo treinou com entusiasmo para enfrentar o Goitacds. Mozer (centro) ainda acredita no tUulo do segundo turno

I

PcONSULTAN

fr'MORAR^^H

¦HI

EH

m.

§t

* ¦*

Gradim

A» Gomos

Futebol perde uma das suas mentes lúcidasArquivo — 23/01/77 .......

Com Gradim, morre

um pouco da maior

paixão brasileira

A morte da Gradim — não o craqueuruguaio do primeiro quarto do século

nem os muitos outros que também carrega-rarn o mesmo apelido cm homenagem àque-le, mas o jogador do Bonsuccsso e daSeleção Brasileira que mais tarde se feztécnico — priva o nosso futebol de uma desua mentes mais lúcidas c de um de seuscorações mais sensíveis.

Chamava-se, na verdade, Francisco deSouza Ferreira. E foi um dos heróis daquelaépica vitória brasileira sobre os uruguaios,cm I932, numa Copa Rio Branco que MárioFilho transformou em livro.

Driblava bem, chutava bem, colocava-sebem para receber, como centroavante inteli- Francisco, que virou Gradim

gente e habilidoso, as bolas que convertia emgol. Deram-lhe o apelido de Gradim porque,depois do primeiro, o original, o uruguaio,quase todo negro dc futebol irrcsistivelmentesinuoso, criativo, surpreendente e malicioso,neste continente, mereceu o apelido. Masnão é por isso que Gradim — ou Francisco —entra na história.

Foi um dos treinadores da maior "faro"cm toda a história do futebol brasileiro.Perfeito para dirigir times dc infantis oujuvenis, na medida em que. com uma antevi-são mágica, era capaz de dizer quem dava ounão dava para o futebol. Certa vez, em SãoJanuário, num Vasco ,\ Flamengo de juvenisdo ano dc 1959, assitiu das sociais a umdramático duelo entre dois garotos: Mara-nháo e Gérson. Aparentemente, para osespectadores menos sensíveis, Maranhão Ic-vava a melhor, ganhava as divididas, supera-va o meia-esquerda do Flamengo cm quasetudo. Mas Gradim surpreendia os que esta-vam ao seu lado, dizendo:

— Tudo bem, hoje o Maranhão levou amelhor. Mas querem saber dc uma coisa? Ofutebol do Maranhão vai acabar ali, naprimeira esquina. O de Gérson, não sei não,pode levá-lo à Lua.

A história provou que ele tinha razão.Enxergava longe. E graças a isso armouexcelentes times de juvenis, no Fluminense eem outros clubes, que renderam preciososdividendos. De fala mansa, dc gestos elegan-tes. de atitudes sempre pensadas e pesadas,era um líder à sua maneira: brando c compe-tente.

Sofreu muitas injustiças. Uma delas,depois de dar ao Vasco o "super-super" de1948, a dc ser demitido por causa dc duasderrotas seguidas para um Fluminense quetinha mesmo um time melhor. Recebeu ademissão com serenidade: "Os dirigentes sãointolerantes. Nós, os técnicos, temos quepagar por isso".

O Vasco perdeu um grande treinador,inteligente, sensível, capaz de exergar longe.Hoje, c o futebol brasileiro quem perde.

0 Bangu de

olho na máfia

34 ? Io caderno ? domingo, 14/6/87 Esportes JORNAL DO BRASIL

De volta ao Bra-

sil, entre tantosaumentos e um novoplano enganador doGoverno, pelo me-nos a boa notícia: oBangu pode ganharo segundo turno sevencer o Botafogoamanhã, o que nesseambiente conturba-do do futebol é umfeito meritório do ti-me de Castor e dePinheiro.

Apesar dc chamado de grande, oBangu, na realidade, é mais chegado aospequenos clubes, e só mesmo com muitagarra e determinação poderia atingir otopo de um campeonato dominado poruma máfia de árbitros corrompidos.

A reportagem de Jorge Perri, publi-cada sexta-feira pelo JORNAL DO BRA-SIL, com denúncias apresentadas pelospróprios árbitros, citando testemunhas,em qualquer federação mais ou menosseria, importaria a imediata abertura deum inquérito e a expulsão sumária dosjuizes envolvidos em arranjos para modi-ficar o resultado normal dos jogos.

Há denúncia sobre um jogo recentedo Flamengo com o Goitacás, em Cam-pos, quando aconteceu a troca de árbitrosà última hora, e o Flamengo acabouvencendo com um gol marcado aos 54minutos do segundo tempo que, pela lei,deve ter apenas quarenta e cinco.

Outro árbitro, o bem conhecido Ca-belada, confessa — e testemunhas confir-mam — ter deixado de marcar um gollegítimo do Coríntians contra o Vasco,"porque comigo paulista não ganha aquina casa da gente". Nesse jogo, o Cabeladatambém foi uma indicação dc última hora.

Dentro desse ambiente mafioso, oBangu passar para trás os grandes, oupelo menos maiores do aue ele, já é umafaçanha. Sc hoje ganha ao Botafogo e saicampeão do segunto turno deve, no cn-tanto, tomar cuidado com as finalíssimasdecisivas do título. Se não, vai correr,correr e na reta dc chegada lhe furam ospneus.

?

Praticamente com os mesmos nomes,a Seleção Brasileira está de novo chama-da, agora para o compromisso mais difícildos jogos da Copa América, na Argenti-na. O técnico é o mesmo, no que agiu bema CBF. Mudar, além de injusto comCarlos Alberto Silva, seria um contra-senso.

Carlos Alberto não chegou a se rcve-lar como o treinador ideal para a SeleçãoBrasileira. Inseguro de início, como eraesperado num estreante, mostrou depoisindecisão no comando, tendo participadodesnecessariamente de incidentes aesa-gradáveis com os jogadores Bebcto ePaulo Vítor e, embora tenha chegado aofinal da excursão à Europa com um saldofavorável dc vitórias, não chegou a firmaruma equipe titular.

A convocação de agora seguiu a linhajusta do aproveitamento dos jogadoresque cxcursionaram. Os outros chamados,todos jovens, continuam a política dcrenovação tentada há quatro anos porParreira e tempos depois por Evaristo,ambos destruídos nos seus intentos pelosimediatistas ou pelos defensores da per-manência dos veteranos.

Dentro do plano de só chamar joga-dores novos que possam ter condições dejogo cm 1990, na Copa do Mundo, não scpode criticar a relação escolhida por Car-los Alberto Silva. De estranho, apenasque a CBF pretenda usar Júlio César, quejoga na França, para ser, como adianta otécnico, um simples reserva. Se é necessá-rio todo esse esforço para ter Júlio César époroue o time deve precisar dele, naverdade muito bom na Copa do México.Para ser reserva, há muitos por aquiigualmente capazes. Careca, sim, no mo-mento é indispensável.

No mais, Carlos Alberto não convo-cou Bebcto e também não quis nada comMozer e Andrade, ambos jogando umbelo futebol, certamente devido à posiçãoassumida pelos dirigentes do Flamengocontra a Seleção.

Julgou tiue, chamando1 mais de doisjogadores rubro-negros, o presidente vol-tasse a botar a boca no mundo, comoaconteceu no mês passado. Foi pena,especialmente por Mozer, ligado à faixamais jovem.

?Histórias — Contam que nessarccentc excursão à Europa, os jogadoresda Seleção Brasileira aproveitavam osdias dc folga nas compras, naturalmente,mas muitos deles nos pubs de Londres,que conheceram e se amarraram.

E foi esse gosto pelo pub que expli-cou a chegada ao hotel altas horas danoite do lateral Josimar. Ele tinha ido aum outro e acabou de madrugada telefo-nando desesperadamente para o númerodc informações. Queria saber a que horasabria o bar. Informaram que às 10. Duasfioras depois, nova ligação de Josimar e amesma resposta.

Senhor, terá de esperar até as 10horas para entrar no pub, please.

Entrar? — gritou na linha Josi-mar. Mas quem quer entrar? Eu quero ésair. Todo mundo foi embora e estoupreso aqui.

Sandro Moreyra

ÉtÉO Flamengo treinou com entusiasmo para enfrentar o Goitacás. Mozer (centro) ainda acredita no título do segundo turno

Flamengo joga

em Niterói e torce no Maracanã

Quando começar o jogo desta tarde, como Goitacás, em Niterói, os jogadores, a Comis-são Técnica c os dirigentes do Flamengoestarão com as atenções voltadas também parao Maracanã, onde o Bangu enfrenta o Botafo-go precisando da vitória para conquistar aTaça Rio. O técnico Antônio Lopes, porexemplo, não se dá por vencido e afirma que oBotafogo tem condições amplas dc derrotar oBangu e colocar o Flamengo no páreo.

Para ele, isso significaria a possibilidade devir a ganhar o segundo turno, mesmo tendopela frente um jogo considerado dificílimo,

com o Fluminense, no outro domingo.— Sc o Botafogo fizer o serviço no Bangu

— disse Lopes —, estaremos com uma fortemotivação para vencer os adversários que nosrestam (além do Goitacás, hoje, o time aindatem pela frente o Campo Grande, em ítalo deiCima, e o Fluminense).

O entusiasmo do grupo contagiou atéZico, que se prepara para voltar ao time embreve. A volta está marcada para o Fla-Flu, nocaso de o jogo sc tornar um simples amistoso,mas o próprio Zico é o primeiro a torcer parater a festa da volta reprogramada, só para não

ver o time fora da luta pelo título do segundoturno.

— Estou louco para participar deste jogo,desde que o Bangu garanta o título com umavitória sobre o Botafogo. Mas é natural quetorça contra, porque o que mais importa é vero time de novo com chance de conquistar aTaça Rio.

Lopes resolveu manter Marquinho no timeapós a excursão pela África e Europa e estácerto de que agora o Flamengo dispõe dc umbloqueio no meio-campo mais eficiente, semperder a agressividade.

Flamengo GoitacdsZ6 Carlos Jorge LuisJorginho Ze PauloLeandro AinaralMozer Paulo RenatoAdalberto ValtairAndrade Haroldo

Ailton FazoliBebeto Luis AlbertoRenato PaulinhoKita Z6Marquinho CosmeTecnico TecnicoAntonio Lopes Antonio I>eonoLocal Caio Martins, às 17h Juls Aluisio Folisborto da Silva

Os gols da rodada em primeira mão, só com Toque de Bola daRede Manchete. Toque de Bola chega na área às 21 :SOh, tododomingo, com um escrete de comentaristas: João Saldanha,

Márcio Guedes, Paulo Steln e Alberto Léo.Toque «le Bola da Rede Manchete.

Bola na rede mais cedo

TODO DOMINGO 21:50h

w V

REDE MANCHETE

CANAL 6

Inter só precisa Duelo técnico é

empatar para ser a maior atração

campeão do turno em Minas Gerais

PORTO ALEGRE — Embora baste oempate no Grenal de hoje à tarde no EstádioOlímpico, para o Internacional ser o cam-peão do segundo turno do CampeonatoGaúcho e conquistar um ponto extra para ohcxagonal decisivo, o clássico promete serbastante disputado. O técnico Enio Andra-de, do Internacional, não pensa na possibili-dade do seu time jogar pelo empate; otreinador do Grêmio. Luís Felipe, esperaque sua equipe "sufoque o adversário".

"Quem entra em campo para empatartem mais chance dc perder do que quementra pensando na vitória". Ao fazer estaafirmação, Ênio Andrade garante que oInternacional vai jogar para ganhar, aindaque não precise.

A presença de Valdo na partida, únicojogador gaúcho convocado para a SeleçãoBrasileira, é outro fator que deve garantirum bom público no jogo de hoje. O técnicoda Seleção. Carlos Alberto, só não liberouValdo para jogar o Grenal da próxima terça-feira, que encerra o quadrangular do Cam-peonato Gaúcho, mas que não terá nenhumvalor se o Inter empatar ou ganhar hoje.

BELO HORIZONTE — Apesar dapresença do volante Douglas, mais umavez convocado para a Seleção Brasilei-ra, no time do Cruzeiro, a maior atra-ção do principal jogo da sétima rodadado retorno do Campeonato Mineiro, oclássico entre Cruzeiro e América, seráo duelo dos técnicos Rui Guimarães eBuguc, que fazem suas estréias e pro-metem vitórias.

Rui Guimarães é o sexto treinadorque dirige o Cruzeiro no atual campeo-nato; o América tenta seu terceiro téc-nico. As duas equipes precisam da vitó-ria. pois lutam para chegar ao título dosegundo turno para sc candidatarem àdisputa do Campeonato com o Atlético,que venceu o primeiro turno.

No Cruzeiro, o técnico Rui Guima-rães fez questão da escalação de Dou-glas, que preferia não ser usado, pois seapresenta amanhã ao técnico da SeleçãoBrasileira. Carlos Alberto Silva. Geral-dão, o outro convocado do Cruzeiro,desfalca o time, por estar sem contrato.Já o América confia na tradição dcsempre vencer o Cruzeiro.

GOOOOLLÍ

MAIS CEDO

OU INVESTIR?

®A MELHOR RESPOSTA PARA -consultamTODAS AS SUAS DÚVIDAS SOBREIMÓVEIS ESTÁ NOS CLASSIFICADOSDESTE JORNAL PROCURE NOSSAS OFERTAS.

SEDE LAQOAA*. Epltàclo Ptssoa, 874259-0332 259-4449

I

o

E

^Jm - -'rfflMr ' ''^B

H

I .; ' ^ *-"<\ yffi l||

\ <-^s^Sv

\, ¦,&*> / ¦¦¦vB&$it$/.»% ./•' *?t5gu£k.< ><&' ¦-¦ ./ 'aSV'JP'

/ Al ^W^r-.'va^V

\/ V\ Ik ^p£ yS -\

mSw

Branco conta como

conquistou Brescia

Tadeu de Aguiar

Foram quase dois meses de intrinca-das negociações, com muitas idas e vin-das. Mas valeu a pena. Hoje, Brancoadmite que aqueles seus temores e sobres-saltos provocados pela incerteza do que oesperava na pequenina Brescia, ao norteda Itália, eram injustificados. Apesar doinício por baixo (o Brescia perdeu osquatro primeiros jogos do CampeonatoItaliano), Branco não teve dificuldade emconquistar os fanáticos tifíosi. Agora,mais tranqüilo, pensa até em renovarcontrato, o que antes lhe parecia inadmis-sível.

Foi justamente essa boa fase no fute-boi italiano que o fez alimentar o sonhode vestir a camisa da Seleção Brasileira naCopa América. No encontro que tevecom a Seleção, em Glasgow, onde foiassistir ao jogo com a Escócia, captou oastral que move o grupo selecionado porCarlos Alberto Silva. É não vacila: "Comum pouco mais de experiência e maisjogos, o time será uma das melhoresseleções já formadas no Brasil". E Brancoqueria fazer parte dela.

Quando a lista foi anunciada sexta-feira na CBF, Branco estava no treino doFluminense, visitando os antigos compa-nheiros. A primeira reação foi de decep-ção. Logo vieram as manifestações desolidariedade dos amigos, e ele se confor-mou. "E a vida, o que eu posso fazer? Onegócio é lutar para estar na próxima",comentou depois, em casa, com Esteia,sua mulher, já aparentemente calma. Defato, pouco poderia fazer, além de torcer.Acreditava que a campanha que cumpriuna Copa do Mundo do México ajudaria.Lembra ter sido nele o pênalti que Zico,"por mera infelicidade", desperdiçoucontra a França.

— Esse jogo não me sai da memória.No final, foi terrível. A entrada no vestiá-rio, os jogadores pelos cantos, uns cho-rando, inclusive eu. E aquele silêncio. Ocurioso é que tinha sido minha melhoratuação na Copa.

A experiência — Então com 22anos, Branco tinha consciência do querepresentaria para sua carreira o título decampeão do mundo. "Só participar doMundial me valeu a transferência para aItália", exemplificou. Uma transferência,a bem da verdade, que ele relutou muitoem aceitar. Primeiro, por causa das difi-culdades no acerto. Segundo, porque iriapara um pequeno clube da Itália. E tercei-ro, porque tinha casado há poucos diascom Esteia e temia problemas de adap-tação.

Mas foi. Topou o desafio. Houve o

acerto financeiro, Esteia gostou da idéiade morar na Europa e a pressão doFluminense íoi muito forte. Branco nãoguarda mágoa dos dirigentes tricoloresque queriam vendê-lo a qualquer custopara saldar os compromissos. A provadisso, como diz, é que batizou seu cachor-ro com o nome do presidente dó Flumi-nense.

Há outro motivo. Toda vez que opresidente me encontrava, brincava, di-zendo que Schwartz em alemão é preto.Então falava: "Eu sou preto, você ébranco". Como meu cachorro e'um pastoralemão e também é preto, resolvi batizá-Io como Schwartz. Tudo combina. Gostodele.

Na Itália, Branco sofreu um pouco atéadaptar-se. Logo, no entanto, superou osproblemas, embora ainda hoje sinta muitasaudade dos amigos e do Brasil. Não temdúvida em afirmar que foi muito maisdifícil a chegada ao Rio de Janeiro, emmarço de 82, contratado pelo Fluminenseao Guarani de Bagé. Naquele tempo,morou na concentração e, solitário, semamigos, chegou a preparar as malas paravoltar à sua terra, à família.

A fase era negra. Além de tudo, oFluminense andava muito mal e não seviam muitas perspectivas. Agora, além dacompanhia de minha mulher, tenho maisexperiência de vida.

O prestígio — O Brescia não foibem no último campeonato. Em 30 jogos

disputados, conseguiu apenas 22 pontos.Mas ainda tem possibilidade de se manterna Primeira Divisão, pois o Empoli e oTriestrina serão julgados em um caso decorrupção e podem ser rebaixados. Emcampo, o Brescia não conseguiu a vaga.Mesmo assim, Branco, que fez três golsna temporada, não diminuiu seu prestígiojunto aos torcedores e dirigentes — ape-nas ele e mais quatro jogadores permane-cerão no time.

— Um certo dia, depois do treino,um grupo de torcedores queria bater notécnico, o Bruno Giorgi. Só eu conseguiconter o ânimo deles, com a ajuda de umintérprete. Eles gostam muito de mim evivem me dando presentes e troféus.

Não tem do que reclamar, assegura.Só um detalhe o aborrece ainda: a falta deambição do Brescia, que luta apenas paranão perder e não ser rebaixado. Acostu-mado com a grande fase do Fluminense,em que conquistou quase todos os títulosdisputados entre 1983 e 1986, Branco nãose conforma quando se lança em velocida-de ao ataque e se percebe sozinho. Osoutros continuam atrás, preocupados ape-nas em defender.

Chegou a jogar no meio-campo, duasou três vezes. Mas não gostou e pediupara voltar à lateral, no que foi atendidoimediatamente. Por aquele lado esquerdodo campo, sente-se mais à vontade, comose conhecesse cada palmo daquela grama.As jogadas saem naturalmente. Inclusiveos gols.

A complicada ambientaçãoIdioma — Levei dois meses

para falar italiano. E passei por mausmomentos. Um dia, numa festa, di-versas vezes pedi que minha mulherficasse ao meu lado, pois outras mu-lheres a chamavam para conversar.Eu pedia: fica aqui, fica quieta. Aspessoas ao lado se espantavam. Só nofinal da festa soube que a pronúnciada palavra fica é igual a de um cabelu-do palavrão italiano. Foi uma ver-gonha.

Alimentação — Come-semuita massa. Já não agüentava mais,até que um amigo italiano me chamoupara comer um prato em sua casa quese parecia, segundo ele, com um chur-rasco. Como bom gaúcho, fui corren-do. Logo me decepcionei, ao ver oespeto com carne de porco, lingüiça eum passarinho bem morto na ponta.Parecia pardal. A muito custo, provei

um. Eles adoram comer o pobre dobichinho. Nunca mais comi aquilo.

Moradia—No contrato, esta-va previsto que eu teria uma casa paramorar. Mas não foi tão fácil assim..Quiseram me empurrar qualquer coi-sa. Levei três meses para conseguiruma. Uma vez me levaram para veruma que parecia um sonho, de grandee bonita. Comentei com Esteia: "Des-sa vez conseguimos". Mais uma frus-tração: já moravam duas famílias lá eseríamos a terceira. Essa não, retru-quei logo.

Frio — Sou gaúcho, mas jogarnuma temperatura de 11 graus abaixode zero não é fácil. Parecia jogo debrincadeira. Era tudo branco e a bolavermelha. Até joguei bem, mas, nofim até as luvas estavam congeladas.O jogo acabou 0 a 0 com o Juventus.Foram 10 dias nevando.

jornal do brasil Esportes domingo, 14/6/87 o Io caderno ? 35

Vitória dá

ao Flu vaga

no 3o turno

Depois de longa ausência, o Flu-minense volta ao Campeonato Esta-dual hoje, às 15 horas, nas Laranjei-ras, enfrentando o Mesquita. Umavitória garante sua participação noquadrangular do terceiro turno, en-quanto o Mesquita luta apenas paranão ser rebaixado à segunda divisão.

A série de insucessos do Flumi-nense nos jogos com times pequenosna Taça Rio fez com que o técnicoCarbone mudasse o esquema do ti-me. O técnico orientou os jogadoresde meio-campo e ataque, durante ostreinos de quinta e sexta-feira, noDepósito da Aeronáutica, no sentidode que.eles insistissem com os chutesde fora da área como forma devencer o forte bloqueio que certa-mente será armado pelo técnico doMesquita, Ananias.

— Estamos vacinados contra asretrancas dos times pequenos. Não

Eodemos errar mais — afirmou Car-

one.Carbone teve algumas dificulda-

des para escalar o time para hoje.Não pode contar com Ricardo eRomerito, liberados para as Seleçõesdo Brasil e do Paraguai, respectiva-mente. Perdeu Eduardo, que já tembom entrosamento com Tato no ladoesquerdo, por ter ele recebido oterceiro cartão amarelo, além de terque deslocar Assis para o lado direi-to no lugar de João Santos, emToulon com a Seleção de novos.

O caso dos prêmios pela CopaKirin deve ser resolvido na terça-feira, durante uma reunião do presi-dente Fábio Egipto com os jogado-res. O jogo com a Portuguesa, mar-;cado para o dia 23, deve ser adiado,pois naquele dia o time estará emAssunção, enfrentando a SeleçãoParaguaia. Além de Mesquita e Por-tuguesa, o Fluminense ainda terátrês adversários na Taça Rio: Cabo-friense, Flamengo e América.

FluminensePaulo VítorAldoVicaTorresCarlinhosJandirLeomirAlbertoAssisWashingtonTatoTtenioo — Carbone

MesquitaRicardoVanderleiLazinhoJoelValdirManiceraDelacirDenílsonOilsonLoiolaEsquerdinhaTécnico — Ananias

Local — Laranjeiras Horário — 15 horas Jóia — AluísioVlngPreliminar — Fluminense x Mesquita, juniores, às 13horas

Carlos Alberto Silva receita

treinos táticos para

SeleçãoBELO HORIZONTE — Corrigir os

passes errados e as falhas nas finaliza-ções, através da intensificação dos treina-mentos táticos. Esta é a receita que otécnico Carlos Alberto Silva pretendecolocar em prática a partir de terça-feira,em Teresópolis, quando a Seleção Brasi-leira começa a trabalhar para a CopaAmérica. O pouco tempo de treinamen-to, desde que assumiu o comando daSeleção, resultou numa "carência de trei-namento tático".

Especialmente no primeiro tempoo Brasil comete muitos erros. Pretende-mos corrigir essa falha e ensaiar diversasjogadas, aproveitando os dois amistosos,com Paraguai e Colômbia, para sairmoscom a equipe mais ajustada — explicou otreinador, que permanece em Belo Hori-zonte, com sua família, até amanhã,quando recebe os convocados no Rio.

Carlos Alberto voltou a explicar aí-gumas convocações. Disse que chamouEdu, do Palmeiras, para evitar que maisum grande jogador fosse queimado, emtermos de Seleção. Afirmou que Eduteve poncas chances na recente excursãoà Europa e Oriente Médio.

Em outras épocas, outros grandes

Belo Horizonte — José Carlos Brasil

Carlos Alberto

jogadores já foram queimados por teremsido convocados só uma vez. Dou umexemplo: Geovani, que achava que iadeslumbrar o mundo e teve poucas chan-ces. No meu modo de entender, talvezpor não ser um grande entendedor defutebol, Edu é um dos maiores jogadoresque apareceram nos últimos tempos, nofutebol brasileiro — comentou CarlosAlberto.

Explicações — Sobre a não con-vocação de Bebeto, o treinador tem outraexplicação: azar do jogador. SegundoCarlos Alberto, ao ser impedido de viajarà Europa e Oriente Médio pelo Flamen-go, Bebeto perdeu uma ótima oportuni-dade de se firmar na Seleção, enquanto"o rapaz que foi chamado às pressas parasubstituí-lo" (não citou o nome, mas sereferiu a Raí) foi bem e teve papelimportante quando a Seleção perdeu Si-Ias, por contusão."— O Bebeto poderá ser chamadooutras vezes. Mas, no momento, resolviapoiar Raí, que mostrou qualidades.

Carlos Alberto Silva disse que temum prazo até o dia 19 para a inscrição dosjogadores que vão disputar a Copa Amé-rica, tempo mais do que suficiente parasubstituir qualquer jogador que apresen-tar problemas de contusão. Ele fez umaafirmativa, ao explicar que decidiu con-vocar Mirandinha com base nas informa-ções médicas de que ele já estava treinan-do com bola.

— Mirandinha é um jogador muitoimportante. Por isso fizemos uma forçagrande para convocá-lo, pois é uma ótimaopção — salientou.

Novos fazem preliminar em Toulon

Antonio Maria Filho

TOULON FRANÇA — À SeleçãoBrasileira restou o consolo de participar,hoje, da festa de encerramento do Tor-neio de Toulon. Vai fazer a preliminar deFrança c Bulgária, que decidem o título,disputando o terceiro lugar com a equipeda União Soviética, considerada por Re-nê Simões como a mais forte de toda acompetição.

O Brasil, segundo o técnico, vai mos-trar sua força maior, pela primeira vez. Oataque foi modificado e vai jogar comAlcindo, Marquinho e Tato. Wallace eBismark perderam a vaga. O goleiroRonaldo também terá sua chance, substi-

tuindo Tafarel, um dos destaques daexcursão.

Os jogadores, ontem, tiveram um diade folga forçada, bem aproveitado. Co-mo não havia condição para levá-los aocampo de treinamentos, passaram o tem-po nas praias da Cote D'Azur, que tive-ram seu primeiro dia de efetivo furor.

Decisão — A presença da Françana partida final finalmente mobilizou otorcedor, que deve lotar o EstádioMayol. Os franceses chegaram à disputado título depois de uma campanha apenasrazoável. Empataram com a União So-viética (1 a 1) e com Marrocos (0 a 0) evenceram a Inglaterra, na sua melhorpartida, por 2 a 0. A Bulgária derrotouItália (1 a 0) e Portugal (2 a 0) e empatoucom o Brasil (0 a 0).

BRASIL URSSRonaldo Kalinauskas

Vanderlei ChugunovSandro Bedni

Andr6 Cruz GerashenkoMazinho RezizhvileDacroce Ivanauskas

Cesar Sampaio PianitiskiJoao Santos Kobelev

Alcindo MotrueyMarquinho Oushin

Tato Masalitiv

Local: Estádio Mayol (Toulon). Horá-rio: 17h30mln (14h30min de Bra-sília).

COPA AMERICA

ARGENTMA-87

Revanche — As Seleções daColômbia e do Equador se enfrentamhoje em Guaiaquil, numa partida revan-

che (a Colômbia venceu quarta-feira por1 a 0), preparatória para as duas equipesque disputarão a Copa América, na Ar-gentina, a partir do dia 27. Na CopaAmérica, Equador está no grupo de Ar-gentina e Peru, enquanto a Colômbiapega Bolívia e Paraguai.Chile — A Seleção Chilena, quetambém se prepara para a Copa Améri-ca, empatou ontem sem gol com a daCoréia do Sul, pelo Torneio do Presiden-te, em Tregu. na Coréia. A Austrália,com três vitórias, é a líder, enquanto oChile, com uma vitória, um empate e

uma derrota, está em último, junto com aHolanda.Paraguai — O técnico da Sele-ção Paraguaia, Sílvio Parodi, foi humildeao declarar que sua equipe respeita todosos adversários e teme a equipe da Bolí-via, no amistoso que as duas equipesfazem hoje, em La Paz, como preparati-vo para a Copa América. O argentinoNito Veiga, técnico da Bolívia, apenaslamentou a ausência do artilheiro RamiroCastillo. que se contundiu e não disputa apartida de- hoje.

> 1 ,Wk -ii/'T't- *1 WLeao, de novo lider, reencontrou o apoio da torcida

Leão, Eder e Robertinho

No Recife já secompara o Sporta uma Seleção

Evaldo CostaRECIFE — Na imprensa local e

nos pontos de encontro de torcedores,o mínimo que se diz do novo time doSport, vencedor do segundo turno doCampeonato Pernambucano, é que setrata de uma verdadeira Seleção. Umconvite para excursionar ao exteriorcom cota de cinco mil dólares porjogo foi recebido como ofensa:

Onde já se viu isto: um timeque tem Leão, Éder, Betão e Roberti-nho merece no mínimo o dobro —afirmou, batendo no peito, o diretorEdson Moury Fernandes.

E é Emerson Leão, líder do gru-po, quem proclama:Jogando aqui em Recife so-mos favoritos contra qualquer ádver-sário.

Pelo menos no plano regional, osresultados comprovam que as opi-niões aparentemente presunçosas nãoestão assim tão longe da verdade.Depois de um mau primeiro turno,com uma equipe bem diferente daatual, o Sport ganhou coragem parainvestir em contratações que, à pri-meira vista, as arrecadações do Cam-peonato Pernambucano não compor-tavam. Do Santos, vieram Éder eRibamar, envolvidos na transferênciapara o clube paulista do ex-artilheiroda equipe, Luís Carlos. Do Interna-cional, os dirigentes trouxeram Ro-bertinho, ex-Fluminense e SeleçãoBrasileira. Somados a Leão, Betão(com passagem curta na Seleção) eAdemir Lobo, que já se encontrava* no clube, o time ganhou a força quetanto o gaúcho Ernesto Guedes, trei-nador muito querido em Recife, so-nhava.

É um time com carisma. Nãotivemos problemas para ganhar o se-gundo turno e agora vamos firmes nacampanha pelo título.

Diferença — Com o reforço dejogadores experientes (Éder tem sidouma das estrelas do Campeonato), adiferença técnica entre o Sport e seusadversários pernambucanos tem sidovista com muita nitidez. Venceu comobem entendeu o segundo turno, masErnesto Guedes ainda não se dá porsatisfeito: quer um goleador e indicouGersinho, ex-Santos e atualmente noPaulista de Jundiaí.

Ele não vê nenhum problema emtrabalhar num time em que despon-tam jogadores como Leão e Éder, jáveteranos e conhecidos criadores decasos:

Aqui eles nunca criaram pro-blema algum. Ao contrário, dão liçãode humildade e tranqüilidade aosmais jovens.

Leão, já quase quarentão, é omaior entusiasta do grupo. Segundoele, se o clube mantiver o grupo atual,não há como não imaginar "o Sportna cabeça no próximo CampeonatoBrasileiro":

Temos jogadores que ganha-ram títulos em todos os lugares poronde passaram e pelo menos quatrocom experiência de Seleção Brasilei-ra. Isso basta para justificar minhaempolgação.

Os salários de Leão e Éder são osmaiores do futebol pernambucano:ganham CZ$ 150 mensais. O restantedo grupo está numa faixa de CZ$ 40mil. O dinheiro da folha sai das arre-cadações e de contribuições de conse-lheiros ricos, todos satisfeitos com oinvestimento:

Vale a pena investir para for-mar uma equipe como essa— gaba-seo presidente Homero Lacerda.

Só que há um problema urgente aser resolvido: o Sport, com a máparticipação no Campeonato Brasilei-ro passado, caiu para a Segunda Divi-são. Ajudado pelo presidente da Fe-deração Pernambucana, Fred de Oli-veira, o clube planeja imitar o Botafo-go: ganhar o direito de disputar aPrimeira Divisão na Justiça. Vai en-trar com uma ação no STJD da CBF.

América empata

com Olaria mas

merecia perderA presença de apenas dois torcedo-

res, ontem, na extensa arquibancada des-'coberta do Caio Martins, durante o jogocom o Olaria (0 a 0), reflete bem a grave,crise financeira do América. Ao todo,202 torcedores se aventuraram, propor-:cionando uma renda de pouco mais deCZ$ 16 mil, que mal dá para pagar oquadro móvel utilizado pela Suderj. E,pior: todos se frustraram. América eOlaria mereciam bem menos gente.

Foi um jogo muito ruim — certamen-te, nenhum outro no Campeonato Esta-dual chegou a esse nível. Um jogo trunca-do no meiocampo, sem lances bonitos oude emoção. O Olaria, que precisava davitória para garantir presença na PrimeiraDivisão em 88, ainda chegou a mandaruma bola na trave, no primeiro tempo,através de Jairo. E ficou nisso. Já oAmérica não fez absolutamente nada.

Irritado, o presidente Álvaro Grego,do América, só via uma solução paraconseguir dinheiro: ir à Justiça cobrar dealguns clubes e da empresa Macanaíba —'•que usou a camisa do América no Cam-peonato Brasileiro para publicidade — O'dinheiro que devem.

0

América IPaulo Sérgio; Dedó, MarcoAurélio, Denílson e Paulo César; Mül-ler, Renô (Pedro Paulo) e César; PauloSantos, Ramon (Carlos Alberto) eValdo.Técnico: Armindo Gomes (interino).

0

Olaria JFlávio I; Paulo César, Dílson,Lauro e Mazola; Flávio II, Wellington,Jairo (índio) e Anderson (Gérson); Nan-do e Campos.Técnioo: Roberto PintoLooals Estádio Caio Martins, Niterói. Renda:CZ$ 16.160,00. Públioo: 202 pagantes. Juls:Luís Carlos Féllx. Cartões amarelo*: Dedó eFlávio II. Preliminar: América 0x2 Olaria(juniores).

Vasco e Benfica

fazem amistoso

em Nova JerseyNOVA JERSEY — Há muita expec-

tativa para o confronto entre o campeãoda Copa de Portugal e o campeão daTaça Guanabara — como o jogo vemsendo anunciado. Benfica e Vasco fazemhoje, em Nova Jersey, uma partidaaguardada com curiosidade pelas colo-nias portuguesa e brasileira. O jogo serátransmitido, ao vivo, a partir das 16 horas(horário de Brasília), pela TV Copaca-bana.

O time do "Benfica jogará com seus

principais jogadores e também com ashonras de ser bicampeáo português. Maso crédito da equipe brasileira não éinferior. A presença de jogadores comoRoberto, Romário e Dunga — os doisúltimos convocados para a Seleção Brasi-leira, juntamente com Régis, para a CopaAmérica — valorizou o jogo. A vitória(5a0) sobre o América, do México, pelaCopa de Ouro, disputada em Los Ange-les. deu mais ânimo ao Vasco, que rece-berá hoje a de 35 mil dólares.

E(

Taça Rio está muito perto

de Moça Bonita

Luiz Bettencourl -O Maracanã reabre hoje, fi-

nalmente, para uma partida quepode decidir o segundo turno doCampeonato Estadual (TaçaRio). O Bangu será o campeão,independentemente de qualqueroutro resultado, se vencer o Bo-tafogo. Se perder ou empatar,ficará na dependência do resulta-do do Flamengo — único clubeque pode alcançá-lo — no jogocom o Goitacás, em Caio Mar-tins

A tarefa do Bangu, que emprincípio parece fácil (o Botafo-go cumpriu nesse campeonátouma das piores campanhas desua história), pode se complicar:seu adversário tem como questãode horna despedir-se com umaatuação que ajude a torcida aapagar da memória seus últimosresultados. Essa é outra circuns-tância que contribui para o climadecisivo do jogo.

Bangu BotafogoGilmar Jorge Lourengo

Jaclmar JosimarM&rcio Rossini MarinhoOliveira GotardoRacinha Marco AurtflloMauro Galv&o DervalTobl Berg

Arturzlnho Maca6Marinho MauricioPaulinho Criciuma ToniAdo HellnhoT6cnico T6cnlcoPinheiro. Jalr Pereira

Local — Maracan&. HorArio —17 horas. Juiz — Jo&o Jos6 Lou-reiro.

| pI B 's ¦

Mauro Galvão

Um só homem

deu segurança a

toda uma defesa

Jorge Perri

BOA parte do sucesso doBangu neste segundo turno,

depois de amargar um desconfor-tável nono lugar na Taça Guana-bara, tem a ver com a recupera-ção de Mauro Galvão. Ele reco-nhece que, nos últimos três me-ses, passou por momentos dificí-limos na sua vida particular, aponto de não conseguir se con-centrar na parte profissional.Foi duro, meu amigo.

Duro o quê? Mauro não gos-ta de lembrar. Logo no início doCampeonato, no começo do ano,sua mulher sofreu um sério pro-blema de saúde, que a deixousemiparalítica. Dias interminá-veis na cama, mal conseguindo semexer. Sentado ao lado, Galvãosofria sem nada poder fazer:

Eu não conseguia nemdormir.

A solução encontrada foi le-var a mulher para Porto Alegre,onde teria a atenção da família, eele, no Rio, poderia se dedicarao Bangu. Mauro Galvão, po-rém, nem treinar conseguia. Suaatenção estava voltada para oSul:

Eu ia lá até três vezes porsemana.

E assim foi durante três me-ses. Galvão chegou mesmo a pe-dir para não jogar em algumasoportunidades. Sentia-se depri-mido, não tinha vontade sequerde calçar a chuteira.

Coincidências — Pouco an-

Jgv 4 <f\

tes do início do segundo turno,Pinheiro assumiu no Bangu. Suaprimeira providência foi manteruma longa conversa com MauroGalvão. E, por coincidência, acabeça do jogador já começava amelhorar, junto com a melhoraque sua mulher apresentava. Seela ficava deitada dia e noite,agora já conseguia sentar nacama.

— Você não imagina o quan-to isso me fez bem.

Começou o segundo turno, oBangu cresceu de produção eMauro Galvão, também. Suamulher, em duas semanas, já

estava de volta ao Rio, andandopouco, mas andando. Era, semdúvida, o início de nova fase:

Estou sentindo que vouser campeão carioca — dizGalvão.

E ele já nem fala mais na suatotal aversão ao meio de campo(chegou perto de Pinheiro e pe-diu para não jogar na posição).Concordou mesmo em ser efeti-vado na cabeça de área, conven-cido de que vem rendendo bemna posição:

Todos sabem que gosto dejogar na zaga. É ali que me sintobem. Mas, com o entrosamentoque o meio de campo do Banguvem mostrando, está dando gos-to de jogar ali. Tenho liberdadepara criar, embora minha tarefaseja muito mais de marcação,bloqueando a entrada da área.

Recuperação — A transfor-mação do time do Bangu nestesegundo turno Mauro Galvãoatribui ao dedo de Pinheiro.Acha que é o técnico certo para otime certo:

Estávamos muito presos.Nosso time sente necessidade deliberdade para jogar. Jogadorescomo Marinho, por exemplo,não podem ficar presos a deter-minadas funções. Ele tem de terespaço para se movimentar. Foiisso o que Pinheiro fez muitobem: aproveitou as característi-cas de cada um dentro de umesquema simples mas muito efi-ciente.

Então, este é o segredo doBangu para ser campeão? MauroGalvão não quer falar antes dotempo, mas aiz que já está sen-tindo "o cheiro do título":

Acho que temos, juntocom o Vasco, o melhor time dacompetição. E sou muito mais anossa vontade do que a deles,numa final.

^If

^j|2 Bpfr

_ '

Marinho, trunfo maior do ataque do Bangu na decisão

João Saldanha

compacto, potente, avançado

to1

a»efe

d«*

NÃODESEMBOLSE

ACEITAMOS SEU SOMUSADO COMO PARTE

DE PAGAMENTO

Energy — o fantástico som modular compac-to que modifica a história do som comovo-cê a conhecia até agora. 120w (IHF) de puratecnologia e sofisticação. Módulos totalmenteintegrados à filosofia Gradiente: sempre'a melhor qualidade de som, no rádio, no gra-vador, no toca-discos e nas caixas.

^JPUR/^ENERGI^D^OMjMODlJ^^RADIENTEjlVenha conhecê-lo hoje mesmo. Ou ensurdeçapara sempre! Aproveite as condições especia-líssimas que a Gradiente e Veiga Somtêm para você.

É ISSO Aí! NÃO CRUZE OS BRAÇOS.VALORIZE O SEU CRUZADO!

n(0po4o

.W"11; Uio* n\toerf,io. /• ^í-SS^

^IJSADOS P EXCLUSIVO SEGURASOM EXCLUSIVA GARANTIA ADICIONAL^ iOH leCQ a nossa o exclusivo seguro que so a Veiga Som oferece Sou 30 dias a mem, alem da garantia das fabricas em som ^

secao de USADOS som, videogamee computador garantido contra roubo I e video games. Oufra Exclusividade Veiga Som |jcom garantia. e/ou furto, incendio. raio etc EXIJA SUA APOLICE! pra voce. EXIJA SEU CERTIFICADO

DEU DEFEITO? CHAME O SPAG! VBTltf^ A CAM 'Spag e o Servico de Pronta Ass'istencia com Garantia 0^* Icriado pela Veiga Som para consertar aparelho de some videogame Plantao Noturno didrio de 18 as 8 h A UNICA LOJA REALMENTE ESPECIALIZADATe! 252-8587 (Recados) Assistencia tecnica a CENTROi Rua do Quitanda, 30 • 5° andar Gr. 502 • Tel.: PBX 221-1525domicilio. Instalacoes Gratis Atendimento pessoal e TIJUCA: Rua Barao de Mesquita, 206-A • Tel.: PBX 248-0992ospecializodo. Credito imediato NITEROI: Rua XV de Novembro, 49 • RINK • Tel.: PBX 719-3353

Velha filosofia

© © © © 0 6E32B) © ©

HojetemBotafogoe Bangu.E jogo ím-portantís-simo doCampeo-nato doRio. E jo-ga o Mari-nho. Valea pena verjogar. Nem sempre, é claro,mas o Marinho está jogandooutra vez aquela bola. OPinheiro disse: "Joga teu jo-go e vai por onde você acharmelhor". E o Marinho estáse metendo por todos os la-dos. É difícil marcar o negui-nho que foi convocado e lo-go barrado pelo Telê na pre-paração da Copa do México.Mas Telê tem outra concep-ção sobre ponteiros, princi-palmente ponta-direita. Naépoca, diziam sobre o Mari-nho: "Ele não marca, logonão serve". Parecia Galileu:"A terra é redonda;"puor simuove". Uma definição des-sas é decisiva. Ou consagraou é inquisitorial. O futebolbrasileiro tem padecido mui-to das concepções rígidas.

Tempo houve em que de-fensor não podia ir. Ir parafrente, é claro. E Nilton San-tos e sua turma eram barra-dos porque defensor tinha deficar. Vencido isso, ficamossabendo que defensor pode"ir" ajudar o ataque. Docontrário, não se ataca. Nãoé? Com o Marinho aconte-ceu parecido. O Moisésmandava o Marinho ir paraonde quisesse e o Marinhofoi parar na Seleção. Veiooutro e disse para o Marinho"não ir". Talvez estivesse di-zendo para o Marinho, de-pois do treino, ir para casadireitinho. Mas o Marinhoparece que entendeu que eradentro cio campo e ficou cor-rendo atrás, logo ele que

sempre teve gente correndoatrás dele.

Lembro bem de Garrin-cha. Pois não é que tivemostreinadores que queriam queGarrincha voltasse e marcas-se? O Garrincha que sempretinha dois correndo atrás de-le? E se fosse para a frenteeles "iam"; e se fosse paratrás, também "iam"? Ora,barbaridade. Mandar ho-mens como Di Stefano, Gar-rincha, Maradona ou Pelé(estou escrevendo em ordemalfabética, para não ferir sus-cetibilidades) marcar adver-sários é brincadeira. Mal co-meça o jogo e os adversáriosvêm em cima deles. E omelhor é que sempre vemum, com um na sobra. Doisportanto. Maravilha. Mesmoque os cobras joguem mal, efizeram isso muitas vezes, notime adversário um ou doisjogaram pior.

O Marinho é do tipo dejogador que não é necessáriomandar marcar. Vai sempreum ficar perto dele marcan-do e, obviamente, sendomarcado. E o Marinho estáanunciando que tem ordemdo treinador de correr ocampo à vontade. Pode en-trar areia e o Botafogo ga-nhar o jogo. Mas o atacantecobra deve ter é gente cor-rendo atrás dele, não elecorrendo atrás de gente.

Esta triste concepção aju-dou muito a levar o futebolbrasileiro a caminho do bu-raco. E a mesma que deixouno Brasil o Falcão e levouChicão. A mesma que nãoqueria o Garrincha. A mes-ma que, se permitirmos,continuará levando o fute-bol-arte para o brejo. E essaconcepção apareceu em fute-boi no ano de 1926. O nomedo cara era Rapplan. Emfilosofia, ela é mais antiga.

¦HEgaaaaaBPaai

Honra em jogo

(segundo Emil)

É uma questão de honra para otime do Botafogo fazer boa partidahoje com o Bangu e terminar oCampeonato Estadual com uma vi-tória:

Que me desculpe o amigoCastor, mas vamos dar o título acFlamengo — disse o diretor de fute-boi Emil Pinheiro.

O Botafogo costuma sur-preender nesses momentos — ressal-tou o técnico Jair Pereira.

Para mostrar que também nãotem nenhum medo do Bangu, Jaiiorientou o Botafogo para jogar ofen-sivamente. Escalou dois pontas ofen-sivos, dois centroavantes e preferiuusar apenas um cabeça-de-área:

Meu time é igual ao do Bangu. Não tenho por que armar esquemas defensivos.

Outro motivo para que o Botafo-go faça boa partida é a reformulaçãodo elenco, que será anunciada ama-nhã. Alguns jogadores terão hoje aúltima oportunidade para convence-rem o técnico de que são úteis aoelenco. Entre eles, o lateral-direitoMarco Aurélio, o meio-campo Der-vai e o ponta-direita Maurício.

O futuro está

com a garotadaO time de profissionais do Bota-

fogo está há 19 anos sem título e hojeencerra sua participação no Cam-peonato Estadual, deixando paratrás uma das suas piores campanhasna competição. Mas o torcedor nãotem sofrido o mesmo desgosto quan-do torce pelas divisões inferiores. Ojúnior decide o título com o Bangu;o infantil é vice-líder; c o juvenil estácm primeiro lugar. A categoria quetem dado alegria, no entanto, é amirim, sinal de que tudo começabem no Botafogo.

Hoje, mais uma safra de garotosde 13 e 14 anos inicia contra aPortuguesa, em Marechal Hermes, acampanha do tricampeonato. Issomesmo, tricampeonato. A categoriamirim do Botafogo é bicampeã, mes-mo com todas as dificuldades queacompanham um clube sem uma boaestrutura e com pouco dinheiro.

Dificuldades que u ténico dessetime tem o cuidado de minimizar,mas que são visíveis. Só este ano,Toninho teve mais ajuda por partedo clube, mas, em 85 e 86, faltavambola, material esportivo, uniforme eaté local para treino. Toninho sócontava com o "Maracanãzinho" —um pátio de 70 metros quadradosnos fundos de Marechal Hermes —c, em alguns dias da semana, comum campo perto do estádio. Nomais, só a empolgação e o desprendi-mento da garotada:

A meninada, quando come-ça, não se importa com as condiçõesde treinamento — explica Toninho.— Pode faltar tudo que eles conti-nuam com a mesma vontade e empe-nho. Eles só pensam em competir esonham em um dia poder fazer partedo time profissional.

Superioridade—As condiçõesmelhoraram tanto que a equipe mi-rim ganhou ate uma Comissão Téc-nica completa com roupeiro, massa-gista, médico, treinador de goleiro cpreparador físico. O técnico Toni-nho, 37 anos, ex-jogador do Olaria eda Portuguesa, está empolgado e,com ar de superioridade, diz que suaequipe será tricampeã, desbancando

¦ mais uma vez Flamengo, Vasco eFluminense.

Em 85 c 86 tivemos duas boa*safras, mas a desse ano é a melhor detodas. Temos um time de fazer inve-ja e a nossa estrutura melhorou.

Toninho acha todo o time muitobom, mas destaca três nomes paraserem gravados e acompanhados emsuas carreiras: Rocha. 14 anos.l,68m, 53kg, um meia-direita habili-doso, com um potente chute e muitavisão de jogo; Sandro, 13 anos,l,80m, 62 kg", meia-esquerda inteli-gente, bom finalizador; e Vladimir,14 anos, l,73m, 56 kg. um centroa-vante rápido, oportunista e que tam-bem ajuda na marcação do meio-campo.

Dos três, apenas Sandro não pas-sou por um dos quatro núcleos detreinamento do clube, mas todosforam descobertos por Toninho. To-dos, no entanto, têm um mesmoobjetivo: chegar ao time profissionale acabar com o jejum de títulos nacategoria.

Cada jogador do mirim ganhauma ajuda líc custo de CZ$ 200,00por mês. treina com sua própriachuteira e só tem direito à alimenta-ção quando é dia de jogo. E asmaiores queixas são para o exigentepreparador físico Floraci Costa,"que quase mata na física". Floraci,entretanto, explica que os exercíciosnão podem ser tão puxados: muitoalongamento e resistência, mas nadade musculação.

O time para o jogo de hoje estáescalado com Ivá. Parral, Baiano,Marquinho e Márcio; Moisés, Rochae Sandro; Murilo, Vladimir e Cristia-no. Uma equipe mirim, porque estácomeçando, mas com a vantagem deentrar no campeonato na condiçãode favorita, uma posição que osexperimentados profissionais nãoatingem há 19 anos.

H

JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro — Domingo, 14 de junho de 1987

Pacote de outono,

inverno de Sarney /

/f ' ' <^s

V^'whsff jgLdU W(

/'rf /, nk y^&^Sfrl'AH/ iff a w) s j s i »/ *u^' u It 1)

I A v\\ \) |] ::>;'^/ » :/ —si /®r

/ -l« tHwwaMjQSfc /

/ w®Sr\ \. \) U^S^SfHHfen /

/v^ g/ \ /s>kH^flfflMt\ HHHI^IBR^^/ / / / \ / ^^S»A> V ^S*e ac^a'se

fi JM

$>

/^«K> _ ^ /\i^f^

Augusto NunesDe São Paulo

SEMPRE

que lhe perguntam qual foio mais belo gol de sua carreira, ogrande Pelé oferece uma respostatão singular quanto sua estupendatrajetória pelos gramados do mun-

do: foi o gol que não fez no uruguaioMazurkiewcz na copa de 1970. Quem viua cena jamais se esquecerá. Com umaginga de corpo, Pelé jogou o goleiropara a esquerda, desequilibrando-o, en-quanto a bola passava pela direita.Contornou Mazurkiewcz em alta veloci-dade, chegou à bola com o gol escanca-rado à sua frente e pegou-a na veia.Errou por milímetros.

Nunca mais Pelé teria a chance dereprisar esse momento dramaticamentebelo, porque nem sequer aos gênios édado fazer com que a história se repita.Para tanto, seria necessário que, pelasegunda vez, Pelé e Mazurkiewcz esti-vessem no mesmo campo, exatamentenos mesmos espaços do gramado. Seriapreciso que a bola seguisse a mesmatrajetória, até chegar às cercanias dapequena área. Desta vez, Pelé segura-mente não erraria. Mas isto é um sonho,bom de se sonhar sobretudo em conver-sas de botequim.

Como o grande gol que não houve, oBrasil também teve um plano que pode-ria ter sido e que não foi — graças, como

depois se constatou, ã estupidez e à máfé de seus gestores. A 28 de fevereiro de1986, o povo decidiu perseguir a mate-rialização do sonho possível com umcomovente entusiasmo. Decretado oPlano Cruzado, os brasileiros se trans-formaram em indignados fiscais do Sar-ney e saíram às ruas para vigiar gatu-nos e espertalhões. Telefonaram para aSunab, chamaram a polícia, suporta-ram filas enormes com a paciência doshumildes, adiaram o quanto puderam arendição aos fuzileiros do ágio, acompa-nharam com emoção a queda de braçoque o governo fingiu travar com sonega-dores. Certos de que desta vez a coisaera para valer, os brasileiros viram es-tadistas onde havia o varejo político desempre. Nunca, como então, tivemos aesperança como profissão nacional.

Agora que o sonho acabou, o presi-dente José Sarney resolveu fazer seu golem Mazurkiewcz, como sugere o planoeconômico deste triste final de outono. Oepisódio é tão melancólico quanto aestação. No futebol, como se sabe, osgandulas não podem devolver ao cam-po a bola que saiu pela linha de fundopara que o atacante tente de novo; seisso fosse possível, Pelé dificilmente te-ria errado pela segunda vez. Em políti-ca, quando um governo dá vigorososchutes em sua própria credibilidade e amanda para o espaço, não conseguirárecuperá-la. O Brasil de março de 1986era muito diferente dó Brasil de junhode 1987. Aquele acreditava no governo.

convencidoatuais inquilinos do Planalto nãõ mere-cem confiança.

Não merecem porque, entre o sonhoe o pesadelo, levantou-se (ainda queparcialmente) o vastíssimo tapete parabaixo do qual o governo tentou varrerpequenas e grandes vergonhas. O paísagora sabe, por exemplo, que nossospais da pátria manipularam os núme-ros do déficit público, maquiaram ascontas externas e fraudaram os índicesda inflação para simular uma situaçãoeconômica tão falsa quanto uma notade treze dólares. Sabe também que, pa-ra ganhar uma eleição, o presidente daRepública e o PMDB rechaçaram compontapés retóricos correções de rotasugeridas por uns poucos que se manti-veram à margem ao delírio. Sabe que seesbanjou o dinheiro dos contribuintes eque os corruptos não foram (nem serão)punidos. Sabe, enfim, que o governomentiu o tempo todo.

Se é verdade que o povo erra, tam-bém é certo que raramente reincide. Emmarço de 1986, o Plano Cruzado mobili-zou multidões num esforço tão empol-gante quanto o da campanha pelas aire-ias já. Neste final de semana, o aviso deque o governo mais uma vez resolverafazer a economia curvar-se a seus de-cretos talvez não leve às ruas um únicofiscal do Sarney. E possível que essafantasia faça algum sucesso no próximocarnaval. Os brasileiros sempre soube-ram rir dos próprios equívocos.

Algumas das medidas anunciadaspor Sarney e pelo ministro Bresser Pe-reira são francamente louváveis. Porexemplo, a suspensão da festa ferroviá-ria e o fim do subsídio do trigo. Porenquanto, porém, só a velhinha de Tau-baté pode acreditar que o Planalto afi-nál decidiu regenerar-se. Caso se confi-gure o fracasso do plano econômico, ogoverno terá esgotado seu estoque detruques, e o inverno do novo congèla-mento se transformará no inverno dopróprio José Sarney. Então, o Brasilserá contemplado por um derradeiro epequeno pacote, composto de apenasdois artigos. No primeiro, são convoca-das eleições diretas para novembro de1988. No segundo, revogam-se discursose lamúrias em contrário.

SPECIAL

y!\LMOÇO DE DOMIMGO

ftnffet Antipastos

Gran frito Mixtodi pcsce à Komana

e ou

üriçjliata Mixta di Carne

Sobremesa:Tulipano Alia crema

Preço único Cz$ 350,00

/

BAR - RIS J OR ANTE

R. Karào da Torre. 192 - IpanemaReservas: 52 1-0627

Aceitamos todos os i <11 nu s t.st«>< loiwimrnto proprio

'Lr

orno cão

1/3 do valor das suas

compras, a Corpo & Alma

dá em mercadorias.

A promoção é válida em

todas as nossas lojas.

Ipanema Rio Sul Barrashopping IcaraíPlaza Shopping Tijuca Petrópolis Centro

CORPGKALMA

¦

Quem tem cabelos cresposou rebeldes e vive buscandosoluções mágicas para domá-los, alisá-los como propõe amoda, nâo deve se iludir como efeito rápido dos velhos ali-santes comuns, geralmente

O QUE MUDOU

NOS ALISAMENTOS

cáusticos. Ao modificarem aestrutura da fibra capilar, elesacabam quebrando todas assuas cadeias de proteínas na-turais, amolecendo a cutículae enfraquecendo a raiz, tra-zendo assim, o ressecamen-to, a fragilidade e até a quedados fios. 0 processo de alisaros cabelos é hoje, na verda-de, um tratamento, que exigenão só produtos de qualidade,mas também uma técnica,que compreende a análisedos fios e do couro cabeludo,um trabalho de neutralização,

feito para recompor as esca-mas da fibra capilar, manten-do de imediato, a firmeza,elasticidade e brilho, e o em-prego de substâncias nutriti-vas capazes de produziraquele efeito liso jeitoso, como movimento que a gente tan-to deseja. No Rio de Janeiro,quem aplica o tratamento vitalde alisamento, nos moldesdos grandes centros de tera-pia capilar da Europa e dosEstados Unidos é o INSTITU-TO IBLON, à Rua Viscondede Pirajá 156 sobrelojas 208 a210, Ipanema. Lá você põe asua cabeça nas mãos dequem, há mais de 10 anos,lida com cabelos problemáti-cos. Marque hora. Tel. 287-5249 / 267-9896 274-7942.

IMNINSTITUTO DE BELEZA

Rua Visconde de Pirajá, 156 -sobrelojas-208, 209 e 210Ipanema - Rio de Janeiro.Tel.: 287.5249 / 267-9896

IVQfc =» CECELO E OS BASTARDOR. PAUL REDFERN. 44 IPANEMA T. 294-9791 > 6a e SÁB ÀS 22:00 WAYNE MADALENA, SÉRGIO SCOLLO E QUARTETO

CORTINASSAyttNARA

Cortinas Japonês»Correr -.Enrolar•Painéis

1 IPBHK Persians*horizontals everti^^^|

Venezianasem plásticoPVC580*5588 / 208-7997

Lr Rond Point Bar

ApresentaDIXONJAZZ

RAMBLERSTRADITIONAL JAZZ

hojedas 18:00 às 22:00 h.

MERIDIENCOPACABANA

Av. Atlântica, 1021)

J

D ?

2 . .caderno B/Especial ? domingo. 14/6/87 JORNAL DO BRASIL

.; w/r ,. í,';. Depois de PI AF

PEDRO ROVAI e TERTUL1ANO DOS PASSOSApresentam:

Direção Geral:

ROBERTO

VIGNATI

Adaptação: Ml^mm/ááímLUIZ FERNANDO VERÍSSIMOLUIZ FERNANDO TOFANELLI

J5HS

Elenco:RODRIGO SANTIAGO

BETINA VIANYCARINA COOPER

ISAAC BERNATLUIS SALEM

XANDO GRAÇAe

RICARDO KOSOVSKImo p.jpcl Hn K )

3 ANOS DE SUCESSO NA BROADWAY'Ri. Chorei. É uma peça necessária". "Uma peça vibrante em humor

Bibi Ferreira e solidariedade humana."New York Times

TEATRO DA PRAIARua Francisco Sá ¦ n? 88 - tels.: 287 7794 e 267-7749

DE 4! ã 6°, às 21:30 h - Sabado às 20 e 22 h Domingo às 19 h.APOIO i UI1URA1

5íf Golden Crossmm \SMSTI V .A IMIWW I.)\A| IH SAí ÍMSilüdl' ' Mil | )l II í u MI Ü ku ]. II

Apoio do Ministério da Cultura INACEN FINFP u

Dia 21 de Junho — Domingo

FESTA DA MÚSICA

16 horas

Orquestra Sinfônica Jovem — Corai da Universidade Gama FilhoRegência: David Machado

Entrada Franca — Ao Ar Livre

Ingressos no Local

museu, de arte moderna do rio de JaneiroAv. Infante Don Henrique, 85 — Aterro do Flamengo

ZÊWHITE /

MARTINS/ ¦

KRT"SUCESSO EM TODO 0 MUNDO" 9

IS 1

jfi SOMENTE 20 DE JUNHO fflUSi INGRESSOS A VENDA NO MARACANAZINHO EM

; E33 E TEATRO CARLOS GOMES A PARTIR DE 15/06 §91

B© <ssei SI AJj

EUGEIUIO BARBA Grupo Farfa - The Canada Project

HB. ^7/3

I

PROMOÇÃO:Untcamp/Inacen-MincIstituto italiano di CulturaEmbaixada da DinamarcaSecretaria Estadual da CulturaPrefeitura Municipal deCampinasORGANIZAÇÃO:laboratório Unicamp deMovimento e ExpressãoAPOIO CULTURAL:

GRUPO

lOB

gflBzjBaB ¦»&. • V «»|

HE. . „>»• :<^\ 85aKK !u3BH

/*; ij

Zózimo

Boatos florentinos

s* Quem almoçava quini.a-feira passada no Florenti-

1 no, em Brasília, ficou intxi-| gadíssimo quando o ex-\ ministro Delfim Neto ifoto)i tirou do bolso do paletó uni1 papelzinho e leu para dois| de seus assessores as medi-| das econômicas que seriam

_¦ anunciadas no dia seguinte.• Logo correu no restau-rante a brincadeira de quea mesa de Delfim Neto eSta-va engordando a safra dos

boatos florentinos.No dia seguinte, viu-se que o deputado do

PDS estava muito mais bem informado do queseus ~pares do PMDB.

Desfrutam do podèr, mas não das informa-ções em primeira mão.

Sine d.ieEstá adiada por tempo indeterminado pela TV

Globo a gravação da minissérie A, E, I, O, Urca. doDoe Comparato.

Motivo: custo elevado da produção. ¦Ou seja, tempos bicudos.

Roda-Viva

Lillbeth Monteiro de Carvalho e Eduardo iDudui Gomesvoaram na sexta-feira para uma temporada no Japão.

Os trabalhos em jóias de Adelina Silveira serão mostra-dos a partir do dia 17, ás 20h, na GB-Arte (GravuraBrasileira), com direito a coquetel.

Os estilistas Frankie e Amaury estão convidando para umcoquetel no dia 16 em torno da artista plástica francesaSylvie Labiche.

O economista Luiz de Toledo deixou a delegacia regionaldo IBDF em Brasília para assumir a chefia de gabinete tiosecretário-geral do Ministério da Previdência Social.

A Casa das Canoas, de Gilda Niemeyer, dentro da Flores-ta da Tijuca, vai ser cenário sábado próximo de um casa-mento zen-budista, com direito à cerimônia do chá.

Desembarcando no Rio, depois de participar de várioscongressos na Europa, o andrologista Mareio Sister.

O presidente José Sarney e D Marly vão comemorar 35anos de casamento no dia 12 de julho.

Voou na sexta-feira para Paris o cirurgião Ivo Pitanguy.

Antes que Paris ArdaMatrimônio com DeusMoon and DarknessEsperando o AmanhecerO Pais de Nod

ÚLTIMA SEMANARIO DE JANEIRO APOIO: Ist. Italiano di Cult. do fí.J.dia 09 às 17 hs - Praça Pública do Munic. R.J.dias 10 ao 14, às 21 hs - Teatro Cacilda Beckerdia 15, às 21 hs - Teatro Cacilda Beckerdias 16 ao 18, às 21 hs - Teatro Cacilda Beckerdias 19 ao 21, às 21 hs - Teatro Cacilda BeckerTEATRO CACILDA BECKERRua do Catete, 338

ZOZIMO AFIRMA:Todas as noites em luxuosos aptos, mansões, muita gente berrouve e desfruta de ve-satifidade e talento do Pianista. Organ s-ta. AMÉRICO CEROUEIRA. Piano, sofisticado órgão ou orques-tra fazem o grande sucesso em suas recepções Agora todas asnoites no Restaurante Rive Gaúche, Av Ep Pessoa. 1484 235-3555 ou 295-8569.

0 melhor tratamento

que Germaine Monteil

podia dar a você,

esta na Sears.t \1 ' Um tratamento de beleza. Você compra qualquer produto da

- liijha de tratamento Germaine Monteil. e já sai com consultamarcada. E leva também, inteiramente grátis, um firmadorfacial Supplegen à base de colágeno para o seu uso pessoal.E você sabe: para tudo isto, pode usar as vantagens do Cartãode Crédito Sears. Dê um pulinho na Sears. De qualquer forma

,-_l.Y.ocê sempre recebe um bom tratamento.

ScotchgardANTI-MANCHAS

O ÚNICO IMPERMEABILIZANTE DA 3M

ATENÇÃO: SCOTCHOARDileo «ntl-manehas com garantia té o único antPmanchaa com garantia tambémcontra ótóos « gorduras em gerai.Após a aplicação axila o Taste com óleo.

CUIDADO COM IMITAÇÕES.A CASA FRAM com Tradição de 35 anos em lidar com estofadosde 10 anos especializou-se na aplicação de impermeabilizantemanchas SCOTCHQARD. Serviço de Qualidade com ótomosConfira! Rua Ataulfo de Paiva, 944-B Leblon. Tels.; 294-2399

-<, ha rr\ais

antl-pre<;os.» 239-0644 j

Cf6iA B0JUNGA NUNES

ADAPTAÇÃO £ DIREÇÃO

EWERTON DE CASTRO

OS M AJ.S V E N 0 I D 0 SA S R E S E_ N H Ã S

VIDA CULTURAL

JORNAL DO BRASILIdéias

TODOS OS Í-AIJACOS

TEATRO NELSON RODRIGUESÁWOS

Í.C"i&

11 kAbÁCMM AP0,° 00 HIW16TÉR10 ,«1 AA. CULTURA - W5riTi;ro

nZíar^stioc»

W/5&-1&301»CÊNICAS - FINEP

S*MA ECOMÔrtlCA FEPEWJL^j^IÍORA A^IR

ESTREIA DIA 15

Firmador Facial Supplegen.

Este é um dos brindes para você.

Cj\<^r/iaÍM^Ylí]n)^i^

ZD

Plaza ShoppingBotafogoBarra Shopping

an,idacu^f,e,r^la.\Sears

Iflid

B -• —•< i. > i "V ¦ •|r-' v

C-1 * s s F /rl 1 r

s

Thi Jun tliiivini

r i t

06

v\'" '

and ice. - tolJ

co -

C-T *¦ s / Tl s* t

k P 0 I 0

Orquestra

Diretor Musical; Isaac Karabtchevsky

Apresenta

Teatro Municipal

Domingo, 21 de junho, às 10.30hs.

SCHliBERT - Rosa Mundc (abertura)HAYDN - Concerto em Ré Maior para piano e orquestraFAILA - Trè Danças do Ballet "0 Chapéu dos 3 picos"

Regente:

Carlos Veiga

Solista:

Lucy de Carvalho Ferreira

ENTRADA FRANCAConvites na Bilheteria do Teatro

*¦**

JORNAL DO BRASIL

Estética Gentileza Por baixo• Observadores mais atentos da es-

—tética das personalidades públicasbrasileiras têm, nos últimos dias,chamado a atenção para pelo me-nos três detalhes gritantes no vi-suai de um destacado deputado doPDS, um destacado senador doPMDB e um destacado membro do

- governo. A saber:Os pavorosos colarinhos tipo

pingüim com que o ex-ministro"Delfim Neto tem desfilado na Cons-.tituinte.

->iv— o comprimento da gravatado senador Severo Gomes (PMDB-

¦ SP), relator da comissão da ordemeconômica da Constituinte, que se

¦. estende, às vezes, um longo palmoabaixo da linha da cintura.

Os encurvados bigodes de fil-me mexicano do presidente doBanco Central, Fernando Milliet,que estão fora de moda em qual-

? 3'úer dos países do primeiro mundo,onde ele deverá negociar a dividaexterna brasileira.

¦ ¦ ¦

O ex-ministro doPlanejamento, JoãoSayad, falou na sexta-feira à tarde, por tele-fone, com o presiden-te José Sarney, queteve a gentileza decontar ao seu antigocompanheiro de Pia-no Cruzado os pontosbásicos do novo pro-grama.Foi uma conversafácil, já que os doisinterlocutores conhe-ciam bem o assunto— o pacote de ontemtem muito a ver como Plano Sayad, apre-sentado pelo ex-ministro em fevereiroúltimo.

Como reconheceu opróprio presidente aSayad ao encerrar aconversa:

— Só falta vocêaqui.

novo perfil AlfinetadaA agência de publicidade Deni-

- son ganhou na semana passada um'novo perfil acionário.Separaram-se, de um lado, o sr

Sepp Baendereck, e, do outro, ossrs Sérgio Ferreira, Oriovaldo Var-gas e Celso Japiassu.

O primeiro fica com a DenisonSão Paulo; os demais, com a Deni-son Rio.

¦ ¦ ¦

DesencantoAo tomar conhecimento do paco-

te do governo, no final da tarde desexta-feira, o prefeito carioca, Sa-turnino Braga, reagiu com descon-

, fiança:— Mais uma vez estão querendoqcabar com a inflação por decreto.

-•¦A única notícia que o animou foia de que o pacote estabelecia maio-res taxações sobre os lucros finan-ceiros.

À noite, o pronunciamento oficialdo governo passou ao largo daquestão.

Restou a Saturnino, portanto,nada mais que o desencanto.

[f 5I1P& 0mmLl

W HmS

* -j

Do coreógrafo e bai-larino José Reinaldo,destilando veneno namadrugada do AlôAlô:

— A MoniqueEvans (foto) está cadavez mais ambiciosa.Passou de candidataa Luiza Brunet a can-didata a ElizabethTaylor. „ „ +

Monique, como LizTaylor nos EstadosUnidos, começou a li-derar no Brasil umacampanha contra aAIDS.

Uma evidência de quão por baixoanda o mercado de ações foi dadana semana passada em São Paulopelo leilão da carta patente de cor-retora de valores do finado grupoCoroa-Brastel.

Não só pela presença de um nú-mero reduzidíssimo de licitantescomo pelo preço alcançado: o equi-valente a pouco mais de 300 mildólares.No ano passado, uma carta pa-tente semelhante não trocava demãos por menos de 1 milhão dedólares.

Callas na TVOs 10 anos da morte de Maria

Callas serão lembrados com a pro-dução de um special sobre a suacarreira, programado para ir ao arpela TV Manchete em setembro.

Assinado pela produtora inde-pendente Performance, o progra-ma incluirá, além de imagens dacantora nos maiores palcos domundo, depoimentos de experts emópera, entre eles o ex-ministro Má-no Henrique Simonsen, o editorSebastião Lacerda, o sr FernandoBicudo, para citar apenas alguns.

Bom avalO colecionador Gilberto Cha-

teaubriand engordou de algunsquadros a sua coleção particular.Comprou na semana passadaseis telas do artista plástico LuisPizarro, um dos expoentes do queficou conhecido como Geração 80.

Em tempo: cada trabalho de Pi-zarro custa em média CZ$ 60 mil.

FUTUROLOGIAJá que as medidas econômicas

anunciadas na sexta-feira pelo pre-sidente José Sarney ganharam delemesmo o rótulo de Cruzado Novo,preveêm-se para mais adiante,através de um singelo exercício defuturologia, novos planos que pode-rão ter o nome de Cruzeta, Cruzil,etc.

Até se chegar ao Cruz-Credo.

domingo, 14/6/87 ? CADERNO B/ESPECIAL ? 3

OZIMO

Teresinha Figueira de Mello e AnaMaria índio da Costa em elegante

noite de longos e black-tie

NÃO GOSTA» Há muita gente que deseja ver o general Leôni-das Pires Gonçalves sempre alegre e bem-humorado.

Ê o sinal mais notório de que está tudo corren-do bem no pais.

Mesmo em tempos de bonança, porém, o minis-tro do Exército terá sempre motivos para fechara cara e mostrar o pior dos humores.

É quando alguém chama o quartel-general doExército, em Brasília, pelo inexplicável apelidode Forte Apache.

O ministro não gosta.

¦ ¦ ¦

DireitosUma determinação do ministro da Previdên-

cia, Raphael de Almeida Magalhães, começa aser cumprida a partir de terça-feira.

Será distribuída a milhares de sindicatos eentidades civis espalhadas por todo o país umacarta com 54 páginas em que estão explicadostodos os direitos dos segurados pelo INAMPS.* * *

Só resta saber se, depois de tomar conheci-mento de seus direitos, os segurados conseguirãoexercê-los.

À reveliaPara o total de 340

assinaturas necessá-rias à convocação daconvenção nacionaldo PMDB, o Estado doRio colaborou com 10nomes, todos resulta-dos de articulaçõespromovidas pelo pre-feito Paulo Rattes.

O governador Mo-reira Franco, afinadocom a turma da poire,que, liderada pelodeputado UlyssesGuimarães, é visce-ralmente contra aconvenção de seupartido, fingiu não to-mar conhecimento damanobra.

Rattes é pelos qua-tro anos.

CRISE IO diretor de uma

companhia aérea es-trangeira chorava nasexta-feira lágrimasde esguicho.

Para um de seusvôos programados es-ta semana para NovaIorque ainda não ti-nha sido feita uma sóreserva.

Ó avião corre o ris-co de decolar sem umsó passageiro a bordo.

CRISE IIO sindicato de aba-

tedouros de bovinosde São Paulo jácomputou uma quedade 40% no consumode carne na capital.

Prevê-se, para iní-cio de conversa, o fe-chamento de uns cin-co mil açougues.

Nova geometria|O cenário econômico nacional passouLc^Acontar, desde sexta-feira passada, conrtffâEnovos personagens, apresentados ao*nov8?

pelo ministro Brésser Pereira. rsljtaMBTrata-se de João, Antonio e Maria, exél«-.;

pios usados para explicar os efeitosinflação inercial. —:tt?Passam para a história como o triângulo-'*Inercial. "*

¦ ¦ ¦

CONVERSA DE AMIGOSuUm descontraído bate-papo reuniu na ta?1*?

de de quinta-feira, no Palácio de Zarzuelüp;em Madri, o rei Juan Carlos I, o presidente^da Embratur, João Dória Jr, e o craque Pelért»O rei, num elegantíssimo terno de shanrvtung de seda bege, recebeu dos embaixadorres do turismo brasileiro a estatueta da paã'^»A audiência, prevista para durar nào.maÍ&de 15 minutos, estendeu-se por mais de meifl^hora: o rei Juan Carlos I confessou-se-ün*í?ardoroso fã da arte de Pelé nos campos-#»pediu que ele estendesse as missões de paz .-,ao esporte e às torcidas de todo o mundos.

Quem assistiu à conversa teve a irr *são que se tratava: de um encontrovelhos amigos.

ZIGUEZAGUfcS

Ao final da reunião plenária do Cojís^lho Federal de Economia sobre o plqijxí,econômico anunciado pelo ministro ÇL&

'Fazenda, Bresser Pereira, um conselfiejcro comentou com um colega:

É um plano Sayad com o cariníbido grupo Pão de Açúcar.

E o outro:Dessa vez quem vai chorar é"oNakano.

À &a

Mil

Cinema em Quito ^

Em Quito, na última semana deste mês, ocineasta polonês Krzisztof Zanussi e o brask-.leiro Geraldo Sarno participarão de uma das.,!,mesas de debates do Congresso do Oficipjx,Católico Internacional de Cinema, que se" .realiza este ano na capital do Equador."

O Congresso exibirá filmes que receberafrío prêmio OCIC nos últimos anos e promove?""rã o lançamento de novos títulos, além deorganizar um seminário sobre o temaCultura, Valores Evangélicos e Meios deComunicação Social: Perspectivas Teoló- ~gicas. _Dois filmes brasileiros estáo no programa:.A Hora da Estrela, de Suzana Amaral, eDeus é um Fogo, de Geraldo Sarno, este,documentário sobre a Igreja na Américá- "Latina, em sua primeira apresentação pü-blica. . *.

Zózimo Barrozo do Amaral ,

PROJETOS E DECORAÇAO

DE INTERIORESProjetamos e fabricamos para diversas lojas doShopping da Gávea e importantes decoradores."Atelie de estofamento e cortinas.

TEL 581-0245

ESTILOS NA DECORAÇÃOModa na decoração. Muitas idéias e

- novidades para você morar bem e ao seuestilo. CASA CLAUDIA deste mês esbanjabom gosto.

CASA Nas bancas

"HISTORIA DO

MOBILIÁRIO,

EVOLUÇÃO &

ESTILO'1)E HELP"CLM

LOCAL - TEATRO CLARA NUNESDE 23 a 26 de JUNHO -14:00 às 17:00HSINSCRIÇÃO — R. Marquês de S. Vicente, 52 — Ij 310

Tels.: 259-1891 — 259-2747Shopping Center da Gávea

VAGAS LIMITADASRealização

ARTE MOVIMENTOINTERIORES

A TRANSA DA CASA.UM JEITO DE VIVER.

JORNAL DO BRASIL

Casa^ Decoração

COMUNICADO À PRAÇA

A1? fábrica de polyester do País está abrindo as portas paraarquitetos, decoradores, marceneiros, fabricantes, lojistas e inte-ressados em pintura de polyester de qualidade incomparável.A Trelac volta a prestar serviços de pintura em laca para tercei-ros, colocando dez anos de experiência e pioneirismo ao alcan-ce de todos.UMA NOVA ATITUDE MERCADOLÓGICA £ A CONSCIÊNCIA

DE UMA NOVA REALIDADE

TRELACAV. ITAOCA, 1363 GALPÃO 2 - BONSUCCSSO ¦ TILS.: mX41l2XV147

Se Elegância é Importante paraVoce.

Experimente. !

GLcctA GLC)I2IAl A40DAS {MOCAS -

Rio Sul, 39 Pi» - Vise. de Pirejá, 221 — Plaza Shopping, 29 piso — Praia de Icaraí, 363

i

'TRAGA A SUA CASA DE CAMPO PARA A CIDADE

Todo tipo de pedra para: Fachadas » BanheirosCozinha e decoração em geral

ARDÕSIA - 40 x 40Matriz: Est. Int^a^nteh^aHTâas, 566.*(021 )PFilial Botafogo: Rua Min. Raul Fernandes, 148.

266-1305/266-1447| Filial Recreio. Av.das Amerlcas.16.207.Mariana MG: Av. das Bandeiras, s/n" em frente Poeto MÉ

Mariana. «(Q3n SS7-1712

#*

Semana

comemorativa dos

35anosdo

BNDES

1952-1987

-PROGRAMAÇÃO CULTURAL-Terça-Feira16 de JunhoUm inimigodo povoDEIBSENLeitura interpretadade peça teatral

Prefiro estar sócom a verdadee contra a maioriado que com a maioriae sem a verdade,dirá o Dr. Stockmann.

Após a leitura haveráum debate com o público.

Quarta-Feira17 de JunhoCAROL MURTARIBEIROEILEANACARNEIRO(Pianistas)STRAW1NSKYConcerto paradois pianos soloGERSHWINConcerto em TáGERsnwinRhapsody in Blue

Quinta-Feira18 de Junho

LINDA BUSTANI(Pianista Clássica)

MOZARTSonata K.576

BEETHOVElYSonata op. 31 n.° 1

FRAHZ LISZTSonata FantasieSonata Aprcs unelecture du Dante

-AS 18h30-

Auditório do BNDES • Av.Chile, 100 • ENTRADA FRANCA

AVfMftACHILfc 100 HO OfJAMjHÕ

MOVEIS DE BAMBOO GIGANTE

DIRETO DA FÁBRICA

Rua Sotero dos Reis, 59Praga da Bandeira - Tel. 284-2047

ide

OS MAIS VE W PI DOSAS RESENHAS

VIOA CULTURALJORNAJL DQ BRASH.Ideias

TODOS OS SABADOS

Mais um motivo para você visitar a sua livraria:

\jHwI f

1

lull % jS| \ f

Já saiu 0 PREC0

DA HONRA

o novo romance de

MORRIS WEST

Autor de O ADVOGADO DO DIABO e AS SANDÁLIAS DO PESCADOR.

0PREC0

DA HONRA

Ele poderia serum escroque ou umCardeal — e acabou sendoum pouco dos dois.

Mais um Bestseller da Record F0RECOUP

HH

Ll W

HmS* - j- s '

ffi

L

E

4 ? CADERNO B/ESPECIAL ? domingo, 14/6/87 JORNAL DO BRASIL

Em questâoA esquerda armada

Moacir Vilelaéngéhheiro, ex-militante da ALN.¦~À verdadeira questão era: havia exér-

citos lutando para derrubar o governoòu eram apenas bandos de terroristas? Aresposta tem um peso decisivo em qual-quer discussão sobre a ética dos Justiça-mehtos" Uma vez aceita a verdadeira na-tureza das ações da esquerda armada — adg- exércitos combatendo o inimigo — énatural que ocorram punições desse grau.Os exércitos fuzilam seus traidores.

•' Não concordo com casos como o deMárcio Leite de Toledo, que a meu vern&cr teve um julgamento decente e foifttíndenado sob alegação ridícula. O Car-

Eugênio disse ha entrevista ao Jornaldo-firasil que Márcio era um perigo empotencial. Alguém pode ser condenado ànaortevpor ser um perigo em potencial?Nesse caso teríamos que matar o filho dodelegado Sérgio Paranhos Fleury, por-que, se o pai era perigoso,-ele tambémpode ser.

É exemplar o caso do tenente Albertopendes-Júnior (executado por Carlos La-marca- e alguns de seus homens no Valeda-Ribeira, litoral paulista). Nesse casoHavia um risco real, não suposto. O poli-ciai queria prendê-los, acabar com eles. Ocabo Anselmo também deveria ter sidojustiçado.i . V .Daniel Aarão Reisprofessor de História Contemporâneada„UEF, ex-militante do MR-8.g- A-discussão me interessa particular-

. • mente porque coloca o problema doautoritarismo e antidemocratismo den-tro, da esquerda brasileira.

Carlos Eugênio diz que o que aconte--céu se justifica porque o Márcio tinha• informações essenciais e perigosíssimassobre a organização. Se toda a esquerdafosse ser coerente com isso, o Partidãodeveria ter matado o Marighela e o Apo-lònio, que eram dirigentes e conheciam aestrutura toda do PC. Eles estavam sain-do para uma experiência que o PC consi-derava uma aventura irresponsável. Ealtamente arriscada.

Eu concedo que se pode contra-argumentar que a conjuntura era outra.Mas já no período de luta armada o'Lamarca foi da VPR para o MR-8. E oMário Prata foi do MR-8 para a ALN ecfêpois voltou para o 8. E ambos eramdirigentes. Isso para ficar dentro da lógi-ca 'do Carlos Eugênio. Seu argumentotécnico é indefensável.

Mas muito mais importante do queisso é a lógica subjacente. Aceitar essetipo. de argumento é aceitar que não sepjode- travar luta interna, não se podetravar luta política no interior de umaorganização que faz luta armada. Porquetoda luta política autêntica tem desfechoirfípi^tflsível e supõe a possibilidade deiMl"fàcha. Aí está o cerne do autorita-risffld.'

Não se pode fazer o Carlos Eugênio debode-expiatório. A atitude era típica de

.c.ertas organizações. É claro que foi rarís-isimó chegar a esse ponto, mas era fre-qüente as discussões degenerarem emameaças de retaliação. Era comum o mili-tântp ser marginalizado por sua posição

.polltiôa.¦ É importante situar isso numa tradi-çâq. Esse tipo de autoritarismo tem pre-cedéntés históricos ilustres no Brasil e nomündo. As discussões políticas no inte-rior do PC só serviam para ratificar o jáestabelecido ou terminavam com a mar-ginalização e expulsão das vozes dissi-dentes. É importante ver o Carlos Eugê-'nio como herdeiro de uma tradição, leva-da a seu ponto extremo. Ou isto não é a•retomada do que fez Stalin? Ou isto nãotem parentesco com a intolerância deFidel e dos dirigentes chineses? Com sua'dificuldade em aceitar dissidências?

É fundamental expressar o repúdio' mais veemente a essa tradição. Foi umassassinato. Claro que com motivaçõespolíticas, ninguém buscava vantagenspés'soais. Um crime político, mas a es-' qü'£raá~deve caracterizar como assassina-

ítorÉ empobrecer o acontecimento situá-' lo'.comó simplesmente produto do deses-f,pero, passando por cima dos componen-.tes autoritários que ele revela,r - As organizações de vanguarda da es-iquerda se vêem freqüentemente comotrepresentantes legítimos do movimento'«da história. E é desse messianismo quevem o antidemocratismo.

Os

mrnm lllÍIiM:ÍÍÍi:Í:Íl

tempos

de cólera

¦

IIfv :

Chico Nelson e Paulo Adário (*)

HOUVE

um tempo no Brasil em que sematava e se morria nas ruas e nosporões do regime militar, mas a censuranão deixava que se soubesse disso. Eraum tempo de guerra, um tempo sem sol,

como diria o dramaturgo marxista BertoltBrecht. O inventário da atuação dos órgãosde repressão nessa guerra suja começou a serfeito antes mesmo da anistia — que trouxe devolta os exilados e tirou das cadeias os presospolíticos — através de depoimentos, entrevis-tas, livros, e da ação da Igreja e de movimen-tos em defesa de direitos humanos. Recente-mente, a atuação da direita ganhou um novoacusador na figura do médico Amilcar Lobo,que por longos anos conviveu com os tortura-dores. Agora, é a vez da esquerda expor suaspróprias feridas: em entrevista dada ao JOR-NAL DO BRASIL, domingo passado, CarlosEugênio Sarmento da Paz, ex-dirigente daAliança Libertadora Nacional e hoje profes-sor de violão revelou que ele è três companhei-ros julgaram e condenaram à morte, em 1971,Márcio Leite de Toledo, militante que queriaabandonar a organização. Márcio tinha infor-mações vitais para a segurança dos quadrosda ALN. E morreu.

Seu "justiçamento" não foi o único. Comoele, foram sumariamente executados o profes-sor Francisco Jacques Alvarenga, um mari-nheiro mglês, um ex-militante do PCBR denome Salatiel e um dono de restaurante quedenunciou três dirigentes da ALN em SãoPaulo

Essas mortes, de responsabilidade de gru-pos e pessoas que pretendiam estar lutando

por uma causa justa, são exemplos de um tipotrágico de ironia em que, de tanto combatersem êxito um inimigo mais poderoso, acaba-sepouco a pouco por se identificar com ele, numprocesso de mimetismo perverso.

A entrevista de Carlos Eugênio teve omérito de abrir a discussão sobre esse proces-so. Alguns dos antigos militantes de organiza-ções armadas acham que ela é uma excelentecontribuição para evitar que casos semelhan-tes voltem a ocorrer. Outros consideram que omomento não é o mais oportuno, mas como apolêmica já está no ar, o melhor é participardela e esclarecer seus pontos de vista. Hácasos de ex-militantes que acham que o assun-to só interessa ã direita e se recusam a falar.Os que participaram deste Em questão mos-tram que os mecanismos políticos e existen-ciais que conduziram aos "justiçamentos"

permanecem em carne viva na memória dosque viveram aqueles tempos de cólera."Chico Nelson, 41 anos, foi condenado a dois a7ios e meio decadeia, acusado de envolvimento no seqüestro do embaixadoramericano Charles Burke Elbrick, em 69. Não chegou a cumprir apena: exilou-se durante nove anos no Chile. Suécia e França.Paulo Adário, 38 anos, foi preso em 69, acusado de envolvimentocom ALN. Auto-exilou-se por três anos na França.Participaram: Valdir Sanchez, Cida Taiar e Cristina Serra.

1111

Nós devemos agradecer ao Carlos Eu-gênio a grande virtude de, com sua ino-cência, promover essa discussão. Ele exi-be esse tipo de inocência assustadora quepreside os grandes crimes. E embora re-vele sua dor com o ocorrido, ao justificá-lo com as contingências históricas deixaimplícito que se se repetirem as circuns-tãncias a solução tem que ser a mesma.

Naquela época o caso provocou repú-dio e horror na esquerda. Mas não houveaprofundamento da discussão, o que hojese pode e se deve fazer. Porque a tentaçãomessiânica está sempre pronta a se mani-festar. E quem luta pelas transformaçõesfundamentais na sociedade deve investirpara fortalecer o movimento popular.Porque só um movimento popular fortepode controlar os iluminados. Segurar odedos dos Carlos Eugênios da vida quan-do quiserem apertar o gatilho.

Herbert Danielescritor. Foi dirigente da VPR,condenado à prisáo perpétua.I Eu fui condenado à morte num julga-

mento interno. Em maio de 71, a VPRestava reduzida a cinco pessoas no Rio,sendo que uma estava desaparecida eoutra viajando. Ou seja, quando a VPR sereunia, era uma reunião de três pessoas.Nós tínhamos grupos de militantes orga-nizados no Chile e em Cuba. Escrevientão um documento analisando a situa-ção e propondo a realização de um con-gresso no exterior para definir novas li-nhas de ação que pusessem fim a umaforma de luta improdutiva. Eu argumen-tava que tínhamos caído numa mera di-nâmica de sobrevivência. Nossa pregaçãode luta armada não tinha sentido naque-Ias circunstâncias. .Propunha, então, adesmobilização. Me acusaram de estarquerendo desbundar. Os outros dois fo-ram ao Chile. Lá se encontraram commilitantes dirigidos pelo Onofre e o caboAnselmo. Depois, numa reunião da qualos quatro participaram, eles decidirampelo meu justiçamento. O irônico é que,na época, um grupo de lá já sabia que o

Anselmo era um agente da repressão. Devolta ao Rio, os dois tentaram algumasvezes marcar o ponto onde eu seria justi-çado. O encontro acabou não se realizan-do. Como Onofre e o Anselmo, até hojenão se sabe o que foi feito dos dois.Simplesmente desapareceram.

Quando tomei conhecimento do casodo Márcio Toledo, primeiro não acreditei.Os jornais da época estavam cheios des-sas histórias de justiçamentos no interiorda esquerda sobre companheiros que ti-nham sido mortos pela repressão. Depois,quando descobri que era verdade, minhareação foi de profundo espanto e indigna-ção. Acabei de me convencer de que era omomento da virada.

Eu já estivera na outra ponta do fiodesse novelo de situações-limite. Quandoseqüestramos o embaixador suíço e ogoverno se recusou a negociar. Um tantoperplexos, chegamos a discutir o quefazer com o suíço se não fosse encontradauma solução. E eu fui um dos que foramfavoráveis à sua execução. Depois os doislados cederam (o governo soltou 70 pre-sos, mas não os que tínhamos pedido) etudo se resolveu. Não sei como teria sidose o impasse não se resolvesse. Evidente-mente, teria sido um erro enorme matá-lo.

Eu percebi que estávamos de fato vi-rando terroristas, pura e simplesmente.Pequenos grupos armados isolados ten-tando mobilizar grandes massas usamviolência autoritária. O limite entre lutaarmada e terror é difícil de ser visto. Semmobilização popular, luta armada é terro-rismo. O limite é político.

Portanto, é fundamental entender po-liticamente isso tudo. Não importa quemeram as pessoas; se eram boas ou más,cultas ou não. Determinados mecanis-mos políticos acabam conduzindo inevi-tavelmente ao terror. Quanto mais eupenso na minha experiência, mais me

convenço da necessidade do pacifismocomo forma de luta. Nossa principal preo-cupaçào não deve ser "eu, como intelec-tual, posso acabar dentro de um gulag". Esim "eu, como intelectual, posso acabardirigindo um gulag"."A gente deve discutir a violência comtranqüilidade. Todo este debate pode sermuito útil, se a gente adotar em relação aele o que Spinoza diz ser o papel dohistoriador: "Não chorar, nem rir. Com-preender."

NelsonRodrigues Filhoroteirista e produtor de cinema, sóciodo restaurante Barbas, em Botafogo,ex-militante do MR-8.B Para discutir o caso de justiçamento

narrado pelo Sarmento ao JB é preci-'so, antes, situar bem aquele ano de 71. Aesquerda estava vivendo um processo dê'aniquilamento físico, que tinha na tortu-"ra indiscriminada seu método básico dê.demolição. A ALN passava por um mo-mento muito delicado: havia sofrido gol-pes duros, estava infiltrada de agentespoliciais e diversos de seus militantes seentregavam à repressão e abriam pontos'e aparelhos, o que significava a tortura ea morte de vários companheiros. Algunsvoltavam para as ruas, para atuar contraseus ex-companheiros.

Numa estrutura clandestina, como eraa das organizações que enfrentavam aditadura, os militantes tinham de confiaruns nos outros — essa confiança era uma-condição de sobrevivência física. Nesseclima é que se localizza a coisa. E áresponsabilidade de identificar, de definirquem era confiável ou não, era da dire^ção. Um erro de avaliação em relação aum inimigo era mortal. Esse julgamentonão era teórico, porque os próprios julga-dores poderiam ser vítimas da delaçãoem caso de erro de avaliação. O caso doCabo Anselmo, na VPR, é clássico: exata-mente por se relutar em achar que ele eraum agente da repressão é que tanta gentefoi morta. Há um outro: a ALN identificouum agente infiltrado no PCBR e comuni-cou o fato à direção da organização. O BRnão acreditou e caiu todo mundo.

Sem querer analisar especificamente ocaso Toledo, pois me faltam dados con-clusivos, nem querer justificar de manei-ra alguma o justiçamento, quero deixarclaro que numa organização clandestinasubmetida a um combate brutal, criam-se leis próprias. Isso foge à ética ou àvontade das pessoas envolvidas. São áscircunstâncias que impõem as ações. É ocaso da guerra — você pode ser cristão,ser contra matar, mas é mandado para aguerra. A guerra é uma estupidez, vocêsabe, mas seu inimigo está lá. O que vocêfaz? Você mata ou morre.

Paulo Henrique |LinsSuperintendente do Campus da UERJ,'Òex-militante da ALN.g Racionalmente é impossível com-

preender hoje como tudo isso aconte;ceu. É absurdo, kafkiano, ininteligível.Não dá para compreender a distância nótempo como foi possível julgar e matar,uma pessoa sem o direito de defesa. Sódentro das circunstâncias da época é quese pode analisar a história do MárcioToledo. Da mesma forma que só se podeentender a morte de milhares de compá-nheiros nas prisões sob tortura dentro da'lógica da segurança nacional do Estadó;que também é ininteligível.

A história do Márcio Toledo é produtffde uma situação de isolamento, desespe-ro, angústia, medo, repressão, que nãopassam pela racionalidade. Foi uma ati-tude de quem não teve condições derefletir de forma equilibrada sobre o as-sunto. Ninguém consegue viver um anona clandestinidade sem entrar em estres-se, A vida nessas condições produz umdesequilíbrio com a normalidade da vidasocial. A vida clandestina, com a possibklidade da morte a cada momento, leva àloucura, no sentido mental mesmo. Éidealismo achar que as pessoas podiamparar e refletir sobre o processo que esta-vam vivendo. As atitudes eram tomadas-em função da necessidade política, não separava para refletir sobre as relações quese estabeleciam entre as pessoas.

Eu mesmo fui defrontado com umasituação parecida com a do Carlos Eugê-'

Arquivo

wif J

INEMA Wilson Cunha

MÒ paraíso?rtb l»A indústria de pouca

imaginação vai faturando.Enquanto o público ameri-Cano curte Academia de^'olíèia" IV (desembarcan-ao ,aqui em julho), prepara-£é. Q, lançamento de Vin-gança dos nerds II: Nerds

no paraíso. E mais: Jorna-da nas estrelas entra emsua quinta edição; Alienstem a parte III em estudos,para ficar apenas em pou-cos exemplos. Em brevenão teremos mais originais— apenas continuações.Das continuações, claro.

Jornada nas Estrelas prepara sua quinta edição

Bom

caminhoUma equipe de mal» de

30 pessoas, oito meses detrabalho a um custo esti-rnado de CZ$ 1 milhão —envolvendo os esforços doEstação Botafogo, BascoNacional e Embrafilme,sob os benefícios da LeiSaraey. A soma de tudoisto estará no Estação Bo-taíogo com a Mestra Ne»*son Pereira dos Santos —uma retrospectiva da obrade NPS, em colaboração,ainda, com a Cinematecado MAM. Todoa os longas,exposições paralelas,ocuparão o Estação no pe-ríodo de 22 a 30 de junho:são filmes restaurados, có-pias novas, proporcionan-do o reencontro com roo-raentos importantes do ci-nema brasileiro e alguns

Estrela da terra Linha geral

de seus mitos. Como LeilaDiniz, a estrela de um Fo-me de amor e Azyll© mui-to louco. Neste FestivalNPS — que depois percor-re várias capitais brasilei-ras—rola, ainda, o livro deHelena Salem {NPSIO so-nho possível do cinemabrasileiro), enquanto Ro-saly Bloch promete queaté lá a Manchete teráprontos, pelo menos, Rio40", Rio Zona Norte e Oamuleto de Ogum — ini-ciando o lançamento detodo NPS em vídeo. Umbom caminho para que seperpetue a memória, sem-pre tâo falha, do cine pá-trio.

Está pintando. Se houvesse uma ur-na à saída das sessões fechadas atéagora realizadas do novo filme de Wal-ter Lima Jr„ Ele... o boto, o nome deDira Paes, me sopram, sairia eleito co-mo uma das mais gratas surpresas. De-pois de uma participação em Florestadas esmeraldas, Boto já vai fazendomaravilhas para Dira. Quando Ele... es-trear em Abaetetuba, interior do Pará, ocinema da cidade passará a se chamarDira Paes, a primeira estrela da terra. Epensar que derrubaram o cinema Mara-nhão, na Boca do Matol (RJ), sem ja-mais chamá-lo Fada Santoro...

Divulgação

HM.By

' fit

Dira em O boto

Nem só de ZS vive o cinepátrio. Urubus e papagaios,por exemplo, esnobado naorla, faturou cerca de 65 milpagantes. Além-túneis, amaioria. .

Em S. Paulo, o projeto Me-mória Vera Cruz sendo bemagitado. Bom.

Tira da pesada II estrean-do nos EUA com força total.Paciência.

Voltando de paullcéia. on-de flmou O beijo, Miguel Fa-labella. Totalmente apaixo-nado pelo cinema.Aguardem.

Para alguns está bom: aprodução americana do Iotrimestre de 87 aumentouem 58% sobre igual períodode 86. Vai faltar tela poraqui...

Ana Beatriz Nogueira nãopára: agora é Locarno comseu premiado Vera.

Um presente: o melhor deO amor brujo, a trilha deManuel de Fala, acaba deser lançada pela Eml-Odeon.Às lojas.

Entre Marrocos e Roma, aTV européia na produção:-Michael York e Ben Kings-ley rodam O segredo do Saa-ra. Mereciam melhor sorte.H Quando os morcegos secalam, boa animação de Fa-

bio Lignini, vai ao Festivalde Hiroshima. Merece.

Entre o Quênia e Londres;Sarah Miles, John Hurt eTrevor Howard filmam Whi-te mischief. Africanidades...

De São Paulo; Letícia Im-bassahy Carneiro teve apro-vado o seu curta-projeto Acaixinha do amor. PelaEmbra.

Sir John Gielgud podiater uma filha como Miou-Miou? Há quem acredite.Vem aí em Daddy nostalgie.

Murilo Santos (Camafeu)com projeto aprovado.Curta, do Maranhão.

Audacioso: Robby Ben-son dirigido Crack in themirror. No elenco, TawnyKitaen. A que não sabe comquem anda.

Antes do Fest-Rio e o deHavana, Acapulco reviveseu Fest cinema. Em sus-penso há 19 anos, rola de 7 a17 de novembro.

Dennis Hopper TerenceStamp (o tempo passa para-todos) falavam de antigasépocas, Dustin Hoí&nan eArt Garfunkerl ouviam. Emoutra, Jennifer Beals e Lo-renzo Lamas faziam planos,-Johnny Mathis e Peggy Leecantarolavam. De longe,Milton Berle curtia. Todosna ponte L.A./N.Y.

JORNAL DO BRASIL domingo. 14 6X7 CADERNO B ESPECIAL

PROCURADOS

nio. quando uma vez a organização discu-tiu a situação de um companheiro queestava questionando a orientação da di-rêçào. Era apenas uma presunção e nãohavia por que julgá-lo e muito menosjustiçá-lo, como chegou a ser levantadona discussão. Eu fui contra essa possibili-dade, que de fato nào passou de umapossibilidade, e defendi que melhor seriaa organização afastá-lo dos organismos

decisão.A discussão sobre justiçamento fun-

cionava como elemento de coerção e decoesão entre o grupo. De coerção, porqueas pessoas se sentiam ameaçadas e viamque naquele caminho não havia retorno.E de coesão porque criava um sentimentode lealdade e de cumplicidade.

De qualquer forma, a atitude é injusti-ficãvel e ininteligível. O máximo que pu-dfír ser feito para preservar a vida deveser tentado. Mesmo no caso de um agenteinfiltrado que é descoberto e que podedelatar todo mundo e com isso levar àmorte quase uma organização inteira — eisso aconteceu de fato —, tudo deve serfeito para mantê-lo preso e preservar suavida.• Mas o fato é que os limites da violênciaha guerra são definidos pelas estratégiasque a guerra determina. E, no caso daluta armada no Brasil, o nível de radicali-zaçáo exacerbou a violência. Chegou ummomento em que a ditadura não fez maisprisioneiros e começou a matar. A partirde um certo momento nós também deixa-mos de fazer prisioneiros.

César Benjamineditor da revista Ciência Hoje, daSbPC, ex-militante do MR-8g Havia generosidade na opção que le-

•< vou centenas de militantes de esquer-da à luta armada contra o regime militar.Gs equívocos foram muitos, mas creioque pela primeira vez somos levados apensar na possibilidade de uma fronteiraiBterna com a barbárie, justificada, comosempre, por um discurso qualquer. Osfatos falam por si: um assassinato foicometido por alguns de nós, de formapremeditada, contra um de nós... que nósamávamos tanto.

A notícia do crime pode não causarespanto. Fora de um estreito círculo, to-dos sabem, vagamente, que tudo foi umagrande loucura. Mas não foi. Estiverampresentes na luta armada pessoas oriun-das das mais diversas vertentes que for-maram a esquerda brasileira nos anos 60:éx-militantes do PCB, lideranças dos mo-vimentos estudantis, militares naciona-listas, ativistas católicos e operários deOsasco e Contagem foram alguns dos quese encontraram em diferentes organiza-ções, nas quais o peso de cada segmentose distribuía de maneira desigual. Haviaem comum, em torno de gente tão dispa-re, um contexto histórico e um conjuntode idéias, ambos completamente esqueci-dos no que foi escrito ou mostrado depois.Alguns filmes (medíocres) e autobiogra-fias (nem um pouco ingênuas) náo podemesconder a quase total ausência de umareflexão qualitativa sobre o período. Nosbest sellers, percebe-se a inevitabilidadeda derrota desde a primeira página e emcada detalhe, mas isso pertence muitomais à ótica adotada pelos narradores doque ao processo em si. Contado de tráspara a frente e sob o ângulo da sua"cozinha", qualquer evento históricomostraria o mesmo rosto.— A partir da descrição da morte deToledo, começo a pensar como esta formade 'esquecimento ativo', que tanto êxitoobteve, foi respaldada por um processoque lhes antecede de muito. O episódiomostra como foram profundas as ruptu-ras havidas na trajetória das organiza-ções, antes mesmo de fisicamente esface-ladas. O projeto que representavam —bom ou mal, viável ou não, aqui náoimporta — morreu bem antes da morte ouprisão dos mais renitentes. A partir de1969, em alguns momentos a iniciativaparecia ser dos grupos armados, mas issoágenas encobria sua paralisia estratégi-cá- Eram prisioneiros de uma só forma delüta — a guerrilha urbana — paradoxal-mente sempre pensada como secundáriae.transitória. Eram expressões legítimasde movimento sociais radicalizados, po-rém já destroçados.' Ao contrário do que se pensa, autocrí-ticas foram feitas e alternativas buscadasno próprio cenário da luta, em temporeal. Parece ter sido este o caso de Tole-do. Mas a recomposição das pontes para

£¦Wk V>- c( I

Renato Tapajós

a sociedade era processo longo e difícil,em meio a uma situação de verdadeiromassacre. Quase todos os que tentarameste caminho náo tiveram tempo paraconclui-lo, por causa da ação, sem limi-tes, da polícia.

O caso da ALN talvez seja extremo.Apesar de importante, esta organizaçãonunca tivera uma estrutura partidária enáo resultara diretamente da radicaliza-çáo de movimentos sociais. Seus funda-dores, oriundos do PCB, estavam em 1971todos mortos, levando consigo uma histó-ria não repassada aos que se haviaminiciado na política de armas na mão. Énesse contexto que a morte de Toledoganha dimensões de barbárie e mostradegeneraçáo. A Resistência Francesaexecutou vários de seus membros. Osvietnamitas, os argelinos e todos os movi-mentos semelhantes, em algum momen-to, agiram assim. Sáo fatos de dimensãohistórica, porque tinham movimentos depovos atrás de si. Sem eles, a violênciadegenera, perde sua dimensão política eabre caminho para a barbárie, da qualnenhum de nós — como indivíduo, grupoou integrante de uma sociedade — estácompletamente imunizado.

escritor e cineasta, ex-dirigente da AlaVermelha, dissidência do PC do B.g Nunca tive dúvida: desde a morte de

Márcio Leite de Toledo estava conven-cido de que o caso era de justiçamento. Oclima que predominava nessas organiza-ções de caráter militarista levava a essarigidez de julgamento. Já organizaçõescomo a nossa, montadas com uma sus-tentação teórica marxista-leninista, esta-vam voltadas para a prática e se manti-nham mais flexíveis. Entre nós, o princí-pio estava implícito — nunca eliminaria-mos um companheiro traidor, quantomais alguém que pretendesse náo passarpara o lado inimigo, mas apenas mudarde organização. O problema podia tersido solucionado de outra forma. Se ocompanheiro dispusesse de informaçõesvitais sobre a organização, melhor seriaenviá-lo para fora do país, mesmo à força.Matar, nunca.

É verdade que muitos militantes su-cumbiram ao medo diante do esfacela-mento do movimento frente aos órgãosde repressão. Mas acho que nem sempre opânico influi no mecanismo de pessoasque autorizam o justiçamento. Os mili-tantes acabam enredados num compro-misso moral com a organização, com seusmortos, suas propostas — e essa ligaçãose torna mais forte do que qualquer racio-cínio político-ideológico. É preciso conde-nar a intolerância. O justiçamento leva a

uma visáo deformada. Encontra-se umajustificativa para um ou outro fato isola-do, e os critérios começam a afrouxar. Éum grande perigo.

Paulo de

Tarso Venceslaueditor, ex-militante da ALN.g Ao condenar a decisão tomada pela

cúpula da ALN, baseio-me em minhaspróprias convicções, à época. Se o com-portamento de Márcio era colocado emdúvida, o meu também deveria ser. Eleapenas mantinha uma posição crítica emrelação à organização e ao movimento. Ea história provou que ele estava com arazão. Fomos mesmo esmagados pela re-pressão.

Eu recebi a informação do justiçamen-to de Márcio quando estava na cadeia. Ogrupo que estava preso se dividiu. Um, noqual eu me incluía, desaprovava a medi-da. Outro concordava como julgamento.Continuo sendo contra, uma vez que háoutras formas de desmobilizar elementoscom comportamento perigoso. Se o quese pretende é construir uma democracia,como imaginávamos, é preciso partir deum princípio básico, o de dar ao outro aoportunidade de defesa. O risco, quandose aceita um julgamento unilateral, écaminhar para um dogmatismo que anu-la, no sentimento revolucionário, a di-mensão humanista.

n® jwjjjf- -ddpzif

JSHBr

/ £/7gWuII//*

O injustiçado

OR que a esquerda arma-mM da brasileira não justiço¦ o seu maior traidor còfi-

fesso, o lendário Cabo An-selmo, na verdade um mari-nheiro que em 1964 ameaçavaincendiar o país e que, com sudpregação subversiva, jogou ticúpula militar contra o prê§idente João Goulart, apressan-do sua queda? Em 1984, entàacom 43 anos, Anselmo deu,uniaentrevista histórica ao reportenOctápio Ribeiro, para a revistaIstoE, confessando: "Graças aotrabalho que a polícia fez, comas minhas indicações, morre-ram uns cem, duzentos. Eu nãócontei".

Ao se oferecer em 1971 aodelegado Sérgio Fleury comoagente, o chamado "Anjo dámorte" da esquerda recebeu co-mo primeira tarefa revelar, ocontato que teria com um altodirigente da ALN, Clemente, co-dinome de Carlos Eugênio Sar-mento Coelho da Paz,justamen-te o ex-guerrilheiro que na se*mana passada falou ao JB. Naépoca, ouvido pelo IstoE sobr&<a entrevista, Carlos Eugêiúoreagiu mais ou menos como ál-guns de seus companheiros Ho-je em relação a ele: "Anselmo,com suas declarações, quer se-mear desinformação e descon-fiança".

Anselmo, que entre os seus;feitos sinistros tem a entrega àrepressão da própria mulher, aboliviana Soledad Barret Vied-ma, de 27 anos, assassinada apatdadas,foi preso em 1964, fu-giu inexplicavelmente em 66, eem 67 estava em Cuba como unidos representantes da esquerdabrasileira à conferência daOLAS (Organização Latino-americana de Solidariedade).Lá, ao lado de Fidel Castro,chegou a garantir: "Os campo-neses e trabalhadores brasüei-ros estão dispostos à luta arma-da". Em seguida, fez um cursode guerrilha com professorescubanos e em fins de 69 võllüvaIao Brasil, mantendo contato ín-clusive com o ex-capitão CarlosLamarca, ex-dirigente da VPR:No final de 70 se entregava aFleury. Em 72, partia para oChile, onde ficou sob a proteçãodo seu amigo Onofre Pinto, ex-sargento do Exército e dirigen-te da VPR. Onofre resistiu atodas as denúncias sobre a trai-ção do Cabo Anselmo, atê aenviada por Inès Etienne Ro-meu, uma militante da própriaVPR. que na prisão ouviu umdos torturadores dizer que An-selmo trabalhava para eles.

Quando em 73 a VPR resol-veu transferir militantes do ex-terior para Pernambuco. ondedeveriam implantar um núcleo~armado, o escolhido para coor•denar a implantação do grupodo Nordeste foi ninguém menosque Anselmo, que nessa missãoconseguiu ser o homem de con-fiança de Onofre e de Fleury. Oresultado é conhecido: um mas-sacre em Recife de seis dirigen-.tes da VPR, inclusive Soledade,larmado e orientado por Ansel-mo. O que não se conhece atéhoje são as razões da impunida-de do "Anjo da morte", que ter-mina sua entrevista ã IstoÉ di-zendo: "Eu faria tudo outravez".

T

EATRO Macksen Luiz

Próximas

estréias

O manifesto está pro-gramado para o dia 24no Teatro CândidoMendes. No elenco:Beatriz Segall e CláudioCorrêa e Castro. No dia25, estréia O amantedescartável, de GerardLauzier, no Teatro Co-pacabana. Direção deJoão Bethencourt, essacomédia, assinada pelodoublé de dramaturgo edesenhista, reúne osatores Pedro PauloRangel, Rogério Fróes,Nina de Pádua, Cláudiaftlencar e Denny Per-rier, entre outros. E, no

Divulgação

^fly

-/A. ?. ¦' <f|||O elenco esquenta as turbinas para a estréia de O

amante descartávelmesmo dia, no novoteatro do BarraShop-ping, é a vez de Seja oque Deus quiser iniciartemporada. O texto deMaria Adelaide Amaraltem direção de Cecil

Thiré e elenco formadopor Rubens de Falco,Marilu Bueno, CarlosKroeber, Tânia Scher,Marcos Wainberg, LuísCarlos Tourinho e Cláu-dio Ferrari.

Albee

em Viena

A dramaturgia norte-americana enfrenta, aexemplo do que aconteceem outras latitudes, pro-blemas de criatividade. Aprodução dramatúrgica,ainda que volumosa, nãoconfigura qualquer movi-mento ou provoca o apare-cimento de novos autores.Arthur Miller ensaia volta,sem entusiasmo. EdwardAlbee (História do Zooló-gico, Quem tem medo deVirgínia Wooif) estréiasua nova peça em Viena.Escrita especialmente pa-ra o Teatro Inglês da Áus-tria. estimulo que Albeerecebeu quando em 1984Zoo story e Counting theways foram sucessos ex-traordinários em Viena.Esse texto inédito, Alar-riage play, dirigida pelopróprio autor, é definidopor Albee como "a lutaentre o homem e a mulher,à maneira de Strindberg".

Palco na estanteDepois do período das biografias — a

última, Ser ator, repassa a vida profissionalde Lawrence Olivier — voltam às livrariaslivros dedicados ao teatro. Dia 16, na SalaMemória, Maria Inez Barros de Almeidalança Panorama visto do Rio (CompanhiaTonia-Celi-Autran), uma análise desse elen-co surgido em 1956 através da leitura dosprogramas de seus espetáculos. Náo só pelaoriginalidade doenfoque como pe- Reproduçãola acuidade comoa autora faz radio-grafia das preten-sões da compa-nhia ao longo dosseis anos de seufuncionamento, olivro desvenda oprocesso históricodo espetáculobrasileiro nosanos 50.

O que é ator,que a EditoraBrasiliense já dis-tribuiu às livra-rias, faz parte dacoleção primeirosPassos. Ènio Car-valho, de maneiradidática, investi-ga essa misteriosa profissão através de pers-pectiva temporal. E o Inacen promete parabreve três novas publicações da série Ciclode Palestras sobre Teatro Brasileiro, com osdepoimentos de Paulo Autran, José Renatoe João das Neves.

iVma:n-Ainix\N

Cia Tonia-Celi-Autranem livro

Em um atoA empresa Arte e

Cultura, responsávelpelas montagens deKatastrophé e de Elec-tra com Creta, iniciagestões para trazer aoBrasil no próximo anoo diretor polonês Ta-deusz Kantor.

O grupo Boi Voadorpretende montar, aindaeste ano, Mefisto. adap-taçáo de ArianeMnounchkine do ro-mance de Klaus Mann.O diretor Aderbal Jr foiresponsável pela elo-giada montagem noUruguai. Na versão bra-sileira, o diretor seráUlysses Cruz.

Rodrigo Farias Limalicenciou-se da presi-dència da AssociaçãoCarioca de Empresá-rios Teatrais para assu-mir integralmente a di-reçáo geral do Departa-mento de Teatros, Sa-Ias de Espetáculos e In-fra-Estrutura Culturalda Secretaria deCultura do Estado doRio de Janeiro. JoãoBethencourt já foi em-possado como novo

presidente da ACET. EOtávio Augusto, pitSl-dente do Sindicato dOsArtistas e Técnicos-doRio, está em Israel par-ticipando do CongressoInternacional sobre Di-reito Autoral e Conexo,organizado pela Fede-ração Internacional deArtistas.

Os amadores se mo-vimentam. De 25 de ju-lho a 2 de agosto, emBarra Mansa, realiza-sèo VI Festival Estadualde Teatro Amador. Osinteressados em parti-cipar do evento podemtelefonar para 260-9473.Encerrou-se o IV Festi-vai de Teatro Mogiano(Mogi das Cruzes), cohío saldo de 30 monta-gens em sua progra-maçào.

Nenhuma modifica-çáo no quadro dostea-tros fechados. O Maí-son de France e o Gló-ria acumulam poeiraròGlaucio Gil se deterio-ra e o Delfin prometereabertura somente emsetembro.

Hij&P

mi

6 ? CADERNO x>/JUSPECIALi u aomingo, i h/o/o/ —.

Brasileiras e brasileiros!

Meus comunicadores

nâo se

comunicam...

JORNAL DO BRASIL

Expedito Filho e Márcio BragaDe Brasília

Üma

recente entrevista do jor-nalista Getúlio Bittencourt,chefe da Secretaria Especialde Comunicação da Adminis-tração Federal, tornou públi-co o que até o governo já

sabia: os seus homens de comuni-cação, especialmente os que esta-cionam no Palácio do Planalto, nãoestão se comunicando bem, ou pior,estão brigando.

Bittencourt — um jornalistaque mudou de lado— alega o quealegam quase sempre os que estãono poder: a culpa e da imprensa. Odesentendimento com os seus cole-gas de governo tem um culpado:"Essa briga entre os homens decomunicação da Presidência se de-ve à ignorância do JORNAL DOBRASIL, para quem Fernando Cé-sar Mesquita ainda exerce a funçãode porta-voz". Responsável pelaformulação da política de comuni-cação do governo, Bittencourt con-fessa que nos últimos 40 dias temfeito uma análise diária do noticiá-rio do JB e chegou a uma conclu-são: "a imprensa está sendo incom-petente para tratar a verdade." Asua impressão, pelo que tem lido, éa de que o governo Sarney "está nochão". "Como o governo não caiu,eu acho que o JORNAL DO BRA-SIL deveria dar uma explicação aseus leitores".

Menos impressionista, vim dosmais próximos assessores do presi-dente. Sarney tem uma explicaçãomais objetiva: "O problema do go-verno não é de comunicação. É dedesgoverno mesmo".

Apesar de ter proposto a extin-ção da Empresa Brasileira de Notí-cias (EBN), na sua entrevista aoJORNAL DO BRASIL, Bittencourtgarante que ouviu do presidenteSarney um único comentário: "Vo-cê está brigando muito". Ele teriaentão respondido: "Estava haven-do um tiroteio muito grande e eudecidi esclarecer algumas coisas".Em relação a César Mesquita, ochefe da Presidência, para se infor-mar da política de comunicação dogoverno, porque essa não era maissua competência. "Também não meinteressei muito em ouvir sua opi-nião, porque se ela fosse boa eleteria permanecido no cargo", dis-parou.

Na sexta-feira, Getúlio Bitten-court estava preocupado em coor-denar uma campanha para a televi-são em defesa da ferrovia Norte-Sul. Um dos tapes mostrava ima-gens de Juscelino Kubitschek coma seguinte narração: "Quando JKanunciou a construção da nova ca-pitale, depois, da Belém-Brasília,ele foi criticado. Hoje a história serepete".

No mesmo dia o presidente Sar-ney comunicou ao país que a cons-trução da ferrovia estaria suspensapor seis meses, provando que o pro-blema de comunicação no governonão é só entre os assessores.

Os muitos pomos

da discórdia

OS

atritos dentro do sistema de comunicação dogoverno foram estimulados por dois decretos dopresidente, ambos da época em que o ministroMarco Maciel parecia um todo-poderoso chefe doGabinete Civil: o de n° 93 953, alterando a denomina-

ção e subordinação da Secretaria de Imprensa e Divulgação(SID), e de n° 93 954, Instituindo a Secretaria de Comunica-ção Social da Administração Federal (SECAF). Ambosrefletiam a irremediável fissura então existente no sistemade comunicação do governo.

De um lado, o ex-porta-voz, promovido a ouvidor-geralmas desejoso de ouvir sem perder a voz, funcionava comouma espécie de eminência parda do jornalista Frota Neto, onovo porta-voz. Do outro lado estava o jornalista GetúlioBittencourt, nomeado secretário de comunicação social daadministração federal, que não queria ser ouvidor-geral,mas se achava com o direito de influir na nomeação do novoporta-voz. A briga, no primeiro momento, foi pela voz, poisela representava poder.

Com a divisão, os dois jornalistas já tinham delimitadosua área de atuação. A SECAF, de Getúlio Bitt-ncourt,ficava com a responsabilidade de formular toda política decomunicação social do governo. Integrada por três subse-cretarias — a de Articulação Operacional, a de Estudos eProjetos e a de Divulgação —, a SECAF teria como órgãosvinculados ou subordinados todas as coordenadorias decomunicação dos ministérios, bem como a Empresa Brasi-leira de Notícias (EBN) e a Empresa Brasileira de Radiofu-são (Radiobrás).

Já a Secretaria de Imprensa e Divulgação, do jornalistaFrota Neto e do ouvidor-geral Fernando César Mesquita,ficou com a voz do presidente Sarney e a divulgação dosseus atos e atividades. Perdia, no entanto, a gorda conta depublicidade dos ministérios, cujo poder de aprovação e vetopassava para Getúlio Bittencourt.

Na vida real, entretanto, o roteiro é outro. Parte dos 18assessores de ministros recorre ao porta-voz para divulgarações e atos do governo, o que, teoricamente, teria de serfeito pela Secaf. "Eu sempre ligo pro Frota, que usa asnossas informações durante o brieflng", revela o coordena-dor de comunicação de um ministério.

"Eu sigo a lei 6.301, de 1975, que cria a Radiobrás eregulamenta a política de comunicação de radiofusáo, e nãorecebo orientação de cunho filosófico de ninguém", assegurao jornalista Antonio Martins, presidente daquela estatal,com 44 emissoras de rádio, duas estações de TV e cincorepetidoras. Martins ressalva, porém, que tem ótimo relacio-namento tanto com Frota Neto quanto com Getúlio Bitten-court, a quem a Radiobrás deveria reportar-se.

Da mesma forma, a Empresa Brasileira de Noticias,vinculada ao Ministério da Justiça, funciona com totalautonomia. Presidida pelo jornalista Ruy Lopes, a EBN nosúltimos dez meses reduziu o quadro de pessoal em 25% e ocusteio de pessoal em 32%, além de ter multiplicado porquatro o faturamento, graças à distribuição de publicidadelegal do governo (editais, avisos de concorrência e balançosdas estatais).

Em recente entrevista ao Jornal de Brasília, Bitten-court defendeu com vigor o fim da EBN, orovocando protes-tos da Federação Nacional de Jornalistas e da CamaraMunicipal do Recife.

"Getúlio que fazer o presidente da EBN. Não foi à toaque, durante uma semana, usaram as colunas sociais dosjornais mais imoortantes do pais para plantar a indicaçãoda jornalista Inae Amado oara a oresidência do órgão",especula um assessor da própria empresa. O superintenden-te da EBN, Luiz Recena Grassi, prefere empunhar a bandei-ra branca: "As negociações não se esgotaram internamente,e não fica bem a gente manter um bate-boca público sobre acomunicação do governo democrático", acrescenta essefuncionário.

Proibido pelo ex-ministro do Gabinete Civil numa polê-mica reunião patrocinada por Getúlio Bittencourt, o off therecord — declaração de fonte não indentificada — nuncasaiu de cena. Através dele os coordenadores de comunica-ção social do governo falam mal do governo e dos assessoresque cuidam da boa imagem do presidente.

"O Getúlio tem sede de poder, mas não é policialesco",garante um deles, acrescenta. "Prefiro o Frota, o Getúlio énarcisista", confidencia outro.

Como diria o velho guerreiro, "quem não se comunica setrumbica". Mas a enorme máquina de comunicação dogoverno, que carrega ainda o penduricalho de 42 emissoraseducativas vinculadas ao Ministério da Educação, é emper-rada e não tem transparência sequer para revelar o quantogasta com publicidade.

O bom engolidor

de sapos

TÍMIDO,

discreto e com grande capacidade para"engolir sapos", segundo seus auxiliares, o atualporta-voz do goveno, jornalista Frota Neto, nun-ca discutiu através da imprensa suas queixas ou

dissabores com membros do governo, que conformeconfidencia "não são poucos". Sua queixa mais séria,nesses seis meses no cargo, foi levada por escrito aopróprio presidente Sarney, na manhã de domingo, 24 demaio, um dia depois de sua viagem "sigilosa" a MinasGerais, onde se encontrou com o governador NewtonCardoso. Frota não fora informado da viagem.

Ruborizado e constrangido, Frota Neto ouviu umpedido de desculpas feito de público, em seu gabinete,na segunda-feira, pelo chefe do gabinete militar dapresidência, general Bayma Denys. "Vim aqui pedirminhas escusas pela viagem de sábado. Foi tudo muitorápido, mas o erro foi meu", disse o ministro ao porta-voz, na presença dos jornalistas que estavam na sala.Frota Neto recusa-se até hoje a divulgar ou comentar oteor da carta que levou ao presidente.

Nesse mesmo dia, o presidente da República lhetransmitiu uma nova instrução: "Me pergunte mais.Quando tiver dúvida, pergunte." A partir daí, FrotaNeto passa todas as manhãs pelo Palácio da Alvorada,para uma conversa com Sarney durante seu café damanhã, invariavelmente às 7h30m. Nem todos os dias,entretanto, ele consegue conversar com o presidente."Eu não formulo política. Só digo o que o presidentemanda. Prefiro passar por mal informado a tomar inicia-tiva", afirmou Frota Neto, explicando que ao contráriode seu antecessor, Fernando César Mesquita, ele seenquadra como um "funcionário" e não como "membro"do governo.

Para ele, as divergências entre o setor de comunica-ção do governo e ministros de estado ou assessores deministério são conseqüência direta da falta de hierar-quia e disciplina. "O que está havendo é uma superposi-ção de ftmções e uma disputa por divulgar apenas asboas notícias."

Frota Neto lembra que na época do plano cruzado"surgiram mil arautos da área econômica", enquanto nocaso das irregularidades da concorrência para a constru-ção da Ferrovia Norte—Sul ele foi, no primeiro dia, oúnico encarregado de dar as explicações. "Sobre grevesnão aparece ninguém para falar. Quando surge umprograma do governo, como o de salvar as microempre-sas, todos querem falar. Minha função aqui é, única eexclusivamente, divulgar os atos do presidente Sarney",disse. , ,Frota Neto é cuidadoso no seu relacionamento como presidente da República. Tem por princípio não insis-tir em um tema que na primeira investida deixou deobter boa receptividade, mesmo estando seguro de queaquele poderia ser o melhor caminho. Sua tática, nessescasos, é utilizar as influências da "Doutora Roseana", do"Doutor Fernando" e, em circunstâncias de "emergên-cia", até a de "Dona Marly", membros da família com osquais tem um bom relacionamento. Foi assim que eleagiu, depois de ter comunicado ao presidente que eracontrário ao seu programa semanal de televisão.

Na reunião da última terça-feira, com os ministrosda área econômica, para tratar da questão das microem-presas, Frota Neto foi convidado pelo presidente aocupar um lugar à mesa. Ele teve o cuidado de só aceitaro convite depois que a imprensa tivesse feito o registrodo encontro. "Eu procuro não avançar o sinal."

Com fama de mal-informado pelos jornalistas cre-denciados no Palácio do Planalto, Frota Neto, aindaassim, está com sua sala sempre cheia de repórteres,principalmente agora, com o fechamento à imprensa doterceiro andar, onde fica o gabinete do presidente.

Frota é de opinião que o governo deveria prepararquadros de comunicadores e não simplesmente contra-tar jornalistas de empresas privadas para atuar comoassessores de imprensa. "Nós, jornalistas, trazemos paracá um vício de origem. Temos um projeto na cabeça,mas aqui dentro, no governo, a estrutura, principalmen-te de poderes. é bem diferente daquilo que se Imagina."

Para falar com os jornalistas, Frota Neto percorreantes os vários gabinetes do Palácio do Planalto, emuitas vezes está sujeito a "chás de cadeira", com adiferença de que ele aguarda a vez em sua sala. "Isto nãome perturba. Eu tenho paciência".

O ouvidor que

prefere falar

££PV1 RANSPARÊNCIA na informação". Esta™ ™ ¦ I ¦ promessa da área de comunicação do Pa-I lácio do Planalto não resistiu à primeiraA rodada de divulgação dos relatórios de

cada um dos ministérios, depois de 20 anos de regimemilitar. O presidente José Sarney, alertado pelossetores militares da Nova República, brecou a inicia-tiva de seu porta-voz Fernando César Mesquita.Aquela prática de "transparência", apontando errosdo passado, poderia parecer um revanchismo.

Este episódio foi a origem dos desacertos daSecretaria de Imprensa e Divulgação (SID), queperduram até hoje com os homens de comunicaçãodo presidente lançando farpas uns contra os outros,enquanto a popularidade de Sarney despenca naspesquisas. Estruturada para se tornar mais ágil einformar com mais presteza as realizações do gover-no, a SID, nos seus primórdios, foi! na verdade umcentro gerador de crises do próprio governo e dedissabores para muitos ministros. ;

Fernando César Mesquita classificou de "incom-petente" o então ministro da Reforma Agrária, quetinha levado o presidente a desapropriar, em 1985,todo o município de Londrina. Mesquita declarou àimprensa:"0 presidente confia que seus ministrossejam competentes. Se o decreto de desapropriaçãoestá errado, é porque o ministro é incompetente".

Nelson Ribeiro não revidou, mas quis pedir de-missão do cargo, embora teimasse em dizer que odecreto estava correto: "Utilizamos uma lei queprevia, primeiro, a declaração da área como prioritá-ria para fins de desapropriação. Uma ato posteriordesapropriaria a fazenda desejada dentro daquelaárea maior". Pelo sim, pelo não, o presidente assinououtro decreto devolvendo o munícipio de Londrinaao Paraná.

Em dezembro de 1986, Fernando César pediu aopresidente para ser afastado do cargo, depois de terdenunciado práticas de corrupção no Incra, do mes-mo Ministério da Reforma Agrária, já sob a adminis-tração de Dante de Oliveira. Dante não só respondeua acusação como se mostrou disposto a recorrer àvelha fórmula do "ele ou eu". Antes que se consumas-se o "constrangimento" ao presidente, o porta-vozdeixou o cargo. "Vou continuar no governo denun-ciando todas as irregularidades", disse Mesquita,que recebeu de presente a Comissão de Defesa dosDireitos do Cidadão (Codici), criada especialmentepara que passasse a ouvidor-geral.

Em agosto de 1985, o então ministro da Indústriae do Comércio, Roberto Gusmão, não agüentou sdesaforos de Fernando César e a ele se referiu como"aquele sem-vergonha do Palácio". O porta-voz dis-sera que Gusmão poderia perder o cargo, porquehavia contra ele, na Câmara, uma campanha dedeputados do PMDB. O Tribunal de Contas da Uniãotinha acabado de declarar ilegal sua aposentadoria."Em todo palácio tem sempre um diabinho solto.Isto é próprio dos palácios", observou Gusmão.

No inicio de 1986, César Mesquita respondeu,pela imprensa, uma declaração do ministro das Co-municações havia Antônio Carlos Magalhães, de quepara seu gosto, "muito comunista no governo", disseo porta-voz: "O presidente não pede atestado ideoló-gico a ninguém. O grau de esquerdismo no governoquem determina é Sarney."

A última "vítima" de Fernando César foi o ex-ministro da Fazenda Dílson Funaro, pela forma"atabalhoada", segundo ele, de anunciar o PlanoCruzado II, no dia 22 de novembro de 1986, umasemana depois da vitória do PMDB nas eleições. Jácomo ouvidor-geral, Fernando César continuou afazer carga contra Funaro."Nào agüento mais omessianismo dele", disse em comentário às declara-ções do então ministro de que o país ia bem, quandoa população começava a sentir os primeiros efeitosda crise econômica.

M

USICAPOPULAR

Luiz Carlos MansurInterino

A voltada rainha

A rainha do Queen vol-ta a atacar, no segundopasso de sua carreira so-lo. Freddie Mercury aca-ba de lançar seu novosingle, uma versão paraThe great pretender, su-cesso do grupo vocal ThePlatters — que esteve noRio semana passada —de 1956. Freddie desfilatodos os seus gorjeios etrinados operisticos numarranjo Que vai do popclassicoso ao rock'n roll.

Bis

dos

BeatlesDiferenças nas edições ingle-

sa e americana do Sgt. Pepper's,dos Beatles, em compact disc.Os ingleses têm uma ediçãomais aproximada do original,com a capa dupla coberta pelasartes de Peter Blake, enquantoos americanos ficam restritos aoCD comum de capa simples.Ambas as edições trazem co-mentários retrospectivos do pro-dutor e arquiteto sonoro do pro-jeto, George Martin, e do capistaBlake. Alguns trechos foram ex-traídos do livro The Beatles atAbbey Road, a ser editado aindaeste ano.

Ao mesmo tempo, chegou àslojas americanas o filme Help,de 1965, numa edição digital emvideo disco laser. A transcriçãodo filme para vídeo foi feita atra-vés do negativo original e custa40 dólares. Outra edição deHelp!, pelo dobro do preço, in-cluirá ainda cenas de bastidores,o trailer original e o célebre en-contro do conjunto com a Ral-nha da Inglaterra na premiêredo filme.

Divulgação

—Lt. MCaetano e Byrne: aval

Byrne

e VelosoConfirmando sua escalada deastro cult no mercado ameri-cano, Caetano Veloso foi acla-mado pelas pessoas certas emsua apresentação recente noTown Hall de Nova Iorque. Ocritico Jon Pareles, do NewYork Times, exaltou seu char-me, escreveu que ele era maisque a soma das influências deseu repertório (João Gilberto.Amália Rodrigues, Cole Por-ter) e garantiu que o Brazilianpop segue com ele sofisticado,fluente, delicado embora pro-flindo. Para completar, nos ca-marins, Caetano recebeu a vi-sita avalizadora de DavidByrne dos Talking Heads.

Cuíca no computador

O percussionista Marçalzinho já seengajou na banda de Pat Metheny. Oguitarrista esteve no Brasil na semanapassada (veio ver a namorada brasileiraShuzy Nascimento) e levou seu músicorecém-contratado para uma longa ex-cursão mundial. Começa com um batis-mo de fogo: 10 shows na URSS. a seguir19 distribuídos por vários países da Eu-ropa e mais 20 coast to coast nos EUA.Para completar, o Japão, com o disconovo a tiracolo, Still life (talking), jágravado com a participação do percus-sa brasileiro. Marça entra em todas asfaixas, e sua cuíca já faz parte do pro-grama de computador do synclavier deMetheny

Baú valiosoFinalmente o tesouro do maestro

Leopold Stokovski — dois álbuns comquatro discos de 78 rotações, num totalde 17 músicas gravadas em 1940 — vaificar acessível. O Museu Villa-Lobos, daFundação Pró-Memoria. reedita daqui atrês meses o original da CBS americanaBrazilian native music, com históricasparticipações de Cartola, Pixinguinha,Donga. João da Bahiana, Jararaca eRatinho. Zé da Zilda e os músicos LuísAmericano e Laurindo de Almeida. Aprodução executiva é do pesquisadorJairo Severiano.

Arquivo1 ? 1

^

^

Confusão

bestial

A coisa anda feia para os anâr-quicos e desbocados nerds do Beas-tie Boys. Um deles, Adam Horowitz— ou melhor, King Ad Rock — foipreso semana pas-sada em Londres,acusado de feriruma fã numaapresentação dogrupo em Liver-pool. Foi libertadopor uma fiança de10 mil libras. Naverdade, a turnêdos Beasties pelaInglaterra tevemomentos de pu-ra arruaça, princi-palmente por par-

te do público instigado pela campa-nha sensacionalista de jornais co-mo The Sun. Testemunhas presen-tes ao show de Liverpool disseramque a confusão foi criada por umaminoria que recebeu a banda comgarrafadas e objetos variados, pro-vocando o fim do show depois de

apenas 15 minu-tos. Depois, umtumulto comple-to, no qual não fal-tou uma bombade gás lacrimôge-neo. Compreende-se que os BB nãoqueiram mais seapresentar na In-glaterra "por umlongo tempo".

Beastie Boys:garrafadas egáslacrimogêneo

I

JORNAL DO BRASIL domingo, 14/6/87 ? CADERNO B/ESPECIAL ? . .7

Esperando

Chesnais

Estaria o demógrafo francêsdisposto a morar no Brasil eesperar 50 anos pelo cumpri-mento de sua profecia?

Nunca foi fácil

"vender"

o governo

Carlos Castello BrancoSecretário de Imprensa no go-verno Jânio Quadros, de feve-reiro a 25 de agosto de 1961.

A dificuldade principalque tive foi a escassez de tem-po para consolidar o sistemade relacionamento do presi-dente com a imprensa. Jânio,por seu estilo, riào era abordá-vel facilmente por repórterese microfones, mas acolhiasem restrições, nas entrevis-tas coletivas, todas as ques-tóes que lhe eram propostas.

A dificuldade do atual governo em se comunicarestá, inicialmente, na idéia de que é preciso "vender"uma imagem do presidente. A imagem do presidentecria-se junto à opíniáo pública pelo que ele faz e peloque diz. Vide Sarney antes e depois do plano cruzado. AEBN, resíduo do Departamento de Imprensa e Propa-ganda do Estado Novo, deve ser extinta. Nào há neces-sldade dessa empresa para distribuir notícias do gover-no, se há imprensa, rádio e televisão bem equipados (etambém agências noticiosas, que se ampliariam com aextinção da EBN), nem há mercado regular para maté-ria jornalística de origem oficlaL Os resíduos ditatoriaissão resistentes. A Agência Nacional (nome primitivo daEBN) e a CLT são dois resíduos do Estado Novo. ARádio Nacional (não a Eadiobrás) tem um papel suple-tivo a desempenhar: o vazio da Amazônia em matériade comunicação de origem nacional.

Também acho que o governo nào deve ter órgãopara controlar e distribuir matéria paga. As empresas eórgãos da administração pública têm que produzirapenas .matéria remunerada informativa sobre sua áreaoperacional e nada têm a ver com a Imagem do governoe do presidente. O D1P financiava no Estado Novoporque .se suprimira a liberdade de informação e dedivulgação e se compravam espaços (até editoriais)para fazer a imagem do ditador,

Heraclio SallesSecref|rio de imprensa dogoverno Costa e Silva, demarço, de 1967 a junho de1969.

Criou-se em meu tempouma Assessoria de RelaçõesPúblicas, destinada acuidar da imagem do presi-dente. Assim, pude dar àSecretaria de Imprensa aúnica orientação que a umjornalista parecia adequadaà finalidade do órgão. Coma compreensão do presidente e a ajuda do ministroRondon Pacheco no Gabinete Civil, consegui esta-belecer entre a presidência e os veículos de comuni-cação, nacionais e estrangeiros, um fluxo perma- •nente de informações caracterizado pela fidelidadeaos fatos."Durante os dois anos e meio de minha gestão,pus o marechal Costa e Silva frente a frente com aImprensa, mais de Seis vezes, para responder de vivavoz a perguntas de repórteres e comentaristas, nãosó em Brasilia mas em vários estados e até emPunta dei Este, no Uruguai."A crise politico-militar agravou-se com ele-mentos de veemência nova nos últimos meses de1968. Cheguei ao recurso Inusitado de assinar arti-gos no Jornal do Brasil, tentando demonstrar que opresidente lutava na frente interna para manter anormalidade constitucional, eliminados como esta-vam os Atos Institucionais. Só alguns poucos, prin-cipalmente Danton Jobim, que presidia a ABI,Odylo Costa Filho e Oliveira Bastos, entenderam amensagem cifrada desses escritos. O que neles seanunciava aconteceu com a avalanche militar quesoterrou Costa e Silva e o obrigou a levantar-se deAI-5 em punho mas animado da esperança derevogá-lo o mais cedo que pudesse."

Raul Ryff Carlos Chagas

JMmI

Secretário de imprensa nogoverno João Goulart, desetembro de 1961 a Io deabril de 1964.¦ Fui secretário de Impren-sa do presidente João Gou-lart em todo o tempo do seu jgoverno, tanto na fase do]parlamentarismo como najdó presidencialismo, até ajdata do golpe. Cabe lembrarque João Goulart assumiu apresidência da Repúblicaem plena conjunção de crises: crise militar,' criseeconômica, crise social, crise constitucional, gera-das umas e agravadas outras pela renúncia intem-pestlva de Jânio Quadros. Posso assegurar que nãoé oficio ameno o de secretário de imprensa e porta-voz de um governo voltado para o povo, firmementedecidido a realizar amplas reformas estruturais nopaís e, ao mesmo tempo, preocupado em assegurar,contra pressões internas e externas, de toda ordem,uma legalidade democrática digna desse nome.

É preciso considerar ainda que, ao tempo deJoão Goulart, os recursos da Secretaria de Impren-sa eram rudimentares, se comparados com os queforam mobilizados pelos regimes que vieram depoisde 84. Minhas dificuldades eram as do governo:amplitude desrnesurada de problemas e carência demeios para enfrentá-los. Hoje, segundo me parece àdistância, as dificuldades são outras. Temos umgoverno que se diz de transição, em marcha lentapara uma democracia possível, governo cheio decontradições, cujos membros encontram sérios em-baraços para se fazerem entender pelo povo, apesarda parafernália dos recursos disponíveis."

Secretário de imprensa dogoverno Costa e Silva, demaio a outubro de 1969.¦ A tarefa mais simples domundo è dar notícias, desdeque elas existam. Nos meusquatro meses e pouco desecretário de imprensa dogoverno Costa e Silva, pudedá-las. Vivíamos um perio-do de expectativa de aber-túra, fim do AI-5, novo pro-jeto de constituição a serenviado ao Congresso. Para dar essas notícias, aliás,fui convidado pelo então presidente, e aceitei. Oproblema é que quando estava tudo pronto, Costa eSilva adoeceu. Não resistiu às pressões e foi substi-tuido por uma Junta Militar que fez tudo ao contrá-rio. Não acabou com o AI-5 e tentou perpetuar-se nopoder, terminando por impor o general GarrastazuMédlci. Essas últimas noticias, não as pude dar nomomento em que aconteciam. Anotei tudo, fiz umasérie de 22 reportagens e, com elas, ganhei o PrêmioEsso de Jornalismo, além de meu primeiro processopela Lei de Segurança Nacional. Outros vieram, acensura durou muitos anos. Dificuldade, assim, nãohá, em dar notícias. Risco, de vez em quando.

O governo Sarney tem notícias a rodo para dar.Para mostrar-se, dizer a que veio, o que fez, o que faze como faz. O problema é que o encarregado dapolítica de comunicação social do governo estáInvertendo á equação. Transformou-se em censor epressiona jornais, rádios e televisões pressionôveispara que, em troca de publicidade fácil, soneguemda opinião pública tudo o que pareça desfavorávelao Planalto. Por aí não vôo. Ou melhor, vão para obaixo astral, de onde não deveriam ter saído. Paradar noticias, só servem jornalistas. Ex-jornalistasdão outras coisas.

5»r.ini.Carlos Fehlberg'Secretário de imprensa nogoverno Emílio Garrasta-zu Médici, de outubro de1969 a janeiro de 1974.* Na ocasião eu trabalha-va còmo repórter do jornalZero Hora e ocasional-mente fazia matérias paraa sucursal gaúcha doJORNAL DO BRASIL.Como sempre preferi serjornalista a funcionário degabinete, fiquei surpresoquando recebi o convite para ocupar o cargo.Não tinha qualquer relacionamento mais estrel-to com'o Médici e, sinceramente, não esperava oconvite."Foi uma época difícil. Era a época dosseqüestras de embaixadores estrangeiros, docombate à guerrilha urbana. O Congresso haviaestado em recesso. Havia as restrições mais doque conhecidas aos meios de comunicação. Comfreqüência recebia reclamações, principalmentedos jornalistas credenciados junto à Presidência.Mas eu não tinha nada a ver com essa área.Minha função era só divulgar o governo e as suasrealizações. Me senti muito bem quando pudevoltar a trabalhar num redação".

Carlos Fehlberg, que voltou à redação deZero Hora, da qual hoje é editor-chefe, não serecorda de nenhuma crise como as que hojeenfrentam os assessores de comunicacão do pre-sidente José Sarney. E acha que as dificuldadesgovernamentais na área de imprensa crescem-"na medida em que o governo também enfrentedificuldades na sua condução."

Alexandre GarciaPorta-voz do presidenteJoão Figueiredo, de marçode 1979. a setembro de 1980.¦ Trabalhei com o presi-dente Figueiredo nos pri-raelros 18 meses do seumandato. Foi um períodofácil de "vender" o preslden-te. Ele próprio tomava a ini-ciativa de atitudes popula-res, mudando a imagem docarrancudo general-chefedo SNI. Tomava cafezinhocom populares, dava todo o dinheiro do bolso a umaanciã que precisava de casa, oferecia a um trabalha-dor rural carona em seu avlâo, dava tiro na cuca egostava do cheiro de cavalo. Dèixava-se fotografarde sunga e pedia para desviar as bombas para seupeito. Tive a honra de anunciar que a sucessão deleseria civil e acompanhei o cumprimento das pro-messas da anistia, da volta dos exilados, do pluri-partidarismo e, enfim, de fazer deste pais umademocracia.

Não seria fácil, hoje, acompanhar o presidenteSarney como assessor de imprensa. Na mesma;semana em que ele confessa a existência de gastossupérfluos no governo, e promete cortá-los, "centa-vo por centavo", os encarregados de sua imagemcomeçam a implantar um sistema de computadorespara trocar agendas entre órgãos públicos. Depoisda falsificação das importações, torna-se difícil crernos números do déficit público e das reservas.Depois do cruzado, ficou dificil acreditar, e credibili-dade é o fundamento do trabalho da imagem. E há aConstituinte, o PMDB, a ferrovia, o tamanho domandato e o tamanho da crise. Não gostaria deestar na pele dos que estão hoje vendendo a imagemdo governo.

Ricardo KotschoDe São Paulo

<¦ m tema vem animando discussõesentre especialistas de várias latitu-.*

I des é saber se, afinal, o Brasil é ounão um país viável. Pelo jeito, essa

polêmica não vai terminar enquan-to houver Brasil e gente disposta a

se preocupar com o seu destino, como o demógrafoe economista francês .Jean-Claude Chesnais, quepreviu, neste mesmo BEspecial, um futuro bri-lhante para o país — daqui a uns 40 ou 50 anos.

De uns tempos para cá, tem sido sempreassim. Quem mora longe, do outro lado dos ocea-nos, sempre encontra motivos para prever umdestino glorioso ao gigante deitado em berço es-plêndldo. Já quem nasceu aqui e ainda não pôdejuntar dinheiro para depositar na Suíça, andacada vez mais pessimista sobre o que pode aconte-cer, não no próximo século, mas amanhã.

Chesnais contou a Fritz Utzeri, corresponden-te do JB que amarga um exílio voluntário emParis, que nunca esteve no Brasil — e isso talvezexplique tudo. Também já tive a oportunidade deser correspondente do JB na Europa, faz uns dezanos, e ninguém entendeu minha pressa em voltar.Simplesmente reconheci minha incapacidade pa-ra explicar aos habitantes do primeiro mundo porque um país tão rico como o Brasil, com tantaspotencialidades, bom clima, terra à vontade, con-segue ser tão miserável a ponto de não alimentardecentemente metade da sua população.

Acontece que os europeus Insistem em tomaros números da grandeza brasileira e, na hora deanalisar o presente ou projetar o futuro, utilizamos seus valores, não os nossos. Aí fica difícil. Porexemplo: se você tenta explicar que uma das ¦causas da monumental dívida externa brasileira— que alimenta a inflação, leva à recessão eaumenta a fome — é a roubalheira desbragada dosgoverno de todos os niveis, eles argumentam can-didamente: ah, mas isso existe em todo lugar, aquimesmo outro dia um ministro fez isso e aquilo...

Tudo bem, transformar recursos públicos emprivados não constitui invenção nem monopóliodos brasileiros. Faz parte da natureza humana,como argumentou certa vez Jarbas Passarinho,um dos mais notáveis teóricos do militarismotupiniquim, quando ainda estava no poder, se éque não está mais. A diferença é que, naquelasvelhas terras, quando pegam alguém com a mãona massa, seja quem for, esse alguém vai para acadeia. Aqui ele corre um único risco: o de serpromovido.

Não há, neste momento, um só caso de ladrãode dinheiro público atrás das grades, nem mesmopara ser a exceção que confirma a regra. Podem osbrasillanlstas das mais diversas origens gastartodo o seu fosfato na procura de causas econômi-cas, políticas e sociais para a crônica crise brasilei-ra; jamais entenderão este país enquanto nãoutilizarem os valores nativos para medir as rique-zas e mazelas abaixo do equador. Enquanto não sederem conta de que a maior crise brasileira é decaráter, suas previsões serão fúradas, como foramaté agora.

O drama brasileiro começa aí, na completa,inversão de valores morais, graças à qual o cida-dão não é medido pela sua competência mas pela-sua esperteza; e não terminará enquanto os exem-pios dados por quem detém o poder apenas incen-tivam a máxima nacional do leve vantagem emtudo. Desnecessário debulhar esses exemplos, quetodos os dias agridem quem tem o hábito de lerjornais. Mesmo porque, de tanto conviver com aImpunidade e o escárnio, o brasileiro perdeu até acapacidade de se indignar.

Cada vez menos se encontra alguém dispostoa inverter esse processo de degradação moral dasociedade brasileira. Ao contrário, há cada vezmais gente procurando garantir o seu a qualquerpreço. Valores antigos, anacrônicos, como o traba-lho e a honestidade, só voltarão a ser respeitadosquando este país tiver um governo legitimo, nasci-do da vontade popular e não dos conchavos degabinetes entre os eternos donos do poder, sejameles civis ou militares. A crise é moral, mas a saídaé política, no sentido de fazer com que um dia oscompromissos assumidos em praça pública sejamcumpridos e levem à restauração de um minimode crença na possibilidade de se sobreviver digna-mente.

Enquanto isso não acontece,mesmo os maiscombativos cedem ao desencanto, e o que se ouvede quem ainda tem um pouco de sensibilidade, éque a única salda é a ala Internacional de qualqueraeroporto. Já não se discute sequer a melhoropção. Vence o primeiro voto para qualquer outrolugar do mundo. Chesnais, que não é louco, natu-ralmente não está pensando em fazer a rota con-trária, até porque não sei se terá a paciência deesperar 40 ou 50 anos.

Aqui, não se trata mais de saber se o Brasil éou não viável. Por que neste momento ele está setornando invisível para quem não foi ensinado abarganhar princípios e abdicar dos sonhos delevar uma vida decente, sem passar fome.

T1 jr

M\

USICA' Luiz Paulo Horta

CLÁSSICA

Divulgação

Zuckerman no BrasilPinchas Zuckerman, ex-

cepcional viollsta e vloll-nista que, há alguns anos,apresentou-se no Brasil àfrente da sua orquestra decâmara, tocará em SãoPaulo — no Teatro CulturaArtística — dia 2 de julho,às 21 horas, tendo ao pianoMarc Neikrug. No progra-ma, a Sonata em sol maiorde Mozart, Sonata n° 6 de

Beethoven e a Sonata emmi maior de RichardStrauss. O concerto come-mora os 50 anos dos brin-quedos Estrela, e a rendareverte para a construçãode um centro de estudosda Congregação IsraelitaPaulista em Campos doJordão, dedicado a crian-ças e jovens.

Bt

C * Ijr

Pinchas Zuckerman

Estréia em CuritibaO bailado Sendas do Outro Um, quevenceu o concurso realizado pela Funda-

ção Teatro Guaíra em 1977, estréia nestaterça-feira no mesmo teatro, ao lado deuma coreografia da Sinfonia em três mo-vimentos de Stravlnsky. A música é deEmst Wldmer, um dos principais compo-sitores em atividade no Brasil, chefe de

uma verdadeira "escola baiana", que temo seu centro em Salvador. O bailadoinspirou-se em conto homônimo de AlbaLlberato, e mostra a integração utópicaentre duas forças opostas, as duas facesdo ser humano. A coreografia é de HugoDelavalle.

Cursos

de fériasOs Seminários de Música

Pró-Arte, comemorando es-te ano 30 anos de atividade,promovem de 1 a 31 de Julhoo Curso Internacional deFérias com professores daEscola Superior de Músicade Karlsruhe, Alemanha.Violino, clarinete, flautatransversa, viola, piano emúsica de câmara serão en-sinados era ritmo intensivo,com aulas de manhft e àtarde. No Núcleo CulturalSanta Úrsula, o Studio deMúsica Antiga promove, apartir de 20 de julho, o mes-mo curso que, no ano passa-do, teve 110 participantes g§desta vez cora professoresda França, Holanda e Bélgi-ca. O curso é talvez o maisImportante do gênero járealizado no Brasil, pelaquantidade e qualidade deseu corpo docente. O exem-pio do ano passado mostraque o Rio de Janeiro cami-nha para se tornar um im-portante núcleo de músicaantiga. Informações: 552-5422, ou no Núcleo CulturalSanta úrsula, rua Jomalis-ta Orlando Dantas 59, Bota-fogo.

Divulgagao

* wj1

Mj9

Helder Parentee Souza Barros

Na Chácara

do CéuHelder Parente e Nlcolas

de Souza Barros fazem músi-ca, hoje à tarde, no Museu daChácara do Céu (Santa Tere-sa) . Helder maneja flautas,vila da gamba, cromorno,castanholas e a sua bela voz;Nlcolas, alaúdes e violão. Noprograma, peças antigas, mo-dinhas brasileiras, Villa-Lobos, e até mesmo a duplaLennon/McCartney.

Jovens Concertistas

O VI Concurso JovensConcertistas Brasileiros, quetem apoio cultural da Petro-brás e Golden Cross, realiza-se no Rio de Janeiro de 11 a15 de agosto, aberto a vozes ea diversos instrumentos. Pa-ra inscrição, os candidatos —até 30 anos se instrumentis-tas, até 35 se cantores — de-vem enviar uma fita cassetecom até 20 minutos de músi-

ca para a organização do con-curso (rua Hilário de Gou-veia, 30/1004, 22 040, Rio),submetendo-se os concorren-tes selecionados às provas ell-minatória, semifinal e final.Como nos anos anteriores, osprêmios incluem bolsas de es-tudo no exterior. Fichas deInscrição podem ser encon- •tradas nas filiais da GoldenCross em todo o Brasil.

Quarta-feira, às 18h30m, o Ar*quivo Geral da Cidade do Rio daJaneiro promove uma homenagema Villa-Lobos — Recordando Villa-Lobos — com música ao vivo epalestras. Participam diversos ins-trumentalistas, o Coral da UERJ emusicólogos como José Maria Ne-ves, Eurico Nogueira França, Octa-cílio de Souza Braga. Entradafranca.

Estão abertas até 31 de julho asInscrições de obras destinadas àBienal de Música Brasileira Con-temporânea. Cada compositor po-de inscrever até duas obras, comduração máxima de 20 minutos;encaminhando uma cópia ao INM-/Funarte, rua Araújo Porto Alegre80, 20030. Rio.

O Concurso Internacional deViolão promovido em agosto peloMuseu Villa-Lobos já tem algunssemifi-nalistas selecionados: Clau-dio Camisassa e Pablo Marquez(Argentina), Mariangela Assad ePaulo César Martelli (Brasil), Ale-jandro Beher (Chile). Antonio Bui-trago (Espanha), Guy Delhommeau(França) e Tomaz Rajteric (Iugos-lávia).

Aluno da curitibana HenriquetaDuarte, o pianista Roberto Domin-gos acaba de obter a nota máximana Escola Superior de Música deKarlsruhe, disputando 46 vagascom 500 candidatos de todo omundo.

£

wr "¦ »

MB: Ai J?f

E

8 ? CADERNO B/Especial ? domingo, 14/6/87

A cultura da ÊiBk

subcomissão

A título de preservarmanifestações culturais

brasileiras,. ^

há constituintes que que-rem declarar

extinto o processo de sincre-

tísmo

do qual resultou a nossa di-versidade

Sutilezas

bresserianas

Flávio Silva

GULTURA

nâo é, mesmo, assunto da maiorrelevância. O noticiário dos jornais temsido pródigo em informar sobre disposi-ções propostas pelas várias comissões esubcomissões que redigem o texto da no-va Constituição, mas quase nada aparece

com relação ao resultado do trabalho da Subco-missão de Educação, Cultura e Esportes, emespecial os artigos referentes à própria cultura.

É de se esperar que o texto a ser aprovadonão esteja mais eivado dos vícios, equívocos,redundâncias, abrangências excessivas ou restri-

Vlívas que o texto atual contém. São ao todo oito"^artigos, que exigem uma vigorosa limpeza e, em

casos' radical mudança de orientação."~é evidente que, em sentido lato, todo ov produto humano pode ser visto como cultural.Mèsmo o esporte. Mas a assimilação esperta de'" esporte a cultura, encontrada no art. 28, temcomo finalidade fazer com que a atividade des-

... portiva se beneficie dos dispositivos da Lei Sar-ney, sem assegurar à cultura seu reconhecimento

^enquanto esporte, de forma que ela possa benefi-~ ciar-se dos recursos da Loto, de obtenção bem¦ mais fácil e menos suada que os possibilitados'"pela referida Lei.

Se se pretende mudar a Lei Sarney, o cami-nho será outro: fundir os seus dispositivos refe-rentes a doação e patrocínio com os do regula-mento do imposto de renda, referentes a contri-buições, doações e prêmios de estímulo à produ-ção intelectual. O que beneficiaria igualmentecultura, esporte, educação, lazer, filantropia esaúde; os incentivos fiscais ao investimento emcultura seriam tratados por uma outra lei. Mas,nesse caso, seria incoerente reservar as receitasda Loto apenas para o esporte.

Já o final do mesmo art. 28 pretende valori-zar,"preferencialmente, as manifestações espor-"tivas de criação nacional". Não me parece quefutebol, vôlei, basquete etc. sejam "de criação- nacional", mas esse nacionalismo desportivo de-'• ve ser aproximado das várias manifestações deapreço pelas "culturas brasileiras" que pululam'¦ no texto proposto. O art. 20, por exemplo, preten-de que a União aplique "pelo menos" 2%, e osEstados, DF e Municípios pelo menos 3% de suasreceitas com impostos "em atividades de prote-ção, apoio, estímulo e promoção das culturasbrasileiras, não incluídos nesses percentuais des-pesas com custeio".

Afora o total irrealismo dos percentuais pro-postos, assinale-se que unia exposição Picassoou um festival Bach não poderiam ser apoiadoscom tais recursos, por não serem manifestaçõesdas "culturas brasileiras". Estas, por sua vez,devem ter sua "integridade, pluralidade, inde-pendência e autenticidade" resguardadas e de-fendidas por compromisso explícito do Estado(art. 18, 8 único, VI), ou seja: é declarado extinto oprocesso histórico de miscigenação, de sincretis-mo, do antropofagismo oswaldiano que criounossa diversidade cultural. Seus produtos pas-csam a ser considerados como realidades estan-ques; e, como tal, objeto de rigorosa preservação.Mas "nem tudo que raiz é ouro", e nem tudoo que é patrimônio ou identidade cultural deveser preservado. Entramos, agora, num terrenoque interessa à ética, e não apenas à sociologia, àantropologia ou à política. Pois, afinal, de nossatradição fazem parte integrante o latifúndio, ocoronelismo, o empreguismo e outros "ismos"pouco louváveis ou preserváveis. Que nossa ma-neira de ser esteja ainda impregnada dessescomponentes histórico-culturais é inegável. As-sim, em muitos casos a luta pela justiça social é eserá uma luta contra tradições e identidadesculturais nefastas, que são beneficiadas pelotexto da subcomissão ao mesmo título que asque honram nossa história.

A grande "criação" do texto em pauta talvezseja a da expressão "direitos culturais", que emalgumas passagens é quase confundido com umhipotético direito cultural das comunidades, de-

sS£&'i

II

IT \W ¥Cw

i, M&w£yfv kl|

UTX

JORNAL DO BRASIL

? O novo pacoteeconômico

inverte os termos do

problemacom o FMI para abrircaminho àrenegociação

da dívida externa.

vidamente estratificadas em suas característi-cas. Tais "direitos culturais", e mais os comuni-tários, parecem ser uma emanação, ou nova"leitura" (para usar o jargão da moda) da Decla-ração dos Direitos do Homem, uma das basesdas constituições modernas, cuja validade podeinclusive ser considerada como anterior à daspróprias constituições.

Tal criação seria apenas supérflua se ela nãotrouxesse consigo a figura do "delito cultural",não mencionado claramente, mas implícito noinciso IV ao parágrafo único do art. 18 e no § 3o aoart. 22. Institue-se aí o "dever" cívico — e/oucultural — de o cidadão denunciar atos suporta-mente lesivos à "cultura" e ao "patrimôniocultural do país". Normalmente, os textos legaisfacultam às pessoas físicas a denúncia de atitu-des lesivas a esse ou aquele direito. Mesmo atestemunha de um crime de morte não é obriga-da a denunciar o criminoso. Assim, os textoscitados significam a introdução de uma coaçãotalvez só encontrável em legislações ordináriasditatoriais, nunca ousada na legislação do perío-do autoritário que atravessamos.

Certas contradições que o texto traz pode-riam ser até consideradas como curiosas, seemanadas de outra fonte. Afirma-se (art. 18, §único, VI) que o Estado deve ter uma "políticacultural não-intervencionista", isto é, deve inter-vir sem intervir. Desta forma, revogam-se leis dafísica e da psicologia, segundo as quais o obser-vador deforma o objetivo observado pelo simplesfato de o observar.

Mas o Estado não-intervencionista devetambém dispensar benesses e assegurar "formasvariadas de auxílio a empresas (...) de pequeno emédio porte, afim de possibilitar a sua sobrevi-vência" (art. 24). Tais empresas nem precisarãoser eficientes, úteis, necessárias: bastará queexistam para que tenham acesso compulsório aorecurso público. É clarò que deve ser possível aoEstado apoiar pequenas e médias empresas, in-clusive as de natureza culturais: mas não hánecessidade dessa menção explícita para que talapoio possa ser dispensado. Da mesma forma,são supérfluas as menções às "manifestações dacultura popular, principalmente as indígenas eafro-brasileiras" (art. 19, § Io) e "à promoção decongressos e eventos afins" (art. 19).

Outras benesses sáo advogadas pelo textoem pauta, o § Io ao art. 19 prevê taxativamente,isenção total de impostos para as "entidadesculturais e os direitos de invenção e do autor, naforma da lei". Não só há entidades culturais comfins lucrativos, como alguns autores e inventoresauferem grandes benefícios com suas invenções ecriações. E não é justo que o artista em condiçõesde adquirir um suntuoso iate ou uma suntuosamansão seja beneficiado com isenção de impôs-tos ao mesmo título que o compositor de poucosucesso. Trata-se de questão de âmbito maisgeral, da qual deveria ocupar-se a legislaçãotributária ordinária. Extraordinária, também, éa proposta de manutenção das "leis que regula-mentam as profissões do setor de artes e espetá-culos de diversões" (art. 19, § 3o) — como se as leisatuais fossem perfeitas, emanadas da própriadivindade.

Para não variar, "não haverá censura dequalquer espécie sobre livros, jornais, revistas eoutros periódicos, cinema, peças teatrais e qual-quer tipo de espetáculo cultural ou diversõespúblicas". Um "conselho de ética", criado por"lei especial", "disporá sobre o respeito a cadacomunidade", classificará "apenas a literaturatipicamente infantil" (?) e acompanhará "as pro-gramações das empresas de telecomunicação"(art. 23 e parágrafos).

Pelo que sei, o fato de se viver em sociedadeimplica comportamentos que exigem formas va-riadas de censura, ou de autocensura, que nãosignificam, necessariamente, impedimento àcriação, mas respeito ao outro e a si mesmo. Nãocabe negar validade a toda e qualquer censura; acensura política nào deveria existir, mas o mes-mo não pode ser dito com relação à censuramoral. De que adianta um conselho de éticaapenas "acompanhar as programações das em-presas de telecomunicação"? Essa questão deve-ria ser tratada, e a fundo, no próprio código detelecomunicações, no regime de cessão de ca-nais. A nova Constituição deve ter algo a dizersobre essa matéria, que é das mais dramáticascom que se defrontam todos os que se interessampelo nosso futuro, pela nossa construção culturale pela liberdade.

F/avio Silva é técnico em assuntos culturais.

William Waack¦ ão há nada no pacote de

RI sexta-feira que o FMI1*1 pudesse recusar. AntesIU que se cometa algumaI ¦ injustiça com o ministro¦ da Fazenda, é bom lem-

brar: esse fantasma (o do FMI)sempre assustou qualquer poli-tica econômica brasileira. Bres-ser Pereira arranjou um jeito deconviver com o monstro. Não setrata de maneira alguma da ve-lha questão de ir ou não ao fun-do, pires na mão, pedindo di-nheiro ou aprovação de planoscomo este, que tentam pôr or-dem na economia brasileira. Oproblema é mais abrangente.

O encontro de cúpula dos se-te países mais industrializados,encerrado na última quarta-feiraem Veneza, deixou claro que nàohá, em termos fundamentais,qualquer alteração substancialda estratégia que regeu até aquia renegociação de dívidas mons-truosas como as do Brasil, Méxi-co, Argentina e Venezuela (naimprensa internacional, aliás,dívida externa é expressão quevem sendo substituída por dívi-da latina. Esses quatro paisesdetêm quase 80% da dívida doTerceiro Mundo).

Ao contrário, os ricos fazemconcessões verbais mas preten-dem que tudo continue sendotratado como até agora. Assim,a solução para o problema doendividamento deve ser pro-curada caso por caso, com pou-cas chances de que uma discus-são política abrangente tome olugar de exaustivas negociaçõesbilaterais. Outro item essencialé manter o FMI e o Banco Mun-dial como peças-chaves na coor-denaçáo desse processo.

O FMI vem sendo identifica-do, não sem razão, com políticasausteras e recessivas que aca-bam complicando a vida dequalquer paciente. Nos últimosdoze meses, não só devido à tro-ca de franceses no topo do FMI(saiu Jacques de Larosière e en-trou Michel Camdessus), o odia-do fundo pelo menos alterou seuvocabulário. Crescimento e jus-tiça social ganharam destaque.O ceticismo em relação à profun-didade dessas mudanças é ob-viamente dos maiores, principal-mente entre o pessoal que aju-dou o ministro Dilson Funaro adeclarar a moratória, no últimodia 20 de fevereiro.

Também frente ao FMI a for-mulação de uma estratégia poli-tica não é coisa totalmenteamarrada no governo brasileiro.A favor do ministro da Fazenda,contudo, é bom assinalar que eleescapou espertamente de umadicotomia considerada falsa: oFMI não é um problema de ir ounão ir. Os fatos mostram comacentuada ironia que um gover-no, como o brasileiro, pode mui-to bem comandar políticas aus-teras, cortar subsídios (tradicio-nal foco de conflitos com o fun-do) ou arrochar salários (o gati-lho foi ótimo instrumento paraisto) sem ter de pedir a bênçãodo FMI.

É nesse ponto que BresserPereira julga ter operado mu-dança sutil, porém fundamental.Ele coloca o crescimento econó-mico como meta principal desua política, seja onde isto forparar, enquanto o FMI costuma-va relegar esse aspecto à condi-ção residual. Inverter os termosda questão talvez não refresqueas conseqüências de um pacoteeconômico que tem como princi-pai objetivo pisar com os doispés nos freios, mas salva as apa-rências.

Outra questão de aparênciaigualmente importante refere-seao monitoramento que o Fundoexecuta nas economias de pai-ses endividados. Não só os ban-cos privados, que detêm mais de60% da dívida brasileira, mastambém os credores oficiais pre-cisam de alguém dizendo comovai a economia — alguém defora, é claro — antes de decidirse reescalonam, refinanciam ouemprestam mais dinheiro.Agüentar no cangote o olho ar-dente do FMI, porém, é tabupolítico que o governo brasileiro,e muito menos o PMDB, nãotem a menor intenção de desa-fiar.

Poucos instantes antes de fe-char o pacote, Bresser acredita-va ter encontrado também o ovode colombo em relação ao FMI.Ao invés de pedir que eles ve-nham aqui, o governo deixa queseus credores — por exemplo, oClube de Paris — façam essepedido. "Não é vergonha algumaque os credores se informem so-bre nossa situação econômica",repete o ministro.

Depois que passou mel emsuas cordas vocais, a Brasil pa-rece ter conquistado alguns ou-vidos mais atentos na comuni-dade financeira internacional.Que ninguém se iluda: o objetivodesses senhores continua ser so-bretudo o de receber seus crédi-tos de volta, sonho que podeficar ainda mais longínquo se oBrasil não se acertar primeirocom os governos credores.

De fato, o processo de renego-ciaçáo da divida brasileira passaprimeiro por entendimentoscom os governos, depois com osbancos — se bem que isto nãoseja de maneira alguma estraté-gia concebida e aplicada milime-tricamente e com a acribia deum estado maior prussiano (que,aliás, não ganhou todas as bata-lhas, quanto mais as guerras,por ser metódico). São esses go-vemos os mesmos sete grandesde Veneza, os mesmos queocupam posições de força numsistema internacional no qual oBrasil é potência ainda periféri-ca — e está arriscado a conti-nuar assim, se não arriímar acasa bem depressa.

Visto do ângulo dos ricos, e oencontro de Veneza deixou istomuito claro, a crise da dividalatina é, pelo menos, terceiraprioridade, atrás da ameaça deuma guerra comercial e de umaseria recessão mundial. O Brasilmostra que entendeu isso. Aper-tou os parafusos, em questão dedias o FMI fará aos credores seurelatório sobre a situação brasi-leira. A renegociação da dívidajá pode começar.

TJ

NIVERSIDADE

iSoftware*-»; Foi criado o consórcio- Projeto Fábrica de Softwa-~nre, reunindo o Centro Tec-geológico para Informática,:do Banco do Brasil, e a

jJSmbrapa. Representa in-_iVestimento inicial de CZ$^28 milhões em cinco anos e...deverá desenvolver enge-• nharia de métodos de pro-—"¦dução de programas de"^computador para as áreas

Bancária e agropecuária."Imediatamente, 10 estu-

,.dantes viajarão ao exteriorpara receber treinamentoespecializado em produ-•ção de software, durante

;vm ano. De regresso aorBrasil, eles treinarão 150; estudantes, desencadean-

%vdo um mecanismo multi->plicador de formação deespecialistas.

ArqueologiaPesquisadores do Museu Emílio Goeldi desço-

brirara que a cultura Santarém, uma das maisImportantes da região Amazônica, expandiu-sepor uma área muito maior do que os arqueólogos ehistoriadores imaginavam até agora, chegando a

A cultura Santarém atingiu um grau de organiza-çâo social, política e econômica avançado emrelação à de outros povos da região amazônica. Acerâmica diferencia-se das demais produzidas naAmazônia pela riqueza de suas ornamentações,seja na pintura, seja nos apliques modelados.

ArquivosAutoridades que incineram do-

cumentos quando deixam seus car-gos, e com isso eliminam parte danossa história. Um país sem memó-ria que guarda seus papéis em po-rões, banheiros e debaixo de esca-das. Gastos públicos exageradoscom arquivos largados às traças.'Numa tentativa de minorar essasituação, o Arquivo Público de Bra-sília, o Centro de Estudos Arquivis-ticos e a Fundação Cultural do DFpatrocinam, nos dias 1° e 2 de julho,mesa-redonda sobre Arquivo e con-trole de documentos na adminis-tração pública. Informações pelotelefone 225-4006, Brasília.

Bolsasno Japão

Dez bolsas-de-estudos para cientis-tas e pós-graduados em ciências apli-cadas e humanas são oferecidas pelaSociedade Japonesa para Promoçãoda Ciência. O CNPq ficará responsã-vel pela seleção de seis candidatos e aAcademia Brasileira pelos outrosquatro. Os estágios terão a duraçãode 10 meses para os cientistas e detrês para os demais. Os que foremaprovados terão passagens grátis eajuda de custo mensal entre 1 mil 500a 2 mil dólares.

Ensinando

a irrigarTécnicos agrícolas de nível médio se-ráo capacitados em cursos básicos que aUFF irá realizar, mediante convêniocom o Ministério da Irrigação. Os técnl-cos, 121 ao todo. virão principalmente daregião de Campos, das Baixadas litorà-neas e do Noroeste do Estado, e depoisatuarão no programa estadual de irriga-

ção através da Emater.A UFF criou também um programade desenvolvimento da agricultura irri-

gada, que abrirá ainda este ano unida-des demonstrativas em Pinheiral, Igua-ba e Bom Jesus, e criará um laboratórioespecifico de análise de água para irriga-ção no núcleo experimental de Iguaba,área que apresenta problemas de salini-dade. Informações pelos telefones 717-8271 e 717-0860. Niterói.

A Uni-Rio fará a en-trega do cartão compro-vante da inscrição aos5.556 candidatos do se-gundo vestibular de1987, na Rua Voluntá-rios da Pátria 107, nohorário de lOh às 16h,obedecendo o seguinteesquema: A a E — dia22; F a I — dia 23; J a O— dia 24; P a Z — dia 25.A retificação dos car-tões será no dia 26.

O laboratório de Geo-logia Marinha da Uni-versidade Federal Flu-minense está admitin-do um engenheiro ele-trônico e um mecânicopara trabalhar em ex-pedições oceonográfi-cas. Telefone: 710-6060,ramal 28.

Estão abertas, até odia 17 de julho, as ins-crições para o curso deEspecialização em To-xicologia Social, pro-movido pela Faculdadede Farmácia da UFF.

O Io Festival da Can-ção da Faculdade da Ci-dade será realizado nodia 16, no Teatro da Ci-dade.

Encerram-se amanhãas inscrições ao progra-ma de mestrado em So-ciologia e Política daPUC/RJ. Telefone: 274-9922.

Dia 19, na Uni-Rio,início do 9o Encontro deNutrição. Telefone 295-5737, ramal 69.

Até o próximo dia 22,a Universidade Federalde Uberlândia (MG)manterá abertas inseri-ções para o concursopúblico destinado à ad-missão de professoresna área de finanças.

A Fundação EmílioOdebrecht vai premiarcom CZ$ 120 mil a me-lhor monografia (30 a100 paginas) escrita em1987 sobre o tema Org-anização da produçãono meio rural nordesti-no. Os trabalhos deve-rão apresentar soluçõesconcretas de como com-binar as forças do meiorural para a produçãocom produtividade. In-formações: Av Maga-lhães Neto sn, 3o. Salva-dor, Bahia. Cep 41827.

gf

1

?

JORNAL DO BRASIL domingo. 14/6/87 ? CADERNO BJESPECIAL " {)

Affonso Romano de Sant'Anna

O amor impronunciável

ELA

passou 50 anos sem poder pro-nunciar o nome amado.

O nome ali, exigindo sua boca,seu corpo, soprando carícias emsua pele e ela trancada. Proibidade dizer o nome dele.

Havia uma razão, alegavam: ele eracasado. E para se extirpar uma paixãonão bastariam as proibições de encontro.Era necessário apagar o nome de suaboca. Definitivamente. Porque, como nosmitos, o nome é a coisa. Dizer certosnomes mágicos é ter poder. Dizer "abre-teSésamo" é permitir-se tudo na gruta dosdesejos.

E ela era uma adolescente. Uma ado-lescente de 17 anos, e desde os 17, por 50anos, proibida de dizer o nome amado.Mesmo depois que ele morreu.

Algumas religiões proíbem roupas,corte de cabelos, obrigam ao uso de véus.

A essa mulher lhe proibiram o nomeque mais amava.

Algumas religiões proíbem pronunciaro nome do demo, do satanás, do capeta,do cão tinhoso. A essa mulher proibiramum nome como no paraíso se proibia ofruto da vida.

Não dizer o nome amado bem poderiater sido um morrer aos poucos. Um adiara vida. Um secar-se junto à fonte. Fontefechada. Sede lacrada. Gritante.

Mas o nome não morria. Não só nâomorria, como sobreviveu ao amado quan-do este tragicamente foi assassinado.Deste modo, aquele peito de mulher, quedeveria ser a sepultura de um nome, eraum jardim. Contido. Florescendo paradentro. A despeito do tempo.

Quando vinham conferir sua boca, pa-recia vazia. Curada, pensavam. O nomenão estava ao alcance de olhos espiões. Onome aprendeu a guardar-se dentro desua guardiã.

Onde é que estava o nome quandoaparentemente não estava?

Habitava o interior do interior. Deita-va raízes no futuro.

Ser guardiã de um nome é dar-se pesa-da missão.

Olhava as notícias no jornal: cidadesdesapareciam sob o bombardeio, outraseram arrasadas por enchentes. As cida-des, infiéis-volúveis, mudavam de nome.Dentro dela, contudo, o nome persistia.Pulsante. Viajante. Mergulhado. ComoJonas na barriga da baleia.

Caiam presidentes.Caiam em desgraça artistas malsi-

nados.Trocavam placas de nomes de ruas.Mas o nome do amado resistia.Alguns amantes esqueciam suas ama-

das. Casamentos desabavam no entarde-cer. Mas o nome impronunciável resistia.

Trens se precipitavam das pontes,aviões explodiam, incendiavam-se arqui-vos, homens tempestuosos mudavam deideologia, mas o nome persistia.

Persistia como aquela semente de tri-go que encontraram no interior de umapirâmide egípcia depois de quatro milanos. Estava viva. Querendo brotar. Ebrotou quando lhe deram terra.

Na verdade, aquela mulher desafiavacom uma só palavra todo um universomais do que doméstico. Era como setivesse uma secreta superioridade, e di-zendo: eu tenho um nome, também dis-sesse: isto me basta.

Estranha situação. Dia após dia ela

olhava o mundo. Segura. Possuía umnome inteiro, intato dentro do peito.

Um nome ou mensagem como certosmensageiros em meio ao tiroteio da guer-ra, que atravessam o campo minado, por-que têm também um nome nos dentes.

Um dia, morreu o carcereiro. O carce-reiro do nome alheio. E nâo era um carce-reiro como podeis pensar, mas um suaveaprisionador, que se julgava amoroso desua vítima, a qual pensava proteger doveneno mortal de um nome.

Coisa jubilosa então se desencadeou.Quem estava exangue, exaurida, exte-

nuada, despossuída, deprimida, despai-sada, deslembrada, desvitalizada, desno-meada, despertou, desvelou, descerrou ossete véus num amanhecer de emoções.

O nome reprimido emergia preenchen-do a boca da amada com uma totalidadesó a ele permitida. O impronunciável nocarvão da treva transformou-se em dia-mante. Voltando à luz, o nome se arbori-zava em flor e fruto.

Vinha intato. E acrescido, talvez. Maisespesso e poderoso que nunca.

Cintilava no céu da boca como umcometa retorna do fundo do universo.

Esse nome era como uma supernova:uma estrela que explodiu há 180 mil anos(ou há 50 anos, tanto faz) e, no entanto,continuava a fulgurar no céu da boca.

Ah, força do nome! Fiat lux. Essamulher, 50 anos depois, chega à janela doseu ser e pronuncia O Nome. E o dia seilumina ao som do nome amado.

Um

direito,

nao uma

imposição

Jacqueline Pitanguy

DESDE

novembro de 1985, o Conse-lho Nacional dos Direitos da Mu-lher empenha-se numa campanhade mobilização , visando definir asprincipais reivindicações das mu-lheres em torno de seus direitos. A

partir daí, o CNDM apresentou uma sériede propostas aos constituintes, as quais,tratando da situação da mulher a nível deprincípios gerais ou em capítulos específi-cos (família, saúde, direitos e garantiasindividuais, seguridade social, educação ecultura, ciência e tecnologia, comunicação,visam garantir nas leis os espaços que as.mulheres vêm conquistando.

Convém lembrar que mesmo quandopareçam advir somente de decisões pes-soais, na realidade uma série de instânciasda nossa vivência cotidiana estão inseridasem processos e mecanismos de poder maisamplos, que permeiam essas vivências. Aío pessoal é, de fato, político. Uma prova é adiscussão sobre o aborto, levantada cominesperado vigor por alguns constituintes.

Uma vez que o aborto não é tratadonem no direito constitucional brasileiro enem na maioria das constituições vigentesnas sociedades contemporâneas, o CNDMdecidiu considerá-lo matéria de legislaçãoordinária.

Nos países onde se autoriza o abortogeralmente a permissão é estabelecida oupela lei menor, como no caso do Brasil —cujo código penal permite a interrupção dagravidez em casos de gestação resultantede estupro ou com risco de vida da mulher—, ou como nos EUA, onde a autorizaçãosurgiu de interpretação jurisprudencial daconstituição. A Suprema Corte americanaconsiderou inconstitucional a legislaçãopunitiva do aborto, por resultar em inge-rência estatal indevida nos chamados di-rei tos personalíssimos (aqueles Inerentesao exércicio da personalidade humana, en-tre os quais estaria o da mulher decidir terou nâo ter filho.

Reafirmando nossa posição de que oaborto é matéria de legislação ordinária,gostaríamos, no entanto, de chamar aatenção para o debate que se trava naConstituinte, mas que nos parece trans-cender os espaços da assembléia, devendochegar ao âmbito da sociedade civil.

Entendem alguns setores que a consti-tuição deva conter princípio pelo qual segaranta o direito à vida desde a concepção,o que impediria a interrupção da gravidezmesmo nos casos já previstos no códigopenal vigente desde 1940. Nem a mulherestuprada nem aquela que corra risco devida, teriam amparo legal para abortar.Tal restrição seria um grave retrocesso emrelação aos preceitos atuais. Configurariatambém um desrespeito a consideráveissetores da sociedade brasileira, favoráveisà manutenção do direito ao aborto, noscasos já mencionados, conforme a legisla-ção atual.

Seria, ainda, ignorar a opinião de seto-res que propõem a ampliação do direito,com a inclusão dos casos em que o fetosofra doença grave e incurável, ou naque-les em que a mulher, mesmo não correndorisco de vida, esteja exposta a seqüelas queatingirão gravemente sua saúde se a gravi-dez for levada a termo. Sem esquecer osque defendem a descriminalização doaborto, entendendo que a qualificação cri-minai é ineficaz para a defesa da vida,constituindo, ao contrário, ameaça à vidadas mulheres. Outros segmentos defendemtal proposta baseados na convicção detratar-se de questão de foro íntimo, e am-parados pelo principio de separação entreIgreja e estado, constante das constitui-ções brasileiras desde o século passado.

A decisão dos constituintes sobre amatéria não poderá ignorar os problemasde milhões de brasileiras que recorremclandestinamente à prática de interrupçãovoluntária da gravidez. Há entre 3 milhõese meio a 5 milhões de aborto por ano,segundo a Organização Mundial de Saúde,configurando um quadro de morbidade eseqüelas graves, bastante para situar oaborto na esfera da saúde pública.

O aborto não se reduz, portanto, a umproblema de ordem legal. Nem pertenceexclusivamente à esfera da saúde pública.Mas traduz também a forma como a nossasociedade se organiza para atender a fun-ção social da maternidade e garantir osdireitos de suas cidadãs.

Se vivemos em uma sociedade pluralis-ta, não cabe impor a todo o corpo socialuma idéia defendida apenas por uma par-cela dessa sociedade. Não se trata de discu-tir se alguém é a favor ou contra o aborto.Mesmo por que a manutenção das disposi-ções legais em vigor, ou sua ampliação, nãoimplicam, em nenhum momento, imposi-ção dessa prática àquelas que a rejeitamem nome de princípios filosóficos ou reli-giosos. A discussão deve, portanto, serampliada, aprofundada e amadurecida portodos os segmentos da sociedade.

É fundamental que os legisladores te-nham presente o fato de estarem discu tin-do a garantia de um direito de opção, e nãoa imposição de uma obrigatoriedade. Umavez que a maternidade supõe engajamentobiológico, psicológico e existencial da mu-lher, só pode ser assumida como um proje-to através de adesão livre e da opçãodemocrática. A maternidade deve ser com-preendida — e vivida — como exercício deescolha. Não pode resultar nem de deter-minismos biológicos, nem de imposiçõesautoritárias.

Manifestamos nossa esperança de queos constituintes tenham em vista, ao legis-lar sobre essa matéria, o horizonte de umaordem social pluralista, que precisa serdefendida e construída, na qual homens emulheres tenham condições de dignidade eliberdade, podendo pautar suas vidas apartir de seus próprios princípios. Semabrir ou ampliar espaços para todas asdiferenças — no caso as de princípios ecrenças — uma sociedade nâo se encami-nhará para uma realidade efetivamentedemocrática, em que a cidadania possa serplenamente exercida.

Transas

difusas

Paulo Mendes Campos

O destino vai pintando em todosos estilos, mas prefere sempre o rigorelástico para as grandes desgraças.

?Um cara aí, que adorava se fazer

de íntimo de todas as culturas, umavez me perguntou se eu apreciava(sic) o Ulysses. Indaguei e recebi res-postas negativas: não era o de Home-ro, nem o de Joyce; nem o UlyssesGuimarães. Era nada menos do queo Ulysses Grant, presidente dos Es-tados Unidos no século passado.

?Primeira lição de economia: men-

digo é quem pede o que lhe faltà;inadimplente é o homem ao qualfalta o que lhe pedem.

?Os orelhões foram introduzidos

entre nós para que as ligações peri-gosas se tornassem menos perigosas.

?Quanto mais restrito o setor do

especialista, mais ampla a sua volú-pia pecaminosa.

?O homem mais perigoso do mun-

do talvez esteja neste momento emfase de formação, fazendo surfe, to-mando sorvete.

?

Já levei coices antes de cair docavalo.

Não há homem tão cheio de si querecuse1 um elogio.

?Quando os trabalhos da demoli-

ção dum homem prosseguem pelanoite, sua velhice começou.

nMeu pai me disse que o escritório

dele é o caos organizado. A sanidademental de qualquer indivíduo não éoutra coisa. ^

Na história da linguagem, é claro,o sábio inventou o ponto de interro-gaçáo. Existe signo mais progres-sista? pj

Por sua vez, um Conde de AfonsoCelso dos primórdios, antes de alfa-betizar-se, inventou o ponto de ex-clamação! ?

Produzindo simultaneamentepassado e futuro, o presente é umalíngua de fogo a encaminhar-nos pa-ra o buraco escuro.

?Bordar é devaneio, mas tricotar é

coisa grave. Como a diferença entrepoetar e filosofar.

..Há anos venho mantendo com

Goethe discussões esparsas. O maisdas vezes lhe dou razão, mas quandolhe pego numa fraqueza, sou franco:"Ninguém é Goethe 24 horas pordia."

sitaTEATRO CARLOS GOMESapresenta

14BIS

Promoc.toDIAS 18/19/20 e 21 DE JUNHO «-/*

PRÓXIMA ATRAÇÃO FINIS AFRICAE E T//NEY MATOGROSSO DE 16 A 26 DE JUNHO

TEATRO CARLOS GOMES • PÇA. TIRADENTES, 19 • F.: 242-1047 • 222-0124

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIROSECRETARIA DE ESTADO DE CULTLRA

FUN AR|

G,

SALA r<

ECILIA MEIRELEoApresentam

SÉRIE DOMINGO JOVEM

Dia 14 de junho de 1987,àsl0:30horas

ORQUESTRA SINFÔNICA

JOVEM DO RIO DE JANEIRO

Regente: DAVID MACHADO

Solistas: LEONARDO ALTINO

(violoncelo)

RENATA KUBALA

(violino)

Programa

Padre JOÃO DE DEUS CASTRO LOBO Abertura em Róestréia contemporânea

P. TCHAIKOVSKY Variações sobre um temaRococó op. 33

FELIX MENDELSSOHN Concerto em Mi menor op. 64 paraviolino

ENTRADA FRANCAAPOIO-

áMradio jornal do brasil VAR1G

REDE HORSADE HOTÉIS

AQUARELA

DO BRASIL

AMERICAS.

VELH0MUND0.

ORIENTE-SE.

Jacqueline Pilanguy. socióloga, preside o ConselhoNacional dos Direitos da Mulher.

JORNAL DO BRASIL

Turismo

E

n

lEIRELEi

DI

D

RID<

Entrevista/José Paulo Bisol

Esta é uma nação doente

Um paiÃ~ falta dedemocraciadesenvolveuno povobrasileiroumatendênciapara a buscade um pai,aquele que dáuma falsaproteção.

Tania Fusco• De Brasília

? Diferente, especial, raro, co-rajoso, estranho. São alguns

dos adjetivos usados no Congres-so Nacional para definir José Pau-lo Bisol, 59 anos, que cumpre suaprimeira legislatura como sena-dor-constituinte, eleito pelo PMDBdo Rio Grande do Sul. Os quatroprimeiros termos dizem respeito àsua atuação política. O último àaparência. Quase sempre vestidode linho em tons claros, elegante,delicado, discreto. Jeito de padre.Filho de carroceiro, foi juiz 30anos. Aposentado como desem-bargador, virou jornalista, apre-sentador de televisão. Atuou noprograma TV Mulher gaúcho, foideputado estadual na última le-gislatura. Aportou na Constituiu-te com fama de progressista ecurrículo de jurista respeitado.Acabou indicado para relator daComissão de Soberania e dos Di-reitos e Garantias do Homem e daMulher. Surpreendeu pelas posi-ções avançadas defendidas du-rante os trabalhos das subcomis-

RitualAs reuniõesdo Senado daRepública sãoritualísticas.E oritualismonão érepublicano, éumacaracterísticamonárquica.

JuizesNo judiciáriodeste paísinstituciona-lizou-se umanacronismo:odistanciamen-to dos quejulgam emrelação àsociedade:

sões. Chorou e provocou iras como resultado de seu relatório apre-sentado semana passada. Umfes-tival de adjetivos desabou sobre asua figura serena, que propôs aestupefatos deputados evangéli-cos uma nova frase de amor —"mulher, por favor permita-me serlivre" —, para, em tom de novida-de, ensinar: "O homossexual exis-te. É tão real e humano quantovocês".

— Ele será o Cristo dessa se-mana — avaliava a deputada AnaMaria Rattes, depois do bombar-deio inicial dos conservadores e

evangélicos no primeiro dia dedebates na Comissão de Sobera-nia. Foi pressionado e ofendidoporque cometeu os pecados de de-fender no texto constitucional asminorias — inclusive os homosse-xuais—, eliminar qualquer posso-bilidade de censura aos meios decomunicação, classificar o legisla-tivo, o executivo e o judiciário de"órgãos do estado", que terá seuspoderes delegados pelo povo, aquem pertencerá a soberania doBrasil, entre outras coisas.

Se as manifestações contrá-rias eram violentas, os discursos

do senador Bisol eram didáticos,seguros, literários e brilhantes. Osapartes foram raros e respeitosos.No argumento ninguém o derrota.Negociação ele só admite se nãoenvolver "princípios". Inflexibili-dade que deu muito trabalho aosenador Mário Covas, líder doPMDB na Constituinte, e ameaçaa aprovação do relatório, tido co-mo dos mais avançados desta se-gundafase.

Bisol admite a possibilidadeda perda, uma certa desesperan-ça com os rumos da Constituinte eaté um caminho para o futuro:"Se o que sair daqui não abrirespaço para a transformação,posso nem completar esse manda-to. Volto para o sul, para ojorna-lismo, meus livros, meus discos,minha consciência." O relatórioda Soberania — aprovado ou re-jeitado — já tem destino certo.Vira livro, para ser documento-pessoal-histórico de que ele defen-deu na Constituinte o que pregouna campanha: "A trans-for-ma-ção", como gosta de silabar, e a"opção pelos pobres", que gosta-ria fosse feita na nova Consti-tuição.

JB — Durante um discurso na Comissãode Soberania, o sr. denunciou o autori-tarismo do povo brasileiro. Onde ele émais visível?JPB — Tivemos interregnos mínimos nanossa história em que se tentou comcerta autenticidade a democracia. Nomais tivemos governos autoritários,com chefes de estado carismáticos, tipopopulista, que alimentaram ou desen-volveram no povo brasileiro uma ten-dência a busca do pai, da dimensãopaternal, falsamente protetora. Somostambém culturalmente autoritários pelaformação da nossa família, pelos hábitossociais, pelo machismo, que na Américado Sul e, conseqüentemente no Brasil, émarcante. Tem características diferen-tes, é mais opressivo, mais psicanalíticodo que o que está presente em algumasnações mais desenvolvidas, como naseuropéias, por exemplo. Somos autoritá-rios, porque fomos formados (os da mi-nha geração, principalmente) em cimade preconceitos e pré-juízos que nosobscureceram a visão da realidade. Ho-je, depois de muita vivência, muito estu-do, por livre análise, autocrítica, boavontade, desejo de compreensão, temoscondições de enxergar o que não estácerto. Mas, curiosamente, a marcacultural, histórica, é tâo profunda queainda nos surpreendemos em atitudeautoritárias, de mando, de tentativa desubmissão de outras vontades.JB — Onde isso ocorre?JPB — Na vida. O parlamento brasileiro,por exemplo, é incrivelmente autoritá-rio. Justo aqui, onde deveria estar todo osentimento democrático da nação. NoSenado nossas reuniões são ritualísti-cas. E o ritualismo é caracteristicamen-te monárquico. Há toda uma susceptibi-lidade em relação ao "que sou", à "auto-ridade que tenho", "o que significo". Oque supõe uma concepção hierarquiza-da da realidade social. Nossos professo-res — salvo os mais novos — aindaministram aulas tipo conferência, nãoadmitem a intervenção do aluno. Sãosenhores da verdade e do saber. E seformos para o outro lado da sociedade,para o lado marginal, vamos assistir umespetáculo trágico: a polícia aplica apena de morte diariamente, se não coma conivência — porque há conivência —,mas com a total passividade de senti-mentos éticos da população. Porque te-mos uma ética paternalística, fundadana idéia de uma ordem, e conseqüente-mente permitimos a eliminação dos de-sordeiros, ainda que dispensando o jul-gamento, justamente o que nos protegecontra eventuais desmandos.JB — Sendo juiz, também avalia o judi-ciário brasileiro como um poder autori-tário?JPB — Tremendamente autoritário. Atépelos hábitos institucionalizados pelojuiz, que parte de uma idéia — para mimtotalmente anacrônica — de que ele temde se manter a distância da sociedade,porque julgará o que vai acontecer nessasociedade. Para mim o julgamento só épossível pela convivência. Não se podejulgar sem simpatia. A palavra simpatiavem de dois termos latinos — sim epatos — o que significa sofrer junto.Quando eu me ponho em uma posiçãohierarquicamente superior, elimino apossibilidade de identificação. Isso temo significado de que eu acho que jamaisfaria aquilo. O que não é verdade. Mascita a distância, afasta a possibilidadede sofrer junto com aquela pessoa, queestá sujeita à minha decisão. O meujulgamento será autoritário, paternalis-ta, até cruel.JB — O seu relatório começa propondoum novo modelo de Estado. O primeiroartigo reza: "O Brasil é uma naçãofundada na comunhão dos brasileiros,irmanados num povo independente elivre, que Constrói sua sociedade, se-gundo sua índole e a determinação de

sua vontade". Depois propõe um plebis-cito para aprovar a Constituição. Apretensão é substituir o Estado pai,autoritário?JPB — É exatamente essa. No sentido deque somos um povo e, conseqüentemen-te, comungamos do mesmo sentimentoe estamos identificados. Como o Estadoé necessariamente um sistema, pro-curamos colocar, antes de mais nada, aNação. Porque nação não é um não-sistema. Ela é a solidariedade, a espon-taneidade, a naturalidade. Como houveum pedido da Comissão para que otexto da soberania fosse iniciado pelosdireitos humanos, antes de relacioná-lostratei de afirmar que esses direitos têmsentido porque somos uma nação e, con-seqüentemente, teremos o máximo res-peito pelos direitos humanos.JB — Tem o apoio de seu partido para acriação desse modelo de Estado?JPB — Partido significa uma coisa nospaíses politicamente desenvolvidos e,outra, muito diferente, nos não política-mente desenvolvidos, como é o caso doBrasil. Meu partido são dois partidos. OPMDB é um partido histérico, está so-frendo de esquizofrenia, a doença psico-lógiòa mais vulgar. Essa doença, quandoatinge o máximo, produz o sintoma dadupla personalidade. Quem não vê que oPMDB tem dupla personalidade — euma é a negação da outra —, não estávendo nada. Ou não quer ver. Assim,não é possível falar em nome do PMDB.Falo, então, em nome daqueles que, nopartido, respondem pelo compromissode transformação, que foi a principalmensagem dos discursos de nossa cam-panha, a principal bandeira do partidoem toda a sua história. Desses tenhoapoio, solidariedade.JB — Os votos deles serão suficientespara aprovar o seu relatório?JPB — Infelizmente, não acredito. Gos-taria muito que fosse possível, mas nãosei se conseguiremos.JB — Além das questões de comporta-mento — aborto, divórcio, reconheci-mento da existência dos homossexuais,fim da censura — o que é que maisincomoda no seu relatório?JPB — Não sei. Mas marcamos um prin-cípio muito importante, que não permi-te mais certas manipulações costumei-ras da constituição. Em nossas outrasconstituições nunca esclarecemos o queé soberania. Elas iniciam pela definiçãode Estado e afirmam que ele é soberano.Se é assim, está na cara que, na relaçãoEstado-sociedade, há a predominânciado Estado. A nossa comissão fala deuma soberania e a Comissão de Organi-zação dos Poderes Estatais fala em po-deres dessa soberania. A função da nos-sa Comissão é justamente tipificar asoberania. E deixamos bem claro que opovo é soberano. Deixamos até explícitoque o Estado é um instrumento de açãoda soberania do povo. Então, falamosque os poderes — executivo, legislativo ejudiciário — funcionam como órgãos dosEstados, que tem sua soberania delega-da do povo. Como estamos histórica-mente marcados por golpes de estado,executados em nome do povo, damosum chute — com muita alegria — nalinda frase: "Todo o poder emana dopovo e em seu nome será exercido"Porque todas as ditaduras no Brasilforam exercidas em nome do povo. Essaracionalização não poderá mais ser feita.Claro que um instrumento normativonão terá o poder de eliminar a possibili-dade de golpe. Mas retiramos toda apossibilidade de racionalização, de legi-timação, de lógica baseada em termosconstitucionais. Essa constituição nãolegitimará o golpe, porque o artigo inci-sivamente relatado diz: A soberania doBrasil pertence ao povo e só pelas for-mas de manifestação da vontade dele,previstas nesta constituição, é lícito (eupensei muito e achei que a palavra éesta) assumir, organizar e exercer os

poderes do Estado". Aí está a soberaniadefinida pela primeira vez em nossa his-tória.JB — E como será exercida?JPB — Pela consulta plebiscitária para aaprovação da constituição, pelo sufrágiouniversal secreto e livre, pelo direito deiniciativa de emendar a constituição,pela designação de seus representantespara o acompanhamento da administra-ção pública, ou pela livre ação correge-dora da defensoria pública.JB — Contra a defensoria pública háemenda de um deputado pemedebista,Sigmaringa Seixas.JPB — É verdade. Até um bom depu-tado, progressista e advogado. Mas issoreflete a questão do corporativismo. OMinistério Público considera que a De-fensoria Pública deveria ser exercidapor ele. Mas, se estamos criando umórgão capaz de exercer ação corregedoracontra desmandos ou descasos do esta-do, como é que essa função pode sersubordinada a um dos órgãos do pode-res do Estado, que seria o judiciário? Adefensoria pública não pode ser elemen-to de uma estrutura de poder estatal. Ounão cumprirá sua função. Mas a propos-ta da defensoria foi bem aprovada nasubcomissão. Está mantida no relatório.JB — Qual sua expectativa quanto aoperfil da Constituição?PTB — Tudo que está acontecendo noBrasil, desde 1962, essa inquietação, es-se desgosto, esse desencanto reveladoem repetidas manifestações de protesto,mostra que a ordem constituída se ca-racteriza por sua insuportabilidade.Quando isso acontece, o povo, em tese,faz emergir de si mesmo o processoconstituinte. Eu sempre defendi a neces-sidade de que essa Constituinte fossedecisiva para ser realmente soberana,livre e independente, e fazer surgir umaordem nova, que negasse essa ordeminsuportável. Com um Congresso Cons-tituinte, as pressões corporativas terãomais força. Se eu fosse apenas um cons-tituinte e, terminada a Constituição,voltasse para casa, não teria nenhumproblema com as pressões. E trataria deverificar se por trás delas há realmenteum desejo de justiça, ou uma ambiçãocorporativa. Quer um exemplo da forçado corporativismo sobre o CongressoConstituinte? Para se criar uma novaordem é preciso renovar os conceitosque foram retalhados, reduzidos ou dis-torcidos pela antiga ordem constituída.O conceito de liberdade foi dos maisretalhados e distorcidos. Todo o proces-so do Estado burocrático autoritário foide redução das liberdades. Nesse qua-dro, a linha mais fortalecida e dissemi-nada foi a da formação de corporações.Toda a nossa legislação sobre profissõesé uma negação da liberdade de traba-lhar. E as corporações brasileiras, in-conscientemente autoritrias, hoje nãoquerem perder seus privilégios, a prote-ção paternalista. Agora, por exemplo, euposso extinguir tudo, todas as corpora-ções, menos a dos jornalistas. Veja comosomos autoritários, veja como a nossacultura está doente, contaminada peloautoritarismo. A Constituinte congres-suai não resiste a esse tipo de pressão.Todo parlamentar de carreira tem medode jornalista. É puxa-saco de jornalista.Não podemos mexer com essa corpora-ção, portanto. Então, não será aprovadoo item do meu relatório que restabelecea liberdade de trabalhar, de disputarespaço pelo talento e pelo conhecimento— mantendo apenas reserva especial demercado para as profissões, como a demédico, cuja pratica exige alta especiali-zação, porque implica risco de vida. Acorporação dos jornalistas não abre mãoda exigência do diploma para o exerci-cio da profissão. E eu, também eu, quetambém sou jornalista, vou deixar regis-trado na história o comportamento de

PartidoMeu partidosão dois. O

PMDB é umpartido

histérico.Sofre de

esquizofrenia,o mais vulgardos distúrbios

psicológicos.

parlamentares que se submetem a inte-resse de grupos. Em um momento cons-tituinte é preciso ter a grandeza de com-preender o que significa a responsabili-dade e o compromisso com as transfor-mações. A Constituição precisa ser ins-trumento de mudança. Porque há tudopara mudar. Tanto que eu acho umavergonha ser conservador.JB — Vergonha?JPB — Claro. Conservar o quê? É umapergunta que eu faço sempre: conservarpor quê? O silêncio responde essa per-gunta. E significa: conservar o sistemafundiário, a propriedade, a concentraçãode renda. Conservar o espaço das pes-soas que desfrutam das regalias. Eviden-temente, temos uma missão difícil. Nãoacredito que este parlamento tenha con-dições de fazer uma constituição instru-mental, para operar as mudanças, obri-gar os governos, daqui para a frente, aoperar a transformação social.JB — O PMDB resistirá a esse trauma?JPB — Tenho dito ao presidente UlyssesGuimarães: divida o partido. Porque hádois partidos, duas faces, duas disposi-ções antagônicas, a conservadora, a ver-gonhosa, e a que tem compromissos comas mudanças. Elas estão já tão distinta-mente separadas, que só falta a decisãodo racha, da separação.JB — O presidente Ulysses fica de quelado?JPB — Como o próprio partido, ele tam-bém padece de esquizofrenia. Mas teráde optar, porque as duas faces do parti-do são muito distintas.JB — Estão chamando o seu trabalho de"Relatório leite", porque um dos itensreza que "O homem e a mulher sãoiguais em direitos e obrigações, inclusi-ve os de natureza doméstica e familiar,com a única exceção dos relativos agestação, ao parto e ao aleitamento".JPB — O relatório é muito bom, singu-lar, diferente de todos os demais. Issoprovoca a reação, um pouco de inveja.Mas a parte final desse artigo é primária,didática. Eu apoio a luta das mulherespela libertação. Sei que essa luta estávinculada ao tratamento da mulher den-tro de casa. Por isso destaquei a igualda-de nos direitos de natureza doméstica efamiliar. Aquela coisa primária de aindadizer ao homem que também cabe a elecuidar dos filhos, lavar louça. Mas osentimento autoritário da família brasi-leira acha isso ridículo. A exclusão con-tida no artigo pode ser redundante, mastem a função de destacar as peculiarida-des da natureza feminina, que exigemparticularização. E quem leu correta-mente o texto entende que estou pro-pondo a iguadade absoluta em tudo omais — da possibilidade de exercer asmesmas funções de trabalho até a igual-dade na aposentadoria.JB — E os ataques pessoais, as ironiaspela a sua defesa dos homossexuais?Isso magoa?JPB — Enquanto ofensa, não me atinge.Sempre aconselhei aos meu colegas juí-zes que examinassem a qualidade dequem praticou a ofensa, a calúnia, adifamação. Desse julgamento da quali-dade do agressor pode vir a decisão deresponder ou náo. Muitas vezes não valea pena. Não há possibilidade de troca,não há qualidade, não merece resposta.Eu sou muito bem realizado sexualmen-te. Sou casado há muitos anos. tenhotrês filhos, cinco netos. Tenho toda umahistória de vida. Gosto muito das mu-lheres. As agressões desse tipo, alusões ahomossexualismo, não me atinge. Inco-moda a falta de ética, de respeito huma-no. Durante as discussões na comissão,um parlamentar declarou que um dosboletins do Grupo Triângulo Rosa (degays da Bahia) citava "um caso meu". Otexto do boletim relata apenas que du-rante a campanha fui acusado de serhomossexual. Isso aconteceu. Somosuma sociedade doente, não?

Soberania*O texto das

nossasconstituições?

sempre seinicia^pela

soberania doEstadq.^ Eip.

nossaproposta

começa pelasoberania do

povo.

CorporaçãoNossa

legislaçãosobre

profissões é anegação do

direito detrabalharAgora, as

corporaçõesquerem

manter seusprivilégios

H

?

: .r • -f'. •>" - .-;. - 9

.-//a*-. ^

^¦HiiKHHHBB ^iifc->>/M BiMfe

y^Mi B^

-

¦

BIBLIOTECA P

si

Iff ^ a h h

K, i^ W w— 1 r~'Wmmm '.M

^ff jBk W i L *

^|

H^^^^^HiiaO!!. tzr^T'/A i i i «n fl

^gH^^^^^^^^^^^iH^^H^UiiflMinnMMi|MMn|i9jjHi||n^^nnni

iifBrnwiM nana jfiiiiiBKiiwiMt^BiiRici*fti!i

Parabéns!

Você aplicou em Março Q

Hoje tem Cz$ 186.000 II

*

Entretanto...

""""*""

A Decoração

que

em Marçc

Você compraria por

Cz$ 1 C(

Hoje lhe custará Cz$299.7C

Investir no seu conforto'

Dá dividendos. Para sempre

ATELIER DE ARQUITETURA

JACAKEPAQLÁ • ESTK. DE JACAKEPAülA 7.880 • Lis. C e DShOPPIPiG PA55AKELA - LAKQO DA FKEQIESIA • 392-0445 392-4156

BAKKA DA TIJICA • AV. DAS A^ÉKICAS 2.000iE5TAC!0riAME^TO EKEEWAVi - 325-4410 325-1477TIJICA - K. C0Í>DC DE BO W 807 Lj. B ¦ 208-4899

^OKTESMOPPI^Q - AV. SIBl KBAM 5474 - Li. 317-5 - 591-6142

m

h

iiKainnrain jliRlUriBlilFS

Prezado cliente,

Nossa melhor publicidade continua sendo o Vosso elo£tanto, a divulgagao seria de nossa arquitetura de interinos levado a crescer cada vez mais.

Por isso, estamos langando uma promogao especial dedicada aos Icllentes que sab'em como respeitamos a qualidade de nossos ser- Ivi$os, as condigdes estipuladas e o prazo de validade. IDesta vez temos uma oferta irrecusavelUm Cheque - Promo^ao I

que vale dinheiro real. Becorte-o e use suas vantagens. ¦

No ato da encomenda, depois de Voce conseguir as melhores con- Idigoes, pode entao apresentar seu cheque e ganhar mais 10% Ido total da compra. 0 mesmo e valido para seus familiares e ami- ¦

gos, a quem Voce pode oferecer o cheque promogao I

Mas atengao: cada compra so \ Ipode se beneficiar de 1 (um)^j^—d°

c° \ \ I

^

^

¦

jordern

0M\^cA

entos sucessivos das

ias-primas e salários

Prezado cliente,

Nossa melhor publicidade continua sendo o Vosso elogio. No en-tanto, a divulgação séria de nossa arquitetura de interiores, tem-nos levado a crescer cada vez mais.

Por isso, estamos lançando uma promoção especial dedicada aosclientes que sabem como respeitamos a qualidade de nossos ser-viços, as condições estipuladas e o prazo de validade.Desta vez temos uma oferta irrecusável:Um Cheque-Promoção

que vale dinheiro real. Becorte-o e use suas vantagens.

No ato da encomenda, depois de Você conseguir as melhores con-dições, pode então apresentar seu cheque e ganhar mais 10%do total da compra. O mesmo é válido para seus familiares e ami-

gos, a quem Você pode oferecer o cheque promoçãodevidamente assinado.

Mas atenção: cada compra só

pode se beneficiar de 1cheque-promoção. 0mPrO

total do c

a\enieeQuW omP(°\lo\o\

P S.) Nao esqueça queo prazo de validade desta promoção

termina em 30 de julho. Entretanto, entre a suavisita e a aprovação do projeto e assinatura do contrato,

normalmente, decorrem 10 dias. Você não pode se atrasar e per-der esta oportunidade.

I

N° 580. 14 de junho de 1987

sumário

aSUCTíCA «JR^fS^X.

¦LtlloilCapa Foto de Vantoen Jr/ZNZ

DiretoraMaria Regina BritoEditorArtur XexéoSubeditorAlfredo RibeiroFotografiaAgência ZNZModaRegina MartelliGuiga Soares (produção)RepórteresCláudio FigueiredoHelena Carone. Lúcia RitoHelena Tavares. Márcia VieiraMaria Silvia CamargoRose EsquenaziDiagramadoresDavid Lacerda. Eliana KrajcsiJoão Carlos GuedesWilson SantosColaboradoresLiliane Schwob. Dulce CaldeiraRosa Maria CorrêaSecretário gráficoJosé HildemarRedaçãoAv Brasil, 500 — 6° andarTel 585-4681PublicidadeAv Brasil, 500 5o andarTel 585-4322Gerente comercial em São PauloTille AvelairaTel . (011)284-8133Composição e fotolitoJORNAL DO BRASILImpressãoJB Indústrias Gráficas S/AAv Suburbana, 301Uma publicação doJORNAL DO BRASIL

De manhã à noite, um público heterogêneo freqüenta os espaços da nova biblioteca estadual

Uma biblioteca para o futuro

A cidade ainda está para descobrir o que seesconde por trás das linhas futuristas do prédioque, há cerca de três meses, foi inaugurado naAv. Presidente Vargas. Porém, mesmo inaca-bada, a nova Biblioteca Pública Estadual jádeixou para trás qualquer outra instituiçãocultural do estado, atraindo um público recorde

de quase duas mil pessoas por dia. Nas suasestantes e nos monitores de vídeo rola detudo: Shakespeare e Harold Robbins, Eisens-tein e Spielberg. Entre no clima do mais novocentro cultural da cidade lendo a nossa reporta-gem de capa a partir da página 30.

Apicius

nomesEle descobriu uma boa comida chinesa 18Elvira Pagã, Lúcia Karabtchevsky...

ensaio

comportamento

20Um passeio pelo bairro de São Cristóvão 22Comida boa e barata nos mercados da cidade

moda36

horóscopoThales PanChacon veste a moda masculina 40

palanque

Virginiano: mais atenção ao amor 52O melhor hospital de Brasília

*"*'' " ' ' '*JiKi3!Smitm®S!SimmimiBB>,W8Blsmsasm^amgs®mmmm!%m%g3®!ee^am&i^@mm^£"3mss!!vcsm's-i%i

llfes %" ! y

^|;,^

jL ., Jj'I

^

; ' f»DECORAÇOES

A POLO criou para sua residência ou loja,modulados práticos, funcionais e de qualidade.ARARAS, MODULADOS EM VIDRO, TELAS.CALCEIROS, CABIDEIROS e outros em corese formas variadas, dão um toque de criatividade.Solicite nossos serviços de projetos e reformas.

RIO DE JANEIRO - Rua do Catete, 228 Slj. 220_• Catete • tel.: (021) 205-5345/285-1296

SÃO PAULO - Av. Professor Vicente Ráo, 2039-Brooklin-tel.: (011)531-6125

OCH naoR m "••ssTtsegawTrnr thwwmwbbbmbii

1 _

Todo

guarda-roupa

guarda muito mais

coisas do que

as roupas que

você veste.

(marda siu |xtm inalidade.Ncu g< )st<). suas i (três

(iiLirda sai astral, seu |eit<).Lini p< )iki i de v (iec e muit<) da sua

\ ida h quando vote guarda num

guarda-roupa as uneo etiquetasfamosas t]Lie nos vamos mostrar

a seguir. \ ote esta guardand< >n )iipas unie as. autentic as

e exv kisi\ asR< tupas cjLie ía/em parte d< >

melhi if guarda-n >upa da l idadeAgora, adivinhe de quem e esse

guarda-n >Lipa' \ am< »s.e taul de guardar começa tom M

M de m< >ela. M de Mesbla1 ssi) niesnK>. Meshla A l< >|a de

departamentos que. mais uma vez.ahre a.s portas do seu guarda-roupa

e.xiIlmv() No pra v oee

MR & MRS tj|jpp

^^^^HHp:;

¦

_-,A ^BWP Hp

^K. ^ '"^f

XwKEM&te^:.^iJ^HB ^^^^¦SgSrs-./---.-.^,-- —'I-'»&: ^PjjMK;

•• • ,/1-rl'C'^^^^^^ ||jp''

' r^'-.<aa$£mr- i^" ^i^fcj•'""':-.l.'_ liififp' '.^'¦¦.- ^ -" •—'cw -;- . ^^asy ,crv^

manga .^' ^jflj^

-190,

^-:

|jPjMlB||^PjPPg^Pg|j^^,•;¦ ^s%{life ^-f ?"^v spu "^pj^^|

IÍftÍ

BABY• ,

$^^mmm P| ÜHPWi -¦¦1-'i-^-^J^--''W.lt-^^«lUUL.^U^!U.,U^^^.^^,^,..,,„.^^,„.^^>^

Macacão - 420,Cardigan - 390,

Camiseta pólo mangalonga - 290,

Ctf/frt culote - 190,faw RS/P/M/G/EX

MR &\^S !

BABY .! jS

v.: \ v:. WSI^m. ff - - .• ¦. ; ¦•¦¦¦• ,

¦ ¦ '¦ '¦..=-¦¦;¦¦• ' ¦'¦ . • . .... • ¦¦ • .;-••• . ;...;., r « :. . /- v, /•••:•."£ ,. -v. v. :

: . % Bliiill

•X-'- ^;-

v c&Ü

Mr. & Mrs.

Baby

A roupinha

feita pra gente.

Puxa vida. mamãe. Mr.& Mrs. Baby é a roupinhamais confortável, bonita edurável pros nenens aqui.Está sempre na moda. temuma qualidade irresistívele é tão macia que você vêlogo que é coisa de bebê.Na hora de comprar nossaroupinha. mamãe, escolhaMr. & Mrs. Baby. A roupi-nha feita com exclusi-vidade e carinho para aMesbla. E pra todo mun-do que ainda e neném.

MESBLABnBBHB8SHHfla338m8&gSlI

* -• ¦ '¦¦-% jp^Tf-" . -rl

Bazooka—í¦

Sí//V/ estampada em reludo

Iam I a .j - 300,Iam í a 8- 350,

Saia lisa em reludoIam I a j - 250,iam t a 8 - 290,

jumjier liso em reludoiam. I a j - 400,iam. i a 8 - 450,

Jaqueta lisa em reludoiam Ia j- 500,iam i a 8 - 550, fffill

Jardineira estampada emreludo

Iam I a ) - 600,Iam i a 8 - 650,

Dufjle coat liso em reludoiam I a 3 - 550,Iam i a 8 - 590,

(.alça lisa em reludoiam. I a 3 - 400Iam i a 8 - 450,

Tênis (.ano baixo

Iam Jí a 3- - 350,

H^HIiiHHll

¦MHMMMMWWMMHMk, *• '*' H

flil ¦

IP m i 1: 1H J^jgpr w^

^jjF ^fHP yH

- ; *:" ' ¦ "Ipgiiiispflfes»

^mtmrni,*:--

Pra (

mais

uem tem

wiberdac e

de expressão.

Baz.t>oka é sapeca.Levada. Tá sempre na mo-da e agüenta qualquerbrincadeira. Bazooka e re-sistente. alegre, colorida econfortável. Perfeita paraaquelas coisinhas que agi-

tam o dia todo. Bazooka ea marca preferida dessa

gente pequenina que sabemuito bem o seu valor.Bazooka e a roupinha praquem tem liberdade deescolher o que veste.Bazooka. Tão gostosa queninguém faz careta na ho-ra de usar.

MESBLA

mjIl

f|W^

C^ig.S^^.^-.v.-4 Y^%

3i^HLiHi^B <^KBr ,A ' A-%^ fe&ji

Minissaia -

com - .450, ^|

/Vv//5 cyz/20 alto -

is®

^!W: is;

f^mSmSSm V s'j^H iraH^^IHHB^I BElS8S^Lf &*"- ¦*;. WHpS |||||k

píí^B^W.ÍW^KJf1-™ =*" ¦• -¦

; "c-i;?:

I ~r'^^Hfe^BBfl^KtiiMRli

a mm

^ mm \

^p

^<

• •y^'V'./r •,,

'- '• ->gt.«ri'>&l*a!rZ& j; <-:i'">• &£•-/£ ,y--'»r-^rV.-t-T-'-V- --V--:lML <:*y* <mSmammBKmSam ¦

J

m-mWÈêwawK®sBBSp

Alternativa.

Um toque

de rua.

Toque qualquer coisaalternativa. Toque o tomda roupa. A voz rouca.Um new shock. Toqueesse mundo lá da Lua.Um rock alternativa.Um toque que faz a modüdo mundo da rua. Mude.cara. mudando de roupa.

Que as tribi)S, agora, têmoutra sintonia. Troquetudo. Porque nada mudase você não mudar.Toque muito. Porquebichos urbanos só falam

por'música.

ra%£

MFaSBLA

'i

-¦~a«

fc-i

J(|

'<^^1

'iMBw >^H

[aquela masculina emcamurça 4.90C,

c (/////sí/ /;/í/\( uhiia 650,C <//( r/ ///í/\< //////« em

reludo 990,lop síder masi ulino 1.200,

C (/////.v/ feminina em

flane/a 690í ulete feminino em Ia - 890,

C í//{W feminina emt chulo 890,

Mocassini feminino 590,

¦

jf* ^flSfe''

V-iv-V-- 'V,.

Tucano e

ofotógra

maluquin

D

d.

Milton Montenegro.fotógrafo profission.il. eraum fotógrafo maluquinho

para realizar um sonho:tirar fotos por com-

putadi >r. Mijou, pesqui-si)u. experimentou e fez amaluquice virar coisaséria. Hoje. com seu com-

putador. Milton tira fotos

gráficas especiais. Quepodem ter ti idas as cores

que ele quiser. O trabalhoc intenso, cansativo.Mas quando o resultadose revela na telinha decristal líquido, o sonho

ganha as cores da mais

pura realidade. Milton faz

sucesso porque só faz o

que gosta Tucano taz su-

cesso porque e a roupadas pessi )as que fazemtudo para realizarem seussonhos Sonhos que,as vezes, acontecem nasimples amizade coloridade um fotógrafo e seucomputador.

Psfss

SggSjBgg

zm

'^|- ^jr

' f|4

KUm|jH ^jfl I

. Up ..j^kJg Jttgfe. ;:^sfip^^HMjj|jai^B^^^^^^Mpr^

('.alça 1.850,S uva ter - 1.600,

daniel hechter

t,/-A

I §£1

|: - |

Ièí.;- "fel;;;'

1

1. ;¦ ¦ ¦tap^ifíWÈM

danie) hechter

\te

Daniel Hechter

Direetions.

Daniel Hechter foi buscarna natureza a inspiração

para criar moda. Moda derenome internacional, quepousou no Brasil com ex-clusividade Mesbla. Sãoroupas de ótima qualidade,livres, leves e soltas. Tão

perfeitas como o vôo deuma borboleta. Voe DanielHechter Direetions. A mo-da inspirada nas cores domundo.Naturalmente.

-r' '' ' '* V"/ -1, -« ' •. ' - , .. ;v • > jK

MESBLAm&mm mm

Mesbla.

O melhor

guarda-roupa

pravocê.

Mr. & Mrs. Baby, Bazooka,

Alternativa, Tucano e Daniel

Hechter Directions.

Para cada uma dessas marcas

exclusivas da Mesbla, existe uma

equipe de profissionais de moda.

Eles viajam, pesquisam as novas

tendências, escolhem os melhores

produtos e criam mil novidades

pra você.

Novidades incríveis, esportivas,

irreverentes ou infantis.

Sempre respeitando o seu estilo,

o seu jeito e a sua maneira de ser.

Mesbla. A loja de departamentos

que tem o melhor guarda-roupa da

moda brasileira.

m

1

^^Hp|j||i|v jm ¦ ¦ ";^ ^f^pF

I^^HP^^II

O fim das lentes grossas

ONDE CTTI ff^\II Mil III ljVl>

11

As lentes extra-finas

T1TLENX reduzem até 40% da

espessura das lentes comuns.

Mude para TITLENT.

Canto do Olho ÓticaCasa dos ÓculosCasa MassonCentro Ótico BotafogoÇris ÓticaDivedere ÓticaDusol Óptica .Gipsy ÓticaGuimarães ÓculosLAmy ÓticaLunetterie

Lutz FerrandoMaison de Vue ÓticaMaison des GriffesMaison OptiqueMine ÓticaMundo dos Óculos

O Pince-nez de Ouro ÓticaOptibel Produtos ÓticosÓptica AhrensÓptica PacielloOpticien ÓpticaOptiglassOptikéOptimoda ÓticaÓtica AlbaÓtica AlvoradaÓtica AnaÓtica AtrevidaÓtica BelémÓtica BenrísÓtica BrasíliaÓtica Cine Foto SissiÓtica CinelândiaÓtica ContactusÓtica ContinentalÓtica Cosme e DamiãoÓtica DalvaÓtica Flor de LizÓtica FreddyÓtica GaivotaÓtica GraziellaÓtica IdealÓtica InhangáÓtica JannyÓtica JulienÓtica LannaÓtica LíderÓtica LordÓtica LuneÓtica Luxótica

Ótica LyonÓtica MichelÓtica MiramarÓtica MundialÓtica Nova LuzÓtica ObjetivaÓtica OpcionalÓtica ÓperaÓtica PastorÓtica PilotoÓtica PortugalÓtica QuentalÓtica RequinteÓtica RianÓtica RioÓtica RoyalÓtica SerradorÓtica ServeÓtica ServidorÓtica SeteÓtica ShalonÓtica SuavisãoÓtica Suiça de PrecisãoÓtica TelesÓtica ThenessiÓtica ThiessemÓtica TijucaÓtica TupiÓtica VenezaÓtica VidalÓticas BrasilÓticas CidadeÓticas CondorÓticas CopacabanaÓticas DimensãoÓticas do PovoÓticas LinceÓticas LorgnonÓticas MarsolÓticas UniversoÓticas VilasÓticas VisãoPonto de Visão ÓticaPonto de VistaPronto ÓticaPupilóticaServo ÓticaStilo ÓticaTharys ÓticaVisolux Ótica

^V-r:

Informe Publicitário

Apicius

RECOMENDAÇÕES

UVA, VINHO E DIA — Av. Olegário Maciel, 373 — Barrada Tijuco — Tel.: 399-8412. Aberto para jantar, o partirdos 19 horas, Uva, Vinho e Dio tem como especialidadeFondues (de fromage, suisso, oriental, de carne, decamarões ou de chocolate) e Reclettes simples ou à parmo.Nesta época (inverno) também oferecem bem variada"Tábua de queijos" e vinhos nacionais das vinícolas doRGS, especialmente as de reserva especial, tinto, branco erosé. Do serviço à Ia carte, merecem destaque o Filet à Lordou à Cubana, e Strogonoff de filet e o Steak ao Poivre.Ambiente acalhedor, nos moldes europeus.OURO VERDE (Hotel Ouro Verde) — Av. Atlântica, 1456 —Tel.: 542-1887. Almoçoe jantar nos moldes internacionais.Diariamente há sugestões diferentes além das que jácontom com 34 anos de tradição como o indispensável FiletGrand Veneur e Peixes de várias maneiras. Para hoje oChef preparou um Mah-Meh que reúne frutas (abaccxi epêssego), camarão, costeleto de carneiro, medaillon decarne de porco e de filet mignon e coxa de frango.Acompanha talharim au curry com pimentões verde evermelho e champignons. Medaillon de Vitela com pan-quecas de espinafre e batata frita ou Namorado ao molhorosado c/bolinhas de saumon fresco é outra especialidade.Lindíssima vista panorâmica.DEL MARE — Rua Paul Redfern, 37 — Ipanema — TeIs..239-1842 e 274-2986. Almoço executivo com preço convi-dativo Jantar à Ia corre com inúmeras opções em peixes(na braso ou ao forno) trazidos por mergulhadores particu-lares que fazem parte da clientela da casa. Como opções,Picanha de boi ou de búfalo na brasa e massas defabricação própria com sobor autenticamente italiano.Garoupas, robalos, bandeijetes, linguados e outros pesca-dos podem ser escolhidos no aquário quç ornamenta osalõo Dois ambientes (altos e baixos)-decorados commotivos marinhos. Manobreiros estacionam seu carro.

BAR DO BETO — Rua Farme de Amoedo, 51 — Ipanema— Tel. 267-4443. O lugar ideal para reuniões em torno dechopinho gelado acompanhado das patinhas de caran-guejo ou das porções aperitivo no final das tardes ou paraa gostoso Feijoada (190) com tudo que tem direito,inclusive batida de limão dos almoços de sábado, semfalar do fortíssimo Cozido dos domingos. Durante osemana, o prato "chove" é a Picanha que é servida comfarofa, arroz e batata frita. Reformado recentemente, o Bardo Beto tem um ambiente ocolhedor e super-descontroídocom capacidade paro 200 pessoas, no térreo e no andarSuperior,

REAL — Av. Atlântico, 514 — Leme — Tel.: 275-9048.Diariamente almoço e lantar tendo nos Peixes e Crustáceos(do mor o dagua doce) seu forte, usando o Slogam:"0 ReiLegítimo das Peixadas", por se tratar do primeiro restou-rante em Copacabano a especializar-se em frutos do mar,Sai prato a base de à bose de Filet Mignon também fazemparte do cardápio. Das especialidades: Bobó de Camarões,Bocolhau na Brasa, Sopa Leão Veloso e o |á tradicionalVatapá dos domingos. O ambiente refrigerado e ompio, ecloro com deslumbrante vista do praio de Copacabana.

ÉL PESCADOR — Largo de S. Conrado, 20 — Tel.: 322-31 33. Especializado em comido espanhola e internacionalvoltado para frutos do mar, El Pescador promove seuprimeiro Festival de Comido Espanhola, especialmente daregião basco. O Festival mostra enorme variedade depratos típicos como o Poella Valenaana que reúne mais de20 qualidades diferentes de peixes e crustáceos prepara-dos por cozinheiro espanhol. El Pescador funciona paroalmoço e |ontar apresentando, às noites, shows de "Tabla-do Flamenco" com artistas vestidos à corater, olém do "trioLos Dominantes". Convém fazer reserva. Ambiente amploe ogradável.

CHAMEGO DO PAPAI — Av. Erasmo Brogo, 64 — Frte. aoFórum e próx. à Câmara dos Deputados. Tel.: 231-01 I I.Diariamente almoço e |ontar exceto oos sábados e domin-gos quando a casa não abre Dentre os churrascos na brasadestacam-se a picanha e o maminha de alcatra. O serviçoe a Ia corte com os acompanhamentos que o freguezpreferir. Dotado de ar condicionado central, também servechopp e petiscos do lodo de fora, ao or livre Eleito oRecanto dos parlamentares, magistrados e advogadosSlogan: Onde o Churrasco e um "Ex-Touro" São aceitostodos os cartões de crédito e cheques

ADEGÃO PORTUGUÊS — Cpo de S Cristóvão, 212 —Tel. 580-7288. Diar. almoço e lantar. Do cardápio.portu-guês e internacional, destacam-se o Bacalhau à li doPipo, Truttas, Polvos, Cabritos e Leitões assados e atradicional Feijoada Carioca, além das sugestões diários, aexemplo do Tripa ò Moda do Porto, das 3°s feiras.Conserva estilo característico tradicional hó 20 anoi. Soo 3ambientes regngerados, decorados de maneira simples econfortável. São aceitos cortões de crédito e cheques e oestacionamento é fácil.

Lauro Fabris

^/Jj

T

\\\\

d

Costumes chineses

Restaurante MingRua Visconde de Pirajá, 112,sobrado. Tel.: 267-5860

Gostas

de comida chinesa?Perguntei, um dia, a certaamiga. Ao que ela respon-

deu: — De longe, é a que prefiro. E,por falar nisso — que comem oschineses?

Achei a pergunta ingênua. Era dis-creta. Direi mesmo, leitor, discretíssi-ma, pois quando comecei a explicar oque comiam os chineses, logo lembreique

"comida chinesa" é uma sigla,

como UNESCO, ONU, PCB. Não querdizer nada, já que pode dizer quasetudo. A cozinha em questão englobaporcos, pérolas, patos, ninhos de an-dorinhas, barbatanas de tubarão e, nosdias de extrema penúria, órfãos, raí-zes, mesmo alguns letrados que caí-ram em desuso. Isto sem falar nosgafanhotos (o que, além de ser vingan- ¦

ça agrícola, deve dar uma alegre fritu-ra, embora duvido que nutritiva).

Foi longa a digressão e curta avolta.

— Gostei tanto da idéia que achoaté que vou levar comigo umasamigas.

Tem cor local a sugestão — refleti—, são tantos os chineses, que é difícilpensar em algum comendo solitário e,

além do mais, aqueles pratos todosmuito lucram em serem repartidos.

Fui, pois, esperar a legião (na verda-de eram três) no Restaurante Ming doqual tinham me dito algum bem. Con-cordo com o dito. É sóbrio o lugar. Nãotem dragões, quimeras, nem nuvensretorcidas. Aliás, nada tem e, naquelanoite, sequer fregueses, o que o faziatriste.

Esperando as amigas, pedi unswanton fritos e uns pepinos acre-doces. Tinham os wanton a bela quali-dade de não estarem nem um poucogordurosos (como os que, por aí, sãoservidos) mas a massa não tinha maisencantos além de secura. Quanto aospepinos... eram pepinos.

Nisto, chegou minha amiga e assuas, álacres, cheias de fome. Pedi-mos logo um frango acre-doce, umpato desossado com molho especial,urp talharim de arroz frito com cama-rões e algum arroz colorido.

"" Era bom o frango, excelente o pato,mas o melhor de tudo era o talharimfrito que vinha frito com decência — oque raro acontece com as massas nosrestaurantes sínicos. No fim, as le-chias em conservas eram iguais atoçJas as lechias em conserva: umJôye, agradável perfuminho. E o preçoera bom.

Mais gostaria eu, leitor, de disser-tar sobre a talharim frito e suas qualida-des. Porém nada é perfeito. Vinha elecom camarões E, no dia seguinte...

j ^

I

I

ra|^Mp* \ ¦'^40f~: "1

PyBiM|g|i^^ ^V'

[-1

^j^r^'~-* £'&<¦•-^am ^«?. • • Sgllg,.

\ '1 isgiBMk

H S8w£** ^.t,..l^^^ME^fej|^i|a-*><^, W^^^HP**H|£p$; -•-%* •..* ^ W^tL, . ^--M' « * "3^1?^ m\ ^HP; >% .¦¦ -1M ,' V-';WM^E"-*IH. 'v '^k -. ' V ,.i,M iMBfeBy l!|3- ¦U ^¦rafk ^:K, .^. .,

KFLU^Pl'_i%_''*'"''"fcZjtfyi''' L jZ^B Mr | '; - I \ \ MKife.- J*t£? 1

¦sfli^jv"^ wJ9HHk^9»1 .1 aM*1 W

-. - - :\ qlS M¦»£,. Ai— 1^> V

gn%:

Kim v*

sBS^ •

flflP-»^H

__^Bp"'

^lljf"

p cj

LÚCIA KARABITCHEVSKY,27. morre de saudades dosanos 50 —- mas não é

porque ali se ouvia BlueVelvet no rádio ouchupava-se um Ja-Ja decoco da Kibon. Lúcia fazchapéus. Se vivesse nos 50,estava milionária. Seu pai, omaestro Isaac, já lhe contouvárias vezes como asmulheres se sentiam nuasse saíssem pelas ruas semcarregar um chapéu, fossena cabeça ou mesmo nasmãos. Era um bastião damoral. Hoje, moral é o quese vê — e bastião, seexiste, é apenas umescurinho vendendo bala nosinal. Lúcia não se importa."Tem sempre alguém

querendo revelar algo paraos outros e usa um chapéu

para demonstrar isso", diz.São peças de vanguarda,usando do acrílico à seda,mas sempre em formatosextravagantes. As noivassão suas maiores freguesas,assim como punks,cubatenses e outros loucos.O mundo, de um modo

geral, no entanto, parececada vez mais criarobstáculos para chapéus.Para enfrentar carrosminúsculos, de teto baixo,Lúcia desenhou peças deespuma, que se acomodama qualquer espaço. Podem

parecer tubos, discosvoadores, protetores de sol

para bispos. Custam a partirde CZ$ 500 e carregamtodos a marca de Lúcia,Nefelibato Quer dizer"habitante das nuvens". Láainda se usa chapéu

"Aqui

tá todo mundo com medode dar bandeira", diz Lúcia.

20

Lúcia: "Os

chapéus revelammuito do interior

das pessoas" Dinah analisa os brasões do Rio

ADEMAR OLÍMPIO não vaiatender se o chamarem as-sim. Prefere o vulgo, PAPA-LÉGUAS. Nos anos 70 andou

por todo o underground doRio, vendendo livros e discos— tudo alternativo, é claro.Mas vieram os 80, com suatendência a deixar tudo me-nos radical, e levaram Papalé-

guas para uma banca fixa naPUC, onde vende livros deboas editoras. Papaléguasconservou porém as tranças eo discurso:

"Na PUC os pra-tos são maioria apenas entreos serviçais. Com a bancatranso minha alforria, mas es-tou só".

S3;

hHKH^HHGBi HI

iBS I 1,-A<Yi.*Bt >^SSllbt

|^9H|HH|^9^^^^J|Kh^^ ^%jp- I

^wSF ^mmkii'iff 'SJ ^'Sevv'' :

s£; . J^^K ' .

1 ¦MMr ~*

saHMHBp

¦¦P$s|rr,<- ^MIHB^•

iflj ^.

'^B

.'': ^£&K£tt£g£

E^^H!9»ut:^^^^^^i^^^H^il^^EiWiXit'I^^^^HAfll»VnHB'~:

¦KVm CrflBBr

« i I'll & -l^HBIl'.fft f^B I fiili fa 'V'^Hwvrr -

^^B7 v4U^HI#HilW1 m-1 • ^ylP -.

rsí2Mcn"c

rsjOc:

DINAH GUIMARAENS temsido vista em castelos mal-assombrados, se esgueirandoentre torres e teias de aranha.Ossos do ofício. Dinah, que jáfoi vista saindo de motéis comanotações que resultariamnum livro sobre arquiteturakitsch, agora investiga comobrasões, armas e escudosfuncionam na estética carioca.Para ela, a presença dessaheráldica fora do tempo —

cultuada agora até numa lojade decoração medieval, naBarra — revela a valorizaçãodas raízes familiares pelosproprietários e a permanênciade uma "vertente hierarqui-zante" na sociedade brasilei-ra. Nada da inocência da Impé-rio Serrano e seus passistasde peruca e coroa. É "samba-

enredo denúncia" da Capri-chosos. "0 aparecimento deréplicas de "castelos medie-vais" na arquitetura de subúr-bios e locais de veraneio doRio simboliza a manutençãodo poder pelas classes domi-nantes", afirma Dinah. Ela vi-sitou, além dos castelos, umaloja no Cassino Atlântico, quelevanta a descendência nobredos interessados. SegundoDinah, é uma mistura de nos-talgia, monarquia e domina-ção:

"É o sangue e o nome defamília justificando a posiçãode destaque na hierarquia so-ciai, contrapondo-se a uma"gentinha"

bastarda e semantepassados ilustres".

ELVIRA PAGA está lançando Jo segundo volume de suas ><memórias, uma narrativa ab- 3solutamente calcada na técni- 2ca do realismo mágico e que ^tanto pode situá-la se corres- ^pondendo com a sensualidade ído planeta Vênus como rapta- ^da pela ditadura de Médici. 1Acredite se quiser. Elvira cos- ^tuma ser apontada como umadas musas da liberação femi-nina no Brasil. Aprontou. Sam-bou nua no Municipal, apre-sentou o biquíni ao país numdesfile em carro aberto pelaAv. Paulista. Foi presa, tentouo suicídio, morreu e ressusci-tou várias vezes — segundoconta no livro. Hoje, vive numapartamento em frente ao Pi-nel, em Botafogo, e, entre apintura de quadros fantásticoscom o rosto de Guevara, zela,como sacerdotisa da OrdemTerceira, para que o mundonão se esborrache de vez. 0sexo sempre foi livre para Elvi-ra — mas ela cansou. Nãotransa há 18 anos, uma ativi-dade que interrompeu logodepois do seu caso com FidelCastro e que lhe rendeu histó-rias para a biografia, como ade ter "assassinado"

ErrolFlyn, que a havia raptado, comuma dentada nos lábios.Quem quiser mais emoçãoaguarde o próximo livro. Nele,Elvira contará, sempre em lin-guagem, digamos, fragmenta-da, como salvou, telepatica-mente, a ilha de Porto Rico deser varrida por um furacão.

Elvira Pagã hoje, com sua pintura do amado Che Gueva-ra. E nos anos 60, símbolo de uma mulher mais avançada

21

mm

" «3fSr0 de Sao Cristovao passa boa parte das 450 mil pesseas que q'ua'driplicam a populate fixa do bairro 0 progresso e...

TfjXajk^r

Ts. crísLÍNH

m

LINHflC

S. RflTEUS

• $§»-l^TOF

.-r

Na estação de Sáo Cristóvão passa boa parte das 450 mil pessoas quequadriplicam a população fixa do bairro

Fotos de Vantoen Jr./ZNz

São

Cristóvão é um bairro de

contrastes. Conta a História do Brasil

que os índios tamoios foram os

primeiros a descobrir o lugar. Depois deles

chegaram os padres jesuítas e por volta de

1808 um morador ilustre: D. João VI. Ele

recebeu a Quinta da Boa Vista de presente

de um comerciante português e fez dela a

residência oficial da Família Imperial. O

progresso não conseguiu eliminar alguns

resquícios desse passado de glórias. Ele

sobrevive na fachada das casas centenárias,

mas está a cada dia mais ameaçado pela

poluição causada pela invasão de seis mil

indústrias e fábricas que funcionam no

bairro. Nos finais de semana os nordestinos

invadem o Campo de São Cristóvão e fazem

sua feira. A turma que gosta de espaço e

muito verde procura a Quinta da Boa Vista,

a maior área de lazer da Zona Norte. São

Cristóvão cresceu e já tem 15 favelas. Mas

isso já é outra história.

Uma aula de

HISTÓRIA

lUEHALE

0

...a poluigao O tumultuado romance de D.Pedro I e a Marquesa de Santos era ambientado em saloes sofisticados comc este

LJUmt^BBS^SxSE^B£^r'aSni''m" *'¦¦»" ' ; $£l$lt/&%

Espaço é o que náo falta na procuradissima Quinta da Boa Vista Os nordestinos fazem a festa no Campo de São Cristovão

.a poluição o tumultuado romance de D.Pedro I e a Marquesa de Santos era ambientado em salões sofisticados come este

2$&

S5SWU

*v. if f t- t j r -I JllllC ^e—-—rkT*—v*» !. "TV3 '¦^inxifcA t, t

j

^

K

'

'^'' ' ~" ,_^^~ :

i ^ ^ ^

j£>^:;/&i^'%pSS&^syrapsg^^

S!HI *|-s>^VVVt.'£ •[,(,!Íf * »>'> V*V*!S!,!|,.»i,f ».*. '¦? i$»'IK* J; *fc *•$.«lílpllllíí'|M;BM»té«i< =•-*> *;V t-mmiri

São Cristóvão já foi o bairromais poluído do Rio. Perdeuo título para Borisucesso, masainda está na lista dos cincomais atingidos pela fumaçadas seis mil indústrias queproliferam por lá

O Museu Nacional era aresidência da Família Imperial.Hoje pode ser visitado porqualquer pessoa e tem muitoo que mostrar. Antes dechegar a ele podem-se ver asgarças do Jardim Zoológico e

, os jardins da Quinta da Boaf Vista

24

m

55H

1

Kk ^^3 I

¦ BT^H

mm ^SBffiH¦lMBBB« flHI

.1il3® ¦.!&

II

M''^~F®® ®^ Wfffi^H^^^HBIi WN&^MBBkUtA^JBk

I »WtrK«*;»*r«»« " ' _¦7^v ,^v ^.' i «•»•««»*jw»<» 1K/ --. ^ u , a. r *M^' r» *N % 5"' ^ias •

^ iffifli ffeAstpi

'¦' 1 <$ Pm ; #% i ••

$» p^ Jh a Jl. liii sis' ' __ . : " . ':

B> ^B Bp

O Solar da Marquesa deSantos em estilo neoclássicofoi construído em 1826 parahospedar o grande amor de DPedro I e permanece belo atéhoje

?

Na Feira Nordestina noCampo de São Cristóvãoencontra-se de tudo, deliteratura de cordel aporta-retratos kitsh, comidastípicas e redes de algodão,ideais para fazer a sestadepois do almoço

¦ ¦

H^^H! -*t2&a& i ^

25

sa¦ ¦

11

^^^^yy^Cj^j^^^V^^[~£]3lwi?lli*' *#^r

taJ^ ijLuG^^Bfffik^^ ^a*<jk^i8ii>i tr i "yJH Bg-'^Mjf.Ti

B»i|»lviê&W £«&&«» $w$£fi&fó ¦'. •• • -

Helena" TavaresFotos de Henrique Viàrd/ZN^

Se

você passar pela Boa Viagem,em Niterói, e se encantar com asolitária ilha, ligada ao continentepor uma faixa de areia e por uma

estreita ponte de cimento, fique certo deque não será a primeira e nem a última

pessoa a ficar de longe morrendo de vonta-de de subir até o topo para ver de perto acapelinha, o forte e o castelo. Há séculos, olugar exerce fascínio, principalmente, nosmarinheiros que a chamam de Ilha Sagra-da. Para sua informação, saiba que seudesejo pode ser realizado facilmente. Há 50anos, todo quarto domingo de cada mês,sempre às 9h30min da manhã, é celebradauma missa aberta à comunidade, comdireito a cafezinho e bolo no final. Alémdisso, desde abril, no segundo domingo domês, às 16h30min, a UFF, através de seudepartamento de difusão cultural e comapoio da Enitur, organiza eventos artísticos,sempre ao ar livre e com entrada franca.Hoje o coral da UFF se apresenta lá.Aproveite, mas vá com disposição, poissubirá 200 degraus de puro granito.

A ilha, mais conhecida como da BoaViagem, já funcionou como ponto de defe-sa nacional, lugar para quarentena de indiví-

duos suspeitos de doença contagiosa eescola de marinheiros aprendizes. Suasedificações seculares remontam à épocada invasão francesa. Dizem os historiado-res que o forte, construído no século 17,nunca se deixou vencer. Sobre a capela, oúnico documento que indica a data de suaconstrução, é uma lápide existente na portadizendo que a obra foi iniciada em 1734.Quanto ao castelo, é a edificação maisrecente. Foi feito pela Marinha, na época daPrimeira Guerra Mundial, para servir comoponto de observação no caso de possíveisataques e também para abrigar, naquelaocasião, os marinheiros. Em 1936 a ilha foitombada pelo Patrimônio Histórico Nacio-nal; no ano seguinte, foi doada pela Mari-nha, a título precário para usufruto, aosescoteiros do mar. O Almirante BenjamimSodré ficou responsável por sua manuten-ção. Conta a professora Maria Pérola, filhado almirante, que seu pai se apaixonou pelolugar quando lá passou com seus marinhei-ros. O Ministro da Marinha, sabendo disso,o colocou no posto. Benjamim deixou aigrejinha a cargo de sua esposa, que erabandeirante. Desde então conservou-se olocal e passou-se a celebrar uma missa

Para se tornar mais popular, a Ilha da

Boa Viagem quer exibir seus mistérios

A vista do Rio é um cartão postal

26

a

todo quarto domingo do mês. Diz a lendaque a chuva nunca atrapalhou este progra-ma: "Pode

peguntar aos mais antigos. Jáhouve dia de amanhecer chovendo, daruma estiada no tempo certinho da missa,dar tempo de o pessoal chegar em casa edepois cair aquele temporal", conta MariaPérola. Os devotos acham que o fato só éexplicado por Nossa Senhora dos Navegan-tes, que protege a igreja e o local.

S.O.S. BOA VIAGEM — Após a morte deBenjamim Sodré, em 1982, Maria Pérola,Comissária Nacional dos Escoteiros doMar, passou a se responsabilizar pela ilha.Os escoteiros, que fazem do castelo suasede, cuidam do lugar como podem. Acapela, apesar de ter sofrido nestes anostodos quatro incêndios criminosos, estáem ótimo estado, mas precisa ficar tranca-da nos dias em que não há missa. "Se

deixarmos as pegas aqui, roubam tudo",diz Maria. O forte precisa ser restaurado,mas ainda tem suas paredes em pé. Aospoucos, a prefeitura limpa o mato quecresceu em volta e os vigias, marinheirosque moram na ilha e em troca tomamconta, fazem o que podem pela conserva-ção. Um deles se instalou com a famílianuma parte do castelo e um outro numacasa que foi erguida na entrada. Eles dizemque o duro foi convencer o pessoal a morarali, pois em temporal o vento sopra forte eparece noite de filme de terror.

Há um ano, a Enitur — Empresa Nite-roíense de Turismo — lançou um projetocom o nome de S.O.S. Boa Viagem, com aintenção de colocar a ilha em condição deatender a população que desejasse visitá-Ia. Agora, segundo Ricardo FigueiredoAraújo — Coordenador Turístico da Ilha daBoa Viagem e funcionário da Enitur — aidéia já tem o nome de Viva Boa Viagem ese oferece o lugar aos visitantes. Mas osprojetos não param aí. Pensa-se até eminstalar lanchonete, sanitários, um local depiquenique, iluminação adequada etc... pa-ra que se torne um excelente ponto turísti-co de Niterói. Mas, no momento, a primeiranecessidade é a água que não existe por lá.Por enquanto, a ilha abre no segundodomingo das 12h às 18h, para o programacultural da UFF e no quarto das 9h às 15h,sempre com um guia de informação.

A programação do projeto Viva BoaViagem até o fim do ano é a seguinte:

Hoje, Coral da UFF; dia 28, missa; 12de julho, apresentação de uma peça tea-trai; dia 26, missa; dia 16 de agosto,Orquestra Sinfônica Nacional da UFF; dia23, missa; dia 13 de setembro, Grupo deViolões da UFF; dia 27, missa. 0 programade outubro — dedicado aos festejos defundação da ilha — só será divulgado emsetembro. O quarteto de Cordas da UFF seapresenta dia 8 de novembro. Se por algummotivo os eventos não puderem ser realiza-dos nas datas marcadas, automaticamenteficam transferidos para o fim de semanaseguinte. É subir, assistir e se encantarcom o passeio bucólico. Além disso, a vistada Baía de Guanabara que se tem lá decima merece um cartão-postal. ©

I t'jf'' ^ ''}"$* '' '

A igreja, no altoà esquerda, estáapresentandoconcertos. Acisterna, àdireita, só temvalor histórico.A ilha não temágua. O forte,foto do meio,foi construídono século 17.Ao lado, a visãoparadisíaca quea ilha fornece.Duas vezes pormês, a BoaViagem estáaberta aosamantes danatureza.

fcfifc* ' ¦¦

j'Jbd ': ^vra^Br llBr^ap.*-¦-

'• ..

|EL^|

¦¦¦ViSHlH

E* -«H

serviço

No Itanhangá Art Center, as aulas são numa galeria de arte que também é ateliê

Um curso para

a prata

^Mwm_|mrrMM.mwMMMmM^^

Alunos aprendem a fazer esculturas

em prata para serem usadas como jóias

No

primeiro dia, os alunos aprendema fazer uma aliança de prata perfei-ta, sem emendas. No dia seguinte,

fazem uma corrente. Em cada aula desço-brem os segredos da ourivesaria até pode-rem criar suas próprias jóias. Em seismeses podem expor na galeria de arte (quetambém e ateliê e loja) no Itanhangá ArtCenter. "A

gente dá espaço para o outroaprender", diz Mareio Mattar, dono doatehé, parafraseando Augusto Rodrigues.Márcio é escultor, já deu aulas de esculturano MAM e durante 10 anos mantinna umaescolinha de jóias em Botafogo. No anopassado, mudou-se para a Barra da Tijuca eao lado da mulher, sua ex-aluna e ex-psicóloga Sílvia Lima, abriu urn espaçomaior para o ourives contemporâneo. "Tro-

quei o clivã pela banca de trabalho", dizSílvia.

No mês passado, 12 alunos de Mattarescolheram suas peças mais bonitas e ascolocaram em exposição. O público teveuma surpresa: o nível profissional era exce-lente E ias jóias capazes de provocar rea-çóes atá exageradas. Diante dos colares ebrincos "erotizados" de Cláudia Malagute,22, por exemplo, urn músico que mora em

Já há quem esteja mudando de...

...profissão para fazer jóias

Paris fez-lhe um elogio por escrito: "Com-

pulsivamente erotizado, de um amanteimaginário." Cláudia adorou. Ela confessa

que sempre teve uma queda para dese-nhos eróticos e que, entre as suas brinca-deiras infantis, predominava a arte de fazerbijuterias. No ateliê, conseguiu unir todosos seus sonnos e está começando a ganhardinheiro com as jóias.

" i emos um ambien-te muito animado por aqui e é ótimo podercolocar a jóia como proposta de arte ,conclui a estudante de desenho industrial.

A maioria dos freqüentadores do cursosão pessoas ligadas as artes, mas já apare-ceram por lá donas-de-casa, estudantes dosegundo grau e até coronéis, tentandodescobrir uma nova profissão. Homero F.Borges, 26, não se arrependeu de deixarpara trás a seguradora onde trabalhava.Agora, depois de alguns meses de aula,abriu um ateliê em Niterói. Não dispensa asidas a Barra onde recebe dicas e toquesainda fundamentais dos professores. Con-fessa que trabalha com prazer, coisa quenão acontecia quando lidava com seguros.

PACIÊNCIA DE JÓ — O curso (CZS 4 milpor mês) dura em média seis meses,tempo suficiente para o artesão aominartodas as etapas de confecção de uma jóia.Eles compram ou trazem de casa pratanova ou antiga, derretem o material noforno especial, moldam as chapas e come-çam a etapa mais demorada: a do pohmen-to e acabamento. Um trabalho que exigeuma paciência ae Jó, principalmente quan-ao se descobre uma manena inesperada naprata, o que obriga o recomeço de tudo."Mas uma jóia é uma jóia", tenta explicar aescultora Maria Augusta Brito, 36, quecombina com maestria o poliéster e a prataao criar gargantilhas e pulseiras.

Não é preciso ser um gênio para trans-formar a prata em jóia.

"A pessoa precisa

pegar intimidade com o metal. Como éuma relação que envolve valor, as vezesfica difícil. Mas quando deslancha, é oti-mo", garante o professor Abner Saiustiano.O retomo é rápido, diz Abner. Se o alunogasta CZS 1 mil em 100 gramas de prata,pode vender um par de brincos — 20gramas no máximo — por CZS 2 mil e paraisso precisa apenas de algumas horas paraconfeccioná-los.

Todas as peças da loja-atelié são assi-nadas, exclusivas e com certificado especi-ficando o material utilizado. O preço estásempre abaixo do mercado, que possui emgeral vários intermediários. A aluna IsabelaCosta, 23, já abriu seu próprio ateliê emcasa, onde cria braceletes e anéis. "Eles

retratam o que eu 'sou, uma coisa meio

louca". Loucas ou náo, elas já ganhamespaço ate em lojas exigentes do RioDesign Center, onde Isabela expõe e vendeseu trabalho. Os artesãos agora invadiramo ateliê também nos fins de semana. FoiSílvia quem descobriu que é ótimo traba-lhar aos domingos. Diversão ela tem todosos dias com as turmas criativas, falantes eanimadíssimas do curso de ourivesaria. Oateliê fica na Estrada da Barra da Tijuca,1636 E 201. ©

28

E* -«H

*L

jjbd '

mL. -.^p

fc—mm .wmw, .-¦ ".—

|PI|M| H^v? . i^0f*:; I

P^ '

M^| (JpP^•¦ ^|^l I

sa***»»

TELEViSAO 0 BARATO DO DOMINGO 17

CINEMA TUTTYVASQUES 18

0 DIA DA CRIANQA 12 TEATRO 19

SHQW 14 ROTEIRO DA SEMANA 22

TELEVISÃO

¦ wiii jciiu

naua

AV ' 'yi'v-*#^^ it ?V •- - j-y&M&re- .^iiWMI' Nk.

tjjj^ |p|||pf

r^ '^^^h|||^~

*fiir^ ^K

^V A atriz novela: "Acho meio cafona. No comego das gravagoes, m^^^ava completamente irreal.

Um jeito

nada

brega de ser

A atriz tinha medo de trabalhar em novela: "Acho meio cafona. No começo das gravações, me achava completamente irreal.

A chique Patrícia Travassosbrilha muito, na novela dassete, como a brega Mercedes

Ela é brega, penduricalho de camelô,suburbana. Tipo gente fina, liberal-romântica, solitária. Chama-se Mercedese nem de longe lembra a atriz que arepresenta, a não ser no jeito engraçadoe no verbo fácil e solto. Quando PatríciaTravassos, 35 anos, aceitou fazer suaprimeira novela — Brega e Chique, deCassiano Gabus Mendes — tudo o quesoube foi que faria "uma manicure amigade Rosemere (Glória Menezes) com umrelacionamento amoroso problemático".Para dar vida a esta curta sinopse, Patrí-cia resolveu inventar. Hoje, Mercedes édas bregas mais interessantes da novela,coisa que a atriz já sente na rua e nosrecadinhos que recebe, como o do atorNey Latorraca, que prevê que até o fimda novela "Mercedes vai longe".

Desde que abandonou o grupo As-drúbal Trouxe o Trombone em 81, Patrí-cia Travassos deve ter áido das figurasmais consumidas e menos vistas domeio artístico. Dirigiu shows da extintaBlitz, fez figurinos, letras de música para

grupos e cantores tão diversos quantoSempre Livre, Rádio Táxi e Tânia Alves, ehoje ainda escreve o seriado ArmaçãoIlimitada. Na TV — aquele "monstro"

contra o qual ela tinha inegáveis precon-ceitos — a atriz começou correndo porfora, experimentando trabalhos como naQuarta Nobre, onde adaptou InspetorGeral, de Gogol, um outro especial daBlitz, e dois episódios de Armação llimi-tada. Tudo o que estivesse em completasintonia com o fino da novidade e deIpanema, berço da atriz. A interioranaMercedes ficou escondida em algumcanto e foi surgindo meio vacilante. "Te-

nho um certo grilo de fazer novela, achomeio cafona. Novela é muito real, estouacostumada com a atuação over-over daArmação, com muitos códigos. No co-meço das gravações me achava comple-tamente irreal. Pensava que o tom dosoutros atores era normal, o meu não!Fiquei meio angustiada", conta.

Mesmo preocupada com o desempe-nho dos atores com quem iria contrace-nar e não conhecia (nem de TV, que nãovia), com a possível falta de realismo deMercedes ("achava que ela se vestiamuito bem pra pouca grana que tinha") ecom os freqüentes escorregões nas pa-lavras ("vivo falando mermo e a novela é

paulista") Patrícia foi aos poucos relaxan-do. Juntou pedacinhos de Mercedes nasmanicures da vida (apesar do ardisplicentemente-muito-bem-vestida, amoça vai ao cabeleireiro tratar das unhasroídas), nas lembranças de Copacabanae em tipos que conhecia. Nada complica-do. Patrícia já incorpora Mercedes "en-

trando na roupa, inventando uns caqui-nhos e fazendo a cena". Agora ela até sediverte. "Jogo

íntimas petecas em cenacom a Rosemere (Glória Menezes), gos-to do trabalho fluente do Cássio GabusMendes (Bruno)." Patrícia acha tambémque topou o trabalho pela direção deJorge Fernando e pelo tom de humorsimples e leve do autor, "que é conside-rado ótimo para quem quer começar. OCassiano e o Sílvio Abreu".

No mais, ela se fascina com a simpli-cidade da produção. No Armação, qual-quer dica do autor é filmada dúzias devezes e mil objetos são quebrados paraque se consiga o efeito desejado."Novela

é direto", conta Patrícia,"tem até tempo para ensaiar, inventar

uma maneira de atuação. Mas o maislegal é voltar ao trabalho de atriz. Estavacom saudades e pensando nisto quandofui chamada. Gostei da coincidência."

Maria Silvia Camargo

2 PROGRAMA

CRITICA^^í^SSmâS^&M4Ag^ÈM^jM$ll$^$g^KI^^^^rosmmE$PÍ^«®i^^®®KiB33^®5S§EB:' .^>.C gK 'z «:

Museu de contemporaneidades

Sob o comando de MarceloTas, Video Show trazcriatividade para a Globo

Fruto bendito da geração que tevecomo babá e bê-a-bá a tevê, Marcelo Tasentrou no ramo para espanar o mofo doconformismo. Por isso mesmo, volta emeia perde o emprego (ou o canal), parasempre reencontrá-lo mais adiante comseu inquestionável talento. Partindo deuma produtora independente, a Olhar Ele-trônico, sua criatividade já passeou porpraticamente todos os canais. E na pele doseu alter ego Ernesto Varela, numa sériede reportagens internacionais com o fielescudeiro Valdeci, chegou a desembarcarsua irreverência na Praça Vermelha, cau-sando tanto espanto quanto o jovem pilotoalemão Mathias Rus, aquele que provouser possível entregar uma bomba atômicaem mãos. Já Ernesto Varela, diante doKremlin, esboçou um minirrelatório Kinseysobre o comportamento sexual da juventu-de moscovita, arrancando de um rapazsoviético a confissão de que transava coma namorada, ora vejam só, tudo isso sob osolhares da KGB e da câmera doidona dotambém pseudonômico Valdeci.

Na Copa do Mundo, muita gente boagirou o botão para a TVS só para acompa-nhar as matérias, dentro e fora do campo,desse repórter que teve a cara-de-pau deperguntar ao Nabi: "Qual vai ser a suapróxima jogada?"

Agora, como Marcelo Tas ele mesmo,depois de dissabores na Manchete, apre-senta na Globo todos os sábados, às14h30min. o Video Show. Se por um ladoisso o obriga a amenizar o estilo-pirata, paraadaptar-se ao padrão, por outro o conecta

m ^

o £§1JD wgm *o ||0S|

a;

O apresentador é atração por si mesmo

com o rico acervo da emissora e sua mesade edição.

Vale a pena dar uma olhada. Sob adireção de Cacá Silveira, Marcelo se apre-senta dentro de uma concepção surpreen-dentemente simples, emoldurado por umretângulo, contraponto ideal para o requintetécnico do programa. E ora o apresentadoré a atração por si mesmo, ora serve deponto de diálogo, num alternado ritmo deaceleração-desaceleração, para o caleidos-cópio que se forma diante do espectador.

Porém a marca maior do Video Show éa colagem, a edição, que fazem da TV ummuseu estonteante de contemporaneida-des (ou já nem tanto), álbum de figurinhasou retratos, irrelevantes ou não. Há sempreo capítulo novelas, quando o péssimopode virar ótimo, bastando para isso amixagem e o distanciamento, dissociaçãode palavra e imagem, criando um terceiroproduto, como a procura de 0 Outro,noutro dia, através de telefonemas do apre-sentador para Francisco Cuoco em sucessi-vas novelas.

No último programa, entre Elba Rama-lho, skate, um Eduardo Dusek apocalíptico,imitadores de Elvis, uma homenagem àbela atriz Lilian Lemmertz, Sylvester Stallo-

ne namorando cheio de ternura nos basti-dores de Cobra, tivemos uma amostra decomo será a TV no ano 2000, com apropaganda feita por computadores paraprodutos de Tecnologia de Ponta Paraí-sos e naturezas artificiais, nesse momentoem que a natureza propriamente dita estáindo para o brejo. Tenho para mim que ahecatombe final será orquestrada por smte-tizadores audiovisuais, possivelmente con-tinuando a projetar imagens e sons para ovazio, quando já não houver ninguém. Issose a Aids não acabar antes com o grandevilão da galáxia, o Homo sapiens!

Ainda neste último programa, uma se-ção dedicada às gafes, desde o Salve lindopendão da esperança executado como ohino brasileiro na Copa do México, ateRonald Reagan (vai para o Guiness) dor-mindo durante um discurso do Papa esaudando o President Figueiredo of Boli-via. (Depressa: qual dos países foi maisultrajado?) Pela primeira vez viu-se a maqui-ninha de riso funcionar inteligentemente.

Mas foi aí, também, que senti saúda-des do Varela e da independente OlharEletrônico. Porque em matéria de gafes,nenhuma superaria as falas da dobradinhaSarney-Funaro à época do Plano Cruz-Credo. Tinha que dar certo. Não deu. Eagora? E haveria também aquela outra ratado futuro governador prometendo estancara violência no Rio em 100 dias. Mas cadê ojeito de mostrar, conhecendo-se o papel daprópria emissora no negócio?

O Rio de Janeiro abrigou nesta semanauma ampla amostra de vídeos. Por que asemissoras que dão traço no Ibope nãoinvestem mais nesses artistas e produto-res independentes? Como não têm nada aperder, só pode dar certo.

Reforma aérea neles todos! Mais pira-taria no ar!

Sérgio Sant'Anna

Clínica de Cirurgia Plástica

ílr. 0 nofre goraraMestre em Cirurgia pela U.F.R.J. • Member of the International College Of Surgeons

Escultor pela Escola de Belas-Artes

LIPOASPIRAÇÃO GORDURA LOCALIZADA: ABDOME, CINTURA, CULOTE, COSTAS, BRAÇOS, COXAS, PAPADA, NÁDEGASE GINECOMASTIA (BUSTO EM HOMEM)

CIRURGIA DE REJUVENESCIMENTO: FACE, NARIZ, QUEIXO, ORELHA EM ABANO, BUSTO (SEM CICATRIZES MEDIANAS)

INCLUSÃO DE SILICONE: FACE (SULCOS, DEPRESSÕES), LÁBIOS, NARIZ; QUEIXO, BUSTO, NÁDEGAS ACHATADAS

CORREÇÃO DE CICATRIZES: ACNE (PEELING), OPERAÇÕES, ACIDENTADOS, QUEIMADOS E TATUAGENS

CIRURGIA DOS DEFEITOS DA FACE: TRAUMATISMO, FRATURAS E CORREÇÃO DOS MAXILARES

INTERNAÇÃO: CENTRO DE RECUPERAÇÃO ESPECIALIZADO

Rua Pinheiro Machado, 155, Laranjeiras — Tels.: 265-6565 6 245-4545

PROGRAMA 3

ENFERMAGEM

Agora no Rio a 1? Empr. especializadaem Enfermagem Domiciliar.

SONARPara contatos2a a 6a 8:30 àsI7.3O ^5 SERVIÇOS DE ENFERMAGEM LTDA

TeI : 295-1099 ATENDIMENTO 24 HORAS

Inglês .

§(]p6f '

240 horas

em 3 meses

Turmas limitadas4 h p/dia - 2? a 6.a

feedbachCopacaoana: Av. Princesa Isabel. 7/ 230 - Tel.: 275-8249Ipanema Rua Visconde de Pirajá. 595 / 207 - Tel.: 259-5296Tíjuca Rua Guapeni. 38 - Tel.: 284-8040

1O

1

J

r ^ O grande sucesso da noite ca-^ rioca: Brasil de Todos os Tem-'

pos, mais uma genialidade deJ. Martins, com 150 artistas emcena. Plataforma I. AdalbertoFerreira, 32 - Tel.: 274-4022.

Watusi e Grande Otelo assinamembaixo no extraordinário Gol-di-n Rio, aplaudido mais de 1300vezes no Seu tu /. Direção deMaurício Sherman. Realizaçãode Don Recarey. Afranio deMello Iranco, 296. Tel.: 239-4448

Somente até domingo, nc '->calaII, as apresentações do incrívelIvan Lins, que recebeu elogiosunânimes da crítica. Reserve jáAfranio de Mello Franco, 296Tel.: 239-4448

Figura simpática do maestro-pianista Miguel Nobre que, aolado da cantora Consuelo, abretodas as noites os salões do So-bre as Ondas. Depois entraJoão/inho e sua banda. Av.Atlântica, 3432. Tel.: 521-1296

Para quem gosta de dançar como anti-gamente e curtir uma boa música,recomendo o Vinlduj. Ambiente gos-toso, requintado, onde os cantoresLeuma, Zé Carlos e Victor Hugo fa-zem a festa. Anexo a ChurrascariaCopacabana, a das carnes encelentes.Copacabana, 1144 — Tel: 267-1497.

Agora, no requintado Un, Deux,Trois, somente gostosíssima músicaao vivo para dançar, com os con-juntos de Osmar Nlilito (f) e Ceii-nho do Piston. Cozinha francesa.Todas as noites. Bartolomeu Mitre,123-Tel.: 239-0198.

Continua na crista da onda, oeclético ChikoVs Bar, com sua ex-ceJente música ao vivo. Entre ou-tros, o pianista Gilberto e a can-tante Rita (0, além do conjuntode Eli Arcoverde. Av. EpitácioPessoa, 1560. Tel.: 287-3514

«hbhhbb

FILMES DE HOJE NA TV

Este domingo

é um inferno

As grandes tragédias, todo mundo sa-be, trazem consigo uma enorme carga defascínio, pois despertam o monstrinho sá-dico que existe, semi-adormecido, dentrode cada um de nós. Destas hecatombes,provavelmente as mais belas e impressio-nantes sejam as causadas pelo fogo. Que odigam as milhares de pessoas que, poucassemanas atrás, chegavam a arriscar suasvidas para ver de um melhor ângulo aquelesuspeitíssimo incêndio que transformou osprédios da Cesp em churrasquinho.

Talvez inspirado nestes acontecimen-tos reais, a Globo — que ultimamente estátransformando sua sessão noturna de do-mingo numa sucessão de tragédias —programou para hoje, às 23h10min, Infer-no na Torre, filme-catástrofe realizado em1974 por John Guillermin. Dizem os produ-tores que se inspiraram nas terríveis notí-cias acerca dos incêndios nos edifíciosAndraus e Joelma em São Paulo, e quise-ram, com este filme, fazer uma denúnciasobre a ganância e irresponsabilidade dosconstrutores que, para lucrar mais, usammateriais inflamáveis em seus prédios.Mas de boas intenções o inferno estácheio. Só elas não bastam para fazer umbom filme. Muito menos o elenco, quereúne mega-stars como Paul Newman,Gene Hackman, Faye Dunnaway, WilliamHolden. Mistura de clichês, pequenos dra-mas domésticos e muitos efeitos espe-ciais, Inferno na Torre não passa de umaincandescente porcaria.

Um pouco mais interessante é Heróis

dolnferno, (Canal 2:20h), outro filme que,por coincidência, fala sobre incêndios, quedesta vez ocorrem em campos de petróleo.O filme é salvo da mesmice pelo ótimoelenco, liderado por John Wayne, KatharineRoss e Vera Miles. Enfim, um domingo aoagrado dos piromaníacos.

Paulo A. Fortes

HOMENS DE TERRAS BRAVASTV Manchete — 11 h30min

(The Badlanders) produção americana de1958, dirigida por Delmer Daves. Elenco: AlanLadd, Ernest Borgnine, Katy Jurado, ClaireKelly. Cor (84min)Western. Em 1898, dois homens (Ladd eBorgnine) são libertados da pris'io de Yuma evão para pequena cidade, em busca dasbarras de ouro que um dos dois lá deixouescondidas.

O MENINÀOTV Globo — 15h(You're Never Too Young) produção ameri-cana de 1955, dirigida por Norman Taurog.Elenco: Jerry Lewis, Dean Martin, RaymondBurr, Nina Foch. Cor (103min)Comédia. Barbeiro (Lewis) toma posse semquerer de valioso diamante roubado e, paraconseguir fugir do ladrão (Burr) que quer apedra de volta, se disfarça como um garoto de12 anos.

HERÓIS DO INFERNOTV Educativa — 20h(The Hellfighters) produção americana de1969, dirigida por Andrew V. Maclaglen. Elen-co: John Wayne, Katharine Ross, Jim Hutton,Vera Miles. Cor.Ação. Vários incêndios de grandes propor-ções estão destruindo poços de petróleo nosEstados Unidos, e um especialista (Wayne) nocombate a este tipo de acidente é convocadopara apagar o fogo.INFERNO NA TORRETV Globo — 23h10min(The Towering Inferno) produção americanade 1974, dirigida por John Guillermin. Elenco:Steve McQueen, Paul Newman, William Hol-den, Faye Dunnaway. Cor (165min)Pânico. Arquiteto (Newman) que projetou oprédio mais alto do mundo fica sabendo,durante a inauguração do edifício, que oconstrutor (Holden) utilizou material de péssi-ma qualidade na construção do prédio. Não dáoutra: o edifício pega fogo, provando que oarquiteto tinha razão.

Inferno na" Torre,

^

atrag§o da GloboInferno na Torre, atração da Globo

4 PROGRAMA

RADIO E TVmsBasmmmm ¦ssmssBBBntmsmi

televisão

manhã7:00

7:308:00

8:308:459:00

9:30

10:00

10:0510:1510:4010:4511:00

11:30

( 2) SANTA MISSA EM SEU LAR - Religioso( 7) TERRA VIVA — Informativo agropecuário Apresentado

por Renato Moreira(11) PATATI, PATATÁ — Educativo(11) LIGEIRINHO — Desenho( 4) GLOBO RURAL — Informativo. Temas: O cultivo detriticale na região de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul;os 50 anos do Parque do Itatiaia, uma das mais importan-tes reservas de florestas naturais do Brasil, reportagemsobre a acelga. conhecida como couve chinesa( 7) SHOW DE DESENHOS(11) POPEYE — Desenho(11) A PANTERA COR-DE-ROSA — Desenho( 6) PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA( 4) SOM BRASIL — Programa de música sertaneja apresen-tado por Lima Duarte( 7) CONQUISTA DA TERRA — Informativo rural( 9) COMUNIDADE NA TV — Programa da Federação Israeli-ta do Estado do Rio de Janeiro Entrevistas especiais(11) PICA-PAU — Desenho( 6) HOMENS E LIVROS — Entrevistas com editores eescritores. Apresentação de Glória Alvarez.( 7) ANUNCIANDO JESUS — Religioso(11) TOM E JERRY — Desenho( 6) MANCHETE RURAL — Informativo apresentado por LuizAdriano Temas As propriedades das ervas medicinais

e uma exposição de animais domésticos( 7) BRASIL EXPORTAÇÃO( 9) POSSO CRER NO AMANHÃ - Religioso(11) AS AVENTURAS DE B.J. — Senado( 4) A PALAVRA É SUA — Entrevistas com a comunidade( 2) PALAVRAS DE VIDA — Mensagem religiosa com D

Eugênio Salles( 4) FESTIVAL DE DESENHOS{ 2) TELECURSO 2o GRAU — Aula de química e recapitula-

çáo semanal( 6) MOVIMENTO —O trabalho das comunidades apresenta-

do por Angela Leal. Hoje. As diferentes alternativaspara urbanização, saneamento e construção

( 7) SHOW DO ESPORTE — Atualidades esportivas apresen-tadas por Luciano do Valle e Juarez Soares

( 9) PAPO DE ARQUIBANCADA — Procjrama sobre futebolapresentado por Sidney Amaral. Convidado de ho]eCastor de Andrade(11)TONICO E TINOCO — Musical sertanejo

( 4) DISNEYLÁNDIA Seriado Os maiores namorados deW. Disney

( 6) DOMINGO NO CINEMA — Filme Homens de terrasbravas

(11) INEZITA BARROSO - Musical sertanejo

tarde12:00 ( 9) JOÃO MINEIRO E MARCIANO - Musical sertanejo

(11) JOÃO MINEIRO E MARCIANO - Musical sertanejo12:15 ( 2) STADIUM — Imagens do esporte amador no mundo12:25 { 4) OS CAÇA-FANTASMAS - Seriado Episódio O Gênio

de Janine12:30 (11) CHITÃOZINHO E XORORÓ — Musical sertanejo12:55 ( 4) THUNDERCATS — Senado Episódio A praga mecá-

nica.13:00 ( 6) FM TV — Apresentação de clips com Tânia Rodrigues

Hoie Grupo Inxs, Fábio Júnior e Bonníe Tyler, KateBush, Capital Inicial. Elba Ramalho e outros.

( 9) SILVIO SANTOS — Programa de auditório(11) SILVIO SANTOS — Programa de auditório

13:15 ( 2) FUTEBOL13:25 ( 4) COMANDOS EM AÇÃO — Seriado ípisôdc, Luz.

càmera, cobra13:50 ( 4) TRANSFORMERS — Senado Episódio: Fogo na mon-

tanha14:20 ( 4) NA MIRA DO TIRA — Seriado Episódio Senhorita

mulher aranha14:55 ( 4) SESSÃO DE DOMINGO - Filme O menináo15:00 ( 2) MPB — Especial Funarte com Duo Phoenix e Rildo Hora

( 6) VÍDEO EM MANCHETE — Programa de variedadesapresentado por Jacyra Lucas

16:00 ( 2) ESTE MUNDO ENCANTADO — Documentário HoieOs cidadãos do Coral e o grande Bommie

( 6) CLIP SHOW

16:55 ( 4) PASSE DE MÃGICA — Senado Episódio A tribo17:00 ( 2) ESPECIAL — Apresentação do filme. Eu, Leonardo Da

Vinci. Produção norte-americana( 6) SHOCK — Programa sobre musica apresentado porJimmi Raw

17:55 ( 4) PROFISSÃO: PERIGO — Seriado Episódio Um toquesuave

noite18:00 ( 2) ARTE DE VER. ARTE DE OUVIR - Um encontro de

grandes nomes da MPB com grupos pop de sucessointernacional.( 6) DOMINGO DE GRAÇA—Humorístico

19:00 ( 2) SETE DIAS — Revista dominical com variedades, músicae informação. Em destaque a carreira do cineastaNelson Pereira dos Santos( 4) OS TRAPALHÕES — Humorístico( 6) ESPECIAL BETO GUEDES — Musical( 7) TOPO GIGIO — Infantil apresentado por Ricarúo Petraglia

20:00 ( 2) CINEMA DE DOMINGO — Filme Heróis do inferno( 4) FANTÁSTICO. O SHOW DA VIDA - Programa devariedades.( 6) PROGRAMA DE DOMINGO — Programa de variedades

20:30 ( 7) AGENTE 86 — Seriado Episódio O décimo terceiromarido

21:00 ( 7) O MESTRE — Senado Episódio A terça-feira gorda21:50 ( 6) TOQUE DE BOLA — Futebol com comentários de João

Saldanha. Alberto Leo. Paulo Stein e Mareio Guedes21:55 111) SESSÃO DAS DEZ — Filme a ser programado22:00 ( 2) SHOW DE FUTEBOL

( 71 ESPECIAL( 9) CAMISA 9 — Debate esportivo com Luiz Orlando.

Orlando Baptista. Gerson. Oldemário Touguinhó e Jairzi-nho Os gols da rodada e entrevistas

22:05 ( 4) ESPORTE ESPETACULAR23:00 ( 4) RJ TV ~~ Noticiário local

( 7) CRÍTICA E AUTOCRÍTICA — Jornalístico23:05 ( 4) DOMINGO MAIOR — Filme: Inferno na torre23:10 ( 6) DEBATE EM MANCHETE — Convidado O Embaixador

Josué Montello Debatedores. a jornalista Glória Alvarez,do JORNAL DO BRASIL, e o escritor José Louzeiro

23:55 (11) IDÉIA NOVA — Jornalístico com entrevistas apresentadopor Roberto Souza

00:00 ( 9) RIO TURISMO — Programa de turismo0:10 ( 6) ROBERTO D'ÁVIUV ENTREVISTA

1:00 ( 2) BOA-NOITE DE JONAS REZENDE — Tema Um anosem Jorge Luis Borges

Rádio JB

AM 940 KHzJBI — JORNAL DO BRASIL Informa 7h30min, 12h30min.18h30min. 0h30min. Repórter JB — InformativoArte Finai Jazz — Às 22h. Produção de José DomingosRaffaelli. Jota Carlos e Celio Alzer. Apresentação de MaurícioFigueiredo. Destaques de hoje Don Cherry & Steve Lacy.Porteha Jazz Band, Johnny Smith, João Meireles. RenéUrtreger e European AH Stras.Música da Nova Era. As 21 h

FM estéreo — 99,7 MHz10 h — CDs a raio laser: Suite em Mi bemol, op. 28-1; deGustav Holst (Fennell — 10:14); Concerto n. 5, em Lámaior, para violino e orquestra, K 219 de Mozart (Perlmane Fil, Viena — 29:12), Polonaise n. 6, em Lá bemol —Eroica, op. 53 de Chopin (Horowitz — 7.18), MatinéesMusicales, de Rossini-Britten (Bonynge - 13 01). Concertoem Lá maior, para órgão e orquestra, op. 10-5, de JohnStanley (Gifford e Northern Sinfonia — 6:58); Adagio eRondó para violoncelo e piano, de Weber (Starker eIwasaki 5:06). Abertura Manfredo, op. 115. ce Schu-mann (Fil. Viena e Sinopoli — 12 10).LPs: Sonata em Mi bemol, para clâHnete e piano, de Saint-Seans (Berk e Seiz — 15 29), Abertura e Danças da óperaLe Cid, de Massenet (Orq. Bolshoi e Khaikm — 26.08); 7Peças do Livro de Anna Magdalena. de Bach (Segovia -10.50), Abertura Othelo, op. 93. de Dvorak (OS Londres eRowitzki — 14:13); Couplets sobre Les Folies d'Espagnede Marin Marais (Holliger -- 12.54)20 h — CDs a raio laser: Abertura e Música do Venusberg,da ópera Tannhauser, de Wagner (Concertgebouw e Waart— 21:50); Concerto n. 4, em Mi maior, para violino,cordas e continuo, de Telemann (lona Brown — 11:58);Concerto n. 1 para flauta e percussão, de Lou Harrison(Wiesler, Logum e Hellgren — 7:47), Sinfonia n. 4. deMahler (Te Kanawa, OS Chicago e Solti — 54.33)LPs: Trio em dó menor, para violino, viola e violoncelo,op. 9-3. de Beethoven (Trio Grumiaux — 23:20). MarchaFúnebre para a última cena de Hamlet, op. 18-3, de Beriioz(OS Londres e Colin Davis — 9 00)

COLHER DE CHAO SALÃO DE LANCHES FINOS DA TIJUCA

CHA OU SORVETE VIENENSETAÇAS GELADASWAFFLESANDUÍCHES COM PÀES CASEIROSRESERVAS DE MESA PARA ANIVERSÁRIO

De 3a a 6a — 12 às 20h • saí). dom., das 14 âs 22hRua Cde. de Bonfim, 232 lojas 101 e 102

TEL: 284-3292

DR. GILBERTO M. MARTINS

ANGI0L0GISTA E GINEC0L0GISTA - CRM. 52 -14294.1

VARIZES - MICROVARIZES

CELULITES - GINECOLOGIAANGIOLOGIA: TIJUCA - IPANEMA - MEIER

GINECOLOGIA - DOENÇAS DE SENHORAS: MEIER

CONSULTAS: TEL: 228-7720

r

í

CECÍLIA JÓIASCOMPRA: OURO, PRATA,

PÉROLA, MOEDAS, RELÓGIOS,BRILHANTES, CAUTELAS, JÓIAS

PAGO FEITIO.Rua Santa Clara, 50/ 420

FONE: 255-3142 e 235-6732

Os Titãs vão liberar hoje, no programaShock, às 17h na TV Manchete, quasetodos os bichos que a Censura proibiu.Para que o clip Bichos Escrotos, do LPCabeça Dinossauro, vá ao ar sem proble-mas, os Titãs substituirám a frase "vão se

f..." por "vocês vão ver." De qualquer

maneira, "o manifesto pelo pesadelo, pelohorror", segundo definição de Paulo Mi-klos, tocará pela primeira vez em televisãoe em som estéreo. Pulgas, ratos, baratasvão invadir o seu lar.

Manchete,que vai aoar às 17h

Um drible na censura

Os Titãssão atraçãodoprogramaShock, da

PROGRAMA 5

a

3

' /-

1|; ||y ^BH^fj

jflF ~

Jjj^^^H

r—A 1 nor a

fif P i i

_^m£^ I

jj

n I

o

o seu cabelo

MMIST0 ™

A VOCE!

ESTAS SÁO AS MAIS COMUNS ANOMALIAS ^RESPONSÁVEIS PELA QUEDA DO SEU CABELOr

Casca - Setxroa • Coceira ¦ Cabelo ressecadoCabeio oleoso • Cabeio quebfadiço - Couro cabeludodolorido - Má circulação sangüínea no Couro Cabeludo

Nós do INSTITUTO DE CABELO LANE. com experiência internacional, temos a solução para seusproblemas capilares. Temos devolvido a saúde e beleza doicabelos de milhares de homens e mulheresdo mundo inteiro ha mais de 50 anos. Nossa tradição e sólida experiência é sua ma,or garantia.

VISITE-NOS SEM COMPROMISSOCOPACABANA — Av N S Copacabana. 807 Grupo 701 — Tel 255-6243CENTRO: Praça. 15 de Novembro. 38/A Grupo 76 — Tel: 232-4574

Perio da Bolsa de Valores A

Para educar

O horário é meio esquisito, mas amanhã,a partir de 11h, a TVE coloca no ar a sérieUma Pitada de Sorte, uma co-produção daCasa de Artes de Laranjeiras com a Funtevé.São 32 histórias, uma a cada semana, comtrés personagens fixos vividos por ítalo Rossi,Rubens Corrêa e Alice Reis. A série faz partedo programa TVE Escola que também lançaamanhã outras novas atrações como ContaConto (de segunda a sexta às 11 h), em que oBloco da Palhoça dramatiza histórias conheci-das do público infantil, e Supertelinha (desegunda a sexta às 10h). meia hora com aexibição de filmes de animação de produçãorecente realizados na Tchecoslováquia e Hun-gria. Uma Pitada de Sorte será reprisado às15h10min.

TV/DESTAQUES DA SEMANA

Leila para

sempre Diniz

Amanhã, às 22h25min, a TV Globo colocano ar mais uma minissérie falando de guerra,perseguição nazista e romance. Desta veztrata-se de Monte Cario, que tem no papelprincipal a atriz Joan Collins, na pele de KarinaPetrovna, uma cantora russa criada na Ingla-terra. A época é 1940 e a história passa emMonte Cario, um território neutro que recebeos que conseguem escapar da garra dosnazistas. É para lá que ruma nossa heroína,que ganha a vida cantando pelos bares. Pou-cos sabem que ela e viúva de um oficial daInteligência Britânica, assassinado pelos ale-mães Envolvendo-se com altas autoridades,Karina envia mensagens secretas para Lon-dres. Pinta o romance com o escritor HarryPrice (George Hamilton). Quer saber o final dahistória? Assista aos cinco capítulos da série.

6 PROGRAMA

A alegria de Leila Diniz na TVE, terça

Nunca é demais render homenagens aLeila Diniz. Nesta terça-feira, às 21h30min, oprograma Repórteres da TVE lembra que faz15 anos da morte da atriz mais carioca que opaís já teve. Jovens de Ipanema, o bairro doqual Leila foi musa, analisam hoje as atitudesda atriz. Há também depoimentos da amigaAna Maria Magalhães, da irmã Lígia Diniz e daatriz Louise Cardoso, que está interpretandoLeila no cinema. Nestes dias de tanto frio, aimagem de Leila Diniz, mesmo através dovídeo, é certeza de muito calor. Logo depois,o programa exibe reportagem sobre o transe-xualismo. É claro que serão entrevistadosSérgio Toledo e Ana Beatriz Nogueira, diretore intérprete do filme Vera. Há ainda a revela-ção do caso real de uma mulher que, apósoperação plástica, transformou-se em ho-mem, com opinião do cirurgião Ivo Pitanguy edo criminalista Arthur Lavigne. O Repórteresdesta terça promete.

A dupla romântica de Monte Cario

Emoção na TV

Seja você também um supervisor Eccelente.O mais novo conceito em cosméticos.

Naturhaus - Comércio de Produtos Naturais Lida.Rua Moura Brito, 232/504 - Tel: 254-2277Cx Postal 12142 - CEP 22022

' 'E muito fácil vender produtos de qualidadeGelza Elias Guimarães — Supervisora Eccelenterecordista de vendas do mês de maio, superando

todas as metas.

tej i Mw -

Rubens Correa em nova serie da TVERubens Corrêa em nova série da TVE

D

FILMES DA SEMANA NA TVmmm®i ¦¦ tm atos

iihm

£®£$3SS££mB8BB^£SSS&BS$«^S£aSSB3aaEn«UHanBaaMBai

dia hora filme j sinopse

Seg 15 Canal so POR LIMA NiOITE (You Cant't Run Away From It) amer. 1956 cor. I Romance Jovem rtca viaja incognita, ate que conhece rep6rter que14h20min 95min. dir. D ck Powell. Com une Allyson. Jack Lemmon. Charles Bickford. | quer saber por que ela foge a familia.Canal A MAIS.VELHA PROFISSAO (The Oldest Profession) ital cor, com Raquel Histbrico. A prpstituigao, vista atrav^s dos tempos, desde a21 h30min Welch. Elsa Martinelli. Jeanne Moreau Marilu Tolo. | pr6-histona ate os dias de ho.e.Canal ASSIM CAMINHA a HUMANIDADE (Giant) amer, 1956, cor, 198min, dir. Drama focalizando 25 anos na vida do Texas, no qual o estado se0h05min George Stevens Com Elizabeth Taylor. Rock Hudson. James Dean tornou produtor de petroleo.Canal o VALE DA REDENCAO (Count Three 3nd =ray) amer, 1955, cor. 102min. Western. Homem mulherengo voita a cidade como pastor. Ningu6m0h30min dir George Sherman. Com Van Heflin, Joanne Woodward, chil Carey. acredita, a nao ser a dona de um saloon.

ter 16 Canal A VIUVINHA INDOMAVEL (It Happened to Janei amer. 1959. cor, dir Romance. Jovem viuva tem que enfrentar poderosa ferrovia. para14h20min . Richard Quine Com Jack Lemmon, Dons Day, Ern e Kovacs I consequir vender as lagostas que cria. iCanal A ARVORE DOS ENFORCADOS (The Hanging Tree amer, 1959. cor, 107 Western. Medico vai trabalhar em mina de ouro, mata homem que0h05min mm. dir Deimer Daves Com Gary Coooe.'. Maria Schell. Kari Maiden. | queria violentar mulher. e e punido pelos mineiros.Canal o VALE DAS BONECAS (Va'iey of the Dolls) amer. 1967, cor. 123 mm, dir. Drama de tres mulheres, que querem veneer a qualquer custo no0h30min Mar'< Robson Com Baroara P rkins, Sharon Tate. Susan Hayward. I mundo da TV e do cinema

qua 17 Canal I MARCO DERRADEIRO (The Last of the Gccc Guys) amer, 1978, cor dir | Agao Quando esta para se posentar, policial e morto Seus amigos14h20min Theodore J. Flicker Com Robert Culp, Dennis Duqan. armam esquema oara que a esoosa receba pensao de aposentadoCanal I DIAS DE VINGANCA (The Deadliest Gunlight) ital, cor, air. Stan Vance Com I Western-spaghetti. Rapaz foge da prisao para provar sua mocencia e21 h30min Giuiiano Gemma. Francisco Rabai, Gabriella Giorgelli. | vingar a morte do pai.Canal a GRANDE ILUSAO (All the King' Men) amer. 1949, p.b. dir. Robert I Drama. Jornalista mostra como politico honesto se transforma num0h05min I Rossen. Com Brpderick Crawford, Joanne Dru, John Ireland. 1 homem corrupto e fascista.Canal MATEM-ME SE PUDEREM (Kill Me if you Can) amer, 1977 cor, 98min, dir. Drama sobre a vida de Caryl Chessman, que conseguiu adiar por0h30min Buzz Kulik. Com Alan Aids Ta::a Shire. John Hillerman. 12 anos sua pena de morte.

qui 18 Canal 0 PRISIONEIRO DO CASBAH (Prisioner of the Casbah) amer, 1953. cor, dir. Aventura. Rei dos ladroes e linda pnncesa se escondem no Casbah14h20min Richard Bare. Com Gloria Grahame Turhan Bey. Cesar Romero I para fugir dos soldados do G ao-Vizir.Canal 0 MILAGRE DE ANNE SULLIVAN (The Miracle Worker) amer, cor, dir Paul Drama Professora ajuda garota cega, surda e muda a se adaptar a21 h30min Aaron Com Patty Duke Austin Diana Muldaur. Charles Siebert I uma vida normal. ICanal VIDAS EM JOGO (Folies Bourgeoises! fran. 1976, cor, 109 mm, dir Claude Drama Escritor americano vive na Franca e, apesar de casado.0h05min I Chabroi Com Bruce Dern, Stephanie Audran, Ann-Margret I acaba se envolvendo com outras mulheres

sex 19 Canal MARUJOS DO BARULHO (MacHaley's Many) amer. 1964. cor, 91mm. dir Comedia. Comandante tenta fazer com que tripulagao de debilOides14h20min Edward J. Montagne. Com Ernest Borgnine. Jee Flynn. Tim Conway consiga concluir missao no Pacifico.Canal O COLOSSO DA ARENA (Coloussus of the Arena; ital, cor, dir Michele Gladiadores lutam entre si, at6 que um morra. 0 sobrevivente sera21 h30min Lupe Com Mark ^orrest e Scilla Gabel iibeaado e ficara nco.Canal 11 0 FOTOGRAFO (Dragnet) amer 1969, cor. 97mm. dir Jack Webb Com Suspense. Assassino frio e calculista, fotografa suas vitimas antes23h30min Jack Webb. Harry Morgan I de mat^-las.Canal I LUCIO FLAVO. 0 PASSAGE RO DA AGONIA bras, 1977, cor, dir. Hector I Drama. A vida de Lucio FISvo, bandido famoso pelas muitas fugas0h05min Babenco. Com Regmaldo Farias. Ana Maria Magalhaes. de prisoes que realizou.Canal NUPCIAS REAIS IRoyal Wedding) amer. 1951, cor. 92min. dir Stanley Musical. Casal de irmaos dangarinos se apresentam em Londres. e0h05min Donen Com Fred Astaire. Jane Powell. Peter Lavvforg, .Sarah Churchill. cada um vive um grande amor. Som est£reo.Canal A ULTIMA CARGA (The Great Smokey Roadblock) amer, 1978, cor. 100min, Drama. Velho camioneiro faz sua ultima viagem, pois as financeiras1 h30min dir John Leone Com Henry Fonda. Eileen Brennan. Susan Sarandon. fao tomar seu caminhaoCanal 11 RIO DE TUBAROES (Shar< River) amer, 1971, cor, 75mm. dir. John Western. Dois fugitivos atravessam um pantano. Um morre, o outro1 h30min Rawlings. Com Steve Cochram. Carole Mathews. se salva. se casa e vive feliz para sempre. LeqendadoCanal CANQOES E CONFUSOES (Double Trouble) amer, cor. 92min, dir Norman Musical Cantor se apaixona por moga, mas o no a envia para a1 h40min Tauroq. Com Elvis Presley. Anete Day, John Williams. Seigica. sem saber que o rapaz ira para II numa turne.

Canal INUNDACAO (Flood; ame- 1976, cor, 97mm, dir. Earl Bellamy Com Robert Catastrofe Represa arrebenta. levando o panico e a trag6dia aos3h30min Culp. Martin Milner. Barbara Hershey. Richard Basehart. moraaores e turistas da pequena Brownsville Feito para a TV,

Sab 20 Canal 11 CARAMBOLA (Carambola) ital, cor. 94min, dir. Ferdmando Baldi Com Agao Dois amigos sao contratados pelo Ex6rcito americano para14h30min Michael Coby e Paul Smith. desmantelar quadnlha de contrabandistas de armas.

Canal 11 QUANDO 0 AMOR E MAIS FORTE (Some Kind of Miracle) amer, 1979. cor, Dramalhao. Rapaz sofre acidente, fica paralitico e a namorada faz de1 6h30min dir. Jerrold Freedma-'. Com David Dukes e Andrea Marcovicci. tudo para tentar recuper^-lo

Canal 0 CAQADOR IMPLACAvEL (The Hunter) amer, 1980, cor, dir Buzz Kulik. Agao Cagador de recompenses descobre que sua namorada foi21h30min Com Steve McQueen, Eli Wallach, Kathryn Harrold. sequestrada por bandido que ele havia prendiao no passado.

Canal LONGE DESTE INSENSATO MUNDO (Far from the Madding Crowd) ingl. Drama Moga de comportamento liberal tem problemas para viver22h20min 1967, cor, dir. John Schlesinger. Com Julie Christie. Terence Stamp numa comumdade do interior da Inglaterra. Som estfereo.

Canal A MULHER DO TENENTE FRANCES (The French Lieutenant's Woman) ingl, Drama. Atriz vive romance com ator, durante filmagens de histbria23h30min 1981, cor, dir. Karel Reisz. Meryl Streep. Jeremy Irons que acontece na Inglaterra do s6culo 19.

Canal ADlOS HOMBRE (Adibs hombre) itai. 1967. cor. 90min. dir Mario Caiano Western-spaghetti. Bandidos encerram populagao da pequenaCom Craig Hill, Giuha Rubim, lero Lulli. Eduardo Faiardo. ~ucson na igreja e esoeram chegaoa da di'igenca cneia de ouro

Canal SEM LEI E SEM ALMA (Gunfight at O.K. Corral) amer. 1957, cor. 122min. Western. Xerife Wyatt Earp se une a Doc Hollyday para enfrentar1h40min dir John Sturqes Com 3urt Lancaster. Kirk Douglas. Rhonda Fleming. os irmaos Oanton. TomDstcne. Arizona

Canal A GATINHA QUE EU QUERO (Una Coppia Tranquila) ital, 1968, cor. dir. Agao. Policial 6 procurado por bela jovem, que quer devolver as

3h20min Francisco Masselli Com Rock Hudson, Claudia Cardinale. jbias que havia roubado de milion^rio americano.

Canal HORROR DE DRACJLA (Hi:-ror of Dracula) ingl, 1958. cor, dir Terence Terror Dr Van Helsing continua sua caga ao Conde DrScula. queFischer Com Peter Cushing, Michael Gough. Melissa Stnblmg. anda vampirizando os pescocmhos das garotcs do lugar.

| Recomendagoes

PROGRAMA 7

TiiaMwranwnBWMMnn»riBiifMiriMwioMiinrwiwniTMMiiriiiiii»MiiBii iiiéiiiii ii nu »M«í

CINEMA

lançamentos

A ERA DO RADIO (Radio Days) de Woody Allen Com MiaFarrow. Seth Green. Julie Kavner e Dianne Wiest Veneza(Av Pasteur. 184 — 295-8349). I5h, 16h40m. 18h20m. 20h,21h40m Comodoro (Rua Haddock Lobo. 145 — 264-2025)14h20m, 16h. 17h40m. 19h20m. 21 h. (10 anos).Em seu 15° filme, Woody Allen faz uma carinhosa homena-gem à época em Que. em torno do rádio, reuma-se a famíliaque exercitava intensa e fértil imaginação, fugindo às situa-çóes sem graça do dia-a-dia. EUA'1987.IMAGENS DO INCONSCIENTE (Brasileiro), documentáriode Leon Hirszman dividido em três partes Em busca doespaço cotidiano, No reino das mãos e A barca do solSala Dezesseis (Rua Voluntários da Patria, 88 — 286-6149):hoje. às 20h e 21h30mm, exibição da primeira parte Embusca do Espaço Cotidiano, obras de Fernando Dimz.Documentário sobre o trabalho da Dra. Nise da Silveira noMuseu do Inconsciente, ligado ao Centro Psiquiátrico PedroII, em Engenho de Dentro A trilogia do filme procurainvestigar as causas das doenças mentais dos internos, queusam as artes plásticas como forma de terapia. Produção1983 85

SEXO FRÁGIL (Brasileiro), de Jessel Buss. Com EdsonCeiulari. Maitê Proença. Monique Evans e Oswaldo Loureiro.São Luiz 2 (Rua do Catete, 307 — 285-2296), Copacabana(Av Copacabana, 801 — 255-0953), Rio-Sul (Rua Marquêsde São Vicente. 52 — 274-4532). Barra-2 (Av. das Américas.4 666 — 325-6487. Tijuca (Rua Conoe de Bonfim, 422 —264-5246. Madureira-2 (Rua Dagmar qa Fonseca. 54 — 390-2338) 14h10m. 16h. 17h50m. 19h40m. 21h30m. Odeon(Praça Mahatma Gandhi. 2 — 220-3835): 13h40m. 15h30m.I7h20m, 19h10m, 21h Ramos (Rua Leopoidina Rego. 52 —230-1889) 15h30m. 17h20m. 19h10m, 21 h (14 anos).Autora teatral e atoi procuram patrocínio para montar umapeça Na tentativa de conseguir dinheiro, o ator se faz passarpor mulher e fica noivo de um viúvo, rico e solitário Produçãode 1986

TOMARA QUE SEJA MULHER (Speriamo che sia femmi-na), de Mário Monicelli. Com Catherme Deneuve, Liv Ull-marln. Phifippe Noiret, Bernard Blier e Stefama Sandrelli Art-Fashion Mall 4 (Estrada da Gávea. 899 — 322-1258). 15h,17h15min, 19h30min, 21h45mm. Bruni-Tijuca (Rua Condede Bonfim. 370 — 268-2325): 14h30min. 16h40min.18h50min, 21 h Bruni-lpanema (Rua Visconde de Pirajá, 371— 521-4690Í, Bruni-Copacabana (Rua Barata Ribeiro, 502 —256-4588) I5h. 17h10mm. 19h20min, 21h30min An-Casashopping 3 (Av Alvorada, Via 11, 2150 — 325-0746) de3a a 6a, às 16h30mm, 18h45min, 21 h Sábado e domingo e 2a.às 14h15min, 16h30min, 18h45mm, 21 h Bruni-Tijuca (RuaConde de Bonfim, 370 — 268-2325): 14h30min. 16h40min,18h50mm, 21 h (14 anos).Retrato de uma famíiia italiana típica onde o papel principal éexercido pelas mulheres, mais realistas e independentes queos homens. Itália'1986 Ganhador de 7 prêmios David Dona-te io

JORNADA NAS ESTRELAS IV — A VOLTA PARA ATERRA (Star Trek IV — The voyage home). de LeonardNímoy Com WtHiam Shatner. Leonard Nimoy e DeForrestKelley Metro Boavista Rua do passeio. 62 — 1'40-1291)12b45min. 15h, 17n15mm, 19h30mm, 21h45mm CondorCopacabana (Rua ^gueiredo Magalhães, 286 — 255-2610),Largo do Machado 1 Largo do Machado 29 — 205-6842)13h15min. 15h30mm. 17h45min. 20h. 22h15min Baronesa<Rua Cánd'do Beníoo, 1 747 — 390-5745i I4h30m-,

16h45min. 19h, 21h15min. Leblon-1 (Av Ataulfo de Paiva,391 — 239-5048) Barra-1 (Av cas Américas. 4 666 — 325-6487), 15h, 17h10mm, 19h20min, 21h30min Carioca 'RuaConde de Bonfim. 338 — 228-8178). Madureira-3 (Rua JoãoVicente, 15 — 593-2146). Olaria (Rua Uranos, 1.474 — 230-2666) 14h30min. 16h40min. 18h50m, 21 h Comsomdolby-stereo 'Livre)\'o século 23 o munao esta a se^a da destruição e, parasalvá-lo. um grupo de aventureiros intergalácticos precisavoltar a 1986. numa operação de salvamento das baleiasEUA/1986NOITE DOS ARREPIOS (Night of the creeps), de FredDekker Com Jason Lively, Steve Marshall. Jill Whitlow eTom Atkms. Art-Copacabana (Av Copacabana, 759 — 235-4895), Art-Fashion Mall 2 (Estrada da Gávea, 899 — 322-1258); 15h20min, 17h, 18h40mm, 20h20min, 22h. Art-Tijuca(Rua Conde de Bonfim, 406 — 254-9578), Art-Madureira(Shopping Center de Madureira — 390-1827): 14h30min.16h10min, 17h50min, 21h10min. Art-Casashopping 2 (Av.Alvorada, Via 11, 2.150 — 325-0746) de'3a a 6a. às 16h10min.17h50mm, 19h30min, 21h10mm. Sábado, domingo e 2a. às14h30min, 16h10min, 17h50min, 19h30min, 21h10mm Pa-ratodos (Rua Arquias Cordeiro. 350, — 281-3628)14h20min, 16h, 17h40min, 19h20min, 21h. Pathé (PraçaFloriano, 45 — 220-3135): de 2a a 6a, às 12h, 13h40min,15h20min. 17h, 18h40min, 20h20min, 22h. Sábado e domin-go, a partir das 13h40min. (14 anos)Jovem morre misteriosamente e o corpo vai para umlaboratório de ciência Anos mais tarde, o corpo escapa dolaboratório espalhando pânico e terror e transformando aspessoas em mortos-vivos. EUA/1986,PESADELO II — A VINGANÇA DE FREDDY (A nightmareon Elm Street 2). de Jack Sholder. Com Robert Englund.Mark Patton e Kim Myers. Vitória (Rua Senador Dantas, 45— 220-1783): 13h10m, 14h50m. 16h30m. 18h10m. 19h50m,21 h30m. Studio-Catete (Rua do Catete. 228 — 205-7194).Opera-1 (Praia de Botafogo. 340 — 552-4945). Roxy (Av.Copacabana. 945 — 236-6245), Barra — 3 (Av. das Américas,4 666 — 325-6487), Tijuca-Palace 2 (Rua Conde de Bonfim.214 — 228-4610): 14h50m, 16h30m. 18h10m. 19h50m.21h30m. Art-Méier (Rua Silva Rabelo. 20 — 249-4544)14h20m, 16h, 17h40m, 19h20m. 21 h. (14 anos).Segunda parte de A hora do pesadelo onde uma série deassassinatos reais acontece durante os sonhos. EUA/1985.O NOME DA ROSA (The name of the rose), de Jean-Jacques Annaud Com Sean Connery. F Murray Abraham eChristian Slater Palácio-1 (Rua do Passeio, 40— 240-6541).América (Rua Conde de Bonfim. 334 — 264^1246): 14h.16h20mm, 18h40min, 21 h São Luiz 1 (Rua do Catete. 307 —285-2296), Cinema-1 (Av. Prado Júnior, 281 — 295-2889):Leblon-2 (Av. Ataulfo de Paiva. 391 — 239-5048): 14h30min.16h50mm. 19h1 Omin. 21 h30min. Com som dolby-stereo emtodos os cinemas, exceto no América e Cinema-1. (14 anos).Dois monges franciscanos estão hospedados em um mostei-ro onde uma série de violentos assassinatos acontecemmisteriosamente Como um Sherlock Holmes medieval, omonge mais velho e seu jovem aprendiz iniciam umainvestigação para esclarecer os crimes Baseado no romancede Umberto Eco. Co-produção/ 1986O DECLÍNIO DO IMPÉRIO AMERICANO (Le déclin de1'empire américain). de Denys Arcand. Com DominiqueMichel, Dorothée Berriman e Genevieve Rioux. Studio-Copacabana (Rua Raul Pompéia 102 — 247-8900):14h10min. 16h, 17h50min. 19h40min, 21h30min. (18 anos).Numa tarde de outono, um grupo de homens prepara a ceiaenquanto as mulheres fazem ginástica. O assunto discutidoentre todos são as relações sexuais entre os casais enfocan-do os dois universos: masculino e feminino. Canadá/1986.

VELUDO AZUL (Blue velvet), de David Lynch. Com KyleMacLachlan, Isabella Rossellini, Dennis Hopper e Laura DernLido-1 (Praia do Flamengo, 72 — 285-0642): 15h, 17h10min19h20min. 21h30min (18 anos).Numa pequena cidade americana, a história de quatro perso-nagens — um estudante, uma cantora, a filha de um detetivee um matador psicótico — entrelaça-se, envolvida em sen-suai mistério. EUA/1986

VERA (Brasileiro), de Sérgio Toledo. Com Ana Beatriz Noguei-ra. Raul Cortez. Aida Leiner e Carlos Kroeber. Bruni-Méier(Av. Amaro Cavalcanti, 105 — 591-2746): 14h30mm16h10min, 17h50min. 19h30min, 21h10min. (16 anos).Menina órfã. criada em instituições para menores, assumeuma personalidade masculinizada oara se impor às outrasmeninas. Produção de 1986 que recebeu em Brasília osprêmios de melhor atriz, trilha sonora e som. No Festival deBerlim recebeu o Urso de Prata de melhor atriz.

HANNAH E SUAS IRMÃS (Hannah and Her Sisters). deWoody Allen. Com Woody Allen, Michael Carne e MiaFarrow. Jóia (Av. Copacabana, 680 — 255-7121): 14h I6h18h, 20h. 22h (14 anos).Comédia dramática sobre uma família que se reúne anual-mente para comemorar o Dia de Ação de Graças e aproveitapara fazer um balanço de suas próprias vidas, relaçõesafetivas e conquistas profissionais EUA/1986 Oscar demelhor roteiro original, ator e atriz coadjuvantes.PLATOON (Platoon). de Oliver Stone Com Tom Berenger,Willem Dafoe e Charlie Sheen Lido-2 (Praia do Flamengo, 72— 285-0642): 15h, 17h10min. 19h20min. 21h30min. Bristol(Av. Ministro Edgar Romero. 460 — 391-4822) 15h 17h19h, 21h. (18 anos).O horror da guerra do Vietnã, no dia-a-dia de um pelotão deinfantaria, visto através do olhar inocente de um dos novosrecrutas. EUA/1986. Oscar de melhor filme, direção, monta-gem e som.DANÇANDO COM UM ESTRANHO (Dance with a stran-ger), de Míke Newell. Com Miranda Richardson, RupertEverett e lan Holm. Art-Fashion Mall 1 (Estrada da Gávea,899 — 322-1258): 14h50min, 16h40min, 18h30min,20h20min, 22h, Art-Casashopping 1 (Av. Alvorada, Via 11.2.150 — 325-0746): de 3a a 6a. ás 15h50mm. 17h40min.19h30min. 21h20min. Sábado e domingo e 2a, às 14h,15h50min, 17h40min, 19h30mm. 21h20min. (14 anos)A explosiva história de amor entre uma mulher que trabalhanuma boate e um corredor de automóveis, nos primeirosanos da década de 50. Inglaterra/1985.

MÁQUINA MORTÍFERA (Lethal weapon). de Richard Don-ner Com Mel Gibson, Danny Glover, Gary Busey e MitchellRyan Ópera-2 (Praia de Botafogo, 340 — 552-4945) I4h,16h. 18h, 20h, 22h Madureira-1 (Rua Dagmar da Fonseca.54 — 390-2338), Palácio-2 (Rua do Passeio. 40 - 240-6541):13h30mm. 15h30rnin. 17h30min. 19h30min. 21 h30mm. Tiju-ca Palace 1 (Rua Conde de Bonfim. 214 — 228-4610): 15h,17h, 19h, 21h. (14 anos).Dois policiais de Los Angeles, veteranos da guerra doVietnam. têm métodos diferentes de trabalho mas sãoobrigados a atuar juntos para desvendar o mistério de umcrime dado inicialmente como suicídio EUA/1986ORQUÍDEAS DA NOITE (La crime). de Phiiippe Labro ComClaude Brasseur. Jean-Claude Brilay e Sybille Berger. Pais-sandu (Rua Senador Vergueiro. 35 — 265-4653) 14h 16h.18h. 20h, 22h. (14 anos).Depois do assassinato de um advogado, em pleno Palácio daJustiça, uma série de outros crimes agita os meios políticos,sempre acompanhados da investigação de uma repórter beminformada França/1983POR FAVOR, MATEM MINHA MULHER (Ruthless people).de Jim Abrahams-David e Jerry Zucker, com Danny Dvito.Bette Mídler e Judge Remhold Largo do Machado 2 (Largodo Machado. 29 — 205-6842): 14h, 15h50mm, 17h40mm.19h30min, 21h20mm. (14 anos).Comédia sobre o seqüestro de uma mulher riquíssima, mastão chata, que até os seqüestradores seriam capazes depagar para devolvê-la ao marido EUA-1986.

reprises

A COR DO SEU DESTINO (Brasileiro), de Jorge Durán ComGuilherme Fontes, Júlia Lemmertz e Norma Benguell Rica-mar (Av. Copacabana, 360 — 237-9932). de 2a a 6a, às16h30mm. 18h20min, 20h10min, 22h. Sábado e domingo, às14h40mm, 16h30min. 18h20min. 20h10mm. 22h (14 anos).Jovem nascido no Chile vem para o Brasil, ainda criança, logoapós a morte do irmão, torturado pela polícia. Com a chegadada prima, também perseguida pela policia chilena, seupassado vem à tona e ele começa a tomar consciência dahistória do seu país Produção de 1986.BAIXO GÁVEA (Brasileiro). de Haroldo Marinho BarbosaCom Lucélia Santos, Louise Cardoso. Carlos Gregório e JoséWilker Art-Fashion Mall 3, Estrada da Gávea 899 (322-1258) 14h. 16h. 18h. 20h. 22h. (18 anos).Duas amigas — uma diretora e outra atriz de teatro —dividem a mesma casa e a mesma mesa de bar. ondepassam as madrugadas sufocando suas frustrações e inquie-tações Produção de 1986 No Festival de Brasília recebeu osprêmios de melhor atriz (Louise Cardoso) e melhor ator(Carlos Gregório) Prêmio especial do jurí no III FestRio

f OS MELHORES CINEMAS DO RIO SEGUNDO 0 JORNAL Q GLOBO

Casa «shopping' -ccisCiTBtxrÍOÜJCS».TDDO PADA SUA CASA E PARA 0 SEU LAZEBIWM S0U1GAR

I

JANE FONDA JEFF BRIDGES—iRAtnnniAi -rsmmutT

2.15-4 30-6 4 5-9hs. 14 anos

jilA Manhã Seguinteurra estória de suspense e paixão

Se vocêgritar...Morre.

NOITE DOS

mmos

. Gil'X» Ii.l

rQH)H?0U QÍJfJüií)jQ7

asEi

0033

CAT11ERJNE DENEUVE • LTV ULLMAKN¦» ü*«io W3»:cini

oiveRBos 14 ANOS -WT -rs~\ TT—l W\m FHFraiÉãHraBraTHOJE JMD ,m

ELAS SÁO AS NOVAS MULHERES !Lindas, realistas c independentes ——- -

LMOJUU^U' **"'¦ Direção deCATHEHINE DENEUVE . LTV tfLLMANN MARIO MONKÍILI

s: E1|Bai-SA'.'uA b==flM|

250-4 OÕÕOaSQiO 2 35C54Q-730-S20

DANÇANDO

com m ESTMNHOjDANCE WITH A STBAN6IB

MntAWDABlCHABOtOW 16Bunsrivnxn

UNHOIM0«ecJo de 10mikiniweu anos

8 PROGRAMA

2. 30-4 C 5.50-7 30 9.I0hs \J' |

¦fig

NEWLINECINEMA. HERON COMMUNICATIONS INC. .SMART EGG PICTURES .prM.at.«^^ttl|||ljlj| _^^Bw "A NIGHTMARE ON ELM STREET 2 FREDDY'S REVENGE" ¦

H Mtr«ian4e MARK * KIM MYERS * ROBERT RUSLER convid«4oaMp«ciaia GULAGER • HOPELANGE IENGLUND * FREDDY KRUEGER

fotografla ACKES HAITK1N produtoroa oxocutlvoa STEPHEN Ic6-produtor SARA RISCHER * oa<rlto por £)AVID CHASKIN * produxldo por ROBERTSHAYE * dlrlgldopor JACKSHOLDER

rmJF SMEEHai^SI^

!

! 5 ®P wm ess mm

GRUPO SEVERIANO RIBEIRO

AVINGANÇA

DE FREDDYA tíkktrr\are ON ELM s™"7 2Z1 ' J ' '*-«•£ fHEDOYSHEvtNOf

0 FILME QUE IRA

ARREPIAR TODOS OS

SEUS CABELOS!UMA SUPER PRODUÇÃO

PARIS FILMES

NEW LINE CINEMA. HERON COMMUNICATIONS INC. . SMART EGG PICTURES .,»«..... prM.,1. ROBERT SHAYE "A NICHTMARE ON ELM STREET 2 FREDDYS REVENGE"Mtr«iando MARK PATTON • KIM MYERS • ROBERT RUSLER • convidaéoa aapociaia CLU GULAGER • HOPELANGEROBERT ENGLUND t FREDDY KRUEGER

núalca tfa CHR1STOPHER YOUNG • diretor do fotografia JACKES HA1TKIN • predutorai iiKutlvoa STEPHEN DIENER. STANLEY DUDELSON

có-produtor SARA RISCHER • ««rito por £)AVID CHASKIN • produzido por ROBERT SHAYE • dirigido por J AC K SHOLDER

HORÁRIOSDIVERSOS

L£ * CINEMA EA MAIOR DIVERSÃO

PAISSAI^DU/b&dáz£gC6C>

O FILME DA DIVINA

OUâ ENTUSIASMOU OS" CR/T/COS /^TTsTiohT

' <f o PÚBUCO 00Mamo me/RO /

GRETA

GARBOZ

ROBERT TAYLOR

A DAMA

CAMÉ1

UM FILME PEQE0R6ECUKOR

(camile) JJi,LIONEL BARRVMORE

ti*.CENSURA14 ANOS

EU (Brasileiro), de Walter Hugo Khouri. Com Tarcísio Meira.Bia Seidl. Monique Lafond e Christiane Torloni. Lagoa Drive-In (Av Borges de Medeiros. 1.426 — 274-7999): 20h30min.22h30min. Até quarta (16 anos).Um empresário, rico e poderoso, vai para uma ilha paradisíacacercado de belas mulheres, na tentativa de encontrar respos-ta para suas insatisfações afetivas. Produção de 1986

AS AVENTURAS DE GWENDOLINE NA CIDADE PERDIDA(Gwendoline). de Just Jaeckin Com Tawny Bitaen. BrentHuff. Bernadette Lafont. Jean Rougerie e Zabou Coral (Praiade Botafogo. 316 — 551-8649): 14h30min. 16h20mm.18h10min, 20h, 21h50min (14 anos).Uma jovem bonita foge de um convento em Paris e vai pararna Ásia viajando em um cargueiro' Lá. ela conhece umaventureiro que está atrás de um exemplar raro de borboletase os dois juntos passam por todo tipo de aventura tendocomo cenário as florestas asiáticas Produção francesa

EU. CHRISTIANE F„ 13 ANOS, DROGADA E PROSTITUÍ-DA (Christiane F.), de Ulrich Edel Com Natja Brunkhorst,Thomas Haustem e David Bowie. Tijuca-Palace 2 (RuaConde de Bonfim. 214 — 228-4610). 14h30mm. 16h40mm,18h50min, 21 h (18 anos).Baseado no livro homônimo escrito pelos jornalistas KaiHermann e Horst Rieck a partir do depoimento da jovemChristiane F que. aos 13 anos. vivia no submundo dasdrogas, sendo obrigada a prostituir-se para manter o vícioAlemanha/1981

FALCÃO — O CAMPEÃO DOS CAMPEÕES (Over the top).de Menahem Golan Com Silvester Stallone. Robert Loggia eSusan Blakely Palácio (Campo Grande) 15h, 16h40min,18h20min. 20h (10 anos)Motorista de cammháo percorre as estradas americanas j,participando de competições de quedas-de-braço EUA/1986 1/

campeões

de bilheteria

veluao Azul: agora entre os campeões

1. Platoon (Lido-2, Bristol). Público: 932mil 10 espectadores. Renda: Cz$ 34milhões 568 mil 987 na 11a semana.2. Hannah e Suas Irmãs (Jóia). Público:260 mil 939 espectadores. Renda: Cz$ 5milhões 297 mil 564 na 34a semana.3. Jornada nas Estrelas IV (Metro-Boavista, Largo do Machado 1 e outros).Público: 80 mil 614. Renda: Cz$ 3 mi-Ihões 875 mil 705 na 1a semana.4. Por Favor, Matem Minha Mulher(Largo do Machado-2). Público: 67 mil847 espectadores. Renda: Cz$ 3 milhões405 mil 765 na 6a semana.5. Veludo Azul (Lido-1). Público: 63 mil530 espectadores. Renda: Cz$ 3 milhões438 mil 368 na 4a semana.Fontes: Oríon-Fox. Colúmbia-Warner. UIP. Art-Filmes,Franco Brasileiro e Embrafilme.

PROGRAMA 9

[r%, ,

E]

2J

E

•{ ssaa tsss&c^mse^m^mssBÊSÊsmams

CINEMA. . IMililliinrTiTrilT^^

extra

OS COMPANHEIROS (I Compagni). de Mario Monicelli.Com Marcello Mastroiani e Renato Salvatori Cinemateca doMAM (Av. Beiramar, s/n°): 20h30min.História de um líder anarquista do fim do século passadoempenhado em organizar operários de um vilarejo paraexigirem melhores condições de trabalho. Itália/1963. (14anos).

0 ASSASSINATO COMO UMA DAS BELAS ARTES —Hoje Horas de desespero (Desperate hours), de WilliamWyler Com Frederic March. Humphrey Bogart Cinematecado MAM (Av. Beiramar s/n°): 18h30min, EUA'1955.TRÊS DE WAJDA — Hoje Danton, o processo da revolu-ção (Danton). de Andrzej Wajoa Com Gérard Depardieu.Wojciech Pszoniak e Anne Álvaro Cineclube Estação Bota-fogo (Rua Voluntários da Pátria, 88 — 286-6149): 18h30min.<16 anos).O conflito político entre Danton e RoDespierre. Após a prisãode Danton, que lutava por um plano de paz e defendia o fimdas condenações a guilhotina, tem inicio um longo e dramáti-co processo Polônia/1983.TRÊS DE HERZOG — Hoje Fata Morgana (Fata Morgana),de Werner Herzog. Com Wolfgang von Ungern-Sternber eJames William Glendhill. Sala Dezesseis (Rua Voluntários daPátria, 88 — 286-6149): 18h.Reflexões pessoais de Werner Herzog, narradas sob a formade um sonho através do continente africano. Alemanha/1968.CLÁSSICOS DO CINEMA DE ANIMAÇÃO — Hoje OPeralda de Todor Dmov, Os Dois (Te dyamata), de Christo

Topusanov; Herdeiros (Naslednici), de Ivan Vesselinov; His-tória sem palavras (Istoria bez durni), de K. Peronoski;Treinamento (Dresura). de Zdenka Doycheva; Paixão(Strast), de Zdenka Doycheva; Mini (Mini), de StoyanDukov e A grande perseguição (Goliarnoto presledvane), deProjko Projkov. Cinemateca do MAM (Av. Beiramar, s/n°):16h30min.O SEGREDO DA MÚMIA (Brasileiro), de Ivan Cardoso. ComAnselmo Vasconcelos, Wilson Grey. Tânia Bóscoli e ReginaCasé. Hoje, ás 16h e 18h, no Museu de Astronomia eCiências Afins, Rua General Bruce, 586 — São Cristóvão.Entrada franca. (18 anos).Com o auxilio de um mapa fragmentado em vários pedaços,um cientista descobre o túmulo de um faraó e o segredo doelixir da longa vida. Ele consegue reviver a múmia que, 3 milanos depois, sai em busca de seu amor perdido. Produção de1982CINEMA POLONÊS — ANOS 80 — Hoje: O-bl, O-bA — Ofim da civilização (O-bi, O-ba — Koniec cywilizacji), dePiotr Szulkin. Com Jerzy Stuhr e Krystyna Janda. CineclubeEstação Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 88): 21 h,22h30min.Outra guerra nuclear tomou conta do mundo. Os sobreviven-tes são separados e se ressentem com a reorganização. Asautoridades governamentais tentam atrair os sobreviventespara fora da autodestruiçáo. Polônia/1984.EU, LEONARDO — De Lee R. Bobker. Com Frank Langella.Joseph Maher. Jeremiah Sullivan e Louis Terene. Hoje, emsessões continuas, das 11 h ás 18h, no Palácio GustavoCapanema (Salão de Exposições). Rua da Imprensa, 16 Atédia 28Vida e obra do gênio Leonardo da Vinci, mostrando aspectosda época em que viveu, com textos extraídos de suaspróprias reflexões como filósofo, artista, cientista e inventorEUA/1983.MARÇAL DE SOUZA (Brasileiro) . de Nilson Barbosa. Hoje, às15h, no Museu do índio. Rua das Palmeiras. 55. Após asessão haverá debates com o antropólogo Rubem Thomaz deAlmeidaO filme fala sobre o líder guarani assassinado no sul do país.

porno

CALÍGULA (Caligula) de Giancarlo Lui e Bob Guccione.Com Malcolm McDowell. Peter 0'Toole e Hellen Mirren. Rex(Rua Álvaro Alvim, 33 — 240-8285): de 2a a 6a, às 10h,14h10min. 18h20min. Sábado e domingo, às 14h, 18h20min!Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 88 — 266-4491): i4h,17h55min. (18 anos).MOÇAS RUIVAS PARA HOMENS TARADOS (Hostagegirls), de Franklin L. Jackson. Com Brooke Fields e RenéSummers. Scala (Praia de Botafogo, 320 — 551-8649): 14h.17h20min, 21h30min. Orly (Rua Alcindo Guanabara, 21): de2a a 6a às 10h, 11h30min. 13h, 14h30min. 16h, 17h30min,19h, 20h30min. Sábado e domingo, a partir das 14h30min.Astor (Av. Ministro Edgard Romero, 236 — 390-2036): 14h,16h40mm, 18h. 19h20min, 21 h. (18 anos).

Niterói

ARTE UFF (717-8080) — Último Tango em Paris:15h30min, 18h, 20h30min (14 anos).WINDSOR (717-6289) — A Noite dos Arrepios: 14h30min,16h10min, 17h50min, 19h30min, 21h10min. (16 anos).CENTER (711-6909) — Sexo Frágil: 14h10min, 16h,17h50min, 19h40min, 21h30min. (14 anos).NITERÓI (717-9322) — Pesadelo II — A Vingança deFreddy. 14h20min, 16h, 17h40min. 19h20min, 21 h. (14anos).NITERÓI SHOPPING 1 — Vera 14h30min. 16h10min.17h50min, 19h30min. 21h10min. (16 anos).NITERÓI SHOPPING 2 — Falcão — O Campeão dosCampeões: 14h30min. 16h10mm. 17h50min. 19h30mm.21h10min. (10 anos).ICARAf (717-0121) — O Nome da Rosa: 14h30min,16h50min, 19h10min, 21h30min. (14 anos).CINEMA 1 (711-9330) — Tomara Que Seja Mulher15h30min, 17h45min, 20h, 22h15min. (14 anos).

Hr un IE HORANIOSmm nUJC oivcnsos «

SGGBSI MM 1

¦ 3,00-4.40-6.20 2.20-4.00-5.40 I

8.00-9.40 7.20-9.00 I

II i i i j I i i M I i M 111 I i i I ff ¦gig I ' I • j M ' - \Mm.\ M

IGcOBOl ¦

¦/ nu / ¦ ••/,..,/« /.<( A Rolhm r duties H Julie "Radio Dayir^f! ,ir Vntiuri" )eitrr\ Kutland Montagcm Susan I Alorse.iCl'iA-i i ./r I'n.-ia,Santo hxjiustti Ditrtof de hni^rjlu Carlo Di I'jlm.i iICUus.ijI DkI H\man Fr^lutor A%*nad<i T/ra SncriJIo**

1®?-y ' ¦ iJui irr> hnut'.m Jj(k Rollins e ( hatles II lotfr Ptotlu/ido p<>r Robert <iteenbm^ punto r Cftriguli) fur tt'iW) Allen

L ^

10 ANOS MM

CINEMA E A MAIOR DIVERSÃO

l MACHADOICONDOR!ispi?£pi

BflRONEZfl

PARA SALVAR ATERRA FOI NECESSÁRIO PEDIRAJUDA AOS HOMENS DO SÉCULO 23.

m4 INDICAÇÕES PAftA O"OSCAR"

MAthumfkJMfcsr AmiIUk«r EJtfÉ* ét EMu»

r Trilha

CENSURA LIVRE

JORNADA NAS ESTRELAS IVA VOLTA PARA ATERRA

BiansiBB»

Mit®.. mwmnmst rjm>xocix:&... JBBiUfJb U8K (CuIU VBM& u' "" ' 3fMM, .mm. awiii,. Mtt-i.. ...SiT: "sBT

- ¦ - ¦ MMWIEOK MIWIOEIB .....MUSIlIffiiKH" . ®l«ll -""MUO[ TtUfi* Vmo«« f)tniinl cm t>iu,(n r I im * I a "-tti

f&r un IE HORANIOSmm nUJC oivcnsos «

I mmvsMm 1

3,00-4.40-6.20 2.20-4.00-5.40 I

m 8.00-9.40 7.20-9.00 I

| | i j I | | ; I I || i 111 | i i I f ¦jBjjfia j I : j ; j I j ; ! IMm j M

IGcOBOl ¦

¦

I iih if Jjtk Rollins c (I) j firs // Julie "RjJio Ihysi!r\ri\lui\ lie VcMiuri', )ettrr\ Kurhnti SU>magem Susan I Morse.Ul!ksci:ht > ,/r Prtmln .1.. Sjiiio hxjiusio Diretor de frxt^rjlu ( Jtlo Di I'jltn.niiI Hut ihnun FhniuM Aincudo r./tj Swctdltm' u-ilui-'tc- hnui .its Jj(k Rollins e ( lurlcs II lolfe PhhIu/hIp p<>r Robeti Citcenhui^ turiio e CftrigHlo f*ir \X'ihhI} Allen

ML to ANOS mM

MaMEEIOailllMM

GRUPO SEVERI ANO RIBEIRO

HOJE DIVERSOS

MEL GIBSOIM DAIMIMY ÜLOVER

LANÇAMENTO NACIONAL2 DE JULHO

W A1

m

^^íiids »~OIVERSOS

\ 1 . **» vi-° 7m

I

*** 4?vf - "

siHíwyPARIS Hl Mh -S jprr^nu

O

NOME

DA

ROSAM \\( ()\M KY . F MIKR W MiKMIWI

ssegeag 2,10-4.5.50

EjSSír/íí3 740-9,30Um filme de DENYS ARCAND

«

O DECLÍNIO

DO IMPÉRIO

AMERICANO

L5 ? CINtMfl Efl MflIDR OII/fRSAO

OSCAR 87INDICADO COMO Mí imOR f UME ESTRANGEIROCANNES86PRÊMIO OACRlTlCA IS VERNAOONAl

TAORMINA 86PRÊMIO DOS CRlTiCOS ITALIANOS1K ,inos ...o»3.

HOJE

1 ^BEV

11

1 SHOfy 1^3 11 I

Win* Ft - j/f 1 ~IiKaH'IwrtstjirjKj

HOJEEXCLUSIVAMENTE

VOCE PRECISA CONHECER

r cdpaI:abai!a^

9Vh

7 >.' 'i0m mjr

¦I

mmmit- ~ =**¦

>J»04um filme de JORGE DURÁN

*

com GUILHERME FONTES

JULIA LEAAMERTZ • ANDRÉA BELTRÃONORMA BENGELL • FRANKLIN CAICEDO

CHICO DIAZ • BIQUÍNI CAVADÃOMARGARIDA DE PRATA CNBB — 1987 EMBRAFILME

anuncie em

DOMINGOPROGRAMA

Se você gritar... Morre.

NOITE DOS

MffiMS

TRI-STAR PICTURES APRESENTAUMA PRODUÇÃO CHARLES GORDON UM FILME DE FRED DEKKER

"N1GHT OF THE CREEPS" JASON LIVELY STEVE MARSHALL JILL WHITLOWe TOM ATKINS como Detetive Cameron Música de BARRY DeVORZON

Produção Executiva WILLIAM FINNEGAN Direção de Fotografia ROBEKT C NEWProdução CHARLES GORDON Argumento e Direção FRED DEKKER

» K I. f H míaurwoi W. ük

HOje EM E33

16 anos

'JflM®2 CAXIAS

fc^vM tf.-- '.tTll

N. IGUAÇU I ICARAI

B

hororios¦ MVyJL. DIVERSOS ¦

I MEL GIBSON DAMMY GLOVER I

MILMimm /a bhvi 'WMil

WT mfmrn ^ WBSEBmJ

¦*

v

mm ess ar I

1

HOJE

1 S'l ISHQfy 1^3 11 I

Win* Ft vJlffJ I i [*u i'1-l

—^—i—¦

TRI-STAR PICTURES APRESENTAUMA PRODUCAO CHARLES GORDON UM F1LME DE FRED DEKKER

"NIGHT OF THE CREEPS' JASON LIVELY STEVE MARSHALL JILL WHITLOWe TOM ATKINS como Detetive Cameron Musica de BARRY DeVORZON

Produgao Executiva WILLIAM FINNEGAN Direijao de Fotografia ROBERT C NEWProdu<;ao CHARLES GORDON Argumento e Direqao FRED DEKKER

I1CI.PHI mi ocx* rwo j3i ¦

HOje KB ESS IS5S

16anos tefeW Eaj&P BS£&i

frafl HftliWfJ EMH wivwm12 CAXIAS | | N. IGUACU 1 I 1CARAI |

HOJE p®ma

m

&

</

Impressos finos

em alto relevo,

relevo a seco,

relevo americano,

hot-stamping,

offset e tipografia.

Em papéis importados

ou nacionais especiais.

Convites de casamento,

cartões de visita, cartões

de natal, diplomas,

convites de festas, menus,

impressos de segurança,

papel de carta, envelopes.

Papelaria de alto nível

para empresas.

Rua Júlia Lopes de Almeida, 16Tels.: 233-5926 — 233-7289 — 253-1859

Telex (021)35595 — Rio de Janeiro

m

circo

CIRCO BARTHOLO —Espetáculo trapezistas. palhaços, má-gicos e animais amestrados Av. Presidente Vargas, junto aometrô do Estácio (293-4540) 3a. 4a e 6a. às 21 h; 5a as 17h e21 h; sáb. ás 15h. 17h, 19h e 21 h; dom, às lOh. 15h, 17h, 19he 21 h. Ingresos geral (adultos) a CzS 100,00 e (crianças) a CzS50,00, cadeira central (adulto) a CzS 200,00 e (crianças) a CzS100,00, cadeira lateral (adultos) a CzS 150,00 e (crianças) aCzS 80.00 Camarote (quatro lugares) a CzS 1.000,00

CIRCO DO CAREQUINHA — Apresentação de mágicos,palhaços e malabaristas. Teatro Armando Gonzaga, Av. Gal.Cordeiro de Faria, 511. Hoje, às 16h30min. Ingressos a CZS50,00.DOMINGO DAS CRIANÇAS — Apresentação de palhaços,mágico e brincadeiras. Hoje, ás 16h30min. no Clube MonteSinai, Rua S. Francisco Xavier, 104. Ingressos a CZS 60,00.

Karaokê

KARAOKÈ DO VOVÔ JEREMIAS — Karaoké. discoteca,brincadeiras sob a direção e apresentação do ator WalterJeremias Distribuição gratuita de pipoca, pizza e batata fritaSabor Saúde. Av Ataulfo de Paiva, 630. (239-4396) Hoje. às18h Ingressos a CzS 90.00. com direito a um' lanche

matinê

PELE DE ASNO — Filme de Jacques Démy, Sáb e dom. e 2a,às 15h30min, na sala 16, do Cineclube Botafogo, RuaVoluntários da Pátria, 88. (286-6149).

SESSÃO COCA-COLA — Apresentação de Mônica e aSereia. Sáb e dom, às 18h30min, no Lagoa Drive-ln (Av.Borges de Medeiros. 1426). (Livre).

planetário

PLANETÁRIO — Programação: sáb e dom, às 17h. Carrinhofeliz (crianças de três a seis anos), sáb, as 18h30min. Atéque o sol se apague (adulto), dom, as 18h30min, Caixinhade brinquedos (crianças de seis a 10 anos) Av Pe. LeonelFranca, 240 (274-0046) Ingressos a CzS 10,00, adultos e CzS5.00, crianças

teatro

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS — Direção de JayrPinheiro. Teatro Brigitte Blair. Rua Miguel Lemos, 51. Sáb.,e dom., às 18h. Ingressos a CZS 70,00.

AS AVENTURAS DE TIZINHO — Musical infanto-juvenil.Adaptação e direção de Vital Filho da obra de LeandroTocantins, ôba Ôba, Rua Humaitá, 110 (246-2146). Sáb edom, ás 17h. Ingressos a CzS 100,00.

A BELA ADORMECIDA — Texto e direção de FernandoBerditchevsky. Com Myrian Rios, André Felipe e outros.Montagem digna de contos de fada que materializa emsuperprodução uma das narrativas tradicionais mais popula-res no ocidente. Teatro Carlos Gomes, Pça Tiradentes, 19(220-0124). Sáb, às 17h30min e dom, às 16h30m. Ingressos aCzS 150,00, platéia e balcão nobre; a CzS 900, comadre (seispessoasi e a CzS 100,00, galeria. Até dia 28 de junho.

BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES - Direção deRoberto de Castro. Teatro da Cidade. Rua Epitácio Pessoa,1664 (247-3292). Hoje, às 16h. Ingressos a CzS 80.00. Últimodia.

A BRUXINHA BOA — Texto de Limachem Cherem. TeatroImperial, Praia de Botafogo, 524. Sáb e dom, às 17h30min.Ingressos a CzS 50,00. Acompanhante nâo paga.A BRUXINHA QUE ERA BOA — Texto de Maria ClaraMachado. Direção de Gil Ramos. Teatro Cawell, Rua Desem-bargador Isidro, 10 (268-9176). Sáb e dom, às 17h: Ingressosa CZS 70,00.

CHAPEUZINHO VERMELHO — Texto de Mana Clara Ma-chado. Direção de Limachem Cherem. Teatro do ClubeMunicipal, Rua Hadock Lobo, 359 (264-4652). Sáb e dom, ás17h. Ingressos a CZS 50,00

CORAÇÃO DE PALHAÇO NO CIRCO DA ALEGRIA — Textoe direção de Walter Costa. Teatro Rival, Rua Álvaro Alvim, 33(240-1135) Sáb e dom. às 16h. Ingressos a CzS 60,00DE REPENTE... NO RECREIO — Texto de Karen Acioly eMiguel Reade. Direção de Karen Acioly. Teatro CândidoMendes, Rua Joana Angélica, 63 (287-9882). Sáb às 16h e17h30min. Dom, às 17h. Ingressos a CzS 80,00

O DRAGÃO E A PRINCESA — Texto e direção de VicMilitello. Teatro da Praia, Rua S. Francisco Sá, 88 (267-7749).Sáb. e dom., ás 16h. Ingressos a CZS 100,00.ERIBNIDE! — Texto e direção de Andréia Fernandes e LuizCarlos Tourinho. Teatro do Planetário, Rua Padre Leonel

tttK

PLANO PAISem carência(nos Centros Médicos)Consultas e exames semlimiteSem taxa de inscrição

PLANO DAME• Totalmente sem

carência para o mínimode 15 funcionários

PLANO VIP• Livre escolha de

médicos e hospitais noBrasil e no Exterior

usaiamiet

GokJen Cross ligue:

ASSISTÊNCIA INTERNACIONAL DE SAÚDE

SAÚDE EM PRIMEIRO LUGAR.

221-0066

Plantão também aos domingos até 21 horas

Rua do Ouvidor, 60/1009

12 PROGRAMA

1

D

O DIA

mmmmmmmmmmmmsmmmBsamE&BBsm

Franca, 240 (274-0096). Sáb. e dom. às 17h30min. Ingressosa CZS 100,00.ESMERALDINA — Texto e direção de Sérgio Luz. Teatro daUFF, Rua Miguel de Frias. 9, Icaraí/Niterói (717-8080). Sáb. edom. às 16h. Ingressos a CZS 60,00. Até o dia 28.HEP E REG — Texto de Arnaldo Miranda. Direção de IvanMerlino. Bonecos de Marcílio Barroco. Texto e encenaçãoque dramatizam os sonhos de criança de meninos de rua,num trabalho apurado que mistura atores e bonecos, demodo sui-generis. Teatro Glauce Rocha, Av. Rio Branco, 179(220-0259). 5a e 6a, às 18h30min; Sáb e dom, às 17h.Ingressos a CZS 150,00.UMA HISTÓRIA DE AMOR — Adaptação do texto de JorgeAmado por Hugo delia Santa. Direção de Cininha de Paula. Atragédia do amor impossível entre um gato velho e umajovem andorinha, com as luzes da denúncia do preconceito eas cores de uma bonita montagem. Teatro Ipanema, RuaPrudente de Morais, 824 (247-9794). Sáb e dom., às 17h.Ingressos a CzS 100,00.HISTÓRIA DE DOIS AMORES — Texto de Carlos Drumondde Andrade, Direção de Ana Luisa Cardoso. Teatro ArthurAzevedo, Rua Vítor Alves, 454. Sáb e dom, às 16h. Ingressosa CzS 30,00.HISTÓRIA ENCONTRA PONTO — Texto e direção de MariaLuiza Lacerda. Criação e confecção dos bonecos por Fernan-do Sant'anna e Maria Luiza Lacerda. Teatro do Sesc daTijuca, Rua Barão de Mesquita. 539. Sáb, e dom, às 17h.Ingressos a CzS 80,00.HOJE É DIA DE FESTA... TEM ROCK NA FLORESTA —Musical infantil de Ana Mana Passos. Com o Grupo Carrous-sei. Teatro da Cidade. Av. Epitácio Pessoa. 1664 (247-3292).Sáb e dom, às 17h. Ingressos a CzS 80,00.IRMÃO GRIMM, IRMÃO GRIMM — Texto e direção de LuizDuarte. Viagem ao mundo dos contos de fadas desta vezguiados pelos próprios Grimm, transformados em persona-gens mágicos de seus contos um trabalho de fôlego bemrealizado. Teatro Villa-Lobos, Rua Princesa Isabel, 440. Sáb.às 17h; dom, às 16h. Ingressos a CzS 150,00.

JEZEBEL — Texto e direção de Iremar Brito. Teatro doPlanetário Rua Padre Leonel Franca, 240 (274-0096) Sáb. edom. às 16h. Ingressos a CZS 70,00.

JOÂOZINHO E MARIA NA CASA DA BRUXA — Direção deJayr Pinheiro. Teatro Brigitte Blair, Rua Miguel Lemos, 51.Sáb., e dom., às 16h. Ingressos a CZS 70.00.

O MEDROSO VALENTE REI DA FLORESTA — Texto edireção de Binha de Souza. Teatro da Nabe. Rua Uranos,533, Bonsucesso (239-3649). Sáb. e dom. às 17h30min.Ingressos a CZS 30,00 (crianças) e CZS 50,00 (adultos). Até odia 28.

O MENINO MALUQUINHO — Texto de Ziraldo. Direção deDemetrio Nicolau. Adaptação da obra de Ziraldo, um dostítulos mais veneidos no país, em matéria de literaturainfantil. Montagem que luta para se manter fiel ao espírito dotexto. Teatro Clara Nunes. Rua Marquês de S. Vicente, 52(274-969). Sáb, às 16h e 17h30min e dom, às 16h. Ingressosa CzS 100,00. Não será permitida a entrada após o início dasessão.PASSA PASSA PASSARÁ — Texto de Ana Luiza Job.Músicas de Antônio Adolfo Paulinho Tapajós e Xico Chaves.Direção de Archimedes Bibiano. Teatro Vanucci. Rua Mar-ques de S. Vicente. 52. Sáb e dom e 2a, às 17h. Ingressos aCZS 100,00.A PATRULHA DO ESPAÇO — Texto de Lula Ribeiro. Direçãode Helder Carneiro. Com o grupo Adeus Mordomias. TeatroNelson Rodrigues, Av Chile. 230 (212-5695). Sáb. às 17h edom, às 16h, Ingressos a CZS 70,00PEDRO E O LOBO — Adaptação de Den :se Crispun. Direçãode Beto Cnspun Prokoffiev ficaria surpreso mas não desapro-varia esta versão ipanemense de seu conto russo. Para osbem peauenos. uma diversão segura. Teatro Cacilda Bec-ker. Rua do Catete. 338 (265-9933). Sáb., ás 17h e dom., as16h30mm. Ingressos a CZS 70.00 Temporada suspensa.Volta dia 28PINÓQUIO, O BONECO DE PAU — Direção de Jayr Pmhei-ro. Teatro Alasca. Av Copacabana, 1241 (247-9842). Sáb edom, as 17h Ingressos a CzS 70,00PLUFT, O MUSICAL — Texto de Maria Clara MachadoAdaptação de Antônio Pedro e Geraldo Carneiro. Direção deAntônio Pedro. Com Lucélia Santos, Bebei Gilberto, ClaudiaJimenez e outros Teatro João Caetano, Pça Tiradentes, s/n°(221-0305) Sáb. às 16h e dom, às 11 h e 16h. Ingressos a CZS200,00, balcão (com lugar marcado); a CZS 150.00, platéia eCZS 120.00. balcão simples.RAPUNZEL — Musical de pantomimas e bonecos comroteiro de Luiza Monteiro Músicas do Quarteto de RodaDireção de Beatriz Junqueira. Tratamento gestual, commús'ca doce. máscaras e oanos para contar a conhecidahistória ae Grimm. em primoroso trabalho de comunicaçãoartística náo-verbal Para todas as idades Anfiteatro doPlanetário. Av Pe Leonel Franca. 240 (274-0096). Sáb eaom , as 18n Ingressos a CZS 80.00UM RATINHO NO JARDIM DE DONA ABELHA — Textoprodução e direção de Luna Brum. Com Grupo AlegriaTeatro do Tijuca Tênis Clube. Rua Conde de Bonfim, 451Dom. às 17h30mm Ingressos a CzS 70,00SEMENTE DE TUPÃ — Texto e direção de Paulo de OliveiraTeatro do America. Rua Campos Saies, 118 Sáb e dom. as17h30min Ingressos a CzS 70,00O SARUÊ ASTRONAUTA — Texto de Arnaldo NiskierAdaptação e direção de José Roberto Mendes Adaptação de.

V

l\IYmiii t |i

Eribnide!, em cartaz no Planetáriouma peça de Arnaldo Nískier que procura tematizar o direito aliberdade e a defesa da ecologia através co Saruê, animai emextinção no nordeste brasileiro Teatro Tereza Raquel. RuaSiqueira Campos, 143 '235-1113). Sáb, as 17h e dom, as 16h.Ingressos a CzS 70,00 Até 28 de junhoO SOLDADINHO DE CHUMBO E A BONCECA DE PANO -Texto e direção de Walter Costa Teatro Brigitte Blair 2, RuaSenador Dantas. 13 '220-5033). Dom, às 17h. inaressos aCzS 50.00.O SONHO DE LIBEL — Musical de Ju'3°cyr Pe~e ra D^eçàcde José Roberto Mendes Um texto desoretens oso ecorreto, valorizado oor uma montagem bem cuidada, uma vezmais aprova a relação entre o imaginado e o rea:, cativanccinteiramente os esDectadores mirins Teatro da Galeria, RuaSenador Vergueiro. 93 (225-8846i Sáb , as '7n e cc~ as16h30min Ingressos a CZS 60.00 Até dia 28OS TRÊS PORQUINHOS — Musicai adaptado por PauloPinheiro Direção de Eiyz'0 Falcato Teatro Leopoldo FroesRua Manoel de Abreu. 9, Niterói (717-1600) Sab e do^" as16h Ingressos a CZS 60.00 Ate dia 26 de ju.íklcZIP ZUP — Texto oe Freddv Ribeiro Teatro Vanucci. RuaMaraués de S Vicente, 52 Sab e dom. às 16h Inaressos aCZS 100.00

*

/

\

Um museu à deriva

Imagine as miniaturas da-queles navios parecidos com odo capitão Gancho ou aquelesque trouxeram os portuguesesao Brasil. Elas estão nas salasdo Museu Naval e Oceanográfi-co da Marinha, que funcionatodos os dias do meio-dia às16h45min, na Rua Dom Manuel,15, na Praça 15. O Museu, quetem entrada grátis, possui umacervo de 6 mil peças que con-tam a história naval desde asGrandes Navegações, no século15, até as bombas e armas usa-das na Segunda Guerra Mundial.

Logo na primeira sala, a me-lhor dos dois andares do museu,está a réplica da primeira cartado continente americano, ondeaparece um esboço do Brasil,feito pelo espanhol Juan de IaCosa. É nesta sala que as crian-ças costumam ficar mais tem-po. Não pelos mapas das desço-

bertas marítimas colocadas nasparedes, mas pelas miniaturasdos navios antigos, feitas peloMuseu de Lisboa e pelo próprioMuseu Naval. Tem desde osmodelos europeus do século 15até a Fragata Imperial que per-tenceu à Marinha brasileira noséculo 19.

A sala mais nacionalista é adas embarcações regionais. Láestão um modelo típico de cadaregião do Brasil, os vários tiposde remo e uma carranca dosbarcos do São Francisco. Quemgosta de curiosidades vai sedeliciar nas salas das comunica-ções navais, onde estão expôs-tos todas as bandeiras de sinali-zação, a lanterna usada no sécu-Io passado, um telefone internodo encouraçado São Paulo enada mais do que as bandeirasdo navio do Almirante Barrosona Batalha Naval do Riachuelo.

Miniaturas de navios são expostas no Museu Oceanográfico

Mas não é só de navios ebandeiras que o Museu Naval,mantido pela Marinha, abriga.As pratarias inglesas dos encou-raçados Minas Gerais e SãoPaulo, que funcionaram de 1910a 1954, também estão expôs-tas. E, como não poderia faltar,também pode-se ver as cole-ções do Almirante Barroso e

Tamandaré, os maiores heróisda Marinha. No pátio internoestão as armas que os naviosusavam nas batalhas do iníciodo século. Um bom programapara crianças, que podem escor-regar com as pantufas pelo chãodo prédio construído tambémno início do século.

Márcio Vieira

PROGRAMA 13

liiC

CARDIOLOGIA

c&rd/Bca pronto socorro cardiológicométodos diagnósticos internação terapia intensiva

monitorizaçào hemodinâmica a beira do leito246 6060 e 286 4242 rua dona mariana 219

C3EMESL 95063 0 — EV Re» D- Çnoiac >Wfo CRV 51-2

rmÀudit EMERGÊNCIAS CLlNICO-CARDIOLOGICASMonitortzação hemodinâmica a beira do leito

iiri — Laboratório c'inico dia e noite — Aberto à classe médicaZ'SUL R Prof Saldanha. 26 — *286-4142 e 246-0404

Z NORTE R S Fco Xavier. 26 — *264-1712 e 248-4333C8£M£^ 95436 0 — D»r Pr Luiz Mufgel. CRM 2131

TIJUCOR Emergência CardiológicaTels 254-2568 e 254-0460

PRONTO SOCORRO DA TIJUCAEmergência Clinica Geral — Tel. 264-3122

Rua Conde de Bonfim, 143Resp T&cnco Dr Jairo Ga* — CRM 34685

CASA DE SAÚDE SANTA THEREZINHARua Moura Brito, 81 — Tel.: 264-3122Resp Técnico Dr Romulo Scetza — CRM 06261

HOSPITAL PAN-AMERICANORua Moura Brito, 138 — Tel.: 264-9552Reso Técmco Dr Ernant Ernesio Fonseca — CRM 03910

INSTITUTO BRASILEIRO DE CARDIOLOGIAINTERNAÇÕES • LABORATÓRIO • ECOCARDIOGRAFIA

ELETROCARDIOGRAMA • ERGOMETRIA • CTIOiRETORlA Drs Defíljon Albuquerque CRM 14431 Jose Eoròoso Filho CRM 6038Jose 5 D*oz Cofneiro CRM 7294 Mourc Mumz CRM 7435 Max Nunes CRM 8625

Ronqid C Deverro CRM 3495C Ruy C Desíèrro CRM 16994 Wilson Corvolho CRM 4456RUA CANING, 16 — Ipanema — TEL.: 247-6000

#ih CARDIOCENTER2 ||l CENTRO DE EXAMES CARDIOLÓGICOS

CRECK-UP • ECOCARDIOGRAMA • DOPPLERERGOMETRIA PROVA DE ESFORÇO EM ESTEIRA

Av. Rio Branco, 156, Gr. 3310. Ed. Av. CentralTels.: 262-0085 e 262-0185

m)

CRMRj 95496 3DIA E NOITE

CííMÉR. 96667 5

CIRURGIA PLÁSTICA

DR. FRANKLIN C. CARNEIRO CRM 23082UPOASPIRAÇÃO. Cordura Localizada

Face. Nariz. Queixo. Busto. Abdome. Culote. NádegasMICROPIGMENTAÇÃO. Delineação de Olhos (Permanente)IPANEMA. R. Vise. de Pirajá, 414, Cr. 309 — Tel. 287-9959

MADUREIRA. R. Fco. Batista, 43. Cob. — 521-2785 e 390-4491

clínica sant'onnaCIRURGIA PLÁSTICA E ESTÉTICA

UPOASPIRAÇÃO

dr. altamiro — tel. 205-5545

o

CRM 10679C«M<L 95703 6

Esta coluna apresenta uma seleção éticadas melhores clínicas e dos mais competentes

profissionais dentro de suas especialidades.

Mantenha-a sempre à mão. De repente...

iH

Gnenr »écn»co !> Gof^obtKt M»*to CRM 31050C A R P E

ASSISTÊNCIA EM CARDIOLOGIA PEDIÁTRICADr. Astolfo Serra Jr. CRM 20962 • Dr Franco Sbaffi CRM 14694

Dr. Francisco Chamié CRM 21032 * Dr. Helúer Paupério CRM 14466f DOENÇAS CARDÍACAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES3 Roa Visconde Silva, 99. Botafogo — Tel. 226-3100

EMERGÊNCIAS: Tel. 266-4545 — BIP 329.L

DR. NOBUNORI MATSUDA <*mCIRURGIA PLASTICA, ESTÉTICA E REPARADORA

IMPLANTE DE CABELOS ARTIFICIAIS. Processo NIDO, único aprovado pelaAssociação Médica 0o JapÃo e apresentado no XX Congresso do S B C PRECONSTRUÇÃO DE SOBRANCELHAS • UPOASPIRAÇÃOREMOÇÃO DEFINITIVA DE PÊLOS SUPÉRFLUOS

Rua Tonelero, 110 — Tels.: 255-8429 e 255-8295

COLÁGENO • LIPOASPIRAÇÃO

Dr. Sebastião Menezes CRM 956 7CIRURGIA PLASTICA, ESTÉTICA E REPARADORA

contorno corporal — face, nariz, busto, abdome, culoteAV COPACABANA, 680. GR. 713 — Tel. 255-2614 e 255-0650

DR. JOSÉ BADIM «...Cirurgia Plástica e Estética • Lipoaspiraçáo

Cirurgia Cránio-Maxilo-FacialAv Copacabana, 664 Gr. 809 Gal. Menescal — Tel. 256-7577R Alm. Cochrane. 98 — Tels 234-2932. 264-6697 e 248-2999

clínica W/CNER FABRIN1Cirurgia Plástica. Estética e ReparadoraUK)ASPIRAÇÃO • DELINEAÇÃO DE OLHOS

DISCROMIAS DE PELE • EMAGRECIMENTO ESTÉTICORua Tereza Guimarães, 95 — Botafogo

Tels.: 275-7098 e 275-7197

SHOW

show

FEITIÇO CARIOCA — Show do grupo vocal MPB4, com aparticipação de Maurício Maestro (baixo). Guilherme Brício(teclados) e Eiao Cáfaro (bateria) Botecoteco. Av 28 deSetembro, 205 '204-2727) Às 21 h Ingressos a CZS 250.00.Antes e depois do show, baile com Zeca do Trombone ebanda Último dia

ARMADILHA — Show com o grupo Finis Africae TeatroIpanema. Rua Prudente de Moraes. 824 (247-9794) As21h30mm Ingressos a CzS !50.00 Úl: mo dia

AMOR — Show com o cantor Gilliard acompanhado porgrupo Teatro Carlos Gomes. Praça Tiradentes. 19 (242-1047). Às 19h. Ingressos a CZS 100,00 Último dia.

PASSEIO NOTURNO — Show instrumental com o tecladistae compositor Fernando Moura. Teatro Cândido Mendes,Rua Joana Angélica. 63 (227-9882). Às 21h30min. Ingressos aCzS 100.00. Ultimo dia

ULTRAJE A RIGOR — Show com o grupo de rock Canecào.Av. Wenceslau Braz, 215 (295-3044) De 4a a sáb às21h30min. dom. às 19h. Ingressos a CzS 200.00 larquibanca-da), CzS 250,00 (mesa lateral p/pessoa) e CzS 300,00 (mesacentral e frisa p/pessoa).

MÃOS — Show do cantor e compositor Ivan Lins acompa-nhado da banda Famiglia 5a. às 21h30min; 6a e sáb. às22h30min e dom, às 20h. no Scala II, Av. Afrânio de MelloFranco 296 (239^448) Ingressos 5a e dom a CzS 250,00.poltrona e a CzS 350,00 mesa. 6a e sáb a CZS 400,00, mesa aCZS 300.00. poltrona Até dia 21 de junho

SÃ E GUARABIRA — Show com a dupla. Teatro LeopoldoFróes. Rua Manoel de Abreu. 16 (717-1600). Sáb às 20h e22h; dom. às 21 h. Ingressos a CZS 120,00.

ANGELA MARIA E CAUBY PEIXOTO — Show com oscantores Arranjos e teclados de Eli Arcoverde Asa Branca.Av Mem de Sá, 17. Lapa (252-4428). De 4a a dom. às 23h.Ingressos a CZS 250,00. (4a. 5a e dom.) e CZS 300,00 16a esáb.)

UBANDU DU REGGAE — Show com o grupo Casa Branca.Rua do Catete, 112 Dom às 22h. Ingressos a CZS 40,00(mulher) e CZS 60,00 (homem) Dom às 18h, no CircoDespertar. Planetário da Gávea (Av. Padre Leonel Franca,240) Ingressos a CZS 60,00

LEVINDO & AS VÍTIMAS DO AMOR Show com o grupoCasa de Cultura Laura Alvim, Av Vieira Souto, 176 (247-6946). As 21h30min. Ingressos a CZS 80,00

NÚCLEO EXPERIMENTAL DE CULTURA — Programaçãodom as 21h30min, Aquarius — Sinfonia Esquecida (espeta-culo teatral); dom às I5h. com o Bloco Afoxé Filhos deGandhi Rua do Catete, 243 Ingressos a CZS 80.00 (dom as21h30min). e entrada franca dom as 15h

FRENTE VERDE — Show com o grupo Teatro do Planeta-rio Av Padre Leonel Franca, 240 Dom as I8h30minIngressos a CZS 80.00

JOCY DE OLIVEIRA — Show instrumental Parque daCatacumba, Lagoa. Às 17h30min, Entrada franca.CABARÉ DO BARATA — Show com o humorista Ag >dcRibeiro Participação especial de llva Nino Convidada dasemana Rogéria Marbella. Av Prado Júnior. 63 1275-4899;Às 23h Ingressos a CZS 250.00RI MELHOR QUEM RI BEMVINDO — Show de humor comtexto, direção e interpretação de Bemvindo Sequeira Teatrode Bolso Aurimar Rocha. Av Ataulfo de Paiva. 269 (239-1498) De 4a a 6a. as 21h30min. sáb. as 20h e 22h, dom,, as20h30min. Ingressos de 4a a 6a e dom a CzS 100.00, sáb aCzS 120,00 50% de abatimento para estudantes (16anosiAté dia 28 de junho.DESCULPEM A NOSSA FILHA... PERDÀO A NOSSA FA-LHA III — texto, direção e interpretação do humoristaGeraldo Alves Teatro do Ibam, Lgo do Ibam, 1 (266-6622- 5"e 6a, as 21h30min. sáb às 20h e 22h e dom as 20h.Ingressos 5a e dom a CzS 120.00. 6a e sáb a CzS 150.00Estacionamento próprioBRASIL DE TODOS OS TEMPOS Espetáculo contando ahistória de tooas as épocas do Brasil, desde o seu descobn-mento Direção de J. Martins Plataforma Rua AdalbertoFerreira, 32 (274-4022) Diariamente as 22h e 24h Ingressosa CZS 600.00, com direito a dnnks nacionaisGOLDEN RIO — Show musical com a cantora Watusi e o atorGrande Otelo a frente de um elenco de bailarinos Direção deMaurício Sherman, Scala-Rio Av A'ránio de Melo Franco.296 (239-4448) Diariamente, as 21h30mm Couvert a CZS600,00OBA OBA BRASIL TROPICAL — Show apresentado porLuiz César Com Vera Benévolo. Laerte Rafael. Wilza Có_aAs Mulatas Que Não Estão no Mapa e a orquestra do maestroFraga Rua Humaitá. 110 (286-9848) Diariamente jantardançante as 20h30min e show as 23n Couvert a CzS 550,00

anuncie em

DOMINGO,PROGRAMA

Ultimo dia para ceder ao Feitipo carioca de Noel Rosa na voz do MPB4, no BotecotecoÚltimo dia para ceder ao Feitiço carioca de Noel Rosa na voz do MPB4, no Botecoteco

m. h w.S^Ri 7 flflf

mBasmsz- gs-ss a

SHOW

CLÍNICA DAS TARAS — Texto e direção de Ary SantiagoCom Débora Muniz. Lilian Vilar. Lúcia Arrais e outros TeatroAlaska Av. N S. de Copacabana, 1241 (247-9842! 53 e 6a as21h30mm, sáb as 20h e 22h. e dom. ás 19h30min Ingressosa CzSlOO.OO (5a) e CzSl50.00 (6a. sab e dom.).

SOLTA A FRANGA E SEGURA O PACOTÀO - Texto deAbílio Fernandes. Direção de Naído Aives. Com Wiízs C.arla.Denise Cathilina e Sylvia Avelis Teatro Rival. Rua ÁlvaroAlvim. 33 (240-1135) De 3a a 6a. as 21 h. sab, as 20h e 22h.dom. as 18h e 20h Ingressos a C2S 120,00

pagode e gafieira

ORQUESTRA DO RIO ANTIGO - Baile-show da orquestraÀs 18h, na Elite do Mé:er. Rua Arauias Cordeiro, 442 '281-3043) Ingressos a CZS 40,00. homem e CZS 30.00. mulher

RIO DIXIELAND BAND — Baile-snow Às 20h. na GafieiraCarioca, Rua Jardim Botânico. 650 (294-7196) Ingressos aCZS 60,00 Mesa a CZS 50.00

DOMINGUEIRA VOADORA — Apresentação da OrquestraTabajara do Maestro Severmo Araújo Nos intervalos. 3aOficina Livre de Dança de Salão, com a orofa leda As 22h, noCirco Voador. Arcos da Lapa Ingressos a CZS 80.00

PAGODE DO BECO — Pagode com Miguelzmho e grupoBeco da Pimenta. Rua Real Grandeza, 176 (266-5746; As20h, Couvert a CZS 50,00

CIRROSE'S — Pagode com Maurício Leopl & Cia. Rua RuthFerreira, 314, Ramos (230-5481) Às 14h

LECI BRANDÃO — Lançamento do disco da cantora ecompositora e pagode com o Rassamba Às 14h, no Pavu-nense Clube. Av Sargento de Milícias. 885 (371-2220).

LUIZ EÇA — Apresentação do pianista accmoanhadc degrupo Às 22h, no Mistura Fina. Rua Garcia D'Ávila. 15 '259-9394; Couvert a CZS 150.00 (dom )e CzS 200,00 (6a e sab

GRUPO DA AMIZADE LATINO-AMERICANA — Show como grupo Teatro Berthold Brecht do Planetário, Av PadreLeonel pranca 240 Às 18h30min

CARIOCA — Apresentação do Trio Atalaia Das 11h30min as15h. Hotel Nacional, Av Niemeyer, 769 (322-1000)

CALÍGOLA — As 19h. Eduardo Prattes (piano e grupo,Chiqumho Botelho (piano) e grupo e Lu'Z Teixeira (percussão!e outros Rua Prudente de Morais. 129 (287-7146 Couvert aCZS 130.00 Consumação a CZS 270,00

VINÍCIUS — As 22h, conjunto Bigband e cs cantores Leuma.Ze Carlos e Cristo Couvert a CzS 100.00 Av Copacabana.1144 (237-1497)CHIKO'S BAR — Piano bar cor- musica ao vivo a oarv das21 h. Com o conjunto de Eli Arcoverde e as cantoras Celeste eRita Aberto diariamente a partir das 18h, com música de fitaSem couvert. sem consumação mínima Av Epitáoo Dessoa. 1 560 (267-0113 e 287-3514)

TELMA — Apresentação da pianista diariamente, as 21 h. ncLe Bistrò Rua Jangãdeiros. 10 (287-0555) Sem Couvert

CHIQUINHO — Apresentação do pianista acompanhado degrupo Das 19h as 23h. no Horse's Neck. Hote: Rio paiace.Av Atlântica. 4240 (521-3232!

VICTOR LUDOLF — Apresentação do cantor e violonistaAncoradouro. Hotel Miramar. Av, Atlântica. 3668 (247-6070As 21 h. Sem couvert e sem consumação

PORCELANA — Show com a cantora Fabiola acompanhadade grupo Aló Alô Rua Barão da Torre, 368 (521-1460) As23h Couvert a CZS 150,00

CIRURGIA PLASTICA

DR. CARLOS CALDAS crmi6«.ICIRURGIA PLÁSTICA, ESTÉTICA E REPARADORA

REJUVENESCIMENTO FACIAL E CORPORALLIPOASPIRAÇÃO: Face. Busto. Abdorne. Culote. Nádegas

RIO Av. Copacabana. 664 Gr 809. Gal. Menesca! — Tei. 256-7577NITERÓI Clinica Fluminense ae Cr Plástica — Tel. 710-5050

CIRURGIA PLÁSTICADR. TÁCITO MARCOLINIcrm7o3.

Face. Nariz. Mama. Abdome. LipoaspiraçãoR. Visconde de Pirajá, 82, Sala 501

Tels.: 247-8948 e 521-3769

Dr. Elcio Lessa CRM 8334Cirurgia Plástica. Estética e Repcraciora

IMPLANTE DE CABELO • LIPOASPIRAÇÃOFACE • PEELING • NARIZ • BUSTO • ABDOME • CULOTE

R. Vise, de Pirajá, 550 Gr. 2308 - 239-7849 e 239-2322

DR. FABRINICLÍNICA DE CIRURGIA PLÁSTICA ESTÉTICA E REPARADOPA

COPACABANA: Av. Copacabana, 534 gr. 1103/ 04 — Tel. 257-3029LARANJEIRAS: Clinica Sant'Anna, R. Soares Cabral, 38

Tel.: 265-5545 — Dona MercedesURBANO FABRINI — crm 52 osas

GINECOLOGIA

DOENÇAS DA MAMATratamentos • Operações • Prevenção de Câncer

PR0F. BYLDER TOLEDO PIZA - CRM 04261R. Figueiredo Magalhães. 285. sis. 911-12. Copacabana

Tel. 255-2176 hora marcada, ce 14 às 19 tis.

OFTALMOLOG1A

i clínica rçArtauStrcét i

| cirurgia da miopia gastigmatismo, hipermetropia e catarata

Direção: EDICEZIR B. GOMES — Tel.: 274-4496

\ /CENTRO OFTALMOLÓGICO BOTAFOGOCirurgia refrativa deMiopia e AstigmatismoCatarata com implanteLentes de contato

José Carlos Vieira Romeirocbm 23674 Marcos Cerqueira CarvalhoQStM 22737Rua Voluntários da Pátria, 445 — Grs. 401/02/11

Edif. CENTRO MÉDICO BOTAFOGOTels.: 246-1777 — 286-5955

OTORRINOLARINGOLOGIA

Clínica Otoninos AssociadosDireçôo médica DR OSCAR C ALVES crm 3321 c»mkj pós.—.

OUVIDOS • NARIZ • GARGANTACOta CIRURGIA DA SURDEZ • URGÊNCIAS DIA E NOITE

FONOAUDIOLOGIA. TIMPANOMETRIA. AUDIOMHRIA. LABIRINTOIOGIACOPACABANA: Rua Tonelero, 152 — Tel.: 236-0333

LARANJEIRAS: Rua das Laranjeiras, 84 — Tel.: 205-9794

REUMATOLOGIA

£ CENTRO DE REUMATOLOGIA BOTAFOGOCREB — Direção: DR. ARNALDO LIBMAN. csm 22594

DOENÇAS DE ARTICULAÇÕES, OSSOS E COLUNA VERTEBRAL '

MEDICINA FÍSICA. FISIOTERAPIA • GINASTICA CORRETIVA |R. Voluntários da Pátrio, 445 Grs. 1306/7 — Ed. Centro Méaico

Tels.. 266-5998, 246-5443 e 226-7651

XERORRADIOGRAFIAUnidade de Xerorradiografia do Rio de JaneiroXERORRADtOGRAfiA DIAGNOSTICO PRECOCE OO CÂNCER DEMAMA CRÀNIO-BUCO-MAXIIO-FACIAL OSSOS ARriCUlAÇÔfcS

CAVUM. LARINGE PÊNIS E TECIDOS MOLES DE EXTREMICACESVDR. CELESTINO DE OLIVEIRA CRM 12655 DR FLORENTINO SIERRA CRM 26173

DR LADlSLAU ALMEIDA CRM 37563 DR MARCONI LUNA CRM 02181" R Gelúlto das Neves, 16. J Botânico — Tel 266-0339 e 246-7812

Coord. J. CASAIS. Tel. 541-4565

/ \

anuncie em

DOMINGO¦ PROGRAMA

i • a * / -» _i _ J i - . — . . —— « r*i ilfi I »-> i i ko A I w i rr-»

revista casas noturnas

DEU MULHER NA CABEÇA — Texto e direção de Brigitte3lair Com Clovis Gierkens. Bianca Blonde. Valeria AboaaeSuzuki e outros Teatro Brigitte Blair 2 Rua Senador Dantas,13 (220-5033I De 4a a sáb, às 21 h dom, as 18h e 21 hIngressos de 4a a 6a e dom a CZS 120,00; sáb a CZS 150,00

O GATILHO DAS MIMOSAS — Texto e direção de BrigitteBlair Com Funca de Holliday. Milla Schine>aer e outrosTeatro Brigitte Blair Rua Vaguei Lemos. 51 '521 -2955;. De4a a dom, as 21h30min Ingressos de 4a a 6a a CzS 100,00,sáb e dom e feriados a CzS 120,00

TERRA MOLHADA — Show com o grupo às 22h30min À 1 hda manhã, com o grupo Ana:fa, no People, Av BartolorrieuBrito, 370 (294-0547) Couvert a CZS 200,00

A CARA — Show com o grupe Made in Brazil. Av ArmandoLombardi. 1000(399-27711. 3arra ca Tijuca As 23h Couverta CZS 100.00

FREE — Show com Lele Alves (voz e guitarra) Viro daIpiranga. Rua Ipiranga, 54'225-«762: As 22h30min Couverta CZS 80,00

Levindo e As Vítimas do Amor dão um show na Casa de Cultura Laura Alvim

I- CINEMINHA INFANTILExibição de filmes para crianças e adultos.Conserto e aluguel de projetores e áudio visual.

CORRÊA SOUZA FILMES240-3630 • 240-3780

ACNES, MANCHAS,

RUGAS E SARDAS!

Tratamento intensivo com apoiode uma equipe de profissionaisespecializados e acompanhamen-to médico da Dra. LAURAGOLDSTEIN, Dermatologista eCosmetologista Pós-Graduada pe-Ia PUC. CRM 52 42456-3.ATENDIMENTO PARA HOMENS EMULHERES DAS 8 ÀS 20 HORAS

Av. N.S. Copacabana, 500Loja "I" - TEL.:255-9462

<OoX

A/ÍR WALKERS

pants $1.300,00

CINTO\m $46o,00

r

W.

IP T

'

w

I ^

> §IJIMi u...'I

' V

CORES:Verde garrafa,gelo, castorTAMANHO: De38 a 46 (todos ostamanhos)

Recorte este anúncioe ganhe 10% dedesconto.

R VLsconde dc Pirajá, 547 csq."com Anibal dc Mendonça. Rio Sul 2? piso

í

1iw

y

f

16 PROGRAMA

DANÇAWÊtÊÊÊHÊHHBIKÊKIIKIÊBBtlÊBBÊÊttlKÊBttnBKBtXãBiCORO E DANÇA DO EXÉRCITO SOVIÉTICO — Espetáculode dança e coro soviético com 120 integrantes. As 19h. noMaracanâzinho. Ingressos a CzS200,00 (cadeira de pista), CzS1 mil (camarote para 4 pessoas). CzS 100,00 (arquibancada) eCzS 50,00 (arquibancada p/menor de 10 anos).

I MOSTRA PERFORMANCE CORPORAL —programa domcom Machaira Cia de Dança e Academia Alasca. As 20hTeatro SESC de Meriti. Av. Automóvel Clube. 66. Ingressosa CzSlOO.OO.DUENDE E ARTE DE VILLA-LOBOS E GARCIA LORCA -Espetáculo de cantos e danças espanhóis com o grupo LosRomeros. Espaço Cultural Sérgio Porto. Rua Humaitá, 163As 20h. Ingressos a CZS 80,00. Último dia.

¦naBHHBsaBMBaHeaBMaaBaBBSBBaHBRHHBHSsa

DANCETERIAHBRHBMnHBflBSaBBHBBSS>HR*BBB8SBSMHRSHH8H®ICARINHOSO — Apresentação da banda Carinhoso, bandaTempus 7 e os cantores Pedrinho Rodrigues, Dora Freitas.Fernando e Jorge. Às 22h, na Rua Visconde de Pirajá. 22 (287-3579) Couvert a CZS 150,00.

SOBRE AS ONDAS — Às 20h, apresentação de MiguelNobre (piano) e Consuelo (voz); às 23h, banda do pianistaJoâozinho e cantores Betho e Cristiani. Av. Atlântica. 3432(521-1296). Couvert dom, a CzS 110.00.

MANHATTAN — Programação: Às 15h, discoteca e vídeosAv. Menezes Cortes. 3020 (392-8757). Ingressos CZS 60,00.Consumação a CzS 60,00.

MISTURA FINA BARRA — Som e vídeos com Cacau eRoger. Às 22h; na Estrada da Barra da Tijuca, 1636 (399-3460). Ingressos a CZS 90,00, homem e CZS 60,00, mulher.Mistura cedo, dom, às 17h. Ingressos a CzS 40.00, mulher e aCzS 60,00, homem.

PAPILLON — Discoteca. A partir das 20h. Rua PrefeitoMendes de Morais, 222. Ingressos a CZS 150,00, mulher e aCZS 250,00 homem, com direito a drinque.

VÍDEO^BBBSsssssxssssesss^ssísss.ias

O SANTUÁRIO (TV BC) —Hoje. às 15h, 1o Dia Die Walkure(A Valcúria). Às 19h30min, James Joyce. Às 21h30min,Barbra Streisand-One Voice Às 24h, Eboli. Rua TerezaGuimarães. 92.

VÍDEOS NO RAINBOW — Exibição de Live After Death,show ao vivo do Iron Maiden, AC/DC e Motley Crue Hoje, às19h, no Rainbow Pub, Estrada Três Rios, 90/123

SEMANA DO BARULHO — Hoje, às 19h30mm. The Fali,com o grupo inglês Casa de Cultura Laura Alvim. Av. VieiraSouto, 176

TV PIRATA — Exibição de Iron Maiden, Venon e Moto-rhead Hoje. às I9h. Rua Bento Lisboa. 64

VÍDEO CIRCO — Exibição de Palhaços. Hoje. às 16h, noMuseu do Folclore, Rua do Catete. 179. Entrada franca

3° Vídeo Rio

MOSTRA INTERNACIONAL com reprise de Tribute toJohn Cage Hoje. às 20h. na Sala de Video CândidoMendes.

MOSTRA INTERNACIONAL com reprise de Vídeo Wea-ving, Anima, Union Hoje. às 22h, na Sala de VídeoCândido Mendes

VÍDEO E ETNIA com exibição de O Diamante Negro, daEnúgbaríjo Comunicações. Mulher índia e Hia Sá Sá-HaiUah. da Montevideo. Hoje. às 20h. no Cinema CândidoMendes

VÍDEO E CINEMA com os vídeos Frau, da TVDO,Pequenas Autópsias, Ilustres Biografias, da Ponto Vídeo,Vídeo Noir, de Renato Delmanto. Geni Kikuta. Luís CláudioLins e Eduardo Oinegue; Capitão Elétron Contra a AmeaçaVenusiana. da Pseudo Pictures. e Turno da Morte, daZeitgeist Video Hoje. às 22h, no Cinema Cândido Mendes

? PASSEIO NOTURNOCândido Mendes

Hoje, às 21h30min, no Teatro

wmm m mim®, s mmm, & m. t m • mmsmm

MÚSICA

CONCERTOS PARA A JUVENTUDE — Io concerto da sériesob a regência do maestro Carlos Veiga. Solista: SôniaGoulart (piano). Programa: O franco-atirador, de Weber;Momo precoce, de Villa-Lobos, e Rio Moldávia, de Smeta-na. Às 10h30min, no Teatro Municipal. Cineiândia (210-2463). Entrada franca. É necessário retirar os ingressos comantecedência.

ORQUESTRA SINFÔNICA JOVEM DO RIO DE JANEIRO -Concerto com a orquestra sob a regência de Ernani Aguiar eDavid Machado. Solista Renata Kubala (violino). No programaobras de Villa-Lobos, Mendelssohn e outros. Às 10h. na SalaCecília Meireles, Largo da Lapa. 47. Entrada franca.

HELDER PARENTE E NICOLAS DE SOUZA BARROS -Recital de flauta doce e de alaude. No programa, obras deSchubert. Chopin. Villa-Lobos e outros. Museu da Chácarado Céu. Rua Murtinho Nobre, 93, Santa Teresa. Às15h30mm. Ingressos a CzS 20.00

CONJUNTO DE MÚSICA ANTIGA DA UFF — Apresentaçãodo conjunto. No programa, obras de Tromboncino, Lasso,Palestrina e outros. Casa de Cultura Laura Alvim. Av. VieiraSouto, 176. Às 18h30min. Ingressos a CzS 60,00.

XIII CONCURSO INTERNACIONAL DE CANTO DO RIO ECONCURSO INTERNACIONAL DE PIANISTAS ACOMPA-NHADORES —Às 16h: 2a Semifinal Sala Cecília Meireles.Largo da Lapa, 47. Ingressos a CzS 100.00 (p. superior) e CzS150.00 (platéia).

Para os jovensA partir de hoje às 10h30min e em

vários domingos de junho a novembro, asmanhãs poderão

' ser preenchidas comsons diferentes daqueles que anunciamsanduíches naturais e mate gelado naspraias. Estão voltando os Concertos Paraa Juventude, no Teatro Municipal, umainiciativa que começou em 1944 e quedurou exatamente 30 anos formando aplatéia que hoje admira a música clássica eque é freqüentadora dos concertos sinfô-nicos. Quem teve a iniciativa de retomaros concertos foi Isaac Karabtchevsky, dire-tor musical da Orquestra Sinfônica Brasi-leira e que admite a necessidade de "le-

vantar o nosso público que anda na faixados 50 anos."

Todos os concertos serão gratuitos eabertos mas visam principalmente a fqj"-mação de novas platéias.

"Daremos expli-cações sobre as obras e os compositores,vamos falar sobre os temas principais elevantar dados curiosos", explica CarlosVeiga, regente do concerto de hoje (OFranco Atirador, de Weber; Momopre-coce, de Villa-Lobos e Moldávia de Sme-tana) e do próximo domingo (obras deSchubert, Carlos Gomes, Haydn e Manuelde Falia).

xSÊPSBSIBBÍSS smsss&mm

EXPOSIÇÃO

OS INUMERÁVEIS ESTADOS DO SER — Exposição come-morativa dos 40 anos do Museu de Imagens do InconscientePaço Imperial, Praça XV Das 11 h às 19h. Último dia Oresultado de 40 anos de dedicação de Nise da Silveira aosdoentes mentais, extramao deles uma expressão plásticacapaz de revelar os meandros psicológicos do ser humano

DO SEIXO AO COMPUTADOR — Fotografias do canadenseHans Blohm. Trabalhos que mostram a semelhança dografismo da natureza ao microship de um computador RioDesign Center Das 12h as 20h. Último dia

D E1

¦¦hiiiiumhmiii iii"n 'rnrn ri—n wrm—r"in

DE GRAÇAHMIIIIIIi smwmesã

Alternativo

de respeito

Chegou o tempo em que o adjetivoalternativo afasta a imagem de coisa ama-dora e malcuidada e passa a se referir aespetáculos internacionalmente conceitua-dos, não comerciais e de ligação direta como espectador. O carioca tem hoje a oportu-nidade de curtir, de graça, dois programascom estas características. Se o tempocolaborar, às 17h30min no Parque da Cata-cumba, a premiada compositora Jocy deOliveira faz soar sintetizadores somados aefeitos visuais com projeção de slides. Emoutra sintonia, o Cineclube Sala de Rui, naCasa de Rui Barbosa (Rua São Clemente,134) exibe filmes sobre o trabalho do OdinTeatret, dirigido pelo teatrólogo italiano Eu-

gênio Barba. Às 18h. As Duas Margens doRio mostra as diversas formas de utilizaçãodo teatro. Às 20h, Treinamento Físico noOdin Teatret expõe o trabalho corporal do

grupo. Para gregos e troianos — alternati-vos, naturalmente.

No cineclube da Casade Rui Barbosa, dois

filmes revelam osbastidores do trabalho

do Odin Teatret,dirigido pelo italiano

Eugênio Barba

A compositora Jocyde Oliveira misturasua músicaeletroacústica ànatureza do Parque daCatacumba

- .. *f • 1MHreasgratfgagsa^: - • - - '•' ¦ •' • • • - - ^ -

O barato do domingo Q que ha para fazer gastando pouco ou nada

manha Almogo | tarde noite

8h

/ ,^'vfv

9h

* */?

7'\

10h

(3P

Conheça a praia de Itacoa-tiara, Niterói, e aproveite paraassistir a final da segundaetapa do Circuito OSP deSurf. Os surfistas profissio-nais váo estar lá pegando asmaiores ondas.

Jogos, brincadeiras, tudomuito colorido para contar aHistória das Raças no Bra-sil, na manhã de cultura elazer nos jardins do MAM. Sechover (como na semanapassada), fica adiado. DEGRAÇA

Se você ainda não sabe oque quer dizer Cuba de On-das e Polarizador Mecânico,tem hoje uma oportunidadede ficar sabendo Em frente àMarina da Glória, procure osastrônomos do Museu. DEGRAÇA.

• A Orquestra Jovem do Rioescolheu a Abertura em Ré.do Padre Castro Lobo. a Sin-fonietta n° 1 de Villa-Lobos,entre outras obras, para tocarna manhã de hoje na SalaCecília Meireles. DEGRAÇA

• Almoçando na Pa-daria e ConfeitariaBelegarde (R. Gene-ral Belegarde, 156Lins) você poderá es-colher entre lombo,pernil e frango assa-do. E ainda ter direitoa arroz, feijão, farofae maionese. Por CZS30.

• No RestaurantePaiva (R. SacaduraCabral, 343 - Saúde)a carne de caçarolacom batata e arrozcusta só CZS 45.Mas se você preferirfrango assado comarroz de petit-pois pa-ga CZS 50. O prato éfarto.

15h

r~7

15h30

• Que tal uma gosto-sa macarronada à bo-lonhesa? Tem tudo aver com o verdadeiroalmoço italiano Norestaurante Janga-deiro (Rua Teixeirade Melo. 53 - Ipane-ma) o prato sai porapenas CZS 70.

Q

• Os pombos aparecem edesaparecem, a água passapelo jornal e não molha. Deci-fre esses enigmas assistindoàs mágicas de Jack no Rio—Sul. Depois explique para ascrianças como se faz. DEGRAÇA.

• Por que o líder GuaraniMarçal de Souza foi assassi-nado? O diretor Nelson Bar-bosa, no seu filme Marçal deSouza, vai mostrar os moti-vos possíveis. No Museu doíndio (Rua das Palmeiras, 55)DE GRAÇA

• Duas peças vão discutirtemas como sexo e desem-prego. No Teatro Vida (N.S.Copacabana, 928/ 602) serãointerpretadas duas peças edepois haverá uma entrevis-ta com Marcélia Cartaxo. DEGRAÇA.

• O Duo de Cordas comsuas músicas renascentistasvai alegrar quem for hoje aChácara do Céu (Rua Murti-nho Nobre, 93). São suítes,prelúdios e estudos do sécu-los 16 a 19 ingressos a CZS20.

18h

(H1

M

19h

6^

Dê boas gargalhadas as-sistindo ao Segredo da Mú-mia, filme de Ivan Cardoso,com Wilson Grey, Regina Ca-sé e Jardel Filho no elenco.No Museu de Astronomia(Rug General Bruce, 586). DEGRAÇA

• Do Seixo ao Computadoré a exposição que vai mos-trar a evolução da tecnologiae a utilização da naturezanessa tecnologia. No Rio De-sign Center (Rua Ataulfo dePaiva. 681). DE GRAÇA

21 h

(flAEE—i

• Não perca O Relojoeirode Saint Paul. filme de Ber-trand Tavenier que vai serexibido ho|e no CineclubeRedentor (Rua das Laranjei-ras, 519). O ingresso custaCZS 25 e vale o filme, umclássico.

• Esta é uma boa oportum-dade para assistir Filme Tris-te. de Vladimir Capella. sob adireção de Alice Carvalho. NoTeatro Municipal de Niterói(Rua XV de Novembro, 35)Ingresses a CZS 80.

-— n' IIIMrTWaeB*

PROGRAMA 17

LEI

/o FRANCO j j/ 5e; qqmo

Freire pira

Franco

Tutty Vasques

Ninguém segura o governador depois queele leu o novo livro do psicanalista

0 governador Franco vive apartir de hoje os últimos 10 diasde agonia do hilariante Planodos 100 dias. Agonia e êxtase,diga-se de passagem. Sim, por-que o homem resolveu recupe-rar o tempo perdido a partir daleitura de Sem Tesão Não HáSolução, o novo livro de Rober-to Freire. Na pressa, entendeumal a mensagem e, desde en-tão, o Palácio Laranjeiras virouum inferno. Como se já nãobastassem as goteiras! E o ho-mem igual um louco tentandoresolver esse problema do te-são para dar solução ao Plano.Dez dias é muito pouco, gente!Mas valeu a intenção.

Eu estou chegando a con-clusão que a grossura, no senti-do da baixaria, é uma espéciede vírus desse final de século.O problema não é só meu, gen-te1 É porque as coisas lá foraandam grotescas e nos inspi-ram comentários maliciosos. Al-guém aí já viu o GeraldinhoCarneiro fazendo aula de alon-gamento no Humaitá? Falar dis-so para mim é mais delicado doque tratar do problema da Aids.

Aliás, o mal do século, disse-meum amigo, fez dos londrinosuma comunidade de adoração aBuda. Não basta evitar a Aids,tem que se dar a Buda. É feio,eu sei, mas o que se podeesperar de um colunista envoltoem releases que aunciam a es-colha de Raimundo Fagner parao Troféu Socimpro de melhorintérprete/compositor de 1986.Leci Brandão foi a revelaçãofeminina. E mais: o cantor Fábioestá regravando Stellaaaaa,produzido por Tim Maia. E, pas-mem, Gonzaguinha está lançan-do novo disco sem "canções

herméticas ou protestos ardi-dos. O moleque está de bemcom a vida". Este o 500° relea-se que recebo nos últimos trésanos assegurando que Gonza-guinha.é uma verdadeira flor demenino.

A Casa da Bolívia tambémentra em contato comigo para

anunciar o curso O Papel doDiretor, garantindo ser da me-lhor qualidade o material queJohn Howard Szerman trouxede Londres e vai apresentar apartir de amanhã na Casa deCultura Laura Alvim. A mesmafonte desafia os queridos leito-res a compartilharem os 30Anos de Carreira do bateristaWilson das Neves, na quarta-feira, no Clube Renascença.Chico Buarque não vai perderessa. E o pó de Anjo ajuda oGrupo Seis Mãos e Jorge Saio-mão a animarem a festa delançamento do n° 3 da revistaímã, que andou caçando cabe-ças com a fúria dos samurais.Olá Suzuki!

Ser colunista é uma barra,gente! E como todo mundo sa-be que aqui neste domingo semlei há espaço para todo tipo decoisa estranha, me informamque

"os ornitólogos estão deluto. Morreu.o curió Ana Dias, o

mestre dos mestres do cantoPraia-Grande, na categoria su-perclássicos, com 32 anos deidade". O pior é que as avesque aqui gorjeiam também gor-jeiam do lado de lá: a UniãoSoviética publicou uma coleta-nea de contos do Sarney, avisaa Novopress. Azar o deles. Aí oLobão saiu da prisão dizendoque

"eu acredito na Justiça". Omeu, não precisava exagerar,bicho!

O Lobobão volta ao cartaz apartir da próxima quarta-feira co-mo ator do filme Areias Escal-dantes. Tomara que seu perso-nagem continue o mesmo. Lo-bão vai aparecer também com adoce Marina no vídeo EstaçãoTerminal na festa do Bota-Fora,também na quarta, no BarãoCom A Joana. Anuncia-se umabanda que vai botar sua líder prafora, uma galinha que vai botarum ovo em cena aberta, e mu-lheres extravagantes que vãobotar suas Liliths pra fora. Eudesconfio que essa tal de Lilithé uma nova espécie de Morga-na. Não agüento mais ouvir falardessas mulheres.

18 PROGRAMA

FIEI

TEATROm^^s^sisiSB^Sãsmssm^m^miesíBamBmsm

último dia

UM AMANTE PARA 4 - Texto de Nelson Moura Direção dePaulo César Lima Com Cristina Amaral e outros TeatroArmando Gonzaga, Av Gal Cordeiro de Faria. 511 (350-6733). De 6a a aom as 21 h Ingressos a C2S 50.00 'Censura18 anos).AS CONFISSÕES INTIMAS DA CONDESSA DRACULATe^to e direção de Huçc Sandes Com Roberto Boney,Cláudia Martins, Hugo Mayer e Outros Teatro do America,Rua Campos Sales, 118 '234-20681 De 5a a sáb, as 21 h,dom. às 20h15mm Ingressos 5a a CzS 80.00; 6a e aom a CzS100.00 e sao a CzS 120.00 (16 anosiESPERANDO O AMANHECER — Cot Ricnard FowlerTeatro Cacilda Becker Rua do Catete, 388 (265-9933 De à°a dom. as 21 h Ingressos a CzS 250.00 e CzS 150,00(estudantes)FILME TRISTE — Texto de Vladimir Cape1 a D reção de AliceCarvalho Com Adriana Davenda. Adriana Facina. Carla Dazz'.Ecuarda Valente e outros Teatro Municipal de Niterói. RuaXV ce Novembro. 35 (722-6871) De 6a a dom as 21 hIngresses a CzS 80.00 (14 anos

GIOVANNI — Texto de James Baldwin. Adaptação de Hugodelia Santa Direção de lacov Hiilel. Com Calque Ferreira,Hugo delia Santa, e outros. Teatro da Cidade, Av. EpitácioPessoa. 1664 (247-3292). De 4a a sáb. as 21h30mm, e dom.as 19h e 21h30min. Ingressos 4a e 5a a CzS 150.00; 6a e doma CzS 180.00 e sáb a CzS 200,00 Duração 2h (18 anos)

NOSSA SENHORA DAS FLORES — Texto de Jean GenetDireção de Maurício Abud e Luiz Armando Queiroz. Com LuizArmando Queiroz. Lauro Góes, Cláudia Borioni e LourivalPrudêncio e outros Teatro da UFF, Rua Miguel de Frias. 9.(717-8080), Icaraí/Niterói. De 6a a dom às 21 h Ingressos aCzS 150.00.QUASE MINISTRO — Coméaia de Machado de Assis.Direção de Leonardo Alves Teatro Etla. Rua Corrêa Dutra. 99(205-6371). 6a e sáb. as 21 h, e dom, às I9h. Ingressos a CzS100,00.

campeões de bilheteria

1. A Estrela Dalva (Teatro João Cae-tano). Público: 5 mil 190 espectado-res em cinco apresentações.

2. O Mistério de Irma Vap (TeatroCasa Grande). Público: 2 mil 206espectadores em quatro apresenta-

ções.

3. Sábado, Domingo, Segunda (Tea-tro dos Quatro). Público: 1 mil 719

espectadores em seis apresentações.

4. Aldeia dos Veritos (Teatro de Are-na). Público: 1 mil 12 em cinco apre-sentações.Fonte: SBAT, referente à semana de 27 a 31 de maio.

continuações

ALDEIA DOS VENTOS — Musical com texto e direção deOswaldo Montenegro. Com Oswaldo Montenegro, Mongol,Madalena Salles. Milton Guedes e outros. Teatro de Arena,Rua Siqueira Campos, 143 (235-5348). De 4a a 6a, às21h30min- sáb. e dom., às 19h e 21h30min. Ingressos a CZS200,00 (4a e 5a) e CzS 250,00 (de 6a a dom ). Não serápermitida a entrada após o inicio do espetáculo. Duração;1h30mm (Livre).APARECEU A MARGARIDA — Texto de Roberto AthaydeDireção de Carlos Camarinni. Com Carlos Otávio Fracho.Halfred César e Carlos Camarinni. Teatro do SESC MeritiRua Ten. Manoel Alvarenga. 66 (756-4615). 3a e 4a às20h30min Ingressos a CzS 50.00. Até o dia 30.

O ATENEU — Texto de Raul Pompéia Adaptação e direçãode Carlos Wilson. Teatro do Cie (Ciep Ipanema) Rua Albertode Campos, 12. De 5a a sab, às 21 h; dom, às 20h. Ingressos aCzS 120.00.BONIFÁCIO BILHÕES — Texto e direção de João Bethen-court. Com Lima Duarte, Armando Bógus e Ana Luiza Folly.Teatro Clara Nunes. Rua Marquês de São Vicente, 52 (274-9696) 5a a 6a. às21h.; sáb, às 20h e 22h30mm; dom, às 18he21 h. ingressos 5a.. 6a 6 dom, a CzS 200.00; sáb. a CzS 250.00.Duração; 2h (14 anos)

CAMILLA EM MOMENTOS — Concepção teatral de ítaloRossi a partir de crônicas de Clarice Lispector, Raque^l aeQueiroz Paulo Mendes Campos e Rubem Braga ComCamilla Amado. Casa de Cultura Laura Alvim. Av. VeiraSouto 176 (247-6946) De 4a a 6a, às 21 h30mm, sábedom.as20h. Ingressos a CzS 120.00. Duração; 1h (Livre).

CREME DA LUA — Espetáculo de Anselmo VasconcelosCom Eliane Maia e Eduardo Martini. Músicos Rubi Blaetter(piano) e Beto Bruno (percussão! Sobrado do Viro daIpiranga. Rua Ipiranga. 54 (225-4762) 4a. 5o e aom, as 22h.6a e sáb às 22h e 24h. Ingressos 4°. 5a e dom a CZS 150,00 e6a e sáb a CZS 180,00. Duração. 1h (14 anos).

O ENCONTRO ENTRE DESCARTES E PASCAL — Texto oeJean-Claude Brisville. Tradução de Edla van Steen. Direção deJean-Pierre Miguel. Com ítaio Rossi e Daniel Dantas Numamontagem ascética, rigorosa, quase geométrica, o pensa-mento de Descartes e Pascal é revelado com força dramáticaA dupla de atores consegue brilhar num duelo cênico deinteligência e sutileza, neste espetáculo que p-ocura resgatara palavra Teatro da Aliança Francesa de Botafogo. RuaMuniz Barreto. 730 (226-4118). De 4a a sáb, as 21h45mm edom, às 20h. Ingressos a CZS 250.00. O espetáculo começarigorosamente no horário, e não será permitioa a er.traoaapós o seu inicio. Duração. 1h15min (Livrei

A ESTRELA DALVA — Texto de João Eiisio Fonseca eRenato Borghi. Direção ae Rooerto Talma Com Mar;:.a Pera. .Jorge Fernando. Paulo César Grande, Renato Borghi e outros 1/

A Petrobrás não quer que você pegue filas.

Nem pra ir ao teatro.

it—

-~£esjJ(c

Seis postos BR do Rio de Janeiroestão vendendo ingressos parateatro. Você pode adquiri-los comantecedência de segunda asábado, das 9 às 18 horas, a Lmpreço um pouco mais barato.Anote em sua agenda: Posto Ca-tacumba, na lagoa; Posto Touringda Rua 2 de Dezembro; Posto Sacor,na Rua do Catete; Posto Pombal,na Avenida Maracanã; PostoQuebra-Mar, na Barra da Tijuca;e Posto Tocantins, em São Francis-co, Niterói. Assim, a Petrobrás

• incentiva a cultura e cria mais um

) ] serviço para seus clientes. Vá ao•

J teatro. Mas passe antes numposto BR.

Promoção.ACET - Associação Cariocade Empresários Teatrais.

Projeto Petrobrásde apoio ao teatro.

PETROBRÁS

a

a

x I—gg " i n,"1WfcaZSgl w^-' ^1Aquarius Simphonia Esquecida, um Hair às avessas, estréia no casarão da UNE

A peça

do cachorro doido

O grupo Cachorro Doido pretende morder você. De tanta fome de palco, de "dizer

coisas", de chocar, mexer, enfim, de crescer e aparecer, o grupo — formado por 10 atorese 27 convidados especiais — fez de Aquarius Simphonia Esquecida, peça que estréiahoje às 21 h no velho casarão da UNE (rua do Catete, 234), um Hair às avessas. Desta veznada de contestar o sistema com esperança e roupas coloridas. Para eles, o sistema, oumelhor, o mundo, morreu. E o Cachorro Doido quer apenas lembrar isto. "Temos emmédia 23, 25 anos. Somos da geração que pegou o fim de uma era cheia de problemasnão resolvidos. Queremos alfinetar as pessoas com isto", explica Fred Bustamante, 21anos, um dos autores da peça.

Trata-se de um susto. Um porteiro ciceroneia a platéia que de cara encontra um mortono corredor, um altar, dois homossexuais, uma escada cheia de prostitutas e cafetões.Chega-se a primeira sala (sao três ao todo) onde estão as cenas futuristas, as imagenspunks, darks. Uma procissão nordestina acompanha o público na escada ao encontro delobisomens e duendes. Na sala final o gênese, a era de Aquário, o começo de tudo. Nestaestão Lilith e Adão em confronto. Dizendo textos de Artaud, Nietzsche, Nijinski:,Drummo.nd e Fernando Pessoa, com músicas de filmes (Expresso da Meia-Noite, BladeRunner) e clássicos como Vivaldi, os atores pretendem

"que ninguém saia contentedaqui". Em tempo: o grupo busca patrocínio. O único que conseguiu até agora foi de umaloja de velas.

Maria Silvia Camargo

Teatro Joáo Caetano, Praça Tiradentes, s/n° '221-0305/. De4 a a sâo as 21 h15mm, dom., às I8h30min. Ingressos 4 a e 5aa CzS 250,00. platéia e balcão nobre e CzS 100,00, balcãosimples. 6a e sáb a CzS 300,00, platéia e balcão nobre e CzS150.00. balcão simples e dom a CzS 300.00. balcão nobre eplatéia e CzS 120,00. balcão simples Duração 2h (10 anos).O EUCALIPTO E OS PORCOS — T exto e direção de HugoMengarellí Com Marisia Bruning, Laerje Ratier, Laercio Ruffae outros Teatro Glauce Rocha. Av Rio Branco, 179 '220-0259/ De 5a a sáb. ás 21 h e dom. as 19h. Ingressos a CZS100.00 Ate dia 28

EXERCÍCIO N° 1 — Texto de Dostoievski adaptado. Direçãooe Bia Lessa Com Ana Paola Heh;. Abelardo Lustoza. CilCorrêa, Dayse Reston, Everaldo Ferreira e outros. TeatroSESC Tíjuca Rua Barão de Mesquita. 539 '208-5332) Sábas 21h30min; dom. as 19h e 21 h. Ingressos a CzS 100,00.

O HOMEM QUE SABIA JAVANÉS — Texto de Lima3arreto Adaptação ae Anamaria Nunes Direção de EduardoWotzík Com o grupo TAPA Casa de Cultura Laura Alvim,Av Vieira Souto. 176 (227-2444/ 3a. as 21 h; de 4a a 6a. ás17h. e sáb e dom, as 16h Ingressos a CZS 120.00 Duração1h10min (Livre)

IMPÉRIO DA COBIÇA — Criação do Grupo Tear inspiraaalivremente no livro Nascimentos de Eduardo Galeano. Dire-ção de Maria Helena Lopes Com o Grupo Tear. TeatroDulcina. Rua Alcmdo Guanabara, 17 (220-6997). De 4a a 6a as18h30min, sáb as 21 h; dom. às 19h. Ingressos a CZS 50.00(4a). CZS 80.00 (5a, 6a e dom.) e CZS 100.00 (sáb ). Duração1 h45min (16 anos).

LIGAÇÕES PERIGOSAS — Texto de Christoph Hampton.Tradução de Aluisio Abranches. Direção de José Possi NetoCom Marieta Severo. Carlos Augusto Strazzer, Cássia Kiss,Rosita Thomas Lopes e outros. Teatro Villa-Lobos. Av.Princesa Isabel, 440 (275-6695). De 4a a sáb, as 21h30min;dom; as 18h15mm e 21 h. Ingressos 4a, a CZS 180,00 e CZS120,00, estudantes, 5a. a CZS 180,00, 6a e dom., a CZS200,00 e sáb e feriado a CZS 250,00 Duração: 2h. (14 anos).

LILITH, A LUA NEGRA — Criação, roteiro, direção, coreogra-fia, figurino e iluminação ae José Possi Neto Cenários deAlexandre Toro. Com Odilon Wagner. Selma Egrei, Ana LuizaSeelaender. Mazé Crescente e outros Teatro Tereza Ra-chel. Rua Siqueira Campos, 143 (235-1113). 5a e 6a as21h30min; sáb as 20h e 22h30min; dom. as 19h Ingressos5a a CZS 150.00 e CZS 180.00 (platéia); 6a e dom a CZS

170,00 e CZS 200.00 (platéia). Sáb. a CZS 200.00 e CZS250,00 (platéia). Duração: 1h20min (14 anos).

LÚCIA MC CARTNEY — Texto de Rubem Fonseca. Adapta-ção de Geraldo Carneiro. Direção de Miguel Falabella. ComTony Ramos. Maria Padilha. Scarlet Moon, Nelson Dantas eAndré Valli e outros. O mesmo requinte de linguagemobservado no conto que deu origem à adaptação teatral serepete na transposição de Lúcia Mc Cartney para o palco.Teatro Nelson Rodrigues, Av. Chile, 230 (212-5695). De 4a asáb. às 21h30min; dom, às 19h Ingressos 4a. 5a e dom a CzS180,00. 6a e sáb a CzS 250,00 Entrega de ingressos adomicilio. Duração: 1h45min (16 anos)O MISTÉRIO DE IRMA VAP — Comédia de terror de CharlesLudlam. Tradução e adaptação de Roberto Athayde Direçãode Marília Pera. Com Marco Nanini e Nei Latorraca. TeatroCasa Grande. Av. Afrânio de Melo Franco. 290 (239-4046).De 4a a sáb. ás 21h30min; dom, às 19h. Ingressos 4a e 5a aCzS 200,00; 6a e dom a CzS 250,00, sáb e feriados a CzS300,00. Duração 1n45min (10 anos). Entrega de ingressos adomicilio.MULHER, MELHOR INVESTIMENTO — Comédia de RayCooney. Direção de José Renato. Com Ricardo Petraglia,Maria Ferreira, Rogério Cardoso e outros. Teatro Vanucci,Rua Marquês de S. Vicente, 52 (239-8545 e 239-8595). De 4aa 6a. às 21h30min; sáb, às 20h e 22h30min e dom, às 19h e21h30min. Ingressos 4a, 5a a CZS 180.00; 6a e dom a CZS200.00, sáb e feriados a CZS 250,00. Duração 2h. (16 anos).A NOSSA VOZ — Texto de Luiz Maria Lima. Direção de Joãodas Neves. Com Marcelia Cartaxo, Emiliano Queiroz. Reynal-do Gonzaga, Renato Coutinho e outros. Teatro da Casa deCultura Laura Alvim, Av. Vieira Souto, 176(247-6946). De 4aa sáb. às 21 h30min e dom, às 20h. Ingressos de 4a a 6a e doma CZS 120,00, platéia e CZS 100, balcão, sáb a CZS 150,00,platéia e a CZS 120,00, balcão. Duração: 2h (18 anos)NOVIÇAS REBELDES — Texto de Dan Goggin. Tradução eadaptação de Flavio Marinho. Direção de Wolf Maia. ComCininha de Paula, Fafy Siqueira, Rosa Maria e outros. Teatroda Lagoa. Av. Borges de Medeiros, 1426 (274-7999) 4a e 6a,às 21h30min; vesp 5a às 17h; sáb, às 20h e 22h30min, dom.às 18h30min e 21 h. Ingressos 4a e dom a CZS 200.00; 5a aCZS 150.00; 6a e sáb a CZS 300,00.OBRIGADO PELO AMOR DE VOCÊS — Comédia de EdgardNeville. Direção de Antônio Mercado. Com Cláudio Cavalcan-ti, Maria Lúcia Frota e Gracmdo Jr. Teatro Senac, RuaPompeu Loureiro, 45 (256-2641). 5a e 6a. às 21h30min, sáb.às 22h e dom, às 19h. Ingressos 5a. a CzS 150.00, 6a e dom, aCzS 180.00; sáb, a CzS 200,00. Duração 2h15min (Livre).POR QUE EU? — Texto de William Hoffman. Tradução deLuiz Fernando Veríssimo e Luiz Fernando Tofanelli. Direçãcde Roberto Vignati. Com Rodrigo Santiago. Ricardo Kosovski.Carina Cooper e outros. Teatro da Praia. Rua Francisco Sá.88 (287-7794, 287-7749). De 4a a 6a. às 21h30mm; sáb, às20h e 22h e dom, às 19h. Ingressos de 4a a 6a a CZS 150,00;sáb e dom. a CZS 200,00.SÁBADO, DOMINGO, SEGUNDA — Texto de Eduardo diFillipo. Tradução de Millor Fernandes Direção de José WilkerCom Paulo Gracmdo. Yara Amaral. Ary Fontoura e outros Ahistória de uma família que se prepara para um almoço, o diada grande refeição e as conseqüências da tumultuada reuniãoa mesa sintetizam a ação de Sábado, Domingo, SegundaMas. para além dessa narrativa, existe a simplicidade do dia-a-dia de uma pequena humanidade que não faz heróis. Teatrodos Quatro. Rua Marquês de S Vicente. 52 (239-1095). De4a a sáb, as 21 h e dom. ás 18h e 21 h. Ingressos 4a, 5a a CzS180.00, 6a e dom a CzS 200,00, sáb e feriados a CzS 250,00.Duração. 2h30min (LivreiO SR. PUNTILA E SEU CRIADO MATTI — Texto de BerxoltBrecht. Direção de Paulo Reis Com Paulo Reis, CristianaMaia. Rubens Camelo e outros Circo Delírio, Rua Vice-governador Rubens Berard. s/n° — ao lado do Planetário.(239-7497). De 4a a sáb., as 21h30min. dom., as 20h.Ingressos a CzS 150,00. Duração 2h (10 anos).TEM UM TENOR NO MEU BANHEIRO — Texto de KenLudwig. Direção de José Renato. Com Francisco Milani,Simone Carvalho, Hilton Prado e outros. Teatro Ginástico,Av. Graça Aranha, 187 (220-8394) De 4a a 6a, às 21 h; sáb, ás20h e 22h30min, dom. às 18h e 21 h. Ingressos 4a, 5a e dom aCzS 150.00, 6a e sáb a CzS 200,00. Duração 2h (16 anos).TRAIR E COÇAR... É SÓ COMEÇAR — Teatro de MarcosCaruso Direção de Attilio Rtccó Com Suely Franco. RobertoFrota, e outros Teatro Princesa Isabel. Av Princesa Isabel,186 (275-3346) De 4a a 6a, às 21h15min, sáb, às 20h e às22h30min; dom, às 18h e às 21h15min Ingressos 4a, 5a edom a CZS 200,00; e sáb a CzS 250,00 Duração: 2h (16anosl.

AGENTES DE VIAGENSCURSO DE VENDAS E OPERAÇÕES

HORÁRIO DE 20:00 ÀS 22:00INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES TEL. 262-8511

AV. ALMIRANTE BARROSO, 91/709

G^nJos

( •/ •

rL\rtilVfiTvA1 iMÉl&tíí

Com catrocinhasde verdade-

Hamburger ^Cachorro Quente 1PizzaPipoca _

i Batata-Frita JAlgodão Doce ^Sorvete

. E ainda temrelrtgerantes esalgadmhos.

Crédito próprioAceitamos cartãoda crédito.Assista a umademonstração.Tel : 260-1565 e270-1167 - Leal

BUFFET ESPLENDIDA

ATENDEMOS ÀDOMICÍLIO— RUA ANGÉLICAMOTA, 343TFI . 270-5267

. 270-8966

A CASA DE FESTASSALÕES PARA FESTASBUFFET DE 1a CATEGORIAANIVERSÁRIOS15 ANOSCASAMENTOSRECEPÇÕES EM GERAL

20 PROGRAMA

TEATRO

Designer paulista, Toro já foi até convidado a ser o cenógrafo de uma ópera no Rio

A nova cena carioca

Alexandre Toro entra para o

universo teatral criando o

mágico cenário de Lilith

Na poção mágica preparada pelo espe-táculo Lilith, A Lua Negra para encantar opúblico que vai ao Teatro Tereza Rachel, ocenário tem-se revelado um ingrediente tãopoderoso quanto a atuação dos atores-bailarinos nessa versão erotizada do mitohebraico. Acentuando o clima de mistério esurpresa, os personagens podem surgir deespaços inesperados, desaparecer numapiscina diante de todos ou aparecer dan-çando num muro de quatro metros dealtura, de onde uma escada se projeta parao infinito. O responsável pela estruturadesse jogo visual bem arquitetado é Ale-xandre Toro, um paulistano de 31 anos quecom a montagem paulista de Lilith, há oitomeses, fez sua primeira incursão na ceno-grafia teatral. Seu trabalho não só atrai osespectadores — que no final das sessõescostumam se aproximar do palco tentandodesvendar os truques — como tambémconquistou o diretor José Possi Neto efascinou o diretor de ópera do Teatro Muni-cipal, Fernando Bicudo. Com Possi, Alexan-dre já repetiu a parceria em LigaçõesPerigosas e recomeça a trabalhar na próxi-ma peça, que terá como atores BeatrizSegall e Cláudio Correia e Castro. ComBicudo, está sendo acertada uma ópera,"talvez

ainda para este ano", conta.Não se pode dizer que Alexandre Toro

está engatinhando na nova atividade. Ele jáchegou pisando firme. Designer atuante na

área de arquitetura de interiores, há um anoe meio começou a compor cenários para aprodutora de filmes publicitários 5'6. Láconheceu José Possi e recebeu o convitepara realizar Lilith. "Fui meio de curiosomas acabei me apaixonando", diz. A inten-ção inicial era apenas passar a limpo umasidéias do diretor, inspirado em fotos de umtemplo indiano. Mas acabou indo maislonge. Com a 5'6 produzindo a peça e coma ajuda de uma equipe de cinema acostu-mada a não economizar, o cenógrafo che-gou a utilizar material importado na confec-ção da piscina e atingiu um custo total deCZ$ 650 mil. Um preço considerado alto nomercado. São tantos os detalhes do cená-rio que Alexandre teve que aprontar tudo20 dias antes da estréia, para que os atoresaprendessem a se mover naquele espaço.

Mesmo contabilizando a experiência demais de 40 filmes publicitários, ele encon-trou dificuldade em solucionar a estruturade um alçapão por onde é tragada umabailarina. "Foi difícil nivelar o piso para quedepois os bailarinos não caíssem", lembra.Do tipo obsessivo que esquece de comer edormir enquanto um trabalho não acaba,Alexandre Toro se viu particularmente en-volvido pela magia de Lilith. "Mexeu comi-go de forma muito forte, deu uma chacoa-lhada", declara. Desenhista, com uma ex-posição para este ano na agenda, viu seusplanos recentes serem alterados. "Eu tinhaum escritório de arquitetura que era bárba-ro mas não sei se continuo com ele. Mudoutudo. Nessa área teatral tenho mais liberda-de para enlouquecer", revela. Sai de cena oarquiteto. Agora, o protagonista é o cenó-grafo.

Helena Carone

CLINICA DE CIRURGIA PLÁSTICADR. LUIS MONTELLANO

CIRURGIA ESTÉTICA E REPARADORAFACE—NARIZ—MAMA—CALVÍCIE E LIP0ASPIRAÇÃ0

AV. N. S. COPACABANA, 664 Sala 809Tels.: 256-7577 e 252-9164

CRM 15.377

ENCONTRE A NATUREZA

EM VISCONDE DE MAUÁ

HOTEL POUSADADOS PINHEIROS

^JíotelCoso

Alpino

• • • • •CENTRAL DE RESERVAS:

Rio:(021) 262-5309 Mauó:(0243) 54-0530V0CÈ TEM UM ENCONTRO MARCADO COM A NATUREZA.

CURSOS DE

iNFORMÁTjCA

PROGRAMAÇÃO COBOLDuração: 6 meses

Aulas teóricas e práticas

PROGRAMAÇÃO BASICDuração: 4 mesesMicrocomputadores

WORDSTARDuração: 1 mês

Microcomputadores com noções deCP/M

DIGITAÇÃOEm modernas máquinas digitadoras

OPERAÇÃO/

COMPUTADORDuração: 4 meses.

Sistema OperacionalComputador grande porte

INSCRIÇÕES

ABERTASMÉIER — R. Dias da Cruz, 188T: 594-7522/ 594-2252MADUREIRA — R. Dagmar da Fonse-ca, 16 T: 390-4793

K2S9

n

ROTEIRO DA SEMANA

show

Alfredo Ribeiro

De volta ao começo

Foram 16 shows em 15 cidades, deFortaleza a Porto Alegre; atraindo um públi-co de 216 mil espectadores. No próximosábado, Milton Nascimento retorna ao pon-to de partida da turné 20 Anos de Traves-sia, repetindo o show que emocionou o

.Maracanãzinho em janeiro. A versão mo-

derna do "cantor das multidões" apresen-tará 25 músicas, um apanhado de suacarreira, basicamente com a mesma bandada atual temporada, que deve terminar naoutra semana, em São Paulo. De novo, aguitarra de Celso Fonseca substitui a deHeitor T. P., permanecendo Túlio Mourão e

Rique Pantoja (teclados), Robertinho Silva(bateria), Ronaldo e Wanderley Silva (per-cussão) e Artur Maia (baixo). Quem nãoassistiu à primeira rodada no Maracanãzi-nho, não deve perder esta nova chance.Uma outra banda do Clube da Esquina, o 14Bis, também faz escala no Rio, pousandode quinta a domingo no Teatro CarlosGomes.

Semana de festas: o baterista Wilsondas Neves comemora 30 anos de carreiraartística quarta-feira no Clube Renascença,recebendo convidados muito especiais:Chico Buarque e Elizete Cardoso. "A Divi-na" puxa um elenco variado de cantorasem estréia. Cristina Buarque canta comMauro Duarte sexta e sábado no Barbas;Sueli Costa é atração da série O' Som doMeio Dia, quarta-feira, na Casa de CulturaCândido Mendes; Maria Creuza estará emcartaz de quinta a sábado, no Double Dose;e Andréa Daltro mostra a sua MúsicaInstrumental Vocalizada, de sexta a domin-go, na Casa Laura Alvim.

Instrumental, também, é a nova progra-maçáo do Fritz — Quarta É dia de Blues —que será inaugurada com o excelente gui-tarrista Mimi Lessa. No Botanic, o contra-baixista Adriano Giffoni enche a casa comuma banda de sete músicos, de quarta asábado. Outro contrabaixista, George Clark,toca terça-feira na Aliança Francesa deCopacabana. Tem ainda João Donato eGrupo Krystal, de terça a sábado no SalaFunarte, e Barrosinho, terça, no TeatroLeopoldo Fróes, em Niterói. No roteirobrega de shows, Agepê anima amanhã noGolden Room do Copacabana Palace afesta de entrega do Troféu Socinpro aosmelhores da música em 86; Elimar Santoscanta sexta-feira no Clube do Samba; eMarcos Vale volta, de quarta a sábado, àsnoites do People.

-------

Capoeira tem seu festival

O Circo Voador abre suas portasno próximo fim de semana para oscapoeiristas. No sábado, a partir das20h, acontece o Festival de Canti-gas de Capoeira, com especialistasdo Estado do Rio. No domingo, às15h, tem batizado de iniciantes euma grande roda, aberta a quemquiser participar. Mestre Camisa, queestá organizando o evento, diz que oobjetivo desta festa é reviver e forta-lecer a capoeira.

"Sua ginga tem tudo

a ver com o negro brasileiro", define.Até o momento, 30 músicas já estãoinscritas e a maioria delas fala deecologia, liberdade ou convocam pa-ra um desafio. As mais tradicionais,

contam histórias tristes de pretosvelhos. Para Mestre Camisa, "ca-

poeira é música, é luta, ginástica,dança e poesia", daí o gosto docapoeirista pela composição e a im-portância deste festival.

As inscrições podem ser feitasaté o dia do evento e o programa égratuito. Como conta Perfeito Fortu-na, este é o primeiro programa de umprojeto maior do Circo Voador, doINACEN, e da Secretaria de Esportee Lazer, que visa fazer um mapea-mento dos capoeiristas do Rio. Maistarde, a intenção é organizar o 2oFestival Nacional de Capoeira e o 1oEncontro Internacional de Capoeira.

22 PROGRAMA

"M11r¦

i Nascimento" repete sab^do o shw que emoci^nou o Maraca^azinho em janeiroMilton Nascimento repete sábado o show que emocionou o Maracanãzinho em janeiro

D

wmmwsmmmmwÈimBm ROTEIRO DA SEMANA

artes plásticasReynaldo Roels Jr.

Semaninha sem graça

Desenho sobre lixa d'água de Eliane Prolik na C. Mendes

Semana verdadeiramente ra-quítica, a que entra, com tão pou-ca coisa que mais se parece comos dias entre o Natal e o AnoNovo, ou então véspera de carna-vai. Amanhã, a Cândido Mendes(R. Joana Angélica, 63) abre umaindividual de Eliane Prolik, artistaplástica paranaense que apresen-ta "Bólides", heliografias que, deacordo com a apresentação nocartaz, exploram as possibilidadesenergéticas do processo de repro-dução através da luz e obtémefeitos semelhantes aos feed-backs de vídeo. A inauguraçãoserá às 21 h. Na terça às18h30min, o Instituto Goethe (Av.Graça Aranha, 416) inaugura umaexposição de trabalhos e sessõesde vídeo de Hans Richter, um dosintegrantes do grupo Dada quesacudiu a vida artística européiadurante a 1a Guerra. A exposição

está aberta durante o horário nor-mal de funcionamento da institui-ção, mas os vídeos serão exibidosapenas de segunda a sexta, entre14h e 17h.

Ainda na terça, o Shopping daGávea (R. Marquês de S. Vicente,52) pretende se tornar um centroartístico mais importante do queas galerias que já abriga, mostran-do nas vitrines de 95 de suas lojasobras de 130 artistas plásticosbrasileiros, como Volpi, Iberê Ca-margo, Marília Kranz e AscânioMMM, e outros estrangeiros, apartir das 20h30min. Haverá umcoquetel de inauguração comuma todas as lojas (ou serão várioscoquetéis, um em cada loja?). Naquarta, às 21 h, a Galeria Contem-

porânea (R. General Urquiza, 67)inaugura uma individual com pin-turas de Lucas Alves. E é só poresta semana.

teatro

Arthur Dapieve

Só duas

estréias

A semana já começa comuma estréia, amanhã, às 21 h, noTeatro Nelson Rodrigues: CordaBamba, texto de Lygia BojungaNunes dirigido por Ewerton deCastro. O livro recebeu o prêmioHans Christian Andersen de 1982,considerado o Nobel da literaturainfanto-juvenil, e é o segundo daautora a chegar aos palcos — oprimeiro foi O Meu Amigo Pin-tor, que lhe valeu o Moliere e oMambembe de 1986.

A outra estréia fica para aquinta. É O Prazer é Todo Nosso,primeiro texto de Peter Schaffer,autor de Equus e Amadeus, diri-gido por Bernardo Jablonski noTeatro da Cidade. A peça foi mon-tada no Brasil há 20 anos, comRaul Cortez e Rubens de Falco e,segundo o diretor da atual monta-gem, "o autor pinta o quadro deuma família inglesa de 1959 comtintas dolorosamente frescas evivas". Para enfatizar certos as-pectos da obra, Jablonski se per-mitiu introduzir um humor maiscorrosivo, cortar alguns trechos ealterar seu andamento. O Prazeré Todo Nosso marca ainda a voltade Mynan Pérsia ao palco, apósum afastamento de quase doisanos.

^H

No TeatroMunicipal,a pianistaaustríacaIngrid Haebler vaitocar Haydn,Mozart eStraussacompanhadapelaOrquestraSinfônicaBrasileira. Será nanoite de sábado

musicaLuiz Paulo Horta

Final do concurso de canto

0 Concurso Internacional deCanto do Rio de Janeiro, deexcelente reputação internacio-nal e o mais importante do gê-nero no país, chega esta sema-na às suas etapas finais: as trêsprovas decisivas acontecem naterça, quarta e quinta-feiras, esexta-feira é o recital dos vence-dores. Outro acontecimento —sábado, no Teatro Municipal —é a presença de Ingrid Haeblercomo solista da Orquestra Sin-fônica Brasileira (regência deIsaac Karabtchevsky). A grandepianista austríaca toca com aOSB o Concerto em ré maiorde Haydn e o Concerto em rémenor K 466 de Mozart, com-

pletando o programa, Don Juande Strauss.

O piano também brilha, ter-ça-feira, com o recital de EsteiaCaldi no IBAM, que se destacapela qualidade do repertório:uma sonata de Haydn, as Varia-ções Sérias de Mendelssohn,uma Pequena Suíte de Ginaste-ra (conterrâneo da pianista) e oRudepoema de Villa-Lobos,obra importante e dificílima,pouco tocada mesmo no Brasil.No mesmo dia (às 20h30min), aCasa de Ruy Barbosa apresentao barítono canadense Bruno La-plante em recital com a pianistaLinda Bustani (entrada franca).

Fazendo bela carreira na Europa,Laplante ganhou em '1977 oGrand Prix du Disque da Aca-demia do disco francesa poruma gravação de canções deReynaldo Hahn, Massenet eGounod. Quarta-feira, às18h30min, o duo pianístico Ca-rol Murta Ribeiro e lleana Car-neiro apresenta-se no auditóriodo BNDES, com Stravinsky eGershwin. E na terça-feira, às 18horas, a pianista Maria Helenade Andrade toca na Escola deMúsica da UFÜJ (rua do Pas-seio), em recital brasileiro queserá repetido uma semana de-pois na Embaixada do Brasil emParis.

23

^H

ROTEIRO DA SEMANAaBHnHnBHHHBHBHB

cinemaWilson Cunha

É tempo de Mona Lisa, o filme

De tédio ninguém vai mor-rer. Já amanhã, a tribo danostalgia terá de volta o seuPaissandu/Nostalgia revendoGreta Garbo e Robert Taylorem A Dama das Camélias.Os interessados em um bommeló com toques de policialnão perdem por esperar: omerecidamente badalado Mo-

na Lisa rola a partir de quinta— quando a polícia estarátambém em ação n€ espirradoda semana passada, O Misté-rio da Viúva Negra e em AManhã Seguinte.

As maiores atenções seconcentram sobre Mona Lisa.Do inglês Neil Jordan — pou-co conhecido por aqui e com o

anterior A Companhia dosLobos pronto para entrar emcartaz —, Mona Lisa vai atrásde um sujeito, baixinho, care-ca, gordote e vulgar, recém-saído da cadeia e que se apai-xona por uma prostituta deluxo. Como o vulgar Bob Hos-kins é notavelmente preciso,Michael Caine (em participa-

ção especial) está uma pesteatormentando os baixos hori-zontes do pobre Bob. Tudoembalado pela voz de veludode Nat King Cole — o que dáum climão.

Climão é o mínimo que sepode dizer do ambiente criadopor Bob Rafelson — diretor daversão mais neurótica de ODestino Bate a Sua Porta —

para o seu O Mistério daViúva Negra. Aqui, TheresaRusell é a própria — casa comos maridos e os mata — en-quanto Debra Winger, sempreprestes a explodir de tensão,tenta furar sua teia de assassi-natos. Dennis Hopper comoum texano é hilário.

De A Manhã Seguinte,também, não se pode recla-mar do clima. Sidney Lumet

o de, entre tantos, Serpicoou Um Dia de Cão — procuraacertar a mão que matou umhomem ao lado de Jane Fon-da, na cama. Terá sido elamesma? Jane, atriz decaden-te, alcoólatra, não lembra denada. Jeff Bridges, o incansá-vel, está no pedaço. Deve serseu 20° filme nos últimos 12meses.

E A Dama das Camélias?Cineasta de requinte, GeorgeCukor — que ficou conhecidocomo o diretor das mulheres

exerceria toda sua habilida-de em torno de Greta Garbo,"A Divina", vivendo Margueri-te Gauthier. Robert Taylor é oinfeliz Armand Duvall; LionelBarrymore, o terrível Mon-sieur Duvall. Mais nostalgia,impossível.-

n i H I—III1IIMIIIIHIIIIIIIIllll llllMllll lilll lllllllllllillllll lill llllllll ¦llnllllillll nHTnHTTiiinB

classe & mídia

QOAVDO SE FALA A SE6UNCAEM UtA R2£?6RAMA r^\

^PS!"'-.

O Mist6rio da Viuva Negra constr6i um clima de tensao numa teia de assassinatosO Mistério da Viúva Negra constrói um clima de tensão numa teia de assassinatos

24 PROGRAMA

profissões

Os arquitetos Antonio José de Oliveira e Fernando Cosmelli reproduzem o Centro da cidade Lima é maquetista há 20 anos

A cidade ao alcance das mãos

Euma

atividade que dis-pensa formação acadê-mica mas que requer pre-

cisão e grande habilidade ma-nual. A função de maquetista,ou construtor de maquetes, an-dou se mostrando tão rentável eatraente que nos últimos tem-pos começou a desviar arquite-tos graduados de seu curso na-tural. O exemplo de maioresproporções até o momento é amaquete do Centro do Rio queestá sêndo montada no PaçoImperial pelos arquitetos Anto-nio José de Oliveira, FernandoCosmelli e Jorge Opazo. O am-bicioso projeto — avaliado nomomento em CZS 1 milhão 500mil — ganhou patrocínio daRioArte e vem sendo executadohá oito meses. Nos dias depique, reuniu uma equipe deapoio de 16 estagiários de arqui-tetura. Construída em oito mo-dulos e medindo 4,20m por3,20m — o que corresponde auma área de 13 km2 — a ma-quete tem como limites a Mar-quês de Sapucaí (Oeste), o caisdo porto e a Ilha das Cobras(Norte), o aeroporto Santos Du-mont e enseada da Gloria (Les-te) e o Monumento aos Praci-nhas (Sul). Depois de receberum tampo de acrílico, a maque-te do Centro vai ficar exposta à

Os maquetistas simplificam

a compreensão de projetos

visitação pública e revelará aocarioca ângulos insuspeitados ecuriosidades. Os casarios da re-gião da rua da Alfândega e adja-cências, por exemplo, vão ficaremparedados atrás de um ver-dadeiro muro de espigões — jáque está liberado um gabaritoalto para a Presidente Vargas."Descobrimos

que a maquete éo único lugar que vai congregartodas as informações atualiza-das daquele perímetro, inclusi-ve os prédios tombados peloPatrimônio Histórico", declaraAntonio José de Oliveira. Naverdade, ele descobriu maisque isso.

COISA VIVA — Há dois anos emeio, Antonio e Fernando Cos-meUi — chileno então recém-chegado ao Brasil — abriram oescritório de arquitetura Ateliê IIpara em pouco tempo chega-rem a conclusão que

"dá maislucro trabalhar com maquete doque com projetos de edifícios".Inauguraram a descoberta coma maquete do Museu Históricoda Cidade; reproduziram o novo

prédio da Bolsa de Valores, oTeatro Ziembinski (do ator Wal-mor Chagas) e uma nova áreade espetáculos para o Morro daUrca; e passaram a ter comoprincipal cliente o arquiteto Pau-Io Casé. Como arquitetos, osdois sócios acham fundamentalsituar o prédio a ser construídoem seu entorno, apreender me-lhor o volume e até constatarque o projeto deve ser modifica-do. "Maquete é uma coisa vi-va", define Fernando.

Que o diga Edson Francisco deLima, 53 anos, que com forma-ção de segundo grau e um gran-de talento para trabalhos ma-nuais, criou há 20 anos a ArtelMaquetes e Decoração. E viusua atividade se ramificar emsetores tão distintos quanto aconstrução civil e a publicidade.Com uma equipe de sete fun-cionaíios autônomos, Edson jáminiaturizou empreendimentoscomo a represa de Tucuruí, ohotel Angra Inn, as estaçõesdos metrôs do Rio,- Belo Hori-zonte e Porto Alegre (com trens

mecanizados), além de projetosde Oscar Niemeyer para a Líbia,Argélia e Itália. Não raro, empre-sas como a dele, com mão-de-obra especializada na prática,atendem à construção naval eagências de propaganda em lan-çamentos de novos produtos.Mas é no mercado imobiliárioque está o pilar de sustentação.A maquete de um edifício custaem média CZS 100 mil, preçoconsiderado baixo por Edson Li-ma em comparação com outrospaíses. Ele fala com a autorida-de de quem já ganhou em dólarcomo maquetista na Venezuela,e reclama que tanto para o Im-posto de Renda como para oISS a profissão entra no item Eoutros... Apenas um trabalhofigura na história da firma como"uma saudável exceção": oCentro Cândido Mendes, naRua da Assembléia, pagou pelasua maquete em 1975 a bagate-Ia de 10 mil dólares. Edson Limanunca mais viu coisa igual. Oveterano maquetista localiza em78 o ano de ouro da atividade econsidera que hoje o mercadoestá aviltado por estudantes dearquitetura que faturam uns tro-cados construindo maquetespor preços muito abaixo do mer-cado profissional.

"Mas semqualidade", protesta. ©

j|PP

^¦HKH|^p^fv.>';'-' :•'^*£|, ;-^'¦ .*^H

V^Bjft : ' ^hL I

Tfc TpBpjpBBBpppHlllMBljPBWi1* ? * - •»-. »T'; '^ *'•",' •- •-'.'•,T-?f-'." ^fe-:«'-;''- * .':? K '.-;:':'*':J.:. - '¦¦l-:''"c"c^ -: '"^f ¦ *

' * '¦'• " '¦ "•¦: •/-> v' ¦''*" • •—¦- • ' ¦¦- -•" "' * a '-J^ikttiiIfc . niMMinM^^M^MnridtiinnnidiMn niiiiir.M a. jfjjfe^'7^ ^^raMR

]mmm

I

l®H HMPIP^•v"^?2i ^pp^p^MK

• .•*; .;¦': •'•'/,-; -,-.- .Vv--^"' VsT'^V '¦ -¦ ¦¦• ¦ ¦•.•- •--n'^«ti'^>^&^'Si^&d8B& v'^H Ai'^..= ..•' |

t-fv . ., m&&*

¦' ^PlP^Sf(- ¦

«

^ttmÊmtÊÊÊmtÊmammÊtÊmimÊmmmmmÊtiHmmKÊmmtmmxtmuuÊmmsBammiÊttHÊsmmmaÊimammmKmttmmÊÊmíammimmiÊÊmiÊmmmmmÊiÊmÊÊmÊmimmÊBam

O Rio já tem sua biblioteca moderna

inspirada no Centro Georges Pompidou

0

sombrio e severo Jorge deBurgos, o guardião da secretís-sima biblioteca do mosteiroem O Nome da Rosa, a histó-ria de Umberto Eco, teria re-cuado cheio de horror diante

da versão carioca do que serão as biblio-tecas do século 21. Porque nada aquilembra não só o seu acervo de livrosmedievais, mas qualquer outra bibliotecatradicional. O leitor não se sente aprisio-nado num labirinto de altas estantescheias de livros. Ao contrário, as pessoascirculam livremente por espaços amplose os livros estão ao alcance da mão. Sena imaginação do grande público elascostumam ser associadas a ambientesescuros e sombrios, a nova BibliotecaPública Estadual bate de frente contratodos os estereótipos. A luz ali entra poruma enorme clarabóia de vidro previstapor um projeto arquitetônico futurista. Eo monge malvado da história de Umber-to Eco, se não tropeçasse antes emalgum menino que estivesse esparrama-do pelo chão lendo o seu gibi, ou pior,num monitor de vídeo, teria caído fulmi-

nado pelos raios de luz, igualzinho aoCristopher Lee naqueles filmes do Drá-cuia.

Junto com ele, cairia toda uma con-cepção conservadora e elitista decultura. Pois um dos principais objetivosdessa nova instituição carioca é justa-mente a "dessacralização do livro". AnaLigia Medeiros, a coordenadora de im-plantação da nova biblioteca estadual, équem recorre a essa expressão formula-da por estudiosos franceses. E não poracaso: a biblioteca estadual tem seumodelo mais direto na Biblioteca Popularde Informação do Centro Georges Pom-pidou, de Paris. Dez anos depois de-suacriação, ela conseguiu ser não apenas osetor mais visitado do Beaubourg, mastambém receber uma média diária devisitantes maior do que a da Torre Eiffel.Inaugurada nos últimos dias do GovernoBrizola, em março desse ano, essa novabiblioteca carioca tem sua curta historiamarcada pela transição política no Esta-do (veja quadro na página 35). Mesmofuncionando com apenas metade da suacapacidade e ainda inacabada, já está £>

L ssil

A fachada em obras na Presidente Vargas abriga urn ambiente democratico de culturaA fachada em obras na Presidente Vargas abriga um ambiente democrático de cultura

mmm.. a iiiai

bhfl i 4 ^ 1 jyQOI 11 111 H f jpg j|f fjmj

J88SHS5"5"BB2^y^ ¦MMHkj

S-lis ^gM^^^HSTg^^lHR ;'j tv/J^»tdiaKwh^SksPil #¦ ^^¦¦¦¦^^faHi^^M.l^GH^^I

Todos os dias, entre 10h e 22h, o grande salao de leitura recebe visitantes de todos os tipos e idades

mostrando que tem tudo para seguir ospassos da sua modelo francesa. 0 edifí-cio de linhas modernas projetado peloarquiteto Glauco Campeio e construídona Avenida Presidente Vargas, ao lado doCampo de Santana, já está recebendouma média de 1 mil 500 visitantes pordia. Número que, nos dias de maiormovimento, pula para 2 mil. Uma fre-quéncia muito acima das previsões maisotimistas da administração da biblioteca

EISENSTEIN E SPIELBERG O quemais chama a atenção a quem entra nosseus salões e o espaço inédito para umabiblioteca, dedicado ao vídeo. Diante dos15 monitores de vídeo se espalha umpublico tão heterogêneo quanto os fil-

mes que estão a disposição. Na frente datela dois meninos de 10 anos com unifor-me escolar assistem impassíveis ao En-couraçado Potemkim, de Eisenstein,mais adiante alguns soldados do Exércitoacompanham algumas jogadas de Gar-rincha, a Alegria do Povo, de JoaquimPedro de Andrade. Enquanto dois cinéfi-los apreciadores de Fellini assistem aEnsaio de Orquestra, uma barulhentaturma de colegiais acompanha as aven-turas de Indiana Jones num grandetelão colocado num espaço a parte, semconseguir acordar um velhinho que, en-tre um cochilo e outro, assiste pelaenésima vez as evoluções dos bailarinosdo Bale Bolshoi em O Lago dos Cisnes.A medida que as horas passam, e a

biblioteca fica aberta de 10h às 22h, operfil dos freqüentadores vai mudando.Se de manhã e à tarde, na hora de saídadas escolas, o espaço é invadido porbandos de colegiais, à noite o público setorna mais exigente e aparecem estu-dantes universitários à procura de algumfilme de arte. Mas não há limites para acuriosidade dos usuários, e os funcioná-rios do setor contam que mais de umavez algum menininho com uniforme deestudante primário já se aproximou delesdepois de criar coragem para fazer apergunta inevitável: "Psiu...Tem

filmepornô?"

Mas, ao contrário do que se poderiapensar, o setor de vídeo não tem mono-polizado as atenções do público que

Os trapalhões lado a lado com o Bolshoi

O professor Valadão Monteiro, 79anos, quase todo dia sai de sua casa emCopacabana para digerir o seu almoçona Biblioteca Estadual diante de ummonitor de vídeo. Os seus preferidossão os do balé Bolshoi e ele calcula quejá tenha visto O Lago dos Cisnes"umas 30 vezes". Freqüentador de mui-tas bibliotecas, ele diz que

"não quer

outra coisa", desde que descobriu osvídeos do balé russo. "E é de graça", seespanta. O único inconveniente que elevê ali são os meninos que insistem emassistir a "essas

coisas horríveis", dizfazendo uma careta e apontando paraum bando de crianças que, na telinha dolado, se divertia com um programa dosTrapalhões.

Eles preferem Os Trapalhões e... ...Seu Valadão cochila com o Bolshoi

n

it

capa- ¦ ¦ - • • • -

:ifs S -:-v; ¦"¦ ¦-'¦¦.W§Á,>.' '

^*V^^"0BHi<^B,18?iflM31^^HMHBIn3fiR^^^fl^^D^^^^^I -m H

'^jy]^wEy '" M^^ET jj^^K^'.

BMMB^BB[B||^BPPBB^^^i^^^^^^^2fe^^fe^afc^^BBHB[^K,-, .B . K - - fl - 4 fl ¦' ^^^B§iSS9H^M|fl||HH|^B ____________y I fi

J . •:¦-,^y

K;| I ¦

^Bt fl; .

f" f' ii .3 w'"'"T^IIiM if1ifff^W

Compartilhando o visual e a leitura, elas estão à vontade na biblioteca Ate o vigilante tem chance de ler

freqüenta a nova biblioteca. Este tem se'dividido em partes mais ou menos iguaiscom os outros dois setores já em funcio-namento: de periódicos e de livros. Noprimeiro, circunspectos senhores de gra-vata aproveitam a hora do almoço paraler os jornais do dia, sem se incomoda-rem com a companhia de crianças que,deitadas no chão, lêem com igual com-penetração as peripécias do Tio Pati-nhas. Essa informalidade que impera nosseus espaços, segundo sua coordenado-ra, Ana Ligia, é um dos pontos fortes dabiblioteca. "Aqui no Brasil, as pessoassempre sentiram um certo constrangi-mento para entrar numa biblioteca, sem-pre encarada como uma coisa mofada,antiquada. Isso é apenas um reflexo da A biblioteca começa a atrair um público pouco familiarizado com os livros

-I %! ikiiiliij ...;, Iff i

VJIHT m

v <0^-

PP'- fx^z= J/j A •- 'V^A 'l WM

Jorge Luís fez o pai entrar pela primeira vez numa biblioteca

A pesquisa

em família

Jorge Luís, 13 anos, acha que a suaescola tem muito poucos livros e, porisso, foi até a biblioteca Estadual atrasde alguns detalhes da anatomia dospássaros para um trabalho que estafazendo. Seu pai, o aposentado AlcidesAlves, 70 anos, que nunca tinha entradonuma biblioteca antes, acompanhou ofilho e achou o lugar bonito. Jorge Luís

já assistiu Macunaíma. de JoaquimPedro, Vium dos monitores de vídeo.Gostou. Mas tem medo de que o pes-soai não saiba conservar o local "Sabe

como é o carioca, né...", observa o

jovem cético.

JMMB—B—IBMBW——^MmBMMMMBBBMn M JI .... - „ „ „. ____ J

O projeto arquitetônico foi feito...

Teologia de um metroviário

^

»*f

^ fe «*J ij^ ,_.iCj p;;|?l jl^g

»~TV * |k\**-i iiil Hi **"* "^a?* ^ g^BM

Iir^~ ^j|^jtt[yK|< -. v «,•., ILysE^. Ii & v-

Nilson prefere a biblioteca para se aprofundar na teologia

Nilson da Cunha Santos, 37 anos.nas horas vagas deixa de lado os trensque é obrigado a acompanhar comosupervisor do Metrô para dedicar-se aoestudo da teologia. Nesses momentos,escolhe a Biblioteca Estadual, que eieacha "espaçosa e bem ventilada", parase aprofundar nos mistérios das grutas

de Qumrán, no Oriente Médio, ondeteriam sido encontrados manuscritosque comprovam os textos da Bíblia.Para Nilson, não há lugar mais agradávelpara ler seus livros de arqueologia ehistória, antes de ir para a facuídadeReino Unido, em Oswaldo Cruz, ondeestuda a noite.

concepção elitista com que elas foramcriadas no nosso país", observa.

MUITO ALÉM DO LIVRO — A bibliote-cária Ana Ligia que, em outubro do anopassado, foi conhecer as bibliotecasmais modernas da Franca, Inglaterra eAlemanha, para aplicar no projeto brasi-leiro, voltou convencida de que elasdevem "transcender

o livro, utilizandooutros veículos, e se democratizar cadavez mais". "Há

uma tendência tanto naEuropa quanto nos Estados Unidos dasbibliotecas públicas se transformaremem grandes centros de informação colo-cados a serviço da comunidade e quepossam atender tanto a um estudiosointeressado em algum animal raro, quan-to a uma dona-de-casa que esteja atrásde uma receita culinária", ela prevê.Seguindo essa filosofia, no grande salãode leitura, da biblioteca estadual, podemser encontrados todos os tipos de leito-res. Numa mesa, Nilson da Cunha San-tos, 37 anos, supervisor do Metrô eestudante de teologia, se debruça sobrelivros de arqueologia lendo sobre osmanuscritos encontrados nas grutas deQumrân, no Oriente Médio. Perto dali, omenino Gutemberg, 12 anos, que vemsendo persuadido pelos vigilantes a nãoincomodar as pessoas ou atirar o chicleteno carpete, ronda a sua prateleira preferi-da, a de livros sobre artes marciais ekaraté

Sit I ji

spJEIkk*

^ Km

Habitues da biblioteca, estes meninos se interessam ate pela segao de braile

ÊfâÊsÊt?25sn&aÊ

Habitues da biblioteca, estes meninos se interessam até pela seçáo de braile

HH

m

II

El

111111" Tl

lL -" ; »5: mi. rl|-p^?f^^S^^P|^k".' *'

para garantir a livre circulação

INFORMATICA E CRIANÇAS — A bi-blioteca conta também com uma seçãopara cegos com cerca de 5 mil livros embraile e 50 obras gravadas em fitascassete. Também fazem parte do seuacervo 3 mil 500 volumes só sobre o Riode Janeiro, entre os quais podem serencontrados tanto o plano de urbaniza-ção mais antigo da cidade quanto osprimeiros projetos do metrô, que pre-viam uma linha Lapa—Saens Pena. Mas,para realizar o projeto original, ainda hámuita coisa para ser feita. Metade do seuacervo de 100 mil livros ainda está parachegar e a biblioteca infantil e o auditóriode 80 lugares ainda vão ser construídos.Também está prevista a implantação deuma fonoteca com 60 poltronas equipa-das de fones e de um acervo de discos efitas com mUsicas brasileiras e estrangei-ras. Um eficiente banco de dados cominformações sobre o Rio atenderia aconsultas por telefone — prevê o plano.A tecnologia terá um papel importantenessa biblioteca, que deverá ser todainformatizada com 16 terminais decomputadores. As crianças também te-riam uma oportunidade para se familiari-zar com a informática através de compu-

tadores dotados de programas simplifi-cados. E o último toque de tecnologiadeverá ser dado por um sofisticado siste-ma antifurto: magnetizados, os livrospoderão ser detectados, na saída, emcaso de roubo.

Deixando toda essa onda high techde lado, uma outra idéia prevista para ofuturo é a de conquistar alguns leitoresno vizinho Campo de Santana. O recursoutilizado não poderia ser mais bucolico:um funcionário da biblioteca, levandolivros e jornais numa carrocinha do tiposorveteiro, sairia pelo parque emprestan-do livros e jornais aos passantes

Criada para substituir a antiga biblio-teca estadual destruída por um incêndioem 1984, ao contrário cio que suasfeições modernas poderiam sugerir, euma instituição com 113 anos de idade.E se os seus 10 mil metros quadradosrealmente vierem a abrigar tudo que estaplanejado, ela se transformara nessa fa-se num grande centro cultural. Um cen-tro que pode valer de exemplo na norade somar ingredientes como a participa-ção do estado, a tecnologia e a informali-dade do carioca numa receita sob medi-da para a cultura do Rio. ©

;W*F*I1SSI

Hk. «

mmrr \ V'

' ^jjjr

Acima das rixas políticasAberta no período de transição entre

o governo Brizola e o de Moreira Franco eimplantada por Ana Ligia Medeiros, anova biblioteca pública estadual nasceu apartir de uma idéia do ex-Secretário deCultura e Educação, Darcy Ribeiro. Plane-jada a princípio para ser uma especie decentralizadora das bibliotecas de todos osCieps do estado, o projeto cresceu com aambição de colocá-la em dia com'o quehavia de mais moderno no mundo nessaárea. "Ela foi planejada para que possa vira receber cerca de 5 mil crianças por dia",explica Darcy, orgulhoso do que ele consi-dera "o maior salão de leituras do mun-do". "É uma biblioteca grande e viva, queenriqueceu o Rio de Janeiro. E é bomsaber que o Secretário Eduardo Portellaestá entusiasmado com o projeto", asse-gura.

O atual governo do Estado nomeouuma comissão de notáveis da área debiblioteconomia para decidir o futuro danova biblioteca e a presidente da comis-são e diretora da Biblioteca Nacional,Maria Alice Barroso, não foi menos enfáti-ca na sua aprovação. "Como bibliotecária,como escritora, e como moradora do Rio,

vejo com o maior entusiasmo o apoio queo secretário está concedendo a bibliotecano seu plano para a cultura do Rio", elaanuncia. As obras no momento estãoparadas, o que o atual subsecretrario deCultura Jose Carlos Barbosa atribui aoatraso no pagamento das empreiteiras nogoverno anterior. Ele calcula que, paraterminar as obras e construir um segundoprédio anexo que abrigará a administra-ção, uma biblioteca infantil e uma cantina,serào gastos 27 milhões. O dinheiro ja foipedido à Caixa Econômica e a Secretariade Ciência e Cultura calcula que as obrassó serão retomadas dentro de três me-ses, anunciando que pretende tomá-lacomo um modelo para outras bibliotecasa serem construídas no interior do Es-tado.

Saindo de uma certa perplexidade porter nas mãos um projeto alheio, o gover-no do Estado ensaia os primeiros movi-mentos para assumir os destinos da novabiblioteca. E, se realmente conseguir le-var suas obras ate o fim como anuncia,pelo menos dessa vez uma boa idéia e osinteresses da comunidade vão ter sobre-vivido às disputas políticas.

Ana Ligia coordena a biblioteca

3 5

¦Sr " ' i^lfl Bfc^S

W^m P^3

¦PSBr

Sopa de entulho, bifes e peixes: o

bom e barato dos mercados do Rio

Para

a turma que freqüen-ta os restaurantes dosmercados, não tem im-

portáncia os azulejos bregasque tentam inutilmente enfeitaras paredes, o chão nem semprelimpo, as cadeiras de plástico ea toalha de papel na mesa. Ou-tras coisas são fundamentais: aqualidade da comida, o atendi-rnento gentil e os bons preços.Não é pedir muito, mas essesitens andam em falta nos res-taurantes da Zona Sul.

Sábado é dia de encontrodos advogados RaymundoMonte de Oliveira, SebastiãoMarques, do técnico de enge-nharia Walter Rocha, do ex-bancário Hélio Sposito e do eco-nomista Wilson de Carvalho noRestaurante do Mercado SaoJoão (Rua Visconde Rio Branco,55, loja 201), em Niterói. Antesde ocuparem as mesas do res-taurante, fazem as compras dasemana: peixe superfresco,pescado na véspera e a umpreço bem abaixo dos rnerca-

36

No Mercado São Pedro, Niterói, comerciantes oferecem peixes superfrescos. Na foto, Tristeza — irmão do Beleza — do box 25

Brega mas delicioso

Rose Esquenazi

u • ¦«* .vV^m^^^^Hi^^KllfEl^^^H I <*m¦ I 9r -mia JL , ¦•,'.?'«•*•? 4.'jMjam i fj^d

n i

dos do Rio. Com as sacolascheias, ocupam seus lugares e,entre uma cerveja e outra e umatacada na sinuca, beliscam car-ne-seca, tomam caldo de feijãoe a sardinha da casa. "Isso aquié o nosso playground", explicaRaymundo. Hélio conta que afamília torce o nariz todos ossábados quando sabe que eleestá indo ao mercado. "Dizem

que posso comer peixe em ca-sa. Mas eu gosto de estar aqui,nessa descontração", explica.Todos elogiam a comida caseirado restaurante e acham ótimodividir o salão com operários daSetal, pescadores e vendedoresdo mercado.

O ponto alto do encontrodos sábados é quando o grupotem tempo para descer e esco-lher o peixe que vão saboreardali a minutos. Os amigos cos-tumam ir a Barraca do Beleza

que fornece peixe para rostau-rantes japoneses e outros daBarra da Tijuca e São Paulo, epedem conselhos ao dono do

Marlene recebe o peixe de Raymbox. Sobem com a lula ou comas postas dos peixes (dourado,olhete ou outro bem fresco) jálimpas, dizem se querem fritoou assado e esperam a cozi-nheira Marlene Marins se encar-regar de tudo. Enquanto isso, osdonos do restaurante, Abílio Pi-res e Jarbas Vidal, sabem quenão podem deixar garrafas decerveja vazias na mesa. No sã-bado passado, Marlene prepa-rou as postas de olhete em 20

undo e o prepara em minutos

minutos, juntou uma porção dearroz e feijão e viu a satisfaçãode todos enquanto almoçavam.A despesa total não passou deCZ$ 200. Sem incluir as cerve-jas, naturalmente. Não é precisofreqüentar o Mercado São Joãohá 20 anos para ter essa regaliade comprar o peixe e vê-lo sen-do preparado. De segunda asexta (até as 19h e aos sábadosa partir das 14h) qualquer mortalde Niterói ou do Rio pode matar

WSr i mJ/L Bfc^S

¦PIBf i

comportamento

WMMHb ISmSH MU

Todas as madrugadas Eronides e Waldeney jantam bem na Cadeg bifão e o bacalhau fazem a fama do Poleiro do Galeto

as saudades dos camarões gi-gantes (CZ$ 320 o quilo), doatum fresco ou do robalo (CZ$60 e CZ$ 120).0 BIFÁO DO GALETO — Seder fome no meio da noite, se oestômago for exigente e o di-nheiro andar curto, um endere-ço em Benfica pode ser umgrande achado. Nos vários bote-quins do Mercado da Cadeg(Rua Capitão Felix, 110) entre omovimento de centenas de"burros-sem-rabo"

que levam etrazem frutas dos quitandeirose ambulantes, serve-se a famo-sa sopa de entulho. Custa emmédia CZ$ 20, sai da panelafumegante e leva quase todosos tipos de legumes comerciali-zados no Mercado, antiga Cen-trai de Abastecimento do Esta-do da Guanabara.

Mas é no Poleiro do Galeto(Av. Central, loja 57) que jorna-listas, médicos e motoristas detáxi se encontram no meio danoite para comer um bacalhau à

portuguesa muito elogiado. PorCZ$ 98, o bacalhau vem acom-panhado de batata, couve eovos. Como entrada, não hácomo fugir do pernil fatiado comcebola frita a CZ$ 100 e comosobremesa, não há como resís-tir ao pudim de leite, a CZ$ 20."É uma ótima opção para quemsai tarde do jornal", recomendao chefe de fotografia do JOR-NAL DO BRASIL, Alberto Ferrei-ra, um freguês assíduo e antigo

do Poleiro do Galeto. "O baca-lhau daqui é hors-concours",elogia Alberto.

O movimento aumenta coma chegada da madrugada. Emdias mais frios um fog londrinoinvade os corredores dos boxes— 702 ao todo —, tornando oMercado um cenário vivo decinema. Eronides Belo da Silvae Waldeney Pais da Silva nãose importam de sair do ponto detáxi em Laranjeiras ou virem dos

pontos mais distantes para jan-tar de madrugada na Cadeg."Não sai caro para a gente e acomida é ótima", argumentaEronides. Ocupando uma dasquatro mesas do restaurante,os amigos Carmen Ferreira, Ale-xandre Aguiar e Denise Mene-zes pedem dois bifes com fritase passam ali horas curtindo oclima do mercado. A carne éótima e muito bem preparadapor Luis Gonzaga.

"No La Mole,

por exemplo, pagaríamos peloluxo e mais 10% para o garçom,mesmo se ele nos servisse mal.Aqui não tem isso. É uma coisasimples e boa", defende Ale-xandre. No Galeto, reúnem-setambém dezenas de carregado-res e comerciantes, às vezes detamanco e short. que apreciamos salgados frescos da cozinhei-ra Adalgisa. E das mesas singe-Ias, pode-se admirar um cenárioúnico do Rio de Janeiro, além deum paladar honesto, raro nes-ses tempos de hiperinflação. (D

• I

- vis¦' !?- lm

W Wm

Mercado São Pedro, o encontro da turma do peixe fresco

37

\ m M Vk ^^¦bI^ISw

W - 9^ '^^Sjjj^it

Bfe fen

'• ' A^'

ipf - • ' "mmm

\ . IMPl^* %aMl. , ;

- r -.Wm^M^n&Ss r «.!••' •

--•33^1^

I^T^Tlia - '---- ¦ '.:! ^IsJ^Sv

^\

i .?:^^^H^BHWiSSWii^^MP®^v.1 v :'¦: ¦• :lfl|MBHWHWWWHMHBHBBHBB«)i».

ÓISQUÉ É ROSETÁ.E DEPOIS UM SAPATINHO DA PRA CARMA.

¦

n|Bfi!^ »*¦ H fC

^LA

*j? 1" ."- * ^-"*** * ^ ^

,-: •'¦•¦-¦•'• kfStB .&&jB5rr-i "¦ '

IP' ¦ : -'i ,§¦:¦¦ v' ¦¦'••' ^ m^- ¦:¦'•;¦.¦ •¦••¦ :" '¦: • ' -: ¦ •;

. ( yt' ¦ - ;¦L

¦ ''

'

Os novos

pontos

das malhas

Regina MartelliFotos de Alexandre Sant'ana:ZNZ

Moda e arte se unem mais uma vez. Com

especial predileção pelas roupas de frio,

principalmente malhas, o ator Thales Pan

Chacon encontrou um espaço entre as

gravações da novela Helena, da Rede

Manchete, para posar para Domingo o novo

estilo dos tricôs masculinos para o inverno.

Como detalhe importante está o trabalho

das tramas e as listras, nas mais diversas

versões, ao lado de uma acentuada busca

pelo clássico. Uma amplidão gostosa

permite composições e superposições

descontraídas, com as cores tendendo para

os tons neutros. Cinza, cáqui, preto,

marinho e vinho compõem a carteia básica,

e camisas, ou t-shirts se revezam sob as

suéteres conforme o estilo pessoal de cada

um. Nas fotos, produção de Guiga Soares.

41

| |n —ra»

I 42

Nos tons cáquis da moda. Calça de linho

maquinetado, Rick Ventura, camisa de linho e

suéter de tricô, Side Walk. Sapato, Mr. Cat

A prática camisa polo tem versão em puiuvcde lã. Embaixo camisa de algodát

estampado. Side Walk. Sapato em camurçaMr Cc

^^^Riri fii^H^^^^^PIl^BMp^KI^EflKy:«IIH

MM., i I1 Ji'|11 4^ li 1111 i^iffff^^^L

/ ^^^^H^Hffi||viv^V8|l|^—¦

BMMBBtegtefr ¦

^^^^l»^^f#>^IS5r^»»,^#^<:>''' Jw^^^nlltliftV^S^erS!l§W<fe/i'^ ^lHuuE£ri9ffl!lr

43

iiaslESS

mSL- -' ^H

''

J|tr'

'^

j| ™^^W,

J® t'^fe^p Sir

I'^K; ^H| :' A I^^HV ^VIP

I P'f . Ji I 1ft

¦I iH' I - n !

H|Jraj^H 9 ^;.- :||^^HA

- ¦ %|

^¦wBh ¦ ^

¦:1H 1 W

RvJi^K H

^¦Bfli^^H^I'^^W1:- A- /n :^^Hi

^^^^h|b| '# w ';'^H

M

iKH

ÍmL *;-v$^'•jii^íá^MggsP1ͧ£*;*'?, iwlrS

|ggp

"'¦ : ¦ 1SÉ^SPlSi

•ÃV=.

Um pouco demistério no

charme beminglês do

trench-coat e do

xadrez. Capa de

gabardine ecolete escocês,

Richard's.Camisa branca,

Side Walk ecalça, Rick

Ventura. Cabelo,Dudu (Hair by

Dudu)

iI

»

45

•;:';r<^^ -. • . ¦'¦ •'• "- ¦ •;•:.- -. ;'-. __—^rr.T-r,-^.»-—~^~:r- ;.v '...¦-...1 ."•¦•¦•SIS

CHEMISE ^1JLACOSTE Wy®*kj

O

¦r-V

I El

LACOSTE

VOCÊ NÃO

ENCONTRA EM

QUAIOJER LUGAR

borelli

Av. N. S. Copacabana, 985-b - Tel.: 257-7296Rio Sul - Ij. A-21 - Térreo - Tel.: 295-1748

\IQPl C66T

1 Rio Sul - lj. A-20 - TSrreo - Tel.: 295-1748

??EARJ

Rio Sul • Ij. A-28 • Térreo - Tel.: 541-4046

0

Q

0

^I

I

' 111^ |r

^Hpm XJM ^^Hr

..>¦ ¦ ^:>r'•;¦:• • ¦ ¦ -• •v::.;---<M.4mBmwuai*Mim^

;i

QUCBWvMhH'

KIT FEMININO

2 CAMISAS

1 TÊNIS

ADULTO 1.550

INFANTIL 1.450

v^S ^ppr

H • HBIfei"-' ¦/.

*"VJ, n lft -1

^Kftpsnfl ^K^-"

.

' -. :, :V--. -¦ ,,; : 'írí;^: ^ s- ji M I 1 m

..- >„.»-, -jt jf, J-X.&L-ÚrMfte-Z."' itíSÍÍÍs3eS&A fl« MÍ--A~2&'-^

KIT MASCULINO

2 CAMISAS1 CALÇA

ADULTO 1.700

INFANTIL 1.540

KITES OPCIONAIS

VENHA VOCÊ

MESMO MONTAR

0 SEU KIT

COM DESCONTOS

INCRÍVEIS

E EM QUALQUER

MERCADORIA

PAGAMENTO À VISTA

15% DE DESCONTO

RIO SUL

IPANEMA

barrashopping

PLAZA SHOPPING

^B .gggfl W

^!'H\ ¦ m

H^™™|^^^F;/v/y ® iB ^

i^V;V \ ^ )n| |

^\ % s «(M ^

^V ##//////// /////////' <••'.I ílh'''MBBL I////////llll/llllr rjfâimÊÊmm^MM-

w MÊÊf-'ml ///'''^ÊÊÊBê '¦"m mIre

- -,"mlllllli/!Mm mm

WK ÊLf':.wÊm '^JmÊÊÊKSuím:- 111

fe% . X• '''«i ¦HBBBBMHarawBfe

1111

çlr!i|4ív)

RECIFEBELO HORIZONTESALVADORPORTO ALEGRERIO DE JANEIROS.J. CAMPOSCAMPINASMANAUSVITORIABELEM

RIO DE JANEIROGOIANIA VitOria MANAL'S

SALVADOR

CAMPINAS S.J. CAMPOS

RECIFE

cartas

PLUFT FAZ SUCESSO

Foi surpresa verificar que na últimaedição da Revista Domingo não consta daseção Campeões de Bilheteria o espetácu-Io por nós produzido — Pluft — o Musical

em exibição no Teatro João Caetano.Sobre isto temos a comentar e a solicitar oseguinte:

1. Pluft — o Musical é o espetáculoque, com apenas duas exibições semanais,tem'tido o maior público relativo, com umamédia de 1 mil 250 espectadores porexibição. Desde ontem estamos apresen-tando uma segunda sessão aos sábados.Com esta medida, temos certeza de que,em termos absolutos, também nos tornare-mos recordistas de público.

2. Prestamos estas informações por-que a editora da revista nos respondeu quepor se tratar de um espetáculo infantil Pluftnão poderia constar da referida sessão.

3. Como Campeões de Bilheteria é umaseção de serviço parece-nos que o argu-mento não é válido, já que o compromissodeste veículo sempre foi o de informarcorretamente o seu público.

4. Nosso espetáculo não é na verdadeum espetáculo infantil, como qualquer um

poderá verificar pessoalmente. Além dissosão contundentes os depoimentos quetomos tido do público 8dulto, encsntsdo

com a maravilhosa adaptação feita por

Antonio Pedro à eterna obra de Maria ClaraMachado.

Se nossos argumentos não sensibiliza-ram o editor, solicitamos a gentileza depublicarem a presente em nome da verda-de, da qual o público é o primeiro fiador.Sérgio Cláudio Noel Ribeiro, Rio de Ja-neiro, RJ.N. da R.: Pluft, o Musical é um espetáculodirigido às crianças. A seção Campeõesde Bilheteria pretende registrar os maio-res sucessos de público entre os espetá-culos de teatro para adultos em cartaz nacidade. Os dados da seção são forneci-dos pela Sociedade Brasileira de Auto-res Teatrais.

ABAIXO AS AMAZONAS

Domingo passado, li a reportagem so-bre as amazonas e achei que era umdesperdício de espaço, ou vocês estavam— discretamente — chamando a atenção

para um novo grupo de maluquetes.Mas hoje vi uma das tais amazonas

falando (?) na televisão, canal 2. Dissefalando porque na realidade nãosei comochamar aquilo, pois a "menina tem umdos vocabulários mais reduzidos e, peloque pude perceber, um Q.l. de igual po-tência.

Ela diz que estuda. Deve ser daquelas

que vai à escola para comer merenda,

porque um dos entrevistadores perguntou

a razão desse título e a resposta foi que"elas são valquírias, mulheres guerreirasdo século passado e vieram da Amazônia.

Nunca ouvi ninguém dizer tanta boba-

gem com tão poucas palavras! Espero quea "menina" — já que agora é até capaz deaparecer em outros programas — não repi-ta isso, em nome de qualquer colégio, porpior que sejaf

As Valquírias do século passado sãoas da ópera, mas são, na realidade, figurasda mitologia germânica e as Amazonas

guerreiras da mitologia grega! Nunca hou-ve a menor prova de que existissem essasmulheres na Amazônia!

Seria melhor que essa "menina não

andasse por aí dizendo essas bobagens ese contradizendo da maneira mais comple-ta quanto à sua "missão". Para ajudar o

povo é preciso em primeiro lugar um mini-mo de instrução, coisa que — é evidente —

ela não sabe o que é.A "menina" odeia os humanos. Mas

são os papais burgueses trabalhadores quefinanciam as suas motocas, suas roupasridículas, suas

"artes marciais", tatuagens,chopinhos e outras coisas — que elasescondem das famílias, porque sabemmuito bem que não estão agindo bem.

Como disse minha sobrinha ao ler aentrevista, elas estão mais por fora queastronautas consertando a nave no espaço.Nair Guanabara, Rio de Janeiro, RJ.

B55]RADIO CIDADE

VALE TUDO PARA SE CONQUISTAR O GRANDE AMOR

PONTO I II.Mí.Se[)WI)apresentam

EDSON CELULAR]

MONIQUE EVANS

(Jm filme de

JI.SSI I.BIISS

¦MAITÊ PROEJVÇA

0SWAID0 LOUREIRO

b, r i, ,i i EMBRAFILME

Sill

aries21/3 a 20/4

Uma pronta resposta a impulsos exter-nos, no trabalho e nos negócios, ser-lhe-á vantajosa nesta semana. Dias de boarealização afetiva. Equilíbrio em suasações. Bom quadro no amor. Saúdeinstável.

59

touro21/4 a 20/5

Buscando agir de forma um pouco mais

tolerante para com os que lhe são próxi-mos, você viverá momentos positivosnos próximos dias. Atividade intensa em

família. Quadro neutro no amor e em sua

saúde.

m

gêmeos21/5 a 20/6

As indicações astrológicas mostram for-

talecimento de seu conceito junto a

outras pessoas. Ganhos novos e vanta-

gens materiais. Disposição muito grande

para o amor. Romantismo e harmonia.

Saúde boa.

Esta semana lhe dará boa oportunidade

para realização de velhos sonhos mate-riais. Presença compensadora de pes-soas amigas. Vida íntima em quadroirregular. Inquietação e solidão. Saúde

ainda regular

ÍVdfc1leão

22/7 a 22/8

câncer21/6 a 21/7

Momento muito equilibrado para os seusinteresses profissionais e de negócios.Apoio significativo. Vida pessoal e íntimamoldada em quadro bastante favorável.Satisfação interior. Saúde estável.

virgem

23/8 a 22/9

Posicionamento favorável em relação a

seus" interesses de trabalho. Reações

significativas de pessoas amigas lhe da-

rã o vantagens, alegria e satisfaçao. No

amor se]a mais cauteloso. Saúde em

fase muito positiva.

libra23/9 a 22/10

iy ri

A disposição destes dias mostra um

quadro bem equilibrado para o libriano,

especialmente quanto a ganhos e negó-

cios. Em família seja mais tolerante e no

amor mostre seus reais sentimentos.Saúde bem estável.

23/10 a 21/11

Sagitário22/11 a 21/12

Bom quadro material quanto pessoal.Realização em pequenos e importantesmomentos. Boa disposição para a vida

íntima. No trato afetivo seja mais dado a

manifestações de carinho. Saúde ins-

tável.

capricórnio

[ 22,12 a 20"

Uma preocupação maior com o futuro

concentrará suas atenções nesta sema-

na. Quadro bastante significativo em re-

lação a amizades e o trato com parentes

próximos. Instabilidade no amor. Saúde

desequilibrada.

aquario21/1 a 19/2

Este será um bom momento para o

aquariano, especialmente em relação a

negócios próprios e assuntos ligados a

mudanças no trabalho. Em família e no

amor tudo lhe será muito favorável. Saú-

de excelente.

escorpião ;r_

Indicações de forte realização em traba-

lho que exige muito em termos pes-soais. Boa disposição para novas amiza-des, festas e interesses sociais. No amorhaja com cautela diante do desconheci-do. Saúde boa.

snnasmHnaHHRS

peixes

J20/2 a 20/3

Quadro bem-disposto em relação a di-nheiro. Ganhos inesperados. Sorte acen-tuada. Vida pessoal marcada por aconte-cimentos novos e intensa emotividade.No amor poderão ocorrer surpresas. Saú-de em dias neutros.

o

\ \

\

Quem lê a revista

Domingo, fica bem

informado durante

toda a semana.

JORNAL DO BRASIL

9

D

I V *«* fl

IPP^K^^^B^^B^P^^rTlHMBlriHBim ^fcF^V ij^^wr'ffiMl

gylBjg ^8r^K l^y!¦ ¦BR-'vlB |

^ M

05 congelados caseiros deYONE AZEVEDO estao emnovo endereço: Rua Itapi-ru, 1480, /?/o Comprido.Adotando o nome MAIS

QUE PERFEITO CONGE-LADOS, a nova loja temdesde o tradicional baca-lhau até a trança de cama-rão. Encomendas pelo tele-

fone 273-5596 e 293-3694.

O Rio já tem seu primeiroCentro de Medicina e Estéti-ca, é o CENTRO DE ME-DICINA DO CORPO. Inte-

grani a clínica, especialistasem nutrição, dermatologia e

Se você tem preocupaçãocom a sua pele, a LINHAVIVIAN de produtos natu-rais está com uma variedadede hidratantes e protetoressolares. Já estão à vendaóleos e loções de urucum ecenoura. Há também osshampoos VIVIAN à basede hortelã, sementes de uva,erva-doce e algas marinhas.

cirurgiões plásticos. Algunsdos tratamentos aplicadossão de celulite, flacidez eobesidade. Informações pe-los telefones 205-3191 e 205-3744.

Ipanema já tem a sua nova

grife, é o DOCE SABORBOUTIQUE. Aí você podeencontrar os últimos lança-mento da moda, com mode-los exclusivos das estilistasVERA DANTAS e FÁTI-MA BRAZ. Vale conferir.Rua Vise. de Pirajá, 281,loja G. Telefone — 287-4387.

Á

Planos de construir sua casade campo ou praia? AMANDALA está lançandoresi dê ti cias p ré-fábricadasem madeira e concreto levecom acabamentos de luxo.Informações pelo telefone262-2023 ou na Av. RioBranco, 156, 1201.

Quem gosta de flores masnão tem tempo para cuidar,uma boa solução são as

plantas desidratadas. O AR-TESANATO CARAMIN-GUÁ está com novos arran-

jos de samambaias, ráfia eacácia. Anotem o endereço:Av. 13 de Maio, 33, loja102, Centro.

A

A ROUPAGE está lançando a suacoleção Outono!Inverno, com roupasem seda, Unho e popeline. Um dosdestaques é o conjunto em linhobranco, com saia ampla, blaser comombros estruturados, bolsos casa in-

glesa e echarpe de seda pura. AROUPAGE tem lojas em Ipanema —

Vise. de Pirajá, 550, sl 229, Copaca-bana — Rua Figueiredo Magalhães,414 e Norteshopping.

A linha GUCCI resolveu investir fir-me no mercado brasileiro. Para esteinverno a novidade são os ternos eblasers inspirados nos anos 40. Oblaser é com lapela seta com umbotão.

I'mH

W "J* M

¦m

A saúde por um fio

Como

muitos brasilienses se acos-

tumaram a fazer, recorri à ponteaérea para um tratamento de saú-

de. Depois de passar por vários exames

e uma intervenção cirúrgica numa clínica

conceituada — e caríssima — de Ipane-

ma. no Rio de Janeiro, concluí, contudo,

que essas viagens nem sempre dão

certo. Por pouco não perdi a vida.

Voltei a Brasília certa de que meus

problemas ginecológicos estavam resol-

vidos e, apesar de mais pobre, estava

tranqüila. Dois meses depois, o susto e o

medo: eu estava de plantão na frente do

Palácio da Alvorada, residência oficial do

Presidente da República, quando come-

cei a sentir fortes dores e uma súbita

hemorragia.

Era um domingo. Peguei o carro do

jornal e disse para o motorista: "pronto-

socorro, por favor". O fusca correu pelaslargas avenidas de Brasília e menos de

meia hora depois estava estacionado a

porta do mais bem-equipado hospital

publico da cidade. Desci, retorcendo-meem dores, e amparada pelo motorista me

dirigi ao centro de triagem do setor de

emergência. Vinte minutos — este foi o

tempo que a funcionária levou para

preencher minha ficha e informar que o

único ginecologista de plantão estava na

cirurgia e só ficaria disponível uma hora

depo;s.

Sem ter recebido os primeiros socor-ros, entrei novamente no fusca paramais uma rodada de freadas, curvas e

dores. Desta vez, rumo a uma clínica

particular. Também não deu certo. Outra

funcionária, sem dispensar mais 20 mi-

nutos de interrogatório, disse depois quenão havia ginecologistas de plantão. Re-

corri, então, a um clínico geral que a tudo

assistia impassível, a poucos metros de

mim. Ele se limitou a dizer que não era

sua especialidade e, sem mais a tratar,

retirou-se.

Na terceira rodada de freadas, curvase dores não resisti. Parei de trincar os

dentes e comecei a gritar. A hemorragianão estancava, e meu corpo inteiro doía

desesperadamente. Mas nem isso co-moveu o terceiro hospital ou sequer o

quarto, onde não havia ginecologista de

plantão.

No quinto e último, localizado no

Lago Sul— o bairro sofisticado de Brasí-

lia, onde moram, por exemplo, os minis-tros —, já cheguei sem sentidos. Mas

pelo menos fui atendida por uma médi-

ca, recém-chegada de especializaçõesna Polônia e na Suécia, que me salvou a

vida.

Minutos depois de chegar à clínica,

entrei para a sala de cirurgia, para corrigir

com urgência os procedimentos médi-

cos errados da clínica de Ipanema. No

dia seguinte, acordei viva, sim, mas com

menos CZS 35 mil na conta bancária. E

duvidando seriamente da célebre frase

do deputado Magalhães Pinto, de que "o

melhor médico de Brasília é a ponteaérea.

"Será mesmo? Começo a suspei-

tar que podem ser as linhas internacio-

nais. Para quem pode...

wwi 11 '. * 'I I

3fBSS^mmmmmmmmtBmmmmmmmSSSSSSSSSSSSSmSSSSSSSSSmaammmm^mM

Alba

Reyntiens

A autora. 27 anos, é jornalista e trabalha na sucursalde Brasília do JORNAL DO BRASIL.

as cobrasLuís Fernando Veríssimo

^

:

O

GANHE.

DAMFLACAO

A Gelli vai fundo e

lança o investimento

mais rentável do

mercado: Fundo de

Renda Móvel Gelli.

Compare os descontos

do Fundo Gelli com os

rendimentos da

Caderneta de Poupança,

e veja o quanto você

vai ganhar.fl

«ai

bobbs^^^f^^S"

AS MELHORES TAXAS

DE DESCONTO'Inflaçãode abril:

21%

"Rendimentoda Poupança:

21.5%

Soíanete Gelli em madeira macica revestido em finíssimotecido, transforma-se em cama ae solteiro.

-De: <1.088.00 Por 2.500.00 Desconto38%

Bicama Gelli em madeira maciça revestida em finíssimotecido. Transforma-se em cama de solteiro ou casal.

De: 6.205.00 Por. 4.900.00 Desconto 21%

Sofá Grajaú com 2 lugares, revestido em finíssimo tecido,almofadas soltas.

De: 10.877.00 Pon 7.500.00 Desconto 31%

Sofás Giardino com 2 e 3 lugares, revestidos em legitimocouro na cor tijolo, almofadas soltas.

lugares - De: 18.615.00 Por 12.900.00 Desconto 30%lugares - De: 24.7ii7.00 Por 16.900,00 Desconto 31%

Sala de jantar Pertutti retangular na cor marrom, tampo demogno e 6 cadeiras estofadas em tecido.Mesa -De: 11.096.00 Por 5.300,00 Desconto52%Cadeira —De: 3.212.00 Por 1.100,00(cada)

Desconto 65%•Venha conferir estas e muitas outras ofertas. Na Gelli.seu dinheiro tem sempre muito mais valor.

¦

' JftpntG A G^Vl

tem uma equipedepl l0 <j grátis,espaço que voce dispõe.

INFLAÇÃO

DESCONTODO FUNDO

GELLI

|1

3lugaies-Oe-m,VJH'

l( almoçadas

DESCONTOS PAGTO. A VISTA27% + 23% PARA

ARMÁRIOS E ESTANTES27% PARA COZINHAS

igfl§\

w&k

riP

Gelli

O móvel bem bolado

wtr

A solução pratica e

aconchegante.

SuperGelli: Av. Brasil, 12.025 - Tel.: 270-1322Copacabana: Av. Copacabana. 1.032 ¦ Tels.: 521-3341 e 521-0740 e

Barata Ribeiro. 814 - Tels.: 255-9629 e 235-7014Rio Sul: 2.° Pavimento Tel.: 295-6691Barra: CasaShopping - Tels.: 325-1431 e 325-1265Niterói: Gavião Peixoto. 115 • Tels.: 711-4281 e 711-6806Petrópolis: Magazin Gelli - Tel.: 42-0775

M

. «.

íyftím

11

Pi

¦ «- ^PiPrP-i— 1| $ mmêrn- ¦ .. -, &BM&mÈÊKS&

mm

ESpiRE

oií,o Aero

-Teto

ZetaHex

A cobertura que abre e fecha.

Veja só algumas soluções que fizeram do Aero-Teto

Zetaflex o maior sucesso em coberturas. Ao dar maior

utilização e nova vida a qualquer recanto, só o Aero-

Teto abre, fecha e para em qualquer posição,

permitindo perfeito controle de luz e ar.

A Zetaflex estuda o seu caso, sem compromisso.

Basta telefonar e você poderá ter seu Aero-Teto em

poucos dias, por muitos anos.

ZETAFLEjr

Grande Rio e Niterói - Tel: 201-1822VISITE NOSSA NOVA EXPOSIÇÃO

Rua Barão do Bom Retiro, 932

Interior e Outros Estados-DDD Grátis: (011) 800-8777

m

»Eg

m

i

E

JPIllBF m W1-¦/ SlMMM^HHHHMH^M^HHHHII|^HII^H m v

—" '"'

B^BS•'^WzFs&Sffl _,. ^. ^,.JJ-„.. [ : -t.'.

'

Hi . =

-4ur«»«I-. r«tnti?»*»«- .• ---- . ,•,«». r:i--yw-.'**-_-.'.W'*."^".v.^»—..-v-'^>v^«u.*nr.f.i,«»w-»»w;»(»«^^ *I»"III« I— ^OBMPBBBM^HKBiBPI*

IHIIBHiiilMHBiBiHIiM

Escrever nesta máquina

é tão fácil quanto

dizer IBM.

A Eletrônica IBM é assim. Muito simples e incrível-

mente fácil de usar.

Algumas operações ela realiza automaticamente porvocê. sem erros ou esquecimentos: inserção do papel,seleção do espacejamento e da torça de impressão.

üs principais comandos ficam todos no teclado:

nada mais simples do cjue acionar uma tecla para cen-

tralizar e movimentar o papel, marcar margens e tabula-

ção. Jazer correções e sublinhados ou controlara entre-

a.

Km apenas 2 movimentos, e sem sujar as mãos. você

xxlc substituir as Fitas de Impressão e Correção, ou o

demento de Impressão, independentemente uns dos

outros.I"

É tanta facilidade e tanto conforto, que você acaba

produzindo muito mais! Em muito menos tempo! E

sente menos cansaço, porque não é necessário inter-

rompera datilografia para lazer verificações na linha de

impressão e você ainda pode. durante os trabalhos mais

longos, alterar periodicamente a posição do teclado

(ajustando-o em 3 inclinações diferentes) para eliminar

a fadiga e o desconforto.

Comprar uma Eletrônica IBM. conseguir maiores in-

formações ou mesmo solicitar uma demonstração sem

compromisso também é muito simples. Procure o tele-

fone do Distribuidor autorizado IBM mais próximo de

você e ligue para ele agora mesmo.

¦Distribuidores Autorizados IBM•

ARACAJU - PORCINO IRMÃOS • TcL: (079) 222-5788 • BAURU - KEYBO.ARD -T. I.: (01121 23-0803 • BELÉM - MARCOS MARCELINO- Tel.: (001) 235-1200 • BELO HORIZONTE - DMS - Tel.: (031) 222-0722BENTO GONÇALVES • CO.MABE • T.-I.: (051) 252-3822 • BLUMENAU - SELBEITI - Tel.: (0473) 22-5022 • BOA VISTA - EORBIUS - Tel.: (095) 22 l-2>43 * BRASÍLIA - D.\ls - Tel, (0611 224-21W4 • CAMF IN A

CR VNDF - M \KFI -Tel ¦ 108 5) 3"M-''88(>» CAMPINAS Al BU< II EROl E IVI.: Ki|02) 32-3700 • CAMPOCRANDE -CONTA - MEC- 'IVI.: (0<>7) 383-3848* CASC.W EL - U.O\ ER - I <-L: (0452) 23-lo38* Cl IABAS Ti- S l(''o

"^.CURmBA<, ^ 4 o I 2:^1083. FLORIANÓPOLIS-CO\L\SLL-Tel, (04)^

!/•! j-, • ( ÜaHL I liõs - < >l"-I< K -1 \NI) - 1V1 (lil lfê09-'M55 • JOÃO PESSOA - MAKEL - Tel, (083)221-2397 «JOINVILLE - SELBETTI - IVI, (0174) 22-4133 «JUIZ DE FORA - PR0NTEC-Tel,<032)211-8999UÍN OKINA MAREPEI. - IVI: (t)432) 22-(,71ti • MACEIÓ - IVIRCINO IRMÃOS - T.-I, (082) 241-5530 • MANAUS - EORBRAS - 'IVI.: (092) 234-2171 • MAKINCA - MEMORLA -TcL:(0442)24-9876 .NATAL

ÍURCINO IRMÃOS - Tel • (084) )))-(r,35 • NOVO HAMBURGO - COMABE - Tel.: (0512) ()3-2534 • POÇOS DE CALDAS - Al.BI Ql EROl E - lei.: (035) 721-5810 • POR!O ALEGRE - COMAbl 1 - lei.: (0r> 12)n-087" • PORTO VFI li() EtMBRV> 1,1 (069) "" 1-8194 • PRESIDENTE PRUDENTE - RR - TcL: (0182) 22-278K. RECIFE - SISTEMA!,) IVI.: (081) 231-55».7 • RIBEIRÃO PRE IO - MAlTRON TcL: (016)ÍÍm. RIO BRANCO - FORBRAS - IVI • (OOtf)

"|-"'oo . RIO DE JANEIRO - AM - IVI, (021)221-1044 - COM PI M AO - IVI, (021) 221-7010 - SP - Tel, (021) 210-8205 - SISTEMATIC - Tel, (021) 220-7437

•~SU VUM)R - EO< ENTER - T.4 • (071) >i5-4°09 . SANTOS - B|N - Tel, (0132) 35-2110 • SÃO CARLOS - MAlTRON - IVI, (0162) 71-0511 • SAO JOSÉ DOS CAMPOS - 0H-1CE - LAND-Tel, (0123) 21-1644. S \I) R)SÉ IK)RI<) PRKI () MA TR IN - IVI ((Tl7 *) 43^54 *3 • SÃO LUÍS - I». ARACÃ<) - Tel, (,W8)222-8030 . SÃO PAULO - EOI IPA Tel, <0111270-75,,. - EK - Tel, (011)35-0101 - OP-Tel, (011)35-3011TEXTO I (4, (011) 814-94II • "I ERKSINA jOSE ELIAS TeL: (080) 222-8820 . UBEIUBA - COMERCI AL META - Tel, (034) 332-7023 . UBERLÂNDIA - COMERCIAL META - Tel,. (034) 236-9889 • VITÓRIAVUl.SON RAMOS - Tel.: (027) 222-5055 • VOLTA REDONDA - OEEICE - LAND - IVI, (02131 12-,..In

fMafflHBB

3Víh

iiiMS^^BI^^Kl^^Mi^^^BBSiiil|p4§^^' ^H Sk*^'. & v* '*^Hb -

?so'

'

• ^^ -'^s^?-?" ,'r -^JBt;'1 -"' - ^ -: • : ' ~ ' ¦ ' '" ¦' ::'-"v' *-¦"¦¦I

Panorama econômico.

A primeira coisa aue você economiza com o Modulacca é espaço.

Modulacca é sob medida. Adapta-se a qualquer ambiente e acompanha

você aonde quer que você va. Depois, economiza trabalho. Ele e lavavel

e muito mais resistente, a prova de manchas e arranhões. Agora,

onde você mais lucra com o Modulacca é no preço: com a qualidade

do Modulacca, você não encontra nada tão acessível. E o melhor:

a Lacca tem crédito próprio. Facilita o pagamento em até 5 Vf~zes.

A única coisa que realmente não dá para economizar com o Modulacca

é bom-gosto. São diversas as suas opções de portas: laqueada

(mais de 20 cores), cristal espelhado, melamina e freijó. Todas com

moldura arredondada de madeira maciça. Compre um Modulacca.

E tenha um belo panorama da sua economia.

Móveis com aarantia de vida.

• '

n°Ataulfo de Paiva n° 35, Leblon, tel. 239-3396; Barata Ribeiro

323, Copacabana, tel. 255-7984; Conde de Bonf\mil°c6^',T]luca'tel. 234-5668; Casa Shopping, bloco C, loja F, tel. 325-6146.

Fábrica e exposição: Cesário de Melo, 11.572, Paciência,PABX 395-3615, Rio de Janeiro.

Casa It Decor acao-rorojwsnss. Rjo

de Janeiro Domingo, 14 de junho de 1987

£35S9NK9H3SBS&V ^W mmB

' ¦ ^~Ht^<'.-%. ** I faff fljBfflBBf jHPEg glBiiiiiia^^Mi^^^^^MBBBS'a *%?% -¦ ->v^ $?¦

**» h^ j^vi;'* *^$8

A iluminagao realga aideiadoarquiteto,dedeixaro telhadoseparadodocorpo da casa jfflm&mzMBg^gggggBjjjum^mmMgmmmm^ummmmmmiimwy

===

|H

I MMSBi 1MB iilSHfll 1

A ssiiss rflHHinil wvin ww iiwiiisH

luz. A noite, parece cendrio de" science ^"" " "*""""'I_-"___

^ mIm^^"^^#%"||A1IMBC^ IHMMMP

szs i!iisu2 APROVEITE JA ESTAS OFERTAS. PRECPSJMc d^^do^ teM^ solto,

^enquaM ^

^

^

^ ^

P

APEWlitflEH

ATE 5 VIZES"fflCftPOllPflipCOHPRftNDOflGOR^ _.,

spot em cima do quadro. Nossa inten?ao F^ESFSHfc PLANTAO AOS SABADOS ATE 20 HSe dramatizar apenas o ponto mais impor- ||gili QMBw V® 15 Rvlflill^VS NO CASA SHOPPING. TEL 325-9837.- obscrva Paulo de Castro, que |-

corn R^ardo V. ISABEL - Pereira Nunes, 395. Tel. 228-1992. LEBLON - Ataulfo de Paiva, 80-B. Tel. 259-0545.

¦PHHH

Domingo, 14 de junho de 1987Rio de Janeiro

A iluminaçãonatural foi muitoexplorada peloprojeto,penetrando emtoda a casa nãosó pelo cantinhodo bar e pelosjanelões de vidro,mas também pelaestratégicaclarabóia naparte central

Criado pela empresa Influência

da luz para uma casa de Cláudio Bernardes

na Barra, um projeto demonstra

a importância da iluminação como elemento

funcional e também dramático

Fotos de Geraldo Viola

A iluminação realça a idéia do arquiteto, de deixar o telhado separado do corpo da casa

Lúcia Rito

A

iluminação é a grande vedetede uma casa projetada naBarra da Tijuca por CláudioBernardes, que contou com

a criatividade da empresa Influência daluz. À noite, parece cenário de sciencefictiou a luz desce suavemente pelascolunas centrais, dando leveza à fachadae deixando o telhado solto, enquanto asparedes de vidro revelam que o interiortambém tem nuances de sombra e de luz.

"Nossa intenção, ao projetar a ilumi-nação da casa, foi a de criar cenários,ressaltando as qualidades e encobrindo osdefeitos existentes" — explica Paulo deCastro, sócio de Ricardo Sobreira naempresa Influência da luz.

A idéia era criar uma espécie de loft(estúdio) de dois andares, com pé direitoalto e de elementos de fácil conservação.Cláudio Bernardes optou por tubulaçõesaparentes e construiu a casa em torno deestruturas de ferro. Em 45 dias a estrutu-ra estava montada, com o telhado soltodo corpo da casa, seguro apenas porperfis de ferro. Uma clarabóia centralgarantia a luz ambiente durante todo odia.

A iluminação ficou por conta dosdonos da Influência da luz, que há doisanos revolucionam o mercado usando eabusando de luminárias, fontes de luz eequipamentos que eles mesmos proje-tam, fabricam e vendem (Av AutomóvelClube, 3095, Inhaúma). Também aten-dem a diversas lojas — como Company, aCantão, Museum e Gula-gula (restauran-te) .

Para a dupla, o importante são osefeitos, não as fontes de luz em si —muitas vezes, as luminárias ou spofsnemaparecem na decoração da casa. Paraatender às exigências de cada projeto,criam equipamentos ou utilizam uma li-nha funcional básica. É o caso de um tetocurvo na casa da Barra.

Uma iluminação tradicional criariamuitas sombras e foi necessário inovar:"Desenhamos dois elementos losangula-res com duas saídas para luz e consegui-mos o efeito de curvatura perfeito" - dizPaulo de Castro. No jardim interno foicolocado um Twins, spots articuladoscom fogo dirigido, e no estar suspenso, aluminária F/ap, com sistema de contrape-so que permite a articulação da haste.

No estar, apenas um quadro e o barganharam destaque da iluminação. Umaluminária Up Down, com sistema decondução de energia deslizante, destaca oamarelo do quadro, enquanto o cantinhodo bar mereceu a luminária Lumiar, cujacúpula gira 360 graus e é feita em opalina."Convencionalmente, se colocaria umspotem cima do quadro. Nossa intençãoé dramatizar apenas o ponto mais impor-tante" - observa Paulo de Castro, quetodos os anos viaja com Ricardo Sobreirapara Milão, durante a Euroluce — amostra de iluminação que reúne os prin-cipais designers do mundo.

Com oobjetivo dedramatizarpontosimportante,umalumináriaseconcentrano quadrodo estar,valorizan-do oamarelo. O

Vjirauganhouumalumináriaespecial,comcontrapeso

APENAS

18.366,AVISTA

BAR COMBANQUETASE ESTANTEEM MOGNONATURAL. Xy * «eSSRWÍ

MESA REDONDA COM TAMPO DE VIDRO E4 CADEIRAS EM MOGNO NATURAL.

JORNAL DO BRASIL

mm

rmmmz

1

Casa & Decoração o domingo, 14/6/87 JORNAL DO BRASIL

Fotos de luiz Bettencourt

TO^mE^IJPt^S

'\\j Yc-

WtenzrzM £&ti?ltf^

J j — F*r»l-lAHiU*A^/ / / IABl*iP*0 (a

(ltm\

In h h n m 111u— — — __ AMS// - v. aye** 4"V

| v^p"

, A-^z^^r

!"V rT

I /~ ^fe^'

Fotos de Luiz Bettencourl

«'\N'*3

w^^y.» >y

fg& í '

A técnica correta para a construção

colchão de ar entre elas e evitar a condensação devapor", diz Eujan.

As portas devem ser vedadas com fita auto-adesiva de borracha esponjosa, colada entre a portae o batente, e com fechamento automático pormolas, o que diminui o tempo de abertura e impedeo esquecimento da porta aberta.

O material mais indicado para esquadrias,prateleiras e molduras é o cedro maciço, madeirafácil de trabalhar e que oferece resistência aqapodrecimento e ao ataque de insetos. Como prote-çáo adicional, ela deve ser tratada com seladorpróprio para madeiras e verniz à base de poliure-tano.

Os tijolos devem ser maciços, do tipo cerâmi-co, e as ferragens de latão. As instalações elétricasdevem passar em cletrodutos rígidos metálicos oude pvc tipo condulete aparente, fixados com braça-deiras tipo copo com perfeita vedação nas junções,com luminárias herméticas e incandescentes do tipoanticxplosão.

O sistema de acondicionamento das garrafaspode ser em nichos ou em prateleiras de oitocentímetros nos sentidos vertical e horizontal, comprofundidade em torno de 35 cm para melhoraproveitar todos os espaços da cave. O empilha-mento máximo recomendável é de três camadas."O ideal — assinala Eujan — é mesclar os doissistemas, com empilhamento e nichos, pois o nichoocupa muito espaço".

Adega

em casa:

útil e

•chic'

Basta um pequeno espaço

para armazenar uma

boa quantidade de vinho

Patrícia Mayer

Branco

ou tinto, nacional ou estrangeiro, o vinho já setornou bebida popular entre nós. O problema, emlocais úmidos como o Rio, é a estocagem, importantepara qualquer apreciador. Afinal, em matéria de

vinho, quanto mais velho melhor. E, nesta época de inflaçãogalopante, vale a pena comprar um pouco mais para guardar.

Ao contrário do que se imagina, uma adega particular não éprivilégio de quem tem muito espaço em casa ou dinheiro nobolso. E só em uma adega, com condições ideais dé armazena-mento, o vinho manterá qualidade e sabor inalterados com opassar do tempo.

Os arquitetos Eujan Carneiro e José Carlos Pereira, daGrafite Arquitetura e Engenharia, desenvolveram um sistema deconstrução de adegas em casa que vai do projeto ao acabamento,com larga experiência no aproveitamento de pequenos espaços.

Além da construção de lojas para a cadeia de lanchonetesBob's, os dois fizeram adegas em residências que decoraram etambém projetaram e construíram a adega de aluguél do restau-rante Enotria para Danio Braga, enólogo que dirige a AssociaçãoInternacional de Sommeliers.

"No pequeno espaço de um metro cúbico é possível acondi-cionar entre 500 e 600 garrafas. Esse espaço pode ser encontradonum quarto de empregada sem uso, um banheiro, um canto inútilna sala, dentro de um bar ou sob uma escada", explica Eujan.

Na adega de aluguel de Danio Braga — que funciona emsistema semelhante ao de cofre de banco, com duas chaves paraabrir cada compartimento, garantindo temperatura ideal e ausên-cia de umidade para acondicionar as preciosas garrafas de seusclientes e quem mais queira guardar lá — cabem 9 mil garrafas devinho.

É claro que nem todo mundo tem tanta garrafa em casa, masmesmo para algumas garrafinhas os dois podem construir umaadega. Eujan e José Carlos podem ser encontrados na Rua Bela,' 303, sobrado, telefone 580-0545.

Truques

que criam

um estilo"II I ¦ilIBMBMMBaMMMaMW

Pintura decorativa podeser a solução para fugirà decoração tradicional

ERA

um problema difícil de resolver. Fazer de umapartamento pequeno, tipo standard— uma salinha edois quartos — algo especial que fugisse à decoraçãoclássica e também não fosse ultramoderno, exigências

da cliente. A decoradora francesa Dominique Jardy, que trabalhacom Alejandro Garcia y Santos, botou a cabeça para funcionar epensou em algo novo. Pintou as paredes da sala de cinza, comcorantes especiais que propiciam uma transparência diferente, eusou uma barra com motivos árabes para enfeitar as laterais.

Nos quartos, igualmente, a preocupação foi ressaltar apintura das paredes e do teto, bem como trabalhar o chão, paradar mais graça aos ambientes. O piso antigo acarpetado foiretirado e o cimento recebeu um tratamento especial, numacomposição que mistura pedaços de madeira e mármore em pretoe branco.

No da dona da casa — onde há apenas a cama, mesinhas decabeceira e um armário — as paredes foram pintadas em tom decouro e caramel, com flores bem gráficas em tom um pouco maisescuro. "A pintura ficou tão discreta e as flores tão graciosas, quenão há quem não se encante", diz a decoradora, que há 10 anosiniciou esse trabalho na França e está há dois anos e meio noBrasil.

O quarto das crianças também exigiu imaginação paraatender às exigências dos dois meninos. Um deles tinha vistotrabalho de Dominique na loja de Frank e Amaury, no Shoppingda Gávea, e pediu que ela repetisse os planetas na pintura do teto,que ganhou um colorido espacial. Dominique, que diz não terpreferência por nenhum estilo em especial, pode ser encontradapelo telefone 266-0415.

| "V epois de resolvido onde a adega será

I 1 instalada, uma consideração importante éI J a temperatura, que, segundo Eujan e José

Carlos, deve ser estabilizada em torno de 15"C, comalta umidade do ar para evitar o ressecamento darolha."Para manter a temperatura, o ideal são osforçadores de ar, compressores que podem sercomprados cm lojas especializadas em refrigeração.São aparelhos semelhantes aos de ar condicionado,com a vantagem de serem projetados para funcio-nar 24 horas sem interrupção", explica Eujan.

O isolamento das paredes da adega é outrodetalhe importante. Elas devem ser isoladas commantas de lã de vidro de, no mínimo, duas polega-das entre alvenarias duplas, ou com emulsão asfálti-ca e placas de isopor em camadas sucessivas,processo mais rápido e mais barato, segundo JoséCarlos.

Esses cuidados são indispensáveis para evitar osurgimento de manchas devido à condensação do arquente do exterior, com as alvenarias de menortemperatura provocando o aparecimento de fungose proliferação bacteriana, além de acarretar maiorconsumo de eletricidade pelos resfriadores em vir-tude da troca de calor com o exterior.

"Quando possível, recomenda-se a construçãode uma pré-câmara para evitar a entrada de arquando se abre a porta da adega. Se isso não forpossível, o jeito é usar portas duplas para criar um

Alguns cuidados

são necessários:

Quando a adega estiver pronta, tiio bastaguardar as garrafas e esquecer. Certos cuidadossão indispensáveis par» a perfeita manutenção daqualidade do vinho.

As garrafes devem ser mantidas semprena posição horizontal, para garantir a umidadeda rolha t evitar seu encolhimento e ressecamen-to, o que provocará entrada de ar exterior eoxidaçáo do vinho,

¦ • Deve-se evitar o manuseio das garrafas,pois o vinho precisa ser mantido inerte até omomento de ser servido.

É desaconseihávei guardar com os vinhosprodutos que exalem odor, pote as garrafas,apesar de arrolhadas, podem absorver odorespersistentes, o que prejudica a qualidade riovinho.

Depois de constraída, a cave deve passarpor uma maturação de 39 dias, tempo suficientepara que os materiais empregados — comotintas, vernizes etc — deixem de exalar seusodores.

A arabièncis da adega deve ser repoosautee tranqüila e, por tem, a iiarmnaçüo merececuidados especiais, sendo ideai a do tipo incan-descente, que permite graduação e não altera a"cor do vinho quando em observação.

,-c. V,? '.16 • -V -oB ' '•

,eV r ' v í;^'OA TIJUCA. 1636

* wV- :.

'V ^jf

ESTRADA DA BARRA

p/ITAIMHANGÁCENTERrr;ÍÍ*399-2822

« - I «» * •-» * r ' •. - i

n rv^itii IUI lyu jv>u uvji^i i \j i *Estrelando o sofá e a poltrona Wing, em inesperadas cenas de cama.Entre na Pólen, veja os móveis e leve o Wing.

Pólen I - Shopping da Gávea • R Marquês deS Vicente, 55 - Lj 513 - Tel 274-9596Pólen II - Rio Design Ccnter • Av. Ataulfo dePdiva, 570- lj 211 ¦ Tel 5110197

PU.MTA PAIX.A

apgoa

-1 AHTE- CÂMARAA'F>£A PNNCJRM. (CAVE)NÍCH6 EMTtaoUrt MAciçiií"PAREpe i-tóiAW. (per.)5 UNÍPAPC P6 F£FRl6«\AÇã>

Os projetos de EujanCarneiro e José CarlosPereira são elaborados

em seus mínimosdetalhes, para

construção em espaçosamplos ou espaços

diminutos

Basta haver um metro cúbico em disponibilidade para construir a adega num cantinho da casa

A barra com motivos árabes deuoriginalidade à pintura da sala,e as flores, delicadas e graciosas,criam no quarto um ambiente deleveza e bem-estar que agrada atodos

EMBoço IüTXAUO f A**1A 1ACVCUMúA¦ *)

ALVtwAjli/SÊM^OttJC KTOUJO

(HAMUUfWMO lOrntnn\*WL LAMl0*i»0LÃ f* ViPILO (t"íAevrnOANiKestoco ¦ vrt»*Jc»

iiiiP&ais

mmm

D

E

JORNAL DO BRASIL domingo, 14/6/87 o Casa & Decoração o 3

Para você, que

exige sempre o melhor:

T V: .... •• ....y ¦¦ . " % . * s" . -s > - . ••• . ¦¦ •• *• " ,, •:' • _ • .-.•••• ' ¦ ' • . . , • • •

. r-.. - -38ES&-- ' - - • *

. /Taqima *3g|

-

. UmqmlmdequaBdade, ®B|

Visite o Show-room na fabrica TODIMA, a mais completa do Rio. Você vai levar sua cozinha com a maiorfacilidade. A forma de pagamento é sempre de acordo com a sua conveniência. Tamanho, modelo,cor e prazo de entrega — tudo é garantido em contrato, rigorosamente cumprido pela TODIMA.Milhares de clientes satisfeitos atestam tudo isso.

£ edte aá m Supen-Uautagm.

®

ima

l/KwlagM Gtáti».Feita por profissionais es-

pecializados, sob o mais ri-

goroso controle de nossoDepartamento Técnico.

Ptojefo Giáiiô. Equi

pe altamente gabaritadaassegura o melhor projeto.E aceita sugestões paraconciliar seus desejos coma experiência de especia-listas.

*g" ' :< _ i.yStS S ;J Ced^icadatkgaim-

lia (NVt 5 CWM. Prazo

que será prolongado atra-vés de Assistência Técnica

própria e permanente.

Fteíe Gtátiô : Nossafrota própria, de cami-nhões fechados é uma ga-rahtia a mais para a entre-

ga de sua cozinha em per-feito estado.

GARANTIA

mmLVwirf rtl t, ggfc,

asfllgT®

A COZINHA PERSONALIZADA

Show-room na Fábrica: R. Cuba, 250-Tels.: (PBX) 2606807 e 270-0933Penha — Rio de Janeiro

Si

)ZI

4 o Casa & Decoração o domingo, 14/6/87 JORNAL DO BRASIL

IgggSSB

móveis USADOS

E MODERNOS

BEM NO CENTRO DA CIDADE

Sala de Jantar D. João XV c/14 cadeiras Toucador Art Nouveau Penteadeira ART Noveau c/Banqueta Poltrona Verger

^l

|^3

C(^'e

^

^'

¦

1^2 •- Vit'-S.: | | . I

G ! i y fiH({ II ! i A|

• v^Ik

¦ ;'£f

1Cadeira jacarandd minelra

Rua dos Inválidos,

59-63 Centro

252-9002

•Compramos • Vendemos•Trocamos • Financiamos

EXCEPCIONAIS CONDIÇÕESDE PAGAMENTO

FUNCIONAMOS AOS SABADOSATÉ 18 HORAS

ESTACIONAMENTO FÁCIL• Exposição permanente em 4 andares

com elevador à sua disposiçãot Grande variedade de peças avulsas que

valorizam a decoração do seu lar!

MOLDURASAgora direto da Fábrica para o consumidor.

Aiizares, Rodapés, Adueias, Argoias e Roiiços.(cerejeira, cedro, freijó, ipê e virola)

Aceitamos Encomendas Especiais.

RUA DO SENADO 200

Tels.:221-3031 e 221-2991

1A COZINHA DOS SEUS SONHOS

ESTÁ ESPERANDO POR VOCÊ.

lUbeOOa

UMAOJlRANTXA

DBBOM GOSTO

PROJETOS E ORÇAMENTOS SI COMPROMISSOEXPOSIÇÃO E VENDAS

Av. Pedro II, 322 - Loja A - São Cristóvão. S228-5994

AOflUCOS

a opção para

a casa toda.

A Acrilartem toda uma linha de acessóriosexclusivos para sua sala de banho e loucador,além dos mais variados objetos para uso pessoale decorativos, inclusive para presentes finos, eutilidades em geral.Dê â sua casa um toque de originalidade e bomgostò com Acrilar, acrílicos em estilo nobra

Acrílicos: chapas • retalhos • tubos • tarugos •cubas • bancas • espelhos.Artefatos em acrílico: industriais • residenciais •comerciais,

Unha completa para banheiros.

AI Indústria e Comércio

de Acrílico Uda.Rua Aristides Lobo 101CEP 20250 - RJ • Tel.: 273-9975

I 2

MOVIBRAS

( FAZ POR VOCÊ, 0 QUE NINGUÉM FAZ )

VENDAO DE MOVEIS

I

Gritar

—————a—————¦¦

1

Comprando na Acrilar, você estácomprando diretamente da Fábrica.

Dormitório Acapulco todo em cerejeira oumogno c/duplex de 4 portas, cama casal, 2mesinhas, console e moldura com espelho4 X

A ELETHOSTÀTICAaletron

COIFAS

S/DUTOS — S/MANTASCOM FILTRO DE AÇO

VIDA ÚTIL PERMANENTE

^ AÇO INOX OU ESMALTADO7Ç TV RESIDENCIAIS COMERCIAISÇ7] INDUSTRIAIS

TRADICIONAIS TRONCOPIRAMIDAIS SOB MEDIDADIRETO DA FÁBRICA

R. Br. de Mesquita, 891 — Ljs. 6 e 7Tijuca

Tel: 571-7398

CzS 6.925,00

©CCDADO

Tel. 264-4947Distribuidor Exclusivo Direto da FábricaInstalação e orçamento grátisFiltro — mantas a domicilioAssistência técnica para todas as marcasVárias cores ou aço inox

MATRIZ. RUA DO MATOSO, 171 loja DFilial. Rua Dr. Satamini, 161-C

oveis guelmann

ARMÁRIOS EMBUTIDOS

EM 4 PAGTOS IGUAISProjeto e orçamento sem compromisso

Rua Prefeito Olimpio de Melo 2105 Loja "A"

284-2294 • 264-3407

111 —

JUUD-L

ETOTTTI

Dormitório "movibras" com vão ecama de casal em mogno ou

cerejeira. Magnífico acabamento

4 X Cz$ 9.425,00

Duplex com escrivaninhaem mogno ou cerejeira

* PARA PAGAMENTO A VISTA ?4^^. DESCONTO ESPECIALf DE ATf 35%

Financiamos em ate 7 vezes.

4 x Cz$ 5.663,00

VAMOS ARRUMAR A ©ASA

Rua Honório 1.268 e 1.280 Cachambi

Telefone: 281-4947.Efase

MOVEIS USADOS

antigos e modernos

BEM NO CENTRO DA CIDADE

Sala^^

^

^

^

^'ead^^

A^N°^ —-

^ ^ ^

^sa Co>r^ :

^ '' Cadeira

jacaranda mineira

jj v.

'1

^^

————i

^

^¦¦eiai R« dos Invalidos, SSBK XSSS

"ZflBffiST

59-63 Centro excepcionais condiqoes

• Erti°,aT™posf9idoares

1 Ma——OKO-QftHO de pagamento t Grande variedade de pe?as avulsas que|

vvv4 valorizam a decorapao do seu lar!

El ElID

JORNAL DO BRASIL domingo, 14/6/87 d Casa & Decoração o 5

QUEM CHEGAR PRIMEIRO LEVA! VENHA LOGO ANTES QUE ACABE.

L1QUIDACA0 TOTAL

incríveis descontos emTI inm S° ATÉ 30/6 OU ATÉI Ul/vS QUANDO ACABAR O ESTOQUE

APROVEITE ESTA CHANCE PARA COMPRARARMÁRIOS EMBUTIDOS

CONJUNTOS estofados

FAÇA VOCÊ MESMO SEU ORÇAMENTOVeja que show de preços baixos de armários embutidos, todos comESTRUTURA MACIÇA completa, dividido, entregue, montado e acabadosem componentes.

PortaLaqueadaBrancoLiving

ABAT-JOURS camas armários duplex

. SOFÁS MESAS DECORAÇÃO EM GERAI

Esta é uma oportunidade única. MOVEIS DA MAISALTA QUALIDADE a preços de TABELAS ANTIGASe ainda com INCRÍVEIS DESCONTOS. Só até 30/6

ou quando acabar o estoque.

Porta Porta Porta Cerejeira Porta Por1alaqueada Madeira Nobre ou Mogno Laquoada CereieiracApliques Cerejeira c-'Apliques cTreliga aTrehcaou Molduras ou Mogno ou Molduras Cerejeira

, »<r .

ij

i; '

!'• J I

DE I DE 1[

4.144, 4.225,POR POR

——1KB*

DE

3.510,POR

2.490,Qm2 A VISTA

3.110,o m2 Avista

,3.170,o m2 A vista

DE

4.830,POR

3.625,OirfÀ VISTA

DE

4.872,POR

3.655,0 m2 A VISTA

5.433,POR

4.100,O m2 A VISTA

OLHE SO 0 PREÇO DOS COMPONENTES / . JGaveta — Largura de 44 cms 671,Gaveta — Largura de 56 cms 726,Gavetão — Largura de 44 cms 873,Gavetão — Largura de 56 cms 957.Calceiro — Largura de 44 cms 588,Calceiro — Largura de 56 cms 666.Prateleira — de 44 cms Laqueada 260,Prateleira — de 56 cms Laqueada 328,Prateleira — de 44 cms Madeira 303,Prateleira — de 56 cms Madeira 377.Porta Cabide de 44 cms 47.Porta Cabide de 56 cms 54.Divisão Módulo Duplo — Laqueada 1.369,Divisão Módulo Duplo — Madeira 1,571,Orelha para Sobre Porta — Laqueada 5.200.Orelha para Sobre Poria — Madeira 5.975,Gravateiro 37.

Açjora veja quantos m2 tem a area do vâaque você queYipcü^ár.VA-íi^.ímultiplique pelo preço do m2 do armário cõm o tipo de porta que /vqcé-$escolheu, some o resultado com valor total dos componentes que,rVOCè$i$(quer colocar nele e surgira o preço total â vista do armário. prnòütidddos seus sonhos, prontinho em sua casa e pelo menor preçü dò Rio:TUDO EM 3 PAGAMENTOS SEM JUROS

ARERTO DIARIAMENTE DE 9 AS 21 HS. INCLUSIVE SABADQS

AO SSS&F* ST,1 Pr0ie,0S ^.endernos

tamb6m em qualquer cidadeShopping e da Klabin. compromisso, Chame interior do Rio. Chame-nos.

'vV,. II

^ w

1

"Courolan"

8.256,0(1

MesadeCentrajaquecida

HWIIMMnmillllinfmin imTTrnrrm "n'l""riTfr—i—r trr — Vrn-nnrimmnitrrni IWII —¦¦¦¦mnrniriniMmminr—miini minimum iiim i win i III

TUDO EM 8

PAGAMENTOS

SEM ENTRADA

JPtaí*.. Descobrindo o

da DecoraçãoJMo

. Colori

Fbltrona "li"

Çlpbo)vers 3s Cores

P120.C0

wm

dooC

^ -..-sf) V'. • i

- \ mws-' "W ^Êf

A Liberdade

W

1111

fiMWmâ

9260/ 325-9211 ? BARRA D (PRÓXIMO AO F ? TO DE JANE

El

ia

u

IEI

6 o Casa & Decoração o domingo, 14/6/87 JORNAL DO BRASIL

O

'pret-a-porter'

na decoracao

mu"as pe?as;p0^em cooibinar entresi.^ mfo<to ^ujrto, ro\ro^ O p^et-a-porda Quarto. Sa/a^e Cia^em' /pawem^^pode"Ouem nao dispoc de profissional res, mochilas e sacolas emborrachadas P^>v ^-: '* V^:J% ser escolhido entre oito padrdes, O que possibilita criar

para ajudar c quer uma solugao rapida, naqucles padrdes. (PM) diver SOS estilos de deCOTCLQaO

Produgao , Pegas de v" Cerdmica ede Ariiete Rocha ^ . jiff ceramica e #*;•< -

' ~ vime se ,^ %S ifjWMh---Fotos de Luis » ' •' v. cortiga fj> unern no bule X.

-pra^ico^^ "

''<

^' ^

"

^'''^

'

^

Fotos de Viviane Rocha

&¦<.,/<- >'.\ <~Z- V •'*:•<Uma solução prática para quem nãoconta com arquiteto ou decorador

Na

hora de decorar a casa —escolher tecidos, coordenarpadrões, cores e composês,mandar fazer e instalar —

há que ter paciência, tempo e dinheiro.Para quem tem arquiteto ou decorador, oprocesso é mais ameno. Mas quem nãotem, o que faz?

A Formatex criou seu prct-à-porterda Quarto, Sala e Cia pensando exata-mente em atingir esse mercado formadopor consumidores que trabalham e têmum dia-a-dia agitado, casais jovens compouca disponibilidade de orçamento, oumesmo aqueles que querem montar rapi-damente um quarto na cidade ou na casade praia.

Depois de uma reforma no show¦roomda Rua Joana Angélica, 169, todo oprimeiro andar foi ocupado com a novacoleção da Quarto, Sala e Cia — marcapertencente à Formatex, com tecidos apreços acessíveis e padronagens moder-nas — composta de peças prontas paramontar uma decoração de quarto com-pleta. Vai da colcha ao porta-travesseiro,passando por almofadas, cortinas e forra-ções de paredes, além de um kit para obebê e nécessaire com oito padrões, ondemuitas peças podem combinar entre si.

"Quem não dispõe de profissionalpara ajudar e quer uma solução rápida,

encontra aqui tudo pronto", disse Eduar-do Strumpf, dono da Formatex e idealiza-dor da nova linha.

A colcha, sempre reta, com matelas-sê formando canelado, tem medida pa-drão que tanto serve, solta, para cama decasal, quanto para de solteiro, em envelo-pe. Há outras colchas, que podem serjogadas sobre um sofá, como comple-mento, e custam de CZS 2 mil a CZ$ 4mil 500 a de solteiro e de CZS 2 mil 250 aCZS 6 mil a de casal.

As cortinas, também matelassadas,são vendidas em módulos de 2m x 0,75me podem ser montadas tanto em trilhoquanto em varão. Cada módulo sai porCZS 2 mil 200. As almofadas, de 0,40m x0,40m, custam entre CZS 360 e CZS 580.

Essa linha possibilita a escolha de umestilo de decoração. Por isso, os estilosforam apelidados de Country, com pa-dronagens diferentes que se misturam,Provence, com estampas florais, Actuel,com tecidos arrojados, Junk, onde semisturam o xadrez e o estilizado, Sweet,com um ar mais feminino, Papier, emtons pastéis, e Baby, com temas infantisem cores pastéis no tecido emborracha-do. Além das peças prontas, há tambémmiudezas para o quarto, como nécesai-rcs, mochilas e sacolas emborrachadasnaqueles padrões. (PM)

O prêt-a-porter da Quarto, Sala e Cia, em Ipanema, pôdeser escolhido entre oito padrões, o que possibilita criardiversos estilos de decoração

Peças decerâmica e

cortiçapara

temperos éuma idéia

da Gallery(Vivará —

RuaPrudente

de Morais,k 1102)

Cerâmica evime se

unem no bulede Alejandra

Conte(Matias

Marcier —Rio Design

Center)

Produçãode Arliete RochaFotos de LuisBettencourt eGeraldo Viola

C vn /

Os vasoscriados pelaGallery têmdesenhos defolhagens ede pássaros,gravados emalto revelocom broca dediamante(RachelPresentes —Rio Sul)

oTjo^s^meríccmos em JibrcTlnn^icaT^Fwr^^são¦práticos e fáceis de lavar. Acompanham porta-copos

O porta roloscusta CZ$

750 (CountryLiving

(HenriqueDumont,68-E). Ogrande

cachepotserve atépara pão(Vivará —

RuaPrudente de

Moraes, 1102)

%>•<* .mm<imri om, r.'iYi ,1^"n rmwwwinuwiMii 1 i^f

marmorana

MONTE SINAIC.G.C.M.F.28.705.29110001 -32/INSC. ESTADUAL 82.867.945

LTDA

7Í8-3205

AV. PROFESSOR JOÃO BRASIL, 2264 — ENGENHOCANITERÓI — RIO

BANCAS DE PiA-LAVATÓRIOSSOLEIRAS - PEITORISPISOS - FACHADAS

ESCADAS — TAMPOS EPÉS DE MESA DE GRANITOSE MÁRMORES

-v. >.,

MÁRMORES E GRANITOS

GRANITOS: JUPARANÁ, VERMELHO BRAGANÇA,OURO MEL, VERDE PANORAMA, AZUL BAHIA eOUTROSMÁRMORES: VERDE JASPE, CHAMPAGNE, BEGEBAHIA, AURORA PÉROLA, VERDE ESMERALDA eOUTROS.

W W k. íl À. uA á.•• •". .

OBRAS DE FINO ACABAMENTO

ORÇAMENTO S/COMPROMISSO

MARM0RES E GRANIT0SI

GRANITOS: JUPARANA, VERMELHO BRAGANQA, |H OURO MEL, VERDE PANORAMA, AZUL BAHIA g

marmarana MARMORES: VERDE JASPE, CHAMPAGNE, BEGE I

a ^ ^

" T BAHIA, AURORA PEROU, VERDE ESMERALDA 1

MONTE SINAIltda j smltH IC.G.C.M.F.28.705.291/OOOI-32/INSC.ESTADUAL 82.867.945 | vVLEIKMO rCII WKIO ^ 47'^ D

^ |pj J I PiSOS - FACHADAS 1

/IO^^AUO I | ESCADAS— TAMPOS E_ 1.w 1 Pis DE MESA DE GRANITOS E

BRASIL, 2264 — ENGENHOCA |[_E

MARMORES ^ ^ H

TefW* :|

0 ] ?

JORNAL DO BRASIL

AARTE

INVADE SUA

CASA'h

compre®^™

DESCONTOS DEATÉ 40%

NA COMPRA AVISTA* AfOOf^ô^W/Co

BERTOLOSSIZ Móveis

Rodovia Amaral Fteixoto, km 24Tel.: 735-1100 (A 400 metros do Trevo de Manilha).Aberto de segunda a sábado de 8 ás 18 horas.

Domingos e feriados de 8 as 17 horas

B // ?PR0NTA 11 //8// ENTREGA //ml *£HVERSAS 11 //

f/*EMPIt'HAVE1S // 'y ?TEHOS MESAS //| E OUTROS MODELOS / II OE CADEIRAS U

I MdRFEflTCRio|i Venha as nossas lojas I

ou solicits representante . I

BO GU4H4PL/KT I

|j R. BELA, 363-F. TEL.: 380-7788 ICAMPO SAO CRISTOVAO, 180-A I

6f 'TEL: 680-9833 ¦R; HADDOCK LOBO, 37&-B ¦TB-:284-g340 J

fiiii nni i ii'iiVIME DEC0R

Móveis em rattan, junco e cana• ALMOFADAS EMBORRACHADAS "Loja: Av. Rui Barbosa 712 São Fc°. NiteróiFábrica- Rodovia BR 101 Km 300 (Nova Niterói'Manilha. 2 km antes do trevo)

TEL: 714 63 96SHüaiiiHHHMnHIVenda de matérias primas e modelos especiais

—ftí7T> i irm -J

cz$

PISOFÓRMICA

420,00Vulcapiso Cortiça De-cprflex. Papel de paredeDecorai e Bobinex apartir de CZ$ 100 o me-tro colocado. Vulcatex.Pintura em geral.

Tel. 594-9043

GIRO-VISÃO0 SUPORTE PARA SUA TV.

ARMARIO EMBUTIDO

TODO EM MADEIRA DE LQ

Veja quanto será o custado seu armário embutido

por m2 em 5 pagamentos iguais e sem juros mesmo, ^

Rio: 363-1580Niterói: 717-9653Sem intermediáriosDireto da Fábrica.

Estrutura P. LISA P. PALHA P. DIAGONAL R VENEZ RETA P. VENEZ LUXO

vazada 5x 609,m: 5, 630,m! s> 679,"" 5, 685,m! 5< 730,m!VAZADA

ofqrro 5, 739,"* 5, 777,"" 5, 809,m's, 815."* 5» 860.""

luxo 15,1.440,m' 15»1.473,"" 1.536,"" 15»1.544,"* 15»1.605,""

CASA

JÚLIO

Especializadaria lavagem e

Restauração deTapetes

Orientais eoutros.

Confecção elavagem

de cortinas.m

295-7830

ESCADAS

CARACOL

Ftnno e alumínio• ESCADAS CARACOL' BOX • PORTAS' JANELAS • PORTAS' PORTÕES DE AÇO¦ GRADESBANCOS P/JARDINS

Ex.: Seu armário tem 6 m2. Estrutura vazada com portalisa. 609,m2 multiplicando por 6 = Gz$ 3.654,00 em 5vezes sem juros mais o custo dos componentes.

/rs V

p-M! Mgf't 1

b-53

DESCONTO EXTRAVocê ganha um descon-to ainda maior nacompra dos ar-mários PalhaDiagonal eMarfimDiago-nal

Armáriosparabanheiroscomqualidadee belezaao seualcance

•<* 4? Tn

COZINHAS & BANHEIROS

rsc°s/

I VENDAS À PRAZtTlCelso Araújo Teixeira

Ind. Com. LtdaRod. Amaral Peixoto, Km 7Tribo bó701-0538 701-5817

Cozinhasplanejadascom o bomgosto e aqualidadeModucelli.Toda emmadeirade lei.

/TAMBÉM CAMAS COM BAÚ

E GAVETOES EM 5 VEZES SEM JUROS.

PERSIANAS1GRAJAÚCORTINAS OEPAWCL

C0RT1MS DEROtOCORTINAS

JAPONESASPERS1AWAS

PORTASSAW0MMS _

208-9198RUA JOSÉ VICENTE. 100 AV GRAJAU-RJ

ABERTO DIARIAMENTE ATÉ ÀS 20HORAS, SÁBADOS ATÉ 18 HORAS.PLANTAO TELETRÔNICO 273-9494 ¦ INCLUSIVE DOMINGOS (NOITE)VISITE NOSSO SHOW ROOM DOMINGOS ATÉ 13 HORAS GARANTIDOS

Klllliü• J n n IMnDUCF[U

I A ROSELLECompra móveisantigos e mo-demosPago o melhorpreço

SHOW ROOMRua Conde de Bonfim, 67 Lojas B e D Tel.: 284-6277^ To^e >u' u c u Víml

-çe\e Venda direta no depósito. Veja o estoque. É só pegar e levar. Rua Estácio de Sá, 165/A

IH jRu 8

REFORMA jCONSTRUÇÕES |

Projetos, instalações, revesti- imentos, pinturas, piscinas, le- ;galizações, telhados, etc. ITel: Carlos — 393-5042 i^ Tel: FláviO: 393-1695 j

ESTOFÁDORREFORMA DE ESTOFADOS EM GERAL

ORÇAMENTO SEM COMPROMISSO. DAMOSREF. TELS: 230-8651 e 255-1732 JURACI

PAPEL DE PAREDEPisos, carpetes, cortinas pinturas — Re-formas em geral

394-5170

IRARES ]De proteção p/ crianças • Box • Fech de área

201 -4996

[ v jate 1

- 'ESTE É O MENOR PREÇO DO MERCADO. GARANTI DO I #

COMPENSAPO/FÓRMICA01 armário de 1 portaOi armário de 2 portas01 gabinetç para fogão01 gabinete de 2 portas01 nictio para colía,01 gabinete de 1 porta

' Mr

Pw

tit

v

j^|a^gj|

Laqueado Branco Uso

2.500,m2Mogno ou Cerejeira iíso

3.200,m2

* Outras opções em: mogno, cerejeiracom veneziana, treliça e molduras

, retas e circulares.Componentes à parte.

ARMÁRIOS 3 vezes -sem jurosEMBUTIDOS GUELMANNr

CZ$ 22.057,20em

CZ$ 4 x 5.514,30Projeto e instalação grátis.Tampos, fogào, cóila. pia e acessórios à parte.

Fogões de embutircom 4 ou 6 queimadores e

coifas em aço Inox de 80/60cm.Pronta entrega

f#

Liguejá / W^U vJU IV*/VV ^

284-8142 \Planejando Cozinhas, quartos e banheiros yt, Plantao eletrônicoaos dominqos „ Rua Conde de Bonfim, y.—, ,-V 63 ¦ Loja A ¦ Tijuca ¦ RJ. ^

WRhcw

Portas,ladrilhos inéditose muito mais!!

TUDO RARA SUA

CONSTRUÇÃO i

Revestimentos cerâmicos personalizados

Linhas^de Loupas para os '

mais mo^erno5

i - - _ f

???• ,|¦¦ ..n ,J¦" ~^****

¥ '? 5255J2J ( S5255555JJ 'i'IVIVI'iV^'

nrn

(???

'ti t •

AZULEJOSPISOSCERÂMICASLOUÇASSANITÁRIOSMETAIS, CIMENTOIPÊ eMASSARANDUBAPARA TELHADOS

&

Venha conhecer a mais completa linha de produtos de alta qualidade. O nosso salão da constru-ção possui diversos ambientes montados por arquitetos, para você tirar a sua dúvida na escolhado produto certo.

FACILITAMOS EM 7 PAGAMENTOSESTRADA PADRE ROSER, 233VILA DA PENHA(Junto ao largo do Bicão).PBX.: 391-1365 — Rio.

O SALÃO DA CONSTRUÇÃO ESTACIONAMENTO PRÓPRIO.

Entregamos em todo Grande Rio e Região dos Lagos..

MADEIRAS I

BAIÁO

ill

0

I a I

D

I

Continental¦BM2001

8 o Casa 06 juecoraçaií u üomingo, 14/6/87 JORNAL DO BRASIL

MODELAGEM INDUSTRIAL

TÉCNICA ALTAMENTE PERFEITA PARA TODO O BRASIL

MODELISTA — ESTILISTA — DESENHO DE FIGURINOS—COSTUREIRA (O)

Washington ministra aulas particulares de modelagem industrial prêt-à-porter e costura. Você aprende interpretar - criar - modelar - ampliar - riscar -

cortar - estilo - criatividade - peça piloto - trama - textura - preparação de tecidos - fio - tamanho natural.

Você criará modelos maravilhosos com traços impossíveis de errar. Terá seu estilo próprio, não precisará copiar porque em minhas aulas lhe ensino

com a mais moderna técnica em modelagem industrial e prêt-à-porter. Na 1a aula já cria e modela. Forneço tecidos e todo o material técnico. Você

aprende para uso próprio, iniciantes ou para montar seu atelier ou empresa. Horários limitados por serem aulas particulares. Assistência durante e após

finalizar- OC7 ccccSe quer ter um ensino perfeito, é só ligar para 257-odoo

PROFESSORES: MUNIZ — Química Têxtil CRQ 8749-S

Washington

*

estilista - modelista - costureiro - Insc. 1039627 C. 6309 IR 0182.CRIAMOS COLEÇÕES PARA TODO O BRASIL, SEJA EM MODELAGEM OU MODELOS PRONTOS

edmortL.F.VERlSSIMOE MIGUEL PAIVA Garfield JIM DAVIS

—— 0u*> «60 UM ^ ^ ME DA 1SSO» F':>" LARGAi LARQAt LAttGA! V.f )¦

peanuts '

Charles m. schulz O Mago de Id ^

brant

parker e johnny hart

|vj^y 1

MAS NAO POSSO SOPRAR NA k[u5w"^(sl«s°) I f t^cio Hi aus^RAmMswfo „ I ISSiSSRSfjlIWNHA PRdPBIft '' rUOXW° ^

Kid Farofa tomk. ryan Belinda dean young e stan drake

mr vocg ^WOE-NOS.EU SDPRCMOl ^TAMOSF^EMDO DM LUAUE ,4

Marvin ^

^ ^^^

^ TOM

Armstrong Zeca'^^tu' ^

^

• i^Orio souav r—

vm ir«^g I^T~ i life®) Wn Q§P

I^

EM

a

JORNAL DO BRASIL domingo, 14/6/87 o Casa & Decoração o 9

.., ' i .- ft ,^'ffrj^^..'&P \Jv "*? ^V • f p^"%•1 $>*'(ty, \V(' ¦>¦ '¦¦i^ '¦'*' •" \^-/' 'V( >'^' • •' "j

,

^

||§

j

liMlliBiiiHBMMMMijiHfiBSKBBiM^^BlMjSifi^BMiHBM^^BMMBKMfiiMHlfiaMBIlM

PEÇA A VISITA DE NOSSO PROJETISTA,

E FAÇA ORÇAMENTOS SEM COMPROMISSO

UMA EMPRESA DO GRUPO

¦¦¦• móveis práticos

plantão DOMINGO

disque já

ATÉ 17H

CopaBarra

Centro — Buenos Aires, 85. Teí.:v 222-2134- Ataulfo de Paiva, 19-F. Tel.: 239-5195 V. Ssabel — Pereira Nunes, 395. Tels.: 228-1992/254-5637Barata Ribeiro.. 194-J. Tels.: 542-2698/541-8447/295-5644 Lehion — Ataulfo de Paiva, 80-B. Tels.: 259-8397/259-0545

ijuça — Conde de Bonfim, 80-B. Tels.: 234-4788/234-5775Cosalshoppng 17*2^!™'°°' Tels.: 325-9837/325-8588 Ti

RBHH

i\v SjSfc

10 o Casa & Decoração o domingo, 14/6/87

CASA

700

- PRODUTOSE SERVIÇOSPARA O LAR

MÓVEISDECORAÇÕES

7J0CORTINAS C0L-CHAS E ALMOFA-DAS — Tel.: 295-9278. Fátima.

SOFÁ 3 LUGARESLUXO — Ótimo esta-do. Tel: 571-8511.ESTOFADOR — Reformas or-

ça. s/compromisso. Capas.Rua Pereira Nunes. 56-A, Tiju-ca. Tel: 254-5197 — JORGE.

LAVAGEMNO LOCAL

TAPETESESTOFADOSCARPETES

A-TAPE-GARD278-0096 278-1497

CASA

JÚLIOLavanderia maisantiga do ramo.Especialidade ta-petes e cortinas.Tel. 295-0258

Espelhos envelhecidos —Vulcatex — Plavimural —Formipiso — Camurça —Curtiça — Pinturas e re-formas.

REVESTIMÉIRR. Dias da Cruz, 429 Lj 5BT. 269-5994

11 anos de bons Serviços

ANTIGÜIDADES

711

CURT FREYESLEBERT

E TRAPLEVendoquadrosantigos.

275-1683

mmflPAGO NA HORA«qupdrús Antigos • Novos.;s-P^àta. (qualquer objeto) .,/ Tapeto*rPerid, Móveis...

<j]iichelangeloi^AntiqüicJacles

• Rua Consfante Ramos, 93© 235-3375 (PABX)A noite è, aos domingos

BONECASANTIGASCOMPROO cabeça de biscui

Tels.: 322-4958322-0784

Cubro todas ofertas; .'Wiiniiwiynn.

COMPRO QUADROSfl

y!a©vaH«aAAWT5®5>5©Af&SS

TAPETESPERSAS

Particular vende em exce-lente estado.Tel.: 294-2476

MODASCONFECÇÕES

jreo.VESTIDO DE NOIVA— Manequim 42. CZ$1.500. Tel: 571-8511.VESTIDO DE NOIVA SUPERLUXO — Vendo c/veu e grinal-da. Tr Tel. 285-5606 c/Socor-ro ou Lourdes. CZS 10 mil.

Serzideira

(50 anos no ramo) {

Você tem roupa antigano canto do armário?Traga-nos. reforma-mos. ou fazemos opossível p/modernizá-Ia. Serzimos. fazemospunhos, colarinhos no-vos, remodelamos,consert malhas eziper.R. Siq. Campos, 53/302Copacabana

Tel. 237-

\Atenção

Espalhe sua griffe Estampa-mos camisas, uniformes,adesivos e brindes Confec-cionamos etiquetas, (ptásti-cos. tecido, borracha, rôlo ecurvim). Matriz e Desenhoexclusivos Chame Sandra262-9258 BID 14 AFP

| BUFFETFESTAS E

760ACEITAMOS ENCOMENDAS— De doces, salgados, tortas,almoços. jantares e tudop/festas em geral. Infs. 5521067 c/ Carmem ou Sara.

DOCES E SALQADINHOSDeliciosos. Aceitamos enco-mendas. CZS 250.00 o cento.Atende-se diariamente. 238-9848, Rosa ou Ana.FESTA ENCANTADA — Alugde festas infantis. Qualquertema à sua escolha trabalhoem fino acabamento 722-6513/ 710-8721FESTA INFANTIL — Com car-rocinhas hot-dog, pizza, pipocaetc. Doces, salgados, e bolos.Serviço completo para festasTel 241-1563.

VOCÊ VAI DAR — Uma rou-niâo? Um lancho? Uma festa?E nôo quer ter trabalho? Eufaço tortas, doces, salgado1pratos frios. etc. 228-6393Célia.

WHISKY ESCOCÊS LEGÍTI-MO -— Várias ./jrcas. Todos12 anos, litro. CZS 900,00.Entrego à domicilio tel' 372-7083.

* ' * r—JSEflVIÇOSCOMPLETOSP/CASAMENTOS]ANIVERSÁRIOSETCCREDI-FESTA MAN0NRua do Ouvidor, 187/9Tel*. 221-0246 — 221-0246Orçamento «/compromisso

BUFFET

BORDIGNON

Coquetel,jantares finose festas emgeral.

. ALUGA-SE

Tel.: 396-8133 » 3964230

CONGELADOS

765TOALHA E CESTAS — Para 15anos, casamentos e bodas.Toda em tule a partir 300,00.Tel: 236-0907/ 342i9M7.

( AGORA

NOVO PACOTE

ECONÔMICO

FAMILIAR

E COM

BONIFICAÇÃO

DE 5%

^ A • *<ora na fijuca,

Centro de Distribuição.Entregas a domicilia

Tel.: 246-5167FREEZEMANIAAv. Copacabana, 581lj. 303-Tel.: 255-9134

0 255-9976PLANTASE

JARDINS

770PAISAGISMO E JARDINA-GEM — Executo projeto, re-formo, conservo jardins e gra-mados em geral. Tratar c/Pau-Io 232-7065.

GRAMAEM TAPETES

Jardins ResidenciaisCampos de FutebolÁreas industriais

ITOGRASS342-3339 342-7416 ¦

DEDETIZAÇAOE LIMPEZA

785

RPELBHtKn C nBMWTAÇÚfl UM.

DIRETODA FÁBRICASACO plAstico p/lixoSACO TRANSPARENTETEL. 592-3871

CLASSIDISCADOS JB - 580-5522Anuncie por telefone de 2a a6a-feira de 8 ôs 19 horas esábado das 8 às 13 horas

DIVERSOS

790COMPRO — Um pia-no e uma geladeira àvista 275-8068 e 541-9320.DISCOS COMPRO LPS -Jazz, Rock, Clássicos, pop.óperas. Nac. e Imp. Pago Crz2.000,00. lote 294-4435.

COMPRO TUDO232-8735

Videocassete TV a cores máa•avar Brastemp geladeira (mesmoc defeito) acordeons (até 1.000CZS) VáQ escrever som em geralvídeos TV PB portátil discos, oro-letores em geral louça, antigüida-des móveis de resid e escrit etudo mais232-7605 e 242-9442

COMPROTUDO

222-3451252-7060

Aparelhos de Som e VI-deo. Ar refrig. acor-deon, LP. Eletrodo-méstic. Máq. de Lavarescrever e Costura,Friezer, Geladeiras, TVsà cor e P/B.

NfáTKftf AfftmUk* ftlWlllffCONSTRUI

ÜSTTÉtVÇAO

795FLUTUANTE OU CHATA -Aberta sem motor p/transpor-te de material. Compro Fer-nando 274-0114 ou (0243) 65-0861MATERIAL DE DEMOLIÇÃO— Portas, janelas, grades eportões coloniaias, pinho deriga e peroba do campo emassoalho, caibro 3 x 4. 3 X 6, 3X 9. tijolos maciços, telhasfrancesas 240-4983/359-2688.

ALUMÍNIO

18 anos experiência ja-nelas, basculantes por-tas p box

268-5084258-7325

FULGORAUTOIND. COM. LTDA

R. Uruguai, 99 - Tijuca

BOXVidro Temperado

Instalações • Consertos•Portas de VidroEspelhos e Molduras

4 X S/JUROSDEPORBOX* IICuuiC l Wé

Rio: 2334589233-7463

Niterói: 714-4727

SAUNASNAMARRA

Seca. vapor - pré-fabricada - aquecedoresPreço de Fábrica

Rua Visconde de Piraiá,371 sl. 201

Tais.: 267-1396e 267-1639

BOX

BUNDEX

IvitisíiierI

I 325-1039 I

| 325-3346 |18—

BLINDEX.CONSERTO EMANUTENÇÃO

Box BlindexEspelhosVidros de 2mm a 20mmMoldurasJato de areiaDecoraçõesAtende-se a domicílioR. Conde Bonfim, 214Lj 9 T 248-3654,

OBRASEREFORMAS

796ARQUITETO P/REFORMAS— Decorações e paisagismoresidências em geral, banhei-ros, cozinhas, piscinas e jar-dins. Tel 295-4863.ARQUITETURA E INTERIO-RES — Estuda-se projetos deresidências, instalações co-merciais. design de móveis eambientes Tratar 273-6827ESQUADRILHA DE ALUMl-NIO PADILHA — Faz-se jane-Ias, box. portas, armários de

pia etc. T 761-1583.REFORMAS E CONSTRU-ÇÔES — Visitas, orçamentose antiprojetos. Dezenas de re-ferôncias. RILAN CONSTRU-TORA Tel 322-1006/0440/0477

REFORMAS E CONSTRU-ÇÓES — Orçamentosem compromisso.Equipe Evangélica. T:261-1433.

SERVIÇOS DE MARCENARIA— Executa-se montagens edesmontagens de armários,laminaçâo em fôrmica. rebai-xa-se tetos e lambris Tratar273-6827

-iw: 'GOIEAS COM Á LiXCULSIVA'

Tt :I.A"l:tl. l RO DfiSCAH I AVl;LEXAUSTORES PURIFICADORESAÇOINOX E CORES MODERNAFácU manutenção • Sistema Inédito e exclusivoNào precisa de limpeza de quadro • EviU acidentesFácil de ser (roçado • FácU de aer encontradoFabricado com polyester branco

COMPRE DIRETO DA FABRICAFábrica: Rua Drumond, 93, OlariaLoja da fábrica: Rua 7 de Setembro, 98 -Sobre loja, 207 (PABX): 270-8262 /Sé COFANOX tem «ma TELA FILTRO DESCARTÁVEL que você .roca em um secundo Sem sujar as mãos:

'7RA SIM!

Tela fUtro descartável

FORMICAS FORMIPLACFOSCA TEXTURIZADA — (3,08 x 1,25)Lilás — Abóbora Jacarandá

Verde 155Bandeira Chartreu»

— Azul TigreColonial ""TfV Goiaba — Ro».

ATENDEMOS DE 2«F A SÁBADOAV. GOMES FREIRE, 574 LOJA - CENTROTEL: 232-0404

(ci

] j i | i i

"

: cozjnhAs E BA^HElilOS TU ftojrto e orçamento sem kRua Prefeito Olimpio de í

V*. ; r"i—r2.105 Loja "A"

r1 1"

LAQUEAÇÂOLaqueaçâo, pintura e/ou aplicação de po-liuretano em móveli de todos os tipos.Serviços com qualidade garantida por fir-ma c/20 anos de tradição em laqueaçâo.Possuímos também equipe especializadap/execução de serviços em residência. Or-çamenjp. sem comDromisso.

apniinoLfl»I.R. Voluntários da Pátria 416-A e T. 266-599^

.r I C0IFASE ^PURIFICADORES 1

STAND-C0IFAAÇO INOX E ESMALTADAS

MANTAS E FILTROS À DOMICÍLIO ,ASSISTÊNCIA TÉCNICA E MANUTENÇÃOGARANTIA 1 ANO

^ "B*0 Mesquita, 891/B — L] 56. 288-1508»

FESTAS INFANTISFESTAS E BUFFETCARROCINHAS — hamburger, hot dog, sorvete,batata frita, refrigerantes, etc...DECORAÇÃO — qualquer tema.BUFFET — casamentos, aniversários, coquetéisdoces e bolo.

Tel. 275-1683

ANTENAS PARABÓLICASPara transmissão de TV Via Satélite.

Nitidez 100% perfeita. Preço especial paraCondomínios, antena coletiva ou individual.Nacional ou Internacional. Garantia de 1ano, assistência técnica permanente. Peçafolheto ou entrevista pelo Tel: 714-1735.

Plantão permanente.TELESAT IND. E COM.

jTwRnHrv'' * •- - -

A SOLUÇÃO PARA SUA MÁQUINA DE LAVAR

MAQUINASm

MEQ' V |i% * é • • %

BRASTEMPASSISTÊNCIA TÉCNICA

Todo serviço executadoem sua residência comgarantia REAL porescrito

PKÇAS ORIOINAISPREÇO* HIOUZIOOSTtCNICOS ESPECIALIZADOSAt«ndlm«nto rápido «mTODA ZONA SUL E NORTE

284-2446

264-3198Exclusivamente máquinas de lavar

P

IV

I E

PEDRASSÃO TOMÉ, CARRANCA - ARDÓSIA

LAJOTA, PEDRA BRITA.MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO:

CERÂMICAS, CIMENTO, SAIBRO, AREIA,TIJOLO, TELHA, LAJE MINEIRA.

ooBAv. das Américas, 16581'

Tel: 327-8600Recreio

GRADES DE SEGURANÇAFERRO E ALUMÍNIO

JANELAS — BOX — ETC352-2220

ALFA BRAVO ESQ. LTDA. R. VERA, 56

VENTILADORES DECORATIVOS18 modelos diferentesPás de madeira ou metalCom ou sem lustreControle de velocidadeCor de sua preferência

Rua México. 41 Grupo 602262-6619262-7374 CREDICARD

DINERS

I

22_^iliip| iUj y [?] juj [Uj ||

I Atendimento tod a Zona Sul/I Barro/, Tijuca/E Contro. Z. Norte

BRASTEMPASSISTÊNCIA TÉCNICA

CONSERTOSMÁQUINAS DE LAVARGELADEIRAS • FOGÕESBOILER • TELEVISÃOAR CONDICIONADOSECADORASLAVA-LOUÇASAQUECEDORESATENDIMENTO

NO MESMO DIAPEÇAS ORIGINAISGARANTIA REAL

ARTREF MÁQQualidade e Tradição205-5846205-7897

Al-*"

BOX BLINDEXPRONTA ENTREGA

EM VÁRIOS TAMANHOS'' INTERGLÁSS • 327-5195 È

RATOS?NAO USE VENENOS

USE A ELETRÔNICAEXTERMÍNIO TOTAL

. Í I I I I ix.. .V GARANTIA P/ 1 ANOLI I I I Residências.Com/lnd. Navios

Escolas, etc.INF.: 248-2359 24&-8188 • 284-0308

(tidtn

LÚCIAFESTAS INFANTIS

(BUFFET)Algodáo doce p/festas infantis, carroc., pipocas,cachorro quente, batata frita, hamburger, pizza,sorvete, refrigerantes. Preparamos tudo na ho-ra, no local.

230-3763Ligue e comprove

rPISCINAS

Finalmente chega ao mercado carioca FIBRAZUL comgenuína tecnologia dos USA, uma nova geração de pi»-clna, com alto padrfto de qualidade, técnicos especiaiszados em fibra, com Imediata e perfeita Instalaçflo.Consulte-nos.

WIÍEiMMMWlL

Fone: (011) 914-4258

PEDRAS SA0 TOME(A LEGÍTIMA)

PEDRAS ARDÓSIA(TODAS AS CORES)

DIRETO DAS JAZIDASGRANDE ESTOQUE DE TODOS OS TIPOS

DE PEDRAS DECORATIVAS

ARTES PEDRAS BRASIL

ESTR. TINDIBA, 933/945 - JACAREPAGUÁTELS.: 392-3950 e 392-0819

Sr Síndico resolvemos seu problema de infiltra-çâo, pintura, telhado, etc., e reformamos sualoja em tempo record, fazemos construção,reforma e legalização de residências. Tel' 238-5386 — Eng° Oswald.

?!

ESQUADRIAS DE ALUMÍNIOGRADIS DE PROTEÇÃO - JANELAS, PORTAS PARA BOX, FECHAMENTO DE AREA, BASCULANTESESPECIALIZADA EM SUBSTITUIÇÃO DE JANELAS DE MADEIRA POR ALUMÍNIO E MÁRMORE.i ORÇ. S/COMP. — ENTREGA RÁPIDA — FINANCIAMENTO PRÓPRIO EM ATÉ 6 PAG

METALÚRGICARim r>ona Romana. 236 — Enq. Novo —PBX —261-4482

800

SOMVllWBO

INFORMÁTICA

EQUIPAMENTOSDE SOM

805COMPRO DISCOS LPS —

Bom estado a domicilio.Imp. 70,00 Nac. 25,00. T.237-6494.

RADIOAMADOR — VendeKenwood TS8205, VFO remfone Patch. codificador micro-log Key Board AVRII. linearHit Kit vários VHF, antena ven-do tudo 239-8761.VENDO SOM MITISUBISHI E-504 — Zero. completo O maismoderno do mundo e um vl-deo G9BR. 4.700, Tel 247-1153.

EQUIPAMENTOSDE VÍDEO

810ALUGO ILHA DE EDIÇÃOPROFISSIONAL — VHS ouNTSC Carlos Ari telefone 791 -3602

. j fi^g§§ljj|tiy

CHEGOU SUA OPORTUNIDADE !!Adquira sua casa própria em madei-

- ra de lei, sem mexer no capital.1,2 ou 3 quartos a partir de Cz$ 240 Mil.

Ruq- Mojor Ávila 455 loja 31-Tijuca Tel

UP-M.h.Mo9lRNAS kAbilAÇÒf-S

284-2442

A.B.A. BELA — Vídeo, fil-magens é c/Troy, eq.prof. c/leg., som stéreoe efeitos esp. anivers.casamentos, batiz. etc.VÍDEO COSMEX 2377989/ 257-9821.

A GRAVAÇÕES EM VÍDEO -Comercial, industrial, cientlfi-co. treinamento, videovitrines.eventos c/exibiçâo em telâo.PROVIEW PRODUÇÕES 255-0071CAMERA VÍDEO PANA-

SONIC — PV 320, últimolançamento c/maleta.Ótimo preço. Tel: 235-6303.

CLASSIDISCADOS JB - 580 5522Anuncie por telefone de 2a a6a-feira de 8 às 19 horas esábado das 8 às 13 horasNATIONAL — Transcodi-ficaçáo original de vídeocassete em sua residèn-cia. 332-0997.

PANASSONIC PV 550 R —Portátil, controle remoto s/ fio,transcodificado. chave 24CZS 15 mil. E Câmera PK 956N. foco automático. CZS 40mil. Tudo junto ou separado.Oferta Josó Carlos 719-3251

FOUR LIGHTSTÚDIO

filmagem em vídeo foto-grafia auaiidaae pressiona:fel 266-4545 BIP 214 ATei 710-8085

COPIAS E TRANSFERÊNCIAS— De sistemas do vídeos U'matie e VHS em NTSC ou Pal-m com qualidade. Carlos Arifone 791-3602EDITAMOS E LEGENDAMOS— Com ilha de edição profis-sional sua fita de video VHSCarlos Ari fone 791-3602PAN VÍDEO — Filmamos qual-quer evento — Casamentos,aniversários, partos, etc. Edi-tamos sua própria filmagemTel. 255-6913PASSE SEU8 FILMESMM/35 MM — Slides p/videocassete VHS - Beta -PAL Getc. Equipe JOSIAS STUDIOvocô conhece 521-2597PV 300 PANASONIC — VídeoCamcorder c/ CCD. maleta oacessórios, na embal. 90 milou melhor oferta. 247-8715.QUEM CONSERTA BETA-MAX? — Com eficiência só aAUTORIZADA SONY exclusi-va em Vídeo fribra eletrônicaLigue 290-4593. Venha. R. An-gelica Mota. 402 estação deOlaria.

TELAO SONY 2.200 U» — Cconcorder PV 220, 1,500U$ v,portátil PV 6.500 Stóreo 4 cab.Aceito oferta. 267-2536.

VÍDEO NATIONAL BR — 1ano garantia montado ZonaFranca. Part. vde. mot. retor-no. novo 267-5790. dou NF p/garantia.VÍDEO PANASONIC PV 1383— Novo. s/uso. selado, cont.rem. CZ$ 22 mil. Tel: 5465634 (Terça feira).VlDEO TOSHIBA NOVO -Controle remoto. CZS 17 milTelefone: 719-2446 horáriocomercial.

VÍDEOS — Secretárias, somem geral. TV. câmeras. jogosAtari, telefone, s/fio, PX. PY(VHF) gravadores, toca-fitasp/carros, videobim. (telào),circ. fechado de TV, WalkieTalkie, Walkie Man. fitas devídeo, bolsas de vídeo. Compro vídeos e câmeras de vídeousadas CONSERTOS ETR AN SCODIFIC AÇÕES DEVlDEO AJ MENEZES — RA-DIOS. Rua das Marrecas.36/606. Tels. 262-4686. 240-3550. 240-1500 e 266-4545BIP 2986

VÍDEO-SOM — Telefone, se-cretárias. Instalações/revisõesem sua casa. Consulte equipeJOSIAS STUDIO Garantia tra-diçáo. 521-2597INFORMÁTICA

MICRO COLOR 64 — Teci.prof. + joystick + 3 ma-nuals + 90 prog. CZ$7500. 252-2262.

PC XT 2002 MICROTEC —768K. 2 drives Slim. placa ca-lor graphias. vídeo. 0 km, em-balagem 284-4304 216-8570/2 1 6-8820 JOSÉCLÁUDIO.TECLADO NACIONAL PC-XT— Entrega imediata, excelen-te qualidade hor. com.v Tel.284-4635/ 284-9742.VENDEMOS MICROTEC X2002 COMPATÍVEL C/ IBM K— 2 Drives slim DD. 20 MBvídeo monocromático 12 pole-gadas + 1 impressora MONI-CA PLUS. 160 CPS. 132 colu-nas, qualidade carta c/ cabo,novos, CZS 220.000.00 Ac.proposta Tel: 232-4606 HorCom. — Dr. Serae.

FOTOGRAFIAÓTICA

LABORATÓRIO PRETO EBRANCO E A CORES — 6revelações p/dia de E6. Repro-duçáo, duplicação e internega-tivo. Ampliações p/uso profis-sional. Pegamos e entrega-mos em seu serviço. R. Marize Barros 1058 Box 12. Tel.264-5435 ou 246-4180. BIP01-L.INSTRUMENTOS

MUSICAIS

830COMPRO UM PIANO— À vista família urg.275-8068 e 541-9320.PIANO TODAS MARCAS — Emodelos melhor preço maiorprazo e garantia. Rosário 141/2° andar Tel: 222-0983

ptaiotCASA PIERRE

CAUDA, APTO, ARMÁRIOTOOAS AS MARCASCOMPRA/VENDA; CONSERTAARNALDO aUlNTELA. ViTel- 541-!Aberto ate

A BOM CZ$ PIANOCOMPRO — Pg. á vis-ta. 227-5400 q.q. tipo,retiro hoje.

A CASA ARTSOM PIANOS —Cauda apto armário Útil mod.pianos novos bem pequenosR. Dias Ferreira, 90. 294-2799Fácil estacionar Leblon.

A CASA MILLAN PIANOS —Cauda. apt° armário, melhorpreço. R do Ouvidor. 130/2°andar Tel 252-0809 CentroA CASA SÉRGIO PIANOS —Tradição e qualidade, váriosmodelos, vendas a prazo. R.St" Sofia. 54. Ti|uca 228-1435.A MUSICAL — Piano RoslerSteinway Essemfelder caudaapt° armário Av Maracanã.670 Tel' 264-6177

SUPORTE e MESAS TV-VT

Me» d* Video

PEÇA PORTELEFONETUDO EM •ACESSÓRIOS.

VÍDEO - CÂMERAS-521-2597

thahscodificaçóes-vídeosomoficinaR. FRANCISCO QTAVIANO, 23 Copa Posto 6

JOSIAS STUDIO

PANASONICTRANSC0DIFICAÇÃ0ORIGINAL DE FÁBRICA

Cz$ 1.500,00594-4099/ 269-4142

Rua Constança Barbosa, 37-A Méier

CASAMENTO

P0R

INTERESSE

MAS

QUEM DÁ 0 GOLPE DO

BAÚ É VOCÊ.A Decision e o Digitron XT estão

de mãos dadas para venderqualidade e exclusividade pelomenor preço. E nesse caso quemSanha é você. O Digitron XT é omicro mais compatível do mercadocom IBM PC XT, além de muitasoutras vantagens: memória de1 Mb, homologado na SEI, 70%mais veloz e possibilidade deformação de rede. E a Decisioné o representante exclusivo doDigitron XT, no Rio.

Agora, ande depressa, porquegolpe do baú com final feliz nãoé coisa que se perca.

| ÍJI?iLáfg5lg~fLff¥IN FORMÁT/C A

Av. Marechal Câmara, 271 - grupo 804Tel: 533.1399-533.3144

DOCUMENTÁRIO:

CIÊNCIA:

CULTURA GERAL:

INFANTIL:

gNSERVAÇÃO

DA

WNATUREZAFilmn^ originam produzidos por ^

twBritannica

I e II GUERRAS MUNDIAIS

CONSERVAÇÃO DA NATUREZAOCEANO - COSMOS - A LUAENERGIA NUCLEARFLORES E PLANTAS

A ARTEA ERA DAS EXPLORAÇÕESROMA ANTIGA

CONTOS E FÁBULAS

C.I.V.E.PRIMEIRO CENTRO DE INFORMAÇÃO DO VÍDEO EDUCATIVO

VISITE NOSSA EXPOSIÇÃO3 RUA SÃO JOSÉ. 40 - 12g ANDAR-FQNE (021) 252-3272

ons

rr

18 anos experi§ncia ja-nelas. basculantes por-las p box

FULGORAUTOIND. COM. LTDA

R. Uruguai, 99 - Tijuca

mm

PRONTA ENTREGAEM VARIOS TAMANHOS

ACESSdRIOS. \\ JW

^ VIDEO - CAMERASTS^I^Men da Video 521-2597

TWAW8CODIFICAC0ES-VlDEO-8OM-OFICINAR. FRANCISCO OTAVIANO, 23 Copa Posto 6

1

a

JORNAL DO BRASIL,1 <S 1*'V*K"V

viáeo

dormrigo, 14/6/87 o Casa & Decoracão o n

f~ ¦¦vr !

IPANEMA - RIO itiiÁ bo yjjjAT PUBLICIDADE

PRODUZIDO POR ARTUR TAVARESPara anunciar basta telefonar 242-4413 - RJ

O

tijuca vídeo clubeMoit de 3.000 filmas a tua disposiçãoTemos todos os filmas originais legendados

Vários planos a sua escolhaAtari ClubeEstacionamento fácil

/^°sy

ASSISTÊNCIA TÉCNICA:Tramcodificgção totalmente automática • Colocamos Piusa colorido em 6 horojcom Matix sem furar seu Vídeo. no seu G9 ou 1.560Transcoder de Atari e Gemini. . 1.361 e 1.560 entregamos p/o mesmo dia.Consertos d« Vídeo Cassetes e Vídeo Games

RUA CONSELHEIRO ZENHA, 48 S 284-2689

VÍDEO/ SERVIÇO

• Station VídeoLgo. do Machado, 29 Sob/26Catet 28S-B794

anuarrlpm

ENTREVISTA

• Video Show LocadoraR. Cardoso de Morais, 145 Gr,1004 Bonsucesso 590-3096

e Vídeo Arte LocadoraR. Visconde de Pirajá, 281 S/l218 Ipanema 267-0193

• Speed VídeoEstr. do Galeão, 2730 S/ 311Ilha do Governador 393-8659

• Arma VídeoR. São Clemente, 172 Lj.Botafogo 266-5587

e Jota Home VídeoAv Mal. Câmara, 160 S/ 1422Castelo 221-4334

• Vídeo ConsultProduçõesR Conde de Bonfim. 615 l| 102Tijuca 571-8890

aguardemROSALI BLOCH — É Diretora Geral da Manchete Vídeo. Nestaentrevista, Rosali (ala do mercado, dos próximos lançamentosem vídeo e dos lançamentos de maior sucesso. Conta porque aManchete Vídeo não trabalha com filmes estrangeiros, e aligação do vídeo com a Rede de Tv— Atualmente, o Brasil inteiro está em dificuldades econômi-cas. Houve uma queda na nossa quantidade de vendas.Naturalmente, os clientes também estão numa situação difícil.Infelizmente, nâo podemos mudar nossos preços. Tudo nos foienormemente aumentado. Existe uma retração, e vamos espe-rar. Este mês. os filmes da Manchete teriam um aumento,Resolvemos nâo aumentá-los mesmo com prejuízo para nós. Emais uma tentativa de nos mantermos atuantes no mercado, efazer com que nossos clientes tenham acesso às fitas. Em julhovamos fazer um reajuste atualizado. A Manchete vídeo estátrabalhando com documentários e programas da rede Manche-te. Estamos lançando o segundo vídeo de ginástica e saúde, emais um de culinária. Além de documentários como "Xingu",estamos lançando "Cidade Oculta", com Carla Camurati eArrigo Barnabé, e toda a linha de filmes da obra de NelsonPereira dos Santos. Lançamos o especial do "Villa Lobos" elançaremos junto com a Polygran, o vídeo da Marina. Mante-mos um acordo que nos permite lançar em vídeo, simultânea-mente com a Tv. Lançamos também o show do Gilberto Gil;"Bahia, Sulca e Japão", e do Ivan Lins; "Família", além de doismusicais infantis: "Cinderela"; dirigido por José Wilker, e o"Quebra Nozes" com a Lucinha Lins e Cláudio Tovar. Eu diriaque nossa característica é diferente de outras distribuidoras,pe-Io fato de estarmos muito ligados à Rede Manchete. Atualmen-te, nâo somos associados a empresas estrangeiras, emboramulto nos interesse. Porém, devido ao atual panorama econô-

mico do país, ainda nâo será este ano que nos uniremos a estasempresas. Continuaremos com vídeos de lançamentos da Redede T VFitas piratas aos montes. Uma impunidade total. Os órgãosoficiais não tomam nenhuma providência. Parece que ospiratas podem agir livremente, sem receio ou preocupação. Aesperança, é que nós, distribuidores e produtores de vídeo,temos nos encontrado para pensar e resolver juntos a solução.O Mercado é promissor, apesar da crise econômica. Existe umarealidade irreversível: sáo mais de 2.000.000 de aparelhos devídeo cassete Isto significa que os aparelhos precisam sermantidos. É necessário que existam bons vídeos clubes, boaslocadoras e bons produtores de vídeo, e que o trabalho sejafeito dentro da legalidade. As distribuidoras podem até fechar,porque nâo há como concorrer com fitas alternativas, princi-palmenie na diferença do custo. As distribuidoras precisam seunir, e tentar moralizar este mercado. Nâo é mais a loucuraque foi 06. O momento é mais real. O consumo de vídeochegou para ficar, levando-se em consideração, o laser domés- ^tico. JüNâo trabalhamos com pacotes. Nossos preços podem ser maisacessíveis, dependendo do número de fitas comercializadas.Este ano. nosso melhor mês. foi Março. O més de lançamentoda nossa fita de carnaval. A procura foi enorme. Vendemos emvárias línguas e em vários sistemas. Fizemos uma fita bemelaborada, mostrando como é o carnaval no Brasil, e porque éconsiderado o melhor carnaval do mundo. A Rede Manchetetem a preocupação de manter uma programação de qualidade ¦cultural.A Manchete Vídeo, se preocupa em manter a mesma linha.

Sllvana Vlanna

nmnr dem

a.

ipetbom senso, daqueles que estãodecidindo o futuro do mercado deVídeo no Pais. É preciso ter ocuidado de não penalizar aquelesque são a razão de tudo isto: Osmais de dois milhões de possuido-res de Vídeo.Governo, Distribuidores e Lojistasdevem, agora mais do que nunca,unir-se,. para que este mercadopossa crescer novamente, ordena-do e sadio.

Artur Tavares

videQpiniãõ"ASSASSINATO NUM DIA DE SOL"A fórmula de Agatha Christie já é conhecida. Um crime é cometido numlocal onde todos possuem razões de sobra para terem assassinado avítima E para desvendar o mistério, alguém com muita perspicácia,escondido por trás de uma aoarôncia extremamente ingênua que, nocaso é o famoso detetive Hercules Poirot.O que mais surpreende é a beleza do lugar onde se passa a trama, umhotel situado numa ilha. As paisagens dào um toque de exotismo aintriga, "Assassinato num Dia de Sol" ô uma ótima adaptação,cinematográfica da obra de Agatha Christie. Assim como nos livros, oobjetivo da autora foi alcançado: aumentar ao máximo a curiosidade dopúblico até o final inesperado.Lançamento VTI

Denise G. Santos

&OS MAIS SOLICITADOS

PESQUISA GUIA DO VIDEO NAS LOJAS DO RIOA MissSoEntre dois AmoresA TestemunhaHighlanderGinger e Fred

e PlatoonPor Favor Matem Minha Mulhere A Mosca

e O Homem da Capa PretaBaile de Jour

VIDEO DICASHANNA — BARBERA JÁ ESTA SENDO DISTRI-BUIDO PELA HIPER VIDEO A Hiper Vídeo acaba dedar um importante passo no Mercado de Vídeo. ADistribuição no Brasil dos filmes de Hanna-Barbera.De imediato, a Hiper Video está comercializando osseguintes desenhos animados: Cyrano, Goober osCaçadores de Fantasmas, Flintstones, Gasparzí-nho, Scooby Doo, e O Manda Chuva.MAC VIDEO INVESTE NO MERCADOAcreditando no mercado, a Mac Vídeo, acaba de reestruturar seu laboratório no Rio deJaneiro. Em sua fase, a Mac está comercializando seu grande catálogo com apromessa de grades lançamentos para breve.MAC VIDEO OFERECE PARA NOSSOS LEITORES. DUAS FITAS POR SEMANA.Ana Criitlna Uma da Almeida, Rua Santo Afonso — RioOrlando de Almeida B. Sampaio. Rua Tonelero — Rio Ganharam fitas, gentilmentecedidas pela Mac Vídeo.

m

OS IMPERDIVEISCONCURSO VIDEO DICAS S°

Você pode ganhar até duas fitas seladas por més,oferecidas por esta Coluna e Disk Vídeo Locadora.Preencha este cupom e concorra inteiramente grátis.Já conheço esta Coluna ? Tenho microcomputadorÉ a 1" vez que leio ? Tenho vldeogameTenho vídeo-cassete ? VHS ? Betamax

Home Sexo: ? Masc. ? Fem. Idade:

Profissão:End.:Bairro CIDADE CEPCartas: Av. Pres. Vargas, 1733 Gr. 1901/8 — RJ Cep 20.210

Flor Tavares pesquisou as lojas de Vídeo e soube quais os filmes imperdlveie, da semana.(Todos Selados)A Missão — • A Testemunha — • Mephisto — e Derzu Uzala — • A Outra Face.Indiana Jones — • 0 Enigma da Pirâmide — • O Abutre — • Sedução da Carne — •A Cor do Seu Destino — • Urubus e Papagaios — • Guardiões da Honra — •Entre Dois Amores.

1 aguardem ®Pesquisa Vídeo Clube Nacional-Video Maker-Disk Video-Video In-Stúdio 95-Video Shop-Vip Video-Sky Vídeo-Vithi Video-Speed Video.

SUCESSOS EMVIDEO CASSETE

SPEED VIDEO

aUtiMo

REVOLUTION

C04H ccm

eàtncutluy

OCUKO

«MUHOfe

Gueppeiposdo Putupo

MEMÓRIAS

DE UM

ESPIÃO

CROSSOVER

FESTIVAL

Charlie

CHAPLIN

[

w.

ILHA DO GOVERNADORAluguel de fitos t;Fita» virgen» •acessórios p/videoServiço domiciliar

Estrada do Galeão. 2751 sl. 307 Tel. 393-6858

fVII

ARMA

IDE0

riufl

rapI VIDEO I

C AN ADI AN VIDEOLOCADORA DE FILMES

ÚLTIMOS LANÇAMENTOSCOPACABANADomlngoa Ferreira, 242 B (Ao lado do Bob'a)» 255-7539

LOCADORA (K FtMLSÚLTIMOS LANÇAMENTOSGRANDE VARIEDADE DE TÍTULOS

R. Dias da Cruz, 188 sobreloja 241GALERIA DO CURSO 0XF0R0 S 593-3848

Associado a ABDVC

SEHSEslDá um tiro certo noseu cassete abrindo

a mais nova locadora* Últimos

lançamentos emVHS simultâneos com o cinema

Aceitamos reservas ^Pacotes promocionaisFiliados à ABDVC a„

???Aberto de 2* a 6", de 10 às 18:30 hs. Sáb. de W às 15 hs.

R. São Clemente 172 loja-A S 266-5587Travessa Visconde de Moraes

VÍDEO LAZER MgUS

Granoe acervo com os mais novos lançamentosAtendimento personalizado, Nós ouvimos você.Você faz sua escolha sem pressa nem atropelosCompleta assistência técnica para seu Vídeo CasseteRua Manuela Barbosa, 1 sobreloja 105

Em fr«nt« a SLOPER. S 593-0995 wmL

r

STATION VÍDEO LOCADORAFiliada A.B.E.V.C.

1 GRANDESPACOTESPROMOCIONAIS APROVEITE!

Últimos lançamentos de todas as distribuidoras.Sensacional acervo de filmes selados.

Funcionamos de 2* à 6' até 20 hs. e Sáb. até 18 hs.• GALERIA CONDOR'

Largo do Machado.» 29 sobreloja". 266-a'285-6794EM FRENTE AO MÉtRÔ :'S v "•

LEME VIDEO CLUBTranscodifique seu Vídeo e GANHE

50% DE DESCONTO na Inscriçãoda Locadora.

GARANTIA DE 1 ANO NA TRANSCODIFICAÇÀO.Av. Princ. l»ob«l, 27? lj. 6 S 295-4399

« Panasonic

LANÇAMENTO EXCLUSIVOS»!Transcoder automático psra

^JVC-PANASONIC-TOSHÍ3A- SHARPlTUACY Visconde de Pirajá. 595 Sl.?12-lpanemjSENGENHARIA R Conde de Bernadotes. 26 lj. 115 -Irtlsna" VIDEO Mim -et 259-5946 e 274-8294 j

I!

V

AS

A0!:

. _ . Comércio eVideo Consult Representações

A solução definitiva que veio daunião de seus dois amigos no merca-do do vídeo *Fale com Irapuan/Licínio

AMÉRICAVÍDEO

VIDEO FILMES

R. Conde de Bonfim, 615 lj. 102

estI

LOCADORA DE FILMES

DISkL VIDEO J

A LOCADORA LIGADA NO SEU VIDEOSolicite sua inscrição por telefone1 • Entregamos no seu escritórioCatálogo de sinopses grMIS na Inscrição

^242-2961 AV. Rio Branco, n° 123 sl. 613-Centro,

A Io LOCADORA DA ILHABREVE NOVO ENDEREÇO

PARA O SEU MELHOR CONFORTOLocação • Instalação de SuportesFitas virgens • Capas para vídeoTranscodificaçães * FilmagensSuportes de TV/Vldeo FiliadaHorário: 8:30 à» 19:30. Sábados 8:00 h». à. I7:00hs. à ABDVC

GALEA0. 2730 SALA 311 — TEL: 393-8659

M MOTE

A SUA OPÇÃO PELA QUALIDADEAtendimento personalizadoSempre os últimos lançamentosAs melhores imagens em seu vídeoFilmes originais legendados

• Catálogos atualizados c/ sinopsesjjip • Entregas a domicílio

, • Transcodificaçâo

LOCADORA CLASSE ABreve no Leblon

TEL.: 267-0193Rua Visconde de Pirajá, 281 Sl. 218

Mikros"

IFtsccgr \

^

N0i SOMOS 0 fUlUBO S;*JOTA HOME VIDEO UAv. Marechal CSmara. 160 H

gr. 1422 Rio de Janeiro • R> QCEP 20020 § ! >.n.^

Tel.: (021) 262-6659

r% ¦ Hr

TEM A SUA PROGRAMAÇÃOIPANEMA: Rua Visconde de Pirajá, 550 ss. 120.

S 239-4541 e 259-644bTIJUCA: Rua Conde de Bonfim, 297 sl. 505 ® 234-2161 ^BONSUCESSO: Rua Cardoso de Morais, 145 gr. 1004

S 590-3096LARANJEIRAS: Rua das Laranjeiras, 363 loja L. © 205-2449GRAJAÚ: Rua Uberaba, 49 S 208-2669MACAÉ: Av. Pres. Sodré, 316 sl. 308 Ed. Flávia (Rua da Praia)ESCRITÓRIO: Av. N.S. Copacabana, 581 ss. 22 S 255-9560RIACHUELO: RUA 24 DE MAIO, 468 S 581-4148

_yÍDEOJAMBÉMj^UlTURA • MANTENHA-SE SEMPRE BEM INFORMADO, LENDO SEMANALMENTE A SEÇÃO GUIA DO VÍDEO • VÍDEO TAMBÉM -'É-

? Mikros ? Mikros ? "Mikros ? "Mikros" ? "Mikros" * "Mikros" ? "Mikros" ? "Mikros" ? "Mikros'y-<. ? "Mikros" ? "Mikros'' ?

TURBO "Mikros" XT

UMA NOVA E BRILHANTE

IDÉIA EM PC XT TURBO

O COMPATÍVEL COM IBM*PCXT COM O MELHORPREÇO, QUALIDADE E GARANTIA DO MERCADO

100% COMPATÍVEL COM IBM* PC XTCOMPRADO EM OEM

(velocidade de processamento 70% mais rápida que o original)• 6087-2 opcional

• Temos p/Pronta Entrega

640 Kb RAM "on mainboard"1 corta oaraJeta2 portas serias (RS-232)CL0CK 4.77 e 8 MHz (TURBO)Relógio Calendário c/ bateriaInterface para jogos a Mouse

Processador 8088-2Fonte de150 WTeclado com 84 tedas2 Drives face dupla e dupla densidadeMonitor de alta resoluçãoManual em português e softs de brinde

Monitor a cores opcionalWinchester de 10 a 40 Mb opcionalInstalação em rede opcionalOferecemos total assistência ao clientepara Implantação de software

TK-3000 II eEXAT0-PR0 (CCE)APPLE (DISMAC)MC-5000—XT (-CCE)DRIVE SLIN CCE64K/80 COL P/ll e256 K/80 COL P/ll e

•FORM. CONTINUO

512K/80COL P/ll eESTABIL. DE VOLT.DRIVE P/MSXGRAFIX 80F/TGRAFIX 100 HSNO BRAKE 300WMESA P/MICROCABOS P/IMPRESS.

"Mikros" -~ Ay-.AtauWo de Paiva, 566 S/L 202 FONES (021)

U"Mikros' ? ' 'Mikros'

511-0599 e 239-2798LGO DO MACHADO — R. do Catete, 311 Ija. 118/119 FONES (021) 205-4346 e 285-5950"\hkro\ ? "Mikros" ? "Mikros" ? "Mikros" ? "Mikros" ? "Mikros" ? "Mikros" ? "Mikro\" ? "Mikros" ? "Mikros*'* "Mikros]' * "Mítrôi'*'

Prontai Entrega J

• 6 instesd» garantia

Lynx turbo XT

Agora no Centro

LYNX INFORMATICA

Menor preço e melhor qualidadee 100% compatível com IBM PC/XTTurbo clock 4.77 e 10 MHZ•e 640 Kb RAM.e 2 drives sllm face dupla,e Winchester de 10 a 40 MbAprovados pela S.E.I.

| Av. Franklin Roosevelt 115 sala 206 S 262-9131/533-3903

l, ÀLUGUELÉ COM A FÍENTAL

A

vx

VIDEO CASSETEVHS: NTSCPalm, Pal-GU-Matic - BetamaxPortátil/Mesa

Njjbkjijtef17 DE FEV., 221

^ g(021) 280-2848

MANUTENÇA0MICROS

Apple' PD TRS-80/ Drtves/Interfaces' Impressoras RConde de Bonfim. 229-ATol. 284-2031.

VIDEOConversões de fita em todos os

padrões do mundo, qualidadeprofissional com TBC.

Venda d* transcoder externo, VideoDetaller e PROC AMP.

• Teleclne: 8,16 e 3Smm.

antei27 anos MKvfndo qualidadeRua Dom Gerardo, 63 - CJ 1604 - Centro - RJ

Fone 233-9432

MANUAIS VÍDEOEm português para vídeos,cámeras Panasonic. Natio-nal. JVC. Integrais, ilustra-dos EntregamosC 771-6889C.P. 7015, 20231. RJ

A PIANISTAPianos novos e usados NA-CIONAIS c ESTRANGEI*ROS Av Salvador de Sá184 — Estácio

232-5504

PPC640 Kbytes de memória RAM8 Slots de expansãoSaídas paralelas, serial egameRelógio Calendáriocontrolador de vídeo mono ou

vídeo coloridoDrives SlimWinchester (opcional) de 10 a

40 MBFita Streamer (Back-up)

GARANTIA 6 MESES

J liiiiHMiiiiti ¦¦¦¦i i

100%COMPATÍVELTURBO 8 MHz

PRONTA ENTREGAImpressora Grafix 80 FT •Impressora Grafix 100HS*Impressora Rima XT •Impressora Amélia PC •

Monitor de vídeoEstabilizador BKMesa impressoraMesa para PC

PROGRAMAS^ot

S-\<\ ¦: > .

Folha de pagamentoPagar e Receber

EstoqueContabilidade

UV

safraaim»

SHOW-ROOMAv. Rio Branco, 12-6? andar(021)233-6797-233-8715 nFoanÁncA ira*.

A IMAGEM SEM LIMITESSem fantasmas, chuviscoa,

a imagem como ela ó,não importa o lugar

Recepção direta, via satéfiteTel. 208-3829-Rio-R

Anteiui s*nr* lê

As. ^'

4

TRANSCODE MELHORMAS BARATO DO RIOSem furor o seu vídeo, garantia de 1ano, com tint. e linha 2h. Pegamosem sua residência e entregamosem 24 horas Panasonic e NationalSó CZ$ 800,00

Tel: 222-8252R. Joaquim Silva 97-A Térreo Cine-lândia atrás da Sala Cecília Meireles

AS MELHORES IMAGENSDE TV VIA SATÉLITE

NACIONAL E INTERNACIONAL

^ m PROMOÇÃO:Cz$ 80.000 — 5 CANAIS

(NACIONA)COMPRE DIRETO NA FABRICA

RRUA ALVARES DE AZEVEDO 480 - R J.

FONE: (021)201-2447 - TLX (021) 33780

I

¦MP li ww ¦» in

VtDEDJ

TURBO "Mikros" XT 100% COMPATIVEL COM IBM* PC XT • Temos p/Pronta Entrega 1I K COMPRADO EM OEM TK-300011 e 512K/8OCOL p/11 i

UMA NOVA E BRILHANTF JL (velocidade de processamento 70% mais r^pida que 0 original) aSlf'Sat?' drive'p¦msxVOLT' \wmn llV*nt OniLnHIIIC /HsIBHa •MOKbRAM-onmalnboanJ- . Processador 8068-2 . 6087-2 opcional ScsnSSrrF) GRARX 80FTnCIA CII VT Tl IDDA • 1 porta paraieU #Fontede150W • Monitor a axes opcional nnivc q?iw rrc GRAFIX 100 HS

lUtIA £M rL XT TURBO •2portasserias(RS-232) • Teclado com 84 tedas • Winchester de 10 a 40 Mb opcional P,R'V0^UN CCE ^A™100 H5 ^

fc"m 1 W ^ 1 » vIlUV • CLOCK 4.77 e8 MHz (TURBO) • 2 Drives face dupla e dupla densidade • Instaiagflo em rede opcional 64K/80 COL P.ll e ^0 BRAKE 300W g• Ftetbgio Calendirio c/ bateria • Monitor de alta resoiu^o • Oferecemos total assistoncia ao diente 256 K/80 COL P.ll e "^'CRO ^

O COMPATlVEL COM IBM'PQXT COM O MELHOR • Interface pera pgos e Mouse • Manual em portuguds e softs de brinde para implantafSo de software FORM. CONTINUO ^abuo r/iMrHtob. gPREQO, QUAUDADE E GARANTIA DO MERCADO "Milrrnc" LEBLON — Av. Ataulfo de Palva, 566 S/L 202 FONES (021) 511-0599 e 239-2798 f—L- _1_L MIKTOS" LOO DO MACHAPO — R. do Catete, 311 lis. 118/119 FONES (021) 20&4346 e 285-5950 |

i r

EM

12 o Casa & Decoração o domingo, 14/6/87 JORNAL DO BRASIL

1Mi,HIiíS-

B

^aW,1