JUNHO - N.409

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35.? Ano — N.9 1 — Junho — 1951

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TERROR A LUZ DO SOL.O BRILHO ASSUSTADORDA LÂMINA DE UM PU-NHAL. . . — "VOCÊ DEVESER LOUCA! — GRITOUÊLE — VIR PASSEAR EM:UM LUGAR COMO ESTE!"

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UE des Anges. Na estreita cal-cada, o homem moço e íorte

sorriu mansamente, para si mesmo.O sorriso deu ao seu rosto, de ma-xilar ligeiramente avançado e cabe-

los castanhos anelados e queimados desol, o aspecto de um sátiro. O resto agra-

dável e quase infantil, mas não o serriso.— Rua dos Anjos!... Haaa! — exclamou com um gesto de repulsa, en-

auanto fi-ava parado sob o brilhante sol norte-americanc, entre os homens e as

mulheres ãcocorados cqui e ali, prontos para roubar, vender bugingangas e

tramar orimes; seus olhos viam tudo isso com evidente nojo e reprovação. Nem

s^auer baixou cs olhos quando passou entre as saudações que choviam em seu

redor pronunciadas em áspera árabe cu estropiado francês. Mas lego reconhece.

au= um "aviso" descia a rua em ladeira: "Frcnçois voltou! E preciso avisar a Gravat

— ou êle já sabe?" Sim; pede distinguir os cochiches que precediam seus passos:— "E' preciso avisar a Gravat"! Eles sabiam que Gravat poderia gastar — cu nao —

de o ver de volta. Se gostasse, sem dúvida sorriria; em caso contrario dana ordem a-

Maurice para usar o revólver. Tudo isse podia acentecer na "Rue des Anges ! O homem

rão parecia ter pressa. Seis meses antes, descera a mesma rua imunda e em ladeira,

jogando para trás o cabelo rebelde que teimava em descer para a frente. Odiava aquele

lüaár embora não lhe desagradasse aquela atmosfera; era de fato como uma febre, coisa

aaradável porém, essa sensação de alerta permanente, de sentir qualquer coisa n3 ar. a ex-agraaave ^

^ _g^ A de£peitQ de {ud0| qucndo avist0u Maurice, um fria

arreto percorreu a sua espinha dcrsal. Caminhou de vagar, cruzando a rua estreita, enquante.arrepio Pei<~ calcada mais se encolhiam, esperando, como ele próprio esperava.

GSver°aparecegra epíhnameníí um revólver na mão de Maurice. Mas nada disso ocorreu Mau-

rice - os cabelos bem alizades, o ar provinciano que as suas roupas limpas e os sapatos de-

•EU SEI TUDO

lona amarela — simplesmente falcu: — "Alô, Frankie. ..

Lindo domingo, hein?" - O rapaz moveu ligeiramente a

cabeça, concordando, mas nada falou. Esperava. .. loaa

a rua estreita e ieia esperava... Afinal, Maurice falou:— Não se esqueça de ir ter cem Gravat; ele esta

lá adiante, esperando por você...A turba agachada endecu, como campo de milho

varrido pelo vento, e trocando ccchichos ein toda a

extensão da "Ruo des Anges". Em seu escritório, en-•re o casario miserável, Gravat sorriu misteriosa-

mente, ao avistar a cena, em baixo.*

Mas, como so essa estranha rua de violência e

de movimento não se resignasse a viver sem uma-nevacão de incidentes, houve n:vo estremecimento

sntrea turba. O rapaz, voltando o olhar, num re-

lance, apanhou um reflexo de curo sob o sol bri-

lhante; uma cabecinha mevendo-se sob cabelos on-

iuladcs. Nesse instante a turba novamente se enco-

Iheu e aquietou, esperando.A mulher devia ter causado a mesma cemoçao nas

outras ruas também. Era muito moça e bonita e es-•ava encantadora em seu vestido branco; os cabe-'.os louros, beijades pelo sol, formavam um halo des-•umbrante em redor do resto ecrade e lindo.

Com a sua longa, muito longa e árdua experien-

4a daqueles lugares, êle sentiu exatamente o que:a acontecer. Viu um braço moreno afastar febril-•nente cs panos brancos que pendiam dos embros-obre o peito e, logo a seguir, seus olhes foram fe-

ridos oelo reflexo ameaçador da lâmina do uma¦navalha, então, gritando repeht'namente cem todas

33 forcas d:s seus pulmões, Icnoou-se para a frente

ainda Ta tempo de recuperar a bolsa que até poucossegundos entes pendia da cerreia, passada a tira--olo sobre cs ombros da desconhecida.

— Louca! — gritou, agora voltado para ela; mas

eco a seguir, seu olhar ameaçador cobriu o grupoonde o hemem de pele escura ainda brandia a arma

do roubo, como uma ameaça talvez.Num secundo, nor-m, rle o reconhece. Sequiu-se

romoleto e mortal silêncio. Ninguém, naquela rua,

ousaria enfrentar Gravat cu algum dos seus cem-

:pgrsas. Disse então para a desconhecida, em inglês: Venha cçrriigg, pequena idlcía! — e agarrem-

35A Ano -N.O 1 - J"»ho - ]ü51

i , ^ ofl'ro rr turba silenciosa,do-a por uma das mãos, levou-a emre a turb

que formava estreita P™9^^^ ^sca e não tar-varn a ladeira; depois havia uma curva

daram a emergir em pleno sol na Ptace_de ia

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Levantou a bolsa até à altura dos olhos, exibindo a cor-reia, cortada por um só e hábil golpe de navalha.

Você terá que comprar uma nova correia. . . — disseêle, olhando-a cem cs seus olhos irriquietos o impacientes

— Você deve ser realmente doida, pois só assim viria

•passear neste lugar... u-^e e\-L;a volveu para e.e um par de olhos azuis, oihos cheios dc

inocência o ligeiramente marcados por surpresa ou suste.

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•KU SEI TUDO 10 35.9 Ano — N.«? 1 — Junho 1951

QUAL A DIFERENÇA?

/OAriArtÁsA,

1) Que é o que pende do teto dacaverna?

a) Stalagmiteb) Stalactite

2) Quem é glutão?a) Gourmandb) Gourmet

:•?-) Que é o que não tem fim?a) Divab) Sofá

4) Que é o que ficou faltando?a) emitidob) emitido

5) Qual o osso da perna que fica dplado exterior?

a) Tíbiab) Perôneo

6 Qual destes animais tem umacorcova?

a) Camelob) Dromedário

7) Que é mais escuro?a) Sombriob) Turvo

8) Qual o menor?a) Violab) Violino

9) Quem é que compra o diamante?a) Capangueirob) garimpeiro

10) Qual destas pedras é a mais re-sistente?

a) Granitob) ábase

(As respostas a este teste estão na página 73)

Você é Francês... — disse elaPensei que fosse Inglês! Eu sou

xmsricana. . . Vim de Boston.Êle não pareceu interessado. Ao fim

»ie um instente ela pergunteu:E você?... De ende veio?Daqui mesmo! — respondeu êle

abruptamente e de maneira definitiva.Os olhos azuis não pareceram en-

tender muito bem.Vive aqui? — Perguntou ela.Trabalho aqui!

Olhou para ela e não pôde deixarde mover a cabeça com ar de assom-bro, pela mocidade e beleza da desço-nhecida e por sua absurda inocência.

"E agora. . . se me dá licença. ..concluiu com ar de indiferença e es-

tendendo a mão.Oh, não! — exclamou a dona dos

olhos azuis — Bem. . . Eu acho. . . Osenhor. . . Você, afinal, salvou a minhavida. . . Tenho a certeza de que mamãeficaria furiosa, se eu não o levassepara ser apresentado a ela!

A sua expressão pesarosa logo setransformou em alegria ao notar, pelomovimento de ombros que êle fêz, tersido aceita a sua sugestão.

Juntos caminharam mais alguns pas-sos e êle a fêz entrar no "Duvallois",

para tomar café; ali instalados ela pe-diu um apéritiff e ficou sorvendo oconteúdo do cálice, inteiramente presaa tudo quando êle dizia. Quando ter-

minaram, êle sugeriu que ela fosse vera sua embarcação.

Tem um barce? Para que serve?Nada. . . Apenas gosto de sair

mar-a-fora. . .Quando juntos examinavam o barce,

chegou uma "mensagem" de Gravat —"Como François p.dia fazer um velhoamgo perdsr cinco minutos do seuvalioso tempo?" — era o "recado"

aparentemente banal mas que escondiauma ameaça.

Êle respondeu, como sempre respon-dia quando era interrompido numaagradável ocupação, ou seja: "Gravat

que esperasse!..." Sentia, agora, soba influência da radiante simplicidadedaquela desconhecida, que Gravat erauma sombra. .. Alguma coisa de quejamais voltaria a necessitar... jamais...

Seu rosto tanto revelou tôda essaluta interior e essa preocupação, queela logo o interrogou, com voz ansiesa,ao mesmo tempo que com uma dasmãos comorimia-lhe um braço.

Que aconteceu? Alguma coisade mau?

Não — respondeu François —Nada...

—¦ "Nada!" Simplesmente era um pri-sioneiro, preso a Gravat como a moscaque se deixou prender na teia da ara-nha, implicado irremediavelmente nasramificações escusas dos seus "nego-cios". Pela centésima vez disse para

si mesmo, entre dentes, que precisavafugir àquele jugo: mas tão logo pen-sava nisso, uma lassidão o envolvia edesanimava, fazendo-o pensar.

"Nunca

poderei escapar! Ccmo o própria Gra-vat, também estou preso. .. irremodià-velmente!"

Enquanto assim refletia com desâ-nimo crescente, a voz da pequena sefêz ouvir novamente:

Meu nome é Pat — de PatriciaDuggan. E o seu?

Sou François — respondeu commaus modos — François Ledoux. Asvezes eles me chamam de Frankie.Chamam-me de uma porção de coisas,que até nem soi. Agora.vou levá-la devolta à Maman, eh?

Segurou-a per um braço e ajudou-aa subir a colina na direção do magní-fico Hotel Max m.

"Maman" estava tomando sorvete noterraço. Era, conforme êle esperara,uma elegante e rica norte-americanaque

"fazia" o Mediterrâneo com a filha.Não deve estar achando isto aqui

interessante. . .? — sugeriu êle.Não. . . parecia hesitante no falar

Devemos partir quinta-fe^ra, cerio.A filha, porém, parecia impaciente.

Mas ainda não lhe contei o queaconteceu. . . Agora ouça!

François, lançando um olhar em re-dor, enquanto sorvia o "drink", viuHenri, um dos porteiros do hotel, nasombra do "hall", e que o observavaatentamente. Agora se afastava. Pro-vàvelmente a fim de telefonar a Gra-vat. Até no "Maxim" — particular-mente ali! — Gravat tinha olhos e ou-vidos. . . Compreendeu que tinha quese afastar quanto antes daquela gentedecente e sem defesa. A pequena ten-tou impedi-lo, segurando-o por um bra-ço, e sua mãe, sorrindo contrafeita,disse: "Que está fazendo, Pat? Se o Sr.Lsdoux deseja ir é porque precisa,Vocês não são casados!

Pat, rindo e olhando para êle, afir-mou que "Era uma lástima que issofosse verdade!" Pousou a mão pálidasôbre o braço de François, braço quei-mado pelo sol, e concluiu que "estava

precisando de tomar banhos de solnuma certa embarcação. . ."

Novamente uma pesada sensação dedesgosto, de mágua contra si mesmo,assaltou François, que não devia con-tinuar ali; por isso retirou-se, sem olharpara trás, descendo os degraus de már-more e perdendo-se na multidão.

Pat voltou-se para sua mãe e disse:—¦ "Não é bonitão?Gravat era genial. Sentou-se diante

da sua escrevaninha e começou a brin-car com o argolão que enfeitava o seudedo gordo.

Ah! Você é um rapaz com quemsimpatizo, François! Independente! —meneou a cabeça, afirmativamente —Você é como o gato... De vez emquando desaparece, sem que se possasaber por onde foi passear. . . Aonde?

¦—¦ Já disse: Gar-el-Serab.Excelente. Gravat acredita no que

você diz. — (Evidentemente não acredi-tava, embora fosse a verdade; durantecinco longos meses François vivera

(Cont. na pág. 58)

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"S5.-9 Ano N.v 1 — Junlio — EU SEI TUDOi; m ii

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««1 DORIA EM PALAVRASPor Mario PEI

(Autor de «The Story of Language)

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MULHER CRIANÇA COISA BOA

•çC + ' — ^à^MULHER TETO PAZ

MULHER MULHER BRIGA

MULHER MULHER MULHER INTRIGA

^A UITOS milhares de anos antes da instituição do' 1 "Dia das Mãe:,", já os Chineses pagavam gra-

cioso tributo à maternidade corporificada na lingua-gem escrita de sua velhíssima nação.

Os Chineses, naturalmente, empregam ideogramasou caracteres — para formar as palavras. Assim,

por exemplo, o ideograma usado para representar"coisa boa" ou "coisa bela", é formado simplesmentepela combinação dos caracteres representativos de"mulher" e "criança".

Encantadora também é a combinação que escolhe-ram para significar a "Paz": a junção dos caracteresrepresentativos de "mãe" e "teto".

Assim, quiseram os Chineses representar as sim-pies alegrias do lar, da família e da maternidade.

Mas não pensem que os Chineses param aí. . . Oh,não! Se são assim tão reverentes com as mulheres,também podem ser oficialmente humorísticos e zom-beteiros com elas.

E, se querem um delicioso exemplo do que afirma-mos, procurem ver os símbolos que adotaram parasignificar "briga" ou "discussão" e "'htriga", no de-senho à esquerda, duas últimas linhas.

EU SEI TUDO12 35 ... a110 _ N.1*' 1 Junho — 1951

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m o v i m e n -to centra o Cancer no Brasil

está em posiçãojamais conhecida,cem o governo eo povo, cs cientis-tas e cs íilantrc-pes, unides estrei-tamente num sen-tido únice: a cria-:ão de vastos hos-pitais, a censtru-ção, per todo opaís, de centresde observação epesquisa, para orembate incessan-te e total a esseflagelo da huma-nidade, num me-vimehtò que qua-se chamaríamosde "espetacular",

se esse não íôsse

um vocábulo que os nossos confrades do esporte açam-

bprearam para cs cabeçadas de Augusto, cs rushs oe

Ademir e os tiros de Jair. No entanto, e esse o termo que

cabe empregar a esse movimento quase unice na historia aa

nossa pátria, nascido com o case pungente do «ritt^

raibano'Dr. Napoieão Laureano, e so comparável ac esforço

total da nação," no combate à febre amarela, soo a direção;do arande Osvaldo Cruz.

VÍTIMA DO MÉDICO OU LIBERTA-DA PEEO MESMO? — Sra. A. Borroto,

a heroína de um recente caso deeutanásia

0 ATAQUE— "1951 — declarou recentemente um especialista

será, sem sombra de dúvida, o ano do assalto decisivo cor.

traEs»ãoâasesim. os sáblos, em plena batalha. & para sus

ten'ar cs seus esícrçcs, e, ao mesme tempo, incutir cerc.

a"m aos das últimas trincheiras, isto é, a nos que nao ly

tamos mas que podemos, amanhã, ser atingidos por es*,

adversário implacável, acaba de ser confeccionado um

fi^me cuias imagens publicamos.Reahzàdo cem c concurso de organizações c.enhhcas

canadenses e norte-americanas, esse filme, que será apre-

secado nc mundo inteire, seb c patrocínio aa ONU, des

creve as dificuldades das pesquisas sabre o câncer e cons-

íitui uma espécie de "balanço" dos resultados ,a obtiaos"

Um dos médicos que colaborou na realização desse dc-

cumentáric emocionante, assim resumia a questão:1- "O problema dc câncer é como um jege gigantesc,

d- paciência, composto de milhares de pedras que deve-

mos reunir. Algumas dessas pedras não se ajustam, ainda

muito bem eom as suas vizinhas. E talvez falte uma so

para aue tudo se torne claro! Tudo isso é muito lcngo, de-

cepcionante mesme, mas não temes o direito de desesperar

E' suficiente, para que se reterne coragem, olhar cs pre

aressos realizados até o presente.

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FST V MONTAGEM EXTRAORDINÁRIA representa, paraum filme científico, a atividade das células cancerosas

rFFTAS SUBSTÂNCIAS FAVORECEM O CÂNCER — Osquímkof realizam modelos das suaS disposições de átomos

Já falamos, há tempos, sobre os.-tratamentos per'mei-dos hormônios; dos êxitos já alcançados, graças a subs-

taricias radicativas; de papel importantíssimo desempenha

de pelas vitaminas B, pela amethopterina e o gás dermos-

tarda. A esses trechos do gigantesco "puzzle" do cance;

se reuniram, no cerrer des últimos meses, numerosos outros.

Algumas dessas descobertas — cu observações — pedem

parecer sem ligação cem o alvo visado. No entanto, ne

nhüma é desdenhada pelos sábios, que se dedicaram à dc-

cifracão do mais dramático enigma de tedos os tempos.

Nessas condições., quem poderá aíirmar que a verdade

sobre a erigem do câncer não surgirá desta observação dc

professor erman Jcsephy, do "Hospital do Estado", em

Chicago: "as enfermidades mentais parecem proteger con

tra o câncer..."Já em 1945, um médico de Praga publicara um artige

em que anunciava que o número dos mortes pelo câncexera muito inferior á média geral, entre os indivíduos ato-cados de enfermidades mentais.

O professor Josephy chegou ás mesmas conclusões: c

proporção da mortalidade, no asilo que controla, há váriosanos, varia, de fato, entre 2,5 e 4,5%, quando na popuiação, em geral, essa porção é de 10 a 12%.

Quem pode dizer que a A.C.T.H. e a cortizona (doi-hormônies que deram resultados surpreendentes no tratamento dos reumatismos) não serão os medicamentos ant.;cancerosos de amanhã? Cinco médicos norte-americanos o^utilizaram e verificaram que detinham o desenvolvimentedos tumores.

Todavia, se detinham c crescimento das enfermidadesdes tecidos, detinham também "o desenvolvimento dos te-cidos sãos", e cs químicos trabalham atualmente no sen-tido de descobrir um meie de os tornar mais eficazes ape-nas no primeiro caso.

Uma outra vitória — mais completa desta vez — foiassinalada na Alemanha: neve medicamente, o "toxinal".

levado a "pente", pelo Dr. H. Siebold, pôde "melhorar de

maneira notável", cem entre duzentas afecções particular-mente graves. As experiências prosseguem agera, na Suíça..na Áustria e na Dinamarca, a fim de verificar se essa pre-perção é constante ou acidental.

As pesquisas atômicas, finalmente, que nos fazem, tremer quando finalizam numa bomba, podem, talvez, centribuir grendemente para a nossa salvação.

O betraton, verdadeiro canhão que dispara elétrons, ecuje peder de penetração é muito superior ao dos raios X..acaba de ser tentado em terapêutica pelo Dr. R. A. Hcrrvey,da Universidade de Illinois. Infelizmente essas primeiras

J.1«_WS¥WnBp...T__F_7»,

:.5.v Ano N.o 1 — .Tunho 1961 l.!< EU SEI TUDO

DECISIVO CONTRAexperiências foram tentadas sobre pacientes cujo estadoera desesperador (como quase sempre acontece) e è ne-cessário aguardar outras experiências, para haver umpronunciamento definitivo sobre a sua eficácia.

Assinalaremos, de passagem, que esse aparelho custa85 .'000 dólares, ou seja, no câmbio oficial: 338 mil cru-zeiros, aproximadamente.

"Um tratamento — seja êle qual fôr — declarou pe-rante um recente congresso um dos especialistas das pesquisas sobre o câncer — não poderá jamais ser 100%eficiente, enquanto ignorarmos as causas verdadeiras demal contra o qual lutamcs".

Essas causas são prccuradas por milhares de sábics, hádezenas de anes. Alguns desses dedicados cientistas sur-tentam que o responsável é um virus, e sua teoria se vereforçada desde há poucos meses, graças ao microscópicoeletrônico (que aumenta 700.000 vezes, isto é, capaz dedar a um prato as dimensões de umagrande cidade). Com esse microscó-pio, realmente, uma equipe de pes-quisadores conseguiu isolar o viruscancerígeno, que provoca o câncerdo seio nas ratas. Esse virus é de talforma poderoso, que uma injeção decito milésimos de gama (um gamarepresenta um milésimo de miligra-ma) determina um câncer, até mes-mo no rato.

Outra experiência, cujes resultadospoderão vir a ser consideráveis foiesta: pela primeira vez foi possívelinjetar células vivas num embrião degalinha. Esse método vai permitir de-terminar de que modo as células —inclusive as dò câncer — se deslo-cam no fluxo sangüíneo e se alojamnos órgãos.

Foi, porém, no domínio dos "des-

pistamentos", que obtiveram os cien-tistas grandes progressos. O Dr. C. G.Huggins, da Universidade de Chica-go, um dos mais tenazes inimigos docâncer, após dezoito anos de traba-lhos incessantes, amparado per umainfatigável equipe de auxiliares, pc-.de levar a "ponto",

para o câncer,um "test" tão simples como o doWassermann para a sifilis.

"Esse teste — declara êle —está baseado na rapidez de coagula-ção do sangue, em presença de cer-tos produtos químicos. Permite êleclassificar os indivíduos em dois g'ru-pos: os que têm câncer e os que nãoestão atacados pelo mal".

Numerosos confrades do Dr. Hug-gins são menos formais que êle..quanto a essa classificação.

"O teste não indica, com sequ-rança absoluta, que exista ou não ccâncer. — alegam eles — Indicasimplesmente — e com certeza — quealguém está doente.

, E' já um ponto essencial: não res-ta mais, agora, senão multiplicar osexames, a fim.de. encontrar a origemexata da moléstia!

Por seu lado, dois médicos deNova York se propõem a descobrira existência do câncer por um pro-cesso que recorda o utilizado pelrseletrocardiógrafos ou eletroencefaJó-grafos.

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— "Os tec:ciossãos — dizem ei.es— têm um poíen-ciai eletrônico di-ferente dos teci-dos enfermos".

As experiência?apresentam resul-tados exates em81,9% dos casespara as mulheres)e em 98,7% (pa-ra os homens).

*

Foram todosesses progressosque permitiramao presidente da"Sociedade Norte-Americana de Lu-

Xv P|_i___i_!?SH| maQ^^^uC-''¦'^¦¦'^^^^Êmm^BÍÍí^v^^y^^ét, ¦ - ^^mrmffi'Y' ''^'n^^&fXít'**" '*^WJj|É mB^^m^^L^m^mmwmm^ê^^^v^m^BÊ^^SS^^^ik^^^^mi *^^_______K^w'*^__8_a_________l

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O TRATAMENTO NUM HOSPITALCANADENSE — O Dr. Brodeur empre-

os raios em profundidade

ESSES RATOS ACABAM DE SER INOCUEADOS COM UM VIRUS CANGERÍ-GENO — Oito milésimos de grama chegam para provocar o câncer

Eü SEI TUDO14 35. <> Ano __ x.*? 1 — Junho 1951

*^». , ,,lmm. ________'T__-'!____¥y^í____^_^ ''¦ '''?- ''"'"*' ''"''''.V'-'''

ÊSTE APAEE,H0 C^-O^^S C^-AS CANC.BOSAS

ta Centra o Câncer", o Dr,Camercn, declarar,manas:

r^\

nu

nanesícas

__ "Fcie já sãc salves vinte e cinco

per cento dcs cancerosos. Poderemos

salvar outros tantos, quando pudermosatacar c mal nc seu inicie .

Enquanto se espera que todos esses

sistemas de detecãc atualmente em ex-

periência entrem no demínio da medi-

cina corrente, recomendou c Dr. Char-

les S. Camercn que "o público nao he-

site em consultar um especialista, nos

seguintes casos:

— "Quando qualquer ferimento na

língua, na garganta ou nos lábies não

sara; quando se verifica uma incha-

ção, embora não dclcrcsa, em qualquer

parte dc corpo; quando um cravo cu

uma aualquer marca de nascença, se

espraia cu muda de côr; quanao se

observa que um indivíduo sofre de

hemorragias constantes, uma rouquidão

persistente cu uma tesse inexplicável...

"Tais sintomas — acrescentounão são, obrigatoriamente cs de um

câncer. Mas podem ser o sinal de aiar-

ma que permitirá acs médicos intervir

a temoo de curar o enferme."

A seguir:

"O MAIOR INIMIGODO CÂNCER"

ANTECIPAÇÃO DíPRIMAVERA

ktobs* »¦¦: - m ¦¦:¦ mmmVr: MMM__WmW*W® . HP^Í^^^^^^__^^___^^^^_^___________Í^^^^A

^X^tP^^vLg^í^É ^l ¦'¦'•'¦'''¦'¦:-

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A imaginação inesgotável dos cha-peleiros é coisa proverbial. Agora pre-tendem que isso que acima se ve e ooue vão usar as mulheres elegantes napróxima Primavera. Enquanto pelasruas de Paris soprava um vento de tresgraus abaixo de zero, no interior dossuntuosos laboratórios da moda uni-versai, eram entaboladas as primeirasdiscussões sobre as novas tendências..Esse, que apresentamos, talvez consti-tua pouca «amostra» dos futuros cha-péus, mas a verdade é que foi umtour-de-force obtê-lo através da vigilânciasevera com que são cercados os traba-lhos nesses «ateliers» parisienses.

INGRID EMAGRECEU

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COMO SE PREPAHA O ÍSóTOâOTm espião que revela a existência do câncer no corpo humano

Mais magra, sim, e também um pou-co mais triste. Seu primeiro dia de tra-balho, depois de ano e meio de estarafastada do cinema, foi empregado emgravar a própria voz, em italiano, paraa versão original de «Stromboli», o fil-me que fêz em Roma, sob a direção deRosseliini. Ingrid hoje quase não usa«make-up», vestindo-se com simplici-dade...

H5.v Ano — N.9 1 — Junho 1951 15 EU SEI TUDOr

SIM, a Atlântida existe! Egerton Sy-

kes vai partir em sua buscaHoje, os sábics estão de acordo paraafirmar que numa época muito aíasta-da da História da Terra, existia umcontinente, desaparecido no correr deum ou de numerosos cataclismos, querevolucionaram o globo terrestre.

Mas, se admitem a existência daAtlântida, cada um deles tem o seu

ponto de vista, quanto á sua situação,a suas intermináveis discussões che-,iam muitas vezes a lutas tremendas.

Assim é que, há alguns anos, umareunião na muito sábia Sorbonne terminou entre... lágrimas: os descon-¦entes haviam lançado no hemiciclo,duas pequenas bombas lacrimogêneas.

Entre todas as teorias que termina-ram por abrir um vasto campo aos sc-nhos dos homens de todos os tempos,as- duas com bases mais aceitáveis são~s de Egerton Sykes e de Henri Lhote.

A ATLÂNTIDA EXISTE. SIM. . .

ON S E ENCONTRA?

Lhote está convencido de que aAtlântida se encontra no Hoggar. Pa-ra ter maior certeza organizou suces-siyas expedições, que lhe permitiramdescobrir sobre as muralhas das gru-*as desse respeitável massiço, inúme-ras pinturas representando dois cava-los, montados por um só homem. O ca-valeirc, na verdade, está montado sô-bre um dos animais, enquanto seguracom uma das mãos as rédeas do ou-tro. Ora, os estudiosos e pesquisado-res sempre encontraram essa manei-ra ioda especial de conduzir cavalosem todas as lendas antigas, referen-tes aos costumes dos Atlantas. Por is-so mesmo Lhote afirma:

— "A Atlântida existiu,entre os mon-tes do Hoggar e o lago Tchad, nessaregião que ostenta o nome de "país

da sede", pois que, sobre 1.200 qui-lômetros, não se encontra nem umaárvore, nem um poço, nem uma gotad'água...

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EIS A SITUAÇÃO DA ATLÂNTIDA, SEGUNDO SCOTT EEEIOT -~ Os ocultis-tas, entretanto, na África, num Oceano hoje substituído pelo Sanara.

Envolto em amplos «burnous», os «Tuaregs» viajam muitas horas do dia sobrea pista esmagados sob um sol aterrador...

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[ Os túmulos humanos são feitos à superfície, sob largas pedras lisas o achatadas

do Hoírírar. os sábios acreditam ter encontrado aNas muralhas das grutas Hoersar,¦«_>.»

história dos Atlantas

35.<? Ano — N.o 1 — Junho —¦ 195J

Egerícn Sykes, eminente sábio in-

glês, não apoia a mesma opinião, dis

coroando totalmente de Lhote. Por isso -

mesmo está disposto a mergulhar, ainda este ano, nc Oceano Atlântico^ afim de encontrar os vestígios da Atlântida, que íoi — afirma êle — o bêrçcda Humanidade.

Fechado numa "bathysphera", munida de máquinas de filmar submari-nas, pretende explorar o fundo dcOceano, a fim de encontrar as provaspalpáveis e que poderão confirmaiamplamente a sua tese.

Iniciará suas pesquisas "nos arredc

res dos Açores", que, na sua opinião,seriam um dos restes do imenso ar

quipélago que fazia parte da Atlântida.Por que, então, não se contentai

com pesquisas e explorações nas pró-prias ilhas portuguesas? — perguntarápor certo, o leitor.

Porém Egerton tem resposta interessante:

— "Porque — diz êle — essas ilhassão os cumes das cadeias de mente-nhas da Atlântida naufragada háaproximadamente uns 20.000 anos antes de Cristo. Como todcs compreendem, raramente poderão ser encontrades traces de uma civilização nes pices das elevadas montanhas dcrri .liierra.

Serão realmente recompensados ofesforços de Sykes? Poderemos, denirrde poucos anos, fazer uma excursão tuíística ac país des nesses antepassados?

Agora, pergunta-se: Qual foi o pouto de partida de todas essas lendas ede todas as expedições científicas, áiduas e dispendiosas, que tanto se têmesforçado per encontrar o continentedesaparecido?

Platão! Eis o responsável, pois queíoi o primeiro a falar da existênciade "um país que se encontrava alémdas colunas de Hércules. . ."

Teria sido um sacerdote egípcio, dctempo de Sa'is quem fêz a Solon a narrativa dessa história, só conhecidopeles colegas des grandes sacerdotes

Platão assim descreve, nc Timeuse Critias, c berço des Atlantas:

— "Per ceasião da divisão da terreinteira entre cs deuses, Pcsseidon recebeu a ilha da Atlântida, a qual escolheu para localizar cs filhes que teveda sua'união cem uma mcrtal. O maisvelho de seus herdeiros foi Atlas, cujesdescendentes edificaram um castelcreal no local ende o deus momentâneamente residira. . . No centro desse castelo ' havia- um templo • 'consagrado aPosseidon e a Clito; era todo cobertede

prata, no' exterior, e seu telhadeera de cure. No interior, ricamente ornado, erguiam-se estátuas de ouro: re

presentavam o próprio deus, conduziudo seis cavalos alados. . ."

Dessas descrições, muito vagas, masmuito tentadoras, nasceram todas ashipóteses relativas ao lccal onde seencontra a Atlântida...

•Foi assim que, no século XVI, um

Espanhol, Gomcra, teve a idéia de as-similar a Atlântida à América. Atual

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Jti.v Ano — N.'*' 1 — Junho 1951 17 EU SEI TUDO 'JI

UMA DAS TEORIAS MODERNAS— A Atlântida unia a África às

Américas!

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-.nente, porém, essa teoria — tãm-bém emitida por Krugger no séculoXIX — não é mais aceita.

O primeiro autor a propor umasolução exata para a localizaçãoda Atlântida no Oceano foi Kir-cher. Para êle, a Atlântida haviasido um continente situado entre aÁfrica e a América e que engloba-va as Canárias e os Açores. . .

Outros "especialistas", localiza-ram a ilha misteriosa na Suécia,aa Palestina (talvez com a intençãode conciliar a lenda com a Bi-blia), na África no Sul e até mesmono Cáucaso, ccmo Delisles des Sal-ies, ao posso que Sylvain Bailly,:uturo prefeito de Paris, na mesmaocasião, localizava a Atlântida noSpitzberg. . .

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/Silis»^.

Se, no século XIX, Bartoli indica-/a a Ática, como local da existen-zia da Atlântida, Berlioux foi oprimeiro a imaginar que o reino

¦ rios Ailantas podia ter existido naAtlas. Pensava êle que o Norte:1a África havia formado uma gran-de ilha, quando as águas o sepa-ravam do Sahara.

Quanto a Donnelly, coloca aAtlântida sobre um alto-fundo, vizi-nho aos Açores, chamado "platô

Dolphino", por ter sido descobertopela tripulação de um navio comesse nome.

Os teósofos e os ocultistas tam-bém apresentaram as suas teorias,cem extraordinárias pela .certeza:neseerada dos detalhes. ..

Outras concepções vieram substi-tuir a teoria primitiva: Kircheracredita que a Atlântida naufragou

no Oceano...

¦ - & _i rt-T. j|. I \ mwi n *»¦ ¦ mtm ^tt * 'tr"J""i "i* j»*i«'t~ «* * .——¦- - -»«r» * —» ¦¦¦¦ _^_ ¦ ¦**>

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ipme, i.:W:A'iW$&7-

«ord.» do Tamanrasset onde plana a recordação de Foucanld Na pista do Sahara, êste camelo há um ano torra sob o sol...

EU SEI TUDO IS'A').'-' Ano — N.'' 1 — Junho -— 1951

«

Em nossa época, espíritos equili-brados se colocam ao lado de Lhete,para escrever romances e cenários nosquais a Atlântida se encontra nos con-iins do Hoggar, ou de Egertcn Sykes,para sonhar com um reine dos. Atlantesescondido a centenas de metros noíundo do Oceano, lá onde as águassão calmas e negras. . . — c que nãoimpede sábios como Hermann Wirthde colocar a ilha na região ártica, como que chama de civilização thuleana.Embora o auter se refira, algumas vê-zes, à Prehistcria, deixa muito espaçoà fantasia.

Essa certeza da existência da Atlântida, que não é apoiada per qualquertexto exato, é o que permite, afinal,aos imaginativos, situar em algumaparte, sobre a Terra ou mesmo na Lua,esse país de maravilhas. . .

Entre os escritores de renome quecederam à sedução do tema, temosque destacar Henry Rider Haggard.romancista inglês, autor de narrativasde uma imaginação ousada e de umalinguagem colorida e sedutora, famosoautor de "As Minas de Salcmãc", tra-duzidas per Eça de Queiroz, e que es-creveu "She" (Ela), focalizando o temada Atlântida. Outro famoso escritor aabordar o assunto foi Pierre Benoit,francês, laureado pela

"Academia

Francesa", autor de obras notáveis co-mo "Koenigsmark", "Le Roi Lepreux""La Chatelaine do Liban", etc, e que étambém autor de um romance intitula-do "Atlantide". Este, em muitos pontos,é semelhante a "She", de Haggard, epor isso, na época da sua publicaçãosurgiu acesa polêmica, na Inglaterra ena França, sobre a possibilidade deum plágio, o que, afinal, não ficou pro-vado, sendo mesmo afastada qualquerhipótese nesse sentido, em razão daocasião em que cs dois romancistas es-escreveram as suas respectivas obras.

G. BERTOLI

IIP1W$ÈÈ:í:5.: ¦: -Z/, ¦¦¦wm.mm.Ml

UMA BELA «CAPA» PARA O «ATLÂNTIDA» DE PIERRE BENOIT — 0 Targuipríncipe do deserto e sua fiel montaria.

PARA OS JOGOS MEDITERRÂNEOS DE OUTUBRO

1Í^i?*\*mm*Í'Á'fim^^ *^J'>vF&2i3&m\m*mm^ÉÊÈÊ '

YWr^XUB^L-wSmmUmÊf^EZ***^^

Dez nações européias estão inscritas para os Jogos do Mediterrâneo, que serãocelebrados pela primeira vez, no Egito, de 2 a 20 de outubro de 1951. E esseserá o palco das referidas competições esportivas: o «Estádio Fuad I», em re-cordação do rei que o mandou construir, há vinte e dois anos, com o intuitode animar a mocidade egípcia a praticar os exercícios físicos. Os outros novepaíses qne tomarão parte nesses jogos são: Espanha, França, Itália, Turquia,Grécia, Iugoslávia, Mônaco, Síria e Líbano.

NÃO DESPREZEM A SORTE.

Num cassino, um habitue áa saia dejogos inicia nos mistérios da Roleta, umasenhora que nunca havia jogado em iodoa sua vida.

Como devo fazer? — Pergunta ela.Coloca-se uma ou várias fichas sô

bre o pano. . .Onde?Onde quiser. Aqui, so ganhar, re

ceberá o dobro do que jogou. Aqui, receberá o triplo.. .

E ali, sobre esses números?Oh! Ali, se sair o número escolhido,

receberá trinta e seis vezes o valor dasua ficha.

Trinta e seis vezes? Er/.ão, se eu jo-gar mil cruzeiros, receberei trinta e seis-mii? Que maravilha! Mas... Que nume-ro devo escolher?

O que julgar melhor. . . Jogue, po:exemplo, no número que representa csua idade. . .

A senhora, depois de ligeira hesitação,coloca uma ficha de mii cruzeiros sobreo numero 28. E' o 32 que sai. A senhoratomba sem sentidos. . .

A filosofia é o moinho de vento darazão, que gira em torno de si mesma.

F. MEZZINA

5.9 Ano — N.o 1 — Junho 1951 19 BU SEI TUDO

0HÁ justamente um ano, os mi-

nistros das Relações Exterio-res dos "Três Grandes" apontavama África — e particularmente essaimensa parte tropical que tem per-manecido, apenas semi-explorada— como um dos mais valiosos de-pósitos de esperanças para o mun-do civilizado.

E chegaram mesmo a anunciara união sensata de todos os seusesforços., no sentido de ativar o de-senvolvimento político dos povosda África, no campo do progressoeconômico e melhoria das condi-ções sociais, aumentando em quan-io fosse possível, a cooperação en-tre a África, isto é: os seus Pode-res Coloniais e os Estados Unidosda América do Norte.

Esse, no entanto, foi o segundobrilhante vaticínio para o futuro daÁfrica, pois que, antes, já o Pre-sidente Truman apresentara o seufamoso "Ponto Quatro".

Para todos os conhecedores dasriquezas e misérias africanas, es-sas declarações aparentaram seraquilo que desde muito tempoaguardavam: ofensiva geral centraa pobreza, a ignorância e o isola-mento do último continente a ser ex-piorado. Parecia, de fato, ter aca-bado o longo período de lutas in-gratas, esforços insuficientes, medi-das incompletas, por falta de cora-qem ou de recursos.

No entanto, a participação t. norte-americana, segundo o "Ponto Qua-tro", se resume à ligação imediatados sistemas ferroviários Orientale Central africanos. E', porém, gran-de auxílio o poderá ser de vitalinteresse para a super-produaãodaquele solo e o pronto escoamen-to da mesma.

Essa produção — com exceçãoda parte norte-africana — ninguémpode calcular qual seja. Grandeporção do continente jamais foi es-tudada no sentido de estabelecer omapa geológico do mesmo. Eispor que, na ausência de dados po-sitivos, os homens tendem — comosempre — a sobrestimar. Talvez alenda das "minas do Rei Salomão" te-nham concorrido para essa impressãofavorável, apesar de que a África bemmerece essa atenção otimista pelo quedela já conhecemos — os grandes cam-pos de. ouro do Witwatersrand, no sul,por exemplo; e as minas de diamantesde Tanganyika, descobertas pelo Dr.Williamson em 1941 e consideradasas mais ricas do mundo na atualidade.

Na verdade, cs minerais africanoslêm enchido colunas dos jornais, ern ío-dos os idiomas. E com razão, dado queas suas minas de ouro e de cromo at:n-gem cerca da metade da produçãomundial, enquanto a de manganês e ade estanho representam uma quintaparte dessa produção. Grande partedo precioso urânio que os Estados Uni-dos recebem provém do Congo, sendojusto imaginar que novas fontes e nc-vos minerais jazem ignorados sob cscampos e montanhas do Confinem eNegro.

M ISTÉRIO AFRICANOO HOMEM SOB A AMEAÇA DE UM INSETO

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0ASUTOLAND

União Sul Africana

Dois terços dos 158.000.000 de indivíduos que formam a população da África viveu,na área não desenvolvida e até mesmo assolada pela terrível mosca «Tse-Tse».

ESPEOU S 0

EDE

AOil

90%

Quando se examina, entretanto, ocampo da alimentação e o das mate-rias primas, não se obtém a mesma se-gurança. Num primeiro exame, super-íiçidí embora, as potencialidades pare-cem grandes.

Detém a África, per exempledas palmeiras de cocos e, em 1948,60% da coca, um terço da fibra dosisal, 77% das nozes de cocos, quase10% da lã e 9 % do algodão provi-nham da África. Apesar disso, os ma-pas demonstrativos de antes da guer-ra apontavam para esse continenteapenas 3% da exportação de matériasprimas. E essa situação não deve termudado muito.

Naturalmente, existem amplas pos-sibilidades dessas porcentagem se ele-varem. A África é escassamente povoa-da, sendo apontadas menos de 25 pes-soas Dor milha quadrada. Imensas

áreas se encontram totalmente despevoadas, assoladas eme são pelaságuas, os pânianos e outros flagélospiores, como o da mosca "Tse-Tsó",

que afasta os pioneiros e impede asconstruções de estradas de ferro ou derodagem, provocando verdadeiras cei-fas de vidas entre cs trabalhadores.

Entretanto, com a técnica modernae o capital norte-americano, há a quasecerteza de se conquistar essas terraspara o plantio e colheita das principaismatérias primas como o óleo de palma,a borracha, o algodão, as sementesoleosas e o chá, além do gado da me*lhor qualidade.

Já foram mesmo planejados desemvolvimentes calculados num custo su-perior a meio milhão de libras, sc paraas colônias britânicas, nos próximoscinco anos. Pretendem os ingleses cons-

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HU SEI TUDO

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20

SSÍSMWi

35.' A nu N..9 1 Junho 1951

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E SELVA

irranha-céus da moderna Johannesburgo, cidade de 700.000 habitantes, que simbolizadas ™stas '^^^^onde avida

'permanece na escala primitiva e os indivíduos, formando 2/3 da população, vive sob o flagelo da «Tse-Tse».

-ruir aunAzul e c brandas águas node cinco pes,vatório de fer

epr^susRmriro), C C

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)is Nil:s (c dez cem aue vai crês-as elevara o nive. cenác a população. Quando um plane-

. •;.• ; y:r. :.:..::¦¦.- e se acreditai ! v-ç U 1.11111 m n i pt- r*f* t

¦t— .T v -~< mui!cs munnr.??

a gente vai tér, enfim, maiscbrir o coroe, mais alimento

des r*íTCC ínHíe?T7)P^'n<I(

e algodão e colneiias an-mentícias, tanto nc Ugandaquanto no Sudão. s

Esse plano levara uoroxi-mádamenie vinte e cincooara amadurecer. Ouucsprojetos, enireianie, ja £?"a:

. <r jv.' U pare • T(~!r SU' r.o-

em esiuac, reveíanao queestá de pé e firme o desejoj—. -^Tf-r' AYnlorncãc 3o sole

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ferramentas, direção e mui-:o ca o itai.

na cenira ^batr pio.tfc:.^, nuVtâI^U.O.~, U.\Jiü -JH-iVfcío l J IO-

res. A natural "moleza" despovos africanos (inércia iro-pico!) aumentada pelas dis-A. /> - 1

*o ^g rn ri "si* as e o rc*"" n*5*vel de vido de sues pepula-çoes.

O pior, quando se traia daÁfrica é que o cálculo dehoje e o :rabalhc de reali-'zaçãc desse calcule tem que

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^5MKflM^^Wa*y^WjÁA*yB^4. rf^7^3gw-f^iJt^r6p!3éi^i'y^^^pff3^y*j--fi friiÉÉBTrwaBliHMHt' t^ <-.--..* H*SK31KKa^SL ^2r ^F&^cYtfrhJm'ri Om>'V*l

sistenciá física e mais conforto e calorpara o lar, verifica-se que tudo estámuito aquém das reais necessidades.E fica 'udo para recomeçar! Sem cen-tar que a produção africana e a suaexportação não compensa de modo

algum cs suprimentos paraali enviados do Ocidente.

Quanto ao povo — forte,manso, pronto a aprender atécnica ocidental — é êle omaior bem do continente,embora em muitos casos se-ja também o maior obstá-cuia E apenas porque nãoé gente que se possa con-

A queda d'água de Vitória (Victoria Falls) uma dasdes atrações turísticas.

:ran

düzir daqui para ali. Alémdisso, em geral, as suasidéias não se casam bemcom as dos brancos.

A.s terras ainda não expio-radas da África, jazem bemao centro do imenso conti-nente. Conhecido como "Cin

turão Negro", esse vastíssi-mo território é habitado por110 milhões de indivíduos econtrolado (com exceção daLibéria, e a Etiópia) por que-tro potências coloniais: Fran-ça, Bélgica, Inglaterra e Per-tugal.

A Franca detém a maio:área, embora deserta emsua maioria; população erecursos se encontram prin-

S5.ó Ano - X.'-1 1 .lunho i:„",l 21 EU SEI TUDO

ÁFRICA TERRA DE INEXPLORAVEIS RIQUEZAS?'cutc.

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PRINCIPAIS PRODUTOS AFRICANOS

Perccntaqem da produção mundial (eslimativo)

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Diamantes

Produto;- daspalmeiras

CACAO

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SÜUIH ÁFRICA

ÇmL Represas atuais

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0 10 20 30 •*«. 50 60 70 80 90 100

cipalmèn.e r.a área costeira. A Aíric**.Equatorial Francesa, é uma das •menosdesenvolvidas entre todas as depen-dências tropicais, sendo a madeira asua principal exportação.

Possui a Bélgica o mais rice qui-..hão. O Congo Bolga tem, aproxima-damente, um. milhão de milhas qua--iradas de solo geralmente fértil, comvastas florestas, cobre, esianho, ourof! urânio, além de imensas plantaçõesie algodão, café e borracha. Seus12.000.000 de habitantes são geralmen-

te disciplinados e organizados per cem-

petentes e dedicados oficiais belgas.O Oeste Africano inglês compreende

a Nigéria, com 25 milhões de habitamtes e imensos recursos em gade, cc*-vão o óleo de palma. Ali, no protelo-rado da Cesta do Ouro, onde metadeda coca do mundo é colhida, toda a

produção é manipulada por africanos;nenhuma terra pede ser vendida oudoada a homem branco.

Ao sul do Congo há curo, fumo e asarandes jazidas de cobre da Rodésia.

A Rodésia do sul tem governo propriee sua população branca, de cerca de120.C 00 almas, dobrou desde a últimaguerra Novas indústrias foram inicia-dos, havendo também ativa exploraçãodo curo, asbestos, cromo, etc.

Entre a Etiópia e as Rodésias, estáoutro território de administração bri*tânica. formando uma área tão grandecorno a do México, corn 17 milhões dealmas. Todos esses recursos se juntamao algodão e ao café da fértil Uganda,à fibra do sisal, produtos desidratados

EU SEI TUDO

e pecuária do platô do Kenia e do ter-ritório de Tanganyika, sob controledas Nações Unidas. A maior parte dccomércio se encontra em mãos dasíndias Orienteis.

Assim também é a África Equato-rial, uma região de infinita variedadede produtos.

De tudo isso se destaca um iate: a

África Equatorial tem sido pouco ex-piorada. Cem algumas exceções, re-

presentadas pelas áreas de penetraçãodo homem brance — cs campes de cc-bre de Brocken Hill e Katanga, as

plantações de sisal e palmas oleosasdo Gongo Belga e do Tanganyika — aÁfrica Equatorial centinua sendo umaterra primitiva sem aldeias permanen-tes, cem ligeiro aproveitamento do sele,falta auese total de u:ensílics de la-

__..£-_',-.»-»•»-» _4c»i~ ¦—-'•»• h — *_¦> 1 firm ovoura e eficiente sisiemu »-*— ^.^.i-.i-,

....- 35.9 Ano — N.9 .1 - Junho — 1951

povoada porüetrados e cades tropicais.

ind: paupérrimos,ns eníermida-

iwO< OsPer oue? A resposta e s:rrisces são grandes e cs lucres auviao-3cs pena atrair cs capi.ais, cem exce--ão de cases especialíssimes. As minasoferecer» is perspectivaiun seiiipit;

e asseguraram compensação aos cap*-tais. Assim mesmo, c cure. nes ultimesanos, pagou menos de 4 per cento docccital investido. Os risces quante acsernereendi rícclas são aindamaiores o cs lucres pouco compense ¦

dores. Eis a razão dc seu atrase, ape*sar desse território se encontrar seb econtrole das potências ocidentais hár*c-rr*f -.c- rr.*-*.*'-*. c—¦"UIO.

as potências arregaçam cs c- parecem dispostos a trab.men;.

lhar, começando per pacificar as tribos,estabelecer a crâem, construir estradasde ferre e de rodagem, controlar epide-mias, educar as populações literária etecnicamente e organizá-las política-

t -*. tytt Vrorv-fenSAS PLANTAÇÕES SAO EMBARCADAS EM DLRBAN -~ «The

de transporte e proximidade de imensos campos de capão, a ™aü5aPr*i5ftmufto durante a última guerra, passando a ser o pnme.ro porto da Imao.

dúvida, muito menes dc que está perCV7P*,luZ

A verdade é que a África parece t-rentrado para c grupe de áreas a me-recer a atenção des governes ocidévi-tais para o investimento de imensos

entre cs nativos de Gâmbia, esperandoainda este ano de 1951 obter uma expertacão de 20 milhões de eves!

rfiri»

C_,v-lí--li.v-.»0. iVlUllUb¦nr*ves projeto;

tão vastos e

mente. O que ja¦j r-r tf ;i leite e, sen

tao bem estudados quedeles só podemos esperar resultadossatisfatórios. Um deles, encabeçadopela

"Overseas Deveiopment Ccrpc-ration", cem c capital de 100 milhõesde libras pretende antes de tudo esta-belecer uma série de "cranjas-mcdêic",

Uma das atuais lutas se dirige cortra o padrão de vida inferior e a mor-taiidade. A intervenção européia aca-beu cem a fome, as epidemias e as-guerras entre as tribos, conseguindo.dessa forma, estabilizar a população.Atualmente serviços médicos e inten-sa propaganda para uma "vida me-lhor" combatem a mortalidade infantilque chega a atingir em certas área1*.

(Cont. na pág. 80)

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TRANSPORTANDO CANA DE AÇÜCÁR E3I DLRBAN —Pequenas locomotivas arrastam numerosos vagões carre-gados de cana de açúcar para os grandes pavilhões ondea cana é lançada ao fogo para libertar-sc das folhas. A cana,

contendo muito sumo não é afetada pelas chamas.

FABRICANDO TABLETES DE CANA DE AÇÚCAR PARAO CAFÉ E O CHA' DOS BRANCOS — As plantações decana 4e açúcar são numerosas em tôda a costa de Nata.(África). Produzem todo o açúcar para a União e aindaexporiam grande quantidade do produto para a Inglaterra

t^mmmim

35,« Ano -- N.'-' 1 Junho 105.1 23 EU SEI TUDO

A LINDA ESPOSA DE AGA KHAN UM MÉDICO NUM BANHO. . ELEITORAL

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'¦¦¦¦¦¦rAw¦ ¦¦:.¦ :¦•¦:¦¦¦¦¦: .¦¦¦¦¦. ¦•'•'í&fí"i YYsi ;>mmM$ "./ -w' '-.a

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'¦T-i %Ü)XftiíXl -.-r./íi&à - • ¦'

Não sabemos o que sucedeu 110 íinal da jogada; mas sul-

va-se ao menos a pose da linda esposa de Aga Khan.

perfeita em sua técnica esportiva e de elegância insupe-

rável. Francesa de nascimento e ex-modêlo de um dos

uiais famosos costureiros de Paris, a Begnm é uma das

mulheres mais belas e elegantes do mundo — e também

«ma das mais ricas.

BÊNÇÃO DO CAVALEIRO E DO CAVALO

m&ãtâw ¥0msM$í8i

A I-réja da aideia bávara de Jensenwang, talvez seja a

.nica em toda a cristandade aue possui em sen intorgr

nma calçada para cavalos. Um antigo costume estabelece

que no dia seguinte ao Natal, cavalheiros e cavalos podem

ali penetrar, protegidos por São GuiHebãldo, a fim de re-

ceber a earícia da água benta. Para isso fo, construída, ha

muitos anos, uma calçada especial, no interior *£*£

que os fiéis podem percorrer conforme mostra a gravura.

Uma fileira de ferraduras, que são outros tantos testemu-

nhos da visita tradicional, enfeita a grade de made.ra que

divide a nave para cavaleiros e. o resto dos paroqu.anos.

Esse é o médico inglês, Mr. Iiybúrn. Está êle metidonum banho de raios infra-vermelhos e é candidato con-

servador em Turnbridgc, Inglaterra. Fundou êle uma «cli-nica tle diagnóstico», que, equipada de maneira ultra-mo-derna, custou-lhe mais de 2 milhões de cruzeiros. O examemédico dura três dias... O Conselho da Ordem dos Mé-

dicos, entretanto, achou que Lyburn fazia «charlatanismo»;

porém o médico protestou e, mantendo a sua clínica e a sua

candidatura, anunciou pateticamente, que «vai pedir aos«•leitores que o julguem».

NO ILLINOIS, ESTADOS UNIDOS, CONSTRUI-RAM A MÁQUINA DE MEDIR BEIJOS

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'"(Em público, porém, o resultado não deve satisfazer..,)

EU SEI TUDOl'h) tf Ano — NItf 1 .1 unho 1951

ANIMADOS pela freqüência cem

que tratamos dos assuntos cien-tíficos, cs nesses leitores escrevemincessantemente, interessadíssimos, ^emesmo formulando perguntas sobre di-íerentes problemas cem que lutam oshomens, no sentido de desbravar cami-nhes e encurtar a marcha para a su-

per-civiiizaçãc.Um des assuntos que mais têm des-

pertado o interesse desses nesses ami-

ges é o da astronáutica, um assuntoque, há relativamente pouco tempo, es-tava relegado ao campo da fantasiae hoje e olhado cerne realidade numfuturo próxime.

Entretanto, cs astrônomos, reunidosrecentemente no Primeiro CongressoInternacional de Astronáutica, em Fa-ris, na Sorbonne, não se mostram tâo

0 QOE ME SOBÜE Asi^ws»^^

íaBSsSvSs>'í:Jlí^V.ÍJí

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otimistas.Segundo o que fei manifestado per

ersonalidades especializa-tirar a se-

diferr - =ntesdas, naauinte cenelusa

m nl Dódémos

fi isircnáuiiea conhece- duas ia-ses: primeira, a romântica, e agora acientífica. O problema capital é este:

Sair da Atmosfera! — Os primitivosmeies de Dropulsão estavam baseadosUU cr. (Tanto o balão dirigi vel quanto

ti

c avião mediante helice cu a "V-l ,eme» utilizava como carburantes case-

S*S. ¦:•. . • :J.:v ¦ . W ;J:<r,--\« •:¦ v,'-. :f'-0- - - Wd -¦ -' -V'. -v :

•r .S^\'-- ¦¦:-. .---¦•¦tv^ ^.V**te:«^ \x ^V4 *:;^>- 1^-b^mmmrÍBÍI^^_.^tf4SH BffiB |^^d-s:>>:' J^KÍ^v <s;>d'

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lina e ar ambiente). Tcdcs esses meiesde propulsão, como se sabe, são ine-ficazes no vácuo.

À cem quilômetros de altura, a pres-sãe é apenas de milésimo de milímetrode mercúric. O processe de propulsão aser usado fera da atmosfera,, segundo

Mediante a energia atômica, Mi-. Kennedy imaginou oue poderia andar pelosespaços este «navio» próprio para viagens intersiderais, cujo modelo pode

ser apreciado acima

es nesses atuais recursos ementes, é o da reação.

conheci-

r A navegação cem passageiros im-põe graves problemas: o primeiro, cda vida no espaço, já resolvido, porém

ceies suemarines para um lapsotempo não revelado (per constituir, se--erêde militar). Os alemães, entretanto,resolveram o assunto cem o "schrior-

cksl", o tubo oue capta c ar na super-íície. Mas, na Lua não existe ar algumpara ser captado. Nesses cendições,cada indivíduo terá que ser munido degrande reserva de oxigênio, absorvero ácido carbônico, além de vapor de

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água e, ainda, levar em consideraçãoa- temperatura. Realmente, o erganismc humano resistiria a 60 graus. . .desde aue a atmosfera estivesse total-mente seca. Porém o espaço é úmido,não permitindo que o homem passedos trinta graus. Quanto ao íric, pc-deria superior cs cinqüenta grausabaixo de zero, mas nada além!

O problema mais grave é o da ace-leracão, isto é: a sensa-

. . , '; f% ção da gravidade. Esta-mes acc si um OT"> O s a viver

ss

Antes de que o domínio dos ares fosse uma realidade, a fantasia dos desenhistas inventaracuriosos «aparelhos» como este, à base dc vapor, para viajar entre os mundos

na aceleração da gravi-dade, que se chama "g".

Disto não podemos estarlivres. Suponhamos queuma pessoa pesa seten-ta quilos. Se a colocar-mos em dois "g", isto é:em duas vezes a acelera-ção da gravidade, é co-mò se a fizéssemos pe-sar cento e quarenta qui-los. Não se agüentariasobre as pernas, habi-hiadas a .sustentar a-oenas metade desse "ciso.No entanto, se a colocar-mes na aceleração dagravidade em sen ti d ocontrário, será cemo se apendurássemos pelos

-pés.- Mas,-se -a-colocar-mes em ausência de ace-leracão — e este é, jus-tamente. o caso de uma^"iaaem á Lua — nem sa-u^-^qç. q CTU9 ocorreria!Não existem precedentes.

PRÓXIMA VIAGEM A LUATambém o comportamento fisiológi-

co dos astronautas deverá ser estuda-do cuidadosamente por médicos espe-cialistas. A resistência do sistema san-guíneo a essas velocidades fantásticasdeverá ser considerado com grandeatenção. Para tanto devem ser reali-zadas experiências com animais, se éque isto não venha a ser um excessode crueldade. Mas a criação de umanova ciência exige tais sacrifícios...

O enjôo astrcnáutico seria o pior detodos. O Viajante sentiria perturbaçõesreflexas do sistema neurovegetativoanálogos ao enjôo no mar. A acelera-ção que experimentariam cs ocupantes

de uma astronave seria a que lhescomunicasse o foguete motor.

A idéia de Jules Verne e outros no-velistas, qual a de se lançar um obuse deixar que passeie por si só, é ina-plicável. Os ocupantes não experimen-tariam nenhuma atração da Terra. Se-ria ainda indispensável aplicar ao mo-tor, durante toda a viagem, uma ace-leração constante, semelhante á dagravidade. Isto, é claro, não poderáser logrado antes de que se disponhade uma energia suficiente.

E' um erro o receio das grandes dis-tâncias astronômicas. Se são grandes,também as condições de viagem seriammuito diferentes das que realizamos emnosso planeta. Numa viagem terres-tre navegamos a uma velocidade man-tida. Numa viagem interplanetária na-vegaríamcs a uma aceleração iguala "g". Numa velocidade constante, ocaminho percorrido é proporcional aotempo; a uma aceleração constante éproporcional ao quadrado do tempo.Para dar a volta á Terra, pela linhado Equador, em aceleração constantelevaríamos uma hera.

Até hoje, só se construiu como mo-tor auto-propulsionado, a "V-2". Infe-lizmente não seria útil para este caso.Pesa, ao partir, três toneladas e meia.Conduz cinco mil litros de oxigênio li-quido e quatro de álcool. E o seu fun-cionamento não dura mais de noventasegundos! Tem um raio de ação decento e cinqüenta quilômetros e podeatingir duzentos e cinqüenta de altura.

Os "globos-sonda" subiram a trintaquilômetros. Um foguete "Vicking", atrezentos. Porém esses veículos nãoconduziam passageiros, mas única-mente aparelhes científicos. Um dessesfoguetes chegou a fotografar a Terra.Pela primeira vez se teve a impressãode que um motor lançado pelo homem,atravessava os espaços intersidereos.

Pela primeira vez na história umfoguete "V-2" cruzou a capa de ozonoque rodeia a Terra, a uns trinta quilo-metros de altura e que corta o espec-

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A Lua artificial, cuja trajetória cquidista sempre do centro da Terra, serviriapara realizar as provas necessárias e preparatórias da viagem à Lua

tre ultra-violeta, tal como se pode ob-seriar do nosso planeta. Pela primeiravez, ainda, trouxe a fotografia de umespectro solar ultra-violeta total.

Com esses elementos poderão oscientistas melhorar bastante a meteoro-logia. Poderão fotografar cs astros, e aabsorção atmosférica, avançando des-sa forma a passos de gigante, no cc-nhecimento do universo.

Alexander Ananofí, presidente doreferido "Primeiro Congresso de As-tronáutica", admite que hajam dadosexperimentais que possam ser cenhe-cidos nos laboratórios, antes de sairda Terra. Porém conhecemos mal úmmeie sem gravidade. Teremos que rea-lizar experiências a oitocentos ou milquilômetros de altura. Se lançarmosuma pessoa dessa altura, não se podeprever como reagirá passados os doisprimeiros minutos. Ananoff calcula queo problema capital é referente ao mo-tor, atômico ou químico.

*

Segundo opina Ananoff, começare-mos pelos satélites artificiais, que re-presentarão a fase intermédia entre atrajetória cósmica. Antes de ir à Lua

teremos que nos contentar com umaLua artificial, um sucedâneo de Lua,cru3 faremos girar em redor da Terra.

Este plano figura no programa áoindo Congresso Internacional de" o.O'Ci-1

Astronáutica", marcado para o anopróximo, em Londres.

Hoje já é possível fazer viajar umafalsa lua a quinhentos ou seiscentosquilômetros de altura. A verdadeiraLua a trezentos e oitenta e quatro milquilômetros da Terra, viaja mil qui- «iômètros;, por segundo. Se quiséssemosgirar dentro cio uma falsa lua, a cin-qüentá centímetros da superfície daTerra, imaginando que esta fosse lisacomo uma bola de bilhar, teríamos quelazer sete mil e novecentos metros persegundo, a íim de lutar centra a atra-ção terrestre e centra a queda no in-finito. Entre uma falsa lua, colocadaidealmente a cinqüenta centímetros daTerra, Ananoff propõe toda uma sériede sucedâneos de lua com uma gamade velocidades correspondente a todauma gama de alturas. Uma lua a deismil quilômetros de altura nos impri-miria uma velocidade de sete mil me-tros por segundo. Mas, quanto tempopoderia essa falsa lua se sustentar noespaço? Mr. Ananoff opina que a doismil quilômetros, fora da resistência dc

OS SÁBIOS ACONSELHAM A CRIAÇÃO DE UM A S T E-ROIDE ARTIFICIAL PARA PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS

26 35.*? Ano N.*? 1 — Junho — 1951

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S 15 P A O írk Tout?c problema a resolver. Sempre nos or chio

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ou' o frio são transmitidos pelas moléculas.

Onde não houver moléculas não deve haver nem cate

Wí™. Ananoff é partidário do uma lua hermet.ca ch-

SaiSSSa o« uma cabine das super-fortalezas voadoras

B-29. No íntimo, o famoso professor não tem confiança nc

clima intersideral.

Por CLAUDE

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Para imprimir velocidade à íalsa lua já os cientistas dis-

põem de mesclas radioativas, que permitem.alcançar-qua-iro mil e quinhentos metros per segundo. Porem provoca

riam tal aumento na temperatura, que fundiriam todos^os

metais conhecidos na atualidade. Assim, praü^r**^*^não é possível passar dos dois mil e quinhentos metros

por segundo. E não se pederia ir a mais do que isso, mes,..,

aue se construísse o motor atômico.

E<s o que se pede dizer, nc momento. Todas as histórias

aue se contam sobre a cabine ideal da astronave, cora cc

lefação central, jogos de espelhos que diíundam a luz inte-

rior, quadrantes de agulhas fosforescentes. camas dobra

dicas, etc, não passam de fantasias ao estilo Juho Venife

Mr Ananoff pensa que já está muito idoso para. pretender alcançar a Lua. Tem quarenta anos, mas lembra quecs pilotos de caca não costumam contar mais ae vmte e

três No entanto, deseja que as suas cinzas sigam no pnmeiro fcauete que seja enviado para lá. Dentro de trmtc

anos — segundo.-calcula — o problema estará resc.vidc

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ARRANHADURAS

Há nes^oas aue gostam dos gatos, como Cocteaux, en-quanto outras So os suportam. Eníim, gosto nao se discutee até hoje os partidários do felino de apartamento se_ ha-Mam contentado reunindo-se ein associações e ímgmdrnã-i ouvir os detratores do seu ídolo.

\Ia° parece que as campanhas «anti-gatos» tomaram no_últimos meses tal incremento que se tornou necessário rea-Sr Pelo menos é o que afirmam os membros do «EmpireCat Club», de Nova York, que acabam de mostrar as gar-ras. estabelecendo um vasto plano de ataque e defesa

Depois de redigir um verdadeiro manifesto, proclamandoque o gato «não somente presta inúmeros serviços a Jm-manidade, como é também um amigo leal e afetuoso par»"homem»,

dirigiram a todos os produtores cmematografi-cos e desenhistas de historietas uma carta na qual pedemaue para o futuro, tanto nos desenhos animados quantçnas'séries de desenhos humorísticos, o gato nao mais sejarepresentado como um «vilão».

No caso dessa medida não alcançar o resultado que es-per«'ri] pretentem «tomar as medidas que se imponham»,principalmente o «bóycotte» dos filmes e publicações queteimeem em atacar o seu favorito. Avisam a todos, que sacnumerosos — muito mais do que se poderia acreditar.

E. mais uma vez, a sabedoria das nações tem razão: naodevemos despertar o gato que dorme...

Será que estou preso mesmo?

35.o Ano — X.° 1 -— Junho -- 1951

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27 EU SEI TUDO

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HÁ duas espécies de ladrões. Os que são tolos e cos--

turnam deixar toda uma longa história como rastro,e os que são espertos, sabem que são espertos e agemcom esperteza. Em todos os meus longos anos na ForçaPolicial" desde os tempos em que íatigava os meus pobres-pés, amassando calçado em todo um grupo de ruas deKensington — cnde os únicos delitos praticados eram coi-sas realmente insignificantes ou tolas, mais tolas que cri-minosas — até à minha elevada posição atual, como sar-

gento-detective da Força Policial de Londres, encontrei sem-

pre essas duas espécies.Naturalmente, somente os espertos dão trabalho de ver-

dade, e espertos continuam a ser considerados. . . enquantonão praticam alguma falta ou inesperada ingenuidade queacaba com a sua carreira ou pelo menos, com o titulo de"ases"; a verdade é que jamais encontrei ladrões de ou-tra espécie e até não acredito que existam — ou se exis-tem, não se deixam reconhecer ou surpreender, continuando"inexistentes", portanto.

Um dos mais célebres e "respeitados" ladrões que co-nheci, tendo mesmo chegado a ser um dos centros de atra-

ção de todo o corpo policial, foi Olly Keens, mais conhe-cido per O. K., em razão das suas iniciais, sendo que che-

gou a ter o nome reduzido para Oke, o que lhe deu a apa-rencia de ser a última exportação norte-americana.

Olly tinha um companheiro, Jim Fisher, que foi semprechamado de Fishy (referência a peixe), pelo fato de estarsempre com a boca aberta, o maxilar muito caídoe o olhar parado, o que lhe dava a aparência de peixede cesto de peixeiro. De tal forma que assim mesmo o ape-lidaríamos mesmo que o seu nome verdadeiro não fôsse

Os ladrões colocaram asjóias numa valise, bebe-ram um cálice do melhorvinho do governador...

OOMO OLLYSAIU PERDENDO

O SARGENTO RAINBOW, DA FORÇA POLI-CIAL DE LONDRES DESCREVE COMO UM ES-PERTO LADRÃO PRETENDIA APOSENTAR-SEFisher (pescador), concluindo-se, portanto, que o apelidoera bem apropriado.

Conseguimos apanhar Olly e Fisher quando realizavamum "negócio" bastante lucrativo — mas proibido — emMayfair, e cujos menores detalhes eles haviam previsto, oque nos fêz perder muito tempo antes de compreender quea coisa era mesmo criminosa.

Afinal pudemos arrancar a história completa dos doiscomparsas e como jamais apreciamos essas histórias dedetectives em que ficamos in suspense até à última linhado último capítulo, antes de sabermos que o assassino,que já havíamos apontado, não é outra coisa senão umanjo e o culpado é o tipo bonzinho, vamos contar em ordemdireta, o que aconteceu.

Olly era o cérebro da "sociedade" enquanto Fishy erao perito-arrombador, qualidade aliás bastante útil, princi-palmente para o Governador de Parkhurst, que certa vezo mandou chamar na prisão, a fim de abrir (pela segundavez), a porta do seu cefre, do qual perdera a chave.^

Olly havia tudo planejado com meses de antecedência,e conseguira para si mesmo um emprego de mordomo nacasa que pretendia assaltar. Pôde, assim, estudar os há-bitos da família e dos criados, em seus mínimos deta-lhes, quais os melhores pontos de fuga e, ainda, o melhormomento em que poderia ser feita a "limpeza" metódicae sem atropelos. Escolheu a noite, deixou Fisher à entradade serviço até poder ser levado para o salão nobre, fi-cando êle próprio vigilante e com uma boa desculpa jápreparada, para o caso de alguém poder despertar e apa-recer, sem que lhe fôsse possível evitar essa interrupção.Findo o "trabalho", guardaram o produto do mesmo numavalise, apanharam chapéus e capas, tomaram um bomtrago do mais fino licor da adega do Governador e saíramtranqüilos.

Tinham eles muito tempo para tomar o último ônibus doalto de Bond Street para Mile End Road, preferindo esseveículo democrático ao "taxi" per considerar que os chauf-feurs" de taxi têm o péssimo costume de se recordarem dacara dos passageiros que transportam, pelas altas horasda madrugada e quase todos vivem em boas relaçõescom a polícia.

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EU SEI TUDO

Apanharam o ônibus, instalaram-se no primeiro andar

do "chopp-duplo" lcndrino e acenderam um cigarro, en-

trando a conversar tranqüilamente sôbre o que haviam

podido roubar, onde poderiam vender, o que poderia caber

a cada um deles e o que poderiam fazer com a sua cota.

Falaram, falaram e ficaram muito satisfeitos com o que

corversaram, saltando do ônibus em Mile End Gate, a hm

de ir para casa, dormir. Chegando à primeira esquina,

Olly disse para Fishy que estava tudo muito bem, que ia

levar a valise para casa, até a manhã seguinte, com o que

Fishy imediatamente concordou; então Olly disse: Passe

a maleta para cá..." e Fishy respondeu anuncianao que

não tinha a maleta; então, empalidecendo, Olly disse que

havia pensado que Fishy a tivesse apanhado... e Fishy

disse a mesma coisa: que pensara que Olly estivesse

com a maleta. . . E então compreenderam que haviam dei-

xado a valise no ônibus!Na verdade, aquele não era o final sonhado para um

trabalho lindamente planejado e executado! Mas o ombus

já se fora havia bem uns dez minutos e eles nao estavam

seguros quanto ao rumo que o mesmo tomava depois ae

End Gate... E nem um "taxi" cu "cab", á vista, no qual

pudessem cacá-lo! Ao fim de desesperados, e vãos esfor-

cos para encontrar um remédio para c mal, decidiram re-

colher-se aos penates de Olly a fim de pensarem com mais

vagar, sentindo-se, como era natural, verdadeiramente es-

magadcs pelo rude golpe que haviam sofrido.

Fishy era partidário de uma ação desesperada:

ir ao Depósito de Objetes Perdidos, logo na manha

seguinte... e começar a rezar desde já para que

tudo corresse bem; porém Olly achava que isso se-

ria arriscar muito! Se a maleta tivesse side aberta,

eles iriam simplesmente procurar... aborrecimento— e sem dúvida seriam imediatamente presos! Nc

caso do condutor haver encontrado a maleta, e de

a ter levado para o Depósito de Objetos Perdidos;

deles próprios terem sido cs últimos passageires do

ônibus e de todo cenduter ser pessoa honesta; da

maleta ter aspecto inocente e o condutor ignorar quedentro dela estavam umas seis mil libras em jóiasde várias espécies, só assim pediam estar certo

que tudo terminaria bem para eles, no D.O.P.!O pessoal que trabalha no D.O.P. jamais tenta

abrir cs objetos que ali vão parar, seja maleta cu

embrulho, porque são coisas que não lhes perten-cem. Portanto, por esse lado eles pediam estar tran-

quilos. O pior é que, antes do reclamante receber

qualquer embrulho, terá que descrever o que o mes-mo contém; se é algum objeto, terá que descrevê-lominuciosamente, antes do mesmo lhe ser apresen-tado e, em se tratando de uma maleta, terá, antesde tudo, que apresentar a chave da mesma e, an-tes da mesma ser aberta, no balcão, dian-te do funcionário, terá que descrever oque a mesma contém. Ora, Olly conheciamuito pouco o que lá se encontrava, anão ser que se tratava de um lote dejóias. .. Além do mais, aquilo despertariaa ruidosa atenção das funcienárias do De-pósito de Objetes Perdidos. . .

Tendo chegado a esse ponto de seu ra-ciocínio, Olly sentiu as meninges em fogoe sentou-se para pensar com vagar, en-quanto Fishy ficou de boca aberta e imó-vel, nada fazendo ou pensando, c que*nele era ccisa natural. De tempos a tempos, Olly dava for-midável palmada no próprio joelho e afirmava, cem ar si-nistro, que nada havia a fazer; para se consolar, servia-sede novo "drink" e anunciava que o remédio era "limpar"

o Depósito de Objetos Perdidos, o que fêz seu comparsafechar a boca tão depressa que chegou a morder a próprialíngua. E com isso foram para a cama dormir.

Na manhã seguinte, Olly aparou o bigode, penteou cscabelos para a nuca e, levando consigo Fisher e a pequenadeste, Sadie, tomou o ônibus na direção de Baker Street.Em viagem deu minuciosas instruções a Sadie, para o ato

que ia representar, e ficou satis-feito cem a inteligência da com-

parsa. Ela teria que ir ao Depósitode Objetes Perdidos e indagar arespeito da maleta que havia es-quecido num ônibus enze,que partira de OxfordCircus, na véspera, en-quanto êle, Olly e Fishyficariam peles arredores,

cem ar inocente, mas co-servando ende os vc-lumes eram guarda-dos qual o melhorcaminhe para al-:-ançá-los e qualc melhor para

2S 35.'.' Ano - N.o 1 - Junho — 1951

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a fuga. Chegaram a Eaker Street e pensaram que o lugarera um tanto difícil quando viram tudo separado por meiede grades de ferro e fechaduras duplas, impedindo o livreacesso das pessoas estranhas ao serviço. Mas viram tam-bém uma espécie de pequenina janela, num des lados e,de um medo geral, tinham tudo muito bem gravado namente e perfeitamente estudado quando Sadie, depois d<>se lamentar e fingir que enxugava duas lágrimas se con-venceu de que a sua valise perdida fera recolhida àqueledepósito, de objetos perdidos.

Mesmo assim ela pediu licença, para ir olhar, a fim de

35.* Ano — NP 1 — Junho • 195:1

O funcionário do Depo-sito de Objetos Perdidospareceu bastante emo-cionado com as lágrimasda linda reclamante...

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BU SEI TUDO

çado; em seguida voltaram a passar pela Jane-

linha, que fecharam cuidadosamente depois de

pisar de novo, a oalçada de Baker Street; desce-

ram a rua tranqüilamente, como dois cavalheiros

a caminho dc campo de "golf". Depois de cam.;

nhar uma boa distancia, chamaram um taxi

que passava e voltaram a Mile End Gate e para

casa, ainda a tempo de fazer um bom breakfast.

Durante um par de dias, os jornais constitui-

ram agradável leitura para Olly. Andavam real-

mente em busca de alguém, mas nao sabiam

quem podia ser - e isso o alegrava! De fato, nós, policiais,andávamos um tanto às tontas e trabalhando incessante-

mente em Scotland Yard, lançando à rua inúmeros detecti-

ves e agentes, em busca de Thompson, o mordomo desa-

parecido, mas sem conseguir qualquer resultado, e sem tra-

zer a menor réstea de luz para o mistério. Conduzíamos

os membros da família e os criados da casa ate a Uale-

ria" onde estavam as fotografias de muitas centenas de

ladrões, capazes todos de realizar proeza igual, mas ne-

nhum dos visitantes pôde distinguir entre eles o mordomo

ladrão.Enquanto isso, Olly se deixava ficar em casa, quieto,

lendo os jornais e instruindo-se bastante relativamente as

histórias aue contavam sobre ladrões internacionais^ es-

pecializadcs no roubo de jóias. Quanto a nós, na Policia,

ficávamos aguardando o que aconteceria a seguir — poiscom toda a certeza viriam "novidades" e, entao, talvez

fosse possível encontrar o iio. da meada.

se certificar, por-que não tinhamuita habilidfcr-

de para descrever ascoisas; finalmente, re-tirou-se, soluçante, en-

quanto o guardião da-queles objetos movia a:abeça apiedado e pen-sando quão terrível de-via ser para uma moçaque trabalhava, perderassim o equivalente a

um mês, talvez, de ordenado.

Fora, na rua, cs três compar-

3QS voltaram a se reunir; depcis

d^ tomar chá, voltaram para ca-,a a fim de apanhar algumasferramentas e tirar algumas ho-

ras de sono, peis que cem a

ncite anterior, passada em cia-

ro, discutindo, o que preten-cliam fazer na próxima, dormir;ra coisa que muito necessita-vam. Lá para as dues da ma-

drugada, Olly e Fisher viram o

oolicial dobrar a esquina, caminhando lentamente, e lego

entraram a "trabalhar" na janelinha, e estavam no mie-

Por do prédio antes de que o vigilante tivesse percemao

cinqüenta metres da outra rua. Então atacaram a grade ^ea venceram em poucos minutes, o que levou Fisher a oo-

servar quo "era íácil de mais para eles", e que qualquer

criança abriria aquilo". Olharam então em redor, contendo,

rom certa mágua, um forte desejo de fazer uma limpeza

geral", encontraram a sua valise, que abriram afim de

verificar se estava tudo em ordem e tornaram a fecha-la o

mesmo fazendo com as portas e armários que haviam ior-

Parece que Olly tanto se convenceu da sua superioridade

e da nossa fraqueza que ao fim de uma semana começou

a se qabar com Sadie e Fishy, e a dizer que "ia pregar um

susto aos funcionários do Depósito de Objetos Perdidos,

dar mais trabalho à polícia e... rir um pouco". Iria, pes-soalmente, reclamar a maleta perdida! Queria ver come

sfi arranjariam... Lá devia estar registrado que a maleta

fora entregue pelo "chauffeur"do ônibus... e guardada!

Portanto... onde estava? Poderia até exigir uma in-

denizaçao!Ouvindo-o, Sadie e Fishy trocaram um olhar alarmado e

depois entraram a falar ao mesmo tempo, para afirmarem

que Olly era louco, que não podia estar sossegado, gos-tando mesmo de procurar complicações. Êle porém nãc

os quis ouvir e apanhando o chapéu e a capa, saiu.

Caminhou na direção do Depósito de Objetos Perdidose ao funcionário que o atendeu declarou que havia per-dido uma maleta assim e assim, nc ônibus numero Onze,cerca de uma hora e vinte e cinco minutos da madrugada,no dia tal. . . Por acaso teriam achado? O funcionário, de-

pois de consultar o "Registro" declarou que, realmente,tinha sido entregue ao depósito uma valise semelhante á

que era descrita pelo reclamante. E que continha a valise?Olly respondeu que centinha papéis, livros e uma canetatinteiro de ouro. . . trouxera a chave e, portanto, o fun-cionário podia fazer a verificação desses objetos. O fun-cionário recebeu a chave e desapareceu. Não tardou poréma voltar acompanhado por um colega e, juntos, apanharamo "Registro", tornando a desaparecer. Enquanto isso Ollysd divertia muito, esforçando-se por prender o riso. Poucodepois os funcionários voltaram, perrecendo preocupados,e acabaram arrancando o "Chefe" do seu confortável es-critório; depois, falando os três ao mesmo tempo, começa-ram a explicar como havia ocorrido "um lamentável descuido, etc. . .

Creio que Olly começava, a esta altura, a pensar quantepoderia pedir, como indenização, por sua maleta perdida.porque sorria, parecendo muito feliz, quando caminhei aoseu encentro.

Nunca vi sorriso desaparecer tão depressa como quandocheguei ao seu lado e disse:

— Bem dia, Olly.

£U SEI TUDO 30 35.9 Ano — N.<? 1 — Junho 1951

IA1

a fim de entregar o "achado", na manha seguinte, no

posto policial que o encaminharia ao Deposito! Aconteceu

porém, que uma de suas filhas ficou brincando com a va-

Use, pela manhã, enquanto êle íazia a sua primeira re-

feição. Repentinamente, ajudada por um grampo de cabe o,

a menina conseguiu abrir a valise e. content.ss.ma. Io.

levar para sua mãe uma coleção de colares e pul-

seiras de brilhantes... Ignorava também que tendo

compreendido ser aquele o produto do roubo efetuado

na véspera, decidimos deixar a valise, con-

forme fora encontrada, no Depósito de Objetos

Perdidos, com a esperança de assim podermosapanhar o ladrão, quando a fosse re-clamar, para isso colocando dois ho-mens nas proximidades, esperando c

chamado dos funcionários. Confesse

que ficamos desorientados e mesmo en-vergonhados quando a valise desapa-receu do depósito, de maneira tão mis-

teriesa e ousada. Cem um pòuçomais de sorte Olly se "aposen-

taria" como um dcs mais habi-lidosos e espertos ladrões dcInglaterra.

O «chauffeur» do ônibus havia,levado a valise para casa, pre-tendendo entregá-la à polícia

no dia seguinte,e uma de suasfilhas, brincan-io, pudera abriro trinco cora um.

grampo e. ..

III*

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Com dificulda-de pôde respon-der com um"Bom dia, sar-gento".. Masnão lhe dei tem-po para racic-cinar e íui logoacrescentando: — "Vo-

• ce já deve saber de cor:omo se pronuncia umaordem de prisão. Porisso não a repetirei.A.ccnselho-o apenas aficar quietinho, porquetenho um "carre-patru-

lha" lá fora..." Olly olhou paranós cemo se tivesse a esperançade nos envenenar sem remédice com o maior prazer; entretanto, ficou manso

Bem; realmente, esqueci de lhes contar umdetalhe, coisa aliás confidencial. . . Vccês di-rão que Olly teyo azar. Admito que sim. E tudo porque êlenão sabia que o "chauffeur" do ôn'bus havia levado avalise para casa, como fazem todes os da "última viagem",

Tem êle agora um bem par de anos para meditar, no isc-lamento e no silêncio do presídio, sobre a inconveniênciade brincar nas heras de "trabalho".

O GÊNIO DO HOMEMHá dois anos foi fundado na Ingla-

terra o «Clube dos Inventores». Nãopensem que isso foi coisa criada...por falta do que fazer. Nada disso.Seus sócios trabalharam muito, e jáagora podemos apresentar algumas das«invenções» publicadas em luxuoso ca-tálogo. Ei-las:

Ratoeira 100% infalível: um pedaçode queijo é colocado no centro de um

labirinto, no qual é semeada pimentaem pó; o rato é atraído pelo cheiro doqueijo, mas no caminho o cheiro dapimenta o faz ésplrràr tantas vezesque acaba morrendo. (Essa invençãotambém corre o risco d^ ser banida daexposição, porque a «Sociedade Pro-tetora cios Animais» a considerou ex-cessivamente cruel).

Auto-ônibus de borracha, que esva-zia em parte, a fim de poder passar sobpontes demasiadameme baixas. (E'provável — declarou o organizador do

catálogo, que o inventor renuncie aapresentar essa audaciosa realização,pois ocuparia muito espaço!)

Para terminar, esta «jóia»: Máquinapara reerguer o moral. Foi realizadapor um coronel da Aeronáutica, aposen-tado. Trata-se de um ppqu nino apa-relho que é pendurado às costas do in-divíduo e que a intervalos regulares— judiciosamente calculados — o en-coraja batendo amistosamente numdos seus ombros e gritando-lhe: Muitobem! Perfeito! Formidável!»

35.<? Ano -N.?l- Junho —- 1951 31 EU SEI TUDO

UMA BATALHA HISTÓRICA, EMBORA D~ BRINQUEDO. PARA O ALMIRANTADO

INVENTO ALEMÃO PARA TOMAR BANHODE MAR. . . SEM PERIGO DE AFOGAR-SE

^¦ffisJ5&*Xv^*y**x-:^<*>?$'ÍÍÍBgB5o -*8iiK'**':,^^í -".'': *'¦¦'<'$-:*l^^i&ií8wx%Si ScSSa &•*•:¦ *:*x^' - yff;.;^^. ¦¦? ' Mfi£' '--xc-*' "-í' '•':

•í-.-ijSv^ããK

A inovação será de grande utilidade. Seu criador, técnicode uma empresa têxtil alemã, idealizou uma roupa de ba-nho de finíssimos cordões de borracha, ocos e cheios dear. O corpo assim vestido flutuará. Feita a prova deiini-tiva com crianças e adultos, em água doce, o exilo toicompleto. Não sabemos se o inventor calculou a proporçãoentre os pesos das diferentes pessoas e a capacidade de ilu-tuação dos «maillots» respectivos; porque receamos que oar contido, por exemplo, no minúsculo «maillot» — duaspeças, hoje tão usados pelas mulheres, nao chegue parasustentar mesmo os minguados cinqüenta quilos de umasereia. A verdade, porém, é que o invento deve ser consi-derado de interesse nacional, em beneficio das pessoasque, sem saber nadar, procuram praias de banhos parafugir do calor nos dias quentes do verão.

Ao primeiro olhar, o clichê acima recorda o palco de umahistória ainda fresca em nossa memória. Qualquer pessoareconheceria, por sua linha, um dos famosos «couraçadosde bolso» alemães, um daqueles ousados corsários que lan-çaram o lerror pelos oceanos, desafiando por muitos meseso poderio das esquadras aliadas. Os outros navios, situadosum pouco ao seu redor, são de feitura inglesa, da mesmaforma que o pançudo transatlântico — embora de noineespanhol. Um grande rombo no costado do navio alemãoatesta a pontaria dos artilheiros ingleses, por um lado, e.por outro, que o aco dos Krupp também pode ser perfurado.Mas o que vemos não é a batalha. E' um brinquedo de cnan-ças, organizado para adultos, com fins da mais alta impor-tancia. E' a fiel reprodução da batalha naval do Rio daJPrata, travada em 16 de dezembro de 1939. Os navios saocópia fidelíssima dos que lutaram naquelas águas. Sao mo-vidos a eletricidade, suas chaminés despedem fumaça e seuscanhões disparam! Nada lhes falta para que ofereçam asensação desejada pelos técnicos navais, a fim de que possam corrigir ou confirmar as ordens de combate.

A PALAVRA ESTRANHA

Esta história é autêntica e pode conduzir a intermináveiscomentários filosóficos e religiosos, assim como a discursosapaixonados sobre a instrução e a fé. Porém uns e outrosultrapassariam o quadro e o objeto desta página e assimnos limitaremos a contar apenas o fato.

Preso para almoçar em companhia de amigos, um cava-lheiro envia à esposa que o aguardava, em casa, o seguintebilhete, que dita pessoalmente a uma de suas empregadas:«Meu camondongo: sou forçado a almoçar na cidade; masirei encontrar-me com você, às cinco horas, se Deus quiser,no cabeleireiro. — Gatão».

A empregada escreve, escreve, mas... há uma palavraque não entendeu bem. Não é «camondongo», nem «gatão»

o que seria normal, pois uma secretária não é obrigadaa conhecer todos os vocabulários íntimos.

A palavra que achou estranha foi... «Deus», que o cava-lheiro teve que repetir, exemplificando: D, de dedo; E.de Ernesto, etc.

Aqui concluimos, deixando que o leitor pense como melhorjulgar a respeito.

A BOMBA DE LAVAR ROUPA... — «Notícias da Ho-landa», boletim de informações publicado pelos serviçosda Embaixada desse país, informa que foi. inventada umabomba sensacional e muito útil para o lar — o que imedia-tamente despertou a nossa curiosidade.

Segundo parece, um habitante de Gorssel, no Gueldre.inventou um aparelho, análogo a uma bomba de bicicletae funcionando a ar comprimido, que permite lavar em cincominutos toda a roupa de uma família inteira!

Esse aparelho, que será brevemente fabricado em série,custará muito menos que a pesada e complicada máquinade lavar roupa dos Norte-americanos, e, o que é mais im-portante, economizará sabão, tempo e trabalho. Poderátambém ser levada numa simples valise e pesará menos dedois quilos.

Temos que aplaudir uma tal realização... lamentandoapenas que a invenção não sirva também... como bombapara conseguir água!

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32EU SEI TUDO

VESTIMENTASIRRACIONAISEstamos no inverno.A roupa passa a ser

um problema quepreocupa, pois dei-xou de ser um pro-b 1 e m a de estéticapara ser um assuntorelativo a saúde."Agasalha-te bem" — recomendamos aos quenossao ccaros. Mas. .. "Como?" e Com que?

/-> ABE no caso, a medicina, elucidar. E esse esclareci-

C mento terá a maior utilidade, pois, se aprendemos

Üa cota na escola, professores e manuais sao mudos

3t™™Vequem quer que seja, indagando sobre as

raoes deste ou daquele método de -st^, =e

mo -

uns adotam e outros repelem as roupas inferiores nc ser

do de agasalhax? Por que determinado indivíduo, nao

oppita sob qualquer pretexto, o uso de meias de Ia ouaceita, s^o quaiqu "mrrhe-col"?

Quem se der aonão dispensa o uso de um caccne eoi . w-rabalho de indagar, ficará surpreendido com a falta g~

^t^Tf^SSesSha de nessa vesti-

meQn^eAPenaas'os preconceitos e os velhos costumes ou

'radicões Em geral acredita-se que. . . N bsos avós se

davam bem com isto ou com aquilo" Nunca, porem, c

interrogado nos dará uma razão cientifica P*g_*f esta"u

aquela vestimenta é necessária. . . ou supérflua.

No entanto, a Fisiologia tem muito que ai-

zer no caso. Na realidade — segundo

fei provado por um inquérito áa"Liga de Medicina Pre-ventiva", de Paris

35.<? Ano — N.<? 1 — Junho —- 1951

O USO DA CAMISETA DE FLANELA, QUESTÃO CAPITAL PARA A SAÚDE

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mulheres, homens ecrianças, todos nes ves-íimos de maneira irracio.nal. E', talvez, relativa-mente às "roupas interic-res" ou "agasalhos" que afalta de uma orientação mé-dica se faz mais cruelmente V^Y^Ò " ^0Ssentir. No entanto, que poderá V£** J^* *&** 1 6 ^A*- \ft ^haver de mais intimamente li- °* C*L^*;. ** .3 •• *"

»?•»*&••»¦- \ 70$gada à fisiologia humana queessa roupa íntima, tocando dire-tamente a nossa pele? E quantasbrenquites, traqueítes e até mesmocongestões pulmonares foram evita-das... ou provocadas pela maneirade nos vestir, ou seja, porque não nosagasalhamos em tempo ou porque re-tiramos prematuramente o agasalho!

Os médicos estão de acordo: as sob-vestes são da maior importância.

A CONTROVÉRSIA DO AGASANHO IN*TERIOR — E o leitor? E' partidário do usde uma camiseta, sob a camisa? No casoafirmativo, de que tecido deve ser essaroupa interior? E. . . por que? Tal íoi a pergunta, pouco habitual, feita aos médicos fran-ceses por um Comitê científico. Do exame dasrespostas recebidas, verificou-se que uma maio-ria bastante acentuada se decidiu a favor da camiseta.

Os partidários da adoção incondicional, isto é: em todasas estações, já representam, per si sós, a maioria absoluta.

Mas vamos confiar ao Dr. Leblanc, decano da Facul-dade de Medicina de Alger, o trabalho de sintetizar asrazões: — "A "sob-vestes" tem vantagens certas: regula-çao térmica, "pára-choque" aos resfriamentos bruscos, ab-sorção, isolamento contra a umidade".

E devemos assinalar que os médicos que se mestramcontrários só adotaram essa atitude. .. pelo receio de umalavagem pouco freqüente dessas roupas de agasalhar. . .

1>

Mas vamos apelar para a fisiologia, a fim _de estude.

melhor o problema. Esclarecimentos úteis serão _ colhidos

com o conhecimento da ação do agasalho interior sobie

o organismo.• Antes de tudo, o papel da rouca interior ó de manter c

calor. Nessas condições, deve ser constituída de uma rna-

teria suscetível de bem desempenhar esse papel: flanela

eu pelo menos, lã. Esta é, realmente, um isolante térmico

perfeito Tanto protege o árabe, do calcr do deserto, quanto

o patinador de frio dos Alpes; observe o suor e re-

gulariza a sua evaporação, evitando dessa forma os res-

friades As fibrilhas da lã, por sua vez, formam outras

tantas pequeninas molas que impedem a camiseta de

colar à pele. O ar e o vapor de água podem circular ia-

cUmente através dc tecido, o que evita a forma-

ção, sobre a epidermè, de uma atmosfera confinada, úmida

e malsã. Finalmente, mesmo molhada, a flanela perma-r-ece quente. Suporta numerosas lavagens totais, com sabão,

podendo ser acrescentado que a economia de

calorias que proporciona ao organismo, evi-

tando o desperdício de calor, permite que se

coma menos copiosamente. Temos assim quea grande vantagem do uso da camiseta de

lã" cu de 'flanela ó a de evitar o resíriado,o que tem grande importância, principal-mente, para os -reumátices, os quais erncada' período de frio sofrem infalível-mente uma recrudescendo — em geralimperceptível — da evolução da énfer-midade. Mas, acima de tudo, absorve

o suor, assegura uma grande cons-tancia térmica e evita o resíriadobrusco, muito perigoso para as pes-soas sensíveis dos brônquios, dospulmões ou do intestino.

. . . E INCONVENIENTES — Aolado dessas indiscutíveis vanta-gens, o agasalho interior apre-senta inconvenientes sérios.

Mal utilizado, pode vir a seruma arma de dois gumes,

stf^*'. ò rn^J V°t tâo ^eriaC3a ccmo útil parao que a maneja. O maiorperigo da camiseta sobre-vem, da fato, do quando

ó r-M"THa. E' um erreacreditar — e muitosmédicos insistem sôb:e

esse ponto — que o uso dc.camiseta provoca o cestume e

que se fica condenado a usá-la perpe-tuamente! A camiseta é o equivalente do se-

bretudo,, que se tira quando chegam os dias quen-tes... Mas, apesar disso... Atenção! Muita atenção ac

instante em que se retira a camiseta!Ccmpreende-se que o fato de abandonar bruscamente

a "couraça" protetora, constituída pela camiseta, possaprovocar grandes modificações na fisiologia da circulação.Repentinamente, o desperdício ealorífieo do organismo sevê aumentado — de 10 a 15%, segundo revelam as estatísticas. E isso é muito importante para cs brônquios e cspulmões, onde numerosos micróbios esperam a queda dcresistência orgânica para agir contra cs mesmos.

Na verdade, ó no instante em que se tira a camiseta queesta se torna perigosa, podendo surgir reumatismos, bron-quites, congestões, eta. Escolham, portanto, para operar

35. f Ano — N.1? 1 — Junho 1951 33 EU SEI TUDO

essa mudança, um momento em que o tempo esteja beloe fixo, e quando não esteja sendo esperado um resfria-mento intempestivo da atmosfera.

Devemos tirar ou não a camiseta, à noite? Muitos mé-dicos acham que sim e até aconselham que seja retirada.Mas na verdade, isso depende da maneira come se dorme.Se nos deitarmos conservando as janelas abertas (como é

preferível), será um erretirar a camiseta, porque, ries-se caso, estaremos arriscedos a apanhar um resfria-do. Se, ao contrário, dormi-mos com as janelas fecha-das, então sim, será maisindicado tirar esse agasalho,que nos manteria com ex-cesso de calor. Para termi-nar acabemos com a lenda

das irritações da pela provocadas pela flanela. Essas irri-tações — que foram, realmente, há tempos, uma realidade— eram devidas ao enxofre contido na lã. Desde há muito,porém, aperfeiçoamentos de fabricação permitiram elimi-nar esse produto"QUEM" DEVE USAR CAMISETAS? — Em princípio, aspessoas fracas, seja em rezão da idade (crianças, pessoas

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33.0 Ano — N.o 1 Junho — 1051

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COMO SE ESTUDA GENTíFICAMENTE A AÇÃODA ROUPA INTERIOR

O Dr. B. Techoueyres P^tar»^'^;*^^o engenheiro Marc Walbaum, ^^^K^^ho da esquer-dos empregados para a confecção de sob-vestes. U^aesen^°ie gAda esquematiza o dispositivo usado » -f M prop.

lrum^So%C^duaz eoSfpodrer0isnoIa™0e ^^snías cond^oes da

transpiraçao hnmana. permeabilidade. Força-se

a 0paÍT4rddeA^cor?entfeedeaaiP através

"do tecido e Calcula-se a

f4a easaisUcomParáveí ^s creçfo suâora'].'pcsa-sc o,teeido molhado.Hp?va sfsecar^urante um certo tempo e, a seguir é ee pesado no-

vãmente. Nc"conér de todas essas experiências, a flanela e a Ia for-

neceram sempre os melhores resultados.

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idosas), seja porque estejam constante-mente doentes e apresentem uma pre-disposição, em particular, pelas eníer-mídades pulmonares ou intestinais.

Esse é o caso das pessoas sujeitasa reumatismos, brenquites, traqueítes;I, também o caso das que tenham sc-írido nos anos precedentes, uma con-

gestão pulmonar, uma pleurisia, umapneumonia, etc. As que foram tubei-culcsas, devem igualmente recorrer aesses agasalhos interiores, observandoa maior prudência sempre que retira-los, o que só poderá ser íeito no verãoe cem tempo firme. As pessoas que te-nham estado muito enfermas deverãorecorrer à camiseta ao menos durante

algum tempo, per exemple: durante csdeis cu três invernos seguintes à en*íermidade.

Há, finalmente, uma categoria de

pessoas para as quais a camiseta é es-

pecialmente recomendada: cs reumá-ticos.

Não devemos pensar que, para queo reumatismo apareça, é preciso obri-gatòriamente, ter frio nos pés cu nasmães. O resfriado geral do organismoé a verdadeira causa que favorece oaparecimento do reumatismo e a roupainterior de lã cu simplesmente reforça-da constitui meio excelente de o evitar.

Quanto aos adultos moços e gozan-do boa saúde, não há necessidade, pa-

ra eles, de camisetas de lã cu flanela,desde que vistam roupas quentes apr0-criadas para as estações frias e üiiii-"das:

roupas de lã, casemira, sweater,capa, galcchas, etc. Somente depoisdos quarenta o assunto se tornará maissério e exigirá a camiseta.

O leitor conhece, agora, a opiniãodos médicos. Proteja-se, portanto, con-tra a inclemência da estação iria echuvosa que tant i ataca as vias diges-tivas e respiratórias, alaumas vezes deforma bastante grave. Em geral essesmales tem origem num banalíssimo"golpe de ar" ou de frio que podemosev;.tar com facilidade.

SABER VIVER

Temes em mãos o texto do "Código de Conduta" que

recebe juntamente com o fuzil e o saco de roupa, todo"pracinha" norte-americano, designado para instalar bases

norte-americanas de defesa anti-aérea, na Grã-Bretanha.

D-stinado a evitar conflitos e fricções entre os turistas

militares e os indígenas, esse novo código do "saber viver•para os rapazes em uniforme comporta onze pontos e re-

recomenda ac pracinha não se mostrar excessivamente

curioso nem tagarela, nem muito "familiar"; nao traficar

com o mercado negro; pagar todas as suas consumações;

tratar as mulheres com o respeito que merecem; nao exa-

gerar cs méritos da América do Norte; não exibir orgulho-samente as suas rações alimentares, etc. . .

As duas "regras" mais curiosas, porém, são as de nu-

meros 3 e 9. A primeira prescreve ao pracinha "dar esmo-

las a fim de não humilhar aquiles que não pedem retri-buir tão grandes favores"; a segunda aconselha a não es-

quecer que "o Inglês, atualmente, tem nível de vida muito

abaixo do normal, mas não tem culpa disso". . .

Agora perguntamos: Como não ser, depois de ter lidoesse código. . . civil?

Uma criança de 12 anos deve pesar 33 quilos e meio.

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i5> Ano -- N.(-' 1 — Junlio — 1951áo EU SEI TUDO'

AS PROVAÇÕES DE RAISSARomance de HENRY GRÉVILLE * Trad. de NICOLE PASCHIER, especial para E. S. T.

A audiência imperial foi imediatamente concedida;não se desejava outra coisa senão perdoar, perdoarcompletamente. De resto, a conduta de Raissa du-rante os anos de provação bem merecia essa re-compensa; e, dado que essa recompensa era paraela, o retorno do seu marido. . . "Oh, estranha fan-tasia!" — pensaram muitos "Hipocrisia!" — mur-muraram outros. Em palácio, porém, não se procuroudecifrar o mistério com tanta malicia. Comentou-se,unicamente, que Raissa tinha uma bela alma e quegostava de praticar o bem. . .

Ninguém pensou, por um instante sequer, que elapudesse amar seu marido.

Obtido o perdão, era-lhe necessário ainda obter apermissão para levar a ordem de libertação aos pri-sioneiros, ela própria.

— Ela mesma irá ? — perguntou o imperador sur-preendido, quando a condessa Gretsky lhe apresen-tou a solicitação. Uma mulher tão jovem, e nestaestação do ano em que os caminhos se mostram tãoperigosos! E' levar a dedicação até ao heroismo!

Apesar disso foi concedida a permissão e a con-dessa Gretsky, o velho coração batendo emocionada-mente, de angústia ou de alegria, foi levá-la à sobri-nha, que esperava, ansiosa. Vendo o papel nas mãosde sua tia, Raissa sentiu que se derretia a máscarade gelo com a qual há vários dias pudera esconder osseus temores; e as lágrimas desceram livrementerios seus olhos.

... —Parto esta noite — disse ela.— Vá, minha filha; vá! — respondeu simples-

mente a nobre clama. —- Onde faltar estrada sei quevocê arranjará asas para prosseguir!

Raissa partiu, sempre acompanhada pelo velhoFadei.

Durante dias e noites, intermináveis, o trenó baixoe coberto, que na Rússia denominam "vazok", voousobre a neve recém-caída; mais de uma vez o quebra-neve envolveu em vaporoso turbilhão os passageirose as esperanças de Raissa; passou por caminhoaonde as caravanas não se atreviam avançar; durantenoites inteiras, bandos de lobos esfaimados correramlado a lado com o trenó, esperando a queda o des-falecimento dos cavalos ou ainda o mais leve sinalde fraqueza dos homens. . . Nada; nada, positiva-mente, emocionou Raissa.

Ao longe, além das montanhas, no término dasplanícies nevadas, muito além das longas estradase dàs florestas imensas e sombrias, Raissa via umacabana de toros de madeira, na qual jazia agonizante,morto talvez, o homem que recusara conceder-lhe apaz de espirito; — e sentia que, se êsse homem mor-resse, também ela desejaria morrer, dado que nadamais a seduziria neste mundo.

Uma noite, estando já bem próxima do fim de suaviagem — poucas horas apenas a separavam do lo-cal onde se encontrava o exilado — um terrível pen-samento assaltou o seu espírito pela primeira vez.

— "Se não é êle... — pensou — é um dosdois outros! E eu vou estar frente a frente com oculpado, sem o conhecer. . . Mas êsse homem saberá!

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RESUMO DA PAETÊ JA' PUBLICADAL

Na velha Petersburgo, do ano 1910, Raissa, moca d.eiezenove anos, filha de um velho militar reformado e per-tencente à chamada pequena nobreza, nao hereditária, éassaltada ao voltar para a casa de seus pais, sendo raptadanor três oficiais da Guarda Imperial pertencentes à fina-flor da aristocracia russa; levada para uma casa de mafama, dali sai, mais tarde e regressa ao lar paterno, ondenarra a sua desventura, afirmando desconhecer os seusraptores e também o seu principal algoz, ignorando-lhetambém o nome. A mãe de Raissa, não resistindo à vio-lenta emoção, morre de um ataque do coração, Raissa eo pai, apoiados pelos vizinhos, apresentam queixa formaià polícia. A notícia, chegada aos salões aristocráticos, casaa maior sensação è também a condenação por parte da con-dessa Grestyk, senhora da mais alta nobreza, amiga ctaimperatriz e conhecida por sua grande bondade. Alarma-dos com o rumo que os fatos vão tomando, os culpados,tenente Valeriano Gretsky e seus colegas de regimento ede patente, Sabakhine e Rézof. juram que a responsabili-dade será assumida pelos três*em igualdade de condições,embora Gretskv seja o verdadeiro criminoso e o que devetotal reparação à pobre vítima. Rézof propõe então falareom a própria irmã, a princesa Adina, que tem grande m-fluência sobre o chefe de polícia. Esta age depressa e obtémquo o general Kiih, chefe de Polícia, suspenda o mque-rito, abafando o crime. Não contente e desejando compraro silêncio da vítima, a princesa manda uma alcoviteiraoferecer dinheiro ao velho Porof, para que desista do in-quérito e possa viver fora de Petersburgo, adquirindo umapropriedade e tendo uma renda que garanta o seu ituro eo da filha. Indignados com o proposto, Porof e o. filharecusam a oferta e como a polícia a esta altura nao maisos quisesse ouvir, Porof, informado por um amigo queservia na guarda do palácio, vai procurar a condessa Grets-ky. que, amiga da imperatriz e de coração generoso, naodeixaria de ajudar as vítimas na justa reclamação quetinham a fazer. Depois de ouvir o velho militar e de seinformar minuciosamente sobre Raissa, a condessa pro-mete defender a pobre moça. Depressa descobre a intro-missão da princesa Adina junto ao chefe de policia, eaproveita uma de suas visitas à imperatriz para tudo re-latar à soberana. Presente o Tzar, e revoltado com o queouve. demite o chefe de polícia, manda prender toda a•oficialidade da Guarda Imperial e exige que os culpados

se revelem. Não sendo isso possível, exige a presença deRaissa, para um reconhecimento. Reunidos no próprio pa-lácio, ante o imperador e a condessa Gretsky, compareceRaissa, com o pai e aponta os seus algozes. Interrogados,os três persistem em se declarar culpados e então o impe-rador resolve que o mais rico e mais nobre, justamenteGretsky, despose a vítima imediatamente, na própria ca-pela do palácio. A vítima receberá, ainda, os bens dos trêsoficiais, que seguirão desterrados para a Sibéria, assimfazendo para que se respeitasse melhor, sob o seu rei-nado, a honra alheia e principalmente das moças sérias.O casamento é realizado na manhã seguinte e os três con-denados seguem para a Sibéria. Raissa, porém, exige umaentrevista com Gretsky a quem pergunta se realmente es-tava casada com quem devia a reparação pelo mal quesofrerá. Gretsky, ainda sob o império da cólera aproveitaessa possibilidade de tirar vingança e se nega a revelarqual dos três culpados lhe devia a reparação do casamento.Voltando para sua residência, Raissa continua a mesmavida anterior nada querendo saber dos bens do seu marido.Porof, como se apenas houvesse desejado cumprir a suamissão, morre e Raissa, procurada por Fadei, o mordomode Gretsky, vai à residência do conde e, colhendo objetosde uso pessoal de seu marido, junta tudo num grandecaixote que envia para êle. por intermédio do criado, quenão esconde sua agradável surpresa, ao verificar que anova condessa era boa e sensata. Mas o mordomo insistepara que Raissa vá a Komarino, residência de provínciado seu marido, a fim de tratar de assuntos urgentes daadministração e ela, depois de atender a todos os detalhesda casa de Petersburgo e de enviar aos amigos de seumarido toda a renda que lhe fora entregue pelos respec-tivos procuradores, por ordem do Tzar, envia também aomarido todo o dinheiro de seus bens, depois de atendidastodas as despesas da casa, o que acaba de conquistar obom Fadei. Interrogando então o mordomo sobre a suacunhada, a viúva Marsof, irmã de Valeriano, percebe quehá qualquer coisa com a mesma e leendo, por acaso, algu-mas cartas da viúva ao irmão, cartas que ficaram sem res*posta, compreende que há um estremecimento entre seumarido e a irmã, motivado por um fato misterioso envol-vendo o bom nome da Sra. Marsof. Em vista disso resolveapressar sua partida para Komarino. Nesse mesmo dia, naSibéria. Gretsky recebia o dinheiro de suas rendas, quegenerosamente Raiissa lhe enviara; então, ante os sinceroselogios de seus camaradas sobre a conduta da mulher

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35.9 Ano - N«? 1 - Junho — 1952

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Valeriano também saberá! Oh, meu Deus. . . Queabismo de vergonha!

Raissa cobriu os olhos com as mãos geladas, pro-curando conjurar essa imagem odiosa de uma imere-cida humilhação, e, pela primeira vez, lamentou esseimpulso generoso, esse ato de dedicação, que a fi-zera vir até à Sibéria. Mas era tarde para recuar;além do mais, o perdão imperial ali estava, entreas dobras do seu corpete. Era necessário levar essaalegria aos desgraçados que tanto já haviam sofrido!

O dia nascente, triste dia de inverno, iluminava osisbas escuros, redondos e cobertos de neve, quando ovazok parou diante do posto policial. Feita a verifi-cação dos papéis e dos poderes da jovem viajante,com todo o respeito devido ao seu nome e à suaposição, Raissa foi conduzida à cabana de seu marido.

Os prisioneiros não estavam mortos! Já era ai-guma coisa, — mas o conde Valeriano estava muitomal. . .

Raissa entrou para uma sala de teto baixo e som-brio, onde os tapetes asiáticos cobriam as paredes,onde os objetos que ela mesma enviara, davam umaspecto de luxo e de conforto a essa estranha re-sidência.

Num leito baixo, coberto de cobertores, forradocom um lençol de linho finíssimo, com as iniciais dosGretsky — outra remessa de Raissa — o conde Va-leriano delirava. Assim se apresentava o seu estadodesde seis dias antes. Ã entrada da jovem condessa,uma forma emagrecida, até então escondida pelassombras, levantou-se penosamente: era Rézof.

Não reconheceu Raissa; ela mudara tanto e êlea vira tão pouco! Preparava-se para perguntar-lhequem era, acreditando ter diante de si a esposa dogovernador da província ou qualquer outra grandedama, de passagem, e desejosa de fazer o bem.

— Sou Raissa Gretsky! — disse ela.Rézof, estupefacto, quis inclinar-se diante dela;

mas estava tão fraco e com a convalescença apenasiniciada, que escapou de cair. Ela avançou a mão pa-ra o sustentar, ajudando o oficial a voltar a suapoltrona; êle conservou a mão de Raissa na sua e

beijou-a com grande respeito; nem uma palavra foitrocada entre eles.

Valeriano jazia quase desfalecido. Longos acessosde torpor sucediam aos momentos de delirio; entãoadormecia, como fizera agora, num sono pesado evizinho do coma. Raissa se sentou à sua cabeceira,melhorou a posição do travesseiro sob a cabeça deenfermo, corrigiu a disposição dos lençóis e baixouos punhos da camisa sobre as mãos descarnadas deseu marido... Imediatamente, aquele leito de so-frimento ganhou um aspecto mais calmo e mais feliz.

Por que veio até cá? Como pôde vir? — per-guntou Rézof com voz fraca. Julgava-se ainda vitimade uma alucinação.

Trago boas notícias — respondeu Raissa, comum sorriso angélico.

Logo depois de entrar naquela cabana, um dosseus

"temores se acalmara. O oficial que a ultrajara

não fora Rézof; disso tinha a certeza!Boas notícias? — repetiu o enfermo com voz

tão fraca que parecia vir de muito longe — Poderáhaver alguma boa notícia para nós?

Sabakine entrava nesse instante; fora o primeiroa se ver atacado pelo mal e, por isso mesmo, tinhasido favorecido, pois que tivera melhor tratamento,proporcionado por seus dois camaradas, válidos, emseu redor, enquanto que Rézof tivera apenas Gretskye este, por enfermeiro, tivera apenas dois convales-centes. Apoiado sobre uma bengala, como um velho,entrou tão depressa como lhe permitiam as suaspernas inseguras.

—. Veio para nos visitar? — perguntou êle aRaissa — Nesta época do ano, quando ficamos 'àsvezes três meses sem notícias? Quando o correionão chega? Teve coragem, palavra!

Ouvindo-o falar, tendo-o ali à sua frente, Raissadisse para o próprio coração que, segundo todas asaparências, não fora aquele também!

A condessa trouxe boas notícias — explicouRézof — Fale, por favor, senhora, estamos ansio-sos. . . Poderemos algum dia retornar à Europa?

Feliz pela alegria que ia causar, muito feliz mes-

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que o destino lhe reservara para esposa, revolta-se e noseu orgulho, nega qualquer qualidade a Raissa, o que le-vanta protestos enérgicos de seus amigos, gratos pelo queRaissa fizera com eles próprios, que, sem a generosidadeda jovem condessa, estariam arruinados. Entretanto, aSra. Marsof tinha no administrador de seu domínio e naesposa do mesmo, Mavra Moroza, inimigos rancorosos, queprocuravam prejudicá-la na opinião geral a fim de se apro-priar das terras do falecido, sendo eles os que espalhavamter sido o proprietário envenenado pela esposa, num mo-mento de ciúmes. A Sra. Marsof soubera, por intermédiode sua tia, condessa Gretsky, do que sucedera com o irmãoe a viúva, mesmo sabendo da chegada de Raissa à proprie-dade vizinha, evitara ter qualquer contato com a que con-siderava inimiga de Valeriano e causadora do seu exílio.Dias depois, Raissa recebe a visita de Mavra Moroza e, ins-truída por Fadei sobre que espécie de gente eram os Moroza,recebe a camponesa con: frieza. Mavra nao tarda a- fazerinsinuações contra a Sra. Marsof e, indignada com essatraição da camponesa, Raissa a expulsa da sua presença.Então Raissa chama Fadei, resolvida a saber a verdadesobre o mistério da morte do Sr. Marsof. O mordomonada sabe — ou nada quer dizer. Na Sibéria, Valerianomais se irritava, recebendo cartas de Fadei, cartas emque este elogiava sempre a conduta de Raissa. Mais irri-tado fica quando sua irmã também escreve para fazeriguais elogios àquela que era a sua cunhada. Por isso,escreve a Fadei secamente e sem uma única referência aRaissa. Uma noite, a Sra. Marsof penetra no próprioquarto de toilette de Raissa e pede-lhe que evá salvar seufilho, Sacha, que está morrendo. Raissa descobre que omenino fora envenenado. Graças aos seus cuidados, Sachaé posto fora de perigo. O menino comera bolos de meloferecidos por Mavra... Estava agora, explicado. A cam-ponesa tentara assassinar Sacha para... culpar a Sra.Rarsof! Raissa, prosseguindo em sua obra de caridadeentre os camponeses de suas terras socorre também umvelho reumáticc, Tikhone, cujo maior sonho é realizar umaperegrinação a uma igreja distante do lugar. Dias depoisRaissa recebe a primeira carta de Gretsky, que lhe agra-dece quanto fizera por seu sobrinho, pois de tudo forainformado pela irmã. Embora seca já era uma carta di-rigida à esposa! Raissa, por cortesia, envia a carta àcunhada, para que tome conhecimento. Esta logo a resti-tui, tendo escrito num canto de página: «Fico muito con-

tente». Recebendo, dias depois, novas visitas de vizinha©que trazem veladas acusações contra Helena Marsof, Raissaprocura desviar essas intrigas até que mais uma vesela é chamada pelo velho Tikhone, que sentindo-se muit&mal e julgando que vai morrer resolve fazer uma con-fissão à condessa. Então revela que, uma ncite, tendoido roubar lenha na floresta, sob violenta nevasca, e ter-rível frio, viu passar o carro onde ia o Sr. Marsof dor-rnindo, por haver tomado café com narcótico, que lhedera Mavra. Na estrada é depois abordado por Moroza eVassili, o cocheiro de Marsof, ameaçado de morte pelo-intendente, é obrigado a ajudar o miserável a retirar Mar**sof narcotizado, expondo-o durante duas horas ao frio eà neve até que o infeliz morra. Depois o pobre homem érecolocado na carruagem, para aparentar morte natural.Tikhone tinha visto tudo mas não acusara os culpadospara não confessar que à mesma hora estava roubando le-nha. Era este o seu pecado. Vassili hoje servia como co-cheiro da Sra. Persianof, a quem Raissa visita e, com ha-bihdade, consegue que a intrigante lhe ceda o cocheírepara o seu serviço. Raissa então exige que Tikhone sepreste a uma acareação com Vassili, sem o que não le-varia o enfermo à peregrinação de São Sérgio, conformehavia prometido. Feita a acareação, Vassili acaba confes-sando tudo. Ajudara Moroza, sim, mas sob ameaça demorte. Moroza, porém, já andava desconfiadoparecimento de Vassili e procura interrogarcheiro de Raissa. Este repele o miserável quesuspeitas de Moroza e sua mulher, que resolvem apressaros acontecimentos no sentido de arruinar de uma vez avida de Helena Marsof. De fato, procuram lançar os campo-neses contra a viúva, alegando que esta havia envenenadoos poços que serviam às aldeias. Raissa, entretanto, che-gando na hora dramática, salva Helena e faz prender ocasal de assassinos, tudo voltando à calma, elena escrevea Valeriano narrando os acontecimentos e este, ppla pri-meira vez, escreve à esposa, embora lacônicamente, paraagradecer o que havia feito por sua irmã. Dias depois sur-ge inesperadamente a princesa Adina, irmã de Rézof, anun-ciando que havia tifo na Sibéria e que os três exilados-tinham sido atacados pelo mal. Era preciso obter o perdãodo Tzare retirar os oficiais daquele lugar de tristeza e demorte. Imediatamente Raissa se prontifica a conseguir o*perdão do Imperador, e vai ao encontro da sua tia, Con*-dessa Gretsky, em Moscou.

com o rea-o novo co-aumenta a&

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35.9 Ano — N.o 1 Junho 1951

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mo para compreender a própria imprudência, Raissaretirou o perdão imperial do seu corpete, entregan-cio-o a Rézof.

Ah! Deus! — gritou o convalescente; e caiusem sentidos sobre o espaldar da poltrona.

Graças aos cuidados de Raissa e Sabakine, maisrobusto e menos sensivel, Rézof não tardou a recupe-rar os sentidos. Raissa, a esse tempo, lamentavaamargamente a sua falta de tato e de precaução.. .

Não se morre de alegria — respondeu Rézof,ainda com a respiração difícil e pálido de emoção -—E', realmente, uma mensageira do Céu, condèssa!

Valeriano, nesse momento, voltava ao seu períododelirante.'Eram rosnares inarticulados, que se trans-formavam a seguir em gritos de raiva e de dor eque chamaram de novo os tristes assistentes à rea-lidade dos fatos. Valeriano estava muito mal... Oretorno à Europa estava longe ainda, e, mesmo as-sim, podiam estar seguros de poder levar de volta,com eles, o seu amigo?

Rézof e Sabakhine foram para os seus penates, hámuito abandonados, e Raissa sempre ajudada porFadei, instalou-se à cabeceira de Valeriano.

Durante as horas de delírio, a pobre Raissa sofreuas mais terríveis de suas provações. Ora Valeriano,que não a reconheceu uma vez sequer, a amaldiçoa-va com gritos de raiva concentrada; ora chorava esuplicava a sua irmã que perdoasse de a não ter re-conhecido. Então Raissa tinha que lhe respondercomo se fosse realmente Helena; tinha que pronun-ciar para o pobre insensato as palavras de maiorcarinho e encorajamento; êle lhe beijava as mãoscom ternura e repousava a face, queimando de febre,sobre as mãos frescas e macias; muitas vezes assimadormeceu, com um sono mais calmo que de or-dinario.

Quantas vezes as lágrimas de Raissa caíram sobrea fronte do seu marido, quando não podia despren-der as mãos que êle aprisionara! Que não teria dadopara ouvi-lo pronunciar o seu nome e receber, assim,dirigidas a si mesma, uma ou outra dessas expres-soes afetuosas, que Valeriano prodigalizava a suairmã distante!

XLIV

Graças a um cuidado mais constante e a remédiosmais enérgicos e dados a horas certas; graças à ter-nura infatigável de Raissa; graças às noites passa-das em luta incessante, com Fadei ajudando a contero sono agitado do seu jovem senhor, Valeriano des-pertou, um dia, fraco e alquebrado, mas de posse desua inteligência e livre da febre. Esse despertar ti-nha sido previsto: as três últimas noites tinham sidomais calmas e, ao mesmo tempo, tinham levadoRaissa a um estado de fadiga que inspirava cuida-dos e temores. Mas todas as precauções tinham sido

. tomadas para evitar um choque ao enfermo aindatão próximo do perigo.Assim, Rézof e Sabakhine es-tavam junto do leito quando Valeriano despertou,depois de algumas horas de um bom repouso.

Vocêsí Vocês dois. . . estão vivos ? — perguntoucom a voz enrouquecida e trêmula dos que voltamde muito longe.

E você também está, meu velho! — disse Rézofalegremente — Você está salvo, sim! Não pode havermais dúvida. . . Está salvo, graças a Deus!

Uma expressão de bem-estar passou pelo sem-blante de Valeriano, que fechou os olhos e começoua desfrutar das delícias, dos langores da conva-Iescença. s

Na noite desse mesmo dia, tomou um caldo bemquente, e Sabakhine se esmerara no esforço de pro-var a Gretsky que, se estava gostando do caldo, erasinal evidente de que estava curado, embora soubessemuito bem — por experiência própria — que antesda chegada dè Raissa o caldo era detestável.

Tive delírios bem engraçados, nestes últimosdias — disse Valeriano — parecia-me, o tempo

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EU SEI TUDO

todo, que Fadei estava aqui.. . E, vejam só, parece-me, ainda agora, que êle aqui esteve esta manhã.Dormindo ocorrem coisas surpreendentes. . .

E que pensaria você — disse Sabakhine depoisde hesitar e de trocar um olhar de consulta com Ré-zof — se o velho criado de que você fala tivessevindo, realmente, para ajudar no tratamento da mo-lestia ?

O rosto de Valeriano exprimiu uma surpresa emque havia alegria e esperança. Tão forte foi essa ex-pressão que os amigos fizeram um sinal a Fadei, que,escondido atrás de uma porta, não ousava aparecerao seu jovem patrão, com o receio de uma emoçãodemasiado viva e perigosa para ó doente.

Seria, de fato, esplêndido — disse Valeriano— Mas é impossível! Tenho porém, a impressão deque, se visse o rosto dele, ficaria curado num ins-tante!

Um segundo sinal trouxe Fadei para junto da ca-beceira do leito; o velho mordomo não teve coragempara passar daí. Porém Valeriano logo reconheceuo seu passo.Estás aí, Fadei ? — Perguntou êle, fazendo ummovimento para se voltar no leito.

O ancião caiu de joelhos junto de seu jovem senhor,escondendo o rosto enrugado entre as dobras doscobertores.

Gretsky, mansamente, pousou uma das mãos des-camadas sobre a cabeça encanecida do fiel servidore fechou os olhos para impedir a saída de duas lá-grimas.Estou contente — disse êle muito baixinho —muito, muito contente!

Nesse dia, Valeriano não pediu explicações. O es-pirito dos convalescentes é muito preguiçoso; con-tentam-se eles com aparências, hipóteses, ou mesmoabsolutamente nada. Basta-lhes o fato consumado.Dessa forma, durante três dias, o jovem enfermo semostrou encantado por haver recuperado o seu velhoFadei, sem perguntar por que milagre o mesmo alíse achava ou a quem devia esse grande favor.

Mas a perfeita compreensão da situação voltoupouco a pouco ao seu espírito e, nos momentos de so-nolência, em que as forças se refazem melhor, come-çou a perceber um mistério em seu redor. . .

Em certas horas, Fadei desaparecia regularmente,sem um motivo aparente; uma cozinha delicada ebem cuidada despertava o apetite preguiçoso dostrês exilados, que agora comiam juntos outra vez.

Um dia, um lencinho de batista, esquecido sobre

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«8 S5.? Ano — N.«? 1 Junho -- 1951

uma das mesas, foi levado por Fadei. . . Aquilo nãopodia ser propriedade do velho mordomo, e, entre-tanto, nem Sabakhine nem Rézof reclamaram esseobjeto. . . Durante as horas de total relaxamento,quando acreditavam que êle dormia, Gretsky ouviafalar em voz baixa sobre alguém invisível e de quememanava todo o conforto da casa. . . O raciocíniovoltou, enfim, bastante poderoso para que pudessedesejar e pedir uma explicação.

Como Fadei chegou até cá? — perguntou êle.uma manhã, a Rézof, já agora em plena convales-cença e capaz de caminhar sozinho, não apenas noquarto, mas também fora de casa.

Chegou. . . em trenó, como todo o mundo. . .respondeu o jovem oficial sorrindo.

Não é isso o que desejo saber — reeplicou Grets-ky com impaciência — Por que e como veio ?

Porque você estava doente. . .Foi minha tia quem o mandou? — insistiu Va-

leriano.Foi minha irmã quem o preveniu de que estava-

mos doentes e passando mal.Ah! Está bem. . . — disse Valeriano um tanto

desapontado.Voltou-se em seu leito, escorando-se nos cotovelos

e passeou o olhar por todo o quarto. Repentinamenteos seus olhos se fixaram numa cestinha de trabalhosde agulha, pendurada, desde a chegada de Raissae durante os piores dias da enfermidade dele próprio,ao gancho de uma cortina e ali esquecida desde então.

Está alguém aqui! — exclamou Gretsky comvoz desta vez mais forte do que êle próprio esperarater, após tão longa enfermidade — Quem é? Querosaber!

Rézof viu que era impossível dissimular por maistempo.

De fato — disse êle — Há alguém aqui, queveio como mensageiro de boas notícias.

Os olhos de Valeriano interrogavam avidamente;ouvindo porém as palavras "boas notícias" sorriucom desânimo.

Como podem existir boas notícias para nós?disse êle — Exilados, separados do mundo, não

existimos mais para os outros. . .Perdão. . . Com exceção de Fadei, ao menos. . .

interrompeu Rézof em tom de censura — E en-tão? Sempre apareceu alguém para nos trazer boasnotícias! Em breve, Gretsky, logo que você estejacurado, vamos viajar. . .

—Será que nos enviam para. mais longe ainda?Estamos, talvez, ainda muito perto do mundo civi-

lizado?Não...

O rosto do convalescente exprimiu uma ansiedadetão pungente que Rézof não se conteve:

Retornamos a São Petersburgo! — disse êle.apertando com força a mão do seu camarada.Hein ? O. . . perdão ?

Sim, o perdão!Valeriano empalideceu subitamente, e sua mão fi-

cou gelada na do seu amigo, que perdeu a cabeça,. temendo o pior.Condessa! — gritou êle, correndo para a porta— Venha depressa!

Raissa entrou quase imediatamente; já Valerianoreabrira os olhos e olhava para ela com profundaestupefação:

Imbecil que sou! Que fui fazer? — exclamavaRézof, tentando arrancar os próprios cabelos.

Era tarde, agora, para recuar. Valeriano olhavapara a sua esposa com olhos carregados de cólera etambém de alegria. Não sabia, de fato, e no maisíntimo do seu ser, o que devia pensar de uma inimigavinda de tão longe para o socorrer.

Então. . . foi a senhora — disse êle — quemnos trouxe o perdão?—, Sim. — respondeu Raissa com voz insegura. Nãoousava levantar os olhos para seu marido, tanto re-

i

ceava descobrir naquele semblante a ironia cruel queiá a torturara uma vez! t _ r

E a quem devemos essa graça? A minha tia,.sem dúvida _y -¦ .

A ela a ela somente! — exclamou Rezof — Aesse anlo que você não soube reconhecer... Ela.sim que atravessou toda a Sibéria na época maisterrível do inverno, para nos trazer saude, bem-estar e felicidade! .

Gretsky fitava sempre Raissa, a sua esposa. Naohavia como negar. Ela ostentava dignamenteo tituloaue o decreto imperial lhe havia conferido. Essa no-bre e casta figura era dessas que todo homem devivenerar; mas a recordação do sofrimento passado,da humilhação perante os seus colegas e superioresdo regimento, era ainda muito forte na alma de Va-leriano, para que pudesse dominar seu rancor e seuorgulho ferido. ,

—¦ Agradeço-lhe, condessa — disse ele lentamentee como a contragosto — Esse ato generoso vem de-

pois de outros muitos... Na verdade sabe vmgar-senobremente.

Depois de falar, desviou a cabeça e fechou os olhos.Quando os reabriu. Raissa deixara o quarto. Rézotporém ali continuava, e seu olhar revelava a maiorindignação contra o enfermo.— Você tem muita sorte de estar assim, nesse es-tado — disse êle ao jovem conde — sem o que ouviriatudo o que penso da maneira como acaba de tratara quem tanto deve!

— Não estou para ouvir conselhos de você ou deoutro qualquer! — replicou secamente Valeriano.que tornou a fechar os olhos, como se desejasse dor-mir.

Mas não dormiu, de fato; fora, a noite caiu com-pletamente. Rézof se retirou. Fadei veio substituí-lona vigilância ao enfermo e Valeriano sentia flutuarem seu cérebro mil pensamentos diversos, entre osquais um que dominava a todos os demais: a liber-dade, o retorno à pátria e à vida!

Trouxeram um lampeão a fim de preparar a refei-cão da noite; sobre a toalha coberta por um serviçoluxuoso, Gretsky, ao abrir os olhos viu depositadosquatro serviços. De ordinário arrastavam a mesapara junto do seu leito e sobre ela eram dispostosapenas três serviços. Viu, entretanto, essa transfor-mação sem revelar surpresa.

Quando tudo ficou pronto, seus camaradas entra-ram. Sabakhine caminhou diretamente para o leito,

A condessa recusa jantar conosco! — disse êlecom ar zangado — E tudo por causa da amável re-cepção que você lhe proporcionou há pouco. Parece-me, ao menos, que você lhe deve um pouco mais dedelicadeza. . . Tanto mais que se trata da condessaGretsky. . .

Delicadeza ? Claro... — declarou Gretsky —Fadei: vá dizer à. . . — hesitou ligeiramente, não po-dendo pronunciar com facilidade a palavra, fatal —à condessa — concluiu com certa ironia — que eulhe rogo o especial favor e grande honra de vir jantarem nossa companhia.

Raissa entrou quase em seguida e, depois dela.os oficiais tomaram lugar à mesa. Valeriano contem-plava-a sob as páipebras astuciosamente baixadas.Uma viva. curiosidade dominava a sua maldosa invés-tigação. Era essa, então, a criatura tão .moça, queêle ultrajara, essa plebéia que se impusera ao seuorgulho nobiliário, para o humilhar? A origem pie-béia, no entanto, não era coisa que se notasse. Aquelamulher moça e bela bem poderia ter nascido nos de-graus de um trono, tanto exibia de graça e distinção.

Os dois oficiais lhe falavam como a uma amigavenerada. Via-se que a respeitavam e queriam muitobem. Não lhe deviam, afinal, tudo o que lhes aconte-cera de bom e de feliz, desde que haviam sido con-denados?

Ela própria falava pouco, respondendo às pergun-tas com tato e sobriedade, evitando prolongar os pró-

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prios discursos. Seria cuidado como o enfermo ouindiferença por seus hóspedes? Valeriano não soubeo que devia pensar.

Terminado o jantar, Raissa se retirou, desejandoboa noite aos três rapazes, que a saudaram afetuo-samente, mas não lhes estendeu a mão.

Então? — disse Rézof, logo que a porta se fe-chou sobre a visitante — Não acha você que ela éadorável ?

Valeriano não respondeu.E' preciso que você seja informado quanto antes

— continuou Sabakhine — A condessa nos declaroulogo no diaem que chegou, que se considera simplesdepositária dos nossos bens; logo que estejamos devolta à Europa, ela nos restituirá seus poderes e cui-dará de obter do imperador a revogação da senlença.

Isso não impedirá que eu continui sendo seumarido — respondeu Gretsky, no intimo envergonha-<io com o que dizia.

Isso não seria uma infelicidade, de fato, poisque somente você é o homem de quem pode ser aesposa, — repetiu secamente Sabakhine — Mas possoadiantar também, que ela pretende fazer o mesmocom você; todos os bens que lhe foram confiados vol-tarão para você, integralmente!

—¦ Ora essa! — exclamou Valeriano, voltando-se,interessado — Que pretende ela lazer, então ?

—• Cabe a você se informar, querendo; não tive-mos a indiscrição de perguntar.

Os três amigos se separaram, uma hora depois, eValeriano ficou só com os seus pensamentos — e nãoficou bem acompanhado. Não tardou, porém, queFadei aparecesse em seu quarto, acendesse uma Iam-pada de vigília e se estendesse no próprio chão, sô-bre um simples cobertor, para estar atento, a noitetoda, às ordens do seu senhor. Já estava prestes aadormecer, quando Valeriano o chamou com vozcautelosa. O mordomo logo se pôs de pé.

—• Senta-te aqui junto a mim — disse o convales-cenfe — e fala-me um pouco da condessa.

- A. . . tia do Sr. Conde ?Não. . . Reefiro-me à jovem condessa. Gostaria

de saber como pôde ela salvar minha irmã.Fadei começou uma interminável narrativa, que

durou cerca de duas horas, pondo o seu jovem senhora par de todos os fatos, em seus menores detalhes,pois Valeriano conhecia tudo em linhas muito vagas.

O que não deixa dúvidas — disse o bom homem,ao terminar — é que ninguém mais teria o espíritopronto nem a coragem de fazer o que ela fêz! Nin-guém, igualmente, teria vindo para cá, como ela fêz,sem perder um segundo, à notícia da enfermidade. . .Oh! Foi logo obter o perdão do imperador; e restituiutodo o dinheiro. . . E' uma nobre senhora, como nãohá segunda. . . E tão quieta, tão boa e gentil!

Valeriano ficou em silêncio por algum tempo, de-pois perguntou com voz ligeiramente alterada:

Achas então que poderei desfazer esse casa-mento ?

Fadei levantou os dois braços para o céu.Desfazer ? Desfazer esse casamento, depois

do que a condessa sempre fêz e acaba de fazer! Mas,meu senhor, se não morreu foi unicamente porqueela o tratou com habilidade e dedicação constantes; osenhor que já muito lhe devia, deve também a vidaà condessa!

Ela estava ..aqui, estando eu doente? — pergun-tou Valeriano.

Sim; chegamos no sexto dia, e ela passou bemumas quinze noites sem se deitar. Sem ela, há muitotempo que o senhor não seria deste mundo!

E. . . por que faz ela tudo isto para mim. —murmurou Valeriano com evidente irritação; des-gostava-lhe dever tudo a essa mulher a quem se jul-gava obrigado a odiar.

Por que ? Porque ela é dessas que pagam o bempelo mal — replicou Fadei com voz firme e olharzangado. -a a

A essa censura direta, a essa reprimenda vinda do

seu velho servidor, o conde Gretsky teve vontadede responder com uma impertinência. Mas um certovexame, uma vergonha falsa ou verídica o impediude falar; pretextou estar com sono, e desta vez dor-miu realmente.

XLV

Raissa voltou para presidir às refeições no diaimediato e nos que se seguiram; Gretsky se acostu-.mara à sua presença; tolerava-a e mesmo, algumasvezes, desejou secretamente beijá-la. Isso foi duranteas longas noites de inverno, quando o quebra-nevepassava, resfolegando cm redor das casas isoladas,quando os lobos uiva.vam horas a fio, ao longe, quan-do uma impressão de tristeza isolada filtrava atra-vés das persianas e das cortinas espessas. Então, ávista de Raissa, sentada em uma poltrona, a cabeçaligeiramente inclinada sobre um bordado entre asmãos e iluminada pelo lampião que desenhava oscontornos regulares de seu belo rosto, a vi3ta dessamulher silenciosa, imagem do lar, da pátria aindalonge, mas já mais próxima, punha no coração deGretsky uma alegria estranha e inquieta, uma sen-sação de felicidade mas também de insegurança.

Sabakhine e Rézof viviam mais à parte, agora queValeriano estava melhor. Pouco a pouco, os dois ami-gos tinham espaçado as suas visitas e, mesmo, ha-viam tornado estas mais ligeiras, de sorte que osesposos estavam agora mais constantemente a sós.Gretsky, que já caminhava, embora fraco, passavaboa parte do dia numa poltrona, junto do fogo; Rais-sa o deixava à noite, após o jantar, em companhiados dois outros oficiais, enviando-lhe então Fadei, pa-ra a substituir nos cuidados ao convalescente.

Naturalmente, durante as longas horas em que seviam a sós, muitas idéias e incontáveis impressõesnovas se formaram no cérebro de Gretsky. O traba-lho se fazia lentamente, mas de modo seguro, de taíforma que, certa noite, interpelou sua esposa — oque até então jamais havia feito:

— Fale-me de minha irmã — pediu êle — Quepensa de Helena?

Surpreendida e contente com essa prova de con-fiança, Raissa. falou de Helena; falou, naturalmente,como alguém que conhece os mais secretos pensa-mentos de uma* amiga muito querida, e demonstroua Valeriano que ela própria conseguira penetrar mui-to mais fundo e antes dele na intimidade da sua irmã,tão mal compreendida.

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EU SEI TUDO

Gretsky auviu-a, interrogando-a em certos tre-chos, e quando soube tudo o que desejava, declarou:

Não me surpreende mais — confessou — queela a estime tanto.

O silêncio caiu sobre estas palavras, que Raissaguardou no fundo do coração, e que lhe foram maisvaliosas que um saco de outro e pedrarias que lhedessem em pagamento de um serviço.

O sono de Valeriano foi tranqüilo, aquela noite,mas o de Raissa foi agitado e cortado de interrupções.Que lhe adiantava, afinal, aquela confiança, se deviacontinuar a ignorar aquilo que, mais que nunca, de-sejava saber!

Tantas fadigas, tantos desgostos e humilhaçõesterminaram por perturbar a saúde da pobre Raissa.Sem estar realmente doente, sentia suas forças bai-xarem; era uma espécie de languor, que a invadiapouco a pouco, tirando-lhe a vontade de se mover e depensar; êsse estado chegou a tal extremo que aca-bou por deixar-se ficar na própria cabana. Na verda-de, essas longas horas, passadas na companhia dohomem que ela amava, mas cujo olhar temia encon-trar, tinham destroçado suas energias. Era muitolutar e muito sofrer. . . Pretextou, assim, sua indispo-sição para estar longe dos olhares de Valeriano.

Ao fim de dois dias, este. surpreendido por nãopoder suportar a solidão, efetuou a sua primeira saí-

*da, dirigindo-se à cabana em que residiam os doisamigos.

O ar estava frio, seco e puro e já a neve começavaa derreter. Em breve poderiam retornar à Europa!Todo satisfeito por haver recuperado integralmentea vida e, mais que a vida, a liberdade, invadido poruma indecifrável sensação de esperança e de felici-dade, que chegara sem dúvida pela certeza da Pri-mavera próxima, Valeriano contava ter uma boa e.longa palestra com os seus camaradas; entretantoencontrou os seus amigos menos interessantes do quehavia imaginado. Não era.positivamente, a sociedadedos mesmos o que lhe faltava naquele dia.

Não sem hesitar e não se se deter quase a cadapasso, dirigiu-se para a cabana de Raissa, contíguaa sua. e entrou.

Ao vê-lo, ela, que estava repousando numa poltro-na na atitude de quem estivesse muito fatigada esem ânimo, levantou-se depressa para lhe ofereceruma poltrona. Algumas palavras de cerimôniosa ama-bilidade e felicitações relativas a essa primeira saídado convalescente, depois o silêncio voltou a cair entreesses estranhos esposos.

Então? Partiremos dentro de pouco tempo? —perguntou Valeriano, para dizer qualquer coisa.

Sim, devemos partir, posto que já está inteira--mente restabelecido — disse Raissa corn voz fatigada.¦— Não só por mim. . . Também... a senhora está

necessitando de outro ar, mais sadio que o destaregião.

Oh, eu. . . — disse Raissa — Isso não importa. . .Deixou cair uma das mãos sobre o braço da poltro-

na. Nessa mão brilhava o anel nupcial. Gretsky o viue pareceu perturbado ou preocupado.Posso saber quais são os seus projetos, depoisdo nosso retorno ?

Raissa voltou para êle o seu olhar bom e leal, edesta vez sem ansiedade; tivera tempo de tomar umaresolução suprema no correr desses dois dias dedolorosas meditações; e tudo o que a agitara du-rante tão longo tempo, desde à noite dramática emSão Petersburgo, parecia-lhe agora distante, muito

35.9 Ano — N.o 1 — Junho — 1951

latórios referentes às propriedades que me foramconfiadas. . .

Apanhou na gaveta superior de um pequeno mó-vel, colocado ao alcance de sua. mão, os papéis pre-parados por ocasião de sua partida para a Sibéria.Valeriano, com gesto polido, recusava receber êsserelatório, porém ela insistiu:

Perdão. E' necessário que o senhor veja —disse ela — pois não tem mais intendente para daras informações indispensáveis. . .

Nesse momento, Valeriano pensava que jamaistivera e jamais teria um intendente como Raissa.

"E além disso, desejava dizer ainda outra coisa— continuou ela com ligeiro esforço; hesitou, pro-curou em vão algumas palavras, depois, erguendo-seligeiramente sobre os braços da poltrona, retirou seuanel nupcial do dedo e o depositou silenciosamentesobre a mesa, diante de Valeriano.

Ficaram então ambos imóveis. Uma alegria estra-nha, submergida logo numa onda crescente de tris->teza, invadira o coração de Gretsky; ela lhe restituíao juramento solene. . . estava livre. . . O casamentopodia ser anulado, desde que ela consentia. . .

O dia terminava depressa; o pequeno aposento deRaissa estava ainda silencioso; ela, sempre estendidaem sua poltrona, permanecia imóvel e muda; Vale-riano se levantou, apanhou o anel; depois inclinou-serespeitosamente diante de sua esposa e saiu.

Caminhava cambaleando, como um homem bêbedo.Quantas vezes pedira aos céus essa liberdade supre-ma! Chegara ao extremo de desejar a morte de Rais-sa, para se ver livre desse jugo odioso, mas estedesfecho inesperado o atingira bruscamente e de talforma que não podia acreditar. . .

Era essa, pelo menos, a explicação que procuravadar à própria perturbação, a essa melancolia que ofazia curvar a cabeça e que cortava a sua alegria.

Penetrou em sua cabana, lançou sobre um móvela sua peliça e sentou-se para refletir. Seu olhar, po-rém, ficou preso à poltrona em que Raissa havia bor-dado e costurado todo o inverno; êsse cantinho vasiolhe causou ainda maior tristeza, e a sensação de ummortal remorso; libertara-se muito depressa do seureconhecimento!

longe dela mesma.Viverei em alguma parte, na província, talvez;

meu pai tinha parentes no governo de. . . Irei viver¦com eles.

Calou-se; Valeriano, por sua vez, nada falou."E mesmo, a este respeito, — disse ela — de-

sejaria poder conversar com o senhor; agradeço-lhemesmo por ter vindo ao encontro dos meus desejos.Já está agora bastante forte e sadio para cuidar dospróprios negócios. Aqui tem as últimas contas e re-

Agora que Raissa não lhe era mais nada, pois queera apenas uma questão de tempo e de formalidades,êle sentia que devia alguma gratidão a essa criaturi-nha que tanto havia feito em seu benefício. Insensl-velmente, seu espírito começou a recapitular os ser-viços que Raissa lhe prestara, ao mesmo tempo queo seu orgulho triunfava.

Administração fiel, cuidados delicados e atençõesconstantes à memória de seus parentes, domínio be-néfico e suave sobre tudo o que pertencia à sua casa,a vida do seu sobrinho, a de sua irmã, duas vezessalva pela intrepidez de Raissa, o perdão do Tzar, afortuna restituída, a saúde também. . . Tudo issoformava uma série de benfeitorias, longa e não inter-rompida. Não devia realmente alguma coisa àquelamulher tão moça e já tão castigada pelo destino?"Darei uma renda a ela — pensou — uma boarenda; devo-lhe isso pelo menos; e quando mais nãofosse, para dar uma satisfação à sociedade!

Mas, na verdade, êsse compromisso com a suaconsciência, não lhe satisfazia. . .

Assim sonhava Gretsky, quando Sabakhine entrou;o anel de Raissa, que ficara esquecido sobre a mesa,brilhava sob a luz direta da lâmpada.Que significa isto? —- perguntou o visitante,estupecto e sem atentar um segundo sequer naindiscrição que cometia.

Isto? E* a minha liberdade, meu caro; é o di-vórcio!

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~ 1951 4135.9 Ano — N;? 1 — Junho

O anel. . . dela? Da condessa Gretsky? Ela orestituiu, então?Exatamente. Foi uma sorte imprevista, não hácomo negar!

Valeriano procurava se convencer e firmar comessas palavras; mas representava mal o seu papelEla o liberta, então? E você solicitará o divo

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cio insistiu Sabakhine. iivor-Pois claro.. . Isto nem se fala!

Sabakine apoiou as duas mãos sobre a. mesa efitou algum tempo seu amigo, com ar grave- depoisdisse: 'Você fará como julgar melhor — disse êle —

Por mim, se ela me aceitar, sentir-me-ei muito hon-rado casando-me com ela.Gretsky estremeceu violentamente, como se tivessesido esbofeteado:

Você? Você a desposaria?Sim, meu caro, isso mesmo; casaria com ela!Valeriano tentou sorrir, enquanto erguia os om-bros, aparentando indiferença:Está apaixonado, por acaso?Não. Não poderia estar apaixonado pela esposado meu amigo; mas repito: teria grande honra emcasar-me com ela!

Gretsky, com as faces em fogo e os nervos em pe-rigosa contração, ficou um instante, batendo comos nós dos dedos sobre a mesa.Depois do que aconteceu no "Cabaret Verme-lho" ? — disse êle entre dentes.Sim; depois do que aconteceu no "Cabaret Ver-melho"! E, se alguém se atrevesse a tocar nesse as-

sunto, uma vez que ela fosse minha esposa, eu lhe me-teria uma bala na cabeça, — fosse êle meu melhoramigo!

Valeriano se levantou e começou a caminhar deum para outro lado, as mãos enterradas nos bolsose a cabeça voltada para baixo.

Nada está ainda decidido, é claro. . . Primeirotemos que pensar no retorno à Europa. Até lá temosmuito para pensar.Felizmente! — falou Sabakhine, acendendo umcigarro com gesto nervoso.

XLVI

Desde que restituíra o anel nupcial a Gretsky,R,aissa o evitava tanto quanto possivel; este, ao con-trário, parecia interessado pela sua companhia, bus-cando-a a todo instante. Sentia-se mais à vontadecom ela, agora; seu velho rancor desaparecera porcompleto, embora recebesse muito mal quem querque lhe fosse falar a respeito.

Raissa era agora uma mulher como outra qual-quer, e nada o impedia de lhe fazer justiça. Admi-rava tão calorosamente como os seus amigos as suasgrandes qualidades e a sua nobre dedicação; de talforma se entusiasmava que um dia Rézof lhe disse, àqueima-roupa:Está me parecendo, Gretsky, que você está fi-cando apaixonado por sua esposa. . . ?

Valeriano lançou contra o impertinente um olharameaçador, mas não se dignou responder ou pro-testar.

Aproximava-se o momento da partida. As grandesquantias em dinheiro, enviadas aos exilados por in-termedio de Raissa, tinham aplainado as naturais di-ficuldades de uma tão longa viagem; mais algunsdias e todos deixariam aquele lugar, onde tantasidéias novas e pensamentos salutares haviam germi-nado em suas cabeças. Antes de partir, os três ami-gos fizeram uma excursão de despedida aos locais quetinham sido os mais constantes palcos de suas revol-tas e acessos de cólera.

No entanto — disse Rézof com o seu tom alegrede sempre — sinto que agora valho um pouco maisdo que quando aqui cheguei. Sabe^ Gretsky que agoranão repetiria a tola aventura que nos valeu esta lindaviagem ?

EU SEI TUDO

— Nem você nem eu! — respondeu Sabakhine —Mas não creio que Gretsky, embora mais sensato,tenha sofrido qualquer modificação para melhor.

Valeriano fingiu não ouvir ou achou que não valia,a pena responder.

Finalmente as carruagens iniciaram a longa via-gem de volta, e os viajantes, agora livres, viram es-tender-se diante deles a estrada monótona e no en-tanto abençoada, na qual cada volta de roda os ap.ro-ximava da família e da civilização.

Valeriano era forçado a viajar com sua esposa;as conveniências exigiam que não a deixasse em com-panhia de outro homem durante o tempo que a via-gem poderia durar, o que não podia ser curto. Du-rante os primeiros dias, não trocaram mais que dezpalavras, entretanto, a partir de então, Gretsky,impelido por um desejo secreto, começou a conversar,com Raissa. Ia deixá-la para sempre, separar-se des-Nsa mulher que usara o seu nome; não era muito na-tural que procurasse conhecê-la, antes de lhe dizeradeus para sempre?

Os postes "indicadores

das '"verstas", se sucediam,mas a Europa não parecia ainda estar próxima. Nas.paradas, para deixar repousar os animais, os amigosse reuniam e faziam a refeição em comum; então asuave presença de Raissa punha um bem-estar encan-tador em todos os detalhes e maior graça sobre asbanalidades da vida corrente.

Ela se mostrava sempre calma e grave; seu sorv§riso desaparecera desde que restituira o anel nupcialao seu marido, mas a sua bondade previdente, a sua*vigilância e a sua graça permaneciam intactas e tor-navam a sua presença muito cara e preciosa paratodos.

Sim; a todos! Valeriano aspirava, agora, o mo-mento em que podia voltar a subir para a carruageme estar junto de sua esposa inimiga. Não se detinhammais para dormir, pois que as estações da "posta"-eram piores que o próprio veíoulo em que viajavam;chegava a noite, às vezes Raissa era.a primeira adormir, num canto do veículo e o mais longe possível,do seu marido. Êle ficava ouvindo a sua respiração,,mansa, pura e regular como a de uma criança. Àsvezes, uma inspiração mais profunda agitava o seucorpo; de outras vezes, quando Valeriano fingia dor-

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— Palavra de honra, querida... Se eu soubesse que vocême daria uma oportunidade para explicar, eu teria pensadoem uma boa desculpa...

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EU SEI TUDO

com uma fixidez melancólica _assado 0u oQue contemplava ela, assim? O seu passado ou

3epofucora pouco, Valeriano sentiu todo o seu ser in-

vadido por uma piedade impregnada de ternura. Ela

soMa rPobre Raissa, essa mulher quase criança que•* nobremente com êle*. de que soma «

42 J0-

Se^-sava juntar, e -^-uenos pensa,imno-inar o aue seria a causa daquele mal secieto t

To" S como manso, aliás, era tudo c» que.delanartia E no entanto, mais de uma vez, teve

Iffiâode lhe tomar uma das mãos, anmde^e da.

uma prova de simpatia, - de grande simpatia.

Os tempos de sua cólera estavam agora berrrdis-

tantes* não se lembrava mais da recusa cruel feita

a sua esposa, na capela; esse detalhe fugira de sua

memória como tantos outros; record avat^ <*»£¦

sim da dedicação mal recompensada, do* probosd'P rora-em e de paciência realizados em proveito de

JuaSã "os

cufdados e da presença benf azeja da

S£ generosa ao lado do seu leito de sofnmen-

to. . Sim; era simpatia: mais que isso, eia amizade.

*

'ív-.

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amizade! Sem dúvida devia ter ofendido cruelmentea sua esposa, pois que ela não tinha amizade porêle-'evitava-o... Por que o evitaria, se tivesse porêle'mais alguma coisa além de aversão?

««Ela não me perdoará jamais — pensou ele —

o ultraje do "Cabaret Vervelho". . .A necessidade de se fazer perdoar se apresentava

a seu juizo, dia a dia, mais impiedosa. O pesado yei-culo avançava sempre, os postes desfilavam, inter-mináveis; mas o Ural já fora ultrapassado -- afronteira da Europa fora deixada para trás'. Maisalguns dias e Moscou surgiria aos viajantes iatiga-

Valeriano desejou ter certeza, certeza de tudo.

I

•dos.

__ ü

"Era um amanhecer; êle despertara logo aos pri-meiros raios do dia, ao passo que Raissa continuavaa dormir. Durante o seu sono ela havia chorado, poisque duas lágrimas tinham deixado rastro sobre as-suas faces.

Valeriano fitava-a neste instante, surpreendido eencantado por verificar que Raissa era tão bela. Ja-mais fisionomia feminina lhe parecera transpirartanta doçura, tanta, grandeza de alma. Sem saberporque, tomou na sua, meigamente, a mão da ador-mecida.. aberta sobre os joelhos, e conservou-a assim,sentindo que o próprio coração se incendiava.

Raissa despertou logo em seguida, com um ligeiromovimento de confusão; endireitou-se, passou a mãosobre os cabelos e refugiou-se no seu cantinho, nooutro ângulo do veiculo.

Durante algum tempo, ela e Gretsky viram des-filar as pedras da estrada; depois Valeriano se ani-mou a falar:

Em breve estaremos no fim da nossa viagem— disse êle.

. Ela volveu para êle o seu semblante resignadoe bom.

"Vamos então nos separar, conforme o desejoque manifestou?

Era uma pergunta. . . Mas Raissa não quis assimcompreender.

«'Antes de lhe dizer adeus, eu desejaria ter a cer-teza de que não subsiste entre nós nenhum resto decólera...

Cólera? Ela, Raissa! A dor foi tão forte que suapaciência quase a abandonou. Mas nada disse. Apenasapertou com mais força as mãos juntas sobre osjoelhos. Então? Que responde? — insistiu Valeriano,-vendo que ela nada dizia.

Ano _ jo 1 — Junho - Í951

_ Não tenho cólera contra o senhor - disse ela

com voz apenas perceptível. „*»-.** na cons-— No entanto, tenho uma grande ofensa na cons

piência e desejo obter o seu perdão. . .

Ela ô fitou tristemente. Uma ofensa. . . Uma so?

F Sdas as outras ? Mas, nesta hora, que importava ? ,E

L°expUcaS era mais difícil do que Valeriano, ha-

via imaginado. Mas, de qualquer modo, tinha que es

darecer esse ponto^ & ^ _continuou êle - queria estar certo de que me perdoou

a ofensa . a ofensa que fêz da senhora a minha

eS-SBu já perdoei ao senhor, como aos seus amigos

- di^sè Raissa - cujo rosto enrubecera violenta-

"^Mas, eu sou mais culpado do

^-os meus^imi-

„os _ confessou Valeriano, sentindo-se poi.sua ye?

mais vexado do que pensara algum dia sc encontrar,

em toda a sua vida. pvHamoll—O senhor? Então foi o senhor? — exclamou

RValeriano se recordou então da sua recusa de falar.

Lembrou-se do quanto ela lhe suplicara que dissesse

a verdade Não era êle quem podia compreender as

deUcadezas desse coração feminino, ferido em suas

SS mais íntimas, mas sentia ao «^Wg£esses três homens, ela deveria ter sofrido amai ga''^Porém

Raissa já não o olhava mais. Seu rosto,

queimado de rubor, se desviara dele. Repentinamenteuma grande luz se fêz no coração de Valeriano. Para

o haver perdoado, por seu silêncio — derradeira in-

jüria e a mais terrível de todas — era porque. . .

era porque ela o amava...?Mas E se ela o amasse ? . , . Valeriano sentiu

que seu coração se amolecia. Toda a admiração quehavia até então escondido, procurado sufocar no seucoração, toda a ternura que êle tentara converterem ódio, todo o reconhecimento que êle transformaraem ingratidão, subiram aos seus lábios, como maré

que transborda: mas não pôde falar.Retirando então, da corrente do relógio, o anel que

Raissa lhe restituíra, apoderou-se da mao tímida,

que tentava recusar, e recolocou a aliança no dedoonde antes se encontrava.

Perdoe-me todas as ofensas — disse êle, emo-cionado a ponto de mal poder falar — Sou um mi-serável ingrato; mas, Raissa querida,, eu a amo...e você é minha esposa!

Ela apenas respondeu com lágrimas, muitas lá-grimas.

Na parada seguinte, quando serviam a refeição,Rézof notou o anel de ouro no dedo de F.aissa.

Hmmm... O que estou vendo... — disse êle,a meia-voz.

A condessa prometeu perdoar-me, um dia, detodos os meus erros e ofensas. — disse Valeriano comvoz grave mas os olhos brilhando de felicidade.

Imediatamente foi recompensado por um aperto demão de Sabakhine que por pouco lhe deslocava obraço.

Gretsky e sua esposa fixaram residência em suasterras de Komarino, e jamais necessitaram de umintendente. Seus filhos são tão bem tratados na casade tia Helena como na residência paterna.

Quanto ao velho Tikhone, morreu em odor de san-tidade, depois de ter feito a peregrinação a São Sér-gio, onde o cocheiro Vassili foi encarregado de o le-var. Fadei está bastante velho, mas não quer cedera quem quer que seja a honra de servir "à jovemcondessa". *

FIM

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REVÊLADFICHAS DONORTE-A

0 PELASEXERCITOERICANO3VI

Nascido de uma iniciativa norte-americana conservada durante váriosanos nos arquivos do Departamento deEstado e nos "dossiers" pessoais doPresidente Truman, o documento queestamos publicando —- e que ficou atérecentemente confidencial — pertence,de fato, à História. Descreve o homemque foi um dos enigmas do nosso sé-culo, ao mesmo tempo que um dos fia-gelos do mundo: Adolf Hitler.

Durante.a instrução do processo deNuremberg, as autoridades norte-ameri-canas tiveram a idéia de reunir certonúmero de personagens tendo conhe-cido, sob diversos títulos, o ex-Fuehrer.Entregaram a cada um deles um quês-tionário apropriado ao seu papel e àsua especialidade e pediram a todosque escrevessem o que pensavam deHitler.

Os generais falaram de Hitler, chefede exércitos; os médicos falaram desuas características físicas e mentais;os íntimos falaram de seus hábitos,de suas amizades, de suas aversões,de suas lábias, etc.

O conjunto dessas verdadeiras "fi-chás" constitui, provavelmente, o maiscompleto — e o mais íntimo retratode Adolf Hitler.

II — Parte — O MISTÉRIO DO DESA-PARECDMENTO DE HITLER

l.a TESTEMUNHA — O "Capitão" Rei-tsch —- grande aviadora, que afirmahaver presenciado as derradeiras ior-

nadas de Hitler.

Em abril de 1949, o "capitão" HannaReitsch publicou um artigo intitulado:"Eu era a última carta de Hitler".

Temos a impressão de que os leito-res sempre hão de receber com reser-vas e desconfianças as "memórias"dos ajudantes, secretárias, copéirós,mordomos e chauffeurs de Hitler, e cujonúmero chega hoje á inflação maisespantosa.

Vejamos o caso de Hanna Reitsch,cuja viagem à América do Sul foi, nãohá muito, anunciada por alguns jornaisde Munich.

Não se tornou figura popular, na Ale-manha e mesmo conhecida em todo omundo pelo fato de haver feito "revê-lações" sobre o ex-Fuehrer alemão.Essa frágil e loura berlinense tem umpassado insólito., Foi ela a aviadoramais célebre do Terceiro Reich. Dedi-cou-se, a princípio, a simples acroba-cias aéreas com planadores, chegandoa provocar, com suas provas audacio-ses, a maior sensação durante os JogosOlímpicos de Berlim.

Nessa época o volumoso chefe daLuftwaffe, Goering, nomeou, Hanna Ca-pitão da aviação- militar germânica,

O HITLER QUE OS RUSSOS ENCONTRARAM EM BERLIM FOI Só ESTE ..nas ruinas da Chancelaria SSy

sendo ela a única mulher admitida na"Escola para Pilotos Comerciais", deStettin.

O "M-164"

Sua vida, durante a guerra, foi umfilme sensacional. Começou por provaraviões dos tipos mais modernos e quedeviam ser lançados á luta contra osaliados. O último ato se desenrolariano "bunker" de Hitler, em Berlim, 24horas antes do suicídio do Fuehrer.

Em 1944, Hanna, foi incorporada àequipe de 50 pilotos que çleviam for-mar parte das tripulações do mistério-so "foguete Messerschmidt-164". Esseaparelho foi a "arma secreta" na qualHitler baseou as suas esperanças de

O 12? EXÉRCITO DO GE-NERAL WENCK EXISTIASOMENTE NA FANTA-SIADO "FUEHRER"

conseguir uma reviravolta na marchada luta, e com ela uma vitória rápddae total. .,;

De fato, segundo o que puderam ostécnicas desvendar, esse avião e seustripulantes —• chamados "jockeys docéu, — porque, de acordo com uma ser':leção especialíssima, foram arroladosnessa equipe somente homens magros.:e de pouca estatura — constituíam aúltima cartada de Hitler 1

Seus construtores, os engenheirosGoertzen e Elias, calculavam que esteavião lograria. maior velocidade quèa "V-2" e que, de tal maneira, ,seriaenfim, possível, realizar os propósitos'de Hitler: bombardear os Est. Unidos.

Vários exemplares se achavam emconstrução na cidade fabril de Regens-burg. O primeiro havia sido ensaiadocom êxito lisonjeiro no mês de marçodé 1945. Hanna Reitsch afirma qué sópoderiam faltar algumas poucas semq-nas para que este "pequeno

pássaromonstruoso, dotado de asas triângulo-res muito estreitas, uma espécie; de^obussem cauda", aparecesse sobre océu dos Estados Unidos!

Nessa altura dos acontecimentos, en-tretanto, os exércitos aliados impuse?ram maior velocidade a suas ações.-O Capitão Hanna Reitsch jamais tevea oportunidade de voar no famoso apa-

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Hanna Reitsch, a célebre aviadora alemã, cuja vida, durantea guerra foi como um filme sensacional, conta, neste artigo,os pormenores dramáticos dos últimos dias do supremo

senhor do Terceiro Beich.

relho e, em íins de abril de 1945, presenciou ao "Gottes-

daemerung" — o ocasc dos deuses hitleristas, no "bunker"

do Fuehrer, nos subterrâneos do palácio da Chancelaria..No boletim do serviço secreto do Exército britânico de

ocupação, na Alemanha, com data de 19 de novembro de1949, foram inseridas as declarações de Hanna Reitsch sô-bre "a sua derradeira entrevista com Hitler"..

Tais declarações, sensacionalíssimas, servem de base aeste capítulo da já longa reportagem que realizamos sô-bre a vida de Hitler e o seu íim misterioso.

O EXÉRCITO DO GENERAL WENCK

Retrocedamos aos dramáticos acontecimentos que ocor-reram em íins de abril de 1945, quando os exércitos aliadosavançavam anulando toda resis-tência inimiga. Berlim, onde seachava Hitler, já era então umacidade praticamente cercada, e aúnica esperança do Fuehrer con-sistia no 12.° Exército do GeneralWenck, que tentava irromper atra-vés do anel das tropas aliadas elibertar a capital da Alemanhado assédio. No dia 24 de abril, oGeneral von Greim recebeu em

A MULHER SOLDADO QUE PRE-SENCIOU O "OCASO DOS DEU-SES" NAZISTAS NO PRÓPRIO"BUNKER" DE ADOLF HITLER.

A frágil loura Hanna Reitsch, no apogeu de sua fama, doisanos antes da guerra. No correr de um concurso interna-cionaconversa° amistosamente com a sua colega inglesaJoan Price e procura demonstrar com gestos o desenvol-

vimento de um perigoso «looping».r

Munich, a ordem de Hitler de apresentar-se imediatamente

em Berlim. Como piloto pessoal do General serviu, justa-mente, Hanna Reitsch. Subiram para um pequeno avião de

dois lugares, "Arado", e levantaram vôo na esperança de

que seria possível chegar a Berlim em plena noite.Foi essa, como é fácil imaginar, uma empresa das mais

arriscadas. Duas vezes foram obrigados pelos caças ^russos-a aterrissar. O General foi ferido em uma perna e somenteno dia 25 de abril puderam pousar em Berlim seguindoimediatamente perra o refúgio de Hitler. Ali von Greimíoi chamado à presença do Fuehrer.

A TRAIÇÃO

Sabe o senhor c que ocorreu? — Foram as primeiraspalavras do Fuehrer.

— Não — respondeu o General ven Greim. Hermann Goering foi, num avião, a* Berchtesgaden,

desobedecendo minhas ordens, e ali trata, neste momento,e às minhas costas, de negociar com o inimigo! Já dei or-dens para que seja preso como traidor. O senhor assumiráo comando da Luítwaff.

Nesse mesmo dia Hitler, muito excitado e nervoso, chamouHanna. Suas palavras tiveram a virtude de ficar grava-das nitidamente na memória da aviadora. ..

— "Hanna, — disse êle — inte-gras o grupo de pessoas que vãomorrer comigo. Aqui tens veneno.Um frasco é teu; o outro será pa-ra o General von Greim. Não de-

, sejo que nenhum de nós venha acair em mãos dos russos. Tam-bém não quero que os nossos ca-dáveres sejam encontrados. Todosserão responsáveis pelo cumpri-mento das minhas derradeiras or-

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45 EU SEI TUDO

dens, no sentido de que os nossos res-tos sejam destruídos completamente,sem deixar rastros. Meu cadáver e 6de Eva serão queimados. Deixo queescolhas o teu próprio plano. Peço-tedar ciência da minha vontade a vonGreim."

Hanna não desmaiou ao ouvir taispalavras. A aviadora tem nervos bemtemperados e,como se evidencia atra-ves de suas palavras, procura cumprirfielmente o seu papel neste drama dosmebelungcs" hitleristas.

"VIVE, MEIN FUEHRER"

Afluem-lhe lágrimas aos olhos, masnao pelo fato de Hitler haver dado umírasco de veneno e ordenado, aindaprovidenciar no sentido de queimar ospróprios restos, mas sim poraue Adolfopela primeira vez, dava a entender ciairamente, haver perdido a esperançade lograr a vitória. Mesmo num tal ins-tante Hanna não deixcu de pertencercom toaa a airaa ao partido.— "Mein Fuehrer, — respondeu ela- por que privar a Alemanha da tuapessoa? A notícia de que pretendespermanecerem Berlim, enche de an-gustia o povo alemão. Deves viVèrmem Fuehrer! Eis o que desejam todoscs alemães!

Estas palavras pronunciadas porHanna, cujos formosos olhos emitiamfulgores através das lágrimas, induzi-.ram Hitler a continuar o diálogo.

v { O EXÉRCITO DE SOCORRO

% ~- Não, Hanna. Se eu morrer, seráunicamente para salvar a honra d-

^,T/a,Jerland- Como c°n«nuó-sendoa3a 2 dr,° CUmprir minha Própriaordem de defender Berlim até à últimabala! Pensei que seria possível defen-der a caoital nas margens do OderQuando este plano fracassou, fiqueiprofundamente abalado, confesso. Co-nosco combatem três milhões de b-rli-nenses Os soídadcs alemães, terão umexemplo no meu comportamento e virãoem ajuda da nossa capital. Sim, Hannacontinuo ainda abrigando a esperançantq7' l G,eneral Wenck l0^ irr°m-per ate Berlim, desde o sul. Êle deverepelir os russos para longe de nossasiron terras!

Falando com voz enrouauecida e co-mo se dirigisse a mais alguém, invisí-vel, pei corria a sala de um para outro-lado, nervoso e trêmulo.

*

Hanna pôde conhecer outras pes-soas que se encontravam no refúgio.Ah estavam Coebbels, com a esposa eos seis illhos, o secretário de Estado,Neumann, Martin Bormann, o GeneralFogelein, oficial de ligação entre Hi-uer e Himmler, Eva Braun. . . Erameies os principais atores do último atodo drama kolossal. O séquito que res-tava a Hitler era formado por váriasordenanças, duas secretárias, váriosoficiais e um médico. Neste mesmo dia chegou a notícia deque Fegelein fora preso quando, vestido como civil, pro-curava fugir através dos subúrbios ocidentais de Berlim.Foi conduzido ao refúgio onde Hitler mandou que o fuzilas-

Fazendo-se fotografar com as mulheres operárias e camponesas, Hitler áfirmava que a elas devia «o melhor exército do mundo», mas que a elas dera ii*compensação, os melhores maridos». '

sem imediatamente, Hanna se sentiu revoltada por esse comportamento, e quando, finalmente, Goebbels começou opronunciar sermões salpicados com frases teatrais, voliou-lhe as costas. Com um olhar ela se entendeu com von Greim.

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A porta de Rt.„,pnlrar£ em Berlim, fotografada nas horas trágicas da luta pela posse da capital alemã, então sob intensoBrandenburg, em Ber^bard|io

com incêndios lavrando por toda parte.

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•-.'_ "São esses, pois, os homens que governavam a nossa

pQtTia? o MOMENTO DECISIVO"

Com mais simpatia, Hanna se referia á Sra. Goebbels, cujo

¦ comportamento foi verdadeiramente valente, como uma sm-

tese da propaganda nazista.- Minha boa Hanna - disse a Sra. Goebbels - quando

chegar o iim, quero que me ajudes, peis talvez eu venha a

fraquejar diante dos meus filhos. Deves ajudar-me a mata-

ias Eles pertencem ao Terceiro Reich e ao Fuehrer, e, se

tudo isto acabar, não haverá lugar para eles no mundo.

Mas tens que me ajudar! Minha maior preocupação con-

siste em que possam faltar-me as forças, no instante decisivo.

O TIO ADOLFO

Os filhos de Goebbels, Heda, de 12 anos; Hilda, de 11;

Helmut de 9; Holde, de'7; Hedda, de 5 e Helder de 3 anos,

b"am. entretanto, despreocupados, no refugio, acre-

düandc firmemente que o poderoso Tio Adolfo derrotaria

afanados malvados. Hanna recorda que todas as pessoas¦presentes se enpenhavam em prodigalizar ternuras as enan-

ças em suas últimas horas de vida.

porque sabiam que à Sra. Goebbels

não faltariam forças, no momento

decisivo.ABANDONADO E TRAÍDO

De maneira curiosa se comportava

Eva Braun — afirma Hanna — Du-

rante todo o tempo cuidava ¦ das

unhas e mudava de vestidos varias

vezes por dia.

NÃO OBSTANTE OS SEUSTEMORES, A SRA. GOEB-BELS NÃO FRAQUEJOUNO MOMENTO DECISIVO.

— Pobre, pobre Adolfo! — choramingava Eva — Aban-

donado por todos... Traído por todos!"Quando Hitler se encontrava nos aposentos de Eva, esta

se mostrava tranqüila. Porém logo que saía, ela quase en-

louquecia de desespero. Raciocinava da mesma maneira

que a Sra. Goebbels: "Não será um alemão legítimo aquele

que sobreviver a Adolfo!" Bormann, por sua vez, traba-ihava sem cessar e anotava cada palavra de Hitler, paraas gerações futuras. . .

Apesar de sentir grande respeito por Hitler, Hanna semesireu desagradàvelmente surpreendida ao verificar a pés-sima organização que reinava no "bunker". Berlim, quenão pudera deter os Russos nas margens do Oder, careciade armas! No "bunker", do qual Hitler se propunha dirigira defesa, não havia mapas, planos nem rádio! O únicomeio de ligação eram os mensageiros. . . e um só aparelhotelefônico ligado a uma torre de artilharia anti-aérea, de .onde era possível enviar notícias!

O CONSELHO DE SUICIDASNa noite de 27 para 28 de abril, os Russos dirigiram for-

tíssimo fogo de artilharia contra o pa-lácio da Chancelaria. Isto anunciavau m próximo ataque. Hitler convocouo conselho de suicidas e trataram de

' ensaiar a coisa. O pressentimentoda morte próxima emocionava a to-dos sem exceção. A esperança deque Wenck viesse socorrer os defen-sores de Berlim morria pouco a pouco.

A 29 de abril caiu sobre o gruporefugiado no "bunker" um golpe

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inesperado, o mais terrível, talvez: anotícia da traição de Himmler, de queeste, por intermédio da Suécia, tratavade oferecer a capitulação a uma con-ferência das nações aliadas, em SanFrancisco! Mulheres e homens grita-vam e choravam, revoltados e desespe-rados. Aproximava-se irremediàvelmen-te o fim! Foram recebidos avisos deque os Russos preparavam para o diaseguinte, 30 de abril, um ataque contrao palácio da Chancelaria.

A ÚLTIMA ORDEM

Na noite de 29 para 30 de abril, á1,30 da madrugada, Hitler surgiu re-pentinamente no quarto do Generalvon Greim.

Falou nervosamente:— "Deves ir imediatamente a Rech-

lin e ali mobilizar todos os aparelhosdisponíveis da "Luftwaffe",

para queestes ajudem Wenck, na sua tentativade alcançar Berlim. Repetirás em todasas partes minha ordem de prenderHimmler. Isto constitui a nossa últimaesperança!"

Na vez de Hitler percebíamos umtom de decisão categórica, que não ad- 'mitia réplica. Em vão Greim tratou deexplicar que desejava morrer ao ladodo Fuehrer.

Passados uns trinta minutos, Greime Hanna se achavam prontos para em-preender a viagem. Os que estavamno "bunker", se dedicavam a es-crever cartas, as últimas notícias paraos seres queridos; essas cartas foramentregues ao general e à aviadora.O avião "Arado" estava oculto nascercanias de Brandenburger Thor, e,apesar do violento fogo da artilhariarussa, logrou levantar vôo.

Depois de. aterrissar em Rechlin, se-guiram viagem para Flensburg, ondese encontrava o almirante Doenitz, como seu Estado-Maior. Ali se inteiraram deque o Ducdécimo Exército de Wenck,com o qual Hitler contava, já deixarade existir desde muito tempo. No diaseguinte chegou a notícia do suicídiodo Fuehrer. . .

O General von Greim, antes de serpreso, tomou veneno, no dia 24 demaio. Hanna Heitsch não fêz uso dofrasco que lhe fora entregue pela pró-prio Fuehrer, porque resolveu dizer ànação alemã c verdade sobre o perigoque encerra ura governo do tipo quesurgiu com o Terceiro Reich.

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EIS UM DOCUMENTO EXCLUSIVO E SENSACIONAL: esses marinheiros ale-mães foram capturados na costa argentina, í) dias depois da «morte» de Hitler!

Acredita ela haver cumprido a suamissão, desejando tão somente afãs-tar-se das ruinas de tudo aquilo quetanto amou. A aviação alemã deixoude existir. Segundo parece, Hanna temparentes em Missicnes, Argentina, -ondeatualmente se encontra. Mas não éessa a sua primeira visita á Américado Sul. Há dezesseis anos, no apogeu

da sua fama de aviadora, também es-teve na Argentina, para onde agoraregressa como uma mulher amargura-:da, cansada e que, por estranha coin-cidência, — se aceitarmos as suas "re-

velacões" como verdades indiscutíveis-— teve participação direta em um dosmaiores'dramas do nosso século.

(Continua no próximo número)

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Os submarinos alemães têm um raio de ação de 13.000 quilômetros, cerca déquatro vezes o Atlântico! Tirem as conclusões... .¦.•?.•

COSSACOS E COCKTAILS

A cena passou-se nos. suntuosos salões de uma embaixada,em Paris e «Noir et Bianc». que a relata, revela apenasque «foi numa embaixada amiga». Várias centenas de car-toes com as misteriosas palavras «Cossacos e Coccktails»atraíram a elite parisiense

O anfitrião, com o seu grande uniforme diplomático, cons-telado de condecorações, recebia uma encantadora convi-dada que acabava de chegar, quando terrível barulho devidro quebrado chega até à sala de recepção.

Seriam... os cocktails? — perguntou ansiosa a lindacriatura.

Mas logo, corando, procura desmanchar o que considerauma «gaffe» monumental. Porém o embaixador, que temprofissionalmente o hábito das situações embaraçosas, res-ponde-lhe com o seu sorriso gentil e despreocupado:

Espero que tenham sido os Cossacos!

ESTATÍSTICAS SURPREENDENTES

O Instituto Gallup muito teria que fazer em outros pai-ses. Recentemente, em Paris, um jornal solicitava o con-curso dessa organização norte-americana, a fim de rècensearas pessoas gentis... e as outras. Segundo esse nosso coleganas grandes lojas — principalmente — nota-se que. grandenúmero de clientes desconhecem as marcas mais elementa-res da simples cortesia. ' , ¦¦

Em "Paris, por exemplo, segundo parece, nos grandes«magazins» do Louvre, um jovem empregado cie balcãose lembrou de organizar uma pequena estatística. De cadacem pessoas que lhe foram pedir informções, cinco ou seisapenas, diziam «obrigado»., e note-se que esses raros clien-tes amáveis, são em geral, pessoas do interior que visitamParis para fazer compras... e o que é triste revelar* oshomens, em geral, são mais polidos que as mulheres!

Oh! Oh! Um mau ponto para as Parisienses...

PARA QUEM A CAMPAINHA SOA...

O DIA TODO A CAMPAINHA SOA NA CASA DO POLIGARPO..... ECADA MORADOR, INCLUSIVE O CÃOZINHO DE ESTIMAÇÃO, IMA-

GINA QUE E' PAKA SI ESPECIALMENTE...

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limpador de garrafas?

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1 — Junho—- 1051

O DIREITO DE RIR

O Brasil não é o único país em queespíritos «hepático-implicantes» pro-curam tornar a vida dos seus semelhan-tes tão lügubre quanto a deles pró-prios Tartufo fêz escola no mundo in-teiro e assim foi que. o tribunal deLos Angeles teve, recentemente, quepronunciar sentença num caso muitocurioso. ,

Um policial prendera um homem desetenta e nove anos apenas, porque umjuiz que se encontrava no mesmo caféque êle, achou que o homem na de

—^Ó ri^o dele — declarou então o juiz— é assim entre o latido de um cao eos gritos de um papagaio. _ _

Deslumbrado com a precisão dessadefinição (e também pelo alto postodo queixoso — o bravo policial pren-deu o pobre homem. Nao podia, alias,fazer outra coisa, pois que queriam quefizesse um simples policial, senão aten-der às ordens de um juiz? Todavia ébem possível que alguém goste derir .. e não aprecie qualquer gracejo.Eis por que o «delinqüente» não hesi-tou em levar o caso ao tribunal supe-rior. reclamando indenização, por pre-juízos morais, do juiz a quem o seu'riso

aborrecera.Agora, depois de consultar todos os

códigos e ouvir uma dezena de teste-munhás, o tribunal declarou solene-mente aue não há lei que proíba o riso,tanto mais que «é largamente recomen-dado pelos médicos, que o consideramexcelente remédio — e barato — paratonificar os músculos do estômago eforçar os pulmões a respirar fundo...>

O riso terapêutico! Eis uma fórmulaque teria agradado a Rabelais.

*

UMA VERDADEIRA INFORMAÇÃO

Na sala de redação de todo jornalnorte-americano que se respeita existefatalmente um aviso nestes termos:«Atenção: Se um cão morde um ho-mem, isso não constitui uma informa-ção digna d° ser publicada; mas se umhomem morde um cão, isso sim, mereceser publicada na primeira página!»

Ora. há poucas semanas, um repórterde Washington, empurra todos aos quese encontram à sua passagem, correpara a cabine telefônica mais próxima,liga para a mesa do redator-chefe eanuncia: «Chefe! Um homem, na rua42, acaba de morder um cão!»

Na redação acreditaram que o colegahavia sofrido algum desarranjo cere-bral, por culpa talvez da alta tempera-tura estivai. Trataram de obter maio-res informações. Era exato! Um tran-seunte, em plena rua, plantara os den-tes na perna do seu próprio cão! E aopolicial que o interpelou, respondeu:«Que tem com isso? O cão é meu e pos-so mordê-lo quantas vezes quiser!»

O louco era êle! Entretanto, depoisdesse incidente, os avisos acima men-cionados foram retirados de todas- assalas de redação.

Depois de um dia de muito trabalho)u depois de uma excitação nervosa nãohá melhor sedativo que üm banho a 37?.perfumando a água com um pouco decolônia, e permanecendo no mesmo du-rante 15 a 20 minutos, procurando re-laxar os músculos.

COMO VOCÊ RESOLVERIA ISTO ?(Resposta da pjgina 56)

O assistente sugeriu que os policiaischamassem dois caminhões da compa-nhia de força e luz, desses que servempara consertar cabos aéreos. Logo queêl s chegaram as mangueiras foramiçadas para o alto dos mesmos, colo-cados em cada lado da rua e... porbaixo delas, agora atravessando a ruaa uns quatro metros de altura, passa-ram os automóveis, ficando restabeleci-do o tráfego, sem paralisação do tra-balho dos bombeiros.

35.9 An«.— N.o 1 -— Junho — 1951

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49 EU SEI TUDO

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(PIONEERING IN SOUTH BRAZIL)

De THOMAS P. BIGG-WITHERTradução de O. A. AZEVEDO

INTRODUÇÃO

O propósito deste livro é narrar viagens e aventurasem regiões até então inexploradas. Quase metade dolivro trata de observações íehas pelo autor, durante asua permanência nas grandes florestas do mais remotointerior do Iirasil» onde viu, de perto, as cenas que anatureza silvestre nos oferece e onde nenhum homemcivilizado antes penetrara. Durante semanas e mesesseguidos, a condição normal de sua vida foi uma lutasem tréguas, contra todo o ambiente.

O autor passou nove meses viajando pelas colôniase pelos acampamentos localizados nas terras írontei-riças de florestas ainda não exploradas. Foi com sa-orifício que ali colhemos estas informações, que ser-virão, especialmente, ao emigrante, ao colono, oumelhor, a todos os que se interessam, de coração, pelobem-estar desses ingleses no além-mar.

Esperamos, portanto, que as páginas ora oferecidasao público, sirvam para esclarecê-lo, um pouco, a res-peito de um país que, ultimamente, vem tendo uma

reputação pouco invejável entre os emigrantes da In-glaterra. Tal reputação tem sido, até agora, prejudi-ciai, em virtude de artigos de nossos correspondentesprejudicados ou indignados.

Algumas palavras com referência às ilustrações queacompanham esta obra: a maioria delas foi traçada nolocal e, como tal, portanto, pode-se dizer que são re-preseritaçôés perfeitas das cenas e dos assuntos quese destinam a retratar. O autor agradece aos seus ami-gos Mr. G. Selwyn Edwards e Mr. John H. Morant pelabondade com que puseram os seus arquivos à sua dis-posição, para ês\e fim.

O mapa, no fim deste volume, é, em. grande parte,original e completamente compilado dos levantamentosrecentes de plantas feitas por engenheiros competentese responsáveis, isto é, os irmãos Keller, Hcrr Sv/artze os vários membros da Expedição de Agrimensores doParaná e Mato Grosso.

A apresentação desses mapas, neste livro, foi, por-tanto, feita com a autorização do Conselho da RoyalGeographical Society».

""".

PARTE I

CAPÍTULO I

A bordo do «Lusitânia» ir Os membros da Expediçãojç Visões passageiras — Espetáculo deslumbrante —Apresentação ao Novo Mundo -k O

Rio de Janeiro antigo PIONEEEINGIX

NO dia 29 de maio de 1872. o ex-

celente navio «Lusitânia», comdestino ao Brasil e ao Rio da Prata,achava-se ancorado no largo rioMersey, de fogos acesos, passagei-ros e carga a bordo, prontos parainiciar a viagem rio abaixo com avolta da maré.

Entre a multidão de passageirosesquisitos (muitos dos quais, jul--gando-se pela côr escura da com-pleiçãô e um certo encaracoladosuspeito do cabelo, tinham algumacoisa mais do que simples borrifo<ie sangue de preto) podia-se notardiversos grupos de saxões de peleclara, rindo e conversando e, apa-rentemente, com excessiva alegriacomo se fossem para uma viagemde férias, em vez de uma travessiapara o outro lado do globo, paraenfrentar anos de trabalho e pro-

SOUTH BEAZTT±±J.

THEEE YE&JB3 OP FOREST AND PBAIKIE LIFEDf THE PROVLNCE OF PABANÃ.

By THOMAS P. BIGG-WITHER,A330C. ISBT. CE. J F.2.0.8.

IN TW0 VOLUMES.—VOL. I

V/ITH MAP AND ILLUSTRATIONÜ.

LONDON:JOHN 3.IÜRRÀY, ALBEilABLE STREET.

i 1878.Mil JliijhU rcscrvuO

vagões, como as que são encontradas somente nas ter-ras longínquas. Estes eram alguns homens do pequenogrupo de exploradores, organizados com elementos dediferentes partes da Inglaterra e Suécia, para seremos pioneiros da civilização no interior inculto do Brasil

e que agora estavam a caminho da-quele distante país para começar agrande empresa ali preparada paraeles.

Entre os muitos homens notáveisa bordo — pois eu posso aqui ob-servar parentèticamente que nestaextravagante viagem do «Lusitânia»havia, entre os passageiros, indivi-duos não menos dignos de nota doque os quatro homens que algunsmeses mais tarde apareceram aomundo como sendo os co-autores dogrande roubo do Banco de Londres— dá motivo a mais do que simplesespanto — havia um que não podiaescapar à atenção. Nem tanto eraêle notável na figura ou traços co-mo o era na maravilhosa expressãodo seu semblante. O caráter do ho-mem podia ser lido à primeira vista.Dotado de imensa confiança em sipróprio, de grande força de vontadee de um fervor ao qual parecia ape-nas faltar um assunto importantepara transformá-lo imediatamentenum entusiasmo, ligado a um in-

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VTT SFT TUDO inicia nesta edição, a publicação da obra «Pioneering In South Brazil», da autoriaa' íhomL P ^^^&S? Meditada ein Xondres^ em 1878, por John Murray, de Albemarie Street emdoik voTules A obra dedicada ao Visconde de Mauá, a quem o autor se considera «grande devedor

í l™^3ata?a£i lhe ofereceu para viajar e realizar estudos numa região bem pouco conhecida», eSithftStlrfÉtofes pà?a oscstüdfosos dasJ nossas regiões, seus eostumes e seus recursos naturais. As-das mais interessantes p^rV*3ílÍTno„ nublicá-la em EU SEI TUDO, em forma de caderno, para que o»

a^;.:^ í&e^ém^Sm* ffif.ta«««-« as nossas páginas em um ou dois ™i»meS.

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EU SEI TUDO 50 35. *• Ano Nfi i __ Junho — 1951

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confundirei vigor do intelecto, estavam ali admira-

velmente indicados ao observador mais' casual.Assim era o Capitão Palm, oficial do Exército sueco,

o favorecido pela amizade do atual rei da Suécia quelogo havia reconhecido e encorajado o gênio. Era este

o homem que deveria ser o chefe do pequeno bando

de exploradores acima mencionado.Foi o Capitão Palm que teve a idéia de abrir uma

estrada pelo centro do continente Sul-Americano, do

Atlântico ao Pacífico, a qual, a princípio, parecia de

possível realização e de tornar-se no decurso de ai-

guns anos. um fato consumado. Não só foi êle o pn-meiro a levar a sério esta idéia, mas também provousuas convicções quanto à sua praticabilidade, dedi-

cando toda a sua vida à tarefa de pô-la em prática.Sozinho tinha vencido todas as dificuldades e obsta-

culos preliminares, e feito com que o Governo Bra-

sileiro aceitasse os seus pontos de vista, assim como

conseguiu atrair a simpatia do Barão de Mauá (um

homem a quem o Brasil já devia muitos benefícios)

para o andamento de seu grande plano.A batalha estava meio vencida. O plano de operações

para levar a efeito as operações e o levantamento de

plantas sobre mais de um terço da largura do conti-

nente já havia sido traçado e aprovado pelo governoe obtido o capital necessário. O Capitão Palm partiaagora com um corpo de dezessete, engenheiros inglê-

ses e suecos, munidos de provisões suficientes parauma prolongada estada no interior agreste, do conti-

nente. para iniciar o trabalho há muito planejado.Nove meses depois, o êxito que êle durante tanto

tempo e tão ansiosamente almejara — êxito êsse quenão lhe dava margem para dúvidas — foi-lhe repen-

tina e abruptamente negado. A febre amarela, fre-

qüentemente de conseqüências fatais no Rio de Ja-neiro. pedia outra vítima e não é demasiado dizer-se

que a morte prematura do Capitão Paim foi recebidana capital inteira como uma calamidade pública.

Os minutos passavam e a hélice grande do Lusitâniavinha há um quarto de hora. ou mais. rodando espas-mòdicamente sem nenhum resultado aparente, a nãoser a agitação da água que produzia um lençol deespuma sob a popa da embarcação. De-repente, «trac»,estalou alguma coisa na frente, ouvindo-se o ruídode correntes e depois um silêncio sinistro. O burri-nho havia quebrado e não podia continuar; assim sen-do, tivemos de ficar no mesmo lugar até às duas horasda madrugada, estacionados entre o passado e o fu-turo, ao alcance de ambos, mas não tirando proveitode nenhum. A sensação não foi nada agradável. Re-tirei-me desgostoso para a cabine e dormi.

Algumas horas mais tarde fui tirado dos meus so-nhos por gritos, barulho de pés e pelo ruido de cor-rentes. Logo depois, o bater melancólico e metódicodas enormes máquinas e a vibração trêmula da hélice.anunciavam que estávamos, finalmente, em movimentoe fazendo as nossas despedidas ào velho país.

um mar oncapelado o uma embarcação sacudida pelas

''Toltou mais uma vez a calma - a calma profunda

„ã™nter"ompida nem mesmo pelo monótono sumindo

% èorS! ferro parou de bater durante duas ho-

ras O encanto foi quebrado e despertamos para en-

centrar nosso navio flutuando como uma tora. miuôvel

"^"t^rcre^rfrestranba. mas n.o durourito tempo. Mais uma vez o grande navio-mgrava

firmemente o mar sob o céu ™"'iw™\^Jt°J)

estrelas, deixando para trás um largo rast.o fosfo-

• recente. __»Estamos agora a uma distância de milhares dem,-

lhas de nossos lares e temos a impressão de que 3a

faz anos que partimos da velha Inglaterra Ao esc£-

ver isto, esforço-me para recordar a maneira como

passei cada dia desde então, mas não posso. Uma con-

fusão de impressões - uma metade obliterando a ou-

tra - única resposta ao meu apelo. As únicas recor-

dações tangíveis são que comíamos e bebíamos durante

o dia e ouvíamos música e dançávamos à noite. Lem-

bro-me, em todo o caso, de que êste é o dia 18 de

junho e olhando o meu relógio, que se adiantou, na

viagem, inexplicavelmente, cerca de três horas, cal-

culo que daqui a mais dez minutos as luzes se apa-

garão e eu ficarei numa escuridão completa no salão.

Fecho aqui a minha, primeira e última tentativa parafazer um diário a bordo de um navio, já desesperado

e sentindo o tempo perdido neste esforço inútil. To-

mando como referência um determinado ponto no

sudoeste, dirigi-me à minha cabine, a qual ficava a

dois minutos naquela direção. Adormeci logo; dormi

um sono ètéreo que pôs um fim feliz a outro fati-

s-ante dia.

Haviam passado quase três semanas. As visões múl-tiplas se sucediam: apareciam e desapareciam. Primei-ra noite, o balanço enfadonho numa cabine apertada,

quando o mundo inteiro parecia ao espírito aflitoestar centralizado numa bacia; em seguida um longosonho de mar e céu intermináveis, interrompido polavisão passageira de uma grande cidade nas margensde um majestoso rio — uma baía mansa e sossegada,dominada por montanhas- cobertas de neve — a se-

guir uma violenta tempestade, um firmamento escuro.

«Terra: Torra! Vista soberba! Levantem-se, de-

pressa! Venham ao convés — gritou Edwards (um dosmais jovens membros da expedição), ao entrar cor-rendo em nossa cabine no dia 19 de junho, de manhã,após o seu banho diário na boca da mangueira do>convés, _ «Subam depressa ou perderão a metade davista!»

Não foi necessário chamar uma segunda vez. Pouco*antes de serem proferidas as últimas palavras, todos-se levantaram e eu me encontrei no meio do bailéuvestido de pijama.

Que vista poderia ser melhor recebida por prisio-neiros que estiveram trancafiados durante semanas abordo de um navio, contemplando apenas grandes ex-tensões de mar e céu! Maior é a satisfação quandoaparece como a «terra da promissão» — o país desço-nhecido que a imaginação, durante dias e semanas-talvez, vem cobrindo-o de todas as maravilhas reaise irreais, de fato e ficção recolhidas de uma hostede autores — o novo lar e o começo de uma nova vida.

Confesso que estou predisposto a entrar em êxtasepor qualquor coisa que mitigue a monotonia das úl-timas semanas e, conseqüentemente, dar mais en-canto do que elas de fato oferecem à proporção queaparecem gradativamente, através da alva neblina damanhã. Não obstante, creio que o que contemplamosnas horas seguintes, poderia ser comparado a qual-quer dos cenários geralmente considerados'obras pri-mas da Natureza.

Chegando ao convés, olhei para a frente e a pri-meira coisa que me chamou a atenção foi a massa d<

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uma montanha escura que aparecia, bem na frente da

proa do «Lusitâtnia», através da cerração e da eva-

poração fugaz. Na base da montanha reinava ainda

a escuridão da noite. Nem o luzir de uma pequeninaestrela sequer. Parecia que navegávamos em direçãoaos portais do mundo dos mortos. Divagando o olhar

pela imensidão daquelas regiões ermas, através de

uma camada de brumas fugazes, meus olhos, por fim,

se detiveram numa imagem da mais extraordináriabeleza.

Uma longa linha de altos picos e cumes de mon .a-

nhas projetava-se- ao céu morno, já tingido pelo brilho

da alvorada. Sobre eles, nuvens eor de rosa flutua-

vam. Um pouco mais abaixo, repousava sobre o largo

flanco da montanha ainda envolta pelas sombras da

noite, uma faixa de cinzentas nuvens escuras, frias,

imóveis, ainda não atingidas pelas primeiras luzes vivi-

ficantes cia manhã.Enquanto olhávamos maravilhados, as mudanças ae

aspectos se faziam constantemente. A cada momento

os riiàtizes se tornavam mais claros, à proporção que

o rosicler matutino iluminava pico após pico, depois

encosta após encosta... Repentinamente, como se atm-

gida por varinha mágica, toda aquela massa assu-

miu a forma de um gigante deitado, tendo as nuvens

po- leito e o firmamento por docel. Depois, quando

os primeiros raios dourados do sol alcançaram a longa

linha de cumes, dando luz e sombra ao todo. a mara-

vilhosa semelhança não era móis uma ilusão. Ali es-

tava o modelo de corpo inteiro do «Duque de Well-

ington», figura já conhecida através de fotografias e

estátuas, lançado em molde gigantesco pela mao da

própria natureza, um monumento imperecivel para

todas as épocas.Neste momento chegou o oficial chefe e disse: «E

melhor descerem para-se vestir mais corretamente, a

menos que queiram assustar as senhoras, pois algu-

mas virão ao convés dentro de poucos minutos. Essas

palavras nos tiraram do arrebatamento em que nos

achávamos; percebemos então que pés descalços e

pijamas eram toilettes simples de mais; por isso

descemos para nos vestir de maneira mais apresentável.

Quando subi novamente ao convés, tudo mudara. O

dia já estava claro e o navio deslizava brandamentesobre o canal estreito, ladeado por altas montanhas

que limitavam a vista. Uma delas era simplesmenteextraordinária: tinha a forma de um cone qu- se ele-vava das profundezas da água. atingindo uma grandealtura: era o famoso Pão cie Açúcar — o «Matterhorn»do Brasil — o qual, segundo a tradição, foi escalado

pela primeira vez por um ousado jovem guarda-ma-rinha inglês que, a título de brincadeira, colocou abandeira inglesa no seu cume e desceu deixando-amajestosamente num ponto onde podia ser vista portodos os habitantes da cidade e por todos os navios doporto. O descontentamento manifestado pelos nativosfoi grande: não gostaram nada da brincadeira, masninguém ousou escalar o morro para tirar a ultrajantebandeira; apelaram então para o comandante do na-vio inglês, e o capitão, como castigo, fez com que otransgressor subisse novamente e retirasse a bandeira

• indesejada. Uma segunda vez, contudo, não foramaquelas vertiginosas alturas vencidas com impunidade.A história conta que o corajoso oficial pagou com avida o seu ato leviano. Digamos que a história mentee que nos anos posteriores êle teria recebido a reeom-pensa que sempre foi conferida pelos justos aos bravos.

As surpresas ainda não haviam terminado. Nós, osmadrugádores, iríamos dentro em pouco deparar comoutro cenário. O estreito, pelo qual vínhamos vaga-

rosamente navegando nos últimos minutos term uwa

bruscamente numa vasta baía. em forma de lago, intei-

ramente cercada, com exceção da estreita entrada

pelo mais deslumbrante panorama montanhoso que o

mundo pode exibir,A superfície desta vasta baía, que cobre uma area

de mais de rem milhas quadradas, era tranqüila, cns-

talina. absolutamente isenta de ondulações. As mon-

tanhas e o conjunto dc vistas ao redor refletiam-se na

vastidão líquida, como se o fosse numa superfície de

aco polido. Aqui e acolá, ilhas verdes espelhadas, pro-

jetavam longas e profundas sombras na agua. Nao

havia o mais leve sopro dc brisa. Nem um so mastro

ou vela Tudo parecia tranqüilo, calmo, deserto, como

na ocasião em que a primeira embarcação ditosa, tres

séculos antes ou mais, rompera a solidão da natureza

selvagem desta terra.

De um lado surgiam as encostas cobertas de vege-

tacão vev.de do famoso Corcovado, sobre a qual ade-

iâíam aqui e ali pequeninas nuvens de uma côr branca

lanosa. empurrando uma às outras, acima dos con-

cavos e dos cursos cVágua. Do outro lado, os ondula-

dos morros e montanhas revestidos de luxuriante ve-

o-etação v. rde-escuro. com a neblina da manhã ainda

sonolenta nos desvãos abrigadores e branca . como

campos cobertos da mais pura neve. Á distancia,

numa extremidade afastada da baía, envolto num

enevoado onírico cie púrpura e ouro, aparecia a grande

cordilheira da Serra dos órgãos com os altos picos,erguendo-se para o céu como as cúpulas douradas e

as agulhas das torres de uma grande cidade. Foi esta

a nossa apresentação preliminar ao «Novo Mundo».

Um pouco adiante, e. depois cie passarmos por um

pequeno piomohtórió, à esquerda, avistava-se a linda

cidade rio Rio de Janeiro, situada numa planície ao pédas montanhas, parecendo, a esta distância, uma linda

aldeia oculta entre um aglomerado de palmeiras, la-

ranjais e outras plantas tropicais exuberantes.

Havia uma floresta de mastros na baía, bem em

frente à cidade, dissipando assim mais da metade dailusão alimentada por nós de que todo aquele con-

junto era alguma encantadora cena de fadas, em lugarde um retiro freqüentado diariamente pelos homens.

Meia hora depois, o «Lusitânia» arriou a âncora bemem frente à cidade, e foi cercado imediatamente poruma flotilha de barcos, que pareciam ter vindo dasprofundezas do mar, como sapinhos ao redor de umacarcassa atirada numa poça estagnada; tão rápidoapareceram eles. *

Quase todos esses barcos tinham toldos sobre apopa. a fim de protegerem os seus ocupantes do calor'do sol. Era interessante ler-se os nomes escritos nos"painéis da popa. os quais haviam sido tirados das nos-sas próprias estações balneárias. Nomes conhecidoscomo o «Mary Ann» e «Sarah Jano» contrastavam como negro de pele lustrosa ou com o português de peleamarela. Nem era o linguajar apressado e estranhodc um idioma desconhecido destinado a nos fazer acre-ditar estar em águas inglesas. Enquanto esperamosa chegada das autoridades da Polícia Marítima, cujaausência conservava a frota de pequenos barcos emvolta do navio, aproveitamos a oportunidade para fazerum ligeiro retrospecto na história da cidade queora se descortina diante de nossos olhos e com a qualtravaremos, breve, um conhecimento mais direto emais íntimo. (Cont. no próximo número)

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35.'9 Ano -- Na? 1 — Junh

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A LBOUYS parte para Versailles, na** carruagem de. Mme. Pasquier e

chegam à rua Buci, onde Naundorf con-fia ao seu "encarregado de negócios"que no correr desse mesmo dia "uma

voz interior o prevenira no sentido dese apressar, porque Martin anunciavaque cs acontecimentos esperados esta-vam próximos." „,<-

E' decidido, então mandar alguémde confiança à Prússia a fim de colher,em Krossen, as provas anunciadas pelopretendente. Albouys na mesma noiteescreve à esposa, para anunciar o"triunfo próximo"; esta, entretanto, naoparece confiar muito no êxito dessaviagem, ao contrário.. .

A viagem é iniciada sob os melhoresauspícios e em Paris os "conspirado-

res" já pensam onde instalar a "fami-

lia real" (esposa e filhos de Naundorf),quando chegasse à capital francesa. Opobre cura de Saint Arnould volta aabrir a bolsa para oferecer "100 fran-cos para a rainha".

Foram dias ensolarados para cs

"fiéis". O profeta de Gallardon pareciapreso à causa de Luís-Carlos, havendoprometido uma declaração decisivapara breVe.

—- "Esperamos que Martin nos anun-cie qualquer coisa de importante deamanhã a oito dias, ou talvez antesdisso!" — escrevia Albouys.

Aliás, as profecias do visionário serealizam com espantosa precisão: a 15prendiam em Paris "um pretenso Du-que de Normandia; o terceiro, a serpreso no espaço de um mês." E Martinnão havia anunciado: "Quando chegaro memento culminante, surgirão váriose falsos delfins"? Por sua vez, c curaAppert, quis ver o Pretendente, emborajamais tivesse duvidado de sua sin-.ceridade; contemplou-o com ternura eformulou sua convicção nestes termos:

— "Incorreria num pecado mortal,se não acreditasse em sua identidade".

E os "prodígios" se sucediam semdescanso: influenciado pelo cura deSaint Arnould, Naundorf (que jamaispraticara qualquer religião, englobam

do todas elas no despreso e que, se-gundo havia confessado, era hostilprincipalmente às crenças católicas, sepreparava agora para o seu papel de"filho mais. velho da Igreja"; ia à mis-sa, jejuava nos dias obrigatórios, comgrande alegria para os seus piedosospartidários que distinguiam nisso umsinal manifesto de sua predestinação,presagiando o maior êxito para a suamissãc. Ah! Logo que tivessem as pro-vas ali, na rua Buci, nada mais pode-ria deter o grande movimento de entu-siasmo que lev iria a França inteira aproclamar o filho do Rei Mártir!

A esse tempo uma carta da Sra. Al-bouys anunciava haver chegado aKrossen "e tudo examinado". Depoisacrescentava que iniciara o regresso"com várias amostras". ..

Eram as provas! Já estavam com elae, portanto, isso encerrava a questão.Além do mais, Martin se dignara hon-

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rar com a sua presença a rua Buci."Acontecimento extraordinário! — ano-ta Albouys em seu caderno. — Foi a28 de setembro, pela manhã; o prin-cipe não despertara ainda, c profetachega, escoltado por Mlle. Pitait e Mme.de Saint-Hilaire; abrem a porta e ven-do que o rei dcrmia, não ousou pene-trar no quartc. Porém Martin não estáali para esperar; entra sem cerimôniae, ao ruído que faz, Carlos Luís abreos olhos, íita-o e exclama: "Meu carcMartin!" Abraçam-se longamente, cho-rando ambos. As mulheres se retiramdiscretamente, deixando sós os deis ho-mens. Ficam assim, fechados, durantemais de uma hora. Quando Martin rea-parece, 'tem o resto radiante e nesolhos c sinal de uma felicidade sobre-humanar Logo afirma que "o Príncipeé tal como aparece em suas visões!"

Grande emoção! A palavra de Mar-tin valia por um sacramento. Então Al-bouys vai para junto dc Príncipe quelhe revela, por sua vez, "coisas extra-ordinárias", não é possível revelá-las,"mas

podem ter a certeza de que ex-plicam perfeitamente esse súbito re-conhecimento e essa ternura reci-preca".

Essas revelações extraordinárias sc-bre as quais Albouys silencia, são hojeconhecidas; foram divulgadas pelo pró-prio Naundorf. Também êle — emboraiamais se gabasse — era favorecido pe-Ias visitas celestes. . . Em Krcssen, du-rante vários meses, recebera os con-seihcs de um "gênio consolador" quec incitava a se transferir para a Fran-ça e salvar a sua pátria." O gênio in-sisíia incansavelmente.; vestia roupasde aldeão e tinha cabeies brancos.Ora, embora Martin tivesse cabelospretos, Naundorf reconhecera nele oseu gênio consolador de Krcssen, acpasso que Martin reconhecia em Naun-derf um dos fantasmas de suas visões...

Não temos a intenção de expor o"case Naundorf" em suas brumesascomplexidades, mas apenas de. seguiras peripécias em ligação cem a histó-ria de Martin.

Apesar de tudo, certos pontos se.conservam obscuros; Martin não sabiauma palavra de alemão., enquanto queNaundorf arranhava o francês. Comoconseguiram, sem intérprete, trocarconfidencias tão minuciosas?

Existe, de Martin, realmente, umacarta, confirmando a estranha narraiiva que acabamos de transcrever e, ain-da ccmpletandc-a cem algumas parti-cularidades interessantes, eslava data-da de 20 de outubro de 1833 e era divi-gida a um dos nobres familiares docastelo de Esclimont:

"Senhor Conde... Pergunta-mose vi um1 personagem cree tem pro-vacado muitos rumores atualmente.Sim, estive com êle, a 28 de se-tembro, e cem êle permaneci muitotempo. Reconheci-o, por um sinalque provém dos maus tratamentossofridos. Também revelou coisasque eu sabia e jamais ha-via dito a quem quer que fosse.Êle sabia que eu sabia. . . E, defato, a mesma pessoa que vi numa

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visão com vários soberanos. Tam-bem me haviam feito ver o impe-rador da Rússia, que deve conver-ter-se á religião católica. Vi umbelo homem, e de uma grandezacativante. . . Senhor; quando fa-lei a Luís XVIII se tivesse feitoo que lhe recomendei, a Françahoje estaria transqèila; mas a am-bicão de reinar. . . De fato, êleme prometera mandar fazer bus-cas, para dar o lugar a quem omesmo pertencia; mas nada fêz.Disse-lhe ainda que não se sagras-se; teve medo da ameaça e ficousem sacramento até hoje. . . Nãoassino; c senhor sabe quem es-creve..."

Assim, Martin chegou ã acreditarque aconselhou, realmente, em 1816,a Luís XVII a descer do trone e a dei-xar o poder a seu sobrinho Luís XVII!Não fizera qualquer alusão a isso emsuas primeiras narrativas, aos médicosde Charentcn e ao cura Laperruque;mas, a partir de então — segundo jáfoi observado — sua versão primitivacresceu e engordou insensiveimentecom tudo aquilo de que o profeta seapropriava segunde as insinuações dosseus admiradores. Ãacra, já atesta re-conhecer, em Naundorf, o filho de LuísXVI! Restava, pois, esperar as "pre-

vas" que a Sra. Albouys trazia de Krcs-sen; se fossem incontestáveis, demons-trariam a um só tempo a identidadereal dc reloj ceiro e a infalibilidade dcVisionário de Gallardcn.

:J5.v Ano — N.* 1 — Junho ÜíJCi

Chamamos, aqui, mais umavez, a atenção dos leitores paraum fato da maior importância:enquanto Fornairon parece res-peitar essas crenças e trata opretendente com respeito, Leno-tre insiste em ridicularizá-lo,assim como a Martin. A nós ca-be simplesmente transcrever acrônica de um e outro, deixan-do que o leitor recolha das mes-mas os fatos que considerarmais dignos e conclua como jul-gar mais certo, mais justo e doseu agrado.

Prossegue G. Lenoire:Seria errar muito ver nesse quadre

sumário a menor veleidade de zomba-ria; está êle traçado por meio de dc-cumentos segures, isto é, por meio detodas as cartas escritas e recebidaspor Albouys, durante esse períodoatormentado de sua existência: c ho-nesto magistrado, sabendo que traba-lhava para a História, legou a totali-dade de sua papelada à bibliotecamunicipal de Cahcrs, ende ainda seencontram.

*

,á está a verdade sobre csprimeiros dias de Naundorf em Parise o fim de Martin. Surpreende a qual-quer um que cs historiadores nanunder-íistas, que devem conhecer essa fonteopulenta, hajam tão cautelosamentefugido ac enseje de consultá-la.

Não convém, assim, procurar nc queiá foi dite e oc que resta ainda con-.ar qualquer intenção de caricatura; aboa gente que já foi focalizada — emsua maioria — de uma lealdade e de

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IÍW4M

Carlos Luís abre os olhos, fita oambos. As mulheres

uma sinceridade enterne cedera s; crêemna existência dc Delfim, porque a suasensibilidade repele, como cruéis, o de-solador martírio do menino príncipe eseu fim tristíssimo na misteriosa prisão.Sua fé na evasão — fé muito justi-ficada e generalizada — não se con-tenta com a esperança de que haja es:capado acs seus algozes; obstina-se.em encontrá-lo vivo e quer restituir-lheo'.trono! Instigados cer essa obsessão,ei-ies às voltas com um homem cuja

8*5*'? Ano N.o 1 Junho — 1951¦'. -'¦-

—-EU SEI TüD<

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aparência corporal, os tra-ços fisionômicos, a dignida-de física correspondem ao'seu sonho.

E devemos desculpar suaalegria ingênua de possuirem sua casa burguesa o reique assim encerrava os seusdias de miséria; devemostambém compreender a sa-tisfação que sentiam em pro-nunciar as palavras VossaMajestade, ou Monsenhor, nograve beija-mão de cada

que vêm a nossa casa são tais que eumal teria conseguido vê-las, em suas•residências, mesmo com as melhorescartas de recomendação!" Está embria-gado com "a grandeza entre a qualpaíísou a viver"; O térreo da rua Buciestá cheio de "belos nomes" desde queo príncipe ali se instalou: "Duques emarquesas esperam numa saleta, o mo-menlo de ser recebidos... O Sr. deMontemorency delegou poderes aoMarquês de Pacca!..." Também Mme.de Janson, além de outras damas daintimidade de Maria Antonieta fazem a

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recém-chegado e exclama: - «... Meu caro Martin!» Abraçam-se, chorandose retiram discretamente, deixando sozinhos os dois homens.

manhã e de cada noite; a sua sur-presa de se tornar "cavalheiro dacâmara do rei" e "dama" de suacorte, de tratar como diplomatas extra-numerários dos grandes negócios doEstado! O bom Albouys é emocionante,em sua vaidade, quando descreve asua esposa: "As graves ocupações eas longas conferências que tive comgrandes personagens, tomaram todosos meus minutos.. ." ou, ainda: "Quero

que saiba desde logo que as pessoas

corte ao Senhor Delfim; são trocadasrecordações dos encontros que antestiveram nas Tulherias. . . Trama-se so-bre as medidas preliminares,

"logo

que o odioso Felipe se veja obrigado adeixar as Tulherias, para dar lugar aorei legítimo.. ."

Algumas vezes, um sopro refrigeram-te passa, enfraquecendo um pouco ofervor dos "iniciados": um artigo pu-blicado por um jornal legitimista, a"Gazeta de Fiandres e do Artois", pro-

voca reflexões: "Luís XVII está emParis... E' exibido por dinheiro. Nãoíaz muita cerimônia em receber os vi-sitantes aos quais descreve suas aven-turas que, entre parênteses, não muitoembrulhadas; exerceu, na Prússia, aarte de relojoeiro; neste memento exer-ce outra indústria, que bem poderánão valer a outra."

Quem é o indiscreto e insolente' au-tor desta perfídia? Talvez estivessemabrindo a porta com facilidade ao pri-meiro que se apresentava. . . O medoda polícia amedronta os fiéis. . . e,um dia, porque uma mulher desconhe-cida parou um certo tempo sob as ja-nelas da casa, trataramm de mudar aepressas; Mme. Rambaud se encarregade "escamotear" o príncipe, enquantoos papéis sac colocados em lugar se-guro. Albouys não dorme duas noitesseguidas. Mas, depois, tudo volta à cal-ma: é tão divertido representar o pa-pel de conspirador, trocar mensagenscifradas, dizer, referindo-se ao rei:

."nosso amigo, meu cliente, meu pri-mo, nosso tio, etc," e sair somente ànoite, roçando os muros!... E que te-mer, afinal, desde que Martin asseguraêxito certo?

A falange naundorfista confia emMartin: o abade Appert anota as suasmenores palavras, Mme. de Saint Hi-laire, por sua vez, entra em êxtase/quando o profeta fala e Mme. Pasquiersó se resigna a interromper a sua ta-garelice para ouvir as "revelações"de Marin. Tombem ela, aliás, tem assuas horas "inspiradas"; um dia pedea Albouys papel, pena e tinta, para es-\crever a quatro pessoas, sendo duasdelas, bispos: "Escrevi-lhes em 1816 —diz ela — Não me ouviram; mas êleme ordenou voltar a escrever a essescéticos".

Albouys não se surpreende mais,seja lá do que fôr; vive no inverossí-mil e sua credulidade causa estupefa-ção:

"E' preciso vê-lo —¦ escreve o li- ¦'¦vreiro Bricon — para compreender atéonde um homem pode, viver iludido".

O "Journal des Villes et des Cam-pagnes" anuncia que uma galinha, emOrigny, no Yonne, deitou um ovo sô-bre o qual estavam traçadas em relê-vo estas letras e esta data: "F. D..1834". Não podia haver fraude; quan-do d proprietária o encontrou, "o ovoainda estava quente; acabava de serdeitado".

Imagine-se o espanto da aldeia eas interpretações provocadas por esse"prodígio"! Mas. . . F. D.? Que seria?Fim do Delfim, explicaram os adver-ysarios. Não! Isso significa: Felipe, De-fende-te, insinuaram outros, sem dúvi-yda mal instruídos e ignorando a ma-neira como Felipe se grafa em fran-cês (Phelippe). Nada disso! — decidiuum terceiro — F. D. 1834, significa:.França Libertada (France Délivrée) em1834! Essa foi a interpretação apro-vada. O ovo foi levado, em seguida,para a sub-prefeitura de Avallon e alificou exposto à veneração dos curiosos.

E' sobre tais argumentos que' se fir-ma, de preferência, a fé em Naundorf,desses espíritos sem defesa: não con-cebem que a prova mística, a provamoral, as semelhanças e os reconheci-

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EU SEI TUDO

O DIRETOR DE TELEVISÃOA Televisão, como o rádio e o cinemaapresenta variados problemas para osque nele trabalham. Aqui tem os lei-tores como um diretor de televisão,por meio de sinais manuais guia aação dos artistas, no estúdio.

56 35.c Ano — N.,*> 1 — Junho —- 1051

Ai/fAlgumas vezes os artistas de televisão,movendo-se, fogem ao campo da visão.

Esse gesto significa: «Enfrente aa câmera!»

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Resolvendo um problema de composi-ção: «Juntem-se mais diante do qua-

dro de foco».

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O foco está perfeito. Então o diretorindica, com este sinal: «Fiquem

onde estão».

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«•'.* O diretor nota alguma hesitação nosartistas, como se temessem errar algu-ma coisa. O diretor os tranqüiliza com

este sinal, que significa: «Tudocorreto. Continuem».

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Verdadeira calamidade. Este sinal in-forma aos artistas: Vocês estão forado campo visual; o público apenas

ouve, mas nada vê!»

COMO VOCÊ RESOLVERIA ISTO?

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Um grande incêndio nos subúrbios de uma cidade, além de dar umtrabalhão aos denodados bombeiros, criou ainda para a polícia localum problema. A única tomada de água, existente nesse quarteirão, fi-cava do outro lado da rua, uma rua muito importante porque era aúnica que dava acesso à estrada de rodagem nessa parte da cidade; nela,naturalmente, o tráfego teve que ser paralisado. Não havia como darpassagem aos veículos, que, por outro lado não tinham outra via decomunicação. Não tardou a surgir uma fila enorme, com o conseqüentebuzinar de ensurdecer. De um lado da rua o prédio continuava ardendo,enquanto no centro da estrada vigiando o funcionamento das manguei-ras, os nervos dos policiais também começavam a arder. A certa ai-tura um assistente fêz uma sugestão... e em poucos minutos o tráfegofoi restabelecido e tudo voltou ao normal, na estrada, sem que os bom-beires cessassem o seu combate ao fogo. Que foi feito? Se o leitor nãosabe, encontrará a resposta na página 48).

mentos não têm qualquer importânciaem justiça e em História.São necessa-rias, sim, provas materiais, escritas,que possam ser submetidas a exame ecuja autenticidade reconhecida força adecisão dos juizes. Os devotes de Car-los-Luís ignoravam isso e assim espe-ravam sem impaciência e considera-vam antecipadamente supérfluos, osdocumentos "decisivos" que a Sra. Al-bouys fora procurar no funde daPrússia.

O livreiro Bricon foi o primeiro a ternotícia do "desastre". A Sra. Albcuysdescobrira apenas cartas sem qual-quer valor e sinetes com os brazões dePichegru, Heche e Josephine de Beu-harnais! Nenhum outro indício a nãoser que Naundcrf fora preso e proces-

sado como incendiario e fabricante demoeda falsa!

Os "iniciados", porém, receberam a

notícia com diferentes reações. O max-quês de Pacca censurou Martin, inti-mando-o a "retratar-se, sob pena dearruinar o seu prestígio" e convidem-do-c a revogar seu reconhecimento etambém a profecia! O abade Appert,totalmente cego, por. sua veneraçãopelo Visionário de Gallardcn, afirmouque as informações colhidas pela Sra.Albouys o haviam confirmado plena-mente em sua convicção!. . .

Aconselharam então a Naundorf — afim de dissipar as últimas dúvidas — aempreender uma viagem a Praga,apresentando-se à Duquesa de Ángou-leme, "sua irmã". Carlos-Luís recusouenergicamente, declarondo:

— Dispenso perfeitamente o reconhe-cimento dela! — (Continua)

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O reverso do anterior: «Vocês não es-tão sendo ouvidos, masapenas vistos».

E, para encerrar a representação,,clássico sinal do rádio: «Corte!»

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3G.,v Ano — N.o 1 — Junho — 1951

Jt\ «« BOA RESPOSTA a

57

DO MÊS

W -0Enquanto esperava, na fila de um movimentadíssimo restaurante,

em Seattle (EE. UU.), um jovem casal palestrava animadamente sô-bre compras que pretendiam fazer, todas para recém-nascido. Repenti-namente, olhando para a bandeija que um garçon transportava, a jovemesposa disse para o marido: "Humm... aquela galinha com cremechantilly parece estar bem gostosa. . .

O marido, porém, logo replicou: "Você sabe, querida, essas coisasnão são boas para você ou para a criança. . . São pratos que engordame nem você nem êle deve ganhar peso rapidamente. Melhor será vocêcomer uma boa salada.. .

A essa altura, uma senhora de mais-idade, que ouvia o que ambosdiziam, voltou-se e disse para a jovem senhora:

.¦— Os homens são assim mesmo! Acham que sabem tudo. Vá pormim e coma tudo o que você quiser, meu bem. .. Sempre comi o quemais desejava. .. E tenho quatro filhos sadios!A seguir, voltando-se para o jovem marido, perguntou com supe-

rioridade:"E o senhor? Quantas crianças já pôs no mundo, moço?Cento e trinta e dois até ontem, madame... — respondeu êle,

com frieza — Sou obstetra!

MAIS DE UM SÉCUiLO ESPERANDO A STJA VITIMA — O olmo centenário tom-bou justamente sobre um automóvel parado casualmente nesse trecho da ruaprincipal de Brockton, Massacchussetts (EE. UU.). Felizmente o automóvel estavavazio. O tronco esmagou totalmente o veículo. Um vento fortíssimo venceu a re-sistência das velhas raizes... E se acreditássemos na faculdade pensante domundo vivo e extático, pensaríamos que o olmo ficou, um século, à esperaj davítima, para morrer matando, com o alarde da formidável potência acumulada.

mu SEI TUDO

EM HORA DE TEMPESTADE,TODO PORTO E* BOM. ..

AVIÃO — Em Filadélfia, um mecâ-nico do avião comprou um velho «trans-porte», dado como imprestável, cortou-lhe as asas. retocou-lhe as extremida-des... e passou a viver no mesmo coina família.

•BARRICA — Em Devü's Lake, Da-

kota do Norte (EE. UU.) um homem,desistindo de encontrar apartamento,lembrou-se — parece — de Diogenes edepois de comprar uma imensa barrica,abriu-lhe jan. Ias, porta, etc, etc., e...passou a morar nela, com a jovemesposa.

•TRONO DE CEDRO — Não muito

distante de Cedro Woolley, Washing-ton, um carpinteiro aposentado esva-

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ziou o tronco de gigantesco cedro, pre-parou-o como convinha e passou a viverno mesmo como numa casa.

*

CASA DE BONECA — Em Minnea-polis, um jovem par, desesperado pornão encontrar casa para morar, foi re-sidir numa casa para bonecas, coisagrande de fato, e que fora construídamuitos anos antes para o folguedo dosfilhos de um ricaço.

POSTO DE GASOLINA — Em Rah-way,, Estado de Nova Jersey, umafamília não encontrando casa... encon-trou um velho posto de gasolina, hámuito abandonado e nele passou a re-sidir.

•CANIL — Em Omaha, um homem

expulsou um cão da sua casota e pas-sou a usá-la, êle próprio, para dormir.

XADREZ — Em Belvedere, N. Jer-sey, um homem invadiu a delegacia po-licial, trancou-se no xadrez da mesma edesafiou o comissário a expulsá-lo ale-gando que não tinha onde residir.

CAVERNA — Não distante de Pas-sadena (Califórnia), um maquinista daestrada de ferro, descobriu uma pe-queria caverna no alto de uma colina...e nela se instalou, com a' família de 9pessoas, móveis, fogão, etc....

CHIQUEIRO — Em Leatherhead (In-glaterra), o proprietário de um grupode alpendres onde exibia porcos de ra-ça, decidiu transformar tudo em pe-quenos chalets e alugá-los às pessoasdesesperadas por- não encontrar coisamelhor para morar.

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ÔNIBUS — Em Chicago, uma com-panhia de ônibus vendeu carros velhosa indivíduos que logo os transforma-ram em «residência» para pequena fa-milia. Hoje há uma imensa «fila» depretendentes em todas as companhiasde ônibus, aguardando carros velhospara comprar e fazer o mesmo.

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RUA DÓS ANJOS(Cont. da pág. 10)

na orla do oásis, fronteira do nada; ali

fora para pensar — pensar tranqüila-mente em tudo o que o preocupava) —

Agora voltou e e imediatamente —

;estalou os dedos — começou a ira-

balhar. . ,— Não. — disse François falando

lom precipitação — Não pense queeu... Nada espere de . mim. Nao

quero....y, — Não quer? — A pergunta ficou

algum tempo entre eles.Fronçois, finalmente, baixou a cabe-

. ça, como se examinasse a pcnta dos

sapatos:Elas vão daqui quinta-feira. ..

Não quer.. . — repetiu Gravat —

Oh, Sr. Ledoux! — Riu grosseiramente,sacudindo cs ombros poderosos.

François levantou-se, resoluto; cs

seus olhos cinzentos estavam ameaça-dores.

Pensa que não posso conseguir

papéis de outro qualquer? Só porqueme deu esses papéis imundos. . .

,Tirou-os do bolso — passaporte, car-tão de identidade, etc. — iudo o querepresentava François Ledoux e seumundo. Quase os lançou às faces relu-zentes de Gravat. Mas se conteve.. .

Gravat, porém, sempre aparentemen-lé calmo, falou:

Você pode conseguir papéis comoutro qualquer, de fato. Mas iguais aesses, nunca! Além do mais, dez mi-mitos depois de os conseguir, a poli-cia estaria atrás de vocêl

Fêz um gesto de enfado, como se aatitude de François lhe parecesse in-seniata, depois prosseguiu^ como senada tivesse ocorrido entre eles:

"A tal Sra. Duggan e sua encan-tadora filhinha vão viajar para Roma,na quinta-feira, hein? Como?

Não sei. — Sentindo-se vencido,não ousava enfrentar os olhos do réptilque o dominava.

"Por via aérea, naturalmente, de-vendo partir de Sudra. — disse Gravatindicando com a cabeça o alto da co-Ima — E, como é normal, deve-rão tomar um automóvel para irdo hotel ao aerôdromo. E o vei-culo pode ser conseguido paraelas por seu simpático amigo,François...

Nâo!Sim... Luís pode dirigir

Cuidará, é claro, de levá-las umpouquinho para fora da estradausual.. . então poderão ser cap-turadas por um bando de pito-rescos salteadores, perdendo iô-da a bagagem. Perfeitamentesimples! Terão porém, uma emo-

. , nonante história para contar aosseus amigos ricaços para todo oresto da vida. . .

O rapaz procurou um extre-mo recurso.

— Não é coisa pequena demais para você?. Que lucro issorepresentará? Algumas peles,um cu dois vestidos, um punha-do de quinquilharias. . .

—¦* Quinquilharias! — excla-.mou Gravat parecendo achar

ri'v "S i

muita graça na ingenuidade do outro

depois, repentinamente sério e curvan-

do-se para a frente, disse, com ar con-

Eidencial: — Então não sabe para quema Sra Dugaan escreveu três vezes des-

de que chegou ao Maxim? À Condessa

Fondano delia Sforzina! — Seus olhos

brilharam, enquanto- voltava a se re-

costar na poltrona e fazendo-a gemersob o ccrpanzil - Vai ficar na resi-

dênciá da condessa, em Roma! E você

acha que vai usar quinquilharias na-

quela sociedade!Um frio desagradável nc estômago

de François foi o sinal de que acredi-

tava em todas as palavras de Gravat.

Este, entretanto, agora animado, prós-seguia:

"Portanto você vai continuar a

visitar essas americanas e cuidar de

iodos os detalhes dessa viagem... —

Sorriu, satisfeito, depois concluiu, pis-cando um olho — Então poderá voltar

para esse oásis e ali passar alguns

dias; convém estar afastado da cidade,depois do golpe, para não despertarsuspeitas... r , y

François continuou calado. Então,num sussurro, Gravat perguntou:

"Você ouviu. . . Ledoux?— Sim... — Ouvi! — Rodou nos

calcanhares e saiu da sala.

Passadas vinte e quatro horas, uminevitável mensageiro passou junto deFrançois.

"Monsieur Gravat manda pergun-tar: "Que está esperando para agir?"

Não sabia, realmente, o que espe-rava. Apenas, no fundo dos seus pen-samentos germinava a idéia da rebe-Iião. O dia iodo passou fazendo meto-dica limpeza em seu barco. Agora, sen-tado no telhado da cabine minúscula,olhava a lua. Estava assim perdido emsuas reflexões quando, como uma ga-tinha, a pequena saltou do cais e veio

pisar ágilmenie bem junto dele. Vestiatoilette preta, de absurda elegânciapara aquela cidade e aquela embar-cação.

Imediatamente êle perguitou:

Quantos homens seguiram você

do hotel até cá?— Cinco! — disse ela com orgulno

— E você? Por que fugiu de nós? Ma-

mãe convidou você para jantar... Es-

queceu também isso?—¦ Mais cu menos. . .Ficaram calados algum tempo en-

quanto sobre eles a enorme lua afri-

cana navegava entre flocos de nuvens.

Repentinamente ela perguntou, sor-

rindo:Você, com certeza, acha que sou

um criança. ..—,;E- mesmo! — Ficou olhando para

ela, com um desejo louco de lhe dizercoisas mais amáveis e mesmo beija-la.Mas repentinamente, voltou o rosto pa-ra o lado oposto, quase com ódio.

Ela ficou sentada, sob o luar, contem-

plando o mar" absolutamente calmo elizo.

Eu queria tanto que você gostas-se de mim — disse ela, finalmente, comuma vozinha frágil e sumida — —por-

que. . . eu, eu não posso deixar de pen-sar em vocò. — E antes de que êle

pudesse fazer um gesto, ela estavapendurada ao seu pescoço, soluçandoseguidamente — Não sei explicar. . .Mas fico o dia todo pensando, e comsaudades.. . Acho que gosto muito devocê!

Êle.apertou entre o polegar e o indi-cador a pontinha de uma orelha ro-sada, sorriu e disse:

—¦ Tolinha. ..— Oh! Não quero que ria de mim! ¦—

exclamou com os olhos brilhantes.Êle ficou sério e procurou acalmar

aquela crise, que mais uma vez pro-vocava um fiuxo de lágrimas. Final-mente ela pôde falar, entre dois so- .iuços:

— "Quero que me desculpe. . . Foitudo tão rápido, compreende? Nao tor-narei a vê-lo. Não! Não olhe paramim. .. Sou mesmo uma tola! — En-xugou vagarosamente os olhos, comum lencinho perfumado e repousou uminstante em silencie.

(Cont. na pág. 76)

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— Pelo que vejo, houve outro aumento de salário para a secretária!

85,o mu "EU SEI WyXJÜ

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(Romance Policial) • De RUFUS KING

BESÜMO DA PAUTE JA' PUBLICADAMrs. Willett, viúva, com dois filhos ainda jovens, fora

ameaçada de ver os rapazes raptados, caso não entregassecerta soma em um lugar pré-marcado. Por três vezes re-cebeu o aviso, sendo um deles ameaçando-a de morte. Ascartas eram escritas com tinta química, de maneira que,depois de certo tempo, desapareciam as letras, ficando opapel completamente branco. Alarmada com o caso pro-curou o Chef de Polícia de Nova York, antigo conhecidoda ameaçada e de sua família. Depois de longa confe-rencia, o chefe da Segurança Pública destacou um agentede confiança, Sr. Valcour, para defender a residência dafamília visada pelos chantagistas, em Adirondack, grandesolar rodeado de árvores e cachoeiras que desciam dasmontanhas. No primeiro dia que Valcour passou lá, tomouconhecimento da família de Kate (nome familial de Mrs.Willett) e viu que, além dos meninos ameaçados de rapto,"havia ainda outras pessoas, inclusive Jess, filho mais velho,casado com Linda, fazia pouco tempo. A casa estava sendovigiada pelo zelador, esposa e filhos, que tomavam contade outros afazeres mais leves e da arrumação da casa.Além dos filhos e da nora, ainda havia na casa o pre-•ceptor dos rapazes, Wilbur Strange, e um sobrinho deMrs. Willett, Larry Stone. Ao todo, sete pessoas no ca-sarão, fora os empregados. O agente Valcour estava a in-teirar-se da situação e dos hábitos dos moradores dacasa a fim de tomar uma, decisão e aguardar os aconte-

eimentos. Entretanto, apesar de Mrs. Willett haver acei-tado as condições dos chantagistas, e já estar com o di-nheiro pronto, ninguém apareceu para receber o preço desua tranqüilidade. O agente de polícia estava organizandoum relatório para o chefe da Segurança Pública, e distri-buía sentinelas por todos os lados, quando vai conversarcom Artur no salão. Mas, depois de oferecer-lhe um ci-garro, notou que o rapaz estava sem sentidos, deitado nodiva. Verificando mais cuidadosamente, viu que estavamorto. Uma bala de revólver 22 o matara. E' indiscutívelo alvoroço na casa. A noite inteira passou Valcour ao ladodo cadáver, a fazer conjecturas. Deteminou que não se me-xesse em nada. nem no cadáver, antes que viessem os mem-bros oficiais para o devido inquérito. O inspetor Valcour dábuscas na casa e arredores. Mas não encontra qualquervestígio. Valcour seguia com a máxima atenção o desenro-lar do inquérito preparatório da futura ação criminal peloProcurador Público, a fim de que o caso da família Willettpudesse determinar prisões ou ser arquivado por falta ab-soluta de'provas. Notava o policial que o Dr. Ferris, presi-dente do inquérito, não dissimulava sua generosidade paracom Linda e outros membros da família. Antes de encerrar--se o inquérito. Mrs. Willett foi com a família e o preceptorde seus filhos passar uns dias nas Bermudas, a bordo do«Hamilton». Com surpresa para ela e os seus, surgiu a fi-gura de Valcour no vapor. Eram ordens do Chefe de Polícia,para proteção de todos e, especialmente, do irmão maismoço do assassinado.

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Inesperadamente morre Mrs. Willett, mesmo comtoda a casa ocupada pelos'detectives, inclusive Mrs.Simpson, a serviço do Bureau Central e que estavaprestando assistência à milionária. Mrs. Willett aotomar chá com o filho, adiciona forte dose de acônitoe morre. Valcour procura Henri, mas, com surpresa,verifica que o rapaz havia furado o bloqueio poli-ciai e fugido num carro "Torpedo" propriedade dafamília, em companhia de Wilbur. Dão caça aos fu-gitivos por todos os lados e, quando Valcour temnotícias da passagem do veículo por certa locali-dade, vai com o próprio chefe de polícia em procura*do jovem aloucado.

Quando Valcour avisou o chofer de que iam pararem Kitchawan, o motorista fêz sinal com a cabeçaque havia compreendido bem. O carro acelera suamarcha e quatro minutos mais tarde eles paravamsob a pressão progressiva dos freios. Valcour baixa@ vidro e se dirige a um inspetor de polícia comóculos que acabava de acercar-se do automóvel dochefe de polícia:—¦ Eles já passaram ?

Não, tenente. O "torpedo" não passou por aqui,•e acabo de receber telefonema de Amawalk de que¦o tal carro também não foi visto por lá. Com certezaficou parado aí por alguma parte no meio do cami-aho, ou então tomou uma outra direção transver-sal. Quer que eu os acompanhe?

Não. Fiaue annirrr -Aua ordens, tenente,Valcour ordenou ao chofer que fosse andando

vagarosamente e parasse em cada cruzamento daestrada e, quando chegasse em tais encruzilhadas,aplicasse o farol manual, alternativamente, para a»4Íuas bordas do caminho,,

O chofer movimentou o auto e deslizou à esquerda,•entrando numa ponte bastante longa. O farol de mãomanejado com precisão pelo motorista, pintava nasmoitas marginais grandes machas brancas ao ladoda estrada. A um quilômetro da ponte, pequena es-trada transversal apareceu à direita. O auto para

Valcour desce. Examina atentamente o leito da es-trada transversal. Traços profundos de pneus es-tavam ainda fracos, marcados por pneus quase novos.

— Passaram por aqui, — disse o tenente. —Prossigamos.

O carro de Henri estava parado, com os faróisapagados em meio à escuridão. Foi assim que Vai-cour foi encontrá-lo. Wilbur Strange estava sentadoperto do volante, mãos pousadas sob a cabeça, -per-nas alongadas, num estado de relaxamento" dos mús-culos. Olhava as estrelas. Seu pesado corpo afundarao acolchoado de couro. Nas faces, rastros de lágri-mas ainda quentes denunciavam o seu estado deespírito.

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y ,.y.— Meu bem, eu gostaria de ter uma «conversinha» eoia

você... Caisa assim «de homem para homem»...¦* Y*S5i!

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60

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Henri estava sentado ao seu lado.Mas Henri estava morto.O chefe de polícia indica com um gesto de cabeça

o companheiro de Henri.Valcour retira o jato de luz ofuscante de sua lâm-

pada elétrica do rosto de Henri, cujos olhos semvida, mas muito abertos pareciam fixar obstinada-mente a noite, e responde:

Não, chefe; o assassino que procuro ainda estánaquela casa de Nova York.

CAPÍTULO XXXV

Um vivoO chefe de polícia o olha.

Você é um homem bastante curioso, Valcour.Nunca supus que você pudesse agir com a sorte.

Valcour se mostrou evasivo.—E' um caso muito curioso, — disse êle. ,.

Está perfeitamente certo de que não está en-ganado ?

Absolutamente seguro.Valcour, deliberadamente, torce a conversa, inda-

gando ao chefe:O senhor pode arranjar as coisas com as auto-

ridades locais?Como diz?

— E' preciso que se obtenha das autoridades locaisautorização para entregar-nos o Sr. Strange, aomesmo tempo que precisamos solicitar-lhes permis-são para, conduzir o corpo de Henri para Nova York.

Perfeitamente.Aquela massa inanimada ali. . . sobre o acolchoa-

do do auto. . . era o filho de Kate! — Pensava inti-mamente o chefe de polícia.

Neste caso — continuou Valcour' — permite-me que lhe sugira retornar a Kitchawan, imediata-mente, para todas as formalidades? Assim o senhorpoderia telefonar ao Bureau Central comunicandoque o carro perseguido já foi encontrado e que ficamdesfeitas todas as ordens para capturá-lo. Eu ficareiaqui com Strange aguardando sua volta. Precisoencontrar um ponto de convicção... a única de quetemos, realmente, a maior necessidade. Se eu nãoencontrar nada no auto ou no corpo, é preciso queprocure ao longo de toda a estrada.

Si*'E o que é ?Um frasco de prata, chefe. Um pequeno frasco

de prata.O chefe de polícia olha, mais uma vez aquele rosto

que a morte já havia coberto de uma côr acinzen-

— Mamãe disse que você viu um «prato-voador»..

35.* Ano —- N.o 1 — Junho — 1951

tada. Muito se assemelhava a Willett.. . Nada tinhade Kate, aquele rosto. Lentamente, pesadamente, êleretoma o seu carro. O chofer fêz marcha-à-ré, avan-çou um pouco para poder dar a volta e, em seguidoretomou o caminho, desaparecendo na escuridão.

A noite era da mais absoluta treva. Valcour seaproxima do auto perseguido, estende a mão para opainel de comando e acende os faróis e os demaisfocos de iluminação.

O senhor viu o pequenino frasco de prata deque falei ao chefe ? — Perguntou Valcour a Strange.

Não, Sr. Valcour.A voz de Wilbur era sumida e como que obscure-

cida pela dor. Seus olhos úmidos e tristes voltadospara o céu, olhavam sempre as estrelas. Imóvel, en-terrado no fofo assento de couro parecia que, lenta-mente, toda a vida se apagava de seu corpo, comesucedera com o corpo inanimado de Henri.

Quer vir comigo para a estrada, se faz favor?Pediu o policial.Pois não, Sr. Valcour!

Wilbur descruza as mãos de sob a cabeça. Seusbraços estavam como que anquilosados. Ergue-selentamente e deixa o carro. Permanece de pé, sem ummovimento, sem uma palavra, apoiado no veículo.Em seguida murmurou:

Quer que o ajude, Sr. Valcour?Não. Obrigado. Você pode descansar aí mesmo.

Wilbur deu alguns passos através da estrada. Co-mo que atingido cada vez mais pela tragédia, dei-tou-se de bruços sobre a relva orvalhada da noite edesatou em soluços.

A lâmpada elétrica de Valcour começou a expio-rar o interior do carro. Sob os pés de Henri estra-nhamente cruzados, um objeto rebrilha. Imediata-mente Valcour descruza os pés do morto e repararno corpo cintilante sob a luz da lâmapada. Com milprecauções apanha-o mal tocando a borda de sustampa. Era o frasco de prata que êle procurava. Ta-teia no bolso um envelope, tira-o e mete nele o frasco,com facilidade, tornando a guardá-lo no bolso.

Em seguida apaga os faróis e luzes internas. Orosto de Henri volta a destacar-se tragicamente dassombras, aparentando vida. Valcour atravessa a es-trada em direção a Wilbur e se senta ao seu lado.

Você é um rapaz bastante estranho, — diz-lhe,.Espero que me considere como amigo, daqui por

diante.O rosto de Wilbur continua imóvel, contra o solo

Em seguida, murmura:O senhor não sabe, tenente Valcour. . .E aquela história do colégio? Creio que sei

muito bem. O Diretor se mostrou muito reticentequando um dos meus auxiliares o interrogou a res-peito. Não disse mais do que coisas vagas, muitogeneralizadas.E fêz muito bem. Êle fêz muitíssimo bem.

Parece que o homem não estava muito certode decisões a seu respeito. Como que tinha remor-sos. Êle o conhecia bem; mas eu ainda não o conheçobastante, ainda.

E Valcour ajunta com brandura:Êle sabia sua história. . .Uma história muito banal.

—¦ Não para você.Valcour acende um cigarro e oferece:—• Quer fumar?

Não. Agradecido.A fumaça subiu para depois esvaír-se dentro da

escuridão. Valcour tornou:Aquela mulher deve ter sido extraordinária,

para você.A mãe dele?

—¦ Sim.Sempre foi muito boa para mim.Eu imagino.Ela me adotou, posso dizer assim. Colocou-me

no colégio com seu filho.. . Morávamos no mesmoquarto. Eu e êle... m ,r

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35.9 Ano — N.o 1 — Junho — 1951

Sua voz rastejava na erva e se agarrava aos galhosE continuou:Muita coisa fizemos juntos. Como dois jovensque éramos, fizemos muita loucura, muita tolice.Acha que devo dar-lhe maiores detalhes, Sr. Valcour ?Não! Eu sei.. .Ela sentiu muita contrariedade quando deixa-mos o colégio e então soube de tudo isso. Adoeceude sentimento. O médico disse que ela estava mor-rendo de anemia perniciosa. Mas eu sei o que a estavamatando. Morria de dor. Seu filho se suicidara. Eeu fui condenado... Não a uma prisão como assuas, Sr. Valcour. Não! Fui condenado a uma prisãoque estava dentro do meu próprio coração, em minhaconsciência. Prisão da qual jamais sairei.Foi aí então que você mandou publicar aqueleanúncio no jornal?

Uma brisa ligeira passa entre as árvores. Folhascaídas como se sentissem toda aquela angústia.Eu precisava restaurar-me moralmente. Eu co-mo que me sentia responsável pela morte daquelamulher que tudo fizera por mim e que estava àmorte pór causa das tolices que havíamos feito, seufilho e eu, e que poderia ter evitado. Eu jurei fazerpor alguma outra mãe, o que teria desejado fazerpor aquela! Há pessoas, Sr. Valcour, que nascerampara o sofrimento.

Que idade tinha você àquele tempo?— Dezoito anos.Os olhos de Valcour, cheios sempre de bondade,

brilharam de maneira inusitada:Eu também já estive com os meus dezoito anos,

Sr. Wilbur Strange. Não era preciso explicar-menada. Eu o compreendo perfeitamente.De súbito êle se lembrou de que Wilbur ignoravaainda a morte de Mrs. Willett. Então lhe diz semnenhum constrangimento:

Mrs. Willett está morta.Então, Henri deve estar agora junto a ela.De certo, Strange. Seu filho está, agora, ao

pé dela.Em seguida exclamou com uma vivacidade queaté a êle mesmo causou esnanto:

Vamos, levante-se! Não fique aí deitado nessaerva úmida. Do contrário apanhará uma pneumonia.

, Wilbur sentia a umidade do mato rasteiro atravésde sua roupa molhada.

—¦ O senhor tem razão, — disse ao levantar-se .Conte-me agora o que sucedeu a Henri.Não posso transmitir-lhe muita coisa, Sr. Vai-cour. Sabe o quanto era Henri teimoso e obstinado.A presença da polícia lá na casa de Nova York co-meçava a irritá-lo, a mexer-lhe com os nervos. Quan-do alguma coisa atuava em seu ânimo, êle ficavaassim como quem está demente. Disse-me êle, quan-do regressou ao seu quarto, após ter tomado chácom sua mãe, que ia tratar de sair daquela casa eficar correndo por aí, até que o inquérito terminasseMeteu-se-lhe na cabeça que poderia ir para a casade campo até que as coisas voltassem ao normal emNova York.

Você não poderia detê-lo?Tornava-se perigoso a qualquer pessoa atra-

vessar-se no caminho de Henri quando êle resolviafazer qualquer coisa. Era preciso que, primeiro, fi-casse em calma. Era capaz de fazer as coisas maisesquisitas e inesperadas para atingir aos seus fins.Desta vez êle me ameaçou dizendo que, se eu pro-curasse impedi-lo de fazer o que havia decidido, da-ria parte à sua mãe, pintando tudo contra mim emtodas as cores! E faria mesmo, Sr. Valcour! Particom êle, mas com o propósito de, no momento opor-tuno, reconduzi-lo a Nova York. Eu sabia perfeita-mente que, mais tarde, passada a crise aguda, quan-do já estivesse mais calmo, eu poderia convencê-lode regressar. Era Henri de natureza muito curiosa.E eu já o conhecia bem. Sabia perfeitamente comoa vir-me eom êle.

Que aconteceu quando deixaram a. casa?—Henri se pôs a conduzir o auto como verda-

61

"r"~T"r;aysr;:À.\m.Ayr.-i-i' ¦ ¦ .-. ^w^^^;y>^HÃ i ' -Aí : „ . ¦ ¦.

EU SEI TUDO

deiro louco. Em Yonkers, um agente de polícia, emmotocicleta, nos quis alcançar. Mas só viemos pararaqui, à beira da estrada.

E aqui, que fizeram?Não sei. . . Isto é, quero dizer, não sei dizer o

que teria causado a morte de Henri. Quando salta-mos do carro andamos um pouco. Henri me disseque precisava desenferrujar as pernas. Pensei que,com um passeio numa situação dessas, seria maisfácil fazê-lo voltar à razão. Ao cabo de alguns ins-tantes, demos meia volta e regressamos ao carro.Já havíamos chegado perto do auto, quando êle medisse que havia perdido seu gorro, uma boina qu$trazia à cabeça, e me pediu que voltasse pelo mesmocaminho que havíamos andado e a procurasse. Andeia olhar pelo caminho, mas sem nenhuma lâmpadaelétrica. Servi-me apenas de alguns fósforos, massem nenhum resultado, pois não encontrei a boina.Desiludido, voltei ao carro. Estava Henri sentado aovolante, como ainda está. Pensei que estivesse afazer das suas, fingindo-se de morto. . . Percebi quenão dormia, pois os seus olhos estavam muito aber-tos. Em seguida compreendi que êle estava morto.Que fêz, você, então?

Subi ao carro e sentei-me ao seu lado.Wilbur calou-se por uns momentos e disse em

seguida:Sabe o que lhe causou a morte, Sr. Valcour?Creio que foi o mesmo veneno que causou a

morte de Mrs. Willett: o acônito.Subitamente foram eles iluminados pelo jato lumi-

noso dos faróis do carro do Chefe de polícia que che-gava ao local segundos depois. O chefe de políciadesceu e foi desabafando:

Oh! Senhor! Quanta dificuldade! Meu caro Vai-cour! Quanta burocracia, quanta papelada, quantaassinatura! Enfim!. . .

—• Tudo arranjado, chefe?Sim. E você, conseguiu descobrir o tal frasco?Já está comigo.E agora? Como levaremos o morto?

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— Está quente!

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EU SEI TUDO

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E dirigiu um olhar sobre o corpo do filho deKate.. . Ela não desejaria que êle ficasse na posiçãoem que estava.

Quer ajudar-me, Valcour? — Disse.O chofer avançou: >

Pode deixar, chefe. Eu o farei.Obrigado. Mas quero fazer pessoalmente.

Ajudado por Valcour, êle ergue o corp? do filhoquerido de sua sempre lembrada "pequena' Kate,retira-o do "Torpedo" e o leva para sua limousme.Henri estava pesado. Pesado e flácido.

Sempre era menos desagradável vê-lo estendidosobre o amplo e confortável assento trazeiro.

Foi quase como um gemido. Êle estava comovido. Não é de costume atar-se um lenço em volta

da cabeça, Valcour?E', chefe.Obrigado. Tenho um aqui.

Mas os seus dedos estavam como que sem jeito. B' preferível não colocar os coxins sob sua

cabeça Tem razão, Valcour. E' preferível.

Com a mão direita, o chefe de polícia abaixa aspálpebras dos olhos fixos de Henri. Depois falou:

Vamos bem docemente. . .Eu poderei sentar-me aqui mesmo em baixo, —

diz Wilbur. — Tomarei conta dele.Obrigado, Sr. Strange. Vá marchando devagar,

Valcour. Ficarei ao seu lado, na boléia.Depois, para o chofer:

Você nos seguirá no "Torpedo".Havia qualquer coisa de solene nessa procissão

lenta de dois carros no caminho de volta. Wescher-ter! A sirena c ficial se calara.A grade do jardimapareceu. Por detrás dela a casa estava com as ja-nelas fechadas.

O corpo de Henri foi transportado para um canapédo saião. Valcour galga um a um os degraus da gran-de escadaria de madeira. O guarda de serviço nesseandar veio esperá-lo no topo da escada,

Eu disse a êle que era absolutamente proibidopassar, tenente; mas, francamente, não tive cora-gem de impedir que êle o fizesse. . .

35.-? Ano - N.í 1 - Junho - 1951

Valcour olha por sobre os ombros do homem quofalava* ao fundo do corredor, diante da porta fechadade Mrs. Willett Larry estava prostrado sobre umacadeira. A seus pés imensa braçada de flores dormia

CAPITULO XXXVI

Larry Stone

_

— Ótimo, querida— Então eu ficarei com essa pequenaque você acaba de descrever e você ficará com o meu amigo!

Valcour falou em voz baixa:— O médico legista está agora lá, penso eu. Acho

que você o encontrará na biblioteca. Quer fazer-meo favor de pedir-lhe que tenha a bondade de vir fa-lar-me aqui no dormitório de Mrs. Willett?

Pois não, chefe — responde o inspetor*E desceu para cumprir as ordens.Ao perceber a presença de Valcour às suas costas,

Larry se ergueu e perguntou:^Posso entrar agora?Dentro de alguns minutos, Sr, Stone. B' pre

ciso que eu, primeiramente mantenha pequena trocade idéias com o médico legista. Ainda nos restam al-gumas coisas a fazer. Eu o chamarei depois.

Muito obrigado, Sr. Valcour.Valcour não abriu a porta imediatamente. Olhava

para Larry. Em seguida perguntou:Poderia explicar-me agora o que se passou com

aqueles vinte mil dólares? Foi Artur ou Henri? Osenhor poderá ver, Sr. Stone, que, no momento. _o assunto não tem mais nenhuma importância paraMrs. Willett.

Estas palavras ecoaram dolorosamente no coração de Larry: ".. .o assunto não tem mais nenhumaimportânciapara Mrs. Willett". E, mentalmente, pen-sou: "Nada teria mais importância para Kate!" —Então, falou:

— Foi Artur quem os tirou lá da penteadeira, SrValcour. Só vim a saber disso muito mais tarde. .E o pior foi que, quandosoube do lugar em que oshavia escondido, já era muito tarde! Kate souberado furto; mas ignorava ainda o nome do ladrão..

Larry calou-se. um instante. Em seguida mur -murou:

Creio mesmo que isso lhe causara menos des-gosto do que o saber que o gatuno fora eu.

Acho que o senhor se engana redondamente,Sr. Larry Stone. Mrs. Willett era uma senhora ex-cepcionaimente perspicaz. Estou convencido de queela, nem um só minuto pensou que o ladrão fôsse osenhor. E sempre se recusou a colaborar no esclare-cimento do delito. E o fazia com muita habilidade,sem demonstrar suspeitas contra ninguém. Pareciadesejar que o episódio ficasse eternamente esquecido.

Muito me conforta o que o senhor diz, tenente.Valcour entra no quarto da morta e fecha a porta.Um lençol cobria o corpo de Mrs. Willett.Valcour se dirige a uma mesa e de lá retira pe-

queno espelho- portátil. Depois, aproximando-se doleito, ergue ligeiramente o lençol e pega delicada-mente a mão da morta. Fêz algo muito rápido como espelho e, em seguida, recolocou o pano corno estavaantes. Senta-se então diante da mesinha de chá ecomprime o botão de pequenina lâmpada. Uma luzbranca irrompe iluminando durante alguns minutos.A porta se abre e se fecha em seguida. O médicolegista aparece e pergunta, encaminhando-se paraValcour:

Deseja ver-me, Valcour?Sim, doutor. Examinou o cadáver dé Henri

Willett ?Superficialmente. Mas se trata, novamente, de

envenenamento por acônito, como no caso de Mrs.WTillett.

Quer, por favor, experimentar isto aqui ?Valcour destampa o pequeno frasco de prata

E recomenda:Peço que o segure pelas extremidades para evi-

tar suas impressões digitais sobre o corpo do frascoObrigado.

.

35.-? Ano — N.* 1 Junho

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— 1951 63 BU SEI TUDO

Depois de degustar atentamente, o médico de-clarou:

Sim. Evidentemente o uísque tem, normalmen-te, um pouco o sabor de acônito. Mas, estou certo deque êste frasco continha acônito. E mesmo umaforte dose para envenenar.

Valcour se conserva silenciosa durante alguns mo-mentos.

Doutor, seria possível evitar autópsia no corpode Mrs. Willett?

E' curioso que seja o senhor que me venha per-guntar isso, Valcour.

Sei disso, doutor. Mas reflita no que lhe voudizer: o Dr. Stiernheim e o senhor estão de acordonum ponto: — que a morte de Mrs. Willett foi cau-sada pela ingestão de forte dose de acônito. Tambémse encontrou acônito no fundo da xícara em que elatomara chá, minutos antes de sua morte.

Tudo isso é perfeitamente exato. Mas, por quenão proceder à necropsia?

Porque estou certo de^que isso muito agradariaao chefe de polícia.

O médico legista disse gravemente:Ah! Compreendo.Mas, a verdade é que êle não havia compreendido

nada.Valcour esclareceu:

O chefe de polícia e Mrs. Willett eram amigosde infância. Creio mesmo que, nos bons tempos dajuventude eles se gostaram.~— Ah! Compreendo agora!

Enfim, doutor, penso que isso em nada compro-"~meterá ou desgostará a Justiça. Não se trata agorasenão de identificar o autor de todos estes crimes.

Está certo do que disse, Valcour?Certíssimo. Tenho a prova.—- E qual é?Desculpe se náo lhe dou resposta imediata-

mente. Preciso, antes de tudo, ter uma entrevistacom o chefe de polícia.Está bem, Valcour. Estamos entendidos. Mas épreciso que o chefe de polícia, pessoalmente, me peçaque não faça a necropsia.

Não tenha dúvida, doutor. Êle pedirá.E' tudo o que precisava de mim ?O sobrinho de Mrs. Willett está aí no "hall".

Êle muito lhe agradeceria se o senhor o autorizassea depositar algumas flores neste quarto talvez sô-bre o corno da morta._.Mas,que entre! Vou agora mesmo entender-mecom o chefe de polícia sobre o caso da necropsia.Acho que o agente de cortejos fúnebres se encar-regará dos funerais, imediatamente.

Valcour acompanha o médico até à soleirada porta,abriu-a, esperou que o médico legista se afastassee se dirigiu a Larry:

Ainda não podemos deixar entrar aqui as pes-soas da família, Sr. Larry. Somente depois que tiveruma entrevista com o chefe de polícia. Mas, se quiserpode vir depositar estas flores no leito de morte deMrs. Willett.

Valcour volta a sentar-se diante da mesinha de chá.Estava um pouco afastado, quando Larry "começoua depositar as flores no leito de morte de Mrs,Willett.

Posso descobrir o rosto, tenente?Como não, Sr. Stone!Como tem o rosto tranqüilo agora. ;.

As rosas começaram a embalsamar com seu per-fume todo o aposento.

Valcour pensou com seus botões:Puxa! Nessas braçadas deve haver- algumsÉ

dúzias de rosas! E passou a tomar notas em umcaderninho enquanto Larry terminava o seu atecioso trabalho em homenagem à morta,

Podia prestar-me um obséquio? -Valcour.

—¦ Com todo o prazer.Quer procurar o chefe de polícia e pedir-lheque venha até aqui?

Perguntou

Valcour levantou-se.Com o olhar acompanhou os passos de Larry que

se dirigia para a porta. Quando estava para deixar oquarto, disse-íhe o policial:Um momento, Sr. Larry. Antes de sair desejofazer-lhe uma pergunta.Às ordens, Sr. Valcour.

Na manhã do dia em que foi assassinado Artur,o senhor puxou das mãos de Linda um revólver e ofêz com tanta violência, pressionando-a contra a pa-rede do corredor, que ela se feriu ligeiramente numadas espáduas. Por que o senhor nunca mencionouêste incidente?

Larry falou com ar de abatimento moral:Ela, então, me reconheceu?Não, Sr. Stone. Mas Linda viu os seus cabelos.

Eu eliminara da suspeição o Sr. Strange porque êstetem cabelos negros. Quanto a Jess Willett, êsteteria vindo diretamente a ela e pedido explicações.E nem Artur nem Henri teriam movimentos assimtão rápidos para agir com tanta precisão. Não res-tava mais outra pessoa senão o senhor.. . Estavaela com o cano da arma na boca?

Estava no momento exato de apertar o ga-tilho. . .

CAPÍTULO XXXVII

Valcour

E esta ordem de prisão, Valcour?—¦ Queira sentar-se, chefe, — disse êle.O chefe de polícia ficou um instante parado, ei»

pé, diante do leito da morta. Olhava fixamente orosto descoberto de Mrs. Willett. Era Kate! O seurosto estava agora impassivel em meio das rosas.

Há uma coisa que me consola. E' que ela seviu livre de tanto pesadelo.

Êle apanha uma rosa que caíra ao chão. Nãotornou a colocá-la no leito entre as .demais. Guar-dou-a entre as mãos, dirigiu-se a Valcour e sentou-se diante dele "junto à mesinha de chá.

—.Que significam todos esses objetos?

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EU SEI TUDO

Nossas provas. Desejo, antes de agir, recons-tituir com o senhor, todo este caso, desde o começo.

Mas, diga-me, Valcour, acha que seja prudenteadiar ainda o momento dessa prisão ?

O assassino não poderá escapar-nos.Então, eu ouvirei o que me vai dizer.Fiz tudo para que, até este momento, nenhuma

dúvida me restasse acerca deste caso.B. .. o nome do criminoso, Valcour?Desculpe-me, Chefe. Tenho minhas razões para

começar do princípio. Voltemos às origens, se nãoo aborreço; voltemos ao mês de agosto último, quan-•do as rodas desta máquina infernal começaram afuncionar pela primeira vez. Quero falar acerca dascartas de ameaça. Estou hoje definitivamente certode que o criminoso conhecia os menores detalhes arespeito dos hábitos e costumes domésticos da famíliaWillett. Era-lhe facílimo escrever tais cartas e reme-tê-las para o local preciso. Pôde então conceber epôr em execução o engenhoso plano da última men-sagem. Esta, quando chegou às nossas mãos, jánão era mais do que uma folha em branco. Estive,mais tarde, com o envelope que a continha.

Sabe qual era o objetivo dessas cartas, Valcour?—• Sim.—- Dinheiro?

Não.—¦ E o que era?

Lá chegaremos.—¦ Como quiser.O ar estava tão perfumado como a rosa que o

chefe de polícia tinha na mão.Em seguida foi muito fácil ao assassino pro-

curar um revólver e dele servir-se para matar Artur;depois, uma vez o seu crime executado, foi fácil jogara arma por uma janela de um dos quartos de dor-mir. em local do jardim onde, mais tarde, o Sr. Stoneo deveria achar. Agora permita que lembre os têr-mos da carta que Slade lhe remeteu durante minhaestada nas Bermudas com a família Willett. Tenhocomigo uma cópia.

Valcour tirou de sobre a mesa uma folha de papele leu:

"Senhor:"Minha consciência me obriga a confessar que

ocultei, no curso do inquérito, alguns esclareci-

35.9 Ano — N.o 1 — Junho 1951

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Lj_ ~ C**\ __-' .!_:'*_ ..AámmkO PRIMEIRO FILHO — Mas, doutor! São três horas da

madrugada ... êle ainda não chegou 5

mentos que poderiam levá-lo a identificar a pes-soa que matou Artur Willett. Vi certa pessoapassar pela porta da cozinha que dá para o"hall" exatamente depois do momento em queo crime foi cometido. Eu me havia recolhido aomeu quarto, mas retornei à cozinha a fim detomar uma dose de bicarbonato de sódio quese achava sobre a prateleira da mesinha da co-zinha. A porta da cozinha estava aberta. Du-rante o inquérito esperei que essa pessoa falasse.Procurei, com o meu testemunho, forçá-la afalar.. ."

—. Linda?Não. Não foi Linda. Deixe-me ler o final da

carta. E Valcour prosseguiu:". .. Aguardei então que toda a família Willettse reunisse nas Bermudas, quando eu pediriaa essa pessoa para confessar o crime, — pois ésomente confessando os pecados que podemospurificar nossa alma e nos apresentarmos diantede Deus. Mas, obstinando-se esta pessoa a silen-ciar, eu considerei que o meu dever perante Deuse os homens é o de revelar tudo o que sei.

"Sou, senhor, seu muito humilde e muito res-peitoso servidor,

William Slade".

Valcour. terminando a leitura, tornou a depositara carta sobre a mesa. E prosseguiu:

Agora, tinha Slade a convicção provada deque não se enganara. Mas, no momento de revelar-nos o nome do culpado, não o pôde fazer. Preferiumatar-se.

Tem você a prova disso?Sim. Passemos agora à morte de Mrs. Willett

e à de Henri. O assassino teve ocasião de adicionaracônito na xícara de chá de Mrs. Willett, bem comono frasco de prata que Henri levava consigo no"passeio" que deu esta noite.

Dizendo isto Valcour indica çequeno frasco deprata que estava sobre a mesa. Em seguida, prós-segue:

Havia, exatamente, dois frascos absolutamenteiguais. Formavam um par. Este aqui é semelhanteao que Henri. levava em seu bolso. Ora, as impres-soes digitais do criminoso são as únicas que estãomarcadas, de uma só vez. nestes dois frascos deprata e sobre o vidro de acônito qne está pela metade.

Valcour, você excluiu, "a priori" e desde logo,Wilbur Strange, Mas. se Henri levava consigo esse

b ignormotivo também êle não

mais que

frasco, e se Wilbur Strange ignorava aue o mesmocontinha veneno, por quebebeu, como fizera Henri?

—- Não, Chefe. O frasco não continhaalguns golezinhos de uísque. O assassino conheciao caráter e os hábitos de Henri. Êle sabia que Henrinão cederia a ninguém uma gota de seu uísque. Pas-semos agora a estes dois livros que o senhor vêaqui. Um deles tem capa amarela; o outro, azul. São,como vê, claramente diferentes. Esta tarde, quandotrouxeram a bandeja com o chá. e as torradas, Mrs.Willett pediu a Simpson que subisse ao andar supe-rior e dissesse a Henri que viesse tomar chá comela. Mrs. Willett estava sentada na poltrona em queestá agora o senhor, e tinha na. mão o livro de capaamarela. Quando Simpson voltou, estava Mrs. Wil-lett no mesmo local, nessa mesma cadeira, mas jánão tinha na mão o livro de capa amarela. O queestava em suas mãos era o azul. Ora, o livro de capaamarela havia sido encontrado no banheiro anexoa este quarto. Podemos, então, presumir que, durantea ausência de Simpson, Mrs. Willett se levantou desua poltrona e foi ao banheiro. A ausência de Simp-son não durara mais que uns três minutos; mas, du-rante este lapso de tempo, o acônito tinha sido des-pejado na xícara de Mrs. Willett.

— Mas, qual era o motivo de tudo isto, Valcour?

'VWIfcWMH^ihéi mim ".'-.'.:¦"«.¦"¦¦-

— 195135.9 Ano — N.o 1 -— Junho 65 EU SEI TUDO

O senhor conhecia Henri e Artur. . . Eles cons-tituiam para a família pesado fardo. Era para afamília Willett um tormento perpétuo, obrigando-aa viver de forma anormal. Quanto mais tarde, maispioraria esse estado de coisas. Para eles mesmos, avida se tornaria uma desgraça, tornando-se para sipróprios insuportável a vida. O cérebro daquelesrapazes pendia num declive perigoso. Dentro embreve estariam, ambos, entregues à mais triste dasmegalomanias. Diante deles se estampava a terrívelperspectiva de um internamento. . . seguido, eviden-temente, de algum sensacionalismo. Foi um ato decaridade e de amor o que os matou. Assim serãorrfkis felizes.

Mas, por que motivo matar também Kate?Valcour tomou de sobre a mesinha um vaso de

pó feito de esmalte que estava entre outros objetos.Êle o abriu delicadamente, explicando:

Este pó e este "rouge", Chefe, deixaram traçosna coronha do revólver que foi encontrado no jardimda casa de campo. Além disso, este pequeno frascode prata que ainda contém o veneno, está com asimpressões digitais do assassino. . . e esta tarde viuquando o colocavam no bolso de Henri. Eu mesmoexaminei as impressões digitais quando regressamosda excursão para alcançar o carro de Henri. O cri-minoso estava certo, veja bem o senhor, de que Henrie somente este, iria beber do conteúdo do frasco. En-fim, aqui estão cs telegramas que o Sr. Slade envioua Mrs. Willett para as ilhas Bermudas: "Êle nãodisse que a casa de Nova York estava pronta, masque estava na intenção, ao nosso regresso, de dizero que sabia. Tem o senhor diante de seus olhos orevólver, o frasco de prata, o vidro de acônito quefui encontrar dissimulado por detrás do encanamentode esgoto da banheira aí no quarto de banho anexo

a esta aleova de Mrs. Willett. Penso que o senhorcompreenderá agora, Chefe, a razão por que eu de-sejava estar, primeiramente seguro do caso antesde falar: — é que há nestes pequenos vidros, as mes-mas impressões digitais que se vêem no medalhãoque o senhor trás tão perto do seu coração.. .

Ao ouvir estas palavras o chefe de polícia se er-gueu como que sacudido por uma mola, e exclamouemocionado:

— Kate! Minha pobre Kate!. .. — Com as feiçõestransfiguradas, parecia ter envelhecido muitos anos.

FIM

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— Sim; o João sempre aproveita o seu dia de folga parafazer compras com a esposa.

m!m ^SOMOS SENSATOS, AO MENOS?

Lord Brabazon of Tara, pioneiro da aviação na Grã-Bre-tanha, acaba cie submeter esta questão aos construtoresde instrumentos de precisão, no correr de um «toast»:O automóvel mata, anualmente. 60.000 pessoas nos Es-tados Unidos, na Grã-Bretanha e na Europa.«O rádio é, algumas vezes, um instrumento de propa-ganda mentirosa e improdutiva.«Finalmente, temos a bomba atômica. Isto prova quesomos inteligentes. Mas, seremos sensatos?»

QUIS SUBIR MUITO DEPRESSA... — Em Siracusa,Estados Unidos, os bombeiro» realizavam exercícios . nue osquais o de suspender uma escada e subir até o topo damesma em tempo record. Harry Dobeach, ao fazê-lo, deunm passo em falso no aníe-penúltimo dt grau, o que provo-cou esta queda espetacular, felizmente sem outras conse-qüências que a torsão de um pc. O notável c* a sorte e acalma do fotógrafo que conseguiu apanhar o flagrantee.

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35','? Ano — N.«? 1 — Junho — 1951

AS NOIVAS TERÃO,DAQUI EM DIANTE.TRÊS MANEIRAS DECOLOCAR O VÉU...

ENTERRO DE GIULIANO

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A Alta Costura se preocupa atual»mente com as noivas de 1951. Ao ladodos vestidos clássicos, três «Grandes»acabam de lançar essas silhuetas real-mente pouco banais. Dior, por exemplo;,apresenta esse vestido de «noviça»,onde o véu de rendas verdadeiras dáum ar angelical ao rosto virginal.

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Patou lançou esse vestido dp tullebordado com folhas brancas. A origina-tidaae está ern que o fecho parte aaorelha e desce sobre o ombro.

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Lá Lafaurie prefere desnudar a noi-va. a fim dtj r alçar-lhe o colo com umaconeha bordada de pérolas e diamantes.um robe paia Anfitrite, deusa do Mar.

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* WÈÊIÊÈm™- í'J^^^^^^ sslAM.

Giuliano penetra do pequeninocemitério de Montelepre, uaSicília, pela perra onde se. lê:"Fummo como voi. Saretc eo-me Noi".

O bandido que fêz tremer asua ilha natal e chegou a in-quietar os poderes públicos ita-líanos, passa pela mesma ins- o*».™*criçâo por onde passaram os seus avós: "Fomos como vos. Sereis

como nós. . .".A mãe cie Giuliano, seb pesados véus negros, em companhia de alguns

primos do morto, foram as únicas pessoas a assistir ao enterramento.A esta hora toma corpo a lenda que diz "Traíram o Indomável .

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Mais respeito, quando falar comigo, «seu» Foliearpo!

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35> Ano -^ N.v 1 — Junho — 1951 67 BÜ SEI TUÜO

REVELANDO O BRASIL AOS BRASILEIROS

iIGNEZ MARIZ

da ParaíbaSão-me particularmente gratas as recordações de Naluba, onde nasci epassei a infância. Daquela vida despreocupada e feliz sobressaem na minhalembranças as noites de luar da fazenda, quando os meninos se divertiam aseu modo, em ruidosas brincadeiras de futuros homens, e as meninas dan-cavam gentilmente, dando-se as mãos, umas ás outras, nos brinquedos de roda...

Dr. Napoleão Laureano(Palavras exclusivas para esta seção)

redes de modestas casas de taipa, ori-gem da atual cidade.

Umbu é corruptela da expressão in-dígena am-bur, e significa — "que

está de pé". Trata-se de uma refe-rência dos índios ao tronco reto daplanta nativa que prolifera cm cui-tura espontânea sobre vários pontosda Serra da Borborema. Como acon-tecia com os tropeiros de antanho»os viajantes de hoje ainda se detêmno meio da estrada para encher va-silhas com os deliciosos, frutos desabor agri-doce, meio selvagem e cujosuco, misturado com leite e açúcar,constitui a célebre "imbuzada", um

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O Dr* Napoleão e sua esposa, Dona Marcina, em fotografia autografada para esta revista.MSM^^

A QUELA fruteira proporcionavaabrigo é refrigério aos bandei-rantes que, vindos da Bahia

através do sertão pernambucano, de-mandavam á zona do brejoj na Pa-*aíba, galgando a Serra dos CaririsTeIhos9 uma das ramificações daBorborema. É sombra e frutos con-fhiuou a fornecer a tropeiros e via-jaiites, pelos tempos a fora.

Diz a tradição oral que era comumotivir-sè úm comboeiro perguntar a

outro, no início da íngrejiie subida:"Adonde a gente vai se arranchá hojea mei-dia, compade?" E o outro res-ponder: "Debaxo do imbuzêro, emriba da serra, se Deus quisé". fe

De tanto servir como ponto de re-ferência, o vocábulo umbuzeiro, desubstantivo comum que era, passoua sei* próprio, locativo. Isto aconte-ceu no dia em que, ao redor do ran-cho primitivo, se levantaram as pa-

dos mais gostosos refrescos serta-nejos.

Desde o meado do século XVII #èbandeirantes começaram a palmilharas terras do atual município de Unt^buzeiro, mas o primeiro núcleo ^àprosperar foi Natuba, que em prin-cipios do século XVIII já era umapovoaçãozinha querendo virar fre-guesia, possuindo capela dedicada aNossa Senhora da Conceição.

Com o correr dos anos Natuba càiti

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KU SEI TUDO

em decadência e Umbuzeiro começoua levantar a cabeça. Os primeiroshabitantes categorizados, que edifica-rara casas de tijolo, ali chegaram porvolta de 1830, e foram o tronco devárias familias ainda hoje existentes.Chamavam-se José da Silva Pessoa,Coronel Assunção, Gervasio TravassosSarinho, Coronel Calafange e mais osde sobrenome Figueiredo, Costa Lima,Gonçalves e Gomes, o primeiro ori-

gináriò de Alagoas, o segundo e oterceiro de Pernambuco e os outrosde Ingá e Itabaiana, na Paraíba.

Umbuzeiro, criado vila e munici-

pio por decreto estadual n*? 15, de2 de maio de 1890, desmembrou-se deIngá, sendo mais tarde acrescido deum pedaço do municipio de Caba-ceiras. Foi instalado a 12 de junhodo ano de sua criação, quando go-vernava o Estado o Dr. VenancioAugusto Magalhães Neiva.

Em 1892 forças políticas fizeram asede municipal transferir-se para Na-tuba, através do decreto n<? 25, de1.9. de maio daquele ano. Somenteem 1904 conseguiu Umbuzeiro ficardefinitivamente com os foros desede.

A primeira escola primária foi aliinstalada em 1890, sendo «sua pri-meira professora Dona Francelina Ta-vares Barreto. O primeiro agente

postal da cidade chamava-se Salus-tiano Cavalcanti Correia de Melo. O

primeiro juiz de direito, Dr. TrajanoAmérico de Caldas Brandão Júnior,tomou posse a 15 de outubro de 1891.A atual matriz, sob a invocação deNossa Senhora do Livramento, per-tencia à freguesia de Natuba, da qualse desmembrou por provisão eclesiás-tica de 21 de outubro de 1902, sendoseu primeiro vigário o padre Gabriel

'Zk Toscano da Rocha./ Umbuzeiro tem a honra de scr o

primeiro município do interior paiai*

68 35.* Ano -- N.o 1 — Junho 1951

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Francisco de Assis Cateaubriand Bandeira de Melo (AssisChateaubriand) jornalista brasileiro, natural de Umbuzeiro.

bano a inaugurar serviço regular deiluminação pública a acetileno, a 13de maio de 1906, quando era pre-feito o Sr. José Fábio da Costa Li-a.

A cidade está construída a 555 me-tros de altitude, sôbre a Serra doOratório, um dos contrafortes da Bor-borema. E' considerada pelos viajan-tes como uma das mais belas da Pa-raíba, apesar de não possuir planourbanístico, ou talvez por isso mes-mo. Clima salubérrimo, sua tempera-

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Js&ipa do Município de Umbasciro, vendo-se» assinalado o rio Paraíba do Norte,q-ne corta de Oeste para Leste o depois de violenta curva, passa a eorrer do$ol para o Norte. Nesta grande eurva é que o Paraíba recebe o Riacho de Na-tri>a, em «ajas «üar^eas se eaeotttra a propriedade da família Laureado Rodrigues

tura varia de 12--".no frio de junho,a 29*?, no calorde de z c m b r o.Principais » edifi-cios: Prefeitura»Foro, Grupo Es-colar, Mercado,Cadeia, Banheiro»Públicos e Ma-triz. Iluminadaà luz elétrica des-de 1926, não pos-sui, entretanto,nem esgotos nemágua canalizada.

Situada bempróximo à linhade limites que se-

para a Paraíbade Pernambuco,algumas de suasruas avançam pe-las terras desseúltimo Estado,advindo destaanomalia episó*-dios curiosíssi-mos, tais comoduas feiras nomesmo dia, duaszonas comerciais

distintas, cobrança de impostos debarreira de uni para outro ladoda mesma rua... O mais pito»resco, entretanto, é o caso dos nasci-mentos. Residências existem cortadasao meio pela linha divisória, e al>tanto podem nascer crianças de un>Estado como de outro. Dizem até quejá houve casos de meninos metade

paraibanos, metade pernambucanos,ou com dois terços da Paraíba e ape-nas um de Pernambuco. Senhoras-muito bairristas, quando sentem asdores do parto passam-se mais quedepressa para o lado paraibano da»casa. Não se trata de brincadeira, não.Estes fatos nos foram contados muitoseriamente por uma senhora nascid»em Umbuzeiro e que ainda hoje la-menta os escrúpulos de sua família,registrando-a como pernambucana,quando na residência de seus pai&apenas o quarto em que nasceu fi-cava do lado de Pernambuco. Nodia do nascimento da filha, estandosozinha c sentindo-se mal altas horasda noite, sua mãe não teve tempe*de "viajar" para o Estado da Pa-raíba...

Jazidas de mármore e cristal derocha constituem as mais importantesriquezas minerais de Umbuzeiro.Tudo inexplorado, entretanto. Hâ-também vestígios de ouro. Quedad'água existe uma, no distrito áe.Nto-tuba, de quarenta metros de altura*mais ou menos, ainda não estudadapor um técnico e que, no entantopoderá vir a ser preciosa fonte áhenergia hidráuliea.

Ocorrência tristíssima: já não f»oa-sui o município reservas florestai»*apesar de um dos seus distritos cka-mar-se, paradoxalmente,

"Mata-Ví-r*-

gem". Debaixo do açoite secular do

:*5.9 Ano -N.vl- Junho 1951 69 EU SEI TUDO

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'<;•>¦': •'<¦"-? 'y%4t_VL'._> ojy<,V'Zy.

Dr. João Pessoa Cavalcanti deAlbuquerque, que Ministrodo Supremo Tribunal Militar, Presidente do Estado da Pa-raíba e candidato à Vice-Presidência da República, em 1930.

Epitácio da Silva Pessoa, filho de Umbuzeiro, foi o únicobrasileiro que, até hoje, chegou aos mais altos postos daRepública. Ministro do Supremo Tribunal Federal, Prèsi-dente da República e Senador Federal. Era diplomacia, foi

Embaixador.

machado implacável, tudo ali viroucapoeira.

Principais lavouras: algodão e café.Café, sim senhores, com uma pro-dução anual de. um milhão e cem milquilos, enquanto a do algodão é dequatro milhões.

A assistência técnica ao agricultoré precária, e a Caixa Rural da ci-dade presta-lhe auxílio financeiromuito modesto, por não possuirmeios para grandes financiamentos. Oterreno acidentado não se presta aouso de arados e outros maquinismos,A saúva mora lá, como em toda parte,e faz misérias, unida ao curuquerê.No combate a estas pragas o poderpúblico ajuda, ao agricultor, forne-^sendo inseticida a baixo preço.

@ gado é a principal fonte deveiada pública e particular. O MPôsto

Bkperi mental de Criação PresidenteJ»ão Pessoa", orienta os criadores,émpréstando-lhes reprodutores paramelhoria dos rebanhos, oferecendo va-eiraas contra certas moléstias e facili-$ando-lhes a instalação de banheiros<Éarrapaticidas. As raças preferidaspelos criadores são a Guzzerat e a©yr, encontrando-se também aSé&vrits, a Holandesa e a Nelorc,legado1 quase desaparecido o chamado*'gado crioulo".

A exportação dc rebanhos se fazprincipalmente para Itabaiana «©ánapiam Grande, na Paraíba, e para

Limoeiro e Surubim, em Pernam-buco.

O município de Umbuzeiro temuma área de 1.045 quilômetros qua-drados e uma população de 42.502habitantes, o que lhe dá uma densi-dade de 40 habitantes por quilômetroquadrado Apenas seis mil residem nacidade. Os restantes espalham-sepelas vilas e, mais intensamente, pelazona rural.

Era a arrecadação anual da Pre-feitura de duzentos e cinqüenta milcruzeiros, antes que a Constituição

de 1946 mandasse adicionar às ren-das municipais as porcentagens sobrediversos impostos. O orçamento atualdeve andar perto dos quatrocentosmil cruzeiros.

Como bom pretexto para intensifi-cação de turismo possui o municipiouma fonte dc água magnesiana jáexaminada pelo Departamento de Saú-de Pública do Distrito Federal. Paraali acorrem doentes de outros pontaldo Estado, mesmo sabendo que ne-nhum conforto os espera no local.

(Cont. na pág. 78)

Oonior&ftft de Etatoâ* ila Paraíba, vendo-se a posição da cidade de Umbuzeiro òmrelasã® a* rim Paraíba d© Norte e à capital do Estado, da qual dista ceato e•it« quilômetros, em linha reta. „ , ..

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EU SEI TUDO70 35.0 Ano - N." 1 - Junho - 1951

stó^*"- —' ""—'

Nos domínios da ramática

rffiÜJtil.LttT o*

l. ¦ -Os erros e as ignorância* * certo gue *5ç.muito mais- qtie as ciências, porque para sab^ °^f,tar n

^ue um^ammho. e para errar, infinitos -

ANTÔNIO VIEIRA

l^-O SE O Z

¦ Carta gentil de uma gentil leitora recebida de Pernam-

___f -terra que nos é tão querida por causa de trad.

£'de fàmíliaVa que veneramos por causa de seu^pas* , i . ennprp-nos comentários a respeno uu

(SGT) e a quantos se interessam por questões de lm-

<yna pátria.

'" Não existem regras práticas e gerais *s*f°^

&ã áo s e do z. O ideal seria que se pudesse aconselhar.

Screva% ete vagais, escreva z no final das p^avras

WÊU. Esses conselhos conduziriam a grafias que^ **-

m* rizo roza, meza, vizão, briozo, acazo, ao lado de

S«z 'apoz

de traz. atravez. Mas ditas formas quebrariam

n"ãoPhi'stórS-évolutiva, cuia respeito é precisamentert hn^ do sistema ortográfico vigente.*

to empr^o do s e do z. a lei é a etimologia, cumprindo,

É^cada caso, estudar a origem da palavra, para. em fun-

ção dela, estabelecer a grafia correta. Ul

X, Adota-se os nos vocábulos que, na sua forma primi*

iíyq/se escreviam com s, ss, ns.

temos:

rosa (do latim rosa)C'" mesa (do latim' mensa)';:.;' baronesa (do baixo latim baronissa)

aquoso (do latim aquosu)'\^C* aceso (do latim accesu)

Cxi, defesa (do latim defensa)mês (do latim mense)

'" Em conseqüência, é possível afirmar: escreve-se com s

^desinência oso =. cheio de (do latim osus).

Exemplos:

a) a desinência iza, com z (do latim izareh £°P«|^

É& batizar. Por analogiano vernáculo: álcool + .zar »->¦

>¦ «v.rrr. «ncial + izar ^~> socializar; real -t- izar wy

ÍÍ" NrelnLto: analisa, porque nessa palavra -^ • * •„ ;*^rrr mrrcs ?im àr .analise T ar;; tamoeui

há a desmencia izar, mas, sim, «i .v**

avisar (aviso + ar). úistitia 1H>b) a desinência eza, com z ,do latim »^J"s""a

niusteza avaritia «->" avareza; trisütia »-> tristeza. De

o mação vernáoula: belo + eza ^> beleza; certo +

£?»+ certeza (não confundir oom portuguesa com s.

feminino de português, de portucalense).Podemos, agora, tirar as duvidas de b U 1

Prezado é com z. particípio de prezar, derivado de pre*

''"O s«ivo vez é escrita com . oriundo

^ *é f

vice

(no singular, não tem acento: vez; no plur^V™WM£gdiferençar de vezes, com e aberto, do verbo vezar cos

tU Dolatlm fecit. temos fêz (ci j*> z). com- acento circun-

flp>vo diferencial (cf fez, substantivo).Atada por motivos etimológicas, são escritos com s os

tempos dos veAos pôr e querer, que outrora se escreviam

Iom z: pus. pusera, pusesse, pôs- quis. quisesse, quisera.

n __ ACENTUAÇÃO

trema (* °). ,.O trema, que é de uso facultativo, indica. _

a) o u pronunciado dos grupos que.qui. gue. gui. ^

tre

qüentar (ao lado de aquecer); qüiritário (ao lado de «q»

sição); agüentar (ao lado de guerra); arguir (ao lado de

'*W ^para indicar os semiditongos: saudações, saudade..

vaidade.

Aproveitemos a oportunidade e aprendamos o uso do

acento grave (V).Êle indica: . .a) a sílaba de tonicidade secundaria, nos derivados em

mente e em zinho (em substituição ao acento agudo do vo*¦ cabulo primitivo): somente, (de só + mente); orfaozinho (de

órfão + zinho); pessimamente (de péssimo + mente).b) a contração da preposição a com a, aquele, aquela,

aqueles, aquelas.

aquoso (do latim aquosu)nebuloso (do latim nebulosu)cheiroso (ver.: cheiro + oso)vultoso (vem.: .-vulto +" oso)amargo (vem.: amargo + oso)

O z e empregado em palavras ou desinências que se

9jSfcreviam com z, ce, ci, te, ti.

Exemplos:

;•": gôgo (do latim (gozo) ¦ .azedo (do latim acetu)

\ '¦ dez

(do"* latim déce)voz (do latim você)justeza (do latim justitia)tristeza (do latim trisütia)luz (do latim luce)

'..Conseqüentemente, é lícito aconselhar:

m Cabe aos incipientes, aos que desconhecem a históriadb vocábufof o estído prático, através de consultas aosvocabulários.

Quanto à indicação do hiato:

— levam acento agudo o i e o u dos hiatos,, qaando

pospostos: aí, cafeína, faísca, íuizo.

Observações:'f;

a) Não se usa o acento indicador do hiato, quando oi e o u estão seguidos de 1, m, n, r, ou z, que não iniciem)sílaba ou estão seguidos de nh: contribuinte, ainda, juiz,ruim, tainha. *

b) Não se usa o acento indicador do hiato, quando oi e o u são bases de ditongo: atraiu, contribuiu.

Ainda:. '1 ** ," * - ¦'.

. — assinala-se com acento agudo o u tônico precedido de

g ou q e seguido de e ou i: argúi, argúis, averigúe, obüque,obliqúes. •

— recebe acento circunflexo o penúltimo o fechado do

hiato oo, seguido, ou não, de s, nas palavras paroxitonas:abençôo, vôo, vôos. Nó entanto: coordenar.

JOSE' RICARDO NETO

35;V Ano ~ N.o 1 — Junho -* 1951 71 ^Qr~Q^£-rj^-ifj%^";':: mmm

VIDA DO CAMPO

AS PLANTAS CULTIVADAS ^ NOPASSADO, PRESENTE E FUTURO

M. B. CRANE

Por menor que seja, um aumento na colheita poderepresentar grandes quantidades na eccnomia de umanação. Nas páginas seguintes o autor explica comose criaram algumas das plantas importantes hoje cul-tivadas, quais foram os seus antecessores, como as no-vas plantas se produzem espontaneamente, sem cessar,

e como podem ser obtidas à vontade. Também mostracomo a ciência genésica indica métodos para obter co-lheitas melhores das plantas qne atualmente possuímos.

EM sua maioria as plantas de nossas granjas e jardins

foram cultivadas desde tempos primitivos e, apesar dissotemos, relativamente, poucos dados sobre a sua origem.Por longos séculos, o único método para melhorar as plan-tas era o da seleção, geralmente efetuada escolhendo-sebons exemplares entre as plantas jovens. Naqueles remo-tos tempos, a seleção podia ser exercida unicamente nalinha materna, não sendo possível controlar a paternidadedas sementes pois o pólen não provinha de flores sele-cionadas.

No século XVIII foi descoberta a função sexual das plan-tas, o que permitiu compreender que o elementos paternoé tão importante como o materno. Esse descobrimento esti-mulou o cultivo das plantas, mas não se compreendeu todaa sua possibilidade, até que foram divulgados os,artigosde mendel, em fins do século XIX.

Durante o século atual, o conceito do gene como unidade"atômica" da hereditariedade, e a identificação dos cro-mosomas como correntes de genes, deram nova perspectivaa este problema. Mais recentemente, os métodos modernosde investigação -— combinação de métodos genésicos, qui-micos e citológicos — demonstraram como se originaramquase todas das plantas cultivadas atualmente, e de quemaneira plantas novas, ou melhores que as atuais, podemser obtidas, com o objeto de ser cultivadas em temposfuturos.

Nossas plantas cultivadas se originaram por quatro mo-dos distintos e que, em geral, se sobrepõem: por seleção,

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FIGURA 2 — Perâs do presente e do futuro. Â esquerda, apera Fertility. Esta variedade tem 34 croipospmas.eioiconseguida cm 1875. Ã direita, a variedade Ffertility Im-proved, a primeira pera de sua classe, com 68 cromosomas.Foi obtida em 1933, por duplicação do número de croijo-somas em uma célula somática. Seus frutos sao mais sabo-rosos « maiores que os da variedade Fertility, da qual

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FIGURA Ja — Duas variedades ou uma só? -r— A. batataGolden Wonder foi cortada em duas metades. Numa delasforam extirpadas as gemas e desse modo se induziu os t£-cidos internos a formar novos brotos, sob as gemas exti*rpadas. Esta metade foi plantada e deu tubérculos da varie-dade iLangworthy, tal como se pode ver à direita da fignratAl. A outra metade, não tratada e apenas usada como oon-*;trôle, só produziu tubérculos da variedade Golden WQnd€ar?A2. Muitas plantas cultivadas, incluindo outras batatas,têm estrutura parecida e por uma simples operação cir^rr

gica é possível plantar uma variedatle e colher outra!

com ou sem hibridação de espécies e duplicando ou nâoo número de cromosomas. Naturalmente, a seleção comhibridação é mais rápida que a seleção sem esta últimafe novos tipos se produzem per saltum, quando o número çlecromosomas se duplica, em resultado de uma anormalidadena divisão nuclear. Nas mais recentes investigações fiçói*demonstrado como essa duplicação pode ser provocada !'h

vontade (Darlington, 1942).O papel desempenhado pela seleção sem hibridação 4as

espécies é evidente no número das variedades e forma quqrapareceram durante os anos de nossa memória. Por exeiü-ç;pio, plantas existiam, sendo extensamente cultivadas, :hó^uns cinqüenta anos; mas das quais existiam poucas v;qrie-;:dades. Desde então, não apenas foram aumentando consi-deràvelmente quanto a gama das cores, como também sur-giram diferenças • importantes era seus hábitos de cresci-mento, na estrutura de- suas folhas e na de suas ..flores. £i

As gene-mutaçoes também foram responsáveis por edgu-;mas plantas extraordinárias, que se acham comumente-sob:,cultivo. Do ponto de vista genésico e o da hereditariedade•.em sua maioria tem elas as mesmas características em todosos seus tecidos e, por conseqüência, quando se propagam*vegetativamente, não importa que tecido (tronco, raiz, bulho>.etc.) se use para a criação de um novo indivíduo our.^eo tecido forma parte do interior ou do exterior da planta,Os novos membros são sempre iguais e (se são variedad-^fiifixas) reproduzem geralmente por meio de sementes. :r|à»-no entanto, um número surpreendente das que. não pass-ue»?1esta uniformidade ou individualidade, cujos diferentes^ teç.cidos produzem brotes de< tipos • diferentes e ? ppdem-rs-erclassificados segundo o modo como- estes, ficam.;$is£>os!tos.*e crescem. A maioria dessas p.lantas .teve ©rigem-por meip;de gene-mutaçâo, ocorrida em seus tecidos, de *i£.aneir«çr <^uesó algumas ¦ capas das células que f ormOin*. a .plante?-s^; âfetachas, pelei mudança. Ap^sçir ;di$so,} muitas :<leasçts ^Iço^tcigi

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*<*iü/(l(Tamanho natural)

iPXGtJBA % (Ao alto) — Morangos do passado e do presente

Número de cromosomas Período

I Fragaria vesca2y Fragaria elatior3; Fragaria virginiana4*.. Fragaria chiloensiso Keen's Seedling$ Boyal Sovereign

* * « «

144256565656

130015001600170018211892

r-Çív.

pgàem propagar-se por meio de brotos de suas raizes e,adotando esses e outros meios semelhantes, ficou demons-trada a sua estrutura excepcional, dado que os brotos dasraizes se originam em geral dos tecidos internos. Foi assimque' Bateson (1916) descobriu que com brotos das raizesda variedade de Bouvardia chamada "Bridesmaid" podiaproduzir plantas da variedade Hogarth, com flores ver-molhas.

- Muitas variedades de batatas são da mesma classe esud estrutura foi demonstrada pela primeira vez por As-ssyeVa, na Rússia, em 1927, por meio de processo parecidoer. igualmente simples, isto é, extirpando as gemas dos tu-bérculos. Uma variedade britânica conhecida com o nomede Golden Wonder, com uma pele grossa de côr parda,contém em seus tecidos internos a variedade Langworthy,de pele fina e branca (ver figura 1). Essas plantas apresen-tam em geral um problema para o horticultor, porque a va-rjedade externa, que, como uma luva, cobre. a variedadeinterna, pode ter a espessura de uma ou duas. capas celu-letres. -Porém, como ás, células reprodutores sé derivatíi

35-0 Ano — N.v 1;— Junho — 1951

da capa sub-epidermal, ou segunda capa, as células germi-

nais, o óvulo e o pólen, terão os caracteres dessa capa

celular As características genésicas da grossa pele rugosa.

de cor parda, da variedade Golden Wonder, nao se es-

tendem mais além das células superficiais e, nessas con-

dições, todas as células germinais contem as caractens-

ticas da variedade Langworth, e o distintivo rugoso nao se

transmite por reprodução sexual, obtendo-se descendentes

de pele fina.Embora os horticultores usem constantemente as gene-

mutações para obter novas variedades, a hibridaçao nao

é diretamente responsável pelas mutações genésicas. Apesar

do que a meúde se acredita, estas não são causadas pelos

efeitos diretos do cultivo, mas, no entanto, o cultivo, indi-

retamente embora, tem efeitos muito importantes, dado que,

(a) nestas condições ocorre um íntimo entrecruzamento que

revela as mutações latentes das raças; (b) devido a seleção

com ou sem a reprodução vegetativa que mantém essas

mutações como raças distintas e, (c) devido a proteçcto

que o cultivo oferece aos tipos mais fracos. Outro resultado

importante do 'cultivo ó que as barreiras geográficas e eco-

lógicas são vencidas facilmente, e espécies que estão se-

paradas na Natureza, são reunidas, dando-lhes oportunidade

para a sua hibridaçao, que, como veremos adiante, pro-duziu resultados importantes.

O segundo modo de origem, uma simples duplicação dc

número de cromosomas, deu lugar a novas espécies. A maio-

ria das variedades de framboesas tem 14 cromosomas, po-rém a Belle do Fontenay, a Merveille Rouge e algumas ou-

trás, têm 28. As espécies de 28 cromosomas são varie-

dades de colheita, outonal, que se originaram durante osúltimos anos, das variedades de 14 cromosomas de frutoestivai. No caso da primula chinesa existem variedades com24 cromosomas e outras com 48! Estas são formas gigantescom flores grandes, que se originaram espontân»mnente, no

princípio deste século, das variedades com 24 cromosomas.»Entre, as peras, uma nova variedade gigante, a primeiraem sua classe, apareceu recentemente nos hortos ingleses.Tem duas vezes mais que o número usual de cromosomas.

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[ FIGÇBA 5 — A amora Morton Thornless» que se vê acimaI tia metade do tamanho natural, é uma variedade sem espi-í nhos, conseguida cruzando-se duas espécies de a mo ras ín-% -t,:.;..: <«ve > dígenas da Grã-Bretanha. y-A*wy.A'

íiS.v Ano — N.o 1 Junho 951 73

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EU SEI TUDO

isto é, 68 em vez de 34; seus frutos são melhores, pesam emedem o dobro dos da variedade progenitora (ver fig. 2).

Normalmente, todas as células de uma planta têm umnúmero fixo de cromosomas, que, por meio de uma divisãocelular específica, produzem células germinais, com a me-tade deste número de cromosomas (Berlington, 1942). Muitasplantas valiosas foram originadas por um defeito na divisãodurante a formação de uma das células germinais. As plan-tas criadas desse modo têm uma vez e meia o número decromosomas das células paternas e não duas vezes como•foi registrado nc caso das peras. Existem, assim, maçãsde duas classes, tendo, umas, 34 cromosomas (2 grupos) eoutras 51 cromosomas (3 grupos). Estas últimas se deriva-ram da união de uma célula normal, com 17 cromosomas,com uma célula germinal com dois grupos ou 34 cromoso-mas. Algumas das maçãs mais conhecidas no mundo sãoda classe com 51 cromosomas. Entre elas, há a espécieBramley's Seedling, cultivada mais geralmente na Ingla-terra, o Belle de Boskood, que é a mais popular no con-tinente europeu, e a Baldwin, a típica maçã de inverno, doLeste dos Estados Unidos.

As plantas com maior número de cromosomas possuemmais genes, os quais têm efeitos importantíssimos nas ca-racterísticas individuais. Por exemplo: no milho há um gene,Y, que transmite a côr amarela do grão, o qual está asso-ciado com a vitamina A. Mangelsdorf e Fraps, em 1931,demonstraram que as plantas com 0, 1, 2 e 3 genes Ycontinham a média de 0,05, 2,25, 5, e 7,5 unidades de vi-lamina A, respectivamente. Nas maçãs, as maiores con-¦centrações de vitamina C se encontram nas variedades com51 cromosomas.

No desenvolvimento dos morangos novas plantas se or-ganizaram por um terceiro processo, isto é: por seleção dosfilhos de cruzamentos de espécies, sem intervenção diretada duplicação do ¦ número de cromosomas. Os morangos,começaram a ser cultivados na Europa no século XIV. Na-quele tempo apenas se cultivava o morango silvestre, Fra-

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FIGURA 6 '— A criação de novas plantas por substânciasquímicas. Uma célula normal da maçã Golden Reinette deHeusgen, com 34 cromosomas (esq.) e uma célula da mesmavariedade, depois, do tratamento, pela colchicina com 68

cromosomas (direita).

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FIGURA 7 — A cereja Bigarreau Fregmore (direita) Auto-polinizada; sem fruto. (Ao alto), Polínizada por Bigarreaude Schrecken ; sem fruto. O resto da árvore, polinizada pbr

variedades interférteis, deu boa colheita de fruto.

garia vesca, fragaria elatior, que hoje é encontrada espo-ràdicamente nos bosques europeus, e Fragaria virginlana.dos bosques do Leste da América do Norte, começaram aser cultivadas nos séculos XVI e XVII, respectivamente. Osfrutos dessas três espécies são pequenos e não aumentaramde tamanho durante o cultivo. Em princípios do século XVIIIfoi introduzida na Europa uma quarta espécie, Fragariachiloensis, da América do Sul. Esta é uma espécie bisexual,com as flores masculinas e femininas, crescendo em plantasdiferentes. Infelizmente as plantas que se aclimataram eram'femininas e por longo tempo, devido à falta de pólen, naase obteve qualquer fruto na Europa. Mais tarde algumasforam cultivadas ao lado de outros morangos, tais como aFragaria elatior e Fragaria virginiana. Estas fecundaram aschiloensis, das quais foram obtidas abundantes colheitas.Combinando o tamanho da chiloensis, com o perfume davirginiana surgiram em França as primeiras variedades emfins do século XVIII. São frutos soberbos e originários dacombinação de duas espécies de 56 cromosomas «que, atéentão,tinham estado geograficamente separadas.

Para melhor compreensão devem ser consultados os <jrá-ficos que acompanham este artigo.

ESTE MUNDO LOUCO,..

Be os motivos que levam.certas pessoas a casar são, mui-tas vezes, misteriosos e indecifráveis (para os parentes ees amigos), os que conduzem ao divórcio são, quase sem-pre... digamos: inesperados. Exemplos:

No Estado norte-americano de Tennessee, uma mulheracusou o marido de lhe haver arrancado a dentadura, re-cusando-se a devolvê-la.

— ÉT exato! — respondeu o acusado — Porém ela esque-ceu de dizer que assim agi porque ela quase arrancou umdos meus dedos com uma dentada! r - >,,

'O^-div^rcí^, 'íoi concedido! ein viJ3tâ do exposto, ley^n^o

¦d^&d^a^r^ioj*: culpa! ^ ,;y',. >•&*&$}$'& '- ¦' ^CCí.S^mçu í> ,0-Jte**'^Na

'Alemanha, mais exatamente; em Chemnitz. uma. mu- %

lher acusava o marido de aproveitar o instante em queretirava a dentadura, para usar a mesma como corta-charutos! Novamente o marido saiu perdendo.

Não há maior injúria para uma mulher que chamá-la defeia ou velha. — Ariosto.

QUAL A DIFERENÇA?(Resposta da pág. 10)

(b) Stalactite(a) Qourmand/' « v(a) Diva . y-,(a) Omitido

(b) Perônep(b) Dromedário(a) Sombrio(b) Violino

. 9 , (a) Capangueírol10 (b) ábase. '.?

...VSU.-SEI-TUDO

...... -.

74 35.-? Ano- -r- N.9 1 Junho r- 3 951

r.' *MUNDO i__m __ r^ ^^»--.—^^ ¦¦*¦»*—

NOTICIÁRIO

De Okinawa, uma das Ilhas do arqui-

pélago Ryukyu, sob ocupação norte-americana, chega-nos a informação ofi-ciai da emissão de um selo de 3 yen,yerde-escuro, em 19 de fevereiro, co-•memorativo da Semana de Refloresta-mento». No selo surge uma barreiraformada de pinheiros, sempre verdes erobustos, como símbolo da resistênciacontra o assalto violento dos ventos etufões. Os troncos e ramos formam ofundo de uma paisagem, como a «bar-reira que protege as colheitas contraos tufões devastadores e o vento car-regado de saí do oceano». «ShikurinKinon» (Comemorativo do "Refloresta-

mento) está escrito em caracteres chi-neses.

DETROIT (Estados Unidos) — Esse

Estado da União Norte-Americana co-

memora este ano o 250.* aniversário dasua fundação. Para comemorar tão im-

portante data será feita a emissão devários selos.

A mais antiga cidade de importânciaentre as velhas comunidades coloniais,Detroit foi fundada em 1701, por umoficial do exército francês, Antoine deIa Mothe (1658-1730). Tendo chegadoà América do Norte em 1683, foi envia-do como comandante para o posto fran-cês em Mackinac, Estado de Michigau.Obteve então a cessão de um prazo deterra, justamente onde hoje se levantaDetroit, ali tendo fundado uma colo-nia francesa com 10 pessoas, entre' sol-dados e trabalhadores.

A comunidade pertenceu aos France-ses até 1760. quando foi ocupada pelosIngleses, que a transformaram em pôs-to militar e comercial. Pelo Tratado

SELOSde John Jay, ali foi içada a bandeiranorte-americana e a cidade ficou send»norte-americana, exceto durante curt-»

período da guerra de 1812. Detroit foi

a capital do Michigan como territórioe Estado, de 1807 até 1847, quando »

governo do Estado foi transferido paraLansing.

O senador Abraham J. Multer, repre-sentante de Brooklyn, solicitou um sêUem homenagem ao falecido Coronel Da-vid Marcus e para comemorar o 175.»aniversário da Batalha de Brooklyn.Por sua vez o senador William Nager,do North Dakota, apresentou uma re-

querimento ao Senado, solicitando um©«série» para encorajar a «correspondên-cia da boa vontade» entre todos os ci-dadãos Norte-americanos e ainda umagérie — 1952, para comemorar o cente-nário da chegada de Carl Schurz aosEstados Unidos (Alemão de nascimento

0 R RE | o I N TERNACIONALPOUCAS serão as pessoas que, ao enviar cartas ou pos-

tais para o estrangeiro, fazem idéia de quanto devem a

União Postal Universal, que reduziu ao mínimo as forma-

lidades necessárias. Antes da sua fundação, ao passar de

um país a outro, os pacotes encontravam intermináveis di-

ficuldades devido aos diferentes regulamentos quanto ao

tamanho, ao peso e à necessidade de calcular pequenas des-

pesas em moeda nacional de cada país.'

Foi no século XIX que Heinrich von Stephen, Diretor-Geral

dos Correios da Confederação Alemã do Norte, lançou^ a

idéia da União Postal, que se concretizou em 1874. A União.

cuja sede fica em Berna, na Suíça, conta quase todos os

países do mundo entre seus membros. Além de fixar taxas

internacionais para a correspondência comum, colis postaux,mala aérea, expressos e registros, estabeleceu ainda um

sistema de vales-postais.Comemorando o 75.* aniversário da fundação da Umao

Postal, a Nicarágua emitiu, em fins de 1950, uma série de

selos especiais. Sete desenhos diferentes .são usados nos

setenta e dois tipos.de selos, agrupados em quatro classi-fjcações: cinco de correspondência comum, sete de mala aé-

rea, seis de maia aérea oficial, e um grupo de dezoito folhas

de souvenir, contendo quatro exemplares de cada selo dosoutros três grupos. Em conjunto, os selos abrangem dezoitovaloresdiferentes, num total de 77,50 córdobas.

Dois retratos aparecem nos diversos valores: um de Hein-

rich von Stephari e o outro do inglês Sir Rowland Hill, «in*

ventor» do selo, cujo sistema de utilizar adesivos para indi-

car pagamento prévio da correspondência foi adotado pelo

governo inglês em 1840. O Brasil foi a secunda nação a au-

torizar o uso oficial de selos, três anos depois. A idéia alas-

trou-se pelo mundo, aumentando consideravelmente o vo*-

lume de correspondência e tornando cada vez mais urgentea necessidade da fundação da União Postal.

Na série em referência, aparecem ainda dois selos dos

edifícios da União Postal: o do 1.* Congresso eo BureauInternacional. Outros são ilustrados c.om o verso e reversodas medalhas comemorativas da União Postal, em 1947, e

com o monumento de pedra e bronze que comemora o ser-viço postal de todas as nações, em Berna.

A série foi gravada e impressa por De La Rue. Todos os

selos têm margem preta e vinhetas centrais em cores dis-cretas e diferentes. Outros países emitiram selos especiaiscomemorativos do 75.* aniversário da UPU, poucos, po-rém. descrevem tão bem a sua história como os da Ni-carágua.

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v;;-'! '.80.0 Ana,Tr-'.N.^'l^-f Junho*.~r Í951AA '¦' A ' " ' '.,q .que se destacou como homem de Es-tado e reformador norte-americano).Finalmente o senador Lister Hili, doÀlabama solicitou uma série de selosazuis e cinzentos a fim de simbolizar a |união norte-americana. foNOVAS EDIÇÕES f

ALBÂNIA — Uma serie intitulada«Heróis do Povo», compreendendo selode 2 1 verde, 2,50 1 violeta-esc. 5 1 azul

A!ô- 8 1, marron, com dezesseis retratos.Num grupo aéreo, há selos de varia-dos valores a saber: 50 quintar, cin-zento, 1 1, verde, 1.0 1, azul-cinzento,20 1, púrpura.

. AUSTRÁLIA — O diretor geral' dosCorreios australianos está consideram-do o requerimento do Liberal PartytWomen's Comitee no sentido de ser

tfeita uma emissão de selos em honrade Nellie Melba, soprano lírica; outros3m homenagem, à Irmã Elizabeth Kenn-

,y, enfermeira e outros, ainda» dedica-fdOs à mulher Australiana.

ÁUSTRIA - Aguarda-se a emissão deum selo «de luto» pelo falecimento doPresidente Karl Renner. Antes, porém,deve ser feita emissão referente a

I «Austríacos Famosos», com o selo emhomenagem a Joseph Lenne, compo-sitor vienense.

BULGÁRIA — O retrato de Alek-sander S. Popov (1859-1905), pioneirorusso no rádio, está num selo de 4 levae noutro de 20 í. Fabricação de rendas,tapetes, horticultura, fruticultura e in-dústria pesada estão representadasnuma série de sete valores, desde 1 1até 40 1. A série «Um ano sem Dimi-trov» compreende dez denominações,desde 40 stotinki até 40 1, com retra-tos e cenas da vida do falecido Pri-meiro Mini3tro Georgi Dimitrov, sendoque o de maior valor tem como ilus-tração o túmulo do homenageado, em

1 Sofia.CANADÁ — • O selo de 1 dólar, como

propaganda da indústria da pesca éazul, embora o verde tenha sido ante-

,t riormente anunciado. Foi emitido em' fevereiro.

75

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Novos selos da URSS

COLÔMBIA — Sele de 20 centavos,encarnado, amarelo e azul, como em-blema da Sociedade Colombiana de En-genharia sobre um mapa do país. Háneles a inscrição das datas 1887 e 1947.O selo era para ter sido editado nesteúltimo ano, pelo sexto aniversário daorganização, tendo sofrido um adia-mento em razão de ligeiras desinteli-gencias quanto à sua feitura. Aindadesse país temos a citar dois selos como desenho de cotas-d'armas, nos valo-res de 5 pesos, verde, e 10 p. laranja.

FRANÇA — Anunciado um selo como retrato de Emile Bourdelle, escultor(1861-1929).

ALEMANHA — A República Federalestá emitindo uma série com o dese-nho da trombeta postal e os valores de2, 4, 5, 6, 8, 10, 15, 20, 25, 30, 40, 50. 60.80 e 90 pfennigs e 1 e 2 marcos.

ITÁLIA. — Uma grande série comdezenove valores, em desenhos diferen-tes, apareceram recentemente para usoordinário. Fazem a propaganda da re-construção, do^país,. representando ca-cía selo as.?prí,ncipàis atividades .exerci-

, EU SEI TUDO

das nas diversas cidades do país. Te-mos assim La fucina, do Vale de Aostanum selo de 50 cents; L'Officina doPiemonte, noutro de 1 lira; II cantíerida Lombardia, com um selo de 2 liras:o dè 5 1 (II tornio), de Toscana; o de6 1 (II tombolo), do Abruzzi e Molise;timone), de Veneto; 15 1 (Lo scalo),de Ligurgia; 20 1, (La aciabica), daCampania; 25 1 (Le arance), da Sicília:30 1, (La vendemmia), de Puglie; 35 1(Le clive), de Basilicata; 40 1 (II carro-a vino), de Lazio; 50 1 (Le greggi), daSardenha; 55 1 (L'aratro), da Umbria;60 1 (II raccolto), de Marche; 100 1 (ligranoturco), de Friuli-Venezia Giulia.e por fim o de 200 liras (II lognamè),da cidade de Trentino-Alto. Salvo osdois últimos, gravados em talhe doce.os demais são geliogravados.

JAPÃO — Outro selo relativo a «Ja-ponêses Famosos», em 8 yen com a fi-gura de Kano Hogai (1828-1888), pintore artista reformador. Outros selos, de8 y e 24 y, representando cenas de in-verno no Monte Zao, foram editadosem março.

HUNGRIA — Nova série de selos co-memorativos do centenário da mortedo general Joseph Bem, herói da li-berdade (1794-1850), constante de umselo com a efígie do general em uni-forme de gala sobre um fundo que re-presenta uma das principais batalhasde Piski, em que tomou parte. Os valo-res são 40 filer, castanho; 60 f, verme-lho e 1 forint, azul. Para o «Dia doSelo» e o 25.9 aniversário da FundaçãoNacional das Sociedades Filatélicas da-Hungria, o mesmo motivo foi aprovei-tado em 2 forint, violeta, aéreo.

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Selo da«s Tlbas Kyukyu

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Selo da Colômbia.'•:.«.'" v T**4,''í

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RUA DOS ANJOS(Cont. da pág. 58)

Afinal êle falou, para dizer -que a

sendo muito tarde, ia leva-la de volta

i casa, pois "Maman" devia estar preo-

-upada". Caminharam em silencio, pas-

.aram diante dos incontáveis olheiros

(François refletiu que ja agora eles te-

riam boas notícias para Gravai). Che-

gados ao terraço do hotel ela voltou

a se desculpar "pela cena provocada,

è jurando que isso não se repetiria

porque. .. ,Êle a beijou, gentilmente, numa das

faces e sem nada dizer, e, com gestocarinhoso, empurrcu-a para o brilhante

%allw do hotel. Ela atravessou-o cor-

rendo, parou repentinamente e comi-

nhou para junto de sua mãe, no restou-

rante O rapaz viu quando as duas se

encontraram e viu também quando a

Sra Duggan se levantou abruptamente,caminhando para a entrada do hoteh

— Senhor Ledouxi — A norte-amen-cana o chamava, não havia dúvida.Voltou-se para confirmar essa impres-são — Por favorí — dizia ela, agora-— Apenas uma palavra!

Caminharam lentamente ao longo•do terraço.

*

Sei que, provavelmente, isso seráaborrecido para o senhor, mas tenhotido muitas dores de cabeça com essamenina nos últimos dias. — Ao^ falai

passou de leve uma das- mãos sobre o• braço dele. Em redor do pulso brilhavamagnífico bracelete de brilhantes. —

Nessa idade o amor é um perigo, nun-za se sabendo o que pode acontecer...

O bracelete o cegava com o seu fogo-frio, mas havia homado uma decisão:não consentiria, jamais, que Gravat seapoderasse daquelas jóias. .. Que rou-basse aquela boa gente I Alem disso,aquela adolescente, quase uma meni-na,,per mais cega que fosse, não devia3er magoada, em seu sentimento,^ poralguém da espécie a que êle própriopertencia. Como se propusera agir sópoderia acabar de maneira fatal paraêle, mas ao menos teria o consolo dehaver agido decentemente ao menosuma vez.

Êle pareceu tomar uma resolução.Ouça. Aconselho-a a sair comigo

•amanhã, no barco. (Parecia excitadorepentinamente) Isso é o que há demelhor a fazer. Compre na loja exis-tente no hotel um bloco de papel

"Ré-

Jane". Essa qualidade tem, exatarnen-íe, o tamanho do uma nota de milfrancos. Coloque uma nota de verdadesobre o bloco, bem ajustada, e passeum elástico em redor. Assim pareceráum pacote de dinheiro, como fazem emcaixas de banco. (Aqui hesitou uminstante, com uma expressão de má-gua, depois concluiu) —- "Levará o pa-cote na bolsa, amanhã... E deve levartambém a sua filha. Há de ver que eladesistirá de mimi ,

Ela o fitou, alguns instantes, comose procurasse compreender, depois de-clarou:

Por mais estranha que seja a.sua proposta, confio no senhor. Farei•-como pediu...

Êle levou as duasmnlheres nex dire-

ção do Leste, ao longo da costo Pcrt

se deixou ficar sentada no teto da

pequena cabine, silenciosa e sonhado-

ra. A Sra. Duggan conversava polida-mente em francês.

Deve ter pensado - disse ele h-

nalmente - por que pedi que viessem

comigo... fJprla-Fui eu quem pediu. .. — aecia

rou Pat. __,. ^,_ Não. .. Eu pedil - Fêz uma pau-

sa- depois, com o olhar perdido no ho-"onte

continuou: "Vão ficar em Roma

cPrca de um mes, em companhia da

Condessa Fondano delia Sforzina, nao

é verdade? E depois irão a Cannes, on-

de a irm5 dc Sr. Duggan tem uma"vila"... Ela está casada com jean-t>aül Pasquier, o magnata do aço...1_ Deteve-se novamente e olhou paraas duas mulheres. A Sra. Duggan ob-

servava o vôo das gaivotas. A filha,

porém, empalidecera.—. Mas... T

Quieta, Patrícia. Prossiga, Sr. Le-

doux. -.-¦*.Repentinamente êle falou num claro

Meu nome 4 Alan Dunscombe. Souum desertor do Exército e meus do-

cumentos são falsos... Tambem souum reles ladrão... Isto é: ladrão...forçado pelas contingências.

— Como pôde saber? — gritou PatComo pôde saber a respeito de

Fondano e Tia Millie? Minhas cartas... — disse a Sra.

Duggan com absoluta calma — Jamaisconfiei nessas caixas de correio doshotéis...

Esse fêz um gesto, assentindo.Sim; todas as suas cartas eram

abertas. . . Mas não sou muito culpado,pois estou inteiramente a mercê do ver-dadeiro ladrão.

Não fale assim! — * per um mo-mento o rosto da jovem americanatevelou pasmo e mágua — Você nãopode ser... isso que acaba, de dizer!

Sim... Desertei por ocasião dodesembarque, aqui mesmo, ao longoda costa... Eis a verdade! (Agoranão olhava para elas) Não pude sti-portar aquilo. _ . suponho.

*

bolsa de mão e entregou o rolo de di-nheiro, que lhe fora pedido. Então, vol-tando-se para a pobre Pat, êle per-auntou:

Então acha que eu ia trair o meuchefe. . . por nada?

Desertor. .. — disse ela com voz

que se estrangulava — ...ladrão e

traidor... — Depois emudeceu, cur-vando a cabeça para o peito.

A partir de então ninguém mais talou

a bordo. Êle virou a roda do leme, le-

vando-as de volta; ambas saltaram em

silencio e em silêncio caminharam pelocais deserto e para longe dele.

Então Dunscombe empalmou o maçode dinheiro e sorriu com sarcasmo: O

preço da virtude!" — disse, num so-

pro __ "O preço do amor por uma Iin-da pequena!" Retirou o elástico e es-

palhou o conteúdo na palma aa mao.Então, como se fosse movido por moloirresistível, levantou a cabeça. Cadofolha de papel daquele maço, era umanota verdadeira, de mil francos!

A Sra. Duggan o esperava num can-to do terraço. Sem uma palavra lheentregou todo o dinheiro; ela o aceitoue guardou na bolsa.

Eu tinha certeza de que o senhorera honesto. — disse ela simplesmente.Depois, indicando uma série de degrausalém, no jardim, perguntou:

Tem dez minutos para conversaicomigo?

"¦'_ .

Caminharam algum tempo em si*lêncio.

—- Representou muito bem o seu pa-pel de "Francês". — disse ela.

¦— Tive para isso muita prática, ih-felizmente...

Ela, delicada, fingiu não compreen-der o sentidodessa "prática", e per-guntou, curiosa:

Disse que seu nome é Duns-combe?

Alan. Alan Henry Kent Duns-combe, se preferir.. .

Mas... Não sei... (Falava mais. para si mesma, como se raciocinasse)

O senhor... Você não pode ter deser*tado... E' coisa que se vê nos seusolhos.. .

Mamãe.. . Que significa tudoisto?

Significa — replicou êle —^quetudo foi preparado para roubar todasas jóias que trazem... (Viu, nesse ins-tante uma expressão de dor nos belosolhos azuis.. .) Exatamente. Venho ten-teando uma e outra por conta de um re-finado ladrão. Estão destinadas a seiroubadas, na estrada, em caminho dohotel para o aeroporto. No automóvelque fui encarregado de arranjar parao seu transporte, Tudo foi bem organi-zado...

Por você?Sim. E por dinheiro! A propósito,

espero que tenha trazido o dinheiro,Sra. Duggan. fyn% ¦ ¦¦

Pat levou as duas ..mãos, aos lábios,de onde escapou um. grito, de dor ede*sespêro. A Sra, Duggan. abriu. a sua

A alameda agora subia um pouco eos conduziu para o alto de uma peque-na colina, onde tudo era paz e si*lêncio. ;

Realmente, não sei o que açor.'teceu — disse êle repentinamente 4-**-Lembro-me de ter visto muitos compa-nheiros mortes. Mas já tinha visto iasc?»antes! Qualquer coisa me assaltou amente. .. Devo ter perdido um poucoa noção das coisas...

E *> >Sei apenas que quando reabri

os olhos estava com gente humilde ebondosa. Tudo me parecia vago. De-pois, fui atacado de malária.. Entãodisse para mim "Quando ficar bom vol.tarei..." Mas não voltei. Fiquei alimesmo, sentado ao sol, o, dia todo, #praticando o árabe...

Olhou para ela, ansiosamente; po-

3Í* Ano — N.v 1 — Junho 1951

têl$, O rosto da Sra. Duggan nada re-•-/elç>úi Então êle prosseguiu:¦U* "Arranjei um emprego, como em-paC.otador de tâmaras. Ali fiquei algumíempo, não sabendo bem por que ía-2ia isso. Quem era eu?

Voltou-se novamente para ela e"Entre nós, creio que eu estava

an} íjtanto maluco. . . Os médicos cos-tumàm explicar isso com diíerentesnomes. .. "fadiga de guerra" ou coisapor^cida. . ."

•' ^joveu a cabeça, desanimadamente,3grab se renunciasse decifrar o mistério.

4 E a respeito da sua. .. recenteprofissão?

r-rr-rj Ah! Encontrei Gravat... em al*gun} lugar. Foi êle quem afirmou, semrodeios, que eu era um desertor. E,naturalmente, eu era! Disse tambémaue,í a polícia do exército andava à minhçjii procura. Ofereceu-me um meio de$ s | a p a r, compreende? Documentosibrarçceses, um passaporte, uma car-íejrQ de identidade. .. Não sei comoíyi £*ceitar!'*r%

E por qué não fugiu dele, logocjueíl teve os papéis?

-4j- Não podia. Êle seria o primeiroq diprçunciar à polícia. Eu seria prêscejcin jboucas horas. . .

ÍÊljnum apelo, muito sincero, concluiu-A "Não pense que estou procurando

desbulpar-me. Não estou!|E|a o fitou bem nos olhos, antes de

perguntar:™-|- E que íoi que, o fêz.. . sair foro

deste negócio? Está correndo graveperigo por nossa causa!

-¦^'•&K... Não sei... Deve ter sido..eiaf{áo; falar, voltou a cabeça para clado do hotel) Não poderia fazer isscCom Pat. Jamais me perdoaria!

A" estrada agora parecia acabaidiante de um simples portão, que sedestacava, muito escuro,- contra o céu;e sqbre êle havia uma figura deanjccondas asas abertas. O rapaz hesitou.

Porém, q Sra. Duggan disse:-•¦••jibVceê nunca esteve aqui, hein? —

Falava còm uma certeza que impres*sionava.

-r—u^Não. Cemitérios não me interes*3çnw.ifííNí5b gosto deste, principalmente,porquê' me recorda ó desembarque...

Eíç}''„p impeliu suavementet, mas com,-;nsi|J^|icJa,, através da porta, sob a ar-codf^çftde havia o anj o.

<^|jS<$pe por que parei aqui, antes deseguir?, para Roma? — fêz um- gestoapoflítppdo com o braço — A razão está

f m áèguiu "6 gesto e seu olhar en-apnwwíf !uma placa de bronze, ondeleu 'Taniés L. Duggan".

Houve uma pausa. Depois êle falou:Perdoe*me... o que eu disse há

' -*• E4 estranho, a urgência que euiinhg,-ád|''vir!'"-— disse ela — Fiz davia#èfl|^e '

Pát à Europa um pretextopar^vfelèmbóra saiba, bem no fundocJq çQT^fàh, c|üe aqui nada existe delem*êty0'r Náâa! Mas, desta vez/ naovim p|i|'ile.^'Tinha outra intenção...

§jp%3? tólnou a sègurá-ld'poi iim.bràgcl^binhando maís; alguns'í&^f^.^TOJ^é-sè^iü; com o olhar; pà

77 0? EU SEI TUDO

A MODA SEGUNDO OS "QUATRO GRANDES" DE PARIS

OBLÍQUO •— A Moda 1951 segundoos "Quatro Grandes" costureiros pa-risienses. Eis aí um vestido ditado- - Pior: pregueados em oblíquos.

COLUNA — Fath imaginou, para ahora do chá esse vestido de taifetasazul fumaçài ásáia é" "éntravéé*' nós-joelhos; formando um nó drcrfcée.

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FOLHEADO — O verde tília seduziuRochas para esse vestido. O volanteplissado sobe sobre uma perna emfofos e folheados de taffetas e tulle

ALGERIANA — Os quadros de Dela-cròix inspiraram Bàlmain. Esse vestidode "soirèe" é de íaille rosa e rendas,

totalmente bordado còm strass.

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onde o dedo apontava. Por um instante

pensou que as pernas dobrariam sob

o seu corpo, enquanto de sua gargantasaíam sons ronccs e indecifráveis. Onome, entretanto, estava claramenteescrito: A. H. K. Dunscombe!

A vez amiga da Sra. Duggan falou

junto dele:— Compreende, agora? Não ^ terá

mais que andar escondido 1 Poderá vol-tar para casa. Eles não pensam que

yvocê desertou! Pensam que está morto!Que morreu em combate!

Êle olhou, como se não a visse, de-

pois volteu-se para fitar lonqameníe omar.

"Isso aconteceu centenas de vê-zes a outros homens, que perderam ^amemória. . . e tomaram a recuperá-ia

e voltaram para casal — prosse-guiu ela.

E na sua voz havia todo o ansiosodeseje de o salvar, de o devolver àliberdade.

Sim — disse êle então — Fminha oportunidade. . .

E não vai aproveitar? Tem queaproveitar!

a

— Realmente — disse êle sorrindocom ligeira hesitação — Nem sempresou louco... Perto da senhora, prin-cipalmente, sinto-me mais confiante ecapaz até de escapar ao que me es-

perc...Ela compreendeu ao que êle se re-

feria; porém, antes de poder dizer uma

palavra ao rapaz prosseguia, com maisvigor:

. "Depois do que acabo de fazer,se não estiver longe desta cidade quando a senhora mesma viajar para Alger,por certo receberei um palmo de facanas ccstasl

— Para onde pretende ir?—• Tenho um amigo que me levará

diretamente a Marselha. Agora não re-ceio mais a Polícia. Ainda nos encon-traremos longe daqui. . . Pode acre-ditar!

— Sei que nos encontraremos, sim!De resto,, iá sabe para onde vamos.,.

Êle lhe c:?receu o braço, para a re-conduzir do volta ao hotel. Na sombrada tarde que morria, ela o ouviu rirmansamente.

Há coisas que, contadas, neltíèninguém acreditaria... Encontrar* W.anjo na Rua dos Anjos!

*- YY.r tibÚw^ítm

¦ -11? sk?A. t .

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ao ti?

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REVELANDO O BRASIL. . .'-.(Cont. da pág."Í8T

O ensino primário está muito dl^^fundido na zona urbana, porém, .$*g-J"rural ainda é grande o número decrianças que não aprendem a ler po- , ^falta de escolas. Este é, aliás, fe-':eaktribilho que se lê em toda monográfia de municípios do interior bfasí-^Ieiro. Coisa triste!

¦y.rsyyjí?E para os seus quarenta mil habi-

tantes conta Umbuzeiro com um \nifiWdico, apenas!!! Diante de fatos ¦ drçst$..»í*_natureza cada dia mais nos conveli.^píciemos de que o Congresso devia baixar,,.,uma lei obrigando todo jovem recé^v^^formado a clinicar no interior do nais r»í"j-ip3H»*durante três anos, no mínimo. Sçr ,_. V>UUV'medico de autarquia certamente e&coisa muito agradável, mas sáfvaPijrmãos que se debatem à mingua,-'<

Mãe zelosa! Seu.filho é magro, pálido, sofre de fastio?Dê-lhe FERRO ARSYLOSE, o remédio indicado pelo

Dr. Wittrock.I Contra fastio e anemia, só FERRO ARSYLOSE.

Pedidos do interior a ARAÚJO FREITAS & CIA.'.'¦•*: ¦

.-Ruait^ — Rio, d*. Janejro

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T^sesm^^S^-^-^tffi^i tí ¦_ 4*1 «r^"~»i«_r " ^ Xffi í\ níg___:^^S^S^f-'wff I m 0| n i for yS^*^'^^ 7 '

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35. v Ano — N.9 1 Junho — 1.951 79

timas de tôdâ espécie de doenças porôsse Brasil a fora, é tarefa que tam-bém devia ser considerada empoí-gante! Afinal, somos netos, apenas,de sertanistas, e no sangue da novageração decerto ainda palpitam oardor e a coragem que fizeram re-cuar para tão longe, no Oeste, a .Li-nha de Tordesilhas. Não é possívelque elementos estranhos e recentes játenham conseguido enfraquecer a talponto a fibra heróica, que em boahora herdamos dos ancestrais portu-guêses. Se Deus nos deu tão grandePátria, não foi para que a deixas-semos morrer de abandono.

Umbuzeiro, pertinho do litoralcomo está, só conta um médico. Ima-ginemos quando virá a possuir algumo gigantesco município de Barra dosGarças, no interior de Mato Grosso!Se não aparecerem leis obrigatórias,somente daqui a cem anos, na maisotimista das hipóteses, surgirá alguémnaquelas imensidões carregando aclássica maleta repleta de ferramentacirúrgica.

Umbuzeiro é a terra natal do Pre-sidente João Pessoa, do ex-Presidenteda República Epitacio Pessoa, do jor-ualista Assis Chateaubriand e do Dr.ftapoleão Rodrigues Laureano, cogno-

A MULHERBELA NÃOTEM IDADE I

Conserve o encanto da mocidade man-tendo sua pele sempre fresca © juvenillExperimente Água dè Júhquilho, qu®*elimina manchas, cravos & espinhas!

Distr. Araujo Freitas & Ch. - Rio^^^^^^^^^^^^^^^^^—^^^—MBMHMMNMMraiHMHlMKnrajn

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EU "SEI TUDO

A MÁQUINADE PASCAL

A máquina arit-mética construídapor Pascal, comas suas própriasmãos, há três se-culos, acaba de•er encontrada emMirande, França.U m a dedicatóriaque estava escri-ta em latim,. P^ogenial inven-tor, serviu para aidentificação. Porisso sabemos tam-bém que Pascaldeu a máquinade presente aochanceler Seguir,homem de con-fiança do CardealMazarino. O ante-cedente curiosís-simo de quase tô-das as máquinasde calcular mo-[lernas, despertoua atenção dos co-lecionadores. Seuatual proprietáriorecebe interessan-tes ofertas. Po-rém o Ministériode Educação Na-cional, da França,acaba de anunciar9 seu propósito deadquirir essa reli-quia, que é umaparte do patrimô-nio intelectual dopaís.

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minado pelo povo — "O Mártir doCâncer".

Atendendo ao apelo que de vários

pontos do pais nos enviaram os lei-tores desta revista, que desejavam co-nhecer mais pormenores sobre a vidado médico paraibano, fomos entrevis-tá-lo no "Hospital Gaffrée-e-Guinle",onde se acha internado. No primeiromomento ficou a cronista surpresa,

pois em vez do enfermo abatido queimaginava encontrar o que viu foium homem chupando laranjas sofre-

gamerite, como qualquer pessoa sã.Que extraordinária calma diante damorte!

Ao tomar conhecimento de nossamissão, sorriu complacentementc e

prontificeu-se a responder ao intér-rogatório, acostumado que está coma bisbilhotíce jornalística.

O Dr. Laureano nasceu na fàzèhdâ"Riacho de Natuba", no município deUmbuzeiro. Natuba é vocábulo in-dígena e significa — "fartura de - f rii-tòs". Trata-se de uma referência feita

pelos índios à exuberância das terras

que ficam à margem de pequenfcurso d'água afluente do rio Paraíbado Norte.

O futuro médico estudou pri-meiras letras na escola da vila de

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Viu, que pontaria eu tenho? Que deseja, velhinho?

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FWIOSOS «PALPITES» - Bom, você pode tentar... mas afirmo que essa e

uma das máquinas caca-níqueis e você vai perder a sua mesada!

Natuba, a dois quilômetros da fazenda

de seus pais. Foi sua primeira pro-fessora a senhora Maria Barbosa.Seu pai, o agricultor Floriano Ro-

drigues Laureano, não tinha intençãode mandá-lo estudar mais nada além

do curso primário. Dizia que genteda roça não precisa aprofundar-senos estudos. Bastava saber ler, es-

crever e fazer "as quatro contas".Homem rústico, porém, inteligente,decerto assim falava para escondera amargura causada pela falta de di-

nheiro. Um amigo, entretanto, que.mantinha o filho no seminário, insis-

tiu com o Sr. Floriano para que"aproveitasse" ao menos um de seus

rapazes. Depois de muita insistênciaficou resolvido que Napoleão seguiria

para o Colégio do padre Félix Bai-

reto, em Recife. Terminados os pre-

paratórios, outro amigo insistiu para

que o rapaz cursasse a Faculdade de

Medicina. E assim, de etapa em etapa,

de sacrificio em sacrifício, viu-se for-

mado o Dr. Laureano, a 14 de de-

zembro de 1943.Um repórter imaginoso contou que

o médico se casara com uma sertane-

jinha de Nãtuba, da qual gostava des-

de criança, mas a verdade é que Dona

Marcina, pertencente pelo lado ma-

terno à familia Sampaio, do Ceará, é

natural de Recife e não de Umbu-

zeiro.Começou o Dr. Laureano a vida

profissional como médico das usinas

São João e Santa Helena, pertencentesà família Ribeiro Coutinho, no vale

do rio Paraíba do Norte. Criou ali

certo renome e, dois anos depois,

mudava-se para a capital do Estado,

«mde trabalhou como anátomo-patolo-

gista, pois para isto conseguira uma

bolsa de estudos do SESP. Por conta

própria seguiu depois para a Argen-

Una, em Yiagem de aperfeiçoamento.Em junho de 1950 desconfiou de

que estivesse sofrendo de câncer; em

dezembro teve a certeza e viajou para

es Estados Unidos, eom esperança

de cura. Desenganado pelos médicos

de 14, Toltoa ao Brasil e iniciou a

campanha que hoje empolga o paisinteiro e até o estrangeiro. Corres-

pondència dos Estados Unidos e de

outras partes do mundo se empilhaem cima de uma mesinha, ainda porabrir.

No dia em que visitamos o Dr.

Laureano, êle havia sido submetidoa uma transfusão de sangue e es-tava passando muito mal, porém ne-

nhuma contração de sofrimento senotava em seu rosto. A força de von-

tade com que domina a doença c

qualquer coisa de impressionante.Falou sem cessar durante mais demeia hora, apesar de vez por outratentarmos detê-lo para um repouso."Não, não se vá! Estou me distraindo

dizia êle,para bater

35.* Ano - N.' 1 - Junh0 ^ 1951

casa partida ao meio pela linha de

limites entre Paraíba e Pernambuco.

Êle riu-se muito, dizendo que nao.

Tem toda certeza de que nasceu par»

lá da linha divisória, às margens do

riachinho Natuba, afluente do Pa-

raEm épocas distintas e em dois se-

tores diversos da vida pública, dois

filhos de Umbuzeiro conseguiram em-

polgar o país em peso, com o seu

caso pessoal: o inesquecível presi-

dente João Pessoa, na política, e O

Dr Napoleão Laureano, na medicina.

muito com a sua conversa",a cada movimento nossocm retirada.

Depois de chupar as laranjas pas-sou o doente a comer biscoitos. Acronista arregalou os olhos de assom-bro ante a maravilhosa serenidadede uma criatura que se encontra adois passos da morte e que no en-tanto disso não parece tomar conhe-cimento.

Para prevenir qualquer futura ve-leidadezinha ou equívoco sobre as ori-

gens do Dr. Laureano, perguntamosao médico se teria nascido nalguma

O MISTÉRIO AFRICANO(Cont. da pag. 22)

um nível de 60 a 70 por cento. Mas;

pergunta-se: Podem ser arrancados

mers alimentes dos terrenos ja hoje

explorados? Na teoria isso apresenta

alguma esperança, devido ao fato de

crande parte dessas terras nao ter, ate

hcje recebido o tratamento devido em

fertilizantes e outros cuidados. Entre-

tanto, levar avante essa melhoria nao

é fácil exceto em casos isclados em

razão da desconfiança dos trabalhado-

res já tantas vezes enganados e expio-

rados pelos brances de todas as raças

ocidentais. .Muitos dos mais experimentados ad-

ministradores coloniais acreditam que

os Africanos, que na maior parte con*

tinuam iletrados e com pesado passadode selvageria. não aprenderão tão fà-

cilmente os métodos modernos de tra-

balho e muito menos a difícil arte de-

mccráíica de aute-govêrno num mundetão cemplexo.

E já agora refletem sobre esses pro-blemas e ficam pensando se êsse seráo continente de amanhã cu um simples-senho de ontem, pois essa é uma tarefe

que rivaliza, em magnitude, com ccrande Aventura Norte-Americana dcséculo XIX!

Os poves ocidentais, americanos eeuropeus, têm experiência e poder ca-

pazes de transformarem a África num

grande continente e fazer de seu poveviril uma nova e poderosa realidadetrabalhando pela liberdade e a demo-cracia. Mas é preciso haver a certeza-de que o Oriente não colherá, depois,os frutos desse tremendo esforço...

Êsse é outro — talvez o maior — en-trave aos reais desejos do Ocidente. .

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OLHANDO O MUNDO

SA SESSENTA DIAS

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OS FATOS OCORRIDO*

EM ABRIL DE 1951

1 DOMINGO: — Noticias da Coréia dizem que houve

somente atividades de patrulha no setor das forças cias

Nações Unidas. Divulgado que importantes concentraçõesde tropas e material foram observados pela aviação

aliada, adiantando-se que os comunistas estão preparandoa sua ofensiva de primavera. — Noticia-se que apresentoumelhoras o estado de saúde do embaixador Souza Dantas.

üm jornal irlandês diz que, depois da era hitlerista

não houve atentado mais vergonhoso contra a liberdade

de imprensa do que o verificado contra "La Prensa". —

Em Tóquio recebe-se satisfatoriamente as revelações do

Sr. Foster Dulles a respeito dos principais pontos do

Tratado de Paz com o Japão. — Chega a esta capital um

grupo de 45 banqueiros e industriais norte-americanos,

que deverá permanecer no Brasil uma semana.

2 _ SEGUNDA-FEIRA: — Entram na fase final os

trabalhos da IV Reunião de Consultas dos Chanceleres

Americanos. Um membro da delegação brasileira dá es-

clàrecímentos acerca da repercussão que teve nos Estados

Unidos o projeto do Brasil de Cooperação Econômica e de

Emergência e Desenvolvimento Técnico. — Aprovadas,

na subcomissão política, as emendas à resolução político-militar para a defesa do Hemisfério. — O Partido Social-

Democrata Alemão aprova o relatório do Sr. Schumacher,

que concluiu contra a aceitação do Plano Schumann. O

Partido Liberal, por sua vez, aprova com restrições o

referido Plano. — Começa a funcionar, em Paris, o Co-

mando Aliado na Europa. O General Eisenhower, Supremo

Comandante, faz declarações à imprensa acerca de sua

missão O Almirante Lemonier é nomeado Assistente Naval

de Ensenhower. - O Sr. Vincent Auriol pronuncia um

discurso perante o Congresso norte-americano. O Pre-

sidente da Franca despede-se do Presidente Truman e

se<me para Nova York, iniciando a viagem de regresso

a seu país — A colônia brasileira de Washington presta

homenagem ao chanceler João Neves da Fontoura. Anun-

cia-se que foram reduzidas as tarifas marítimas para o

Rio de Janeiro e Santos.

3 TERÇA-FEIRA: — Recomenda-se às 21 Repúblicas

do Continente o fortalecimento de seu poderio militar.

As Repúblicas Latino-Americanas logram importante vi-

tória ao obter a promessa dos Estados Undos de que as

consultará sobre as medidas de controle econômico ja

estabelecidas ou que venham a ser adotadas nesse, pais

- O General Douglas Mac Arthur "invadiu pessoalmente

a Coréia do Norte e avançou 24 quilômetros" pelo terri-

tário norte-coreano, enquanto os soldados norte-americanos

cruzavam em massa o Paralelo 38, num desafio ao meio

milhão de. soldados comunistas concentrados para contra-

ofensiva da primavera. - O Sr. Carl Vinson presidente

do Coií3Íté de Serviços Armados da Câmara dos Repre-

sentantes dos Estados Unidos disse que "a Rússia terá

brevemente bombas atômicas em número suf.cente para

iniciar um terrível ataque aéreo contra as cidades norte-

americanas. - John Foster Dulles, representante pessoal

do Presidente Truman, ao elogiar a «contribuição moral

das repúblicas latino-americanas nos assuntos mundiais,

convidou-as a aderir à assinatura de um tra ado de pa*

eom o Japão. - No decorrer dos debates sobre a reso-

Inç&o relativa ao emprego de tropas ameriçana8 y>a ^r.pa,-- Senado rejeita, por 44 votos contra 44, uma

Jená» propondo convidar a Alemanha, Espanha Tu,-

Jk J.GrécL; a contribuírem para a defesa da Europa

?c_deiti&l. 4r» " '•*• v '4 — QUAÃTA-FEIRA: — Aprovada pela Comissão Po-

Ktica e Militar, posteriormente pelo plenário, a resolução

ie apoio às Nações Unidas, com as emendas apresentadas

pelo México.' — Naquela Comissão aprova-se também a

rw^lução sobre a manutenção de relações pacíficas «ntre

* Sai ses americanos. - Revela-se que o General Mac

Arthur foi autorizado a atacar as bases chinesas do

Mandchúria, caso os vermelhos lancem à luta todo o seu

potencial aéreo. — Condenados à morte Julius Rosemberp

e sua esposa Ethel Rosemberg, acusados de espionagem c

de terem fornecido à Rússia segredos relativos à fabri-

cação da bomba-atômica, - Noticia-se que o Chile re-

jeitará o protesto britânico contra o estabelecimento de

nova base chilena na Antártida. — Descoberta uma cons-

piração na Costa Rica, tendo havido numerosas prisõesde elementos calderonistas. — Falece o Sr. Alberto Ca-

prillo, Presidente do jornal argentino "La Nacion". — O

General Mac Arthur queixa-se da intromissão dos po-líticos na situação coreana, o que tem embaraçado o pro-

gresso das forças da O.N.U. — O chefe do governo norte-

americano declara que persiste a ameaça de irrompimentò

da terceira guerra mundial. — Reune-se a Academia Na-

cional de Medicina iniciando os trabalhos do corrente ano.

5 QUINTA-FEIRA: — A Comissão de Segurança In-

terna encerra seus trabalhos, aprovando entre outras re-

soluções, a que se destina a combater as atividades sub-

versivas na América. — Na Comissão Pòlitico-Militàr, com

a oposição da Argentina e do México, prosseguem os de-

bates em torno da proposta norte-americana sobre a de-

fesa do Hemisfério. — Tropas norte-americanas avançam

dentro do território norte-coreano, ampliando a "cabeça-

de-ponte" aliada. — Noticia-se que os comunistas estão

preparando uma contra-ofensiva que incluiria, também.

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EU SEI TUDO 82

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V^ ÍTXj^l^^^

& invasão da ilha Formosa. - Naufraga no Atlântico

Sul, o vapor inglês "Retos", que navegava para a América

do Sul. Seus 41 tripulantes foram salvos por um navio

italiano — O Chanceler Spaak faz declarações sobre

à situação internacional. - Renunciam três ministros so-

cialistas do Gabinete italiano. - Diversos diários e emis-

soras radiofônicas norte-americanos resolvem observar, na

próxima sexta-feira, um "dia de luto» em sinal de pro-testo pelo fechamento do jornal "La Prensa". O Circulo

de Periodistas do Chile hipoteca solidariedade ao diretor

de "La Prensa". — Diversos embaixadores e Ministros

de países das Nações Unidas apresentam credenciais ao

governo de Bonn. — Monsenhor Muench é credenciada

Núncio Apostólico. - O Chile anuncia que estabeleceu

B0Ta base na Antártida, o que provoca protestos do M-

«istro do. Exterior da Inglaterra.

@ — SEXTA-FEIRA: — Foi unanimemente aprovada a

ata final dos trabalhos, a qual deverá ser hoje assinada,

35.0 Ano - N.o 1 -± Ju^° T> 1951

i_^í^.1±ES27£^E:v:r:-:;--i:sonjeiras referências ao „0rte-ame-ricano, Sr. Dean Acheson, - A Fôr*

^^^ „.ricana confirma a exlsUncia

MàndchúHa. - A rádiofôrÇo" da aviação «— a «-><^ send0

de Moscou ^^^r^cLa. - O Pode,

S ^a o S ir mdi^ente a sugestão do Genera,rta. J.JZ jstzsss. z ss."-cionalistas ^^^^ a politica dos Estados

OHent "apresentada,

na Gamara dos Comuns, moção

r fn aue esse corpo legislativo manifeste sua falta

C—I "o'- rcla?arÇ;uedaor°aniZaçõeSiComo_o

YMoLento Mundial Pro Governo ^dera. Mun .a^ sao

necessárias, mesmo que sirvam apenas pa d ter a ™_

nosa corrida armament.s Oscar ^ ^ mQrte

pena de 15 anos de prisão.

«UBADO- — O Presidente Truman discute a wsi-

tUaçã7 mumíal' com o Secretário da Defesa, George

TPZu e o General Ornar Bradley. *****J £^

missão dos Chefes de Estados-Maiores. A Casa Branca

Tuarda silêncio sobre o Resultado dessas entrevistas -

O governo trabalhista britânico adere à onda de crit.cas

ao Genera" Mac Arthur, quando o Ministro «>«*

deplora «as declarações irresponsáveis" sobre *<***£

Extremo-Oriente feitas por «altos círculos - As potên

ctes ocidentais dizem à Rússia que suspenderão de bom-

«rado eu rearmamento se forem eliminadas as atuais

causas da tensão na Europa. Entretanto, acrescentam qne

o o "te

«não tem outra alternativa senão continuar o rear-

mamento", até que os russos acedam em examinar o

nivel geral dos armamentos atuais da Europa. — Os

Estadof Unidos advertem a Rússia de que deve deixar

de imiscuir-se nos assuntos norte-americanos, e voltam

a exigir o mais breve possível a devolução dos navios

aue'lhe foram fornecidos durante a segunda guerra mun-

dial pela Lei de Empréstimos è Arrendamentos.

8 __ DOMINGO: — O General Marshall declara que se

tornaram mais tensas as relações entre o ocidenteJ: o

oriente. O Presidente da Câmara de Representantes norte-

americano, falando sobre a situação internacional diz

aue «corremos um terrível perigo". - As forças aliadas

começam a encontrar resistência em seu avanço pelo ter-

ritório norte-coreano. - Um ex-líder comunista, expuls«»

da Rüssia em 1949, revela que naquele pais existe um

movimento organizado contra Stalin. - Noticia-se qne

SOCIEDADE ANÔNIMA«gjx ¦ J!

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Ba» Conselheiro Crispiaíano, 28 — Fone: 6-8264

DRTM AÉR608Sr

Presidente Truman fez uma advertência ao GeneralHae Arthur, a propósito dos últimos pronunciamentos doSupremo Comandante Aliado acerca cia intromissão po-¦tica na questão coreana.

•-* — SEGUNDA-FEIRA: - Us comunistas chineses abrem.-* comportas da represa de Hwachon, inundando a regiãocupada pelos aliados. — A imprensa de diversos paises

euanifesta-se contra a continuação do General Mac Arthuiuo comando das forças da O.N.U. —- Noticia-se que o*pirémier" Queuille pedirá ainda esta semana um votoie confiança à Assembléia Nacional, devido às dissençõej*"ternas em seu gabinete. — Noticia-se que as autori-i.itdès norte-americanas resolveram não dar à publicidade

, confissão do espião Klaus Fuçks, condenado por tet«veiado segredos da bomba-atômica á Rússia. Os espiõesirüiiis Rosenberg e sua esposa e o capitão Sobell, ape-

¦ rtram das sentenças a que foram condenados por teremomunícado à Rússia segredos relativos a fabricação d»

*-• m-ifra-atôniira.

íii — t-fòJRÇA-Iíji-íit-íV; — Noticia-se que <•> General Macvrihur vem pugnando em prol da abertura de uma sé-

4i>nda frente contra os comunistas chineses. -•- A ati-'m\c do General norte-americano provoca um movimento'•to' Congresso no sentido de ser chamado a Washingtonoara explicações, o Supremo Comandante das Forças davNações Unidas. -- A imprensa de diversos paises volta* atacar a idéia cfo General Mac Arthur, pedindo, ineiu-sive, o seu «rãíítaíHentò. — Divulgado que a Rússia e a-.fdras naçõ-es sob scu domínio tém concentrado, em pontos

--tratégicos, cerca de 10 milhões de homens em armas. —

O Sultão de Marrocos faz declarações à imprensa do Pa-

bastão, acerca das divergências surgidas entre as auto*fidades francesas e marroquinas. — Em Tanger é assi-

São um pacto de unificação dos nacionalistas marro,Wètw y. S<4ieí'f\-ív que seguirá hoje por» Paris, <>mU

DE TRANSP*

mmjiiiMUMAiUiniiiiiiifiiniiinffii

assinará o Plano de unificação européia do aço e carvão,em nome da Alemanha, o Chanceler Adenauer. — Cheg>>a Paris o Presidente Vincent Auriol. — Instala-se nest*capital, a V Reunião dos Delegados estaduais da Campanha de Educação de Adultos.

U — QUARTA-FEIRA: — O Presidente Truman destitui o General Mac Arthur de suas funções de Coman-dante Supremo das forças aliadas. — As forças norte-americanas iniciam nova ofensiva na zona oriental" dosetor central dá Coréia sob intenso fogo das baterias co-munistas assestadas nas colinas. — O Chanceler KonradAdenauer, da Alemanha Ocidental, declara que o Plan*--Schuman, de relações franco-alemães, é a contribuiçãoalemã ã defesa do ocidente. Os israelitas violam novãmente as cláusulas do armistício, transpondo a fronJeira síria. — O Congresso argentino reune-se para provídenciar quanto à legislação recomendada pela Comissãobi-cameral, autorizando o governo a expropriar al>Prensa". — O Departamento de Estado qualifica de inaceitávèis as propostas britânicas visando incluir a Chint*.Comunista nas negociações sobre o tratado de paz japonês e a atribuir à China a posse de Formosa. — Ogoverno espanhol começa uma campanha contra os es-peculadores de alimentos, para conter o crescente mal-estar devido ao alto custo da vida. — O Professor Césa/Lattes faz uma exposição na Comissão de Saúde Pública sobre as possibilidades do emprego da energia atrtmica na medicina.

12 —- QUINTA-FEIRA: Encontra reação desfavorável, tm•.fio do povo norte-americano, a demissão do GeneralMac Arthur. — Aos representantes republicanos são en\ iados 7 mil telegramas condenando-a e somente 47 apro-vando-n. — Os Republicanos iniciam um movimento nosentido de ser o General Mac Arthur convidado a falarperante o Congresso. — Esteve era Tóquio, dal ~w$ul!~f'i*t*

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8435,9 Ano N.? 1 — Junh0

BU "SEI ^ÜDÕ j

^arn a Coréia, o General Ridgway novo £™—=

Su-

Iremo das forças das Nações Unidas - D s bu ua v

tota do General Mac Arlhur na qual o K • (

" afi

:K„e,-ra norte-americano ;-*W^K3So uoacusações de que tem sido alvo, ^clusive »

lianha'desobedecido quaisquer ordena emanaçU do P,

Sente Truman. - O Primeiro Mumto»¦ ,ni

¦que recebeu garantias de que o rf.a^™*„Yas.inatur«

£fto afetará a marcha das negações para se_

ido Tratado dc Paz com o Japão _-Joü». ^ q

guirá sábado, para loquio. o ^.

toste ^

ftm de prosseguir nas conversações » «;PC Gekla

iferido tratado. - Chega a esta^ capdal a

^eycrson, Ministro do Trabalho do Estado üe

' «.o WVTAFF11U: — A Comissão das Forças Ar-13 — SbXTA-bL.11^. ,m.pdic„r{i0 cU> todos os

iriadas do Senado ordena uma investigação cuaaaaas au rvt,.mn-()rieme relacionados com a aes.acontecimentos no Extremo Qnent ^..^ fistc atituição do General Douglaa Mac _

^r o principal r?"^^^;^ n0Vas desordensvadas por unanimidade >™ ,.om aaas províncias setentnonais do -, ^

a ^união Soviética, enquanto o gote.no ten£ Ppetroliferos

petição dos motins antibritanicos no, « P°» a

do sul. A Grã-Bretanha adv* eatá^ ^,:^o ri cs «íliPTTíl Datei ««-^ i^;-)-"v-*

Idéia de enviar nay.o.s de ^ueirsi ^^i .tif^ nf-rsico, a fim oe pi out,11

;8ôbre o „olfo P«slco' comunistas chineses reforçam;8 se„s

^êsseSCo-aOSe Ccontinlia

momentaneamente asuas tropas na Coréia nlontanhosos

ofensiva das forças da O.N.U. nos a AdPTiallPr. Chan-

ao reduto vermelho de J umbwa._-- f»^ „„ shu.

celer da Alemanha ocidental deci.>a que P

oian, que amalgamará a produção de^aço c

" E"rTe a" et0arn^ m X ue Ia foram ini-

SUe;ra Wicionai - O Senado argentino ratifica a pro-

migos tradicionais. Prensa", anteriormente apro-posta de expropriaçao de La i icnsa ,

Uda pela Câmara dos Deputados.

^uno de indivíduos que íriürv.

Pi-ção, tendo detido um grupo^ ^ ^^

atentar contra a vida tio

O «cuca. Mac Arlhur talar* *

15 - DOMINGO: próxima quimu—*•«¦•Congresso norte-amenca •• Ilortc.corcana contem,-Chega à e.N.U. "- ™- *

, insistem os comuna-nova proposta de paz, n te repelidas.em impor J.s condições ante„ Prcsidente Tn,O Sr. Fostcr I)unes,emido espec, ^ ^

RUI

14 SABIDO: - Tropas comunistas chinesas abando-14 "" SÂtíAUU_ ,. ' «Linha Maginot", a 20 quilo-

aam as posições de a Lm alMas

oaetro» alem do.Para--^ o . -, ^ dispararem

acupado complicado s st ma U^ ^^ com.

um só tiro. - O^™^al ° m» Serviços Armados do Se-

SSr^^a • Pomtea militar no Extremo Oriente,

Quanto o Congresso não ouvir seu ?™™W°* ~

O Presidente Pcron promulgará a lei de ^^z l^-

*ía ^ensa» em princípios da próxima semana orde

tftodo « Ministério da Fazenda, emissão dc ações pu-

£S£ a «m de pagar os haveres do d áno exprop^-, '-«-H-f-í #•¦•<» nnr unanimidade, a oitt-.ii*

n Senado*"oersa ratilita, \j<>. una"" ° ô— ; liiir „. , f__pr fqCe à erave situação .criadadè lei Marcial,' a fim de fazer lace a g -

->e!o5 trabalhadores grevistas do petróleo, „... 1* -

^ ->"-

a «•leda aa produção petrolífera, de 18 para 10 mrlhoes

^¦^SsY -<X íáiüca boliviana desarticula nova cons-

.. ««-^*«»»- k*)mw»"''"-<m «qsfwr»^<m***a w-»

Tóquio aa negociações para a c*,i-

^o^íra-UUo dc Pa. entre ^-^^

KocU

*'**¦ -* 'lo^N^a^ mn ^vimmto pró eHaçã*

n-iPtfa a Honolulu o esí6 _ SEGWDA-FEIRA-

-O.ea a^^ ^ ^

Comandante Supremo das fo.ç ^ celiclsm0 ,

„ Xo Departamento dc b ado y

v: itM co,,anos. _

proposta de paz de ™"aUsaJ°^finarias petrolíferas da-

Reiniciados os irabalhos . ^ d0 pctréleo. 0.

Pérsia. - DiSCl,te-S^ctaraaqTtódas as medidas serãe.Chanceler Morrison de. Ia.aJ Q os sl-,di,os britomadas para proteger as .no n icd ^

moç.o dftânieos. - No«cia-se qne ho

o Q jnq- _,

confiança solicitada pelo 1 meiro ^ m0 GcncrBl JUÍ" "inbla

-Anuncia-se que se encontr.da questão man oquina ^ _ Realiza-se a cerimo s

XTSl^ drinL d;' Colégio Naval, ne.to cap.U^

.xw^rFTT^- - Os republicanos iniciam mv17 TÊRÇA-FERA. utica do Pres,

ro„vimento no sentido dc in casa5 d..

dente Truman no Extremo Ciente. nte> 0 G,Congresso concordara,n, cm

^ 'tn

p0Lntes homenage..*.neral Mac Artliur. chegada, amanha, »

, Mac Artliur, por oe-ia g^J^ ^^

. presi

Washington. - Encont,a se u o estado a.dente Carmona. - Noticiado submarino

saúde do Marechal Pctain.^^a ^ava o cana)

da armada bntan. a Affray , q , ^.^ ^^

douram locamar a unidade de«pa^c, a. - ^

Lstcr DuUes. falando em Toqmo « que^^^^^^

qualql,r alteração no P-l° JV™tado de Paz com ,

quanto à conclusão imediata do protestaisT F^tudantPS nacionalistas cninese* ^

SsamStíSro a atitude da Inglaterra, sugermoo .

eni"!» ilha Formosa à China Comunista,

18 _ Q^RTA-FFdRA: - 0.^^™J^£í

«- recebe enorme ^

,0»^» ^ ^ ^nag&.

pm nue tomaram, parxe^ *-i*-/-('K" i„„in„o ' Wi.»p.a Parte centrai da eidade. Em discurso, de, fe a .t

_nã^ tem nenhuma aspiração política, nem tenc,^ ,

adoú. *» «*^—«"rr* ""*"¦»« « L««-TJ«rM-V"*1*«WÍ« ^^rtuK.**»' *

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candidato de ninguém. — O Departamento de Estado qua-lifica a comunicação da Coréia do Norte enviada à O.N.U.,como um documento sangrento, cheio de acusações irres-ponsáveis e sem fundamento, declarando ainda que nãoè intenção dos Estados Unidos responder oficialmente atais acusações. — Uma força operacional de "tanks" alia-dos, avançando para o norte, encontra resistência ao sulda cidade-baluarte comunista de Chorwon. A força ope-racional atravessa a rola de um vale em direção a Chor-Son, ao longo do rio Ilantar. — A Marinha Real Brita-nica anuncia que diminuíram muito as esperanças deencontrar sobreviventes do submarino "Affray", que estádesaparecido. — Assinado pelos Ministros das RelaçõesExteriores da França, Alemanha, Itália, Bélgica, Holandae Luxemburgo o "Pacto-Schuman", válido pelo prazo de50 anos, em virtude do qual foram reunidos recursos car-boniferos e siderúrgicos, num valor total equivalente a4.000.000.000 de dólares.

19 QUINTA-FEIRA — Chega a Washington, sendo en-tusiàsticamente recebido, o General Mac Arthur. O ex-Comandante Supremo das Forças Aliadas na Coréia pro-auncia o seu ansiosamente esperado discurso peranteo Congresso, defendendo os seus pontos-de-vista acercadas diretrizes da guerra no Extremo Oriente. — Disse

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S^^mr». -i.»*» ¦>rfri_-.ii''iili > i*.«'J*M

Mac Arthur que a ameaça soviética deve e pode ser en-frentada, decididamente, na Ásia e na Europa. NovaYork prestará hoje a Mac Arthur a maior manifestaçãode todos os tempos. — Continua muito grave o estadode saúde do Marechal Pétain. — O governo inglês de-cide não processar os autores do roubo da "pedra dacoroação". — O Chefe do Go\«êino venezuelano assinao novo estatuto eleitoral, o qual fixa para julho de 1952a realização das eleições para a Assembléia Constituinte,

Continua desaparecido o submarino britânico "Affray".

Anuncia-se, oficialmente, que não há niais esperança dese encontrar com vida qualquer de seus tripulantes. *--

Bem recebida a proposta do Presidente Truman çtáfeák©estabelecimento do Pacto do Pacífico, na mesma base áoPacto do Atlântico. — Fazem declarações, apoiando' »iniciativa r orte-americana, os governos da Austrália > tNova Zelândia. — Na Câmara; dos Comuns o ChancelejMorrison declara que á Grã-Bretanha recebeu satisfatória-mente a declaração de Truman* -— Iniciam-se as côiii*morações da "Semana do índio". \^ -;;.,.. %$}r.

.'" a ".y y- i' '¦ ^'20 — SEXTA-FEIRA: — O' T. resi dente Truman disvcutf

com seu gabinete á controvérsia- sobre politica exteriorque teve como resultado a destituição ;do General. MacArthur. O discurso que . o General pronunciou ánté\ o

. Congresso .é estudado pelo Presidente e seu réabitrete^^t—Uni bataihão-suicida chinês contém,' pelo segundo, dia^^n-sectitivo, as forças da O.N.U.; que pfocUrani p^netrjáT^otriângulo Chorwo'n-Kunh\va-H\vachon, oúdé ,se encôntf_=5_nconcentradas poderosas forças. .— .A Rússia re;j.eKá:%v"ire-cente fórmula de transação apresentada .pelo ¦¦'¦Òciã^jàp.

efaz noyii proposta para a. cQn-fjçíeírrcih doSi Ç^pl^ffiSlo.Exterior • dos Quatrq ¦ Grandes^ É^^É^^i^^'^^>^^y^

. .posta russa .só muito ligeiramente ^^.j^f^^^S^^jí^^Mii-feitâS anteriormente pelos rtisSOs e os ocicierdais a :';trua-lificam de "desilusão extremamente desiilentad.Qtá^. -^, A

/^pqjf|iâ? dissolve uma dcrno|.stríjção projetada p%^í^èná>'"ticoV cia" organização •Mdaiyáii Islan, antes mesmèS^u.

f*--1. ai .a.-.--.m* f..»«i.ji*y<w«*»*- -¦- " -*'*

»<»íj«»~«««>-»'»,*"S'**''

€Í!U SEI M*i?i»6' SH :*.:- àii<5 í<.v> j — Junho laôl

sia começa^e e u líder muçulmano adverte - primeirocninistro Hussen Ala e seus ministros, do scu "governo

ie traição", no sentido de que escolham entre mudar

ie politica ou morrer. - Pétain está definhando ao.

poucos. Enquanto a senhora Pétain, deixando a Cida-

iela, dizia que o estado do esposo era "satisfatório , os

íois advogados do ex-marechal deixavam entender qne,

*o contrário, o velho ex-Chefe do Governo de Vichy de-

alinava". — Em sessão secreta foi aprovada por 44 votos

contra 4 e 1 em branco a indicação do Sr. Dr. João

Carlos Vital para Prefeito do Distrito Federal. - Seguiu

para Roma o Cardeal D. Jaime Câmara, Arcebispo do

Rio de Janeiro.

21 — SÁBADO: — Os dirigentes republicanos no Se-

aado aclamam a decisão de enviar nova missão militar

à China nacionalista, afirmando que esse fato é sinal

le «uma mudança de posição» do Departamento de De-

resa. Os comunistas continuam a opor firme resistência

ao longo do «front" central, nas proximidades de Chor-

Won, Kumhwa e Pyongyang. - Pouco ou nenhum con-

tato é mantido no «front" central, onde as forças das

Nações Unidas realizam "ganhos substanciais'. — Os

Sstados Unidos resolvem deixar inteiramente em mãos

da Grã-Bretanha e do Irã a solução da disputa em torno

do petróleo iraniano, embora reconhecendo que a para-

lisação da grande refinaria de Abadan apresenta graves

problemas, tanto para a defesa do mundo ocidental como

para a economia tle muitos paises. «A conferência dos

suplentes chega a uma fase importante e provavelmentedecisiva. O principal obstáculo é que a União Soviética

desejaria que o ocidente renunciasse à sua política de

iefesa antes da reunião dos ministros de Negócios Es-

.rangeiros-" _ A Conferência internacional de Tarifas e

Comércio, iniciada há seis meses com a participação de

S7 nações, chega a seu termo com a conclusão de 14/

ciovos acordos bilaterais de tarifas, mas sem acôrcio entre

_* Estados Unidos e Grã-Bretanha. Também nno emise-

í-iiú estabelecer pactos entre us Estadas Unido* e as na-

ções da Comunidade Britânica, com exceção do Canada

LA Câmara dos Deputados realiza sessão extraordmé-

ria em homenagem à memória de Silvio 1omero, eom,.

memorando o centenário de seu nascimento - Reali

zam-se várias festividades cívicas, comemorativas do di»

de Tiradentes.

o2 — DOMINGO* — Violentas contra-ataques, que ceriu-

fontes apontam eomo o inicio da ofensiva comunista d-

Primavera, são desfechados pelas tropas chmcsas e norte-

coreanas - Bealizam-se em Roma os funerais do Pre

sidente do Senado da Itália, Sr. Ivanoe Bonom.. - 0

Ministro da Guerra do Brasil, General Estilac Leal,;. -

convidado o visitar os Estados Unidos e as insialaçoe-

do Exército norte-americano. - Informa-se que a Russi*

e a Inglaterra estariam criando obstáculos a conclusa,

do Tratado de Paz eon, o Japão. - 0 Sr. Pôster Dulles

enviado especial de Truman à Tóquio, declara que o atas

tamento de Mac Arthur em nada alterou a política oorb

americana em relação ao Japão.

__. £?>!'•' . x&t*r.¦>!*. .*.-?::¦* .-• .» .,>'*_yr?/>.. ^~»

%.\.\

i.

ÀNTISSEPTADSTRINGEBACTERIC

23 SEGUNDA-FEIRA: — E.mNa

diverso.:•ões Un

ho>**í'cam-se recuos das forças aas

cia-se que serão candidatos a Presidente da CàmaiEnrico de Nicola e o Conde Sforzaitaliana o Sr

Ja; a .;. %r^m^%r^^ l Mü M &éM?$&£7 »

§ÊÊK4^'^^''Í0^/d\úna nunca

jBÍÇÈ>g#fel§S|t^ esquecida a sua

-- N.

Parlamento persa e apresentada proposta para se por

em prática a nacionalização da indústria petrolífera.Seguindo o exemnlo do Ministro do Trabalho, Sr. Beyau

demitem-se do gabinete britânico os Srs. Harold Wilson

Ministro do Comércio, e John Freeman, Secretário do Mi-

nisterio de Fornecimentos. - O Sr. Bevan pronuncV*agressivo discurso na Câmara dos Comuns, dizendo do-

motivos que determinaram a sua atitude. — Convocada

uma reunião de emergência do Partido Trabalhista Inglês0 Sr. Presidente da República assina decreto nomeand*

Prefeito do Distrito Federal o Sr. João Carlos Vital. -

Encerra-se a VI Convenção Nacional da U.D.N., tendi,

sido reeleito Presidente do Partido o Sr. Odilon BragaA Academia Brasileira de Letras realiza uma sessão

comemorativa do centenário de nascimento de SílvioRomero. — No Palácio Itamarati, realiza-se a cerimôniade instalação da Comissão Madona! de Assistência Técnica.

04 TERÇA-FEI HA'. — A* forças comunista» eümesare norte-coreanas progridem pelas brechas abertas na-**Unhas aliadas, nos primeiros momentos da eontra-ofensiva inimiga. — O General Ridgway declara que se trat*de poderosa ofensiva e que a batalha vm curso poder*decidir a situação na Coréia. — Nomeados Ministros d»Trabalho e do Comércio, respectivamente, os Srs. AlfrertRobens e Hart ley Shawcross. O ex-Ministro do Comércio.Sr. Harold Wilson, falou na Câmara dos Comuns sòbrros motivos de sua renúncia. — No Incêndio verificadanuma composição ferroviária nos Estados Unidos, perece-ram 100 pessoas carbonizadas, ficando cerca de 200 ou-trás feridas. — Toma posse do cargo de Prefeito do Dis-trito Federal o Engenheiro João Carlos Vital. Noticia-s*?que a Albânia se encontra sob regime de terror, depoi*de ter ocorrido um atentado contra a legaçao soviética— O Chanceler do Egito faz declarações acerca das negociações que se processam entre o seu pais e a Inglaterrasobre o Canal de Suez. — No Senado egípcio c rejeitadaum projeto de nacionalização do Canal de Suez- — Ft*-

/''fi? í

35.* Ano — NA 1 — Junho - 1951 87 EU SEI TUDO

ü

I

i^¦rta.'P*<',mmmj*j**&*

tece em Chicago o ex-vice-presidente dos Estados Unidos,General Charles G. Dawes, autor do plano de reparaçõesia Primeira Guerra Mundial.

25 — QUARTA-FEIRA: — As forças da O.N.U., apoia-Jas por intensa artilharia e aviação desatam fortes contra-ataques na frente central da Coréia mas têm que cederterreno a oeste em face do ímpeto da ofensiva comunista,jue levou o inimigo a 32 quilômetros de Seul. Na alaoriental, as ponta-de-lanças contra-atacaram no steor deínje, a 60 quilômetros ao norte do Paralelo dos 38 graus.— O Congresso dos Sindicatos e o Partido Trabalhistabritânicos dão ao Primeiro-Ministro Clément Attlee umvoto de confiança, por esmagadora maioria, apoiando-oplenamente na luta politica contra tres líderes trabalhistas*rebeldes", que abandonaram recentemente o gabinete. —O Secretário Acheson declara que a China Nacionalista con-cordou, a 9 de fevereiro, em aceitar a ajuda militar norte-americana "para a defesa de Formosa contra um pos-üvel ataque". Acrescenta que os Estados Unidos, emcota aos nacionalistas, datada de 30 de janeiro, anun-ciaram estar dispostos a fornecer armas, para fins dedefesa. As datas indicadas por Acheson implicavam emdizer que os pianos para o envio de uma missão a For-mosa e para fornecer armas foram consertados muitoantes dos recentes pedidos de providências do GeneralMac Arthur. — As greves de braços cruzados, que parali-«am a indústria no norte da Espanha, aproximam-se dofim, uma vez que os trabalhadores começaram a voltarà atividade. — O Chefe do Governo assina decreto con-ferindo a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, no grauie Grã-Cruz, ao Sr. Barão Kervyn de Meerendré, Embai-cador da Bélgica no Brasil.

26 -— QUINTA-FEIRA: ~- As tropas das Nações Unidasrecuam para novas linhas de defesa a 30 milhas de Seoul,am face da ofensiva chinesa. — Em entrevista coletivaconcedida à imprensa, o Presidente Truman diz que apolítica dos Estados i Unidos e das Nações Unidas conti-auava sendo ainda a de limitar a guerra na Coréia, "se

possível". — Fontes diplomáticas autorizadas dizem queconsta que o governo britânico concordou com o bombar-deio de bases aéreas na China, se a força aérea comunistaaparecer em força sobre a Coréia do Sul. — O PresidenteTruman declara que o General Mac Arthur e o porta-vozdo destituído comandante, General Whitney, estão com li-berdade de dizer o que bem entendem e que cabe ao Con-gresso obter os fatos na controvércia sobre o ExtremoOriente. — Verifica-se nova remodelação interna no Ga-binete britânico presidido pelo Sr. Clément Attlee. —Winston Churchill abre seu longamente esperado ataquelontra o cambaleante governo trabalhista, anunciando quetenciona obrigar o debate na Câmara dos Comuns dacrucial questão das matérias-primas. — A Câmara Le-gislativa do Distrito Federal recebe a visita do Sr.Prefeito João Carlos Vital, acompanhado do secretariadomunicipal.

27 — SEXTA-FEIRA: -— Os soldados chineses, numa*érie de ataques suicidas, avançam erii duas colunassobre Seul, obrigando as linhas aliadas a se retirarem paraam ponto situado a 17 quilômetros da capital ameaçada,enquanto o governo sul-cbreáno ordenadava a evacuaçãoJe todoa os civis. O General Douglas Mac Arthur, no

QoAiH>ãs^£>&S DE Ll DE*U /Vç«

M ¦s^A-A\AÍ mCÇ~ :! \A\''A f/ffJ

Como o futebol,espetáculo dasmultidões, vContinental éuma preferencianacional — é ocigarro de classemais vendidoem todo o Brasil?

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iiscurso que pronuncia perante a multidão reunida em

tldte s- Fieldf diz que "a questão fundamental dos Es-

f^ « rnidos continua a ser a formulação de uma po-

iüc" para a Co^a". O General declara que" as nossas

bai«.L Coréia, em relação ao numero de homens u -

lados, chegou a proporções surpreendentes - O Pu

meiro-Ministro Ala.Huosein apresenta ao Xa a deniis.

io Gabinete, em conseqüência da recomendação, pela Co

iissão Parlamentar do troleo da expropr^da^ ms

talações pertencentes à "Anglo Iraman 0.1 Compan3

nm navio de munições britânico, "Bedenham", de 1.19?"oneladi:

ancorado 'na

baia de Gibraltar &explo*r p

lentamente, ocasionando,, no minimo, a morte d at*. ps

soas e ferimentos a centenas de outras, alem de pro

tocar cenas de verdadeiro pânico no cais. A explosão,

eme hante ã de uma bomba atômica, verificou ^

pouco

antes das 10 horas e lançou destroços sobre toda a c.

dade - Polo Chefe do Governo é nomeado professor

Srático .de física nuclear da Faculdade Nacional de

Filosofia o Sr.. César Lattes.

9* X SÁBADO: — Reforços comunistas são lançados

cofiLb-8- exéfcito norte-americano, em retirada seguindo

Õ ataque comunista o padrão de infi.traçoes através das

ii, - Unidas para atacar pela retaguarda.Unhas das Nações ünidaa p

^^^ lançara ataqu,enquanto o grosso das trop Exército, a perd*frontais. Anunciada oficialmente pelo ^ _ ^de vtiouhbw, ao|8cqu.lom t oaj^

^«Anglo-Iranian Oil Company ameaca de nacionalizaçãoprotesta, formalmente, «"^J^IS

nota entregue aode suas instalações na

J*»«J nhlà diz que a na"premiei" persa em «oa, ^^ com ,eionalizaçáo seria

^^^ Harold Stassen .pel.

ao Presulcnte fr an . conciliem suas dl-

tido de que os dois se Unidos". — Os Esvergências, "para o bem dos EstadosTJ a ^tados Unidos solicitam

^^«J™^ pcndente comde ,0.800.000,00. de

^^J e arrendamento,Washington por conta de

junta de ard\irante a Segunda Guerra Mm. d .al, ?

bitrio internacional, composta por ti es

ajuste final.

oo nOMINGO- - Noticia-se que as forças comu-

contra Seul. as demais " setores naofogo dos canhões aliados. --^ _ „,.0C0rre nenhuma P?^/^õ, re a.izadas em diversa-vülgados os reeuUad^da. e£çoe ^ ^cidades da zona ocidental, \Qr comunistas. -nia, nenhuma cadeira«^ dM destlnadas -°

füTin^TÍ^o em BUbao, onde chegou o cru-

ffi «Alm^nta cLéra". - ™£^^fS

m ^^^'^^s^^^n^^e da.

Hàrtemarr.

1

oo - SEGUNDA-FEIRA: - A aviação aliada está en-

atiChtedc^iartclando as po^s inimi^ ^^

contram nas proximidades de Seul. u

ma„ envia ao Congresso ^J^gJ*novo orçamento militar. — Decidia o wieii.

americano que o mundo deve preparar-se para a e.»

tualfdáde da Rússia preferir desencadear a guerra gera!¦!

O Chanceler João Neves da Fontoura compare. £ir. n V TT nnde é saudado pelornnselho de Segurança da O.JN.u., onae c ^.

P esihte do Conselho, Embaixador van BaUusecK end<.

respondido o Ministro das Relações Exteriores^pBrasd-O gabinete britânico reune-se a fun de examinar o

desenrolar dos acontecimentos no Ira, com a nacionf

zação da indústria petrolífera naquele pais. - O nov

Chefe do Governo persa dirigiu um apelo ao povo par

que se mantenha em calma. ....... ^ :; '

*" "

~— T """" ***»x«2^^

CONSERVE A?SUÃ5?EIE [ÇÃfl Ç'ED'Jl 0T§ Í fk £^^feJ'^^B '•,.••.. i ^^™»-ESPINHA w ¦ ®®^^^^S^S^í^^^H -^'

&V* Ano — N.9 1 — Junho 1UG1 89

*T

V<ito, J'Clir IV J

Ü"""^

1''^My «a m. k3

IMretor - IIB. I.AVRXTD - Secretário DABUt - ANO XXXIV - N.» 1 - JUNHO - 1951

T,-, , x r-natovn Barroso Pequeno Brasileirootados nesta seção: Simões da Fonseca

f , «brando - GusUvo

^nrros ^ de Lidac, _apyrassu. Monossilabos - Syjvip Alves^Breviárl^

^ ^.^Docionários adotí'•>u edição — Ja

, .,''Ur '

ríiriffidn^-o ,.n '

P r^dacím d<- EU SET TUDOrida correspondência sobre *a^a^^r15,'^íendereSada ao redator desta seção.

Rua Visconde d>*

2.*> TORNEIO — ABRIL-JUNHO

LOGOGRIFO - - 105*os frons* amigos Dr. Lavrud e

tsüòsa:

ETERNA CANTIGA 5,3,^7,4,

dizem que a saudade mata, -¦¦- 1,7,6,1vias, ninguém morre de dor,\ saudade nos maltrataComo o vendaval a flor,<Que a fustiga sem piedade,^o deixando-lhe amargar. 2,3,1,7,8

>aiídade, flor delicado, - 3.8,í),«t.'jue vives no meu jardim;Com teus encantos de fadaíamais te aparta:., de mim tFJ o teu dorido fascínioOue rne faz sofrer assim.

Fleliotròpio (Pòrt<. Aliciei

CHARADAS NOVÍSSIMAS

1.06 — Duas-duas -- Conforme é anda, assim é preciso fazer face aosacontecimentos'.

Alô Tropina — H-.C. (Rio)

.07 — Duas-duas — Em lerreno.-om aítibaixos, ou na embocadura derio, so dá morango bravo.

Centauro (S. Paulo

10* — Duas-uma — Esta peça de

aparelho de rádio é tão pequena quenão há jeito de poder alinhar com a

trista o local certo.Cantagalo (Santos)

'¦- íou — Duas-duas — Certa ocasião-ative íongo tempo na presença de um-tpe ri men tado homem do mar.

Ed Vcp (Maceió»

UO — Duas-duas — Quem gostamuito de viajar de. avião vive sujeito

<• constante desastre.Farani (Salvador)

Ul — Três-três — Ela aguarda a•.-vinfla do esposa, com um ífoce de

ooos com açúcar queimado.tiamblrai deJiquziztaia (Alágoinhasi

:j2 .J:èma-cUlas — Nunca vi cuhí--,-,1-y uãal a este perene giiarfo de

^rihir^ípiô mais parece mn f"™!?-

m^nlo. fe alcova. , ,.'¦iViZya -- C.E.Ç. (Rio.)

-netitiro.it o\bqfts-umá - Pa*** m,7/ ° '

i

O 5mçú;o,.(S. Paulo).- j

• |jftABELOs| TIÍeranco^ I

ALEXANDRE

tVlDA

I

^ocidadeICabelos I

H4 — Uma-duas No deserf<*mais uma ne; torno-me sombrio.

Walter T. Chaves (Rio

115 Duas-duas - O que nuh

consome a ludcr, são os fatos ridiculO'da própria vida.

Sertanejo ll (Belo Horizonte-

- T*Í

1-1G — Uma-duas — Não sei por

que não /an/o este it^ro yc//*o.Seamva (Santos

ENIGMA PITORESCOAo Paraná:

- 155

\ ROAZO RIO- 1H7 __ Duas-duas -- Numa baixo

temperatura, a colheita num tabuleirode terra, será uma insignificância.

Matsnk (Rio»

ENIGMAS \. ;,. ; Ii

118 Aqui no tumor eu porei,Num curativo caseiro,Ungüento quente, que sei,Custará pouco dinheiro.

K.T.Q.Z. (S. Paulo <

Ao mestre Tio Sam:-ftej 1_ Pedro Cabral, o nosso grandt*

[irmão.Chegou aqui, com á tripulação,Perseguidos pela. feita d*

[•vento;Descobriu o Brasil, tornou-s*'.'

[herói.Feito esse,

' que o tempo nâv

[destrõlí, R, com isso, lavrou um grand**

[tento 1, Caliiio (Niterói h.

3f>.v Ano -,-N.v 1 - Junho \y5i

Af®p> M3~A\* \

QUANDO SE SENTIRNAUSEADA...

Recorra ao ENO, há maisde 70 anos cons grado co-mo a melhor cefesa contraas intoxicações do sistemaintesünal. t.^O resti úe obem estar, e im nando a pri-sao de vent-e ENO é a-xar.te suave e seguro, alça-linizant© e estomacal.

JiSAL DE FRUCTA"

'.*<.# íi.. i *> .19, i eo LJN Ü

i20 — Estava pronto o moinho,Já tinha a roda montadaE as mós no seu lugarzinho.Mas veio o dono da aguada,

Que ao nome de André responde,E, com bravata, o sujeitoDiz que há no moinho um

[defeito.Haverá mesmo? Mas onde?

Lutércio — H.C, (Rio)

126 Três — Que haixo artigo

anônimo difamatório! Deve ser do ce-

lebre avarento.Fiote (Cuiabá i

SSSss

CHARADAS CASAIS

t2i — Três — Procuro ganhar a

vida e viver modestamente; sou, po~pém uma pessoa que tem paixão pelosdoces raros, e, por isto ando sempre•iom a.s finanças desarvoradas.

Conselheiro (Natal)

¦s _

^v>2 Quatro — Sinônimo quer di-cer: palavra semelhança a outra.

Deagai (Recife)

123 — Três — Faz mal a todos sóao olhar, esse esiafermo....

Trinca Fantasma (Bahia)

A ? • ti ' * #' íí ,¦%.,-; l&S' ¦: :" v // .-': ÍKSK' A-;

124 — Duas — A soríe sempre /'a-vorece aos bons.

E. de Souza (Rio)

125 -— Quatro — O soldado quandoasa um cinto d'onde pende a cara-

bina, é chamado de namorador de

plantas mulheres vê.Fusinho (Bangu)

Os Cabelos Brancossão inimigos cruéis da

Juventude eda£cãzaè Elimina-los é uma contin-"?" gencia da vida moderna.

Si já tem cabelos brancos,CARMELA fará com queeles recuperem a sua côr

primitiva. CARMELA não é tin-tura; se aplica ao pentear-se,como qualquer outra loção.Mesmo que esteja tingindo seuscabelos, faca uma experiênciacom CARMELA.

I

tUHXL°xay JkiL ít

127 — Tres — Além de raquitic*'

(ens a cara enfezada.Janota (Santo*

128 — Tres ----- Sua decadência u»r

ri-ce uma descompostura.Joleno MauiM-

,->., - Duas — Hoje em di* «'

„m. t,óu, dUfli» vnle dlnlmro!Luferra (Faunar***

í rési au —

(olha sempreIJndiuidno inf et,

Paraná • B»"

ENIGMA FIGURADO — W>

/?fiv£A/&fí/?<L1 /-

M 131 — Tres — Foi ura caso /«•'gado de acordo com a lei o roubo d?

pragana de cereais.Darwinho (Ric

132 — Trôs — Uma mulher velh-não é com facilidade que conseguecasamento nesta época.

Rafinha (Porto Alègr?

233 — Três — O reí;e/idedor at

peixe trocou sua mercadoria por nimâncora.

Lidaci — C.E.C.-T.G. (Rio

134 —- Tres — Subir caminho tr.ifremc. è coisa que muito nie aborrece

Tony (Perdizes

133 — Três — O convertido reconhe.ee a verdade.

Velo-Vela (Bir>

136 — Três —Esperança já não tenhoDe acalmar o meu sofrer.A fé que conservo em DeusE5 que alenta o meu viver.

Violeta — G.C.N. (Reci!*-

;>^«í*&^^ ^*«^^Í^i«i^^^^^^l^S8«

3

i

a, •*

7

Anu — X.9 l — Junho —. 3?s;

CHARADAS ANTIGAS

Se eu tivesse inspiração, -Comporia unia canção,\ó's pés du mulher formosa

— ?Uas uma canção que fosseLinda, encantadora e doce,tó sobretudo harmoniosa.

Gil Virio (AndradiiiH

¦Ml%M

jBp* .;^-^?*;^^v.:;*.;>;:;*.:.v ;>&l$&cJk|?v'¦ ¦•^'y^.^K^':'A A y?<i£y£:•.¦::': :^y%.

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y^y'<--yyyy:yéy.: ^^Ví ¦'¦¦•>.«*<••¦••: >; ¦ •••¦••¦>^v.x>>W''?5s25S''í., .w;> •. ¦.-}< >-':'¦ ^"' ?WÊÊm}< ¦ ¦•••-'¦<

XJâo hò melhor tõnscoqu© a bmulsão de

Scott, isto dizi.m euspais e agora o repito eu lPorque voltei ao remédioantigo e o resultado masuror^endeu ! Sinto-memais ovem, sadio, @ so-bretudo I vre cos resfri-ados que assicLamente,me tomavam. Emulsãode Scott é o tônico com-

pleto pela fórm la feliz

que reuniu a; vitaminasdo óleo de fígado de ba-calhou com cálcio •fósforo

OEMULSÃODE SCOTT

91

Ao Spar taco:138 — A charada bem composta

Faz honra ao compositor,E quando na arena é impôs'wDeixa sinal de valor — 3Onde o apanha o campeão, — iDestemido lutadorOue o depõe em soluçãoAos pés do scu grande ntit-.r.Tanto um como outro, apoiadoTem seu nome publicado.

Heron Silpes (Canavieira». <

tóU SEI TUL»->

CHARADAS SINCOPADAS139 — Trôs (duas) — Quase son-

pre era preferido como escravo onegro.

A. Salomão (Juiz de Fora;

140 — Três (duas) — Caráter tran-sitório demonstra o individuo quetem em mira enganar os outros.Conde de la Fere, A.C.C.B. (Salvador)

141 — Três (duas) — A fontanelaencontra-se nas cabecinhas das criar»-(,'fls pequenas.

Carlinhos (Morro Agudo»

Ao Carlinhos, agradecendo a Tronco:142 — Três (duas) — O menino

traquinas somente se dedica, às sua'?travessuras.

Dr. Zinho (Taubaté?

143 — Três (duas) — O essencialé o tabelião não deixar lacuna numaescritura de compra e venda de imò~vol.

Dr. Zepanta (Goruripc)

144 —- Três (duas) — O sujeitoespertalhão me impingiu um cavalovelho, dizendo que era um poldro.

El Prineipe (Uberaba)

145 — Três (duas) — Retirei d»fornalha, grande porção de comjbus-tivel estragado.

Guijuno (Rio)

146 — Três (duas) — Para o bufãoh inconveniência não tem limite.

Major Agá (Itajubá*

147 — Três (duas) — O guarda-civil predeu a feiticeira.

Régito (S. Paulo •

148 — Três (duas) — Há um com-

promisso de casamento no meu na~moro.

Santorum {Rio>^

149 __. Três (duas) — Grande ba-rulho originou-se por intervenção de«ente sem lealdade ii

Sefton (RJ oi

Aí/>. "JfrrVJit t50 __ Três (duas) — Na segundainvestida do touro desabou violento

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Am^y ¦

ímm '" Sr?W'- •• ^?^ify^wMf^__m\jS\_____f_u ¦ 'A5*v',';*çA',r

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ÊÈÊÈÈ.WÊWSÊÈM

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92«:fc» Àrio N<„ x __ junho — 1Ô53

tfG S.KI TUDO

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«ns MAGOS DA CUüNÂílA'ondeencontrará 65 receitai

, variadas, saborosas e parac, Iodos os paladares.

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sexto signo ul Enünôncia da parir

Me designa; 7_ formad*

anterior e exton». <U g .

por ccrtos mu,cu.os d, _

irreverente, ___ Gmirdei; 2

Vreriica.s: 3 _ vi«.Nome Próprio femn ^

Pieo vulcânico üw4 -

Serríl do dist. de Bra».Peru; o — *eu

Portugal-

PROBLEMA S* *

?L«<t*LVS

OO OUE 2% DS SOO GRAMAS I

AM!0O DE MILHO

F 1! fij _í\ _Tj

JV». 4WV BJh ItfUE

DUHYEAítlAíCAS RIGISTÊADASw^^^^jS^"'*" '"*V

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¦' -.-¦^-''•vi:d.B'fe'¦;^^fB)\~j

S8jJíÃÍJÍc£-rlK ^d Xí:í^ívÍ5g-*J

q j ,\ ^*jr^i Vil s; fig^r^ -ífc\\|^%;^l§A "MAIZENA DURYEA-m\l^á^"í Coúa Posfof; Ó-B São Pau/offl Í^Pl Peco- enviar-me, GRÁTIS, o /.vroBl^ "05 MAGOS 'DA CUUNARIA-

te.\n"^â^l CIDADE

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\V fSÍADO

jsko, «hs «m í**s» ••"¦ •n""* '

/.Tiiinn salvou o toureiro,r p r (l\io i

PALAVRAS-CRUZADAS

fílOBLEMA N'9 r>

Efoandeira (Delmiro AL'

• ;.. t - Símbolo <i<> {""Horizontais: >1IIlu

t. ..n. o __ liba do Estado do I ¦•

,ná. o _-- Cordilheira na «Uia N't '¦Existir; 8 ~ ^IVcv

(Japão); / — ^X1^u*'

,,ôniea, não inflamatona, do ou-

Verticais: - 1 - Cdade e o..-¦>.- n\-\\\'A ) • ° — íj(.kIh

sobre o Adriático (Italia) , -Pele áspera do caça'

francês; .> * LR a-^ t u\¦ i j • Cidade da Italia, b

4ra'do distrito dc Santarín, e id.o,

lòl Três (duas) Ç-ria-M- ».»¦

.nunalho assim para acabar no v,cu.

ltf ímbriaguer diária!

l62 _ Três (duas) <> /^?!^'

,o é temido por pessoa Ujnoranle.

Suiierf (Palman-s

153 _ Três (duas) O. enrê<i»•tramado pelo agricultor, foi para obter

., monte eônko de trajo., , -4 r V r -C E C. tReciíe'- Debrito — u.rs.^. l..j^.v-

ÍÍ| ÍI p [3 Í4 p IW

M\ ML^^31 ]•

M"\IX7^

^^ ria Portugal.

ÍÓ4 — Três (duas) — Após muito

./agitar o recém-nascido ficou meríe.

Tutankâmon, T.G. (Rio)

Se/fon (Rio.

Horizontais: - \ ~T, Rcsirui ame"

ricana, de que os índios fazem, um

r TORNEIO DE lB5u

SOU.'ÇõES ;

1 J. Alisa;" Faceto; 3 -i >-

mostração ;4 l?lasç*! 5. ~ 'f8"

aro: fl _ Latlbulo; 7 - Malog ado.

H - Quadrada; 9- Calvário; 10_

Marfar; 11 - Mira-ollios;; 12 - _|

-

èanhoba; 13 Pardoca; 14 - ^rei

nri. 15 - Tabardo; 16 — Cavucador

17 '-

Malgaiante; 18;— Feriai; J9. -

Ferrada; 20 Armando; 21 — iPef

dão- 22 - Lesa; 23 - Extremados

24 — Baldo; 25 Ponto; 26 — Bf•4 .'hn Pe?¦• °S — Funesta; 2

icita 2/ — i ca, -o ;— Bispa; 30 Testa, ói *

.

SARDAS. ESHNHAS E MANCHAS k^^.^^l^r5 %^^S^^Ji^Ü .-'

J5l> Ano — N.* í — Junho — 1951 93EU SEI TUDO

h

aia — Òtòmano; 33 — Effvumadá;34 — Soca; 35 — Absoluto; 36rrunío; 37 — Lisura; 38 Trafego;

•_j9 — Zorreiro; 40 Precaver; 41— Panaca; 42 — Peccta; 43 Bon»iade; 44 — Singulto; 45 Tropeço;\{) ___. Maneta não toca piano; 51 —^Branco ou preto, mulato nunca; 52

- Nunca compres peixe sem cabeça.¦jg- — lançamento; 54 — cabolamar;•_5 — aítoplano; 50 — perequete; 57

• alcova; 58 — eharruada; 59 — ca-:ajá; GO — contradição; 01 — natu-malmente; 62 — passarinho; 63 —¦

parartrema; 64 — credo; 65 — sol-íàdo; 66 —• chimarráo; 07 —• pega-nao; 68 — passatempo; 09 — estu-Hlha; 70 — atedia; 71 — toada; 72

-gafonha; 73 — tremido; 74 — ti-?auaj 75 — altivo; 70 — marulho;Íl r~ cepuda; 78 -— deriva; 79direta; 80 — abuta; 81 — fumega;

*\%* — petisco; 83 — cogitar; 84 —

fraudo; 85 — potente; 86 - turum-"bamba; 87 — relambório; 83 — vi-íiho;;' 89 —- estática; 90 — pátrio; 91

•Ydoesto; 92 -— estanho; 93 - almo;

pi,¦'— arrulho; 95 — perereco; 96 —

\]&$; 97 — eainho; 98 arquinha;

^iV^- prepostero; 100 cetro; 101.nòtèlha; 102 ~ derrota; 102-A — ma-

Wobra'; 103 — O rei é rei e é man-

íadò; 104 — Demanda, o demo man-:/ià; 105 — O bentevi dá no pardal, o

^kyiW dá no bentevi; 100 —• fiveleta;\M ---' caliana; IOS — capote; 109 —,

matacão; 110 — pulso; 111 — plano;'\12 ¦__ cabrito; 113 — falta; 114 —

tirada; 115 — inculco; 116 - anto-'^do;

117 — afinca; 118 — laborioso;

U9 ~ passa; 120 — afaga; 121 - re-

oaixa; 121-A -- figura; 122 - custa:¦&£&&-

parado; 124 feudatário; 125

fnlM_»{&-

tsrd«4uira <s novo çrf"" ___•") í. s l

,, : ) \S " '

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à. VENDA ¦¦'«ern^tôdás' as' bancas

vu ,í ri/!,.:".

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Ts\J~^VA*SMkittmvmmm%\\vA%^^

com os cabelos sedosos,

brilhantes o com aquela

elegância própria ás pes-

soas de bom qosío, resul-

tam do uso constante do

FIXBRÍUASSENTA £DÁ BRILHOAO CABELO.

WÊÊimIfl DHD m 1WÈÊ

¦ ¦¦¦ ____¦________¦_____¦ __¦___—i i nn-r *-.«•»—¦ ¦ -^aif1,»!!,!!-!^ fZf

focinheirá; 126 -— capitão; 127livrança; 128 - vencida; 129 —- di-reito; 130 — surtida; 131 — moleca;132 — solapa; 133 — farfante; 134— farfante; 134 —- onagro; 135 — co-

moso; 130 - cambembe; 137 —- sol»

dado; 138 - retrato; 139 — direta;140 __ csfoladura; 141 — dúvidas:!42 — juntamente; 142-A —- taça-

nhoba; 143 — contra mestra; 144velacho; 145 — bofetão; 146 — ferre-

lear; 147 — lascado; 148 — epístola;149 — patuscada;. 150 -- piscola; 151

- menoscabo; 152 — parlapatão; 153- lobato; 154 — amor só uma vez;

155 — sc vais a romaria leva pão.Maria; 150 — quem deu, tinha.

For:, ile concurso — Grão.

PALAVKAsS-CRUZADAS

PROBLEMA N* 1

Horizontais: -- 1 —Taça; 5 — Dí

k,ta; 7 __ Astros; 8 — Maruba; .9 -

Anilas; 10 — Azos.Verticais: — 1 — Tisana; 2 — Al

triz; 3 — Cerulo; 4 — Atobas; 5 -

Dama; 6 -- Asas.

.ri

aBfi!x__ra-B__x-r-^^

PROBLEMA N<? 4¦:<•'¦¦

Horizontais : l — Evite; 2 — *V>Gruir; 4 — Amapá; o

gar; 6 -Reler.

Verticais: 1 - Engar; 6 - Verm«-

7 — Igual; 8 — Taipe; Errar

PROBLEMA N» 5

Horizontais: — 1 — Coma; a

Digito; 7 — Aro; 8 - Ar; 9 — Dh>.

10 — Ema; 11 At; 13 — Ado.s

PROBLEMA S't 6

Horizontais e Verticais: — >

Pesca; 2 — Rogai; 3 — Orlam; 4S:

Al

SEU

PROBLEMA N« 2

Horizontais: — 1 — Cocar; 2

orada; 3 -- Casal; 4 - Adaga; 5 -

Riias" Verticais: 1 - Cocar; 2 - Orada;

3 - Casal; 4 - Adaga; Balas

para gozar perfeita saúde, ser forte,ter bôa disposição; para combater- oreumatismo e todas as doenças do-sun-gue* para ter filhos robustos e normaispara auxiliar o tratamento da sifilis esuas maniiestações; ulceras, feridas,dartros, dores nos ossos e arti ul ações.Tome ivA SA; CAKüBA, e Mr*NACA.L)b Hi ).l LANDA, um depurativo de plaa-tas medicinais usa o com sucesso hamais de 00 anos! O sangue é a baseda saúde; depure seu sangue com

VIt

¦¦

li

PROBLEMA N* 3

Horizontais: — 1 — Mundo; 5 ;yAi. 0 __. Ar; 7 -»- ül; 9 — De; 10

— Erram.Verticais: 1 — Manue; 2 — XJi;

3 — Pa; .4 - Ordem; 8..— Ir: »

.'-^,-..D.a>.r..r....r,:*v :-¦ .'¦-'¦ ¦'¦'¦ :-¦-¦--'- -v - •"•••-.•

r./V *.

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- Caamas

¦ Nágas; 6 — Eras; 7 —

Somar; 9 — Egloga; 1011 — Almas.

Big)Don Roal, Durmel, Centauro,Neto, Begoal, Piloto, Imara, Seamva,

BÉL-HORMO

PROBLEMA N«? 7

Horizontais : — 2 — Eco; 4 — Edu-)0. 6 __ Mi; 7 — Mu; 8 — Filhote;fl — Ar; 12 — Os.

Verticais: — 1 -- Jacu; 2 — Edil;# — Olmo; 4 — Emir; 5 — Outo; 8

Fn; 10 — Es.

3ê;v Ano X.Q 1 Junho 1951

I

'' PROBLEMA N9 8

Horizontais: — 1 — Enjicas; —Voivo; 9 — Lagarta; 12 — Dar; 13

Ya.; 15 — Mica; 16— Ala; 18 —-\o; 20 — RoL

Verticais: — 1 — Enlevar; —Soa; 3 — Jiga; 4 — Iva; 5 Cordial;$ —Taco; 7 — Seara; 14 — Al; 17

Ar. A .;-¦•. -A

DÈCIFRADORES'"[¦J^ ;'"'"--¦" ; .... AJA. "'

./anota, Julião . Rimltfiót, ¦. IrahydesCesta, Lutàitéfo, Niíva, Vlà, Gicaroh.

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Ourindana, Rcdskin, Xixto, Dr. Zinh. -

Otsuaf, Johancs Lation, Cuiabau*Ppmpeu Júnior, Gil Virio, Major Agf-Pele Vermelha, Paço, R. Kurbnt.Raul Petrocelli, Dr. Kean, Roneg>Dopasso, O Sineiro, El Príncipe, No*tradamus, Cece, Py, Jayreis, SÔiir*Radge, Debrito, Mambira de JiquitaU-Frei Paulino, Pontiguar, Osmar Soi.za, Marins, Rochedo^ Judex, YarvBiela, Aspex, Jimi, Telefone, Raven

gar, Alô Tropina, Águia, Seu TeixeiraChina Pau, Òdnalro, Tony, ^ertanejII, Jairo, Jnino, Buridan, Sam, £arhni, Edpim, Jotorácio, Satierf, MatsuVDr. Neso, Formiga Leào, Ziul, DuphJorisa, Auf ergo, Conde de la Fér»Pinga-Fogo, Alvasco, Santorurn, Coringa, Lupe, Arpreta, Dahií, Malb«Tantan, Begoal, Welton, Notrya, Zez»nho, Caníagalo, Roldão, Violeta, Juc>-Pirolito, O. Janz, El Campeado»R.A.C.H.A., Thishe, Dahva, MarlefctWalter T. Chaves, Naná, MosquitoRanzinza, Darwinho, Carlino, Toberal, Emidlej, De Souza, Paraná, Dinmante, Lidaci, Sinhô, Uneri, Ral*.-Uvas, Milon, Jotoledo, Jaguaret£, Tutankâmon, Eva Dios, PaulistinhfcEulina Guimarães, Argonauta, Fandédipo, Chico Bacamarte, OicreafRégito, Luferra, Alguém, Édipo, Elviro, Jocati, Lu j oca, R. P., VÀretas, Leirias Dias, Reuskin, SeamV*-— 155 pontos; Sphynx, Plutarco, ZiulMatsuk, Iza Abel, Guilherme TeüOdnanref -- 153; Nemesio Muno, DtBarreto Cardoso — 150; Lord. Ande»Guijuno, Sefton, Perceu — 139; Botncarahy — 130; Fusinho — 124; M>-gali — 104; íris, Velo-Vela —Sertaneja — 65; Xofrango (14silva — 57.

8Í>

sul ei'ch&ru

A BELEZADOS SEIOSQuando o busto fôr insuficiente ou semfirmeza, uae BSL-HORMON u? 1: tquando fôr ao contrário, demasiadamen-te volumoso, uae BâL-HORMON n^ 2.BâL-HORMON, à base de hormônios,é ura preparado moderníssimo, efi-ciente, de aplicaç&o local e resultado»Imediatos. Adquira-o nas farmácias e

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__tv «_J A. »•»««...»«.«•.•«..,•..»... Bi *

CIDàDÍS «STADO

DR. LAVRUB

De volta de sua viagem aocontra-se novamente na lutadistica o diretor desta seção..

O Dr. Lavrud foi homenageado ete-Curitiba pelos confrades Xixto. Gnh

. ver, Alnefi, Joleno, T. Niente e Çtíritt\ bana; em Porto Alegre por Jucá Pi

rolito, Padre Chagas, O. Janz, Héliotropôlio, Rafinha e Qirtemed; êi%

j Montevidéu foi recebido no Centr| Enigmistico do Uruguai, estando prei sentes: La Juvie (presidente); Gre| mete (secretário; Democrata (tesou; reiro); Salustiano e Dempsey, da co• missão de imprensa. Depois da seí<

são que esteve muito concorrida fo'í servido um copo cPágua.

Em Buenos Aires, com ò desápfarecimento de Caras y Caretas, o ch*radismo arrefeceu um pouco, ficand'entretanto, disposto a lutar o èét\frade Legar (Tomas Legarretâ).

*¦.* i>*

•íí-

« *• • .4 * * ií n

Preso para todo o Brasil CrS 58.

PUBLICAÇÕES RECEBID^^Artigas, órgão oficial do Centr

Enigmistico do^:ü^O Enigmisia, revista-6de Santo»

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Radar, revista paulista com exce-•tinte seção charadistica.

Charadismo e Cruzadismo, órgãolicial do Círculo Enigmistico Ca-

-ioca.

Quebra - CachoLas ~ Postal, jornal/.»iho mimeegrafado para disiribuiçã >.

*\ ra t u i ta do J o t o 1 e d o.

Edipísmo e Palavras-cruzada?, de^stremoz, Portugal.

Arca.no, trimensário charadístico d»¦"¦almarès, Pernambuco, sob :¦ direçãoie Luferra e Saiierf.

Almanaque de Édipo, 1951, orgazii-•üdo por Dinaído F. Alecrim, tri*.^ndo palavras cruzadas, enigmas, h>-

gogrifos e charadas, no todo 338 tr»-balhos.

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Formada petos confrades FormigaLeão, Gato Preto e Mambira da Jiqui-la.ia, acaba de ser organizada em Ala-goinhas, Bahia, est* Parceria.

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tidèsio — Filliinho de Edèsm ivmentel {Edpim) e D. Elza Pimentel,de Vitória de Sto. Antão, Pernamblico, nascido em 11 de fevereiro.

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Cláudio Luiz — Pilh.inÚp cie _)oà.<Cardoso de Meio (El Rey) e D. Carmen Simões Cardoso de Melo, de Be)Horizonte, nascido em 12 dc abri!

Aos guris Edésio e Ciúdio Luiz iu..enios votos para um futuro pró<n^*> fHiz.

COKRESPGNDÈNC L\tiafinha (Porto Alegre; — Orai.--

pelos trabalhos e... pela volta.Geraldo Magno (llecife) — A su*

carta foi entregue k administraçÃdesta revista.

Joferro (Capilal) — O confrade *f«»*

inscrito em tempo.br. J-ofran (.Fortaleza, Ce«;r«

litsriMt^ r<*jtn tiiuito iii'n/>*í

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Pará a1) soluções de cada mêi., 1>í-nilo Federal e Niterói, 40 dias; í»-mais Estados, 1)0.

Toda a correspondência destina;»»n esta seção, deve ser enviada ao se«>diretor,

f)H. LAVRVI*

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'.

«CUSKI TUDO 96

CARTOMANCIAíndia Mansa (20 anos, solteira —

JSoiás) — Cs valores de suas cartasieixam ver: gênio combativo, fran-.raeza, boa disposição e amor ao tra-Dalho. Noto que uma colocação hánuitc prometida será agora' satisfeita.^ara seus novos empreendimentos, es-:clha os dias pares. Per meio -de uma_5essoa amiga., saberá de importantesissuntes: Futuro feliz.

Tarzan (24 anos, sclteiro — São?aulp) — Noto que possui natureza:©mbativa, decisões rápidas e sensoie justiça. Procure ouvir os conselhosie um homem da lei, sobre assunte?ue lhe diz respeite. A seu lado vejojma jovem que lhe dedica sinceraxíeição. Neto êxito numa empresa eibastança nc futuro Cuidado com osnflamáveis. Receberá uma carta comocas notícias.

Ana Lúcia (19 anos, sciieira — Sãc3aulc) — Neto que numa festa, seuicme será citado como exemplo. Apa-rece também uma grande alegria cau--sada ocr boas notícias, vindas deon Um. pessoa ae suatnuníara num cas. de difam

família:ão. Pro-

cure acautelai-se cem cs inflamáveis.Encontrará um objeto de real valor.

I !«£2__í_b' ¦Ir{__- 5i!lf___dJL

I >Cíf__-iÍ.

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Las^pJ L__- H jSkfli. *ara*»*»* **«"**

11 * , __*_** a

Maria Luiza (21 anos, solteira —-

São Paulo) — Deve guardar distân-cia, de uma jovem clara, que se dizsua amiga. Motivada por um animaldoméstico, vejo pequena discórdia. Umcaso de justiça, há muito iniciadoagora se resolverá a seu favor. Pro-cure usar, sempre que possa, roupasde tonalidades claras. No futuro seráfeliz e alcançará êxito em seus ne-uócies.

•rr.yHaps.em que tém de ser escritos

os valores das cartas; deve ser cor-tado e enviado a esta redação, eom' 7v nome òu pseudônimo do consulente

e localidade de onde vem.

6Modelo de como tem que ser

escrito o mapa.

Boneca (18 anos, solteira — Rio deJaneiro) — A seu lado, estão dois jo-vens disputando seu ecraçãc. . . Bre-ve terá um desgosto causado por pa-lavras más de uma mulher de baixoestatura. Um papel de valer será lc-ealizade, lhe trazendo beneficies. Du-rante um passeio ouvirá sinceros elogios. Note que sua pedra usual deveser a turmalina. Vida longa e 'feliz.

Hcmem Novo (22 anos, solteiro —Minas Gerais) — Procure ler com aten-

3S.v Ano — :N> 1 —• Junho — 1Í.51

çãc, as instruções para obtei uma cclsulta, pois a sua veio incompleta. Re-neve-a, que teremos prazer em atendei

Lírio do Campo (22 anos, solteira —

Paraná) -- A caminhos vagarosos^ven.uma caria que lhe trará agradável?notícias. Neto pequena viagem qu*?e cercará de êxito. Uma mulher invejosa está procurando envolver cseu nome numa intriga. Receberá vclicsc auxílio cio alguém que lhe dedica afeição. Em uma festa íntima cbfera sucessos. Terá existência lonac

Carioquinha (21 caies, solteira —

Rio de janeiro) -- Neto que sua pedra-talismã devo ser a esmeraldaDentre suas omigas surgirá um ma}entendido devido a ciúmes. Uma crian

ça de sua família sofrerá ligeiro acidente. Vejo que um homem de farde-

procura atrair sua atenção. Para cfuturo vejo abastança e venturas.

7Í^-Imprevista (24 anos, solteira — Be;Horizonte) — Brevemente um casemente feliz alegrará sua casa. Pare?eus noves negócios, procure sempre-dias pares. Em heras de refeições ter©boas surpresas. Um ente querido farcuma viagem proveitosa. Seus dias fuiuros apresentam-se ditesos. Receberá-um mimo bem significativo.

tj j [Gl**«rffl I ^^-—«J.

Maneira de deitar as cartas emeruzeta, na ordem numérica esc

que estão dispostas.

COUPON PARA A RESPOSTA

NOME OU PSEUDÔNIMO

SEXO .

LOCAL DA CONSULTA .,,:

ESTADO CIVIL".S.-S.Svi'.

idade .:.::.....:.

• * * t •

7' CONSERVE JI SUA PELE " 'ft St. M ¦ JJ!- ^^ U''; * V' ^^^^S^k I

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*6.« Ano —- N> 1 — sTunho -- 19.rjl 97 EU SEI TUDO

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mm mammm mim iumn artísticoinclusive desenho comercial

l publicitárioConfie na sua personalidade e

: ganhe respeito, admiração e uma po-5,'i'çâo social destacada. UM FUTUROURI LHANTE aguarda V S. e umo

"vido cheia de possibilidades .limita-das. Ajudá-lo-emos a desenvolver oçt-u talento, a ampliar a sua irriagi-nação e a aplicar a sua capacidadeconstrutiva e organizadora.

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e de senhoras tiveram a vidacompletamente transformadagraças ao estudo pelo nossométodo fácil, rápido e eficienteEm pouco tempo e com despe-sas insignificantes VIRA V. S.A SER UMA VERDADEIRAARTISTA, perfeitamente capazde executar lodo e qualquer ira-balho, inclusive trajes de casa-mento, lingerie fina, vestidospara esporte, etc, etc.

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;Xy JOAO DA BOA VISTA.11 DE MAIO 5E 1930.

Atualmente sou

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| "^S^jí"^

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SÂO JOÃO DA SOA ViíTA

JS8 DE MAIO DE 1950Graças « -étte Curso

me sinto se.tí.íito c

o-sulhoio de minha tão

rendosa pre.isii© d«

desenhista do Exército.Emi Dreher

SANTA MABtAEst. do R. G. do Sul '

Predio projatado polo

Dr. DOMINGO-. DOS SANTOS PEREIRA.

ARaKAS. 31 DE W.Q &CE 1950. &

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iítòSS;

Eit. «í« Sío ?j'.lo :!^

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mTxSfi::',

55. ^S^S"'\*-J '

C-r JUiJ-iO DL 1?J0.

í,y J G co^/i ^'íTj*,Qe f,!e«i~t-3r - .* * *f/f' ffi.TS.K;;. *-.'>e ;j fícu-? if' •«-/.'. jj-»-'¦•' ¦'• •'•'ir; ' '-"¦ wcb* o' x 1 -•_ i ...

_/_ js-tiAdo eí-ji wsfj en-?¦' _¦__.•'.•'iJ': MSnosl BãIísÍA Ftrreirã

J U Â X £ i R O 00 H O ^ * 6Est. (>j C<sf-

¦'&^LÍz£$

tíFfó5 DK JL-HÍ.O DE IpHü

A. sábia o porfoítnorientação C|U« o»sor.liorís «r.o vnini.s-

•'.¦¦¦;':.--.-'.. ¦'-.•:'.:¦-.; &?• trarnm ;:o (iocorrer ^K;:f::« ^ 'lo Cur»a de Corto_SS___s__F__»,:,.x'<. ._____£__Hfí-3_ tífii _ .Í^^.éS,iSÍ2>^ 1 © Çotstura ino vera

H*^ r.sq^,'j:urando ü-iiifuturo melhor ó rub

permito ciar umaòoutribürç-lò inaioraos cjuo mo são ca»ros o no meu lar.M&ri& José /?. Pereira

^S_BEt__SL.-1o.- •

fflII

*<&,i_i^_^iai0);i*__

CAMÍ'0S OI-.i.AtS. 9 DE [|AílülL DF. I9-W.

Graça-- co institutoUniversal Brasileiroeçicu berr. coiocadocem óiirr-d ordenado.

Joio Hilário Corrêa.CAMPOS G-E.MS Eit.M.not jp[

fi.O 05 JANEIRO

VIU OMAP.-.1.. _li »EtòlO BE SííjO.

Tive já a oportur.i-dade de orientar aescrita de cinco- fir-mas cori-erciais è deurna grande Socieda-de. Espero dê_>ie mo-do assegurar uni

H 'próspero futuro páraminlia iamilia.

Pedro Buf fenVILA CAMASGO

Est do R. G. do Sul

'&•;¦. •&&$&•: 'w> í-y-:w?i^

MTEi-Ól.ia DF. JUNHO I9_i0.

t com imenso r-rí2írquc faço chcsdf às m5cs

de V. 5., em anexo, es

.otosr-.ftds das (-jchddjs

de dois preictos de mi-

nha óu-Ofiá, referentes ò

ções, cufds plantas (oramaprovadas pelas repar*

tíções competentes e emseguida tiveram a execu-

ção da obra pc!o cons-Irutor.

Pelo extraordinárioêxito obtido nos prifoeVros trabalhos depois deter concluido o Cursodc Desenho Arquiteto*nico nesse instituto, envio<_ minha gratidão e re-conhecimento pelo tii-

; ciente método de ensino(Jsmtiçcs d.- S.sík P.ríiti

Ri.

O dinheiro'qt^e Gtr ^jstei com a escora, pá

cuperei. Tenho «riohadp ve_-ti- Ke noiva, que j5j

igrado <ie ^

j.-i recconfeccdos deforam do atodos. ^

AÍ.~V.S Crt. dt S. P«t.t*_Ktac_n«a_nB>A.Y7) *TMW7-VW__-S_qp«_u

__â

|

construção das cdiíica- [ NflEnOl^,....., j^fev«{óW^A''A:-AA'^.:^

»^«S¦¦$*£S2

:^lliiíiffi^^vwí '¦;-:..•: í^v^>.<.'_xvv,<.<.-:y;::::.x.:-:-:--..::.:..-y'X*»

III:-x^»x->x.

PEREIRA construção qua»-- terminada.

_'iB f.Lli.ULt: -J-Bt») IS.^ »Agrodoco t<3_nb**-*n po- í£

lo bom :T_»to.-_c d* í_?__i_rv>. j^greca» co quol. cm tei- <^ínhc própria re_.___<_.-__cíí2. ^Á,openes reis heres áo ioi- -.*-^

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C ORRESPONDÊNC1 A IH.° 409 DOÜNÒ XXXIV

N.° 1 1951I U N H C

jg^^Sy*sÈ____\r'~ \

\ t Ai* * — O espirito curioso e aven-ur-iro do lí ornem foi que o levou

«.«i^m além da ú.tüma Tule»... <?ude o<«»* caía em catarata no espaço vazio!) mar s as coisas do mar sempre atraí-

-im o Homem em todas as idades. E•nt-.-j-.-no aqueles que jamais viajaram.•lem yrtqut-r de barca lerda entre o Rio- NiífTói. gostam de construir embar-aoõüc- de todos os tipos, desde o bar-4ninho de papel aos grandes veleiros,•oni minúcias de detalhes, conformaT^válh a nossa capa.

£ ATE N Ç A O !

^ próximo número iniciaremos apublicarão de novo romance, intituladoO DOTE DE NANETTE, de J. de Iafcrète e destinado a empolgar nossosatores da mesma forma que os dois\nteriores, a saber: «Sônia» e «As Pro-vaçõei* de Raíssa».

«linda no próximo número daremosfaício à publicação de outro romance,«ste do gênero misterioso, da autoriale David Hume e intitulado PRIS^

_,%BERTA, tendo eomo certo que o mes-»n© despertará o maior interesse aootoitores qne preferem esto gênero detíteral nra.

«> fc/evw «JeMa revisla em M*l« oftrasil, é CINCO CRUZEIROS (Cr$MJ©>. Os agentes recebem a revistai'**m am grande desconto para vender#*lo ujrefo acima indicado com lucro.

Voltaire Levenreth — Av. Pres. Var-<h3, 4171, 22.9 andar. — Agradecemos<. comunicação e desejamos felicidades

a Rádio Relógio Federal.

ür. Artur Ornelas — Av. Cleto Nu-.es. 232. Vitória. Espírito Santo — A j

*ua carta foi entregue à administração.*>ara imediatas providências. Gratos.

•lúlia Reis de Rezende — Lagoa Dou--ada. Minas Gerais — Recebemos o^u obséquio e agradecemos, emboraiáo seja utilizável no nosso sistema degravura. Questão cie ordem técnica.

Geraldo Magno — Recife*. Pernam-->uco — Agradecemos suas referências, ij gue solicita será objeto de estudo da i

iadministração.

pkontispício

A Rua dos Anjos (Conto — Cores >

ARTIGOS ESPECIAIS

A Atlântida exista sim... Onde se encontra? liO mistério africano — Esperanças de amanhã ou sonho de ontem? i$Vai ser lançado o ataque decisivo contra o câncer I*

ROMANCES

As Provações de Raissa (Conclusão) itUma estranha Família (Conclusão) 5V-

A CIÊNCIA AO ALCANCE DE TODOS

O uso da camiseta de flanela, questão capital para a saúde siO que lia de verdade sobre a próxima viagem à i^ua (Os sábios acon-selnam a criação üe um asteróide, artificial, para as primeiras ex-perièncias 2*Nos domínios da Gramática TtCartomancia sH

CONTOS E NARRATIVAS HISTÓRICAS*

A Rua dos Anjos (Conto — Cores) Como Oily saiu perdendo... (Conto — Cores) 2"Martin, o Visionário (Continuação) 5;-Hitler revelado pelas íienas do Jiixército Norte-Amerieand — 2.* Part-HITLER ESTA' VIVO? (1.» testemunha: Hanna Reitsch) <.-

UE VELANDO O BRASIL AOS BRASILEIROS

Umbuzeiro — Estado da Paraíba &'Explorando o Brasil Meridional (Inicio da publicação de cadernos.para formação de livro) . %>

UDA VO CAMPO

As piantas cultivadas no passado, nu presente e no futuro T'«

^O MUNDO DOS SELOS i\

CONHECIMENTOS CTEIS OU CURIOSOb

A Sabedoria resumida em palavras: Como os Chineses escrevem .... iiComo se prepara o isótopo uBenção do Cavaleiro e do cavalo .' 2^Como se estuda cientificamente a ação cia roupa interior ,$*Memento EU SEI TUDO (abril de 1951) *,_

VARA DISTRAIR

Quebra-Cabeças — Charadas, ere 3i.Como os Chineses escrevem \\Tagarela C. C. ... 2tQual a diferença ? (Teste) .V.CC........... aA «Boa Resposta» do Mês .................... 5.Em hora de tempestade, todo porto é bom íCO Diretor de Televisão -COomo você resolveria isto ^Para quem a campainha soa '.C. XX....... .. <v

lil VERSOS

Antecipação da PrimaveraIngrid emagreceu CCCCCC

" " ' uPara os Jogos do Mediterrâneo LiXào despresem a sorte i'vMais de um século esperando a sua*'vítima''! *-A linda esposa de Aga Khan üüm médico num banho... eleitoral ... SijA palavra estranha «V

Sa^er ^f/er^ . h.ÍS!Ór!Ca' 6mb°ra de'^^u^ *>

Este mundo louco 5íCossacos e Cocktails CCC, í?'Estatísticas surpreendentes ....."..., í-»'Uma verdadeira informação ZlO Direito de Rir "**¦"¦ **.'.... 4*

NOVIDADES EINVENÇÕES

Ratoeira 100% infalível ...Auto-ônibus de bòrractia ... ' *' ™Máquinas para reerguer... o morai

"CCCC •••.'...-.... <WRoupa de banho para os que uão sabem

'nadar *v ?iA «Bomba» de lavar roupa.. u **

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