Resumo Direito Administrativo
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Princípios Constitucionais – Art. 37 CF/88 Caput)
Os princípios constitucionais são conhecidos como “LIMPE”:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência.” (Art. 37º CF/88 Caput)
Legalidade (Pública)
A legalidade pública é uma legalidade restritiva, ou seja,
determina que a Administração pública só pode atuar nos
termos da lei. Na ausência de lei, o administrador não pode
atuar. Diferentemente da legalidade privada, onde o
administrador pode fazer tudo desde que a lei não proíba,
ou seja, pode atuar na ausência de lei. Tudo aquilo que não
é proibido é permitido.
O conjunto de normas vigentes no Brasil deve obedecer a uma
escala hierárquica; as normas da hierarquia inferior só são
válidas se estiverem de acordo com as normas da hierarquia
superior. Desta forma, teremos a seguinte hierarquia:
1. Constituição Federal;
2. Leis – Leis complementares, ordinárias, delegadas,
medidas provisórias, decretos legislativos; resoluções
e tratados ordinários com status de lei ordinária;
3. Atos regulamentares – têm a função de detalhar a lei,
permitindo sua melhor execução. Normalmente,
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apresentam forma de decretos editados pelo Presidente
da República, mas podem ser veiculados por outros
formatos, como instruções ministeriais e resoluções de
agências reguladoras.
4. Atos normativos – estão subordinados à lei e aos atos
regulamentares. Compõe a maioria das normas
administrativas. Exemplo: portarias, circulares,
avisos e etc.
O princípio da legalidade impõe à Administração Pública a
obediência estrita à lei. Assim, todos os atos devem estar
de acordo com a lei, não sendo possível contrariá-la e nem
tratar de um tema que não esteja previsto na própria lei.
Esta é uma garantia do indivíduo contra restrições à sua
liberdade uma vez que a Constituição Federal prevê que
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude da lei”.
Impessoalidade (Finalidade Pública):
É a garantida da sociedade que todos serão tratados com
igualdade, que todos os serviços, em tese, serão feitos com
o objetivo do bem comum. Este princípio também impede que o
administrador se auto promova com a coisa pública.
Além disto, também é a garantia para o agente público que o
Estado é o responsável subjetivo por todos os atos no
exercício da função. Isso significa que, quando um agente
público causar um dano no exercício da função, o
responsabilizado será o Estado.
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A administração pública, portanto, deve ter como finalidade
essencial a satisfação do interesse público, buscando as
melhores alternativas para a sociedade como um todo. E, por
"interesse público", não deve se compreender alguma
concepção ideológica pessoal do agente, mas aquilo que é
definido como tal pelo Direito. Portanto, o princípio da
impessoalidade (ou da finalidade) decorre diretamente do
princípio da legalidade.
Moralidade (Moralidade Pública):
No direito administrativo a moralidade em estudo é a
moralidade pública, que obriga ao administrador ter uma
conduta honesta, ética, proba, de boa fé e tenha decoro em
todas as suas atitudes no exercício da função pública.
O princípio da moralidade vem exigir que o administrador
público sempre considere as normas morais em sua conduta,
de forma que sua obediência seja obrigatória, mesmo contra
a expressão literal da lei. Não se trata da Moral média da
sociedade, mas daquela especificamente dirigida à atuação
administrativa. Enquanto o indivíduo tem o direito de
portar-se imoralmente, desde que não descumpra a lei, o
agente público somente deve atuar legitimamente, ou seja,
de acordo com a lei e com a Moral. O ato legal, mas imoral,
é nulo.
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Publicidade:
Em regra, é dever de o Estado praticar os atos em que a
publicidade esteja sempre presente, exceto nos casos em que
seja imprescindível a segurança do Estado, a segurança da
sociedade e preservação da intimidade das partes
interessadas.
A publicidade produz alguns efeitos:
Contagem do prazo: Uma vez que foi publicada uma
decisão, começam a contar os prazos para recorrer,
para cumprimento e etc.
Exigibilidade da conduta: Uma vez qye publicada a
promoção de um servidor público, ela se torna
exigível.
Controle de legalidade: É possível controlar os atos
da administração a partir de sua publicação.
Eficiência (Emenda Constitucional 19/98):
A conduta do administrador público deve trazer o máximo de
resultado com o menor custo possível. Ela é baseada no
modelo gerencial da administração pública, onde se busca os
resultados através das metas.
Princípios Infraconstitucionais
Artigo 2º da Lei 9784/99 – Lei que regula os processos
administrativos
“A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos
princípios da legalidade, finalidade, motivação,
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razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e
eficiência.”
Devido Processo Legal (nos termos da lei):
O princípio do devido processo legal tem as seguintes
características:
Contraditório: Uma parte acusa e a outra se defende;
há uma audiência bilateral regrada.
Ampla defesa: No processo, há a possibilidade de
defesa com todas as provas em direito admitidas. A
autodefesa é realizada pela parte acusada antes de uma
decisão final. A defesa técnica é realizada pelo
advogado.
**Segundo a Súmula Vinculante 5 editada pelo Supremo
Tribunal federal, não é obrigatória a presença de
advogados em processos administrativos disciplinares,
já que este princípio não ofende a Constituição
Federal.
Motivação
Motivo são os fundamentos de fato e de direito do ato
administrativo. Todos os atos administrativos requerem um
motivo lícito. Motivação é a exposição do motivo. Trata-se
de uma decorrência do princípio da publicidade, segundo o
qual a população não deve apenas conhecer o ato, mas também
as razões que levaram à realização do ato. Qualquer ato 5
administrativo permite a motivação, que somente é
obrigatória nas hipóteses expressamente previstas no
art. 50 da Lei 9.784 /99. De acordo com a teoria dos
motivos determinantes, a motivação de um ato vincula sua
validade, ou seja, o ato somente é válido se a motivação
for verdadeira.
Razoabilidade (Equilíbrio):
Este princípio prevê que as decisões da administração
pública não devem ser radicais e nem extremadas. Exemplo: A
punição exagerada de um servidor público.
Razão é a capacidade de coordenação hierárquica de todos os
conhecimentos, em vista de princípios ou de valores.
Decorrente dos princípios da finalidade, da legalidade e do
devido processo legal substantivo, a razoabilidade exige do
agente público que, ao realizar atos discricionários ,
utilize prudência, sensatez e bom senso, evitando condutas
absurdas, bizarras e incoerentes. Assim, o administrador
tem apenas liberdade para escolher entre opções razoáveis.
Atos absurdos são absolutamente nulos.
Proporcionalidade (Meios e Fins):
Os meios escolhidos devem ser adequados aos fins
escolhidos. Toda vez que se fala em “meios e fins” temos
referência ao princípio da proporcionalidade.
O princípio da proporcionalidade, freqüentemente
identificado com a razoabilidade, tem três elementos:
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a) Adequação: o ato administrativo deve ser efetivamente
capaz de atingir os objetivos pretendidos;
b) Necessidade: o ato administrativo utilizado deve ser,
de todos os meios existentes, o menos restritivo aos
direitos individuais;
c) Proporcionalidade em sentido estrito: deve haver uma
proporção adequada entre os meios utilizados e os fins
desejados. Proíbe não só o excesso (exagerada
utilização de meios em relação ao objetivo almejado),
mas também a insuficiência de proteção (os meios
utilizados estão aquém do necessário para alcançar a
finalidade do ato).
Supremacia do Interesse Público Sobre o Particular:
O interesse do Estado é superior ao do indivíduo. Essa
supremacia permite ao estado prerrogativas que dão ao
estado que dão ao Estado uma posição privilegiada em
relação ao indivíduo.
Indisponibilidade do Interesse Público (Freio do sobre o
Estado):
A indisponibilidade é o princípio que impõe limites ao
poder do Estado. A Administração Pública não pode dispor
livremente de um patrimônio que não lhe pertence, porque os
bens públicos pertencem à coletividade, sendo o Estado
apenas um gestor.
Impulso oficial (Oficialidade):
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A administração pública atua de ofício, por si só, ou por
provocação de terceiro. Diferente do poder judiciário, que
só atua por provocação de terceiro.
Gratuidade:
No processo administrativo vigora a gratuidade. Segundo a
Súmula Vinculante 21, editada pelo STF, é inconstitucional
a cobrança de taxas em processos administrativos
Segurança Jurídica:
A administração pública pode mudar o entendimento da lei,
porém qualquer entendimento gera o efeito “ex nunc”, ou seja,
não há retroação, não vai ao passado. O objetivo é vedar o
administrador público a aplicação retroativa de nova
interpretação de lei.
Atos Administrativos
Ato administrativo é uma declaração de vontade da
Administração Pública ou de quem lhe faça às vezes. São
atos jurídicos pelos quais são realizadas funções
executivas da administração. Os atos administrativos são
sempre infralegais, ou seja, estão abaixo da lei. Exemplo:
A multa de trânsito é um ato administrativo.
Conceito de ato administrativo:
É uma declaração de vontade da administração pública ou de
quem lhe faça às vezes (concessionária ou permissionária);
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investida de prerrogativa pública (desigualdade jurídica) e
sempre vem em complemento à lei (infralegal).
Elementos do Ato Administrativo
Os elementos ou requisitos dos atos administrativos são
encontrados na Lei 4717/65 (Lei da Ação Popular). São eles:
competência, finalidade, forma, motivo e objetivo. Para
facilitar a memorização, este conjunto de elementos do ato
administrativo é apelidado de “FIFOCOM”.
a) Finalidade (Impessoalidade):
A finalidade de todo ato administrativo deve ser sempre
pública, ou seja, buscar o bem da coletividade. Todo ato
administrativo que é praticado com o fim privado é nulo, ou
seja, qualquer vício ou defeito na finalidade anula todo o
ato.
É requisito vinculado de todo ato, pois o direito não
admite ato administrativo sem finalidade pública. A
finalidade deverá estar indicada expressamente ou
implicitamente na lei, não podendo escolher outra
(finalidade), sob pena de se configurar desvio de poder ou
invalidar o ato.
b) Forma:
É o meio pelo qual o ato se exterioriza, ou seja, sem forma
não existe o ato. Em regra, a forma é escrita. A forma pode
não ser obrigatória em alguns casos e isso ocorrerá quando
não houver prescrição legal quanto a isso.
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Em princípio, a forma é considerada elemento vinculado de
todo ato administrativo, mas pode ser considerada
discricionária quando a lei autorizar a prática do ato por
mais de uma opção.
**Princípio da Instrumentalidade das Formas: Se o resultado
desejado for alcançado, mesmo sem a forma ideal, mantém-se
o resultado.
c) Competência: IMPORTANTE
Todos os atos administrativos, sejam vinculados ou
discricionários, devem ser realizados por agentes que
tenham o poder legal para praticá-los. A competência é o
poder atribuído ao agente da Administração Pública por meio
de lei, para o desempenho específico de suas funções. Ela é
elemento vinculado. O ato praticado por agente que não
possui competência será considerado inválido.
Características da Competência:
1) Pública: A competência resulta da lei;
2) Irrenunciável: Se foi a lei que deu o poder, não se
pode renunciar;
3) Imprescritível: O competente será sempre
competente, independente do tempo.
Delegação e Avocação:
1) Delegação: A delegação pode ser feita a quem está
hierarquicamente abaixo ou no mesmo nível.
2) Avocação: É o caminho de volta da delegação, é
retomar delegação de autoridade hierarquicamente
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inferior. Ela utilizada em casos excepcionais, pois
coloca a Administração Pública em descrédito.
Competências Indelegáveis:
1) Competência exclusiva do órgão ou autoridade;
2) Competência para editar atos normativos;
3) Competência para decidir recursos administrativos.
Exercício de Competência Delegada:
Quando uma autoridade delegada comete um dano a um
particular, o responsável pelo dano é o próprio agente
delegado, tirando qualquer culpa de quem delegou o
poder. (Súmula Vinculante 510 do STF)
d) Objeto:
É o conteúdo material do ato administrativo, é aquilo que
se espera do ato. É o efeito jurídico imediato que o ato
produz. Em princípio, é considerado elemento discricionário
do ato, mas pode ser vinculado se a lei dispuser sobre qual
o conteúdo do ato. Exemplo: No caso do ato administrativo
que trata da demissão de um servidor o seu objeto será sua
própria demissão.
e) Motivos do ato administrativo:
É o pressuposto de fato e de direito que serve de
fundamento para a prática do ato administrativo. O
pressuposto de fato corresponde ao conjunto de
circunstâncias que levam a pratica do ato, o pressuposto de
direito é o fundamento legal em que se baseia o ato. Quando
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não houver motivo, ou o motivo for falso, o ato será
inválido.
Vale lembrar que motivo é diferente de motivação no que diz
respeito ao ato administrativo. Motivação é a é
exteriorização dos motivos, é o contar da história, ou
seja, é a demonstração, por escrito, que os pressupostos de
fato realmente existiram.
Um vício no defeito ou na motivação fere o princípio da
forma.
O motivo é considerado elemento discricionário do ato
administrativo, exceto quando a lei determinar o motivo do
ato.
Teoria dos motivos determinantes:
Os motivos apresentados determinam a produção dos seus
efeitos:
MOTIVO EFEITOS
VERDADEIRO PRODUZ EFEITOSFALSO NÃO PRODUZ EFEITOS
Exemplo: Cargo em comissão possui caráter de livre
nomeação e livre exoneração. Para se exonerar um
servidor livremente nomeado, não precisa haver motivo.
Porém, se o ato for motivado, o motivo precisa ser
justo, já que os motivos apresentados para o ato
vinculam a produção dos seus efeitos.
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Atributos ou Características do Ato Administrativo:
a) Presunção de legitimidade (veracidade ou legalidade):
Até que se provo o contrário, o ato administrativo é
considerado verdadeiro e legítimo. A presunção de
legitimidade é sempre favorável à administração pública.
O particular pode provar que o Estado estava errado (prova
em contrário). O administrado que acusar a administração de
ilegalidade do ato terá de provar. Este atributo é chamado
de inversão do ônus da prova e visa dar mais celeridade aos
serviços administrativos do Estado.
b) Tipicidade:
A tipicidade é o atributo do ato administrativo que
determina que o ato deva corresponder a uma das figuras
definidas previamente em lei, ou seja, todo ato
administrativo é sempre infralegal, a lei vem em primeiro
lugar.
Sua função é impossibilitar que a Administração pratique um
ato unilateral coercitivo sem previsão legal. Outra função,
também, é garantir que o ato não seja totalmente
discricionário, pois a lei define os limites em que a
discricionariedade será exercida.
c) Coercibilidade ou Imperatividade:
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É o atributo pelo qual os atos impõem a vontade da
Administração Pública a terceiros independentemente de sua
concordância. Trata-se da prerrogativa que o Poder Público
tem, por meio de atos unilaterais, impor obrigações a
terceiros. A imperatividade só existe nos atos
administrativos que impõe obrigações: atos normativos;
ordinatórios e punitivos.
d) Exigibilidade:
Exigibilidade é o poder que os administrativos possuem de
serem exigidos quanto ao seu cumprimento, sob ameaça de
sanção. Vai além da imperatividade, pois traz uma coerção
para que se cumpra o ato administrativo. É quando a
Administração Pública cria unilateralmente uma obrigação ao
particular.
A exigibilidade e a imperatividade podem nascer no mesmo
instante cronológico, ou primeiro a obrigação ou a ameaça
de sanção. Assim a imperatividade é um pressuposto lógico
da exigibilidade.
e) Auto Executoriedade ou Executoriedade:
A executoriedade é o poder que os atos administrativos têm
de serem executados pela própria Administração Pública,
independente de qualquer solicitação do Poder Judiciário. É
algo que vai além da imperatividade e da exigibilidade.
Executar, no sentido jurídico, é cumprir aquilo que a lei
preestabelece.
EXIGIBILIDADE + EXECUTORIEDADE = AUTO EXECUTORIEDADE
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A Auto Executoriedade advém de uma situação legal, ou de
uma situação de emergência.
Autotutela: Anulação, Revogação e Convalidação
Súmula Vinculante 473, STF
ART 53, Lei 9784/ 99
A Administração Pública atua sem a necessidade do
poder judiciário, ou seja, atua por si só.
ANULAR REVOGAR
Por quê? Ilegalidad
e
Conveniência
OportunidadeQuem? Adm.
Pública/
Judiciário
Adm. Pública
Efeitos? “Ex Tunc”,
retroage
“Ex Nunc”,
não retroage
a) Anulação (Art. 53 Lei 9784/99):
A Administração deve anular seus próprios atos, quando
eivados de vício de legalidade. Ela é feita pela própria
Administração Pública ou pelo Poder Judiciário (desde que
provocado). Deve-se entender por ilegalidade somente a
clara infringência do texto legal, o abuso, excesso e
desvio de poder e por infração aos princípios do regime
jurídico administrativo.
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A anulação produz efeitos retroativos, chamados ex tunc, que
apaga as conseqüências jurídicas advindas desde a origem do
ato.
O prazo para anular os atos que beneficiam os agentes é de
cinco anos.
b) Revogação (Art. 53 Lei 9784/99):
A Administração Pública pode revogar a qualquer tempo seus
próprios atos por motivos de conveniência e oportunidade. A
revogação é ato discricionário pelo qual a administração
pública extingue um ato válido.
Como a revogação atinge um ato que foi editado em
conformidade com a lei, ela não retroage os seus efeitos se
produzem a partir da própria revogação, são os efeitos “ex nunc”
(a partir de agora), respeitando os efeitos já produzidos.
Atos que não podem ser revogados:
Os atos vinculados, atos consumados, atos exauridos e atos
que geraram direito adquiridos.
c) Convalidação ou Saneamento (Art. 55 Lei 9784/99)
Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao
interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que
apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados
pela própria Administração.
É o ato administrativo pelo qual é suprido o vício
existente em um ato ilegal, trata-se da existência de um
vício sanável, portanto seus efeitos são retroativos ex-
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tunc. A convalidação é feita pela própria administração
pública. Diante da possibilidade de convalidar um ato, o
administrador público deverá ponderá acerca do que será
melhor para a coletividade: a permanência do ato
regularizado ou sua invalidação, gerando, portanto, um ato
discricionário.
Classificação dos Atos Administrativos
a) Ato Discricionário (Mérito):
Ato administrativo discricionário é aquele que a
Administração Pública pratica com certa liberdade de
decisão, visto que o legislador, não podendo prever qual o
melhor caminho a ser tomado, confere ao administrado
liberdade de escolha dentro da lei. Se um Ato
discricionário causar prejuízo a terceiro seja a
um cidadão ou a coletividade pode-se impetrar, perante o
Judiciário, um mandado de segurança ou mandado de segurança
coletivo, ou mesmo ingressar com uma ação civil pública
O ato discricionário, então tem como características:
Liberdade de decisão ao administrado;
Liberdade relativa dentro da lei;
Leva em conta o mérito: motivo e objetivo.
b) Ato Vinculado:
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Ato administrativo vinculado é aquele que a Administração
Pública não possui qualquer margem de liberdade de decisão,
visto que o legislado pré-definiu a conduta que o
administrador deve tomar, não lhe deixando nenhuma
liberdade de escolha.
O ato discricionário, então, tem as seguintes
características:
Não há margem de liberdade de escolha;
A lei precisa ser cumprida em seus termos;
É a oposição do ato discricionário;
Não pode ser revogado.
ATO VINCULADO ATO DISCRICIONÁRIO
FINALIDADE Vinculada VinculadaFORMA Vinculada Vinculada
COMPETÊNCIA Vinculada VinculadaOBJETO Vinculada DiscricionáriaMOTIVO Vinculada Discricionária
c) Ato de Império:
São aqueles atos que Administração Pública pratica usando
de sua supremacia sobre o administrado. É a prerrogativa do
regime jurídico de direito público, onde o Estado
prepondera sobre o particular.
d) Atos de gestão:
São os atos em que a Administração pratica sem usar de
supremacia sobre o particular. São os atos da própria 18
gestão, característicos do regime jurídico de direito
privado.
e) Ato de expediente:
Atos que destinam a dar andamento aos processos e papéis
que tramitam pelas repartições públicas.
f) Ato geral:
É o ato que tem destinatários indeterminados. Não se podem
conhecer os destinatários. Exemplo: Os atos de proibição
geral.
g) Ato individual:
É o ato que tem destinatários indeterminados. Não se pode
conhecê-los. Exemplo: A promoção de um servidor público.
h) Ato simples:
É o ato que precisa de uma vontade e de apenas um órgão
para existir, se válido e produzir efeitos.
i) Ato composto:
Precisa de uma vontade, um órgão para existir e ser válido,
mas para produzir efeitos precisa da condição necessária
para isso, o que é chamado de condição de exiquibilidade. O
ato necessita de uma vontade secundária para produzir seus
efeitos. Exemplo: O visto em um passaporte precisa da
assinatura de uma autoridade. Essa assinatura a condição
necessária para produção do efeito.
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j) Ato complexo:
Precisa de duas vontades e dois órgãos para ser válido e
produzir efeitos. Os atos que dependem de confirmação são
atos complexos.
Espécies dos Atos Administrativos
a) Atestado:
São atos pelos quais a Administração comprova ou um fato ou
uma situação de caráter transitório, passíveis de
modificações freqüentes, de que tenha conhecimentos por
seus órgãos competentes.
b) Certidão:
São copios ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou
fatos constantes de processos, livro, ou documentos que se
encontrem nas repartições públicas. Podem ser de inteiro
teor ou resumidas desde que expressem fielmente o que se
contém no original de onde foram extraídas.
c) Autorização:
É um ato unilateral discricionário precário, ou seja,
apenas a administração concede a autorização e ela pode
retirar a qualquer tempo sem prejuízo de indenização.
d) Licença:
É um ato vinculado já que, uma vez que particular atenda
todos os requisitos para a obtenção da licença, a
administração não pode negar, tendo o particular um direito
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adquirido, um direito líquido e certo. A administração
pública não possui margem para licenciar. Exemplo: Um
comerciante que necessite de uma licença para abrir sua
loja, uma vez que, atendido todos os requisitos, a
prefeitura não lhe pode negar a licença para abrir o
negócio.
e) Portaria:
Estabelece normas individuais internas à pessoas
determinadas.
f) Circular:
Estabelece normas à pessoas indeterminadas; são normas
internas uniformes. Exemplo: Horário de funcionamento de
uma repartição pública.
Extinção do Ato Administrativo
Os atos administrativos são feitos a fim de produzir
efeitos na ordem jurídica para adquirir, resguardar,
transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou
impor obrigações aos administrados ou à própria
administração. Mas estes atos quando alcançam sua
finalidade eles se exaurem, desaparecendo do mundo
jurídico.
A seguir vamos ver algumas formas pelas quais o ato
administrativo pode ser extinto:
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a) Nautral:
Quando o ato administrativo tem seu prazo expirado, ele
naturalmente se exaure.
b) Anulação:
Quando o ato administrativo apresenta defeito de legalidade
ele é anulado (Art. 53 Lei 9784/99). Essa anulação pode ser
feita pelo poder judiciário ou pela administração pública,
que age pelo princípio da autotutela. É importante lembrar
que a anulação pelo poder judiciário só ocorre quando há a
provocação de um terceiro.
A anulação produz efeitos retroativos, “ex tunc”:
No meio jurídico, quando é dito que algo tem o efeito “ex
tunc” , significa que seus efeitos são retroativos à época
da origem dos fatos relacionados.
c) Revogação:
A revogação de um ato administrativo se dá apenas por
oportunidade e conveniência. Como a revogação atinge um ato
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que foi feito de acordo com a lei, mantém-se os efeitos
produzidos e partir deste momento são produzidos novos
efeitos, é o princípio “ex-nunc”.
No mundo jurídico, a expressão “ex nunc” significa que os
efeitos não retroagem, valendo somente a partir da data da
decisão tomada.
d) Convalidação ou fase sanatória:
É aplicado somente ao ato administrativo que pode ser
arrumado. Se o vício for insanável, o ato será nulo. Um ato
pode ser convalidado por segurança jurídica ou segurança
processual.
Para poder convalidar um ato o vício só pode estar na forma
ou na competência e esta convalidação não pode lesar a um
terceiro e nem ferir o interesse público.
e) Cassação:
A cassação ocorre quando o particular deixou de cumprir um
requisito essencial para o ato administrativo.
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f) Caducidade:
A caducidade ocorre quando uma lei nove altera uma anterior
e não há culpa do particular. Nos casos de caducidade
poderemos encontrar os casos de ilegalidade superveniente
que são os atos legais que passam a ser ilegais.
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Organização da Administração Pública
Art. 4º DL 200/67
A administração Pública compreende a Administração Direta,
que se constitui da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios da Administração Indireta, Constituída pelas
Autarquias, Fundações, Sociedades de Economia Mista e
Empresas Públicas.
Entes políticos e Entidades Administrativas
Entes políticos: Têm o poder de inovar o ordenamento
jurídico.
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Entidades administrativas: Trabalham apenas executando
a legislação.
Princípio da Descentralização (Especialização)
A Administração Pública não consegue realizar tudo o que a
sociedade exige, por isso ela especializa sua atividade
criando órgãos da Administração Pública Indireta. A função
administrativa é realizada de forma descentralizada quando
o Estado exerce suas atividades por meio das entidades
administrativas, que são as autarquias, fundações,
sociedades de economia mista e empresas públicas. Ou seja,
na descentralização há a participação de duas pessoas
jurídicas na prestação de um serviço.
Diferença entre descentralização e desconcentração
Enquanto na descentralização ocorre a criação de outra
pessoa jurídica para o exercício da atividade estatal, a
desconcentração se trata da distribuição de serviços e
competências dentro de uma mesma pessoa jurídica. Há a
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presença de hierarquia e fica evidente a teoria do órgão
(funcionamento de uma empresa).
Relação Jurídica entra Administração Pública Direta e
Indireta
Como são duas pessoas jurídicas diferentes, não existe
hierarquia e subordinação. A relação jurídica é apenas de
controle finalístico, tutela e controle de meta.
Análise do Art, XIX, CF/88 – Criação das Autarquias
“Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade
de economia mista e de fundação, cabendo à lei
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complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação.”
A autarquia é criada e a empresa pública ou sociedade de
economia mista é autorizada por lei específica:
Efeitos práticos da criação ou autorização
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Características gerais das Administrações Direta e Indireta
Administração Pública Direta
Também chamada de Administração Pública centralizada, ela
existe em todos os níveis de esfera de governo Federal,
Estadual, Distrital e Municipal e em seus poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário. Na Administração
Pública Direta a atividade administrativa é exercida pelo
próprio governo que atua diretamente por meio de seus
órgãos, isto é, das suas unidades que são simples
repartições interiores de sua pessoa e que por isto dele
não se distinguem. O Estado é titular e executor do serviço
público.
São pessoas jurídicas de direito público;
São entes políticos, podendo inovar o ordenamento
jurídico, criando obrigações e impondo deveres;
Contrata por meio de concursos;
Os bens são públicos;
Utiliza-se de precatórios;
Razões processuais dilatadas.
Administração Pública Indireta
A Administração Pública Indireta ou descentralizada é a
atuação do estado de forma indireta na prestação de
serviços públicos que se dá por meio de outras pessoas
jurídicas, distintas da própria entidade política. Estas
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estruturas recebem poderes para gerir a Administração
Pública por meio de outorga.
Possuem personalidade jurídica própria;
Patrimônio próprio;
Receita própria;
Capacidade de auto-administração;
Autonomia financeira, administrativa e técnica;
Não possui finalidade lucrativa
Espécies da Administração Pública Indireta
Autarquia
É uma entidade do próprio governo criada por lei específica
para exercer uma função típica, exclusiva do estado.
Independem de registro e são organizadas por decreto. O
regime jurídico de contratação de pessoas adotado pode ser
tanto o estatutário quanto o celetista. As autarquias
possuem patrimônio próprio, ou seja, possuem um patrimônio
distinto da entidade que a criou e não podem explorar a
atividade econômica.
a) Espécies de Autarquia:
Autarquia em regime especial: Possuem uma autonomia
maior, principalmente na definição de seus cargos
executivos. Exemplo: Agências Reguladoras.
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Autarquia Territorial/ Geográfica: São os territórios
que hoje são estados membros da União. Exemplo: Acre.
Autarquia Fundacional: É uma autarquia que se
constitui como pessoa jurídica de direito público,
portanto, adquire as mesmas características de uma
autarquia.
Conselhos de Classe/ Entidades Profissional: Todos os
órgãos que representam profissões são autarquias.
Exemplo: Conselhos regionais, exceto OAB (Instituição
Sugênere).
Fundação Pública
São entidades com patrimônio personalizado, destacado por
um fundador para uma finalidade específica. Não podem ter o
lucro como finalidade, mas se houver lucro por causa de
suas atividades, não há impedimentos. Neste caso, onde há
lucro, este dinheiro deve ser aplicado na própria fundação.
É um patrimônio público personalizado, voltado para
atividades educacionais, científicas e culturais.
Poder constituída como pessoa jurídica de direito
público ou de direito privado.
Empresas Públicas
São empresas com personalidade jurídica de direito privado
que exercem funções atípicas. As normas que incidem sobre
este tipo de empresa são em sua maioria do direito privado,
provenientes do Código Civil. Seu capital social é
31
integralizado exclusivamente com recursos públicos, podendo
estes recursos ser provenientes de entes distintos.
Elas podem ser constituídas sobre qualquer regime
societário permitido e só admite regime jurídico de pessoal
celetista. Seu patrimônio é próprio, sendo distinto do ente
que o criou.
Pessoa jurídica de direito privado;
Capital exclusivamente público;
Pode ser constituída sobre qualquer forma societária;
Regime jurídico de pessoas celetista (CLT).
Sociedade de Economia Mista
São empresas com personalidade jurídica de direito privado
que exercem funções atípicas. As normas que incidem sobre
este tipo de empresa são em sua maioria do direito privado.
O capital social deste tipo de empresa é constituído por
recursos públicos e privado, sendo que a maior parta das
ações destas empresas é de propriedade do Estado (51% das
ações com poder de voto).
Pelo fato de manter mais da metade das ações das empresas –
e a maioria das ações com poder de voto – o governo mantém
sempre o controle destas companhias. Estas entidades são
necessariamente na forma societária de S.A. (Sociedade
Anônima), para que seja possível a integralização do
capital social com o dinheiro privado.
Pessoa jurídica de direito privado;
Capital público e privado;
32
A maioria das ações pertence ao Estado;
Constituída sobre a forma societária S.A. (Sociedade
Anônima);
Possuem patrimônio próprio.
Diferenças entre Empresa Pública e Sociedade de Economia
Mista
EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
Qualquer regime
societário.
Sociedade Anônima S/A
100%do capital pertence
ao estado. Este capital
pode ser de qualquer
ente, seja ele federal,
estadual ou municipal.
Ao menos 51% do capital
é público, sendo que o
Estado possui a maioria
das ações que dão
direito a voto. São julgadas pela
Justiça Federal.
São julgadas pela
Justiça Estadual.
Observação: Se as Empresas Públicas ou Sociedades de
Economia Mista recebem verba estatal para folha de
pagamento, elas precisam respeitar o teto salarial do
Supremo Tribunal Federal. Caso não recebam, esse teto não
precisa ser respeitado.
Agências Reguladoras
As agências reguladoras são autarquias em regime especial,
que controlam, gerenciam e disciplinam as atividades
públicas e algumas atividades privadas, normatizando de
33
forma supletiva a previsão legal. Como o próprio nome diz,
a atividade é regulamentadora, tem apenas a função
supletiva e, como tal, não tem o poder de criar leis e
modificar o ordenamento jurídico, ou seja, não possui
autonomia política.
Possuem um regime jurídico semelhante ao das autarquias,
porém com maior autonomia para nomeação de seus dirigentes
e maior poder de gerenciamento e administração.
Autarquias em regime especial;
Regulamentam, controlam, gerenciam e disciplinam as
atividades públicas a algumas atividades privadas;
Não possui autonomia política, portanto, não modifica
o ordenamento jurídico;
Possui autonomia administrativa.
Agências Executivas
As Agências Executivas são formadas por Autarquias ou
fundações Públicas que celebram com o poder público um
contrato de gestão e através deste contrato executam um
plano estratégico de modernização. O objetivo deste
contrato é prestar um serviço público de forma mais
eficiente e de baixo custo, por isso estas agências recebem
mais recursos e mais autonomia.
O status de Agência Executiva é temporário e dura enquanto
durar o tempo do contrato de gestão. Um bom exemplo de
agência executiva é o INMETRO (Instituto Brasileiro de
Metrologia).
34
São Autarquias e Fundações que celebram um contrato de
Gestão;
Executam um plano estratégico de modernização;
A Agência Executiva dura enquanto durar o contrato de
gestão.
Órgão Público
É uma unidade integrante da Administração Direta e
Indireta. Não possui personalidade Jurídica e atua apenas
como um centro de atribuição.
35
Responsabilidade Civil do Estado
Art. 37, § 6º
As Pessoas Jurídicas de Direito Público e as
prestadoras de serviço terão sempre uma
responsabilidade objetiva.
“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa.”
A responsabilidade civil do estado é a obrigação de reparar
danos patrimoniais causados a terceiros por agentes
públicos no exercício de suas funções. Ela advém dos riscos
da vida em sociedade, onde o estado tem o dever se ele for
o causador deste dano, mesmo que seja por meio de seu
agente.
36
Evolução Histórica
1) Teoria da Irresponsabilidade:
Em um primeiro momento na história, o Estado não possuía
nenhuma obrigação indenizatória ou reparatória, já que não
havia a idéia de que o Estado era responsável por qualquer
dano causado ao indivíduo. Este pensamento vigorava no
tempo das monarquias absolutistas.
2) Teoria da Responsabilidade Subjetiva:
Em seguida, o pensamento evoluiu para teoria do pensamento
da responsabilidade subjetiva, onde era atribuída a idéia
de culpa ao Estado desde que o particular comprovasse que
houvesse que fora prejudicado. Ou seja, se o estado
houvesse causado um dano a algum particular, era preciso
provar que o estado era culpado.
3) Teoria da Responsabilidade Objetiva (atual):
Atualmente criou-se a teoria publicista Estado é
responsável objetivo por toda ação praticada por seus
agentes. Neste caso o Estado é obrigado a indenizar os o
particular os danos provocados independente de haver dolo
ou culpa do agente. O particular que sofreu o dano não
precisa provar culpa ou dolo do Estado, basta comprovar
nexo ou casualidade, ou seja, basta provar que o dano foi
causado por ocasião de ação do Estado.
37
Diferença entre Responsabilidade Subjetiva e Objetiva
Responsabilidade Subjetiva: Fato do serviço.
Responsabilidade Objetiva: Falta do Serviço.
RESPONSABILIDADE CONDUTA
OBJETIVA AÇÃO OBJETIVA QUANDO CAUSA CUSTÓDIA SUBJETIVA OMISSÃO
**No estado brasileiro, a regra é a responsabilidade
objetiva
Omissão Estatal (Responsabilidade Subjetiva):
A teoria da responsabilidade subjetiva do Estado prevê que
os Agentes da Administração Pública devem responder pelos
danos que causarem à população. Todavia, para que isso
ocorra é preciso comprovar que tenha havido um ato de
38
omissão do Estado. A responsabilidade estatal por omissão é
sempre por comportamento ilícito.
Nestas hipóteses, portanto, a questão não é focar todo o
problema da responsabilidade em comportamentos unilaterais
pelo ponto de vista do lesado, justamente porque o dano não
é obra do Estado. Se o Estado, devendo agir, por imposiçãolegal, não agiu ou o fez deficientemente, comportando-se
abaixo dos padrões legais que normalmente deveriam
caracterizá-lo, responde por esta incúria, negligência ou
deficiência, que traduzem um ilícito ensejador do dano não
evitado quando, de direito, devia sê-lo.
Modalidades da Responsabilidade Objetiva
Teoria do Risco Administrativo (Teoria mais comum)
É atribuída ao Estado a responsabilidade pelo risco criado
pela sua atividade administrativa. Como essa atividade é
exercida em favor de todos, o ônus deve ser suportado.
Porém, é possível que a responsabilidade do Estado seja
afastada caso não haja a presença de um nexo causal, são os
chamados excludentes.
São três excludentes:
Culpa exclusiva da vítima;
Motivos de força maior (eventos da natureza);
Culpa ou fato de terceiro.
Teoria do Risco Integral (Excessão)
Enquanto a Teoria do Risco Administrativo admite a
possibilidade de afastamento da responsabilidade do Estado
39
em caso de excludentes, a Teoria do Risco Integral diz que
não há excludentes e que o Estado deve sempre, e em
qualquer ocasião, ser responsabilizado por qualquer dano.
No Brasil há apenas dois casos em que o Estado é o
responsável integral em caso de danos:
Danos ambientais;
Danos nucleares.
Casos Concretos de Responsabilidade Civil do Estado
a) Ato lícito:
O ato lícito gera uma responsabilidade objetiva do estado.
É fundamentado no princípio da isonomia, ou seja, da
igualdade. Exemplo: A execução de uma obra pública pode
melhorar a vida da coletividade, mas pode prejudicar um
único indivíduo. Isto gera uma responsabilidade objetiva.
b) Concessionária ou Permissionária de Serviço:
O dano causado a terceiro, sendo ele o usuário ou não, a
responsabilidade da permissionária é objetiva. Nestes
casos, o Estado responde como responsável subsidiário.
c) Preso (Responsabilidade Objetiva):
Rebelião e morte: Quando um preso mata ou outro,
a responsabilidade do Estado é objetiva.
Preso em fuga que causa dano: Quando um preso em
fuga cauda um dano a terceiro a responsabilidade
objetiva
Suicídio do preso: Como o Estado é responsável
pela custódia do preso, além de seu bem estar
40
físico e emocional, em casos de suicídio, a
responsabilidade também é objetiva.
Preso foragido que tempos depois praticou um
crime: O Estado não tem mais responsabilidade,
porque, segundo o entendimento do STF, o nexo
causal foi perdido.
d) Poder Judiciário (Responsabilidade Objetiva):
Prisão indevida: Prisão de um inocente a
responsabilidade é objetiva.
Excesso de prisão. Prisão além do tempo a
responsabilidade é objetiva.
e) Poder Legislativo (Responsabilidade Objetiva):
Lei de efeitos concretos e lei inconstitucional
f) Agente Público (Responsabilidade Subjetiva):
No exercício da função o Estado responde em seu
lugar.
Fora do exercício da função, quem responde é o
próprio agente.
g) Omissão (Responsabilidade Subjetiva):
Em casos de força maior ou eventos
extraordinários, como o de uma enchente, por
exemplo, ou omissão comum a responsabilidade é
objetiva
41
Configuração Processual (Dupla Garantia)
A dupla garantia é o direito que o estado tem de entrar com
uma ação regressiva contra o agente público que causou o
dano indenizatório a um particular, ou seja, o Estado
quando indeniza uma pessoa por algum tipo de dano, ele deve
sempre mover uma ação regressiva. Essa ação regressiva não
nada mais que o Estado cobrando do agente público o dano
causado ao indivíduo.
42
Poderes Administrativos
Características:
Irrenunciáveis;
Condicionados aos limites da lei;
Aplicados no interesse da coletividade.
Espécies de poderes administrativos:
a) Poder Regulamentar ou Normativo:
O poder regulamentar ou normativo é o ato administrativo
geral e normativo, expedido privativamente pelo chefe do
poder executivo, para explicar a aplicação de uma lei. O
congresso nacional tem o poder para sustar os atos
normativos que exorbitem o poder regulamentar (Art. 49, V,
CF/88).
O ato normativo não pode de maneira alguma contrariar a
lei, criar direitos, impor obrigações, proibições,
43
penalidades que nela não estavam previstos, sob pena de
ofensa ao princípio da legalidade.
É o poder do chefe do poder executivo;
É uma competência privativa;
Não pode contrariar a lei, criar direitos, impor
obrigações, proibições ou penalidades que não estão
previstas em lei.
**Decreto Executivo (Art. 84, IV, CF/88): Compete
privativamente ao Presidente da República sancionar,
promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir
decretos e regulamentos para a sua fiel execução.
**Decreto Autônomo (Art. 84, VI, CF/88): Compete
privativamente ao Presidente da República dispor sobre
organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesas nem criação ou
extinção de órgãos públicos, e extinção de funções ou
cargos públicos, quando vagos.
b) Poder Hierárquico:
O poder hierárquico é amplo e permanente e incide sobre
todos os agentes públicos e particulares. A hierarquia se
caracteriza por ser uma relação estabelecida entre órgãos
de forma necessária e permanente, que os coordena, os
subordina e gradua competência de cada um. Resumindo: as
principais características são coordenação, subordinação e
competência. O poder hierárquico exterioriza cinco
44
reflexos: dar ordem, delegação, avocação, fiscalização e
revisão de atos.
Unidade de direção: as ordens superiores se espalham
harmonicamente pela estrutura, imprimindo uma direção
uniforme e evitando condutas e decisões discrepantes;
Vigilância: os superiores fiscalizam as atividades dos
subordinados;
Disciplina: os superiores, dentro de sua competência,
punem os subordinados pelas faltas disciplinares
cometidas;
Avocação: é a faculdade de chamar para si a
competência de órgãos subordinados; não é possível a
avocação quando a competência tenha sido atribuída ao
órgão por disposição expressa em lei;
Delegação: é atribuir ao subordinado o exercício da
função que inicialmente pertencia ao delegante. Não
podem ser delegadas funções que a lei atribui
especificamente a um órgão; o subordinado não pode
recusar a delegação nem subdelegá-la a alguém. Não se
admite delegação de atos de natureza política, como
sanção e veto de lei, e nem delegação de Poderes de
Estado.
Revisão: É atribuição de rever os atos dos
subordinados, para confirmá-los ou revogá-los, de
ofício ou a requerimento do interessado.
c) Poder Disciplinar
45
O poder disciplinar é a faculdade de punir internamente as
infrações cometidas pelos servidores e demais pessoas
sujeitas à disciplina dos órgãos e serviço da Administração
Pública; é uma supremacia especial que o Estado exerce
sobre todos aqueles que se vinculam á Administração por
relações de qualquer natureza. Este poder pode ser aplicado
aos servidores públicos ou aos particulares que contratem a
Administração.
É restrito e temporário;
Exterioriza apenas um reflexo: punição ou não punição;
Incide contra os agentes públicos e os particulares
que possuem algum vínculo específico com a
administração pública.
d) Poder de Polícia (Restrição):
É a prerrogativa que a Administração Pública dispõe para
condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e
direitos individuais, em benefício da coletividade ou do
próprio Estado.
Obrigação: Pode se manifestar na obrigação de ter que
fazer algo ou de não ter que fazer.
Polícia Administrativa (B.A.D): O poder de polícia
administrativa recai sobre bens, atividades e o
direito do particular. É exercida de maneira
preventiva e se origina do direito administrativo.
46
Polícia Judiciária: O poder da polícia judiciária
recai sobre pessoas, tem a característica de ser
repressiva e se origina do direito penal.
Atributos do poder de polícia: Discricionário,
coercitivo, autoexecutoriedade. Pode ser vinculado nos
casos das licenças administrativas.
Delegação do poder de polícia: Não pode ser delegado e
o particular pode praticar os atos materiais
preparatórios do poder de polícia.
Abuso de Poder
Também chamado de abuso de autoridade ocorre quando a
autoridade ultrapassa os limites de suas atribuições ou se
desvia das finalidades administrativas. Sempre nestes casos
o ato é considerado inválido.
Excesso de poder: Vício na competência. Ocorre quando
a autoridade exorbita o uso de suas faculdades
administrativas.
Desvio de poder: Vício na finalidade. Ocorre quando a
autoridade pratica um ato por motivos ou com fins
diferentes dos objetivados em lei.
47
Serviços Públicos (Art. 175, CF/88 e Lei 8987/95)
O conceito de serviços públicos pode ser dividido em três
partes:
1) Substrato material: O serviço público é sempre uma
comodidade, uma utilidade para facilitar a vida em
sociedade
2) Elemento subjetivo: O Estado pode prestar este serviço
de forma direta ou indireta.
3) Elemento formal: O serviço é sempre prestado em um
regime jurídico de direito público.
Diferença do serviço público para os demais:
1) Poder de polícia: O poder de polícia é restritivo,
enquanto o serviço público é ampliativo.
2) Obra pública: A obra pública é estática, o serviço
público é dinâmico.
3) Exploração da atividade econômica: Para explorar a
atividade econômica o particular faz em regime de
direito privado, já o serviço público é prestado em um
regime jurídico de direito público.
Princípios Específicos do Serviço Público (Art. 6º
8987/95):
a) Adequação: É um serviço público que respeita a lei e o
contrato.
48
b) Universalidade/ Generalidade: O serviço público deve
ser prestado a toda coletividade.
c) Isonomia: O serviço público deve ser prestado com
qualidade e de maneira igual. O princípio da isonomia
permite que sejam cobradas tarifas diferenciadas para
àqueles que não possuem condições financeiras.
d) Modicidade das Tarifas: O preço deve ser o mais
acessível para que possa atingir o maior número de
pessoas com o serviço.
e) Cortesia: O serviço público deve ser prestado de forma
educada e cortês.
f) Adaptabilidade/ Mutabilidade: O serviço público tem
que adaptar às evoluções do tempo
g) Continuidade: Todo o serviço público deve ser prestado
de maneira contínua, com exceção em casos de
emergência, reparo para melhoria e inadimplência
Classificação dos Serviços Públicos
a) Serviço Público individual:
E o serviço prestado a toda coletividade, mas é possível
verificar o quanto cada usuário está consumindo do serviço.
Este tipo de serviço é remunerado por meio de taxa ou
tarifa.
b) Serviço Público universal:
São os serviços públicos remunerados mediante os impostos e
prestados universalmente à coletividade. Não é possível se
individualizar o consumo de cada usuário. *Súmula
49
Vinculante 670: a iluminação publica não pode ser cobrada
por meio de tarifas.
c) Serviço Público exclusivo indelegável:
O estado é titular do serviço público e só estado pode
realizar a prestação deste serviço. Exemplo: pode
Judiciário.
d) Serviço Público exclusivo delegável:
O estado é titular do serviço e pode delegar a prestação do
serviço a um particular. Exemplo: água, luz e telefone.
e) Serviço Público exclusivo de delegação obrigatória:
O estado é o titular do serviço e o próprio estado é o
brigado a delegá-lo a um particular; Exemplo: rádio e
televisão.
f) Serviço público não exclusivo:
O estado não é titular deste serviço e é de utilidade
pública. Exemplo: educação, saúde, previdência.
Descentralização de Serviço Público
50
Outorga: Quando o Estado transfere a titularidade e a
execução de um serviço por meio de uma lei. Essa
outorga só poderá ser feita a uma pessoa jurídica de
direito público.
Delegação: É quando o Estado transfere apenas a
execução do serviço por meio de uma lei ou de um
contrato. A delegação é feita a uma pessoa jurídica de
direito privado.
OUTORGA DELEGAÇÃOTransfere a titularidade do
serviço por meio de uma lei.
Transfere a execução do
serviço por meio de uma lei
ou de um contrato.É feita a uma pessoa
jurídica de direito público.
É feita a uma pessoa
jurídica de direito privado.Descentralização por
serviço.
Descentralização por
colaboração. Quando legal, é
administração indireta.
Quando contratual, se dá na
forma de particulares.
Agentes delegados ou delegatários do serviço público
Agentes delegados ou delegatários do serviço público são
aqueles que recebem o poder da Administração Pública para a
prestação de um serviço à coletividade. Geralmente são
empresas privadas, mas nada impede que sejam integrantes da
Administração Indireta.51
Concessões de Serviços Públicos
Concessão é a delegação contratual da execução do serviço
na forma autorizada e regulamentada pelo executivo. O
contrato de concessão é ajuste de Direito Administrativo,
bilateral, oneroso, comutativo e realizado intuitu
personae.
Assim, o contrato de concessão é um acordo recíproco com
vantagens e encargos para ambos os lados, onde são fixadas
as condições da prestação de serviço, levando-se em conta o
interesse coletivo e a obtenção de condições para a
prestação de um serviço adequado.
Por ser um contrato administrativo, a concessão é sujeita a
todas as imposições formais, dentre as quais a autorização
governamental, a regulamentação e a licitação apenas na
modalidade de concorrência.
a) Concessão Comum (Art. 2º Lei 8987/95):
O Estado é o poder concedente:
*Obs: para ser um serviço concessionário é preciso haver a
figura do usuário que utiliza e faz o pagamento do serviço.
52
Concessão precedida de execução de obra pública:
b) Rescisões contratuais nas concessões:
o Rescisão por inadimplência (caducidade);
A concessionária possui culpa neste caso. Outro
sinônimo para caducidade que podemos encontrar nas
provas de concursos é inadimplência.
o Rescisão por Interesse Público (encampação):
Na encampação não há culpa da concessionária,
portanto, o estado fica na obrigação de indenizar. O
sinônimo de encampação e rompimento por interesse
público.
CADUCIDADE Há culpa da concessionáriaENCAMPAÇÃO Não há culpa da
concessionária.
c) Arbitragem nas concessões:
Em alguns casos é utilizada a arbitragem para rescisões
contratuais de concessões para flexibilizar a
indisponibilidade do interesse público.
Permissões de Serviços Públicos (Art. 2º, IV e Art. 40 da
Lei 8987/95)
53
Permissão é o ato uni lateral precário através do qual o
Poder Público transfere a alguém o desempenho de um serviço
de sua alçada, proporcionando ao permissionado a
possibilidade de cobrança de tarifa dos usuários.
A permissão é um simples contrato de adesão, onde
administração pública apresenta o contrato pronto para o
particular aderir a todos os termos propostos. Quando é
dito que este tipo de contrato é precário, é porque se ele
for encerrado, a Administração Pública não tem a obrigação
de indenizar. Além do mais, o contrato pode ser revogado
unilateralmente apenas pela própria Administração.
Para facilitar o entendimento, vamos colocar tudo o que foi
dito em tópicos:
A permissão é unilateral;
É um contrato precário;
Pode ser encerrado a qualquer tempo se a obrigação do
Estado indenizar;
Pode ser revogado unilateralmente apenas pelo Estado.
Permissão Segundo os Termos da Lei
Segundo os termos da lei 8987/95 em seu artigo 2º, inciso
II, permissão de serviço público é a delegação a título
precário, mediante licitação da prestação de serviços
públicos feitos pelos poder concedente à pessoa física ou
54
jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por
sua conta e risco.
No artigo 40 da mesma lei diz que a permissão de serviço
público será formalizada mediante a contrato de adesão, que
observará os termos desta lei (Lei 8987/95), das demais
normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive
quanto à precariedade e a revogabilidade unilateral do
contrato pelo poder concedente.
Diferença entre Concessão e Permissão de Serviço Público
CONCESSÃO PERMISSÃO Licitação Licitação Concorrência Qualquer modalidade de
licitação Pessoa jurídica ou
consórcio
Pessoa jurídica ou
física Lei autorizadora Não requer lei
Análise dos Artigos Principais da Lei 8987/95
Artigo 1º
As concessões e permissões de serviços públicos serão
regidas pelo artigo 175 da Constituição federal de 1988 e
por esta lei.
Artigo 2º
São considerados poderes concedentes a União, os Estados,
Distrito Federal e Municípios cuja competência se encontre
55
o serviço público, precedido ou não de execução de obra
pública, objeto de concessão ou permissão.
Artigo 3º
O Estado é responsável pela fiscalização dos serviços que
ele concede, ou seja, apesar da Administração Pública
permissionar e conceder a prestação de serviços a
terceiros, ela ainda tem a obrigação de fiscalizar as
maneiras que estes estão sendo prestados.
Artigo 6º
Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de
serviço adequado ao pleno atendimento aos usuários
Artigo 11º
São permitidas receitas auxiliares para as concessionárias
e permissionárias conseguirem manter o preço das tarifas
mais acessíveis para os seus usuários
Artigo 13º
As tarifas poderão ser diferenciadas para pessoas que não
possuem condições financeiras. Um bom exemplo é a tarifa
social cobrada nas contas de luz.
Artigo 18º A
O edital poderá inverter as fases da licitação
56
Artigo 23º A
Há a possibilidade de arbitragem privada em casos de
disputas litigiosas.
Artigo 26º
É admitida a subconcessão, desde que admitida pelo poder
concedente.
Art. 27º
Caducidade
Art. 29º
Os encargos do poder concedente são regulamentador,
fiscalizador e intervencionista.
Ver também os artigos 32, 35 e 40
57
Agentes Públicos
Agente público é todo e qualquer indivíduo que presta um
serviço ou exerce uma função em nome do Estado, mediante
concurso público ou não, com remuneração ou não, com
vínculo permanente ou não, ou seja, são todas as pessoas
físicas que prestam serviço público em nome da
Administração Pública de forma definitiva ou transitória,
com ou sem remuneração.
Classificação dos Agentes Públicos
a) Agentes Políticos:
São formadores da vontade superior do Estado, que ocupam
lugares estratégicos na Administração Pública. Estão
presentes principalmente no Poder Legislativo e no
Executivo. Eles ocupam o topo da estrutura do Estado e
possuem competência constitucional ou legal. Na maioria dos
casos são eleitos. São eles:
Os eleitos (do legislativo e executivo);
Membros do Ministério Público;
Membros do Poder Judiciário;
Ministros de Estado;
Secretários de Estado.
**SÚMULA VINCULANTE 13: A Súmula Vinculante 13, editada
pelo Superior Tribunal Federal, quer versa sobre o
58
nepotismo em cargos públicos, proíbe a investidura de
parentes de até terceiro grau neste tipo de cargo. Para
ficar claro, a partir dos primos é permitida a indicação
para cargo de livre nomeação, porém, para cargos políticos
é permitido nomear qualquer parente.
b) Agentes Administrativos:
É o servidor público no sentido amplo. É qualquer pessoa
física vinculada a um regime jurídico que presta serviços
ao Estado e a Administração Pública Indireta mediante
remuneração paga com recursos públicos. Podem ser divididos
nas seguintes espécies:
Celetista: É o empregado público, porque seu vinculo
com Administração Pública é pelo regime jurídico
trabalhista (CLT).
o Possui vínculo contratual, não possui
estabilidade e é julgado pela Justiça do
Trabalho.
Estatutário: É vinculado com estado pela lei.
o Possui cargo público (servidor público);
o Não possui vínculo contratual, mas sim legal;
o Pode ter estabilidade;
o Não tem direito adquirido;
o É julgado pela Justiça Comum.
Temporário: Função pública.
o Presta um serviço temporário ao Estado;
o Sempre ao interessa da coletividade;
59
o São contratados em situação de emergência;
o Fica o tempo que durar a situação passageira;
o Não se pode substituir um aprovado em concurso
por um temporário para exercer a mesma função;
o Quem julga o temporário é a Justiça Comum.
c) Particulares em Colaboração com o Estado:
Voluntário: Está inserido dentro da algum programa de
voluntariado com o Estado. Exemplo: Amigos da Escola.
Delegado: São os funcionários das concessionárias e
permissionárias de serviços públicos
Honoríficos: Não possui remuneração, mas enquanto
agente exerce a função de agente público. Exemplo:
Mesário.
Credenciados: Particular que firma um convênio com
Estado. Exemplo: Mais Médicos.
Diferença Entre Estabilidade e Vitaliciedade
a) Estabilidade:
A estabilidade é uma garantia no serviço público e é
conseguida após o prazo de 3 anos de estágio probatório. Só
pode ser perdida por sentença transitada em julgado,
processo administrativo disciplinar, avaliação periódica de
desempenho e, em último caso, por corte de despesa pública.
b) Vitaliciedade:
É conseguida após 2 anos de estágio probatório e só é
perdida após sentença transitada em julgado.
60
Requisitos da Estabilidade
1) Aprovação prévia em concurso público;
2) 3 anos de estágio probatório.
3) Avaliação especial de desempenho.
Diferença de Cargos em Confiança e Função de Confiança
Cargo em confiança:
São cargos de livre nomeação e livre exoneração, portanto,
são cargos precários. Os comissionados exercem função de
diretoria, chefia e assessoramento..
Função de Confiança:
São cargos ocupados por servidores efetivos concursados,
que exercem função de diretoria, assessoramento e chefia.
Direito de Greve e Sindicalização
Servidor Público Militar:
Segundo o Artigo 142 da Constituição Federal, os servidores
públicos militares não possuem direito a greve nem de
sindicalização.
Servidor Público Civil:
Possui direito à greve, mas ainda não existe lei que
regulamenta este direito. Portanto aplica-se a lei de greve
dos servidores particulares aos públicos no que é cabível;
Possuem direito de sindicalização.
Hipóteses de acumulação lícita de cargos públicos;
1) Acumular dois cargos de professor;
61
2) Um cargo de professor + um de técnico/ cientista;
3) Duas profissões da área da saúde regulamentadas;
4) Servidor público + vereador;
5) Membro do Ministério Público + Professor de
instituição Pública;
6) Membro do Poder Judiciário + Professor de Instituição
Pública
Servidor Público e o Mandato Eletivo
Federal, Distrital e Estadual: Fica afastado do cargo
público e recebe a remuneração pelo mandato eletivo;
Municipal:
o Prefeito: Afasta-se do cargo público e opta pela
remuneração;
o Havendo compatibilidade pode acumular os
salários; caso não haja, ele se afasta do cargo
público e opta pela remuneração.
Linha Cronológica do Servidor Público
1) Concurso Público:
Poder ser de provas e provas e títulos;
É valido por até 2 anos, podendo ser renovado por
igual período.
2) Aprovação:
62
É um direito adquirido dentro do número de vagas
propostas.
3) Nomeação:
Ato unilateral da Administração Pública.
4) Posse:
Após a nomeação, há 30 dias para a tomada de posse do
cargo;
5) Exercício:
Após a posse, há 15 dias para entrar em exercício;
Aqui é pleiteada a vitaliciedade e a estabilidade.
Aos 70 anos ocorre a aposentadoria compulsória.
Improbidade Administrativa (Art. 37, § 4º, CF/88 e Lei
8429/92) “Os atos de improbidade administrativa importarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo
da ação penal cabível.” (Art. 37, § 4º, CF/88)
Introdução
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a) Base Constitucional:
Segundo o texto constitucional, os atos de improbidade
administrativa importarão uma séria de punições, dentre as
quais não está incluída a prisão e cassação de direitos
políticos. As punições são:
Suspensão dos direitos políticos;
Perda da função pública;
Indisponibilidade dos bens;
Responsabilidade de restituição do erário público.
b) Princípio concretizado pela Lei de improbidade
Administrativa:
Moralidade
c) Sanções:
O ato de improbidade administrativa importa as seguintes
sanções:
Civil;
Penal;
Administrativa;
Política.
Natureza Jurídica da Improbidade Administrativa
A ação de improbidade administrativa é uma ação de natureza
civil. Por ser desta natureza, o processo tramita na vara
cível em 1º grau de jurisdição. Nestes casos não se aplica
prerrogativa de foro, função e foro privilegiado.
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Princípio da Insignificância ou Princípio da Bagatela
Não existe um ato de improbidade maior ou menor, ou seja,
não se roubou pouco, o que importe é que roubou.
Relação entre os artigos 37, parágrafo 4º da CF/88 e o Art.
12 da LIA
A relação entre eles é de inclusão.
Quem pode ser réu na Lei de Improbidade Administrativa?
Voluntário;
Empregado público;
Servidor público;
Agente político:
o Lei dos Crimes de Responsabilidade;
o Lei de Improbidade Administrativa.
Particular:
o Ato praticado somente pelo particular: Responde
pelo código penal;
o Ato praticado pelo particular + agente público:
Responde pela Lei de Improbidade Administrativa.
Quem pode promover a ação de improbidade administrativa?
Pessoa jurídica lesada;
Ministério Público: Este tem participação obrigatória,
seja como autor da ação ou fiscalizador da lei. Caso
não haja participação do Ministério Público, há a
nulidade processual.
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Grupos da Improbidade Administrativa
a) Grupo 1: Enriquecimento Ilícito (Art. 9º, LIA):
Para que exista enriquecimento ilícito, é preciso que haja
dolo, ou seja, é preciso que este enriquecimento seja feito
de maneira intencional. As sanções para este tipo de
prática são graves (Art. 12, I).
b) Grupo 2: Lesão ao erário (Art. 10, LIA):
Para que haja lesão ao erário é necessário haver culpa, ou
seja, não precisa haver a intenção. Asa sanções para esta
prática são médias (Art. 12, II).
c) Grupo 3: Ofensa aos princípios da Administração
Pública (Art. 11, LIA):
Para fender os princípios da administração pública, é
preciso que haja dolo, ou seja, a intenção de ofender. As
sanções para este tipo de ato são mais leves (Art. 12,
III).
**Quando houver um ato de improbidade administrativa que
fira os três grupos, o agente responderá sempre pelo mais
grave.
**Ler os artigos 9, 10 e 11 da Lei de Improbidade
Administrativa.
**A responsabilidade no ato de improbidade é sempre
subjetiva.
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Prescrição (Art. 23, LIA)
a) Mandato Eletivo e Cargo em comissão 5 anos:
Cinco anos para que possui mandato eletivo, cargo em
comissão ou tem função de confiança. A ação de improbidade
administrativa pode ser proposta em até cinco anos do
término do mandato ou do vínculo.
b) Cargo efetivo ou emprego efetivo:
1ª hipótese: Ação de improbidade Administrativa apenas
terá o prazo prescricional de demissão na lei
específica (5 anos).
2ª hipótese: Ação de Improbidade + Ação Penal = Será
aplicado o prazo prescricional do código penal.
Sanções
Nem todas as sanções possuem aplicação automática. A
suspensão dos direitos políticos e a perda da função, por
exemplo, só acontecem após sentença transitada em julgado.
Afastamento cautelar ou preventivo
O afastamento cautelar ou preventivo de um agente que está
respondendo a um processo de improbidade administrativa não
é uma sanção. Esta medida serve para facilitar a
investigação, já que o afastado continua recebendo sua
remuneração durante o período, apenas fica ausente das
funções durante o período das investigações.
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Condições para sancionar
Ver artigo 21 da lei de improbidade administrativa.
Artigos importantes para se ler da Lei de Improbidade
administrativa
Art. 1, 2, 3, 6,8,9,10,1,12 parágrafo 3º, 17 parágrafo
4º, 18, 20, 21 e 23
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Controle da Administração Pública
Objetivo
O controle da administração pública tem como objetivo a
proteção dos direitos subjetivos do cidadão e para buscar
as finalidades da Administração Pública.
Natureza Jurídica do Controle da Administração Pública (DL
200/67)
O princípio fundamental do controle é encontrado no Decreto
Lei 200 de 1967.
Sistemas Administrativos
69
**O Brasil adota o sistema de jurisdição uma, ou o sistema
inglês de controle administrativo, mas ele é adotado de
forma relativa.
Sistema Administrativo Brasileiro
No Brasil adota-se o sistema inglês, onde prepondera o
princípio da Inafastabilidade do poder judiciário,
encontrado no artigo 5º inciso XXXV da Constituição
Federal, onde diz que todos têm acesso diretamente
judiciário diretamente sem precisar esgotar as vias
administrativas. Porém há três exceções:
1) Justiça Desportiva (Art. 217/88);
2) Habeas Data (Art. 8, Lei 9507/97);
3) Reclamação Constitucional (Art. 7º, Lei 11417/2006).
Classificação
a) Quanto ao órgão controlador:
Controle legislativo: Pode ter o auxílio do tribunal
de contas;
Controle judicial: sempre atua por provocação;
Controle administrativo: de ofício ou provocação.
b) Controle quanto à extensão:
Controle interno: Controle realizado pelo próprio
órgão.
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Controle externo: O órgão fiscalizado e o fiscalizador
são distintos.
c) Controle quando à natureza:
Controle de legalidade;
Controle de Mérito.
d) Controle quanto ao âmbito:
Controle por subordinação: hierarquia/ desconcetração.
Controle por vinculação: finalístico/
descentralização;
e) Controle quanto ao momento:
Preventivo: Antes da prática do ato;
Controle concomitante: durante a prática do ato;
Controle posterior/ repressivo: Após a prática do ato.
Tribunal de Contas (Art. 70 e 71 CF/88)
A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
patrimonial da União e das entidades da administração
direta e indireta será exercida pelo Congresso Nacional
mediante controle externo e pelo sistema de controle
interno de cada poder
a) Competência do Tribunal de contas
71
O Tribunal de Contas tem competência para fiscalizar
qualquer pessoa física ou jurídica que utilizou verba
pública em qualquer uma de suas atividades operacionais.
b) Fiscalização:
Contábil;
Financeira;
Orçamentária;
Operacional;
Patrimonial.
c) Controle externo e Tribunal de Contas:
O controle externo realizado pelo Congresso Nacional recebe
o auxílio pelo Tribunal de Contas.
Controle pelo Pode Legislativo
O controle realizado pelo poder legislativo é um controle
político e financeiro.
Dispositivos constitucionais do controle pelo Poder
Legislativo
a) Art. 48. X, CF/88 – Cabe ao congresso nacional dispor
sobre os quesitos da união e controlar os cargos e
funções públicas;
b) Art. 49, V, CF/88 – É da competência exclusiva do
congresso nacional sustar os atos normativos do poder
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executivo que exorbitem o poder regulamentara ou que
ultrapasse os limites de delegação do legislativo;
c) Art. 50 CF/88 – A câmara dos deputados e o senado
federal podem convocar ministro de estado para prestar
esclarecimentos sobre assuntos previamente
determinados;
d) Art. 52, I, CF/88 – Compete ao Senado Federal
processar e julgar o presidente e vice nos crimes de
responsabilidade, bem como ministros de estado e
comandantes das forças armadas;
e) Art. 58, §3º, CF/88 – CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito):
Terá poder de investigação própria das
autoridades judiciais;
Serão criadas pela câmara ou pelo senado e
poderão atuar conjuntamente;
É preciso requerimento de 1/3 dos membros das
casas;
É instaurada para apuração de fatos
determinados;
As conclusões são encaminhadas ao Ministério
Público.
f) Art. 71, §1º, CF/88 – Sustar a execução do contrato
administrativo.
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Processo Administrativo (Lei 9784/99)
A lei que regula os processos administrativos no âmbito
federal e protege diretamente os administrados e o
cumprimento das atividades da administração. Em regra, esta
lei serve para análise para os processos da administração
federam mas pode ser aplicada nos estados e nos municípios,
na ausência de lei específica.
a) Parágrafo 1º:
Regra: Aplica-se a Administração Pública.
Exceção: É aplicada também ao legislativo e ao judiciário,
ambos no exercício de suas funções administrativas.
b) Parágrafo 2º:
Órgão: Não possui personalidade jurídica; é uma
unidade de atuação que integra as estruturas da
administração direta e indireta; é apenas uma unidade,
um centro de competência;
Entidade: Tem personalidade jurídica.
Autoridade: É o agente com poder de decisão.
c) Artigo 2º:
Princípios constitucionais e infraconstitucionais.
d) Artigo3º – Direitos do cidadão/ administrado:
Rol aberto ou ampliativo;
Não faz carga dos autos; pode tirar cópias do
processo, mas não pode levar para a casa;
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O advogado é facultativo no processo administrativo
(Súmula Vinculante 5).
e) Artigo 5º – Início do Processo Administrativo:
O processo administrativo inicia-se:
De ofício
Por provocação de terceiro interessado
f) Artigo 5º – Quem pode atuar no processo
administrativo:
Os legitimados no processo administrativos são:
Pessoas físicas/ jurídicas;
Terceiros interessados;
Organizações e associações representativas (direito
coletivo);
Pessoas e associações legalmente constituídas
(direitos difusos).
g) Capacidade para atuar nos processos administrativos
Maiores de 18 anos (Art. 10)
h) Artigo 18: Impedimentos
É impedido de atuar em processo administrativo o servidor
ou autoridade que tenha interesse direto ou indireto no
assunto; que tenha atuado como perito, esteja litigando
com o interessado. Ou seja, O indivíduo que está atrelado
diretamente ao processo.
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IMPULSO OFICIAL OU OFICIALIDADE
Não pode atuar no processo.
i) Artigo 22 – Regra dos Administrados:
A regra é o informalismo.
j) Artigo 30 – Provas ilícitas são inadmissíveis:
No âmbito do s processos administrativos, as provas
ilícitas são inadmissíveis.
k) Prazos:
Do encerramento da instrução: 10 dias para a
manifestação;
Do encerramento da instrução: 30 dias para a
Administração Pública decidir;
Interposição de recurso: 10 dias para recorrer;
Prazo para decidir o recurso: 30 dias.
l) Artigo 67:
Em regra, os prazos processuais não sofrem suspensão.
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