Relatorio do projeto de pedagogia hospitalar

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Universidade do Estado do Pará - UEPA Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará – FSCMPA Pró-reitoria de Extensão - PROEX Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia Grupo de Estudos e Pesquisas em Pedagogia Social e Empresarial – GEPESE Projeto de Extensão em Pedagogia Hospitalar RELATÓRIO DE ATIVIDADES Discentes: Aline Marques Sousa / Marina de Assis Oliveira Santos Docente/ Orientadora: Profª. Rosilene Gonçalves Unidade de execução: Ambulatório de Especialidades Pediátricas Período: Maio de 2014 à Março 2015 Introdução O presente relatório apresenta relatos das experiências vividas durante a execução do projeto de Pedagogia Hospitalar realizado no Ambulatório de Especialidades Pediátricas da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará que desenvolve atividades lúdicas pedagógicas. Esse Projeto visa garantir a prática de uma proposta lúdico-pedagógica que busca fortalecer as ações de humanização do hospital, portanto será assegurado as crianças atendidas no ambiente ambulatorial hospitalar o direito a vivencia de atividades que contribuem para o seu desenvolvimento integral, bem como, para a melhoria das recordações e imagens que terão do ambiente hospitalar. Possibilitando, assim, através da ludicidade, a interação com o outro, o desenvolvimento físico, social e cultural, assim como, garantia do direito de brincar. Deve-se ter a compreensão que a educação não abrange apenas a socialização, mas visa contribuir para a formação de capacidades de atuar e pensar de forma criativa, inovadora, com liberdade. (GOHN, 1999, p. 109). Sendo assim o campo de atuação do pedagogo se ampliou ao longo dos últimos anos, hoje ele atua

Transcript of Relatorio do projeto de pedagogia hospitalar

Universidade do Estado do Pará - UEPA

Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará – FSCMPA

Pró-reitoria de Extensão - PROEX

Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia

Grupo de Estudos e Pesquisas em Pedagogia Social e Empresarial –

GEPESE

Projeto de Extensão em Pedagogia Hospitalar

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

Discentes: Aline Marques Sousa / Marina de Assis Oliveira Santos

Docente/Orientadora:

Profª. Rosilene Gonçalves

Unidade de execução:

Ambulatório de Especialidades Pediátricas

Período: Maio de 2014 à Março 2015

Introdução

O presente relatório apresenta relatos das experiências vividas durante a

execução do projeto de Pedagogia Hospitalar realizado no Ambulatório de

Especialidades Pediátricas da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará que

desenvolve atividades lúdicas pedagógicas.

Esse Projeto visa garantir a prática de uma proposta lúdico-pedagógica que

busca fortalecer as ações de humanização do hospital, portanto será assegurado as

crianças atendidas no ambiente ambulatorial hospitalar o direito a vivencia de

atividades que contribuem para o seu desenvolvimento integral, bem como, para a

melhoria das recordações e imagens que terão do ambiente hospitalar.

Possibilitando, assim, através da ludicidade, a interação com o outro, o

desenvolvimento físico, social e cultural, assim como, garantia do direito de brincar.

Deve-se ter a compreensão que a educação não abrange apenas a

socialização, mas visa contribuir para a formação de capacidades de atuar e pensar

de forma criativa, inovadora, com liberdade. (GOHN, 1999, p. 109). Sendo assim o

campo de atuação do pedagogo se ampliou ao longo dos últimos anos, hoje ele atua

em diversas áreas e campos educativos, com a constituição de um novo cenário o

pedagogo passou atuar não apenas em instituições escolares, ele ganhou novos

horizontes e atualmente a presença desse profissional em outras áreas se tornou

uma necessidade, sendo assim o pedagogo passou a exercer suas atividades em

empresas, hospitais, judiciário, entre outras.

Dentro desta nova perspectiva, a Pedagogia Hospitalar surge como mais uma

área de atuação do pedagogo que vem fortalecer os estudos e pesquisas no âmbito

da Pedagogia Social. O Pedagogo no ambiente hospitalar tornou-se uma

necessidade com inúmeras contribuições para os serviços de assistência a saúde.

Compreendemos então que o ambiente hospitalar assim como qualquer outro

é local onde ocorrem práticas educativas, pois a educação é intrínseca nas relações

humanas. Humanizar é a grande base para as práticas desenvolvidas nesse espaço.

E para afirmar Fonseca (2003), nos diz que:

A pedagogia hospitalar em sua prática pedagógico-educacional diária visa dar continuidade aos estudos das crianças em convalescença, com o objetivo de sanar dificuldades de aprendizagem e ou oportunizar a aquisição de novos conteúdos. (FONSECA, 2003, p. 22).

Motivadas pela importância de atuação no ambiente hospitalar e as

contribuições feitas às crianças acolhidas pelo projeto, veremos a seguir relatos das

experiências dos quase 9 meses de práticas realizadas pelo projeto de extensão

universitária.

Relatório

No dia 9 de Maio de 2014, após uma formação sobre o espeço no qual

atuaríamos ocorreu nosso primeiro contato com nosso ambiente de trabalho. Este

momento de transição entre o que imaginávamos e a realidade nos possibilitou uma

nova visão sobre a necessidade do trabalho desenvolvido. Com a participação e

apoio dos demais alunos, docentes e técnicos que atuam no local iniciamos um

planejamento de atividades para serem realizadas com as crianças atendidas no

ambulatório, levando em consideração a identidade e as necessidades de cada um,

tomando o lúdico como a base principal para aproximar e relacionar com as

crianças.

Imagem 1: Primeira visita à Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará/FSCMPA.

Os planejamentos de atividades versavam sobre temas importantes para a

vida das crianças como: alimentação, cuidados com o corpo, meio ambiente, entre

outros, que eram abordados de forma lúdica através de: Contação de história, teatro

de fantoches, desenhos e pinturas, corte e colagem, distribuição de revistas

educativas, jogos recreativos, entre outros, sempre adequados para os diversos

públicos atendidos. E após finalizarmos as atividades com as crianças, os seus

desenhos eram expostos no Mural do espaço do qual o projeto é executado.

Todas terças e quintas-feiras no período da manhã nos realizávamos as

atividades com os pacientes que se encontravam na recepção do ambulatório

aguardando atendimento. Em média atendíamos 10 crianças por dia, com faixa

etária entre 2 a 11 anos de idade, oriundas das mais diversas localidades, tanto da

capital como do interior do estado, crianças essas que passavam por uma jornada

cansativa de viagem para tratamentos e consultas com médicos de varias

especialidades.

O “Espaço Criança”, nome dado ao local onde realizávamos o atendimento

era um espaço de lazer para as crianças que ali se encontravam. Percebíamos nas

expressões das crianças sua alegria em estar no local, minimizando assim os efeitos

causados em muitas delas por estar em um hospital.

Nota-se, ainda, que durante cada atendimento, é realizado um controle de

frequência das crianças presentes e coleta de dados, que busca identificar o nome,

a idade das crianças, a especialidade médica com a qual vieram fazer

acompanhamento, entre outros. Além disso o público dificilmente se repete o que

nos possibilita a flexibilidade em executar o mesmo plano de aula, já realizado antes.

Conclusão

O espaço nos proporcionou muitas aprendizagens, tanto pessoal quanto

profissional, a aproximação com as crianças nos possibilitou um espaço de

aprendizagem mutual, pois a medida que levávamos atividades divertidas e

descontraídas, muitas delas nos enriqueciam com suas experiências de vidas, pois

mesmo pequenas elas tinham muito a nos contar. O sorriso delas a cada atividade

que realizávamos reafirmavam a grande necessidade e importância que o trabalho

lúdico-pedagógico realizado no ambiente hospitalar.

Mesmo porque, no decorre das atividades era perceptível que as crianças,

familiares e responsáveis pareciam se esquecer que estavam dentro de um hospital

e queriam apenas divertir-se com as atividades propostas. Percebeu-se ainda que

os seus acompanhantes se distraiam com a alegria das crianças, que encantavam

todos os presentes no hospital.

E durante a execução do Projeto de Extensão em Pedagogia Hospitalar

podemos observar que para os funcionários do Ambulatório de Pediatria, a

realização das atividades propostas no espaço é de fundamental importância, para

que os mesmos possam desenvolver o seu trabalho com os seus acompanhantes.

Além disso, o ambiente hospitalar torna-se mais prazeroso e os procedimentos

médicos são aceitos com mais naturalidade. Ressalta-se, ainda, que a volta para

casa, que antes era buscada com mais urgência, agora torna-se difícil já que as

crianças não querem ir embora do hospital, pois estão se divertindo com as

atividades propostas.

Para o grupo, trabalhar com crianças em atendimento ambulatorial hospitalar,

além de ser uma grande satisfação, é uma lição de vida, pois elas enfrentam muitas

dificuldades de saúde, mas na hora das atividades desenvolvidas por meio do

Projeto estão sempre com um sorriso lindo no rosto, dispostas a participar, construir

e interagir com todos.

Portanto, o Projeto proporcionou ao grupo uma vasta experiência acadêmica,

tanto para discentes quanto docentes, pois nos possibilitou trabalhar com crianças

de várias idades e em tratamento com diferentes especialidades médicas, o que nos

ensinou a trabalhar de forma interdisciplinar, além de demonstrar que o aprendizado

pode ocorrer em qualquer espaço e que todos são capazes de aprender. Logo, cabe

a nós profissionais da educação descobrir quais as melhores formas de trabalhar

com cada uma das especificidades apresentadas.

Imagem 2: Atividade comemorativa dos Dia das Crianças, em 09/10/2015.

Imagem 3: Brinquedos reciclados confeccionados para o dia das crianças, em 09/10/2014

Imagem 4: Atividade sobre Meio Ambiente, em 09/10/2014.

Imagem 5: Atividade sobre a Lenda do Mapinguari

Imagem 6: Atividade sobre a Lenda da Vitória Régia

Imagem 7: Mural criado com a Lenda da Vitória Régia

Imagem 8: Atividade sobre Saúde bucal

Imagem 9: Momento de contação de história

Imagem 10: Teatro de fantoche sobre Higiene

Imagem 11: Oficina de confecção de um brinquedo “cachorrinho” com caixa de leite (material

reciclado).

Imagem 12: Finalização da oficina de reciclagem.

Imagem 13: decoração do “Espaço Criança Feliz” para a Copa do Mundo

Imagem 14: Atividade em comemoração do Dia das Crianças

Imagem 15: Momento de Contação de história

Referência

GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal. Educação não-formal e cultura política: impactos sobre o associativismo do terceiro setor. São Paulo: Cortez, 1999, p. 91-111

FONSECA, Eneida Simões da. Atendimento no Ambiente Hospitalar. 1 ed. São Paulo: Memnom, 2003.