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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU - FURB
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE
FABIANE HASSE
FOLHA DE PAGAMENTO E A CONTABILIZAÇÃO: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA TÊXTIL DE BLUMENAU-SC
BLUMENAU
2008
FABIANE HASSE
FOLHA DE PAGAMENTO E A CONTABILIZAÇÃO:
ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA TÊXTIL DE BLUMENAU-SC
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Ciências Contábeis do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Regional de Blumenau, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Ciências Contábeis Orientadora: Profª. Josani Milene Fink.
BLUMENAU
2008
FOLHA DE PAGAMENTO E A CONTABILIZAÇÃO:
ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA TÊXTIL DE BLUMENAU-SC
FABIANE HASSE
Trabalho de conclusão de curso apresentado para obtenção do título de bacharel em Ciências Contábeis, obtendo nota ______, conforme avaliação da banca examinadora formada por:
_______________________________________________________________________
Presidente: Orientadora Profª. Josani Milene Fink.
Universidade Regional de Blumenau - FURB
Departamento de Contabilidade
_______________________________________________________________________
Professor:
Universidade Regional de Blumenau - FURB
Departamento de Contabilidade
_______________________________________________________________________
Professor:
Universidade Regional de Blumenau - FURB
Departamento de Contabilidade
Blumenau, 17 de novembro de 2008.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à minha mãe, minha filha Fernanda, e a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para que eu pudesse concluir meu curso.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos que de certa forma contribuíram para a realização deste trabalho,
no sentido de apoio e compreensão.
Primeiramente agradeço a Deus pela vida, pelas oportunidades concedidas, pela
saúde, pela felicidade, tanto minha quanto da minha família.
Em especial ao Gionei J. Stinghen por ter contribuído para a realização deste
trabalho, também por ter dedicado tempo na ajuda da elaboração, indicando bibliografias e
auxiliando na formatação do trabalho.
A orientadora Professora Josani Milene Fink, pelo tempo disposto, pelo empenho a
mim dedicado, pelo seu conhecimento que me trouxe benefícios profissionais.
Aos professores do curso, que repassaram seus conhecimentos, contribuído para o
meu crescimento pessoal e profissional.
Aos colegas do curso de Ciências Contábeis, em especial as acadêmicas Maristela
Feliponi e Dynara de Oliveira.
EPÍGRAFE
As duas coisas mais importantes de uma empresa não aparecem nos seus demonstrativos financeiros: Sua reputação e suas pessoas. (Henry Ford).
RESUMO
Este trabalho objetiva expor a folha de pagamento e a evidenciação da contabilização. Para
que se tornasse possível atingir o objetivo, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, com
abordagem qualitativa. A pesquisa foi elaborada com base em livros, artigos e trabalhos já
existentes, apresentando as obrigações acessórias inerentes à folha de pagamento, bem como,
exemplificando um resumo de folha e a sua contabilização. No estudo de caso observou-se
que a empresa estudada utiliza o método das partidas dobradas. Conclui-se que o assunto
abordado requer estudos e pesquisas devido à complexidade da sua elaboração e
contabilização, sendo que grande parte dos autores trazem a contabilização da folha de
pagamento de forma geral, não demonstrando passo-a-passo a evidenciação. Os autores
conceituam os termos de forma semelhante, sendo que há pequenas mudanças de palavras
entre eles. Devido à complexidade do assunto, este merece estudos específicos em diversas
áreas de atuação para que se possa avaliar a forma como as empresas vêm evidenciando a
contabilização.
Palavras-chave: Folha de pagamento. Contabilização. Estudos específicos.
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
CLT Consolidação das Leis Trabalhistas
DRE Demonstração do Resultado do Exercício
IRRF Imposto de Renda Retido na Fonte
INSS Instituto Nacional de Seguro Social
FGTS Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
RH Recursos Humanos
CTPS Carteira de Trabalho e Previdência Social
PIS Programa de Integração Social
PASEP Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
SRF Secretaria da Receita Federal do Brasil
GPS Guia da Previdência Social
AC Ativo Circulante
PC Passivo Circulante
DSR Descanso Semanal Remunerado
APR Aviso Prévio Reavido
BP Balanço Patrimonial
SC Santa Catarina
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Cálculo de Salário..................................................................................................31
Quadro 2 – Cálculo de Salário..................................................................................................31
Quadro 3 – Cálculo de Adicional de Insalubridade..................................................................33
Quadro 4 – Cálculo de Adicional de Insalubridade..................................................................33
Quadro 5 – Cálculo de Adicional de Insalubridade..................................................................33
Quadro 6 – Cálculo de Adicional de Insalubridade sobre hora extra.......................................33
Quadro 7 – Cálculo de Adicional de Periculosidade................................................................36
Quadro 8 – Cálculo de Adicional de Periculosidade................................................................36
Quadro 9 – Cálculo de Adicional Noturno...............................................................................38
Quadro 10 – Cálculo de Adicional de Hora extraordinária......................................................40
Quadro 11 – Cálculo de Descanso Semanal Remunerado .......................................................41
Quadro 12 - Faltas injustificadas..............................................................................................52
Quadro 13 – Resumo de folha de Pagamento...........................................................................80
LISTA DE TABELAS
Tabela 1.................................................................................................................................44
Tabela 2.................................................................................................................................60
Tabela 3.................................................................................................................................63
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 13
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA ........................................................................................ 13
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA........................................................................................... 14
1.3 OBJETIVOS...................................................................................................................... 14
1.3.1 Objetivo geral ............................................................................................................... 14
1.3.2 Objetivos específicos .................................................................................................... 14
1.4 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ...................................................................................... 15
1.5 METODOLOGIA DA PESQUISA................................................................................... 15
1.5.1 Delineamento................................................................................................................ 16
1.5.1.1 Quanto aos objetivos..................................................................................................... 16
1.5.1.2 Quanto aos procedimentos............................................................................................ 16
1.5.1.3 Quanto à abordagem do problema................................................................................ 17
1.6 ESTRUTURA DA PESQUISA.......................................................................................... 18
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................. 19
2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS RECURSOS HUMANOS........................................... 19
2.2 FUNÇÕES DE RECURSOS HUMANOS........................................................................ 21
2.3 ROTINAS TRABALHISTAS........................................................................................... 22
2.3.1 Folha de Pagamento...................................................................................................... 23
2.3.1.1 Obrigações acessórias referente à folha de pagamento ................................................ 24
2.3.1.1.1 Contabilização da folha de pagamento................................................................. 25
2.3.2 Método das partidas dobradas ...................................................................................... 26
2.3.3 Proventos ...................................................................................................................... 27
2.3.3.1 Salário e remuneração................................................................................................... 27
2.3.3.2 Regras de pagamento.................................................................................................... 29
2.3.3.2.1 Do prazo, forma e local de pagamento. ................................................................ 29
2.3.3.3 Cálculo de salário ......................................................................................................... 30
2.3.3.3.1 Contabilização de salário e remuneração ............................................................. 31
2.3.3.4 Adicional de insalubridade ........................................................................................... 31
2.3.3.4.1 Contabilização de adicional de insalubridade ...................................................... 34
2.3.3.5 Adicional de periculosidade ......................................................................................... 35
2.3.3.5.1 Contabilização de adicional de periculosidade..................................................... 36
2.3.3.6 Adicional Noturno ........................................................................................................ 37
2.3.3.6.1 Contabilização de adicional noturno .................................................................... 38
2.3.3.7 Adicional de hora extraordinária .................................................................................. 38
2.3.3.7.1 Contabilização de adicional de hora extraordinária ............................................. 40
2.3.3.8 Descanso semanal remunerado..................................................................................... 40
2.3.3.8.1 Contabilização de descanso semanal remunerado................................................ 41
2.3.3.9 Ajuda de custo e diárias para viagem ........................................................................... 42
2.3.3.10 Salário Família...................................................................................................... 43
2.3.3.10.1 Contabilização de salário família ..................................................................... 44
2.3.3.11 Salário maternidade .............................................................................................. 44
2.3.3.11.1 Regras para pagamento..................................................................................... 45
2.3.3.11.2 Contabilização de salário maternidade............................................................. 46
2.3.3.12 Salário In-natura. .................................................................................................. 46
2.3.3.13 Férias .................................................................................................................... 47
2.3.3.13.1 Contabilização de férias.................................................................................... 48
2.3.3.13.1.1 Provisão Para Pagamento de Férias.................................................................. 48
2.3.3.13.1.2 Constituição...................................................................................................... 49
2.3.3.13.2 Abono Pecuniário ............................................................................................. 49
2.3.3.13.3 Faltas injustificadas .......................................................................................... 50
2.3.3.13.4 Faltas abonadas................................................................................................. 51
2.3.3.13.5 Prazo para pagamento da remuneração das férias. ........................................... 52
2.3.3.13.6 Férias em dobro ................................................................................................ 52
2.3.3.13.7 Férias coletivas ................................................................................................. 53
2.3.3.14 Gratificação Natalina (décimo terceiro salário).................................................... 54
2.3.3.14.1 Pagamento da primeira parcela ........................................................................ 55
2.3.3.14.2 Pagamento da segunda parcela ......................................................................... 56
2.3.3.14.3 Contabilização da provisão de 13º salário ........................................................ 57
2.4 Descontos .......................................................................................................................... 58
2.4.1 Inss................................................................................................................................ 59
2.4.1.1 Finalidade da Previdência Social.................................................................................. 60
2.4.1.2 Contabilização de INSS................................................................................................ 61
2.4.2 Imposto de Renda Retido na Fonte............................................................................... 61
2.4.2.1 Deduções permitidas do Imposto de Renda Retido na Fonte .......................................62
2.4.2.2 Imposto de Renda Retido na Fonte sobre 13º salário. .................................................. 64
2.4.2.3 Imposto de Renda Retido na Fonte sobre férias ........................................................... 65
2.4.2.4 Contabilização de IRRF................................................................................................ 66
2.4.3 Contribuição sindical .................................................................................................... 66
2.4.3.1 Contabilização de contribuição sindical ....................................................................... 68
2.4.4 Contribuição Confederativa ou Contribuição Assistencial........................................... 68
2.4.4.1 Contabilização de contribuição confederativa e assistencial........................................ 70
2.4.5 Faltas e atrasos.............................................................................................................. 70
2.4.5.1 Contabilização de faltas e atrasos ................................................................................. 71
2.4.6 Adiantamento salarial ................................................................................................... 71
2.4.6.1 Contabilização de adiantamento salarial ...................................................................... 73
2.4.7 Vale refeição................................................................................................................. 73
2.4.7.1 Contabilização de vale refeição .................................................................................... 74
2.4.8 Vale transporte.............................................................................................................. 74
2.4.9 Cesta básica .................................................................................................................. 76
3 ESTUDO DE CASO........................................................................................................ 77
3.1 História da empresa ........................................................................................................... 77
3.2 Contabilização da folha de pagamento.............................................................................. 79
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 81
4.1 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 81
4.2 RECOMENDAÇÕES ..................................................................................................... 82
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 83
13
1 INTRODUÇÃO
Este capítulo apresenta a introdução do trabalho, demonstrando a apresentação do
tema, e, posteriormente têm-se o problema da pesquisa, expondo o objetivo geral pretendido,
bem como, os específicos e a justificativa do estudo. Finalizando com a metodologia utilizada
para a pesquisa.
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA
Atualmente, micro-empresas, empresas de médio e grande porte, bem como
Sociedades Anônimas, compreendem que, assim como os demais setores de uma organização,
seja vendas, compras, financeiro, produção, o setor de Recursos Humanos tem demasiada
importância para o bom andamento das atividades, de modo a auxiliar de maneira na obtenção
dos os objetivos.
O setor de Recursos Humanos tem como objetivo auxiliar desde o mais singelo
colaborador, até auxiliar os tomadores de decisões, fornecendo informações estratégicas para
que estes possam definir quais os melhores caminhos a serem seguidos.
O setor de Recursos Humanos exerce funções diversas, como, por exemplo,
contratação de pessoas, definição de cargos, cálculo de folha de pagamentos, demissões,
promoções. O profissional de Recursos Humanos deve estar atento e possuir conhecimento
amplo sobre o assunto, pois exige conhecimento sobre cálculos de folha de pagamento,
décimo terceiro salário, cálculo de férias, processos de admissão, processos de demissão,
multas rescisórias, etc.
Estas práticas, ou seja, estes procedimentos rotineiros envolvem valores monetários
muitas vezes de grande relevância no resultado da empresa, e registrar, ou contabilizar estes
números de maneira correta, poderá facilitar, ou auxiliar a empresa a agir de modo correto
quando for necessário, garantindo resultados positivos a organização.
14
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA
Ao abordar o assunto contabilização da folha de pagamento, deve-se seguir o regime
de competência, ou seja, há obrigatoriedade de realizar todos os lançamentos no período do
fato gerador. Outro ponto a ser considerado na contabilização da folha de pagamento diz
respeito às provisões, que tratam de reservas para despesas que são esperadas, bem como as
que possivelmente possam vir a acontecer. Estas provisões servem para que a empresa possa
realizar reservas necessárias para cumprir suas obrigações trabalhistas.
É dever e obrigação de toda e qualquer empresa cumprir com suas obrigações
trabalhistas, bem como efetuar suas provisões e realizar todos os lançamentos contábeis, nas
datas de acontecimento seguindo o regime de competência.
Dentro do exposto, surge à questão a ser estudada.
Como deve ser contabilizada a folha de pagamento?
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
Expor a folha de pagamento e a evidenciação da contabilização.
1.3.2 Objetivos específicos
a) Apresentar as obrigações acessórias da folha de pagamento;
b) Exemplificar um resumo de folha de pagamento;
c) Apresentar a contabilização da folha de pagamento.
15
1.4 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO
A folha de pagamento trata-se de um documento de emissão obrigatória para efeito
de fiscalização trabalhista e previdenciária. Toda empresa está obrigada a preparar a folha de
pagamento da remuneração paga, creditada ou devida a todos os funcionários que prestaram
serviços num determinado período de tempo. Por mais simples que seja uma folha de
pagamento, há no mínimo quatro elementos que deverão constar: a discriminação do nome do
funcionário, cargo ou serviço prestado; valor bruto dos salários; valor da contribuição à
previdência descontado dos salários, e, o valor líquido que será pago.
A contabilização da folha de pagamento é obrigatória e deve seguir o regime de
competência, ou seja, os salários devem ser contabilizados no mês de referência, ainda que
seu pagamento seja efetuado até o quinto dia útil do mês subseqüente.
Esse trabalho se justifica dentro deste contexto, pois, será estudada a folha de
pagamento e sua contabilização.
Para o pesquisador, este assunto é de extrema importância por fazer parte do seu
contexto diário, para ampliação do conhecimento e na busca de aperfeiçoamento nas
atividades desenvolvidas, aprimorando o conhecimento na contabilização da folha de
pagamento.
Ao curso de Ciências Contábeis, sua utilização poderá servir como base para novas
pesquisas, auxiliando pesquisadores que buscam informações respectivas ao estudo da
contabilização da folha de pagamento e a sua contabilização.
Para a sociedade, este trabalho poderá mostrar detalhes da folha de pagamento, suas
deduções, auxiliando no esclarecimento de dúvidas pertinentes a este tema.
1.5 METODOLOGIA DA PESQUISA
Neste tópico é abordado o delineamento da pesquisa, a delimitação do universo e,
por último constará à limitação da pesquisa.
16
1.5.1 Delineamento
O delineamento da pesquisa pode ser classificado quanto aos objetivos, quanto aos
procedimentos e quanto à abordagem do problema.
1.5.1.1 Quanto aos objetivos
Quanto aos objetivos, esta pesquisa é descritiva.
Cervo e Bervian (2001, p.66) comentam que:
A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos e fenômenos
(variáveis) sem manipulá-los. Procura descobrir, com a precisão possível, a
freqüência com que o fenômeno ocorre, sua relação e conexão com os outros, sua
natureza e características.
Esta pesquisa tem como fundamento analisar os dados, avaliá-los, interpretá-los,
sem que se possa interferir em qualquer dado obtido.
1.5.1.2 Quanto aos procedimentos
Quanto aos procedimentos, utiliza-se da pesquisa bibliográfica.
a) Pesquisa Bibliográfica
Fachin (2003, p. 125) comenta que:
A pesquisa bibliográfica diz respeito ao conjunto de conhecimentos humanos reunidos nas obras. Tem como finalidade fundamental conduzir o leitor a determinado assunto e proporcionar a produção, coleção, armazenamento, reprodução, utilização e comunicação das informações coletadas para o desempenho da pesquisa.
17
Gil (1999, apud Raupp e Beuren, 2006, p.86) explicam que:
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida mediante material já elaborado,
principalmente livros e artigos científicos. Apesar de praticamente todos os outros
tipos de estudo exigirem trabalho dessa natureza, há pesquisas exclusivamente
desenvolvidas por meio de fontes bibliográficas.
b) Estudo de caso
Raupp e Beuren (2004) dizem que:
“A pesquisa do estudo de caso caracteriza-se principalmente pelo estudo de caso
concentrado em um único caso. Este estudo é preferido pelos pesquisadores que
desejam aprofundar seus conhecimentos em determinados conhecimentos
específicos”.
Esta pesquisa caracteriza-se como bibliográfica pelo fato que foi desenvolvida
através de pesquisas em materiais já elaborados, tais como: artigos, dissertações, teses, livros,
entre outros. Caracteriza-se como estudo de caso, pois está baseada em casos reais de uma
empresa têxtil de Blumenau-SC, num determinado período.
1.5.1.3 Quanto à abordagem do problema
Quanto à abordagem do problema esta pesquisa será qualitativa.
a) Pesquisa bibliográfica
Raupp e Beuren (2006, p. 92) dizem que:
Na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao
fenômeno que está sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar
características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a
superficialidade deste último.
18
Esta pesquisa classifica-se como qualitativa por lidar com dados concretos, tais
como o resumo da folha de pagamento de uma empresa têxtil de Blumenau-SC.
1.5.1.4 Delimitação do Universo
Conforme Marconi e Lakatos (2005, p. 225): “a delimitação do universo consiste em
explicitar que pessoas ou coisas, fenômenos etc. serão pesquisados, enumerando suas
características comuns, como, por exemplo, sexo, faixa etária, organização a que pertence
comunidades onde vive etc.”.
O universo da pesquisa será a evidenciação da escrituração da folha de pagamento
de uma empresa têxtil de Blumenau-SC.
1.6 ESTRUTURA DA PESQUISA
O primeiro capítulo desta pesquisa consta a sua introdução, expondo assim a sua
delimitação do tema, o problema da pesquisa, seus objetivos, a justificativa do estudo e a
metodologia aplicada.
O segundo capítulo consta à fundamentação teórica.
O terceiro capítulo é exposto resumo de folha de pagamento de uma empresa têxtil
de Blumenau-SC e a contabilização.
O quarto capítulo consta às considerações finais e recomendações.
19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo apresenta-se a revisão bibliográfica. Inicia-se com a evolução
histórica dos recursos humanos, suas funções e as rotinas trabalhistas, especificamente a
abordagem da folha de pagamento e sua contabilização.
2.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS RECURSOS HUMANOS
Ao passar das décadas, houve mudanças na forma de interpretação da visão da
necessidade de ter um setor específico na empresa voltado a auxiliar os empregados. Com esta
nova visão, o setor de Recursos Humanos torna-se cada vez mais forte, dando ênfase na
importância de ter na empresa não somente um simples empregado, mas alguém que esteja
comprometido em alcançar os objetivos definidos pela empresa, obtendo benefícios a seu
favor, como, salários compatíveis, reconhecimento profissional, segurança, etc.
Conforme RICCI pôde-se abordar a evolução dos recursos humanos, expondo a
filosofia de pensamento dos administradores de pessoal desde a década de 30 até os dias
atuais.
Na década de 30 o setor de recursos humanos era composto basicamente pelos
donos das próprias empresas, que dominavam todo o conhecimento e poder. Sob
essa condição utilizava-se da máxima “manda quem pode, obedece quem tem
juízo”, visão voltada totalmente para o alcance dos objetivos e resultados. Essa visão
perdurou por uma década até o ano de 1943 com a aprovação da Consolidação das
Leis Trabalhistas, onde quem detinha o poder sobre os recursos humanos eram os
advogados e especialistas que buscavam entender as leis para não cumpri-las. A
partir de então, surgem num momento marcante às primeiras juntas trabalhistas,
trazendo consigo as primeiras reclamações e divergências entre as partes. Com o
passar dos anos, na fase industrial, início da década de 50 quem dominava eram os
engenheiros, com uma visão mecanicista, voltaram à visão da indústria para o
estudo de tempos e processos. A partir de então, a empresa via os recursos humanos
20
não como pessoas, mas sim como processos. Na década de 60, as pessoas ganham
mais poder nas empresas com o surgimento dos sindicatos, órgão que visa auxiliar
os empregados em busca dos seus direitos. As empresas nesta década descobrem
que o trabalho em equipe gera maiores ganhos e também deixa de pensar só em si,
pensando também nos sindicatos dos empregados. Nos anos 70 os engenheiros
deixam de administrar os recursos humanos das empresas, tornando-se mais comum
administradores assumirem a responsabilidade por este departamento; comete-se aí
um grande erro, pois grande parte dos administradores “incharam” as empresas,
pensando que quanto maior fosse a estrutura a ser administrada, maior deveria ser o
número de empregados.A partir dos anos 80, muda-se completamente a visão de
recursos humanos. Deixa-se de pensar na forma mecanicista, tendo como principal
foco a importância do empregado como parceiro interno e de interesse dos
acionistas. Esta visão deve-se aos psicólogos que gerenciavam os recursos humanos
das empresas, visão esta que mudou a partir dos anos 90, onde o setor de recursos
humanos, busca integrar as pessoas na tentativa de reduzir o número de demissões,
adequando pessoas em diferentes áreas na tentativa de identificar quais pessoas eram
capacitadas para cada tipo de função.
A partir do século XXI houve de fato a maior mudança relacionada ao fator recursos
humanos. Mudanças relacionadas ao comportamento, qualificações e principalmente
ao reconhecimento do profissional de recursos humanos fez com que ele tivesse
espaço nas organizações, sendo considerado ponto referencial aos colaboradores e
um elemento, ou meio de comunicação entre empresa e empregados.
A evolução dos Recursos Humanos nas organizações deu-se de forma gradual,
conquistando espaço e credibilidade com a demonstração dos resultados obtidos, resultados
que alavancaram o crescimento, fazendo com que viesse a tomar proporções as quais fizeram
com que os administradores, gestores de empresas sentissem a necessidade da implantação de
um setor específico que cuidasse tanto dos interesses do patrão quanto dos empregados,
auxiliando-os a conquistarem melhores condições de trabalho.
21
2.2 FUNÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
A função de recursos humanos assemelha-se a qualquer outra função dentro da
empresa, tendo importância no apoio a um simples empregado até dando suporte a gerência
nas tomadas de decisões.
Toledo (1989, p. 22) diz que:
[...] A função de recursos humanos constitui um dos agrupamentos de ações da
ampla função de gerenciar, administrar ou gerir. É então, uma função gerencial,
como é a função de marketing, a função financeira, a função de produção (ou
operações) etc. Um dos enfoques conceituais de gerência é aquele que constitui o
conjunto de ações que implicam direção, coordenação e controle de recursos, e entre
eles, inevitavelmente, encontram-se os recursos humanos.
O setor de Recursos Humanos de uma empresa visa disponibilizar mão-de-obra
qualificada para realizar suas operações e tarefas de forma eficaz, buscando atingir os
objetivos pré-estabelecidos.
As políticas adotadas variam de empresa para empresa, conforme características,
como, contratações, treinamentos, aperfeiçoamento do empregado, etc. Algumas dessas
políticas, todavia, são de aplicações bastante amplas.
Toledo (1974, p. 139) comenta que as políticas de recursos humanos devem:
[...] Visar não somente o melhor aproveitamento Recursos Humanos existentes na
empresa, como criar condições para o desenvolvimento constante e adequado desses
mesmos recursos.
Assegurar que os recursos humanos, para continuidade e a expansão da empresa,
sejam preparados em nível e com a antecedência necessária.
Assegurar que o desenvolvimento de Recursos Humanos se caracterize pela criação
de uma ação gerencial flexível [...]
[...] Assegurar que o desenvolvimento de Recursos Humanos seja obra comum do
corpo dirigente e dos funcionários da empresa, devidamente assessorados pelo setor
de Recursos humanos. Ou seja: criar e manter padrão de comportamento, gerencial e
geral, de constante desenvolvimento, e não esperar que o setor especializado faça
toda obra.
22
Subordinar firmemente a ação de desenvolvimento de Recursos Humanos aos
objetivos organizacionais, sem, entretanto, ser imediatista, ou seja, sacrificar
recursos humanos em função do futuro, em busca de um êxito imediatista,
transformando os indivíduos em simples instrumentos de uma aventura de trabalho
de curta duração.
Sendo o desenvolvimento de Recursos Humanos uma ação predominante de
treinamento, assegurar que esta ação se caracterize por: identificação dos problemas
(ou seja, comportamentos inadequados):estabelecidos dos objetivos a serem
alcançados pelo treinamento (ou seja, descrição dos comportamentos adequados;
instrumentação do treinamento (cursos, estágios, etc.) e avaliação dos resultados.
Ao invés de tratarmos rotineiramente do desenvolvimento de recursos humanos
trataremos de treinar por objetivos, mantendo constante avaliação dos resultados dos
nossos esforços. [...].
O setor de RH trata com mais ênfase alguns critérios, podendo citar como exemplos,
a questão da divulgação, recrutamento e seleção, admissões, treinamento, proventos,
descontos, férias, décimo terceiro salário, auxílio acidente de trabalho, auxílio doença,
tributos, contribuição sindical, contribuição confederativa, contribuição assistencial, rescisão
contratual, entre outras.
2.3 ROTINAS TRABALHISTAS
As rotinas trabalhistas são efetuadas pelo profissional de Recursos Humanos, o qual
desempenha funções de recrutamento, seleção, admissão e desligamento, inclusive a
elaboração da folha de pagamento, e as obrigações acessórias inerentes à folha, entre outras.
Os processos, ou etapas desenvolvidas por este profissional, seguem procedimentos
e regras previamente definidas e, em muitos casos regulamentadas por normas e leis, devendo
obrigatoriamente ser seguidas, cabendo aplicação de punições no caso de não cumprimento.
23
2.3.1 Folha de Pagamento
Folha de pagamento trata-se de um demonstrativo obrigatório utilizado por qualquer
organização, desde uma micro-empresa até uma empresa multinacional, independente do
número de colaboradores, tendo de ser realizada mensalmente com o objetivo de demonstrar
ao empregado o total de proventos e descontos efetuados no período respectivo a prestação
dos serviços.
Toda e qualquer folha de pagamento possui características em comum como,
proventos e descontos, nome do colaborador, cargo, nome da empresa, etc.
Gonçalves (2000, p. 11) diz que:
Qualquer empresa, ou seja, qualquer firma individual ou sociedade que assume o
risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, estão
obrigadas a preparar mensalmente folha de pagamento da remuneração paga ou
creditada a todos os segurados a seu serviço.
Oliveira (2006, p. 179) comenta que:
Encerrado o mês, os cartões de ponto (ou sistema alternativo) deverão ser recolhidos
e apurados, bem como os atestados médicos, de forma a ter o empregador o controle
das horas/dias trabalhados durante o período e também as faltas justificadas e
injustificadas.
O pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, podendo ser utilizado o
sistema de envelopes ou a própria folha de pagamento [...]. O recibo ou envelope
deverá conter o discriminativo das importâncias pagas, bem como das descontadas e
do total líquido a receber.
A folha de pagamento deve ser obrigatoriamente emitida por qualquer empresa ao
final de cada período, onde, apura-se o ponto do colaborador para fins de constatação de horas
trabalhadas no período. Esta apuração é necessária para realizar o fechamento da folha de
pagamento, e possibilitar a realização da análise dos proventos e descontos.
24
2.3.1.1 Obrigações acessórias referente à folha de pagamento
O setor de Recursos Humanos, além da preparação da folha de pagamento, tem de
cumprir com as obrigações acessórias perante órgãos fiscais, tendo de seguir a legislação
vigente.
Gonçalves (2000, p. 12) explana sobre as obrigações a serem seguidas:
a) preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os
segurados a seu serviço, devendo manter, em cada estabelecimento, uma via da
respectiva folha e recibos de pagamento; b) lançar mensalmente em títulos próprios
de sua contabilidade, de forma discriminada, os fatos geradores de todas as
contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e
os totais recolhidos; c) prestar ao Instituto Nacional de Seguro Social e a Secretaria
da Receita Federal todas as informações cadastrais, financeiras e contábeis de
interesse dos mesmos, na forma por eles estabelecidas, bem como os
esclarecimentos necessários a fiscalização; d) informar mensalmente ao INSS, por
intermédio da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e
Informações a Previdência Social, na forma por ele estabelecida, dados cadastrais,
todos os fatos geradores de contribuição previdenciária e outras informações de
interesse daquele instituto; e) encaminhar ao sindicato representativo da categoria
mais numerosa entre seus empregados, até o dia dez de cada mês, cópia da Guia da
Previdência Social relativa a competência anterior, f) afixar cópia da GPS,
relativamente a competência anterior, durante o período de um mês, no quadro de
horário que trata o art. 74 da CLT [...].
As obrigações acessórias apresentadas deverão ser cumpridas. Caso não haja sido
atendido estes requisitos, a empresa estará sujeita a notificação e, conseqüentemente sujeita à
multas aplicadas pela fiscalização.
25
2.3.1.1.1 Contabilização da folha de pagamento
As empresas têm a obrigação da preparação da folha de pagamento mensalmente,
bem como efetuar seus lançamentos contábeis, devendo ser seguido o princípio do regime de
competência.
Sena (2005, p. 258) explana sobre as obrigações da empresa referentes à folha de
pagamento e a sua contabilização:
A empresa é também obrigada a: I- Preparar folha de pagamento da remuneração
paga, devida ou creditado a todos os segurados ou a seu serviço, devendo manter,
em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pagamentos; II-
Lançar mensalmente em títulos próprios de sua contabilidade, de forma
discriminada, os fatos geradores de todas as contribuições, o montante das quantias
descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos; § 13. Os
lançamentos de que trata o inciso II do caput, devidamente escriturados nos livros
Diário e Razão, serão exigidos pela fiscalização após noventa dias contados da
ocorrência dos fatos geradores das contribuições, devendo, obrigatoriamente:
Atender ao princípio contábil do regime de competência; e registrar, em contas
individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições previdenciárias de forma
a identificar, clara e precisamente, as rubricas integrantes e não integrantes do
salário de contribuição, bem como as contribuições descontadas do segurado, as da
empresa e os totais recolhidos, por estabelecimento da empresa, por obra de
construção civil e por tomador de serviços. § 14. A empresa deverá manter à
disposição da fiscalização, os códigos ou abreviaturas que identifiquem as
respectivas rubricas utilizadas na elaboração da folha de pagamento, bem como os
utilizados na escrituração contábil. § 15. A exigência prevista no inciso II do caput
não desobriga a empresa do cumprimento das demais normas legais e
regulamentares referentes à escrituração contábil.
Segundo o autor, os lançamentos contábeis devem seguir o regime de competência,
devem ser registrados no mês do fato gerador. Os lançamentos devem ser escriturados nos
livros Diário e Razão e esses deverão ficar a disposição da fiscalização a fim de comprovação
dos lançamentos.
26
Santos et al (2003, p. 174) diz que:
A contabilização de todas as ações inerentes à folha de pagamento deverá obedecer
obrigatoriamente ao regime de competência, ou seja, a despesa deve ser registrada
no mês em que foi prestado o serviço, independentemente do pagamento do salário.
Da mesma forma que as demais despesas operacionais, as despesas com salários e
encargos sociais devem ser registradas no centro de custo onde o funcionário labora.
Todas as despesas e, despesas operacionais devem ser registradas no mês em que
ocorre a prestação de serviço, independente da data do pagamento. Cada empregado
costumeiramente está registrado num centro de custos determinado pela empresa, e o salário,
bem como os encargos são lançados na conta contábil do determinado centro de custos.
2.3.2 Método das partidas dobradas
O método das partidas dobradas trata-se de um instrumento utilizado mundialmente
pelos profissionais de contabilidade, que a usa nos lançamentos contábeis.
EQUIPE (2006, p. 48) comenta sobre o método das partidas dobradas:
A essência do método, universalmente aceita, é que o registro de qualquer operação
implica que a um débito numa ou mais contas deve corresponder um crédito
equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja
sempre igual à soma dos valores creditados. “Não há débito (s) sem crédito (s)
correspondente (s)”.
Favero (2005, p. 117) relata sobre o surgimento das partidas dobradas:
Método de escrituração difundido na Itália por volta do século XIV, e que se tornou
conhecido universalmente através da obra do Frei Luca Pacioli. A idéia central desse
método consiste em que, em qualquer operação realizada, haverá para cada débito
um crédito de igual valor. O método das partidas dobradas pode ser considerado
como um dos marcos mais importantes para o desenvolvimento da contabilidade e,
ainda hoje, os fatos são registrados de acordo com esse método.
27
O autor Favero relata que o método surgiu na Itália, tornando-se conhecido
mundialmente, sendo utilizado desde o século XIV até os dias atuais. Relata também, que na
contabilidade todas as operações haverá um débito e um crédito de igual valor.
2.3.3 Proventos
Os eventos da folha de pagamentos dão-se basicamente por proventos e descontos.
Proventos tratam dos resultados demonstrados ao empregado referente aos serviços prestados
num determinado período de tempo.
Oliveira (2006, p. 133) define provento como sendo: “o resultado alcançado no
desempenho de uma função”.
Provento é um dos eventos da folha de pagamento, sendo este pago ao empregado
em virtude de serviços prestados num determinado período de tempo ao empregador. A parte
dos proventos está subdivida conforme demonstram os autores Oliveira (2002, p.17) e
Oliveira (2006, p. 131):
a) salário e remuneração; b) adicional de insalubridade; c) adicional de
periculosidade; d) adicional extraordinário; e) adicional noturno; f) repouso semanal
remunerado; g) ajuda de custo e diárias para viagem; h) salário família; i) salário
maternidade; j) salário in-natura; l) Férias; m) Gratificação natalina (décimo terceiro
salário).
2.3.3.1 Salário e remuneração
O salário compreende o valor a ser percebido pelo empregado em decorrência dos
serviços prestados ao empregador, sendo este percebido conforme valor acordado em seu
contrato de trabalho.
28
A remuneração por sua vez, trata-se da soma do salário básico mais os benefícios
oferecidos pelo empregador.
Vianna (2005, p. 386) explana sobre salário e remuneração:
Salário é a contraprestação devida ao empregado, pela prestação de seus serviços ao
empregador, em decorrência do contrato de trabalho existente entre as partes. É o
valor mínimo a ser percebido pelo trabalhador pelos serviços prestados, ajustado
contratualmente, também denominado “salário básico”. O salário contratual poderá
ser o salário mínimo vigente, o piso salarial da categoria profissional ou valor
superior, ajustado livremente pelas partes.
Remuneração é a soma do salário contratual com outras vantagens e/ou adicionais
percebidos pelo empregado, em decorrência do exercício de suas atividades.
Conforme Oliveira (2006, p. 133) salário e remuneração são definidos como:
Salário é a contraprestação devida ao empregado pela prestação de seus serviços ao
empregador, em decorrência do contrato de trabalho existente entre as partes.
Remuneração é a soma do trabalho contratual devido com outras vantagens e ou
adicionais percebidos pelo empregado, em decorrência do exercício de suas
atividades.
Gonçalves (2000, p. 21) diz que:
[...] salário, que nada mais é do que o valor pago pelo empregador, em
contraprestação aos serviços executados pelo empregado. Além da importância fixa
estipuladas pelas partes, também são considerados como salário os adicionais, as
gratificações, as comissões, as diárias para viagem e abonos pagos pelo empregador.
A soma se todos estes valores (que são pagos diretamente pelo empregador), mais os
que o empregado venha a receber de terceiros em decorrência de seu contrato e
trabalho, resulta na chamada remuneração (CLT, art. 457).
Oliveira (2002, p. 18) diz que: “salário é a contraprestação devida e paga
diretamente pelo empregador a todo empregado. Ele pode ser pago mensal, quinzenal,
semanal ou diariamente, por peça ou por tarefa”.
29
Conforme os autores, o salário trata-se do valor percebido ao empregado referente
aos serviços prestados num determinado período, podendo ser somado com as remunerações
estipuladas pelo empregador.
Ao firmar o contrato de trabalho entre empregador e empregado, têm-se o início das
atividades “contratadas” e em contrapartida, após a realização do serviço, o empregado
adquiri direito de perceber o valor devido referente aos serviços prestados, este por sua vez
deve ser pago conforme estipula o contrato de trabalho vigente e legislações vigentes.
2.3.3.2 Regras de pagamento
Para efetuar o pagamento do salário deverá o responsável pelo setor de Recursos
Humanos seguir algumas regras previstas pela Consolidação das Leis Trabalhistas e outras
legislações complementares, que determinam a forma correta da efetuação do pagamento.
2.3.3.2.1 Do prazo, forma e local de pagamento.
A empresa deverá cumprir com a legislação vigente quanto ao prazo de pagamento
de salários, a forma como será paga, bem como, o local definido para efetuar o pagamento
devido referente ao trabalho prestado.
Gonçalves (2000, p. 83) relata sobre o prazo, forma e local de pagamento.
O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser
estipulado por período superior a um mês, salvo no que concerne a comissões,
percentagens e gratificações. Sendo estipulado por mês o pagamento deverá ser
efetuado, no mais tardar, até o quinto dia útil ao mês subseqüente ao vencido [...].
O desligamento do empregado não prejudica a percepção das comissões e
percentagens que foram conquistadas pelo mesmo enquanto trabalhava.
30
O pagamento do salário deverá ser feito, em princípio, no local de trabalho, em
horário de serviço, em dinheiro. Todavia, a Portaria MTS 3.281/84, criou a
possibilidade de efetuar o pagamento em cheque ou em depósito bancário.
Diante destas novas alterações o Secretário de Relações do Trabalho, através da
Instrução Normativa 01/89, determinou:
quando o empregador utilizar o sistema bancário para pagamento dos salários, os
valores deverão estar a disposição do empregado, no mais tardar, até o 5º dia útil;
na contagem dos dias será incluído o sábado, excluindo o domingo e o feriado,
inclusive o municipal;
quando o pagamento for efetuado através de cheque, deve ser assegurado ao
empregado; horário que permita o desconto imediato do cheque; transporte, caso o
acesso ao estabelecimento de crédito exija a utilização do mesmo;
o pagamento estipulado por quinzena ou semana deve ser efetuado até o 5º dia após
o vencimento;
[...] o pagamento de salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo
empregado; e se tratando de analfabeto mediante sua impressão digital, ou, não
sendo possível, a seu rogo. O comprovante de depósito em conta bancária aberta
para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento desse, em
estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho terá força de recibo [...].
Conforme Gonçalves, a empresa tem até o quinto dia útil ao mês subseqüente ao
vencido para pagamento do salário; este deverá ser feito no local de trabalho e no horário de
serviço e em dinheiro, ou, tem-se a possibilidade de efetuar o pagamento em cheque ou
depósito bancário. Quando tratar-se de pagamento em cheque, o empregador deverá fazer o
pagamento em horário em que o empregado possa descontar o mesmo. O pagamento deverá
ser efetuado contra recebido assinado pelo empregado; no caso de depósito bancário com
consentimento do empregado, este terá força de recibo conforme demonstra o autor.
2.3.3.3 Cálculo de salário
O cálculo de salário dos empregados pode ser feito mensalmente ou quinzenalmente,
variando de empresa para empresa. Este cálculo segue um padrão definido.
No quadro 1, apresenta-se o salário normal no caso de mensalista:
31
Exemplo: empregado que recebe salário mensal de R$ 1.800,00, trabalhando
7h20min de segunda-feira a sábado atendendo às 44 horas semanais.
Horas diárias Salário base Horas mês Cálculo salário hora
7,20h R$ 1.800,00 220 1.800,00 ÷ 220 = 8,18/h
Quadro 1 – Cálculo de Salário Fonte: Baseado em Gonçalves (2002)
Se o número de dias no mês for inferior a 30, adota-se a para o cálculo o número de
dias trabalhados no mês. No caso de empregado diarista, o salário hora normal será obtido
dividindo-se o salário diário correspondente à duração do trabalho, pelo número total de horas
trabalhadas no período.
Exemplo: salário de R$ 32,00 por dia.
Valor diário Número de horas diárias Cálculo salário hora normal
R$ 32,00 7,33 h 32,00 ÷ 7,33 = R$ 4,37/h
Quadro 2 – Cálculo de Salário Fonte: Baseado em Gonçalves (2002).
2.3.3.3.1 Contabilização de salário e remuneração
GRECO, AREND, GÄRTNER (2007, p. 241) comenta que: “esta conta receberá a
carga de salários normais brutos, inclusive as horas-extras e outros adicionais”.
C Folha a pagar/passivo circulante R$ 1.800,00
D Salários/despesa administrativa-DRE R$ 1.800,00
2.3.3.4 Adicional de insalubridade
Há locais de trabalho que são considerados insalubres e requer atenção dos
empregados devido ao fato do ambiente ao qual ele está inserido tratar-se de uma ambiente
32
que de certa forma expõem o empregado a situações de risco de acidentes físicos,
contaminações, ou agentes nocivos à saúde. Estes empregados que trabalham sob esta
condição tem assegurado o direito à insalubridade conforme legislação vigente.
Gonçalves (2000, p. 27) diz que:
São consideradas atividades ou operações ou atividades insalubres aquelas que, por
sua natureza, condições ou método de trabalho, exponham os empregados à agentes
nocivos à saúde acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Oliveira (2006, p. 138) explana sobre atividades insalubres:
São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condição ou método de trabalho, exponham os empregados à agentes nocivos à
saúde acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade
do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos CLT art. 189.
Vianna (2005, p. 355) relata que:
Tratando-se de atividades insalubres quaisquer prorrogações somente poderão ser
acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de
medicina do trabalho, as quais, para esse efeito procederão aos necessários exames
locais e a verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, que
por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com os
quais entrarão em entendimento para tal fim [...].
Segundo Gonçalves (2000, p.27):
Os empregados que trabalham em condições insalubres, previamente caracterizadas
pelos médicos do Ministério do Trabalho através de perícia (CLT art. 195), tem
assegurado percepção de um plus salarial. Este acréscimo salarial varia de acordo
com a classificação da insalubridade atribuída pelos médicos referidos [...]”.
Grau máximo: gera ao empregado o direito de receber um adicional de insalubridade
correspondente a 40% do salário mínimo; Grau médio: gera o empregado o direito
de receber um adicional de insalubridade correspondente a 20% do salário mínimo;
33
Grau mínimo: gera o empregado o direito de receber um adicional de insalubridade
correspondente a 10% do salário mínimo.
Quem irá definir se o empregado terá direito de perceber o referido adicional será o
médico do trabalho através de laudos. Também irá constar nos laudos o percentual de
insalubridade de cada local, sendo este adicional pago mediante percentual estipulado pelo
grau de insalubridade, que servirá como base de cálculo o salário mínimo, mas sempre deverá
observar a convenção coletiva vigente, pois a mesma poderá estipular o percentual.
Os quadros 3, 4 e 5 demonstram a forma de se calcular o valor percebido pelo
adicional de insalubridade com adicional de 40%, 20% e 10% respectivamente.
Exemplo: empregado recebe salário de R$ 1.000,00;
Insalubridade tendo como base de cálculo o salário mínimo;
Salário Mínimo vigente Percentual de insalubridade Cálculo
R$ 415,00 40% 415,00 x 40% = R$ 166,00
Quadro 3 – Cálculo de Adicional de Insalubridade Fonte: Baseado em Oliveira (2006).
Salário Mínimo vigente Percentual de insalubridade Cálculo
R$ 415,00 20% 415,00 x 20% = R$ 83,00
Quadro 4 – Cálculo de Adicional de Insalubridade Fonte: Baseado em Oliveira (2006).
Salário Mínimo vigente Percentual de insalubridade Cálculo
R$ 415,00 10% 415,00 x 10% = R$ 41,50
Quadro 5 – Cálculo de Adicional de Insalubridade Fonte: Baseado em Oliveira (2006).
No quadro 6 representa-se o cálculo de hora extraordinária em local insalubre:
Salário Base % Insalubridade Nº horas mês Nº horas extras Resultado
R$1000,00 40 220 15 R$119,25
Quadro 6 – Cálculo de Adicional de Insalubridade sobre hora extra Fonte: Baseado em Vianna (2005).
34
Cálculo:
Salário base R$1000,00 para 220h.
Percentual de insalubridade: 40% (salário mínimo)
Número de horas extras no mês: 15h
Cálculo: Pega-se o valor do salário mínimo x o percentual de insalubridade
R$ 415,00 x 40% = R$ 166,00, depois pega-se o valor do percentual mais o salário
base R$ 166,00 + R$ 1.000,00 = R$ 1.166,00, após divide-se a soma do percentual mais o
salário base por 220h, R$ 1.166,00 ÷ 220h = R$ 5,30/h
Depois de encontrado o valor hora, calcula-se o valor a ser recebido pela hora
extraordinária, nesse caso 50%.
Cálculo: R$ 5,30 x 50% = R$ 2,95 + R$ 5,30 = valor da hora extra, R$ 7,95.
R$ 7,95 x 15h = R$ 119,25, valor este recebido referente as horas extras realizadas
em local insalubre conforme exemplo.
Para os autores, adicional de insalubridade deve ser percebido pelos empregados que
estão expostos em local de risco e à agentes nocivos à saúde, conforme estipulados em laudos
pelo médico do trabalho.
2.3.3.4.1 Contabilização de adicional de insalubridade
Será exposto a contabilização do adicional de insalubridade com base nos quadros 3,
4 e 5 com os respectivos percentuais.
Santos et al (2003) demonstra a contabilização:
D Despesas com salários/adicional de insalubridade/PC R$ 166,00
C Salários a pagar/DRE R$ 166,00
D Despesas com salários/adicional de insalubridade/PC R$ 83,00
C Salários a pagar/DRE R$ 83,00
D Despesas com salários/adicional de insalubridade/PC R$ 41,50
C Salários a pagar/DRE R$ 41,50
35
2.3.3.5 Adicional de periculosidade
Empresas que em suas atividades diárias requerem de seus empregados a exposição
a situações perigosas, como por exemplo, em contato com líquidos inflamáveis, ou então a
produtos explosivos, deverão para a este pagar o adicional de periculosidade.
Oliveira (2002, p. 24) explana sobre adicional de periculosidade:
São consideradas atividades as operações perigosas, na forma da regulamentação
aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que por sua natureza ou métodos de
trabalho, impliquem o contato permanente como inflamáveis ou explosivos, em
condições de risco acentuado.
Gonçales (1993, p. 98) explica que:
O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de
30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações,
prêmios ou participações nos lucros da empresa.
Oliveira (2006, p. 138) afirma que:
São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação
aprovada pelo Ministério do Trabalho, aqueles que, por sua natureza ou métodos de
trabalho, impliquem no contato permanente com inflamáveis ou explosivos em
condições de risco acentuado.
Todo e qualquer empregado que mantiver contato com produtos inflamáveis, bem
como, explosivos, adquire o direito ao adicional de periculosidade, sendo este acrescido no
salário em 30% do salário base como exemplo:
No quadro 7, demonstra-se o cálculo de adicional periculosidade:
36
Salário Base % periculosidade Cálculo
R$ 1000,00 30 1000,00 x 30 = R$300,00
1000,00 + 300,00 = 1300,00
Quadro 7 – Cálculo de Adicional de Periculosidade Fonte: Baseado em Oliveira (2002).
No quadro 8 demonstra-se o cálculo de hora extraordinária em local de
periculosidade, este tem adicional de periculosidade e adicional de hora extra de no mínimo
de 50%.
Exemplo: salário de R$1.000,00 para 220 horas.
Adicional de periculosidade Horas extras Salário base Resultado de hora extra
30% 15h R$1.000,00 R$ 132,90
Quadro 8 – Cálculo de Adicional de Periculosidade Fonte: Baseada em Oliveira (2002).
Adicional de periculosidade: 30% sobre o salário base
Número de horas extras: 15h
Cálculo: R$ 1.000,00 x 30% = R$ 300,00
R$ 300,00 + R$1000,00 = R$ 1.300,00
R$ 1.300,00 ÷ 220h = R$ 5,91/h
R$ 5,91 x 50% = R$2,95/h + R$5,91 = valor por hora extra R$ 8,86.
R$ 8,86 x 15h = R$ 132, 90, valor percebido pelas horas extras no mês.
2.3.3.5.1 Contabilização de adicional de periculosidade
Santos et al (2003) demonstra a contabilização:
D Despesas com salários/adicional de periculosidade/PC R$ 300,00
C Salários a pagar/DRE R$ 300,00
37
2.3.3.6 Adicional Noturno
As empresas muitas vezes têm necessidade de realizar trabalhos durante o período
noturno para suprir a demanda do mercado, por sua vez, este horário é realizado em horário
de descanso, tendo o empregador a obrigatoriedade de pagar um adicional ao empregado
pelas horas trabalhadas.
Oliveira (2002, p. 25) define quem tem direito a adicional noturno:
Tem direito ao adicional noturno o empregado que trabalho no período entre as
22:00 horas de um dia e as 05:00 horas do dia seguinte [...] a hora do trabalho
noturno é de 52:30 minutos.
Gonçalves (2000, p. 30) explica que:
O trabalho noturno, por ser realizado num período em que o organismo está
preparado para descansar, se torna mais penoso, e, por isso, recebeu uma dose extra
de proteção por parte do legislador. Considera-se noturno, para este efeito o trabalho
executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte. A hora do
trabalho noturno será computada como de 52 minutos e 30 segundos, e, deve ser
remunerada com acréscimo de no mínimo 20% sobre hora diurna.
O adicional noturno é compreendido no horário das 22:00 horas de um dia até as
05:00 horas do dia seguinte, este fato acontecendo gera ao empregado o direito ao adicional
noturno, onde terá acréscimo de 20% no valor da hora diurna, pelo fato do horário de trabalho
ser considerado horário próprio para descanso.
Para Vianna (2005, p. 425) “o trabalho noturno deve ser remunerado com o
adicional de, pelo menos 20% sobre o valor da hora normal/diurna e, desde que pago com
habitualidade deverá integrar o salário do trabalhador para todos os efeitos legais”.
Para um empregado que trabalha em horário noturno e faz hora extra, este obtêm
direito de dois adicionais, o adicional noturno e adicional de hora extra, conforme exemplo:
38
Salário base Horas mensais Adicional noturno Número de horas extras Resultado
R$ 1.000,00 220 h 20% 15 R$ 122,40
Quadro 9 – Cálculo de Adicional Noturno Fonte: Baseado em Vianna (2005).
Exemplo: salário base R$ 1.000,00, 220 horas trabalhadas.
Adicional noturno: 20%
Número de horas extras no mês: 15
Cálculo:
R$ 1.000,00 ÷ 220h = R$ 4,54/h
R$ 4,54 x 20% = R$ 0,90
R$ 0,90 + 4,54 = R$ 5,44/h valor da hora noturna.
R$ 5,44 x 50% = R$ 8,16/h valor da hora extra noturna.
R$ 8,16 x 15h = R$ 122,40 total de hora extra percebido.
2.3.3.6.1 Contabilização de adicional noturno
Santos et al (2003) demonstra a contabilização:
D Despesas com salários/adicional noturno/PC R$ 122,40
C Salários a pagar/DRE R$ 122,40
2.3.3.7 Adicional de hora extraordinária
A empresa por vezes, dependendo da demanda de mercado, do volume de serviço a
ser executado, sente a necessidade de convocar seus empregados a realizar horas extras para
conseguir manter seus trabalhos em dia ou até mesmo para poderem dar andamento a novas
atividades, ou então, para ganhar tempo que futuramente será necessário para poder manter-se
competitiva no mercado.
39
O empregado ao realizar horas extras, obtém o direito ao adicional de hora
extraordinária, que diz respeito ao valor percebido pelo empregado por ter excedido o número
de horas respectivas a jornada de trabalho previstas em seu contrato.
Oliveira (2002, p. 19) explana sobre hora extraordinária:
A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de duas horas, mediante acordo
escrito entre empregador e empregado, ou mediante acordo coletivo ou contrato
coletivo de trabalho, devendo obrigatoriamente o empregador pagar, pelo menos,
mais 50% sobre a hora normal.
Sena (2005, p. 46) comenta sobre hora extra:
A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em
número não excedente a 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e
empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
§ 1º Do acordo ou contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente a
importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 50%
(cinqüenta por cento) superior á da hora normal.
§ 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela
correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período
máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja
ultrapassado o limite máximo de 10 horas diárias.
Oliveira (2006, p. 136) diz que:
[...] A jornada normal diária (08:00 horas) pode ser acrescida de horas
suplementares em números não excedente de duas, mediante acordo escrito entre
empregado e empregador ou contrato coletivo de trabalho. Com exceção dos casos
de compensação de horário, as horas excedentes á jornada são consideradas
extraordinárias, devendo ser pagas com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor
da hora normal [...].
A hora extraordinária não deverá ultrapassar duas horas diárias, e o empregador
deverá pagar no mínimo 50% sobre o valor da hora normal.
No quadro 10 apresenta-se exemplo de hora extraordinária:
40
Salário hora normal Adicional de hora extra (%) Valor da hora extra
R$ 6,00 50 R$ 9,00
Quadro 10 – Cálculo de adicional de hora extraordinária Fonte: Baseado em Oliveira (2002).
Cálculo:
Salário-hora normal = R$ 6,00 x 50% = R$ 3,00
R$ 6,00 + R$ 3,00 = R$ 9,00
Hora extra = R$ 9,00
2.3.3.7.1 Contabilização de adicional de hora extraordinária
Santos et al (2003) demonstra a contabilização:
D Despesas com salários/hora extra/PC R$ 9,00
C Salários a pagar/DRE R$ 9,00
2.3.3.8 Descanso semanal remunerado
Todo empregado devidamente registrado, durante o mês trabalhado, adquiri direito
ao descanso semanal remunerado e normalmente será pago o domingo ao qual o colaborador
preferencialmente estiver a descanso.
Vianna (2005, p. 372) explica quem possui direito ao descanso semanal remunerado:
É assegurado a todo empregado urbano, rural ou doméstico um repouso semanal
remunerado de 24 horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites
de exigência técnicas da empresa, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a
tradição local. O repouso deverá ser concedido, portanto, uma vez em cada semana,
esta considerada para fins trabalhistas como período de segunda-feira a domingo.
[...] não há obrigatoriedade e nem mesmo determinação legal estipulando que o
repouso deve ser concedido após o sexto dia consecutivo de trabalho [...]. Para que o
41
empregado tenha direito a remuneração correspondente ao repouso e feriados, é
necessário que o mesmo tenha trabalhado durante toda a semana anterior,
cumprindo integralmente o seu horário de trabalho, sem faltas, atrasos e/ ou saídas
injustificadas durante o expediente [...].
Conforme o autor, todo empregado que cumprir sua jornada semanal de trabalho
adquiri o direito ao descanso semanal remunerado, onde dá-se preferência ao descanso no
domingo, num período de 24 horas consecutivas.
Sena (2005, p. 47) demonstra o cálculo de descanso semanal remunerado:
Um funcionário com salário mensal de R$800,00 no mês de abril/2004, trabalha
220h-mês, fez 30 horas extras diurnas nesse mês houve quatro domingos e dois
feriados. Cálculo:
Hora extra = 800,00 ÷ 220h = R$ 3,6364 (valor de uma hora) + 50% = R$ 5,4545
(valor de1h extra) x 30h extras = R$ 163,64
RSR = + 30 dias de abril
- 6 (4 domingos e 2 feriados)
= 24 dias úteis
RSR = R$ 163,64 ÷ 24 dias x 6 = R$ 40,91
Valor a receber no mês: R$ 800,00 + R$ 163,64 + R$ 40,91 = R$ 1.004,55
Salário Horas trabalhadas Percentual Horas extras RSR sobre hora extra
R$800,00 220 50 % 30 R$40,91
Quadro 11 – Cálculo de Descanso Semanal Remunerado Fonte: Baseado em Sena (2005).
2.3.3.8.1 Contabilização de descanso semanal remunerado
Santos et al (2003) demonstra a contabilização:
D Despesas com salários/PC R$ 40,91
C Salários a pagar/DRE R$ 40,91
42
2.3.3.9 Ajuda de custo e diárias para viagem
O empregado com função prevista no contrato de trabalho, ou mesmo em casos
isolados, tiver que realizar viagens a fim de trabalho, tem o direito a uma ajuda de custo a ser
paga pelo empregador por dia com a finalidade de cobrir gastos durante o período em que
estiver a trabalho. Cabe ao empregador definir qual valor a ser conferido ao empregado para
que este possa cobrir gastos com alimentação, hospedagem, locomoção, etc.
Para Gonçalves (2000, p. 48) ajuda de custo pode ser definido como:
É o valor atribuído ao empregado, pago de uma única vez, para atender certas
despesas por ele realizadas em razão de trabalho externo. A ajuda de custo assim
caracterizada, tem caráter indenizatório (nunca salarial), independentemente do seu
valor. No entanto o valor pago mês a mês ao empregado que trabalha internamente,
com a denominação de ajuda de custo, incorpora-se ao salário do mesmo, não
podendo ser suprida.
Para Vianna (2005, p. 432) diárias para viagem são:
Quantias pagas ao trabalhador para atender despesas necessárias decorrentes de
serviço externo (viagem), habitual ou não. O empregador confere, pois, a seu
empregado determinada quantia, suficiente a cobrir os gastos provenientes da
viagem, não necessitando o obreiro a prestar contas das despesas ocorridas quando
de seu retorno. Pode-se dizer, pois, que caso o empregado consiga “economizar” o
valor que lhe foi conferido título de “diária para viagem”, poderá ficar com o
“troco”, sem necessidade de restituir tal diferença a seu empregador [...].
Segundo Gonçalves (2000, p. 48):
É considerado “diárias para viagem” o valor pago habitualmente ao empregado para
cobrir as despesas decorrentes da execução de trabalho externo. A sua integração ou
não no salário do empregado, depende do seu valor, ou seja, não se integra ao
salário: se o total recebido no mês, a título de diárias, for inferior a 50% do salário
do empregado; integra-se ao salário: se o total recebido no mês, a título de diárias,
43
for superior a 50% do salário do empregado. Neste caso, a integração se dá pelo
valor total da diária e não só pela parte que excedam 50% [...].
Conforme os autores, a ajuda de custo, bem como diárias para viagem, são auxílios
conferidos ao empregado a fim de cobrir despesas durante o período de viagem ao qual este
estiver prestando serviços para a empresa.
Este valor concedido ao empregado pelo empregador varia de empresa para
empresa, sendo que este valor é conferido por dia de viagem, ou seja, é determinado um valor
diário a ser pago ao empregado durante o tempo que estiver viajando, sendo que, caso o
empregado consiga “economizar” o valor a ele concedido, não se faz necessário a devolução,
cabendo ao empregado fazer uso deste dinheiro.
2.3.3.10 Salário Família
O salário família trata-se de um benefício pago ao empregado pelo empregador, com
a finalidade de auxiliar nas despesas com alimentação e educação dos filhos menores de 14
anos ou inválidos.
Oliveira (2006, p. 141) explica que:
O salário família será devido, mensalmente, ao segurado empregado (urbano ou
rural), exceto ao trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos
(legítimo, legitimados, ilegítimos e adotivos) ou equiparados, até 14 anos de idade
ou inválidos (de qualquer idade).
Vianna (2005, p. 72) comenta que:
O salário-família será devido, mensalmente, ao segurado empregado urbano ou rural
(exceto o doméstico), e ao trabalhador avulso, que possui baixa renda, na proporção
do respectivo número de filhos (legítimos, legitimados, ilegítimos e adotivos) ou
equiparados, até 14 anos de idade ou inválidos (de qualquer idade).
A invalidez do filho ou equiparado maior de 14 anos de idade deverá ser verificada
em exame médico-pericial a cargo da previdência social. Equiparam-se aos filhos do
44
segurado: o enteado; o menor que esteja sob sua tutela e não possua bens suficientes
para o próprio sustento e educação.
Conforme os autores, o salário família é devido mensalmente aos empregados
urbano ou rural para filhos com até 14 anos de idade. Tratando-se de filhos com invalidez este
benefício é concedido independente da idade.
Segundo Gonçalves (2000, p. 51): “[...] o salário família é pago pelo patrão, seu
salário é deduzido da contribuição feita ao INSS por se tratar de um benefício previdenciário.
O salário família é reajustado periodicamente, por isso, antes de pagá-lo convêm certificar-se
do valor”.
Valor da remuneração Valor da quota Até R$ 472,43 R$ 24,23 Acima de R$ 472,43 até R$ 710,08 R$ 17,07
Tabela 1 - Valores pagos pelo Salário-Família Fonte: Decreto nº 77 de 11 de março de 2008.
2.3.3.10.1 Contabilização de salário família
Santos et al (2003) demonstra a contabilização:
D Despesas com salários R$ 24,23
C Salários a pagar R$ 24,23
2.3.3.11 Salário maternidade
O salário maternidade é concedido a toda mulher após o nascimento do filho, sendo
este pago pelo empregador e deduzido no momento do recolhimento da contribuição para
Previdência Social.
Gonçalves (2000, p. 56) explica que:
45
Salário maternidade é um benefício custeado pela Previdência Social. Porém, é pago
pelo empregador, também na folha de pagamento e, deduzido integralmente quando
do recolhimento das contribuições da empresa.
Vianna (2005, p. 474) comenta situações de licença-maternidade:
O período de afastamento da empregada por motivo de licença-maternidade é
considerado como tempo de serviço efetivo para todos os efeitos legais, e, sendo
assim, também será computado para fins de contagem do período aquisitivo de
férias [...] ocorrendo o nascimento da criança no decorrer do gozo das férias, este
ficará suspenso durante o período da licença-maternidade (120 dias), devendo ser
retomado imediatamente após o término do benefício previdenciário.
Conforme Gonçalves descreve, o salário maternidade é custeado pela Previdência
Social e pago pelo empregador, sendo este valor pago correspondente ao salário do
empregado.
2.3.3.11.1 Regras para pagamento
O salário maternidade, assim como outros benefícios concedidos pelo Governo,
segue sistemática por ele definido, sendo seguidos critérios para usufruir do benefício, entre
eles as regras de pagamento.
Gonçales (1993) relata regras para pagamento do salário maternidade:
Art. 93. O salário-maternidade é devido a assegurada da previdência social, durante
cento e vinte dias, com início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias
depois do parto [...].
§ 1º Para a segurada empregada, inclusive a doméstica, observar-se-á, no que
couber, as situações e condições previstas na legislação trabalhista relativas a
proteção a maternidade; § 2º Será devido o salário-maternidade a segurada especial,
desde que comprove o exercício de atividade rural nos últimos dez meses
imediatamente anteriores ao requerimento do benefício, mesmo que de forma
contínua, aplicando-se, quando for o caso [...]. § 3º Em casos excepcionais, os
46
períodos de repouso anterior e posterior ao parto podem ser aumentados de mais
duas semanas, mediante atestado médico fornecido pelo Sistema Único de Saúde ou
pelo serviço médico próprio da empresa ou por ela credenciado. § 4º Em caso de
parto antecipado ou não, a segurada tem direito aos cento e vinte dias previstos neste
artigo. § 5º Em caso de aborto não criminoso, comprovado mediante atestado
médico fornecido pelo Sistema Único de Saúde ou serviço médico próprio da
empresa ou por ela credenciado, a segurada terá direito ao salário maternidade
correspondente a duas semanas. § 6º Será devido, juntamente com a última parcela
paga em cada exercício, o abono anual - décimo terceiro salário – do salário-
maternidade, proporcional ao período de duração do benefício.
As empresas em caso de gravidez de qualquer empregada, devem seguir os
procedimentos citados no decreto 3.048/00 arts. 93 a 103, observando alguns detalhes como,
por exemplo, se a segurada já estiver usufruindo de algum benefício previdenciário não fará
jus ao salário-maternidade.
2.3.3.11.2 Contabilização de salário maternidade
Santos et al (2003) demonstra a contabilização:
D Despesas com salários $
C Salários a pagar $
2.3.3.12 Salário In-natura.
A maioria das empresas fornece aos seus empregados salário In Natura,
compreendendo o salário In Natura, alimentação, habitação, vestuário, transporte, etc.
Oliveira (2006, p. 134) descreve sobre salário In Natura.
Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para os efeitos legais, a
alimentação, habitação, vestuário, transporte etc. Estas parcelas são denominadas
47
salário in natura, e assim se compreendem no salário em razão do fornecimento
habitual pelo empregado, seja por força de contrato, documento coletivo ou mesmo
do costume. Não é permitido, em caso algum, pagamento com bebidas alcoólicas.
Vianna (2005, p. 387) explana que:
Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos
legais, a alimentação, habitação, vestuário, transporte etc. Estas parcelas são
denominadas salário in natura e assim se compreendem no salário em razão do
fornecimento habitual pelo empregador, seja por força de contrato, documento
coletivo ou mesmo do costume. Não é permitido, em caso algum, o pagamento com
bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. [...] Sendo assim, todas as vezes em que a
empresa fornecer ao empregado utilidade ou parcela, não necessitando o empregado,
portanto, arcar com a referida despesa (o que deveria fazer caso não a recebesse do
empregador), esta utilidade fornecida será considerada salário in natura. São assim
consideradas, por exemplo, as mensalidades escolares e os aluguéis residenciais
pagos pelo empregador.
Para os autores Vianna e Oliveira, o salário In Natura compreende para efeitos
legais, alimentação, habitação, vestuário, transporte pagos pelo empregador. Sendo este
estipulado em contrato de trabalho ou documento coletivo.
2.3.3.13 Férias
Todo empregado, que dentro das leis, estiver devidamente registrado, possui o
direito de férias após 12 meses de trabalho a partir da data do contrato de trabalho. Este
período de férias corresponde a 30 dias anuais desde que não tenha cometido faltas
injustificadas no período correspondido de 12 meses, outrora, caso haja acontecido, este
período de férias será reduzido conforme número de faltas cometidas.
Vianna (2005, p. 455) comenta que:
O empregado somente adquire direito às férias depois de transcorridos doze meses
de vigência do contrato de trabalho, não sendo possível, desta forma, a concessão de
48
férias individuais a empregados com períodos aquisitivos incompletos, salvo na
hipótese de férias coletivas, previstas no art. 139 da CLT.
As férias deverão ser concedidas dentro dos doze meses subseqüentes à aquisição do
direito, sob pena de serem pagas em dobro. A época de concessão das férias deverá
ser a que melhor consulte os interesses do empregador, sendo, portanto, por este
determinadas.
Para Gonçalves (2000, p.87):
Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem
prejuízo da remuneração. No entanto, somente a cada período de 12 meses de
vigência do contrato de trabalho é que o empregador concederá tal período de
descanso. Via de regra, este período de descanso corresponde a 30 dias, porém,
dependendo do número de faltas injustificadas que o empregado teve durante aos 12
meses de trabalho, esta quantidade de dias será reduzida.
Para os autores, todo empregado possui direito a gozar de férias depois de
transcorridos 12 meses respectivos ao seu contrato de trabalho, sendo que a data para usufruir
estas férias geralmente parte de um consenso entre as partes. As férias deverão ser concedidas
ao empregado num período máximo de 11 meses após o direito de aquisição de férias, sendo
cabível o pagamento em dobro no acontecimento deste fato.
O acompanhamento de férias de cada empregado é função da empresa, visto que o
empregado não tem responsabilidade sobre o controle do período de férias.
2.3.3.13.1 Contabilização de férias
2.3.3.13.1.1 Provisão Para Pagamento de Férias
GRECO, AREND e GÄRTNER (2007, p. 277) define provisões:
Provisões são parcelas consideradas despesas, destinadas a cobrir perdas prováveis
ou estimadas por não realização de valores registrados em contas do ativo, ou
49
representam obrigações específicas, a serem cumpridas no futuro, lançadas na conta
do passivo.
2.3.3.13.1.2 Constituição
GRECO, AREND e GÄRTNER (2007, p. 278) comenta sobre a constituição da
Provisão de Férias:
A constituição desta provisão, dedutível do Imposto de Renda, será determinado
com base na remuneração mensal do empregado e no número de dias de férias a que
tiver direito na época do balanço. A faculdade de constituir esta provisão contempla
a inclusão de gastos já incorridos com a remuneração de férias proporcionais bem
como com os encargos sociais incidentes sobre os valores que forem objetos de
provisão cujo ônus caiba à empresa.
D Despesas com Provisão para Férias $
C Provisão para Pagamento de Férias $
As importâncias pagas serão debitadas à provisão, até o limite do valor provisionado
e a totalidade dos valores pagos a quaisquer beneficiários cujas férias ali tenham
sido incluídas.
D Provisão para Pagamento de Férias $
C bancos conta depósitos à vista (ou caixa) $
O saldo por ventura remanescente na data do balanço seguinte, poderá ser revertido
e, se for o caso constituída nova provisão.
D Provisão para Pagamento de Férias $
C Reversão da Provisão para Pagamento de Férias $
2.3.3.13.2 Abono Pecuniário
A empresa ao receber com antecedência de seu empregado a solicitação de abono
pecuniário deverá realizar a concessão a este.
50
Vianna (2005, p.467) comenta sobre abono pecuniário:
É facultado ao empregado converter um terço do período de férias que tiver direito
em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias
correspondentes. O abono deverá ser requerido pelo empregado, por escrito, até
quinze dias antes do término do período aquisitivo, forma pela qual se torna de
aceitação obrigatória pelo empregador. Se solicitado em período posterior a empresa
não será obrigada a sua aceitação, sendo facultado ao empregador aceitar ou não o
pedido do obreiro. Em se tratando de férias coletivas, o abono pecuniário deverá ser
objeto de acordo coletivo entre o empregador e o sindicato representativo da
respectiva categoria profissional, independendo de requerimento individual a
concessão do mesmo.
A legislação trabalhista vigente faculta ao empregado à conversão de um terço do
período de férias a que tiver direito em abono pecuniário. Nesta hipótese, uma parte
do descanso (um terço dos dias devidos, no máximo) será substituída por trabalho,
que deverá ser remunerado em separado.
Assim, quando o empregado fizer a opção pelo abono, o empregador, no ato do
pagamento das férias (no mínimo dois dias antes do respectivo gozo), deverá
apresentar dois recibos: a) recibo de férias: vinte dias acrescidos de um terço
constitucional; haverá incidência de INSS, FGTS e IRRF. b) recibo de abono
pecuniário: dez dias acrescidos de um terço constitucional; não haverá incidência de
INSS e FGTS, apenas sendo devido o IRRF [...].
O empregado que solicitar com antecedência o abono pecuniário, a empresa está
obrigada a conceder. Tratando-se de férias coletivas o abono pecuniário é decidido entre o
empregador e o sindicato de sua classe.
2.3.3.13.3 Faltas injustificadas
O empregado que tiver durante o período de 12 meses um número de faltas
injustificadas, perderá proporcionalmente o direito a férias, conforme é demonstrado no
quadro 12.
51
Número de faltas Número de dias a férias
Até 05 faltas 30 dias corridos
De 06 a 14 faltas 24 dias corridos
De 15 a 23 faltas 18 dias corridos
De 24 a 32 faltas 12 dias corridos
Quadro 12 – Faltas injustificadas Fonte: Baseado em Oliveira (2002).
2.3.3.13.4 Faltas abonadas
Há casos específicos em que o empregado faltar ao trabalho terá assegurado o direito
ao não desconto nos dias de férias, cabendo ao empregado comprovar o motivo pelo qual teve
de se ausentar das atividades normais.
A CLT no art. 473 descreve quais condições o empregado poderá se ausentar do
trabalho sem que haja prejuízo na remuneração de suas férias.
I- Até dois dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente,
descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e
previdência social, viva sob sua dependência econômica; II- Até três dias
consecutivos, em virtude de casamento; III- Por um dia, em caso de nascimento de
filho, na decorrência da primeira semana; IV- Por um dia, em cada doze meses de
trabalho, em caso de doação voluntária de sangue, devidamente comprovada; V- Até
dois dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei
respectiva; VI- No período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do
serviço militar; VII- Nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas
de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior.
É cabível a todo e qualquer empregado devidamente registrado, ausentar-se das suas
atividades sem que haja o desconto do dia em que esteve ausente, mas, este desconto não será
aplicado mediante a apresentação dos comprovantes, como por exemplo, atestado de óbito,
52
certidão de casamento, de nascimento, e outros documentos comprobatórios previstos na
CLT.
2.3.3.13.5 Prazo para pagamento da remuneração das férias.
A empresa no momento da contratação de um empregado, estabelece com este um
contrato de trabalho, ao qual, dispõem de várias condições, inclusive no que diz respeito ao
direito de férias do empregado e o respectivo pagamento.
Oliveira (2006, p. 169) diz que: “o pagamento da remuneração das férias e, se for o
caso, o do abono pecuniário, deverá ser efetuado até 02 (dois) dias antes do início do
respectivo período”.
Todo empregado ao gozar do seu período de férias, independente do número de dias
que lhe for concedido, adquiri o direito a perceber com dois dias de antecedência o valor
referente aos dias que estiver usufruindo das férias. Cabe a empresa efetuar este pagamento,
cumprindo os prazos estipulados pela legislação, sujeita a pagamento de multas no não
cumprimento.
2.3.3.13.6 Férias em dobro
O disposto no contrato de trabalho beneficia o empregado a trinta dias de férias
anuais, cabendo ao empregador, bonificar o empregado neste período, sendo cabível de
multas pelo não cumprimento conforme disposto em lei.
Vianna (2005, p. 469) explana sobre férias em dobro:
Sempre que as férias forem concedidas após o prazo legal (período concessivo),
deverão ser remuneradas em dobro. O gozo, entretanto, não será dobrado, devendo o
53
empregado descansar apenas os dias normais de férias. A legislação trabalhista é
omissa no tocante a configuração de férias em dobro em decorrência da projeção do
aviso prévio indenizado, quando estas são indenizadas em rescisão contratual.
Conforme Vianna, depois de passado o prazo de concessão das férias, o empregador
deverá pagar as férias em dobro conforme legislação. No caso de um empregado demitido
com aviso prévio indenizado, este não poderá extrapolar o período concessivo de férias, caso
ocorra pagará em dobro.
2.3.3.13.7 Férias coletivas
Todo empregado registrado legalmente, possui direito a férias coletivas da empresa,
mesmo que exerça atividades nesta empresa menos de doze meses, neste caso, terá o direito as
férias na proporcionalidade ao tempo de serviço prestado ao empregador.
Vianna (2005, p. 470) comenta sobre férias coletivas:
Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou
de determinados estabelecimentos ou setores da empresa, que serão as férias
gozadas em dois períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a dez dias
corridos. Entretanto, para que possa o empregador adotar este critério, será
necessário: o empregador deverá comunicar ao órgão local do ministério do trabalho
e emprego, com a antecedência mínima de quinze dias, as datas de início e fim das
férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida;
também com antecedência mínima de quinze dias, o empregador deverá enviar uma
cópia da comunicação (efetuada ao ministério) ao sindicatos respectivos da
respectiva categoria profissional, providenciando ainda a afixação de avisos nos
locais de trabalho.
Os empregados contratados a menos de doze meses gozarão, na oportunidade, férias
proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo. Assim, o empregado
que possua apenas seis meses de trabalho em uma determinada empresa não fará jus
a trinta dias de férias coletivas, mas sim de quinze dias. Se as férias coletivas forem,
portanto, de vinte dias, ocorrerá que o respectivo período de gozo será superior ao
direito adquirido do empregado. Neste caso, e na impossibilidade de a empresa vir a
utilizar os serviços deste empregado nos cinco dias excedentes ao período de férias a
54
que tem direito, considera-se o gozo de dias excedentes ao direito com licença
remunerada, a qual deverá ser paga em folha de pagamento normal a fim de evitar a
redução salarial, sem ser devido, inclusive, o acréscimo constitucional de um terço
de férias.
Estes dias considerados como licença remunerada não poderão ser compensados
nem descontados do empregado em hipótese alguma, quaisquer que sejam as verbas
trabalhistas recebidas.
Para os empregados contratados a doze meses ou mais, a data do período aquisitivo
permanecerá inalterado.
O abono pecuniário, se de interesse do empregado, deverá ser acordado entre o
empregador e o sindicato da categoria profissional, independentemente de
requerimento individual [...].
Segundo o autor, as empresas poderão conceder férias coletivas a todos os seus
colaboradores, ou de um determinado setor, onde cabe ao empregador comunicar o sindicato
da categoria e o ministério do trabalho com quinze dias de antecedência.
Os empregados deverão gozar de suas férias no máximo em dois períodos, onde
nenhum deles deve ser inferior a dez dias.
2.3.3.14 Gratificação Natalina (décimo terceiro salário)
Em se tratando de décimo terceiro salário, o empregador tem a obrigação de efetuar
os devidos pagamentos a seus colaboradores, desde que os mesmos tenham trabalhado no
mínimo quinze dias no mês.
Vianna (2005, p. 490) descreve quem tem direito ao décimo terceiro salário:
A gratificação de natal, também chamada “13º salário”, é devida a todo empregado
urbano, rural ou doméstico, bem como também aos trabalhadores avulsos,
independentemente da remuneração por estes percebida. A gratificação
corresponderá a um doze avos da remuneração devida em dezembro, por mês de
serviço, do ano correspondente. A fração igual ou superior a quinze dias de trabalho
será havida como mês integral para efeito do cálculo da percepção do um doze avos
da remuneração de dezembro.
55
O 13º salário deverá ser pago em duas parcelas, sendo a primeira entre os meses de
fevereiro e novembro de cada ano, e a segunda até 20 de dezembro.
O décimo terceiro salário pode ser aplicado aos seus empregados, independente da
quantidade de meses que este tenha prestado serviço a empresa, porém, o valor a ser
percebido pelo empregado será respectivamente proporcional aos meses em que de fato o
empregado tenha prestado seus serviços ao empregador.
2.3.3.14.1 Pagamento da primeira parcela
O pagamento da primeira parcela referente ao décimo terceiro salário, deverá seguir
critérios estabelecidos; caberá ao empregador definir a data que a ele for mais conveniente,
desde este pagamento seja feito entre os meses de fevereiro a novembro do ano corrente.
A primeira parcela do décimo terceiro salário poderá ser efetuada conforme Vianna
(2005, p. 490) descreve:
Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador deverá pagar
como adiantamento do 13º salário (primeira parcela), de uma só vez, metade do
salário recebido pelo respectivo empregado no mês anterior. A opção da época em
que será efetuado o pagamento ficará a critério do empregador, não estando este
obrigado a pagar o adiantamento no mês a todos os seus empregados.
Nos casos em que o empregado for admitido no curso do ano, ou ainda, se durante
este não permanecer à disposição do empregador durante todos os meses, o
adiantamento corresponderá a metade de um doze avos da remuneração, por mês de
serviço ou fração igual ou superior a quinze dias de trabalho.
Segundo o autor a empresa definirá o período em que estará efetuando o pagamento
da primeira parcela do décimo terceiro salário e, caberá ao empregador se irá ou não efetuar o
pagamento a todos os seus empregados, não estando obrigado a fazê-lo.
Oliveira (2002, p. 242) apresenta o cálculo da primeira parcela do 13º salário para
mensalistas (adaptado):
56
Fórmula: salário ÷ por 12 x 08 meses ÷ 02.
Exemplo:
Salário R$ 1000,00
Meses trabalhados: 08
Cálculo: R$1000,00 ÷ 12 = R$ 83,33 x 08 = R$ 666,66 ÷ 02 = R$ 333,33.
No pagamento da primeira parcela do 13º salário, o empregado receberá salário
proporcional aos meses trabalhados, sem incidência de impostos e quaisquer descontos.
2.3.3.14.2 Pagamento da segunda parcela
Após o pagamento da primeira parcela referente ao 13º salário, o empregador terá a
obrigação de efetuar o pagamento da segunda parcela. Na primeira parcela não há descontos,
fato que acontecerá no pagamento da segunda parcela, onde todos os impostos serão
recolhidos pelo empregador e repassados a Previdência Social e a Receita Federal do Brasil.
Para Vianna (2005, p. 492), o empregador deverá efetuar o pagamento da segunda
parcela do 13º salário até o dia 20 de dezembro de cada ano, tomando-se por base nesse mês,
de acordo com o tempo de serviço do empregado no ano curso. Recaindo o dia 20 em data
não útil, estando o estabelecimento bancário fechado, deverá o empregador antecipar o
pagamento referido.
O valor do 13º salário corresponderá a um doze avos da remuneração devida em
dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente (mês civil/calendário), sendo que a
fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será havida como mês integral.
O procedimento para o cálculo dessa parcela será o mesmo adotado para a primeira,
com a diferença de que, neste cálculo a base será a própria remuneração de dezembro. Assim,
o 13º salário será recalculado como se não houvesse sido pago o seu adiantamento. O valor
obtido, portanto, será o 13º salário integral, base de cálculo para o INSS e o IRRF. Do
resultado, deduz-se o valor pago a título da primeira parcela, pelo valor real que houver sido
pago, sem a aplicação de qualquer índice de reajuste. O valor obtido, após a dedução da
primeira parcela, será justamente o valor da segunda parcela do 13º salário.
57
Oliveira (2002, p. 243) demonstra o cálculo da segunda parcela do 13º salário para
mensalistas (adaptado):
Fórmula: Salário ÷ 12 x quantidade de meses trabalhados (–) primeira parcela (–)
INSS (–) IRRF = última parcela.
Exemplo: salário: R$ 1.000,00
Meses trabalhados: 08
Valor da primeira parcela: R$ 333,33
INSS: 9%
IRRF: -
Cálculo: R$ 1000,00 ÷ 12 x 08 = R$ 666,66 (-) R$ 333,33 (-) R$ 59,99 = R$ 273,74.
Diferentemente da primeira parcela, onde não há incidência de desconto de
impostos, na segunda parcela, o imposto será descontado, neste caso, houve desconto de 9%
sobre o salário correspondente, referente ao INSS devido ao fato do salário do empregado não
ser superior a R$ 1.372,81, porém não houve desconto de IRRF.
2.3.3.14.3 Contabilização da provisão de 13º salário
GRECO, AREND e GÄRTNER (2007, p. 279) define constituição para provisão de
13º Salário:
A provisão para pagamento do 13º salário deverá ser constituído mensalmente,
distribuindo, de maneira uniforme, por todos os meses do ano, as despesas com essa
gratificação, atendendo, dessa forma, ao regime de competência.
O valor provisionado deverá corresponder a 1/12 da remuneração mensal dos
funcionários, cabendo ajuste retroativo do valor quando da ocorrência de reajustes
salariais.
D Despesas com Provisão para Pagamento de 13º salário
C Provisão para Pagamento de 13º salário
O valor dos encargos sociais incidentes sobre o 13º salário também deverá ser
provisionado pelo seguinte lançamento:
D Encargos Sociais sobre 13º salário
C Provisão para Encargos sobre 13º salários
58
Quando o pagamento do 13º salário, a empresa usará essa provisão até o limite do
valor da sua contribuição.
D Provisão para Pagamento do 13º salário
C Caixa (ou bancos conta depósitos à vista)
Quando o pagamento dos encargos sobre o 13º salário, a empresa usará esta
provisão até o limite do valor de sua constituição:
D Provisão para Encargos sobre 13º salário
C Caixa (ou bancos conta depósitos a vista)
No caso de permanecer saldo nas contas de provisão após o pagamento do 13º
salário, esses valores serão revertidos pelos seguintes lançamentos:
D Provisão para pagamento do 13º salário
C Reversão da Provisão para pagamento de 13º salário
D Provisão para Encargos sobre 13º salário
C Reversão da Provisão para Encargos sobre 13º salário.
2.4 Descontos
Na folha de pagamento são discriminados os proventos, bem como os descontos
devidos ao empregado. Há os descontos admitidos por lei, sendo estes obrigatórios e há
também os descontos que poderão ser descontados da folha de pagamento mediante
autorização do empregado.
Oliveira (2006, p. 147) define os descontos, autorizados por lei e os descontos
admitidos mediante autorização do empregado.
Descontos autorizados por lei são os seguintes: a) INSS; b) Imposto de Renda
Retido na Fonte; c) Contribuição Sindical; d) Contribuição Confederativa ou
Contribuição Assistencial; e) Faltas e atrasos; f) Repouso Semanal Remunerado; g)
Pensão Alimentícia; h) Adiantamento Salarial; Descontos admitidos, mediante
autorização expressa do empregado são os seguintes: a) Seguro de vida; b) Vale
refeição; c) Vales transporte; d) Despesas com medicamentos; e) Telefonemas
particulares; f) Vales de compras de supermercados; g) Cesta básica.
59
2.4.1 Inss
O empregador tem a obrigatoriedade de descontar do empregado o desconto
proveniente ao INSS, bem como repassá-lo a Previdência Social.
Oliveira (2006, p. 148) demonstra como proceder para o desconto do INSS: “sobre a
ajuda de custo, viagem e salário família não há descontos de INSS, desde que a ajuda de custo
seja menor do que 50% do salário base”.
O valor referente á contribuição descontado do total de proventos de cada
empregado será recolhido pelo empregador no total da folha de salário. O recolhimento é feito
na Guia da Previdência Social (GPS).
Forma de cálculo, o valor total dos proventos que houver incidência da contribuição
passará a receber o nome de salário de contribuição. Para seu cálculo é usado um percentual
denominado alíquota. O salário contribuição é devidido por faixas.
Oliveira (2002, p. 26) demonstra os adicionais que entram para a base de cálculo do
INSS.
O INSS incide sobre o salário mais horas extras, adicional de insalubridade,
periculosidade, adicional noturno, diárias para viagem acima de 50% do salário
percebido, 13ºsalário e outros valores admitidos em lei pela previdência social [...].
Para podermos calcular o desconto de INSS utilizas-se a tabela:
Alíquota Salário (R$) Contribuição
08 % Até 911,70 R$ 72,93
09% De 911,71 à 1.519,50 R$ 136,75
11% De 1.519,51 à 3.038,99 R$ 334,28
Tabela 2 – Alíquota de INSS Fonte: Decreto nº 77, de 11 de março de 2008.
Observação: R$3.038,99 é o teto máximo da previdência social.
60
Para empregados com salário acima de R$ 3.038, 99, contribui para o INSS com a
alíquota de 11%, que corresponde ao teto máximo para empregados. A base de cálculo para o
INSS corresponde ao salário base e os adicionais percebidos pelo empregado mês a mês.
2.4.1.1 Finalidade da Previdência Social
A Previdência Social no Brasil segue critérios pré-determinados para pagamento de
pensão aos seus beneficiários para que estes possam usufruir da contribuição realizada,
fazendo uso em situações diversas, obedecendo aos critérios definidos pelo INSS.
Vianna (2005, p. 681) explicita que:
A previdência social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios
indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo
de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão ou morte
daqueles de que dependiam economicamente.
Organizadas sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação
obrigatória, a Previdência Social atende, desta forma, a: cobertura de eventos de
doença, invalidez, morte e idade avançada; proteção à maternidade, especialmente a
gestante; proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; salário-
família e auxílio reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; pensão
por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes.
Os empregados que contribuíram de forma regular com a Previdência Social,
adquirem o direito de receber o valor contribuído mês a mês, dentre alguns critérios
estabelecidos pelo INSS. Desta forma, poderá utilizar o valor para fins que melhor lhe servir.
61
2.4.1.2 Contabilização de INSS
GRECO, AREND e GÄRTNER (2007, p. 245) demonstra a contabilização dos
encargos sociais:
D Contribuições de previdência R$ 72,93
C Contribuições de previdência a recolher R$ 72,93
D INSS R$ 72,93
C INSS a recolher R$ 72,93
2.4.2 Imposto de Renda Retido na Fonte.
Todo empregador têm a obrigação de descontar do empregado que mensalmente
recebe salário acima de R$1.372,82 a título de Imposto de Renda Retido na Fonte.
Subseqüentemente o empregador deverá efetuar recolhimento do IRRF retido à Receita
Federal do Brasil.
Para Oliveira (2006, p. 149):
O desconto do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) é tributado sobre o total
de vencimentos do empregado, obedecendo à legislação vigente, pois tal legislação
no Brasil é muito variável. O imposto de renda é um tributo que incide também
sobre o rendimento do trabalho, recolhido ao Governo Federal, através da Secretaria
da Receita Federal do Brasil, órgão do Ministério da Economia.
A incidência do Imposto de Renda ocorre no momento do pagamento dos valores
sobre os quais incide, ou seja, segundo critérios e a tabela do mês corrente.
Oliveira (2002, p. 27) descreve os adicionais para base de cálculo de Imposto de
Renda Retido na Fonte:
A tributação do Imposto de Renda sobre os rendimentos do trabalho assalariado
pago incide sobre: salário, ordenados, soldos, soldadas, subsídios, honorários,
adicionais, vantagens, extraordinários, suplementação, abonos, bonificações,
gorjetas, gratificações, 13º salário, participações, percentuais, prêmios, cotas-partes
em multas ou receitas, comissões, corretagens, vantagens por transferência por local
62
de trabalho, verbas de representações, e outros rendimentos admitidos em lei pela
Receita Federal do Brasil.
Para os autores, o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) incide sobre o salário e
os adicionais a ele atribuídos mensalmente, devendo ser recolhido e repassado à Receita
Federal do Brasil.
Tabela de descontos de Imposto de Renda Retido na Fonte a partir de Janeiro de
2008.
Base de Cálculo Mensal Alíquota Parcela Deduzida
Até R$ 1.372,81 Isento -
Até R$ 2.743,25 15% R$205,92
Acima de R$ 2.743,25 27,5 % R$548,82
Dedução por dependente: R$ 137,9
Tabela 3 – Alíquota e dedução de Imposto de Renda Retido na Fonte Fonte: Lei nº 11.482 de 31 de maio de 2007.
2.4.2.1 Deduções permitidas do Imposto de Renda Retido na Fonte
Com relação ao Imposto de Renda, há deduções permitidas em lei as quais servem
de base para o empregador efetuar os devidos descontos da folha de pagamento do
empregado.
Vianna (2005, p. 778) descreve as deduções permitidas para o IRRF.
I- Contribuição previdenciária: são admitidas a título de dedução, as contribuições
cuja o ônus tenha sido do próprio contribuinte e desde que destinadas a seu próprio
benefício: a) para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios; b) para as entidades de previdência privada domiciliadas no Brasil e
as contribuições para os Fundo de Aposentadoria Programa Individual - FAPI, cujo
ônus tenha sido do contribuinte, destinadas a custear benefícios complementares
assemelhados aos da Previdência Social.
63
A dedução mensal das contribuições para as entidades de previdência privada,
aplica-se, exclusivamente, a base de cálculo relativa a rendimentos do trabalho com
vínculo empregatício, bem assim de administradores, de aposentados, pensionistas,
quando a fonte pagadora for responsável pelo desconto e respectivo pagamento das
contribuições previdenciárias.
Quando a fonte pagadora não for responsável pelo desconto da contribuição
previdenciária, o valor pago a esse título pode ser considerado para fins de dedução
da base de cálculo sujeita ao imposto mensal, desde que haja anuência da empresa e
que o beneficiário lhe forneça o original do comprovante de pagamento.
II – Dependentes:
Podem ser considerados dependentes: a) cônjuge; b) o companheiro ou
companheira, desde que haja vida em comum por mais de cinco anos, ou por
período menor se da união resultou filho; c) a filha, o filho, a enteada ou enteado, até
21 anos, ou de qualquer idade quando incapacitado física ou mentalmente para o
trabalho; d) o menor pobre, até 21 anos, que o contribuinte crie e eduque e do qual
detenha a guarda judicial; e) o irmão, o neto ou o bisneto, sem arrimo dos pais, até
21 anos, desde que o contribuinte detenha guarda judicial, ou de qualquer idade
quando o incapacitado físico ou mentalmente para o trabalho; f) os pais, os avós ou
os bisavós, desde que não aufiram rendimentos tributáveis ou não, superiores ao
limite de isenção mensal de R$ 1372,81 (hum mil, trezentos e setenta e dois reais e
oitenta e hum centavos). g) o absolutamente incapaz, do qual o contribuinte seja
tutor ou curador.
As pessoas alencadas na letra “c” e “e” podem ser consideradas dependentes quando
maiores até 24 anos de idade, se estiverem cursando estabelecimento de ensino
superior ou escola técnica de segundo grau [...].
A fórmula de Cálculo de Imposto de Renda Retido na Fonte segundo Oliveira (2006,
p. 150) é apresentado da seguinte forma: “Apuração da renda bruta (-) Dedução = Apuração
da Renda Líquida = Imposto Líquido Devido.
Exemplo (adaptado):
Salário de R$ 3.000,00
Dependente: 02
INSS: 11%
64
Cálculo:
R$ 3.000,00 x 11% = R$ 330,00
R$ 3.000,00 – R$ 330,00 – R$275,98 = R$ 2.394,02
R$ 2.394,02 x 15% = R$ 359,10
R$ 359,10 – 205,92 = R$ 153,18
Valor do IRRF devido: R$ 153,18
Esta fórmula é utilizada para cálculos do IRRF a ser descontado do empregado com
base em seu salário e adicionais.
2.4.2.2 Imposto de Renda Retido na Fonte sobre 13º salário.
O empregador ao efetuar o pagamento do décimo terceiro salário ao empregado têm
a obrigatoriedade de descontar o valor correspondente ao IRRF, quando couber esse desconto.
Para Oliveira (2006, p. 150):
A incidência do IRRF sobre o 13º salário ocorre somente na quitação, no mês de
dezembro ou em rescisão de contrato de trabalho. O 13º salário sofre incidência de
IRRF em separado dos rendimentos mensais. Para o cálculo, toma-se o valor do 13º
(salário acrescido dos itens da remuneração que o compõem), encontrando-se a
renda bruta sobre o qual incidirá o imposto.
Vianna (2005, p. 775) descreve que:
Para efeito da apuração do imposto de renda na fonte, a gratificação natalina (13º
salário) é integralmente tributada quando de sua quitação, com base na tabela do
mês de dezembro ou do mês da rescisão do contrato de trabalho.
A tributação ocorre exclusivamente na fonte e separadamente dos demais
rendimentos recebidos no mês pelo beneficiário. Assim, o cálculo do IR será
efetuado separadamente dos demais rendimentos mediante utilização da tabela
progressiva vigente no mês da quitação, sendo permitidas as deduções legais.
65
Os autores definem que o IRRF é devido somente na segunda parcela do décimo
terceiro salário, não cabendo desconto no adiantamento da primeira parcela. O IRRF é
tributado integralmente na quitação da segunda parcela do décimo terceiro salário e, calculado
separadamente dos demais rendimentos do mês.
2.4.2.3 Imposto de Renda Retido na Fonte sobre férias
No caso de férias concedidas ao empregado, assim como o abono pecuniário, o
empregador está obrigado a descontar o IRRF quando dá aplicabilidade deste recurso.
Vianna (2005, p. 777) descreve sobre o IRRF decorrente das férias:
No caso de pagamento de férias, inclusive as em dobro, a base de cálculo do
imposto de renda correspondente ao salário relativo ao mês de férias, acrescido
conforme o caso, de um terço do seu valor e do abono previsto no art. 143 da CLT.
As deduções previstas legalmente poderão ser efetuadas, desde que correspondentes
as férias.
O cálculo do imposto deve ser efetuado em separado de qualquer outro rendimento
pago no mês, inclusive no caso de férias indenizadas, ainda que proporcionais, pagas
rescisão do contrato de trabalho.
O valor da diferença de férias decorrente de ajuste salarial em mês posterior também
deverá ser tributado em separado, no mês do pagamento.
Conforme Vianna há incidência de IRRF no pagamento de férias inclusive quando
houver caso de pagamento de férias em dobro, ou seja, pagamento de indenização sobre as
férias, como também do abono pecuniário e de um terço do seu valor.
66
2.4.2.4 Contabilização de IRRF
GRECO, AREND e GÄRTNERc(2007, p. 244) demonstra contabilização de IRRF:
D Folhas a pagar R$ 153,18
C IRRF - a recolher R$ 153,18
2.4.3 Contribuição sindical
A contribuição sindical é paga por todo empregado devidamente registrado ao seu
respectivo sindicato.
Oliveira (2006, p. 152) comenta sobre a contribuição sindical:
A contribuição sindical é uma obrigação tributária principalmente anual devida por
todas as pessoas jurídicas, autônomos, profissionais liberais e empregados, aos
respectivos sindicatos da categoria a que se enquadrarem.
Gonçales (1993, p. 226) relata sobre contribuição sindical:
[...] As contribuições devidas às entidades representativas de empregados ou
empregadores constituem, em parte, sua fonte de receita. Ou seja, os recursos com
os quais sobrevivem.
O antigo imposto sindical, hoje denominado “contribuição sindical”, é pago por
todos os integrantes da categoria profissional ou econômica. [...]. O valor desta
contribuição, todavia, está escrito na lei: para os trabalhadores a importância
correspondente a um da de trabalho, qualquer que seja a forma de remuneração; para
os empregadores uma importância proporcional ao capital social, encontrada através
de alíquotas incidentes sobre a “classe de capital” progressiva.
A contribuição sindical legal é devida pelo empregado e descontada de seu salário
do mês de março e recolhida no mês de abril de cada ano. A contribuição sindical
legal devida pelo empregador é recolhida no mês de janeiro de cada ano; e para
67
aqueles que venham estabelecer-se após aquele mês, na ocasião em que se requerem
as repartições o registro ou a licença para o exercício da atividade respectiva.
Oliveira (2002, p. 252) relata que:
Os empregadores ficam obrigados a descontar na folha de pagamento dos seus
empregados associados, desde que por eles devidamente autorizados, as
contribuições devidas ao sindicato, quando por este notificado, salvo quanto à
contribuição sindical, cujo desconto independe dessa formalidade.
São também obrigados a descontar, na folha de pagamento do mês de março de cada
ano, a contribuição sindical de um dia de trabalho de todos os empregados, qualquer
que seja a forma da referida remuneração.
Considera-se um dia de trabalho: a) uma jornada normal de trabalho, se o
pagamento ao empregado for feito por unidade de tempo; b) 1/30 da quantia
percebida no mês anterior, se a remuneração for paga por tarefa, empreitada ou
comissão.
Quando o salário por pago em utilidades, ou nos casos em que o empregado receber,
habitualmente, gorjetas, a contribuição sindical corresponderá a 1/30 da importância
que tiver servido de base, no mês de janeiro, para contribuição do empregado à
Previdência Social.
O recolhimento da contribuição sindical referente aos empregados e trabalhadores
avulsos será efetuado no mês de abril de cada ano aos seus respectivos sindicatos.
O recolhimento obedecerá ao sistema de guias, de acordo com as instruções
expedidas pelo Ministério do Trabalho.
No ato da admissão de qualquer empregado, dele exigirá o empregador a
apresentação da prova de quitação da contribuição sindical, fazendo anotação no
livro ou ficha de registro.
Os empregados que não estiverem trabalhando no mês destinado ao desconto da
contribuição sindical, serão descontados no primeiro mês subseqüente ao do início
do trabalho.
A empresa deverá fazer o desconto devidamente no segundo mês de trabalho do
empregado que for admitido após o mês de março e não tiver pagado a contribuição
sindical.
Os autores dizem que a contribuição sindical é tributo anual obrigatório e, deverá ser
recolhido no mês de março de cada ano para o sindicato ao qual o empregado está incluso. A
68
pessoa que não estiver empregada e, subseqüentemente, não estará contribuindo ao sindicato,
este por sua vez, pagará o valor devido no mês posterior a data de admissão, sendo que o
empregador tem o dever de recolher a contribuição sindical no mês de março de cada ano.
Conforme Oliveira (2002): “o valor da contribuição sindical é correspondente a um
dia de serviço no ano”.
Exemplo (adaptado):
Salário: R$1.500,00
Cálculo: salário ÷ quantidade de dias no mês
R$ 1.500,00 ÷ 30 = R$ 50,00
Valor devido da contribuição sindical = R$ 50,00
O empregador deverá descontar em folha de pagamento do empregado e repassar
para o sindicato da categoria dentro do prazo, ou seja, até o dia 30 de abril de cada ano.
2.4.3.1 Contabilização de contribuição sindical
GRECO, AREND e GÄRTNER (2007, p. 244) demonstra contabilização:
D Folhas a pagar R$ 50,00
C Contribuição sindical a recolher R$ 50,00
2.4.4 Contribuição Confederativa ou Contribuição Assistencial
A contribuição confederativa ou contribuição assistencial está ligada diretamente ao
sindicato da categoria, sendo o valor descontado do empregado e repassado ao sindicato da
categoria da respectiva classe, no mês posterior a data base.
Gonçales (1993, p. 229) explana sobre contribuição confederativa:
69
[...] Atribuiu-se à Assembléia Geral das entidades sindicais o poder de fixar
contribuição que será devida pelos integrantes da categoria, com a finalidade
específica de manter o “sistema confederativo”. Fixada essa contribuição caberá aos
empregadores efetuar o desconto do valor respectivo nos salários dos trabalhadores,
canalizando-o aos cofres das entidades sindicais. Não cabe ao empregador, sob
nenhum título, discutir a legalidade ou ilegalidade de referido desconto. [...] a
contribuição foi fixada pela Assembléia Geral da categoria profissional de seu
empregado, cumprir-lhe-á efetuar o desconto e entregar o valor ao ente sindical [...].
Oliveira (2002, p. 258) comenta que:
Contribuição assistencial ou para custeio do sistema confederativo permanece em
vigor conforme art. 513, alínea e, da CLT, que prevê com prerrogativas dos
sindicatos impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias
econômicas ou profissionais liberais representadas. O art. 462 da CLT estabelece
que o empregador pode efetuar o desconto nos salários do empregado, quando este
resultar de convenção coletiva.
Oliveira (2006, p. 152) diz que:
A contribuição confederativa é uma obrigação para manutenção do sistema
confederativo sindical, devida por todas as pessoas jurídicas, autônomas,
profissionais liberais e empregados, aos respectivos sindicatos da categoria a que se
enquadrarem, nos termos estabelecidos pela constituição. Essa contribuição é
descontada mensalmente.
Gonçales (1993, p. 230) relata que:
A contribuição assistencial, também denominada pela doutrina “contribuição de
solidariedade”, é outra fonte de receita das entidades sindicais (tanto de empregados
como de empregadores) [...]. A contribuição assistencial, via de regra, é prevista nas
convenções ou nos acordos coletivos de trabalho ou, ainda, nas sentenças
normativas preferidas nos dissídios coletivos. As cláusulas que prevêem tal
contribuição possibilitam regra geral, manifestação do trabalhador discordando do
pagamento da mesma. Por essa razão – não obrigatoriedade – e em face de sua
finalidade específica – assistencial – a chamada contribuição assistencial difere de
70
contribuição sindical (obrigatória e com a finalidade de incrementar a atividade
sindical) [...].
As contribuições confederativa e assistencial servem basicamente para a manutenção
do sistema sindical, estando obrigados a esta contribuição pessoas físicas, jurídicas,
autônomas, profissionais liberais e empregados.
2.4.4.1 Contabilização de contribuição confederativa e assistencial
GRECO, AREND e GÄRTNER (2007, p.244) demonstra contabilização:
D Folhas a pagar $
C Contribuição sindical a recolher $
2.4.5 Faltas e atrasos
Faltas e atrasos fazem parte do ambiente organizacional, sendo que qualquer
empregado poderá, ou terá que por algum motivo ausentar-se do trabalho, mas, para isto terá
de justificar sua ausência para que não haja punições cabíveis aplicadas pelo empregador.
Oliveira (2002, p. 34) explica que:
Quando o empregado, sem motivo justificado, faltar ou chegar atrasado ao trabalho,
o empregador poderá descontar-lhe do salário quantia correspondente à falta; poderá
descontar inclusive o repouso semanal, quando o empregado não cumprir
integralmente seu horário de trabalho na semana anterior.
Gonçalves (2000, p. 71) explana sobre faltas injustificadas:
O empregado que faltar injustificadamente durante o mês, receberá o seu salário
proporcional aos dias trabalhados. Para este efeito, o salário mensal deve ser
dividido pela quantidade de dias que tem o mês. Assim, para calcular um dia de
71
trabalho do empregado para descontar na folha de pagamento do mês de janeiro, a
divisão será por 31 dias. Sendo no mês de fevereiro a divisão será por 28 dias.
Este raciocínio não é aplicado para quem recebe um salário mínimo, pois, a lei que
trata, especificadamente, sobre o salário mínimo, determina que para calcular o
salário mínimo/dia, a divisão será por 30 [...].
Segundo os autores, os dias de faltas serão descontados do empregado caso este não
as justifique, e as mesmas sejam abonadas, inclusive poderá o empregador descontar o
descanso semanal remunerado. Os dias de falta durante o mês, serão descontados
proporcionalmente dos dias trabalhados.
2.4.5.1 Contabilização de faltas e atrasos
GRECO, AREND e GÄRTNER (2007, p.244) demonstra contabilização:
D Folhas a pagar $
C Faltas e atrasos $
2.4.6 Adiantamento salarial
Dentro da forma da Lei, o empregador poderá conceder adiantamento salarial aos
seus empregados, cabendo a cada empregador definir qual percentual a ser adiantado, bem
como, data respectiva ao pagamento do adiantamento.
Oliveira (2006, p. 151) comenta que: “As empresas costumam efetuar um
adiantamento aos seus empregados quinzenalmente, antes do dia do pagamento. Esse valor
pode atingir até 50% do salário normal”.
Vianna (2005, p. 408) discorre sobre adiantamento salarial:
O adiantamento salarial é a forma utilizada pelo empregador, por liberalidade ou por
cumprimento de acordo ou convenção coletiva de trabalho, em que ocorre o
72
pagamento antecipado de parte do salário do empregado, que será deduzida quando
do pagamento do salário mensal.
O empregador, ao estipular qual será o percentual do adiantamento (caso não
constate em documento coletivo), deverá atender para que este seja justo e razoável,
de forma que o empregado, ao final do mês, quando da quitação do seu salário
mensal, não obtenha saldo negativo, ou seja, para que a diferença das antecipações
salariais (vales) e dos descontos a serem efetuados (INSS, IRRF etc) não resulte em
valor superior a remuneração devida.
Os encargos incidentes sobre o adiantamento salarial, como, por exemplo, a
contribuição previdenciária, serão calculados e efetuados por ocasião de sua
quitação (pagamento mensal), com exceção do IRRF, para o qual deverá ser
observado o seguinte: a)se a empresa concede o adiantamento salarial no decorrer
do mês (exemplo: todo dia 15) e efetua a quitação do salário também dentro do mês
(exemplo: no último dia útil de cada mês) deverá descontar o IRRF uma única vez,
por ocasião do pagamento do salário e não do adiantamento salarial; b) se a empresa
concede o pagamento salarial no decorrer do mês (exemplo: todo dia 15) e efetua a
quitação dos salários somente no mês seguinte (exemplo: no quinto dia útil do mês
subseqüente), o desconto do IRRF será da seguinte forma: 1º no pagamento dos
salário – retenção na fonte, com base na tabela vigente no mês em que se está
efetuando o pagamento, sobre os salários relativos ao mês anterior, descontados os
adiantamentos concedidos também no mês anterior, ou seja, apenas sobre a parte
ainda não tributada: 2º na concessão do adiantamento – cálculo do imposto na fonte
pela tabela vigente no mês, utilizando como base de cálculo a soma do adiantamento
que se está concedendo e do saldo de salários relativo ao mês anterior, pago no 5º
dia útil do mês em que se está concedendo o adiantamento. Do valor do imposto
encontrado, deduz-se o que já houver sido retido quando do pagamento dos salários
relativos ao mês anterior (no 5º dia útil do mês em que se está concedendo o
adiantamento). [...].
Para os autores, o adiantamento salarial não poderá ser superior a 50% do salário
mensal do empregado, cabendo a empresa realizar o desconto proveniente aos impostos
devidos somente na quitação do salário, não podendo ter nenhuma dedução sobre o
adiantamento. É de livre escolha do empregador definir a data e o percentual respectivo ao
pagamento.
Há também os descontos permitidos somente com a autorização por escrito do
empregado, sem o qual a empresa não poderá efetuá-los
73
2.4.6.1 Contabilização de adiantamento salarial
GRECO, AREND e GÄRTNER (2007, p. 245) demonstra contabilização:
D Adiantamento de salários $
C Caixa/bancos $
2.4.7 Vale refeição
O vale refeição trata-se de um benefício que o empregador concede ao empregado
em dias trabalhados, para sua alimentação no intervalo para alimentação. Varia de empresa
para empresa, podendo ou não ser concedido.
Vianna (2005, p. 513) explicita que:
A participação do trabalhador no custo da refeição, ou seja, o que poderá o
empregador descontar de seu empregado a título de ressarcimento, não poderá
exceder ao limite de 20% do custo direto da refeição, assim entendido como custo
real da empresa com a alimentação.
Observe-se que como este valor não possui natureza salarial, ainda que o
empregador não efetue qualquer desconto do empregado, não há que ser pleiteada
por este, futuramente, a integração desta parcela ao salário básico para qualquer
efeito.
Entretanto, uma vez iniciado seu fornecimento, a alimentação passa
automaticamente a fazer parte do contrato, pelo que impossível cancelamento deste
benefício caracterizará alteração contratual com prejuízos ao empregado, o que é
vedado pelo art. 468 da CLT, sendo considerada nula a referida alteração [...].
A finalidade do tíquete-refeição (ou benefício similar) é assegurar à facilidade a
alimentação diária do empregado, no intervalo da jornada de trabalho, que é também
destinada ao seu repouso.
Sendo assim, durante o período de férias do empregado, bem como em dias não-
úteis, a empresa não deverá conceder os tíquetes, uma vez que este procedimento
caracteriza sua finalidade, pois que o empregado não estará efetivamente exercendo
suas funções dentro da empresa.
74
Entretanto, caso queira o empregador fornecê-los, o valor relativo aos vales ou
tíquetes concedidos poderá ser caracterizado prestação in natura, integrando-se ao
salário básico do empregado para todo e qualquer efeito, inclusive com relação as
incidências previdenciária e fundiária.
Conforme o autor, o empregador, poderá descontar do empregado até o limite
máximo permitido de 20% a título de refeição. É facultativo o pagamento do vale refeição,
porém, uma vez pago não poderá o empregador retirar o benefício, sendo que se isto for feito,
estará cometendo alterações contratuais, pois estará reduzindo o salário do empregado.
Exemplo (adaptado):
Valor da alimentação diária: R$ 6,00
Percentual descontado do empregado: 20%
Cálculo por refeição diária: R$ 6,00 x 20% = R$ 1,20
Valor a ser pago pelo empregado por cada refeição que for feita: R$ 1,20
O empregador não poderá cobrar mais do que 20% do valor total da refeição.
2.4.7.1 Contabilização de vale refeição
GRECO, AREND e GÄRTNER (2007, p. 244) demonstra contabilização:
D Folhas a pagar R$ 1,20
C Vale refeição a recolher R$ 1,20
2.4.8 Vale transporte
Vale transporte trata-se de um benefício oferecido pelo empregador aos seus
empregados que necessitam de condução para chegar ao seu local de trabalho, sendo que este
transporte servirá exclusivamente para o empregado conduzir-se da sua casa até a empresa e
da empresa para a sua casa.
75
Oliveira (2006, p. 151) relata que:
Vem a ser um benefício concedido por lei aos empregados que utilizarem uma tarifa
menor de transporte. O empregado firma um compromisso de usar este benefício
exclusivo para locomoção até o trabalho. A lei determina que o custo com a
locomoção do empregado até 6% do valor do salário normal do empregado seja
pago por ele e descontado em folha de pagamento. O restante que ultrapassar este
valor para locomoção será pago pelo empregador.
Gonçalves (2000, p. 69) comenta sobre o vale transporte:
O vale transporte, quando concedido, é custeado: a) pelo empregado: na parcela que
corresponder até 6% do seu salário básico, excluindo-se, para este efeito, os demais
adicionais. Sobre as comissões, o entendimento é que a mesma deve ser
considerada, pois, caso contrário, não teria como efetuar o desconto dos empregados
comissionistas; b) pelo empregador: na parcela correspondente à diferença entre o
valor total do benefício e o valor custeado pelo empregado.
Exemplo:
Salário: R$ 500,00
Vales transportes concedidos: 40
Valor de cada vale: R$ 2,05
Desconto do empregado: R$ 30,00
Observação: para não errar no desconto, é conveniente calcular o percentual de 6%
do salário, e o valor correspondente de cada vale transporte.
Cálculo do desconto:
R$ 500,00 x 6% = R$ 30,00
R$ 2,05 x 40 = R$ 82,00
Conforme o exemplo caberá ao empregador descontar o menor valor do vale
transporte do empregado, sendo que a diferença é custeada pelo empregador. O vale
76
transporte é concedido ao empregado que dele necessitar, sendo que o empregado deverá
utilizá-lo exclusivamente para locomoção até o seu trabalho.
2.4.9 Cesta básica
O empregador poderá fornecer aos seus empregados conjunto de alimentos, ou
mesmo produtos de higiene e limpeza, a fim de, por um tempo determinado, auxiliar o
empregado e sua família.
Vianna (2005, p. 516) conceitua cesta básica:
A cesta básica é o conjunto de gêneros alimentícios de primeira necessidade
fornecido pela empresa, gratuitamente ou a preço simbólico, a seu empregado, de
forma a assegurar sua subsistência e de sua família por determinado período de
tempo.
A cesta poderá ser composta não somente de gêneros alimentícios, como também de
materiais para higiene e limpeza, visando fornecer ao empregado e sua família
inclusive produtos básicos indispensáveis a saúde, como, por exemplo, sabão,
sabonete, creme dental etc.
O fornecimento da cesta básica caracteriza-se pela entrega ao empregado dos
referidos produtos (e não do valor equivalente em dinheiro) para serem consumidos
em sua residência. Cumpre ressaltar a importância da gratuidade do fornecimento
(ou a preço realmente simbólico) uma vez que, pagando o empregado o valor
integral dos produtos, funcionará a empresa como mera intermediária entre os
fabricantes ou comerciantes e seus empregados.
O auxílio com cesta básica mensal, varia de empresa para empresa, cabendo aos
administradores tomarem tal decisão. Este auxílio poderá ser custeado totalmente pelo
empregador, ou então, caso seja cobrado quantia do empregado, esta, por sua vez, deverá ser a
preço simbólico.
77
3 ESTUDO DE CASO
Neste capítulo é abordado a contabilização da folha de pagamento, demonstrado
lançamento de folha de pagamento de uma empresa têxtil da região de Blumenau, Santa
Catarina.
3.1 História da empresa
A empresa atua no mercado a 10 anos, contando atualmente com quadro funcional
de aproximadamente 240 colaboradores diretos. A empresa conta com estrutura própria,
sendo que grande parte dos serviços são realizados internamente, porém alguns setores como,
por exemplo, contabilidade e recursos humanos são terceirizados.
A contabilização dos lançamentos é realizada por empresa terceirizada, também
localizada em Blumenau, sendo de responsabilidade desta todos os registros contábeis, bem
como a elaboração da folha de pagamento dos empregados.
Será exposto um resumo da folha de pagamento desta empresa no período de
01/09/2008 à 30/09/2008, demonstrando como é efetuada a contabilização da folha de
pagamento.
Resumo de folha de pagamento de 01/09/2008 à 30/09/2008
PROVENTOS VALOR (R$) DESCONTOS VALOR (R$)
Horas normais 82.216,02 Líquido rescisão 4.927,84
Horas normais noturnas 1.551,54 Contribuição sindical 144,04
Horas repouso remunerado
diurno
17.405,13 Desconto de farmácia 1.555,07
Horas repouso remunerado
noturno
327,68 Lanche 981,85
Horas extras c. 75% 8.158,65 Mensalidade seguro 220,11
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PROVENTOS VALOR (R$) DESCONTOS VALOR (R$)
Horas férias diurnas 2.704,81 A.P.R 2.332,00
Abono pecuniário férias 455,63 Mensalidade Sindicato 1.167,84
Férias vencidas rescisão 574,94 Tíquete almoço 754,40
Férias proporcional rescisão 1.325,28 Vale-transporte 2.938,55
Insalubridade sobre férias 24,90 INSS 9.803,74
1/3 sobre férias 942,06 INSS sobre férias 344,22
1/3 sobre abono pecuniário 157,84 IRRF 4.276,03
Adicional noturno 469,82 Desconto adiantamento
férias
3.983,90
Insalubridade 58,10 INSS sobre 13º salário 176,38
13º indenizado rescisão 194,33 Indenização término
contrato antecipado
empregado
767,14
1/3 férias rescisão 649,47 Desconto de loja 961,42
Prêmio produção 420,99 Reembolso sindicato 948,68
13º salário proporcional
rescisão
2.164,92 Desconto de loja/bazar 1.792,01
Saldo de salário 2.560,20 Empréstimos 2.298,38
Pró-labore 9.689,04 FGTS rescisão 126,29
Horas atestado até 15 dias 2.397,54 FGTS 9.604,82
Horas atestado até 15 dias
noturno
56,27 FGTS 40% rescisão 580,62
DSR reflexo horas extras 1.704,61 FGTS 13º salário rescisão 58,23
Indenização término de
contrato antecipado empresa
1.000,00 FGTS 13º salário 133,89
Auxílio-creche 150,00 Horas faltas 396,79
Auxílio-educação 397,55 Horas faltas DSR 18,70
Salário Família 441,54
TOTAIS
Proventos 138.198,86
79
PROVENTOS VALOR (R$)
Descontos 51.292,74
Líquido 86.906,12
Outros proventos 3.217,84
Outros descontos 560,22
Salário 89.563,74
Quadro 13 – Resumo de Folha de Pagamento Fonte: A estudada
3.2 Contabilização da folha de pagamento
Com base no resumo de folha de pagamento da empresa, no período de 01/09/2008 à
30/09/2008, apresenta-se a evidenciação da contabilização.
D Despesas com salário R$ 106.984,20
D Hora extra R$ 9.863,26
D Férias R$ 6.834,93
D 13º salário R$ 2.359,25
D Prêmio R$ 420,99
D Diferença de folha R$ 11.830,24
D Pró-labore R$ 9.689,04
D Indenização R$ 1.000,00
D Auxílio creche R$ 150,00
D Auxílio educação R$ 397,55
D INSS a pagar R$ 441,54
C Rescisão a pagar R$ 4.927,84
C Contribuição sindical R$ 144,04
C Farmácia R$ 1.555,07
C Seguro de vida R$ 220,11
C Mensalidade sindical a pagar R$ 1.167,84
C INSS a pagar R$ 10.324,34
80
C IR a recolher R$ 4.276,03
C Adiantamento de férias R$ 3.983,90
C Empréstimo de funcionários a pagar R$ 2.298,38
C FGTS a recolher R$ 10.503,85
C Salários a pagar R$ 86.906,12
Parte empresa
D Despesas INSS R$ 26.940,90
C INSS a pagar R$ 26.940,90
Provisão Férias
D Despesa de férias R$ 6.834,93
C Provisão férias / Passivo Circulante R$ 6.834,93
D Despesas INSS R$ 546,80
C Provisão INSS R$ 546,80
Provisão 13º salário
D Despesa de 13º salário R$ 2.359,25
C Provisão 13º salário/Passivo Circulante R$ 2.359,25
D Despesas INSS R$ 188,74
C Provisão INSS R$ 188,74
Conforme apresentado, a evidenciação da contabilização da empresa estudada
observou-se que esta utiliza o método das partidas dobradas, que para cada crédito têm-se um
débito de mesmo valor. Pode-se também observar que outras contas poderiam ser usadas, tais
como horas de atestado, adicional de insalubridade, etc., caso a empresa necessite de
relatórios que evidenciem estes valores, ela não os terá, pois estão inclusos em despesas com
salários.
81
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste capítulo seguem as conclusões da pesquisa e recomendações para pessoas que
buscam obter conhecimento sobre o tema.
4.1 CONCLUSÕES
Este trabalho identificou a possibilidade de realizar um estudo sobre a contabilização
da folha de pagamento, assunto este muito abrangente, porém poucos autores trazem a
contabilização de forma geral, demonstrando passo-a-passo a contabilização da folha de
pagamento.
O objetivo deste trabalho foi atendido visto que foi possível demonstrar a folha de
pagamento, as obrigações acessórias e expondo um resumo de folha e sua contabilização.
Grande parte dos autores traz a contabilização da folha de pagamento de forma geral,
não demonstrando passo-a-passo a evidenciação da contabilização, estes por sua vez,
conceituam os termos de forma semelhante, sendo que há pequenas mudanças de palavras
entre eles. Há muitos conceitos abordados pelos autores, os quais tiveram seu embasamento
na Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT.
Com relação à questão problema “como deve ser contabilizada a folha de
pagamento)”? Verificou-se que há material sobre contabilização da folha de pagamento,
porém não constam todos os eventos.
Conclui-se que:
A pesquisa foi de grande relevância para o pesquisador, pois possibilitou melhor
entendimento sobre a contabilização da folha de pagamento.
A empresa estudada adota métodos corretos para contabilizar sua folha de pagamento.
82
4.2 RECOMENDAÇÕES
Esta pesquisa teve êxito em atender ao seu objetivo principal que é apresentar a folha
de pagamento e a evidenciação da contabilização. Esta pesquisa é de grande relevância, visto
que há poucas pesquisas acadêmicas na área de Ciências Contábeis referente ao assunto.
Recomenda-se a realização de um estudo de caso para demonstrar como as empresas
realizam a contabilização da folha de pagamento em áreas diversas e setores do mercado
brasileiro.
Recomenda-se um estudo de caso sobre Turnover, para que se possa avaliar qual
impacto financeiro a rotatividade de pessoal causa no resultado das organizações.
83
REFERÊNCIAS
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