Dalla città romana alla città tardoantica : trasformazioni e cambiamenti nelle città della...

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MARIA DO CARMO RIBEIRO Professora Auxiliar do Departamento de História da Universidade do Minho, Investigadora do CITCEM e da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho. Doutorada em Arqueologia, na especialidade de Arqueologia da Paisagem e do Território, pela Universidade do Minho. A sua investigação tem-se centrado nas questões de urbanismo, morfologia urbana, arqueologia da arquitectura e história da construção. ARNALDO SOUSA MELO Professor Auxiliar do Departamento de História da Universidade do Minho, Investigador do CITCEM. Doutorado em História da Idade Média pela Universidade do Minho e pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris. O seu campo de investigação incide sobre a sociedade, economia, poderes e organização do espaço urbano medieval, em particular a organização do trabalho e da produção, incluindo a história da construção. COORD. MARIA DO CARMO RIBEIRO ARNALDO SOUSA MELO COORD. MARIA DO CARMO RIBEIRO ARNALDO SOUSA MELO EVOLUÇÃO DA PAISAGEM URBANA SOCIEDADE E ECONOMIA COORD. MARIA DO CARMO RIBEIRO ARNALDO SOUSA MELO EVOLUÇÃO DA PAISAGEM URBANA SOCIEDADE E ECONOMIA EVOLUÇÃO DA PAISAGEM URBANA SOCIEDADE E ECONOMIA outros títulos de interesse: História da Construção - Os Construtores Arnaldo Sousa Melo e Maria do Carmo Ribeiro (coord.) Construir, Habitar: A Casa Medieval Manuel Sílvio Alves Conde

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Maria do CarMo ribeiro Professora Auxiliar do Departamento de História da Universidade do Minho, Investigadora do CITCEM e da Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho. Doutorada em Arqueologia, na especialidade de Arqueologia da Paisagem e do Território, pela Universidade do Minho. A sua investigação tem-se centrado nas questões de urbanismo, morfologia urbana, arqueologia da arquitectura e história da construção.

arnaldo SouSa MeloProfessor Auxiliar do Departamento de História da Universidade do Minho, Investigador do CITCEM. Doutorado em História da Idade Média pela Universidade do Minho e pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris. O seu campo de investigação incide sobre a sociedade, economia, poderes e organização do espaço urbano medieval, em particular a organização do trabalho e da produção, incluindo a história da construção.

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outros títulos de interesse:História da Construção - Os ConstrutoresArnaldo Sousa Melo e Maria do Carmo Ribeiro (coord.)

Construir, Habitar: A Casa MedievalManuel Sílvio Alves Conde

Coord.MArIA do CArMo rIBEIroArNALdo SoUSA MELo

EVoLUÇÃo dA PAISAGEM UrBANASoCIEdAdE E ECoNoMIA

FICHA TÉCNICA

Título: �Evolução�da�paisagem�urbana:�sociedade�e�economia

Coordenação: Maria do Carmo Ribeiro, Arnaldo Sousa Melo

Figura da capa: Detalhe do Mappa da Cidade de Braga Primas, 1755, atribuído a André Soares, pertencente à Biblioteca da Ajuda (Lisboa).

Edição: CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória»

Design gráfico: Helena Lobo www.hldesign.pt

ISBN: 978-989-97558-7-1

Depósito Legal: 343493/12

Concepção gráfica: Sersilito -Empresa Gráfica, Lda. www.sersilito.pt

Braga, Maio 2012

O CITCEM é financiado por Fundos Nacionais através da FCT-Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do projecto PEst-OE/HIS/UI4059/2011

SUMÁRIO

ApresentaçãoMaria do Carmo Ribeiro e Arnaldo Sousa Melo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Nascita e sviluppo monumentale della città romana di Ostra (AN)Pier Luigi Dall’Aglio, Michele Silani e Cristian Tassinari. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Urbanismo e Arquitetura de Bracara Augusta. Sociedade, economia e lazerManuela Martins, Jorge Ribeiro, Fernanda Magalhães e Cristina Braga . . . . . . . . . . . 29

Dalla città romana alla città tardoantica: trasformazioni e cambiamenti nelle città della pianura padana centro ‑occidentalePier Luigi Dall’Aglio, Kevin Ferrari e Gianluca Mete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69

A evolução do tecido urbano flaviense desde Aquae Flaviae a Chaves Medieval: Síntese de ResultadosJoão Ribeiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99

Urbanismo e poder na fundação de Portugal: a reforma de Coimbra com instalação de Afonso HenriquesWalter Rossa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127

A influência das atividades económicas na organização da cidade medieval portuguesaMaria do Carmo Ribeiro e Arnaldo Sousa Melo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145

El impacto de las actividades industriales en el paisaje urbano de la Corona de Aragón (siglo XV)Germán Navarro Espinach. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173

Entre os "ideais e a realidade". A urbanização do Porto na Baixa Idade MédiaHelena Teixeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 185

Casas da Câmara ou Paços do Concelho: espaços e poder na cidade tardo ‑medieval portuguesaLuísa Trindade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209

O Impacto da Rua Nova do Porto no urbanismo, construção e sociedadeHelena Pizarro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229

Na passagem do Estreito: evolução urbana do “castelo pequeno” entre mouros e cristãosJorge Correia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243

O Porto visto do rioLuís Miguel Duarte. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 261

The regulation of ‘nuisance’: civic government and the built environment in the medieval citySarah Rees Jones . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 283

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dAllA CITTà ROMANA AllA CITTà TARdOANTICA: TRASFORMAzIONI E CAMbIAMENTI NEllE CITTà dEllA PIANURA PAdANA CENTRO ‑OCCIdENTAlE

PIER lUIgI dAll’AglIO1

KEvIN FERRARI1

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1.�InTrodUzIonEL’età tardoantica, termine che indica il periodo di transizione tra l’età romana

imperiale e l’alto medioevo, è un momento di grande crisi intesa nel senso letterale e originario del temine, ossia di trasformazione e cambiamento. Nella tradizione quest’epoca è stata a lungo interpretata in un’ottica negativa, come se questi muta-menti indicassero soltanto un processo di degenerazione e degrado dell’assetto precedente, una sorta di regressione della civiltà compreso tra due periodi ben definiti e caratterizzati da fasi di sviluppo e crescita. Pur nella sua problematicità si tratta piuttosto di un’età ricca e complessa in cui molti fattori portavano a una nuova strutturazione delle realtà precedenti trasformandole in qualcosa di nuovo e originale2. I cambiamenti in corso riguardarono moltissimi aspetti, dalla struttura delle istituzioni politiche all’immaginario del potere, dall’economia alla società e alle modalità di sfruttamento del territorio. Il paesaggio stesso subì numerose variazioni, con una riduzione delle aree insediate, la nascita di nuovi poli di aggre-gazione, la ricomparsa di aree incolte come zone umide, palustri e boschive. Le

1 Dipartimento di Archeologia – Università degli Studi di Bologna([email protected]); ([email protected]); ([email protected])2 Una discussione sulle problematiche del passaggio tra la città romana e quella medievale si può ad

esempio trovare in Catarsi Dall’Aglio, Dall’Aglio 1991 -1992; Ward Perkins 1997; Brogiolo, Gelichi 1998; Brogiolo 2010.

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nuove condizioni del popolamento, con una diminuzione della presenza umana sul territorio, fecero venire meno il controllo costante sulle infrastrutture e sui corsi d’acqua, tanto che anche l’assetto idrografico mutò in modo sostanziale3.

Questi fenomeni non risparmiarono neppure le città. Rispetto all’epoca imperiale caratterizzata da crescita demografica e rinnovamento urbanistico e architettonico, ora si assisteva invece a una fase di ripiego, con interventi meno numerosi o limitati più che altro a restauri, abitazioni private meno ricche, edifici riadattati a nuove funzioni, aree parzialmente abbandonate. Tale situazione non sfuggiva neppure agli stessi autori antichi che percepivano i mutamenti in atto, anche se poi si deve prestare attenzione a contestualizzare e a distinguere tra diverse situazioni e realtà geografiche. In una zona come la Pianura Padana, con particolare riferimento alla VIII regio augustea, vediamo ad esempio una serie di situazioni molto variegate e complesse ma che sono indicative delle tendenze appena descritte. Nel periodo compreso tra il tardoantico e l’alto medioevo, ad esempio, alcune cittadine come Veleia o Claterna cessarono di essere abitate e persero la loro forma di centri urbani, pur essendo attestati (es. pieve a Claterna) alcuni elementi di continuità come centri di riferimento del territorio circostante. Fidentia subì una sorte analoga ma recuperò al contrario un aspetto cittadino dopo una fase di abbandono che fece però perdere memoria persino del suo antico nome. Casi di continuità abitativa, ma con significativi mutamenti, sono costituiti ad esempio da Mutina, che subì nel VI secolo d.C. una fase di dissesto idrico con conseguente slittamento del centro della città medievale rispetto a quello romano, o da centri come Parma e Bononia, che videro invece una restrizione dell’area urbana con la costruzione di una cinta muraria che escludeva quartieri precedentemente abitati.

Sorte diversa toccò invece a città come Placentia, Cremona e Ticinum, che ancora in età tardoantica mantenevano invariati i limiti materiali della città (le mura), mostrando una continuità formale più marcata che comunque non le risparmiava dalle trasformazioni che stavano interessando indifferentemente tutte le altre città. Collocate nel settore centrale della pianura padana, nelle vicinanze di corsi d’acqua di notevole importanza quali il Po, il Trebbia e il Ticino, tali città sono sorte in un contesto geomorfologico simile e mostrano notevoli analogie nel rapporto tra l’impostazione dell’impianto viario e la geografia fisica del territorio. Forse la posizione geografica e lo stretto rapporto che lega forma urbis e geomorfologia si possono annoverare tra le molteplici cause che hanno favorito questa maggiore continuità “apparente” tra città romana e medievale rispetto, ad esempio, ad altri

3 Si pensi ad esempio alla mutazione di corso del Serio (Dall’Aglio et al.2010), a una serie di allu-vioni che ricoprirono Modena, o ancora alla zona di Lugo e Faenza (Franceschelli, Marabini 2007) solo per fare alcuni esempi.

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centri di pianura come quelli enunciati precedentemente. A questa situazione dovette contribuire anche la loro vicinanza a corsi d’acqua. Sappiamo infatti, anche attraverso una notizia di Sidonio Apollinare, che la viabilità fluviale rivestiva in questo periodo un ruolo di grande importanza, rendendo dunque Cremona, Pavia e Piacenza dei centri privilegiati proprio per la loro collocazione4.

Anche in queste città si verificarono comunque una serie di modifiche nella gestione e nell’organizzazione degli spazi interni e nel tessuto viario che ne mutarono l’aspetto. Il passaggio tra la fase romana e quella tardoantica è caratterizzato da alcune problematiche che sono state bene messe in luce dalla storia degli studi e che sono ormai assodate come linee guida di queste trasformazioni. Questi parametri possono essere suddivisi in tre gruppi, uno relativo alla costruzione e realizzazione di nuove strutture (sistemi difensivi, edifici cristiani, centri di potere, luoghi per le attività produttive), uno relativo alla destrutturazione e riutilizzazione di elementi preesistenti (templi, fora, edifici pubblici, edifici da spettacolo, infrastrutture), uno relativo infine alla trasformazione di spazi e usanze (edilizia privata, uso di aree pubbliche, comparsa di giardini e ortivi nel perimetro urbano, nuovi spazi e rituali funerari, diversi sistemi di produzione e scambio)5. In tutte e tre le città oggetto di studio si possono riconoscere chiaramente numerose tracce di questi elementi di mutamento e destrutturazione della città romana che portarono al contempo a una nuova spazialità che costituirà la base dello sviluppo della città medievale. L’analisi dei singoli centri permette comunque di cogliere sfumature e particolarità legate alle peculiarità locali e alle diverse vicende storiche, ma possono anche in questo caso essere in parte collegate con quella che è la geografia fisica.

1.1�Inquadramento�geomorfologico�(fig.�1)Il settore di pianura in cui vennero fondate le città di Cremona, Piacenza e

Pavia è caratterizzato dalla presenza di forme di origine fluviale che sono state modellate in seguito a un'alternanza di azioni di deposito e di erosione dei corsi d'acqua a partire dal Pleistocene ad arrivare ai giorni nostri. La parte a nord del Po presenta un livello terrazzato ben distinguibile, originatosi in occasione dell’ultima massima espansione glaciale e abbandonato dai principali corsi d’acqua nel corso del Pleistocene, quando questi iniziarono una forte attività erosiva andando a scor-rere in valli delimitate da ripide scarpate e per questo chiamate “valli a cassetta”.

4 Sidon. Epist.1,5, 3 ‑5. Narra Sidonio Apollinare, sul finire del V secolo, di essersi imbarcato su una nave cursoria, quindi del servizio pubblico, raggiungendo, attraverso la navigazione fluviale del Ticino e del Po, Ravenna.

5 Brogiolo 2010.

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Tale superficie, nota in letteratura come Livello Fondamentale della Pianura, non è più stata interessata da fenomeni di rilievo a partire dall’inizio dell’Olocene, ma è comunque modellata e articolata in una serie di forme quali dossi e paleoalvei

Il settore a sud del Po si mostra invece molto diverso a causa della differente storia geologica cui è stato soggetto il territorio. La fascia appenninica infatti non fu interessata dalla presenza di ghiacciai e la litologia di questi terreni, ricchi di peliti, ha favorito la produzione di molto sedimento che ha contribuito alla creazione di potenti coltri alluvionali che hanno livellato il rilievo e rendono più problematica una distinzione cronologica dei terrazzi su base topografica come invece è possibile fare per le regioni a nord del Po. Mentre l’attività fluviale del comprensorio setten-trionale è stata sostanzialmente limitata alle valli a cassetta senza più interessare le superfici del ripiano superiore e più antico, nella parte a sud i mutamenti dei corsi d’acqua sono stati più frequenti e sono avvenuti in epoche anche più recenti.

Lo stesso fiume Po si trova a scorrere in una fascia di meandreggiamento incisa nel corso dell’Olocene nei ripiani limitrofi e la cui ampiezza varia da zona a zona. In certi punti il corso d’acqua ha avuto maggiore stabilità e di conseguenza una minore attività erosiva laterale, per cui le scarpate dei terrazzi rispettiva-mente settentrionale e meridionale si trovano maggiormente ravvicinati. Queste strette morfologiche sono punti ideali di attraversamento e sono strategicamente importanti. Cremona, Piacenza e Pavia si collocano, dunque, in questo contesto morfologico che condiziona la scelta del luogo ove furono fondate, ma anche in parte l’organizzazione della forma urbana.

Fig.�1. Inquadramento geografico e geomorfologico dell’area oggetto del presente studio. 1: corsi d’acqua; 2: scarpate dei terrazzi a nord del Po; 3: scarpate dei terrazzi a sud del Po.

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1.2�Inquadramento�StoricoI Romani iniziarono la loro espansione verso la Pianura Padana a partire

dall’ultimo quarto del III secolo a.C. Sconfitta una coalizione di Galli Boi, Insubri, Lingoni e Taurini nel 222 a.C., vennero fondate dopo pochi anni le colonie di diritto latino di Cremona e Placentia. Le due città resistettero alle turbolenze portate dalla seconda guerra punica e da un altro periodo di ostilità coi Galli che si concluse nel 190 a.C., anno in cui ricevettero un rinforzo di coloni e iniziarono un processo di crescita economica e demografica. La zona corrispondente all’attuale Emilia Romagna fu romanizzata con una serie di deduzioni coloniarie e di assegnazioni viritane, mentre la Gallia Transpandana fu assimilata con un processo più graduale che si concluderà tra l’89 e il 49 a.C. con la concessione prima del diritto latino e poi della cittadinanza romana. In questo processo di romanizzazione e integrazione delle comunità locali si inserisce la nascita di Ticinum.

La regione conobbe durante la fine dell’epoca repubblicana e i primi anni dell’Impero un periodo di sviluppo e crescita economica, ma fu comunque diretta-mente interessata dalle principali vicende belliche e politiche del periodo. Cremona ad esempio fu colpita da una serie di interventi che influenzarono negativamente la vita cittadina: in un primo momento (41 a.C.) il suo territorio fu nuovamente centuriato per essere assegnato ai veterani di Ottaviano e successivamente, dopo la caduta di Nerone, fu saccheggiata dalle truppe di Vespasiano nel 69 d.C. Nonostante ciò la città si riprese e visse un nuovo periodo di relativa pace e tranquillità insieme a tutta la regione. Anche a Piacenza sono documentati interventi nei primi anni dell’Impero, quando venne dedotta una colonia augustea e quando sono attestate operazioni sul territorio, come una risistemazione della via Emilia.

A partire dal II e III secolo d.C. iniziano i primi segnali di difficoltà. La pres-sione delle popolazioni germaniche con le prime incursioni, la crisi politica e le difficoltà fiscali che interessano l’Impero Romano nel suo complesso hanno delle ripercussioni anche nell’area Padana. E’ proprio in questo periodo che iniziano ad essere documentati in ambito urbano quegli elementi che abbiamo riconosciuto tipici del periodo tardoantico, come la costruzione di nuove opere difensive, la diffu-sione del cristianesimo con i primi edifici di culto e un impoverimento nell’edilizia pubblica e privata. Non ci sono molte fonti letterarie su Piacenza, Cremona e Pavia che testimonino i cambiamenti in corso in questa fase, ma possiamo immaginare, grazie al quadro offerto da alcuni scavi archeologici, che dovevano avere ancora una certa ricchezza grazie alla loro posizione lungo il fiume Po, lungo la via Emilia e la via Postumia e lungo il Ticino.

Nel V secolo d.C., con la dominazione degli Ostrogoti, Pavia diviene, ad esempio, la seconda capitale del regno con una serie di interventi edilizi che segnano la topo-

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grafia della città altomedievale. Mentre Piacenza fu conquistata probabilmente già sotto il regno di Alboino con la prima ondata di occupazione longobarda (569 -570 circa), Pavia resistette ad un assedio di 3 anni e Cremona era ancora abbastanza forte da opporsi ai nuovi invasori. Nonostante ciò nel 603 fu espugnata e distrutta da Agilulfo6. Siamo ormai nel VII secolo e la fisionomia dei centri urbani è già mutata rispetto all’epoca romana con il processo di trasformazione e riorganizza-zione degli spazi interni ampiamente avviato.

La conoscenza di queste fasi è però resa problematica dalla scarsa quantità e qualità dei dati archeologici a disposizione. La maggior parte degli scavi si è svolta in un periodo in cui ancora si privilegiavano le evidenze strutturali e non vi era particolare attenzione alla metodologia per cui le labili tracce delle frequentazioni medievali, spesso legate a strutture in materiale deperibile, non venivano individuate o registrate. Gran parte della stratigrafia dei centri storici è stata inoltre danneggiata in parte dalla costruzione dei palazzi e delle cantine rinascimentali, in parte dalle realizzazioni di monumenti di epoca fascista. Tali interventi urbanistici hanno ridi-segnato quasi completamente l’aspetto di questi centri abitati e i lavori legati alle nuove realizzazioni hanno interessato in grande profondità il sottosuolo. Nonostante la frammentarietà e la scarsa qualità di certe informazioni si riescono a ricavare, tra vecchi e nuovi scavi, abbastanza dati per ricostruire le linee evolutive generali di questa serie di mutamenti che hanno portato alla nascita della città medievale.

2.�analISI�dEllE�CITTà�

2.1�CremonaCremona venne dedotta, nel 218 a.C.7, sull’orlo di una scarpata di terrazzo

fluviale, eroso ai margini meridionali dal paleoalveo del Po8 (fig. 2). La scelta dell’area in cui venne impostato l’insediamento era dettata in primis dalla vici-nanza di una stretta morfologica che rappresentava un punto di attraversamento e di approdo e allo stesso tempo dal fatto che il terrazzo principale, appartenente al Livello Fondamentale della Pianura tardo pleistocenico e dunque posto a quote sopraelevate rispetto alla vicina fascia di meandreggiamento, costituiva un luogo sicuro da rischi di esondazioni. Inoltre la presenza di alcuni corsi d’acqua minori, provenienti da nord, caratterizzava il territorio sede dell’insediamento urbano9. Le vicende storiche della fondazione, profondamente legate alla deduzione della vicina

6 Paul. Diac. Hist. Lang. IV, 28.7 Tac. Hist.,II, 34; Vera 2003, pp. 274 ss.8 Cassano et alii 1986; Pellegrini 2003, pp. 2 -37.9 Rivaroli, Marforio 1998, pp. 77 -79; Podestà Alberini 1981; Uggeri 1998, pp. 76 -79.

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Piacenza, sono da ricercarsi nell’ambito di un progetto politico di ampio respiro che intendeva spostare ancora più a nord il controllo romano, in un’area, quella Cisalpina, insediata da diverse tribù celtiche, tra le quali quella Insubre, che aveva in Milano la propria capitale10.

La formalizzazione dell’impianto è riconducibile alla seconda deduzione del 190 a.C., momento in cui venne probabilmente deviato il corso della Cremonella, così da costituire il limite del vallum nord della città. La forma urbis, ad eccezione del limite meridionale che sembra ricalcasse l’andamento del terrazzo, è piuttosto regolare, presentando isolati di 80 metri di lato, individuati attraverso il ritrova-mento di numerosi assi stradali11 (fig. 3). Il foro, di cui non abbiamo dati arche-ologici, occupava probabilmente due isolati all’incrocio tra cardine e decumano

10 Pol. II, 34, 10 -12; Liv. Perioch. 20; Vell. Paterc. I, 14, 8; Liv. XXVIII,11,10 -11.11 Passi Pitcher 2003, p. 140.

Fig.�2. Modello digitale del terreno della città di Cremona. A = Antiche anse del fume Po di età oloce-nica; B = Area depressa corrispondente al paleo alveo della Cremonella; C = Livello Fondamentale della Pianura e area occupata dalla città romana.

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massimo. Certa appare l’identificazione del kardo con le attuali via Monteverdi/corso Campi (C e D in fig. 3), mentre per il decumano massimo l’identificazione con via Cavallotti/via Mazzini pone qualche dubbio (A e B in fig. 3). In ogni caso l’ “incrocio decentrato” tra i due assi principali, suggerisce una prima definizione dell’impianto secondo metodologie ascrivibili all’ambito castrense. Oltre al foro, per quanto attiene alle localizzazione delle altre aree pubbliche e alla loro articolazione si sa ben poco, anzi nulla se escludiamo notizie desumibili dalle fonti scritte in cui comunque si attesta la presenza di templi, anche esterni alla cinta muraria, e di un anfiteatro12. La stessa cinta muraria non è mai stata individuata, ma il suo perimetro è comunque ricostruibile, oltre che dall’andamento del piano topografico, anche attraverso i dati delle porte urbiche, la cui localizzazione è da porsi, a nord, in corrispondenza dello snodo tra le attuali via Palestro e corso Garibaldi (F e G

12 Tac. Hist., III, 30; Tac. Hist., III, 32.

Fig.� 3. Planimetria della città di Cremona con indicazione delle curve di livello (equidistanza 1 m). Sono riportati il limite della città romana, l’area occupata dal foro e la forma urbis. Le lettere indicano alcune località citate nel testo: A = Via Cavallotti; B = Corso Mazzini; C = Corso Campi; D = Via Mon-teverdi; E: Via Jacini e Via Manna; F = Via Palestro; G = Corso Garibaldi; H = Corso Matteotti; I = Via Gerolamo da Cremona.

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in fig. 3), a sud, nell’area della chiesa di San Vitale (c in fig. 4), a ovest all’altezza dell’incrocio tra le vie Jacini e Manna (E in fig. 3). La porta est, identificabile con la porta brixiana di cui scrive Tacito13, può essere ubicata allo snodo tra Corso Matteotti e via Gerolamo da Cremona (H e I in fig.3). Proprio lungo quest’ultima via, corrispondente ad un tratto della Postumia, è attestata una necropoli tardo repubblicana e, successivamente, la basilica paleocristiana di San Lorenzo, a testi-monianza del grande valore simbolico attribuito a quest’area (b in fig. 4).

In ogni caso, nonostante le vicende del 69 d.C. che videro la città pesantemente danneggiata dall’intervento delle truppe vespasianee, la cinta muraria, qualora ricostruita, doveva ricalcare il medesimo andamento e così dovette rimanere, fermo restando numerose manutenzioni, nel periodo tardoantico e almeno sino

13 Tac. Hist., III, 27.

Fig.�4. Planimetria della città di Cremona con la localizzazione dei principali rinvenimenti archeologici citati nel testo: 1: Piazza Marconi; 2: Piazza S. Angelo; 3: Piazza Stradivari; 4: Via Bellarocca; 5: Via Goito; 6: Via Milazzo; 7: Via Magenta (fuori pianta); 8: S. Vitale; 9: Via Cavallotti; 10: Piazza Duomo. a: Cattedrale; b: S. Lorenzo; c: S. Vitale; d: S. Lucia.

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all’arrivo delle truppe di Agilulfo nel 603 d.C., come confermerebbe indirettamente una notizia di Paolo Diacono14.

Il disegno urbano a partire dall’ età tardoantica15, nelle sue linee generali, non subì grandi modificazioni, anche se, dall’analisi dei dati archeologici emergono alcuni fenomeni tipici della maggior parte dei centri italiani tra il tardoantico e l’alto medioevo: l’abbandono totale o parziale di alcune domus, la costruzione di edifici con materiali deperibili, il proliferare di aree a destinazione ortiva o cimi-teriale, l’affermazione delle strutture religiose cristiane (fig. 4).

Numerosi interventi archeologici16 hanno permesso di definire i caratteri dell’edilizia privata e pubblica in maniera significativa. Assistiamo, come nel caso della domus di Piazza Marconi (fig. 4 n. 1) ad abbandoni o frazionamenti, volti alla creazione di aree di cortile e giardini, mentre in altri casi, come per le domus di Piazza Sant’Angelo (fig. 4 n. 2) e di Piazza Stradivari (fig. 4 n. 3), le modifiche, più radicali, attestano un impulso costruttivo a partire dal III secolo d.C., indice di una certa vitalità. Fenomeni di ruralizzazione sono evidenti, dal IV -V secolo, nelle aree periferiche, comunque intra moenia, e suburbane, come emerge dai dati del settore meridionale della città (via Baldesio, via Bellarocca – fig. 4 n. 4) e da quello settentrionale (via Milazzo, via Goito – fig. 4 nn. 6, 5). E’ innegabile quindi la ten-denza verso il calo demografico e l’abbandono di aree a destinazione residenziale o produttiva (via Magenta – fig. 4 n. 7), ma allo stesso tempo non si registrano fenomeni di abbandono o destrutturazione delle principali direttrici viarie urbane. In sostanza , in questa fase, il calo demografico, la ruralizzazione e la nascita delle strutture di culto cristiano non provocano variazioni dell’assetto urbano generale, quanto piuttosto della distribuzione degli spazi all’interno delle singole insulae.

Certamente però la nascita degli edifici di culto cristiano variò notevolmente l’utilizzo degli spazi urbani, creando nuovi equilibri e poli attrattivi, come nel caso dell’attuale Piazza Duomo, situata ad est del foro e a ridosso del limite orientale della città, dove gli scavi archeologici hanno restituito i resti dell’antico battistero paleocristiano e di strutture attribuibili alla chiesa e al polo vescovile17. Allo stesso modo iniziano a comparire le sepolture all’interno della cerchia urbana (Piazza Stradivari – fig. 4 n. 3), spesso in concomitanza delle numerose chiese cimiteriali che iniziano ad essere attestate a partire dal V secolo (San Vitale, San Giorgio, Piazza Duomo – fig. 4 nn. 8, 1, 10), così come le chiese cimiteriali extra moenia spesso legate al culto martiriale, come nel caso della già citata San Lorenzo, a ridosso della via

14 Paul. Diac. Hist. Lang. IV, 28; Paul. Diac. Hist. Lang. IV, 28 a.15 Cantino Wataghin 1990, p. 167. 16 Per una sintesi: Passi Pitcher 2003, pp. 130 -200.17 Piva 2004, pp. 364 -379. Gallina 1998, pp. 15 -42; Testini, Cantino Wataghin, Pani Ermini 1989, pp.

193 -195.

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Postumia18. Proprio l’edificazione degli edifici di culto cristiano che topograficamente non influiva sul disegno urbano preesistente andava ad inserirsi in posizione non casuale negli equilibri della città, spesso in contesti occupati precedentemente da domus. Alla luce delle evidenze di alcuni edifici, in parte noti archeologicamente (San Vitale, Duomo, San Lorenzo – fig. 4 lettere c, a, b), in parte desumibili da fonti scritte (Santa Lucia19 – fig. 4 lettera d) si riscontra uno schema programmatico che definisce una rete santuariale esterna o immediatamente a ridosso della cinta muraria, come attestato in numerose città, basti pensare a Bologna o a Rimini20.

I flebili segni di un radicale cambiamento riscontrati a partire dal III secolo d.C. si amplificano e sostanziano intorno al VI secolo d.C. Non solo aumentano i fenomeni di ruralizzazione intra ed extra moenia, le aree a destinazione cimiteriale e il calo demografico, ma vengono sempre meno il rispetto delle direttrici viarie urbane, la manutenzione della rete fognaria e le edificazioni regolari. Alcuni settori, distribuiti omogeneamente nella città, vengono destinati non solo a coltivo, come nei secoli precedenti, ma a grandi discariche che, attraverso numerosi riporti, mutano radicalmente la morfologia e il piano topografico. Dal periodo longobardo è attes-tato un cambiamento nei modi dell’abitare e del costruire21 attraverso l’utilizzo di materiale deperibile, la cui difficile leggibilità nei contesti archeologici ha spesso contribuito erroneamente ad una visione estremamente negativa della città in termini di abbandono e spopolamento. E’ certo tuttavia che viene sempre meno il rispetto per l’assetto viario interno, come testimoniano le costruzioni sulle sedi stradali che in alcuni casi, come per via Cavallotti (fig. 4 n. 9), hanno definitivamente obliterato importanti aree di passaggio22. Le poche strutture in muratura di questo periodo fanno ampio uso, nelle fondazioni, di basoli23, evidentemente recuperati dalle strade dismesse e sono attestati sempre più espedienti, come canali di scolo all’aperto, per sopperire alla crisi del sistema fognario.

A partire dal IX secolo assistiamo, oltre che ad una ripresa edilizia, alla nascita e sviluppo di nuovi borghi esterni all’antica cinta muraria, in particolar modo la cosiddetta “Città Nova” che si colloca nel settore settentrionale ricavando riflessi positivi dalla vicinanza con le principali direttrici viarie verso nord (in collega-mento per la via Francigena) e ovest (l’approdo al Po) nell’ambito di una rinascita

18 Passi Pitcher 2004, pp. 26 -35; Bishop, Passi Pitcher 1990, pp. 290 -294.19 Falconi 1979.20 Negrelli 2006, p. 235.21 E’ il caso per esempio, dei resti di edificio ligneo con pavimento in terra battuta rinvenuto nell’angolo

nord -est dello scavo di Piazza Marconi. All’edificio si accompagnava un canale di scolo a cielo aperto, indice delle difficoltà e scarso controllo in cui versava la rete idrica.(Blockley, Passi Pitcher 2008, pp. 22 -23.)

22 Mete 2011, pp. 108 -110.23 Tale uso era già attestato nelle fondazioni murarie del battistero peleocristano.

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EVOLUÇÃO DA PAISAGEM URBANA: SOCIEDADE E ECONOMIA

economica della città che vede Cremona tra i centri protagonisti nel commercio di tessuti, spezie e sale. Queste “urbanizzazioni” definiscono l’esigenza di una nuova e più ampia cinta muraria che , ricoprendo un territorio molto vasto, viene costruita a partire dalla seconda metà del XII secolo e terminata nel 118724.

2.2�PiacenzaPlacentia fu fondata nel 218 a.C. sull’orlo della scarpata del terrazzo del Po in un

luogo ove questo era eroso da due antiche anse che davano al terrazzo più antico, probabilmente pleistocenico, una forma quasi rettangolare protesa verso la fascia topograficamente più bassa25. La città controllava un punto di attraversamento del

24 Morandi 1991, p. 9 ss.25 Per quanto riguarda l’analisi del contesto geomorfologico in cui fu fondata la città si vedano

Dall’Aglio et al. 2006; Dall’Aglio et al. 2008, Dall’Aglio et al. (in c.d.s.).

Fig.�5. Modello digitale del terreno della città di Piacenza. A = antiche anse del fiume Po di età Oloce-nica; B = ansa meandrica del Po in età Pleistocenica; C = paleo alveo del Trebbia nel III secolo a.C.; D = terrazzo pleistocenico e forma urbis di età romana; E = corso attuale del Po.

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Po e del Trebbia, che a quell’epoca sfociava ancora a est dell’abitato26. Il luogo scelto per l’insediamento si trovava in corrispondenza di un lieve alto morfologico costi-tuito da un lobo di meandro del Po di epoca pleistocenica e si presentava ottimale perché difeso sui lati settentrionale e occidentale dalle scarpate del Po, su quello orientale dalla scarpata del Trebbia e su quello meridionale dalla depressione del paleo meandro del corso pre -olocenico del Po (fig. 5).

La colonia fu pianificata a partire dalla seconda deduzione del 190 a.C. in modo da adattarsi a questi limiti naturali (fig. 6). La forma urbis venne dunque ad avere una forma quasi rettangolare che sfruttava le scarpate dei terrazzi come elemento difensivo su cui impostare il sistema murario, motivo per cui all’interno del perimetro urbano si trovava anche un avancorpo nel settore occidentale che usciva dalla forma geometrica ideale di 10 isolati di 2 actus e 3 pertiche (80 m) sul

26 Marchetti, Dall’Aglio 1982.

Fig.�6. Planimetria della città di Piacenza con indicazione delle curve di livello (equidistanza 1 m). Sono riportati il limite della città romana, i rinvenimenti relativi alla cinta muraria, l’area occupata dal foro e la forma urbis. Le lettere indicano alcune località citate nel testo: A = Via Sopramuro; B = Piazza Cavalli; C = Viale Risorgimento, scavo di Campo della Fiera (anfiteatro romano).

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lato lungo per 6 isolati su quello corto27. Poco si sa della distribuzione delle aree pubbliche all’interno della città. Le fonti parlano della presenza di un anfiteatro28 tra la città e il fiume, rinvenuto archeologicamente a ridosso della scarpata setten-trionale del terrazzo29, mentre il foro doveva occupare i due isolati sud -occidentali all’incrocio del cardine e del decumano massimi ove si trovano le chiese di S. Pietro in foro e di S. Martino in foro30. Mancano però indicazioni sulla localizzazione di terme, teatri, basilica e templi, per cui non si può dire molto sull’articolazione degli spazi interni. Nella rete viaria attuale si legge ancora abbastanza bene la forma urbis di epoca romana, mentre la posizione degli snodi viari all’uscita delle porte

27 Pagliani 1991 p. 43; Dall’Aglio et al. 2008.28 Tac. Hist., 2, 21.29 Marini Calvani 1990a p. 782; Pagliani 1991 pp. 50 -53; Marini Calvani 2000 p. 384; Scavo arche-

ologico di Campo della fiera (C in fig. 6): Calvani 1990b sito 01.01.011 pp.4 -5; Pagliani 1991 sito 6 p. 16.30 Pagliani 1991 p. 49; Maggi 1999 pp. 14 -20, Marini Calvani 2000 p. 381.

Fig.�7. Planimetria della città di Piacenza con la localizzazione dei principali rinvenimenti archeologici citati nel testo. 1: Piazza Duomo; 2: Via Monte Pietà; 3: Via Sopramuro; 4: Via Chiapponi; 5: Via Trebbiola; 6: Via Genocchi angolo vicolo del Guazzo 7: Piazza S. Antonino 8: Via Nova; 9: Scuola Mazzini; 10: Via Roma; 11: Via Genocchi; 12: Piazza Duomo. a: Cattedrale; b: S. Agostino; c: S. Brigida.

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urbiche, delle necropoli e delle aree produttive indicano quelli che dovevano essere i limiti dell’abitato in età imperiale. In epoca repubblicana esisteva, inoltre, una cinta muraria in sesquipedali31 (C in fig. 6), anche se non si può sapere se restò in funzione fino all’età imperiale. Le mura che cingono Piacenza sul lato meridionale sono invece di epoca tardoantica e sono il primo segnale dei mutamenti cui andava soggetta la città.

A partire dal III secolo d.C. fu infatti edificata una nuova cinta difensiva che doveva ricalcare il perimetro di quella precedente o che, in ogni caso, coincideva con i limiti della città imperiale. Di questa struttura si sono ritrovati diversi tratti sul lato meridionale e un altro tratto su quello occidentale (fig. 7, nn. 1 -5)32. Si tratta di un grande muraglione costituito da una cortina in laterizi con un nucleo di pietrame e malta realizzato con l’utilizzo di materiale di reimpiego. Il percorso dell’antica cinta muraria è desumibile anche dall’andamento del piano topografico. Proprio in corrispondenza dei limiti dell’abitato e della linea ideale che congiunge i rinvenimenti archeologici si trova un alto morfologico assente in età romana33 e costituito dall’accumulo e dallo spianamento delle macerie delle antiche mura, come sottolineato anche dal toponimo di una via che corre lungo questo piccolo dosso (Via Sopramuro – A in fig. 6). Interessanti sono i rinvenimenti di Via Treb-biola (fig. 7 n. 5) in quanto sono costituiti da due muraglioni affiancati e paralleli, uno più interno e in cima a un lieve dislivello del piano di campagna, e uno più esterno ai piedi di questa piccola scarpata. Il primo viene datato come il resto della cinta muraria al III secolo d.C., mentre i materiali rinvenuti in prossimità del secondo permettono di inquadrarlo cronologicamente nel VI secolo d.C. Secondo alcune interpretazioni la seconda struttura sarebbe stata edificata come rinforzo dopo il parziale crollo del muraglione più antico34, ma non vi sono in realtà dati che permettano di datare il momento in cui questo divenne inutilizzabile. Non si può escludere a priori dunque che si tratti, come a Verona35, di un raddoppiamento della cinta muraria realizzato in epoca Gota, quando anche in altre città, tra cui Pavia, sono testimoniati interventi sui sistemi difensivi.

31 Marini Calvani 1990a pp. 775 -776 ; Marini Calvani 1990b sito 01.01.011 pp.4 -5; Pagliani 1991 sito 6 p. 16.

32 Sul lato meridionale si sono rinvenuti tratti delle mura in Via Sopramuro (Marini Calvani 1990 b sito 01.01.061 p. 14; Pagliani 1991 sito 67 pp. 33 -35), Via Monte Pietà (Marini calvani 1990 b sito 01.01.020 p. 7; Pagliani 1991 sito 25 p. 27), Via Gazzola (Marini Calvani 1990 b sito 01.01.023 p. 7; Pagliani 1991 sito 11 p. 19), Via Chiapponi (Pagliani 1991 sito 78 p. 38). Sul lato occidentale vi è invece il ritrovamento di via Trebbiola (Marini Calvani 1992 pp. 324 -326).

33 Per quanto riguarda l’analisi del piano topografico della città con analisi e interpretazione delle evidenze si veda Dall’Aglio et al. 2007; Dall’Aglio et al. 2008.

34 Marini Calvani 1992 p. 325.35 Brogiolo, Gelichi 1998, pp. 67 -68.

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Le mura tardoantiche racchiudevano un’area che coincideva sostanzialmente con quella occupata dalla città imperiale. Nonostante non si registri una contrazione dell’abitato si possono comunque notare segnali di un calo demografico con conse-guenti fenomeni di abbandono e spopolamento di molte zone urbane. La presenza della maggior parte delle chiese più antiche nel settore orientale della città sembra indicare infatti una concentrazione della popolazione in questo settore36. Non è forse un caso, dunque, se i quartieri orientali mostrano una maggiore continuità del tessuto viario rispetto a quelli occidentali, ove, pur restando riconoscibile la forma urbis precedente, si registrano variazioni più significative. Anche il fatto che la stratigrafia successiva all’epoca romana sia più consistente nella metà occiden-tale dell’antica area urbana può essere in qualche modo connesso all’accumulo di macerie, strati di abbandono o fenomeni di ruralizzazione indicativi di un destino differenziato tra i due settori.

Questo parziale spopolamento fu accompagnato da altre trasformazioni della struttura cittadina tra cui una diversa relazione con gli spazi aperti. Secondo alcuni documenti medievali la campagna arrivava a ridosso della cinta muraria37, sostituendo dunque quello che doveva essere il suburbio dell’epoca precedente. La documentazione archeologica conferma questo quadro generale mostrando come alcune aree periferiche quali ad esempio Via Genocchi e Piazza S. Antonino (fig. 7 nn. 6, 7), utilizzate anticamente come zone produttive o occupate da strutture murarie, vengano successivamente trasformate in aree adibite ad ortivo38. Anche un altro scavo in via Nova, poco lontano dalla cinta muraria, ha riportato in luce una simile situazione con poche strutture murarie inserite in un contesto aperto (fig. 7 n. 8)39.

Il fenomeno di ruralizzazione coinvolse in qualche modo anche l’area all’interno della cinta muraria. I documenti medievali, quando citano un’abitazione, fanno sempre riferimento a giardini od orti di pertinenza40, lasciando desumere la presenza di una sorta di campagna dentro la città. Al contempo si impoverivano anche le tecniche costruttive. A partire dal III secolo d.C. non si registrano nuovi interventi significativi e i lavori di restauro su strutture e pavimentazioni mostrano una certa povertà e scarsa accuratezza41. Almeno fino al VI secolo d.C. si può pensare, sia per analogia ad altre città dell’Emilia Romagna sia per la presenza di attività edilizie

36 Catarsi Dall’Aglio, Dall’Aglio 1991 -1992 pp. 23 -24.37 Galetti 1994 pp. 58 -59, in particolare nota 9 p. 58.38 Per via Genocchi si veda Saronio 1997a pp. 133 -134; per Piazza S.Antantonino Marini Calvani

1990 sito 01.01.096 p. 20.39 Archivio del Museo archeologico di Parma: rif. PC Via Nova 39.40 Galetti 1994 p. 59.41 Catarsi Dall’Aglio, Dall’Aglio 1991 -1992 p. 24.

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quali il rafforzamento della cinta muraria, all’utilizzo di antiche abitazioni riadat-tate alle nuove esigenze e alla presenza di qualche raro nuovo edificio di un certo pregio. In epoca longobarda risulta però un mutamento significativo caratterizzato dal passaggio a un’architettura più povera e basata su materiale deperibile come è testimoniato dal rinvenimento in pieno centro storico di buche di palo e di un focolare appartenenti a una capanna (Cortile di Scuola Mazzini – 9 in fig. 7)42.

A partire da quest’epoca fanno la loro comparsa anche le prime sepolture all’interno dell’abitato. A sud del tratto meridionale delle mura tardoantiche si trova un sepolcreto datato all’età longobarda costituito da una ventina di tombe (fig. 7 n. 3)43. Se queste evidenze, uniche databili, sono ancora in un settore periferico, non mancano attestazioni di utilizzo a scopo funerario di spazi un tempo adibiti ad un differente uso funzionale. Nello scavo effettuato nel cortile della Scuola Mazzini, in un isolato settentrionale lungo il cardine massimo della colonia, a una serie di piani pavimentali legati alla presenza di un quartiere abitativo segue un livello con 4 tombe alla cappuccina prive di corredo (fig. 7 n. 9)44. Anche in prossimità del decumano massimo è stata rinvenuta una sepoltura a cassa con pareti in laterizi e tegole che utilizzava come piano d’appoggio una precedente pavimentazione in cocciopesto (fig. 7 n. 10)45. Altri casi attestati in città sono connessi invece al legame che intercorre con i luoghi di culto cristiani, per cui le sepolture si trovano in prossimità di chiese. A questa casistica si possono riferire i rinvenimenti in piazza del Duomo46, nel cantone di S. Margherita47 (anticamente chiesa paleocristiana dedicata a S. Liberata) e in via Genocchi, in prossimità delle chiese di S. Cristoforo e S. Maria in Gariverto48 (fig. 7 rispettivamente nn. 12, 13, 11). Quest’ultimo caso è emblematico e singolare anche per il fatto che una sepoltura utilizzava come piano d’appoggio proprio il selciato della via romana. Questi fenomeni sono dunque indicativi della presenza di aree abbandonate in corrispondenza di antichi quartieri residenziali e di mutamenti, almeno parziali e temporanei, della viabilità interna, con le strade della città romana che perdevano la loro funzionalità.

Un altro elemento che contribuì a creare nuovi poli di aggregazione fu la comparsa di edifici di culto cristiani ed in particolar modo della cattedrale con il battistero e il polo vescovile che si trovavano, fin dalle origini, in corrispondenza

42 Marini Calvani 1990 sito 01.01.016 p. 6; Saronio 1993 p. 40; Catarsi Dall’Aglio 1994 p. 150; Fronza Valenti 1996 p. 217.

43 Saronio 1993 p. 40.44 Marini Calvani 1990 sito 01.01.016 p. 6; Pagliani 1991 sito 12 p. 22.45 Marini Calvani 1990 sito 01.01.030 pp. 8,9; Nasalli Rocca 1937 p. 40. 46 Marini Calvani 1990b sito 01.01.072 p. 16.47 Marini Calvani 1990 sito 01.01.012 p. 5. 48 Saronio 1997b p. 61.

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dell’attuale piazza del Duomo49, dove gli scavi hanno riportato in luce anche i resti del battistero paleocristiano (fig. 7, a)50. Questi nuovi edifici, che assunsero un ruolo sempre più importante per la comunità piacentina, si trovavano nella periferia sud -orientale ma comunque all’interno della cinta muraria e non troppo lontani dall’antica area forense51. In prossimità delle aree sepolcrali romane all’uscita delle porte sorsero invece le prime chiese cimiteriali legate spesso al culto dei martiri e contenenti le sepolture dei primi vescovi. Due casi esemplari sono S. Antonino in prossimità della porta meridionale (fig. 7, b) e S. Savino in prossimità di quella orientale (fig. 7, d).

La comparsa di tutta questa serie di nuovi edifici e l’importanza della via Fran-cigena, che costeggiava le mura meridionali della città senza però attraversarla, favorirono un lento spostamento del baricentro cittadino verso sud, portando a compimento anche il processo di abbandono e di destrutturazione dell’antico spazio forense come mostrano sia la presenza di calcare per la produzione di calce sia la presenza di livelli di abbandono e distruzione contenenti materiale di pregio52. Tale spazio perse la sua fisionomia tanto da essere gradualmente occupato da strutture e smarrire la sua originaria natura di area aperta.

Nel corso dell’alto medioevo, dunque, si assiste da un lato a una riorganizza-zione degli spazi interni con fasi di abbandono e successiva rioccupazione del suolo secondo diverse modalità, dall’altro allo sviluppo di quartieri extraurbani legati alla viabilità e alla presenza di edifici religiosi o di luoghi di mercato, così come avviene ad esempio con lo sviluppo di borghi presso Santa Brigida e S.Antonino (fig. 7 c, b). Nel 1135 queste nuove aree abitate vennero incluse in un nuovo circuito di mura, che venne ulteriormente allargato tra il 1190 e il 1237, arrivando ad includere una superficie quasi equivalente a quella delle mura di età farnesiana53. Tracce di questa espansione si conservano ancora nella rete di canali sotterranei della città, antichi fossati riadattati e inclusi nel tessuto urbano nel corso dell’allargamento. Nell’ultimo quarto del XIII secolo lo spostamento del baricentro verso sud venne definitivamente sancito dalla costruzione del nuovo palazzo comunale, detto Gotico, e dalla realizzazione dell’antistante Piazza Cavalli (fig 6, B) che faceva da cerniera tra i quartieri di recente realizzazione e l’antico centro storico. Ormai la fase di destrutturazione della colonia romana era terminata e la città aveva preso una fisionomia completamente nuova.

49 Piva 1994.50 Piva 1997.51 Testini, Cantino Wataghin, Pani Ermini 1989 pp. 157 -159.52 Catarsi Dall’Aglio 1997 pp. 111 -112.53 Per quanto riguarda la ricostruzione dell’espansione della cinta muraria in epoca medievale, anche

in relazione allo studio dei canali sotterranei, si veda Spigaroli 1983.

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2.3�PaviaTicinum¸ come era anticamente chiamata Pavia, fu fondata in seguito a quella

serie di eventi che diede l’avvio alla piena integrazione della Gallia transpadana all’interno del mondo culturale e urbanistico romano successivamente all’89 a.C. La città si trovava sulla riva sinistra del Ticino e controllava in questo modo un importante punto strategico di passaggio sia per via di terra, sia per via fluviale. L’insediamento occupava uno spazio delimitato dalle scarpate di due corsi d’acqua minori, il Vernavola e il Navigliaccio, ed era ubicato su due terrazzi di ordine diffe-rente del Ticino: la prima scarpata che divideva il terrazzo di secondo ordine da quello di terzo ordine attraversava la città trasversalmente, diventando un elemento caratteristico del paesaggio urbano, mentre il dislivello che separava il terrazzo di terzo ordine dalla piana esondabile storica costituiva il limite dell’abitato (fig. 8)54.

54 Dall’Aglio et al. (in c.d.s.).

Fig.�8. Modello digitale del terreno della città di Pavia. A = terrazzi del Ticino di ordine differente; B = Livello Fondamentale della Pianura; C = Alveo attuale del Ticino; D = aree depresse ove scorre il Rivo Carona.

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EVOLUÇÃO DA PAISAGEM URBANA: SOCIEDADE E ECONOMIA

La forma urbis della città era costituita da un rettangolo di 10 isolati quadrati di 80 m sul lato lungo e un numero variabile tra 7 e 8 isolati sul lato corto, asim-metria dovuta all’adattamento dell’impianto urbanistico alla morfologia dei terrazzi fluviali55. Non vi sono purtroppo tracce della cinta muraria, ma i limiti della città sono ben riconoscibili, oltre che dal disegno delle vie che ricalcano in maniera esemplare la disposizione di epoca romana, grazie alla presenza degli snodi viari all’uscita delle porte urbiche, dalla posizione delle necropoli e dall’andamento del Rivo Carona che scorreva esternamente alle mura. Il lato meridionale era invece in stretta connessione al fiume, ove si trovava un ponte romano ancora parzialmente conservato in corrispondenza della prosecuzione del cardine massimo56 in questa direzione (fig. 9).

L’area forense occupava due isolati disposti in senso nord -sud all’incrocio tra il decumano massimo (oggi Corso Cavour e Corso Mazzini – fig. 9 A, B) e il cardine

55 Sull’impianto urbanistico di Pavia si vedano Hudson 1981 pp. 12 -15; Tozzi 1974 pp. 18 -22; Tozzi 1984 pp. 185 -191.

56 Tozzi 1981.

Fig.�9. Planimetria della città di Pavia con indicazione delle curve di livello (equidistanza 1 m). Sono riportati il limite della città romana, l’area occupata dal foro e la forma urbis. Le lettere indicano alcune località citate nel testo: A = Corso Cavour; B = Corso Mazzini; C = Corso Strada Nuova.

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massimo (Corso Strada Nuova – fig. 9 C)57, mentre poco altro si può dire purtroppo sull’organizzazione degli spazi interni alla città data la carenza di testimonianze archeologiche e la mancanza di dati sulla collocazione degli edifici pubblici58. Sappiamo che Ticinum era dotata di un anfiteatro, localizzato ipoteticamente nel settore orientale, di terme e aveva una cinta muraria con nove porte59, ma manca qualsiasi informazione sulla disposizione dei templi, della basilica e di altre strutture caratteristiche come ad esempio il teatro.

L’eredità più significativa lasciata dall’epoca romana è costituita dalla conserva-zione dell’impianto urbanistico e, caso piuttosto singolare, dell’antica rete fognaria. La regolarità dell’impianto stradale, ben riconoscibile oggigiorno dalla fotografia aerea, era ben nota anche nei tempi antichi, come dimostra la resa cartografica realizzata da Opicino de Canistris nella prima metà del XIV secolo. Non visibile perché collocata nel sottosuolo è invece la rete di canali che si mantenne in funzione, seppure con restauri e aggiustamenti continui, fino ad epoca recente60. I condotti fognari si diramano sotto la città rispecchiando l’ordine spaziale che caratterizza la superficie e dando in questo modo un’ulteriore conferma sia alla ricostruzione della forma urbis romana sia all’unitarietà del progetto urbanistico iniziale.

Nonostante questa continuità sia indiscutibile, le modalità di conservazione della rete viaria non sono state lineari e inerziali come si potrebbe pensare. Vi sono infatti diverse attestazioni di strutture tardoantiche o altomedievali edificate in corrispondenza della sede stradale a testimoniare come tra la via moderna e quella antica, sostanzialmente coincidenti, vi siano comunque delle discontinuità. Anche Pavia non fu dunque risparmiata da questo fenomeno tipico del periodo post -romano che vide una parziale perdita di funzionalità del sistema viario interno. Occupazioni della sede stradale sono documentate sia sul cardine massimo (strut-tura muraria in ciottoli e laterizi in via Cavour61 – fig. 10 n. 1) sia sul decumano massimo (edificio realizzato con materiale di reimpiego in epoca gota, lungo Strada Nuova all’altezza di Via Mentana e via Calatafimi62 – fig. 10 n. 2), ma vi sono altre numerose attestazioni. In Via Omodeo (fig. 10 n. 4), lungo il lato settentrionale del Duomo, un tratto basolato di epoca romana è stato ricoperto da uno strato di abbandono e da una struttura che venne distrutta da un incendio nel X secolo63,

57 Per le problematiche relative al foro di Pavia si veda Maccabruni 1995.58 Hudson 1981 pp. 18 -22.59 La descrizione della prima cinta muraria è contenuta in un passo di Opicino de’ Canistris, Liber

de laudi bus civitatis ticinensis, cap. XI (Si vedano anche Tozzi 1984 p. 190).60 Tomaselli 1987.61 Invernizzi 1998 pp. 283 -285.62 Patroni 1924; Invernizzi 1998 p. 284.63 Blockley, Caporusso 1991; Invernizzi 1998 pp. 280 -283; Dezza, Brameri 2007.

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mentre in via Comi, nel complesso dell’ex caserma Bixio, tracce di una struttura absidata (un vecchio complesso termale?) si estendono fino ad occupare la sede stradale (fig. 10 n. 3)64.

Ma queste non furono le uniche trasformazioni cui andò soggetta la città in epoca tardoantica. Divenuta seconda capitale dei Goti, successivamente capitale del regno Longobardo e del Regno Italico, Pavia fu interessata da una fase di attività edilizie che portarono a mutare il volto di alcune parti della città. Oltre al rinveni-mento di tegole bollate che testimoniano una produzione di laterizi65, la tradizione letteraria tramanda di lavori svolti da Teoderico alle mura, alle terme, all’anfiteatro e fa cenno alla costruzione di un palazzo, struttura che doveva trovarsi nel settore orientale dell’abitato (fig. 10 n. 6)66. La presenza di un polo di potere così impor-tante determinò mutamenti all’impianto urbanistico in questo settore, che infatti anche al giorno d’oggi presenta una regolarità minore di quella che caratterizza la maggior parte del centro storico.

Nel frattempo veniva a strutturarsi anche quello che diverrà invece il polo religioso della città in un isolato a poca distanza dal foro e dal cardine massimo. In questo settore si trovava fin dalle origini la sede della prima cattedrale67, contrariamente a quanto originariamente pensato68, e dall’epoca longobarda venne edificata la catte-drale doppia di S. Stefano e S. Maria del Popolo (fig. 10, a). Sempre nelle vicinanze di questo complesso dovevano trovarsi anche il Battistero e il palazzo vescovile.

Il palazzo e gli edifici caratteristici della topografia cristiana divennero nuovi punti di aggregazione e di riferimento all’interno del tessuto urbano, e questo favorì un graduale degrado di altre aree pubbliche come il foro. Paolo Diacono cita le condizioni di Pavia, mettendo in luce lo stato di abbandono delle strade e anche dell’antica piazza romana69. Nel IX secolo sembra che quest’ultima fosse ancora riconoscibile, ma a partire da un periodo non meglio precisabile dell’alto medioevo gran parte dell’area aperta venne occupato da edifici e fu soltanto nel XIV secolo, quando venne nuovamente raddrizzata e aperta Strada Nuova sgombrandola dalle costruzioni che avevano invaso la sede stradale, che venne ripristinata la piazza70. Questo testimonierebbe, inoltre, che non si perse mai coscienza della funzione

64 Invernizzi 1998 pp. 287 -290.65 Hudson 1981 p. 23.66 Hudson 1981 p. 24.67 Testini, Cantino Wataghin, Pani Ermini 1989 pp. 222 -225.68 Si veda quanto sostenuto ancora da Hudson 1981 pp. 25 -26, dove si sosteneva la presenza della

prima cattedrale in un contesto fuori dalle mura, presso la chiesa dei SS. Gervasio e Protasio (fig. 10, b).69 Paol. Diac. Hist. Lang., VI, 5 (Pari etiam modo haec pestilentia Ticinum quoque depopulata est, ita

ut, cunctis civibus per iuga montium seu per diversa loca fugientibus, in foro et per plateas civitatis herbae et frutecta nascerentur).

70 Maccabruni 1995 pp. 369 e 378.

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Fig.�10. Planimetria della città di Pavia con la localizzazione dei principali rinvenimenti archeologici citati nel testo: 1: Corso Cavour; 2: Strada Nuova presso Via Mentana e via Calatafimi; 3: Via Comi, ex caserma Bixio; 4: Via Omodeo; 5: Palazzo di Giustizia; 6: Area del vecchio Palazzo teodoriciano. a: Cattedrale; b: Chiesa dei SS. Gervaio e Protasio.

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di questi isolati, così come si conservò memoria della forma urbis nonostante le modifiche nella viabilità cui abbiamo fatto cenno precedentemente.

Nonostante l’importanza strategica e politica che Pavia ricoprì nel corso dell’alto medioevo, la città non fu risparmiata da fenomeni di ruralizzazione, dalla comparsa di sepolture all’interno dell’antico perimetro urbano e dall’utilizzo di materiale deperibile soprattutto nell’edilizia privata. I risultati di uno scavo svolto nel Palazzo di Giustizia sono abbastanza sintomatici di tutte queste tendenze (fig. 10 n. 5). Un edificio romano abbandonato e spoliato viene in parte riutilizzato come mostrano strati di battuto e buche per l’installazione di palizzate e tramezzi lignei. Nell’area adiacente si sono trovate altre buche di palo pertinenti a due capanne di pianta rettangolare nelle cui vicinanze si trovavano due sepolture a fossa. Dopo un suc-cessivo periodo di abbandono è attestata un’altra fase di frequentazione con una struttura spoliata a sua volta ricoperta da un altro livello di terre nere71.

Valutando lo spessore dei depositi archeologici si può notare come le fasi romane si trovino a una profondità media di 1.5 -2.5 m (testa delle canalette delle fognature)72 per cui non vi è stata una crescita verticale sensibile come in altri centri abitati (e come avvenuto anche in certi settori di Cremona e Piacenza). Nonostante strati di abbandono o terreni scuri tipici della fase medievale siano testimoniati, si può pensare che la presenza di un sistema fognario sempre in funzione abbia in qualche modo contribuito a limitare la formazione di questi dark layers.

Nel corso dei secoli la città andò lentamente definendo la sua fisionomia, con la diffusione di edifici religiosi all’interno delle mura, la divisione tra la zona lon-gobarda ariana (faramania) e quella cattolica, con la diffusione di chiese cimiteriali nella prima periferia. Nonostante l’invasione degli Ungari del 924 che portò alla distruzione di diversi edifici, Pavia iniziò il suo processo di espansione con la nascita di sobborghi e con la costruzione di nuove cinte murarie una edificata tra la fine dell’XI e l’inizio del XII secolo e una verso la fine del XII secolo73.

3.�ConClUSIonIIl quadro che emerge dall’analisi e dal confronto di questi tre importanti cen-

tri della Cisalpina permette di porre in atto una serie di valutazioni inerenti gli aspetti di continuità e cambiamento cui andarono incontro, tra l’età tardoantica e l’altomedioevo, Cremona, Placentia e Ticinum.

71 Invernizzi 2007.72 Hudson 1981 p. 44.73 Hudson 1981, p. 33.

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L’impianto romano, impostatosi a partire da una situazione geomorfologica che mostra evidenti analogie, era basato per tutti e tre i centri su un modulo molto frequente con insulae di 80 metri di lato. I segni dell’antica forma urbis sono ancora oggi evidenti nel tessuto urbano, soprattutto per Pavia e Piacenza, mentre per Cremona restano labili tracce, comunque significative, a causa di un fenomeno di slittamento degli isolati, causato verosimilmente dalla contrazione altomedievale. Scarsi, per tutti e tre i centri, sono i dati archeologici riferibili all’ubicazione dei principali edifici pubblici, menzionati tuttavia dalla storiografia antica.

Dall’analisi dei dati emerge come, a partire dalla fine del III secolo e dalle mutate vicende politico -sociali di quel periodo, le tre città entrarono in una fase di cambiamento comune. Dalla caduta di Massimino, che diede avvio ad una fase di involuzione e debolezza economica e politica, a cui si aggiungevano le prime incursioni esterne, si avviò un processo di rimilitarizzazione che coinvolse la Cisalpina, divenuta ormai nuovo fulcro politico dell’impero. In questo contesto va inquadrata la riedificazione della cinta difensiva di Placentia, attestata dal dato archeologico, fenomeno che quasi certamente interessò gli altri due centri, uni-tamente a una certa vitalità economica e sociale comune. La rinnovata floridezza politica e in parte economica, come emerge da pochi dati archeologici, sembra però non aver contribuito, alla distanza, a mantenere o migliorare i tessuti urbani, che si avviano invece verso un lento e graduale processo peggiorativo delle preesistenti strutture antiche. Tale fenomeno è evidente dall’analogia tra i nostri tre centri. Già agli inizi del IV secolo d.C. si registrano, pur senza un’iniziale contrazione dell’abitato, fenomeni di abbandono e calo demografico in alcune aree urbane. Placentia assiste allo spopolamento del settore occidentale, mentre per Cremona sono i settori periferici a nord e a sud a subire i maggiori contraccolpi. A Pavia i maggiori segnali di mutamento si hanno dalle numerose edificazioni irregolari, soprattutto sulle sedi stradali, provocando evidenti scompensi all’equilibrio isodi-namico del tessuto urbano. Inoltre l’importanza del ruolo assunto da Pavia proprio a partire dall’età tardoantica non attenuò il fenomeno, indice dell’ormai mutata sensibilità nei confronti della preesistente froma urbis. In questi anni mutano quindi fisionomia anche le antiche domus, spesso costrette ad una contrazione degli ambienti a favore della creazione di spazi aperti con orti o giardini, dando l’avvio al fenomeno di ruralizzazione già attestato nei suburbi, come nel caso di Cremona e Piacenza, dove la cinta difensiva confinava spesso con la campagna. Le nuove edificazioni sono quindi limitate e la tendenza dell’edilizia residenziale, soprattutto sotto il regno longobardo, è legata all’uso di materiale costruttivo deperibile come il legno, per ragioni culturali più che economiche. Indubbiamente è lo sviluppo e la proliferazione dei nuovi luoghi di culto, con il conseguente ingresso delle sepol-ture in città, a connotare maggiormente il tessuto urbano e gli equilibri interni.

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Le primigenie sedi della chiesa cristiana e il polo vescovile sorgono, in tutti e tre i casi, poco distanti dal foro in aree comunque interne alla cinta difensiva. Ampi spazi all’interno delle insulae vengono assorbiti dall’edificazione di edifici religiosi, mentre chiese cimiteriali e luoghi di culto sorgono spesso sulle principali strade in uscita dalle città. Con il passare degli anni, a tale impulso dell’edilizia cultuale non si affianca un nuovo sviluppo di quella residenziale, né un mantenimento dei tessuti urbani e del sistema fognario.

Agli inizi dell’alto medioevo il processo di ruralizzazione, contrazione e scarsa manutenzione del sistema viario è ormai avviato e, ad eccezione del singolare caso pavese, anche il sistema fognario ne risente notevolmente. E’ questa la fase della dismissione di numerose sedi stradali a causa di edificazioni incontrollate (Pavia e Cremona in primis) e della ruralizzazione di ampie aree all’interno della cinta muraria, come è ben attestato nei casi di Cremona e Piacenza.

Nonostante il volto e la struttura delle città fosse in corso di mutamento a causa di tutte queste trasformazioni, il limite ideale dell’abitato, che era dato dalla cerchia muraria, restò invece sostanzialmente invariato. Questo fatto, contrariamente a quanto avvenne in moltissime altre situazioni note, è imputabile in parte anche allo stretto legame che lega l’impianto urbanistico alla geomorfologia fin dall’originaria pianificazione di epoca romana. La capacità di leggere il territorio collocando le città lungo corsi d’acqua, a controllo di punti di attraversamento ma soprattutto adattando il perimetro urbano all’andamento delle scarpate dei terrazzi, quasi che le mura fossero un prolungamento ideale di questi dislivelli naturali, fu l’elemento principale alla base della continuità formale (come abbiamo visto non sostanziale), che caratterizza questi tre centri del settore centrale della Pianura Padana. Altra caratteristica comune che ha influito sull’importanza di queste città tra tardoantico e alto medieovo e di conseguenza sulle vicende storiche e urbanistiche era dato dalla vicinanza ai corsi d’acqua col loro potenziale di viabilità.

Soltanto a partire dal IX secolo si nota una ripresa demografica ed edilizia, con la nascita di numerosi borghi esterni alla città antica, che finiranno per essere assorbiti nelle nuove cinte murarie edificate tra l’XI e il XII secolo, significativamente coeve nella sorte delle tre città.

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rÉSUMÉ: Cremona, Piacenza et Pavia sont des villes qui ont été édifié par les Romains au centre de la Pianura Padana, près des cours d’eau et sur des terrasses d’origine fluviale. A partir du IIIème siècle après J.C. il y avait des modifications dans la structure urbanistique qui ont transformé l’aspect des villes : nouvelles fortifications ; nouveaux bâtiments comme églises ou palaces  ; nouvelles techniques de construction  ; diffusion de la campagne à l’intérieur des murs. Nous sommes en train d’observer la naissance de la ville médiévale. La relation avec la géomorphologie a aussi conditionné cette évolution.

� Mots‑clés: Urbanistique antique, Géomorphologie, Italie septentrionale, Antiquité tardive, Villes médiévales.

aBSTraCT:� Cremona, Piacenza and Pavia are towns that were founded by the Romans in the centre of the Padana Plain, near water courses and on river terraces. From the III century a.D. changes to the urban structure have transformed the towns: new fortifications, new buildings, new construction techniques, movements from rural areas into the area of the town walls. We thus witness the birth of the medieval town. The relationship with the geomorphology also conditioned that evolution.

Keywords: Ancient urbanism, Geomorphology, Northern Italy, Late antiquity, Medieval towns.