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CÂMARA. DOS DE~PUTADOS
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·ANO xxx - 026 CAPITAL FEDERAL
SEÇÃO J
SÁBADO, 12 DE ABRIL DE 1975
CÂMARA. DOS DE~PUTADOSSUMÁRIO
1 - 24." SESSAO DA 1." SESSÃO LEGISLATIVA DA s.aLEGISLATURA, EM: 11 DE ABRIL DE 1~75
I - Abertura da Sessão
II - Leitura e assinatura da ata da sessão anteriorIH - Leitura do Expediente
PROJETOS A IMPRIMIR
Projeto de Decreto Legralatívo n.? 2-A, de 1975 (Da Comissãode Relações Exteriores) - Mensagem n. o 26/75 -- Aprova otexto da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espéciesda Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção, concluídaem Washmgton a 3 de março de 19'73 e assinada pelo BrasIl namesma data; tendo pareceres: da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade, [urídícídade e boa técnicalegislativa; e, da Comissão de Agríeultura e Política Rural, pelaaprovacáo.
Projeto de Lei n.? 3.169-B, de 1965 (Do Sr. RUI Amaral) Disciplina a outorga de pensão aos beneficiários dos seguradosda previdência socíal , tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalldade e juridicldade, comtrês emendas; favorável, com emenda, da Comissão de LegISlacão Social; e, da Comissâo de Finanças, favorável, com adoçãodas emendas das oomíesões de Constituição e Justiça e de Legislação Social. Pareceres às Emendas de -Plenário: da Ccmissâode Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e juridicidade ; da Oormssào de Serviço Público, emrtído em audiência,pela rejeição; da Comissão de Trabalho e Legislação Social, pelarcjeicão, contra os votos dos 81'S. Argilano Dano, Carlos cortae Francisco Amaral; e, da Comissão de Finanças, pela rejeição.
Projeto de Lei n.v 1.493-B, de 1968 mo Sr. Oswaldo LimaFilho) - Faculta aQS funcionários públicos da União e aosservidores das autarquias federais, eleitos prefeitos e vereadores,a opção pelos vencimentos de seus cargos efetivos, e dá outrasprovidências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade. contra. os votos dos Srs. LuizBraz, João Linhares e José Bonifácio; e, da Cormssâo de ServiçoPúblico, pela aprovação, com substitutivo e voto em separado doSr. Hugo Aguiar. Parecer da Comissão de Constituição e Justlca,emitido em audiência. pela constitucionalidade, jurrdícídade eboa técnica legislativa do Substitutivo da Comissão de ServicoPúblico. '
PROJETOS APRESEN'rADOS
Projeto de Lei n.? 156. de 1975 (Do Sr. José de Assis) Iritroduz alterações na Lei n v 4.215, de 27 de abril de 1963,que dispõe sobre o Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil.
Projeto de Lei D.O 157, de 19'75 (Do Sr. Jorge Paulo) - Dánova redação ao artigo '72 da Lei n.O 5.682, de 21 de julho de1971 - Lei Orgânica dos Partidos Políticos.
Projet.o de Lei n.v 158, de 19'75 (Do Sr. Ruy Côdo) - Institui'a Semana Nacional de Anchieta e dá outras providências.
Projeto de Lei nO 159, de 1975 (Do Sr. Aldo Fagundes)Cria o Conselho Comunitário de Brasília - COBRAS - e dáoutras providências.
Projeto de Lei n.? 164, de 1975 (Do Sr. Siqueira Campos) Revigora e altera dispositivos da Lei n.O 5.108, de 21 de setembro de 1966 (Código Nacional de Trânsito" revogados e modificados pelo Decreto-lei n.? 584, de 16 de maio de 1969.
Projeto de Lei n.? 165, de 19'75 (Do Sr. Florim Coutinho)Dispõe sobre condições etárias para o trabalho em todas ascategorias de atividade
Projeto de Lei n.o 166, de 1975 (Do Sr. Edgar Martins)Obriga as empresas de ônibus, concessionárias de linhas compercurso igualou superior a 100 km, manter em seus veículosserviço de radiofonia para contato direto com sua sede ouparadas de apoio.
IV - Pequeno Expediente
JUTAHY MAGALHAES - Temas nacionais.
FREDERlCO BRANDAO - Implantação de aeroporto metropolitano em Cumbíca, São Paulo.
OSWALDO ZANELLO - Argumentação do Jornalista RafaelCifuentes sobre as inconveniências da implantação do divórciono Brasil.
NEREU GHIDI - Eletrificacão rural.
RUY CôDO - Administração Miguel Colassuormo, SãoPaulo.
WALTER DE CASTRO - Suspensão das aulas das- disciplinas básicas do curso de Engenharia da Universidade Estadualde Campo Grande, Mato Grosso.
PINHElRO MACHADO - Interiorização do ensino superior.Campus avançado em Floriano, Piauí.
MAGNUS GUlMARAES - Custo dos livros didáticos e dasanuidades escolares. Distorções no setor educacional brasileiro.
RUY BACELAR - Asfaltamento da BR-llO, trecho Ribeirado Pombal-Paulo Afonso, Bahia.
PEDRO LAURO - Artigo de jornal: "O Paraná precisa sersede da RFF."
NOSSER ALME[DA - Aposentadoria dos "SOldados da borracha".
RUY LINO - Reclassificacão dos funcionários federais doAcre. >
ABEL ÁVILA - Elementos de convicção que informam aconveniência de novo terminal acroviárto entre .Tomville eBlumenau, Santa Catarina.
ELOY LENZI - Aumentos de anuidades escolares nasuniversidades.
ODACIR KLEIN - Ponte sobre o rio São Gonçalo, RioGrande do Sul.
AMAURY MüLLER - Criminalidade no Rio Grande do Sul.
FRANCISCO LIBARDONl - Alta do custo de vida. Reportagem do jornal Folha d'Oeste, de Chapecó. Sant,a Catarina:"500 Alunos não têm onde sentar em São Lourenço do Oeste."
1362 Sábado 12 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1975
ALOíSIO SANTOS - Ausência de representação popular noGoverno do Distrito Federal.
DASO COIMBRA - Crescimento do tráfico internacional dedrogas.
ALVARO VALLE - Levantamento da arte primitiva brasileira.
HENRIQUE CARDOSO - Amparo credítícío à lavoura ca.caueíra,
GOMES DO AMARAL - Situação do funcionalismo doBanco do Brasil.
ADHEMAR SANTILO - Discurso do Deputado HenriqueSantílo, na Assembléia Legislativa de Goiás, analisando o Governo do Sr. Leonino Caiado, e o que se instala agora, do Sr.Irapuã Costa Júnior.
ANTôNIO BELINATI - Discurso do Deputado José Bonifácio na Câmara dos Deputados, sessão de 9 de abril corrente.
GASTÁO MüLLER - Anel Rodoviário de Ouiabá.
ALCIR PIMENTA - Crônica em homenagem à memória deNatalino José do Nascimento, o Natal.
INOCl!lNCIO OLIVEIRA - Despejo de arsênico no AtlânticoSul.
ANTôNIO PONTES - Dinamização da Comissão da Amazônia.
JERôNIMO SANTANA - Ação penal con tra policiais, naComarca de Porto Velho, Rondônia.
JúLIO VIVEIROS - Aposentadoria dos "soldados da borracha".
JOEL FERREIRA - Oficialização do "jogo do bicho".
JORGE FERRAZ - Construção de agência do INPS emJtabíra,
VASCO NETO - Vitória da natação brasileira na III CopaLatina de Las Palmas, Ilha das Canárias.
PEIXOTO FILHO - Saneamento básico em Magé, Estadodo Rio de Janeiro.
ANTôNIO CARLOS - Desenvolvimento urbano de Dourados,Mato Grosso.
ANTôNIO BRESOLIN - Restabelecimento dos recursos naturais e do equilíbrio ecológico.
ADHEMAR GHISI - Aspectos da política social do Governo.
EDUARDO GALIL - Discurso do Senador Jarbas Pa8sarinho,no Senado Federal, sessão de 3 de abril corrente.
HERMES MACEDO - Expansão da rede de silos e armazéns.PEDRO FARIA - Homenagem à memória do Sr. Natalino
José do Nascimento, o Natal.
MARCELO MEDEIROS - Situação do ensino em Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro.
JOSÉ COSTA - Sobre questão de ordem referente à votaçãosimbólica.
V - Grande Expediente
JORGE ARBAGE - Vencimentos da magistratura.
JOSÉ ALVES - (Retirado pelo orador para revísão.) Aproveitamento do cloro a ser produzido em Alagoas.
VI - Ordem do Dia
SIQUEIRA CAMPOS, FRANCISCO AMARAL, LINCOLNGRILLO, ALCIR PIMENTA, ALDO FAGUNDES, JORGE ARBAGE, LUIZ HENRIQUE, JúLIO VIVEIROS - Apresentação deproposições.
JOSÊ ALVES - Díscusssão do Projeto n.O 1.553-A, de 1973.
MARCELO LINHARES - Eooaminhamento de votação doPro]eto n. o 1. 553-A, de 1973.
DASO COIMBRA - Discussão do Projeto n.o l.053-A,de 1972.
Projeto n,v 1. 525-A, de 1973 - Emendado.
Projeto n.o 1. 553-A, de 1973 - Rejeitado.
Projeto n.o 1. 829-A, de 1974 - Aprovado.
projeto n.O 1.053-A, de 1972 - Emendado.
PEIXOTO FILHO - (Como Líder.) Problemática do trabalhador brasileiro.
PARSIFAL BARROSO - (Como Líder.) Resposta ao discursodo Deputado Peixoto Filho.
VII - Comunicações das Lideranças
JERôNIMO SANTANA - Problemas sociais do Território deRondônia.
EDUARDO GALIL - Situação do ensino superior no Pais.
VIII - Designação da Ordem do Dia
IX - Encerramento
2 - MESA (Relação dos membros)
3 - LíDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS (Relaçãodos membros)
4 - CQMISSõES (Relação dos membros das Comissões Permanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito)
5 - GRUPO BRASILEIRO DA ASSOCIAÇÃO INTERPARI,AMENTAR DE TURISMO - 2.a Convocação.
6 - ATAS DAS COMISSõES
ATA DA 24.0 SESSÃOEM 11 DE ABRil DE 1975
PRESlDfNCIA DOS SRS.:CHIO SORJA, PRESIDENTE;
AtENCAR FURTADO, 2.o-VICE-PRESIDENTE;
E PINHEIRO MACHADO, 3.o·SECRETARID.
1.- Às 13 horas e 30 minutos comparecemos Senhores:
Célio Borj aAlencar FurtadoOdulfo DominguesHenrique Eduardo AlvesPinheiro MachadoLéo SimõesJúlio ViveirosLauro RodriguesUbaldo BarémAntônio Florêncio
Aere
Nosser Almeida - ARENA; Ruy Lino MDB.
AmazonasAntunes de Oliveira - MOB; Joe1 Ferrei
ra - MOB; Mário Frota - MDB; RafaelFaraco - ARENA; Raimundo Parente ARENA.
Pará
Edison Bonna - ARENA; JadeI' Barbalho- MOB; Newton Barreira - ARENA.
Maranhão
Epitácio Cafeteira - MDB; José Ribamar Machado - ARENA; Magno Bacelar- ARENA; Temistocles Teixeira - ARENA.
Piauí
Dyrno Pires - ARENA; João Clímaco ARENA; Murilo Rezende - ARENA.
Ceará
Figueiredo Correia - MOB; Flávio Marcílio - ARENA; Furtado Leite - ARENA;Gomes da Silva - ARENA; Humberto Bezerra - ARENA; Marcelo Linhares - ARENA; Ossian Araripe - ARENA; ParsifalBarroso - ARENA; Paulo Studart - ARENA.
Rio Grande do Norte
Ney Lopes - ARENA; Pedro LucenaMOB; Ulisses Potiguar - ARENA.
ParaíbaAntônio Gomes - ARENA; Antônio Ma
riz - ARENA; Humberto Lucena - MDB;Petrônio Figueiredo - MOB; Wilson Braga- ARENA.
Pernambuco
Aíron Rios - ARENA; Fernando Coelho- MDB; Inocêncio Oliveira - ARENA; Jarbas Vasconcelos - MOB; Joaquim Guerra- ARENA; Josias Leite - ARENA; Monsenhor Ferreira Lima - ARENA; Valério Rodrigues - ARENA.
Alagoas
José Alves - ARENA; José Costa - MOB;Theobaldo Barbosa - ARENA.
Sergipe
Celso Carvalho - ARENA; Francisco Rollemberg - ARENA; Passos Pôrto - ARENA; Raimundo Diniz - ARENA.
Bahia
Henrique Cardoso - MDB; Horácio Matos - ARENA; João Alves - ARENA; JoãoDurval- ARENA; Manoel Novaes - ARENA; Menandro Minahim - ARENA; PriscoViana - ARENA; Ruy Bacelar - ARENA;Vasco Neto - ARENA; Vieira Lima - ARENA.
Espirito Santo
Henrique Pretti - ARENA; Moacyr Da11a- ARENA.
~ilde 19'15 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (~ I) Sábado 12 1S6S
. :1Uberto Hoffmann - ARENA; Ale:s:andreMachado - ARENA; Aluizio Paraguassu W:B; Amaury Müller - MDB; AntônioBJ'Molín - MDB; Célio Marques Fernandes- ARENA; Fernarido Gonçalves - ARENA;Getúlio Dias - MDB; João Gilberto MDB; JOllé Mandelli - MDB; Nelsnn Mar~n - ARENA; Nunes Leal - ARENA;Vasco AmarQ - ARENA.
Rio. de .Janeiro
Alair Ferreira - ARENA; Alvaro Valle- ARENA; Daso C<Jimbrll - ARENA;Eduard{) Galíl - ARENA; Eraimlo MartinsPedro - MDB; Hélio de Almeida - MDB;JG de Araúj() Jorge - MDB; José Haddad- ARENA; J()sé Maria de Carvalho - MDB;José Sal1y - ARENA; Luiz Braz - lUtENA;Lygia Lessa Bastos - ARENA; Mac DowellLeite de Castro - MDB; MoreÍl'a FranooMDB; Oswaldo Lima - MDB; Pei:zoto Filho- MDB; Rubem Dourado - MDB; RubemMedina - MDB; Walter Silva - MDB.
desaparecimento de cada especie desencadela o desap!J.recimento de várias outras,
Segundo o etólogo víenense Otto Koening:''É a degradação em cadeia. COmo cada.espécie constitui uma reserva vital parauma outra - ou vária.'! outras - quan-do se destróI uma espécie Se destroemvárias. Quando o DDT, por exemplo,mata os insetos e as plantaa, os pequenos mamíferos e os passaras que se alimentam de insetos e plantas tambémmorrem. Os mamíferos maiores, que sealimentam de mamíferos menores e depássaros, também morrem. E morremtambém outras plantas, que não sãofecundadas pelos insetos."
Medidas urgentes se fazem necessárias afim de evitar o desequllíbrío ecológico da.terra.
No âmbito nacional decretos e portariasvêm sendo assinados neste sentido e em1973 foi criada, no âmbito do Ministério dolnterior, a Secretaria do Meio Ambiente SEMA, orientada para a conservação domeio ambiente e Q uso racional dos recursosnaturais,
No{) âmbito internacional eonvenções eacordos têm sido elaborados e COnferencias programadas com o fim de debater eelaborar princípios que norteiem a preservação do meio ambiente.
A Convenção ora submetida a esta Comissão é mais um passo decísívo para esteobjetivo e abrange 0$ prineipíos básicosadotados na Conferência das Nacões Unidas sobre o Meio Ambiente, realizada em.Estocolmo, de 5 a 16 de junho de 1972 e dosquais destacamos:
"O homem tem direito fundamental àliberdade, à igualdade e a adequadascondições de vida em ambiente que lhepermita viver com dignidade e bemestar. :til seu inalienável dever melhorare proteger o meio ambiente para as gerações atuais e futuras.""Os recursos naturais, incluindo-se o ar,a água, a terra, a fIora, a fauna e, especialmente, amostras representativasdos eeosístemas naturais, devem sersalvaguardados em beneficio das gerações atuais e das futuras, por meio deeuídadoso planejamento ou administração, eonfprme o caso.""O homem tem responsabilidade especial em salvaguardar e administrarconscienciosamente o património dafauna e da flora primitivas e seu habitat, ora gravemente ameaçados por umconjunto de fatores diversos. A conservação da natureza, incluindo a flora ea fauna selvagens, torna-se pois, importante nos planos de desenvolvimentoeeonômleo.""Os recursos não renováveis da Terradevem ser aproveitados de forma a evitar o perigo de seu futuro esgotamentoe assegurar que os beneficios de suautílízaçâo sejam compartilhados portoda a humanidade."
"Todos 01\ países, grandes ou pequenos,devem tratar das questões internacionais relativas à proteção e' melhoria domeio ambiente com espírito de cooperação e em pé de igualdade. A cooperação, quer por acordos multi ou bilaterais, quer por outros meios apropriados,é essencial para controlar eficazmente,prevínír, reduzir ou eliminar 0$ efeitosambientais adversos que resultem deatdvídades em qualquer esfera, de talmodo que a soberania e os interessesde todos os Estados sejam assegurados."
Encontramos ainda, no texto da Convenção, em sua introdução, o reconhecimento
PARECER DA COMISSãODE REL.AÇÕES EXTERIORES
]f - RelatórioO Ex.mo Senhor Presidente da República,
com a Mensagem n,? 26, de 1975, que fazacompanhar de Exposição de Motivos doEx.IUO Senhor Mmístro de Estado das Relações l1:xterlores, vem submeter ao referendo do Congresso Nacional, ex vi do disposto no item I, do art. M da ConstituiçãoFederal, o texto da "Convenção sobre oCOmércio Internacional das Espécies daFlora e Fauna Selvagens em Perigo de E"tínção, concluída em Washington a 3 demarço de 1973 e assínada pelo Brasil namesma data".
A preservação do meio ambiente, atravésda proteção da .flora e fauna selvagens vemsendo matéria de interesse mundial.
É sabido que a lista de espécies vegetaise animais em extinção cresce dia a dia. O
, Amapá.
Antônio Pontes - MDB.
RAlndônia
Jerônimo Santana - MDB.O SR. PRESIDENTE (Alencar Furltaélo)
- A lista de presença acusa o comparecimento de 177 Senhores Deputados.
Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus iniciamos ncesos
trabalhos.
O Sr. 8eéretãrio procederá à leitura tlaata da sessão anterior.
II .- O SR. J'üLIO VIVEIROS, Suplente,de Secretário, servindo como Z.o-Secretário,
procede à leitura da ata da sessão snteeedente, a qual é, sem observações, assinada.
O SR. l'R-ESIDENTE (Alencar Furtado) Passa-se à leitura do expediente.
O SR. LAURO RODRIGUES, Suplente deBeeretárío, servindo como l.°-Secretário,procede à leitura do ,seguinte
lU - EXPEDIEN~rE
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON.a 2-A, de 1975
(Da Comissão de Relações Exteriores}MENSAGEM N.o 26/75
Aprova o texto da OoIlvençíio sobre(I Comércio Internacional das "Eslléciesda F101"3 e Fauna Selvagem em. Perígnde Extinção, concluída em Washingtllllli. 3 de março de 1973 e assinada peloBrasil na mesma data j tendo pareceres: da Comissão de Constituição cJustiça, pela constitucionalidade, j;uridicidade e boa técnica legislativa; e,da Com5ssã.o de Agricultur~ e l'oliUcaRural, pela aprovação. .
(Projeto de Decreto Legislativo n5' 2,de 1975, a que se referem os pareeeres.)
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 Fica aprovado o texto da Convenção sobre o Comércio Internacional dasEspécies da Flora e Fauna Selvagens emPerigo de Extinção, eonelnida em Washington a :I de março de 1973 e assinada peloBrasil na mesma data.
Art. 2.° Este Decreto Legislativo entrará.em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasílía, em 2 de abril de 1975. - Deputado Flávio Mareílio, Presidente - Deputado Hugo Napolcão, Relator.
Rio Grande do Sul~ I',.
Paraná
~ .Agostinho Rodriguell - ARENA; AlvaroDias - MDB; Antônio Annibelli - MDB;Antônio Ueno - ARENA; Braga Ramos ARENA; Gamalíel Galvão - MDB; HermesMacêdo - ARENA; João Vargas - ARENA;Ne1wn Maeulan - MDB; OUvir GabardoMDB; Santos FiJl10 - ARENA; SebastiãoRodrigues Júnior - MDB.
Santa Catarina.Abel Avíla - ARENA; Adhemar Ghisi
ARENA~ Dib Cherem - ARENA; FranciscoLibardoni - MDB; João Línhares - AR.ENA; Laerte Vieira - MDB; Pedro Oolln .~Nll..
Minas Gerais
Aécio Cunha - ARENA; Bías Fortes .ARENA; Fábi() Fonsêea - MDB; Francelino,Pereira - ARENA; Francisco Bílac Pinto -:ARENA; Genival Tourinho - MDB; no-:~e~R~~~sJOSé~~~d~rahi~::l~A::!noet de Almeida - ARENA; Marcos Tito-MDB; Melo Freire - ARENA; Nelson TllÍbau - MDB; Nogueira da Gama - MDB;Nogueira de Rezende - ARENA; Padre No
,'bre - MDB; Raul Bernardo - lUtENA; Reinato Azeredo - MDB;'
São l'aulo
A.H. Cunha Bueno - ARENA; Adalberto[Camargo - MDB; Amaral Furlan - ARE-·;NA; Antonio Marimoto - ARENA; Athiê.Ooury -MDB; Aurélio Campos - MDB;;Diogo Nomura - ARENA; Francisco Ama;ral - MDB; Freitas N()bre - MDB; Gi<;lia:Junior - ARENA; Guaçu Píterí - MDB;:Israel Dias-Novaes - MDB; Jacob caroío'- ARENA; Joaquim Bevítacqua ~ MDB;,Jorge Paulo - MDB; Marcelo Gato - MDB;Otávio Oeccato - MDB; Pacheeo ChavesMDB; Roberto Carvalho - MDB; Ruy Câdo- MDB; Theodoro Mendes - MDR
Goiás
Adhemar Bantãlo - MOB; Ary Valadão- ARENA; Hélio Levy - ARENA; Iturtval
,Nascimento - MDB; Juarez Bernardes 'MDB; Rezende Monteiro - ARENA; Siqueíra Campos - ARENA.
Mato al"OSSO
Antônio Carlos - MDB; Benedito oanellas - ARENA; oastãc Müller - ARENA;Nunes Rocha - ARENA; Valdomiro Gonçalves - ARENA; Vicente Vuolo - ARENA;Walter de Castro - MDB.
1364 Sábado 12 DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 19'<5
_das riquezas animais e vegetais existentesna terra e a conscientização da incapacidade de sua substituição nos sistemas naturais do nosso planeta, ressaltando a importância de sua preservação a fim de seremmantidos os valores estéticos, científicos,culturais, recreativos e econômicos de suafauna e flora selvagens, reconhecendo quecada Estado deve ser o guardião dessas suasriquezas cooperando ainda com os outrosEstados no sentido de evitara sua excessiva exploração pelo comércio internacional.
Através de seus artigos, pela ordem temos: B. definição dos termos técnicos porela adotados; os princípios fundamentaisque nortearão o comércio das espécies jáameaçadas de extinção, das espécies quepoderão vir a sofrer esta ameaça, das quedevem ser objeto de uma regulamentaçãoque permita um controle eficaz de seu comércio e, ainda, das que qualquer pais contratante, nos limites de sua competência,solicitar seja a sua negociação regulamentada; a regulamentacão do comércio de espécimes de todas as espécies anteriormenteenumeradas; o critério de concessão de licenças e certificados de importação, exportação e reexportação e o que neles deveráconstar; as isenções e outras disposiçõesespeciais relacionadas com o comércio dosespécimes das espécies de que trata a Convenção; as medidas que deverão adotar asPartes a fim de velar pelo cumprimento dasdisposições fixadas no presente documento;a designação de Autoridades Administrativas e Científicas responsáveis pelo controleda importação e exportação de que trataa Oonf'erêneía ; o critério a ser adotado- comrelação ao Comércio com Estados que nãosão Partes da Convenção; o estabelecimento da agenda de encontros da .Conferêneladas Partes, os assuntos que neles serão debatidos, os organismos ou entidades quedelas poderão participar e os termos destaparticipação; a criação de uma Secretaria,no âmbito do Programa das Nações Unidaspara o Meio Ambiente, as funções que elaexercerá, bem como a maneira como serãosupervisionadas as atividades do seu Secretariado; as medidas internacionais que serão adotadas pela Secretaria quando qualquer, espécie selvagem for prejudicada peloc~ll:rerclO ora proposto ou quando as disposiçoes da presente Conferência não foremaplicadas eficazmente; e os limites que asdisposições da presente Convenção atingirãoem relação às medidas ínternas sobre ocomércio da flora e da fauna de cada umadas Partes ,. que poderão ser mais rígidasque as adotadas no texto ora em estudo _bem como em relação às medidas decorrentes de convenções ou acordos 'internacionais por elas celebrados Ou que venhama-sê-lo.
O presente instrumento se faz acompanhar de 3 anexos onde são relacionadastodas as espécies consideradas de acordocom o grau de ameaça de extinção, quepodem ser emendados através de propostapreviamente comunicada à Secretaria, quedela dará conhecimento às Partes e entidades interessadas e será submetida "lJ. votação em reunião da Conferência.
J<l prevista a possibilidade de emendas àConvenção, através de' votacão realizadacom uma maioria de dois terias das Partespresentes e votantes. em reunião extraordinária, convocada pela Secretaria, atravésde pedido, por escrito, de, no mínimo, umterço das Partes.
Segundo a Exposição de Motivos do Chanceler Azeredo da Silveira, que acompanha apresente Convenção, esta já foi assinadapor 43 Estados e ratificada por 5 outros.
TI - Voto do RelatorPor entender que a ratificação da Oon
venção de que .trata a Mensagem em deha-
"te é da maior importância, para a luta emfavor da preservação do meio ambiente, éque propomos a sua aprovação.
Este é o nosso parecer, salvo melhor juízo.Sala da Comissão, em 2 de abril de 1975.
- Deputado Hugo Napoleão, Relator.IH - Parecer da Comissão
A Comissão de Relações Exteriores, emsua 1.a reunião ordinária, realizada dia 2de abril de 1975, aprovou por unanimidadea Mensagem n.? 26175, do Poder Executivo,que "Submete à consideração do CongressoNacional o texto da Convenção sobre o ;:':1méreío Internacional das Espécies da Florae Fauna Selvagens em Perigo de Extinção,concluida a 3 de março de 1973 e assinadapelo Brasil na mesma data", nos termos do,parecer favorável do Relator, Deputado Hugo Napoleão, na forma do Projeto de Decreto Legislativo oferecido como conclusão.
Estiveram presentes os SenJiores Deputados; Flávio Marcílio - Presidente, JairoBrum, Vice-Presidente, Carlos Santos, Nogueira de Rezende, Pedro Colm, AdalbertoCamargo, Raimundo Diniz, Marcelo Linhares, Antunes de Oliveira, Faria Lima, CottaBarbosa, Hugo Napoleão, Antonio Ueno,Yasunort Kunigo, Paulo Marques, árioTheodoro, João Vargas, Fernando Gama,João Cunha, Padre Nobre, Rogério Rego,Passos Pôrto, Dias Mene2les, Francisco studart, Bias Fortes, Paulo Studart e José Machado.
Sala da Comissão, em 2 de abril de 1975.- Deputado Flávio Marcílio, PresidenteDeputado Hugo Napoleão, Relator.
MENSAGEMN.o 26, de 1975
(Do Poder Executivo)Submete à consideração do Congres
so Nacional o texto da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens emPerigo de Extinção, eoneluírta em Washington a 3 de março de 1973 e assinada pelo Brasil na mesma data.
(Às Comissões de Relações Exteriores, de Constituição e Justiça e deAgricultura e Política Rural.)
Excelentissimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Tenho a honra de submeter à alta consideração de Vossas Excelências, de conformidade com o disposto no Artigo 44,item I, da Constituição Federal, o texto da"Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção, concluída emWashington !J. 3 de março de 1973 e assinada pelo ,Brasil na mesma data".
Brasília, em 19 de fevereiro de 1975. Ernesto Geisel.
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS .DNU/DAI/DPB/OO3/650.3(08), DE 8 DEJANEIRO DE 1975, DO MINISTÉRIODAS RELAÇõES EXTERIORES.
A SUa Excelência o SenhOrGeneral-de-Exército Ernesto Geisel, Presidente da República.
Senhor Presidente,Tenho a honra de submeter à alta apre
ciação de Vossa Excelência a Convençãosobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigode Extinção, concluída em Washington a3 de março de 1973 e assinada pelo Brasilna mesma data.
2. A questão da regulamentação do comércio internacional de espécies da florae fauna ameaçadas de extinção foi, no
âmbito das Nações Unidas, consideradainicialmente pela Conferência sobre oMeio Ambiente, realizada em Estocolmo, em1972. Entre os princípios então aprovadasficaram explícitas as idéias de que os recursos naturais da terra, inclusive da flora eda fauna, devem ser protegidos para o beneficio das gerações presente e futuras; deque o homem tem responsabilidade específica de proteger e utilizar com' sabedoria aherança da vida selvagem e de seu habitat,atualmente sob graves ameaças de extinçãopor uma combinação de fatores adversos ede que a proteção e a melhoria ambientale questões correlatas deveriam ser tratadas,internacionalmente, de acordo com um espírito de cooperação e em pé de igualdade.
3. Igualmente, várias das recomendações(n.> 24, 27, 30, 39, 40, 41, 42 e 43, entre outras) da Conferência de Estocolmo tratamespecificamente da flora e da fauna, comvistas à sistematização de sua exploração eà conseqüente regulamentação de seu comércio, como forma de proteção.
4. A presente Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Florae Fauna Selvagens em Perigo de Extinçãoincorpora esses príncípíos básicos emanados da Conferência de Estocolmo.
5. Na Convenção, o comércio internacional das espécies da flora e da fauna estásistematizado .em runcão de critérios técnicos definidores do grau de ameaça de extinção das mesmas. Para tal fim, são adicionados à Convenção três apêndices, ondese relacionam todas as espécies consideradas.
6. Os artigos de III a VIII dispõem, nesse sentido, sobre o estabelecimento, em cadapais, de Autoridades Administrativas eCientíficas responsáveis pelo controle daimportação e exportação.
7. A entrada em vigor da Convençãocriará um "secretariado, no âmbito do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (artigo XII), que terá, entre outras,as funções de preparar e coordenar as reuniões periódicas dos países signatários daConvenção, coordenar a ,troca de informações e as, relações entre eles, bem como preparar estudos que servirão de subsidias aoaperfeiçoamento do comércio internacionalda flora e da fauna. As atividades do Secretaríado serão supervisionadas e aprovadas, nas reuniões periódicas, pelos paísessignatários (artigos XI e XII). .
8. Caberia ressaltar, Senhor Presidente,que a Convenção provê a que nenhum deseus dispositivos afete a capacidade de osEstados adotarem medidas sobre o comércioda flora e da fauna mais estritas que asindicadas em seu texto (art. XIV), bem eemo as medidas internas ou outras obrigações das Partes decorrentes de outros tratados internacionais.
9. A Convenção já foi assinada por 43Estados e ratificada por 5 outros.
10, Elevo, assim, à alta apreciação deVossa Excelência, projeto de Mensagem aoCongresso Nacional, conforme o dispostono art. 44, Inciso I, da Constituição Federal, e o texto da Convenção, traduzidapara o português, para que, caso Vossa Excelência esteja de acordo, se dê início- aoprocesso constitucional de ratificação daCOl1vencão sobre o Comércio Internacionaldas Espécies da Flora e Fauna Selvagens emPerigo de Extinção.
Aproveito a oportunidade para renovar ayossa Excelência, Senhor Presidente, osprotestos do meu mais profundo respeito.- Azeredo da Silveira.
Abril de 1975 DIÃRIO DO CONGRESSO NACWNAL (Seção I) Sábado 12 1365
CONVENÇAO SOBRE O COMÉRCIO INTERNACIONAL DAS ESPÉCIES DA FLORA E FAUNA SELVAGENS EM PERIGODE EXTINÇAO. '
Os Estados Contratantes,Reconhecendo que a fauna e flora selva
gens constituem em suas numerosas, belase variadas formas um elemento ínsubstítuível dos sistemas. naturais da terra que deveser protegido pela presente-e- futuras gerações;
Conscientes do crescente valor, dos pon,to.s de vista estético, científico, cultural, recreativo e econômlco, da fauna e flora selvagens;
Reconhecendo que os povos e os Estadossão e deveriam ser os melhores protetoresde sua fauna e flora selvagens;
Reconhecendo ademais que a cooperaçãointernacional é essencial à proteção de certas espécies da fauna e da flora selvagenscontra sua excessiva exploração pelo comércio internacional;
Convencidos da urgência em adotar medidas apropriadas a este fim;
Convieram no seguinte:ARTIGO IDefinições
Para os fins da presente Convenção, esalvo quando o contexto indicar outro sentido:
a) "Espécie" significa toda espécie, subespécie ou uma população geograficamenteisolada;
h) "Espécime" significa:(O qualquer animal ou planta, vivo ou
morto;Oi) no caso de um animal: para as es
pécies íncluídas nos Anexos I e II, qualquerparte ou derivado facilmente identificavel;e para as espécies incluídas no Anexo IIIqualquer .parte ou derivado facilmente identificável que haja sido especificado no Anexo III em relação a referida espécie;
(iii) no caso de uma plantar. para as espécies incluídas no Anexo 1, qualquer parte
- "ou derivado, facilmente identificável; e para as espécies incluídas nos Anexos II e III,qualquer parte ou qualquer derivado facilmente identificável especificado nos reterídos Anexos em relação com a referida espécie;
c) "Comércio" sígníf'íca exportação, reexportação, importação e introdução procedente do mar;
d) "Reexportação" significa a exportaçãode todo espécime que tenha sido previamente importado;
e) "Introdução procedente do mar" significa o transporte, para o interior de um Estado, de espécimes de espécies capturadosno meio marinho fora da jurisdição dequalquer Estado;
f) "Autoridade, Científica" significa umaautoridade científica nacional designada de
"acordo com o árt, IX;
g) "Autoridade Administrativa" significauma autoridade aidministrativa nacionaldesignada de acordo com o art. IX;
h) "Parte" significa um Estado para oqual a presente Convenção tenha entradoem vigor.
ARTIGO IIP~'incípios Fundamentais
1. O Anexo I incluirá todas as espéciesameaçadas de extinção que são ou possamser afetadas pelo comércio. O comércio de
espécimes dessas espécies deverá estar submetido a uma regulamentação particularmente rigorosa a fim de que não seja ameaçada ainda mais a sua sobrevivência, e seráautorizado somente em circunstâncias excepcionais.. 2. O Anexo II incluirá:
a) todas as espécies que, embora atualmente não se encontrem necessariamenteem perigo de extinção, poderão chegar aesta situação, a menos que o comércio deespécimes de tais espécies esteja sujeito aregulamentação rigorosa a fim de evitarexploração incompatível com sua sobrevivência; e
b) outras espécies que devam ser objetode regulamentação, a fim de permitir umcontrole eficaz do comércio dos espécimesde certas espécies a que se refere o subparágrafo (a) do presente parágrafo.
3. O Anexo III incluirá todas as espécies que qualquer das Partes declare sujeitas, nos limites de sua competência, a reguIamentação para impedir ou restringir suaexploração e que necessitam da cooperaçãodas outras Partes para o controle do comércio.
4. As Partes não permitirão o comérciode espécimes de espécies incluidas nos Anexos I, II e In, exceto de acordo com as disposições (ia presente Convenção.
ARTIGO IIIRegulamentacão do Comércio de
Espécimes de Espécil'-sincluídas no Anexo I
1. Tódo comércio de espécimes de espécies íncluídas no Anexo I se realizara deconformidade com as disposições desteArtigo.
2. A exportação de qualquer 'espécime deuma espécie mcluida no Anexo I requererá aconcessão e apresentação prévia de uma licença de exportação, a qual se concederásomente após terem sido satisfeitos os seguintes requisitos:
a) que uma Autoridade Científica do Estado de exportação tenha emitido parecerno sentido de que tal exportação não prejudicará a sobrevivência da espécie de quese tratar;
b) que uma Autoridade Admírüstratíva doEstado' de exportação tenha verificado queo espécime não foi obtido em contravençãoà legislação vigente desse Estado sobre aproteção de sua fauna e flora;
c) que uma Autoridade Admlníatratãva doEstado de exportação tenha verificado quetodo espécime vivo será acondicionado etransportado de maneira a que se reduza aominimo o risco de ferimentos, dano à saúdeou tratamento cruel; e
d) que uma Autoridade Administrativa doEstado de exportação tenha verificado quefoi concedida uma licença de importaçãopara o espécíme.
3. A importação de qualquer espécime deuma espécie incluída nc- Anexo I requereráa concessão e a apresentação prévia de umalicença de importação e de uma licença deexportação ou certificado de reexportação.A licença de importação somente se concederá urna vez satisfeitos os seguinces requisitos:
a) que uma Autoridade Cientifica do Estado de importação tenha dado parecer nosentido de que os objetivos da importaçãonão são prejudiciais à sobrevivência da espécie de que se tratar;
h) que uma Autoridade Oien tiflea do Eistado de importação tenha verificado que, nocaso de espécime vivo, o destinatário dispõe
de instalações apropriadas para abrigá-lo edele cuidar adequadamente; e
c) que uma Autoridade Administrativa doEstado de importação tenha veríríeado queo espécime não será utilizado para fins,principalmente, eomercíaís.
4. A reexportação de qualquer espécimede uma espécie Incluída no Anexo, I requererá a concessão e apresentação prévia deum certificado de reexportação, o qual somente será concedido uma vez satisfeitosos seguintes requisitos:
a) que uma Autoridade Administrativa doEstado de reexportação haja verificado queo espécime foi importado no referido Estado em conformidade com as disposiçõesdesta Convenção;
b) que uma Autoridade Administrativa doEstado de reexportação tenha verificadoque .todo espécime vivo será acondicionadoe transportado de maneira a que se reduza.ao mínimo o risco de ferimentos, dano àsaúde ou tratamento cruel; e
c) que uma Autoridade Administrativa doEstado de reexportação tenha verificado tersido concedida uma licença de importaçãopara qualquer espécime vivo.
5. A introdução procedente do mar dequalquer espécime de uma espécie Incluídano Anexo I requererá a prévia concessão deum certificado expedido por uma Autoridade Administrativa do Estado de introdução. O certificado somente será concedidouma vez satisfeitos os seguintes requisitos:
a) que uma Autoridade Cientifica do Estado de introdução tenha manifestado quea introdução não prejudicará a sobrevivência da espécie de que se tratar;
b) que uma Autoridade Administrativa doEstado de introdução tenha verificado queo destinatário de um espécime vivo dispõede instalações apropriadas para abrigá-lo edele cuidar adequadamente; e
c) que uma Autoridade Administrativado Estado de introdução tenha verificadoque o espécime não será utilizado para fins~principalmente comerciais.
ARTIGO IVRegulamento do Comércio de
Espécimes de EspéciesIncluídas no Anexo II
1. Todo comércio de espécimes de espécies incluídas no Anexo II se realizara deconformidade com as disposições desteArtigo.
2. A exportação de qualquer espéclme deuma espécie incluída no Anexo II requereráa concessão e apresentação prévia de umalicença de exportação, a qual somente seconcederá uma vez satisfeitos os seguintesrequisitos:
a) que uma Autoridade Científica do Estado de exportação tenha emrtído parecerno sentido de que essa exportação não prejudicará a sobrevivência da espécie de quese tratar;
b) que uma Autoridade Administrativa doEstado de exportação tenha verificado queo espécime não foi obtido em contravençãoà Iegíslaçâc vigente no referido Estado sobrea proteção de sua fauna e flora;
c) que uma Autoridade Administrativa doEstado de exportação tenha verificado quetodo o espécime vivo será acondicionado etransportado de maneira a que se reduza aomínímo o risco de ferimento, dano à -saúdeou tratamento cruel.
3. Uma Autoridade Científica de cadaParte fiscalizará as licenças de exportaçãoexpedidas por esse Estado para espécimes deespécies incluídas no Anexo II e as expor-
1366 Sáb,ll.do 1! mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Ab:ril de 1975
tações efetuadas de tais espécimes. Quandouma Autoridade Científica determinar quea exportação de espécimes de qualquer desaas espécies deve ser limitada, a fim deconservá-la em toda sua área de distribuição, em nível consistente com seu papel nosecosststemas onde se apresenta e em nívelnitidamente superior àquele no qual essaespécie seria suscetível de inclusão no Anexo I, a Autoridade Científica comunicará àAutoridade Adminis-trativa competente asmedidas apropríadas a serem tornadas, afim de limitar a concessão de licenças deexportação para espécimes dessa espécie.
4. A importação de qualquer espécime deuma espécie incluída no Anero TI requereráa apresentação prévia de uma licença deexportação ou de um certificado de reex-portação. .
5. A reexportação doe qualquer espécimede uma espécie meluída no Anexo II requererá a concessão e a apresentação prévias de um certificado de reexportação, oqual somente será concedido uma vez satisfeitos os seguintes requisitos;
a) que uma Autoridade Administrativa doEstado de reexportação tenha verificado queo espécime foi importado nesse Estado deconformidade com as disposições da presente Convenção; e
b) que uma Autoridade Admínístratíva 10Estado de reexportação tenha verificado quetodo espécime vivo será acondicionado etransportado de maneira a que se reduza aomínimo o risco de ferimentos, danos à saúdeou tratamento cruel.
6. A introdução procedente do mar dequalquer espécime de uma espécie íncluídano Anexo II requer a concessão prévia deum certificado expedido por uma Autoridade Administrativa do Estado de introdução. Somente se concederá um certificadouma vez satisfeitos os seguintes requisitos:
a) que uma Autoridade Científica. do Estado de introdução tenha' emitido parecer nosentido de que a introdução não prejudicaráa sobrevivência de tal espécie; e
b) que uma Autoridade Administrativado Estado de introdução tenha verificadoque qualquer espécime vivo será tratado demaneira a reduzír. ao mínimo o 1'ÍSw deferimentos, dano à saúde ou tratamentocruel.
7. Os certificados a que se refere o parágrafo 6 do presente Anexo poderão ser concedidos por períodos que não excedam deum ano, para qtrantítíades totais de espécimes ~L serem íntroduaídos em tais períodos,com o assessoramento prévio de uma Autoridade Científica em consulta com outrasautortdadea cientificas nacionais ou, quandoseja apropriado, com autoridades científicasinternacionais.
ARTIGO VBegufamentacão -do Comércio de
Espécimes de EspéciesIncluídas no Anexo m
1. Todo comércio de espécimes de espécies incluídas no Anexo lU se realizará deconformidade com as disposições do presente Artigo.
2. A exportação de qualquer espécime deuma espécie incluída no Anexo UI, procedente de um Estado que a tenha incluídono referido Anexo, requererá a concessãoe apresentação prévia de uma licença deexportação, a qual somente será concedida,uma vez satrsreítos os seguintes requisitos:
a) que uma Autoridade AdministratIva doEstado de exportação tenha verificado queo espécime não foi obtido em contravenção.à legislação vigente no referido Estado sobreproteção de sua fauna e flora; e
b) que uma Autoridade Administrativa doEstado de exportação tenha verificado quetodo espécime vivo será acondicionado etransportado de maneira a reduzir ao minimo o risco de ferimentos, danos à saúde outratamento cruel.
3. A importação de qualquer espécime deuma espécie incluída no Anexo lI! requererá, salvo nos casos prevístosno parágrafo4 deste Artigo, a apresentação prévia de umcertífíeado de origem e, quando a importação provenha de um Estado que tenha incluído tal espécie no Anexo lII, de uma licença de exportacão.
4. No caso de uma reexportação, um certificado concedido por uma Autoridade Administrativa do Estado de reexportação nosentido de que o espécime foi transformadonesse Estado ou está sendo reexportado, seráaceito pelo Estado de importação, como prova de que foram cumpridas as dísncsíçõesda presente oonvençâo com referência aoespécime de que se tratar.
ARTIGO VILicenças e Certificados
1. As licenças e certificados concedidosde conformidade com as díspostções dos Artigos lII, IV e V deverão estar de acordocom as disposições do presente Artigo.
2. Cada licença de exportação conteráa informação especificada no modelo reproduzido no Anexo IV e somente poderá serusada para exportação, dentro de um período de seis meses a partir da data' de suaexpedição.
3. Cada licença ou certificado conterá otítulo da presente Convenção, o nome e 0_
carimbo de identificação da Autoridade Administrativa que o emitir e um número decontrole aposto atribuído pela AutoridadeAdministrativa.
4. Todas as cópias de uma licença oucertificado expedido por uma AutoridadeAdministrativa serão claramente marcadascomo cópia somente, e nenhuma cópia poderá ser usada em lugar do original, a menos que seja estipulado de modo diferentena cópia.
5. Será requerida uma licença ou certificado separado para cada embarque deespécimes.
6. Uma Autoridade Administrativa doEstado de importação de qualquer espécimecancelará e cOllilervará a llcença de exportação ou certificado de reexportação e qualquer licença de importação correspondenteapresentada para amparar a importaçãodesse espécime.
7. Quando for apropriado e factível aAutoridade Administrativa poderá afixaruma marca sobre qualquer espécime parafaeílítàr sua identificação. Para esse fim"marca" significa qualquer impressão indelével, selo de chumbo ou outros meios adequados de identificar um espécime, desenhado de maneira a tornar sua imitação,por pessoas não autorízadas, a mais difícilpossível.
ARTIGO VIIIsenções e Outras Disposições
Especiais Relacionadascom o Comércio
1. & dísposíções dos Artigos lII, IV e Vnão se apltcarão ao trânsito ou transbordode espécimes através do/ou no território deuma Parte, enquanto os espécimes permanecerem sob o controle aduaneiro.
2. Quando uma Autoridade Administratíva do Estado de exportação ou de reexportação verificar que um espécime foi adquirido antes da data em que tenham entradoem vigor as disposições da presente Oon-
venção com referência a esse espécime, asdisposições dos Artigos IlI, IV e V não seaplicarão a esse espécime, se a AutoridadeAdministrativa expedir um certificado nessesentido.
3. A13 disposições dos Artigos In, IV e Vnão se aplicarão a espéeímes' que sej amobjetos pessoais ou de 11SO doméstico. ESBaisenção não se aplícará se:
a) no caso de espécime de uma espécieincluída no Anexo I, estes foram adquiridospelo dane fora do Estado de sua residêncianormal e forem importados para esse Estado; ou
b) no caso de espéeímes de uma espécieincluída no Anexo II;
i) estes foram adquiridos pelo dono forado Estado de sua residência normal e noEstado onde foram retirados do meio (selvagem);
íi) estes foram importados no Estado deresidência normal do dono; e
iii) o Estado onde se realizou a retiradado meio selvagem requer a concessão prévia de licença de exportação antes de qualquer exportação doesses espécimes; a menosque uma Autoridade Administrativa. tenhaverificado que os espécimes roram adquiridos antes que as díspnsíções da presenteConvenção entrassem em vigor com referência a ellSes espécimes.
4. Os espécimes de uma. espécie animalíneluída no Anexo I e criados no cativeiropara fins comerciais, ou de uma espécievegetal, incluída no Anexo I e reproduzidosartificialmente para fins comerciais, serãoconsiderados espécimes das espécies Incluídas no Anexo Il.
5. Quando uma Autoridade Administrativa do Estado de exportação verificar quequalquer espécime de uma espécie animalfoi criado em cativeiro ou que qualquer eapéeíme de uma espécie vegetal foi reproduzido artificialmente, seja uma parte desseanimal ou planta, seja um derivado de umou de outra, será aceito um certificado dessaAutoridade Administrativa nesse sentido,em substítuíção as licenças exigidas, emvirtude das disposições dos Artigos m, IVou V.
6. As disposições dos Artigos m, IV e Vnão se aplicarão ao empréstímo, doação 01.+intercâmbio não comercial entre cientistasou instituições cíentírícas registradas [unto à Autoridade Administrativa de seu Es,:,tado, de espécimes de herbárío, outros espéx
, eímes preservados, secos ou incrustados demuseu, e material de plantas vivas que le;;.vem um rótulo expedido ou aprovado poruma Autoríríade Administrativa.
7. Uma Autoridade Administrativa dequalquer Estado poderá dispensar os requisitos dos Artigos lII, IV e V e permitir omovimento, sem üeanças ou certificados, deespécimes que sejam parte de um parquezoológico, circo, coleção zoológica ou botânica ambulantes ou outras exibições ambu-:lentes, sempre que:
a) o exportador ou ímportador registretodos os por:fuenores sobre esses espécimesjunto à Autoridade Administrativa; "
b) os espécímes estejam incluídos emqualquer das categorias zneneíonsdas nosparágrafos 2 ou 5 do presente Artigo, e
c) a Autoridade Admínístratíva tenha verificado que qualquer espécime vivo serátransportado e cuidado de maneira a que sereduza ao mínimo o risco de ferimentos"danos à saúde ou tratamento cruel.
DIÁRl~ DQ CONGRESSO ;5AClOoNAL. (Seção I) . Sábado 1% 136"l
ARTIGO VIII
Medi'dlaS que dlev~ão adotall as Partes
1. Ai;. l?'iUtes. adat>a.rão. as medidas aproprLaw..s- para velar p.ê.wl cumpzímento dasttisJílOBiçó.ei; des:ta. c.mvençâo e proibir o. comêre.i0. de ~~e!il em y,~. das mesmaR. E~ ll:Il2dida.s incl'uirfu»:
flI) san~iQ>1'Jlju (!li ealll!léreío ou: Q posse deta~s espéei'.WIes, 0'1'1 wnJbw; e
b) prever o connseo ou devcluçâo ao E~
tado de e.xpm:t~ão. de tais espécimes.2. Além das medidas tornadas em con
formidade com o parág;!:afo 1 do presenteArtigp., q.ualquer Parte poderá, quando oj,uJ:g;ue neeessârío, prever um métodO de re-
. embal80 Interno jila.ra gas'tQs íncorrídas coma resurtadn da cm1ÍÍ8.CO de um espécime,adquirido em víotaçâo das medidas tomadasna aplicação das disposições da presenteCOI1IJ"f~~
e. ..Na medida do passível, as Partes' velarâo para Qjl!J.8 se cumpram. com um mínimo de cremora, as fa.r:maTIdades requeridaspara o comércio de espécimes. Para facilitar o que precede. cada Parte pcderâ designar portos. de s.aí.dR e portos de entradanos quais deverâc ser apresentados os eslDéeiwJrJles para ~ ~ftSiJllaehl!l<. J!J.s Partes. deVierio ·we;rlfílft.r, <!I1IOltr~, <que lJ!l<io espêeíRille mo>, ~lIlie ~ualíi[iUe1' p.el:íoillu, em trilElsito, permanência. fliIilt ~M>, se:j;ill> eul-
.~ ad.eqjW!4taJ:J:l&'Ji1té, ~ fim de red\J.zU: aominillJo'1 o rtsco. d.e í€l1imento." danos. à suaIílaúde 0.11 tratamento eruel,
4. QiJJIJlJOOOI;.e ~mq,1aIe um esjD.êeime vivo. de It':~;trmi:.llill.d!e com Ii!l$ ~ç:ões dopar:!ig.ra~ ] ~ presente A.ti;jjgo~
a) o espécime será conrtado a uma Autoridade Ad'miDistraUva do Estado conüscador:
b) a Autoridade Administrativa, a];J.Ósconsulta ao Estado de exportaçâo, devorverá o espêeirne -a esse Elltado às custas domesmo, ou a um Centro de Resga.te ou aoutro higar- que a Autoridade Administrativa ool!l'Sf,deJre Slp'FO:l}riafI€l e eO':ID1!HiIlti'l'el eomas tlbj'eti'vot! áeS'\;ao C01l!l>..,en~;.e
c) a ~utoridade Administrativa poderáobteT a agSelSSiOr~a de uma Al:lt~tic!adeCientificl9; o'u, quando o cODS'idere d'esejâV'el, plJderá consultar' a Secretaria, a fim de facilitar a decisão a ser tmn~a de confol!mi(lacre com o subparâgrafo Ib) do presenteparâgrafo, ine..l'uindo a seleção élo Centro deResgate ou outro lugar.
5. Um Centro de Resgate, a que se refere o parág;rai'o '* do presente Arti.!,\,o, significa uma instttni'Ção designada por mrtaAutol'idade Ad'mi'llis:trativa J:lara cuidar dobem-estar dos espécimes vivos, espeeialmente ~.!II.Q[wel!es q;tIle tf'JD.lham si:ID,0 eoofmcados.
a. Calllb Parw diC"lerá manter regi.s.trosdo, eo.!'l'lére:io de espêc1mes das esPeeJ.<e.f' í:nclu1d!!il.\l fiOS Ane%lIlll: I, ]] e UI 1!J:lille tteverãocenter:
a) os nomes e OS endeJ:eços·oos. el:.pórtadores e impol'tadores; e
b) '" número. e a natUJ:e.za d.a;s licenças ecert~ficaOO.il emrnflÍOB.; os. Estados com osquais se ):~:u o referido oomércio; asquantidades e o.s tipos, de espécimes, os. nomes das espécies inclJ.lid.as nos Anems I,. IIe UI e, q,uanoo ~j,li1o apro.priado, o tamanhoe sexo. dQs, Mpêe1mes.
'7. Cada Pal!te Pl."!!JOO'l'lu·lfu e transmitlráà Secretaria relatórios _'periódÍleoB' wbre aaplieação das àiiSplll~ões da presente Convenção, i!neluia:ldc.:
a), um r~tóril0 anual c.JD,nten& um reS'tlmll d:1J$ in:J'6rmaçlies pre'risUas :00 suhjl.a~
rágl'afo (b) do parágra.fo 6 do presente Artigp; e
b) um l'e1at(ifDG> bienal sobre medidas legiJsIIllUvM, Ji'egLÜammta.:rres e adminis:tl'a.tiV~, ildootaflial'l eom a finatidad,e de dar cumprimento às diS])oslÇÕes. da presente Conve.nçoo.
8. As informações a que se refere o. psrágyaflD. 'i die presente Artigil. estará disponível.pam o púJllJti.eo quando o permita aIegi's:Is,ç'ão l'igente elJa Parte mteressada,
ARTIGO IX
AwI.o;ridades.Ad:w.hJistrativa.s e Cientificas
1. Para, os fins da presente Convenção,cada. Parte desígnará.;
aJ mn:a OiU J::l12lLs. Autoridad>ell AdminisvathrM c(lropewntes. ]l;iUa eomeeeler melillç;ase certJficad{]$ em nome da referida Pa rte; e
M uma ou .1!l'8.Í's A11!to:rridades Cientificas.2. Ao depositar seu ínstrumenta de rati
ficação, aceítaçâo, aprovaçãc ou adesão, ca-da Estado comunicará ao Gaverno depositario o. nome e o. endereço da AutoridadeAdministrativa autorizada a se comunicarcom outras Partes e com a Secretaria.
3. Qualquer alteração nas designaçõesou autorizações p.reyistas no presente Artigo, será eomunícada à s.ecretaria pela Parte interessada, a fim UIl que seja txaIlsmitida a toaas as demais Partes.
~L Qual.q'Uer Autoridade Administratlvaa que se refere o paragrate :.1 do presenteArtigo, ~rumdtl1l solicitada pel'a Secretari.a oupell!ll A1!l'toiricl'adie AdmiElis;!;rati-va de Imt.raParse, trlmsmftirá :m.arlrelQ;S de earímbos euoutaes meios u1jl~l!llos para autentíear lieenças eu eertifiea-dM.
ARTIGO xComércio com Estados que não são
Pal'tes da Convel'lçãoNos e:ll.,5Cll. de Impertaeões d<J', ou exporta
~õ.es e reexpostaçôes ~a Estad<:ls que nãosiilo P<lrt.es da presente COlUVençfuJ, 0& E:Stados-Partes poderão aceitar, em lugar daslie€:.nças e ee.J!tificadcs mencionadas na presente Ocnvençâó, documentos co.mparaveisque es.t2.iam de scoroo, subst.a.nciaJtmente,c.um os, reqwsit.os da. p1!~ente Convenção~a j,lIis lilCe:n.ças e ce~tHicadoo, s:.emplTe queten1uun sido el'llihdos pelas !Iluto:r1dll>des /1;0VeEJIlãmentais cOl'llpe'tent>es do Estado nãoPaJ!te da preselLl\e Col!lVeJ!1çí1o.
AR'TIGO XIConferência. das Pa.rtes
1. A SeeJ!etaria OOl!waeará uma Co.nferêJ1llc:.m das. Partes o mais uEdar dom aJ!l<)Sdepois da entrada em vigor da presente~E1l'en~.
2. Posteriormente, a Secretaria eoÍwoeará reuniões ordinárias da Conferênciapelo menos nma vez eacra dois anos, a menps que a ConfeJ"êne'Ía decida de outro mo00, e ,'eumêies e.x:tt__J!dili:Lfurias a qual.querml'l<mento, a p.erodo, p.or eBerito, de pelo menDS um terçe das Partefi;. '
:3. I Nas reuniões ordinárias ou e.lct;raor~
dinárias da Conferêneias, as Partes examinarão a ap1'1eação da presente Convençãoe poderãD:
á) adotar qualquer medida necess.áriapara facilitar o desempenho das funções daSeeretaria;
b) cmnsiderar e adot>lr emendas aosAnexos I e TI de conformidade com (), disposto JJ.tJ .Artigo XV;
c) ana~ O progresso ohtido na re,staltOO'ação e COnser'l'al!iào das espécies inclu:id::l.s noo Anexos I, II e Iil;
d) receber e cons.i.derar os relatóriosapresentados pela Secretaria ou qualquerdas Partes; e
e) quando for o caso, formular recomendações destinada" a melhorar a eficácia da presente Oonvençâo.
4. :m.m cada reunião ordinária da Conferência, as Partes poderão determinar adata e sede da reunião ordinária seguinte,que se celebrará de conformidade com asdisposições do parágrafo 2 do presente Artigo.
5,. Em qualquer reunião, as Partes poderão determinar e adotar regras de procedimento para essa reunião.
6. As Naç.ões Unidas, suas Agências Especializadas e a Agência Internacional de.Energia Atômica, assim como qualquer Estado não Parte da presente Convenção, poderão ser representados em reuniões daConferência por observadores que terão direito a participar sem voto.
7. Qualquer organismo ou entidadetecnícamente qualífieado na proteção, preservação ou adnlinistra~o de fauna e florasetvagens e que esteja compreendido emqualquer das categorias mencionadas a seguir. poderá co-municar à Secretaria seu desejo de estar representado por um observador nas reuniões- da Conferência e seráadmitido, salvo objeção de pelo menos umterço das Partes presentes:
a) organismos ou entidades internacionais, tanto governamentais como não governamentais, assim como organismos ouentidades gevernamentata nacionais; e
b) organismo! ou entidades nacionaisnão governamentais que tenham sido para.tal autorizados pelo Estado onde se encontrem Ioeahaados.
Uma vez admitidos, estes observadores terão o direito de partícípar sem direito a votonos traballios dá reunião.
ARTIGO XUA Seeretarta
1. Ao entrar em vigor a presente Oonvenção, o Diretor-Executivo do Programadas Nações Unidas para o Meio-Ambientepl'Overá uma Secretaria. Na medida e formaem que considere apropriad(l, o Diretor-Executivo poderá ..;er auxiliado por organismose entidades internacionais ou nacionàis, governamentais ou não governamentais, comcompetcncia técnica na proteção, conservàção e administração da fauna e flora sell'agens.
2. As. funções da Secretaria serão as seguintes:
a) organizar as Conferências das Partese lhes prestar serviços;
b) desempenhar as funç.óes que lhe sejam eonfiad~s de canformidade com os Artigos XV e XVI d2. presente Convenção;
c) realilsar estudos científicos e técllÍcosde oonfarmidade com os programas autorizadoo pela Conferência das Partes, qU€ contribuam Pll,Fa a melhor aplicação da presente Convenção, lncluindo estudos relacionadôs com norm~ para a adequada preparação e embll.J'que de espécimes vivos e osmeios para sua identificação;
d) estudar os relatórios das Partes e solicitar a es.tas qualquer informação adicional que se torne necessária para assegurara melhor aplicação da presente Convenção;
e) chamar a atenção das Partes paraqualquer questão relacionada com os finsda prlasente Convenção;
f} publicar periodicamente, e distribuiràs Partes, edições revistas dos Anexos l, li
1368 Sábado l~ DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril àe 1975 "
e m, juntamente cem qualquer outra >intormação que possa facilitar a identificaçãodas espécimes das espécies incluídas nos refetidos Anexos;
c) preparar relatórios' anuais para asPartes sobre as suas atividades e sobre aaplicação da presente Convenção. assim como os demais relatórios que as Partes possam solicitar;
h) formula! recomendações para a realizaçã.o dos obj etívos e disposições da presente Convenção, íncluíndc o intercâmbiode tnrormações de natureza científica outécnica; e
i) desempenhar qualquer outra funçãoque as Partes lhe possam atribuir.
ARTIGO ::KIII
Medidas Internacionais1. QUlUldo a secretana, à luz de ínror
mações recebidas, considere que qualquerespécie incluída nos Anexos I ou Ir estásendo afetada, prej udicada adversamentepelo comércio de espécies dessa espécie, ouque as dísposíções da presente Convençãonão estão sendo aplicadas eficazmente, comunicará essas ínformaeôes à AutoridadeAdministrativa autorizada da Parte ou dasPartes Interessadas,
2, Quando qualquer Parte receba umaeomunlcação de acordo com o disposto noparágrafo 1 do presente Artigo, esta, coma possível brevidade e na medida em quesua legislação o permita, comunicará à Secretaria todo dado pertinente e, quando forapropriado, proporá medidas para corrigir asituação. Quando a Parte considerar queuma investigação é conveniente, esta poderá ser levada a cabo por uma ou maispessoas expressamente autorizadas pelaParte,
3. A informação proporcionada pelaParte ou' emanada de uma investigação deconformidade com o previsto no parágrafo 2do presente Artigo, será examinada pelasubseqüente Conferência _das Partes, a qualpoderá forrnulaz qualquer recomendaçãoque considere pertinente.
ARTIGO XIVEfeito Sobre a Legísíaçâo Nacional e
Convenções Internacionais
1. As dísposiçôes da presente Convenç&onão afetarão. de modo algum, o direito dasPart.ell de adotar:
a) medidas internas mais rígidas com referência às condições de comércio, captura,posse ou transporte de espécimes de espécies incluídas nos Anexos I, TI e TIl, ou proibi-los inteiramente; ou
b) medidas internas que restrinjam ouproíbam o comércio, a captura, a posse ou otransporte de espécies não incluídas nosAnexos I, TI ou lU.
2. As disposições da presente Convençãonão afetarão, de modo algum as díspoai>ções de qualquer medida interna ou obrigações das Partes derivadas de qualquer tratado, convenção ou acordo ínternaeíonal referentes a outros aspectos do comércio, dacaptura, da posse ou do transporte de espécimes que esteja em vigor, ou que entreem vigor posteriormente para qualquer dasPartes, incluídas as medidas relativas a alfândegà, saúde pública ou quarentenas vegetais ou animais,
S. As' disposições da presente Convenção não afetarão de modo algum as disposições ou obrigações emanadas de qualquertratado, convenção ou acordo internacionalcelebrados ou que venham a ser celebradosentre ESyados e que criem uma união ou'
acordo comercial regional,- que estabeleçaou mantenha um controle aduaneiro comumexterno e elimine controles aduaneiros entre as partes respectivas, na medida em quese refiram ao comércio entre os Estadosmembros dessa união ou acordo.
4. Um Estado-Parte da presente Convenção que seja também parte de outro tratado, convenção ou acordo internacional vigente quando entrar em vigor a presenteOonvençâo e em virtude de cujas dísposíçôesse protejam as espéeíes marinhas incluídasno Anexo Ir, ficará isento das obrigaçõesque lhe impõem as disposições da presenteConvenção com referência aos espécimes deIncluídas no Anexo Ir capturados tanto porbarcos matriculados nesse .J:stado e de conformidade com as disposições desses tratados, convenções ou acordos internacionais.
5. Sem prejuízo das disposições dos Artigos ITI, IV e V, qualquer exportação de umespécime capturado de conrormínads COm oparágrafo 4 do presente Artigo, somente será necessário .um certificado de uma Autoridade Administrativa do Estado de introdução. assegurandoque o espécime foi capturado de acordo com as disposições dostratados, convenções ou acordos internacionais pertinentes.,6. Nenhum d't~positivo da presente Convenção prejudicará a modíücacão e o desenvolvimento progressivo do' direito domar pela Conferência das Nações Unidassobre o Direito do Mar, convocada' de aeor- 'do com a Resolução n.? 275Q C (XXV) daAssembléia-Geral das Nações Unidas, nemas reivindicações e teses jurídicas presentes ou futuras de qualquer Estado no que'serefere ao direito do mar e a natureza e aextensão da [urtsrüeâo costeira e dá bandeira do Estado.
ARTIGO XVEmendas aos Anexos I e II
1. Em reumoes da Conferência dasPartes, serão 'apücadas as seguintes disposições eom referência à adoção das emen-das aos Anexos I e TI: .
a) qualquer Parte poderá propor emendasaos Anexos I ou II para eonsideracão nareunião seguinte. O texto da emenda proposta será comunicado à Secretaria pelomenos 150 dias antes da reunião. A Secretaria consultará as demais Partes e as entidades interessadas na emenda de acordocom o disposto nos subparágraf'os (b) e (c)do parágrafo 2 do presente Artigo e comunicará as respostas a todas as Partes pelomenos 30 dias antes da reunião;
b) as emendas serão adotadas por umamaioria de dois tercos das Partes presentese votantes. Para estes fins. "Partes presentes e votantes" significa Partes presentes eque emitam um voto afirmativo ou negativo. As Partes que se abstenham de votarnão serão contadas nos dois terços requeridos para adotar a emenda;
c) às emendas adotadas numa reuniãoentrarão em vigor para todas as Partes 90dias depois da 'reunião, com exceção dasPartes que formulem reservas de acordo como parágrafo 3 do presente Artigo.
2. Com referência às emendas aos Anexos I e II apresentadas entre reunlões daConferência das Partes, aplícar-se-ão as se-guintes disposições: .
a) qualquer Parte poderá propor emendas aos Anexos I ou Ir para que sejam examinadas entre as reuniões da Conferência,mediante o procedimento por correspondência enunciado no presente parágrafo;
b) com referência às espécies marinhas,a Secretaria, ao receber o texto da emendaproposta, fará COm que seja comunicado
imediatamente a todas' as Partes. Consultará, outrossim, as entidades íntergovernamentais que tenham uma função relacionada com tais espécies, especialmente coma finalidade de obter qualquer informaçãocientífica que estas possam fornecer e assegurar a coordenação das medidas de conservação aplicadas pelas xeferidas entidades. A Secretaria transmitirá a todas asPartes, . com a possível brevidade, as opiniões expressadas e os dados fornecidos portais entidades, juntamente com suas pró-prias conclusões e recomendações;
c) com referência a espécies que não asmarinhas, a Secretaria, ao receber 0- textoda emenda proposta, o comunicará imediatamente a todas aI! Partes e, posteriormente, com a possível brevidade, comunicará atodas as Partes suas próprias recomendáções:
d) qualquer Parte poderá, dentro de 60dias da data na qual a Secretaria tenhacomunicado suas recomendacões às Partesde acordo com os suhparágrafoa (b) ou (c)do presente parágrafo, transmitir ã Secretaria seus comentários sobre a emendaproposta, juntamente com todos os dad~scientíficos e informações pertínentea;
e) a Secretaria transmitirá a todas asPartes, tão logo lhe seja. possível todasas respostas recebidas, juntamente com suaspróprias recomendações;
f) se a Secretaria não receber objeçãoalguma à emenda proposta dentro de "sodias a pal:tir da data em que comunícar asrespostas recebidas de acordo com o dísposto no subparágrafo '(e) do presente par:j:;grafo. a emenda entrará em vigor 90 diasapós para todas as Partes, com exceção qa.Sque houverem formulado reservas de acordo com o parágrafo. 3 do presente Arttgo;
g) se .a Secretaria receber uma objeçãode qualquer Parte. a emenda proposta serásubmetida a votacão por correspondência deacordo com o disposto nos subparágra-fos (h), (i) e (P do presente parágrafo; .
h) a Secretaria notificará todas a Part~s
de que foi recebida uma notificação deobjeção;
i) salvo se a Secretaria receber os votos afavor, contra ou de abstençâc de pelo menos a metade das Partes dentro de 60 di;y;a partir da da ta de notificação de acordocom o subparágraro (h) do presente pal1~
grafo, a emenda proposta será transferikIapara a reuníão seguinte da COnferência~Partes;
j) desde que sejam recebidos os vctoe dametade das Partes, a emenda proposta seráadotada por uma maioria de dois terços d@s ,Estados que votem a favor ou contra; cf,'
:'k) a Secretaria notificará a rodas as Pa:r,-
tes o resultado da votação; ,1) se a emenda proposta for adotada, est,a
entrará em vigor para todas as Partes: 90dias após a data em que a Secretaria n<i'eifique sua adoção, exceto para as Partes queformulem reservas de acordo com o dispostano parágrafo 3 do presente Artigo,
s. '-íSentro do prazo de 9D dias previstono subparágrafo (c) do parágrafo 1 ou 1l'lllJl:l\..parágrafo (1) do parágrafo 2 deste ·Art:igl!l,qualquer Parte poderá formular uma"r~serva a essa emenda mediante notifica9iopor escrito ao Governo depositário. Até '!!J'@eretire sua reserva, a Parte será consider~
como Estado não Parte da presente Convenção com referência ao comércio da espécie respectiva.
ARTIGO ::KVI , i
Anexo TIl e suas Emendas '.$1
1. Qualquer Parte poderá. a qualqíÍermomento, enviar à secretana uma lista.llfie
Abril de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (~ill X) Sábado 12 13t1t
espécies que identi:l'ique como estando sujeitas a regulamentação dentro de sua jurisdição para o fim mencionado no parágrafo 3do Artigo II. No Anexo In serão íneluídosoe nomes das Partes que as apresentarampara inclusão, os nomes científicos de cadaespécie assim apresentada e qualquer parteou derívado dos animais ou plantas respec:f;ivas que se especifiquem com referência aessa espécie para os ríns do subparâgrafo(b) do Artigo 1. '
2. A Secretaria comunicará às Partes,com" a possível brevidade após seu recebimento, as listas apresentadas de acordo como disposto no parágrafo 1 do presente Artigo. A lista entrará em vigor. corno parte doAnexo HI, 90 dias após a data da eomuni.eação em apreço. Em qualquer oportunidade após o recebimento da comuníçação dalista, qualquer Parte poderá. mediante notificação por escrito ao Governo depositário,'turmular uma reserva com' refe-rência aqualquer espécie ou parte ou derivado da
, mesma. Até que retire essa reserva, o Estado respectivo será considerado Estado nãoParte da presente Convenção com rererên'cia ao comércio da espécie, parte ou deriva~do de que se trata.
3. Qualquer Parte que apresente uma"'espécie para inclusão no Anexo UI, poderá,retirá-la a qualquer memento, mediante noVtificação à. Secretaria, a qual comunicará aretírads a todas as Partes. A retirada en
oltrará em vigor 30 dias depois da data daiJIIlotificação.r ; 4. Q1llIlquer Parte que apresente uma'lista de acordo CDm as disposições do pará'!pafo 1 do presente Artigo, remeterá à. Seéretarta cópias de todas as leis e regula
"'mentos internos aplícáveís à proteção detais espécies, junto com as interpretaçõesque a Parte considere apropriadas 01' que f,\
Secr.etaria lhe solicite. A Parte, durante operíodo em que a espécie se encontre in1!11;tída no Anexo IH, comunicará todaemenda às rererldas leis e regulamentos assim' corno qualquer íntert.retação nova, a,medida que sejam adotadas.
ARTIGO XVII
"~ Emendas à Convenção." L A Secretaria, a pedido, por escrito,"'âe,' pelo menos um terço das Partes, COI'VO"tillrá uma reunião extraordinária da Con':ferência das Partes para considerar e ado"Ila1r emendas à presente Oonvençâo. As re''.fef"idas emendas serão adotadas por umamaioria de ríoís terços das Partes presentes
•.1", votantes. Para estes ríns, "Partes presen.itf!>l e votantes" significa Partes presentes...q.i'1e emitam um voto afirmativo ou negativo. As Partes que se abstenham de votarnão serão contadas entre os dois terços re-qüéridos para adotar a emenda.
c.~' A Secretaria transmitirá a todas asriijartes os textos de 'propostas de emendapeio menos 90 dias antes de sua apreciação pela Conferência.
3. Toda emenda entrará em vigor. paraas Partes que a aceitem 60 dias após que
,mis terços das Partes 'depositem com o...Gil0venlO· depositário seus instrumentos de.~tação da emenda. A partir dessa data,-3~ emenda entrará em vigor para qualquer'.0lut:ra Parte 60 dias após ter essa Parbe de'..il~jlÍtado seu instrumento de aceitação da"~sma.
ARTrGO XVm:
Slllução de Controvérsias1. Qualquer controvérsía que possa sur
gir entre duas ou mais Partes com reterên1i~i~l à Interpretação ou aplícaçâo das dís~~íções da presente Convenção, ~estarâ
\
sujeita a negociação entre as Partes envolvidas nas controvérsias. '
2. Se a controvérsia não puder ser resolvida: de acordo com o parágrafo 1 dopresente Artigo, aS Partes poderão, porconsentimento mútuo, submeter a controvérsia a arbitragem, especialmente à CortePermanente de Arbitragem da .Haia e asPartes que assim submetam a controvérsiase obrigarão pela decísão arbitral.
ARTIGO XIXAssinatura
A presentc Convenção estará aberta àassinatura em Washington, até 30 de abrilde 1973 e, a partir dessa data, em Berna,até 31 de dezembro de 11174.
ARTIGO XXRatificaçao, Aceítação e Aprovação
A presente Convenção estará sujeita, aratificação, aceitação ou aprovação. Os instrumentos de ratificação, aceitação. ouaprovação serão depositados junto ao Governo da Confederação Suíça, o qual seráo Governo depositário.
ARTIGO XXIAdesão
A presente Convenção está aberta indefinidamente à adesão. Os instrumentos deadesão serão depositados junto ao Goyernodeposítárlo,
ARTIGO XXIIE:ntrada em Vigllr
1. A presente Convenção entrará emvigor 90 dias após a data em que tenha sidodepositado, junto ao Governo depositário, odécimo instrumento de ra.tíríeação, aceitação, aprovação ou adesão.
2. Para cada Estado que ratificar, aceitar ou aprovar a preaente Convenção ou aela aderir, depois do depósito do décimoinstrumento- de ratificação, aceitação,aprovação ou adesão,a Convenção entraráem vigor 90 dias depois que o referido Estado. tiver depositado seu instrumento deratàrícaçâo, aceitação, aprovação ou adesão.
ARTIGO XXIIIReservas
1. A presente Convenção não está sujeíta a reservas gerais. Poderão ser IormuIadas unicamente reservas especirícas deacordo com o disposto no presente Artig'Q enos Artigos XV e XVI.
2. (~ualquer Estado, ao depositar seuinstrumento de ratãrícação, aceitação,aprovação- ou adesão, poderá formular umareserva especifica com referência a:
a) qualquer espécie incluída nos AnexosI, II e lII; ou
b) qualquer parte ou derivado especificado em relação a uma espécie incluída noAnexo UI.
3. Até que uma Parte retire a reserva,fõrmulada de acordo com as disposições dopresente Artigo, esse Estado será consíde.rado como Estado não Parte dá presen teConvenção com referência ao comércio d~
espécie, parte ou derivado especificado emtal reserva.
ARTIGO :XXIVDenúrrela
Qualquer Parte poderá denunciar a presente Convenção, mediante notificação porescrito ao Governo depositário a qualquermomento, A denúncia produzírá efeito dozemeses após ter o Governo depositário recebido 11 notificação.
AR'i'IGO XXVDeposhário
1. O original da presente Convenção,cujos textos em chinês, espanhol, francês,inglês e russo são, igualmente autênticos,'será depositado junto ao Governo depositário, o qual enviará cópias autenticadas atodos os Estados que a tenham assinado oudeposltado instrumentos de adesão à mesma,
2. O Govcrno depos.tárío informará todos ,os Estados signatários e aderentes,assim como a Secretaria, das assinaturas,depósitos de instrumentos de ratificação,aceitação, aprovação ou adesão, da entrada em vigor já presente Convenção, emondas, apresentação e retirada de reservas enotificações de denúncias.
3. Quando a presente Oonvençâo entrarem vigor, o Governo depositário transmitirá uma cópia certificada à secretana dasNações Unidas para registro e publicaçãona forma do Artigo 102 da Carta das Nações Unidas.
Em testemunho do que, os Pleriípoterr-:cíáríos abaixo assinados, devidamente autorizados para tanto, firmaram a presenteConvenção.
Feito em Washíngtcn, aos três dias demarço de mil novecentos e setenta e três.
ANEXO I
Interpretação: !
1. No presente Anexo é feita referênciaàs espécies:
a) conforme o nome das espécies; ouh) como se estivessem todas as espécies
/ineluíctM num Taxon superior ou em umaparte designada do mesmo.
2. A abreviatura "spp" se utiliza paradenotar todas as espécies de um 'I'axunsuperior.
3. Outras referências aos Taxa superiores às espécies têm o único fim de servirde informação ou classificação.
4. Um asterisco (*) colocado junto aonome de uma -spécíe ou 'I'axnn superior indica que uma ou mais das populações geograficamente separadas, subespécies ou eSpécies do referido Taxou estão incluídas noAnexo II e que essas populações, subespéeles ou espécies, estão excluídas do Anexo I.
5 .. O símbolo (-) seguido de um número colocado junto ao nome de urna espécís ou 'I'axon superior indica a exclusãode tal espécie ou 'I'axon das populaçõesgeograríeamente separadas, subespécies ouespécies, designadas como se segue:
101 Lemur catta .- 102 População australiana.6. O símbolo (+) seguido de um número
colocado junto ao nome de uma espécie denota que somente uma população geograficamente separada ou subespécie designadadessa espécie se inclui neste Anexo, comosegue;
+ 201 Unicamente população italiana.7. O símbolo (Xl colocado junto ao .10
me de uma espécie ou Taxon superior indica que as espécies correspondentes estãoprotegidas na forma do programa de 1972da Comissão Internacional da Baletá,
FAUNAMAMMALIA
MARSUPIALIAMacropodidae - Maeropus parma, Ony~
ehogalae frenata, O. íunata, Lagcrriesteshírsutus, Lagoatrophus faseíatus, CaloprYIIl-
1370 Sábado 1!
nus campestrís, Bettongia penícíllata, B.Iesueur, B. tropical.
Phalangerídae - Wyuida squamícaudata,
Burramyidae - Burramys parvus.Vombatidae - Lasiorhínus glllespíel,
Perameíídae - Perameles bougaínvflle,Ohaeropus ecaudatus, Macrotis lagotis, M.Ieueura, .
Dasynrldae - Planígale tenuírostrís, P.subtiííssâma, Smirrtlaopsâs psammophíla, S.kmgteaudata. A'l1.'teehinomys lantger, Myrmecobius fascíatus ruf'us.
Thylaeinídae - ThyIacinus cynocephalus.
PRIMATE8
Lemurídae - Lemu spp. • -101, Lepi'lemur spp., Hapalernur sp1'., 'Al!oceol;LS s1'1'.,Cheíroga.leus s1'1'., Mícrocebus spp., Phanerspp.
Indriidae - Indri s1'1'., Propítheeus spp.,Avahi spp.
Daubentoniídae - Daubentonia madagasearíeneís.
Calli/,hrl..cídae - Leontopitheeus (Leontideus) spp., Callimico goeldii.
CebJidae - Saimiri oerstedíí, Ohíropotesalbínasus, Oacajae spp., Alouatta palhata(víllosu) , 'Ateles geoffroyi frontatus, A. g.panamensis, Brachyt.e1.es arachnoides.
Cercoplthecidae. - Cercocebus galeritu'8galeritus Macaca silenus, CoJDbus badhlsrUfomitratus, C. b. kirkii, Presbyt.is g.eei, P.pileatus, P. entellus, Nasalis larvatus, Simias conoolor, Pygathl:ix nel11ae'l1s. '
Hyl.obatl.dae - Hylo'\)ates spp., Symp!halangus syndactYIoo.
Pongidae - PaTIgo pygmaeus pygmaeus,P. p. abe1ii, Gorilla gorHJa.
EDEN'rATADasypodidae Priodolltes giganteus
(::::: maxirnusl.
PlIOLIDOTA
MaxlÍdae - Manís temmincki.
LAGOMORPHA
Lep(Jrlda~ - Romerolag.us diazi, Caprolagus hi.sPL_dus.RODE:NTIA
Scil1Iidae - Cynomys mexicanus.
Castoridae - Castor fiber birulaia, Castor eanadensis roexieanus.
Muri-dae - Zyzomys pedunculatus, Leporillus oonditor, Pseudornys novaehollandiae,P. praeconis, P. shortridgei, P. fumeus, P.occidental1s, P. fieldi, Notomys aquilo, Zeromys myoideB.
Chinchillldae Chinehílla brevieaudataboliviana.CETACEA
pu.,taJ:listidae P!latanista gangetic.a.
Esehrichticlac - E8chrichtius rabustus(gl.aueus) •
Balaenopterldae - Balaenoptera museulus, Megaptera novaeangliae.
Ba1aellidae - Balaena mysticetus, Eubalaena app.
PARNIVORACanidae - Canis lupus monstrabilis, Vul
pes velox hebes.
Viverridae - prionodon pardicolor.
'i1:rllidae - Ursus americanos emmonsti,U. a.retos pruinDsus, U. arctos * + 201, U. a.nelsoni.
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Mustelldae - Mustela nígrípes, Lutra longicaudís (platcneís/anneotens), L. felina, L.provoeax, Pteronura j)r.asiã1i~,Ao:nyx míerodon, Enhydra Iutrís nereís,
E:Yaenídae - Hyaena brunnea.Felidae - Felis píaníceps, !F. ill,grlpes, F.
concoíor coryí, F. 'C_ eosltarl.ccllílsis, F. c. <OOlJ!
gar, F. temmincki, !Fclis be.:n.gil.1ensis bengaIensís, F. yagouaroun.di eaeonntlí, F. y. f-ossata, F. y. panamensãs, F. s. tolteca, F. pardalis mearnsí, F. p. mítís, F. wiedii nicara
.guae, F. w. salvínía, F. tigTina oncílla, F.marmorata, F. [acobíta, F. (Lynx) rufa escuínapae, Neofelis nebulosa, Panthera ti
. grís .. P. parríus, P. uncia. P. anca, Aeãnonyxjubatus.
PINNIPEDIA
Phoeídae - Monaehus spp. MiroulI'lga angustírostria.PROBOSCil:DEA
Elephantidae - Elephas maxímus.SIRlflNIA
Dugongídae - Dupong dugon * -102.
Trichechidae - 'I'rícheehus rnanatus, T.
ínunguís,
PERISSODACTYLAEquídae _ Equus przewalBJili, H. hemío
nus hemionus, E. h. khur, E. zebrll.l?íebra.Tapiridae - Tapirus pinchaque, T. pair
dii, T. indicus.Rhinocerotidae - Rhinocerós unicornis,
R. IlOn!da~eus, DidermoceruB sm:,'i!\trensis,Oeretotherim:n simum cotooni.ARTIODACTYLA
Suidae - Sus salvanjus, Babyr-o'llSa babyrussa.
Calnelidae - Vicugna vicug"l11!\, CameluBbaclrianus.
Cervidae - MDschus IDoschíferUB moschiferus, Axis (Hyelaphus) pillrciJnl'lS a!1rulmiticus, A. CEIyelaphw;l e:alamianensís, A.(HyelapbusJ k:uhlii, Cerros duva.u-d~ii, ,C.eldi, C. eIapl'lus hangIu, Hippocamelus bfsulcus, H. antisensis, Biasroceros dichoto-.mus, Ozotoceros b-ezo.artieus, Pudu pudu.
AntilocapTidae - Aniíloea'lll'a americanaoonorieIlBÍS, A a. peninl'lularis.
Bovidae - Bubalus (A=a) mindoren&is,B. (AnOa) depressicornis, B. (Anoa) .quarlesi, Dos gaul'us, B, (grunniens.) lllut,\!S, Novi'bes (Bos) sauveJi, B;i= bioo1fi atmbaseae,K,olJ'US 1eche, Hip.potragus níge.. lVaIi:8.u:i,O!IYX l.euooryx, DamaliirelllB oo!rcas dorCll.fi,Saiga tatarica mcJngo[iea, Nemoi"l:ilaoous goraI, CapricorIlls suroatraensis, R:u,piea;prarupícapra ornata, Capra l'aleoneri jcrd.oni,C. f. megaceros, C. f. chiltanensis, Ovisorien-t1ll.lis :PUiOll, O. ammon hodg'BOllli, O.vignet
AVES
TINAMIFORMES
, Tinamiclae - Tinam~1s soJitarius.PODICIPIDIFORMES
Podici1'edidae - Podilymbus gigas.
PROCELLARIIFORMES
Diomedeidae - Diomedea. albatrul>.
PELECANIFORME13 '
Bulidae - Sula abbotti.Fregat1dae - F1:egata andrewsi.
CIOQNllFORMESCieoniidae - Ciconia ciconia boyeiana.
Threskiornithidae - Nipponia IJippon.
Abril de 1975
ANS'ERIFDRMES
Anatidae - ànas lWe.klam!liea l!l!eSWtis.AUa:5oustaleti, AD:as 3.a)"SaIlloflIlsill,~ diaZ<i, Cai!!'ina scutul:a.ta, iR.OOd~sa .e/l.ryophyililS>C>ea, Blrl!l.ifilta eanadensís !LeJJliOOjpul'eia,B1m[i1ta sanciwicens!lil.
FALOONIFORMESCathartidae - Vultul' gl'ypilJ.Ug, Gymnagy
ps calíforniamzs.
.e.oe:ipitrid~e - PithOODlJjlh8,ga jefferyi,Harpi9. ha.rpyja, Haliaet,Wil I. 1eJWaMpJ1.a1U8,li&liae:!Jus he.lilu.ca adaiLberti., RJill-ae,tus albícílla groenlandíeus.
'Fle,loonidlae - Faloo peregrínus anatum,Fa~oo peregrínus tul'\orllIii'Uls, FaIoo peitlegTiíJnI!lSperegrinns, F'al.eo peregrtnus hail!l~llmie'\J(Il,
GALLIFORMES
M:egaj%l,(jj.üdae - :Ma.el'ooe.l'lha1on 11lia.~.
Oracidae - orax bíumenhachíí, Pl;pi1e 1>pípíle, pi,pi1e jacutin,g:a, Mitu. mítu mítu,Oreophnsís tlerbí=us. '
TetrMnM.a.e - ~p..annre!t:lw! eUlpn.dil!l ,a.tt\Wltlterl.
Phastanídae - Colínus vírgíntarms rídg\Ió"2.}'Í, ~blytl:ili, '['~ cabetí,'I'mg:D!pan, mmn=ephad1lJl8, Lúl,plu~
sciaterl, LiJphopm.rm; lJil\lllY'SÜ., iLoJl'~rilll'8
ímpej:anl'llil, CrooroptiWJm !Ill!ldiWIDclilwrJ:euml,Crosoop,fdon CIrosoopltikm, LlD~'IIUt'a sW'iÍiI1líbu:M.i,Lúlphllllia imp&Í9.1is., LophUll'.ll. eo!Wll,illcMi"SYl'maticus elllati, Syrmaticu$ lUIIJllIlliae,Syrmaticus mikado, Poly;plectron emphannm, ''I'etl'ao-gallI!lB ti'be't'!!.nus, "iI'etn.ogal1IuscaS'pÍ'lls, Cyr'bonyx l'U011te!!l1l.'lna-e 'l'l'leTrií'!l.J:ni.
GRUIFORMES ,GnlÍlil-a'el - GroB í!lcplmemlÍ.B, G'l'1I1S }s'IJleo
gCl'anns, GT1I.B 1<.metieana, Gl'usca'lli!l:lftoo'fliispuRRa, Gnl.B ,eana.densis nesiQtes, G!rns ~igri
eollis, G:rus 'V1llio, Grus m01'la.e!b:a.Rallidae - Tricholimna.s sylvestris.Rhynachetidâe - Rhy:ooc!Q,e'bos jubatus.Otididae - EUPDd.otiS be.ngalensis.
CI:IARADRIIFORMES
Scolopacidae - Num.enÍus borealis, Tringa guttifer.
Larida.e - La.rus relictul>.
OOLUMBU'ORMES
, Columbidae - Ducula min-l1ílrensis.reCITTACIF'ORMES
Psittacidae - strigops llitbroptili.ts, RhylJ.-chopsitta p,a.chyrhynl:ha, Amazona le:ueoc.eph.ala, Amazona llittata, Amazona ,guildingii, Amawna versiocolor, Am.azoua Ílllp.eriaIis, Am.azona rhodocoryt:!:l.a, Amazo-napetrei petrei, AnlJi1.ZOl1.a 'llina.ce.a, PyrrJ:;uir.ll.cruentata, ill:lDoorhynclms glaucus, Anodorhynchus leari, Cyanopsitta 'spixií, Pionnp,sitU. púleata, A.r:atl:ng,a~, Psl,ttacula krameri .eeib.o, 'PJle1'lnota:u: pil'llmeTlrJimDlll,Paephotus -ci::uy.so:J.:lre!l:}"gím,N_~ c1lmysogaster, Neophema spBJeml~, C~am
phus novaezelandiae, Cyall0ramphus auriOOIJíl ful'besÍ-, Geupsittlil.Cg,1l '0oe1tdootil.lbis, Psíttacus e!l:itha'cus princeps.
APG:Dil:FOiR~ES
Troehilidae - Rampho.don dohroU.
TROGONIF'OFl.MES
Trogonidae - Pharomachrus rn.ocin.nomocinna, Pharamachrus mocinno costaricensis.
STRIGIFOR:MES
Strigidae - otus gurneyi.
CORAClr;plQRMESBucerotidae - Rhinoplax vigíl.
AbrlI de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 12 1371
ANEXO II
WELWITSCHIACEAE - Welwitschia baínesíí.
ZINGIBERACEAE - Hedychium phílíppínense,
SALMONIFORMESSalmonidae - Coregonus alpenae.
CYPRINIFORMESoatostomídae - Ohamistes cujus, Cypri
nídae - Probarbus [ulliení.
SlLURIFORMESSclúlbeidae - Pangaeíanodon gígae,
PEROIFOR:MES
Pereídae - stizostedion vítreum glaucum.MOLLUSCA
Interpretação
1. No presente Anexo se faz referênciaàs espécies:
a) conforme o nome das espécies; oub) como se estivessem todas as espécies
íncluídas num Taxon superior ou em umaNAIADOIDA parte do mesmo que tenha sido designada.
Unlonídae - OonradilIa eaeíata, Dromus 2. A abreviatura "spp" é utilizada paradromas, Epioblasma (;:::Dysnomia) floren- denotar todas as espécies de um Taxon sutina curtísl, Epioblasma (=Dysnomia) fio- períor.rentína florentina, Epioblasma (=D!Ysno- 3. outras referências aos Taxa superlcmia) sampsoní, Epioblasma (=Dysnomia) res às espécies têm a finalidade única desulcata peroblíqua, Epioblasma (=Dysno- servir de Informação ou classificação.mia) torulosa gubernaculum, Epioblasma(:=;])ysnomia) torulosa torulosa. 4. Um asterisco (*) colocado junto ao
Uníonídae _ Epioblasma (::=Dysnomia) nome de uma espécie ou Taxon superiorturgídula, Epioblasma (=Dysnomia) walkeri, indica que uma ou mais das populaçõesFusconaia coneolus, F'usconaíe edgaríana, geograficamente separadas, subespécies. ouLampsílís higginsi, Lampsílís orbíeulata espécies do referido Taxon se encontram inorbículata, Lampsílts satura, Lampsllls vi- ,cluídas no Anexo I e que essas populações,rescens, Plethobasis elcatríeosus, Plethobasis subespécies ou espécies estão excluídas docooperíanus, Pleuroberna plenum, Potamílus Anexo II.(::=Proptera) capax, Quadrula íntermedía, 5. O símbolo (#) seguido de um númeroQuadrula sparsa, TfJxolasma (=Carunculi- colocado junto ao nome de um espécie ouna) cylindrel1a;Unio (megalonais/?/) níck- Taxon superior indica as partes ou deríUniam]" Unia (Lampsilis/?/) tampiccensis vados que se encontram especificados emteccmatensís, Víllosa (;:::Micmmya) trabalís. relação ao mesmo para 00 fins da presente
FLORA Convenção como segue:
ARAOEAE - Alocasía sandertana, Alocá- # 1 designa a raizsia sebrína.
# 2 designa a madeiraOARYOCARACEAE - carvocar costarí-
cense. # 3 designa os troncos
CARYOPHYLLACEAE _ Gyn;mocarpos 6. O símbolo (-) seguido de um númeroprzewalskii,"'Melandrium mongolícum, SUene colocado junto ao nome de uma espécie oumongolíca, SteIlaria pulvinata., Taxon superior indica a exclusão, de tal
espécie ou de um Taxon superior, das popuCUPRESSAOEAE - Pllgerodendron uví- Iações geograficamente separadas, subespé-
ferum. eles, espécies ou grupos de espécies designa-OYOADACEAE - Encephalartos spp., Mi- das, como segue:
crocycas calocoma, Stangeria eriopus. - 101 Espécies que não são suculentas.GE:NTIANACEAE - Prepusa hookeriana. 7. O símbolo (+>- seguido de um númeroHUMIRIAOEAE - Vantanea barbourii. co16cado junto ao nome de uma espécie ou
Taxon superior denota que somente popuJUGLANDACEAE - Engelhardtia ptero- lações geograficamente separadas ou subes-
carpa. pécies ou espécies de tal espécie ou TaxonLEGUMINOSAE _ Ammopiptanthus mon- superior se incluem no presente Anexo, como
golicum, Cynometra hemitomophylla, Pla- segue:tymiscium p~eiostachyum. + 201 Todas as subespécies da América
LILIACEAE- Alce albida, Aloe pillansii, do NorteAloe polyphyl1a, Aloe thorneroftii, Aloevossií. + 202 Espécies da Nova Zelândia
MELASTOMATAOEAE _ Lavoisiera i'tam- + 2D3 Todas as espécies da família nasbana. Américas
ME.LIACEAE - puarea longipetiola, Ta- + 204 População australiana.chigalía versicolor. FAUNA
MORACEAE - :Batocarpus costaricenae. MAMMALIAOROHIDACEAE - Cattleya jongheana, MARSUPIALIA
Cattleya skinneri, Cattleya trianae, Didicieacunninghamii, Laelia lobata, Lycaste virgi- Macropodidae - Dendrolagus inustus,
Dendrolagus ursinus.~a1is val: alba, Peristeria elata. INSEOTIVORA
PINAbEAE - Abies guatamalensis, Abiesnebrodensis. Erinaceidae - Erinaceus frontalis.
PODOCARPAcEAE - Podocarpus cost,a- ' ,PRIMATESlia, Podocarpus parlatorei. Lemuridae - Lemur catta
PROTEAOEAÉ - OrothamnUB zeyheri, Lorisidae - Nycticebus coucang, LoriaProtea odorata.' tardigradus.
RUBIACEAE - Balmea stormae. €lebidae - Oebus capueinus. _SAXIFRAGACEAE (GROSSULARIACEIi.El Oercopithecidae - Macaca sylvanus, Co-
_ Ribes sardoum. labus badiUB gordonorum, Colobus verqs.Presbytis johnii.
TAXACEAE - Fitzroya cupressoides. Pongidae _ Pan paniscus, Pan troglo-ULMAOEAE - Celtis aetnensis. dytes.
OROCODYLIAAligatoridae - Alligator míssísslppíensís,
Alligator sínensís, Melanoguehus riiger, oaíman eroeodüus apaporiensis, oaíman lati.rostrís.
Crocodylídae - 'I'omístoma sehlegelíí, 013teolaemus tetr~pis tetraspis, Osteclaemustetraspís osbornt, Crocodylus cataphractus,Oroeodylus aíamensís, Oroeodylus paluatríspalustrís, Orocodylus palustris kímbula, oroeodylus novaeguíneae míndorensís, Orocodylus mtermedíus, Orocodylus rhombtter,Orocodylus moreletíí, Crocodylus nílotãcus,
Gavíalídae - Gavialis gangeticus.TESTUDINATA
Emydidae - Batagur baska, Geoclemmys(::=Damonia) hamiltonií, Geoemyda (=Nicoria) tricarinata, Kachuga tecta tecta, Morenia ocellata, Terrapenecoahuila.
Testudinidae - Geochelone (::=Testudo)elephantopus, Geochelone (=Testudo) geo:metrica, Geochelone (=Testudo) radiata,Geochelone (=Testudo) yniphora.
Cheloniidae - Eretmochelys imbricataimbricata, Lepidochelys kempii.
Trionychidae - Lis8emy punctata punctata, Trionyx ater, Trionyx: nigricans, Trionyx gangeticus, Trionyx hl'ruIU.
Chelidae'- Pseudemydura umbrina.LACERTILIA
Varanidae - Varanus koniodoensis, Varanus flavescens, Varanus bengalensis; Varanus griseus.SERPENTES
:Boidae - Epicrates inornatUB inornatus,Epicrates subflavus/ python molurus molurus.
RHYNCHOCEPHALIASphenodontidae - Sphenodon punctatus.
PISCES
AcIPENSERIFORMESAcipenseridae - Acipenser brevirostrum,
Acipenser oxyrbynchus.
OSTEOGLOSSIFOli'MES
Osteoglossidae - Scleropages formosus.
PICIFORMES
Picidae - ,Dryocopus javensis richardIlii,Capephílus ímperíalís.
PASSERIFORMESOotingidae - Ootinga maculata, Xipho-
lena atro-purpurea.Pittidae - Pitta kochí.
Atrichornithidae - Atnehornís clamosa,Muscícapídae - Pícathartes gymnocepha-
Ius, Picathartes oreas, Psophodes nígrogularis, Amytcrriis goyderí, Dasyornis brachypterus longírostrla, Dasyornis broadbenti littoralis.
Sturnidae - Leucopsar rcthschíldl,Meliphagidae - MeJiphaga eassídíx,Zosteropidae - Zosterops albogularis.
, Fringillidae - Spinus cucuüstus.AMPHIBIA
'tIRODELAOryptobranchidae - Andrías (=Megalo
batraehus) davídíanus [aponícus, Andrías(=Magalobatrachus) davídíanus davidianus.
SALIENTlABufonidae - Bufo superoílíarís, Bufo pe-
rtglenes, Nectophrynoides spp. 'Atelopodidae - Atelcpus varíus zetekí,
REPTILIA
13'12 Sába.do 12
EDENTATAMyrmecophagidae - Myrmecophaga trí
dactyla, Tamandua tetradactyla chapadensís,
Bradypodidae - Bradypus boüvíensís,
PHOLIDOTAMánidae - Manis crassícaudata, Manis
pentadaetyla, Manis javaníca,LAGOMORPHA
Leporidae - Nesolagus netscherí.
RODENTIAHeteromyidae - Dípodomys phillipsii
phillípsn.
Sciuriclae - Ratufa spp., Larlscus hoseí.Castorídae - Castor canadensís tronda
tor, Castor canadensis repentínus.Oríeetldae - Ondatra síbethícus bernardi.
CARNIVORACanidae - Canis lupus pallipes, Canis
lupus írremotus, Oanis lupus evrassodon,Cuon alpiríus.
Ursídae - trrsus (Tbalarctos) marttlmus,Ursus aretos .. +201, Helarctos malavanus.
Procyonidae - Ailurus fulgens,Mustelidae - Martes americana atrata.
Viveridae - Prionodon Iirisang, oynogalebennettí, Helogale derbíanus,
Felidae - Felis yagouaroundi " Felis colocolo pajeros, F'elís colocolo crespoí, B'eiíscojoeolo budiní, Felis concolor míssculens.s,Felis concolor mayensis, Felis concolor azteca Feliz serval, Feliz lynx tsabellína, Feliswi~dií *, Felis pardalis .., Felis tigrina *, Felis (=Oaracal) caracal, Panthera leo persica,Panthera tigris altaica (=amurensis).
PINNIPEDIAOtariidae - Arctocephalus australis, Arc
tocephalus galapagoensis, Arctocephalusphilippli, Arctocephalus townsendi.
Phocidae - Mirounga australis, Miroungaleonina.TUBUI,IDENTATA
Orycteropidae - Orycteropus afer.
SIRENIADugongidae - Dugong dugon ' + 204.Trichech;dae - Trichechlls senegalensis.
PERISSODAOTYLA
Equidae - Equus hemionus *Tapiridae - Tapirus terrestris.
Rhinocerotidae - Dieej:os bicornis.
'ARTIODACTYLA
Hippopotamidae - Ohoeropsis liberiensis.Cervidae - Ce.'vus elaphus bactrianus,
Pudu meprisrophiles.Antilocapridae - Antilocapra americana
mexicana.Bovidae - Cephalophus monticola, Oryx
(tao) dammah, Addax nasomaculatus,Pantholops hodgsoni, Capra faleoneri ",Ovis ammon *, Ovis canadensis.
AVES
SPHENISOIFORMES
Spheniseidae - Spheniscus demersus.
RHEIFORMES
Rheidae - Rhea americana albescens,pterocnemia pennata pennata, Pterocnemia pennata garleppi.
TINAMIF'ÜRMES
Tinall1idae - Rhynchotus rufescens rufescens, Rhyncho:us rufescens pallel'lcens,Rhynchotus rufescens maculicollis.
DIARIO DO CONGRE~SO NACIONAL (Seção I)
CICONIFORMESCíconíídae - Cíconía nígra,Threskiornithidae - Geronticus oalvus,Platelea Ieucorodía,
Phoenícopterídae. Phoenicopeterusruber chílensís, Proenicoparrus andínus,Phoenícoparrus [amesí.PELECANIFORMES
Pelecanídae - Pelecanus erlspus,ANSERIFOR~1ES
Anatidae - Anas aucklandíca aucklandíea, Anas aucklandiea chlorotís, Anas berníerí, Deridrocygria arbórea, Sarkidionismelanotos, Anser albífrons gambellí, Gygnus bewlckít [ankowskíí, Cygnus melancoryphus, Coscoroba coscoroba, Branta ruficollis.FALCONIFORII-lES
Aceipitridae - Gypaetus barbatus merídíonalís, Aquíla chrysaetos.
Falconidae - SP.il.GALLIFORMES
Megapodiidae - Megapodius freycinetnícobaríensís, Megapodíus Ireycínet abbotti.
Tetraonidae Tyrnpanuclrus cupidopinnatus.
Phasianidae - Francolinus ochropectus,Fmncolinus swíerstraí, Oatreus wallichii,Polyplectron malacense, Polyplectron germaini, Polyplectron bícalcaratum, Gallussonneratii, Argusianus argus, Ithaginuscruentus, Oyrtonyx montezumae montezumae, Cyrtonyx montezumae mearnsi.GRUIFORMES
Gruidãê - Balearica regolorum, Gruscanadensis pratensis.
Rallidae - Gallirallus australis bectori.Otididae - Chlamydotis u:Q,.dulata, Oho
riotis nigriceps, Otis tarda.CHARADRIIFORMES
Scolopacidae - Numenius -tenuirostris,Numenius minutus.
Lal'idae - Larus brunneicephalus.COLUMBIFORMESColumbidae - Gallicolumba luzonica, Goura cristata, Goura scheepmakeri, 'Gouravictoria, Caloenas nicobarica peJewensis.PSITTACIFORMESPsittacidae - Coracopsis nigra barklyi,Prosopeia personata, Eunymphicus cornutus, CyanoramI'bus unicolor, Oyanoramphus novaezelandiae, Cyanoramphus malherbi, Poicephalus robustus, TanygnathusIllzoniensis, Probosciger aterrimus.CUCULIFORMES
Musophagidae - Turaco corythaix, Gallirex porphyreolcphus.STRIGIFORMES
Strigidae -.: Otus nuc.ipes newtoni.CORACIIFORMES
Bucerotidae - Buceros l'hinoceros rhb.oceros, BÍlccros bicornis, Buceros hydrocorax hydricorax, Aceros narcondami.
PIOIFORMESPicidae - Pictts squamatus flavirostris.PASSERIFORMESCotingidae - Rupicola ruplcola, Rupicolaperuviana.
Pittidae - Pitta brachyura nympha.Hirundinidae - Pseudochelidon sirin-
tarae.Paradisaeidae - 8pp.Muscicapidae - Muscicapa ruecki.Fringillidae - Spinus yal're1lii.
Abril de 19"5
AMPHmIA
URODELAAmbyístomídae - Ambystoma mexíca
num, Ambystoma dumerillií, Ambystomalermaensís.
SALIENTIA
Buforiídae - Bufo retírormís.REPTILIA
CROOODYLIAAlligatoridae - Oaímari croeodílus croco
dílus, Oaíman crocodílus yacare, Caírnancroeodüua fuscus (chíapasrus) , Paleosuchuspa.lpebrosus, Paleosuchus trigonatus.
Crocodylrdae - Crodocylus jonsoni, orocodylus novaeguíneae novaeguíneae, orocodylus porusus, crocodvlua acutus.TESTUDINATA
Emydidae - Olemmys muhlenbergã.
Testudinidae - Chersine spp. Geochelonespp, *, Gopherus spp., Homopua spp., KnixyssPP., Malaaochersus spp., Pyxís spp., Testudo spp. '.
Ohelonlidae - Caretta caretta, Cheloniamydas, Chelonia depressa, Eretmochelysímbrícata bíssa, Lepíâochelys olívacea.
Dermochelidae - Dermochelys coriace,a.
Pelomedusídae - Podocnemís spp.
LACERTILIA
Teiidae - Onemidophrus hypervthrus,Iguanidae - Conolophus pallídus, Cololo
phus subcristatus, Amblyrhynchus cristatus,Phrynosoma coronatum blainvillei.
Helodermatidae - Heloderma suspectum,Heloderma horridul11.
Varanidae - Varanus spp. '.
SERPENTES
Boidae - Epicrates cenchris cenchris,Eunectes notaeus, Constrictor constrictor,python spp. *.
Oolubridae - Cyclagras gigas, Pseudoboacloelia, Elachistodon wcstermanni, Thamnophis elegans hammondi. .
PISCES·
ACIPENSERIFORMES
Acipenseridae - Acipenser fulvescens,Acipenser sturio.
OSTEOGLOSSIFORMESOstcoglossidae - Arapaima gigas.
SALMONIFORMESSalmonidae - 'Stenodus leucichthYs leou
cichthys, Salmo chrysogaster.
OYFRINIFORMES
Oyprinidae - Plagopterus argentissimull.Ptychochelius lucius.
ATHERINIFORMESCyprinodontidae - Cynolebias constan
ciae, Cynolebias marmora..tus, Cynolebiasminill1us, Cynolebias opalescens, Cynolebiassplendens.
Poecillidae - Xiphophorus couchianus.COELACANTHIFORMES
Coelanthidae - Latimeria chalumnae.CERATODIFORMES
Ceratodidae - Neoceratodus forsteri.MOLLUSCA
NAIADOIDAUnionidae - Cyprogenia aberti, Epio
blasma (= Dysnomia) torulosa rangiana,Fusconaia subrotunda, Lampsilis brevicula,Lexingtonia dolabelloides, Pleoroberoa clava.
Abril de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 12 13'1'&
DESCRIÇAO no (8) ESPÉCIME (8) OU PARTE (8) OUDERIVADO (8) DE ESPÉCIME (S)!NCLUINDO QrALQUER
MARCA (8) COLOCADA (8):
Espécimes" vivos
Espécie IQuantidade I TIpo de produto I Marca
I (se houver)
II
I·ICarimbo da autoeldade que realiza a Inspeção ra) na exportação .
• b) na importação *• Este ceuimoo inutiliza esta licença para rtne de futuras tl'fLllSa,ções eomerotate,
e esta licença deverá ser entregue á Autorrdade Administrativa.
PARECER DA COMISSÃO DECONSTITUIÇãO E JUSTIÇA
I - RelatórioO Presidente da República encamínha ao
Congresso Nacional, para o seu exame, otexto da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e FaunaSelvagens em Perigo de Extinção, concluida em Washington, a 3 de março de 1973e assinada pelo Brasil.
A Convenção está constituída de 25 arti-gos e 4 anexos. .
A Exposição de Motivos aponta o objetivoda Convenção:
"Entre os príncípíos então aprovaocs,ficaram explícitas as idéias de que osrecursos naturais da terra, inclusive daflora e da fauna, devem ser protegidospara o benefício das gerações presentee futura; de que o homem tem responsabilidade especíríca de proteger e utilizar com sabedoria a herança da vidaselvagem e de seu habitat, atualmentesob graves ameaças de extinção poruma combinação "de fatores adversos ede que a proteção e a melhoria ambiental e questões correlatas deveriam sertratadas, internacionalmente, de acordocom um espíríto de cooperação e em péde igualdade."
A Comissão de Relações Exteriores apreciando a Convenção, concluiu pela sua aprovação, apresentando Projeto de Decreto Legislativo, que recebeu o n.o 02, de 1975.
É o Relatório.n - Voto do Relator
Trata-se de ato multilateral assinado quefoi por 43 Estados e ratificado por mais S.
Está a Convenção aceita pelo Presidenteda República, ao encaminhá-la, para apreciação do Congresso Nacional.
A Constituição outorga competência privativa do Presidente da República para celebrar tratados ad .referendum do Congresso Nacional, assim:
Art. 81. Compete privativamente aoPresidente da República:
.................................... ,..X - celebrar tratados, convenções eatos internacionais, ad referendum doCongresso Nacional;
Explica, a propósito, Eduardo Espinola:"Esse ad referendum do Congresso Nacional, tem a significação de dependerda aprovação do Congresso Nacional,em resolução de sua exclusiva eompetêncía," - Constituição dOI! EstadosUnidos do Brasil. (17 de setembro de1946) (1952, 1.° vol , pág. 359)"Declara Themístocles Cavalcantí que asconvenções são realizadas por representantes do Poder Executivo, mas sua.conclusão depende de outro Poder,identificando-se como ato complexo quesomente toma-se perfeito e acabadocom.a manifestação de dois Poderes.
Eis o que escreve o ilustre comentarista:"I - Os tratados e convenções são concluídos pelo poder Executivo atravésdos seus delegados, embaixadores e órgãos próprios, mas a sua validade depende precipuamente da aprovação pelo Congresso, que sobre eles resolve definitivamente. "
Adianta:"Consiste esta aprovação, na chamada ratificação, admitindo-se, portanto,implicitamente, que a conclusão do tratado da convenção não escapa à competência de outro Poder.".
\
Tamanho , Ma:rca.(ou volume) (se houver)
. " ~ , .(data)
Cyatheaceae - Cyatbea (Hemitel1a) eapensís # 3, CYathea dredgeí # 3, Cyatheamexicana # 3, Cyathea (Alsophíla) salvínü # 3.
Dioscoreaceae - Díoseorea deltoides # 1.Euphorbiaceae - Euphorbia spp. --101.Fagaceae - Quercus copeyensís # 2.Legunííncsae - Thermopsis mongolíca,Liliaceae - Aloe spp. '.Meliaceae - Swietenia humíüs # 2.Orchídaceae - Spp. *.Palmas - Arenga ípct, Phoenix haneeana
varo phílíppínensís, Zalacea elemenaíana.Portulaeaceae 7'" Anaeampseros spp.Prirnulaeeae - Cyclamen spp.Bolanaceae - Bolanum sylvestrís,Sterculiaceae - Baslloxylon excelsum
# 2."vemebenaeeae - Caryopterís mongolíca,Zygophyllaceae - Guaíaeum sanctum
# 2.(Anexo lU: vide Artigo II -- parágrafo
3, e artigo XVI,)
Sexo
..........................(d.. ta)
Autoridade Admlnlstratlva que emite a ltcença
Núnlero
......... ·ú;;g.;;j··· .
Partes ou Derivados
Espécie(nomes cterrttrtcoe
e comuns)
(lugar)
(oanmbo e assinatura dade exportação.)1) Indique o tipo de produto2) Suprfma a. menção inútil
IN8ECTA
PAíS EXPORTADOR:Esta licença é concedida a: " .Endereço; ..........•............... : .o qual declara conhecer as disposições da Convenção, a- fim deexportar .. , ,....................... . ..........•
(espécíme (8) ou' parte (8) ou derivado de espécime (s) (1) de umaespécie rncl'ulda no Anexo I (2)~ Anexo n (2), Anexo TIl da Convenção ta.l comoespeetrteado abaIXO (2).
(criado em cativeiro ou cultivado .em ..•. , .•.•••..• ) (2) Este (s)espécime (s) está (estão) consignados a .Endereço: País: .
ANEXO IVCONVENÇÃO SOBRE O COMERCIO INTERNACIOSAL DE
ESPÉCIES DA FAUNA li: FLORA SELVAGENS EMPERIGO DE EXTINÇAO.
LICENÇA DE :mXPORTAÇAO N.o ....•.. ,Villida até: (data)
LEPIDOPTERAPapillontdae - Parriassius apollo apcllo.
FLORAApocynaceae - Pachypodium spp.
.Aralíaceae - Panax quínquetoüum #1,Araucarta aracana # 2.
Cactaceae - Caetacea spp, + 203, Rbipsalis spp,
Oomposítae - Saussurea lappa # 1.
STYLOMMATOPHORAOarnaentdae - Papustyla (= Papuína)
pulcherríma.Paraphantidae - Paraphanta spp, +202.
PROSOBRANCHIAHydrobiidae - Ooahuilíx hubbsi, Oochlio
pína mílíerí, Durangoriella coahuilae, Mexipyrgus carranzae, Mexípyrgus ehuríneeanus, Mexípyrgus escobedae, Mexípyrgus íugoí, Mexípyrgus mojarralís, Mexipyrgusmultilíneatus, Mexitbauma quadrípaludíum,Nymphophilus mínckleyí, Paludíscala ca-ramba. '
11'74 Sábado a
E afirma:"Trata-se, portanto, de ato complexo,que só se conclui, só se torna perfeitoe acabado com a colaboração dos doisPoderes (Constituição Federal Comentada, 2.'" ed. 1952, vol, n, pág. 128)."
11: poís, ato do Presidente da República,sujeito a aprovação do Congresso Nacional.
A Constituição confere ao Congresso Nacional competência exclusiva para resolverdefinitivamente sobre convenções, no art.44, item "J", assim redigidos:
Art. 44. É da competência exclusiva doCongresso Nacional:
I -- resolver definitivamente sobre ostratados, convenções e atos tnternactonaís celebrados pelo Presidente da República:
Por ser da competência exclusiva do Congresso Nacional é proposição que não comporta, postcrícrmante, a manifestação doPresidente da República, por ísso, não asanciona nem a veta; e é promulgada peloC{mgresso Nacional, mediante decreto legtslatívo,
A competência, pois, não é privativa daCâmara dos Deputados, tão pouco do Senado Federal, é, do Congresso Nacional, oussja, das duas casas - Oâmara e Senado- manifestando-se, sucessívamente, primeiro, a Câmara; depois o Senado.
Atente-se em que a Constituição defereao Congresso Nacional "resolver definitivamente", redação aliás combatida por algunsjuristas por não ser a conclusão do processo constttucíonal da retificação das oonvenções,
A expressão - resolver definitivamente- atribui ao Oorigresso a aprovação dotratado, convenção ou atos internacionais,que abarcam os acordos, protocolos, arranjos, troca de notas, etc., processando-se, depois, a ratifil!ação pelo Presidente da Repúblíea, fase em que, na verdade ocorre adeliberação, definitivamente.
Conclusão
A Convencão sobre o Comércio Internaeional das Éspécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção, concluídaem Washington, a :'I de março de 1973, estáconforme a oonstrtutção . Ajusta-se à lei.
O Decreto Legislati"o n.o 02 ,de 1975, obedece à técnica legislativa.
Pela constitucionalidade. legalidade. [uridicidade e técnica legislativa da proposição.
É o voto do Relll,tor.Sala da Comissão. em de abril de 1975.
- Djalma Bessa, Relator.
DI - Parecer da. ComissãoA Oomíssão de Constituição e Justiça, em
reunião plenária, realizada em 9-4-75, opinau, unanimemente, pela constitucionalidade, [urídícídade e' boa técnica Iegislablva,do Projeto de Decreto Legislativo n,o 02/75,nos -termos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados:
Luiz Braz, Presidente; Dajalma. Bessa, Relator; Nereu Guidi, Albino Zeni, AlceuColla.res, Altair Chagas, Antônio Mariz,Cantídio Sampaio, Blota sr., Celso Barros,Claudino Sales, Cleverson Teixeira, ErasmoMartins Pedro, Ernesto Valente, Gomes daSilva, Jairo Magalhães, Jarbas VasconC"elos,;Toão Llnhares, Jo.~é Sal1y, Lauro Leitão,Luiz Henrique, Ney Lopes, Nogueira da Gama, Noide Cerqueira, Norton Macedo, Pe-
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)
trõnio Figueiredo, Rubem .Dourado, Tarcisío Delgado e Theobaldo Barbosra,
Sala da Oomíssão, em 9 de abril de 1975.- Luiz Braz, Presidente; Di.alma BessR, Relator.
PARECER DA COMISSãO DEAGRICULTURA E POLíTICA
RURALSubmete à apreciação do Corigreaso Na
cional texto da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da FIara eFauna Selvagens em perigo de Extinção,concluída em Washington, a 3 de março de1973, e assinada pelo Brasil juntamente com15 Estados.
I - RelatórioA matéria, objeto da Mensagem Presiden
cial é de alta relevância e versa assunto damaior atualidade e interesse.- A conservação e preservação dos recur-'sos naturais tem sido objeto de debates nasnações mais cultas e civilizadas pela suaíntima correlação com o bem-estar dospovos.
Vale ressaltar a responsabilidade que ageração atual tem para com as geraçõesfuturas no sentido de assegurar-lhes ummundo habitável .ornado pelas belezas naturais de que hoje desfrutamos e se constituem .em requísítos indispensáveis aobem-estar.
Esta comíssão tem se preocupado em fazer realizar simpósios para debater o usode defensivos na atividade rural, buscandoavaliar suas implicações na destruição daflora e da fauna.
Com freqüência, assistimos às devasteeõesdecorrentes de explorações industriais desordenadas, na maioria das vezes insensatas e predatórias.
l!i inadmissível que a humanidade destruaa natureza sem respeito, sem limitações,cabendo ao Estado o dever de estabelecernormas que assegurem sua conservação.
Na Exposição de Motivos elaborada porS. Ex.'" o Senhor Ministro Azeredo da Silveira, e encaminhada ao Congresso Nacional pelo Ex.mo Sr. Presidente da República,a conveniência da ratificação da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e da Fauna Selvagens emPerigo de Extlncão, eoncluída em Washington, é amplamente sustentada, valendo repetir que já foi subscrita por 45 Estados,inclusive o Brasil, e ratificada por cincooutros.
11 - Voto do Relator
Pelas razões expostas, somos favoráveis àratificação da Oonvenção objeto da Mensagem Presidencial.
Sala da Comissão, em 9 de abril de 1975.- Renato Azeredo, Relator.
DI - Parecer da Comissão.
A oorotssão de Agricultura e Polítíca Rural, em reunião ordinária, realizada em 10de abril de 1975, opinou unanimemente pela aprovação do Projeto de Decreto Legislativo 0.0\ 02/75, nos termos do parecer doRelator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Pacheco Chaves, Presidente; RenatoAzeredo, Relator; Yasunori Kunigo, Henrique Cardoso, Alexandre Machado, JoséMandelli, Antônio Bresolln, Juarez Berriar-.des, Humberto Souto, Manoel Rodrigues,Iturival Nascimento, Antônio Gomes, JoãoDurval, Juarez Batista, Ernesto De Marco,Osva140 Buskei, Antônio Anníbeüí, VascoAmaro, Nelson Maculan, Inocêncio Oliveira,Ferraz Egreja, Celso Carvalho, Sinval Boa-
Abril de 1975
ventura, Alvaro Dias, Melo Freire, AlcidesFranciscato, Benedito Oanellas e MaurícioLeite.
Sala da Comissão, em 10 de abril de 1975.- Pacheco Chaves, Presidente; Renato Azeredo, Relator.
PROJETO DE LEIN.o 3.169-B, de 1965(Do Sr. Rui Amaral)
Disciplina a outorga de pensão aOSbeneficiários dos segurados da previdência social; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade e juridiciilil.de, comtrês emendas; favorável, com emenda,da Oomíssão de Legísleçâo Social; e, daComissão de Fmaneas, favorável, comadoção das emendas das Comissões deConstituição e Justiça e de LegjslaçãoSocial. PARECERES AS EMENDAS DEPLENÂRIO: da Comissão de Constitui."ão e Justiça, pela constitucionalidadee juridicidade; da Comissão de ServiçoPúblico, emitido em audiência, pela rejeição; da Oomíssão de Trabalho e Legislação Social, pela rejeição; contra. os'votos dos Srs, Argilano Darío, CarlosCotta e Francisco Amaral; e, da Oomís-:são de FinaD<;;as, pela rejeição.
(PROJETO DE LEI N.o 3.169-A, DE 1965,emendado em Plenário, tendo anexado o.de n,v 2.168/70, a que se refere os pareeeres.)
O oongrosso Nacional decreta:Art. 1.0 A pensão concedida pelo IPASE
e demais Institutos e Caixas. de Aposentadoria e Pensões, aos beneficiários dos seus.segurados obrigatórios, será deferida na se';guinte ordem:
I - à viúva;• II - aos filhos de qualquer condição, ex
elusíve os maiores do sexo masculino, quenão sejam interditos ou inválidos;
ITr - aos netos, órfãos de pai e mãe, nascondições estipuladas para os filhos;
IV - a mãe natural ou civil, ou à mãe.adotiva, viúva, solteira ou desquitada, e aopai natural, adotivo ou civil, inválido ou ínterdítc:
V - às irmãs germanas e consangüíneas,solteiras, viúvas ou desquitadas, bem comoaos irmãos menores mantidos pelo corrtrtbuinte, ou maiores interditos ou ínválídoa;
VI - ao beneficiário instituído, desdeque viva na dependência do segurado e,sendo do sexo masculino, enquanto for menor de 21 (vinte e um) anos, salvo se ínterdito ou inválido, permanentemente. .
§ 1.0 A viúva não terá direito à pensãose, por sentença passada em julgado, houver sido considerada cônjuge culpado, ouse, no desquite amigável ou litigioso, nãolhe foi assegurada qualquer pensão ou am-paro pelo marido. •
§ 2.° A invalidez do filho, neto, irmão,pai, bem como a do beneficiário instituído,comprovar-se-á em inspeção de saúde realizada por junta médica, e só dará direitàa pensão quando os mesmos não disponhamde meios para prover a própria subslstêneía.
S 3.0 se o contribuinte deixar pai ínválido ou interdito e mãe que vivam sepa...ã ..dos, a pensão será dividida entre ambos. Ndcaso de falecimento, quer vivam eles sepasrados, ou sob o mesmo teto, o direito à pensão transfere-se ao cônjuge sobrevivente. .
Art. 2.0 O beneficiário a que se refere oitem VI do artigo anterior poderá ser in'&".
Abl';1 de 1975
tituído a qualquer tempo, mediante declaração, ou por meio de testamento feito deacordo com a lei civil.
§ 1.0 Havendo beneficiário legítimo, nãopoderá o instituto receber a pensão previstana presente lei salvo se aquele houver perdido o direito à mesma.
S 2.0 O contribuinte poderá instituir maisde um beneficiário, bem como substituir umpor outro, em qualquer tempo.
Art, 3.° O direito à pensão nasce como óbito do contribuinte.
Parágrafo único. Se o beneficiário deuma ordem estiver impedido de receber apensão, será ela deferida ao beneficiárioimediato, que esteja em condições de habilitar-se a sua percepção,
Art. 4.0 Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Justificação
Visa o presente projeto regular, de formamais justa, sob o ponto de vista social, aconcessão de pensâc aos beneficiários dossegurados obrigatórios de todos os institutose Caixas de Aposentadoria e Pensões, adotando-se o mesmo critério estabelecido naLei n. O 3.765, de 4 de maio de 1960, atendendo a sua maior atualidade com a dinâmica social.
J!j principio inserto no art. 157, XVI, daCarta Magna, de que a previdência socialobedecerá aos preceitos que visem, além deoutros, amparar a família dos trabalhadores contra as conseqüências da invalidez eda morte. Logo, é indiscutível a constitucionalidade do projeto em causa.
Atualmente, por razões várias, numerososcontribuintes obrigatórios dos Institutos dePrevidência sofrem os respectivos descontos sem, entretanto, deixar qualquer pensão,eis que a legislação em vigor restringe aquele benefício a uns poucos casos, deixandoao desamparo milhares de dependentes daqueles contribuintes. A Lei n. O 3.765, de 4 demaio de 1960, neste particular, veio em socorro dos militares, quando amparou, commuita justiça, não só as pessoas integrantesde sua família, mas também todos os quevivam sob a sua dependência - o beneficiário instituído.
De notar-se, igualmente, que esse benefício é concedido ao militar mediante a contríbuícâo mensal de um dia dos seus vencimentes, o que representa pouco mais de 3%.
.Ademaís, é inegável o aspecto positivodeste projeto, se considerarmos que eleatende a numerosos reclamos dos contribuintes, especialmente os solteiros e viúvos,além do seu imenso alcance social. postoque o atual sistema, sobre ser ;njusto, nãoampara, satisfatoriamente, a família e demais dependentes dos segurados.
A Constituição Federal proclama a igualdade de todos perante a lei. Porém, essaigualdade não deve se limitar às obrigações:mas aos direitos também. Já é tempo de seacabar. com os privilégios: especialmenteem matéria de previdência social. E estaCasa, que representa todo o povo brasileiro,não .pode, negar a uns o que dá a outros!Assim, os segurados da previdência socialesperam dos seus representantes no Congresso Nacional o apoio necessário à aprovação deste projeto, colocando-os sob a égide dos princípios estabelecidos na Lei n. o3.765, acima referida, por ser sentida ejusta reivindicação.
Sala das Sessões, agosto de 1965. - RuiAmaral.
DIáRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
LEGISLAÇlIO CITADA, ANEXADAPELA SEÇÃO DE COMISSõES
PERMANENTES
CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOSUNIDOS DO BRASIL
TíTULO VDa ordem económica e social
Art. 157. A legislação do trabalho e ada previdéncia social obedecerão aos seguintes preceitos, além de outros que visemà melhoria da condição dos trabalhadores:
xvr - previdência, mediante contrtbuíção da União, do empregador e do empregado, em favor da maternidade e contra asconseqüências da doença, da velhice, da invalidez e da morte;
LEI N.o 3.765, DE 4 DE MAIODE 1960
Dlspõe sobre as pensões Militares
CAPíTULO II
Dos beneficiários e sua Habilitação
Art 7.° A pensão militar defere-se naseguinte ordem:
I - à viúva;II - aos filhos de qualquer condição,
exclusive os maiores do sexo masculíno, quenão sejam interditos ou ínválidos:
lU - aos netos, órfãos de pai e mãe,nas condíções estipuladas para os filhos;
IV -- a mãe viúva, solteira ou desquitada, e ao pai inválido ou interdito;
V - as irmãs germanas e oonaangúineas,solteiras, viúvas ou desquitadas, bem comoaos irmãos menores mantidos pelo contribuinte, ou maiores ínterdítos ou inválidos;
VI - ao beneficiário instituído, desdeque viva na dependência do militar e nãoseja do sexo masculino e maior de 21 (vintee um) anos. salvo se for interdito ou inválido permanentemente.
§ 1.0 A viúva não terá direito à pensãomilitar se, por sentença passada em julgado. houver sido considerada cônjuge culpado, ou se, no desquite amigável ou litigioso,não lhe foi assegurada qualquer pensão deamparo pelo marido.
§ 2° A invalidez do filll0, neto, irmão,pai, bem como do beneficiário instituídocomprovar-se-á em inspeção de saúde, realizada por junta médica militar ou do Servíco Público Federal, e só dará direito àpensão quando não disponham de meios para prover a própria subsistência.
Art. (l.0 O beneficiário a que se refereo item VI do artígo anterior poderá ser instituído a qualquer tempo, mediante declaracão na conformidade do Capitulo UI desta .lei ou testamento feito de acordo coma lei civil, mas só gozará de direito à pensãomilitar se não houver benerícíárío legitimo.
Art. 9.° A habilitação dos beneficiáriosobedecerã à ordem de preferência estabelecida no art. 7.0 desta lei.
§ 1.0 O beneficiário será!habilítado coma pensão integral; no caso de mais de umcom a mesma precedência, a pensão será
Sábado 12 13'75
repartida igualmente entre eles, ressalvadasas hipóteses dos §§ 2.° e 3,° seguintes:
§ 2.0 Quando o contribuinte, além da viúva, deixar filhos do matrimônio anterior oude outro leito, metade da pensão respectivapetencerá à viúva, sendo à outra metadedístrtbuida igualmente entre os filhos habilitados na conformidade desta lei.
§ 3.0 Se houver, também, filhos do contribuinte com a viúva ou fora do matrímônío reconhecidos estes na forma da Lei n.?883, de 21 de outubro de 1949 metade dapensão será dividida entre todos os filhos.adicionando-se à metade da viúva as cotas-partes dos seus filhos.
§ 4,° Se o contribuinte deixar pai inválido e mãe que vivam separados, a pensãoserá dividida igualmente entre ambos.
Art. 10. Sempre que, no início ou durante o processamento da habilitação, for constatada a falta de declaracão de beneficiário, ou se ela estiver Incompleta ou oferecermargem a dúvidas, a repartiçáo competenteexigirá dos interessados certidões ou quaisquer outros documentos necessários à comprovação dos seus direitos.. § 1.0 Se, não obstante a documentaçãoapresentada, persistirem as dúvidas, a prova será feita mediante justificação judicial,processada, preferencialmente na AuditoriaMilítar, ou na falta desta, no foro civíl.
§ 2° O processo de habilitação à pensãomilitar é considerado de natureza urgente,
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO EJUSTIÇA
Parecer do Relator
I - RelatórioO Projeto visa díscíolínar a ordem da
outorga das pessoas aos beneficiários dos segurados da Previdência Social.
O autor adota os critérios aplicados nalei que rege as pensões militares, alegandoa igualdade de todos perante a Lei, nostermos do Art. 141, § 1.0 da Constituição.
Na verdade a Lei n.v 3 765/60. ordenoua matéria, do ponto de vista social e humano, da melhor maneira possível.
Aliás, a Câmara votou há poucos dias oProjeto TI.o 2.680/65 que esclarece a interpretação do incíso IV, do art. 7.° da Lei n.?3.765/60.
E não vejo como a Prevtdéncia possa adotar tratamento diverso para classes ou grupos.
Vale notar porém, que o Instituto de Previdência dos Congressistas, pela sua sistemática especial deve obedecer a critériospróprios estabelecidos na Lei que o rege.
O número IV do art. 1.0 ao nosso ver encerra erro de técnica legislativa, quando fala em "mãe natural ou civil, ou adotiva"e em "pai natural ou civil, ou adotivo". Civil e adotivo são a mesma coisa. É o queconsta do Código Civil no Art. 232:
"O parentesco é legitimo ou ilegitimo,segundo procede ou não do casamento;natural ou civil, conforme resultar deconsangüinidade ou adoção."
Não vejo, pois, motivo para dizer: "civilou adotivo". Adotivo é o mesmo que civil.
Não se afigura de acordo com a técnicalegislativa. Seria dizer "adotivo" duas vezes. Parece mais correto adotar a terminologia do Código Civil. Proponho emendanesse sentido.
1376 Sábado 12 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção 1) Abril de 1975
o Art. 1.0 também precisa de um esclarecimento. O Instituto de Previdência dosCongressistas possui sistemática e caracteristícas diferentes dos órgãos Previdenciários da Administracão descentralizada doPoder Executivo devendo, dessarte, obedeceras normas da Lei especial que o rege.
Existem Institutos dos Estados, MontepiosMunicipais e até Caixas particulares quetambém concedem beneficios, dentro desuas possibilidades e devem reger-se porseus Estatutos, não pela Lei Geral de Previdência.
O § 1.0 do Art. 2.° deve ser suprimido. Estabelecida a ordem nos itens de I a VI, éevidente que este parágrafo é redundante.Tem ainda o defeito de técnica legislativa,entendendo-se o "legitimo" qual "o proveniente de casamento", de o projeto entrarem choque com alguns itens do Art. 1.0,inclusive o item n.
Ademais, a frase final: "salvo se aquelehouver perdido o :iireito à mesma", é também redundante e pleonástica.
Se os beneficiários ordinários perderam apensão é claro que não existem como tais,prevalecendo a ordem dos itens do Art. 1.0,e o beneficiário instituído ingressa naturalmente no gozo do direito constante do itemVI daquele artigo.
II-Parecer
Opino pois, pela constitucionalidade e juridicidade da proposição, com emenda.
Sala da Comissão, 17 de novembro de1965. - Arruda Câmara, Relator.
EMENDAS DA OOMISSAON.o 1
Ao art. 1.0:Acrescente-se, após a palavra "pensões"
da Administração descentralizada do PoderExecutivo Federal".
Sala da Comissão, 10 de novembro de 1965.- Tarso Dutra, Presidente _ Arruda Câmara, Relator.
N.O 2Suprima-se no número IV as expressões:
"ou à mãe adotiva" e "adotivo".Brasília, 10 de novembro de 1965. - 'I'ar
80 Dutra, Presidente - Arruda Câmara, Relator"
N.o 3
Suprima-se o ~ 1.0 do art. 2.° do projeto.
Brasília, 10 de novembro de 1965. - TarsoDutra, Presidente - Arruda Câmara, Relator.
PARECER DA COMISSAOA Comissão de Constituição e Justiça, em
reunião de sua Turma "A", realizada em 10de novembro de 1965, opinou, unanimemente pela constitucionalidade e [urídícídadedo Projeto n.o 3.169/65, com emendas, nostermos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Tarso Dutra, Presidente Arruda Câmara, Relator - José Barbosa - DjalmaMarinho - José Maria Ribeiro - Ivan Luz- Flávio Marcílio - Noronha Filho - Celestino Filho - Floriceno Paixão - DnarMendes - Laerte Vieira - Aurino Valois Pedro Marão e Geraldo Freire.
Brasília, 10 de novembro de 1965. - Tar80 Dutra, Presidente - Arruda Câmara, Relator.
COMISSÃO DE LEGISLAÇAO SOCIALParecer do Relator
I - RelatórioO presente Projeto, de autoria do nobre
Deputado Rui Amaral, visa disciplinar a
outorga de pensão aos beneficiários dos segurados obrigatórios da Previdência Social.
Sua constitucionalidade e juridicidade jáfoi reconhecida sem discrepância, pela Comissão de "Constituição e Justiça da Casa,tendo sido seu Relator, ali, o eminenteDeprtado Arruda Câmara, que apresentouemendas aos artigos 1.0 e 2.°
li-Parecer
Trata-se como é evidente, de Proposiçãoda mais alta relevância social, uma vez queobjetiva colocar sob a égide da Previdênciatodos aqueles que vivem na dependência dosegurado, critério, aliás, já estabelecido naLei n.v 3.765, de 4 de maio de 1960, que"dispõe sobre pensões de militares".
Somos, assim, plenamente favoráveis àaprovação do Projeto, com as emendas apresentadas, sugerindo apenas em face da recente unificação da Previdência Social, umaEmenda ao art. 1.0
l1: o nosso Parecer salvo melhor Juizo.
Sala da Comissão, 28 de julho de 1967 Raimundo Parente.
EMENDA DA COMISSAO
O Art. 1.0 passa a ter a seguinte redação:Art. 1.0 "A pensão concedida pelo IPASE
e pelo INPS aos seus segurados obrigatóriosserá deferida na seguinte ordem."
Sala da Comissão, 28 de [unho de 1967. Fraucisco Amaral, Presidente - RaimundoParente, Relator.
PARECER DA COMISSÃO
A Comissão de Legislação Social, em sua15.& Reunião Ordinária, realizada em 28 dejunho de 1967, opinou, unanimemente pelaaprovação do Projeto n.o 3.169/65, comemenda, nos termos do Parecer de Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Francisco Amaral, Presidente - JoãoAlves, Vice-Presidente - Monsenhor Vieira- Júlia Stembruch - Israel Novaes - Raimundo Parente - Edyl Ferraz - LigiaDoutel de Andrade - Sadi Bogado - Reynaldo Sant'Anna - Temistocles Tmxeira Magalhães Mello - Armindo Mastrocola Léo Neves - Cid Rocha - Clodoaldo Costa - Wilmar Guimarães e Adylío Vianna.
Brasília, 28 de junho de 1967. - Francisco Amaral, Presidente - Raimundo Parente,Relator.
COMISSÃO DE FINANÇASParecer do Relator
I - Relatório
Este projeto vem com a finalidade de disciplinar a outorga de pensão aos beneficiários dos segurados da Previdência Social,baseado na lei das pensões dos mílítares.
Na Comissão de Justiça o nobre DeputadoArruda Câmara, que relatou o projeto e aComissão aprovou .~ sua constitucionalidadee juridicidade, porém com emendas.
Na Comissão de Legislação Social, também foi aprovado o projeto com emenda dorelator, nobre Deputado Raimundo Parente.
Esta emenda ao artigo 1.0 do projeto queacrescenta o INPS que não existia na épocado projeto.
11 -ParecerJulgo por este parecer que a Previdência
deve tratamento igual para todos.
O autor do projeto deseja aplicar aos previdenciários civis o que rege as pensões militares.
Somos de acordo com o lado humano doproj eto pela sua aprovação com as emendasdos relatores das Comissões de Justiça e Legislação Social, aprovadas pelas citadas Comissões.
Sala das Sessões da Comissão de Finanças, em 16 de novembro de 1967. - AugustoFranco, Relator.
PARECER DA OOMISSAO
A Comissão de B'írianças em sua 39.8 Reunião Ordinária, realizada em 16 de novembro de 1967, pela Turma "B", sob a presidência do Senhor Pereira Lopes, Presídente e presentes os Senhores Osmar Dutra Flores Soares - Augusto Franco - AthiêCoury - Antônio Magalhães - José MariaMagalhães - Cidi Sampaio - Marins Júnior - Raimundo Bogéa - Marcos Kertzmann - Antônio Nev es - Vasco Filho Ultimo de Carvalho - Wilmar Guimarães- Anacleto Campanela - Manoel Rodriguese Furtado Leite, por unanimidade, de acordo com o parecer do relator Deputado Augusto Franco, pela aprovação do Projeto n.?3 169/65, que "disciplina a outorga de pensão aos beneficiários dos segurados da previdência social", com a adoeãc das emendasda Comissão de Constituição e Justiça e deLegislação Social.
Sala das Sessões da Comissão de Finanças, 16 de novembro de 1967. - Pereira Lopes, Presidente - Augusto Franco, Relator.
EMENDAS OFERECIDASEM PLENARIO
N.o 1Art. 1.° ..........................•.....lU - Aos netos, nas condições estipula
das para os filhos..Justificação
A emenda pretende cancelar a exigênciade serem os netos órfãos de pai.
É que, na época atual, milhares são oscasos em que o pai, ganhando pouco, vê-sena contingência de entregar o filho à dependência dos avós.
Plenário, 9 de julho de 1970. - Ady!ioMartins Vianna.
N.o 2Leia-se o item V do art. 1.0 como segue,
passando o item com esse número para VIe este para VII:
V - As filhas solteiras. viúvas ou desquitadas.
Plenário, 9 de julho de 1970. - AdylioMarfins Vianna.
N.o 3Dispõe sobre as pensões de depen
dentes de funcionários públicos eivis.Dê-se ao projeto a seguinte redação:Art. 1.0 A concessão de pensão aos bene
ficiários de funcionários públicos federaisserá feita na conformidade da Lei n.v 3.765,de 4 de maio de 1960, e suas alterações subse quentes.
Art.2.0 Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entra em vigor na data desua publicação.
Sala das Sessões, 9 de julho de 1970.Martins Jr.
COMISSãO DE SERVIÇO PÚBLICOOf. ri.? 83/71
Brasília, em 29 de ..setembro de 1971A Sua ExcelênciaDeputado Pereira LopesPresidente da Câmara dos Deputados
Senhor Presidente:Solícito de V. Ex.& as necessárias provi
dências no sentido de que o Projeto n,o .,.
Abril de 1975
2.168/70, que "inclui os netos como dependentes do IPASE", de autoria do SenhorDeputado Adylo Vianna, seja anexado ao deTi.O 3.169/65, que "disciplina a autorga depensão aos beneficiários, aos segurados daPrevidência social", de autoria do SenhorDeputado Rui Amaral, por se tratar de materia análoga.
Aproveito a oportunidade para apresentara V. Ex. a protestos de distinta consideração.
a.) Deputado José Freire, Presidente.PROJETO
N.o 2.168, de 1970
ANEXADO AO DE N.o 3.169-A/65
(Do Sr. Adylio Vianna)
Inclui os netos como dependentes desegurados do IPASE.
(As Comissões de Constituição e Justiça, de Serviço Público e de Financas.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 C' art. 5.°, item n, da Lei n.?
:'I 373, de 12 de março de 1958. fica acrescido da alínea "c", com a seguinte redação:
"c) o neto ou a neta, aquele até a ida-de de 21 anos ou, se comprovadamentematriculado e com freqüência regularem estabelecimento de ensino ou. ainda, se inválido, enquanto durar a invalidez; esta, na forma do parágrafo único deste artigo, desde que, um ou outro, viva sob a dependência econômicado segurado."
Art. 2.° O § 6.° do art. 5.°, da Lei n.?,4 069, de 11 de junho de 1962, passa a tera seguinte redação:
"Na falta dos beneficiários referidos nosparágrafos anteriores, o servidor civil,militar ou autárquico poderá destinar apensão à filha desquitada ou viúva, ouà irmã solteira. desquitada ou viúva,comprovada a dependência econômica."
Art.3.0 Revogadas as disposições em contrário, esta Lei entrará em vigor na data desua publicação.
Justificação
Nos dias atuais, tão grande é a luta pelasobrevivência que, ao mesmo passo em que,homens e mulheres de uma mesma família,trabalham e colaboram em prol da economia comum, há avós que mantêm netos, e aajuda recíproca é uma constante na vídade todos quantos vivem de ganhos fixos, notadamente dos servidores públicos.
De outra parte, como se infere da legislação citada, a filha desquitada ou viúvaque, não tendo economia própria, volta aviver às expensas paternas, não está amparada, ao contrário do que ocorre. commuita [ustíca. com a írmã solteira, desquitada ou viúva.
Sala das, Sessões, junho de 1970. - Deputado Adylio Martins Vianna.
LEGISLACÃO CITADA, ANEXADA·PELO AUTOR
LEI N.o 3.373DE 12 DE MARÇO DE 1968
Dispõe sobre o Plano de Assistênciaao Funcionário e sua Família, a que sereferem os arts. 161 e 256 da Lei D.o ...1. 711, de 28 de outubro de 1952, na parte que diz respeito à Previdência.
O Presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1.0 O Plano de Previdência tem porobjetivo principal possibilitar aos funcioná-
DIÁRIO IDO CONGRESSO NACIONAL (Sellão I)
rios da União, segurados obrigatórios definidos em leis especiais e peculiares a cadainstituição de previdência, meios de proporcionar, depois de sua morte, recursos para8. manutenção da respectiva família.
Art. 2.° O Plano de Previdência com-preende:
I - Seguro Social obrigatório;
II -' Seguro privado facultativo.
Art. 3.° O Seguro Social obrigatório ga-rante os seguintes benefícios:
I - Pensão vitalícia;
II - Pensão temporária;
III - Pecúlio especial.
§ 1.0 O pecúlio especial será calculadode acordo com o art. 5.° do Decreto-lei n.o3.347, de 12 de junho de 1941, não podendo, porém, ser inferior a 3 (três) vezes o salário-base do contribuinte falecido.
§ 2.° O pecúlio especial será concedidoaos beneficiários, obedecida a seguinte ordem:
a) o cônjuge sobrevivente, exceto o desquitado;
b) os filhos menores de qualquer condição, ou enteados;
c) os indicados por livre nomeação do segurado;
d) os herdeiros, na forma da lei civil.
§ 3.° A declaração dos beneficiários seráfeita ou alterada a qualquer tempo, somente perante o IPASE, em processo especial,r-ela se mencionando claramente o critériopara a divisão, no caso de serem nomeadosdiversos beneficiários.
Art. 4.° Ê fixada em 50% (Cinqüenta porcento) do salário-base sobre Q qual incideo desconto mensal compulsório para o .. ,IPASE a some das pensões à família do contribuinte, entendida como esta o conjuntode seus beneficiários que se habilitarem àspensões vitalícias e temporárias.
Art. 5.° Para os efeitos do artigo anterior, considera-se família do segurado:
I - Para percepção de pensão vitalícia:
a) a esposa, exceto a desquitada não receba pensão de alimentos;
b) o marido inválido;
c) a mãe viúva ou sob dependência econômica preponderante do funcionário, oupai inválido no caso de ser o segurado solteiro ou viúvo.
II - Para a percepção de pensões temporárias:
a} o filho de qualquer condição, ou enteado, até a idade de 21 (vinte e um) anos,ou, se inválido, enquanto durar a invalidez;
b) o irmão, órfão de pai e sem padrasto,até a idade de 21 (vinte e um) anos, ou, seinválido, enquanto durar a invalidez, no caso de ser o segurado solteiro ou viúvo, semfilhos nem enteados.
Parágrafo único. A filha solteira, maiorde 21 (vinte e um) anos, só perderá a pensão temporária quando ocupante de cargopúblico permanente.
Sábado 12 137'7
LEI N.O 4069DE 11 DE JUNHO DE 1962
Fixa novos valores para os vencimen-~ tos dos servidores da União, institui em
préstimo compulsório e altera legislação do Imposto de Renda, autorizaemissão de títulos de recuperação financeira, modifica legislação sobre emissãode letras e obrigações do Tesouro Nacional e dá outras providências.
O Presidente da República,Faço saber que o Congresso Nacional de
creta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPíTULO I
Fixa novos valores de vencimentosdos servidores da União
. ~ .Art. 5.° É concedido aos pensionistas ci
vis pagos pelo Tesouro Nacional um aumento correspondente a 40% (quarenta por cento) sobre as respectivas pensões.
§ 1.0 As pensões concedidas pelo Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado serão reajustadas automaticamente. na mesma base do a{lmentode 40% (quarenta por cento), na forma doDecreto número 51.060, de 26 de julho de1961.
§ 2.° Para os efeitos do pagamento dapensão deixada pelos servidores civis, militares e autárquicos, consideram-se seus dependentes os filhos de qualquer condição.
§ 3.° O servidor civil. militar ou autárqutco, solteiro, ~esquitado ou viúvo, poderádestinar a pensao, se não tiver filhos capazes de receber o benefício, à pessoa que vivasob sua dependência econômica no mínimohá cinco anos, e desde que haja subsistidoimpedimento legal para o casamento.
S 4.° Se o servidor tiver filhos, somentepoderá destinar à referida beneficiária metade da pensão.
§ 5.° O servidor civil, militar ou autárquico, que for desquitado, somente poderávaler-se do disposto nos parágrafos anteriores se não estiver compelido judiciaimente a alimentar a ex-esposa.
S 6.° Na falta dos beneficiários referidosnos parágrafos anteriores, o servidor civil,militar ou autárquico poderá destinar apensão à irmã solteira, desquitada ou víúva, que viva sob sua dependência econômica.
§ 7.° Os beneficios deste artigo serão extensivos aos pensionistas dos servidores autárquicos..a·········· w •••••••••••••••••••
COMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICOOf. n.o 84/71
Brasília, em 29 de setembro de 1971
A Sua ExcelênciaDeputado Pereira LopesPresidente da Câmara dos Deputados
Senhor Presidente:
Nos termos do art. 31, § 15, do Regimento Interno, solicito de V. Ex.a a audiênciada Comissão de Serviço Público para o Projeto n.> 3.169/65, que "disciplina a autorgade pensão aos beneficiários, aos seguradosda previdência social". de autoria do Senhor Deputado Rui Amaral.
Aproveito a. oportunidade para apresentar a V. Ex.a protestos de elevada estima edistinta consideração. - Deputado JoséFreire, Presidente.
1378 Sábado 12
PARECER DA COMISSÃO DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA
I e 11 - Relatório e Voto do RelatorPretende o projeto disciplinar a ordem da
outorga de pensões aos beneficiários dossegurados da Previdência Social. Partindo dopreceito constitucional da igualdade de todos perante a lei, procura ajustar a matériaaos dispositivos da Lei n.O 3.765/60, que dispas sobre as pensões militares, chegando arepetir ípsís verbis a enumeração ali contida.
Teve parecer favorável desta Comissão,em novembro de 1965, sendo proclamada asua constitucionalidade e juridicidade, adotadas três emendas. A Comissão de Legislação Social manifestou-se, no mérito, deacordo, oferecendo uma emenda, em parecerde junho de 1967; a de Finanças, por igual,revelou-se a favor da proposição e dasemendas dos outros órgãos técnicos.
No plenário, encerrada a discussão nasessão de 1.° de julho de 1970, foram 'oferecídas três emendas, obrigando o retornoda matéria às Comissões.
A Comissão de Serviço Público, em 29 desetepülro do ano passado, solicitou a anexaçao a este Projeto do de n.O 2.168170 quealtera as Leis números 3.373, de 12 de ~arço de 1958 (que dispõe sobre o Plano deAssistência ao funcionário e sua família, noque diz respeito à Previdência) e 4.069, de11 de junho de 1962 (que fixou novos valores para os vencimentos dos servidores daUnião e regulou as pensões concedidas pelosInstitutos e deixadas pelos servidores civismilitares e autárquicos). '
Esse Projeto, de n.O 2.168/70, incluía osnetos como dependentes de segurados doIPASE, ao dirigir-se à Lei n.v 3.373/58. Poroutro lado, ampliava o § 6.° do art. 5.° daLei n.O 4.069, para permitir a inclusão dafilha desquitada ou viúva ao lado da irmãsolteira, a quem, na falta daquelas, poderiao segurado destinar a pensão.
Tal projeto mereceu, também, como o prímelro, parecer favorável desta Comissão, noano passado.
Em face da anexação requerida pela Com1SS~o de Serviço Público e deferida peloPresidente da Casa, os dois Projetos estãoagora, eamínhando juntos. '
Não colhe, nesta oportunidade, reexaminar o Projeto n.> 3.169/55, sob o aspecto daconstitucionalidade, em face da Constituição vigente, o que, à primeira vista, poderiaaparentar aconselhável. Isto por que estaComissfLo, ao apreciar o Proj eto n.v 2.168/70,que dispõe sobre matéria correlata - alteração de dispositivos legais referentes apensões de servidores - entendeu, unanimemente, ser a mesma constitucional.
Nesse parecer, que é de julho de 1971, dalavra do nobre Deputado Hamilton Xavier,ficou dito, com inteira aplicação a espécie:
"In easu, não há falar em aumento dedespesa pública, que, em última anáhse,significa a imposição ao erário de gastospara. os quais não haja receita prevista.Para atender às finalidades do Projeto,há disponibilidade de recursos, eis que osegurado pagou o prêmio correspondente ao seguro, garantindo, assim, odireito dos beneficiários, pouco importando, no que se refere a tal disponibilidade, sejam estes pais ou filhos, avós,netos ou, até mesmo, estranhos à família ele quem o segurador recebeu as importâncias em dinheiro como contraprestação pelo risco assumido."
E mais adiante:"Na espécie, a "fonte custeio" não precisa ser criada: ela preexíste à propo-
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção n
sacao, e está eonsubstancíada nas importâncias pelo segurado pagas ao segurador."
Respeitando, assim, o entendimento jáfirmado pela Comissão de Constituição eJustiça, cabe, agora, opinar, tão-somente,'sobre as três emendas apresentadas em plenário.
A de n.O 1, supressíva, cancela a exigênciade serem órfãos os netos, constante do inciso III do art. 1.0 do projeto.
A de n,> 2, aditiva, inclui as filhas solteiras, viúvas ou desquitadas, entre os beneficiários.
A de n.o 3 é substitutiva de todo o projetoe, se aceita, prejudicará, evidentemente, asdemais.
Escapa-nos, "nesta Comissão, a atribuiçãode julgar o mérito das alterações propostas,incumbindo-nos, só, dizer da constítucíonalidade e juridicidade.
Quanto a esses prismas, nada temos aopor às emendas, pois versam a matéria daproposição, já tida, aqui, como constitucional e jurídica.
Sala das Sessões. em 19 de junho de 1972.José Bonifácio Neto, Relator.
111 - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em
reunião de sua Turma "A", realizada em19-6-72, opinou, unanimemente, pela constitucíonalidade e [urídícídade das Emendasde Plenário ao Projeto n.? 2.169/65, nos termos do parecer do Relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: José Bonifácio, Presidente; José Bonifácio Neto, Relator; Altair Chagas, Antonio Mariz, Dib Cherem, Hildebr.ando Guima.rães, José Alves, Lauro Leitão e Luiz Braz.
Sala das Sessões, em 19 de junho de 1972.- José Bonifácio, Presidente - José Bonifácio Neto, Relator.
PARECER DA COMISSAO DESERVIÇO PúBLICO
I - RelatórioO Projeto n.? 2.168/70, que "inclui os
netos como dependentes de segurados doIPASE, ora em pauta, foi, a meu pedido,anexado ao de n.O 3 169/65, face à identidade de matéria entre ambos, estando esteúltimo com sua fase de tramitação _bemmais adiantada do que o primeiro, a julgarpelos pareceres 'ravorávors e unânimes dasdoutas Comissões de Constituicão e Justiça, de Legislação Social e dê Finanças,além de já terem sido apreciadas e aprovadas, quanto à constitucionalidade e juridicidade, as três emendas que lhe foram apresentadas em Plenário, ao ensejo de sua primeira discussão.
A proposição não fora, anteriormente, diatribuida a esta Comissão.
Em conseqüência, cabe-me dar parecersobre o Projeto n.? 3.16'9/65 e às emendas aele apresentadas, com vistas ao art. 182, "c",do Regimento Interno, que considera prejudicada a discussão, ou a votação, de proposições anexas, quando a aprovada, ou rejeitada. for idêntica, ou de finalidade oposta àanexada. No caso em exame, a proposiçãoanexa - Projeto n.? 2.168/70 - é de fundoidêntica à anexada - Projeto número3.169-A/6'5.
. Il - Voto do RelatorO projeto em tela visa a estabelecer me
lhor díscípünacão de outorga de pensão aosbeneficiários dos segurados da PrevidênciaSocial, ajustando a matéria aos dispositivosda Lei n.v 3.765/60, que "dispõe sobre aspensões militares.
AbrU de 1975
Três são os diplomas legais básicos que'regulam o assunto, conforme a classe socialprotegida: a Lei n.? 3.373/58, aplicável aosservidores civis da União; a Lei n.> 3.765/60aplicável aos militares e a Lei n.> 3.807/60,aplicável aos segurados do INPS.
A primeira dessas leis, ,a de n.O 3.373/58,com as modificações que lhe trouxe a den,? 4.069/62, díspôe sobre o Plano de Assistência ao Funcionário e sua 'F'amilia. Referído Plano compreende o Seguro Social obrigatório e um Seguro Social facultativo. OSeguro Social obrigatório garante os beneficios de uma pensão vitalícia ou temporária e um pecúlio especial, este quase sempre correspondente a três vezes o saláriobase do contribuinte.
A pensão, fixada em 50% do salário decontribuição, é concedido à família do contribuinte, entendida esta como o conjuntode seus beneficiários que se hàbilitarem àspensões vitalícias e temporárias.
Considera-se família de segurado, para ofim de percepção da pensão, seja esta vitalícia ou temporária, as seguintes pessoas: aesposa, exceto a desquitada que não recebapensão de alimentos; o marido inválido, amãe viúva ou sob dependência econômicado funcionário; o pai inválido, no caso deser o segurado solteiro ou viúvo; o irmão;órfão de pai e sem padrasto, até 21 anos; oirmão inválido, no caso de ser o seguradosolteiro ou viúvo sem filho; a filha solteiramaior de 21 anos, desde que não sejaocupante de cargo público permanente; ;\irmã solteira, desquitada ou viúva, que vivasob a dependência econômica do servidor;e, finalmente, a beneficiária que viva sob adependência econômica do funcionário, hámais de cinco anos, com impedimento lega]para o casamento e desde que inexista filhocapaz de receber o benefício, caso em quesó lhe poderá ser destinada a metade dapensão.
Relativamente aos servidores públicoscivis, a Lei n.? 3.373/58 só estabelece ordempara o recebimento do pecúlio mensal; apensão é concedida aos que se habtlttaremao seu recebimento, não podendo a suasoma ultrapassar a 50% do salário-base doservidor.
Quanto à Lei n.v 3.765/60, que dispõe sobre as pensões militares, cumpre-nos destacar alguns dos seus aspectos básicos, ia.que se trata de diploma legal bastante mínucioso e de grande alcance social.
A pensão militar é deferida segundo aordem estabelecida no art. 7.° da referidalei, aos seguintes beneficiários: viúva; filhos, exceto os maiores do sexo masculinoque não sejam interditos ou inválidos; netos, órfãos de pai e mãe, nas condições estipuladas para os filhos; mãe viúva, solteiraou desquítada; pai inválido ou interdito;irmãs germanas e consangüíneas, solteiras, viúvas ou desquitadas; irmãos menores',mantidos pelo contribuinte, ou maiores interditos ou inválidos; e, finalmente, ao beneficiário instituído, desde que viva na dependência do militar e não se] a do sexomasculino e maior de 21 anos, salvo se interdito ou inválido.
É de notar-se que a hibilitação dos be~nerícíáríos obedecerá à ordem de prereréncia estabelecida no referido art. 7.°, o quenão ocorre com os beneficiários de servidores civis, cuja pensão é concedida à família.
Quanto ao valor da pensão, este correspende a 20 vezes a contribuição, a não serque o falecimento do contribuinte tenhacomo causa acidente ocorrido em serviço oumoléstia nele adquirida, quando então apensão será igual a 25 vezes a contribuição.E se o óbito se verificar em conseqüência deoperações de guerra, defesa ou manutenção
Ab!il de 1975 DI.tiRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 12 137.
da ordem interna, o beneficio será igual a30 vezes à mesma contribuição. .
O valor dessa contribuição, anteriormentefíxado em um dia dos vencimentos (soldo cgratificação) do contribuinte, nos termos doart. 3.0 da Lei n.o 3 :765/60, veio a ser eleY!l.do para três dias do soldo, de acordo coma/Lei n.o 5,475/68, posteriormente alteradopara dois dias do mesmo soldo, ínclusívecom a incorporação da gratificação de função militar, ex vi dOS arts. 2.0 e 9.0 , da Leill.o 5.552, de 4-12-68. Então, se o soldo e agratificação atingirem a Cr$ 2.HlO,00, porexemplo, a contribuição correspondente adois díes será de Cl'$ 140,00. Neste caso, apensão militar será igual a Cr$ 2.800,00, resultado de 20 vezes a respectiva contribuição.
.Finalmente, a Lei n. o 8.807/60 - Lei 01'gância da Previdênca Social - aplicávelaos trabalhadores em geral, contribuintesdo INPS, concede aos seus dependentes pensão correspondente a 50% (cinqüenta porcento) do valor da aposentadoria que o segurado teria direito na data do falecimento,acrescida de 10% do valor da mesma aposentadoria em favor de cada dependenteaté o máximo 5 (cinco), isto é, um total de50% (cinqüenta por cento) que no caso donúmero de dependentes ultrapassar o teto(je 5 (cinco) fixado será rateado entre todostll-rt. 74 e § 1.0 ) . E esses dependentes, nOStermos do seu art. 11, são os seguintes: aesposa: o marido inválido; os filhos dequalquer condição, quando inválidos ou menores de 18 anos; as filha& solteiras de qualquer condição, quando inválidas ou znenoreade 21 anos; o pai inválido e a mãe; osirmãos inválidos ou menores de 18 anos:as irIlJ.ÉÍ1S solteiras, quando inválidas ou menores de 21 anos; pessoas 'que vivam sobsua dependência, inclusive a filha ou irmãmaior, solteira, viúva ou desquitada.
Res.salte-,se que, em se tratando de esposa,marido e filhos inválidos, filhos menores de18 anos e filhas solteiras, menores de 21anos, a dependência eeonômtca é presnmída; nos demais casos, ela precisa sercomprovada para ser deferido o beneficio.Semelhante exigência inexiste para os be··neficiários de servidores civis e mtlítares daUnião.
O exame das normas jurídicas de proteeão social, que ora fazemos para mostrar' opanorama atual do sistema vigente para asdiversas classes de segurados, nos conduz,sem qualquer dúvida, a considerar a justiçado projeto, cujo escopo principal é o deaprofundar o sentido de proteção ao grupofamiliar, pela generaãzaeão de beneficios fitodos os dependentes..
Com efeito, essa proteção é tão justa ehumana, no direito social moderno, atémesmo quando alcança a companheira dosegurado, sem ofender a estrutura ética ejurídica da familía.
'O direito previdenciário, que teve o seuadvento sob o influxo das aspírações da democracia cristã e que busca realizar a justiça social, por ser de tutela e ter sede naprópria Constituição Federal, quando à familia :le assegura a proteção do Estado, nãodeve se constituir numa utopia, ainda maisquando o seu espírito atual é o de sua organização estatal, com medidas efetivas, aptasa 'assegurar a seus beneficiários os meiosindispensáveis ao seu bem-estar.
Por tal razão, justifica-se aprofunde osentido de proteção ao grupo familiar, sejapela melhoria de beneficios assistenciais,seja pela sua generalização a todos os dependentes, eomo preconiza o projeto.( Vimos, através do estudo comparado da
legislação de previdência social que acabamos de examinar, grandes desigualdades no
tratamento das diversas clases abrangidas.Tal desigualdade carece de qualquer razãoobjetiva e não se explica de modo algumpelas diferenças entre as condições de existência de tal ou qual classe, sabido que asneeessídades básicas da família são, emessência, as zeesmas. É incompatível com osprmctpíos da justiça social dtrcrençar aamplitude de proteção previdenciária, segundo os grupos amparados, garsntrnêo-seuma posíção prívtlegíada a uns e denegando-se, ao mesmo tempo, sem qualquer fundamenta, as mesmas vantagens a outros.A proteção deve ser igual contra os mesmosriscos. med --:te concessão dos mesmos benefícios.
É importante ressaltar que todo conjuntode normas de proteção e assísteneia social,pelos fins elevados que busca, reclama quese atende para o princípio de eqüidade. Deoutro modo não se realizará a justiça, nãose alcançará o bem social, meta a que visao 1-c"Íslador quando dispõe sobre a proteçãodaqueles que, por quaisquer circunstâncias,se fazem merecedores de especiais atenções.
Por derradeiro, é necessário que se firmeser o conceito de assistência, da lei de seguro social, um conceito econômico e nãojurídico. A Previdência &:leia! é uma instituição de caráter alimentar, que tem comopresunção e exclusiva dependência seonômica, sendo relevante destacar o seu cunhoético. O projeto se afina com esses principias.
O projeto é, também, dos maís justos,havendo, inclusive, disponibilidades de recursos para. o atendimento de suas finalidades, eis que, como bem acentuou o ilustre Deputado Hamilton Xavier, no parecerque proferiu na douta Comissão de Constituição e _Justiça, o "segurado pagou O prêmio correspondente ao seguro, garantindo,assim o direito dos beneficiários, pouco importando, no que se 'refere a tal disponibilidade, sejam estes pais ou filhos, avós, netos,ou, até mesmo, estranhos à família de quem
,o segurador recebeu as importâncias em di-nheiro como contraprestação pelo risco assumido". E mais, "na espécie, a fonte custeionão precisa ser criada; ela preexíste à proposição e está consubstancíada nas importáneías pagas pelo segurado ao segurador".
A proposição estabelece, tão-somente,uma ordem no deferimento da pensão; quecoincide com a da Lei n.o 3.765, de 4-5-60.As três emendas sugeridas pelo ilWltre Relator na oomíssão de Constituição e Justiça,o saudoso Deputado Arruda Câmara, aperfeiçoaram a sua redação original, ajustando-a à melhor técnica jurídica. Entretanto,a de n.o 1 se desatnaüzou com o tempo.
No Plenário, encerrada a primeira discussão, foram oferecidas três emendas. Ade n.o 1, pretende cancelar a exigência deserem os ne tos órfãos de pai; a de nP 2,inclui as filhas soíteíras, viúvas ou desquitadas; e, finalmente, a de n.? 3, substitutivade todo o projeto, dispõe que a concessão depensão aos beneficiários de funcionários
'públicos federais será feita na conformidade da Lei n,o 3.765, de 4-5-&0 e suas alterações subseqüentes. '
Sou contrário a todas essas emendas dePlenário. A de n.o 1, porque não me parecedevam os netos fazer jus à pensão, se vívosos pais, salvo se interditos ou inválidos. Ade n.o 2, porque jã contemplada a hipóteseno inciso II, art. 1.0 do projeto. Finalmente,a de n.o 3, porque reformula todo o sistemavigente, implicando, ademais em ônus parao funcionalismo, ônus esse representadopelo aumento de suas contríbuíções, já quenão dispõe ele de suporte financeiro paraarcar com tal despesa.
Em conseqüência, entendendo que o regime previdenciário no País deva ser uniforme
para todas as classes, tomando-se como baseo adotado para os militares, ex vi da Lein,o 3.765, de 4-5-60, sou pela aprovação doprojeto.- Sou também favorável às emendas denúmeros 2 e 3, sugeridas pelo Relator naCOmissão de Constituição e Justiça, o exDeputado Arruda Câmara. Quanto à de n.o1, também por ele apresentada, sou pelarejeição, tendo em vista que se desatuaüzouno tempo, Oontudo, para atingir aos objetivos que a mesma se propunha, sugiro emenda ao artigo l.0 ·do projeto.
Com esses fundamentos, submeto a matéria à consideração dos ilustres membrosdesta Comissão, que julgarão melhor da suaoportunidade e conveniência.
Sala da Comissão, em 22 de novembro de1972. - Deputado Hugo Aguiar.
fi - Parecer da ComissãoA Ccmíssão de Serviço Público, em' reu
nião ordinária, realizada em 22 de novembro de 1972, apreciando o Projeto número3.169/65, às Emendas da Comissão de Constituição e Justiça e às Emendas de Plenáriooferecidas ao mesmo, opinou, por unanimidade:
a) pela aprovação do parecer do Relator,Senhor Deputado Hugo Aguiar, favorável aoprojeto, com emenda;
b) pela aprovação das Emendas de núme~:tfça~ 3 da Comissãp de Constituição e
c) pela rejeição das emendas de números1, 2 e 3 do Plenário e n,v 1 da Comissão deConstituição e Justiça.
Compareceram os Senhores DeputadosJosé Freire, Presidente; Hugo Aguiar, Relator; Lauro Rodrigues, Paulo Ferraz. Francelino Pereira, Agostinho Rodrigues, FreitasNobre, Nina Ril:>eiro, Bezerra de Norões, Pedro Lucena, Francisco Libardoni e GrimaldiRibeiro.
Sala da Comissão, em 22 de novembro de1972. - Deputado José Freire, Presidente Deputado Hugo Aguiar, Relator.
Emenda Adotada pela ComissãoDê-se ao artigo 1.° do projeto a seguinte
redação:"Art. 1.0 A pensão concedida peloIPASE e INPS, aos beneficiários dosseus segurados obrigatórios, será deferida na seguinte ordem:"
Sala da Comissão, em 22 de novembro de1972. - Deputado José Freire, Presidente Dejnrtado Hugo Aguiar, Relator.
PARECER DA COMISSãO DE TRABALHOE LEGISLAÇãO SOCIAL
I - Relató!io
Segundo a proposição, passarão a serídêntícaa as normas disciplinadoras daconcessão de pensões pelo IPA8E e INPS àsque regem o pagamento das pensões militares, na forma da Lei n. o 3.765, de 4 demaio de 1960.
Ao apreciar a matéria, a Comissão deConstituição e Justiça, em reunião de suaTurma "A", realizada a 10 de novembrode 1965, considerou o Projeto constitucionale juridico, nos termos do voto do Relator, osaudoso Deputado Padre Arruda Câmara,com emendas.
A 28 de junho de 1967, em sua 15.a Reunião Ordinária, opinou a Comissão de Legislação SOcial pela aprovação, com emenda ao art. 1.0, consoante parecer do relator,nobre Deputado Raimundo Parente.
A Comissão de Finanças, a 16 de novembro de 1967, manifestou-se favoravelmente
1380 Sábado 12 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Abril de 19-15
ao projeto com as emendas das Comissõesde Constituição e Justiça e de LegislaçãoSociaL
Em Plenário recebeu a proposição trêsemendas, todas de autoria do ex-DeputadoAdylio Martins Vianna. Ouvida a Comissãode Constituição e Justiça foram as emen(las de Plenário tidas como jurídicas econstitucionais por unanimidade de suaTunna "A", reunida a 19 de junho de 1972.Igualmente por unanimidade a Comissãode Servico Público, acolhendo' parecer deseu Relator, opinou pela rejeição das emendas de Plenário.
É o relatório.
II - Voto do Relator
A amplitude que se quer dar ao pagamento das pensões aOS beneficiários doIPASE: e aos dependentes dos segurados doINPS, sem a previsão de fonte de custeto,tem Implícações negativas, de caráter nítídamente social
De fato, o equilíbrio econômico-financeirodo INPS é condição fundamental para quea autarquia cumpra- a sua missão previstaem lei.
Por outro lado, a única prestação que estácondicionada à existência de disponibilidades financeiras do INPS para ser concedida aos beneficiários em geral,. é a assistência médica, nos termos do art. 45 da LeiOrgânica da Previdência Social.
Assim sendo, 'os novos encargos previstosnas emendas em exame se aprcvados implicarão necessária e imediatamente em redução equivalente da prestação de asslstêncíamédica por parte do INPS, o que se nos afIgura socialmente desaconselhável.
É o voto.
Sala da Comissão - Deputado MaurícioToledo, Relator.
III - Parecer da Comissão
A Comissão de Trabalho e Legislação Social em sua reunião ordinária, realizada em8 de novembro de 1973, opinou pela rejeiçãodo Projeto n.o 3.169, nos termos do Parecerdo Relator, Deputado Maurício Toledo, contra os votos dos Senhores Deputados Argílano Dario, Carlos Cotta e Francisco Amaral.
Estiveram .presentes os Senhores Deputados: Wi180n Braga, Fernando Cunha, Roberto Galvani. João Alves, Wilmar DaUanhol Rezendé Monteiro, Argílano Dario,CarlOs Cotta, Cid Furtado, Hem:ique de LaRocque, Álvaro Gaudêncio, Alcir Pimenta,José da Silva Barros, Raimundo Parerrte,Francisco Amaral, Osmar Leitão, Helbertdos Santos e ítalo COnti.
Sala da Comissão, em 8 de novembro de1973. - Cid Furtado, Presidente - Maurício Toll~do, Relator.
PARECER DA COMISSÃODE FINANÇAS
I - RelatórioVolta às comissões o Projeto de Lei n.o
3.169-A/65 em razão do oferecimento detrês (3) Emendas de Plenário, todas de autoria do Sr. Adylio Martins.Vianna.
Quant.o ao projeto propriamente dito, esta Comissão já manifestou sua opinião favorável, tendo em vista os objetivos unitormísadores da proposição que, principalmente visa estabelecer uma ordem nodeferimento de pensões previdenciárias, emtudo coincide com a Lei n.> 3.7615, de 4 demaio de 1960. Por outro lado, influiu tam-
bém na manifestação favorável desta Comissão, a circunstância já apontada emquase todos os doutos pareceres proferidosnestes autos, de que a proposição não carece de criação de fonte de custeio, umavez que esta é normalmente disponível pelosó fato de os segurados já virem contribuindo para a Instítuíção previdenciária.
O Projeto de n.v 2.168/70, aqui anexado,tem prejudicada a sua discussão em razãode versar matéria idêntica à constante dode n.v 3.169-A/65, este em fase bastantemais adiantada e com a vantagem suplementar de haver sido recomendada a aprovação em todas as comissões pelas quaistramitou.
Resta-nos, assim, opinar acerca das referidas Emendas de Plenário.
É o relatório.'
II - Voto do Relator
A aceitação da Emenda de n.? 3 ímplícaria em substituição total do Projeto de Lein.O 3.169-A, o que nos parece amplamentedesaconselhável a esta altura, máxime sefor considerado que aquele (o Projeto den.o 3 .169-A) , com as emendas sugeridas eacatadas, particularmente a da Comissãode Serviço Público (fls. 26), é bastante maisabrangente e, pois, de maior alcance social.
Já as Emendas de n.OS 1 e 2, visando ampliar o pagamento de pensões e não prevendo a correspondente fonte de custeio, somente podem ser havidas como inequivocamente negativas, tal como apontado nodouto parecer da Comissão de LegislaçãoSocial (fls. 27 a 29).
É que a imposição de novos encargos àinstituição previdenciária, tal como querem as referidas Emendas (n.o5 1 e 2) implica necessariamente em um desequiiíbrioeconômico-financeiro e, pois, fatalmente,numa redução da prestação de outros benefícios, particularmente o de assistênciamédica.
Nestas condições e tendo em vista os aspectos sobre os quais deve esta Comissãoopinar, entendemos que as Emendas dePleriárto ao projeto de Lei n. O Z'.169-A/65,devem ser rejeitadas.
Sala da Comissão. em ---: Deputado AthiêCoury, Relator.
UI - Parecer da Comissão
A Comissão de Finanças, em sua reuniã~
ordinária, realizada em 9 de abril de 1975,opinou, unanimemente, pela rejeição dasEmendas de Plenário ao Projeto de Lein.o 3.169-A/65, nos termos do parecer doRelator, Deputado Athíê Coury.
Compareceram os Senhores DeputadosHomero santos, Presidente; João Castelo,Vice-Presidente; Adriano Valente, AntônioMarimoto, Dyrno Pires, Fernando Magalhães, Francisco Bilac Pinto, Hélio Campos,João Vargas, Antônio José, Athíê coury, Epitácío Cafeteira, Gomes do Amaral, JorgeVargas, Mário Mondino, Nunes Rocha, Moaeyr Dalla, Ribamar Machado, 'I'emistoclesTeixeira, Odacir Klein, João Menezes, Milton' Steinbruch, Roberto Carvalho, RuyCôdo, Theodoro Mendes, Florim Coutinho eDias Menezes.
Sala da Comissão, em 9 de abril de 1975.-'Deputado Homero Santos, Presidente Deputado Athíê Ooury, Relator.
PROJETO DE LEIN.o 1.493-B, de 1968
(Do Sr. Oswaldo Lima Filho)Faculta aos funcionários públicos da
União e aos servidores das autarquiasfederais, eíettos "prefeitos e vereadores,a opção pelos vencimentos de seus cargos efetivos, e dá outras providências;tendo pareceres: da Comissão 'de Constituição e Justiça, pela cOnstitucionalidade, contra os votos dos Srs. Luiz Braz;,1"oão Línhares e José Bonifácio; e, daComissão de Serviço Público, pela aprovação, com substitutivo e voto em separado do Sr. Hugo Aguiar. Parecer daComissão de Constituição e Justiça,emitido em audiência, pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Substitutivo da Comissãode Serviço Público.
(PROJETO DE LEI N.o L 493-A, de 1968, AQUE SE REFERE O PARECER)'O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O funcionário público da União
e os servidores das autarquias federais,quando eleitos Prefeito ou Vereador pode-:rão optar a partir da posse no mandato ele':'tivo pela percepção dos vencimentos do seucargo efetivo e ficarão afastados do seuexercício, contando o tempo de serviço parapromoção por antiguidade e para aposentadoria.
Art. 2.° Esta lei entrará em vigor nadata de sua publicação revogadas as disposições em contrário.
Sala das Sessões, em 26 de junho de 1968.- Oswaldo Lima Filho.
-Justífíeação
O projeto tem como objetivo assegurarmelhor remuneração à administração municipal e permitir uma mais ampla seleçãode Valores humanos para direção dos serviços municipais, permitindo-se que funcionários federais, em cujo número se encontram alguns dos melhores especialistas naadministração dos servíços públicos, possamser escolhidos por eleição para administrarem municípios.
De outro modo á baixa remuneração queos municípios podem assegurar aOS seusprefeitos e vereadores impediria a seleçãode nomes altamente capazes para aquelasfunções.
'no ponto de vista constitucional, nenhuma proibição existe prevendo mesmo o art.102, parágrafo 1.°, da Constituição, que nãoexiste impedimento entre a função eletiva.munícípal e o exercício de cargos federais.
Sala das Sessões, em 26 de junho de 1968.Oswaldo Lima Filho.
PARECER DA COMISSÃO DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA
I e 11 - Relatório e Voto do ~elator
Objetiva a proposição facultar aos funcionários públicos da Uníão e aos servidoresdas autarquias federais, eleitos prefeitos evereadores, a opção pelos vencimentos deseus cargos efetivos.
Em sua exposição de motivos, o· nobreDeputado Oswaldo Lima Filho afirma que oobjetivo do projeto é assegurar melhor remuneração municipal e permitir uma seleção mais ampla de valores humanos para adireção dos serviços municipais, permitindo-se que funcionários federais - em cujonúmero se encontram. alguns dos melhores,especialistas na administração dos serviçospúblicos - possam ser escolhidos por eleição para administrarem municípios.
Sabe-se que, em alguns municípios, a re-'muneração para os cargos de Prefeito, Vice-'
Abril de 1975 DIARIO DO OONGRESSO NAOIONAL (seção I) Sábado 12 1381
prefeito e Vereador é reduzida, afastando,dessa maneira, bons administradores, osquaís, se funcíoriártos públicos, e lhes per-
, mítíndo o direito de opção, poderiam prestar relevantes serviços às nossas comumdades,
A proposição sob o ponto de vista da suaconstitucionalidade não encontra óbice para a sua tramitação.
Sala da Comissão, 6 de setembro de 1972.- Alceu Collares, Relator., lU - Parecer da Comissão
A Comissão de COnstituição e Justiça, emreunião de sua Turma "13", realizada em27-9-72, opinou, contra os votos dos Senhore.sLuiz Braz, João Linhares e José Bonifácio,pela constitucionalidade do Projeto n,?
1.493/68, nos termos do parecer do Relator.Estiveram presentes os Senhores Depu
tados: José Bonifácio, Presidente; AlceuCoUares, Relator; Airon Rios, Ferreira doAmaral, Antônio Mariz, João Linhares, Lysâneas Maciel, Luiz Braz e Sylvio Abreu.
Sala das Sesllóes, em 27 de setembro de1972. - José Bonifácio, Presidente - AlceuCÓllares, Relator.
. PARECER DA COMISSAODE SERVIÇO PúBLICO
Segundo Parecer
Redação do vencido, nos termos do § IId'l art. 50 do Regimento Interno.
·1 e U- Relatório e Voto do RelatorO nobre Deputado Oswaldo Lima Filho,
[á.em 1968 reconhecia, com muita' razão, avalorização de um representate do povo naárea municipal. O projeto visa estimular financeiramente àqueles que deixando atranqüilidade de um gabinete, ou o burocrátíoo e rotineiro serviço por um trabalho domaior valor no que eoncerne a ajudar ascomunidades. E ainda mais, considerando-,se que além da remuneração ser reduzida eem' alguns municípios ela nem existe, acredito que a proposição daquele parlamentartem o mérito que se deve ressaltar.
a nobre Deputado Hugo Aguiar, em seuvoto em separado, alinhou argumentos queressaltaram a prejudicialidade do projetoem dois aspectos, quais sejam:
J) contagem de tempo de serviço parapromoção e aposentadoria do funcionáriopúblico e servidores de autarquias federaiseleitos Prefeitos ou Vereadores;
2.> afastamento dos respectivos cargoseretívos.
Subsistiu, no entanto, o aspecto referenteã ppçâo,"a partir da posse, pela percepçãodos vencimentos do cargo efetivo daquelesservidores públicos eleitos Prefeítos ou Ve-readores. '
Concordo com as razões expostas no votoem separado do nobre Deputado HugoAguiar, concluindo por um Substitutivo aoProjeto n.o 1,493/68.
sou, portanto, pela aprovação do Substi,tutivo.
Sala da Comissão, em 25 de abril de 1973.- .Bezerra de Norões, Relator.
UI - Parecer da Comissão
A Comissão de Serviço Público, em reunião ordinária, realizada em 25 de abril de19'73, aprovou, por unanimidade, o sunsítutivo oferecido ao Projeto n.? 1.493/68, naforma do voto do Senhor Deputado HugoAguiar, sendo adotado pelo Relator, SenhorDeputado Beaerra de Norões, oompareceram os Senhores Deputados Freitas Nobre,Presídente ; Bezerra de Norões, Relator;Agostinho Rodrigues, José Freire, HugoAguiar, Grírnaldí Ribeiro, Léo Simões, Elias
Carmo, Magalhães Melo, Lauro Rodrigues,Francelino pereira, Getúlio Dias, MarcosFreire e Paulo Ferraz.
Sala lia Comissão, em 25 de abril de 1973.- Freitas Nobre, Presidente - Bezerra deNorões, R,elator. -
Substitutivo oferecido pelo Sr. JIugo Aguiar
"O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 O servidor público eleito Prefeito ou Vereador cujo mandato seja remunerado poderá optar pelos vencimentosdo seu cargo efetivo a partir da posse nocargo eletivo.
Art. 2." Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.
Art. S.l> Revogam-se as disposições emcontrário."
Sala 'da Comissão, em 25 de abril de 197:1.- Freitas Nobre, Presidente; Hugo Aguiar,Relator.
Voto em separado do Sr. Hugo Aguiar ..
Devemos considerar três aspectos nesteprojeto:
1.0 contagem do tempo de serviço parapromoção e aposentadoria do funcionáriopúblico e servidores de autarquias federaiseleitos Prefeitos ou Vereadores;
2.0) afastamento de seu cargo efetivo;
3.°) opção a partir da posse pela percepção dos vencimentos do seu cargo efetivo.
Sobre o primeiro aspecto a matéria é vencida. A legislação atual manda computar otempo de serviço jrúblíco federal, estadualou municipal (E.C. n.o 1/69, art. 102, § 3.0
;
E.F.P.U. arts. 79 e 80).Entende-se que o servídor público eleíto
prefeito ou vereador tem, de acordo com es:"ses dispositivos legais, o seu tempo de mandato eletivo considerado de efetivo exercício.Nesse· sentido é o parecer da ConsultoriaJuridica do DASP, publicado no D.O. de 19de março de 1962:
"Com excrcícío de função legislativanão pode ser entendido o desempenhodo cargo de Prefeito Municipal, vistoque tal cargo representa a chefia doPoder Executivo do Município. É realmente uma função eletiva e o seu desempenho mais se assemelha ao exercício de um cargo em comissão na órbita municipal, para o qual o item XIIdo art. 79 do EFPU prevê a contagemdo períorío dos servidores nele ínvestídos."
"Observe-se que o art. 121 do EFPUimpede apenas a percepção do respectivo vencimento; conseqüentemente,dessa vedação especificamente estabe-
. Iecída, deduz-se a permissibilidade dacontagem do período, como se de efetivo exercício fosse, à semelhança doque está previsto nos itens VIII e XIIdo art. 79, para os que se afastam para mandato legislativo ou para desempenho de cargo em comissão estadualou municipal."
É inquestionável a contagem do tempode' duração do mandato de prefeito ou vereador,' ficando, dessa forma, prejudicadoo proj eto nessa matéria.
Relativamente ao segundo aspecto, quediz respeito ao afastamento do servidor público de seu cargo efetivo, devemos ressaltar duas hipóteses: para exerecer mandatode prefeito, o afastamento é automático,pois trata-se de exercício permanente eínínternrsto. O mesmo não ocorre com osvereadores, que se afastam do cargo efetivo de forma intermitente, percebendo osseus vencimentos, com apoio na lei e na
doutrina que lhes asseguram comparecimento a todas as sessões da Câmara.
Resta o terceiro aspecto do projeto queversa sobre a opção de vencimento do cargo efetivo e os do mandato.
Trata-se, a nosso ver, de uma iniciativaválida que carece de amparo legal, eis porque a acolhemos.
Não é raro verificar-se a hipótese de vencimentos de servidor superior ao do cargoeletivo, não sendo justo que o exercício domandato signifique também diminuição derendimentos para quem venha a exercê-lo.
Assim acolhemos a idéia do projeto nesse aspecto por nos parecer de conveníência e justiça reportando-nos, para isso, àjustificativa de seu autor.
Em vista de ser prejudicado o projeto emdois aspectos apresentamos substitutivo,para que possa ser consubstanciado em leio terceiro se merecer aprovação.
Nesse substitutivo amparamos a opçãoquando o mandato é remunerado, já que,na hipótese do mandato náo remuneradodo vereador a matéria encontra-se regulada em ,lei.
Preferimos empregar a expressão Servidor para substituir as expressões do projeto: "o funcionário público da União e osservidores das autarquias federais", por seraquela mais abrangente.
Somos assim pela aprovação do projetonos termos que apresentamos em seguida.
Sala da Comissão, em 25 de abril de 1973.- Hugo Aguiar, Relator.
Substitutivo apresentado pelo Sr.JIUgO Aguiar
"O Congresso Nacional decreta:
Art. 1.0 O servidor público eleito Prefeito ou Vereador' cujo mandato seja remunerado poderá optar pelos vencimentos doseu cargo efetivo a partir da posse no cargv eletivo.
Art. 2.° Esta lei entra em vigor na datade sua publicação. .
Art. 3,0 Revogam-se as disposições emcontrário."
Sala da Comissão, em 25 de abril de 1973.- Hugo Aguiar.
Senhor Presidente:Na forma regimental, requeiro audiência
da Comissão de Constituição e Justiça sobre o Substitutivo da Comissão de ServiçoPúblico ao, Projeto de Lei n," 1. 493-A/68.
Sala das Sessões, em 19 de setembro de1974. - .........
PARECER DA COMISSAO DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA
I - RelatórioO Projeto n,o 1.493/68, de autoria do ilus
tre Deputado Oswaldo Lima Filho, recebeuparecer favorável, da lavra do nobre deputado Alceu Oollares, na Comissão de Constituição e Justiça, e da Comissão do ServiçoPúblico, conforme parecer do Deputado Bezerra de Norões, em forma de Substitutivo.
Volta a este egrégio colegiado o exame daproposição, requerida audiência da Oomíssão de Constituição e Justiça sobre o substitutivo adotado na Comissão de ServiçoPúblico.
II - Vnto do RelatorSubsistem os argumentos oferecidos no
Iírnptdo parecer do eminente colega Deputado Alceu Collares,
Não encontramos, salvo melhor juízo,qualquer obstáculo de ordem constitucionalà tramitação do proj eto.
1382 Sábado 12 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1975
PROJETO DE LEIN.o 157, de 1975
(Do Sr. Jorge Paulo)Dá nova redação ao art. 72 da Lei
n,o 5. 682, de 21 de julho de 1971 - LeiOrgânica dos Partidos Políticos.
(A Comissão de Constituição e Justiça.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O art. 72 da Lei n.o 5.682, de 21
de julho de 19'11, passa a vigorar com a seguínte redação:
"Art. 72. O Senador, Deputado Federal,Deputado Estadual, Prefeito Municipalou Vereador que, por atitude ou pelo voto, se opuser as diretrizes legítimamente estabelecidas pelos órgãos dê direção partidária, ou deixar o Partidosob cuj a legenda for eleito, perderá omandato."
Parágrafo único. Equipara-se à renúncia, para efeito de convocação do respectivosuplente, a. perda de mandato a que se refere este artigo.
Art. 2.° Esta iei entrará em vigor· na 'M-ta de sua publicação. , ,
Àrt. 3.° Revogam-se as dísposíções êmcontrárío. •
;rustificação
Preceitua o art. 72; eaput da Lei n,? ..••5.682, de 21 de julho de 1971 (Lei Orgânicados Partidos Políticos):
"Art. 72. O Senador, Deputado Federal,Deputado Estadual ou Vereador que,pOI' atitude ou pelo voto, se opuser àsdiretrizes legitimamente estabelecidaspelos órgãos de direção partidária oudeixar o Partido sob cuja legenda foreleito, perderá o mandato."
A Vista 'do texto transcrito, indaga-se: epor que deixou O legislador de sujeitar oPrefeito Municipal à fidelidade partidária?
Decididamente, por mais que se' rastreiemmotivos quanto a essa orníssão, não há como encontrar um sequer capaz de justificála,
Pois se o Senador, o Deputado Federai, oDeputado Estadual e o Vereador não escaparam a semelhante agrilhoamento üíscíplínar, como permiti-lo ao Prefeito?
É possível que, em semelhante passo,' sedescubra um motivo de natureza políti~a,inerente à contãngêncía partidária - sohe-.jamente inidôneo, diga-se de passagemmas jamais uma razão jUl'idica que, antesde maia nada, há de se ínrormar em ditamesmorais com vistas à proteção do interessecoletivo.
Se a fidelidade é principio básico da ,organísação partidária, como deixa bem claroo dispositivo legal em apreço, impõe-se quetodos os mandatários da vontade popularfiquem a ela [ungidos. Ao revés, abrigará' a.lei um privilégio odioso 6, por isso mesmo,intolerável
Mediante o presente projeto de lei, co~tamos, exatamente, de suprir a inexplicávelfalha que é exibida pelo art. 72 da I;ein,o 5.682, de 21 de julho de 1971, ao inclqiro Prefeito Municipal na seriação de J:lllHldatáríos a que se aplica fi regra ela perdado mandato, no caso de afronta à fide1id!J,de partidária.
SaJ.a das Sessões, em _ Jorge Paulo. I
Vale lembrar que o próprio governo, através de Mensagem, ora em exame no oon-,gresso Nacional, dá tratamento maia amploao assunto, ampliando a remuneração a todos os vereadores.
Ooneluímos pela aprovação.Sala da comíssão, 20 de março de 1975.
Deputado Altair Chagas, Relafur.lU - Parecer da Comissão
A Comissão de COJ;Ultituição e Justiça, emreunião Plenária, realizada em 20-03-75,opinou, unanimemente, pela constitucionalidade, [urídícídade e boa técnica legislativada Substitutiva ao Projeto n,o 1.493/68, nastermos da parecer do Relator.
l!:.stiveram presentes os Senhores Deputados: .
Luiz Braz - Presidente, Altair Chagas Relator, Alceu COllares Antônio Mariz, Arlindo Kuml1er, Celso Barros, oíeverson Teixeira, Djalma Bessa, Erasmo Martins Pedro,Enresto Valente, Gomes da Silva, Jairo Magalhães, Jarbas Vasconcelos, João Gilberto,J()ãa Lirihares, Joaquim Bevilácqua, JoséMauricio, José Sal1y, Lauro Leitão, LidovinoFanton, Luiz Henrique, Miro -Teixeira, NeyLopes, Nogueira da Gama, Noide Cerqueíra,Norton Macedo, Petrônio Figueiredo, Rubem Dourado, Sebastião Rodrigues, TarcisioDelgado e Theobaldo Barbosa.
Sala da Comissão, 20 de março de 1975._ Deputado Luiz Braz, Presidente - Deputado Altair Chagas, Relator.
PROJETO DE LEIN.o 156, de 1975
(Do Sr. José de Assis)Introduz alterações na Lei n.? 4.215,
de 27 de.abril de 1963, que dispõe sobreo Estatuto da Ordem dos Advogados doBrasil.
(A oomíssão de Constituição e Justíça.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Dê-se ao inciso II do art. 84 da
Lei n,o 4.215, de 27 de abril de 1963, quedispõe sobre o Estatuto da. Ordem dos Advogados do Brasil, a seguinte redação:
"Art. 84.............. ~ ~ .II - presidente, primeiro e segundo secretários de órgão do Poder Legislativofederal e estadual e das Câmaras dosmunicípios das capitais."
Art.2.o Esta lei entrará em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.
Justificação1. A redação atual do dispositivo que se
pretende alterar é a seguinte:"lI - membros da Mesa de órgão doPoder Legislativo federal e estadual, daCâmara Legislativa do Distrito Federale Câmara dos muuícípíos das capitais."
f..- simples leitura do inciso mostra que elenão está de acordo com a Constituição Federal, que aboliu a Câmara de Vereadoresdo Distrito Federal.
De fato, nos expressos termos do art. 42,inciso V, da Lei Maior, compete privativamente ao Senado
"V - legislar para o Distrito Federal,segundo o disposto no § 1.0 do art. 17,f: nele exercer a fiscalização financeirae orçamentária, com o auxílio do respectivo Tribunal de Contas."
Portanto, inexistindo Câmara de Vereadores no Distrito Federal, não tem qualquerrasão de ser a referência à Câmara Legis-
làtiva do Distrito Federal, reminiscência daConstituição de 1946.
Assim, o primeiro objetivo do projeto éadequar a Lei n,o 4.215/63 ao Estatuto Básico vigente.
2. A segunda meta da proposição visaalterar o teor mesmo do inciso II, paramanter as incompatibilidades definidas noEstatuto da Ordem apenas para aquelaapessoas que têm poder de administraçãodas -Casas do Poder Legislativo.
:ffi sabido que esse poder é atribuído aopresidente, ao primeiro e ao segundo secretário.
0(1 demais cargas são puramente decorativos. Tanto assim que existe sério problema nas Câmaras Legislativas, sobretudonas estaduais, para se conseguir que advogados aceitem ocupar tais 'cargos.
Como é sabido, membros do Poder Legislativo são mal remunerados. Ora, íncompatibiJ.ízar o vice-presidente, o terceiro esecretários, que ocupam cargos decorativose que nenhum poder têm para, em virtudedo cargo, criar condições favoráveis aoexercício da advocacia, é verdadeiramenteuma iniqüidade.
A injustiça do dispositivo cresce mais ainda se considerarmos que tal incompatibilidade só atinge os advogados. As outras profissões não são afetadas. Então, a lei atualcontém uma discriminação odiosa contra osadvogados, contrariando o principio deigualdade de todos perante a lei, que épostulado constitucional.
3. Diremos, finalmente, que não existequalquer óbice de natureza constitucional,jurídica ou de técnica legislativa, que obstaeule a livre tramitação deste projeto.
A matéria legislada é da competência daUnião, por força do disposto no art. 8.° daConstituição Federal, íneíso XVII, letra r,que versa sobre as "condições de capacidade para o exercício das profissões liberais etécníco-cíentífícas",
O poder de iniciativa não pertence à competência exclusiva do Presidente da República, eis que o assunto não está inseridonos diversos itens dos artigos 5'1 e 65 da LeiMaior. Portanto, pertence ele a qualquermembro ou comissão da Câmara dos Deputados ou do Senado, conforme taxativamente dispõe o art. 56, Nem tampouco oprojeto sugere qualquer conflito com qualquer outro dispositivo da Carta Magna.Assim, não há qualquer barreira de natureza constitucional.
Do ponto de vista jurídico, a proposiçãonão fere os príneípíos gerais que nortearama elaboração do Estatuto da Ordem dos Advogados. O objetivo das incompatibilidadesé de ética profissional: impossibilitar queocupantes de cargos de relevo e influêncianas Mesas Diretoras das Câmaras Legislativas federais, estaduais ou municipais possam se valer do cargo ou função para angariar clientela, ou obter quaisquer outros favores, que não conseguiriam senão em virtude daquelas funções.
Finaimente, no que respeita à técnica legislativa, adotou-se a norma mais aceitaatualmente pelos doutrinadores que é aquela que manda inserir as alterações no próprio texto da lei modificada, a fim de lhemanter a unidade, que facilita sua aplicação e consulta.
Em face desses motivos, esperamos a boaacolhida de nossos ilustres pares à proposição que ora lhes submetemos. .
Sala das Sessões, em 4 de abril de 1975. José de Assis.
Sala das Sessões, em Jorge .paulo.
Abril de 1'97'5 DIAlUO DO 'OONGR'É8S0 NAOIONAL (SeçáEl 1) Sábado 1~ 1383
Art, 3,° O Conselho, presidido pelo Governador, reunir-se-á, <ordinariamente, nomínimo uma vez por mês, e extraordinariamente, por convocação da-mesma autoridade,
Art. 4.0 São membros do Oonselho osrepresentantes índícàdos pelas seguintes entidEiles representativas:
I - Conselho Regi.onal de Medicina eFarmácia - 1 médico;
II - Ordem dos Advogados do Brasil Seção do Distrito Fedeml - 1 advogado:
IH - oonsetho Regional de Arquitetura eUrbanismo - 1 engenheiro, arquiteto ouagrônomo;
IV - Conselho Regional de AssistentesSociaís - 1 assistente social:
V - Conselho Regional de EconomistasProfissionais - 1 economísta:
VI - Fundacão Univerflidade de Brasília- 1 professor de Sociologia;. Vil - Fundação E.dlleac'Í{mal do DistritoFederal - 1 proressor de Educação Morale Cívica (2.° grau) e I professor (l.o grau);
VIII - Associação dos Servidores Civis doBrasil - 1 servidor públioo;
IX - Associação Comercial do DistritoFederal - 1 comerciante ou industrial;
::l!; - Sindicato dos Jornalistas Profíssícnaís do Distrito Federal - 1 jornalista;
XI -Sindicato dos Condutores Autônomos de Veiculas Rodoviários de Brasília- 1 motorista;
XII - ffindicaw Rural de Brasília - 1pequeno produtor,
ParágnU'o único. Resolução do Conselho,ali referendum do Governador, poderáacrescentar outras entidades ao elenco, sejulgar necessário, ou substituir as enumeradas, quando se 'extinguirem, ou surgiremoutras, a seu critério, .eorn maior representativiruwe.
'Art. 5.0 O Conselho se instalará 110 prazode 06 (sessenta) dia..9,dapublicação desta leie elaborará seu regímento interno até 120(eento c vinte) dias de sua instalação.
Art, 6.° O exercicio de ConEelheiro Comunitário não será remunerado, mas seráconsiderado de caráter relevante, assegurando ao titular um certificado honoríficode Amigo da Com.unidade e a justificaçãc eabono da ponto ou das faitas ao serviço nDSdias de reunião 00 Conselho. ,
Art, 7,° Será dispensado da função deConselheiro Comunitário e em 15 (quinze)dias substituído aquele que não comparecer,salvo motivo justificado, a três reuniõesconse:eutivas {lU a 2/3 (dois terços) das realíza.d8.s no peri<Jdo de'6 (seis) meses.
Parágrafo único, A substituição previstaneste artigo será provocada por oficio doPresidente do COnselho à entidade representada,
Art. B.O Esta lei ent.ra em vigor na datada sua publicação. .
Art. 9.° ~evogam-se _as diEposiçóes emcontrário.
Sala das Sessões, em 2 de abril de 1975.- Aldo Fagundes.
;Justificação
A presente proposição foi bem acolhidap,ela imprensa e .a opinião pública, quandoapresentads na legislaturapassa·da.
Émbora com pareceres favoráveis em várias Comissões, o projeto nãq. chegou a .servotado em Pienário, pois ficou aguardandoa resposta de uma diligência pedida ao Governador do Distrito Federal.
de 19'15.-
PIWJE'I'ü DE LEIN." 159, de 1975
(Do Sr. Aldo Fagundes)iCl-ia li OGns.elho 06m.lI1l1ÚtáriO de
BI'a.&.Ília - COBRAS - e'dá outras l!'l"O
v.iJiêncill5.
(Ãs Comissões de Constituição e Justiça e de Finanl}as.)
O .congresoo Naetonal decreta:.Art. 1," Fica instituído, conío entidade
para-actministrativá, o Conselho Comunitário de Brasília (COBEÁS).
Art. 2:° AQ Conselho CQmunitãrio de'Brn.!Iilia com.pete:
I -' le'Var ao Governador sugest'ões Iluevisem depurar e aproveítar aB legítimasaspiraçõ,es d.a comunidade;
II -- opinar SÇlibre -as iniciativas r~lacio
nad.as aoB priJl;l1.emas econômicos, sociais,juridiMs, i:ie ensino e de saúde pública, queenrolvam interesse comunitário;
ITI - opinar sobre' alte~ões a seremintroduz1das nos Planos Urbanístico e Ar,!:uitet6nieo de Brasília ou no respectivoPlano ,Diretor Regional (Lei n:O 4, 'ro6, de3'0 de 3ig>ost0de lOO§);
IV - opinar sobre critérios de prioridB.d.ee de 11tilidad.e pública n.a m>ocuç;.ão de <obrasno Plano Piloto e nas cidMes satélites;
V .- exercer outras iltribuições que lheto:rem cometidas peio Governador.
Obra nrateríal e espirituaL de Anehieta,nossa Pátria não lhe devolveu, em 'carinho,
-: o saeríríeío ID'lenllo de uma vida inteira desaertfícíos inauditos. Balvante a provídêneíatardi.a de {j,-ar, à aldeia de Reritiva, no Espíríto Santo, o nome flustre do mais autênticodos seguidores do Sonhador tmpenltente da.Galiléia, a reeoestrução na Colina Sagradade Piratining.a, da Igreja do Colégio, nadatem sido feito no sentido de se fixar indelevelmente sua figura entre as maiores figuras de nossa :História.
Todos os a!I:1OO, desde 1968, entre .:JB dias:I e Jl de junh.jij, sob o patrocínio D.."l. oasa deAncbleta, dirigida pelos :MembrM da oomíssão oívica ,do pátio do Colégio, são Paulocomemora cfícíalmente a Semana de Anebieta,
Andarilho inoorrigível, .Anchíeia pereorreu tudo .quanto SI' conhecia de nossa terra,Abr.angeu. sua obra catequética e de fíxaçâodo homem à terra, praticamente, todas asáreas brasâleíras então connecídas.
O F'i.:;vdor. da Paz de I:pemig de.izvu extensa. obra literária. típiea de uma époea de~o, quando a Iingua geral!. entrava emeonábío eom a '"última fl!'>!' do Laeío, incultae bela". dando orígem ao Iínguajar arrevezado e '&!.eant~r do bm.sileím. Foi o trabalho de Anchieta que deu. à rudeza dalíngua portuguesa, o .eolorído dos sóis ardentes do Equador, a f1.exlJ<)Sidade des ríoscaudalosos do sertão, e a harmonia suave depá-ssaros que cantam no raiar da lIJti.mavec~.a..
Mais do que santo, foi rnúsíeo e poeta, .não se pejando de misturar sua míserasotaina àquela gente humilde e despreocu~-da que ia passear "somente com o gorrona eaoeça sem outra roupa", tudo "lhespáreeendo que Tão allBim milito ele~ntes""..
I'Gr todas estas razões, do mais alto in teresse culturaã da Nação, é que decorre aneeessídade da ínstítuícão da Semana Nacional de Anchíeta.. sob (J pazrocínío e erga~ão do Minillté.rio da EàllM.ÇáD e Oul~ura, como contínuador da obr.a de educação ecultura que Anchieta lhe deiXDu com.o umpatrimônÍ!J inalienável.
Sala :das Sessões, de'Ruy Côdo.
.1UHbific.aç.á.oApósi;o/O 00 NoIVO Mundo, no diiãe1' eío
qüeaai;e de Fl"eiw Nobre, TheJljluta.lli:J; e S:mw00 Brn.ml, no .de P.edro Calmon, Alilehi.eJ;afoi., para Q Brasil, ao mesmo cempo, a f.u'l;acentrífuga que reuniu os homens da conquista no solo sagrado de Piratdrringa, e a:fut'ça cenu'il'let-a arue {~ 00 pa'lll!lÍllita " homem <'1aíl banlieims. .o mesmo hom'cm q'l1.e,l'lODl, bow-de-sete-1éguns dev1l.SSOu a 'fMtí.dfOO OOnOO'!l!Ii\t>l.[, ,e andou plantando, em.cada j;l0'UlOO, uma "Cid.aide.
A humildade evangélica e a pobreza iran- \cis=a de Anchieta têm =vi& apenaspara 1iiluix seu nome, negando-lhe o respeito e o culto que todos :lhe devemos. Poucos são os que con'b~em as p~'ens Bilmim:veis que marearJVIl sua presença na Ten"ade Santa Cruz, num dos :tnstantes maisdramático.s de sUa vida, qu-ando tudo .exaroadveTsi.dades, quando "'p.ar/Ias e nus, semroisa aiguma que lhes C'O'brissem suas vergonhas", ,os tupis, que haviam descido dospiatôs bolí'vianos, espreitavam OE povoado'J:'e<l, com arcos e fle:Jl:as, dispostos à eaTnagem,
Nascida no planalto, â. caValeiro do ser'uão,a brulMileiÍm var.a.v:ll. a "enkada pa,ira inúmera.s .ru;tç.õe.s, .s'lB,jeit.as aG ju'I§íJI da raziW", nollliIer ,de A1'JJeh.i.eta, .de:rmúndo D.3 rnmDJ! fiewna incipiente política .de. Jl.en.e:tm~, a;m.·esma JPljlitil'a qlite wmpos depiliB, apoiadanas lanç;:J.s, lltGB m.ach.ados, nas arrobu=e nas 2,ll'ootl, eneul'Varia ,(I) meridiano m.a.r!,ladQ por- Tordezilhas, dando-lhe a co010rID1'l.Ç'âo de U'Msa5 lindes geográficas do beste,cump!l'índú-se, 'assim, o yatí:eml.-o de J%ó]:)rega: "ElIlta te!rra·é a nossa empresa" ...:. E os rumas cl'istã.0sa.a .civi1lzaçãD brasiI1lJira re r.etrlllÇav.a.m, llilqu,ele- casebre depalh& e de harró; a.TI.mentadoo fi. farinhaas ma:o.dío.c.a, 'c.al'n.es .de mac.aoos, peixes,làv.a.s, abóboras e pa1míto.'J. Sacíava-lhes a'Ile.de água, cozida com nillho e com mel'quanoo ha:vla .. , Festins de bugr.es .que festejavam os caminhos do futuro, caminhosque se amontoavam enroladas na ponta dl.Ulléguas às portas do sertão b:ra;vio.
PROJ1ETO DE LEIN.o 15$, de isrs
(Do Si', Ruy Côdo)
lnlStiíul a Semana Nacional de Al1-eh1ie'i;ae rlá oUttl'R'5 pro'riílêneia,s.
IM Comissões de' C<JlVltit.uição e JUSt.lça; de Erl~ e Cult.ura e deFinanças,) .
O Colig':ll:'eS13O Naeioual decreta:, Art. 1." Fica instituída a Bemana Na.cio
rial de Ancbieta, a coznemorar-se fie jJ a 9 dejunluJ, anualmente.
Art, 2.0 Os festejos e comemcrações, deC,w:átel'ew.1tw::aJ. e PDPlUlllM", deveri.o reali=se em WOO (D teH.1ritórfucl nacíonar, sob o pa.trceínío e organização do Ministério daEducação e Cultura,
, Art. 3,P O· MlnÍ'S'bério d-a Eduea.efu!l eOuI1l!tra fará. ,editar, par interm.oo.io d>é Instituto Nacionai! do Livro, a "Arte de Gr.amittea ãa Lill1g'1a,a mais ueada na Costa (j,oBirasil", bem ed~lO Q ''Poema da V'u.'gem.".
Parágrafn :6~, As 4]lJra.sde An.e,hieta,de Que trata este artigo, serão mcluídas, emcaráter obrigatório nos currícutos da LínguaPortuguesa mãnístrados nas :5...., 6.'8., 7.... e J'l....séries do Pximeiro Grau, e nos estabelecimentos de ensino do Segundo. Grau.
Art. 4." A'lllualme1l!te, o~ da Ed:ucação ,e cmtun'l. lJ.~ portarta nomeando
·00 membms da Com.il>sáD Naew;r;aJ. dos Fe/;tejos,
Art,5;0 !Esta lei .entmci ,em vigor na ·datada Sm:l. pnl:!J!I~oo. '
Art. 6.0 Revogam-se as dispos1t;õesemeon trárío.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril. de 1!l7"
Pela atualidade lia matéria e pelo seu altosígmrícado, reapresento-o no início destanova legislatura, usando a mesma justifica-tiva. .
I - Da Constitucionalidade\ A prímelra impressão que tivemos, ao
occrrer-nos a lembrança de apresentar umprojeto de lei no sentido de criar um Conselho Comunitário em Brasília foi o de suaIneonetítuctonalídade. De fato, a Constituição, em seu Art. 42, prescreve:
"Art. 42. Compete privativamente aoSenado Federal:
v - legislar para o DIstrito Federal, segundo o dispoato no § 1.0 ao artigo 17, enele exercer a fiscalização financeira e
.orçamentaría, com auxílio do respecti-.va Tribunal de Cantas;"
E o art. 17, § 1.0, verbís:"Art. 17. A lei disporá sabre a organização administrativa e judiciária daDistrito Federal e dos Territórios.§ 1.0 Caberá ao Senado Federal discutir e votar projetos de lei sobre matéría tributária e orçamentáría, serviços públicos e pessoal da administraçãodo Distrito Federal."
Ainda sobre o assunto, ,dispõe o art. 57:".ffi da competência exclusiva do Presidente da República a iniciativa de leisque:
rv - disponham sobre organízação administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentárta, serviços públicos e pessoal da administração do Dis-trito Federal." -
Pelo que dispõe a Lex Magna, fácil é compreender que 'a Câmara dos Deputados nãopode: 1.0 legislar para o Distrito Federal sobre matérta tributária e orçamentária, sobre serviços públicos e pessoal de sua adrmnísí.ração; 2.0 ter míeiativa de leis soJ5re sua organização administrativa e judiciária, cuja competência é exclusiva do Presidente da República.
Detendo-se, entretanto, no exame da matéria, veríríea-se que a instituição do Conselho Comunitário, nos moldes como o rmaginamos,- refoga de qualquer tentatlva para enquadrá-lo na estrutura administrativa do 'Distrito Federal. Seria o Conselho umaentidade próxima à apministração, voltadapera ela, embora não Integrante de sua estrutura.
Estabelecida. a natureza do Conselho' um orgamsmo - extra-administrativo composto de homem do povo, de variadaformação intelectual, afastamos a. sua criação, desde' já, da inconstitucionalidade. Nãoestamos a invadir área privativa do Senado, .porque não pretendemos legislar sobrematéria tributária ou orçamentária, nem sobre serviços públicos ou pessoal do DistritoFederal. 'Serviços Públicos, todos sabemos,são aqueles que a Admínístração ou seuseoncessíonáríos prestam diretamente ao povo, por seu caráter coletivo e perene; serví-:eos postais, telegráficos, de água e esgoto,de iluminação, transporte etc. Legislar parao pessoal da Administração do Distrito Federal seria, data venía, criar cargos, fixarvencimentos etc. Neste projeto, não pretendemos tocar na Administração da Capital:objetivamos tão só dar existência a umaentidade que, fora da: administração, sugira,encaminhe, opine junto ao Governador sobre as iniciativas que vão alcançar os anseios da comunidade.
Ainda mais uma vez nos distanciamos damecnstitucíonalítíade, quando emprestamoscaráter não retributivo às funções dos Conselheiros, agraciando-os com títulos honoríneoe e concedendo-lhes,' nos dias de reuníão, o abono do ponto, se funcionários públicos, e a jusütíeaçâc da falta ao serviçose empregados' sujeitos à CLT.
fi - Dos Conceitos de Comunidadee Sociedade
a Comunidade ("community"), num conceito sociológico, constitui um tipo de agrupamento que se opõe à sociedade e se caracteriza' por uma forte coesão 'baseada noconsenso espontâneo dos individuas. Esta adefinição dos dicionários. Para Hayes ("TheProblem of Communtty"), comunidade é asociedade local e .suas instituições com asquais os moradores se identificam.
Esse ou aquele conceito, embora entre sipossa divergir em alguns pontos, não retiraà comunidade o interesse pelos problemas devida comum, numa área não muito extensa,mas que pode extrapassar e independer atéáe base territorial, como no caso de membros de síndícat-os, de conüssões religiosas,de partidos pclíticoa. A comunidade é maisuma obra da natureza, por estar mais próxima dos fatos biológicos; seu objeto precede as determinações humanas, criando umapsique comum, ao passo que a socíedade éobra da razão, relacionando-se antes com oespíríto e o intelecto do homem, e seu objeto é uma tarefa a ser feita ou um fim aser atingido (Marit.ain - "O Homem e oEstado"). A sociedade engloba problemas esoluções gerais em 'áreas mais amplas e,portanto, de maior complexidade. Tudo oque é confiante, intimo, vivendo exclusivamente junto, é comunidade. A sociedade éo que é público. É a vida comum, verdadeira e durável a catacterístíca da comunidade, ao passo que a sociedade é um agregado mecàníco, artrücíal e efêmero (Tonnies- "Oommunauté et Societé"). Extrinsecamente, -a comunidade é uni agregado conscientemente organizado de individuas queresidem numa área especifica, mantendoinstituições de necessidade' primária, comoescolas, igrejas etc.; intrinsecamente, é umprocesso de interação social, dando lugar àprática da independência, cooperação, colaboração e unificação. A primeira definiçãoacentua a estrutura e a segunda valorizasua função. Mc Iver - ("Society: A Te"tbook of Socíclogy") ensinou que a comunidade consiste num circulo de pessoas quevivem juntas, que permanecem juntas, detal sorte que não buscam este ou aqueleinteresse particular, mas todo um conjunto de interesses, suficientemente amplo ecompleto, de modo a abranger suas vidas.Ao comenta}' esse conceito, Robinson ("MenGroups arid Community") lembro. a característica importante da comunidade: a vida individual é vivida em seu interior, Aise realiza o ajuste das gerações ao meio ambiente, o gozo das horas de lazer, a preparação do grupo para captação de nOVaS normas de conduta,
111 - Do Desenvolvimento daComunidade
Por tudo isso, nada mais premente doque proceder a uma planificação da vida comunitária, seja urbana, seja rural, Umacomunidade que não tenha sua organizaçãosocial é como uma pessoa destituída de personalidade. E o desenvolvimento comunitário pode colocar-se com acerto entre os CO):1
ceítos mais amplos de desenvolvimento econõmíeo e social. O conceito mais amplo fóidado pelas próprias Nações Unidas, transformando-o na grande meta, a meta de todos os continentes, depois que as estatísticas revelaram que de cada 3 homens nomundo, 2 passam fome, e de cada 2 seres
humanos, 1 não tem casa para morar.._Opapel da comunidade, nesse transe, despcnta importantíssimo para p desenvolvírnento econômico e social; pode tneentívar ,!locapacidade de produção, tnríuenctanoo n~
tipos de atividade que as pessoas exerceme educando-as como consumidoras de mercadorias e serviços. Para o desenvclvímeiiteintegral, econômico e social, é inarredá'vrro planejamento. Para a comunidade, bá-S"taría a dimensão do "mícroplanejamentrr",isto é, o que tem por objeto os "pequenosgrupos populacionais, dinamizan1:l0 a suaação, coordenando os recursos de que disponham, precipitando -o desabrochar deenergias latentes, integrando, enfim, as pequenas comunidades no esforço comum )?elpdesenvolvimento social e econômico." •
IV - Das Funções Comunitárias ;';
Sabido é que as funções da comunidadeaparecem no curso de esforços coletivos P'l.'ra resolverem as continuas necessidades comuns. Suprimento é uma delas; ordem, segurança, tráfego e transportes, outras;combate à poluição da água, do som, do ar,as mais recentes. Todas, enfim, cada vez setornam problemas mais sérios, para OI! qul!l.~
as comunidades 'de hoje procuram respol!i'lf'âcoletivas. Oportuno repettr tópicos da Iis'tkde serviços elaborada pela cidade de Chicà'l..go (USA) que, embora incompleta, dá-:til:llluma indicação dos serviços públicos nas ~ldades modernas: Aeroporto - Administ)9J.lção do bem-estar - Assistência à infâmÜke à pobreza - Biblioteaa -,Çlonstrução ','1Corit.role de doenças venéreas - Oontrtill~de ratos e da peste - Embllrca,douro.s;f<! 'Educação - Inspeção do leite - Hospi'tã:Ise Clinicas - Habitação - Limpeza das 'f'à!velas - Operações em pontes - Parques. Policiamento - Planejamento (espaço) ~"Play-grounds" - Praias - R,ecreação Remoção de animais mortos - Serviço deambulância - (Walker - '~Chicago", in"Greats Cities of the World", editado porW. Robson), , ,
Sob outro ângulo, devem ser alvo de observação numa comunidade: a. populaçãoem seus vários aspectos (tamanho, compesíção, estrutura etc); a área social (gruposde vizinhança): as relações e contatos in~
mos; a tradição; os Interesses: a consciência da participação em idéias e valores: comuns. Uma comunidade é -corno um pequenc mundo. Nasce dai a dificuldade de seestabelecer um critério para saber o quedeve ser observado e analisado. Não se develimitar apenas aos fatores estruturais, fisiográficos, demográríeos, mas investigar osproblemas sociais resultantes de conflitosentre atitudes, valores, personalidades, instituições e grupos econômicos, raciais e C111turaís (Wirth - "Ambito e Problemas' daComunidade" apud. F. P. Ferreira, in "Teo-ria Social da Comunídade.") ,
V - Da Comunidade Brasílíense '.F~ita uma digressão que nos pareceu nJ
cesaáría à compreensão do conceito, do 'dgsenvolvímento e das funções da comunidade, .tranaportemo-nos a Brasília e tentemosno seu escopo de cidade nova, criar um órgão que defenda as aspirações comunitárias, seus traços próprios, a "cor" local,
Brasília - cidade Impar do p-onto de vista arquitetônico ~ sobreleva-se por suaconcepção original aos grupamentos urbanos mais sofístícados do mundo. Aqui seentrecruzam, por isso mesmo, elementos representativos de "cadinho heterogêneo deculturas". Qualqüer "enquete" realizada entre q público brasítíense colheria, na certa,as mais variegadas opíníões sobre qualquerproblema da comunidade. Enquanto unsaplaudiriam, por exemplo, a idéia doa instalação de semáforos na Avenida W-S, outros a reprovariam veemente; a interliga-
AlIril de 19'5 DIÁItIO' DO CONGRESSO. NACIONAL (Seção X) Sábado 12 13M
~ão ãos- trechos estrangulados na Avenida 'W-2 foi combatida até no Congresso Nacional, ao pRBSO que outros apoiaram a solução encontrada para desengarrafar aW'-3.
'>bai a necessidade de criação de um ór~iW local que reunisse representantes das];Ítincipais tendências, atividades ou classes.da Capital Federal, com o propósito de 01el!\l,Cel" cada qual, a sua contribuição a respllito de tal ou qual problema comunitário,
A história da cidade' de Brasíüa, se bemexaminada, virá revelar-nos que os seus píaXJosEducacionais e MédiOO'-HospitaIar, originais e quase perfeitos, foram adulteradose não cumprldos em grande parte, o queconstitui afronta aos mais alevantados interesses da comunidade brasíüense.lJ·,endo pronunciamento do Instituto dos
Ar,quitetos do Brasrl, publicado no "Correio:Braziliense" de 1.0 de outubro do ano de1972, sob o titulo Os Arquitetos e a Experiência de Bri\sília, ocorreu-me a idéia de sugerir' a instituição de um Conselho, na Capital Federal, que se chamaria Conselho 00.m,\lnitário d€ BrasíI1a., composta de repre~nta.tltes indicados pelos órgãos represenl~itivos das classes de engenheiros, advogaJ:l'Ps, médícos, economístas, professores, ar8pitetos, funcionários públicos, eornereian:tes, industriais e até dos humildes produJií;ll'es rurais, sediados na Capital da 'Repú};Jlica, e sob a presidência do Governador.do, Distrito Fedel'al, a fim de inteirar SuaJilxcelência. dos problemas que a todos are.tam, sobretudo emitindo parecer sobre 1'1'0;jl,'tos relevantes relacionados com os mes.:xp,os problemas.
.3. ausência em Braailia de uma AssembléiaLegislativa ou de uma Câmara de Vereadores vem reforçar a necessidade da existência de um órgão que represente ativa e efetivamente a' população da C.apita~ e possareivindicar para ela uni tratamento equânime da solução de seus problemas,
j Esta é a finalidade do projeto que tenhota; honra de submeter à consideração dos-nebres colegas. '
11 Sala das Sessões, em. 2 de abril de 1975. -:peputado .A.ldiJ Fa,gundes.
. PROJETO DE LEIN.o 164, de 1975
(Do SI', Siqueira Campos)Revigora. e altera dispositivos da Lei
n.O fi . lOS, de 21 de setembro de 1966(Código Nacional de Trânsito), revogados e modificados pelo Decretn-Ieí n,?
584, de 16 de maio de 1969.
(ÀS Comissões de Constituição e Justiça e de TranspOrtes.)
O Congresso Nacional decreta:Art, LO, É revigorado o art. 32 da Lei n,?
,!i.l08, de 21 de setembro de 1966, que passa,~iviger com a seguinte redação:
"Art, 82. Poderá ser concedida autorização para dírígír veículo automotor, atítulo precário, na eategoria amador, amenor com dezesseis anos completos,desde que este, satisfazendo as exígênCiM para ohteçâo de oarteíra Nacionalde Habilitação apresente:I - autorização do' pai ou responsável;11- autorísação do juiz de menorescompetente; em - apólice de seguro de responsabtlidade civil, de valor estabelecido pelooonaejho Nacional de Trânsito.Parágrafo único. Completados dezoitoanos de idade, a autorização de quetrata este ãrtígc transformar-se-á emCarteira Nacional de Habilitação, índe-
pendentemente de novos exames, desdeque o interessado não tenha praticadoqualquer das infrações previstas nosGrupos "1" e "2" e preencha os deU).aisrequisitos -legais."
.3.rt. 2.0 • O § LO' do art. 70, da Léi n.o5.108, de 21 de setembro de 1966, com redação alterada pelo Decreto-lei 1).0 584, de16 de maio de 1969, passa a vigorar com aseguinte redação:
"~rt. 70 .••....•.•.• , .. , •.••••..•....•
§ 1.0 Não se concederá inscrição a eandida to que não souber ler e escrever,
Art. 3.0 Esta Lei entrará em vigor na datade sua publicação.
Art. 4.0 Revogam-se as disposições emcontrário. '
Sala das Bessõea, em 4 de abril de 1975.- &iqueirà Campos.
Justificação'
Em 2'7 de abril de 1972 apresenteí à eonsíderacão da Casa um projeto de lei, querecebeu o n.? 633/72 ê que tinha por obietívo restabelecer a ãnovação eontida no art.
, 82 da Lei n. o fi. 103, de 21 de setembro de1966, pela qual era fMultado, mediante certas condições especiais, aos menores de de--.zessete (17) anos obter autorização paradirigir veiculas automotores.
Tal ínovacão, como se sabe, não prospel'OU, uma vez que o referido artigo 82, daLei n.? 5.108/66, foi revogado pelo Decretolei n.? 584, de 16 de maio de 1969, restabelecendo-se a situação anterior em que aautorização para dirigir veículos somentepodia ser obtida PO" maiores de dezoitoanos, mesmo na categoria amador.
O praj eto em questão, distribuído tão-somente a duas comissões técnicas da Oâmara, logrou obter parecer favorável quanto à constitucionalidade e [urtdícídade nade Constituição e Justica e, na de Transportes, teve' igualmente 'recomendada a suaaprovação, mas nos termos de um substítu- ,tivo oferecido pelo relator.
Dito substitutivo - reconheço-o com toda a humildade - não só aperfeiçoava ajrroposíção original, como tinha o grandemérito de compatibilizá-la com a tendência[urídíeo-rloutrínárta vitoriosa no texto donovo Oódigo 'Penal, que atribuiu imputabilidade aos menores que, já tendo completado dezesseis :;InOS, revelem "suficiente desenvolvimento psíquico para entender o caráter ilícito do fato e determinar-se deacordo com esse entendimento" (art, 3"3, doDecreto-lei n,? 1.0Q4, de 21 de outubro de1969 -- novo Código Civil Brasileiro),
Em razão disso, o limite de idade par nósestabelecido no projeto original para obtenção da autorização precária de dirigir veículos automotores (17 anos), ficou reduzido para dezesseis anos, sendo este o critério que passamos a adotar no presenteprojeto; ,
No Senado o projeto em: questão não tevea mesma sorte que na Câmara dos D.epu-,tados. acabando por ser arquivado em virtude de rejeição, apesar de recomendaçãoem contrário da Comissão de Transportesdaquela Casa do Congresso (vide D.O.C. de17-8-'14, Seção II, págs, 3087/8).
Tratando-se, contudo, de matéria de largo alcance social, conforme reconhecidoamplamente durante a tramitação do projeto, 'considero oportuno reanresentá-lo,ainda que não com a forma. original pornós preconízada, mas com a que resultoudas sábias ponderações da Comissão deTransportes da Câmara dos Deputados Afinal, os objetivos continuam. sendo os mes-
mos, apenas alterado, como já disse, o critério de limite de idade,
Pensa que os motivos que nos levarama elaborar o projeto em causa continuamatuais e válidos.
Na verdade, a evolução da sociedade,grandemente favorecida pelo desenvolvimento da tecnologia, está a exigir uma revisão das antiquados conceitos de menoridade e, por via de conseqüência, dos também ultrapassados conceitos de maturidade,seja para outorgar direitos, seja para imporobrigações às pessoas, O novo Código Penal,conforme já mencionado, não se alhcíou atal problema e o seu texto atual 'é perfeitamente condizente com a realidade.
E, se assim é, creio que ao legislador compete ir atualizando os demais diplomas legais que permanecem anacrônicos, máximeeste pertinente ao Código Nacional de Trânsito, que somente permite conceder autorrsação para dirigir a pessoas com mais dedezoito anos de idade.
Ora, os tempos são outros e as pessoasalcançam a maturidade muito mais cedodo que antigamente, quando não se dispunha da avançada tecnologia de hoje.
Além disso, conforme muitíssimo bemlembrado pelo ex-Deputado Silvio Lopes(que foi o relator da matéria da Comissãode Transportes da Câmara), "é durante ajuventude que .se acham mais 'aguçadasM percepções sensoriais, acentuadamenteaquelas ligadas aos sentidos da vísâo, daaudição e, acompanhando-as, a velocidadedos reflexos, que compõem o conjunto dashabilitações indispensáveis" para a condução de um veículo automotor.
Por último - e ainda uma vez - convémlembrar que a retorno à permíssão de o menor de dezoito anos poder dirigir veículos,nos termos e mediante as condições previstas no presente projeto, não minímízaos limites de segurança que devem ser impostos em razâo da 'idade, já que somenteserá deterrda, ou concedida, quando o interessado (o menor entre dezesseis e dezoitoanos) puder junta)' ao pedido autorizaçõesexpressas do pai e do juiz de menores. alémda apólice de seguro de responsabilidadecivil, destinada esta a suportar encargospor eventuais danos.
A alteração constante do art. 2.0 do projeto, é mera conseqüência do que se está.pretendendo no art. 1.0, uma vez que. COIDOse sabe. o § 1.0 do art. 70 do Código deTrânsito teve alterada a sua redação peloDecreto-lei n,o 584/69. para o fim de compatibilizar-se com a revogação então operada.
Sala das Sessões. em 4 de abril de 1975.- SiqucÍl'a Campos.LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELA
COOFUJENAÇAO DAS COMISSõESPERMANENTES
LEI N,o 5.108DE 21 DE SETEMBRO DE 1966
Institui o Código Nacional de Trânsíto
CAPíTULO IXDos Condutores de Veículos
Art, 70. A habilitação para dirigir veículos será apurada através de exame queo candidato requererá à autoridade de transito, juntando os seguintes documentos,além dos que' forem exigí dos na regulamentação deste Oódígo,
§ 1.0 Não será concedida inscrição a candidato que não souber ler e escrever.,
-1386 Sábado 12 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçi4 I) Amil de :t9!15
Art. 82. Poderá ser eoneedída autorização para dirigir veículo automotor, a títUID p;recáriQ na ca.tegoria de amador, aquem tenha dezessete ~s de. ~d~, desdeque, satisfazendo as dem:a~s axigencias 'p.ar aobtenção da Carteira NaclOnal de Hablhtação, apresente ainda:
a) autoriiação do pai ou responsável;b) autorísação do Jui3 de Menores da
jurisdição onde reside; ,c) Apólice de Beguro de Responsabilidade
Civil, com valor estabelecído pelo ConselhoNacional de Trânsito.
Parágrafo único. Ao completar' dezoitoanos de idade, a autorização de que trataeste lU'tígo poderá ser tr::msformada emCarteira Nacional de Habilitação, índependentemente de novos exames, desde que obeneficiado não tenha incorrido em infrações dOJ!! Grupos "1" e "2" c que preenchatodos os requisitos deste Código e seu Regulamento.
... ~ 0,0 & ..
COOIWENAÇÁO DAS COMISSõESPERMANENTES
DECRETO-LEI N." 584DE 16 DE MAIO pE 1969
Modifica c renova Dispositivosd,IJ) Código N=ional de Trânsito
Art, 1." O .art. 70 e seu § 1." do CódigoNacional de Trânsito (Lei n." 5.108, de 21de setembro de 1966), modíflcada pelo Decreto-lei n." 237, de 28 de fevereiro de 1967)passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 70. A habilitação para dirigir veíeuíoe apurar-se-á através de exame requerido pelo candidato à autoridade de trânsito, instruido o requerimento com os seguintes documentos, além de outros queexij a o Regulamento deste Capitulo:
a) carteira de identidade ou documentoreconhecido por lei como prova de identidade.
b) folha corrida ou atestado de bons antecedentes, passado pela repartição competente
§ 1.0 Não se concederá ínscríçâo a candidato que: '
I -- não contar dezoito ou mais anos deidade; ~
TI ._. não souber ler e escrever."
Art.2.0 Fieam revogados o parágrafo único do art. 64, o § 3." do art. 66, os arts. 81e 82 e parágrafo único do Código Nacionalde Tl·ânsito.
Art. 3.0 Este Decreto-lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadasas disposições em contrário.
PROJETON.o 633-A, de 1972
(Do Sr. Siqueira OarnpcslRestabelece a vigência. de dispositivos
do Código Nacional de Trânsito, revogados pelo Decreto-lei n,O 584, .de 16 demaio, de 1969, que "modific:j. e revogadispos,itiv06 do Código Nacional deTrânsito". e dá outras providências;tendo pareceres: da Comissão de Cnnstitui~ão e Justiça, pela. constitucionalidade e juridieidade; e, da Comissãode Transportes, Comunicações e Obrasr~licas, pela aprovação, com Substitutivo.
<PROJETO DE LEI N." 633, DE 1972, A QUESE REFEREM OS PARECERES.)
O Congresso Nacional. _decreta:Art. 1.0 :fl restabelectda. a vigência do
artigo 82 e seu parágrafo único, da Lei n.o
5.108, de 21 de setembro de 1966 (CódigoNacional de Trânsito.), llcvogados pelo artigo 2." do Decreto-lei n.o 584, de- 16 de maiode 1969.
Art. 2." É revogado o item r do § 1,° doartigo 70, do Códige Nacional de Trânsito(Lei n." 5.108/66).
Art. 3." Esta lei entrará em vigor nadata de sua publícaçâo, revogadas as disposições em contrário.
Sala das Sessões, 27 de abril de 1972. Siqueira Campos,
JustificaçãoEm sua forma ortgínal, o Código Nacional
de Trânsito, ínstítuido pela Lei n.o 5.103, de21 de setembro de 1966, facultava aos maiores de 17 (dezessete) anos, a obtenção delicença para dirigir veículos autometores, atitulo precário, na categoria de amador.
Ainda de acordo com o diploma legal emfoco, ao completar 18 (dezoito) anos, o portador da autorízaeâo provisória, poderia tê- 'la transformada em Oarteíra Nacional deHabilitação, independentemente de novosexames, desde que não tivesse íncorrído eminfrações graves (Grupos 1 e 2) e preenchesse as: demais exigências do Código ede seu regulamento.
Para alcançar a autorização provisória, ocandidato estavs. sujeito, além da prestação dos exames normalmente exigidos paraobtenção da Carteira, à apresentação de:autorízaçào dt, pai ou responsável, autorísacão do Juiz de Menores do local-de residência e apólice de seguro de responsabilidade civil, com valor estabelecido pelo Conselho Nacional de Trânsito (letras 21, b, e cdó artãgo 82).
Com a revogação do prefalado dispositiVO, determinada pelo Decretu-Iei n.? 584c, dela de maio de 1969, restaurou-se a situaçãoanterior à Lei número 5.108-166, em que,apenas aos maiores de 18 (dezoíto) anosera permitido obter Carteira de Motorista,mesmo na cai.egoxia de amador.
Não obstante, o noticiário dos jornaiscontinua registrando acidentes de automóvel envolvendo menores nãe habálitados,quase sempre na faixa doe- idade entre 17(dezessete) e 18 (dezoíto) anos.
A explícação desse tipo de ocorrência ésimples. Consíderandc-se quase adultos, osmenores em caus,,., com ou sem licença paterna, colocam-se ao volante dos carros já agora sem qualquer verificação de capacidade, porquanto esta foi abolida com arevogação do artigo 82 do Códige Nacionalde Trã.nsiro - termmando por provocaracidentes que, obviamente, impõem aos paisou responsáveis o ressarcimento dos prejuízos' causados.
A evolução da sociedade, grandementefavorecida pelo desenvolvimento vecnológico, está a exigir a revísãó dos conceitos demenoridade civil e de responsabilidade criminal. A prova disto é que o ex-Ministro daJustíça, Pror. Gama e Silva, ao aubmeter àsanção o projeto afinal transformado noDecreto-lei n,o 1,004, de 21 de outubro de1969 (Código Penal), assim referiu ao problema da menoridade penal:
"A tendência geral da legislação é a defixação da menoridade penal nos dezessete anos. O VI Congresso da Asso-
'. etaçâo Internacional de Direito Penal,fixou em dezessete anos o limite paraa apltcação de pena (of. VI, CongrésInternatíonal, Oompte Rerrdu des Diseusaíons, Milão, 1957, página 310). Vários códigos atuais fixam esse limiteem quatorze anos como é Q case da leialemã. Repetindo, de certa forma, o
.que já se disse, em toda 11 procedência,parece certo que a possível reduçâo dolimite da imputabilidade a deaesseísanos aumenta a coascíêneía 'da ·res.· 'ponsabtlídade social dos jovens. ~plemento do Diário Oficial de 21 de outubro de 1969, pág, 4i.!"
Não vemos, assim, m-otivo para :insistirno retrceesso causado pela revogaçãe doartigo 82 e seu parál:rafo único do CódigoNacional de Trânsito. CrnlfQ,rme ficou demonstrado, a citada revogação longe deimpedir o uso de carros por menores, deumargem à continuação da prática, agoradesvínetéadas, aas exígêneías de exame dehabilitação, - autoríeaeão paterna ete., impostas pelo diapositivo em questão.
O presente projeto visa, pais, li restabelecer a vigência do artigo 82 e seu parágrafoúnico, do Código Nacional de Trânsito e,com ela, a moralização do uso de carrospor menores de i8 (dezoito) anos.
Merece destaque especial, o fato de, entrea idade p,rev'ista no artigo, ora restabelecido(17 anos) e a exigida para a regular' obtenção de Carteira.de Hab.flitação (18 anee),registra-se I) intervalo de apenas 1 (um)ano .1urante qual nos dias que correm, o.corpo e a mente- da j'l,vem não chegam asofrer alterações eapases de j us.tificro,o' adíscrtrnínaeão existente.
Cumpa,e lembrar, finalmente, que a proposição estabelece o- artig,m 82 e seu paJ:'â..grato único - que tratam da aut{}.)"ilil~o
para dirigir veiculas automotcr - mas; não,o 11.rtígo 81;' que, além de permitir a ean-.duçâo de veículos Inseguros eomo bíeíeíetas motorizadas, mctonetas e similares, re~duzía para 15 (qulnze) anos a idade míníma para obtenção da licença necessária. àdireção dos mencícnados veículos,
Oonfíamos em que, examinado à luz dosmodernos conceitos de necessidade eMI ede responsabilidade penal, o presente projeto venha a ser aprovado,
Sala das Sessões, 17 de abril de lB72.Siqueira Campos.
PARECER DA COWSSAO ·nE:CONSTITUIÇAO' E JUSTIÇA
I - Relatól"Ío
Restabelece- a pJ!'OpO,ISíÇM a vigência daredação original do aJrt,igo 82 e seu parágrafo único do. Código Nacionlll de Trânsito,ínstãtuído pela Lei número 5, 10a, de 21 d~setembro de 196& e pcsteríormente modlfícada pelo Deer-eto-Ieí n." 5!l4, de 16 de maiode 1969, bem assim revoga o item I do § 1.0do artigo 70, tudo com a finalidade de permitir a concessão de autortsação para dír'lgir veículos automotores, a título precário,na categoria de amador, aos. que tenhamdezessete anos de idade, desde que satisfeitas as demais exigências para ebteneãoda Carteira Nacional de Habilitação,acrescida das seguintes:
a} autorísação do pai ou responsável;
b) autortzacâo do Juiz de Menores dajurisdição de sua residência;
c) apólice de seguro de responsabflídadecivil, com valor estabelecido pelo ConseluoNacional de Trânsito.
Recebeu o pro.cto despacho de eneamínhamento ao exame das: oomíssões de Constítuição e Justiça e de Tranfl'POl'tes., Comunicações e Obras Púhlícaa, cabendo-nos afunção de relator nesta Comissão, em decorrência de distribuição proeessada a 22de maio recém-findo.
É o relatórío,
bbril de 1975 D~RIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção lO Sábado 12 1387
D - Voto do Relato...,~a forma do preceito contado na letra n,
do item XVII, do artigo 8.0 da Constituição,é competência da Uriíâo legislar sobre trãnsita 'nas vias terrestres, assegurada a iniciativa de proposições a respeita a qualquerparlamentar, consoante a norma do artigo411 combinado com o artigo 56 do textoconstitucional.
Juridicamente o projeta de Lei número6S3, de 1972, do sr. Siqueira Campos, nãose ressente, por igual, de impropriedades.
Mq.nifestamo-nos, conseqüentemente, pela [urídíctdade e constitucionalidade doprojeta sob exame. '
É'O parecer.,Bala da Comissão, em 13 de junho de,
1972.. - Norbel'to Schmidt, Rélator.DI - Parecer da Comissão
A Comissão de Constituiçá<) e Justiça, emreunião de sua TUJ:ma~"A", realizada em 13de junho de 1972, opmou, unanimemente,pela constitucionalidade e jurldicidade doPro1eto número 633/72, nos termos do parecer do Relator.: Estiveranl presentes os Senhores Depu
t1ido.s: Jbsé Bonifácio - Presidente; Norberto Schmidt - Relator; Alceu Oollares,Dib Oherem, Djalma Bessa, Êlcio Alvares,Ra;nilton XaV;il:r, João Línhares, José Saíly,LWll Braz, Mano Mondino."Sala das Sessões, em 13 .de junho de 1972.
..:l ;José Bonifácio, Presidente. - NorbertoSchmidt, Rela,tor.
PARECER DA COMISSÃO DETRANSPORTES, CO:M:UNICAÇOES
E OBRAS P'úBLICASI - :Relatório
O nobre Deputado Siqueira oampoa, coma Inlcíatíva de apresentação do Projeto deLei ,n.o 633, de 1972, tem em vista, por viapo pretendido revígoramento do artigo 82e seu parágrafo único, da Lei n.o 5.108, de'21 de setembro de 1966 (Código Nacionalde Trânsito), revogados pelo artigo 2.0 doDecreto-lei n.o 584, de :1.6 de maio de 1969,permitir que os menores, comp).etadoll os17 anos de idade, possam novamente dirigir veículo automotor, na categoria de motorista amador, desde que autorizados pelos]Jáis e pelo Juiz de Menores competente e .atendidas pertinentes prescrições legais paJ1à'a obtenção da Carteira Nacional de lial'i'il,itação, apresentando, ainda, apólice deseguro de responsabilidade civil, em valor~hfado pelo Conselho Nacional de Tr~sito.
Justifica o ilustre autor do projeto a voltaao sistema de permissão vigorante anteriorD;\j}p.te à edição do Decreto-lei n,o 584, de~l) de maio de :1.969, no fato de ser persís~nte o envolvimento de' menores - espe1l}/loJ,mente dos incluídos na faixa etária dos~,7. aos 18 anos - nos acidentes de trânsito,com o agravante de que a revogação da auta11z.ação, sobre não lograr, impedir, naprática, o uso dos carros por menores dedezoito anos realçou o problema porque,hoje, envolvidos que se achem em acidentes de trânsito menores tecnicamente ínal;>~litados, o terceiro prejudicado nem sequer tem minimamente garantido o ressarcimento de prejuízos materiaís que, presumivelmente, tantas vezes ensejava a compulsória emissão de apólice de seguro, der~ponsabilidade civil emitida em favor domotorista menor de 18 anoa de idade segundo a preceítuação do revogado artigo82 do Decreto-lei n.o 584 prefalado,, Sustenta, ainda, o nobre Deputado Siqueira Campos que a medida proposta acompanha a revisão dos conceitos de menoridade civil e de responsabilidade criminal
(
1388 Sábado 1! DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1975
lU - Parecer da ComissiioA Comissão de Transportes, oomuntoa
ções e obras Públícas, em sua reunião ordinária de 4 de outubro de 1972, aprovouparecer favorável, com substitutivo do Relator do Projeto n.? 633/72, Deputado SilvioLopes, que "restabelece a vigência de dispositivos do Código Nacional de Trânsito,revogadas pelo Deereto-Ieí n.o 534, de 16de maio de 1969, que "modifica e revogadispositivo do Código Nacional de Trânsito", e dá outras providências", contra o voto do Deputado Alberto Costa.
Compareceram os senhores Deputados:Rozendo de Souza, Monteiro de Barros,Emílio Gomes, Ardínal Ribas, Alberto Costa, .roão Guido, Alair Ferreira, Vasco Neto,Ruy Bacelar, Mário Telles, Sílvio Lopes,Rubens Berardo, Antônio ,Florêncio, JúlioViveiros, ;Arnaldo Prieto e Léo Simões.
Sala das Sessões, em 4 de outubro de 1972._ Deputado Rozendo de Souza, presidente;Deputado Sílvio Lopes, Relator.
SUBSTITUTIVO ADOTADO PELACOMISSÃO
PROJETO DE LEIN.o 633172
Revigora dispositivos da Lei n,? 5.108,de 21 de setembro de 1966 (Código Na~
eionat de Trânsito) , revogadas peloDecreto-Ieí n.? 584, de 16 de maio de1969, e dá outras providências.
Art. 1.0 Ficam revigorados, com a redação subseqüente, o art. 82 e seu parágrafoúnico da -Leí n.v 5.108, de 21 de setembrode 1966 (Código Nacional de Trânsito):
"Art. 82. Poderá ser concedida autorízação para dirigir veículo automotor, atítulo.precário, na categoria.amador, aomenor com dezesseis anos completos,desde que este, satisfazendo as exigências para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, apresente:a) autorização do pai ou responsável;b) autorização do Juiz de Menores dajurisdição onde reside;c) Apólice de Seguro de Responsabili~
dade Civil, de valor estabelecido peloConselho Nacional de Trânsito.
Parágrafo único. Ao completar o menor dezoito anos de idade, a autorização de que trata este artigo poderá sertransformada em Carteira Nacional deHabilitação, independentemente de novos exames, desde que o interessadonão tenha incorrido em ínrracões dosGrupos "I" e "2" e preencha -todos osrequisitos deste Código e de seu Regulamento. "
Art.2.0 O g 1.°, do art. 70 da Lei,n.o 5.108,de 21 de setembro de 1966 passa a vigorarcom a seguinte redação:
"Art. 70. . ....•.....•...•••..•.••.•••
§ 1.° Não se concederá inscrição a candidato que não souber ler e escrever."
Art. 3.° Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.. Sala da Comissão, em de setembro de1972. -- Sílvio Lopes, Relator.
PARECER N.o 366, de 1974
(Da Comissão de Constituição e Justiça)Relator: Senador Nelson Oarnefro
Aprovado pela Câmara dos Deputados,vem a nosso exame o Projeto de Lei daCâmara n.O 55, de 1974, que dá ao art. 82 eseu parágrafo único da Lei n,o 5.108, de 21
de setembro de 1966 (Código Nacional deTrânsito> a seguinte redação:
"Art. 82. Poderá ser concedida autorização para dirigir veículo automotor,a título precário, na categoria de amador, ao menor com dezesseis anos completos, desde que este, satisfazendo 'asexigências para a obtenção da CarteiraNacional de Habilitação, apresente:a) autorização do pa.i ou responsável;b) autorização do Juiz de Menores daJurisdição onde reside;c) apólice de seguro de responsabilidade civil, de valor estabelecido pelo Conselho Nacional de Trânsito.Parágrafo único. Ao completar o menor dezoito anos de idade, a autorizaçãode que trata este artigo poderá sertransformada em Carteira Nacional deHabilitação, independentemente de novos exames, desde que o interessado nãotenha incorrido em infrações dos Grupos 1 e 2 e preencha todos os requisi-
tos deste Código e de seu Regulamento."
Também o § 1.° do art. 70 da mesma lei,se aceito o projeto, passaria a ser assim re~
digido:"Não se concederá inscricão a candidato
que não souber ler e escrever ."
E o relatório.VOTO
A modificação principal, contida no projeto, ora em exame, é o da permissão, aosmaiores de dezesseis anos, de dirigir veículo automotor, "a titulo precário, na categoria de amador".
O projeto, de autoria do nobre DeputadoSiqueira Campos, visava a princípio restabelecer a vigência do art. 82 e seu parágrafo único da Leí n.? 5.108, de ,21 de setembrode 1966 (Código Nacional de Trânsito), revogados pelo art. ?o do Decreto-lei n. o 584,de 16 de maio de 1969. Pelo citado Código,era facultado aos maiores de 17 anos aobtenção para dirigir veiculo automotor, atitulo precário, na categoria de amador.Invocava o ilustre representante goianotrecho da exposição de motivos do Ministro Gama e Silva. ao encaminhar ao Sr.Presidente da República, o projeto que seconverteu no Decreto-lei n. O 1.004, de 21de outubro de 1969 (Código Penal):
"A tendência geral da legislação é a defixação da menoridade penal nos dezessete anos. O VI Congresso da Associacão Internacional de Direito Penal, fixou em dezessete anos o limite para aaplicação de pena (or, VIe. Corigrés Intematíonaí, Compte Rendu des Díscussíons, Milão, 1957, página 310). Vários códigos atuais fixam esse limite emquatorze anos como é o caso da lei alemã. Repetindo, de certa forma, o que jáse disse, em toda a procedência, parececerto que a possível redução do limiteda imputabilidade a dezesseis anos aumenta a consciência da responsabilldade social dos jovens."
Aprovado o projeto na ~omissão deConstHuição e Justiça, também o acolheuà Comissão de Transportes, Comunicaçõese Obras Públicas, que lhe ofereceu substítutívo, diminuindo para 16 anos completosa idade minima para a autorização de dirigir, ao invocar o texto do art. 33 do citadoCódigo Penal, cuja vigência não deveriatardar, naquele setembro de 1972:
"O menor de dezoito anos é inimputávelsalvo se, já tendo completado dezesseisanos, revela suficiente desenvolvímentopsíquico para entender o caráter ilícito
do fato e determinar-se de acordo comeste entendimento. Neste caso, a penaaplicável é diminuída de um terço atémetade."
E foi essa orientação a que prevaleceu noplenário da Câmara.
O projeto põe em relevo uma das maiscontrovertidas disposições do Código de1969, que, prorrogada sua vigência por setevezes, ainda será submetido à apreciaçãodo Congresso Nacional, com as numerosasemendas sugeridas pelo Executivo, e àsquais se somarão outras, possivelmente emnúmero igualou maior, propostas pelosmembros das duas Casas do Congresso.
O texto ora aprovado pela Câmara dosDeputados procura cercar a autorização aomaior de dezesseis anos das cautelas possíveis, exigindo não só a expressa concordância do pai ou responsável, mas tambéma do Juizo de Menores. Para assegurar aresponsabilidade civil contra danos causados a terceiros determina ainda a apresentacão de apólice de seguro, de valor estabelecido pelo Código Nacional de· Trânsito.
Pela legislação em vigor (art. 23 do Código Penal), são "penalmente irresponsáveis os menores de 18 anos". O projeto nãomodifica esse limite, fia-se num Código quenão se sabe quando entrará em vigor. Resguarda a responsabilidade civil, mas deixaria, se aprovado, um vazio na responsabilidade penal, justo quando as estatísticasdos crimes de automóvel reclamam providências especiais ne legisladores, juízes eautoridades. O moço de dezesseis anos logoterá dezoito, tanto mais quando não se tratade profissional, que precise ganhar o pãode cada dia, mas de amador. Berá a rejeiçãoprejudicial a muito poucos, em comparaçãoao número dos que, transeuntes ou condutores de outros veículos, poderão sofrer asconseqüências do ímpeto e da afoiteza dosmuito jovens.
E possível que a conclusão, que sugiro,tenha suas raizes na convicção, em que permaneço, na necessidade de manter-se o texto em vigor, que estende até aos 18 anos airresponsabilidade penal. Mas, como diziaVíetra, "o pregador prega o seu, não oalheio".
O projeto, entretanto, não se esgota como debate agora renovado. Em seu art. 2.°,manda que o § 1.° do artigo 71,l da Lei n.?5.103, de 21 de setembro de 1966, passe avigorar com a seguinte redação:
"Não se concederá inscrição a candldato que não souber ler e escrever."
O texto atual ~ispõe:"Não será concedida inscricão a candidato que não souber ler e escrever."
A providência ora proposta é curlal, nãodeveria haver necessidade de lei especialpara exigi-la. Acresce que o texto propostonão difere do em vigor, não havendo assimrazão para acolhê-lo.
Por tudo isso, e com a devida vênia, soupela constitucionalidade do projeto, por suajuridicidade, mas, no mérito, opino por suarejeição.
Sala das Comissões, em 12 de junho de1974. - Daniel Krieger, Presidente - Nelson Carneiro, Relator - Wilson Gonçalves,vencido - José Sarney - José Augusto Cádos Lindenberg - Heitor Dias - Gustavo Oapanema - Helvídio Nunes - JoséLindo5o.
Abril de 1975
PARECER N." 367, de 1974Da Comissão de Transportes,
Comunicações e Obras PúblicasRelator: Senador Benedito Ferreira
O presente projeto revigora dispositivosda Lei n.? 5.108, de 1966, Código Nacionalde Trânsito, revogados pelo Decreto-lei n.?584, de 1969.
2. Esses dispositivos são:"Art. 82. Poderá ser concedida autorização para dirigir veículo automotor,a título precário, na categoria de amador, ao menor com dezesseis anos completos, desde que este, satisfazendo asexigências para a obtenção da CarteiraNacional de Habilitação, apresente:a) autorização do pai ou responsável;
b) autorização do Juiz de Menores dajurisdição onde reside;c) apólice de seguro "de responsabilidade civil, de valor estabelecido peloConselho Nacional de Trânsito.Parágrafo único. Ao completar o menor dezorto anos de idade, a autorizaçâc de que trata este artigo poderá sertransformada em Carteira Nacional deHabilitação, inJependentemente de novos exames, desde que o interessado nãotenha incorrido em infrações dos Grupos 1 e 2 e preencha todos os requisitosdeste Código e de seu Rêgulamento.
Art. 70. . .............•......•.......
§ 1.0 Nào se concederá inscrição a candidato que não souber ler e escrever. "
3. Na justificação do projeto, seu ilus-tre autor, Deputado Siqueira Campos, salienta as vantagens de se conceder ao menor, com dezesseis anos, autorização paradirigir veículo automotor:
"Com a revogação do prefalado dispositivo, determinada pelo Decreto-lei n. o
584, de 16 de maio de 1969, restaurou-sea situação anterior à lei número .....5.108-66, em que, apenas aos maiores de18 (dezoito) anos era permitido obterCarteira de Motorista, mesmo na categoria de amador.Não obstante, o ' noticiário dos jornaiscontinua registrando acidentes de automóvel envolvendo menores não habilitados, quase sempre na faixa de idadeentre 17 (dezessete) e 18 (dezoíto) anos.A explicação desse tipo de ocorrência ésimples. Considerando-se quase adultos,os menores em causa, com ou sem licença paterna, colocam-se ao volante doscarros já agora sem qualquer verífícação de capacidade, porquanto esta foiabolida com a revogação do artigo 32do Código Nacional de 'I'rânsíto - terminando por provocar acidentes 'que,obviamente, impõem aos pais os responsáveis o ressarcimento dos prejuizos Causados.A evolução da sociedade, grandementefavorecida pelo desenvolvimento tecnológico, está a exigir a revisão- dos conceitos de menoridade civil e de responsabilidade crímínal. A prova disto é queo ex-Ministro da Justiça Prof. Gama eSilva, ao submeter à sanção o projetoafinal transformado no Decreto-lei n.?1.004, de 21 de outubro de 1969 (CódigoPenal), assim referiu ao problema damenoridade penal:"A tendência geral da legislação é a defixação da menoridade penal nos dezesseis anos. O VI Congresso da Associação Internacional de Direito Penal,fixou em dezessete anos o limite para a
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)
aplicação de pena (or. Vle Congrés Internatíonal, Compte Rendu des Díseussíons, Milão, 1957, págtns 310). Várioscódigos atuais fixam esse limite emquatorze anos como é J caso da lei alema. Repetindo, de certa forma, o que jáse disse, em toda a procedência, parececerto que a possível redução do limiteda imputabilidade a dezesseis anos aumenta a consciência da responsabilidade social dos [ovens. (Suplemento doDiário Oficial de 21 de outubro de 1969,pág. 4).
Não vemos, assim, motivo para insistirno retrocesso causado pela revogação doartigo 82 e seu parágrafo único do Código Nacional de Trânsito. Conforme ficou demonstrado, a citada revogaçãolonge de impedir o uso de carros pormenores, deu margem à continuação daprática, agora desvinculadas das exigências de exame de habilitação, autorização paterna, etc., Impostas pelo dispositivo em questão,O presente projeto visa, pois, a restabelecer a vigência do artigo 82 e seuparágrafo único, do Código Nacional deTrânsito e, com ela, a moralização douso de carros por menores de 18 (dezoíto) anos."
4. Do ponto de vista da politlca nacional de trânsito, entendemos que o retornoà permissão de o menor de dezoito anos poder, dirigir não ofende aos limites da segurança impostos ao se proj etar uma via pública, sobretudo o relacionamento da velocidade com as distâncias mínimas de visibilidade. Em outras palavras, a habilidademédia ou os reflexos do menor acima aludido são suficientes para conduzir veículode forma a evitar choque, consoante normaspara classificação ou construção de vias(Cap. UI da Lei n.o 5.108, de 1966 e Portarian.v 19 de 10-1-1949 do MVOP e suas alterações, em anexo),
5. Ante o exposto, opinamos pela aprovação do presente projeto.
Sala das Comissões, em 14 de agosto de1974. -- Alexandre Costa, Vice-Presidente,no exercício da presidência - Benedito Ferreira, Relator - Lenoír Val'g'as - Luis deBarros.
PROJETQ DE LEIN.o 16.'>, de 1975
(Do Sr. Florim Coutinho)
Dispõe sobre condições etárias para 0'-., trabalpo em todas as categorias de ati
vidade.(As Comissões de Constituição e Justiça, de Trabalho e Legíslação Social
e de Serviço Púhlíco.)
O Congresso Naciohal decreta.Art. l.0 Não há limitações para o tra
balho de individuos maiores ele idade, deambos os sexos, a não ser aquelas que estãoespecificadaS em leis em vigor,' para a admissão a empregos em todas as 'categoriasde trabalho.
Parágrafo único São excetuadas as atividades com carreira perfeitamente definida em leis especificas e nas quais o ingressosó é permitido no primeiro posto da hierarquia, para as quais o limite de idade é precisamente fixado. Também o trabalho dosmenores, regulado por leis ou disposiçõesespecíficas.
Art. 2.0 Para a obtenção de emprego,tanto no serviço público civil como na áreadas atividades privadas, ficam estabelecidas as seguintes faixas etárias:
a) entre 18 anos (inclusive) e 35 anos(Inclusívej em diante, sem limitações, a não
Sábado 12 1389
ser as já previstas na legislação em vígor,para todas as atividades em que o vigorfísico não seja absolutamente necessárionem exígível.
b) de 35 anos (ínclusíve) em diante, semlimitações a não ser as já previstas na legislação em vigor, para todas as atividadesem que o vigor físico não seja absolutamente necessário nem exigível.
Parágrafo Único Incluem-se no Artigo2. 0 as Organizações pertencentes à Administração Pública Indireta, ou sejam: asEmpresas de Economia Mista, as EmpresasPúblicas, as Autarquias e as que venham aser criadas pelos Governos Federal, Estaduais ou Municipais.
Art. 3." Revogam-se as disposições emcontrário.
Art. 4.0 Esta Lei entre em vigor na datada sua publicação.
Sala das Sessões, de março de 1975. -Florim Coutinho, MDB - RJ.
Justificação
Trabalho é obrigação social.Criar obstáculos àqueles que precisam,
devem e estão aptos, física e mentalmente,para executar trabalhos e prestar serviçospara os quais estão habilitados é, pois, irde encontro à Ordem Social.
E isto está acontecendo atualmente comtrequêncía e intensidade irritantes.
Não só irritantes como reveladoras deprofunda ignorância e até mesmo insensi-bilidade acentuada. .
As exigências para a obtenção de empregos junta-se a da "idade mínima de 35anos".
Basta percorrer os anúncios de oferecimento de empregos publicados na imprensa, para se verificar a veracidade do queestá dito aqui.
35 anos para tudo ou quase tudo.Por que a, exigência inteiramente desca
bida, anti-social, anti-humana e anti outrascoisas mais?
Por que atirar no desemprego ou no subemprego cidadãos de ambos os sexos, emplena faixa de atividade útil e produtiva,só porque tem mais de 35 anos?
Será para criar um antagonismo particularmente perigoso para a estabilídade social e, em conseqüência, até para a própriaSegurança Nacional?
A não ser esse, não vejo outro objetivo oujustificativa par a absurda exigência.
Vamos, agora, apresentar algumas justificativas, as principais, a nosso ver, para oProjeto que temos a honra de propor àalta aprecíaçâo desta Casa.
1.0 É admissivel e até óbvio que não seadmita para atividades como homens rã,jogadores de futebol, escafandristas, páraquedístas e várias outras, pessoas com idade superior a 35 anos.
Essas e várias outras atividades exigemum vigor e condições físicas que podem serencontradas em pessoas de idade inferioraos 35 anos, mas não em grande número enunca na generalidade.
Não vai ser fácil se imaginar um paraquedísta, ou um homem rã ou um jogadorprofissional de futebol na faixa etária acima dos 35 anos.
Como um perneta, um mutilado ou umquase cego.
É fato que as excepções existem, e, durante a 2." Guerra Mundial, houve até umSargento inglês, tripulante de um bombar-
13918 Sábado 12 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S~ão I) Abril de 19~
deíro abatido em missão sobre a Alemanha,que se lançou de mais de mil metros dealtura sem pára-quedas e foi recolhido, nosolo, com apenas algumas luxações e contusões, fato que foi comprovado na época.
Assim como há praticantes da pesca submarina com bem mais de 35 anos de idade.(pesca esportiva).
Mas casos como esses não servem comojUlltificativa, mas apenas como exeepções àr'egra geral.
2.0 A idade pesa, naturalmente, isto é aordem natural na vida dos seres vivos.
Com o passar dos anos, muitas qualidadesfísicas e fisiológicas vão decrescendo e atése extinguem.
Uma pessoa com 50 anos de idade não é,evidentemente, a mesma dos 20 ou 25 anos.
Física e fisiologicamente falando, é claro.Mas não é decrépita e está longe disso.
Mentalmente, intelectualmente, digamos,é até muito superínr ao que era antes.
Mais vivida, mais experiente, mais instruída e mais apta para o exercício de certas atividades, sem dúvida alguma.
Não poderá ser um craque de futebol, masserá um excelente técnico ou preparadortécnico, certamente.
Nful será um bom pára-quedísta, mas será um primoroso instrutor da especialidade.
Isto, apenas, para ilustrar o que afirmo.E para 2Jl missões de combate nas Forças
Armadas, é até preferível que tenha maisde 25 anos.
O exército turco, .um dos melhores emmatéria de combatividade, era, pelo menosaté algum tempo, formado por homens nafaixa dos 40 anos.
Um exército tão duro que o Gen. MacArthur, na guerra da Ooreía, onde teve sobsob seu comando uma Brigada turca, quemorreu toda em combate, declarou: se eutivesse uma Divisão Turca, já tinha ganhoesta guerra.
E os soldados do célebre 8.0 Exército doMarechal Montgomery, eram, pelo menosos australianos e neozelandezes, homenscasados e com mais de 35 anos seguramente e em grande número.
Pessoalmente, confio muito mais nessessoldados no que em jovenzinhos entre' 18 e20 anos.
O que é Inegável, no entanto, é que "separa certas atividades o mais jovem é muito importante, para muitas outras é primordial que a aptidão, a expertêncía e amaturidade, predominem.
Claro que não se trata de estado de saúde, que- é essencial em qualquer idaçle e paraqualquer atividade.
E até para certas atividades, de natureza sedentária, comó comerciários, bancários,e outras, a preferência pende, com certeza,para os maiores de 35 anos.
Mas sei de contadores e outros profissionais que são recusados por terem mais de35anoll.
E mesmo engenheíróa, para trabalhos degabinete; não de campo, onde é naturalque se exija mais rusticidade e resistênciafísica.
Enfim, poderia em alongar muito sobre otema, que é apaíxonante, tem implicaçõesvárias, sobre as quais melhor se poderiampronunciar, especialistas na matéria.
Mas vou ficar por aqui mesmo, por [ulgar suficiente o que já disse.
o que é indicado, natural e inteligentemente, deve ser uma "gradação" que permitirá um melhor rendimento do trabalho.
Se o trabalhador, pela idade, não podemais render o que dele é exigido, nem porIsso deve ser lançado no desemprego.
Ao contrário, pode ser empregado em outros servíçoa de acordo com as suas possibilidades físicas e qualificações profissionais.
Um torneiro, ou um fresador, ou um balconista, só para exemplificar, ao envelhecerem na função, podem passar a mestres,encarregados, subgerente ou' outras fun-.ções menos cansativas, mas de maior responsabilidade, cedendo a vez a gente maisjovem.
Creio ter dito tudo, porque ir mais longeseria duvidar da percepção alheia e perdertempo.
Mas lembrarei ainda o caso do hábil egrande cirurgião que, por deficiências deordem, física, não mais poderá operar coma eficiência de antes, mas que pode rendermuito como professor emérito no preparode jovens cirurgiões.
E o trabalho dos intelectuais, escritores,cientistas, e outros, para o qual não há limite de idade.
Bernard Shaw, Hemingway, só paraexemplificar, são dos mais conhecidos.
Para esses, a capacidade de produzir, àsvezes, só termina mesmo com a morte.
Em suma: transferir, lançar para clma,mudar de função o trabalhador que já nãopode mais executar seu trabalho por deficiência devidas ao avanço da idade, aproveitando-o em outras tarefas onde aindapode ser útil e render muito, isto é a solução inteligente para, quem é inteligente, éclaro.
Atirá-lo na rua por imprestável ou recusar-lhe o ensejo de obter trabalho maisapropriado a sua idade, isto nunca!
Em hipótese alguma isto será solução.Finalmente, resta dizer alguma coisa so
bre o ambiente, o meio, as condições emque o trabalhador exerce sua profissão.
Trabalho ao tempo, sujeito ao íntemperísmo, sob um sol escaldante, mais de 10.0de temperatura, ou sob a chuva e o friointenso, acaba com o trabalhador em poucotempo, reduz o rendimento do trabalho,causa doenças e, aünar, é um meio de fornecer inválidos é aposentados antes dotempo. '
Também oficinas, fábricas e lojas exíguas, escuras, mal ventiladas, sujas e semcondições higiênicas, igualmente.
Sem falar nos trabalhos considerados perigosos, como Os das indústrias químicas,fabricação e manuseio de explosivos, polvoras e munições, refinarias, fundações,limpeza de galerias, e outros, onde o riscode vida é permanente e que mina a' saúdee resistência do trabalhador, bem mais doque a idade.
Enfim, o que quero dizer é que ambienteslimpos, arej ados, higiênicos e com condiçõesmínimas de conforto, aumentam o rendimento do trabalho e prolongam a vida útildo trabalhador.
Num ambiente destes, a mudança de ãtividade do trabalhador demora muito maisa se tornar necessário.
E é claro que a redução do esforço físicoà custa de modernos equipamentos, também é fator de grande valor.
Mias, nesse ponto, surge o angustíosoproblema da automação, da máquina quefaz o trabalho de 10 (dez) homens à custa
de um só, e que, por isso mesmo, é um fatorde desemprego.
:m problema sério, com implicações tremendas, mas que não cabem na justíficaçãodo presente Projeto.
Senhor Presidente! S~nhores Deputados!Acredito ter, embora simples e' sem gran
de profundidade, alinhado algumas considerações que julgo necessárias e suficientes para justificar o Projeto de Lei quetenho a honra de trazer ao exame destaCasa.
Meu principal- objetivo é impedir que seja, negado trabalho a quem está em plenascondições físicas e intelectuais para trabalhar e produzir, unicamente por limitações que lhes são impostas por questão deidade. '
E repito: negar emprego a quem pode eprecisa trabalhar por mera exígêncía áeidade que não encontra justificativa nemapoio em lei alguma, é absurdo, negativo eprejudícíaí à estabilidade social, à estabilidade econômica, ao desenvolvimento e atéà Segurança Nacional.
Porque, marginalizar grandes contingentesde indivíduos ainda bastante aptos e úteis,lançando-os no desemprego com :;orlas asimplicações nefastas que isto acarreta, écriar focos de perígosos "antagnnísmos",
O que, sob todos os pontos de vista, é umgrande mal para qualquer Estado moderno,como {} nosso.
Antagonismos, aliás, perfeitamente evitáveis. ~ Florim Coutinho, MDB ~ RJ'.
LEGISLAÇÃO PERTINENTEJ ANEXADAPELA COORDENAÇAO DAS COMISSOES
PERMANENTES
LEI N.o 1.711DE 28 DE 'OUTUBRO DE 1952
Dispõe sobre o Estatuto dos Funci.o,ná.rícs Púhlieos Civis da União.
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TíTULO IIDo Provimento e da Vacância
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CAPíTULO IIDa Nomeação
........................................................... " ..,
SEÇAO TIDo Concurso
• ~ • '*
Art. 19. O concurso será de provas ou d:etitules, ou de prOVM e títulos símultaneesmente, na conformidade das leis e regulamentos.
§ 8.0 . O prazo de validade dos concursase os Iímltes de idade serão fixados I10ISregulamentos ou instruções. ' r
.................................................;
SEÇAO IIIDa Posse
Art. 22. Só poderá ser empossado emcargo público quem satisfizer os seguintesrequisitos:' ,• •••.•••••••••.•••••••••••.••••••••••••••r; ~j
II - ter completado 18 anos de idade;. '"'' '" _ .. ~~'.'CONSTITUIÇãO DA REPúBLICA
FF..DERATIVA DO BRASIL
Com as modificações introduzidas pe)~Emenda Constitucional n.o 1, dé 17 de outubro de 1969.
Abril de 1975 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 12 1391
TiTULO I
CAPÍTULO VII
SEQAO VII
Do Poder Executivo
ônibus param sem qualquer possibilidadede se comunicarem com suas bases.
Sala das Sessões, em - Edgard Martins.O SR. PRESIDENTE (Alencar Furtado) -
Está finda a leitura do expediente.
IV - Passa-se ao Pequeno ExpedienteTem a palavra o Sr. Jutahy Magalhães.
O SR. JUTAHY MAGALHãES - (Pronuncia o seguinte díscurso.) Sr. Presidente,Srs. Deputados, o Movimento DemocráticoBrasileiro está, com razão, exultante peloresultado que colheu no último pleito, naseleições livres asseguradas pelo PresidenteErnesto Geisel. O êxito, entretanto, foi parcial. Elegeu 16 Senadores e a ARENA apenas 6, mas, nas proporcionais, o resultado,embora favorável, não foi tão expressivo,já que continuamos com significativa maioria na Câmara Duzentos e quatro Deputados da ARENA contra cento e sessentado MDB.
É cedo ainda para precisar todos os fatores que contribuíram para o resultado dopleito, com a balança a pender para o prato da Oposição. Iludem-se, porém, os quepensam que a vitória passada é irreversível,como nós da ARENA baiana não podemosdescansar sobre os louros do resultado queconseguimos. É que fatores circunstanciaiscontribuíram para os números que ambosos partidos obtiveram. Na Bahia, por exemplo, contamos, como candidato ao Senado,com o melhor nome de que dispúnhamos nomomento, o Senador Luiz Viana, ex-Governador, que tinha, por si, a grande obrarealizada no Estado, contrapondo-se a umcandidato que não empolgou a opinião pública. A este fato uniu-se um outro. o daescolha, para Governador, do Prof. Robert.oSantos, nome da melhor expressão de nossaterra, professor universitário com grandetrabalho realizado à frente da Universidadeda Bahia e no Conselho Federal de Educação e que, demonstrando grande sensibilidade política, teve o cuidado de percorrero Estado, sem a companhia do então Governador, que tanto contribuíra para a desagregação do partido. Então, dialogando comos grupos em que se dividiam as ARENA'smunicipais, impondo confiança, assegurando harmonia, reunificou o partido em quasetodos os municípios, onde os arenístas, deum modo geral, sufragaram os candidatosdo partido.
O homem do interior busca, principalmente, paz e tranqütlírtade para o seu trabalho - paz e tranquilldade asseguradaspela Revolução - de que o governo eleitoseria fiador. E foi sensível aos temas nacionais que lhe levamos. Não somente àsgrandes obras já executadas pelos governosrevolucionários, mas aos temas sociais quelhe submetemos. Daí não se conclua quesomos dos que acreditam que tudo já foifeito em favor do progresso da Nação e dobem-estar do povo. Há, ainda, desníveis regionais; há, ainda, pobreza, há uma expressiva camada popular não beneficiada.O Brasil não é um País isolado no mundo,mas sujeito à ação inevitável do que sepassa em seu derredor e mesmo mais distante. A inflação em que ainda nos encontramos é, em boa parte, importada, com ospreços do petróleo que pesaram impressionantemente na nossa balança de pagamentos (116%), e fertilizantes em 143%. Desenvolve-se, porém, o País. E disse, na suamensagem de 1.0 de março, o PresidenteGeisel:
"O desenvolvimento que almejamos para o País é um desenvolvimento integrale humanista - humanista, sobretudonos seus fins, uma vez que o homem, naatualização de todas as suas potencía-
Do MinistériO Público
Da Organização Nacional
LEI N.o 5.890DE 8 DE JUNHO DE 1973
Altera a legislação de previdênciasocial c dá outras providências.
Art. 101. O funcionário será aposentado:
I - p<JI' invalidez;
Art. 8.0 A aposentadoria por velhice seráeoncedída ao segurado que, após haver realizado 60 (seesenta) contribuições mensais,compretar 85 (sessenta e cinco) anos dej'dade, quando do sexo masculino, e 60(sessenta) anos de idade, quando do feminino, e consistirá numa rendafmensal calculada na forma do § 1.0 do artigo 6."desta lei.
§ 1.° A data do início da aposentadoriapor velhice será a da entrada do respectivorequerimento ou a do afastamento da atividade por parte do segurado, se posterioràquela.
§ 2." Serão automaticamente convertidosem aposentadoria .por velhice o auxíliodoença e a aposentadoria por invalidez dosegurado que completar 65 (sessenta e cinco) ou 60 (sessenta) anos de idade, respectivamente; se do sexo masculino ou feminino.
Art. 10. A aposentadoria por tempo deserviço será concedida aos trinta anos deserviço:
PRO.TETO DE LEIN.u 166, de 1975
IDo 81'. Edgard Martins)Obriga as empresas de ônibus, con
cessionárias de linhas com percursoigualou superior a 100 km, manter emseus veículos serviço de radiofonia paracontato direto com sua sede ou paradasde apoio.
(As Comissões de Constituição e Justiça, de Transportes e de Finanças.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1." As empresas de ônibus concessio
nárias de linhas de percurso igualou superior a 100 quilômetros manterão a bordode seus veículos serviço de radiofonia, parafins de comunicação imediata com as sedesdas empresas e com as chamadas paradasde apoio.
Art. 2." As empresas definidas no artigoanterior terão um prazo de 180 dias, a contar da regulamentação desta lei, para satisfazerem às exigências nela contidas.
Art, 3." Ficam vedadas pelo prazo detrês anos, a partir da regulamentação destalei, quaisquer alterações nos processos deconcessão de linhas de ônibus que impliquem na redução do percurso para distânciainferior a 100 quilômetros, ressalvadasaquelas que forem citadas por necessidadereconhecida pelo Poder Público.
Art. 1.° O Poder Executivo expedirá, dentro de 90 dias contados da data da publicação desta lei, decreto regulamentando ebaixando instruções para a instalação eruncíonamento dos referidos serviços de radiofonia.
Art. 5." Esta lei entra em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.
JustificaçãoNão raro encontramos em nossas estra
das ônibus que apresentam defeitos e ficamparados horas e horas, expondo seus usuários ao sol, a chuva, ao calor ou ao frio.Enguiçam, param e ficam aguardando quepasse outro carro da mesma empresa quetransportará os passageiros em completodesconforto até o final do percurso ou levará mensagem de S,O.8 para ser atendidahoras mais tarde.
O serviço de comunicação por radietfonia§ 3.0 A aposentadoria por velhice poderá não ti novidade em nossos sistemas de
ser requerida pela empresa, quando o segu- transportes. Já vem sendo adotado e de hárado houver completado 70 (setenta) anos muito, nas empresas de navegação aérea ede idade, ou 65 (sessenta e cinco), respec- marítima. Algumas empresas de ônibus já setivamente, se do sexo masculino ou femi- utilizam deste sistema moderno, o mesmo.níno, sendo nesse caso compulsória, garan- ocorrendo com outras empresas ou instituitida ao empregado a indenização prevista ções de grande porte, que instalam em seusnos artigos 478 e 479, da Consolidação das veículos o sistema de rádio que permiteLeis do Trabalho e paga pela metade. contato imediato com os mais diversos pon-
tos do País.Art. 9." A aposentadoria especial será Recentemente, por ocasião da inaugura-
concedida ao segurado que, contando no ção da Ponte Rio-Niterói, uma viatura damínimo 5 (cinco) anos de contribuição, te- Patrulha Rodoviária Federal, instalada nanha trabalhado durante 15 (quinze), 20 Praça do Pedágio, em Niterói. comunicava(vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos pelo se com vários pontos do País, dando notíciasmenos, conforme a atividade profissional, da referida inauguração inclusive outra viaem serviços que, para esse efeito, forem tura da PRF estacionada no interior doconsiderados penosos, insalubres ou perí- togosos, por decreto do Poder Executivo. Ma Grosso.
. . .. '"' A medida proposta garante maior segu-I § 1.0 A aucsentadríoa especial consístírá rança ao sistema de tráfego. Promove.numa renda. mensal calcula~a na. forma do tranqüilidades aos passageiros e permite às§ 1." .do artIg? 6.", desta Iei, aplIcan.do-se- empresas controlarem o trajeto de seus veilhe ainda o disposto no § 3.", do artígo 10. eulos. providenciando de imediato o socorro
§ 2.0 Reger-se-á pela respectiva legis- n~cessário em caso de acidente ou de de.lação especial a aposentadoria dos aeronau- feito,tas e a dos jornalistas profissionais. Esperando a aprovação deste projeto, que
há de ser transformado em lei, estamoscertos de seu grande alcance social, atendendo à segurança de inúmeros brasileirosque, diariamente, são expostos ao sacrifíciode se verem detidos nas estradas, onde os
II - compulsoriamente, aos setenta anosde idade; ou
III - voluntariamente, após trinta e cínco.anos de serviço.
Parágrafo único. No caso do item lI!, oprazo é de trinta anos para as mulheres.
1392 Sábado 12 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1975
lídades, é o objeto supremo em proveitodo qual os maiores esforços deverão sercoordenados e multiplicados; integral,porque não se exaure no simples desenvolvimento econômico da coletividade edo indivíduo; antes, deve combinar, orgânica e homogeneamente, todos os seteres - político, psicossocial e econômico - do desenvolvimento do cidadãoe da comunidade nacional."
A tarefa, assim, não é fácil. Somos umPais continental, com peculiaridades regionais; com desequilíbrios não só regionaiscomo entre classes. E não se pode obter oequílibrío de um dia para outro, nem reaIízar o milagre de um nivelamento rápido.Experiências válidas já foram implantadascom relação ao Nordeste, à Amazônia e aoCentro-Oeste. Expandiu-se o nosso setoragrícola em 8,51%, o industrial em mais deoito por cento, o comércio em quase onzepor cento e o transporte em 16 e meio porcento. Assim, houve no café um aumentode produção de 45%, contribuindo com umbilhão de dólares no valor das nossas exportacões: a soja elevou sua produção em53%, o trigo em 30%, a laranja em 22%,o fumo em 20%, o milho em 16%, o cacauem 8,(i%, com queda na produção do amendoim, algodão e mandioca de 22, 13 e 12%,respectivamente. Nosso rebanho bovinocresce, em geral, 3%. No setor de energia,passamos de 15.506 megawatts em 73, paramais de 17 mil em 74; Itaipu será iniciadaneste ano e planeja-se o aproveitamento doTocantins. A produção nacional de petróleoaumentou, no ano passado em 4,6% e surgem, promissores, os campos da plataforma do Estado do Rio, de Alagoas, Sergipee Rio Grande do Norte, com a perspectivade, ao se iniciar a década de 80, sermosauto-suríeíente.
O Governo do Presidente Geisel não descansa, porém, no êüito obtido nestes setores e se volta, com determinação para o desenvolvimento social, para o que foi constituído um Conselho, com um fundo deapoio que contará, em 1975, com três e meiobilhões de cruzeiros. A política previdencíárta conta, hoje, com um Ministério autônomo. Claro que a assistência dada peloINPS não é a desejada; mas é bom não esquecer que este Instituto. há seis anos, contava com 7 milhões de associados e hojesão 14 milhões, graças principalmente aodesenvolvimento industrial do País e à centralizacão dos trabalhadores nos grandesnúcleos urbanos
E tudo isso foi obtido, em parte, peloapoio irrestrito dado pela ARENA aos governos da Revolução. Diz-se que somos o partido do Governo mas não o partido no Governo. Defendemos, por isso mesmo, maiorparticipação da agremiação nas soluções dosgrandes problemas nacionais. Aproxima-semais um pleito. No ano próximo, teremoseleições municipais em todo o território nacional e haveremos de levar a bandeira darevolucão a todos os recantos do Pais. Nãosó esclarecendo o que já se faz, mas pleiteando muito do que ainda precisa ser fCIto.Principalmente no restabelecimento plenoda democracia. A ação não pode ser só doGoverno, mas, destacadamente, da área política.
O mundo atravessa uma quadra de incompreensões, sacudido por uma violênciasem precedentes. Ainda bem que o Brasll éum oásis na geografia política do mundo;vivemos em paz, na tranqüilidade. Não sepense, entretanto, que a semente da desordem morreu. E temos que buscar esta semente, onde ainda se encontre, para exterminá-Ia. Não cremos na violência pela violência, ou na violência contra a violência,Punir, sem violentar. A lei possui os ínstru-
mentes normais contra a desordem, e sópodemos viver sob o império da lei, E, naprofilaxia da violência, precisamos estaratentos ao problema do menor abandonado.O marginalizado precisa apanhar o leitotranqullo da comunidade. Educando-o, dando-lhe aptidão para o trabalho, demonstrando-lhe as vantagens de integração namáquina da produtividade nacional. Mostrando-lhe a Lei.
O restabelecimento pleno da democraciaé meta da Revolução de março. E temos queajudar o atingir dessa meta. Oorre a distensão gradual. O restabelecimento do habeas cOrpus e a vitaliciedade dos juízes haverão de chegar mais adiante, bem como aolímínacâo dos Atos Institucionais da Constituição' e até a reforma desta. Temos quereconhecer, entretanto, que não é limpa aestrada a percorrer, e a retirada das pedrase cruzes do caminho é trabalho nosso, danossa compreensão, do nosso patriotismo edo nosso desejo real de democracia plena,sem retorno às licenciosidades do passado.Uma liberdade com responsabilidade, Enfim, os partidos, conscientes dos seus deveres constituem-se em trace de união entreo povo e o Governo: sejamos a favor deuma justiça social mais justa, encontremosos meios de diminuir o peso, tão forte, dacorreção monetária na aquisição da casapopular, aparelhemos o INPS para uma assistência perfeita; procuremos dar ao sistema escolar condícões de assegurar Igualdade de oportunidade a todos. A idéia deilustre representante da Oposição, de que aARENA não pode submeter-se ao debateeleitoral, parece-nos inteiramente descabida. E veremos isto no próximo pleito, poisnão se trata de simples mensagem a apresentar, desde que temos dados positivos derealízacões em favor do povo. Nascemos para o díàfogo e gostamos do diálogo, e a nossacaminhada política tem-se construido dialogando como o povo. Não para dizer apenas o que lhe agrada, mas o que interessadizer a serviço da Nação. Sem a demagogiado gosto de tantos. Não se serve ao povo,dizendo-lhe apenas o que lhe deve agradarouvir, mas posrtívando distorções e afastando falsos conceitos. E parte do êxito danossa vitória na Bahia, inclusive a significativa votacáo que tivemos, está na sinceridade com' que sempre falamos ao elel torado.
Dentro de um ângulo exclusivamente regional represerrtantes que somos do povobaian~, devemos acrescentar ainda queapesar do muito que já se fez por nossaregião, muito há por ser feito. Felizmenteexiste hoje, em tudo o País, a compreensaoexata do que ainda somos e do que poderemos ser. E depois de escrita e bem escritaa realidade nordestina, precisamos marcnarpara a construção da grandeza definitiva doNordeste. A forca do nordestino é elementovital para isto,' e está configurada no seusofrimento, divinizada na sua esperança. Osincentivos fiscais não estão ainda aplicados como deveriam ser. A redução do Imposto de Renda não pode continuar propriedade de quem se beneficiou com a redução; o imposto que deixou de ser pagoao Tesouro é do Tesouro. Assim, a aplicaçãodos recursos resultantes dos arts. 34/18 deveficar a cargo da SUDENE, que estudará aviabilidade da industrialização, ou da constituição de empresas agropecuárias, sem sacrifício de uma Unidade da Federacão emfavor de outra. .
Por outro lado, o ICM e o Fundo de Participação estão sendo distribuídos sem selevar em conta o propósito de eliminar desníveis regionais. Aquele descapitaliza o Nordeste e este não obedece a critério justo, ocritério de justiça que inspirou sua criação.
Deve-se a um baiano, Constituinte de 46, anova discriminação de renda da União, oentão Deputado Aliomar Baleeiro. Seu propósito foi dar amparo aos municípios queviam ficar com o poder central a parte doleão. Ê o § 4.° do art. 15 da Constituição de46, pelo qual a União entregava às comunasbrasileiras, com exceção das Oaprtaís, 10%do que a;rrecadasse do Imposto de RendÍl..Com a reforma tributária, feita ao tempodo Presidente Castelo Branco - Emendan.o 18 à Carta de 46 - 10% do produto daarrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre Produtos Industrializados foramreservados ao Fundo de Participação dosEstados e do Distrito Federal e 10% ao Fundo de Participação dos Municípios. Tal critério foi mantido, com as mesmas palavrasna Oonstituição de 1967, no art. 26. A Emen":da n.? 1, entretanto, no seu art. 25, estabelece que, do produto de arrecadação daqueles Impostos, 5% iriam para o Fundo deParticipação dos Estados e do Distrito Federal - a que se acrescentaram os Territórios - e 5% iriam para o Fundo de Participação dos Municípios. Houve desse modouma redução de 50 % nesses F~ndos. contr~Es.tados e Municípios, o que foi um mal,eVldentemente. A União voltava a querer aparte do leão ...
Esta.s, Sr: Presidente e Srs. Deputados, asconslderaçoes que julgamos de nosso deverfazer, ao subirmos a esta Tribuna que o po-svo da Bahia nos concedeu. E a ela voltaremos outras vezes, a servíeo da democraciabatalhan?-~ pelo progresso nacional, fiei~aos prop?SltoS da Re.vo.lução de março, comque contínuamos soltdártos,
Cada um dos tópicos que abordamos superflclalmente, aqui, haverá de, oportunamente,. ser examinado em pronunciamentosespecíücos. Buscamos apenas neste ensejodar notícia resumida da nos~a posicão em.relaçãn a cada um deles e traçar as linhasgerais de nosso pensamento em relacão aostemas nacionais, para que do entrechoquesadio das idéias cheguemos onde deseja iro povo brasileiro, OS seus governantes osseus líderes. '
O SR. FREDERICO BRANDAO _ (Pro.nuncia o seguiute discurso.) Sr. PresidenteSrs. Deputados, representando nesta opor~tunidade os interesses de Guarulhos e de~ua. comunidade, trago a esta Oasa, para oregistro e o debate, a questão que mais deperto nos últimos tempos, no Estado de S.Paulo, vem apaixonando a todos os quegovernantes, urbanistas, cientistas ou ape~nas gente comum, nela se encontram diret~ ou indiretamente envolvidos: a localizaçao do futuro aeroporto metropolitano deS Paulo.
Partfcularmenta, fui procurado, logo apósas e.lelzoes de novembro de 1974, por umacormssao de moradores da região de Oumbica, naquele município, a fim de que tomasse sua defesa junto ao poder público emtodos os niveis de decisão de vez qJe sediz~am prejudicados com ~ anúcío e prímeiras medrdas, de parte do Governo estadual, tendentes a desapropriar seus imóveis, com vistas a construcâo em futuropróximo, do mencionado aerop~rto.
Desde então busquei, como é de meu dever de homem público investido de mandato parlamentar, recolher de todas as fontes possíveis os indispensáveis subsídios quedeveríam orientar minha ação, na procurado cumprimento da missão que me fora entregue. E minha presença hoje nesta tribuna significa, ao lado de uma pública eresponsável prestação de contas do que pude fazer com a ajuda de muitos, uma tentativa de cobrar às autoridades competentes uma solução breve c justa, que responda, de modo satisfatório, à íntranqüírída-
Abril de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção J) Sábado 12 1395
de que existe na comunidade guarulhense,ante uma mdeüníçêo oficial sobre se o 'aeroporto será ou não construído em oumbíes. Pois todas as íníeíaíavas que tomamosdesGlce o princípio apenas serviram para reabrir o debate e acender, pela imprensa, apolêmica entre os que defendem e os quesão eontráríos, por toda a sorte de argumentos, à implantação do aeroporto naquela região. Como medida inicial, os moradores de Oumbíca e região adjacente seorganizaram numa Associação de Desapropriados, com vista à defesa de seus interesses medíatos e ímedíatos. Foi redigidoum memorial, onde expuseram suas preocupações e sugeriram medidas destinadasa impedir ou suavizar os prejuízos advindos da construção do aeroporto. Um gigantesco abaixo-assinado, com 'cerca de 5.000assinaturas, acompanhou o memorial quefoi entregue, sucessivamente, ao ex-oovernador do Estado, Sr. Laudo Natel, ao atualGovernador, Sr. Paulo Egydio Martins, e ao,Presidente da República, Gen. Ernesto Geisel, tendo S. Ex.", -posteríormente, encaminhado o documento ao Ex.m o Sr. Ministroda Aeronáutica, Brigadeiro Ararípe Macedo.
EJ;te Deputado, pessoalmente, esteve como llttigadl:li;ro Hélio Costa, Presidente daIm'~AERO - organismo do Ministério daAe~'1Iroáutics. que orienta e executa a política !l>Broportuária do Pais - de quem recoIhmJ' preciosa orientação para este pronunciflll!l.ento.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, há dezenove- anos que os moradores da região deClID'lbica vivem sobressaltados ante OB constante)' anúncíos de que "desta vez o aeroporto sesá mesmo construído"-... Posteriormente, vêm os desmentidos oficiais e oficiosos,volta o silêncio, cessam OS boatos. Depois,corno agora, voltam e ganham nova intensidade, demonstrando a insegurança, a in':certeza' do poder público diante da necessidade de proceder à escolha definitiva, roas,também, os espúrios interesses de especuladores imobiliários, jogando 'com o desespero l'! a desíntormação, para auferir elevados ':lucros.
A história é longa: em 1956, o GovernoFe&er;al criou uma "eomíssâo técnica" paraestudar a localização do fpturo aeroportointe-rnacional da cidade. Houve acirrada polêlll1~ca e divergências tnüransponivais entreos 'l!lue defendiam a escolha de Santo Angeilltl\ na região de Mogi das Cruzes, e os quede:tlemdiam Campinas. Ganhou Campinas,e pe1ilar de Santo Angelo haver reunido apra:tle-rência da maioria dos especialistasC«II'J:Sultados. Doze anos mais tarde, a questM-<foi reaberta quando, Governo do Estadíl'/e Prefeitura da Cap1tal, iniciaram umas.ê!dl~1 de estudos qUE) determinassem as possil!lll'J'í.'i:'lades de' ampliação, modernização oure~trução dOB aeroportos da cidade, de;o;ut't;1;o a adequá-los ao desenvolvimento daa.~~ão comercial em nosso País. A eonclusãl!>"'apontou Campinas corno a região ondedE'l'/1'lI'ia ser ecnstruído 9 aeroporto internacional. Nos anos seguintes, o debate continuou, já ai entre OB que defendiam a eonstrução de um aeroporto em Oumhíea e osq~ pretendiam apenas a _ampliação do deViN:eopos, em Campinas. O Ministério daAM'l!lnáutica então, intervindo no debate,oo!llllÍrr'atou estudos a uma empresa paulistaà:E'~onsultoria técnica, que concluiria pelaOO!i!l'Strução simultânea de dois aeroportos,ãeo'pCllrte internacional, no Rio de Janeiro ee:m>.B. Paulo. O do Rio de Janeiro, no Ga1., foi imediatamente iniciado, enquantoq~e"em S. Paulo reacendía-se a velha polêlilllioo. entre os defensores de Viracopos eOi.!rrohica, ambos os grupos reivindicando a}:ll'J!oiazia de recebê-lo em seu sitio preferJli.e: O Governo Estadual, pressionado porÍl'.\4;eresses de toda a sorte, inclusive pelo de
grupos fundiários da região de Oumbíea, iresolveu mais recentemente, em fins de 1974,que S. Paulo teria dois aeroportos: um, internacional, em Viracopcs; o outro, metropolítano, em Cumbíea,
Isto Jeito, o Ministério da Aeronáutica,concordando com essa decisão, autorizou aimediata execução de suas medidas preliminares, tendo o Governador de S. Paulo,à época o Sr. Laudo Nat.el, através o Decreto n.v 4.556, de 23 de setembro de 1974,declarado "de utíüdade pública, para frnsde desapropriação e destinadas à construÇM do aeroporto metropolitano de S. Paulo", uma area de 37,5 quilômetros quadrados. ,Posteriormente, em vista da "grita" elosprejudicados, simples moradores da regiãoou especuladores imobiliários, estes atingidos em seus interesses, dada a extensão daárea a ser desapropríada, o Sr. GovernadorLaudo Natel, pelo Decreto n,v 5.498, de 15de janeiro de 1975, reduziu a área abrangiua pelo Decreto anterior para, apenas, 2:&,5quilometros quadrados, com o "que foramiavorecidcs também os proprtetarios de diversas indústrias da região. Desta vez, apenas os moradores, não favorecidos pela redução, protestaram: .é que a area liberadapertence - ou pertencia, à época - a poucos, bem poucos donos.
Sr. Presidente, srs. Deputados, aqui estamos nós, no caso do debate, buscando encontrar serenidade e equilíbrio, para, comisso, chegarmos onde se encontra, na questão, o verdadeiro interesse público - queé o que nos interessa acima de tudo. Pois aeste Deputado, como a muitos outros nesta controvertida questão - técnicos, sociólogos, arquitetos, urbanistas, políticos o empreendimento se apresenta, "prima facíe", como causa de tremendos e irreparáveis males, a curto, médio e longo prazos,ao município e à sua população. E quaisseriam esses Inconvenientes e suas conseqüências?
Segundo os entendidos na matérla, sãovárias as exigências que devem ser atendidas, antes que se escolha o local onde deva ser construído um aeroporto, principalmente se do porte do que se pretende construir em cumbtca: área despovoada; condições atmosféricas e topográficas aceitáveis, pelo menos; boas condíções de acessibilidade ao local, possibilidade de ampliação futura; economia de construção; dísponibilidade, na região, de serviços públíC0S; local próximo dos centros geradores detráfego.
. Dentro de nossas limitações e com os dados de que dispomos até este momento, nospermítamos discorrer sobre cada uma desSf,.S exigências, apontando, no caso concretoda opção-Oumbíca, o que nos aparece adequado ou defasado:
Area despovoada - A. região de Cumbícae, como dissemos no início, densamente povoada, o que contraria rundamentalmenteessa exigência. Nela se localizam dezenas deindústrias, de médio e grande porte, alémde cerca de 7,000 famílías, representando,aproximadamente, uma população de 30.000pessoas.
Condições atmosféricas e topográfíeas -São reconhecidamente más as condições atmosrérícus e topográficas da região de Cumbica. Quem o diz também é o Brigadeirodo-Ar Rm. Almir de Souza Martins, emcarta enviada a "O Estado de S. Paulo" epublicada na edição de 31-8-69; "nos valesdo Paraíba e do Tietê são freqüentes os rtevoeiros em várias épocas do ano, o que justifica sérias dúvidas quanto à escolha deCumbica para local do aeroporto supersônico de S. Paulo". Diz ainda que "além deinadequada para vôos regulares, mercê docitado nevoeiro, o local se situa nas proxi-
mldades de montanhas". O Brigadeiro A.Imil' Martins pertenceu à Diretoria de Rotas Aéreas, de 1940 a 1946. Exerceu as funções de Vice-Presidente da Comissão de Navegação Aérea da OACI (Organização deAviação Civil Internacional), em Montreal,Canadá, corno delegado do Brasil, até 1948.De 1949 a 1952, voltou a servir na Diretoriade Rotas Aéreas, de onde passou à reservaremunerada.
No mesmo sentido e recentemente se pronunciou o Sindicato Nacional dos Aeronautas, afirmando: "Uma Instalação de sistemade radar em Cumbíca traria problemas devido aos obstáculos naturais de morros eelevações que provocam interferências"("Folha de S. Paulo", de 4-3-75).
. No entanto, poder-se-á inquinar de gratuita tal afirmativa, diante do notável desenvolvimento do instrumental de controlede tráfego aéreo. Mas, analisando a inci-.dêncía de desastres aéreos no mundo ocidental, diz o Setor de Operações da PanAmertcan: "63% dos acidentes são em operações de aproximação e pouso, sendo que80% do total desses acidentes ocorreram empaíses sem instrumental adequado de controle do tráfego (Asía, América Latina eAtríca i. Os Estados Unidos, com cerca de62% de operações de aproximação e pouso, teve apenas 10% dos acidentes nesse tipo de operações, sendo os outros 10% naEuropa, com 21% das operações de aproxímação e pouso. A maior causa desses acidentes tem sido o mau-tempo-e a cerração,principalmente em áreas de aproximaçãodifícil devido à topografia local. Vários métodos têm sido tentados para dissipar a cerração: lançamento de gelo moído, lançamento de produtos químicos, sal soprado daterra, método de vácuo e vibrações ultrasônicas. Para dar maior segurança existe osistema ILS (Instrument Landing System),com exatidão até a altura de 600 metrosda pista; depois, o piloto tem de manobrarpor si. Existe ainda o AWLS (All WeatherLandíng System), que opera com relativasegurança nesses últimos 600 metros de descida, roas ainda existem muitos acidentesdevido à cerração e é comum a interdiçãode aeroportos com instrumental para aproximação e pouso o mais aperfeiçoado. Podese concluir, pois, diante de depoimentos deentendidos, pessoas e organizações, não serCumbica o local apropriado para a construção de um aeroporto desse porte, con[liderando-se suas condições naturais, insatisfatórias.
Condições de acesso - A região de Cumbica somente pode ser alcançada atualmente pela via Dutra, reconhecidamentecongestionada, tanto que se planeja suaampliação. A construção do novo aeroporto demandaria pesados investimentos paraa construção de vias-expressas, que, necessariamente, teriam de atravessar áreas densamente habitadas, impondo vasta desapropriação ímobílíária, a elevado custo.
Possibilidade de ampliação - Se o crité110 que presidiu a atual opção - o de desconhecer a questão social - for mantido,então não haverá problemas para uma futura ampliação do aeroporto de Cumbica.Bastará, então, que sejam feitas as desapropriações, pagas as indenizações correspondentes. .. e a população desapropriadapartirá para o desconhecido.
Economia de construção - Nosso País nãoé tão rieo que se dê so luxo de optar pelomais oneroso dOB proj etos. Além das desapropriações para a construção de vias-deacesso, cálculos realizados por uma comissão de técnicos dirigida pelo engenheiroRomeu Corsini, da Faculdade de Engenharia de S. Carlos, estudando as alternativaspara a construção do aeroporto metropolí-
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tano de S. Paulo, concluiu, no tocante aoscustos de construção em Oumbíca, "que seriam necessários investimentos de cerca de7 bilhões de cruzeiros apenas para as desapropriações, enquanto que a construção total custaria pelo menos 5 bilhões de cruzeiros". E, o que é mais importante e decisivopara a equipe do professor oorsmt - quese fixou em outra alternativa de local se o aeroporto fosse construido em Cotia,distante da Capital apenas 33 quilômetros,"estaria localizado em gleba do Estado,numa reserva de 7.000 alqueires", onde "épossível diminuir o aterro na zona médiapela construção de grandes hangares e instalações abaixo do nível como suporte dafaixa, o que leva a um custo total maisbaixo, além das vantagens técnicas e operacionais evidentes" ("O Jornal do Brasil",de 29-3-75).
Serviços públicos - O munícípío de Guarulhos e, principalmente, a região de Cumbica, não dispõem de infra-estrutura deserviços públicos adequada para suportar oempreendimento. Evidentemente, qualquerque fosse o sitio escolhido poderia, em curto prazo, dispor de tais serviços, não constituindo esse item obstáculo insuperável àimplantação de semelhante empreendimento.
Distância - O mais forte argumento dosque defendem a construção do aeroporto emCumbica é a distância que o separaria doprincipal centro gerador de tráfego, a Capital de S. Paulo, a apenas 20 quilômetros.Dizem que essa distância tem grande influência nos passageiros que consideram otempo gasto no percurso "porta-a-porta",o que achamos válido - e de modo relativo -- apenas para os vôos de curta distância. Ora, esquecem-se os defensores dessatese de que o tempo gasto no percurso aeroporto-cidade ou vice-versa é minímo emrelação ao tempo perdido com o desembaraço de bagagens etc. E mais: esquecem-seos defensores ainda de que os passageiros,via de regra, preferem, isto sim, voar sempre menos, nOO lhes importando o tempogasto no percurso para ou do aeroporto. Nãoachamos, pois, que o fato de o aeroporto serconstruído próximo ou distante dos chamados centros geradores de tráfego, por si só,pudesse provocar o êxodo de passageiros dasImhas aéreas. Basta verificar o que ocorrenos países ditos desenvolvidos - e cujosbons ensinamentos e experiências devemosassimilar _. sobre a questão da distânciados aeroportos: Tóquio construirá seu novoaeroporto a uma distância de 100 quílôme-
. tros; Washington, um segundo, a 40 quilômetros; Londres, um terceiro, a 72quilôme-tros. -
Sr. Presidente, Srs. Deputados, o que foidito, particularmente a este Deputado, preoCUPlilID duas coisas, das mais danosas conseqüências, se efetivada a intenção de construir o aeroporto em Cumbica: o drama social da comunidade desapropriada, a curtoprazo, e a poluição sonora, após o início dasoperações.
Na região a ser desapropriada para aconstrução do aeroporto metropolitano, emCurnbica, residem e trabalham cerca de7.000 famílias, cerca de ~o. 000 pessoas.
Há 25 ou 30 anos, quando para lá foramos primeiros moradores, Cumbica sequer representava remota esperança de que, lá, vingasse um núcleo habitacional que fosse, tãodesprovida de recursos de infra-estruturaera. além de deserta, coberta de matas. Osprimeiros habitantes eram apenas sitiantes,ehacnreíros, pequenos criadores e comerciantes. A terra era barata e farta. A maioria das residências foi erguida com a ajudade parentes e amigos. Muitos lotes aindasão pagos em prestações irrisórias. Não são
poucos os que não têm documentação definitiva, em face da impossibilidade práticade comprovar, junto ao Instituto Nacionalde Previdência Social, terem sido suas casas construídas pelo sistema de mutirão.Presentemente, existem resídênclas r'humildes, mas, também, outras de elevado padrão, o que representa, agora', a diferenciada condição econômíea e §Dcial de seus proprietários.
Em 1967, começaram os estudos para alocalização do futuro aeroporto metropolitano de São Paulo. A região de Oumbica jáaparecia, então, como uma das que, potencialmente, se prestariam à implantação detal empreendimento. Então, aconteceu a estagnação imobiliária. A Ineerteza, o medodo futuro, se incumbiram de desestimularos tão necessários investimentos públicos, afim de dotar a região de condições materiais absolutamente indispensáveis à consolidação e desenvolvimento dos novos agrupamentos populacionais. Os particulares,por sua vez, também não se sentiram encorajados 'para reallzar benfeitorias devulto em suas propriedades, a não ser unspoucos, espíritos temerários, que jamaisdeixaram de lutar contra a vinda do aeroporto.
Enquanto isso, as terras das áreas eírcunvízínhas experimentavam intensa valorização: o preço do metro quadrado subiade Cr$ 10,00 para Cr$ 200,00 ou mais!
O prejuízo dos proprietários será, pois,inevitável e de grande porte, pois não hácomo se possa pagar mais, por imóveis semelhantes aos que serão desapropriados,quando se recebe, pelo mesmos, valores inferiores, eis que estagnada sua valorização:
Maior ainda será o ônus social advindoda desapropriação: uma vigorosa - apesarde tudo - comunidade, já razoavelmenteorganizada e auto-suficiente, com escolas,pequenos clubes, igrejas, entidades assistenciais e comércio está condenada a desaparecer. Toda uma promissora estrutura comunitária, penosa e diligentemente erguida ao longo de uma convivência de muitosanos, será destruída pela dispersão de seusmembros, desaparecendo também as vantagens sociais e econômicas da proximidade do trabalho e da escola, da treqíiêncíaao culto religioso e ao clube.
Se, no entanto, as autoridades estaduaise federais tiverem como Irreversível a decisão de fazer construir o aeroporto metropolitano em Cumbica, ainda assim insistiriamos na nossa preocupação pelo destinosocial dos desapropriados. E nos permitiríamos sugerir, então, a única alternativa quese nos afigura capaz de aliviar o desassossego dessas pessoas: cuide o poder público,nOS dois níveis, não apenas de prover ajUsta e, acima de tudo, real compensaçãopelos imóveis desapropriados, mas, igualmente, de oferecer opções de moradia adequada.
Nesse sentido, uma outra área, nas proximidades da que for desapropriada, deveria também ser desocupada, para que, umavez dotada de infra-estrutura de serviçospúblicos, nela viessem a morar os desapropriados. Do contrário, será o retrocesso social, a Iavelizaçâo, que o Governo Federalprincipalmente tanto vem combatendo.
A sorte de milhares de pessoas -estã, deste modo, entregue à maior ou menor sensibilidade de nossas autoridades federais ouestaduais. A opção que se coloca é a de que,acima de eventuais necessidades que o progresso material impõe, o homem e seus maiscaros interesses sociais devem prevalecer.Ou será, ao contrário, que os imperativosde natureza econômica, ainda desta vez,prevalecerão sobre o social?
Queremos acreditar, porém, que os atuaisgovernantes, nesta rumorosa questão, decidirão de maneira a preservar, antes de tudo, os mais legítimos; os mais justos direitos e desejos dessas pessoas.
Outra questão que se coloca na discussão do problema da localização do aeroporto metropolitano de S. Paulo - e que seconstitui para nós também na segundagrande preocupação - é a de que não seo construa em área habitada; ou, apenasque seja, como ocorre em Cumbica, parcialmente habitada, poís preocupa-nos, em breve futuro, venha a região periférica ao novo aeroporto sofrer as danosas conseqüências de um fenômeno, objeto de acurados estudos pelos cientistas em todo o mundo; apoluição sonora.
Costuma-se dizer', em todas as partes, que"o aeroporto sempre chega primeiro, mas,uma vez aberta a estrada, começam a surgir os loteamentos, que vão-se transformando em pequenas comunidades". Mais tarde,entretanto, todos irão sofrer com os ruídosdas aeronaves.
A região de Oumbíca -desde há bastantetempo - e já o dissemos - vem sendo progressivamente habitada. Não mais se podeassemelhar, no momento, à região onde, em1936, foi construido o aeroporto de oongonhas, então praticamente despovoada e coberta de extensas áreas verdes. Recentemente, o DAC (Departamento de Aeronáutica Civil), em face do elevado número dereclamações de moradores e de advertências de técnicos, proibiu as operações noaeroporto de Oongonhas, no período de. 22às 6 horas da manhã. Ora, não seria Iógíeofe'char um aeroporto à noite, por causa dobarulho, quando se planeja e se pretendeconstruir um outro em local que,_além deoutras contra-indicações, como demonstra-
. mos, está quase que cercada de residênciase de estabelecimentos industriais.
Jl: a poluição sonora, sem a menor dúvída,- um dos mais fortes argumentos que' seoferece àqueles que combatem a idéia daimplantação do aeroporto metropolitano emCumbica. Dela nos dizem inúmeros depoimentos de cientistas, técnicos ou, apenas,gente comum, simples observadores de seusmaléficos efeitos sobre a fisiologia humanae o meio ambiente. Ou, ainda, aqueles quepor ela são diretamente atingidos, porqueresidentes em áreas próximas a aeroportos.Do engenheiro Bchaía Akkerman, Diretor daDivisão de Acústica do Instituto de Engenharia, lemos que "estudos realizados emLondres, no aeroporto de Heathrow, comprovaram que mulheres grávidas residentesnas proximídades daquele aeroporto ttveramfilhos com reflexos lentos, baixo QI de tnteligência, lesões cardíacas e nervosas". Emais, que "as crianças que vivem nas proximidades dos aeroportos são bem mais violentas" ("O Estado de S. Paulo",' de 19-2-75).Do professor Aristides Monteiro, da cadeirade Audíclogia da Escola Carlos Chagas, lemos que "estudos demonstraram que o ruído das aeronaves provoca os seguintes sintomas neurológicos: hípoacusía (ou perdade audição), fadiga maior, baixa capacidade de concentração, declínio da memória,instablJidade emocional, estado depressivo,irritabilidade, freqüente anorexia (ou faltade ar), insônia, transtornos neurovegetatívos, perturbação do aparelho circulatório- edigestivo e, até, diminuição da virilidade .. '."("O Estado de S. Paulo", de 1~-2-75).
, Sr. Presidente, 81'S. Deputados, Guarupjpsé caracteristicamente uma cidade operária.Cerca .de 80% de sua população, t;üv,ezmais, é marcadamente de feição proletária.São pessoas de dura Iída ve de dura vida,portanto. Habitam, em elevada concentração, os bairros mais humildes da cídáds,de onde a cada manhã saem para o trablf.-
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lho, dele retornandd às primeiras horas danoite. E como recompensa maior pelo seutrabalho encontram, na solidão e no silêncio daqueles bairros periféricos, o ambientepropício ao repouso, capaz de devolver suasenergias roubadas pelo trabalho intenso,pesado. E é exatamente nessa região, emOumbíca, que se pretende' construir esseaeroporto, não sendo fácil, pois, concluirpelos elevados prejuízos à saúde daquelagente.
Costuma-se indagar - e isso é bastanteantigo - a quem aproveita algo, quandose pretende definir responsabilidades.
Pois bem, nesta questão da localizaçãodo aeroporto metropolitano de São Paulo,por tudo o que dissemos e citamos, por maisque procurássemos, não conseguimos, atéeste momento, vislumbrar a quem realmente aproveitaria a construção desse aeroportoem Cumbíca, Apenas um organismo oficial,o DAC, Departamento de Aeronáutica Civil,através de declarações de seu ilustre titular,o Brigadeiro Deoclécio Siqueira, tem-se manifestado, reiteradas vezes, no sentido daopção de Oumbica e, assim mesmo, tãosomente enfatizando a questão da urgênciadll que se reveste a construção de um novoaeroporto para São Paulo, dado o estadod~':.saturação_do aeroporto de Congonhas.:N"ão demonstra, assim, aquela digna autor;í4ade, acentuada preferência pelo sítio deG'lI-mbica, pelas suas condições próprias. denatureza técnica e/ou econômica: apenasInsiste em que urge uma solução.
Outra autoridade á quem índubttavelmente deveria interessar a construção desse -aeroporto em Cumbica seria o prereítode -Guarulhos, por razões óbvias, de prestígio para o município, econômicas etc, Noentanto, S. Ex.", após ter sido um dos maiores entusiastas da idéia, por ter sido convencido por terceiros dos "benefícios" vários que o empreendimento traria para suacomuna, agora, diante dos prejuízos iminentes, apontados por todos aqueles - pessoas ou entidades - a quem a questão foisuscitada, recuou para uma atitude de discreta' oposição, declarando, como o f~, que."e;lém do problema. social, há o tormentosonoro e a ímpossíbílídade de se implantarum novo distrito indústrial, já planejado,na cobiçada região que margeía a via Dutra e o vale do rio Baquirívu". Lamenta-seainda S. Ex." de que "a retificação desserio, - feita a propósito do distrito industrial - custou uma fortuna à Prefeitura"("Veja", de 2-4-75). No mesmo sentido, umoutro ex-defensor do empreendimento emCllmbica, o vice-Prefeito de Guartilhos. maníresta-se, dizendo tratar-se de "presente~ê grego" {"Veja", de 2-4-75).
"O que resulta ímplictto das declaraçõesdessas duas autoridades é o prejuízo, prlnCi!1pahnente de natureza econômica, que oMunicípio de Guarulhos sofrerá, pela imediata inibição do seu crescimento industrial,se concretízada a medida desaprcprlatoríac' a posterior construção desse aeroporto,pois, entre a implantação de tal empreendimento - de resto, sequer administradopelo município, a ele também nada retri
. buíndo em taxas ou impostos diretos - e~"de um distrito industrial, já dímensíonano- para centenas de novas unidades, não.~ como não escolher-se a segunda alternll,uva. A poluição sonora, o ~xodo da comunídade, a desagregação social, a agressão urbanístíca e o -prejuízo econômico, de11m lado, quando confrontados com a trane:Jji:I1idade e a estabilidade de um agrupamento social em desenvolvimento, com avoéacão industrial crescente do município
-di;- Guarulhos - gerando, direta e iridire··tà;mente, empregos e riquezas - apontam'f,lp nosso espírito e à nossa conscíêncla umajj)~tteza: esse aeroporto não pode ser eons'truído em Oumblca.
Quem mais, além de pessoas tão diretamente ligadas à questão - e por isso, talvez, pouco merecedores de fé em seus depoimentos - pensa assim?
O Presidente do Instituto dos Arquitetosdo Brasil, Sr. Eurico :Prado Lopes, procurado recentemente por uma comissão de moradores da região de oumbíca, disse: "ll:muito importante que a população guaruIhense discuta os problemas que- virão coma implantação do aeroporto, em nível técnico com o governo; devem procurar saberquais os motivos que determinaram a es-colha do local. Se a obra é realmente inevitável, é necessário também que ge vejao problema social que poderá surgir. Geralmente essas áreas tendem a concentrara camada mais baixa da população. as demaior poder aquisitivo procuram área.s ondenão exista poluição sonora, fazendo com>não exista poluição imobiliária atinja umíndice sensivelmente mais baixo na regiãoque abondonaram. A verdade é que o prejuízo urbano será sentido tanto pela deterioração do desenvolvimento em Guarulhos,como na Grande São Paulo, uma vez comprovado que a zona leste está sendo apontada como a melhor alternativa para a concentração urbana. O ruído e o espaço queserá ocupado pela área do aeroporto serãodois fatores que irão indíeir no prejiiízo daurbanização de Guarulhos ("Guaru News",de 27-3-75).
A equipe sob a direção do Professor Romeu Corsini, da Fa0uldade de Engenhariade São Carlos, elaborou um plano aeroportuário em que, analisando a situação atualdo tráfego, faz previsões de seu crescimentoaté 1990, ocasião em que chegará a 25 milhões o número de passageiros transportados anualmente por aviões, dentro do Estado de São Paulo. Depois de discorrer sobreo que isso significará em termos de exigência para ampliação dos aeroportos existentes, o ilustre professor diz sobre a polêmica questão da localização dos que deverão obrigatoriamente ser construidos parao atendimento da demanda prevista. Segundo ele, "é falsa a idéia de que Víraeopos,'em Campinas, não poderá ser o prtneípalaeroporto internacional de São Paulo, tãosomente em função do seu distanciamentoda .Oapíbal que, segundo alguns é principalcentro gerador de tráfego". Acrescenta que"todo o interior do Estado, o sul de Minas,o norte do Paraná, o sul de Goiás e de MatoGrosso estarão claramente na zona de influência de Víracopos". Quanto ao problemada dístàncía da Oapital, "sugere que, umavez reduzida pela construção de vias expressas, ferroviárias ou rodoviárias, Viracopos poderá bem ser, também, o aeroportometropolitano de São Paulo". Pesquisandooutras alternativas, como Cumbica, e Ootia,o estudo conclui, de modo categórtco, quanto a oumbíca, afirmando que esta escolhanão representa a melhor escolha, pois "nãoresistiu à menor análise, visto suas condições de atendimento serem negativas, emquase todos 013 itens recomendados pelaOACI (Organização de Aviação Civil Internacional) e lATA (Assoclacão Internacional de Transportadores Aéreos), dois renomados órgãos técnicos da aviação civilinternacional". Entre essas desvantagensaponta: "Sua operação não seria paralelaà dos demais aeroportos existentes, emborasua distância de Congonhas seía suficien tepara diminuir esse inconveniente; as aproximações e afastamentos das aeronaves seriam feitas em direção ao centro da cidadede São Paulo; não tem possibilidade deexpansão; há grandes loteamentos residenciais e operários" ao redor de Oumbíca,exigindo fabulosos investimentos em desapropriações; suas condições meteorológicassão medíocres e até ruins; sua segunda pista não poderá ter as dimensões convenientes por causa de sua 'topografia ruim".
o projeto Cotia - como uma outra alternativa para a solução do problema de localização, principalmente - de autoria daequipe do Professor oorsíní, baseou-se nasrecomendações internacionais de que osnovos aeroportos comerciais de grande porte precisam "ter operação paralela aos jáexistentes na área (aproximação-afastamento); evitar as aerovías de maior tráfego; dispor de grande capacidade de expansão; localizarem-se de tal forma queimpeçam concentração. urbana adjacente;atender aos requisitos técnicos normais dedimensão, ventos, recursos, acessos e condições meteorológicas". Por isso, o estudodefende a construção do aeroporto metropolitano de São Paulo na região de ootía,"que exige investimentos menores e se destina a ser o maior de todo o hemisfériosul". Apresentando os resultados desse trabalho ao novo Governador de São Paulo,engenheiro Paulo Egydio Martins, afirmamos técnicos que "Cotia, basicamente, atende a todas as recomendacões" ("Jornal doBrasil", de 29-3-75). >
Já, para o Professor Arp Procópio de Carvalho, aposentado das cadeiras de Regulamentação da Aviação Civil e Direito Aeronáutico, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, de São José dos Campos, e autordo livro "Geopolítica do Transporte", editadopelo CTA, Oentro Técnico da Aeronáutica,em janeiro de 1963, "a escolha do sítio deCumbíca foi precipitada, uma vez que naVIa, pelo menos, mais dois locais - Cotiae Santo Angelo - que apresentavam condições mais favoráveis e que foram postasde lado sem uma explicação convincente".Para o Professor Procópio de Oarvalho "oestudo de seleçào, a cargo de uma empresaparticular - a Hidroservice - baseado nocritério de atribuição de pontos para várioslocais, e~tre eles,' Cumbíca, Cotia e SantoAngelo, e passível de reparos mormente napreferência que estabelece peio local situadomais próximo do centro da Capltal, isto éCumbica", Segundo o Professor Procópio d~Carvalho, "os problemas com a poluicão sonora dos locais próximos a aeroportos e avasta extensão de terreno a ser ocupada jádeterminaram que estes deveriam Iocalízarse cada vez mais distantes dos núcleos urbanos"; e que "a aproxímaeão dos aeroportos se faz, antes, através de meios de transportes eficientes, quer por í'errovias ou rodovias". No mais, acredita que "tanto aregião de Oumbtca, quanto a de Santo Ângelo apresentam problemas de instabilidadede terreno, com necessidade de aterro; masa grande vantagem de Santo Angelo é quealém de menos acidentado do que Oumblea'sua desapropriação seria quatro vezes mai~barata, pois localizado em área essencialmente rural, de baíxo .custo e s!,m problemas quanto a nabítaçõcs, que sao poucas".E o principal argumento em favor de SantoAngelo, segundo o Professor Procópio deCarvalho, e na parte referente às possibilidades de expansão do 'aeroporto: "Cumbicaestá entre a Serra da Cantareira e a ViaDutra e tem área limitada, enquanto queSanto Angelo possui planícies vizinhas. para onde poderia expandir-se a longo prazo"("O Estado de São Paulo" de 23-1-75).
Aqui estamos, a esta altura do debate.O novo Governador de São Paulo, Enge
nheiro Paulo E~dio .Martíns, assume bemno aceso da polêmíca. Mas. mesmo antesde ser empossado, S. Ex." jÍí. havia manifestado sua preocupação a respeito do assunto, quando, após entrevistar-se com oEx.mo Sr. Ministro da Aeronáutica. Brigadeiro Araripe Macedo, disse à imprensa:"Tratamos da localização do novo aeroportometropolitano, das várias opções que existem para ele. No caso de cada opção, discutimos as subopções de acesso, estradasque deveriam ser construídas ou duplicadas,
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localização das pistas, condições ambientais,desapropríações necessárias, dificuldades evantagens para realizá-las. E cada alternativa era minuciosamente discutida. Oproblema envolve um aspecto sobre o qualdiscutimos e estamos pensando muito. Afinal, queremos construir um novo aeroportometropolitano, justamente porque Congonhas está hoje no centro da cidade. hípertrofiado e hípertrortando. Mas, será quelogo mais Ournbíca também não estará hipertrofiado e hípertrofíando a cidade?"("O Estado de São Paulo", de 12-1-75).
COerente com essas apreensões passadas,S. Ex.a, já Governador, corno- uma de suasprimeiras medidas de administração, determinou à sua- assessoria técnica procedesse à revisão dos estudos feitos, de localização desse aeroporto em Cumbica, tendoem vista, principalmente, a questão socialsuscitada com a iminente desagregação deuma comunidade de cerca de 30.000 pesroas, mercê da desapropriação daquelaárea, já determinada por decreto do governo anterior.
Começa bem S. Ex.a, enfretando combom senso uma questão que, evidentemente,transcende os limites das necessidades técnicas e econômicas - do 'país que o sejam- para atingir danosamente o que de maisprtorítàrío e precioso existe: a comunidade,o homem.
Por outro lado, não é outra a atitude queesperamos das digníssímas autoridades doMinistério da Aeronáutica - S. Ex." o Sr.Ministro Ararípe Macedo, à frente - aquem compete, em instância final, decidirsobre a localização desse aeroporto.
Eu, pessoaímente, estou convencido deque Oumbíca não é llc melhor escolha paraesse empreendimento. Parque, além de todos os argumentos que recolheu de eminentes personalídades da técnica e da ciência,ainda encontra os seus próprios argumentos, vindos da circunstância de que é morador da região de Cumbíca - embora nãovenha a sei: diretamente afetado, se o aeroporto for efetivado naquele sitio - e, principalmente, representante nesta Casa doMunicípio de Ouarulhos, de onde recebeuum mandato e, mais que isso, a responsabilidade de defender os melhores interessesdaquela comunidade.
E este trabalho, que agora concluo, pretende ser apenas um convite à reflexão,para que nossas autoridades, a quem estáafeta a questão aqui posta, bem possamdecidir, presentes o humano e o social queela indubitavelmente encerra.
O SR. OSWALDO ZANELLO - (Pronuncia o seguinte discurso.) Sr. presidente, Srs.Deputados, o sempre vigilante e combativo"O Estado de São Paulo" trouxe, em suaedição dominical de 23 de março findo,substancial artigo do jornalista Rafael 01fuentes analisando as inconveniências queadvíríam com a implantação do divórcioem nosso Pais. A argumentação que desenvolve, de modo seguro, merece ser registratia nos Anais da Casa, para que todos possam sentir que parcelas significativas dopensamento brasileiro insurgem-se contraa minoria que pretende solapar as basesde nossa ramílía,
O articulista desenvolve suas considerações apenas no campo natural, sem entrarem aspectos religiosos, demonstrando queo divórcio não é a verdadeira solução paraas crises matrimoniais. Acentua que o divórcio não é um problema que afeta só aocatólico, mas a todo brasileiro. "A índíssolubilidade do vínculo matrimonial ou a nãopermissão do divórcio não representa apenas uma característica do matrimônio católico, mas do matrimônio natural Assimcomo afirmamos, por exemplo, que o homí-
cídío ou o aborto devem ser reprovados pelaIegfslaçâo independentemente do credo religioso de quem o provoca, porque é umcrime contrário ao direito natural, ísto é,ao direito mais essencial gravado não jánas leis mas no próprio coração humano,de forma análoga poderemos dizer que odivórcio é uma anomalia que afeta não somente a família católica, mas a familiabrasileira, porque desvirtua o matrimônionatural, comum a todos os homens e atingea célula mater de toda a sociedade". Esseentendimento é o de homens de ciência,de renome universal, tais como Comte,Hume, Kant, Hegel, Loisy e Durkheim. Morsell,.i concluiu, depois de longa argumentação de caráter puramente naturalista: "Porestes motivos de índole não mística, nemreligiosa, nem teológica, nem moral, masde índole positiva, sociológica sou levadoa considerar o divórcio como 'um' regressono caminho da seleção humana".
Essa linha de argumentação é reforçadacom o seguinte desenvolvimento: todosconcordam que, sem a educação, a geraçãoe um ato imperfeito. Mais ainda: funesto."A.~im como o organismo prepara o em!JrIao humano para o parto biológico deIgual modo o recinto familiar prepara ~ filho para o que poderíamos chamar o partosociológico, isto é, a entrega à sociedadeglobal de um homem, no sentido cabal dapalavra, fisica e psicologicamente amadurecido." E essa tarefa educadora da tamí11'a deve realizar-se integrando em um princípio educador único a influência feminina e masculina, exercida cada uma delascom suas caracteristicas próprias: a autoridade e a disciplina paterna e a ternurae dedícação materna. Tarefa laboriosa eprolongada conquista que reclama a estabilidade e permanência deste processo educador integrado.
Acrescenta Rafael Cifuentes que existeuma causalídade direta entre o divórcio ea deli~qüência juvenil: na Bélgica, 80%dos delinqüentes pertenciam a casais separados ou divorciados. O Instituto de PolíticaCriminológica de Moscou constatou que 90%dos delinqüentes infantis provinham de famílias desunidas.
Augusto Comte, em seus estudas. chegouà rormulacão de uma lei que domina todaa biologia animal: a maior ou menor estabilidade da união dos sexos' é' determinada pela duração das necessidades do desenvolvimento da prole. A estabilidade fazse quase absoluta nas espécies animais queguardam maiores semelhanças biológicascom o homem. COmo são os primatas e osgibões Conclui. 'depois de suas pesquisas,que a permanência do vínculo conjugal éuma prerrogativa característica da espéciehumana.
A permanência da união conjugal, segundo WeBtermarck, aparece como um traço peculiar ao longo da linha hístóríea doscostumes, da literatura e das normas jurídicas: nos povos primitivos tanto mais doque nos povos civilizados. De uma formaímnlíclta ou explícita, todas estas manírestacões da vida humana proclamam que sóhá uma forma digna de declarar o amor Ee esta: amar-te-aí até à morte. O que sairdaí poderá chamar-se tendência, gosto,prazer, vontade, mas não amor. no sentidoprofundo que. esta palavra encontra no' coração humano. Porque, quem se contentaria em ouvir uma declaração como esta:amar-te-eí, até os 30 anos: amar-te-eí atéque conserves teus atrativos; até que mesejas útil ou agradável?
Tolas e ínsubsístentcs são as assertivasdivorcistas de que o divórcio viria a ser oremédio que possibilitaria solucionar os casos anômalos: permitiri.a o surgimento deum verdadeiro amor, em segundas núpcias.
Este modo de argumentar é aparentemente convincente, mas no fundo é um engano. Porque o divórcio não pode ser eon..síderado apenas como um remédio para solucíonar um número isolado de casos. Eleopera, pelo contrário, uma verdadeiratransmutação de valores, desvirtuando ainstituição matrimonial toda.
Não é cabível aceitar-se o divórcio comomedida para resolver' o desajustamentoocorrido depois que este tenha acontecído,porque o divórcio inocula os bacilos da desintegração antes do casamento e duranteo desenvolvimento do mesmo. Diriamos,com a frase certeira de Comte: "A possibilidade do divórcio provoca-o".
E o jornalista Rafael Cifuentes, com aclareza de raciocínio que tem faltado amuitos, esclarece: "Enganosa é a alternativa posta em debate - é melhor o divórcioou o desquite? A pergunta deve ser outra:qual é a solução melhor - o divórcio ou aíndíssolubilldade, com a possibilidade dodesquite?
Não cabe, todavia, uma exceção à lei?Sim. Mas quando esta deturpa a regra,quando a aparente solução provoca mil PJ;oblemas piores, essa exceção passa a ser sub:"versão. '
Não estão dizendo as estatísttcas que, seo Brasil tem muitos desquitados, a soluçãonão está no divórcio, mas no fortalecimehto da tamíha? Não nos estão gritando que,se nos doem os conflitos dos filhos de paisdesquitados, não podemos multiplicá-los pormil, aumentando os lares separados COJ:)l,~íntrodução do divórcio? ,
Clóvis Bevilacqua dizia que "a díssolubãlídade é, muitas vezes, um incentivo paraa dissolução". Paulo Sé vai mais longe, aodeclarar: "Mesmo que o divórcio, de inicio,fizesse felizes os lares mal unidos, seria injusto porque íría causar, no futuro, a infelicidade e a desunião de um maior número de casais."
E, com raciocínio írrespondível, o bravojornalista completa seu artigo com a afirmação: "O nervo da argumentação dívorcísta reduz-se a permitir aos esposos umnovo casamento para que não vivam emconcubinato ou não cometam adultério . .Isto equivale a dizer que quando os homensfazem algo de imoral, é preciso legalizar esse ato para que perca a aparência de desordem social. Mas se temos em conta queexistem muitas pessoas casadas que têmuma amante, por que não autorizar a bigamia?"
Estamos de acordo, Sr. presidente, comos conceitos de Rafael Cifuentes. E, comoele, achamos que o divórcio não é uma solução, é um sintoma de fraqueza. Se o divórcio foi legitimado em tantos países, nãofoi pela força de suas razões, mas pela fraqueza da sociedade. É a fraqueza que acolhi benignamente, a fraqueza para multiplicar, num galopante circulo vicioso, aprópria e mortal fraqueza.
A familia brasileira tem suas mazelas,mas é forte. Não abramos as portas à contaminação exterior. Combatamos as nossasbactérias. Reforçemos as' defesas naturaisdo nosso organismo jovem. Revigoremos,através de um trabalho profundo de formação, as raízes dos nossos próprios lares, para que possamos, alegres e confiantes, manter Intacta a família brasileira.
Este pronunciamento,. Srs. Deputados,contém apenas razões naturais contra o divórcio. Em outras ocasiões analisarei asquestões religiosas. Mas, tanto em uma como em outra áreas, verificamos que o divórcio não atende às necessidades da famílía e, pois, deve ser arastadc.
Abril de 1975
O SR. NEREU GUIOI - (Pronuncia oseguinte díscurso.) Sr. Presidente, sra.Deputados, no momento em que Q Sr. Ministro das Minas e Energia se prepara paraentregar a S. E~a o Sr. Presidente da República Q novo Plano de Eletrificação Rural, queremos elevar nossa VQZ perante oParlamento, a. fim de aplaudir a medida.
Também apoiamos o II Plano Nacional deDesenvolvimento através do qual se pretende aumentar em 114% os investimentos nopróximo período, em relação aOE já existentes.
Aplaudo, por outro' lado, o Sr. MinistroShigeaki Ueki pela feliz e necessária iniciativa de levar ao homem do campo osbenefícios da eletricidade, os quais provocarão reformas profundas no meio agrícola.
A fixação do homem nas atividades ruríeolas está a depender de que se leve aocampo não só o conforto da eletricidade,mas basicamente que se desenvolva projetos básicos na agricultura.
Fala-se muito em problemas urbanos, osql}ais evidentemente não podem ser desprezados, mas em boa hora volta-se o Governo Federal para. investir no meio rural,no setor energético, a fim de garantir a formação de uma sociedade rural que possaacojnpanhar todos os avanços da tecnologia moderna.. Leio, Sr. President~ e Srs. Deputados, por
ser oportuna, a noticia inserida no CorreioBrazifiense, na edição de domingo, dia 6 deabril de 1975, na página 12, sob o título"Eletrificação Rural com Maior Dinamismo":
"Contrariando algumas áreas do setorenergético até mesmo políticas, o Ministro Shigeaki Ueki, das Minas e Energia, deverá levar ao Presidente Geisel,nos próximos dias, o novo Plano de Eletrificação Rural, destinado, segundo sepreconiza, a. provocar reformas profundas 110 meio agrícola.O Plano que deverá ser acompanhadode algunS.as normas relativas às condieões de financiamento e captação ·derecursos para sua implantação, pretende, de acordo com os objetivos propostos, ao mesmo tempo, levar ao homemdo campo os beneficios de eletricidade,privilégio quase que exclusivo das populações urbanas, e servir de base paratirar a sociedade rural brasileira do seuprtmarísmo econômico, que, apresenta,em algumas áreas, resquícios de relações de produção medievais.As autoridades do Ministério das Minase Energia estão convencidas de que, umprograma de eletrificação rural não temcondições de se autofinanciar, comoquerem muitos, e que os seus frutos serão colhidos a longo prazo. Importa dizer que, se o Governo não pretende.subsídíar a sua implantação, as condiçõese prazos de financiamento deverão fugiraos procedimentos financeiros regulares, devendo o Governo mostrar ampladisposição de aceitar, parcialmente, atémesmo como "fundo perdido", algunsínvestímentos.O conceito de "fundo perdido", segundo um técnico do Ministério das Minase Energia, é também muito relativo seconsiderados os benefícios globais, diretos e indiretos, dos investimentos nessaárea. .
Há que compreender - observa o técnico - que a eletrificação rural é capaz de, por si só, alterar profundamente as condições de vida do homem docampo e a economia agrícola. A ener-
DIARIO )[)O CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
gla relétríea - frisa - poderá provocarum fluxo de homens e bens de capitalpara o meio rural, que não podem jamais ser avaliados numericamente.Embora pequena, o projeto encontradentro do próprio Ministério das Minase Energia uma certa oposição. Defendem alguns técnicos que a eletrificaçãorural deve ser, necessariamente, integrado a um plano global de desenvolvimento para o meio rural que envolvadesde a expansão do número de salasde aula, preparação do agricultor, atéum sistema de distribuição de corretivose adubos, serviços de saneamento básico, irrigação, distribuição de sementes,assistência téeníeo-fínanceíra para aprodução - não só aos grandes proprietários - e 1J,m fluxo comercial equilibrado.Aí está localizado um dos pequenos, seassim pode ser considerado, eonfütosdentro dos projetos de eletrificação rural, que, para um outro grupo, só poderiam alcancar os efeitos desejadosatravés de uma ampla' reforma da estrutura e não da infra-estrutura agrária brasííeíra;'A outra corrente é a "financista", representada por uma parcela significativa de técnicos da ELETROBRÁS, queinsiste na necessidade de a empresamanter seu atual nível de crescimentoflnnnceiro, e através dos reinvestimentos constantes, ampliar, gradativamente, sua presença no campo, onde os investimentos não apresentariam umarentabtüdade míníma razoável.O Plano de Eletrificação Rural que estásendo concluído no Ministério das Minas e Energia incorporando cuidadosamente algumas das diversas variáveisem conflito, de maneira que não cheguem a prejudicar a sua implantação.Procurando manter alheio em relaçãoàs dívergêncías, que envolvem desdeaprofundamentos de ordem política, atéinteresses reconhecidos, o Ministériodas Minas e Energia deverá detínír,brevemente, seu projeto.É possível, não se sabe ainda, que suaimplantação não seja ínícínda pelas regiões menos empobrecidas, mas poraquelas que apresentem condições deautodinamizar, expandindo-se, em seguida, gradativa e o mais rápido possível, para as demais áreas. As iniciativascooperativas e algumas, do caráter particular desde que apresentem viabilidade econômica terão o apoio técnico efina nceiro do Governo."
Santa Catarina, meu Estado, constituídode minifúndios com pequena transição rural urbana, necessita de uma política protecionista no setor de eletrificação rural,com inversão de investimentos, mesmo afundo perdido, mas que ssrvírão para fortalecer a constítuícão de uma sociedade ru-ral. - ,
Nosso apelo e nosso aplauso se faz emconsonância com todos os municípios deSanta Catarina mas particularmente pelosmunicípios de' Araranguá, Sombrio, SãoJoão do Sul, Praia Grande, Turvo, JacintoMachado, Meleiro, Criciúma, Içara, NovaVeneza, Siderópolis, OrIeans, trrussanga,Jaguaruna, Treze de Maio, Grão-pará, Laguna, Pedras Grandes, Tubarão, Rio Fortuna, Braço do Norte, Maracaj á e Imbituba..
O SR. RUY CõDO - (Pronuncia o seguinte díseurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, quando se serve à Pátria, não hájovens nem velhos, não há profissões de fé,e não há credos político-partidários. Há,sim, um País que necessita do trabalho, daajuda e do esforço de todos os filhos.
Sábado 1% 1397
Refiro-me, Sr. Presidente, à luta que oPrefeito da Cidade de São Paulo, ProfessorMiguel ootasuonno, vem realizando em-prolda Capital. Os ,paulistas sabem que o Prefeito Miguel Colasuonno foi chamado aocargo, em substituição ao Prefeito Figueiredo Ferraz, quase que numa Improvísaçâo,num mandato tampão, Apesar do pequenotempo, muito fez. Adentrou as portas daPrefeitura como técnico em Economia e a.deíxa como humanista com larga experiência politica. Fez planos sobre tudo, mormente sobre as áreas verdes, dando, assim,fisionomia diferente à cidade, pois São'Paulo é uma cidade mumana onde o homem, centro do Universo, sempre estevemarginalizado. São Paulo se sufoca com afalta de tuno, com o problema do menorabandonado, com a crimlnalídade que campeia livremente, com as deficiências deabastecímento, transportes, saúde etc.
S. Ex." dá uma demonstração de que, paradirigir uma cidade do porte de são Paulo,é necessário possuir atributos técnicos, aolado de atributos humanos e políticos.
Os atributos humanos, o Prefeito Colasuonno procurou enfatizar no dia a dia, emcontaeto com o povo e na solução dos seusmagnos problemas, mostrando ao País queSão Paulo mais necessita do Brasil do queo Brasil de São Paulo, pois são onze milhõesde brasileiros que ali vivem, na GrandeSão Paulo, com problemas que estão a desafiar os governos. No campo político,S. Ex.a respondeu à revista Veja dizendoque há necessidade do seu desenvolvimento,acreditando mesmo que a "Política Brasileira certamente será resolvida nos termosclássicos da política, isto é, com Direita.Esquerda e Centro".
Cumprimento, desta tribuna, o PrefeitoMiguel Colasuonno, que, no apagar das luzes do seu mandato, através de entrevistade cunho polítlco, mostra ao seu Partidouma verdadeira bandeira, a do pluripartidarismo, pois só com ela o setor políticobrasileiro atingirá seus objetivos.
Leio, para que c conste dos Anais destaaugusta Câmara, a referida entrevista, concedida pelo Sr. Miguel oolaeuonno à revistaVeja n.? 344, deste mês:
"Quando começou a discutir com seusassessores os planos administrativos'para a cidade de São Paulo, MiguelColasuonno - então um jovem economista de 34 anos - costumava comparecer às reuniões de seu grupo detrabalho dirigindo uma motocicleta.Honda-75D - e exibia capacete e blusade couro, como convém a um "motoqueiro" paulistano. Dezoito meses depois, um pouco mais gordo e envolvidopelas obrigações protocolares do cargode prefeito, ele abandonou tão perigosohábito. Mesmo porque, às vezes, lrreconhecíveí, fugia ao alcance da. atentavigilância de seu esquema de segurança, Contudo, ainda insiste em sair,
-com os cinco filhos, nos fins de semana para "dar um passeio de metrô",seguindo o exemplo de muitos milharesde paulistanos desde que foi Inaugurada, há dois meses, a primeira linha dosubterrâneo.
Essa integração aos costumes da cidade nlostra coerência COnl as opções escolhidas por Colasuonno em seu tempode prefeito da maior cidade brasileira,posto que se prepara agora para deixar.Colocando de lado os viadutos e elevádos, que marcaram as admínístracõesde seus antecessores (quase todos engenheiros), ele preferiu desenvolver "umasérie de propostas de melhoria da qualidade de vida urbana". como define
1398 Sábado 1:2 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Abril de 1975
seus projetos dé aproveitamento dasáreas verdes da cidade e a ênfase dadaaos problemas de saneamento e à implantação do sistema de transporte demassa.Integrante da geração de técnicos que,nos últimos dez anos, foi convocadapara cargos antes reservados, exclusivamente, a políticos de carreira, Colaauonno é, no entanto, um apaixonadopela política desde os tempos de universitário. E não pretende esquecê-la,'mesmo agora quando já aceitou o convite para assumir a eoordenaeão deprojetos especiais da Secretaria doPlanejamento em Brasília. Essa intenção ele a deixa clara nesta entrevistaem que chega a formular solucões potiticas originais para o partido do governo.
VEJA - O que o prefeito de São Paulotem para levar a Brasília, em termosde experiência política?COLOSUONNO - Creio que a licãopolítica maior que extraí desse tempoem que administrei uma cidade comcaracterístíeas extraordinárias - masnão impossíveis - como São Paulo, eque conseqüentemente íreí legar parao planalto, é a de que o esforço do desenvolvimento brasileiro se concentra,cada vez mais, nas grandes cidades. Emconseqüência disso, nelas também devepassar a ser concentrada a atividadepolítica das agremiações partidárias.Especialmente a do partido. do governo, ou seja, a ARENA. Porque na verdade 80% da população brasileira, nospróximos dez anos, deverão estar vivendo nas grandes concentracões urbanas. Portanto, a solução de problemasde desenvolvimento urbano pelo Governo, a melhoria da qualidade de vidadesses 90 milhões de brasileiros que entre '1980 e 1985 estarão habitando asgrandes cidades, é uma excelente bandeira polltica para a ARENA. Umabandeira que ainda não foi desfraldada- e que não mereceu a justa atençãodos políticos arenístas,VEJA - Essa·falta de percepção é sentida só na área política?COLASUONNO - Creio que sim. OBr~sil, hoje, na administração Geisel,mars do que nunca acordou para a necessidade do desenvolvimento urbanocomo tese nacíonal. Os resultados porém, só têm sido sentidos do ponta devista econômico e social. Politicamente, essa necessidade não foi percebida.E prova disso é que, nem novembroúltimo, ainda prevaleceu a clássica 'subdivisão no resultado das eleições: nascidades perde o Governo e no campono interior, ganha o Governo. Ess~.subdivisão é comprecnsíevl porque o fenômeno da industrialização e o aumentode concentração de massas nas grandescidades geram uma necessidade permanente de rápidas - e nem sempre possíveis - soluções e um .eonseqüentegrau de insatisfação e de ansiedade porparte dessas massas, que se reflete nosresultados eleitorais. Por tudo issoacredito que o nartãdo do Governo de~veria atentar cuidadosamente paraessa nova bandeira política, que seriauma arma eleitoral eficiente e indiscutivelmente atualizada.
VEJA - O senhor acredita que usandoessa arma a ARENA poderá inverter osresultados eleitorais francamente desfavoráveis ao Partido do Governo nasgrandes cidades, nas últimas eleições?COLASUONNO - Não tenho dúvidasde que os objetivos urbanos - econô-
micos e principalmente socrats - queO Governo pretende alcançar atravésde uma ação coerente e de grandes investimentos devem gerar frutos políticos. Mas temos que ter, também, aconsciência clara de que a maior partedesses programas - :m pelo menos asmais expressivos - é de resultados demédio e longo prazo. Portanto, a curtoprazo, para a ARENA, como bandeira,somente a ênfase na urbanízacâo talveznão seja o suficiente. >
VEJA - Qual serra o sentido político,e não meramente eleitoral, de sua proposta?COLASUONNO -\ A essência desse tema indiscutivelmente é o homem centrá das decisões polrtícas do governo e em função do qual se movimentatodo o processo de desenvolvimento noBrasil: E creio que aqui cabe um exemplo: se nós conseguirmos resolver satisfatoriamente, nas capitais, o problema do transporte de mass-i, seguramente estaremos atingindo o âmago daquestão. O problema do tráfego nas,grandes cidades, hoje em dia, é traumatízante. Então, se nós resolvêssemosproblemas como o transporte de massa, nós estaríamos devolvendo uma série de horas de lazer ao homem. E oestaríamos devolvendo à sua família.Da mesma forma o saneamento básico.Atacando-o decidídamente, nós estaríamos diminuindo, por exemplo, o índice de mortalidade infantil. E, porsinal, esses seriam os dois setores ondeo investimento do Governo, em termospolíticos, tería reflexos imediatos.VEJA - Como o senhor espera que oenfoque político principal do partido doGoverno seja" deslocado para os problemas das grandes cidades, quando ele éformado, em sua maioria, por políticoscom bases eleitorais no campo?C0LASUONNO - É preciso ter coragem de enfrentar essa realidade e mudá-la segundo as necessidades do momento. É preciso que o Partido do Governo OCupe os espaços vazios nosgrandes centros urbanos e até conquiste os já ocupados pela oposição. E issosó será possível com novas lideranças.VEJA - Mas isso não significaria, naprática, o fim da ARENA? Ou seja,essa ARENA com novas lideranças urbanas não seria um novo partido?COLASUONNO - Tenho duas respos-'tas para esta pergunta. A curto prazoeu diria que o que pretendo é adicionaruma nova bandeira para o mesmo partido. A longo prazo, porém, acredito quea nova perspectiva política brasileiracertamente será resolvida nos termosclássicos da política. Isto é, com direita, esquerda e centro.VEJA - Aceita, então, o fim do bípartidarismo atualmente existente?COLASUONNO - Eventualmente, coma perspectiva.de criação de outro tipode bípartídarísmo ou poli partidarismo.Não tenho uma visão muit» clara decomo irá desembocar tudo isso daqui adez anos. Mas seguramente nós precisamos pensar que, a médio prazo, deveremos ter, cada vez maís, consciência doutrinária para os par'tldos políticos.VEJA - MDB e ARENA' são, na suaopinião, partidos provtsóríos?
COLASUONNO - São partidos que representaram uma fusão de um conjunto de cerca de catorze partidos emduas áreas. Mas que não representam,
no meu entender, todas M diferençasde pensamento político no atual momento .brasíleíro,VEJA - Acha, então, que todas as correntes políticas de opinião existentesno Brasil deveriam estar representadasna vida política da Nação?COLA.SUONNO - Se possível, sim.Contudo eu não acredito que isso sejatecnicamente viável. É impossível compatibilizar um processo político commais de três ou qua tro partidos. ''VEJA - Além da necessidade de aARENA encontrar uma nova bandeira,as eleições recentes não deveriam levarà reflexão também o governo, no sentido de que este precisai ía realizar. certas modíücações institucionais, umavez que a necessidade dessas transformações teria sido manifestada nas urnas pela votação maciça obtida peloMDB?COLASUONNO - É evidente que doponto de vista de reflexão política, asúltimas eleições nos fazem pensar queexiste uma ansiedade na- população poruma participação maior no prccessopolítico e no processo decisório. Isto é,desenvolvimento econômico é uma etapa, um caminho para se atingir umdesenvolvimento social e polítíco. Osprimeiros dez anos de Revolução! praticamente configuraram com muita nitidez que o Brasil é viável economicamente. Agora nós estamos diante deum fato onde temos que provai quesomos viáveis também social e politica-mente. .
VEJA - Quais seriam suas sugestõesde aperfeiçoamento institucional parao País?
COLASUONNO - Sem querer me aprofundar muito na matéria, parece-meque a própria criação dos conselhos deassessoria, pelo Presidente Geisel, éuma forma de autoümítaçãc no quadroinstitucional vigente. Na área econômica, atraves do Conselho de Desenvolvimento Econ:Jmico. Na área social através do Conselho de DesenvolvimentoSocial.,E, com a futura criação do Conselho de Desenvolvimento Políticotambém se pretende trazer, para den~tI'O do processo decisório do Governocomo um todo, uma diluição de pode~res que aliás significa um aumento decor.senso para a decisão do presidente.Na verdade, esta é a escalada para oencontro de um futuro modelo político.VEJA - Mesmo assim existem setoresdo MDB --, como o senador gaúchoPaulo Brossard deixou claro em seuúltimo discurso - que consideram impossível qualquer progresso institucio-nal sem o fim do AI-5. . . I
COLASUONNO - Aí me parece que oSenador Brassard exagera. O que estáse objetivando no Brasil não é pura esimplesmente discutir a ínstrtuícão brasileira, mas sim o desenvolvimento corno um todo: social, político e econômico. E o AI-5 seguramente pode ter sidouma espécie de um dique para o processo político. Mas não o foi para o desenvolvímento econômico e social.VEJA - O senhor acha que a áeiçãode 15 de novembro prejudicou ol} ajudou a distensão politica pregada peloPresidente Geisel? 'COLASUONNO - Seguramente"favoreceu, no sentido de obrigar realmentea sociedade brasileira, que estava acomodada como um todo - e a classepolítica em particular -, a ter de to-
Abril de 1975
mar uma atitude e atuar em favor dacausa, levantando bandeiras novas eoriginais.VEJA - As bandeiras acenadas pelosarentstas nas últimas eleições teriam.sído pouco originais?'COLASUONNO - Dou meu testemunho pessoal: nos últimos meses da minha admmístraçãó, em São Paulo, participei ativamente da campanha elei-
. toral e verifiquei que eontínueu predominando, entre os políticos, uma preocupação muito maior pela política declientela, uma política de curtíssimosprazos, de pequenos problemas, em detrímento das grandes causas, das grandes bandeiras. A preocupação maiorentre os arerrístas foi pelas transferências de uma posição pela outra; pela
'garantia de um cabo eleitoral; pelo as·lfaltamento de meia rua; pelo empreguísmo dos correligionários. Uma bandeira muito minúscula diante dos candidatos do MDB que utilizaram umabandeira institucional muito poderosa.VEJA - Então, pode-se chegar à conclusão de que o MDB é conseqüenteanente, o partido ideal no momento po-·,mico brasileiro? . .'COLASUONNO - O MDB está munaposição mais cômoda. Criticar é fácil.Mas, se nós invertêssemos as posições epuséssemos o MDB no governo, ele tamebém não resolveria da noite para o dia,:por exemplo, o problema da redíatrlbuí'.~~o da renda. Porque a redistribuição'\'1'a renda' não é um milagre. :li: conse.qüêneía de um esforço majestoso de toda uma economia que, depois de produzir, redístríbuí.VEJA - O senhor acredita que os políticos que atualmente exercem somentecargos legislativos - deputados e senadores - voltarão a ter influência na.políttea propriamente dita? Ou seja,.na condução dos destinos do país?'cOLASUONNO - No momento o Brasil'vive uma fase de grande transição po'iítica e administrativa. Porque de umlado nós temos os chamados políticos'da velha guarda, do outro, administra;etores que aos poucos vão se' tornando políticos, pelas decisões que são obri
'gados a tomar, e ainda temos os pclíttcos jovens, que já começam a atuar nas'parlamentos. Assim, acredito que os po'JitICOS capazes terão condições de decisão no pais.,VEJA - E o senhor como se enquadraria: como um político jovem ou co
.mo um administrador que está tomando,ttecisões políticas? .COLASUONNO - Acredito que na segunda hipótese, e que posso, até, metransformar num politico.
VEJA - O senhor reclamou que os políticos teriam de certa forma prejudicado não só as eleições como tambéma máquina administrativa com um tipode ação de clientelas. E as elites econômicas urbanas tiveram algum tipo de.atuaçâo nociva durante sua administração?.COLASUONNO - Sim, elas demonstra.rarn, por exemplo, uma preocupaçãomuito grande em relação aos problemasde caráter de ocupação do solo. E pareceu-me que agora é chegado o momento de conscientizar cada vez maisas elites econômicas nas grandes cidades de que existe um macroproblema,urbano que deve preppnderar sobre asmícroquestões.''VEJA - Ou sobre os mtcrointeresses?
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seçiio I)
COLASUONNO - Ou sobre os microinteresses. Claro que não estou invalidando o direito .indívidual de cada um,em termos de propriedade. Mas é necessário conscientizar as elites de que épreciso concilíarja magnitude dos problemas das grandes cidades com os interesses individuais. E, durante a minha admínístração, houve certos processos de pressão nitidamente conflitantes com o interesse geral. Por exemplo: a fixação de uma indústria às margens da represa Billings, um dos reservatórios de água de São Paulo, é umflagrante conflito entre o interesse individual e o coletivo. Ê uma incoerênciade política urbana inaceitável.
VEJA - O senhor diria que a falta decontinuidade administrativa é um grande mal ao desenvolvimento das grandescidades?COLASUONNO - Sem dúvida. Partindo-se do pressuposto - como já dissemos - de que desenvolvimento urbanoé um processo de médio e longo prazo,e considerando-se um outro pressuposto- de que existem alternâncias periódicas no poder -, há sempre o risco dese perder a linha do desenvolvimento,desde que não haja um SIstema de planejamento bem estruturado e que dêcontinuidade a todas as etapas do processo. Entác. eu, diria que, para não seperder administrativamente toda a línha de desenvolvimento. é muito importante que se tenha unia estrutura, deplanejamento muito bem fundamentada.VEJA - Considerando-se que o tratamento político é inevitável nas mudanças de cargos de prefeitos e governadores, e que nestas mudanças freqüentemente o processo de desenvolvimentotem sido fragmentado, qual seria a forma de se garantir a continuidade administrativa?COLASUONNO - Talvez utilizando umtermo forte demais, eu diria que o machismo política, no meio brasileiro, é extremamente danoso à continuidade dosproj etos básicos. Claro que as alteraçõesde prefeitos ou governadores - para ficar nesses dois níveis - e dos secretários são normais, e até desejáveis. Masos demais escalões da administraçãonão podem ser permanentemente tumultuados. E, no memento, este é oprincipal fator de descontinuidade. poroutro lado, acredito que a própria posição, hoje em dia, da Secretaria do Pla- .nejamento, constituída como secretariageral da presidência da República, ense[a que as experiências consolidadas emterm os de continuidade administrativaDO âmbito federal possam ser transmitidas aos Estados e aos municípios.VEJA - Como prefeito de São Paulo osenhor esteve inúmeras vezes em Brasilia. Por quê?COLASUONNO - Eu usei muito umajustificativa para essas viagens: é importante governar a cidade de São Paulo de costas para ela. Nós vendemosmuito a realidade brasileira para SãoPaulo, mas não é fácil vender a realidade de São Paulo para o governo. E, doponto de vista urbano, creio que agicorretamente indo sempre a Brasília.Porque eu ia mostrar o quanto o governo tem de se preocupar com as grandesconcentrações urbanas e humanas.VEJA - Trazer as atenções do governo para São Paulo significa mostrar aele Que, na verdade, São Paulo é umacidade pobre?
Sábado 1~ 13,.
COLASUONNO - Do ponto de vista dodesenvolvimento urbano, São Paulo re~
almente se constitui num problemamuito grave para o Brasil Aqui vivempraticamente 11 milhões de brasileiros,ou seja, 10% do total da população dopaís. E vivem desassistidos de todas asnoções básicas de saneamento: 60% dacidade ainda não tem esgotos ou água.Assim, ir ao governo federal, e trazêlo para são Paulo, não significa estender o chapéu e pedir esmola para a cidade. Mê-S, sim, ajudá-lo a entender aproblemática que existe em 8'\0 Paulopara que novas fontes de recursos sc
. jam descobertas e, dentro do processoda redistribuição de renda da país, essapopulação carencíada sej a mais bematendida. Isso nãc vale apenas para SãoPaulo, mas para todas as capitais brasileiras - que têm problemas semelhantes.VEJA - Quais 0.; problemas principaisque o senhor teve como administradorda capital paulista?
COLASUONNO - Resumiria todos elesnum grande problema que atinge todasas grandes capitais brasileiras: a poli-
_ tíca .tributária nacional, que não dá ccursos suficientes às cidades para queelas resolvam §eus principais problemas. Por iGSO é que costumo dizer queum prefeito tem um sono muito intranqüilo. A populaçãc de uma cidade comoSão Paulo cresce em 400 000 novos habitantes poi ano. Arredondando-se como calendârío, teríamos 365.000 novoshabitantes por ano, ou L 000 novos habitantes por dia. Entãc, quando o prefeito de :::.ão Paulo vai dormir, ele acorda com os problemas de 1.000 novoseídadâo, a resolver - 300 dos quaisnascidos na própria cidade, durante oseu sono, e os restantes, imigrantes. Isso sígnítícs, 200 novas casas a seremconstruídas, rio mínimo. Sem se falarem saneamento, transporte, lazer e .udo o mais. Assim, todos os dias o prefeito acaba tendo um. pesadelo."
O SR. WAI,TI~R DE CAS'.rnO (Sem revisão do orador.) - Sr. Pree lderite, Srs. Deputados, é aflitiva e de abandono a situaçãodos estudantes da Universidade Estadual deCampo Grande, em Mato Lhosso. Há doismeses, os ·alunos que cursam a Faculdadede Engenharia estão sem as au.as das disciplinas básicas deste semestre. No próximo, terão eles matérias outras para cujoaprendrzadc é indispensável o conhecimento das constantes do programa do atual aemestre.
O Reitor daquela Universidade, Ilegalmente reconduzido ao cargo pelo então Governador Jose Fra!);elli, resolveu afastar vários professores tituíares que prestavam colaboração à Escola há maís de cinco anos,todos com currículos aprovados pelo Conselho Federal êc Educação,
As medidas arbitrárias do Sr. Reítorprendem-se ao fato dto que aqueles professoras, quando membros do Conselho Universitário, vetaram o nome de Sua Magnificência que figurava na lista de nomes aser encaminhada ao Sr. Governador paraescolha do novo Reitor.
Aqueles catedráticos foram exoneradostão-somente porque pretendiam o cumprimente da lei -11e vedava a recondução deSua Magnificência. EMa lei tem o mesmoespírito das que impedem de igual modo a,reeleição dos Presidentes das Casas Legislativas, bem como dos Prefeitos.
O injusto procedimento do Sr. Reitortrouxe sérios prejuízos aos alunos da Urií-
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versldade, que, pela circunstância de nãoestarem em ~ula, terão a conclusão do seucurso atrasada em um ano.
Apelamos, em face disso, ao Exmo. Sr.Ney Braga, Ministro da Educação, paraque não permita no setor da educação ingerências po.íbícas dessa ordem, que pre[údtcam enormemente a formação culturale técnica da juventude estudiosa do País.Certo do atendimento por parto de S. Ex."'aguardamos providências no sentido de sepôr cobro a esse estado de coisas naquelaUníversídade, cujos estudantes estão hojerelegados à própria sort-.
O SR. PINHEIRO MACHADO - (Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. Presidente,Srs. Deputados qualquer crescimento, nãosendo uniforme, torna-se pernicioso.
A economia de um pais é diretamenteproporcional à capaeíc.ade técnica e cultural de seu povo. Um povo despreparadc , ãopode produzir e um pais sem produção nãotem economia a projetar, não tem condições de promover o ritmo de crescimentoque corresponda à sua escala de neees-Idades imediatas.
A ínteríortzação do ensino de nível superior no Brasil víría, a nosso ver, complementar toda a implantação de uma infra-estrutura capaz de. promover a ocupação dos imensos espaços vazios existentese a viabilidade de seu aproveisamento econômico.
Com um total de cerca de 1.400 estabelecimentos e quase 850 mil estudantes matriculados, o ensino superior no Brasil ainda tem seu acesso limitado a um númerorestrito de jovens em idade escolar.
De modo geral, as escolas superioresacompanharam a tendência das concentrações humanas brasileiras e proliferaram nolitoral. A interiorização foi lenta, como lenta foi até há poucos anos a conquista dogrande interior brasileiro.
Apesar da expansão- do ensino superiornos últimos anos, a relação entre os universitários e o conjunto da população noBrasil ainda é bastante inferior à da Argentína, por exemplo, que tem mais de 12estudantes de nível superior em cada milhabitantes, ao passo que esta proporção éInreríor a 9, entre nós.
O método ideal para se interiorizar o ensino superior é a ampliação do número decampi avançados em todo o País, mediante levantamento prévio de condíçõesjocaís,técnica usada com sucesso pelo governo darevolução, evitando-se, por outro lado, aproliferação de certos tipos de faculdadesque irão ter, por muitos anos, elevado número de vagas ociosas.
No Piaui, além de dois campi avançados,um em Parnaíba, outro em Píccs, tivemosa experiência salutar de instalar, na Faculdade de Administração de Par-naíba, a primeira unidade isolada da Universidade Federal do Estado, no interior piauiense. O Estado do Ceará foi mais longe: dispõe deunidades isoladas instaladas em Sobral, Cra-.to e Iguatu, as quais vêm contribuindo consideravelmente para o processo de desenvolvimento de suas respectivas regiões.
Há, em todo o Nordeste, bem como no resto do Brasil, a consciência de que as Universidades devem servir como complementos indispensáveis aos pólos de desenvolvimento, estendendo-se pelo interior, por intermédio de unidades avançadas. A evoluçãodesse processo.jjonturío, ocorre morosamente, se comparada à evolução dos mecanismos de desenvolvimento econômico atualmente acionados pelo Governo, tais como a
abertura de vias de integração e as tentativas de fixação do homem à terra.
Em relação ao Piauí, consideramos damáior importância para o desenvolvimentodo Estado e para o início do aproveitamento dos grandes recursos do Vale do Parnaíba a instalação da Faculdade de Agronomia,na cidade de Floriano, como maís uma unidade avançada da Universidade Federal.
Floriano dispõe de uma infra-estruturaque a coloca como a segunda cidade do Estado, além de situar-se, estrategicamente,no limiar do Nordeste com a Amazônia.
A 868 quilômetros do litor-al, Floriano éponto intermediário na rodovia 'I'ransamazõníca, cujo marco inicial é Picos, tambémno Pi;1uÍ. Através da PI-4 - a Transpiaui- interliga-se COm todo o Vale do Gurguéia,cujo aproveitamento agroindustrial o GDverno Federal vem incentivando através degrandes projetos executados pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas,DNOCS.
carinhosamente apelidada de "Princesa doSul", pela influência econômica, política esocial que exerce em toda a região sul-piauíense, a cidade de Floriano conta atualmente com uma população de 45 mil habitantes - 30 mil no perímetro urbano - euma densidade demográfica de aproximadamente 12 habitantes por quilômetro quadrado.
As perspectivas de desenvolvimento paraFloriano são excelentes, desde a construçãoda ,Hidrelétrica de Boa Esperança e a restauração da navegabílidade do rio Parnaíba.
Instalar uma Faculdade de Agronomia emFloriano seria adaptar o ensino às potencialidades agrícolas regionais, que estão aexigir mão-de-obra qualificada. Seria umcontrasenso estimular a agricultura na área,através de projetos de irrigação. sem se' criara ínrra-estrutura humana capaz de darcontinuidade à obra governamental, que envolve consideráveis recursos.
. Esperamos que as autoridades examinemcuidadosamente a questão e adotem coma maior brevidade possível as devidas providências para a instalação da Faculdade deAgronomia de Florlano, inicialmente atravésda localização ali de um campus avancado,atendendo às aspirações da população deuma região que desperta para os seus melhores dias.
( O SR. MAGNUS GUIMAR.!íES (Pronunciao segulnte díseurso.) - Sr. Presidente e Srs.Deputados, os preços dos livros didáticos edas anuidades escolares continuam se constituindo um problema que está a desafiara capacidade das autoridades responsáveispor esse importante setor da vida educacional brasileira. A par disso, a existência sempre crescente de cursinhos pré-vestibular,entidades que funcionam paralelas às escolas estão a esvasíar o conteúdo e a validade do ensino ministrado nas escolas, verdadeiramente responsáveis pelo ensino nonosso País.
Efetivamente, todos os. anos sobem os preços dos livros didáticos, do ensino fundamental ao universitário. Os pais - comosempre - já não sabem como enfrentar' talsituação. Além das taxas, anuidades, uniformes e cadernos, ficam ao sabor de uma elevação sempre crescente nos preços dos livrosdidáticos. Mais ainda, todos os anos têm decomprar livros novos, os quais surgem emquantidade enorme no mercado, escritos pornovos autores, Sem que se conheça quais oscritérios que levam a escola ou os professores a adotarem este ou aquele livro.
Milhares e milhares de famílias todos osanos se mobilizam para encontrar recursose adquirir para seus filhos 00 livros necessários ao estudo. É inquestionável o extraordinário potencial de milhões de consumidores de livro didático. O mercado é certo.Inobstante isso, os preços - e já nem se falanas opções pelos livros - continuam a subir desordenadamente, descriteriosamente,prejudicando, cada vez mais, os interessesdos país dos alunos, dos próprios alunos, enfim, do próprio País, pois muitos deixam deestudar, o que prejudica a Nação, a primeira a estar interessada na educação dos seusfilhos.
Algumas escolas se socorrem com as apostilas. Ai então o mal é maior, porque a educação passa a ser de resumo, de sinopse,de síntese, o que positivamente frauda osprincípios mais elementares de aprendísagem, atenta contra os direitos autorais etorna deficiente o ensino no País.
A Câmara Braatleira do Livro, de sua par-te, assim se expressa quanto à apostila:
"Um puro e simples roubo, feito às elaras, sem que ninguém tome providên-cias." .
Somos dos que acreditam que a apostilamínímíza o trabalho intelectual dos autores,e limita o potencial intelectual dos estudanteso Nada mais é a apostila do que uma ".indústría marginal" que está a víciax.constantemente a juventude brasileira. Não devemos nos esquecer também de que a reprodução total, parcial e, ou disfarçada de cqnteúdo de livros cujos direitos são reservados constitui infração contida no Código ~e
nal Brasileiro. O mal não se limita apenasna exploração a que é submetido o autor,no seu trabalho, posto que não recebe a remuneração por direitos autorais. O mal émuito maior, porque deforma o aprendizado do estudante, vicia-lhe a vontade e impede o pleno desenvolvimento das suas ~a-paeídades. '
Sobre os chamados cursinhos o que acontece 'é realmente incrível. Nem se discuteos preços, de tão exorbitantes, a ponto, ,de'serem quase tão ou mais caros que as anui- dades da escola. Vamos mais longe. Os C1l1rsínhos são a prova evidente e insofísmávelde que o ensino, no Brasil, vai mal. SUPgese que um estudante que complete 0,:;2.°grau esteja apto a enfrentar um vestibular.Mas não. Matricula-se num cursinho paragarantir sua vaga na Universidade. Mas oque a escola fez até então? Que tipo de ensino foi ministrado? Incapacidade, ínsegu- .rança do aluno? Do professor? Da escola?A continuar essa situação exdrúxula e obtusa, totalmente inconseqüente, os cursinhosocunarâo ° lugar das escolas. E estas, o:quefa>rão?
O mais importante para uma Nação .quedeseja se afirmar pelo labor de seus filhos,pelas suas riquezas naturais e humanas, ée sempre será a educação. Os males aquiapontados devem ser reparados. Urge umesforço urgente e coeso a fim de que estasdistorções sejam corrigidas. Com a palavraas autoridades educacionais do País.
-, O SR. RUY BACELAR (Pronuncia o "seguinte discursu.) - Sr. Presidente, Brs.Deputados, três razões maiores colocam oasfaltamento da BR-ll0, trecho Ribeira doPombal-Paulo Afonso, na Bahia, como umimperativo de nossa época:
A primeira prende-se à segurança nàcionaI. Se não, vejamos: Paulo Afonso é, "porassim dizer, o pulmão do Nordeste. Seu colapso implicaria na paralisação de cerca de1/4 do território nacional e, apesar de ser
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um dos nascentes, é um dos mais promissores parques industriais do País, mormenteapós a instalação na Bahia do complexo petroquími~á a eonsíderar ainda a hídroelétrica de .I1o Afonso, propulsora das diversas unidades da PETROBRÁS e do moderníssimo Parque Industrial de Aratu. Enão se pode assegurar a defesa das turbinasque movem o Nordeste, sem um complexosistema viário, capaz de propiciar a rápidae eficiente chegada de reforços. O exemplo do Orferrte Médio aí está, com Israelconstruindo excelentes vias de escoamentode suas tropas, em quase todas as direções.
A segunda grande razão é a eccnôrníca.Na crise atual de combustíveís, todos os recursos energéticos devem ser poupados, nãose compreendendo que, por não se construir180 quilômetros de asfalto, os veículos transportadores de cargas que se destinam aoabastecimento do Nordeste tenham que ampliar em algumas centenas os quilômetros aserem rodados, encarecendo os fretes e aumentando o consumo de combustível, comreflexOl3 na economia nacional, que ocorrecom subsídios na compra de petróleo, Poroutro lado, o desvio do tráfego determinouum êxodo dos proprIetártos de postos de gasolína, hotéis e comércio varejista para outras áreas de maior e melhor circulação, oque, sem dúvida, vem debilitando a economia dos municípios cortados pela BR-110.
" A terceira grande razão é determinada'pela necessidade de ser convenientemente'explorado o potencial turístíco oferecidopela..região em pauta: Caldas de Cipó, aor1'0, Jorrinho e Itapleuru, com suas águastermais são atrativos .capazes de, se bemexploradas, determinarem um afluxo turístico que earreará para a região os recursosindispensáveis ao "take off", que precisa seriniciado imediatamente. Paulo Afonso, quealia a pujança do eapíríto empreendedor donosso povo à beleza f encantos naturais dacachoeira, num enlace feliz entre a açãohumana e as forças contidas na natureza,é um deleite aos olhos do turista Indígenaou alienigena. Mais que isso, deveria ser umponto obrigatório de convergência a todosaqueles interessados pela grandeza e de~en
volvímento de sua terra. A par de tudo "13130,as reminiscências históricas, perdidas na poeira do tempo, como que destinadas a sucumbir ante a inclemência do sol que tudoqueima e devora, 'secando destarte os "olhosd'água" rachando a terra e despedaçandoas esperanças que se aninham nos indomáveis coracões sertanejos. Por lá passou a
.,"Coluna Prestes" deixando no povo o senl tímento de que á fuga é o destino dos que,. tl)aem nossa consciência histórica, política.a-soeíal. Por lá transitaram os beatos de An
..j;ônio Conselheiro, marcando com trabalho,sangue e lágrima a convicção extremada deum povo que de tanto esperar desesperou,atirando-se na poeira da estrada, ao grito
--'do primeiro fanático. Alí amaram, matarame morreram os "cabras de Lampião", noprimeiro grito de revolta contra o "coroneIísmo" do Nordeste. Tudo, isso, lamentavelmente, esquecido.
Diante do que aqui foi esposado, é quefaço -um veemente apelo ao sensivel e competente Sr. Ministro dos Transportes, General Dirceu Araújo Nogueira, no sentido deque apresse, na medida do possível, o asfaltamento da BR-ll0, trecho de Ribeira doPombal-Paulo Afonso, na Bahia, trazendode volta assim o retirante, que deste modoformulará perguntas, vasculhará o passado,'construirá o presente e fará mais próspero',e.feliz o futuro.
. O SR. PEDRO LAURO - (Pronuncia o se. guinte díseurso.) Sr. Presidente, 81'S. Depu-
.tados, é o seguinte o texto de matériapublicada na imprensa, sob o título "O Paraná Precisa ser Sede da RFF":
"O Paraná, que tem menos de dez porcento da população brasileira e ocupaum território que é apenas 3,5 por centoda superrícíe total do Pais - é responsável por 17 por cento da exportaçãode produtos agrícolas e de manufaturados, vindo logo após São Paulo novolume total. É por isso que o sistemaparanacnse de "corredores de exportação" é considerado corno dos maisimportantes para a economia do Pais e,assim, é aqui que 'o Governo Federalpretende investir os maiores recursos naconstrução de ferrovias (1.141 km dentro dos próximos anos) e na construçãoe aperfeiçoamento da malha rodoviária.Por tudo isso é que não se compreendeo fato de o Ministério dos Transportescontinuar irredutível em sua disposiçãode manter o Rio Grande do Sul comosede administrativa da 11." Regional daRede Ferroviária Federal. Um contrasenso que, pelo que se observa, só viráa prejudicar os próprios planos do Governo em propiciar ao Paraná umeficiente sistema de escoamento da'produção (que só tende a aumentar),entravando burocraticamente o desenvolvimento do Estado e, conseqüentemente, do País."
Era só, Sr. Presidente.
O SR, NOSSER ALMEIDA - (Pronunciao seguinte dtseurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, as recentes medidas adotadaspelo Governo, através do Mínístérío doTrabalho, no sentido de assegurar- aos "soldados da borracha" o beneplácito da aposentadoria dentro do programa de assistência do FUNRURAL, constitui mais um passoavançado em defesa dos sagrados direitosda laboriosa classe.
Esses heróis anônimos, Sr. Presidente, quedurante longos anos foram o sustentáculoda economia da Amazônia, príncípalmentedo Acre, viviam, por assim dizer, marginalizados, à sombra de promessas demagógicasde maus brasileiros, que só se referiam aosseus problemas às vésperas dos pleitos políticos.
O direito à aposentadoria, Sr. presidente,os "soldados da borracha" sempre o tiveram.O que faltava era alguém que tornasse realidade aquilo que estava na letra da lei.
Agora, com as dernarches empreendidasatravés de comíssão especial do Ministériodo Trabalho, o assunto volta a ser objeto de'ProvidênciaS concretas, de largo alcancesocial e humano.
É certo que o FUNRURAL, desde suacriação, já vinha prestando assistência aessa gente, mas, infelizmente, esses beneficios não chegavam à aposentadoria de quetanto necessitam após longos anos de inces-sante atividade. '
Acontecimento como este, Sr. Presidente,só pode receber os nossos melhores aplausos,Sabemos do elevado espírito humanitário doeminente Ministro Arnaldo Prieto e do seuinteresse em solucionar tais problemas, deconformidade com o programa de reformasocial preconizado pelo Governo do Presidente Ernesto Geisel.
O Acre, por nosso intermédio, é agradecido e reconhecido aos Governos da Revolução, pelo muito que têm feito em prol dodesenvolvimento da Nação.
Que medidas complementares não se façam esperar. Ideal seria que a Delegacia doFUNRURAL no Acre, dentro desse espírito,fosse cadastrando os beneficiários, paraabreviar a tramitação dos respectivos processos.
Eram estas, Sr. Presidente, as nossas considerações sobre um problema de soluçãorelativamente simples e que se arrastou emnosso Estado durante tanto tempo.
O SR. RUY LINO -' (Sem revisão doorador.) Sr. Presidente, Srs. Deputados,através desta tribuna, quero manifestar aapreensão dos funcionários públicos federaisdo Acre, com relação à tão propalada classificação de cargos que, até agora, não saiupara ninguém, inclusive para o meu Estado.É que o longínquo Acre continua sendoabandonado, enquanto os seus servidoresenfrentam um custo de vida dos mais altosdo País.° Plano de Reclassificação está muito
atrasado, dependendo de normas que serãobaixadas pelo DASP, através de uma simples portaria. Deste modo seria solucionadoo caso angustiante desses funcionários.
Através desta tribuna, Sr. Presidente,cumpro o meu dever de fazer um apelo aoSr. Diretor do DASP e também ao Exmo. Sr.Governador do meu Estado para que determinem urgência para esse processo de classificação dos funcionários do meu Estado,que, como disse, estão relegados a segundoplano. Como brasileiros, os acreanos também merecem a consideração e a assistênciados Poderes Públicos da União.
O SR. ABEL ÁVILA - (Pronuncia o seguinte díscurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, Santa Catarina tem no Vale do ttaraíe na Região Norte do Estado os seus doismaiores pólos industriais.
No prímeíro deles desponta Blumerrau, aprincipal cidade da bacia do rio Itajaí-Açu,com desenvolvido parque fabril, que somadoa indústrias de outros munícípíos do Valeconcorre com quase 80% das exportaçõeseatarínenses para o mercado mundial.
Para ali convergem a atenção de empresas nacionais em busca de manufaturados ede muitos importadores estrangeiros, interessados nos têxteis e outros produtos catarinenses.
Os indices do crescimento industrial têmsuperado a média nacional. A Secretariada Fazenda divulgou dados a respeito doImposto sobre Circulação de Mercadoriasque vem arrecadando em Blumenau nosúltimos anos. Em 1971, f-oram arrecadadosCr$ 42.708.711,30 e em 1972, Cr$ 58.258.489.84,com um crescimento de 36,41% nesse tributo, que compreende a maior fonte de receita do Estado.
Têm sede em Blumenau sete das vintemaiores empresas de Santa Catarina. queno ano de 1970. tiveram um faturamento deCr$ 22.278.452,00.
Quanto ao Norte do Estado devemos destacar Joinvílle, com pujante setor industriale que sedía cinco das grandes indústriascatarínenses, que faturaram ............•ors 310.233.363,00 em 1970.
Relativamente à arrecadação do ICM,Joinville recolheu Cr$ 56.373.312,19 no anode 1972 e Cr$ 78.076.917,33 no ano seguinte,com aumento de 38%.
Outros municípios das duas regiões encontram-se em grande expansão industrial,participando ativamente do aumento daprodução.
Também a agricultura e indústrias detrnnsrçrmaeâo têm concorrido para esseaumento da produção regional.
As duas Regiões somam 56 municípios ereúnem 33% da população catarínense, estimando-se hoje em mais de 950.000 os habitantes daquela área.
Cabe fazer especial referência ao turismona região, pois Blumenau recebeu em seushotéis 180.486 visitantes no ano de 1973 e o
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Segundo documento em meu poder, aFaculdade de Engenharia Operacional, dareferida universidade, cobra de seus alunosanuidade superior à estabelecida pelo OIP.Segundo divulgou a imprensa, o aumentoda anuidade e da taxa de ínscríção permitido pela OIP, para o exercíeío de 1975, foide 30%, mas os níveis aplicados pela faculdade em referência são bem superiores.Para exemplificar: na disciplina TecnologiaQuímíca o aumento efetivamente cobrado éde 36,4%, em Mecânica, 36,4% em outrasdisciplinas, 37,5%. Isto não se falando nosaumentos cobrados no segundo semestre doano passado.
De nada valeram OS protestos do DUE Diretório da União dos Estudantes - contrao escesso do aumento do preço. A Direção daUniversidade agiu com excessivo rigor earbitrariedade: ameaeou não aceitar a matrícula do jovem que·não pagasse as taxase anuidades na forma e no valor que lheseram cobrados, ou então cancelar as já ere.tuadas. É evidente o arbítrio, que por si só
balneário de Camboriú 150.000 veranistas,na época própria. "-
Atualmente servem as duas importantesregiões os aeroportos de Joinville e de Navegantes, Esses dois terminais, segundo opinião de técnicos altamente qualificados, nãodispõem de condições que possibilitem suaampliação. Até mesmo as condições técnicasnão podem atender os jatos hoje utilizadospelas empresas aéreas brasileiras.
Tais empresas vêm realizando a rnoderníaação de seus equipamentos de vôo, emface das exígôncíaa do nosso desenvolvimento. Elas estão passando a operar comaeronaves a jato, bastante modernas.
Ante' esta modernização, as classes empresariais do nosso Estado têm-se preocupado com as precárias condições dos aeroportosde Joinville e Navegantes, pois elas darãocausa à paralisação dos vôos quando asvelhas aeronaves forem retiradas de operação naquela rota.
'Com estas retiradas as companhias aéreasnão poderão servir à região de Joinvílle e aoVale do Itajaí, utilizando-se dos novos jatos.
Cremos que a solução virá com os estudospara a construção de um moderno terminalaeroviário entre as cidades de Joinville eBlumenau, dotado de todas as condiçõestécnicas para operação de jatos de grandeporte.
Esse novo aeroporto deve estar eqüídlstante de Blumenau - Joinville, de modo aatender bem aos dois pólos índustríaís catarínenses,
Recentemente estivemos em audiênciacom o Brigadeiro Hélio costa, ilustre Presidente da INFRAERO, encarecendo daquelaautoridade os estudos necessários à construção do novo terminal.
Deste contato, do qual participaram Diretores da Associação Comercial e Industrialde Blumenau, Município líder do > Vale doItajaí, acompanhando seu Presldente, ficouassentado que se deva examinar com amaíór preocupação a Iocalízação de um novoaeroporto naquela região do Estado, paraenfrentar no futuro os problemas que advírão com o desenvolvimento da avíaçâo comercial que, sem dúvida alguma, irá abandonar o uso de aeronaves absoletas que nãomais atendem os objetivos da modernizaçãodo tráfego aéreo comercial, passando-se aouso de aviões a jato de maior porte, ímpossíbílttados de pousar nos aeroportos deJoinville e Navegantes.
Por várias vezes usamos a tribuna daCâmara para defender a manutenção e melhoria do aeroporto de Navegarrtes e entendemos que ele vem prestando serviços àregião do Estado, compreendida pelo litorale Vale do Itajai. Contudo, diante da realidade da situação e da evolução dos acontecimentos parece-nos esteja comprovada aneceBsid~de de se construir um aeroportode grande porte e passamos a raciocinardiferentemente, para iniciar, desde logo,este movimento, juntamente com as classesinteressadas da Região, para consolidar anossa posição, neste setor, face da alta ~mportâncía que representa para o Vale, ütoral e norte, a existência, mesmo que nãoseja para já, de um bom e adequado campode pouso, localizado preferencialmente naárea compreendida entre Itajai e JoinviUe,a critério dos órgãos competentes. após 'Ilevantamento e exame do terreno apropriado.
Tão logo retorne a Santa Catarina procuraremos acompanhados de representantesdas classes empresaríaía, entrevistar-noscom o Sr. Governador do Estado para debater o importante problell1;a e, inclus!ve,examinar com aquela autoridade a possívelimplantação do Escritório da INFRAERO
em Santa Catarina, que poderia ter, como representa outra ilegalidade, e que no casosua primeira incumbência, o estudo da loca- não resistiria a um exame [udícíal. Assim,lização do aeroporto a que nos referimos. o estudante universitário de Caxias do Sul,
além de ter de suportar o famigerado 477 eNão só desejamos trazer o assunto ao outros atos de império, que lhe tolhem até
conhecimento da Casa, mas queremos tam- o direito de interessar-se. pelos -assuntosbém fazer sentir o quanto de necessário e econômicos sociais e políticos do País temurgente se torna a tomada de uma posição agora de a~eitar afnda a injustiça de pagarpor parte das classes produtoras do_ meu o que não é devido e a arbitrariedade par-Estado, com atividade naquela Regiao de t· da nelos resnonsâ I re ida Unisanta Catarina. Transformo estas oonsíde- roa a pe os responsaveís pe a re r -racões em apelo ao Sr. Ministro da Aero- versídade.náutica e, em especial, ao Presidente da Dai por que apelo ao Ministro Ney BragaINFRAERO Brigadeiro Hélio Oosta, certos para que determine à Universidade de Cade que este nosso ponto de vista _encontre xias do SUl que atenha a cobrança dasressonância e se efetive uma solução dentro anuidades escolares aos limites do que foida urgência que o empreendimento venha a estabelecido pelo CIP, e a este para queexigír, cesse de autorizar aumentos exagerados, a
O SR. ELOY LENZI (Pronuncia o seguinte nível escolar, sob pena de tornar-se merodiscurso.) Sr. Presidente, 81'S. Deputados, a órgão homologador dos pedidos de aumentocada dia a vida se torna mais dificil de ser - mesmo exagerados - que lhe fazem e,vivida pelo povo. Os permanentes aumentos desta forma, cair em total descrédito pedos preços das utíüdades para um povo de rante a opinião pública.baixa renda per capita torna difícil, senão O SR. ODACIR KLEIN (Pronuncia o se.impossível, a manutenção <;0.;> encargos. guinte díseurso.) Sr. Presidente, Brs, DepuAssim acontece com os operarios, com os tados, há, no Brasil, uma classe injustiçada.funcionários públicos não eategorízados, nos Os que transportam a nossa produção, ostrês âmbitos, municipal, estadual e federal, motoristas, que deixam o aconch.eg.o de s,euscom os comerciários com os estudantes.Apenas menciono algumas d~s principa~s Iares e o carinho de seu~ famili.ares AAJ:~camadas que integram a SOCIedade brasí- p.artirem em viagens de dias e noites, d!1v;e-Ieíra. Tudo sobe de preço constantemente e riam receber melhor atenção, ,;,tudô se torna difícil de ser realizado. O No entanto, são obrigados, por vezes, Plllraestudante brasileiro de curso superior, com descarga do que transportam, a espe~r
raras exceções, talvez seja o mais sofrida pêla boa vontade das empresas adquirentesdo mundo, principalmente a que estuda. em da carga ou encarregadas da descarga, diasuniversidade particular. Geralmente, f'ilho seguidos em filas sem o recebimerrto ,dede rarnílía modesta, dotada de poucos ou ~ nenhuma inçlenização pelos lucros cessantessem nenhum recurso material, não disp§e ou danos emergentes. .de meios para pagar seus estudos, que saoextremamente caros. As vagas nas uníver- No Rio Gr!1nde ~o Sul, algumas veses, ossídades públicas, que não cobram anuidades, n:0toristas sao obrigados a uma espera, emsão poucas para a imensa leva de estudan- fílas, para descarga de produtos transportes que a cada ano busca os bancos aea- tados, por p~riodos de até seis dias, nadadêmícos. Os livros são earíssímos. No estudo recebendo alem do. valor do frete, ,mas f~
de Medicina - para exemplificar - exís- c~do com seus V:€lculos parados, impossitem livros que custam mais de Cr$ 1. 000,00 bílítados de aufenrem; rendimento e ínelucada um. A taxa de matrícula e a anuidade, síve gastando com alímentaçâo ou mesmona universidade particular, são extrema- com alojamento. .mente elevadas. Pior é que as aumentam Mas como se não bastasse essa situação,constantemente, sem. que haja o correspon- o Poder Público não tem propiciado, t~mdente aumento ~alarI_al, ~ que provoca uma bém facilidades para os transportado'relldefasagem na sítuaçâo ~man~elra do estu- ~do'viários.dante ou de quem lhe fmanclll Os estudos. ._Assim vem acontecendo 'em todas as uníver- .No ano passa,do, por, ocasiao do trl;lI.lSportesídades particulares, as quais, diga-se de d~ safra de soja para o por~o marítimo 1epassagem, contam com integral apoio do RlO Grand!, uma ponte sobre .0. canal SaODIP, Conselho Interministerial de preços, o.0l}çalo nao apresen0p as suflCH;ntes ean-para aumentar suas anuidades. díções para traregabíüdade, obrigando os
. motorístas;' para travessia pelo processoA Universidade de Caxias do Sul, situada obsoleto de balsas a esperarem em filas p<1lr
na cidade do mesmo nome, no Rio Grande longo tempo cauSando, também, prejuízos,do Sul não ficou atras e até extrapolouas' , !,
limites' de aumento estabelecidos pelo CIP. Houve uma fila para atravessar o ca~le outra para a descarga. . .'J
Parece que no corrente ano a situaç{j)onão mudou muito. .j
O Jornal do Brasil de 8 de abril pub1i~areportagem sob o título "Velha Ponte é Pr~blema Para o Escoamento das Safras", ondese tem conhecimento de que a ponte sobre-oSão Gonçalo está dando passagem em apenas uma das pistas, obrigando os motoristasà. espera para a travessia, isto no início dotransporte da safra de soja, quando aind!anão é expressivo o volume do movimentodos caminhões.
O fato é irritante, pois parece que, mesmo com o problema surgido no ano passado,a solução ainda não foi definitiva.
E os motoristas continuam em filas p!i,r~transpor o São Gonçalo e para a descarga,do que transportam. '
Até quando?Até quando?
Era o que tinha a dizer•
Abril de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção l) Sábado 12 14.03
O SR. AMAURY MVLLER - (Pronuncia,o seguinte ãíscurse.) Sr. Presidente, srs,Deputados, a população da área metropolitana de Porto Alegre, a exemplo de outroscentros urbanos do Pais, continua expostaà ação cada vez mais intensa e audaeíosade um verdadeiro exército de crímínosos emarginais.
O aparelho policial, não raro voltado parao combate à suposta subversão, mostra-seImpotente para coibir a escalada da violência.
Nem mesmo a Invíolabíltdade dos laresdesfruta, hoje, de um mínímo de garantia.
O homem comum, que paga Impostos enecessita de segurança para trabalhar eproduzir, vive permanentemente aterrorízado ,
O crime tornou-se instituição nacional.Dia a dia, numa proporção alarmante, o
problema assume dimensões mais graves.Por todos os lugares, crescem e se multiphcam bolsões de miséria, onde a única leié a da sobrevivência a qualquer preço, mesmo à custa de preciosas vidas humanas.
O próprio Governador Sinval Guazelli,certamente alarmado com o espantoso aumento da eríminalídade no Rio Grande doSul, propôs, dlas atrás, o reaparelhamerito40 mecanismo policial, com a admissão decentenas de pessoas e a aquisição de veí.culos e equipamentos para combater, comdesejável erícíêncía, a escala do crime e da-víolêncía,. '.'Não nego validade às medidas adotadaspelo chefe do executivo gaúcho.
~ Todavia, dinamizar o sistema policial nãobasta.
As origens do problema são outras. Residem, sobretudo, nas precárias condições devida de extensas faixas da população, que,marginalizadas do processo social, buscamno crime a única forma de sobrevivência.
Desemprego e subemprego, baixos salários, êxodo rural e freqüentes burlas à legislação trabalhista vigente constituem, semdúvida, poderoso estímulo à delinqüência.
Sem pão não há segurança. E hoje, apesar de toda a publicidade oficial, a miséria
, ê) muito maior do que ontem.,1 • Proclama-se todos os dias que o Brasil,não obstante a crise econômica que afeta
.o mundo inteiro, consegue manter expressí,rv.as taxas de crescimento. Esse dado pode'ser alentador, mas mostra-se insuficientee .até romântico para refletir a trágica realidade nacional. A repetição cansativa e
I monótona de que o Pais alcança indice in-vejáveis de expansão do Produto Interno
.Bruto parece-me, data venia, um argumerr-to prosáíeo e trivial. Importa saber se essecrescimento tem beneficiado à maioria da'popula~ão, de modo que todos e cada umdos brasileiros disponham do minimo Indís-
''Pensável a um padrão de vida compatívelcom a dignidade humana.
Ora, Sr. Presidente, seria fechar os olhos'[para a realidade admitir que esse objetivo,!J:qi ou está prestes a ser alcançado.(, Em conseqüência, torna-se inevitável oespantoso aumento das taxas de crímínalídade ,I Uma vigorosa política de prevenção e derepressão ao crime precisa, por isso mesmo,.ser precedida de providências no campo so/ial, a fim de que o espectro da fome seja'tiefinitivamente erradicado. Contudo, qual-quer providência nesse sentido estará fadada ao mais rotundo fracasso se, paralelamente ao efetivo engajamento social de milhões de brasileiros, não for assegurado amplo respeito !:WS direitos do homem. A de-
mocratízaçâo do -ê:Jisino, especialmente naárea superior; a autonomia sindical; aauto-organização das formas profissionaisrurais; e livre exercício da crítica, semquaisquer pressões ou coações; a expressãodas minorias validamente configuradas nocontexto social; a abolição total e definitivadas torturas, dos seqüestros e das prisõesarbitrárias configuram uma postura inadiável para que, através do esforço de todos edo trabalho de cada um, possa o Brasiltransformar-se num grande país,-capaz deservir de paradigma às demais nações domundo.
Por tudo issso, Sr. Presidente, é que ousoenfocar o problema sob um ângulo geralmente desprezado pelas autoridades governamentais.
Em resumo, considero válidas e louváveisas medidas propostas pelo Sr. Sinval Guazelli para atenuar a escalada da violênciaem Porto Alegre e em outros centros urbanos do Rio Grande do Sul. Penso, porém,que o submundo do crime só, desaparecerá.quando houver justíça social, com a COIJ..Sequente elímínação do lamentável abismoque, hoje, separa uns poucos privilegiadosda imensa maioria dos brasileiros.
O SIto FRANCISCO LmARDONI ~ (Pronuncia o seguinte ãíseurso.) sr. Presídente,81'S. Deputados, as constantes altas do custode vida já passam a constituir um dos maissérios desafies para o Governo Federal.-
Os aumentos, que ocorriam em penadosrelativamente largos, passam a acontecer,agora, quase semanalmente,
O óleo, a carne, o açúcar, o arroz, o leite,o pão, as frutas e as. verduras, sem falarmosem remédios, em automóveis, em objetos deuso pessoal, ou outros artigos, são remarcados por iniciativa única do vendedor, quelamentavelmente dispõe desse poder pessoal.
Quando a 8UNAB aparece é para homologar os aumentos mais espantosos.
Creio que os órgãos eetatístícos do Governo Federal já perderam o ritmo de seutrabalho, pois a velocidade registrada naelevação artigos indispensáveis à subsistência humana tornou-se inacreditável.
Como podem viver os que percebem saiários baixos, ou até mesmo salários médios?
Esse processo de esmagamento salarial,até aqui não contido ou abrandado pelasautoridades do País, está. criando um ambiente de desencanto e de ceticismo no seiodo povo brasileiro.
Se perguntarmos por que não se estancaessa avassaladora torrente de preços, quemvai responder ou explicar?
Ora, o Governo Federal está armado defortes dtsposãtívos jurídicos.
E por que não os exerce na proteção direta dos orçamentos populares?
Entendemos, por isso mesmo, ser profundamente controvertida a política desenvolvímentísta do Governo. 8e de um ladoconstrói edificios suntuosos, faz obras dearte faraônicas ou consome fortunas empropaganda, por outro lado deixa o povo àmargem de sua ação objetiva. '
É deplorável que, utilizando-nos de elementos írretorquíveís, tenhamos de formarquadro tão sombrio. Mas esta é a amargaverdade.
Sr. Presldente, aproveito a oportunidadepara referir um fato inédito no Brasil.
_Numa reportagem da Folha D'Oeste, doMunicípio de Chapecó, há uma notícia que
me parece muito triste, por dizer respeito àjuventude brasileira. Ei-la:
"500 ALUNOS NAO T:ffiM ONDE SENTAR EM SAO LOURENÇO D'OESTECoisa inédita acontece em São Lourenço D'Oeste. Coisa fora do normal. Umabsurdo e estarrecedor: 500 alunos de1.° grau não têm onde sentar; numprédio novo, inaugurado no dia 13 demarço do corrente ano. O prédio temcinco salas de aula, cabendo em cadauns trinta alunos, o que lhe dá. umacapacidade de espaço para aproximadamente 500 escolares. Estes alunos,deste o início do ano letivo, vão à escola, respondem à chamada, mas nãotêm aula por falta de banco onde seacomodarem. Nenhum banco, sem exagero. Nem para amostra sequer.Trata-se de um fato Incrível, demonstrando-o desinteresse do Governo Estadual para com o ensino em São Lourenço.Este desinteresse vem, de há tempo,começando pela construção do grupoescolar "Soror Angélica" com duas salas a menos do que o constante doplano.Agora se abate sobre a cidade mais estacatástrofe.Na história da construção do novo grupo escolar, aquele que hoje não dispõede bancos, a Prefeitura Municipal deSão Lourenço D'Oeste prontificou-se adoar o terreno e a fazer a terraplenagem. Inaugurou-se o prédio, com solenidades, discursos, almoço, palmas equejandos em homenagem às autoridades ínauguradoraa.Mas foram esquecidos os bancos. Nãohá material didático. As carteiras foram requeridas à Coordenadoria Regional de São Miguel D'Oeste, a qual atéagora não deu nenhuma solução parao caso, omitindo-se, conforme se omitiu em muitos outros casos relativos aoensino de São Lourenço D'Oeste.E o que se faz na escola sem bancos?Não se estuda. Os alunos, às centenas,sentam-se no chão como Os hindus,"como provam as 'fotos", ou ficam empé. Respondem à chamada e são mandados para casa.Quem perde? Os alunos, que não aprendem; os pais, que vêem seus filhos crescerem na ignorância; o próprio Estado,que paga professores sem lhes dar condições de trabalho.Além destes prejuízos, o grupo escolartem outra desvantagem - a falta deágua. Daí que os alunos matriculadosnele não bebem nunca; nem das fontesda cultura, nem das fontes da natureza.Aí estão os fatos.E vem eles demonstrar que o governodo Estado está abandonando São Lourenço D'Oeste à sua própria sorte. Ummunícíplo como este, que é um dos maisprogressistas do oeste catarínense e o4.° na arrecadação do ICM dentro dosmunicípios da AMOSC, efetivamentenão merece tal desconsideração porparte dos órgãos estaduais.Por enquanto São Lourenço D'Oeste defende-se sozinho no setor do ensino,resolvendo, inclusive, problemas quesão da obrigação do poder estadual. Éo caso do prédio construido pela Prefeitura Municipal para atender ao ensino de 2.° grau mantido pela EscolaTécnica de Comércio Jorge Lacerda, daCNEC.Pelo fato de que os alunos de 2.° grauestudam à noite, o citado prédio, que
1404 Sábado 12 DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Abril de 1975
possui seis salas de aula, foi cedido aoEstado na parte do horário diurno, para o funcionamento do ensino de pri-meiro grau, ou fundamental. -Deve-se ressaltar que a cessão foi gratuita e que este prédíe dispõe de salasamplas, agua, iluminação e... BapcosEscolares para todos os alunos.E qual é a retribuição do Estado em favor de São Lourenço? Simplesmente odescaso, ou benefício às migalhas.Trata-se de uma relação injusta, pois oensino de primeiro grau é de inteiraresponsabilidade do Estado, ao menosem sua maior parcela. Não parece queisto ocorra em São Lourenço D'Oeste.Foi noticiado que o Governo Estadualcriou escolas básicas em Jupiá, em Santa Lúcia, em Três Voltas e em Saltinho,todas localidades próximas à cidade deSão Lourenço D'Oeste.Perguntamos agora: Quais são as condições dos alunos que concluem estasescolas básicas de prosseguirem nosseus estudos? Irão para onde frequentaro ensino de .segundo grau?Em Pato Branco? Em Chapecó? Ou talvez se queira que seja em Florianópolill? ...Daí surge, pois, a questão de que SãoLourenço D'Oeste não tem apenas problemas no setor do ensino básico, mastambém ao nível de 2.0 grau. Estes problemas têm de ser rescívídos. E aoGoverno Estadual cabe grande parte daresponsabilidade na sua solução.Ê isto que a população de São Lourenco D'Oeste exige e agora reivindica aoGoverno do Estado. São exigências ereivindicações de todas as classes e detodas as correntes partidárias do nossomunícípío. .
Resta-nos, pois, o apelo que fazemos aonovo Governador do Estado KDnderReis, no sentido de que aceite comosuas as aspirações do povo de São Lourenço D'Oeste,Valmiro RezzieriVereador."
O SR. ALOíSIO SANTOS (Pronuncia oseguinte discurso) - Sr. Presidente, Srs.Deputados, no terceiro discurso que pronunciamos nesta Casa, trazendo procuraçãodos capixabas para representá-los na Câmara dos Deputados, nos próximos quatroanos, queremos assinalar a existência deum problema bastante sério na admínístração da Capital da República, onde iremos desempenhar nosso mandato.
C01110 pessoa que chega, como mais umbrasiliense na Capital do Brasil - porquejá se convencionou que são brasílienses nãosó os que aqui nascem, mas também os queaqui vivem - não poderíamos desconhecerque a faLta de representação popular noGoverno do Distrito Federal é uma disfunção que reflete problema idêntico existentenas capitais estaduais e nos munícípíosconsiderados de interesse da Segurança Nacional.
Em Brasília, como nesses munícíptos, opovo não pode escolher o seu governante emuito menos contar com, uma Oâmara deVereadores ou um COnselho Representativopara advogar a causa pública junto aos administradores.
Em Brasília rasgam-se avenídas ou suprimem-se estacionamentos, dilacera-seuma área verde ou derrubam-se árvores,sem consultar a ninguém. Constroem viadutos ou desmontam uma fonte Iumínosa,sem que ninguém, sem que os principais
interessados, sem que a população que usaesses locais, possa se expressar, possa emitir a sua opírrlâo.
Quem defende os motoristas de táxis deBrasília? Quem luta por um melhor atendimento médico-hospitalar? Quem pode dizer se o ensíno que as crianças recebem nasescolas é o mais adequado, ou se as despeSaS são demais, ou se os horários não sãoconvenientes, ou se a criança não é bemtratada? Quem pode tratar de qualquer outro problema relaclonado com o ensino oumesmo com a falta de programação cultural na cidade?
Não se dirá que estamos desprovidos deautoridade para falar desse jeito, porqueexatamente por sermos um "chegante",mais um entre os tantos que chegam aBrasília, procedentes de outros Estados,sentimos, ao andar pela cidade, ao convivercom DS seus habitantes, neste primeiro mês,ao entrar nas repartições públicas, sentimoso impacto dessa queixa surda de todos osbraslllenses contra a falta de um '5rgão representativo que fale em nome dos moradores de Brasílla.
Nesses poucos dias, temos visto só nosjornais aquela defesa VIgilante de que falamos há pouco. Leitor assíduo dos jornais,devemos destacar honestamente, desde esteterceiro discurso, a imparcialidade de umjornal que é distribuído diariamente noapartamento - o "Jornal de Brasília" sem pretender, de longe sequer, desmerecero brilhantismo dos outros dois. Nesse jornal, específlcamente na Editoria de Cidade,temos podido acompanhar, ultimamente, odesenrolar de uma campanha em favor damelhorta do atendimento médico-hospitalar da cidade, o que culminou com a substituição do presidente e de toda a direto-riada Fundação Hospitalar do Distrito Federal,órgão da Secretaria de Saúde responsávelpela administração dos hospitais desta cidade, onde a saúde, como ocorre no interiordo Brasil e especialmente de nosso EspírrtoSanto, ainda é problemática, ainda é caótica, ainda é incapaz de garantir aos maisnecessitados um atendimento conveniente.
Entretanto, é preciso que a população deBrasilía tenha não apenas na vígtlâncía dosjornais a sua tribuna de defesa, porque, sebem dinâmica e de elevado nível de imparcialidade, a imprensa de Brasília não é, emsentido próprio, um corpo representativoem relação ao povo e longe está de participar do governo, por seus próprios principiosde independência, que a situam entre asmais edíftcantes do Pais. Os jornais permanecem completamente impossibilitadosde levarem sua atuação além da simplesobservação e análise dos fatos.
Brasília, não obstante a condição hegemônica e a pujança que ostenta, permanece, em termos de sistema representativo ede vida democrática, incompreensivelmentedissociada da realidade nacional.
Nesta Oapital, talvez devido a um excessode originalidade que contaminou todas assuas dimensões, aboliram por completo osistema representativo.
Se atentarmos para o sistema de governodesta Cidade-Estado, observaremos que oseu povo não participa, de forma alguma,da Administração, vez que não conta com'um corpo político-legislativo suscetível decanalizar as correntes de opinião e de fiscalizar, segundo a idiossincrasia própria doambiente, a performance do chefe do Exe-cutivo. '.
Segundo o § 1.0 do art. 17 da CDnstituiçãoFederal, compete ao Senado discutir e votarprojetos de lei sobre matéria tributária eorçamentária, serviços públicos' e pessoal daAdministração do Distrito Federal. O § 2.°já prevê a nomeação do Governador do nis-
tríto Federal pelo Presidente da República,depois de aprovada a escolha pelo Senado.
Come vemos, a situação é realmente esdrúxula e prima por contrastar com o sistema de identidade representativa, eis queD Senado Federal é um corpo inteiramenteestranho à vontade e sentimento da população de Brasília.
Se uma das características fundamentaisdo sistema representativo atual é, como vimo-s, o poder de pressão dos grupos ou daprópria comunidade sobre os representantes, aqui este poder não é dado à população, já que o Senado Federal 'é um corpode constituição e renovação inteiramenteindependentes da vontade da população deBrasília.
Entendemos que é chegado o momento dese normalizar a vida politíca desta cidade,democratizando-se o seu Governo. Brasflíanecessita de uma Assembléia Legislativa ede um Chefe de Executivo eleito diretamente pelo povo.
Não vemos razões que possam obstaculizar a implantação de um sistema realmenterepresentativo nesta Capital. O próprio Wode Janeiro, quando Oapital Federal, possuíasua Assembléia Legislativa. Então, por qneexcepcíonalízar, de forma tão extravagante,a vida política e administrativa desta ím-portante e significativa cidade? .
Estamos nos dirigindo a uma Casa j;l~ll,ítíca de expressão e tradição democrátjease que por isso mesmo haverá de comunga)."conosco neste ponto de vista e de se mostrar sensível ao nosso apelo no sentido decomeçarmos a nos preocupar com uma vidademocrática para Brasília. ,.
O SR. DASO COIMBRA - (Pronunciao seguinte díseurso.) Sr. Presidente e srs,Deputados, o alarmante crescimento do índice de toxicômanos, nos dias de hoje, vemcomprovar a inadequação de medidas propostas pela própria Organraçaâo Mundialde Saúde.
Evidentemente, os alucinógenos vêm estimulando prósperas culturas na Turquia, naTailândia e em outros países. Os responsáveis pela produção de substâncias entorpecentes justificam, via de regra, que essematerial visa a atender às exigências çiecentros de estudos Ou laboratórios farmacêuticos.
Na verdade, parte da produção - predominantemente o ópio - destina-se a fínsctentitícos. Mas é inegável que o tráficointernacional de drogas cresce de momentoa momento. E temos - quanto a este aspectu - de lamentar a inexistência de umalegislação mundial de molde único, capazde prevenir, pelo menos, o agravamentodesse problema social. :
O uso dos tóxicos, cada vez mais intensivo, e abrangendo quase todas as ~reas .domundo, cria, hoje, as conotações espantosasde uma crise que acabrunha e traumatíza amoral do século.
As leis de cada país variam, havendoalgumas nações que adotam, neste âmbito,um comportamento permissivo, íneompatível, mesmo, com 9S padrões de ética queainda restam à Humanidade.
Há o traficante e há o toxicômano. Aquele constitui um caso penal. Este, um casopsicossocial. As leis brasileiras - vale MSinalar - vêm sendo rigidas e necessariamente lúcidas, separando os que cornercíaltzam as drogas dos que infelizmente as consomem. É oportuno, porém, analisar aberturas involuntárias em nossas fronteiras, ~rrestres e marítímas; por onde as drogaschegam a esse trágico mercado de consumo.Ocorrem, às vezes, em nossos aeroportos,compreensivos lapsos fiscais. de que se valem traficantes de alta periculosidade, a
Abl'iJ de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 12 1465
fim de atenderem, maldosamente, ao graveestado de. dependência psíquica de nossosviciados.
A questão - por lastrear-se em fundamentos sociais complexos - deve ser colocada como tema de indiscutível seriedade.
Prioritariamente, cabe à OrganizaçãoMundial da Saúde, um dos mais importantessetores da ONU, impor caráter mais enérgicoao seu comportamento legal, atuando emáreas Internaeíonaís, de modo que ervas quecriam e desenvolvem o vicio tenham acultura severamente vigiada, obrigando osprodutores a uma canalização única paraas instituições médico-cientificas.
Constata-se, deploravelmente, o desdobramento espetaculoso dessa catástrofe social, enquanto assistimos ao extravio írreparável de consideráveis parcelas de nossapreciosa juventude. .
Trata-se, sem dúvida, de angustioso casouniversal. Porque cada jovem, aliciado esacrificado pelos tóxicos, é um desfalquemoral que se debita ao futuro dos povos.
O SR. ALYARO YALLE - (Pronuncia osegutnte díscurso.) Sr. Presidente, Srs.'1lleputados, em fins de 1973, fomos procurados por artistas que nos alertavam sobre aímportâncía de se promover um levantamento .da arte brasileira, dita primitiva.
Realmente, Sr. Pnlsidente, n08SOS artistas-:tn-gênuos, às vezes mal conhecidos no pró--;Pl'io Pais, são admirados ínternaeíonalmen-'te, e participam de catálogos e obras que seJ;l'1!lblicam na Eur{)pa e nos Estados Unidos.
J ,; Não se pretendia uma exposição, e muitomenos se pensava em promover uma sele..ção de pintores; os melhores criticas e estudíosos da matéria sentem em toda ,parte adificuldade do encontro de critérios e normas que permitam a seleção, onde tantose manifestam as características, os sentimentos, a alma, a sensibilidade desordenadado povo.
Levei a idéia ao :M:ínistro Jarbas Passarlnho, que imediatamente determinou que setomassem as providêncià,s para o necessário levantamento, tendo designado o críticoifayme Maurício coordenador do Grupo deTrabalho que se formou. O Sr. Jayme Mauricio, reconhecidamente um dos melhorescríticos do Pais e de renome internacional,entregou-se ao projeto, que recebeu apoio~ colaboração de toda a imprensa e daqueles que se dedicam à cultura em nosso País.
,.0 sistema Globo decidiu copatrocínar oempreendírnento, e a chamada nacional dos.artretas prímitívos começou a ser feita so-
, bretudo pelo Estado de S. Paulo. Jornal do, .Brasil, Correio do Povo, última Hora, 'I'zibu.,na da Imprensa e pelos principais órgãos dedivulgação de cada, Estado.
O grupo visitou capitais brasileiras, reco-,,;lhendo obras daqueles que pareciam os.autores mais significativos, e no início de1974 já estavam reunidos cerca de 500 quadros. Quase 200 pintores, compreendendoa importância do que se fazia confiaramsuas obras, que foram reunidas no Palácioda cultura, e no Museu Histórico no Rio de
,Janeiro. 'A exposição seria apresentada no Rio, e
posteríormente levada para outras Capitaisque manifestaram interesse por ela. Assim,a Bienal de 13, Paulo e o Museu Chateaubríand deveriam recebê-la. O Ministro Ney'Braga solicitou pessoalmente ao EmbaixadorWladmir Murtllnho que encontrasse emBrasília o local apropriado para que nãose privassem de conhecê-la os habitantesda caprtal,
Antes de ser aberta, a exposição já come"lava a apresentar seus frutos. Discutia-sea propriedade dos locais escolhidos. Algunsqueriam-na no próprio Palácio da Cultura,
no Rio de Janeiro, enquanto outros mostravam o exemplo internacional, quando levantamentos semelhantes foram expostos emquartéis, praças públicas 011 escadarias demonumentos e teatros. Os críticos dividiamse quanto à própria terminologia, e começou-se a falar em arte ingênua, ínsita ouínsítíca, naít ou até em arte camponesa,como pretende Herbert Read.
Todo esse movimento, Sr. Presidente, quecomeçava a representar um passo importante na história da arte brasílíera, foi subitamente envolvido pelas teias espessas daburocracia.
O critico Jayme Mauricio aceitara a 00ordenação dos trabalhos, com a condição denão preocupar-se com a sua administraçãofinanceira. Resolveu-se que as verbas seriamcontroladas pelo Museu Nacional de BelasArtes do 'Rio de Japeiro. E então, Sr. Presidente, sem que se entenda porque, emépoca de mudança de administrações, oMuseu de Belas Artes assumiu a direçãoefetiva do projeto. Não haveria queixas seele fosse conduzido de acordo com a inspiração original. Mas, talvez porque faltassemrecursos, reduzrü-se o levantamento da arteingênua brasileira a uma pequena exposiçãoigual a tantas outras que podemos ver emgalerias espalhadas pelo País.
Inexplicavelmente decidiram os novos responsáveis fazer uma seleção de obras, utilizando critérios estéticos tradicionais em umgênero de pintura que mesmo os europeusnão classificam. Pretendia-se mostrar aopovo a manifestação válida de nossos pintores que transmitem em suas cores umBrasH ensolarado, a natureza simples denossa gente, a herança de uma Nação quese forjou nos canaviais, nas senzalas, nasminas, nos campos do Sul e nos alagados daAmazônia. Por ela Iriamos sentir a capacidade brasileira de dizer com arte o que lhevai na alma, ainda quando faltem os recursos da erudição. E, sobretudo, Sr. Presidente iríamos discutir um tema extremamente complexo e agitar o pensamento brasileiro com um debate que nos conduziriaàs nossas próprias raizes.
Ao invés disse tivemos algumas dezenasde quadros, pendurados em paredes antlgas,ao lado de. outras obras assinadas por crianças e excepcionais.
Fica um apelo li sensibilidade do MinistroNey Braga, que certamente não tem conhecimento di:! que ocorreu. Que se volte li idéiaoriginal, e que se continue o ,levantamentojá iniciado.
O interesse pelo proj eto é evidenciadopelos debates que vem promovendo a im-
- prensa .eseríta. Os artistas brasileiros têmmais um débito com o Jornal do Brasil e seucritico de arte, Roberto Pontual com a Revista Veja, e tantos outros que abriram suaspáginas para a discussão do tema, liderandoeste movimento ao qual não ficará alheio oMinistro da Educação, que é também daCultura.
Era o que eu tinha a dizer.O SR. HENRIQUE CARDOSO - (Sem re
visão do or-adur.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, a Comíssào de Agricultura desta Casateve a feliz iniciativa de convidar S. Ex.ao Sr. Ministro da Agricultura, AlyssonPaulinelli, para um debate franco, a fim deque os Brs. Deputados pertencentes àquelaComissão pudessem conhecer melhor a situação da agropecuária do País. Infelizmente o tempo de 5 minutos concedído a cadaDeputado para abordar problemas tão complexos em referência às culturas nacionaise à própria pecuária não deu margem aque falássemos' sobre o nosso ponto de vistaa respeito do cacau. Registramos apenas algumas pineeladas, sem aquc'a condição ne-
. cessáría para, em cores vivas, mostrar à
Nação e, principalmente naquela hora especifica, ao Sr. Ministro, que a lavoura docacau precisa de uma injeção de créditopara que o lavrador não seja presa fácil dehomens que, como disse ontem, quandosaem deixam o coração em casa. São oscompradores.do produto. Eles têm apenas ointeresse de lucro. Como a injeção creditícia é pequena, os exportadores exploram opobre plantador do cacau, aviltando-lhe opreço em 10 ou 20 cruzeiros a menos do queo mercado Internacional. Além disso, transferem-se para a posição de tínaneladores,cobrando, naturalmente, os jUlXJS do dinheiro que -tomarn aos bancos e que se somamao lucro obtido na compra a preço inferiorao do mercado Internacional.
Sr. Presidente, quisera eu, já que nãopude ontem, pela premência do tempo, lançar daqui um alerta ao Sr. Ministro daAgricultura para que faça ver ao Banco doBrasil que 21 cruzeiros, apenas, em 120 cruzeiros por arrobá, que é o preço do mercado, não são suficientes para garantir 4 meses de entressafra. Fica, então, o lavradorsujeito à exploração daqueles que fazem acomercialização do cacau. Se realmente oGoverno quer apoiar o lavrador e defenderaquela máxima que diz "plante que o Governo garante", é preciso que o Sr. Presidente da República, o Sr. Mlníatro da Agricultura, enfim, todos os órgãos governamontais que tenham interesse em que, plantando esteja garantida a produção, voltemsuas vistas para o pobre do lavrador decacau - e nesta hora quero referir-me nãoapenas ao plantador do cacau, mas a -todosaqueles homens que abrem o ventre da terra e asseguram a produção deste País - eseja ampliada a área de crédito a fim deque esses homens não fiquem sujeitos à
exploração daqueles que saem e deixam ocoração em casa.
O SR. GOMES DO AMARAL - (Pronuncia o seguinte díscurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, movido pelo senso de justiça,faca uso desta tribuna para levar ao conhecimento dos grados pares um dos problemas mais sérios e urgentes e que deverámerecer toda a nossa atenção. Não mais nospoderemos manter alheios aos fatos que envolvem o funcionalismo no Banco do Brasil S.A., elite que paulatinamente vem perdendo as esperancas de melhores dias e demais justiça quanto às suas pretensões salariais.
Sr. Presidente, é do conhecimento de todaCasa que o Banco Central, organismo criado não há muito tempo, teve seu quadrofuncional totalmente preenchido com homens oriundos do quadro do Banco doBrasil. Sabemos, porém, que a desigualdadeno tratamento do funcionalismo dos doisestabelecimentos vem se acentuando dia adia.
Acabou de ser levada a efeito a reclassificação dos cargos para o funcionalismo doBanco Central, medida justa e. digna deaplausos, enquanto o funcionalismo do Banco do Brasil continua apenas na expectativa, na esperança e, alguns, já no inconformismo da desesperança.
Srs. Deputados, a situação é injusta. Hámuito temno vem o Banco do Brasíl deixando de remunerar convenientemente seusfuncionários, e tal fato vem diariamentecausando perda de mão-de-obra de altaqualificação para aquele estabelecimento decrédito oficial, eis que seus funcionáriospreferem transferir-se para outras empresasem busca de melhores dias.
.Cremos que é chegada a hora de recorrer a todas as forças, nas várias esferas daRepública, para que possamos generalizarotimismo capaz de influir nas decisões da
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diretoria daquela sociedade de economiamista, a fim de que seja reparada a lamentável situação.
Temos certeza de que o atual Presidente,Dr. Angelo Calmon de Sá, homem de manifesto bom senso, haverá de considerar comsimpatia as gestões que fizermos na Câmara dos Deputados, no Senado e mesmo junto a B. Ex.a o Sr. Presidente da República,para que as distorções havidas principalmente na gestão anterior, possam ser corrigidas.
Pam tanto, é indispensável e urgente que'seja processada, nos mesmos moldes doBanco Central, a reclassificação de cargosdo runctcnaltsmo do Banco do Brasil S.A.
O SR. ADHEMAR SANTILO - (Sem re-. visão do oraãor.), Sr. Presidente, registro
nos Anais da Casa o discurso proferido peloDeputado Henrique Santilo na AssembléiaLegislativa de Goiás, analisando o Governodo Sr. Leonino Caiado e o que se instalaagora, do Sr. Irapuã Costa Júnior.
O SIt. ANTONIO BELINATI - (Sem revisão do 'orador) Sr. Presidente, na sessãode anteontem, no calor dos debates o Sr.Líder do Governo, Deputado José Bonifácio,deixou uma grande interrogação, que estásendo cecebída com estranheza pela opiniãopúbííca nacional, quando deu a entenderque dentro do partido ao qual temos a honra de pertencer, o MDB, existiriam cincoelementos comunistas.
Não que pretendamos, aqui, desacreditarda palavra do Sr. Deputado José Bonifácio,que àquela altura ocupava a tribuna emnome da Liderança, falando, evidentemente, pelas suas altas funções, em nome doG<Jverno da República.
Sr. Presidente, para dirimir essa dúvida,veiculada pela imprensa nacional, gostaríamos que V. Ex.a interpelasse o nobre Líderdo Governo, Deputado José Bonifácio, nosentido de que S. Ex.a revelasse os nomesdaqueles' cinco parlamentares, pois, casocontrário, todos nós, ao percorrer as nossasregiões eleitorais, teremos de dar explicações, ainda que desnecessárias.
É uma acusação inoportuna essa, do nobre Líder do Governo, contra 160 Deputados.S. Ex a , com sua inteligência, com a vivência politica queo caracteriza como velha raposa, sabe muito bem que, ao lançar aacusação, sem mencionar os nomes, estavaderramando lama sobre 160' parlamentaresda ilustre bancada do Movimento Democrático Brasrleiro, formada por pais de famíliae jovens cristãos bem intencionados.
Nestas condições, Sr. presidente, na qualidade de membro do Partido da Oposiçãosolicito de V. Ex.a que interpele o Lider doGoverno, Deputado José Bonifácio, sobre aacusação que lançou contra toda a nossabancada, revelando a identidade dos parlamentares que, segundo ele, adotam credoscontrários aos interesses da Pátria, quetanto amamos e que queremos ver sempresob um regime capaz de' preservar-lhe osgloriosos destíncs;
O SR. GASTA0 MÚLLER - (Pronuncia oseguirrte discurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, faz longo tempo que Cuiabá aspira a tero seu "Anel Rodoviário" concluí
.do, com a pavimentação astáltíca. No últlmo Governo Médici, por várias vezes, o Ministro Mário Andreazza prometeu que a obrairia ser realizada, mas passou-se o Governo e até hoje nada. Agora está-se recebendo apelos nesse sentido, de várias autoridades, como por exemplo do or. LeónidasPereira Mendes, Presidente do Conselho Estadual de 'I'ransport.es, em Mato Grosso. Dizo citado Engenheiro, no seu apelo: "Em nome do Conselho Estadual de Transportes' vi-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
mos, com o presente, encarecer de V. Ex.&sejam envidados esforços junto ao Ministério dos Transportes e DNER, no sentido deque seja determinado o início da pavimentação do Anel Rodoviário de Cuiabá, obrade vital importância para esta Capital, tencio-se em vista que há mais de um ano foraaquela obra autorizada pela administraçãosuperior, e se encontra paralisada. .. Com a presente obra poder-se-á, dennítívamente, fechar o anel com a integração dosistema rodoviário com o hídrovtárío, quesomente benefícios trará à nossa Capital."
Recebi, também; Sr. Presidente, Srs.Deputados, um outro apelo, no mesmo sentido, da Câmara dos 81'S. Vereadores deCuiabá, por iniciativa do nobre VereadorBenedito Ferraz, da representação arenísta naquela: Casa do Legislativo Municipal,com aprovação, por unanimidade, dos srs,Vereadores.
Diante desses pedidos, Sr. Presidente, Brs.Deputados, transmito essa reivindicação aoSr. Ministro dos Transportes, bem como aoSr. Diretor-Geral do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem.
Tenho certeza de que o Sr. Ministro e oSr. Diretor levarão a sério este desejo maisque justo, do povo cuíabano, de ver de umavez por todas concluídas a obra.tmportantíssíma do Anel Rodoviário da capital Matogrossense,
O SR. ALCIR PIMENTA - (Pronuncia oseguinte díscurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, é minha intenção, nesta oportunidade, prestar homenagem póstuma aocidadão Natalino José do Nascimento, recentemente falecido na Cidade do Rio deJaneiro. E o faço através de uma crônica,que peço licença para ler:
"ELEGIA A NATALAlcir Pimenta
Ao mesmo tempo que traz comodidade,o progresso nas comunicações não deixa de importunar e até de deprimir."Camboja não se rende!" ~ diz a manchete. "Jacqueline viúva outra vez!" lê-se em primeira página. "Quem vaiadotar um bebê importado?" - pergunta a folha do interior, que tambémaponta inconvenientes no divórcio.Esse é o mundo em que vivemos, ou melhor, em que vamos morrendo a cadadia, na avidez desenfreada com que buscamos prolongar a vida. Vitaminas, saisminerais, pílulas rejuvenescedoras, tônicos disso, tônicos daquilo, operaçõesplásticas, romarias a lugares santos ..•Eis a ânsia humana pela materíalídude.,tão mal disfarçada em ocasionais demonstrações de afeto.Nesse tumulto de contradições, controvérsias e incertezas, nasceu também Natalino José do Nascimento, Natal daPortela para os íntimos. Que veio de larpobre, todos o sabem e proclamam. Quefosse rico, muitos imaginavam. Mas quedissipara quanto ganhara entre a suagente, poucos acreditavam ou queriamsaber!.: .O que a filosofia leva, às vezes, séculospara mostrar, prova-o facilmente o quotidiano, sem rebuços, sem pesquisas, porsi mesmo.Desde a mais remota antigüidade, porém, discutem as escolas filosóficas sobre o que mais convém ao homem como criatura de Deus:' se viver vida longa, acrisolando o espírito entre os mortais, para depois usufruir bem-aventuranças nos páramos celestiais. -Ou seabreviar, quanto possa, o trânsito terreno. indo logo ao encontro da espírítualídade,
Abril de 19'15
Natal não sabia nada disso. Não era filósofo, mas, sem estudar filosofia., tinha.a sua filosofia. Não sei se digo bem para.expressar o que lhe negou o mundo tér-'1'00 em intelectualídade sobejou-lhe aoProvidência em grandeza interior, emalma, em vontade de servir e de serbom, em uma palavra, em esforço para.redimir-se, talvez ante si próprio, daqueles pecados que lhe eram atribuídos, tributos da popularidade.Não sendo propício o momento a indagações dessa ordem, cumpre-me falardo lado positivo da sua vida. Do bemque praticou. Do que distribuiu com apobreza. Dos gastos inestimáveis com asua Portela, paixão que lhe consumiu amocidade e o dinheiro.Que homem estranho! Não fez cursosde liderança, mas era líder, na melhoracepção do termo, congregando ao redórde si uma comunidade pobre, que ° idolatrava. Poderá alguém objetar que foiautocrático, que impôs sempre, que fezprevalecer a sua lei. Que fosse! Mas nempoderia se).' de outro modo. Tendo plena consciência do quanto cada qual estaria apto ou disposto a dar-lhe, retríbuía a todos segundo o mérítc e as i:ri!teneões de cada qual, antecipando-sesempre, para obsequiar ou para magoar,para .cortejar ou para atacar, que nil.pesperava o outro dia para conferir. <,Era astuto. Moço pobre, teve coragempara enfrentar a vida. Doente, não 'fieintimidou nem esmoreceu. Apenas, mJ.1.>dou de tática e de ramo, mas continuoutrabalhando. A seu modo, é verdade, 1
Dirieis, ainda, que foi contraventor. Erealmente o foi. Mas quantos neste Paísnão contrariam a lei! ... Nem por issose sabe de prodigalidade de tantos. Ouda perseverança. Talvez da obsessão emver alguém fora do submundo do analfabetismo. ' i
Natalino era mesmo diferente. Vindo donada, queria tudo para todos. Não sambando, amava o samba. Não estudando,multiplicava o número de doutores. semum braço, com o outro comandava deforma admirável. Fugindo à polícia, Pl1nha a polícia atrás de alguns. Negro, osbrancos o amavam.Pela Portela, brigou, chorou, fez tudo. ~J.Elevou-a ao ápice da fama internacional.Mas, triste sorte! Gente de escola desamba não tem biografia. Falo de bíografia escrita nos livros pelos homensque sabem medir as virtudes e os defeitos dos outros. Natal, essa você eer...tamente não terá, só lhe restando, p01"tanto, para consolo dos amigos a me;mõria da posteridade, a que o próprio povo escreveu espontânea e coletivamente. O deslumbramento do car-
- naval fascinante que ajudou a criar. Oespetáculo inédito dos funerais de rei.O soluço sincero de quem se sentiuapequenado e pobre com a separação.A dor profunda de quem desmaiou. Alágrima furtiva de quem, pensando serforte, toi ao enterro e não resistiu. ~
mágoa dos companheiros de noites índormidas, na agonia do resultado íncerto. A gratidão dos bacharéis que for~mou. A indecisão policial ante a magnanimídade do seu coracáo, O último beijo no estandarte, quê não mais verá;O alarido das multidões eletrízadaá,quando a Portela explodia na avenida.O coração não poderia mesmo resistir.Parou de cansado, para sempre, oprimido pela tensão das emoções que reprimiu.
Ahril de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção IJ Sábado 12 140'7
cíal:
Natal morreu, meus amigos, e Madureíra ficou menor. Menor, porque perdeu a alma li o coração. Menor, porqueperdeu o entusiasmo. Menor, porqueperdeu o esplendor expectante da vitória almejada. Menor, porque perdeua esperança de ver-se reabilitada naeventualidade de uma derrota desoladora. Menor, enfim, porque perdeu aalegria de ser toda de Natal.Pela Portela, brigou, chorou, fez tudó ...até morreu."
O SR. INOCRNCIO VIEIRA - (Pronuneía o seguinte díseurso.) 81'. presidente, 81's.Deputados, mais uma vez, o nosso País sefez ouvido e respeitado no exterior, graçasà ação enérgica e eficiente do Governo brasileiro, no recente caso do Buperpetroleíro"Enskeri", da Empresa Petrolífera Finlandesa "Neste O. Y .", que pretendia lançar noAtlântico Sul 690 barrís de arsênico, ou outro material, até mesmo, quem sabe, de natureza radioativa; quando dizemos até mesmo de natureza radíoatíva, é porque nãoentendemos como um país auperíndustríaü:!lado, como a Finlândia, iria perder tamal;l4a quantidade de arsênico, que poderiaaer utilizado para industrialização de no'VQ,S subprodutos.': Congratulo-me, portanto, com o Ex.mo·Sr. Presidente da República, General Er'ríesto Geisel, e com o Ex.mo Sr. Ministrodas Relações Exteriores, Dl'. Antônio F'rançi.Bco Azeredo da Silveira, pela maneira co),:10 nosso País se conduziu, impedindo que9 fato se consumasse, com graves eonseIi'\iências para o meío-ambíente e tambémpara a população. Mesmo que se tratasseapenas de arsênico, existem vários de seus'sais, que são extremamente solúveis naágua, contaminaria o plâneton, de que sealimentam os peixes, podendo causar amortandade dos mesmos, com grandes prejuizos para nossa indústria pesqueira, ouapenas contaminação dos peíxee, que, seingeridos pela população, causariam grall'es conseqüências, pois, como sabemos, apeJYlS pequena quantidade de arsênico causa~; morte humana. O' que nos surpreende ,é,que os responsáveis pela Empresa Petrolí,;fura "Neste O. Y." diziam que <J materialnão causaria nenhum mal ao AtlântIco Bul,quando se sabe que !lo profundidade médiadeste é de 5.000 metros e a do Max Báltico,que banha as costas finlandesas, é de aproxímadamente (l.200 metros, que seria mais'éconômico e teria menor possibilidade decontaminação, pelo que se conclui que outro.motívo deve existir para o pretendido lançamento às águas do Atlântico Sul.
Há de se louvar a atuação do governofinlandês, defensor tradicional dos Mares,e que provocou a Convenção de HelsinquiSObre a "impoluição do. Mar Báltico", nãopoderia permitir que seus próprios argumentos, tantas vezes repetidos naquelaConvenção e também na "Conferência sobrea 'defesa do Meio-Ambiente", em Estocolmo,se voltassem-contra aquele país.
Sabemos da oonrerêncta realizada em1972, em Londres, relatíva a normas proibitivas da poluição do Mal'., Quando o Governo fínlandês adotou a!decisão de impedir o despejo da carga dearsênico nas águas do Atlântico SUl, já estava marcada uma reunião, em Washington, da OEA, a pedido do Brasil, para apreciar o problema, notando-se, portanto, queo protesto de nosso Pais apressou a medidaproibitiva.
Gostaria, no final, de fazer um apelo para que nosso Governo mande estudar a flora e a fauna do Atlântico Sul no litoral brasileiro, para que se verifique se já houvealguma contaminação por outra espécie de
dejeto industrial ou qualquer outro material poluente.
O SR. ANTôNIO PONTES - (Pronunciao seguinte diseurso.) 81'. presidente, 81'S.Deputa dos, reenergízada com o sopro de renovação que recentemente atingiu o Congresso Nacional, a Comissão da Amazôniaadentrou uma fase de pleno dínamísmo,
Reativados os trabalhos desse operoso órgão téeníco, espera-se que dinamizadas serão todas as iniciativas em favor do desenvolvilnento da fabulosa Região Amazônica.
Eleito o Presidente da Comissão da Amazônia, Deputado Alacid Nunes, e os VicePresidentes, Nósser Almeida é o orador queocupa a tribuna neste instante na reuniãodo dia 2 do mês em curso, fOi' aprovado oPrograma do órgão para suas atividades noano de 1975.
De abril a junho serão realizadas palestras por autoridades e técnicos vinculadosaos problemas da Amazônia. Reuniões serão levadas a efeito: na primeira viagem,em Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima;na segunda viagem. no Pará, Amapá e Maranhão; e na terceira, em Mato orosso eGoiás. "
Os resultados colhidos nessas viagens serão analisados pela comissão, na Câmara,durante a primeira quinzena de junho. Naquinzena subseqüente, as conclusões serãolevadas ao conhecimento da., áreas interessadas.
No período de agosto a novembro. serãorecebidas as análises procedidas pelos vários órgãos interessados, e ordenadamentecatalogados.
No mês de setembro será preparado o IrSimpósio Nacional da Amazônia, a realizarse no mês seguinte, em Manaus, Santarém e Belém.
OS resultados finais, enreíxados em relatórios mínudentes e expressivos, serão publicados e distribuidos em novembro.
Para se ~er uma idéia do que será o Programa de Palestras, a ser rigorosamentecumprido, passamos a ler os temas que neleserão abordados e que bem dímensíonamQ esforço a que se propõe esse órgão técnicoda Oàmara dos Deputados e do que poderáalcançar em favor do Impulso desenvolvimentista da nunca sufíeíentemente decantada Região Amazônica:
1 -- A Experiência da SPVEA;2 - A ExperiêncIa da SUDAM;3 -- A Experiência do INP A;4 - Realiclade e Perspectivas da Agrope
cuária na Amazônia;5 - Política e Perspectivas do Desenvol
vimento Regional na Amazônia;
6 - O que é e o que se pode esperar doProjeto RADAM;
7 - Política de Integração Rodofluvíalna Amazônia;
8 - Politica e perspectiva da Mineraçãona Amazônia;
9 - O que pocle ser feito pelo Turismo naAmazônia;
10 - Política da Produção e Comercialização da Borracha Amazônica:
11 - O Trabalho do INCRA na Amazônia;
12 - O Trabalho da SUCAM na Amazô-nia; .
13 - O Plano de Saúde para a Amazônia;
14 - Plano de Ação para o POLAMAZôNIA;
15 - O mDF e a Area Amazônica;
16 - O BASA no Desenvolvimento daArea Amazônica;
17 - O Trabalho da Câmara na RegiãoAmazônica;
18 - O Plano Rodoviario da Amazônia;19 - O Trabalho da SUFRAMA;20 - Ação do DNPVN na -área Amazô-
nica;
21 - A SUNAMAN e a Região Amazônica;
22 - Energia na Região Amazônica.
No programa de atividades outras, parao presente exercício, a Comissão cogitará,aindaDa Amazônia como "região-problema":
- região continental;
- região isolada;
- região vazia;- região desconhecida;
- relações e interesses internacionais.Para as tentativas de valorização da Re
. gíão:
prclegômenos de uma Política Espe-
a criação dos Territórios Fcderais;
a lição da COnstituição de 1946;
- a experiência da SPVEA;- a Revolucão de 1964 e a rerormulacão
da Política dê Valorização - a "OperaçãoAmezônía";
- a criação do BASA;
- a criação da 8UDAM;- a reformulação da polítíca da borra-
cha;
- a ZOna Franca de Manaus;
- a PolítIca de Incentivos Fiscais;- a experiência da Lei n,? 5.174/66; e- as inovações do Decreto-lei n.O 1.376/74.
Quanto às responsabilidades do PoderLegislativo, cuidará o superatívo órgão:
..:.... das prerrogatívas constitucionais; e,propriamente, da Comissão da Amazônia.
No 'Plano das atividades serão considerados:
- os objetivos em mira;- a observação da ambíência físico-eco-
nômica-social e de seus problemas;- o diálogo entre Governos e entidades
de classe locais;- o registro das observações e das rei
vindicações da Região;- consulta aos órgãos federais compe
tentes;- conscientização e aparelhamento téc
nico-político da Comissão da Amazônia para o eficiente desempenho de sua missão; e
- avaliação do desempenho da Política eValorização RegionaL
E finalmente, Sr. Presidente, será estabelecido esquema de atuação e fixado umcronograma para sua execução, que abrangerão:
- diálogo com especialistas na problemática amazônica;
- visitas à Região;
- organização dos encontros e debates.
1408 Sábado 12 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) AbrI" de 19'75
Esse ambicioso esquema, Sr. Presidente,que tem a animá-lo a tônica nacionalista,foi mínudentemente explicitado e eonvíncentemente justificado pelo nosso ilustrado Presidente Alacid Nunes, festejadoexpert em assuntos da grande área Amazônica.
Em medidas paralelas, do maior alcance, com vistas a atingir e concretizar asprovídêncías que temos em pauta, a Comissão, incorporada, vísíton o Ministro da Justiça, o Ministro da suúde, o Ministro daAgricultura e o Vice-Presidente da República, de todos recebendo a promessa deincondicional apoio às realizações que sobremíramos com o espírito voltado para osinteresses de toda a Pátria.
Aproveitamos o ensejo, Sr. Presidente, para trazer ao conhecimento da Casa - traduzindo nossa grata .iatísraçâo e a da Comissão da Amazônia - que recebemos oficio subscrito pelo enrínente e sereno Presidente Célio Borja, em que nos comunicahaver aprovado a real.zação do II SimpósioNaeíonal i da Amazônía, o que, penhoradamente, agradecem quantos ainda vivem sobas inóspitas condições existenciais da maisgrafada e mais desconhecida das regiõesdo Mundo!
O SR. JERôNIMO SANr~ '\NA (Prornmeía o seguinte discurso) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, o nobre representante doMinistério Público em Porto Velho fez instaurar ação penal no Forum da Comarcacontra os policiais, por crimes de corrupção,subserviência, venalidade e ganância e abuso de autoridade.' São os seguíntes os elementos da Policia do Território processados:
Dr. Ary da Costa Agra - DD. Subdelegadode Polícia de Vila de Rondônia; .
Nelson Rivoredo - DD. Subdelegado dePolicia de Vila de Rondônia;
Sargento Nunes - Policial lotado na Subdelegacia de Vila de Rondônia;
Tenente otávio Pinto de Azeredo - Policial lotado na Subdelegacia de Polícia deVila de Rondônia;
Carlos Alberto Brito dos Santos - Escrivão de Pvlicia lotado na Subdelegacia deVila de Rondônia;
Sargento Elpiniano 8. Lopes - Policialresponsável pelo Destacamento de Vila deOaeoal, subordinado à Subdelegacia de Vila de _-tondônia.
Sr. Presidente, a- denúncia' reconheceu,pública é expressamente, que tais policiaisagiam, e agem, mediante paga dos grileirosde terras públicas, atuando no Território,entre eles;
- CALAMA SIA;- CIodoaldo de Almeida Nunes;- Manuel de Almeida Nunes;- Walmar Meira Paes Barreto e- José Milton de Andrade Rios.Diz expressamente a denúncia, recebida
pelo Juiz de Porto Velho, a respeito da participação dos grileiros nos crimes praticados pelos policiais, objeto de denúncia,verbis:
"As autoridades acima qualificadas,"por subserviência, venalidade e ganância", vêm (de braços dados com seringalistas e grileiros de terras públicas,entre aquelas, CALAMA S/A, Clodoaldode Almeida Nunes, Manoel de AlmeidaNunes, Walmar Meira Paes Barreto eJosé Milton de Andrade Rios) derrubando moradas, queimando casebres,destruindo plantações de pequenos
agricultores e lavradores analfabetos;ordenando e efetuando prisões ilegais epor mais tempo do que determina a lei;
. mantendo presas pessoas que se propõem a pagar fiança, recebendo vultosas quantias para liberar presos e facilitar-lhes o inquérito; recebendo propinas vultosas desses latifundiários quepretendem limpar as terras que namoram, delas expulsando posseiros antigos, seringueiros e Iavradores nelas hávários anos radicados,"
Como se vê, Sr. Presidente, a denúnciasó o foi contra os elementos passivos doscrimes - os subornados. Os subornadoresou mandantes, qeu são sujeitos ativos doscrimes, não figurarr da denúncia.
Comprova - se aí a imunidade penal dosgrileiros de terras de Roridônía, tantas vezes por nós denunciados desta tribuna.
É oportuno ressaltar que o Ministério Público em sua denúncia reconheceu que ospoliciais não agiam moto-próprio, eram patrocinados, mediante paga, pelos grileirosque mencionou expressamente. Entretanto,de modo estranho, esses elementos não foram denunciados e, conseqüentemente, nãoestão sendo processados. Estaria essa denúrreía a merecer, pois, um aditamento. ')U
se processam todos os responsáveis pelocrime, ou não se processa ninguém. Porque, da maneira como fizeram, estabeleceram um processo discriminatório. Uma verdadeira farsa.
Numa ação penal, como é o caso, tão sério, de repercussão social nefasta, não sepode transformar numa farsa. No caso presente, existem mais de trinta testemunhas,em Vila de Rondônia, que se ofereceram para depor e relatar 0$ crimes dos grileiros, naRegião, e não se encontra autoridade judiciária disposta a ouvi-Ias. Ê lamentávelque, quando se trata de processar. grileiros,em Rondônia, a Justiça desapareça. Isso épreciso acabar. A Lei é igual para todos.É de se esperar que o Dr. Juiz Dirceu Farias, recentemente empossado na Comarcade Porto Velho, em relação à ação penal quetrata dos crimes dos polícíaís que mencionamos, determine o aditamento da denúncia para que sejam processados todos oscrímínosos de que dá notícia a representaçãoque deu origem à denúncia. Isso é o mínimoque espera da Justiça a ordeira populaçãode Rondônia.
Leio, integrando este pronunciamento,para o conhecimento do Dr. Juiz de PortoVelho, carta que venho de receber do Sr.Pedro de Brito Ferreira, denunciando crimes impunes de. policiais, no interior doTerritório. Verbis:
Rio de Janeiro, 20 de março de 1975Ex.mo Sr.Jerônimo SantanaMD. Deputado FederalBrasília - DFSenhor Deputado:Através da imprensa tomei conhecimento do seu valoroso e corajoso discurso proferido na Oâmara dos Deputados denunciando crimes em Rondônia, terra que deve orgulhar-se por terum representante da qualidade de V.EX,aIlustre Deputado, aproveitando o momento oportuno desejo expor a V. Ex.!>o seguinte fato:No dia 4-8-73, na localidade de Oacoal,bem próximo de Vila de Rondônia, ondese deu o assassinato da pessoa que V.Ex. a fez referência em seu discurso, foimorto a tiros pelo subdelegado WalterAlves Brasil, o meu irmão de nome Ti-
to de Brito Ferreira. Esclareço ao senhor que o meu irmão não era bandidoe nem marginal, pois se assim o fossejamais escreveria sequer uma linha aseu favor, e também não era considerado elemento perigoso na Iocalídade,Era ele doente, com várias internaçõesno Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho de Cuiabá, MT. Isto já foi, e aindapoderá ser provado por documentos fornecidos pelo referido hospital. A Secretaria de Segurança em Porto Velho, tomou conhecimento disso, mas apesar detudo isso, parece que esse assassino continua impune fazendo parte da segurança pública de Rondônia.Na reportagem do Jornal Alto Madeiraque noticiou a triste noticia, esse subdelegado afirma que horas antes haviaprendíno o meu irmão (espancando-otambém). Esse mesmo subdelegado tioras depois mata o meu irmão. Oomoo senhor bem sabe, nessas localidades"os chamados representantes da lei"são considerados intocáveis, ninguémpode falar nada, dado ao clima de receioque eles criam nos moradores. Nessascírciinstâncías o inquérito é do começoao fim contra o morto. ' .-Solicito por obséquio ao ilustre Deputado/ incluir o assassinato do meu ir-mão na lista dos crimes impunes. .Certo de merecer a atenção de V. Ex. a
antecipo os agradecimentos, apresentando a S. Ex.'"Respeitosas saudaçõesPedro de Brito Ferreira
Era o que tinha a dizer.O SR. JÚLIO VIVEIROS (Sem revisão do
orador) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,uma das grandes lutas que empreendemosno Plenário desta Casá prendeu-se à problemátíca do soldado da borracha.
O Deputado Jerônimo Santana começou-ae nós o seguimos, chegando a sugerir ao Ministro Arnaldo Prieto fosse constituída umacomissão ou grupo de trabalho a fim dedecidir sobre qual o destino a ser dadoàqueles brasileiros abandonados de nossoPaís. Este grupo de trabalho concluiu peláaposentadoria, através do FUNRURAL. Entretanto, já se passaram quase sessenta diase o Ministério do Trabalho, hoje da Previdência e Assistência Social, a que está ligado o FUNRURAL, não tomou qualquer providência para que chegassem às representações do FUNRURAL nos municípios doBaixo Amazonas as competentes instruções.
Deixo aqui o nosso apelo aos MinistrosArnaldo Prieto e Nascimento "e Silva, nosentido de que interfiram diretamente epromovam o envio às sedes daquela En.tidade no Baixo Amazonas, no Pará, no Acree nos Territórios, dos modelos de requerimento para que de imediato se processe aaposentadoria dos "soldados da borracha",que vivem em sua maioria pedindo esmolas.
O SR. JOEL FERREIRA - (Sem revisãodo orador.) Sr. Presidente, em meu nomepessoal - se forem verdadeiras as notícias- quero deixar meu inconformismo quantoao pensamento do Governo de oficializar o"jogo do bicho", com um nome sofisticadoapenas para empanar a realidade.
Confesso que, oficialmente, não sei denada; tampouco possuo os dados que informaram aquele comportamento.
O certo, porém, é que a imprensa temfalado com muita trequêncta sobre o assunto, entendendo eu que o Governo deveriaantes atentar para os males decorrentes dalegalização do "jogo do bicho".
Abril de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 12 1469
Articula-se, por exemplo, que o Governocarece de recursos, sobretudo para aplicação na área social. Cabível, pois, perguntar seria válido oficializar a prcatítuíção, acrímínaüdade, o "Esquadrão da Morte",desde que earreassem recursos para o erário? Logicamente que não. Por isso, falecede seriedade, de dignic1,ade, de sentido humano o argumento de que a oficializaçãodo "jogo do bicho" propiciaria meios utilizáveis na área social. Se verdadeiros os informes - porque elementos concretos eunão tenho - desde já fica lavrado o meuprotesto, pois a economia da classe assalariada já está no chão, na miséria, na sarjetae não há mais nada para se recolher.
A oficialização do "jogo do bicho", paralelamente à existência das Loterias Esportiva e Federal, atingiria exatamente a áreamais pobre da Nação, contra a qual o PoderPúblico estaria realmente praticando umcrime.
Se porventura a matéria vier ao Congresso, tem desde já o meu voto contrário, porquanto não honra nem dignifica o sentimento cristão do povo brasileiro. (Palmas.)
: "0 SR. .JORGE FERRAZ - (Pronuncia oseguinte discurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, estou recebendo da CâmaraMunicipal d~ Itabira uma solicitação quehão posso deixar de veicular através destatribuna, bem como de tentar fazê-la chegariJ, autoridade do Governb Fcderal que temc<;>mpetência e condições para atendê-la,ainda que em forma de apelo, se esta fora maneira mais eficaz de obter a soluçãodesejada.
Trata-se do seguinte: em 1972, portanto,há três anos passados, o Instituto Nacionalda Previdência Social pediu e a PrefeituraMunicipal de Jtabíra procedeu à imediatadoação de área, destinada à construcão desede própria para a agência daquela autarquia na cidade.
Na verdade, Itabira comporta o empreendimento, uma vez que a arrecadação mensal da instituição previdenciária, ali, alcança a elevada cifra de três milhões de cruzeiros, fíeando as despesas, também mensais, em cerca de um milhão e quinhentosmil cruzeiros. Jamais houve deficit para orNPS, senão que, sistematicamente, supe-ravíts, '
-, Inobstante tudo isto, máxime o fato de amunicipalidade haver acudido incontinenti,iI. solicitação do Instituto, no tocante à.doação. do terreno para edificação do pré,dia de sua agência local, os segurados e demais beneficiários da Instítuíeão continuamsendo atendidos de forma precaríssíma, em'agência provisória, localizada em cômodo'comercial e sem as mínimas condícões defuncionalidade. para o desempenho dasatividades peculiares do INPS. -
-Ó; E, mais ainda: a informação oficial quese tem a respeito do assunto, obtida atravésde comunicação direta do INPS ao LionsClube local, dá conta de que os estudos eplanejamentos para a construção da sededa agência de Itabira estarão concluídossomente em 1976 e que as obras correspondentes serão iniciadas só no ano seguinte,'isto é, em 1977.
Ora, será possível que os planejamentosdessa natureza, 'no INPS - notoriamenteuma instituição não carente de recursos .precísern caminhar com tanta morosidade?
Será possível, ainda, que Itabira, cidadeonde o Instituto arrecada somas vultosas egasta sempre menos do que arrecada, mereça tal preterição de parte do INPS?
O povo e autoridades locais não se conformam com a situação. Os segurados e beneficiários do Instituto muito menos, visto como
sentem pessoalmente as dificuldades doatendimento deficiente nas atuais precáriascondições da agência local.
Por isto apelam a S. Ex." o Sr. MinistroNascimento e Silva, da Pasta da Previdênciae Assistência Social, para que antecípe osestudos e planej amentos do prédio a seredificado em Itabira, 'bem como o inicio econclusão das obras respectivas.
Esclareço finalmente que o pedido que meestá sendo feito pela Câmara Municipal deItabira e ora divulgado da Tribuna da Câmara dos Deputados, consubstancía requerimento de um de seus Vereadores, aprovado unanimemente pela referida edilidade.Com isto estou querendo dizer que não setrata de reivindicação pessoal, senão que detodo o povo através de seu legítimos representantes.
O S.R. VASCO NETO - (Pronuncia o seguínte díscurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, estamos ao fim de uma semana pordemais movimentada no setor das lides políticas.
Ainda que tenha havido lutas, discussões 'por vezes acerbas, críticas nem sempre justas, entrechoques de ídéías e grande movimentação de plenário, não podemos deixarpassar sem registro um admirável feito dajuventude do Brasil.
Refiro-me, Sr. Presidente, Srs. Deputados,à vitória da natação brasileira na II CopaLatina de Las palmas, nas ilhas Canárias.Caminhamos a passos largos para outrashegemonias esportivas que não só a do futebol. No feito dos nossos nadadores, dosnossos atletas configura-se mais uma derrota dos pessimistas.
O entusiasmo e a responsabilidade de toda uma equipe, - cujo admirável feito nomomento assinalo, para que fique registradonos Anais desta Casa, -" é motivo de orgulho e da gratidão de todos os esportistasbrasileiros.
Os índices técnicos alcançados por nossosjovens patrícios, segundo a grande atleta dopassado, Maria Lnnk - legitima glória denossa natação, recordista mundial - mostram que "o Brasil já superou a fase em quea hegemonia na América do Sul era a meta.Agora o 'lue importa é disputar competiçõescom países mais adiantados".
E Maria Lenk tem razão. Basta que seregistrem os recordes sul-americanos e brasileiros assinalados para realçar a justeza doque ela afirma.
São os seguintes:
Djan Garrido Madruga - Recordes sulamericano e brastleíro para os 200m nado livre, lm56s7; 400m medley 4m42s;aOOm 15m56s2. ~,
Ohrtstíane Paquelet - Recordes sulamerícano e brasileiro para os 100mnado de costa, 1m09s9, e 200m; nadode costa, 2m30s9.Rosemary Peres Ribeiro - Recordessul-americano e-brasileiro para os 100mnado livre, 1mOOs4, e 100m nado, "borboleta", 1m05s4.Flávio Nadalutti - Recorde sul-americano e brasileiro para os 4oom, medley,5m09s6.Rômuío Arantes .TI'. - Recorde brasileiro para os 100m, nado "borboleta",57s8.Itevezamento 4 x 200m nado livre EqUlpe formada .por Paul Henry Jounneau, Ruy Tadeu drAquino, Djan Maduga e Sérgio Pinto Ribeiro, CDm orecorde sul-americano e brasileiro,7m5888.
Revezamento 4 x 100m nado livre Equipe formada por Rosemary Pires Ribeiro, Christiane Paquelet, Maria ElisaGuimarães e Lucy Burle, com o recordesul-amerícano e brasileiro, 4m06s.
Revezamento 4 x 100m quatro estilosEquipe formada por Rosemary, Ohristíane, Lucy e Cristina Bassaní, com recorde sul-americano e brasileiro, 4m34s.
Os nossos cumprimentos são extensivosao Almirante Heleno Nunes, aos dirigentesde nossa natação, pelo êxito da equipe brasileira na IH Copa Latina de Las Palmas.
É mister que se faça um apelo - pois omomento é propício - ao Sr. Ministro daEducação no sentido de que providênciasvenham propiciar facilidades de treinamento aos nossos atletas.
Há carência, principalmente de piscinas,como lembrou o jovem Djan Madruga.
É tempo, pois, de o nosso Ministro NeyBraga, na reformulação das diretrizes quese anuncia para o esporte brasileiro, venhaao encontro das prementes necessidades dainfra-estrutura de nossa natação, para quese multipliquem os nossos campeões e paraque os nossos jovens, "com seus admiráveistriunfos, engrandeçam a nossa terra. comoo fizeram, há pouco, em Las Palmas.
O SR. PEIXOTO FILHO - (Pronuncia> oseguinte diseurso.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, retorno a esta tribuna, para renovarapelo ao Eng\'lnheiro Hugo de Matos. Secretário de Obras e Servico Público do Estadodo Rio, no sentido de que, prioritariamente,adote medidas que conduzam às solucõesreclamadas pelas laboriosas populações mageenses no que se refere ao grave problemade saneamento básico (água e esgotos), especialmente nas localidades de Piabetá,Guia de Pacobaíba, Vila Inhomirím, Suruí,Guapl-Mlrím e Santo Aleíxo.
A água que abastece a ilha de Paquetá,na cidade do Rio de Janeiro; é oriunda demananciais existentes no município deMagé, onde está localizada a adutora ccnstruída pelo antigo Estado da Guanabara.Mas, embora a canalização da rede de abastecimento d'água passe por essas localidades- Piabetá, Surui e Guia de Pacobaiba. emdireção à ilha de Paquetá, as valorosas populações locais continuam bebendo água depoços escavados ao lado de fossas. É chegada a hora de se somar esforços para equacionar os problemas de infra-estrutura detão próspera região fluminense. Até quando?
O SR. ANTôNIO CARLOS - (Pronuncia oseguinte díscurso.j Sr. Presidente, Srs. Deputados, embora a Assessoria de Divulgação doGoverno José Fragelli tenha feito esforcasbastante onerosos para os cofres estaduaisno sentido de mostrar realízacõcs de vultodurante o seu malfadado período governamental, a realidade do Mato Grosso de hojebem demonstra que estávamos-plenos derazão quando. em nosso primeiro pronunciamento. desta tribuna, qualificamos suagestão como "irresponsável administrativamente".
O Município de Dourados, um dos maispromtssores no sul mato-grossense passahoje SI' Presidente, e 81'S. Deputados, pormomentos díficeís, quer na zona urbana,quer na rural.
A fama, justa, por sinal, de município rico,fez de Dourados um "primo pobre" do último Governo estadual, tanto que ficou entregue à própria sorte e aos cuidados quaseexclusivos da Administração Municipal.
A SANEMAT - empresa de saneamento'do Estado - parece mesmo ter sido criada
1410 8ábado lZ DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 19~5
para servir aos familiares dos governadoresmutc-gressenses e, por isso, contagiado pelaineficiência, incapacidade, irresponsabilidade e uma inexplicável arrogância. No governo anterior tinha a dirigi-la um irmão doGovernador José Fragelli. Hoje, está à suatosta um filho do Sr. Garcia Neto. Em Dourados, sob o comando de Cláudio Fragelli,construiu um poço destinado ao abastecimento de água da cidade, com capacidadede vazão da ordem de 150.000 litros por hora.
Os corres estaduais foram onerados emuma quantia Iabulcsa, mas o poço, com defeitos técnicos, jamais serviu à populaçãodouradense. O filho do novo Governadorestá propenso a solucionar o problema, dando o poço como condenado, pois apresentaum defeito íncorrígível,
Recentemente o atual Governador visitoua região para anular, segundo a imprensaas ~ideranças de seu antecessor. Voltou à.Cuiabá frustrado. Fragelli não deixou ·lideranças ali; pelo contrário, o Prefeito deDourados, Sr. João Câmara, que é da ARENA, disse-lhe que a situação do abastecimento de água na cidade é quase de calamidade pública.
A principal rua de Dourados foi tema dasprincipais promessas dos candidatos arenís-
o tas nas últimas eleições. Permanece, aindahoje, alagada, esburacada e abandonada,criminosa e irresponsavelmente.
Na zona rural, mais de 3.000 alunos nãoestão estudando por falta de prédios esco.Iares e 45, também na zona rural, estão fechadas por falta de professores.
Eis porque, Sr. Presidente e Srs. Deputados, venho, desta tribuna - lembrando tero Governador Garcia Neto afirmado, emDourados, no dia 24-03-75, "não ser possível liberar mais verbas do que as já prometidas" -- solicitar à S. Ex." o Presidente dada República que mande incluir os projetos de desenvolvímento urbano de Dourados- já elaborados pela Prefeitura Municipal- no Programa de Desenvolvimento daGrande Dourados.
Essa medida virá, se tomada, beneficiar opróprio programa, possibilitando dotar omunicipio-base, Dourados, de uma infraestrutura que não possui e que é indispensável à sua condição de pólo de desenvolvi-mento na região. '.
O SR. ANTONIO BRESOLIN - (Sem revisão do orador.) Sempre fui apaixonadodefensor das árvores. Discursos na Câmara,artigos de jornal, palestras no interior etc.- são os instrumentos que uso nesta cruzada.
Ao lado destas ativídades, sou colecionador de essências florestais, aqui em Brasilia.No meu pequeno e modesto horto possuomais de cento e oitenta variedades de plantas, de muitos lugares e Estados do País.Planto tudo misturado: madeiras de lei, árvores frutíferas, plantas ornamentais e atéalgumas vegetações que, na linguagem dopovo são consideradas pragas.
Nesta oportunidade, desejo registrar queapresentei dois projetos à Câmara: um tornando obrigatório o ensino da importânciada árvore nos cursos primário e secundário;o outro determinando o plantio de árvoresao longo de todas as rodovias federais. Esteúltimo projeto foi em grande parte inspirado no que vi nos EUA e em outros países,Por outro lado, quando se devasta criminosamente as nossas florestas, não há nadaque [usüüqué' os imensos vazios perdidos aolongo das estradas federais. Fui informado,também, que com base neste meu projetofoi apresentada uma proposição na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.
Acabo de receber atenciosa 'correspondência dos Srs. Acadêmico Waldemo NaU e 01miro C. Medeiros, Presidente e 2.0 -Secretá rio do Lions Clube de Ij uí, RS, informando-me que aquela entidade - organizaçãode invejável vitalidade .~ há tempos se preocupa com o problema. Isto é muito louvável.
O Lions de Ijuí, em bem elaborado prole-"to, encaminhado ao IBDF, pretende arborizar as margens da BR-285, uma das maisimportantes rodovias do meu Estado. O projeto é muito interessante e obedece às técnicas modernas de reflorestamento. Entreoutros, vale a pena destacar este tópicoda justifieativa do projeto:
"O LIONS CLUBE-DE IJUí, dentro deseus objetivos de servíco à comunidade e à humanidade, e consciente da suasua responsabilidade, busca uma formaconcreta de participação na tarefa comum de defesa, preservação e restabelecimento do meio ambiente e do equí librio ecológico. Para tanto, apresentauma idéia e o projeto para concretizála:
1. O Líons Clube de Ijui julga que asextensas margens das rodovias poderiam ser aproveitadas no esforço queé preciso envidar para repor, ainda queparcialmente, as florestas exterminadasem nossa região pelo desmatamento.
2. O Lions Clube de Ijuí apresenta opresente projeto que visa efetivar oaproveitamento das margens das rodovias BR-285 e RS-10, nos respectivos trechos em que percorrem o municipio deIj ui,
OBJETIVOS
- Aproveitamento racional e embelezamento das margens das rodoviasBR-285 e RS-I0, nos trechos em quepercorrem o munícípío de Ijuí;
- Contribuição ao eqtulíbrio ecológico,através do plantio de cerca de 400 milárvores.
- Contribuição à formação e ao fortalecimento de uma consciência favorável à preservação e restabelecimentodos recursos naturais e do equilíbrioecológico."
O Sr. Sady Barnewitz, representante doIBDF, por sua vez, vem dando integral apoioà patriótica e oportuna mlcíatíva do Lions.
De minha parte, consigno aqui meus calorosos aplausos à íníciatrva dos dirigentese associados desta importante entidade quetantos serviços vem prestando à comunidade íjuíense.
O SR. ADHEMAR GUISI - (Pronuncia oseguinte díseurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, nosso pronunciamento versarásobre vários aspectos da política social doGoverno.
Primeiramente, um registro muito felizpara nós, ao assinalarmos que vinte pessoas receberam na última segunda-feira(dia 8) as primeiras rendas mensais vitalícias concedidas .pelo INPS, em Brasilia, aosmaiores de 70 anos e 'inválidos, conformeprevê a Lei n.v 6.179/74. A renda cnrrespondeà metade do maior salárío-mintmo vigenteno País, e j á beneficiou mais de 2.500 pessoas em todo o território nacional.
O Ministério da Previdência e Assistência Social prevê que a referida Lei beneficie cerca de 200 mil pessoas, que não disponham de renda mensal igual ao benefícioconcedido. Em diversos Estados, o INPS jáfez entrega da renda vitalícia, e, agora, a
Superintendência Regional do Instituto Nacional de Prevídência Social.no Distrito Fe""deral, concedeu as primeiras na Capitalda República. .i
.'HA entrega dos primeíros benefícios foi fei:'!
ta na agência do INPS -DF, localizada :iwBloco "K", no setor de Autarquias Sul, 9.0andar, às 14 horas. -,I
Por oportuno, mencionamos que para I1fuoceber o salário previsto na Lei n,v 6.l79/H·-epreciso que o interessado procure qualquerposto de benefícios do INPS, fazendo provade idade, e levando documentos comprobatórios que atendam aos requisitos da lei.
A partir do primeiro dia da inscrição, aspessoas passam a ter direito à pensão vítaIicia, em contribuições mensais do INPS;Entre os que j á se beneficiaram com a mê.>dida encontram-se ex-comerciários, religló1.sos, lavradores, pedreiros, costureiras e peS'::soas das mais diversas profissões.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, é opor':'tuno que se mencione as providências queo Mínístro da Previdência e Assistência Social se apresta a tomar relativamente á:Óao plano de melhoramento dos serviços daINPS na Baixada fluminense, principalmeq~te no tocante ao atendimento mécüco-hosçplbalar. • i.:~
Nos últimos dias, por força das príorldades resultantes da fusão Guanabara-Rio'~
J~neiro, visitando o Estado, teve ~ opor~Vi;riidade de proceder a uma exposição ao g9e,vernador Faria Lima do que vem sendo fei.,.to para melhorar o atendimento médíoéna Baixada fluminense, em primeiro lugar;e no restante do Estado:' O INPS tem prqn..,.tos dois planos de ação para o Estado <1.0Rio de Janeiro, o que concorrerá sobremodo para a melhoria dos serviços previdenciários na região.
Serão recuperados diversos hospitais, concedidas verbas para compra de equípamento moderno, construídos novos ambulatórios e aproveitadas instalações que, por aoo.).so estejam ociosas. O plano prevê tambéma inauguração de novas agências do INPS.
Com a adoção dessas medid'as, conformeo Mimstro Nascimento e Silva explicou aógovernador Faria Lima, o Ministério da Previdência e Assíatência Social espera que haj s,uma substancial reducão dos deficits ríeatendimento médico atualmente registradosna Baixada fluminense, bem como a canse,qüente redução das filas e dos grandes volum-es de atendimento nos hospitais da Guanabara, cuja clientela em grande númeroprocede das cidades daquela região.
SenHor Presidente, ainda no campo social, seria oportuno recordar recente e importante medida tornada pelo titular daPasta da Previdência Social.
Com a finalidade de acompanhar a evolucão dos custos levados em conta na fixação das diárias e' taxas hospitalares, o Ministro Luiz Gonzaga do Nascimento e Silva instituiu uma Comissão de Controle dePreços Hospitalares junto à Secretaria deServicos Médicos do Ministério da Previdência e -Assistência Social.
A medida foi tomada levando-se em conta que o Conselho Interministerial de Preços (CIP) transferiu para' o Ministério daPrevidência, a partir de 1.0 de julho de 1975,a competência para fixar o valor das diárias e taxas hospitalares pagas pela previdência social.
A Comissão será presidida pelo Secretário de Serviços Médicos do MPAS, e, integrada por dois representantes do INPS edois do IPASE, indicados pelo Presidente decada uma dessas autarquias e designados
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pelo Ministro da Previdência e AssistênciaSocial. Contará com o assessoramento técnico e apoio administrativo do INPS e ..•IPASE, podendo articular-se com a .....DATAPREV e as Federações de Hospitais:p~ra obter as informações de que necessitar.
A Comissão de Controle de Preços Hospitalares proporá, periodicamente, à Secretaria Geral, os reajustamentos que devamBel' feitos nos respectivos valores em função daquela evolução dos custos. O Secretário-Geral do MPAS aprovará as tabelas dediárias e taxas hospitalares reajustadas aserem pagas, pelas instituições de previdência social.
Finalmente, Sr. Presidente, uma palavrasobre a Central de Medicamentos (CEMEL),objeto das atenções maiores dos parlament\'.res, da imprensa e do povo em geral, nasúltimas semanas.
Em dias da semana passada, com efeito, oPresidente da República assinou decretopassando à competência do' Ministério daIndústria e do Oomércío, através da Secretaria de Tecnologia Industrial, a promoçãok; coordenação das atividades destinadas aoo!,senvolvimento tecnológica industrial dasetor químíco-rarmacêutíco da Oentral de:Medicamentos, órgão vinculado ao Ministério da Previdência e Assistência Social. '
~ A transferência das pesquisas farmacêuticas da CEME para o MIO foi feita atendendo a exposição de motivos dos MinistrosSevero Gomes, da Indústria e Comércio, eLuiz Gonzaga do Nascimento e Silva, daPrevidência e .Assístênelu Social. O decretopresidencial ressa.Ita ainda que os recursosorcamentários previstos para projetos e atividades de tecnologia industrial da CEMEserão transferidos para o Ministério da Indústria e do Comérclo.
Por oportuno, e para que passem a fazerparte dos nossos Anais, reproduziremos naíntegra as' superiores e patrióticas razoesque levaram as mais altas autoridades doGoverno a procederem como o fizeram, danio mais flexibilidade ao órgão e aperf'eieoando-o sob os seus vários aspectos exis.teneíaís, para a sua grande missão no _eon,texto sócio-político da Nação.
Possui o seguinte texto, que passaremos aler, a Exposiçâo de Motivos dos Srs. Ministros da Previdência e Assistência Social e-da Indústría e Comércio, justificando atransferência.
"Excelentíssimo Senhor Presidente daRepública, 'Entre as atividades da Central de Medicamentos - CEME, se incluem aque
-Ias de fomento à industrialização do setor bem como as de desenvolvimentotecnológico industrial que víabílízam odesenvolvimento da indústria nacional.Estas atividades foram fortemente intensificadas a partir de março de 1974,principalmente devido a um perfeitoentrosamento entre a CEME e o Mínístérío da Indústria e do Comércio,através da Secretaria de Tecnologia Industrial e do Conselho de Desenvolvimento Industrial.O setor industrial farmacêutico constítuí-se, por parte do Ministério da Indústria e do Oomércío, em alta prioridade, tendo em vista a necessidade urgente de intensificar a produção no paísdas matérias-primas industrializadas,fundamentais ao setor.Com o objetivo de evitar duplicaçõesdesnecessárias e dado ao 'fato de a , ...CEME contar com ampla e sólida basede conhecimentos sobre a problemática do setor químíço-farrnacêutíco, graças aos aprofundados estudos que em-
preenderam para a elaboração do Plano Diretor de Medicamentos, objeto doDecreto n.o 72.552, de 30 de julho 'de1973, O setor correspondente da CEMEtem servido ao Ministério da Indústriae do Comércio como imprescindível órgão consultor especializado no campoda tecnologia industrial bem como nas
. diretrizes estabelecidas por este Ministério através do Conselho de Desenvolvimento Industrial para disciplinar eintensificar este importante setor industrial.A programacâo da CEME na área defomento à capacítaçâo tecnológica daempresa nacional tem sido sistemáticae ordenadamente compatíbíhzada comas diretrizes e a programação da Secretaria de Tecnologia Industrial doMIC, inclusive com os programas destaSecretaria em setores correlatos comoos de química, petroquimíca, fertilizantes e matérias-primas vegetaís.Os estudes diagnósticos realizados pelaCEME, no âmbito da mdústría farmacêutica e do setor saúde, permitiramíríentifícar com precisão a lista das matérias-primas farmacêuticas prioritáriasque necessitam ser produzidas no pais,de tal forma que os produtos constantes da Relação Nacional de Medicamentos da programação de distribuição daCEME possam ser disponíveis, independente de importação. Aliás. o setor farmacêutico depende, no momento, em75% de importação de matérias-primasindustriais. num montante. em 1974, deaproximadamente ors 1.000.000.000,00(um bilhão de cruzeiros).II relação dessas matérias-primas estudadas pela CEME mereceu a homologação do Conselho de Desenvolvimento Industrial, através .da Resolução n,v ...36/74, que regulamenta a concessão dosincentivos governamentais previstos noDecreto-lei n.? 1.137 de 7-12-70.No fomento à Indústria farmacêuticanacional o fator tecnológico tem se coritítuidc no principal impedimento à produção dessas matérias-primas pela indústria nacional, posto que a tecnologia industrial disponível é de domíniode um pequeno grupo de empresas es-trangeiras, .A ação de fomento tecnológico industrial, empreendida pela CEME foi reforçada, a partir de março de 1974, pela Secretária de Tecnologia Industrial doMIO junto a empresas nacionais e vemalcançando resultados concretos altamente promissores, como se pode constatar pelos seguintes exemplos:a) fnbrtcacão de Vitamina C com tecnologia em desenvolvimento no GrupoGuanabara Quimica Industrial -S.A. GETEO;11) fabricacão dos ácidos Salicilicos eAcetil-Saliéilico e Sulfanílamida com
. tecnologia de produção desenvolvida pela Fundacão Centro Vale de Ensino ePesquisa Quimico Industrial;e) fabricação de Acido 6-AminopeniciIãmíco, desenvolvida pela Faculdade de'I'ecnologia de Alimentos da Universidade de Campinas;d) desenvolvimento da Sintese de Ocitocína pela Escola Paulista de Medicina;e) produção de Nitrofurano "ê:i\nálogos,desenvolvida na Universidade Federalda Bahia, e mais 16 projetos ainda emandamento vísando também o desenvolvimento no país de tecnologia industrial vinculada a matérias-primas farmacêuticas.
Com recursos da Secretaria de Tecnologia Industrial do MIC está sendo implantado junto ao CEPED. no Oomplexo Petroquímico de Oamaçarr-Ba, umCentro de Desenvolvimento Tecnológicoda Indústria Farmacêutica.Cabe salientar que a aplicação sistemática de medidas de desenvolvimentotecnológico somente faz sentido quando apoiada na existência de uma políti-.ca atuante de desenvolvimento industrial, de tal forma que os estímulos eíncentívos à índustrlalízacâo do setorsejam orientados no sentido de se obtermelhor desempenho tecnológico porparte das empresas envolvidas.Está assim perfeitamente constituídoum sistema de desenvolvimento tecno-
, lógico-industrial, atuante em área príorítárta do Governo, cujo funcionamento deverá ser mantido e aperreíçoado,para que possa produzir os efeitos quea política de desenvolvimento do paisprevê para o setor.Face ao exposto, Senhor Presidente, etendo em vista a transferêncíe da Central de Medicamentos da esfera da Presidência da República para o. Ministério da Previdência e Assistência Sociale as atnbuícões e objetivos deste Ministério, sugerimos a Vossa Excelência atransferência das atividades acima referidas da Central de Medicamentos para o Ministério da Indústria e do Comércio que tem estas atividades entreas mais importantes .das suas funções,permitindo assim sem distorções funcionais e de atribuição, uma corretavinculação que permitiria o prosseguimento e mesmo a intensifícacão dessasatividades. 'Para permitir a imediata transrerêneíaproposta rar-se-á necessário que sejammantidos os recursos previstos no Orçamento da União no período 1975-77para estas atividades, transferindo-os,a partir de 1976 para a esfera do Ministério da -Indústria e do Comércio,bem como os compromissos assumidosmediante oonvênío com Agências Governamentais de finaneiamento e executoras dos projetos. em andamento.Coristderamos, Senhor presidente. oportuno reafirmar a alta conveniência deum perfeito entrosamento entre os doisMinistérios, de maneira que as atividades dr área de assistência farmacêutica, de competência do Ministério daPrevidência e Assístêneía Social, identjficadora que é das prioridades do consumo de medicamentos, deverá subsidiarde forma permanente, as atividades edinamização da estratégia de desenvolvimento tecnológico industrial dosetor. Do adequado relacionamento eatuaçãqharmôníca das duas áreas programáticas em causa advírão, por certo os resultados esperados de produçãono pais desses importantes produtos básicos industriais.Por estas razões Senhor Presidente. pedimos vênia para submeter a Vossa Ex-
. celência o anexo Projeto de Decreto que, regulamenta a transferência das ativi
dade de desenvolvimento tecnológicoindustrial do Ministério da Previdênciae Assistência soctat para o Ministério daIndústria e doComéreio.Aproveitàmos a oportunidade para renovar a Vossa Excelência os protestosdo nosso mais profundo respeito.
Luiz Gonzaga do Nascimento e Silva Severo Fagundes Gomes"
Sr. Presidente e srs. Deputados, ao encerrarmos estas palavras gostaríamos de
1412 Sábad<l 12 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I)..
Abril de 1915
ressaltar a providência governamental, nomomento em que ocorre a nomeação do novo Presidente da Central de Medicamentos,na pessoa do Vice-Almirante médico Gerson Sá Pinto Ooutlnho.
A nomeação de um homem da experiência e do conhecimento técnico do novo Presidente evidencia, por si só, a grande preocupação que domina os setores do Governo,para que a CEME continue a trilhar os caminhos vítoríosos que vem percorrendo,desde que foi criada n() Governo Médici.
É de serem ressaltadas as palavras doMinistro Nascimento e Silva, nesse ato deposse, ao enfatizar que o importante organismo governamental continuará prestando os mesmos relevantes serviços à' população brasileira, como hoje ocorre, atualízando -se e aperfeiçoando-se cada vez mais,no mais alto, nobre e patriótico objetivo decumprir a sua histórica e pioneira missãode fabricar medicamentos e distribuí-los,valendo-se de nossa imagtnaçâo criadora edos recursos que a Nação lhe possa colocarà disposição.
O SR. EDUARDO GALIL (Pronuncia oseguinte discurso) - Sr. Presidente, Srs.Deputados, traz-me hoje à tribuna o sentimento patriótico, a admiração e a amizadepessoal. Ouvimos, no dia 3 de abril desteano, no Senado Federal, um dos melhoresdiscursos parlamentares da sua História,que se constituiu num documento histórico'de relevante prova testemunhal da atuaçãopatriótica e democrática das Forças Armadas brasileiras, como inconfundíveis guardiãs das leis e dá Constituição.
O seu autor, um ex-Ministro, ex-Governador e atualmente Senador pelo Estado doPará, Jarbas Gonçalves Passarinho.'
O sentimento de brasílidade somado aodever nos leva a esse registro histórico deprimeira grandeza, para orientar as novasgerações de brasileiros que por certo um diaestarão neste Plenárão, nesta tribuna, cornona presença de milhões de brasileiros querepresentamos.
A admiração e a amizade se fazem sentirno nosso espírito neste momento, pois setrata de Jarbas Gonçalves Passarinho. Sr.Presidente e Srs. Deputados, poucos têmsido os homens da sua coragem cívica e dasua coerência moral; jamais tergiversou nadefesa das instituições livres, jamais se intimidou na defesa da justiça e da lei, nemjamais se lhe subiu à cabeça as honrariase as glorias dos cargos ocupados; humíldade e simplicidade nunca estiveram ausentesde sua pessoa.
Daí a minha presença se fazer obrigatória nesta tribuna, nestes ,dias em que tantoprecisamos de homens deste valor, para registrar - Sr. Presidente, nos Anais destaCasa -- o discurso pronunciado em 3 deabril deste ano pelo Senador_Jarbas Gonçalves Passarinho.
Assim Sr. Presidente e Srs. Deputados,esperamos em Deus estar cumprindo com osnossos deveres parlamentares fazendo justiça para com aqueles homens que, provindos das mais diversas camadas da população brasileira, constituem as nossas Forças Armadas, cujas ações sempre foram nointeresse soberano da pátria, da lei e dobem comum.
O SiR.. HERMES MACEDO (Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs.Deputados, sob o titulo de "O Brasil perde20% das safras agrícolas", o Jornal Folhade São Paulo, de 12 de março, publicava aseguinte nota:
"/I informação partida do InstítutoTecnológico de Alimentos (ITAL), deCampinas, de que os produtos agrícolasbrasileiros se perdem por falta de ar-
mazenamento, recebeu ontem anuênciadas autoridades federais, que tambémestimam em 20% a deterioração das safras agrícolas do país desde o ato dacolheita até o da venda ao consumidor.O ITAL estima que tal perda significao prejuizo para a economia nacional decerca de Cr$ 2 bilhões anuais, aos preços médios da atualidade. E não só osprodutos tipicamente perecíveis entramneste rol, como é o caso das frutas ehortrgranjeíras, mas chega-se a perderinclusive parte das safras de cereais,como o milho e o arroz."
Eis aí uma realidade profundamente inquietante, que tantos danos vem causandoà nossa economia.
Por diversas vezes, desta mesma tribuna,tivemos oportunidade de defender enfaticamente o fortalecimento da agricultura brasileira como uma das metas prioritárias doGoverno Federal, em face não apenas dosinteresses legítimos dos consumidores brasileiros. mas em face também da crise mundial de alimentos que se delineia no horizonte - e que certamente possibilitará umaumento substancial das nossas exportações de produtos agrícolas.
Para esse fortalecímentc imperioso defendíamos - e continuamos defendendo a necessidade de se dar uma atenção maisacentuada ao' desenvolvimento da infraestrutura de transportes rodorerrovíáríos eà expansão da rede de silos e armazéns nospólos de produção e nos terminais de ex-portação. .
Sabemos que o recente cadastramento dasunidades armazenadoras do Pais propiciará à Companhia Brasileira de Armazenamento (CIBRAZEM) subsídios valiosos parao equacionamento de uma política maiseficiente e adequada às necessidades dessesetor vital.
Mas náo devemos esquecer a necessidadede que a CIBRAZEM venha a ter futuramente uma dotação orçamentária que lhepermita cumprir, em toda a plenitude, asua transcendental missão, para a qual faltam, por enquanto, os necessários recursoshumanos e financeiros.
Por outro lado, impõe-se a concessão deincentivos e facilidades para que tanto aárea oficial como a iniciativa privada possam ampliar decididamente a rede nacional de silos e armazéns, que é insuficienteem termos quantitativos e ineficiente emtermos qualitativos.
O futuro da nossa agricultura, não devemos esquecê-lo, depende fundamentalmente dessa ampliação. Pois o certo é quenão poderemos continuar assistindo q,e--braços cruzados, a cada ano que passa, aosprejuízos gritantes provenientes da perda.de uma parcela substancíal das nossas safras agrícolas, produzidas à custa de tantosuor e de tantos sacrifícios desse herói ~bnegado e anônimo que é o agricultor brasileiro.
O SR. PEDRO FARIA (Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr, Presidente, Srs.Deputados, estou retornando do Rio de Janeiro, onde assisti aos funerais de umasdas figuras mais identificadas com a vidacaríoca,
Natalino José do Nascimento - mais conhecido popularmente como Natal - faleceu aos setenta e sete anos, deixando paraseus parentes e para a imensa legião deseus amigos um exemplo de liderança ínconteste baseada numa vontade férrea de vencer na vida.
Da cidade de Queluz - Estado de SãoPaulo -, onde nasceu, Natalino José doNascimento veio, ainda menino, para o Riode Janeiro, fixando-se com a família no
subúrbio de Oswaldo Cruz. Neste bairro eem outros adjacentes, como Madurelra, Natalino passou a ser o "Natal", que maistarde "serra conhecido internacionalmentecomo reformador da apresentação das chamadas Escolas de Sambas no carnaval carioca.
Natal não era músico, não era compositor, mas o seu desejo de apresentar O meIhor foi fazendo com que a sua "Escola" a campeoníssíma Portela - liderasse asinovações, apresentando em cada desfilecarnavalesco uma série de novidades que,logo após, eram absorvidas por outras "Escolas". O carnaval carioca ia, assim, ganhando, ano após ano, um novo colorido, e,sem medo de errar, podemos afirmar que afesta máxima dOI> brasileiros perdeu, como falecimento de Natalino José do Nascimento, um dos principais -responsáveís pelabelezà do carnaval de rua.
Natal foi também ferroviário, onde, numacidente, perdeu um braço - o que em nadalhe diminuiu fisicamente; ao contrário, aliderança que possuía em todas as suas atividades era sempre destacada e respeitada,Essa sua condição lhe valeu uma músíeapopular, o samba "O homem de um braçosó", com permanência nas paradas de ~\i":';cesso.
Sr. Presidente, o tempo é curto para rela-'tal' fatos da vida de Natalino José do Nascimento, pois a figura de Natal tomou-seuma legenda, não apenas na sua Escola deSamba Po rtela, onde recebeu principese,princesas, Presidentes de Repúblicas, semfalar nos inúmeros diplomatas, sempre sequiosos de conhecer a verdadeira vida dopovo brasileiro, mas na vida social, ondeassistiu orfanatos, asilos e inúmeros desamparados que, acostumados aos "gritosdo maneta", sempre encontravam um agasalho no seu coração acolhedor.
Sua fama de banqueiro no chamado "jogo do bicho" decorria de sua posição de líderque defendia a mesma idéia hoje defendidapelo Governo, ao tentar orgarnzar a zooteca, e por mim, em particular, quando apresentei a esta Casa projeto de lei criando aloteria "A popular". E foi por conhecer deperto a figura humana de Natal que recorri no meu proj eto ao instituto de anistiapara aqueles que, na prática, foram verdadeiros mártires de uma idéia tão ao gostopopular e agora endossada pelo Governo.
Natal foi levado ao cemitério do Parqueda Saudade, mas não morreu na' lembrançadaquela multidão, jamais vista em. funerais,e, aqui, na Câmara dos Deputados, não poderia deixar de registrar nos Anais a profunda tristeza que seu desaparecimentocausou a toda a população carioca, prtncí-;palmente a da zona suburbana da cidadedo Rio de Janeiro.
O SR. MARCELO MEDEIROS - (Pronuncia o seguinte díseurso.) Sr. Presidente,Srs. Deputados, o Prefeito de Nova Iguaçu,em entrevista ao prestigioso semanário"Opinião Pública", relata a situação criticaem que se encontra o seu Municípío, com500 mil craínças em idade escolar e carênciade escolas. '
Afirmando que enviou relatório ao Governador do Estado e espera uma soluçãourgente da Secretaria de Ec;lucação, o Prof.Joaquim de Freitas, Prefeito de Nova Iguaçu, considera "dramática a situação de milhares de famílias, sem recursos para a manutenção de seus filhos nas escolas".
Sr. Presidente, a falta de recursos municipais para a construção de unidades escolares em número suficiente à demanda éum problema crônico dos municípios brasileiros, que precisa ser solucionado com UI'""gência. Os milhares e milhares de criança/s
Abril de 1975 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçã(lt I) Sábado 12 1413
o Slt. PRESIDENTE (Alenear Furtado) Nobre Deputado, o aparte não é permitidono caso em espécie, em razão do que determina o § 9.0, do art. 110, do RegimentoInterno. O orador versa questão de ordemobjeto de deliberação da sessão anterior enão pode ser interrompido, salvo, diz o Regimento, para uma questão de ordem.
O SR. JOSÉ COSTA - Nobre DeputadoEpitáeio Cafeteira, sem dúvida alguma élamentável que, em face de um preceito regimental, V. Ex.a não possa enriquecer omeu breve discurso, mas V. Ex.a terá oportunidade de fazê-lo brevemente, porque voltarei ao assunto perante esta Casa.
Mas, concluindo, Srs. Deputados, o Presidente desta Casa julgou improcedente minha questão de ordem, porque a matéria.tinha sido objeto de deliberação do Plenário. Mas o art. 110 do Regimento diz:
"Toda dúvida sobre a interpretação deste Regimento, na sua prática, exclusiva,ou relacionada com a Constituição, considera-se questão de ordem."
Foi exatamente o que fi:;!, Srs. Deputados:considerando que havia necessidade de interpretar-se o preceito regimental à luz daConstituição e não a Constituição à luz do
<preceito regimental, suscitei a questão deordem, afinal tida como improcedente, donde o recurso regimental para o Plenário,ouvida a Comissão de Constituição e Justiça.
Srs. Deputados, concluindo a minha brevealocução, espero contar, na decisão desta.matéria, não apenas com o apoio dos meuseminentes colegas do MDB, mas principalmente ...
O SR. PRE8IDEN'l'E (Alencar Furtado) _(Fazendo soar os tímpanos) V. Ex.a dispõede dots.mínutos para concluir a sua oração,
O SR. JOSÉ COSTA - ... com o apoiodos Srs. membros da Alianca RenovadoraNacional. O que está em Iogo não é ummero inóquo e inodoro preceito regimentale· sim a dignidade desta Casa, a honra des':te Parlamento e a valorização da atividadeparlamentar. .
. ~rs. Deputados, espero que, quando a matéría for submetida à superior deliberacãodeste Plenário, esta Casa, de pé sem considerar interesses políticos, ma's considerando, sobretudo, os interesses da democracia, derrogue o preceito regimental que autoriza o Líder a votar até contra o opiniãoda sua Bancada.
V - O 8R. PRESIDENTE (Alencar Furtado) - Passa-se ao Grande Expediente.
Tem a palavra o Sr. Jorge Arbage.
O SR. JORGE ARBAGE _ (Pronunciao seguinte discurso.) Sr. Presidente Srs.·Deputados, jamais se poderá afirma~ quea questão referente à remuneracão dos magistrados alguma vez ficou esquecida dasvárias Constituições que já' regeram a vida.deste Pais. Ao contrário, desde os primórdiosda República que essa matéria vem sendoreiteradamente consignada nos textos constitucionais, cada vez com uma fórmula diferente, visando a dar ao problema solucãocompatível com a sua magnitude. >
Assim, a Constituição de 1891 já cuidavade estabelecer que os vencimentos dos JuizesFederais, então considerados vitalícios, seriam determinados por lei e não poderiamser dímínuídos.
Em 1934 já se quis adotar critérios paraa fixação dos vencimentos de Juízes e Desembargadores, mediante a determinação deque o seu mínimo, em cada Estado, ficassedependendo de lei federal, obedecidas ascondições peculiares de cada. Unidade da
Por essas razões, Srs. Deputados, querodeclarar que, em principio, sou favorávelao voto do Líder, desde que respeitado oconsenso de sua Bancada, para facilitar oprocesso de votação nesta Casa. Mas nãoposso aceitar o voto do Líder tal como vemsendo exercido. porque o povo do meu Estado em momento algum admitiu sequer aidéia de que eu delegasse a quem quer quefosse o direito de aqui votar por mim.
O SI'. Epitácio Cafeteira - Permite V.Ex.'" um aparte?
O Slt: JOSÉ COSTA - Pois-não, nobreDeputado. '
"Salvo disposição constitucional emcontrário, as deliberações de cada Oâmara serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria de seus membros."
, 'o art. 33, § 3.°, que tive oportunidade deler também na sessão de ontem, diz:
"O pagamento da parte variável do subsídio corresponderá ao comparecimentoefetivo do congressista e à participaçãonas votações."
Não basta, Srs. Deputados, que o Parlamentar esteja na Casa. Quando fala decomparecimento efetivo, -a Constituição exige que o Deputado esteja realmente em plenário e condiciona o pagamento da partevariável do subsídio a que ele vote, a queele participe das votações. Até porque, srs,Eleputados, se o Parlamentar não votar ereceber a parte variável, ele estará recebendo uma vantagem Ilícita, e, segundo estamesma Constituição, isso é razão para acassação de seu mandato.
Srs. Deputados, não suscitei a questão deordem apenas para criar dificuldades, apeDas para, no plenário da Casa, apresentaruma manobra oposíocíonísta. Suscitei-a para que a Constituição fosse cumprida, porque o desuso não derrogo. a lei, muito menos
que não têm recursos para estudar em co- a Lei Maior, o preceito constitucional. Nãolégios particulares - poucos são hoje em importa o que o Regimento diz, se o dispodia os pais que têm condições financeiras sítívo r contra a Constituição.para custear os estudos de seus filhos -não podem ficar na dependência de solu- Srs. Deputados, não sou, em princípio,ções retardadas. Os jovens precisam de es- contra o voto do Líder, sou contra o fatocolas e de professores para aprenderem, e o de o Líder votar em nome de sua BancadaGoverno tem o dever constitucional- de pro- sem a consultar. Isso é uma violência eonporcíonar-Ihes as condições adequadas ao tra todos nós, isso não dignifica o Parlaaprendizado. mente: ao contrário, avilta-o. Imaginem,
Srs. Deputados, se algum candidato a umaCabe aos Governos Estadual e Federal, cadeira nesta Casa dissesse, na televisão,
comprovada a falta de recursos do Munici- que queria o voto do eleitor para ser Depupio, promover a construção de novas eseo- tado, mas que não iria decidir, não iria terlas e a contratação de novos professores. oportunidade de votar, porque o Líder iria
votar por ele. Tenho impressão de que esseO novo Governo do Estado do Rio de Ja- candidato estaria derrotado antes mesmo
neiro deve empenhar-se, prioritariamente, de o pleito se realizar, porque não teriana solução desse problema. talvez nem o voto de sua própria esposa..
Era o que tinha a dizer. Minha luta nesta Casa é para dignificaro trabalho parlamentar, para que 'esta Casa,
O SR. PRESIDENTE (Alencar Furtado) - através de várias providências, recobre aoConcedo a palavra ao Sr. José Costa, nos menos uma parcela mínima dos poderes quetermos do § 7.°, artigo 110 do Regimento lhe toram subtraídos desde 1964. SusclteiInterno. uma questão de ordem que não interessa ao
,o SIt. JOSÉ C08TA - (Sem revisão do Deputado José Costa, que não interessa aooraãor.) Sr. Presidente, nobres Deputados, meu Estado, que não interessa particularna' tarde de ontem, 'por ocasião da votação mente aos Deputados do MDB nem aos dado' requerimento formulado pelo meu Par- ARENA. Interessa à Nação, interessa à de-'tIdo, o MDB, no sentido de convocar-se S. moeracía, interessa fundamentalmente aEx.'" o Sr. Ministro da Justiça, para prestar esta Casa. (MlIlito beml) A prática do votoellclarecimentos à Casa a respeito do desa- do Líder é aceita nos Estados Unidos, ondeparecímento de presos políticos, suscitei é conhecida há muito tempo e exercitadauma questão de ordem, na qual argüía a há vários anos. Mas, ao votar, o líder reinconstitucionalidade do voto do Lider pela presenta o consenso obtido na reunião doS!Ua respectiva Bancada sem a ouvir, tal seu partido, o consenso que nada mais éeomo se encontra no Regimento Interno da do que a vontade da maioria, o consensoOasa.· obtido no caucus, na eonference ou no me-
eting, se eventualmente essa reunião for do" O Sr. Presidente entendeu .ser descabida partido mínorítárlo. Essa prática víge tama questão de ordem, porque a matéria tinha bém na Austrália e na Nova Zelândia. Hásido aprovada pelo Plenário, não' tendo /""" adeptos dela mas há também figuras emíS. Ex. a como não dar conseqüência ao pre- nentes que ~ontra ela se levantam. Trouxeceito regimental. aqui apenas uma referência contida na
Sr. Deputados, na medida em que S. Ex.a "E.nC!clopaedi~.of Parliament", qe Normanfez cumprir a norma regimental, negou va- W.l!~mg e Phílíp Laundy, que diz ~~r essaIiríadc, negou eficácia a um preceito maior, pla~l~a con~enavel,. porq~le a. pohtl~a deo preceito constitucional Não critico S. l~x.a, dec.ldlr matéría suíeíta a dell?_eraçao doque agiu _ perdoe-me a ausência _ mais ~al1amento no caucus, na reuniao do Parpoliticamente do que como Professor de Di- tl~O. na verdade .fa:vcom que o Parlam~ntoreíto Constitucional, pois segundo o príneí- deixe de ser o fOlUD?- ~a Nação, tra?s!ermdopio da hierarquia (ias leis, a Constituição se este lugar, e~t~ posiçao, esta con~lçao parasobrepõe evídentemente, ao Regimento. o pa~t~qo potítico. Peço q~e y. Ex. s eSCl~tem, , a opmiao dada pelo ex-Míntstro australiano',O art. 31 da Constituição, que passo a Robert Menzies, emitida em 1945. Numaler, diz: tradução livre, ele diz que o Poder Legisla
tivo, tal como estava sendo concebido àépoca na Austrália, não existia. E não existia por quê? Porque a matéria legislativaera submetida primeiro ao caueus, à deliberação da Bancada, para obtenção do consenso..Quando esta matéria, sujeita à deliberação do Parlamento, obtinha aprovaçãodo caueus, o debate, no Parlamento, tornava-se mera formalidade. O Prot. Bland alinhava argumentos, sem dúvida alguma respeitáveis. Ele diz que o forum da Nação éo Parlamento, não o eaueus, e que o processo legislativo, que a elaboração legislativadeve repousar no processo dialético, o debate público. O contrário desnaturarta aatividade parlamentar.
1414. Sábado 1~ DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) A.TÜ de 11175
FederaçãD. E, conquanto não prevalecesseesta proposta de fixação de vencimento mínimo, a verdade é .que o texto constitucionalde 1934 não desprezou a necessidade de agasalhar dispositivos pertínentes à matéria,ficando estabelecido que os vencimentos dosDesembargadores das Cortes de Apelaçãonão poderiam ser ínreríores aos percebidospor Seeretários de Estado bem como que osdos demais Juízes não poderiam apresentardiferenças superiores a trinta por centoentre uma categoria e outra, tomado comoteto, para os meíhormente remunerados, ovalor correspondente a dois terços do estipêndio dos Desembargadores.
Em 1937 apenas se repetiu o preceito, omesmo acontecendo em 1946, sem contar,naturalmente, a Emenda n.o 1, que não permitia pudessem os Desembargadores perceber quantia inferior a setenta por cento daremuneração atribuída aos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
A Constituição de 1967 foi inovadora, nosentido de que se desfez de qualquer critériorelacíonável com o limrte mínímo, determinando apenas gradação entre vencimentosde Desembargadores e Juízes.
Em 1969, quando ocorreu ampla reformaeonstttuclonal, nova reviravolta de critério,estabelecendo-se um novo limite Já entãomáxímo, de tal modo que nenhum membrode Justiça Estadual poderá perceber mensalmente importância total superior ao tetoestabelecido em iei federal. Como novidade,a volta ao recurso da lei federal, em face doconstatado desequilíbrio resultante das legislações estaduais que, em alguns casos,permttiam Desembargadores percebendo remuneração superior à de Ministros do Supremo Tribunal Feederal.
O sistema atual, decorrente da EmendaConstitucional n.v 1, de 17 de outubro de1969, é, pois, o da remuneração fixada porlei estadual, mas em obediência ao tetofixado em lei federal. Entretanto, aindadesta ves - e depios de tantas modificacões- não foi possível ao legislador constituintee mesmo ao legislador ordinário estabelecercritérios que possam ser considerados eficazes para resolver o angustiante problema daremuneração à magistratura em todos osEstados.
Tanto que Alcino Salazar, em seu livro"Poder Judiciário - Bases Para Reorganização", Já começa apontando flagrantes inconvenientes. :m que, tendo sido deixadoaos Estados a fixação dessa remuneração,não tem sido difícil verificar que a condição'econômica de cada unidade, assim como oarbítrio dos outros poderes locais e a variedade e precariedade dos respectivos recursos, acabaram levando ao injusto e desalentador quadro, onde se podem encontrarjuízes bem remunerados, juízes medianamente remunerados e juizes mal pagos, estessem o mínimo indispensável. à própria subsistência. O mesmo se diga quanto aos .promotores públicos, cujos vencimentos emgeral ou estão baseados nos vencimentos damagistratura ou são inferiores.
Entremeando as modificações constitucionais apontadas, houve uma época em que doGílvemo Federal partiu a idéia, entâo tidacomo salvadora, de uniformizar a remuneração dos membros da magistratura e doMinistério Público em todos os Estados, mediante complementação salarial por parteda União.
Tal ocorreu em 1963, quando se editou oDecreto n. a 53.342, de 24 de dezembro daquele ano, dispondo sobre "normas para aeelebraeão de acordos entre a União e osEstadOlÍ, destinados a regular a contribuiçãofinanceira do GDvemo Federal para o pagamento suplementar dos membros da Magistratura e do Ministério Público Estaduais".
No ano seguinte e apenas dois meses depois, era baixada a portaria n. a 95-B, de28 de fevereiro de 1964, do Ministério daJustiça, onde se -mencíonavam providênciasadministrativas para o fim de possibilitaros acordos de que tratava o Decreto número 53,342.
É certo que muitos dos critérios entãoutilizados para fixação dos limites da contribuição federal aos Estados, destinada aopagamento suplementar de juízes e promotores, já estão superados e sequer se compatibilizam com o ordenamento jurídico-constítueíonal vigente. Mas, não é menosverdadeiro que essa foi mais uma tentativavã, visto como, embora o Decreto e a Portaria determinassem expressamente que oExecutivo encaminharia mensagem ao Congresso Nacional solicitando a abertura doscréditos necessários aos pagamentos referidos, jamais se deu execução a tal objetivo,ficando a uniformização dos vencimentos dejuízes e promotores, a partir daí, em totalesquecimento.
Afinal, a remuneração atribuída à magistratura e ao Ministério público, em quasetodos os Estados brasileiros, continua sendoincompativel com a importância e dignidadede ambas as funções, além de completamente descríteriosa e injusta.
Nalgumas regiões, como a Amazônia e oNordeste, então, a situação ganha foros derídícularta, eis que ambas as classes - magistrados e promotores públicos - vivem namaior das dificuldades, em razão dos parcose até irrisórios vencimentos que lhes sãopagos.
Assim, por exemplo, enquanto um Juiz doEstado de' São Paulo ou da Guanabara,atualmente .Estado do Rio de Janeiro, percebem, inicialmente, somas acima de , .....Cr$ 10.000,00, os Juizes do Estado da Paraíba ganham Cr$ 2,012,00 e os Desembargadores de seu Tribunal de Justiça Cr$ 3.220,00,os Juízes de Sergipe Cr'$ 2.187,00 e os Desembargadores Cr$ :;.500,00, os Juízes doMaranhão Cr$ 2.200,00 e os Desembargadores Cr$ 4.300,00.
Tais dados podem estar desatualizados,mas sua' atualização, decorrente talvez deaumentos salariais verificados no comecedeste ano, não representam mais do quevinte e poucos ou trinta por cento de acréscimo às cifras mencionadas.
Ora, como pretender dignidade funcional,independência jurisdicional, status pessoalenfim, com tão miseráveis estipêndios, pagosa pessoas cujo encargo e cuj a natureza deserviço ainda lhes impõe a obrigação deandar invariavelmente bem vestidas e comas bibliotecas atualizadas para bem atuar edistribuir justiça.
No Estado do Pará, que tenho a honrade representar nesta Casa do CongressoNacional, ressalvada a nunca assaz proclamada e reconhecida dignidade de suamagistratura e de seu Ministério Públtco,a situação não é menos constrangedora nemmenos vexatória do que nas demais unidadesda Amazônia e do Nordeste, quando se tratede remuneração. Pagam-se importânciasmensais, aos Juízes e Promotores do Estadodo pará, que jamais ultrapassam .Cr$ 5.500,00, sendo este o nível mais alto,atribuído à função de desembargador, doque resulta estarem aqueles runcíonáríoada Justica atravessando estado de verdadeira miséria.
Os Juízes da Capital, Belém, ganham entre Cr$ 3.85p,00 e crs 4,550,00, sendo queaos pretores da capital e do interior sãoatribuídos vencimentos que variam entreCr$ 2.700,00 e ors 3.000,00 para os primeiros e Cr$ 2 312,00 a Cr$ 2.800,00 para osúltimos. Um Juiz no interior do Pará ganha entre Cr$ 2,875,00 e Cr$ 3.000,00 e pou-
eos cruzeiros, sendo de ressaltar que em todas as cifras mencionadas já estão incluídosos adicionais a que fazem jus.
Há poucos meses a cidade de Belém assistiu a um espetáculo deprimente para: assuas tradições; Juizes, Pretores e Promotores tiveram necessidade de loeomoveq-aeaté o palácio governamental, aonde foramcoarctados pela absolúta necessidade 'depedir a misericórdia de uma melhoria salarial. De um aumento nos vencimentosque, ao menos, bastasse para suprir as suasnecessidades mais fundamentais e maisprementes. Fizeram-no em desespero; eisque percorreram as ruas principais da eapital paraense, numa atitude 'pouco comume que aparentemente não quadra com aodignidade da toga, mas que acabou tendovalor extraordinário, já que todo o povq aocompreendeu e com ela se solidarizou... ; "
Não pretendo aqui criticar ou culpar osEstados e suas eventuais administrações, eisque a situação se lhes apresenta irremediável. Os Estados, particularmente os daAmaz~nla e do Nordeste, são pobres. paupérrimos mesmo e não dispõem dos recljU"sos financeiros para uma satisfatória so,I~ção do problema, ou seja, para a just,,;ecompatível melhoria dos vencimentos deJuízes e Promotores públicos. " :
O que quero é fazer chegar às autorídadéscompetentes da República, príncípalmerfteao Presidente Geisel e ao, Minfstro da Justiça, o conhecimento da dramática situação pecuniária em que vivem tais membrosda Justiça, particularmente no Estado tioPará e, com o conhecimento, o apelo pàÍJ.-aque encontrem a soluçãô adequada, aindaque mediante a utilização de medidas inusitadas como a da complementação salaríala cargo da União.
A uniformidade dos vencimentos, querpara a magistratura ou para o MinistérioPúblico, é uma exigência dos tempos emque vivemos e somente a União tem condições de proporcioná-la, com critério e justeza indispensáveis.
A uniformidade, além da adequada -" equem diz é Alcino Balazar, em seu livro qitado -, ou seja, proporcionada em relaçãoàs condições de subsistência do Juiz acrescento, do Representante do MinistérioPúblico - e de sua ~Illilia, tendo ainda emconta os gastos especiais inerentes ao caráter técnico do oficio, a remuneração docargo deve ínquestíonavelmente seguir umalinha de uníformldade em todo o País.
, Preocupa-nos, Sr. Presidente, assegurartanto quanto possível a posição de indepe:rn.dência dos Juízes, que sempre foi enfaticamente proclamada nos textos do nosso Direito Constitucional como condição essencial do livre exercício da judicatura.' Egarantía ~undamental dessa independênciatem sido considerada a adequada remune-ração dos Magistrados. ,
É oportuno lembrar a lição do insigneJoão Barbalho, que dizia em seu "Oomentário a Constituição Federal Brasileira",pág. 57, o seguinte: "Com escasso vencimento, não proporcionado à altura do cargo e à importância de sua míssã1, o Magistrado ficará escravo da necessidade' e"le bosoín d'al'gent est la pire das servítudes".
Oportuno também é lembrar perante estaaugusta Casa, o eminente Prot. AlfredoBuzaid, na exposição de motivos ,com que,em 1964, apresentou ao Ministro da Justicao Anteprojeto do Código de Processo Civil,-de sua autoria, na qual assinalou dois fatores da deficiência de nossa organização judiciária, um dos quais era o da insuficiência da remuneração atribuída aos Magi*trados, em razão de sua conseqüência ge-
Abril de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 12 1415
rando "um motivo de desalento no-espírito ,daqueles que pretendem ingressar e fazercarreira no Poder Judiciário". Este, observou o eminente processualista, "foi o quenão recebeu a consideração devida à altadignidade de sua função", "nunca foi contemplado com cotações orçamentáriassubstanciais, correspondentes à sua missãono sistema constitucional brasileiro".
E, considerando indispensável' "restabelecer o equilíbrio' entre o aparelhamentoprocessual e os órgãos de sua aplicação",preconizou o Prof-, Alfredo Buzaid a eríação de uma verba, no Orçamento da União,"destinada a subvencionar o Poder Judiciário dos Estados".
Como se pode observar, o problema dasubvenção do P .ríer Judiciário estadual,
'pela União, já tem raízes remotas no espírito do legislador pátrio, porém lamentavetmente não' ultrapassou os limites dateoria dentro do _campo doutrinário.
Hoje a tese por mim defendida parecemais sensata e objetiva, porque visa a beneficiar com a subvenção federal apenasos Magistrados e Os Representantes do Mímstério Público dos Estados considerados
" em estágio de subdesenvolvimento. Parao estes é quê pleiteamos a complementação
a nível de Juizes e Procuradores Federais,sabído que os Estados pobres não poderãooferecer melhores condições salariais oumesmo o estritamente necessário para queII Magistratura e o Ministério Público es
.taduaís tenham um padrão de vida compatível com o status da independência quedevam manter perante a sociedade.
. Sr. Presidente, não entendo situação maisvexatória para um Magistrado do que fazê-lo transparecer um mendigo de gravata.Não precisamos ser pitonísas para prevera existência de Desembargadores, Juizes ePromotores sofrendo a humilhação da mí
I séria em Estados subdesenvolvidos, e aindaassím mantendo a dignidade da função coma mais absoluta índependêneía nas suasdecisões. No meu Estado, o Pará, conheço
· não apenas Juízes e Promotores, mas Dê~sembargadores já no outono da vida judiciária que se transportam de ônibus cole
I Uvas, porque nunca lhes foi possível economizar o necessário para a compra do
I carro próprio ou da casa própria. Não éI hoje, porventura, o carro um objeto de uti-lidade indispensável ao homem de classe
'média. Contudo, forçados pela circunstân, Estados pobres, figuram no elenco da classemédia, Contudo, forçados pela circunstância que lhes impõe os cargos, despendemno trajar o que não é exigível para outrosservidores ainda que da mesma classe.
Repito, pois, que a remuneração compen.sadora é a primeira condição do status dojuiz: a sua independência.
Não há conflito na hermenêutica dessepensamento, porque com ele estão acordes
· grandes mestres do direito pátrio, um dosquais Alcino Salazar antes citado, paraquem "o juiz insuficientemente retribuído,será posto na contingência de recorrer aterceiros, na área de sua jurisdição, par-aa complementação- de sua economia doméstica com emprego para seus familiarese suprimentos .eventuaís obtidos em termosde favor".'
O Sr, Hugo Napoleão - Nobre Deputado,·o problema que V. Ex.'" tão bem vem tratando é do meu conhecimento. Advogado
,militante já faz sete anos, tenho acompamhado, no seu Estado, o Piauí, os problemas qy,e afligem a 'magistratura e até mesmo aqueles que afligem o Ministério Público .•De modo que não só a Capital, mastodas as entrâncias do interior do Piauí,também por suas necessidades, por sua in-
rra-estrutura, necessitam de apoio à organízacào jurídica. Congratulo-me com V. Ex.'"por tão importante e elevada tese, à qualestendo, neste momento, com o maior pra-zer, toda a minha solidariedade. .
O SR. JORGE ARBAGE - O aparte deV. Ex.'" me honra e sensibiliza, nobre Deputado, porque V. Ex.'" realmente representa,nesta Casa, um daqueles Estados que figuram no elenco dos- chamados Estadospaupérrimos deste País. Agradeço a V. Ex.'"o aparte.
Prossigo, Sr. Presidente.
Se o tempo regimental não conspirassecontra minha presença nesta tríbuna, euiria razer referência aos tipos mais rigorososde proibições existentes nos Códigos Judiciários estaduais, que tornam os Magistrados suscetíveis de perda do cargo, como porexemplo prevê o de São Paulo - Lei Complementar· n.O 03, de 27-8-69 - para oscasos de: exercer qualquer outra funçãopúblíca, receber percentagens, exercer atividade político-partidária - até aqui reproduzindo os ditames da Oonstítuíçâo Federal- exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de secnomíamista, exceto como acionista, e exercer função de árbitro ou juiz fora dos casos previstos em lei (art. 191).
Impõem, assim, a Constituição vigente eas Leis de Organização Judiciária nos Estados que o Juiz deva promover seu sustentoapenas com os vencimentos e vantagens aque f.az jus. Correta a imposição. Injusta,contudo, quando constatamos os desníveissalariais existentes entre a Magistratura eo Ministério Público com atividades em Estados desenvolvidos como São Paulo e Guanábara, que pagam vencimentos bem maiores que os percebidos pelos Juízes e Procuradores federais - daí surgir um forteobstáculo ao principio de federalizaçã,o dajustiça, comparados com os Estados e Territórios em estágto de subdesenvolvimentocomo Pará, Amapá, Roraima, Maranhão,Piauí, Amazonas, entre outros.- E eu quero fazer um destaque para nãoincorrer em injustiça para com o Governador do meu Estado, Prol. Aloysio Chaves.Nos primeiros quinze dias de _Governo,S. Ex."', não resistindo à situação calamitosaem que se encontravam os Membros doPoder Judiciário, fez encaminhar mensagemao Poder Legislativo, proporcionando umaumento que, embora não substancial, pelomenos serviu para atenuar as necessidadesda classe quando esta beirava o desespero.
O mérito da íníclatíva governamental, nocaso paraense, deve ser ressaltado e louvado, notadamente porque, ao que' sabemos,provocou uma sobrecarga orçamentária superior a um milhão de cruzeiros, sem cueisso impedisse o Governo de conceder <O benefício. E eu pergunto, Sr. Presidente, seoutros Estados em eondícões econômicas efinanceiras iguais ao Pará suportariamesses orçamentos. Él evidente que não. Enquanto isso, continuam a ser criados os desníveis salariais, chegando não só ao estadode desestímulo ,para os que integram o Poder Judiciário, como a não interessar o ingresso de novos juízes na carreira judiciária, pela má remuneração que percebemnesses ~tad')s pobres.
O Sr. Júlio Viveiros - Permita-me, nobreDeputado Jorge Arbage, V. Ex.a focaliza, natarde de hoje, um dos problemas mais angustiantes da nossa terra, o da remuneraçãoda magistratura, problema esse que, na legislatura passada, procuramos, dentro dasnossas possibilidades, focalizar, para sensibilizar o então Governador Fernando Guilhon, mostrando que não era possível umMagistrado da nossa terra viver do salário
que recebe dos cofres públicos, O entãoGovernador Fernando Guilhon, não sei porque, não se sensibilizou com os reclamose apelos desta Casa. Mas parece que o atualGovernador já enviou à Assembléia Legislativa do Estado uma mensagem concedendo um aumento sensível, de 70%, aos proventos da Magistratura do Estado. Não obstante essa problemática, acabei de receber,em meu gabinete, uma reclamação vinda deConceição do Araguaia, Município dos maisimportantes da área amazônica, onde aJuíza permanece na sua comarca apenasde 3 a 5 dias por mês. No Baixo Amazonasexistem municípios, como Alenquer e óbídos, onde há vinte anos não se faz um julgamento, e os presos já andam na rua normalmente, procurando um meio de sobrevivência, porque, infelizmente, os juizes e eu defendo os juízes das comarcas - nãopodiam sobreviver com um salário que variaentre 1.200 e 1.600 cruzeiros, quando sóuma passagem para aqueles Municípioscusta aproximadamente 1.000 cruzeiros. Nãoe possível, Eis a razão por que, a magistratura de Estado do Pará é constttuírla, nasua maioria, de advogadas, pois o sexo frágil, infelizmente, se acomoda mais .com oaviltamento salarial que existe na nossaterra. O pronunciamento de V. Ex.'" é umalerta à Nação brasileira, mostrando o queocorre e demonstrando ser necessário que o~inistério da Justiça, faça a complementaçao dos proventos da Magistratura não sóno Estado do Pará, mas também no Maranhão, no Piauí, no Amazonas e nos 'Perrítóríos, onde a Justiça j á é federalizadapara que a classe viva condignamente. Dig~complementação, porque infelizmente a-arrecadação nesses Estados, como diz~m osarautos do Governo da ARENA, não comporta um aumento substancial não só dosvencimentos da magistratura, mas da classe dos servidores públicos estaduais e dasprofessoras primárias que, V. Ex.'" sabe, sãomiseravelmente pagas em nosso Estado. Seureclamo, neste momento, se enquadra perfeitamente nas aspirações de todo o povodo Pará, principalmente da classe politicado seu Estado.
O SR. PRESIDENTE (Alencar Furtado) _Lembro ao orador que dispõe de sete mínutos para concluir sua oração.
O SR. JORGE ARBAGE - Como V. Ex.'"e eu pertencemos ao viveiro político da mesma região, são dispensáveis maiores considerações ao aparte de V. Ex.a Mas me honra ouvir V. Ex.a
Dou o aparte ao nobre Deputado JerônimoSantana. '
O Sr. Jerônimo Santana - Nobre Deputado Jorge Arbage, ganha campo a tese dafedel.'alização da justiça no País. Seria ummeio de 'tornar uniforme, inclusive o problema da remuneração ...
O SR. JOUGE ARBAGE - ~ a tese quedefendemos.
O Sr. Jerônimo Santana - '" e o graveproblema da fíxaçào de Juízes em váriasáreas, inclusive sobre as garantias de umam~lhor e w:iforme remuneração para osJmzes. É muito oportuno o pronunciamentode V. Ex."', quando aborda os problemas dajustiça do Pará. que tem realmente um enfoque nacional.
O SR. JORGE ARBAGE - Nobre Deputado, permita-me ínterrompê-lo apenas para dar um esclarecimento. Minha tese nãose refere especificamente ao Pará, mas atodos os Estados em estágio de subdesenvolvimento, incluindo o de V. Ex.'"
O Sr, Jerônimo Santana - V. Ex.a verifica que nos Territórios, após sua cri:J.çib, em1943, baixou-se o Decreto-lei n.o 7.470, em
1416 Sábado U DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1975
1945, estabelecendo uma organização judiciária que vigoraria até 1948, e até hoje nãose reformulou, Nos Estados, normalmente ~s
Constituições Estaduais dispõem que a organização judiciária, a revisão, a promoçãode comarcas ou a criação de novas comarcas se faça de cinco em cinco anos. A União,que administra os 'I'errttórlos, deveria darexemplo de implantação de Justiça nos Territórios dentro desse tempo. Sobre a Organização Judiciária dos Territórios há umdecreto-lei superado, arcaico e que temacarretado aos Territórios problemas naadminístração da Justiça. Há, inclusive, caBOS de corrupção, de desvios de toda ordem.É preciso lembrar que lutamos há quatroanos em busca da reforma da- organizaçãojudiciária doa Territórios Federais, já superada na época, em que ela foi editada.
O Bit. JORGE ARBAGE - Muito obrigado a V. Ex. a pelo aparte.
Prossigo, Sr. Presidente.É do eminente João Mendes Junior esta
lição incontestável:
"Se o Poder Judiciário é eminentemente nacional - não sendo federal nemestadual; se é uno, se é um só, na expressão do Prof. Buzaid (Exposição deMotivos citada) - "há de ter coerentemente uma organização também única, nacional, eompcndíada em um esta-tuto geral." I
Mas, Sr. Presidente, se a teoria defendidapor João Mendes Junior não é viável dentroda atual estrutura judiciária brasileira, porassim entenderem os jurisconsultos, porque,então, não tentamos a forma da Suplementação, abrangendo, como é óbvio, apenas osEstados das regiões em estágio de subdesenvolvimento. Para estes, reconheça a Nação aq111 representada por V. Ex.as a justiçade serem corrigidos os desníveis nos seussalários, para que se atinja o ponto vitalda uniformidade, atribuindo-se à Revoluçãode 64 mais essa admirável conquista denotório mérito social e humano.
O Sr. Antônio Pontes - Nobre DeputadoJorge Arbag», aborda V. Ex.a tema que interessa a todos nós brastleíros, sobretudoaos magistrados. Parabenizo-me com V.Ex. a pela sua iniciativa, Reiteradas vezes,desta: tribuna, nestes quatro anos que sepassaram, abordamos também o problemacitado pelo nobre Deputado Jerônimo Santana, da reorganização judiciária dos Territórios Federais. Devo adiantar, neste momento, para que fique inserido no discursode V. F;x.", que o projeto da reforma judiciária já se encontra realmente pronto,graças ao nosso trabalho e, evidentemente,à sensibilidade do Governo para este angustiante problema. Recentemente estivemos com S. Ex.a o Ministro da Justiça aquem solicitamos o envio da proposição aoCongresso Nacional antes do Plano- Geralda Refürma Judiciária do Brasil. Atenderíamos, assim, de imediato, ao problema dareorganização judiciária dos Territórios Federais. S. Ex. a manifestou todo empenho emassim agir. Portanto, acreditamos que neste semestre teremos aqui, para discussão, oprojeto da Reforma Judiciária dos Territórios Federais. E mais, nobre Deputado: emvisita que fizemos, juntamente com o Presidente da Comissão da hmazônia, Deputado Alacid Nunes, e com o Deputado Nasser Almeida ao eminente Ministro da Justiça, solicitamos também de S. Ex.a eigualmente do Mínístro do Interior, a construção de casas residenciais para todos osjuizes da comarca e a instituição de bibliotecas, pequenas que fossem, para, nas próprias comarcas servirem de consulta permanente aos Juizes que por ali passarem.Estamos vendo este trabalho repercutir noPoder Executivo. E acreditamos no traba-
lho de V. Ex." e de todos aqueles empenhados nesta luta para o melhor aparelhamento do Judiciário brasileiro. Naturalmente teremos a solução deste problema.
O SR. PRESIDENTE (Alencar Furtado)- Nobre Deputado Jorge Arbage, o tempode V. Ex. a está esgotado.'
O SR. JORGE ARBAGE - Sr. Presidente,solicito a V. Ex." permissão para ler o seguinte trecho:
A este respeito, falando à imprensa doRio, magistrados de Pernambuco, RioGrande do Norte e Minas Gerais, hápoucos meses, davam seu autorizado de-
. poimento em termos bem expressivos.Um dos juizes de Recife, Dr. BenfldesRibeiro, afirmava, textualmente, que "abaixa remuneração dos magistrados,em Pernambuco, tem afastado os jovensda carreira do Poder Judiciário". E aludiu a livro de autoria de outro magistrado pernambucano, já de 40 anos, sobo titulo Magistratura Vencida pela Fome.No Tribunal de Justiça do Rio Grandedo Norte foi apresentada e aprovadauma proposição adiando o concursopara juiz de direito por ausência deinteressados, até "quando houver aumentos substanciais para a magistra-tura." .
Outro juiz, de Belo Horizonte, assim seexprimia: "fica bem claro que nossosadvogados preferem enfrentar os concursos da Guanabara, Estado do Rio eSão Paulo, onde começam ganhandomais que os nossos desembargadores"(O Globo, de 17-12-73).
Esse quadro de desinteresse pela carreira da magistratura é bem vivo e bemconhecido nos dias atuais.São freqüentes as notícias de concursosabertos, principalmente nos Estadosmenos desenvolvidos, com precária concorrência de candidatos ou mesmo semínscríções,
O preenchimento dos cargos iniciais dacarreira é hoje no País outro problemaagudo.
Coincidem com esse estado de coisas,as freqüentes e públicas reclamações demagistrados. tanto de inferior como desuperior instância, contra os vencimentos baixos e as dificuldades que osafrontam. Até ameaças de greve comrecessão dos trabalhos forenses vêmocorrendo.
A gravidade da situação cresce com aimpossibilidade em que se encontram osgovernos estaduais, pelo menos em suamaior parte, de remediar ou atenuar acrise, por falta ou deficiência de recursos financeiros. Este é outro aspectobem conhecido do problema.
Fiz referência ao já existente Decreto n. O
53.342/63, o qual tem inserido em seu textoembora em termos desatualizado, para aconjuntura presente, a forma prevista daSuplementação dos Vencimentos do Judi-ciário. .
Meu ponto de vista, defendido neste pronunciamento, conflita com os princípios estabelecídos naquele édito federal, quanto asáreas que devam ser beneficiárias. Pelo estabelecido no Decreto n,v 53.342/63, a Suplementação seria extensiva a magistratura de todo o País. Eu a pleiteio apenas paraos Estados das regiões subdesenvolvidasporque, do contrário, os vícios da desigualdade permaneceriam, tornando inócua amedida.
De qualquer forma me parece eonsiderável, se for o caso, não de se revigorar esse
Decreto n.v 53.342/63 uma vez que 'não meconsta sua revogação - mas, dizia Sr. Presídente.: talvez fosSe o caso de se aprimoraro texto desse diploma legal para adaptá-loao ordenamento jurídico-constitucional vigente, modificando os ultrapassados critérios de equiparação salarial nele contemplados, 'visando apenas a beneficiar a magistratura e o Ministério Público doa Estados reconhecidamente pobres, praticando-o,executando-o.
Há, também, outro aspecto técnico dentrodo qual o Governo poderá encaixar a solução do problema. Este seria o do encamínhamento de Mensagem ao Congresso Nacíonal, propondo a Suplementação com recursos oríundos de parcelas do Fundo deParticipação .ou do Fundo Especial, com aressalva, reprto, de s6 beneficiar o PoderJudiciário e o Ministério Público das áreasem estágio de subdesenvolvimento. .
Creio" Sr. Presidente, que esta AugustaCasa há de se mostrar sensível à solucâodo problema que ora abordo não negandoa ele a indispensável parceia de ateneãop~r!, que, em consonância com os bons proPOSItoS do Governo, que reconhecemos, tem!,dotad.o medidas adequadas ao respeito 'ea digntdade do ·Poder Judiciário brasileiroPOSS:ar:l0B., em ?rdenação de ação conjunta;c<:rnglr. os ef~Itos de uma injustiça que deha muito avilta a majestade da própliaJustiça. (Muito bemf ) -
(DISCURSO DO DEPUTADO JOSÉ ALVESRETIRADO PELO ORADOR PARA RE~VISAO),
Durante o discurso do Sr. José Alves,o Sr. Alencar Furtado, 29 Vice-Presidente" deixa a cadeira da presiâénei«,que e ocupada pelo Sr. CéZio B07'jaPresidente. '
, O .SR PRESIDENTE (Célio Borja) _ Esta flrido o tempo destinado ao Expediente.
Vaf-se passar a Ordem do Dia.Comparecem mais os Sl·S.:
Herbert Levy
AcreNabor Júnior - MDB.
Pará
Alacid Nunes - ARENA; Gabl'iel- Hermes- ARENA; João Menezes - MDB; Jorge'Arbage - ARENA; Juvêncio Dias - ARENA; Ubaldo Corrêa - ARENA.
Maranhf
Eurico Ribeiro - ARENA; João Castelo'- ARENA; Luiz Rocha - ARENA" Marão'Filho - ARENA; Vieira da Silva - ARENA.
Piauí
Celso Barros - MDB; Hugo Napoleão _ARENA; Paulo Ferraz - ARENA.
CearáAntonio Morais - MDB; Olaudírio Sales"
- ARENA; Ernesto Valente - ARENA' Januárío Feitosa - ARENA; Manoel IÚ>drigues - ARENA; Mauro Sampaio - 'ARENA; Paes de Andrade - MDB.
Rio Grande do NorteFrancisco Rocha - MDB; Vingt Rosado I
- ARENA; Wanderley Maríz - ARENA. -
ParaíbaAdemar Pereira --ARENA; Alvaro Gau
dêncío - ARENA; Janduhy Carneiro MDB; Mauricio Leite - ARENA; Teotônio l
Neto - ARENA.Pernambuco
Carlos Wilson - ARENA; Fernando Lyra'- MDB; Geraldo Guedes - ARENA; Gonzaga Vasconcelos - ARENA; Lins e Silva -
Abril de 1975 DIARIO Jl)O CONGRESSO NACIONAL (Seçlio I) Sábado 12 141'1
ARENA; Marco Maciel - ARENA; RicardoFiuza - ARENA; 13érgio Murillo - MDB;Thales Ramalho - MDB.
Alagoas
Antonio Ferreira - ARENA; Geraldo Bulhões -. ARENA; Vinicius Cansanção MDB.
Sergipe
José Carlos Teixeira - MDB.
BahiaAntonio José - MDB; Djalma Bessa
ARENA; Fernando Magalhães - ARENA;Henrique Brito - ARENA; Hildérico Oliveira - MDB; Jutaby Magalhães - ARENA; Leur Lomanto - ARENA; LornantoJúnior - ARENA; Ney Ferreira - MDB;Neide Cerqueira - MDB; Rogério Rêgo ARENA; Rõmulo Galvão - ARENA; Tbeódulo Albuquerque - ARENA; Viana Neto_ ARENA; Wilson Falcão - ARENA.
Espizito Santo
Aloisio Santos - MDB; Argilano Dario MDB; Gerson Camata - ARENA; MárioMoreira - MDB; Oswaldo Zanello - ARENA; Parente Fmta - ARENA.
Rio de Janeiro
Abdon Gonçalves - MDB; Alberto Lavinas - MDB; Alcír Pimenta - MOB; AmaralNetto - ARENA; Ano, Theodoro MDlS; Brígido Tinoeo - MOB; Daniel Brlva_ MDB; Darcilio Ayres - ARENA; FlexaRibeiro - ./\.RENA; Florim Coutinho MOB; Francisco Studart - MOB; HydekelFreitas _ ARENA; Joel Lima - MOB; Jorge Moura -MOB; José Bonifáci{) Neto MDB; José Mauricio - MDB; Leõnídassampaio - MDB; Lysâneas Maciel- MDB;Marcelo 'Medeiros - MOB; Milton Steinbruch _ MDB; Miro Teixeira'- MDB; osmar Leitão - ARENA; Pedro Faria MDB.
Minas Gerais
Altair Chagas - ARENA; Benta Gonçalves _ ARENA; Carlos Cotta - MDB; CottaBl>l'Íflosa - MDB; Geraldo Freire - ARENA; Humberto Souto - ARENA; Jairo Magalhães - ARENA; Jorge Ferraz - MDB;Jorge Vargas - ARENA; José Boni!áeio ARENA' Juarez Batista - MDB; NavarroVieira ..:..- ARENA; Paulino Cícero - ARENA; Sílvio Abreu Júnior - 'MDB; SinvalBoaventura' - ARENA; 'I'arcisio Delgado-MOB, .
São Paulo
Airton Sandoval - MDB; Airton Soares_ MDB; Alcides Fralleiscato - ARENA;Blotta Júnior -- ARENA; Oantídío Sampaio - ARENA; Cardoso de Almeida AR!IilNA; Dias Mene:z;es - MDB; Edgar Martins - MDB' Faria Lima - ARENA: Ferra>! Egreja -'ARENA; Frederico Brandão MnlJ3- Ivahir Garcia - ARENA; João Arruda ~ MDB; João Cunha - MDB; JoãoPedro - ARENA; José Camargo - MDB;Líneoln Grillo - MDB; Octacílío Almeida_ MDB; Odemir Furlan - MDB; SalvadorJulianeUi - ARENA; Santillí Sobrinho MDl'l; Sylvío Venturolli - ARENA; Ulysses 'Çtuimarãés - MDB; Yasunorí Kunigo-MOR
GoiásFernando Cunha - MDB; Genervíno
FOl~seca _ MnB; Hélio Mauro - ARENA;Jarmund Nasser - ARENA; José de Assil\- ARENA.
Pal'anã
Adriano Valente - ARENA; Alípío Car-,val'j::to - ARENA; Antonio Belinati - MDB;Arr'Kfuri - ARENA; Oleverson Teixeira AR'ENA; Fernand{) Gama - MOB; Flávio
GioYini - ARENA; Gomes dó Amaral MDB; :LtalD Conti - ARENA; Norton Macêdo - ARENA; OSvaldo Buskei - MDB;Paulo Marques - MDB; Pedro LauroMDB; Walber Guimarães ~ MDB.
Santa Catarina
Angelina Rosa - ARENA; Ernesto deMarco - MDB; Henriqúe oórdova - AH.ENA; Jaison Barreto - MDB; José Thomé- MDB; Luiz Henrique - MDB; NereuGuidi - ARENA; Valmor de Luca - MDB;Wilmar Dallanhol - ARENA.
Rio Grande do Sul
Alceu Collares - MDB; Aldo FagundesMIJB; Arlindo Kunaler - ARENA; AugustoTrein - ARENA; Carlos Santos - MDH;Cid Furtado - ARENA; Eloy Lenz! - MDJ8;Harry Sauer - MDB; Jairo Brum - MOB;Jorge Uequed - MDB; Lauro Leitão ARENA: Lidovino Fanton - MDB; MagnusGuimarães - MDB; Mário Mondino ARENA; Nadyr Rossetti - MDB; NorbertoSchmidt - ARENA: Odacir Klein - MOB;Rosa Flores - MDB.
Roraima
Hélio Campos -- ARENA.
VI - ORDEM no DIA
o SR. PRESIDENTE (Célio Borja) - Alista de presença acusa o comparecimentode 352 8rs. Deputados.
Os Senhores Deputados que tenham proposições a apresentar poderão rasê-Jo.
O SR ALDO FAGUNDES - Projetade lei que estabelece a 'participação eleum diretor, indicado pela Oposição, nadiretoria das empresas públicas e sociedades de economia mista em que oGoverno Federal tenha o controle acio-nário. '
o SR. ALCIR PIMENTA - Projetode lei que altera a Lei n.? L 081, de 13de abril de 1950, que dispõe sobre usode canos oficiais.
a SE. LINCOLN GRILLO - Projetode lei que dispõe sobre a distribuiçãogratuita de medicamentos pela CEME:,nas condições que espécífíca.
O SR. SIQUEIRif-CAMPOS - Proj eto de resolução que acrescenta dísposíti vos e altera a redação do art. 85 doRegimento Interno da Câmara dosDeputados, aprovada pela Resoluçãon. o 30, de 1972.
O SR JORGE ARBAGE - Projetode lei que dispõe sobre proibição doabate de árvores frutíferas.
- Projeto de lei que institui a Diada Amazônia.
O SR. LUIZ HENRIQUE - Projetode lei que proibe a venda de bebidasaleócltcas nos estabelecimentos comerciais localízados ao longo das rodovias.
O SR. JúLIO VIVEIROS - Projetade resolução que modifica o § 1.0 doart. 81. do Regimento Interno_
O SR. FRANCISCO AMARAL - Requerimento de informações ao Departamento Administrativo do Pessoal Civil e outros órgãos competentes, acercado ingresso, no Serviço Pública Federal,de pessoas com deficiências rísícas.
O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) Vai-se passar à matéria constante da Ordem do Dia.
o SR. PRESIDENTE (Célio Borja) Há sobre a mesa e vou submeter a votoso seguinte
REQUERll\'IENTO
Sr. Presidente:
Requeíro preferência para a votação ediscussão do Projeto n.O 1. 829-AI74.
Sala das Sessões, 11 de abril de 1975. Lysâneas Maciêl.
O SR. PRESÍDENTE (Célio Borja) Os Srs. que o aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)
Aprovado.
O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) -Discussão única do Projeto de Lei
n. o 1. 525-A, de 1973, que acrescentaparágrafo ao art. 5.0 do Decreto-lein,v 999, de 21 de outubro de 1969, queínstítuíu a Taxa Rodoviária única eregulou a sua distribuição 'entre aUnião, Estadas e Municípios; tendopareceres: da Comissão de Constituiçãoe Justiça, pela constitucionalidade e jurídícidade, e, das Comissões de Transportes e de Finanças, pela aprovação.(Do Sr. Fernanda Cunha.) Relator: Sr.Altair Chagas.
O SR. PRESIDENTE (Célio Borja)Tem a palavra a 8r. Olívir Gabardo, paradiscutír o projeto. (Pausa.)
Não está presente.O SR, PRESIDENTE (Célio Borja) _Não havendo mais oradores inscritos, de-
claro encerrada a discussão.O SR. PRESIDENTE (Célio Borja)
Tendo sido oferecida uma emenda ao Projeto n. O L 525-A, de 1973, em díscussãc única, volta o mesmo às Comissões de Oonstítuíção e Justiça; de Transportes; e de Finanças.
Substitua-se o projeto pejo seguinte:
"Art. 1.0 Acrescente-se ao art. 1.° do Decreto-lei n.v 1.242, de 30 de outubro de 1972,o seguinte § 1.0, passando o seu atual paragrato único a § 2.°
"§ 1,° A lei estadual fixará os critériosde rateio entre os Estadas e seus Municípios, levando em conta o total arrecadadoe a número de veículos licenciados, nãopodendo ser inferior a 20% a quota atribuída aos Municípios."
Art. 2.0 Suprima-se o art. 5.° do Decreto-lei n.s 999, de 21 de outubro de 1969.
Art. 3.° Esta lei entrará em vigor nadata da sua publicação, revogadas as disposições em contrárío.
Sala das Sessões, em 10 de abril de 1975.- Siqueira Campos.
O SR. PRESIDEN'I'E (Célio Borja) -Discussão única 'do Projeto de Lei
n. O 1. 829-A, de 1974, que dispõe sabreCurso de Agropecuária, ministrada pelo Centro de Treinamento de 'I'raba-.Ihadores Rurais, situado junto à Estação Experimental de Sertãozinho, noMunicípio de Patos de Minas, Estadode Minas Gerais, e dá outras providências; tenda pareceres: da Comissão deOonstítuíção e Justiça, pela constitucionalidade e [nrtdícídade; e, das Comissões de Educação e Cultura e deFinanças, pela aprovação. (Do Sr. Lysâneas Macíel.) RE!latores: Brs, JoãoLínhares e Jorge Vargas.
O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) Tem a palavra o Sr. Antônia Bresolín, paradiscutir o projeto. (Pausa.)
Não está presente.
1418 Sábado 1~ DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) BriI de 19'15
o SR. PRESIDENTE (Célio B()rja) Tem la palavra o Sr. Luiz Rocha, para díseutir o proj eto, (Pausa.)
Não está presente.O SR. PRESIDENTE (Célio Borja)
Não havendo mais oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Célio Borja)
Vou submeter a votos o seguinte
PROJETON.o 1. 829-A, de 1974
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° O Centro de ;I'reinamento de
Trabalhadores Rurais, situado junto à Estação Experimental de ~ertãozinho, no M~nícípío de Patos de Mmas, Estado de Minas Gerais, e pertencente ao Instituto dePesquisas e Experimentações Agropecuárias (IPEACO), criado pela Lei DelegadanO 9 de 11 de outubro de 1962, passará aministrar Curso de Agropecuária, na formado disposto nesta lei.
Art. 2.° O Curso de Agropecuária ministrado pelo Centro de Treinamento deTrabalhadores Rurais, funcionará autonomamente sob a denominação de EscolaAgropecuária de Patos de Minas e formaráos seguintes profissionais:
I -- Técnicos de Agropecuária;II - Técnicos de Pecuária;IH - Técnicos de Agricultura;
IV - Auxiliar de Análise de Solos;V - Agente de Defesa Sanitária Vegetal;
V! - Agente de Defesa sanitária Animal;
V!I - Auxiliar de Adubação;VIII - Auxiliar de Forragens e Rações;IX - Classificador de Produtos Vegetais.Parágrafo único. Os profissionais de que
trata este artigo serão formados em nívelde 2.° grau de curso regular ou supletivo.
Art. 3.° A Escola a que se refere estalei incluirá também as funções de aprendizagem e qualificação dirigidos à áreaagropecuária primária em nível de 1.0grau.
Art. 4.° Responderão pela manutençãodo Curso de Agropecuária as dotações oreamentárías previstas para o Departamento de Ensino Médio do, Ministério da Educação e Cultura, em sua programação especifica de Manutenção e Reequipamentodas Escolas Agrícolas.
Art. 5.0 Esta lei entra em vigor na datada sua publicação.
.Art. 6.° Revogam-se as disposições emcontrário.
O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) Os srs, que o aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)
Aprovado.Vai à redação final.O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) "-
Discussão única do Projeto de Lein.> 1. 553-A, de 1973, que torna obrigatória a distribuição mensal à imprensa, pela COBAL, das tabelas de levantamentos de preços de gêneros altmen-'ticios e produtos hortígranjelros, realizados pelos órgãos do Governo, e dáoutras providências; tendo pareceres:da Comissão de Constituição e Justiça,pela constitucionalidade e [urídícidade;e, das Comissões de Agricultura e Politíca Rural e de Economia, Indústria eComércio, pela aprovação. Relatores:Srs. Arlindo Kunzler e João Arruda.
o SR. -PRESIDENTE (Célio Borja) Tem a palavra o Sr. José Alves, para discutir o proj eto.
O SR. JOSÉ ALVES - (Sem revisão doorador.) Sr. Presidente, o nobre DeputadoIvan Ferreira do Amaral, nosso saudosocompanheiro, da representação do Paraná,que tão tragicamente deixou esta Casa,apresentou o Projeto n.o 1. 553-A, de 1973,que torna obrigatória a distribuição mensal à imprensa, pela COBAL, das tabelas delevantamento de preços de gêneros alimentícios e produtos hortlgranjeíros realizadas pelos órgãos do Governo, e dá outras providências.
Sr. Presidente, minha presença nesta tribuna, neste momento, é para dizer que aidéia do ex-Deputado Ivan Ferreira doAmaral é válida. Há necessidade de se estabelecer um controle mais eficaz dos preços dos gêneros alímentícíos. Preocupa-nos,realmente, a verdadeira desordem queocorre nesse 'setor. Há que se imaginar ummecanismo que contenha esse absurdo. Asdiferenças entre os preços de um mesmoproduto chegam a ser incompreensíveis.
Há poucos dias, Sr. Presidente, passavaeu por Rooife e ali ocorreu um fato quetive a intenção de trazer ao conhecimentodesta Casa, o que faço agora, por considerar um absurdo. De certo modo tem relacão com o contido neste Projeto do exDeputado Ivan Ferreira do Amaral.
Trata-se do seguinte: dirigi-me a umafarmácia, no Recife, pretendendo comprarum produto - antisséptico "Senophile" e fui informado de que não existia mais,porque deixara de ser fabricado. Ao mesmo tempo disseram-me que existia um sucedâneo - o "Senopó" - que está agorasendo fabricado. Ambos os produtos sãoidênticos em tudo, menos no preço. O "Senophile" custava, salvo engano, cerca dedois cruzeiros, e o outro, que entrou napraça no mês s~guinte à saída daquelecustava 300% mais. Com a precauçao quedevemos ter antes de trazer determinadosassuntos à tribuna, verificarei se efetivamente se trata de produtos idênticos. Casoafirmativo, haveremos de estar de acordoem que não é possível continuar neste Paísessa indústria de realimentação da inflação que são os preços não contidos, os preços manipulados por aqueles que antigamente eram chamados "os tubarões", aqueles que consumiam todas as pequenas margens de poupança da bolsa ,popular.
De forma que, elogiando a idéia do Deputado Ferreira do Amaral, quero fazer-lhejustiça à tentativa de resolver essa gravequestão.
Vejam, Srs. Deputados, outro fato quetem correlação com este assunto: no dia 26de setembro de 1974 - tenho em mãos oDiário do Congresso Nacional -w- tive oportunidade de ocupar a tribuna para fazeruma denúncia. Era o seguinte: "Começoua safra de acúcar em Alagoas e em Pernambuco. Para se transportar- o açúcarnecessita-se de muitos caminhões. E qualquer produtor de açúcar que queira comprar caminhões só recebe esse veículo docomerciante se pagar um ágio de mais de20 mil cruzeiros sobre os preços oficiais,de tabela." Para se comprar um caminhão,portanto, era preciso pagar, por fora, ágiosque iam até 20 mil ou mais cruzeiros. Havia uns, que eram "bonzinhos", e apenasdiziam: "Não paga o ágio mas compra. umautomóvel de luxo para levar o caminhão."
Falou-se de outra forma de se pagar esseágiÓ, pela subscrição de ações de determinadas companhias revendedoras de veículos. No ano passado falei desse problema,e pensava que o assunto havia sido supe-
rado e que eu não precisaria mais ocupara tribuna para tratar dele. Porém, paraminha surpresa, recebo, pelo Lux Jornal,notícia publicada no Diário de Pernambuco, de 2 de abril de 1975, que tem o seguinte titulo: "Presidente do Instituto doAçúcar e do Alcool atende reívíndíeação doBancoplan e financiamento para capital degIro tem novo critério ... " Nela, com osubtítulo "Acima do preço da tabela", vejoo seguinte:
"Continuando com a palavra, o Sr. Fernando Rabelo advertiu que ao seuconhecimento têm chegado informações, segundo as quais algumas firmas,como que "sentindo no ar o cheiro dolucro fácil" a exemplo do que houve noano passado, pretendem vender veículospor preços muito aeíma daqueles fi~
dos nas tabelas. Antes da reunião, umfornecedor havia lhe mostrado uma cotação de veículos da linha "MercedesBenz", onde se via que excedia em maisde 30 mil cruzeiros, o valor do preço tabelado. Ao fornecedor afirmara queaquele fato mostrava a reatírmação quefizera, ano passado, quando denuncioua existência dessas irregularidades ,tIAvenda de veículos, dizendo que se tratava de crime contra a economia popular. Em outras palavras, é "câmbionegro no duro". O presidente da AS~o.
dação ch~mou a atenção dos pres~p.~e.spara outro ardil que também seria usado por algumas firmas do comércto derevenda de veículos: mantêm o preçoi(latabela do caminhão, mas impõem cbmocondição de venda deste, a compra !limultãnea de uma carroçarta.ipela firmaconsiderada tipo especial, mas que deespecial só tem o nome. Enquanto umacarroçaria como a oferecida custa 8 a 9mil cruzeiros em todos os fabricantes, afirma a vende por ao a 40 mil cruzeiros:mas como o caminhão não é vendidosomente em chassis, e, sim, juntamentecom a carroçaria, evidente está que ocomprador passa a ter esse ônus e pagar por uma carroçaria duas ou trêsvezes a mais do seu valor real."
Sr. Presidente, é para mostrar esses absurdos existentes no comércio brasileiro queestou 'falando agora. Os abusos precisamser coibidos.
Quero chamar a atenção da SUNAB eoutros órgãos - Ministério da Indústria edo Comércio e a própria indústria automobilística - para que ponham suas Vistassobre essa distorção. Faz-se necessário umainvestigação, para apurar se esse câmbionegro parte só de alguns revendedores ouse vem de outros setores. li: para reafirmaressa denúncia, que fiz no ano passado, quevolto a esta tribuna. Precisamos reagircontra esses abusos, ~ntra o câmbio negroque, em determinadas épocas, se verifica na .venda de produtos ao consumidor final.(Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE. (Célio Borja) Não havendo mais oradores inscritos, declaro encerrada a díscusão.
Vai-se,passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Célio Borja)
Tem a palavra o Sr. Marcelo Linhares, paraencaminhar a votação.
O SR. MARCELO LINHARES (Sem revísâodo orador.) - Sr. Presidente, uma das melhores figuras que esta Casa produziu, nalegislatura passada e que a mão do destinonos ceifou foi o Deputado Ferreira do Amaral, que subscreveu o projeto hoje em debatee que tem por objetivo a obrigatoriedade. dapublicação dos levantamentos dos preços degêneros alimenticios e produtos hortígranjeiros nos principais supermercados, et'etil.vados pelos órgãos federais com a finallda-
Sá"bado 12 141.A"btil de 19.75 DIARIO ])0 CONGMSSO NACIONAL (Seção I)
de de alertar o públíeo consumidor a respeito dos preços cobrados pelo comérciovarejista.
.Oonquanto objetive medida salutar ,à defeea do interesse público, o projeto e desneeessárío por isso que, no campo normativo de primeiro grau, a matéria já estácqnvenientemente tratada.
De fato pela Lei Delegada n.o 4, de 26 desetembro 'de 1962, que dispôs sobre li. intervenção no domínio econômico, para assegU)l~r a livre distribuição dos pr~dutos necessários ao consumo popular, rícaram osórgãos incumbidos de sua aplicação autorizados a estabelecer condições de vendade mereadorías ou serviços, li. fim de imJ;ledir lucros excessivos - item IV do ArtIgo6.0 - inclusive a superintender e fiscalizara. << çxecução das medidas adotadas - item'V;q:I,do Artigo 6.0.
Em igual data, a Lei Delegada n.o 5, queeríou a SUNAB - Superintendência Nacional do AbasteCimento - atribuiu-lhe competência para acompanhar a execução dasmedidas estabelecidas em planos e programas que elaborasse, bem assim as decorrentes de aplicação da lei de intervenção nodomínío econômico - item VII do art. 2."
:.K.dist'ribuição à imprensa das tabelas doslê;mÍ).tamentos de preços de gêneros alíment~~os e produtos hortígranjeíros, ~~ q,!-~tX~ta o artigo 1.0 da referida proposiçao, iaê'~:a atividade regular e diária do Serviço~''1;nformação de Mercado do' Ministério da~ifY:ulturll,. Os preços se ref.er~m aos. n~vei!léflij.tacado e varejo nas CaPltaLS brasíleíras,vlU:ios órgãos vinculados ao Ministério da~ultura participam da coleta e distrib;úl~ão desses preços, incluindo-se a COBAL.,'lW1'que pese seu cará~r de rel~vância em
defesa do interesse da economia popular,as medidas propostas no Art. 2.0 do Projeto,se aprovadas importariam em quebra doprincípio da democrnticidade na distribuição da publicidade oficial, com graves co;o.seqüências, certamente, para o. ess!lnclalequ.ílíbrio dos órgãos de eomumcaçao doPaís e seu relacionamento com a Administração Pública.
Outrossím a Lei n.? 6.045174 transfere aosMi"üstérios 'da Fa:zend~, Planejamento,T1,'ID:).sporte e Agricult)u'a, sob a coordenaçãodeste último, os-assuntos referentes a abasteelmento alimentar, antes também da alçad'n. do Oonselho Monetário Naci.o'n~l. Istonnphca de imediato na transferenCla, dasdeéísões relativas ao abastecimento da areaesiritamente monetária para a da produção.Pt.s· informações de mercado, como componénte desse elenco de medidas que compõeo-ubasteeímento, está reservada i~Jl<?rtt:nte.tl:treta de orientar produtores, dístríbuído'reg, e consumidores sobre os preços corrente1ll'ii1e gêneros ahmentíeíos. Outra eonseq~neia da Lei referida foi a críação doOcnselho Nacional de Abastecimenro, cuja
, tarefa é coordenar a ação integrada a queela se refere. Todos os órgãos ligados aabastecimento têm assento nele, inclusivea COBAL.
Assim trata-se de assunto já devidamente .~quacionado pela legislação vig~n.te,vindo as disposições constantes do ProJeJ1:Oa. constituir-se em interferência desnecessâria ao bom exercício dos encargos doGoverno. .
x,Di-ante do exposto, a Liderança da Maioríaropína pela rejei~ão do' Projeto.
O' SR. PRESIDENTE (Célio Borja)Vóu submeter a votos o seguinte:c,'" PROJETO N.o 1.553-A, DE 1913
'0 Oongresso Haeional decreta;
"l:&~ 1." Ficl!, a Companhia Brasileira lieA~entos - COBAL, vinculada ao Mlníaté-;; .
rio da Agricultura, obrigada a distribuirmensalmente à imprensa, as tabelas doslevantamentos de preços de gêneros alímentícíos e produtos hortãgranjeíros, dos príneípaís supermercados, realizados pelos Ministérios da Fezenda e da Agricultura.
Art. 2.0 Os órgãos de imprensa que publicarem as tabelas citadas no art. 1.0 destaLei gozarão da preferência de publicidadedos órgãos da administração pública.
Art. 3.0 A presente Lei entrará em vigorna data de sua publicação.
Art. 4.0 Revogam-se as disposições emcontrário.
O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) Os Brs. que o aprovam queiram ficar comoestão (Pausa.)
Rejeitado.Vai ao Arquivo.O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) -
Primeira discussão do Projeto de Lein.o 1.053-A, de 1972, que dispõe sobreo exercício QDS cultos religiosos; tendoparecer da Comissão ,de 09nstitu.ição.eJus1;iça, pela constãtueíonahdade, [urírücidade e, no mérito, pela aprovação, comemendas. (Do Sr. Marcelo Medeiros.)
< Relator: Sr. José Bonifácio Neto.O SR. PRESIDENTE (Célio )Borja)
Tem a palavra o Sr. Daso Coimbra, paradiscutir o projeto.
O SR. DASO COIMBRA (Pronnnota o slegllinte discurso.) Sr. Pl'esldente, 61'S. Deputados no estudo do Projeto de Lei de n.o1.053' de 1972 de autoria do ilustre Deputado 'Marcelo' Medeiros, da representaçãooposicionista nesta Casa pelo E.stado ELo Riode Janeiro verificamos que a Intenção daquele parlámentar se confunde eom o espírito e a letra de seu projeto, sensivelmenteprejudicando, as instituições religiosas eleculto e aos crentes em geral.
A ementa do projeto diz:
"Dispõe sobre o exercício dos cultos religiosos; tendo .parecer da Comissão de
.:» Constituição e J'ustiça, pela constitucionalidade, juridicidade e, no mérito,pela aprovação, com emendas,"
Tal ementa não reflete a. realidade doprojeto. Insinua que a proposição venhagarantir a liberdade de culto - já garantidaplenamente pela Constituição em seu artigo153, § 5.0, princípio este consagrado na LeiMaior, símbolo da conquista dos que sentema necessidade de livremente prestarem oseu culto, na forma melhor de se expressarem diante de Deus.
Não precisa o legislador firmar outrosprlneípios além daqueles estabelecidos pela'Constituição e, no caso presente, o Sr. Marcelo Medeiros, ao estabelecer os crttéríos queorientam o seu projeto, vem mutilar o princípio constitucional, abolindo, de fato e dedireito, a liberdade de culto.
Se aprovarmos este projeto do Sr. MarceloMedeiros estaremos decretando o fim daliberdade de culto no País. .
Se não, vejamos;
"As associações religiosas com personalidade jurídica, comunicarão às autoridades competentes e ao público em geralos dias', os horários e os lugares, emque se praticarão ordinariamente ascerimônias religiosas, de acordo com orito que adotarem" -
J!: o texto do artigç 2.° do projeto de leido Sr. Marcelo Medeiros, do MDB do Estadodo Rio de Janeiro.
Ora, se o sacerdote católico tem que avisar à polícia que vai rezar missa, ele deixou
de ser livre para celebrá-la no interior dotemplo católico. Isso a missa de caráter ordinário, eucarística, dominical, em horáriosvariáveis com as circunstâncias de tempo,local e disponibilidade de sacerdote paraesta ou aquela paróquia.
Se o sacerdote chega depois da hora queavísou à policia, já não poderá celebrar amissa e o culto dos fiéis deixa de ser realizado.
O mesmo em relação aos protestantea, aosespírítas aos israelitas e quantos outrostenham forma pessoal e particular do culto.
Os protestantes brasiÍeiros não podemaceitar como boa a lei proposta pelo Sl".Marcelo Medeiros, do MDB do Estado doRio de Janeiro. Serão os grandes prejudicados se o Congresso Nacional transformá1& em decreto.
De ordinário, realizam os protestantestrabalhos de culto todos os dias, nos templos, em casas particulares, em recintosparticulares alugados ou cedidos, em praçaspúblicas, sem enumerar hospitais, peníten.eiárias, asílos, orfanatos, albergues, díspensáríos e tantos outros lugares onde levam amensagem do Orísto VivD, Balvador e Regenerador do Homem, que está perdido emdelitos e pecados. Sua obra evangelízante épermanente, constante, não pode ser Interrompida nem para um comunicado à polícia, como quer o Sr. Marcelo Medeiros emseu projeto,
O mesmo se pode dizer dos espíritas, quefazem da caridade o fundamento de seuculto. Não teriam liberdade para serem caridosos. A caridade teria que ser comunicada à policia, para depois ser efetuada comoelemento d~ culto e manifestação de fé.
E, se os oficies ordinários encontram taisbarreiras, em nome de uma pseudo-liberdade, os extraordinários, maior entrave ainda.Assim se depreende pelo que prescreve o §único do artigo 2.° mencionado, que sofreuna CCJ emenda supressíva, como arremedoà sua aberração lógica e instrumento deofensa às coneeíêneías religiosas e à liberdade de culto propugnada pela ConstituiçãoFederal.
A mesma ofensa foi cometida pelo últimoGoverno do Estado da Guanabara, quandodecretou a proibição da liberdade de cultoem praças públicas.
Mais tarde, sob o impulso do imperativoconstitucional e pressionado pelas correntesreligiosas do Estado, o Governador reconsiderou o seu ato víolentador das consciênciascrentes, que não aceitaram a proibição e istomanifestaram de forma enérgica e sentida.
Não queira o COngresso Nacional, por suamaioria, Incorrer no mesmo engano do Governó último da Guanabara, aprovando estaproposição do Sr. Marcelo Medeiros que,naquílo onde não repete a Constituição,ofende a liberdade de culto, limitando suaexpressão à audiência prévia da autoridadepolicial, num flagrante desrespeito à LeiMaior e num engodo aos que, de boa fé,pensam ser o Projeto de n.O 1.053, de 1972,uma garantia para a liberdade de culto ereligião. /
Votando contra este projeto estamos fixando a nossa posição de crentes no SenhorJesus Cristo, que não precisa e nem quercomunicar à autoridade policial sua necessidade, que é permanente, de manifestar emcânticos, adoração e louvor o seu culto, pessoal ou coletivo, ao Deus dos Céus e Senhorda História.
O SR. PRESIDENTE (Célio Borja) _Não havendo mais oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.
O SR. PRESIDENTE (Célio Borja)- Tendo sido oferecida uma emenda ao
1420 Sábado 12 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1975
Projeto n.o 1.053-A de 1972, em 1.a discussão,volta o mesmo à Comissão de Constituiçãoe Justiça.
Suprima-se o art. 4.°Justificação
O que dispõe o art. 4.° é inteiramenteocíoso,
Sala das Sessões, 10 de abril de 1975. OlívÍl:" Gabardo.
o SR. PRESIDENTE (Célio Borja) Nos termos do inciso II do art. 10 do Regimento Interno, concedo a palavra ao Sr.Peixoto Filho, na qualidade de Líder doMovimento Democrático Brasileiro.
O SR. PEIXOTO FILHO - (Como Líder,Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, o Parlamento brasileiro não pode prescindir da liberdade de apreender averdade e procurar comunicá-la através daação e dos pensamentos de seus membros.Assim entendendo, em que pese as limitações Impostas ao Poder Legislativo, tenhoutilizado a crítica como duro ofício de dizer verdades, objetivando proporcionar aosgovernantes melhor conscientização dosproblemas nacionais, principalmente daqueles relacionados com os trabalhadoresbras lleiros.
Por outro lado, impõe-se dizer, também,que é através do' debate parlamentar queas soluções desses problemas são transmitidas, com um caráter de consideração, àopinião pública, concorrendo para que aImagem do Congresso Nacional em si e ados parlamentares que o integram correspenda à realidade, como elemento básicopara que, de fato, a democracia seja representativa.
Sr. Presidente, assistimos nos últimos diasnesta Casa às maiores demonstrações derevítalízaçâo do Parlamento brasileiro, através de calorosos debates sobre os mais variados assuntos, especialmente de naturezapolítica.
Hoje, ocupo esta tribuna para abordar aproblemática do trabalhador brasileiro, razão maior da nossa constante preocupação.
Em primeiro lugar, desejo reportar-meàs estatísticas de acidentes' de trabalho sob ,a responsabilidade do INPS durante o período de 1971 a 1974, no qual os acidentesmortais se elevaram a mais de 10 mil e osnão-mortais atingiram a casa dos Bmilhões.
Os técnicos em Higiene e Segurança doTrabalho sustentam que a ênfase deve serfixada na prevenção de, acidentes, porque oque se investe na prevenção redundará emeconomia na área de reabilitação profissional.
O número sempre crescente de acidentesno trabalho - e a previsão é de mais de1 milhão de acidentados - conduz a que oproblema seja reputado de grande importância, porque as horas perdidas e a baixade produção ocasionadas por este fato sãoconsideráveis e influenciam no desenvolvimento do País.
"Em uma empresa, a responsabílídadc daprevenção de acidentes compete a todos.Portanto, para que um programa de prevenção de acidentes alcance sucesso, é condição necessária que todos os que trabalham na empresa, independentemente deseu grau hierárquico, participem de maneiraativa no programa. I
Dos supervisores, é necessária a comunicação, ou seja, o diálogo, que leve a umareciprocidade de entendimentos e que permita alcançar os resultados desejados. Estediálogo, quando bem orientado, conduz àquebra de barreiras geralmente existentes,
que marcam acentuado grau de apatia dogrupo diante dos problemas de prevenção.Como elemento supletivo da comunicação,deve-se lançar mão de recursos que poderão facilitar a exposição, tais como:
a) dados estatístíeos:b) ocorrências típicas relacionadas com
o trabalho a executar;e) aplicação correta do equipamento de
proteção.A exposição sobre segurança deve ainda
procurar os seguintes objetivos:a) dar ínformações:b) fazer com que o grupo reflita sobre o
assunto;c) conseguir que todos os elementos se
proponham firmemente a executar o planode segurança relativo ao serviço programado.
Especial atenção deve ser dada aos doisúltimos itens, uma vez que toda a motivação do grupo deriva da habilidade com queos conceitos são transmitidos.
Os melhores resultados são alcançadosquando se consegue a interveniência dogrupo na discussão, sendo, para isso, necessário despertar o interesse geral por meiode perguntas.
Sendo a quase-totaltdade de acidentes de-< vida a falhas humanas (cerca de 80 por
cento), temos perfeitamente definido o amplo campo de trabalho que se oferece aosupervisor. Nas exposições devem ser assinalados cinco fatores importantes que dãoorigem à maioria dos acidentes:
a) imprudência;b) desobediência às instruções;
e) deficiência física e mental;d) falta de conhecimento das regras de
segurança;
e) condições emocionais.Uma análise pormenorizada destes cinco
'itens determina condições especiais paraexplanações diárias sobre a prevenção deacidentes, fornecendo, simultaneamente,aos supervisores, elementos valiosos na distribuição de tarefas, cabendo ainda a estesdestacar o papel do trabathador na empresa, assinalando a sua responsabilidadeno serviço, focalizando as más práticas nasua execução e mostr-ando, enfim, "que apersistência em maus hábitos de trabalholeva fatalmente -ao acidente."
O Ministério do Trabalho há tempos instituiu lB tipos de doenças profissionais, deacordo com Portaria que baixou.
Em trabalho divulgado por conceituadoórgão da imprensa carioca, foram oferecidos valiosos subsídios para melhor equacíonamento do problema originário das doenças profissionais, prlncípalmente quando ésabido que no Brasil só existem quatro ambulatórios de doenças profissionais, sendoo último inaugurado há três anos na capital do Estado ,de São Paulo.
O primeiro ambulatório para doençasprofissionais foi criado pelo Serviço Socialda Indústria, em 1960, em São Paulo, paraatender os casos ocorridos no seu parqueindustrial. Há dois anos, 'o SESI criou maisdois serviços semelhantes, no Rio e em Porto Alegre,
Doenças profissionais e doenças do trabalho são dírerentas, segundo a legislaçãobrasileira, porque as primeiras só podemocorrer aos trabalhadores que se dedicama determinadas áreas profissionais, e asdoenças do trabalho também podem oeor-
rer por fatores exteriores ao trabalho. Umahérnia, um reumatismo, por exemplo, podem ter como causa tanto as condições detrabalho como qualquer atividade fora dele.
Por esta, razão, a lei de acidentes do trabalho exige uma sindicância para determinar as verdadeiras causas das doenças dotrabalho, ao passo que os trabalhadores comdoenças profissionais recebem amparo automático da lei.
O tipo de doença profissíorrál" mais freqüente num pais está diretamente ligadoao seu grau de desenvolvimento. Atualmente, no Brasil, 'são as intoxicações por chumbo as mais freqüentes. No Serviço de Medicina Industrial do SESI, 80 por cento dosatendidos são intoxicados por chumbo eprovêm de indústrias de aeumuladores elétricos, automóveis (setor de funilaria), fúndíções de metais não-ferrosos.
Essas observações são amparadas por uma.exposição do Dr, Bernardo Berdríkow, Diretor do Serviço de Medicina Industrial doSESI, que, em 1972, informou serem rarosos casos de intoxicação por chumbo na indústria gráfica, adiantando que no iníciodas nossas atividades, há doze anos,', osdoentes proveníentes de gráficas eram maísfreqüentes, pois as condições de tra1Ja.P;1oeram mais precárias: muitos linotipos!úúcíonam em área pequena, sem ventilij.g1j.o.Hoj e, as condições que criam na atmosferauma quantidade de chumbo superior à to-lerância humana não sucedem mais. •
As intoxicações por chumbo, que vêmacompanhadas de complicações digestiy,as,no sistema nervoso e urinário, podem serfacilmente curadas, quando bem diagnosticadas. Após três semanas de repouso eafastamento do local de trabalho, o paciente fica pronto para voltar à mesma atividade, desde que seja feito um controle mensal sistemático. A prevenção para este tipode doença é manter na atmosfera umaquantidade de chumbo abaixo do nível tolerável, através de instalação de sistemasde ventilação exaustora.
Tudo isto está previsto pela Lei de 1943:fosse ela obedecida na íntegra, e não haveria intoxicação por chumto nó arasn..
Sobre a incidência, em maior escala, :dasdoenças protlssíonaís, disse que entre asmais freqüentes estão as dermatoses, doenças da pele ocasionadas por cimento, nas'construções civis e industriais de derívadosde petróleo, cromo, níquel e uma série' dematérias-primas de indústrias químíoas,Muitas alergias jamais são curadas; quanto a outras, mesmo que sanadas, o tratralhador fica impedido de retornar ao trl3J19alho. Para evitar este tipo de doença, bastahigiene geral e pessoal, água abundante etoalhas limpas e proteções pessoais, 1;aiscomo luvas, aventais, peneiras etc. '
As doenças pulmonares estão em terceí1'0 lugar entre as mais freqüentes atendidas no ServiÇO de Medicina Industrial doSESI. São causadas por poeiras das fábricas de vidro, cerâmicas, fundições e metalúrgicas. Nas minerações também são muito freqüentes, embora não haja casos emSão Paulo. "
Os agentes físicos, como calor, ruii:i~ epressão atmosféricas, são os responsázéts,em quarto, lugar, pelas doenças proríssíonaís.
O barulho exagerado pode levar à. surdezem cinco ou lO anos, e este processo é írreversível, O calor leva à prostração térmica,que pode ser evitada através da retrígeração local, roupas adequadas e seleção .médica cuidadosa.
.Abril de 1975 BIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Sábado 12 U!1
Explicou, ainda, o Dr. Bernardo Berdri··kow que nem todas as pessoas estão sujeitas à prostração térmica. Por esta razão,uma seleção bem feita do pessoal para trabalhar em ambiente de alta temperatura,seguida de uma aclimatação lenta, comojá se faz nas grandes indústrias siderúrgicas, pode evitar este tipo de doença.. O aeroemboJismo, que em muitos (laSOS
pode levar à morte, é ocasionado por umadescompressão rápida. No mundo inteiro hátabelas com o tempo de descompressão necessário, para trabalhadores submetidos adeterminadas pressões atmosféricas. Segundo informou o Doutor Berdrikow, muitasempresas de construção civil que trabalhamcom tubulões pneumáticos não dão ao trabalhador o tempo necessário para se descomprimirem, por medida de economia.
Os casos mais raros de doenças profissionais atualmente são as intoxicações pormanganês, mercúrio, benzol e monóxido decarbono.
O problema de prevenção e segurançavem sendo debatido em vários SimpósiosInternacionais, com a participação de, representação brasileira.:,"A semente de uma colaboração e de umintercâmbio constante entre as nações decütturas irmãs no campo de saúde ocupacional foi lançada em 1970, quando em Lisboa se realizou a I Semana Luso-HispanoBrasileira de Prevenção e Segurança.
No Brasil, como em outros países, observa-se maior preocupação em proporcionarmelhores condições nos locais de trabalho.
Ressalte-se que, com a modernização dastécnicas de trabalho, a prevenção adquiremaior validade.
Sr. Presidente, há dois anos passados, asestatísticas registravam a existência demais de 15 milhões de brasileiros incapacitados e que precisam ser reabilitados, parao que se impõe a implantação de programade Medicina preventiva e de reabllitação.
"De cada 100 brasileiros, 4,9 possuem defeitos do tronco e extremidade (mãos e pés)e 3,5 têm deficiência mental; há uma faltatotal de fisiatras (médico especializado notratamento de reabilitação) no Brasil, e carêncÍ&- de centros de reabilitação."
Acresce dizer que em vários pronuncia:"mentes tenho analisado o problema comestatísticas de acidentes no trabalho, notrânsíto, e de doenças profissionais. De 1milhão e quinhentos mil acidentes no trabalho verificados em 1972, segundo estatís.ti0as extra-oficiais do INPS, foram liquidados quase 3 mil acidentes mortais e, da parcela restante, não-fatais, 40% dos acidentados ficaram com defeitos rísícos. No caso de acidentes de trânsito, o Brasil é ocampeão mundial, pois para cada grupo de10 mil veículos morrem quase 40 pessoas.Ressalte-se que esse percentual nem de longe se aproxíma do 2.° colocado, a AlemanhaOcidental, que registra a taxa de 13,8 mortos por 10 mil veículos.
Sr. Presidente, há necessidade de conseguir-se um nível ideal de prevenção e segurança nas áreas de trabalho em geral: prevenção de acidentes e doenças profissionais;transporte aéreo, marítimo e 'terrestre; incêndios e explosões no setor industrial e comercial, bem corno no lar e em outros locais. Ressalte-se que, com a modernizaçãodas técnicas de trabalho, a prevençãoadquire maior validade.
Assim, ao fazer uma despretensiosa análise de assunto tão controvertido,' mas dealta significação para o próprio desenvolvimento nacional, recorro aos mais renomados médicos especíalístas e aos técnicos em
Higiene e Segurança do TJ.'abalho, para reivindicar uma ação conjunta das Medicinaspreventivas, assistencial e de reabilitação,já que, em alguns países, as perdas econômicas por incapacidade de trabalho representam uma quantidade muitas vezes maiordo que os gastos com o tratamento. Os planos governamentais até agora conhecidosrefletem o desconhecimento dessas relaçõesíntimas de interdependência entre economia e saúde, ou foram elaborados por cimada realidade presente.
Sr. Presidente, ontem, os jornais anunciaram algumas providências adotadas peloMinistro Arnaldo Prieto,' implantando cursos de prevenção contra acidentes do trabalho, conforme adiante se constata,
"Duzentos e dezesseis cursos para 6.480dirigentes sindicais sobre prevenção deacidentes e dois cursos de preparação eorientação para instrutores que ministrarão as aulas, serão realizados pelaFundacentro, e supervisionados pelaSecretaria de Relações do Trabalho,através do Departamento ~Tacional deSegurança e Higiene do Trabalho.'O objetivo do convênio firmado ontem,entre a Fundação Centro Naci<lnal deSegurança, Higiene e Medicina do Trabalho - Fundacentro -, Ministério doTrabalho e DNSHT é promover a integração das entidades sindicais na 'campanha nacional de prevenção de acidentes do trabalho, conforme previstono plano de ação do MinistériQ do Trabalho, e na conformidade do artigoterceiro do estatuto da Fundacen1,ro,aprovado pelo Decreto n.o 62.162, de 25de janeiro de 1968. As atividades serãodesenvolvidas no período de abril a dezembro.li: a seguinte a distribuição, por estados,do número de cursos: Amazonas, Pará,Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande doNorte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Espirito Santo, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal terão oito cursos cada um.Para Pernambuco, Bahia, Paraná eSanta Catarina serão 12 cursos emcada Estado; e São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande doSul, terão, cada Estado, 16 cursos.Ao ato da assinatura do convênio peloministro do Trabalho, Arnaldo Prieto,e o presidente da Fundacentro,. generalMoacyr Gaya, estiveram presentes oarlos Alberto Chiarelli, secretário de Relações do Trabalho do Ministério doTrabalho, e Roberto Raphael Weber,diretor-geral do Departamento Nacíonal de Segurança e Higiene do Trabalho.O custo total do convênio, para reali-zação dos cursos, será de Cr$ .3.1'/0.000,00. Os órgãos competentes doMinistério do Trabalho providenciarãoo repasse da verba para a AgênciaCentral do Banco do Brasil, em SáoPaulo, nos seguintes períodos e parcelas: Cr$ 1.070.000,00 em abril, Cr$1.050.000,00 em junho, e Cr$ .1.050.000, em setembro. Os pagamentosdas parcelas posteriores à primeira somente serão efetuados após a apresentação de relatórios das etapas já concluidas, ao DNSHT, que fiscalizará eatestará a conclusão das mesmas."
Como se verLfíca, a identificação de propósitos conduz sempre a resultados satisfatórios tendentes a pelo menos minimizaras desastrosas conseqüências que a omissão ou negligência das autoridades responsáveis há provocado no campo da prevenção de acidentes, segurança e higiene elotrabalho.
A notícia é alvissareira, merecendo o registro ora formalizado.
Sr. Presidente, outro assunto que está amerecer a atenção do Governo é a participação da mulher brasileira no mercado detrabalho. Sofre ela as mais variadas restrições, por culpa da própria legislação trabalhista vigente, que foi elaborada há 32anos, visando a disciplinar as relações detrabalho .entre empregado e empregador,quando é forçoso reconhecer que mudaramos tempos, de 1943 para cá, e a transitoriedade dos valores sócio-econômicos. As sucessivas alterações de dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho ainda nãoatingiram o art. 307, que trata da proibiçãodo trabalho da mulher em diversas atividades laborativas.
Por diversas vezes analisei o problema,sem que me animasse oferecer projeto de leinesse sentido, porque entendo que a atuallegislação trabalhista, ou melhor, a COnsolidação das Leis do Trabalho, por estar divorciada da realidade, deve, quanto antes,ser substituída por um Código do Trabalhoe um Código do Processo do Trabalho, paraque estes traduzam o fato sociológico, objetivando maior produtividade, tendente àjustiça social. .
lÊ grato assinalar que, há dois anos, estaCasa, por sua Comissão de Legislação Social, criou um Grupo de Trabalho dentreos seus membros e promoveu um ciclo dedebates, reunindo juristas, representantesde entidades patronais e de trabalhadores,para sentir o pulso da questão e aferir ossubsidias necessários ao equaclorramento dopalpitante assunto.
O Governo, por sua vez, não tomou nenhuma iniciativa para a elaboração dosCódigos do Trabalho e do Processo do Trabalho, embora não desconheça que, na Exposição de Motivos da Consolidação das Leis@ Trabalho vigente, o então Ministro Marcondes Filho sustentou a transitoriedadeda lei, afirmando que a Consolidação correspondo a um estágio no desenvolvimento
jurídico.
As limitações impostas pela "eglslaçãotrabalhista para utíüzação de mão-de-obrafeminina afetam não só o bem-estar dasociedade brasileira como sua própria estabilidade.
"Diversas são as causa!'! para a pequenaparticipação do elemento feminino no mercado de trabalho brasileiro. As razões sãoclassificadas em dois setores: o socíológtcoe o jurídico.
A Sociologia, no caso, estuda o comportamento de chefes de família e grupos sociais, avessos a que a mulher trabalhe forade casa, presos, ainda, a preconceitos quevão cedendo lugar a idéias modernas, nummundo em constantes modificações e numPaís em processo de desenvolvimento. Nosetor juridico, no entanto, a transformaçãoé bem mais lenta, de tal sorte que velhasleis - que poderiam ter espelhado a realidade sócio-econômica do tempo em que fo~
ram editadas, mas que não mais se coadunam com a realidade presente - passama representar um estorvo para a mulher.
A proteção ao trabalho feminino, queocupa todo o Capítulo lU da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, transformou-se numempecilho ao trabalho da mulher.
O art. 387 daquele diploma legal, porexemplo, veda-lhe o caminho a uma sériede carreiras, proíbe-lhe o trabalho em subterrâneos, minerações de subsolo, obras deconstrução pública ou privada ou atividadesconsideradas perigosas, como é o caso, porexemplo, da venda de gasolina em postosde serviço. Na época da edição da COnsolidação das Leis do Trabalho, nos idos de1943, não se cogitava da construção dometrô paulistano, sendo raro uma mulher
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querer ser geóloga, engenheira ou, até mesmo, conduzir automóvel. Tudo isso mudou:o metrô paulistano está para ser inaugurado - e necessitará de pessoas para venderpassagens; há muita geóloga e engenheira,por estes brasís a fora, nesta fase de abertura da educação nacional. No entanto, talcomo está, a lei proíbe que a mulher venhaa trabalhar no metrô, ou em construçõespúblicas ou privadas - até mesmo cornoengenheira - ou que venda gasolina empostos de serviço. Quando muito, ela podeandar de metrô, conduzir seu automóvelaté o posto de gasolina e mandar enchero tanque, ou projetar a construção de grandes obras públicas ou privadas - desde quenão suba aos andaimes.
A revista "Banas", em seu último número, agasalha substancioso trabalho de pesquisa sobre a mulher, elaborado pelo jornalista Paulo Sérgio Markím, e cujos principais tópicos passo a ler, para que integremeste pronunciamento:
"Ela continua a ser "a proletária doproletário", uma categoria social explorada e subjugada para a qual as promessas de igualdade e os direitos in- ~
ternacíonalmente reconhecidas poucovalem.Sua participação na produção é bemmenor que a dos homens, seus salários,invariavehnente mais baixos; a possibilidade de atingir um posto de comando, reduzida, E, enquanto enfrentam ospreconceitos de toda espécie, as mulheres começam a descobrir as possíbíltdafies da luta feminista, enveredando porcaminhos radicais e aprendendo as virtudes da prudência e da organização.Este é o Ano Internacional da Mulher.Mas, enquanto as Nações Unidas preparam documentos e congressos e asfeministas colocam nas ruas e em livros suas reivindicações, a maioria dasmulheres enfrenta os mesmos problemas do passado.
Da força de trabalho mundial, calculaida em 1,6 bilhão de pessoas, 562 milhões.- ou trinta e cinco por cento - sãomulheres. Cerca de vinte e oito porcento da população feminina está integrada ao processo produtivo, semprepercebendo salários de cinqüenta a oitenta por cento menores - quando sãoremuneradas. A maior parte das trabalhadoras - 363 milhões, ou sessentae quatro por cento - está nas zonassubdesenvolvidas, principalmente naagricultura de subsistência. Dos 198 milhões de mulheres que trabalham naszonas industrializadas, apenas dez porcento continuam no campo,
A força de trabalho feminina nos paises desenvolvidos estava assim dividida, em 1970: 71,9 milhões na Europa;65,4 na União Soviética; 34,1 nos Estados Unidos e Canadá e 21.6 milhõesno Japão. Oportunidade e funções também aram desiguais; os países socialistas há muito integraram a mulher naprodução, o que lhes pode ter validomuitas criticas, mas lhes asseguroualgumas conquistas estatístícas: naUnião Soviética, cinqüenta e dois porcento das pessoas que concluem cursosuniversitários são mulheres, assimcomo setenta e cinco por cento dos médicos, trinta e dois dos juristas, cínqúenta e sete por cento dos economistas e quarenta e cinco por" cento dosoperários da indústria,Entre as brasileiras, que enfrentam amesma discriminação quanto a salários, participação na produção e acessoa postos elevados, a única vitória ficano campo da educação, onde as pesqui-
sas demonstram que elas j á superam oshomens, em escolaridade. O que podeser um investimento para o futuro, mastambém pode ser uma simples acomodação à dura realidade do mercado.Como acreditam as autoras de um trabalho sobre população economicamenteativa e educação: "Considerando que,em média, o nível educacional das mulheres é mais elevado que ° dos homens, poder-se-ia dizer que a mulhero utiliza como elemento de ingresso nomercado de trabalho." O que, preconceituosamente, não permitem queocorra,
A mulher brasileira participa pouco daprodução, ganha bem menos, é maisatingida pelo desemprego e quase nãotem' acesso a postos de direção, A estesaspectos da discriminação, as pesquisasmais recentes acrescentaram um dadonovo: seu nivel de escolaridade já émaior que o dos homens, em pelo menos três Estados do Brasil: São Paulo,Pernambuco e Rio Grande do Sul.A taxa de participação feminina número de mulheres que trabalham sobre a população feminina com mais dedez anos - caiu sensivelmente, de 1940para cá, nos centros urbanos. Os 31,2por cento passaram a 23,1. em 1950;23,6, em 1960. e 24,3 por cerrto, em 1970.O que vale dizer que o desenvolvimento criou a possibilidade de fi. mulher seintegrar efetivamente na produção,equiparando-se ao homem, mas aindaoferece um número muito reduzido deoportunidades,
No campo, onde houve também umaqueda - 35,3 por cento, em 1940, para26,4, em 1950 -, os índices voltaram asubir, para trinta e sete por cento, em1960, e 43,4, ew 1970. Mas isso não representa uma vitória das aspirações feministas:'
S1',Presidente, é preciso exemplificar comsegurança, para que as autoridades responsáveis melhor Se conscientizem da graveproblemática.
O homem, antes de se casar, reune osamigos, em uma despedida de solteiro. Amulher, antes de Se casar, é despedida doemprego, Isso porque o artigo 392 da jácitada Ç,onsolidaçáo das Leis do Trabalhaproíbe o trabalho da mulher, 4 semanasantes e 8 após o parto: se for despedidadurante a gravidez, fará jus ao salário das12 semanas -- é a jurisprudência _. e terádireito às 8 semanas posteriores à delivrança, mesmo a criança tendo nascido morta.Na maioria dos países reconhece-se o direito ao repouso feminino, mas não por 3meses, E quem paga os respectivos salários é a Previdência Social, isto é, a nação,maior interessada no problema demográfico. e não o empregador, como acontece noBrasil. Resultado, prático: mulher dificilmente consegue emprego ou nele se mantém, se casada".
"Na França, entre 1954 e 1968, o númerototal de assalariados masculinos aumentoude 7%; no mesmo período, cresceu de 30%o total de mulheres trabalhadoras. Na República Federal da Alemanha, da mão-de
_obra civil, o contingente feminino empre-gado é de 36,9%, contra 41% na RepúblicaDemocrática da Alemanha, Na AlemanhaOriental, duas em cada doze operárias têmemprego de meio período, na maioria, coma idade entre 35 e 45 anos, casadas, .comfilhos. Na Áustria, 41.3% da mão-de-obracivil são fornecidos pelas mulheres. Nos Estados Unidos, 34,1 % e na França, 34,9%.
Entre nós, a mão-de-obra da brasileiraé pouco utilizada, conforme se constata dosseguintes dados: no Estado de São Paulo,
as mulheres são 28% da mão-de-obra, aopasso g.ue no resto do Brasil, a percentagemé de apenas 10%. . 'I
Ninguém pode negar que os homens são,naturalmente, mais fortes que as mulheres, no que diz respeito à força física. Ep.tretanto, na vida moderna, a necessídadede força física é cada vez menor.
No mundo íntetro há uma queixa: ossaIáríos das mulheres são mais baixos do ;tj,'úeos dos homens, Como justificativa désSadistorção, afirma-se que os encargos paraos patrões são maiores com a mão-de-obrafeminina.
Por. outro lado, a Organização Internacional do Trabalho anuncia vigorosa campanha de âmbito mundial, para a proliferação do maior número possível de creqqesdistritais ou de bairros, para oferecer à mulheres condições de concorrer em igualdadecom os homens no mercado de trabalho,
O ex-Ministro do Trabalho, procuradorArnaldo Sussekind, chegado recentementede Genebra, onde participou da reuniãoanual da Comissão de Peritos na AplíClJll.',@.üde Convenções da OIT, preparatória.)iaConferência Geral da Organização III;'tJ%nacional do Trabalho, que se realiza no:m~sde junho, prestou valiosos eaclarecímentdssobre a atuação da ONU, que elegeu ,L\975como o "Ano Internacional da Mulherà',para que se proceda a estudo do trabB.:lhpfeminino, tema de Direito Comparado, p!IJéviarnerrte escolhido pelo Conselho de ~'Ad
ministração e Organização, para ser envia-do à Conferência Gm'aL ' I .
"O grupo de Juristas analisou as divets~sformas de díscrírnínacâo sofridas pela iiJ.'ulher, que participa com 34,3% da forç.ã" detrabalho mundial, mas recebe, em média,salários inferiores aos dos homens. Há casos, inclusive, de países em que o saláríomíntmo da mulher é inferior 3.0 do homem.
Segundo o ex-Ministro Arnaldo sti's15ekind, a discriminação sofrida pela mulherestá lllasicamente na falta de empreg;2~ ede formação profissional e nos salários liraisbaixos, E também intimamente ligadlr~oproblema da maternidade, que acarretaônus para o empregador. .
- Nos países em que a legislação impõeônus para a empresa no caso da mu1he~ aprática demonstra que o empregador ovttao trabalho feminino. Por isso, os encargosdecorrentes dessá proteção especial devemcaber ao Estado, à previdência social of! Jafundos especiais, para o qual contri\J'uatn.todos os empregadores, . ",
A média dos salários dos homens, inf&ma o ex-Ministro Bussekínd, é maior mêsmo nos países onde vigora o príncípíól dosalário igual para trabalho igual, isto, .P\Jll:que é bem superior o número de nomenernafaixa de trabalho qualificado ou técnícocnüum dos fatores que leva a mulher li!. ·l1ij.Oconcorrer em igualdade de condícões-onaárea da formação profissional é que ela ·temmuitos encargos doméstíecs e geralmente,quando casada, não tem onde deixar seusfilhos".
Partindo desse princípio, explica o. exMinistro, a Organização Jnüernacíonal.s.âoTrabalho está interessada em desenvolveruma campanha em favor das creches, dií!tritais ou de bairros, a fim de evitílll' .otransporte da criança atéos locais de,il}rabalho das mães e não onerar os empregadores com o encargo de manutenção dascreches nas suas empresas. !'J ..,
, '} ~!'1Vt
Essas creches poderiam ser mantida~ll'ler
los municípios, pelo Estado -- aí em â.l:\JjW,tpfederal - eu por serviços sociais, ,1j:QJ:l\loSESI e SESC, no caso do Brasil. Temo01!íU.m!\grande quantidade de mão-de-obra :t:,llmfnina, principalmente trabalhando em tecí-
Abríl de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado I! 14!J
dos, serviços de telefonia, indústrias químicas, balconistas do comércio e em estabelecimentos de crédito, por exemplo, o quejustificaria plenamente o sistema.<« forma ideal para a mecânica do sístemá, na opinião de Sussekindo, seria atravésde' convênios entre SESI e SESC e as prefeituras municipais, a fim de que os órgãosde assistência social eonstruíssem crechesem terrenos doados pela municipalidade,popendo a administração ficar sob a responsabtlídade tanto dos serviços quanto dasprefeituras".
CONTROLE DE CONTRAVENÇÕESA Comissão de Peritos na Aplicação de
Convenções da OIT, da qual o ex-ministroArnaldo Sussekind faz parte há vários anos,é leomposta de 17 juristas independentesnão vinculados aos' governos de seus países,e ,.tem como objetivo principal examinarrelatórlos enviados pelos governos sobre ocumprimento de Convenções,
Na Comissão há juristas de todos os continentes e de todos os regimes políticos,estando a América do Sul representada1Ie10 brasileiro e pelo peruano DarciMl~ayan. Existem, até hoje, aprovadas pelaC!T, 140 convenções e 148 recomendacões~~!e Direito do Trabalho. ., rM.. convenção é um tratado plurilateralaberto, que o governo de cada pais temInlalUl de um ano para encaminhar ao seuBlJqer Legislativo - o encaminhamento éobrígntórío - que é soberano para aprovar<m"não a convenção no âmbito interno dopaís. Se aprovado, o Governo ratifíca otrJj<tado e tem um ano para .cumpri-Io, al~ê~'fLndo sua legislação ou adotando outrasmedidas necessárias à sua aplicação.
Atualmente, cada governo manda à Comissão um relatório sobre a aplicação dasconvenções, com base num modelo espeeial elaborado pela OIT que dificulta muitoa distorção das informações. É tambémob,rigado a mandar cópias desse relatóriopara as confederações nacionais de emprega:êlbs e empregadores, Quando a convençãti' completa 10 anos de ratificada, o governo tem o direito de denunciá-la, mas,se" não o faz, ela fica automaticamenteprorrogada por igual período. .
:No caso de a Comissão constatar irregularidades no cumprimento de um tratado, oficia inicialmente ao governo do país infrator"1,; CaBO este não tome aos providências pedtt;tas, faz relatório à Conferência Gerald« 'OIT, que poderá punir o país com penasqüe vão' desde o efeito moral - as quemais ocorrem, segundo o Ministro Sussekind:~ até a eliminação da Organização.',Este ano, diz o ex-Ministro Arnaldo
SUlSSekind, a Comissão apreciou 1.854 relatéríos e comprovou 81 casos de progressona aplicação das convenções - governosque tinham sido orícíados e tomaram providências no sentido de melhor cumprir otratado.
Foram aprovadas na reunião deste anoduas notas de satisfação para o GOvernobrasileiro, "o que não é muito comum". A]JJ.imeira refere-se a ter o saláríc-materri~dade passado à responsabilidade do INPS~Ijei n,v 6.136, de 17-11-74 -, eliminando/leio principal fator de discriminação contrao trabalho feminino. A segunda, por tero 'Cl-overno anulado a denúncia da OonvenÇâo°IH, da OIT."Arbaldo Sussekind explicou que a Con
venção 94 refere-se aos contratos entreórgãos públicos e empreiteiros de obras ouempresas prestadoras de serviços, onde deve$e1!Jincluída uma cláusula que obriga os em);ilíéiteiros a aplicarem inteiramente a legíslação do trabalho em vigor, sob pena de .
incorrer em infração de contrato sujeita atPunições que podem variar de multa arescisão do compromisso.t Ressalte-se que .a própria ONU está preocupada em eliminar as causas que retarfCiam ou impedem que a mulher recebailllelhores condições de concorrer em igualIdade com os homens no meeado do tra-tbalho. .
• O Congresso Nacional será chamado a~pinar sobre a convenção a ser aprovada,pela OIT em junho próximo.
r Mas, antes, o Poder Legislativo deve sepreparar, através de debates neste Plená,rio e nas Comissões Técnicas, para melhor,desempenhar sua missão., Senhor Presidente, pelo visto, esta Casanão pode omitir-se diante, de grave problema da falta de mercado de trabalhopara a mulher brasileira e de outros nãomenos importantes como Q dos trabalhadores maiores de 35 anos, consideradosociosos etc, prcvocados ou alimentados poruma legislação trabalhista que poderia tera realidade sócio-econômica da época emque foi elaborada, mas que não mais seajusta à realidade atual.
Ninguém desconhece que a maioria doempresariado nacional cria empecilhos ourecusa admitir em seus serviços, trabalhadores maiores de 35 anos, constituindo-seesse injustificável procedimento grave atentado aos princípios de seguridade e justiçasocial.. Ê bem verdade que a luta para o equacíonamento desse problema remonta hádezenas de anos, sem que até agora o 010vemo disponha do Instrumental indispensável de amparo a essa classe de trabalhadores.
A Câmara Federal também cuidou doassunto através de vários projetos de leique tramitou por suas Comissões Técnicas,sendo certo que, como Relator na Comissãode Legislação Social, ofereci parecer favorável a um deles, o de n.v 186/71, que estabelece proporcionalidade de empregadoscom mais de 45 anos de idade. Considereia medida justa, aduzíndo, dentre outros'argumentoaque se tratava de iniciativa degrande alcance social sobre a qual a legislação social brasileira, tão farta e ampla noamparo ao trabalhador, é ínteíramenteomissa.
Por assim também entender, o Br, Ministro do Trabalho baixou a Portaria n.O 3.028,de 3 de fevereiro de 1972, designando umGrupo de Trabalho integrado de técnicos e[urístas do maior gabarito profissional parapromover os estudos necessários à fixaçãode diretrizes a serem formalizadas em lei,visando a assegurar aos trabalhadoresmaiores de 35 anos a possibilidade da obtenção de emprego.
'Do Decreto-lei do Presidente GetúlioVargas à Portaria do Professor Júlio Baratahá um mterregno de 26 anos e 8 meses.Durante esse longo período, quantos trabalhadores maiores de 35 anos morreramao abandono por falta de mercado de trabalho?
A Oposição não culpa o atual Governopor essa omissão,' marginalizando ponderável parcela da mão-de-obra brasileira. •
Sr. Presidente, enquanto o GDverno nãoadota medidas objetivas que conduzam fi,
solução do problema, o Presidente da Associação Nacional das. Empresas de Trabalho Temporário anuncia que, até o finaldesta década, o Brasil terá mais de meiomilhão de pessoas engajadas no trabalhotemporário, mobilizando praticamente todaa mão-de-obra ociosa ou aquela que se vem
mantendo ã. margem do mercado de trabalho".
Esta previsão :toi feita, pelo Sr. JanWiegerinck, presidente da Associação Nacional das Empresas de Trabalho Temporário, esclarecendo ainda que vem crescendo geometricamente a utilização dotrabalhador temporário no Brasil e queisto representa um evidente sintoma deque o País se -encontra num estágio deeconomia desenvolvida.
"Numa. economia desorganizada ou incipiente - afirmou - não há possibilidadede uma apropriação eficiente de recursoshumanos, nem de especialização profissional, ínexístíndo, portanto, o trabalhotemporário".
- O trabalho temporário é típico deeconomias desenvolvidas, onde se pode dispor de mão-de-obra qualificada para complementar o trabalho efetivo.
O Sr. Jan Wiegerinck revelou que o trabalho temporário surgiu no Brasil em 1963e já em 1971 utilizava 5.900 trabalhadores,número que se elevou para 8.200 profissionais no ano seguinte. No ano passado, segundo ele, 150 mil pessoas se dedicavam aotrabalho temporário, representando umaparticipação econômica de Cr$ 35 milhões.
Disse que 70% do pessoal utilizado através de meia centena de empresas especializadas no País pertencem a categoriasmargínallzadas do trabalho permanente eque, por esse meio, conseguem reintegrarse na mão-de-obra efetiva. Essa reintegração tem sido da ordem de 80%.
Sr. Presidente, não costumo criticar asautoridades que não mais exercitam afunção pública. Mas uma das autoridadesque mais foi alvo da minha fiscalização,durante 4 anos de mandato, foí o Professor Júlio Barata, de cultura invejável, dotado de elevado espírito público, mas umsonhador. E o sonhador não pode administrar coisa alguma, sobretudo quando setrata de lidar com a classe de assalariados.A gestão do ilustre Professor Barata foi operíodo em que a Consolidação das Leis doTraoa1ho foi mais remendada, e sem qualquer objetivo salutar em favor do trabaIlhador brasileiro. Juntamente com ele,nnaís 2 outros Ministros foram muito promovidos: o grande "ex-Premíer" DelfimNetto, que hoje passeia lá na França, e omão menos ilustre Ministro da Justiça. OCMinistro Júlio Barata baixou centenas deportarias criando grupos de trabalho parasolucionar os problemas que afligem os trabalhadores, principalmente nos setores deprevenção de acidentes de trabalho, doenças profissionais, higiene e segurança dotrabalho. O mercado de trabalho é restrito para a mulher brasileira em virtudede dispositivo da Consolidação, datado de1943. Há 32 anos a. mulher não poderiaevoluir, porque a lei que a protege tambémnão evoluiu. Há, ainda, a questão da mãode-obra ociosa, pois trabalhadores experimentados são marginalizados aos 35 anosde idade, por culpa da omissão e negligência das autoridades. J1l preciso falarfranco para sensibilizar as autoridades governamentais. O ilustre Minístro ArnaldoPrieto, brilhante Deputado gaúcho, nãoocupava muito a tribuna, mas nós entendíamos bem. Político estudioso, de grandevísão, também está entretanto, conversando muito. (Rises.) Parece que a doençado Ministro Júlio Barata' está contaminando S. Ex." Está aqui a notinha que umilustre Deputado da ARENA registrou noPequeno Expediente:
"Arnaldo Prieto implantando cursosde prevenção contra acidentes do trabalho."
1424 Sábado 1~ DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Abril de 19"15
Isto é bonito, Sr. Presidente. Duzentos edezesseis cursos para 6.480 dirigentes sindicais sobre prevenção de acidentes e doiscursos de preparação e orientação de instrutores que ministrarão as aulas que serãorealizadas e subvencíonadas pela Secretaria de Relações do Trabalho, através doDepartamento Nacional de Segurança eHigiene d9 Trabalho.
Existem 115 leis conflitantes neste País,que poderiam ser reduzidas a 30.0 portarias revogam leis. Tenho repetido aquique há falta de entrosamento entre as próprias autoridades responsáveis do G<lverno,e isso está aqui patente: o maior segurador, o INPS, nem foi ouvido sobre essescursos. Ele é que é o responsável, ele é queassiste, ele é que dá cobertura ao segurode acidentes do trabalho. O Ministro oIlustré, brilhante Parlamentar, e agora' sereveli!-.tldo um competente Ministro de Es-'tado, se esqueceu de convocar o Ministérioda previdência Social, através do INPS.Isso não terá resultado prático, Sr. Presidente, e vou explicar o motivo. Neste Paíssó há 4 ambulatórios preparados para osetor de higiene e segurança do trabalhotodos eles localizados em S§.o Paulo d~mícíatfva privada. A parte teórica fica' como G<lverno e o ônus da execução do quepense o Governo fica com QS empresáriosbrasíleíros, através do SESI, do SENAI ede outros órgãos da administração indir~ta,ou de economía mista ou .de autarquia. Épreciso falar uma linguagem clara semrodeios, porque o atual Miníatro amanhãao deixar o cargo, se 1'eencontra~á CQm o~políticos, colegas, satisfeito de haver cumprido CQm o seu dever, de haver exercidoa contento a missão que lhe foi. confiadapelo Poder Executivo. . .
Mas desta forma faca a minha crítica:não acredito que as providências adotadas,nesse estilo, pelo Ministro do Trabalho,conduzam' à diminuição dos acidentesmortais ou não, porque na preparação, Sr:Presidente, tem de haver uma conjugaçãode esforços, através dos órgãos técnicos.E quem está aparelhado - pergunto _neste setor? É o setor industrial, Sr. Presidente. E para tristeza nossa, somente SãoPaulo está em condições de oferecer umresultado positivo na diminuição, ou pelomenos na estagnação, porque nós conhecemos' o crescente índice. E eu o citei inicialmente. Começamos 1971 com 2.393 acidentes mortais e em 1974 já estávamos commais de dez mil; eomecamos com 1.475.000não-mortais, e em 1974 já estávamos comdez milhões. Quais as provídênelas adotadas. pelo Governo neste interregno detempo - quatro anos? Estou-me reportando a este período, porque é o meu deexercício do mandato de Deputado Federal,de fiscalizador do ooverno.
Vamos deixar para lá a previsão de acidentes, segurança e higiene do trabalho,e vamos abordar agora, ligeiramente, aproblemática do mercado de trabalho paraa mulher brasileira. Sr. Presidente, nenhuma medida foi adotada pelo Governopara alterar a COlliJolidação das Leis doTrabalho no seu dispositivo específico sobre o assunto, que é o art. 307, que trata daproibição do trabalho da mulher em di.versas atividades laborativas. É precisodizer que se isso está acontecendo é porculpa da própria legislação trabalhista. quefoi elaborada há 32 anos vísando a díscíplínar o trabalho entre empregado e empregador, quando é forçoso reconhecer quemudaram os tempos de 1943 para cá,.e atransitoriedade dos valores sócio-econômicos.
Sr. Presidente, dizia eu, no início daminha fala, que o Ministro Júlio Barata
esteve sempre atento aos debates aquitravados e dava satisfação a todos nós. Aliestá presente o ex-Ministro do Trabalho,o nosso brilhante colega Deputado ParsífalBarroso. Ninguém melhor do que S. Ex."acompanhou a gestão do Ministro JúlioBarata. O que debatíamos aqui dias depois líamos nos jornais: "Criado grupo detrabalho para estudar determinado problema". O mais engraçado é que esse .grupode trabalho nunca divulgou o seu resultados. S. Ex."' foi embora e os grupos detrabalho ficaram por ai. O Ministro Arnaldo Prieto não conhece o acervo que lhefoi legado. A verdade, Sr. Presidente, é quea ONU está tão preocupada com o assunto,
. que elegeu 197& como o "Ano Mundial daMulher". O Presidente Geisel. homem religioso e sensível, tem demonstrado asqualidades do estadista que o Brasil reclamava para essa fase difícil por quepassa a Nação brasileira. Rendo minhashomenagens a S. EX.", porque, assim o fazendo, em consonância com a nossa representação na Organização Internacional do'I'rabalho, através do ex-Ministro e brilhante procurador, Sr. Arnaldo Sussekind,que recentemente lá esteve representandoo nosso País, será encontrada a soluçãoadequada para ampliar o mercado de trabalho da mulher, compatibilizando sua atividade, igualando-a à do homem, pois asituação não pode perdurar. Sem quererparodiar o ilustre Líder da Maioria, brilhante colega Deputado José Bonifácio,conto episódio um pouco irônico, mas nãojocoso, porque se trata de assunto sériocom relação à mulher, já que estamos noseu ano. A mulher precisa do amparo dohomem, sem que com isso se vej a em perigo de ser por ele dominada em outrasatividades que não o exercício laborativo.(Palmas.)
Mas, repito, Sr. Presidente: o homem, an-o tes de casar-se, reúne 'os amigos - é uma
despedida de solteiro; a mulher, antes decasar-se, é despedida do emprego o É o queacontece neste País, Sr. Presidente, porquea consolidação das Leis do Trabalho aindaé uma xerox da imagem do saudoso esta-,dista Getúlio Vargas. Parece que os Governos têm medo de alterá-la, para não medidificar essa imagem que o trabalhadorjamais deixará de manter, dessa figurá portodos nós reverenciada a todo momentocomo um dos maiores vultos da nossa nacionalidade .
Mas, Sr. Presidente, durante estes 11 anos,Ministros do Trabalho, dos mais cultos, dosmais operosos, dos mais bem dotados deespírito público, nada fizeram. Essas alterações, quase todas elas são originárias doCongresso Nacional, a trances e barrancos,porque as principais receberam a oposiçãoda Liderança da ARENA.
Realizamos aqui, em 72, Sr. Presidente,um dos mais movimentados simpósios. Ouvimos juristas, técnicos em debates calorosósno Plenário da Câmara, pelo valor do temárío e a importância do Simpósio. Sóaqui se poderia oferecer espaço para acolher a todos os seus particípantes.
Até a representação da Espanha e daFrança aqui compareceram. Ficou decidido que o Ministro Júlio Barata providenciaria a elaboração da reforma da Consolidação das Leis do Trabalho, criando oCódigo do Trabalho, o Código de Processodo Trabalho e o Código de Direito Sindical.A Câmara gastou dinheiro, engordou muitagente; todos passaram bem, distribuiramse pastinhas bonitas como. recordação, emais nada, Sr. Presidente. Decorrtdos quase três anos, ninguém mais fala do assunto."A Consolidação é boa, deve-se deixar comoestá, para ver como fica". É mais uma
frase atribuída a esse vulto por rodos nósvenerado, o ex-Presidente Getúlio Vargas.Porque essa Consolidação, Sr. Presidente,não agüenta mais remendo, não agüentamais paliativo. É preciso que o Brasil secoloque na sua posição de Iíder no campo·do Direito do Trabalho e do seguro social'.Nós somos os precursores, mas não sabemosmanter essa posíção de liderança. Outrospaíses subdesenvolvidos já melhoraram suaIegíalação trabalhista e social. Copiaramda nossa, mas já estão na nossa frente. Epor que, Sr. Presidente? Por culpa destaCasa do Oongresso Nacional, que não querusar de suas prerrogativas para oferecer osubsídio de 'que carece o Governo a fim depromover esta nova codírícaçâo .
Abordo este assunto, Sr. Presidente, resumindo-o, porque minha fala compreendetrês problemas para os quais ofereço soluções, como já o fiz anteriormente. Algunsdos meus pronunciamentos deram motivoa que fossem constituídos grupos de trabalho pelo então Ministro do Trabalho, Professor Júlio Barata.
Trato, agora, Sr. Presidente, do problemada mão-de-obra ociosa. Todos sabemos quea maioria do empresariado nacional criaempecilhos ou recusa admitir. a seu serviçotrabalhadores maiores de 35 anos. Esse injustificável procedimento eonstítuí-se emum quase atentado aos príncípío de segu..rídade e justiça social. Mais uma vez souobrigado a falar em Getúlio Vargas. Sóexiste mesmo a legislação por ele inspirada.ou por ele colocada em vigência e não medíficada até a presente data.
Pelo Decreto-lei n. o 4.362, de 8 de junhode 1945, cogitou-se da proteção do trabalhador maior de 45 anos. A maior preocupação do Governo do saudoso Presidente Vargas, consubstancíada nesse diploma legal,fixava-se "em amparar os trabalhadores queao curso de longos anos, por terem atingido idade avançada, tivessem interrompidassuas atividades profissionais".
Acontece, porém, que a obrigatoriedadeestabelecida no Decreto-lei se restringia àsentidades' que percebessem subvenção dopoder público, as quais passariam a manter em seus quadros de pessoal tantos empregados brasileiros, maiores de 45 anos deidade, quantas fossem as parcelas de "vintecontos de réis" eornpreendídas no valor dasubvenção. Por outro lado, também as empresas que colaborassem com o GovernoFederal, Estadual, Municipal ou com entidades paraestatais ou autárquicas por meiode contrato de duração superior a seis meses, deveriam manter tantos trabalhadorE;s;naquela faixa, quantas fossem as parcelasde "duzentos contos de réis" compreendidasno valor do contrato, respeitada a proporcionalidade estabelecida na lei de nacíonalízaçâo do trabalho. .:
Ao trabalhador maior de 45 anos admitídona vigência do referido diploma legal erapermitido renunciar a estabilidade, desde,que não houvesse servido nos dois anosanteriores e em caráter efetivo para o mesmo empregador. Fic-a.rá igualmente previsto que a cada em-pregado brasileiro ad-:mítído nas condições estabelecidas corresponderia a isenção de um estrangeiro, nãoequiparado na proporcionalidade previstana mesma lei de nacionalização do trabalho.Limitado a dez o número de empregadosobrigatórios nos termos da lei.
Sr. Presidente, fora disso não existe maisnada. Aqueles que mantinham relações comerciais com o Governo, as firmas, as empresas estavam obrigadas a cumprir o de:".ereto estabelecido pelo Presidente GetúlioVargas. Mas as empresas que não tinhamqualquer relação comercial com o Governo
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mantinham marginalizados os trabalhadores nessa faixa etária de 35 a 60 anos.
Lembro-me muito bem do cuidado do Minístro e hoje Deputado, Parsifal Barroso,quando à frente daquele Ministério, em minimizar as conseqüências da estagnação deuma legislação que era motivo de orgulhopara todos nós, que foi copíada pela Argentina, o Chile, a Colômbia, por todos 08 países da Africa, e até por Cuba. Hoje, nas.representações da ONU ou nas OrganizaçõesInternacionais do Trabalho, as representações desses países se sobressaem das donosso, porque levam para o debate umalegislação mais aprimorada, mas avançada,tendente à justiça social.
11: por ísso que ocupo a tribuna nestatarde, porque queremos sentir, a revítalízação do Parlamento brasileiro, através dosdebates lúcidos e sinceros, em campo aberto. Esta Casa tem revivido, nos últimosdias, seu passado de _glória, o que servirá,por certo, para elevar cada vez mais o conceito do Congresso em si e dos Parlamentares que o integram com tanta sapiência ec9~ tanto espírito público.
Tudo isso devidamente considerado, impõe-se dizer, afinal, que não mais se justâfdca a procrastinação da reforma da legtalação trabalhista brasileira, o que se fazsentir acima de tudo, como uma imperiosaneeessídade para completa revisão do queexiste, vísando a maior produtividade comum nível ideal de prevenção de acidentes edoenças proríssíonaís, segurança e higienedo trabalho, ampliação do mercado de trabalho da mulher brasileira, absorção damãe-de-obra ociosa e melhor distribuiçãode renda, o que só poderá ser conseguidoatravés dos Códigos do Trabalho e do Processo do Trabalho, que, por eento, implantarão no Brasil, em uma nova dimensão, aautêntica e tão desejada justiça social.(Palmas, O orador é cumprimentado.)
Durante o discurso do Sr. Peixoto Filho, o Sr. Célio Boria, Presidente, deixaa cadeil'a da presidência, que é ocupada pelo Sr. Pinheiro Mar;hado, 3'-'-8ecretário,
O SR. PRESIDENTE (Pírihetro M:acbado)- Nos termos do inciso Ir do art. 10 doRegimento Interno, concedo a palavra aoSr. Parsifal Barroso, na qualidade de Líderda Aliança Renovadora Nacional.
O SR. PARSIFAL BARROSO - (ComoLider.) Br Presidente e 81'S. Deputados, alfderança da ARENA ouviu com a maioratenção o discurso com que nos brindoualnda há pouco, o ilustre Deputado Peixoto Filho. E embora S. Ex. a a certa altura de suas considerações houvesse soücítaco minha colaboração através de apartepara um esclarecimento melhor da complexa matéria que ele estava a tratar, preferi aguardar para.. nesta ocasião, dizer aS. Ex.a que estamos realmente começandoa encontrar uma nova perspectiva paratodas essas matérias que se situam nocampo da justiça social. Na realidade, ogrande mérito do Sr. Chefe da Naçâo, quetodo povo brasileiro já reconhece - comoV. Ex." o reconheceu ainda há poucoquando ocupava a tribuna, nobre LiderPeixoto Filho - é justamente o de havercompreendido que na evolução do Brasilchegado era o momento da separação dosdois campos: o econômico e o social, semque nenhum dos doís tivesse prevalênciaou preferência. E essa atitude que marcae define uma orientação de Governo vemtrazendo conseqüências pouco a pouco noMinistério do Trabalho e no da Previdência e Assistência Social, sem que, todavía,possamos, como deseja S. Ex.", obter depronto soluções que de há muito são re-
clamadas, ~01ll0 as que S. Ex.a apresentouquando se referiu ao problema da ooneolidação das Leis do Trabalho. POSBO afirmar a S. Ex." que, nos quase três anos emque estive à frente da Pasta do Trabalho,Previdência, Indústria e Comércio, de 1956a 1958, os velhos temas, que agora afloram,já eram objeto de estudo por parte do Governo. Na realidade, ainda estamos numafase em que certas preliminares, que sesitua no terreno social, ainda não puderam ser retormuladas, rederímdas ou reorientadas, a começar por aquelas que V.Ex.a rememorou, O seminário aqui realizado discriminou as obrigações que caberiam ao ex-Ministro Júlio Barata, em relação à Consolidação das Leis do Trabalho,ao Código de Direito do Trabalho, ao Código do Processo do Trabalho e ao Código deDireito Sindical. Salvo engano, foi essadíscnmínação que V. Ex.a fez ainda hápouco. Mas não estamos ainda em condições, no Brasi.<, de iniciar as primeiras reformulações de que necessita o nosso Direito Sindical, ,porquanto, se antigamentejá se apontavam defeitos na organizaçãopaternalista do nosso eíndíealísmo, criadaessa estrutura de cima para baixo, àqueletempo já se apresentavam essas criticas,principalmente em virtude do ramígeraaofenômeno do peleguísmo, Ainda hoje nãoestamos amadurecidos no campo do Direito do Trabalho de modo a sabermos porque forma essas primeiras rerormulaçõesou reorientações teriam de ser adotadas pelo Governo, que se está notabilizando doponto de Vista histórico, porque decorremais sob o signo do social.
O Sr. Frederico .Brandãe - DeputadoPal'sifal Barroso, V. Ex.", com a experiênciade quem já foi Ministro do Trabalho, numaoutra conjuntura, diz muito bem sobre essaestrutura, basicamente a mesma que V.Ex." encontrou e viveu na sua passagempelo então Ministério do Trabalho, Previdência, Indústria e Comércio, porque, semuita coisa tem sido feito neste Pais nosúltimos 11 anos - e não o negamos -- nocampo da legislação sobre a estrutura econômica e social do Pais, basicamente, comodisse eu, a estrutura sindical permanece amesma: estrutura vertical paternalista gerando distorções que cri-am os pelegos, osquais, ainda permanecem em seus postos,malgrado a ação dos Governos que se sucederam de 64 a esta data, no sentido dosaneamento da vida administrativa peloafastamento de pessoas consideradas, a seucritério, inabilitadas para o exercício dessasfunções. No que compete particularmenteao ex-Ministro Júlio Barata, que conhecicomo dirigente sindical que fui dos bancários de Sã.o Paulo, posso dizer que aque-la autoridade .foi o que de pior já passouà frente desse Ministério, de 64 a esta data.S. Ex.a nada fez para modificar essa e.5trutura; ao contrário, valeu-se arbitraria'mente da sua função para destituir rigorosae violentamente de seus cargos e funçõesdirigentes sindicais, sem lhes dar o mínímoe elementar direito de prévia defesa. Estouabsolutamente seguro do que estou dizendo,porque com este orador ocorreu desagradável fato. -Fui destítuído da direcão da Federação dos Bancários de .São 'Paulo portelex, aqui de Brasília, em que pesem asnumerosas manifestações do movimentosindical paulista no sentido de que S. Ex.",professor de Direito que é, pelo menos atendendo a esta condíção me assegurasse odireito d., saber por que estava sendo objetodessa ação. Mas como disse bem V. Ex.a,esta estrutura sindical ainda permanececomo ama nódoa num regime que veio paracolocar as coisas nos seus devidos lugares,que veio para moralizar. O que existe desindicalismo neste Pais é, na realidade, umaampla fornada de pelegos subservientes,
desservíndo os trabalhadores que pretendemrepresentar, desservíndo o Governo que seorienta numa ação moraüzador.; desservíndo o País porque o impede de evoluir nassuas estruturas sindicais e trabalhistas. 8ãoestes os reparos ou adendos que V. Ex.a in-corporará ou não ao seu discurso.
O SR. PARSIFAL BARROSO - Queroagradecer o Valioso aparte do meu nobrecolega Frederico Brandão, que veio trazerexemplos de sua própria vida de líder sindical para tornar mais evidente a verdade,que se deve enfrentar tal qual ela se nosapresenta, porquanto, desde o inicio, tenho
'sustentado, em resposta ao nobre LíderPeixoto Filho, que, embora estejamos numGoverno interessado vivamente em ir aoe!lCOn~ro das necessidades sociais, ainda assim nao estamos numa fase de nossa evolução sócio-cultural-política que permita afixação das primeiras diretrizes de reorientação e rerormulação das bases do nossoDireito Bíndíeal, Por isso mesmo ocorremessas aberrações a que V. Ex.a fez referência no seu aparte. Elas são mais uma decorrência da impossibilidade em que se encontra ainda o Brasil de mudar para novaforma de estrutura sindical, como tantodesejáramos todos nós. Há de convir V.Ex. a que, primeiramente, é preciso que alguns passos sejam dados no sentido de sesaber como a estrutura Sindical brasileirapode mudar-se de modo a não possibilitaro surgimento daqueles líderes que se eternizam, e sobre os quais recai a grande responsabilidade da má direcão da politicasindical brasileira. .
O Sr. Frederico Brandão - Permita-meV. Ex.a só para complementar. Para queeu não me apresente à Casa numa atitudeaparentemente radical, emocional ou deretaliação pessoal contra S. Ex.a o ex-Ministro Júlio Barata, gostaria num ato dejustiça, de ressaltar que, c~mo dirigentes~ndical, durante minha gestão, tambémtíve o grato prazer d , conviver, de discutirde divergir e de dialogar acima de tud~com S. Ex.a o Sr. Jarbas Passarinho umgrande Mini~tro do Trabalho, o melhor quea Revolução já nos deu. E os trabalhadores...... tenha certeza V. Ex.a - ainda hoje selembram com saudade do Ministro JarbasPassarinho, homem que, em que pese asua formação militar, deu a nós, trabalhadores, um exemplo de capacidade dedíalobar, um homem realmente voltadopara a coisa pública acima e além dospreconceitos. Era o que eu queria registrar.
O SR. PARSIFAL BARROSO - Concedoo aparte ao nobre Deputado Hugo Napoleão.
O Sr. Hugo Napoleão - Nobre DeputadoParsifal Barroso, quem lhe fala é um colegaque o admira como homem público, pelotrabalho que tem desenvolvido em prol desua terra, de seu Estado e do Brastl. O mesmo posso dizer com relação ao meu pai etambém ao meu avô. De forma que, nestatarde em que tenho a grande honra deaparteá-Jo no momento em que V. Ex."vem, tão brilhantemente, trazer belíssimacontribuição à Casa, gostaria de fazer umpequeno registro. O Govemo brasiieiro nãoestá, em matéria sindical, trabalhista e previdenciária, se preocupando única e exclusivamente com determinados setores, parabeneficiar poucos em detrimento de muitos.O que em verdade o Governo brasileiro estáfazendo é uma obra ciclópica, gigantescae universal, poderia eu dizer assim. Inclusive no campo da aposentadoria, repetiriaeu mais uma vez, se V. Ex.a me permitisse:não quer o Governo beneficiar um setor especifico, mas sím analisar profundamentetodos os setores de atividade do Pais, paradar um tratamento equânime e justo Erao registro que eu gostaria de fazer, pedin-
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do a V. Ex.a que ° fízesse Incluir na suabrflhanta oração. :Muito obrigado.
O SIt. PARSIFAL BARROSO - Agradeço,desvaneeído também, ao nobre DeputadoHugo Napoleão o aparte com que me honrou. S. Ex.a soube colocar perfeitamente sobo enfoque exato a diretriz que vem seguindoo Governo em matéria de política trabalhista e com relação à polrtica prevídeneíáría. O Governo vem procurando atendera necessidades realmente sentidas, reclamadas, de caráter social, mas atingindogrande número de beneficiários, como acontece principalmcnte no campo da previdência social, desde que se fez a separação dosdois Ministérios. S. Ex." compreendeu muito bem que a atitude do Governo tem umadiretriz básica que a sustenta, para justificar o apoio às entidades sindicais, a fimde que elas tenham condições de favorecerao maior número possível de associadosnum sentido assistencial que anteriormente o sindicato não exercia, por ser mais umórgão de luta e de reivindicações. Essa agrande mudança, hábil e oportuna, que se'processou no campo do 'direito sindical edas relações de trabalho e capital, sem que,todavía, pudéssemos, quer em relação aocampo patronal e ao campo dos trabalhadores, modificar a estruturação sindical, demodo a se poder marchar um pouco adiante no sentido, não digo de um pluralismosindical, mas de uma unidade sindical diversíríeada tanto quanto possível pela própria evolução das profissionalizações nocampo do trabalho;
Mas o que me trouxe realmente a estatribuna na tarde de hoj e foi responder aduas indagações do nobre Deputado e LíderPeixoto Filho, porquanto S. Ex.a fez, comosempre, um discurso de análise em que reconheceu - e até chegou a louvar - o empenho do Sr. Presidente Ernesto Geisel emenfrentar esses aspectos sociais que só agora estão plenamente aflorados. S. Ex." entrentou-os por amor à verdade, embora sentindo as eontíngêneías que eu senti com opresidente a que servi, quando tentávamosmodíríear ou trazer certas inovações dentrodo campo, àquele tempo restrito ao Trabalho, à Previdência e à Assistência Social.
Ora, V. Ex.", nobre Deputado, há de reconhecer que o Ministro Arnaldo Prietoencarregou o ex-Ministro e Procurador eminente Arnaldo Sussebnd de apresentar,dentre tantos trabalhos já em curso, umaredação final para a Consolidação das Leis
. do Trabalho. E, salvo engano, o MinistroArnaldo Sussekind já deu conta da tarefade que fora incumbido pelo Sr. MinistroArnaldo Prieto.
Mas no Ministério do Trabalho sempreacontece- que, ao ser reformulado qualquersetor da Iegtslação, por mais perfeita queseja a obra do ponto de vista jurídico, doponta de vista técnico, há órgãos que desejam e até por lei são chamados a opinarsobre a matéria proposta ao Sr. Ministro.Basta falar na Comissão de Direito Social,órgão permanente do Ministério e que tema primazia no exame e na critica de trabalhos dessa natureza.
Acredito, todavia, que ainda este ano tenhamos oportunidade de debater a questão da Consolidação das Leis do Trabalho,em sua feição de reconsolidação e de sistematização ordenada raeíonal e o mais logicamente possível, porquanto na formacomo vem ela sendo acrescida de modificafióes torna-se difícil o seu manuseio por umestudante de Direito do Trabalho.
Mas o qne me anima, Deputado PeixotoFilho, o que me torna plenamente convictode que estamos marchando já sob uma luz,uma orientação de Governo, que nos permite certas aberturas no terreno social, é
o fato de estar a matéria do divórcio inteiramente entregue à nossa livre manifestação de pensamento, intciramente postaem nossas mãos, num sentido suprapartidúrío, em que vão surgir todos os debates.Mas, na realidade, não há da parte do Governo senão o interesse de' com plena liberdade, analisar todos os aspectos sociais doproblema do divórcio, para que a decisãodo Congresso Nacional venha a ser a maisacertada e adequada às contingências domomento que atarvessamos. É uma provamais do que ínsoflsmável, nobre Deputado.
O Sr. Presidente Geisel, quando ainda naConvenção da ARENA, disse que sua preocupação principal seria o homem e o seugrupo social ~ não apenas a humanização.E nesta Casa, quando sagrado candidato,reafirmou o mesmo propósito. É muito diferente de quem diz: "interesso-me poruma democracia humanízada ou pela humanização de uma politíca", Não, S. Ex."disse claro: "A meta do meu Governo seráo homem e seu grupo social". Se S. Ex.afalou assim tão claro, antes de ser eleito,se S. Ex.a vem, por atos e palavras, abrindocada vez mais essas janelas, essas perspeetívas por onde antevemos todo o panorama das necessidades sociais e todos osproblemas brasileiros sob seus aspectos sociais, é porque realmente temos um Governo que a esse respeito só merece nossosaplausos, e nele podemos crer e confiar.(Palmas.)
VII - O SR:. PRESIDENTE (PinheiroMachado) - Vai-se passar ao período destinado às Comunicações das Lideranças.
Tem a palavra o Sr. Jerônimo Santana.O SR. JERôNIMO SANTANA - (Pronun
cia o seguinte díseurso.) Sr. Presidente,Srs. Deputados, recentemente, encaminhamos ao Presidente Ernesto Geisel exposiçãode motivos abordando problemas SOCiais noTerritório de Rondônia.
Lerei alguns documentos para que constem dos Anais e a Casa deles tome conhecimento, a fim de que, aos poucos, os nobres Deputados se conscientizem do queseja o regime politico e a vida nos Territórios Federais.
Entre outras, com os respectivos documentos, enviamos: Exposição de Motivos n.o 3, correspondente ao ProcessoPR - 110/75, sobre o Hospital de Vilhena;exposição de motivos correspondente aoProcesso PR - 2.056175; exposição de mo-tivos corres.pondente ao Processo .PR - 2.181175; exposição de motivos emadendo ao Processo n.o 2.338174.
Senhor Presidente, a tônica dessas exposições de motivos enviadas ao Sr. Presidente da República, como temos assinalado sempre, é o combate à corrupção, desmandos e arbitrariedades que predominam,ainda, na administração do Território deRondônia.
Desde 1971, estabelecemos, como uma denossas metas no exercício da representação nesta Casa, o combate à grande corrupção que dominou e ainda domina, lamentavelmente, a administraçã-o do Territorio de Rondônia.
É preciso denunciar à Nação a existência de uma verdadeira Máfia, agindo, enraizada e articulada, no Território de Rondônia. Essa Máfia se díssocía em pelo menos quatro grupos interligados. Assim, éque existem:
a) o grupo dos cooaíneíroa, que age notráfico da cocaína de procedência boliviana;
b) o grupo da grilagem de terras, queage na venda de nossas terras devolutas,com apoio da administração territorial;
c) o grupo da administração do Território, que manipula essa administração hãomais de vinte anos, praticando toda espécie de corrupção, arbitrariedades e desvios.Trata-se dê um dos grupos mais perigojlPs.porque atrasam, deliberadamente, o desenvclvimento do Território;
d) o grupo que atua junto à Jnstiça dePorto Velho, que foi liderado, até recentemente, pelo Dr. Antônio Alberto ·PELGila,Juiz da Comarca, colocado em disponibilidade pelo Tribunal de Justiça do DistritoFederal.
Ê preciso veríücar que esses grupos seínserpenetram na ação maléfica. Há elementos que pertencem, simultaneamente,aos quatro grupos: são os responsáveis peloatraso e criação da maioria dos problemassociais de Rondônia, assim como no constante desvio de verbas que a União encaminha ao Território.
A luta contra essa Máfia tem sido nossoempenho neste Congresso, naquilo que noscompete denunciar a sua ação anti-sociale predatória aos interesses do povo de Rondônia. Porém, ela é uma luta muito matorpara o Governo Federal, que é responsávalpela boa e eficiente administração dos +llrrítóríos, É preciso assinalar que toda' v~zque o Governo Federal pretender atua:/-' riosentido de desmontar a quadrilha que ài<,Ú9.em Rondônia terá a nossa colaboraç~~onosso decidido apoio e aplauso. Entende:p;fq;sque "não é possível administrar um Tel'+1j;\lrio Federal, da expressão do de Rond6~sendo todo' ele entregue à sanha de u,ré1adúzia de corruptos e inescrupulosos. EX1.quanto predominar ali a corrupção "naadministração, as coisas não irão bem paraG povo. Dai as razões de nossa grita e denossa luta.
Sr. Presfdente, a questão se complícamuito porque os Territórios não têm Assembléia Legislativa para exercer um poderde controle ou fiscalização, ainda que s1'mbélica. Lá, também, não existe Tribunais deJustiça e de Contas, e isso propicia a impunidade, no que diz respeito à aplicaçãodos dinheiros públicos, na área.
As prestações de contas do Governadorao Ministro do Irrteríor se transformaramem atos entre amigos, onde a confiança - o lamentável mecanismo da eonfiança - sobrepaíra, absolvendo responsabilidades ou quaisquer suspeitas, não permitindo, mesmo, qualquer ínvestlgaçãe ou.inquérito.
As DSI dos Ministérios tudo apuram, exceto Ef,S atividades ou atos dos Sra. Ministros. Apura-se o que for contra os Srs.. Ministros, mas não apuram os atos e os efeitos, nefastos, às vezes, do :Ministério e :seusórgãos, contra o povo.
Vê-se, pois, que essas DS! foram reítase agem para apurar tudo a favor dos Srs.Ministros; contra, nunca. E o caso de Ron-dônia é um exemplo típíco, .
Em relação a Rondônia, é preciso louvara saudável preocupação do PresidenteErnesto Geisel, interessado em desmontara estrutura de crimes e corrupção instalada no Território. Apesar das providênciasadotadas, com muita lentidão, já se podeverificar benéfica preocupação do Sr. 'Presidente da República, traduzida em providências concretas, no que diz respeito' aosseguintes setores: combate à grilagem emnossas terras públicas, com as desapropria.ções decretadas; combate à corrupção noJudiciário local, colocando em disponibilidade o senhor Antônio Alberto Pacca,.,que,na condição de Juiz de Porto Velho; alise tornara a pedra angular na corJ:lJpçãoterritorial e na grilagem das terras ~ suadraponibiüdade representa a desartículàçâo "
Abril de 19'75 DIARIO no CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Sábado 12 1421
do grupo mais perigoso que atua no Território; transferência, de Porto Velho, de elemento que detinha importante cargo federal e que vivia em banquetes e recebendocaprinos das Iasendas dos grileiros, parafazer churrascos. Essa pessoa tem a predíIeçâo por churrasco' de carne de cabritos equem o sustentava com esses animais, comfornecimento gratuito, eram os grileiros,que mandavam buscar cabritos, de avião,para presentear essa autoridade, atendendo aos requintes do seu gosto. É precisoverificar que esse elemento foi, também,transferido da área, por ato do GovernoF'edera.l.
Como se vê, uma estrutura de corrupção, racionalmente organizada e planejada, em que se reúnem vários escalões deautoridades do Poder ,da República, é muitodifícil desmontar. '
Conquanto louvável, são ainda tímídasas providências do Governo Federal nocombate à corrupção no Território de Ron
'dônia. Corrupção que é manipulada hámais de vinte anos pelo mesmo grupo quedomina a administração territorial, envolvendo, sempre, os governadores. Ê uma rotina.
Antes, porém, de requerer a constituiçãode uma Comissão Parlamentar de Inquérito, buscando apurar a grande corrupçãoque' domina as administrações dos Territórios Federais, preferimos dar conhecimento dessa corrupção, com os respectivos documentos, ao EX.ID<> Sr. Presidente da República, que tem os meios legais para adotal' enérgicas providências que o grave problema comporta.
A administração do Te1'l'itório não poderáprosseguir com absoluta predominância dacorrupção e distorções de toda ordem emSUM finalidades. ...
Esta é a nossa principal preocupação.Não adianta mudar, anualmente, o Governador do 'I'errítórío, deixando a sua admí->nístracão nas mãos do mesmo grupo, queali, viciado, atua por mais de 20 anos. Épreciso combater as causas 'desse mal e não05 seus efeitos.
O problema é tratado, especificamente,nas exposições de motivos que mencionamos e que integram este pronunciamento,como seguem, ípsís:
"Brasília, 21 de março de 1975.
E. M. n.> 11175
, 8enh01' Presidente:Encaminhamos para conhecimento
de Vossa Excelência denúncia sobre irregularídades no asfaltamento das cidades de Porto Velho e Guajará-Mirim, no Território de Rondônia.
O asfaltamento de ruas de Porto Velhofoi objeto de acirrados debates, desde1969, quando o cidadão Frontim Raimundo Cunha propôs uma 'Ação Popular contra a Prefeitura, visando coibirabusos e distorções dessas medidas,feitas sem ordem de príorídades no quediz respeito aos requísítos técnicos.
Asfaltaram ruas de qualquer maneirae poucos meses depois o serviço estavatotalmente perdido. Além da erosão natural não se procedeu à necessária implantação de esgotos sanitários e pluviais e outras obras de íntra-estrutura.Puseram o carro adiante dos bois.Embora já tenhamos nos pronunciadosobre o assunto na Sessão do Oongresso Nacional de 28-4-1971 (cópia ínclusa), achamos oportuno relembrá-Ioporque ainda hoje está a causar prejuízos ao Governo.
Há cerca de três anos os prefeitos deRondônia foram acometidos da febredo asfalto e com recursos do Fundo deParticipação dos Municípios, quiseramasfaltar as ruas das cidades a qualquerpreço.O problema teria passado desapercebído não fossem as Irregulartdades, desvios e corrupção ocorridos em PortoVelho e Gualará-Mírím. As CâmarasMunicipais, a quem caberia a fiscalização das administrações, são submetidas à vontade do Governador e dosprereítos e não legislam nem fiscalizam. Somos obrigados, então, a preoeuparmo-noa com o grave problema,visto ser o dinheiro dos contribuintesque está sendo esbanjado, pois não setem obediência a quaisquer requisitostécnicos para a implantação de taisobras que, na Amazônia, requerem técnica especial devido às característicaspróprias da Região. '
As prefeituras não dispõem de um departamento técnico que faça análiseexperimental para escolha do melhormétodo de implantação de asfalto nasruas das cidades e, sem tal orientação,fazem as obras ímprovísadarnente, l'esultando no pior, embora os orçamentos ,comportassem obras de qualidadesuperior,
As orientações e critérios oscilam eleuma administração para outra, nãoocorrendo nunca a continuidade deobras mais demoradas porque geralmente os pref'eítos têm passagens rápídas pelas prefeituras, Assim, enquanto uns fazem gastos vultosos, comprammaquinário carissímo e asfalto emgrande quantidade, com as verbas malaplicadas do Fundo de Participação,outros chegam e paralisam tudo. J1: o·que se verífíea agora. Parece que a febre de asfaltamento está em deeüníoatualmente no Tenitório.Em recente viagem a Rondônia, pudemos constatar, conforme atestam as 'fotografias anexas, que os equipamentosde asfalto das prefeíturas, se encontram totalmente abandonados, se deteriorando pela ferrugem, acabandose obsoletamente nos depósitos.O problema comportaria uma Comissãode Inquérito a ser instituída pelas respectivas Câmaras de Vereadores, nãoexercem as funções e prerrogativas emdefesa do povo e dos' contribuintes. Nãofazem comissões de Inquéríto e não fis"calízam e as verbas do Fundo Parti..dárío vão sendo pulverizadas írresponsavelmente.As fotografias que exibimos mostram,através de cada legenda que as tdontifica, máquinas e grande quantidadede tambores de asfalto abandonadosnos respectivos depósitos, já meio encobertos pelo matagal que está crescendo no meio deles.O negócio dos prereítos não foi proprlamente asfaltar ruas, mas sim fazer negociatas nas aquisições de maquinárioe asfalto, :É o que atestam esses benspúblicos abandonados ao relento.Em Guajará-Mirim, a máquina de preparar asfalto se encontra quebrada eparalisada há mais de um ano, apesarde ser uma peça caríssima. As instalações das oficinas de asfalto naquela cidade, inclusive uma fábrica de manilhas, foram entregues no mesmo localda máquina de asfalto, a uma fírmaparticular denominada Barreto Almeida Ltda. que ali faz manilhas, vendidas posteríormente , para a firm.a
ETESCO que, por sua vez, é empreiteira da Companhia de Aguas e Esgotosde Rondônia (CAERD).Constata-se, desta forma, desvio e malbaratamento do patrimônio municipal,entregue escandalosamente a um gl'Upo particular que o usa para fazer manilhas vendidas ao Poder Público. Assim é bom demais, A Municipalidademonta tudo, empata capital 'e depoisentrega para protegidos explorarem àscustas das verbas públicas que sãoabundantemente encaminhadas pelaUnião ao Tel'l'Ítório e, ali pulverizadas,desviadas, roubadas mesmo, em prejuízo de interesses mínímos e maiores denossa população.Esses quadros, ao lado de outros maisescabrosos, como o setor hospitalar ede saúde e educação, mostram o quanto têm sido relapsos, incapazes e negligentes os admínístradores do Táritório de Rondônia. Sempre à vontade,fazem o que querem, não são fiscalizados, não têm a quem prestar contas equando alguém do povo reclama ou denuncia, perseguem, ameaçam e prendem.Os fatos e as fotos mostram que o 'I'errítórío de Rondônia se encontra totalmente falido em matéría de administração pública. A corrupção é generalízada, o desteíxo, o descaso e os desaoertos formam um panorama desalentador e perigoso,Com a denúncia desses fatos e problemas, esperamos contribuir de algumaforma para que Vossa Excelência possaimpor naquele 'I'errttórío uma Admínlstração eficiente e austera, que respeite o povo e realize algo em beneficiode nossa comunidade.
Reíterando a Vossa Excelência nossos protestos de elevada consideração,subscrevemo-nos,
respeítosamente,Deputado Jerônimo Santana."
"Brasflia, 3 de janeiro de 1975.Excelentissimo SenhorGeneral Ernesto GeiselDD, Presidente da RepúblicaFederativa do BrasilPalácio do PlanaltoBrasília - DFEM N.O 3/75
Excelentíssimo Senhor PresidenteTenho a honra de encaminhar ao conhecimento de Vossa Excelência, ograve problema do Hospital de Vflheria,no Território de Rondônia.Com recursos :fedoerais da ordem deCr$ 2.000. 000,00 construíram o famosoHospital de Vílhena, destinado ao tratamento de tuberculose em vista deserem apropriadas as condições climáticas da localidade,Na construção do Hospital, houve escândalo administrativo, quanto a empreitada da obra etc. Construido oprédio, instalou-se preearíamente onosocõmío, uma vez que construí1'aJ;U um hospital para tuberculosossem terem médicos tíaíoíogístas paratratarem dos doentes. Esse absurdonão viram antes de construir o hospital. Antes só pensavam numa coisa,gastar os Cr$ 2.000.000,00 destinadospara aquela finalidade.'oonstruído, inaugurou-se o Hospita.l deVilhena, que passou a funcional' precariamente, porque não foi completamente aparelhado, falta de aparelho
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de Raio-X, etc. e o mais estranho éque nunca esteve no hospital um médico tísíclcgísta, Estivera lá um médico abnegado, mas sua especialidadenão era tísíologta ...
Depois de construído o hospital, semmédicos, sem condições de administráIo.: ou melhor a Secretltria de Saúde rioTerritório sem interesse em administrar aquele hospital e para tal alegamfalsamente que apenas 15% de suacapacidade era ocupada ... um hospital sem médicos, não era para ter qualquer doente ...AI~Qra pretendem arrendar Q HQspitalde Vilbena a Grupos de Médícos queplanejam ali explorar a medicina semeompromísso de atendimento de caráter social, mormente os indigentes. CQmtal arrendamento falam até que a consulta médica custaria naquele hospitalaté Cr$ 150,00 indiscriminadamente,quando a finalidade da construção daquele hospital não foi a comercíalízaç€lo da medicina em tão baixos níveis.
Primeiro criaram a crise, não se interessaram em colocar médicos no hospital, depois eoncluíram o óbvio, queo hospital tinha capacidade ociosa, essas cOnC1USÓB[ não expressam a verdade em se tratando de uma região emexplosão demográfica como Vilhena.Se o hospital tem cadacidade ociosa então e porque outros médicos ~igados aexploração de medicina, cobiçam arrendá-lo? Tudo está a provar a falência administrativa da Secretaria deSaúde do Território ... O número detuberculosos pobre no Território é assustadoramente elevado. Não é pois,por falta de tuberculosos que fecharamo hospital. Fecharam-no pura e simplesmente, por total e absoluta incapacidade administrativa, e por que nãodizer mesmo, por corrupção que ímpera na Secretaria de Saúde.O Ofício do Chefe de Gabinete ao Senhor Ministro do Iriterlor, cópia inclusa, apenas comprovou ainda mais o escândalo do Hospital de Vilhena.Sabe-se naquela Vila, que dos Cr$ ....60.000,00 mensais destinados peloF'UNRURAL àquele nosocômín, nuncaesse dinheiro chegou a Vilhena, osfuncionários do Hospital chegaram atépassar fome.() Governo do Território de Rondôniapoderia alegar, inclusive, falta de 1'ecursos para contratar médicos zísiolcgístas para atender em Vílhena, ououtros médicos de que a população daregião tanto carece.O escândalo do Hospital de Vilhena,11.0 lado de tantos outros no Territóriode Rondônia, torna-se mals chocantequando o Governo do Território gastamilhões de cruzeiros com a instalaçãode aparelhagem de televisão na capital, televisão aquela que fechada. Taisgastos não constam de qualquer autorização ern rubrica orçamentária, bemassim dinheiro que distribuíram paraas escolas de samba ou viagens deturismo, conforme publicação do jornalAlto Madeira, que vão inclusas.Na qualidade de 'Representante do Povo de Rondônia no Congresso cumpreme o indeclinável dever ditado pelaminha eonscíência e mesmo decorrentede mandato que me outorgou o brâvopovo daquele rincão pátrio, denunciando esses fatos ao conhecimento de Vossa Excelência, mas a verdade é que taisfatos são efeitos de uma administração exercida ali por um Governador
comprometido com os grupos econômicos, inclusive de "grileiros", cujas atividades não colncidem com os interesses da comunidade rondornense, quejá o repudiou por três eleições ...Não somos adeptos de quanto pior me11101', por isso damos conhecimento detais fatos a Vossa Excelência.Porém o povo de Rondônia, aguardaprovidencias enérgicas contra os desmandos, omissões e negociatas que -oradenunciamos. O caso do Hospital deVilbena, comporta um rigoroso ínquérito, que esperamos seja realizado forada órbita do Ministério do Interior, noqual deverá ser ouvido o Dr. Vitória,médico radicado em Vilhena.
Com os protestos de elevada estima econsideração, subscrevo-me. .
Atenciosamente - Deputado JerônimoSantana."
"Brasília, 2 de abril de 1975.
EM N.o 12/75
Excelentíssimo Senhor Presidente
Como já tivemos ocasião de fazer emoportamídade passada levamos novamente agora ao conhecimento de Vossa Excelência esclarecimentos sobre irregularidades que se repetem no Território de Rondônia, com relação a suaAdministração e aos diversos órgãos que111e são diretamente subordinados. O artigo 23 caput do Decreto-lei n.o 411/69e seu parágrafo único, prescrevem:
"Art. 23. O Governador e os Secretários de Governo taráo declaraçãopública de bens erendimentos, no ato .da posse e ao término do exerciciodos respectivos cargos.
Parágrafo único. As declaraçõesprevistas neste artigo serão obrigatoriamente registradas em Cartóriode Títulos e Documentos da Capitaldo Território."
A certidão anexa, expedida pelo Cartório competente.:. em Porto Velbo, atesta que nem o l::ir. João Carlos MarquesHenriques, atual Governador do Território, ao assumir o cargo em 23 deabril de 1974, nem o seu Secretariado,tiveram o cuidado de prestar as declarações de bens exigidas pela lei.
Esse fato não é novo no Território.Quando, em 1969, o mesmo Sr. Marques Henriques assumiu o Governo pelaprimeira vez, também não fez sua declaração de bens, sintoma evidente deque as irregularidades e as ilegalidadesem Rondônia surgem já com as possesdos governadores que não observamnem os mínimos dísposttdvos legais eéticos indispensáveis para a posse emcargos públicos. Não é de se estranharque as ilegalidades e corrupção- se façam presentes durante toda a gestãode um governo, como no 'caso atual.Que confiança podem inspirar um GQvernador e Secretários que não prestam suas competentes declarações debens e rendimentos sabendo que terãoem suas mãos- um orçamento territorial da ordem de Cr$ 145.450. OOO,OO?O Território Federal não tem órgão defiscalização financeira, não tem Assembléia Legislativa, nem Tribunal de Contas. Devía ser, então, alvo de uma fiscalização mais objetiva por parte doMinistério do Interior, cuja atuação énecessária não apenas no sentido deapoiar a administração como tambémde orientá-la e puni-la quando necessário.
O Ministério do Interior, entretanto,não promove inquéritos admínístratívos para apurar corrupção e escàndalos no âmbito da Admínístraçáo Territorial. Não temos notícias de nenhuminquérito, 'reguíarmente instaurado .noMinistério do Interior, visando apurara responsabilidade nos Inúmeros casosde corrupção administrativa verificados nos últimos seis anos em Rondônia. Promovem apenas síndtcancíassígrlosas cuj a finalidade não tem s~clo
outra que prestigiar os responsáveispela pratica íJ.OS atos d:enunClados _uinquinados ue irregularidades.
O Sr. Cantídio Sampaio - Nobre Deputado, ouvimos mais um discurso de V. J!;x.",feito sempre COIr o talento que o caracteriza. Como se trata de assuntos pecullãres ao Território que V. Ex." com t,mtódescoremo representa nesta Casa, é ótiV:il?que a Liderança da Maioria não dispõede dados para,uma respostas imediata.
Entretanto, com todo o respeito que V.Ex." nos merece, devo dizer que V. Ex,"está de um Iado da ponte e, às vezes, atéexagera nas cores, para tirar efeiW m~
impressionante do quadro que pinta. Si1uquase capaz de jurar que neste Governoda Revolução nunca poderia nave- grupesclandestinos de malfeitores, de ladrões" ede traríeantes. Não posso aceitar a arírmatíva, senão como uma forma que V. E'f."encontrou para tirar melhor efeito do sêudiscurso. Também não tenho meios pílob~contestar in Itmíne, porque, como ::isse inicialmente, são fatos ocorridos em local muito distante. Talvez V. Ex. a mesmo não tenha ido muito freqüentemente ao seu Território, porque - todos reconhecemos - adificuldade de transporte deve, de certamaneira, impedir que sua vontade, nestesentido, seja satisfeita. Quero que fique registrado que a Liderança da Maioria vaiapreciar seu discurso e tomar contato como eminente Governador do Território deRoraima, para tão breve quanto possíveldar resposta à oração que V. Ex." produznesta tarde.
O SR. JERôNIMO SANTANA - É o queespero, nobre Deputado.
Prossigo a leitura do documento, Sr. Pre-sidente.
"Também os Governadores não ordenam a abertura de inquéritos administrativos para apuração de irregularidades que ocorrem na área dessa oudaquela Secretaria do Governo Territorial. Forma-se, dessa forma, umaverdadeira co-participação generalizadanessas administrações. As irregularidades se contaminam de cima parabaixo, isto é, do Ministério do Interiorpara o Governo do Território. E debaixo para cima também. O Ministério do Interior, unilateralmente, aceitando as justificativas ou defesas esfarrapadas dos governadores e secretários territoriais sem nunca ouvir 3.Svítimas de perseguição ou arbitrariedades, nem também aqueles que denunciam o que só seria possível com ainstauração de processos competentese não apenas sindicâncias sigilosas para facilitar a defesa dos implicados enunca puni-los. No final, forma-se umverdadeiro círculo vtcíoso, fecha•.íssimo.No âmbito do Território, quando algué:né acusado de ato corrupto, de grande repercussão na população, é afastado docargo sem inquérito administrativo. Apunição, quando muito, é o afastamento do cargo, mas que, quando ocorre,é temporária pois, algum tempo depoisé o elemento novamente aproveitado
Abril de 1975
em outra nínção geralmente mais vantajosa, na qual volta a praticar outrasirregularidades mais graves que as anteriores. O caso do Sr. Odacir SoaresROdrigues é prova bastante.
Meu tempo está esgotado, mas dou oaparte ao Deputado Hélio Oampos.
O Sr. Hélio Campos - Tomarei apenasum segundo. Não quero p,erturbá-Io nos últimos 'minutos da sua brilhante oração, daq1Jl,a1 discordo apenas quanto à atuação doMinistério do Interior, que em outros territórios não tem agido desta forma. O fatorealmente me surpreende. No entanto peçolhe que acompanhe -um novo projeto queem breve virá à Câmara. Que outros representantes de cada território possam estar, aqui para contestar ou, então, mesmo2,p()iar as palavras de V. Ex.ll. e de todos nós.~s.tf' é o meu pedido: acompanhe-nos, paraque tenhamos aqui outros que possam falar sobre os Territórios, porque nós, evidentemente, representamos um só.
O SR. JERôNIMO Stll'VTtll'VA - Satistazme a opinião de V. Ex.", porque, sendo representante da Maioria, naturalmente essa;t:l;pposição será aprovada.. ;['10 SR. PRESIDENTE (Pinheiro Machado)..." O tempo do orador está esgotado. Peço.Ihe que conclua seu discurso.r:~;o sn, JERôNIMO Stll'VTAN"A - Já eon6tuirei, Sr. Presidente. Entretanto, ainda1~rei o que consta das exposições que remeti',~b:Sr. Presidente da República.
"Formou-se, assim, um grupo corruptoe impune, em torno da. Admínístraçâodo Território de Rondônia. Eles sãoimunes à lei penal. já que a lei morale ética não conhecem.Como se não bastasse o escândalo deum Governador de um Território e seuSecretal'1ado assumirem os cargos semprestar sequer declarações de bens, semo mínimo requisito legal, infringindo aletra expressa da lei, esse fato tem seusdesdobramentos negativos na adminis-tração. .
Abisma a orgia de gastos das verbas doTerritório, decorrência da ausência dequalquer ríscalízação em sua administração. A Lei 411/69 diz que o Governador do Território prestará contas perante o Ministério do Interior - contas que só Deus sabe como são. O Governador exerce o cargo até certo ponto, graças à indicação e confiança doMinistro do Interior. Então, desde queassume, não é punido nem advertidoporque, nesse caso, perderia a confiança implícita na indicação.A punição. quando necessária, é a sybstrtuíção, a exoneração. Mas, até .queocorra, o buraco já está grande e o 11:1albaratamento já se deu, os desvios já foram praticados. E daí? Nunca se viuum confisco de bens por enriquecimentoilícito e são inúmeros os casos nos governos dos Territórios Federais.Os desvios de verbas em Rondônia chegam ao ponto de se publicar um editalde tomada de preços (doc. incluso) para a compra de móveis e equipamentospara a Seção da Ordem dos Advogadosdo Brasil. Essa Ordem, por acaso, é órgão da administração do Território?·
Pela Lei 1.215, a Ordem dos Advogadosé uma entidade autônoma, constituídapela associação de bacharéis em Direitode todo o País, com autonomia financeira e administrativa. Mas em Rondônia ela se transformou, não se sabe como, em órgão da Administração Territorial
DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Este é apenas um exemplo primário dedesvio das verbas destinadas pela Uniãoao Território, sem qualquer autorizaçãoorçamentária. Estão acostumados a fazer assim, sempre impunemente, poisnão têm a quem prestar contas, nemsão fiscalizados.A aquisição pelo Território do conjuntoCUJUBIN ao grupo FERUSA, é outraimoralidade. Aquele grupo ofereceu esse conjunto residencial para terceiros,em Porto Velho, até por Cr$ 700.000.00,vendendo-o, afinal, para o Território.por 01'$ 2.000.000,00, graças à avaliaçãooficiosa que a Administração fez dízendo que os imóveis valiam esse preço enão o que pedia antes o vendedor. Fizeram mais uma negociata e lá se foio dinheiro do Terrttórío, outro escândalo que já denunciamos na tribuna daOãmara (documentos inclusos). Por quepagar duas vezes mais do que aquilo queo vendedor pedira? Como não acreditamos em tão grande ingenuidade, o l1egócio só pode ter sido intencional, mesmo porque foi feito sem qualquer avi
.so, tomada de preços ou concorrênciapública. Trata-se de caso típico de açãopopular pois é um desvío caracterizadodos dinheiros públicos. Todavia, o Mínistério d-o Interior não fez qualquer inquérito visando apurar o escândalo.
A reforma e arrendamento do Porto Velho Hotel foi outra irregularidade flagrante. A reforma desse Hotel, sua oferta à venda e, depois, sua readaptacãopara serem nele instaladas as Secretarias do Governo mostram até que ponto chegam os desatinos administrativosem Rondônia.Em 1972 promoveram uma reforma naquele próprio da' União, na qual se gastaramrnaís de Or$ 365.000,00 (publicações a respeito inclusas). O Governador passou, então, a explorar o Hotelsem dizer, até hoje, onde foramrecolhidas as rendas do empreendimento. Os desvios foram de grande monta.De repente, deixaram o prédio abandonado por mais de dois anos e novamente resolveram arrendá-lo para um grupo que iria explorar o turismo no Território. Fizeram-se contratos, etc. maso grupo, por ser inidôneo, não instalouo Hotel. Rescindido o contrato, deeídíu-,se vender o prédio. Entretapto, frente
,à reação contrária da opinião pública,foi o prédio destinado para abrigar órgãos do Governo, visto estarem pagan60 somas fabulosas em aluguéis. Nestafase veio o escândalo maior do PortoVelho Hotel. Resolveram reformá-lo novamente. Não bastou aquela que fizeram em 19721 Oomo se vê, é a indústriadas reformas dos prédios em Rondônia.Fazem um conserto hoje, desfazemamanhã e as verbas são gastas atabalhoadamente em empreitadas escandalosas.Conforme se vê do edital incluso, contrataram as obras durante o período decampanha eleitoral por Cr$ 1.800.000,00,soma esta que adicionada à verba gasta com a primeira reforma seria maisque suficiente para a construção de outro prédio do tamanho e melhor do queo Porto Velho Hotel (fotografias inclusas).
Mas a época era de eleições que a ARENA precisava ganhar de qualquer maneira, visto que tanto o Governador como os Secretários e emprelteírns dependiam da vitória para continuação desuas negociatas. E como pretexto paraarranjarem o dinheiro para o financiamento d-a campanha inventaram a
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reforma do Hotel, alterando para maiso preço da empreitada que poderia serfeita, no máximo, com Cr$ 600.000,00.Majoraram para Cr$ 1.800.000,00, combinando-se que uma importância recebida a mais pelos empreiteiros, a pretexto de tal reforma, seria destinada aocusteio da campanha eleitoral da ARENA.Como não existe um mecanismo sérioe isento para exercer fiscalização financeira quanto à aplicação dos dinheiros públicos do Território, a conveniência dessa aplicação fica apenasa juizo dos Governadores cujos critérios
, são em primeiro lugar enriquecer rapidamente.Também em Guajará-Mirim existe umprédio do Governo destinado a hotel,em abandono completo, no qual, por milagre, ainda não está em prática aindústria das reformas.
ESCANDALOS DOS HOSPITAISDO TERRITóRIO
Em inúmeros pronunciamentos na Câmara, durante a última legislatura, denuncíamos a corrupção e desvios no setor médico e hospitalar de Rondônia.Fizemos, inclusive, um requerimento deinformações até hoje sem resposta, relacionado com o problema.
Os desvios começam com a indústria dereformas e reparos do Hospital São José, em Porto Velho, e a construção depavilhões, ao invés de novos hospitais,como reclamam nossas necessidades.Mas isso não lhes interessa porque épreciso manter a indústria dos desviosdos dinheiros públicos nas reformas, como fizeram no Porto Velho Hotel e emoutros setores.O Governador do Território, numa publicação ao povo, em 31 de dezembro de1974 (cópia inclusa do Jornal "Alto Madeira"), dizia que iria gastar Cr$ ...•14.000 000,00 no setor de saúde, assimespecificando, sem contudo dizer o quese havia feIto nos anos anteriores:- Recuperação e ampliação do Hospital São José (indústria das reformas);- Criação do Centro Ambulatorial eampüação do Hospital de Vila Ronríônía (neste último novamente a indústria de reformas, pois a localidade reclama é um moderno hospital);
Com respeito ao problema de saúde emGuajará-Mirhn, Vilhena e PimentaBueno, nada falou.É importante' salientar, como já o fizemos em pronunciamento na Câmarados Deputados, que em Porto Velho foram construídos dois hospitais, há maisde 10 anos, com recursos da extintaSPÉVIA e Ministério da J'ustíca, Sáo sóhospitais de oíínícas e Infantil (fotografias inclusas). Esses hospitais, atéhoje não foram instalados ou tiveramsuas finalidades desviadas. Se não vejamos:O Hospital das ClinIcas não foi aparelhado por falência administrativa, irresponsabilidade, desleixo ou outro motivo obscuro. O Hospital Infantil foi entregue ao 5.° BEC que dispõe de verbasmais que suficientes para prover suaspróprias necessidades sem que o Território precise se prejudicar para favorecê-lo.Por que o Governo do Território, ao invés de propor o gasto de milhões comreformas no Hospital São José, não instala esses dois outros hospitais já construídos em nossa Capital?
1430 Sábado 12
'Esse é o primeiro aspecto da falênciada política de saúde posta em práticaem Rondônia. Hospitais construídos porabsoluta necessidade da população ecom a finalidade desviada. E não ficamsó aí as distorções. Os hospitais do Território, apesar de mantidos pelos Poderes Públicos, foram entregues a umamáfia de médicos que os exploram da
,maneira que bem entendem, deixandoa população carente, à mercê da rnedícína para cujo fornecimento foramcriados esses hospitais.
Verifica-se, pois, que hospítaís do Governo, por ele mantidos com gastos demíthões com médicos, funcionários,aparelhagem, laboratórios, raios X, material, medicamentos, tudo feito paraamparar e atender uma populaçãodoente dá, como único resultado, a piormedicina do mundo para Porto Velho,verdadeiro balcão e fábrica de problemas socíaís. Os indigentes não são atendidos. Só tem tratamento e atendimento nesses hospitais quem pagar bem eadiantado as taxas de operação, internamento, medicamentos e honoráriosmédicos. Constata-se, então, que os hospitais custeados pelos Poderes Públicos,com toda essa complexa estrutura desaúde, custando caríssima ao contríbuínte para atender prioritariamenteaos necessitados, passou a servir primeiro aos favorecidos pela fortuna, aosque pagam adiantado. São hospitaistransformados em casa de saúde particular de médicos protegidos pelo Palácio e que ali atuam. É uma.jíístorçãofabulosa, onde a corrupção não tem limites, nas compras e desvios de medicamentos. Os aparelhos de Raios X desseshosnítaís, adquiridos pelo Território,com o respectivo material, foram entregues a médicos radiologistas, também contratados pelo Território por altos salários, mas que transformaramos aparelhos em propriedade particular.Os preços das radiografias só são acessíveis aos ricos. A pobreza não tem direíto de tirar uma chapa de graça, enquanto o radiologista ganha milhõesdos cofres do Território.
O jornal "A Palavra", em edição cujacópia vai inclusa, já denunciava a máfia branca que atua no Território. E apopulação de Porto Velho e GuajaráMirim não tem a quem recorrer. O Governador do Território, sem qualquerforça moral, entregou a Secretaria deSaúde a essa máfia de médicos, quefazem o que bem entendem. O interessepúblfco foi relegado pela cobiça dessesmédicos que se enriquecem rapidamenteà custa do patrimônio público.
Na aquísição de medicamentos para esses hospitais, outra corrupção monstruosa se pratica. O vendedor dos medícamento, às vezes, recebe o dinheiro dafatura sem entregar o produto, ouentão, vendendo-os, dá substanciosas"gratHicações" aos responsáveis pelospedidos e compras desses medicamentos.Parte dos remédios comprados ou recebidos da CEME são entregues para ospostos médicos do interior, onde os enfermeiros, em inúmeros casos, desviama maioria, vendendo o produto, ao invés de fornecerem aos necessitados.É verdadeiramente contraditória a política de saúde do governo do Território, ou melhor, a ausência de qualquerpolítica de saúde ali. Gastaram milhõespara construírem o hospital de Vílhena.Depois techaram-no e, agora, arrendaram-no ao Dr. Valéria. Ali, a consulta mais barata é de Cr$ 70,00 e o índí-
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
gente não tem vez (cópias de denúncias inclusas).Agora, o Governo do Território anunciaa compra de um bospital velho, abandonado, sem qualquer condição de funcionamento, da Prelasia, em Vila Rondônia. É preciso esclarecer que esse hospital foi construído pela Prelasía, emgrande parte, com subvenções dadaspelo poder público. Agora, o Governocompra por preço elevado o mesmo hospital que ajudou antes a construir, comverbas que para ele destinou.Em Pimenta Bueno, o Governo do Território construiu um bospital que, atébem pouco, se encontrava fechado, eque sequer havia sido aparelhado ouinaugurado.Qual a orientação dessa Secretaria deSaúde, entregue a uma máfia de médicos corruptos, mercenários, desumanose desalmados?Quando se denuncía alguma coisa arespeito, eles se reúnem em abaixo-assinado, publicando notas de repúdio,conforme documento incluso, que fizeram publicar em 8 de novembro de 1974,em Porto Velho.Com tais fatos e documentos, desejamos demonstrar o quanto é grave o problema da assistência médica 'em Rondônia, transformado num dos maioresfocos de corrupção administrativa doTerritório.'Até o presente momento, não veio apúblico qualquer noticia da instauraçãode inquérito para apurar responsabilidades no incêndio da Central de Incubação de Porto Velho, conforme noticiaram 05 jornais de 15 de janeiro de1975, bem assim, da queima de cincomil pintos, conforme cópias inclusasde edições de jornais de 9 de agosto de1974. Em casos dessa natureza e emoutros mais graves não se faz inquéritono Território.
I
O CASO ODACIR SOARESRODRIGUESO Sr. Odacir Soares Rodrigues foi exonerado da Prefeitura de Porto Velho em10-5-72, pela prática reiterada de corrupção e, agora, retorná àquela Prefeitura, nomeado pelo mesmo Governadorque o exonerara (documentos inclusose processo PR-004/73 e pronunciamentos na Câmara Federal).Trata-se, pois, de incentivar e premiara corrupção. A nomeação recente doSr. Odacir para Prefeito de Porto Velho causou problemas e péssima repercussão na opinião pública, porque a Câmara de Vereadores, tendo conhecimento dos escândalos de sua primeira gestão, inclusive não aprovara suas contas, se recusou a ernpossá-Io agora, tendo o Governador requerido mandado desegurança para obrigar o legislativomunicipal a dar posse ao seu protegido.Assim é em Rondônia. Quando um corrupto se torna insustentável num cargo, é posto de lado por algum tempo,sem qualquer punição; depois, ele ressurge premiado para cargo até mais importante. O caso de Odacir é outra prova disso. Foi empossado, via mandadode segurança, na Prefeitura. A sua primeira gestão, impregnada de todos osvicios, não foi considerada, apesar deuma comissão de inquérito criada naCâmara Municipal, ter apurado fatosgraves (cQpia inclusa do relatório).Em Rondônia ocorre o inverso do restodo Brasil. Se nos antecedentes do ele-
Abl'il de 19'i
mento constar que é bonesto e seno,não é aproveitado pela Administração.mas se for corrupto, tem uma' procuraespecial. '
Outro escândalo que não passa desapercebido da população do Território é ofato de uma empreiteira, ligada ao Gabinete do Sr. Ministro do Interior.transformar-se na quase que empreiteira única do Território de Rondónia,mormente na área da Prefeitura dePorto Velho. Trata-se da Gurgel Técnica de Máquinas Ltda. - GURTEME. OSr. General Aníbal Gurgel do Amaralé Subcllefe do Gabinete do Ministério do Interior e integra, também, oConselho Territorial de Rondônia e, porínerível coincidência, os proprietários
~ da GURTEME têm os seguintes nomes;Antônio Cipriano Gurgel 40 Amaral,Antônio Adelino Gurgel do Amaral. Antônio Adamor Gurgel do Amaral, Lpcio Gurgel do Amaral, Antônio Orlandíno Gurgel do Amaral e Jorge Gurgel doAmaral Neto. Não seriam eles, por acaso, parentes do General Subcbefe doGabinete ou é apenas uma mera coincidência de nomes? Quem levou essegrupo de Brasília a Porto Velho? Porque tantos privilégios para empreitadasatravés da GURTEME? As outras empreiteiras do Território estão quase indo a falência porque não se lhes dãoobras. Tudo é reservado para a GURTEME que, alíás, é grupo estranho lá. Naárea da Prefeitura de Porto Velho tomaram conta de tudo. As obras da Prefeitura são entregues à GURTEME semqualquer concorrência.
SERRARIA DO TERRITóRIOPor ocasião da instalação do Território,as administrações de então, mais voltadas para os problemas sociais da população, pobre em sua maioria, fizeraminstalar uma serraria e uma cerâmica,ambas bem aparelhadas, para atender
. às necessidades do Território, assim como, fornecer materiais de construção apreços especiais às famílias necessitadas que buscavam fazer suas casas.Hoje, acabaram com tudo isso. A Serraria Tiradentes (fotografias inclusas)montada para finalidades socíaís, foi entregue a Eduardo Lima e Silva (Dudu) ,amigo do Governador, para explorá-lasem nenhum compromisso de atenderàquelas famílias necessitadas de madeiras para construção, a preços especiais.A Cerâmica se acabou e ninguém, hoje,dá noticia de seu equipamento que épatrimôniopúblíco. No seu local, instalaram o Quartel do Corpo de Bombeí1'Os e não se sabe o destino das máquinas da fábrica de cerâmica. Sabe-se,entretanto, que na Colônia Penal 1!:nioPínhéíro, nas proximidades da Capital,existem ali instaladas uma cerâmica euma serraria, que são exploradas peloSenhor Antero, vulgo "Boca Larga",administrador dessa Colônia, às custasdo trabalho dos presos. Não se sabe dodestino do produto das atividades dessacerâmica e da serraria. Entretanto, oSr. Antero é protegido do Governadore do Sr. Antônio Alberto Pacca, ex-juizde Porto Velbo.No setor de saúde, é importante assinalar que o Governo do Território afirma que irá aplicar Cr$ 14.000.000,00 em1975. Entende~se que é uma área deação social que estaria a reclamar urgentes e imediatas providências, objetivando o atendimento às populações caren-tes. Os hospitais e maternidades doTerritório não são montados para darlucros ou como fonte de receitas e, sim,
Abril de 19"15 DJARIO DO CONGRESSO NACIONAL (SeI;ão I) Sibado 12 1431
Porto Velho (ROl, 28 de janeiro de 1975.P/Oficial, Esc. Autorizado
"REPÚBLICA FEDERA'rIVA DOBRASIL
TERRITóRIO FEDERAL DERONDôNIA
COMARCA DE PORTO VELHODURV.IlL GADELHA, Escrivão de Ju
dicial, Tabeliã.o de Notas, Oficial do Registro Civil e mais cargos anexos, pornomeação legal na forma da lei, etc.
CERTIDãOCERTIFICO e dou fé, que revendo emmeu Cartório e arquivo nos livros neleexistentes, verifiquei que não constanenhuma declaração de bens em que,figure, como declarantes, nos livros n.o'C-i de Registro por Extrato de Titulase Documentos e outros Papéis e no livro n.o 20 de Registro Integral de Títulos, Documentos e outros Papéis, asseguintes pessoas: - Exm,o Sr. Ten.Oel, João Carlos Marques Herrríques,DD. Governador do Telritório de Rondônia, Roberto Borborema, Mariseoastret e Hélio Lins Guimarães, a partir da data de 18 de setembro de 1973.O referido ê verdade e dou fé. Dada epassada nesta cidade de Porto Velho,Capital do Território Federal de Rondônia, aos vinte e oito dias do mês dejaneiro de mil novecentos e setenta ecinco. Eu, P/Oficial, Esc.Autorizado, a mandei datilografar,subscrevo e assino.
volvidas em toda espécie de corrupção,até em tráfico de cocaína, perseguidores, desumanos e arbitrários, na suaquase totalidade.A essa gente, com esses currículos e es.sa mentalidade, é que se entregou nabandej a s administração de um Território da expressão de Rondônia, comum orçamento de Cr$ 144.450,000,00.O povo não pára de recriminar essasítuaçâo e quando pode, em cada eleição, desautoriza esse grupo, mas os resultados das eleições não são acatadose, até hoje, aqueles corruptos profissionais permanecem em cargos de altaexpressão territorial, manobrando comobem entendem, na vida política e administrativa do Território.São documentos e atos da maior gravidade que esperamos haja por bem Vossas Excelências determinar sua apuração por órgãos de investigação alheios àórbita do Ministério do Interior. Sepossível, através do Conselho de Segurança Nacional, ou outro órgão ligado diretamente a essa douta Presidência,Aproveitamos a oportunidade para reiterar a Vossa Excelência os nossos protestos de respeito lõ elevada admiração.Atenciosamente,Deputado Jerônimo Santana.';
MaIs ainda, Sr. Presidente:
para atender à grande faixa. que exíste de população carente, desempregados, de renda baixa. Entretanto, no orçamento do Território, as unidades sãoapresentadas como fontes de receita.Assim, previram para o exercíeío de1975:Hospital São José Cr$ 470.000,00Hospital N. S. Perpé-tuo Bocorro Cr$ . 180.000,00Maternidade DarciVargas Cr$ 270.000,00Maternidade CláudioFialho Cr$ 120.000,00
As verbas aplicadas no setor de saúde das populações da Amazônia nãotêm finalidade de retorno. O Poder Pú··blico não almeja Iueros financeirosquando investe para atender o setorsocial, mormente aquele que visa amparar as populações carentes, marginalizadas, de rendas baixas ou desempregados. Verifica-se, pois/ outro lado daenorme distorção no setor da saúde, noTerritório. Além de transformarem oshospitais em casas de saúde particulares dos médicos 9ue a].1 atuam, estãocom a preocupaçao de fazerem desseshospitais, mantidos para atender a pobreza, fonte de renda para o Território.Não foi essa a finalidade da eríaçâo emanutenção desses hospitais. É uma.distorção que precisa ser corrigida eque só tem traeído prejuízo para a população, agravando ainda mais a nos-sa problemática social. ,Uma coisa é preciso ficar bem clara nasituação de Rondônfa. As eleições têmdado esmagadora ;naioria ao MDB désde 1970 mas apesar disso, existe umaorientação central no sentido de entregar a administração do Território à.II.RENA, dela tirando os corruptos e criminosos reincidentes porque o que senotou em Rondônia, em 1964, foi quetoda espécie de corruptos e criminososcorreram e formaram ali a ARENA. Nãohouve a preocupação de selecionar osnomes para integrar o comando partidário. e sabiam eles que essa roupagemde partido oficial, além de lhes daroportunidades raras em cargos da administração, os eximiria de suspeita, oque de fato ocorreu. Entretanto, um levantamento na ficha e na vida pregressa dos elementos do Diretório Regionalda ARENA em Rondônia, demonstraráque a Revolução se equivocou desde oseu primeiro momento com os arenístas.Ali não há arentstas: há corruptos seaproveitando de uma sigla de um partido oficial que deveria ser integrado somente por homens de bem.Como se vê, a maíóría dos membros doDiretório Regional da ARENA, no Território, tem o procedimento e a personalidade que vimos de enumerar. Osque são honestos na ARENA local e quenão concordam com as irregularidadesque praticam, são logo marginalizadas.Como dissemos, se o negócio é entregartudo para o pessoal da ARENA, deve-se,então, para o bem do Território, colocar gente honesta e com espírito público nesse Partido, porque, com suaatual constituição, redunda na frustração completa das iniciativas do Governo Federal que envia somas elevadaspara o Território e que são, na suamaioria, absoluta, desviadas, enquantoo povo permanecer na maior desassístêncía que se pode imaginar.A gente que compõe ali a ARENA, opovo conhece muito bem e o resultadodas eleições o demonstrou já por duasvezes. Além do mais, são víeíados, en-
"Cas,tello Branco até. o Presidente ErnestoGeisel, tem conseguido realmente surpreender não só (J povo brasileiro, mas também, de modo geral, outros países. Diga-se,de passagem, que conseguimos alfabetizar,pelo MOBRAL, em 5 anos, a milhões de brasileiros e reduzir o índice de recuperaçãodo analfabeto de 20 para dois anos. Tendoem vista os extraordinários resultados doPrimeiro Plano Nacional de Desenvolvimento e com base no Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento, podemos assegu- .rar que iguais resultados serão obtidos nosensinos de 1.0 e 2.0 graus e universitário,nos próximos anos.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, comoprofessor universitário no meu Estado, tenho recebido vários apelos de jovens estudantes que estão enfrentando uma das maissérias dificuldades: o preço do ensino. Hoje,quando podemos dizer que os nossos Governos oferecem mais de 1 milhão de vagas nosetor do ensino universitário e, de acordocom o Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento, chegaremos a 1 milhão e 800mil vagas, vejo, com .uma certa apreensão,que muitos que ingressaram em faculdadesparticulares, estabelecimentos que se eonstrtuíram pelo idealismo de alguns poucos,dentro de certos munícípíos, não estão emcondições de concluir esses cursos. Mas há.uma esperança: a política desenvolvidapelo Ministro Ney Braga, continuidade dapolítica educacional dos Ministros que o antecederam, pretende dotar essas faculdadesde condições tais, que esses jovens não se
'vejam ameaçados de interromper os seuscursos. E não são, por certo, aqueles maisaquinhoados que necessitam dessa medida esim, os estudantes pobres. Cito um exemplo aos nobres colegas, a esta Casa e a todos os que se preocupam com o setor educacional: no ex-Estado do Rio de Janeiro,pessoas provindas das camadas sociais menos aquinhoadas, filhos de engraxates, estavam cursando a Faculdade de Medicina,na cidade de Teresópolis, oportunidade oferecida pelos Governos da Revolução de 1964,o que é uma prova democrática da atuaçãodesses Governos para a promoção e realização do bem comum. Hoje, Sr. Presidente,o ensino atinge um preço que talvez umjovem naquelas condições não possa susuportar para poder concluir o seu cursosuperior de Medicina. Perguntar-se-á: acrise é provocada pelo Governo da RevoluçâA:l? Não, Sr, Presidente. ~odos sabemosque ela decorre de uma crise mundial, quevem atingir o Brasil, que, por sua vez, resiste e se torna, neste mundo conturbado,um oásis de tranqüilidade e paz. Sntão, Sr.Presidente, gostaríamos de levantar outraquestão: embora no ensino universitário sópossam ser aumentadas as anuidades como consentimento do COnselho Federal deEducação, há necessidade de que se revejatal política, pois há desníveis em termos depreços de anuidades. Há Faculdades de Direito que cobram determinados preços, ~ eoutras, quase na mesma região geoeconômica e política, exigem preços muito superiores.
Mas a razão de ser da nossa presençanesta tribuna é trazer à consíderacâo doilustre Ministro Ney Braga e de quantos sepreocupam com este tema a necessidade de
Albino Lopes do Nascimento!' que o Governo volte as vistas para essa si-Eram estas, Sr. Presidente, as considera- tuação angustiante.
ções que desejava fazer sobre os problemas O Sr. Cantídio Sampaio _ Nobre Depu-do Território de Rondôni!1. tado Eduardo Galil, tenho a impressão de
O SR. EIOUARDO GALI - (Sem revtsãe que o caminho inevitável será a regulado oraâor.) Sr. Presidente e Srs. Deputados, mentação, tão urgente quanto possível, doo tema que me traz a esta tribuna, nesta art. 176 da Constituição Federal. Ele é elatarde, é o educacional. Ninguém pode ne- ro. No item 2.0 do § 3.0 dispõe que o ensinogar, em sã .conscíêneía, o êxito dos Gover- primário é obrigatório para todos, dos 7 aosnos do período de 1964 a 1975 neste setor. 14 anos, e gratuito nos estabeleeímentos
_.li. Revolução, através dos seus Governos, oficiais. Também estabelece que será gradesde o Presidente Humberto de Alencar .. tuíto nos dois níveis, médio e superior, a
.Abril de 19761432 Sábado 1% DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
qUMll,os demonstrem .efetivo aproveitamento e provem falta ou insuficiência de recursos. Em seguida, o § 2.0 di,. que subsistirá quantitativamente o regime de gratuidade no ensino médio e superior, pelo sístema de concessão de bolsas de estudo, mediante restituição que' a lei regulará. Ora,esse é um principio que vem desde 1946.Sabe V. E:l:.''', professor universitário, queum dos maiores problemas de nossas universidades são os parquestíe estacionamento para guardar os veículos dessas criaturascarentes de recursos. Os pais podem dar automóveis belíssimos, de último tipo, aos filhos e não podem pagar a universidade. Háaí uma inversão. Ê claro que um moçooriundo de família de recursos pode terum curso secundário muito melhor do queoutro saído da classe média e, muitas vezes,de lares operários. E disputam, de igualpara igual, lugares nas universidades gratuitas. É necessário também enfrentar esse
-problema. A minha verba pessoal, eu a gasto quase toda com subvenções a faculdadesparticulares, que, em compensação, concedem bolsas de estudo para moços que nãopodem pagar e estão na iminência de irpara o olho da rua, principalmente em faculdades de Medicina e Engenharia. Nós,da ARENA, temos, realmente, de colocar odedo nessas feridas. Isto precisa ser resolvido. Sei que haverá tempestades, para enfrentar dificuldades, mas para isso foi feitaa Revolução.
O SR. EDUARDO GALIL - Agradeço aV. Ex." o aparte, nobre colega e Vice-LiderCantídio Sampaio, que bem demonstraquanto é importante o problema educacional, não só para o bem-estar social do Pais,como também para a Revolução, que seaürrnurá cada vez mais em termos de realizações para o bem comum. Animou-nosfazer aqui, desta tribuna, este apelo, nestetempo que nos cede a Liderança da ARENA,principalmente pelas intenções, pelo idealismo e pela luta desenvolvida pelo Ministroda Educação, Ney Braga, e acima de tudoporque esta tribuna também é o local certode se fazerem apelos em favor dos menosnecessitados da nossa Pátria.
Nobre Deputado Cantídio Sampaio, outras dificuldades que encontramos - e nãofalo em causa própria, porque estou licenciado e talvez não tenha mais nenhum vinculo empregatíeío com a Faculdade - é obaixo safár'io do professor, que não correspende às suas necessidades de professor ede chefe de família. Dai porque tambémsolicitamos a atenção do Sr. Ministro daEducação para este aspecto do problema.A par de melhores salários para o professor,que se dêem condições aos alunos de ensinouniversitário, impossibilitados de pagar opreço earíssímo de certas faculdades particulares.
De outro lado. queremos congratular-noscom o Governo Federal pelas conquistasque vem realizando no campo educacional.Temos uma perspectiva para 1980 de ummilhão e oitocentos mil vagas nas universidades, de acordo com o Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento, e isto realmente é animador. Mas, de imediato e urgente,faz-se necessário que o Sr. Ministro daEduca~ão. Ney Braga, volte suas vistas paraas faculdades particulares e ampare aqueles estudantes que tanto estão necessitandodo auxilio do Estado e do Governo Federal.
Agradeço a V. Ex.", Sr. Presidente, e aosilustres colegas peja atenção e a tolerância,prometendo voltar a este tema em outraoportunidade, quando trarei dados maisconcretos e estatistícas sobre este problema. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Pinheiro Machado)- nada mais havendo a tratar, vou levantas a sessão.
Deixam de comparecer os Senhores:
I,'iaui
Correia Lima - ARENA.
, Paraíba
Marcondes Gadelha - MDS.
PernambucoJoaquim Coutinbo - ARENA.
Rio de Janeiro
Emanuel Waissmann - MDB; Nina Ribeiro - ARENA.
. Minas Gerais
Batista Miranda - ARENA; Murilo Badaró - ARENA; Tancredo Neves - MDB.
Goiás
Elcival Caiado - ARENA.
Paraná
Expedido Zanotti - MDl3; Igo Losso ARENA; Minoro Miyamoto - ARENA.
VIII - O SR. PRESIDENTE (PinheiroMachado) - Levanto a sessão, designandopara a Ordinária da próxima 2.R-feira, a seguinte:
ORDEM DO DIA
Sessão em 14 de abril de 1975
<Segunda-Feira)
EM PRIORIDADE
Discussão
1
PROJETO N.o 2.388-A, DE 1974
Discussão única do Projeto de Lei n,o2,388-A, de 1974, que dispõe sobre a ínutíüzação, movimentação e transporte, inclusiveintermodal, de mercadorias em unidades decarga, e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidadee, no mérito, pela aprovação; e, das Comissões de Transportes e de Finanças, pelaaprovação. (Do Poder Executivo - Mensagem 'n.o 636/74.) Relatores: srs, DjalmaBessa, Henrique Pretti e Jorge Vargas.
2-
PROJETO N.o 1.606-A, DE 1973
Díscusâo única do Projeto de Lei n.o1.606-A, de 1973, que dispõe sobre o adicional de insalubridade, e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade e [urídícídade; da Comissão de Trabalho e Legislação Social, pela aprovação;e, da Comissão de Finanças, pela aprovação,com emenda. (Do Senado Federal.) Relatores: Srs. Jairo Magalhães, Francisco Amaral e Athiê coury.
EM TRAMITAÇÃO ORDINARIA
Discussão
3
PROJETO N.o 963-A, DE 1974
Discussão única de> Projeto de Lei n.o96S-A, de 1974, que acrescenta um parágrafoao artigo 124 do Decreto-lei n.O 2.627, de 26de outubro de 1940, que dispõe sobre associedades por ações; tendo pareceres: daComissão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade e [urídlcídade, comsubstrtutivo: e, da Comissão de Economia,Indústria e Comércio, pela aprovação, comsubstitutivo. (Do Sr. Faria Lima.) Relator:Sr. Tancredo Neves.
.;,
PROJETO N.0 1. 627-B, DE 1973
Discussão única do Proj eto de Lei n.o1.627-B, de 1973, que dispõe sobre a remuneração do empregado investido em mandato de vereador gratuito nos dias de sessões da Câmara; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e juridicidade; e, das Comissões de Trabalho e Legislação Social ede Finanças, pela aprovação. Pareceres àEmenda de Plenário: da Comissão de Trabalho e Legislação Social, pela rej eíção ; e,da Comissão de Finanças, pela aprovação.(Do Sr. Luiz Braz.) ,
5
PROJETO N,o 1. 612-A, DE 1973
Primeira discussão do Projeto de Lein.O 1.612-A, de 1973, que dispõe sobre a obrígatoriedade de identificação policial de menores, e dá outras providências; tendoparecer da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade, [urídtcídade e, no mérito, pela aprovação. (Do ArFreitas Nobre.)
6
PROJETO N.o 2.00S-A, DE 1974
Primeira discussão do Projeto de Lein. O 2. DOS-A, de 1974. que altera a redação doart. 10, "caput", do Codigo de Processo Civil (Lei n,v 5.869, de 11 de janeiro de 1973)~
tendo parecer da Comissão de ConstituiçâQIe Justiça, pela constitucionalidade, juridici"'lldade e, no mérito, pela aprovação, comSubstitutiv? (Do Sr. Pacheco Ohaves.j Re~,lator Sr. Dja.lma Bessa.
AVISOS
COMISSAO DE AGRICULTURA EPOLíTICA RURAL
Reunião: dia 16-4-75HOra: 10:00 horasPauta: "Mesa-Redonda sobre Orédíte.
Agrícola".
COMISSÃO DE SAÚDE
Reunião: dia 16-4-75Hora: 9:00 horas
Pauta: Comparecimento do Dr. Paulo deAlmeida Machado - Ministro da Saúde.
Reunião: dia 23-4-75 'Hora: 9:00 horas
Pauta: Comparecimento do Sr. Luiz Gon-:zaga do Nascimento e Silva - Ministro daPrevidência e Assistência Social.
Reunião: dia 7-5-75Hora: 9:00 horas
Pauta: Comparecimento do Sr. SeveroGomes - Ministro da Indústria e do CQ-mércío, '
Reunião: dia 14-5-75Hora: 9:00 horas
Pauta: Comparecimento do Prof. MárioHenrique Simonsen - Ministro da Fazenda,
Reunião:dia 21-5-75Hora: 9:00 horas
Pauta: Comparecimento do Dr. AlyssonPaulinelli - Ministro da Agricultura.
COMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO
Reunião: dia 23-4-75Hora: 10:'00 horas
Pauta: Comparecimento do Sr. CoronelDarcy Duarte Siqueira - Diretor-Geral do,DASP.
AbriJ de 1975 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção J) Sábado 12 1431
COMISSÃO DE TRANSPORTESReunião: dia 15-5-75Hora: 9:00 horasPauta: Comparecimento do General Dyr
ceu Araújo Nogueira - Senhor Ministro dosTra,nsportes.
COMISSÃO PARLAMENTAR DEINQUERITO "MULTINACIONAIS"
Reunião: Dia 15-4-75Hora: 17:00 horas
Local: Plenário da Comissão de Minas eEnergia.
IX - Levanta-se a Sessão às 17 horase 30 minutos.
GRUPO BRASILEIRO DA ASSOCIAÇÃOINTERPARLAMENTAR DE TURISMO
2.a ConvocaçãoDe ordem do Senhor P,residente, Depu
tado OSWALDO ZANELLO, fica convocadauma reunião da Comissão Executiva doGrupo Brasileiro da Associação Interparlamental' de Turismo, de acordo com aletra a, item rr, do art. 6.0 do RegimentoInterno, para o dia 16 de abril vindouroquarta-feira, às 16 horas na Sala dO.Grupo Brasileiro, 23.0 andar do Anexo [ doSenado Federal.
Ordem do Dia; /
1) Relatólio do Presidente Orlando~ancaner, sobre a reunião preparatória daAssembléia-Geral da AIDT, a realizar-se emMONTREUX;
"2) Relatório sobre a atual situacão daEntidade; ~
3) Organização Mundial de Turismo(OMT); e
4) Assuntos Gerais.
Não havendo número suficiente paraabertura da r~união, fica, desde já, feitanova convocaeao, para o mesmo dia, locale ordem do dia.Brasília, 09 de abril de 1975. - Paulo JoséMaestralli, Secretário-Gerál.
ATAS DE COMISSÕES
COMISSAO DE CONSTITVIÇAO E,JUSTIÇA
5.a Reunião PlenáriaAos nove dias do mês de abril do ano
de mil novecentos e setenta e cinco na salaD,o 17, do anexo Ir, às dez horas e vintee' cinco minutos, reuniu-se esta COmissãoem sessão plenária, sob a presídêncía doSr. Luiz Braz, Presidente, presentes osSenhores: Luiz Henrique, Jairo Magalhães,Ejramos Martins pedro, Norton Macedo,José Sal1y, Nogueira. da Gama, MoacirDalla, Gomes da Silva, Claudino SalesLidovino Fanton,' Blotta Júnior, NoideCerqueira, Celso Barros, Tarcísio Delgado,José Maurício, Cleverson Teixeira, ErnestoValente; Joaquim Bevílaequa. Lauro I~eitão,
Djalma Bessa, Cantídio Sampaio, Alceucollares, Petrônio Figueiredo, João Linhares, Antonio Mariz, Osmar Leitão, MiroTeixeira, Ney Lopes, Rubem Dourado, AltairChagas, Jarbas Vasconcelos, Nereu Guidi.Lida e aprovada a Ata da reunião anterior,foram apreciadas as seguíntes- proposições.1) Projeto n.? 9/75, do Poder Executivo, que"Dispõe sobre a organização do SistemaNacional de Saúde". Relator: Lauro Leitão.Parecer pela constitucionalidade e [urídlcídade com Emenda. Aprovado, unanimemente. 2) Projeto n,o 10/75, do Poder Executivo,que"Autoriza a traasrerêneía para o patrí-
mônío da Universidade Federal de Juiz deFora, dos imóveis que menciona". Relator:Sr. Nortan Macedo. Parecer pela constitucionalidade e jurídícídade . Aprovado, unanimemente. 3) Projeto de Decreto Legislatígo n.> 2/75" que "Aprova o texto elaConvenção sobre o oomércío Internacionaldas Espéeies da Flora e Fauna selvagensem Perigo de Extinção, concluída emWashington a 3 de marco de 1973 e assinada pelo Brasíf na mesma data". Relator:Sr. Dj-alma Bessa. Parecer pela constitucionalidade, [urídícidade e boa técnica IegísIatíva.. Aprovado, unanimemente. 4) Projeto n.a 19/75, do Poder Executivo, que"Fixa os valores de retribuição do GrupoPlanejamento e dá outras provirênclas",Relator: Sr. Blotta Júnior. Parecer pelaconstitucionalidade e jurídícldade comEmenda. Discorreram sobre o projeto osSenhores: Lauro Leitão, Celso Barros,Erasmo Martins Pedro, Djalma Bessa,Alceu Collares, Antônio Mariz, ClaudinoSales, Luiz Henrique, Cantídio Sampaio,Tarcísio Delgado, Ney Lopes, João Línhares.Continuando a discussão, o .sr. ErasmoMartin.~ Pedro apresentou a seguinte Emen·da ao Projeto n.o 19/75: Redija-se assimo § 2.0 do artigo 2.0 : "Não será exígído olimite de idade fixado no § 1.0 desde que ocandidato seja funcionário ou servidor pú>blico". O Sr. relator solicitou adiamentoda discussão e votação da matéria por umareunião. O Sr. Presidente deferiu o pedido.Adiada. O SI', Presidente diante das controvérsias surgidas quanto a apresentaçãode emendas por parte dos Senhores membros da Comissão esclareceu que é praxedeste órgão permitir aos seus integrantesemendarem as proposições em tramítacâonesta COmissão. O Sr. Alceu COllaresreiterou seu pedido de distribuição de avulsose a confecção de uma pauta dos projetosque serão relatados O Sr. Presidente esclareceu que já determinou a distribuiçãode avulsos e renovou apelo aos Srs. membros no sentido de comunicar à Secretaria,com antecedência, quais os projetos emensagens que irão relatar, a fim de quea Secretaria providencie os correspondentesavulsos. 5) Projeto n.o 3/75, do PoderExecutivo, que "Retifica a Lei n.a 6.042, de23 de novembro de 1974, a fim de corrigiromissão nos níveís de classificação de cargos do Grupo-Serviço de TransPDrte Oficial e Portaria do Quadro Permanente daSecretaria do Tribunal Regional do Trabalho da Quinta Região". Relator: Sr. MiroTeixeira Parecer'pela constttucíonalídade ejuridicidade. Aprovado. unanimemente.6) Projeto n.? 66175, do Poder Executivo,que "COncede pensão especial a EdvaldoSilveira Coelho de Abreu". Relator: Sr.Alceu Collares. Parecer pela constitucionalidade e juridicidade. Aprovado, unanimemente. 7) Projeto n. o 6/75, do Poder Executivo, que "Autoriza a doação, à Universidade de São Paulo, do domínio útil dosterrenos de marinha que menciona, situados no Município de Ubatuba". Relator:Sr. Rubem Dourado. Parecer pela constltu-.cionalidade e-juridicidade. Aprovado, unanimemente. 8) projeto n. o 67175, ,9,0 Sr. Jaison Barreto, que "Altera a redação do § 2.°do art. 79 da Lei Orgânica da PrevidênciaSocial, modificada pela Lei n. o 5.890, de8 de junho de 1973". Relator: Sr. LuizHenrique. Parecer çeja constitucionalidadee juridicidade. Concedida vista conjuntaaos Senhores Alceu Onllares' e Blotta Júnior.Adiada. 9) Projeto n. o 7'2.175, do Sr. NinaRibeiro, que "Dispõe sobre a obrigatoriedade de indicadores no chamado "TelefoneMedid'O", Relator: Sr. Luiz Henrique. Parecer pela- constitucionalidade e [urtdícidade. COncedida vista ao Sr. CantídioSampaio. Adiada. Projeto n. o 1 339-A/68,do Sr. Ewaldo Pinto, que "Disciplina a pro-
fissfuJ do Geógrafo, cria o Conselho Federale 'Os COnselhos Regionais de GeógrafosProfissionais, e dá outras providências".Relator: Sr. Luiz Henrique. Parecer(EMENDA DE PLENARIO) Pelaconstitucionalidade e [urídteídade da Emenda.Aprovado, unammemente.: As doze horas eItirnta e cinco minutos foi encerrada a,presente reunião e, para constar, eu,Agassis Nylander Brito, servindo como Secretário, lavrei a presente Ata que, depois-de lida e aprovada, será assinada pelo Sr.Presidente. - Deputado Luiz Braz.
l.a Reunião Extraordinária da
TURMA "A"
Aos oito dias do mês de abril do ano demil novecentos e setenta e cinco, na salan," 17, do Anexo lI, às dez horas e trintaminutos, reuniu-se esta Comissão em sessãoextraordinária de sua Turma "A", sob aPresidência do Sr. Luiz Braz, Presidente,presentes os Senhores: Djalma Bessa, Gome, da Silva, Lídovíno Panton, Ney Lopes,Celso Barros, Nogueira da Gama, NoideCerqueira, Henrique Córdova, Luiz Henrique, Ernesto Valente, Tarcísio Delgado,Jarbas Vasconcelos, Henrique Pretti, Claudíno Sales, Mcacyr Dalla, Jorge Uequed,Rubem Dourado, Erasmo Martins Pedro,Jairo Magalhães, Silvio Abreu Jr., CantidioSampaio, Joaquim Bevilácqua, Nereu Guidíe Raul Bernardo. Lida e aprovada a Atada reunião anterior o Senhor Presidente esclareceu os motivos da convocação da presente reunião extraordináriã e comunicouas providências tomadas pela Presidênciacom o i.ntuito de coordenar os trabalhos d<JSSrs. Membros da Comíssâo. Em seguida,f 'Oram apreciadas as seguintes proposições:projeto n.? 12/75, do Sr. Daso Coimbra, que"Institui o Dia da' Bíblia para ser comemorado em todo o território nacional, no 2.0
domingo de dezembro". Relator: Sr. CelsoBarros. Parecer pela constitucionalidade e[urtdícídade. Aprovado unanimemente. 2)Projeto n.? 25/75, do Sr. Adhemar Ghisi,que, "altera a redação do art. 57 da Leina 5.991, de_17 de dezembro de 1973, que"dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumosrarmacéutícos e correlatos, e dá outras providências". Relator; Sr. Noide Cerqueira.Parecer pela constitucionalidade e [urídicídade, com emenda. Aprovado unanimemente. 3) Projeto n.? 85/75, do Sr. JoãoMenezes, que "dá nova redação ao art. 453da Consolidação das Leis' do Trabalho,aprovada pelo Decreto-lei n.? 5.452, de 1.0de maio de 1943". Relator: Sr. TarcisioDelgado. Parecer pela constitucionalidadee [urídtcídade. Aprovado unanimemente 4)Projeto n.o 23175, do Sr. Wihnar Dallanhol,que "revoga os §§ 1.0, 3.0, 4.° e 5.0 do art.477 da Consolidação das Leis do Trabalho,aprovada pelo Decreto-lei n.? 5 452, de 1.0de maio de 1943". Relator: Sr. 'I'arcísíoDelgado. Parecer pela constitucionalidadee [urídícídade. Aprovado unanímemente.5) Projeto n.o 1. 335173, do Sr. Peixoto Filho,que "dispõe sobre a comunicação ao órgãode identificação civil das alterações substanciais das linhas fisionômicas de pessoassubmetidas à cirurgia plástíca e determinaoutras providências". Relator: Sr. TarcísioDelgado. Parecer: (EMENDA DE PLEN4.RIO) Pela constitucionalidade e [uridícídade da Emenda. com submenda. Concedidavista ao Sr. Deputado Luiz Henrique. 6)Projeto n.? 29/75, do Sr, Joel Ferreil'a, que"dá nova redação ao art. 474 do Código deProcesso Penal, alterado pela Lei n.? 5 941,de 22 de novembro de 1973". Relator: Sr.Jarbas Vasconcelos. Parecer: pela constítucíonalídade e [urídícídade e, no mérito,pela aprovação. Aprovado unanimemente.7). Projeto n,? 4/75, do Poder Executivo, que
1434 Sábado 1~ DURIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Abril de 1915
- Projeto n.? 100175, do Sr. Francisco Amaral, que "dispõe sobre medidas complementares à fiscalização de pesca de carater amador".
Ao Sr. Deputado Nereu Guidi
- Projeto n." 108175, do. Sr. Aloísio Santos,que "altera a redação dos artigos 24, 36e 64 da Lei Orgânica da PrevídênaíaSocial".
Ao Sr. Deputado Osmar Leitão
Projeto n,? 102175, do Sr. José de ASsilfl:,que "introduz alterações na Lei n.? 5.45g,de 14 de junho de 1968, que ínstítuít-esistema de sublegenda",
Ao Sr. Deputado Noide Cerqueira
Projeto n.' 109/75, do Sr. Aldo Pagun]..des, que "dá nova redação ao art. ~do Decreto-lei n.o 3.688, de 2 de outubro de 1941 (LeI das Contravenções Penais) , dispondo sobre a entrega, consumo, venda e uso de bebidas alcoólicas",
Ao Sr. Deputado Rubem Dourado
- Projeto n,? 118175, do Sr. Prisco Vianll-,que "numera o parágrafo único do art.33 da Lei n.o 5.682, de 21 de julho de1971 (Lei Orgânica dos Partidos Polítdcos) , acrescentando-lhe o parágrafo se"gundo".
Ao Sr. Deputado Runem Dourado
- Projeto de Deereto Legislativo n." 3/75,da -':::omissão de Relações Exteriores, que"aprova o texto da Convençáo Destinada a Evitar a Dupla Tributação c Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria deImpostos sobre a Renda, firmada entrea República Federativa do Brasil e oEstado Espanhol, em Brasiüa, a. 14 denovembro de 1974". .
trole governamental, e dá outras pro-vídênclas", " :
- Projeto n,? 967/72, do Sr. Braz Nogueir3,que "dispõe sobre a concessão de eP,i.préstimos pessoais a empregados p~laCaixa Econômica Federal, mediáifteamortização mensal descontada em ;ro:lhas de pagamento, e dá outras prçy.i;dêncías". (Audiência).
Ao Sr. Deputado Miro Teixeira
- Projeto de Decreto Legislativo n." 4175,da Comissão de Relações Exteriores, que"aprova as modificações introduzidas nostextos dos artigos n, Seção 1 (b I, e IV,Seção 3 (b) , do Oonvênío Constitutivodo Banco Interamericano de Desenvolvimento".
Ao Sr. Deputado Ney Lopes
- Projeto de Lci Complementar n.? 08/75,do Sr. Lincoln Gríllo, que "estabelecenormas para a fiscalização financeira eorçamentária da União pelo Poder EXll:'eutívo". ...
, ,- Projeto n," 50175, do Sr. Jaison Barreto,
que "concede anístía relativa [ COI1t"Íbuíções cobradas pelo INPS em virtude
. de co.sstruçâo da casa própria.".
Brasília, em 10 de abril de 1975. - Agassís NYlander Brito, Secretário-Substituto..
COMISSAO DE FINANÇAS
Ata da Quarta Reunião Ordinária,realizada no dia 9-4-1975
As dez horas do dia nove de abril demil novecentos e setenta e cinco, na sala16 do Anexo II da Câmara dos Deputados,sob a Presidência do Deputada HomeroSantos, presentes os Senhores DeputadoJoão Castelo Vice-Presidente, Adriano Valente, Antônio Morimo1xJ, Dyrno Pires, Fer~
nando Magalhães, Francisco Bliac Pinto,
Ao Sr. Deputado Cleverson Teixeira
- Projeto n," 94175, do Sr. .José camargo,que "limita o poder de intervenção doMinistério do' Trabalho nos Sindicatos".
Ao Sr. Deputado Djalma Bessa
- Projeto n." 111175, do Sr. Marco Maciel,que "'lltcra o ar". 2.0 da Lei n.? 5.782,de 6 de junho de 1972, que fixa prazopara filiação partidária, e dá outras provídêncías",
- Projeto n," 668/72, do Sr. Laerte Vieira,que "dá nova redação ao art. 144, daLei n,> 3.807, de 26 de agosto de 1960,que dispõe sobre a Lei Orgânica da Previdéncia Social".
Ao Sr. Deputado Erasmo M. Pedro-. Projeto n,? 124175, do Poder Executivo,
que "autoriza o Departamento Nacionalde Estradas de Rodagem a doar áreade terra à Prefeitura Municipal de JoãoPessoa - Estado da Paraíba".
- Projeto n." 114175, do Sr. Eduardo Galil,que "dispõe sobre a fixação de preçospara bares e restaurantes de estabelecimentos hoteleiros".
Ao Sr. Deputado João Línhares- Projeto n.? 50/71, do Sr. Francisco Ama-
-ral, que "dispõe sobre o exereíeío da ati-vidade de Condutor Autônomo de Veículo RodoviárlO, e dá outras provídêncías" - Emenda de Plenárío.
- Projeto n.? 882172, do Sr. Freitas Nobre,que "modifica a redação do art. 7.0 daLei n.? 2.591, de 7 de agosto de 1912,que regula a emissão e circulação decheques" - Emendas de plenário:
Ao Sr. Deputado Jairo Magalhães
- Projeto n," 119175. do Sr. Humberto Souto, que "estende os beneficios da áreada SUDENE à totalidade dos territóriosjá parcialmente incluidos na zona doPohgorro das Secas".
- Projeto n.? 8.7-A/"I2, (Emendas de Plenário) do Sr. Miro Teixeira, que "ccncede o direito de purgação da mora nas
. locações residenciais, não amparadaspela Lei n.? 4.494, de 25 de novembrode 1964, que regula a locação ce prédiosurbanos".
Ao Sr. Deputado Joaquim Bevilacqua
Projeto n,? 95175, do Sr. Ruy Côdo, que"torna prévia a obrigatoriedade de :econhecimento e autorização para cursossuperiores ministrados em universidadese estabelecimentos isolados constítuíãosem fundações ou associações".
Ao Sr. Deputado Jarbas Vasconcelos
- Projeto -n.o 110/75, do Sr. Padre Nobre,que "dá nova redação à alínea a doart. 17 da Lei n.o 5.540, de 28 de novembro de 1968, que fixa .normas deorganização e funcionamento do ensino superior e sua artãculaçào com a escola média, e determina outras providências".
/1.0 Sr. Deputado Blotta Júnior
/1.0 Sr. Deputado Alceu Collares
- Pl'Ojeto n." 117175, do Sr. Siqneira Campos, que "assegura aos arrendatários delotes rurais do Distrito Federal o direitode optar por sua. compra, regula a cessão gratuita de terras a pequenos lavradores, e determina outras provídências",
"revoga a Lei n.? 602, de 28 de dezembrode 1~48, que dispõe sobre o julgamenco deaptidao para o oficialato dos alunos 0.0Curso Previa e dos 1.° e 2.° anos do CursoSuperior da Escola Naval". Relator: Sr.Ja11'O Magalhães. Parecer pela consntucíonaíídade e iurtdicídade. Aprovado unanimemente. 8) Projeto n.o 2/75, do Senado Federal, que "íristatui medidas de proteçáoaos bens, não tombados, de valor culturaldo País". Relator: Sr. Erasmo Martins Pedro. Parecer pela consutucionancade e [urrdícídaoe. Aprovado unanimemente. 9)Projeto n.v 16/75, do Sr. FrancIsco Amaral,que "modifica a redação do artigo da Lein.v 6.171J, de ~1 de 'dezembro de 1974, que"instltUl amparo previdenciarío para maio-
. res de setenta anos de idade c para mválidos" Relator: t::Ir. Jairo Magatrráes, Parecer pela mccnstrtucíonalídade. Em 0.105cussao, discorreram sopre o projeto os 8enhores Celso Barros, Runem Dourado, TarClSIO Delgado e Luiz Henrique que SUSLentaram a constatuctonunuuoe do projete. OSr. Djalma. Bessa manírestou-se tavoraveunence ao parecer do RelaUlr. Concedido o pedido ne vista solicitado pelo SennorCraucnno Sales. Adiada a votaçao, O >:lr.Runem Dourado SOI~CltOU ao Sennor Presidente Iosse assentado em Ata que, por motivos superiores, ClelXOU de comparecer á.aucaencia com o Sr. Ministro da Justiça. OSenhor Presidente dererru o pedido. Emseguida o Sr. Claudlno Salles, em questaode ordem, solicitou ao Sr. Presidente fosseesiendidc as demais Corníssoes a urscrrtn.içào dos pareceres. O Senhor presidente esclareceu a dificuldade que terá para atender ao pedido mas que dispensara o maiorcarinho no sentido de atender à eohcítaçáo.As doze horas e dez minutos, nada maishavendo a tratar o Presidente encerrou apresente reunião e, para constar, eu, All;assís Nylander Brito, servindo como Secretário, lavreí a presente Ata que, depois delida e aprovada será assinada pelo Sr. Presidente. - Ass, Deputado Luiz Braz, Presidente.
O Senhor Presidente da Comissão deOonstatuíção e Justiça, Deputado Luiz Braz,:fez a seguinte dlstríbuíção, em 9-4-1975:
/1.0 Sr. Deputado Altair Chagas
- Projeto ri.? 1.360-1\173, do Sr. Cardosode Almeida, que "dISpõe sobre discruninação, pelo Mmistério", da Agricultura,de regiões para exeeuçao obrigatória deplanos de combate à erosão do solo, ee dá outras providências".
projeto de Lei Complementar n," 15173,Emendas de Plenário, do Sr. Jaíson Barreto, que "concede aos trabalhadores :uraís e seus dependentes o auxilio-reclusão e o auxílio-natalidade".
Ao Sr. Deputado Lidovino Fanton
- Projeto n:o 104175, do Sr. Israel Dias- Projeto n," 105175, do Sr. .Francis~o.Ama- Novaes, que "acrescenta dispositivos ao
ral, que "acrescenta parágrafo umeo ao _ Código Civil Brasileiro"art. 8.0 da'Lei n.? 5.107, de 13 de setem- .bro de 1966 (Fundo de Garantia do Tem- Ao Sr. Deputado Luiz Henriquepo de Serviço)". _ Projeto n." 107175, do Sr. Silvio Ventu-
Ao ar Deputado Claudino Sales r~li,. que "alter3; disposl~iyos da. lei 01'-. gamca dos Partidos Políticos",
- Prllje1\1l n.o 115/75, do Sr. Joel Ferreira,. . _. que "assegura licença especial aos tra- Ao SI. Deputado Lauro Lertão
balhadorea regidos pela Consolicação das Projeto n." 133175, do Poder Executivo,Leis do Trabalho e determina outras que "dispõe sobre a incidência do Im-pl'Uvidénclas". posro de Renda das empresa.s sob con-
Abril de li.75 mARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 12 1435
e verificada a existência de "quorum" regimental, o Senhor Presidente anunciou quea Secretaria desta Comissão havia elaboradouma pasta contendo esclarecimentos e informações úteis sobre os trabalho-s desteórgão Técnico e que o mesmo já se encontrava frente a cada um dos senhores membros da Comissão. Em seguida, designouescrutínadores os Senhores DeputadosPaulino Cícero e Mário Moreira e iniciou ostrabalhos de vota.cão. Além dos membrosefetivos, votaram também os seguintes suplentes: Airton Santana, José Machado eGastão Müller. Procederam, então, a abertura da urna e a contagem do número desobrecartas, que totaJizou vinte e quatro,que coincidiu com o número de votantes.Encerrada a apuração, o Senhor Presidenteproclamou eleitos os Senhores LysâneasMaciel, como Presidente, José Camargo eGongaza Vasconcelos, Vice-Presidentes. Aseguir, o Senhor Presidente em exercíciofelicitou as lideranças pela escolha dos nomes e convidou os novos dirigentes daComissão a tomarem assento à Mesa. Assumindo a Presidência, o Senhor DeputadoLysâneas Maciel agradeceu a seus pares e,em especial, ao Senhor Deputado JorgeFerraz pela maneira elogiosa de como conduziu os trabalhos desta reunião. Prosseguindo, o Senhor Presidente ressaltou que OBrasil, a exemplo de outras nacões em desenvolvimento, "deve libertar-se do controleenergético exercido por grupos estrangeirose assumir uma posição firme de preservação de suas riquezas naturais. Poderá atéditar normas nesse campo, como já fazemalguns países". Aduziu que a preservação'das riquezas naturais dos países em desenvolvímento é uma constante preocupação,sendo necessária ao Brasil uma reorientação nesse setor, objetivando superar a escassez de informações sobrr a estruturageológica nacional, -"que vem sendo manipulada por elementos estranhos ao Pais".Manifestou, ainda, seu firme propósito deemprestar um maior dinamismo aos trabalhos deste órgão Técnico. através de umacontribuição mais marcante e decisiva aosetor energético e mineral do Pais, nãocogitando ter preocupação "com ideologias,nem com condutas partidárias, mas apenascom os interesses nacionais", tendo em vista a necessidade de se eliminar, tanto quanto possivel, a interferência dos grupos internacionais no setor mineral e a de o Brasilsair do estágio de "colônia de extração",pois "economistas insuspeitos, como RaulPrehisch e H.H. Singer, demonstraram quea participação estrangeira na exploração eexportação de minérios, sobretudo petróleo,não só deixou de fecundar a economia interna, no sentido de seu crescimento normal, como até se opôs a este cresclrnento ese converteu em agente de extracão derecursos que beneficiaram outras economias,geralmente da origem da inversão". Referiu-se, também, à intocabilidade da Petrobrás e defendeu o monopólio estatal dopetróleo, que, no seu entender, foi fator degrande Importância na recente crise decombustíveís, que vem atingindo o mundointeiro, face à alta do preço da gasolina edos demais derivados do petróleo, renovandoo apelo no sentido de que sejam estimuladosos interesses, independentemente de qualquer natureza de ideologia, visando apenasuma real contribuição a este setor ae tantarelevàncí a atual e futura, possível apenasatravés de uma verdadeira comunhão deesforços. Externou sua satisfação em ver opartido do Governo, a Arena, representadanesta Comissão por valores tão exponenciais, citando, inclusive, a prlJsença de cincovice-lideres do Governo; além de um eminente ex-Governador, prova inconteste daimportância que efetivamente atribui a esteórgão Técnico. Finalmente, concedeu a palavra. ao Senhor Deputado Jorge Ferraz que
Em 9-4-75
Ao Deputado Nasser Almeida:
Projeto n," 101175 - do Sr. Wilmar Dallanhol - Retifica a Lei n.O 6.187, de l6 dedezembro de 1974, que "estima a Receita efixa a Despesa da União para o exercíciofinanceiro de 1975";
nado Federal. Relator: Deputado PedroCarola. Parecer: Favorável. Em discussãoo projeto, usaram da palavra os SenhoresDeputados Francisco Amaral, José Costa,Nelson Ms.rchezan, Nereu Guidi, SiqueiraCampos, Argilano Dario, Adhemar Ghisi,Frederico Brandão, Luiz Rocha e MarceloGato. l~m votação. Aprovado o Projeto nostermos do parecer favorável do Relator,tendo o Senhor Deputado Adhemar Ghisivotado com restrições. Nada mais havendoa tratar, o Senhor Presidente encerrou ostrabalhos às onze horas e quarenta mínutos. E, para constar, eu, Nelson Oliveira deBcuza, lavrei a presente ata que, depois delida e aprovada, será assinada pelo SenhorPresidente.O Presidente da Comissão de Trabalho eLegislação Social, em reunião de 9-4-75, fez
a seguinte distribuição:
Ao Senhor Deputado Argilano Dario:
Projeto n,? 987172 - que "autoriza oaproveitamento dos cegos no Serviço Público e Privado, e dá outras providências".
Autor: Sr. Deputado Rubem MedinaAo Senhor Deputado Nereu Guidi:
Mensagem n.o 256174 - que "submete2. consideração do Congresso 'Nacional otexto da Recomendação n.? 131, adotadapela 51." Sessão da Conferência Internacional do Trabalho, em 1967, relativa a "aposentadoria por invalidez e por velhice epensões por morte".
Autor: Poder Executivo
COMISSAO Dl'~ FISCALIZAÇAOFINANCmRA E TOMAUA
DE CONTAS
DISTRIBUIÇAO
COl1USSãO DE SEGURANÇA NACIONAL
Distribuição feita pelo Senhor Presidente,Deputado ítalo Oonti
Em 10-4-75
Ao Senhor Deputada Paulo Studaxt:Pl'Ojeto n.o 4175 (Mensagem n.? 34/75),
do Poder Executivo, que "revoga li Lein.? 602, de 28 de dezembro de 1948, quedispõe sobre o julgamento de aptidão parao oficialato dos alunos do Curso Prévio e.dos 1.0 e 2.° anos do Curso Superior da_Escola .Naval".
COMISSãO DE MINAS E ENERGIAAta da l.a Reunião Ordinária
realizada em 12-3-1975
As dez horas e trinta minutos do dia dozede março de mil novecentos e setenta e cinco, reuniu-se a Comissão de Minas eEnergia, com a finalidade de eleger seuPresidente e Viee-Presidentes., Compareceram os Senhores Deputados Jorge F'erraz,-Gonzaga Vasconcelos, Jutahy Magalhâes,Antônio Ferreira, ,João Pedro de CarvalhoNeto, Alacíd Nunes, Pedro Lauro Domaradzkl, Aírton Soares, José Camargo, NelsonThibau, Paulino Cicero, Alberto Hoffmann,Newton Barreira, Marco Maciel, PriscoViana, Hélio Levy, José Machado, MárioMoreira, Lysâneas Maciel" Francelino Pereira, Yasunori Kunigo, Aécio Cunha, Gastão Müller, Luiz Rocha, Djalma Bessa, Rubem Dourado, Walmor de Luca e RafaelFaraco. Abertos os trabalhos sob a Presídêncía do Senhor Deputado Jorge Ferraz
,:Hélio Campos, João Vargas, Antônio José,Athlê Ooury, Epitácio Cafeteria, Gomes doAmaral, Jorge Vargas, Mário Monrlino,Nunes Rocha, Moacyr Dalla, Ribamar Macf.lado, Temístocles Teixeira, Odacir Klein,Jqá'o Menezes, Milton Steinbruch, RobertoCarvalho, Ruy Côdo, Theodoro Mendes,Fi:orim Coutinho e Dias Menezes, reuniu-sefi Comissão de Finanças. A Ata da reuniãoanterior foi aprovada por unanimidade semr~t,rições. Ordem do Dia: Emendas de Plenacío ao Projeto n,? 3.169-A/65, do SenhorRui Amaral, que "disctplína a outorga depensão aos beneficiários dos segurados daPrevidência Social". Relator: DeputadoAthiê oourv. Parecer: pela rejeição dasEmendas de Plenário, aprovado por unanimidade. Vai à Coordenação de ComissõesIlarmanentes. O Senhor Presidente submetl!\u à Comissão pedido do Deputado Fernando Magalhães, Relator do Projeton v 3.945/66, do Senhor Tufy Nassíf, que"dispõe sobre a emissão e circulação de cheques, harmonizando-as com a Convençãode Genebra concernente à Lei UniformeRelativa ao Cheque, consolida a legislação.11igente, e dá outras providências", no sentrdo de reiterar ao Ministério da Fazendasolicitação de audiência sobre a matéria.Aprovado por unanimidade. A seguir o Se)3Jhor presidente anunciou haver marcado(Jõm o Senhor Ministro' da Fazenda, auldiência para os membros da Comissão parao próximo dia dezessete, às doze horas.Encerramento: ÀS, dez horas e quarentaminutos, nada mais havendo a tratar, eu,-Panlo José Maestrali, Secretário, lavrei afIilresente Ata que, depois de lida e aprovadaserá assinada pelo Senhor Presidente.
". DISTRIBUIÇAO.Em 7-4-75Ao Deputado Márió Mondino:
P"ojeto n,? 478/71, do Senado Federal,. que "dispõe sobre o cálculo de ramuneraçàoJ que se refere a Lei n.? 4.090, ãe 13 derulho de 1962, que institui a gratificação4e Natal para os trabalhadores.
Em 10-4-75
Ao Deputado Ribamar Machado:. Projeto n.? 2.037164, do Sr. Geraldo Frei-re que "modifica o art. 53 da Lei de Acidentes do Trabalho (Decreto-lei n.o 7.036,de 10-11-44)".
COMISSÃO DE TRABi\,LBO ELEGISLAÇãO SOCIAL
Ata da 4.a Reunião Ordiná.ria da OitavaLegislatura, realizada em 9 de abril de 1975
Às dez horas do dia nove de abril de.míl novecentos e setenta e cinco, reuniu-se.a Comissão de Trabalho e Legislação So.cial, Anexo II da Câmara dos Deputados,sob a Presidência do Senhor DeputadoWilson Braga. Compareceram os SenhoresDeputados: Adhemar Ghisi; Nereu Guidl,l'\lvaro Gaudêncío, Eduardo Galil, lbl'ahinAbi-Ackel, Nelson Marchezan, Osmar Lei-tâo, Luiz Rocha, Pedro Carola, RaimundoParente, Siqueira Campos, Vicente Vuolo,Wilmar Dallanhol, Carlos Cotta, AloisioSantos, Getúlio Dias, Francisco Amaral,Frederico Brandão, Joel Lima, JoIlé Maurício. Jorge Moura, José Costa, Marcelo Gato,Otávio Ceccato, Rosa Flores, Hélio Mauro,Lígia Lessa Bastos, Rezende Monteiro, Fernando Cunha, Gamaliel Galvão e Peixoto-B'ilho. Deixou de comparecer o Senhor"Deputado Cid Furtado. Havendo númeroregimental, o Senhor Presidente deu por.inícíado os trabalhos. Lida e aprovada a.ata da reunião anterior. Ordem do Dia:Projeto n.? 1.839/74, que "altera a redaçãodo art. 11 da Consolidação das Leis do
• Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n.o'5.452, de 1.0 de maio de 1943". Autor: Se-
1436 Sábado 12 DIARIO DO CONGRESSO NAÇIONAL (Seçio I) Abril de"1975
solicitou da Presídêneia fosse tomada alguma providência no sentido da realização deuma homenagem 9..ue marcasse o ano decentenário de nascimento do PresidenteArthur Bernardes, Também usou da palavrao Senhor Deputado Paulino Cícero, que fezum breve e elogioso retrospecto do trabalhodesenvolvido pelas Presidências anterioresdesta Comissão e congratulou-se com seuspares pela eleição dos novos Presidente eVice-Presidentes, augurando-lhes uma profícua gestão. Agradecendo, inclusive emnome de seus Vice-Presidentes, o SenhorPresidente ratificou as palavras do SenhorDeputado Paulíno Cícero e convocou osmembros desta oomísãc para a próximareunião ordinária. E, para constar, eu, Teresíriha de Jesus Versiani Pitangui, Secretária, lavrei a presente Ata que, depois delida e aprovada, será assinada pelo SenhorPresidente.
Deputado Lysâneas Maciel - Presidente.
COMISSãO DE REDAÇãO
Ata da 3." Reunião Extraordinária, da L"Sessão Legislativa da 8.a Legislatura,
realizada em 9 de abril de 1975.
As dez horas e cinco minutos do dia novede abril de mil novecentos e setenta e eín00, reuniu-se extraordinariamente a Comtssão de Redação, na sala quatorze doAnexo Dois da Câmara dos Deputados. Estiveram presentes os Senhores DeputadosDlogo Nomura, Presidente; Furtado Leíte,Vice-Presidente; Alcír Pimenta, AntônioBresolin e Altair Chagas. Lida, foi aprovadaa ata da reunião anterior. A seguir, foramlidas, discutidas e aprovadas, nos termosdo parecer do Relator, Senhor DeputadoAlcir Pimenta, as Redações Finais do Pl'Ojeto de Decreto Legislativo n ú m e r ol-BI1975, da Câmara dos Deputados, que"aprova decisão do Presidente da Repúblicaque ordenou a execução do ato que concedeureajustamento de proventos do servidoraposentado Darcy dos Santos Ribeiro, Tesoureiro-Auxiliar do Quadro de Pessoal daMarinha"; e, do Projeto de Lei n.o1.507-B/1973, da 'Câmara dos Deputados,que "estabelece normas para a prática didáücc-ctentiücu da vivissecção de animaise determina outras providências". As dezhoras e quinze minutos, nada mais havendoa tratar, o Senhor Presidente encerrou ostrabalhos. E, para constar, eu, José LyraBarroso de Ortegal, Secretário, lavrei _apresente ata que, depois de lida e achadaconforme, será assinada pelo Senhor Presídente. .
Deputado Diogo Nomura, Presidente.
COMISSAO DE ECONOMIADISTRIBUIÇãO N.o 3/75
Efetuada pelo Senhor Presidente DeputadoAldo Fagundes
AO SENHOR DEPUTADO VIANA NETOEm 3-4-751. projeto n.O 2.290-A/74
Substitutivo oferecido em Plenário aoProjeto de Lei n,v 2.290-A, de 1974, que"dispõe sobre a contratação de seguros semexigências e restrições previstas na Lei n.o4.594, de 29 de dezembro de 1964".
Autor: Poder Executivo.AO SENHOR DEPUTADO ANTONIO CARLOSEm 4-4-751. projeto n.O 105-A/71
Emenda l!e Plenário ao Projeto de LeiD.o l05-A, de 1971, que "Modifica o artigo379 do Decreto-lei n.? 5.452, de 1.° de maiode 1943, que "aprova a Oonsoltdação dasLeis do Trabalho."
Autor: Deputado Jaison Barreto.
AO SENHOR DEPUTADO CARLOS WILSON2. Projeto n.? 8175
Altera o parágrafo 1.° do artigo 22 da Lein.? 4.229, de 1.° de junho de 1963, que transformou o DNOCS em autarquia.
Autor: Poder Executivo.
Ao Senhor Deputado AUGUSTO TREIN:,Em 7-4-751. Projeto de Decreto Legislativo n.o 3175
"Aprova o texto da Convenção Destinadaa Evitar a Dupla Tributação e Prevenir aEvasão Fiscal em Matéria de Impostos sobrea Renda, firmada entre a República Fe~
deratíva do Brasil e o Estado Espanhol, emBrasília, a 14 de novembro de 1974".
Autor: Comissão de Relações Exteriores.(Mensagem n.o 30/'15)
IAo Senhor/ Deputado FERNANDO GONÇALVES:
!2. Projeto de Decreto Legislativo n.> 4175
"Aprova as modificações introduzidas nos,textos dos Artigos n, Seção I (b) , e IV,Seção :I (b), do Convênio Constitutivo doBanco Interamericano de Desenvolvhnen-~~ -
Autor: Comissão de Relações Exteriores.(Mensagem n.? 31/75)Brasilía, 8 de abril de 1975. - Delsuíte
Macêdo de AveIar VilIas Boas, Secretária. -
COMISSãO DE ECONOMIA, INDúSTRIAE COMÉRCIO
Ata da 2.a Reunião Ordinária Plena,,realizada em 2 de abril de 1975
Aos dois dias do mês de abril de milnovecentos e setenta e cinco, às dez horase quinze minutos, realizou-se a segundaReunião Ordinária da Comissão de Economia, Indústria e Oomércío, presentes osseguintes Senhores Deputados: Aldo Fagunríes, Presidente, Santilli Sobrinho, VicePresidente da Turma "A", José Haddad,Vice-Presidente da Turma "B", Igo Losso,Fernando Gonçalves, A.H. Ounha Buenó,Amaral Furlan, Harry Sauer, João clímaeo, Vieira Lima, Carlos Wilson, João Arruda, oenervíno Fonseca, Henrique có,rdava, Angelíno Rosa, Moreira Franco, Am~'::ra.l Netto, José Thomé e Rubem Medina. ATA: Foi lida e aprovada a a'tada reunião anterior. Distribuição: O Senhor Presidente dá conhecimento aosSenhores Deputados da distribuição de umaproposição, nos seguintes termos: Ao Senhor Deputado Rubem Medina, Projeto n. o582/72 - "Torna obrigatória a realíançãode, sessões cinematográficas, de censrtralivre, no horário vespertino dos sábadoS; edomingo, entre 16 e 18 horas em todo o território nacional, nos estabelecimentos dogênero". Comunicação: O Senhor Presidente comunica aos Senhores Membros odeferimento do Ofício n.? P-17/75, que so-
-lícita providências para que seja convidadoo Senhor Ministro da Fazenda, ,ProfessorMárío Henrique Simonsen, a fim de quepronuncie palestra sobre a. nova Lei deComércio do Governo dos Estados Unidos,e suas repercussões na economia nacional.Nada mais havendo a tratar, às dez horase vinte e cinco minutos, o Senhor Presidente encerra a reunião. Para constar,eu, Delzuite Macêdo de Avelar VílIas Boas,Secretária, lavrei a presente ata que, depoisde lida e aprovada, será assinada peloSenhor Presidente.
TERMO DE REUNIAO'A Comissão de Economia, Indústria e
Comércio deixou de realizar a sua 3." Reunião Ordinária, desta legislatura, por faltade matéria. '
Oompareceram os Senhores DeputadosAldo Fagundes Presidente, Santilli Sobrinho e José' Haddad, Vice~Presidentes,Genervino Fonseca, João Clímaco, RubemMedina Henrique Córdova, Antônio Carlos,Viana Neto, Fernando Gonçalves, AngelínoRosa, Vieira Lima, Harry Sauer, Igo LosSO,José Thomé, Amaral F'urlan e José Marão.
Brasília, 03 de abril de 1975. - DelzuiteMacêdo de Avelar Víllas Boas, SecretáriA.
Abril de 191.5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 12 143'
MESA LIDJERANÇAS
Presidente :Célio Borja - ARENA
1."-Vice-Presidente:Herbert Levy - ARENA
2.°-Viee-Presidente:Alencar Furtado ...,... .MDB
l."-Secretário:OduJfo Domíngnes - ARENA
2."-Secretario:Henl'iqu~ Eduardo Alves - MDB
3.o-Secretário:Pinheiro Machadn - ARENA
4.o-Secretario:Lêo Simões - MDB
SUPLENTES'
Júlio Viveiros - MDBLauro Rodrigues - MDBUbaido Harém - ARENAAntônio Florêncio - ARENA
ARENA - MAIORIA
Líder:José Bonifáeill
Vice-Lideres:
João Línhares
Alipio CarvalhoJorge VargasJosé AlvesJairo MagalhãesParente FrotaAlron RiosBlotta JuniorMac.edo Unhares
.yasco NetoLuiz RochaParsiIal B"rl'usoAdhemar GhisiCantídio Sampaio
MDB - MINORIA
Líder:
Laerte Vicil'a
Vice-Líderes:
Alceu Cofiares
Fernando Lyra
Figueiredo Correia
Freitas Nobre
Getúlio Dias
Guaçu Piterl
Israel Dias Novaes
João M'enezes
JOel Ferreira .
Marcondes Gadelha
Padre Nobre
Peixoto Filho
DEPARTAMENTO DE COMiSSÕES MDB 3) COMISSAO DE COMUNICAÇÕES
COMISSOES PERMANENTES
1~ COMISSÃO DE AGRICULTURA E POUTICARURAL
Edison BonnaJorge Arbage
Magno Bacelar
Minoro Mlyamoto
Oswaldo Zanello
Maurício Leite
Norberto 8chmidtOssían Ararípe
Vieil'a da Silva
Freitas NobreJorge Paulo
José CamargoJúlio ViveirosMário Frota
MDB
ARENA
ARENA
Suplentes
REUNIõES
Dias MenezesGetúlio DiasJoão GilbertoJoel Ferreira
Quartas e quíntas-feíras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 6 - Ramais; 653 e 654secretária: Yole Lazzarinl
Abel AvilaAntônio Ferreira
Arnaldo Busato
Augusto Trein
Blotta Junior
'-"resIdente: Humberto Lucena - MDB
Vice-Presidente: JG de Araújo Jorgll - MDB
Vice-Presidente: Gioia J=ior - ARENA
Titulares
Aluizio ParaguassuAurélio CamposEloy Lenzi
Alair Ferreire.
Correia Lima
Dib Chetem
Ferreira Lima
Gerson Camata
Jorge UequedSilvio Abreu Júnior
Gabriel HermesJoaqrum GuerraMurílo RezendeUbaldo Barêm
Jaison BarretoMilton SteinbruchVago
F'Iávio GiovineNma RibeiroParsrtal Barroso
Moreira FrancoOsvaldL BUSKeiPedro LaU1'(lRoberto CarvalhoSebastião RodriguesYasunori Kumgo
MDB
MDB
ARENA
Suplentes
ARENA
Antônio FIorêncioAry ValadãoBatista Mira_1daEdison Bonna
Alberto IJavina~Exp<>ditO Zanott,iJanduhy Carneü'o
Titulares
2) COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
REUNIÕES
Quartas e quintas-ferras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 11 - Ramal 621Secretária: Eni Machado Coelho
Quartas e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal. Anexo II - Ramal: 766Secretário; Zorando Moreira de Oliveira
Ar! KffuriCélio Marques
E'ernal1de~
oo-reía LimaDíogo Nomura
Abdon GonçalvesDias MeneJlesFrancisco AmaralHéllo de Aimel.:la
REUNIõES
Presidente Brigido Tinoco - MDBVice-PresIdente: Fernando Cunha - MOl~
Vice-Presidente: .rarrnunc Nasser - ARENA
EI()~ LenziErnesto de MarcoIturrvaí NascnnentoJos;' .\1:auricicJuarez BatistaMilton S\;'!illbrl1eh
Jorge Varga/iJosé de AssisMauricio LeiteMenandro MinahimPrisco VianaRuy BacelarSinval Boaventura
Celso C~'alho
Elcivai CmadoFerraz EgrejaGeraldo BulhõesHenrique BritoMelO Freirevasco Amaro
MDB
José MandelliJuarez Ber.lardesNelson MaeulanRenato AY,eredoVinicius Cansanção
Suplentes
ARENA
Presidente: Pacheco Chaves - MDB
Turma A
Vice-Presidente: Antônío Annibelli - MDB
Turma HViee-Presidente: Manoel Rodrigues - ARENA
Titulares
AdENA
Turma B
Alcides FranciscatoAntônio UenoBatista MirandaBlao F.:.rtesF,'ancÍ8Co Bilac PintoHoráciO MatosInocêncio Oliveírs,Joaquim Coutinho
Alvaro Dias4ntônio BresolinFrancisco !hl:lardoniGUl>I}U PrteríHenrique Cardoso
~~aulo RochaLocal: Anexo II - Ramal 661
Coordenação de Comissões Permanentes
Geny xavier MarquesLocal: Anexo II - Telefones: 24-11179 e
24-4805 - RamaIs: 601 e 619
,Turma A, AleJ':andre MachadoAntônio GomesBenedito CanellasCardoso de Aimei .aHumberto SoutoJo5.o DurvalJnvêncio Dias,
1438 Sábado U BURlO no CONGRESSO NACIONAL (Sflilão I) Abril de 19'75
Marco MacielNewton BarreiraPaulíno oiceroPriscO VianaRafael FaraeoUbaldo Co.rrêl\
MOB
VagoVagoVagoVagoVago
Manoel NovaesMinoro Miyamo!;QNosser Almeida.Oswaldo zanenoRicardo FiúZa'I'heôdulo Albuquerque
MDB
Júlio ViveirosMagnus GuimarãesMarcelo MedeÍl:OS
- Peíxoto F'ilhoWalber Guímarâes
MDB
SUl'lente.s
ÀRENA
MarãoFl1hOMelo FreireNelson MarchezanJacob Cll.1'oloPedro ColínRaimundo DlnizWilson Braga
Suplentes
ARENA
João CasteloLauro LllItâoLomanto JüniorMw:celo LínharesMáJ'io MondinoWanderley MarizWilson FalcãoVago
Dias Mene2lellFlorim CoutinhoJosé Bonifácio NetoVago,VagoVago
REUNIõESQuartas e Quintas-feiras às 10 horas, ti!Local: Anexo II - Sala 16 - Ramais 643 e MSsecretário: Paulo José Maestralli.
.l\.rlindo KlmzlerEurico RibelrOFurtado LeiteGabriel HermesJorge ArbageJOsias Leite
Airton Sa.ndovalDias MellezesErnesto de MarcoJ ader Bll.rblillloJOSé Bonifácio Neto
AlUizio ParaguassuAntônio CarlosMarcelo MedeirOllVagoVagoVago
8) COMISSÁO DE flSCALlZACAO fINANCEIRAE TOMADA DE CONTAS •Presídente: Aloerto Hoffmann - ARENA
Vice-Presidente: Gastão MüIlett - ARENAVice-Presidente: Walter Silva - MDB
Titulares
ARENA
Aécio CunhaAlvaro ValleDarnflio AyresFernando GonçalvesFreitas GarciaGeraldo Freire
9) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
Aécio CunhaAlacid NunesAntônio' Ferl'eiraHélioLevy .Horâcío MatosJoão PedroJutahy Magalh!ies
REUNIõES
Quartas e Quinta.s-!eirllS às 10 horas.Local ; Anexo II - Sala 2 - Ramal 665.Secretário: Wílson Ricardo BllIrbosa Via.nllll.
Presidente: Lysâneas Maciel- MDBVice-PresIdente: Jose Camargo - MDB j
Vice-Presidente: Gonzaga Vasconoolos- ARENA.
"_'itull'res
ARENA
Alair FerreiraAngelíno RosaAntônio FlorêncioArlindo KumtlerCarlos WilsonCelso CarvalhoJoão ClnnacoJosias Leite
Epitácio CafeteiraJoaquim BevtlacquaJosé Ca.r1os Teixeira
- VagoVagoVagl)
Juarez BatistaNelson MacU1A1lOtávio oeccatoRuy CôdoVinicius Cansanção
Turma B
Jorge VargasMário MondmoMoacyrDaUaNunes RochaRibamal' Machado'I'emístocles Teixeira
João MenezeaMilton StelDhrllchOdacir KleinRoberto CarvalhoRuy CôdoTheodoro Mendea
MDB
Genival TourinhoHildél'lcO OííverraJoãO GilbertoJosé Maria de CarvalhoNadyr Rossetti
MDB
MDB
Suplentes
ARENA
Nosser AlmeidaOssian ArarrpePaulo FerrazRafael FlIl'llCOSylvio Venturolll'I'emíatocles TClxeiraValélio RodrIgues
Flexa Ribeiro - ARENA.Salvador Julianelli - ARENAOlivir Gabardo - MDB
Titulares
ARENA
Leur LomantoLygia Lessa BastosMagna BacelarManoel de AlmeidaMenandro MinahimRômulo Galvão
Airton SoaresAlcir PimentaAntônio MoraisDaniel SilvaEdgar MartinsFigueiredo Correia
REUNIOES
Quartas e Quintas-feiras às 10 horas,Local: Anexo TI - Sala 4 ~ Ramal 631.Secretária: Delzuite Macedo de Avelar Villas
Boas.
PresidenteVice-PresldenteVice-Presidente
Amaury MüllerAntônío PontesFel'nando GamaFrancisco AmaralJader BarbalhoJorge Uequed
Alvaro ValIeBraga RamosDareího AyresDaso CoimbraGeraldo FreireHélio MaUl'OJosé Alves
6) COMISSAO DE EDUCAÇÁO E CULTURA
AntÔJlio MarizGOmes da SilvaHydekel FreitasJairo MagalhãesJutahy MagalhãesLuiz BrazNey LopesNorton Macedo
Antonio JoséAthiê OOuryEma.nuel WaissmannEpitácio CafeteiraGomes do Amaral
Turma A
Adriano ValenteAntonio MarimotoDyrno PiresFernando MagalhãesFranCISCo Bilac PintoHélio CamposJoão Vargas
MDB
Alvaro Dias Lauro Roct:iguesAntunes de Oliveira. Lincoln GrílloArgflano Dario Magnus Guimarã-esExpedito Zanotti Octacílio AlmeidaFrancisco Amar~ Paulo MarquesJG de AraÚJO Jorge Theodoro Mendes
REUNIõESQuartM-feiras, às 10 horas.Local: Anexo TI - Sala 9 - RllI1na.l 639.Secretária: Marta Clélia Orrico.
1) COMISsAo DE FINANÇASPresidente: Homero Santos - ARENA
Turma AVlce-Preliidente: João Castelo - ARENA
Tunna BVice-Presidente: Pedro Faria - MDB
Titulares
ARENA
MDBJa.~bas VasconcelosJoaquim BevilacquaLuiz HenriqueLidovino PantonMiro TeixerraRubem Dourado
Turma BAmaral' F'm'lanAUguS'to TreinCarlos WilsonHenrique CórdovaJoão CllmaeoViana NetoVieü'a Lima
MDBGenervino FonsecaJoão ArrudaMarcondes GadelhaRubem Medina
MDBJosé Bonifácio NetoJosé MauricioNadyr Ros.'lCttiSérgio MurilloSílvio Abreu JúniorWalher GuimarãesWalter Silva
SuplentesARENA
Hugo NapoleãoHumberto SoutoJanuádo FeitosaPaulíno oíceroRicardo J!'íúZaRogério RégoUlisses Potiguar
SuplentesARENA
Moacyr DallaNereu GuidiNcgueíra de RezendeOsmar LeitãoParente :FrotaRaimundo ParenteRaul BernardoViana Neto
4) C:OMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO E JUSTIÇAPresidente: Luiz Sl'aII - ARENA.
TURMA nA"Vice-l'residente: Djalma Bossa - ARENA.
TURMA nB"Vice-l're~dente: Nogueira da Gama - MDB
J.'ít_l::,resARENA
Turma BBlotta JuniorErnesto ValenteJosé EallyLauro LeitãoNey LopesNorton MacedoTheobaldo BarbOsa
Turma AAltair ChagasAntônio MarizCantidio SampaioClaudíno SalesCleverson TeIXeiraGomes da SilvaJa.iro MagaltláeSJoão Lmnares
Alceu CollaresCelso BarrooErasma Martins PedroNoiae oerquerral'etl'õmo FigueiredoSebastião RodrIguesTarc1sio Delgado
Femallllo CoelhoFigueiredo CorreiaFra.ncisco StudartHumberto LucenaJader BarbalhoJoão GilbertoJ orge TIequed
Antõnio (111.1'105Harry SauerJosé ThoméMoreira F'rancoTancredo NeVe<!
AírDn Rios •Alexandre MachadoAltair ChagasCardoso de AlmeidaCleverson Teb<eiraDyrno PíresFari/l. LínUl.
5) COMISSÃO DE ECONOMIA, IND(iSTRIA ECOMeRCIDPresidente: Aldo Fagundes - MDB
Turma AVice-Pl'esidente: Santllh Sobr.ínho - MDB
TU1'ma BVice-Presidente: José Haddad - ARENA
TitularesARENA
REUNIõESQuartas e Quintas-feiras às 10 horas.Locaol: Anexo TI - Sala 17 - Ramal 626.Secretária: Snvia Barroso Martins.
Turma AA. H. Cunha Bueno-Amara). NettoAngelina RosaFernando GonçalvesIgo LossoMarão Filho
Antônio MarimotoDib ChoremEduardo Galil
" Gonzaga vssconceioeHenrique CórdovaHenrique PrettíHomero S'an.tosIgo L06SOJarmund Nasser
Abril de 1975 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção ]) Sábado 12 1431
Suplentes Suplentes
MDB
VagoVagoVago
ARENA
Humberto Bezerra.Newton BarreiraRibamar MachadoTeotônio NetoVieira Lima
Quartas e Quintas-feiras às 10 horas.Local: Anexo Ir - Sala 13 - Ramais 688e 689.Secretário: Walter Gouvêa Costa.
Alaeid NunesBaldacci FilhoBento GonçalvesFlávio MarcilioFrancisco Rollemberg
Aldo FagundesAluizio ParaguassuDias MenezesJG de Aroojo Jorge
REUNIõES
José CamargoMagnus 3:UJmarãesPaes de AndradePedro FariaRoberto CarvalhoSérgio Murillo
MDB
ARENA
Hermes Mac&loJoão VargasJuvêncio DiasLeur LomantoMarco MacielNorberto scnmtdtPaulo StudartV.'aldomiro GonçalVell
Aldo FagundesAntunes de OliveiraAntônio MoraisDaniel SilvaDias MenezesJoão Menezes
Adhemar GhisiAlvaro GaudéncioAry ValadâoCunha BuenoFernândo MagalhãesFlexa RibeiroGeraldo GuedesGerson Camata
hpJB
Nelson ThibauPedro LauroWalmor de LucaYasun6r:i Kunigo
MDB
Suplentes
ARENA
JOlléMachadoLins e SilvaLuiz àoohaSiqueira CamposVingt lUJ6adoWllmar DallanholVago
Israel Dias NovaesJerônimo SantaMJorge FerrazMarcos TitoMário Moreira
Alberto HoffmannAmaral NettoBenedíto CanellasDj!ilma BessaFerraz EgrejaFrancelin~ PereiraGastão Müller
MDB
Altail' Chagas
10) COMISSAO DE REDAÇAO
11) COMISsAo DE RELAÇõES EXTERIORES
José CostaPedro LucenaThales RamalhoVago
Manoel -de AlmeIdaMauro SampaioRômulo GalvãoTheobaldo BarbosaVieira da SIlva
Paulo FerrazUbaldo BarémVasco NetoValdomiro GonçalvesWamderley MarIZ
Nereu Guid!Osmar LeitãoRaimundo ParenteSiqueira CamposVicente VuoloWilmar Dal1anhol
MDB
MDBJorge MouraJosé CostaJoSé -MaurICioMarcelo GatoOtávro CeccatoRosa Flores -
MDB
Gamalíel GalvãoJoel Perreh-a :Lauro Rodrigues
Suplentes
ARENA
Titulares
ARENA
Antônio AnnlbelliDias MénezesErasmo Martins PedroFreitas Nobre
Adhemar SantiloAntônio PontesFernando Coelho
14) COMISSÃO DE SERViÇO POBLICO
Presidente: Wilson Braga - ARENAVice-Presidente: Víngt RosaKlo - ARENAVice-Presidente: Argilano Dario - MDB
Titulues
ARENA
15) COMISSAO DE TRABALHO E LEGISLAÇAOSOCIAL
Adhemar GhisiAlvaro GaudêncioCid FurtadoEduardo GalflIbrahím Ab! AckelJacob CarolaLuiz RochaNelson Marchezan
Agostinho RodriguesAmaral FurlanCid FurtadoClaudino SalesErnesto ValenteEurico Ribeiro
REUNIõES
Quartas-feiras, às 10 horas.Locaol: Anexo II - Sala 12 - Ramal 694.Secretário: Hélio Alves Ribeiro,
Aloisio SantosCarlos CottaFrancisco AmaralFredel'lco BrandãoGetúlio DiasJoel Lima
Ary KffuriFrancelmo PereiraFreitas GarciaGeraldo· GuedesHumberto Bezerra
Presidente: Paes àe Andrade - MDBVice-Presidente: Sérgio Murillo - MDBVIce-Presidente: Raul Bernardo - ARENA
MDB
MDB
Osvaldo Buslrei. Pedro Lucena
Walter de Castro
ARENA
João AlvesMauro SampaioValério Rodl'lguesUlisses PotaguarWilson Falcão
;3uplentes
ARENA
Manoel NovaesParsifal BarrosoSalvador .rutíanelnTheódulo AlbuquerqueVago
Antônio BelínattiAntLUles de OliveiraFlorim Coutinho
Adríano ValenteBraga Ramos.Daso CoimbraHenrique BritoJoão DurvalJoSé Alves
Presidente: ítalo Conti - ARENAVice-Presidente: Célio Marques Fernandes
ARENAVice-Presidente: Ruy Lino - MDB
Titulares
ARENA
Agostinho Rodrigues Parente FrotaAlipio Carvalho Paulo StudartJanuário Feitosa Sylvio VonturolliNuneli Leal Sínval Boaventura
MDB
J osé Carlos TeixeiraLincoln Glill0 -Ney Ferreira
A'bdon GonçalvesLeôniclas SampaioOdemír Furlan ,
Adernar PereiraAiron RiosDiogo NomuraFrancisco RollembergIrioeêneío Oliveira
13) (OMISSÃO DE SEGURANÇA NACIONAL
REUNIõES
QullXtas-feiras, às 10,30 horas.Local: Anexo n - Sll,la 1 - Ramal 677S€cretária: sylvia ourí Kramer Benjamin do
Canto.
12) COMISSÃO DE SAúDE
Presidente: Fábio Fonseca - MDBVice-Pl'esiclente: Jaison Barreto - MDBVice-Presidente: Navarro Vieira - ARENA
Titulares
Athiê Coury Líncoln GrflloCarlos Cotta Marcondes GadelhaJanduhy Carneiro Walmor de LucaJoaquim Bevilacqua Vago
REUNIõES
QWlJ'tlUl e Quintas-felrns às 10 horas.Local: Anexo n - Sala 10 - Ramal 682.Secretária: Inâ Fernandes Costa.
João CunhaMac Dowcl Leite
de CastroPadre NobrePaulo MQrquesThalell Ramalho
Lauro RodriguesRubem DouradoSílvio de Abreu JúniorVagoVago
Titulares
ARENA
Murilo Bada,róNogueira de RezendePassos PôrtoPedro ColinRaimundo DinlzRogériO RêgOTeotônio Nl'to
MDB
AdhemllX Santillo'Âltton SoaresDias Men'fzesFrederico BrandãoJorge MouraJosé Carlos Teixeira
REUNIOES
Quartas e Quintas-feiras às 10,30 horas.Local: Anexo n - Sala 7 - Ramal 660.Secretário: Luiz de qliveira Pinto.
MDB
Henrique Cardoso Vago
REUNIOES
Quartas-feiras às 10 horas.Local: Anexo II - Sala 14 - Roonal 673.Secretário: José Lyra Barroso de OXtegal.
ARENA
Prisco Viana Theobaldo BarbosaRibamar Machado
Alcir Pimenta. Antônio BresoUn
Juplentes
Presidente: Flávio Marc1lio - ARENAVice-Presidente: Joaquim ooutínno - ARENAVice-Pl'esidente: Jairo Brum - MDB
Presidente: Diogo Nomura - ARENAVice~P,residente:Furtado Leite - ARENA
Titulares
ARENA
Antônio UenoBras FortesFaria LimaHugo NapoleãoJOSé MachadoLins e SilvaMarcelo LinhllXes
Adalberto CamargoAno TheodoroCarlos SantosCotta Barbosa:Fernando GamaFrancisco studart
1440 Sábado 12 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Abril de 1915
16} COMISSÃO DE TRANSPORTES
Quartas e Quintas-feiras às 10,30 horas,Local: Anexo II - Sala 5 - Ramal 696.Secretário; Carlos Brasil de Araújo,
COORDENAÇÃO DE COMISSOESTEMPORÁRIAS
S,eQâD de Oomíssões de Inquérito
Chefe: J1\lrO Terezinho Leal ViannaLocal: Anexo li - Ramais: 609, 610 e 612
VagoVago
MDB
Juarez Bernardea
Lauro LeitãoPedro Colm
,MDB
Eloy LenziJaison Barreto
Suplentes
ARENA
Hermes MacêdoVasco AmaroWilmar Dallanhol
MDB
VagoVago
Manoel de AlmeidaRuy Bacelar
MDB
Genival TourinhoVinicius Cansançâo
Suplentes
ARENA
José AlvesJutahy MagalhãesPrisco Viana
MDB
Antônio CarlosFernando Cunha
Hélio LevyJosé de ASlÚsNunes Rocha
, Suplentes
ARENA
Siqueira CamposTIbaldo BarémVicente Vuolo
MDB
Adhemar SantilJo VagoGenervíno Fonseca VagoVago
Presrdente r Abel AvJ1a - ARENAVice-Preerdcnte : Norberto Schmldt - ARENAVice-Presidente: Dias Menezes - MDB
Titulares
ARENA
Odacir KleinVagoVago
Ahnzío ParaguassuAntônio Anníbelü
Adriano ValenteArlmdo KunzlerHenrique Córdova
REUNIõES
QUIntas-feiras às 11 noras.Local: Anexo II - Sala 8-E - Ramal 885.Secretário: Romualdo Fel'nandes Arnokío ,
4} COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO DAREGIÃO SUL
Antônio UenoJoão V3Irgas
BEUNIõES
Quartas-feiras às 10 horas.Local; Anexo li - Sala B-B - Ramal 685.Secretária; Allia .Felício Tobiaos.
Humberto SoutoInocêncio OliveiraJanuárlo Feitosa
Ernesto ValenteF.rancelino Pereira
5) COMISSAC DO POL(GONO DAS SECAS
José CostaFernando Lyra
Presrdente : Geraldo Guedes - ARENAVice-PreSldente: Dymo Pires - ARENAVICe-Presidente; Celso Barros - MDB
TitulAres
ARENA
Fernando CoelhoJ llIroas VasconcelOllJosé Carlos Teixeira
REUNHms
Quintas-feiras às 10 horas.Local: Anexo II - Sala. !l-A - Rama.l 005.Secretária: Vânia Garcia Dórea,
Jerômmo SantanaNabor Júnior
VagaVago,
Rezende Montéirl;>Valdomiro Oonçaíves
Juvêncio DiasRaimundo PllIrente
MDB
ARENA
RIcardo Fíúza ~\
Rogélio Rêgo
Vinicius Cansanção
MDR
Titulares
Suplentes
ARENA
SiqueIra camposTerrnstocles reixelraUbaldo Oorrêa
MDB
VagoVago
REUNIõES
Gabriel HermesHélio Campos
Antunes de OliveiraEpitácio Cafeteira
Edison BonnaElclvaJ CaladoRafael Faraco
Quartas-feiras, às 10 horas.Local: Anexo II - S""la B-A - Ramais 605,
606 e 616.Secretário; Jacy da Nova Amarante ,
Presidente Alaeid Nunes - ARENAVice-PreSIdente Nosser de Almeida - ARENAVice-Presidente: Antônio Pontes - MDB
TitularesARENA
2) COMISSÃO DA BACIA DO SÃO FRANCISCO
COMISSOES ESPECIAIS
Júlio ViveIrosMárIO FrotaRuy Lino
1) COMISSÃO DA AMAZôNIA
EpitácIO CafeteiraJosé Costa
'I'hales RamalhoVagoVago
Suplentes
ARENA
Fernando Magalhães Marco MacielJairo Magalhães Passos PôrtoJOSiM Leite PauJino oicero
MDB
REUNIõES
Quintas-feiras às 10 horas,Local: Anexo li - Sala 3 - Ramal 611.Secretária: Maria de Nazareth Raupp Ma-
chedo,
Presrdente ; Ney Ferre1ra - MDBVice-PresIdente: José Carlos 'I'eíxerra - MDBVice-Presl<lente: FrancISCO Rollernnerg
ARENA
3) COMISSÃO DO DESENVOLVIMENTO DAREGIÃO CENTRO-oESTE
Benedito CanellasGastão MüllerJarmund Nasser
Presidente: Iturival Nascimento --" MDBVice-PresIdente: Walter de Castro - MDBVice-Presidente: Ary Vala.dao - ARENA
Titulares
ARENA
Bento Gonçalves, Geraldo BulhõesManoel Novaes
José de AssisMurllo RezendeRezende MonteiroRny BacelarSlm~os Filho
Mário FrotaNabar JúmorDctacílio AlmeidlJoOswaldo Lima
MDB
Suplentes
ARENA
José HaddadJosé SaJlyLygia Lessa BastosManoel RodriguellMurllo BadarôNina RibeiroRezende MonteiroSantos Filho
MDB
SilVIO de Abreu JÚDiorTarci.sio DelgadoTheodoro MendesVagoVagoVago
'MDB
SuplentesARENA
Nunes RochaPassos PôrtoUbaldo oorreaVasco AmaroVasco Nllto·Vicente Vuolo
José MandelliMário Morerrll.Odacir KleinPedro LauroRuY Côdo
BEUNIõES
Adernar PereiraAntômo GomesEle!val CajadoFurtado LeiteGeraldo BulhõesGIOla JuniorHélío Mauroítalo Conti
Aurélio CamposFernalIdo CunhaGamahel GarvâoGenrval rourmhoLUIZ HenriquePeixoto FilhoRuy Côdo
Abel AvilaAícines FraneíscatoBento GonçalvesHenrrque PrettiHydekeí Freitl>SJoaqUIm Guerra
Fernando LyraFrancisco RochaHélIo de AhneidaIturival NaSCImentoJuarez Batista
Alfpio CarvalhoHélio CamposHélio LevyJoão LinnaresJ08.0 PedroNavarro VieiraNunes Leal
Antônio CarlosDias MenezesEl'llesto de MarcoFrancisco LíbardoníJ airo Brum
BEUNIõES
Quartas e Quintas-feiras às 10 horas,Local: Anexo II - Sala 15 - Ramal 647.Secretário: Nelson Oliveira de Souza.
Presidente: Lomanto Júmor - ARENAVice-Presidente: Hermes Macédo - AH.ENAVice-Presidente: Amaury Mülier - MDB
TitularesARENA
Gilda Amora de Assis RepublicanoLocal: Anexo li - Ramais;
Sessão de Oemíssões Especiais
Chefe: Stella Prata da Silva LopesLocal: Anexe li - Sala 8-B - Ramaol.: 604
IPREÇO OUU EXEMPLAR: c.r$,0,50 I Centro Gráfico do Senado FederalCaIxa Postal 1. 21)3
Braaílía - DFEDiÇÃO DE HOJ~80 PAGINAS]