ame gols leva semifinal - Coleção Digital de Jornais e ...

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©JORNAL DO BRASIL S A 1987 Rio de Janeiro —- Segunda-feira, 23 de novembro de 1987 Ano XCVII — N" 229 Preço: ÇZ$ 20,00Ari Gomos

TempoNo Rio e Niterói, nublado aocasional mente encoberto,com possíveis chuvas, molho-ria no decorrer do período.Temperatura estável. Máximae mínima de ontem: 31,3" emBarigüi e 19,3°, no Alto da BoaVista. Foto do satélite e tempono mundo, página 10.

EsportivaCE Bgil 11 ILTU CS3 CZTJ CZ3cb czz. e^a (=1OI CZD C^ ÜZ3eu ^^czjcznCO E>^CIZ]CZI]ca czdczdc-^LU CZJCZJ^^ta czz] cm c_s]m czziizzicaa

LotoSaiu para 9 acertádores o sor-teio da Loto, concurso n" 471,que premiou as dezenas 02, 13,24, 28 e 88. Os acertádores, 4 doRio, 2 de São Paulo, 1 de MG, 1de Pernambuco e 1 de SantaCatarina, vão receber mais deCZ$ 3 milhões cada um.

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Jenniffer Beals (foto), amaior atração de ontem nasentrevistas coletivas do 4°FestRio, anunciou que pre-tende trabalhar no Brasil emfilme dirigido por seu marido,Alexander Rockwell. O maiorsucesso do festival, até agora,foi a exibição do filme brasi-leiro Sonho de Valsa, de AnaCarolina, que é protagonizadopor Xuxa Lopes, primeira for-te candidata ao prêmio de me-lhor atriz.

Ex-manequim, ex-socialite,ex-entrevistadora de TV, ex-directrice de boate, ex-funcionária da Riotur, DanuzaLeão, agora, trabalha na pro-dução de telenovelas. Ela estáem Sassaricando, da Rede Glo-bo, onde ensina como deve sera bandeja do café-da-manháde milionários e a correta pro-núricia em inglês de execu-tivos.

Apesar de bem marcado, Zico deu uma grande exibição e fez a torcula do Flamengo vibrar

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HelicópterosO Exército deve receber hojeas propostas para a compra de52 helicópteros destinados ao1° Batalhão de Aviação Leve,de Taubaté. Os concorrentesmais fortes são as fábricasamericanas Sikorsky e Bell e aAerospatiale francesa. (Avia-çáo, página 12)CotaçõesDólar oficial: CZ$ 60,383 (com-pra), CZ$ 60,685 (venda) e CZ$75,85 (viagem). Uriifi CZ$485,82 para IPTU e CZ$ 991,65para ISS e alvará; taxa de ex-pediente, CZ$ 99,16. Uferj: CZ$991,65. OTN: CZS 463,48. OTNfiscal: CZ$ 500,17. UPC: CZ$458,94. MVR: CZ$ 1.050,19. Sa-lário mínimo de referência:CZ$ 2.260,29. Piso salarial: CZ$3.000,00.

O Flamengo, com uma atuaçãoexcepcional de Zico — Jogadas bri-lhantes e os três gols —, derrotouo Santa Cruz por 3 a 1 e garantiu suavaga na fase semifinal do CampeonatoBrasileiro. Vai enfrentar o Atléticoduas vezes, a primeira no Maracanã, elutar contra a vantagem de um pontoque o time mineiro conquistou ao ven-cer os dois turnos.

A vitória do Flamengo foi credita-da pela torcida a Zico, que ficou emo-cionado ao ouvir os quase setenta miltorcedores gritando seu nome, como há

Cubanos fazem20 reféns emprisão dos EUA

Centenas de refugiados cubanos,armados com pedaços de pau e macha-dos, amotinaram-se no Centro de De-tenção de Imigrantes Ilegais de Oskda-le, nos Estados Unidos, e mantinhamem seu poder 20 reféns. Incendiaramdois edifícios administrativos, a capelae o restaurante da prisão, exigindogarantias de que não serão repatriados.

O estopim da rebelião foi o açor-do de emigração assinado sexta-feiraentre os Estados Unidos e Cuba, peloqual o governo de havana se compro-mete a receber de volta três mil

. cubanos considerados indesejáveisnos EUA. Entre eles estão 976 prisioneiros de Oakdale. A polícia cer-cou o Centro de Detenção. (Página 7)

Peruano lançalivro contraa estatizaçáo

O economista peruano Hernando deSoto, um dos mais fortes opositores dainterferência estatal na economia c do po-der dos burocratas, chegou ao Brasil paralançar, hoje, seu livro El otro Sendero(Economia Subterrânea, na tradução). Ne-le, de Soto propõe que marginalizados,camelôs e favelados sejam consideradosempresários pobres.

Os informais, como chama os empre-gados nos setores conhecidos como merca-do negro ou economia paralela, represen-tam, segundo o escritor, contribuição àsvezes mais importante para a produção deriquezas do que a atividade estatal. Aolado do também escritor Mario VargasLlosa, de Soto lidera no Peru a campanhacontra a estatizaçáo dos bancos. (Página 13)

alguns anos. Ele compensou a má apre-sentação de Renato e Bebeto, muitovaiados, e descobriu os espaços que oFlamengo precisava para vencer.

O Cruzeiro também garantiu suaparticipação na outra semifinal, ao der-rotar o Santos, cm São Paulo, por 1 a 0,em gol feito depois do tempo regula-mentar. Vai enfrentar, também emdois jogos, o Internacional, vencedordo primeiro turno. Em Goiânia, oVasco começou perdendo por 2 a 0 econseguiu empatar (2 a 2) com o Goiás,gols de Humberto e Roberto.

Em Itaparica, começa hoje o Sul-América Opcn, torneio de tênis maisimportante da América do Sul, coma presença de cinco dos 20 melhoresjogadores do mundo, entre eles o cqua-toriano Andres Gomez, vencedor doano passado. No Rio, Vítor Alves Tei-xeira conquistou o tricampeonato bra-sileiro de hipismo, mas o vencedorda prova de encerramento foi JoãoMalik de Aragão.

Na Itália, o Napoli, líder, venceuo Torino por 3 a 1, com dois gols deCareca e um de Maradona. (Esportes)

Governo planejafechar estataise não demitir

O ministro Bresser Pereira anun-ciou que o governo vai extinguir algu-mas estatais e transformar outras emautarquias, mas afastou a hipótese dedemitir funcionários. "Não há exces-so de pessoal nos serviços públicosfederal ou estadual", garantiu o mi-nistro, que anunciou também aumen-to de impostos no bojo de um "planode emergência", para conter a infla-ção e o déficit público.

Hoje, os ministros Bresser Perei-ra, Luiz Henrique e Abreu Sodréreúnem-se com o presidente JoséSarney para tentar resolver o proble-ma comercial com os EUA provoca-do pela Lei da Reserva de Mercadopara a informática. No Rio, o expor-tador Paulo Protásio revelou quehá um movimento de empresáriospara que o peso da retaliação de US$105 milhões recaia sobre as expor-tações das estatais. (Páginas 11 e 14)

Governadoresquerem programaantes de nome

Os governadores Moreira Franco, Wal-dir Pires, Miguel Arraes, Orestes Quercia,Pedro Simon e Newton Cardoso querem aconvocação da convenção nacional doPMDB, para que o partido aprove um pro-grama de governo antes do lançamento docandidato a presidente da República. A idéianasceu em reunião no Palácio Laranjeiras.

Para estes governadores do PMDB, omandato de quatro anos imposto ao presi-dente José Sarney é fato consumado. Morei-ra acredita que a forma de governo —

parlamentarismo ou presidencialismo — de-verá ser resolvida em plebiscito, em SS oudepois. Em Roma, o ex-governador FrancoMontoro disse que aceita disputar a Presi-dência no regime parlamentarista. (Página 2)

Sônia do Almeida

Jovens do Riosabem poucosobre a Aids

As campanhas sobre a Aids estão gerandomais pânico, desinformação e confusão do queesclarecendo os adolescentes do Rio, segundo

• pesquisa das empresas Retrato-Consultoria eMarketing c Ibope, que ouviu jovens entre 15 e19 anos- de todas as classes sbeiais e regiõesgeográficas da cidade do Rio de Janeiro.

Quase a metade dos adolescentes ouvi-dos, (46%) acha que.picada de inseto e umafomia de contágio. Parcelas significativas ãdmi-tem que se contrai a doença pela saliva ou porum beijo prolongado. A grande maioria (70%)não acredita que venha<a contrair a doençaao longo da vida, embora, contraditoriamente,42% dos'entrevistados terminl' uma grande,contaminação da sociedade. (Cidade, página 3)

D Ó domingo sem sol impediu apraia, mas o carioca passou umdomingo alegre, entregue a outrasalternativas de lazer, como patinarno gelo ou escalar o Pão deAçúcar, onde se destacaram a co-ragem e a habilidade de RobertoGroba e suafüha, Roberta (E). NoJardim Botânico, duas mil pessoasaplaudiram com entusiasmo a ré-cita que reuniu o pianista ArthurMoreira Lima, o saxofonista Pau-Io Moura e o violonista RafaelRabello. No Parque da Catacum-ba, Alceu Valença (D) e ChicoBuarque, entre outros, animarama festa de solidariedade à popula-ção de Goiânia. Centenas de ciclis-

, tas fizeram um passeio entre a Ti-jucá e o Leme. (Cidade, página 1)

Deságio atingetambém a dívidade curto prazo

Os títulos da dívida brasileira de curtoprazo também estão sendo negociados pelosbancos com deságio, a exemplo das dívidas demédio e longo prazos. O diretor da áreaexterna do Banco Central, Carlos Eduardo deFreitas, atribui o fato "ao problema de credi-bilidade do país". O aumento do sprcad (taxade risco) do curto prazo, disse Freitas, prodü-ziu uma despesa extra de USS 70 milhões.

O diretor do Banco Central revelouque o leilão da conversão da dívida eminvestimento será feito através de pregõesmensais em disputa pública entre credores.Dois pesquisadores do 1PF.A mostram, emsimulações, que a conversão de USS 1 bilhãopor ano provocará, ao fim de cinco anos, aqueima de US$ 742 milhões das reservas eaumento do déficit em 2% do PIB. (Pág. 15)

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TempoNo Rio e Niterói, nublado aocasionalmente encoberto,com possíveis chuvas, melho-ria no decorrer cio período.Temperatura esUivel. Máximae mínima de ontem: 31,3" emBangu, e 19,3", no Alto da BoaVista. Foto do satélite e tempono mundo, página 10.

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O Flamengo, com uma atuaçãoexcepcional de Zico — jogadas brilhan-tes e os três gols —, derrotouo Santa Cruz por 3 a 1 e garantiu suavaga na fase semifinal do CampeonatoBrasileiro. Vai enfrentar o Atléticoduas vezes, a primeira no Maracanã, elutar contra a vantagem de um pontoque o time mineiro conquistou ao ven-cer os dois turnos.

A vitória do Flamengo foi credita-da pela torcida a Zico, que ficou emo-cionado ao ouvir os quase setenta miltorcedores gritando seu nome, como há

alguns anos. Ele compensou a má apre-sentação de Renato e Bebeto, muitovaiados, e descobriu os espaços que oFlamengo precisava para vencer.

O Cruzeiro também garantiu suaparticipação na outra semifinal, ao der-rotar o Santos, em São Paulo, por 1 a 0,em gol feito depois do tempo regula-men tar. Vai enfrentar, também cmdois jogos, o Internacional, vencedordo primeiro turno. Em Goiânia, oVasco começou perdendo por 2 a 0 cconseguiu empatar (2 a 2) com o Goiás,gols de Humberto e Roberto.

Em Itaparica, começa hoje o Sul-América Opcn, torneio de tênis maisimportante da América do Sul, coma presença de cinco dos 20 melhoresjogadores do mundo, entre eles o equa-toriano Andres Gorriez, vencedor doano passado. No Rio, Vítor Alves Tei-xeira conquistou o tricampeonato bra-sileiro de hipismo, mas o vencedorda prova de encerramento foi JoãoMalik de Aragão.

Na Itália, o Napoli, líder, venceuo Torino por 3 ai, com dois gols deCareca e um de Maradona. (Esportes)

Governo planejafechar estataise não demitir

O ministro Bresser Pereira anun-ciou que o governo vai extinguir algu-mas estatais e transformar outras emautarquias, mas afastou a hipótese dedemitir funcionários. "Não há exces-so de pessoal nos serviços públicosfederal ou estadual", garantiu o mi-nistro, que anunciou também aumen-to de impostos no bojo de um "planode emergência", para conter a infla-ção e o déficit público.

Hoje, os ministros Bresser Perei-ra, Luiz Henrique e Abreu Sodréreúnem-se com o presidente JoséSarney para tentar resolver o proble-ma comercial com os EUA provoca-do pela Lei da Reserva de Mercadopara a informática. No Rio, o expor-tador Paulo Protásio revelou quehá um movimento de empresáriospara que o peso da retaliação de USS105 milhões recaia sobre as expor-tações das estatais. (Páginas 11 e 14)

Governadoresquerem programaantes de nome

Os governadores Moreira Franco, Wal-dir Pires, Miguel Arraes, Orestes Quércia,Pedro Simon e Newton Cardoso querem aconvocação da convenção nacional doPMDB, para que o partido aprove um pro-grama de governo antes do lançamento docandidato a presidente da República. A idéianasceu cm reunião no Palácio Laranjeiras.

Para estes governadores do PMDB, omandato de quatro anos imposto ao presi-dente José Samey é fato consumado. Morei-ra acredita que a forma de governo —parlamentarismo ou presidencialismo — de-verá ser resolvida em plebiscito, em 88 oudepois. Em Roma, o ex-governador FrancoMontoro disse que aceita disputar a presidên-cia no regime parlamentarista. (Página 2)

Jenniffer Beals (Coto), amaior atração de ontem nasentrevistas coletivas do 4"FestRio, anunciou que pre-tende trabalhar no Brasil emfilme dirigido por seu marido,Alexander Rockwell. O maiorsucesso do festival, até agora,Coi a exibição do filme brasi-leiro Sonho de Valsa, de AnaCarolina, que é protagonizadopor Xuxa Lopes, primeira for-te candidata ao prêmio de me-lhor atriz.

Ex-manequim, ex-socialite,ex-entrevistadora de TV, ex-directrice de boate, ex-funcionária da Riotur, DanuzaLeão, agora, trabalha na pro-dução de telenovelas. Ela estáem Sassaricando, da Rede Glo-bo, onde ensina como deve sera bandeja do caCé-da-manhãde milionários e a correta pro-nüncia em inglês de execu-tivos.

HelicópterosO Exército deve receber hojeas propostas para a compra de52 helicópteros destinados ao1° Batalhão de Aviação Leve,de Taubaté. Os concorrentesmais fortes são as fábricasamericanas Sikorsky e Bell e aAerospatiale francesa. (Avia-ção, página 12)

CotaçõesDólar oficial: CZ$ 60,383 (com-pra), CZ$ 60,685 (venda) e CZ$75,85 (viagem). Unif: CZ$485,82 para IPTU e CZ$ 991,65para 1SS e alvará; taxa de ex-pediente, CZ$ 99,16. Uferj: CZ$991,65. OTN: CZ$ 463,48. OTNfiscal: CZS 500,17. UPC: CZS458,94. MVR: CZS 1.050,19. Sa-lário mínimo de referência:CZ$ 2.260,29. Piso salarial: CZ$3.000,00.

Cubanos fazem20 reféns emprisão dos EUA

Centenas de refugiados cubanos,armados com pedaços de pau e macha-dos, amotinaram-se no Centro de De-tenção de Imigrantes Ilegais de Oakda-le, nos Estados Unidos, e mantinhamcm seu poder 20 reféns. Incendiaramdois edifícios administrativos, a capelae o restaurante da prisão, exigindogarantias de que não serão repatriados.

O estopim da rebelião foi o açor-do de emigração assinado sexta-feiraentre os Estados Unidos e Cuba, peloqual o governo de havana se compro-mete a receber de volta três milcubanos considerados indesejáveisnos EUA. Entre eles estão 976 pri-sioneiros de Oakdale. A polícia cer-cou o Centro de Detenção. (Página 7)

Peruano lançalivro contraa estatizaçãò

O economista peruano Hernando deSoto, um dos mais fortes opositores dainterferência estatal na economia e do po-der dos burocratas, chegou ao Brasil paralançar, hoje, seu livro El otro Sendero(Economia Subterrânea, na tradução). Ne-le, De Soto propõe que marginalizados,camelôs e favelados sejam consideradosempresários pobres.

Os informais, como chama os empre-gados nos setores conhecidos como merca-do negro ou economia paralela, represen-tam, segundo o escritor, contribuição àsvezes mais importante para a produção deriquezas do que a atividade estatal. Aolado do também escritor Mario VargasLlosa, De Soto lidera no Peru a campanhacontra a estatizaçãò dos bancos. (Página 13)

Carla Rio Sônia do Almeida

Jovens do Riosabem poucosobre a Aids

As campanhas sobre a Aids estãogerando mais pânico, desinformação e con-fusão do que esclarecendo os adolescentesdo Rio, segundo pesquisa das empresasRetrato — Consultoria e Marketing e Ibo-pe, que ouviu jovens entre 15 e 19 anos detodas as classes sociais e regiões geográficasda cidade do Rio de Janeiro.

Quase a metade dos adolescentesouvidos (46%) acha que picadas de insetoé uma forma de contágio. Parcelas signifi-cativas admitem que se contrai a doençapela saliva ou por um beijo prolongado. Agrande maioria (70%) não acredita quevenha a contrair a doença ao longo davida, embora, contraditoriamente, 42%dos entrevistados temam uma grande con-taminação da sociedade. (Página 10-b)

D O domingo sem sol impediu apraia, mas o carioca passou umdomingo alegre, entregue a ou-trás alternativas de lazer, comopatinar no gelo ou escalar o Pãode Açúcar, onde se destacaram acoragem e a habilidade de Rober-to Groba e sua (ilha, Roberta (E).No Jardim Botânico, duas milpessoas aplaudiram com entusias-mo a recita que reuniu o pianistaArthur Moreira Lima, o saxofo-nista Paulo Moura e o violonistaRafael Rabello. No Parque daCatacumba, Alceu Vaiença (D) eChico Buarque, entre outros, ani-maram a festa de solidariedade àpopulação de Goiânia. Centenasde ciclistas fizeram um passeio en-tre a Tijuca e o Leme. (Pág. 10-a)

Deságio atingetambém a dívidade curto prazo

Os títulos da dívida brasileira de curtoprazo também estão sendo negociados pelosbancos com deságio, a exemplo das dividas demédio e longo prazos. O diretor da áreaexterna do Banco Central, Carlos Eduardo deFreitas, atribui o fato "ao problema de credi-bilidade do país". O aumento do spread (taxade risco) do curto prazo, disse Freitas, produ-ziu uma despesa extra de USS 70 milhões.

O diretor do Banco Central revelouque o leilão da conversão da dívida eminvestimento será feito através de pregõesmensais em disputa pública entre credores.Dois pesquisadores do IPEA mostram, emsimulações, que a conversão de USS 1 bilhãopor ano provocará, ao fim de cinco anos. aqueima de USS 742 milhões das reservas eaumento do déficit em 2% do PIB. (Pág. 15)

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©JORNAL DO BRASIL 5 A 1907 Rio de Janeiro — Segunda- Ano XCVII - N" 229 Preço: CZS 20,00

Tempo Ari Gomos

No Rio e Niterói, nublado aocasionalmente encoberto,com possíveis chuvas, melho-ria no decorrer do período.Temperatura estável. Máximaè mínima de ontem: 31,3" erriBãngu, e 19,3", no Alto da BoaVista. Foto do satélite e tempono mundo, página 10.

Esportivaca c^czzIlZz:Cã) rsaai ir iCS 1 |g»<llZZ]LU I lü^CZZlEU t^CXUCZJra e^lzzIlZZ]m p^ czu czjEU CZZJLZZDC^CD tZZJCZZ)^m lZzdlzzdi^

m t^ciDrzz]LotoSaiu para 9 acertadores o sor-teio da Loto, concurso n° 471que premiou as dezenas 02 —13 _ 24 — 28 e 88. Os acertado-res, 4 do Rio, 2 de São Paulo, 1de MG, 1 de Pernambuco e 1de Santa Catarina vão recebermais CZ$ 3 milhões cada um.

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Jehriiffer Beals (foto), amaior atração de ontem nasentrevistas coletivas do 4°FestRio, anunciou que pre-tende trabalhar no Brasil emfilme dirigido por seu marido,Alexander Rockwell. O maiorsucesso do festival, até agora,foi a exibição do filme brasi-leiro Sonho de Valsa, de AnaCarolina, que é protagonizadopor Xuxa Lopes, primeira for-te candidata ao prêmio de me-lhor atriz.

Ex-manequim, ex-socialite,ex-entrevistadora de TV, ex-directrice de boate, ex-funcionária da Riotur, DanuzaLeão, agora, trabalha na pro-dução de telenovelas. Ela estáem Sassaricando, da Rede Glo-bo, onde ensina como deve sera bandeja do café-da-manhãde milionários e a correta pro-núncia em inglês de execu-tivos.

HelicópterosO Exército deve receber hojeas propostas para a compra de52 helicópteros destinados aoi° Batalhão de Aviação Leve,de Taubaté. Os concorrentesmais fortes são as fábricasamericanas Sikorsky e Bell e aAerospatiale francesa. (Avia-ção, página 12)

CotaçõesDólar oficial: CZ$ 60,383 (com-pra). CZ$ 60,685 (venda) e CZ$75,85 (viagem). Unif: CZ$485,82 para IPTU e CZ$ 991,65para ISS e alvará; taxa de ex-pediente,CZ$ 99,16. Uferj: CZS991,65. OTN: CZ$ 463,48. OTNfiscal: CZS 500,17. UPC: CZ$458,94. MVR: CZS 1.050,19. Sa-lário mínimo de referência:CZS 2.260,29. Piso salarial: CZ$3.000,00.

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Apesar de bem marcado, Zico deu uma grande exibição e fez a torcida do Flamengo vibrar

O Flamengo, com uma atuaçãoexcepcional de Zico — jogadas brilhan-tes c os três gols —, derrotouo Santa Cruz por 3 a 1 c garantiu suavaga na fase semifinal do CampeonatoBrasileiro. Vai enfrentar o Atléticoduas vezes, a primeira no Maracanã, clutar contra a vantagem de um pontoque o time mineiro conquistou ao ven-ecr os dois turnos.

A vitória do Flamengo foi credita-da pela torcida a Zico, que ficou emo-cionado ao ouvir os quase setenta miltorcedores gritando seu nome, como há

Cubanos fazem20 reféns emprisão dos EUA

Centenas de refugiados cubanos,armados com pedaços de pau c macha-dos, amotinaram-se no Centro de De-tenção de Imigrantes Ilegais de Oakda-le, nos Estados Unidos, e mantinhamcm seu poder 20 reféns. Incendiaramdois edifícios administrativos, a capelae o restaurante da prisão, exigindogarantias de que não serão repatriados.

O estopim da rebelião foi o açor-do de emigração assinado sexta-feiraentre os Estados Unidos e Cuba, peloqual o governo de havana se compro-mete a receber de volta três milcubanos considerados indesejáveisnos EUA. Entre eles estão 976 pri-sioneiros de Oakdale. A polícia cer-cou o Centro de Detenção. (Página 7)

Peruano lançalivro contraa estatização

O economista peruano Hernando deSoto, um dos mais fortes opositores dainterferência estatal na economia e do po-der dos burocratas, chegou ao Brasil paralançar, hoje, seu livro El otro Sehdero(Economia Subterrânea, na tradução). Ne-le, De Soto propõe que marginalizados,camelôs c favelados sejam consideradosempresários pobres.

Os informais, como chama os empre-gados nos setores conhecidos como merca-do negro ou economia paralela, represen-tam, segundo o escritor, contribuição ásvezes mais importante para a produção deriquezas do que a atividade estatal. Aolado do também escritor Mario VargasLlosa, De Soto lidera no Peru a campanhacontra a estatização dos bancos. (Página 13)

alguns anos. Ele compensou a má apre-sentação de Renato e Bebeto, muitovaiados, e descobriu os espaços que oFlamengo precisava para vencer.

O Cruzeiro também garantiu suaparticipação na outra semifinal, ao der-rolar o Santos, em São Paulo, por 1 a 0,em gol feito depois do tempo regula-mentar. Vai enfrentar, também emdois jogos, o Internacional, vencedordo primeiro turno. Em Goiânia, oVasco começou perdendo por 2 a 0 econseguiu empatar (2 a 2) com o Goiás,gols de Humberto e Roberto.

Em Itaparica, começa hoje o Sul-América Operi, torneio de tênis maisimportante da América do Sul, coma presença de cinco dos 20 melhoresjogadores do mundo, entre eles o equa-toriano Andres Gomez, vencedor doano passado. No Rio, Vítor Alves Tei-xeira conquistou o tricampeonato bra-sileiro de hipismo, mas o vencedorda prova de encerramento foi JoãoMalik de Aragão.

Na Itália, o Napoli, líder, venceuo Torino por 3'ai, com dois gols deCareca e um de Maradona. (Esportes)

Governo planejafechar estataise não demitir

O ministro Bresser Pereira anun-ciou que o governo vai extinguir algu-mas estatais e transformar outras cmautarquias, mas afastou a hipótese dedemitir funcionários. "Não há exces-so de pessoal nos serviços públicosfederal ou estadual", garantiu o mi-nistro, que anunciou também aumen-to de impostos no bojo de um "planode emergência", para conter a infla-ção e o déficit público.

Hoje, os ministros Bresser Perei-ra, Luiz Henrique e Abreu Sodréreúnem-se com o presidente JoséSarney para tentar resolver o proble-ma comerciai com os EUA provoca-do pela Lei da Reserva de Mercadopara a informática. No Rio, o expor-tador Paulo Protásio revelou quehá um movimento de empresáriospara que o peso da retaliação de US$105 milhões recaia sobre as expor-taçõès das estatais. (Páginas 11 e 14)

Governadoresquerem programaantes de nome

Os governadores Moreira Franco, Wal-tiir Pires, Miguel Arraes, Orestes Quercia,Pedro Simon e Newton Cardoso querem aconvocação da convenção nacional doPMDB, para que o partido aprove um pro-grama de governo antes do lançamento docandidato a presidente da República. A idéianasceu em reunião no Palácio Laranjeiras.

Para estes governadores do PMDB, omandato de quatro anos imposto ao presi-dente José Sarney é fato consumado. Morei-ra acredita que a forma de governo —parlamentarismo ou presidencialismo — de-verá ser resolvida em plebiscito, em 88 oudepois. Em Roma, o ex-governador FrancoMontoro disse que aceita disputar a presiden-cia no regime parlamentarista. (Página 2)

Sônia do AlmeidaCarla Rio

Jovens do Riosabem poucosobre a Aids

As campanhas sobre a Aids estãogerando mais pânico, desinformação e con-fusão do que esclarecendo os adolescentesdo Rio, segundo pesquisa das empresasRetrato — Consultoria e Marketing e Ibo-pe, que ouviu jovens entre 15 e 19 anos detodas as classes sociais e regiões geográficasda cidade do Rio de Janeiro.

Quase a metade dos adolescentesouvidos (469í) acha que picadas de insetoé uma forma de contágio. Parcelas signifi-cativas admitem que se contrai a doençapela saliva ou por um beijo prolongado. Agrande maioria (70%) não acredita quevenha a contrair a doença ao longo davida, embora, contraditoriamente, 42%dos entrevistados temam uma grande con-taminação da sociedade. (Página lü-b)

D O domingo sem sol impediu apraia, mas o carioca passou umdomingo alegre, entregue a ou-trás alternativas de lazer, comopatinar no gelo ou escalar o Pãode Açúcar, onde se destacaram acoragem e a habilidade de Rober-to Groba e sua filha, Roberta (E).No Jardim Botânico, duas milpessoas aplaudiram com entusias-mo a recita que reuniu o pianistaArthur Moreira Lima, o saxofo-nista Paulo Moura e o violonistaRafael Rabello. No Parque daCatacumba, Alceu Valença (D) eChico Buarque, entre outros, ani-maram a festa de solidariedade àpopulação de Goiânia. Centenasde ciclistas fizeram um passeio en-tre a Tijuca c o Leme. (Pág. l0-'à)

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Deságio atingetambém a dívidade curto prazo

Os títulos da dívida brasileira de curtoprazo também estáo sendo negociados pelosbancos com deságio, a exemplo das dívidas demédio e longo prazos. O diretor da áreaexterna do Banco Central, Carlos Eduardo deFreitas, atribui o fato "ao problema de credi-bilidade do país". O aumento do spread(taxade risco) do curto prazo, disse Freitas, produ-ziu uma despesa extra de US$ 70 milhões.

O diretor do Banco Central revelouque o leilão da conversão da dívida eminvestimento será feito através de pregõesmensais em disputa pública entre credores.Dois pesquisadores do 1PEA mostram, emsimulações, que a conversão de USS 1 bilhãopor ano provocará, ao fim de cinco anos, aqueima de USS 742 milhões cias reservas eaumento do déficit cm 2% do PIB. (Pág. 15)

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2 D" Io caderno segunda-feira, 23/11/S7 Política JORNAL DO BRASIL

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Sarney se arriscaa ficar menos tempo

ECIFE -- Deseja-se que o retorno aBrasília do deputado Ulysses Guirría-

rães contribua paia pôr em ordem certaseoisas, esclarecer outras tantas e deter osurto de irracionalidade política que acorrie-teu algumas personagens da República du-rante sua ausência — entre elas, o própriopresidente José Sarney. Os erros cometidospelo deputado desde a instalação traumáticado atual governo são menores, seguramente,que os acertos colecionados por ele em igualperíodo. Ulysses, e não Sarney, tem sido oprincipal responsável pela ausência de umretrocesso no projeto de redemocratizaçãodo país. No altar da democracia, Ulyssesimolou sua legítima aspiração de presidir aRepublica — e ali, pode ter sacrificado suasaúde.

Sem disfarçar a amargura e traindo osressentimentos que acumula, Sarney ameaçacontar, um dia, em livro o que foi suapassagem acidental pela presidência da Re-pública — especialmente episódios que ilus-trariam o baixo teor de qualidade de nossosrepresentantes políticos. Imagine-se o queUlysses teria a contar, se dispusesse a íazê-lo, sobre o que ocorreu nas sombras daadministração do presidente Sarney? O queocorreu no Palácio da Alvorada, no dia cmque a comissão de Sistematização reduziu omandato de Sarney para quatro anos, foi oque agravou o estado de saúde do deputadoc o que o obrigou a se internar em umhospital paulista para tratamento cardíaco.

Apesar da negativa presidencial, Ulys-ses telefonou e Sarney, de fato. não atendeusua ligação disparada, no domingo, dia 15.do apartamento do deputado Fernando Gas-parian. Nos restaurantes de Brasília, àquelahora, bandos de eufóricos deputados doPMDB comemoravam a vitória do mandatode quatro anos. Ao lado de Gasparian e deoutros poucos amigos, Ulysses admitia suapreocupação com o que Sarney poderia fazerem seguida. Temia que ele renunciasse aocargo. No fim da tarde, após o encontro como presidente, Ulysses deixou o Palácio daAlvorada temendo pela sorte de sua própriasaúde. Sentia-se mal. o coração ameaçavafalhar, estava tenso, irritado e acabou socor-rido por alguns médicos e pelo amigo Rena-to Archer."O PMDB tem sido desleal com opresidente", ouviu Ulysses do ministro An-tònio Carlos Magalhães, no encontro quepensou ter a sós com Sarney. "José é um SãoSebastião, flechado e apunhalado por todosos lados", lamentou dona Marly, que tam-bém participou da conversa. "Se ele é umSão Sebastião, então aqui tem outro, quesou eu", retrucou o deputado.

Na véspera da votação sobre o tamanhodo mandato e o sistema de governo. Ulyssesse empenhara, pessoalmente, na caça aovoto a favor dos cinco anos. Esforçou-separa assegurar o do deputado José Serra(PMDB-SP) e cabalou o da deputada SandraCavalcanti (PFL-RJ), corn quem esteve."Estou aqui como presidente da Assem-bléia Nacional Constituinte, para me reunircom o presidente da República. Não penseique haveria platéia", protestou Ulysses, comelegância, a certa altura do encontro quetranscorreu, todo ele, em um clima de muitonervosismo. O próprio Sarney bateu duronos políticos, no PMDB em particular e nãopoupou, sequer, o visitante. Prometeu, apartir dali, governar acima dos partidos econvocar amigos e aliados fiéis para ajudá-lona tarefa. Se o que Sarney entende porgovernar acima dos partidos for o que elepraticou, ou deixou que praticassem, aolongo da semana passada, a etapa final doseu período de poder se tornará conhecidacomo uma das mais mesquinhas da nossaHistória.

O governador do Espírito Santo foipunido com o embargo de um empréstimode CZS 600 milhões, por respeitar a sobera-nia dos constituintes do seu estado quanto àdecisão em torno da extensão do mandatopresidencial. O Banco do Brasil reteve odinheiro de um empréstimo já obtido pelaprefeitura de Recife. Premia-se com conces-soes de emissoras de rádio os políticos quevotaram pelo mandato de cinco anos —pune-se os que votaram pelo mandato dequatro, como o deputado Fernando Coelho(PMDB-PE). Um técnico da intimidade dafamília Sarney respondia interinamente peladireção da Sudene e já começava a ser aceitopelos governadores do Nordeste. Foi substi-tuído por outro indicado pelo ministro dasComunicações.

Sem dinheiro para gastar em obras quegostaria de construir, sem coragem paracortar gastos e eliminar despesas dcsneeessá-rias, ocupa-se o presidente em perseguir ouem assistir à perseguição dos seus desafetos.Das duas, uma: ou pensa, com isso, dobrar,pela intimidação, a espinha da Constituinte earrancar, do plenário, o mandato de cincoanos negado pela Comissão de Sistematiza-çáo, ou escolheu encurtar mais ainda otempo que lhe resta de mandato. O PMDBestá a menos de quatro meses de assumir, sequiser, plenamente o poder. O ânimo bélicoe insensato de Sarney poderá reverter aposição dos governadores do partido, con-traria ao "parlamentarismo, já",

O agravamento da crise econômica, ainoperâneja de um governo de existênciameramente formal, o instinto de sobrevivén-cia política do PMDB, apontam na direçãode um mandato menor tio que quatro anospara o presidente Sarney. Ninguém, mais doque ele, contribui para que seja assim.

Ricardo Noblàt

Governadores já esboçam programa de campanhaOs governadores Moreira Franco (Rio de Janeiro), Waldir

Pires (Bahia), Miguel Arraes (Pernambuco), Orestes Quércia(Sao Paulo), Pedro Simon (Rio Grande do Sul) e NewtonCardoso (Minas Gerais) vão defender junto à direção tio PMDB atese da aprovação de um programa mínimo de governo, emconvenção nacional do partido, antes da escolha do candidato àPresidência da República. Do programa deve constar, segundoinformou Moreira, "uma

proposta clara de negociação da dívidaexterna".

A necessidade da adoção imediata dessa medida já foilevada ao presidente nacional do PMDB, Ulysses Guimarães, porMoreira, Arraes e Waldir. A idéia nasceu em reunião promovidapor Moreira, há três semanas, no Palácio Laranjeiras, que contoucom a presença, além dos governadores de Pernambuco e daBahia, do paulista Orestes..Quércia e do gaúcho Pedro Simon.Anteontem, Moreira, Arraes e Waldir e o senador José Richa(PR) voltaram a discutir essa proposta em 12 horas de conversa.

tempo de mandato de Sarney não será mais debatidopelos governadores, Até porque o presidente José Sarney, atravésde recentes conversas telefônicas com Moreira e Newton, afian-çou a ambos que considerava irreversível o mandato de quatroanos. O próprio governador fluminense confirmou ontem querecebeu o telefonema do presidente. Em Minas, assessores deNewton é que se encarregaram dessa iniciativa.

Unidade — O governador Moreira Franco, depois demanter entendimentos, na manhã de ontem, com Quércia, Tasso,Simon e Newton Cardoso — o governador mineiro almoçou emseu sítio com Arraes — revelou em entrevista coletiva que areunião que promoveu anteontem, no Palácio Laranjeiras, defi-niu quatro pontos importantes da futura lula do PMDB:

—" A sucessão está nas ruas. é um tema inevitável parareflexão e debate, e o partido, na condição de majoritário, tem deoferecer à sociedade uma plataforma nítida de governo, quemostre aos eleitores seus compromissos com a negociação dadívida externa e um projeto econômico que compatibilize ocombate á inflação, o nível de emprego e uma política deinvestimentos públicos".

— " O mandato de quatro anos para o presidente JoséSarney não deve mais ser objeto de discussão. Era uma questãoemocional do dia a dia e estava, por isso mesmo, sujeito ao saborda conjuntura. A Assembléia Nacional Constituinte deverátratar, daqui para a frente, de propostas permanentes, de duraçãomais longa".

— "A questão do sistema de governo náo deve ser motivo

de divisão do partido. O grupo parlamentarista, por sinal, deumostras de que quero entendimento, abandonando uma posiçãoinflexível e passando a admitir um plebiscito, se a Constituinteaprovar realmente, em decisão final, nos termos do anteprojetoda Comissão de Sistematização, o fim do presidencialismo. Ficapendente, apenas, o problema do prazo para a realização daconsulta popular, se em 19cSS ou depois".

— " Com a formulação do programa de governo prece-dendo o nome do candidato, o PMDB induzirá os que vierem aperder a convenção, em época própria, a se engajarem e aliderarem mesmo a campanha dos vitoriosos".

Na entrevista, Moreira disse que "o PMDB náo deverá se

preocupar com a precipitação de candidatos por outras forçaspartidárias", salientou que a tese da precedência do programa degoverno ao melhor nome pemedebista para a sucessão "não serátratada como posição acadêmica, mas como plano de metas" eafirmou que

" a posição do ministro Bresser Pereira é problemaapenas do presidente da República, único com poder paranomear ou demitir auxiliares".

O governador do Estado do Rio lembrou que há quatromeses defendeu a idéia de que a questão do mandato dopresidente Sarney dependia dos resultados do Plano Bresser.Hoje. ele já acha que no lugar da discussão exaustiva do sistemade governo ou de nomes de candidatos, o melhor para o PMDB"é se mobilizar em torno de compromissos que possibilitem aopaís tempos de grandes transformações econômicas ".

Newton e Arraes selamcompromisso de união

José Guilherme Araújo

R1TANGU1, MG — "Vamos nessa", disse, entusiasmado, ogovernador Newton Cardoso ao governador de Pernambuco,Miguel Arraes, após duas horas de conversa na varanda dafazenda Rio Rancho, de sua propriedade, neste município situado123 km a oeste de Belo Horizonte. Newton e Arraes selaram ocompromisso pela união dos governadores do PMDB na sucessãodo presidente José Sarney."O

governador Miguel Arraes sabe que sem Minas éimpossível fazer qualquer coisa neste país, principalmente quandose trata de sucessão. Arraes está procurando, com sua liderança,buscai um amplo entendimento, um consenso entre seus colegasgovernadores, para evitar dissensões sérias no PMDB. A unidadede pensamento, falar uma linguagem só, pelo menos isto, já quevai haver eleições", resumiu Newton.

Nomes depois — Arraes veio do Rio e desviou a rotada viagem de volta a Recife. Ele avisou Newton da visita na noitede anteontem e chegou ontem de manhã ao aeroporto daPampulha. Um helicóptero da Polícia Civil o conduziu à fazendaRio Branco.

O governador de Pernambuco afirmou que não pretenderomper com o presidente José Sarney por causa da nomeação dopefelista baiano Paulo Souto para a superintendência da Sudene.Mas náo poupou criticas ao presidente.

"Na medida em que ele(Sarney) fosse hoje um ponto de união, náo haveria problemanenhum, nem como o governador aqui (Newton) ou qualqueroutro". Arraes disse que seu PMDB é "o do povo" e enfatiza queSarney náo está com o povo.

"Não temos nada contra a pessoadele. Entendo que o Brasil precisa se unificar", disse.

Newton revelou que a discussão de candidaturas será umaconseqüência da tentativa de união dos governadores do PMDB.Arraes acrescentou que o ponto de união é a "insatisfação

generalizada, mas deste ponto de união aparentemente negativotempos que fazer uma coisa positiva". Indagado se as modifica-ções começarão com eleições em 1988, Arraes afirmou: "A

partida já foi dada, dentro de um processo de lula que não é deagora. Í(JK8 poderá ser um episório como qualquer outro", Ogrande episódio que tivemos foi a morte de Tancredo Neves. Seele náo tivesse morrido, as coisas teriam corrido de outra forma",afirmou Arraes. que depois do almoço, servido na varanda aolado da piscina, ofereceu um de seus havanas a Newton.

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Moreira: "O PMDB deve ter unia proposta clara para a renegociarão da dívida externa

Plano propõe governo social-democrataAssegurar a abundância da oferta de

alimentos: garantir o pleno emprego ru-ral e urbano: elevar a educação popular ea remuneração do trabalho; e proppreio-nar mais e melhores serviços nos setoresde alimentação e transporte, saneamentoe saúde, previdência e assistência sociais,são as principais tarefas que o PMDBdeve empreender, se conseguir eleger osucessor do presidente José Sarney, Assugestões para um programa mínimo degoverno, foram elaboradas pelos gover-nadores Moreira Franco (Rio), MigueiArraes (Pernambuco) e Waldir Pires(Bahia), com a assessoria do cientistapolítico Hélio Jaguaribe e do senadorparanaense José Richa, O trabalho seráentregue ao PMDB para discussão.

O estudo, de seis páginas, traz naprimeira parte um relato da tarefa bistóri-ca assumida pelo MDB. depois PMDB. econclui que agora abre-se uma nova fasepara o partido, que se inicia com o fim datransição, concluída a partir da promul-gação da nova Constituição. O PMDB

deve. no entender dos autores da propôs-ta, passar da etapa onde o mais importan-te era a capacidade tática do partido deconduzir as negociações para a normali-zação institucional do país.

"para a cons-trução de uma estável democracia social,dentro das condições que assegurem amodernização social, cultural, econômicae política do pais". Para isso, o partidodeverá fazer alterações em sua linhaprogramática,

Obstáculos — Os governadores,no entanto, lembram que há grandesobstáculos a serem vencidos para que oPMDB possa cumprir suas novas tarefas:a miséria de um país onde b5cí dapopulação economicamente ativa ganhamenos de 2 salários mínimos e o índice deanalfabetismo ainda é alto; as deficiên-cias do sistema político partidário ("semrepresentatividade. coerência programa-tica e capacidade administrativa"): a dívi-da externa, "que consome cerca de 5%do nosso PIB"; e o atraso cientifico-tecnológico.

As soluções propostas para o enfren-tamento desses obstáculos implicam.' mi-tes de tudo, a reorganização interna doPMDB, "sobretudo no sentido de umaclara redefinição de seus compromissosprogramáticos, a partir de uma nítidainspiração social-democrata". Para com-bater a miséria, o trabalho propõe acolocação em marcha "de um vigorosoplano plurianual de desenvolvimento-so-ciai".

O sistema político partidário sériamodernizado através de um novo regimeeleitoral e uma nova forma de organiza-çáo partidária: Sobre a dívida, a propostaé corrigir suas distorções, de preferênciajunto com devedores da América Latina,"reduzindo-a ao seu justo valor ou. pelomenos, ao valor do mercado, que é-deapenas 60% do seu valor nominal; quan-to ao atraso científico-tecnologiav.osgovernadores sugerem que seja combati-do com mais recursos financeiros e huma-nos para as universidades e centros depesquisas.

Montoro será candidatoaté no parlamentarismo

iraííjo NettoCorrospondente

ROMA — O ex-governador de SáoPaulo e um dos fundadores do PMDB.Franco Montoro, disse que aceita dispu-tar a Presidência do Brasil dentro dasregras do sistema parlamentarista.

Acompanhado da mulher. D. I ucy,Montoro fez essas declarações aos corres-pondentes dos principais jornais brasilei-ros. Ele veio a Roma para participar deuma reunião da Democracia Cristã efará, hoje e amanhã, duas conferênciassobre a dívida externa do Brasil e daAmérica Latina.

Montoro negou que seu desejo depresidir uma república parlamentaristano Brasil seja um modo de distinguir-sedos outros pretendentes — todos presi-dencialistas.

Opção — Cheguei a essa opção depoisde um esforço de análise e reflexão sobrea longa experiência presidencialista quefizemos no Brasil. Convenci-me de que oparlamentarismo é o melhor regime parao nosso país. Até aqui. no Brasil e emtodos os países que têm adotado, o presi-deiicialisino afirmou-se e confirmou-seum regime de pessoas, ao contrário doparlamentarismo que, em todo o mundo,demonstrou ser fundamentalmente umregime de programas," explicou.

Ele está convencido de que, numregime parlamentarista, muitos dos gra-ves erros e distorções cometidos pelosgovernos das últimas décadas — sobretu-do em nome do desenvolvimento econô-mico — teriam sido evitados. "Certamen-te o parlamentarismo teria impedido quenos envolvêssemos e endividássemos com

projetos faraônicos, como os da transa-mazônica, das usinas Nucleares ou mes-mo como o da ferrovia Norte-Sul."

A experiência administrativa, comogovernador de Sáo Paulo, reforçou aconvicção parlamentarista de Montoro."Mais do que nunca, o governo dassociedades modernas tem que ser desceu-tralizado para ganhar eficácia. Em SáoPaulo, como governador, tentei e pensoque consegui, dividindo em áreas e gru-pos os diversos problemas e secretariasdo governo, salvar-me dos perigos deatrofia criados pelos governos centraliza-dos. O parlamentarismo apoia-se subs-tancialmente nesse princípio de desceu-tralizaçáo. náo admite a contralização e oexercício do poder nas mãos de umhomem só. por mais carismático e prepa-rado que ele seja."

Com Tancredo — O ex-governador de Sáo Paulo não esquecetambém a experiência de um ano — 1%1a 1%2 — como ministro do Trabalho dogoverno parlamentarista de TancredoNeves. "Essa experiência parlamentaris-ta. breve e acidentada como foi. ensinou-me demais as vantagens do parlamenta-rismo. Em um ano, como ministro doTrabalho de um governo parlamentaris-ta, pude fazer o que em 17 anos todos osministros de vários governos presidência-listas não tiveram condições de realizar:concretizar duas recomendações daConstituição de -40: a do pagamento dosalário-família e a da instituição do sindi-cato rural."

Quando voltar ao Brasil, no final dedezembro. Franco Montoro vai alinhar-se na primeira fila dos defensores daemenda parlamentarista.

âuatro anOS — Noventa e sei;, emeio por cento das pessoas ouvidas numapesquisa realizada nas classes A e B. emPorto Alegre, por encomenda do jornalZero Hora. apoiam a decisão da Sistema-tizaçáo de reduzir o mandato do presi-dente José Sarney para quatro anos. Noentanto, apenas 73% dos entrevistados— náo foi revelado o total deles,yacreditam que a iniciativa será ratificadapelo plenário da Constituinte. Cinco porcento lembraram que Sarney náo. foieleito diretamente. 3% disseram que .opovo está cansado, e 2% se manifestarama favor do parlamentarismo.Recomendações — o i Con'rgresso do PMDB do Rio Grande do Sul',encerrado pelo governador Pedro Simot^recomendou a adoção do sistema parla-mentarista, a partir de 15 de março d?ls>88. e do mandato de quatro anos paraSarney. além da estatização do sistemafinanceiro nacional e da manutenção dijmoratória e da reserva de mercado nainformática.Antônio Carlos — o minisí-tro das Comunicações, Antônio CarlofcMagalhães, classificou de demagógicos o!;decretos assinados pelo governador diBahia, Waldir Pires, estabelecendo con'rtrole rígido nos gastos do tesouro esta--dual, de acordo com uma economia deguerra, para enfrentar o que seriam me}didas de retaliação do governo federal;Waldir apoiou a redução do mandato dopresidente Sarney.Inviabilidade — o consti-tuinte Maurílio Ferreira Lima (PMDE-PE) disse em Recife que e tecnicamenteinviável a realização de um plebiscitopara o povo dizer que sistema de governoprefere."Esse plebiscito so pode ser con,-vocado depois de promulgada a novjiConstituição; se dela constar o parlameri-tarismo, e o povo votar contra, nào sesaberá como fazer a modificação. Dai ainviabilidade", afirmou o parlamentar.

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Às 20:30 h, no canal 9, o empresário g^e morador da Barra, Roberto Medina, contatudo sobre o projeto de emancipação do seubairro. Entrevista a Sidney Domingues.Não perca nem deixe seus vizinhos perderem. <«!*».«> o. «««o

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2 o 1" caderno O segunda-feira, 23/11/87 D 2" Edição Política JORNAL DO BRASIL

mu atwiaiaansiisuti-ara mm

Sarney se arriscaa ficar menos tempo

EC1FE — Deseja-se que o retorno aBrasília do deputado Ulysses Guima-

rães contribua para pôr em ordem certascoisas, esclarecer outras tantas e deter osurto de irracionalidade política que acome-teu algumas personagens da República du-rante sua ausência — entre elas, o própriopresidente José Sarney. Os erros cometidospelo deputado desde a instalação traumáticado atual governo são menores, seguramente,que os acertos colecionados por ele em igualperíodo. Ulysses, e nâo Sarney, tem sido oprincipal responsável pela ausência de umretrocesso no projeto de redeinoeratizaçãodo país. No altar da democracia, Ulyssesimolou sua legítima aspiração de presidir aRepública — e ali, pode ter sacrificado suasaúde.

Sem disfarçar a amargura e traindo osressentimentos que acumula, Sarney ameaçacontar, um dia, em livro o que foi suapassagem acidental pela presidência da Re-pública — especialmente episódios que ilus-trariam o baixo teor de qualidade de nossosrepresentantes políticos. Imagine-se o queUlysses teria a contar, se dispusesse a fazê-Io, sobre o que ocorreu nas sombras daadministração do presidente Sarney? O queocorreu no Palácio da Alvorada, no dia emque a comissão de Sistematização reduziu omandato de Sarney para quatro anos, foi oque agravou o estado de saúde do deputadoe o que o obrigou a se internar em umhospital paulista para tratamento cardíaco.

Apesar da negativa presidencial, Ulys-ses telefonou e Sarney, de fato, náo atendeusua ligação disparada, no domingo, dia 15,do apartamento do deputado Fernando Gas-parian. Nos restaurantes de Brasília, àquelahora, bandos de eufóricos deputados doPMDB comemoravam a vitória do mandatode quatro anos. Ao lado de Gasparian e deoutros poucos amigos, Ulysses admitia suapreocupação com o que Sarney poderia fazerem seguida. Temia que ele renunciasse aocargo. No fim da tarde, após o encontro como presidente, Ulysses deixou o Palácio daAlvorada temendo pela sorte de sua própriasaúde. Sentia-se mal, o coração ameaçavafalhar, estava tenso, irritado e acabou socor-rido por alguns médicos e pelo amigo Rena-to Archer."O PMDB tem sido desleal com opresidente", ouviu Ulysses do ministro An-tônio Carlos Magalhães, no encontro quepensou ter a sós com Sarney. "José é um SãoSebastião, flechado c apunhalado por todosos lados", lamentou dona Marly, que tam-bém participou da conversa. "Se ele é umSão Sebastião, então aqui tem outro, quesou eu", retrucou o deputado.

Na véspera da votação sobre o tamanhodo mandato e o sistema de governo, Ulyssesse empenhara, pessoalmente, na caça aovoto a favor dos cinco anos. Esforçou-separa assegurar o do deputado José Serra(PMDB-SP) e cabalou o da deputada SandraCavalcanti (PFL-RJ), com quem esteve.

"Estou aqui como presidente da Assem-bléia Nacional Constituinte, para me reunircom o presidente da República. Não penseique haveria platéia", protestou Ulysses, comelegância, a certa altura do encontro quetranscorreu, todo ele, em um clima de muitonervosismo. O próprio Sarney bateu duronos políticos, no PMDB em particular e nãopoupou, sequer, o visitante. Prometeu, apartir dali, governar acima dos partidos econvocar amigos e aliados fiéis para ajudá-lona tarefa. Se o que Sarney entende porgovernar acima dos partidos for o que elepraticou, ou deixou que praticassem, aolongo da semana passada, a etapa final doseu período de poder se tornará conhecidacomo uma das mais mesquinhas da nossaHistória.

O governador do Espírito Santo foipunido com o embargo de um empréstimode CZS 600 milhões, por respeitar a sobera-nia dos constituintes do seu estado quanto àdecisão em torno da extensão do mandatopresidencial. O Banco do Brasil reteve odinheiro de um empréstimo jâ obtido pelaprefeitura de Recife. Premia-se com conces-soes de emissoras de rádio os políticos quevotaram pelo mandato de cinco anos —

pune-se os que votaram pelo mandato dequatro, como o deputado Fernando Coelho(PMDB-PE). Um técnico da intimidade dafamília Sarney respondia interinamente peladireção da Sudene e já começava a ser aceitopelos governadores do Nordeste. Foi substi-tuído por outro indicado pelo ministro dasComunicações.

Sem dinheiro para gastar em obras quegostaria de construir, sem coragem paracortar gastos e eliminar despesas desnecessâ-rias, ocupa-se o presidente em perseguir oucm assistir à perseguição dos seus desafetos.Das duas, uma: ou pensa, com isso, dobrar,pela intimidação, a espinha da Constituinte earrancar, do plenário, o mandato de cincoanos negado pela Comissão de Sistematiza-ção, ou escolheu encurtar mais ainda otempo que lhe resta de mandato. O PMDBestá a menos de quatro meses de assumir, sequiser, plenamente o poder. O ânimo bélicoe insensato de Sarney poderá reverter aposição dos governadores do partido, con-traria ao "parlamentarismo, já".

O agravamento da crise econômica, ainoperância de um governo de existênciameramente formal, o instinto de sobrevivemcia política do PMDB, apontam na direçáode um mandato menor do que quatro anospara o presidente Sarney. Ninguém, mais doque ele, contribui para que seja assim.

Ricardo Noblat

Governadores já esboçam programa de campanha.... i , ir i Aís^^fWi^/í''.'!

Os governadores Moreira Franco (Rio dc Janeiro), WaldirPires (Bahia), Miguel Arraes (Pernambuco), Orestes Quercia(Sáo Paulo), Pedro Simon (Rio Grande do Sul) e NewtonCardoso (Minas Gerais) vão defender junto à direção do PMDB atese da aprovação de um programa mínimo de governo, emconvenção nacional do partido, antes da escolha do candidato aPresidência da República. Do programa deve constar, segundoinformou Moreira, "uma proposta clara de negociação da dívidaexterna".

A necessidade da adoção imediata dessa medida já foilevada ao presidente nacional do PMDB, Ulysses Guimarães, porMoreira, Arraes e Waldir. A Idéia nasceu em reunião promovidapor Moreira, há três semanas, no Palácio Laranjeiras, que contoucom a presença, além dos governadores de Pernambuco e daBahia, do paulista Orestes Quercia e do gaúcho Pedro Simon.Anteontem. Moreira, Arraes e Waldir e o senador José Richa(PR) voltaram a discutir essa proposta em 12 horas de conversa.

O tempo de mandato de Sarney náo será mais debatidopelos governadores. Até porque o presidenle José Sarney, atravésde recentes conversas telefônicas com Moreira e Newton, afian-çou a ambos que considerava irreversível o mandato de quatroanos. O próprio governador fluminense confirmou ontem querecebeu o telefonema do presidente. Em Minas, assessores deNewton é que se encarregaram dessa iniciativa.

Unidade — O governador Moreira Franco, depois demanter entendimentos, na manhã de ontem, com Ouércia, Tasso,Simon e Newton Cardoso — o governador mineiro almoçou emseu sítio com Arraes — revelou em entrevista coletiva que areunião que promoveu anteontem, no Palácio Laranjeiras, defi-niu quatro pontos importantes da futura luta do PMDB:

_" a sucessão está nas ruas, é um tema inevitável parareflexão e debate, e o partido, na condição de majoritário, tem deoferecer à sociedade uma plataforma nítida de governo, quemostre aos eleitores seus compromissos com a negociação dadívida externa e um projeto econômico que compatibilize ocombate à inflação, o nível de emprego e uma política deinvestimentos públicos".

_ " O mandato de quatro anos para o presidente JoséSarney náo deve mais ser objeto de discussão. Era uma questãoemocional do dia a dia e estava, por isso mesmo, sujeito ao saborda conjuntura. A Assembléia Nacional Constituinte deverátratar, daqui para a frente, de propostas permanentes, de duraçáomais longa".

_ " A questáo do sistema de governo náo deve ser motivode divisão do partido. O grupo parlamentarista, por sinal, deumostras de que quer o entendimento, abandonando uma posiçãoinflexível e passando a admitir um plebiscito, se a Constituinteaprovar realmente, em decisáo final, nos termos do anteprojetoda Comissão de Sistematização, o fim do presidencialismo. Ficapendente, apenas, o problema do prazo para a realização daconsulta popular, se em 1988 ou depois".

_ •¦ Com a formulação do programa de governo prece-dendo o nome do candidato, o PMDB induzirá os que vierem aperder a convenção, em época própria, a se engajarem e aliderarem mesmo a campanha dos vitoriosos".

Na entrevista, Moreira disse que "ò PMDB não deverá se

preocupar com a precipitação de candidatos por outras forçaspartidárias", salientou que a tese da precedência do programa degoverno ao melhor nome pemedebista para a sucessão "não serátratada como posição acadêmica, mas como plano de metas" eafirmou que

" a posição do ministro Bresser Pereira é problemaapenas do presidente da República, único com poder paranomear ou demitir auxiliares".

O governador do Estado do Rio lembrou que há quatromeses defendeu a idéia de que a questáo do mandato dopresidente Sarney dependia dos resultados do Plano Bresser.Hoje. ele já acha'que no lugar da discussão exaustiva do sistemade governo ou de nomes de candidatos, o melhor para o PMDB"é se mobilizar em torno de compromissos que possibilitem aopaís tempos de grandes transformações econômicas ".

Newton e Arraes selamcompromisso de união

Montoro aceitadisputa até noparlamentarismo

Araújo NettoCorrospondento

Moreira quer levar dívida externa a debate na rua

Plano prevê um novo PMDBAssegurar a abundância da oferta de

alimentos; garantir o pleno emprego ru-ral e urbano; elevar a educação popular ea remuneração do trabalho; e proporcio-nar mais e melhores serviços nos setoresde alimentação e transporte, saneamentoe saúde, previdência e assistência sociais,sáo as principais tarefas que o PMDBdeve empreender, se conseguir eleger osucessor do presidente José Sarney. Assugestões para um programa mínimo degoverno, foram elaboradas pelos gover-nadores Moreira Franco (Rio), MiguelArraes (Pernambuco) e Waldir Pires(Bahia), com a assessoria do cientistapolítico Hélio Jaguaribe e do senadorparanaense José Richa. O trabalho seráentregue ao PMDB para discussão.

O estudo, de seis páginas, traz naprimeira parte um relato da tarefa históri-ca assumida pelo MDB, depois PMDB. econclui que agora abre-se uma nova fasepara o partido, que se inicia com o fim datransição, concluída a partir da promul-gaçáo da nova Constituição. O PMDBdeve, no entender dos autores da propôs-ta, passar da etapa onde o mais importan-te era a capacidade tática do partido deconduzir as negociações para a normali-zaçáo institucional do país,

"para a cons-trução de uma estável democracia social,dentro das condições que assegurem amodernização social, cultural, econômicae política do país". Para isso, o partidodeverá fazer alterações em sua linhaprogramática.

Obstáculos — Os governadores,entanto, lembram que há grandes

obstáculos a serem vencidos para que oPMDB possa cumprir suas novas tarefas:a miséria de um país onde 65^ dapopulação economicamente ativa ganhamenos de 2 salários mínimos e o índice deanalfabetismo ainda é alto; as deficién-cias do sistema político partidário ("semrepresentatividade. coerência programa-tica e capacidade administrativa"); a dívi-da externa, "que consome cerca de 5%do nosso PIB"; e o atraso científico-tecnológico.

As soluções propostas para o enfren-tamento desses obstáculos implicam, an-tes de tudo, a reorganização interna doPMDB. "sobretudo no sentido de umaclara redefinição de seus compromissosprogramáticos, a partir de uma nítidainspiração social-democrata". Para com-bater a miséria, o trabalho propõe acolocação em marcha "de um vigorosoplano plurianual de desenvolvimento so-ciai".

O sistema político partidário seriamodernizado através de um novo regimeeleitoral e uma nova forma de organiza-ção partidária; Sobre a dívida, a propostaé corrigir suas distorções, de preferênciajunto com devedores da América Latina,"reduzindo-a ao seu justo valor ou, pelomenos, ao valor do mercado, que é deapenas 6ürr do seu valor nominal; quan-to ao atraso científico-tecnológico. os

governadores sugerem que seja combati-do com mais recursos financeiros e huma-nos para as universidades e centros depesquisas.

Pitangui (MG) — Pedro Graefl

José Guilherme Araújo

PITANUUI, MG — "Vamos nessa", disse, entusiasmado, ogovernador Newton Cardoso ao governador de Pernambuco,Miguel Arraes, após duas horas de conversa na varanda dafazenda Rio Rancho, de sua propriedade, neste município situado123 km a oeste de Belo Horizonte. Newton e Arraes selaram ocompromisso pela união dos governadores do PMDB na sucessãodo presidente José Sarney.

"O governador Miguel Arraes sabe que sem Minas éimpossível fazer qualquer coisa neste país, principalmente quandose trata dc sucessão. Arraes está procurando, com sua liderança,buscar um amplo entendimento, um consenso entre seus colegasgovernadores, para evitar dissensôes serias no PMDB. A unidadede pensamento, falar uma linguagem só, pelo menos isto, já quevai haver eleições", resumiu Newton.

Nomes depois — Arraes veio do Rio e desviou a rotada viagem de volta a Recife. Ele avisou Newton da visita na noitede anteontem e chegou ontem de manhã ao aeroporto daPampulha. Um helicóptero da Polícia Civil o conduziu à fazendaRio Branco.

O governador de Pernambuco afirmou que náo pretenderomper com o presidente José Sarney por causa da nomeação dopefelista baiano Paulo Souto para a superintendência da Sudene.Mas não poupou críticas ao presidente.

"Na medida em que ele(Sarney) fosse hoje um ponto de união, não haveria problemanenhum, nem como o governador aqui (Newton) ou qualqueroutro". Arraes disse que seu PMDB é "o do povo" e enfatiza queSarney náo está com o povo.

"Não temos nada contra a pessoadele. Entendo que o Brasil precisa se unificar", disse.

Newton revelou que a discussão de candidaturas será umaconseqüência da tentativa de união dos governadores do PMDB.Arraes acrescentou que o ponto de uniáo é a "insatisfação

generalizada, mas deste ponto de uniáo aparentemente negativotempos que fazer uma coisa positiva". Indagado se as modifica-ções começarão com eleições em 1988, Arraes afirmou: "A

partida já foi dada, dentro de um processo de luta que náo é deagora. 1988 poderá ser um episório como qualquer outro". Ogrande episódio que tivemos foi a morte de Tancredo Neves. Seele não tivesse morrido, as coisas teriam corrido de outra forma",afirmou Arraes, que depois do almoço, servido na varanda aolado da piscina, ofereceu um de seus havanas a Newton.

no

ROMA — O ex-governador de SáoPaulo e um dos fundadores do PMDB.Franco Montoro. disse que aciia disputar a Presidência do Brasil dentro dasregras do sistema parlamentarista.

Acompanhado da mulher, D. Lucy.Montoro fez essas declarações aos corres-pondentes dos principais jornais brasilei-ros. Fie veio a Roma para participar deuma reunião da Democracia Cristã' efará, hoje e amanhã, iltias conferênciassobre a dívida exierna do Brasil e daAmerica Latina.

Montoro negou que seu desejo depresidir uma republica parlamentaristano Brasil seja um modo de distinguir-sedos outros pretendentes — todos presi-dencialisfas.Opção —• Cheguei a essa opção depoisde um esforço de análise e reflexão sobrea longa experiência presidencialista quefizemos no Brasil. Convenci-me de que oparlamentarismo é o melhor regime parao nosso país. Até aqui. no Brasil e emtodos os países que têm adotado, o presi-dencialismo afirmou-se e coníinnou;seum regime de pessoas, ao contrário doparlamentarismo que. em todo o mundo,demonstrou ser fundamentalmente uniregime de programas." explicou.

Ele está convencido de que, numregime parlamem>rista. muitos dos gra-ves erros e distorções cometidos pelosgovernos das últimas décadas — sobretu-do em nome do desenvolvimento econô-mico — teriam sido evitados. "Certamen-te o parlamentarismo teria impedido quenos envolvêssemos e endividássemos comprojetos faraônicos, como os da transa-mazônica, das usinas Nucleares ou mes-mo como o da ferrovia Norte-Sul."

A experiência administrativa, comogovernador de São Paulo, reforçou aconvicção parlamentarista de Montoro."Mais do que nunca, o governo dassociedades modernas tem que ser descen-tralizado para ganhar eficácia. Em SãoPaulo, como governador, tentei e pensoque consegui, dividindo em áreas e gru-pos os diversos problemas e secretariasdo governo, salvar-me dos perigos deatrofia criados pelos governos centraliza-dos. O parlamentarismo apoia-se subs-tancialrhente nesse princípio de descen-tralização, náo admite a contralização e oexercício do poder nas mãos de umhomem só."

Newton e Arraes firmam pacto por um PMDB unido

Aureliano anuncia luta

pelo presidencialismoO ministro das Minas e Energia,

Aureliano Chaves, anunciou, ao embar-car para a Alemanha, Hungria, Áustria eEstados Unidos, que na volta, dia 9 dedezembro, se engajará na campanha emfavor do presidencialismo. No aeroportointernacional do Rio, o ministro foi re-cepcionado pelos dirigentes e líderes doPFL como candidato irreversível á presi-dência da República.

Exortado a se declarar logo cândida-to à sucessão do presidente José Sarney,"porque essa brincadeira parlamentaristada Comissão de Sistematização será des-

• feita pela maioria plenária da Constituiu-te", pelo líder do PFL na AssembléiaLegislativa do estado do Rio. deputadoMesquita Bráulio. Aureliano ficou sério erespondeu: "Vamos ver, vamos ver". Ao

lado de Bráulio. o ex-deputado VitorinoJames arriscou: " Na sua volta, vamoslevantar faixas aqui e abrir logo a cam-panha".

Embora ressalvando que só aceitaráser candidato ao Palácio do Planalto, se osistema parlamentarista aprovado pelaSistematização cair, Aureliano cumpre,desde a última quinta-feira, uma agendatípica de quem está em campanha. Todasas grandes lideranças do PFL estiveramem seu gabinete, nos dois últimos diasúteis da semana que passou. Em BeloHorizonte, a seção regional do PFL ho-menageou-o no sábado, tendo o ex-ministro dos Transportes Eliseu Resendedeclarado: " Aqui, seu nome já está nasruas".

C&uatrO ailOS — Noventa e seis emeio por cento das pessoas ouvidas numapesquisa realizada nas classes A e B, emPorto Alegre, por encomenda do jornalZero Hora, apoiam a decisão da Sistema-tização de reduzir o mandato do presi-dente José Sarney para quatro anos. Noentanto, apenas 73% dos entrevistados— não foi revelado o total deles —acreditam que a iniciativa será ratificadapelo plenário da Constituinte. Cinco porcento lembraram que Sarney náo foieleito diretamente, 3rr disseram que opovo está cansado, e 2Cr se manifestarama favor do parlamentarismo.Recomendações — o I Con^gresso do PMDB do Rio Grande do Sul;encerrado pelo governador Pedro Simon,recomendou a adoção do sistema parlaimentarista, a partir de 15 de março de1988, e do mandato de quatro anos paraSarney. além da estatização do sistemafinanceiro nacional e da manutenção damoratória e da reserva de mercado nainformática.Antônio Carlos — O minis-tro das Comunicações. Antônio CarlosMagalhães, classificou de demagógicos osdecretos assinados pelo governador dáBahia. Waldir Pires, estabelecendo conítrole rígido nos gastos do tesouro estardual, de acordo com uma economia deguerra, para enfrentar o que seriam me-didas de retaliação do governo federal.Waldir apoiou a redução do mandato dopresidente Sarney.Inviabilidade — O constituinte Maurílio Ferreira Lima (PMDB-PE) disse em Recife que é tecnicamenteinviável a realização de um plebiscitopara o povo dizer que sistema de governoprefere."Esse plebiscito só pode ser con-vocado depois de promulgada a novaConstituição; se dela constar o parlamen-tarismo. e o povo votar contra, não sesaberá como fazer a modificação. Dai àinviabilidade", afirmou o parlamentar.

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que hoge sou viiinhp _vai aparecer na televisão.

Ás 20:30 h, no canal 9, o empresárioe morador da Barra, Roberto Medina, contatudo sobre o projeto de emancipação do seubairro. Entrevista a Sidney Domingues.Não perca nem deixe seus vizinhos perderem.

TV COWOVfiOO

JORNAL DO BHAS1L Política segunda-feira, 23/11/87 caderno ? 3

Ulysses voIta para<*<. 9?

SÁO PAULO — "Eu sou um bom apurtadoi debrigas. E é isso que vou fazer lá, apartar brigas", disse opresidente da Constituinte, deputado Ulvsses Guimarães,ao embarcar no fim da tarde pura Brasília. Ele viajou cmcompanhia do ministro da Fazenda, Bresser Pereira, elicitou que este estivesse demissionário: "Conversamos

ties horas na sexta-feira, e sei que a palavra demissionárionão foi pronunciada por ele e muito menos pejo presidenteSarney. que eslá prestigiando a sua atuaçfio."

Ulysses reassume suas funções hoje e já marcou umasérie de reuniões para discutir o regimento da Constituiu-te. "Meu esforço é para evitar 0 confronto da votação.Acho uma estupidez, uma burrice haver um confronto emtorno ilo regimento, que é um meio para viabilizar aConstituinte, e não um fim. Não esla na hora de se criaremproblemas, mas vamos fazer as modificações que devemser feitas".

Obstinado — O deputado acha que o projeto daConstituição precisa ser modificado e aperfeiçoado. "O

plenário precisa corrigir os erros", disse Ulysses, sementretanto apontar que erros são estes. "Sou o juiz. c oadvogado da partida, e o que vou fazer é aproximaraqueles que têm idéias diferentes e as lideranças, comoaconteceu em muitos acordos, como o da reforma agrária,que foi um acordo razoável." Ele espera um consenso naapresentação de emendas, permitindo que cada constituin-te apresente três emendas e seis possibilidades de des-taque.

Ulysses pretende lazer tantas sessões quantas foremnecessárias para que a Constituinte conclua seus trabalhoslogo: "listou obstinadamente fixado nisto. A Constituiçãoestá sendo ansiosamente aguardada, há muita gente quenáo sabe o que fazer porque as definições básicas eessenciais da Constituição não estão dadas."

O deputado não aeredila em rompimento do PMDBcom o governo, e acha que a lula pela sucessão presiden-ciai náo foi sequer detlagrada. "A sucessão está apenas naspreliminares, estaáo só ensaiando os primeiros passos, poisnão se pode falar em sucessão sem decidir o regime degoverno, se vai ser presidencialista ou parlamentarista."Por isto, segundo ele, a melhor data para o PMDB lançarcandidato será apôs a promulgação da Constituição. Ulys-ses não descarta a possibilidade de se candidatar, maslembra: "O problema do PMDB é ter candidatos demais."

Covas puxa palmas nachegada ao aeroportoÍ3RASÍLIA — Quando o deputado Ulysses Guima-

rães desceu do avião que o trouxe de São Paulo, dezparlamentares do PMDB, PDS e PFL o aguardavam. Olíder do PMDB na Constituinte, senador Mario Covaspuxou uma salva de palmas, gritando:

"Aí, Ulysses."Informado de que o ex-governador de São Paulo,

Franco Montoro. durante entrevista em Roma, se lançaracandidato a presidente da República, mesmo com parla-mentarismo. Ulvsses brincou: "Roma é um bom lugar paracandidato. Paris também." Depois, serio, comentou:"Ainda é cedo."

Sobre a proposta de rompimento do PMDB com opresidente José Sarney. atribuída aos governadores daBahia, Waldir Pires, e de Pernambuco, Miguel Arraes,Ulysses assegurou: "Não sei disso. Conversei com Waldir,Arraes, Tasso Jereissati (governador do Ceará) e nãofalamos nesse assunto." Ja o líder Mário Covas afirmou:"Por mim, ludo bem. F.les (o governo) já romperamcomigo há muito tempo, me elegeram inimigo númeroum". Mas lembrou: "Se

quiserem romper, temos antesque ouvir a convenção".

A Ulvsses, enquanto lhe dava um abraço e marcavaum encontro para hoje, Covas disse: "Como é? Agora vairio programa do Fausto Silva? (Safenados e Safadinhos)."Ulysses riu e respondeu: "Precisamos conversar. Você émeu líder". O senador devolveu: "lista bom. vou fazer deconta que acredito". Ao ministro da Fazenda, BresserPereira, e ao presidente do Banco Central, FernandoMilliet, que vinham com Ulvsses, Covas indaoou: "Como

é'.' São Paulo continua no lugar?"Bresser tentou marcar um encontro com o senador

para ontem á noite. "Pode ser. Se a Lila (mulher de Covas)estiver em casa. vamos. Se não, te ligo para conversar",combinou o líder do PMDB.

TFPapartar ^, ^quer limitar a Constituinte

Primo diz que viu Taneredoconsciente na noite de 21

Ülysse.

Tânia Fusco

BRASÍLIA — A Socie-dade Brasileira fie Defesada Tradição, Família e Pro-priedade (TFP) propõe quea Assembléia NacionalConstituinte limite seu tra-ballio a um projeto de orga-nização política para o país,marcando data para a elei-ção de nova Constituinte,que teria três anos paraelaborar outro projeto tra-tando exclusivamente daorganização socioeconõmi-ca da nova Constituição.

A proposta da TFP cdefendida, sob a bandeirada entidade, em praças pú-blicas. Formalmente, emuma edição extra da revistaCatolicismo, a entidadeanalisa "o projeto de Cons-tituição que angustia opaís" e oferece a soluçãomágica das duas Consti-tuintes como a única alter-nativa capaz de salvar asociedade brasileira do"materialismo histórico cdo hedonismo neopagãoque, com fachada de "cen-trismo", domina a Consti-tuinte".

Exemplo — O material assinado pelolíder máximo da TFP, Plínio Corrêa deOliveira, aponta a Glasnost de Gorbachevcomo o atestado máximo da falência doEstado Socialista, que

"a Constituinte dospolíticos sem idéias quer implantar no país-'.Três são os principais fantasmas da "sovieti-zação do Brasil" acenada no projeto consti-tucional, segundo a TFP: as reformas agra-ria, urbana e empresarial. Entre outrosmales, a TFP acredita que esse reformismocentrista da Constituinte promoverá a aboli-ção inteira e completa da família brasileira,pois ameaça estabelecer a "absurda" igual-dade entre homens e mulheres, o "reconhe-cimento" da existência do homossexual noseio da sociedade, e a "equiparação" docasamento pela união estável.

O deputado Ulysses Guimarães é citadocomo "político insuspeito", por ser presi-dente do PMDB, da Constituinte e da Cá-mara dos Deputados. A ele é atribuído aidéia de um "referendum popular" para aaprovação da nova Constituição, elaboradapelos

"constituintes-centristas-sem idéias",como resultado de sua compreensão da máqualidade dos representantes do povo elei-tos em 1986.

Condenação — Em latim, o autor dizque

"o mais corrupto dos estados tem omaior número de leis" (corruptissima respublica, plurimae leges), para condenar otamanho do projeto do relator BernardoCabral, com seus 336 artigos, 613 parágra-fos. 761 incisos e 143 alíneas, que somam

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BELO HORIZONTE — "Vi o Taneredo'vivo, e consciente, entre as l')h e as I9h30min dodia 21 de abril", assegurou o cirurgião AluisioResende Neves, primo paterno do presidenteTaneredo Neves, que o acompanhou do inícioda doença, em Brasília, até o dia da morte, noInstituto ilo Coração, em São Paulo, cm 1085.Aluisio Neves afirmou que ele foi a últimapessoa a ser vista por Taneredo, que morreriapouco depois, "por volta das 22h", na UTI, doIncor.

Segundo o cirurgião, no começo da noite elepediu que fosse suspensa a medicação que opresidente recebia para manter sua temperaturabaixa e aliviar os pulmões. "Eu queria saber seele ainda eslava consciente. Quando retiramos amedicação, ele abriu os olhos e me olhounitidamente, com uni olhai de quem se despe-dia. Náo tenho a menor duvida de que ele estavaconsciente, naquele momento", disse o médico.Acrescentou que

"inventaram muito, c até hojefantasiam a respeito da morte de Taneredo", cque quem afirmou que o presidente morreu umdia antes, "ou não estava lá, e não sabia o queestava acontecendo, ou eslá querendo apa-recer".

Aluisio Neves explicou que a morte ocorreucm conseqüência de foco infeccioso gerado poruma pielonefrite nos rins, que Taneredo haviatido um ano antes, em São Joáo Del Rei. Disseque a "coleção purulenta", que se localizou na

Cápsula de Gerota (fica atras dos rins c delimitaa atmosfera peri-renal) não foi detectada nosexames quando o presidente caiu doente, umano depois, pois ficava em uma lamina fina, quenão cra acusada pelo aparelho. "Foi finalmentedetectada 20 dias antes du morte de Taneredo,mas já tinha causado fibrose nos pulmões, queprovocou o estado de "pulmão de choque"; issoo matou."

A irmã mais nova do presidente, ZininhaNeves, disse por telefone, de Sáo Joáo Del Rei,que náo vê fundamento na notícia de que eleteria morrido um dia antes. "Saí de lá na manhãdo dia 21 e vi Taneredo na véspera, á noite, nãome lembro bem a que horas. Nós, os irmãos, osfilhos, a esposa e outros parentes estávamos nosrevezando ao lado dele o tempo todo, e teríamosnotado qualquer coisa de anormal."

|—i Em Brasília, o neto du Taneredo, depu-— tado Aecio Neves Cunha, o Acanho, náoquis comentar a denúncia de que o seu avômorreu dia 20 c náo nn dia 21 de abril. Nenhummédico do Incor, na ausência dos que integra-ram a junta que assistiu o presidente e funda-dor da Nova República, quis entrar na polèmi-ca. Dona Risoleta Neves, a viúva de Taneredo,"estava viajando", segundo as pessoas queatendiam o telefone em sua casa cm BeloHorizonte ou na fazenda de Cláudio.

::-:lV U ' ;Í:í1S&iáWíi&'&IS»^~"Confronto é uma estupidez

1853 dispositivos constitucionais. Apesar dededicar dois terços da publicação à análisedesse substituto, a publicação admite que"A TFP não pode serquer pensar em faz.eruma análise completa, artigo por artigo,parágrafo por parágrafo, inciso por inciso doprojeto constitucional, pelo funcionamentotumultuado e anômalo da Constituinte."

Mas a TFP jura que a nova Constituiçãoterá um dispositivo que permite

"fulminarcom a desapropriação o patrimônio de todosos particulares", promoverá a estatizaçáo doensino e da medicina, além de transformar"os índios nos aristocratas do país". E prevêque. se aprovada como está sendo escrita atéagora, a nova Constituição levará a nação aocaminho do imprevisto. "Até

para a violén-cia, em circunstancias inopinadas e catastró-ficas, sempre possíveis em situação de desa-cordo, de paixão e de confusão".

Um rea/ese da entidade garante que, em15 dias de campanha, já foram vendidos19.945 exemplares da obra de Plínio Corrêade Oliveira intitulado projeto de Constitui-ção que Angustia o País. A média diária éassim, de 1329 exemplares vendidos. Comesses leitores a TFP espera transformar aatual Constituinte em grupo de redação denova ordem política para o país. Nos próxi-mos três anos "políticos menos profissionaise mais ideológicos, católicos tradicionalis-tas", serão eleitos para redigir a nova orga-nização sócio-econômica brasileira, mais deacordo com os anseios da entidade. Segundoa TFP, é isso ou o caos.

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4 o 1" caderno ? segunda-feira. 2.V11/K7 Nacional JORNAL DO BEASII/:

Médico quer congressode acidente radioativo

GOIÂNIA — O medico norte-americano Robert Peter Gale propôs on-tem ao governo de Goiás a realização dcum congresso internacional com os prin-cipais cientistas de países que ia tiveramproblemas nucleares, como União Sovie-tica, listados Unidos, Hrasil e outros. Elefez a proposta ontem ii tarde, durantevisita ao Palácio das Esmeraldas, ondeconversou com assessores do governadorHenrique Santillo,

Gale, que chegou sábado a Goiânia,passou o domingo visitando os doentesinternados no Hospital (leral do Inamps,onde se demorou mais tempo. Antesvisitara as áreas isoladas e o CemitérioParque, onde estão sepultadas as quatrovítimas do acidente radioativo de Goiá-nia. No contato com a equipe médica.Gale disse que estava "encantado com otrabalho dos médicos brasileiros, que temnível dos melhores do mundo e foi o maisadequado paia este tipo de acidente".

Gale chegou a emocionar-se com amorte das quatro vítimas do acidente doCésio 137, principalmente da gaiola Lei-de das Neves Ferreira. Segundo ele, "ela

não sabia dc nada, era inocente e nãotinha idéia de que estava morrendo". Eledisse que o trabalho, especialmente dosmédicos Carlos Eduardo Brandão e Ale-xandre Rodrigues de Oliveira, "é excc-lente".

O médico norte-americano, que tia-balhou no tratamento das vitimas deChernobyl, na União Soviética, colocou ádisposição do governo de Goiás toda aestrutura da Fundação Hammer, do Cen-tro ile Estudos Avançados em EnergiaNuclear, de I.os Angeles (EUA), tantopara a promoção do congresso interna-cional, para discutir a prevenção de aci-dentes do gênero, como para o acompa-nhamento das vitimas do acidente docésio 137 em Goiânia.

GE é acusadade descumprirnorma da CNEN

CAMPINAS (SP) —O Sindicato dosMetalúrgicos de Campinas vai pedir áSecretaria de Saúde do Estado providôn-cias contra a General Electric do Brasil,que continua operando, apesar de tersido suspensa pela CNEN (Comissão Na-cional cie Energia Nuclear) por náo terapresentado o Plano de Proteção Radio-lógica até o dia 31 de março deste ano. Afábrica ila GE em Campinas usa fontesradiativas de cobalto 6(1 e irfdio l')2 emtrabalhos de gamagialia e raios X indus-trial. A informação sobre as condições dcfuncionamento da GE vieram a públicodurante debate promovido pelo sindicatocom técnicos do Ipcn (Instituto de Pes-quisas Nucleares) e da UFRJ (Universi-dade Federal do Rio de Janeiro). Atécnica Adélia Sahyiin, do Ipcn, disseque o náo cumprimento da exigência daCNliN de um plano de proteção radiolo-gica

"é problema de documentação",

Goiânia — Wilson Podrosa

Césio atingiu 16 parentes de cL AbadiaMatriarca clamapor responsável nodrama da Rua 57

Tânia Fusco

RAS1L1A — D. Maria AbadiaMotta, 59 anos, foi a pessoa

mais atingida pela radiação do césio137. Três de seus filhos — Devair, Ivoe Odson — e dois de seus netos —Odson Jr. e Lucimar —, muito conta-minados, estão internados no isola-mento do Hospital do Inamps emGoiânia, com futuro incerto. Sua no-ra, Maria Gabriela (mulher de Da-vair), e sua neta de seis anos, Leide(filha de Ivo) morreram em conse-qüência da radiação. Cinco sobrinhos,três outros netos e uma bisneta, irra-diados pelos parentes contaminados,estáo confinados com ela na Eebcm,em processo de descontaminação.

— Alguém tem que ser responsa-vel por essa desgraça. O Estado, ogoverno do Sarney, que deveriam terimpedido tanta irresponsabilidade,tem que garantir o futuro da minhafamília — diz dona Maria Abadia."Nós

perdemos tudo. Até a saúde. Eagora?"

Conta que só desconfiou que erao "tal pó brilhante" o responsávelpela doença que atingia toda a famí-lia, muitos dias depois de Devair terlevado a pedra, que

"parecia umqueijo amarelo" para casa e espalha-do o pó para o resto da família.Admitiu que a coisa era venenosa,como afirmava Maria Gabriela, masjamais pensou que pudesse matar."Eu nem sabia que existia essa tal deradiação, imagine!"

Quando parte da família — De-vair, Maria Gabriela, Leide, Lucimare Ivo — foi transferida para o Hospi-tal Marcílio Dias, no Rio de Janeiro,d. Maria Abadia, ainda sem ter noçãoda gravidade do mal que os atingia,mas, por intuição, passou a rezarvários terços por dia pedindo a com-paixão de Nossa Senhora para osAlves Ferreira (sobrenome do seu ex-marido).

— Pensei que tudo era passagei-ro, que logo todo mundo estaria devolta, nossa casa, limpa de perigo,seria devolvida pelos homens do go-vemo e a gente voltaria a tomarcerveja junto. Daí morreu a Maria e a

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Abadio: Não era veneno de. curar com chá (lê boldo

Leide. Pensei que a gente íava mesmoperdido. O Césio náo era veneno decurar com chá de boldo e de folha dcmamoeiro — lamenta dona MariaAbadia.

Ela só não se contaminou commuita gravidade porque o calor exces-sivo de Goiânia naquele final de se-lembro fez com que não ficasse muitotempo dentro da casa dos filhos doen-tes, que, nas visitas diárias, tratavacom chá de boldo, de folha de mamãoe de figueira.

A gente era tão inocente. OWagner (um dos biscateiros que rou-baram a peça metálica contendo oCésio e a venderam ao Devair, juravaque íava doente porque havia comidomanga verde com sal. A Maria Ga-briela suspeitava de uma Coca-Cola.O Devair, que gostava muito de umacachaça, pensava que íava mal dofígado. Olha que ignorância a nossa— diz a mulher que perdeu

"de umavez a fé nos governos", mas aindaconfia "na salvação de Deus".

Eu queria que alguém me ex-plicasse como é que um médico, umapessoa estudada, um fiscal sério, dei-xa uma peça tão perigosa numa casacompletamente abandonada. Queria,

e rezo pra entender, como isso tudopode acontecer em Goiânia. Queriaentender por que inventaram umacoisa tão perigosa e deixaram dandosopa assim na mão de gente ignoran-te. A gente virou peste. Ninguémquer chegar perto. Quem chega pertoé pra descobrir o que vai acontecercom a gente agora. Quem vai pagarpor isso? O governo não tinha que sercondenado?"

A revolta da matriarca forte tra-duz a compreensão da realidade trági-ca que os Alves Ferreira estáo viveu-do agora, dois meses depois do aci-dente. Devair, o dono do ferro-velhoda Rua 26 onde foi quebrada a peçacom o Césio 137, reclama da suacondição de "cobaia". Ivo teme ofuturo. "Sei

que estou vivo hoje", dizsempre aos médicos. Sua mulher,Lurdes, máe de Leide e Lucimar, dizque tem "muita raiva, quase ódio dogoverno".— Gente pobre não vale nadanesse país, mesmo — lamenta D.Maria Abadia, com a bisneta Tatianc,de nove meses, no colo, para cpmple-mentar: "Quem vai pagar por todaessa tragédia? Quem vai devolver acasa, a saúde dos meus filhos?"

DOSA^^RIO DE JANEIRO, 2 E 3 DE DEZEMBRO, DE 9:00 ÀS 12:30 E 14:00 ÀS 17:30 HS

COORDENAÇÃO GERALDR. OCTÁVIO MANUEL BESSADA LION-— Matemático, Pós-Graduado em Esta-tística e Métodos Quantitativos, Professordo IBEMEC, ESAD, ANDIMA, ABERJ eDiretor da Teieinvest Participações.

professoras;

AURÉLIO MOREIRA DA SILVA — Enge-nheiro, Professor de várias instituições,Gerente de Captação do Banco Boavista.

CLÁUDIO R. SEABRA DE ALMEIDA —Físico, Professor da SUESC, OperadorSênior do Pavarini D.T.V.M.

PROGÍRÀIVÍA bÒ;SÉMÍI^R»P'

LETRAS DO BANCO CENTRAL - LBC: Criaçãoe Regulamentação; Cálculo do Deságio ou JurosReais; Custo Máximo de Financiamento Suporta-vel (carrying cost); Cálculo do Lucro; Tributação.LETRAS DO TESOURO NACIONAL - LTN:Criação e Regulamentação; Cálculo da Rentabili-dade; Rentabilidade Linear; Rentabilidade Expo-nencial; Rentabilidade Efetiva - Dia; Overnightsuportável; Tributação.OBRIGAÇÕES DO TESOURO NACIONAL E ES-TADUAL - OTN E OTE: Criação e Regulamenta-

ção; Montagem de fluxos de caixa; Noções Prelimi-

ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOSRua São José, 40 - 9o andar - Cep 20010Telex (021) 31654 - Tel.: (021) 221-7080

nares; Montagem do Fluxo; Papel Monetário; Jurossemestrais calculados linearmente; Juros semestraiscalculados exponencialmente; Papel Cambial semo imposto sobre a máxi; pagando o imposto sobrea máxi; Tributação.TÍTULOS PRIVADOS: CDB, LC, RDB, Debèntu-res. Legislação Tributária; Cálculo da lentabilidade(título de renda pré e pós-fixados); Montagens dosfluxos financeiros; Equivalência de rentabilidade xPrazo; Operações típicas no mercado primário e se-cundário; Alternativas de Investimento; LegislaçãoTributária.

^PSISÍSSS!

Poços do Caldas (MG) — fotos do Walriornai Sabinçv

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Tm^uTd^urânio de Poços de Cuidas produz combustível (pie é utilizado em Angra l

Biofísico sugere que mina deurânio vire atração turística

Carlos Cândido •_¦',_>:

POÇOS DE CALDAS (MG)— Dez'anos depois de construído e cinco apóscomeçar a produzir o urânio usado comocombustível pela usina nuclear de Angral. o complexo minero-industrial da Nu-clebrás, no planalto de Poços de Caldas,poderá ser aberto à visitação pública,como a mais nova atração turística destaestância hidromincral do sul de Minas. Aproposta é do chefe de segurança damina, o biofísico Nestor Figueiredo, quepretende mostrar à população que a ra-dioatividade do urânio não apresentarisco.

A idéia foi considerada "importantís-sima" pelo superintendente da Copam,órgão responsável pelo controle do meioambiente em Minas, Ronaldo Marlard. Ocomplexo da Nuclebrás — uma área deIX quilômetros quadrados, dentro daqual o urânio é extraído de uma mina acéu aberto e processado até se transfor-mar no pó amarelo denominado yellowaikc — tem lagoas, nascentes, matasvirgens e animais selvagens, como capiva-ras e marrecos. Mas nem tudo é paz. ANuclebrás começou esta semana a demi-tir funcionários que movem contra elaação na Justiça do Trabalho.

Um destes funcionários é o prospec-tor Dircer Paquola, 43 anos, que trabalhana Nuclebrás desde que foi criada, eml()74, depois de trabalhar oito anos naComissão Nacional de Energia Nuclear.Com outros 4W) funcionários, Dirceu rei-vindicou o pagamento do tempo gasto nodeslocamento entre esta cidade e o traba-lho. 40 minutos, mas pressões da direçãoda Nuclebrás, segundo denunciou, fize-ram com que apenas 2(1 mantivessem aação. Estes começaram a ser demitidos.

Informações — Dirceu queixa-se da falta de informações dos trabalha-dores da usina sobre as atividades quedesenvolvem. "Temos de buscar outrasfontes de informação, como livros, revis-tas e jornais, porque náo somos informa-dos pela empresa sobre o que fazemos",reclama. Critico do programa nuclearbrasileiro e da usina, que considera seruma estrutura muito grande para produ-zir táo pouco urânio, Dirceu Paquola dizdesconhecer qualque tipo de problema desaúde provocado pelas atividades docomplexo nos seus trabalhadores ou napopulação local.

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O prospectot Dirceu Paquola se diz mal informado

— Não temos informações sobredoenças profissionais dos mineiros deurânio, porque a atividade ainda é muitorecente. Mas não podemos dizer que náoaparecerão doenças dentro de 10 ou 20anos — completa o presidente do Sindi-cato dos Mineiros de Poços de Caldas,José Amadeu Ferreira.

Militante do PT e primeiro presiden-te do sindicato, criado há três anos, JoséAmadeu, 34 anos, queixa-se do mistérioque envolve a usina da Nuclebrás. Dizque a direçáo da usina nunca permitiu suaentrada na área, nem aceita discutir ademissão dos funcionários que entraramna Justiça do Trabalho apoiados pelosindicato. Ele reclama, também do com-portamento

"repressivo" da Nuclebrás.— O governo gasta um dinheiro ab-

surdo para recuperar Angra e náo quergastar com o pagamento de empregados,protesta.

O chefe de segurança da usina, biofí-sico Nestor Figueiredo, explicou que ourânio bruto náo apresenta risco dc con-taminaçáo e chegou a carregar uma pedraextraída da mina durante alguns minutos.

"O fato de ser extraído nao altera aradiação natural do urânio. Ela é a mes-ma à qual sempre estiveram sujeitoi,óif,moradores da região, e não causa qual-quer mal à saúde", disse.

Segundo Nestor Figueiredo, ao con-trafio do césio 137, que provocou oacidente de Goiânia, o urânio emite ape-nas partículas alfa e não radiação gama.Por isso, só contamina quem o inalar ouingerir. Garantiu que o perigo, aindaassim, existe apenas para os 16 funciona-rios que, protegidos por respiradores,luvas, galochas, guarda-pós e capacetes,trabalham na produçáo do yellow cakc.

Para o chefe de segurança da usina daNuclebrás, o principal indicador de que ocomplexo não prejudica o meio-ambienteé a presença de pelo menos uma dezenadc capivaras à beira da represa queabastece a usina e dc uni bando demarrecos que bebiam água da barragemde rejeitos. Mostrando as gramíneas quecrescem ao redor da barragem, argumen-tou que nem os animais selvagens nem avegetação sobrevivem num local conta-minado.

Única jazida explorada tem estrutura caraA jazida de urânio tio planalto de

Poços de Caldas é a única explorada nopais, embora outras mais ricas já tenhamsido descobertas. A estrutura montadapara explorá-la é considerada cara porseu próprio superintendente. José MiltonSampa, que justifica o falo como sendo"o ônus do pioneirismo". Se toda suaprodução, projetada para 140 toneladasanuais de yellow cakc, for exportada, osdólares arrecadados dariam apenas paracustear o funcionamento da usina. Comoisto não acontece, a exploração do urâniovem custando ao país anualmente cercadc 11 milhões de dólares, ou CZS 638milhões, revelou Sampaio.

Trata-se de uma jazida pobre, daqual se extrai, em média, apenas meiatonelada dc urânio para cada mil tonela-das de minério removidos. A jazida deLagoa Real, na Bahia, por exemplo,deverá produzir seis vezes mais. A esti-inativa da Nuclebrás é de que possam serproduzidos em Poços de Caldas 5 miltoneladas de yellow cakc, que seriamsuficientes para abastecer Angra I duran-te seus 30 anos de funcionamento. E paraesta usina nuclear que se destina todo ourânio extraído pela Nuclebrás na minado planalto de Poços de Caldas. Masantes o yellow cakc deve ser enviado paraoutra usina da Nuclebrás, no municípiode Rezende, no Rio, onde é enriquecidoc transformado em bastões usados comocombustível do reator nuclear.

Para produzir o ye//oiv caA*e, a Nucle-brás extrai o minério da mina a céuaberto e submete a um complicado pro-cesso industrial em que o urânio vaisendo separado de outros minerais, comoo molibdenio, existentes na rocha. Nestaseparação é usada muita água, lançadadepois em uma barragem de rejeitos e emseguida no ribeirão Sobradinho, afluentedo rio Verde, que abastece a cidade.Segundo o chefe da segurança da Usina,Nestor Figueiredo, o pequeno perigo quea população local corre esta na eontanú-nação do córrego pelo radium, um sub-produto do urânio.

É nesta lagoa de rejeitos, porém, quepodem ser encontrados marrecos e lagar-tos. Antes de atingirem o ribeirão Sobra-dinho, os efluentes líquidos passam porduas outras lagoas, onde a quantidade deradium na água é diminuída para dois alies pico-curies por litro, cerca de umquinto do permitido pela legislação, dizFigueiredo. (C. C.)

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Nestor Figueiredo garante que urânio não é jierigoso

JORNAL DO BRASIL Cidade/Nacional segunda-feira, 23/11/87 o 1" caderno a 5

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Astronomia e AstronáuticaA importância dos satélites meteorológicos

Aiqmvo

Ronaldo Rogério de Freitas Mourão

Prever corretamente o tempo, com apenas alguns dias ile

antecipação, bem como prognosticar calamidades oucatástrofes de origem atmosférica exigem o estabelecimentode um conjunlo de dados precisos e minuciosos acerca doestado das diversas camadas da atmosfera, sobre os cóntinen-tes e oceanos, a cada momento. Só a partir do espaço épossível observar global, sistemática e regularmente a maiorparle da superfície do nosso planeta.

Rc.ilmciiic. os dispositivos altamente sofisticados instala-dos em satélites meteorológicos permitem estabelecer umpanorama geral da distribuição das nuvens, acompanhar osprocessos atmosféricos mais significativos e importantes, de-terminar o nivel da irradiação térmica da Terra para o espaço,estudar as correntes marítimas nos oceanos, detectar a forma-ção de ciclones etc,

Convém lembrar que um dos fatores que influenciamcada vez mais o clima no planeta são as atividades humanas,tais como o desmatamento de florestas, a lavoura nas estepes,a construção de canais artificiais e de represas que modificamSubstancialmente o relevo terrestre, alterando sua capacidadede reflexão. Por outro lado, as rugosidadesia superfície têmagido sobre o equilíbrio energético e as particularidadesglobais e regionais de circulação dos fluxos atmosféricos.

Como se desenvolve o tempo? Em geral, o excesso dcenergia se desloca das latitudes tropicais para os pólos, Noinicio, as massas de ar quente penetram nas camadas inferio-res da atmosfera, para depois se elevarem até altitudes de Kl a12 quilômetros, deslocando-se para Norie ou Sul.

Os registros fotográficos obtidos a partir dos satélitesmostram, com grande nitidez, a localização das zonas frontaisque separam as massas de ar quente e frio causadoras dasalterações meteorológicas: ciclones e anticicloncs, Tem amesma origem as correntes atmosféricas que se formam nolimite da troposfera e alcançam velocidades da ordem dc 3C0km/h; em conseqüência, aviões voando a altitudes muitoelevadas, ao entrarem nestas zonas, começam a balançar e. àsvezes, os seus tripulantes perdem o controle da aeronaveprovocando acidentes aéreos. Depois dos anos 511. as fotosobtidas com os satélites meteorológicos têm registrado essascorrentes. Estas informações tém evitado que os aviões sedirijam para estas zonas de instabilidade.

Com base em indícios indiretos, tais como o registro dezonas de marulho nos oceanos, tém sido detectados ciclones etufões. Assim, as coordenadas geográficas dos ciclones e suapossível trajetória são transmitidas às cidades ameaçadas.Fundamentados na configuração e distribuição das nuvens,obtidas pelos satélites meteorológicos é possível aos naviosescolherem suas rotas e. contornando as zonas de témpesta-des. chegarem ao seu porto de destino a um tempo maisrápido e com maior economia de combustível.

Os mapas de distribuição de temperatura da superfíciedos oceanos, em diferentes regiões, têm sido utilizados pelasempresas pesqueiras com o objetivo de apreciar as perspecti-vas de sua pesca em vários pontos do globo terrestre.

Os primeiros satélites meteorológicos foram os da sérieTiros (Television and Infrared Obscrvation Satcllite), O Tiros

1 foi lançado em I" de abril de 1960. Esta série foi substituída

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tm®&-v*v^' _»_* - i-f^*1Satélites modem a temperatura do mor

pelos satélites ESSA (Environmental Sciences Services Admi-nistration), enquanto novos equipamentos eram desenvolvi-dos e testados na série Nimbus. Outra série, desenvolvida nocomeço dos anos 1970, sob a designação inicial dc ITOS(Improvod Tiros Operacional System) foi, nos fins daqueladécada, rebalizada como NOAA com base nas iniciais doorganismo National Oceanic and Atmospheric Administration(Administração Nacional do Oceano e Atmosfera). O NOAA

1 foi lançado em II de dezembro dc 1970; o NOAA 2, emoutubro de 1(>72; o NOAA 3, em novembro dc 147.'. e oNOAA 4. cm novembro dc 1974.

Todos estes satélites descreviam uma órbita quase polarem 115 minutos, numa altitude de 15 mil km. o que permitiauma cobertura total do nosso planeta. Em maio de 1974 cfevereiro de 1975. uma nova serie de satélites meteorológicossíncrònos, os SMS (Sychronous Meteorological Satellitcs),foram colocados em órbita estacionaria acima do equadorterrestre. Cies registravam a cobertura de nuvens c a atividadedo Sol, bem como serviram de retransmissores dos dadosobtidos pelas mais distantes estações meteorológicas nutomá-ticas. Situadas em uma órbita muito elevada, esses satélitesobtiam c transmitiam imagens da Terra num intervalo de ..)minutos. Mais tarde, em outubro de 1975, entrou em ação osistema denominado GÓES ((Icoslaiionary Operational Envi-ronmcntiil Satcllite ou Satélite Geostacionário e Operacionalde Ambiente). 'Tais satélites são uma contribuição americanaao GARI' (International Global Atmospheric Research Pro-gram, Programa Internacional de Pesquisa Global da Atmos-fera). A Agencia Espacial Européia, o Japão e a URSStambém cooperaram neste programa. A URSS tem seupníprio sistema de satélites meteorológicos, denominadoMeleor.

Satélite entra<km órbita maspainel não abre

KOUROU, Guiana Francesa ___ osntéüte alemão dc transmissão direta tletelevisão TV-Snt-1, lançado no espnçopor uni foguete Ariano na noite de sexta-kua. está funcionando normalmente,apesar do defeito ocorrido num dos pai-néis rcccpladores dc energia solar, quenáo se aluiu. Os técnicos do centro decontrole do consórcio Eurosut esperamagora que ele seja colocado em sua órbitadefinitiva para apresentar um relatóriofinal.

O TV-Sal-1 destina-se ã transmissãodireta de programas de televisão paraantenas parabólicas domésticas. Algunsespecialistas temem que. com a falha nopainel, ele não obtenha potência suficien-te para as transmissões. Apesui desteproblema, o satélite assumiu a posiçãocorreta para a transmissão c até o mo-mento a quantidade de energia captada ésuficiente para o funcionamento de seusinstrumentos. O foguete Arianc, usadono lançamento, funcionou perfeitamente.Agora, o satélite só precisa de um empu-xo extra de um pequeno foguete para sercolocado em sua órbita definitiva. Sóentáo será possível determinar se a ener-pa captada por suas células fotoelétriens(que convertem a luz do sol cm eletricida-de| e suficiente para que ele comece atransmitir programas de televisão.

Com esse satélite, os alemães preten-dem inaugurar um novo sistema de trans-missão digital de sinais de televisão epiepermite uma imagem muito mais nítidado que a dos sistemas Pai C Secam,usados na Alemanha até hoje. O TV-Sat-1 vai levar três semanas para chegar áórbita geossincrônica, a 36 mil quilôme-tros de altura sobre a Terra, onde suavelocidade iguala a rotação da Terra e eleparece ficar imóvel sobre um ponto doplaneta, permitindo que as antenas para-bélicas sejam apontadas para captar seussinais.

Arquivo

Luiz Fornando

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Viagem aos pólos do Sol

Inamps treina médicos para utilizaracupuntura em sua rede de hospitais

Dois anos depois de ler adotado ahomeopatia em alguns dos seus ambulató-rios. o Inamps decidiu treinar m'edicos eprofissionais da 'arca de saúde para per-mjjjr aos segurados o acesso 'a acupu-aí' \ V ! Ir' ).'•''nt.üra nos hospitais da rede. Para isso. :'ii:.H7_//'5_ _!

_ 'f-\'m• Arquivo

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começou um curso na quinta-feira passa-da_no Centro de Estudos do Hospital daLagoa sobre o assunto. O curso taz. cartede um projeto mais amplo de adotar asterapias náoconvencionais: alem de ho-mèòpátia e acupuntura, a fitoterapia (tra-taflicnto com plantas), hidroterapia (tra-taii.etiio com 'água) e termalismo (tratamento a base de calor).

..,,,— Com a acupuntura, vamos poder reunia a tecnologia damedicina alopática com a sabedoria milenar dos chineses, parafazem junção da medicina preventiva com a curativa — afirmaEmílio Miray y l.opez. responsável pela Coordenadoria deMedicinas Tradicionais e Aliei nativas do Inamps.

Ele diz que a adoção de praticas níedicas alternativas peloshospitais da rede do Inamps contribuirá para reduzir os altoscustos com pacientes.

"Seria muito mais barto se uni pacienteterminal de câncer ficasse numa estância hidrõíninêraT comoCaxambu. fazendo hidroterapia. por exemplo. cUi que ficar presoa imrlciio submetido 'as caras terapias convencionais", diz.

—Organizador do curso, que conta com o apoio Técnico da

Dialogay sódá camisinhaa cadastrado

ARACAJU — A vendailegal dos preservativos distri-buíclos gratuitamente pela So-ciedade Civil do Bem-Estar daFamília (Bemfarri), levou ogrupo Dialogay a deixar defa_ur...a distribuição avulsa emvários pontos da Capitai fre-qüeniados por prostitutas, ho-mossexuais e boêmios. Agorasó,terá direito às camisinhas-de-vénus quem se cadastrar nogrupo, que reúne dezenas dehomossexuais sergipanos e de-sonvoTvc uma permanentecampanha de conscientizaçãosobre os perigos da Aids.

^..Além de vender as cami-sinhas. muita gente estava brin-candu.com elas, explica Wel-hngion Andrade, presidente doDialogay, que já viu os preser-vátivòs cheios dágua e pendu-rados em árvores. Para evitarque isto continuasse a aconte-cer,<.o_grupo começou a cuias-Irar--.pessoas interessadas nascamisinhas. "Cada cadastradolerádireilo a 10 preservativospor semana e a garantia desigittrjihsoluto, pois o controledos-beneficiados é feito nume-neamenic c nào nominalmcn-tu^V-disse Andrade.

Desde o ano passado, quan-do se engajou na campanha decombate à Aids. o Dialogaydistribuiu 60 mil preservativosdoados pela Sociedade Civil doBem-Estar da Família. "Esta-mos com um estoque de 20 milcamisinhas que serào distribuí-dás em motéis e para as pessoascadastradas". Em apenas oitodias. 50 pessoas procuraram ogrupo para se cadastrar.

Associação Brasileira de Acupuntura. Mira y Lopez quer essapr'atica tradicional da medicina chinesa adotada como foi ahomeopatia. ha dois anos. Atualmente, ha homeopatas atendeu-tio os segurados nos postos da Avenida 13 de Maio. São FranciscoXavier. Coelho Neto. Ilha doGovernadore hospitais de Ipanema,da Lagoa e da Posse, em Nova Iguaçu, üuanto à acupuntura, hadois lugares no Rio atendendo os pacientes: no Hospital PaulinoWerneck, na Ilha. e. extra-oficialmente. pelos médicos RobertoAngulo e Maria Luiza Bernadete. no Hospital de Ipanema.

HÁ VAGAS—No curso de acupuntura, que ainda temvagas, os médicos serão treinados nas pr

"aticas tradicionais damedicina chinesa Iacupuntura, moxabustào — queima de ervamedicinal —. diefética, exercícios físicos, respiração e fitotera-pia).

"'H preciso acostumar mVdicos e profissionais da área de

saúde a enxergarem o paciente em consonância com o universo emque ele vive e a recuperar aspectos da nossa cultura, da sabedoriapopular, enfim, começar a ter uma visão mais ampla do indivíduo.Tratar o doente e nao a doença", explica.

Para Mvrn v Topes, o Brasil está assimilando as técnicas demedicina náo convencionais um pouco tarde. A França ja faz issoe a Argentina está na nossa frente — informa Roberto 1 calBoorhenn. vicepresidente da Associação Brasileira de Acupu-mura. Ele afirma que esse curso, unia iniciativa de acupunturistnscariocas, é uma oportunidade para desmitiíicar a acupuntupnmostrando como ela e feita, e paia afastar definitivamente a id'eiade que as agulhas usadas no tratamento podem causar infecçôes.

stef-

mth ¦O foguete Ariane

Mecanismo defoguete salvasoviéticos

MOSCOU — O editor da revistasoviética Ogoniok revelou cm entrevistaà Radio de Moscou que um grupo decosmonautas soviéticos escapou de mor-rer num acidente semelhante ao da naveChallengcr americana graças a um meca-nismo de segurança quê se ativou quandofaltavam apenas seis segundos para olançamento.

Vitaly Korotich falava num programasobre o tema da censura e a glasnost (aabertura de Gorbachev). Ele lembrouque soube do quase acidente através docosmonauta Georgi Grechko. Depois demuita luta contra os burocratas da censu-ra, ele conseguiu permissão para publicaruma linha sobre o caso na edição dejaneiro da revista.

Segundo Korotich. quando ele pediupermissão aos diligentes da agencia espa-ciai soviética para publicar os detalhes dahistoria, eles responderam: "Você eslálouco?"

Ontem, o editor contou que a expio-sào de uma nave espacial soviética tnpu-lada foi evitada por um mecanismo desegurança que funcionou seis segundosantes do lançamento.

Sonda Ulysses vaifotografar o quenunca foi visto

áo é só a Lua, o Sol tambémtem um lado oculto e e esse

lado que será fotografado pela naveUlysses, da ESA (Agência EspacialEuropéia), no fim de 1990. segundo arevista The Economist. No Inferno.de Dante. o semidetis Ulysses, damitologia grega. diz. ao poeta como éque fará para visitar "um mundoinabitado atrás do Sol". O herói nãochegou a tanto. Seu xará modernotambém não chegará, mas terá a rarachance de ver partes do Sol que sáoinv isíveis não só da Terra, mas lam-bém de qualquer lugar do espaço atéagora visitado pelo homem e seusrobôs. diz. a revista.

O Ulvsses será lançado em outu-bro de 1990, e em 1992 chegará aJúpiter, onde mudará de órbita. Em1004, passará sob o polo sul do Sol. cem 1995 viajará por cima do pólonorte solar. As primeiras fotos dopolo sào esperadas em 1994. Os pia-nos para o lançamento do Ulysses sáoantigos, datam dos anos 1970. A pie-visão era de que ele seria lançado deum ônibus espacial, em companhia deuma sonda norte-americana, em 1983.Houve, entáo, um adiamento para1986, mas o desastre com a Challen-

ger acabou com tudo. Agora, os pia-nos são retomados.

Além de mapear as regiões pola-res do Sol, fotografar-lhe o ladooculto, desvendando parte do seumistério, o que há de fascinante nasonda Ulysses é o caprichoso e ele-gante desenho de sua órbita. Ulyssessai da "Terra, lançado de um ônibus, eaproveita a força gravitacional terres-tre, indo num só empuxo até Júpiter,mantendo-se no mesmo plano, cha-mado de ecliplica — a linha em que aTerra e todos os planos orbitam emtorno do Sol. Tal como as sondasVoyager, da Nasa, Ulysses se dirige aJúpiter, mas. ao contrário delas, náousa o campo gravitacional daqueleplaneta: chegando até ele. subitamen-te faz uma volta em torno da eclíptica,e torna impulso até Saturno, depois derodear Júpiter, e passar pelo pólo suldo Sol, com a graça de um passo debale.

Em meados de 1990, a ESA tam-bém lançará a sonda Soho, que chega-rá a um ponto em que a gravidade daTerra equilibra-se com a do Sol. Suamissão será a de observar as ondas nasuperfície solar, analisar a temperatu-ra da coroa do Sol, que é milhares devezes mais quente cio que a superfície.e registrar os ventos solares, os movi-mentos de partículas que limpam asuperfície do Sol como se fosse umjato. A ESA, com Ulysses e Soho.tem muito com que ocupar a imagina-ção dos seus cientistas nos próximos10 anos.

JEfea dezembro esf©JORNAL Wl 8KA-SILidéias jog&v*tásexHhGxado.

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Hoje, está sendo inaugurada a mais nova loja da rede TELE-RSOSão mais de 4 andares de puro prazer na Av. Braz de Pina,270, Penha.Prazer para quem compra, pois lá vai encontrar as melhoresmarcas com ótimos preços.Prazer para quem participa. Como é o caso da Olivetti, quelá está presente com toda sua linha de máquinas de escrevere calculadoras.

J Parabéns, Tele-Rio. E um prazer estar com vocês.

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Essa marca você não encontta em qualquer esquina

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6 ? 1" caderno ? secunda feira, 23/11/87 Internacional JORNAL DO BRASIL

Informe JBgovernador de Pernambuco,Miguel Arraes. cumpriu uma

verdadeira maratona neste fim desemana.

Depois de passar o sábado noRio de Janeiro confabulando com ogovernador Moreira Franco seguiupara São Paulo — onde esteve comOrestes Quercia — e, cm seguida,desviou sua rota de volta a Recife, abordo de um jatinlio particular,passando por Minas.

Na Fazenda Rio Rancho, emPitangui (M(>), uma das várias pro-priedades rurais do pecuarista New-ton Cardoso, governador de Minas,Arraes falou:

— Sobre a esperança no povobrasileiro:"Não é sonho, estou com os pésria terra, o povo brasileiro ainda vaise levantar."

— Sobre as articulações para olançamento de um novo partido:"Eu son uma pessoa abrigadano PMDB, não sou fundador dopartido. Enquanto não chover den-tro, a gente fica."

A propósito. Arraes diz que oPMDB é múltiplo. Lembra gueTancredo Neves, certa vez. disseque o seu PMDB não era o dele. Edesabafa: "Aí, eu fiz uma forçalouca para ser..."

RetaliaçãoO convênio de municipalização d;i

Saúde que seria assinado entre o Minis-tério da Previdência e a Prefeitura dePetrópolis, na sexta-feira, deu chabu.

O prefeito Paulo Rattcs recebeu ocomunicado para cancelar a solenidadena quinta-feira às dh da manhã. No diaseguinte, já estava no Ministério daPrevidência, em Brasília, procurandoexplicações.

DEm tempo: quem alertou Brasília

para o fato de a mulher do prefeito, adeputada Ana Maria Rattes (PMDB-RJ), ser uma ardorosa defensora doencurtamento do mandato de Sarney foio deputado Adolpho Oliveira (PL-RJ).Toma lá, dá cá

Do jogador Zico depois de ver seutime ganhar de 3 a 1 do Santa Cruz deRecife, no Maracanã, dois dias depoisdo cantor Sting se apresentar para 200mil pessoas no mesmo local:

— O gramado do estádio está empéssimo estado. Da mesma maneiracomo nunca invadi o palco de nenhumartista não gostaria que os artistas inva-dissem o meu palco.Volta às boas

O estremecimento das relações doministro da Habitação, Prisco Viana,com o governador da Bahia, WaldyrPires, não durou muito.

Na noite de sexta-feira o advogado eempresário Milton Tavares, um dosproprietários da TV-Arata e amigo deambos, conseguiu desanuviar o climaque estava péssimo desde que o minis-tro criticou duramente o governadoracusando-o de ser um dos articuladoresdo encurtamento do mandato-Sarney.

?A fórmula usada pelo empresário

foi convencer o ministro para "tomaruma água de coco gelada com WaldyrPires em Ondina". logo após a assinatu-ra de diversos convênios com o prefeitoMario Kerfsz na capital baiana.Quem vem.

A cantora lírica brasileira MariaD'Aparecida, que mora cm Paris, vaidesfilar este ano pela Beija Flor.Jog*o pesado

O senador Mário Covas (PMDB-SP) foi vítima, ontem, pela segunda vezem urna semana, da onda de boatos quevarre a capital do país.

Informações "absolutamente segu-ras" garantiam que o piesidenciável sesentira mal. Até mesmo os filhos, quemoram em São Paulo, ficaram preocu-pados.

Covas, que almoçara com a mulher,Lila, e nada sentira, não escondia suairritação com a hoataria e identificavasuas origens em dois palácios: o doPlanalto, cm Brasília, e o dos Bandei-rantes, no Morumbi, cm São Paulo.

Bicho estatalA Loto-Rio, uma espécie de jogo do

bicho oficializado, começa a funcionarno dia 4 de dezembro.

Mas, num teste experimental nasexta-feira, o Estado do Rio arrecadou,sem qualquer divulgação, CZ$ 460 mi-lhões.Plágio

Acaba de ser descoberto o vérdadei-ro autor da frase de efeito A multidão éfêmea, precisa de macho.

Iila surgiu como um petardo tia bocado ex-ministro Armando Falcão mas,na realidade, é de autoria de BenitoMussolini — o ditaiior italiano que cm1922 liderou a ascensão do MovimentoFascista ao Poder.Em tempo: a frase está no livro Comer-sa com Mussolini. de Emil Ludwig.

FurosRecomenda-se aos componentes tio

Centrão — que amanhã tentarão mudaro regimento da Constituinte para termais força, e, com isso, desmobilizar ogrupo que compõe a esquerda na Co-missão de Sistematização — que nãolevem ao pé da letra as previsões dodeputado Daso Coimbra (PMDB-RJ).

Seu prèvisômetro, ultimamente, de-ve andar meio enferrujado:» primeiro previu que o candidato Pau-Io Maluf ganharia as eleições e eleperdeu:a depois, garantiu que o resultado naComissão de Sistematização para omandato de Sarney seria de cinco anos edeu quatro.Férias antecipadas

A greve dos professores municipaisdo Rio de Janeiro que começa de fatohoje foi decidida no sábado por umaassembléia onde apenas 0,69? da cate-goria estava presente.De volta

Segundo portaria publicada no Diá-rio Oficial da União de 4/11 foi designa-do para secretário de controle internodo Ministério da Reforma Agrária, De-lile Guerra de Macedo.

Trata-se de um antigo funcionáriodo Incra que foi nomeado pelo entãoministro do Interior Ronaldo CostaCouto para ser presidente da Funai c —acusado de corrupção e de atender aosinteresses dos grandes proprietários —foi destituído do cargo depois que ospróprios índios fizeram uma manifesta-ção contra sua nomeação.

Hora da saudadeO ex-ministro de Desenvolvimento

Urbano, Deni Schwartz, voltou a assu-mir a Secretaria-geral do PMDB doParaná, numa festa promovida por poli-ticos do bairro de Santa Felicidade. Erecebeu um elogio indireto do prefeitode Curitiba, Roberto Requião:

Esse é o governo Sarney, qne tiraum Deni Schwartz de sua equipe paracolocar um Prisco Viana da vida nolugar.

AmeaçaDo presidente da Câmara de Co-

mércio Americana para o Brasil. Wil-bur Andrews Jr., comentando a recentequeda de braço entre o governo e aAutolatina:

No momento em que a sobrevi-vencia da livre iniciativa no Brasil se vêinjustamente ameaçada por pressõesoriundas dos mais variados segmentosda sociedade brasileira, nos deparamoscom um ato de extrema coragem efirmeza.

Gorbachev exige que padrãode vida soviético melhore

• Uma festa hoje, às lSh. naABI, comemora a entrada tiomusicólogo Paulo Tapajóspara o Guiness Book of Re-cords: 60 anos ininterruptosde produção e apresentaçãode programas tle rádio.o Sábado, às I7h30min, omotorista do Opala Cômodo-ro preto do Serviço PúblicoFederal, placa branca XV-0790, conduzia um senhorvestido informalmente, tomcamisa esporte, nu esquinados ruas üotuciitu com liarãode Mesquita, em frente aoAmarelinho do Grajaú.• O jornalista Wilter Santia-go, que acompanhou o go-vernador da Bahia, WaldyrPires, durante Ioda a campa-nha eleitoral deixou o cargode coordenador tle Comuni-cação Social. Será substituí-do por João Carlos Teixeira.fundador do Jornal da Bahia,e representante da chamadagcráção-mapa que sob a lide-rança de Glauber Rocha re-volucionóu a cultura baiana.• Faghcr é a próxima atra-Cão do Scala 1. Estréia dia ').Na primeira quinzena de ja-neiro é a vez. de Gal Costa.Com ela, fecha-se o ciclo dosDoces Bárbaros, que se ini-ciou com Gil, passando porBethania e Caetano.

-Lance-Livre-O Depósito Judiciário do

Estado, em Niterói, no Riode Janeiro, que se encontra-va entregue às traças e bãra-tas, vai se transformar em umgrande espaço cultural. Fun-cionará ali o Centro tleCultura e Documentação,que vai abrigar o ArquivoEstadual e atividadesculturais variadas.

A carcaça incendiada deum Fiat jaz. há duas semanasnuma calçada da listrada dasFurnas.

O cônsul tle Portugal, JoséStichini Vilela, visita amanhão Museu Histórico Nacionalc a exposição de azulejosportugueses que se despededo público carioca no próxi-mo dia 29 rumo a São Paulo.

O motorista do XR-3 pra-ta, placa UVV-8497, e seustrês acompanhantes demons-liaram, na noite de sábado,todas as estripulias de que sãorapazes ao longo do túnel Re-bouçás e da orla da LagoaRodrigo de Freitas.

O Centro Educacional daLagoa promove debate hoje,às 20h, no Colégio Brasileirode Cirurgiões, em Botafogo,sobre um tema polêmico: Te-levisão e Livro — concorreu-tes ou inimigos? Entre os de-batedores, Laura Sandroni,

Tçhecos aindaestão à esperada "glasnost'

MOSCOU — Maior empenho paramelhorar a vida cotidiana das massas elevar a glasnost ao dia-a-dia dos cidadãos— essa é a nova determinação do secreta-no Mikhail Gorbachev ao Partido Comu-nista tia URSS, semanas tlepois da denlis-são do chefe do PC tle Moscou, BorisYeltsin.

Gorbachev disse a uma assembléiade autoridades do partido que, a menosque as massas sintam melhorias concretasna sua qualidade tle vida, não poderãoengajar-se no processo tle reformas ereestruturação — exatamente as críticasque custaram a Yeltsin a demissão dachefia do PC tle Moscou.

O novo chefe do PC tia capitalsoviética, Lev Zaikov, levou a mensagemtle Gorbachev para as ruas da cidade,ontem, ao visitar o distrito de Gagarin,onde o eleitorado tle Yeltsin se coiiceu-tra. Segundo o Pravda, Zaikov enfrentouduras críticas dos moradores: "Não hásentido em reclamar aos órgãos centraisda administração pública sobre a máqualidade tio pão e a escassez tle merca-dorias no mercado", teriam reclamado osmoscovitas,

Gorbachev advertiu as autoridadesdo partido que devem parar tle piomiil-gar decretos e empenhar-se em criar umaatmosfera "propícia à participação popu-lar nas reformas". Segundo o líder sovié-tico, os problemas que levaram à demissão de BorisYeltsin "não se confinam a Moscou". Gorbachev reiterou,a conservadores c reformistas, que nenhum programapolítico dará certo sem apoio popular.

O PC URSS não conseguiu, ainda, uma estratégiaclara para enfrentar os impasses do movimento reformista.diminuir o centralismo estatal e aumentar a participaçãodemocrática e popular, disse o sceretário-geral, segundo oPravda; O líder soviético também criticou a imprensa pornão dar cobertura necessária às novas questões que estãosurgindo com a glusnost (transparência) e a perestroika(reestruturação).

Reunião — O ministro do Exterior soviético.Etlouartl Schvardnadze, e o secretário de Estado america-no, George Shultz, chegaram ontem a Genebra parapreparar o próximo encontro de cúpula Reagan-Gorbachev, no dia 7 de dezembro, em Washington,quando será assinado um acordo histórico de desarmainen-to nuclear. Soviéticos e americanos estão otimistas.

Gonobra — AFP

Luiz Lobo e ValdemarStezcr.

A empresa de transportesRedentor — detentora do mo-nopólio da linha tle ônibusque liga Jacarepaguá ao Cen-tro da cidade — exerce, tran-qüilamente, o tão perigosoT.L.: o turno único. Os mo-toristas trabalham manhã etarde, entrando pela noitecom o descanso só para oalmoço.

Dando continuidade à sé-rie A Constituinte e a crisepolítica, o deputado AmaralNeto, líder do PDS na Cama-ra, é o convidado tle hoje doprograma Encontro com aImprensa, às 13h, na RádioJORNAL DO BRASIL.

O pintor Aloysio Zaluarinaugura exposição de seustrabalhos amanhã no Espaçode Arte do Manco Central.

O Centro Pró-Mcmória daConstituinte promove hoje,na quadra da Mangueira, exi-bicão de vídeos, encenaçãoteatral e debates com ascrianças do mono.

A Amai já tem uma posiçãona questão da emancipaçãoda Barra da Tijuca. A asso-fiação está radicalmente con-tra e considera a separaçãoom desrespeito à historia e àtradição do Rio de Janeiro.

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Slievàrdncídze chega otimista poro u

Henry KamnTim Nnw York Timos

reunião

Slievartlnadze declarou que as reuniões com Shultz,que começam hoje "sáo o estágio mais crucial da prepara-ção da reunião de cúpula: vamos negociar os últimosdetalhes tle um tratado sobre mísseis de curto e médioalcance". Segundo o chanceler soviético, "apesar dealgumas dificuldades sobre a questão da verificação doacordo, que envolve os territórios da URSS, dos EUA edos países onde há mísseis instalados, acho que chegare-mos a um resultado satisfatório".

Shultz, que chegou a Genebra à noite, admitiu, emWashington, que os problemas pendentes com o tratado dedesarmamento com os soviéticos serão resolvidos. Nos trêsdias de reunião cm Genebra, o secretário americano,segundo o Washington Post. também levantará a questãoda retirada soviética do Afeganistão. A reunião de cúpulaentre Reagan e Gorbachev poderá servir para o anúncio tleimportantes decisões soviéticas na sua política no Alega-nistão, especula-se na capital americana.

Na Hungria, a cúpula dos dissidentesBUDAPESTE — Dissidentes, pacifistas e intelectuais

— 70 do Ocidente e 70 do bloco socialista — realizaram,ontem, na capital da Hungria, um encontro inédito paraanalisar o tratamento dos governos do leste c do oeste aoschamados crimes de consciência. Capitalismo e comttnis-mo foram condenados por ''criminalizarem o que a ONUdefine como um direito humano fundamental", concluiu aassembléia.

O governo húngaro, inicialmente, tentou impedir oencontro, organizado pela Rede Européia Para o DálogoLeste-Oeste. sediada em Berlim Ocidental, mas acaboutolerando-o. A reuniáo recebeu uma cobertura jornalísticasem precedentes na imprensa húngara.

O escritor dissidente húngaro Niklos Háraszti tleiiun-ciou que há cerca tle 200 húngaros presos por se recusarema prestar o serviço militar. Outro escritor, Gyoergy Kon-rad, sugeriu que a Hungria negocie claramente com a

URSS um preço para deixar o Pacto tle Varsóyia e obter oestatuto tle neutralidade igual ao da vizinha Áustria.

Stella Jagher. da Suíça, disse que, em seu país, a cadaano cerca de 5(X) pessoas são condenadas a 15 meses tleprisão por recusarem o serviço militar. As leis da Gréciasobre a matéria também foram condenadas pelos delega-dos do Fórum. Ingritl Base. da Iugoslávia, informou quehá 20 prisioneiros de consciência só na Slovenia. JacekCzaputowicz, da Polônia, revelou que nove integrantes domovimento ilegal Paz e Liberdade foram presos, emoutubro, por objeção de consciência.

O fórum Leste-Oeste abordou lambem assuntostabus na Hungria, como a invasão soviética de 1956. e daTcheco-Eslováquia. em 1%N. Os delegados discutiram,igualmente, o processo de reformas na URSS e a criaçãode um movimento democrático pan-europeu.

PRAGA --Para muitos habitantesda Tcheco-Esloyãqúia, a mesma UniãoSoviética que ordenou a invasão de 19bHque pôs fim ;i rápida floração cultural cintelectual da primavera de Praga tr.ni. -formou-se na principal esperança demaior liberdade Mas os espíritos críticosainda estão sardônicos a respeitoi dessatransformação de Moscou — de agentecausador da perda da liberdade para òstchecos à única força capaz tle irazè-la dl-volta.

O paradoxo fica mais vivo na gestãodo presidente Gusfav Husak, cuja posseocorreu com o fim da primavera dePraga. Embora as recentes medidas ado-tatlas pelo dirigente soviético MikhailGorbachev tenham provocado um lentoprocesso tle transformações econômicasna Tcheco-Eslováquia, elas não tiveramainda nenhum eleito quanto à liberaliza-ção da vida artística e cultural.

As autoridades falam com cnlusias-mo sobre a "aceleração do desenvolvi,-mento democrático e social" e da "demo-cratização da sociedade" a partir dealgu-mas medidas adotadas este ano. Em suasentrevistas, elas oferecem detalhes a res-peito tia reestruturação econômica. iTfasquando as perguntas voltam-se para*ademocratização, fazem apenas contenta-rios generalizados sobre o aumento dospoderes do Parlamento e dos órgãosadministrativos locais.

Denúncias — A reticência, o£j-ciai torna mais contundentes as denúnciasfeitas pela oposição não oficial c pelosdiplomatas, de que o governo de Husaktenta manter o compasso com a UpiãpSoviética, mas sem liberalizar de formamais ampla a vida numa das sociedadesmais restritas do bloco socialista. • ¦•

— Gorbachev diz que a glasnost 6parte tia perestroika (reestruturação).Aqui, uma pequena glasnost c uma impe-riosa necessidade se você desejar- umaperestroika — diz um diplomata oci-dental.

Pela primeira vez desde que a lide-rança tcheca foi deposta, em seguida âinvasão soviética tle 1968, Husak pareceencontrar dificuldade em se manter fiel àlinha traçada por Moscou. "Manter aestabilidade e copiar a Uniáo Soviética'éa grande questão. Pela primeira vez exis-te um conflito entre os dois países"analisa outra diplomata.

As autoridades (checas são obrigadasa enfrentar a sua relutância em seguir aliderança soviética, pois para isso teriamde manifestar mais do que a costumeiraadmiração pelos dirigentes do Kremlin ereconhecer que e uma coisa natural o fatotle Moscou suplantar Praga na questão daliberalização. Milan Matous, importanteideólogo e vice-diretor do Instituto deMarxismo-Leninismo, do PC tcheco. ex-pressou apoio lotai à liderança de Gorba-eliev. "O

que acontece na União Soviéti-ca", declarou, "é uma inspiração e exem-pio para nós".

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JORNAL DO BRASIL Internacional segunda-feira, 23/11/87 D Io caderno ? 7

Presos cubanos se amotinam e fazem 20 reféns nos EUAOAKDALE, EUA — Centenas de

refugiados cubanos, armados com paus emachados, se amotinaram no Centro deDetenção de Imigrantes Ilegais tle Oak-dtile, no estado cie Louisiana, e uiaiiii-iiham em seu poder um grupo de 20reféns, Eles incendiaram parto do com-pleito penitenciário — dois edifícios ad-ministrativos, a capela e o restaurante —,exíginclo que o governo lhes dê garantiasde que não serão repatriados para Cuba,' ¦¦•-O nioimi começou no sábado â noite,em. protesto contra o acordo de emigra-táo-assinado na sexta-feira entre os Esta-dos Unidos e Cuba. Pelo acordo, o gover-no de Havana se compromete a receberde volta cerca de 3 mil cubanos queemigraram para os Estados Unidos nachamada flotilhn d:i liberdade, em 1980, cque são considerados indesejáveis pelogoverno americano. Dos 3 mil, 976 esláodelidos em Oakdale e os restantes cmJktlánta.

O porta-voz da polícia de Oakdale,I lennan Perkins, contou que na noite de$Üfi'ádo os cubanos se apoderaram dasgranadas de gás lacrimogêneo c das ar-más dos guardas do Centro de Detenção,numa ação em que 17 pessoas — 11empregados do presídio e seis presos —ficaram feridas. Depois de tomar 28 fun-

cionários como reféns, eles começaram aincendiar tudo. Na manhã de ontem, oitotios reféns lotam libertados.

A policia, que pediu reforços a qua-tro estados vizinhos, cercou o Centro deDetenção, pronta para intervir caso avida dos reféns corresse perigo. Os amo-li nados deixaram que três jornalistas e odeputado republicano Clydc llollowayentrassem no presidio e garantiram a elesque náo pretendiam fazei mal a ninguém.Mas advertiram que não libertariam maisnenhum dos reféns enquanto o governonão enviasse alguém pata discutir a deci-são de repatria-los. Como forma de pres-sáo, as autoridades desligaram o sistemaile aquecimento do Centro tle Detenção.

Furiosos — Pat Jones. editor doOakdale Journal, um dos jornalistas queconversou com os amotinados, disse quecies estão preocupados e furiosos com o"pado Reagan-Cástro". O acordo deemigração — que também prevê a con-cessão de 20 mil vistos americanos paracubanos desejosos de emigrar — já tinhasido criticado pelos líderes da comunida-de de exilados cubanos cm Miami. "Einadmissível devolver qualquer pessoa aCuba", declarou Tony Varona, presiden-te da Conferência Patriótica Cubana.

Os 3 mil cubanos que os EstadosUnidos querem devolver a Cuba fazem

parte do grupo de 100 mil mnriclitos,como sáo chamados os emigrantes quepuniram em 1980 tio porto cubano deM.uiel. Entre os 3 mil a maioria é tledoentes mentais ou criminosos, confina-dos em centros para imigrantes ilegaisassim que chegaram aos Estados Unidos.Mas, mesmo sem legalizar sua situação,esses indesejáveis parecem não querervoltar para Cuba, sob condição ne-nliiima.

O mbtim do fim de semana em Oak-dale repete os ocorridos cm 1984, quandofoi assinado o primeiro acordo de emigra-ção Estatlos tinidos—Cuba. Na época,201 mariclitos chegaram a ser deportadosde volta para Havana, mas o acordo foisuspenso [ior lidei Castro depois que ogoverno americano iniciou as transinis-soes para Cuba da Rádio Marli, áulicas-trista.

O Centro tle Detenção de ImigrantesIlegais de Oakdale fica numa região ruralda Louisiana e é formado por seis alaspara os prisioneiros, outras tantas para aadministração c uma fábrica na qual osdetentos recebem de 22 centavos de dólara 1,32 dólares por hora para tecer toa-lhas. O Centro foi aberto em abril de19X6 e abriga principalmente imigrantecubanos.

Wnníigun — AFP

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libertação

Nicarágua liberta 985Líder político volta e rebelde prisioneiros políticosdecreta trégua em El Salvador

¦ SAN SALVADOR — A guerrilhade esquerda salvadorenha decretou umatrégua de dois dias em todo o país e depilo" tlias no departamento (estado) deSan Salvador, depois da volta ao pais deRülíéii Zamora, vice-presidente tia Eren-te Democrática Revolucionária (['DR). aala político-diplomática do movimentorebelde. Zamora, que estava exilado hásete anos, chegou no sábado à tarde emSan Salvador, acompanhado de depu-tadós europeus e representantes de orga-nizaçóes políticas e religiosas dos EstatlosUnidos.

A rádio rebelde Venceremos antin-ciou que durante a trégua os guerrilheirossó entrarão em ação se forem atacadospelas Forças Armadas. Rubem Zamoradisse que a trégua foi decretada emsolidariedade a sua chegada, como umademonstração de que não há divisõesentre a ala armada e o setor político dainsurgéncia. O governo de El Salvadorsuspendeu há três dias um cessar-fogounilateral decretado no dia 5 de novem-brp,,e que náo foi acatado pelos guerri-llieiros.

, .Zamora, usando colete à prova debalas, foi recebido no aeroporto de SanSalvador por centenas de pessoas queesperavam para saudá-lo. IX' pé na carro-cena de um caminhão, ele beijou a ban-deira salvadorenha e declarou. "Estamosvoltando para uma grande cruzada pelaverdadeira democracia Além dei

[presidente da FDR, Guillcrmo Ungo, e.mais quatro dirigentes da ala política da'guerrilha voltarão hoje a El Salvador.

Rubem Zomoia. do Partido Popular«Social Cristão, e Guillcrmo Ungo. do•Movimento Nacional Revolucionário,-participavam tia política institucional do'país até 1980. quando uma onda de"repressão conduzida pelos Esquadrões da(Morte tle extrema direita, aliados aolExército, causou a morte de milhares de(oposicionistas e obrigou outros tantos a

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Jayrne Brener

San Salvador — AFP

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Artüro Zamora recebo a comunhão d<> arcebispo Rivera

se exilarem. Os dois partidos criaram 110exílio a Frente Democrática Revolucio-nária, formando uma aliança com oscinco grupos armados que integram aguerrilha da Frente Farabundo Marli deLibertação Nacional (FMI.N),

Na manhã de ontem, sem tirar ocolete à prova de bala, Zomora assistiu ámissa dominical rezada pelo arcebispo tleSan Salvador. Arluro Rivera y Damas,que atua como intermediário nas nego-ciacões entre a guerrilha e o governo. Asnegociações foram interrompidas mêspassado, depois do assassinato do presi-dente da Comissão de Direitos Humanosde El Salvador.

Durante a missa, o arcebispo Riveray Damas disse esperar que a presença deZamora no país

"contribua para a paz e o

diálogo", mas não poupou criticas á guer-rilha e ao governo do democrata cristãoNapoleón Duarte.

Em entrevista coletiva, Zamora criti-cou o presidente Napoleón Duarte porter "entregue aos Estados Unidos a sobe-rania salvadorenha" e admitiu ter medodos Esquadrões da Morte. Altos oficiaisdas Forças Armadas disseram considerara volta de Zamora uma tentativa daguerrilha de tomar o poder.

MANÁGUA — Em clima de muitaemoção, o governo nicaragüense libertouontem '.'S.S presos políticos cm váriospontos do pais. O indulto havia sidoanunciado pelo presidente Daniel Ortegano dia 5 como "prova da disposição dossandinistas cm cumprir os acordos de paz.da Guatemala", que prevêem a paz e ademocratização da America Central.

A Assembléia Legislativa nicara-gtiense aprovou a medida na semana(lassada, assim como a suspensão doestado de emergência e a anistia aospresos políticos detidos depois de 1981.Mas estas duas últimas leis só entrarãocm vigor caso a Comissão de Verificaçãodos Acordos da Guatemala comprove ofim da ajuda internacional aos rebeldesanti-sandisnistas {contras) até o dia 7 dedezembro.

O indulto presidencial beneficioupresos idosos, doentes, que cumprirammais de um terço de suas penas e náocometeram "crimes atrozes" ou tiverambom comportamento. Entre os libertadoshá cerca de 200 ex-guardas somozistas, co governo divulgou pela primeira vez onumero de presos políticos remanesceu-les: sáo 3 mil 039.

Milhares de parentes se deslocaramde toda a Nicarágua para recepcionar os612 ex-prisioneiros soltos numa fazenda-prisáo, a cerca de 40 quilômetros de

Manágua. Antes de abraçar os familiares,entretanto, os indultados aplaudiram dis-cursos de oficiais sandinistas. saudando"sua reintegração á sociedade", ao somtle música típica nicaragüense.

"Fomos liem tratados na prisáo e euaté aprendi o oficio de marceneiro", disseJuan, um cx-guarda somozista preso des-de 1979 e que. entre lágrimas, jurou"nunca mais" se meter em política. Anto-nio, um professor primário detido duran-te dois anos por auxiliar os contais,louvou "os esforços do presidente Ortegapara pôr fim á guerra", mas disse quedeve aderir a um partido de oposição.

Depois de pedir ao repórter quetirasse sua foto. Antônio, acompanhadoda mãe sorridente, pediu ao governo uma"anistia

geral". Os sandinistas náo admi-tem libertar os ex-oficiais tia GuardaNacional tio ditador Anastasio Somoza,nem os dirigentes contras que estáo de-tidos

Mas a cerimônia também teve seusmomentos de tristeza. Bernardino, umcamponês do norte do país. que afirmouter sido "seqüestrado

pelos contras eforçado a combater", perambulava tleum lado para outro."Acho que minhafamília náo veio me buscar. Moço, osenhor me arruma um dinheirinho paraeu pegar o ônibus até minha cidade?",perguntou Bernardino, atues de embar-car no caminhão do Exército que o leva-ria até Manágua.

Ataque ''contra' mata 20Pelo menos 20 pessoas morreram e

30 ficaram feridas, entre elas varias crian-ças, durante ataques de um grupo de 150rebeldes anti-sandinistas {contras) no de-partamenio de San Juan, na fronteiracom a Costa Rica. Os contras entraramno povoado de San Carlos, 230 quilõmc-tros a sudeste de Manágua. onde ataca-ram duas cooperativ as agrícolas c destrui-ram um restaurante para 24U criançasrefugiadas de guerra. Seis crianças mor-reram c 15 ficaram feridas.

Esta foi a primeira vez que os contrasatacaram a região de San Carlos, aumen-latido a preocupação do governo com aintensificação das ações rebeldes na fron-teira com a Cosia Rica. Embora o gover-no costarriquenho negue que dé qualquerapoio aos anti-sandinistas, é para o terri-tório da Costa Rica que eles têm idoquando perseguidos pelo Exército nicara-güense.

Esquadrão deseqüestro abalaos argentinos

Ricardo KirschlkiumBUENOS AIRES — Oito policiaisfederais se dedicavam a seqüestrar c

assassinar importantes empresários, de-pois de obter grandes somas de resgateem dólares: Este particular modus ope-nindi — que revela uma sórdida tramaestreitamente ligada à impunidade degnipos operativos da luta contra a sub-versão de esquerda durante o regimemilitar — está chocando a opinião publica argentina.

O chefe da polícia federal, comissárioJuan Pirkcr, assegurou que a detençãodos oito policiais — nenhum de altapatente — encerra uma etapa de investi-gaçáo e que não há nenhum membro dacúpula policial, ou de serviços de segu-rança e de informações, ligados ao se-qüestro e morte de Osvaldo Sivak, em-presário imobiliário, Benjamin Neuman,empresário têxtil, e de Eduardo Oxcn-fortl, filho tle um ex-ministro da Indústriadurante o governo militar anterior.

Persistem, contudo, as suspeitas deque a ramificação tlesse grupo era muitomais vasta. Um dos promotores, CarlosOliveri, declarou publicamente que osdetidos eram apenas a ponta do icebergde uma organização muito mais podero-sa. O promotor do Estado, Ricardo Moli-nas, disse que além dos seqüestros erapreciso investigar o tráfico de drogas e deanuas.

Estes casos parecem ser o paradigmada impunidade com que atuaram as for-ças de segurança durante os últimos anos.O primeiro seqüestrado. Eduardo Oxen-fortl, foi raptado em 1978 e morto algumtempo depois de sua família ler pago umgrande resgate em dólares.

Resgates — Benjamin Neumanfoi seqüestrado em 1982 e morto depoisde ter sido pago um resgate de 400 mildólares. Era um importante eitipresánode origem judaica.

Osvaldo Sivak foi seqüestrado cm1979, também por um grupo de policiais ede membros do serviço de informaçõesdo Exercito. Embora seus autores le-nham sido detidos, eles só foram afasta-dos da instituição policial. Vários foramimediatamente contratados pelo setviçode informações militar e a fim de atuar naguerra suja contra a sulnersão de es-querda.

Em julho de 1985, Sivak foi nova-mente seqüestrado. Apesar de seus pa-rentes pagarem um resgate de 1 milhão100 mil dólares, ele foi morto em agostodeste ano.

O caso Sivak se converteu numaobsessão política. Sua mulher. ManhaOyhanane. ligada ao Partido Radical (nogoverno) e amiga de vários legisladores edirigentes oficialistas, exerceu uma fortepressão e acabou falando com o presiden-te Raul Alfonsín. a quem solicitou queativasse a investigação.

Em fevereiro, as forças de segurançadetiveram na fronteira argentino-paraguaia um polieial federal que preten-dia contrabandear dois quilos de cocaínapura. A detenção de Roberto Bulleti.que possuía também um pequeno avião.foi a primeira pista. Com seu soldo depolicial, cie naturalmente náo podia serdono de um avião. Ouando o caso caiunas mãos do juiz Martin Irurzum, ainvestigação finalmente se acelerou.

ngj»uirj.ljuMU!u«iiiiiiuii|inalBnn»i.nis .'i i n b——¦¦¦

Protesto — Centenas de mulhe-'res do setor grego tia ilha de Chipre, no{Mediterrâneo, atravessaram um terrenojcheio de minas explosivas para alcançar oílittloturco da ilha, pela primeira vez. em

13 anos. Depois de transpor a barreira.elas foram cercadas por tropas de paz das

j Nações Unidas, que as impediram de•continuar avançando. Chipre, território' reivindicado pela Grécia e pela Turquia.

está dividida em dois setores desde que! foi invadida pelos turcos, em 1974. "Nos-

so proteslo foi para mostrar que o Exerci-' to turco está impedindo os eipriotas demovimentarem-se livremente em seu pró-

j prio país", disse a líder do Movimento. Feminino Volta ao Lar.

Luto — Católicos, protestantes e a' primeira-ministra Margaret Thatcher seuniram na cidade de Enniskillen, na Ir-

; landa do Norte, para protestar contra abomba que matou 11 protestantes no dia

| ,N passado. A cerimônia anual de lutopelos mortos da Segunda Guerra ganhou

, outro','caráter com a participação de cato-licos, protestantes c a visita de surpresa

j da primeira-ministra.

Cocaína— Um dos ^maiores trafican- %&tes de cocaína do á|pmundo, Jorge gLuiz Ochoa Vas-quez, 38 anos(foto), foi presopor acaso, sába-do, por excessode velocidade,numa rua de Bo-gola. Vásqucz.que é um dos su-postos chefes do Grupo tle Mendellin dotráfico de drogas, dirigia sua luxuosaPorsche quando foi detido pela patrulharodoviária. Deu seu nome verdadeiro aosguardas e já ia ser solto quando foireconhecido por uma outra patrulha. Ogrupo de Mendellin é o responsável poi80% da cocaína que entra anualmentenos Estados Unidos e teria promovidouma série de assassinatos na Colômbia enos Estados Unidos, relacionados com otráfico. Ochoa, que poderá ser extradita-do para os Estados Unidos, foi examina-

w 4-° ¦¦*

tio por um médico, logo ao chegar àdelegacia, para que se comprovasse quenão sofrerá torturas.Invasão — Um homem invadiusábado os jardins da Casa Branca econseguiu chegar a poucos metros dosalão oval, onde normalmente despachao presidente Ronald Reagan. antes de serdetido pelos guardas uniformizados doserviço secreto. Em geral, os que saltam acerca da sede do governo americano sãopresos após pisarem na grama. Dessavez, o invasor chegou a 18 metros dosalão oval. No momento do incidente, opresidente Rcagan estava longe, em ou-tra área da Casa Branca.Meloáíe — A menina de cincoanos Melodie Nakachian, que ficou 11dias seqüestrada na Espanha, foi colegade escola da filha de um dos seus seques-traclores, revelou o pai dela, o milionáriolibanês Raymond Nakachian. SegundoRaymond. Melodie estudou na mesmasala que Mclaine Santoul, filha de Jean-Pierre Santoul, uma das cinco pessoasdetidas na França sob suspeita de partici-pação no seqüestro.

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8 d Io caderno ? segunda-feira, 23/11/87

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Caminho AbertoA o anunciar, no meio da semana, a localização

do Pólo Petroquímico na região de Sepetiba,o governador Moreira Franco afirmou que o I.sta-do do Rio de Janeiro "não se intimidará com acrise c nem permitirá que ela paralise o seu poderde transformação".

listas palavras por si só definem a determina-ção política do atual governo fluminense de inver-ter a situação de redução da atividade industrialque caracterizava o Rio de Janeiro nos últimosvinte anos. \1 se destinam também a demonstrarque o Rio é governável. O Estado, por umainapetência política tornada bastante aguda nogoverno passado, vinha ficando cada vez maispobre, embora abrigue 10% da população brasilei-ra. Apesar do seu potencial e do seu volume debens e serviços, marcava passo, como prova odeclínio na arrecadação do ICM, que em 1975 erade 12,5% do total do país e em 1985 estava cmapenas 9,6%.

O governo anterior culpava o "cerco federai'"pelo corte de recursos indispensáveis aos progra-mas de desenvolvimento. Isto eqüivale a dizer queo Rio vivia em permanente descompasso eom aeconomia e a política nacionais. Alie-se isto ao fatode que havia uma preocupação federal de desceu-tralizar a economia do país, o que tirou o Rio darota dos grandes projetos do II PND. Os famosos"pólos" foram para o Sul, para a Bahia e para oNordeste. Muitos dos novos projetos industriais,beneficiados por uma política agressiva de incenti-vos. loram "beber o leite de Minas"".

Aos poucos o Rio perdia posição em relação aoutros Estados. Pelo fato de ter sido semprecapital, desde o Império, jamais se criou aqui umamentalidade voltada para os problemas regionais.Lideranças políticas e empresariais desenvolveramum estágio psicológico a tal ponto cosmopolita queas questões locais ficaram tradicionalmente emsegundo plano. O resultado disto é que as lideran-ças locais não se uniam para forçar o governofederal a atender às reivindicações mais palpitantesdo Rio.

Como no passado o Rio era avarento naconcessão de incentivos fiscais, muita coisa seperdeu para outros Estados. Apesar de ainda ser asegunda economia do país, o Rio quase se tornouum cemitério de fábricas obsoletas, muitas delasfechadas por falta de uma política de rejuvenesci-mento do parque industrial. No plano político,neste caso uma decorrência natural da situaçãoeconômica, isto se traduzia na ausência de umavontade, de um lobby, por parte da classe política edos empresários — aquele comodismo cosmopolitaque resultou na inexistência de lideranças afinadas.

O que está em jogo, no entanto, é a qualidadede vida de 12 milhões de habitantes do Rio. Todas

estas pessoas querem apostar no relançamento dopotencial fluminense. A firme decisão de implantaro pólo petroquímico pode ser o sinal da virada. Aprova de que o Estácio "não se intimidará com acrise" — alé pelo contrário a enfrentará eomdisposição de encontrar novos rumos — é quehouve repercussão imediata à instalação do pólo.Um grupo multinacional se dispôs a construí-losozinho e bancos credores do Brasil propuseramconverter seus créditos em investimentos na regiãode Sepetiba. Delicadamente o governo anunciouque deseja entregar o controle do pólo a empresa-rios nacionais, mas sem criar barreiras a investi-mentos estrangeiros.

Há muito não se via o bom senso prevalecereom tanta limpiclez nas decisões administrativas.Náo pode haver desenvolvimento econômico semengajamento empresarial e os rumos da situaçãobrasileira estão a indicar há muito tempo que oEstado — o governo — precisa abrir caminho paranovas lideranças c novas participações, exatamentecomo o governador fluminense agiu no caso dopólo de Sepetiba. Já está mesmo em tempo de oRio acordar dos seus velhos sonhos de Distritofederal e atuar agressivamente.

Ainda quando candidato a candidato, o atualgovernador criou a expressão "nordestinizaçáo doRio de Janeiro" para definir a tendência ao empo-brecimento que. vinda de decênios, ameaçavaexplodir em dados estatísticos assustadores: o par-que industrial diminuiu, entre 1980 e 1985, em2,99.: a agricultura representa atualmente 2% daeconomia do Estado e quase 90% do que come ofluminense vêm de outros centros produtores; noúltimo decênio a participação do Rio no ProdutoBruto caiu 209. (no mesmo periodo, Minas Geraiscresceu 30%); a favelizaçáo dos centros urbanoscomeça a atingir os municípios pequenos, enquan-to na cidade do Rio de Janeiro os barracos descemdos morros e ocupam aos poucos os vãos dosviadutos. Tudo isto sem contar com o desemprego,que ameaça aumentar se náo for sustada a tendên-cia de fuga das indústrias.

E por isto que a instalação do pólo petroqui-mico no Rio se tornara uma questão de vida oumorte, e até era difícil conceber que este pólo nãose implantasse em terras onde está a maior produ-ção de petróleo do país.

faltava a decisão política. Sobretudo o ato deimplantação do pólo petroquímico, alem ile darlogo emprego a 30 mil trabalhadores, mostra que oRio c um estado perfeitamente governável. Bastaque alguém se proponha a administrá-lo adotandomedidas sensatas, pragmáticas, influindo positiva-mente no dia-a-dia dos cidadãos, sem mais aquelessonhos imperiais que ameaçavam levá-lo ao desgo-verno.

Trem da TristezaTC assustador o festival de maus costumes políti--*—' cos que está sendo encenado por diversascâmaras legislativas do país. No Paraná, deputadosestaduais entrarão janeiro ganhando cerca de CZS450 mil. Um deles espantou-se: "Entrei aqui hámenos de um ano com salário de CZS 110 mil —declarou — c vou chegar a janeiro com quase CZS500 mil. São quase 300% de aumento". O pior detudo é serem benefícios votados em causa própria.Onde está a moralidade?

Igual ou pior é o cenário em Minas, onde osdeputados estaduais já chegaram, este mês, a CZS457 mil de remuneração, graças a um "auxílio" deCZS 102 mil por conta de um trabalho que só serárealizado no ano que vem: adaptar a constituiçãoestadual à futura Constituição federal. Como épossível aceitar esse "pagamento adiantado"? Epor que devem os deputados receber "auxílio"

para um trabalho que faz parte das suas atribui-ções? É o cidadão comum quem paga tudo isso:mas o contribuinte não tem "auxílios"

para custearo crescimento das despesas do governo, que setraduz em impostos. É injusto e imoral.

A assembléia maior se encarrega de dar o mauexemplo: o fecho dos trabalhos da Comissão de

Sistematização da Constituinte transcorreu em cli-ma de assembléia de vereadores, com o surradorecurso de atrasar-se o relógio para se espicharemas votações.

Se fosse realmente para trabalhar, seria alébonito; mas o clima de "fim de festa" serviu para aconcessão de novos "benefícios". Foi derrubado,por exemplo, o artigo que vedava aos funcionáriospúblicos participação na arrecadação de multas(desde quando funcionários públicos devem ser"acionistas" do Tesouro?). Pior ainda: aprovou-seemenda que dá estabilidade a todos os funcionáriospúblicos federais, estaduais e municipais nomeadosnos últimos cinco anos.

Como explicar ao distinto público uma decisãodessa? Os últimos cinco anos foram exatamente operiodo em que um clima de descalabro adminis-trativo — e de demagogia eleitoreira — fez inchar,por toda parte, a já deformada máquina do funcio-nalismo. Pois é exatamente cm defesa de taisinchaços que saem os constituintes. Que paísestamos construindo por esses meios? E se os"representantes do povo"" se comportam assim,por onde começar a restaurar a moralidade pú-blica'?

DisciplinaJá era tempo de proteger as liberda-

iles ile manifestação pública eom umadisciplina de uso. O governo do Estadolez um decreto instituindo a comunica-ção prévia às autoridades, eom ummínimo de 2-1 horas de antecedência;como ocorre em qualquer país onde aliberdade não é tim bem eventual. Pas-sealas ou concentrações publicas serãocomunicadas à Seerelaria de PoliciaCivil para que as autoridades possamgaranti-las; inclusive, contra os que ne-Ia tomem parte para desrespeitar aliberdade de terceiros.

Os predadores vão tentar certa-mente interpretar à sua maneira a ini-ciativa que em boa hora começa avigorar. Já há sinais precursores deinteresses empenhados em tirar provei-lo da liberdade de manifestação públicapara comprometê-la pelo uso indevido.

TópicosSempre houve e sempre haverá o mar-ginalismo político correndo paralela-mente quando há liberdade, Quandodeixa de haver, desaparece. Logo, en-ire um e outro há certa conexão queexplica a necessidade de proteger odireito de manifestação, para que elapossa durar.

Não adianta falar que o auiorilaris-mo também regulamenta o uso de algu-mas franquias. Mas é diferente a quês-tão: um regime de força fa/ concessõesque funcionam como válvula, para ali-viar pressões sociais e políticas. Quan-do ha liberdade, a necessidade é deprotegê-la para que nào se destrua, Aprovidência é saudável e oportuna, por-que a rigor nào exisie manifestaçãoespontânea quando o material de pro-paganda utilizado pressupõe organiza-ção e preparo. Portanto, e lógica anorma que institui a comunicação pré-via sem restingir a liberdade,

IndiferençaA Comissão de Sistematização da

Constituinte aprovou substancial capí-tulo sobre a educação. Entre outrosdispositivos, estabelece-se que

"aUnião aplicará anualmente nunca me-nos de dezoito, e os Estados e Municí-pios. vinte e cinco por cento, no mini-mo, da receita resultante de impostos,inclusive a proveniente de tránsfcrên-cia, na manutenção e desenvolvimentodo ensino".

A ser aplicada a sério, trata-se demodificação substancial, quase reyolu-ciònária, no panorama da educaçãobrasileira. Unem ouviu, entretanto, ai-guina discussão a respeito? Unem sepreocupou em estabelecer os desdobra-mentos da medida? Em projetar as suasconseqüências? Passou tudo em braii-cas nuvens. Até quando continuaremosa achar que a educação é um tópico deimportância menor'.'

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Cartas 3ms__mo__y_a__Li__^i_^gttpxr^

FiocruzVimos pelo presente agradecer a re-

portagem sobre a Fundação OswaldoCruz (JB, 15/11/87), que sonhe eaptarbem a fase atual que nossa instituiçãoatravessa. Gostaríamos no entanto defazer os seguintes reparos: 1. A Fiocruznào eslá necessitando de aumento derecursos de Tesouro que representam emPJSS 33% do nosso orçamento, o que nãodeve ser confundido eom necessidade derecursos públicos, como os que recebe-mos de diversas agências de fomento àpesquisa, como Finep, CNPq, Capes, oude outros órgãos governamentais eom osquais realizamos projetos em colabora-ção como o Inamps. 2. A entrada dereagenles doados não foi feita "clandesti-nanienle". tanto que esla informação foiprestada à repórter. O que lamentamos eque sejam tão morosos os mecanismosatuais e sejam tantas as nossas limitaçõescom relação às importações, que tenha-mos que chegar à situação de aproveitaraviagem de um vice-presidente para conse-guir trazer material doado por colegas ouinstituições estrangeiras nos casos demaior urgência. O que a Fiocruz necessi-ta é poder atuar tie modo profissionalnesta área. e isto significa, por exemplo,ler o nosso teto de importações aprovadono inicio do ano. e nào em novembro,como aconteceu em 1987. ler isenção deguia de importação, como a Universidadeile Brasília, ou ao menos ter nossospedidos tratados de modo prioritário.(...) Prof. Antônio Sérgio da Silva Arouca— presidente, o Dr. Carlos M. Morei —vice-presidente de pesquisas da FundaçãoOswaldo Cruz — Kio de Janeiro.

Tribunais de Contasli de suma importância que a nova

Carla Magna introduza em seu contexto,referente aos tribunais de contas, meca-nismos mais eficientes eom mais poder deação e alé punitivo a fim de erradicar, oupelo menos diminuir, a malversação doetário. Não se compreende existir no paisinteiro esses órgãos, todos estruturados,eom pessoal qualificado sem que haja taispoderes. O momento atual se faz oportu-no, uma vez. que o pais nào conseguediminuir seu déficit público recaindosempre em cima do assalariado paratapar gastos desnecessários e até mesmoos rotineiros escândalos financeiros. JoseFrancisco dos Santos — Kio de Janeiro.

Surpresa(...) Cumpri iodas as exigências feitas

pela CEF c meu cadastro aprovado. Tra-tei de procurar imóvel em que o proprie-tário aceitasse financiamento da Caixa equisesse receber como minha parte dos20% do valor do imóvel, que a CEF nãofinancia, um terreno que possuo. A pro-cura foi grande, até que achei uma sra.respeitável, que aceitou como entrada,ou melhor como os 20%, o meu terreno.

Corri à Caixa, com tudo resolvido, eeu não teria que retirar dinheiro algum dacaderneta, lá ficariam para as despesas decartório e para a mudança. Oual não foi aminha surpresa quando a funcionaria daCaixa me revelou que

"eu ainda nãotinha o saldo que a Caixa me exigia", aoque eu respondi: "eu darei um terrenopara cobrir minha parte, nos 20%, ao queela me respondeu: "a sra. então venda oterreno, e coloque a renda desta venda nacaderneta".

Parece história tia Carochinha, histó-ria para inglês ver. ou ainda, que somosos índios do tempo da descoberta, queaceitavam eolares e apitos em troca tiainvasão de suas terras, onde seria iniciadaa exploração das suas forças de trabalho;onde seria executada a matança de suastribos; de onde levariam as riquezas desuas (erras através da exploração do solo.Enfim, isto é Brasil! (...). Marlene deSouza — Niterói (RJ).

LocaçãoNa seção Cartas de 26/10/87, o sr.

Vicente acha injusta ti correção dos alu-guéis ser feita tie acordo eom o reajustesalarial, que reconhece ser "um índiceque não reflete a verdadeira inflação doperíodo". E o assalariado, como é quefica? Não é justo que aquele que moreem imóvel alugado (por nào possuir um)seja espoliado por outro que, tendo seuimóvel próprio e morando nele, queiraaumentar seus ganhos alugando outroimóvel tie sua propriedade pára vivermais folgadamente. Acho que cada brasi-leiro deveria ter um so imóvel, poisninguém mora em dois lugares de cadavez e ao mesmo tempo. Será justa estaexploração dó homem contra o homem.'(...) Mu. do Carmo Rodrigues — Kio tieJaneiro.

13 albinaA carta da direção da Elctronorte

sobre a posição ile grupos ecológicosalemães em relação à Ualbina (13 11/87)

c obscurantista, chauvinisla e tenta enco-brir as flagrantes irregularidades cometi-tias pela empresa com um demagógicoapelo nacionalista.

Este foi o mesmo apelo que Pinochetusou quando um grupo de 200 parlamen-tares de 40 países, tio qual fizemos parte,esteve em setembro último em Santiagovisitando as prisões e denunciando aditadura. Nossa solidariedade foi tratadanas TVs pinochetistas como violação dasoberania chilena.

Nós tripulantes da Nave Terra sabe-mos que a radiação nuclear, a desertifiea-Cão, os buracos na camada de ozônio nãotêm fronteiras. Enquanto os verdes lutamcontra a produção da bomba atômica e desubmarinos nucleares, inúteis sorvedou-ros de recursos de um país que nãogarante saúde, educação e saneamentopara 60 _ de sua população, os militaris-tas e tecnpcratas cooptados reagem di-zentlo que nossa posição fere os interes-ses nacionais e "serve a desígnios cx-ternos".

Sizenando.iiumiuil«SIM 111 o 1111TfífgW^llMWMJEgB-l

__\ jL_****___

No entanto, estes poluidores, trans-gressores da legislação ou belieistas muitopouco têm de nacionalistas, pois usual-mente se associam e se sujeitam às multi-nacionais e agridem nosso povo e nossaecologia, ensombrecendo o verde da ban-deira que afirma defender. Carlos Mine,deputado estadual PV — Rio de Janeiro.

Agências bancáriasPelas evidências, é correia a notícia

desse jornal (10/11/87) acerca do encerra-mento de agências do Credireal, pois jàfecharam algumas nesta capital e amea-Cam outras no Espírito Santo. Eis o tipode "economia negativa" praticada pornossos governantes (aliás o banco hàmuito tempo está à deriva), vedando aprincipal fonte de receita de uma outrorasaudável empresa — a 2° no "ranking"brasileiro na década de 60. Vejam otrauma que a medida causará a funciona-rios e dependentes, Aliás, o fechamentode agências do Credireal e do Bemge nãotem finalidade visível, mas uma coisa écerta: querem "inchar" o Agrimisa depontos nobres e cedê-lo a algum grupoapadrinhado. Enfim, é um "trem" essaNova República Mineira... José Eduardoda Rocha Alves — Rio de Janeiro.

teroíPonte \\uQue diabo de tecnologia esteve sendo

empregada na obra de recuperação dopiso do vão central da Ponte Rio—Niterói que não suportou cinco meses deutilização? Como entender que a mesmaengenharia brasileira que executou comtanto brilho a sofisticada construção daponte esteja hoje sendo batida pela sim-pies recuperação do capeamento? A estas

Sizenando

questões, contudo, deve-se acrescentarque. da forma como os serviços de refazi-mento estão sendo conduzidos, estes nemno ano 20(10 estarão terminados, Pàs epicaretas, sobretudo picaretas, não sàoutilizadas neste pais para fins tie "desças-çamento" de piso asfàltico. jà faz algumtempo. Certamente existem máquinas eequipamentos mais adequados, mais ba-latos e mnis rápidos para realizar taisserviços preliminares.

Quanto aos serviços complementatcsde asfaltamento propriamente dito. se.ainda nao dominamos a tecnologia defazer a massa nsfáltica aderir às estruturasde concreto e aço que compõem a PonteRio-—Niterói, certamente c hora deaprendermos com quem sabe lazer. Oque não e admissível e continuarmos a

assistir, a cada ano. meia dúzia de bravosoperários piearetar asfalto e carregar ca-rhinhão tie entulho com pà. Engarrafa-mentos já existem. No estado atual dascoisas, maiores engarrafamentos virão.Já é hora de tomarmos providências maisadequadas para que aliviemos o sofri-mento do usuário tia Ponte Rio—Niterói,(íodart Sepeda, engenheiro civil — Kio deJaneiro.

InsegurançaA questão é o trânsito e a falta de

respeito à pessoa humana. Pelo que pos-so perceber, as autoridades que adminis-tram o trânsito na cidade do Rio deJaneiro desconhecem completamente acondição de área residencial da Rua Ilu-maità. visto que toda sinalização ali exis-tente funciona exclusivamente em funçãodos automóveis e do túnel Rebouças. Notrecho compreendido entre a Rua ViúvaLacerda e o Rebouças não existe nenlni-ma sinalização que garanta à população odireito de atravessar a rua com seguran-ca. O sinal existente na entrada do Re-bonças serve somente aos automóveis,sendo que nesse trecho a situação éagravada pela entrada irregular dos auto-móveis oriundos da Rua Jardim Bota-nico.

Creio que jà é hora de se adotaralguma providência no sentido de darsolução a esse problema, seja colocandosinal luminoso para pedestres nas duaspistas da Rua Humaitá no trecho entre aRua Viúva Lacerda e o Túnel Rebouças.seja colocando uma grade ou uma muretaque impeça a entrada de veículos quevenham da Rua Jardim Botânico, nolunel Rebouças, enfim uma solução quegaranta à população a segurança necessà-ria no seu elementar direito de ir e vir.(...). Rossana Cascardo — Rio de Ja-neiro.

PoluiçãoAceito as explicações da Feema de

que muito se tem feito e muito se tem alazer em matéria de poluição. Creio quee muito pouco pedir que o ônibus daCoesa, número de ordem RJ 117065,pare de inundar as ruas por que passacom espessas e abundantes nuvens defumaça negra. Tanta fumaça que chega atirar a visibilidade dos carros que lheseguem. Osmar Freitas — Rio de Janeiro.

Lixo atômicoSão Fidélis e o Noroeste Fluminense

não merecem! Será que as autoridadesque sempre se esquecem tie obter asverbas, os investimentos, a criação denovos empregos, a criação de faculdadese escolas técnicas e agrícolas para a nossasol rida e laboriosa comunidade tão dili-gentemente lembram-se de nossa regiãoapenas para receber o lixo atômico? (...).Adroaldo Peixoto Garani — Santo Antó-nio de Pádua (RJ).

PasepEm referência à minha carta publica-

tia nesse jornal no dia 23/9/87 sobre asdificuldades encontradas para recebimen-to dos rendimentos do Pasep, tenho ainformar que os referidos rendimentosloram creditados em minha conta correu-te. através do pagamento dos meus venci-mentos do més de setembro. Procurandoesclarecer o ocorrido no órgão em quetrabalho, fui informado que agora façoparte do "sistema lopag". que creditaautomaticamente os rendimentos do Pa-sep na conta do funcionário, quando oórgão mantém convênio com o Banco doBrasil e. segundo a informação, o dito"sistema" evita que funcionários perma-neçam em filas nas agências tio banco.Parece válido. Só acho que seria interes-sante que tanto o Banco do Brasil e osórgãos conveniados divulgassem suas ati-vidades para que nào ocorressem essesmal-entendidos. Nelson Cunha de Almei-da — Rio de Janeiro.

ÔnibusCom os altos preços cobrados nas

viagens de ônibus entre Nova Iguaçu eCaxias pela empresa Rio-Minho, houveuma evasão muito grande de passageirospara a empresa Master. que faz o itirierá-rio mais rápido para Caxias. Uma viagempela Rio-Minho para Caxias custaCZS 28. enquanto pela empresa Mastercusta CZS '1.50. (...) Por isso será precisoque os proprietários da Master aumen-tem sua frota, pois eslão ficando muitospassageiros antigos insatisfeitos ao longodas estradas, sem outras opções. Espera-mos que a Secretaria [Estadual de Trans-porte resolva o mais rapidamente possi-vel esse problema junto aos proprietáriosdas empresas Master e Rio-Minho Krmi-nio Pereira Neves — Nova Iguaçu (R.ll

As cartas sorão selecionadas para publi-cação no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legi-vel e endereço que permita confirmaçãoprevia.

JORNAL DO BRASIL Opinião segunda-feira, 23/11/87 caderno

Importância do meio-termo*~ ir.llll I Hl IM II*'IP \\l\ IVll 1 ,'-11 il. «. ll.l .

Rogério Coelho Net(

O Estado do Rio de Janeiro viveu uma semana de apreen-soes com as noticias que chegavam dc Brasília dando

conta de que o presidente José Sarnev havia autorizado aexecução de um processo continuado de retaliações contra ogovernador Moreira Franco. No índex dos homens do Paláciojo Planalto estaria, cm um primeiro plano, o presidente doBNDES, Márcio Fortes, a principal peca do programa dctransformações econômicas traçado pelo governador da AliançaPopular Democrática pata tentar vencer, em quatro anos.barreira do subdesenvolvimento fluminense,

As retaliações limitaram-se, porem, cm sua primeira, à demissão do superintendente da Radiobrás no Rio, ex-

a

etapa.deputado Raul Brunini, ligado aos deputados Francisco Domei-les e Sandra Cavalcanti, do PFL, que votaram na Comissão deSistematização da Constituinte pela realização das eleiçõespresidenciais cm 15 dc novembro dc 1 li.SS. O secretario deArticulação do Estado do Rio com a União. José Colagrossi. foiobrigado a falar duro. no interior do Congresso, com odeputado cearense Expedito Machado, criador de um movi-mento denominado de Centro Democrático — náo confundircom o Centrâo —, que defendia a política dc tetra arrasada nosestados cujos governadores se proclamaram adeptos do manda-to de apenas quatro anos para o atual presidente da República.

A nação espera que o presidente Sarnev lenha refletido,no entanto, cm cima dos ensinamentos de Norberto Bobbiosobre governabilidade. E que tenha aprendido com o cientistapolítico italiano, editado no Brasil pela Universidade Nacionaldc Brasília (UnB). a buscar saídas convenientes parti uma criseque foi gerada na insegurança com que conduziu a políticaeconômica do país. nas diferentes versões do Cruzado. Parareverter a situação de nãò-govemabilidade que sacode a NovaRepública, o presidente tem de assumir, em primeiro lugar,uma posição de humildade, entendendo que sõ lhe resta, daquipara a frente, preparar o processo eleitoral de 19S8,

Essa história de retaliações, numa primeira hora. permitiua conhecidas aves de rapina da política brasileira o aproveita-mento de um estado de irritação momentânea do presidente daRepública, depois do encurtamento do seu mandato, de seispara quatro anos, na Comissão de Sistematização da Constituiu-te. No embalo da prostração presidencial, alguns atos devingança mesquinha chegaram a ser consumados. Amigos dosgovernadores Miguel Arraes e Waldir Pires e dos senadoresJosé Richa e Mário Covas perderam posições federais, nossegundo e terceiro escalões, alguns deles sem dever, sequer, aesses três líderes pemedebistas, defensores da eleição direta no

ano que vem. a nomeação pata cargos tle confiança queacabaram por perder na curta temporada de cava as bruxas.

A transição, agora com um prazo dc conclusão pratica-mente definido (dificilmente o plenário da Constituinte deixarádc confirmar o mandato de quatro anos) — Sarney passará afaixa presidencial dia 15 de março de 1989 a um sticessot queserá eleito dia 15 de novembro de 1988—•, precisa, uattiialmen-te, de um executor, Se o presidente se convencer dc que deseassumir essa missão, abandonando questões menores e esque-cendo sonhos quiméiicos comu o da construção da Ferroviatsjorte—Sut. acabará encontrando, depois de quase tres anos demuitos equívocos, um pouco de pa/ para encenar um períodode governo que teve tudo para se consagrar, mas está tenninan-do de forma lamentável.

Se fizer lima análise menos apaixonada, mais pé no chão.sobre as causas que moveram a Comissão de Sistematização daConstituinte na questão da fixação do seu mandato em apenasquatro anos, Sarney vai acabar compreendendo, agora com acabeça mais fresca, que os governadores que defendiam umatransição curta, com a eleição do seu sucessor em 1988. estavamsimplesmente interpretando o sentimento tias ruas. A direta já.por ironia, pouco dependeu, desta vez, dos movimentos oigani-zados. Ela passou a tocar os corações brasileiros no instante emque. do mais simples ao mais graduado dos cidadãos, todos sesentiram vitimas de mais um inviável projeto econômico, nocaso o Plano Bresser.

Náo tem sentido punir o governo de Moreira Franco, o deArraes. o tle Waldir Pites, o de Fernando Collor de Mello, o dePedro Simon. o de Orestes Quércia ou o de Tasso Jereissati.Esses governadores expressam lideranças firmes e revelam umagrande percepção para o lato político. Eleitos com grandesvotações, eles conduzem suas ações, por isso mesmo, voltadospara o interesse popular. Ao presidente da Republica, assim, émelhor ficar com eles do que contra eles.

A stistaçáo das perseguições políticas inconcebíveis érecomendável parti criar o clima favorável a um grande entendi-mento nacional. Uma espécie de acordo amplo, de emergência,através do qual a sociedade, por Iodos os seus segmentos,ajudaria o presidente a encerrar o ciclo da transição, repartindoresponsabilidades.

O desarmamento de espíritos, de todos os lados, nunca sefez tão necessário, É que se o presidente Sarney insistir emmanter todas as linhas de governabilidade, mesmo sem apoiopolítico e popular, o choque com os que comandam a Consti-tuinte será inevitável. Manda a prudência, por isso mesmo, queuma solução tle meio-termo seja encontrada, com a preserva-ção, sem riscos maiores, de um projeto de rédemocratizaçãoarrancado, quase a fórceps, do ventre do autoritarismo.

^MWS-

Ministério Público e ConstituiçãoArnaldo Set ti

sociedade brasileira, em razão de seu avanço cultural,econômico, social e tecnológico, exige um Ministério

Público que, acompanhando este desenvolvimento, atue deforma eficiente.

Para alcançar esta eficiência é imprescindível que a institui-ção possua independência funcional e autonomia administrativae financeira.

A independência funcional dos membros do MinistérioPúblico constitui a pedra fundamental na qual se assentará toda

. a estrutura orgânica da instituição.Esta independência somente será obtida, de forma plena,

se a chefia da instituição for confiada a membro da carreira,eleito por seus integrantes, em lista tríplice, para um mandato' certo e determinado.

Pelo fato de a instituição ainda estar na busca de um perfilmais definido que não permita confundi-la seja com o Judicia-

¦ rio, seja com o Executivo, é tolerável uma proposta legalestabelecendo que a lista tríplice seja submetida à chefia doPoder Executivo para a escolha do nome que ocupará o cargo

, de procurador-geral. Porém, é preciso ressaltar que este fatoconstitui uma ingerência indevida, somente aceita como etapade uma transição que. futuramente, será vista como expressãode interferência em sua plena independência funcional e em suaautonomia administrativa e financeira.

No que diz respeito ao Ministério Público Federal, verifi-1 ca-se, nos diversos projetos surgidos na Constituinte, a forte

tendência de transformá-lo, exclusivamente, em fiscal da lei,I sem deter mais as atribuições de advogado dos poderes públi-

cos, função que deverá ser desempenhada por uma procura-doria judicial.

Com isto. a instituição federal se dedicará, especificamen-te. â fiscalização da aplicação da lei e à promoção das açõespúblicas cíveis e criminais.

Dentro desta nova estrutura, o procurador-geral daRepública deixará de ser o coordenador das ações e procedi-mentos judiciais de interesse dos entes públicos, para passar a

exercer a alta função de representante da sociedade brasileiraperante a Suprema Corte.

Em virtude das novas funções, é necessário desvinculá-loda interferência direta do Executivo, não sõ porque deixa de sero mais alto advogado do poder público, mas porque passará aser. efetivamente, o fiscal de seus atos. Nesta condição vai-lhecaber investigar e processar senadores da cúpula do poder e. emrazão disto, deverá estar revestido de todas as garantias que lhepermitam o exercício pleno e eficaz de suas atribuições.

Por outro lado. é necessário observar-se que sua atuaçãovai-se refletir diretamente sobre a instituição que dirige e,reflexamente. sobre as demais instituições federais e estaduais,daí por que é fundamental, para o amadurecimento do Ministé-rio Público Federal, que o procurador-geral da República sejaescolhido do universo dos membros que integram a carreira,cerca de trezentos procuradores da República. Desta forma, seestará dando perfil definido à instituição e evitando-se odesequilíbrio cíclico que sempre sofre com a ocupação de suachefia por pessoas que lhe sáo totalmente estranhas e quetrazem, muitas vezes, um estilo de administrar vinculado mais aseus projetos pessoais do que ao interesse da sociedade.

Dentro desta linha, para que haja efetiva independênciados membros do Ministério Público, se faz necessário revesti-losdas garantias funcionais consistentes na vitaliciedade, inamovi-bilidade e irredutibilidade de vencimentos. Ademais, constituicorolário desta independência a autogestáo e a dotação derecursos orçamentários próprios.

O substitutivo Bernardo Cabral, já aprovado nesta mate-ria. retoma o caminho da independência e autonomia doMinistério Público do país, inaugurado por Campos Salles.Qualquer mutilação nos princípios gerais que nele foramtraçados redundará no apoucamento da instituição, na limitaçãoda forma de agir de seus membros e, conseqüentemente, nafrustração da sociedade brasileira,

Fiquem atentos os democratas para isto: o medo de umMinistério Público independente reflete, ineludivelmente, odesejo de impunidade.Arnaldo Setti e subprocurador-geral da Republica e professor de Direito

Administrativo em Brasília.

Decadência hospitalarNelson Setdse

A situação herdada pelo governador Moreira Franco nosetor da saúde pública não é de fazer inveja â mais

distante e abandonada localidade do interior do país.Não se trata — e é necessário que a ressalva seja logo feita

dc incriminar antecessores próximos no exercício do cargo,Os problemas vêm se acumulando há décadas, por desídia,incompetência, malversação de verbas, as mais diversas causas.

I.A solução, portanto, náo poderá ser estritamente política.Essa solução, aprioristicamente, deveria ser de natureza

! humanitária. Há vários milhares de habitantes do Rio dej Janeiro que recortem diariamente aos precários serviços da redehospitalar do Estado. Só com boas intenções e um sentimentohumano incontestável, o que bem pode aplicar-se ao ilustre

l governador fluminense, não se conseguirá entretanto comover ogoverno da União. Os governos, principalmente esse que aí

I está, e que se anula na própria transitoriedade e na carência derespaldo político c popular, náo se comove com o clamor das' massas e muito menos com os apelos de um governador que já

se libertou do jugo do Planalto.Governos como o que está instalado em Brasília só dão a

César o que é de César quando isso possa render-lhe dividendospolíticos, Um exemplo recente do desapreço completo que opresidente da República vota aos problemas da saúde públicano Brasil está na nomeação estapafúrdia de um políticoprovinciano, por acaso médico, para dirigir unia Pasta que, emregimes idôneos, é das mais importantes do pais.

Mas. havia compromissos urgentes a cumprir com a facçãopartidária, di que é egresso o presidente. E. assim, adiou-se.mais uma um i vez — até quando, Catilina? —. a elaboração deuni verdadeiro Plano de Saúde parti os milhões de brasileirosque ainda nem conhecem o alfabeto para soletrar PFL ouPMDB.

O Rio não tem ministros em potencial para fazer barga-Inha, no momento. Tudo o que desejava o Planalto — aí!somados os temores civil e militar, unidos pela expectativa dessainterinidade crônica — tudo o que desejava esse governo daUnião era uma ação política sem tréguas do governador

Moreira Franco para impedir o rêcrudescimentò tia entrésso-I nhada candidatura do livc hnvci Leonel Brizola it PresidênciaIda República.

Como o jovem governador deixou claro que tem outrasprioridades em sua agenda de trabalho, a fim de administrar a

icoisa pública, os cariocas ficam condenados a espetar, como'sempre, a sua vez, até que as verbas pata a saúde publica

Ipossam sobrar dos gastos com as ferrovias surrealistas, osdesvios orçamentários para a aquisição de passes hipotéticos no

j plenário da Constituinte, todo esse descalabro que se implantouno pais desde que um presidente não empossado transmitiu o

jcargo, sob a invocação de Alan Kardec. para um vice que não! teve, como o morto, a referendá-lo. a aclamação das massas que; exigiam "Diretas já".

Há poucos dias tive oportunidade de visitar alguns hospi-; tais da rede pública estadual. A situação é deplorável. Nenhumdesses estabelecimentos dispõe de estrutura adequada parti

iiii;ffl» MPC

MAo E ?Of: MAPA NÃo.MAS A55lrA:ÒU£FORPROMULGADA A CÔHS -TITUIÇAO, TODOS OSCIDADÃOS COM A/*AI5 DESESSENTA ANO í P£ I/ê-MCCWPARECE-R IMEP/ATA-MêNTEAO MINISTÉRIO D/1EUTANÀSIA. COMPDLSÓIM

Nova encruzilhada econômicaAntônio Dias Leite

DISCUTE-SE novamente o que fazer. Volta à tona a

proposta de choque ortodoxo, entendido este nos termostradicionais do FMI. Concorre para isso a desmoralização doschoques náo ortodoxos, seja pela incompetência e irresponsabi-lidade da equipe do Plano Cruzai'-), seja pela aparente fraquezapolítica da atual equipe econômica. Continuo pensando namesma linha que venho seguindo desde 1()85. Parece-me que oprograma interno tem prioridade sobre as negociações externas.Parece-me também que ainda é tempo para um choque internoabrangente, baseado em operação única de reequilibrio préviode preços relativos. Com a supressão de subsídios, o estabeleci-mento da verdade tarifária nos serviços públicos, o reajustecompensatório de salários, e a liquidação da dívida internaconjugada à privatização cm massa de empresas publicas —tudo de uma só vez —, além da partida efetiva para umareforma administrativa através de medidas concretas e obje-tivas.

De fora do governo e da intimidade das conversas decisi-vas. dificilmente se pode saber, a cada momento, dos problemaspolíticos, transponíveis ou náo. tanto no domínio interno comono exterior, que vêm impedindo a adoção de política econômicaglobal coerente e construtiva. Já no domínio técnico, os erros eacertos são mais facilmente analisáveis. Nesse domínio torna-ram-se aparentes o imediatismo e a insuficiência, c até mesmo osimplismo das soluções que vêm caracterizando a políticaeconômica tia Nova República e que acabam por compor umahistória de insucessos sucessivos no combate à inflação e defantástico desperdício tle tempo e de medidas úteis.

E importante acentuar o desperdício de tempo: passaram-se já dois anos e meio, quando tudo parece voltar às condiçõesdo ponto de partida, em termos tle inflação, de estagnação e deproblemas sociais. Análise mais detida nos mostra que asituação atual é ainda pior que a anterior.

D

Ao iniciar-se a Nova Republica, havia divergências inter-nas fundamentais, na área econômica do governo, e muitopouco se fez durante cinco meses, além de tentativas tle curtoprazo de controle raso, e sem imaginação, dos gastos públicos etle uma clássica política monetária.

Ao assumir o ministro Funaro, com ele vieram váriosilustres economistas do PMDB e de fora desse partido, o quedeveria ter acarretado melhoria relativa nas relações internas daárea econômica do governo. Pelos relatos que vêm sendopublicados, parece que floresceram controvérsias. Duranteoutros cinco meses, essa equipe não disse a que veio. No

princípio de 1986, a situação econômica e política se complicavae algo tle significativo tinha que ser feito.

A mesma equipe lança-se no Plano Cruzado,Tratava-se deum plano parcial, baseado na hipótese correta da preeminénciado processo de auto-alimentação tia inflação (ou inflaçãoinercial) e, ao mesmo tempo, simplista, por ignorar todas asoutras causas também presentes e relevantes. A esperança dosque de fora do governo o observavam era de que viessemmedidas cotnplementares e corretivas. Mas, impcrdoavclmentc— para políticos e técnicos — náo vieram. Durante os novemeses de vigência do plano, alcançou-se a mais ampla desorga-nização da estrutura econômica do país. em qualquer tempo,com a irresponsável liquidação das reservas internacionais dopaís. tpte nos forçaria recorrer à moratória.

As tardias medidas corretivas consubstanciadas no Cruza-do II, de autoria tle membros da mesma equipe, atingem oefeito extraordinário de retirar toda a confiança popular.Registre-se, todavia, que essa confiança fundamentava-se prm-cipalmente na parte demagógica e menos exeqüível do plano,correspondente à impossível inflação zero e ao congelamentopermanente dos preços. Apesar do desastre, a administraçãoFunaro desperdiça, ainda, quatro meses.

A administração Bresser, instalada há mais tle seis meses,não foge a essa linha geral da ação governamental sempreincompleta, não obstante deva ser reconhecido e registrado, naárea específica do Ministério da Fazenda, nível significativa-mente mais elevado de realismo e tle coerência.

D

Ao longo dos cinco períodos em que se subdivide, atéagora, a política econômica da Nova República, tle plano emplano, com ataque parcial e insuficiente aos problemas, vãosendo desgastados e desmoralizados os instrumentos disponí-veis. Daqui por diante váo-se tornando necessárias medidascada vez mais drásticas no combate à inflação e maior tempopara que as empresas se recuperem da paralisia a que foramsubmetidas e reiniciem investimentos. A deterioração econômi-ca e social do país, o tlesgate político do governo e dos partidos,e a crise financeira liderada pelos EUA não autorizam otimis-mo. No entanto, em algum momento, questões internas funda-mentais têm que ser resolvidas. Melhor seria que isso fosse feitoatravés de um plano econômico global de ataque simultâneo emtodas as frentes. Consistiriam pré-requisitos: um pacto socialque envolva a contribuição tle todos, sem espertezas ousubterfúgios; e a disposição do PMDB de apoiar o governo e dopresidente da Republica de comandar o processo, assumindopessoalmente os correspondentes riscos políticos imediatos, jáque a médio prazo seria altamente provável o reconhecimentopúblico.

atender, como o Souza Aguiar, por exemplo, a uma média de211(1(1 pessoas por dia.

Dos diretores ao corpo clínico, passando pelos residentes eestagiários, a nenhum médico, em tese. se pode atribuirqualquer responsabilidade pela crise, já que antes eles seincluem também entre as vítimas desse acúmulo tle erros, capaztle erguer um monturo de deficiências mais alto do que oresíduo autoritário ou o lixo radioativo que empestam ti Brasil.

O problema que mais salta à vista — e isso é imperdoávelem estabelecimentos onde se pretende defendei' a saúde dapopulação — é a ostensiva falta tle higiene, captável sobqualquer aspecto tle atividade hospitalar, com riscos maisacentuados no setor de cirurgia.

O limite máximo tolerável tle infeçções hospitalares tangea índices dos 3% a 5%, mas na melancólica paisagem doshospitais cariocas essa taxa começa nos 10%, com incontidatendência para subir. E a glorificação da iatrogenia,

Sabemos que há graves falhas humanas, que há médicosque não honram a profissão e que seu comportamento, incom-patível com a ética médica, náo pode ser justificado de modoalgum com o revoltante aviltamento dos salários de fome pagosá classe. Mas. na situação em que se encontra a nossa redehospitalar, para incriminar tis médicos, salvo em casos dealienatória iniqüidade, é necessário antes dotar os nossoshospitais do mínimo indispensável á aplicação tle um simplescurativo. Porque, sem exagero, há locais onde a gaze é escassa eo esparadrapo é luxo.

É certo que, no terreno exclusivo da higiene, teríamos depromover uma reeducação completa nos hábitos tle muitosprofissionais da rede pública, que náo dispensam o cafezinho ouum lanche nos bares das redondezas e que, para alcançá-los.não trocam o jalecp pela camisa esporte e voltam aos ambulató-lios. às salas de atendimento, às saias de cirurgia com uma cargareforçada de agentes infecciosos capazes tle induzir qualquerorganismo isento da Aids a contrair uma sépticemia fatal.

Se é verdade que a primeira providência pata vencer umadisputa é conhecer o adversário, o governo do Rio tle Janeiroestá suficientemente armado para, pelo menos, começar aganhar esta guerra. O inimigo ja é mais do que conhecido, é atéíntimo, esta fichado, retratado, analisado, autopsiado, disse-cado.

O secretário Sérgio Arouca. que bem conheço, e homemtle competência e deliberação. O nosso governador, que temsabido honrar os seu-, compromissos de campanha, decertosaberá levar tle roldão os empecilhos dos adversários sem votos,a fim de dotar o nosso Estado de uma estrutura médico-hospitalar compatível com seus foros tle metrópole civilizadacom uma densidade demográfica das maiores e um índicealarmante tle miséria e conseqüentemente tle doenças,

Com ou sem ajuda desse governo isolado em Brasília, quenáo se preocupa cm distribuir verbas aos Estados que realmentenecessitam, mas so pensa em distribuir, sem critério científico esem parecer técnico, o lixo atômico do planalto goiano, o povocarioca ba tle resolver este problema, com o amor que iodoscultivamos por esta terra abandonada e faminta,

Nelson Senise e medico no Rio de Janeno

O seu ao seu donoMozart dos Santos Mello

<<np udo pelo social!" — apregoam as mensagens semM. sentido programadas nos horários nobres da TV.

interrompendo as novelas e os jogos noturnos de futebol elevando mais irritação aos lares dos brasileiros, já bastanteirritados ultimamente. Reconheça-se nesses pequenos filmes dacomunicação governamental pelo menos uma virtude: sáocurtos. Têm a brevidade da má notícia ou a rapidez que o bomgosto aconselha à transmissão de coisas desagradáveis.

Despidos tle criatividade e, muitas vezes, sem alcançar osníveis mínimos de qualidade a que já se acostumou o telespecta-dor brasileiro, os filmes do Sr. Sarney certamente náo ganharãoo "Leão de Cannes" nem o "Clio Award", tradicionais premia-ções internacionais tão duramente disputadas, anualmente,pelos profissionais da propaganda cm todas as latitudes. "Nos-

sos filmes não foram feitos para isso" — dirão os astutosburocratas da Agência Brasileira tle Notícias e os assessorespalacianos aos quais incumbe desde os primeiros dias da NovaRepública inspirar e gerenciar a comunicação social do governo.

E é uma pena que não tentem ganhá-las, já que o esforçoque despenderiam serviria para colocá-los diante da evidênciagritante de que, náo sabendo manejar a técnica e realizandoobra tão má. bem poderiam delegar a tarefa aos profissionais doramo, aos conhecedores, aos especialistas, aos experts dacomunicação social — os publicitários. É fácil encontrá-los: emsua grande maioria estão nas agências de propaganda, esfare-lando o miolo da cabeça à cata diária do miolo de pão.realizando um trabalho sério, produzindo peças impressas eeletrônicas de comunicação cuja qualidade é reconhecida mun-dialmentc. Todos os anos submetem seus trabalhos aos maisimportantes e respeitáveis júris internacionais... e trazem essaspremiações para o Brasil, numa constância pendular que já seestá tornando monótona, tal a sua repetição.

A indústria, o comércio, as empresas prestadoras tleserviço do país, que são os grandes investidores no mercado dapropaganda, reconhecem a contribuição que as agências dcpropaganda têm prestado à sociedade, esclarecendo o consumi-dor e protegendo-o, promovendo vendas, estimulando a produ-ção, abrindo oportunidades, disciplinando a concorrência atra-vês das ofertas e até mesmo refreando ou impedindo as práticasabusivas da má propaganda. O Conar (Conselho Nacional deAuto-Regulanientaçáo). criado e dirigido pelos próprios publi-cilários, é órgão atuante e competente e tem sabido manter apublicidade brasileira nos altos padrões de excelência, seriedadee credibilidade que alcançou. Com efeito, não obstante tenhamdecrescido, nestes dois últimos anos. os grandes investimentosna propaganda em nosso país c a economia das agências estejasacrificada — alcançada duramente pela recessão que só não cdetectada e reconhecida pelas autoridades de Brasília —- os

criadores da propaganda, planejadores de campanhas, produto-res e especialistas de marketing que povoam as agênciascontinuam mantendo a eficácia e criatividade que caracteriza-•ram sempre o seu trabalho.

A propaganda produzida no Brasil tem sido consideradauma das melhores do mundo e não são poucos os nossosprofissionais que foram atraídos por tentadoras ofertas doexterior — até mesmo dos Estados Unidos, berço das modernastécnicas da especialidade.

Há dias. cm Belo Horizonte, após uma solenidade deentrega de casas populares, o presidente Sarney desabafava:"Minha comunicação social realmente não funciona". É possí-vel que o desabafo decorra do seu desencanto pessoal em verrecusados, um após outro, os convites que tem dirigido àquelesque lhe têm sido apontados como os homens capazes de assumira importante responsabilidade de estabelecer as linhas gerais eos conceitos básicos da comunicação social do seu governo.Seguramente ainda náo ocorreu ao presidente que a solução náoestá em procurar o homem certo e sim em encontrar o sistemamais adequado. Esse sistema já existe, já está montado. Econstituído pelas agências dc propaganda que a própria lei queregula a atividade entre nós (Lei 4.680) define como "as

pessoasjurídicas especializadas nos métodos, na arte e na técnicapublicitários, que através de profissionais a seu serviço, estu-dam, concebem, executam e distribuem propaganda aos veícu-los de divulgação..."

O presidente bem poderia considerar, fugindo às pressõesinternas que o sufocam nesse particular -- inspiradas porobjetivos que estáo mais para

"rigoroso inquérito" do que pra"deixa pra lá" —. que esse trabalho rigorosamente profissionala ser realizado pelas agências, seria, de resto, sem maiores ônuspara o governo. Como preceitua a lei. e os "especialistas"

palacianos sabem disso, a comissão que remunera a agência depropaganda a rigor provém dos veículos. Mais: os preços deveiculaçáo negociados pela EBN, provável autora ou inspirado-ra do slogan oco. opaco, e tão fora da realidade da açãogovernamental — "tudo pelo social" — não ficariam abaixodaqueles a serem negociados pelas agências. Logo...

Agiria melhor o Presidente se desestali/asse a propagandagovernamental, entregando-a aos homens que há 50 anos fazemda atividade publicitária um dos setores mais brilhantes ecompetentes do pais. Os maiores veículos tle divulgação —

jornais, revistas, emissoras de TV e radio — aqui e no resto tiomundo, não obstante possuírem em seus quadros comunicado-res inteligentes e capazes, ha muito tempo entregam suapropaganda e iniciativas promocionais aos homens das agências.Náo têm queixas. E sua comunicação funciona.

Mozart dos Santos Mello, ex-presidente da ABAP-RJ. e publicitário ejornalista.

10 d 1" caderno d segunda-feira, 23/11/87 JORNAL DO BRASIL

ObituárioRio dr

U-uldina Muni/ Leite Piismis,S.s, de insuficiência respirntó-ria, em casa em Copacabana,Baiana, viúva. Tinha ilois li-

Ihos.«tiRosa Domlngues Gonçalves, ÍM,".de choque septicb, no Pró Car-

rdínco. Carioca, solteira, Mora-*"va em Copacabana.

Alaide ilc Oliveira StolTcl, 85.*^de insuficiência cardíaca, noARio Cor. Carioca, casada com•""AHliur Stoticl. Tinha uni filho.

Maria da Piedade OliveiraMartins, 94, de insuficiênciacardíaca, na Beneficência Por-

l (líguesa. Portuguesa, morava.'».na Tijuca.

¦ (iforjjivs Ibrahim Kallnh. 80; de^insuficiência respiratória, no

Ivst""Alexandre Lopes Bitencourt,•• ,90, de problemas circulatórios,**Tn'0 Hospital Português, em Sal-~"vador. Engenheiro, exerceu

enquanto se manteve em ativi-dade profissional diversos car-gos ligados especialmente à en-genharia ferroviária, sua espe-

.. cialidade. Na juventude, resi-diu no Rio de Janeiro. Foi

!Secretário do governo AurelinoLeal, prefeito do município deResende e interventor do mu-

JaneiroHospital Silvestre. Sírio, casa-do com Loris Chalhóub Fallah.Tinha seis filhos. Morava naTijuca.Orlando de Mello Barreto, 70,de caquexia, em casa na Tijn-ca. Carioca, casado com Claris-se Barreto.Anna Santoro, 66, de emboliapulmonar, no Hospital do An-darai. Carioca, solteira. Mora-va no Grajaú.Jayme Nobre Viveiros da Silva,50, de choque cardiogènico.Carioca, casado.Moacyr do Almeida Prado, 77.de embolia cerebral, cm casana Pavuna. Carioca, casadocom Aida de Freitas Prado.Tinha um filho.

adonicípio de Barra Mansa. Devolta à Bahia, desempenhou asfunções de chefe da linha per-manente. chefe dos transportesc superintendente da estradade ferro de Nazaré, fundadapor seu avô. Escreveu várioslivros de prosa e poesia, entreos quais

"Mosaico Partido"."Rancho dos Ciganos" c "Len-

das da Cor Azul". Era viúvo edeixou cinco filhos e 13 netos.

Policiais cio GAS negamextorsão de envolvidosno seqüestro de Beltrán

sâo PAULO — Os investigadores José Ernesto Aguir-re e Pedro lsauro Salles, que trabalhavam no extinto GrupoAnti-Seqüestro (GAS). da policia paulista, negaram cmentrevista coletiva terem participado da extorsão de CZS 10milhões contra o fazendeiro Fausto Jorge e ò advogado JoãoSimão Neto, para não indiciá-los no inquérito sobre oseqüestro de Antônio Beltrán Martinez, èx-vice-presidentedo Bradesco. Os dois policiais, contudo, foram reconheci-dos por dois vigias do Banco do Estado de Goiás nomomento em que estariam recebendo uma parcela dodinheiro. I loje. Aguirrc e Salles serão indiciados no inquéri-to sobre O caso. que tramita na Corrcgedòria da PolíciaCivil.

— Eu freqüento o banco (na Avenida Paulista) antes,durante c depois du seqüestro do Beltrán — afirmouAguirrc, referindo-se ao fato de o gerente da agenciabancária, Milton Fornazari, ser seu cunhado. Ele não nega

,-ter estado naquela agência em companhia de Salles, no dia 9s__*q_ando teriam sacado CZS 5 milhões, em companhia do

advogado Arthur Gomes Filho —. mas alega que estavamfazendo investigações. Os dois policiais disseram que pro-curavam por Mauro dos Santos, acusado como um dosprincipais envolvidos no seqüestro de Beltrán. Santos esta-ria no escritório cie um doleiro, ao lado dó banco.

"Armadilha" — O advogado Arthur Gomes Filho,apontado pela polícia como intermediário no neerto entrepoliciais do GAS (além de Aguirrc e Salles. estariamenvolvidos na extorsão dois delegados c outros dois investi-gadores) e Jorge e Simão Neto, ja foi indiciado cminquérito. Aguirrc e Salles disseram que foram vítimas deuma "armadilha

preparada pelos contrabandistas de Marí-....lia" (450 quilômetros a noroeste da capital paulista), referiu-.,do-sc a Simão Neto e Jorge, este apontado como o "rei docontrabando no interior paulista".

Os dois policiais se defendem argumentando que entre10 vigias — da própria agência bancaria e da Brink's,transportadora de valores — apenas um reconheceu comprecisão a presença de ambos na agência. "Esse vigia ficoutrês dias escoltado pela Corrcgedòria da Polícia e temosinformações de que até lhe ofereceram dinheiro para que

,.nos reconhecesse", justificou-se Aguirrc. Ele e seu compa-l nheiro alegam ainda que nunca estiveram naquela agência

bancária em companhia do advogado Gomes Filho.Além de Aguirre e Salles. também foram apontados

como participantes da extorsão os delegados Josecyr Cuoco,I ex-titular do GAS, e seu assistente. Domingos Campanella

Júnior, e os investigadores José Vicente Rodrigues e Wilson' Aschar, provavelmente amanhã, o delegado-corrcgedor da

« Polícia Civil. Guilherme Santana da Silva, deverá colher osJ depoimentos dos dois delegados. O delegado Cuoco dissei também que a extorsão foi uma cilada preparada para1 desmoralizar as investigações sobre o seqüestro de Beltrán e

também o GAS."Besteira" — Cuoco quer que a Corrcgedòria

investigue quem comprou os cheques administrativos, que" foram expedidos em nome de Fausto Jorge, apontando eml direção aos doleiros. O delegado e os investigadores se«dizem inocentes, mas o delegado-geral Amándio Malheiros. 1 .opes, que chefia a Polícia Civil em todo o estado, disse que¦ o reconhecimento dos dois investigadores é irrefutável e quei o crime de extorsão — cuja pena é de dois a oito anos de' prisão — está comprovado.

As denúncias de extorsão e também de torturas, que^ teriam sido praticadas pelos policiais do GAS, resultaram5 em deseredito para a Policia Civil paulista e trouxeram a«tona uma guerra suja entre facções policiais. Até o secreta-' rio da Segurança Pública, Luiz. Antônio Fleury Filho," interveio e pediu mais trabalho para se restaurar a confiança1 na polícia. Irritado, o delegado Cuoco faz uma advertência•sobre a luta de facções; "lsso não vai acabar bem, alguém• pode perder a cabeça e fazer uma besteira".

LEÔNIDAS DE CARVALHOFERNANDES PEREIRA

t(Missa de 30° Dia)

Sua família convida parentes o amigos para amissa que manda celebrar terça-leira dia 24, às8:30 horas na Paróquia da Imaculada Concei-çâo — Praia de Botafogo.

VICTOR FALCÃO CEPEDA(Falecimento)

A família, consternada, comunica o sou faleci-mento, ocorrido no dia 21/11/87, e convidaamigos e parentes para o sepultamento HOJEàs 9 horas, saindo o féretro da capelo 01 do

Cemitério São João Batista.

tELAINE COSTA WERNHART

tJosé

Wernhart e filhos agradecidos pelasmanifestações de pesar, recebidas por oca-sião de falecimento, convidam parentes eamigos para a Missa de 7o Dia que será"celebrada no dia 23/11/87, às 18:00 horas na-"Capela do Colégio Sâo Vicente de Paulo, na Rua

Cosme Velho h 241, (Bairro. Cosme Velho)

Prótese alemã revoluciona a ortopediaPerna mecânica dnOtto Bock dobra emão levanta pesos

Édnülson Silvo

Custódio Coimbi.i

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Não é preciso mais sair do Brasil

em busca de um antcbraço me-cinico capaz de reproduzir niovinicn-los como abrir, fechar e virar a mãode um lado para outro e suspender umpacote de alé oito quilos. A mãomioelétrica, como é conhecida pelosmédicos e técnicos da área de ortope-dia, pode ser encontrada no Centrodo Rio, na filial de uma empresaalemã, a Otto Bock. especializada emuma variada gama de próteses (equi-pamentos mecânicos ou eletrônicosque substituem uma parte qualquerdo corpo humano).

Ursula Bôer, ortopedjsta e direto-ra da empresa, explica que, alémdessa mão, há uma perna capaz de serdobrada e colocada em cima do joe-lho contrario, evitando o incômododo deficiente ter que ficar com elaesticada. Esses são os últimos avançosna área de ortopedia. Ela disse que aOtto Bock está disposta a promovercursos para médicos e técnicos doselor para transferir a tecnologia deproduçáo dessas próteses. A mão,explicou Ursula, é dolada de doiseletrodos que ampliam a força museu-lar remanescente no músculo da parteamputada, reproduzindo os movi-mentos normais. .

— Meu objetivo é introduzir téc-nicas novas na área de ortopedia, queestá muito atrasada no Brasil. Tenhovisto cada absurdo... Outro dia che-gou aqui um rapaz, cujo pé (umaprótese em madeira) estava tomadopelo cupim. Isso é um absurdo —afirmou Ursula. Ela diz. que está acos-tumada ás reclamações de pacientescontra as próteses mal feitas pelasoficinas de ortopedia, que

"viciam opaciente com uma postura incorreta,causam dores e muito desconforto,devido á falta de qualidade".

Sacrifícios —- Irene FerreiraDonadel, 47 anos, foi atropelada há25 anos por um tróleibus em Niterói eperdeu a perna direila. A partir daí,foi submetida a várias operações e asucessivas próteses nacionais. Supor-tou muita dor, "um sacrifício", atéque conheceu a Otto Bock. "Agoraacabou o problema. Estou com umaprótese provisória para me adaptar enão sinto mais dores", garante a assis-tente social da Fundação Leão XIII.

— Os médicos brasileiros têmque aprender que. quanto mais cedouma prótese for colocada, melhorserá a recuperação do paciente, desdeque este seja submetido a um treina-mento adequado. A qualidade é fun-damental. Digo isso porque já useiquatro próteses nacionais, uma das

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quais me cansou problemas na circu-laçáo, devido á falta de apoio do coto(local da amputação) á prótese — dizIrene.

O poder aquisitivo afasta a maio-ria das pessoas das boas próteses, diz.Irene. Os segurados do Inamps têmsuas próteses pagas pelo Instituto oupela LBA. "A cumpra de prótesespor essas entidades não funciona, por-que elas pagam 0 menor preço encon-trado no mercado, o que significabaixa qualidade. Como essas prótesessão muito incômodas, o deficiente asabandona. É fundamental que todosegurado, todo deficiente lenha aces-so a uma boa prótese, porque, assim.o processo de reintegração é melhor enao onera tanto a Previdência com acompra de próteses ruins", afirma.No Brasil, estima-se que haja 1 mi-Ihão de amputados.

A falta de informação tambémimpede que pacientes tanham direitoa boas próteses. For pouco. Ezequielde Moraes Silva, 2l) anos, não foi

submetido a uma nova cirurgia paraadaptar o coto à perna mecânica. Ex-oficial da Marinha Mercante, ele tevea perna direila esmagada por umcaminhão que avançou conta a suamoto, em Itaboraf, há um ano e setemeses. Eicou sabendo da existênciado CRI' (Conselho de ReabilitaçãoProfissional), Rua do Riachuelo, 48,Rio. órgão ligado ao Inamps. La.ficou conhecendo as próteses alemãs eafastou a possibilidade da cirurgia.

— A prótese que estou usando eque foi adaptada á parle amputada, enão o contrário — diz Ezequiel.

O acabamento das próteses daOito Bock é feito com resinas espe-ciais, para evitar reações alérgicas. Asoficinas ortopédicas nacionais, infor-ma Ursula. chegam até a usar durepó-xi. "Os

pés, feitos em madeira, logoquebram após alguns meses de uso",afirma. A mão mioelétrica custa entreCZS 300 mil e CZS 350 mil. e umaperna, entre CZS 10(1 mil c CZS 120mil.

Governador daBahia exonera5 delegados

Polícia quer exumar o

prefeito de Boa Vista#

Waldir

¦:y:

Pires

SALVADOR —O governadorWaldir Pires exo-nerou de uma sovez o delegadoregional de Ita-buna. Robertollabul. e os qua-tro delegados au-xiliares da im-portante cidadeda zona cacauei-ra do sul baiano,acusados pelo Poder Judiciário e pelasubseção local da Ordem dos Advogadosdo Brasil de prática de tortura contrapresos e outras arbitrariedades.

O afastamento de toda a cúpula dapolícia de Itabuna foi recomendado aogovernador pelo secretário de SegurançaPública, Ènio Mendes, após a avaliação echecagem das denúncias contidas no ex-tenso relatório encaminhado pela OAB-BA ao governo estadual. Além do titulai.foram exonerados também os delegadosauxiliares Esdon Luz. Valfredo Silva San-tos. Maria Aparecida c Sônia Duplat.

Ênio Mendes confessou que está en-eontrando dificuldades para indicar ossubstitutos dos policiais afastados, emrazão do clima cie tensão provocado napolícia de Itabuna com o afastamento doscinco delegados. Vários policiais de car-reira convidados não aceitaram, a maio-ria alegando temores de enfrentar confli-tos com o Poder Judiciário da regiáo suldo eslado.

BRASÍLIA — O delegado da PoliciaFederal. Jacyntho de Almeida Júnior, vaipedir hoje á Justiça a exum.içáo do corpodo prefeito de Boa Vista (RO), SilvioSebastião Leite, morto a tiros no dia 9 deoutubro. A Polícia Federal suspeita deque os laudos apresentados pela Secreta-ria de Segurança de Roraima tenham sidoforjados. Para esclarecer a morte do ex-prefeito estão chegando hoje em BoaVista quatro médicos legislas da Univer-sidade de Campinas que. por terem atua-do em casos como o de Joseph Menegalee do acidente com Césio 137 em Goiânia,sáo considerados os legistas mais expe-rientes do pais. Nelson Massino. Fortu-nato Palhares. Reginaldo Bueno e Alva-ro Reinaldo Dias vão examinar o corpode Sílvio Leite para se certificarem daveracidade dos laudos.

Para um delegado da polícia Federalem Brasília, a Secretaria de Segurança deRoraima náo colaborou em nada com oinquérito, descaracterizando uma sériede provas, o que dificultou as investiga-çôes. Depois de terminado o prazo legalpara conclusão do inquérito, que já foi

entregue na semana passada á Justiça,que concedeu mais 30 dias para investiga-ções, a Polícia Federal está remontandotodo o processo de investigação.

O delegado Jacyntho Júnior, lotadono Acre, mas chefiando o inquérito poli-ciai em Boa Vista a pedido do diretorgeral da Polícia Federal, Romeu 'Fuma,está confiante de que a exumaçáo docorpo do ex-prefeito vai ser um elementoimportante para revelar o crime.

O ex-prefeito Sílvio Leite, doPMDB, foi assassinado quando voltavada sua fazenda acompanhado apenas doseu motorista e de um segurança. Doscinco homens que metralharam o seucarro, apenas um foi preso. Teomar Motade Oliveira não quer revelar os nomesdos companheiros à policia por lernerrepresálias. Enquanto a Secretaria deSegurança do Estado insiste em acusar ofazendeiro Luís Rodrigues Barros de sero mandante do crime, a Polícia Federalprefere reunir provas e esperar prendertodos os cinco participantes do atentadoao ex-prefeito para depois dizer o nomedo mandante.

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A frente fria que está no litoral do Sudeste, emborade fraca atividade, ainda deve ocasionar nebulosidade echuvas em algumas áreas. No Sul a influência da massa dear polar marítima causa nebulosidade e chuvas isoladas' nolitoral. No restante do país o tempo varia de claro anublado com pancadas de chuva em alguns estados'noNorte. Nordeste e Centro Oeste.

No Rio c em Niterói

Nublado a ocasionalmente enco-berto, com possíveis chuvas, me-Ihoii.is no decorrer do período,Ventos Sul, de fracos a moderados,com rajadas ocasionais. Visibilida-de de moderada a boa. Temperamra estável. Máxima e mínima deontem: 31.3° em Bangu c 19.3" noAlto da Boa Vista.

Precipitação das chuvas em mm

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Amsterdã nublado OS 0C)Atenas chuvoso 15 11Berlim chuvoso ík* twBogotá nublado li) 05Bruxelas nublado (f-i 05"Buenos Aires ciara 22 15Caracas claro 27 20Chicago nublado 02 -fiCopentwRue chuvoso Oo 05C.ntbra chuvoso \iS a}Havana nublado 21 20Lisboa claro 14 IILondres chuvoso 10 OSlos Angeles nublado 21 13Madri nublado 17 04México claro 2-1 09Míjimi nublado 21 13Montevidéu claro 26 li)Moscuu nublado -11 -20Nova Iorque clara -04 -07l"aris nublado li) 07Roma claro 14 OSSantiago nublado 24 10li-l Avlv claro 23. 14Tóquio claro\iena nublado I 08 I 04

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CLABUIXICADOaPar» outrM Informaç-*».

O-IllUlU) o IOUJORNAL DO BRASIL

ANTÔNIO DA COSTA MARQUES FILHOPROCURADOR DE JUSTIÇA

MISSA DE 7o DIA

J_ Esposa, filhos e netos agradecem as manifestações de

I pesar e convidam parentes e amigos para a Missa de:7°' Dia que farão realizar às 11 horas, na Igreja de S. José no

Centro, dia 24/1 A

ANTÔNIO AUGUSTO NOVAES(MISSA DE 7° DIA)

Í Helena, Deolindo, Laís, Marcus, Vinícius e Mônicacumprem o doloroso dever de comunicar o faleci--mento de seu esposo, pai, sogro e avô, ocorrido

em 17/11, e convidam para a Missa de 7o Dia, arealizar-se no dia 24/11, ás 10h30min, na Igreja Na.Sa. da Conceição e Boa Morte, à Rua do Rosário,esquina de Av. Rio Branco.

AAARIO CALDASMISSA DE T DIA

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ASSOCIAÇÃO DOS PROCURADORES DO NOVO ESTADO DORIO DE JANEIRO convida parentes e amigos do ProcuradorMÁRIO CALDAS para a Missa de 7 Dia qua será celebrada no

próximo dia 23 de novembro, 2' feira, às 10 hora:, na Igreja de NossaSenhora das Dores, na Rua Presidente Pedreira, Inqa -- Niterói.

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ENGENHEIRO7.° DIA

Seus amigos do GRUPO ULTRA, PE-TROBRÁS e GRUPO IPIRANGA agra-decem sensibilizados as manifesta-ções de pesar recebidas por ocasiãode seu falecimento e convidam pa-ra a Missa de 7o dia a realizar-se às10:00 h. do dia 24/11/87 na Igreja doMosteiro de São Bento à rua Dom Ge-rardo, 68,

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JORNAL DO BRASIL Cidade seguiulii-fcini, 23/1 i/87 I catlc I 'll<> j-a

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1 Roberto Croba (foto) era umadas mais compenetradas entre as

250 pessoas que participaram, on-* tem, da escalada ao Morro do Pão deAçúcar, uma pratica que já se trans-formou cm rotina para os sócios dos

\clubes excursionistas Rio de Janeiro,i Carioca. Guanabara. Brasileiro,Light c Petropolitano e para o Gru-po de Salvamento do Corpo de Bom-beiros. A escalada de I mil 500metros para se alcaçar uma altitudede 395 metros, onde se desfruta de

um dos mais belos cartões postais dacidade, fez parle das homenagensaos 75 anos de fundação do bondi-nho do Pão de Açúcar. Dela partiei-param os atores Sténio Garcia e opequeno .lonas Torres, o Bacana.este um estreante no esporte. O maisnovo dos excursionistas. Leonardode Oliveira. II. c filho de um vetera-no da atividade: Antônio EdmatMagnago, 47, habitue de escaladasno Dedo de Deus e no Pico dasAgulhas Negras.

A turma do pedal Cada Rlò

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0 sol se escondeu, não houvepraia, mas o carioca descobriulautas alternativas que a alegriado domingo cinzento era a mes-ma de um dia de verão. Houvepasseios de bicicleta sem o riscodo trânsito, shows musicais, es-calada de morro, caminhada pelafloresta c patinação sobre o gelo.

No Parque da Catacumba,Chico Buarque de Holanda eAlceu Valcnça, entre outros,cantaram para cerca de cinco milpessoas, numa festa de solidário-dade a população de Goiânia,vítima da tragédia com o Césio-137. Físicos debateram com opúblico aspectos ligados à radia-tividade e ao lixo atômico.

No Jardim Botânico, inaugu-rando obras, o pianista Arthur

Moreira Lima, o saxofonistaPaulo Moura c o violonista Ra-fael Rabello arrancaram aplaü-sos com a execução cie* algumasilas mais belas páginas do cancio-nciro popular brasileiro. Pelamanhã, dezenas de ciclistas fize-ram um passeio entre a Tijuca eo Leme,

A garota Simone. uma gra-ciosa loirinha e hábil patinadora,foi o destaque na pista sobre gelodo BarraShopping, cujos restaú-rantes estiveram lotados. Rober-to Groba e sua filha, Roberta,mostraram eom arte e coragemcomo se deve escalar um morro,ganhando o Pão de Açúcar. Naorla marítima, o espaço sobroupara todos.

Graça no geloRaimundo Valontimfflfâmpr^,;% <#% 411Ki;í% ySmWfâÊEÈÍÊÊ''' «íiPP

domingo 9sem praiaPelos goianos Soma dAlmnida

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I I ('inco mil pessoas prestigiaram oGrito de Alerta — o show de

solidariedade ao povo goiano, quereuniu Chico Buarque, Alceu Valen-ça. Fagner e Gonzaguinha, entreoutros, no Parque da Catacumba. Aprogramação começou cedo. comatividades infantis, exposição de de-senhos e cartuns c exibição de ca-poeira, a cargo do Grupo Senzala(foto). Enfim, uma festa democrãti-ca da melhor qualidade: quem foi equis. cantou, falou e declamou -como Jonas Bloch, que recitou um

poema de um medico de lroshima,acidade japonesa arrasada pela bom-ba atômica ao final da SegundaGrande Guerra. Tahata RainhaGonçalves, 9, justificou sua presençacom "um apelo ãs autoridades paraque acabem com as bombas, jwisacho que se continuar assim eirt^iovou ter mundo". Físicos mantiveramum interessante debate eom o públi-co sobre temas ligados ã radioativi-dade e ao destino do lixo nuclear,hoje um problema que preocupa atodos.

'iversao sem risco

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p~] Cerca de 500 pessoas — entre.... adultos, adolescentes c crianças

— participaram do 7" Passeio delis-.tico da Turma do Pedal. entre a'Praça Saens Pena e o Leme. trajetoque a maioria completou em duas

horas, percorrendo, entre outrasvias. as avenidas Presidente Vargas eRio Branco e o Aterro do Flamengo,com o apoio de batedores da PolíciaMilitar e de uma ambulância. 0passeio transcorreu sem incidentes.

I I Ò charme de Simone (foto) foium dos destaques na pista de

patinação sobre gelo no Barra Shop-ping. onde mais de 500 pessoas —crianças, na maioria — se divertirama valer, transformando os pequenosacidentes causados por escorregõés

em momentos de humor, com muitasgargalhadas. A professora Luey Vas-tusiak. que integrou o corpo de bai-latinas do 1 lolliday on [ce, era umadas mais empolgadas eom a diver-são: "Brincar no gelo num pais solare excitante."

I I O sol não apareceu, deixando aspraias vazias, mas. mesmo as-

sim. a Operação Verão — que oDetran vai reali/.ar durante ioda aestação na Zona Sul, em São Conra-do e na Barra da Tijuca — apresen-tou resultados positivos. Houve es-

paços para o lazer, todo mundo pôdepassear sem riscos e nas áreas -demaior movimento a repressão"aoestacionamento proibido se fez son-tir. Quem desobedeceu a sinalizaçãonas áreas bloqueadas foi multado:'

Ecoda RJ

ogista102

(juer fazeruma cicloyia

'Andar de praia cm praia, na Região dos Lagos, sem^precisar tirar o carro ila garagem, mas com muita disposiçãojparà pedalar. Se depender dos ecologistas, esta moda vai pegarjainda-neste verão: em documento a ser entregue hoje addireíor-geral do DUR. Fernando Mae Dowell, eles reivindicam

.que.a R.I-KI2 — uma estrada de terra, eom precárias condições.de, tráfego — seja transformada em cicloyia que permita acirculação por toda a área' sem riscos de acidentes. O secretário.estadual de Transportes, Josef Barat. também procurado, já.demonstrou simpatia pelo projeto.

Com 117 km de extensão, entre Niterói e Cabo Frio, a RJ-.'.102 sempre tem o seu asfaltamenlo c duplicação indicados como-opção para solucionar os problemas de congestionamento nosíacçssos á Região dos Lagos. De acordo com os ecologistas,porém, se essa proposta for adotada, além de inviabilizar a•construção da cicloyia estará causando graves prejuízos ápopulação que vive ao longo da estrada, que corta ao meio umaárea de restinga, muitas praias e uma zona de proteçãoambiental tombada pelo Governo estadual.

Transformar a RJ-102 em auto-estrada é condenar àdestruição um dos mais belos redutos naturais tio listado. Acicloyia, além de mais adequada, e uma solução muito maisbarata.e de execução muito mais rápida — resume o deputadoestadual Carlos Mine, do Partido Verde, que vai encaminhar areivindicação ao DER.

A idéia de abrir a RJ-102 às bicicletas surgiu há cerca deum més. quando um grupo de 180 ciclistas — a maioria surfistas

|quu-freqüentam as praias da região — realizou uma manifesta-ção percorrendo o trecho de 17 Km entre Maricá e Ponta Negra.O principal argumento dos defensores da medida é que duranteos fins de semana e meses de verão os deslocamentos debanhistas entre as praias daquela área ocorrem eom grandeinrensidade, o que poderia ser feito de bicicleta se fossemoferecidas as condições ideais,

- Hoje o carro e usado porque ninguém é maluco de sairpedalando por estradas de trânsito \ iolento, em meio a ônibus ccaminhões. Só que se perde a oportunidade de curtir, mais deperto, a paisagem c o clima da região — justificou o deputado.u •,; Ao longo do percurso da futura ciclovia — entre as lagoasç o mar — seriam beneficiadas as praias de Itaipu. ltaipuaçu,Maricá. Ponta Negra. Jaconé. Saquarema, Massambaba, PraiaSeca, .Araruama e Arraial do Cabo. Para viabilizar o projeto,alenj da colocação de uma camada de asfalto de pequenaespessura, serào necessários a construção de bieicletários juntoaos pontos de maior movimento e a arborizaçào de todo otrajeto, a fim de minimizar os efeitos do sol sobre os ciclistas.

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o projeto do antro cultural. A nossa idélrea de 1 mil 200 crianças de escolas históricas

Ilonçajo partjdparam cmAs oi

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JORNAL DO BRASIL

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Adolescentes cariocas quase naPesquisa revela que ascampanhas atuais confundem,ao invés de esclarecer

Israel Talmli

A julgar pelas respostas a uma pesquisa das empresasRetrato-Consultoria e Marketing e Ibope, as campa-

nhas veiculadas sobre a Aids estão gerando mais pânico,desinformação e confusão do que propriamente esclarecinien-to para os adolescentes do Rio. A pesquisa ouviu 300 jovensentre 15 e 19 anos, de todas as classes sociais e regiões

geográficas da cidade.Para quase metade dos adolescentes ouvidos (46$),

mordida de inseto, por exemplo, é uma forma de contágio.Parcelas significativas também acham que se contrai Aids pelasaliva (31%), no contato com utensílios usados por pessoasinfectadas (29%), com um beijo prolongado (27%) e atravésdo vaso sanitáiio (26%). Uma mudança nas campanhas dosmeios de comunicação, escolas e universidades, perseguindopadrões mais objetivos de informação, é o que se impõe para

c evitar que os adolescentes "se tornem um grupo de alto risco"»-—conclui a pesquisa.gi O adolescente está confuso sobretudo porque a Aids é

uma doença recente e desconhecida, levando a "absorver

qualquer tipo de informação recebida, seja ela verdadeira ouíÍWQ". Além das formas de contagio, esta confusão se traduztambém nos grupos de risco. Manicures (39%), dentistas(4.V'<) e mendigos (u-1'c) entraram na lista feita pelosadolescentes ao lado dos homossexuais, prostitutas, viciados

"Cin drogas injetáveis, bissexuais e hemofílicos.Apesar da maioria (56,8%) se dizer preocupada com o

problema da Aids, e mesmo com toda desinformação epânico, poucos (25.49r) acham provável que venham a

^contrair a doença ao longo de sua vida. A grande maioria"(70''!) não acredita nisso. Otimismo, alias, éo que caracteriza"esse comportamento. Sá 99c dos entrevistados se declararaminsatisfeitos com a vida e apenas 3% acreditam que a situaçãoainda vai piorar.

Embora se mostrem otimistas com sua própria vida c seconsiderem pouco expostos á doença, contraditoriamente osjovens entre 15 e 19 anos se mostram pessimistas em relaçáo áevolução da Aids para a totalidade da população. Nadamenos de 42'í esperam uma grande contaminação "ela vaimatar todo mundo"), enquanto outros 20% acham que issoocorrerá "caso não se tomem medidas a curto prazo". Outros20% acreditam numa possibilidade quase imediata de cura,enquanto 6% prevêem uma verdadeira revolução sexual, como surgimento de novos padrões morais e de costumes "para

acabar com essa pouca vergonha", segundo a expressão deum dos entrevistados.

Os jovens também sáo contraditórios ao sugerir medidaspara o controle da doença. Entre os sexualmente ativos, 29%declararam que o uso de preservativos é a forma mais eficazde prevenção. Mas apenas 10'. deles usam a camisinha. Aocontrário, embora 35% dos entrevistados declarem que estáo"reduzindo e selecionando melhor os seus parceiros", apenas22% sugeriram estas medidas — ao responderem a outra

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O menor Rena-to Luís Ovfdio Jú-nior. 7, que morreuafogado numa daspiscinas do Bandci-rantes Tênis Clube(Av. Marechal Mi-guel Salazai Mendesde Moraes. 48, naTaquara, em Jacaré-paguá) sábado demanhã, foi sepulta-do ontem à tarde noCemitério do Pe-

Mauro Nascirnonto

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Os resultados demonstram que os adolescentes do Rio precisam urgentemente de novos esclarecimentos

Prefeitura ataca emancipação

pergunta — como forma de prevenira doença. Isso indica quemuitos deles, apesar de adotá-los. não acredita ria eficáciadesses critérios, que sáo subjetivos: é o próprio adolescentequem determina o que sáo poucos e bons parceiros.

Apesar de toda a agressividade cia propaganda, apesquisa constatou que uma parcela razoável ds jovens estádesinformada quanto ás formas corriqueiras de se contrair aenfermidade: ainda não sabem que pode contrair Aids porsexo anal 14'í dos adolescentes ouvidos, equanto II desco-nhècem o contágio por dregas intravenosas, 8% por relaçáosexual vaginal e nada menos de 289? ignoram que issotambém pode se dar pelo sexo oral.

A maioria dos ouvidos na pesquisa (60r,) confessa queie,.sente pouco ou quase nada informada em relaçáo á Aids. Asituação é amenizada nas classes A/13, onde os ouvidos se.consideram, em sua maioria, "de alguma forma" informados.Por isso valorizam mais as conversas sobre o assunto comparentes e amigos.

Os adolescentes das classes D e E sáo os que se sentemniaís desinformados, e assim consideram também seus amigose pais. Quase não conversam em casa ou com os amigos sobrea doença, obtendo a maior parte de sua informação através datelevisão.

As mulheres — apesar de 3/4 das entrevistadas não„terem se iniciado sexualmente — demonstram mais interessejem informar-se do que os homens. Mas todos, pobres e ricos,ihomens e mulheres, convergem na sugestão para que — síém>da televisão — as escolas se dediquem mais a orientar seus'alunos sobre a doença.

Um perfil romântico,sóbrio e conservador

Adoram música romântica e têm diálogo com os pais..Quase a metade acredita que a mulher deve casar-se virgem e,a maioria considera o hómossexualismo um desajuste e não*uma opção pessoal. São dados um tanto surpreendentes, com.traços conservadores, constatados na primeira parte da pes-íqiusa, que esboça um breve perfil do adolescente carioca.

As sociólogas Maria Teresa Sousa Monteiro e Cláudia• Monteiro Montenegro, diretoras da Retrato, esclarecem quefas' perguntas mais gerais sobre o modo de vida se constituíram•numa espécie de ponte para se chegar ap ponto de interesses[específico da pesquisa: como os adolescente vêem a Aids.

Houve uma preocupação básica no trabalho: deixar o[adolescente bem á vontade, na rua ou outro local por ele[indicado, e sem que precissase identificar-se. Foi nesse'ambiente que a maioria (51%) confessou que o seu gênero¦preferido sáo as músicas lentas, ultrapassando cm larga escala'iP rock, o funk-balanço e a música brasileira tradicional.

De um modo geral, ao contrário do que muitos pensam,jpais e filhos tém diálogo. Mas esta conversa, segundojriformam os entrevistados, costuma ganhar uma conotaçãoJpedagógico-educacional, com prejuízos para os problemasfexistenciais dos jovens, quase nunca abordados.Í ¦ Homens e mulheres valorizam muito a sua diversão.Enquanto os primeiros dão muita importância a jogar futebol,as moças ainda se cingem a um prazer mais caseiro: gostam,sobretudo, de ver televisão e ler. Os rapazes se preocupamCom o seu futuro profissional, enquanto as meninas encaramgomo sua maior dificuldade o relacionamento familiar.

Embora o mito da virgindade feminina esteja traduzidoha resposta afirmativa de 42% dos entrevistados, há um outroíndice — 4.VÍ — que acena para uma mudança de mentalida-2e. Este último percentual corresponde aos que se dizemmdiferentes ao fato de a mulher casar virgem ou não, Agrande maioria dos rapazes entrevistados (8 em cada 10) jáfeve relação sexual, mas sete em cada dez mulheres enírevis-fadas se dizem virgens. A iniciação sexual dos adolescentesparece dar-se sobretudo entre os 18 e os 1*J anos, de acordocom a pesquisa.

A Prefeitura do Rio de Janeiro vai encam-par a resistência á municipalização da Barra daTijuca, articulada por associações de moradorese parlamentares. A informação é do secretáriomunicipal de Administração, José Frejat. queparticipou de reunião convocada pela Associa-çáo de Moradores do Canal de Scrnambctiba, aqual compareceram o ex-secrelário municipal dePlanejamento, Tito Ryff, e o deputado MiltonTemer (PSB).

Segundo Frejat, a proposta tle tomar aBarra independente é considerada "totalmenteinviável" pelo prefeito Saturnino Braga. O se-cretário disse que Saturnino convocou umareunião com o secretariado e determinou quetodos os dados sobre gastos c arrecadação daregião fossem levantados e colocados á disposi-ção das associações de moradores e demaisentidades contra a municipalização. De início,será esta a principal contribuição do prefeilo ãluta para impedir o desmembramento do Muni-cípio:

— A Prefeitura tem de aceitar a opinião dosmoradores que defendem a separação, emboraconsidere a idéia desastrosa. E a população quetem de se mobilizar — justificou Frejat.

Justamente com o objetivo de organizar osmoradores da Barra e cariocas em geral emtomo da campanha contra a municipalização. odeputado Milton Temer pretende ir ás ruasdenunciar os problemas que, na sua opinião, amedida poderá acarretar, t) secretário munici-pai de Assuntos Especiais, Marcelo Cerqucira,já ofereceu seu carro de som, no qual Temerpretende levar outros políticos que estáo à

frente do movimento: os deputados HeloneidaStudart (PMDB). Luís Henrique Lima. Fernan-do Lopes, Aluísio de Oliveira, Eduardo Chuay(todos do PDT), Lúcia Arruda e Carlos Mine(ambos do PT).

I emer confessou que não tem esperanças deinvalidar a redação final do projeto, segundo eleaprovada na noite de quinta-feira com quorumabaixo do mínimo, com o requerimento feito áAssembléia Legislativa por Luís Henrique Limae Nicanor Campanário (Pasarl):

— O nosso objetivo é que este processo,junto com a mobilização política, faça com que oTribunal Regional Eleitoral protele a escolha dodia do plebiscito sobre a municipalização até otérmino da Constituinte, que vai fazer modifica-ções sobre a Lei Orgânica dos Municípios.

A Lei Orgânica permite que até três quartei-rões de um bairro sejam emancipados através deum processo iniciado por apenas HK) assinaturase sancionado cm plebiscito por maioria simplestios eleitores da comunidade. O projeto consti-tucional pretende elevar para 1% do municípioo número de assinaturas exigidas — no caso doRio de Janeiro, o equivalente a 35 mil pessoas —c consultar em plebiscito a população de toda acidade, e náo apenas a do bairro em litígio.

Contabilidade — A exposição do ex-secretário municipal de Fazenda. Tito Ryff, paracerca de 50 moradores, baseou-se na refutaçãoaos dois principais argumentos utilizados pelosdefensores da emancipação: o uso dos proventosarrecadados no bairro nele próprio c a possibili-dade úc uma integração maior entre governantee governado, através de uma estrutura adminis-trativa que se limitasse ao essencial.

Comas cm punho. Ryff listou as principaisfontes de arrecadação na Barra: IFFU. quegerou para a Prefeitura, em 87. CZS 1S7 milhões(valor por metro quadrado de CZS 3 mil 3(tl.abaixo do Leblon. Ipanema e Lagoa): taxas delixo c iluminação urbana. CZS 30 milhões; ISS,CZS 121! milhões, equivalente a 4r't do total doRio; ICM, CZS 50 milhões; IPVA, CZS 50milhões.

Somando tudo, a Barra não arrecadamais do que CZS 500 milhões por ano —-garantiu.

Só para manter os serviços ja executadospelo município do Rio na área em saúde eeducação (sáo 24 escolas c 1.000 professores), anova Prefeitura gastaria CZS 250 milhões. Oscustos de limpeza urbana, sem falar na comprade equipamentos que se fará necessária paramontar uma nova companhia, e o sistema deabastecimento de eletricidade e conservação deruas gciariam despezas mínimas de CZS 100milhões. Com outros pequenos gastos, o novomunicípio ja teria W'< da sua receita compro-metidos, sem falar na necessidade de montarPrefeitura, pelo menos cinco secretarias e Cá-mara de Vereadores, além dos investimentosque a região está exigindo.

Se náo existe viabilidade tributária c adescentralização administrativa pode ser obtidatle outras maneiras, através do fortalecimentodos conselhos governo-comunidade e das re-giôes administrativas, o que está por trás dissotudo? 1; que a Bana da Tijuca é a fronteira daexpansão imobiliária na cidade, o grande filé-mignon que resta no Brasil e talvez na AméricaLatina —comentou Rvff.

chincha. O pai do menino, o cantor RenatoRena, lider do conjunto Nova Dimensão» res-ponsabiliza o clube, alegando que houvciomis-sáo de socorro e que náo havia guarda-yidas nomomento em que Renatinho caiu ou se atirou naágua.

Ele não era sócio do clube mas tinha ido aliporque a portaria fora franqueada em ia/ao ijapresença, no clube, de Zico. craque do Flumeu-go. que apresentou a sua escolinha de futebol ,eaté participaria de um jogo. como parte dosfestejos comemorativos do 25" aniversário doBandeirantes, Manoel Sales, presidente, e Má-rio Tavares, vice, contestam o pai da criança,afirmando que estavam no clube vários guardas-vidas e um médico de plantão.

Acrescentaram que toda a assistência foidada ao menor na tentativa de salvá-lo. inclusivecom o médico (entanto a respiração boca a boca.Eles disseram ainda que um diretor acompa-nhou o menino até um posto médico e queapresentaram na 32'' Delegacia Policial os no-mes do guarda-\ idas de plantão e do médico quesocorreu a criança no clube. O Bandeirantescusteou as despesas do enterro, de cerca dç?C2$23 mil, a pedido de parentes da criança.

Renato Rena estava em Sáo Paulo e.o filhomorava aqui com a avó, nas proximidades doclube (Av. Marechal Miguel Salazar Mendes deMoraes, 291, bloco K, apt" 106). Renatinho foiao clube com um tio e mais duas crianças. Aspiscinas do Bandeirantes sáo cercadas perr gra-des e o acesso deve ser feito através de roletas.Mas o garoto teria pulado a grade.

Ele foi resgatado da água (estava na piscinajuvenil e, segundo José Alberto Souza dajiilva.19, que o salvou, o nível da água eslava na alturado estômago de um adulto) e logo tentada ;irespiração boca a boca, pelo próprio José Alber-to, que disse ser auxiliar de piscina no clube, nasfins de semana. Outro vizinho de Renatinho.Carlos Alberto Souza Aragão, 29, sócio doClube, confirmou que foi dada a assistênciapossível do clube ao menino e que havia umguarda-vidas de plantão.

A única falha admitida por associados é atemesmo diretores foi a náo interdição da piscina,já que a presença de Zico fez com que houvesseuma invasão de crianças para vê-lo. Segunçlo osdiretores, a maioria das crianças acompanhouZico até o campo de futebol, onde os limes diisua escolinha, em duas categorias, enfrentaramequipes do clube da casa.

Segundo os diretores do Bandeirantes'. Zi-eu. quando tomou conhecimento do ocorridocom o garoto, demorou-se apenas mais algunsminutos ali, retirando-se depois, bastahte-con-trariado com o fato. Com ele estavam doisfilhos. O presidente do Bandeirantes declarouainda que, por acreditar que houvesse mesmogrande afluência ao clube, chegou a pedir poli-ciamento para lá, mas náo foi atendido.

Disse também que, nos 25 anos de vida doclube, o de sábado foi o primeiro caso fatal deafogamento acontecido ali. Ontem as piscinasdo Bandeirantes estavam interditadas. A 32a.Delegacia Policial vai investigar as circunstáií-cias da morte de Renatinho.

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cantos deste caderno.TODAS AS UUAIVTAS NO JORNAL DO BRASIL,

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Economia segunda-feira, 23/11/87 caderno p .,11

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Círcuiit© Integradoiga-se o que se disser, o Brasil é um paisextraordinário. Nascer brasileiro já e vir

com um seguro total contra tédio — desde que,naturalmente, a gente pertença àquela minúsculaparcela da população que. por motivos alheios àcompetência tios administradores e às condiçõeslocais, também vem com seguro (pelo menosparcial) contra a miséria.

Um brasileiro rico, com dinheiro para com-prar jornal, não precisa nem sair de casa paraviver, em poucas semanas, mais emoções do quequalquer suíço em 50 anos. Não vamos nem falarem Goiânia ou nos morros cariocas, porque aí jáseria covardia — mas em qualquer parte domundo civilizado nosso noticiário político seriaproibido para menores; o de economia, então,seria vendido com receita médica, sujeita a rígidocontrole.

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Na área da informática, por exemplo, eleanda igual àqueles foroestes bem vagabundos,cm que até os mocinhos sáo bandidos, e em quetodo mundo morre em OK-Corral. Líntre areserva de mercado, o afundamento do MS—DOS, as retaliações, as contra-retaliações c a leido software, o usuário, coitado, faz o papel docidadão que tem que fugir para o estábulo naHora do tiroteio, é salvo por um amável bando depiratas e contrabandistas, e acaba com a cabeça aprêmio. Num roteiro escrito por José Sarney, eestrelado por Ronald Reagan, não podia daroutra.

As opiniões críticas sobre o filme divergem.Com a aprovação da lei do software, muitosíndios estão achando ótimo; os caras-pálidasodeiam quase tudo, tirando as cenas de retalia-ção; os contrabandistas, de modo geral, têmaplaudido de pé, assim como os corsários do rei,aqueles bucaneiros que trabalham sob proteçãooficial. Mas que ninguém se iluda: esta fita é umatragédia, li, infelizmente, não é uma obra deficção.

D D D

Começa, que, no setor, o Brasil já estairremediável e irrecuperavelmente atrasado. Ageração que se formou na época em que ocomputador pessoal entrava no mercado, e quehoje está com pouco mais de 30 anos, é virtual-mente analfabeta em informática: as geraçõesmais novas vão pelo mesmo caminho. Achar queisso não tem nada demais num país em que ogrosso da população nào sabe nem o que éportuguês é de um simplismo atroz — com estetipo de raciocínio a gente ainda estaria andandode charretc, porque o grosso da população tam-bém não sabe guiar automóvel.

Ora, mais importante do que saber fazer umcomputador é saber usá-lo, mesmo porque oscomputadores valem menos pejo que são do quepelo uso que se faz deles. É claro que paraaprender a usar computador é preciso ter acesso

, a computador — mas não é com a defesa de umaindústria de clones em permanente defasagemcom o resto do mundo que nós vamos chegar lá,especialmente se esses clones custam dez vezes opreço de qualquer bom micro estrangeiro.

D DDSob esse aspecto, a reserva de mercado, que

privilegia meia dúzia de indústrias cartoriais,prejudica um número incontável de escolas, deprofissionais liberais, de pequenos comerciantese de pessoas que, de modo geral, precisariam deuma máquina, mas que simplesmente não conse-guem pagar o preço do mercado.

Aqui, o exemplo lá de cima se reverte,porque pouca gente precisa, de fato, de automó-vel particular, um artigo inteiramente supérfluoque pode custar o que bem entender o sr.Wolfgang Sauer. O computador tem que serbarato, e tem que chegar às escolas. Nelas é quea turma do oba-oba devia pensar: as elitescontinuam garantidas. Conhecem bons contra-bandistas e, através deles, conseguem excelentescomputadores que, com todas as taxas de trans-porte e risco, mais pró-labore da aduana, saempela metade do preço do chamado "similarnacional".

Os defensores da reserva (que na maiorparte das vezes nunca viram um micro cmpessoa) argumentam que é preciso proteger aindústria nacional. Eu concordo — mas achoque, em primeiro lugar, é preciso proteger oconsumidor. Eliminar a concorrência sumaria-mente nunca foi maneira de desenvolver bonsprodutos.

E, por falar em consumidor, atenção, mi-creiros: seria bom a gente começar a reivindicar,desde já, a criação de centros de informática nosprincipais presídios do país. Pelo menos assim agente vai ter com o que se distrair na cadeiaquando cies resolverem pór em prática o artigo36 da lei de software, que prevê pena de seismeses a dois anos de detenção por uso deprograma de computador de terceiros, sem orespectivo título de uso. Tão engenhoso quantopór alguém em cana por estar lendo um livroemprestado, sem ter nota fiscal no próprio nome.Já pensaram quanto o Armando Falcão náo teriadado por essa idéia...?

Cora Rónai

Empresário quer retaliação paga por estatalRomualdo Barros Governo deve alterar o Conin

Arquivo

A Secretaria Especial de Informática (SEI) não consultou ainiciativa privada ao tomar n decisão contraria ii importação doprograma de computador MS-DOS, da norte-americana Micro-soft, e por isso empresários brasileiros que exportam paia osEUA querem que o governo pague a conto de 105 milhões tledólares da retaliação.

— Essa conta c do governo, deve ser paga pelas estatais quefazem 40% das exportações para os liUA — afirmou PauloManoel Protásio, presidente da Associação brasileira das Empre-sas de Comércio Exterior (AbccC). O empresário lembrou que háoito meses as autoridades norte-americanas vem avisando sobre apossibilidade de retaliação, mas as informações não foram levadasem conta, apesar de o mercado americano absorver cerca de 30%das exportações brasileiras. Na opinião do exportador issocaracteriza "irresponsabilidade" de parte das autoridades brasi-leiras e, por isso. pretende levar aos Estados Unidos, para aluarnas audiências públicas, um grupo de empresários dispostos adefender os interesses de suas companhias.

Lista pode mudar — O advogado americano DanFlanãgan veio ao Brasil orientar a Abece em sua ação e, hoje,deverá conversar com autoridades que tratam do comércioexterior cm Brasília, preparando-se para a reunião marcada comos exportadores quarta-feira, às lOh, na sede da enlidade, no Rio.Duas coisas, entretanto, estão claras: a lista já divulgada pode seralterada, com o agravamento da retaliação, pela entrada de novosprodutos, ou seu abrandamento, através da retirada de mercado-rias da lista negra: no Congresso norte-americano tramita umdocumento de mil páginas, o Omnibus Bill, propondo modifica-ções no tratamento comercial dispensado a países asiáticos e aoBrasil que contraria interesses dos exportadores brasileiros.

Paulo Protásio parte do exemplo do suco de laranja: ia entrarna lista da retaliação mas foi salvo pela pressão dos distribuidoresnorte-americanos, que alegaram ser do interesse do consumidor(preços in.ii-, baixos) ;i' inipot t.ic.i. s. liequer trabalhar com os distribuidores e jj^ ':?.\y-'f-congressistas no sentido de relirar da listade retaliação os produtos da iniciativaprivada, responsável por 60% das exporia-ções aos EUA (a balança comercial Brasil/EUA registrou exportação de d bilhões314 milhões ?54 mil dólares no ano passa-do e superávit de 3 bilhões K6 milhões 648mil dólares, com importação de 3 bilhões227 milhões 'Mi mil dólares). Restariam,assim, as exportações da Petrobrás, Em-braer, Vale do Rio Doce, Instituto doAçúcar e do Álcool.

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l'niih> Protásio

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Ssw;i6 essK c_n /"Dr^- ^*\ V /J_L i FPlV AWOVAOO PELA SEI \ 7/

ESTAMOS CADASTRANDO REVENDAS

REVENDEDORES: H.J. - Sosloc(001| 2337666- M&M (021) 2805495 — SPAPF(0lli;?í>Sf288/ FORTALEZA-Lógica (08b) 221-4433 - Micro's (0B5) 2214086AHACAJÚ - Khyte (0/1) - 221470-1/ BARRA MANSA- Diqimjalitv I024J) 22430/

BRASÍLIA — Uma reunião hoje,a partir das 8h30min, no Palácio doPlanalto, entre o presidente José Sai-ney e os ministros Luiz Carlos BresserPereira, da Fazenda, Luiz Henrique daSilveira, da Ciência e Tecnologia, eAbreu Sodré, das Relações Exteriores,poderá abrir o caminho para o governosolucionar o problema criado pelaameaça dos listados Unidos de sobre-taxar exportações brasileiras por causada reserva de mercado para a informa-tica.

Duas fontes do governo confirma-ram ontem ao JORNAL DO BRASILque, nesta reunião, poderá decidir-se aalteração do regimento interno doConselho Nacional de Informática eAutomação (Conin), que se reúne napróxima quarta-feira. Isto permitiriaque o órgão tenha outro encontroantes do dia 18 de dezembro, a tempode julgar o recurso das empresas nacio-nais que pretendem comercializar osistema MS/DOS, da empresa america-na Microsoft — origem do atual con-tencioso com os EUA.

— Náo há ninguém no governoque nào queira negociar — comentouum assessor credenciado do ministroda Ciência e Tecnologia.

Esta disposição do governo abririapossibilidade para mudança no item doregimento do Conin que estabelece oteto de duas reuniões ordinárias porano — a de quarta-feira será a segundade 1W7. A alteração é necessária,porque somente nas reuniões ordiná-rias o Conin pode julgar o mérito dosrecursos recebidos.• Como o recurso das empresas na-eionais Sid e Polymax, que pretendemcomercializar no Brasil o programaMS/DOS 3.3, também da Micro-soft,chegou ao governo há poucos dias, nareunião de quarta-feira — pelo atualregimento — o máximo que pode serfeito é a designação do relator.

Mas se houver alteração no regi-mento, permitindo, por exemplo, queos julgamentos de mérito ocorramtambém em reuniões extraordinárias,haveria tempo de julgar o recurso dasduas empresas antes do dia 18 dedezembro — data em que começamnos EUA as audiências públicas parajulgar as retaliações contra o Brasil.No Ministério da Ciência e Tecnologia,no entanto, há quem entenda que asolução não pode ser tão simplista, aponto de demonstrar aos norte-americanos que o Brasil ficou total-mente acuado com a possibilidade deretaliações comerciais.

O ministro Luiz Henrique tem ditoa assessores que, embora náo sejadesfavorável a mudança no regimentodo Conin, prefere outra solução, quenão fosse considerada casuística. Às-sim, o governo poderia optar por con-vocar outra reunião do Conin para oinício de janeiro e, neste meio tempo,com a designação de um relator paraacompanhar o recurso da Sid e daPolymax, indicaria aos americanos queestá disposto a encontrar algum tipo desaída.

— Nós queremos uma solução parao problema. O nosso entendimento éque no mercado há espaço para aindústria nascente nacional e para asempresas estrangeiras — resumiu oassessor de Luiz Henrique.

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Luiz Henrique busca solução qua não seja casuística

Microsoft não recebeu propostaIvan Martins

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SÃO PAULO — A Microsoft, em-presa americana produtora de programasde computadores que está no centro daatual crise entre EUA e Brasil na área deinformática, não recebeu nenhuma pro-posta, oficial ou informal, para licenciarno Brasil a versão 3.3 do seu sistemaoperacional MS-DOS. utilizado em todoo mundo como programa básico doscomputadores pessoais do tipo 1'C-IBM,O padrão de micro computadores demaior sucesso no planeta.

lista proposta, segundo foi publicadopela revista Veja, seria a chave quepermitiria desatar o nó criado com aproibição de que a Microsoft licenciasse oseu sistema operacional no Brasil. Talproibição, feita pelas Secretaria Especialde Informática (SEI) com base na exis-tência de um produto funcionalmenteequivalente — o sistema operacional Sis-ne, da Scopus —, foi a fagulha quedetonou a ameaça de retaliações comer-ciais que os Estados Unidos lançaramcontra o Brasil.

De acordo com Veja, o governobrasileiro estaria disposto, agora, a consi-derar que o Sisnc é equivalente funcionalapenas da penúltima versão do programaamericano, o MS-DOS 3.0. Para a últimaversão, a 3.3 — que incorpora caracteris-ticas técnicas ausentes tanto da versão 3.0quanto do Sisne —, seriam concedidostodos os direitos de exploração comercialà Microsoft.

Esta solução — que tem a vantagemde aplacar a fúria dos americanos e aomesmo tempo salvar parcialmente a faceda SEI — seria viabilizada pelo ConselhoNacional de Informática e Automação

(Conin), que se reúne nesta quarta-feira.O Conin, integrado por lfi ministros e 8representantes de entidades civis, apre-ciará nessa reunião um pedido das em-presas Paulissid e Polymax para que sejarevisto o veto aplicado pela Sei ao siste-ma operacional da Microsoft e aproveita-ria este mote para aplicar a nova orienta-çào do governo.

Do ponto de vista comercial, pareceuma solução satisfatória para a Micro-soft. opina uma fonte próxima a empresaamericana. Segundo tal fonte, ao trazer aversão 3.3 ao Brasil, oferecehdo-a á unipreço bastante inferior ao que a Scopuscobra pelo Sisne, a Microsoft certamenteconseguiria algo muito próxima da totali-dade do mercado. "Ninguém escolhe umproduto inferior e caro quando pode teroutro melhor e mais barato", pondera,afonte.

Politicamente, porém, esta alternati-va apresenta um grave incoveniente: elaimplica em que os americanos aceitem oprincípio da equivalência funcional (ousimilaridade nacional) que foi usado pelaSei para preterir o MS.DOS. 3.0 emfavor da Sisne. Este conceito, segundo.odocumento com que o governo america-no anunciou a pré-lista de retaliaçõescontra o Brasil na quinta-feira,

"abriu

precedente que efetivamente bane ascompanhias norte-americanas do merca-do de software brasileiro". Na prática,raciocina a Casa Branca — e váriaspessoas aqui mesmo, no Brasil —¦ "esteconceito que foi .sacramentado no projetode lei de software, aprovado pelo Senadona semana passada, cria a reserva demercado para a área de software, psamericanos talvez temam receber umanel e ficar sem dedos para usá-lo. " "

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12 o Io caderno n segunda-feira, 23/11/S7 Economia JORNAL DO BRASIL

Química & Petroquímica

Depois do CDI ter aprovado a ampliação

da Polisul para a fabricação de mais 60mil t de pÒlictilcnò de alta densidade (pead)cm coirríplerncntaçâb às 100 mil t já produzi-das pela empresa no pólo gaúcho, os cslbr-ços dos empresários e governo do RioGrande do Sul se concentram nos doisprojetos mais urgentes. Hles sáo o deMVG/PVC, do grupo [isdrà, c o de estireno,da Estirènò dó Sul (liDS). Empresa recém-formada pela Pròquigcl, Adubos Trevo eBasf, dispensando a participarão da Petro-quisa, a LiDS concorre no CDI com a IiDN— Estireno do Nordeste. A EDN, quefabrica a matéria-prima em Camaçari edetém 50% do mercado brasileiro, passará aconcentrar 70% desse mercado se seu proje-to for aprovado. O projeto da Estireno doSul prevê investimentos de US$ 75 milhõespara uma produção de 125 mil t.

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Pólo de ItaguaíPor insistência do prefeito de Itaguaí, Otoni

Rocha (PMDB-RJ), o Pólo Petroquímico do Riode Janeiro vai mudar de nome. Será Pólo Petro-químico de Itaguaí.

O prefeito argumenta que nenhum dosgrandes empreendimentos de Itaguaí recebeu onome do município. A universidade chama-seRural do Rio de Janeiro, e até o porto é deSepetiba.

Cloro-soda no SulO segmento de química fina no Rio Grande

do Sul vai depender de uma central de interme-diários de síntese, que processaria a matéria-prima básica para indústrias ile ponta, como jáocorre com a Nitrocolor na Bahia. Segundo odiretor industrial da Copesul, Hcraclides Vargasde Oliveira, é natural, portanto, que essa centralse instale no pólo de Triunfo, que já detém ainfra-estrutura necessária e produz algumas ma-térias-primas que seriam utilizadas na químicafina. A instalação de uma planta para a produçãode cloro-soda no pólo gaúcho facilitará a consoli-dação do setor no sul. A implantação da unidadede inve/pvc no complexo petroquímico, defendeo dirigente da Copesul, seria o primeiro passopara a instalação de uma planta de cloro-soda. ARiocell já esteve no páreo para se habilitar a umaplanta de cloro-soda no pólo mas desistiu, prefe-rindo projetá-la dentro de sua fábrica emGuaíba.

Modelo empresarialO modelo empre-

sarial do pólo petro-químico fluminense se-rá discutido no Semi-nário a ser realizado,em 28 e 29 de janeiro,no Rio de Janeiro, pe-lo Sindicato das Indiis-

trias Químicas do Riode Janeiro, Firjan, As-sociação Comercial doRio de Janeiro e Abi-quim. O governadorMoreira Franco abriráo seminário.

Em visitaO governador de Sergipe, Antônio Carlos

Valadares, receberá nesta segunda-feira a visitado presidente da Petrofértil, Maximiano da Fon-seca. O almirante vai visitar instalações indus-triais para estudar a duplicação do projeto deamõnia e uréia do Estado.

Interesses no RioO grupo Basf programou um volume de

investimentos de US$ 180 milhões no Brasil paraos próximos três anos, e está decidido a partici-par do pólo petroquímico do Rio de Janeiro.Heinz Mayer, diretor de três empresas do grupo,garante que estão bem avançados os contatosentre o conglomerado alemão e a Companhia doPólo Petroquímico do Rio de Janeiro (Copperj),mas até o momento não definiu em que projeto aBasf pretende participar.

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;DéficitA balança comercial do setor químico e

petroquímico (exceto fertilizantes) fechou o pri-meiro semestre deste ano com um déficit de USS439 milhões. De janeiro a julho as importaçõeschegaram a USS I bilhão 015 milhões, enquantoas exportações não conseguiram ultrapassar amarca dos USS 577 milhões. Se forem incluídosos fertilizantes o déficit será maior: USS od5milhões.

Os dados são da Associação Brasileiras dasIndústrias Químicas e de Produtos Derivados(Abiquim), que mesmo fechando os seus nume-ros com o tradicional atraso, acredita que noacumulado de 12 meses a balança do setor

poderá chegar ao equilíbrio.

Ronaldo Lapa e Bárbara do Oliveira

Professor critica afalta de pesquisas emtoda a América Latina

são PAULO — Com investimento anual em ciência etecnologia que varia entre 0,12% e 0,7% do seu produtointerno bruto (PIB), a América Latina está fadada apermanecer anos-luz distante dos países do primeiromundo, que investem em pesquisa 2,5% do seu PIB, e atémesmo da União Soviética, cujas taxas de inversão nessaárea tem alcançado anualmente 4,3% do produto internobruto.

A constatação foi apresentada pelo professor JacquesMarcovitch, da Faculdade de Economia e Administraçãoda Universidade de São Paulo, uni dos maiores especialis-tas brasileiros no assunto e ex-presidente da CompanhiaEnergética de Sáo Paulo (Cesp). durante o 2" CongressoLatino-Americano de Gestão Tecnológica, realizado re-centemenle na cidade do México. O encontro reuniu maisde 150 especialistas de 13 países, propiciou a apresentaçãode 60 trabalhos e terminou com uma declaração de teoralarmista:"A América Latina está há 200 anos fazendo retóricasobre a importância de desenvolver a Ciência e a Tecnolo-gia", diz a declaração assinada pela assembléia geral daAssociação Latino-Americana de Gestão Tecnológica (AI-tec). "Se não tomarmos medidas para levar a retórica áprática, imediatamente, as conseqüências em termos deatraso, miséria e pobreza crescente para os habitantes daregião serão de magnitudes inimagináveis".

Números feios — Os números dão respaldo aopessimismo dos especialistas. Afinal, como explica oprofessor Marcovitch. existem dois fatores que delermi-nam a expansão tecnológica e científica: os investimentosprodutivos na economia de um modo geral e, maisespecificamente, os gastos diretos em pesquisa e desenvol-vimento. Sob os dois pontos de vista, a América Latinacaminha para trás.

— Lntre 1981 e 1985, o PIB per capita da AméricaLatina caiu 26,9% e os investimentos reduziram-se emgt9% — diz Marcovitch. Alem disso, lembra, o saldocomercial do subcontinente, mesmo apresentando umsuperávit de 111.9 bilhões de dólares, foi batido pelaremessa de juros da dívida no período, que somou 161bilhões de dólares. "O excedente, que poderia virarinvestimento, transformou-se em juros da dívida", diz oprofessor.

Se o investimento, como um todo, caiu, a taxa decrescimento em aplicações de ciência e tecnologia náo foisuficiente para acompanhar a verdadeira arrancada dospaíses desenvolvidos em direção aos laboratórios. Emboratenha se elevado em 944% entre 1965 e 1980, saltando de300 milhões para 2 bilhões 83 milhões de dólares, os gastoscom ciência e tecnologia na América Latina ainda repre-

Klabin investirá US$ 1 bilhãona ampliação de suas fábricas

sentam apenas 1.4% dos gastos mundiais nessa área.

1'ORTOALEGRli —OGrüpoKIa-bin investira nos próximos cinco anos,4IH) milhões de dólares na ampliação dacapacidade de produção de suas empre-sus no Paraná e Santa Catarina, 600milhões de dólares na duplicação da pio-dução da Riocell, em Guaíba, e no proje-to de uma planta de cloro-soda à fábrica,além da expansão da área florestal paraatender a essa duplicação,

O presidente do Conselho de Admi-nistração da KIV, holding que controla aRiocell (Klabin, com 52';, Iochpc com429r e Votorantim com d°A), Pedro Piva,anunciou que a duplicação da Riocellcustará USS 575 milhões, um terço finan-ciado pelo BNDES e os dois terços res-tantos provenientes de capital próprio ede conversão da dívida com cinco bancosestrangeiros.

Como ainda não foi esclarecido comoserá o processo de conversão da dívidabrasileira em capital de risco, pois, segun-do Pedro Piva, as decisões anunciadas nasemana passada foram uma "cortina defumaça", o assunto ainda está sendodiscutido. O projeto de duplicação pode-rá sofrer atraso de um ou dois anos,

Mesmo os quase 100 mil pesquisadores em atividade naregião náo são mais do que 2,4% do contingente mundialde cientistas.

O não investimento em pesquisa retira do nossoparque industrial a capacidade de se modernizar — afirmaMarcovitch. "Em alguns setores, chegamos a estar pertodos países desenvolvidos na década de 70, mas agora adistância voltou a aumentar". O professor acredita que asfreqüentes ameaças de retaliações comerciais por partedos Estados Unidos demonstram que alguns produtosbrasileiros, por exemplo, conseguiram atingir um bomestágio de competitividade internacional.

É o resultado de um esforço da década de 70 quenáo foi mantido —. ressalva ele.

Receituário—- Para invertera tendência, os espe-ciaiistas reunidos no México montaram um receituário queinclui vários itens. O primeiro deles, e mais importante, éaumentar o volume de inversões em pesquisa, tendo comometa investir 2% do PIB anualmente. O segundo éprocurar fazer com que o setor produtivo (empresasestatais ou privadas) participem mais intensamente nesseesforço. Enquanto na Europa e no Japão as empresas sãoresponsáveis por 70% das pesquisas, na América Latinaesse percentual é de apenas 5%.

A terceira sugestão dos especialistas é de que asinstituições financeiras locais assumam o compromisso defomentar as inversões de alto risco. Por fim, a declaraçãoda Altec recomenda que os programas tecnológicos nacio-nais devem realizar-se em estreita ligação com os progra-mas econômicos e sociais. — O desenvolvimento tecnolo-gico tem que ter prioridade nacional, e náo coisa decientistas —, resume Marcovitch.

Recessão não impedegasto em tecnologia

SÃO PAULO — Não é ilusão falar em investimento tecnolo-gico quando o Brasil e o resto do mundo encontram-se às portasde uma recessão que ameaça drenar para as atividades básicas ospoucos recursos ainda existentes?

Não — sustenta o professor Marcovitch, acrescentandoque a questão não está na velocidade ou no volume financeiro dosprogramas de inovação, mas sim na sua direção.

O professor acredita que o Brasil "perdeu o rumo" em suaestratégia de dominar tecnologia. Em 1950, ele lembra, o paíssabia o que queria. E, por isso, não foi difícil unificar esforçospara modernizar o parque produtivo substituindo importações.Na década de 70 depois de um breve iato pré e pós-1964, a metade exportação obteve a sinergia necessária para dar um Norte àeconomia, e o país se modernizou.

Agora estamos sem direção —, afirma o professor.Segundo ele, o país não conseguiu materializar as suas metassociais (alegadamente prioritárias) em programas que incluíssemtodos os segmentos da economia. E acredita que isso é possível."Quando se tem um projeto político claro para toda a economia,os vários setores vem a reboque", afirma.

Assim, Marcovitch prevê que tão logo resolva o se impassepolítico, com o fim da Constituinte e realização de eleições, o paísvai conseguir esboçar uma política eficiente para o setor deciência e tecnologia. — O que não se pode e'ter, como hoje, cadaministério fazendo a política tecnológica que deseja — finaliza.

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principalmente se houver recuo dn gover-no nesse sentido. A parle do projeto queeslava prevista com recursos da reconvei-sâo é de USS 200 milhões. "Não épossível um endividamento maior do queo que teremos com o KNDIiS (USS 200milhões), pois somos muito conservado-res", explicou Pedro Piva.

Cloro-soda — Alénula duplicaçãoila Riocell, que passara para uma produ-çao de 2 mil toneladas diárias, o grupocontrolador decidiu, na sexta-feira, tocarem Irente unia aspiração antiga da em-presa, que é o projeto de cloro-soda,visando à duplicação de produçáo, já queo cloro/soda é matéria-prima básica paraa fabricação de celulose, hoje compradaem Cubatão, Hssa unidade atenderá tam-bém ao aumento de produção de celulosebranqueada, permitindo aumentar o vo-lume de produto exportável.

Este projeto de celulose branqueadacontempla pequenos investimentos emdiversas áreas de fábrica atual e outrosmaiores na área de branqueamento exis-tente. A planta de cloro/soda está previs-ta para 1980, e o investimento de USS 20

milhões será feito com recursos própriosda Riocell.

A decisão de instalar a unidade decloro-soda na própria fábrica, e nao nopolo petroquímico, foi tomada porque oEstado não dispõe de energia suficientepara suprir as necessidades da industria."Nós temos energia própria (à base decarvão) e traremos o sal do Nordeste",explicou Aldo Sani, diretor-isuperintendente da Riocell

Com a duplicação da fábrica, obsei-vou Akio Sani, a Riocell lambem mudaráo seu perlil ile exportação, passando avender 7(lrí da produção para seus clicn-tes tradicionais (Mercado Comum Euro-peu e Estados Unidos), aproveitando opreço do mercado internacional, que eslafirme em torno de USS 600/T, No merca-do interno, o preço eslá tabelado em USS330/Ti Segundo o presidente do.GrupoKlabin e da KIV, Pedro Piva, há necessi-dade de se investir nos próximos 10 anoscerca de USS 6 bilhões na produção decelulose e papel no país, para atender ocrescimento da demanda interna. Nesieano ela aumentou 4% enquanto a ofertade celulose cresceu apenas 1%.

Aviação Mário José SampaioFolos divulgação

Hoje, dia 23, o Exército Brasileiro

deverá receber as propostas visan-do à aquisição de 52 helicópteros quedeverão equipar o lu Batalhão de Avia-ção Leve, que será sediado em Taúbaté.

Segundo diversas fontes as três maisfortes concorrrèntés são as fábricas ame-ricanas Sikorsky e Bell e a Aerospatialefrancesa.

As propostas constarão de 3 partes:habilitação, proposta técnica e propostacomercial. Hoje mesmo seráo abertos osenvelopes de habilitação.

O cronograma da concorrência esta-belece que dia 30 de novembro serãoanunciados os habilitados. No dia 9 dedezembro próximo serão abertos os enve-lopes da proposta técnica. Na primeirasemana de janeiro, o Exército deveráindicar os candidatos remanescentes,após a análise das propostas técnicas.

Na segunda quinzena de janeiro aspropostas comerciais seráo abertas e nodia 2 de fevereiro de 1988 será anunciadoo vencedor final.

O pacote requerido pelo Exércitoinclui lo helicópteros de reconhecimentoe ataque e 36 de manobra. Os primeirosseriam de porte menor e poderiam cor-responder ao H-500, Bell 206, Esquilo,BO-105 e similares, em versões desenvol-vidas para a finalidade desejada. Nasegunda categoria se incluiriam o S-76,Bell 212. Dauphin, BK-117 e outros dacategoria.

Os licitàntes poderão eventualmenteoferecer mais de 1 modelo para cadafinalidade.

O pacote deverá incluir os helicópte-ros e apoio logístico. Neste último iteminclui-se treinamento, peças de reposi-çáo, etc. Existem ainda solicitações definanciamento e de contrapartidas comer-ciais.

Além das características técnicas epreços, as ofertas de financiamento e decontrapanida comercial terão um pesoimportante na escolha final.

O investimento total tem um valordifícil de ser avaliado devido às diversasvariáveis incorporadas nas ofertas. Mas,técnicos do setor estimam que as inver-soes pretendidas em helicópteros e apoiologístico alcancem a pelo menos 120 mi-Ihões de dólares.

As entregas dos aparelhos destinadosao Io Batalhão de Aviação Leve deverãose estender de 1988 a 1991. Mas existe umplanejamento de longo prazo do Exércitoque incluiria a criação, numa fase poste-rior, de mais 6 batalhões de aviação, cadaum com uma necessidade de 52 helicóp-teros.

O vencedor da concorrência que seinicia hoje abriria as portas de um novomercado, com possibilidades de grandesdesdobramentos posteriores.

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O Dauphin (1" foto), o S-76 (do centro) e o Bell 41:(acima) são alguns dos pretendentes a equipar o Exército

Nova turbina é apresentada no BrasilO consórcio Internacional Acro En-

gines fez unia apresentação da turbina V-2 500 para autoridades e técnicos brasilei-ros. A V-2 500 está sendo desenvolvidacomo um esforço conjunto da Pratt &Whitney (EE UU). Rolls Royce (Grã-Bretanha), JAEÇ (Japão), MTU (Ale-manha) e Fiat (Itália).

As turbinas correspondem a aproxi-madaniente 2(Kh do preço total de umaaeronave e para desenvolver um novoavião é necessário que já exista ao menoso projeto de um grupo motopropulsòrque se encaixe nas suas necessidades dedesempenho. Dentro deste conceito, a V-2 500 foi idealizada para aviões birrealo-res de 150/160 passageiros e quadrirreato-res de longo alcance com capacidade emtorno de 280 lugares.

A nova turbina incorpora tecnologiade ponta desenvolvida pelos vários sóciosdo programa. Sua faixa de empuxo é de25 000 libras (pouco mais de 11 tonela-

das) e o primeiro avião a utilizá-la será oAirbus A-320, para 160 passageiros.

Além do A-320, a IAE estuda ainstalação da V-2 500 no avião IanqueKC-135 da USAF e no Boeing 737-600.liste último seria uma nova versão, aindaa ser lançada do 737, que teria comoinovação uma asa totalmente reproje-tada.

As vendas da V-2 500 já totalizam 1,6bilhão de dólares, antes mesmo da homo-logação, que deverá ocorrer em junho de1988. As entregas do primeiro aviáoequipado com a V-2 500, uni A-320,deverão ser iniciadas em abril de 1989.

A V-2 500 se caracteriza por terelevada taxa de diluição, uma das maisaltas taxas de compressão já atingidas poruma turbina civil (36:1). Além disso, a V-2 500 tem controle de combustível eletrô-nico, câmara de combustão segmentada eum projeto interior muito avançado. Co-mo resultado destes avanços técnicos foi

Aero News

conseguido um baixíssmo consumo espe-cífico, índice de ruído muito menor que oexigido pelas regulamentações interna-cionais e emanação de poluentes insigni-ficante.

A V-2 500 tem como principal.con-corrente a também multinacional CFM-56. Esta última tem concepção mais anti-ga e consumo um pouco maior, mas temexcelente confiabilidade técnica e oferecemenor peso. A IAE pretende totalizar9.000 horas de testes com o V-2 500 até ahomologação para rivalizar o índice deconfiabilidade da concorrente.

Além da versão de 25 000 libras deempuxo deverá ser oferecida uma outra,cm 1992. com 12'."; de potência a mais;Os técnicos da IAE acham que um oulrodesenvolvimento da V-2 500. o Superfan,com taxa de diluição de 30:1 c baixíssimoconsumo, poderá ressurgir e, neste.caso,ocuparia uma faixa de mercado dQs.anos90 para aviões avançados de longo ai-cance.

* * ' A indústria automobilísticabrasileira se caracteriza por empregargrande número de componentes nacio-nais mas projetos quase sempre importa-dos. Na indústria aeronáutica brasileiraos projetos dos aviões mais importantessão brasileiros mas o índice de nacionali-zação é mais baixo do que em outrossetores. Isto porque os volumes de pro-dução sáo muito menores do que emoutras áreas e os fornecedores de deter-minados equipamentos especiais são osmesmos para as fábricas de todo o num-do. Quando se vende um aviáo brasileirono exterior está se comercializando so-bretudo o trabalho do operário nacional ea inteligência dos projetistas. É necessá-rio que a burrice de alguns burocratasseja esclarecida para que todo um esforçode desenvolver tecnologia brasileira nãoseja perdido pela incoerência d.t adminis-tração do país. ' * ' O cônsul america-

no no Rio, William Kelly Joyce Jr.,informou a esla coluna que em dezembropróximo chegará ao país uma delegaçãode empresários americanos com interesseem criar "joint-ventures" c desenvolvercontatos comerciais. O grupo contatacom representantes da Bell, Litton, am-bas da área aeroespacial, e da Cray eConipufliglit que desenvolvem sistemascomputadorizados de planos de vôo paraa aviação. Os contatos para os interessa-dos poderão ser feitos através do cònSula-do no Rio. O cônsul dos Estados Unidosconsidera que os problemas de relaciona-mento comercial entre os dois países sáopassageiros e serão resolvidos a contento.* * * A Boeing completou a venda docentésimo quadrirreator 747-400. Esteaparelho tem cabine de comando total-mente digital, asas alongadas e com "win-

glets" e turbinas avançadas. ' * * Afusão da US Air e da Picdmont, duasempresas aéreas americanas, foi final-

mente aprovada pelas autoridades locais.Elas formam a sétima maior companhiaamericana e uma das mais rentáveis.' * * A Allégis, uma "holding"

quecontrola a United Airlines está se desta-zéndo de várias de suas subsidiárias. Jáfforam vendidos os hotéis Westin. aHertz, a Hilton International, e o sistemade reservas computadorizado COVIA se-rá também parcialmente vendido. Os;acionistas da empresa receberão 3,7 bi-Ihões de dólares das desimobilizações,'correspondendo a 60 dólares por ação.;Mas alguns analistas acham que as subsi-,diárias tinham a vantagem de ser Incuti-;vas em ocasiões em que a empresa deaviação era deficitária, ajudando a equili-brar as finanças do grupo. A United apósesta enorme operação financeira poderáser vendida para seus pilotos. Ela e amaior companhia de aviação americana,:se náo forem considerados conglomera-:dos de empresas. *

JORNAL DO BRASIL

A

Economiai^íDiEYlSTA/ Hernando de Soto

informal <LJV.

segunda-feira, 23/11/87 ? Io caderno 13

democracia"Jornal do Brasil — As idéias que

«¦ Sr. defende pretendem ser ninaabordagem totalmente diferente dosproblemas econômicos, tal como temsido feita por correntes dc pensamen-1q dc esquerda ou dc direita?

Hernando de Soto — A idéia cdemonstrar que h;i uniu realidadeimensa cm nossos países, que é arealidade informal, isto ú, as pessoasque trabalham à margem da lei. Essarealidade informal, que não constadas estatísticas oficiais; oferece umaoportunidade única de saber o querealmente acontece em nossos pai-ses. É uma realidade profundamentedemocrática. Ao estar excluída domundo formal, essa gente toda quevive nas favelas latino-americanas seorganizou de maneira democrática,enquanto nós, os formais, estivemosvivendo sob ditaduras. Os informaissé'organizaram tle maneira que lhespermite decidir seu futuro através daintervenção e da agregação de nor-riiaS por eles mesmos estabelecidas.A segunda coisa importante c quetrabalham dentro de uma economiade mercado, na qual as transaçõessão protegidas pela sociedade e ondehá igual possibilidade de acesso àsoportunidades. 11 isto sem muito dosvícios que existem debaixo de gover-nos dc esquerda ou de direita.

lista gente, que se excluiu domundo legal, tanto de direita quantode esquerda, está sendo algo muitomais parecido à sociedade ocidentaldo que nós, os formais, fomos atéagora capazes de realizar.

.JB — Uma de suas definiçõesconsideradas mais heréticas, sobretu-do por marxistas, é a de que osmarginalizados não se constituem emproletariado, e sim numa espécie declasse empresarial. Como é isso?

de Soto — No fundo, para umasociedade como a peruana, o interés-sante c que, às vezes, os assalariadossão os mais prósperos e os empresa-rios os mais pobres. O conceito deempresário pobre é uma novidade.

Esquerda oudireita significamenos do que emcima ou embaixo.A luta é contrao estado burocrático

Toda essa massa que nos diziam queera um proletariado sem lugar, aoser examinada casa por casa, comofizemos, na verdade tem sim umlugar, que eles mesmos inventaram.Portanto sáo empresários, e sào em-presários porque trabalham para ob-ter lucro, e não para receber sala-rios. Sáo pessoas que estão buscandooportunidades. As conseqüênciasdesse fato são muito radicais. Opensamento marxista se baseia naatirmação de que a maior parte dapopulação de um país é proletária,explorada pela classe capitalista atra-vés do salário, de onde é extraída amais-valja. A classe proletária é aclasse universal. Pois bem, no Peru,vemos que a classe proletária sindi-calizada é apenas 4,8% da populaçãoativa. Se considerarmos todos osproletários formais em conjunto, or-ganizados ou náo, ativos todo otempo ou não, com subempregos ounão, isto dá 18% da população eco-nomicamente ativa. Ao contrário, osinformais são pelo menos 62%. Nomeu país, uma ditadura do proleta-riado seria uma ditadura de umaminoria sobre uma maioria.

JB — O Sr. propõe duas revolu-ções: uma das concepções teóricas deanálise da realidade latino-americanae outra na maneira prática de solu-cionar algumas situações?.

de Solo — Do ponto dc vista daabordagem dos problemas, esta con-tribuiçáo é revolucionaria. Meu tra-

balbo e sobretudo empírico, Fiz umasérie de pesquisas com os informais,os ilegais, e nào com as micro-empresas. Aos SO key informers(principais informantes) de nossapesquisa, que voltamos a conlactartrês anos depois, fizemos a mesmapergunta. O Sr. pertence ao setorprivado, perguntamos. I: 79 dos SOresponderam que nao. Quem e osetor privado, entào? E a respostafoi: "Lós de arriba" (os de cima).Sua concepção tle classe privada su-perior é o de oligarquia. Ou seja, aose dizer que a maior parle sào em-presários pobres, existe a oportuni-dade de se executar uma nova abor-dagem, pois eles podem ser indenti-ficados, e podem construir uma cias-se social como empresários. A condi-çâo para islo. porém, é a de que osempresários nào os ignorem.

JB — Aqui no Brasil se fala comfreqüência de crescernte distância cn-Ire os setores reais da economia,formais ou hão, e a burocracia esta-tal. O Sr. afirma, em seu livro, que osetor estatal é um dos maiores entra-ves à solução de problemas econômi-cos em países latino-americanos. OEstado é, na sua opinião, o principalproblema?

de Soto — Má duas concepçõesmuito importantes a esse respeito,Uma é a do mercantilismo, aquientendido como o Estado muito pro-ximo aos empresários mais destaca-ilos ou relevantes. Normalmente omercantilismo se refere a uma formade capitalismo que já foi superada hámuito tempo pela maior parte dospaíses ocidentais. Alguns mercado-res. daí a palavra, tinham muitainfluência num estado extremamenteburocratizado. Esta é a primeira coi-sa: em nossos países o Estado é algomuito manipuíávcl em favor de cer-tos setores. É também um estadoburocratizante, pois a maneira comogosta de governar é através de muitodetalhe, exatamente para proteger agrande empresa, e criar esses obstá-culos ao setor informal.

A burocracia é negativa e umobstáculo, embora haja burocraciasboas. Ele que recebe as ordens, mashá uma tendência dos políticos emculpá-la. A burocracia implementaleis ou regulamentos que os políticosaprovam. No fundo, é conseqüênciada maneira como se governaram osnossos países, e nào a causa priií-cipal.

JB — Mas o Sr. descreve a lutados informais essencialmente comouma lula contra a interferência doEstado?

de Soto — A lula dos informais éessencialmente uma luta contra ainterferência negativa do Estado.Dentro dos setores informais perua-nos existem territórios liberados, nosquais o Estado nào intervém, mas aausência de Estado também náo éideal. O Estado pode fazer muitascoisas: favorecer a empresa, dar di-reitos de propriedade. Nas favelasperuanas nas quais o Estado disseclaramente o que era de quem, ovalor da terra se multiplicou pornove vezes em pouco tempo. Comtribunais que possam resolver rapi-damente as questões, com contratosde financiamento ou títulos que per-mitam ao interessado dirigir-se aosbancos, o país pode avançar muito,sobretudo se associações puderemsurgir, dividir responsabilidades eatuar. A revolução informal não éuma revolução contra o Estado, emgeral. E uma revolução contra oEstado mercantilista e antigo, igualcomo ocorreu na Europa.

JB — O Sr. dizia a princípio quea organização atingida pelos infor-mais é sobretudo democrática, libe-ral. Ao contrário, o Sr. afirma que naAmérica Latina nunca houve regimesverdadeiramente liberais, fossem de-mocracias ou ditaduras militares. Po-deria explicar esse ponto?

de Soto — A razão pela qualdizemos que nunca houve um Estado

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Inverter os termos da questão não é só retórica para oeconomista peruano Hernando dc Soto. Ele vem provocandoconsiderável turbulência — que chegou antes à Europa e EstadosUnidos do que ao Brasil — com as suas heréticas idéias dc que épreciso considerar sobretudo os setores informais ao se analisar arealidade econômica latino-americana. Em outras palavras: omercado negro, o ambulante e o cidadão que utiliza ilegalmenteseu veículo como táxi são empresários pobres, alijados da socieda-de formal por um Estado cartoríal e burocrático, que defende ospoderosos."São eles que praticam a verdadeira economia liberal e demercado, que nunca existiu em nossos países", afirma de Soto.Quase sempre vestido de negro ("combina com qualquer coisa")quando não tem de usar gravata, o economista desenvolveu suasidéias de parceria com o famoso novelista Mário Vargas Llosa.uma personalidade que tem provocado ódios alternativos nadireita ou esquerda internacional. Elas estão apresentadas numbest-seller. El outro Sandero (em antagonismo à guerrilha doSendcro Luminoso), que será lançado hoje. no Rio, com o títuloEconomia Subterrânea, de Soto concedeu essa entrevista aoJORNAL DO BRASIL a William Waack.

liberal ou economia de mercado ver-dadeira na America Latina e quefomos descobrindo enormes dificul-dades e obstáculos de acesso aosmais pobres. Tradicionalmente seacreditava no meu país uue as enor-mes massas indígenas viviam na agri-cultura por motivos étnicos, assimcomo achavam que os pele-vermelhas nos estados Unidos de-viam permanecer caçando búfalos.Isto nos levou às conhecidas teses daeconomia dual, em torno da qual secriou um enorme aparato burocráti-co de especialistas no mundo indíge-na. enquanto nós éramos do outrolado, do mundo do Fundo Monetá-rio Internacional. Eu diria, um en-clave quase sul-africano, dentro deum mar de etnia com valores asiá-ticos.

JB — Esta é uma crítica a todasescolas de pensamento econômico la-tino-americanas, especialmente aCEPAL?

de Soto — Claro, é uma crítica atodos que não conseguiram entendero fenômeno. Nos últimos 40 anos, namaior parte da América do Sul,houve maciça migração do campopara a cidade. A população de nos-sas cidades se quintuplicou. Nós per-

cebemos que esses indígenas, essesmigrantes, não é que não queriamintegrar-se na economia. Simples-mente, nâo podiam. Nós descobri-mos, quando percebemos que esseindígena levava 2S9 dias parti abriruma empresa ou 6 anos e 11 mesespara conseguir terra, que havia umaenorme muralha de papel entre aeconomia informal e os setores for-mais.

No meu país, o povo não partiei-pa na elaboração da lei ou da norma.0 povo peruano só participa daeleição. Uma vez eleito o presidente,ele é praticamente um ditador. NoPeru são produzidas 27.400 normaspor ano. ou umas 111 por dia útil.Dessas 27 mil 400. o presidente darepublica produz 27 mil e 40. Só 360sào produzidas e discutidas no parla-mento.JB — Quando o Sr. diz mis, se referea quem ou ao que?de Soto — Ao Instituto Liberdade eDemocracia, um instituto que funda-mos há sete anos, eu e Mario VargasLlosa, para estudar a realidade pe-numa. Queríamos ver o que estavaacontecendo. Acabava de regressarda Europa, onde vivi muitos anos, econstatei que havia uma gravíssima

discrepância entre o que via e o quelia. Seria possível uma contradiçãolão grande entre a realidade e oslivros?

Lembrei-me do que aconteceucom as teorias médicas. Durantecentenas de anos tratou-se dc curarpacientes com teorias completamen-te erradas, até que se descobriu quemuitas vezes a única coisa que omédico poderia fazer era simples-mente observar e ajudar a própriarecuperação do paciente.

JB — O Sr. se arrisca a compara-ções entre organismos biológicos e asociedade?

de Soto — Claro. Entendi queera possível, efetivamente, observara realidade peruana e encontrar no-vos aspectos. Muitos de nós estamosescrevendo com base em teorias im-portadas, além de termos deixado omonopólio de estudo a sociólogos eantropólogos. Que aconteceria seutilizássemos também estatísticas,economia e direito, além de história?Assim fomos conseguindo perceberuma situação real que. tle outramaneira, simplesmente não teriaexistido.

JB — Mas, pelo menos no Brasile na Argentina, entre os outros paíseslatino-americanos, os economistas seengajaram diretamente em projetoscom ambições muito grandes de mu-dar algo na realidade. Sairam-se mal,em sua opinião? Faltou algum outrotipo de visão? Estão ainda influencia-dos por teorias importadas?

de Soto — Não há nada de ruimna teoria importada, contanto que seconheça sua realidade. Um apendici-te se opera da mesma maneira emNova Iorque ou no Rio. Pode-seimportar, mas é necessário saberonde estáo os pés e a cabeça dopaciente e não errar o lugar daincisãó. Todos estamos tratando decombater a pobreza sem perceberque o obstáculo maior, talvez, estáno nível de regulamentação e dodireito. Que adianta eu quebrar acabeça pensando como estimularmelhor a economia, se para a maiorparte do empresariado do meu paissão necessários 289 dias para conse-guir um registro, se de cada 7 dóia-res, 1 é dado pelo Estado comoimposto, o restante são custos so-ciais, custos burocráticos, corrupção.Se a justiça demora em resolverdisputas e estipular contratos, nãoimporta que tipo de política macro-econômica se faz, nessas condiçõesela fracassará de qualquer maneira.

Náo critico tanto a direita ou aesquerda. Os países do ocidente an-daram entre liberais ou social-democratas, entre democratas ou re-publicanos. Mas sempre tiveram umsistema de governo profundamentedemocrático, governos que sempreestiveram em contato com a realida-de e não estavam interessados emcriar obstáculos.

JB — Entáo para países comoArgentina e Brasil náo ha grandesesperanças enquanto não encontra-rem formas de alterar as relaçõeseconômicas, e náo simplesmente rea-lizar eleições diretas para presidente?

de Soto — Suponho que sim.Conheço mal o Brasil, suponho quepelo fato de estarmos dentro domesmo continente tenhamos algunsproblemas em comum, mas nâo oconheço suficientemente. No caso daArgentina, que acabo de conhecer,parece ser esse o caso. Descobri naArgentina, para minha própria sur-presa — pois eles aparentementetinham uma sociedade muito maiseuropéia do que a nossa —. que 60%do PIB lá é informal, e que 50% dapopulação trabalha à margem da lei.Quer dizer que o estado"peronista,radical, democrático, liberal, tudo oque você quiser, essencialmente alie-nou a maior parte da população.Este fenômeno se vê por todos oslados. Onde existe algo como o PRI.do México, com esse sistema corpo-

rativisia de distribuição de poder, hagrande informalidade, Há grande in-'formalidade com Alan Garcia, ou na.Colômbia. Então, evidentemente,'isto tem a ver com esse estado aluai.:com esse preconceito cultural que1temos em relação ao povo, que não'poderia governar porque nele náo-confiamos. Nessa situação, esquerda!mi direita significa muito menos do;que em cima ou embaixo.

JB — O presidente peruano, |Alan Garcia, desfruta de considera-vel popularidade entre setores impor- \tantes do principal partido governista •brasileiro. Sobretudo por sua política .frente aos credores internacionais, e 'em parte também pela tentativa deesvaziar os bancos peruanos. Mas o \Sr. acha que a política de Garcia A.um grande erro, e grave?

de Solo — Efetivamente o desen-lace final da política peruana, come-'.'çamos a ver apenas agora, e vamos.'ve-lo mais claro no próximo ano. Ao-;dizer que náo pagaria a dívida, AlanGarcia linha feito apenas um gesto.;.pois de falo havia pago muito maisdo que havia dito. Provocaram bas-','tante a banca internacional, com o''que se secaram completamente os-'investimentos estrangeiros no Peru.!Isto é, o único que conseguiu nosúltimos dois anos, nos quais nossasreservas internacionais baixaram de ¦uns 2 bilhões de dólares para algo'.pouco acima de 300 milhões de dóia-',res — os brasileiros vão saber quão'boa 'e a poPitica peruana quando seuBanco Central for solicitado a dar 10 \ou 20 milhões de dólares para que o-,povo possa viver um més mais. Os.:resultados de Alan Garcia não estáo •vindo, c é pena, pois a todos nós ¦seria tão bom acreditar que as coisas '¦ocorrem por milagre.

JB — Porque, em sua opinião', é *tão negativa a famosa estatização dos [bancos?

O proletariadoquase não existeem nossos países.Há uma classe deempresários pobresfora da legalidade

de Solo — Está indo mal porqueessencialmente 'e uma estatizaçãoque não respondi a necessidade na-cionais. Temo que seja o resultadode políticas protagonistas. O que <Garcia queria era retomar uma iide- ,rança que perdia rapidamente. Seus'argumentos para justificar a estatiza-ção náo creio que sejam válidosQueria democratizar o credito, masjá, em meu país, uns 80% do cr'editoestáo nas mãos do Estado. Se queriademocratizá-lo, dar aos informais, o ]primeiro que poderia lazer era de-mocratizar os 80% que tinha. Como, ia longo prazo, os povos sáo muitomais inteligentes do que se acredita,acho que uma boa parte do povoperuano percebeu que a estatização jnao respondia às necessidades nacio-nais.

JB — Uma economista de reputa-ção junto de um escritor mudialmen-te famoso, é isso que se chama denova forma de atuação de intelectuaisjunto às classes baixas?

de Soto — Sim. temos j'a v'arias',designações. A esquerda marxistaperuana nos chama dc nova direita .inteligente. Os grupos empresariais:'mais poderosos do Pa'is nos chamamde esquerdizantes perigosos, Somos,de qualquer jeito, uma maneira nova ¦;de ver as coisas, mas uma maneirasaudável, pois estamos dispostos a '<dialogar com todo mundo.

A

EBBgSHBga Companhia Brasileira do Trens Urbano»

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES R.F.F.S.A.

AVISOCONCORRÊNCIA N» 03-87/DT/CBTU

A CBTU - COMPANHIA BRASILEIRA DETRENS URBANOS comunica aos interessadosque fará concorrência, para os serviços de elabo-ração do projeto detalhado, fabricação, forneci-mento e instalação de equipamentos para moder-

. pização de 90 TUE's da série 200, pertencentes aSuperintendência de Trens Urbanos do Rio deJaneiro, STU-RJ.As propostas deverão ser entregues no dia 12 dejaneiro do 1988, às 15:00h, no auditório da CBTU,à Estiada Velha da Tijuca nç 77, Rio de Janeiro.Somente poderão participar empresas nacionais.Será permitida a formação de consórcio de até 5(cinco) empresas.

Ap Edital poderá ser adquirido de 23 a 27 de no-,, ..vembro de 1987, na sala 507, no endereço acima

citado, ao preço de CzS 10.000,00 (dez mil cruza-dos).Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1987.

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Objeto: Aquisição de NobreaksHabiiitação preliminar: até 03/12/87 às 16 horasAbertura das propostas: 10/12/87 às 16 horasFornecimento de Edital: CEF/PB — Setor deLicitação e Contratação de Obras, sito na ViaExpressa Miguel Couto, 221 — 2o andar —Centro João Pessoa/PB (Tel: 221-8300/R.4023)Comissão Permanente de Licitação — CEF/PB

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AVISO DE EDITAL N? 3129-0009/87LIGHT - Serviços de Eletricidade S.A. torna público que

receberá, nos termos do DL-2300/87 de 21/11/86, na Aveni-da Presidente Vargas, 642 - 18? andar - Auditório - Rio deJaneiro, no dia 29 de dezembro de 1987, as 10:00 horas,envelopes lacrados do documentação e de proposta, paraexecução das obras civis do prádio para abrigar a SU6ES-TAÇÃO CAMERINO, 138-13, 8 KV, situada na Rua Cameri-no, 134/150- Centro - Rio do Janeiro.

O contrato será de Empreitada por Preço Global, sendoo critério do julgamento o de técnica e preço, com prazomáximo do 420 (quatrocentos o vinte) dias corridos.

Será exigido atestado comprobatório de execuçáo doprédio tipo industrial com, no mínimo 1.500 mJ de concretoarmado, de porto e construção compatíveis com a obra ob-jeto desta Concorrência, realizada nos últimos 10 (dez)anos.

O EDITAL DE DOCUMENTAÇÃO E PROPOSTA destaCONCORRÊNCIA, completo, encontra-se à disposição dosintoressados, na Avenida Marechal Floriano, 168- EntradaA4 - M. 55, nesta cidade, até o dia 22 de dezembro do 1987em dias úteis, das 09:00 as 16:00 horas, podendo ser adqui-rido mediante o pagamonto não reembolsável, de CzS50.000,00 (cinqüenta mil cruzados).

Não será admitido consórcio.

O presente substitui o Aviso de Edital N- 3129-0008/87,publicado no D.O. RJ de 04, 05 e 06 do corrente, que fioasom efolto.

\4 o 1" caderno a si-guinhi-tcira, 23/1 1787 Economia JORNAL DO BRASIL

Bresser confirma plano de emergência contra inflaçãoBRASÍLIA — O Ministro du Fuzcn-

da, Lm/ Carlos Bresser Pereira, anuncouontem, ao desembarcar em Brasília, como deputado Ulysses Guimarães e o presi-dente do Banco Central, Fernando Mil-lict, que o governo lançará nas próximas

''semanas um "plano de emergência" des-tinado a conter a inflação e, mais uniavez, tentar reduzir as despesas públicas.

^"Entre as medidas em estudo, está aextinção ou fusão de várias empresas

-estatais ou sua transformação em autar-quias, além da criação de mecanismosque tomem mais eficaz, o controle dos"orçamentos

públicos e dêem mais raeio-nalidadc aos gastos do governo.

Do lado da receita, Bresser confir-mou a elaboração de "um ajuste fiscal",também para vigorar a partir de l')8K,

¦ destinado a ampliar a arrecadação da'União e estabelecer, segundo ele, "umsistema tributário mais justo parti distri-búir melhor a remia a nível de receita". Oministro descartou um aumento da carga

..tributária para os assalariados de baixo emédio poder aquisitivo.

Redução de pessoal também estáfora dos planos do governo. O ministro

explicou que, salvo algumas exceções —•que ele náo quis identificar —, "não háexcesso de pessoal no serviço público'federal ou estadual". Demonstrou, inclu-

I sive, que, no âmbito federal, houve redu-'Ção na folha de pagamento do funciona-lismo desde 1970, quando as despesascorn pessoal representavam 8,3% do Pro-duto Interno Bruto. Este ano, correspon-

. dem a 7% do PIB.FMI — Confirmando que o Brasil

devera negociar um total de I bilhão dedólares com o Fundo Monetário Interna-cional, logo após o fechamento do acordodefinitivo com os bancos comerciais, oministro informou que vai se reunir com a'Missão do FMI que já chegou em Brasí-lia, para discutir as metas contidas noPlano de Controle Macroeconômico.

Ressaltou, porém, que náo pretende'discutir com profundidade as bases de umacordo stand-by com o FMI. o que será'feito, segundo ele, apenas depois que forconfirmada, nos entendimentos com osbanqueiros, a desvinculação dos desem-

•bolsos dos bancos á liberação de recursospelo FMI.

O ministro explicou que essa 'desvin-culação é fundamental para que o FMI

•não seja o responsável pelo dinheiro dos.bancos, mas apenas pelo seu dinheiro."Se não cumprirmos as metas de umpossível acordo com o FMI, ficamos semreceber apenas o dinheiro do Fundo. Oresto do dinheiro a gente recebe normal-mente", explicou Bresser.

I I "A saída de qualquer ministroperturba, líspero que o ministro

Bresser Pereira não esteja demissioná-I , rio", disse o ex-ministro da Fazenda

Ditam Funaro, ao visitar ontem demanhã, cm São Paulo, o deputadoUlysses Guimarães. "Temos de termi-

_ nar a transição dentro do quadro maist favorável possível. O Itrasil precisa de1 estabilidade, e seis meses é tempo

pequeno demais para se aplicar umplano", avaliou Funaro.O ex-ministro, tido como presidência-vel, disse que conversou com Ulyssessobre o Brasil e a questão externa, mas

I não tocou em sucessão nem discutiu apossibilidade dele se candidatar à Pre-

; sidéncia.

Brasília -- Josó Vwtiiin

Abastecimento divide

'"^a§|BsHBag^^ Í**^";"i^H __R___rt> :.-:.xífflfeí: %'¦.'ffü?B^g"\ *ntfi.WB BÍ__& £_______E^-> V , *"-í£ .. V:-

Bresser (E), com Ulysses (E) ovas: serviço público não reduzirá pessoal

Governadores pedem mudançasAtenéia Fèijó

Apesar de apreensivos com acrise econômica, os governadores doPMDB — mesmo brigando com ogoverno — não crucificam o ministroda Fazenda, Bresser Pereira. Paraeles a questão não é mais de apoiarpessoas e sim programas. Reunidosem conspirações ou não, o assuntovem à baila mais pelo que possarepresentar politicamente junto àpopulação— no momento mais liga-da no próprio bolso do que no nomede um novo ministro. Nem por issoeles deixaram de constatar que aeconomia do país está à deriva. Pelomenos foi assim que a definiu MiguelArraes (Pernambuco), ressalvandoque a pessoa de Bresser é "respei-tável".

Condescendente com o ministroda Fazenda. Arraes ressaltou a ne-cessidade de "objetivos"

para justifi-car o próximo plano econômico acaminho. "Sc o país precisa de di-nheiro é imprescindível que se digapara quê. De outra forma não se levaas pessoas a contribuir" — afirmou,taxativamente. Na verdade, para osgovernadores não basta que o novoplano de Bresser venha com ajustesfiscais e contenção de despesas. Wal-dir Pires (Bahia), por exemplo, achaque o ministro deve ter uma posiçãomuito clara sobre as questões intér-nas e externas. Para ele é nindamén-tal ficar cristalino se a política ecoriô-mica defenderá ou não O mercadointerno brasileiro.

Classe média — A preocu-pação do governador da Bahia não égratuita. Do seu ponto de vista aclasse média sempre foi extrema-mente sensível e definidora do equi-líbrio das forças institucionais.

Quando excluída de um processoeconômico, ela se ressente, deixandode acreditar inclusive no processodemocrático. Daí a preocupaçãocom o mercado interno e a integra-ção da população no seu contexto."Precisa haver uma abrangência detotlos numa realidade salarial, comparticipação também das pequenas emédias empresas. Se não fortalecer-mos as iniciativas privadas podere-mos ter uma nação excluente conso-lidando o apartheid social". Piresobserva também que a exportaçãonunca foi uma coisa fundamentalpara o povo brasileiro.

Mesmo alertas à renegociação dadívida externa, os governadores ain-da não desceram a uma análisemaior da questão. Mas Pires garanteque

"como partido" devem ter uma

posição sobre o assunto brevemente."Há uma ameaça de rendição nacio-nal. De retomarmos mecanismosque estávamos habituados a ver: au-menta spread, diminui spread, reco-lhe parcela de juros, náo recolhece..." — desabafa.

Nesse ponto, Moreira Francoconfessa estar achando estranho osaumentos de preços com índices tãoaltos e tão rápidos. O governador doRio de Janeiro crê que o aumento dacarga fiscal não é o caminho pararesolver o problema do déficit públi-co. "O déficit público é substancial eprincipalmente decorrente dos en-cargos financeiros das dívidas inter-nas e externas. E por aí que a coisadeve ser resolvida" — dispara.

Governador e empresário, TassoJereissati (Ceará) náo tem dúvidasque com o recrudescimento da infla-ção, alguma coisa será feita (porBresser). E, nesse caso, não há como

evitar a gritaria. O corte de despesaspara controlar o déficit provocaráreclamações dos governadores, tleum lado. De outro lado, o aumentode impostos para o crescimento dareceita insuflará protestos dos em-presários. Ao referir-se ao óbvio —náo há recuperação da economiasem investimento — Jereissati crêque o impasse só será resolvidoapressando-se a Constituição. Nasua forma de ver as coisas, a instabi-lidade política nesse momento c aprincipal causa da crise econômica.Ele assegura que sem a definição dasregras do jogo. a insegurança seprojeta também no relacionamentocom o exterior. "Nem

que seja amoratória, mas que haja uma posi-ção concreta. Não se pode fazerbônus com menos tle 10 anos. Então,qualquer negociação de oende de umgoverno forte".

Apoio político — Pessoal-mente, o governador do Ceará consi-dera a saída de Bresser agora, daFazenda, péssima."Não acredito nis-so não. Acho até que os indícios sãofavoráveis à sua permanência no mi-uistório. Mas, a essa altura, tudopode acontecer". Articulado com osgovernadores, o senador José Richaprefere continuar batendo na mesmatecla, lembrando que ele próprioavisara do fracasso do programa ma-croeconômico caso não houvesserespaldo político.

"O resultado estáaí: os próprios números da inflaçãojá respondem". Para o senador, ocaminho em vista é o mesmo detodos. Terminar rápido a Constituiu-te. antecipar a eleição e estabeleceruma estratégia que permita a forma-ção de uma sólida base política par-lamentar. Ou sea, daí em diantecomeçarão a pensar em nomes paracomandar a economia do país.

governoBRASÍLIA —A proposta de criação

de um Conselho Nacional de Abasteci-mento e Preços, estudada no Palácio doPlanalto, com extinção ou absorção dosórgãos que atuam no setor público, en-frenta severa oposição do Ministério daFazenda. "Um disparate", classifica umcredenciado assessor do ministro BresserPereira, que atribui ao Ministério daAgricultura a autoria da proposta. Fun-cionaria na Europa, onde a agriculturaage com O governo, diz esse assessor,"nâo aqui, onde ela é lúbby dos agricul-tores".

Ainda em estudo pelos técnicos dogoverno, a reforma administrativa plane-jada pela segunda vez este ano pelopresidente Sarney não chegou ao primei-ro escalão. Os estudos preliminares, po-rém, estão mais avançados na área deabastecimento, onde uma das poucasidéias com poucos opositores é a extinçãoda Sunab, que teria suas funções defiscalização de preços repassada aos es-lados.

Os técnicos e assessores envolvidosnos estudos admitem porém, em conver-sas reservadas, que têm grandes dúvidas

quanto á força política do governo paraimplantar as mudanças necessárias paracorte tias despesas públicas. "Estamosfazendo as propostas, se irão implantá-lasOU não é muito dilicil dizer", confidenciaum dos coordenadores das discussõesinleimínisteriais sobre o assunto.

A mesma incerteza domina os estu-dos para o aumento da carga tributária,onde se tem como consenso a necessida-de de diminuir os incentivos e subsídios.O mlnistro-chcfc do Gabinete Civil, Ro-naldo Costa Couto, adiantou que o go-verno não tocará nos incentivos fiscaispara o Nordeste e para a Amazônia.Importantes subsídios, como o do trigo— que terminará o ano responsável porum déficit de ('/.$ 57 bilhões nas contasdo Tesouro, segundo o secretário-adjunto da Fazenda, Pedro Parente —,dependem, para sua extinção, do com-portamento dos preços por sua forteinfluência no índice inflacionário. O Mi-nistério da Fazenda, que já tem uniaproposta para extinção do subsídio dotrigo em três parcelas, hesita cm aplicá-lapor temer o descontrole da inflação,segundo admitem assessores do ministroda Fazenda.

A polêmicaMinistro retiraprojeto e perdemais uma bata!ha

seve ri n o Góes

rasília — "Lamento informaraos senhores que. contra a mi-

nha vontade, estou tirando este proje-to da pauta da reunião". Com estafrase, o ministro tia Fazenda, LuizCarlos Bresser Pereira, encerrou naultima quinta-feira, a discusão sobre opolêmico projeto de criação das zonasde processamento de exportação(ZPE) durante a reunião do ConselhoNacional de Comércio Exterior(Concex).

Com este desolado comentário,Bresser — que está em situação difícilno governo — acabava de perder maisuma batalha, sob o patrocínio doPalácio do Planalto. Ó ministro daFazenda retirou o projeto da pautadepois de receber um telefonema deassessores do presidente José Sarney.Ainda esta semana, as equipes dafazenda e do MIC reúnem-se paradiscutir modificações no projeto dasZPE.

Desde que o MIC começou adivulgar as primeiras versões do pro-jeto das ZPE — sempre incentivadopelo Palácio do Planalto — a equipede Bresser. e o próprio ministro daFazenda, trataram de bombardeá-la.José Hugo, incentivado pelo presi-dente Sarney, foi em frente e divulgouseu anteprojeto sem consultar a Fa-zenda, que soube da decisão pelosjornais.

Diante da reação de Bresser, quefez chegar ao Palácio do Planalto seudesagrado, tentou-se uma soluçãoconciliatória, com a criação de umgrupo de trabalho dos dois ministérios

sobre as ZPEencarregado de examinar o anteproje-to. Mais uma vez, entretanto, náo sechegou á solução nenhuma, pois osdois lados náo abriam mão de suasposições.

Até que, na semana passada, an-tes da reunião do Concex, Bressertentou provocar um fato político dereação contra as ZPE, colocando oprojeto na pauta do Concex. Ele sabiaque os empresários do setor exporta-dor que participam das reuniões doconselho também são contrários aoprojeto do MIC.

José Hugo foi avisado de que oprojeto iria parar na pauta do Concexna quarta-feira e resolveu ligar paraseu colega da Fazenda. O titular doMIC tentou argumentar que o ante-projeto estava sendo discutido por umgrupo de trabalho interministerial.Portanto, ainda poderia sofrer modifi-cações e náo deveria ser discutido noConcex.

Bresser. entretanto, insistiu noseu ponto de vista e partiu para areunião disposto a torpedear o proje-to do MIC. Durante a reunião, suapretensão foi barrada pelo telefonemado Palácio do Planalto, previamenteacertado por José Flugo.

Passado mais este episódio entreos dois ministérios na questão dasZPE. as equipes do MIC e da Fazcn-da voltam a se reunir ainda nestasemana para discutir possíveis modifi-cações ao projeto original. A Fazendaconcorda com os pontos que norteiama proposta das ZPE. como a liberdadecambial e o livre comércio.

No entanto, a equipe de Bresserapresentará sérias restrições a trêspontos básicos: a isenção do impostode renda relativo ao lucro das ativida-des das ZPE, que valeria por dezanos; o prazo de autorização para ofuncionamento das zonas, que tam-bém é de dez. anos, e, finalmente, aprorrogação do prazo por mais dezanos.

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AVISOEDITAI Dl ('ONCOIllirNCIA N" Cl IIAM 1-310/87

Fnrtiti/íintt; Fosfatados S/A FOSFÉRTIL, Empresa (fo Grupo Petrofértil <ivi-;t ei todos ou Interessados que nos termos do Decroto*Lei 2300/86 aflorado

pelos Deetetos-tei 2348/87 ti 2?f-t;.'87, Fará realizar Concorrência Pública paraprestação de serviços de Planejamento, Controle e Fiscalização de ConstruçãoCivil e de montagem eletromecânica sob gerenciamento da Fosfértil no com-plexo de Mineração de Tapira ¦ CMT, da Fosfértil, com as seguintes caracterls-tiens: I - OBJETO Prestação de serviços de Planejamento, Controlo o Fisoili-.ação cfo construção civil e do montagem eletromecânica, sob gerenciamentoda Fosfértil, da ampliação industrial do Complexo cie Mineração do Tapira -CMT. II - LOCAL E DATA DE ABERTURA DAS PROPOSTAS - A.iher-turo dos envelopes contendo a documentação e pre; óitai.:»iá no dia 22/12/8.7,às 10:00 hs. FCRTILIZANTES FOSFATADOS SA - FOSFERTIL ¦ ESCRITOHIO DE UBERABA - ESUBE. PCA. RUI BARBOSA, 300 - 10. ANDAR - UBE-RADA ¦ MG. III - EDITAI E ANEXOS- Os InlBlGSSorlos nesta concorrênciadeverão diriçjír-se ao endereço abaixo, onde estará << venda cópia Integral doEditai, no horário das 730 às 16.00 horas ato dia 12/12/87 Complexo de Mine''ração de Tapira Rodovia MG-341, Km 25 - Tap rí.-MG-f-cnò Í03J661 ;2234. Uberaba 13 de Novembro do 1,087 A DIRE 10RIA.

FERTILIZANTES FOSFATADOS S/A - FOSFERTILGRUPO PETROFÉRTIL /(X\.

CGC - MF. I9..143.385/0001-58

A.VISOEDI1AL Dl CONCORRÊNCIA N" G| HAM I-307/87

A Fertilizantes Fosfatados S.'A - FOSFÉRTIL. Empresa do Grupo Pelrolértilavisa a Iodos os interessados quo nos termos do Decreto-Lei 2300'86. alteradopelos Decretos-Lei Nrs 2.348/87 e 2.360W. Iara realizar Concorrência Publicapara prestação de serviços de Engenharia para execução de e montíiqem ele-tromecànica, estruturas metálicas, de instrumentação o do tubulação nas uni-dades industriais do Complexo de Mineração de Tapira-CMT da Fosfériil com8Sseguintes .características; I - OBJETO Prestação de serviços de engenhariapara a execução do montagem eletromecânica, estruturas metálicas, de ins-trumontaçáo e dó tubulação nas unidades Industrial do Complexo de Mineração do Ta*pira, MG. II - LOCAL E DATA DE ABERTURA DAS PROPOSTAS -AnbertUia dos envelopes contendo a documentação o propostas será no dia21/12/87, às 14.00 horas, no seguinte local: FERTILIZANTES FOSFATADOSS/A ¦ FOSFERTIL - ESCRITÓRIO DE UBERABA- ESUBE. PÇA. RUI BARBO-f A. 300 - 10. ANDAR - 38.010 - UBERABA MG, III - EDITAL E ANEXOS- Os interessados nesta concorrência deverão dirigir*se ao endereço qdl. ..onde citará a venda cópia integral do Edital, no horário das 7:30 ás 16 00 horas(•té o dia n/12/87. Ccmpleac de Mirtiraçào de fapira • Fazenda Boa VistaRodovia MG-341 ¦ KM 26 Tapira - MG. Uberaba. 10 de Novembro de 1.987 Acire- uniA.

I

<ÔÍ}> CASA DA MOEDA DO BRASIL

CONCORRÊNCIA N° 003/87A CASA DA MOEDA DO BRASIL torna público quefará realizar, às 10:00 horas do dia 21/12/87,concorrência para aquisição de 4 (quatro) maquinasimpressoras off-set, sendo 2 (duas) a duas cores e2 (duas) a quatro cores.O edital e demais informações poderão ser obtidasna Seção de Compras, Rua René Bittencourt, 371— Distrito Industrial de Santa Cruz, de 23/11 a17/12/87, no horário de 09:00 às 16:00h

j____[___1 MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

â DEPARTAMENTO NACIONAL

x DE ESTRADAS DE RODAGEM

AVISO DE TRANSFERENCIAEDITAL N° 02/87

O DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DERODAGEM, Autarquia do Ministério dos Transportes,torna público que, em virtude das alterações a seremintroduzidas no Edital de Licitação n° 02 87, a concorrèn-cia para a execução dos trabalhos de construção,conservação, manutenção, operação e exploração, sobregime de concessão, do trecho denominado "AcessoNorte do Rio de Janeiro" (LINHA VERMELHA), ficatransferida do dia 24.11.87 para data a ser divulgada emconjunto com as alterações acima mencionadas.

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1987

(a.) ENG° ANTÔNIO ALBERTO CANABRAVADiretor-Geral

I PORTO ALEGRE - RS IASSINE O JORNAL DO BRASIL

TELEFONES: 24-4144

24-7940

JORNAL DO BRASIL Economia segunda-feira, 23/11/87 o l ¦ caderno f. 15

ívida de curto prazo já é negociada com descontoSérgio Léo

BRASÍLIA — Os títulos da dívida"externa brasileira de curto prazo já vêm

Sfitidpj negociados pelos credores, com.d.csagio, no mercado secundário da dívi-dá dos, países latino-americanos, segundoO diretor da Área Externa do BancoCentral, Carlos Eduardo de Freiias. Emais um reflexo da difícil situação doBrasil junto à comunidade financeira in-temacional, pois significa que alguns cre-don» já não tèm esperança de reaverintegralmente os recursos emprestadosao Brasil.

— E um problema de credibilidadedo país; não há como resolver isso en-i|i)jinto não nos acenarmos aqui dentro— comenta o diretor do BC. Antes, o

/¦deságio só havia para as dívidas de médio

e longo prazos. Apesar de proibido porresolução do Banco Central o pagamentoaos credores da dívida de curto prazovencida e não renovada, o BC vem admi-[listrando "com flexibilidade'' essa reso-lução e permitindo que alguns credoresrecebam os recursos que, pela resolução,deveriam ser depositados no Banco Cen-trai, segundo revelou Freitas.

— 1 loje a obrigatoriedade de depó-sito no Banco Central é láo flexível queninguém percebe que ela existe — co-mentou Cai los Eduardo de Freitas, Em-bora admita que não dispõe de estatísti-cas confiáveis, ele calcula que, após amoratória, as taxas adicionais (spreads)cobradas nessas linhas de curto prazosubiram um ponto percentual em média,e exigiu o desembolso de mais aproxima-damente 70 milhões de dólares.

Logo após a moratória, lembra Frei-

tas, o Brasil esleve prestes a perder suaslinhas de crédito de curto pra/o, e opânico dos credores só foi evitado comessa decisão do Banco Central, de exigiro depósito no país das linhas que nãofossem renovadas. Ele foi um dos dcíen-sores da medida, contra outros membrosdo Governo quo temiam um pânico aindamaior com o bloqueio das linhas de curtoprazo.

"Foi como um tapa para evitar umataque histórico dos credores", comenta.

— Houve um princípio de pânico —lembra Freitas. "O

presidente do BancoCentral era o Francisco Gros, e chegou ahesitar, mas cm um dia decidiu o depósi-to das linhas que não fossem renovadas."Durante dois meses, a medida foi admi-nistrada "com mão de ferro", segundoFreitas. "Depois, começamos a flexibili-zar a resolução do BC, e o clima ficoumais ameno lá fora", diz ele.

Estudo prevê resultado desastroso., Ao final de cinco anos de conversão.

m> volume de USS 1 bilhão por ano, tudoo que o país conseguirá será a perda deUSS 742 milhões de reservas cambiais,aumento do déficit público da ordem de2% do PIB e queda substancial das fontesde financiamento externo. Esse resultadodesastroso da conversão da dívida emcapital de risco c a conclusão de estudopreparado pelos economistas EustáquioReis e Sandra Rios, discutido num semi-nário interno do IPEA na semana pas-SÜÜS.''"Os pesquisadores do INPES — órgãoligado ao ministério do Planejamento,más tradicionalmente com posições inde-pçudçntes desde a época do regime rhili-tar.rr- propõem a proibição da conversãono país, e esclarecem que não é pornacionalismo mas por razões práticas."Provocativamente,

poderíamos concluirdizendo que a desnacionalização podeinclusive ser considerada bem-vinda des-de que de fato traga dólares para aeconomia brasileira". Com a conversãonão entram dólares — lembram os pes-qUisadores — mas sim títulos vencidos e"quando o Banco Central compra umtítulo,vencido, a única coisa a fazer éjogá-lo no lixo".

- ¦ Cftisto — O estudo parte da convic-ção (te que o maior custo das conversõespára õ Balanço de Pagamentos é o deses-tímuloao aporte de dólares de investi-mentos diretos. A existência do deságiotornará sempre mais interessante para oinvestidor comorar um título de deságiono mercado secundário e, na venda aoBiinco Central, receber uma quantidademaior de cruzados. "Note contudo que osdólares ficarão no exterior. Por isso sepode prever que, sendo possível a con-versãp, haja uma redução significativa naentrada de moedas conversíveis a títulode investimento direto, muito embora asconversões possam inclusive aumentarcontabilmente a rubrica investimentos",lembram os pesquisadores.

...Ê. essencial para um país como oBrásilsaber se uma decisão das autorida-des econômicas provocará ou não aumen-to das fontes de financiamento. No casoda conversão, não só não entram dólares,cómó'còrre-se o risco de saída de capital

"por vias tortuosas e caras para o país"como subfaturamento das exportações esobrefaturamento das importações, re-meter dólares para o exterior. "Dinheironão tem cor, nem é carimbado" e por istoserá difícil separar transações de capitaldas transações comerciais"

Simulações — No estudo, osdois pesquisadores simulam a conversãode USS I bilhão por ano e com taxa deremessa de lucro de 4,1 %, ao nível histó-rico. Os dois pesquisadores, no seu exer-cício, náo levaram em conta a possibilida-de de imposição de um prazo de carênciapara a remessa dos lucros. Aliás, esteitem ficou mesmo em aberto no projetodivulgado na semana passada. Supõemtambém que o governo vai se apropriarde 10% do deságio e que 20% de todas asoperações de conversões seriam investi-mentos que ocorreriam de qualquer ma-neira.

A partir destas hipóteses e de ummodelo simples que incorpora ás contasdo Balanço de Pagamentos a dinâmica dadívida externa e do estoque de capitalestrangeiro, os professores concluem queas operações de conversão sáo pratica-mente desprezíveis. O saldo acumuladonas transações correntes seria de USS 256

milhões, ao mesmo tempo em que seperderia USS 742 milhões em reservas,mesmo sem levar em conta qualqueroutro tipo de "vazamento".

Perda de reservas é apenas um dosmales da conversão, na opinião de Eustá-quio Reis e Sandra Rios. Trabalhandocom a hipótese de que o financiamentodo resgate será feito através de emissãode títulos da divida pública — como aliásprevê o documento do governe — e náode emissão de base monetária, os profes-sores concluem que o resultado será oaumento do déficit do governo. Na simu-lação, eles utilizam uma taxa de juros realinterna de 15% ao ano, ao longo de todoo período de cinco anos em que traba-lham. Lembram que esta foi mais oumenos a taxa paga pelo governo em 1985e que as perspectivas são de que semantenham neste nível. Com estas hipó-teses e um modelo simplificado que in-corpora, além do Balanço de Pagamento,as restrições orçamentárias do governo,concluem que tudo o que se faz, naconversão, é "converter dívida externaem dívida interna" que tem como agra-vante o custo maior. Ao longo de cincoanos o déficit aumenta no valor equiva-lente a 2% do PIB.

Efeitos sobre Balanço de Pagamentos

Redução de despesas com juros líquidos 669Aumento das remessas de lucros e dividendos 412Aumento do saldo em transações correntes 256Redução dos invesl. diretos em dólares 1000Redução do Saldo do Balanço de Pagamentos 742Fonte: Estimativas INPES. Erros de arredomento.

Efeitos sobre as Contas do Setor Público

Ano Ano Ano Ano Ano 5

Juros Externos 0,2% -1,1% 2,1% 3,2% -4,3%Juros Internos 0,0% 3,0% 5,5% 7,1% 8.0%Déficit do Governo -0,1% 0,4% 0,9% 1,5% 1,9%Nec. Endiv. Interno 22,9% 21,0% 14,7.% 11.7% 9,7%Me mo:Div./PIB (var. absol.) ' 0,45 0,91 .- 1,39 1,87 2,38

BC quer leilões para a conversão

Fonte: Estimativas INPES,+ Variações percentuais dos valores reais om relação à trajetória sem conversões

BRASÍLIA — Leilão com pregõesmensais ou, no máximo, trimestrais, emdisputa pública entre credores, é a formamais adequada para converter cm investi-mentos no país a parcela da dívida exter-na brasileira já vencida e depositada noBanco Central, segundo o diretor daÁrea Externa do BC, Carlos Eduardo deFreitas. O total passível de conversão éde 23,5 bilhões de dólares, e serão esco-Ihidos os projetos que apresentaremmaior desconto da dívida.

A falta de infra-estrutura do BancoCentral para os pregões pode retardar atéo final do ano sua regulamentação. MasFreitas acredita que ainda esta semanaestará regulamentada a conversão da ou-tra parcela da dívida conversível, nãovencida, de 42,6 bilhões de dólares, emmãos de empresas privadas e estatais.Para converter qualquer dívida em invés-timentos, os credores terão de compro-meter-se a náo contestar judicialmente aemissão dos bônus de longo prazo que ogoverno pretende oferecer como alterna-tiva ã dívida externa a vencer.

Obstáculo — A vinculaçáo entrea conversão da dívida e os bônus, aponta-da no mercado financeiro como obstácu-Io, foi sugerida ao Banco Central pelaequipe brasileira de negociação da dívidaexterna. O objetivo, explica Freitas, éobter um perdão [waiver) para a cláusulade repartição constante no acordo dadívida, que determina a divisão entre oscredores de qualquer pagamento realiza-do fora dos parâmetros previstos peloacordo original. Essa cláusula poderiadificultar a compra por alguns credoresdos bônus da dívida, pois outros credorespoderiam contestá-la.

Até a criação dos bônus, prevista noBC para dezembro, os interessados naconversão devem comprometer-se com owaiver para essa cláusula de repartição.O compromisso, segundo Freitas, já foiobtido por países como México e a Ar-gentina, não obriga os credores a adquiriro bônus brasileiro e poderá ser importàn-te instrumento de barganha para os nego-ciadores brasileiros. O BC estabeleceu,porém, que, depois da criação dos bônus,somente poderá fazer a conversão o cre-dor que aceitar transformar seu créditoem bônus de longo prazo. Mas, segundoo diretor do BC, até a definição doformato do bônus brasileiro, o governoainda discute se o credor será obrigado atrocar por bônus todo seu crédito ouapenas parte.

Vantagens — O leilão por pre-gões c "interessante,

público, transparen-te c tem um charme especial", diz Frei-tas. Embora o BC analise ainda a possibi-lidade de fazer esses leilões por licitação,com propostas fechadas, esse mecanismoé considerado inconveniente por ter pou-ca agilidade cm caso de empate naspropostas de conversão. Freitas estimaque será permitido, por ano, no máximo1,5 bilhão de dólares cm projetos deconversão por meio de leilão, limite ne-cessário para evitar que a transformaçãodesses dólares em cruzados provoqueestouro da base monetária, excesso infla-cionário de dinheiro na economia.

Freitas defende a realização dos lei-lõcs pelas bolsas de valores. Serão fixa-

Brasília — José Varola

Freitas: conversão não de&estimula investimentodos lances mínimos por pregão para odeságio (desconto) oferecido na dívida aser convertida. Os lances serão menoresquanto maior for o número de interessa-dos. cgundo Freitas, para garantir aprioridade à conversão em investimentospara o Nordeste, Norte, Espírito Santo eVale do Jequitinhonha, as propostas paraessas regiões terão lance mínimo menor

"Não tem teto, nem fila. Basta ocredor se comprometer cm náo obstaculi-zar eventuais lançamentos dos bônus dadívida brasileira, e informar ao BC, quetransforma o registro do empréstimo emregistro de investimento." Já os depósitosda dívida não vencida mantidos volunta-riamente pelo setor privado, aproximada-mente 2,5 bilhões de dólares, teráo comolimite a política monetária em execuçãono momento de apresentação dos proje-tos de conversão. E serão aprovados "cmfila", pela ordem de chagada ao BC. Osdepósitos voluntários no BC, compu-tados como dívida interna, poderão, cm"dois a três anos" ser totalmente conver-tidos em investimentos no país, na previ-são de Freitas.

Interesse — Envolvido com aformulação do modelo macroeconômicode acompanhamento da economia usadonos entendimentos com as equipes técni-cas dos bancos credores, Freitas admitenão ter notícia de propostas apresentadaspelos credores depois da aprovação doprojeto do BC para conversão da dívida."Estão digerindo", comenta. O maiorinteresse tem partido das empresas brasi-leiras e bancos de investimento. Enquan-to "os franceses estão sondando investi-mentos nas estatais e os japoneses estãoquietos", Freitas identifica pelo menosdois grandes bancos norte-americanos"muito ativos c organizados" para a conversão: o American Express e o BankersTrust.

Esses bancos, que já apresentarampropostas de conversáo de seus próprioscréditos em investimentos, têm interessenos setores industrial c agroindustrial. OBanco Central tem, para análise, cerca de1,3 bilhão de dólares em pedidos deconversão apresentados depois de 20 dejulho, que terão de adaptar-se às novasregras da instituição.

O temor de que a conversáo possideseslimular os investimentos externono país "é uma besteira", desabafa, rindo, Carlos Eduardo de Freitas. "No

governo Joáo Figueiredo, o presidente diBC, Afonso Celso Pastore, limitou -aconversões, por medo de perder investimentos, cm 1984. E o investimento bruticontinuou baixo, no máximo 4(K) milhõede dólares". Segundo Freitas, os investimentos diretos somente voltarão enquantidade expressiva ao país quando siencontrar uma solução para os problemada economia brasileira. "E aí, haverá unacerto para a dívida, o deságio da dívid;no exterior baixará e não haverá interessina conversão"

A opção por não limitar a remessa ddividendos dos investimentos que resultarem da conversão da dívida não é definitiva. "A

possibilidade de limitar dividendos no futuro existe. Afinal sáo investimentos de risco", diz Freitas, que nãiconcorda com o argumento de que,aremessas de dividendos poderão superao que O país pagaria cm juros da dívidnáo convertida. (S.L.)

|—I O bônus de longo prazo que igoverno brasileiro pretende ofe

recer aos credores como alternativa mnegociação da dívida externa deveravir em mais de um formato, segundo <diretor da área externa do Banco Centrai, Carlos Eduardo de Freitas. Pelimenos dois tipos de bônus estão sendiestudados: um deles é o exit bondbônus de saída com pequeno deságii(desconto) e maior prazo, dirigido aospequenos bancos credores que têminteresse em trocar títulos da dívid;;brasileira. O outro bônus, destinadoaos grandes credores, teria garantia d>pagamento de juros de mercado, maum deságio maior, que poderia seabsorvido pelos bancos que já se provisionaram para eventuais prejuízos"Eles teráo até vantagem, com descontos do Imposto de Renda", acredita Freitas. (S.L.)

Missão do FMIdiscute acordode US$ 1 bilhão

BRASÍLIA — Chegou ontem aoBrasil a missão do Fundo MonetárioInternacional (FMI) que começará a dis-cutir com as autoridades brasileiras asbases de novo acordo siand by, no totalde I bilhão de dólares. Hoje, o chilenothomas Reichmann, chefe da missão, seencontra com os principais assessores da'área econômica no Ministério da Fazenda

,ç no Banco Central.Programada há alguns meses, como

(nua das viagens de rotina previstas noartigo quarto dos estatutos do Fundo —

Mo qual o Brasil é membro — a missão"passou,a ter outro caráter: o governobrasileiro, agora, depende do aval dostécnicos do FMI à sua política cconômi-ca, para iniciar as negociações da dividacom os países-membros do Clube dePwisrque exigem o fechamento de umacordo com o Fundo.

.Como ocorreu cm maio, na últimavisita» da missão do FMI ao Brasil, oohjelivo dos técnicos é verificar as contasbrasileiras c as metas do plano de contro-le macroeconômico, sobretudo cm rela-ção à inflação e ao déficit público, alvosbásicos do receituário dos economistas doFundo.

Thomas Reichmann, que não quisfalar com a imprensa, deverá se encon-trar.com o ministro da Fazenda, amanhã,antes da viagem de Bresser Pereira aoMéxico, na quarta-feira. Outro encontroestá- previsto para a próxima semana,quando Bresser voltar

Segundo um assessor de Bresser oministro pretende discutir com Rcich-niann os motivos que levaram o governoa rever as meias econômicas para 1%7 e.provavelmente, para 1*JK8, e tambémteiuaf-^menizar as conseqüências de umacordo stand-by com o Fundo, que pres-.supõe o monitoramento da economianacional pelo FMI

Um tios principais assessores do minis-tro Bresser Pereira na questão da dívidaexterna explicouque o governo quer:— e precisa — vol-tar ao FMI, maspretende negociarfcom soberania edentro de metasrealistas". Nãoadianta, segundoesse assessor, assi-'par cartas de inten-i;ôcs com o Fundoimpossíveis de sercumpridas.

Porto Alegre — Edson Davara'Objotiva Press

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Hurt: Brasil e Estados Uni-dos devem negociar

Gary Hart quernova políticade informática

PORTO ALEGRE — O senadornorte-americano Gary Hart ao chegarontem à capital gaúcha, afirmou que osEstados Unidos deverão resistir ao prote-cionismo brasileiro na área de informáti-ca "dentro e fora do país", e recomendouque o Brasil reveja sua posição em rela-ção ao software MS/DOS da Microsoft,porque, somente assim, as retaliaçõespoderão ser eliminadas ou suavizadas.

Hart, do Partido Democrata, estápela terceira vez no Brasil este ano, agorapara participar do III Congresso Gaúchode Marketing, que começa hoje no PlazaSão Rafael. Ele falará hoje de manhãsobre o futuro das relações entre o Brasile os Estados Unidos.

Ele espera que os EUA e O Brasilpartam para uma política de negociação,mas tudo depende do que acontecer naspróximas semanas. Na opinião de Hart, adecisão brasileira em relação ao softwareda Microsoft e a reserva de mercado parao setor, estão prejudicando os EstadosUnidos, que náo poderão trazer tecnolo-gia para cá e ao Brasil que não tem acessoa essa tecnologia. "Nós necessitamos decalçados, suco de laranja, aviões e todosos produtos brasileiros que são exporta-dos para lá, mas vocês também precisamde ,iossa tecnologia. Em vez de os doispaíses entrarem em guerra, por que náopodem negociar?" indagou.

Ele faíou ainda sobre a nova políticanorte-americana de comércio, que serávotada em breve pelo Congresso, e com aqual ele não concorda por ser mais restri-tiva do que a de agora

Bancos credorespodem comprarações de hotéis

A Embralur está colocando à vendavárias participações minoritárias em ho-téis de cinco e quatro estrelas, como os darede Quatro Rodas, Laje de Pedra, emGramado; em oito centros de convençãoe até em algumas empresas abertas, comoa Sisal Bahia e a Feira Nacional deCalçados (Fenae), de Hamburgo. Oscompradores em potencial são os atuaiscontroladores de cada em destes em-preendimentos, mas caso eles não quei-ram comprar, estas participações pode-rão ser negociadas com bancos credoresinteressados em converter dívida em ca-pitai de risco ou outros investidores brasi-leiros.

Todo o processo de comercializaçãodestas participações está sendo feito pelaCorretora Máxima, que já analisou asituação financeira de cada uma das em-presas para procurar estabelecer o preçode cada negociação. João Nunes FerreiraNeto, diretor da Máxima, explica que aEmbralur pretende recuperar os investi-mentos feitos nestas empresas, mas porenquanto ainda não pode ser revelado dequanto é este montante.

A oferta destas ações precisa ser feitacom todo cuidado, para não caracterizarcomo pública, ou seja que o público emgeral teria acesso. A princípio, os com-pradores destas participações são osatuais proprietários dos hotéis e centrosde convenção. Mas caso este controladornão se interesse, a Embratur poderáprocurar um outro comprador. João Fer-reira Neto revela que já foram feitosalguns contados com bancos credoresinteressados nestes empreendimentos,utilizando o mecanismo de conversão dedívida.

Fungetur — Estas participaçõesda Embratur em hotéis e centros deconvenção começaram porque muitosgrupos recorriam ao Fungetur (FundoGeral de Turismo) para financiar seusprojetos. Este fundo foi criado em de-zembro de ll)75, com recursos da própriaEmbratur, de depósitos de agência deviagem, da União e ainda outras doações.Quando a empresa não tinha como pagareste pedido de financiamento ou quandoestava em situação muito difícil, a Em-bratur procurava sanear e recebia açõesde cada empreendimento como paga-mento.

Desde setembro de 1986* por deter-niinação do Conselho Nacional de Turis-mo, a Embratur começou a estudar comopoderia se desfazer destas participações.A Corretora Máxima foi escolhida emfevereiro deste ano, em uma licitação, edesde então vem procurando agilizar aoperação de venda.

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CIA RÁPIDA,.GOSTOSA.ORTANTE.

INFORME JBJORNAL DO BRASIL

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\ífTv^AO,

senac serviço nacional de aprendizagem comercialWÈWÈ departamento nacional

C.G.C. MF. 33.469.172/0001-68

AVISO DE EDITALTOMADAS DE PREÇOS Números: 870108, 870109, 870110, 870111, 870112, 870113, 870114,

870115 e870116/1987

O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC - Departamento Nacional, autorizado pelo Presidente do Con-selho Nacional, torna público para conhecimento de quantos possam se interessar, que tara realizar as Tomadas de PreçosNos 870108, 870109, 870110, 870111, 870112, 870113, 870114, 870115 e 870116 para aquisição de Equipamentos de micro-computação (Hardware), impressoras e estabilizadores de tensão.

Os atos referentes a Habilitação Preliminar e Abertura das Propostas, estáo indicados a seguir:

LICITAÇÃO HABILITAÇÃOPRELIMINAR

ABERTURADAS PROPOSTAS

Tomada deTomada deTomada doTomada deTomada deTomada doTomada deTomada doTomada de

Preços 870108Preços 870109Preços 870110Preços 870111Preços 870112Preços 870113Preços 870114Preços 870115Preços 870116

20/11/8720/11/8720/11/8720/11/8720/11/8720/11/8720/11/8720/11/8720/11/87

a 01/12/87a 01/12/87a 01/12/87a 01/12/678 01/12/87a 01/12/87a 01/12/87a 01/12/87a 01/12/67

07/12/87 às07/12/87 às08/12/87 às08/12/87 às08/12/87 às08/12/87 às09/12/87 às09/12/87 às09/12/S7às

lã oob1O.00h10:00h10;00h16:00h16:00h10:00hlaOOhiaooh

LOCAL: SENAC - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Departamento Nacional - Rua Dona Mariana, 48 - Botalogo -

Rio do Janeiro - RJ.PRAZO: O prazo de validado da proposta deverá ser de, no mínimo, 45 dias a contar da data prevista para abertura das propostas.

Os Editais completos e demais inlormaçOos encontram-se à disposiçSo dos interessados na PORTARIA ria sede do SENAC/DN,no endereço acima indicado, nos dias úteis das 13:00 às 18:00 horas, a partir do dia 20 de novembro de 1987 ale o dia 4 de de-zembro do m87 mediante apresentação do comprovante de prévio deposito na Conta Corrente ns 402.501-6 no Banco do Brasil

S/A Agência Centro/RJ. em nome da ADMINISTRAÇÃO NACIONAL DO SENAC - CONTA MOVIMENTO, da importância de CzS3.'000,00 (trôs mil cruzados).

Rio de Janeiro, 19 de novembro de 1987

A COMISSÃO DE LICITAÇÃO

16 D Io caderno n segunda-feira, 23/11/S7 Economia

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Conversão é novaopção de negóciospara corretoras

Sônia Araripe

As corretoras c distribuidoras estão procurando garantirum pequeno espaço cm um novo mercado, que será muitodisputado: a intermediação de operações de conversão dedívida em investimentos de risco. Quando as Bolsas deValores eslão em alta, quase lodo o tempo das corretoras edistribuidoras é gasto nas operações do mercado á vista,futuro opções ou a termo. Agora, em tempos de "vacasmagras", quando os volumes de negócios diminui a cada dia, aconversão de dívida surge como uma boa alternativa denegócios em meio à crise de liquidez.

A Corretora Fonte chegou a fazer alguns contatos, emSetembro, com um banco de negócios norte-americano, ouseja, uma empresa que procura "casar" operações dc vendaou compra de empresas. Ricardo Dunshce de Abrantes,gerente de Bolsa da Fonte, revela que estes primeiros contatosnão foram muito adiante. Afinal, o projeto definitivo deconversão da dívida só foi divulgado oficialmente na terça-feira passada c o "crash"

que atingiu as principais Bolsas domundo fez com que os investidores externos dessem umaparada para revisar todos seus projetos.

— Vamos continuar procurando outras boas opoitunida-des de negócios, disse Dunshee de Abrantes.

Informática — A Corretora Àdòlpho de Oliveira,já implantou inclusive um serviço informatizado paia osgrupos interessados em achar negócios que possam entrarrecursos de conversão de dívida. Através do programa X-25.vários usuários, inclusive de qualquer ponto do exterior, vãopoder ler acesso a várias informações que estão armazenadasno banco de dados RCSI (rede consisdata de serviços interli*gados). Um representante de um banco credor do Canadá,por exemplo, poderá ter acesso, através de seu terminal devídeo, em poucos minutos, uma lista de empresas quepretendem receber investimentos externos ou que pretendemtrocar de controladores.

Mas a corretora pretende ainda achar outros negócios emque possa presta, assessoria. aluando como iniermediadora, eque envolvam conversão de dívida. Como lembra o diretor dacorretora Umuarama, Fernando Opitz, os spreads (comissões)serão bem altos, e mesmo que a corretora participe apenasnuma parle muito pequena da operação de conversão, jádeverá render ótimos lucros.

Opitz não acredita, porém, que esta alternativa denegócio conseguirá tirar as corretoras e distribuidoras dadelicada situação financeira em que se encontram hoje. "Oprojeto é muito restritivo, e dificilmente as corretoras inde-pendentes terão fôlego para garantir toda a operação", lembrao diretor da Umuarama. A seu ver. as corretoras e distribuído-ras atuariam apenas como articuladoras destas operações, maso grande filão ficaria com os bancos de investimento, maisespecializados e com maior capital disponível para financiarparte dos negócios.

Mercado de ourooferece opçõesmais sofisticadas

Joyce Jane

Nesses meses de inflação alta e incertezas quanto aofuturo da economia, cada um faz o que pode para obteruns cruzados a mais nas aplicações financeiras. O over-night é investimento seguro, mas não consegue rentabili-dade real muito acima da inflação. A saída, garanteRicardo Junqueira, gerente de comrriòditiésàa CorretoraAtiva, é aplicar parte da poupança disponível em merca-dos de risco.

Mas, para isso, é preciso muita orientação técnica,contas e avaliações de riscos. Uma aplicação nessesmercados tanto pode oferecer grandes lucros como prejuí-zos na mesma proporção, ou até maiores. Se o investidortem menos de CZS 500 mil, é melhor ficar de fora.

Ricardo Junqueira começa ensinando a combinaçãoentre ouro spot (físico) e venda de opções. Essa operaçãochama-se financiamento. Para isso, o aplicador precisacomprar o metal no mercado à vista e vender opções. Oganho nesse negócio é equivalente a uma taxa dc juros. Avantagem é não precisar de depósitos de margem porque avenda com posse do ouro já é uma garantia. Também nãohá ajustes diários.

Previsão — A desvantagem é que, se o metalsubir demais, o aplicador perdeu boa oportunidade de té-Io guardado para vender no mercado à vista. Se cair muito,também não é bom porque o investidor passou a ter o ourocom preço superior ao seu valor de mercado. Por isso, hajaboas previsões para encontrar qual é o preço bom parafechar a operação.

Outra operação seria a compra simples de opções.Ela deve ser feita quando o investidor quer comprar oouro mas não tem certeza se ele vai subir. Se isso vier aacontecer, ele fez bom negócio porque garantiu um bompreço de compra a futuro. Se cair, o prejuízo máximo foi oprêmio pago nas opções. A vantagem é que não há ajustesdiários, nem margem e ainda e possível especular com asopções e ganhar, vendendo o prêmio por preço maiselevado.

O investidor sofisticado pode ainda optar por umacombinação entre mercado spot, futuro e de opções. Elapode ser feita por quem compra o ouro e quer vender.Nesse caso, ele pode comprar o metal à vista ou emoperações a termo, vender futuro e comprar opção.Ricardo Junqueira disse que nessa montagem o queimporta é que a taxa de juros seja maior do que a oferecidano mercado financeiro. Se o ouro subir, ele terá de pagarajustes diários, mas como a opção também sobe, a taxa dejuros não cai. Mas se o preço cair e a opção virar "pó", eleganha nos ajustes diários.

Variações — O aplicador pode também comprarspot e vender futuro. Ricardo Junqueira disse que esta éuma operação de alto risco, mas, se bem administrada,pode dar ganhos satisfatórios. O problema são os ajustesdiários que, mesmo ganhando, os investidores terão depagar. Embora receba esse dinheiro de volta no fim daaplicação, ele perde a oportunidade de obter juros noovériiight.

Existem outras formas de se arriscar o dinheiro,como operações conhecidas como butterfly dc baixa e altavolatilidade, mas aí são muitas as variáveis como, porexemplo, combinar vários vencimentos diferentes de op-ções com mercado à vista.

Em qualquer uma delas, Ricardo Junqueira reco-menda que apenas 10% de dinheiro disponível do investi-dor sejam destinados a esses mercados. O restante, deveser aplicado em renda fixa, overnight, bolsas e dólar.

Investidor ganhou maisaplicando no overnight

Na semana passada os investidores domercado de ações náo tiveram alegriascom suas aplicações. Nada saiu comoesperado. A Constituinte alterou o qua-dro político, a conversão foi classificadopor alguns empresários financeiros comoinconversível e foi-se embora a esperançade um breve ingresso de dinheiro novo nasbolsas.

São Paulo fechou a semana com pe-sar. As ações da bolsa paulista encerraramo período com uma queda de 11,46%,com o índice Bovespa cotado a 11.225pontos. No Rio, a desvalorização registra-da pelo índice que mede a lucratividadedos papéis (IBV) caiu 8,35%, com 4.357pontos.

Ganhou na semana quem preferiu atranqüilidade de investir nas aplicaçõesgarantidas pelo governo. A melhor opçãofoi para o overnight, que rendeu na sema-na 3,14%. No mês de novembro, quemaplicou ininterruptamente nesse mercadogarantiu um ganho de 8,45%, já despon-taiulo como o melhor investimento dessemês.

Só faltam seis dias úteis para acabarnovembro e os juros das Letras do Banco

Central (LBC) apontam para uma renta-bilidade, liquida de impostos, de 12,60%:,A OTN fiscal, que reajusta as cadernetasde poupança, está sinalizando uma rérita-bilidade no mesmo período de 11,80%,enquanto o dólar oficial indica que serácorrigido em 11,85%. Mas quem determi-na essas taxas é o Banco Central e elepoderá alterar esse quadro ainda nos pró-ximos dias.

Mas, se as notícias da semana desa-gradaram as bolsas, estimularam o dólarparalelo. Durante a semana, o paralelochegou a ser informado que o Ministro daFazenda, Bresser Pereira, tinha pedidodemissão e as casas de cambio rapidamen-te reajustaram os preços do dólar paraCZS 69,00 para compra e CZS 71.00 paravenda. A notícia foi desmentida mas ospreços não voltaram a cair.

A reação do dólar estimulou as aplica*ções no ouro, que fecharam a semana comvalorização de 2,55%. No exterior, odólar internacional fechou a semana emqueda, o que acabou por ser mais umestímulo às negociações com o metal.(J.J).

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Investimento eniarte cresce comdólar mais fraco

Carina Caldas

perspectiva de aumento da inflação e aconstante queda das bolsas de valores

estão trazendo de volta os investidores parao mercado de arte. Há cerca de um mês,galerias e leilões registram ò crescimento daprocura por telas, tapetes e peças antigas.Como muitas obras têm seu preço reguladopelo dólar, a paralisia que tomou conta domercado paralelo ate a semana passada tam-bém contribuiu para estimular os investi-dores.

A reação do mercado foi registrada pelaBolsa de Arte do Rio de Janeiro que, noleilão realizado no dia 17 de novembro,realizou grandes negócios. Segundo JonesBergamim, proprietário da bolsa, a éxpéçta-tiva de volta dos grandes índices inílacioná-rios está levando os investidores a optar pelacompra de telas e objetos, ao invés de aplicaro dinheiro apenas no mercado financeiro.

Ele lembra que, depois do crash das

bolsas no exterior, todos os leilões interna-carnais fecharam as vendas com preços do-brados, devido ao aumento da procura. NoBrasil. Bergamim acha que os preços convi-dativos de hoje — o mercado estava retraídodesde o início do ano — estão estimulando osinvestimentos em arte. Para ele. as telas depintores brasileiros deverão fechar o anocom uma valorização de, no mínimo. 200%.

A volta dos investidores lambem é apon-lada por Wagner Maltaroli, proprietário daGaleria Belas Aries, na Barra da Tijuca.Como os preços de peças antigas e tapetespersas são determinados pelo dólar, Wagnerexplica que. há cerca de um mes, "os

grandesinvestidores saíram de cima do muro e apro-veilarani para adquirir peças de valorizaçãointernacional".

Segundo o empresário, os tapetes persasvalorizam entre 200% e 300% ao ano. Atual-mente, dependendo da qualidade, eles po-dêm custar de CZS 30 mil a CZS 30(1 mil ometro quadrado. Maltaroli ressalla aindaque, além da procura, a própria oferta depeças vem aumentando. Isso porque o mer-cado de arte tem uma lei de mercado pecu-liar: quando há retração nos investimentos,quem possui uma tela ou objeto deixa decolocá-los à venda até que os preços voltem asubir. Portanto, não só cai a demanda, comotambém a oferta.

Mauro Nascimento

Maltaroli: objetos dc arte valorizam até '.)0(lc/c ao ano

Direitos dos acionistas"'

" ¦¦ SEMANA: 16.11 — 20.11.B7

EMPRESA DIVIDENDO BONIFICAÇÃO SUBSCRIÇÃO FORMA

EM * °4 I CZS DE NEGOCIAÇÃO

BAN0RTE 2.556 2,00 A PARTIR DE» 1187 EX"B EST. AMAZONAS 29,77431 1.00 A PARTIR DE 03 11 87'EX"t-0CI5A ' 13.800 140,00 A PARTIR DE 2910 07 "EX"

CQLDEX FRIGOR 0.393634 162,0752 4~ÕÕ A PARTIR DE 10 II 87 "EX"

0.634 (ORC) E (PREF. A")COPENE

0.1M (PROF. -B1) A PARTIR DE 011287 "EX"

DF VASéONCEUOS 0.0001767 42451.00 A PARTIR DE 0411 67 "EX"

5ANTANEHSE 0.12 l TTpÃnTilTrilJj li 87 EX"

Retaliação dosEUA pode atingirempresas abertas

Caso o Governo norte-americano real-mente decida retaliar as exportações brasilei-ras, aumentando as tarifas alfandegárias devários produtos, o desempenho de algumasempresas abertas, com ações negociadas emBolsa, poderá ser bastante afetado nos próxi-mos meses. Por enquanto a lista preliminar,divulgada pelo Governo Reagan, não atingiuos principais itens exportados para os EstadosUnidos, como suco de laranja e produtosléxteis, mas as barreiras poderão ir bemadiante.

A lista preliminar, já dá o tom do descon-tentamento do Governo americano. Inconfor-mados com a proibição de comercialização noBrasil do programa de computador MS-DOS.da empresa americana Microsoft, as autorida-des americanas estariam mostrando sua força,

procurando combater, com toda munição, a leidc informática nacional.

João Luiz Másculo, economista do Insiitu-to Brasileiro do Mercado de Capitais, náoacredita que os Estados Unidos teriam inferes-se em ir muito longe nesie cerco, Afinal,restringir as exportações brasileiras para seuprincipal parceiro comercial (cerca de umterço de todas as exportações brasileiras vãopara o mercado americano) num momento emque o Governo suspendeu a moratória eacenou com a perspectiva de aceitar novainen-te a "ajuda" do Fundo Monetário Iniernacio-nal no ano que vem, é uma política suicida.

— Acho que estas ameaças têm um efeitomuito mais moral do que econômico, opina oeconomista. Mas ele admite que caso a lista deretaliações aumente, incluindo outros itens,como suco de laranja e têxteis, a situaçãopoderá se agravar. João Luiz Uaringuer, daCorretora Magliano. lembra que há algunsmeses as empresas exportadoras eram conside-radas "pule de dez", ou seja, uma excelentedica para chegar ao final deste ano com bonsganhos. Só que o quadro está se invertendo, eagora, os investidores devem tomar muitocuidado na escolha das ações para suas cartei-ras. (S.A.)

Rentabilidade dos Fundos

Renda fixaPatrlm,Liquido

CiSMil

Valor Rantab. Rsntab.da cota Acum. Acum.

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JORNAL DO BRASIL

Circulação restrita ao Grande Rio

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Rio de Janeiro — Segunda-feira, 23 do novembro de 1987 NÀO PODE StR VENDIDO SEPARADAMENTE

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Carla Rio

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ommgo s IcllciO sol se escondeu, não houve

praia, mas o carioca descobriutantas alternativas que a alegriado domingo cinzento era a mes-ma de um dia de verão. Houvepasseios de bicicleta sem o riscodo trânsito, shows musicais, es-calada de morro, caminhada pelafloresta e patinação sobre p gelo.

No Parque da Catacumba,Chico Buàrque de Holanda eAlceu Valença, entre outros,cantaram parti cerca de cinco milpessoas, numa festa de solidarie-dade à população de Goiânia,vítima da tragédia com o Césio-137. Físicos debateram com opúblico aspectos ligados ã radia-tividade e ao lixo atômico.

No Jardim Botânico, inaugu-rando obras, o pianista Arthur

Moreira Lima, o saxofonistaPaulo Moura e o violonista Ra-fael Rabello arrancaram aplau-sos com a execução de algumasdas mais belas páginas do carteio-neiro popular brasileiro. Pelamanhã, dezenas de ciclistas fize-ram um passeio entre a Tijuca eo Leme.

A garota Simonc, uma gra-ciosa loirinha e hábil patinadora,foi o destaque na pista sobre gelodo BarraShopping, cujos restau-rantes estiveram lotados. Rober-to Groba e sua filha, Roberta,mostraram com arte e coragemcomo se deve escalar um morro,ganhando o Pão de Açúcar. Naorla marítima, o espaço sobroupara todos.

Pelos goianos Sônia d'Almoidti

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I—I Roberto Groba (foto) era uma— das mais compenetradas entre as250 pessoas que participaram, on-tem, da escalada ao Morro do Pão deAçúcar, uma prática que já se trans-formou em rotina para os sócios dosclubes excursionistas Rio de Janeiro,Carioca, Guanabara, Brasileiro,'Light e Petropolitano c para o Gru-po de Salvamento do Corpo de Bom-beiros. A escalada de I mil 5(H)metros para se alcaçar uma altitudede 395 metros, onde se desfruta de

um dos mais belos cartões postais dacidade, fez parte das homenagensaos 75 anos de fundação do bondi-nho do Pão de Açúcar. Dela partici-param os atores Stcnio Garcia e opequeno Jonas Torres, o Bacana,este um estreante no esporte. O maisnovo dos excursionistas. Leonardode Oliveira. 11, é filho de um vetera-no da atividade: Antônio EdmatMagnago, 47, habitue de escaladasno Dedo de Deus e no Pico dasAgulhas Negras.

Graça no gelo

A turma do pedal Carla Rio

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I—1 Cinco mil pessoas prestigiaram oGrito de Alerta — o show de

solidariedade ao povo goiano, quereuniu Chico Buarque, Alceu Valen-ça, Fagner e Gonzaguinha, entreoutros, no Parque da Catacumba. Aprogramação começou cedo, comatividades infantis, exposição de de-senhos e cartuns e exibição de ca-poeira, a cargo do Grupo Senzala(foto). Enfim, unia festa demoeráti-ca da melhor qualidade: quem foi cquis, cantou, falou e declamou —como Jonas Bloch, que recitou um

poema de um medico de Iroshima, acidade japonesa arrasada pela bom-ba atômica ao Final da SegundaGrande Guerra. Tábata RainhaGonçalves, 9. justificou sua presençacom "um apelo às autoridades paraque acabem com as bombas, poisacho que se continuar assim eu nãovou ter mundo". Físicos mantiveramum interessante debate com o públi-co sobre temas ligados a radioativi-dade e ao destino do lixo nuclear,hoje um problema que preocupa atodos.

Diversao sem risco

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[—1 Cerca de 300 pessoas — entreadultos, adolescentes c crianças

— participaram do 7" Passeio Cielís-tico da Turma do Pedal. entre aPraça Saens Pena c o Leme, trajetoque a maioria completou em duas

horas, percorrendo, entre outrasvias, as avenidas Presidente Vargas eRio Branco e o Aterro do Flamengo,com o apoio de batedores da PolíciaMilitar e de uma ambulância. Opasseio transcorreu sem incidentes.

1—1 O charme de Simonc (foto) foium dos destaques na pista de

patinação sobre gelo no Barra Shop-ping, onde mais de 5(H) pessoas —crianças, na maioria — se divertirama valer, transformando os pequenosacidentes causados por escorregões

em momentos de humor, com muitasgargalhadas. A professora Lucy Vas-tusiak, que integrou o corpo de bai-latinas do Holliday on lec, era umadas mais empolgadas com a diver-são: "Brincar no gelo num país solaré excitante."

1—1 O sol não apareceu, deixando aspraias vazias, mas. mesmo as-

sim, a Operação Verão — que oDetran vai realizar durante toda aestação na Zona Sul. em São Conra-do e na Barra da Tijuca — aprèsen-tou resultados positivos. Houve es-

paços para o lazer, todo mundo pôdepassear sem riscos e nas arcas demaior movimento a repressão aoestacionamento proibido se fez sen-tir. Quem desobedeceu a sinalizaçãonas áreas bloqueadas foi multado.

Ecologista quer fazerda RJ-102 uma ciclovia

Andar de praia era praia, na Região dos Lagos, semprecisar tirar o carro da garagem, mas com muita disposiçãopara pedalar. Sc depender dos ecologistas, esta moda vai pegarainda neste verão: em documento a ser entregue hoje aodiretor-geral do DER, Fernando Mac Dowell, eles reivindicamque a RJ-HI2 — uma estrada de terra, com precárias condiçõesde tráfego — seja transformada em ciclovia que permita acirculação por toda a área, sem riscos de acidentes. O secretárioestadual de Transportes, Josef Barat, também procurado, jádemonstrou simpatia pelo projeto.

Com 117 km de extensão, entre Niterói e Cabo Frio, a RJ-1(12 sempre tem 0 seu asíaltamento e duplicação indicados comoopção para solucionar os problemas de congestionamento nosacessos á Região dos Lagos. De acordo com os ecologistas,porém, se essa proposta for adotada, além de inviabilizar aconstrução da ciclovia estará causando graves prejuízos àpopulação que vive ao longo da estrada, que corta ao meio umaárea de restinga, muitas praias e uma zona de proteçãoambiental lombada pelo Governo estadual.

Transformar a RJ-102 em auto-estrada é condenar àdestruição um dos mais belos redutos naturais do Estado. Aciclovia, além de mais adequada, é uma solução muito maisbarata e de execução muito mais rápida — resume o deputadoestadual Carlos Mine. do Partido Verde, que vai encaminhar areivindicação ao DER.

A idéia de abrir a RJ-102 ás bicicletas surgiu há cerca deum mês. quando um grupo de 180 ciclistas — a maioria surfistasque freqüentam as praias da região — realizou uma manifesta-ção percorrendo o trecho de 17 Km entre Maricá e Ponta Negra.O principal argumento dos defensores da medida é que duranteos fins de semana e meses de verão os deslocamentos debanhistas entre as praias daquela área ocorrem com grandeintensidade, o que poderia ser feito de bicicleta se fossemoferecidas as condições ideais.

Hoje o carro é usado porque ninguém é maluco de sairpedalando por estradas de trânsito violento, em meio a ônibus ecaminhões. Só que se perde a oportunidade de curtir, mais deperto, a paisagem e o clima dá região — justificou o deputado

Ao longo do percurso da futura ciclovia — entre as lagoasc o mar — seriam beneficiadas as praias de Itaipu, Itaipuaçti,Maricá. Ponta Negra. Jaconé. Saquarema. Massambaba, PraiaSeca. Araruama e Arraial do Cabo. Para viabilizar o projeto,além da colocação de uma camada de asfalto de pequenaespessura, serão necessários a construção de bieicletários juntoaos pontos de maior movimento e a arborização de todo otrajeto, a fim de minimizar os efeitos do sol sobre os ciclistas

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2 o Cidade o segunda-feira, 23/11/S7 JORNAL DO BRASIL

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Cartas do RioTaxas extras Cuidadocom a Imobiliária l.uinar! Depois dofalecimento de seu dirigente, o sr. JoséGorgulho, a imobiliária foi entregue àdra. leda Alias de Almeida que esláescorchando os inquilinos. Enquanto oantigo dirigente respeitava os direitosdos inquilinos e so cobrava o que devia,a dra. leda passa dos limites, cobrandotaxas extras, "ilusórias",

que não têmnada a ver com os respectivos contra-tos. O meu alerta é no sentido decolaborar com os "escorchados" caqueles que pretendem alugar imóveisàquela imobiliária. Cuidado! L. Cintra— Rio de Janeiro.Pesadelo — Apenas no dia31/10/87, a empresa Arleflcx — Indús-Iria e Comércio de Laminados Ltda.concluiu o serviço de colocação daschapas e laminado no padrão de madei-ra freijó, tipo tábua corrida, que com-prei no dia 16/10/87. Entre a compra e otérmino do serviço, passei por um ver-dadeiro pesadelo de marcação de datas,várias ligações telefônicas. (...) Paracomplicar mais, alegaram necessidadede pagamento adicional de CR$ d mil242,01 pela diferença nas dimensõesdas chapas, (...) Agora, também querosaber quem irá pagar a diferença, poisme recuso, achando injusto tal procedi-mento. e de má fé. (...) Rosana deAlvarenga — Rio de Janeiro.

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MfeiNtè i¦ *Armários — Comprei em31/8/87, nu Moducelli Com. c Rcpres.Ltda., da Rua Conde de Bonfim n" 67loja D — Tijuca, um conjunto dearmários de cozinha por CZS 50 Qiil,sendo CZS 40 mil no ato e CZS 10 milapós a entrega e montagem. Na notapromissória de CZS 10 mil náo foicolocada a data de vencimento porquea firma não sabia quando ocorreria,exatamente, a data da entrega e monta-gem. Prometida para 30 dias, a entregasó ocorreu 40 dias após a compra.Todavia a montagem marcada para omesmo dia só ocorreu 25 dias após, ouseja, 5/11/87, apesar de inúmeros tele-fonemas com promessas e desculpas dasgentis funcionárias Roseane e Carla.Como se nào bastasse a demora e omau acabamento, no dia seguinte ao damontagem, ao me apresentar para qui-tar a nota promissória, o funcionárioJoel(...) queria cobrar 22% de juros demora, que no meu entendimento sópodiam ser pelo atraso da montagem.(...) Ozéas Faria dos Santos — Rio deJaneiro.PM* — Quase que diariamente umapatrulhinha do 2" Batalhão da PolíciaMilitar fica estacionada em frente aorestaurante Maria Terez.a Weiss. locali-zado na Rua Visconde Silva. É seguran-ça particular? E os outros pontos dobairro, onde os assaltos são constantes?Eduardo José Francisco — Rio de Ja-neiro.Perigo — (...) Resido em SãoConrado. à Rua Gal. Olímpio MouráoFilho n" 10, em prédio que foi vistoria-do por perito da 43a Vara Civel, indica-do por juiz titular da mesma (?). Operito constatou que a existência de umsupermercado (Sendas), em desacordocom a Lei 322/76 Código de Obras e, aConvenção do Condomínio. Fatos semimportância, pois lei não é para serrespeitada ... mantém em sua loja,material inflamável e combustível, pon-do em risco potencial de incêndio. Oprédio abriga 72 famílias com mais de50 crianças e velhos em seus 20 pavi-mentos e 72 apartamentos. Devo acres-centar mais alguma coisa? Se vivemos aera da irresponsabilidade, do podereconômico, sobre os direitos e as leis?Raimundo E. de Alencar — Rio deJaneiro.

WlffMais valia — Pretendo levar apublico o meu veemente protesto con-Ira os absurdos praticados pela adminis-tração municipal do Rio de Janeiro, noque respeita ao descalabro da "maisvalia". Após recente aquisição de umimóvel, sito a z\v. 28 de Setembro n"182, sofri as conseqüências do vendava!ocorrido no més de março último, ten-do provocado o desabamento parcial daparte dos fundos da loja. Ao tentarrestabelecer a situação anterior do imó-vel, fui autuado pela fiscalização muni-cipal. que alegava a realização de"obras irregulares", em que pese aconcessão de alvará para a reforma,expedido pela mesma autoridade. Anteo indeferimento ile recurso, apesar derespaldado em prova documental daocorrência de desabamento parcial, fuiaconselhado a promover ti regulariza-ção da obra, mediante a denominada"mais valia". Atendidas todas as c.xi-géncias legais (processo regular, plantaelaborada por arquiteto, etc...), veio aresposta. Pasmem: a Prefeitura preten-tie cobrar a astronômica quantia de6.708 Unifs (correspondente, hoje. aCZS 3 milhões 258 mil 880,50), tie umimóvel recém adquirido por CZS 80mil, cujo valor venal atribuído pelaPrefeirura, para o ano de 1987, ou seja,já atualizado, é de CZS 655 mil llíüi(...) Josias Fonseca Oliveira —- Rio deJaneiro.

Violência — Com relação àmatéria Ação policial prejudica DefesaCivil em favela, publicada no cadernoCidade, dia 19/1 1/87. tenho a esclareceros seguintes fatos: 1") as declarações amim atribuídas foram citações parciaisde uma reunião interna de trabalhoentre a Coordenação dás Regiões Ad-ministrativas e a Coordenação de Dele-sa Civil da Prefeitura; 2") o que foi pormim afirmado na reunião é que a políti-ca de segurança desenvolvida nos pri-meiros meses do novo governo estadualdeflagou uma situação de violência nascomunidades de favelas, que hoje difi-culta qualquer trabalho nessas comuni-dades; 3") afirmei lambem que o pró-prio governo reconheceu seu erro aonomear o secretário estadual de PolíciaCivil, dr. Hélio Saboia, numa auto-crítica explícita sobre a política ante-dormente aplicada; 4") com relação aoMorro do Borel, não foi afirmado tersido um conflito entre a polícia e osmoradores a origem das dificuldades,mas sim a situação de violência eslabe-lecida pelas razões acima; 5") o que sepretendeu foi alertar ao nosso pessoalsobre as dificuldades que terão em todaa cidade, tendo em vista que a situaçãode violência criada, repito, por umadesastrada política de segurança quesabemos já superada, embora não este-jam superadas as suas danosas conse-qiiéncias. James Lewis, coordenadordas Regiões Administrativas do nnmici-pio do Rio de Janeiro.Irresponsabilidade —Quero valer-me desse jornal para apre-sentar uma grave denúncia: a reparti-ção da Secretaria de Estado da Fazen-da, que fica na Rua Regente Feijó,encarregada do cálculo de pagamentodo Imposto de Transmissão sobre Bens[móveis (ITBI), relativo a processo deinventário por morte, exige atualmentea apresentação do original do carne dopagamento do IPTU correspondente aoano em que ocorreu o óbito tio inventa-riado. Antes, bastava que se apresen-tasse cópia da folha denominada fichade cadastro imobiliário que vem anexaao dito carne.Acontece que estáo ocorrendo casos deperda de carnes, como pude constatarpelas diversas reclamações que presen-ciei no local, sem que qualquer dosfuncionários se responsabilize pela lo-calização dos mesmos — nem o chefeda seção. Como exemplo, posso meti-ciónar o de 1986 da inscrição 0544006-0.CL 7185-8, que deixei naquela reparti-çào e que subiu. Quem responde pelosgraves prejuízos que tal irresponsabili-dade pode causar ao contribuinte? De-nvr Almeida Campos — Rio de Ja-neiro.

Ilustrações Aluído

Invasão de museu—Gos-taria de esclarecer o episódio sobre a"suposta invasão do museu".

— Lm primeiro lugar museu é umlugar público, aberto a visitação, quenão precisa ser invadido.

— Quando chegamos ao museu nosidentificamos e mostramos uma cartade Bidti Sayão, autorizando à entregada máscara do sr. Nilson Penna. Umafuncionária do museu disse que a más-cara só poderia ser entregue com umaprocuração vinda dos EUA, feita emcartório. Foi neste momento que visobre a mesa da funcionária um papel,mandando fazer duas cópias da masca-ra. sendo que uma delas seria enviada aBidu Sayão. Quando disse que ia levar0 papel comigo para denunciar o queestava acontecendo, trancaram a poriade saída do museu e veio um funciona-rio para tomar o papel que eslava cmmeu poder. Foi neste momento quecomeçou o tumulto, quando tentaramtomar o documento. Aí de fato oschamei de "falsários e sub-raça" e qua-se houve uma agressão. Saí do museucom o documento, tirei uma xerox eentreguei a d. Dulce, secretária de d.Lígia Barreto, no Museu da Repúblicapara tornar as devidas providências.

— Somente depois das declaraçõesmentirosas do sr Ricardo Pctralia a essejornal soube ser ele o autor do do-cumento e não um funcionário qual-quer daquele museu. Nunca poderiaimaginar que o diretor do museu redi-gisse um documento naquele termos eassumisse que iria mandar para BitluSayão uma cópia da máscara embrulha-da para presente de Natal como diz odocumento c não a máscara verdadeira.

— Bidu Sayão está ciente do ocorridoe, profundamente chocada, pede paratransmitir o seguinte recado: I — Aprocuração oficial já foi feita nos EUA.para o sr. Nilson Penna e breve seráentregue. 2 — Quer um parecer de umperilo autenticando a máscara c nin-guém está autorizado por ela a tirarctipia da máscara. Esta é a verdade doacontecido; nada mais tenho a dizer.Pedro L. D. O. Sayão — Rio deJaneiro.Aumento de 1 840% —Gostaria de saber das autoridades com-petentes a razão por que determinadosórgãos públicos particulares, como fir-mas estabelecidas com planos de saúde,agremiações e clubes hoteleiros, resol-vem aumentar suas mensalidades, oucomo alguns denominam, suas "taxasde manutenção"; à revelia dos associa-dos, como foi o caso do Interpass Clubex-Motel Clube do Brasil, que aumeri-tou em 1 M)_ a suü taxa, que foi deCZS 250 para o ano em curso, e estásendo cobrada nao valor de CZS 4 mil850 para o próximo ano. Jayine da SilvaValente — Rio de Janeiro.

77~cr

Retrato de Ipanema —I) Há uns dois anos, de 2a a 6a, de () àsI7h30min, oito misteriosos ônibus, comchapa de Petrópolis, Caxias ou NovaIguaçu, fazem ponto entre Visconde dePirajá e Nascimento Silva, no Jardim deAlá, formando uma barreira quase ins-iransponível. Chegam e saem sem pas-sageiros. No intervalo, os motoristaspescam, vão à praia, dormem. Lá pelas17h, todos juntos, esquentam os moto-res, expelindo bastante fumaça, e par-tem. Não trazem turistas e sim. ao queparece, empregados de uma poderosaindustria (?) Praça pode servir de gara-gem permanente? 2) Enquanto isso,desde cedo, na calçada do jardim, jáestão estacionadas kombis de proce-déncias diversas, carros, vários papelei-ros com seus veículos, seus jornaisvelhos, e lixo. Outra barreira. 3) Nofinal do jardim, já próximo à Lagoa,instrutores de trânsito treinam seus alu-nos, enquanto alguns táxis e volumososcarros de entrega aí fazem seu ponto iledescanso e refeição. 4) Também nofinal do jardim, os alunos da EscolaHenrique Dodsworth têm o que seriasua área de lazer dividida com 13 ca-çambas da Comlurb. 5) No própriojardim (que está sendo aos poucosrestaurado, e ficando táo bonito) men-digos cozinham, comem, dormem etc.6) Na Praça Alcazar de Toledo (é o BarVinte), onde sempre conviveram bemmoradores, pequeno comércio e bichei-ros, grupos cada vez maiores de mendi-gos bebem, comem, dormem e sujam ascalçadas próximas, que os porteiroslimpam (Comlurb só varre rua). 7) Oscarros, cada vez mais, estacionam ou nacalçada ou em fila dupla, às vezestripla, não respeitando os sinais detrânsito, nem os guardas. 8) Os roubose assaltos não diminuem, muito pelocontrário. E é essa Ipanema, em queaté o mar anda poluído, que vai mere-cer violento aumento de IPTU? Car-men V. de C. Cavalcanti — Rio deJaneiro.Ladeiras sem água —(...) Somos moradores do Morro deSanta Tercza. um conjunto de ladeiraslocalizado no final do bairro de Icaraí,cm Niterói. Um ótimo local para seviver, com muito verde, paz e tranqúili-dade, onde os edifícios ainda não che-garam. Contudo, coincidência ou náo,após a posse do governador MoreiraFranco, a água simplesmente desapare-ceu daqui. Justiça seja feita, durante ogoverno Brizola não tivemos esse tipode problema. Agora virou rotina, umacalamidade! Já fomos inúmeras vezes àCedae, solicitamos providências e o quea Cedae faz? Manda uma pipa de águapara remediar a situação! Ora, nãoqueremos esse tipo de solução provisó-ria, que como quase tudo nesse paísacaba se tornando definitiva. Quere-mos saber o que está acontecendo cquais as medidas que estão sendo toma-das para regularizar a situação. Esta-mos fartos das promessas da Cedae.Afinal, todos os meses pagamos umaconta elevada e por isso acreditamosque ter água em casa c um direitonosso! Será que a Cedae agora vaitomar providências efetivas? Com apalavra o governador Moreira Franco.Luiz Carlos da Silva Joaquim — Niterói(RJ).

Cosme Velho — Ao délimi-tar a área de proteção ambiental nobairro do Cosme Velho, o decreto7.045 de 28.10.87 (D.O. Rio) que sóagora chegou ao nosso conhecimento,incluiu na subárea 5, como imóvel pre-servado o de n. 34 da rua Sith deVasconcelos, o qual segundo o dispostono texto legal fica privado per omitiasecula seculorum de sofrer qualqueralteração em sua estrutura ou fisiono-mia arquitetônica, vale dizer: perdesubstancialmente seu valor no mercadoimobiliário inclusive porque o decretonao proibe, sequer saneia, a formaçãode favelas nem o crescimento das que jáse encontram instaladas no bairro.Fica muito claro que está longe de nós,doadores e donatários do imóvel, pro-testar contra os anseios da Associaçãodos Moradores e Amigos do CosmeVelho no sentido, supomos, de evitar aproliferação incontrolada e desordena-da de edificações que, é certo, muitodesfiguram o meio ambiental. A nossaqueixa é tão somente contra o "tomba-mento" velado e sem aviso do referidoimóvel com prejízó para os que detêm oseu inteiro domínio pata não dizer daobrigação de zelar "ad eternum" pelasua dispendiosa conservação sem ummínimo de compensação possivelmenterefletida na moderada redução do IP-TH alenta à desvalorização salientadalinha acima. ./. Xavier de Brito, usiifru-tuãrio — Rio de Janeiro.

As cartas seiSn selecionadas para publicação nn 10.I0ou cm parte entre os que tiverem ;i_.Mm.tura_ nomecompleto c legível e endereço que permita confirmaçào prévia

Viciado em drogas mata Guamição doa mãe com duas facadas

Joscfa do Nascimento Gomes, 62,foi assassinada com duas facadas porseu próprio filho, Sebastião tio Nasci-mento Gomes, 20, na casa em queambos residiam na Rua Goiânia, 59,Vila Kennedy. O corpo foi encontradopelo pai do criminoso, o hoteleiroSebastião Gomes, 54, às 8h45min deontem, quando ele chegou em casa, devolta do trabalho.

Unia hora depois, o hoteleiro loca-lizou o filho, perambulando por umarua próxima e entregou-o a soldadosdo 14" BPM, que o levaram para a 34''Delegacia Policial, em Bangu. Ali, oassassino contou apenas que teve "umbranco", de repente, e não se lembra-

va de mais nada, não sabendo nem aomenos que a mãe tinha morrido.

O pai contou que o filho era vicia-do erri tóxicos c que deixara a Acro-náutica, oiule era cabo, há alguns anos,perturbado pelas drogas. Disse lam-bem que o filho costumava alterarse,cobrando da mãe dinheiro para a com-pra de tóxicos. Os policiais concluíramque isso deve ter ocorrido na madruga-da do crime: quando a mãe negou odinheiro, Sebastião, enfurecido, ma-tou-a com uma facada no rosto e outrano pescoço.

O crime deve ter ocorrido nasprimeiras horas da madrugada, pois aoser encontrado, pela manhã, o corpo jáapresentava rigidez cadavérica.

Cinco presos fogem dadelegacia do

Cinco presos considerados perigososfugiram na manha de ontem da 14a Dele-gacia, no Leblon. Fies serraram as gradesde três celas, subiram no terraço e desce-ram em cordas de pano até a Rua Hum-berto de Campos, nos fundos. Até o finalda tarde, nenhum deles havia sido recap-lurado.

Os fugitivos estão envolvidos em rou-bos, assaltos e tráfico de drogas. São eles:

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Francisco Canindé de Sousa, Raul Bragade Menezes. Jorge dos Santos, José Car-los Bessa e Roberto Sousa Neto. Outropreso, Ricardo Amorim de Paula, foisurpreendido pelo inspetor José EstcvesGonçalves Filho quando se preparavapara escalar um muro e conduzido devolta à sua cela. Há oito dias, foi frustra-da uma tentativa de fuga cm massa, namesma delegacia.

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Ricardo (D) foi apanhado e voltou para a cela

Exército ocupaposto da PM

Uma discussão entre policiais míli-tares e um soldado do Exército fez comque uma guarnição do 57" Batalhão deInfantaria Motorizada (BIMiz) inva-disse o prédio do Destacamento dePoliciamento Ostensivo (DPO) da Ci-dade de Deus, em Jacarepaguá. Oincidente começou na noite de sábado,quando o soldado Ricardo Bernardoda Silva, 19, da unidade do Exército,passava pela Travessa 139 da favela efoi abordado por dois policiais do 18"BPM. Ricardo negou-se a se identificarc acabou detido pelo soldado Cheren eo sargento Custódio.

Já no DPO, depois de muita dis-cussão em que alegava ser militar c porisso não precisar "apresentar do-cumentos a outros militares", Ricardoacabou concordando em mostrar suacarteira de identidade. Quando já esla-va sendo liberado, alguém ligou para oBatalhão de Infantaria, comunicando adetenção. Dezesseis soldados do Exér-cito, armados de Fuzis FAL, foramimediatamente enviados ao local e co-locaram-se em pontos estratégicos,dentro c fora do prédio do DPO.

Só a chegada do tenente PauloNeves, supervisor do 18" BPM, meiahora depois, resolveu o incidente. Pau-Io ouviu seus subordinados e conver-sou com o terceiro-sargento Castro,que comandava os homens do Exércitoe acabou concordando cm deixar olocal.

Funcionáriosdo Sine entramhoje em greve

Os 103 funcionários do SistemaNacional de Emprego — Sine —,contratados pelo Estado através deconvênio com o Ministério do Tra-balho, decidiram entrar em greve apartir de hoje. Eles não recebemhá dois meses c meio seus venci-mentos e estão com a situaçãofuncional irregular. Segundo opresidente dos servidores do Sineno Rio, César Augusto CerqueiraCarvalho, eles foram contratadosprimeiro pela Cehab, depois pelaCEG e agora estão passando paraa Fundação Leão XIII. como pres-tadores de serviço, sem carteiraassinada.

Segundo César, eles teriamdeixado de ser contratados devidoà queda do ex-secretário estadualde Trabalho, Maurício HelenaRangel. Quanto ao pagamento, aproposta da Secretaria de Traba-Iho, que não foi aceita pelos 103funcionários, quitava o mês desetembro no dia 2o de novembro eos vencimentos de outubro no dia3 de dezembro. "Isto não interessaa ninguém, porque o dinheiro queentrar só servirá para pagarmos asdívidas contraídas nos dois últimosmeses", disse César.

Ligada na alegriaQuando você liga a RádioFM 105, a Rádio FM 105 seliga em você.Porque ela é alegre, descon-traída e está sempre no maiorastral.

Sintonixada no bomhumorA Rádio FM 105 deixa vocêfeliz, do bem com a vida. Elatoca os sucessos do momentoe do passado. Ela se tocaem você.

E transmitindo muitoamor pra vocêE você participa ligando ouescrevendo cartas, concor-rendo a prêmios, marcandoa sua presença sempre tãoimportante. Sempre cheia deamor. Pra dar, e receber.Ouça a Rádio FM 105.A rádio que irradia o melhorda vida.

f|$W*De bem com a vida.

.lORNAL DO BRASIL segunda-feira, 23/11/87 o Cidade o 3

Adotescentes cariocas quasePesquisa revela que ascampanhas atuais confundem,ao invés l!c esclarecer

Israel Taboli

A julgar pelas respostas a uma pesquisa das empresasRetrato-Consultoria e Marketing e Ibope, as campa-

nhas veiculadas sobre a Aids estão gerando mais pânico,desinformação e confusão do que propriamente esclarecimen-to para os adolescentes do Rio. A pesquisa ouviu 300 jovensentre 15 e 19 anos, tle todas as classes sociais e regiõesgeográficas da cidade.

Pura quase metade dos adolescentes ouvidos (46%),mordida de inseto, por exemplo, é uma forma de contágio.Parcelas significativas também acham que se contrai Aids pelasaliva (31%), no contato com utensílios usados por pessoasinfectadas (29%), com um beijo prolongado (27%) e atravésdo vaso sanitário (26%), Uma mudança nas campanhas dosmeios de comunicação, escolas e universidades, perseguindopadrões mais objetivos de informação, é o que se impõe paraevitar que os adolescentes "se tornem um grupo dc alto risco"— conclui a pesquisa.

O adolescente está confuso sobretudo porque a Aids éuma doença recente c desconhecida, levando a "absorver

qualquer tipo de informação recebida, seja ela verdadeira ounão". Além das formas de contágio, esta confusão se traduztambém nos grupos tle risco. Municiares (39%), dentistas(43%) e mendigos (64%) entraram na lista feita pelosadolescentes ao lado dos homossexuais, prostitutas, viciadoscm drogas injetáveis, bissexuais e hemofílicos.

Apesar da maioria (56,8%) se dizer preocupada com oproblema da Aids. e mesmo com toda desinformação epânico, poucos (25,4%) acham provável que venham acontrair a doença ao longo de sua vida. A grande maioria(70%) não acredita nisso. Otimismo, aliás, é o que caracterizaesse comportamento. Só 9% dos entrevistados se declararaminsatisfeitos com a vida e apenas 3% acreditam que a situaçãoainda vai piorar.

Embora se mostrem otimistas com sua própria vida c seconsiderem pouco expostos à doença, contraditoriamente osjovens entre 15 e 19 anos se mostram pessimistas em relação àevolução da Aids para a totalidade da população. Nadamenos de 42% esperam uma grande contaminação ("ela vaimatar todo mundo"), enquanto outros 20% acham que issoocorrerá "caso nâo se tomem medidas a curto prazo". Outros20% acreditam numa possibilidade quase imediata de cura,enquanto 6% prevêem uma verdadeira revolução sexual, como surgimento de novos padrões morais e de costumes "para

acabar com essa pouca vergonha", segundo a expressão deum tios entrevistados.

Os jovens também são contraditórios ao sugerir medidaspara o controle da doença. Entre os sexualmente ativos, 29%declararam que o uso de preservativos é a forma mais eficazde prevenção. Mas apenas 10% deles usam a camisinha. Aocontrário, embora 35% dos entrevistados declarem que estão"reduzindo e selecionando melhor os seus parceiros", apenas22% sugeriram estas medidas — ao responderem a outrapergunta — como forma dc prevenir a doença. Isso indica quemuitos deles, apesar dc adotá-los, não acredita na eficáciadesses critérios, que são subjetivos: c o próprio adolescentequem determina o que são poucos e bons parceiros.

Apesar dc toda a agressividade da propaganda, apesquisa constatou que uma parcela razoável ds jovens estádesinformada quanto às formas corriqueiras de se contrair aenfermidade: ainda náo sabem que pode contrair Aids porsexo anal 14% dos adolescentes ouvidos, enquanto 11 desço-nhecem o contágio por drogas intravenosas, 8% por relaçãosexual vaginal e nada menos de 28% ignoram que issotambém pode se dar pelo sexo oral.

A maioria dos ouvidos na pesquisa (60%) confessa quese sente pouco ou quase nada informada em relação à Aids. Asituação é amenizada nas classes A/B, onde os ouvidos seconsideram, cm sua maioria, "de alguma forma" informados.Por isso valorizam mais as conversas sobre o assunto comparentes e amigos.

Os adolescentes das classes D e E são os que se sentemmais desinformados, e assim consideram também seus amigose pais. Quase não conversam em casa ou com os amigos sobrea doença, obtendo a maior parte de sua informação através datelevisão.

As mulheres — apesar de 3/4 das entrevistadas nãoterem se iniciado sexualmente — demonstram mais interesseem informar-se do que os homens. Mas todos, pobres e ricos,homens e mulheres, convergem na sugestão para que — alémda televisão — as escolas se dediquem mais a orientar seusalunos sobre a doença.

Um perfil romântico,sóbrio e conservador

Adoram música romântica e têm diálogo com os pais.Quase a metade acredita que a mulher deve casar-se virgem ea maioria considera o homossexualismo um desajuste e nãouma opção pessoal. São dados um tanto surpreendentes, comtraços conservadores, constatados na primeira parte da pes-quisa, que esboça um breve perfil do adolescente carioca.

As sociólogas Maria Teresa Sousa Monteiro e CláudiaMonteiro Montenegro, diretoras da Retrato, esclarecem queas perguntas mais gerais sobre o modo de vida se constituíramnuma espécie de ponte para se chegar ao ponto de interessesespecífico da pesquisa: como os adolescentes vêem a Aids.

Houve uma preocupação básica no trabalho: deixar oadolescente bem à vontade, na rua ou outro local por cieindicado, e sem que precissase identificar-se. Foi nesteambiente que a maioria (51%) confessou que o seu gêneropreferido sào as músicas lentas, ultrapassando em larga escalao rock, o funk-balanço e a música brasileira tradicional.

De um modo geral, ao contrário do que muitos pensam,pais e filhos têm diálogo. Mas esta conversa, segundoinformam os entrevistados, costuma ganhar uma conotaçãopcdagógieo-educacional, com prejuízos para os problemasexistenciais dos jovens, quase nunca abordados.

Homens e mulheres valorizam muito a sua diversão.Enquanto os primeiros dão muita importância a jogar futebol,as moças ainda se cingem a um prazer mais caseiro: gostam,sobretudo, de ver televisão e ler. Os rapazes se preocupamcom o seu futuro profissional, enquanto as meninas encaramcomo sua maior dificuldade o relacionamento familiar.

Embora o mito da virgindade feminina esteja traduzido;na resposta afirmativa de 42%- dos entrevistados, há um outroíndice — 43% — que acena parti uma mudança de mentalida-de. Este último percentual corresponde aos que se dizemindiferentes ao fato de a mulher casar virgem ou não. Agrande maioria dos rapazes entrevistados (8 em cada 10) játeve relaçáo sexual, mas sete em cada dez mulheres entrevis-tadas se dizem virgens. A iniciação sexual dos adolescentesparece dur-sc sobretudo entre os 18 e os 19 anos, de acordocom a pesquisa.

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Os resultados demonstram que os adolescentes do Rio precisam urgentemente de novos esclarecimentos

Prefeitura ataca emancipaçãoA Prefeitura do Rio de Janeiro vai encam-

par a resistência à municipalização da Ifarra daTijuca. articulada por associações de moradorese parlamentares. A informação é do secretáriomunicipal tle Administração. José Frejat, queparticipou de reunião convocada pela Associa-ção de Moradores do Canal de Sernambetiba, aqual compareceram o ex-secretário municipal dePlanejamento, Tito Ryff, e o deputado MiltonTemer (PSB).

Segundo Frejat, a proposta de tornar aBarra independente é considerada "totalmenteinviável" pelo prefeito Saturnino Braga. O se-cretário disse que Saturnino convocou umareunião com o secretariado e determinou quetodos os dados sobre gastos e arrecadação daregião fossem levantados e colocados à disposi-ção das associações de moradores e demaisentidades contra a municipalização. De início,será esta a principal contribuição do prefeito àluta para impedir o desmembramento do Muni-cípio:

— A Prefeitura tem de aceitar a opinião dosmoradores que defendem a separação, emboraconsidere a idéia desastrosa. É a população quetem de se mobilizar — justificou Frejat.

Justamente com o objetivo tle organizar osmoradores da Barra e cariocas em geral emtorno da campanha contra a municipalização, odeputado Milton Temer pretende ir às ruasdenunciar os problemas que, na sua opinião, amedida poderá acarretar. O secretário munici-pai de Assuntos Especiais, Marcelo Cerqueira,já ofereceu seu carro de som, no qual Temerpretende levar outros políticos que estão à

frente do movimento: os deputados HeloneidaStudart (PMDB), Luis Henrique Lima. Fernan-do Lopes. Aluísio de Oliveira, Eduardo Chuay(totios do PDT), Lúcia Arruda e Carlos Mine(ambos do PT).

Temer confessou que não tem esperanças deinvalidar a redação final do projeto, segundo eleaprovada na noite de quinta-feira com quorumabaixo do mínimo, com o requerimento feito àAssembléia Legislativa por Luís Henrique Limae Nicanor Campanário (Pasart):

— O nosso objetivo é que este processo,junto com a mobilização política, faça com que oTribunal Regional Eleitoral protele a escolha dodia do plebiscito sobre a municipalização até otérmino da Constituinte, que vai fazer modifica-ções sobre a Lei Orgânica dos Municípios.

A Lei Orgânica permite que até três quartei-rões de um bairro sejam emancipados através deum processo iniciado por apenas KXI assinaturase sancionado em plebiscito por maioria simplesdos eleitores da comunidade. O projeto consti-tucional pretende elevar para 1% do municípioo número tle assinaturas exigidas — no caso doRio de Janeiro, o equivalente a 35 mil pessoas —e consultar em plebiscito a população de toda acidade, e náo apenas a do bairro em litígio.

.Contabilidade — A exposição do ex-secretário municipal de Fazenda, Tito Ryff, paracerca de 50 moradores, baseou-se na refutaçãoaos dois principais argumentos utilizados pelosdefensores da emancipação: o uso dos proventosarrecadados no bairro nele próprio e a possibili-dade de uma integração maior entre governantee governado, através de uma estrutura adminis-trativa que se limitasse ao essencial.

Contas em punho. Ryff listou as principaisfontes de arrecadação na Barra: IITU, quegerou para a Prefeitura, em 87, CZS 187 milhões(valor por metro quadrado de CZS 3 mil 361,abaixo do Leblon, Ipanema e Lagoa); taxas delixo e iluminação urbana, CZS 30 milhões; ISS,CZS 120 milhões, equivalente a 4% do total doRio; ICM, CZS 50 milhões; IPVA. CZS 50milhões.

— Somando tudo, a Barra não arrecadamais do que CZS 500 milhões por ano —garantiu.

Só para manter os serviços já executadospelo município do Rio na área em saúde eeducação (são 24 escolas e 1 mil professores), anova Prefeitura gastaria CZS 25(1 milhões. Oscustos de limpeza urbana, sem falar na comprade equipamentos que se fará necessária paramontar uma nova companhia, e o sistema deabastecimento de eletricidade e conservação deruas gerariam despezas mínimas de CZS 100milhões. Com outros pequenos gastos, o novomunicípio já teria 90% da sua receita compro-metidos, sem falar na necessidade de montarPrefeitura, pelo menos cinco secretarias c Câ-mara de Vereadores, além dos investimentosque a região está exigindo.

— Se não existe viabilidade tributária e adescentralização administrativa pode ser obtidade outras maneiras, através do fortalecimentodos conselhos governo-comunidade e das re-giões administrativas, o que está por trás dissotudo? É que a Barra da Tijuca é a fronteira daexpansão imobiliária na cidade, o grande filé-mignon que resta no Brasil e talvez na AméricaLatina — comentou Rvff.

O menor Rena-to Luís Ovídio Jú-nior, 7, que morreuafogado numa daspiscinas do Bantlet-rantes Tênis Clube(Av. Marechal Mi-guel Salazar Mendesde Moraes, 48, naTaquara, em Jacaré-paguá) sábado demanhã, foi sepulta-do ontem â tarde noCemitério tio Pc-chincha, O pai do menino, o cantor RenatoRena, líder do conjunto Nova Dimensão, res-ponsabiliza o clube, alegando que houve omis- jsão de socorro e que não havia guarda-vidãs nomomento em que Renatinho caiu ou se atirou naágua.

Ele não era sócio do clube mas tinha ido ahporque a portaria fora franqueada em razão dapresença, no clube, de Zico, craque do Flamen-go, que apresentou a sua eseolmha de futebol eaté participaria de um jogo, como parte dos ifestejos comemorativos do 25" aniversário do SBandeirantes. Manoel Sales, presidente, c Má-rio Tavares, vice, contestam o pai da criança,afirmando que estavam no clube vários guardas- !vidas e um médico tle plantão.

Acrescentaram que toda a assistência foidada ao menor na tentativa de salvá-lo, inclusive ;com o médico (entanto a respiração boca a boca.Eles disseram ainda que um diretor acompa-nhou o menino até um posto médico e queapresentaram na 32'' Delegacia Policial os no-mes do guarda-vidas de plantão e do médico que ;socorreu a criança no clube. O Bandeirantescusteou as despesas do enterro, de cerca de CZS •23 mil, a pedido de parentes da criança.

Renato Rena estava em São Paulo e o filhomorava aqui com a avó, nas proximidades do .clube (Av. Marechal Miguel Salazar Mendes dc ;Moraes. 291, bloco K, apt" 106). Renatinho foi :ao clube com um tio e mais duas crianças. As ;piscinas do Bandeirantes sáo cercadas por gra- :des e o acesso deve ser feito através de roletas. ;Mas o garoto teria pulado a grade.

Ele foi resgatado da água (estava na piscinajuvenil e, segundo José Alberto Souza da Silva, ;19, que o salvou, o nível da água estava na alturado estômago de um adulto) e logo tentada arespiração boca a boca, pelo próprio José Alber-to, que disse ser auxiliar de piscina no clube, nosfins de semana. Outro vizinho de Renatinho.Carlos Alberto Souza Aragão, 29, sócio do •Clube, confirmou que foi dada a assistência ¦possível do clube ao menino e que havia um •guarda-vidas tle plantão.

A única falha admitida por associados e atémesmo diretores foi a náo interdição da piscina,já que a presença de Zico fez com que houvesseuma invasão de crianças para vê-lo. Segundo os;diretores, a maioria das crianças acompanhouZico até o campo de futebol, onde os times dasua escolinha, em duas categorias, enfrentaramequipes do clube da casa.

Segundo os diretores do Bandeirantes, Zi-co, quando tomou conhecimento do ocorridocom o garoto, demorou-se apenas mais algunsminutos ali, retirando-se depois, bastante con-;trariado com o fato. Com ele estavam doisfilhos. O presidente do Bandeirantes declarouainda que, por acreditar que houvesse mesmogrande afluência ao clube, chegou a pedir poli-ciamento para lá, mas não foi atendido.

Disse também que, nos 25 anos de vida doclube, o de sábado foi o primeiro caso fatal deafogamento acontecido ali. Ontem as piscinasdo Bandeirantes estavam interditadas. A 32a.Delegacia Policial vai investigar as circunstán-cias da morte de Renatinho.

.131III dud^~--~~~^ ^~~-O'Jornal do Brasil, no dia 26 de novembro, promoverá oI Encontro de Editores de Jornal Universitário.Você que é responsável pelo jornal de sua faculdade, c.lír-so ou turma está convidado a participar dessa reunião, cujoobjetivo é a troca de experiência, a discussão do papel dojornal universitário e as dificuldades de sua produção.E mais ainda: o estudo de facilidades que o Sistema Jornaldo Brasil possa gerar, para desenvolver o seu produto.Lembre-se: dia 26 de novembro, das 12 às 17 horas, vocêtem um encontro marcado no Jornal do Brasil.Não perca.Coordenação: Prof. Bernardo Kucinsky. Editor cio campus da USP.Inscrições: Ronaldo - tel, 585-4682 no horário comercial.Participação: Fundação MUDES.

Fotografias de

Poemas de

B, Sã'

s PROGRAMAINTEGRAÇÃOJORNAL DO BRASIL/JUNIVERSIDADE

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Espaço Cultural Sérgio PortoRua Humaitá, 163InaugLiração: 9 de dezembro, S0h30até SO de dezembro

PREFEITURADA CIDADEDO RIO DE JANEIRO

SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA

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[email protected] 0 Letra

,4 o segunda-feira, 23/11/87iwmsmHKan-

JORNAL DO BRASIL

CidadeLinhas Cruzadas

Na

semana passada, moradoresinconformados de Guaratiba eCampo Grande interromperam

o tráfico numa via pública e depredarame incendiaram ônibus para demonstrardescontentamento com a precariedade dosistema de transporte coletivo em suaregião. Sob qualquer ponto de vista, sejapor interferir no direito de ir e vir dosoutros cidadãos, seja por se entregar auma explosão dc insensatez, os habitar)-tes de Guaratiba c Campo Grande per-dem o direito ao protesto por nào saberconduzi-lo com civilidade.

Mas no dia seguinte a Superintendén-cia Municipal dc Transportes Urbanosadmitiu que o número dc ônibus atual-mente em serviço naquelas linhas é defato insuficiente. Nem as empresas deônibus manifestaram desejo de corrigir asituação, nem a Superintendência deTransportes se dispôs a fazer um estudodas necessidades daquela região e nemdas outras regiões do Rio carentes de ummelhor transporte coletivo, sob a alega-çáo de que as empresas não tomaram ainiciativa. Como ninguém se dispõe amexer nenhuma pedra neste complicadotabuleiro do transporte urbano no Rio, asituação permanece delicada.

Um dos resultados é o que se viu emGuaratiba. Cidadãos, pressionados pelainfernal deficiência dos transportes, dei-xam-se embalar pela ilusão de que conse-guiráo resolver seus problemas pela vio-léncia. Mas nisto tudo está implícito quemuita da violência poderia ser evitada sea SMTU obrigasse as empresas de ônibusa racionalizar seus serviços, fazendo umamelhor distribuição de linhas para aten-der convenientemente os diversos seg-mentos da população. Afinal, setenta por

cento da população do Grande Rio circu-Iam em ônibus.

Estes ônibus transportam por dia 5,5milhões de passageiros, muito mais do

que o metrô dc Paris com seus 275quilômetros de linhas. Má bairros malservidos, há outros com linhas em exces-so ou competindo desnecessariamenteentre si. Não houve um planejamentoglobal para o estabelecimento destas li-nhas e, com o correr do tempo, muitasdelas foram estabelecidas â medida quemoradores enviavam abaixo-assinados âPrefeitura. Formou-se assim um sistemacaótico, inadequado, servindo de pano defundo para o espetáculo de milhares deônibus trafegando em alta velocidade,soltando fumaça negra, desrespeitandosinais, parando fora do ponto — e amaior parte deles mal conservados, sujose velhos.

Na administração passada, o governoestadual encampou dezesseis empresasde ônibus e até hoje a situação delaspermanece indefinida. Outras cidades,cm outros Estados, como Belo Horizontee Curitiba, adotaram com êxito o sistemade contratar as empresas como prestado-ras de serviços. No Rio, não se tomouainda a decisáo política de reexaminar oatual e precário sistema de exploração delinhas — indecisão que náo honra ainteligência da Secretaria Municipal deTransportes Urbanos e nem satisfaz odesejo da população de contar com umtransporte coletivo melhor do que esteque está aí.

Pelo menos a SMTU não se sur-préende quando a população se deixalevar por atos dc irresponsabilidade comoo de Guaratiba. A falta de ação corres-ponde uma reação de igual insensatez.

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n(/i,i 1° dc junho o delegado Romeu Diamant, da 13a DP]^•vi cm Copacabana, declarou aos jornais que o assalto aoOlhou Palace Hotel foi um dos mais perfeitos que investigou em22 anos de carreira. Em uma oção-relâmpago, que durou 30minutos, vários homens armados de metralhadoras c escopetasarrombaram 63 dos .VHI cofres do hotel c roubaram jóias crelógios avaliados em CZS 3 milhões. Os ladrões chegaram aoOthon às 2h50mln e, após renderem os seguranças, trancaramtodos os funcionários no depósito de lixo. Depois de percorreremsalas e banheiros do andar térreo, os assaltantes — todos jovens ebem vestidos — ocuparam o hall enquanto os outros se dividirampelas ruas próximas e entradas do hotel, na Avenida Atlântica, enas R uas A ires Saldanha e Xa vier da Silveira. Agora, cinc< > mesesdepois, quase todos os componentes da quadrilha foram presos eencontram-se em presídios e penitenciárias do listado. O idealiza-dor do assalto, Aloísio Tavares, o Pivete, garante que somenteoito pessoas participaram da ação e não 28 conforme noticiado naimprensa. Os outros são Adalberto Elmas Feijó, Célio GomesDamasceno. Daniel Francisco da Silva (que eslava no helicópterodurante a tentativa dc resgate do traficante Meio-Quilo dopresidio Milton Dias Moreira), Natanael Fontes Lopes. Renéllustilhos Moreno e Luís Carlos Gomes, o Russinho. sendo que osdois últimos já estão mortos. O único identificado que ainda estáforagido éJosé Roberto Silveira de Tavares, o Zequinha Playboy."Nossa

parte já foi cumprida e os inquéritos estáo distribuídospara varas criminais. Todos os depoimentos foram tomados e oúnico ponto ainda desconhecido é se o Paulo Maluco participouou não do assalto. Isso porque os hóspedes o identificaramatravés de fotografias, mas os bandidos desmentem. De qualquermaneira, anotei as duas versões no inquérito e o tribunal vaijulgar. Quanto ao paradeiro do dinheiro nunca saberemos porqueeles não dizem", afirmou o inspetor Pedro Lanzieri Marinho,chefe da seção de roubos c furtos da Delegacia dc Roubos eFurtos. Segundo Marinho, com a prisão desses bandidos, umoutro caso dc assalto fica solucionado; o do hotel Savoy, damesma cadeia do Othon, ocorrido em 18 de agosto. Foramarrombados 24 cofres dc segurança e levados CZS 692 mil dagerência e mais quatro mil dólares. 75 mil pesetas, 1 milhão 500mil de liras e 5tHI austrais de 14 hóspedes. "Guando cheguei noSavoy e comecei a investigar, vi que tinha sido o mesmo estilo doOthon e não tive dúvidas de que tinha sido praticado pelo mesmobando. Só que com menos gente. Foi preciso muita investigação epaciência para prender todos e esperamos que continuem pormuito tempo atrás das grades."

Sorüya Dutra

Sizenando

Tráfego à Rua do Lavradio

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^ V \ \ ^ iimwA \S/\ \ ~~^ -®__. "^-";>/r^?&*W \Lapa/ /f)

\ v^>-^^^ v^xv^ sg IObrasEstão sendo realizadas, a pedido daLight. obras de construção da Linha deTransmissão Subterrânea Santo Antônio-Santa Luzia. Assim, o tráfego procedentedo Largo da Lapa com destino á Rua doLavradio está sendo desviado da seguinteforma: Largo da Lapa — Avenida Memde Sá — Rua do Lavradio. O tráfegoprocedente da Avenida da República doParaguai com destino á Rua do Lavradio,está sendo desviado da seguinte forma:Avenida República do Paraguai - Aveni-da Mem de Sá — Rua do Lavradio.O DER informa que a RJ-149 (da RJ-155até a ponte sobre o Rio Piraí) ficaráinterditada das 8h de hoje às 8h do dia 3dè dezembro, para serviços de reforço dalaje da ponte. O tráfego de Rio Clarocom destino a Mangaratiba e vice-versaserá desviado através das rodovias muni-cipais RC-05 e RC-06, com cerca de 6quilômetros de extensão.

CursosD Souoplastía e Vocabulário — AFaculdade da Cidade inicia o curso Sono-plastia para espetáculos, com a sonoplas-ta Xodó, autora da trilha sonora da peçaAs Lágrimas Amargas dc 1'elra Von Kante, amanhã, o custo Wordmastery (domí-nio do vocabulário), com o professorHugo Obando (227-8996 c 287-1145),

Cl Interpretação — Começa amanhã,com o diretor Wolf Maia, na Facha, ocurso Formação de atores para televisão(551-5045. ramal 721).

["] Culinária — Na As Marias: Ceia deNatal (17 pratos), amanhã e dia 26, eTécnica dc microondas (início: dia 27):287-6587.D Informática — Dia 25, a JMS iniciaos cursos Formação de programadores eLinguagem C (221-6067).Q Informática II — Começa dia 26, naDatamiero, o curso Você comprou umnlicro. o que fazer! (511-0395).Q Fundamentos de fotografia —Curso a partir de 25, com o professorAmílear de Paiva (295-4455).

Beatnz

D Criança excepcional — Levar pais,profissionais de áreas afins e estudantes acompreenderem o desenvolvimento emo-cional da criança excepcional c seu desejode estabelecer relações afetivas com adul-tos e outras crianças são alguns temasabordados no curso A criança excepcio-nal e sua relação com os outros, que seráministrado pela psicóloga Maria da GraçaFerreira, a partir do dia 26, na AtividadeCoordenada (255-6571 e 255-8141).

D Estética — O Centro Técnico dcEstética Dr. N.G. Payot inicia dia 27 ocurso Eletrólise (552-3248).D Corpoterapia—Com a terapeuta epsicóloga Ângela dc Sousa, no dia 27.Entrada franca (393-4586).

D Tai-chi-chuan — Cursos promovi-dos pelo Rota T, o primeiro com asinstrutoras Beth Schaeffer e Angela An-drade, o segundo, com a professora VeraMartins (542-2307).D Vários — O Espaço Cultural estápromovendo estes cursos: iniciação àdança lúdica e teatral, jazz infantil combase clássica e trabalho corporal paracrianças dc 4 a 7 anos (399-1188 e 399-4261).

ConcursosD Tribunal de Justiça — A Funda-çáo Escola de Serviço Público — FESP —reberá até o dia a 27 de novembro, das10b às 16h, somente nos dias úteis, inseri-ções para preencher as 165 vagas para oscargos de Comissário de Menores deEntrância Especial, Técnico JudiciárioJuramentado de Entrância Especial eAssistente Social para o Tribunal deJustiça do Estado do Rio de Janeiro. Noato da inscrição os candidatos deverãoapresentar, somente, documento oficialde identidade e entregar comprovante dataxa de inscrição no valor de CZS 500,paga em qualquer agência do Banerj, emfavor da FESP-RJ, conta n° 097-00308-35, Agência SEENT.

Os postos para a inscrição são os seguiu-tes: Escola Municipal Roma (AvenidaNossa Senhora de Copacabana, 165, Co-pácabana); Escola Municipal Rivadávia

Corrêa (Avenida Presidente Vargas,1314, Centro): Colégio Estadual SouzaAguiar (Rua dos Inválidos, 121, Centro);Instituto de Educação do Rio de Janeiro(Rua Mariz e Barros, 273, Praça daBandeira); Escola Municipal Repúblicado Peru (Rua Arquias cordeiro, 95.Méier): Colégio Estadual Carmela Dutra(Avenida Edgard Romero. 491. Madu-reira.

CongressosD Zaire no Brasil— Será realizada de 24a 29 de novembro, no Centro Empresa-rial do Rio de Janeiro (Praia de Botafo-go, 22S), a Semana Econômico-Ciilturalda República do Zaire no Brasil, quecontará com as conferências O

'Turismo

na África. A Economia da África Centrale A Arte e a Cultura do Zaire, além daapresentação do Bailei Nacional do Zai-re, desfile de moda africana e exibição dofilme O Zaire. Maiores informações, comLeila Mansur, pelos telefones 541-8642 e541-8910.

DetranO Detran informa que o DocumentoÚnico de Trânsito — DUT — está sendoentregue nos seguintes locais: Posto daAvenida Francisco Bicalho, 250; Maraea-nã — Radial Oeste s/n" (Posto da Petro-brás); Cascadura — Avenida EmaneCardoso, 389 (Autotur); Ilha do Gover-nador— Estrada do Galeão, 2920 (Postoda Petrobrás): Campo Grande — DetranRural (Rua Irajuba, 567); Tijuca - RuaDr. Satamini, 123 (Posto da Tijuca);Lagoa - Avenida Epitácio Pessoa (Postoda Petrobrás); Leblon — Avenida Afrá-nio de Melo Franco (Depósito do DetranSul); Botafogo — Rua Sáo Clemente,307; Barra da Tijuca — Avenida dasAméricas. 3201 (Touring): Centro —Avenida Presidente Vargas, 290.Os DUTs de placas finais 7 e 8 serãoentregues até o dia 14 de dezembro e osde placas finais 9 e zero. de 15 a 30 dedezembro.Os motoristas devem preencher o formu-lário no local, levar xerox do DUT deI9S6 com o seguro pago, xerox do IPVAde 1986 e 1987 e xerox da carteira deidentidade. Em todos os postos o serviçoé inteiramente gratuito.

CorreiosOs Correios mantém um serviço de Do-cumentos Achados e Perdidos, em suaagência Central, na Rua Primeiro deMarço, 64. 1" andar, para onde sáoencaminhados os documentos entregues,nas demais agências do Rio ou colocadosnas caixas de coletas da empresa em todaa cidade. Os documentos ficam á disposi-ção de seus donos durante 60 dias, epodem ser procurados na agência central,no horário das 8h às 17h. Pelo telefone159, a ECT informa sobre a listagemgeral dos documentos extraviados e reco-lhidos nos últimos dois meses, além deoutras informações sobre os serviços daempresa.

SemináriosO conceito de moda em vitrine (composi-ção de cores, tendências e estilos), aproduçáo de manequins (técnicas de ma-nuseio), a exposição dos objetos de cenae iluminação, serão alguns dos temasabordados pelo curso/seminário VitrineHoje, ministrado por Edgar Otávio, quecomeça hoje e vai até o dia 26 denovembro, sempre das lOh às 12h, naOlympo Produções Culturais.

Além deste curso/seminário a Olympopromoverá, dc 25 cie novembro a 16 dedezembro, das 19h às 20h30min, o ciclode palestras Decoração e Arquitetura:Uma Proposta Integrada, onde CláudioBernardes irá analisar e discutir a novatendência da arquitetura brasileira deintegrar desenho, tecnologia, material,móveis e complementos, abordando, en-tre outros, os seguintes temas: soluçõesmateriais, climatizaçáo das casas, empre-go bioenergético, energia solar, clima,solo, e visão espacial.

No Vitrine Hoje o aluno que se destacarterá grande chance de se posicionar nomercado, já que o curso contará com aparticipação de conhecidos estilistas co-

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mo Gregório Faganello, Biza Vianna,Regina Martelli, entre outros. A Olympoirá conferir certificado para os alunos deambos os eventos, que terão também aparte prática onde montarão projetos. Osinteressados podem se inscrever aindahoje na Rua Bambina. 110, casa 07.Botafogo, e maiores informações podemser obtidas pelo telefone 226-7606.

Dia e NoiteLJ Farmácias — Zona Sul — Farmá-cia Flamengo (Praia do Flamengo,224); Leme — Farmácia do Leme(Rua Ministro Viveiros de Castro,32); Leblon — Farmácia Piauí (Av,Ataulfo de Paiva, 1283); Barra daTijuca — Drogaria Atlas (Estr. daBarra da Tijuca, 18); Copacabana —•Drogaria Cruzeiro (Av. Copacaba-na, 1212);Zona Norte — Cascadura — FarmáciaCardoso (Rua Sidônio Paes. ll>); Rc.ilcn-go — Farmácia Capitólio (Rua MarechalSoares Andréa. 282); Bonsucesso — Far-macia Vitória (Praça das Nações, 160);Méier— Farmácia Mackenzie (Rua Diasda Cruz, 616); Campo Grande — Droga-ria Chega Mais (Rua Aurélio de Figueire-do, 15); Drogaria Chega Mais (Rua Bar-celos Domingos; 14); Farmácia Comari

(Rua Augusto Vasconcelos, 76); Jacaré-paguá — Farmácia Carollo (Estr. deJacarepaguá, 7912); Tijuca — Casa Gra-nado Laboratórios Farmácias e Drogarias(Rua Conde de Bonfim. 300); Ilha doGovernador — Drogaria Coutinho daIlha (Est. Cacuia, 9,S); Farmácia Supersó-nica (Aeroporto Internacional): Pavuna— Farmácia N. Sa. de Guadalupe (Av.Brasil, 23.390); Drogaria Central dc An-chieta (Av. Nazaré, 2.635); Farmácia.larsan (Rua Lcocádio Figueiredo, 331);Zona Centro — Central do Brasil —Farmácia Pedro II (Edifício da Centraldo Brasil);

D Emergências — Prontos SocorrosCardíacos — Tijuca — Prontocor — 264-1712, 248-4333. 284-2997e 284-2246 (RuaSão Francisco Xavier, 26); Lagoa —Prontocor - 286-4142 (Professor Salda-nha. 2(>); Barra da Tijuca — CardioBarra

399-5522 c 399-8822 (Av. FernandoMatos. 162). Laranjeiras — Uticor —265-6612 (Rua Soares Cabral, 36): Bota-fogo — Elctrocor — 246-8036 (Rua SãoJoão Batista. 80); Ilha do Governador —Ccntro-Cor — 393-9676 (Rua Cambai);ba. 167—Jardim Guanabara).Barra da Tijuca — Centro Ortopédico eTraumatológico — 399-7920 e 399-3455(Rua Rodolfo Amoedo, 140);Prontos Socorros Dentários — Botafogo

Clínica de Urgência — 226-0083 (RuaMarquês de Abrantes. 27): Leblon —Dentário Rollin — 259-2647 (Rua Cupê-rtino Durão. 81); Méier — Clínica Odon-tológica Censo — 594-4899 (Rua JoséBonifácio. 281); Copacabana — Figueire-,do Magalhães. 286 — 236-5795; N. S1Copacabana. 195 — 275-1246:

Prontos Socorros Infantis — TijucaProntobaby — 264-5350 (Rua Adolfo

Motta, 81); Clínica Infantil Mário Novais284-2312 (Rua Bom Pastor, 295);

Jardim Botânico — Psil — 266-1287 (RuaJardim Botânico, 4-18): Ilha do Governa-dor — Prosilha — 393-0766 (Rua Cam-baúba. 151);

Ortopedia — Leblon — Cotrauma —294-8080 (Av, Ataulfo de Paiva, 355);Cortrel — 274-9595 (Av. Ataulfo dePaiva, 658);

Otorrino — Copacabana — Cota —236-0333 (Rua Tonelero, 152);

Po_.c__nic.-_s urgências — Copada-bana — Clínica Galdino Campos —255-9966 (Av. N. Sa de Copacabana,492). Barra da Tijuca — MandalaClínicas — 325-3022 (Rua Dr. PotyMedeiros, 60 —- Centro ComercialMandala — (Av. das Américas, Km6,5);

Tomografia — Niterói — Centro deTomografia Computadorizada de Niterói(CTCÒN) — 714-2540. 711-9555 e 266-4545 BIP 4JM2;

Radiologia — Copacabana — ClinicaRádiolõgica 24 horas Ltda. — 237-7226(Av. N.'Sa de Copacabana, 492/202).

Reuiuatologia — Botafogo — Centrode Reuiuatologia Botafogo — 266-5998,226-7651 e 246-5443 (Rua Voluntários daPátria, 445, grupos 1306/7).

berta no ano dc 1845, nos terrenosda chácara de Luísa Clemente da

Silva Couto, a Rua Cândido Mendesrecebeu, quando aberta, o nome de RuaDona Luísa. Suas tetras eram extensas c,mais tarde, delas foi criada a chácara doconselheiro Amaro Velho da Silva. Apropriedade de Dona Luísa ficou famosa,pois deu margem ,i questão dó Papa-Couve, quando sua dona resolveu estai-der suas terras além do que devia, cercan-do plantações de couve dc vizinhos, juntoao morro, segundo o historiador BrasilGérson. A mudança do nome aconteceucm 1881, quando morreu o senador ma-ranhense, que era ainda jornalista e geó-grafo, autor do Atlas do Império.

Cândido Mendes de Almeida nasceucm 1818, formando-se em Direito em

Olinda, onde exerceu a advocacia, foipromotor publico c professor de Historiac Geografia no Liceu de Sáo Luis. Mem-bro do Partido Conservador, foi eleitodeputado cm 1843, 1850e 186(1 cde 1S69a 1872. Fundou em sua província (Brejo)vários jornais. Seu livro Direito CivilEclesiástico é a obra mais importante dogênero. Cândido Mendes reeditou osPrincípios de Direito Mercantil, de José

da Silva Lisboa, e também Memóriaspara o l.xtinto Estado do Maranhão,contendo textos históricos. Defensor in-transigente da Igreja, morreu no Rio dcJaneiro.

Segundo o livro História das Ruas doRio. de Brasil Gerson, entre os antigosmoradores da Rua Cândido Mendes des-tacam-se o ministro Visconde de Cansa-ção de Sinimbu e o historiador Capistra-rio de Abreu. Durante a /' Guerra Mun-dial, era nela que ficava uni dos maiselegantes hotéis da cidade, o Moderno.,dc estilo francês. Hoje abriga a Casa daSuíça, motéis e ainda muitas residências.

Rua Cândido Mendes — Glória e SantaTeresa. Começa na Rua da Glória etermina na Rua Almirante Alexandrino.

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mmqpioAgoraélei.otrabalhadortemoVale-Transporte

e só gasta 6% do salário em condução.Mas, no município do Rio, o vale já valia desde

maio. A Prefeitura não dormiu no ponto.E milhares de cariocas chegaram mais cedo a essa conquista.Informações: Av, Mal. Câmara, 271-7.° andar (De 9 às 12h, de 13:30 às 16h)

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JORNAL DO BRASIL segunda-feira, 23/11/87 O Cidade o 5

A grande corrida 1 d competiçãoCandidato a vestibular acredita (mesmo)que "quem não se comunica se trumbica

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Angela [{omita

vagas,se lido

O sonho da "aldeia global" ainda nâo

terminou para os milhares de jovens queaspiram a uma vaga nos cursos de Comunica-ção Social. No vestibular do Ccsgranrio, ocurso é o primeiro em preferencia, na relaçãobandidato-vaga, e na UFRJ e UFF, o terceirona programação de candidatos por vagas.Enquanto isso, a retração no mercado detrabalho, a cada ano, é mais evidente, apesartia democratização da informação. Nessa erade crise, o único seior que está se expandindoó o da Publicidade: a saída c anunciar paravender seu produto.

Das quatro carreiras da área de Comunica-ção — Jornalismo, Publicidade e Propaganda,(Relações Publicas c Cinema —, Jornalismo é aque alrai o maior número de candidatos. E ajnaioria por idealismo de "mudar o mundocomo um grande repórter de Política", comopretende Marcelo Cajueiro. 20 anos, no 5"período da Escola de Comunicação da UFRJ.

Jornalismo Paradoxalmente, o mer-cado de trabalho nessa arca é um dos maisrestritos c, nesses últimos 20 anos, só no Rio,os quase 20 jornais diários se reduziram paraíncnos de dez. Em contrapartida, mas emescala menor, surgiram outras áreas de atua-Çáo, como o jornalismo televisivo c as empre-sas de vídeo, estas uma saída para o restritomercado de trabalho.

Para o Vice-Prcsidenle do Sindicato dosJornalistas do Município do Rio de Janeiro,Nilo Sérgio Gomes, a redução do mercadoacarreta a sobrecarga dos profissionais que jáestão trabalhando, pois, apesar do aumento dovolume de informações, o número de vagas semanteve estacionado. Além disso, ele lembraque mais uma publicação eslá com os diascontados, tendo seu proprietário já vendido oparque gráfico.

O futuro de ultima Hora — que háalguns anos empregava cerca de 20(1 profissio-nais, além de edições em cerca de seis Estados— é a transferência para um andar apenas dojornal O Dia. Esse — lembra ele —. foi omesmo caminho percorrido pelo A Notícia,fechado no inicio desla década.

Além da redução do número dealguns programas jornalísticos estáoextintos. A RádioMEC. recentemente,acabou com o noticia-rio; a Roqueie Pinto,com o novo Governo,reduziu os programasjornalísticos; e a RádioManchete demitiu dezjornalistas ao acabarcom o "Show de Notí-cias" e os noticiários das12h30min e 18h30min.Os setores de pesquisadas empresas jornalísti-cas também sofreramredução de pessoal,com jornalistas sendo,muitas vezes, substituí-dos por sociólogos e es-tatísticos. A Revisãodeixou de ser área dejornalistas, substituídos por conferentes quenecessariamente não sáo profissionais da área.

Esse quadro pintado por Nilo Sérgio seconfronta com o número de profissionais. Sóno Rio, são cerca de dez mil, mas o Sindicatoestá preparando um censo para o próximoano. em que pretende definir esse quantitati-vo. Sindicalizados, apenas -I mil 500.

A crise econômica atingiu também oshouse-orgtms (jornais de empresas para divul-gação de assuntos internos) e os jornais deentidades, que alegam alto custo gr'afico paraextingui-los ou transformá-los de semanais oumensais para bimestrais ou semestrais. Alémdisso, lembra ele. em um País que nâo se lê,pouco interessa a manutençõ ou criação depublicações informativas.

O meio de comunicação de massa setorna muito mais em um aliado de barganhapolítica do que um meio de informação dasociedade — afirma Nilo Sérgio.

Em meio a esse quadro, os jornalistasestáo ameaçados de ter mais ainda o mercadodiminuído. Segundo Nilo Sérgio, a FederaçãoNacional dos Jornalistas (Fenaj) e os sindica-tós estão se mobilizando para combater olobpy das empresas, que já estáo se organizai!-do para derrubar no plenário da Constituinte aexigência do diploma de curso superior para ojornalista. A exigência foi mantida pela Co-missão de Sistematização.

Nilo Sérgio lembra que só mesmo "quemtem o jornalismo no sangue" consegue sobre-viver o estresse diário da profissão. Ao que sesoma a questão salarial, a seu ver. outrogrande problema para os profissionais. O pisosalarial do jornalista, para uma jornada decinco horas, está este mês em torno de CZS 10mil, cabendo ao redator salário mais alto, deCZS 12 mil 297,

Baixo nível — O Sindicato criourecentemente a Comissão de Integração Uni-versidade-Meio Profissional (Ciump), com oobjetivo de melhorar o nível de ensino dasescolas de Comunicação e tentar diminuir autilização do estagiário como mão-de-obra

barata, a partir da conscientização do estu-dame.

A Ciump já requerei! ao Ministério deEducação maior fiscalização nos cursos, quesem distinção estão burlando alé mesmo ocurrículo. A primeira a receber a visita da(üuiíip foi a Estácio de Sá. Lá, ao invés de umamáquina por aluno, o laboratório tem umatecla por aluno; não tem redação ou jornallaboratório; e o laboratório fotográfico sequerpossui maquina fotográfica.

Marcelo Cajueiro é um exemplo "do es-forço pessoal" para superar as deficiências docurso, já que lambem as instituições oficiaissofrem do mal de náo ler material adequadoao curso. O contato profissional se restringe,na maioria das vezes, no convívio com osprofessores, grande parte profissionais daárea.

No quinto período, faltando três para seformar. Marcelo Cajueiro já trabalha no meio.Em um jornal mensal recebe CZS 2 mil 300 eem um outro semanal faz a matérias graluila-mente. Fora isso, como monitor de turma,alua na Ecopress — agência de noticias criadarecentemente para divulgar noticias da UFRJ—, com uma bolsa de CZS 2 mil.

Publicidade — Para a presidente doSindicato dos Publicitários, Maria Helena deMoraes Funzer, quanto maior a crise, rniiis omercado na área cresce. Com a perda dopoder de compra, o jeito é anunciar paravender seu produto ou sua imagem. Ela alerta,no entanto, para a alta rotatividade no merca-do, o que gera uma constante apreensão.

Atualmente, há cerca de dez mil publicitá-rios que trabalham na área técnica — decriação e produção —, mas há também ainvasão de mercado por outras categorias, jáque a Lei 4680/65 — de regulamentação daprofissão — náo é clara nesse aspecto.

Os salários — náo há piso salarial —podem alé ser considerados acima da média,sendo os da área de criação os mais altos, emtorno de CZS SO mil. A média, no entanto,gira em torno dos CZS 20 mil.

— Esse quadro muda de acordo com otamanho da empresa. As grandes pagam mais,mas como 70% sáo de pequenas agências, ossalários não sáo tão compensadores. Mas há oscobras, com remuneração de até CZS 400 mil— esclarece.

Arquivo

Quem se forma em cinema não tem mercadoRelações Públicas — Potencial-

mente. o mercado de trabalho nessa área éconsiderado excelente pelo presidente da As-sociação Brasileira de Relações Públicas, CaioAugusto do Amaral. Ele. no enlanto, observaque, pela dihamicidade das informações, apreferência está recaindo sobre projetos ca-suísticos, com o predomínio do marketing.Somente quando surge uma situação de confli-to os relações públicas são chamados a aluar.

— O trabalho do Relações Públicas não éepisódio, como os lobies hoje tão em moda,mas constante. Atualmente, as empresas estáopreferindo atuar em função de fatos isolados,quando a atividade deve ser contínua — dizele.

Caio do Amaral lembra que o número derelações públicas deve estar em torno dos trêsmil, embora não haja um levantamento dequantos estáo empregados. Segundo ele, osmaiores empregadores continuam sendo asempresas multinacionais, que valorizam a ati-vidade até mesmo no planejamento empresa-rial. A seu ver. entretanto, em breve asatividades do Relações Públicas serão maisexigidas."O

profissional de Relações Públicas é oresponsável pelo estudo da dinâmica social, apartir da pesquisa da historicidade dessa trans-formação. A partir daí, ele planeja a estrutura-ção da empresa para se adequar a essasmudanças sociais.

Cinema— Cinema é cultura, mas comono Brasil pouco se investe nessa área. asituação do mercado de trabalho para osformados "é

precária, difícil e pouco alvissa-rcira", na opinião do Coordenador de Cinemada UFF, José Alberto Nobre Porto. A seu ver,a saída é o trabalho cm televisão e vídeo.

Zecca Nobre Porto, que já montou ceditou algumas novelas e seriados na televisão,diz que além da situação de mercado, osalunos enfrentam um curso de precárias condi-ções, apesar do apoio da Reitoria da UFF.Mas é a partir do curso, onde a maioria dosprofessores é da área, que o aluno vê aperspectiva de ingressar no mercado.

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Para a maioria que prefere as quatro carreiras da comunicação social redação de jornal é grande meta

P rojesprefere

sor diz que Europamúltipla escolha

O Brasil mais uma vez perde "o bonde da história" e

volta na contra mão no processo de ingresso na Universi-dade ao reviver o vestibular com questões discursivas. Ascríticas ao modelo de múltipla-escolha, na opinião doprofessor Sérgio Costa Ribeiro, que há anos faz pesquisasem Educação, sáo infundadas. Não é esse sistema oresponsável pela queda da qualidade do ensino, mas sim afalta de seriedade com que se trata a Educação no País.

Costa Ribeiro recorda que a múltipla-escolha foiinstituída nos países da Europa na virada do século, e jáem 1918 a Holanda apresentava estudos comprovando quea confiabilidade de resultado nas provas discursivas só sedá se o número de professores que corrigem uma mesmaprova for superior a 10. A flutuação do critério decorreção, a seu ver, é tão grave quanto a aleatoriedade namúltipla-escolha.

A aleatoriedade mencionada por Costa Ribeiro,baseado em estudos internacionais, refere-se ao índice deacertos de 20 por cento das questões através do chute. Essaé a média de acertos do macaco. Na questão discursiva,garante ele. a aleatoriedade passa a ser do professor quecorrige a prova. A flutuação, diz ele. depende até mesmodo humor do corretor e pode variar para a mesma provadia-a-dia.

Vários estudos comprovam ainda que os testes objeti-vos permitem avaliaçáo mais completa. Com questões demúltipla-escolha, o currículo pré-universitário pode termaior abrangência, permitindo à instituição detectar noaluno conhecimentos mais gerais do que nas discursivas.

Estas, por sua vez, tém que ser em pequeno número, comrestrição ao espectro curricular.

A questão objetiva bem elaborada — ressalta — éa melhor forma de avaliar o aluno.

Mas para se elaborar bem uma prova objetiva,observa Costa Ribeiro, a banca deve ser altamente qualifi-cada, além de contar com técnicos especializados naformulação desse tipo de questão. E isso, lembra, requerinvestimento, pois o custo do concurso se eleva com aremuneração de bons profissionais.

Por razões puramente demagógicas, a taxa deinscrição foi mantida em nível baixíssimo (CZ$ 600). Parase ter um concurso altamente qualificado, com provassérias e de boa qualidade, esse valor deveria ser no mínimoum salário mínimo e meio — esclarece.

Ao seu ver, no entan- Arquivoto, torna-se absolutamenteestéril a discussão em tornodo tipo de prova. Não é poresse caminho que se melho-rara o ensino de SegundoGrau, mas sim com umapolítica educacional maisséria e sem um mercado detrabalho distorcido, que sóda valor ao indivíduo comcurso superior. O curso se-cundário, no Brasil, nãoserve para nada.

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Sérgio Costa Ribeiro

Quadro muda pouco em área nobreO retorno das questões discursivas não vai mudar

muito o quadro de classificação nos cursos de carreirasconsideradas mais nobres, como as das áreas de saúde etecnologia. Para Sérgio Costa Ribeiro, a aleatoriedade (20por cento de acertos pelo cAuíe) nesses cursos é comoacertar na Loto. Como geralmente todos os alunos são debom nível, a classificação só se torna possível se ele, porexemplo, tirar nota oito em todas as provas.No último vestibular unificado, as questões dis-cursivas apresentaram S0 por cento de zero. Portanto, nãoavaliou nada. A culpa não é da múltipla-escolha. L da faliade investimentos em Educação. E esse problema não vaiser resolvido na seleção de candidatos ao curso superior —alerta.

Além disso, o vestibular por área vai provocar umaespecialização precoce, o que, alertam os estudos, não eaconselhável para o jovem. Os países mais desenvolvidos,segundo Costa Ribeiro, visam uma formação mais eclética,especializando o estudante o mais tarde possível. E porque o ensino eclético não colou no Brasil? — questionaele.

Nossa sociedade não está se modernizando aonível dos países desenvolvidos. O nosso modelo de capita-lismo é dependente: consumimos e fabricamos a baixoscustos para pagar a dívida externa. Por razões de naturezapolítica — afirma —, a sociedade náo sente necessidade demodernizar o nível de educação do País.

Em nosso País, um professor dá, em média, 26 horas-aula por semana em 2,5 colégios. Tem em torno de 400alunos por ano. Obviamente, esse professor médio —alguns dão até 80 hóras-aula para pelo menos poder pagara gasolina de sua maratona diária — náo tem sequer tempopara preparar uma aula. Os professores dos colégios deAplicação da UFRJ, UERJ e PUC, que apresentammelhores resultados no vestibular, têm por uno 40 alunos,salários acima da média e dedicação exclusiva. Essa é agrande diferença.

A grande chaga do baixo nível de ensino, na opiniãode Costa Ribeiro, é a desqualificaçáo do professor. AUniversidade pública deve investir nos cursos de licencia-tura para, a médio e longo prazos, melhorar a formaçãodos alunos do Primeiro e Segundo Graus que serão seusalunos mais tarde. Segundo Costa Ribeiro, 95 por cento

dos professores de Segundo Grau sáo formados em facul-dades da periferia.

Toda verba da Emenda CAlmon (13 por cento doorçamento da União) é praticamente gasta com a universi-dade pública, que forma uma elite de 300 mil jovens porano. A formação do professor esta sendo deixada para asescolas particulares, que não se interessam pela qualidade.Esse modelo de vestibular vai elitizar muito mais, apesarde a função da universidade pública seja justamente ainversa.

A Universidade pública, a seu ver. deveria investirmais nas carreiras procuradas por alunos de mais baixarenda, inclusive instituindo cursos noturnos. Mas eleacredita que, quando o aluno formado por escolas não-oficiais começar a mal formar o filho da elite, essa mesmaelite irá exigir da Universidade maiores investimentos naárea de licenciatura.

RFA: inscriçãoé para sempre

Na Alemanha Ocidental (R.F.À.), a Constituiçãodetermina que

"todo cidadão tem direito de ingressar naUniversidade". E como se dá esse fato? Em primeirolugar, a inscrição é vitalícia. O exame vestibular é feitopela própria escola, que é conceituada e respeitada. Aosque náo passam nesse concurso, são reservadas algumasvagas para sorteio, a partir de cursos menos procurados.Lá, melhora-se o nível do aluno que não conseguiu passarna prova através do curso universitário.

No Brasil, os cursos de carreiras menos prestigiadas— justamente as de licenciatura — se mantém com vagasociosas, mesmo se a prova for de qualidade muito baixa.Para Costa Ribeiro, a saída poderia ser o sorteio dessasvagas, como é feito na Alemanha. A Universidade públicadeve adequar seu curso a esse aluno para que ele melhore,seu nível.

Caso contrário, esse aluno vai acabar em umafaculdade de baixo nível que formará os professores denossos filhos. Esse ciclo deve ser interrompido, o que náovai ser possível elitizando o vestibular.

Cesgranrio — Começa hoje aconfirmação de inscrição do vestibularunificado, com modificações em decor-réncia da greve dos servidores das univer-sidades federais. Os candidatos devemretornar ao mesmo posto em que seinscreveram, exceto os dos três postos daUFRJ. Quem se inscreveu na Av. Pas-teur 250 deve confirmar inscrição naUSU (Rua Fernando Ferrari 75, Botafoz.go); os que fizeram a inscrição na Escolade Música da Rua do Passeio foramdeslocados para a ENCE (Rua AndréCavalcante 106, Bairro de Fátima); e osdo 1FCS do Largo de Sáo Franciscoconfirmarão inscrição na AEVA (RuaSenador Furtado 129. em frente á estaçãoSão Cristóvãoo do Metrô). Todos os pos-tos funcionarão das lOh às 16h30min,com exceção dos da AEVA e UERJ, queapesar da greve manterá o atendimentoaos vestibulandos, assim como o do Insti-tuto de Matemática da UFF. em Niterói.Os candidatos precisarão levar a identi-dade e o comprovante de inscrição, nosseguintes dias: hoje — de A a E; amanhã— de F a 1; quarta-feira — de J a L;quinta-feira — de M a O; e sexta-feira —ik R a Z. Os dois mil candidatos inscritosem Ciências Econômicas precisarão ficaralertas nas opções: por engano, a UERJconstou no roteiro com vagas nos turnosda manhã e noite, respectivamente noprimeiro e segundo semestres. Só que ainstituição mantém vagas tanto pela marnhã como à noite nos dois semestres. OCesgranrio. partindo da preferência doturno do candidato, já incluiu essas op-ções no cartão de confirmação.PUC — A Coordenação do Vcstibu-lar decidiu entregar o cartão de confirma-ção de inscrição até mesmo no dia daprova, somente para os candidatos quejustificarem a ausência no dia estipulado.-A Coordenação informou que muitoscandidatos telefonaram para a instituiçàosolicitando essa facilidade, por não pode-rem ir pessoalmente no dia marcado,como exige a PUC. que não aceita pro^curação. Esses candidatos poderão apa-nhar o cartão uma hora antes da prova dedomingo, às 7h, para os dos cursos, deArte a Psicologia, e, às 13h. para os deEngenharia a Processamento de Dados,A escala de comparecimento é a seguin-te: amanha — de A a K; quarta-feira — Le fVÍ; e quinta-feira — de N a Z.

UFF — Essa semana, os candidatosimpedidos de confirmar a inscrição novestibular, após a data previamente esti-pulada pela instituição, poderão requerermandado de segurança contra a decisãoda Comissão de Vestibular, que lhesnegou esse direito. Eles recorreram "ao?Conselho Universitário que ainda náo se*manifestou. Estão requerendo a confir-maçáo de inscrição cerca de 50 dos 2.70Oque deixaram de fazê-lo.

UFRJ — Se a greve dos servidoresda instituição durar mais de 30 dias, ainstituição náo terá como cumprir o caV,lendário de provas determinado peloMEC. Toda a parte operacional do con-curso já está praticamente pronta e, emrelação ao contato com o aluno, faltaapenas a confirmação de inscrição, mar-1cada para a partir do próximo dia 30. Masa coordenação espera negociar com o'Comando de Greve o funcionamento de;três postos em unidade da UFRJ.

No próximo verão, o 1 ? lugar na Cesgranrio vai estar tomandobanho de cachoeira num lugar qualquer deste Brasil.

Quem tirar o 1 ° lugar na sua área noVestibular da Cesgranrio vai viajar de graçapara qualquer estado do Brasil, por contada Atlantic.Uma boa recompensa, reservada para quemtem talento nota 10.

MOTD1 ATLANTIC

O que os pequenosfazem de sua mesada

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Fábio, sete anos, ganha CZ$ 100 e quer comprar um Escort XR-3

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Iieatrice Barbosa, lii, ColégioAndrews: mesada só depois dos 15

Célia Regina (de frente)economiza para comprar tênis para a mãe

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* •Rodrigo de Paoli, 14 anos,CZS 4 mil por mês: o marajá das mesadas

A na bela Piúvaábio Bosi Ribeiro, sete anos, alu-no da classe de alfabetização doColégio Sion, no Cosme Velho, éuma criança econômica. E persis-

tente. Basta ver como ele pretende empre-gar a sua mesada de CZS 100:

— Vou juntar, juntar, juntar. Pra com-prar um carro.

Ninguém pense que o veículo em quês-tão é um carrinho de brinquedo. Fábio quermesmo um Escort XR3, de cur ainda indefi-nida. Para obter o que descreve como "a

coisa que mais quero na vida", ele preferenão comprar balas e figurinhas agora adeixar para juntar mais tarde o salário de umfuturo emprego. '"Depois eu não tenho di-nheiro e vai custar pra mim comprar umcarro", preocupa-se.

O emprego que Fábio pretende dar à suamesada é excepcional. Mas a sua situaçãoeconômica está exatamente na média dosalunos da sua classe, no tradicional colégiodo Cosme Velho. De idades entre seis e seteanos. filhos de comerciantes, profissionaisliberais e outros integrantes da classe médiacarioca, eles aprendem desde cedo a mane-jar o dinheiro. Pelo menos até o primeiroemprego — talvez numa loja, talvez umestágio em alguma empresa — terão muito

tempo para aprender todas as artes de viverdo dinheiro pingado pelos pais mensal ousemanalmente.

Aumentos implicam em complicadas ne-gociações. Como conta Márcia Cristina Le-mos dos Santos, de seis anos, uma das maisafortunadas alunas do CA do Sion, queganha CZS 100 por dia.

Ela (a mãe) vai diminuindo. Porexemplo: eu ganho CZS 100. Aí ela querdiminuir no outro més. Aí eu falo: mãe.aumenta para o outro mês. Aí ela aumenta.

Márcia compra todo dia hambúrguer eCoca-Cola na cantina da escola e nos sába-dos e domingos compra picolé. Bem melhorque José Augusto Santiago, 6, que come pãocom manteiga com sua semanada de CZS 50("vou ganhar CZS 100 no mês que vem). Já,Mariana Debizè da Mota. seis anos, fazmilagres com os CZS 10 que diz recebersemanalmente. O dinheiro — ela acha — "émuito já também". Até sobra para comprarfigurinhas. Também, ela não gosta de umdos produtos mais consumidos pelos infan-tes: as balas. "Gosto de chocolate, mas paraisso tem de ter muitos dez", conta. Bala, sóem certas ocasiões:

Quando eu tô com raiva de bala euchupo bala. É ao contrário.

Um andar acima e vários anos mais'velha, a classe de quarta série do primeiro

grau vive situações econômicas mais diferen-ciadas. Bruno Moulin Barbosa, 11, nãoganha mesada: "Peço

quando preciso", diz.As precisões de Bruno são revistas emquadrinhos do Cascão e Cebolinha e figuri-nhas para o álbum Copa União — coquelu-che atual, colecionado por 10 entre 10 meni-nos. De cada vez, os pais dão CZS 100, CZS50, que o menino às vezes guarda

"pracomprar camisa da Pier".

No meio da cascata dc vozes de criançasmais ansiosas por dar entrevistas que politi-cos do interior, uma menina de olhos clarosinforma que não gosta de ganhar mesada."Porque tudo que eu peço para a minha mãeela me dá." Vencendo o bolo de alunos emtorno da repórter, um menino convida aentrevistar "o mais gordo da sala". José Luizde Almeida Bello, 10 anos, nem é tão gordoassim. Inclusive porque há um ano c meionão lancha com os CZ$ 30 que ganhadiariamente para economizar dinheiro ecomprar um skate. Além da verba paraalimentação, José recebe CZS 20 por sema-na, mas não admite extravagâncias: no máxi-mo, uma bala ou figurinhas para o seu álbumSurf, O resultado de toda esta economia éque já acumulou CZS 6 mil e 500, semdestino desde que descobriu que vai ganharo brinquedo no Natal.

Quem também aproveitou a necessidade

de guardar dinheiro "para fazer um regime-zinho" foi Célia Regina Alves, 14. Duranteum més e meio, ela não usou os CZS 300 querecebe por semana para comprar um tênis depresente de aniversário para a mãe. É práti-ca a que já está acostumada, para acrescemtar uma peça nova ao guarda-roupa. Poressa e outras é que Mariana Perfeito, 14,colega de Célia na 8a série do Sion, acha queter mesada "seria desvantagem":

— Se eu for pedindo a cada vez quepreciso ela me dá muito mais.

Os adolescentes que estudam no ColégioAndrews, em Botafogo, têm vida mais folga-da. Rodrigo De Paoli, 14, estuda na sétimasérie e é apontado como o marajá dasmesadas: seu pai, dono de uma grandeconstrutora, lhe dá CZS 4 mil por mês. Bemmais que o salário mínimo (CZS 3 mil)recebido por um servente. Com o dinheiro,Rodrigo lancha diariamente no McDonalds,e compra parafina para as suas duas pran-chás de surf, que troca todo ano com odinheiro economizado da mesada. A última,marca Op, custou CZS 15 mil.

Rodrigo divide com o presidente dogrêmio do colégio, Marcelo Temer, o inte-resse por computadores, que os mantématentos a todos os lançamentos de revistassobre o assunto nas bancas. Aos 15 anos,estudante do 1" ano do segundo grau. Mar-

ceio compra também Playboy, Mad e Chi-,eletc com Banana, paga entradas de cinemac comédias de teatro. Os discos, quando sãode jazz, como os do tecladista Jean MichelJarre, sâo financiados pelo pai. Mas os deroek têm de sair do próprio bolso:

Ele diz que acha uma falta de culturae que não quer ser conivente com isso —conta Marcelo.

A maioria dos estudantes do Andrewsganha bem: Gabriela Lessa, 13 anos, alunada 7a série, recebe CZS 100 por dia e garanteque

"todo mundo do colégio ganha isso".Mas no caso de Beatrice Barbosa, 13, estu-dante da mesma série, a afirmativa não éverdadeira. Ela recebe CZS 250 por semana— o estritamente necessário para ônibus elanche. "Meu

pai só dá mesada depois dos15 anos. Ele diz que é uma preparação paraa vida futura", explica. Só quando comple-tar esta idade ela poderá ingressar no livrocaixa da família, controlado semanalmente:

Ele abre um caderninho que dizquanto se gastou, quanto sobrou. Todosábado, faz as contas. O que sobra, eledepo-sita na poupança. Se eles não ficam danadoscom isso? Náo, meu pai conversou com agente. Melhor que ficar gastando dinheirocom besteira — diz, com obediência exem-

plar.

a exposiçãoArquivo José Roberto Serra

r—| No início do século, o Lurgo doMachado em tido como um dos

pontos mtiis agradáveis da cidade.Localizado na confluência dc trêsbairros — Catctc, Flamengo e La-ranjeiras — c muito bem servidode bondes, os cariocas para lá sedirigiam nas tardes, principalmcn-te de finais de semana, atraídos porum variado comércio que íuncio-nava cm quiosques c também peloParque Fluminense, o mais concor-

rido chopc da época, que funciona-va até altas horas. A partir de1937, a inauguração do cinema SãoLuís, da família Seyerianò Ribeiro,modificou os hábitos do bairro. Aliforam lançadas as matinês de do-mingo c fazia parle do modo devida da cidade sair da missa diretopara as aventuras de Tyrone Powere Sonja Henie. Os quatro andaresdo cinema, de I mil 880 lugares,enchiam-se de nomes famosos, co-

mo o ator Paulo Gracindo e omarechal Eurico Gaspar Dutra; aprópria família Severíano Ribeirofreqüentava o São Luís. Era umdos mais belos cinemas da cidade:— espécie de referência do bairro—, construído nos moldes do Ra-dio City Music Hall, de Nova lor-que, com toda a imponência dasantigas e dificações: muito luxo nointerior, pisos dê mármore italia-no, espelhos dc cristal também

importados e até um repuxo juntoà sala de espera que, como toquede originalidade, mudava as coresatravés de um jogo de luz. Sempreexibindo os melhores filmes, o SãoLuís resistiu até 1980, quando tevesua sentença de morte decretadapelo Metrô que avançava em clire-ção a Botafogo, via Largo do Ma-chado. Na mesma época desapare-ceram do cenário urbano do Riooutros marcos da época romântica

do cinema, como o Pax, em lpane-ma, o Metro, em Copacabana, e oAzteca, no Catetc, que ficava apoucos metros do São Luís. Trêsanos depois de demolido, o SãoLuís foi devolvido a população.mas bem diferente: ressurgiu me-nor, dividido em dois. na sobrelojade amplo shopping center, .semnada que pudesse lembrar o belocinema do Largo do Machado.

Bruno Thvs

Rio de Janeiro — Segunda-feira, 23 de novembro de 1987mmmmwmWmWÊKlÊÊÉIÊimmÊmwmwM

Flamengo volta a sonhar e a cantar com ZicoAri Gomos

Tadeu de Aguiar

Zico fez o torcedor do Flamengoviajar pelo tempo e reviver seusdribles, os passos milimétricos, asjogadas de efeito e, sobretudo, osgols decisivos. Tudo fez lembrar osbons tempos em que o Flamengoirradiava energia, alegria, vida. mes-mo quando não jogava bem, comoontem. O Maracanã, com quase 70mil torcedores agitados, foi ao deli-rio a cada gol de seu ídolo maior, etransformou-se no palco para maisuma vitória do Flamengo, 3 a 1 sobreo Santa Cruz. Uma vitória que co-meçou e terminou nos pés dé Zico evaleu a classificação para a fase semi-final do Campeonato Brasileiro.

E foi Zico o responsável por isso,com seus três gols. Ontem, num diaem que Renato e Bebeto estiverammal. Leandro e Andrade apenas ra-zoáveis, Zico determinou a vitória.Em torno dele, os jovens Leonardo,Ailton e Zinho funcionaram comoeficientes aprendi/es. O Flamengodemorou, no entanto, a redescòbrirZico. Durante o primeiro tempo, asjogadas foram concentradas em Re-nato, que vinha sendo o destaque dotime nos jogos anteriores. Mas on-tem não era dia de Renato. E, sim,de Zico.

Ainda no primeiro tempo, a jo-gada mais bonita saiu de seus pes,quando completou de bicicleta umcruzamento de Ailton da direita.Recurso de craque: a bola fora Ian-cada nas suas costas. Caprichosa-mente, não entrou. Bateu no trave-são. Pouco depois, o mesmo Zicoarrancou driblando e, da entrada daárea, chutou forte. Birigüi defendeu.Esses dois lances, que aconteceramnum espaço de cinco minutos, derama certeza aos torcedores de que Zicoestava mais presente que nunca nojogo. Deve ter sido esta correntepositiva que fez o centroavante Da-diriho chutar, para fora, aos 38 minu-tos, o pênalti que ele mesmo sofreude Leandro.

Mas foi no segundo tempo que atorcida do Flamengo chegou dc fatoao delírio com Zico. Logo no primei-ro minuto, Leonardo chegou a linhadc fundo c cruzou forte. Lula e Ivãse atrapalharam. Zico surgiu e com-pletou um gol de oportunismo, devisão. O Maracanã inteiro aplaudiu.Os gritos dos torcedores, no entanto,se confundiam:"Zico" "Mengôo","Zico", "Mengôo". Mas. rápida-mente, virou um só: "Zico. Zico,Zico". O Flamengo jogava mal mastinha Zico cm dia inspirado.

Correndo pelas pontas, fungindoda forte marcação com que o SantaCruz conseguiu, de certa forma, neu-tralizar o ataque do Flamengo, Zicorecebia sempre livre. E iniciava ou-tro ataque perigoso do time, queRenato, Bebeto e Ailton insistiamem desperdiçar. Aos 10 minutos,porém, aproveitando uma falha doszagueiros, Cardim empatou o jogo.E o Flamengo passou exatos 22 mi-nutos de inércia.

A estrela de Zico, porém, voltoua brilhar. Zinho invadiu pela esquer-da e foi derrubado por Orlando.Pênalti. A torcida não teve dúvida cpediu Zico. Assim, foi seu segundogol, aos 32 minutos do segundo tem-po. Zico estava definitivamente con-sagrado. Era o que se ouvia noMaracanã: "Ei, ei, ei, Zico é nossorei". E Zico reinava com absolutaautoridade e soberania. Mas veiomais. Aos 45 minutos, uma falta dolado direito do ataque do Flamengo.A bola é ajeitada com carinho. Ochute sai com tamanha precisão queparece ter sido lançada com as mãos.Era o terceiro gol do ídolo.

Nas arquibancadas, gerais, cmtodas dependências do Maracanã, ostorcedores cantavam, exaltando oídolo que fez renascer a esperança deum novo título brasileiro. No finaldo jogo, um antigo refrão ecoava deponta a ponta no estádio: "Cantecomigo Mengão, acima de tudo ru-bro-negro. Oh, meu Mengão, eugosto de Você". Tudo como antiga-mente.

3

FlailiengO — Z<5 Carlos; LeandroSilva, Leandro, Edinhoe Leonardo; An-drade, Ailton o Zico; Ronato (Alcindo),

Bobeio e Zinho. Tocnteo: Carlinhoa

Santa Cruz - BiriSüi; orlando,Lula, Ivan e Lottl; 24 do Carmo. Ataíde oCardim; Edson (Sérgio China), Dadlnho

a Gilson Tftcnloo Abel1

local Maracanã, Ronda. CZS o r>90.580,00.Públioo 07 601 pagantes. Jul» Nei AndradeNunoH Mala (BA). CarUvna uiuarclun Lula, Zódo Carmo, Cardim e Dadlnho Ool» no aeurun-do tempo, Zico ti um rainuLo. aos 32min depênalti, e aos -1511111]. e Cardim. aos 10 minu ton

II ¦ 'í^B-_B_i-R^^7-'J__-èiSB^mI __5_Jll _P^t_§£;È__H1 -BttifV' -j ftlf^JfejCC' ¦ ' '^9l«9IS&_âÍj__5___>l' :'nif Hli i-BnS-H -nWw Bmm&Btísmi W^^wUímW^^tSKttW^s^^SwsSÊS.-« MÊM Wmmm WYYm mWVIBE&mWíèMYYmm?' TlÉ Riwt-liS SS9B^l:*'^'SS««'tt^',ÍB?raB_3?^_l wmmiYíM MmMMwffleÈ&m&fMu H&$iS_S___£__lv_________P£'_f_nâl___P^£'^.1 WkM WlmY::-Mmãmmmm.Yãm4.m ..MlBiitee, ^cPpK"

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Olavo Rulino

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r—í Como era esperado, Da-nicln Lavanino, do Ffa-

merígo, voltou às piscinas pa-ra brilhar. Foi um dos prínci-pais destaques do Campcona-to Carioca Aberto de Nata-

ção, encerrado ontem no Par-que Aquático Júlio de Lama-re, e com suas vitórias contrí-buiu para que seu clube fossecampeão pela 9' vez (PáginaV-

André Durân

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\. j^ylrn O mineiro Vítor Alves

Teixeira comprovou que éo melhor cavaleiro do país nomomento, seja montandoLarramy (foto) ou o fenôme-/JoZurkis. Embora tenha per-

dido para Joáo Alberto Ara-gão o Grande Prêmio, queencerrou o Campeonato Bra-sileiro, Vítor conquistou o tí-tulo da competição. (P. 3)

João Saldanha

Zico agradeceu a Deus o reencontro com o bom futebol e o aplauso da torcida

Terminou jogo fácilO

Fia-men-

go venceubem. Maspassoumal. Sa-biam? Jo-gou comnove por-que o Re-nato Gaú-cho, bem,a sorte de-le é que na "geral" rubro-negra nada havia que pudesseatingi-lo. E a moçada bem queprocurou. Outra — é que emcima da saída do Renato, oFlamengo fez gol. A onda quejá estava formada acalmou.Tinha uni grandalhão que gri-tava: "Vem por aqui... vempor aqui." O outro foi o Lean-dro. Muito mal. Fez tudo con-tra. O pênalti e a jogada dpgol do Santa Cruz saíram dapéssima atuação do Leandro.

Sorte do Flamengo que oZico estava muitíssimo bem.E fez os três gols. O erromaior do Renato estava quan-do "fechava" sem bola, para omeio e o pior de tudo, antesde qualquer jogada. Uma sis-tematização perfeita. Atrapá-lhou Bebeto, que nem viu abola. Tanto assim que quandoo Alcindo ia entrando muitagente pensava que sairia oBebeto. Mas foi Renato quesaiu, aliás muito "aplaudido".Porque saía. Veio o pênalti eZico mandou forte e firme.

O Flamengo estava bemno um a zero quando tomou ogol em jogada inexplicável. Sedescontrolou, o Santa Cruz sefirmava e a coisa endureceu.Zico fez e o Santa Cruz sedescontrolou. Saiu o terceiroquando nas jogadas de ataqueo Flamengo conseguia botarum a mais. O Flamengo estájogando pra cabeça e a massagosta muito disto.

O resto do time estava embom nível. O Leandro Silvafazendo bom jogo mas o An-drade, outro excelente no jo-go, errava muitos passes. Nãotenho a menor dúvida em afir-mar que o campo todo "empi-pocado" é o principal fator.Eu estava com medo do Sting.E o piso que botaram náoadianta nada. Os altos e baj-xos vão com o "pano" c tudo.E sabiam que o majestosoestádio já está requisitado denovo e a demagogia já autori-zou. Desta vez é uma missa.Ao que parece, católica. As-sim não há gramado queagüente. Mas os responsáveisficam na do nem te ligo epenso que estarão indignadospelo fato de os que protestamnão serem advertidos. Agora,como todos sabem, temosAtlético — dei azar com estetime, só o vi contra o Botafo-go — Cruzeiro, Flamengo eInternacional. O Sáo Pauloficou de fora mas o Cruzeirojogou bem o campeonatotodo.

2 0 ESPORTES 0 segunda-feira,-23/11/87 JORNAL DO BRASIL

Hoje na Gávea1° PARLO h IMOmn 1200 mtüos Rccoidt ,'Isl IPOMIFU tolaçàs C/S 4703000

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4-Aciei 56 a. CA Martins 6o- 9 Damboqui' 11 AM /ls¦ 5—Sisilante 56 6IBIonseca 6o- 6 festival King 16 Cl 95s4"

6."javiei 56 6 JJücirdo 3°-10 losl a Dancei 13 Al) 83sl"7-Doutor Flino 56 JlAAIvesApl 4°-IO four Millcn 13 NP 83s3• 8-Grankao 56 8IIR11S 6o- 9 Loper 1.3 NM 83s3- -9 — Spurn 56 9JNo Estreante— —.10—firt NigM 56 101M Silva í°- 9 Dambvqm 11 AM 71s11-BobRigis 55 llRfeiiena Io- / Nego da Lu; (CPI 11 NP /Osl

7" Páreo - As 22H30 - 1100 metros - Recorde 65sl IBan.e'1 - Dotado C/S 54000.00

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3- Oomía 56 3 M lionltno 6°-7 Remas -ai- 11 NI /Os.- -4. laioRemo 58 41 S. Santos Ap /°-7 Imprint 11 NP 68s.. S~ lis a Hose 58 51 f Reis l°-9 lelemaco UNM69s

6- Gavião DourrJo ' 58 6 1 No l°-6 El Milagrero 11 NI 69s2/- Dal-Kan-San 58 7 M ferreira 5°-7 Markomont 13 NM 82s28— Especaladoi 58 81. Aurélio 4°-/ Markmonl 1J_NM 82s29-El indutivo 58 9 G oiimarâes 5°-5 Bardei ¦'

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""leka I 5/ II Aurélio 5" 6 Englisti Coasl 13 NP 82s3•"•Jr-Ctiitnliela \ 5/ 2 R Antônio 6° lOlaplili 11 Nt Jls

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...5, Nengra 5/ 5 A MachadoI1 3o 10 lapI1I1 -ai 1.1 NE lis•;6-.loika 5/ 6 i M Silya i' 10 lap fiti -ai 11 NI /ls

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ASouia !"¦ 6Conupio 1.1 AM 69s35- Esliatia 56 51 Ricardo 2°- 90inilomnco 11 NI /Os' ¦ ¦ 6-' Preclm 5/ 6MSilva 4» 97eddaios 1,1 AM !0s2

••¦}" -lei Plane 56 /) Machado Io /faden' 13 NI 82s3•¦8—lavico 58 8 0MoieuaAp4 5o. OPoema Melhor 13 NP 82s!

9-. Nalcho 58 JR Macedo 4". SGoadal 10GM 58s10.T..O|oape 58 10 t.S Rodrigues Ap2 l"- 6Aknol 11 NM 69s211— Fantástico 58 IIJAmeno 5° /Fjpechda 11NM 6!s4

Indicações Paulo GamaI" Páreo: Zé Pretinho • Rupert • Maranha — ZcPrctinho não correspondeu as esperanças neledepositadas. José Carlos Quintas caprichou noseu preparo e deve reabilitar-se. Rupert e Mara-nha são os adversários.2° Páreo: Azabachc • Ktmtino • El Dntkc —Azabache vai enfrentar companhia desfalcada.Vem de boa exibição em turma forte. Kantino écorredor e não será surpresa se derrotar ofavorito. El Drake atropela forte, principalmentena pista de areia.

... _J°Páreo: Uxori • Desfalque • Quáloha — Uxorivenceu com grande autoridade e segue compossibilidades na turma. Deve respeitar a presen-ça de Desfalque, em fase de franca evolução.Qualoha mantém bom padrão de regularidade edeve ser cogitado para a triexata.

¦¦¦4" Páreo: Dostoicvsky • Gcdene • CarnivalD'Oro — A turma está camarada para o tordilhoDostoievsk, inscrito na areia onde rende menos,mas onde vai pagar mais. Gedene pode surpreen-der com pule alta. Carnival D'Oro trabalhoubem e merece respeito.5" Páreo: Luna Clara • Candelabra • Frau LiliMarleen — Luna Clara perdeu corrida sem sorte.Melhorou e pode desencabular na direção dobom freio Claudino Biteneourt. Candelabra eFrau Lili Marleen decidem a dupla com chances

.,. semelhantes.6" Páreo: Chapeante • Javier • Helmsman —Reaparece bem preparado por Oraci Cardoso ocastanho Chapeante, que pode marcar pontopara a farda de Rogerinho Gadelha, do HarasOjigo. Javier e Helmsman têm chances pare-- cidas.7" Páreo: Especulador • It's A Hope • Droll —Especular vai enfrentar companhia desfalcada,sendo a grande barbada da reunião. Gravação no¦concurso dos sele pontos. lt's a Hope ganhoucom autoridade e forma dupla certa. Droll defen-de a simpática farda de Gilberto Barbosa, daGiba Loterias.H° Páreo: Leka • Claraz • Pastora Serrana —Leka reaparece bem preparada por AntônioRicardo e pronta para desencabular. Claraz, comRicardinho, c o maior obstáculo. Pastora Serranacorreu bem tia grama.9° Páreo: Fantástico • Estratia • Tavico —Fantástico não correspondeu a expectativa, maspode reabilitar-se. Ricardinho preferiu Estratia evai defender o retrospecto da prova. Tavico vaidescarregar peso e não será surpresa se desacataros favoritos.

Josíi Cíimllo du Silva• '. ¦'¦ • -.

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O favorito Old Pretender não resistiu ao ímpeto de Ca.rtezia.no e à boa direção de Ricardo na prova principal da Gávea

Carteziano, com Ricardo, domina o GPO jóquei Jorge Ricardo encerrou seu pe-

rindo de suspensão por delitos de raia — hojeá noite monta em sete dos nove páreos doprograma — de modo brilhante. Com Carie-ziano, venceu o Cirande Prêmio FredericoLundgrcn, prova central de ontem na Gávea,dando direção tranqüila e segura ao defensordo Haras Santa Ana do Rio Grande. OldPretender, grande favorito, foi o segundocolocado a pouco menos de um corpo, en-quanto Vph Stuttgart, com Edson Ferreira,chegou em terceiro lugar, e Doutor Ihraliiincompletou o marcador.

Dada a largada, Old Pretender foi para afrente mas Maiakowski fez questão de aluar naprimeira colocação. Carteziano correu aeomo-dado na quarta posição ale os KOO metrosfinais. Na reta final, Old Pretender dominouMaiakowski com facilidade, mas nos 400 me-tros já tinha em seu encalço Carteziano. Nãoresistiu ao ataque do pilotado de Jorge Ricar-do que passou como quis. Vom Stuttgart foi oterceiro e marcou o reaparecimento de EdsonFerreira, radicado no turfe paulista ondeocupa o segundo lugar na estatística de jó-queis. Estes foram os resultados dos dezpáreos corridos ontem na Gávea em pistas deareia e grama leves:Io pArco — / mil metros — sruma — 1"Dayala Jamila J.C. Castilho 2° Cadeau J.Aurélio 3o Áthinai D. Moreira vencedor (2)8,20 dupla inexata 11.20 place (2) 3.50 (5) 2,10tempo 58s4/5 exata (2-5) 22,20 —'Inexata (2-5-7) — CZS 261.00 — Não correu — EttaDelia Pietra2" páreo — / 7/í;7 metros — ^rvmia — 1" AngeGardien A. Machado Filho 2° Tiller Sun J.F.Reis 3" Jimmv Jones J. Aurélio vencedor (4)3.50 dupla inexata 5,40 place (4) 2,20 (2) 2,10tempo 59sl/5 exata (4-2) 10,50—Triexata (4-2-6)-CZS 22,003opáreo — / mil metros — grama — I" Ixie J.Pessanha 2° Judy Garland J. Aurélio 3" Déza-ley E.S. Rodrigues vencedor (1) 2,50 duplainexata 1.50 place (1) 1,20 (6) 1,20 tempo 58sexata (1-6) 6,60 — Triexata (1-6-5) — CZS24,00 — Não correu — Adarose

4" páreo — / mil metros — grama — 1"Invencível Alegre E.S. Rodrigues 2" Elcime J.Queiroz 3" Declave R. Marques vencedor (9)6.10 dupla inexata 6,40 place ((J) 2,60 (I) 1,40tempo 59s2/S exata (9-1) 15,30 — Triexata (9--1-2) -CZS 228,005"páreo — / mil 5tX) metros — grama — I"She Wplf J.F. Reis 2" Decoração J.M. Silva 3"Desenhista LA. Alves 4" Ojaka J. Pintovencedor (2) 2,20 dupla inexata 11,80 place (2)1,00 (6) t.OÚ tempo 1 min 29s4/5 exata (2-6)4,30 — Triexata (2-6-3) — CZS 23,00 — Nãocorreu — Xis Libra — Slew In Mask largoucom muito atraso.6° páreo — / mil metros — grama — 1"Jaromir J.M. Silva 2" Don Nova J. Aurélio 3oJaguaperi J. Pessanha 4" Flying Tiger M.Ferreira vencedor (7) 2,50 dupla inexata 6,40place (7) 1,80 (5) 2.30 tempo 1 min 29s4/5exata (7-5) 12,30 — Triexata (7-5-6) — CZS23,007" páreo — 2 mil metros — grama — I"Carteziano J. Ricardo 2" Old Pretender J.Pinto 3" Von Sttutgart E. Ferreira 4" DoutorIhrahim J.C. Castilho vencedor (9) 5,80 duplainexata 3,00 place (9) 3,30 (1) 1,40 tempo 2min 00s2/5 exata (9-10) 18,20 —Triexata (9-1-o) — CZS 116,00 — Náo correu — IkigarboH" páreo — / mil 400 metros — grama — I"Extra Light J. Aurélio 2o Egoneta M. Ferreira3" Irenita J. Pessanha vencedor (5) 1,50 duplainexata 22,60 place (5) 1,30 (4) 6,60 tempo 1min 24sl/5 exata (5-4) 34,00 — Triexata (5-4-3) —CZS 51,00.')" páreo — ' mil 300 metros — areia — IoPacarius J.M. Silva 2o So Cautions J.B. Fonse-ca 3o Nó de Bico J. Aurélio vencedor (6) 3,00dupla inexata 10,10 place (6) 1,90 (7) 5,70tempo 1 min 23s2/5 exata (6-7) 24,50 —Triexata (6-7-3) — CZS 47,00./()" páreo — / mil 300 metros — areia — IoSorbonne C. Lavor 2o Palm Beyl J.F. Reis 3"Declaração L.A. Alves vencedor (5) 1,40dupla inexata 9,50 place (5) 1,00 (8) 1,00tempo 1 min 23s exata (5-8) 8,60 — Triexata(5-8-11) — CZS 22,00.

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Resultado de São Paulosâo paulo — Conduzida com per-

feição por Roberto Penachio, Alamix(Scandix em Pararaca), de propriedadedo Haras Spcarmint, venceu o ClássicoJóquei Club Brasileiro corrido ontemem 1 mil 600 metros, na raia de areiapesada, no hipódromo de Cidade Jar-dim. Alamix Rateou CZS 5,70 e KeytoParadise formou a dupla conduzida porEdson Amorim. Eis os resultados dascorridas de ontem:Io) Páreo 1 mil metros — Grama — 1Its to Keep, I. Quintana; 2") Nisirias,W. Carvalho; 3°) Ediva, J. Leonir ap.4. Vencedor CZS 2,00 dupla CZS 3,60dupla exata CZS 6,90 placês CZS 1,30CZS 1,30 trifeta CZS 246,00. 2°) Páreo1 mil 300m — areia; 1°) Jalea, I. F.Ribeiro; 2") Puci Heimveh, A. Barro-so; 3°) Aquarelle Raft, L. Duarte.Vencedor CZS 9,10 dupla CZS 11,30dupla exata CZS 31,20 placês CZS 4,30CZS 2,00 trifeta 1.291,00. -3° Páreo 2mil metros — Grama APRX. — Io)Levado, L. C. Silva; 2o) Giubbilo, C.Canuto; 3o) Dimbuja, A. Vale. Vence-dor CZS 5,10 dupla exata CZS 24,90placês CzS 2,40 CZS 1,60 Trifeta CZS601,00.-4° Páreo— 1 mil200 metros— areia variante. 1") Sotelia J, Volmirap. 1; 2") Bet Bail N. Souza; 3°)Tarapaca, C. Ferreira ap. 3. VencedorCZS 17,70 dupla CZS 36,70 duplaexata CZ$ 153,10 placês Cz$ 8,60 CzS2,50 trifeta CZS 3.880,00.5. p-ireo 1 mil 400 m — areia 1.Henrine A. Barroso

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2. Rinka Star N. Souza3. Pinta Livre S. Souza ap.2 VencedorCZS 3,60 dupla CZS 8,50 dupla exataCZS 25.80 placês CZS 2,10 CZS 1,80trifeta CZS 1.129.006. parco I mil 600m —grama aprox. 1.American Boy A. Barroso2. Please Help C. Canuto3. Kimaximo J. Garcia vencedor CZS1,00 dupla CZS 2,50 dupla exata CZS2.60 placês CZS 1.00 CZS 1,10 trifetaCZS 57,007"parco l mil ôOOm — areia 1. AlamixR. Penachio 2. Key To Paradise E.Amorim 3. Fly Delta L. Duarte vence-dor CZS 5,70 dupla CZS 11.60 duplaexata CZS 25,70 placês CZS 2.90 CZS2,60 trifeta CZS 14,938opareô l mil 600m —grama aprox. 1.Nerion C. Canuto 2. Jim Tour L.Duarte 3, Excellant Jean N. Souzavencedor CZS 1,70 dupla CZ$ 19.00dupla exata CZS 95.70 placês CZS 1,20CZS 5,20 trifeta CZS 2.169,009" pareô 1 mil 800 m — grama aprox. /.Lovcly America G. Assis 2. Nor J.Garcia 3. Banga N. Souza vencedorCZS 2,30 dupla CZS 3.30 dupla exataCZS 8,20 placês 1.30 CZS 1,50 trifetaCZS 212,0010" parco 1 mil 600m — grama aprox./. Florus P. Santos 2. Flabello A.Barroso 3. Fog-Boy A. Marcius ap. 4vencedor CZS 20.20 dupla CZS 23,10dupla exata CZS 73.70placês CZS5.40CZS 1,40 trifeta CZS 6,995,00.

Eldan vence deponta a pontao Bento Gonçalves

PORTO ALEGRE— O gaúcho Eldan.pilotado por Flávio Silva, venceu, ontemà noite, o Grande Prêmio Bento Gonçal-ves, de ponta a ponta, livrando várioscorpos sobre o segundo colocado, outrogaúcho, o Urumajo. A um corpo e meiode diferença, terminou o favorito HiperGênio, de Sáo Paulo, que tentava otricampeonato. Keagravo completou omarcador. O tempo de Eldan nos 2 mil400 metros foi 2min35sl/5.

Eldan estava entre os quatro favori-tos para vencer a prova e nesta têmpora-da havia ganho o Grande Prêmio Prote-tora do Turfe, mesmo com problemas noscascos. Completamente recuperado, El-dan ganhou surpreendendo os grandesfavoritos. Eldan é um castanho, de qua-tro anos, por Esbirro em Columpia, doHaras Fronteira e de propriedade deIsrael Pipkin, sendo treinado por IvoPereira.

A vitória de Eldan só foi ameaçadanos 800 metros quando Urumajo e HiperGênio se aproximaram tentando a ponta.Nos últimos 400 metros. Eldan foi maisacionado por seu jóquei e livrou várioscorpos. Urumajo o atropelou, garantindoa segunda posição e livrando um corpo emeio sobre Hiper Gênio e dois sobreKeagravo. O segundo prêmio mais im-portante do turfe gaúcho de ontem foi oPresidente da Republica, na pista de 1mil 609 metros, vencido por Dover Rockdo turfe carioca.

r-i Nos EUA, a Breeder', Naí i tsos t:UA, a ureeders Cuppequena cidade de Inglewood, na

Califórnia, foi disputada a Breeder'sCup, que distribuiu para os ganhadoresdas cinco provas clássicas um total de 8milhões de dólares, sendo todas corridasno último sábado. O jóquei Pat Daybrilhou ao vencer a Breedefs Cup paraas potrancas de três anos, na milha, e aBreeder's Cup - Turf, em 2 mil 400

metros, respectivamente com Epitome eTheatrical. A carreira central da progra-mação, Brceder's Cup-Classic, cm 2 mil400 metros, marcou a vitória de Perdi-nand, montado pelo extraordinário Wil-liam Shoemaker, The Shoe, derrotando ogrande favorito Alysheba. A prova develocidade, cfn 1 mil 200 metros, foivencida por Very Subtle, pilotado por PatValen/.uela, superando o favorito Groo-vy. Na Brecder's Cup-Juvenile, para po-

tros de três anos, na milha, o ganhadorfoi Sucess Express, dirigido por JoséSantos, que suplantou Regai Classic,montado por David Penna. Todas asprovas foram corridas na areia pesada e arelação dos prêmios foi a seguinte: Cup-Classic — 3 milhões; Cup-Turf — 2milhões; Cup-Sprint (velocidade) — 1milhão; Cup-Juvenile (potròs) — 1 mi-lhão e Cup-Juvenile Filhes (potrancas) —

1 milhão.

COMPRAR.VENDER.ALUGAR.TUDO

_Jaft£í_i PO ÍM9IIClassificados

-U3-MNM •''>,."* -9BBBBHM-I

JORNAL DO BRASIL segunda-feira, 23/11/87 0 ESPORTES O 3

Malik vence GPPaulo César Vasconcelos

Não aconteceu tia maneira comoele esperava. Com o tricampeonatobrasileiro assegurado, o mineiro Vi-tor Alves Teixeira entrou ontem napista da Sociedade Hípica menosconcentrado tio que nas tinas provasanteriores, quando acumulou o pri-meiro e segundo lugares. Por estarazão, apesar da festa pela conquis-ta, Vítor encerrou sua participaçãolamentando não ter vencido o (Iran-de Prêmio — última prova da com-petição — e que terminou com avitória de João Malik de Aragão comMontreal Lorcnzo.

O desempenho de Vítor noGrande Prêmio com Zttrkis CcpclMarcolab foi abaixo do que ele e opúblico que acompanhou os três diasde Campeonato Brasileiro espera-vam. Considerado o melhor cavalodo país nos últimos anos, Zurkisentrou sob expectativa na pista. To-das as ultrapassagens foram acompa-nhadas com silêncio e olhos atentos.O conjunto terminou o percurso semcometer uma falta sequer, mas per-deu dois pontos e meio por excessode tempo.

No primeiro percurso — a provateve dois distintos —, o grande de-sempenho acabou ficando com JoãoAlberto Malik de Aragão com Mon-trcal Lorcnzo, que zerou o percursoe não teve nenhuma punição que oobrigasse a perder pontos. Ainda fezboa apresentação o conjunto de Jú-lio MMosIFAPE MC Grilo, quetambém zerou. Vítor voltou ã pistacom Lãrramy Ccpcl Marcolab, masperdeu quatro pontos.

O número de inscritos para osegundo percurso deeresceu em rela-ção à primeira apresentação. Na se-gurida vez. em que se apresentou comZurkis Ccpcl Marcolab, Vítor voltoua ter um desempenho abaixo doesperado, enquanto João Malik deAragão e Júlio Mattos confirmarama performance inicial. Foi o suficien-te para que João Alberto com Mon-trcal Lorcnzo assegurasse o primeirolugar, com Júlio (FAPE MC Grilo)em segundo, enquanto Vítor teve

que se contentar com o terceiro,montando Larramy Ccpcl Marcolab.

Essa vitória mostrou que eutinha condições de integrar a equipetio Rio de Janeiro neste Brasileiro —afirmou João Malik de Aragão, queno início do ano viajara para a l.uro-pa, onde ficará, no mínimo, trêsanos — Não entendi por que fuiexcluído, e com o meu desempenhomostrei que poderia ter sido muitoútil à equipe do Rio de Janeiro, queficou atrás de Minas Gerais e SáoPaulo neste Brasileiro.

Há seis meses, João está comMontreal Lorcnzo. Como viajará pa-ra a Europa, o cavalo voltará para oseu proprietário Tomás Magalhães.A Europa também está nos planosde Vítor Alves Teixeira. Com quatroCavalos — Zurkis, Larramy, Goinge Tip-ton — ele participará de váriascompetições do calendário europeu,pensando nos Jogos de Seul.

Será muito importante estapassagem pela liuropa, porque voupoder sentir todo o potencial doscavalos — explicou Vítor, que gosta-ria de ler encerrado sua participaçãono Campeonato Brasileiro com umavitória de Zurkis — Mas o títuloconquistado antecipadamente me ti-rou um pouco a concentração e aca-bou prejudicando o rendimento.

Proprietários — O últimodia do Campeonato Brasileiro come-çou com a prova para proprietários.Em primeiro lugar ficou o conjuntoGilberto Azambuja Filho/5/JcWalk, que zerou os dois percursos,seguido por Pedro Figueira de Mol-\olMadreselva, também sem falta,Flávio Mello, com Shogum, semponto perdido, em terceiro. Na cias-sificação final, o título ficou comFlávio Mello, que teve um primeiro,um quarto e um terceiro lugares nastrês provas do Campeonato Brasi-leiro.

No Grande Prêmio de Sêniores,os resultados foram estes: 1) JoãoAlberto Malik de Aragão/MontrealLorcnzo; 2) Júlio MmosIFAPE MCGrilo; e 3) Vítor Alves Teixeira/Lar-ramy Ccpcl Marcolab.

Classificação Geral1) Vítor Alves Teixeira2) João Alberto Malik de Aragão.3) Vítor Alves Teixeira4) Júlio Matos5) Pedro Paulo Lacerda6) Caio Sérgio Carvalho

. Larramy Cepel Marcolab (MG)Montreal Lorenzo (RJ)

.... Zurkis Cepel Marcolab (MG)FAPE MC Grilo (RJ)

..Tip-Ton Cepel Marcolab (MG)ElVinhoso(SP)

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No último dia, o conjunto VílorILarramy não repetiu as boas atuações anteriores

Torcida não viu Fia ser campeão de nataçãoA imagem que se viu ontem no

Parque Aquático Júlio de Lamare, nafinal do Campeonato Estadual Abertode Natação, não chegou a ser desola-dora, mas sem a menor dúvida, paraaqueles que acompanham o esporte,deixou muito a desejar. A vitória doFlamengo (cneacampeão) totalizando2.078,5 pontos na classificação final,contra 1.526,5 do Vasco, e 527 doFluminense, acabou sendo festejadaapenas entre amigos, parentes, alémdas pessoas ligadas ao meio.

Nem a possível quebra de recordesdo campeonato, como aconteceu emtrês das oito provas disputadas, pare-ceu entusiasmar o público, que prefe-riu assistir à partida entre Flamengo eSanta Cruz, ao lado, no Maracanã.

— Náo adianta sair do futebol e virpara cá. Da mesma forma que só deuFlamengo no campo, na água também.

Grandes nomes do esporte, comoDaniela Lavanino, Patrícia Amorin eCristiano Michelena, apenas confirma-

ram o favoritismo, vencendo nas pro-vas em que competiam, sendo queCristiano baixou o recorde estadualnos 80(1 metros livre cm 4seg25(8:28.33), enquanto Daniela fazia omesmo nos 100 metros borboleta, bai-xando o tempo para 1:05.07.

Mas, nem sempre as arquibanca-das estiveram vazias nos campeonatosde natação. Há cerca de seis anos, cmqualquer competição, dezenas de pes-soas disputavam uma posição para as-sistir. A justificativa mais convincentepara isso é que os campeonatos adul-tos, atualmente, são feitos sem muitasdisputadas, ao contrário do que acon-tece nas categorias menores, como nasemana anterior, durante as provas doJuvenil, onde havia até banda tocando.Segundo Daltely Guimarães, técnicodo Flamengo, a solução estaria nointeresse dos próprios clubes, que de-veriam criar programas especiais paracomunidades carentes, incentivando eaté descobrindo novos talentos.

Essen, RFA — Routers

Os vencedores800 metros livrePatrícia Amorin Flamengo 9:12.97ristiano Michelena Flamengo 8:32.68100 metros borboletaDaniela Lavagnino Flamengo 1:05.07Hélio Celidonio Vasco 57.35200 medleyRenata Carneiro Botafogo 2:29.16Júlio Rebolall Vasco 2:15.124x100 — 4 estilosFlamengo (feminino) 4:37.021—Vasco (masculino) 4:03.04

Final1— Flamengo 2.078,52— Vasco 1.526,53— Fluminense 5274— Botafogo 433

5— Guanabara 4216— Tijuca 1587— Canto do Rio 368— Luso Brasileiro 28

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A morte de Rubem DinardDurante quase 25 anos. ele domi-

nou a natação brasileira. O médicoRubem Dinard de Araújo, 79, quemorreu ontem de insuficiência respira-tória no Rio Cor, entrou no esporte em1954, quando começou a trabalhar naextinta Confederação Brasileira deDesportos, que abrigava a natação.

Quando os esportes deram seu.grito de independência e passaram ater suas próprias confederações, Ru-

¦bem Dinard se candidatou e venceu as'eleições para a presidência da recém-xriada Confederação Brasileira de Na-•tação. Começava, então, o que osinimigos definiram como Dinastia. Pordois mandatos, ele reinou absoluto noesporte,

Em janeiro de 85, tendo o apoio de¦influentes pessoas no esporte, como o^brigadeiro Jerônimo Bastos, já faleci-

do e na época vice-presidente do COB,O major Sílvio Padilha e Joáo Havelan-ge, presidente da FIFA, Rubem Di-nard consegiu fazer do seu filho, Ru-bem Márcio, o seu sucessor. Foi umaeleição tumultuada, que chegou a pro-vocar a intervenção do Ministério daEtucaçâo.

O candidato derrotado, o advoga-do Coaracy Nunes, que tinha o apoiode vários nadadores, até hoje não seconformou com a forma como trans-correu a eleição. I.utou em várias ins-tâncias para tentar a realização denovo pleito e náo conseguiu. O filho deRubem Dinard terá o seu mandatoencerrado em janeiro de 88 e RubemMárcio desta vez não terá a presençado pai, tão decisiva na última eleição,para apoiá-lo,

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A brasileira Soraia André (embaixo) levou um ippon da francesa Isabelle Paque

Judô ganha apenas uma medalhaEssen, Rfa — O Brasil conquistou apenasuma medalha de bronze (Aurélio Miguelna categoria meio-pesado) no Campeo-nato Mundial de Judô. encerrado ontemem Essen, com a segunda vitória conse-cutiya do Japão no masculino, com qua-tro de ouro, uma de prata e duas debronze. A União Soviética ficou em se-gundo, com uma de ouro e duas de prata.No feminino, a China, com três de ouro,foi a campeã, na frente da Inglaterra.

Nenhum tios quatro lutadores doBrasil conseguiu bom resultado no últimodia de competição. Na ligeiro. SérgioPessoa perdeu para o norte-americanoKevin Asano c não chegou á final, en-quanto Mônica Angelucci foi denotada

por ippon (golpe perfeito) pela japonesaFumiko Esaki. Na absoluto, Soraia An-dré levou um ippon da francesa IsabellePaque, sendo eliminada da disputa, omesmo aconteceu com Rogério Che-rubim.

DOMÍNIO — Em 85, no Mundialde Seul, muita gente chegou a acusar oJapão de estar praticado um judô ultra-passado. No fafamede Essen, no entah-to, os lutadores japoneses demonstramque ainda são os mais habilidosos erápidos, deixando de vencer apenas nacategoria ligeiro, onde o campeão olfmpi-co Shinji Hosokawa perdeu para o sul-coreano Jae-Yup Kim, que ficou com amedalha de ouro.

As medalhas de ouro do Japão foramconquistadas pelo pesado Naoya Ogawa,pelo meio-pesado Hitoshi Sugai, peloméio-médio Hirptaka Okada e pelomeio-leve Yasuke Yamamoto. A UniãoSoviética ganhou a sua de ouro com omédio Grigori V Verichev, enquanto osEstados Unidos venceram na leve, comMike Swain.

Entre as mulheres, a China ganhouduas de ouro com Fenglian Gao, enquan-to Zhontun Li obteve a terceira na ligei-ro. A Inglaterra obteve duas de ouro,através da Sliaron Rendle, na leve, eDiana Bell, na médio. A delegação brasi-leira deixa Essen hoje de trem, seguindopara Espanha, onde disputa dois tor-neios: em Barcelona e em Valadolid.

é VítorSoviéticos esuíços brilhamna ginástica

PORTO ALEGRE— Os soviéti-cos e suíços foram as grandes atra-ções de ontem no encerramento daIa Copa Visconti Internacional deGinástica Olímpica, no Ginásio deEsportes da Sociedade GinásticaPorto Alegre (Sogipa). A soviéticaSwetta Rilkwoa, de apenas 14 anosecampeã juvenil de seu país, arrancoumuitos aplausos do público que lotouo ginásio.O suíço Flávio Rotta tambémsurpreendeu o público, com suasexibições na modalidade argola, ape-sar de ficar em segundo lugar nestacategoria, ao lado do soviético Ser-gei Lissenkow, ambos com 18.45pontos. O suíço, que é campeão emseu país, só não foi feliz no salto semalça, quando se desequilibrou e caiuao fazer o salto duplo no ar. O errodeu-lhe o sexto lugar com 13.90pontos.A atleta do Flamengo, Luísa Pa-rente, de 14 anos, não ficou abaixodas concorrentes estrangeiras e, comexibições perfeitas, de grande belezac leveza, conseguiu ficar entre asmelhores na Ia Copa Visconti Inter-nacional de Ginástica Internacional.Tricampeá pelo Flamengo em todasas modalidades — cavalo sem alça,trave, solo e paralela — campeã noPan-Americano, em Indianápolis,onde conquistou a medalha de bron-ze, e campeã sul-americana, Luísavai participar dos Jogos Olímpicosno ano que vem na Coréia do Sul, deonde pretende trazer a medalha deouro para o Brasil.

Os resultados foram os seguintesna modalidade cavalo sem alça mas-culino: em primeiro lugar ficou osuíço Flávio Rotta, com 19.30 pon-tos, seguido de Marcos Müller, com18.90, e do alemão Seans Furst com18.70. No solo masculino, cm pri-meiro lugar, o suíço Flávio Rotta.com 18.95, seguido do Soviético Ser-gei Lisseskow com 18/i0, e do belgaLuc Teurling com 18.35, empatadocom o atleta da Sogipa GersonGnoatto.

No salto sem alça feminino oprimeiro lugar ficou com a soviéticaSwetta Rilkowa, com 19.375, segui-da da outra soviética Larissa Kurlo-wick com 19.275 e da carioca doFlamengo, Luísa Parente, com18.875. Eugeni Indiskov, da URSS,ficou em primeiro lugar com 19.10,na modalidade argola, seguido pelotambém soviético Sergei Lissenkowempatado com o suíço Flávio Rotta,com 18.45.

Eugeni Indiskov, com 19.100,também foi o vencedor da modalida-de de cavalo sem alça masculino,seguido pelo belga Luc Teurlings,com 18.725, e do suíço Marcos Mül-ler com 18.650 pontos. Outra vezSwetta Rilkowa, com 19.30 pontos,foi a campeã, agora na modalidadeparalela assimétrica, seguida de Ta-nia Wodratwa, com 19.30, e a brasi-leira Luísa Parente.

Na paralela masculina, EugeniIndiskov ficou em primeiro lugar,com 19.25, seguido de Sergei Lissen-kow, também da Uniáo Soviética,com 19.05 e do suíço Marcos Müller,com 18.95 pontos. Eugeni Indiskovtambém foi o vencedor com 19.20pontos, da modalidade barra ..fixai,seguido de Flávio Rotta, com 19^15,e do suíço Alex Schumacher, com18.20.

Swetta Rilkowa, com 19.30, eTânia Wodratwa, com 19.00, ficarram em primeiro e segundo lugaresna modalidade trave, seguidas dábrasileira representante da Sogipa;Carla Busquirolii. com 18.35. TaniáWodratwa, com 19.50, e Swetta Ril-kowa, com 19.30, tiraram primeiro êsegundo lugares na modalidade solofeminino, seguidas da brasileira Si^mone Bonatto, do Grêmio NáuticoUnião, com 17.50 pontos.

Canto do Rioperde primeirano GP de vôlei

VOLTA REDONDA — A preci-,pitação em vários lances, talvezprovocada pelo nervosismo na es-tréia, foi uma das causas, segundoo técnico Gilberto Barbosa, daderrota do Canto do Rio pura òMinas por 3 a 0 (15/11, 15/11 e15/12), na primeira rodada do IGrande Prêmio Masculino de Vô-.lei (Campeonato Brasileiro),' quotem um dos grupos disputados nesjta cidade.

Único representante carioca nacompetição, o Canto do Rio en-frenta hoje a Transbrasil, conside-írada a terceira força do vôlei pau-lista. Uma derrota — o jogo come-;cará às 17h — deixará o tanto doRio em má situação para tentardecidir o título deste I GrandePrêmio, que terá a primeira faseencerrada sexta-feira.

No segundo jogo da rodada, áequipe gaúcha do Frangosul,con-ifirmou que está passando por boafase. Derrotou a Telesp por 3 a li(15/11, 16/14, 3/15 e 15/8) e hoje-às I9h, enfrenta o Minas. A roda-da será completada por Telesp xBanespa. de Xandó, Léo è Monta-naro, às 21 h. O Banespa é aponta-jdo favorito para a conquista dotítulo.

4 O espofites segunda-feira. 23/11/87 JORNAL DO BRASIL

Título doé de Gui

A quarta c última etapa do Cam-peonato Carioca de Supereross, on-tem, no Lagoa Barra Clube, fechoua temporada confirmando ;i ótimafase por que passa o piloto CuidoSalvini, da equipe Sony/Moto Mim-di. Ele não só venceu as duas bate-rias da categoria Força Livre, comoconquistou o título de campeão esta-ilual de 1987, totalizando -12 pontoscontra 38 do segundo colocado, seucompanheiro tle equipe* Marcai Bar-colos, e 33 de Brian Bclcw, da Ro-mar. Na categoria novatos, especial,0 primeiro lugar na classificação finalficou para Ronaldo Barcelos, da So-ny/Moto Mundi, com 60. Na estrean-te nacional, o vencedor foi PauloRoberto Gonçalves, da Dòntsplay,com 63, c na minimotos, DanielÇampello, Mar c Moto.

Com a maioria das categoriasdefinidas, tendo seu campeão porantecipação, a maior expectativacentrava-se na principal, a ForçaLivre, na qual correriam Marcai Bar-celos, Guido Salvini e Briam Bclcw,entre outros. Antes mesmo da corri-da começar, ainda nos treinos, Mar-çal mostrava bastante determinação,ao não facilitar o caminho para Gui-do, dando saltos incríveis. Apesar denove pontos os separarem (37 contra28), Guido precisava apenas chegaraté a quinta colocação, caso Marcaivencesse na soma das duas baterias.

No entanto, dada a largada, já sevia que não seria muito fácil tirar o

ClIllOS RüSíl

supererosso Salvini

título de Guido. Marcai ainda ten-tou, conquistando diversas posições,apôs largar muito mal. Um tombo,porém, o tiroii da disputa, quandoameaçava chegar a quinta posição,colocando-o em último lugar. Outrolombo, enquanto Guido seguia tran-qüilamenlc na liderança, sem serameaçado por ninguém, o colocouna penúltima posição, na frente ape-nas do número 13. conhecido como"Mausoléu".

— Somente se minha moto pifarou acontecer qualquer outra coisa euvou perder — disse Guido, no inter-valo entre uma bateria c outra.

Pista escorregadia em certospontos, não oferecendo muita segu-rança, o importante era largar bem,porque, como é característica dosupereross, náo existem retas. Se-gundo Guto Lima, piloto da equipeEgo/Ipiranga, o melhor era correr"redondo", sem cometer muitos cr-ros. Guto fez uma curva muito larga,na primeira bateria, permitindo aultrapassagem do norte-americanoBrian Bclcw. segundo colocado nabateria. Na bateria seguinte, lideran-ça de Guido desde o começo, amaior emoção ficou por conta dasegunda posição, herdada por Mar-çal, de Brian, que teve problemascom a fita que delimita a pista, e porpouco não abandonou. No final, oque todos já previam: a vitória deGuido Salvini, a revelação do crosscarioca desta temporada.

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Se fora das pistas, ao lado dos com-panheiros de equipe, a Sony/Moto Mun-di, Guido Salvini é sempre o mais tímidoe sério, durante as competições a imagemnão é muito diferente. Mas a timidezacaba dando lugar à imagem de um pilotoextremamente profissional, em busca demelhores colocações. Foi com essa garraque ele conseguiu em menos de um anona categoria PC (piloto de competição)conquistar, por unanimidade, o título demelhor piloto carioca, atrás apenas doveterano Álvaro Cândido Filho, o Para-guaio.

Guido não se descuida um só instan-

le. Treina com moto três vezes por sema-ria, faz ginástica e cuida da alimentação.Um pequeno problema com o peso sem-pre foi sua preocupação. Afinal, quandocomeçou a correr de motocross, anopassado, pesava bem mais do que seusaluais 8(lkg. A altura compensa, masainda assim fica atento à alimentação.Guido ainda encontra tempo para estu-dar para o vestibular de administração deempresas. A faculdade terá de ser emPetrópolis, onde mora com os pais e ostrês irmãos — duas irmãs e uni irmão.

Como o final do ano é essencial parafechamento de contratos e mudanças deequipe — e ele está completando seusegundo ano na Sony/Moto Mundi. pelaqual ganhou o campeonato Estreante/Es-pecial do estado do Rio de Janeiro de1987 — Guido estuda propostas paramudar de equipe. Os boatos mais fortesindicam o interesse da Agrale em tê-lo nolugar de Alexandre Bernardi, que iriapara a Marlboro. Apenas especulações.

As mesmas que anunciam o fim da Sony-/Moto Mundi e o surgimento das equipesRomar/Sony e da Moto Mundi, separa-das. A Moto Mundi ficaria unida à Tran-salvine e teria como pilotos Guido, seuirmão Carlos e o primo Carlos Henrique.

Guido preza muito sua família. Sem-pre acompanhado nas corridas, ele dizque prefere ir com o pai. Não quer nemsaber da irmã mais nova. Daniele, cor-rendo de motocross, como ela chegou aensaiar na Corrida dos Cartolas, no finaldo Campeonato Carioca, em Santa Cruz.

Ele não é contra a presença de mu-lheres na pista, ressalta o estilo da paulis-ia Patrícia Trivellato, mas quando o as-sunto é sua família é firme e não deixa amenor dúvida. Ano que vem, qualquerque seja a sua equipe, Guido prevêdificuldades maiores.

— Com a vinda dos paulistas, oCarioca vai virar um campeonato brasi-leiro. E bom, porque vai motivar mais enos fazer acelerar. (CR.)

Copacabana entra na ondaSurfista criasua Associaçãocom toda força

s surfistas moradores de Copa-cabana não eslão mais sozi-

nhos. Já há uma nova atração, aAssociação de Surfe de Copacabana,que nasceu grande. Seteeentos sóciosfiliaram-se em menos de dois meses.O idealizador e presidente da Asso-ciação é Henry Lclot, 25 anos. donoda marca de pranchas Báck. Único nadiretoria a ter experiência empresarial— trabalha na firma do pai —. ojovem ocupa um bom escritório naRua Sete de Setembro, no Centro.Mora na Rua Barata Ribeiro, pertodo Posto 5, e afirma veemente: "Aquilambem tem onda."

Tudo começou com o aterro. Olocal, que era considerado ótimo pe-los surfistas, passou a ser evitado pelainconstância de ondas. Segundo Hen-ry, poucos sabem escolher a melhorépoca para freqüentar a praia:— De julho a outubro, temos osmelhores meses. Os locais. Leme ouPosto 5, apresentam ondas mais ocase fortes, o que facilita os tubos. Ossurfistas precisam acreditar mais emCopacabana. A Associação realizaráseu circuito em cinco etapas, sendoque a primeira começará dia 8. emIpanema. Mas pelo menos uma etapaacontecerá em Copcabãna.

Além da realização do circuito,várias idéias pioneiras no esporte se-rão desenvolvidas pela Associação.Henry, que aprendeu novas técnicasde fabricação de pranchas na Califór-nia, onde passou um ano, dará umcurso para quem quiser montar sua

própria oficina. Todas as fases dafabricação — sliape (formato), pintu-ra, laminaçáo, lixamento e poliinento— serão ensinadas em apostilas eaulas práticas. Outra iniciativa da As-sociação: o desconto da compra dequalquer produto numa das lojas quepatrocinam o circuito — Pro-Surf,Moment, Camping-Tur, Vandcrbilt eNova República. Bastará apresentar acarteira da Associaçáo.

CALIFÓRNIA — O que um ra-paz formado em Administração deEmpresas, filho de família de classemédia alta e surfista faria na Califór-nia? Logicamente, surfar e curtir aviagem. Mas I lenry foi para os Esta-ilos Unidos apenas com suas econo-mias. um empréstimo do pai e muitavontade de aprender novas técnicasna fabricação de pranchas. Foi denavio, náo na primeira classe, masnum cargueiro. Passou fome e chegoua ser desprezado pelos próprios brasi-leiros:

— Ceria vez pedi um dólar a umamigo brasileiro para comer algo. Afome era grande, mas ele me negou odinheiro, Nos Estados Unidos o povoé frio e não gosta de brasileiros. Essamentalidade passa para nossos com-panheiros lá — lamenta Henry.

Após um ano de aprendizagemcom mestres do nível de Ali Mcrrick,sbaper do bicampeão mundial TomCurren, Henry não agüentou a saúda-de de casa e voltou. As sete malas quetrouxe com ferramentas americanasforam escondidas dentro de um pe-queno barco, numa verdadeira "ope-ração secreta", para passarem pelaalfândega. Fundou a marca de pran-chás íiack e hoje é um dos maisconceituados shapefsdo Rio de Ja-neiro.

Sônia DAImeida

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Evandro Tçixgira

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Na categoria aberta, o São Fernando (boné claro) ganhou o título da Copa Klabin

Torcida do pólo vibra com Tigres

' "^ÍImHenri Lelot acredita nus ondas de Copçtcabãnt

Quando o ataque do Tigres fez o 11°gol, o pequeno grupo de torcedores per-cebeu que o adversam, o Búfalo, nãotinha mais condições de alterar o placar(lia cS) e comemorou com um buzinaço aconquista do título da categoria do handi-cap da Copa Klabin de Pólo, encerradaontem nó campo da Vila Militar. Nadecisão da categoria aberta, o São Fer-nando derrotou o Itaguai, por 12 a 6,ficando com o titulo.

Quase que a final da Copa Klabinfica marcada por uma briga entre Cândi-do Rangel (Búfalo) que, de taco na mão,desafiou Ronnie Ganon (Itaguai) a des-cer do cavalo e enfrentá-lo. Cândidoeslava revoltado com a derrota de suaequipe, mas se acalmou rapidamente e

pôde até torcer para o Sáo Fernando nadecisão da categoria aberta. Depois, to-dos foram ao coquetel de encerramentono Clube de Pólo do Círculo Militar daVila, em Realengo.

Seis tempos — A Copa Klabincomeçou no inicio da semana, com noveclubes inscritos em dois grupos. Os doisprimeiros colocados tle cada grupo pode-riam escolher entre jogar a final de handi-cap e de aberto. O São Fernando foi omelhor e escolheu jogar aberto, contra oItaguai, enquanto Tigres e Búfalo seclassificaram para a final de handicap.

Como o handicap do Tigres c 15, oBúfalo (cujo handicap e 12) começoucom a vantagem de 3 a 0. Aos poucos oTigres foi descontando, com grande atua-

ção de Rafael Silva, autor de sete gols.Os outros foram marcados por DanielKlabin (2) e José Antônio MagalhãesLins (2). Armando Klabin não marcou.Os gols do Búfalo foram marcados porJorge Rafael (3) e Carlos Fata (2). Ostorcedores acionaram as buzinas dos car-ros para comemorar a vitória.

Na decisáo da categoria aberta, o SáoFernando começou bem e fez 4 a 0, comexcelente atuação de Nicolau Silva, garo-to de 14 anos, responsável por dois gols.Abel Ferreira também fez dois, HélioJunqueira fez três e Salomão Reinaldoacabou como artilheiro, com cinco gols.Pelo Itaguai. descontaram Sérgio Figuei-redo (3), Plínio Figueiredo (1) e Ronnie(lanou (2).

J] Vice — O Brasil per-deu na final para a Argenti-na, por 84 a 75, e ficou como segundo lugar, no IVCampeonato Sul-

Americano Juvenil de Basquete Femini-no, encerrado ontem na cidade argentinade Mar dei Plata, As argentinas ganha-ram o torneio invictas. Nas outras parti-das da rodada de encerramento, o Chilevenceu a Venezuela por 90 a 72 e oEquador ganhou do Uruguai por 151 a

Campeão — o me-xicano Júlio César Chavcz

l\ é o novo campeão mundial€ I dos leves, versão AMB.

Em Las Vegas, EUA, elearrebatou o título ao porto-riquenho Ed-win Rosário, que abandonou a luta no11" assalto. Chave/., ex-campeão da cate-goria superpena, permanece invicto nu-ma carreira profissional de 55 vitórias, 4(>antes do limite da luta. Ele ganhou otítulo tios leves ao lutar pela primeira vezna categoria. Entre os superpenas, eledefendou a coroa, com êxito, nada menosde noveyczes.

—jr Mundial — o Paísjp de Gales conquistou ontem

Ao titulo da Copa do Mundo

de Golfe, em Kapalua, Ha-vai. Nos quatro dias de

competição o País de Gales somou 574tacadas, contra o mesmo escore da Escó-cia e 576 dos Estados Unidos. O Brasilficou em 21" lugar, com 612 tacadas.Individualmente, o galés Ian Woosnamfoi o vencedor (274 tacadas) e aindaajudou na vitória de sua equipe, fazendoa segunda metade da volta melhor do queos escoceses San Torrance e Sandy Lyle.

Campeã — Comuma vitória sobre a União

f\ Soviética, na prorrogação,por 20 a 18, depois do em-

pate em 17 a 17 no temponormal, a Alemanha Ocidental acaboucampeã da Supcrcópa de handebol, rcali-zada em Dorimtmd. RFA. Na disputa doterceiro lugar, a Alemanha Oriental ven-ceu a Hungria por 24 a 22. Para ficar coma quinta colocação, a Iugoslávia bateu aSuécia por 34 a 19.

1 Estadual — a ter-J^-^ ceira Etapa do Campeona-

t^y^ lo Estadual de Canoagemserá nos dias 28 e 29, naBarra da 'Tijuca (Av. Ser-

nambetiba. em frente ao n" 2 900), comprova de surfe em caiaque, reunindocanoístas de Minas, Bahia e Sáo Paulo,além dos cariocas Luis Dantas, AntônioCarlos Pádua e Alexandre Lnéas. Osfavoritos são o carioca Carlos EduardoD'Avila, o Cadu; o capixaba MarcosGasparini, o Careca (segundo lugar nasegunda etapa), e os cariocas MarcoAndrei Velasques (campeão da segundaetapa) e o tetracampeão carioca. MarcosDias Vila. que ficou em terceiro lugar noSul-Americano e venceu a segunda eta-pa. A prova começa âs 9h.

LH Rural — Ademir de

y^~\ Oliveira, na categoria Per-

nformance, venceu a sexta e

última etapa do Campeona-to Brasileiro de Hipismo

Rural, em Jacareí, São Paulo, e ficoucom o titulo da competição. Participaramdas seis etapas do campeonato 110 cava-leiros e amazonas. O título da categoriaForça Livre já estava, por antecipação,em poder de Marcelo de Almeida.

m, 1 Antifumo — o pa-M.. raibano, de Cajazeiras, Da-J\ miáo Maciel, de 25 anos,

ij venceu ontem no campusda Universidade de Sáo

Paulo a III Corrida Antifumo, cumprindoa distância de d mil metros no tempo deI7rniri04s. Participaram da prova cerca de2 mil corredores e 1 mil 401 conseguiramcompletá-la. A corrida foi aberta a nào-fumantes e fumantes. Na parte feminina,a vencedora foi a atleta, do São Paulo,Sônia Maria de Oliveira, de 26 anos.

Amador — EduardoAmaral, entre os mirins, eo júnior Fred Guaraná fo-ram os melhores nas ondasde mais de um metro de

altura e venceram a quarta etapa doCircuito Amador Grommets, realizadaontem no Meio da Barra. Entre os mi-rins, Leo Trigo foi o segundo colocado.Ricardo D'Amore chegou em terceiro c,nos juniores, o segundo foi FernandoGraça e em terceiro se classificou DudaTedesco. A próxima etapa do circuito vaiacontecer nos dias 12 e 13 de dezembrono Quebra-Mar da Barra.Motonãutica — Os chefes das14 equipes inscritas na categoria força-livre do Campeonato Brasileiro Oíf-Shore de Motonãutica se reúnem hoje emSáo Paulo para definir os circuitos, regu-lamentos e as categorias de menor potên-cia. Estarão presentes os campeões brasi-leiros Xico Mauro e Túlio Rodrigues,Wilson Fittipaldi, Xandi Negrão, WalácèFrans e outros. O objetivo do grupo édeixar tudo pronto até quinta-feira,quando o campeonato de off-shore serálançado na abertura do Salão Náutico, nolate Clube Rio de Janeiro.Constituinte — Os consti-tuintes estão recebendo telex assinadopor Ademar Ferreira da Silva, bicampeãoolímpico do salto triplo e presidente daassociação Brasileira das empresas* c so-ciedades que patrocinam o esporte, soli-citando apoio para o artigo sobre incenti-vos fiscais ao esporte, constante do proje-to do relator Bernardo Cabral, que asse-gura os incentivos fiscais âs atividadesesportivas.Full-Contact — A Espanhaserá a sede do Campeonato Mundial deFull-Contact, de 10 a 22 de junho dopróximo ano, com a participação de 22países. O campeonato c organizadoanualmente pela Federação Mundial deArtes Marciais Modernas e cada delega-ção levara 15 lutadores. A cidade deSaniander é a escolha mais provável parasediar a competição. Barcelona, Alicantee Madrid lambem apresentaram propôs-tas de organização do Mundial.

Vi.

JORNAL DO BRASIL segunda-feira, 23/11/87 0 ESPORTES

ItapuOuhydes Fonseca

ITAPARICA, BA — Com a presençade cinco dos 20 melhores tenistas do mun-do e cinco brasileiros na chave principal de32 jogadores, começa hoje o Stil-AinéricaOpen, integrante do circuito de GPS doNabisco c o mais importante torneio daAmérica do Sul. Os destaques são os oitocabcças-dc-chavc: o equatoriano AndresGomez, 10" do ranking niundial.que tenta-rá o bicampeonato: Brad Gilbert, dosEstados Unidos, 13"; Martin Jaite, daArgentina, 15"; Emílio Sanchez, da Espa-nha, 17"; Amos Mansdorf, de Israel, 18";Guillcrmo Percz Roldas, da Argentina,23°; Tomas Smid, da Tcheco-Eslováquia,37"; e André Agassi, dos EUA, 44:

Os brasileiros são Luís Mattar, melhordo país e 64" da ATI'; Cássio Motta c JoséAmin Daher, que receberam convite espe-

rica reúneciai; c Danilo Marcclino c Ivan Kley, queentraram pelo torneio de qualificação. Porsua posição no ranking, por ter vencido noano passadp c por eslar novamente emforma depois tle recuperado de um proble-ma no ombro, Andres Gomez c considera-do favorito, mas o nível do torneio é tãoalto que deve haver muito equilíbrio.

Além dos convidados e dos quatro quevenceram o torneio de qualificação, doisoutros tenistas foram admitidos na chaveprincipal por se enquadrarem nos casos de"spccial excepts" (exceções), ou seja, esta-vam disputando outro torneio no mesmodia: o espanhol Juan Aguillera e o peruanoPablo Arraya. A primeira rodada começahoje, com cinco jogos, e a estreia deGomez deve ser amanhã à tarde. Ele, BradGilbert e Amos Mansdorf, que estavamjogando o GP de Joahnnerburgo, na Áfri-ca, tiveram problemas de transporte e sóchegarão na madrugada de amanhã.

rides atraçoesNovn loiquo/AP

Em disputa vaga no MastersAlém de ser o mais importante torneio da

América Latina, o Sul América Open destavez tem uma motivação a mais: c nele queserá decidida a oitava e última vaga para oMasters do Circuito Nabisco, entre o equato-riano Andres Gomez, e o americano BradGilbert. No GP da África do Sul. Gilbertperdeu na final para o australiano Pat Cash,que ficou com a sétima vaga, e agora volta ater chance em Itaparica.

Além disso tudo, o torneio ganha maisuma ai ração: o francês Yannick Noah, quedeveria jogar o GP mas está contundido, cesperado hoje. Ele virá do Rio de Janeiro,onde está a passeio, com um grupo deamigos.

Vibração — Um grito, uma camba-lhota e a raquete atirada para o alto. Assim, ogaúcho Ivan Kley extravasou a tensão quesofrerá no difícil jogo contra o argentinoRoberto Arguello. Ao vencer por 6/4 e 6/4,cie tinha razões de sobra para comemorar:havia entrado para a chave de simples do Sul

America Open, no qual chegou às semifinaiscm 1986, e dera mais um passo para areafirmação de sua carreira. Aos 29 anos,Kley tem se caracterizado por temporadasirregulares.

Na quadra ao lado mais jovem, aos 21anos, o baiano Danilo Marcclino tambémvencia uma partida equilibrada contra o ve-nezuelano Nicolas Pereira (6/1, 3/6 e 715),completando o quadro de cinco brasileiros nachave de simples, uma presença consideradasignificativa por causa da importância dotorneio. O dia de ontem foi marcado pelosjogos de qualificação c, além de Marcclino eKley, outro brasileiro esteve a ponto depassar para a chave de simples: o paulistaJoão Soares, derrotado no último jogo peloisraelense Gilad Bloom.

No final do dia, o norte-americano JayBerger informou que nào participará do GP,porque se contundiu no torneio de BuenosAires. Em seu lugar entrou o uruguaio DiegoPerez, beneficiado por um sorteio. (O.F.)

1a rodadaAndresGomez, Equador-5 DerekRostgano, EUARickiOsterthun RFA Juan Aguillera, EspanhaGuillermo Villas Arg Javier Sanchez, EspanhaPedro Rebolledo Chile Tomas Smid, Tchec-7Emílio Sanchez Esp.-4 Jorhe Lozano, MéxicoMilan Srejber Tchec Seigio Casal, EspanhaLuiz Mattar Brasil QualifyingCássio Moita Brasil Amos Monsdorf, IsraelGuillermoRoldan Arg-6 ToreMeinecke.RFABrunoOresar lug Jay Berger, EUAHorstSkoft, Áustria /hQualityingPablo Arraya Peru Martin Jaite, Arg-3André Agassi EUA-8 José Amin Daher, BrasilAlberto Tous Espanha Jaime Yzaga, PeruHoraciodeLaPena Arg QualifyingBrad Gilbert EUA-2 Qualifying

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A alemã Steffi Graf só deixou a bola

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de seu controle no primeiro set

tênisGraf derrotaSabatini e ficacom o Masters

NOVA IOROUE — Em duas ho-ras e oito minutos de tênis de altacategoria, a alemã-ocidental SteffiGraf, 18 anos, número 1 do rankingmundial, derrotou a argentina Ga-bricla Sabatini, 17 anos, e conquis-tou o título do masters do VirgíniaSlims, torneio que paga 1 milhão dedólares tle prêmios. A partida foijogada no Madison Square Garden eGraf impôs a Sabatini três sets a um,parciais de 4/6, 6/4, 6/0 c 6/4. Foi a75a vitória da tenista alemã este ano,em 77 partidas. Ela só perdeu em1987 as finais de Wimbledon e doAberto dos Estados Unidos, nasduas vezes para a tcheca naturaliza-da norte-americana Martina Navrati-lova. Graf ganhou este ano 11 tor-neios.

Foi realmente um grande ano— disse Graf, que ontem venceuSabatini pela 11" vez consecutiva. Eacrescentou: "Não creio que eu mes-ma ou qualquer outra pessoa espe-rasse que eu viesse a ter um desem-penho tão bom."

Foi a minha melhor semana.Eu estava um pouco cansada, masGraf jogou de maneira brilhante —disse Sabatini, ciue nas quartas-de-final derrotara Martina Navratilova,quatro vezes campeã do torneio, enas semifinais eliminara a búlgaraManuela Maleeva.

Sabatini também jogou de ma-neira brilhante o primeiro set, comexcelente serviço e golpes de muitaforça. Depois, ao perder o segundoset, perdeu também a concentração.Foi batida facilmente na terceira sé-rie, em apenas 18 minutos. No final,equilibrou novamente a partida, che-gando a 4 a 4 no último set, mas ojogo mais forte de Steffi Graf acaboupor prevalecer.

Dezesseis mil pessoas viram apartida, caracterizada pela dramati-cidade. Foi a segunda vez, na idademoderna do tênis feminino, que umapartida chegou aos quatro sets. Aprimeira havia sido em março, entreMartina Navratilova e a tcheca HanaMandlikova. Com os 125 mil dólaresganhos ontem pelo primeiro lugar,Steffi Graf fecha o ano com umaarrecadação de 1 milhão 63 mil 785dólares.

As dificuldades do Brasillorque'AP

A medida que o Sul América Open crescede importância, fica mais difícil para os tenistasbrasileiros chegar ao título. Este ano mais ainda,porque apenas três deles entraram direto nachave principal de simples, mesmo assim doisatravés de convites dos organizadores (CássioMotta e José Amin Daher), pois o único comclassificação suficiente no rankingúa ATP, era opaulista Luiz Mattar.

Na verdade, o máximo que o Brasil conse-gtiiu até agora em cinco anos de competição foidisputar a final. Em 1983, Júlio Góes perdeupara o chileno Pedro Rebolledo; em 1984,Marcos llocevar foi derrotado pelo argentinoHoracio de La Pena; em cm 1985 Carlos AlbertoKirmayr foi massacrado pelo então juvenil pe-ruano Jayme Yzaga (6/2 e ó/O). No primeiro anodo Sul America Open; em 1982, o título foidecidido entre dois chilenos, num jogo muitoequilibrado: Jaime Filio) venceu Ricardo Acunapor 7/6 e 6/4. E no ano passado o equatorianoAndres Gomez sagrou-se campeão ao passarpelo francês Jean Eleurian.

O GP de Itaparica distribui um prêmioexcepcional: nada menos de 516 mil dólares —quase CZS 31 milhões—. 9(1 mil ao campeão, Eaos 32 tenistas que participam da chave principaljá entram em quadra recebendo 3 mil 825dólares, mesmo que percam na estréia. Essesnúmeros indicam que dos 75 torneios integran-tes do circuito Nabisco Grand Prix, o Sul

América só perde para oito em volume depremiaçáo: Austrália Open, Roland Garros,Winbledon, US Open, Key Biscayne, WCTFinal, Forest Hills e Paris Indoor.

Mas não são apenas esses dólares queatraem os grandes tenistas, pois sendo o últimoGP antes do Masters do circuito o GP deItaparica pode ser decisivo para a formação doranking do Giand Prix c dos oito tenistas quedisputarão o Masters em Nova Iorque, quandonovos e maiores prêmios estarão em jogo, nocomeço de dezembro.

A premiação aos melhores tenistas, porém eapenas a ponta do icchcrg de custos na organiza-ção de um torneio dessa grandeza, algo emtorno de 3 milhões de dólares. Principalmenteem função da infra-estrutura montada na ilhafronteiriça à capital da Bahia e que envolvediversas empresas especializadas e mais de 300pessoas cie apoio, que se deslocam para o localpor mais de uma semana. Esse pessoal e mais700 convidados dos organizadores sáo iranspor-tados em cinco aviões fretados pela Tawarick,promotora do evento: um Air Bus, dois 737-300c dois 737-200 da Vasp.

A par do torneio profissional de tênis, o SulAmérica Open significa uma ampla programa-ção social e esportiva que se desenvolve duranteuma semana nas dependências do Club Mediter-rance, como opções de lazer. (O.F.).

Mattar, um problema a maisPrincipal esperança brasileira no Sul-

América Open, o paulista Luís Mattar tem umadificuldade a mais para superar, além do altonível técnico dos adversários: uma contusão notornozelo direito sofrida na Copa Ford, em SãoPaulo, que o prejudicou na final contra operuano Jaime Yzaga e contribuiu para suaeliminação no GP de Buenos Aires logo naprimeira rodada.

Cheguei sábado à noite, já treinei eparece que está bem melhor — disse ontem àtarde, enquanto aguardava a definiçáo do tor-neio de qualificação do qual sairiam os quatroúltimos tenistas para a chave de simples, um dosquais será seu adversário de estréia de acordocom o sorteio dos jogos.

Mais do que tudo. porém, Mattar se ressen-te de uma temporada estafante. Só em simples ede forma oficial ele jogou quase 70 vezes esteano, o que, segundo seus cálculos, representamais de 30 semanas de participação cm torneios.

Estamos todos cansados c não vemos ahora de tirar umas férias. Olha que não sou dogrupo dos tenistas top do mundo, que geralmen-te chegam ás rodadas finais.

E por isso que ele concorda com o movi-mento que os grandes tenistas estáo fazendocontra o Conselho Internacional de Tênis Mas-culino Profissional, ameaçando até romper coma entidade.

Barra Pesada — Mattar diz que, sepudesse, não teria jogado em Buenos Aires porcausa da contusão. Mas se náo fosse, perderiapomos e ainda seria multado em muitos dólares.

O Conselho está forçando muito a barra,favorecendo os torneios, os patrocinadores e atelevisão, em prejuízo dos jogadores, que nãosão ouvidos. Ainda há pouco, rio US Open." oStefan Edberg saiu da quadra a uma hora damanhã e logo depois teve que voltar para outrapartida

Arquivo

g# r 8 JÊ

Mattar, esperança do Brasil

No Conselho estáo representados três selo-res do tênis internacional, cada qual com trêsmembros: a Federação Internacional de Tênis,os diretores de torneio e a ATP dos tenistas. Deacordo com Mattar, os tenistas sempre ficam emminoria nas votações porque normalmente osoutros dois segmentos votam juntos.

Para o tenista brasileiro, o Conselho estáexigindo muito dos tenistas e ele não duvida queocorra o rompimento. (O.F.)

Neva

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A argentina Gabriela perdeu para a número um do ranking pela 11a vez

Vencedores — Em BuenosAires, o argentino Guillermo Pe-rcz-Roldan ganhou o CampeonatoAberto de Tênis da Argentina, aoderrotar na final o norte-americano Jay Berger, que aban-donou a partida ainda no primeiroset, quando perdia por 3 a 2.Berger, que vencera o torneio noano passado, sofreu uma queda noinício da partida, quando o marca-dor mostrava 1 a 1. Medicado,resolveu continuar o jogo, masteve de abandon'a-lo em seguida,por não suportar as dores no tor-nozclo esquerdo. A vitória de Pe-rez-Roldan foi a terceira em gran-des prêmios este ano: antes eletriunfara em Atenas e Munique.Em Joanesburgo, na África doSul, o australiano Pat Cash, sétimojogador do ranking mundial, ga-nhou o torneio local (375 mil dóla-res de prêmios). Na final, ele der-rotou o norte-americano Brad Gil-bert, 13° do ranking, em cincosefs: 7/6 (9/7), 4/6, 2/6, 6/0 e 6/1.Cash, vitorioso em Wimbledon es-te ano, precisou de três horas enove minutos de jogo para dobraro americano e, além do prêmio dotorneio, ganhar também o seu lu-gar no Masters, o campeonato quereunirá em Nova Iorque, em de-zembro, os oito melhores tenistasda temporada. Em seu país, PatCash foi muito criticado por teraceito o convite para jogar naÁfrica do Sul, onde se pratica oregime de segregação racial. "Aochegar a Joanesburgo — disse ele—, estava nervoso, mas fui muitobem recebido". A final de duplasdo torneio sul-africano foi vencidapelos norte-americanos David Pa-te e Kevin Curren, que bateramcom um duplo 6/4 o alemão oci-dental Erik Korita e o americanoBrad Pearce. Em Ixtapa, no Mexi-co, o norte-americano John McEn-roe e o espanhol Emilio Sanchezfazem hoje a final do torneio deexibição dessa cidade turística dacosta mexicana do Pacífico. McEn-roe classificou-se ao derrotar otcheco Miloslav Mecir, sexto doranking mundial, por 7/6 e 6/4, empartida de alta qualidade. Sanchezchega à decisão beneficiado peladesistência do sueco Stefan Ed-berg, segundo do ranking, que nãofoi à quadra enfrentá-lo, a conselho médico, para não piorar deuma infecção estomacal. Sanchezvenceu o torneio no ano passado.

6 O ESPORTES 0 segunda-feira, 23/11/87JORNAL DO BRASIL

Teste 885? SAMPDORIA/IT x ROMA/ITGÊNOVA

SAMPDORIA04.10 — 1x0 Como — F11-10 — 1x1 Milnii — C_5/10 — 0x0 Poscnra — F01/11 — 4x1 Coiiona — C08.1 — 2x1 Avolllno — F22/11 — 1x1 Fioionlinn — F

ROMA04 io — ixo Pisa — C11/10 — 0x1 Juvontus — F25'10 — 1x1 Nopoll — C01/11 — 3x1 Como — C08/11 — 1x2 Empoll — F22/11 — 3x2lnlonwlor_lo -

COTAÇÕESCOLUNA I (30%) COLUNA X (40.) ('(.LUNA 2 (30%)

m INTERNAZIONALE/IT x NAPOLI/ITMILÁO

INTERNASIONALE2110 — 0x1 PollosBura Turku — C25/10 — 2x1 Juvontus — C01/11 — 1x2 Pisa — F04.11 — 2x0 Pollosuura Turku — F06-11 — 2x2 Ascoli — C22 11 — 2x3 Roma — F

NAPOLI0410 — 1x0 Avolllno — F11/10 — 6x0 Poscora — -25/10 — 1x1 Roma — F01/tl — 2x1 Empoll — C08 11 — 0x0 Como — F22/11 — 3x1 Torino — C

COTAÇÕESCOLUNA 1 (30%; COLUNA X (40'..) COLUNA 2 (309

m JUVENTUS/IT X ASCOLI/ITTURIN

JUVENTUS21.10 — 0x1 Panathinaikos -25.10— 1x2 Inlemozionalor01.11 — 3x0 Avolllno — C04,11 — 3x2 Panathinaikos -08 11 — 2x1 Pisa —F22.11 — Cosuna —C

COTAÇÕESCOLUNA I (60 _) COLUNA X (20 .) COLUNA 2 (20%)

E EMPOLI/ITEMPOLI

EMPOLI04.10 — 0x0 Fioronlina —11.10 — 0x2 Ascoli — F25.10 — 0x1 Pisa — C01.11 — 1x2 Napoli — F08.11 — 2x1 Roma — C22.11 — 2x3 Como — F

X MILAN/ITMILAN21.10 — 0x2 Espafiol — C25.10 — 1x0 Vorona — F01.11 — 0x0 Torino — C04.11 — 0x0 Espanol — F08.11 — 2x0 Pescara — F22.11 — 3x0 Avolllno — C

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COTAÇÕESCOLUNA 1 (30^ COLUNA X (30%) COLUNA 2 (40'.)

m PESCARA/.T x TORINO/ITPESCARA04 10 — 1x0 Cosona — C11.10 — 0x6 Napoli — F25.10 — 0x0 Sampdoria — C01.11 — 0x4 Fioronlina — F08.11 — 0x2 Milan — C22.11 — 0x2 Vorona — F

COTAÇÕESCOLUNA 1 (40%) COLUNA X (30f_) COLUNA 2 (30%)

TORINO04.10 — 1x1 Internazionale -11.10 — 0x0 Cesona — F25.10 — 2x1 Fioronlina - C01.11 — 0x0 Milan — F08.11 — 1x1 Vorona — C22.11 — 1x3 Napoli — F

_D BARCELONA/ESP X Cadiz3EspBARCELONA

BARCELONA21.10 — 2x0 Dlnamo Moscou •25.10 — 2x2 Mallorca — C01.11 — 1x0 Logroíios — F04.11 — 0x0 Dínamo Moscou ¦08.11 — 2x0 Celta — C22.11 — 2x1 Bélis — F25.11 — Flamurlan — C

CAIZ04.10 — 2x1 Logrofios — F18 10 — 1x1 OsasurVa — C25.10 — 1x1 Coita — F01.11 — 2x0 Las Palmas — C08 11 — 2x3 Bélis — F22.11 — 1x0 Sovilla — C

COLUNA 1 (507) COLUNA X (307) COLUNA 2 (207)

0 REAL MADRID/ESP x MALLORCA/ESPMADRID

REAL MADRID21.10 — 2x1 Porto — C25.10 — 4x0 València — C31.10 — 0x0 Atlético Bilbao — F04.11 — 2x1Porto — F07.11 — 0x4 Atlético Madrid — C22.11 — 2x0 Sabadell — F24.11 — A|ax — F

MALLORCA04.10 — 1x1 Logrofies — C18.10 — 3x1 Bolis — C25.10 — 2x2 Barcelona — F01.11 — 3x3 Muroio — C08.11 — 0x1 R.Sociodad — F22.11 — 0x2 Valladolid — C

COLUNA (707) COLUNA X (207) COLUNA 2 (107)

El ZARAGOZA/ESP x ATL.MADRID/ESPZARAGOZA

ATLÉTICO MADRIDZARAGOZA04.10 — 1x0 Osasuna — C16.10 — 1x2 Los Palmas — F25.10 — 8x1 Sovilla — C01.11 — 1x2 Espanol — F08.11 — 2x2 Valoncia — C22.11 — 2x0 Atlético Bilbao — F

03.10 — 2x1 Barcelona — F18.10 — 1x0 Murcia — C25.10 — 0x0 R.Sociodad — F01.11 — 3x0 Volladolld — C07.11 — 4x0 Real Madnd — F22.11 — 1x2 S.Gijon — C

COTAÇÕESCOLUNA t 307) COLUNA X (307) COLUNA 2 (40r

R. SOCIEDAD/ESP x CELTA/ESPSAN SEDASTIAN

R. SOCIEDAD21.10 — 1x1 Dínamo Minsk — C25.10 — 0x0 Atlético Madnd • C01.11 — 2x0 Sabadell — F04.11 — 0x0 Dinamo Minak — F08.11 — 1x0 Mallorca — C22.11 — 1x1 Logroíios — FCOTAÇÕESCOLUNA 1 (407. COLUNA X (307) COLUNA 2 (307

CELTA04.10 — 1x1 Mallorca — C18.10 — 0x0 Logrofies — F25.10 — 1x1 Cadiz — C01.11 — 2x0 BOtis — C08.11 — 0x2 Barcelona — F22.11 — 2x0 Murcia — C

ACADEMICA/PORT x BRAGA/PORTCOIMBRA

ACADÊMICA BRAGA04.10 — 1x1 Chavos — 04.10 — 0x3 rio Ave — F11.10 — 0x0 Salgueiros — 11.10 — 3x1 Covllhâ — C18.10 — 1x1 Penaliel — 18.10 — 2x2 Espinho — F25.10 — 1x2 Rio Ave — 25.10 — 2x2 v. Selubal — C01.11 — 2x2 Espinho — C 01.11

15.110x1 Farense — F2x0 Portimonense — C

COTAÇÕESCOLUNA 1 (407) COLUNA X (307) COLUNA 2 (307)

__} V. SETÚBAL/ESP x SPORTING/PORTSETÚBAL

SPORTINGV. SETÚBAL04.10 — 0x2 Varzim — F10 10 — 4x4 Porto — C18.10 — 2x2 Covilha — F25.10 — 2x2 Braga — F01.11 — 2x1 Portimononse15.11 — 0x1 Marítimo — F

04.10 — 3x2 Bolonensos — F11.10 — 2x2 V. Guimarâos — C17.10 — 0x0 Boavisla — F25.10 — 1x2 Varzim — C31.10 — 0x2 Porto — F15.11 — 2x0 Covllhâ — C

COTAÇÕESCOLUNA 1 (307) COLUNA X (307) COLUNA 2 (407)

BENMFICA/PORT x FARENSE/PORT

BENFICA17.10 — 2x0 Salgueiros — (21.10 — 0x0 Arahus — F25.10 — 1x0 Ponaliol — F31.10 — 2x0 Rio Avo — C04.11 — 1x0 Ararhus — C15.11 — 1x0 Espinho — F

LISBOAFARENSE04.10 — 2x1 Salgueiros — C11.10 — 2x3 Penaliel — F18 10 — 0x0 Rio Ave — C25.10 — 0x1 Espinho — F01.11 — 1x0 Braga — C

COTAÇÕESCOLUNA l (607) COLUNA X (209.) COLUNA 2 (207)

PORTO/PORT x CHAVES/PORTPORTO

PORTO17.10 — 1x0 Portimonense — C21.10 — 1x2 Roal Madnd — F25.10 — 2x0 Marítimo — F31.10 — 2x0 Sporting — C04.11 — 1x2 Roal Madrid — C15.11 — 3x2 Elvas — F

CHAVES17.10 — 0x2 Bolonensos — F21.10 — 1x2 Honvod — C25.10 — 3x1 V. Guimarães — (01.11 — 0x1 Boavista — F04.11 — 1x3 Honved — F15.11 — 6x1 Varzim — C

COTAÇÕESCOLUNA 1 (. )r COLUNA X (207) COLUNA 2 (207)

Teste 884I Atlético/MG 1 X Palmeiras/SP O

| S. Paulo/SP 3 X Inter/RS O3 Botafogo/RJ 2 Bahía/BA 2

Goiás/GO 2 Vasco/RJ 2Juventus IT 2 X Cesena/IT 1Roma/IT 3 X Intornazionale/IT 2Napoli/IT 3 X Torino/IT 1

8 Ati. Madrid.ESP X S. Gijon-ESP 2Betis,ESP 1

10 Sabadell/ESP O

X Barcelona/ESP 2

X Real Madrid/ESP 211 Santos-SP O X Cruzeiro. MG 11213

Coritiba/PR 2 X Fluminense/RJ 1Flamengo/RJ 3 X Sta. Cruz/PE 1

No encerramento do Campeonato de Marcas e Pilotos, o brilho foi todo dos carros Uno turbinados

Dupla da Matta/Uolmervende final de Marcas

SÂO PAULO — Com muitas quebras —dos 30 carros que largaram apenas 10 concluí-ram a prova —, terminou ontem, no Autódro-mo José Carlos Pace, em Interlagos, a CopaShell—Campeonato Brasileiro de Marcas ePilotos, com a realização da IO'1. E últimaetapa da competição, as Três Horas de Interla-gos. A dupla Toninho da Matta-Gunnar Woll-mer, da equipe Tesa/Juvena, sagrou-se cam-peã na categoria de motor aspirado, apesar daoitava colocação na prova de ontem.

A última etapa teve como dupla vencedoraMarcos Gracia/Chico Serra, da equipe Sultan,'com um carro Uno-turbo, que completou as 53voltas pelo circuito paulista no tempo de2h57min54s22. Coube à dupla vitoriosa esla-beleccr a melhor volta da corrida, com3mihl5s0_ e média horária de 145,2% quilo-metros.

Corrida de chegada — O Uno-turbo vitorioso foi conduzido, inicialmente,por Chico Serra — cx-piloto da Fórmula-1.Ele levou um susto, quando acabou o combus-tivel dc seu carro e teve de caminhar lenta-mente até os boxes, para reabastecer. Somen-te nesse momento da prova, a dupla perdeu aliderança para Vinícius Pimentel/Clementé deFaria, a única a terminar a corrida com omesmo número de voltas. Apesar da bonitavitória, o título da temporada já estava decidi-do em favor dc Vinícius Pimentel e Clementedc F;aria.

No campeonato dc carros com molor aspi-rado, a disputa só terminou no final da provade ontem. A dupla Toninho da Matta-GunnarVollmer precisava dc um 16" lugar para ganharo título. Da Matta começou pilotando, semforçar o ritmo do carro. Os problemas, noentanto, apareceram. Foi preciso trocar ocabeçote do motor do Passat número 20, o quelevou 28 minutos dc trabalho nos boxes.Gunnar Vollmer começou a pilotar e conduziuaté o final. Da Matta e Vollmmcr deram 10voltas a menos do que o líder da prova, mas foio suficiente para a conquista do título.

O campeonato de Marcas mais uma vez foiconquistado pela Volkswagen. É o quartotítulo obtido pela empresa na categoria. Agoraa discussão é como será o regulamento para ocampeonato de Marcas de 1988.

A festa realizada ontem em Interlagos, noencerramento da Copa Shell-CampeonaloBrasileiro de Marcas e Pilotos, pode ser suhsti-tuída ainda esta semana por uma notíciafrustrante para as equipes, pilotos e patrocina-dores. Existe enorme risco de a Volkswagen,por contenção de despesa, devido às difieulda-des que enfrenta no mercado brasileiro, sus-pender seu patrocínio para a temporada demarca de 1988, o que esvaziaria por completoa competição.

Bob Sharp, ex-piloto e supervisor de com-petições da Volkswagen, revelou no autódro-mo paulista que a definição de orçamento estápara acontecer, mas não admitiu a retiradatotal da Volkswagen do automobilismo decompetição: "Se não continuarmos investindonesse segmento, esperamos pelo menos dimi-nuir pela metade a atual estrutura"

Resultado1 - Chico Serra/Marcos Gracia, Uno turbo, 53voltas 2 - Vinícius Pimentel/Clementé de Fa-ria, Uno turbo, 53 voltas 3 - Xandi Negrão/To-ni Rocha, Passat aspirado, 52 voltas 4 - Cláu-dio Girotto/José Coelho Romano, Passat aspi-rado, 52 voltas 5 - Andreas Mathèis/LuisRondinone, Uno turbo, 52 voltas

CampeonatoTurbo

1 Vinícius Pimentel/Clementé de Faria - 650 2 -João B. Aguiar/Luis Rondinone - 483 3 - LuisRosenfeld/Dcnísio Cesarini - 461 4 - ChicoSerra/Marcos Gracia - 40S 5 Fábio Greco/LianDuarte - 375 (Aspirado) 1 - Gunnar Volmcr-Toninho da Matta - 568 2 - Paulo Judice - 535

3 - Xandi Negrão/Toni Rocha - 530 4 -Andreas Matheis - 475 5 - Cláudio Giroito -450

RÁDIO JBAMARAL NETO

(Líder do P.D.S. na Constituinte)

A Rádio JB continua com a série dedebates, ouvindo os Partidos Políticossobre os caminhos da Constituinte e acrise atual.

Programa Encontro com a Imprensadas 13 às 14 h.

Participe pelos tels.: 580-2999/580-4249.

RADIO JORNAL DO BRASIL

AM STEREO 940 KHz

Na Ford, outra vitória dojá campeão Gil de Ferran

BRASÍLIA — Já com o título de campeãoassegurado, o paulista Gil de Ferran obteveontem a sua quarta vitória consecutiva noCampeonato Brasileiro de Fórmula-Ford.Mesmo com falhas no motor do carro, elecompletou as 18 voltas do circuito cm 38min44s73, na média horária de 152.611 quilômé-tros e com quase sete segundos de vantagemsobre o segundo colocado, o carioca ElióSeikel.

Scikel largou na pole-position e liderou aprova nas sete primeiras voltas. Na oitava.Ferran o ultrapassou. O terceiro colocado foioutro paulista, Renato Russo, que com a

posição manteve a vice-liderança do campeo-nato. A corrida de Brasília foi a nona epenúltima da temporada. A última será cmGoiânia, domingo.

Essa 10'' prova do calendário talvez náotenha a presença do campeão: Ferran, depoisda vitória de ontem, declarou que só. irá aGoiás se os seus patrocinadores exigirem a suaparticipação. A maior atração cia corrida,porém, mesmo se confirmada a presença docampeão, será a lula pelo vice, pois três pilotos— Renato Russo, Jefferson Elias e AugustoCesário "Formigão" — ainda têm chance deconquistá-lo.

Resultado Campeonato1) — Gil de Ferran (SP), 38mm44s73 (18 voltas)2) — Elio Seikel (RJ). 38min51s673) — Ronato Russo (SP), 39min07s244) — Domenico Paganom Neto (SP), 39min07s475) — João Alfredo "Baguncinha"

(RS), 39min08s686) — Antônio Slofani Neto (GO), 39minl0s537) — Cláudio Raltes (RJ), 39min18s858) — Jolforson Elias (SP), 39mm25s649) — Fábio Alves (RJ), 39min36s47

10) — Rafael Badra (DF), 39min53s75

1) Gil de Ferran (SP). 1322) Renato Russo (SP), 723) Jefferson Elias (SP). 624) Augusto "Formigão" Noto(SP), 555) Djalma Fogaça (SP), 466) Milton Sperafico (PR), 41(7) Elio Seikel (RJ), 408) Affonso Giaffone Neto(SP),389) Domenico Paganoni Neto(SP), 3410) João "Baguncinha" Ferreira(RS), 26

Senna chega para descansarAyrton Senna desembarca hoje em Sáo

Paulo, para um período dedicado exclusiva-mente ao lazer e a descansar. Ele. na chegada,dará uma entrevista coletiva e seguirá imedia-tamente para uma fazenda do interior doestado, onde ficará duas semanas. Senna anoque vem correrá pela McLaren, ao lado dobicampeáo mundial Alain Prost.

AÍguns dos melhores pilotos da Américado Sul e da Luropa, que sonham em entrar no

milionário mundo da Fórmula-1, participarão,em dezembro, do Mundialito de Fórmula-3;que terá provas na Argentina e no Uruguai. Oobjetivo é despertar o interesse dos responsa-veis da Fórmula-1 sobre esses pilotos.

O Mundialito de Fórmula-3 será disputadoem três provas. Buenos Aires, dia 6 de dezem-bro; dia 13, em Punta Del Este, Uruguai, c dia20, cm Villa Carlos Paz, Argentina.

Cinofilia Paulo Roberto Godinho

Campos em casa novaimpossibilidade do uso do EstádioBarone Forzano fez com que o

Kennel Clube de Campos transferissesua programação do dia 14 de novem-bro, para o Estádio de Exposições daFundação Rural de Campos.

Repentinamente, o expositor se viunum local magnífico, com muito espaço,conforto, estacionamento fácil e umachurrascaria funcionando o dia inteiro.O estádio da Fundação Rural já é usadohá muito tempo pela Sociedade de Cria-dores dc Cães Pastores Alemães deCampos; sugerimos à Diretoria do KCCque continue utilizando aquele local atéque o "Barone Forzano" esteja concluí-do e apto para funcionar, segundo osonho de seu ideulizador, o campistaAlcimar Fraga.

3" Exposição Sulamericanan doK.C. dc Campos: juiz: Zeno Mendes(paraná). 1" grupo: Ch. Chap*s CrackerLotton Candy (kurzhaar), do Canil Pa-per Moon; 2" grupo: Gr. Ch. Sulameri-cano Marlboroúgh_ Nijisnky (borzoi).de Marco Antônio Faria Lima; 3" grupo:Gr. Gh. Cido von Schlonsawtiget (rott-weiler), de Fernando Soares Paz (reser-va da Exposição); 4" grupo: Gr. Gh.Kel-Lee's Formidable Glory (kerrybluer terrier), de Fernando Soares Paz(Melhor Cão da Exposição); 5" grupo:Kiko da Vila da Rainha (pinscher minia-tura), propriedade de Eduardo Noguei-ra. 6" grupo: Gr. Ch. L'Janaina do Laio(lhassa apso), propriedade de Enio deSouza (3" lugar de Exposição). O dober-mann Hitcher Charleston, propriedadede Ricardo Ferreira Peçanha, primeiroreserva do rottweiler Cido, foi escolhido4" lugar da exposição.63a Exposição Nacional do K.C. Cam-pos: juizes: Sônia Ehlermann (1", 2°, 4",5" e finais), Fabiano Grandi (3"e 6o). 1"grupo: Kurzhaar — Ch. Chap's CrackerLotton Candy; 2° grupo: elkhoünd no-ruegués — Gr. Ch. Melhley's Ramblirig.

3" Grupo: Gr. CH. Cidovon Schlonsaw-tiget — rottweiler (Reserva da Exposi-ção); Rastus, do Old Blue Kennel, 4"grupo: kerry blue terrier — GR. Ch.Kel-Lee's Formidable Glory (MelhorCão da Exposição); 5" grupo: pinscherminiatura — Kiko da Vila da Rainha; 6°grupo: lhassa apso — Gr. Ch. L'Janainado Laio (3" lugar da Exposição); doguealemão Gr. Chi Ali Mac Graw de _d-narg, do Ruthama's Kennel, segundareserva do rottweiler Cido, foi escolhida"4" melhor cão da exposição".4J Especializada de Terceiro Grupo:juizes: Nelson Luna (raça fila brasilei-ro); Paulo Roberto Godinho, demaisraças do grupo. Principais ganhadores:Akita; Aiken Sanjo Sama. de CarlaIsmael; Cio dos Pirineus: Narjan dosPirinardos, de Eliane Melgaço; Dober-mann: Ch. Dona Orion Dube Von He-nik, de Mário dos Santos; Dogue Ale-mão: Gr. Ch. Ali Mae Graw de Idnarg,do Ruthama. Kennel; Fila Brasileiro:Gr. Ch. Sulamericana Bruna Jin__"deMuqui, do Canil Morro da Onça, FíuskySiberíano: Gr. Ch. Tharyushra's LordGhorry, do Canil Kyokushin; Rottwci-ler. Ch. Anka Felsenreiteschule, de Joa-quim Sebastião Maia; São Bernardo:Ch. Pancho dos Grandes Neijes, doCanil Pirinardos; Terra Nova, Stefaniedos Pirinardos, de Amauri Miranda deSalles Souza. Old Englisli Sheep Dog:Lady D'Alma of Ribbas Kennel, deAngie and Devil Kennel; Pastor Ale-mão: Ingo do Monte dos Manacaís, dcRonaldo Pacheco Brasileiro. StclhorCão da Exposição: Ch. Dona OrionDube von Henik (dobermann); 2") Gr.Ch. Sulamericana Bruna Jiruá de Muqui(fila brasileiro); 3") Ch. Anka Felsen-reitschulc (rottweiler); 4" Hitcher Char-leston (dobermann). de Ricardo Ferrei-ra Peçanha. Show de Filhotes:. juiz:Paulo Roberto Godinho, 1" Lugar: Fei-jãozinho de Hannabela, de Priscila B. deSouza.

JORNAL DO BRASIL segunda-feira, 23/11/87 O ESPORTES 0 7

Mineiros lá pBELO HORIZONTE — A classificação do Atlé-

tico c do Cruzeiro para as semifinais do Campeo-nato Brasileiro foi comemorada com alegria pelostorcedores dos dois grandes rivais. Pela primeiravez os dois times têm diante de si a oportunidadede se enfrentarem na disputa do título brasileiro.

A torcida atleticana compareceu cm massaao Mineirão, ontem, certa de que o time nãodeixaria escapar a oportunidade de encerrar osegundo turno com uma vitória sobre o Palmei-ras. Não foi o resultado esperado, a goleada, queaté podia ter saído, mas a exigente torcidaatleticana vibrou, bateu palmas e soltou foguetes,enquanto se mantinha atenta ao jogo do Cruzei-ro, em São Paulo. A derrota do grande rival teria,certamente, um gostinho a mais, além de afastaro temor de enfrentá-lo nas finais.

Mas a maior alegria na cidade foi mesmo datorcida cruzeirense, quando aos 46 minutos dosegundo tempo Careca marcou o gol que livrouseu time de uma partida extra contra o São Paulo.Foguetes espocaram por todos os cantos dacidade, o buzinaço foi geral, enquanto os torcedo-res gritavam diante dos aparelhos de televisão.

A noite começou com os torcedores sonhan-do com uma final mineira, um Mineirão lotado etodas as atenções do país voltadas para BeloHorizonte. Afinal, comentava-sc nas ruas, não étão difícil isto acontecer: o Internacional, adver-sário do Cruzeiro, não apresentou no returnonem a sombra do futebol que lhe valeu o titulo doprimeiro turno. E o Atlético tem a vantagem deum ponto extra.

Telê perto do bimantém a prudência

Melhor time do campeonato brasileiro até agora, cam-peão invicto do primeiro e do segundo turnos do Grupo A, oAtlético está diante agora de um dos seus maiores rivais, oFlamengo, penúltimo empecilho à nova tentativa do clubemineiro de se sagrar campeão brasileiro, título que só conse-guiu em 1971, quando seu atual técnico, Telé Santana,comandava a equipe. A mais marcante tristeza dos torcedoresatlclicanos aconteceu em 1980, justamente diante do Flameri-go. E, se ultrapassá-lo. poderá ter pela frente seu grande rivalregional, o Cruzeiro.

Embora o Atlético tenha conquistado a vantagem dedisputar a segunda partida em casa e, mais do que isto, já comum ponto de vantagem, o técnico Telê Santana manteve aprudência ao comentar seu próximo adversário, que derrotoupor 1 a 0, no Mineirão, neste returno.

O Flamengo subiu muito de produção nos últimosjogos. Está com uma equipe bem armada e se reencontroucom seu bom futebol. Vamos ver — comentou Telê, queconsidera o ponto extra "uma

pequena vantagem".Telê deve lembrar-se de que em 1980 o Atlético também

teve uma pequena vantagem sobre o Flamengo. Venceu aprimeira partida no Mineirão, por 1 a 0, e foi ao Maracanãdependendo apenas do empate. Perdeu a partida, por 3 a 2, etambém o Campeonato.

Ouem se mostrou alegre com o fato de enfrentar seu ex-clube foi o ponta-esquerda Marquinho.

Vai ser uma semifinal para ninguém botar defeito —prometeu.

ensam numa final só entre elesBolo Horizonto — Wnldomor Snblno

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Não foi a goleada esperada, mas com este gol de Marquinfios o Atlético continua invicto

Atlético garante o ponto extraBELO HORIZONTE — O Atlético

Mineiro confirmou ontem sua condiçãocie melhor time deste Campeonato Brasi-leiro, ao vencer o Palmeiras por um azero, no Mineirão. Não jogou muito,apenas o suficiente para conquistar oprimeiro lugar do returno no Grupo A,manter sua invencibilidade e garantir oponto extra que lhe dá vantagem nadisputa das partidas semifinais contra oFlamengo.

O Palmeiras nâo parecia acreditarnos resultados que dariam a chance de seclassificar: vencer o Atlético e aindatorcer para a derrota do Flamengo diantedo Santa Cruz, o que afinal acabou nãoacontecendo. O atlético, ao contrário,começou pressionando, e até os 20 minu-tos já tinha perdido três boas oportunida-des de marcar — duas com Sérgio Araújoe outra com Luizinho.

Como de costume, era o ponta direitaSérgio Araújo que levava maior perigo

ao gol de Zetti. Com um minuto de jogo,ele recebeu passe de Luizinho dentro daárea, mas chutou de pé esquerdo, fraco.Aos nove, chutou prensado para fora.Em seguida, aos 10 minutos, foi a vez deLuizinho receber a bola livre e chUtarfraco para defesa fácil de Zetti.

Curiosamente, o gol surgiu exata-mente quando o jogo esfriara, o Atléticose acomodara em campo e o Palmeiras,tendo apenas o ponta-direita Tato e o

1

Atlético — João L«tto, Cartão, Batista,Luísinho o Paulo Roberto; Éder Lopes, Ván-der Luis e Marquinhos (Edfíaon); SérgioAraújo. Renato e Marquinho.

Técnico: Telé Santana

0 Palmeiras — zètti, Caçapa, Márcio N<móq Carlos Alberto; Lino, Celio e Júnior (Delei);Tato (Mane). Utzu e Dítinho.Técnico: Rubens Mlnelii.

Local: Mineirão Ronda: ÇZ$ 3 milhões 3H7 mil 375,Púbiloo: 37 mil 110 pagantes. Jula: Renato MarHi-glia. Cartóo* amarelou- Carlos Alberto. Marquinho»o Márcio. Gol: no primeiro tempo. Marqumhoa aos20 min.

centroavante Bizu no ataque, náo chega-va a reagir. Sérgio Araújo recebeu naponta direita, ganhou do lateral CarlosAlberto, que o acompanhava por todo ocampo, caiu, levantou-se e cruzou para aárea. Renato cabeceou na trave, mas navolta Marquinhos chutou forte, sem queZetti pudesse fazer nada, aos 29 minutos.O atlético voltou a perseguir o gol, massó aos 45 numa bela trama do ataque, ocentroavante Renato teve nova chance demarcar.

O segundo tempo não foi muito dife-rente do primeiro. Telé tirou Marquinhose colocou Edilson, segurando mais omeio-campo. O lateral esquierdo PauloRoberto, que tem função quase de ponta-esquerda no esquema de Telé, ficou pre-so, marcando Tato, e depois Ditinho,deslocado para a esquerda, enquanto dooutro lado, o lateral direito Carlão, quesubstituía Chiquinho, não se arriscava asubir ao ataque.

Gol do Cruzeiroprovoca tumulto

SÁO PAULO — O Cruzeiro se classi-ficou para as semi-finais do CampeonatoBrasileiro vencendo o Santos por 1 a 0,

-numa partida movimentada, ontem noPacaembu. Com o apoio da torcida doSão Paulo, o Santos saiu de campo antesque o juiz José Roberto Wright confir-masse junto ao seu auxiliar Sampaio se ogol marcado por Careca aos 46 minutosdo segundo tempo era válido ou não.

Depois de ser lançado, Gil cruzoupara Heriberto, que deixou Careca com-pletar para o gol. Neste momento, obandeira indicava alguma irregularidade,sem ser atendido pelo juiz, o que causoumuitos protestos dos jogadores doSantos.

Apesar do final tumultuado, a partidateve bom nível técnico. No primeirotempo, duas grandes defesas de RodolfoRodriguez evitaram que o Cruzeiro abris-se o marcador. O Santos, que jogava nadefesa, teve boas oportunidades por in-termédio de Mendonça c Chicâo. Nosegundo tempo, o Cruzeiro ficou maisofensivo com a entrada de Careca, queprocurava a linha de fundo, e fez com quea defesa do Santos co cometesse muitasfaltas. Aos 36 minutos, Mendonça chutoucom força e Gomes espalmou batendo natrave.

Depois da decisão do juiz de validar ogol de Careca, já nos descontos, o goleiroRodolfo Rodriguez foi expulso por ofen-der José Roberto Wright, saindo indigna-do de campo. "O

juiz deveria ter cônsul-tado seu bandeirinha, antes de validar ogol para a equipe mineira", reclamou ele.

Como Wright manteve o gol queclassicou o Cruzeiro, a equipe do Santosdecidiu sair de campo. O juiz esperoucerca de 10 minutos para reiniciar apartida e cumprir todos os descontos,dando-a, então por encerrada com avitória do Cruzeiro. A atitude do time doSantos — que saiu do campo a mando dovice-presidente do clube, José RubensMarino — foi registrada na súmula dojuiz, que será encaminhada à CBF.

0 SantOS — Rodolfo Rodrigues. Davi, Ijuí.Celso o Flavinho, Antônio Carlos, César Sam-paio o Mendonça; Osmar/inho. Chicáo e Mar-co Antônio Cipó.

1 Cruzeiro — GomüB, Balu, Vilmar. Horaldoe Genilson (Gilmar); Douglas, Eduardo e He-riborto, Qil. Cláudio Adão o Edson (Careca).Tòcnioo — Jair Pereira.

- Pacaembu. Jula — Josó Roberto Weight.Bonda — CZS 1 milhão 351 mil 400. Públioo — 13mil 216 pagantes. Gola — Careca aos 46 min. dosegundo tempo Cartôea — Cipó, Heraldo, Flavinhoe Osmarztnho (amarelo) e Rodolfo Rodrigues (ver-molho).

w^TT-j^-i»-'-! *'»T^™^pipBa^i|rMff ^'TfyiTirannHFlBMW^MMBMIaaMrjngaTO

Campeonato BrasileiroOntem

Flamengo 3 x 1 Santa CruzAtlético 1 x 0 Palmeiras

Sanlos 0 x 1 CruzeiroGoiás 2x2 Vasco

Grupo APG DGPGC•1 — Atlético 11 2

•2 — Flamengo 10 1 10 4— Palmeiras 13 6— Grêmio 7

Botafogo 5Bahia 8

7 — Sanla Cruz 6 10Corinlians 7

* classilicados para a seminal

Grup B— Cruzeiro 12 .2 12 1— Sâo-aulo 11 5 14 5— Fluminense 3 2 6— Vasco 2 3 11

¦ Coriliba 2 3 126— Santos 1 3 8

, ,...7.— Internacional 471 2428Goiás 0 3 7

(-) classificados para a semifinal

Artilheiros

t — Müller (São Paulo) lügols.— Romário (Vasco) Cuca (Grêmio), Cláudio Adão

(Cruzeiro) e Renato (Atlético) 7gols.— Roberto (Vasco) 6ools.— Dadinho (Santa Cruz), Amarildo (Inter) e Formi-

ga (Cruzeiro) 5 gols.— Zico (Flamcnoo) Washington (Fluminense), Chi-

quinho (Atlético), Luís Fernando (Internacional), Bo-bo (Bahia) e Silas (São Paulo) 4 ools.

— Romcrito (Fluminense), Heriberto (Cruzeiro),Bizu (Palmeiras, Edmar e Marcos Roberto (Corín-tians), Berg (Botafooo), Luís Fernando c Tostão(Coritiba) 3 gols.

— Vágner (Botafogo), Assis (Fluminense), Bebeto,Kila, Zinho, Aílton (Flamengo), Tato, Edu (Palmei-ras), Éverton (Coríntians), Milton (Coritiba). Lima,Jorge Veras,- Valdo (Grêmio). Marquinhos, PauloRoberto. Batista (Atlético), Mendonça, Osmarzinho(Santos), De Lima (Botafogo), Cardim (Santa Cruz),Careca (Cruzeiro), Edson Boroes (Coritiba) e Leomir(Fluminense) 2 gols.— Mongol, Maurício, Toni, Éder (Botafogo), Marce-Io Henrique, Jandir, Ricardo (Fluminense), Luís Car-los, Humberto, Vivinho (Vasco), Jorginho, Andrade,Renato (Flamengo). Edson, Robson, Eduardo (Cru-zeiro), Fagundes, Tiãozinho, Gomes (Goiás), Mauro,Caçapa, Lino (Palmeiras), Leia. Carlos Henrique,Marildo, Mauro Madtireira (Bahia), Zé Teodoro, Pita,R-aí. Edivaldo. Dario Pereira, Lê (São Paulo), Amaral(Grêmio), Paulo Matos, Heider, Aloísio (Intemacio-uai), Marquinho, Vânder, Luís, Séroio ÀRaújo (Atlá-tico), Edelvan, Davi, Chicáo (santos), Ataíde, Alexan-dre e Rinaldo (Santa Cruz)5jj gol.Gols contra—Vágner (Coritiba) a favor do Flamengo,Paulo Roberto (Vasco) a favor do Atlético e Corín-tians, Antônio Carlos (Santos) a favor do São Paulo.Mòroni (Vasco) a favor do Cruzeiro, Airton (Interna-cional) a favor do Vasco, Donato (Vasco) a favor doCoriliba, Henrioue (Grêmio) a favor do Palmeiras.

Fia não podeperder oprimeiro jogo

Estão definidas as semifinais do mo-dulo verde do Campeonato Brasileiro:Atlético Mineiro x Flamengo e Cruzeirox Internacional, que jogarão agora duaspartidas no sistema de ida-è-volta. Seperder o primeiro jogo, o Flamengo esta-rã eliminado. Isso porque o Atléticoentra com um ponto de bonificação porter sido campeão dos dois turnos daprimeira fase. Se vencer a primeira, noMaracanã, somará três pontos ganhos etransformará a segunda partida, no Mi-neirão. em um simples amistoso.

Por terem somado mais pontos que oadversário na primeira fase de compeli-ção, Atlético e Cruzeiro terão direito afazer a segunda partida em seus campos.Assim, a primeira rodada, no próximofim-de-semena, será disputada no Rio(Flamengo x Atlético) e em Porto Alegre(Inter x Cruzeiro). Passarão para a tercei-ra fase (final do módulo verde) os doisclubes que somarem mais pontos nasduas partidas semifinais. Segundo o regu-lamento, no caso de empate por pontosganhos após os dois jogos da série atual, adecisão se fará através de prorrogação de30 minutos (dois tempos de 15 minutos)e, persistindo a igualdade, através depênaltis.

Isso só pode acontecer, porém, nasérie entre Cruzeiro e Internacional, queentraram em igualdade de condições. Naoutra chave, o ponto-extra do Atléticonáo permitirá que haja empate por pon-tos ganhos após os dois jogos.

Bangu ganha vagacomo representantedo módulo amarelo

Jorge Perri

O Bangu conquistou o direito de ser um dosfinalistas do Campeonato Brasileiro, representandoo módulo amarelo, ao derrotar o Vitória, em MoçaBonita, na decisão por pênaltis, após o empate (1 a1) no tempo normal e na prorrogação de 30minutos. As emoções começaram cedo em MoçaBonita: aos 3 minutos, Marinho fez 1 a 0, comple-tando grande jogada de todo o ataque.

O Bangu continuou mais ofensivo e perdeuboas oportunidades no primeiro tempo. No segun-do, foi castigado: o Vitória empatou, cobrandopênalti que não houve, mas foi marcado por Ro-mualdo Arpi Filho. O empate tornou o jogo maisnervoso e as jogadas mais ríspidas. Tóbi levou dezpontos na cabeça (não impediram que ele salvasseum gol, cabeceando uma bola que passara porGilmar) e Márcio Rossini dois.

A prorrogação mostrou duas equipes cansadase dispostas a levar a decisão para os pênaltis. OVitória perdeu logo o primeiro, mas o Bangudesperdiçou a terceira.cobrança. No fim, prevale-ceu a categoria de Marinho, que garantiu a vitóriapor 4 a 3.

O Bangu venceu com Gilmar, Edvaldo, Már-cio Rossini, Oliveira (Tóbi) e Pedrinho; MauroGalvão, Robson e Paulinho Criciúma; Marinho, Gil(Cao) e Macula; Vitória — Borges, Zelito, Fernan-do, Amauri e Dema; Luís Fernando (Lula), Bigu eHugo; Rosinaldo, Júnior e Edevaldo. O juiz foiRomualdo Arpi Filho. Renda de CZS 296 mil 400,com 2 mil 969 pagantes.

TRANSPLANTECOM O PRÓPRIO CABELO

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Direção

de/teticoClinica de Cirurgia Plástica

N.S. de Copacabana, 613 gr.Fone: 255-8987 — 711-9652

Médica: — Dr. Wagner de Moraes — CRM.Inscrição no Conselho de Medicina: n° 96.563-6

708

5216575-8

Vasco empatapor faltade motivação

Sérgio Dantas

GOIÂNIA — O técnico da Seleção Brasi-leira, Carlos Alberto Silva, anunciou ao che-gar ao Serra Dourada que fora ver doisjogadores que pensava convocar para os amis-tosos com o Chile, dia 9 de dezembro, emUberlândia, e com a Alemanha, dia 12, emBrasília. Como dificilmente pensaria em cha-mar alguém do Goiás, os jogadores do Vascoperderam uma boa oportunidade para se exi-bir. Atuaram sem motivação e o empate de 2 a2, no fim, decepcionou técnico e público.

O time do Vasco, sobretudo a defesa,esteve irreconhecível. Errou passes fáceis, seconfundiu na marcação e permitiu que oadversário crescesse em campo. No segundotempo, porém, reagiu, criou boas situações degol e, mesmo sem convencer, escapou daderrota graças à experiência de Roberto.

O Goiás fez seus gols aos 18 c 29 minutosdo primeiro tempo, dois através de Formiga.O empate do Vasco veio no segundo tempo.Humberto marcou aos 17 e Roberto aos 33minutos.

O Vasco, agora, vai se preparar paradefender o Rio no Campeonato Brasileiro deSeleções com dois amistosos, dia 28, em Itajaíc dia 30, em Chapecó, Santa Catarina. Otécnico Lazaroni quer estabelecer o planeja-mento para a competição a partir de amanhã eacha que vai poder dispor do elenco completoporque Willian está preocuparecuperado deuma contusão.

Lazaroni chamou a atenção dos jogadorespara a repetição de falhas de marcação ecolocação da defesa. Mas elogiou o poder dereação do time.

Com contrato até junho, Lazaroni náoquis se estender sobre problemas de relaciona-mento no clube , problemas que poderiamdeterminar sua demissão. Ele disse que estápronto para dar seqüência ao seu trabalho. Noentanto, o vice-presidente de futebol, EuricoMiranda, ainda náo tomou decisão sobre oassunto, o que fará depois de avaliar o desem-penho do time na temporada.

2

Golas — Eduardo, Valtor. Qomoa, RonaldoCastro o Jubiil; Ui d ornar, Fagundes u Tiaozi-nho (Palhinha); Nlltínho (Josué) Formiga oMarquinho

Técoioo Zo Mário

2

Vasco — Aoáoto, Paulo Roburto. Donnto,Fernando e Maàlhhò; Humberto, Oeõvtini eOsvaldo; Maurieínho. Roberto e Vivinho.Tòonloo: Lazaroni

Local — Som» Dourada, h«diu — czs í milhão o-iamil 450 Público IO mil 200 pa^aiui») JulsDalmo Bozz&no, Cartões am&rolo* — Roberto, Tláo-zmho, Osvaldo o Humberto, Oou — No primeirotempo. Formiga (tflmln e 29min), no segundo,Humtx-rto (17mm) o Hobeito (33mln).

Futebol internacionalItália — Com dois gols de Careca e Un.de Maradona, o Napoli venceu o Torino por 3a 1. Outros resultados da nona rodada coCampeonato Italiano: Ascoli 2x2 Pisa; Como3 x 2 Empoli; Fiorentina 1 x 1 Sampdoria;Juventus 2 x 1 Cesena; Milan 3x0 Avellino;Roma 3x2 Inter; Verona 2x0 Pescara.'Classificação: 1) Napoli, 16 pontos; 2) Milan eSampdoria, 13; 4) Juventus e Roma, 12; 6)Fiorentina e Verona, 10; 8) Inter, nove; 9)Ascoli e Torino, oito; 11) Como e Pescara,sete; 13) Pisa, seis; 14) Cesena, conco; 15)Avellino, três; 16) Empoli, sem pontos (oEmpoli começou o campeonato punido comcinco pontos negativos).Espanha — Décima primeira rodadado Campeonato Espanhol: Betis 1 x 2 Barcelo-na; Celta 2x0 Murcia; Logrones 1 x 1 RealSociedad; Malhorca 0x2 Valladolid; Sabadel

x 2 Real Madri; Atlético de Madri 1 x 2Gijon; Atlético de Bilbao 2x2 Saragoça;Valência 1 x 0 Osasuná; Espanhl l x 2 LasPalmas; Cadiz 1 x 0 Sevilha. Classificação: 1)Real Madri, 19 pontos; 2) Atlético de Madri,16; 3) Celta, 14; 4) Real Sociedad, Cadiz,Atlético de Bilbao e Valência, 13; 8) Osasunáe Valladolid, 12; 10) Saragoça e Barcelona, 11;12) Betis, Gijon e Sevilha, 10; 15) Espanhol,nove; 16) Malhorca, oito; 17) Murcia, LasPalmas e Logrones, sete; 20) Sabadel, cincopontos.Portugal — A sensação da terceirarodada foi a eliminação do Sporting da Copade Portugal, ao ser derrotado pelo Farense,por 1 a 0. Os resultados: Moura 0x2 Porto;Passos de Ferreira 1 x 4 Benfica; Nacional deMadeira 0 x 1 Boavista; Felgueiras 1 x 0Belenenses; Bragança 1 x 0 Chaves; Olhanen-se 5 x 1 Acadêmica; Samora Correia 0x2Elvas; Tirsense 0x2 Portimonense; Guima-rães 7x0 Murza; Quarteirense 1 x 3 Marítimode Funchal; e Farense 1 x 0 Sporting.Argentina — Rodada do Campeona-to Argentino: Racing de Córdoba 0x0 Estu-diantes; Rosário Central 1 x 1 FerrocarrilOeste; Deportivo Armênio 2 x 1 Union; VelezSarsfield 0x0 Racing; Deportivo Espanhol 5 x

Talleres; River Plate 3x2 Boca Juniors;Ihstituto 1 x 1 Banfield; Independiente 2 x 1San Lorenzo; Argentinos Juniors 2x0 Platen-se; Gimnasia y Esgrima 2x2 Newell's OldBoys. Classificação: 1) Racing e DeportivoEspanhol, 21 pontos; .?) San Lorenzo e Ne-well's Old Boys, 20; 5) River Plate, 19; ó)Gimnasia y Esgrima, Argentinos Juniors eIndependiente, 18; 9) Rosário Central, 17; 10}Ferrocarril Oeste, 15; 11) Estudiames, 14; 12)Velez Sarsfield e Deportivo Armênio, 13; 14Platense, 12; 15) Talleres, Boca Juniors eBanfield, 11; 1S) Union e Instituto, 10; 20),cing de Córdoba, oito pontos.

Chile — Faltando poucos dias para oamistoso com o Brasil, a 9 de dezembro, aSeleção do Chile ainda não sabe com quejogadores poderá contar para cumprir o com-promisso. O Cobresal e o Cobreloa, dois timesque serviriam de base á Seleção, se recusam aceder jogadores porque estão mais interessa-dos no Campeonato Chileno, que definirá asvagas para disputar a Taça Libertadores daAmérica.

Zico reencontra

Oldèmário Tougúmhó

- O que m.iis posso pedir a I>cus depois deste jogo?Sabe Ia o que é fazer ires gols e vej Unia a torcida grilando onosso nome pelas arfjuibancas? Sou uin apaixonado pelolulebol. Não há diidieiro guf pague uma felicidade dessa.Jogo porque gosio. Fico triste quando estou dc fora, Minhavida foi sempre dentro de um campo. Meu medo, confesso,era não poder mais ter uma alegria como esta aqui doMaracanã Nos momentos ruins] senti muita saudade dc tudoisso. Sera que ainda voltaria a me reencontrar com a torcida?Será que o meu sacriíicio ainda seria um dia recompensado?Agora posso gizer que sim. Valeu a pena. Os momentos dedesespero, dc operações, treinos c mais treinos. Eu merecia opagamento e acho que ele chegou até bem cedo. Graças aDeus, voltei a ter a mesma alegria dc outros tempos —desabafou Zico num canto do vestiário, a um grupo de amigose dirigentes.

O presidente Márcio Braga estava entusiasmado. A boaapresentarão de Zico deixou toda a diretoria muito animadapara a próxima fase. Zico era festejado como nos velhostempos de Flamengo:

Eu sabia que tudo acabaria bem. Foi por isso quenunca desanimei. Sofri muito na Copa do México, quando nãopude jogar com todo o meu potencial. Mesmo assim, acredita-va que daria tempo de me preparar para voltar à antiga forma110 meu clube. Confesso que tive momentos de desespero, sóque não desisti. Achava que ainda daria ccrto, e deu. Nosúltimos dias passei a sentir que as pernas estavam obedecendobem ao meu comando. Falei com o Dr. Taranto e ele meanimou mais ainda, dizendo que tudo era uma questão deconfiança. Poi isso entrei sem medo. Na hora do pênalti,chutei forte num canto. Mesmo que o goleiro colocasse asmãos na bola; ela entraria. Chutei com certeza de gol. Nafalta, a confiança era maior ainda. Normalmente os goleirosnão acreditam que você, estando num canto, vá chutar lá nooutro lado. Em São Paulo fiz assim contra o Valdir Perez e abola bateu na trave. Aqui não teve jeito. Chutei lá no ângulo cno meio do caminho já sabia que não daria mais para ninguémevitar o terceiro gol. Estou feliz como se estivesse iniciandoagora no futebol. Estou começando a matar minhas saudadesdesses dias de vitória. Ainda estou vendo a massa rubro-negragrilar por mim. E por isso que eu cada vez mais amo o futebol— acrescentou Zico, pernas firmes, sorriso aberto,

Os melhores momentos

de uma grande atuaçãoZico marcou sua atuação no jogo de ontem com belos

momentos. Mas. dentre eles. 10 foram de raro brilhantismo.E. em dois. o reconhecimento da torcida fez Zico se emo-cionar.1° tempo

min — Renato recebe livre pela esquerda. Zico acompanhaa jogada, mas não recebe o passe. Com muita rispidez, Zicorepreende Renato pelo individualismo.15 min — Leandro II cruza mal uma bola da direita e sai decabeça baixa. Zico bate palmas para o companheiro e oreanima.34 min — Aílton cruza da direita. Zico, no meio da área. dáuma bicicleta! A torcida torce, mas a bola bate caprichosa-mente no travessão.36 min — Zico entra na área. dribla Ivan e chuta forte deperna direita. Birigui impede o gol com uma bela defesa.2" tempo1 min — Leandro foi à linha de fundo e fez o cruzamento. Ivancortou mal e Zico. aproveitando a sobra, chutou forte emarcou o primeiro gol.

min — Zico luta no meio-campo e rouba a bola de Cardiin.Na seqüência do lance faz um lançamento preciso paraLeonardo.

min — Mais uma vez, Zico deixa Leonardo livre com umperfeito lançamento.

min — Tudo dava certo. Zico matou uma bola nas nádegas ecruzou na medida para Bebeto marcar. O juiz Nei AndradeMaia, no entanto, marcou impedimento.32 min — Zinho sofre o pênalti. Zico passa a mão no rosto.Corre decidido para a bola e bate forte, no canto direito,fazendo o segundo gol.38 min — A torcida canta: "Ei, ei, ei o Zico é nosso rei." Zicose anima e pede para que seus companheiros lutem mais.45 min — Alcindo recebe uma falta na quina da grande área,pelo lado direito. A torcida grita o nome de Zico. Ele ajeita abola com carinho e bate com mestria. A bola sai com endereçocerto e entra no ângulo direito dc Birigui. Zico comemoraintensamente seu terceiro gol.46 min — Fim de jogo. A torcida do Flamengo sai do estádiocantando: "Recordar é viver, o Zico acabou com você." Zicodeixa o campo emocionado.A testa tinha sido completa: belas jogadas, lançamentosprecisos, desarmes, três gols e o merecido reconhecimento datorcida.

O dia em que Renato

chegou a ser vaiado

Lédio Carmona

Eram 31 minutos do segundo tempo. O técnico Carlinhosresolve atender ao pedido da torcida e dá ordens para queAlcindo entre no jogo. O juiz reserva levanta a placa denumero 7. Surpreso, Renato olha para o chão, coça a cabeçae. lentamente, deixa o campo. Nas arquibancadas, um mistode aplausos e vaias:

Não sou obrigado a jogar sempre bem. É impossívelalguém ser nota 10 em todas as partidas. Sou um ser humano etambém tenho falhas — defendeu-se Renato.

Já 110 vestiário, cercado pelos repórteres, que pro-curavam a todo custo alguma declaração irritada contra asubstituição. Renato mostrou outra faceta, diferente daquelaque o marcou nos tempos de Grêmio e Seleção Brasileira. Airanqiiiliclade. Sereno, interessado nos resultados dos outrosjogos, Renato continuava a explicar os motivos para o baixorendimento:

O Santa Cruz jogou igual ao Grêmio, com váriosjogadores no meio-campo e na defesa. Isso é ruim no esquemado Flamengo. Só temos eu c o Bebeto na frente. Tinha quetentar as jogadas individuais.

Só que, no fundo, Renato estava magoado com as vaiasque recebeu, embora menos intensas que os aplausos. Semprecom cuidado dc não ser mal interpretado — repitia as mesmaspalavras nas várias entrevistas que concedeu —, lembrou que,como ele. e à exceção de Zico, todo o time esteve mal no jogo:Os torcedores esqueceram o que eu fiz durante todo oCampeonato? Espero que não. Todo o time esteve mal. Só oZico estava inspirado. É preciso ter paciência.Renato continuou com o desabafo contra a pequenaparte da torcida que o vaiou:

Até agora cumprimos todas as nossas promessas.I anto que já estamos nas semifinais. Os torcedores precisamse segurar. Veja bem: não estou na bronca, apenas sentidocom a injustiça que fizeram comigo. Não é possível ir bemsempre — voltou a repelir, sempre com um pente na mão,tentando acertar os cabelos.

Renato, ao contrário das outras vezes, quase não sorriu.Mais experiente, procurou detender o treinador ("O técnicosempre muda para melhorar o time") e lembrou que omomento é de decisão, e que, mais do Sul nunca, contra oAtlético a torcida terá que ajudar, nunca vaiar:

O momento é de apoio. É preciso que isso sejlassimilado por todos. Lstou consciente de que não liii bem.lenho autocrítica. Só que estou com ,i cabeça erguida. .Ia li/muito nesse campeonato, completou.

gol e a

SM

O domínio do Flamengo começou com a boa atuação de seu meio-campo, com Zinho, Bebeto e Zico se movimentando bastante

Cotação**** E xccpcional |?? ótimo ?? bomregular • ptSsimo

JoãoSaldanha

OtdomàrioTouguinhó

AntonloMariaFilho

Tadeude Aguiar("Placar")Manchete

MiltonCosta Carvalho

MárcioQuedos"TV Manchete")

RobertoPrado

("Jornaldos Sports")

Ze Carlos ** ** ** ** ** ** +*Leandro Silva ** ** * * **Leandro **? ****** it

0 Ed in ho **-* ** ** ** **

pP Leonardo *** ** j j ** j ** ; ** ** J

0 Andrade *** j ** j ** j ** I | |P Ail ton ** j * * | ** ** ** j^ Zico **** j *** **** *** **** *** ?***

Renato | I *** i j JBebeto * | ** * ** *'| I — |Zinho ** *** ** ** | ** j ** ** ,Alcindo * — _ _ +

Birigui I ** j | ' ** j ** **Orlando ** ** **

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Mudança — E ímhora o jogo com oAtlético — o primeiro pelas semifinais —esteja marcado para sábado, no Maraca-na. o presidente Márcio Braga irá cônsul-lar hoje os dirigentes de Atlético. Cruzei-ro e Internacional para ambas as partidasdas semifinais sejam no domingo, emhorários diferentes. Tudo porque a tele-visão deseja transmitir os dois jogos aovivo.Finanças — A diretoria do Fia-mengo estava eufórica ontem após ojogo. O motivo: ela espera que o clubearrecade pelo menos C'Z$ 8 milhões decota líquida nas duas partidas com oAtlético. Na partida com o Santa Cruz. acota foi de CZS 2 milhões SI 1 mil.Jorginho — O médico do Flamerí-go. Giuséppe Taranto, confirmou queJorginho será liberado para tocar em bolana quarta-feira. So cjue o jogador, quesofreu distensão muscular, dificilmentevoltará no primeiro jogo das semifinais.CarlinilOS — Para o técnico Carli-nhos. não existe vantagem nas semifinais,mesmo com o Atlético enirando com umponto na frente: "São dois limes grandes,tudo pode acontecer". Lembrou tambémque está satisfeito, já que o estilo do timetreinado por Telê Santana é ofensivo,sem retrancas, idêntico ao esquema queele emprega no Flamengo.Abel — O técnico do Santa Cru/.Abel, estava perplexo com a falta demalícia dos seus jogadores. Ele não en-tendeu o porquê de ninguém ter feitofalia em Zinho, quando esse driblouquatro jogadores antes de sofrer o pénal-ti. Abel elogiou o comportamento táticodo seu time, mas lembrou que ninguémderrotaria o Flamengo ontem, "poraíícZico estava inspirado".

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Artur Xexéo

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diretor garante que só quis fazerum Ihriller. Neste caso, o resul-tado é frustrante. Atração fatal

é previsível como o destino de um doen-te terminal. O melhor, então, é assisti-locomo uma fábula moralista. E ai o filmeé indefensável. Dan (Michael Douglas) éum yuppie norte-americano que vivefeliz com uma filha engraçadinha e umaesposa dedicada, que nâo faz mais nadana vida a não ser cozinhar para a famí-lia e buscar e levar a herdeira na escola.Num fim de semana em que fica sozi-nho, Dan conhece Alex (Glenn Close),outra yuppie nova-iorquina que adorasushi e tem um ventilador no teto da

sala. Solteira, 36 anos, independente,realizada profissionalmente, Alex atraiDan para uma aventura extraconjugal.Como já acontecia em Nove semanas emeia de amor, os personagens de Lynedetestam fazer amor numa cama. As-sim, Alex e Dan transam em cima dapia, no elevador e — incrível! — conse-guem chegar ao orgasmo sem proble-mas de lordose ou dores na coluna.

Acabado o fim de semana atlético-sexual, Dan volta para casa. É aí que ahistória começa. Alex passa a persegui-lo, não quer ser rejeitada, insiste emconvencê-lo de que ele a ama, ameaçacontar tudo para a esposa, diz que estágrávida, faz ligações telefônicas de ma-drugada, invade o seu respeitável escri-

tório, seqüestra a sua filha. Enfim,transforma a vida do advogado yuppienum inferno. Tudo isso contado comuma estética semelhante à de Novesemanas, o que dá sempre a impressãode que, no final de cada seqüência,algum ator vai mostrar um maço decigarros ou uma lata de extrato detomate como nos comerciais de TV.

Há quem veja Alex como a metáfo-ra da Aids. Bobagem. Em Atraçãofatal, Lyne parece dizer que mulheresindependentes são psicopatas, e boasdonas-de-casa merecem um final feliz.As feministas norte-americanas se en-raiveceram. Com toda a razão. As do-nas-de-casa dos subúrbios levaram osmaridos ao cinema mais próximo decasa para mostrar o mal que pode cau-sar uma traição. Têm toda razãotambém.

Na primeira versão do filme, Alex,quando enfim se convencia de que Dannão ficaria com ela, se suicidava ouvin-do um disco com a gravação de Mada-me Buterfly. Em sessões públicas, an-tes do lançamento, a platéia rejeitoueste fecho. Achava que Alex não pode-ria decidir sozinha seu destino. Tinhaque ser vingada. Lyne reconvocou oelenco, gastou mais 1,5 milhão de dóla-res e filmou tudo outra vez. Não é debom tom contar na imprensa finais defilmes. Mas pode-se dizer que o de Atra-çáo fatal não melhora em nada o queacontece no início ou no meio. A fábricade cosméticos Coty está para lançar nomercado um perfume com o titulo dofilme. Adrian Lyne adoraria filmar ocomercial.Cotação: •Atração fatal será exibido hoje, às I9h e21h30min, no Cine Veneza. Seu lançamento nacio-nal está previsto para 25 de dezembro.

O cinema nas ruas

JORNAL DO BRASIL

Rio de Janeiro — Segunda-feira, 23 de novembro de I987

Em "Atração

fatal", Adrian Lyne volta ao universodos

"yuppies", bem-sucedidos, ricos, mas infelizes,

e provoca a ira das feministas americanas

O cineasta lembra ter sofrido críticas seme-lhantes quando exibiu Nove semanas e meia. Econsidera estas críticas perigosas porque po-dem detonar uma espécie de autocensura. "Nãoposso me policiar ao fazer um filme porque vaidesagradar feministas ou o público masculino.Acho importante as pessoas saírem do cinemacom um tema para discutir, para refletir. É bomsentir que o público foi provocado."

Chiquito Chaves

Glenn Closee MichaelDouglas

vivem umcasal de

amantes cujahistória, aprincípio

banal,termina em

tragédia

Vencedordo Tucanode Ouro do

ano passado,o inglêsStephenFrears,

diretor doaclamado

Prick upyour ears,faz

filmessimples e

implacáveiscontra a

Inglaterra deMargaretThalcher

A

Susaria Schild

Estética de comercial de TV

6 6 "W® egne uma situação com-mLJff plicada e seja claro so-fjft bre ela." A receita do ci-

neasta Stephen Frears,ganhador do Tucano de Ouro do anopassado, com My beautiful laundrette,e um dos maiores nomes do novo cine-ma inglês, pode parecer simplista. Masnão é. Com seus dois trabalhos poste-riores, Prick up your ears e Sammy andRosie, sendo exibidos neste FestRio,Frears é implacável com a sociedadesobre a qual se assentam seus filmes.

— A Inglaterra está se tornandomuito reacionária, como nos anos 40 e50. Todo o progresso conseguido nos 60foi esquecido. Temos um poder centrale temos os poderes locais, mais à es-querda. Mas Londres era administradapor um conselho que foi desfeito porMargaret Thatcher. Temos uma dita-dura eleita. Isso faz com que as pessoastentem manter os governos longe desuas vidas, concentrando-se em suasorivacidades.

Frears vê seus filmes como positi-vos justamente porque, neles, as pes-soas saem às ruas para encontrar ou-tras pessoas. Pelo que diz, o recolhi-mento da sociedade inglesa se refleteaté na relação entre os cineastas danova leva, como Peter Greenaway, NeilJordan, Mike Newell e Derek Jarman(Caravaggio).

— Não somos muito amigos. Nãosomos muito unidos. Não nos encontra-mos. Somos muito isolados. Só encon-tro alguém quando venho a festivais.

Frears sustenta que, mesmo que osfilmes devaneiem um pouco, eles par-tem da realidade e, ao invés de criticardiretamente o governo, preferem criti-car as pessoas que elegem este governo— a ditadura eleita. Assim, seus filmesgiram em tomo de situações pessoais —e quase sempre passionais. Em Mybeautiful laundrette, melhor filme dofestival do ano passado ("Fiquei comraiva por não estar aqui"), o foco ficasobre o amor entre um inglês e umimigrante; em Prick up your ears, bem

recebido este ano em Cannes, ondeconcorreu à Palma de Ouro, o diretorparte da história real do autor teatralJoe Orton, assassinado por seu amante,que se suicida em seguida, num casorumoroso; em Sammy and Rosie, opano de fundo é o racismo, a pobreza ea confusão reinantes na Inglaterra.

Frears confirma que o fmanciamen-to da TV, principalmente do Canal 4,exerceu papel muito importante no sur-gimento do novo cinema inglês. Mesmoassim, aprendeu a fazer filmes baratos— Prick up your ears, por exemplo,ficou em três milhões de dólares, o quenão é considerado caro pelos padrõesnorte-americanos. Declarando-se pre-guiçoso, com vontade de descansar, eadepto da espontaneidade, inclusive notrabalho dos atores ("A Inglaterra estácheia de bons atores"), Stephen Frears,apesar da ênfase na critica social e nasimplicidade de expô-la, não arriscanenhuma autodefinição.

— Talvez quando estiver morto —brinca.

solidão dâ vitória

Ele

só queria fazer um thriller com umaboa história, mas acabou criando umacomoção social e o maior box-olTice doano nos Estados Unidos. Atração fatal

(Fatal attraction), um dos dois concorrentesamericanos ao Tucano de Ouro, exibido ontemna Sala Glauber Rocha, coloca na tela a mesmaestética yuppie do diretor Adrian Lyne já vistaem Nove semanas e meia de amor. É umtriângulo amoroso que toca, providencialmen-te, em alguns flancos da new-generation, narcí-sica e solitária, pós-revoluçáo sexual e feminis-mo. Ele é Dan (Michael Douglas), um advogadobem-sucedido, bem casadíssimo com Beth (An-ne Archer), com direito à linda filhinha, cão fiele lareira, até encontrar Alex (Glenn Close),símbolo da mulher liberada, bem-sucedida, so-fisticada. Uma yuppie de coração solitário, querecusa o papel de mulher descartável depois deum fim de semana com Dan, quando Beth estána casa dos pais.

Inconfundível ar britânico, cabelos cor demilho e pele rosada, Adrian Lyne chegou ani-mado ao Rio, no sábado, com mulher e filha.Divertiu-se na feijoada, adorou a batucada e,afinal, tem todos os motivos para estar feliz.Inglês radicado em Los Angeles, que divide seutempo com a França, já faturou mais de 100milhões de dólares com este seu terceiro longa-metragem nos Estados Unidos. Na produção, sótinha consumido 14 milhões de dólares. Justa-mente esse sucesso, a seu ver, pode derrubarsuas chances de levar uma estatueta cariocapara casa. O que não abalará de forma algumaseu bom humor;

— De um modo geral, sucessos comerciaisraramente funcionam bem em festivais, onde osfilmes obscuros têm maiores chances.

— Truffaut disse uma vez que os america-nos gostam de filmar heróis e os europeuspreferem gente comum. Também prefiro pes-soas vulneráveis como Alex, ou fracas comoDan. A última coisa que quero, ao contar umahistória, é passar uma mensagem moralista,fazer comentários sociais. Realmente me sur-preendi com o ataque que o filme recebeu dasfemimstas. Só quis fazer um filme, não ummanifesto machista ou antifeminista.

Adrian Lyne assegura que ter escolhidocomo protagonista uma mulher bem-sucedida,mas solitária e infeliz, não é um puxão deorelhas no feminismo. Mas "o preço qus se pagaquando se coloca a carreira em primeiro lugar,como fazem muitos homens e mulheres. Só queno filme, por acaso, é Alex".

4o FestRio

— Tenho muito mais compaixão por Alexdo que pode pensar o público — garante odiretor. "Sempre fui muito ambivalente emrelação a ela, e acho que Alex tem razão emmuitas de suas reivindicações."

Adrian Lyne jura ter recebido com enormeperplexidade a comoção deflagrada por Fatalattraction nos Estados Unidos. "Eu queria con-tar uma história de tantas mulheres como Alexque estão à nossa volta, pelo menos nos EstadosUnidos, e, imagino, aqui no Brasil também. NaAmérica, há shows de TV, com participação dopúblico, em que aparecem dúzias de Alex e Dancontando histórias semelhantes à de Atraçãofatal. São casos que terminam em morte, amea-ças, coisas terríveis. Não sei por que, mas estetipo de obsessão está virando uma epidemianos Estados Unidos. Há inúmeras Alex empotencial.

Adrian Lyne nega ter um fascínio especialpelo universo yuppie, onde vivem Alex e adupla de Nove semanas e meia. "São pessoascomuns. Talvez com muito dinheiro e bem-sucedidas. Mas vazias, trágicas a seu modo."

Adrian Lyneacredita que

o sucessocomercial de

seu filmepode

prejudicarsuas chances

no FestRio

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2 O CADERNO B o segunda-feira, 23/11/87 JORNAL DO BRASIL

CRUZADAS CAUIOS DA SILVA

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ff^Lm —

JLLLJi I 11 -LJHORIZONTAIS - 1 - poça'emforma de anel chanfrado, coloca-da no fundo do algumas caixasdo gaxeta para forçar a gaxetacontra a haste ou eixo que elaabraça, impedindo que por aivaze vapor, égua, óleo, etc; 5 —

indivíduo de um povo bárbaro daÁsia quo. no século V da eracrista, assolou varias regiões riaEuropa, pondo em perigo o Im-

póno Romano, 9 — no espectrovisível, cor de radiação oleiro-magnética du comprimento deonda, compreendido, aproxima-damento. entre b7& o 690 imli-microhs (pi). fechos, guarni-ções, etc. de metal amarelo, 11_ sinal numérico que indica o17" lugar; 13 — bote emprega-do na pesca do ostras ou nacarga e descarga de mercado-nas; 14 _ divindade polinesiarepresem.ida com duas faces.15 — relativos à explicação ouinterpretação de obra literária ouartística, de um sonho, etc; ro-loienlos ao comentário ou dis-sertaçao para esclarecimento ouminuciosa interpretação de umtexto ou de unia palavra; 18 —

mau-olhario, 19 — intcrjoiçâoque indica desaprovação ou descontentamento o eqüivale a ir-ral, 20 — a fêmea do cavalo; 77— pancadaria, sova. repreen-são; 24 — movimento sinuoso.

coioio; 26 - desinencia do graucomparativo dos ad|otivos; 27— passagem ou canal no iiilonorde um Órgão. 28 — filho primo-génito de Juda e Sua; 29 — livioonde os comerciantes anotamdia a dia, as suas operações, o

que sorve de base para a escri-lutação regular, qualquer papelrie apontamentos, escrito semcuidado, para depois ser passa-do a limpo; 32 — gênero demoluscos bivalvos de água rio-ce, semelhantes aos mexilhões,tipo ria família rios Unionldeos;33 — ângulos formados porduas barras, que, partindo doalto do escudo, se vão alargandoou afastando para os lados; con-juntos do poças de madeira oude torro, que sustentam a cober-tura do um edifício.VERTICAIS — 1 — pano gros-seiio de-lãrniais-comurueiile_de_cor parda, castanha ou preta,que servia para vestidos rie luto.habito de Irado ou de lioita leitodesse estolo. 2 — no interessedo, dentro, 3 ~- aquele que fa;estátuas, o que faz estátuas ouestatuetas, sobretudo rie icono-

grafia religiosa; 4 — moeda chi-nesa, que é a décima parte dotael, 5 — animais artrópodos daclasses dos insetos, paurometa-bólicos. providos de aparelhosbucal sugarior, asas rio mesoto-

rox com o paite basal coriácea oa porção apical o as asas mom-branosris. ns posteriores Iaml)um mombranosos, sondo aptoros algumas espécies; 6 — olo-monto rio composição gregoque significa gengiva, 7 — pon-Io colateral cia rosa rios-vonlosquo fica entro o nono o o oostu,vento que sopra rio ponto dohon/onle situado a 4!>" do N, odo O.. 8 donativo quo omarido fazia a mulher no diaimtídiiito no das núpeias, o queconsistia ordinariamente numaospócio do calçados, 10 — naalta Iriarie Mériia. pequena harpaportátil, GSpócÍG dn lira, origina-tia das ilhas britânicas; tribunalque lunciona na cúria pontifícia,om Roma, e ó formado por |uí?os eclesiásticos, perante osquais sào apresentadas as deci-soes das causas do lodo o munrio católico rie quo houve apela-çáo, 12 — ligura quo consisteom rounir palavras aparentemente contraditórias, engenho-sa aliança do palavras ou Irasescontraditórias ou incongruentos,como música calnda 16 oduodecimo mès rio calendárioisraelita, com 29 dias; 17 -unidade do tempo evolutivo,correspondente a 1 milhão deanos; 21 — canoa de casca domadeira com as extremidadesachatadas om loima de bico dopato; 23 — os quo morriam omidade imatura ou rie morte violenta o não eram admitidos nosinfernos; 24

'—- alga marinha,

comestível, do Japão, biscoitode lubá. assado sobre folhas debananeira, 25 — montão de lei-xes de palha, trigo etc. dispôs-tos em forma cònica; 30 -desinencia verbal do luturo dopretérito; 31 — símbolo do rarió-mo. Colaboração de O. M. QUEI-nOZ (Grupo TURUNAS DA CA-RIOCAI - Rio.SOLUÇÕES DO NÚMERO AN-

TERIORHORIZONTAIS xiloriimo; ilu-minuras; rugo. grapa, algai, ar,ecer, ouro. iri; as; sa; morialiria-de; asai. tiros; goderar; trasto.VERTICAIS — xira; ilu; lugaci-dade: omele; di; inga, muiro;ora; asaro; aparado; gral; eroso;usar, imago; sitaar; alo. dirá;osmo, rt.

Correspondência para. Ruadas Palmeiras, 57 apto. 4 —

Botafogo — CEP 22.270

nivemtãrtosvenham

ver como oJornaldoBrasü

fez escola.O Jornal do Brasil convida estudantes, professores e o

público em geral para a Mostra de Jornais Universitários.

È a exposição de jornais produzidos por Universitários,

nos últimos cinco anos, incluindo publicações de todos

os cursos e faculdades.Período: de 24 a 27 de novem-

bro, das 10 às 17 horas, no hall de entrada do Jornal.

Venha ver como o Jornal do Brasil fez escola. E boa leitura.

,im-^W&.

PROGRAMA \r%INTEGRAÇÃO AjJORNAL DO BRASIL/UNIVERSIDADE

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Mostra de Jornais UniverSiÔrios

Participação: Fundação MUDhS.

ED MOHT L,F VERÍSSIMO E MIGUEL PAIVAPOMOS PROCURAR>1 AMIGA OI- VALffRIAno tra

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abrir as nossaspáginas e passear de

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ames - 21 do março a 20 de abrilRogòncia bastante favorável ao nativo, em assuntos ligados a

valores o dinheiro. Fase em que tudo lhe será bem mais positivodo quo em dias passados, Satisfação interior torto, motivada poracontecimentos imprevistos. Tarde e noite de grande significação.

TOUHO '- 21 dr; abril a 20 de maio

A disposição dominante de ora em diante, para o taurino, com

enfoque especial nesta segunda-feira, diz do algumas dificuldades

em sua rotina Isto poderá levá-lo a rever conceitos e hábitos, commudanças significativas. Bom quadro no amor

GÊMEOS - 21 de maio a 20 de junhoEstào bem posicionadas as influências sobro sua rotina. As

indicações dominantes para hoje mostram a possibilidade de nova

concepção e valores que náo eram considerados em relação aos

que o cercam. Atetividade muito grande. Disposição para o amor.

CÂNCER —21 de |unho a 21 de julhoApesar de desanimado e avesso a esforços excessivos, om fase

em que tudo sugere a busca de locais tranqüilos, você recebera

hoje fortes exigências da rotina. Afetivamente podem ocorrer

algumas mudanças de interesse Novas oportunidades no amor

LEÃO — 22 de julho a 22 de agosto

Indicações do vantagens derivadas de iniciativas novas Lucros

imprevistos Dia de forte satisfação pessoal, especialmente quan-

to aos seus sentimentos que agora adquirem maior estabilidade.

Alguns bons acontecimentos podem ocorrer no amor. nesta

segunda-feira,VIRGEM - 23 de agosto a 22 de setembro

A fase benéfica vivida hoje pelo virgiano se mostrará claramente

por acontecimentos Imprevistos e fatos novos que deverão levá-lo

a se concentrar em pontos significativos para o futuro. Vènus lhe

dá excepcional favorecimonto para o amor. Novidades.

LIBRA - 23 de setembro a 22 de outubroConcentração de atenções e cuidados no trato de rotina Soluçãode problemas. Pessoa próxima gerará momentos de inquietação.No amor você viverá momentos de muita significação, se buscarna ternura e no carinho a expressão real de sua vontade.

ESCORPIÃO — 23 de outubro a 21 de novembroBom momento material com chances fortes ligadas a emprego,negocio novo ou exercício profissional. Satisfação que se transmi-tira para suas ações. Pessoa do sexo oposto despertará suaatenção e disso poderão surgir desdobramentos significativos.

SAGITÁRIO — 22 de novembro a 21 de dezembroNeste primeiro dia útil de regência do Sol em seu signo e com otrânsito lunar em Sagitário você recebe uma concentração fone deinfluências que lhe darão incomum positividade em todas asiniciativas. Reconhecimento pessoal que irá fazê-lo sentir-se

gratificadoCAPRICÓRNIO - 22 de dezembro a 20 de janeiro

Indicações que mostram vantagens no trabalho. Ganhos novos

podem ser consolidados Espiritualidade destacada. Tendência à

solidão em seu relacionamento mais intimo. Um incomum perío-do de romantismo e muita sensibilidade o farão agir de forma

diferente da usual.

AOUARIO — 21 de janeiro a 19 de fevereiro

Procure se motivar para a rotina de trabalho, nào se descuidando

de compromissos e tarefas comuns. Satisfação pessoal com

opinião ou decisão de pessoa amiga. Memento bastante compen-

sador em termos íntimos. Os fatos de agora teráo grandeinfluência futura.

PEIXES — 20 de fevereiro a 20 de março

A semana começa de forma bastante favorável ao pisciano,especialmente quanto a sua capacidade de se mostrar a outras

pessoas. Decisões corretas envolvendo parentes e amigos mais

próximos. Procure se mostrar terno e dado ao carinho no seu

relacionamento sentimental.

LOGOGRIFO JERÒNIMO FERREIRA

PROBLEMAN°2710

O

OA

8. ocuiisla (6)9 oitdvo (4)

10. p.'iüe d.t física quotrata da Iu2161

11. que imita o ot?;etosignificado (11)

12 que tom vício doópio (8)

13 relativo a nome i£)ild 'UÜJtlVQ tiO ouvulo

I descanso l-ll2. excelente 151

lértil Iblgõnoro do manien-cAo (b)hidiocarboneto p>i-rafmico i6l

6. incisâo de um tumor (9)

7 mtíriicamento feitocom opto (61

sofá bem costas171substância narcotf-Cd (41tipo de felue 16)

1ü turco (7)19 turvo ibl20. vapidiana (6)

15

16

17

Palavra-Chave;Letras

12

Consiste O LO-GOGRIFO em encon-trar-so determinado

vocábulo, cujas vo-gais fã estão inscritasno quadro acima Aolado. ã direita, e dadauma relação de vinteconceitos, devendoser encontrado um si-nôntmo para cada um.com o número de ¦ le-trás entre parênteses. .iodos começados oelaletra inicial da palavra-chave As letras de toaos os sinônimos es-tão contidas no termoencoberto, respeitan-do-se as feiras repo-tidas.

Soluções do proble-ma n" 2709 Palavra-chove: ACIDIMETRIAParciais Atar. aternia,.i.:eMr. America, adar-me. acne, arca. admi-tir. amsar, acima, ame-tria. arame, arte. ana,aditítar. acfdto. atearareia, acan. acidar

XADREZ SIVONSEN

"O MONOPÓLIO""Com

a posição de Botivinik os soviéticos acostumaram-

se com o valor e a importância do titulo, e praticamentereinaram absolutos ate o inicio dos anos 70. No entanto, o

monopólio é algo que não pode continuar para sempre, e

1972 pode ser considerado como o inicio de um periodode desalento para os enxadristas do Leste e período de

brilho para os enxadristas do Ocidente com a extraordina-ria façanha do brilhante grande-mestre norte-americano

.Bobby Fischer. que, ao derrotar em 1972, na Islândia, ao

campeão soviético Boris Spassky em inesquecível

match, quebrou uma hegemonia de 35 anos.Tal qual o grande perigo da tecnologia de implantar no

homem a convicção enganosa de que é onipotente,

impedindo-o de ver sua imensa fragilidade, os enxadristas

ocidentais acreditaram demais em Fischer, que resolveu

esquivar-se furtivamente do caminho que lhe era reserva-

do e, como que por uma sedução, desapareceu do mundo

do xadrez. Evaporou-se de maneira misteriosa e pordemais dolorosa para todos." (trecho retirado do livro

"O

GRANDE DUELO" do mestre de xadrez LINCOLN LUCE-

NA lançado em Outubro de 1987 em Brasília) Fischer

permanece sendo a ausência mais notada em Sevilha,depois de 15 anos afastado do xadrez. O talentoso Fischer

isolou-se para pensar sozinho, num ato individual como

nascer e morrer, porem toda vez que se realiza um

campeonato mundial, a sombra de Bobby aparece.XADREZ POR CORRESPONDÊNCIA

A Federação Internacional de Xadrez por correspondência

(ICCFI publicou a lista de ratmgs 1987. que compreende

mais de 2300 |ogadores com resultados em competições

internacionais. O total de enxadnstas incluídos no sistema

de ratmgs foi de 8752 jogadores, com 132422 partidascomputadas. Os dez primeiros sáo os seguintes: 1.

PENROSE (INGLATERRA) 2700 2. LAPIENIS (URSS) 2695

3. SANTOS L, (PORTUGAL) 2690 4, BANG (DINAMARCAI

2650. KOTKOV (URSS) 2650. 5. KOPILOV I (URSS) 2640

6 MOLCHANOV (URSS) 2630. SLOTH (DINAMARCAI2630. WEBB S. (INGLATERRA) 2630 7. DEUEL (URSS)

2625 8. ANTON V.rvl. (DDR) 2615. 9. JASIN A. (URSS)

2610. MIJAIL0V (URSS) 2610. 10. HOLLIS (INGLATER-RA) 2605. RITTNER (DDR) 2605. SVENSSON (SUÉCIA)2605 O resultdo demonstra claramente a superioridade

soviética, com 5 jogadores entre os dez primeiros. É

notável, por outro lado, o progresso da Inglaterra no

xadrez postal que, vem conseguindo um sucesso conti-

nuo, conseguindo classificar 3 entre os dez primeiroslugares, inclusive obtendo a 1'1 colocação.

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MATE EM 2 LANCESSolução do diagiamu 446. 1)R5D+ +) (so...P4B 2) T2DTxP4 -R5D3) B2C+ + '

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Interino: Lenine Lucena

JORNAL DO BRASIL segunda-feira, 23/11/87 CADERNO B o 3

TELEVISÃO

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GUu3P3j .LJojiIlL^cíISZa ag-ora é produtora de novela da Globo

Mareia Cezimbrá

EJA a ultima virada de Danuza Leão: aex-personagem vip da noite carioca usa o"patrimônio cultural" de sua vida deviagens, festas e gente famosa para esco-

lher copos, enfeites, lençóis e até expressões corre-tas para o elenco da novela Sassaricando, deSilvio de Abreu, às 18h50min. na Globo. Ela rodatoda a Zona Sul atrás de copos autênticos de drymartini, ensina ao ator Marcos Frota, por exeni-pio, a pronúncia certa de uma outra palavra eminglês e sugere o comportamento da milionáriafamilia Abdala. Foi recebida pela rapaziada daGlobo como uma dondoca que veio se divertir noestúdio, mas gastou 80% da energia de 15 horasdiárias de trabalho em tentativas de não melin-dfár sua turma da produção. À parte a dificuldadeinicial, o resto, segundo ela, é muito divertido."Vocô sabia que uma barata só entra bem em cenacom uma espetadela na cabeça? So assim ela rodalegal. Olha o que eu aprendo! Nào é o máximo?".Só pelo bom humor da moça, do tempo em quenão era fino perguntar idade de mulher, a gentelembra da outra, a leoa da badalação carioca.

O nome do novo cargo é assessora especial dearte, mas trata-se. na verdade, demais uma troca de papéis, coisacomum na vida de Danuza. Najuventude, a ex-manequim docostureiro Jacques Fath trocou opatrão pelo empregado. Depoisde sete anos de casamento com odono do jornal Última Hora, jor-dalista Samuel Wainer, Danuzadeixou o marido em 1960 paraviver com o cronista e composi-tor Antônio Maria. Mais tarde, orato de festas e boates se mudoupara detrás do balcão da boateHippopotamus, como dirèctricede Ricardo Amaral. No ano pas-sado, a mulher que jantava comGetúlio Vargas ou com Mao Tsé-Umg tomou de fato o poder comopresidente da Riotur. De tantodar entrevistas a jornais e revistas, decidiu bancara entrevistadora no programa Encontro marcado,da Record. Agora Danuza tirou o rosto bonito dovídeo e correu para trás das câmeras.

A mudança foi tão radical que a nova Danuzajura que nunca se relacionaria bem com a velha,''•uma

pessoa insuportável, que náo sei como aspessoas agüentavam", revela. Pacata, caseira,avessa à agitação, Danuza Leão destacou a boateCalígola, que só conheceu na festa obrigatória deestréia de Sassaricando. "Quando entrei naquelelugar horrível, escuro, táo barulhento que fiqueirouca na hora, pensei: meu Deus, como eu conse-gui gostar disso um dia? Pniquei lá só 15 minutos enão consegui pisar na pista de dança", comenta. Equem não agüentava a monotonia do escurinho docinema agora náo só adora filmes e programas deTV como vê tudo com o olhar crítico, a cabeçaampliada cie uma produtora dedicada e perfeccio-nista.

Um dos filmes que elogia o bom gosto dasuperprodução é Os intocáveis. "É um primor deprodução, as locações são belíssimas. E tem umacena em que o Robert de Niro vai a uma óperacom uns arranjos de flores incríveis nas escada-rias. Nunca vi arranjos tão bonitos e antes não

"Você sabiaque barata sóentra bem em

cena comuma

espetadelaantes na

cabeça? Sóassim ela

roda legal.Olha o queeu aprendo.

Não é omáximo?"

via nada disso. E claro que depois vou copiar

tudo o que gosto nesses filmes". Reclama deexcesso de trabalho que não a deixa ver a "con-corrente" Mandala (às 20h30min na mesma Glo-bo) e discorda da atriz Irene Ravache, que consi-dera a produção de qualquer série americana desegunda categoria muito melhor do que a dasnovelas. "Isso nào! O trabalho é cuidádosíssimo.Imagina que para fazer uma sangria, tive quepesquisar de que região da Espanha vinha apersonagem. E o público nem vai ver direito essasangria. E um trabalho ingratol Se você acerta,ninguém nota. Se erra uma còisinha à toa, todomunda cai de pau". Com toda a modéstia de umainiciante. Danuza se arrisca a criticar a longaduração das novelas — "tudo é apressado elongo, por isso que toda novela tem uma quedade audiência no meio do caminho. Veja umaminissérie de 15 capítulos como Primo Basílio:gravam cinco capítulos por mês e a gente gravaseis por semana. Como fazer um bom trabalhodeste jeito?". E ainda sugere mais integraçãoentre os departamentos dá Globo, como, porexemplo, o figurino, cenografia, contra-regra. "Étudo muito separado e às vezes isso é ruim".

O salário oferecido pelo diretor Paulo AfonsoGrisolli era bom para oito horas de trabalho, "maspara 15 por dia, com trabalho até no domingo nào

está bom não", comenta. A maiordificuldade, porém, é de relácio-namento na emissora. "É muitodifícil dizer a um profissional de-dicado que o trabalho dele nàoesta bom sem ferir, sem magoar.Já deixei de dizer muitas vezes edepois me arrependi porque oresultado nâo foi bom." Outroproblema é lidar com atores que"pensam" saber de tudo. Danuzanão cita nomes — "você não vaime fazer falar mal de ator, nãoé?" — mas diz que quem sabemesmo de tudo e nunca dã pro-blema algum é Paulo Autran.

O resto é um jogo de cinturapara trabalhar coletivamente

sem se estremecer com ninguém."E um aprendizado muito maisintenso do que dez mil análises. Ainda não estre-meei com ninguém, mas já tremi sozinha por ter defazer criticas." A mulher que sempre trabalhousozinha, como modelo, decoradora, dona de buti-que. relações-públicas e apresentadora de TV,agora se vê obrigada a discutir o tamanho de umvaso de flores. "Nem marido me dava opinião",comenta. Danuza aprendeu a aceitar, por exem-pio, que uma família milionária com mania deostentação como os Abdala náo use, como primei-ro carro, um Mercedes-Benz e sim uma limòusinécomo sugeriu o diretor Cecil Thiré. "E ele estavacerto", admite. Danuza Leáo mudou até de ami-gos. "Quem

gostava da outra náo gosta dessa equem gosta dessa não gostaria da outra. Há unspoucos que gostam das duas Danuza", diz, recu-sando-sè radicalmente a citar nomes para as trêscategorias. E, no momento, é de poucos amigos:"Minha vida é só trabalhar." Não leva a serio,porém, suas próprias regras: o café da manhã deDanuza serviria apenas a um personagem natura-lista — iogurte com farelo de trigo, rodeado deespeciarias macrobióticas. E acaba de instalaruma nova cozinha no meio da sala, para tomarcafé de frente para o mar do Leme. E o únicoquarto-e-sala com duas cozinhas da AvenidaAtlântica.

Rio Jazz Orchestra no PeopleAtine Bell às 20:30 h * Amanhã Friends Giuntiy Music • Av. Bartiilonieu Miür, 370 * Tel.: 2WJ517 *"Após I9h.

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O massacre dos atlotas judeus na olimpíada de 72 emMunique provoca a caça por comandos de Israel aomandantes do hediondo crime.A hora da vingança, com Steven Bauer, Michael Yorke Rod. Steiger. minissérie completa em três fitas, semoriginal, legendas eletrônicas em português, nas melho-res locadoras de vídeo.Lançamento simultâneo com a televisãoLMP Cinoma Television Home VideoAv. Adolfo Pinheiro, 2464 conj 64Tel. (011) 261-7050 — São Paulo — SP — CEP 04734Telex: (011) 54850 LMPH BR

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JOHNAI, DO BRASIL

BigBusiness

O grupo Vendex —leia-se o empresárioPaulo Malzoni — estáde olho comprido numagrande cadeia cariocade supermercados.

As negociações estãoem andamento e já sesabe que a proposta gi-ra em torno de 250 mi-lhões de dólares.

¦ ¦ ¦

Bye, byeBrasil

Diálogo travado en-tre dois assalariados, noelevador do Ministérioda Fazenda:

Este país está cadavez mais na base do"ame-o ou deixe-o".

Amar este país euamo, meu problema éque não tenho dinheiropara deixá-lo.

* * *Nos últimos quatro

meses — só em SãoPaulo — 67 mil brasilei-ros requisitaram vistode permanência paraPortugal.

Alto riscoO Instituto de Resse-

guros do Brasil está tra-balhando pesado parasegurar no exterior ausina Angra I.

É que as seguradorasinternacionais estáoexigindo maiores escla-recimentos sobre os ris-cos de 207c que vão co-brir e as taxas a pagar.

Internamente o IRBjá conseguiu uma redu-ção substancial dos prê-mios pagos pelos segu-rados por causa dascontínuas paralisaçõesda usina.

O desconto atingiu26% e poderá alcançaraté 50%, relativos aosanos 85 e 86, o que signi-ficará cerca de 1 milhãode dólares em devolu-ção de prêmios aos se-gurados.

Voz daexperiênciaA cúpula do jogo do bi-

cho — leia-se Castor de An-drade. capitão Guimarães,Miro, Plruinha, Emil Pi-nheiro e companhia — estávendo com o maior des-dém o lançamento daLoto-Rio.

Prova disso é o comenta-rio bem-humorado do maisvelho do grupo:— Esse jogo é uma mistu-ra de batalha naval compalavra cruzada e xadrez,que só vai fundir a cuca doapostador. Não tem futuro.

Forada Zona

O Conselho Federal deEconomia —- órgão do Mi-nistèrio do Trabalho —aprovou moção condenan-do a criação das Zonas deProcessamento de Expor-tação patrocinadas peloMinistério da Indústria cdo Comércio.

Para o Conselho o incen-tivo às exportações, a im-plementaçáo de novas tec-nologias e a redução dasdesigualdades regionaispodem ser conseguidascom a legislação vigente,como por exemplo o pro-grama Befiex.

O CFE acha também gueas ZPEs nào significam in-gresso de capitais estran-geiros no pais.

Cita os casos da Coréia,Malásia e Cingapura guenáo chegaram a receber 1bilhão de dólares no biênio84/85. enquanto o Brasil te-ve no mesmo período 2,8bilhões de dólares em in-vestimentos.

UBExUBEArma-se na Justiça

uma briga de foice quecolocará frente a frente

aUBEeaUBE.A tradicional União

Brasileira dos Escritorespretende reivindicar odireito de posse de suasigla que atualmente

vem sendo usada com amaior desenvoltura pela

poderosa UniãoBrasileira dos

Empresários.

*Jt^r\WSaW'' '''í^ » " ": ''• jf ftStSmmvSUm £ y*''" < <¦ ¦ •'frr^i ¦-¦ * :" i

^MS^^aMBfflBBHwk ^w^!l^kíÈ,'«"'í' ¦¦' •'-: '¦::'

O cantor Sting e a mulher Trudtj Styler. sábado nojantar do Satiricon

Quantos?• Argumento de peso usado pelosenador José Richa na reunião comos governadores Miguel Arraes eWaldyr Pires, sexta-feira, no Rio,para torpedear o presidencialismo:

— Em 98 anos, sob este regime,quantos presidentes governaramsem crise?

FinalFeliz

Terminou a pendenga entrea fábrica de chocolates Lacta ea cineasta Ana Carolina.

Depois que a alta direçáo daempresa assistiu a seu filmeSonho de Valsa, mudou deidéia e não vai mais reclamarna Justiça a apropriação donome de seu mais famosoproduto.

Ao invés disso vai investiruma grana alta na divulgaçãodo Sonho de Carolina, pelopaís.

MistérioNào se sabe até agora o nome do

industrial brasileiro que arrematou oquadro Menina Com Brincos Vermelhos— Evangelina, de Cândido Portinari,leiloado quarta-feira pela Sotheby's deNova Iorque.

A compra foi intermediada pelo mar-chand Herbert Barake, que fez o lancepor telefone e nâo revelou nem o nomedo cliente nem o valor da compra.

Sabe-se apenas que o teto máximo deavaliação era de 70 mil dólares.

¦ ¦ ¦OLHO VIVO

Os investidores japoneses nào forampegos de surpresa nem sofreram prejui-zos com o crash da Bolsa de NovaIorque.

Desviaram em tempo boa parte desuas aplicações para a compra de ouro,assim como fizeram no ano passado,adquirindo no mercado internacionalmais de 650 toneladas do metal, o equi-valente a toda a produção anual daÁfrica do Sul.

A informação é do Indicador Ooldin-vest que circula a partir desta semana.

RODA-VIVAO senador Amaral Peixoto recebe ho-

je na Assembléia Legislativa o Utulo deCidadão Benemérito do Estado. Seráhomenageado pelos 50 anos de vidapública.

OFestRio exibe amanhã o filmeLand, produção inglesa já apresentadacom sucesso na BBC de Londres. Noelenco o americano John Terry e osbrasileiros Maria Padilha e EduardoConde.

Suely Stambovski, Roberto Barreirase Marcelo Borges comemoram ontemseus respectivos aniversários, no Hippo.

O Museu Villa-Lobos convidando pa-ra o lançamento do disco Native Brazi-lian Music, dia 25, no Double Dose Bar.

Luiz Veiga, que já mostrou suas telasem Sttutgart, inaugura dia 25 sua expo-siçào com inéditos em óleo sobre tela,no novo espaço cultural do ShoppingEsquina da Barra.

Assume hoje a chefia do setor comer-ciai do consulado do Brasil, em NovaIorque, Jório Salgado.

O arquiteto Paulo Case foi anfitriãoontem de um jantar em torno do colu-nista Fred Sutter.

Claude Amaral Peixoto se recuperan-do de um pequeno acidente nas pedrasdas ilhas Cagarras.

A galeria de arte Plural que será inau-gurada quarta-feira promete novidadespara o público. Além de exposições per-manentes de Joalheria abre um novoespaço para as mais diversas manifesta-çóes artísticas.

Em menos de uma semana nas livra-rias o mais recente romance Margueri-te Duras.Emily L, encabeça a lista domais vendido na França.

A Dover convida paru o lançamentodas grlffes, em plástico, exclusivas dosUmes cariocas, amanha, no Othon.

Brigitte Bardot vem ai.

DDDO senador Álvaro Pa-

checo que como sé sabefez sua campanha comocandidato a vice de Hu-go Napoleâo, governa-dor do Piauí, semi sairdo Rio e pelo telefone,já ganhou um apeilido:

Senador DDD.¦ ¦ a

Porquinhosda dívida

O Banco Central aplau-diu a decisão do ConselhoMonetário Nacioruil, deexcluir do projeto tí.e con-versão da divida axternaem investimento a priori-dade para aplicaçties emexportação, hotelairia e ai-ta tecnologia.

O lobby das empresasnestes setores era .forte eos técnicos do BC pweviamdores de cabeça para re-gulamcntar essas' priori-dades.

* * *Comentário joctiso de

um alto funcionário do go-verno gue acompanhou aelaboração do projeto:— Conhece a histária dosporquinhos do delegado,aqueles com os qiuiis nin-guém mexe? Pois é. Essasprioridades eram os nos-sos porquinhos do dele-gado.

Ele só náo dissie quemera o delegado.

RepeteooO consórcio GE/Westin-

ghouse continua, perse-guindo a trilha da Ferro-via do Aço.

Depois de fornecer amaior parte dos equipa-mentos elétricos — queacabaram virando sucata— é o mais forte concor-rente à licitação que aRFF realizará nos primei-ros dias de dezembro.

Pretende vender o siste-ma de controle de tráfegocentralizado.

Quem vemO roqueiro-romtàntico

Rod Stewart já avisou aseus amigos cariocas que

o aguardem paira ocarnaval de 88.

Vem disposto a cair nafolia e logo em s«sguida

— sem perder o ff»Jego —quer fazer um grande

show, na Praça daApoteose.

AbsurdoOs contratos de locação

para o próximo vwào emAngra dos Reis estão atin-gindo níveis absurdos.

A bela casa na Tila Ve-lha, que no verão passadoabrigou o então cissal Ro-seana Samey e Joige Mu-rad, apesar de seius pro-prietários preferinem dei-xá-la fechada durainte suasférias no exterior, etetá sen-do objeto de veüdadeiroleiláo.

Sabe-se que, pela tempo-rada, foi recusada umaproposta de 30 mil dólarescash, oferta de um espor-tista brasileiro freqüenta-dor do jet-set, que prefereficar no anonimato.

Em pânico• Confidencia de umgraduado assessior go-vernamcntal alarmadocom a decisão da Co-missão de Sistematiza-ção ao fixar em quatroanos o mandato do pre-sidente Sarney:

— Imagine o qnie eleainda pode fazer com13 meses pclafrexnte.

Regirui Rito

4 O CADERNO B o

/wS 4o FestRiori'S' J&*>! ^88? JBEr ^SST

segunda-feira, 2.1/11/87

HojeSala Glauber Rochailntol Nacional Av Nlomoyer, 700-332-

1 oooi

Mostra Competitiva, o Hors-ConcoursI 1 AMENINADOLADO(Braallolro),doAlbòrtoSalva Com Reginaldo Faria, Flávia Monteiro.ITObora Duarte o John I lerbmt Curto Raça naPraça da Luiz Alberto Parolra(Brasil). Àn íah.Hora-conoours. Jornalista ÍBola-aa numa caaade prata pura escrever um livro, mim sua tran-qüiúdade termina no oonhocor uma odoloacon-te-de 14 anos por quem se apaixona.Braail/1987,D O ARCO DE Knos (Luk Erosa), do JorzyDomaradzkt. Com Orazyna Trola, Jorzy Stuhr,Honryk Piota o Olaf Lubaszonko Com logon-das cm pbrtuguôs, Âh 18h.fl -NaCraoovia, 1014, a guerra parocorser umacurta aventura mos logo as Iam í lias sao separa-das e, enquanto os homens vão para o front. aamulheres sào obrigadas a lutar sozinhas pelaviàü. Pol6mn/10H7{1 A ULTIMA CAIITADA (Tilo Inst Btrow), doGitfa Walker e David Wilson. Com SaverioGrana, Fernanda Tavares .» Mauríce Podbroy.Com legendas em português. Às aoh. Típicocidadão classe média descobre que i"* o homemmats potente do mundo e passa a ser campeãodr Inseminação artificial, Cãnadá/1987.t"! KIN DZA DZA (Kln D/.a Dza), do QoorgUiDanelia. Com Stanislav Lyushin e Leyãn Qabrl-dadze. Curta: Quinoscoplo n° a. dt; Juan Pa-dron (Cuba). Com logendaã em português. Àa82h. Comédia. Um engenheiro e um estudanteaparecem numa estranha galáxia onde encon-tram duaa criaturas que lhe explicam sobro adecadência do lugar. URSS/1087.

Veneza(Av. Pasteur, 184 — 205-8340)

A Competição na CidadeII O SÓCIO DE DEUS (El soclo do Dlos), do.Foderico Garcia. Com Adolfo Llauradó, RicardoTnnso e Belisa Sal azar. Com legondaa em portu-gUÔB. À8 14h.

Na solva umaaônica, duranto a febra daborracha, um pequeno comerciante anriquoco,como tantos outros, provocando sangrenta bd-talha entro oomerolantoo o índios, Poru/lOBO,I I NOITES DE VERÃO N(J PI.ANhlTA TURRA(Sommarkvallar pn Junino), de Oüiínol Llnci-lilom ComSlfRuud, Mnrgaivtlm ?yatromoPorMattapn. Com logondoH om portUfruèa, Aniiih.iomln.

Uma mulher abandonada jado mando.uma velha aonhora em busca do paz, umaconcertista frustrada e seu marido que temproblemas sexuais, uma atriz o «nu maridooBOritor preocupado oom a falta de Inspiração.Estos porsonajgens roünenvse numa ilha e,dopols do um ano dò convívio, vêem suas vidasprofundamente mudadas, Suóola/luBO.Cl ATRAÇÃO FATAL (Fatal altrnotion). doAdrian Lyne. Com Mlohoel Douglas, OlonnClose, Anuo Archor o BUon Hamilton l.atzon.Com logondnn om portugudH. As inh oBlhSOm.

A aventura do um rim do semana ontroum advogado bèm-aucodldp e orna mulhor os-tronha aoaba om tragédia quando ela, camplo-lamento louoa, resolvo perseguira fàmüladelepara vingar-se ao Bor abandonada. KUA/i087.Com exibição garantido no Brasil.

Studio-Copacabana(Hua Raul Pompélq, 102 — 247-8000)

Mostra Os Melhores doMundo

O ADEUS SEM FIM (Dolgljo Provof oooProvody). de Kira Murotowa, Produção «oviéti-ca, Àh I4h.D A DAMA DAS CAMÉI.IAS (Tho ludy oiCamoUlas), filme-balo dé John Noiimòlor. pro-dúçao alemã. Às ídliaomln o aihaomin

I MEU AMIOO IVAN LAPSCHIN (Moi drugIvan Lapsohln), de Aloxel Qermah. Produçãosoviética. Àh ííih.

Art-Copacabana(Av. Copacabana, 750 — 235-4805)

Ganhador do Tucano do Ouro no F*eail" 85. Colômbia/1085.1 1 TURBILHÃO (KruKovor.it). iln Lana Oboridzo, Com Lolla Ah.uihid/.o. láya EllaOtar MagulneluJutaoBl. Ah auh

Uma sorio do personagons — homomulheres —, aparentemente sem ligação .hí, traçam um perfil do ser numUR8S/ÍGB7. Melhor dlroçao no Festival riiqulo.

Cinemateca do MAM(Av. Boiro-Mar, s/n" —210-21MH)

Mostra Os Melhores doMundoI i ESPERANÇA E GLÓRIA (Hope atui glory),do John Boorman, Com Borah Mllos. DavidHaymnn, Dorrlck 0'Conhoro Susan Wooldrid.go, Com legendas em portuguôs. A» I8h30mlnA guerra vista cio dentro dos loros Ingleses o«oh o ponto de vista de um menino do 7 anospara quem uh bombardeios significavam umaaventura fantástica. Com lonoámonto garanti-<ln no Brasil. Inglatorra/Í9B7. Promlado nofestival de Tóquio,

I I O IRMAOZINHO (Tho lilil brothor), deClau-do Oognon. Com Kenny Eiuriordoy, CaitllnClarkel o Liane Curtis, Com legendas om portu-guôs. Às 80h30nün.Am relações familiares o n tomada do consotôn*cia de um garoto que, com sou skato. poga oestrada sozinho. Canada/1087, Orando Promlono fosllval do Montreal,

Art-Fashion Mall 4

Mostra os Melhores doMundoTI O BOHO (O bobo), de José Álvaro Morais,Com Fernando Heitor, Paula Quedes, Luis Lu-cas v Luisa Marques. Àn I4h;i0m,

A montagem de uma peça torna-sé Ò panode fundo para uma desatinada história de amore um dramático retrato da vida dos atores.Portugal/1987, Grande Prêmio do Festival deLocarno,i 1 SAMMY E ROSIE (Sammy and Rosio) deStephen Prears, Às i7h. o mais recente filmedo mesmo cineasta de My Bcmutlful huindri-tto(vencedor do FestRio de Ht.)o de Prick up youroars (que participou da competição om Cannesdosteano). Inglaterra, 1087.I ! TEMPO DE MORRER (Tiompo do morlr). rl.>Jorge Ali Triana. Com Gustavo An gari ta, ManaEugenia Davila e Jorge Emillo Sal azar. As19ti30m.

Kin Dza Dza, comédia querepresenta a União Soviéti-ca na Mostra Competitiva,será. exibido às 22h na SalaGlauber Rocha.

da das OOisas da vida — 6 alUirada oom achegada do um Inquilino cumulo com umaadolescente, índia/ 1087.I ! UMA NOITE NA ÓPERA (A night ot thoopera), do Sam Wood, Com Groucho, Harpo eChico Marx, Kltty Carllslfl o Allan Jones, Ahaah.

Comedia com oh Irmãos Marx ambienta-da numa viagem do transatlântico ontro a Ita-lia o Nova Iorque, quo tom ontro B6U8 pansagnl-ron um grupo do cantores da ópera do Milão.EUA/1036, om proto o branco.

(Estrada da Gávea, 800 — 322-1258) Estação BotafogoMostra Olhar Feminino e AsReprises Que Deram Certo-/Júri B¦ MARIA FOI PARA A CIDADE(Mario «on va-t-eu vilio), do Marquise Lepago, Cont Fródôrl*que Collln eGoneviòvè Leonolr, Curta: Alice riacidade maravilhosa, de Alvarina Hou/.a Lima(Brasil). Às 15h.

Depois de agrtidida pelo irmão mais ve-lho, jovem adolescente sai de cana, no campo, evai viver na cidade, onde conhece uma prostitu-ta cbm quem acaba morando, Canadá/1087,D VISITANTES INDESEJÁVEIS (Dudos). doPenelopo Sphreeris. Com Daniel Roebuck oJohn Cryer, Curta: Cidadão Jatobá, de ManaLuisa Ahoim (lir.mil). Àh 17h30mül.

TrÓH jovens punks viajam ate o OobIoamericano, encontram um grupo de cowboys oa antipatia o Imediata o mutua. Um dos cow-boys mata um doH garotos o os outros resolvemvlngar-so. EUA11)87.

HI RAOSAI1E11 (Roosaheb), do Vijaya Mohtu.Com Anupan Khor. Vijaya Mehta o MangeshKulkarni. Curta: Damas da noite, do SandraWorneck (Brasil), ü longa tom legendas eminglês, As 2í)h. A rotina do uma casa ondevivem três pessoan — uma Jovem que estudouna Inglaterra, sou Irmão doente o a tia desliga-

(liua Voluntários da PAtrla, 88(1149)

Mostra Around MidnightD SOMOS DO JAZZ (Jazzmon), do AloxandroChaknazarov. Com Igor fílokar, Alox Pankra-ton o Eleita Tzyplakova. Com legendaa omportuguÒB, Ãs SShSOmln,

Comédia musical, Na Rússia dos anos 80,um jovem deixa o conservatório do musicaonde sua paixão por jazz 6 considerada deca-dente. Ele forma um quarteto que batalha paraser aceito, imss'1083.

Bruni-Ipanema(Rua Visconde dePirajÉL, 371 — 521-'10001

Comedia de oostumos tim lorno do trôsporsonagorisi duos Jovens quo trabalham comohahy-idttorH 9 acabam m.du/.idiut polo dono daciuta O filme jã tem exibição garantida noliranil In(tlatorrá/l087.

[ IOOHTARIA QUE V.xrill ESTIVESSE AOUI(Wlidi you woro hnrn). de David Uilaud. ComEmily Lloyd, Tom Doll, Josse Dordaall o Qoof-frey Ilurham. Ah lllh

Primeiro lohga*motragom do Leland quefala sobre ignorância sexual, a partir das mu-vorsas que teve com varias mulhores quo lhorelataram sua primeira experto no ia sexual inKlatomi/l()H7.I I MINHA LINDA I.AVAlJElilA (My beautlfulluundrotto). de Stephen FYoars Com QordónWamooke, Roshan Both e Danio] Day Lewis,Com legendas em português As ülh.tOmln

O filmo se passa na oomunldado piupiis-tahosa do Londres o tom como cenário a tensãoBOOial e a pobreza dos subúrbios londrinoslnglalorra/1080.

Leblon-1(Av. Ataulfo de Paiva, 301 — 230-50.18

Mostra do Cinema Britânico[ ! O NEOOCIO DE SEMPRE (Huainea» asusual), do Lazly-an-Barret. Oom Qlenda J/u'k-son; Catliy e John Thaw. As 14b.

A gerente de uma boutlquo e demitidaquando enfrenta o patrão que tentara seduzirorna dos empregados da loja. Ela resolve lutarcontra essa Injustiça o contra a discriminaçãoao mulheres. Inglaterra/1987.[ | RITA. SUE BOB NU (Rita. Suo and Bob too)di. Alan Clark. Com tloorijo Costigan, SiobhonPinneran e Mlohóile Holmos. An íuhnomln.

Mostra do Cinema Ameri-cano

1 ANNA — Oo Vorok Bogayovlos Àn Uh.II A ORANDE ILUSÃO (AU tbn King's Mon).de Robert Rosson Com Broderick Crawford,Joanne Dru. John treland o John Derek, C(jmlegendas em português, As Htb.'10mln

Um estudo do fascismo e da corrupçãopolítica através da historia de um político ro*boldo do interior, quo começa exigindo mfor-mas o Justiça social e acaba embriagado pelopróprio poder. I5UA/1040. Oscar de melhorfilmo.fj A MARCA DA CORRUPÇÃO (RoHt-Bollor), doJohn Flynn; Com James W.xkíh. Brian Den«nehy, VI c to ri a Tonnant é Alllson Balson Ah18h,

A história de dois homens, que formamuma estranha aliança, apesar de estarem emlados opostos: um contra a lei e o outro, aprópria lei EUA/1987,D TOCAIA (Stakoout). do .lobn Badlmm. ComRichard Droyfusa, Emílio Estevez o MadeloineStowe, Com legondaa em português, Àh88h30min

I>)is detetives começam a trabalhar sob asupervisão do FBI, servindo dò apoio na tenta-tiva de capturar o assassino de um policial.Com exibição garantida no Brasil, EUA'1087

Sala 1 do Estação Bota-fogo(Rua Voluntários da Pátria, 88 — 286-6140)

Mostra Tesouros das Cine-matecas: 1 NOS BASTIDORES DE LONDRES (Sido-walks of Loudon), de Tim Whelan Com Charles

JORNAL DO BRASIL

Laughton, Vivien Leigb t» Rex Harrison. Comlegendas em espanhol Ah 17lt

Diretor do teatro mambembe ajuda uniapequena ladra o por ela se apaixona, Mas elanáo hesita om fugir oom um oomponltor otentar o os t rol ato, deixando o outro om complo-ta docadôncla, ínglátorra/toas, ora proto obranco

í 1 HENRIQUE V (Unnry V), de Lauroncõ OU-vier. Com Lauronco OI 1 vor o Robert Newton.Com legendas em portUgUÓS An lHh.lOmin.

O primeiro dos tros filmes de Olivleradaptados de BhakoBpoare A saga do heróiconu inglAs deu a Olivler o Oscar honorário porsou trabalho como ator, diretor e produtor.Inglaterro/104B.D CAMINHA. CAMINHA (Cammlna Camml-na), de ErmannoÓlmJ Com AllKtrto Fumagalll,Antônio Cuooiarro « Altgto Martellaci, Comlogondas em português Ah uih

Uma misteriosa Ur/, atrai vAriaH carava-nas que tnlolam caminhados em sua direção,pondo ã prova a coragem o a sabedoria dosperegrinos que não sabem do que se trata,ItAllo/10H3.

Sala 16 do Estação Bo-tafogo

288-(Rua Voluntários da Pátria, 886140)

Mostra Tesouros das Cine-matecasG HOMENAOEM A LOUIS JOUVET — Exibi-ção de Volpono, de Maunce Tourneur, comLouis Jouvet, Harry Baure Charles Dullin, ÀaMh França 1038. em preto e brancoD HOTEL DO NORTE (Hotol du Nord). de Mar-cel Carne Com Annabolla e J.P, Aumont. Comlegondaa em espanhol. Aa lüh. França/1936,om preto o branco.D AMORES DE APACHE (Casque d'or). do Jao-quos Becker. Com Simone Signorot, Sergo Ileg-giani e Claude Dauphin, Com legendas emespanhol. Às 18h.

Em 100-1. em Belleville, ocorre um crimepassional e um falso culpado ó denunciado.Para inocentar o amigo, o verdadeiro culpadoentrega-se à justiça e 6 guilhotinado. Fran-ça/1052, om preto e branco,D OS OÊNIOS DA PELOTA (Horao foathors),de Norman Z. McLeod. Com Groucho, Harpo oChico Marx. Tholma Todd e David Landau.Versão original, sem legenda. Àn aoh.

Uma universidade necessita vencer ocampeonato de futobol mas o presidente cor-rupto tudo faz para que isto náo aconteça.EUA'1032. om preto e branco.D LOUCOS POR AMOR (Lovo hoppy). de DavidMiller. Com Oroucho. Harpo e Chico Marx.Vera Ellen e Ilona Massey. Versão original,som legendas As 22h.

Último filme do trio. Um grupo do atoresfracassados consegue, por acaso, a posse dediamantes de nobres russos. EUA 1049, emP&B.

HOJE NO RIOCINEMAfflmÊÈÉÊÊÊÊÊÊm-

OS INTOCÁVEIS (Tho untouohablos), doBrian de Palma. Com Kevin Costner, SeanConnory, Robort do Niro o Charlo» MartinSmith. Motro Soaviata (Rua do Passeio. 02— 240-1291): 14h. lShzOmin, 18h40mln,21h. Condor Copaoabana (Rua FigueiredoMapalhõas. 280 — 255-2810). Largo do Ma-chado 1 (Largo do Machado, 20 — 205-6842): 14h30min, 18h20min, lShlOmin,20h, 21h50min. Loblon-B (Av. Ataulfo doPaiva. 301 — 239-5048), Darra-1 (Av. dasAméricas, 4.066 — 325-6487). América(Run Conde do Bonfim. 334 — 264-4240).14h30min, I6h50min, ÍOhlOmin,21h30min. Olaria (Rua Uranos, 1.474 —230-2006): 14h. 10h20min, 18h40min, 21h.(14 anoaV Continuacòos

Reconstituição da história de Al Capo-ne, famoso gangotor do Chicago nos anos30, ede seu porseguidor implacável, o agen-to federal Eliot Ness. EUA/1987.HISTÓRIAS REAIS (Truo stories), do DavidByrno. Com David Byrne, John Qoodman,Swoosie Kurtz e Spalriing Gray. Jóia (Av.Copacabana, 680 — 255-7121): do 2" a 0", àslOh. 17h50min, 19h40mi(0. 21h30min Sá-bodo e a partir das 14hl0min. (Livro). Contl-nu ações.

Comédia baseada numa coletânea dehistória humanas selecionadas nos jornais.Primeiro filmo de Byrno, lider do grupoTalkinsr Heads. EUA/1986.B 8EMANA8 E 1/2 DE AMOR (9 1/8 Wooko).de Adrian Lyne, Com Mickey Rourke o KimBasinger. Palúclo-l (Rua do Passeio, 40 —240-8541): 14h. 16h20min, 18h40min, 21h.Comodoro (Rua Haddock Lobo, 145 — 204-2025). de 2a a 6", às lBh20min. 18h40min,2ih. Sanado e domingo, a partir das 14h,13arra-2 (Av. das Américas. 4.«66 — 325-8487), Copacabana (Av. Copacabana, 801(255-0953), Sao Luiz 2 (Rua do Calote. 307— 285-2296): 14h30min, 16h50mln.ÍOhlOmin, 2ih30min(l6anos). Reaprosen-tações.

Uma mulher desqultada encontra umhomem rico o estranho e os dois passam aviver uma paixão alucinante num curtoespaço de tempo. EUA'1085.ANJOS DA NOITE (Brasileiro), do WilsonBarros, Com Zezé Motta, Antônio Fagundes,Marco Nanini. Guilherme Lomo o MaríliaPôra. Bruni-Móier (Rua Amaro Cavalcanti.105 — 591-2746): 15h, 17h, 19h, 211) (18anos). Roaprosentaçóes.

Fragmentos da vida noturna paulistanacom alguns de seus personagons caracterís-ticos que. no docorrer do uma noite, pas-seiam suas carências, seus encontros e do-aencontroa. Produção de 1087.

HANNAH E SUAS IRMÃS (Hannah and hor•iluters), de Woody Allen. Com Woody Allen,Michael Calhe e Mia Farrow, Tijuca-Paluoe2 (Rua Conde do Bonfim, 224 — 228-4610):14h30min, 10h40min, 18h50min. 21h (14anos). ReaproBontaçõos.

Comédia dramática sobre uma famíliaque se reúne anualmente para comemorar oDia de Ação de Graças e aproveita para fazerum balanço de suas próprias vidas, relaçõesafetivas e conquistas profissionais.EUAyi986, Oscar de melhor rotein) origi-nal, ator e atriz coadjuvantes.VERA (DraBlloiro). de Sérgio Toledo. ComAna Beatriz Nogueira, Raul Cortez, AidaLoiner e CarloB Kroober. Lagoa Drivo-In(Av. BorgeB do MedüiroB, 1420—274-70U0):20h30min e 22h30min. (18 anos) Reopro-sèntaçáo.

Menina órfã, criada om instituições pa-ra menoroB, assume unia personalidademaaculinizada para se impor ãs outras me-ninas. Produção do 1086 quo rocebou oraBrasília os prêmios de melhor atriz, trilhasonora e som. No Festival do Borlim recebeuo Urso de Prata de melhor atriz.

Cinema Reaprnsenlaçõcs Arquivom\

ESTRÉIASO LIMITE DA TRAIÇÃO (Extreme projudloo).de Walter Hill. Com Nick Noite. Powers Bootho.Michael ironside e Maria Conchita Alonso.Pathó (Praça Florlano, 45 — 220-3135) de 2" a6a, àa 12h. 14h, lOh, 18h, 201i. 22h. Sábado odomingo, a partir das 14h. Art-Tijuoa RuaConde de Bonfim. 406 — 254-0578), Art-Madureira E (.Rua Dagmar da Fonseca. 54 —-31-10-1827) Paratodos {Rua Arquias Cordeiro.350 — 281-3628): 15h, 17h, lOh, 21h. Art-Panhion Mall 3 (Estrada da Oàvea, 800 — 322-1258): de 2" a 6», àB lflh, 18h, 20h. 22h. Sábadoedomingo.a partir d as 14h Art-Caeashopping

-B(Av Alvorada. Via 11. 2 150 - 325-0746): do2a a 6R. às 17h, 19h, 21 h. Sábado o domingo, apartir das 15h. BrunJ.Copaoabana (Rua BarataRlboiro, BOB — 856-4088): 14h. 16h. 18h. BOh,22h. (18 anos).

Policial de ação sobre seis ox-BOldados ofi-eialmonte fiRdns como morto»» om ação, masquo então bom vivos o trabalhando numa secre*ta e Importante missão, EUA/1986.

ASSASSINATO NOS ESTADOS UNIDOS —(Aa-sassination\ do Peter Hunt Com Charles Bron*son, Jill lreland, Stoplusn Elliott o Jan GanBoyd, Odoon {Praça MahatmaGandhi, 2 — 220-3835): 13h30rnin. lShlOmin. 16h50min,IBháOmln, 20hlOmin, 21h50min. Operai(Praia de Botatoffo. 340 — 552-4045), São Luiz1 (Rua do Catolé, 307— 285-2200). Tijuoa (HuaCondo de Bonfim, 422 — 264-5246), Roxy (Av.Copacabana, 045 — 236-0246), Barra-3 (Av.das Américas, 4.668 — 325-8487), RIo-SuKftuaMarquês de Sào Vicente, B2 — 274-4B32):14hB0mln, íehaomin. lHhlOmln, lOhBOutin,Klh30mln. Madureira-3 (Rua.loào Vioonto, 10

PERTO DE VOCÊ

Um sonho de domingo, de Bertrand Tavernier — mesmo diretor de Por volta dameia-noite —. está em cartaz a partir de hoje no cinema Paissandu. Um sonho dedomingo ifotoi mostra um dia na vida de um pai que recebe a visita de seus dois

filhos. Um homem responsável e unia mulher fascinante.

003-2146), Ramos (Rua Leopoldina Rogo, BC230-1889): 14h20mln. 16h, 17h40m!n,

10h£0mln, 21h. (14 anos).Agente do serviço secreto 6 designado para

proteger a mulhor do presldento do EstadosUnidos e doscobre quo vários atentados sofri-dos por ela têm como objotivo a roeloição domarido. BUAíl886.COMANDO DE ATAOUE (Strlko Commando),de Vincent Dawn. Com Rob Brown e Chrislo-phor Connely. Vitória (Rua Senador Dantas. 45

220-1783); 13h40lvlin, 15h30min.17h20min, ÍOhlOmin, 21h Carioca (Rua Con-do de Bonfim, 338 — 228-8178). Madurolra-2(Rua Dagmar da Fonseca, 54 — 390-2338),Studlo-Catote (Rua do Cateto, 228 — 206-7104):14hl0min. lOh. I7h50min, I9h40min.21h30min, (14 anos).

Ambientado na parte final do conflito doVietnã, a mais sangrenta e cruel. Ita-lia/EUA'! 986.

CONTINUAÇÕESRADIO PIRATA (Brasileiro), do Laol Rodri-gues. Com Lídia Brondi, Jayme Periard. Oswal-do Loureiro, Maria Zilda e participação deMarina Tijuoa Pálaae-1 (Rua Conde de Bonfim,214 — 228-4610): Lido-2 (Praia do Flamengo,72 — 285-0642): do 2a a sábado, às 15h30min.17h, lShSOmin, 20h. 21h30min. Domingo, apartir das 17h. (14 anos).

Num furgão transformado em rádio pirata,casal de namorados tenta mobilizar a opiniãopública, denunciando escândalos o corrupçãonum Centro de Processamento do Dados. Pro-dução de 1987.QUE SORTE DANADA... (Outrageous fortuno).do Arthur Hillor. Com Betto Midler. ShelleyLong, Peter Coyoto e Roberto Prosky. Opora-2(Praia do Botafogo. 340 —552-4045). 14h. lOh.18h, 20h, 22h. (14 anos).

Comédia sobre duas atrizes, que se dotes-tam, mas obrigadas a so tornar amigas paraconseguir sair com vida do uma aventura pori-gosa. EUA/1987.

PAÍS DOS TENENTES (Brasiloiro), de JoãoBatista de Andrade. Com Paulo Autran. BuzaFerraz, Cássia Kiss o Carlos Grego rio. Clnoma-

(Av. Prado Júnior, 281 — 295-2880): Do 2" asábado, às lehaomin, I7h, iBh40min,20h20min, 2211 Domingo, a partir das 17h. Apartir do sábado no Art-Casashopping-l (Av.Alvorada. Via 11, 2150 — 325-0746). do 2"a4".às 16h30min. 18h. lOhSOmin, 21h. Sábado odomingo, a partir das 15h. Art-Méler (RuaSilva Rttbolo, 20—240-4544): 14h20min, 18h,17h40min, 101,20min, 21h. (10 anos).

Aos 80 anoa. um gonorul da reserva faz umbalanço da sua vida relembrando-se de váriosmomentos da vida política e militar brasileiraProduçáo do 1086.LEILA DINIZ (Brasileiro), do Luiz Carlos La-corda. Com Loutse Cardoso, Díogo Vilela, TonyRamos. Marieta Severa, Stènio Garcia, AntônioFagundes, Carlos Alberto Rlccelll o Joaô Wil-ker, Art-Fashion Mall 1 (Estrada da Gávea, 800— 322-125B). De 2o a 8a. às íehSOmln,18h20mín. 20hlOmín,22h. Sábadoe domingo,a partir das I4h40min. (14 anos).

A vida da atriz Leila Diniz, revolucionária oavançada para sua época, perseguida por suasidéias sobre comportamento o amor livra, numafase marcada pela forte repressão. Produçáo de1087,LA BAMBA (La Bamba), do Luiz Valdoz. ComLou Diamond Phlllipn, Esai Moralos, Rosana

Do Soto o Elizoboth Pena. Art-Maduroira-1(Shopping Centor de Madureira — 300-1827),Brunl-Tljuoa (Rua Condo do Bonfim, 370 —254-8075), BriBtol (Av. Ministro Edgar llorae-ro. 400 — 391-4822): 15h. 17h, lOh, 21h. Art-Fashion Mall 2 (Estrada da Gávea. 890 — 322-1258): Do 2" a 6", às 101,. 18h,20h, 22h Sábadoe domingo, a panirdas l4h, Art-CaBashopping3 (Av. Alvorada. Via 11. 2.150 325-0746). de 2aa 6a, às 17h, 19h. 21h, sábado o domingo, apartir das 15h. (14 anos).

O filme conta a história de um jovem oporá-rio mexicano da Califórnia, quo so tornou astrode rack numa carreira que durou aponas 8meses o quo transformou em megassucesso amúsica La Bamba. EUA'1980.CRACK — CONEXÀO DA MORTE (Tho crackoonnoction). de Hojo Oios. Com Ootz Oeorge,Claudia Messner, Hannos Jaéneoke o WolframBorger. Madurolra-1 (Rua Dagmar da Fonseca,54 —300-2338): 15h, 17h, lOh, 22h. Paláolo-2(Rua do Pasaoio, 40 — 240-6541): 13h30min,I5h30min. 17h30min, 10h30mín. 21h30min.(14 anos).

Detetive tenta salvar uma jovem, que eleconhece desde menina, e que ostá envolvidacom traficantes do drogas que freqüentam adiscoteca ondo trabalha.... EUA/1087.AS BRUXAS DE EASTWICK (Tho witcllOB ofEastwick), de George Miller. Com Jack Nichol-son. Cher, Susan Sarandon e Michelle Pfeiffer.Lldo-i (Praia do Flamengo, 72 — 285-0042): do2a a 6", às íehBOmin, ÍOhlOmin. 21h30min.Sábado e domingo, a partir das I4h30min. (14anos).

Três amigas envolvem-se com um excòntri-co homem, que aparece na pacata cidade ondomoram, o torna-se responsável por estranhosopisódios que modificam a rotina de todos oshabitantes. EUA'1087.

REAPRESENTAÇÕESUM SONHO DE DOMINGO (Un dlamancho a Iaoampagno), de Bertrand Tavernier. Com LouisDuorezux, Sabine Azema; Michel Aumont, Ge-neviove Mnioh e Monique Claumentte. Paissan-du (Rua Senador Vergueiro. 35 — 205-4653):14h30min, I6h20min, IShlOmln, 20h,21h50mln (Livre).

Baseado no livro Monsieur Ladmlral vaBientot Mourir. do Pierre Bost. A ação se passaem um único dia, uin domingo de veráo, quan-do um velho pintor de 75 anos recebe a visita tleseus filhos, em sua casa no campo. França do1084.MEU MARIDO DE BATOM (Tonuo do flolroe).de Bertrand Blier, Com Gérard Depardiou, Mi-chel Blanc e Miou-Miou. Ricamar (Av. Copaca-bana, 360 — 237-0032) de 2* a 6". às lOh, 18h.20h, 22h. Sábado e domingo, a partir das I4h6a feira náo soráo exibidas as aossòea das 80h 022h. (18 anoB).

História do um estranho triângulo amoro-oo. Casal pobre conhece um assaltante o passa alevar uma vida cheia de emoções o aventuras,mas o quo o ladrão pretendo mesmo é roubar ohomom para bí, Prêmio de melhor ator (MichelBlanc) em Cannes. Frnnça/1086.A OA10LA DAS LOUCAS (La cago aux Mios),do Fdouard Molinaro. Com Ugo Tognazzt, Mi-chaol Sorrault, Michel Galabru, Clairo Muuriore Romy Laurento. Coral (Praia cie Botafogo, 316

- 551-8040): 14h30mln, 16h20mln,lShlOmin, 20h. 21h30mln. (14 anos).

O casamento de dois Jovens acaba virandoum escândalo quando a família rio noiva desco-

bro quo o noivo 0 filho de um homossexual,dono do uma boato de travostia. Comédia basea-da na poça do Jean Poirot. França/1979.

O CONVITE AO PRAZER (Brasiloiro). de WalterHugo Khour!. Com Sandra Brea. Roberto Maya,Holena Ramos e Kate Lyra. Palaolo (CampoOrando) 15h. 17h, 19h 21h. (18 anos).

Herdeiro quarentão pertencente à alta bur-guosia reencontrai dopois de muitos anoa, ami-gos do infância e relembram juntos suas situa-ções conjugals.SCARFACE (Soarfaco). de Brian de Palma. ComAl Paclno, Stevon Bauer. Michelle Pfeiffer,Marty Elizabeth Mastrantonio e Roberto Lag-gia. Baronesa (Rua Cândido Benicio, 1.747 —390-5745). Largo do Machado 2 (Largo doMachado. 29 — 205-6842): 15h, 18h. 21h. (18anos).

Cubano deportado para Miami junto comoutros marginais organiza, em pouco tempo,uma quadrilha do traficantes, tornando-se o reido crimo organizado na Flórida. EUA'1983.

DIABO NO CORPO (Dlavolo in oorpo), dd Mar-co Bellocchio. Com Marusehka Dotmors, Fede-rico Pitzaliu. Anita Laurenzi o Ricardo de Tor-rebruna. Coper-Tljuoa (Rua Conde do Bonfim.616 — 278-1007): 14h. 16h20min, 18h40min.21h. (18 anos).

Iniciação amorosa do um jovem adolescon-te quo vivo paixão impossível por uma mulherquo, segundo a Bociedade. está à beira da lou-cura. Itália 1086.

EXTRASO IMPÉRIO DOS SENTIDOS (Al no corrida), doNagisa Oshima. Com Eiko Katsuda o TatsuyttFuji Hoje e amanhã, no Cândido Mendes, RuaJoana Angélica. 63. Às 14h, 16h, 18h, 20h.22h. (18 unos)

História real ocorrida no Japão, em 1036.Buscando o êxtase total, um casal permanecetrancado durante dias num pequeno quarto.Japáo'1076.PERTO DF. CLARICE — Exibição do documen-tario de Joáo Carlos Horta sobre a escritoraClarice Lispector. Às 21h, na Casa do CulturaLaura Alvim, Av Vieira Souto. 17U

O CAMINHO (La traço), de Bernard Favro. ComRichard Borry, Bérangèro Bonvoisin, SophieCominoau. Às 20h. no Cinoolubo Laurinda.Rua Monto Alegro. 300. Entrada franca

PORNÔNEUROSE SEXUAL — De Morri de QueirozBotafogo (Rua Voluntários da Pátria, 35 — 260-440i): 14h, lühSOmin, iüh40min (18 anos).N1NFETAS ARDENTES — De Vítor Triunfo.Rox (Rua Álvaro Alvim, 33 — 240-8285) 121l,14hfiSmin, 10hl5mln(lB anos).O DELICIOSO SABOR DO SEXO (Brasileiro),do Tony Mel, Com Andrev Soler, Andréa Pucol,Sandra Morebo e Débora Lima, Autor (Av. Mi-nistro Edgord Romero, 236): 14h30min. 16h,17h30min. lOh. 20h30 (18 anos)JUVENTUDE EM BUSCA DE SEXO (Brasilol-ro), do Juan Bajon. Com Sllirloy Beny o ZildaMayo Soala IPraia do Bolafogu. 316). 14h, 171l,20h (18 anos)SEXO EM GRUPO (Brasiloiro). de Alfredo Ser-nheím Com Roberto Miranda, Adriadue deLima. Oisa Delia Maio Orly (Rua Alcindo Qua-nabara. 17): de 2" a 8a. àa lOh. IlhOOmin. 13h.14h30mln, lOh, 17h30mln. lOh. 20h30min.S.ibado o domingo, a partir das 14h30min (18anos)

SHOPPINOSART CASASHOPP1NO 1 O país dos tenentes:de 2a a 6a. as 16h30min, 18h. 19h30mln, 2ihSábado e domingo, a partir das 16h (10 anos)ART CASASHOPPING 2 O limite da traição.de 2a a 6a. ás 17h. I9h. 21 h Sábado e domingoa partir das I5h. (18 anos).ART CASASHOPPING 3 La Bamba de 2a a6a.às 17h, 19h. 21h Sábado e domingo, a partirdaa 15h í 14 anos)AHT FASHION MALL 1 - Lolla Diniz de 2a a6a. às íehpOmln, 18h20mln, 20hl0min. 22hSábado e domingo, a partir das 14h40min: (14anos)ART FASHION MALL 2 La Bamba de 2a a 6a.às 16h, 18h. 20h, 22h Sábado e domingo, apartir das I4h. (14 anos).ART FASHION MALL 3 - O limito da traiçãodo 2a a 6a. às 16h. 18h. 20h. 22h Sábado edomingo, a partir das I4h. (18 anos)ART FASHION MALL 4 — FostRio Olhar femi-nino e o ciclo Aa reprises quo deram certoBARRA 1 — Os Intocáveis 14h30min.18h50min. 19hl0min. 2ih30mm. (14 anos)BARRA 2-912 semunasde amor 14h30mln.16h50min, ÍOhlOmin. 211i30min (18 anos)BARRA 3 — Assassinato nos Estados Unidos14h50min. I6h30mm. lShlOmin. lOhSOmin.2ih30mm (14 anos).RIO-SUL — Assassinato nos Estados Unidos14h50min, iuh30min. lBhlOmin, 10h50min.2ih30min (14 anos).

COPACABANAART-COPACABANA — FestRio Os melhoresdo mundoBRUNI COPACABANA - O limite da traiçãoUh, !0h. IBh, 20h, 22h (18 anos)CINEMA l O pais dos tenentes 2" a sábado.às 15h20mln, 17h. I8h30min.20h20min.22h.Domingo, a partir das I7h.(l0 anos)CONDOR COPACABANA - Os intocáveis14h30mtn, I8h20min. lShlOmin. 20h.21h50min (14 anos).COPACABANA — 9 1 2 semanas de amor14h30mln, íehSOmin. ÍOhlOmin. 21h30mm.(16 anos)JOIA - Historias reais de 2" a ti", ás 16h,I7h80mln, 19h40mln, 21h30mln. Sábado edomingo, a partir das 14hl0min. (Livre)RICAMAR Meu marido de baton de 2a a 6a,as lüh. ish, 20h. 22h Sábado e domingo, apartir das I4h. (18 anos)ROXY Assassinato nos Estados Unidos14h50min. I6h30min, lBhlOmin. lOhSOmin.21h30mm 114 anos).STUDIO COPACABANA - FestRio Os melho-ros do mundo

IPANEMA E LEBLONBRUNI IPANEMA — FestRio Cinema Brita-nlooCÂNDIDO MENDES O Império dos sentidos14h, 16h, 18h. 20h. 22h (18 anos).LAGOA DRIVE-IN - Vera 20h30mln,22h30min. (16 anos).LEBLON-1 — FestRio Cinema americanoLEBLON-2 — Os intocáveis I4h30min,16h50min. ÍOhlOmin, 21h30mm. (14 anos).

BOTAFOOOCINECLUBE ESTAÇÃO BOTAFOOO - FestRioTesouros das Cinematecas e Around MidnightBOTAFOOO - Neurose sexual 14h.16h50min. líilvlOrnin. (18 anos)CORAL - A gaiola dos loucas 14h30m.I8h20mln, lBhlOmin, 20h. 2lh50min. (14anos).OPERA-i — Assassinato nos Estados Unidos14h50min. 16h30min, lBhlOmin, lOhSOmin.

2 lhÒÔmln. (14 anosiOPERA-2 - Que sorte danada l-lh. 16h. 18h.20h. 22h. (14 anos). VENEZA - FestRio Acompetição na cidadeSCALA — Jovens mocinhas para supertarados14h, I7h, 20h. (18 anos)

CATETE E FLAMENGOLAROO DO MACHADO-1 — Os intocáveis14h30min, 16h20mln, lBhlOmin. 20h.2lh50mm. (14 anos)LARGO DO MACHADO-2 ^-Scarfttco 15h. 18h.2ih. (18 anos).LIDO-l — As bruxas de Eastwick de 2a a 6a. às16h50min, ÍOhlOmin. 21h30mm Sábado edomingo, a partir das I4h30mín.(14 anos)LIDO-2 — Radio pirata de 2" a sábado, àslShSOmin, i7h. íshaomin, aoh. 2ih30mln.Domingo a partir das 17h (14 anos)PAISSANDU NOSTALGIA Um sonho de do-mlngo: 14h30min, 16h20mln, lShlOmin, aoh,aihBÓmin. (Livre)SÀO l.UIZ-1 Assassinato nos Estados Uni-dos. 14hB0mln, lOhaomm. IShlOmln,lOhftOmin. 21h30mln (14 anos).SAO LU1Z-2 — 9 1 2 semanas de amor14h30mln, lShSOmin, ÍOhlOmin. 2lh30mln.(18 anos).STUDIO CATETE — Comando de ataquenliiomui, I6h. 17h60min. ioh40min,2ih30mm (14 anos).

CENTROODEON - Assassinato nos Estados Unidos

13h30min. lShlOmin. lehSOmm. 18h30min.20hi0min. 21h50min. (14 anos)

METRO BOAVISTA — Ob Intocáveis: 14h,18h20mln. 18h40min, 21h. (14 anoa)PALACIO-1 — 9 II semanas do amor: 14h,16h20min, 18h40min. 21h. (18 anoa).PAlÃcIO-8 — Craok — Conexão da morta:I3h30min. 15h30min, I7h30min. 19h30min,21h30min. (14 anos).PATHE — L» bamba: de 2a a 8a. às 12h, 14h.18h. IBh. 20h. 22h. Sábado o domingo, a partirdas I4h. (14 anos)ORLY — S«xo om grupo: do 2a a 6" às lOh,uhSOmin, 13h. I4h30min, 18h, 17h30min.19h. 20h30mln. Sàb. o dom. a partir das14h30min. (18 anoe)REX — Nlnfotas ardontea 12h. 14h55min,17h50min. I9hl5min. (18 anoa).vrTÔRIA — Comando de ataque: 13h40mln.15h30min. 17h20min, 19hl0min. 21h. (14anos).

TLTUCAAMÉRICA — O» Intocáveis 14h30min.18h50min. 19hl0min, 21h30min. (14 anOB)ART TIJUCA — O limite da tralçáo: 15h. 17h,19h, 21h. (18 anoB).BRUNI TIJUCA — La bamba 15h. 17h. 19h.2lh. (14 anos).CARIOCA — Comando do ataque: 14hl0min.18h. 17h50min. 19h40min. 21h30min. (14anos).COPER TLTUCA — Diabo no oorpo 14h,18h20min, 18h40min. 21h. (18 anos).COMODORO — 9 1(2 semanas de amor: de 2a a8a. ás lOhSOmin, 18h40mln. 21h. Sábado edomingo, a partir das 14h. (16 anos).TIJUCA — Assassinato no» Estado» Unido»14h50min, 18h30min. lShlOmin, 19h50min,21h30min. (14 anoe).TIJUCA PALACE-1 — Rádio pirata de 2a asábado, às 15h30min, 17h. lBhSOmln. 20h,21h30min. Domingo, a partir das 17h. (14anos).TIJUCA PALACEr» — Hannah o sua» lrmá»;14h30min, íõhlDmin. I8h50min. 21h. (14anos).

MÉIERART-MÉIER — O pai» do» tenente» 14h20min,16h. 17h40min. 19h20min. 21h. (10 anos).BRUNI-MÉIER — Anjo» da noite: 15h. 17h.19h, 21h. (18 anos).PARATODOS — O Limite da traição 15h. 17h.19h, 21h. (18 anos).

RAMOS E OLARIARAMOS — A»»a»»lnato no» Estado» Unido»:14h20min, 18h. 17h40min. 19h20min, 21h.(14 anos),OLARIA — O» tntooávol»: 14h, 18h20min,18h40min, 21h. (14 anos).

MADUREIRA E JACAREPAGUÁART-MADUREIRA I — La bamba: 15h. 17h.19h, 21h. (14 anos)ART-MADUREIRA II — O limite da traição:15h, 17h, 19h. 21h. (18 anos).ASTOR — O delloloao sabor do sexo:I4h30min, 16h. 17h30min, 19h, 20h30min.(1B anos)BARONESA — 8oarfaoe: 15h. 18h. 21h. (18anos). QBRISTOL — La bamba: lSh. 17h. 19h. 2ih. (14anos).MADUREIRA 1 — Craok — Conexão da morte:15h. 17h. 19h. 21h. (14 anos).MADUREIRA 8 — Comando para matar:I4hi0min, 16h, I7h50min. I9h40min,21h30min. (14 anos).MADUREIRA 3 — Assassinato no» Estado»Unido»: 14h20mln, 16h. 17h40mln,19h20min, 2ih. (14 anos).

CJVMPO ORANDEPALÁCIO —Convite ao praaor 15h. 17h. 19h,21h. (18 anos).

NITERÓIARTE-UFF — Platoon 14h20min. 18h40mln.lOh. 21h20min. (18 anos).WINDSOR (717-8289) — O limite d» traição:15h, 17h. 19h. 21h. (18 anos).CENTER — (711-8900) O pai» do» tenente»:15h, 16h40min, 18h20min. 20h. 21h40min.(10 anos),CINEMA-1 — Greystone — A londa de Tarsan oRei das Selvas: 15h30min, 17h45min, 20h,22hl5min. (14 anos!NITERÓI (717-OOaa) — Aluga-se moça»;13h30mtn. 15h. 16h30min, IBh. lOhSOmin.21h. (18 anos)NITERÓI SHOPPINO 1 — Com licença, eu vou ãluta. I4h40min. I6h20min, 18h. 19h40min,21h20min. (14 anos).NITERÓI SHOPPINO 8 — La bamba: 15h. 17h.19h, 21h. (14 anos).ICARAl (717-0120) — Assassinato no» Eitado»Unidos: I4h50min, I8h30min, lBhlOmin.lOhSOmin, aihSOmln. (14 anos).CENTRAL (717-0367) — Comando do ataque:14hl0mln, 16h. 17h50mln. 10h4Omin,21h30mln, (14 anos).

'¦il BREVE, NOS CINEMAS

SONHO DE VALSA

JORNAL DO BRASIL

/\%r 4o FestRio

___Ü_isegunda-feira, 23/11/87 o CADERNO B o 5

Vídeo

Sala 1Competição OficialI I 151; EUA 1004.1000 O» nuoH da llberda-do — Só ri o rir» sois episódios retratando » lutapulos diroltoa civis nos Estados Unidos Onome original clu sórlo, Eives on tlio prize, i* omesmo do uma canção religiosa entoada naspasseatas, Hoje às ISh Bora exibido o opisódioAin't Hciinul of your jailfl i Nun tenho mudo dastiiiiiN prisões), produzido por Orlando IJ*»^weil, às BthlOmin, t> a vez do No easy walk(Difícil caminhada) de James A. Dovfnhoy eCarlie Crossloy (Vídoa Categoria Doou men-tario).

.LI lOh — Mudn In USA — Hassoiifun onNicarágua -- Programa da TV nioãragüensosobre o nffuir envolvondo Bugeno Hassonfua,mercenário proso quando (ovava armas paraoh contras. julgado, oondonado o extraditadopara os Estados Unidos (TV — Categoria Jur-nalismo)

Especial Musical'? 22IUO —Ltve oonoort 8tlng/Gll Evans —Oencontro do ostro pop inglês com o genialmaestro e arranjador quo esteve entro nós noultimo Proe Jazz. união imortalizada no últi-mo Lp tio atine. Nothlng liko tho nun. nuversão para Líttio wlng, de Jiml Hendrix. Oconcerto faz parto de unia serie produzidapela UAI. emissora italiana, exibindo showsrealizados em Roma,

Sala 2Panorama de Vídeo-Arte noMundoíohiomin — Image Vidoo Franoe — Prògrá-mas V o VI — Uma sôrlo mostrando produçõesde TV e da produtora PioNic TV, Destaquespara as vinhetas de Jim Tracking, exibidas no¦ Canal Plus francos; Tartos a Ia o remo, onde otempo levado por uma torta para atingir emcheio a cara das pessoas e rigorosamentecronometrado, adicionando tecnologia aopastelão, e Le roi du potrole, uma overdose docores u cafoniee. A curiosidade fica com Ou-fluirá, estrelado por Paulo Moura, mas quenao foge à visão três oxotique que os franco*sas tem do Brasil.

"' _H0Kl8ENCraH__HfflHHB^r^v3DflH/'r- -¦•¦,'(> __________________________» iW-HrnFlinnnTw _. w_______Lii_____i

•: V.¦'¦ „--;,';-';t H., , ^3f__H ¦¦'• • <4 ,. .»,¦;-> '*¦ *È** aa^^vSSÊ- '

A vida deuma dasmaioresdivas daópera,MariaCallas, émostradaem vídeo às22 hl Omitina Sala 3

Homenagem a RobertoSantos

] aOhlOmin — Antes do baile vorde —¦ Últi-mo trabalho feito pelo cineasta, para telovi-são, dramatizando o carnaval paulista.Panorama de Vídeo-Arte noMundo — Brasil

"2 !í lhOômin — Colaros, de Sérgio Bemardos,Multimídia e A dança do mármore (exibidotambém amanhã na Sala t) de RicardoNauemberg e Rcquiem, do Sérgio Melgaço eSandra Tavernari

Sala 3A TV que Você não Vê: aProdução Mundial Para Te-levisão

. lflhSOmin — Variedade lotai: geográfica eestética, de Cuba (Um dia en La Hahana, doFrank Vilíalonga) aos Státos CAretha Fran-klln: Ludy Soul). du Catho Neukun).

Moçambique: AtualidadeI8h — Programa IV — Série feita peloCanal Zero, emissora estatal do Moçambique

A TV que Você não Vê: aProdução Mundial Para Te-levisãoI—I mii — A mostra vai de Hong-Kong aosEstados Unidos, que fecham com a exibição deum concerto da cantora Stevle Nlcks (ex-Floetwood Máoj em Rod Kocks, Colorado, umpalco esculpido rio meio das rachas.

Vídeo Independente daAmérica Latina

I aahlOmln — Maria Callas — A sollduo deum mito — Produção brasileira, de TamaraLeftel, sobre a vida da mais polemica musa daopera no século XX

FILMES JOA TV

Sustose risadasna Casado Espanto

Paulo A. Fortes

A difícil o dolorida tarefa deexorcizar os fantasmasque a Guerra do Vietnã

deixou na alma americana, leva-da a cabo nos últimos anos pelocinema de lá, Unha que, alirumdia, encontrar uns malucos queresolvessem tomar a missão aopé da letra. Estes malucos surgi-ram em U)!)!): Sean Cunninghame Stove Miner, respectivamenteprodutor e diretor dos filmes dasórie Sexta-feira 13, e que literal-mente colocaram as lembrançasdo Vietnã no espaço a que elaspertenciam: a do cinema de ter-ror. Ou de terrir, como queremalguns apreciadores da voga daespantomania que vem assolan-do o cinerriààmerlcanò nos últi-mos anos.

Os fantasmas do Vietnã são ogrande pesadelo do pobre RogerCobb, escritor e veterano deguerra, que vai viver com o filhonuma enorme mansão vitoriana.Lá. ele passa a ser perseguidopelos seus mortos de guerra,principalmente Big Beri, seu ex-companheiro do front, agora umcadáver ambulante, já em esta-do de decomposição. Cobb des-cobre uma porta para os outrosmundos por detrás do espelhodo banheiro, c acaba tendo quese confrontar com um exércitode monstrinhos terríveis, lidera-dos por Big Ben, que raptaramseu filho.

Como se vê, aí tem materialpara muitos sustos, arrepios ealguns gritos de espanto. O elen-co do filme é composto por ato-res veteranos do cinema Tipo B,

H *-_ (f 1 <ftrahi<i^TJ____BI "wH_B_____^_^__Br1rpr i im *V Jí * T__H@_SNHfl6uShÍ^*

iffi-fÍlra-gf-Í JHL ^^^J* ^$*m**f3jÈ '';^I_m_w«^^__I_____________R9*3

A casa do espanto; o terror em ação, exorcizandofantasmas da guerra do Vietnammas as grandes estrelas, lógico,sáo os efeitos especiais é osmonstros repugnantes, criadospor James Cummings. Ele diri-giu uma equipe de dez artistasque, depois de quatro meses detrabalho intensivo, criaram setecriaturas simplesmente no-jentas.

A dupla Miner/Cunningham éespecialista em realizar filmesde baixíssimo orçamento, mascom enorme sucesso de bilhete-ria. Assim foi com Sexta-feira13, que custou 500 mil dólares erendeu 70 milhões. Eles são mes-

três em unir o terror ao humor.Como diz Miner, "fizemos umfilme que pudesse assustar e dl-vertir. Alguma coisa parecidacomo quando você e criança, es-tá andando de noite pela nia eaparece alguém de repente e fazbuuuu! Primeiro você fica commedo. Depois dá risada. Agora,se o cara além de fazer buuu! teder uma pancada na cabeça, acoisa fica colorida e sem graça."Esta a essência do terrir, umabrincadeira onde ate mesmo asterríveis lembranças do Vietnápodem ser exorcizadas de formadivertida.

A. PROGRAMAÇÃOA IIOI1A DE VIVEUTvülobo— 1-Ih20iiiín

IA time to livo) do Ulck Wallaco Com UzaMlnnolll. Joffrey DoMunn, EUA. 1885.

Dramalhao, Casal (Mlnnolll o Do-Muniu sofre para dar unia vida norma) aofilho de IO anos. que desde os 2 anos deidade sofro de distroíia muscular irrever-sívol, Cor (U&imn)

A CASA DO ESPANTOTv Globo —21 hsomin

(Houso) de Slove Miner. Cor William Katt.Goortro Wamlt. Rlohald Moll. Kay Lenz.MáryStavin EUA, 1086,

Terror. Jovem escritor (Kalt), em pro-cesso de separação da esposa, vai viver namansão que pertoncou a sua tia, que sosuicidou. Ele leva o filho e começa aescrever livro sobre suas experiências noVietnã. Aos poucos, começa a ter terríveis

visões, que o deixam em pânico Cor(DOrmn)Inédito na TV

NO DOMÍNIO da violênciaTv Corcovado — 21 haonlln „,.,.

(Rarapage of avlli de Ouido Màlatesto.Com Miuio Petri, José Jaspa. Itália.

WoBtòrh-spaghetti, Uandido (1'etrit as-saiu, enviado da Santa Sé e lho roubaulguns documentos, que o fazem se ,-ipos-sar do um tesouro do Vaticano Cor. "

A ARVORE DA VIDATv Globo — OhODrnln

(Ilaintroe country) de Edwani Dmytryk.Com Elizabeth Taylor. Montgomery ciiftEUA. 1057.

Dranin, Durante a Guerra Civil ameri-cana. jovem sulista (Taylor) so casa comprofessor (Clilt) ma-s mio se adapta à mo-no ton ia do cotidiano dele. e acha que anuificando louca. Cor (iti-l min) Lcnendado

HOJE NO RIOTEATROMAR ATONA TEATRAL — Apresentação de Erauma vez nos anos 50, texto de Domingos deOliveira. Direção de Otto Gripp. Com AdrianaSaliturno, Cláudio Bragança, Mario Roque, Ni-na Mendes. As 20h, na Escola do Toatro DircouMattos. Rua Barão de Petrópolis. 807 — RioComprido. Entrada franca.O ESCARPIN VERMELHO — Comédia musicalcom texto o direção de Vinícius Marques. ComOaspar Filho, Tereza Piffer. Eduardo Canutto eTorquato Ayzor. Teatro da Cidade. Av. EpitacioPessoa. 1164(247-3292). 2ao 3a, às 21h30min;6», as 17h o 0a o sáb . às 24h. Ingressos a CZS200.00 (2a e 3a). a CZS 300.00 (6a o Bab.) o o CZS250.00 (5B), Hoje, ontreato com Lorna Wa-shlngton.

UMA FORMA DE EMOÇÃO — Toxto baseado naobra de Chaplin. Diroçáode Claudia Valli. ComBeatriz Arruda. Cida do Carmo. Claudia Vidal.Eleonora Fabiõo. entre outros Teatro Benja-min Constam. Av. Paatour. 350. 2a o 3a, às 21 h.Ingressos a CZS 200.00 e a CZS 150,00. classoteatral. Duração: lhSOmin. Ató dia lc de do-zerabro.

A NONNA — Texto de Roberto Cossa. Traduçãodo Glauco Laurolli. Direção do Guilherme Cor-roa. Com Wanda Kosmo. Breno Bonin. AnaRosa, Jorge Ramos o outros Teatro Vanuoci.Rua Marquês do S. Vicente, 52<'3° (274-724 0) 2Me 3a, às 21h30min ede4"a6". aB 17h Ingressosa CZS 300.00. Duração: lh30min. (16 anoB).

WOYZECK — Texto de Georg Buchnor. Encena-ção de MoacyrGoes. Dramaturgia de Beti Rabe-ti. Com Enrique Diaz, Leon Góes. FlorianoPeixoto o outros. 2a e 3a. as 21h30mln, noEBpaço Cultural Sérgio Porto, Fiua Humaitã,163. Ingressos a CZS 200.00.

ARTAUD — Coletânea de textos feita por IvanAlbuquorquo. Com Rubens Corroa. Traduçãode Leyla Ribeiro. Toatro Ipanema. Rua Pruden-te de Moraes. 824 (247-0704). 2a ,àa21h30min.Ingressos a CZS 250.00 Duração; lhOSmin (14anos).

SHOW

RADIOJORNAL DO BRASIL

AM 940KHz ESTÉREO

JBI — Jornal do Brasil Informa — do 2a a sab ,às7h30mln. 12h30min. I8h30min e 0h30rnin.Roportor JB — do 2a a dom. Informativo àshoras certas.JB Notícias — De 2" a 6a Informativo às meiashoras,Além da Noticia — Com Villas-Bóas Corrêa, às7h55min. de 2a a 6a.Momento Eoonòmioo — Com Arnaldo CésarRicci. às BhlOmlri, do 2a a 6a.No Mundo —Com William Woack, de 2a a 6a, às8h25min.Nos Entrelinhas — Com João Máximo, do 2a a6a, às 8h36min,Panorama Eoonòmioo — Informativo oconómi-co, do 2a a 8a. Os 8h45miu.Via Proforonolal — Com Colso Franco, àaOhlOmin, do 2a a 6a.Os Rumos da Polítloa — Com Rogério CoelhoNeto. de 2a a 6a. às 0h40min.Encontro oom a Imprensa — de 2ft a 0a às 13h.Arte-Flnal - VarlodadoB — Com Luiz CarlosSaroldi, de 2a a 6a, àa 22h.MUsloa da Nova Era — Criação o apresentação

, .de Mirna Grzich, dom, às 21h.Arte-Flnol Jazz — Com Maurício Figueiredo.Dom., ès 22h.

FM ESTÉREO 99,7MHz

HOJE20h — CDs u ralo laser. Concorlo em Ml bomol,para trompote o orquestra, de Haydn (Maraalis- 13:57); Prelúdios e Fugas nus 13 a 15 doprimeiro volume para o Cravo bom temperado,''doBachíGulda— 13:01); Lo tombeau do Coupo-'riu, de Ravel (OS Chicago, Solti — 15 37);Quatro bullotti u cinco vossos, para cantar,dançar o tooar: II premlato. La sirena, Ia balloz-za oCttccIad'amoro, doQastOldi (NiederaltaichScholar. Ruhland — 0.37); Matlnoos músloales,de Rossini-Briiten (Nat. Phil., Bonynge —13 01); Variações sobro um tema do Mozart, op.D do Fernando Sor (Bream — 8:4U); Concortinoem Mi bomol maior, para clarinete o orquestra,-op. 26 de Weber (Sablns Muyor, OC Dresdo,Blomstedt — 0:08); Sinfonia n° 4. de Oustav' Mahler (Kanawa. Os Chicago, Georg Solti54.33)."LPs. Sonata para violino o plano, de Dubussy' (Silverstuin. Tllsoh Thomas -- 12:45); Amozo-nas, de Villa-Lobos (OH Franco, Leoonte -' 11:25).

A CONFERIR (*)PROJETO SEIS E MEIA — AprüBontação docantor Bezerra da Silvu e a Equipo do Bambas.Toatro João Caetano. Pça Tiradentos, s'n° (221 -0305) De 2a a 6a. às 18h30min. Ingressos aCZ$ 100.00. Até dia 27.RESISTÊNCIA — Apresentação da cantora Al-cione e banda. Toatro Carlos Oom». Pça Tira-dontes(222-7581). De2»B8a,às 18h. Ingressosa CZS 200,00.THE SUPREMES — Show do grupo vocal Tor-modo por Mary Wilson, Silva Cox e KarenJookson Às 2lh30mm, no Canocão, Av. Ven-ceslau Braz. 215 (205-3044). Ingressos a CZS

1 2O0.00. mesa central por pessoa, a CZS1 000.00. mesa lateral por pessoa, e a CZS800.00, arquibancada.

BARESJAZZMAN1A SINOS THE BLUES — Apresenta-ção da banda Nidnight Blues Band, formadapor Roberto Frejat (vocal e guitarra). Z6 daGaita (vocal e gaita). Maurício Barros (vocaL oteclados). De (baixo) e Outo Ooffi (bateria). Hojeo amanhã, no Jazzmanla, Rainha Elizabeth.780 (287-0085) Couvort a CZS 250,00 e consu-inação a CZ$ 200,00.

MARCOS SZPILMAN E A RIO JAZZ ORCHES-TRA — Show do saxofonista e da orquestra comparticipação de Cesarina Riso. Às 22h30min,no Pooplo, Av Bartoloméu Mitre. 370 (204-0547). Couvort a CZS 300.00.

O VIRO DA IPIRANGA — Chorinhocom DirceuLeite e o conjunto Regional Choro só. Participa-ção de Raul de Barros. Às 22h30min, à RuaIpiranga, 54 (225-4782). Couvort a CzS 130,00SHAUANA — Show de jazz com Maurício (bale-ria). Augusto Mattoso (baixo). Luffi (guitarra).Afonso Cláudio (sax e flauta). Às22h30min. noDoublo Doso. Hua Puul Hedforn, 44 (204-07B1).Couvort a 150,00.

BEATLES E COUNTRY _ Show de RicardoMoretti (vocal) e Wayne Moreira (teclados). Às22h, no Club 1, Rua Paul Redfern. 40 (250-3148). Couvort a CZS 200,00 e consumação aCZS 250,00

SERESTA — Apresentação do Epamínondasacompanhado de Homero Ferreira (violão). Às18h. no Chopplãndla. rua Mayrink Veiga, 31(233-9378). Couvort a CZS 80,00.

SHOW NO MANGA — Apresentação de JayroAguiar e Ivone Tones acompanhados do .foãoda Paz (violão). As 2 th, no Manga Rosa. Ruu 10de Fevereiro. 04 (20U-4Ü08) Couvort a CZS80.00.CATARINA DE JOÃO — Show-porformático-teatral com os atores Catarina Abdalla o JoàoBrandão. Direção do José Lavigno. 2ft e 3a, às*22h. no Botanlc. Rua Pacheco Loào. 70 Couvorta CZS 120.00. Até dia Io de dezembro.

A TRILHA — Apresentação do grupo de rock.ReportOrio dos BoatleB. De dom a 3a. às 23h.Alô Aló. Hua Barão da Torre. 368 (521-1460).Couvort a CZS 260.00.

THE CATTLEMAN — Happy-hour às 17h. Às20h. a cantora o pianista Ligya Campos. Às22h, Erasmo (piano) o conjunto. Sem oouvert.Som consumação. Av. Epitacio Pessoa, 864(250-1041).

A DESGARRADA — Apresentação dos cantoresMaria Alcina, Ester do Abreu o Antomio Cam-pos. De 2a a sab., às 22h30min Couvort a CZS300,00. Rua Barão da Torre, 867 (230-5748).

AÉCIO FLÀVIO — Show do pianista o composi-toro conjunto. Às 22h. Ragtime. Av. Sernambo-tiba, 600. Couvort a CZS 250,00.CHIKO'S BAR — Piano-bar a partir das 21 hcom o conjunto do Eli Arcoverdo o as cantorasCeleste e Rita. Música de fita a partir das 18h.Som couvort o som consumação. Av. EpitacioPossoa, 1560 (287-0113 o 287-3614).

_ -- -¦""'-.. -. ¦ . '"•"•"•, Arquivo TELEVISÃOCANAL 2

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Aula do língua

O grupo The Supremes, formado por Mary Wilson(foto), Silva Cox e Karen Jackson, faz hoje umaúnica apresentação no Canecão. Será mais um

aceno à nostalgia

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Telecurso Io GrauportuguesaTeleourso 2o Grau — Aula do línguaportuguesaQualificação Profissional — IntegraçãosocialSitio do Pica-Pau-Amarelo — Seriado in-fantil Episódio: Os piratas do CapitãoOunchor.mtjt Conto — Jogos sonoros corn ahistoria O touro Kerdinando. de MunroLeas, Participação de Dona Ivone Lara.Apresentação de Ria BedranSupertoUnha — Desenhos animados efilmes com bonecos. Apresentado por Li-sandra CamposReino Selvagem—Documentário. Tema;Selva vivaO pequeno Lordo — seriadoSessão Documentário — Tema. First ofllll WitterTolecurso Io GrauTelecurso 2o OrauDiário da Constituinte — Noticiário pro-duzido pelo CongressoQualificação ProfissionalSitio do Pica-Pau-AmareloCanta ContoSupertelinhaReino SelvagemO pequeno lordeDocumentário EspecialVivor — Medicina è saúde da família emdebate. Apresentação de Jalusa Uar-cellosSem Censura — DebateUNDES — 35 Anos de Desafio — Do-oumentãrioDiário da Constituinte — Noticiário pro-dussido pelo CongressoTempo de Esporte — NoticiárioAdvogado do Diabo — Entrevista Nesteprograma; Dona Nauma da Manguoírafala do carnaval, dosmistifica a violênciados morros e aponta a Mangueira comomodelo comunitárioBrasil Noticias — Noticiário nacionalcom analises e comentários1987 —Jornalístico. Tema: Os artiBtaa.Apresentação do Haroldo Costa

0:20 Manchete Esportiva i 2" tempo)— Noti-ciano

0:35 Momento Econômico — Comentários doMarco Antônio Rocha

0040 Jornal da Manchete — 2" Edição -Noticiário nacional e internacional

CANAL 76:156:43

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HOTÉISCARIOCA — Aborta diariamente, a partir dasGh da manhã com café da manhã (Cristina —harpa — e Andersen — flauta); almoço (grupoAUilaia) e jantar (Nilda Aparecida — órgão).Hotel Nacional. Av. Niomeyor, 700 (322-1000).Café u CZS 250.00 o refeição a CZS 450,00.

VELMA RICHTER — Apresentação da pianista.Repertório clássico e popular. De 2a a sáb, às80h, no Le Salnt Honoro, Hotel Meridien, Av.Atlântica, 1020 (275-1122). Som oouvort.

SIDNEY MARZULLO — Diariamente, apreson-taçào do pianista, a partirdas lOh, Valentino's.Hotel Sheraton, Av. Niomoyer. 121 (274-1122).Som oouvort.

PARA DANÇARHELP — 3om com dois discotecários: Carioca eCompostela. Ingrossos a CZS 300,00 e mutinóde dom aCZS 100,00. Av. Atlântica. 3432(5211206).

SOBRE AS ONDAS — Do dom. a 5a. música aovivo para dançar, a partir das 21h, com omaeBtro Miguel Nobre o banda, a cantora Con-suelo e o Quarteto do Joaozinho. Couvort do 5*a CZS 150,00 o 6a o sãb a CZS 200,00. AvAtlântica, 3432 (521-1298).CARINHOSO — Diariamente música ao vivopara dançar com as bandus da cantora Dora eos cantores Fernando e Jorge Ney. Rua Viscon-de de Pirajã. 22 (287-0302). Couvort a CZS200.00 e a CZS 300,00 (6a e sab).

GAFIEIRAS E PAGODESPAGODE DO RODA - Apresentação do conjun-to Samba Tropical o seus convidados. Todas assegundas, as 20h00nnn. na Churrascaria Ro-da Viva, Av. Pasteur, 520. Couvort a CzS200.00.

TURÍSTICOBRASIL DE TODOS OS TEMPOS — Espelàculocontando a história de todas as épocas doBrasil, desde o seu descobrimento. Direção deJ. Martins. Plataforma. Rua Adalberto Forrei-ra, 32 (274-4022). Diariamente àa 22h e 24h.Ingressos a CZS 800.00, com direito a drlnksnacionais.GOLDEN RIO — Show musical com u cantoraWatusi. oatorOnmdoOtolooOazolinoà frentede um elenco do bailarinos. Direção de Maurl-cio Shorman, Soala-Rlo, Av. Afránio de MeloFranco. 208 (230-4448). Diariamente, àa2ih30min. Couvort a CZS 700,00.OBA OBA BRASIL TROPICAL — Show apro-sentado por Luiz César. Com Vera Bonóvolo,Laerte Rafael, Wilza Carla. As Mulatas Quo NâoEstão no Mapa o a orquestra do maestro Fraga.Rua Humaita. 110 (286-9848). Diariamentejantar dançante às 20h30min e show às 23h.Couvort a CzS 700.00.BEIJA-FLOR NO MORRO DA URCA - Showoom mulatas, fantasias e a bateria da Esoola deSamba, Todas as segundas às 22h no Morro daUroa. Av. pasteur, 520. Ingressos a CZ$650,00, com direito a um drink.

¦ Educ

EXPOSIÇÕESRECOMENDAÇÃO

SÉROIO CAMAROO — Esculturas. Torrelrodo Paço Imperial. Praça XV, 48. Do 3tt adomingo, das llhãs 18h30min. Ató dia 27de dezembro.

Cerca do 30 esculturas em mármore eom nogro do Bôlgica que o artista realizounos últimos anos, ainda não mostradas noRio de Janeiro. Obedecendo ao mesmo prin-cípio adotado por Sórgio. o do reorganizarsálídos geométricos a partir do seus frag-mentos. a mostra no Paço ó uma das poucasinstâncias em que fica patente u vitalidadeda escultura brasileira,

VÍDEOS

MUSICAr-FESTIVAL VILLA-LOBOS — Concerto da Or-''-.queslra Sinfônica Jovem do Hio de Janeiro sobf-a regência do Maestro Chiyuki Murakata Par-S-MnipaQao dos músicos Yuko Miyozuki, Masaio^Kumoi e Kazühiko Ogawa, No programa, pe-_.Çoà para piano, violão e saxofone. As 21h. no~.Toatro Municipal. Praça Floriano. a/n°

4-CONCERTO LÍRICO - Apresentação de ConVcmçao Gonçalves, Tina Manola. Bruno Monti,TTNOy Ayalln o o Coral da Fundação oswakio---Cruz. Participação de Maria Larry Founlnln. (piano). As 20h30min, no Automovol Clube doBrasil, Rua do Passeio. 90 Rritráda franca.

INVENTANDO CORPOS — FolografiaB de Hu-go Denizart. Centro Cultural Cândido Mondes,Rua Joana Angélica. 63 De 2» a 8". das 1 5h às21h. Sábado, das íuh as 22h. Ultimo dia.

TÉCNICAS DE ORAVURA — I MADEIRA -Trabalhos de Lazar Segall, Ooeldl, Fayga Os-trower, Manoel Mosslas. Roberto Magalhães,Rubem Grilo, o outros. Espaço Cultural SérgioPorto. Rua Humaita. 163. Do 2" a sábado, daslOh às 22h. Ultimo dia.

ANDHÉ VALHAS — Sorigrafias que compõemdez poemas visuais. Galeria Maounaima, RuaMéxico, s.n" Do 2» a B", das lOh às lBh. Atoamanhã.

MARIA HELENA REIS — Esculturus. MatiaaMaroler, Estrada da Oavea. 800 — loja 203. Do2" a sábado, das lOh tts 22h. Até amanhã.KUMBUKA — Óleos, acrílicas e tintas automo-tivas. 8oonarlo Objotos do Arto. Rua Viscondedo Pirajà, 207 — torroo. De 2a a 6", das 1 lh àslOh. Sábados, das 9h àa 13h. Até quarta.VILLA-LOBOS — Fotografias de época o ostudoiconográfico da célula de quinhentos cruzados.Banco Contrai do Brasil. Av. Rio Branco. 30. Do2" a 8a. das lOh às 16h30min. Até soxta.DEN1ZE ANGELA E MALU FATORELL1 - De-sonhos e gravuras. Galoria Contemporânea.Rua General Urquizu, 67-loja 5. De 2" a 6". dasOh as lBh. Sábado, das oh às 13h. Ate sexta.MARIA CLAUDIA — Tapetes artosanais. Galo-ria MCA, Av. Atlântica. 4240— loja 21B. Do 2tta sábado, das lOh às 18h. Até sexta.ANTÔNIO HENRIQUE AMARAL — Pinturas.Montesantl Galoria. Estrada da Gávea, 80B —loja 212/B. Do 2" a sábado, das lOh as 22h. Atésãbado.EZEQUIAS — Pinturas Oalorla de Arto Joan-Jacques, Kua Ramon Franco, 40 Do 3tt a sabá-do. dàB 11b àa 20h Ato sábado.OENY MARCONDES — Pinturas Cinoira Ar.U>s, Rua Paul Hedforn, 32. Do 2" a 6". das I3h às21h. Sábados das 13h às I8h. Ate sãbado.LUIS WELSS — Pinturas. Oalorla Paulo Kla.bin, Rua Marquês do São Vicente. 52* 204. De2" a 6a, daa 15h às 21h. Sàbudus, dàB lOh àa14h. A'4 s*V'«»do

VIDEO-TURISMO — Uma viagem turística egastronômica rela Áustria. De 2a a sábado,das 16h àa 20h, no St. MoritzBar. RuaCàndi-do Mendes, 157, Ate dia a.LE CORBUSIER — Vídeo de Jacques Barsac.Diariamente, junto com a exposição, ãs 20h,no Auditório do Centro Empresarial Rio,Praia do Botafogo, 228. Entrada franca. Atédia Io.PEDAL POWER — CONTRA A DEMÊNCIA UR.PANA — Exibição do vídeo que mostra visãoecológica do trânsito e deflagrou o movimentoreivindlcativo de ciolovlas pura o Rio. Produ-çao ria Rede Ecológica e promoção da Associa-ção rio Moradores o Amigos rio Bairro Peixoto.As 20h30min. à Kua Decio Vilares. 38. Entradafranca,V1DEO-DEBATE — Exibição de Styltlferu na-vis. de Clodoaldo Lino e Eduardo Medrado,sobre a colônia psiquiátrica Juhuno Moreira.Após o video haverá debate com o filósofoCarlos Henrique Escobar e os psicanalistasChalm Katz e Hugo. Denizart. As 20h30inln,no Fórum do Ciência e Cultura da UKRJ, Av.Pasteur, 250. Entrada franca.O PEQUENO PRÍNCIPE — Exibição do vídeobaseado no livro de Antoine de Saint-Exüpóry,de Stanley Donen. Às lüll. na Cultura Inglesado Copacabana. Hua Raul Pompéla, 23-10° an-dar. Entrada franca.THE POL1CE — Exibição de vídeo do grupo. Do2" a domingo, às 14h, i6h, 18I1, 20h e 22h. 6"osab. também às 24h. 8ala do Vtdeo CândidoMendos, Rua Joana Angélica, 03.

Ü;30 Tolecurso 2o Grau — Fase Um -tivo

ü:45 Tolecurso ü° Grau — Educativo7:00 Uom-Dia. Brasil ¦ —Comentários políticos7:30 Bom-Dla. Brasil — Reprise8:O0 Xou da Xuxa — infantil com desenhos,

brincadeiras e musicais. Apresentaçãode Xuxa

12:20 Diário da Constituinte— Noticiário pro-duzuto pelo Congresso

12:25 RJ TV — Noticiário local12:40 Globo Esporte — Noticiário esportivo13:00 Hoje — Noticiário, agenda cultural e

entrevistas13:25 Vale a Pena Vor do Novo — Reprise da

novela Amor com amor se paga14:20 Sessão da Tardo — Filme. A hora de

viver16:20 Sossão Aventura — Seriados; Thundor-

cats e Ho-Man17:20 Sessão Comedia — Senado: Supergatas.

Episódio: Rose. a puritana17:55 Bumbolè — Novela de Daniel Mas. Com

Cláudio Marzo, Myriarh Rios, Thais deCampos t.» Joana Fomm

18:50 Sassarloando — Novela de Silvio Abreu,Com Torilã Carrerõ, Eva Wilma. IreneRavache e Marcos Frota

19:40 Diário da Constituinte — Noticiário pro-düzido pelo Congresso

19:45 RJ TV — Noticiário local20:00 Jornal Nacional — Noticiário nacional e

Internacional20:30 Mandala — Novela de Dias Gomes. Com

Vera Fisoher, Oiuliã Ciam. TaumaturgoForreira e Perry Sales

21:30 Cinema Especial. Filme: A casa do os-panto

23:20 Jornal da ti lobo — Noticiário. Comenta-rios de Paulo Henrique Amorim

23:50 Globo Economia — Comentários do Li-Han Wite Fibo

23:55 RJ TV — Noticiário local0:05 Cinoclubo — Filme: A arvoro da vida

(Legendado)

Jimmy Swaggart — Religioso pretos-tanteBom-Dia, Vidal — ReligiosoBrasil Hoje — Com Tamara LeftelFlash — RepriseEla — Programa feminino. Com EdnaSavaget e Angela GorandoDia a DiaBoa Vontade — Programa da Legião daRoa Vontade. Com José de Paiva NettoJornal da Constituinte — Noticiário pro-duzido pelo CongressoEsporte Total — Noticiário esportivoTonis — Copa Sul-America Open — Es*porteTV Fofiio — Infantil (continuação) 'Zyb Dom — InfantilTopo Gigio — Infantil apresentado porRicardo PetragliaJeannle o um penio — SeriadoDiário da Constituinte — Noticiário doCongressoJornal do Rio — Noticiário localJornal Bandeirantes — Edição nacionalDinheiro—Comentários oom Rafael Mo-runoA Feiticeira — Seriado — Episódio. Bobóem duplicataTudo om Família — Seriado — Episódio:Um longo curto-circuitoAgudo no Pais das Maravilhas —Humo-ris tico com Agildo RibeiroCanal Livre — DebatesJornal da Noite — NoticiárioFlash — Entrevistas com Amaury Jr.,Caçuliitha Entre Amidos — MusicalBom-Dia. Vida — ReligiosoO Gordo o o Magro — Seriado — Episó-dio: Uma luta sem igual

CANAL 9

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Programação EducativaRepórter MancheteBoletim da Constituinte — Noticiárioproduzido pelo CongressoManchete Esportiva — 1" Tempo — Noti-ciano apresentado por Márcio GuedesJornal da Manchete — Edição da Tarde-- Noticiário nacional e internacionalCIO para os íntimos — Programa devariedades apresentado por ClodovilMulher 87 Temas de interesso damulherClube da Criança — Infantil apresentadopor AngélicaDiário da Constituinte — noticiárioRomance da Tardo — Reprise da novelaTudo ou NadaA Ilha da Fantasia — SeriadoJornal Local — NoticiárioJornal da Manchete — 1* Edição — Noti-ciario nacional e internacional Comen-tartos de Villas-Bóas Corrêa e MarcoAntônio RochaCarmera — Novela de Glória Perez, ComLucèlia Santos, Beatria Segall e PauloUettiRainha da Vida — Minis-sorieJogo MorUil . Senado, Episódio: Opardal

9:00 Qualificação Profissional — Educativo9:15 Encontro com a Vida — Religioso cora

pastores protestantes9:20 A Hora da Eucaristia — Religioso com o

padre Juir Rodrigues9:35 Igreja da Graça—Religioso com o pastor

R. R, Soares10;00 Posso Crur no Amanha — Religioso10:20 Um Momento com Deus — Religioso10:35 Assim E a Vida — Senado11:10 Viva com Saudo11:20 Em Tempo — Comentários sobre moda,

agenda cultural, entrevistas e informa-çao, Com Roberto Milost

12:00 Jornal— Noticiário13:00 A Moda da Casa — Culinária com'Etty

Frazer13:15 Comer Bem — Culinária com Silvio Lan-

collotti13:30 Som na Caixa — Musical com Eioy De*

cario e Cidmho Cambalhota14:30 O Gênio Maluco — Desenho15:00 Ferias no Acampamento — Documenta-

rio15:30 Rio Turismo — Programa de turismo18:30 Vibração— Programa jovem com musi*

ca, esportes e lançamentos Apresenta..çáo de Casinha Chaves eLorena Calábria

19:00 Jornal — Noticiário19:45 Os Garotlnhos — Seriado20:15 Informo Econômico — Mercado financei-

ix) com Nelson Priori20:30 Pontos do Rio — Entrevistas com Siduey

Domtngues.2 1:30 Sessão Vista Chiuosa — Filme: No domí«

nio du violência£3:30 Encontro Marcado — Entrevistas apro*

sentadas por Scarlett Moun0:00 Ultima Palavra— Religiosocom opastor

Miguel Ângelo0:05 Rio Turismo — Programa de turismo

CANAL 117:00 Telecurso — Educativo7:15 Patati. Patata — Educativo7:30 Gato Follx — Desenho8:00 Oradukapeta — Desenho

10:30 Bozo — Desenho14:30 Uma Esperança no Ar — Novela15:30 Estranho Poder — Novela16:30 Show Maravilha — Desenho18:15 Carroasol — Desenhos18:45 Jornal Local — Noticiário19:15 Jornal Noticentro — Noticiário19:45 Show da Lucy — Soriado20.15 Taraan — Seriado81:15 A Pantera Cor-do-Rosa£1:30 Podaçon do Vidas — Seriado23:30 Cidadã Infernal

0:30 Idéia Nova — Jornalístico (reprise.l;30 Jornal 84 Horas — Noticiário

' _T* !__.__!__ ___ _._,___. „__._£? T*V^Í5Ce7.a de O bobo, o _/__//-(_ premiado de José Álvaro Morais"O Bobo Jogode espelho

oD Vencedor do Leopardo de Ouro,principal prêmio do Festival deCinema de Locarno, o primeiroloriga-metragem de José Álvaro Moraisserá exibido no FestRio e mostra umPortugal dividido entre o passado e osproblemas do presente

/%r 4o FestRio

i^^^__^__^E9Wilson Coutinho

cinema português é totalmentedesconhecido no Brasil, apesarde Portugal andar ultimamenteem alto astral. Em agosto, o filme

O bobo, de José Álvaro Morais, arrebatoua estatueta de bronze polido do 40° Festi-vai de Locarno, levando o primeiro pré-mio, o Leopardo de Ouro. Hoje, no ArtCopacabana, às 14h30min, esse filme seráapresentado na mostra Os Melhores doMundo, do FestRio.

O bobo baseia-se no romance homóni-mo de Alxandre Herculano (1810-1877),mas não é uma adaptação do livro, publi-cado em 1878. É um filme dentro de umfilme — ou, melhor, é um filme dentro deuma peça de teatro. Ao mesmo tempo queatualizam em cena o texto de Herculano,os atores vivem os problemas de Portugalpós-Revolução dos Cravos. Um dos perso-nagens, por exemplo, militou num partidode extrema esquerda e agora vende armasà direita. Seu sonho — como a de inúmerosbrasileiros — é cair fora do país. Sua meta:a pouco provençal Nova Iorque. Paraquem acha que Portugal é a última utopiageográfica, o filme é uma ducha fria.

Não sabia que os brasileiros queremvir para cá. A vida em Portugal é muitodura — espanta-se p cineasta.

O próprio José Álvaro de Morais sentiuna pele essa dureza. Seu filme levou seteanos para ser concluído, e só foi finalizadocom a interferência do diretor do Festivalde Locarno, David Streiff, que não supor-tava mais a película ficar rolando na mo-viola, sem verbas para ser concluído.

Eu não conseguia dinheiro para amixagem. Streiff então ligou inscrevendoo filme no Festival, já com o estúdio mar-cado para Berna, e, no outro dia, chegouuma passagem de avião. Ele apostou mui-to no filme — diz José Álvaro.

Nestes sete anos aconteceu de tudo.Um dos atores mais importantes de Portu-gal, João Guedes, morreu, mas o cineastaconservou a relíquia de sua voz, emboratenha alterado toda a parte sonora dofilme. Autor de um documentário, Ma fem-me chamada bicho, sobre os artistas piás-ticos Maria Helena Vieira da Silva e seumarido Arpad Szenes, o cineasta teve delutar bravamente para terminar seu pri-meiro longa-metragem.

Começamos a filmar em 1979, noestúdio quando era possível, ou então nosótão do estúdio quando havia outras pro-duções — ele explica.

Com o temor de que seus atores enve-

lhecessem durante o longo tempo parafinalizar o filme, José Álvaro rodou primei-ro todas as imagens, lutando contra aspoucas verbas oferecidas pelo InstitutoPortuguês de Cinema — a Embrafilme delá. Todo esse tempo valeu a pena."O filme é um sábio jogo de espelhos, dedesdobramentos, de contrapontos, que seorganiza entre o passado e o presente, aficção de uma peça de teatro e a críticapolítica de hoje. Pode ser até um poucoconfuso, mas há um inegável sentido dacâmera", disse um entusiasmado críticosuíço. "O bobo mereceu seu prêmio. É umfilme de rara beleza devido ao seu décor ea uma encenação extremamente elabora-da", fez coro Yvan Stern, do diário LaLiberte.

Um dos problemas é se a película seráinteligível para a platéia brasileira. Aindanão exibido comercialmente cm Portugal— apenas passou para uma platéia decinéfilos em Lisboa —, o jornal portuguêsDiário de Notícias anotou um comentáriodo crítico inglês Tony Rayns, segundo oqual "os espectadores não portuguesespoderão ter uma grande necessidade denotas suplementares que expliquem asreferências históricas e culturais". JoséÁlvaro acha, também, que o público por-tuguês não gosta de determinados filmesfeitos pelos cineastas do seu país.

O cinema português é mais prezadono exterior do que em Portugal. Há algunsfilmes, como O lugar do morto, de AntônioPedro Vasconcelos (exibido na televisãobrasileira), que conseguem superar isto.Mas ser sucesso em Portugual ainda é umfenômeno.

A avaliação de José Álvaro tem umponto de contato com inúmeros filmesbrasileiros, que tinham de ser celebradosem Paris para retornar com a aura de bonsfilmes.

Quanto à preocupação de o seu filmeser compreendido pelos brasileiros, o ci-neasta parece tranqüilo.

Acho que os brasileiros devem seinteressar, porque o filme fala da históriada fundação de Portugal e da criação deuma língua que é comum aos dois países,embora seja uma película inteiramenteportuguesa — diz José Álvaro. O trunfo docineasta é, porém, as imagens.

Acho que é um filme muito inventi-vo, principalmente a sua cenografia. Opróprio estúdio foi usado como décor eobtivemos um bom resultado estético, uti-lizando poucos meios.

Para quem sonha em morar em Portu-gal, O Bobo pode ser um bom teste.

/0-//À, <r\.ÍJUJL MiMÊm/m?

a Jenniffer Beals pensa emfazer seu próximo filme noBrasil com direção do marido,Alèxandér Rockwell. Ementrevista coletiva concedidaontem, a atriz disse que nãoquis embarcar no sucesso deFlashdance, Preferiu cursaruma faculdade e se sentirmais segura. Martin Scorceseé seu diretor preferido. Eentre ás atrizes, destacou AnaMagnani è Meryl Streep.

A exibição de Sonho cievalsa, sábado à noite, foi oprimeiro sucesso do FestRio eindicou a primeira favorita aoprêmio de melhor atriz: XuxaLopes.

A platéia que suportouassistir a Matar saudades, orepresentante de Portugal,adorou as legendas em inglês.

Steps, a maior expectativada mostra de vídeo desábado, decepcionou. Não hánada na atração que aabertura de Viva o gordo jánão tenha feito.

Um espectadormal-humorado na saida dasessão de A últimaimperatriz, representantechinês no festival: "Deve tersido feito na Chinaimpopular".

Uma dose de uísquenacional, sem choro, custa nobar Tropical CZ$ 220. Umalata de cerveja quente sai porCZ$ 80.

Norma Bengell recebeamanha a primeira cópia deseu filme Pagu. Ele seráexibido, quinta-feira, nomercado de filmes

Citando um plano de filmede Orson Welles querevolucionou a linguagemcinematográfica, ArnaldoJabor lançou nova frase:"Linguagem é verba".

Jabor já tem pronto oroteiro de seu próximo filme.Será uma refilmagem, comomusical, de uma comédiadirigida por FernandoCampos, Ladrões de cinema.

Fabiano Canosa, o homemque inventou a mostraMidnight movies, justificandopor que Atração fatal éimperdível: "Nos últimos doismeses, foram lançados 82filmes nos Estados Unidos.Destes, 67 eramnorte-americanos. Se umconsegue render 100 milhõesde dólares, tem que servisto."

O produtor OswaldoMassaini Jr anuncia queWalter Hugo Khoury terá seupróximo filme co-produzidopela Itália. O protagonista

JÚRI

ainda é o "Marcelo" de Euque continuará sendoInterpretado por TarcísioMeira. Filtre as muitasmulheres que continuarãopassando pela vida do galã,já está acertada aparticipação da italianaGiulia Boschi.» Depois da última sessão decinema na Sala GlauberRocha, lá pela uma damadrugada, o festival setransfere para a churrascariado Hotel Nacional, onde ojazz do cubano ArturoSandoval faz a festa. Degraça.

Até agora, o maior sucessonas mostras paralelas doFestRio foi a exibição de Aurevoir les enfants, no ArtCopacabana.

Náo será surpresa para estebar se, no ano que vem,voltar ao cartaz a mostraMidnight movies.

Confirmaram ontem suachegada, antes do fim dofestival, os atores JackPalance e Jack Nicholson. Oprimeiro vem comorepresentante do filmealemão; o segundo, paraparticipar do seminário sobredrogas e cinema.

Chíquito Chaves-_!w_Kt*KH''-,' ''.¦¦_ '''m'-r''i'_____w__w_____________'___7K__^_i''r^TM_—:- iT_____W__________Wm_____WM___>V_i_wzM__W__^^. ii ' tr.__T_^"____t ___"_____¥___!______ _____ _______t__Wí'i .r '

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Jenniffer Beals preparando-se para entrar no Bar Tropical

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Au revoir les enfants ^^ +++ ++++ ++++ +++ ++* +++Louis Malle (França) - hors-concoursPaisagem com mobília , . , •_-•_¦ •_¦ -*•-*• •_.¦_.Karel Snyczek tTchecosIováquia) **"* *** 2.Maeu, Ia mujer dei policia , , , -i- -_. -*--*• _¦_¦ ¦*--*-¦Solveig Hoogestetjn iVenezuela) _*_ **** y r_ * * " ™*Sonho de Valsa . . . *-*-¦*¦ -k.-A-_r -k +•_-+ •_.-*-•*- •-__Ana Carolina (Brasil) ** ** yTry *yy * *** *** **A última imperatriz da China ,, , . +.+ +.± -t-t-k- -v--_- -*•-__Chen Sialin e Sun Quinguo (China) y* * ^ ^^ ^^ ™wlfMatar saudades a -_r • • • -4-Fernando Lopes (Portugal)Hope and glory ÍV-_r ¦_.-_. ••• **-John Boorman (Inglaterra) - hors-concours ** **Fatal Attraction -_--_. -_-•_¦ • •-Adryan Lyne (E.U.A.)Warm nights on a slow moving trairts , , . . -i.-t-_- -4- -_--_- _r_rBob Ellis (Austrália)

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Cotações: -*•*•• Excepcional ••• Ótimo •• Bom • Razoável • Ruim

_7__r;______t__".

A mesa como convém

Na beira do caisApicius

NEM

sempre é fácil, aqui, ser pon-tual. Pontual? Que digo? Sequerpouco atrasado. Que contra as

horas certas - ou até aproximadas — háconspiração, antipatia, consenso contra-rio e muito temo que a Constituição venha a dizer que será taxado, ou talvezpreso quem, três vezes seguidas, chegarnu hora em compromisso grave.Náo era grave o meu. Um almoço só.Mas lá no Centro, longe dos vagares domeu morro, distância que o calor aumen-tava ainda mais. Sabendo disso, fiz con-tas precisas. Marquei o encontro. Ia cha-mar o táxi. Toca o telefone. Uma amigadiz: "Muito sofro e... e... e... e mais sofroporque... e... e..." Três páginas depois, eudigo: "Se..." e ela, coerente: "Se fosse ocontrario, eu náo discutiria que... e... e...e... então..." No fim da ópera, beijei-lhe asrnáos, chamei um táxi, nem pus gravata eao motorista atônito ordenei: "Temosque estar na cidade em dez minutos, queiâ estou agora sete atrasados" Vamos

tentar, disse. Fomos. Então um bombeiroparou o carro.

Tinha razão o bombeiro. Não que cor-rêssemos muito. Mas estavam cortandouma palmeira anciã lá no Jardim Botâni-co e temiam que a coisa nos amassasse.Por sorte, foi rápida a operação. Em pou-co, de novo, já estávamos indo para omeu atraso. Foi correria extrema.

Passamos pelo cemitério. Lá, por gen-tileza ocasional das Parcas, náo enterra-vam ninguém. Nas alturas da Pasteur,derrapámps, Só sofreram os pneus. Vi doAterro algumas árvores e tive cinco ouseis sobressaltos. "Estamos indo bem!"Tentei dizer. Saiu-me assim: "Isss...bem". Não respondeu-me o motorista —pensava, por certo, em coisas mais gra-ves. Freou, então, creio que amassandoum velho gato.

Saltei. Entrei. Ah! E tanto corri queme esqueci de dizer oiide. Foi no Beira doCais, restaurante que acaba de ser inau-gorado na rua do Mercado. Amável casa!Se mais gente fizesse isto de aproveitar ascasas da cidade de maneira inteligente,náo teríamos, aqui. tantas bobagens.

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<¦ i 1'cr -" «-<, >•.Fica o restaurante no oco de um sobra-

do, refeito sem ofender as leis do bomsenso, nem as do bom gosto (que sáoquase as mesmas). Nele, satisfeito, respl-rando o ar condicionado, o Sr X. conver-sava consigo mesmo. Creio mesmo queaté divagava pois. quando lhe imploreiperdão por tanto atraso, perguntou: "De

que falas?" Não insisti. E, já que estavavivendo perigosamente, naquele meio-dia calldo, pedi ostras. Estavam boas. Ocalor não as ofendera. No entanto, tendotransformado em água o gelo que asrefrescava, as inundara um pouco. O quenáo ê bom, (Ah! Na pressa esqueci que o

paté dos hors d'oeuvre é de saborosaqualidade.)

Pensando no calor, pedi uma posta decherne à Portuguesa. Era um cherne co-mo esses, leitor, que encontras, às vezes,na Avenida Central, vestindo terno daCasa Tavares. Faltava-lhe personalidade— é coisa que, às vezes, acontece com oschernes e estava um pouco ressecado.Mais sensato que eu. o Sr X., à minhafrente, tinha encomendado o prato dodia: lulas recheadas, acompanhadas dearroz. Que deliciosa coisa! Bem que ti-nhamos alguns assuntos, gênero cidade,para tratar, mas foram interrompidos pe-Io garfo que. entre um despejo e umapromissória, eu enfiava em seu prato,para grande escândalo das seriedades.Então o Deus da Gula me entrou pelaalma adentro e vi que, ao lado. em mesade amigos, havia um cozido. Mudei ciemesa. O tempo correu. E, se eu náo tives-se, naquele dia, um jantar marcado, ain-da estaria no Beira do Cais.BEIRA OO CAISRua do Mercado. 21. Tel. 242-8357COZINHA: ' ' ' AMBIENTE: OOOAberto de segunda a sexta paia almoço e. das 1 Th às20h30nvn para drinques.CONVENÇÕES — COZINHA: ' ruim, - " razoável.' ' ' boa, ' ' ' ' muito boa, ' excelente.AMBIENTE: O simples, OO conlótláyel. OOO muitoconfortável OOOO luxo OOOOO muito luxo