República Federativa do Brasil
DIÁRIO NACIONALSEÇÃO I
ANO XXXVIII - N9 143 CAPITAL FEDERAJL TERÇA-FEIRA, 19 DE NOVEMBRO DE 1983
CÂMARA DOS DEPUTADOS
1 - ATA DA 143." SESSÃODA 1." SESSÃO LEGISLATIVA DA 47." LEGISLATURAEM 31 DE OUTUBRO DE 1983.
I - Abertura da Sessão
II - Leitura e assinatur;\ daata da sessão anterior
III - Leltura <1w'Ex~diente
~OLUÇõES
N.O 36183, que reestr11.J;ura osGrupos Ocupacionais da Câmara dos Deputados;
N.o 37/83, que dispõe sobre aResoluçáo n.O 20, de 30 de novembro de 1971; e
N.o 38/83, que altera a Resoluçáo n.o 67/62.
PROJETOS A IMPRIMIR
Projeto de Lei Complementar n.o 168-C, de 1980 - Substitutivo do Senado ao Projetode Lei Complementar n.o168-B, de 1980, que "altera oDecreto-lei n.o 406, de 31 dedezembro de 1968, que restabelece normas gerais de direitotributário, e dá outras providências',.
Projeto de Lei n.o 2.072-A, de1983 (Do Poder Executivo) Mensagem n.O 337/83 - Autoriza o Poder Executivo a celebrar transação com a Fundação Abrigo do Cristo Redentor,para pôr fim ao litígio que especifica, e dá outras providências; tendo parecer, da Comissão de Constituição e Justiça,pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e,no mérito, pela aprovação.
SUMÁRIOPROJETOS APRESENTADOS
Projeto de Lei n.o 2.468, de1983 (Do Sr. Floriceno Paixão)- Dispõe sobre a autonomiaadministrativa e financeira doSuperior Tribunal de JustiçaDesportiva (STJD), do Tribunal Especial (TE) e dos Tribunais de Justiça Desportiva(TJD) e dá outras providências.
Projeto de Lei n.o 2.470, de1983 (Do Sr. Henrique Eduardo Alves) - Altera dispositivo do Código Civil, de modo apossibilitar que pessoas comvida em comum, há mais decinco anos, também possamadotar filhos.
Projeto de Lei n.o 2.485, de1983 (Do Sr. Jorge Arbage) Altera dispositivo do Decretolei n.O 2.061, de 19 de setembrode 1983, que "dispõe sobre aalienação de mercadorias sujeitas à pena de perdimento,em especial nos casos de calamidade pública e dá outrasprovidéncias".
Projeto de Lei n.o 2.494, de1983 (Do Poder Executivo) Mensagem n.o 3,g4/83 - Cria aGuarda Costeira.
Projeto de Lei n.o 2.495. de1983 (Do Poder Executivo) Mensagem n.o 395/83 - Dispõe sobre a progressão funcional a que se refere a Lei n.O5.645, de 10 de dezembro de1970.
IV - Pequeno Expediente
DIRCEU CARNEIROQuadro sócio-econômico e político do País.
DARCY PASSOS - o "Documento dos Onze". Participação dos trabalhadores nasnegociações relativas à politicasalarial e a questões trabalhistas.
INOC:f:NCIO OLIVEIRA Isenção do Imposto TerritorialRural no Nordeste.
FERNANDO LYRA - Eleições na Argentina.
PAULO BORGES - Política econômico-financéira e salarial.
JOSÉ FERNANDES - Recursos financeiros para a ZonaFranca de Manaus.
IVO VANDERLINDE - Segurança e condições de funcionamento para a Cooperativade Prestação de Serviços dosTrabalhadores Autônomos dePorto Alegre Ltda., Estado doRio Grande do Sul.
LUIZ GUEDES - Políticaeconômica.
RANDOLFO BITTENCOURT - Isenção do IOFpara a Zona Franca de Manaus.
ANTôNIO CAMARA - Regulamentação dos serviços deestiva no Estado do Rio Grande do Norte.
FRANCISCO SALESCombate, pela CEPLAC, à"Vassoura de Bruxa" no Estado de Rondônia.
FARABULINI JúNIOR Violência em São Paulo, Estado de São Paulo.
RESOLUÇãO N.o 36, nE 1983
'Reestrutura os Grupos Ocupa<IJionaisda Câmara dos Deputados, e dá outrasprovidências. •
Façü saber que a 'Câmara düs Deputadosâp;r<J.VOl1 eeu promulgo a seguinte Resolução:
.Art. 1.0 Fica reestruturado o Grupo-Atividades 'de Apoio Legislativo do Quadro eda Tabela Permanentes :da Oâmara dosDeputados, designado pe<lo Código- .GD-AtL-(}10, compreendendo as seguintesCa.tegorias Funclona,is, distribuídas r~s elas"l'e5 respC'c.tivas pela escala de referência naforma do Anexo I:
Código - iOD-AL-Oll - Técnico Legislativo;
,Código - CD-AL-OI2 - Taquígra,fo Legisl'a.tivo;
Código - iOD-AL-(}l3 - Técnico em Pesquisa Legd.sla'ti'V'a;
CMigo - OD-AiL-014 - tm"petor de Segurança Legislativa;
Código - CD-AL-G15 - Agente de Segurança Legislativa;
Código - CD-AL-01'6 - Assistente Legi,la:tivo;
Oódigo -,-- CD-AL-017 - Agente de S,erviços Legislativos;
Código - CD'-AL-01'8' - Agente de Transporte Legis,lativo.
§ 1.0 Os servid0'res o'cupantes das Categorias Funcionais de Técnico Legislativo.Taquígrafo Legislativo, Técnico em Pesquisa Legislativa e Inspetor de S'e'gl1ranl}a Legislativa estalrão sujeitos às normas do reg.ime eS'tatutário.
§ 2.° Os se'rvidores ocupantes das Categorias Fllncionais de Agente 'de Slerviços LegislaMvos, Assistente LegisJativo, Agente 'deSegurança LegisllliUva e Agente de Transporte Legislatilvo serão regidos pela Ltigislação Tra:ba'hista e Normas quedisclpl'ir"amo Fundo de Ga'rantla do Tempo ,1e 1"e;:viço.
Art. 2.° Os cargos e empregos' das d:asses í'nioia:is das Oate,gorias Funciol1<l,iz doGrupo-Atividades de ApDlo l.egisj'ativo serãoprovidos metade mediante concur.so público
11810 Terça-feira 1c' DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Se(;iío I) Novembro de 1983
OSCAR ALVES - Políticaeconômica e social.
JOAO FAUSTINO - Medidas para solucionar os problemas do Nordeste.
NILSON GIBSON - AbOrto. Paternidade responsável.
SIQUEIRA CAMPOS - Credenciamento de hospitais, médicos, dentistas e laborataristas no Estado de Goiás.
MOZARILDO CAVALCANTI - Pavimentação da BR174, Território de Roraima.
DENISAR ARNEIRO - Artigo publieado no "Jornal doBrasil" de 31-10-83, sobre ofuncionamento da AssembléiaLegislativa, Estado de Alagoas.
MARIO FROTA - Reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" sobre mudança do PresidentB do IBC.
ORESTES MUNIZ - Recuperação da estrada que serve à Linha 610 de Jaru, Estadode Rondônia.
FRANCmCO AMARAL Homenagem à memória doProf. Lázaro Gonçalves Teixeira, Monte-Mor, Estado deSão Paulo.
ONíSIO LUDOVICO - Pleito elBitoral na Argentina. Eleições direta para a Presidênciada República no Brasil.
NOSSER ALMEIDA - Conservação do trecho rodoviárioBrasilia-Acre-Divisa do Peru.
FRANCISCO ERSE - Violência em jogo do Campeonato Feminino de Futebol no Riode Janeiro, Estado do Rio deJaneiro. RBformulação da legislação esportiva.
RUBEN FIGUEIRó - Derramamento de petróleo e degasolina no litoral do Estadode São Paulo.
IRINEU COLATO - Campanhas em favor dos nordestinos e sulistas flagelados.
HAROLDO LIMA - Novafase política da Argentina.
WILMAR PALIS - Restabelecimento das prerrogativasdo Legislativo.
JOAQUIM RORIZ - Administração do Sr. Mauro Antônio Bento na Metais deGoiás S.A.
PEDRO NOVAIS - Políticahabitacional.
MíLTON BRANDAOConstrução de açudes no Piauí.Localização do açude Joana,
ARNALDO MACIEL - Re-jeição do Decreto-lei n.O .2.045/83. Decretação de medidas de emergência, Brasília,
Distrito Federal. IntBrdiçáo daOrdem dos Advogados do Brasil, Seção Distrito Federal. Política econômica.
ADHEMAR GHISI - Exposição do artista plástico catarinense Willy Humblick, Brasília, Distrito Federal.
ALCIDES FRANCISCATO- Política agrícola.
FRANCISCO STUDART Majoração dos impostos predial e territorial no Municípiodo Rio de Janeiro, Estado doRio de Janeiro.
RALPH BIASI - Invasão deGranada.
PRISCO VIANNA - Eleições na Argentina.
CELSO PEÇANHA - Reestruturação das categoriasfuncionais de Motorista Oficial e Agente de Portaria.
v - Granil,~ Expediente
FERNANDO SANTANAApreciação sobre o discurso doPresidente do PMDB, Deputado Ulysses Guimarães. Responsabilidade do PMDB nomomento histórico nacional.Reforma agrária. Eleições diretas para Presidente da República. Modificação da Lei deSegurança Nacional. Dívidainterna e externa. Intervençãoamericana em Granada.
WOLNEY SIQUEIRAConjuntura nacional. Necessidade de apuração das denúncias de corrupção. Importânciado diálogo entre as forças políticas e o Governo.
MáRIO JURUNA - Apreciação sobre as autoridadesconstituídas. Direitos do índioe do povo. Comemoração daIndependência do Brasil. Eleições direta para Presidente daRepública.
VI - Ordem do Dia
WILMAR PALIS, Sl!:RGIOCRUZ, PAULO MARQUES,RAYMUNDO ASFORA, MARCIa SANTILLI, RENAN CALHEIROS, RANDOLFO BITTENCOURT, OSVALDO LIMA, JOÃO FAUSTINO,FRANCISCO DIAS, FRANCISCO AMARAL, RUY CODO,FLORICENO PAIXAO, ARYKFFURI, JOSIlJ CARLOS TEIXEIRA - Apresentação deproposições.
J A C QUE S D'ORNELLAS(Como Líder) - Homenagempóstuma ao ex-Deputado Gregório Bezerra. Realização deeleições na Argentina. Intervenção americana em Granada. Atuação do Congresso Nacional ante a política salarialdo Governo.
MATHEUS SCHMIDT (Como Líder) - Realização deeleições na Argentina. ilegitimidade do Colêgio Eleitoral noBrasil. Eleições diretas paraPresidente da República.
JORGE VIANNA (Como Líder) - Política cacaueira. Atividades da CEPLAC. Necessidade de constituição da CPIdo Cacau e da extinção do confisco cambial na exportação docacau.
PRISCO VIANNA - Questão de ordem sobre a possibilídade de se mandar publicar,no Diário do Congr,~sso Nacional, o material coletado peloDeputado Jorge Vianna sobreas atividades da CEPLAC.
PRESIDENTE - Resposta àquestão de ordem do DeputadoPrisco Vianna.
SIQUEIRA CAMPOS (Como Líder) - Justificação dasmedidas de emergência decretada pelo Governo para a região do Distrito Federal. Necessidade de se banir o radicalismo das discussões políticas no Congresso.
VII - Designação da. Ordemdo Dia
VIII - Encerramento
Discurso do Deputado EgídioFerreira Lima, como Líder,proferido na sessão ordináriado dia 13-10-83: resposta aodiscurso do Deputado Fernando Lyra, proferida na sessãoordinária de 11-10-83.
Discurso do Deputado Wilmar Palis, publicado no neNde 14-10-83, páginas 10905 a10907, que se republica por haver saído com omissões.
Discursos do Mínistro CésarCals e interpelantes proferidosna sessão ordinária de19-10-83: esclarecimentos arespeíto de assuntos relacionados com a PETROBRáS.
Discurso do Deputado Wilmar Palis, publicado no neNde 10-10-83, página 11210, quese republica por haver saídocom omissões.
Discurso do Deputado CelsoPeçanha, publicado no DCN de27-10-83, que se republica porhaver saído com omissões.
2 - ATO DA MESAN.o 17/83, que dispõe sobre
o Incentivo ao Mérito Funcional.
3 - MESA (Relação dosmembros)
4 - LIDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS (Relação dos membros)
5 - COMISSõES (Relaçãodos membros das ComissõesPermanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito)
e metade por ascensão funcional, em queserão verificadas as qualificações essenciaisexigidas nas respectivas especificações.
Art. 3.° IConstituem requisitDs para ingresso nas 'Classes iniciais das CategoriasFuncionais, além das estabelecidas nas instruções reguladoras dos concursos:
I - para as Categorias de Técnico Legislativo e Ta'quígrafo Legislativo diploma oucertificado de conclusão de cúrso superiorou habilitação legal equivalente conelacionados com as atribuições da Categoria Fu-ncIonal;
li - para a Categoria de Técni-co em Pes~quisa Legislativa, diploma certi>ficad.o deconclusão em -curso superior de Bibliotecário ou Arquivologia, ou habilitação legalequivalente;
UI - para a categoria 'de Inspetor de Segurança Legislativa, diploma ou certificacrode conclusão de curso superior 'de Bacharelem Direito;
IV - para as Categorias de Agente de Segurança Legislativa ,e de Agente de Transporte Legislativo, 8.a sé1'Íe de 1.0 grau ounível equivalente;
V - para a Catego,ria de Assis,tente Legislativo, {) certificado de conclusão do 2.0grau ou nível e'quivalente;
VI - para a Categoria de Agente de Serviços Legislati'i'os, observadas as respectivasespecid'icações de dasse certificado de conclusão do 2.0 grau, 1.0 grau ou nivel equivalente.
Art. 4.0 Os ocupantes de cargos e -empregos integrantes das Categorias Funcionais do Grupo a que se r€ffere esta Resoluçãofi.cam sujeitos a regime de 40 (quarenta)horas semanais de trabalho, ressalvadas asatividades técnicas ou especi(l,lizadas quete,nhamcargas horárias estabelec:'das emregulamentação específic'l.
Art. 5.0 Integrarão as Categorias Funcionais de ,que trata o art. 1.0 desta Resolução oscal'gose empregos especificados naforma do Anexo li, cudos atuais ocupantes,mantido o respectivo regime jurídico, serãoincluidos através de Ato da Mesa, cllJbe'l1'doao DelPartamento de Pessoal proceder, nosrespectivos titulos, às alterações correspondentes.
~a'ráJgrafo único. Os ca;rgos vagos, remanescentes a situações 'anteriores a esta Resolução, não comprometidos com progressão, a"lcensão e concurso pú.blico, serão distribuídos, através de Ato da Mesa, em Categorias Funcionais do Qua'dro Pe=anente.
Art. 6.0 Os caTgos, remanescentes' do regime estatutário, a que se refere o § 2.0 do(l,r,t. 1.0 des'ta Resolução, serão translformados, 'quando va.garem, para Categorias Funcionais a serem indicadas em Ato da Mes-a.
Art. 7.0 É Í'Ilstitui'do o Lncentivo ao Mérito Funcional, com definição, características, critérios de avaliação, beneficiários ebase de concessão disciplinadas em Ato daMesa.
Art. 8.0 Ficam criadas, na fm'm(l, doAnexo m, no Grupo-outras Atividades deNível Supe,rior as Categorias Funcionais deAssistente' Social e Psicólogo, cUj,as lotaçõesserão fixadas de acotdo com o art. 3.° daResocução n.o 39, de 1982.
Art. 9.0 O preenchimen·to inicia} dos claros prev,jst.os na lotação 'das Cate-goria.s Fun-
Novembro de 1983 OTÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 19 11811
ANEXO I
iCAMARA DOS DEPUTADOS
Grup'o-Atividades de Apoio Legislativo
Código OD..,AL-01{)
QUADRO E TABELA PERMANENTiES
Gâmara dos Deputados, 2'4 de outubro de1983. - Flávio Marcílio, Presidente da Câmara dos Deputa-dos.
Art. 21. Ficam revogados a Resoluçãon.O 42, de 1973, o § 1.0 do art. 5.°, da Resolução n.o 24, de 1'976, o § 1.0 do art. 30, daResolução n.O 39, de 1982 ·e demais disposições em contráorio.
Ir - Categoria de Taquígrafo Legislativo:- Nas Classe: Especial e "C", atuais
ocupantes de cargos de Taquígrafo Legislativo.
- Nas Classes: "B" e "A", atuais ocupantes de' cargo de Assistente Legislativo área de taquigrafia.m - Categoria de Técnico em PesquisaLegislativa:
- Nas Classes: Especial ·e "-O", atuaisocupantes de cargos de Técnico Legislativo- ár,ea de pesquisa e antigos Bibliotecários,Redatores e Arquivologistas.
NS-23, 24 e 25NS-20, 2'1 e 22
NS-17, 18 e ,109NS-14, 15 e 16
Referências
'N"S-23, 24 e 2'5NS-20, 2,1 e 22
NS-17, 18 e 19NS-14, 15 e 1'11
NS-2,3, 24 e 215NS-QO, 2'1 e 212
NS-17, 18 e IHNS-14, ,15 e 16
N8-20 e 2,1N8-'17, 18 e 1JN8-14, 15 e l.6
NM-34 e 3'5NM-'30a: 3'3NM-Q6 a 2,9NM-tU a 25,
NM-34 e 3'5NM-3.la 33NM-28 a 30'N'M-24 :a 27
Nl\{-3'4 e 3'5NM-30 a 3'3NM-25 a 12'9:NM-·2:1 a 25
NM-3'4 e 3'5NM-30 a 33oNM-26 3J 29NM-21 a 25
OD-AL-01,5,IEspecialCD-AIL-Ol'51"IC"OD-AlL-01'5/"B"CD-I..lIJL-IH5/"A"
OD-AlL-OlQI"B"ClD-AlL-1l12I"A"
OD-A,L-013.t'iElspecialOD-:A!L-013/'~C"
CD-.M..-01'3/"B"QD-AlL-OmI"A"
OD-AlL-014/1El51PecialCD-AiL-.o14/"B"GD-AlL-01~"A"
CD-,AL-011/Es;peciaIOD-.l\JL-OHI"'O"
GD-AlL-()ll/"B"CID-AiL-Ol1l".A"
CD-AL-(}l'2/EspecialOD-AlL-0l2/"íC"
Código/Classes
OD-,AL-01,{f/:El>pec1alOD-AlL-01'6/"1C"OD-AL-01J6/"B"OD-AL-01'6I"A"
Cl)-AL-017/ESpecialCD-:A!L-017/,,iO''CD-AiL-0111"B"CD-AlL-0171".A"
CD-AiL-013/ESiPe'cialOD-AlL-018/"!c"OD-<AIL-01'8/"iB"C:D-AIL-018/".A"
Categorias Funcionais
'I1écnico Legislativo'I1écnico Legislativo
TécnkO' Legislat,ivo AdjUlltoTécnico Legislativo iWjunto
Taquígra-fo LegislativoTaquígrafo Legislativo
Taquíg,ra1'o Legis,lativ,o' AdduntoTaquígrMo l.iegi.slativO' Adjunto
TéCID.ico em Pesquisa Legisla,tiv·aTéclIlicoem Pesquisa Legisla,tiva
'I1écnico em Pesquisa J...egisI. AdjuntoTécnico ,em Pesquisa LegisI. Adjunto
fuspetor de Segurança Legis!·a.tivaInspetor de Segura.nç3: iLegislativaInspetor ,de Se,gura.nÇla Le'gisJativa
Agent.e de S'egurança Le,gisl'ativaA'gente de· 8egurança Le;gis-IativaAgente de Segur3!nça LelgislativaAgente de Siegurança Le,gIslativa
.A!ss·istente LegislativoA!ss·istente LegislativoA:ss,istente LegislativoA!s.s,istente Legislativo
Agente de Serviços Le'gislaotívo.sA,gente de Serviços' Le,glsla.tivosAgente de Serviços Leglsla'tivosA,gent.e de Serviço1l Le.gisla;ttyos
Agente ·de Transporte LegisI<3JtivoAgente de 'I1ransporte Legi.sl!ativO'Agente de Transporte Legi&oatiovo'Agente de Tran5porte Leg!sIativo
Mt. 18. Os casos omisso.s sea:ão disciJ)-linados em Ato da Mesa.
A!rt. 19. A implantação do disposto nestaResolução far-se-á de a:cordo com as disponibilidades orçamentárias da Câmara dosDe[J11tados.
Art. 20. Esta Resolução entra em vigorna data de sua publicação.
ANEXO ][I
CAMARA DOS DEPUTADOSGrupo-Atividades de Apoio Legislativo
QUADRO E TABELA PERMANENTES
I - categoria de Técnico Legislativo:
- Nas Classes: Especial e "C", atuaisocupantes de cargos de Técnico Legislativo.
- Nas Classes: "B" e "A", atuais oeupa,ntes de cargos de Assistente Legislativo área ·de técnica e pesquisa.
cionais a que se refere o art. 8.° far-se-á dellJcordo com os seguintes critérios:
I - na Categ:oria E'un.cional de .A!ssistenteSocial, código CD-iNS-930, mediante inclusão de servidores do Quadro e da Ta'belaPermanente ·da Câmara dos Deputados quepossuam diploma de Assis,tente Soc~al, devidamente reg·istrado, ou ha'bilitação legalequivalente, aprovados em proces-so seletivoespecíUco, ap,ll'cado na forma da legislaçãovigen.te;
Ir - na categoria Funcional de Psicólogo,Código CD-NS-907, mediante inclusão deservidores do Quadro e da Tabela Permanentes da Câmara dos Deputados que pos~
suam diploma de Psicólogo, devidamenteregistrado, ou habilitação legal equivalente.aprovados em processo seletivo específico,aplicado na forma da legislação vigente.
Art. 10.· PaTa provime'Ilto, akavés <leco,ncu:rso público ou ascensão funcional, decargos e empre'gos, cujos ocupruntes, em decorrência das eSiPecifieações.de classe, venham a desempenhai" 8JtividllJdes prórp·riasde profissões re,gulamerrta!das, será exigidaa correspondente habilitação profissional.técnica ou especializada.
Art. 11. Poderá haver a'i>censão funcion3:1 às ,classes iniciais de 'Ca'tegorias Funcionais, iLntegrantes do Grupo-Ativid3Jdes deApoio· Le,gi~~a.tivo e do Grupo-Outll'la.s Ativi-'d!l!des de Nível Superior, de oCUlPantes decargos e empregos, desde que atendido ogra·u de escolaridade e demais ;requisitosexigidos para iLngresso.
Art. 12. A Mesa da Câmara dos Deputa'Clos, atl1avés de .Mo, expedirá as normaslegais ·complementares à implantação dodis!posto nesta Resolu:ção.
A!rt. 13. Ficam exti.n.to.s os Grupos-Outras Ativida:des de Nível Médio, Serviços Auxiliaroo e Transporte Oficial e Portaria, e aCategoria Funcional de Assisten.te de Plenários do Qua'àro e da Tabela Permanentes daCâmara dos Deputados,cujos ocupantespassarão 3: integra·r categorias funcio!IllailSdo Grupo-Mividades de Apoio Legisilativo.
\Art. 1'4. As Ca:tegorias Funcionais de'I1écnico em Comunicação Social e En!fermeiro, do Grupo-outras Atividades de NívelSuperior, ficam reestruturadas na forma doAnexo :LV a esta Resolução.
Art. 15. São movimentados para a. última referência das respeictivas classes especiais os ocupan.tes destas, e, pa·11a a re.fe;rência inicial da classe imediatamente superiorà em que se encontram, os oculPa.ntes dasdemais classes das 'Categorias Funcionais doGrupo-outras Atividades de Nível S'll!pe'rior.
Art, 1'6. O salário do pooooal sem vínculocomo serviço público, contratado para asfunções de Seeretariado Parlament3:r de quetrata a: Re'solução n.O 66, de 20 de março de1978, e para as f1lJnçõ€s de -confiança re:feri:da.s no art. 3.° da ResoLução n.O 24, de 28de junho de 1976, 5erá equivalente à referênc~a NM-·3'5 para o AssistlIDte de GabiLneteParlamentar ou Se,cre,tárto Parttcular, a ref,erência NM-3·1 para o SelcXetáJrio de Gabinete P;llJvlamentar ou Oficial de Gabine.te, eà referê'l1!cia NíM-Q4 pa'l1a o Amdliar de Gabinete· Padame'I~tar, e reaj'l1Stado juntamente com os vencimentos e saláirios dosservido.res da Câmara dos Deputados, na.mesma prDIporção.
Am. 17. Es,tende-se aos inativos da Secretaria da Câmara dos 'Deputados os efeitos 'decorrentes da reestruturação de quetrata esta Resolução.
11812 Terça-feira I" OlARIa DO CONGRESSO NACIONAL (Seçüo !) Novembro de 1983
ANEXO In
cAMARA DOS DEP'UTADOS
Grupo-Outras Atividad'es de Nível Sup'erior
Código NS-900
TABELA PERM1\!NENTE
ANEXO IV
CAMARA DOS DEPUTADOSGrupo-Outras Atividades de Nivel Superior
Código NS-900QUADRO E TABELA F'ER,JI.o1A!-NENTE
- Nas 'Classes: Especial, "C", "H" 'e "A",atuais ocupantes de empregos de Agentede Segurança Legislativa.
VI - a Categoria de Assistente Legislativo:
- Nas Classes: Especial, "C", "H" e "A",atuais ocupantes de cargos de Agente deServiços Legislativos e empregos de AgenteAdministrativo, Técnico -em Contabilidadee Datilógrafo.
,Parágrafo único. A Diretoria G2r:1item a seguinte est.rutura básina:
1. Gabinete do Diretor-Geral;2. Se,rviço de ,Administração;
3·. Auditoria Interna;
4. Assessoria Técnica;5. Departamento Médico;
6. G{)ordenação de Segurança L: ~;is
1ativa;
7. Coordenação de Seleção e Treina-mento;
8. iDireto-ria Administrativa:
a) GabInete;
b) Serviço 'de Administoração;c) De,partamentode Pes30'al;
d) Depalrtamento de Administração;e) JJe'partamento de 'Finanças.
9. Diretoria Legislativa:
a) Gabilnete;
b) Assessoria Legislativa;
c) Centro' de Documentação e Inf-orn~ação;
"Ar't. 20.
RIESOLUÇAO N.o 37, DE 198,3
Dispõe snbre a Resolução n.O 20, de30 de novembro de 1971, e dá outrasprnvidêneías.
'F1aço saiber que a CâJmara do,~ Deputadosaprovou e cu promulgo- a seguinte Resolução:
Art. 1.0 O parágrafo único do art. 20 daResoluçãon." 20, de 30 de novembro de1971, passa a vigorar ClJm ao seguinte redação:
d) Departamento de Comissões;
e) DepartaJll1ento de Taquig,rafia, Revisão e Redação;
f) AS8essoria de Orçamento e FiE,Calização Financeira."
Parágrafo OOico. Em decorrência do disposta neste artigo fica a:cre,5cido no parágl'a<fo único do aDt. 41 da Resolução n,o 20,de 30 'de novembro de 197,1, "S'e'rviço' de Administração".
&rt. 2.° Observado o dispoosto nas RSSDluções n.OS 7, de 1975, e 24, de 1976, ficamcriadas, no Grupo-DIreção e Assistência Intermediária,se na Tabela de Gratificaçãode Representação de Ga,bulete da Câmarados !DeiPutados, as funções especificadas noAnexo à presente Resolução.
Art. 3.° Os ca<iOS omissos se,rãodisciplinados em Instrucão Normativa da Primeiro-Secretário. -
rArt. 4.° As despesas ct:e,correntes daaplicação desta Resolução serão a:tel!ldidaspelos recurso& orçamentá:rios próprios daCâm,a,ra dos Deputados.
Art. 5.° 'Esta Resolução ent,ra em vigorna data de sua publicação.
Art. 6:° lRevog3Jm-se as diBposições emcontrário.
Câma'l'a dos Deputados, 2'4 de outubro de198~. - Flavio Marcílio, Presi'd-ente -da Càma'ra do,;; Deputados.
Re.ferência de Vencimento ou Salário por
Classe
Ref,erência de Vencimento ou Salário por
Classe
CD-NS-904 Especial 22 a NS 25C NS 17 a NS 21H Na 12 a Na 16A NS õaNSl1
Códigu
Código
CD-NS-931 Especial NS 22 a NS 25C NS 17 a NS 21H NS 12 a NS 16A NS 3 a NS 11
CD NS-930 E,pecial NS 19 a NS 21B 'NS 10 a NS 18ANS1aNS9
CD NS-9H7 Especial NS 19 a NS 21C NS 14 a NS 18H NS 9 a NS 13ANSlaN88
VII - Categoria de Agente de C3erviçosLegislativos:
- Nas Classes: Especeial, "C", "B" ,e "A",observadas as áreas de especialidade, atuaisocupantes de empreglJs de Agente de Mecanização de Apoio, Agente de Serviçoscomplementares, Agente de Telecomunicaçõese Eletricidade, Auxiliar de Enf,ermagem, Agente de Serviço de Engenharia, Auxiliar em. Assuntos Culturai." 'Desenhistas,Técnico de Laboratório, Assistente d'e Plenários, Agente de Cinefotografia e Microfilmagem, Agente de Comunicação Social,Auxiliar Operacional de .serviços Diversos(excluídos os da atual área de mecânica ,deveículos). Telefonista 'I'! Agente de Portaria.VIU - Gategoria de Agente 'de TransporteLegislativo:
- -Nas Classe: Especial, "0", "B" ,e "A",atuais ocupantes de empregos de MotoristaOficial ede Auxiliar Operacional de Servicos Diversos (da atual área de mecânIcade> veiculos).
CategoriaFuncional
CategoriaFuncional
Assistência Social
Psicólogo
Enfermeiro
Técnico em Comunicação Social
GruplJ
Grupe:!
outras Atividades deNivel Superior(CD-NS-900) .....
Outras Atividades deNível Superior
CD-900 .
- Nas CTasses: "B" e "A", atuais ocupantes de cargos de Assistente Legislativo área de pesquisa.
IV - Categ{Jria de Inspetor de SegurançaLegislativa:
- Nas ·Classes: Especial e "H", atuaisocupantes de cargos de Inspetor de Segurança Legislativa.
V - Categoria de Agente de Segurança Legislativa:
Novembro de 1983 DIÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terçu-feira 19 11813
PR:EMEJI!RA SECRtETARIACOORDENAÇãO DE APOIO
P A!RLAMElNTAIR
3:2 Encaorregado d,o S!etor de Controle e!Execução C'O-DAI-111.2
SiElORiETAiRIA-GffilRAL DA MESA
2 Ofrcial de Gabinete Representação de Gabinete
1 AuxiHalr de Gabinete iR,epresentaçãode Gabinete
DIRETORIA GERAL
4 Oficial! de Gabimete R&prcsentação de Gabinete
2 Auxiliar de Gabinete Representação ,de Gabinete
2 Ajudante "A" iaepresentação de Gabinete
1 Chefe de Serviço de Administração OD-DAII-,Ul.3-
1 Encllirre,gado do Setor de Protncoloe Arquivo OD-DAI-ll1.2
DI!R!ETOlRLA AiDMLNISTRATIVA
1 Ohefe de Serviço de Administração OD-DAI-Ul.3
1 Encarregado do Setor de P,rotocoloe Airquivo OD-lDAI-ll1.2
l' Assistente de Ga;binete CD-DAI-Hl.3
2 A1judante "A" RepresentaçãO' de Gahinete
DEPAlRTAM'ElNTO DE PESSOAL
19 Encarregado do Setor de Controlee Execução ClO-lDAI-1I1 ,2
DEPART.AJMENTO DE FLNiANÇAS
19 iEncarrega;do do Setor de Controlee !Execução OD-DAI-1I1.2
IDIEPAR'I1AMElNTO DEADMlNISTRAÇãO
'COORDENAÇãO DE MATERIALE 1"AmIMôNJO
12 Encal'l'egado do Setor de Execução CiO-DAI-111.2
'COORDElNAlÇAO DE'I'RM"SPOIRTES
20 Encarre'~ado do Setor de Execução OD-lDiAI-,IH. 2
COORDENA DE ARQUITETURAE iENGENHA!RIA
6 Assistente de ·COntrole· CD-DM-ll1.2
14 EncarJ.'egado do Setor de Execução 'OD-IDAI-!1:11 ,2
mRETORIA DElGJ1SLATliVA
11 Eno.a;rre·ga'do do Setor de Protocoloe iAJl1quiJvo ao-iDll.I-1U .2
1 A.ssi.sitente de Gabine,te OD-DM-1l1.3
2 Aljooa;u:1;e "A" Reipresentação de Ga.binete
DEl?AjRT.AMElNTO DEOOMISBiê)ES
5 En:carrCig?,do do Se'tor de Exe.cução <ID-"DiAI-1U .2
N.O Denominação
ANEXO
Correlação com AtividadesNível Superior Outros Níveis
RESOLUÇãO N.O 38, DE, .1'983,
Altera a Resoluço n.O 67, de HJ8~" quereestrutura os Servicos da Secretaria da Câmara dos Deputados e dá outras providências.
Faço saber que a Câmara dos De~utados
aiProvou e eu promulgo a. seguinte Resolução:
Art. 1.0 Acrescente-se ao art. 165 da Resolução n.O 67, de 11962, o seguinte item:
''Art. 16'5. Conceder-se-á gratificação:
VIll - eS1pecial de desempenho.":Art. 2.° O art. 172 da Resolução n.O 67,
de 19&2, ~assa a vigorar com a seguinte redação:
'jArt. 1'12. Gratlncação Especial deDeSenJipenho é a. que corresponde aoserviço prestado durante as sessões conjuntas do Congresso Nacional e extraordinárias da Câmara dos Deputados, realizadas fora do horário normal do expediente, e tent como fato gerador as condições especiais de funcionamento doCongresso Nacional."
Art. 3,.° O valor da Gratificação Es~ecial
de Desempenho será obtido:a) durante o período de trabalhos legisla
tivos, mediante a aplicação dos cri1Jérios emvigor, relativos à retribuição por comparecimento às sessões 'conjuntas do CongressoNacional e extraordinárias da Câmara dosDeputados;
b) nos meses de recesso, pela média aritmética do número de sessõ'es realizadas noperíodo de trabalhos legislati<vos imediatamente anterior.
Art.4.0 Farão jus à Gratificação E'specialde Desempenho os servido'res do Quadro e daTabela Permanentes da Câmara dos Deputados em efetivo exercício na sua sede ou osos assim considerados em face da legislaçãovigente.
Art. 5.° A Gratificação de que trata oitem vm do art. 165 da Resolução n.o 67,de 1962, será incorporada aos proventos deinatividade do servidor que a esteja percebendo ao se aposentar.
Parágrafo único. O cálculo da Gratificação terá por base a média aritm1ética, nosúltimos seis meses imediatamente anterioresà aposentadoria, das retr1buições de que trata:ll1 as letras "a" e "b" do art. 3.°, não podendo a parcela incorq>orável ser superior,em qualquer hipótese, ao vencimento e vantagens Ipermanentes do ser,vidor na ati'Vidade. observado o di&posto no parágrafo 2.0.art. 1f)Q" da Constituiço Federal.
!Art. 6.0 Fica a.ssegurada a incorporaçãointegrai aos proventos da GratHicaçáo deque trata esta Resolução nos casos de aposentadoria decorrente de acidente ,em seI'iVÍço, moLéstia profissional ou doença gra'Ve,contagiosa ou incuráJvel, eSlpecifi.cado em lei.
Art. 7.° 'A incorporação a que se refere° art. 5.° aplica-se aos inativos que, se estivessem em atividade, seriam beneficiadoscom a concessão da vanta,gem, indep'endentemente da época de aiPosentadoria e nascondições estaJbelecidas nesta Resolução.
Parágrafo único. O benwicio a que s,erefere este artigo será concedido a partirda data desta Resolução, tendo por base amédia aritmética das retribuições percebidas, nos seis meses anteriores a sua vigência, por seI'iVÍdor de igual categoria em atividade.
1181../ Terça-feira 1"
Art. 8.° A presente Resolução será regulamentada dentro de 30 (trinta) dias. contados de sua publica.ção.
Art. 9.° .As despesas de<lorrsntes da a:plicação desta Resolução <lorrerão à wnta dasdotações orçamentárias da Câmara dosDeputa:dos.
Art. 10. .Esta Resolução entrará em vigorna data de sua publicaç.ão, inclusi·ve seusefeitos financeiros.
Art. 11. Revogam-se as disposições emcontrário.
Câmara dos Deputados, 24 de outubro de193\3. - Flávio Marcílio, Presidente da Câmara dos De<putados.
Ata da 143.a Sess'ao,em 31 de outubro de 1983
Presidência dos SI'~.:
'FalheI' Guimarães, 2!'-Vice-Presidente;
Fernando Lyra, ir-Secretário;
Ary Kffuri, 29-Secretário; e
Amaury Müller, 49·Secretário.
I - ÀS 13:00 HORAS COMPARECEM OSSENHORES:
Flávio MarcílioWalber GuimarãesFernando LyraAry KffuriFrancisco StudartAmaury MüllerCarneiro Arnaud
Acre
Nosser Almeida - PDS; Ruy Lino PMDB; Wildy Vianna - iE'DS.
Amazonas
Arthur Virgilio Neto - PMDB; Josué. deSouza - PDS; Mário FroOta - PMDB.
Rondônia
Assis Canuto - FDS; Francisco Erse PDS; Leônidas Fachid - P:OS.
Pará
Ademir Andrade - PMDB; Brabo deCarvalho - PMDB; GersoOn Peres - PDS;Jorge Arbage - PDS; Osvaldo Melo - PDS;Vicente Queiroz - PMDB.
1\laranhão
Cid Carvalho - PDS; Edison Lobão PDS; José Burnett - PDS; José RibamarMachado - PDS; Pedro Nov-ais - PMDB.
PiauíCelso Barros - P!DS; Ciro Nogueira
PMDB; HeráclHo Fortes - PMDB; MiltonBrandão - PDS; Wall Ferraz - PMDB.
Ceará
Evandro Ayres d·e Moura - PDS; FurtadoLeite - [''OS; Gomes da Silv,a - PDS; Leorne Belém - PDS; Marcelo Linhares - [PIDS;Ossian Araripe - PDS.
Rio Grande: do NorteAgenor Maria - [,MDB; Antônio Câmara
- PMDB; Jessé Freire - PDS; João Faustino - [PDS.
D[Á RIO DO CONGRESSO N ACIO~,AL (Scç0o n
Paraíba
Aluizio Campos - PMDB; Joacil Pereira- PDS; Raymundo Asfora - P'MDB.
Pernambuco
Carlos Wilson - PMDB; Cristina Tavares - PMDB; Egídio 'Ferr·eira Lima PMDB; Inocêncio Oliveira - PDS; JoséCarlos Vasconcelos - P'MDB; Nilson Gibson- PD8; Oswaldo Lima Filho - PMDB; Roberto Freire - !PMDB.
Alagoas
Albérico Cordeiro - P!DS; D1alma Falcão- PMDB; José Thomaz Nonô - PDS.
Sergipe
Augusto Franco - PDS; Frandsco Rollemberg - PDS; Gilton Garcia - PDS;Jackson Barreto - PMDB.
BahiaAngelo Magalhães - PD3; Carlos Sant'
Anna - PMDB; Dja,lma Bess'a - PDS; Elquisson Soares - PMDB; Fe'rnando Gomes- PMDB; Fernando Santana - PMDB; Ge.nebaldo Correia - PMDB; João ,Alves PDS; José Lourenço - PDS; Manoel Novaes- PDS; Priscl) Viana - PDS.
Espírito Santo
José Carlos Fonseca - 'PDS; NelsonAguiar - iPMDB; Pedro Geolim - PDS.
Rio de Janeiro
Amaral Netto - PDS; Bocayuva Cunha- PDT; Brandão Monteiro - PDT; CelsoPeçanha - PTB; Daso Coimbra - P'MDB;JG de Araújo Jorge - PDT; Mário Juruna- PDT; Wilmar Palis - PDS.
Minas Gerais
Carlos Mosconi - PMDB; HumbertoSouto - iE'DS; João Herculino - P'MDB;Jorge Caron-e - iE'MDB; Jorge Vargas PMDB; José Carlos Fa:gundes - PDS; JoséMaria Magalhães - PMDB; Luís Dulci PT; Luiz Guedes - iPMDB; Magal11ães Pinto- PDS; Melo Freire - P'MDB; Pimenta daVeiga - PMDB; Rondon Pacheco - PDS.
São PauloAdail Vettorazzo - PDS; Airton Soal'êS
- PT; Del Bosco Amaral - PMDB; DiogoNomura - pns; Eduardo Matarazzo Suplicy - 'PT; Farabulini Júnior - P'TB;Francisco Amaral - PMDB; Freitas Nobrc- PMDB; João Bastos - PMDB; JoãOCunha - PMDB; José Genoíno - PT; Octacilio de Almeida - PMDB; Rícardo Ribeiro - PTB; Ulysses Guimarães - PMDB.
Goiá.'l
Aldo Arantes - PMDB; Fernando Cunha- Pl\IDB; Onisio Ludovico - PMDB; PauloBorges - PMDB; Siqueira Oampos - PDS;ToObias Alves - PMDB.
Mato Grosso
Bento Porto - PDS; Jonas PinheiroPDS; Maçao Tadano - PDS.
Mato Grosso do Sul
Levy Dias - PDS; Ruben FigueiróPMDB; Sérgio Cruz - PMDB.
Paraná
Alencar Furtado - PMDB; AntônioMazurek - PDS; Euclides Scalco - PMDB;
Novembro de [983
Hélio Duque - PMDB; Jüsé Tava:res PMDB; Oscar Alves - PDS; Santinho Furt.ado - Pl\IDB; Sebastião Rodrigues Júnior- PMDB; Valmor Gíavarina - P'MDB.
Santa Catarina
Casildo Maldaner - PMDB; Luiz Henrique - IPMDB; >Nelson Wedekin - !PMDB;Odilon Salmoria - PMDB; Paulo Melro PDS.
Rio Grande do Sul
Emídio Perondi - PDS; Hermes Zaneti- PMDB; Hugo Mardini - P'DS; Irajá Rodrigues - PMDB; João Gilberto - P:MDB;Lélio Souza - PMDB; Nelson Marchezan PDS; Siegfried Heuser - PMDB; SinvalGuazzelli - PMDB.
Amapá
Antônio P'ontes - PDS; Geovani Borges- P'DS.
Roraima
Júlio Martins - !PDS; Mozarildo Cavalcanti - iP'DS.
O SR. ~RESIDENTE (Fernando Lyra) A li~ta de presença acusa () compal'ecimento
de 148 Senhores Deputados.
Está aberta a sessão.
&lb a proteção de Deus iniciamos nossostrabalhos.
O Sr. Secretário procederá à leitura daata da sessão anterior.
II - O SR. JOSÉ CARLOS VASCONCELOS, servindo como 2.0-Secretário, procedeà leitura da ata da sessão antecoedente, aqual é, sem observações, assinada.
O SR. PRESIDENTE üFernando Lyra) Passa-se à leitura do ·expediente.
O SR. ARY KFFURI, 2.0 -Secretário, servindo como l.°-Secretário, procede à leiturado seguinte.
IH - EXPEDIENTE
PROJETO DE LEI COMPLEMENTARN.o 168-C, DE 1980
Substitutivo do Senado ao Projetode JAei Complementar n.o 168-B, de1980, que "altera o Decreto-lei n.O 406,do 31 de dezembro de 1968, que restabelece normas gerais de direíto tributário, e dá outras providências'.
(As Comi.ssõesd.e Con.stituição e Justiça, de Economia. Indúst.ria e Comé.rcio e doe Finanças,)
O Congresso Nacional decreta:
Art. l.0 Ficam ,acrescentados ao ,art. 2.°do Decreto-lei n.o 406, de 31 de del'lembrode 1968, os seguintes parágrafos:
"-Art. 2.° .
§ 9.° Quando for at.ribuida a condição doe r,esponsável ao industrial, aocomerciante atacadista ou ao produtor, relativamente ao iInJ]Josto devidopelo comerciante varejista, a base decálculo do imposto será:
a) o v,alor da operação promovidapelo responsável, acrescido ·da margem·estimada de lucro do comerciante varojista obtida mediante aplicação depercentual fixado em lei sobre aquelevalor;
Novembro de 1983
b) O valor da operação promovidapelo responsável, acrescido da mar,gemde lucro atribuida ao revendedor, nocaso de mercadorias com preço de venda, máximo ou úni,co, mareado pelofllibricante ou fixado pela autoridadecompetente.
§ 10. 'Caso a margem de lucro efe,liva seja normalmente superior à eBtImada na forma da almea a do pa:ágrafo anterior, o percentual ali estabelecido s'erá substltuido pelo que fordeterminado em convênio celebrado naforma do disposto no § 6.° do art. 23da Constituição J!1edel'al."
Art. 2.° Fica acrescentado ao art. 3.0 doDecreto-lei n.O 406, de 31 de de2íembro de1968, o SJeguinte parágrafo:
"Art. 3.° .
§ 7.° A iei estadual poderáestabelecer que o montante devido pelo con'!ribuinte, em determinado periodo, reJa calculado com base em valor fixadopor ,estimativa, garantida, ao final dop.edodo, a complementação ·ou a res~
tituição em moed,a ou sob a forma deuti1ização como crédito fiscal em relação, l'Elspectivamente, 1M qua-iltias pagas com insuficiência ou em excesso."
Art. 3.0 Ficam acrescentados ao art. 6.°do Decreto-lei n.O 406, de 31 de de2iembrode 19608, os seguintes parágrafos:
"Art. 6.° .
§ 3.° A lei estadual poderá atrf.buira condição de' responsáv'el:
a) ao Industrial, come,rclante ou outra categoria de contribuinte quantoao imposto devido na operação ou operações anteriores promovidas com amercadoria ou seus insumos;
b) 'ao produtor, industrial ou comercIante atacadista, quanto ao impostodevido pelo comerciante varejista;
c) ao produtor ou industrial, quantoao imposto devido pelo comercianteatacadista e pelo comerciante val'ejista;
d) aos transportadores, depositáriose demais encarl"egados da guarda oucomercialização de mercadorias.
§ 4.° Caso o l"C:.ponsável e o contribmnte substituido estC',jam est.a.b1elecldos ,em Estados diversos a substituição depende:rá de convênio entre os,Estados interessados."
Art. 4.° ESlta Lei entra em vigor na datade sua publicação.
Art. 5.° Revog'am-se as dispOlSições emcontrário e, em especial, o inciso V do art.1.0 da Lei Complementar n.O 4, de 2 de dezembro de 1969.
Câmara dos De<putados, 12 de novembrode 1981. - (Assinatura ilegivel).
LEGlSLAÇAO CITADA
CONSTITUIÇAO DA REa.''úBLICAFEDERATIVA DO BlRASIL
.................. ' ~ .CAi?l'I1ULO V
Do Sistema TributárioArt. 23. Compete aos Estados e ao Dis
trito Flederal instituir impostos sobr,e:
DIÃRIO DO CONGRESSO :'-JACIONAL (Seção I)
§ 6.° As isenções do Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos fixados em convênios, celebra,dos e raltificados pelos Estad05, segundo o dispostoem lei compLementar.
CAPíTULO IV
Dos Direitos e Garantias IndividuaisArt. 153. A Constituição ass,e,gur,a aos
br,alSiledros ,e aos ·estrangeiros residentes nolP'aisa inviollliblUdade dos direitos concernentes à vida, à liberdade, à segurança eà propriedade, nos termos seguintes:
§ 29. Nenhum tributo será exigido ouaumentado sem que a lei estabeleça, nemcobrado, em cada ex:ercicio sem que a leique o houver instituido ou aumentado esteja em vigor antes do inicio do exerciciofinanceiro, ressalvados a tarifa alfandegária e a de transporte, o imposto sobre produtos industrializados e outro, especialmente indicados em lei complementar, além doimposto lançado por motivo de guerra edemais casos. previstos nesta Constituição.
DECRETO-LEI N.o 406,DE 31 DE DEZEMBRO DE 1968
Estabelece normas gerais de direitofilUtnceiro, aplicáveis aos impostos sobre operações relativas à circulação demercadorias e sobre serviços de qualq~er natureza, e dá outras providênelas.
Art. 2.° A base de cálculo do imposto é:
I - o valor da operação de que decorrera salda da mercadoria;
11 - na faLt,a do valor a que se refere oinciso .anterior, o preço corrente da mereoadoria ou sua similar, no mercado atacadista da praça do r,emetente;
111 - na falta do valor e na impossibilidade de determinar o preço aludido no inciso anterior:
a) se o l'emetente for industrial, o preçoFOB estabelecimento ind'lIstrlal, à vis1:la;
b) se o remetente for comerciante, o preço FOB ,estabelecimento comercial. à vista,em vendas ,a outros comerciantes ou industriais;
IV - no caso do inciso Ir do art. 1.°, abase de eâlculo é o valor constante doIS- documentos de importação, convertido emcruzeiros à taxa cambl'al efetivamente aplicada ,em cada caso e ,aln",escido no valor dosimpostoI? de importação e sobre produtosinduSltria-lizadoll, e demais despesas aüuaneIras deti'vamente pagos.
§ 1.° Nas saidas de mercadorias para e5t!llbelecim:ento em outro Estado, pertencente ao mesmo titular ou seu representante,quando as meTcadorias náQ devam sofrer,no esta:~elec1'men.to de destino, alte:raç.âode qualquer espécie, salvo re,acondicion<l.mento e quando a r,emessa for í1eita porpl"eço de venda a não-contribuinte, uniformeetn todo o PailS,a base d,e cálculoserá equivalente a 75% deste preço.
§ 2.° Na hipóte&e do inciso In, b, desteartigo, se o esta,belecimento comercial remetente não efetua·r vendas a outros comerciantes ou a industriais, a base de cálculo s,erá equival'ente a 75% do preço de
Terça-feira 19 [1815
v·enda no estabe1e,cimento remetente, observado o disposto no. § 3.0
§ 3.° Para aplicação do inciso 11 docaput deste artigo adotar-se-á a médiaponderada dos preços efetivamente cobrados pelo estabelecimento remetente no segundo mês anterior ao da remessa.'
§ 4.0 Nas operações interestaduais entreestabelecimentos de contribuintes diferentes, quando houver reajuste do valor daoperação depois da remessa, a diferençaficará sujeita ao imposto no estabelecimento de origem.
§ 5.° O montante do imposto sobre produtos industrializados não integra a basede cálculo definida neste artigo:
I - quando a operação constitua fatogerador de ambos os tributos;II - em relação a mercadorias sujeitas
ao imposto sobre produtos Industrializados,com bas·e de cálculo relacionada com o preçomáximo de venda no varejo, marcado pelofabricante.
§ 6.° Nas saídas de mercadorias decorrentes de operações de venda aos encarregados da ex,ecução da politica de preçosmínimos, a base de cálculo é o preço mínimo fixado pela autoridade federal competente.
§ 7.° O montante do imposto de circulação de mercadorias integra a base de cálculo a que se refere este artigo, consti··tuindo o respectivo destaque mera indicação para fins do ~ontrole.
§ 8.° Na saida de mercadorias para oexterior ou para o.s estabelecimentos a quese refere o § 5.° do art. 1." a base de cálculoserá o valor liquido faturado, a ele não seadicionando frete auferido por terceiros. seguro ou despesas decorrentes do .serviço deembarque por via aérea ou marítima.
Art. 3.° O imposto sobre circulação G!'mercadorias é não-cumulativo, abatendo· Se.em cada operação, o montante cobrado na"anteriores, pelo mesmo ou outro Estado.
Art. 6.0 'Contribuinte do Imposto é o co··merciante, industrial ou· produtor que pro·move a saida da mercadoria, o que a im·porta do exterior ou o que arremata emleilão ou adquire, em concorrência promovida pelo Poder Público. mercadoria importada e apreendida.
SUBSTITUTIVO DO SENADO (
Ao Projeto dle Lei da Câmara n." IH,de 1981 - Complementar (n.o 168-B/90,na Casa ôle origem), que "altera o De..ereto-lei n.O 406, de 31 de dezembro de1968, que estabelece normas gerais dedireito tributário, e dá outras providências".
Substitua-se o Projeto pelo seguinte:
Dá nova redação ao inciso V do ari.1,0 da Lei Complementar n.o 4, de 2 dedezembro de 1969, restabelecendo o dife,·rimento do 10M na importação de matérias-primas destinadas à industriali··zação.
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° O inciso V do art. 1.0 da Lei Com··
plementar n.o 4, de 2 de dezembro de 196qpassa a vigorar com a seguinte redaçâ.o:
"Art. 1.0 .
V - as entradas de mercaclClrias i;'.:portadas <10 exterior, quando C:~'::j",:.J:':
11816 Terça-feira I"
à utilização como matéria-prima emprocessos de industrialização, em estabelecimento do importador, são fatosgerador,es de imposto sobre circulaçãode mercadorias, cuj a incidência ficarádiferida para o momento da saída, doestabelecimento, dos produtos industrializados resultantes."
Art. 2.0 Esta Lei entra em vigor na datade sua publicação.
Art. 3.° Revogam-se as disposições emcontrário.
Senado Federal, 25 de outubro de 1983. Senador Moacyr HalIa, 1.0-Vice-Presidenteno exercício da Presidência.
SINOPSE
PROJETO DE LEI N.o 114. DE 1981,SENADO FEDERAL - COMPLEMENTAR
m.o 168-B/80, Câmara dos Deputados)Altera o Decreto-lei n.O 406, de 31 de
dezembro de 1968, que estabelece normas gerais de direito tributário, e dáoutras providências.
Lido no expediente da sessão de 12-11-81,e publicado no DCN (Seção Ir) de 13-11-81.
Distribuído às Comissões de Constituiçãoe Justiça, de Economia e de Fínanças.
Em 30-11-81, foram lidos os seguintesPareceres:
N.o 1.354/81, da Comissão d·e Constituiçãoe Justiça, relatado pelo Senhor SenadorBernardino Viana, pela juridicidade e constitucionalidade do projeto.
N.o 1.355/81, da Comissão de Economia,relatado pelo Senhor Senador Alberto Silva,pela aprovação do Projeto de Lei Complementar.
N.o 1.356/81, da Comissão de Finanç'ls,relatado pelo Senhor Senador BernardinoViana, pela aprovação do Projeto.
Em 30-11-81, é incluído em Ordem do Dia.'Em 5-12-81, é incluído em Ordem do Dia,
tem sua discussão adiada para a sessão de3-3-82, nos termos do RQS n.o 432/81, deautoria do Senhor Senador José Líns, apósfalarem no seu encaminhamento os Senhores Senadores Dirceu Cardoso, HelvidioNunes, Itamar Franco e José Lins. A SGM.
Em 3-3-82, discussão encerrada, ficando avotação adiada por falta de quorum. ASGM.
Em 3-3-82, é incluído ·em Ordem do Dia.próxima sessão, votação em turno único.
Em 4-3-82, votação adiada por falta dequorum, após usarem da palavra no seuencaminhamento os Senhores SenadoresDirceu Cardoso, Hugo Ramos, José Fragellie Bernardino Viana. A SGM.
iEIn 4-4-82, é incluído em Oroem do Díapróxima sessão, votação em turno nínico.
Em 5-3-82, votação adiada por falta dequorum.
Em 5-3-82, é incluído em Ordem do Diapróxima s-essão, votação em turno único.
!Em 8-3-132, votação adiada por falta dequorum. É incluido em Ordem do. Dia dapróxima sessão, votação em turno único.
tEm 9-3-82, votação adiada por falta dequorum. É incluído em Ordem do Dia dapróxima sessão, votação e;n turno único.
iEIn 10-3~82, votação adiada por falta dequorum,a.põs falar no seu encaminihamentoo Senador Dirceu Cardoso. :ti: incluítlo emOrdem do Dia da ~róxima sessão, votaçãoem turno único.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Em 111-3-'82, votação adiada por !falta dequorum, após usarem da palavra no seuencaminhamento os Senhores Senadores José Fragelli, Lázaro Barboza, José Lins eAgenor Maria. A OOM.
Em 11-3-82, é ,inc1uído em Ordem do Dia.'Em 12-3-82, votação adiada por falta de
quorum. É incluído em Ordem do Dia dapróxima sessão, votação em turno único.
Em 15-3-82, votação ·adiada por falta dequorum.
!Em 16-3-82, é incluído em Ordem do Diada próxima sessão, votação em turno único.
Em 17-3-,82, votação adiada por falta dequorum. É incluído em Ordem do Dia.
Em 17-3-82, é incluido em Ordem do Dia.!Em. 22-3-82, é lido o RQS n.O 47/8Z, de
autoria do Senhor Senador José Fragelli,de adiamento da votação do projeto, a fimde que sleja encaminhado ao reexame daCF, confo,rme Justificação feita por SuaExcelência na sessão de 1\1 do corrente. Porfalta de quorum, fica a votação do requerimento adiada. A SOoM.
tEm 22-3-82, é incluído em ordem do Dia.tEm 23-3-82, tem o RQS n.o 47/82, sua vo
tação ·é adiada por falta de quorum.Em 23-3-82, sobrestada a apreciação da
matéria, em virtude de fa.lta de quorum,para votação do RQS n.O 47/82.
Em 24-3-82, é incluído em Ordem do Dia.
Em 2'5-3-82, votação ailiada por falta dequorum.
Em 25-3-82, é incluído em Ordem do Dia.Em 2·5-3-32, sobl'estada sua apreciação,
em virtude da falta de quorum, para votação do RQS n.O 47/82.
!Em 26-3-82, é incluído em Ordem do Diada próxima sessão.
IEm 29-3-82, apreciação sobrestada emvirtude da falta de quormn, paIa votaçãodo RQS n.O 47/82.
'Em 29-3-82, é incluido em Ordem. do Diada próxima sessão.
Em 30-3-82, apreciaçfuJ sobrestada por falta de quorum, para votação do RQS número 48/82. É incluído em Ordem do Dia.
Em 31-3-82, apr.eciação sobrestada porfalta de quorum, para votação do RQS n.o47/82.
Em 311-íH312, incluído em Ordem do Dia.Em 1.°-4-82, apreciação adiada por falta
de quorum, para votação do RQS n.O 47/82.
Em. 1.°-4-82, é incluído em Ordem. do Dia.tEm 2-4-82, a,preciação a:diruda por falta
de quorum, para votação do RQS n.o 47/82.tEm 2-4-82, é inclu~do em ÜI'dem do Dia.Em 112-4-82, a.preciação llidiada por falta
de quorum, para votação do R.QS n.o 47/82.Em 12-4-82, é incluído em Ordem do Dia
da próxima sessão, votação em turno único.Em 13-4-82, votação adiada por falta '!ie
quorum para llJpreciar o RQS n.O 47/82.Em 13-4-82, é incluído ,em Ordem do Dia.tEm 23-4-82, aprecial}ão adiada por faJ.ta
de quorum, paIa votação do RQS n.O 47/82.Em 14-4-82, é incJuído em Ordem do Dia.!Em .15-4-82, apreciação ·adiada em virtude
da falta de quorum, para votação do RQSn.o 47/32, aTlós usa:r da paI:wra o SenhorSenador Dirceu Cardoso. É incluído em Ordem do Dia.
Novembro de 1983
Em l6-4-82, apreciação adiada por faltade quorum, para votação do RQS n.o 47/82.Ê incluído em Ordem do Dia.
IEm 1.'9-4-82, apreciação sobr·estada em virtude da falta de quorum.
Em 19-4-82, é incluído em Ordem do Dia.Em 20-4-82, rupreciação adiada em virtu
de da falta de quorum para votação doRQS7n.0 47/8-2.
fEm 20-4-82, é incluído em Ordem do Dia.Em 22-4-82, apreciação adiada em virtude
da falta doe quorum, para votação do RQSn.o 47/82. É incluído em. Ordem do Dia dapróxima sessão.
Em 26-4-'82, aipreciação adiada por faltad~ quorum.
tEm 26-4-82, é incluído em Ordem do Dia.tEm 27-4-82, llJpreciação sobrestada 'em vir
tude da falta de quorum, para votação doRQS n.O 47/82.
Em 27-4-82, é incluído em Ordem do Dia.
tEm 28-4-'82, aprovado o IRQS n.O 47/82,a,pós falarem no seu encaminhamento osSenhores Senadores José Fragelli e ItamarFranco. A .cF.
iEm 5--110-83, foram lidos os seguintes Pare·ceres:
N.o 866/83, da Comissão de Finanças, relatado pelo Senhor Senador Roberto Campos, para co'rporificar a fórmula do diferimento, é sugerida a Emenda Substitutivas·em n.o
N.o 867/83, da Comissão de Constituíção eJustiqa, l'elatado pelo Senhor Senador JoséIgnácio, pela ap.rovaqão da Emenda Substitutiva. na forma da Subemenda Substitutiva n.O 1-CCJ à Emenda Substitutiva daCF.
'Em 5-110-'83, aguardando a inclusão emOJ."ldem do Dia.
Em 18-110-83, é incluído em Ordem do Dia.!Em W-<1O-:8-3, aprovada a SU!bemenda
substitutiva da CC.T, ficando pre<judi,cadoso rprojeto e o substitutivo da CF. A OR, afim de redigir o v,encida para o truno Suplementar.
,Em 20--110-83. é lido o Parece,r n.o 8909/83,da Comissão de Redação, relatado pelo Senador Saldanha iDerzi.
tEm 24-110-183, é aprovado em turno Suplementar.
A Câmara dos Deputados com o Ofícion.O SM/702, de 2,5-1{l-B3.
PROJETO HE LEI N.'" JUJ72-A, DE 1983(Do Poder Executivo)
MENSAGEM N.o 337/83Autoriza 4) Poder lExecutivo a. cele
brar transação (lom a Fundação Abrigodo Cristo Redentor, para :pôr fim aolitígio que especifica, e dá outras providências; tendo parecer, da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, nl) mérito, pela aprovação.
(Projeto de Lei n.o 2.072, de 1983, aque se refere o parecer.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 iFica o Poder Executivo autori
zado a celebrar transação com a FundaçãoAbrigo do cristo Redentor, nos termos doartigo 1.02'5 do Código Civil, com o objetivo de extinguir a ação ordinária núme-
Novembro de 1983
1'0 2.645.025, proposta pela União, na Terceira Vara da Justiça Federal - seção Judiciária do Rio de Janeiro, para anular adoação de terras de que tratam os Decretosleis n.OS 5.441, de 30 de abril de 1943, e9.899, de 16 de setembro de 1946.
Art. 2.0 A transação referida no artigoanterior deverá observar, entre outras, asseguintes condições:
I - a escritura de doação será aditada,a fim de permitir-se a alienação, oneraçãoou locação de partes do imóvel e benfeitorias eventualmente aderidas, com o objetivo de obter recursos para a execução dasfinalidades da Fundação;
TI - as custas e despesas processuais correrão por conta da Fundação Abrigo doCristo Redentor.
!Parágrafo único. No caso do item r, aalienação far-se-á mediante concorrênciapública e exclusivamente para fins de execução de programas habitacionais de interesse social, vinculados ao Sistema Nacionalde Habitação.
Art. 3.0 A presente Lei entrará em vigorna data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.
Brasília, de de 1983.
LEGISLAÇÃO CITADA
CóDIGO CIVIL
CAPíTULO IX
Da TransaçãoArt. 1.025. li: licito aos interessados pre
v-enirem, ou terminarem o litígio medianteconcessões mútuas.
DECiRiETO-IJEI N.o 5.441, DE30 DE AmUL DE 1943
Transfere .gratuitamente à FundaçãoDarcí Vargas, para a instalação da Cidade das Meninas, o domínio pleno deterras, que menciona, situadas no Município de Nova Iguaçu, no Estado doRio de Janeiro, e dá outras providências~
O Presidente da República, usando daatribuição que lhe confere o artigo 180 daConstituição, decreta:
Art. 1.0 Fica transferido gratuitamenteà Fundação Darcí Vargas o domínio plenode uma área de terras compreendida entrea Estrada de Rodagem Rio-Petrópolis, oCanal de Iguaçu, o Canal de iCapivari e oCanal do Pilar, figurada na planta constante do processo protocolado no TesouroNacional sob o n.O 34.675, de 1942, e desmembrada do próprio nacional Fazenda deSão Bento, onde se acha instalado o NúcleoColonial São Bento, situado no Municipiode Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro.
Art. 2.0 A área de teTras mencionada noartigo anterior destinar-se-á à instalação.ali, da Cidade das Meninas, a cargo da mes-ma Fundação Darci Vargas. .
Art. 3.0 lNa Diretoria do !Domínio daUnião assinar-se-á o contrato de efetivação da transferência da áTea de! terrasmencionada no art. 1.0, com os elementostéçnicos constantes do processo antes citado.
§ 1.0 O contrato será lavrado em livroda repartição e valerá como escritura pública, para efeito de transcrição no Registro de Imóveis competente.
DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (SeçiJo I)
§ 2.0 O contrato será isento de qualquerimposto de selo ou emolumento e sua transcrição no Registro de Imóveis ,~ompetente
far-se-á gratuitamente.Art. 4.0 Nenhum ônus ou contribuicão
fiscal, a qualquer titulo, federal, estadualou munic1pal, gravará a área de terras, cujodominio pleno se transfere pelo presentedecreto-lei, isenção essa que se estenderáàs construções e benfeitorias que na mesma área de terras se fizerem.
:Art. 5.0 O dominio pleno da área de terras mencionada no art. 1.0 reverterá ao patrimônio da União, sem que esta respondapor indenIzação de espécie alguma, aindamesmo quanto às construções e benfeitorias, incorporadas ao solo., em qualquer dosg.eguintes casos:
a) se as obras da instalação da Cidadedas Meninas não se iniciarem dentro de2 (dois) anos, contados da data deste decreto-lei;
b) se a Fundação Darci Vargas não derà área de terras -ele que se trata o destinomencionado no art. 2.°;
c) se a mesma Fundação não preencheras suas finalidades sociais; e,
d) se, ainda, se extinguir.
Art. 6.0 O presente decreto-lei entraráem vigor na data de sua publicação, revogadas as di&posições em contrário.
Rio de Janeiro, 30 de abril de 1943, 122.0
da Independência e 55.0 da República.
DEORiETO-LEI N.O 9.899,DE 16 DE SETEMIB[RO DE 1946
Autoriza a Fundação Darci VaJI'gas atransferir bens à Fundação Abrigo doCristo Redentor.
a Presidente da República, usando daatribuição que lhe confere o artigo 180,decreta:
Art. 1.0 Fica a Fundação Darcí Vargasautorizada a transferir à Fundação Abrigoqo Cristo Redentor, mediante doação, todosos seus bens, inclusive os referidos no Decreto-lei n.O 5.441, de 30 de abril de 1943.
Art. 2.0 A transferência dar-se-á nostermos e com as isenções e encargos previstos no citado Decreto-lei n.o &.441, mediante contrato lavrado perante a Diretoria do Domínio da União, que valerá comotitulo para transcrição no registro competente.
Art. 3.0 Esta Lei entra em vig;or na datada sua publicação; revogadas as disposições em contrário.
[Rio de Janeiro, 16 de setembro de 1946;12'5.° da Independência e 58.0 da República.
MENSAGEM N.o 3:1:7, DE 1983
(iDo Poder Executivo)Excelentissimos Senhores Membros do
Congresso Nacional:Nos termos do artigo 51 da Constituição,
tenho a honra de submete,r à elevada deliberação de Vossas Excelências, acompanhadode Exposição de Motivos do senhor Ministrode Estado da Fa'renda, o anexo projeto delei que "autoriza o Poder Executivo a celebrar transação com a Fundação Abrigo doCristo Redentor, para pôr fim ao litigio queespecifica, e dá outras providênCias".
Brasília, 13 de setembro de 1983. - JoãoFigueiredo.
Terça-feira 19 11817
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS iN.O 084,DE 18 DE JULHO DE 1983, DO
MINISTÉRTO DA FAZENDAExcelentíssimo Senhor Presidente da República
Mediante termo lavrado em 5 de fevereIro de 1959, com força de escritura públlca,Delegacia do Serviço do Patrimônio daUnião procedeu a doação à Fundação Abrigo do Cristo Redentor, entidade hoje supervisionada pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, de área de terrascom 19.217.070,88 metros quadrados, desmembrada do Núcleo Colonial São Bento,Município de Nova Iguaçu, Estado do Riode Janeiro, de conformidade com a autorização constante do Decreto-lei n.o 5.441,de 30 de abril de 1943, alterado pelo Decreto-lei n.O 9.899, de 16 de setembro de 1946.
2. Na forma das citadas diSiposições legais, a doação foi feIta com a finalidadede ali se instalar a "CIdade das Meninas",devendo o imóvel reverter ao patrimônioda União se não fosse cumprido qualquerdos seguintes encargos:
a) se as obras de instalação da Cidadedas Meninas não se inicIassem dentro de2 (dois) anos;
b) se a Fundação não desse à área de terras o mencionado destino;
c) se a Fundação não preenchesse suasfinalidades; ou
d) se, ainda, se extinguisse.3. [Procedendo a vistoria no local, o ser
viço do Patrimônio da União considerou, emH}80, que a donatária não estava dando aoterreno sua correta destinação, tendo havido invasões de terceiros, lotea,mentos, e outras irregularidades denotadoras de má utilização e de descumprimento dos encargosimpostos por lei.
4. Em conseqüência, a União propôsação ordinária contra a Fundação, visandoa revogar a doação, a qual corre perantea 3." Vara da Justiça Federal - seção Judiciária do !Estado do Rio de Janeiro, sob on.O 2.645.025.
5. Entr:etanto, reexaminados os fatos,verificou-se que as irregularidades, entãoa,pontadas, são devidas, basicamente, à extensão do imóvel, excessIvamente grandepara os fins a que se propunha a doação.
6. ALém disso, surgIu interesse de entidades vinculadas -ao Sistema Nacional deHabitação de construir, em parte do terreno, um conjunto com cerca de 25 milunidades habitacionais do tiq;)o popular, incluindo casas e apartamentos com implantação de sist~ma viário, sanitário, de lazer, equipamentos comunitários e expressivo percentual de cinturões verdes.
7. ,Segundo a direção da Fundação, aproposta apresenta uma sêrie de benefícios,não só para a comunidade circunjacente,mas também para a própria Fundação, quepoderá, através dela, auferir substanciaisrecursos para a realização de seus fins sociais e contar' com melhor infra-estruturapara o funcionamento do "Lar das Meninas".
8. AprecIando a matéria, a ProcuradoriaGeral da Fazenda Nacional, que em pronunciamento preliminar se havia manifestado favoravelmente à operação, desde queobtidas a vênia do Ministério da Previdência e Assistência SocIal e a desistência, pelaUnião, da ação anulatória da doação, concluiu ser necessária medida legislativa, por
11818 Terçél-fcira I'"
se tratar ele transação em ação relacionadacom o partimônio imobiliário da União eimportar em autorização à Fundação paraalienar mais da metade da área, o que nãoestá previsto nas leis da doação.
9. Essa conclusão mereceu a concordância do Ministério da Previdência e Assistência Social.
10. Nessas condições, tenho a honra desubmeter à superior consideração de VossaExcelência o incluso anteprojeto de lei, queautoriza o Poder Executivo a celebrar transação com a Fundação Abrigo do CristoRedentor para o fim de removeras obstáculos legais à consecução do objetivo deque trata o item 6 anterior.
11. O anteprojeto de lei se mostra cauteloso, na medida em que estabelece as condições mínimas para a transação e determina a realização de concorrêncía no easoda alienação, esta condicionada, também,à execução de programas habitacionais deinteresse social, vinculados ao Sistema Nacional de Habitação.
12. Dada a lnconveniência do prosseguimento da ação anulatória, a matéria reveste-se de caráter urgente, pelo que peço vênia para sugerir seja o assunto submetidoà apreciação do Congresso Nacional com asolicitação de que trata o § 2,0, do artigo51, da Constituição.
Aproveito a oportunidade para renovara Vossa Excelência os protestos do meu maisprofundo respeito. - Ernane Galvêas, Ministro da Fazenda.
PARECER DA COMISSÁODE CONSTITmçÁO E JUSTIÇA
I - RelatórioPHJjeto oriundo do Poder Executivo
vi;;,; ~" obter lei que permita ao Poder Executivo celebrartmnsação com a FundaçãoAbrigo do Cristo Redentor, para pôr fima litígio exiEJ~ente entre ,a União e essa 'entidade; originou-se o litígio pelo fato denão ter dita entidade condições de cumprir os encargos na doação que lhe fizeraa União atrav,ég de autorização concedidapelos Decretos-leis n.os 5.441/43 e 9.899/46.
Em sua exposição de motivos esclareceo Ministério da Fazenda que os fatos fOl:amreexaminados, surgindo interesse de entidades vinculadas ao Sistema Financeirode Habitação construir no local cerca de25 mil unidades habitacionais do tipo popular. A Procuradoria da Fazenda Nacionalmanife.Sltou-.'>e pela necessidade de desistência pela União da ação anulatória e delei autorizativa para tornar perfeito o negócio jurídico a ser celebrado pela Uniãoea Fundação.
Nos termos de expressa di8posiçãG regional -compete a este órgão colegiado apreciar os aspectos de con.~titucionalidade, juridicidade, técnica legis}ativa e mérito daproposição que se insere na órbita do Direito Civil.
O Proj,eto é constitucional, Itendo porembasamento os arts. 8.°, XVII, b, da Con8tituiçãG F1ederaI. Encontra-'se redigido segundo as boas normas que lnformam atécnica legislativa, não violando Principios de Dir,eito Natural.
Sua aprovação viria a extinguir UlI1 litlgio, poupando tempo e despensas às partes; Ministério da Previdência e Assistência Social e o Ministério da Fazenda já semanifestaram favoráveis a efeotiv'ação da
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seç}o n
transação, estabel'ecendo critérios e requisitos para eventual alienação o que dá umcunho de segurança quanto as futuras medidas, com relação ao imóvel, a ser tomadapela fundação Abrigo do Cristo Redentor.
11 - Voto do RelatorFace ao ,exposto opinamos pela COThstitu
cionalidade, juridicidade, boa técnica legisI'ativa do Projeto de Lei n.O 2.072/00, doPoder Executivo, e, no mérito, por sua aprovação.
Sala da Comissão, de de19'83. - Brabo de Carvalho, Relator.
In - Parecer da ComissãoA ComL~são de Constituição e Justiça, em
reunião plenária realizada hoje, opinouunanimemente pela constitucionalidade,juridicidade, técnica legislativ,a e, no mérito, pela aprovação do projeto de Lei n.o2.{}72/83, nos termos do parecer do rela-tor. .
iEstiv'erall1. pres·entes os Senhores Deputados: Bonifácio de Andrada, Presidente;Leorne Belém e Brabo de Carvalho, Vicep.residentes; Hamilton Xavier, VaImor Giavarina, Plínio Mantins, Jorge Carone, Nil-
. son Gibson, Sérgio Murilo, Afrísio VieiraLima, Jooé Carlos Fonseca, Aluízio Campos, João Cunha, João Gilberto, GuidoMoesch. Júlio Martins, N<elson Morro, Natal Gal'e, José Melo, José Genoino, J'oséTavares, Ronaldo canedo, Jorge Arbage,Amadeu Geara, Gerson Peres, Ernani Sátyro, Theodoro Mendes, Luiz Leal, Elquiss·on Soares, Osvaldo Melo, Celso Barros,Djalma Bessa, Lélio Souza, Onísio Ludovico, Mário Assad, José Penedo, Egidio Ferreir,a Lima, Brandão Monteiro, Pimenta daVeiga, Raimundo Leite, Luiz Henrique, Armando Pinheiro, Gasthone Righi, AdemirAndrade, José Burnett e Arnaldo Maciel.
Sala da Comissão, 19 de outubro de 1983.- Bonifáoio de Andrada, PresidenteBrabo de Carvalho, Relator.
PROJETO DE LEI N.o 2.46&, DE 1983
(Do Sr. Floriceno !Paixão)Dispõe sobre a autonomia adminis
trativa e financeira do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD<), doTribunal Especial (TE) e dos Tribunaisde Justiça Desportiva (TJD) e dá outrasprovidências.
(As Comi·ssões d'e C:onstituição 'e Justiça e de Esporte e Turismo.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O Superior Tribunal ue Justiça
Desportiva (STJiD), o Tribunal Especial(TE) ,e os Tribunais de Justiça Desportiva('DJD), órgãos da Justiça Desportiva, l.'efteridos 110 art. 2.0 da :Portaria n.O 702, de 17de dezembro de 11.l81, do Ministério da Educação e Cu}tura que aprovou o Código Brasileiro Disciplinar .do Futebol, terão autonomia administrativa e financeira, na formaestabelecida nesta J,ei..
!Parágrafo único. fus Juntas de JustiçaDesportiva (J'JD) receberão das respectii'asFederações de Futebol, a título de "auxíliomanutençáo", parte das multas e taxas imposta:s e arrecadadas pelos Tribunais deJustiça Desportiva (TJD) no ano anterior.
Art. 2.° A Confederacão Brasileira. deFutebol (CBF) destinará' obrigatoriamentea cada ano, em seu orçamento, quantia nãoinferior a ll}% (dei/i, por cento) de sua re-
Novembro de 1983
ceita total ao Superior Tribunal de JustiçaDesportiva (STJD) 'e ao Tribunal 'Espeecial('lEJ.
§ 1.0 O per.centuaI a que s'e reJere esteartigo será 'dividido igualmente entre osTribunais menciona·dos.
§ 2.'" A quantia as.sim obtida será administrada pelos :Presidentes dos r,espectivasTribunais, sendo que iiO% (cinqüenta porcento) se -destinará exclusivamente às despesas administrativas 'e o restante a gastoscom representação, comunicação e trans··ported'e s·cus membros.
Art. 3.° As Federações de Futebol igualment'8 destmaráo, a cada ano, 10% (dez porcento) de sua receita global aos TrIbunaisde Justiça !Desportiva (TJD) , os quais :;:>roced-ereão na JGrmaestipulada nos §§ 1.0 e2.0 do artigo anterior.
Art. 4.° Os pel!centuais destinados aosórgãos da Justiça Desportiva serão divididos em 12 (doze) parcelas, sendo que o último dia -de cada mês cada uma delas seráliberada ao Tribunal beneficifurio, por seuPresidcnte.
Art. 5.° O "auxílio-manutenção" a que serefere o parágrafo único do art. 1." serálJegulamentado ,em 60 (sessenta) dias, a contar da data da publicação desta lei,por atodo Presidente 'da iFederação de Futebol decada Estado ou Território.
Art. 6.° Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as disposições 'em contrário.
JustificaçãoO futebol no mundo em geral e no Brasil
em particular vem tendo, a cada ano, cadavez mais significação na ordem imperantedos valores que estruturam as sociedades.Sua ex;pressão jã ultra,passou as simpleslides de uma competição es.portiva para seespraiar na cultura, no social e até no político.
Altas somas são empregadas na construção de estádios amplíssimos, na remuneração dos atletas, na aquisiçãG dos passes ena sua revenda e, até mesmo, na publicidade que gira em torno desta modalidade lúdica. Note-se que os jornais cada vez maisdispensam a ela amplas manehet·es e páginas interiores; que as televisões compramos direitos de vídeo '])or quantias fabulosas;que as rádios esmeram-se em coberturas demuitas horas o. cada clássico e assim pordiante. O futebol vende produtos, faz carreiras políticas, elege e faz cair na deBgraça - conforme uma ou outra circunstância- mandatários da coisa :pública, importa eeXl]JOrta idolos, faz a felicidade ou a infelicidade de massas imensas e é, talvez, a únicaatividade humana que congrega em tornode si multidões de mais de centenas demilhares de pessoas.
Este esporte influencia até nas atividades aeronáutIcas - quando no Campeonato N3icional pro:poll'ciona rev{)adas de atreta,se diretiIVos pelos céus nas mais variadas direções. Dá ânimo à atividade hoteleira, hospedando suas acrescidas delegações na errante peregrinação a que s,e submetem osclubes. Vende produtos estampados nas camisetas dos jogadores e nos :painéis dos estádios. Alimenta, en.fim, um sem-númerode famílias cujos chef.es tiram os proventos de atividades a,fins do futebol.
O futebol, hoje, ell'Vol'Ve interes.ses fantásticos e movimenta quantias incaleuláveis~
algumas até em moeda forre, deixando então de ser mero esporte para atingir o "status" de grande empresa. Alguns clubes têm
l\;ovembro de 1983
orçamentos !;\1aiores que muitos municipiose não tardara o dia em qua sUlpIantarão osd~ certos Estados.
Mas se o futebol evoluiu dest,a fo-rma nasua estrutura maior, engatinha a nivel dosórgãos que jul'gam os que lhes infringem asnormas básicas. Os seus tribunais não dispõem da minima estrutura material e funcional. Aliás, privados estão de qualquerfonte doe receita e vivem às custas das FOederaçôes- de que são poderes.
Lendo-se o Código Brasileiro Disciplinardo Futebol, aprovado pela Portaria n.O 7{)Cl,de 17-'12-81, do Ministério da Educação eCultura, constata-se a importância do Judiciário Esportivo destinado ao fute'bol. Nãose pense que ele dirime ap-enas questões relacionadas às faltas dos aUeta.s e dos dirigentes. Não, ele vai bem mais longe. O atualCódigo. por exemplo, atribui à Justiça Desportivacompetêncla para julgar questõestrabalhistas entre atleta e associação, o quefaz dela um ramo quas,e institucionalizadodo sistema judiciário nacional. E tanto assim é que, Inclusive, algumas Faculdadesde Direito já ensinam em suas cadeiras este ramo do saber juridlco.
Como se nota, 'm'olulu o futebol, aprimorou-se o iDirelto que lhe solve os atritos,cresceram os Clubes e as entidades de cúpula, mas os Tribunais continuam totalmentedependentes das Federações e Confederação.Graças a elas podem dispor de algum funcionário_ ter uma sala e dispor de restritomaterial de eXlpedl,ente.
O projeto quer acabar com este quadrode vexame e penúria. Ele proclama que oSuperior Tribunal de Justiça Desportiva. oTribunal Especial e os Tribunais de JustiçaDesportiva terão autonomia administrativae financeira. As Juntas de Justiça Des'portiva, embora ainda despidas desta independência, re-ceoberão um "auxílio-manutenção"retirado daquUo que o Judiciário Desportivocarrear para os cofres das Federações: taxas e multas arrecadadas.
Para cons-eguir-se a autonomia buscada,a Confederação Brasileira de Futebol destinará 10% (dez por cento), a cada ano, deseu orçamento ao STJ[) e ao 'DE - 50%para cada um, -com o fim especifico de suprir suas deli1pesas administrattvas e de representaç,ão de seus membros. Então poderão os órgãos judicantes instalar-em-se condignamente contratar pessoal, inclusive deassessoria técnica, adquirir material, ter.E>nfbm, 'i'lda autônoma e condizente com suasaltas atrlibuições. B'eus membros, emboranão remunerados, terão ,ensejo d,e rver reembolsadas as despe-sas fe.itas com comunicações, transporte e representação.
]jgual sistemática é adotada para com osTribunais de Justiça Desporttva_ no âmbitodos ,mstados e Territórios, para com as Federações.
A forma 'de repassar a verba está regulamentada no art. 4.°: o total será divididoem 12 partes, sendo .cada uma delas entl'egue ao Tribunal no último dia útil de cadamês.
O "auxílio-manutençãio", ,devido às J1IJl1tas, será re.gulamentado em 60 dias por atodos Presidentes das Federações.
Com isto se pretende equipar de .formadefinitiva os Trtbunats e as Juntas. Daquirpara a frente, 'Com a aiproval,lão de lei, sairão ,eles de seu estado de indigência e r,etemp,erados encontrar-se-ão à altura desuas tar,efas releiVantes.
Sala das Sel3sões, 13 de outubro de HNle.- Floriceno Paixão.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELACêDRDENAÇAO DAS COMISSÕES
PERMANENTES
MlNllSTÉRIO DA EDUOAÇAO E CUL'I'URA
Gabinete do Ministro
POR'I'ACRI,A N.O 702,DE 17 DE DEZEMBRO D~,W8.l
O Minil3tro ode Estado da Educação e Cultura, no uso de suas atrihuições, e porproposta do Conselh.o Nacional de Desportos, nos termos do inciso IIJ:, do ,art. 42, daLei n.06.2-51, de 8 de outubro de 197'5, e doart. 63 do Decreto n.O 80.22'8, de 215 de agosto de 197'7, resolve:
1. Aprovar o Oódlgo Brasileiro Disciplinar de Futebol, que baixa com a presentePortaria, entrando em vigor ,em 1.0 de janeiro de lo!}!~2.
2. Revogam-se.as disposições em contrário. - Rubem Ludwig, Ministro da EducaC(ão e Cultura.
CóDIGO BRASILEIRO mSCIPLINARif)'E FUTEBOL
LIVRO PRJ:MiE:l1RO
Da Justiça Desportiva
TíTULO I
.Da Organização da Justiça c doProcesso Disciplinar
OAPíTULO I
Da Organização da Justiça
Art. 1.0 A organização da Justiça -e oProcesso Dlse:lpIlnar, r-elatlvamente ao ,futebol, regulam-se por este Oódlgo, a que ficam submetidas, em todo o território nacional, aOoi:lfederação Brasileira de Futebol e as federaçã-es, ligas, associações desportivas e pessoas físicas que lti:lfs for,emdireta Ou indiretamente subordinadas, mediante ,remuneração ou sem remuneração.
Art. 2.° São órgãos da Justiça Des1Jortiva:
I - o 8u'perlor Tribunal de Justiça Desportlca - STJ'D;
II - o Tribunal Bsveclal - 'DE;
IH - os Tribunais de Justiça Des'portiva- TJD;
IV - as Juntas de Justiça Desportiva JJ\D.
'Art. 3.0 O Superior TribUnal de JustiçaDeslporttva - STID, com jurisdição em todo o território nacional, tê constituído de 9(nove) auditores efetivos, um dos quais indicado pelo órgão d'e classe dos atletas profissionais ne futebol, e 3 (três) substitutos.
Art. 4.° O Tribunal ES/pecial - 'DE, comjurisdição em todo o território naclon;11, éconstituido de 5 (cinco) auditores efetlovos.um do:!! 'quais indicado pelo õr1gão de classedos atreitas profissionais de futerb()l, e 2(dois) substitutos.
Art. 5,0 Os Tribunais doe Justiça ")e:;-portwa - TJ[), com jurisdição no território decaca federação, são constituldos de 7 (sete)a fll (onze) auditores efetivos, 2 (dois) dosquais indicados pelo ó~gão de eIasse dosatle,tas pro.ftssl,ooats de futebo'l, e 3 (três)substitutos.
Terça-feira 19 11819
Art. 6.° :As Juntas de Justiça Desportiva- JJD, com jurisdição no território das ligas, são constituídas de 3 (três) a 7 (sete)auditcxes efetivo's e 2 (dois) substitutos.
PROJETO DE LEI N.o 2.470, DE 1983
(Do Sr. Henrique Eduardo Alv,es)
Altera dispositivo do Código Civil, demo-do a possibilitar que pessoas comvida em comum, há mais de cinco anos,também possam adotar filhos.
(A Comissão de Constituição e Justiça.)
O Congr'e,sso Nacional decreta:
Art. 1.0 O art. 370 da Lei n.o 3.071, de1.0 de janeiro de 1916 <CoMigo Civil), passa a vigorar com a s,eguinte r,edação:
"Art. 370. Ninguém pode ser adotado por duas pessoas, salvo se foremmarWo e mulher ou comprovarem vida em comum há mais de cinco anos."
Art. 2.° Esta Lei entrará em vigor nadata de sua pu'blicação.
Art. 3.° Revogam-se as dispo,sições emcontrário.
Justificação
O art. 370 do Código Olvil, ,em sua redação vigorante, esta,helece que:
"Ninguém pode ser adol~ado por duaspesiS'Oas, salvo se forem marido ,e mulher."
Com Isto, fica aprioristicamente estabelecida uma discrimin'ação, de sí desatualizada, contra aquelas pessoas que, tendovida conjugal regularíssima, há muitíssimos anos e necessitando adotar uma criança para completar a f-elicidade do lar, entretanto não podem fazê-lo em virtude denão serem legalmente .casadas.
Impõe-se, portanto, a alteração aquipleiteada, que, de resto, é muito mais compatível com a jurisprudência d,e nossos tribunais a respeito das conseoqüências jnridicaLS da união ,entre homem e mulher paravida em comum.
Sala das Sessões, 20 doe outubro de 19G3.Henrique Eduardo Alves.
LEmSL~çAo CITADACóDIGO CIVIL
PARTE ESPECIAL
LIVIRO I
Do Direito da. Fa.mília.
TíTULO V
Das Rel~ões de Parentesco
C:M'í'J.'1ULO V
Da Adoção
Art. 370, Ninguém pode s'er adotado porduas pessoas, salvo se forem marido e mulher.
11820 Terça-feira 19
PROJETO DE LEI N.O 2.485, DE 1983
(Do Sr. Jorge Arbage)Altera dispositivo do Decreto-lei n.o
2.061, de 19 de setembro de 1983, que"dispõe sobre a alienação de mercadorias sujeitas à pena de perdimento, emespecial nos casos de calamidade pública e dá outras providências".
(A Comi<!são de Constituição e Justiça.)
O Congr,esso Nacional decr€'~a:
Art. 1.0 O art. 2.° do Decreto-lei n.o2.{J61, de 19 d,e setembro de 19'83, passa avigorar com .a s,eguinte redação:
"Art. 2.° Incluem-se no tratamentoestabelecido no artigo anterior as mercadorias a,preendidas. obJeto da penade perdimento 31plicada em decisão administratiwa, ainda que o littgio estejapendente de apreciação judicial, salvoquando es'tiver·em à disposição da JusI~iça como objeto ou instrumento decrime."
Art. 2.° Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação.
Art. 3.0 Revogam-se ·as disposições emcontrário.
JustificaçãoO projeto de lei que ora tenho a honra
de submeter à consideração do Congressoresulta de sug.estão a nós enviada pelo Dl'.Aristides Porto de Medeiros, digno Juiz Federal de quem são, ainda, Q~ argumentosde ju'stificação da alteração pret-endida aoDecr.eto-lei n.O 2.061/83, adiante reproduzidos.
,Consoan:e dispõe o aTt. 6.°, II, do Códigode Processo Penal, serão obrigatoriamenteapreendidos os objetos e instrumentos docrime, os quais, nos termos do art. 11,acompanharão os respectivos inquéritos.
[No CMO da Justiça Flederal - e por medida de conveniência, as mercadoriM estrangeirM arr>r·e,endidas .não perma:necffiUnas DeIegacias 'e Postos, mM têm sido logo'encaminhadas aos órgãos da Receita Federal, onde obviamente ficam à disposiçãodos respectivos Juizos, sem prejuízo da instauração dos corr,espondentes processos admInistrativos fiscais. Erutretanto, ainda, quedecretada a perda na es,fera fiscal, referidas mercadorias ali permanecem, até quesejam expressamente liberadas da esierapenal.
O art. 2.0 do Decreto-lei n.O 2.0&1, de 19d,e s,eternbro de 1983 (cuja alteração ora,~,:) propõe), autoriza s·ajam imediatamentevendidas, em leilão ou concorrência pública, "inclusive as merc!lidorias apreendidas'que estiverem à disposição da Justiça Federal como produto, cor.po de delito ouobjeto de crime".
iFora de dúvida é que s,e não justifica, denenhum modo, a alienação de mercadoriasaprendidas e que ainda se encontram àdisposição da Justiça. Com efeil:o, tudo oque interessa à prova do crime deve s·:)rresguardado até que seja judicialmenteliberado. Como exemplo do que certamente acontecerá (s·e permanecer a atual redação do citado dispositivo), tem-se que,depois de alienada a mercadoria (objetoou instrumento de crime) por ato da autoridade fiscal, havendo necessidade de perícia (ou nova perícia), que poderá ser r'equerida pelM partes até à fase a que alu-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
de o art. 499 do CP;?, ou determinada exofficio pelo juiz na do al"t. 502, sua faltaensejará forçosamente a absolvição do culpado, com reflexos negativos para a sociedade.
De mais a mais, por certo que, se formantida a, a,tual redação, e para evitar odesaparecimento de prova, os juíz.es determinarão às autoridades policiais apreensoras que não encaminhem as; mercadorias estrangeiras para os órgãos da, Receita Federal, com o que, inclusive, hav,eráóbice para a instauração de processos administrativos fiscais.
Por fim, convenha-se qUe a pertinentenorma do suso referido Decreto-lei é manif·estamente inconsti<tucional, por isso quede algum modo incursiona em matéria deproC€SSO penal (modificação de prova), sabido que somente o Congresso Nacional poderá legislar a rel'l]Jeito, não autorizando oart. 1;5, da Carta Magna, que tal se dê porato do Presidente da República.
8ala das S,essões, 24 de outubro de 1900.- Jorge Arbage.
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DAS COMISSõES
PERMANENTES
DECRETO-LEI N.o 2.061,DE 19 DE SIETEMElRO DE 1983
Dispõe sobre alienação de mercadorias sujeitas à pena de perdimento, em.especial nos casos de calamidade pública e dá outras providências.
O Presidente da República, no uso daatribuição que lhe confere o art. 55, itemlI, da COll<!I~ituição, decr,eta:
Art. 1.0 O produto integral da venda,em leilão ou concorrência pública, de mercadorias apreendidas suj.eitas à pena deperdimento, com bMe no Decreto-lei n.o1.45'5, de 7 de abril 'rie 1976, aplicada emdecisão final administrativa, poderá serdestin!lido a Estados e Municípios atingidospor calamidade pú1JJica, reconhecida peloMinistério do Interior, para atender às populações flageladas.
Parálgrafo único. Mercadorias de fáClildeterioração e semoventes, mesmo antesda decisão final administrativa, poderãor·eceber o tra':amento previsto neste artigo.
Art. 2.0 Incluem-se no tra,tamento esta:belecido no artigo anterior as merca·dorias apre'endidas, objeto da pena de perdimento aplica;da em decisão administrativa,ainda que o litígio esteja p.endente de apreciação judicial, inclusive as mercadoriasapreendidas que estiverem à disposição daJustiça Federal como produt<J, corpo de delito ou objeto de crime.
Ar,:. 3.0 'Cabível a restituição ou a devolução de mercadorias apreendidas, alienadas na forma deste Decreto-lei, o reclamante será indenizado pelos cofres púbUcos com base .no valor al.'bitrado no procedimento administrativo, atualizado monetariamente de acordo com a variação dasObrigações Reajustáveis do Tesouro Nacíonal, salvo outra decisão da autoridade judiciária.
Art. 4.° A Secl'etarlia da Receita Federal poderá promover, além das demaisformas de destinação que lhe são autorizadas pela legislação em vigor, a inutilização ou destruição de bens ou mercadorias es:rangeiros apreendidos, quando assim
Novembro de 1983
o recomendarem os interesses da economia do Pais.
Art. 5.° Até 31 d-e dezembro de 1984, oproduto das vend'as efetuadas nos termosdo art. 1.0 será integralmente depositadono Banco do Brs,sil S.A.. à ordem do Fundo Especial para Calamidade Pública, instituído pelo Decreto-lei n.o 9.50, d,e 13 deoutubro de 19609.
Art. 6.0 Este Decreto-lei entrará em vigor na data de sua pubilicação, revogadasa's disposições em contrário.
PROJETO DE LEI N.o 2.494, DE 1983
(Do Poder Executivo)MENSAGEM N.o 394/83
Cria a Guarda Costeira.(Às Comissões de Constituição e Jus
tiça, de Segurança Nacional e de Finanças.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° Fica criada, no Ministério da
Marinha, a Guarda Costeira (00), comsede no Distrito Federal.
Art. 2.° Compete à Guarda Costeira:I - exercer orientação e controle da Ma
rinha Mercante Nacional e damais atividades corre1ata.~, no que interessa à Segurança Nacional;
II - exercer a P:olícia Naval;III - contribuir para o provimento da
segurança da navegação, seja ela maritima,fluvial ou lacustre;
IV - fiscalizar as águas sob jurisdiçãonacional, o mar territorial e a plataformacontinental, inclusive no que conceme àpreservação da qualidade do meio ambiente;
V - executar o Serviço de SinalizaçãoNáutica;
VI - integrar o Sistema Nacional deBusca e Salvamento Marí.timo (BAR);
VII - cooperar com os órgãos executoresdo Poder de Polí.cia de todos os Ministériosem suas atribuições fiscais e/ou administrativas no meio ambiente maritimo, fluvialou lacustre, incluindo M respectivas orlas,onde houver qualquer tipo ou porte de nav.egação.
Art. 3.° A Guarda Costeira será subordinada diretamente ao Ministro de Estado daMarinha.
!Parágrafo único. A Guarda Costeira será comandada por um Vice-Almirante daativa do Corpo da Armada e terá comoSubcomandante um Contra-Almirante daativa do Corpo da Armada.
Art. 4.0 Para o desempenho coordenadodas atribuições previstM no inciso VII, doart. 2.0 desta lei, o Comandante da GuardaCosteira será assessorado P<lr um ConselhoConsultivo, constituído de representantes deMinistérios, na forma que dispuser o regulamento desta lei.
Art. 5.° A Guarda Costeira, por intermédio de seus órgãos regionais sediados nafaixa de fronteira, sem prejuízo da coordenação ministerial, manterá estreita ligaçãocom as Repartições Consulares Brasileiras.
Art. 6.° A Guarda Costeira, estruturadaà base da hierarquia e da disciplina, seráconstituida de:
I - militares da reserva não remunerada;
Novembro de 1983 DJÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Terça-feira I~ 11821
conformidade com o qÜ.e dispus lar o Regulamento desta lei.
Art. 18. O prazo paJ:a a opção a que sereferem ()s artigos anteriores sará de 2(dois) anos. a partir da data do Regulamento desta lei.
Art. 19. Fica o Poder Executivo autorizado a transformar a Guarda Costeira,quando julgar conveni-ente, em órgão dotadode personalidade juridica de Direito Público,com patrimônio próprio e autonom.ia administrativa, observadas as seguintes prescrições:
I - manterá a mesrna denominacão doórgão criado por esta lei, da qual Será osucessor para túdos os fins de direito;
II - terá o seu patrimônio inicial cons'i;ituido de imóveis pertencentes à União, aserem transferidos por ato do Poder Executivo;
IH - contará com recursos provenientes:a) de dotaçeõs consignadas no Orçamento
da União;b) da Tarifa de Utilização de Faróis;
c) de contribuição para o En;lino Profissional Marítimo;
d) de rendas de Serviço de SOcorro Ma-rítimo; ,
e) de multas decorrentes de aplicação doRegulamento pam o Tráfego Marítimo;
f) de multas pela apreensão de embarc8.çóes de pesca;
g) de multas prevista,~ em acordos internac10nais de pesca;
h) de doações, auxilios e subvenções quevenham a ser feitas ou concedidas pelaUnião, Estado, Município ou por qualquerentidade pública ou particular;
i) da remuneração por serviços prestadosa entidades públicas ou privadas, medianteconvênio ou contrato especifico; e
j) de outras receitas eventuais.
IV - terá seu orçamento próprio submetido à aprovação da Secretaria de Planejamento da Presidência da República, observada a mesma sistemática formal do Orçamento da União e a competência doórgão central do sistema de orçamento federal;
V - será subordinado diretamente ao Ministro de Estado da Marinha;
VI - constituirá seu.s Quadros d,e pessoal com os servidores da Guarda Costeiraque nela estiverem em exercício à data datransformação;
VII - serão considerados no exercício decargo de natureza militar os militares designados para servir no órgão transfonnado;
VIII - será comandada por um Vice-Almirante da ativa do Corpo da Armada, indicado pelo Ministro de EStado da Marinha; e
IX - terá como Subcomandante, umContra-Almirante da ativa do Corpo da Armada, indicado pelo Ministro de Estado daMarinha.
Art. 20. Esta lei entra em vigor ,na datade sua publicação, revogada a Lei n.o 2.419,de 10 de fevereiro de 1955, e demais disposições em contrário.
H - civis contratados.§ 1.0 O efetivo dos integrantes (milita
res da reserva não remunerada) da GuardaCosteira, que constituirão uma categoriaespecial de servidores públicos, será fixadoem decreto mediante proposta do Ministrode Estado da Marinha.
§ 2.0 Os Quadros de Efetivos dos integrantes da Guarda Costeira abrangerãoclasses e especialidades, de conformidadecom o estabelecido -em regulamento.
Art. 7.0 A Guarda Costeira terá QuadroPermanente de ,pessoal civil, contratado deacordo com tabela de empregos específicose legislação pertinente em vigor.
Art. 8.° Os deyeres, direitos, prerrogativas e vencimentos dos integrantes da Guarda Costeira serão estabelecidos em legislação -especial, não sendo permitidas condições superiores às que, por IBi ou regulamento, forem atribuídas aos militares daativa das Forças Armadas.
Art.9.0 Os salários do pessoal civil serãoBstabelecídos em conformidade com a legislação em vigor e mediante aprovação doPresidente da República, ouvido previamente o Departamento Administrativo do Serviço Público.
Art. 10. Os integrantes da Guarda Costeira usarão uniformes previstos em Regulamento de Uniformes próprio, aprovadopelo Ministro de Estado da Marinha.
Art. 11. Os militares da ativa poderãoexercer cargos e comandos na Guarda Costeira.
Art. 12. O ingresso de militares da reserva não remunerada na Guarda Costeira,bem assim a contratação de pessoal civil,observarão normas e prescrições a seremestabelecidas no Regulamento desta lei.
Art. 13. A dotação orçamentária paraatender as despesas com a implantação e ofuncionamento da Guarda Costeira seráconsignada no Orçamento do Ministério daMarinha, a partir do exercício financeirode 1985.
Art. 14. O Poder Executivo regulamentará a aplicação dos recursos a que se refereo artigo anterior.
Art. 15. Os meios e equipamentos daüuarda Costeira serão obtidos de acordocom Plano de Aparelhamento da GuardaCosteira, a ser submetido à aprovação doPresidente da República pelo Ministro deEstado da Marinha.
Parágrafo único. Para compor os meiosflutuantes iniciais, o Ministro de EStado daMarinha poderá transferir de subordinaçãopara a Guarda Costeira, meios flutuantessubordinados às Forças Navais.
Art. 16. Os Oficiais e Praças da ativa poderão exercer cargos e funções na GuardaCosteira, até que sejam substituídos pelopessoal da Guarda Costeira.
Parágrafo único. Os Oficiais e Praças deque trata este artigo poderão optar peloingresso na Guarda Costeira, na forma quedispuser o Regulamento desta lei.
Art. 17. O pessoal civil dos Quadros doMinistério da Marinha poderá ser designado para prestar serviços na Guarda Cosreira,até que seja substituído pelo pessoal civil doQuadro de Pessoal Civil contratado· daGuarda Costeira.
Parágrafo umco. O Pessoal civil dosQuadros do Ministério da Marinha poderáoptar pelo ingresso na Guarda Costeira, em Brasilia, de de 1983.
LEGISLAÇÃO CITADA
LEI N.o 2.419,DE 10 DE FEVEREIRO DE 1955
Institui a Patrulha Costeira e dá outras providências.
O Presidente da Republica:
Faço saber que (I Congr,esso Nacional decreta e eu s·anciono a seguinte Lei:
Art. 1.0 Ê instituído ú Serviço de Patrul1ha Costeira com os seguintoo objetivos:
a) defender, em colaboração com o Serviço de Caça e Pesca, do Ministério daAgricultura, a fauna maritima, a fkJ·raaquática ·e fiscalizar a pesca no litoralbrasileiro;
b) prestar assistência médica, profiláticae farmacêutica, aos habitantes das zonaslitoràneas desprovidas d-e recursos;
c) minisltrar instruções sistemáticas, ·abordo dos navios da Patrulha Costeira, deforma a orientar os pescadores 'como possíveis auxiliares 'da Esquadra,aperfeiçoando-os nos serviços de sinalização, v-arredura e lançamento ·de minas, e outros. próprios de uma Mari11Jlla de Guerra em operações;
d) manter compIeto serviço estatísticosobre tudo o qu,e concerne ao litor·al e suapopulação;
e) fornecer informaçÓ'es meteoI'Ológicasem caráter permanente e constante, aosserviç.os federais de previsão do tempo;
f) auxiliar os s,erviços de repressão aocontrabando e ao comércio ilícita. de ,tóxicos;
g) manter um serviço permanente de informações sobre ocorrências no mar, emligação com as repartições próprias do Ministério da Marinha e com a Esquadra;
h) auxiliar o Serviço de socorro marítimo.
Art. 2.° O Ser,viço de Patrulha Costeiraficará subordinado diretamente :'<;0 Ministério da Marinha, que lhe· dará regulamentação que melhor convier ao cumprimento ·de suas tarefas.
Art. 3.0 Os membros das tripulações dosnavios do Serviço de Patrulha Costeir,a,quando não peDtencentes ao serviço ativoda Marinha, serão a ele 'equiparados e perceberão todas as vantagens que lhes couberem, dentro da legi01ação em vigor, ficando também sujeitos aos mesmos regulamentos, disciplina e regime militar.
Art. 4.° O Ministério da Marinha faráincluir, todoo os anos, no Orçamento d·aUnião, dotações necessárias à aquisição dematerial para o Serviço de Patrulha Costeira e manutenção ,de seus serviços.
Art. 5.° Os serviços especificados nes·talei 'abrangem também as il:ha.s oceânicas efluviais e as águas navegáveis de nossa bacía potamográfica.
Art.. 6.0 Esta Lei entrará em vigor liadata de \Sua publicação revogadas, a8 disposições em contrário.
Rio de .Janeiro, em 10 de fevereiro de19ü5; 134.° da Incl:ependência. e 6,7.°' da República. - JOÃO OAF'É FILHO - EdmundoJordão Amorim do Valle - Costa PôrW.
11822 Terça-feira 1\'
MENSAGEM N.o 394, DE 1983, DO PODEREXECUTIVO
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do art. 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vos.s·as Excelências, acompanhado da Exposição de Motivos do Senhor.Ministro de Estado da Marin'ha, o anexoProjeto de Lei que Cria a Guarda Costeira.
Brasília, 26 de outubro de 1983. - JoãoFigueiredo.
EXPOSIÇAO DE MOTIVOS N.O 0074, DE 4DE JULHO DE 1983, DO SENHOR MINISTRO DE ESTADO DA MARINHA.Excelentíssimo Senhor Presidente da Re-
pública:Como é do comecimento de Vossa Ex
celência, os Ministérios ·da Marinha, daJustiça, das Relações Exteriores, da F1a2ienda, dos Transportes, da Agricultura, daEducação e Cultura. do Trabalho, da Saúde, da Indústria e do Comércio, das Minase Energia, do Interíor, das Comunicaçõese a Secretaria de Planej.amento da Pr·esidência da República possuem atribuiçõesno ambiente marítimo, fluvial e lacustr,e,em d·ecorrência do exercício do Poder dePolída, que se efetiva com base nas exi,gências do Ser.viço Público e nos interessesda Comunidade.
O .Mini.stério da Marinha excerce o controlee a orientação da Marinha Mercantemo que inter-essa à SeguTança Nacional,exerce ·também a Policia Naval, provê segurança à navegação, fiscaliza as águas sobjurIsdição nacional, provê toda 'a rede desinalização náutIca e é responsáv-el pelasalvaguarda da vida humana no mar.
O .Ministério da Justiça fiscaliza e controla o acesso de -estrangeiros pelo mar.nos porrtose ao longo da nossa extensafronteira quer marítima. fluvial ou lacustre, combate o contrabando e o descaminho, inclusive tráfico de tóxicos eentorpec-entes, com a Policia Federal e é o responsável pela elucidação e investigaçã,o doscrimes cometidos a bordo dos navios e/ouembarcaçõe.~, ressalvados os de competêncía mili,tar.
O Ministério das Relações Exteriores dispõe de Repartições ConsuLares ao longo danossa faixa de fronteiras e tem responsabilidade no relaciO'.llamento 'com os paíseslindeiros e, ainda, através das Comis.sõesBrasileiras Demarcadoras de Limites, dafisc·a1ização e verificação dos marcos dasfronteiras.
O ·.Ministério da Fa2iCnda é o responsávelpela fiscalização doo terrenos de marinha,pela prevenção e repressão ao contrabando e ,ao descaminho, inclusIve no trá,ficode tóxicos e entorpecentes, na parte tributária.
O Ministério da Agricultura fIscaliza econtrola a pesca e preserva a flora e a fauna.
O MinistérIo do Interior assíste às zonasdesprovIdas de recursos e, atr.a,vés da defesa civil, aos casos dl:l calamidades públicas. e da SEMA participa da preservação da qualidade do meio ambi·ente.
O Ministério da IndÚ3tria e do Comércioapoia as empresas de turismo que usam oambiente aquátIco como meio de lazer eincentiva as indústrias pl.'Odutorasde equipamentos náuticos.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
O Ministério das .Minas e En,ergia ·exerceo controle e a fiscalização na exploraçãode pe<tró1eo e outros miner·aisextraidos ouextraíveís na plataforma continental submarina.
O Ministério dos Transportes fiscaliza,controla e mantém a segurança dos portose 'terminais como também a utilização daseclus'as nas barrag·e:ns.
O Ministério do Tl'a'balho e~erce a fiscalização do trabaLho marItImo e a prevencão de acidentes no que diz respeitoà ségurança e medicina do trabalho.
O Ministério da Saúde exerce .80 vigilância sanitária dos pOJJtÜlS e front·eiras.
O Ministério das Comunicações exerce ocontrole dos Serviços Fixo e Móvel Marítimos.
O Ministério da Edueação e Cultura exerce a proteção dos sítios arqueológicos e/ouembarcações submersas de valor arqueológico ou culturaL
Todas ·cssas atribuições necessitam deestrutur·a. meios e recursos humanos paraserem bem executadas. Podemos afirmarque os recursos de que dispõe a nação sãopulverizados por todos os responsáveis, podendo-se vísualizar as superposições deações e de esforços que podem ser traduzidas como dispersão de recursos pecuniários.
Alguns dos Ministérios citados têm procurados soluções conciliatórias, de maneiraa reduzir os gastos e agilizar as ações; osMinistérios:
- do Trabalho: tem suas Delegacia.s <ieTrabalho Marítimo em intima conjugaçãocom as Capitanias dos Portos, onde o Capitão dos Portos é também O' De],egado doTrabalho Marítimo;
- da Agricultura - através da SUDEPE,faz convênios para a fiscalização da pesca;notadamente na área norte do País onde acobiça dos pescadores internacionais pelonosso camarão é muito grande, e pouco sepreocupam em preservar a espécie;
- da F'lzenda - atrav;és de convêniocede à.s Capitanias dos Portos lanchas quesão guarnecidas por pessoal da Marínha, nodesempenho de ações ~ara coibir o contrabando e o descaminho.
Conclui-se, portanto, pela inexistência deum órgão adequado em nossas águas, querno litoral quer nos rios e lagos, para o exercido de um policiamento permanente quea.ssegure uma fiscalização efetiva do cumprimento das leis pertinentes. Tal deficiência não ocorre em terra, onde diversas organizações de natureza policial, federais ouestaduais, se encarregam de diferentes aspectos do indispensável policiamento.
Apesar da atividade de natureza policialpropriamente dita não ser uma missão daMarinha, ela sempre cooperou na medidadas suas possibilidades, embora com sensivel prejuizo de sua destinação constitucional.
;Por tais razões é que os estudos realizadosindicaram a necessidade de se ter um órgãoque racionalizasse tais atividades, compactando-aB para se ter um rendImento melhora custos maís reduzidos e tornando maíságil a ação de governo. Aliem-se aos fatosapontados as modificações decorrentes danova situação jurídica criada pela Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar,da qual {o País é signatário. Nessa nova configuração, vamos tel' um mar tenitorial de
Novembro de 1983
doze milhas, uma zona econômica exclusivade 188 milhas e uma plataforma continental que poderá se estender até 350 milhas.Essa modificação traz implicações econômicas muito importantes, principalmente noque diz respeito à exploração de recursoscomo a pesca, a extração de petróleo e gásda plataforma continental e de nódulos polimetálicos. Essa perspectiva nos permiteví.sualizar a necessidade de incrementar avigilância e fiscalização de nossas águas, incluindo a fiscalização do gerenciamentocosteiro que visa orientar a utilização racional da costa, de forma compatível comsua potencialidade e sua vocação, permitindo o desenvolvimento do País sem que sejadestruido o meio ·ambiente e garantindo aqualidade de vida nacional.
É de s€ supor que venhamos a ter problemas nessa área e a Marinha considera importante que o Governo disponha de umorganismo capaz de efetuar vigilância e fiscalização que não seja a Força Naval, não sóporque muitas c1essas atribuições não são damissão do Ministério da Marinha comoabrange a outros ministérios. Seria oportuno lembrar a Vossa Excelência que quasetodos os paises possuem um organismo tipo,Guarda Costeira. Na América do Sul, a exceção dos países mediterrâneos, Bolívia eParaguai, Suriname e Brasil - todos os outros (Argentina, ChHe, Colômpia, E'quador,Guiana, Guiana Francesa, Peru, Venezuelae Uruguai) têm na sua organização administrativa um órgão policial tipo GuardaCcsteira, inclusiv,e Trinidad-Tobago, no Caribe.
Outro aspecto importante é que esse organismo permitirá uma escalada intermediária da açãO' de gov·erno, deixando a Força Naval para atitudes firme.s e irreversíveise poder permitir uma gradação e proporcionar à nossa diplomacia a devida condição de poder responder aos países dosnavios e embarcações, infratores de nossasnormas fiscais e/ou administrativas, que aocorrência foi mera ação do exercícío doPoder de Policia e não ato hostil ou deguerra, não declarada, efetuado por naviode guerra e/ou elementos da Força Armadada Marinha. Tivemos recentemente exemplodesse tipo de ocorrência, quando o nossonavio "Barão de Teff!é" a caminho' da Antártida, foi interceptado em águas argentinas do canal de Beagle.·A embarcação interceptara. da "Prefectura Naval Argentina", indicativo de costado GO'-81, procedeu a uma verificacão de norma internalocal. acordada bilateralmente entre os argentinos e chilenos, sobre a alternância depráticos, que a Marinha Brasileira desconhecia. O episódio foi minimizado e aceitasas explicações por serem de verificação policial de norma adminístrativa interna, semferir a soberania brasileira. Dimensões inimagináveís poderiam ter atingido se a embarcação fosse da Armada Arg·entina, caracterizando um ato hostil e inaceitável peloBrasil.
!Necessita o País de possuir um organismopolicial administrativo para preservar suasoberania, proporcionando poder de barganha e escalada nas ações decorr€ntes, ficando a Força Naval como um elemento dedissuasão. A "Prefectura Naval Ar~ntina"é atuante e eficientíssima; presente em todoo litoral, rios e lagos argentinos, exerce deforma dinâmíca o Poder de Polícia. O nosso.Ministério das Relacões Exteriores tem nosalertado, por mais de uma vez, expressando sua preocupapão com relação aos riosfronteiriços, onde é conspícua a presença dapolícia flllvial dos países limitrofes, e inefi-
Novembro de 1983
caz o policiamento do lado brasileiro. Temos c'ertaza que a implantação da GuardaCosteira preencherá lacunas e englobaráatividades hoje executadas esparsamente demaneira espasmódica em áreas relevantespara a segurança e a economia nacional.Visualiza-se portanto com esse organismo,por mais paradoxal que se possa imaginar,uma grande economia, pois os recursos hojealocados aos vários Ministérios para a aplicação do Poder de Policia no ambioenteaquático e que, não sendo utilizados, acabamsendo usa:dos para outros fins, passarão aser bem apUcados e devidamente controlados.
A Guarda !Costeira Irá portanto disciplinar o emprego dos meios que hoje são espalhados por toda -estrutura administrativa,g,erar empregos diretos na própria Guardae indiretos no setor de apoio e industrial e,pela sua ação fiscalizadora, incrementar aarrecadação de impostos, tributos, taxas,multas etc.
Como a Guarda incorpora, como uma dassuas atribuições, a de cooperar com todos osMinistérios que -exercem o Poder de Policiano ambiente aquático, .quer maritimo, fluvial ou lacustre, imaginou-se um ConselhoConsultivo rnterministerial, que prestará aoComandante da Guarda Costeira, em caráter permanente, a coordenação e a ligaçãonecessária entre a Guarda e os respectivosMinistérios.
Por fim, com o propósito de evitar despesas adicionais com a implantação daGuarda Costeira, optou-se pela sua criaçãono Ministério da Marinha, que poderá absorver mais apropriadamente as -providências decorrentes dessa implantação. Contudo, deixou-se prevista a sua transferênciaem autarquia, na medida que o PoderExecutivo julgar conveniente e oportunaexecutá-la.
Deve ficar entendido, portanto, que esseorganismo, em face das suas peculiaridadesde função própria e tipica, se enquadra perfeitamente na forma de autarquia, uma vezque será um instrumento de descentralizailão do Serviço Público, abarcando atribuiilões de vários Ministérios. Apenas inicialmente estará posicionada dentro da estrutura do Ministério da Marinha, devendopost'eriormente passar à condição de autarquia vinculada ao Ministério da Marinha.
Senhor Presidente, essas são as razõesque motivaram a criação da Guarda Costeira, pautadas na jurisprudência do Direito Administrativo Brasileiro e na experiência bem sucedida de outros paises, organismo capaz de gerar empregos, reduzircustos, captar recursos através da arrecadação e incentivar as atividades hoje relegadas a segundo plano, com reflexos bastante positivos para a economia do Pais.
Ante o exposto, submeto à elevada apreciação de Vossa Excelência o Anteprojetode Lei que cria a Guarda Costeira e que aesta acompanha.
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os protestos do meu maisprofundo respeito. - Maxilniano Eduardoda Silva Fonseca, Ministro da Marinha.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seç1ío I)
PROJETO DE LEI N.o 2.495, DE 1983
([lo Poder Executivo)MENSAGEM N.o 395/83
Dispõe sobre a progressão funcional aque se refere a Lei n.o 5.645, de 10 dedezembro de 1970.
(As Comissões de Constituição e Justiça, ·de SeJ.'lviço Público e de Finanças.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° Para efeito da progressão fun
cional a que se ref,ere a Lei n.O5.,M5, de 10de dezembro de 11970, o correspondente regulamento dise~plinarã a mudança do servidor de uma para outra class-e, 'com o respectivo cargo ou empr-ego.
Art. 2.° O parágrafo único ·do art. 7.° doDecreto-lei n.O 1.445, de 13 de fevereiro de1976, 'Passa a vigorar com a s-eguinte redação:
''lArt. 7.° .Parrugrafo único. cA.s referências que
ultrapassarem o valor doe vencimento ousalário, estabelecido para a classe finaIÍou única de cada Categoria Funcional,Icorresponderão à Classe Especial."
Art. 3-.0 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revcgadas as disposições em contrário.
Brasílía, de de 1983.
LEGISLAÇÃO CITADA.
LEI N.o 5.6-45,DE 10 DE DEZEMBRO DE Hl70
Estabelece diretrizes: para -a classificação de cargos do Serviço Civil da
União e das autarquias federais, e (láoutras providências.
O PresIdente da República.Faço salbar que o Congresso Nacional de
creta e eu sanciono a seguinte Lei:Art. 1.0 :A classificação de cargos do S.er
viço Civil da União e das autarquias federaisobedecerá às diretrizes estabeleci'das na !presente lei.
Art. 2.° Os cargos serão classificados como de provimento em cmnissão e de pro"imento efetivo, -enquadrando-sB\ basicamente, nos seguintes Grupos:
De Provimento em ComissãoI - Direção e Assessoramento SUUJeríores.De Provimento EfetivoTI - Pesquisa Cientific8, e Tcenológical:II - DiplomaciaIV - MagistérioV - Polícia FederalVI - Tributação, Arrecadação e Fiscali-
zação
ViII - ArtesanatoVLII - Ser-viços AuxiliaresIX - Outras Atilvidades de Nível SuperiorX - Outras Atividades de Nível Médio.Art. 3.° íSegundo a correlação e afinida-
de, a natureza dos trabalhos ou o nitVelde conhecimentos ruplicados, cada GrUUJo,llJbrangendo várias atividades, compreendederá:
I - Direção e Assessoramento Superiores:os cargos de direção e assessor8.mento superiores d:::. administraç,ão cujo provimentodeva ser regido pelo critério ela confiança,segundo for estabelecido em regu:ls:mento.
Terça-feira 19 11823
II - P.esquisa Científica e T-ecnológica:os cal1gos com atrilbuições, ·exclusivas oucomprovadamente principais, de pesquisacientifica, pura ou aplicada, para cujo provimento se exija diploma de curso superior, de ensino ou h3Jbilitação legal equivalente e não estejam abrangidos pela legislação do Magistério Superior.
m - Diplomacia: os car-gos que se destin3Jm a representação diplomática.
IV - Magistério: os cargos com atividades de magistério de todos os n1veis de ensino.
V - Polícia Federal: os cargos com atribuiçÕ'es de natureza ;policial.
VI - Tributaçáo, Arr-ecadação e Fiscalízação: os cargos com atividades de tributação, arrecadação e fiscalização de tributos fed·erais.
VI!! - Artesanato: os cargos de ativ.idades de natureza permanente, principais ouauxiliares, relacionadas com os serviços deartifice em suas várias modalidades.
ViIII - Serviços Auxiliares: os cargos deatÍ'vIdades administrativas em geral, quando não de nivel superior .
IX - outras atividades de ni:vel sruIl'erior: os demais cargos para cujo (provimento se exija diploma 'de curso superior deensino ou habilitação legal equivalente.
X - Outras atividades de nível médio: osdemais cargos para cujo provimento se exija diploma ou oertificado de conclusão- decurso de grau médio ou habilitação equivalente.
ParlÍigrafo único. As atividades relacionadas com transporte, conservação, custódia, operação de elevadores, limpeza e outras assemelhadas serão, de preferência, objetode execução indireta, mediant-e contrato, de acordo com o art. 10, § 7.°, do Decreto-lei n.O 200.. de 2,5 de fever-eiro d'e 1967.
Art. 4.° outros Grupos, com caracteristicas prÓlprias, diferenciaJdos dos relacionadosno artigo 3!nterior, poderão ser estabelecidos ou demembrados daqueles, se o justificarem as necessidades da Administração,mediante ato do Poder Executivo.
Art. 5.° Cada Grupo terá sua própria escala de nível a ser a:provada pelo Poder Execut1VO, atendendo, primordialmente aos seguintes fatores:
I - importância da atividade para o desenrvolivimento nacional;
li - complexidade e responsabilidade dasatribuições ex-ercidas; e
UI - qualificailões requeridas para o desempenho das atribuições.
lParáJgrafo único. Não haverá correspondência entre os nÍ;veis dos diversos Grupo!',para nenihum efeito.
Art. 6.° A ascensão e a prcgressãü funcionais obedecerão a critérios selet.ivos, aserem estrubelecidos pelo Poder E.,'l:ecutivo,associados a um sistema de treinamento equalificação destinado a assegurar a permanente atualização e elevação d.) nivel deeficiência do funcionalism9.
Art. 7.° O Poder Executi-vo elaborará ee:xlpedirá {) novo Plano de Olassificação deCargos, total ou parcialmente. mediante decreto, obs'crvadas as disposições desta lei.
Art. 8.° A implantação do Plano seráfeita por órgãos, atendida 11'maescala de
11824 Terça-feira I.
prioridade na qual se levará em conta preiPonderantemente:
I - a impla.ntação [pI1évia da reforma administrativa, com base no De'creto-Ioei n.O2lJO, de 25 de fevereiro de 1!J6I7;
li! - o estudo quantitati'Vo e qualitati'Voda lotação dos órgãos, tendo em vista anova estrutura e atribuições decorrentes darprovidência mencionada no item anterior; e
lU - a existência de recursos orçamentários pará fazer fa:ce às respectiv-as despesas.
Art. 9.° A transposição ou transd'ormação dos car,gos, em decorrência da sistemática prevista nesta lei, processar-s'e-á gradativamente considerando-se as necesisdades e conveniências da .A:dministração e,quando ocupados, segundo critérios seletivos a serem estabelecidos :para os cargos integrantes de cada GrUlpO, indusi'Ve atra'Vésde treinamento intensivo e obrigatório.
Art. HJ. O órgão central do Sistema de!Pessoal e~irá as normas e instruções necessárias e coordenará a execução do novoiPlano, a ser proposta pelos MinislJérios, órgãos integrantes da Presidência da RepúbUca e autarquias, dentro das respecti.vasjurisdições, para aprovação mediante de·creto.
§ 1.0 O órgão c,entral do Sistema de Pessoal p,romoverá as medidas necessárias para que o plano seja mantido permanentemente atualizado.
§ 2.0 para a correta e uniforme implantação do Plano, (} órgão central do 8'ist€made Pessoal promoverá gradativa e obrigatoriamente o treinafi'e.nto de todos os ser,vidores que particirparem da tarefa, segundo'Programas a 'ser€m esta:belecidos com ·asseobjetivo.
Art. 1i1. Para assegurar a uniformidadede orientação dos trll1ba~hos de elll1boraçãoe execução do Plano de Classificação deCargos ihl'liVerá, em cada Ministério, órgãointegránte da Presidência da República ouautarquia, uma Equi.pe Técnica de alto ni'leI, solb a 'presidência do dirigente do órgãode pesoal respecti'Vo, com a incumbência de:
I - determinar quais os Grupos ou res!pectivo cargos a serem aibrangidos pela escala de prioridade a que se refere o art. 8.°desta lei;
li! - orientar e superovisionar os levantamentos, bem como re3!lizar os estudos eanálises indiS(pensáveis à inçlusão dos cargos no novo Plano; e
IlJI - manter com o órgão central do 8istema de Pessoal 'OS contatos necessários paTa correta elaiboração e implantação doPlano.
iParágrafo único. Os membros das equipes de que trata este arttgo serão designados pelos Ministros de Estado, diri,gentesde órgãos integl'antes da Presidência daiRe(pública ou de autarquia, devendo a escolha recair em servidores que, pela sua autoridade admi.nistrativa e crupacidade técnica, estejam em condições de eX!primir osobjetivos do Ministérios. do ÓI'gão integrante da Presidência da República ou da autarquia.
Art. 12. O novo Plano de Classificaçãode Cargos a ser instituído em. aberto deacordo com as diretrizes ex!pressas nesta lei,estalPelecerá, !para cada Ministério, órgão
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
integr.ante da Presidência da República ouautarquia, um número de cargos inferior,em relação a cada grupo, aos atualmenteexistentes.
Parágrafo único. A não observância danorma contida neste artigo somente serárpermitida:
a) mediante redução equivalente em outro grupo, de modo a não haver aumentode 'des!pesas; ou
b) em casos ellljJecionais, devidamente justificados perante o órgão central do 8istema de Pessoal, se inviá.vel a providência indicada na alínea anterior.
Art. 13. Observado o disposto na S€çãovm da Constituição e em particular, noseu art. 97, as formas de iProvimento decargos, no Plano de Classificação decorrentes desta lei, serão estll1belecidas e disciplinadas mediante normas regulamentares especificas, não se lihes alfllicando as disrposições, a respeito, contidas no Estatuto dosFuncionários Públicos Civis da União.
Art. 14. O atual Plano de C1assificaçãode CaI'gos do Serviço Civil do Pod·er Executivo, a que se refere a Lei n.o 3.780, de 12de jwho de 1!9ro e legislação posterior, éconsiderado extinto, observadas as disposições desta lei.
Parã,grafo único. A medida que for sendo imrplantado o novo Plano, os cargos remanescentes de cada categoria, classi.ficados conforme o sistema de que trata esteartigo, passarão a inte'grar Quadros SuplementaI'es e, sem prejuizo das promoções eacesso que couberem, serão suprimidos,quando ;vagarem.
Art. 1·5. Para efeito do disrposto no art.1008, § 1.0, da Constituição, as diretrizes estalbelecidas nesta lei, inclusive o dispostono art. 14 ,e seu parágrafo único, se 3!plicarão à classiJ'icação dos car,gos do Poder Legislativo, do [P()der Judiciário. dos Trilbunais de Contas da União e do Distrito Federal, bem como à classificação dos cargosdos Territórios e do Distrito Federal.
Art. 16. Esta Lei entrará ,em vigor nadata de sua !publicação, re'Vogadas as dis!posições em contrário.
Brasilia, 10 de dezembro de 1970: 149,.°da Indei];lendência e 82.° da !República. EMíLIO .G. iMlÉDICI _ Alfredo Buzaid ,.....Adalberto de Barros jNunes ..... Orlando Geisel ..... Mário Gibson iBarboza ,..... AntônioDelfim Netto - Mário iDavid Andreazza r
L. F. 'Cime Lima - .Jarbas IG. \passarinho- .Júlio Barata - Márcio de ,souza e /Mello- F. Rocha 'Lagôa ,..... ,Marcus .Vinicius iPra-tino ide ,Moraes - Antônio Dias Leite iJúnior- .João Paulo idos Reis Velloso - José Costa Cavalcanti - Bygino C. 'Corsetti.
DECiRJEn'O-1LEIT N.o 1.445,DE 13 'DE FEVlEJRElJRO DE 11.976
Reajusta os vencimentos e saláriosdos servidores civis do Poder Executívo,dos membros da iMagistratura e do Tribunal de Contas da União, e dá. outrasprovidências.
•••• : ••••• ·•• •• 1••• ,••••••• •••••••••••••••••••••
Art. 7.0 Os critérios e requisitos para amovimentação do ser:vidor, de uma paraoutra Referência de vencimento ou salário,serão est3Jbelecidos no regulamento da Progressão Funcional, previsto no art. 6.° daLei n.o 5.645, de 11.170.
Novembro de 1983
'Parágrafo único. As lReferências que ultrapassarem o valor de vencimento ou salário, estabelecido para a Classe final ouúnica de cada Categoria Funcional, corresponderão à Classe Especial, a que somentepoderão atingir servidores em número nãosuperior a 10% (dez por cento) da lotaçãoglobal da Categoria, segundo critério a serestabelecido em regulamento.
MENSAGiEM N.O 395, DE 1983, DO PODEREXECUTIVO.
'Excelentissimos Senhores Membros. doCongresso Nacional:
Nos termos do art. 51 da Constituição, tenho a honra de submeter à elevada deliberação de Vossas Excelências, acompanhadode Exposição de Motivos do Sr. Diretor-Geral do Departamento Administrativo do serviço Público, o anexo 'Projeto de Lei que"dis.põe sobre a progressão funcional a quese re1'ere a Lei n.O 5.645, de lO de dezembrode 191)'0".
Brasilía, 26 de outubro de 1983. - .roioFlgueired'o.
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N.O 124, DE 26DE OUTUBRO DE 1983, DO SR. DIRETOR-GERAL DO DEPART.AJMlENTO ADMINISTRATIVO DO SERVIÇO PÚBLICO.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Re-'Pública:
Tenho a honra de submeter à elevadaconsideração de Vossa Excelência o inclusoAnteprojeto de Lei que objetiva inserir modificações nas norma.s referentes ao instituto da progressão funcional a que se re-ferea Lei n.O 5.645, de 1970.
2. A medida visa a corrigir inconvenientes que se vêm observando na efetivaçãoda progressão vertical, restringida pela inexistência de vaga ou vagO na cla.sse em quede,va o servidor ser incluído.
3. Esse fato, em V'erdade, constitui-se emdesestimulo para aqueles que, atendemln aquase todos os requisitos regulamentares, sevêem indefinidamente imohilizados no último degrau de sua classe, até que ocorravaga que admita proceder-se à progressão.
4. O instituto em exame, no contexto daAdministração Federal, foi criado em seupróprio interesse e como fator de estímulloe motivação para o servidor público, não sejustificando, portanto, esse permanecer porvários anos sem usufruir o beneficio daprogressão, quando poderia obtê-lo, normalmente, em menor tempo.
5. Assim, este Departamento sc; propõea solucionar o problema removendo o entrave de ordem legal e regulamentar, pormeio da sugestão que ora apresenta e que,<em última análise, permítirá ao servidormudar, com o .respectivo cargo ou emprego,para a classe imediatamente superior, independentemente da existência de vaga ouvago.
6. Se aprovada a prQ!POSta, acredita esteDepartamento ter atingido mais uma etapano processo de valorização prO'fissional desencadeada por Vossa Excelência na áreada Política de Pessoal, visando a um funciona,lismo eficiente e realizado na carreira.
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevado respeito. - .roGé Carlos Soares Freire, DiretorGeral.
Novembro de 1983
o SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Está findaa leitura do expediente.
IV - Passa-se ao Pequeno Expediente.Tem a palavra o Sr. Dirceu Carneiro.
o SR. DIRCEU CARNEIRO (PMDB - SC. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, quero deixar bem claro, em nome do povo brasileiroque representamos nesta Casa, que a situação econômicapor que passa nosso País neste momento não é motivadapor uma situação de azar, pela conjuntura internacionalou por qualquer outro componente que pudesse desgraçar nossa economia. Quero dizer e deixar bem claroque esta situação econômica gravíssima que enfrenta onosso País, a recessão, o desemprego e a inflação se devem a uma decisão política do Governo que está executando a política do FMI.
De forma que quem decidiu que o Brasil deve optarpela recessão foram as autoriçlades governamentais brasileiras, c isto nada tem a ver com a questão econômica e,sim, com a proposta política que o Governo está executando em nosso País, em função dos interesses dos bancos internacionais representados pelo Fundo Monetário
. Internacional.Queremos deixar registrado, para que isto fique claro,
para que não se continue enganando a Nação brasileira eo povo brasileiro, que a situação está assim por azar nosso, ou pela conjuntura internacional, ou pela alta dopreço do petróleo, e assim por diante.
É preciso que esta situação seja desmascarada e quepossamos transmitir a todos os brasileiros a expressão daverdade. E a verdade é que esta é uma situação conduzida pelo Governo Federal que aí está.
Quero dizer também que, em relação ao Nordeste,além da seca, que faz sofrer os nordestinos - e este sofrimento, em grande parte, é provocado por falta de providências do Governo despreparado e incompetente queeste País tem - além disso uma política tradicional equivocada tem sido levada àquela região do País e tem desgraçado a vida daquele povo, tem desmoralizado o Nordeste c tem arrebentado toda a sua gente. Está, aindaneste momentg, talvez, por causar urna das maiores ou amaior catástrofe nacional em termos de desgraça humana.
É possível que a política governamental, aliada à seca,cause a morte de até 3 milhões de nordestinos nesteperíodo final de grande seca que está ocorrendo naquelaregião. Se isto acontecer, temos que debitar o fato à inteira responsabilidade do Governo Federal, que ignora asituação nordestina. Essa omissão, essa falta de políticaadequada ao Nordeste e esse desprezo pela situação nordestina nos levaram a este resultado jamais registradoem nossa Pátria. De forma que é bom que se faça referência a estas coisas em conjunto, porque realmente elassão produto do mesmo quadro.
Não bastasse tudo isso, continuamos sob a fertilidadelegislativa do Presidente da República, que manda paraesta Casa mais um decreto-lei dessa família mal querida,dessa família indesejável do ar!. 55 da Constituição.Agora, com o n' 2.065, novas medidas ímpositivas, quevém por decreto, são assacadas contra a Nação brasileira.
Queremos dizer que o 2.065 é tão ruim e tão indesejável quanto o 2.024, quanto o 2.045 e o 2.064, e assim pordiante. E queremos registrar, neste momento, o nosso repúdio por essa forma de condução da economia, que especialmente desta vez vai atingir violentamente a classemédia brasileira, essa classe média que durante tantosanos serviu de suporte ao Governo e que agora, depoisde tantos anos a apoiá-lo, depois dc tantos anos a servilo, receberá a paga do Governo, que é a punição introduzida por esse decreto-lei. por esse malfadado Decreto-lei2.065, que deverá causar impactos enormes na economiadestc País, especialmente em relação à questão dos salários. Desgraçadamente, insistc-se em diminuí-los. Con-
DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção J)
trário aos interesses de todos os brasileiros, trabalhadores e empresários, o referido decreto somente é favorávelaos intercsses dos banqueiros internacionais e do FMI,que é o seu representante e que insiste em sugar o sanguee o suor do povo brasileiro, numa ação pilhadora dos interesses e da riqueza do nosso País.
Queremos registrar o nosso repúdio a mais essa medida e queremos continuar a dizer que a saída para as nossas dificuldades - não só a que enfrentamos agora, mastambém a que haveremos de enfrcntar no futuro - estána mobilização do povo brasileiro. Só o povo brasileirotem condições de tirar o País deste buraco cavado especialmente pelo Governo deste País. E a saída pela mobilização popular se configura nas eleições diretas paraPresidente da República, onde todos os brasileiros serãoconvocados para um dcbate nacional, c neste debate haverão de apontar as diretrizes e as formas de encontrarmos nosso caminho. Também nesse debate e na construção democrática que sc faz todos os dias, nos locais detrabalho ou na vivência do cutidiano, é que realmentevamos elaborar as prioridades que haverão de ser assumidas, devendo resgatar o que é mais importante de tudoneste momento: a credibilidade governamental, que hojeestá a nível zero, ou, mais do que zero, está negativa. Éfundamental que se restabeleça a credibilidade entre opovo e O Governo para que as medidas possam ser eficazes, para que realmente possamos sair desta entaladela aque estamos submetidos.
Finalizando, Srs. Deputados, sugiro ao Presidente daRepública que peça permissão ao Fundo Monetário Internacional para o Brasil retomar seu cresciment,o. pois oBrasil não é um pinto que deseja pór ovos de avestruz: éuma avestruz que está pondo ovos de pinto.
Em o que tínhamos a dizer.
o SR. DARCY PASSOS (PMDB - SP. Pronuncia oseguinte discurso,) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, oPartido Democrático Social, através do chamadq "Documento dos lI", propôs,. "quanto à política salarial","institucionalizar, segundo características próprias, umsistema de negociação coletiva de modo a alcançar gradualmente a livre negociação salarial", bem como. "'aperfeiçoar a Lei de Greve, a tim de assegurar plena c democrática participação dos trabalhadores nas negociações edeçisões relativas a conflitos trahalhistas,desenvolvendo-se, outrossim, sistemas de mediação e arbitragem, com vistas a liberalizar a ação sindical e reduzir a intervenção governamental no mercado de trabalho". Silenciou, entretatno, sobre a organização sindical...
O Decreto-lei n" 2.065, de 26 de outubro p.p., que deverá ser lido na sessão vespertina de hoje, no CongressoNacional, em seu art. 24 parece acolher, parcialmente. aproposta dQ. "Grupo dos 11"; "A revisão do valor dossalários passará a ser objeto de livre negociação coletivaentre empregados e empregadores, a partir de 1~ de agosto de 1983, respeitado o valor do salário mínimo lega]".Nenhuma palavra a respeito da organização sindical ousobre a Lei de Greve...
Anteriormente, Ministros ou ex-Ministros, em sucessivas declarações, todas elas emitidas depois da manifestação de crise econômico-social denunciadora de falência do chamado "'modelo econômico brasileiro'\ passaram a travestir-se de defensores d'l. "livre negociação",contra a qual haviam sempre se escarniçado ...
Por que tanta mudança? Por que autores e co-autoresdo. "arrocho salarial" e de múltiplas inlervenções no movimento sindical dizem-se, agora, defensores da livre negociação, que, durante tanto tempo, figura entre as maisimportantes reivindicações do movimento sindical e daoposição político-partidária'?
Em primeiro lugar, propõem. somente agora, a negociação, supostamente "livre", quando se está em plenacrise económica, marcada pela recessão e1 conseqüentemente, ao mesmo tempo, pelo desemprego e pela queda
dos salários reais. Imaginam que, para manter o empre-
Terça-feira (9 11825
go, ainda que à eusta de salários arrochados, a negociação não será intciramente "livre". Não haveria liberdade eretiva para negociar salários, quando cada vaga nomercado de trabalho é disputada, acerbamente, por desempregados, por jovens que chegam pela primeira vez àidade e à ocasião de trabalhar e por tantos que, emboraempregados, véem os seus salários cada vez mais reduzidos.
Mas o mais importante não está aí.Não pode haver negociação, menos ainda livre, se o
movimento sindical não dispuser, plenamente, do seuinstrumento de luta, que é a greve. O "Documento dos11" chegou a falar el1) "aperfeiçoar o direito de greve",embora tcnha diluído a sua manifestação ao propugnar"sistemas de mediação e arbitragem" que estariam a excluir a negociação direta. Para que haja negociação direta, que é a reivindicação do movimento sindicai. consagrada no Programa do PMDB, é preciso revogar a Lei deGreve e o malsinado Decreto-lei n" 1.632, que amplia assuas restrições.
Mas só pode haver negociação livre, efetivamente, se omovimento sindical gozar de autonomia em relação aoGoverno, representado pelo Ministério do Trabalho, deindependência, tanto em relação ao patronato quanto noque toca ao Estado e aos partidos políticos. A liberdade,a autonomia e a independência sindicais, que não consagram a pluralidade, já testada, repelida de fato da história sindical e afastada por todas as conelusões de congressos sindicais, sào, portanto1 pré-requisitos da negociação.
Fica difícil, se não impossivel, conferir-se credibilidade a uma proposta governamental de "negociação livre"que não consagra, também, o efetivo direito de greve e aliberdade. a autonomia e a independéncia sindicais. OGoverno precisa de credibilidade. Reconhece-o, apesarde eufemisticamente, o. "Documento dos 11 ". Para tentar adquiri-la, por que não se dispõe a reconhecer o direito de greve e a autonomia sindical? Começando por anulando as intervenções em sindicatos, recentemente impostas e ainda persistentes'?
Durame o discurso do Sr. Darcy Passos o Sr. Fernando Lyra, l'-Secretário, deixa a cadeira da presidência. que é ocupada peio Sr. Ary KfJilri. 2"Secretário.
O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Tem a palavrao Sr. Inocéncio Oliveira.
O SR. INOC€NCIO OLIVEIRA (PDS - PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados. o Presidente João Figueiredo e o Ministro Extraordinário para Assuntos Fundiários, Danilo Venturini, pelo Decreto-lei n' 2.066, de 26-10-83, acabam deproporcionar um grande benefício aos produtores ruraisdo Nordeste. nos Municípios declarados em estado deemergência: a isenção do ITR - Imposto Territorial
Rural de 1979 a 1983, referente ao período de cinco anosconsecutivos em que a nossa região vem sendo castigadapelo flagelo das secas.
Nós, que como Presidente da Comissão do Interior,juntamente com os demais membros daquele órgão técnico, pleiteamos o deferimento da medida, inclusive comos colegas Evandro Ayres de Moura, José Luiz Maia,Mansueto de Lavor e João Rebelo, estivemos com o Sr.Paulo Yokota, Presidente do INCRA, e seus assessores,discutindo os diversos problemas relacionados à questão, nos sentimos felizes e recompensados, por ver aten~
dido um pleito dos mais justos, pois a maioria dos produtores rurais do Nordeste não tinha condições de pagaro ITR, que no corrente ano teve um aumento de 250% a400%. Inclusive, tínhamos apresentado um projeto de leisobre o assunto. que se torna desnecessário, pois é atendido em sua essência antes da sua tramitação normal.
Segundo o referido Decreto-lei n' 2.066, no seu art. 1',
§I', para ter direito ao perdão dos débitos do Imposto
11826 Terça-feira I'.'
Territorial Rural relativo aos anos de 1979 a 1983. bastao produtor rural requerer. ante,; de 31 de. dezembro de1983.
Portanto, queremos agradecer ao Presidente João Figueiredo e ao Ministro Danilo Venturini o atendimentodo pleito. na certeza de que se trata de medida de inteirajustiça e que vem ao encontro dos mais altos interessesdo Nordeste.
Era o que tinha a dizer.
O SR. FERNANDO LYRA (PMDB - PE. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados,depois de oito anos de um regime militar responsável portodas as saas mazelas, o povo argentino foi ontem às urnas escolher livremente o governo democrático que poráfim à desorganização econômica e recomporá as instituições daquele País.
Qualqucr que seja o vencedor, a Argentina terá dadoao mundo, e em especial à América Latina, urna grandelição dc democracia. Mais que isso, as eleições ontemrealizadas naquele país tcrão um significado específicopara os países da América que vivem um processo político e econômico scmelhnnte ao que vem agrilhoando opovo argentino há quase uma década.
Nove anoS de estado de sítio, uma sucessào de governos militares, uma. "guerra suja" que resultou em morteou desaparecimento de aproximadamente 20 mil cidadãos, são chagas profundas sofridas pela nação argentina, mas que se rcvclaram inúteis para sufocar a vocaçãodemocrática daquela gente.
Com tudo isso, e depois dos sacrifícios impostos pelogoverno que fizeram os índices de desenvolvimento doPaís rctrocederem a quase trés décadas, toda a nação sereconcilia para a retomada da liberdade e da demoerac.::ia.
Conforme registram praticamente todos os jornais, orenascimento da democracia argentina terá como umdos principais suportes, além da livre escolha popular, ocompromisso fundamental que reuniu praticamente to
dos os partidos cuja essência é a seguinte: "nenhum delespretende ir aos quartéis pedir que os militares venham àrua e ao palácio, mudar as regras e o jogo, assim comoexiste a intenção gcral dc respeitar os resultados das urnas c do colégio eleitoral mais rcstrito e, depois, fazeroposição ou dar apoio ao governo dentro dos mandamentos democrúlicos". Como scvê, éo repúdio nacionalã tutela militar.
O entusiasmo cívico do povo argentino, que compareceu maciçamente às urnas para escolher seus candidatosc participou ativamente da campanha eleitoral, dandoautenticidade c legitimidade ao pleito, torna o novo processo vivido pela Argentina admirável, sob todos os aspectos.
Ê movido pelo mesmo anseio que saúdo o povo argentino por essa reconquista, fruto de sua garra e de sua coragcm, certo dc que o seu exemplo é uma perspectiva quese abre e se fortalece no sentido de libertar do obscurantismo milhões de outros irmàos latino-americanos.
O SR. PAULO BORGES (PMDB - GO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,sabemos que a dívida externa tem sido a grande preocupaçiío da Nação. Desde a intervenção do Fundo Monetário Internacional na politiea econômica do País, o Governo não tem feito outra coisa senào criar novas fórmulas para arrochar cada vez mais o salário dos trabalhadores. Argumentando ser inevitável a distribuição de sacrifícios entre todas as classes, o seu alvo sô atinge os assalariados.
A penúltima medida - mais uma vez decidida sem sequer consultar seu partido, passando inclusive por cimado trabalho do Grupo dos 11 - só tinha uma fim: a proIctarizaçào da classe média, um violento aumento da recessão e do desemprcgo. Era o Decrcto-Iei 1.064. O PDS,todavia, quando já parecia derrotado, conseguiu dar a
volta por cima, obtendo grande vitória sobre a tecnocracia oficial, do que resultou o Decreto-lei 2.065. Se impõe
mARTa DO CaNO RESSO NACIONAL ISeçuo T)
remn hecer a vitória final do partido do Governo, é tamhém forçoso reconhecer que o Decreto-lei 2.065 - substituído do anterior - nua atende aos reclamos da sociedade brasileira. Embora menos violento que O 2.064, o2.065 ainda ofende senEiivelrnente a remuneração do trabalhador.
Trata-se de mais um esforço do Governo para cumpriras determinações do FMT e dos banqueiros internacionais. No Departamento de Estado norte-americano asameaças são constantes. Segundo dados do último número da revist(l. "Isto é", uma graduada fonte do Departamento de Estado disse:
"SÔ há uma forma de resolver este problema: queo Governo vote um novo decreto e o aprove. O Governo brasileiro sabe que, se não pagar a entrada,não entra. Se a lei não for aprovada, o FMI nàoatuará".
Sr. Presidente. Srs. Deputados, o que faz o Governodiante dessas ameaças? Concentra sua preocupações emelaborar decretos de cortes salariais para recuperar aquebra da economia e ficar com uma boa imagem juntoa seus credores. Enquanto isso. estamos sujeitos. a qualquer momento, a ser novamente surpreendidos com golpes semelhantes ao da Coroa-Brastel, o maior golpe financeiro que o país já conheceu. Assis Paim, o golpista,continua impune. A questào não está encerrada e é tempo de puni-lo duramente para que desestimule aquelesque queiram repetir sua façanha. Nào é suficiente O Governo se eximir da responsabilidade sobre o derrame dequinhentos bilhões de cruzeiros em letras frias.
É difícil acreditar que um golpe desta proporção escape aos mecanismos de controle das autoridades financeiras.
É inexplicável que o Governo acoberte e até use bilhões de cruzeiros do dinheiro público para socorrer umaempresa quebrada e tente impor mais e mais sacrifíciosaos assalariados. É preciso que se adote medidas paraevitar. de uma vel.: por todas. a reincidência de casos
como Coroa-Brastel e inúmeros outros escândalos financeiros dos últimos tempos.
Era o que tinha a dizer.
Durante o discurso do Sr. Paulo Borges o Sr. AryKj)im', :l'-Secretário. deixa a cadeira da presidência,que é oCl/pada peio Sr. Femando Lyra, Ir-Secretário.
() SR. PRESIDENTE - (Fernando Lyra) - Tem apalavra o Sr. José Fernandes. (Pausa.)
O SR. JOsl! FERNANDES (PDS - AM. Sem revisuo do orador.) - Sr. Presidente, nós, que somos do Estado do Amazonas, reconhecemos que o mais bem sucedido projeto já desenvolvido na área da Amazônia Ocidental foi exatamente o de autoria do saudoso PresidenteHumberto de Alencar Castello Branco. com a criação daZona Franca de Manaus. Talvez até o destino tenha feitocom que o atual Governo. premido pelas exigéncias decontornar os déficits do balanço de pagamentos, tenhatomado a si a tarefa de dificultar a viabilização do projeto do saudoso Presidente Castello Branco. A Zona Franca de Manaus. que floresceu como nenhum outro tipo deatividade. de projeto ou de ação que se tenha realizadona Amazônia, como um todo, passa por dias que representam o fim das esperanças do povo manauara, dopovo do Estado do Amazonas e de nossos vizinhos daAmazônia Ocidental, porque, dentro das previsões governamentais, não foi levado em conta que aquela áreanão poderia ficar restrita à sua capacidade de desenvolvimento por via dc cerccamento da oportunidade de imporlar. Temos noticia de que hoje o Sr. .\finistro MárioAndreaza foi ao Amazonas e. dentro de Slla aeronave deesperanças e de soluções, leva uma liberação de trintamilhões de dólares para" Zona Franca de Manaus. Temos de parabenizar o Ministro por essa açà~ e pedir.quase que implorar, ao Governo Federal para que nãosejum ~;ô eSf'es trinta milhões liberados agora, porque aZona Franca precisa de muito mais. O povo que vive no
Novembro de 1983
Amazonas, principalmente. tem muita esperança no Brasil. por via do Governo Federal. junto com as autoridades a nível local, que nào podem ficar desprezadas, qualquer que seja a situação do País. Um projeto que .deucerto. como a Zona Franca, que vem fazendo crescer.mudando os aspectos econômicos e até sociais da área,niío pode morrer por causa de um momento passageirode dificuldades em relação ao nosso balanço dc pagamentos. Pediria, então. antecipando os parabéns que desejo apresentar ao Ministro Mário Andreazza, um poucomais de ação do Ministério do Planejamento, um poucom"i, de consciéncia do Banco Central para quc não permitissem que a Zona Franca fosse desativada. Ela, quctanto caminhou nos últimos quinzc anos, passou a tcr dificuldadcs a partir de 1980 principalmentc. Durante esteperíodo difícil da economia nacional é muito importanteessa ajuda, sobretudo, porque a Zona Franca é muito pequena, mas é muito poderosa, importante e indispensável para a sobrevivência de quase 30~'1o da população doTerritôrio nacional. Sobrevivência, digo no sentido degeração de empregos para o povo que ali vive, para quenào haja o crescimento cada vez mais desastroso das dificuldades de emprego e de sobrevivência do homem cmoutras partes do País.
Parabcnizo o Ministro Mário Andreazza e faço-lheum apelo no sentido de que nào fiquc apenas nos trintamilhõcs de dôlares que hoje são destinados à Zona Franca, mas que estabeleça novas medidas que permitam queaquele projeto tenha continuidade e aleance os objetivospara os quais foi traçado. (Muito bem.)
O SR. rvo VANDERUNDE (PMDB - Se. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, acabo de receber - c solicito quc conste dos nossos Anais - expediente da Cooperativa de Prestação de Serviços dos Trabnlhadores Autônomos de Porto Alcgrc LTDA - Organizaçiío que reúne cinco mil associados, chamados bóiasfrias. principalmente da grande Porto Alegre, de formaorganizada e dú melhores condições de trabalho e remuneração aos trabalhadores autônomos. Relata o referidodocumento, assinado pelo seu Administrador Geral epelo seu Presidente, que~ estranhamente. aquela cooperativa vem sofrendo perseguições por parte da DelegaciaRegional do Trabalho, naquela cidade. mais especificamente por parte de Urna funcionária, Sr'. Maria LuizaMoura. que vem fazendo campanhas difamatórias contra aquela associaçào. inclusive procurando empresasquc buscam essa cooperativa para contratar os seus serviços, informando-as que não o façam, argumentandoque a Cooperativa está fora da lci etc.
Faço este registro. ncsta tribuna. para que o Ministrodo Trablhao tome conhecimento do fato c providencieno sentido de permitir que essa cooperativa, que reúnc- repito - mais de cinco mil trabalhadores autônomosda região da grande Porto Alegre, possa continuar funcionando com tranqüilidade e dando segurança a essestrabalhadores.
Informo ainàa Sr. Presidente. que já enviei expedienteao Ministro do Trabalho, ao qual anexei o relatório queessa cooperativa nos remeteu, para que S. Ex' tome asprovidências necessárias. (Muito bem!)
Eis o documento a que me refiro:"Porto Alegrc. 29 de setembro de 1983.
AoExcelentíssimo SenhorIvo VanderlindcDD. Deputado FederalCàmara dos DeputadosBrasília - DF
Excelôntíssimo Senhor,A "COOTRABALHO" Cooperativa de Pres
taçào de Serviços dos Trablhadores Autônomos dePorto Alegre LTDA.. com sede própria na Av. Pernambuco, 1202, nesta capital, devidamente autorizada a funcionar pelo INCRA desde 1972, conforme registro n'" Ill/72, nos moldes da Lei n9
Novembro de 1983
5.764/71, que rege todo o sistema cooperativo noBrasil com scus 5.000 associados no Rio Grande doSul, em especial em Porto Alegre, vem mui respeitosamente a Vossa Exeeelência colocar e expor o quesegue:
Esta Cooperativa, desde a sua criação, veio a minimizar o problema dos bóias-frias, que se concentram nos grandes depósitos, transportadoras e empresas de carga e descarga.
E esta foi a finalidade precípua da criação destaCooperativa, eliminar a intermediação, lutar poruma remuneração condizente ao trabalhador braçale dar um apoio assistencial e previdenciário, já queestes sempre estiveram à margem de qualquer direito.
Desta forma, surgiu a COOTRABALHO. nàocom o intuito de burlar as normas contidas na Consolidação das Leis do Trabalho, mas para tentar resolver um problema angustiante que já naquela época se tornava um dos sérios problemas do GovernoFederal, o desemprego.
Assim sendo, acreditamos na COOTRABALHO, nào como uma fuga. daqueles que dela se utilizam para o descumprimento das obrigações sociais, como muitos aventam, mas como uma solução necessória mercê da crise econômico-socialque atravessa nosso Brasil. e que, dia a dia se chegara com o desem prego alarmante.
Felizmente, o Sistema Cooperativista de Trabalho. vislumbra-se como uma solução adequada paraa colocação de milhares de desempregados.
Ocorre. no entanto. que os associados de umaCooperativa de Trabalho, são considerados autônomos pela Lei n' 5.764. Não possuem vínculo empregatício. estando, assim, ã margem de certos direitostrabalhistas, mas em contrapartida, existe a igualdade de direito e deveres entre os associados. Possuemum rendimento mais condizente, preço mais justopara os seus serviços, o afastamento do intermcdiúrio. o recebimento de sobras líquidas no final decada exercício e ainda cobertura contra os riscos daatividade, através de Apólices de Vida em Grupo eAcidentes Pessoais n' 93-05-200.054 eS1.05.400.,3 14, respectivamente, mantidas com aPORTO SEGURO - CIA. DE SEGUROS GERAIS.
No entanto. acreditamos que alguma coisa aindafalta no Sistema Cooperativista de Trabalho, comopor exemplo, uma maior conscientização e a inclusão na "CLT" de normas orientadoras deste sistema, porém, e apesar desta luta incessante. ttmos nosdeparado com um gravíssimo problema e para qualqueremos levar ao vosso conhecimento e registraraqui a nossa clemência.
Este problema. que gera grande apreensão epreocupação tem trazido danos irreparáveis e deelevada monta, tanto no aspecto financeiro. comon1l1ral e social. não só para a COOTRABALHOcomo para o Estado, que poderá ter aumentado oíndice de desemprego caso perpetue-se esta situação.
A funcionária Maria Luiza Moura. lotada naDelegacia Regional do Trabalho do Rio Grande doSul. desencadeou um ataque sistemático às Cooperativas de Trabalho. mais especificamente contraesta COOTRABALHO c COOSESPA.
A atividade desta funcionária, que acreditamos:-eja uma perseguição toda pessoal. como podemosfazer provas. vem se agravando de tal forma que
muitos associados nos tem procurado, rogando porsoluçào e conscientes dei descrédito que vem tomando corpo o Si~terna Cooperativo de Trabalho em especial esta COOTRARALHO.
i\través de lima tática toda especial. tcm a referida funcirmúri<J, instigado. difamado, e desrespeita-
orARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção l)
do esta Cooperativa atravês de constantes visitas i"tstomadoras de serviços, oportunidade em queaproveitando-se da qualidade de funcion{lria daDRT/RS. efetiva aos encarregados das empresasum curriculum negativo, porm~norizadü.atribuindoc institucionalizando a COOTRABALHO como ilegal e sem quaisquer amparos legais. Tncompatibilizando as tomadoras de serviços alcança o seu intento; como o::; casos mais recentes temos a CENTRALSUL - Central das Cooperativas dns Produtores Rurais do Rin Grande do Sul, que antecipadamente foi avisada que em 28 de setembro de 1983,seria visitada por fiscais do trahalho e que já de an
temão pedia para dispensar o pessoal da COOTRARALHO. De igual forma vem acontecendo em tantas outra:) empresas que se utilizam dos serviços denossos cooperativados, como segue: IROA - Institato Rio Grandense do Arroz; CfBRAZEM -;Cla. Brasileira de Armazenamento. SAMTIG S/A- Moinhos Rio-Grandenses: Cooperativa Regional Agrícola Languiru Lida.; OLVEBRA S/A Indústria e Comércio de Óleos Vegetais, etc.
Tais procedimentos contrariaram por duas vezesas determinações do Ministro do Trabalho. quandodeterminou pessoalmente em seu gabinote. que aperseguição contra as Cooperativas de Trabalho noRio Grande do Sul c em especial a COOTRABALHO, iria definitivamente cessar. Nesta mesmaoportunidade foi também levado este expedienteaos Senhores Ministro João Leitão de Abreu, Deputado Nelson Marchezan, General Ruhem Ludwigrespectivamente, Chefe da Casa Civil. Presidente daCümara dos Deputados e Chefe da Casa Militar,bem como a vários outros parlamentares da "FrenteParlamentar Cooperativista".
Não se conformando com a campanha dirigidapela Senhora Maria Luiza Moura, funcionária daDRT/RS. levantando um descontentamento generalizado desta Cooperativa e outras tantas, principalmente aos seus milhares de associados c que estão sendo os mais prejudicados neste epísodio de difamação e inverdade externado pela refcrida funcionúria. gerando um clima de desânimo c intranqüilidade, estamos sem saber e sem mt:nsurar as conseqüencias que poderão advir.
Esta reação de descontentamento já existente emoutras camadas de trabalhadores no centro do paisc que já andou causando sérios problemas, geradaspelo desemprego. vem sendo articulada entre os associados podendo cuiminar. inclusive. em mais umgrande problema para os Governos Municipais, Estadual e Fcderal. Pois trata-se de desalojar trabalhadores legalmente filiados a Cooperativas de Trabalho e que por livre c espont:inea vontade escolhcrameste caminho, ao invés de irem trabalhar por contaprópria, basta ouvir certns cooperativu.dos e muitasdas pessoas desempregadas.
"Para ganhar um salário mínimo de fome, melhor trabalhar por conta, fazendu bicos, etc... (palavras dos associados e de outras pessoas).
O Ministério do Trabalho não tem jurisdição perante quaisquer espécies de Cooperativas. pois asmesmas estão subordinadas ao Ministério da Agricultura. que através do INCRA - tnstituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, orienta e fiscaliza os destinos das Cooperativos c é o que vemconsubstanciado na Lei fvI áxima do C oopl~rativis
mo.
E esta COOTRABALHü opera de acordo comm; normas traçada::. na referidu Lei, con forme, inclusive. recente '"Atestado de Regularidade" fornecidopela INCRA. datado de 1 de setembro de 19:B. emanexo.
Terça-feira 11 11827
Mais receatemente foram baixadas Portarias doMinistério da Previdência Social e do Ministério daFazenda. que anexamos, especificamente para asCooperativas de Trabalho, determinando novas sistemáticas no que respeita li descontos. reembolsos epagamentos do INPS e Retenção na Fonte do Imposto de Renda, respectivamente. Essas portariascaracterizam e fortificam ainda mais a tese cooperativista e reforça o nosso respaldo legal.
Com tudo isso. Excelencia, perguntamos comque embasamento legal e qual a competência dafuncionÚfia Maria Luíl.a Moura ditar e doutrinar arespeito da legalidade ou ilegalidade de qualquerCooperativa de Trabalho.
De~ta maneira, levamos ao conhecimento deVossa Excelência e solicitamos provid~ncias no sentido de evitar maiores conseqüências, logo agoraque Se deS"Cncadeia uma onda de desemprego, jáexistente no Brasil.
Em todo o país existem mais de 450 Cooperativasde Trabalho. congregando mais de 300.000 associados. a elas diretamente vinculados e no Rio Grandedo Sul seu número é altamente expressivo, girandoem torno de 56 Cooperativas de Trahalho.
Niio se trata de recair esta responsabilidade diretamente ao Senhor Mínistro. que nas duas oportunidades em que estivemos em vosso gabinete. determinou ã DRT/RS que cessasse qualquer tipo deperseguição contra a COOTRABALHO e demaisCooperativas de Trabalho, mas. precisamente noRio Grande do Sul, sistematicamente. periodicamente. vem se levantando tal insatisfação ocasionada peta funcionária Maria Luiza Moura e, provavelmente. sem o conhecimento de Vossa Excelência.
Expedientes com igual teor e formajá estão sendo levados ao conhecimento de Orgãos c Autoridades Federais.
Queremos assim alertar a Vossa Excelência doritmo que ocorre o Governo Estadual e Federal e aresponsabilidade da DRT/RS, por um problemaque acreditamos tenha se insurgido. por um impasseem conseqüencia de um mal~entendidona imprensa.tendo inclusive amparo judicial, já devidamente arquivado.
,<\crediturnos assim, estar havendo uma contradiçào generalizada entre os poderes públicos! Porum lado portarias sendo baixadas 110 intuito de darum maior amparo jurídico às Cooperativas de Trabalho e por outro lado uma campanha fulminante.
Vúrios expedientes já foram enviados à DRTJRSe ao Ministério do Trabalho. sem a devida respostaàs nossas consultas, desconsiderando, assim. a nossa entidade. A saber:
- Protocolo n' 31S.557 (I-ll-SO)- Protocolo n' 672/S0 (02- tO-SOl- Protocolo n' 3t4.002/81 (t7-S-8t)- Protocolo n' 316.224(16-9-81)- Protocolo n' 7952 (30-9-81)- Protocolo n" S044 (I-l-SI)- Protocolo n' t 185 (reiterando n's 7952. S044)- Protocolo n' 007564 (29-9-S3)
Assim sendo. apelamos a Vossa Excelência. coma intenção de evitarmos maiores conseqüências,pois trata-se de uma perseguição pcssoal e maldosae para a qual. rogamos uma solução com a máximaurgéncia. evitando. assim. maiores problemas, solicitando, desde já, que acu~e o recebimento da prc~
sente para posteriores soluções administrativas.
Sem mais para o momento. apresentamos, desdejil, os nossos agradecimentos,
Atonciosamente. - Ce!. RI Orfelinu.T. C. Barbachan, Administrador-Geral - Valdemar P,mlinoZinn, Presidente."
11828 Terça-feira I"
o SR. LUIZ GUEDES (PMDB - MG. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, noúltimo dia 4. o Decreto-lei n\' 2.037 foi aprovado atravésdo casuístico instrumento do decurso de prazo. Há duassemanas. numa votação histôrica. esta Casa rejeitou,pelo voto da maioria dos seus membros. o Decreto-lei2.036. Esses dois decretos, pequenas peças dentro do vcrdadeiro cipoal de decretos-leis em que se transformou oChn'erno brasileiro, tinham Llm ponto em comum: a penalizaçào dos funcionários das empresas estataL;, Agora.o Governo. segundo noticia a imprensa. planeja umnovo golpe contra as estatais e seus funcionários arquitetando um decreto que. sob o argumento de coibir mordomias. na verdade arrasa com os vencimentos e com osdireitos adquiridos dos funcionários das empresas estatais.
Por trás de tudo isso está uma campanha de ataque àsempresas estatais, comandado por setores ligados aogrande capital financeiro internacional que veêm nuS estatais uma barreira para seus interesses imperialistas.Quando a industrialização do Brasil ainda era uma metadistante. as empresas estatais já surgiram como destacamentos avançados dessa meta, implantando, fomentando e acelerando o nosso progresso industrial. As estataisseguiram nesse ritmo até que, em fins do, anos 50, a atividade econômica do Estado deixa de ser levada a outrossetores da economia. Nesse mesmo tempo se amplia vertiginosamente li penetração do capital estrangeiro naeconomia brasileira. Os empreendimentos mais rentávcisforam desnacionalizados. o grande empresariado nacional se associa ús empresas multinacionais, ao mesmotempo em que a importação de equipamentos para essasempresas é liberada.
Essa pregação antiestatais, transformadas em responsúveis pelo caos reinante na nossa economia, aparece travestida em defesa da livre iniciativa. Na verdade~ essacampanha não passa de uma ardilosa manobra urdidapelos representantes dos grandes monopólios, nacionaisc estrangeiros. anciosos de colocarem seus tentáculossobre o filé mignon da economia brasileira. Entretanto,os responsáveis por essa campanha omitem o fato deque. em muitos casos, o Estado ou as empresas estataisforam levados a assumir o controle de determinados empreendimentos em razão da crise a que foram conduzidos pela administração privada. Isso aconteceu. porexemplo, na COSIPA, na MAFERSA. na PctroquímicatIniilo? entre Qutros.
Além disso, os defensores da livre iniciativa e representantes dos grandcs monopólios nacionais e estrangeiros são mestres em distorcer os fatos e em manipular dados. A propalada ineficiência da empresa estata! a partirde dados de lucratividade que não levam em conta a altarelação capital/produto, característica de empresas degrande porte, é desmentida por vários outros dados,como o auto financiamento em torno de 65 por cento l
com desempenho semelhante ao de empresas privadas degrande porte. As distorções c omissões vão mais longeainda. Encobrem, por exemplo, de onde viriam os substitutos das estat.ais no:.: diversos ramos em que elas atuam.Com certeza, o capital nacional não estaria em condiçõesde bancar uma compra, por exemplo, da TELEBRÃS, emuito menos a Vale do Rio Doce encontraria aqui quemsuportasse a sua privatização. É lógico que seria o capital internacional que penetraria ainda com mais intensidade em nossa economia, substituindo as empresas estatais.
Sem a alternativH das empresas estatais em ramos vi~
tais. cümo o desenvolvimento tecnológico, a mineração,a siderurgia, as pesquisas espaciais etc., estaríamos hojena dependência dos grandes monopólios internacionaiscom seus centros de decisão fora do Brasil e com a suapolítica de investimentos desvinculada dos interesses nacionais.
Com O agravamento da política recessiva e por imposiçiio dos banqueiros internacionais e do FMI, as empre-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçiío I)
sas estatais passaram a sofrer cortes em seus investimentos, as taxas de juro subiram vertiginos3mente restringindo o crêdito e levando centenas de minis, pequenas emédias cmprcsas à falência. De mecanismo de defesacontra possíveis crises, de elemento equalizador da produção. pelo menos de setores relevantes. as cslatais passaram a ser. graças à ação predatória da política econômica do Governo, um instrumento desencadeador da serniparali:;aç;lo das atividades produtivas. Primeiramenteo programa sideflhgic~ foi desacelerado e. a partir daí.seguiram-se várias outra.s medidas no mesmo sentidoque levararn [lS estatais a suspenderem suas encmnenda!~
às indústrias de bens de capital ate ilo de prestação de serviços, aprofundando com isso a recessão e o desemprego.
Um ponto, entretanto, e de vital importáncia. A quepolítica servem as estatais? Considerando essas empresascomo um instrumcnto de uma certa política, só podemosconcluir que o erro. o malogro econômico e a falência devárias estatais devem-se fundamentalmente a dois fatores. Primeiro. é fruto das imposiçôes recessivas dos nossos credores internacionais e do FMI. Segundo. é frutoda in~ompcténciae da falta de responsabilidade do regime. Em ,intesc: o problema não é a existência ou não dasempresas estutais cm nossa economia, mas sim a políticaque norteia c conduz a atuação dessas empresas.
A livre iniciativa dos representantes dos grandes monopólios nacionais e estrangeiros não tem muito quc sequeixar. Afinal, existe um pacto tácito entre o Estado e O
capital que sempre socorre empresas falidas, que injetavultuosos recursos nos cofres dessas empresas, que arcacom os prejuízos decorrentes de um ou outro deslize deseus administradores. A Delfin, o Banco Halles. aCoroa-Braste! e muitos outros casos siio exemplos concretos desse pacto pernicioso para o povo e lesivo aoscontribuintes.
O problema das estatais está inserido no conjunto dosproblemas da. economia brasileira e seu modelo recessivo, concentrador e dependentc. Ê preciso impulsionar aatividade produtiva com a expansão dos gastos e investimentos públicos voltados especialmente aos setores quepossibilitem a criaçào de empregos e atendam às necessidades básicas da nossa populaçuo. Alem disso, é precisopromover um controle do déficit público através da realocação dos recursos aplicados em projetos inviáveis econtrários às necessidades nacionais e populares. Finalmente, é necessârio promover uma reforma tributáriaque taxe progressivamente os ganhos de capital, principalmente das multinacionais, e as operações especulativaso Esse conjunto de medidas, aliado a decisões políticas soberanas c independentes. como a suspensão do pagamento da dívida externa e o rompimento dos acordos
com o FMI, seria suilciente para reordenar o nosso desenvolvimento econômico 1 colocando-o na perspectivanacional, gerando empregos e atendendo às necessidadesbásicas de nossa população.
No entanto, ao invês de fazer isso, o Governo do General Figueiredo prefere legislar por decretos-ieis. enviando para esta Casa, agora, o 2.065, o mais novo filhodo arrocho salarial, e arquitetando novos golpes contraos funcionários das empresas estatais. A derrubada do2.065 ou de qualquer outro decreto-lei que penalize aclasse operária e os trabalhadores deste País ê uma obrigação dcsta Casa. Derrotar esse 110VO decreto significará,mais lima vez. a afirmação da independência e da soberania do Poder Legislativo diante das pressões c ameaçasdo Executivo.
Era o que cu tinha a dizer.
o SR, RANDOLFO BITTENCOVRT (PMDBAM. Pronuncia o seguinte discurso:! - Sr. Presidente.S!"s. Deputados. a Zona Franca de T'vlanatls foi idealiluda
para pn:.'n1over o desenvolvimento regional. onde tantosoutros projetos falharam. Teve n mêrito de rede~cobrir 11
,\mazóniu para os brasileiros. atraindo turistas. visitantes que. lW contato direto Gom a região. desfizeram a
Novembro de 1983
image'm negativa de paisagem fantústica. inóspita. peri
gosa ..: indom<Ível.O projeto tem um prazo dt; maturaçãu. como proposta
de desenvolvimento. Não se trata. portanto, de uma simp1c:s Zona Franca.com a unica caracteristica de um comêrcio livre em que o peso de determin,Jdos encargos fiscais e tarifários é eliminado do processo de importação eexporwção
O desenvolvimento industrial e agricola, o aproveitamento racional de matêrias·primas regionais com o desenvolvimento de tecnologia nacional suo as finalidadesperseguidas. Isto. porém. se firma n(l de:1empenho do setor comercial.
O grande problema da Amaziínia na sua busca de desenvolvimento e integração nacional. mais do que a csca~:'ÍGl. de recursos tinanceiros. entretanto, é representadopela ineonstúncia das políticas implantadas. Quando começam a surgir os primeiros resultados positivos. a região volta à marginalidade pela supre:-:;ão das iniciativasvúlida.t;,.
AC'sim estú ocorrcndo com a Zona Franca dc Manaus.que. antes do tempo previsto de maturação do projeto.vcm scndo penalizada com medidas incompativeis com aidéia original que estava dando bons resultados.
A exigência de pagamento do IOF sobre importaçõesa partir dcjaneiro de In!, estabelecida na Rcsolução n\'68! d,-, Hanco Central. dcscaraeterizou a Zona Franca ccriou problemas extremamente sérios para os emprc
stlrio':i lucais.A.' dúvidas quanto [ilegalidade da cobrança dos tribu
tos Coram para a justiça, num processo longo, de resultados duvidosos, gerando intranqüilidade gcral.
A situação exige a tomada de deci:.;;i3es urgentes para
devolver ao empresariado a tranqLiilidade nccessária àssuas atividades. e recuperar. enquanto há tempo. umpouco do dinamismo da Zona Franca.
Descapitalizado como está n comércio de i\1anaus.não há a menor condição de pagamento desses impostosatrasados. As portas serão simplesmente fechadas. paradesespcm d,)s trabalhadores que perderão seus empregose do povo amazonense que assistirá a mais uma liquidação de suas esperanças de desenvolvimento.
Em face da grave situação. 3. Associação Comercial du
Amazonas c as demais entidades da ela"e empresarialestão reivindicando ao Presidente do Banco Central e aoMinistro da Fazenda a suspensão da exigibilidade doIOF para a Zona Franca de Manaus, a e"emplo do quevem sendo feito com relação a diversas operações decàmbio. com base nas Resoluções nÇls gl61 823. 824, ~48,352.853 e 859. de t983. do Banco Central. bem corno aremissão do crédito tributário IOF pendente de paga
mento.A reivindicação é absolutamente ju~ta e extremamente:
necessária. Trago. assim. a esta tribuna o mais veementeapelo ao Sr. Prcsidcnte do Banw Central. assim como aoSr. Ministro da Fazenda, para que se sensibilizem comos graves problemas quc a cobrança de IOF vcm trazendo para o desenvolvimcnto da Amazônia Ocidental ealendam its solic.:itaçõcs que lhes foram encaminhadaspelos Presidentes da Associação Comercial do Amazonas. Federação do Comércio do Estado do Amazonas.Associação dos Lojistas da Zona Franca de Manaus e doClube dos Dirctores Lojistas de Manaus.
Era o que eu tinha a dizer.
o SR. ANTÔNIO CÂMARA IPMDB - RN. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, 81'S. Deputados. através dc correspondência que recebi do Sindica
to dos Estivadores de Areia Branca. Grossos c Mossorií,fui alertado para ti difícíl situação em que vivem os esti
vadores brasileiros e. especialmente. os daquela regiãosalincira n(l Est.ado do Rio Grunde do Norte.
Senundo informa o documento. (J ganho mensal dessestrab~Jhadorcs pouco ultrapassa 15 mil cruzeiros, uu sejLi..
Novembro de 1983
aproximadamente o que se vem pagando a um flagcladoda seca incorporado às "'frentes de emergência".
Menos da metade de um salário minimo, portanto, équanto .e oferece ao estivador no meu Estado em contraprestação pela execução de um serviço penoso e arriscado, fiujeito a acidentes muitas e muitas vezes fatais,agravado ainda. no caso específico da zona salineira potiguar, pelo fato de realizar-se a cerca de 14 milhas da cidade.
No carregamento de um navio qualquer, cabe a essesprofissionais não mais que 10% do montante total dosserviços prestados. Além disso, embora trabalhando geralmcntc em condiçõcs de relativa periculosidade, sãodiscriminados em rclação aos trabalhadorcs marítimos.
A importância do trabalho humildc desses homenspara a movimentação da riqueza nacional, o grau de risco inerente à profissão, as precárias condições dos locaisonde prestam serviços, o imenso desgaste físico que a atividade acarreta, tudo isto, Sr. Presidente, despertou minha atenção para o problema e convenceu-me da necessidade urgente de fazer-se algo de concreto em defesa daclasse.
Não é admissível que esse enorme contingente de trabalhadores seja submelido a tratamento injusto do ponto de vista salarial e discriminatório em relação a outrosservidores ligados às atividades portuárias.
Compreendendo a extensão do problema, disponhome a examinar a viabílídade da apresentação de um projeto de lei que consubstancie melhorias efetivas paratoda a categoria, tanto em termos de remuneração comode proteção legal de seus direitos.
Se constitucional a iniciativa, minha proposição visará, acima de tudo, a corrigir as deformações existcntesno que tange à regulamentação dos serviços de estiva emrelação aos demais serviços portuários em nosso Pais.
o SR. FRANCISCO SALES (PDS - RO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,qucro ressaltar o excelente trabalho que a CEPLAC estárcalizando no combate à Vassoura de Bruxa, doença queataca os cacaueiros no Estado de Rondônia.
Para mostrar a dedicação, o cmpenho do pessoal técnico da CEPLAC na implantação da lavoura cacaueiraem nosso Estado, leio, para transcrição nos Anais destaCasa, matéria publicada no jornal O Parceleiro, intitulada "CEPLAC Prepara Agricultura Para Combate á Vassoura de Bruxa".
"Cerca de 1.500 agricultores e 90% do programade combate á vassoura de bruxa, já foi atingido pelos 50 técnicos e 20 operários de campo da CEPLAC desde o lançamento da campanha que se estenderá até 1985.
Esta informação foi prestada ao O Parceleiro pelos técnicos Eliel Dias Ferreira, assessor da extensãodo Depea, Nilton Ferreira, agrônomo regional deOuro Preto e Cacoal, Janathan Igreja, chefe do escritório de Ariquemes e Sérgio Euclides assessor decomunicação do Departamento Especial da CE·PLAC para a Amazônia. Segundo eles, somente emAriquemes no mês de julho, 100 agricultores cm 45fazendas foram treinados para combate a vassourade bruxa, maior doença do cacaueiro amazônico e,que hoje, apresenta um percentual médio de 10%nos cacaueiros dc Rondônia, principalmente, nasáreas mais velhas como Ouro Preto e Cacoal. EmAriquemes por ser uma lavoura nova e por um índice de conscientização maior do produtor, a doençaapresenta o menor nivel do Estado.
TreinamentoO Plano de Combate à Vassoura de Bruxa é de
sencadeado através de treinamentos e demonstrações. Os técnicos e operários de campo, treinadospara detectar e combater a doença, visitam fazendasonde se promove encontro dos produtores. Além deexplicações técnicas. os agricultores participam de
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
treinamento de combate na própria roça, Normalmente, esta operação dura dois dias. Além disso. aCEPLAC promove intercâmbio de visitas dos produtores entre os municípios plantadores de cacau.Este intercámbio é feito também nas fazenda.5 dentro de um mesmo município. Esta é a forma do agricultor conhecer todas as etapas da doença e os métodos de controle prático através da erradicação naprópria planta.
ControleHoje, mais de 200 mil pessoas estão direta e indi
retamente envolvidas c dependentes da lavoura docacaú. A vassoura de bruxa é fungo que ataca principalmente os ramos, os frutos e flor do cacaueiro. Ea remoção a extirpação das áreas atacadas é o meiomais eficaz de controle da doença.
Os técnicos recomendam o pcriodo de estiagem- verão -, para remoção da doença. Entretanto,os agricultores de melhor condições financeiras eque contam com mão de obra permanente, deverãoefetuar este trabalho o ano inteiro. Além disso, tendo o agricultor de fazer maior investimento financeiro, recomenda-se a aplicação do cobre sandoz.Este produto ajuda a proteger a planta. Aplicadocom água, um quilo pode atingir até 5 hectares decacau. Hoje, custa pouco mais de mil cruzeiros oquilo de cobre sandoz. "Mas este não é o remédiodefinitivo. Ele ajuda o controle, o que elimina adoença é a retirada da área afetada da planta", observam os técnicos.
Mas os técnicos da CEPLAC estão satisfeitoscom o trabalho até agora realizado .. "Os produtoresestão participando com interesse. Entretanto, vamos continuar com a campanha até 85. E até lá, seráfeito revistas e repetidos encontros até se criar nãosó uma consciência, mas uma mão-de-obra especializada e permanente no combate à doença", concluíram."
Era o que tinha a dizer.
o SR. FARABULINI JÚNIOR (PTB - SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados. São Paulo, cidade que mais cresce no mundo, está abraços com problema dos mais graves. É da mais altagrávidade o problema da violéncia na Capital do trabalho. Assaltos, roubos, trombadas a todo instante a qualquer paulistano, a qualqucr um que vive ou passe porSão Paulo, na área comercial e fora dela. O centro comercial, tanto do centro como da periferia, está abaladopor absoluta falta de segurança, tanto para os comerciantes como para os que freqüentam tais estabelecimentos. Há ainda o mesmo problema para consultórios médicos, cscritórios de advogados, cabeleireiros, que nãotém a menor possibilidade de trabalhar. a menos que setranqucm pelo lado de dentro, sempre à espera de Uma"visita de mau gosto". Repito que não se trata de açãolocalizada. isso é, no centro. Ao contrârio, está mais quegeneralizada a ação dos delinqüentes que sc apercebempoder agir com doce tranqüilidade, pois a polícia paulista cruzou os braços~ nào se sabe ao certo das razões do~
minantes que levaram os policiais a tal procedimento. Oque se sabe, porém, é que a cidade estâ desgovernada sobo ángulo da Segurança Pública. Não é somente a falta demeios para o bom combate á criminalidade, apregoadapelos responsáveis pelas Delegacias Distritais, quer daPolicia Civil, quer da Polícia Militar. Observa-se, o que épior, constata-se a ausência de coordenação e de comando. Observa-se e constata-se a ausência de um critériopara o bom combatc à criminal idade.
Não hit filosofía que seria indispensável desejar-separa que todos do Governo e povo promovessem a umsó tempo uma unidade para combater o crime e a violência dominanter; na grande cidade e na Grande São Paulo.Para que V. Ex's tenham uma idéia, afirmo-lhes que ninguêm pode sair de casa. nem de dia nem de noite, sob
Terça-feira 19 11829
pena de vir a sofrer o impacto da agressão. Que é que apolícia faz'> Por enquanto nada. Argumentam uns queesse fato se deve à orientaçào do Secretário da SegurançaPública, enquanto S. Ex' manda que respeitem os direitos humanos. Outros argumentam com o fato de a Justiça ter processado policiais que, no cumprimento do dever, teriam exorbitado do poder que a lei lhe5 conferempara o exercício de suas altas funções em nome da sociedade. Para outros, entretanto, o fato está ligado à faltade meios para poder enfrentar o crime organizado. Averdade é que a população não tolera mais e procuraarmar-se por conta própria, o que se constata enquantosobe assustadoramente a venda de armas a particulares,que se servem delas sem o competente porte dc armas.Nos distritos, os quarteirões são secsionados c ai são instalados postos particulares de defesa do quarteirão, através de guardas particulares. cujo número sobe diariamente. Diga-se de passagem que esse~ guardas não estàopreparados para o exercício de tão alta funçào, salvo pequeno grupo que está realmente adestrado, principalmente os que pertenceram às polícias militares.
Vé-se que é o desmando total que deixa uma população inteira sobressaltada. atemorizada, desprevenida e,mesmo que armada particularmente, sem nenhum preparo para defender-se. É preciso. pois, apelar para que oGoverno do Estado de São Paulo chegue ao ponto deequilíbrio entre a polícia civil e a militar e atribua a ambas a responsabilidade que cada uma das facções temperante a sociedade. a fim de que a famíliajá desalentadade São Paulo tenha tranqüilidade frente ao problema davioléncia que aumcnta a cada passo. Já não basta oproblema econômico, há também esse, que ê da mais altaseriedade. Cumprc ao Sr. Governador exigir o cumprimento das leis, mas cumpre-lhe mais do que isso garantiraos policias o direito de trabalhar na sua função de prevenção e de combate à delinqüência, para que possamdefender a sociedade.
Assim, Sr. Presidente, estou mandando um telegramaao Sr. Governador do Estado de São Paulo, para que S.Ex', o ex-Senador Franco Montara, conheça a verdadeque agora começa a ser cnaltecida aqui. pois que vou faczer uma série de discursos para, afinal, responsabilizar 9Governo pelo desmando e pela falta de acuidade admini.trativa quanto ao fato que ora discutimos.
O SR. OSCAR ALVES (PDS - PRo Pronuncia o se
guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, aproposta que encaminhamos à decisão do Diretório Nacional do PDS, em sua recente reunião de 27 de outubro,considerou, príoritaríamente, a gravidade do momentoem que vive o País. seriamente afetado por uma criseeconômica e social ~em precedentes em sua história.
Nossa iniciativa aproveitou uma oportunidade inéditanesses últimos 20 anos: a da participação da classe política nos assuntos financeiros da administração pública,até agora monopolisticamente exercido por uma minoriasem qualquer representatividade popular. Foram coroados de éxito os esforços tenazmente perseguidos pelomovimento '"Participaçào'\ que. sem qualquer propósito desagregador, sempre visou à dinamização partidária
em torno dos grandes temas nacionais e à valorizaçào dopolítico.
Temos plena consciência de qua a abertura democráti
ca, alcançando também os setores econômicos, ensejaráo clima idt:al de harmonia entre os poderes constituídos.condição fundamental para o encontro de soluções aosproblemas que mais angustiam a sociedade brasileira.
As medidas sugeridas pelo Executivo, através doDecreto-lei n" 2.065. que veio substituir o de n" 2.064 rejeitado pela quase totalidade dos parlamentares pedessista. realmente são ainda insuficientes para debelar osterriveis males que afetam a Nação. Mas o recuo do Executivo e o conseqüente estabelecimento de debates emtorno das providências governamentais representam.
11830 Terça-feira I"
além de salutar inovação para o fortakcimentn da nossaincipiente dCnHJCracia. o (;OToamcnto de um longo e pe·
noso trabalho da comunidade política bnl~ileira.
r\1ns os esforço" inauditos até agora empreendidos nuo
podem nem devem e;.;gotar-se neS':íe episódio.
Tçmos pela frente uma imensa tarefa li cumprir e enormes desafiüs n vencer.
Dal havermos delegado à Comissão Executiva do partido poderes p:lrtJ procurar constituir. com as demaisfacções políticas. uma comissão intcrpartidúrja para pro
pl)r medida, complementares dlcazes nos campos cconômicos, social e politico. além de outra comissào interna que prossiga estudos em busca de alternativas econômicas para o País, tendo como base o documento da"Comissão dos Onze",
l-lá realmente muito por fazcr.Acima c antcs de tudo. é preciso climinar-se o proces
so !.mtidemocrátkü dos decretos-leis cxpc:didos torrencialmente pelo Exccutivo. numa manifesta usurpação deprerrogativas cxdusiva.s do Legislativo. ao qual cabe atarefa da e1aboraçãü das leis dentro do sistcma de tripartiçito dos poderes republicanos.
lv'raiares avanços têm de ser conquistados na úrea tributâria. corrigindo~se distorçôes e amparnndo-se comcqtiitativa distribuj,;tlO das rcndas públicas os Municípios e os Estados. hoje à beira da falência por culpa dclima estrutura fiscal injusta e superada.
A classe trabulhadora. por sua vez. precisa com a
mai0r urgcncia possível desindkatos livres e fortes. alémde uma nova Lei de Greve, que escoimc a atual legis
lação dos vícios remanescentes do e$tado-novismo c doHut.oritarismo pôs-tí4. Levados por essa preocupação foique apresentamos doi:~ projdo~..; de lei visando a l\b~rtar
tY'; sindicatos e garantir ns direitos búslcos do trahalhador, sem a tutela inc.:ômoda do E~,tad(J. ti fim de que o relacionamento entre patrões e empregados aconteça emclima de hurmoni,-\ e em igualdade de condiçôes. condiçiio primeirn para um regime realmente democrático,
O SR. JO.!;O FAUSTlNO (PDS - RN. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados.não podemos pt:rmitir que os acontecimentos mais recentes que marcaram a vida do Pais sufoquem o e1amordo povo nordestino. Não permitiremos que os temaspoJítico~. mesmo que relevante:;. arquivem da consciência mundial o mais angustiante de todos os problemas.que é o eslúgio de miséria absoluta. de fome e sede a queestão submetidos mais de 30 milhões de brasileiros.
Percebo. Sr. Pr~sidente. que a discussão dos temas re·lacionados com política salarial, com sucessào presidencial. com medidas relativas ti crise econômica tomaramconta deste Congresso c da opinião pública. passando asegundo plano o mais desafiador de todos os problemas.que é a grave situação do l\'ordeste.
Sabemos da importiincia de se atribuir aos trabalhadores salários justos e compatíveis com os elevados índices inf!aciOllitrios - sobre este assunto me pronuncieiem vúrias disct.lssÕes. nesta tribuna - da mcsrna formaque temos consciência de que à classe política cabe a responsabilidade maior de discutir e encaminhar soluçõesvisando ao fortalecimento da instituição democrática.Esta ê nossa inquestionável visão. No entanto. sentimonos no dever de ficar ao lado dos mais pobres e sofridos.sem sindicatos. sem voz e sem forças para lutar por tudoo que se constitui essencial no exercício do direito de viver. Os mais desprotegidos e abandonados deste Pais sãoos nossos irmàos nordestinos. que vivem na permanenteadversidade da subnutrição. das docnças crônicas. doanalfabetismo. da falta de babilação. de água c de dI imentos,
Conclamo os Srs; Deputados para que retomemos otemu nordestino e insi-;tamos junto ao Poder Executivopura que objetive a imediata implantação de medidasque, definitivamente. resolvam os problemas do povo doNordeste.
DLÁ.RIO DO CONGRESSO ACIONAL (Seçüo I)
Na sess~o de hoje, da C,-tmaru dl1S Deputados, e~tou
arrescnt:.mdu requerimento solicitando as presenças,neste plenúrio, dos Srs. ivlinistros do Interior. tvlário /\11
drcazza. e do Planejamento. Delfim Netto, para que di~
cutam conosco e aprc}icntem as soluçôes desejadas pelaNação para os graves problemas do Nordeste.
Por dever de consciL'ncia e por responsabilidade publica. temos que exigir providências que. d'etivamente.atinjam üs ~~cguintes aspectos: I - armaz.enamento e distribuiçào de água: :2 - crêdito. principalmente para os
pequenos agricultores: 3 - uso adequado da terra: 4 incentivo II pequena e média empre':ia: 5 - redirecionamento da SUOENE. conferindo-lhe compcténcia e autonomia para coordenar os programas que geram o d~~en
vülvirncnto: 6 - destinação d~ recursos que permitam aconclusão de übras rcntá\..eis. como fábrica de barrilha.sediada em i\ilacau, Rio Grande do Norte: 7 - distribuiçi:í.n dn renda nacional.
Esses e ul.ltros aspectos de vital importtincia para oNordeste tleeest;jtam ser dehatido~pelo C··ongresso c pela
sociedade hrasileira com objetivos claros de possibilitara sobrevivelH:ia de uma região que potencialmente pnderâ oferecer. como vem oferecendo. expressiva contribuiçào ao desenvolvimento nacional.
o SR. NILSON GIBSON (PDS - PE. Pronuncia oseguintc discurso.) - Sr. Presidente c Srs. Deputados.voltamos à trihuna desta Casa para versar a qUl;stào doaborto e nos solidarizar eom a Igreja na campanha contra o a/:Hlrto. em defesa e promoçiío da vida, um dom sagrado de Deus, desde o primeiro momento da sua concepção.
A Igreja concorda com o fvlinistério da Saúde, que instituiu o "Programa de A"istência [ntegral à Saúde daMulher" e será implantado a partir de 1984, pois privilegia o atendimento à mulher na idade fértil e inclui informação a 10dos sobre os métodos artificiais e naturais.acrescentando uma avaliação erilica sobre o aspecto médico. A posi\,ão do ~!inistério da Saúde é clara na rcjeiçáo do ahorto.
Nestes ultimos meses, a discussão. o debate sobre oaborto tem surgido no Congresso Nacional. Alguns deles são pela inclusão de nova legislação sobre o abortopor julgarem-no aceitâvel em certas circunstâncias. Aimprensa divulga muitos artigos trazendo grandes cDnsidera,ões e preocupação com as mulheres temerosas defazer aborto. Em alguns casos, o assunto é discutivo depontos de vista altamente emocionais, Um dos artigos seintitulava "ABORTO - UMA QUESTt\O DEMOCRÃTICA"! Mesmo respeitanto o direito dos defensores do aborto de terem suas próprias opiniões. sinto queo assunto é mais eomplexo e precisa scr analisado talvczsem ênfase devida no seu aspecto emocionaL Para nós,os católicos. toda vida humana é sagrada e inviolável.iste é um principio absolutamente búsico da moralidadehumana e cristã. O direito à vida. expresso neste principio. não depende da posição social ou condição da pessoa. Sua origem não está na importància de uma pcssoaem comparação com outras ou na sua utilidade na socicdade. [sso nào se origina da posição de alguém oa hierar
quia social ou de sua religião. idade ou cor da pele. Nemé, tampouco, algo que origine sua existência da aprovação dos companheiros àas pessoas. O direito à vidanão se fundamenta na vontade das outras pessoas, masna de Deus e na natureza humana. ~omo ele a eriou. Suabase està na inalienável dignidade doada por Deus acada pessoa. Por essa razão. ninguém tem o direito de dizer que determinada vida humana tem menos valor queDutra. Ninguém tem o direito de decidir que a vida de determinado s~r humano deva ser destruída para salvar ade outro. para atender a inter~sses de qualquer indivíduoou grupo de qualquer cspêcie. Os seres humanos. evidcntemente. diferem uns dos outros em muitos aspectos. Di·terem em idade. habilidade e na contribuição quc dão aobem-estar de seus semelhantes. Diferem em virtude e atéem valor moraL Nenhuma dessas diferenças, entretanto,
Novembro de: 1983
dit. de maneira alguma o direito ao individuo de decidirsobre a vida, Essas diferença,.; nado. somam àquele direito, nem dele nada tiram. Elas não justil1cam nem poderiam justificar a colocação do direito à vida de um serhumano num plano mais baixo do que no de qualqueroutro. Ncste principio sacrossanto de inviolabilidade davida de c.;ada se:r humano está H base de nossa civilização.
Ele precede á tradição da lei segundo a qual a vida inocente precisa ser respeitada e plenamente defendida eprotegida pela comunidade.
A moral católica determina que a "morte-direta de umfeto humano ê assassínio e1 portanto. sempre falt.agravíssima". Devido aos imensos progressos conquistados pela ciência médica moderna. é extremamente raroque um médico boje tenha de escolher entre a vida dofeto e ti vida dn mae. Dificilmente um médico modernoinsistiria em que o feto é :lpenas '"uma parte da mãe".Graças à eficiência de sofisticadas tecnologias, como uItrasom. a imunoquimica e o marcador do coração, podeser verificado o feto no monitor. respirando, movendose. reagindo ao som e à dor. e se ehcgará à firme conclusào de que o f~to é uma vida humana pessoal, diferenteda màe, Sugerir um aborto alegando a pobreza extremada mãe e o futuro sombrio do seu filho, que crescerá provavelmente faminto, subnutrido. sem escolaridade adequada ou possibilidade de emprego e com perspectivasde vir a ser um criminoso, é Cünfundir as questões. Umerro m10 justifica outro.
Enquanto nós. obviamente. precisamos defender O Lirdto que tem o feto de nascer, temos ao mesmo tempo defazer o máximo para anular a causa da extrema pobrezada màe. a fim de que possa ter alimentaçào suficientepara seu filho e a possibilidade de conseguir para ele pelomenos escolaridade primária. Esses são direitos tanto damüe quanto do filho que está para nascer. e ninguémdeve ousar usurpar deles esses direitos.
Devemos. nesse sentido, pressionar o Minist.ério daEducaçào e Cultura a tornar pelo menos a educação primária acessivel a todos, especialmente aos pobres, e demaneira absolutamente prática. Devemos exigir acriação de oportunidades de trabalho com salários decentes e justos. A pessoa que se sustenta com seu trabalho diário. honesto. normalmente não se tornarú criminoso' É importante também lembrar que muitas pessoasnascidas na mais extrema pobreza sobrepujaram as dificuldades impostas pela situação e atualmcnte são cida·
dãos úteis e respeitáveis, vivendo com conforto e dignidade. Imaginem se as mães dessas pessoas tivessem consenlido em abortar simplesmentc por causa de suapohreza! Ao trat.armos do aborto. não devemos esquecerum princípio búsico que diz: "Os Fins não Justificam osMeios".
Como católieos. enquanto condenamos o abortocomo um crime monstruoso. apoiamos uma paternidaderesponsávcl, utilizando apenas os meios honestos,Apoiando programas de planificação da família, a Igrejadú testemunbo não só de sua fidelidade ao desígnos doCriador, mas também de serviço leal prestado à pessoahumana. que permanece sempre H O princípio, o sujeito eO termo de todas as instituições sociais'. Devemos avocar a paternidade responsúvel. se pretendermos evitar casos de gravidez não-desejada. Mas os pais devem sempreaceitar os desígnos de Deus em relação a esse assunto.
Para que seja transcrito nos Anais da Câmara dos Depuf.ados, leremos a "Palavra do Pastor" artigo que insiste na doutrina da paternidade responsúvel e do planejamento familiar.
"Vivemos situação muitÍssim~mais do que a algumas pessoas possa parecer. Realizou-se emBnsília (23-25 seL. p.p) um "I Congresso Brasileirode ProteçtlO Materno-Infantil e Planejamento Familiar", Quem nào desconfia. nesta hora, desse pomposo títulc>"! Quanto sofisma! Sobrctudo, quando seinvocam "paises mais desenvolvidos". "Ser mais de·
Novembro de 1983
senvolvido" é justamente o contrário: é "legalizar"crimes ... Nesta "Palavra do Pastor" preferimos. hoje. dar a palavra a competentes e beneméritos Médicos. que publicaram o oportuno opúsculo: "Aborto.o direito da vida". Data vênia. transcrevemos trecho (p. 128) sob o título de: "Paternidade Responsável - A paternidade responsável é implícita ao próprio exercído da função conjugal. O problema quese coloca é: como fazer uma honesta c conscientepaternidade respDnsável'! O consenso universal nosdiz que existem ações 'honestas e {lções desonestas:nem todos os (ltos humanos são bons c honestDs.No modo como se realizar a paternidade responsá'vel é importante sobretudo salvaguardar a dignidade da pessoa humana. Só hú verdadeiramente progresso. só hú o desenvolvimentn do homem quando,:10 desenvolvidos as potencialidades natarais dehumanizaçào. Muitas ver.:es. a ciência e 1:1 técnica.quando mal empregadas. são desumanizantes. Se afissào c a fusão nuclear são empregados para imporo terror atômico, ou se conhecimentos de Psicologiasão empregados para lavagens cerebrais, não sepode falar de crescimento humano. O homem, no,eu agir. não pode ser inconseqüente e desorientado_Ele necessita de normas objetivas de comportamento. de critérios objetivos de moralidade, que não devem Ser confundidos com costumes (uso, convenç:1o). Estes devem ser informados pelas regrasmorais. se se quer promover a dignidade humana. Aconsciência moral é uma necessidade básica do serhumano c isso é muito importante nesse momentohistórico. pois que - não é difícil de concluir - acrise da humanidade. a crise do nosso mundo. é den~ltllreza moral. A técnica em si é neutra, indiferente: depende de como o homem a utiliza ou para qué.Por exemplo. fazer aborto. mesmo dentro das melhores técnicas. consiste em matar seres humanosinocentes e indefesos. Não se pode falar em progre.;0 humano quundo se institui a lei do mais forte! Oaborto continua sendo um crime mesmo se houverornissão legal da punição.
Quais são. portanto. as características de umapaternidade consciente humanizante? Considerandoque n funçuo do médico é a de prevenir e curar asdoellça' dentro das premissas da saúde e da normalidade do seu cliente ou da sua comunidade, quaissão. para o médko, as tinhas mestras de uma paternidade consciente conforme a natureza humana?
Do ponto de vista ético, é necessário não abrirmão dos valores genuinamente humanos que as soluções pragmáticas desprezam. Dentre desses vaiares. ressalta o respeito à integridade morfológica epsicológica da pessoa humana. Quanto mais se destrói o processo natural do ato, tanto menos ele seconforma à sua instituiç:1o objetiva. Os processosartificiais de planejamento familiar não consideramessa desnaturação do· ato. Daí. todos eles teremcontra-indicações médicas. algumas de naturezagrave, absolutas, como é o caso dos anovulatórios:outrns vezes, menás graves, como é o Caso do colitointerrompido. do condun, do diafragma. etc., cujaspertubaçôes psicológicas para o relacionamentoconjugal "la conhecidos e não desprezíveis. Também é necessário reafirmar. dentro da sexualidadehumana, o respeito que se há de ter pelo outro - ()respeito à 'dignidade humana - e denunciar. vigorosamente. uma tendência da própria sexualidade: oinstinto dé posse de dominação. Há uma tendênciacaracterística do comportnmento atual. dc colocar oprazer como lím em si mcsmo do ato sexual e nessaperspectiva o outro é instrumentalilado como objetivo do prazer. Isso ê uma "'coisifícaçào~' da pessoa'humana. que atenta contra a sua dignidade própria.E a sexualidade humana perde a sua bondade natu-
mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
ral em deirimento da exalt",;ào do prazer sexual. Ê aambigüidade que marca os grandes valores humanos. Em vez de libertar humanizando. o homem éescravizado à sua animalidade instintiva. reduzindoa sexualidade à sua dimensào genital, despersonalizadora. Cria-se. dessa maneira. uma mentalidadefundamentalmente anticoncepcional. causa e conseqüência do cgoísmo e utilitarismo característico donosso momento histórico. deturpando, desnaturando aquela bondade fundamental da sexualidade humana. É o egoísmo sexual narcisista. imatllro e caracteristicamcnte irresponsúvel porque voltado parao próprio prazer e não voltado para a dimensãops;cossócio-biológica. interpessoal. humanizante,da sexualidade". (Págs. 128/129)
M'édicos: João Evangelista dos Santos Alves Dernival da Silva Brandão - Carlo, Tortelly Rodrigues Costa - Wald:lI1ir Bragança."
voltaremos oportunamente ao assunto.
o SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDS - GO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados. o interior do Estado de Goiás. principalmente asSUas regiões mais distantes e sofridas - o Norte/Nordeste goiano - estão :1 margcm das atenções do Ministério da Previdência c Assistência Social.
Faz mais de dois anos que várias dezenas de hospitais,centenas de médicos. cirurgiões-dentistas e laborataristas requereram. vêm pedindo e implorando credenciamento no INAMPS e não conseguem, apesar de muitosdeles serem os únicos nos l\1 unicípios em que estão instalados.
Os segurados da Previdência Social estão completamente sem assistência médica e odontológica em mais deuma centena de Municípios do Estado. sendo a situaçãomais grave a daqueles que residem no Norte/Nordestede Goiás.
Por diversas vezes estive com o Ministro Hélio Beltrãoe com autoridades da Previdénc!a Social, sem êxito. porém.
A situação agrava-se e as preocupações ampliam-se deforma a se tornarcm inquietantcs. Por isso. volto a reclamar. agora desta tribuna. as mais prontas e urgentes providências do Ministro Hélio Beltrão. a fim dc credenciarhospitais. clinicas e profissionais da área de saúde nosMunicípios do Norte/Nordeste goiano e de todo o inte~
riar de Goiás.Encareço maior urgência, sobretudo, no credencia
mento de hospitais e médicos, pelo INAMPS. nos Municípios de Taguatinga. Peixe. [aciara. Colméia. AugustinÓpolis. Pedro Afonso e Itacajá, todos do Norte/Nordeste de Goiás.
Confio na ação pronta e justa do Ministro Hélio Beltrào em fa-:or dos abandonados segurados da Previdência Social do interior do Estado de Goiás.
Era o que tinha a dizer.
Q SR. MOZARILDO CAVALCANTI (PDS - RR.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs.Deputados. o transporte rOcloviário tem sido. semsombra dedúvida. o grande responsável pelo desenvolvimento e a ocupação da Amazônia. Nc:io fora o aparecimento de rodoviás como a Bdém-Bnnsilia, a CuiabáPorto Velho. a Porto Velho-Mnnaus e a Transamazôniea. aquela imensa região estaria ainda hoje condenada auni crescimento moroso. ao longo dos rios. sem nenhuma perspectiva do progresso que hoje experimenta.
Roraima. o ponto mais setentrional da Amazônia e doBrasil. também só logrou um desenvolvimento mais acelerado apôs a inauguração da BR-174. em 1977. Essa importantc rodovia. com novecentos e setenta quilômetrosde extensão, partc.de Manaus. atingindo Boa Vista. Capital do TeÚitório. e prossegue até o marco BV-8. nUffontei~a .;om a Venczuela, onde se localiza a Vila Paca-
Terça-feira IY 11831
raima. daí se conectando com u rodovia Santa Helena doUairêm-Caracas. permitindo. portanto. a ligação de Roraima com Manaus e o restante do Brasil e ainda com aVenezuela.
Essa rodovia. a BR-174, é dc vital importância para odesenvolvimento do Território e para a consolidação daeconomia do futuro Estado. pois permitirá o intercâm~
bio comercial e O escoamento da produção tanto paraoutros pontos do Brasil como para o importante comércio exterior com fi Venezuela e até com 05 países do Cadoe.
Ocorre. porém. que desde a sua inauguração até aqui.decorridos seis anos, a condusão e pavimentação não sótem sido retardada como até mesmo os recursos para asua conservação tem sofrido cortes consideráveis. O Batalhão de Engenharia de Construção. o 6' BEC, responsável pela construçào e manutenção, tem atravessadoimensas dificuldadl>s. tendo que reduzir drasticamente oseu pessoal civil, sobrevivendo praticamente graças aosconvénios mantidos com a Prefeitura de Boa Vista e oGoverno do Território para a pavimentação de ruas.
Afora a importância para o desenvolvimento do Território, a BR-174 é também uma rodovia estratégica, importantissima para a Segurança Nacional, uma vez que éO único elo de ligação terrestre entre as imensas fronteiras exteriores de Roraima e o restante do Pais.
Sabemos do interesse da Venezuela na conclusão dessaestrada. razão por que acreditamos que. através de convênio com aquele país, poderiamos obter asfalto a baixocusto e até por troca de mercadorias. ensejando. assim. aexecução mais rápida das obras.
Impõe-se maior intcresse por parte do Poder Executivo. no sentido de agilizar a conclusão da BR-174.
Apelamos, pois, para as autoridades responsáveis, es~
peeialmente o Conselho de Segurança Nacional. os Mini.stérios do Intcrior e dos Transportes, para que sejamdestinados recursos s,uficientcs nuo só para a manutenção. mas também para a pavimentação daquela importante rodovia I"ederal no próximo ano de 1984.
Era o que tinha a dizer.
O SR. DE!'l[SAR ARNEIRO (PMDB - RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente. SIS. Deputados. jamais poderiamos imaginar que O Poder Legi,lativo e!'itivesse cavando a própria .sepultura e que o enterropoder!l ser feito pelo povo brasileiro. já nas próximaseleições. Na Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas, está sendo dado o iníco a este réquiem. que esperonão seja seguido como um rastilho de palavra [lar todo oBrasil. Diz o .Jornal do Brasil de hoje, 31-10-83 o seguinte:
"Embora o critério de distribuição de vagas naAssembléia Legislativa só pcrmita a Alagoas possuir 24 Deputados estaduais. na prática o Legislativo alagoano possui 29, podendo chegar a 31 antesdo recesso do final do ano. É que os Deputados titulares das vagas estão adoecendo com muita freqüência nos últimos meses, o que permitiu ao PDS formar um terço de sua bancada com suplentes.
No mês que vem, ou, no mais tardar. no começode dezembro, deverão adoecer mais dois Deputados. de acordo com os anúncios feitos na imprensalocal e em entrevistas com às suplentes interessados.Ai o PDS completará sete 'Deputados-suplentes,contra oito efetivos, dois dos quais dissidentes.Corno é provável ocorrer no PMDB um afastamento por motivo de doença comprovada, o número deDeputados em Alagoas ficará mesmo em 32. porqueesse é o número ·q1;lc a Tes·ouraria da Assembléiaprevê na sua folha.
O Deputado que se afasta continua recebendoSCLtS subsídios. do mesmo jcíto que '0 suplente queassume. Daí. se de direito da a'sscmbléia alagoanapossui 24 Deputados, de fato são 29, hoje. com en-
11332 Terça-feira I Q
cargos que atingem a casa de CrS 1,6 bilhão porano. O Presidente Benedito de Lira (PDS) jú anunciou que pedirCt uma suplementação de verba para84. Isto. antes mesmo da assembléia apreciar a proposta orçamentitria enviada pelo Governador Divaldo Suruagy.
Os pedidos de afastamento se tornaram tão freqUentes que o Deputado José Alves (PDS) anuncioulImà licença de 120 dias, para tratamento de saúde,mas recuou depois, quando a Oposição lembrou a
inconstitucionalidade: ele já é suplente. Afastandose ficaria sem receber seus subsídios."
Sr. Presidente, como os nossos irmãos nlagoanos foram infelizes em escolher para seus representantes na As
sembléia Legislativa alguns homens que não estavampreparados para aquilo que se propuseram antes dase1cições - defender os direitos do povo junto ao Exccutivo. Não sei se devemos dizer pobre povo alagoano oupohres criaturas humanas que mentiram nos comicil)s~
mentiram para seus amigos, mentiram para seus familiares e acho que menliram até para si mesmos. traindo assuas consciências.
Sr. Presidente, que este exemplo de p[u..;simos represen
tantes do nosso povo não sirva de modelo para as demaisassembléias. nem para esta casa que temos li honra de representar.
Obrigado.
o SR. MÁRIO FROTA (PMDB - AM. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados aFolha de S. Paulo de 23 de outubro anuncia. em magnífica reportagem de Osvaldo Perin, que o Presidcnte doInstituto Brasileiro do Café, Otúvio Rainha, deverú deixar o cargo por atritos com o Ministro Delfim Netto.
Isto não mereceria comentúrios nossos. já que não é o
primeiro caso. não fosse a informação de que Rainhomantém. além de uma mensào em Brasília. onde poderiautilizar apartamento de andar inteiro do !BC na SQS312, Bloco K, uma casa no Recreio dos Bandeirantes, noRio. c mais:
"Todos os diretores do IBC têm telefone em casacom contas pagas pelo Instituto (a maioria delastlca entre CrS ROO mil c CrS 1.200 mil por mês) e
cada um dos 7.800 funcionários recebe, gratuita
mente. um quilo de café por semana. Os diretorestêm dircito a oito quilos por semana cada um."
Ora. Sr. Presidente. não faz muito o Conselho Interministerial de Preços autorizou um aumento de 2.5% nospreços do pó de café, que pasou a custar. nas padarias.dois mil cruzeiros o quilo.
Isto quer dizer que. só de café. os diretores do lBC recebem o correspondente a 64 mil cruzeiros mensais, oque quase daria para pagar dois operários de saláriomínimo, atualmente desempregados.
E contra estas mordomias ninguém faz absolutamentenada.
o SR. ORESTES MUNIZ (PMDB - RO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados.com o aumento dos preços dos grãos em geral,
procedendo-se inclusivc à importação do milho, enquanto o tempo vem correndo satisfatoriamente, os lavradores aumentaram a úrea cultivada e, apesar das dificuldades com a aquisição de adubos. espera-se uma safra recorde para o próximo ano.
Entretanto, os produtores começam a preocupar-seçom a situaçào da malha rodoviária. bastante danificadapelas chuvas. sem que se tenha providenciado sua recu
peração. A continuar assim. é bem possível perder-seboa parte da safra, por dil1culdade de escoamento, resultando em apreciáveis prejuízos para os produtores.
É o que ocorre em quase todo o Estado de Rondônia.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào])
Em fins de setembro último centenas de lavradores deJaru. naquele Estado, endereçaram um abaixo-assinadoao Governador do Estado, ao Secretário de Estado e aoPrefeito, pedindo a recuperação da estrada que serve àLinha (,lO daquele Município. em péssimo estado, praticamente intransitável logo com as primeiras chuvas.
Pedem a recuperação de pontes e bueiros e o nivelamento do leito. alegando-se a absoluta inexisténcia detran,porte, tanto para o deslocamento de doentes comopara o transporte de mercadorias. enquanto vêm sendo
absurdamente onerados os fretes, criando dificuldadespara li transação com os técnicos agrícolas e bancários,em prejuízo da futura safra.
Essa situaçào tende a estender-se a toda fi zona rural,sendo necessário amplo c urgente esforço das autoridades federais. estaduais e municipais. no sentido da recupcraçào do parque rodoviário no máximo dentro de seismeses, para que se proceda ao escoamento satisfatório
da produçào a~ríeola.
Se o lavrador brasileiro plantou mais, apesar de reduzidos. pelo Governo. os incentivos creditícios. nào épossível que, na hora dc comercializar os seus produtos,perca a maior parte da safra. por falta de escoamento.
Se o Governo precisa. para melhorar a nossa situaçàotlnanccira e incrementar as importações. de maior esfnrço produtivo 1 a lavoura. mais do que qualquer outrosetor da nossa economia, ê que tem condições para au
mcntar o superávit do nosso balanço de pagamentos. Sc,entretanto. vê prejudicado o seu esforço produtivo 1 nahora da comereializar,:ão dos produtos, não há como fugir ao desttnimo, desencorajados os lavradores nas safrasfuturas, obrigando o País, mais uma vez, à importaçãode alimentus.
Assim, esperamos quc os governos estadual e municipal atendam ao justo apelo do Município de Jaru.
Era o que tínhamos a dizer. Sr. Presidente.
o SR. FRANCISCO AMARAL (PMDB - SP. Pronuneia O seguinte diseurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, no início deste ano, após uma existência da maisalta validade, faleceu em São Paulo a figura extraordi
nária do mestre. do professor brasileiro Lázaro Gonçalves Teixeira. um parente ilustre c digno que tive.
Natural da pequena i\1onte rv1ór. dos meus avós ma
tcrnos, o Prof. Lazinho. como cra mais conhecido. dedicou mais de- gO anos a um viver positivo, no amhiente familiar. na sociedade onde conviveu, no ensino primúrio.secundário t: normal. no comando das coü-;as da educaçào. sem nunca ter deixado de se voltar para as letrasda Língua portuguesa, que estudou profundamente, espraiando sua versatilidade. decorrente de sua sensibilidade c estudos. no poeta e no orador vibrante e preciso. deque nilo chego a ser sequer aprendiz.
Quando do passamento do Prof. LiJzaro Gonr,:alvesTeixeira. nào me foi possível fazer o registro devido datrihuna deste Parlamento, mas me valho agora da oportunidade. quando Sào Paulo e Monte l'vfór rendem homenagem ao seu filho, fazendo-o patrono de uma escola
pública daquela cidade próxima de Campinas. O educador emérito foi lembrado. com justiça, para dar o seunome a uma escola que vai ensejar as primeiras letras aosconterráneos do homenageado dos dias atuais e futuros.
E. numa homenagem~hoje, do Parlamento brasileiro àvida altamente válida do Pro f. LiJzaro Gonçalves Tcixeira. deixamos aqui este registro. aproveitando o ensejopara transcrever, na íntegra, o pert1l biográlico do grande educador de mais carinhosa lembrança:
"Nasceu em Monte Mór, na Chácara das Roseiras, onde passou sua infáneia sadia, sua alegre e feliz.adolescência. Completou seus estudos em Campinas. desde jovem revelando forte atra.çào para oMagistério, Aliás, todo o resto de sua vida amou ser
Professor, no que foi inigualúvel mestre.
Novembro de 1983
Casou-sc com D. Maria Julieta Bueno Gonçalves,aqui presente, natural desta cidade. Foi filho, marido e pai amantíssimo c exemplar. Tiveram quatro filhos: Walton, Wil1iam. Weber c Wilmes, tambémaqui presentes. Viveu ativamente para a família.
Galgou de maneira notável. todos os postos doEnsino Olicial Primário. Secundário e Normal. Resumindo sua brilhante carreira. deve-se mencionar:formou-se Professor pela tradicional Escola Normal"Carlos Gomes" de Campinas, em 1915: foi Profes
sor Substituto Efetivo do Grupo Escolar de MonteMór. em 1916. É fundamental aqui. consignar quereferido Estabelecimento de Esnino. localizado nocentro da cidade e denominado "Coroncl Domingos Fcrreira Alves". foi construído em terrcno eeom tijolos doados pclo Sr. Roberto Gonçalves Teixeira, pai do biografado. Percebem. já, os leitoresdestc documento, que o homenageado tinha fortesraízes que o ligavam à esta cidade, desde as de seubenemérito pai, até aquelas pelas quais se estabeleceu como mestre-escola aqui, no início de sua longa
carreira.Foi ainda: Professor da Escola Isolada do Bairro
da Santa Cruz, em Monte Mór, nomeado por De
creto de 10-2-1916, do Exm' Sr. Presidente do Estado de São Paulo, Dr. Francisco de Paula RodriguesAIves. depois Presidente da República; e diretor das
Escolas Reunidas de Elias Fausto. em 1921, depoispor ele transformadas em Grupo Escolar em 1925.do qual foi o primeiro Diretor efetivo.
As.cendeu na carreira a: Inspetor Distrital do Ensino em Dourado, em 1928; em Espírito Santo doPinhal. em 1930: Delegado Regional do ensino emCasa Branca, em ]930: em Santos, em 1932; DiretorEfetivo dos Ginásios do Estado em Tatuí, em 1932;em Mogi das Cruzes, em 1939; Técnico de Educaçãodo Ensinn Secundário e Normal em 1946. na épocan mais alto cargo do Magistério paulista.
Foi, então, lotado na Diretoria Geral do Depar
tamento de Educação, prestando serviços na Assistência Técnica do Ensino Secundário e Normal. noperíodo 1944-1947. Nomeado, depois, Secretário doServiço de Educação de Adultos, em 1948. do qualfoi Diretor. alto cargo em que se aposentou no Ensino aliciaI em 1955, tendo sido pioneiro e grandelíder da ,\Ifabetização de Adultos no Estado.
No Magistério particular, lecionou de t934 a1971 - quando se aposentou delinitivamente nos Colégios Piratininga. Oswaldo Cruz, Ipiranga,Escola Universitária. Curso Filo-Juris. DSP. DASPe Instituto Educacional e Faculdade Tabajara.
Concomitantemente à cducação de inúmeras gerações de jovens que preparou para a vida profissional. - muitos deles, inclusive l1lhos seus, pessoasque exerceram ou exercem hoje atividades de destaque em vários setores do Estado e do País - dedicou sua vida ao aprofundado estudo da língua portuguesa. da qual era exímio conhecedor. professor ehúbil estilista. poeta primoroso e orador e1oqliente,
tendo pontificado, nestes últimos trinta anos, comoum do seus mais reconhecidos especialistas.
Publicou as seguintes obras: 1.000 Questões de
Portugués: 1.700 Questões de Portugués; GramáticaHistórica: 2.000 Questões de Português; 2.500 Ques
tões de Português: Questões de Português: Portugués Para Vestibulares e Assuntos da Língua Portuguesa (no prelo).
Por seLls Méritos. foi distinguido com homenagens, convites e elogiO$: Centro de Educação Fundamentai "Professor Lúzaro Gonçalves Teixeira".no Estado do Cearú, em virtude de Recomendaçãoda Sessào Plenária do Congresso Interamericano deEducação de Base, ao Ministério de Educação eCultura (São Paulo, 1954); Biblioteca "ProL Lázaro
Novembro de 1983
Gonçalves Teixeira". da Faculdade Tabajara: Convidado Especial do li Congresso Nacional de Educação de Adultos (Rio de Janeiro. 1958). onde recebeu O título de '"Educador Emérito", pela Secretariada Educação: '"Aperfeiçoado r da Educação deAdultos no Brasil": "Florão do Magistério". peloseu talento e dinamismo, emanado do Prof. SudMenucci. Diretor-Geral do Departamento de Educação: "Apóstolo da Alfabetização", pela sua pregação alfabetizadora, emitido pelo ProL LourençoFilho. Diretor-Geral do Departamento Nacional deEducação.
Finalmente. foi agraciado, no grau de Comendador. com a Cruz do Mérito Cívico e Cultural. uficiaIizada pelo Ministério da Educação e Cultura. pelaPortaria n° 153, de 4-6-1965. E cumpre. ainda, dcstacar que. entre suas meritórias atividades cívicas,nas funções que lhe foram atribuídas, participoucomo Paulista abnegado que era. da Revoluçãoconstitucionalista de 1932.
Além do que aqui já foi mencionado. sempremarcou sua personalidade por fortes traços moraisque o fizeram respeitado e amado por todos: peloseu temperamento macio: pela sua imensa bondade:pela sua sensibilidade romântica: pela sua capacidade de relacionamento na comunidade e no trabalho.Era modesto demais. apesar de muito culto: bemhumorado, apesar de incansável pesquisador: solícito a todos que o procuravam para um ensinamento.a qualquer hora, apesar de árduo trabalhador.
Amava ensinar, foi Professor mais de meio século. Fez da Escola sua Olicina e seu Templo. Deixavanaqueles que ensinava, sempre mansamente. a agra~
dúvel sensação de que tudo aquilo explicado já eraantes sabido e apenas estava sendo recordado."
Era o que tinha a dizer.
o SR. ONISIO LUDOVICO (PMOB - GO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados. depois de tO anos a Argentina volta a respirar a liberdade, vivendo intensa e ordeiramente uma espetacular campanha eleitoral, cujo principal ingrediente foi adisputa pela Presidéncia da República, em pleito direto elivre.
Essa lição da Argentina deverá ser absorvida por todaa América Latina.
O Brasil que, segundo um certo presidente norteamericano, guiava os destinos dos povos da América doSul. perde para a Argentina essa oportunidade de mostrar o caminho da democracia. único regime capaz derepor-nos na senda do progresso de promover o reencontro de povo e Nação.
Mas não é tarde demais, a sucessão do atual presidente está apenas em seus começos. há tempo para recuperara liderança nascida dos bons exemplos, desde que siga
mos os mesmos passos do país vizinho. realizando umademocrática eleição direta para a Presidência, na qualtodo o povo possa manifestar sua livre escolha.
Em 1964 demos um mau exemplo para toda a AméricaLatina, ao desfechar um golpe de estado em nome da democracia. instalando a mais longa ditadura militar denos~a história.
Fomos acompanhados por todo o Cone Sul e por quase a totalidade dos países sul-americanos.
O fracasso dessas ditaduras militares não apresentouuma única exceção. Os regimes discricionários entào impostos levaram todas elas ao caos econômico. Agora. osseus povos exigem a devolução do poder aos civis, pormeio de eleiçàes diretas, livres e democráticas.
Fazemos um apelo a cada um dos integrantes do Congresso Nacional para que, dando forma prática aos anseios de toda a Naçuo bmsileira, seja elaborada. proposta e aprovada Emenda Constitucional que devolva aO
povo O direito de escolher o seu J!overnantc máximo.
DIÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Depende de nôs, não devemos mais protelar a mcdidasalvadora. é esta a hora!
O Congresso rejcitou sobcranamcntc o Decreto-lei n'2.045, que vigorou de julho li meados de outubro e nãotrouxe qualqucr resultado benélico. Deparâmo-nos. agora, com (\ 2.065, quc por certo será aprovado com a ajuda dc ccrta Oposição. mas não trará também resultadoalgum. Não está no achatamento salarial a solução denossos problemas econômicos, nem. outrossim. no aumento dos tributos. O erro reside no sistema e na equipeque compõem o Govcrno.
Unicamente a eleição direta de um Presidente evitará aconvulsão social do Brasil.
Com o endosso de toda a Nação, um novo Presidente,com cquipc inteiramente deseompromissada perante oscredores internacionais e ínspirando credibilidade juntoao povo brasileiro, terá condições de equacionar osproblemas existentes. solucionando-os segundo a conveniência geral e reatando os limites entre Governo, Naçãoe povo.
O SR. NOSSER ALMEIDA (PDS - AC. Pronunciao seguinte discurso.) ~ Sr. Presidente, Srs. Deputados.temos recebido sucessivas reivindicações das classes produtoras e setores de comércio do 110SS0 Estado, encarecendo nosso empenho junto ao Se Ministro dos Transportes. Dr. Cloraldino Severo, no sentido de que sejaproporcionada melhor assistém:ia relativa à conservaçàoda Rodovia Brasília-Acre-Divis3 do Peru, tendo em vistaprincipalmente a atual quadra chuvosa que se inicia.
/\. conservação daquela estrada 'le torna inadiável,uma vez que () comércio do Acre só se aba.stece atravésda navegaçào nuvial. de novembro a março.
Desnecessário :-;e torna dizer da importúncia da BR364 no contexto da integrnçuo naciunal. com um percurso superior tI quatro mil quildmetros.
Através do 79 Batalhão de Engenharia e Construção(BEC) sediado em Cruzeiro do Sul, {1 Exército vem pres
tando ine'timável colaboração 'la trabalho de manutenção da rodovia que reprcsenta, para nós. O grandcpasso para a verdadeira redenção ~condmica da região.Mtl5. infelizmente, i] falta de recursos financeiros para oBlltalhão de Engenharia c Construç'lo tem dilicultado otrabalho das obras de consolidação que se fazem nccessúrias, como pontes sobre os rios mais caudalosos porelas atingidas e serviços outros de conservação durante operíodo de estiagem. A estrada, com as chuvas que começam a cair, já se encontra em péssimas condiçôcs detráfego, dificultando a passagem de caminhões pesadosque vão do Sul e conseqüentemente oferecendo sériosobstáculos à chegada dc mercadorias.
O Acre e os acreanos esperam do governo do Presidentc João Figueiredo, bem como do Ministro Cloraldino Severo. todo empenho e atcnção à BR-364, pela importància do papel que lhe é reservado na marcha para oOeste.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente,
o SR. FRANcrsco ERSE (PDS - RO. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, asociedade brasileira deve estar ainda traumatizada comas cenas de violência e selvageria a que assi.stiu pela televisào, protagonizadas por dírigente:-; do Bangu, contra otrio de arbitragem de um jogo de decisão do Campeonato Feminino de Futebol, no Rio de Janeiro. Ê a violênciainvadindo os campos de futebul: invadindo as principaispraças de esportes do País, para tentar fazer cair por terra a mais importante máxima latina: "meus sana in cor~
pore sano".Aflige-nos tão profundamente tal situação. tão carre
gada de ameaças para o futuro, porque a violência tentamacular o que há de mais sublime no csporte: o traço deIlnii10 que simooliza a confraternizaçiío entre todos ospovos do universo. E o que é mais grave ainda, transfor
ma a execção em regra. porquc cm quase todos os jogos
Terça-feira 19 11833
de futebol a televisão nos tcm mostrado ccnas dcprimentcs. com atletas praticando atos passíveis de puniçãopelo Código Penal.
O Brasil vive a extraordinária conjugação dc esforço- Governo-povo - no sentido de sc consolidar a abertura democrática, com a remoção dos óbices existentesna área do subdesenvolvimento, apesar de se defrontarcom um dos mais altos índices de inflação dos últimostempos, para que possamos construir uma sociedade desenvolvida e, acima de tudo. justa e solidária.
Cumpre a todos nós. homcns públicos, c a todos ossegmentos da sociedade, estudar a fórmula de que sedeve valer a democracia para salvar-se da ação dos seusinimigos. principalmente aqueles que tentam macular aboa imagem de progresso e de honestidadc do Governobrasileiro, Razão pela qual, desta tribuna, repudiamostodas as práticas de violência que atentem contra os di·reitos humanos.
No caso específico do nosso futebol, o chamado esporte das multidões, os órgãos competentes - CBF eCND. devem reformular a legislação esportiva. parafazê-Ia capaz da ação de medidas mais enérgicas, quepossam acabar. de um vez por todas, com atos de violação aos direitos humanos.
O SR, RUBEM FIGUErRÓ (PMDB - MS. Pronuneia o scguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, os desnstres ecológicos r~gistrados no Estado e litoral de São Paulo devem scr avaliados por todos os úngulos, inclusive (I de terem sido aqueles acidentes resultados de atos criminosos.
Não estou levantando suspeitas. Mas a circunstânciade sc tercm repetido de,astres ecológicos. quer no valamento de óleo bruto. quer no derramamento de. gasolina.precisa ser avariada seriamente. E. se crime houve, há dI;scr punido exemplarmentc.
Estou crendo que a PETROBRAs, que o ConsclhoNacional de Petróleo e que o lvl1nistério das Minas cEnergia ainda hão de prestar os esclarecimentos devidose nccessários. É grande o prcjuízo do País eom aquelesescapamentos de óleo e de gasolina. Não estamos emtempos de desperdícios. Causas houve e necessitam serapuradas. E sc tudo rcsultou de acasos - ou de omissõesinjustificadas - o povo precisa ser esclarecido devidamente.
Outro detalhe a ser observado ê em relação às condições de manutenção c conscrvação desses oleodutosque, sob terra ou sob mar. percorrem distãncias. e de seuinterior confiam os brasileiros quc riquezas estejam sendo transportadas com segurança. Mas esta ccrteza parece esvair-se, à luz desses últimos acontecimentos, que todo~ lamentamos, que todos tememos possam ser repetidos.
Estou a solicitar. desta tribuna, os esclarecimcntos queainda não chegaram à opinião públiea. E também buscosaber o montante dos prejuízos e quem vai arcar com osmesmos. Pretendo ter o conhecimento real das causas dodesastre e saber quando os problemas decorrentes daquela situação estarão superados e resolvidos.
Nossos administradores, no Govcrno e nas empresaspúblicas. ainda não perceberam a necessidade de umareal e forte comunicação com o povo. Administram acoisa pública como se ela deles .fosse particularmente.Por isso, nada esclarccem. tudo escondem, fazem do sub·terfúgio a regra da comunicação social. Por isso, nao raro, é preciso exigir informações.
E deixo. com estas considerações, a indagação do fatoque me preocupa: foi desastre ou UOl crime ecológico oque aconteceu em São Paulo I no derrame de petróleo ede gasolina?
Era o que tinha a dizer.
O SR. rRrNEU COLATO (PDS - RS. Pronuncia oseguinte discurso,) - Sr. Presidente. Srs. Deputados,"para grandes males. grandes remêdios". assim poderia
11834 Terça-feira I"
iniciar o meu pronunciamento de hoje. Ê o que todaNaçào testemunhou recentemente e ainda continuaacompanlwl1do. Retiro-me ti demonstrnç:1o de solidarie
dade do povo brasileiro para com os flagelados do Sul.por ocasião das enchentes catastróficas. nos meses de ju~
lho/agosto, e para com os irmàos nordestinos, duramente atingidos pelo fla:;c1o das secas. Todo povo brasileirose comoveu com os irmãos sofredores do Sul e do N ordeste. destinando-lhes parcelas das sobras - alimentos edinheiro - para aqueles qlll: fomm tão drasticamentegolpeados pelas adversidades. Atestado incontcstc dasensibilidade" da gcnerosidade da g"nte brasileira, capazde gesto.s altivos nas horas de aprêmio e de extremas dificuldades. Sempre tivemos grandes rem&di05 para 05grandes males.
Para o bom éxito deste gesto solidãrio do povo brasileiro contribuiu decididamente a Legião Brasileira deAssistência - LBA. atrav&s da eampanha "NordesteUrgentc". COm o apoio da Rcde Globo de Televisão.
Sr. Presidente, Sr,. Deputados. prcciso reportar-me aotrabalho e~emplar e humano da Legião Brasileira de Assistencia - LBA, que tem à sua testa a incansável Presidente L~a Leal. mulher profundamente dotada de humanismo e dedicação. de verdadeira doação ao próximo.Destaco no mesmo plano a participação desta nobilitaote campanha da Rede Globo de Televisão. sempre presente nos acontecimentos que sacodem a Naçào brasileira e que tem a dirigir-lhe os destinos Um homem de largavisão e profunda sensibilidade. (o Presidente DL RobertoMarinho. Enalteço de público e,tas duas Figuras que Serealçaram nesta campanha em prol dos flagelados. nacampanha "Nordeste Urgente": a Presidente d~ LBA,Lêu Leal. e o Pr~sidente da Rede Globo de Televisão,Dr. Roberto Marinho.
.-:\lêm dlsso. Sr. Presidente. Srs. Deputados, queromostrar a extensào e a amplitude da campanha desencadeada [1J.ra ajudar ü:5 irndos nordestinos. traduzindodesta tribuna os nümer(o,~ das doaçõe~;; em gêneros alimentícios. rOlJptJs e v3Jore:, mÜ\lciúrius, !\té ~ dia J4 donu~nte. em todo:>; o', qU:..J.drilntc5 do PaÍG. haviam sido arr.;cadados j'(J54.15(j tondadai" de alimentos e o depósito
em Banco li,i d" ordem de Cr$ ~.458.745.823.16.Do tota! de alimC:n1o:. doado:,;, consoante informação da Presi
dente da LHA. 1.03.'..33 toncladas já fL'ram distribuidasram as úrens m:lls atingidas c indicada:; pela SUDI::::.l~E.
Ademais. 3.160. IQi) toneladas de alimentos encontramse no depósito da SU DENE, cm Rceite, onde vêm sendoempacotados G, posteriQrmentí~, dcstin:J.dos a outrT~
úreas afetadas pela seca; ainda ~.IOO toneladas estão sendo tranqportadas via lUaritima e mais 602 toneladas cs~
tão sendo tran';portadas atrav~s de caminhões da caBAL. da AssC'ciação Nacional de Transportadores deCarga e de Vagões da Redc Ferroviária NacionaL Com I)
dinheiro arrecadado e depositado no BRADESCO. aLBA adquiriu da CORAL. ao preço custo/dia, 60[) cestas de alimentos húsicos - arrOl, feijão, aç'úear, sal. maI...~árrão, leítc em pó c farinha de mandioca - num totaldc 10 quilos cada. totalizando 3 (tr~sl bilhões de cruzeiros. Estas ccstas de alimentos básicos atÍngem a 600 milsacola., de 1(i quilos cada uma e devt:rào ser distribuídas
tão logo termin~m os alimentos doados.
Gostaria de referir-me ainda. depois que acabei de es
hoçar um breve relatório da campanha "Nordeste Urgente". 3$ palavras textuais da Presidente da LBA, procurando traduzir o sentido da campanha para o povohrasileiro e para a Naçào: "'... Mais do que um auxílioemergencial. mais do que um óhvio paliativo, o que restará dessa campanha foi o despertar da consciência nacÍi.-ma! para uma situação até então aflitiva, sobretudorara os Governo,r; que\ através de vultosas verbas1 vembuscando soluci(lnar (' terrivel problema nus suas causasú.ltimas. Nern mer,;mo os :,egmenlo:.. mais ravoreGido~
até mesmo nos seus respectivos E~~tados - se sensibilizaram, como hc~jc, C'om um problem~l que é de todos n6.s.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seç:ío I)
governantes e governados". Faço especial referóncia àpassage.m em que a Pre:::.iLiente d.iz que '"a campanha foi O
despertar da consci~ncia nacion~P·.Não será isso, sobre
tudo, de que mais necessita. hoje. a Nação?Léu Leal ainda aduz o grande gesto dos brasileiros:
'", ..O importante e que todos saibam que este gesto de
amor e de fraternidade cristào uniu o sofrimento doNordeste e a convalescença do Sul numa só Naç3o. Oimportante é que aqueles que só ,",cem nes~es movlmentos de solidariedade ~ dos quais nem ~empre participam
- apena.:- motivos de criticas c de incompreensàes, po~saro constatar a seriedade dessa campanha, através dasprcstaçõc::: de contas que a LBA fará questão de dívlJigarc comprovar. ate o :.-cu finar'. Dê-se o destaque à scric~
dadc com que a LBA quer levar a campanha até o 'cudesfecho. numa época de tantos rumores em [Orno de lc~
viandadcs c- até falcatruas. Admiro, sobretudo. a lisura ea honestidade nas pessoas e. principalmente. admiroaquela, pessoas que não mandam apenas os outros praticarem a lisura c a honestidade, mas elas mesmas a praticam. Esta campanha. efetivamente. carece dessa marcade \impidel.. sob pena de cair no descrédito. aviltar-se edegringolar para a desmoralização. Muitos brasileiros jáperderam a fê. o crédito. a confiança em certo> movimentos. pelo número crescente das desonestidades praticadas, qu-: não mai:-- colaboram com ninguém e com nada. Admiro e cumprimento a Presidente da LBA cm facede ter dcmonstrado Firme disposição dc levar a termoesta campanha com as contas limpas. Esta atitude angaria crêdito para o trabalho da LBA. dando-lhe aval parafutura" atividades.
Nàn vim a esta tribuna unicamcnt~ para tecer encômios, Quero também tirar uma lição deste episódio. Outras secas hào dt vir. ou mesmo esta que as,sola (I Nordeste poderá pcrdurar ainda por muito tempo. Outrasenchente~ inevitavelmente ocorrerilo. O povo quererác-o]a!Jurar. ou poderâ o povo ~olaborar constantementecom campanhas filantrópicas. humanas. cristãs. da e~pé-
ele lb qUE a LBA desencadeou com o apoio di:! RedeGlobo de Telcvisào? F. uma incógnita. E não se pode viver de incógnitas. Há que S~ buscar soluções p;Jra a seca.
() povo tlllfdestino nrto podi:' ficar [1 mercê dos caprichosclimútko~, esper:lndo sohreviver da caridade do povo
brasileiro, porque no momento em que e::-ta falhar oucam,ar, aquele povo de t:.mtas cicatrL'~e,:,: morrerá de. fome
e inanição, Por i~so. nesse momento de afliçào ~ de apremio. t:urnpn:: arr~gaçar us mang:~i~ na procura de soluçriodefiniti\'a~;. contando rum isso com a disponibilidadedos brasileiros em colaborar nii.o apenas materialmente,
mas com idéias. sugestões. estudos e pesquisas. que seguramente valem mais do que li simples doação de alimentos e/ou dinheiro. porque, enquanto Gstes sào consumido.s, aquelc~ perduram. Há que haver meios para dar aoNordeste uma saída honrosa para os seus problemas. ONorde~tc nào pode continuar st::.ndo o primo pobre desta
imensa família brasileira, Df:cm-,e condições para aquele povo e ele deixará de ser um peso para n Naçào.
A dc'pcilO de tudo. os méritos da campanha c do tra
balho da L~gião Brasileira de Assistência ninguêm podetirar. Que esta vontade incontida de ajudar, de servir, deassistir nào esmoreça e não esmoreça também esta von·tade férrea da Presidente em emprestar à obra da LBA oestigma da scriedade e honestidade. A Rede G lobo deTelcvi::-ào prossiga. outrossim. emprestando seu apoio àsboas 1niciatívas: o povo saberá retribuir em síntonla.
E, agom. Sr. Presidente, Srs. Deputados. termino poronde comecei: '~para grandes males. grandes remédios".
Os grandes males estão ai. Os remédios háo de vir.Era o que tinha a dizer:
o SR. HAROLDO LIMA (PMDB - BA. Sem revisào dn orador.) - Sr, Preside.nte, meu pronunciamt:nto ésaudando (I final do regime miliutr na Argentinu.. t! re~
conquista da democracia naquek Pais c desejando qUt:
no Hra,":,i I aconteça () mesmo,
Novembro de 1983
O SR. WILMAR PAUS (POS - RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Dcputados. umadas grandcs vi.oléncias contra a Iiberdadc do parlamcntarcstâ evidenciada na in,tituição da infidelidade partidária. Trata~~e de dispositivo constitucio11al. regularncn N
tado na Lci Orgânica dos Partidos Políticos - Lei 5.682,de 1971, posteriormente alt~rada em 1978 pela Lei 6.767.que diz em seu art. 72:
""Perderá o mandato o Senador, Deputado Federal. Deputado Estaduai ou Vereador que, por atitude ou pêlo voto. se opuser às diretrizes legitimamente esta.belecidas pelo~ ôrg:ãos de direção partidária,ou deixar seu Partido. salvo para pa,ticipar. comofundador, da constituição de novo Partido."
Essas mesmas palavras constam da nossu Constituição. em seu art. 152,
Pelo art. 73 da L-=i Orgúnica, as diretrizês J~gitima
mcnte estabelecidas sào a5 que forem fixada5 pelas Convençàes ou Diretórios Nacionais. Regionais ou Munici
pais. convocadas na forma do cstatuto e com observância do quorum da maioria absoluta. É igualmcnte faltaabster-se propositadamente de votar em deliberaçiío parlamentar ou criticar. fora das reuniões rcservadas dosPartidos. (] programa úu as diretrizes partidárias.
Esse "fechamento dc questão" por parte do Partido êaltamente prejudicial não só à liberdade de cada parIHmentar. mas à própria instituição partidária. que. aoamarrar todos os seus correligionários compulsoriamen~te a um compromisso do qual muitos discordam. termina por trazer '.1 descontentamento. a decisão e a rebeldiaao seio da. agremiação.
Um Congresso forte precisa ser formado por parlamentares igualmente fortes, porque. cümü dizia o inesquecível Deputado Djalm2 Marinho. "num processo democrático em que um Congresho ÜU um Parlamento nàoparticipt: para preparar e~<~e destino e Ufn ct::mitêrio demortos-vivos. no mínimo,'"
O tralntlho político é dll:~JZ na proporçào em que ele écapal de modificar a realidade em favor dü b~m comum.Para isso é necessário que .,;:'{i~~ta a harmonia dentro dI)
partido. dentro clt) Cong.rê[~"k\ Naciünal c, priOljpalmen~tl-" entre os Poderes Executivo, Lr~gü;{alivo e JudiJ..:lúril).
A integraçüú entre e;;~)es três Podere:. ê qUt: proporcionarú (1 ilperfeiçoarncnto das n(l~:;<j3S in~títuiçõe~~. Um Po
der Leg.islativo atuante é impresc.:indívd para que os atosdo Ex.eclltivo 0;10 aconteçam sem P ~lvHl da .';ucicdadebru,,,ilcira que esta CaS~l reprc;:;cnta,
Aqui é que se instalu a t:9....:o1a da democracia. na medida em que as \'ária:~ tCl1dcncbs nacionais se renetem nopo;;;icionamcn1o dos parlamentares. f\..·o Congresso 'Jacional ê que aprendemos a tolerar as opiniôcs diverg~n
t(;:1' c a conviver com idéias opostas. {ç<spdtando-as. Êaqui que se bUSCJ I,) c(.'\nSi2nso.
O cxcrcíci(} úa política ,~ difícil. morüso, delicado. Húque aprender a ser paciente. a ser convincente. a ser conciliador. e tambêm a ser firme. E preci:~o. sobretudo, ";'S~
tar atento hs a::.piruções popu18rcs:, auscultando os legíti
mos anseios do povo brasileiro.Para isso fomos inve:.;tido~;do nosso mandato. e t: a h!.~
vur da sua plenitude que hoje subimos a esta tribuna.Devemos honrar o compromisso assumido desde a nossacampanha eleitoral Com a comunidade que no, elegeu. Epara que exercitemos plenamente o nOSS(l dever comoparlamentares necessitamos de um Poder Legislativoatuante.
Por isso é imprescindível que nos devolvam as prerrogativas do Legislativo, a fim de que est8 Poder seja realmente soherano.
o SR. JOAQU!M nORIZ (PMDR - GO. Pronuncia o seguinte discurso.) - SI. Presidentct Sr5. Deputados. em março deste ano. a I-.Ietais de Goiás SiA - METAGO - representavâ um dos maiores desafios para oGoverno lris Rezende- ;\1achado. ;), m'::nos que se co10-
Terça-feira 19 11835DIÁRIO DO CONGRESSO "iAClONAL (Sec;ào I)-----------------------
"iovembro de 1933
casse à frente do empreendimento alguém que, além decapacidade administrativa, tivesse capacidadc criadora eostentasse firmeza de posições para liderar uma empresacom tamanhos horizontes, tendo em vista as reservas e aprodução de minérios no Estado.
Sempre inspirado na escolha da sua equipe, o Governador goianu chamou o ex-prefeito de latai. Mauro Antonio Bento, que se encontrava de férias na Europa, depois de consultado pelo Senador Lázaro Barboza, paravencer o desafio da METAGO.
Ao tomar posse a nova Diretoria daquela empresa deeconomia mista, estava ela estagnada, quase inviabilizada pela monstruosa dívida de dois bilhões de cruzeiros,toda a renda comprometida com o pagamcnto do pessoal.
Foi cntão que Mauro Bento, equacionando o problema administrativo e trazendo de volta numeroso pessoalà disposição de uutros órgãos, passou a eliminar as mordomias, os dispêndios com lanches, diárias e combustiveis. Eliminada a ociosidade, hoje. passados apenas setemeses, a METAGO se transforma num bem sucedidoempreendimento público. Assim é que a produção de calcomeçou a da': resultados em agosto último, juntamentecom a produção de calcário e brita. viabilizou a Goiáscalcário: ativada a fiscalização da receita do Imposto único sobre Minerais. com o apoio da Secretaria da Fazenda, teve grande incremento essa renda financeira,bastando dizer que em Alexània arrecadou-se em ummês o correspondente a toda a arredaçào do ano passado.
O Projeto Americano do Brasil, a quem faltava idoneidade em presarial, está, hoje, a um passo da regularização definitiva, providenciando-se a constituição deuma nova empresa para rcativá-Io, com a produçào decobrc, niquel. cobalto e supcrfosfato simples.
As despesas com a manutenção do restaurante que aMETAGO mantém para os funcionários foram reduzidas, com ti criação de uma grande horta e o aproveitamento de terreno e mão-de-obra ociosa, propiciada umaeconomia de um milhào de cruzeiros por mês.
Intensificaram-se os trabalhos de análise químicas ebeneficiamento mineral, atravês de centro tecnológico daMETAGO. reativando·se as frentes de prospecção, pesquisa e lavra de minêrios, atendendo à decisão de MauroBento, ao declarar:
"O que estamos procurando fazer ê justamentepotencializar essa.s riquezas, para que a METAGOpossa cumprir sua finalidade de transformar em divisas os recursos minerais do subsolo goiano. gerando empregos para o povo e receitas para o Estado."
Iniciada na atual administração. o Projeto Ouro, noMunicípio de Crixás, aiuda este ano produzirá cerca dedez quilos do precioso metal por més. resultando umarenda mensal de cento e sessenta milhões de cruzeiros.
Hoje ninguém mais duvida de que a METAGO cumprirá os objetivos para que foi criada, det1nitivamentesuperada lima fase de estagnação. graças à verdadeira revolução administrativa promovida por Mauro Bentoque, anteriormente,já Se mostrara digno da confiança dopovo de Jatai transformando com a sua arrojada administração a tendência política do seu Município e quecada dia mais se firma na admiração do povo goiano.
Devidamente dinamizada a exploração dos reeursosminerais do nosso Estado, temos absoluta segurança deque Goiás, na atual administração do ilustre Governador Iris Rezende Machado, servirá de exemplo de pioneirismo às demais unidades da federação, colaborando,decisivamente, para que, pelo esforço produtivo da suagente, disponha o Brasil de elementos e instrumentospara superar a crise que atravessamos.
Era o que tinhamos a dizer, Sr. Presidente.
O SR, PEDRO NOVAIS (PMDB - MA. Pronunciao !:'eguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados.
trago ao conhecimento desta Casa um elenco de relvmdlcaçôes da l\s~ociaçüodos ivIutuários do BNH do Distrito Federal, em fase de organização, cujo núch;ü inicial jásc compõe de 400 integrantes,
I) - Respeito às condições contratuaisOs atuais mutuários do BNH encontram-se sobressal
tados corn a possibilidade de os reajustes das prestaçõescontinuarem a ser decretados em nível superior ao estipulado nas cláusulas contratuais. o que lhes exigiriamaiores sacrificios para o pagamento das prestações, diretamentc. ou indirctamentc lhes causaria transtornoscom a neccssária e indeclinável intcrposição de recursojudicial. O desrespeito às condições contratuais dará ensejo a crescente inquietação e instabilidade sociais. comreflexos perniciosos para o País.
2) - Garantia de equivalêneia salarial das prestaçõesComo corolário, para tanto postula-se a edição de ato
legal que assegure aos mutuários assalariados, no presente e no futuro. a impossibilidade de que suas prestações sejam reajustadas em percentual superior ao reajuste de Seus salários, Isso, alêm de eliminar a Causamaior das inadimplências l contribuiria para assegurar acredibilidade do SFH. garantindo-lhe, conseqüentemente, a sua continuidade, o seu fortalecimento e o seu desenvolvimento.
3) - Redução e reesealonamento das taxas de jurosPretende-se reduçào àe até 30% das taxas dejuros l que
deveriam .ser reescalonadas segundo o n lÍmero de U PCsdos empréstimos. Essa providência favorecia as classesdc mais baixa renda. constituindo·se, por sua vez, emmais um mccanismo de redistribuição dc renda.
4) - Restabelecimento de abatimentoPretende-se seja restaurado o abatimento de 12% nas
prestaçôes pagas no ano ant~rior, desde que n<1o tenhamsido quitadas com atraso superior a 90 dias do, respectivos vencimentos. Tal medida '~onstituiria, sem dtJvidu l
valioso estímulo para a pontualidade dos mutuários,
5) - Dedutibilidade do Imposto de RendaPostula-se também a dedutihilidade do total dos juros
e da correção monetária pagos no ano-base, bem comoas despesas de cartório nos casos de transferência do financiamento, Essa dedutibilidade se impõc como preceito necessário e impostergável de justiça fiscal. de vez quejuros e corrcção são aritimctieamcnte redutores de rendasobre a qual incidc o imposto.
6) - Rerinanciamcnto dos novos contratos sem taxas detransferência
Nos casos em que o imôvc~1 ê negociado pelo mutuário. pleite.a-se que o novo mutU/lrio possa refinunciálo ou assumir o débito existente, sendo-lhe I.mnôferido osfavores fiscais e a redução de taxas de juros. sem qualqucr acrêscimo. a título de taxa dc transferéncia. As taxas de transferência atualmente cobradas pelos agentesfinanc.:eiros sào injustificáveis, porque extorsivas de talmodo que nào há título que as expliquem, a não ser a vo
racidade sem limites e o espírito de usura de lais agentes.
7) - Comprometimento dos fundos de participaçãoPleitea-se sejam reservados, no orçamento da União,
em favor do BNH, 5% dos Fundos de Participação dosMunicípios. dos Estados, Territórios e Distrito Federal.Tal aporte financeiro possibiiitaria nào apenas a ~xpan
sào dos financiamentos, como também permitiria redução nos reajustes das prestnçôes daqueles inferiores a3.500 UPCs. Não sc deve esquecer jamais que o BNH éum Banco de tlnalidade social. por excelência.
8) - Redução dos emprêstimos imobiliáriosPostula-se a redução, em 50%, o IPTU e do ITBI. para
os imóvcis adquiridos com financiamento do BNH. Talredução .seria medida complementar ao esforço do poderpüblico, no sentido de cooperar, com a população, parali aquisição e li rm.lnut~nçào da casa própria.
Estas reivindicações constam do documento que aquele Núcleo enviou ao Ministro do Interior, traduzindo asaspirações gerais dos mutuãriús assalariaàos, e rct1etin-
do suas angústias e preocupações, a que não podem estar:..t1heias suas famílias.
Fazendo nossos os apelos daqucles servidores, tantona qualidade dc assalariado quanto de mutuário, nós nosposicionamos ao lado de milhões de brasileiros, injustamente penalizados por tcrem acreditado no governo e noseu programa da casa própria.
O SR, MILTON BRANDÃO (PDS - PI. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr.l. Deputados, venhoconsignar mais um protesto, que significa também umapelo, com relaçào ao açude Joana. em Pedro lI, que está sendo construido em local impróprio, ou seja, no lugar denominado Guaribas. Esperamos sejam considerados os argumentos contrários a essa localização e transferidos os operários mobilizados para esse trabalho parao lugar Joana, no rio dos Matos, onde podcremos eonsioguir um volume d'água suficiente para atender o abastecimento da cidade e irrigar as tcrras adjaccntes, ou seja. amontante e a jusante do açude.
Sr. Presidcnte, esse emprecndimento cstá incluído narelação dos açudes e barragens que reivindicamos ao Mini~tro do Interior, iVlário Andreazza, e que beneficiarãoos seguintes municípios piauie:nses: Pedro Ir, Sào Raimundo Nonato, Caracol. Canto do Buriti, Dirceu ArcoVerde. Simões. Jaicós, Picos, Bocaína, São Miguel doTapuio, Castelo, Campo-Maior. Barras, Capitão deCampos, Piripiri, Piracuruca, Domíngos i'v10urào e Batalha.
Desses açudes, apenas está sendo construido o que foisituado em Bocaína, que atenderá tambêm ao muniCípiode Picos. O, demais suo todos açudes· médios e pequenosc SUa comitruçilo não representa nenhuma sangria ao Tesouro. Nosso pleito vem de muitos anos, mas até agoranão foi levado em consideração.
Na verdade, não se compreende a posição do Ministério do Interior. não atendendo a esses pleitos, que podcrão abrigar parte dos oporários alistados nas frentes deserviços. Representa a iniciativa a possibilidade de aproveitar e;oa mão-de-obra em empreendimentos que representam contribuição dH maior valia para a solução docrucial problema d'água, que hoje c transportada degrande;1 dishincias por meio dos caminhões-pipas.
Considere-se ainda os compromissos que têm o Governo para com a região, a cada dia mais empobrecida, etambém com as suas populações, que permanentementese dcslocam para outros pontos do território nacional,num êxodo que aumenta as dit1culdades e a tensão socialexistentes em muitas cidades do nosso Pais, c, mais ainda, caracteriza um atentado aos direitos das populaçõesnordest.inas, que, humilhadas, deprimidas. famintas, vivern a tragêdia de 5 anos consecutivos de uma seca implacável. que tem ceifado vidas. destruído as plantações.os rebanhos de gados e comprometido seriamente nossaeconomia. Tudo isso em conseqüência d~ imprevidêneiade vários governos. que nào atentaram para os reclamosdos representantes do povo, principalmente de Senado
res e Deputados nordestinos que há várias décadas vêminsistindo sobrt esses problemas, assinalando, ao mesmotempo. as injustiças clamorosas praticadas com a nossaárea. que vê crescer cada vez mili~ af>l disparidades econômicas regionais. com o desvio dos recursos do Tesouropara emprego em obras que apenas sacriticam a Nação econtribuem para o seu descrédito e empobrecimento.
f preciso que o Presidente Figueiredo, possuidor que édas qualidades de vcrdadciro homem público, dotado deinegüvel grandelll cfvica, reconheça que nào nos estamosexcedendo em nossas manifestações nesta Casa, mas,sim, cumprindo o dever de representante da região e dedefensor dos legítimos interesses de nossa Pátria.
É possivel que O Presidente não saiba que milhões denordcstinos estão morrendo de inaniçãl1. Até mesmo osoperários alistados nas frentes de serviço estão perdendo dia a dia a resistência física c perecend.-J pela falta dealimcnto. Temos uma população de homens. mulherc"menores t.: crianças nas Capitais. cidades do interior i: fiJ.
11836 Terça-feira II'
zona rural, quase destruída, e, mesmo assim, a soluçãode nossos problemas está sendo procrastinada.
Sr. Presidente, passamos a ler, para que conste nosAnais da Cámara, o memorial que nos foi encaminhado,bem como ao meu nobre colega Deputado Ciro Nogueira, assinado por proprietários e representantes de Pedro11. no qual fazem uma exposição a respeito da construção do açude Joana. O documento vem fortalecernossos argumentos a respeito do local onde deve serconstruido esse reservatório, pois, se construído no lugardenominado Guaribas, irá ocasionar prejuízos incalculáveis à população e ao Município, além de não se prestarpara o abastecimento do precioso líquido ãquela cidade.
"Com referência ao Açude Joana, não foi nossa ainiciativa da transferéncia do local do mesmo nome.no rio dos Matos. para o lugar Guaribas. nas proximidades da cidade de Pedro 11. Tal transferênciaocorreu à nossa revelia. bem como dos demais representantes do município, c demonstra completodesconhecimento da região. Acontece que, nesse locaI. somente conseguiremos cerca de 1O.OOO.OOOm ,d'água, e ainda na dependência de chuvas permanentes c de índice pluviométrico elevado. Nos anosde inverno escasso, nem mesmo os barreiros e pequenos açudes existentes no local conseguem acumular a metade dessa quantidade d'água. Ademais,essas águas irão servir para acumular todo o lixo, oassoreamento que se desloca à montante, e receberão os resíduos das fossas biológicas ou sanitárias,implantadas nas residências da cidade, infiltradas defezes. Esse amontoado de sujeira irá. por gravidade.localizar-se na bacia do açude em construção. Não épossivel, com esses fatos que mencionamos. insistam em continuar com O trabalho em Guaribas.Essa localização, além de lesiva ao município e aoEstado, destrói um património riquíssimo. representado por inúmeras casas, fábricas de aguardente,árvores frutíferas de toda espécie, barreiros e peque·nos açudes. mais de um quilômetro de estrada asfal·tada (BR-404), entre Pedro II c a cidade de Piripiri.ponto de convergéncia das BR-404, 407, 222, 343 cde passagem da Estrada de Ferro Central do Piauí,sem falar na inundnçào de terras férteis, que se prestam a todo tipo de culturas e onde se registra expressiva incidência de opalas, pedra preciosa que estásendo explorada naquele local e existente tãosomente em dois paises, Austrália e Brasil. e, emnosso País, unicamente em Pedro II e sítios adjacentes. na data Cocal onde está construída aquela cidade."
"Pedro lI, 15 de outubro de 1983.Exm9s. Srs. Deputados FederaisMilton Brandão e Ciro NogueiraCâmara do~ Deputados - Brasília - DFOS abaixo assinados, brasileiros, piauienses, agri
cultores e proprietários, residentes e domiciliadosem Pedro lI, Estado do Piauí, vêem pelo presentesolicitar de Vossas Excelências gestões junto ao Ministêrio do Interior, ou a quaisquer órgão que acharem conveniente. o que de já sugerimos seja ouvido,o M inistêrio da Saúde, para dar parecer do aspectosanitário do que vamos nos referir.
Deu-se início em Pedro II - PI, os trabalhos manuais preparatórios da construção de um açude noslugares Barra e Guaribas, sendo de início feita a devastação de matas de madeira de lei, que funcionavam como reservas l1orestais, para manterem O
equilíbrio vegetativo da aludida região. num flagrante desrespeito à propriedade privada. sem queos proprietários tivessem conhecimento dessa invasão ou pudessem aproveitar as madeiras ali derrubadas e queimadas.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
O referido açude a ser construído. com o nomede Joana - nome aproveitado de uma outra áreaapropriada, e de estudos de vários anos, tentandoconfundir. como se no local do estudo anterior fossecolocado -, terá sua bacia hidrográfica praticamente dentro da cidade.
A alimentação hidrica do açude a ser construídoê feita por um riacho que atravessa a cidade. PedroII está aproximadamente a 490 metros do nível domar. Todas as águas do riacho correm da serra Matões, a 4km da cidade e a aproximadamente 641l metros do nível do mar. Isto ocorrendo, às águas pluviométricas descem por gravidade pelo riacho e suagrande maioria atravessam a cidade, fazendo umaverdadeira lavagem sanitária, para, juntas, nas cercanias da cidade, precipitarem-se num verdadeiro"grand canyon", de nome Pirapora, correndo às águas dos dois vertedouros não mais que ~km a serem barradas pela parede do açude-fossa, a ser
construído.
Sendo o açude feito, sítios seculares. constituídosde terras da melhor qualidade do município, serãocobertos pelas águas. As milhares de árvores frutíferas. que estão sendo contadas, deverão ser agredidamente cortadas c deixarào um vazio no municípiojamais a ser edificado. No Piauí, poucas terras témas propriedades orgánicas c minerais das futurasterras a serem criminosamente submersas.
Vivemos momentos difíceis da vida econômicanacional, em que será obrigado o Governo. efetivada a construção do açude em tela, fazer indenizações vultotias de todo o acervo de benfeitorias aserem inundadas, bem como o valor altíssimo dasindenizações das terras de precioso conteúdo vegetativo. e por se encontrarem praticamente na zonaurbana da cidade. Cremos que esse montante de in
denizações daria para construir o açude no localacertadamente estudado.
Do exposto. solicitamos de Vossas Excelênciasprovidências para o deslocamento do açude para olocal originário, Joana. alimentado por outro riachode maior potencial hídrico. ou sua colocação em outro local tambêm estudado. de construção iniciadahú vúrios anos, Mamoeiro, evitando a prcdaçào dis~
criminada de úrvorcs frutíferas, soterramento deterras ricas em opala e de produção de eana-deaçúcar e alimentos de subsistência (arroz, milho. feijão. elc.l. e salvaguardando o aspecto sanitário dopovo da cidade de Pedro 11."
Seguem·se as assinaturas.
O SR. ARNALDO MACIEL (PMDB - PE. Pronuncia O seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a Nação assiste. perplexa. em meio à crise que estáarrasando a economia brasileira, à adoção de medidaspolíticas e econàmicas incoerentes. descabidas e precipitadas, que tém como único resultado o agravamento dastensões, da dúvida e da incerteza em que o povo se encontra,
O famigerado Decreto-lei n9 2.045, em boa hora rejeitado pelo Congresso Nacional, é uma prova do desespero que tomou conta das autoridades do Governo Federal, principalmente as da área econômica, tendo merecido a repulsa de todos os segmentos da sociedade.
Lamento, Sr. Presidente, Srs. Deputados, em face doprocesso de votação 'simbólica que prevaleceu na ocasião, não haver podido dar, alto e bom som, o meu NÃOao Decreto-lei nO 2.045, pois assim fazendo estaria expressando, tenho certeza, o desejo de todos os correligionários que em mim depositaram sua confiança pararepresentá-los no Congresso Nacional.
Novembro de 1983
No campo político, ficou provada a desnecessidade dademonstração de força que o Governo deu, ao decretaras medidas de emergência na área do Distrito Federal,contrariando frontalmente as declarações do próprioPresidente da República em torno do diálogo e da negociação. Que entendimento pode haver. nobres colegas,em clima de intimidação e cerceamento de liberdades individuais?
Mais infeliz do que a decretação das medidas de emergência foi a invasão, na calada da noite, da sede da OABem Brasília, e sua posterior interdição, sob a tênue suspeita de desobediência às ordens do General executor.Poderia essa autoridade agír com serenidade e requisitaras fitas gravadas do Encontro de Advogados que a entidade promovera.
Medidas como essas, Sr. Presidente, Srs. Deputados,revelam o despreparo de alguns membros do Governopara a vida democrática.
Medidas como essas, nobres colegas, desgastam aindamais o atual Governo e diminuem sua credibilidadejunto à opiniào pública. Os brasileiros não suportam ejá es~
tão fartos de tantos sacrifícios que lhes são impostos,sem resultado algum. A inflação e o desemprego aumentam a cada dia, levando o desespero a milhões defamílias que não sabem o que fazer para sobreviver condignamente: as exorbitantes taxas de juros sufocam asatividades dos setores produtivos da economia.
&: imperioso, nobres colegas, que a sociedade seja ouvida, através de suas lideranças e representantes, sobreos grandes problemas nacionais, a fim de que também sesinta responsável pelas soluções adotadas parasolucioná-los.
Espero, sinceramente, Sr. Presidente, Srs. Deputados,que o "bom senso volte a imperar no processo de normalização da vida nacional.
O SR. ADHEMAR GHISI (PDS - Se. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente e Srs. Deputados,WilIy Zumblick, o grande artista plático de Santa Catarina. está expondo em Brasília desde o dia 24 último. Seusquadros, hoje presentes nas melhores coleções públicas eparticulares do País, causaram a mais viva impressão emereceram, nesses dias, manifestações as mais favoráveisda critica especializada da Capital Federal.
Dedicando-se à pintura desde tenra idade, o tubaronense Wil1y Zumblick expôc desde 1939 para as mais variadas comunidades do País, sendo esta a primeira vez
que o faz em Brasília.Alêm de estimular o encontro de um elevado número
de pessoas amantes da pintura, em dependência do Teatro Nacional, a mostra propiciou uma nostálgica e concorrida reunião de seus conterrâneos de Tubarão e deSanta Catarina. que ali continuam comparecendo paralevar seu abraço ao festejado artista.
Nesta oportunidade, como filho de Tubarão, desta tribuna desejo exprimir a satisfação e o prazer que sinto aopresenciar o sucesso do querido conterrâneo e amigo.Exatamente quando atinge, aos seus 70 anos bem vividos, um estágio de grande perfeição e características queo distinguem positivamente, posicionando-o dentre osmelhores pintores da nossa atualidade nacional.
A pintura de Zumblick, nesta hora, sem distanciaNiedas origens e das formas por ele sempre cultivadas,indicam-no, em sua nova fase, como um singular retratista da história, do folclore, dos hábitos, dos costumes,enfim, daquilo que a vida catarinense mais possui de característico e diferente. Terá sido por isso que a exposição do artista impressionou tão vivamente aqueles quetiveram a oportunidade de apreciar sua mostra.
Sr. Presidente e Srs. Deputados. ao encerrarmos estaspalavra!:>, desejamos que uma apreciação crítica inseridano "Correio Braziliense", edição do dia 27 do corrente,faça parte integrante deste pronunciamento. Ela revelaem toda a sua inteireza e precisão o que representou e ex-
Novembro de 1983
prímiu para o Crítico de Brasília a exposição do artistaWil1y Zumblick. Eis o texto:
"ZUMBLICK E SUA PINTURA"}\ pinturH de ZumbJick enche os olhos de suave
beleza e o coração de doce luminosidade, que acompanharam a gente por muito tempo, com a mesmapersistência de um bom perfume ou de uma músicaincsquecível, cuja ressonância fica vibrando na nossa sensibilidade".
Assim, o crítico Marcos Iolovitch falou dos trabalhos do artista plástico Willy Zumblick que osbrasilienses terão a oportunidade de conhecer a partir de hoje, às 20 horas, no salão principal da Fundação Cultural. }\ exposição fica aberta até o dia 6de novembro, com 100 telas que registram a históriade Santa Catarina, seu Estado.
ZumbIíck tem 70 anos, mora na cidade de Tubarão (SC) e pela primeira vez está expondo emBrasília. Autodidata ("tive apenas um professor alemão que dava aula na Escola de Belas-Artes"),Willy Zumblick pinta desde os 15 anos de idade. Noinício de sua carreira, ele dividia o trabalho da pintura com uma banca de conserto dc relógios, deixada por seu pai.
Em entrevit:;ta à Revista A Verdade, ele conta:'"No interior nào se podia pensar em viver só de arte, e eu fui fazendo o dois negócios'. Diz ainda quea sua primeira exposição foi em ]939, alcançandogrande aceitação por parte do público.
Willv Zumhlick talvez seja único no Pais na suaproposía de trabalho: pintar a história do povo doseu Estado. Nesta exposição, por exemplo, ele traz100 telas (resultado de quatro anos de trabalho epesquisa) que revelam fatos e acontecimentos queextrapolam a visão oficial da história. E a sua preocupação nào é somente com o passado. mas também com a bistória que continua acontecendo.
Zumblick é hoje o pintor mais conhecido do seuEstado, embora algumas vezes (como ele mesmo revela) seja criticado pelas pessoas que realizam umtrabalho de tendéncia experimental e vanguardista.A essas críticas, o pintor tem uma resposta: "Prefirouma arte que o povo entende do que outra que satistaça apenas os caprichos de uma elite iniciada".
- Meu género é retratar tudo aquilo que me cicunda. Minha pintura tem variações, dependendodas minhas emoções. Aprendi que a gente deve vivere transmitir tudo aquilo que é bom - diz o artista.
WilIy Zum blick já mostrou os seus trabalhos portodo o Brasil, mas jamais e.xpôs fora do País. Dessassuas viagens ficaram comentários de elogios aosseus quadros. É o caso, por exemplo, de J.G. deAraújo Jorge que escreveu: "Há evidentemente pintores, alguns pintores. mas, ou se volta para "natureza morta" ou para '"estranhas naturezas", influenciados pelo que lhes dizem da pintura francesa ouitaliana, esquecidos de quem com um pouco de sensibilidade, no Brasil, basta ter olhos, para que a pintura se imponha com seus motivos singulares e interessantes. Fora dos grandes centros que são o Rio cSão Paulo, numa pequena cidade de Santa Catarinana zona carbonifera, Willy Zumblick é desses rarospintores que comungam com a terra".
Aos 70 anos de idade, Zumblick se sente umapessoa feliz. ("o pintor da felicidade", como lhe chamou uma jornalista)."
Era o que tinha a dizer.
O SR. ALCroES FRANCISCATO (PDS - SP. Pronuncia o seguinte discurso. ) - Sr. Presidente, Srs. De
putados, no meio de tantas notícias desagradáveis, quenos vém de todo o mundo. e diante da difícil situaçãoeconàmico-Iinaneeira que atravessamos - preocupando. também, milhares de banqueiros internacionais, nossos credores - nossa atenção se concentra no desernpe-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçiio I)
nho satisfatório da balança comercial, quando atingiremos. em fins deste mês, um superávit da ordem de cincoe meio bilh"es de dólares, devendo realizarem-se as previs"es das autoridades financeiras, no sentido de que fecharemos o ano com um saldo de seis e meio bilhões dedólares, correspondente a quase dez por cento do nossodébito internacional.
Tiveram as exportações, este mês, um desempenho inferior ao previsto, chegando a pouco :nenos de dois bilhões de dólares, resultando essa r.~dução das vendas externas a medidas governamentaig para a garantia doabastecimento interno. principalmente de gêneros de primeira necessidade, como a soja e seus derivados, (;:0
quanto ocorrida, també.m~ a cntressafra~ que implica melhor oferta de produtos agropecuários.
Enquanto isso, o plantio na lavoura tem sido normalem todo o País, esperando-se a ampliação da área cultivada e, com tI manutenção de condições climáticas favorávci~. uma safra superior em cerca de vinte por G~nto àatWJI.
Será possível, assim, obtermos em 1984 o fechamentoda balança comercial com um saldo de cerca dt: nove bilhões de dólares, facilitando o serviço da dívido. externa,que teve o seu ponto crítico este ano.
A CACEX reconhece que o Brasil tem todas as con·diçõcs para incrementar a exportação de produtos agrícolas, sendo necessário, no entanto, o estabelecimento deUJila vigorosa política de comércio exterior. em que se reduzam as interferéncias governamentais, eliminando-se,por exemplo, o monopólio estatal das exportações deaçúcar e reduzindo-se o confisco cambial, no caso do café.
O interveneionismo ainda existente ti que oblitera o111ais rápido desenvolvimento da lavoura de e"portaçiio edo setor agropecuário. Acentuou, recentemente, o Sr.Carlos Viaeava, Diretor da CACEX, que a principal medida de incentivo às exportações consistirá na adoção deuma política cambial realista, que transfira recursos governamentais para o setor agropecuário.
As exportações agrícolas, este ano, respondem pormais de cinqüenta e quatro por cento das vendas ao exterior e, semelhantemente aos Estados Unidos. onde aforça económica maior deriva da agropecuária, marchamos para que esse peso represente, até 1985, mais de setenta por cento das nossas exportações.
Reduzidos os subsídios aos juros da lavoura, a garantia do preço e o estímulo às exportações compensarão osetor, capaz de custear boa parte do nosso dcs';nvolvimento.
Era o que tínhamos a dizer, Sr. P're:;idente.
O SR, FRANCISCO STUDART (PTB - RJ. Pronuncia () seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Município do Rio de Jan~iro vive hoje a síndrome da elefantíase administrativa, que avança por todosos setores nutrindo-se de impostos, taxas de serviços eoutros artifícios de arrecadação.
A arrecadação, em certos casos, se constitui em verdadeiro confisco, a exemplo da recente tentativa da Prefeitura Municipal de elevar os impostos predial c territorial. em até 45(11-:ó - índice em média superior à taxa in~
flacionária prevista para este exercfcio.Essa medida seria um golpe mortal contra o mercado
imobiliário, quejá se vinha ressentindo do refluxo da demanda provocado pela atual crise t1nanceira. Por outrolado, se caracterizaria como um verdadeiro atentado àiniciativa privada. com reflexos negativos no setor daconstrução civil, principalmente para o pequeno proprietário, que desviaria seu investimento para outras atividades.
Proprietários ,; locatários de imóveis já ergueram li voz
de protesto contra a intenção da Prefeitura MUl1icipal doRio de Janeiro. através da Associação Brasileira de Administradores de Imóveis - ABADI - cujo PresidenteRllmulo Cavalcante fvIot:.;. consid·,':m1. que a única maneira de reduzir o preço dos aluguéis é estimular a. eons-
Terça-feira 19 11837
trução civil, que, além de criar empregos, gera moradias,num pais em que o délicit é de sete milhões a del milhõesde unidades residenciais.
Concordamos plenamente com o Presidente da ABADI, posto que a reativação da construçào civil ajusta-se àfilosotla que deveria nortear a ação de nossos governantes: a recessào é uma palavra proibida no BrasiL Bem odiz o Ministro-Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas. Tenente-Brigadeiro Waldir de Vasconcelos, emrecente entrevista a um jornal:
"O Brasil precisa deixar de viver a sindrome dadívida externa e buscar imediatamente mecanismospara a retomada do desenvolvimento. Há que reverter o momento psicológico atualmente vivido. Precisamos ter a expectativa do crescimento econômicocomo um dos objetivos nacionais, pois a sombra darecessào.. não nos serve,"
Lamentavelmente, a abusiva elevação de impostos é asolução que algumas administrações vislumbram para acrise. quando se sabe que economias em fase de expansão e tomadoras de empréstimos externos devem procurar mecanismos de auto-sustentação do crescimento.Obviamente, um destes mecanismos é o estimulo à iniciativa privada. à qual se opõe letalmente a exageradacobrança de impostos.
As eonseqüéncias que adviriam da medida cogitadapela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro são analisadas com precisão e concisão pela ABADI. que publicounos principais jornais cariocas uma advertência às autoridades, sob o titulo. "Apelo Ao Bom Senso". Procedemos li tran,criçlio, nos Anais desta Casa, desta importuntô e oportuna manifestação do empresariado carioca.que bem retlete sua preocupação com a defesa da comunidade:
"A ABADI - Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis, externando o seu ponto devista e o de seus clientes - proprietúrios e locatáriosde imóveis do Rio - que, portanto, é o da comunidade carioca, lamenta que as autoridades municipais anunciem a descabida elevação, em atê 450%,dos impostos predial e territorial 1 índice, em média.200% superior ao previsto para a intlação no corrente exercício.
O que se constata é que não se cuida de corrigir adepreciação da moeda, o aumento inconseqüente doimposto, em magnitude tal, transforma a propriedade privada em hipoteca eterna ao município. Constitui verdadeiro eonlisco, Ademais, é grave fator inflacionário, contribuindo para a elevação do índicedo custo de vida. como os demais tributos c serviçospúblicos.
Estas não foram, por certo, as promessas eleitorais de ontem que os eleitores, jamais, se esquecerãoquando tiverem que votar, amanhã.
A medida afetará diretamenttl as receitlls dos pequenos proprietários que investiram em imóveispara habitação, direcionará os investidores a outras"reas mais rentáveis, ampliará os problemas daConstrução Civil, agravando a problemática socialque se busca minimizar, atingirá diretamente o"bolso" dos locatários, antecipará, em velocidadegeométrica 1 a escassez de habitação no Rio. podeocasionar o retorno aos idos de 1948/50, com asofertas de "luvas", não para quem tenha um imóvelpara alugar, mas a quem, simplesmente, indique umdisponivel ã locação.
A ARADl vive no Rio, trabalha para o Rio naqualidade de arrecadadora de elevada parcela deimpostos, taxas etc., como se agente fosse, porém,sem ónus, para os cofres públicos.
Como ta], a ABADI sente-se no direito e no deVt:f, para com os S'~us clientes e a comunidade emgeral, de levar sua mensagem ao Chefe do Executivo
11838 Terça-feira 19
Municipal, a fim de que pondere sobre tais colocações, quc não são cm causa própria, mas da comunidade, por isso lJ faz. e está certa de que há deimperar lJ espírito público no seio da administraçãomunicipal, aplicando apenas a correção monetáriaao IPTU, com o quc sairá deste episódio engrandecida aos olhos da comunidade."
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
o SR, RALPH BIASI (PMDB - SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, setepaíses invadiraíl1 Granada, pequeno país da AméricaCentral. com o intuito de ali "restabelecer" a democracia.
Mais uma vez o direito à autodeterminação dos povosfoi violado, pouco importando o pretexto usado.
Há tempos, a União Soviética invadiu a Hungria, aTcheco-Eslováquia e o Afeganistão em nome da defesado socialismo. O Vietnã invadiu o Camboja para deporum governo que prctcnsamentc praticava o genocídio.Agora. os Estados Uunidos, coadjuvados por seus seguidores - Dominica, Antigua, Barbados, Sta. Lúcia, St.Vincent c Jamaica - invadcm Granada.
O pretexto para a invasão é a defesa das vidas dos seuscidadãos, inclusive de mil norte-americanos; segundo,para impedir mais caos e para, finaimente, ajudar a restauração de lei e de ordem, e de governo.
O assasinato de Bishop foi o principal motivo paraque o Presidente americano, segundo suas próprias palavras, atendesse ao apelo formulado por seis países doCaribe, arregimentando seus dois mil fuzileiros navais esuas tropas de choque, juntando-os aos duzentos guardas civis dos seus países do Caribe para invadir a pequena ilha.
A desculpa é semelhante às que usam os soviéticos emoPçrações dessa natureza. ~la5 essas desculpas de nada"J,lern e nào enganam a opinião mundial.
f: preciso que se faça parar essa açào repressiva e covarde dos fortes contra os fracos.
,,\ partir desse episódio macabro, a segurança para ospovos da América Central é doravante menor.
Haverá, a partir de agora. um clima de desconfiançanas rclaçõcs EUA com seus aliados. Até mesmo os seusaliados mais fortes como o Brasil e Inglaterra condenaram a invasào.
O episódio de apoio à Inglaterra por parte dos EstadosUnidos, nu gaerra das Malvinas, niío foi suficiente paraque o Presidente Reagan fugisse à recriminação feitapelo Governo ultraconservador de Margaret Thatcher,que pediu aos Estados Unidos que não atacassem Granada.
O que existe agora são cubanos mortos por norte
americanos. A tensào com certeza se agravará no confronto entre as duas maiores potências mundiais. Segu~
ramcnte se intensificará o concurso dos grandes para verqual deles é capaz àe pisar o maior número de pequenospaíses.
Em nome da democracia feriu-se mais uma vez oprincipio de autodeterminação dos povos. Isto é muitograve.
Foi violado frontalmente o art. 18 da Carta da OEA,que estabelece que "nenhum Estado ou grupo de Estados tcm o direito de intervir, direta ou indirctamentc, eseja qual for ü motivo. nm; assuntos internos ou externosde outro".
Os Estado Unidos. violando esse princípio, fazem tacitamente uma ameaça a todos os povos a eles subjugados,colocando em risco a paz mundial.
Era o que tinha a dizer.
O SR. PRISCO VIANA (PDS - BA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Prcsidentc, Srs. Deputados, saudamos. com grande efusão, o povo argentino pelo significativo pusso dado 1 ontem. no caminho da reconquistada democracia.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
As eleições presidenciais da Argentina. realizadas emclima de intensa participação popuiar, devem ser analizadas além do contexto argentino, como um acontecimento político de repercussão em todo o continente, capaz de favorecer à normalização democrática em outrasnações sul-americanas ainda submetidas a regimes ditatoriais.
Será impossível estabe.lecer paralelo entre as situaçõesvividas pelo Brasil e Argentina,
Nós realizamos uma revoluçào de inspiração democrática, euja deflagração resultou de uma aliança dopovo com as Forças Armadas. Tivemos, é verdade, umprocesso revolucionârio bastante longo, durante o qual omovimento cometeu desvios de rota. ocasião em que serápossível identificar excessos lamentáveis. Em nenhuminstante. porém. foi esquecido o compromisso democrático. Tanto assim que, embora sob severas restrições três vezes colocado em recesso de curta duração -, comcassaçào de mandatos parlamentares e grandes limitações à liberdade política e à iniciativa legislativa, oCongresso Nacional não foi fechado. A Justiça funcionou regularmente, como a significar que. se diferente tivesse sido. o nosso caminho de reencontro com a dcmoeraeia teria sido bem mais difícil, jamais pacífico. Fe1iz~
mente estamos vivendo de novo o ambiente democrático. fazendo a transição em clima de paz e de entendimento. Em todo o período revolucionário não tivemos umasó cleiçào suprimida. Elas foram rcalízadas sob o regimedo AI-5. mas não houve a mcnor rcstrição a que o povovotasse nos candidatos da sua preferência. como em1974, qmmdo o MDBelegeu 16 Senadore, contra apenas6 da ARENA.
Muito diferente aconteceu na Argentina. O processode lá. muito mais longo do que o brasileiro, foi dolorosoe viveu etapas dramáticas. Praticamente ele vem desde adeposição de Peron em 1947. De lá para cá nenhum presidente eleito conseguiu terminar seu mandato.
As intervenções militares foram constantes e nenhumadelas contribuiu para resolver o impasse político. A queestú findando. talvez tenha sido a mais violenta. No começo travou-se o que hoje é con11ecido como a "guerrasuja". durante a qual resultaram milhares de desaparecidos até agora reclamados pelas. "mães de Mayo", fato,aliás. que certamente motivará dificuldades para o novoregime a instalar-se em dezembro próximo. A Argentinaesteve ü heira de uma guerra civil e acabou envolvendose na aventura da Guerra das Malvinas, na qual morreram mais de oitocentos jovens soldados. e deixou comosaldo político a humilhação internacional e o aprofundamento do desgaste interno dos militares, tornando inevitável e urgente seu afastamento do processo político.
A economia argentina, antes muito próspera, está em
terrível crise, apesar da auto-suficiência em petróleo etrigo. A moeda desvalorizou-se mais de mil por cento c adívida externa é superior a 40 bilhôes de dólares. Pareceque de todo esse drama restou ainda a esperança. Asmultidões que lotaram as praças durante a campanhaeleitoral e que compareceram às urnas de ontem significaram que, apesar de tudo, a fé do povo nüo feneceu.
Nossos votos são pois para que a Argentina reencontre seu destino, para que seu povo, agora devolvido à liberdade política e participativa do processo de organização do poder, recncontre os seus caminhos de paz eprosperidade. O drama argentino preocupava a todos,argentinos ou não, pela importància da Argentina nonosso continente. A normalizaçào da sua vida institucional c democrâtica que se deseja longa, duradoura, definitiva, é. por isso mesmo. motivo de alegria. particularmente para os brasileiro, que têm pelo povo platina. tradicional amizade.
No discurso com qu~ esta madrugada saudou suaeleição. o novu presidente argentino Raui Alfonsin disse:
"Ganhamos a eleição. mas não derrotamos ninguém."
Novembro de 1983
Isso deve significar que o novo presidente vai trabalhar pela paz e pela reconciliação dos argentinos, sem oque, certamente, frustrarào todos os esforços de reconstrução da nação amiga.
o SR. CELSO PEÇANHA (PTB - RJ. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados.encontra-se em tramitação, nesta Casa, o Projeto de Lein' 1.141/83. do Poder Executivo, encaminhado com aMensagem n" 340. de 14-9-83.
A finalidade do projeto é alterar "a estrutura das Categorias Funcionais de Motorista Oficial c de Agente dePortaria". conforme consta da ementa.
A alteração. segundo a Exposicào do Motivos doDASP. n' 193. de 3-8-83, anexada ã Mensagem PresidenciaL visa ampliar "o limitado horizonte funcional dosservidores, de tal modo que os Agentes de Portaria e os
T\.lotoristas possam ter acesso às referências NM-25 eNM-32. respectivamente". a fim de compatibilizar essasCategorias Funcionais com tI estrutura fixada pura outras categorias de igual nível de dificuldade.
Na verdade. somente a longuíssimo prazo. poderào osintegrantes dessas categorias funcionai:-; ser beneficiados
pela altera..)o proposta. tendo em vista o disposto no §2'~ de seu artigo 2Q• que tieternlina o posicionamento do~
servidores ""nas novas classes das categorias funcionais.mantidus as respectivas referências de vencimento e salirio.'·
Tal dispositivo, traduzido em linguagem clara, significa que os servidores vão ser rebaixados de classes. Umexemplo ê suficiente para comprovar essa assertiva: umMotorista. ocupante da referência 18, da Classe Especial. final de carreira será colocado na Classe ·"B". quecompreende as referências 17 a 23. restando-lhe ainda
pcrcorrcr as outras 5 referências dessa Classe. as 6 referéncias da Classe '"C" e as 3 referências da Classe Especial. Esse servidor. conseqüentemente, irá começar tudode novo e sabemos que as referêm:ias mais elevadas daatual estrutura são ocupadas por servidores e ~uncio
nários muito antigos. já prestes a se aposentarem. e que
nào ter:Jo tempo suficiente para gozar das vantagens tra~
zidas pt:la ampliação de sua categoria funcional.O apelo que formulumos, nesta oportunidade. quando
o funcionalismo civil da Uniào atravessa, certumente,uma das mais difíceis fases de sua história. b no sentidode que o Governo Federal remeta ao Congresso Nacional proposta de alteraçào do mencionado projeto de ki.para o fim de permitir que tanto os Motoristas Oficiais
quanto os Agentes de Portaria sejam posicionados nanova cstrutura~ a partir das classes e referencias mais elevadas.
Tal medida, que éjusta e humana, levará a esses servidores alguma melhoria salarial, pequena. ê certo. mas.ainda assim. capaz de melhorar um pouco as condiçõesde suas vida ... e de suas famílias.
V - O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra)- Passase ao Grande Expediente.
Tcm a palavra o Sr. Fernando Santana
O SR. FERNANDO SANTANA (PMDB - BA. Semrevisiio do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados. oMDB. hoje PMDB. em suas lutas. sua saga política. tem,em verdade, lima história muito importante a defender. emais do que isso. um enorme caminho a percorrer.
SL Presidente e Srs, Deputados, nesta fase terrível denos~a Pútria, nesta situação que se aprox.ima. sem nenhum excesso. do verdadeiro caos - caos político. caoseconõmico e social - nuo podemos permanecer, como
partido de responsahilidmje nacional. naquela posição,naquela atitude puramente critica. sem levar em conta o
momento histórico que e5tamos vivendo. O Presidentedo nosso Partido. Deputado Ulysses Guimarães. assomou a esta tribuna. afirmando textualmente que vinha
Novembro de 1983
falar aos partidos, sem nenhuma exceção - ao PMDB,ao PDT, ao PTB, ao PT, e ao PDS tamhém, na pessoa deseu Presidente José Sarney, Mais à frente, disse o Sr.Ulysses Guimaràes: "Não subo a rampa do poder, preferindo assomar ao topo desta tribuna, para falar à Naçãoe ao Governo". Nesse discurso, colocou as formulações,as teses e as a1ternativas do PMDB: desde o plano institucional até o campo das relações econômicas e sociais.Falou de uma Assembléia Nacional Constituinte e deeleições diretas para 15-11-84.
Ora, Sr. Presidente, esse discurso foi representativo,podemos dizer, da média do pensamento de todo O partido. Foi um discurso consensual, que atendeu a todas ascorrentes e a todo5 os tipo? de pensamento existentes,hoje, nessa frente ampla que se chama PMDB. Mas, Sr.Presidente, quero dizer, aqui e agora, que eosas alternativas. tanto no plano institucional como no terreno socioeconômico. necessitam urgentemente, a meu ver. de implementação. isto é. precisamos transformar estas propostas genéricas em projetos e propostas definitivas. OPMDB não pode ser apenas o partido da rejeição. Temos rejeitado. nesta Casa. nestes últimos 60 dias, proje
tos qw:: realmente não correspondiam aos interesses daNação e muito menos da classe trabalhadora. Mas, Sr.Presidente, quando rejeitamos - e o temos feito dentroda defesa dos melhores interesses de nossa Pátria acredito que, por outro lado, temos a obrigação imediatade oferecer ti Nação hrasileira. de colocar frente aos partidos políticos com assento nesta Casa as nossas proposta:;. Não através da formulação genêrica de um disL;unm.que realmente representou um grande passo que o
PMDB deu nesses últimos tempos, mas que essas alternativas se transformem imediatamente em projetos con
cretos~ definitivos. de modo que possamos dizer à Naçãobrasileira: HNós rejeitamos essas leis. mas oferecemos
como alternativa. a nosso ver a mais correta. esse projeto
global. não só propondo novo modelo económico. comotambém estabelecendo uma nova ordem social nessePaís". Se ficarmos. Sr. Presidente, Srs. Deputados. nasformulações. nas teses. poderemos amanhà - quem sabe'? - sofrer a cobrança, sobre{udo por parte do povo.Os Senhores criticam o atual modelo econômico e realmente esse modelo econômico merece não só criticas.
mas ser condenado por todas as forças deste País.Isto só não basta, SL Presidente, :>rs. Deputados. Ne
ce~sitamospartir para oferecer uns partidos, e sohretudo
ú Nação brasileira. 0$ projetos que consideramos viáveis.corretos: que consideramos ser os que mais correspondem aos anseios de desenvolvimento, de independência ede soberania de nossa Pátria.
Sr. Presidente, ou nós damos as nossas alternativas.concretamente. ou então poderemos ser chamados apenas partido da rejeição. Temos rejeitado várias propo
sições. Porém, precisamos tamhém partir, com a responsabilidade históriea que temos hoje, para a condição denão sermos apenas o partido da rejeição, mas também opartido da eonstrução, o partido da realização, () partidoque oferece realmente ao País os caminhos que nos levem a vencer e:"SH tremenda crise. Concedo o aparte aonobre Deputado Milton Brandão.
o Sr. Mílton Brandão - Analisando o seu discurso,ilustre Deputado Fernando Santana. entendemos ao suasmanifestações a respeito do Presidente do PMDB, o ilustre Deputado Ulysses Guimarães. Após estudar a posição do PM DB V. Ex' apresenta sugestões. Acho que énecessário. ao se rejeltar determinadH,5 proposiçôe~. deoutros partidos ou do Governo. apresentar as alternatiVas. Estamos de acordo com V. Ex" Esta hora não perlence aos partidos; esta horu pert~ncc ao Bra:-il. Demodo que. além das alte!"nativas. cu acrc~cenlariaque êpreciso. de parte de todos nós, principalmente das Oposições. neste momento difícil da vida nacional. que osprojetos do Governo, dü partido oficial ou de outros
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIOr'-:AL (Seçiío I)
partidos. enconlrem sempre o apoio de todos os parlamentares, quando significarem o hem-estar da Nação c obem-estar do povo. Parabenizo V. Ex' pelo seu importante discurso pronunciado nesta tarde.
o SR. FERNANDO SANTANA - Meu caro Deputado Mi1ton Brandão, batalhador eterno do Nordeste. êverdade que devemos discutir e negociar, mas não sobreo status quo que aí permanece. A nossa negociação comos demais partidos deve ser feita com o objetivo de mudar a feição deste Brasil. de mudar o seu rosto, a fim determos um Pais com outra justiça, ou com justiça, porque, até hoje, não a praticamos. Os projetos que devemos discutir nesta Casa. scjam do PDS, do PMDB, doPTB, do PDT ou do PT, deverào corresponder aos interesses populares, porque não há interesse do povo que secontraponha aos interesses da Nação. Esta é a verdadeque não podemos negar. Os interesses do povo coincidem sempre com o Lnteresse da Nação. Nem sempre osinteretlses das classes dominantes correspondtm. realmente, aos interesses da Nação brasileira, Esta é a diferença. Por exemplo. já que desejamos transformar a sociedade. já que desejamos mudar esta feiçào injusta dacivilizaçào brasileira, por que não encararmos de- frente11m dos pontos do programa do PMDB, que" o problema da reforma agrária'? Não quero diseutir a quem cabea culpa, mas apresentamos, desde o início desta sessãolegislativa, um projeto de resolu,;ào criando a ComissãoPermanente de Reforma Agrária. Não sei as razôe.') nem
os motivos desta demora. Nada sei sohre as emendas quese fizeram em plenário. A t~ procurei nào indagar quaisos seus autores e acabei concordando com o Sr. Presidente Flávio Marcflio, quanto ao fato d,o quc. em lugarde uma Comissão Permanente, já que S. Ex' via dificuldades para eriá-la, fosse então estabelecida ou criada aComissão Especial da Reforma Agrária. Esta, segundo oPresidente da Casa, o Deputado Flávio Mareílio, nào terú nenhum empecilho. Eu não quero discutir sobre as comissões que já criamos nesta Casa; nào sou nem contra oesporte nem contra o turismo. mas eu perguntaria aosSrs. Deputados o que é mais importante, hoje. para odestino deste País: o problema do esporte e do turismo(lU o.du terra'! Não somos conLrJ. i1 Comissào de Esporte
e Turismo, mps acham0s qut:::. na escala de prioridades,na escala das necessidades nacionais. a Comi".sào da Reforma Agrária deveria estar colocada num plano muitosuperior. porque iria atender a milhões de brasileiros injustiçados. castigados: iria debater um problema que jádeveria ter sido resolvido há mais de um século, quandoo Brasil, por uma lei chamada Aurea, e"tingaiu a escravatura e esqueceu-se, naquele mcsmo instante, de que ohomcm que seria considerado livre não teria liberdadenenhuma: ele não era livre de coisa alguma: ele continuava mais escravo do que antes. porque perdeu :J. moradiana senzala e não obteve a terra, já que era profundamente agrieultor. Por que. então, não se fez antes, ou concomitantemente, ou simultaneamente com a libertação dosôcravos. uma lei que desse terra a esses homens 1 puraque eles até hoje nào ficassem como uma sub-raça, comoum povo condenado, que luta tenazmente para subir naeseala sociaL porque não lhe foram dadas. no tempooportuno, as condições nccessárias para o seu pleno desenvolvimento COmo grupo humano que carregou este
Brasil nas costas durante alguns séculos'! Assim me manifesto para mostrar a V. Ex's a necessidade de um projeto de reforma agrária, que deve estar consubstanciadona" teses do Presidente Ulysses Guimarães, pois S. Ex' aele se refere no item 9, quando di,; assim: "'Fortalecimento da pequena e média empresas, particularmente naúrea ruraL e çfetiva reforma agrária que garanta o acesso;) terra dos que nela trabalham," Pois bem. Sr. Presiden
te. para não rne alongar em números nem em estatísticas.eu gostaria apenas de lhes dar o testemunho de um documento do Banco Mundial. para uso somente oficial. Eu
Terça-feira I~ I! 839
gostaria que a Casa desse atenção a essa chamada doBanco Mundial. nas suas conclusões:
"'As 224 maiores t"zendas do Nordeste, cada uma·delas acima de 10 mil hectares ~ ouçum bem.nobres Deputados - controlam. em termos absolu
tos. uma área agrieultável superior a I milhão e 700mil propriedades abai"o de IO mil hectares."
Srs. Deputados, não estamos nesta Casa para fazerbrincadeiras. Estamos aqui para levar os assuatos asério. O povo não pode mais ficar neste jogo de tapeação, de embromação, de engana-engana. de desatenção, com referência aos problemas fundamentais doPai's. Se, nesse dado. fossem incluídas as fazendas uté 5mil hectares - já podemos cunsiderar 5 mil hectares um
latifúndio - qual seria a diferença entre as pequenas e asgrandes'! É o próprio Banco Mundial- exatamente umdos que contribuem com recursos tanto para O POLONORDESTE. como para os demais - quem diz que nãohá maneira alguma de se modificar a miséria do Nordeste sem se mudar sua estrutura fundiária. Não sào os brasileiros que dizem isso. Siío os representantes do BancoMundial. frios como pedra. como múrmorc; mas, com
toda a frieza de técnicos. chegaram a esta. conclusãoterrível de que o Nordeste nào sairá da Slla miséria sem
antes modilicar a sua estrutura fundiária, sem mudar osseus hábitos e a sua cultura, dominada por sêculos de latifúndio c de feudalismo.
O Sr. Oswaldo Lima Filho - Permite V, Ex' um aparte?
o SR. FERNANDO SANTANA - Pois não.
O Sr. Oswaldo Lima Filho - É realmente animadorverificar que. pela palavra de V. Ex', a questão primordial do povo brasileiro - ou. pelo menos. uma das questões fundamentais. ao lado da questão nacional- que éa da distrihuição da propriedade territorial, denominadareforma agrária. volta a constituir tema nesta Casa. Tem
toda a razão V. E,,'. é um tcma que diz respeito ao povobrasileiro como nenhum outro, pois se refere aos 18 milhões de trabalhadores sem terra. Constitui a causa fundamentai da misêria do Nordeste. Olmo V. Ex' bem salientou. é um problem~ secular. Ao cncermr. felicito V,Ex'.! pela abertura de:;tc dt:bate com as palavras pronun
ciadas por José Ronifúcio de Andrada e Silva há 200anos. quando. na sua memória sobre H emancipaçào dosescravos. defendia ele a reforma agrária como necessidade primordial para o Brasil que se iria tornar independente. Passados duzentos e muitos anos da Indepcndência~ o povo brasileiro continua escravo desse regime latifundiúrio.
O SR. FERNANDO SANTANA - Agradeço aonobre Deputado Oswaldo Lima Filho sua contribuiçãohistórica. Se. realmente. formos huscar na literatura refe
rências sobre (1 prohlema da terra no BrasiL vamos en
contrar, depois de José Bonifácio, homens como Joaquim Nabuco e tantos outms que entenderam o problema e o colocaram na ordem do dia daqueles tempos.
Sr. Presidente. nobres colegas, não podemos continuaraqui a brícar de {egi51ar. Não pode continuar essa brincadeira: ou realmente tocamos para valer nos problemas
que estrangulam, reduzem e atrasam a economia nestePaís, ou então podemos pedir nossa renúncia coletiva
porque pelo dinheiro que recebemos não estamos correspnndendo ~IS expectativas do povo brasileiro.
Refiro-me agora à COl':TAG, Sr. Presidente, paramostrar que () campo brasileiro hoje é uma permanente
violéncia. Leio ainda um parágrafo dessa not.a oficial dodia 2 de setembro: "Nestes oito primeiro meses do ano-, isto é, até 30 de agosto - a CONTAG denuneiou,com testemunho das federações c >indicatos filiados. os
11840 Terça-feira I"
assassinatos de nove trabalhadores, um dos quais delegado sindical e uma dirigente de sindicato, Margarida Maria Alves, assassinada no dia 12 de agosto, em AlagoaGrande, na Paraiba". A ti. Margarida Maria Alves. asnossas homenagens. Morrestes no cumprimento do dever. morrestes em solidariedade aos desassistidos. aossem-terra. aos humilhados, aos ofendidos da Paraíba. Ati, Margarida Maria Alves, a eterna lembrança dos lutadores brasileiros pelo prohlema da lerra.
o SR, PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Comunico aonobre orador que dispõe de cinco minutos.
o SR, FERNANDO SANTANA - Vou alinhavar,Sr. Presidente. Teria muita coisa a dizer. mas procurareiser breve::.
No discurso do Presidente Ulysses Guimarães, que todos apoiamos. depois tlc anunciar treze medidas. duasdelas institucionais e onze no campo da economia e dosinteresses sociais. propõe que tudo isso não poderá serfeito sem que encaremos de frente () problema e encaminhemos Jogo a solução. pelo menos. de duas questões: adivida externa e a divida interna. Concordo com o Presidente Ulysses Guimarães. quando coloca que todos osprohlemas que estamos a enfrentar no momento não poderão ser resolvidos se nuo decidirmos antes estas duas
questões básicas. da dívida externa e interna. Diz S. Ex':
"Para que se possa implantar uma política no
marco dessas diretrizes gerais. impõem-se alguns requisitos, tais como a recuperação da liberdade deaçào por parte do Governo e a reconstrução dos instrumentos húsicos de intervenção nos campos monetúrio, financeiro e cambial."
Sr. Presidente, quanto à divida externa. S. Ex' colocaGomo uma das decisões a ser tomada a declaração damoratória unilateral. Temos aqui um estudo que examina detalhadamente (I problema da moratória, inclusive adesculpa de que iríamos ser garroteados pelu falta de petróleo. Nesse estudo estatístico e correto, prova-se quetodas essas questões podem ser superadas. e o Pais poderá declarar sua moratória sem nenhum receio de sofrer arestrição total do rornccimento de pctróleo. Ai também.Sr. Presidcnte. nos ocorre a lembrança do que lemos ontem no Jornal do Brasil - entrevista do candidato dosRadicais na República Argentina, Sr, Alfonsin, ao Jor
n31 do Brasil, horas antes de se travar aquele pleito memorável - e sabe V. Ex', como sabe toda a Casa, que aArgentina sai de um governo autoritário para um governo amplamente democrático. e o contencioso dosproblemas, das controvérsias, dos confrontos que existem na Argentina nem de teve se assemelham aos nessos,Sr. Presidente. Por que então lá se sai diretamente paraeleição direta e aqui se Ilca nessa contramarcha de 8 a 10anos, numa política chamada de gradual distensão" Poisbem, o Sr. Alfonsin declara. a respeito da divida com oFMI. que julga da maior importância não se fazer umclube de devedores, mas que os paises da Am6rica Latinase entendam no que conccrne à dívida. E nesse entendimento latino-americano poderíamos enfrentar os credore~ internacionais com muito maior poder de barganha,com muito maior poder de decisào.
o SR, PRESIDENTE (Ary Kffuri) - A Mesa adverteV, Ex'! de que seu tempo está esgotado.
O SR, FERNANDO SANTANA - Peço a V, Ex' aponaS que me permita concluir estas breves palavras. poisque ocupamos a tribuna, hoje. por dcfcrência especialdesse grande cavalheiro. dessa figura humana extraordinária que é (1 Deputado Jorge Carone, que falaria exatamente sobre () seu projeto de lei que modifica ou tornasem efeito alguns dos artigos mui:) draconianos da Lei deSegurança Nacional. Este t: também um item que merece
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
o exame do PMDB. Acho que não podemos pedir. simplesmente, que se revogue a Lei de Segurança Nacional.Devemos. sim, apresentai' uma lei que realmente seja desegurança nacional c não de insegurança dos brasileiros,urna lei que defenda os interesses da Pútria e não castigueos brasileiros que querem defendê-la. Ao homenagear oDeputado Jorge Carone com estas palavras. quero também pedir ao PMDB que nâo fique apenas nessas modificações substanciais do Projeto Carone, mas que traga aesta Casa um projeto completo de lei de segurança. porque nenhum pais do mundo pode viver sem segurança, E
nenhum país pode viver na insegurança que vivemos.pois. a lei em vigor não é para assegurar a liberdade daPátria, mas para prcnder os brasileiros que queremdefendé-la.
O SR. PRESIDENTE (Ary KffurÍ) - A Mesa roga aV. Ex~ que conclua o discurso. pois O seu tempo já estáultrapassado.
O SR, FERNANDO SANTANA - Sr. Presidente. aoconcluir. gostaria de acrcscentar algumas palavras aodiscurso do Presidente Ulysses Guimarães. S. Ex' dcwria, tamhém. em seu discurso, ter dito algumas palavras.pelo menos. no sentido de que devemos reforc;ar ti política externa deste País, o único ~etor do Governo em quenos c;entimos um pouco lt vontade. S. Ex:~ deveria tcr ditoque essa política externa. que está sendo praticada. dcvt
ria ser reforçada e que não deveríamos tardar, tanto
quanto tardamos em condenar a atitude dos EstadosUnidos de invadir a República de Granada. como fez opróprio Consclho das Naçõcs Unidas. por quse unanimidade: 11 votos contra a intervenção: 3 abstenções. sendolIm da Gn1-Bretanha: c um único voto contra. dos próprioc; Estudos Unidos, fiue exerceram o poder de veto.Pois bem. o nosso Hamarati, que tem sido úgil em outrasoportunidades. foi lento e tardo quanto à intervençao emGranada.
E eu aqui quero fazer registrar as palavras de Austregésilo de Athayde. essc homem que consegue dizer nemquarto de página...
O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Nobre Deputado, a Mesa não pode mais tolerar, pois que V. Ex' já ultrapassou o seu tempo em mais de três minutos.
o SR, FERNANDO SANTANA - Concluo imediatamente. Sr. Presidente. lembrando que Austregésilo deAthayde reclama. como todos os demais reclamaram,Como a França, a Itália e a Inglaterra. contra a intervençào norte-americana em Granada. Disse- ele que o
Bra:-;il poderia ter protestado muito antes do que o fez. Eestas foram 'lS palavras de Austregé,ilo de Athayde: "Pela libertação dos povos oprimos. pela libertação de Granada," (Muito bem! Palmas,)
Durallle o discurso do SI'. Fernando Salllana, IJ Sr.Fcmando Lyra. Ir-Secretário. deixa a cadeira dapresiclência. que é ocupada pelo Sr. Ary Kj)ill'i. 2'Secretário.
O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Tem a palavrao Sr. Wolney Siqueira. (Pausa.)
O SR. WOLNEY SIQUEIRA (PDS - GO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a população brasileira vive uma quadra cruel, umcotidiano cheio de sobressaltos e de angústias, pressionada por constante diminuição da oferta de emprego, poruma inflação descontrolada, por I1ma earcstia principalmente grave no que respeita aos preços dos gêneros dealimentação e sem esperança de um futuro mais ameno,de um porvir em que possa viver e produzir sem os temores que hoje infestam o dia-a-dia de cada conterrâneo.
As causas dessa situação são múltipla, e variadas. englobando fatores extcrnos e internos. tais como a ele-
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vação das taxas de juros nos mercados internacionais, aelevação brutal experimentada há alguns anos nospreços dos combustíveis, a vertiginosa transferência derecursos das nações industrializadas para os países produtores de petróleo, a adoção de políticas desenvolvimentistas em nosso País, custeadas por recursos tomados no exterior, a persistência dessas políticas mesmoquando aS condições da economia mundial desaconseIhavam grandes investimentos. além de uma vasta gamade causas intercorrentes, que findaram por emoldurarum quadro desolador.
a Brasil vem empobrecendo celeremente, com oacompanhamento de todos os aspectos negativos que aredução da riqueza nacional traz: intlação, baixa capacidade governamental de investimento em aplicações decun ho social, comprossão salarial. desajustamento dapolitica de incentivos ã agrieultura, debilitação das grandes empresas, ruina de grande número de pequenas e médias indústrias e cstabelecimentos comcrciais, acirramento dos ánimos de uma população que já não crê na eficácia das medidas que o Governo possa vir a adotar.
Culminando esse processo. defronta-se-nos a própriasubordinação dos interesses nacionais às decisões tomadas em Washington pelo Fundo Monetârio Internacional. {l que. se não chega a representar a quebra da soberania nacional. atcnta frontalmente contra a livrc gerência dos negócios da Nação segundo os interesses c as necessidades mais prementes de nossa sociedade.
Se o Brasil está mais pobre, sua população acompanha esse processo sofrendo seus efeitos mais concretos.como a fome. a debilitação da saúde, o aumcnto dosíndices de mortalidade infantil, a agudií'ação das estatísticas de desnutrição. a redução dos níveis de aprendizadonas escolas, a elevação dos diferenciais entre tarifas deserviços públicos e indices de reajustamento salarial.tudo isso contribuindo para a redução da qualidade devida tanto nas cidades como no meio rural.
As empresas, por sua vez, sofrem também com esseprocesso de pauperizaçào: a cspeculação financeira atingiu um ponto tal que se torna mais vantajoso aplicar recursos em mercados financeiros do que em atividadesprodutivas, () que vem acarrelando redução adicional daprodução interna e da própria produtividade. As perspectivas de exportação somente se concretizam atravésdo aviltamento da moeda nacíonal: sem as succssiva~
desvalorilaçõcs do cruzeiro torna-se-ia impossivel atingir as metas de comércio exterior determinadas pela SecreLlria de Planejamento da Presidéncia da República:se, por um lado, os volumes exportados carrclam divisaspreciosas para o equilíbrio da balança comercial. por outro, fazem com que. cada vez mais. o mercado externoassuma prioridade face ao commmo interno. Ademais, asoarreirus protecionista::. criadas por países desenvolvidos, também efetados pela crise financeira internacional,trazem dificuldades adicionais ao prosseguimento dapolítica de exportação. impondo novas desvalorizaçõesda moeda para contrabalançar os obstáculos encontrados.
r\cresce a esses fatores o fato de que nos encontramosainda compelidos a exportar produtos básicos, não industrializados, caraeterística que nos leva a cemerciarimensos volumes para auferir receitas dcsproporcionalmente reduzidas: caso tivéssemos condiçôes de imple
mentar um programa vultoso de exportação de bem inuustriaiizados, aí. então, poderíamos obter maiores receitas Cl)nl menores volumes. reservando para o mercadointerno grandes quantidades de produtos agrícolas hojetransacionados com países estrangeiros.
Falúvamos das empresas e das diliculdades que enfrentam diante de um quadro de Crl!';t:: não nos cs:.queç:.lmos das 3cusaçôes que lançam muit3s delas, declarandoque foram levadas à contração de empréstimos externo~.
ainda que deles não necessitas5em: embora não provemtais denúncias. devemos levar t::m ermsidemçào que tal
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fato pode ter rcalmente ocorrido, e suas conseqüênciassomente agora se fazem presente.
As empresas dos Estados, geradoras da maior parcelada produção nacional em valor, inserem-se nesse quadrode modo preeminente. Não pode o Brasil prescindir desuas empresas estatais, sob pena de paralisar alguns setores vitais à vida econêmica da Pátria: é ociosa a discussào acerca da capacidade da iniciativa privada em a~su
mir determinadas empresas do Estado, pois dificilmentequalquer grupo particular brasileiro teria condições deassumir o controle de uma Petrobrás ou de uma Vale doRio Doce. As atividades de tais empresas são vitais e nãopodemos penalizá-Ias por apresentarem grandc porte e,conseqüentemente1 grandes exigências financeiras. Devemos exigir, isto sim, que sejam geridas responsável e eficazmente, de forma a que produzam resultados contábeis positivos, contribuindo cfctivamente para a geraçãode receitas mediante a prestação de serviços de interessepúblico da mais alta qualidade. Não nos esqueçamos deque. sendo o Governo seu maior acionista, reveste-se aempresa estatal de caracteristicas de paradigma àatuação de empresas privadas. não podendo acobertarincompetências ou facciosismos sob um manto de intocabilidade conferido pela peculiaridade de representarum braço da administração pública.
É provável que tenhamos cometido enganos na determinação dos parâmetros da politica desenvolvimentistaadotada nas duas últimas décadas, tentando dar um passo maior que a perna, crescer além de nossa capacidadede investimento. angariar recursos além de nossa capacidade de honrar os compromissos assumidos. Não é à toaque um dos pontos principais do acordo com o FundoMonetário Internacional se refere à redução drástica dodéficit público, móvel motor da espiral inflacionária.Não vimos ainda qualquer autoridade afirmar que sãounicamente as folhas de pagamento das empresas privadas que /àzem subir os índices inflacionários. mas todasconcordam em que a voracidade com que a União exigerecursos com a emissão de ORTNs e LTNs leva ao aumento das taxas de juros desses papéis: em verdade. ê fácil aceitarmos a afirmação de que se não forem remunerados, tais papéis não terão procura; para que sejam remuneradores, torna-se necessário emitir mais e mais,para que novas emissões cubram os rendimentos das anteriores, mantendo em funcionamento um sistema decusteio do dispêndio público que já mostra sinais de esgotamento. Daí por que se deve refrear o crescimento damassa de salários, já que, caso contrário, as exigênciasdas folhas de pagamento das empresas estatais realimentanio o círculo vicioso de incremento das exigências"derecursos.
Defrontados com essa realidade, somente agora acordamos para as necessidades mais prementes da vida econômica e social dos dias que correm. Precisamos exportar. e tardiamente chegamos a essa conclusão. Já deveríamos ter implantado hft mais tempo uma política efetiva de estímulo ao comércio exterior, preparando-nospara um maior intercâmbio de produtos industrializados, que nos renderia maior volume de divisas com menOfl esforço persuasário. Precisamos reorientar a políticaintegral de desenvolvimento econômico, adequando nos
sos interesses às realidades trazidas pelas mutações dorelacionamento econômico internacional.
Ouço o nobre Deputado M ária Frota.
o Sr. Mário Frota - Deputado Wolney Siqueira. dizV. Ex', em seu discurso, que é preciso exportar, para haver estimulo no mercado interno. Mas exportar o qué?Nos dias atuais, seria exportar o suor e o sanguc do povobrasileiro. e isso já foi exportado demais. Precisamos, Sr.Deputado, ê criar um mercado interno. Por que exportara melhor carne') Por que exportar a melhor spja? Por queexportar o melhor cafe! Em verdade. o que tem ficadopara os nacionais ê o refugo. são produtos de terceira e
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quarta categorias, pois se exporta o que há de 'melhorneste País. Qualquer país civilizado do mundo exportaapenas os excedentes. N o Brasil ocorre o contrário. Nãose exportam excedentes, porque não há excedentes.Exporta-se aquilo que vai fazer falta ao trabalhador brasileiro. Hoje. se o trabalhador vive muito mal, se estápassando fome, deve-se exatamente a essa escandalosapolítica de exportação. Concordo com V. Ex' em que devemos exportar. Vamos exportar ferro. manganés, pro
dutos que não têm consumo imediato no País. Mas exportar alimentos, por exemplo, é crime contra o nossopovo sofrido, que V. Ex' tão bem conhece em seu Estado, Goiás. Gostaria que V. Ex~ repensasse sua tese sobreexportação. Também acho muito interessante exportar,mas devemos saber o que exportar. Basta de exportarrepito - aquilo que vai fazer falta, que vai trazer problemas sérios, como sucede atualmente, ao povo brasileiro.
o SR, WOLNEY SIQUEIRA - Agradeço a V. Ex' oaparte. Concordo com V. Ex' Acho que devemos expor·tar aquilo que sobre. No transcorrer do meu discurso. V.Ex' terá um melhor esclarecimento a respeito da minhaposição.
O Sr. Mário Frota - Atê o presente momento o discurso de V. Ex' vinha sendo excelente. Acredito que nodecorrer do seu discurso V, Ex' dírá as razões por que
afirma ser importante exportar.
O SR. WOLNEY SIQUEIRA - Prossigo, Sr. Presidente. Precisamofi estimular ao máximo o crescimentoda produção primária para consumo interno. de formaque. ainda que tudo o mais seja alvo da crucldade inflacionária, as grandes produções logrem baixar os preçosdos produtos de alímentação. para podermos alimentaruma população já carente de proteínas e que apresentasérios problemas nutricionais.
E, mais que tudo. precisamos criar um clima de entendimento nacional. de confiança na autoridade constituída, sem o que nào conseguiremos unir esforços para atravessia do difícil momento vivido por nosso país.
Para isso, ê imprescindívcl que s'~ apurem as denúnciasde corrupção. que são, hoje a grande bandeira daquelesque desejam a desestabilização da autoridade federal.Episódios largamente apreciados pela imprensa, como o
. caso Coroa-Brastel, o escândalo das chamadas "polunetas", sào temas palpitantes e que exigcm elucidação e divulgação pública, para que fique provada a intençàofraudulenta. se existir, de seus responsáveis. Que sejamnomeados, julgados e punidos exemplarmente. porque,de outra forma, ti autoridade pública passará por conivente e receberá os ónus dessa posição presumida.
Precisamos Sr. Presidente, acima de tudo. revigorar osmecanismos de diálogo de que dispomos, através do fortalecimento do Congresso Nacional, pois todas as soluções para a crise passam pela trilha do entendimentopolítico. A abertura econêmica pregada pelo empresariado. também ela incluiu como elemento predominanteO entendimento político e deve abranger a prática congressual. Se este Poder. que emana diretamcnte da vontade, da preferéncia popular. permanecer alijado da discussão dos temas econômicos c sociais. então O Governo
estará fadado a agir na solidão dos gabinetes. sem ouviro clamor da sociedade em busca de melhores caminhos:tais caminhos podem reverlar-se atê mesmo inadquados,mas, desde que resultado de umamplo entendimento,contarào com a co-gestiio popular, elo imprescindível nacorrente decisória de uma nação em dificuldades.
A gravidade do momento é foi que não admite soluções engendradas sem a participação da força política.jâ que esta é a representação institucional da vontade popular. O Congresso Nacional - podemos supor que amaioria expreslliva de seus mcmbroH - tem consciênciade seu papel e cneontra-se ávido de participar da geréncia da crise. da busca de soluções concretas que nos au-
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gurem dias melhores. A participaão congressual écondição tácita para que sejam encontradas trilhas segurasqu.e nos conduzem a saídas para a crise e que nos assegurem um mínimo de esperança, de confiança na atuaçãogovernamen tal.
Sentimos que o Presidnete da República tem demonstrado empenho e dedicação em buscar soluções e caminhos alternativos, mas percebemos que mesmo S. Ex' oPresidente João Figueiredo encontra obstáculos criadosprecisamente pela inexistência de canais de comunicaçãoeficientes entre todas as correntes da sociedade. Chegamlhe ao conhecimento fragmentos da vontade nacional,mas somente este Congresso pode avaliar a extensão, oconteúdo. a intensidade dos desejos populares. corporificados na vivéncia cotidiana que temos dos problemas denossas regiões. Cremos. sem o desejo de supervalorizarnossa função, na atividade política como o único mecanismo realmente confiável destinado a auscultar os interesses nacionais: não os interesses que determinamosquando temos a prerrogativa de delimitar políticas ou defixar objetivos, mas sim os interesses que brotam daanálise politica de todas as manifestações da sociedade.Tal análise não cabe ao Poder Executivo: envolvido emum vértice de atividades necessárias à geréncia daNaçiio, não terá o Executivo condições de deter·se emaspectos mais sutis da manifestação nacional para. emsegundo momento, analisá-los, cotejá-los com outros,dissecá-los convenientemente em um trabalho que requer sensibilidade e moderação, para que, então, sejamdeterminadas diretrizes de atuação governamental queconsultem a vontade popular responsavelmente analisada.
Ouço o Deputado Alcides Lima.
o Sr, Alcides Lima - Nobre Deputado Wolney Siqueira, ouço com atenção o seu brilhante e oportunopronunciamento. Alguns pontos do discurso de V. Ex'me chamaram a atenção. V. Ex' diz que é difícil produzirquando temos uma política econêmica em que prevaleceo monctarismo, c que isso desestimula os segmentos produtivos a arriscarem novos investimentos para aumentar
a produção. V. Ex' também coloca o fato de que é preciso que o nosso Presidente ouça mais a sociedade brasileira, através das suas lideranças, do Congresso Nacional,
das Assembléias Legislativas, enfim, de todas as instituições que realmente representem os anseios do povo, Adecisão do Presidente Figueiredo de atender às reivindicações e sugestões propostas pela classe política, quetransformaram o Decreto-lei n? 2.064 no de n? 2.065. dános o alento de que realmente o Governo brasileiro, oExecutivo, passa a olhar com mais atenção a caixa deressonáncia da Naçào brasileira, que é o Congresso Nacional. Congratulo-me com V. Ex' e estimo que este pronunciamento chegue, com a devida intensidade, ao conhecimento das autoridades do Poder Executivo. principalmente, às da política econômica. Muito obrigado.
o SR. WOLNEY SIQUEIRA - Agradeço a V. Ex' oaparte.
Continuo. Sr. Presidente.Esse trabalho, eminentemente pulítico, somente pela
classe política pode ser elaborado: e nào O será por umou outro representante desse segmento. já que representauma tarefa fluida. incorpórea: tal tarefa emergirá involuntariamente da prática do diálogo, .do entendimento~
do consenso. .
Não nos esqueçamos de que já atravessamos o limiardos entendimentos nec~ssários à próxima sucessão presidencial. fato que. por si só, já representa um complicador à análise lúcida e fria da realidade econômica e social. Vivemos dois momentos de extrema gravidade: aimersão do País em uma crise econômica sem precedentes c a proximidade de uma sucessão que, tanto quantoas anteriores, se mostra delicada, exigente de atitudes
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cautelosas para um andamento o menos traumatizantepossível.
Nesse contexto, já por si só complexo, emerge umaquestão da mais alta relevância, no aspecto mais práticoda encruzilhada econômica em que nos encontramos:
como enfrentar as negociações em torno do reesealonamento da dívida externa brasileira? As dúvidas referentesa esse problema são muitas e somente poderão ser solucionadas mediante a implementação do diálogo, da trocade idéias c do eotcjo de convicções: ficou para trás o tempo em que a tranqüilidade das relações econômicas internacionais possibilitava a decisão centralizada no âmbitodo Executivo: vemos hoje, claramente, que, entre as diversas nações que encontram os mesmos obstáculos queO Brasil, sobressaem-se aquelas cujas instituições permitem a participação popular na determinação de objetivos, na fixação de metas e programas tendentes a contornar as dificuldades criadas por uma nova realidade nunca antes experimentada: por outro lado, fracassam aquelas que buscam no isolamcnto da tomada de decisões ocaminho para o fim do túnel.
o Sr. Mário Frota - Permite-me V. Ex' um aparte?
o SR, WOLNEY SIQUEIRA - Pois não, desde queseja breve.
o Sr. Mário Frota - Dcputado Wolney Siqucira, odiscurso de V. Ex', esta tarde, é dos melhores já pronunciados nesta Casa ultimamente. Em razão disso, emnome da bancada (lo PMDB, da qual hoje aqui estou nacondição de Líder, quero parabenizá-lo por tão excelente'pronunciamento. Há poucos minutos aparteei V. Ex'. econfesso que o meu aparte foi um tanto duro, até ásperonão contra V. Ex', mas contra o Governo ao qual infelizmente V. Ex' serve. Meus parabéns pelo excelente pronunciamento.
o SR. WOLNEY SIQUEIRA - Obrigado.A aberturas política preconizada pelo Prcsidcnte da
República produziu magníficos resultados. dignos delouvor e que honram a atuação do Chefe do ExecutivoFederal ao longo desses quatro anos de mandato: entretanto, a realidade econômica demonstra ser imperativa aextensão dessa abertura para o campo concreto das decisõ~s específicas da área fi nanceira, da determinação dasquotas dc sacrifício necessárias para que vençamos odifícil momento presente.
Assistimos a seguidas e veemente manifestações públicas do Presidente João Figueiredo em defesa de sua con·vicção democrática, e é precisamente essa benéfica obstinação que nos leva a conferir-lhe um voto de confiança,certo de que, diante da magnitude dos problemas que enfrentamos, saberá valorizar na exata medida a necessida·de de estender ao Congresso Nacional a possibilidade dediscutir e influir no processo decisório das soluções desejadas. nunca para satisfazer vaidades pessoais. mas paravaler-se de eficiente meeanísmo de diálogo, de percepçãoda sensibilidade nacional, de consulta do ânimo da sociedade, de construção de um ambiente do qual resulte oconsenso, caminho (mico através do qual encontramossoluções adequadas para levar a Nação de volta à scnda
segura do progresso e do bem-estar social. (Palmas.)
o SR. MÁRIO JURUNA (PDT - RJ. Sem rcvisãodo orador.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, tenhomuita honra c muito prazer em ocupar mais uma vez atribuna desta Casa, onde anunciamos e debatcmos osproblemas do povo. Quero lembrar um pouco sobre minha vida. de onde é que vem a civilização do brasileiro.Sou um homem criado no sertão. onde existe a civilização pura, onde existe o ser humano puro, sem fazer nenhuma malícia com ninguém. E aqui chego peja primeira
vez. FuI eleito pelos companheiros cariocas, ou seja, peloRio de Janeiro. Eu encontrei muita coisa em jogo aquina Câmara dos Deputados. na civilização brasileira, civi-
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lização que nilo é da gente. Então. encontrei o homemcriado no escritório. o homem criado dentro do apartamento. Eu venho como outra pessoa, de outro lado,onde a gente se cria sem encontrar nenhuma malícia. Euaprendi muita coisa aqui, e pensava que a vida era muito
fácil e muito "imples, mas não tem nada fácil nem simples. Aqui. no dia em que aconteceu o fato sobre a minhacassação, sobre uma calúnia e sobre li inveja... Pareceque o brasileiro quer mudar a nossa liberdade, pareceque o brasileiro quer usar o mesmo barco onde estamosafundando, parece que o brasileiro ainda quer achar liberdade. O brasileiro quer é sofrer. Isso é o que o brasileiro quer. Sou brasileiro autêntico, sou brasileiro - jádisse várias vezes - que nasceu aqui. Os meus avós fo~
ram expulsos daqui, os meus tataravás foram expulsosdaqui. Sou o brasileiro mais pobre que existe aqui juntocom os companheiros Deputados e que, com vários companheiros, fui eleito pelo povo. Eu sou o único índio queocupa a tribuna. e pela primeira vez ganhei eleição noRio de Janeiro, ainda que o "diabo" queira me tirar forada liderança e ainda que venha calúnia contra o Deputado Mário Juruna.
Eu não disse que sou contra o povo. Eu sou a favor dopovo. mas sou contra o esquema do branco, sou contra aroubalheira do branco. Eu sou contra isso. Mas não soucontra a liberdade. Se o Governo quiser criar liberdadepara o povo, estou pronto para apoiar o Governo Federal. Se o Governo quiser fazer reforma agrária. dividirterra para o povo brasileiro, estou pronto para assumir edar apoio ao Governo brasileiro. Mas desse jeito, o Governo afundando nosso Brasil, não posso apoiar, nãoposso aceitar. Não aceito e não quero entender nada.Porque aqui não é País de criança. não é País da brincadeira.
Aqui vou cumprir a minha obrigação, vou cumprir aminha missão. Estou falando do sentimento do povo. Jádisoe. aqui na Câmara, que incomodo as autoridades.Quando assumi o poder - e eu mandei mensagem vim aqui para incomodar muita gente. Não vim aquipara puxar saco de todo mundo. Vim aqui para defendero meu povo, a minha gente. O meu povo indígena.
Aqui. não está vivo. no Brasil...Somos injustiçados e somos sacrificados até agora. O
branco não quer reconhecer que índio ê gente. que índioé ser humano. lndio ê reconhecido como objeto. comoinstrumento. O branco é mais importante do quc índio.Parece que índio não é ser h umano. Parece que o negro ea mulher não são seres humanos. Todos nós somos sereshumanos.
Em primeiro lugar, o índio autêntico é dono do património, o índio é dono do Brasíl. Aqni, terra foi tomadapelo branco. O índio foi roubado pelo branco. Não éíndio que está roubando do branco. O branco está roubando do índio. O branco está roubando a terra doíndio. O índio não está roubando a terra do branco. Euquero que companheiros, eu quero que cada um quepensa direito c compreende... E nós devemos assumir. ..
o Sr. Wildy Vianna - Deputado Juruna, concede-meV, Ex~ um aparte'?
o SR. MÁRIO JURUNA - Muito prazer. companheiro.
o Sr. Wildy Vianna - Nobre Deputado. V. Ex' ocupahoje, pela segunda vez. o Grande Expediente desta Casa.Veríficamos, no início de seu pronunciamento. o racioCÍnio perfeito a respeito do que 1: o índio bra"i1eiro que V.Ex' procura externar. E nós, que também somos indios.porque índio é todo brasileiro. sentimo-nos no dever de,nesta hora - e o fazemos com satisfação - buscando,sem sombra de dúvida, registrar o nosso apreço, a nossasimpatia, o nosso apoio ao pensamento e ao desejo de V.Ex'. quc. vindo lá de Barra do Garças. do Mato Grosso,embora eleito pelos cariocas, procura não trair :;;uas tra-
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diçiies, as tradições do índio brasileiro, do mato
grossense. Reigistramo" aqui a nossa admiração. hojemais do que nas vezes antcriores, porque V. Ex'. agorajáum pouco mais vivido nesta Casa, procura defender e externar os seus sentimentos com respeit.o à autoridadeconstituída. sem se afastar das restrições, das críticas,que bem merecem - e faço justiça. aqui. solidarizandome com V. Ex' - pelos erros cometidos neste País, que,originariamente indígena, nem sempre se tem mantidosolidário na defesa da grande raça, da grande classe indígena, do brasileiro nato. Cumprimento-o e solidarizo-mecom V. Ex~ pelas suas palavras.
o SR. MÁRIO JURlINA - Agradeço a palavra aonosso companheiro. Eu reconheço que todos nós somosíndios, até americano, até espanhol. até inglés. Mas eutenho obrigação de considerar uma tribo de índios. Háuma parte que eu também compreendo. Eu, a minhagente. nós falamos bastante do problema, do direito doser humano, do direito do índio, do direito da mulher,do direito do povo.
Até hoje eu não acredito muíto em político, até hoje eunilo acredito muito na palavra de autoridade. Nós recebemos a palavra da autoridade. Parece que nós engolímos o Netto. Mas a palavra não existe.
Aqui precisa homem, precisa Presidente do povo para
levar mais a sério o direito do povo. Porquc, se O Pres;d~nte quiser assumir, aí Brasil mudará. Como o Presidente nõo ê homem de todo o País. toda gente vai fazerbrincadeira a vida inteira. A gente não pode é brincarcom o povo, a gente não pode fazer brincadeira com opovo. Porque O Brasil tem que ser sério. O ser humano, obrasileiro tcm que ficar mais sério. Porque aqui ninguémpode brincar.
Eu sou homem que pensa que minha Pátria. minhagente. meu povo. o Brasil não precisa ter miséria, nãoprecisa ter fome, não precisa ter injustiça, não precisa terexpulso. E quantas vezes eu ando num avião ajato e vejosertão, eu vejo tamanho Brasil, onde ainda existe fome.E não pode ter.
o Sr. Alcides Lima - Nobre Deputado Mário Juruna, congratulo-me com V. Ex', não apenas pelo pronunciamento que faz hoje nesta Casa, mas por tudo o que re
presenta para n Brasil e para as comunidades indígenasbrasileiras. Tenho acompanhado o trabalho de V. Ex' e,após a criação da Comissão do lndio, da qual fazemosparte. tenho veril1cando a seriedade, a preocupação deV. Ex' com relação aos problemas das comunidadesindígenas brasileiras. Devo dizer que V. Ex' tem sido umrepresentante digno, autêntico, sério e responsável. Paramim. V. Ex' personifica sobremaneira o sentimento e aalma do índio brasileiro. não só pelos seus traços, peloseu estereótipo, mas pela garra e pelo amor com que sededica ao seu trabalho em favor das comunidades indígenas. Nas minhas veias correm os sangues macuxi e uapichana, das grandes tribos do Território de Roraíma.Tenho aprendido a amá-la" mais ainda no conviviadiário que tenho tido a felicidade de ter com V. Ex', notrabalho na nossa Comissão do lndio. Congratulo-me,pois. com V. Ex lt
O SR. MÁRIO JURlINA - Agradeço, companheiro.Eu queria saber dos companheiros. dos Deputados, de
V. Ex~, Sr. Presidente, queria perguntar a nossos companheiros quando que a gente vai mudar o Brasil. Deputado assume compromisso com povo para fazcr reformaagrítria. Quando que o povo vai buscar líberdade atravésdo Deputado na Câmara Federal'? Quando o brasileironão vai mais pedir dinheiro emprestado? E quando que opovo vai fechar esta dívida interna? Eu não sei se é todobrasileiro que aceita que a gente continue pedindo dinheiro sem necessidade. É que o Brasil ê terra muito rica.O Brasil. o brasileiro não precisa pedir dinheiro emprestado a ninguém. Quem é aleijado, então, pode pedir em-
Novembro de 1983
prestado dinheiro. pode pedir mora. Não está chovendo.O povo está vivendo à custa do estrangeiro. O povo estámorrendo de fome. Este dinheiro não é do povo, não.Este pedido de dinheiro é que tem que acabar. O Governo está pedindo dinheiro emprestado sem necessidade.Eu nào sei quem é culpado por esse dinheiro que o governo estrangeiro manda para o Brasil. Eu nuo sei se éculpado o FMI. se é culpado o Planejamento. o Ministério do Interior. Algum Ministério está resolvendo porbaixo do pano, fazendo negócio com estrangeiro.
A Cámara dos Deputados. os Deputados não têm poder. A Cámara nào assume compromisso com o povo.Onde nós estamos chegando" Para onde nós estamos caminhando'! Se hrasileiro não tem vergonha na cara, brasileiro vai continuar sempre vivendo à custa do estrangeiro. Quando que' o brasHeiro vai ser independente,quando é que o brasileiro vai lomar seu poder'? Pareceque o Brasil é nomeado pelo estrangeiro. Parece que agente canta no 7 de setembro. faz homenagem dia 7 desetembro sem necessidade. E por que a gente canta dia 7de setembro? O Brasil não é nosso. O BrasH não ê do povo: é do FMI. Dia 7 de setembro o FMI tem que cantar.no dia da Independência. para lá: aqui. não. aqui não sepode, porque o Brasil não é nosso. Então, o povo brasileiro tem que entender isso.
Eu estou lutando. o Deputado Juruna está lutandopara conseguir que o Brasil passe para o povo. O povoquer viver independente. O Brasil é nosso, é do povo, édo trabalhador, do camponês, do garimpeiro. Este Brasil
é nosso.Agora, dia 7 de setemhro. lodo mundo. criança. ho
mem, até adulto, vai chegar e cantar, no dia da Independéncia. Cantar o qué? O que o brasileiro aprende com isso? Não entendo o problema dos companheiros. que nãopodem dividir o tempo. que obedecem a muitas leis. também. Não estou aqui para obcdecer lei. Eu obcdeço sofrimento do povo, injustiça do povo. Venho uqui paratratar. para discutir a pobreza. o sofrimento, a injustiçado povo. Não quero aprender Regimento. Não queroaprender nada. Já conheçn 11 sofrimento. a fome. O queadianta estudar para ser advogado, para ser juiz? Vouaprender o quc. nas lctras? Vou representar o qué? Vouaprcnder com os juízes. com os advogados. só para roubar 11 dinhciro do povo. só para roubar o dinhcir~ daNação, só para enganar a Naçilo. É preciso haver juízesmuito sérios. advogados, autoridades muito sérias. Paramim não tem nenhuma séria. Parece tudo piada. Enganam o povo. e por isso o Brasil está deste jeito. No BrasH, acompanhado dc homens sérios. talvez já tivesse mudado tudo. mas infelizmente está difícil. Está difícil que opovo assuma.
Ouço o companheiro.
o Sr. Márcio Santilli - Nobre Deputado Mário Juruna. o discurso quc V. Ex' prolerc provoca uma qw,stão:o que significa ser um bom Deputado, um bom parlamentar? Para muitos. basta ser alguém que fale bonito,que se expresse bem; para outros, é o parlamentar assiduo, que comparece às sessõe8, que participa dos trabalhos da Casa. Mas, na verdade. o bom Deputado é aquele que é capaz de exercer aqui dentro uma real representação. E V. Ex', nobre Deputado Mário Juruna, trouxc aesta Casa Urna real representação. V. Ex' empresta a estaCasa o caráter de órgão de representação de uma sociedade plurinacional. composta por aqueles quc normalmente chamamos de brasileiros e por aquelas muitasnações que, mais brasileiras do que nós. tém sido esquecidas historicamente na política brasileira. Mas creio queo valor de V. Ex' vai além disso, porque. além de representante das minorias indígenas do nosso País. V. Ex\!tcm sabido interpretar. nesta Casa. os anseios legítimos,as necessidades e as carências das maiorias que compõem a população brasileira. V. Ex' tem-se pronunciadoa favor do, pobres. dos posseiros, dos favelados, dos desprotegidos. aqueles que ao lado das nações indígenas,
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
compõem a imensa minoria esquecida. abandonada c espoliada deste imenso Brasil. Quero dizer quc para nós V.Ex' expressa aquilo que pode havcr de melhor num Parlamento c num representante do povo brasileiro no Congresso Nacional. V. Ex' tem sabido interpretar, à suamancira, diretamcnte. de forma simples e objctiva. aquilo que interessa à Nação brasileira e aquilo que há demais significativo na nossa História e na nossa tradição
politica. como bem acaba de lembrar. quando se refereàs comemorações da nossa Indcpendência. DcputadolVIário Juruna, cassar o mandato dc V.·Ex' reprcsentariacassar esta Casa, significaria ignorar o real papel de umparlamentar. que é o dc rcprcsentar alguma coisa aquidentro e o de interpretar os anseios. que f1ào majoriLírios. da Nação brasileira. Meus parabéns, minha solidariedade, e continue assim, orientando-nos emostrando-nos o real caminho de uma representaçãolegítima. Muito obrigado.
O SR. MÁRIO .IlIRUNA - Agrade.;o ao companheiro.
Eu não pude aprender muito melhor. como os várioscompanheiros quc falam muito bem. perteito, ou falammuito justo. E não pud'c aprender muito bcm. paraacompanhar todo político. Infelizmente. não fui criadoaqui. já disse: fui criado no sertão. Mas não faz mal tamhém, A minha consciência, o meu pensamento estão legal. Não adianta fazer mais nada: nem muita leitura,também. nem falar mais. Quem fala menos fala melhor.
o Quem fala muito'não vai adiantar nada.
o Sr, Mário Frota - Permitc-me V. Ex' um aparte'?
o SR. MÁRIO JURUNA - Quero mudar a minhapalavra. agora para o problema da eleição.
Então. o povo está querendo eleição para poder mudar Presidente da República. Ainda não me respondeunada. ainda não disse nada. Não sei sc o civil vai ser ame:)ma coisa que o militar. O militar já foi pior contra ocivil. E nào sei se vamo~ mudar o Brasil.
Quero que o Presidente da República dê eleição direta.Quero que o civil se prepare e que nào vá acontece.r maisnada como cstá acontecendo hoje. Não posso acrcditarmuito no político. porque político é a mesma coisa, écomó civil e como militar. Não tem político melhor. paramim. porque o político é como o militar e o civil. e ninguém vai mudar nada. O O'overno Federal já dei'(Oueleição direta para cada Estado. Governador foí eleitopelo povo. Quantas vezes Governador já virou as costas.C não quer mais falar com companheiro Dcputado. Ogovernador está vivendo cnjaulado e não comunicà nadapara nós. Depois, o Prcsidentc da Rcpública Não sei,sempre disse. não sei se vai continuar sempre E a gr,;ntetira. para depois levar para o depllsito: para guardar nodepósito...
Entào. eu estou coá) vocês, companheiros. porque nãoespero injustiça gravc contra o povo. Eu não cspero injustiça contra a nação indígena e contra a reserva. Eunão espero nada. Quero que a política mude no total, aolado da libcrdade. ao lado do ser human'o, ao lado dà fe
licidade. Isso eu quero. Mas não quero que o Brasil continue. como está acontecendo hoje. a pagar dívida. E ocivil vai qucrer manchar a dívida. Então. cu não queromais nada. cu não aceito. Quero que os companheiros.que a gente se prepare para poder assumir o poder, on05.'0 Brasil.
Tem aparte V. Ex'
O Sr. Mário Frota -. N obre Deputado Mário Jliruna,ouvimos V. Ex g com muita atençào nesta tarde. Em verdade. o problema não é o Prcsidente da R~pública ser civil ou militar: o importante é ele ter legitimidade. é sereleito pelo povo: ê o povo coloeá-Io no Palácio do Planalto. É isso, em verdade, o qllc queremos hoje. Ser oPresidente civil ou militar, niiô nos interessa: o impor-
Terça-feira l' 11843
tante é a forma como ele vai scr levado ao poder. Tivemos. neste Pais. Presidentcs militares que foram grandcscivilistas. Podemos citar o Presidente Dutra. quc governou com a Constituição debaixo do braço. E tivcmosPresidentes civis que foram ditadores da pior qualidade,que até não se importavam com a Constituição nem comas leis. Por essa razão. militar e civil, se querem se elegerpara algum cargo neste País, que procurem os partidospolíticos e disputem como V. Ex' disputou, no R,io de Janeiro. o voto do povo, nas praças públicas. pela televi·são, pelo rádio. Isto. sim, é o que nós queremos e o qucV. Ex' descja. Civil ou militar. não interessa à Nação. Omilitar é o eidadão fardado. São cidadãos a quem pagamos. para que usem nossas armas - as quais infelizmente muitas vezes sào apontadas para o povo. No entanto,se algum militar quiser se eleger, que procure um partidopolítico. V. Ex' profere um excelente discurso. Em nomcda Liderança do PM D B. parabenizo V. Ex' pela performance e pelo discurso que pronuncia na tarde de hoje.
O SR. MÁRIO JllRUNA - Muito obrigado. companheiro.
Importante não é ser político. Importante é que essehomem tenha sabedoria para atender povo brasileiro.povo que ama o Brasil, autoridades q1)e amam povo brasHeiro. que estará pronto para apoiar nosso candidato.
O Sr, João Batista Fagundes - Permite V. Ex' umaparte'?
O SR. MÁRIO .IURUNA - Deputado João Batista,recehi comunicação d~ nosso Presidente de que O meutempo está e·sgotado. Não faltará outra oportunidadepara a gentc falar bastante e trocar idéias eom os nossoscompanheiros.
Agora. qucro agradecer ao companheiro FlávioMarcílio, que é homem sério, que é homem capacitado.que assumiu compromisso com Deputado eleito pelopovo brasilciro. Então. quero continuar com FlávioMarcilio. que tinha colocado esteio aqui dentro da Casa~ assumiu com :;;eriedadt:: ao lado do companheiro. doparlamentar.
Cada um de nós vai pensar direitinho. até 1986, emquem vai ser Presidente da República. se vai ser homemdo rOV~). Se n~10 for do povo, a gente vai .sofrer t;empre.
Muito obrigado, companheiros. (Palmas.)
ANEXO AO DISCURSO DO DEPUTADO MÁRIO
JURUNA
Brasília. 31 de outubro de 1983.Sr. Presidente, ST'. Deputados, sou indido Xavante.
nascido às margens do rio Couto Magalhães. no Estadode Mato Grosso. Quando menino. meu povo foi atacadopor expedições armadas, onde por vários anos. vi meusirmüos morrerem vitimados pela carabina do homem
branco. pelas doenças estranhas que trouxeram as roupas contaminadas. jogadas de aviào sobre minha aldeia,
Vi meus pais procurarem o contato pacífico com o ho
mem branco, como única solução para evitar o extermÍnio de minha tribo.
Cresci c mais tarde lutei para ser cacique de minha aldeia. Como cacique. governei meu povo como manda atradícão de minha tribo: respeitar o direito do próximo,defendcr'meu tcrritório. defender minha tribo contra asdoenças. contra a fome e contra os maus costumes dohomem branco.
Aprendi, como cacique, que aquele que deveria sermeu protetor - a FUNAI - desrespeitava nossa lei tribal e não cumpria ti lei do branco. Fazia promessas queem seguida se esquecia. P8'isei a trazer comigo um gravador como única ílrma contra as promessas mentirosasdas autoridades.
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Fiquei, então. conhecido nacionalmente comO o cacique do gravador,'para quem uma palavra, uma promessa. uma mentira, poderia custar sua desmoralizaçãopúhlica.
Percehi que os mentirosos se afastaram de mim e tivepoucos amigos.'
A FUNAI me perseguiu. tentando de todas as formaspossíveis e imágintíveis me destituir da liderança e jogarme na desmo'ra!ização perante minha iribo.
Os fazendeiros que queriam minha terra, passaram ase organizar' para tentar pôr fim à minha vida. Resisti de
(odas as maileiras com coragem e apoio de minha tribo ede meus amigos. Viajei todo o Brasil, denunciando a situação injusta e desumana em que vivem os índios. Fuipara o exterior, presidir o Tribunal Russell. contra avontade do Governo brasileiro. dando continuidade àminha luta em defesa de meus irmãos índios.
Quando deixei minha tribo, em 1980. sabia que jamaispoderia ter um lugar na FUNAI para defender o meupuvo. Pensei, então, em ser Deputado e assim ler a chan
ce de lutar, de forma independente. por dias melhorespara as nações indígenas.
Fui para o Rio de Janeiro, candidatei-me e agradeçoaos cariocas a oportunidade que me concederam.
Já eleito, vim para Brasília. Abri meu gabinete e minha vida para defesa daqueles menos favorecidos que,como o índio. tém seus direitos usurpados. Meu gabíneLetodos os dias eSLá aberto a partir das 7:00 horas. fechando por volta das 21:00 horas.
Receho aproximadamente 40 pessoas por dia e quaseuma centena de cartas e telegramas por semana, vindosck todos as partes do Brasil. As pessoas que me procoram no gabinete são os desempregados, os oprimidos. ospais de família que levam seus filhos doentes e chorampor um prato de comida.
Recebo visitas e Lelefonemas de índios de todas as re,'Ioes do País, que trazem notícias de que suas terras estão invadidas, seus direitos estão sendo violados e que af-UNAI. como sempre. sequer lhes dá ouvido.
Tenho procurado fazer o possível para aproveitar bemminila condição de DepuLado.
Já visitei, elll audiência. todos os Minist;os com exces
são da Marinha, ExérciLo e Aeronáutica - levando denúncias c apresentando soluções. Visitei. por último, oPresidente da República. Levei comigo as ansiedades dopovo sofrido e perseguido. Fui ouvido, mas até hoje nãofui atendido.
Já fiz vários discursos da tribuna desta Câmara dosDeputados, denunciando principalmente as injustiçasque todo dia se comete contra o índio.
No dia 26 de setembro, ocupei maís uma vez esLa tribuna para denunciar a questão gravíssima dos índíos Pataxó, no sul da Bahia. Estes índios, que estão sem terra esendo vítimas da violênc.;ia suprema que caracteriza a situação do índio no Brasil. haviam retomado uma áreaqllC por lei e por díreito lhes pertence. Mas a FUNAI,com aJuda da Polícia Federal e Militar, desalojou maisuma vez. de forma repugnante e desumana estes índiosde suas terras. A forma como isso foi feito é inadmissível( inacreditável. A polícia, no auge da violência, recebeuordens superiores de atin.lf contra aqueles que resistis... cm.
'\lo mcu discurso, feito de improviso e com as naturaisdificuldadcs que tenho com a língua portuguesa. chamei"s autoridades " responsahilidade. Manifestei o meu re·púdio pela forma com que o Poder trata a pessoa doindio. do posst:iro e do camponês.
Por minhas declarações. 22 Ministros deste Governo.ll·nl~lr<.lrn cassar o meu mandato.
Enquanto" Nação se curva diante da fome, da falLa deemprego. de moradia, da falta de saúde e de escola. oCi()n~rno Federal não toma providência para resolver est,'..... prohkmas.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seç~o I)
opovo desta Nação não agUenta mais ser espoliadopor uma política econômica que não entende e que estápovoada por denúncias jamais apuradas como RIOCENTRO. CAPEMI, TUCURU1, DELFIN, COROABkASTEL. POLONETAS. TORRES DE TRANSMISSÃO. RELATÓRIO SARAIVA e outros que o povo tãohem conhece.
Na minha tribo, como já disse. o cacique, a autoridademáxima. é o responsável pelo bem-estar do seu povo.
No meu País. com tantas riquezas, com tanta terra. e oque vemos no entanto" Meia dúzia passando bem e o resto na mais absoluta miséria.
No meu ponto de vista, os governantes são responsáveis pelo hem-estar de todos. Quando chegam ao meugabinete centenas de pessoas privadas do mínimo necessário para sua sobrevivência, D que posso deduzir é sim
ples e óhvio: existem pessoas tirando dos outros não só asua comida e seu conforto. muito mais que isso. tirandoseu direito supremo de poder viver dignamente.
Estive duas vezes no nordeste e o que vi e presenciei,superei qualquer espectativa e concepção de miséria,onde morrer não é problema. mas viver, isso sim é umgrande problema. Talvez sejamos o único país do mundoem que existe esta pecularidade: as pessoas pedem paramorrer. porque isso é uma grande solução.
•Quando os governantes ficaram sahendo que fui eleito. declararam que o povo não sabe votar. porque ha~
viam eleiLo um "exótico de Langa". Respondi que vinhapara incomodar.
Os direitos e prerrogativas que tenho usado, sào aqueles normais de um Deputado preocupado com a situaçãodo povo de seu País. Não sei se posso dizer o mesmo das
pessoas que esLão no Governo.
As denúncias de corrupção estão estampadas todos osdias nos jornais do Brasil. Se essas denúncias recaemsohre o Poder Executivo, cabe li eles apurá-Ias e provarque SLtO infundadas, o que. lamentavelmente, não ocor~
reu,
A minha posição como Deputado Federal, refiete a indignação de milhares de brasileiros. Não posso, portanto. me calar diante do momento sombrio que o Brasilatravessa, sob pena de trair aqueles que depositaram suaconfiança em mim, através do voto. Daí emendo que oacontecimento que me envolveu em fLns de setembro.nào significa afronta alguma a quem quer que seja, masuma contribuição que presto, como representante popular para o restabelecimento da democrucia e paru garan
til'" honra da Nação.
Pelo exposto, podemos concluir que, de certa forma. énalmal e compreensível quc provoco a ira dos governantes, com meus discursos desta tribuna: venho do mato econvivo com pessoas que nunca chegaram ú ante-sala deum Ministério; aqueles que sentiram-se ofendidõs comminhas palavras, nasceram nos berços da Revolução de64 e convivem e usufruem desLe poder minoritário e aUtoritário que aí está a quase vinte anos.
O que falo 'é o sentimento do índio, é o retrato da vidado índio. Enquanto estiver vivo, jamais calarei a minhahoca diante tia injustiça, do rouho e sempre vou incomodar os ladrões.
Finalmente'desejo agradecer ã Mesa desta Casa, especialmente o Presidente desLa Câmara. que sempre temprocurado me ajudar. Agradeço também a todos companheiros Deputados que não cederam diante das pressõesdo Executivo.
Mas de maneira especial quero apresentar u minha
gratidão às eptidades e pessoas 4u~ ti:rn. nos mornenlosdifíceis de minha vida, telefonado ou mandado cartas deapoio e de solidariedade com minha luta.
Mário Juruoa Deputado Federal
Novembro de 1983
o SR, PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Está findo otempo destinado ao Expediente
Vai-se passar à Ordem do Dia.
COMPARECEM MAIS OS SRS:
Amazonas
José Fernandes - PDS: Randolfo Bitlencourt PMDB: Vivaldo Frota - PDS.
Pará
Sebastião Curió - PDS.
Maranhão
João Alberto de Souza - PDS.
Piauí
José Luiz Maia - PDS.
Ceará
Lúcio Alcântara - PDS: Manuel Viana- PMDB.
Paraíba
João Agripino - PMDB.
Pernambuco
Arnaldo Maciel - PMDB: Jarbas Vasconcelos PMDB.
Alagoas
Geraldo Bulhões - PDS.
Sergipe
José Carlos Teixeira ~ PMDB.
Bahia
Domingos Leone11i - PMDB: Eraldo Tinoco - PDS:Gorgônio Neto - PDS: Haroldo Lima - P\!DB: I-!oriLeio Matos - PDS: Raul Ferraz - PDS.
Rio de Janeiro
Denisar Arneiro - PMDB; Simão Sessim - PDS.
Minas Gerais
Homero Santos - PDS: Paulino Cicero de Vasconcellos - PDS.
São Paulo
Darcy Passos - PMDB: Irma Passoni - PT: M"rcioSantilli - PMDB: Ruy Códo - PMDB.
Goiás
Ibsen de Castro - PDS: Juarez Bernardes - PM DB.
Maio Grosso
Milton Figueiredo - PMDB.
Paraná
[talo Conti - PDS,
Santa Catarina
João Paganella - PDS.
Rio Grande do Sul
Guido Moesch - PDS: Paulo Mincarone - PMDB.
Novembro de 1983
VI - ORDEM DO DIA
o SR. PRESID ENTE (Ary Kffuri) - A lista de presença acusa o comparecimento de 182 Srs. Deputados.
Os Senhores Deputado,; que tenham proposições aapresentar poderão faze-lo.
o SR. WILMAR PALLIS - Projeto de lei que acrescenta parágrafo ao art. 69 do Estatuto dos FuncionáriosPúblicos.
O SR. SÊRGIO CRUZ - Requerimento à Mesa solicitando a realização de Sessão Especial comemorativa aoDia da Bandeira. a efetivar-se no próximo dia 18 de novembro.
O SR. PAULO MARQUES - Projeto de lei que dánova redação ao art. 5º da Lei n' 6.226, de 14 de julho de1975, que dispõe sobre a contagem reciproca de tempode serviço público federal e atividade privada, para efeitode aposentadoria, e dá outras providências.
O SR. RAYMUNDO AS FORA - Projeto de lei quedispõe sobre a emissão de uma série de selos comemorativa do IV Centenário de Fundação do Estado da Paraíba.
O SR. MÂRCIO SANTILLI - Projeto de lei que dispõe sobre o Sistema de Previdência e Assistência Socialdestinados aos trabalhadores rurais e dá outras providências.
O SR. RENAN CALHEIROS - Projeto de lei querevoga a Lci nº 6.620, de 17 de dezembro dc 1978 - Leide Segurança Nacional.
O SR. RANDOLFO BITTENCOURT - Projeto delei que exclui dentre os considerados de interesse da scgurança nacional o Município de Ipixuna, no Estado doAmazonas.
- Projeto de lei considera as despesas realizadascom água e luz, pela pessoa física. como parcclas dcdutíveis para o cálculo do Imposto de Renda.
O SR. OSWALDO LIMA FILHO - Projeto de leique dispõe sobre a emissão de uma série especial de selos, em homenagem ao jurista e pensador político Alberto Torrcs.
O SR. JOÃO FAUSTINO - Requerimento de convocação do Sr. Ministro do Interior, a fim de prestar esc1arccimentos sobre as medidas a serem adotadas objetivando solucionar de forma definitiva os graves problemas do No rdeste.
_ Requerimento de convocaçllO do Sr. Ministro Chefeda Secretaria de Planejamento, a fim de prestar esclarecimento sobre as medidas a serem adotadas objetivandosolucionar de forma definitiva os graves problemas doNordeste.
O SR. FRANCISCO DIAS - Projeto dc Ici que fixaos critérios para o rejuste das anuidades escolares.
O SR. FRANCISCO AMARAL - Projeto de lei quedispõc sobre a fixação de prazo, após o qual os ocupantes de cargos públicos da úrea econômico-financeira estarão desincompatibilizados para o exercício de cargosde direção em instituições financeiras privadas.
O SR. RUY CODO - Projeto de lei que permite ouso do gás metano nos táxis c transportes coletivos.
O SR. FLORICENO PAIXÃO - Projeto de lei queinstitui os adicionais por tempo de serviço c licençaprémio aos empregados sujeitos à Consolidação das Leisdo Trabalho.
O SR. ARY KFFURI - Projeto de lei que institui oDia da Solidariedade ao povo libanês e dá outras proviências.
O SR. JOSÊ CARLOS TEIXEIRA - Projeto de leique altera dispositivo da Lei n' 6.686. de 11 de setembrode 1979, e dá outras providências.
O SR. PRESIDENTE (Ar}' Kffuri) - Nos termos do
urtigo 86, ~ 3". do Regimento Interno. convoco a Câmarados D~rutadüs para uma Ses~?i.n Extranrdin;}ria l\4atufi-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
na. amanhã, às 9 horus. destinada a trabalho das Comissôes.
o SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - A Mesa dá aosSrs. Deputados, ciência do oficio do Sr. Senador MoaevrDalla. nos seguintcs termos: •CNj131
Em 31 de outubro de 1983.A Sua Excelência o Seohor Deputado Flávio MardlioPresidente da Cámara dos Deputados
Senhor PresidenteComunico a V. EX,l e, por seu alto intermédio. à Cà
mara dos Deputados que esta Presidência convocou sessão conjunta. a realizar-se hoje. às 18:30 horas, no Plenário dessa Casa, destinada à leitura das i\i[ensagens n~s
130 e 131. de 1983-CN. referentes. respectivamente. aosDecretos-leis nOs 2.064 e 2.065. de 1983.
Aproveito a oportunidade para renovar a V. Ex' osprotestos de alta estima e distintc: consideração.
Senador Moaeyr DaIla, I'-Vice-Presidente no dxereício da Presidência.
O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Vai-se paSSltr àvotação da matéria que está sobre a Mesa e a eonstanteda Ordem do Dia.
O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) -
Votação. em discussão única. do Projeto de Lei n'1.659-A. de 1983, que dispõe sobre a escolha de dirigentes de fundações de ensino superior c dá outrasprovidências; tendo pareceres: da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade. juridicidadc e técnica legislativa: e. da Comissão deEducação c Cultura. pcla aprovaçào. com Substitutivo, Com voto em separado do Sr. Rômulo Galvão.(Do Poder Executivo.) - Relatores: Srs. NilsonGibson e Wall Ferraz.
Adiada a votação por falta de quorum
O SR. PRESIDENTE (Ary KITuri) -
Votaçüo. em discussuo única. do Projeto de Decreto Legislativo n" 38-A. de 1983, que aprova o texto do Convénio Multilateral sobre Cooper~çào eAssistência Mútua entre as Direções Nacionais deAduanas (incluídos os anexos. I, V e X11I), celebrado na cidade: do fvléxico: tendo p~treceres: da Comis::iào de Constituição e JustiGtl. peb constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa: e, da Comissão de Economia. [ndListria e Comércio. pcla aprovação. (Da Comiss:lü de Relações Exteriores.) Relatores: Srs. José Rib:.lmar ivlachado. l'.JibonGibson e José Thomaz Nonô.
Adiada votaçào por falta de quorum
O SR. PRESIDENTE (Ary KITuri) -
Votação do Parecer n9 2, de 19R3. que opina, arespeito do Ofício GP-0-1.926!8.1, dQ Sr. Presidenteda Câmara, pela alteração do número de membrosdas CP!'s dn "Dívida Extcrna" e do "Grupo De1fin", entendendo. em conseqüência, como prejudicado o requerimento deferido pela Presidência. contra os votos dos Srs. Ademir Andrade. AluízioCampos. Arnaldo Maciel. Egídio Ferreira Lima.Jnàn Cunha. Joào Gilherto. Jorge CaroTlt::, Jo.~é Mi'::
lo. José Tavares. Pimenta da Veiga. Plínio Martins,
Raimundo Leite. Theodoro Mendes. VaImor Giavarina. Jos~ Genoíno. Ibsen Pinheiro, AmadeuGeara. Jorge wl~d3lJ:'lr. \Vngner Lagtj, Luí? Henri
que. F!oriceno PaixtÍll, \Valter Ca:;anov;! e. em Sdra1'<.1'.11-'_ do Sr. GastlKlJH:: Righi. (Da Comis;-;úo de
Terça-feira l°' 11845
Constituição e Justiça.) - Relator: Sr. Cc!so Bar
ros.
Adiada a votação por falta de quorum.
o SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri)-
Votação, em discussão única, do Projeto de Resolução n. 104, de 1983. que autoriza o Senhor Deputado Matheus Schmidt a participar de missão cultural no exterior. (Da Mcsa) - Relator: Sr. AryKffuri.
Adiada a votação por falta de quorum.
O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) -
Votação. em discussão única, do Projeto de Resolução n. 105. de 1983. que autoriza o Senhor Deputado Rubem Medina a participar de missão cultural no exterior. (Da Mesa) - Relator: Sr. AryKffuri.
Adiada a votação por falta de quorum.
o SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri)-
Votação. cm discussão (mica. do Projeto de Resolução n. 106. de 1983, que autoriza o Senhor Deputado Ulysses Guimarães a participar de missãocultural no extcrior. (Da Mesa) - Relator: Sr. AryKffuri.
Adiada a votação por falta de quorum.
O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri)-
Votação, cm discussão única, do Projeto de Lein' 1.719-A. de 1983. que modifica a redação do art.2. da Lei nº 6.334, de 31 de maio de 1976, que fixaidade máxima para inscrição em concurso públicodestinado ao ingresso em empregos c eargos do Scrviço Púhlico: tendo pareceres: da Comissào deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e têcnica legislativa: e. da Comi"ão deServiço Público, pela aprovação, com emenda. (DoPoder Executivo) - Relatores: Srs. Leorne Belêrn eGomes da Silva.
Adiada a votaçáo por falta de quorum,
O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Concedo a palavra ao Sr. Jacqucs O'Ornellas, na qualidade de Líder
do PDT.
o SR. JACQlJES D'ORNELLAS (POT - RJ.Como Líder. Pronuncia n seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados. na madrugada do dia 21, há dezdias. portanto. parou de pulsar o coração de um homemincomum na vida brasileira l incomum perante a humanidade. um homem que. na síntese perfeita do poeta popular, era feito de ferro c de flor: Gregório Bezerra. Homem de flor, quundo se identificava com os humildes,eom os explorados. famintos e massacrado, trabalhadores do campo c da cidade - ele próprio oriundo de umafamília extremamente pobre. trabalhando desde os 4anos de idade e só podendo alfabetizar-se já adulto. Mashomem de ferro, duro. que não se vcrgl!va ante os poderosos, ante os insensíveis latifundi:1rios do Nordeste.ante os poderosos grupos industriais de Pernambuco ede outras regiões do Pais, ferro em brasa a fustigá-los.denunciando sem cessar a exploração a que eram subme·tido~ os camponeses, os operúrios, os ferroviários espoliados pelas empresas nacinnai:-:; ou estrangeiras.
Nunc:l será demais repdir o qur: numerosas obrasinclusive ti própria autohiografia de Gregôrío - e;] im
prema jamais puderam ocultar, f:.ltos que retrataram suatrajetória na vida nacional. com ênfase especial 30 vergo-
11846 Terça-feira 1\'
nhoso e criminoso .:pisódio de sua exibição. qual animalraivoso. amarrado, espancado c arrastado ensangüentado pelas ruas de Recife, após sua prisão em 1964. O masS;Jcre chegou li ser transmitido pela televisão. visto deperto por mulheres e até crianças, chegando a provocarindignação a revolta dc religiosos quc, no equívoco dequc hojc se dão conta, poucos dias antes participavamdas "'marchas da família com Deus, pela liberdade". Odesfecho, todos sabem. foi o golpe militar que a realidade veio demonstrar ser contra a família. hoje na penúria,contra Deus, cujo nome foi invocado cm vão. e eontra aliberdade, cujo mais recente exemplo aí estú nas medidasde emergência decretadas para impedir a livre manifestação popular de repúdio à política económieofinanceira do Governo.
Gregório Bezerra, no scu amor aos humildes e explorados compatriotas. como homem feito de flor. ou noseu duro combate, como homem de ferro, destemido evalente, contra os exploradores nacionais c estrangeiros,honrou esta Casa como Constituinte e como Deputado,eleito em 1945 com li maior votação de Pernambuco. Somente aprendeu a ler aos 25 anos de idade, num curso dealfabetização do Mostciro dc São Bento. c ao cntrar parao Exército. onde ehegou a sargento. pôde aprimorar seusconhecimentos.
Como Constituinte ou como Deputado Federal deixou sua marca profunda nos Anais desta Casa.<Ê umafaceta importante de sua colaboração para as causa~ nacionais e para a libertação da classe trabalhadora - eachamos indispensável, ao prestar-lhe a nossa homenagem. relembrar para os que viveram essa época ou dcsvendar para os jovens o Gregório Bczerra parlamentar,no período de 1945 a 1948. quando, posto na ilegalidade
o Partido Comunista. cuja bancada honrava com suacombatividade, teve eassado o seu mandato.
Voltado para a luta em defesa dos trabalhadores e do
povo brasileiro, Gregório não esquecia também o dramavivido pelas vítimas das ditaduras em outros paises e. datribuna nesta Casa, em março de 1946, aprcsentavamoçào. aprovada pela Assembléia Nacional Constituinte, traduzindo a indignação. a dor e o protesto do povobrasileiro contra o fnzilamcnto de Cristina Garcia c maisoito republicanos pela ditadura de Franco, na Espanha.A solidariedade de Gregório se estende a outros combatentes pela causa da liberdade na Espanha. cujas prisões,torturas c mortes marcaram profundamente o povo espanhol, que somente há pouco tcmpo, eom a morte dcFranco. iniciou ti sua caminhada para um regime demaior democracia,
Em julho de 1946, Gregório defende ardorosamente ainclusão na Constituição brasileira do direito de votopara os analfabetos e as praças de pré de nossas ForçasArmada~. Em abono de Slla tese. cita numerosos exemplos internacionais e lembra quc as restrições existentes" ... comprometem o direito fundamental do cidadão.que é escolher seus mandatários.. ,". "Nada mais injusto- diz Gregôrio - do que subtrair o direito de voto aosanalfabetos. Entre os analfabetos se encontram precisamente: os trabalhadores do eito, os seringueiros que arrancam eom o risco da própria vida as riquezas do Valeda Amazônia. os vaqueiros do Norte. do Nordeste e dosPampas, os trabalhadores dos engenhos, das usinas e dosvários setores de nosso parque industrial, em síntese.toda a massa laboriosa que, efetivamente. concorre coma maior parcela de esforço para a grandeza e o progressodo Brasil".
Ao defender o direito de voto a todos os integrantesdas Forças Armadas. Gregório prossegue em defesa desua tese, dizendo: "Ê realmente estranho que ainda hojese pretenda excluir os soldados, marinheiros. cabos, sargentos e suboficiais do direito de sufrágio. Esses homens
- prossegue Gregório - antes de serem chamado:; aoserviço da Pâtria. sào alavancas da nossa riqueza. danossa prospcridadc. são os braços que cultivam os nos-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçuo I)
SQS campos. que movimentam as nossas oficinas. as nossas fábricas e os nossos meios de transporte. Nào obstante isso, uma vez integrados na caserna. perdem, por assim dizer, o seu direito à cidadania". Finalmente, Gregório revela citações do então Gcneral M asearenhas detvlorais. que, como comandante das tropas brasileiras
em luta na Itália contra o naz.i-fascismo, descreve comdetalhes o herôismo de vários soldados e cabos nos campos de batalha. em defesa da liberdade e da democracia,os mesmos soldados e cabos que, conseguindo sobrcviver c retornando ao Brasil. não iriam merecer sequer ahonra de participar das eleições, escolhendo os legisladores e dirigentes do Pais,
As intervenções de Gregório Bezerra como Deputadoe Constituinte são constantes, nos discursos, nos apartes,nos dehates. denunciando os desmandos e assassinatosde camponeses, a exploraão dos ferrovários de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Dentreos vários fatos relatados, Gregúorio dá ênfase especial
aos graves problemas que atormentavam os trablhadoresda Empresa de Carris Urbanos de Recife e Olinda e osferroviários da "Great Wcstern".
Gregório Be-zerrujamais deixou de condenar, da trihuna desta Casa que tanto honrou, não só a exploração dasempresas nacionais, dos latinfundiários que ainda hojedominam principalmente na região nordestina. comoatacava de rijo as empresm; imperialistas. como a Light.li Pernambuco Tramways. a Great Western - todas, segundo sua expressão, rezando pela mesma cartilha.
Referindo-se, em novembro de 1946, à sua participaçào na Revolução de 1935. Gregório lembra que, depois de 9 anos de prisào, dali saiu, com a anistia, para aAssembléia Nacional Constituinte. com os consagradores votos do mesmo povo que o viu pegar em armas. "Eisso porque - dizia ele da tribuna desta Cámara - " ... opovo compreendeu que nós não nos levantamo:; entãocom o intuito de ensangüentar nosso Pais. como alardearam e ainda alardeiam hoje, Basta recordar o ambientepolítico do mundo e do Brasil. para se localizar a Rcvolução de 35 nos seus verdadeiros limites. Nem a revolução comunista, nem mesmo socialista. Revolução contra o fascismo em ascenso. contra a sua ameaça no Brasil, onde o governo de então lhe dava claro e decididoapoio. Marchava aquele governo para a ditadura em queveio cair logo depois, capitulavam os homens mais responsáveis c um ambiente dc inscrgurança se cstcndiasobre os destinus da Pátria. levando oliciais, sargentos,soldados e civis à luta. Luta contra o fascismo. repito.Sem nenhum intuito de estabelecer regimes comunistasou sociali~tas em nossa Pátria, mas para garantir umaefetiva democracia."
Assim foi a atnaçào de Gregório Bezerra como Deputado e Constituinte. Defendendo os trabalhadores, vergastando os opressores. denunciando as forças imperia
listas, pugnando por um Brasil independente e democrático. Não o perdoaram os grupos retrógrados. E o seumandato como legítimo representante do povo e também o mandato de seus colegas da bancada comunistada Câmara e do Senador Luis Carlos Prestes foram cassados, apesar das manifestações em contrário surgidasde todas as partes do País, principalmente dos trabalhadores. numa das mais vibrantes demonstrações de solidariedade aos cassados e de repúdio aos cassadores, registradas na História do Brasil.
Ouço. eom prazer. o nobre Deputado Ranfolfo Bittencourt.
o Sr. Randolfo Bittenconrt - Ouvindo com atenção odiscurso de V. Ex', refletimos sobre algo que nos é muitoconcreto e rcal: as sociedades cqtruturadas snh domíniode classe tém perpetrado injustiças nas suas convenções
históricas. sobretudo nas suas homenagens póstumas,Em nosso País, onde a discriminação ideológica se fazpresente concrctamente c sc abate sobre todos os patrio-
Novemhro de 1983
tas que não rezam pela cartilha da classe dominante, vemos passar - e o discurso que V. Exª' faz hoje procurareparar esse t;:fro - a morte de um patriota. exParlamentar. humanista e idealista quase em branco,Mas queremos, nesta tarde em quc V. Ex' presta. dc maneira tào contundente e brilhante. sua homenagem à memória de Gregório Bezerra. congratular-nos com V. Ex'pelo discurso que faz e deixar também aqui a nossa homenagem ao grande Gregório Bezerra, um dos patriotasque deu o seu sangue, o seu suor c O scu esforço pela libertação das classes dominadas deste Pais. ParabenizoV, Ex' pelo discurso desta tarde.
O SR. JACQUES D'ORNELLAS- Muito obrigadoa V. Ex' Concedo o aparte ao Deputado Délio dos Santos.
O Sr. Délio dos Santos - Nobre Deputado JaequesD'Ornellas. quero congratular-me COIJl V. Ex' e associar
me às justas e merecidas homenagens pôstumas que estão sendo prestadas neste momento ao brasileiro Gregôrio Bezerra. Quinta-feira. última, tive oportunidade deler, na Folha de S. Paulo, artigo em que o sociólogo Florestan Fcrnandes analisava o perfil do ex-Constituinte de46. Salientava ele, entre outros fatos, que no Brasil seprocurava muito homenagear líderes das elites, mas estava se esquecendo de um dos maiores líderes populares. EV, Ex' hoje presta significativa homenagem à memóriado grandc Gregório Bczerra, legítimo rcpresentante dopovo trabalhador. principalmente dos setores oprimidosdo Nordeste. Congratulo-me com V. Ex' Sobre GregórioBCl.crra diz V. Ex' tudo aquilo que todos nós, patriotas edemocratas. que quercmos uma pátria Independente, desejávamos dizer.
O SR, JACQUES D'ORNELLAS - Muito obrigado, Deputado Délio dos Santos.
Continuo, Sr. Presidente.Gregório sobreviveu à Cassaçào. sobreviveu a novas
prisões. sobreviveu às torturas c - vale repctir, vale relemhrar sempre - ao revoltante e criminoso espetáculonas ruas de Recife. quando do golpe militar de 64, amarrado, cnsangüentado e arrastado por uma viatura. sobespancamentos praticados por uma figura cujo nomenão merece sequer citação nestas considerações.
Sobreviveu e não parou de lutar. De volta do exílio, aoser anistiado, tomou posição firme na luta pela total dcmocratização de nosso País, combatendo não apenas asforças remanescentes do fascismo que ainda tentam impedir a marcha do Brasil para sua total libertação. Mascombatendo. também, por todos os meios, mesmo doente e alquebrado, a sujeição dc nosso País às diretrizes imperialistas. através do Fundo Monetário Internacional.Denunciando e desmascarando. finalmente, aqueles que,mesmo a pretexto de lutarem pela democratização, entendem equivocadamente que o melhor caminho é a conciliaçuo com o regime, é a chamada "'paz social", é o ensarilhar armas. na vã ilusão de que os monopólios internacionais, que ora ditam as normas e a conduta de nossos governantes. se sentirão saciados com algumas migalhas e abrinlo mào de seus privilégios.
Concedo o aparte ao Deputado Jackson Barreto,
o Sr. Jackson Barreto - Deputado Jacques D'Ornellas, cscutava em meu gabinetc as suas palavras de homenagem à tigura histórica de Grcgório Bezerra, Comodemocrata. não poderia fnrtar-me a aparteá-lo, para dizer a V. Ex!}~ à Casa e ao País que aqueles que conheceram Gregório Bezerra quardaram na sua lembrança aimagem de um homem que dedicou toda a sua vida aoseu povo. Jnmais poderia ele ser esquecido pela Casa dopovo. Casa a que também pertenceu. aliás com valor re
dobrado. pelo fato de o terem as forças populares de Pernambuco, quando da redemocratizaçno do País. em1946, eleito Deputado pelo Partido Comunista Brasilei-
Novembro de 1983
ro. Na semana passada. nobre Deputado, num pequenopronunciamento, prestci a nossa homenagem à figura deGregório Bezerra. Nele. repetindo as palavras de Bretcha todos que lutaram durante a vida. na certeza de umamanhã melhor, eu dizia: ~'Há homens que lutam um diae são bons. Há outros que lutam anos e são melhores. Háaquelc~ que lutam muitos anos e sào muito hons. Mas osque lutam toda vida. esses sào os imprescindíveis". Gregório Bezerra. Deputado Jacques D·Ornellas. era umdesses homens. Quando Gregório Bezerra voltou doexílio. veio a Brasília proferir uma palestra no auditóriodo predio da CONTAG. As forças reacionárias destePaís. muito bem articuladas. ainda não permitiam que osdemocratas pudessem expor os seus pontos de vista. Democracia para eles e somcntc aquilo que atende aos scusinteresses. Naquela tarde, para um auditório repleto,Gregório falava de seu projeto. de sua luta incansávelpela redemoeratização do País e da sua luta permanenteem defesa do homem do cam po. pela reforma agrária.Em dado momento. nobre Deputado Jacques D'Ornellas. algumas bombas de gás lacrimogéneo foramlançadas no auditório. com o objetivo de criar pánico edaí, segundo informações. atingir-se fisicamente a pessoade Gregório Bezerra. Presente no auditório da CONTAG. tive. apesar da tristeza daquele momento, a honrade conduzir Gregório Bezerra, juntamente com o Deputado Roberto Freire, em nosso carro. Fomos perseguidos por trés carros Volkswagen sem placa, fato que demos conhecimento à opinião pública, dos mesmos setores. sem dúvida alguma. que colocaram bombas no Riocentro. que explodiram hanca::; de jornais em Brasília ede outros locais do País. Abrigamos o Deputado Gregório Bezerra na residéneia do Deputado Roberto Freire. Mesmo assim. num acinte ao lar daquele colega abrigo sagrado e inviolável da família - eSf'es três carroslicaram rondando a Superquadra Norte 302. quadraonde reside a maioria dos Deputados. Dois desss carroschegaram a penetrar na quadra e ficaram montandoguarda. não sei com que propósito. no bloco onde estavaGregório Bezerra. Vejam V. Exvs como a reaçào odiavaGregório Bezerra. Mas não tem importància. porque nósestamos. com muito sacrifício. reconstruindo a democracia neste País, para fazer desta Naçào. no amanhà, aquilo que Gregório Be,.rra sempre sonhou: uma democracia que atenda de maneira bem específica às classes populares. aos trabalhadores c aos camponeses. sobretudoos camponeses do Nordeste. pelos quais ele deu parte desua vida.
O SR. JACQUES D'ORNELLAS - Não há dúvidanenhuma. Deputado. Continuo, Sr. Presidente. Agoraque Gregório nào pode mais usar a sua voz, que o exemplo de sua vida de combatente da democracia c da libertação dos trabalhadores brasileiros frutífique perante asnovas gerações.
Gregório Bezerra não morreu. Gregório vive e continuará vivendo no coração de todos os brasileiros e dahumanidade.
Concedo o aparte ao nobre Deputado Jose CarlosVasconcelos.
o Sr. José Carlos Vasconcelos - Quero fazer uma intervenção no pronunciamento de V. Ex' quando relembra a grande figura de Gregório Bezerra. Sou de Pernambuco. terra de Gregório Bezerra. e acompanhei, nocorrer de meus anos, a eoeréncia com que defendia suasidéias1 o seu sofrimento, a sua grande luta, a convicção ea firmeza de todas as suas atitudes. Vivi em 64 o sofrimento de Gregório, quando a bestialidade fez contra eleum dos maiores atentados da história política de Pernmbuco. Ele foi amarrado e arrastado pelas ruas do bairrode Casa Forte ate uma praça do mesmo bairro, da maneira mais bestial possível. Não entendo até hoje comoum membro do Exército Nacional. um coronel do Exército, se despiu de todo sentimento racional e humanopara praticar aquela tortura contra Gregório. Mas, com
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seç~o I)
tanto sofrimento. ele continuou sua luta em defesa dasidéias que abraçou desde a suajL<ventude. e hoje, em Pernambuco como no Brasil, é figura que nos deixa a mc~
Ihor das impressões c faz com que nos associemos a todas as homenagens que lhe são prestadas em todos oscanlos do nosso Brasil. Parabenizo V. Ex' por relembraressa grande figura de Gregório Bezerra.
o SR. JACQUES D'ORNELLAS - Agradeço a V.Ex' o aparte. nobre Deputado José Carlos Vasconcelos.
Sr. Presidente e Sr. Deputados. afirmamos que toda avida. toda a luta e todo o trabalho conseqüente e patriótico de Gregório Bezerra rendeu, rende e çontinuará ren~
dendo frutos em benefício da paz e do progresso socialda humanidade.
Queremos. neste mornt::l1to, saudar o povo da A.rgcntina pela brilhante demonstração de maturidade. de conseqüéncia e de altivez, realizando eleiçães diretas e condenando. nessas mesmas eleições, as formas paternalistas e clientelistas que, de certa forma. se perpetuaram durante longo tempo naquele país. O nosso povo. o povobrasileiro, haverá de conquistar a sua independência, baseada na participação de sua população, dos seus trabalhadores. dos camponeses, dos estudantes, das donas-decasa. E quanto a isso não há dúvida alguma. Os ataquesdo imperialismo norte-amcricano agora. mais precisamente contra Granada e outros países do Caribe, terão aresposta breve do!; povo:::; latino-americanos. que haverão de repudiar, de uma vez por todas, a ingerência desses consórcios de banqueiros internacionais. que teimamem continuar subjugando os povos do Terceiro Mundo.especialmente do nosso País c de toda a Amerie:!. Latina.Nesta agressão descabida. desonrosa e sem-vergonhaque o imperialismo norte-americano pratica contra umailha praticamente indcfesa - havia lá. de tropas estrangeiras. alguns cubanos, cerca de setecentos, contra maisde seis mil fuzileiros. e tropas muito mais bem treinadas,mais bem armadas, num colosso dc demonstração militar nada mais faz do que desgastar-se perante a opiniãopública do mundo inteiro. mostrando a outra face doGoverno Reagan, que. realmcntc. através da pressãoeconàmica c política, quer executar os seus mais nojentos e perniciosos desígnos, inclusive impondo uma antisolução para o povo brasileiro. para estc Congresso.Mas faço um apelo. uma exortação a todos os Congressistas, que hoje estilo sendo reconhecidos perante a opinião pública de todo o País como altaneiros e representativos das opinioes da população. Este Congresso, apartir da derrota que impàs ao Governo. contrário qucfoi ao Decreto-lei n' 2.024, deu uma demonstraçào deque é o único Poder da República reconhecido pelo povocomo capaz de levar ti bom termo a democracia com aparticipação popular. Neste momento, Sr. Presidente,Srs. Deputados, queremos dizer que essas iniciativas daequipe económica do Governo, representada pelo Sr.Delfim Netto. pelo Presidente Figucíredo. nada mais é.na exprcssão do Decreto-lei n' 2.065. do que uma farsacontinuada contra o interesse do nosso povo, porque antes do salúrio. antes da cascata, o interesse maior é o daprodução em nosso País. E esse Decreto-lei n' 2.065 penaliza e liquida completamente a atividade produtiva emnossa terra. O achatamento do salário, principalmentedentro da classe média. vai liquidar com o poder de compra da população mais bem aquinhoada de nossa sociedade. Com essa retração do podcr de compra, haverá naturalmente como conseqüência o fechamento, o Sllcateamento das nossas indústrias. Este é o objetivo fundamen
tai do imperialismo norte-americano para acabar com asempresas estatais, para dobrar este Congresso, para fazer com que o nosso País seja reduzido a um monte dedestroços e haja desunião de todos os seus setores davida nacionaL Acredito, porém. que o Congresso, aquirepresentado por setores importantes, inclusive do PDS.que tem tomado uma posição mais altuísta. uma posiçãomais conseqüente em defesa dos interesses nacionais,
Terça-feira 1" 11847
não se dobrará aos designos dos homens do Planalto,que hoje já não governam coisa alguma. O Planalto, hoje. é governado diretamente pelos banqueiros internacionais. através de Delfim e Companhia, que qucrem a liqüidação dos países do Terceiro Mundo. que querem a'liquidação dos países da América Latina e a liquidaçãodo nosso País. Repudiamos, de uma vez por todas, qualquer tipo de negociação, qualquer tipo de vacilação,qualquer tipo de tergiversação no sentido de impedir queo Congresso Nacional complete a sua obra de ressureição. Este Congresso está ressurgindo\ mas no momento em que voltar a aprovar um decreto-lei nefasto aos interesses da nossa Pátria, do nosso povo e da nossa indústria, retroagirá.
O Congresso conseguiu alguns pontos. elevando-se perante a opinião pública nacional. Ele conseguiu abrangersetores ate então descrentcs da sua capacidade. por acreditar que este seria um Congresso com mais uma passagem, sem maior expressào na vida nacional.
Somos partidários daqueles que entendem ter esteCongrcsso capacidade de exercer o papel a desempenhar.E este papel é histórico na afirmação da conduta dos destinos da população deste País.
O Congresso Nacional, hoje reprcsenta a maioria dopovo brasileiro. e oferece a mais alta expressão de afirmação nacional e de patriotismo. Portanto. ele não podeandar para trás. não pode retroagir a nível de mero executor de medidas definidas pelo Fundo Monetário Internacional, pelo Sr. Dellim Netto, pelo General Figueiredo e companhia limitada.
Este Congresso precisa afirmar-se e nesta oportunidade rejeitar o Decreto-lei n' 2.065, que liquida nossa indústria e nossa soberania. Quando da rejeição desseDecreto-lei, o Congresso Nacional será visto pelo povobrasileiro corno um poder realmente expressivo. um Poder que vcio para fazer alguma coisa em favor da nossalibertação económica e social. (Palmas.)
Durallte o discurso do Sr. Jacques D'Omellas oSr. Arv Kffuri. 2r-Secretário. deixa a cadeira da presidéncia, que é ocupada pelo Sr. Walber Guimarães,]r_ Vice-Presidente.
o SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - Concedo a palavra ao Sr. Matheus Schmidt, na qualidade deLíder do PDT.
OSR. MA THEUS SCHMlDT(COMO LlDER}PRONUNCIA DISCURSO QUE. ENTREGUE À
REVIS,iW DO ORADOR. SER,4 PUBICADOPOSTERiORMENTE.
O SR. PRESIDENTE íWalber Guimarães) - Concedo a palavra au SI. Jorge Vianna. na qualidade de Líderdo PMDB.
O SR. JORGE VIANNA (PMDB - BiI.. ComoLíder. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente1
Srs. Deputados. a CEPLAC rcmeteu a esta Casa, atravesdos canais fixados constitucionalmente. noventa e umapastas, em resposta ao Requerimento de Informações n'52, de 1983. de nossa autoria. Alcançam as mesmas, talovolume de páginas contidas. cerca de um metro de altura. destacando-se, entre elas. oitenta e duas, quc contémrelatórios dos serviços de extensão rural.
Alguns meios de divulgação noticiaram com destaqueque a resposta ao Requerimento de Informações emapreço custou ã CEPLAC cerca de Cr$ 32 milhões. Noprimeiro exame da documentação, logo percebemos quetal cifra é uma evidente subestimação do montante gasto. visto que o desperdício de recursos dos produtores decacau, que aquele órgào realiza impunemente, mostra-seclaro já na apresentação dos dados relativos à extcnsãorural. Nas oitenta e duas pastas recebidas. constata-se aprcsença de cerca de 7.000 cópias xerox de relatórios. emsua maior parte apresentados em duplicata. Trata-se.
11848 Terça-feira I'
como se pode ver, de lamentável explicaçào para o metrode altura de documentos recebidos.
Conquanto sempre em nós cause pasmo verificar inloco ou ouvir relatos acerca dos descaminhos da atuaçãodo órgão de coordenação e execução da política cacaueira, maior espanto ainda temos ao verificar. mediante osdocumentos remetidos pela CEPLAC, que boa partedessas distorções estão consagradas nos orçamentos ebalanços financeiros, como a demonstrar que em nossoPaís pouco importa que um 6rgão público voltado parao cacau adquira um clube para funcionários, financie acompra de veículos para os mesmos, sem juros ou correção monetária, injete recursos anos a fio em empresaindustrial ou em companhia de transporte de passageiros. entre outras inúmeras irregularidades.
Algumas destas questões, e outras mais, serão abordadas a seguir. É imperioso notar que iniciamos. há nãomuito, uma verdadeira cruzada de desmistifieação dapolítica cacaueira de nosso País, particularmente apósnos darmos conta de que o produtor de cacau, seja elegrande ou pequeno, está envolto em uma teia de interesses enganosos que podem conduzi-lo. em pouco tempo,ao seu próprio desaparecimento.
A nossa luta prosseguirá, até que uma Comissão Parlamentar de Inquérito desnude por completo essa teia deinteresses c reponha a política eacaueira na trilha histórica em que deveria se encontrar.
Passaremos, agora, a relatar algumas das eircunstüncias que comprovam o desvirtuamento da política governamental para o cacau brasileiro. Vale advertir que. emnenhum momento, somos movidos por divergências pes
soais. tomadas em direção específica. Estamos, isto sim,à cata de melhores dias para a cacauieultura, para o que,em nosso entender, julgamos imprescindível que se eorrijam as irregularidades. burlas e distorções que se multiplicam na política pública voltada para o cacau.
2. Algumas considerações acerca do orçamentoprogr'ama e da execução orçamentária da CEPLAC
o desvio de suas finalidades legais, que sofrem os recursos gerados pelos produtores de cacau, é uma constante nos orçamentos e na execução dos mesmos pelaCEPLAC. Exemplo imediato disso encontramos em1980, quando a proposta orçamentária do órgão consignava Cr$ 1 bilhão (Cr$ 10 bilhões, a preços de 1983 ou 20por cento das receitas previstas) para a aquisição de Letras do Tesouro Nacional. A execução orçamentária, aocontrário, demonstra que, ainda desafortunadamente, aCEPLAC na verdade adquiriu Cr$ 120 milhões em LTN,o que representa Cr$ 1 bilhão. a preços de 1983. No anoseguinte (1981 l, uma mera operação contábil faz desaparecer os resultados da compra em questão, sem que sepossa saber se houve ou não o resgate das Letras ou qualfoi o montante de juros arrecadados com a operação.
Alega a CEPLAC que, nesse mesmo ano de 1981, aUnião repassou ao órgão Cr$ 1.6 bilhão, como reforçode dotação, devido ao montante reduzido arrecadadoatravés do eonllsco cambial. A CEPLAC não explica,entretanto, que não é função sua, nos termos da lei, adquirir Letras do Tesouro Nacional. Não explica, igualmente, que os repasses do Tesouro Nacional são o frutodo desregrado uso de rccursos provenientcs do confiscocambial e não de eventual ato de benemeréncia do Governo Federal.
A esse respeito, os documentos reeebidos nos permitem, de igual modo, levar ao conhecimento dos produtores de cacau que, além de financiar o deficiente funcionamento da CEPLAC, contribuem com seus reeursos parapagar parcela das polpudas remunerações, que con.sti~
tuem a tônica no Banco Central do Brasil. Assim é queum por cento do confisco é retido pelo Banco Central, atítulo de remuneraçào por administrar esses recursos.Em 1981, tal remuneração foi orçada em Cr$ 300 milhões, a preços de 1983.
OlÁ RIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào n
Com toda satisfação, ouço o Deputado Francisco Sales, dizendo a S. Ex' que este é um estudo que estamoscomeçando. Pediria a S. Ex' que tivesse um pouco de paciência c nos deixasse andar um pouco, porque esta é a única tribuna que este Deputado tem para trazer os números verdadeiros, que um órgão distorcido e acabado impcde, através da coação e da pressão. Esta é a única tribuna livre que temos para transmitir, através da palavra,os números que agora vou apresentar.
Ouço, com atenção, o Deputado Francisco Sales, pedindo a S. Ex' a gentileza da brevidade do aparte, paraque eu possa mostrar a esta Casa, com O respeito que meedevido, por ser membro dela, a análise da resposta queacabo de receber, e que quero transmitir a esta Casa.
O Sr. Francisco Sales - Obrigado, Deputado JorgeVianna, serei breve. Nobre Deputado, com o respeitoque tenho por V. Ex~ em determinados aspectos. Primeiro, sobre o que V. Ex' disse em relação aos números quetraz a esta Casa. Creio que a CEPLAC tem todas as suascontas auditadas e aprovadas pelo Tribunal de Contasda União. Assim sendo, merece o rcspeito e também anossa aprovação. Por outro lado, é relevante o serviçoque ela está prestando no sul da Bahia, no Espírito Santoc na Região Amazônica. V. Ex' bem sabe que a implantação dc novos pólos de cacau tem sido de grande importância para o nosso País: e também a assistência técnicaque a CEPLAC vem prestando à região sul da Bahia e aoEspírito Santo tem sido de tal ordem que, hoje, como assitêneia técnica, como órgão de pesquisa, é o melhor quetemos no Pais. Tenho aqui alguns dados para contestarV. Ex'
o SR, JORGE VIANNA - Deputado Francisco Sales, peço permissão a V. Ex' para continuar.
O Sr, Francisco Sales - Rapidamente, dois minutinhels.
O SR, JORGE VIANNA - V. Ex' tem o direito detomar, da Liderança do seu partido, o tempo que quiser.Eu gostaria de dizer a V. Ex' que tenho posição diametralmente oposta. Vou mostrar que tudo o que V. Ex'está dizendo...
O Sr. Francisco Sales - V. Ex' me concedeu o apartc.
o SR. JORGE VIANNA - Gostaria de dizer à Mesaque cancelo (1 aparte ao Deputado Francisco Sales, aquem gostaria de continuar ouvindo, mas não possoconceder o meu tempo a ele, porque vai fazer uma análise.
Peço à Mesa que me assegure a palavra a fim de continuar meu discurso, e antes de terminar voltarei a lhe conceder o aparte. Tenho dois dados aqui, I'ornecidos pelaprópria CEPLAC, que colocam como inverdades tudoaquilo que o Deputado Francisco Sales está dizendo. Atéa ru-;sistência técnica, que S. Ex tl cita, por exemplo. no seupróprio Estado, eu tenho dados ncsta pasta, que demonstram que no Município de Tacual, em Rondônia,um agrõnomo visitou [6 fazendas em um só dia. Possivelmente recurde mundial de assiténcia técnica. É um debique com a coisa nacional. Peço à Mesa que me assegure a palavra, porque o Deputado Francisco Sales cumpreaqui a função de atrapalhar o discurso que quero aprcsentar à Casa. E eu me submeterei a ele e aos outroscompanheiros assim que adiantar o meu discurso.
Analisando mais détidamente as aplicações da CEPLAC, o nosso assombro cresce a cada instante. No quetoca à participação acionária. os cacauicultores vêm contribuindo para o danoso projeto ITA1SA, sem que benefício relevante possarr, daí auferir (1980 a 1982: Cr$282 milhões, a preços de 1983), da mesma forma como,em 1980, doaram recursos à SULBA, no montante equivalente nos dias de hoje a Cr~ 500 milhões.
Poucos produtores sabem, infelizmente, que a construção da sede do CCPC custou à CEPLAC importância
Nuvembro de 1983
superior a Cr$ 500 milhõcs. Desconhecem, de semelhante modo, que a manutenção daquele Conselho acarreta odispendio de cerca de Cr$ 300 milhões, anualmente, também a preços corrigidos. Como é utilizado esse dinheiro,os cacauicultores bem o sabem. Para o nosso conforto,tambem o sabe o Tribunal de Contas. sentinela viva quea pouco e pouco vai se tirmando como órgão de defesaincontida da gestão adequada de recursos públicos.
Em sessão realizada em 6 de setembro do corrente ano- há pouco mais de um mês, portanto - ao analisar ascontas relativas a 1981, determinou o Tribunal que a CEPLAC "adote melhor controle sobre a aplicação de recursos transl'cridos ao Conselho Consultivo dos Produtores de Cacau - CCPC; e adote as providências necessárias para incorporar ao seu patrimônio as duas salasadquiridas com seus recursos e interveniência no "Shopping Center Iguatem;", na cidade de Salvador-BA, mantidas como próprias pelo CCPC, sem amparo legal". Oque recomendar. então, quanto à própria sede do CCPC,o bem público mais conhecido de todo o sul da Bahia'!
Tais distorções, para infortúnio dos cacauicultores,não param aí. Os orçamentos da CEPLAC ineluem gastos com a construção ou a compra de scdes para a instalação de Associações dos Funcionários. Em Brasília, osfuncionários do ôrgão. reservadamente, revoltam-secontra a inutilidade da tão conhecida "Mansão do Cacau", que. segundo alguns. teve seu acesso aberto a funcionários de outras instituições, diante da subutilizaçãoque a caracterizava.
Tão grave quanto isto é a antiga questão. que aindahoje se arrasta irreso[vida. relativa ao financiamento deveículos pela CEPLAC a seus funcionürios. Uma vezmais, o Tribunal de Contas da União. ao examinar ascontas da CEPLAC de 1979, informa que o órgão, a partir de 1990~ estabeleceu diretrizes mais rigorosas no sentido de que os t1nanciamentos sejam concedidos ljuando oveículo se constituir em instrumento de trabalho. Definiu a CEPLAC que o veículo se caracteriza como instrumento de trabalho "quando o desempenho das funçôesnecessitar pcrmanentemente de té-Io à disposição do servidor".
Foi devido ti conceito tão elástico c à ausência de jurose correção monctária que nada menos do que J.100 veículos haviam sido financiados por esse sistema, até 1981,ainda segundo o Tribunal de Cont:IS. Os orçamentos daCEPLAC indicam-nos que, no período de 1980 a 1982,teriam sido alocados recursos da ordem de Cr$ 1,1 bilhão, a preços de 1983. para o llnanciamento da comprade tais veículos.
O desperdício de recursos não cessa. Apenas em 1981,o orcamento da CEPLAC consigna, a preços de 1983,Cr$ 800 milhões destinados a ajuda de custo e quilometragem a veículos de funcionários em serviço. Exemplomais signitieativo de que se tratava de evidente meio defavorecimento amplamente reprovável é o fato de nosdepararmos, em 1980 ou em anos seguintcs, com recursos orçamentários voltados à aquisição de veículo parafuncionários lotados na Secretaria-Geral do órgão, istoé, funcionários lotados em Brasília, além de ajuda decusto e quilometragem, esta no valor de Cr$ 13 milhões.É impressionante notar que a CEPLAC despendeu, ainda, Cr$ 270 milhões, em 1982, com eombustívcis e manutenção/reparos de veículos, cmbora. pelos números indicados, todo o seu corpo técnico possua veículo financiado pelo órgão, sem juros ou correção monetária, valelembrar.
Outro aspecto que causa profundo espanto é o vulto co crescimento das contribuições que os produtores de cacau, sem o sabcrem, falem ao Instituto CEPLAC de Seguridade Social (CEPLUS). Em 1980, o cquivalcnte. hoje. a Cr$ 700 milhões foi incluído no orçamento da CEPLAC, para tal fim: em 1981, Cr$ 1,1 bilhão e, em 1982,Cr$ 1,4 bilhão.
A título de comparação, vale notar que a CEPLACdestinou ao Programa Pequeno Produtor, em seu orça-
Novembro de 1983
menta para 1980. aproximadamente a metade dos recursos que ali aloca para complementar a aposentadoria deseus funcionários. Em 1982, tal tendéncia se mantém;cerca de Cr$ 800 milhões são destinados à assistência àscomunidades de pequenos produtores, ao passo que consigna o orçamento a dotação já mencionada de nada menos que Cr$ 1,4 bilhão para o CEPLUS.
No tocante à política de pessoal. prosseguem as práticas danosas à eacauicultura. Informa a CEPLAC que.em 1982, possuia 2.872 empregados em serviços técnicose 1.495 em serviços administrativos. Trata-se, evidentemente, de um dado enganoso. Incluídos na rubrica Serviços Técnicos estão, sem que o órgão o indique, certamente todos os empregados do setor de pesquisas ou deextensão, sejam eles braçais ou pesquisadores. O quadronumérico de pessoal, também apresentado pelo órgão erelativo a 1982, mostra comportamento diverso, quenada tem a ver com o fato de assemelhar-se à lotaçãoideal de pessoal. Indica este 710 profissionais, 1.458 funcionários administrativos, 1.219 empregados operacionais e 1.181 envolvidos em operações de campo (braçais,provavelmente), o que demonstra claramente a total disparidade entre os objetivos do órgão e o seu corpo defuncionários. Ouço o Líder do PDS, que tem todos osmeios de chegar permanente e diariamente a esta tribuna. Mas ouço, com toda a paciência, o Líder do PDS. domeu Estado.
o Sr. Djalma Bessa - Não tenho tanta oportunidade,e V. Ex' também não pode negar que tem tido acesso aórgãos de divulgação da região cacaueira para expressaro seu pensamento em torno da CEPLAC. Mas devo dizer, Deputado Jorge Vianna, que a análise que está fazendo. toda ela é calcada no requerimento quc formuloue que a CEPLAC, com todo o gosto, encaminhou a V.Ex' e está disposta a encaminhar tantas informaçõesquantas venha solicitar. A CEPLAC. V. Ex' há de convir, é um órgão que reformulou a política cacaueira, quedeu nova imagem à região cacaueira na Bahia. Estou certo de que V. Exª -lamento informar - nào representao pensumento da região cacaueira. que não pode. nestaaltura. prescindir de um órgão como a CEPLAC, que jáse espraiou, já desenvolveu suas atividades em outrasáreas, como a Região Amazônica. A CEPLAC é um órgilo público, na expressão da palavra. Nilo tem nada aesconder, não tem nada a ocultar...
O SR. JORGE VIANNA - Eu agradeço ao ViceLíder do PDS e peço à Presiência que me assegure a palavra. Agradeço à Presidência ter-me devolvido a palavra. porque~ efetivamente. nào estou aqui para ouvir asloas do Deputado Djalma Bessa a um órgão que apenasestará disposto a prestar informações de irregularidadescomo esta que estou apresentando aqui. O que temos defazer é tomar conta disso. Se V. Ex' tiver tempo e paciéncia para me ouvir, vou mostrar que efetivamente estã
sendo levado pela propaganda que o órgão fez com essespolpudos dinheiros, sem prestar contas a ninguém. Então, vou mostrar a V. Ex' que esta Casa realmente temque readquirir suas prerrogativas, para que não tenha sórespostas, mas, possa agir e fazer com que efetivamentese possa corrigir essas distorções. Se me permitir continuar verá que o estudo chega inclusive à ação técnica queV. Ex' diz ter remodelado a política do cacau. Vou mostrar o engano que V. Ex' cometeu, se tiver paciência epuder me ouvir.
O Sr. Djalma Bessa - Terei paciência e estou certo deque V. Ex' não vai alcançar o impossível.
O Sr. Pedro Novais - Deputado Jorge Vianna, estououvindo com muita atenção o pronunciamento de V. Ex'e causa-me estranheza o fato de o Tribunal de Contas, aquem não compete examinar o mérito dos assuntos, dascontas que lhes são submetidas, apesar disso ter feito essas observações com respeito às contas da CEPLAC.!'vIas cu gostaria. em seguida, de prestar um depoimento,
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seç~lo I)
muito rapidamente. porque sei que I) tempo de V. Exll- seesgota. É que, no Maranhão, a CEPLAC, através doBanco do Brasil. financiou uma vintena de empresaspara plantarem cacau cm determinada região que elamesmo escolheu. Pois bem. todas as vinte empresas tiveram fracasso em suas lavouras e nào se sahe - e eu gostaria até de saber - se isto foi devido à falta de 8.ssisténcia técnica, à assisténcia técnica deficiente, à falta de recursos financeiros, ou se a escolher das áreas também foidefeituosa. De qualquer forma, a culpa caberit à CEPLAC. Eu gostaria de prestar este depoimento para confirmar as acusações quc V. Ex' faz. Muito obrigado.
O SR. JORGE VIANNA - Sr. Deputado. o aparte deV. Ex' muito me honrou. Efetivamente, tudo isso que V.Ex' disse é verdade. Porque aquele órgão vivia de dinheiro da lavoura, o Tribunal de Contas não se incomodavacom cle. Agora, o Tribunal de Contas começou a olhar aCEPLAC. E, se V. Ex' me permitir, daqui a pouco vãoaparecer outras irregularidades, inclusive na respostaque me deram.
O Sr. Brabo de Carvalho - Sr. Deputado permita queeu fale. meio minuto só. Eu só queria lhe fazer um apelo.Vai ser muito difícil V. Ex' ler todo esse expediente. Eugostaria de pedir a V. Ex' que o mandasse mimeografar cnos enviasse cópia, naturalmente também aos outros colegas. que estão ansiosos para lé-lo. Isto parque só onomcjá nos diz bem o que é a CEPLAC. Conheço muitobem a CEPLAC na minha terra e sei como ela age. sei oque se faz e da corrupção que lá existe. Mas cu gostariade ter, para o meu controle, a5 informações preciosasdessa análise que V. Ex' faz.
O SR. JORGE VIANNA - Agradeço ao DeputadoBrabo de Carvalho. e S. Ex' pod" ter certeza de que faremos chegar nosso pronunciamento às suas mãos, ao conhecimento de todos os Dcputados que vivem na sua região e que realmente estão interessados em ver as distorções que denunciamofl. Quero apenas apresentar maisalgumas delas para que o debate possa se fazer livremente e para que possamos conhecer realmente, fora da propaganda, fora dos noticiários do jornais. o que efetivamente está ocorrendo num órgão que vive com cerca de50 milhões de dólares por ano. ou seja, quase 50 bilhõesde cruzeiros.
No que tange à remuneração, caracteriza-se a políticade pessoal da CEPLAC por fugir totalmente aos parâmetros da política salarial do Governo. Entre 1980 c1982. a massa salarial do órgão apresenta um comportamento ascedente digno de nota. Os salários representavam, em 1980. 36,7% do orçamento da CEPLAC; cm1982, saltam para a impressionante marca de 64,4% doorçamento, em um ano, como sabemos, de preços baixospara o cacau c de amplas dificuldades no ámbito da produção. Ao mesmo tempo, enquanto em 1982 o índice decorreção salarial alcançava 97.9%. a correçào da massasalarial da CEPLAC atingia 107,5%, embora o númcrode empregados, segundo o órgào, tenha decrescido.
Nós, que pugnamos pela manutenção do poder dccompra dos assalariados, não podemos nos calar diantede privilégios dessa espécie. especialmente porque acompanhamos a luta dos funcionários de apoio da CEPLACe dela compartilhamos. contra a acentuada discriminação que sofre a sua remuneração.
É interessantc observar que a EMBRAPA, com recursos que são inferiores ao dobro dos que recebe a CEPLAC, conta com 7.000 funcionários. contra 4.400, erealiza trabalho de pesquisa de inegável qualidade emtodo o território nacional, abrangendo um sem-númerodc áreas e produtos.
Necessário se faz, ainda, retornar ao antigo tema dosgastos com a Secretaria-Geral, em Brasília, e a dispersàode recursos que os mesmos representam. O funcionamento da Secretaria-Geral custou aos cacauicultores, no
Terça-feira Iº 11849
periodo de 1980 a 1982. a surprcendente soma, em valores atuais. de Cr$ 5.6 bilhões, apenas no que toca a pessoal. material de consumo, passagens e diárias. A presença da mesma em Brasília, o seu número injustit1cáve1de funcionários e, bem assim, a falida experiéncia naAmazônia. certamentc explicam porque Cr$ 2.3 bilhões,a preços atuais, foram consumidos com passagens aérease diárias pela CEPLAC, entre 1980 e 1982.
Ouço o nobre Deputado Fernando Gomes.
O Sr. Fernando Gomes - Nobre Deputado JorgeVianna. V. Ex' e eu somos da mesma região. Somos conterráneos. Há apenas uma distância de 20 quilómetrosentre nossas cidades. fi V. Ex' agricultor, como tambémsou. Parabenizo V. Ex' pelo 'Seu pronunciamento, peloseu estudo sobre a CEPLAC. Todos sabemos que realmentc a CEPLAC se perdeu de uns anos para cá. Ela jáprestou - e aqui o Líder do PDS usou o verbo no passado - grandes serviços li região cacaueira. Ela pode voltar a prestar. O erro da CEPLAC foi deixar a políticapartidária participar de sua vida. O erro da CEPLAC foientrar na corrupção d~ cima. do sistema. Ela acompanhou o Governo Federal com os casos da CAPEMI,Coroa-Brastel e tantas outras corrupções dentro destePaís. A CEPLAC se juntou a eles. Mas temos, DeputadoJorge Vianna. que nos unir à bancada da Bahia - principalmente eu, V. Ex' e o Deputado Jorge Medauar - elutarmos para que a CEPLAC continue, desdc que sanados os erros que comete. O órgão não pode ser extinto,porque não é responsável por esses erros. Os culpadossão seus dirigentes. A CEPLAC é um órgão como é hojca Secretaria do Planejamento. É preciso acabar com essaSccrctaria'! Não. O Ministro Delfim é que precisa deixaro Planejamento. Como, igualmente, precisa sair da CEPLAC o Sr. José Haroldo, que colocou lá mais de vintefamiliares. É preciso que o Governo do Estado dcixc demandar na CEPLAC. Não devemos jamais destruir umórgão criado para beneficiar o agricultor e que já prestougrandes serviços ao setor, podendo voltar a fazê-lo. Nãoconcordarei com V. Ex' se pretender acabar com a CEPLAC. Queremos. sim. fazê-la retornar aos seus reaisobjetivos, acabando com a corrupção c a mordomia.Não se admite que em Brasília haja cento e doze funcionários da CEPLAC sem fazer nada, que no Rio de J aneiro haja vinte e nove funcionários num escritório semfunçiío. fi isso que queremos acabar, Deputado JorgeVianna. Para isso. V. Ex' conta comigo.
O SR. JORGE VIANNA - Deputada Fcrnando Gomes, agradeço a V. Ex' o aparte. Estamos no mesmo barco: não foi, nunca, nossa intençào acabar com a CEPLAC. Quem faz propaganda da sua extinção ê o próprio órgào. O tempo nào vai permitir mostrarmos todasas falhas existentes no órgão. Estou apresentando números que comprovam essas distorções que V. Ex' aponta,c sc me permitir. mostrarei a tal pesquisa elaborada pelaCEPLAC, que demonstra quão enganosa ela se apresenta.
O Sr. Fernando Gomes - Deputado Jorge Vianna, V.Ex' presta um grande scrviço à região cacaueira quandodenuncia eSses fatos que toda a Bahia e todo o Brasil conhecem.
O SR. JORGE VIANNA - Agradeço novamente aV. Ex' o aparte. Gostaria de mostrar ào Deputado Djalma Bessa e aos demais Deputados a pesquisa apresentada pcla CEPLAC. que em nada contribuiu para a melhoria da produção do cacau. Não se descobriu, até hoje,como combater a podridão parda. Pelo contrário, falase. no relatório, de trabalho realizado em 1982 por umpesquisador que foi da CEPLAC, mas que morreu há lOanos.
As distorções são tantas que voltarei outras vezes à tribuna para mostrá-las.
11850 Terça-feira 1g
Quero esclarecer ao nobre Deputado Fernando Gomes que nunca passou pela minha cabeça propor a extinção da CEPLAC. mesmo porque é um órgão do Governo, mantido hoje pelo Orçamento da União, como a
EMBRAPA, a SUDHEVEA, a CFP e outros órgãos.Quando (1 Ministro Delfim Netto manda fazer um cortenas verbas das estatais, também a CEPLi\C sofre essecorte - de 10.20%. seja lá quanto for. Somos contrário.nobre Deputado. a que a lavoura. deseapitalizada, continue pagando 10% de confisco. Aliás. O próprio Governo.em todas as cartas de intenções que assinou com o FMI,comprometeu-se a acabar com o confisco.
o Sr. Prisco Viana - Permita-me. nobre Deputado.Quero cumprimentá-lo pela presença na tribuna. lamentando apenas que o tempo e os rigores do Regimento [nterno nào permitam a V. Ex lJ estender Reli discurso, o quecertamente nos permitiria tirar alguma conclusão. SabeV. Ex~ que vivi muitos anos na região do cacau, e. embo~ra não sendo produtor, não tendo ligação com nenhumsetor da economia do cacau. sou. como baiano. interes~
sado pelo que ali ocorre. Em épocas passadas. já manifestei. desta tribuna. aplausos. como também restrições ecríticas à atuação da CEPLAC. Mas fico. de certo modo.espantado com o que estou escutando neste instante. talvez em decorrência de um longo alhcamento da problemática cacaueira. Mas confesfio a V. Ex. que não posso.absolutamente - e acredito que a Casa também não poderá - chegar a nenhuma conclusão em face da volumosa documcntação que tcm V. Ex' e o tempo de que nãodispõe para analisá-Ia. Nesta circunstância indago ao Sr.Presidente: sendo o material apresentado objeto de requerimento de informaçõcs. não seria conveniente a Câmara mandar publicar essa documentação no Diário doCongresso. para que dela tomemos conhecimentos'! Dessa forma. então. poderíamos habilitar-nos a debater como Deputado Jorge Vianna, dando-lhe Ol! não razão, porque na circunstância em que o debate é colocado, as condições sào desiguai_s. Agradeço a V. Ex lOl o privilégio de
poder ouvi-lo.
o SR. JORGE VIANNA - Deputado Prisco Viana.sua presença honra a bancada da Bahia. seja em que partido V. Ex' estiver. V. Ex~ traz. nesta tarde. um testemunho brilhante c desapaixonado. que traduz a luta daBahia. Queria dizer a V. Ex' que o Governo Figueiredodeu ao Nordeste inteiro. durante estes anos. 300 bilhõesde cruzeiros. tratando-o como prioridades. Mas está retirando da nossa região. só neste ano, através de dois impostos inconstitucionais - a taxa da CEPLAC e o Imposto de Exportação - 100 bilhões de cruzeiros: umterço do que destinou ao Nordeste. E tudo isso ocorre.Deputado, porque vivemos. dllrarit~ este~ anos todos,em tempo de ditadura. em tempo de f~chamcnto.No diaem que acontecer no Brasil o que está ocorrendo hoje naArgcntina. ccrtamentc as CEPLACsda vida não mais terão lugar. Concluo, Sr. Presidente.
COm relação ao cooperativismo, informa a CEPLAC,textualmente. que "não dá nenhuma contribuição para amanutenção de cooperativas em qualquer Estado da Fedcração". Aduz. por outro lado. que a sua participaçãocorresponde. com freqüéncia. ao custo de funcionáriosque, especialistas em gerenciamento de cooperativas, sãocolocados à disposição destas. para colaborar na preparação de pessoal e em outros aspectos, visando ao melhor funcionamento das cooperativas - palavras da CEPLAC.
Tam,mho disparate teria que ser desmentido ironicamente com informações do próprio órgão. O orçamentopara 1980destaca recursos da ordem de Cr$ 300 milhões,a preços de 1983. para o Programa Especial de Cooperativismo: que se destina à assistência ao cooperativismo cli cOrJ)ercialização de cacau por cooperativas.
No orçamcnt;' de 1981. tal montante alcança a Cr$200 milhões. ao páSSO que a assis\ência ger.encial e treina-
DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
menta nào ultrapassa Cr$ 9 milhões. Vale observar quetais valores não incluem a contribuiçào ao CCPC, aossindicatos rurais ou ao cooperativismo pesqueiro. Oorçamento para 1982 já se refere li. assistência ao coope
rativismo na Amazônia (Cr$ 98 milhões) e à criaçãu decoope:rativ~ls na região de Camamu, para a exploraçãodo Projeto Camarão (Cr$ 125 milhõcs). Cabe-nos investigar por que razão a CEPLAC nega a sua participaçãono sistema L'ooperutivisla na Bahia e nas demais regiõesdo País. O Tribunal de Contas da União. a esse respeito.n,", já mencionada decisão de 6 de setembro deste ano.determina que a CEPLAC "adote medidas cabíveis pararecebimento de seus créditos junto à Cooperativa Central do Cacau Ltda. Como cntão assevcra a CEPLACque não contribui para a manutenção de cooperativasem todo () território nacional'!
O monumental despcrdício dc recursos que apenas palidamente estamos alinhando envergonha-nos. especialmente porque o assentimento dos produtores é obtidomediante uma pretcnsa concessão de bcnefícios. em especial à região cacaueira da Bahia. em termos de obrasde infra-estrutura e equipamentos sociais- básicos. OS C3
cauicultores bem conhecem. entretanto, o caráter nomais das vezes diminuto de tal apoio. quando não se re~
veste de favorecimentos. tal como ocorre com as patrulhas mecanizadas. na construção de estradas vicinais, oucom obras nas áreas de saúde e habitação. A ausência deuma escala de prioridades é gritante. A participação daCEPLAC. contudo. u5llalmente conduz o Governo estadual a se eximir de atuar em vários setores significativos.
Enquanto isso ocorre. podemo.s observar o tratamentofinanceiro amplamente dispar que ocorre. por exemplo.entre o apoio ao desenvolvimento do sul da Bahia e aaplicação de recursos na Amazõnia. !\ região cacaueirabaiana. responsável por 95% da produção nacional. absorveu. em 1982 (a preços corrigidos parajulho de 1983).cerca de Cr$ 1.6 bilhão. em convênios com o Governo doEstado. o que repre~entaapenas 5 por cento dos recursosarrecadados pela CEPLAC.
Ao mcsmo tempo, a manutenção e as inversões da CEPLAC na Amazônia. responsúvel por insignifícante parcela da produção naciunal, ainda assim civada de problemas relativos a doenças nos cacauais. absorveu, no mesmo ano de 1982, nada menos que Cr$ 4.7 bilhões, oriundos. sem nenhuma dúvida. do suor dos produtores baianos. Trata-se. em verdade. portanto. de uma sangriaabusiva. injusta e inominável de recursos, que tende, écerto. a se expandir. se mantida a tendéncia dos últimos5 anos. Nestes. as aplicações de recursos na Amazôniasempre cresceram a taxas positivas. descontada a inflação, independentemente do fracasso continuado daproduçào.
Tais resultados apenas confirmam a longa série de desvios que até aqui relatamos. Quando a visita de um cidadão ilustre. pertencente ao Governo Fcderal. à região cacaueira da Bahia é motivo para obter-se, através do 'en
godo, recursos dc todos os produtores de cacau. para arecuperação de vÍa de acesso a uma fazenda: quando aconstrução ou recuperação de obras públicas é barganhada. como mercadoria. nas reuniões do Conselho Deliberativo da CEPLAC. por reajustes nos orçamcntosdesse ôrgão; quando a construçào de obras públicas naregião cacaueira da Bahia é utilizada como instrumentode pressão política e de uso arbitrário do poder; enfim.quando os recursos dos produtores de cacau a cIes retornam em homeopáticas porções. sem que os problemasprincipais da maior região cacaueira do País sejam tocados. o resultado incontroverso é o desvio desses recursosdas suas IInalidades básicas, a realização de gastos altamente danosos para a região ou a simp-les dispe~sào desses mesmos gastos em aventuras tresloucadas. COffi<;> aque se insiste em. levar a cabo na Amazônia, ou como oauxílio financeiro à representação da Bahia em Brasília(responsabilidade do Governo do Estado e não da CE-
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PLAC) ou com o apoio - pasmem - à cacauicultura noMaranhão. em Goiás c cm Mato Grosso.
Esse desviü de recursos e funções está levando a CEPLAC a entendimentos com a Fundaçào Roberto Marinho. segundo informes que recebemos. para atuar naárea de ensino de lQ grau - relevantfssima função do Es~
lado. mas TIÜO do órgno qUt~ nele gere a política cacaueira. Ao tempo em que isso se dá. as quatro escolas técni·cas financiadas com recurôos da CEPLAC formam pessoal que não encontra colocação no mercado de trabalho. distanciadas que estào da realidade sócio-econômicada região cacaueira da Bahia.
Causa-nos profunda angústia verificar que a chamada"grande imprensa" brasileira. que tanto tem contribuidopara trazer a público a atuação danosa de órgãos govcrnamentais. dando início a atividades de investigação.ainda não se deu ao trabalho de pesquisar acerca do fértil campo de distorções qae caracteriza a gestão da políti·ca cacaueira. Conforta-nos, todavia. vermcar que o Tribunal de Contas da União. embora dc forma ainda ténue. está produizindo um cerco eficaz à má gestão dacoisa pública. patenteada nas "funções dilatadas" daCEPLi\C - expressão irônica que utilizam os Ministrospara caracterizar a atuação do órgão.
O Orçamento da União para 1984. em sua proposta.prevé uma receira com o confisco cambial da ordem deCr$ 57.R bilhões: cm decorrência disso. estipula umacontribuição de recursos do Tesouro para a execução dapolítica cacaueira no montante de Cr$ 59.9 bilhões. Asreestimativas das receitas - prática usual em país cominflaçào tão elevada como o nosso - certamente poderão conduzir tul montante de reCursos a cerca de Cr$ 80bilhões. mantida a atual tendência dos preços. Tememospensar que a CEPLi\C. com tais recursos. poderá financiar publicações laudatórias aos seus gestores ou de defesa do, mesmos (a exemplo do malfadado Octopus Ceplaqueano. publicação em que o Secretário-Geral dcfendese longamente de fortes criticas feitas à sua gestão); poderá. outrossim. efetuar gastos com a sua galeria de arte,
situada na sede. em Brasília: poderá. ainda. promovernovos concursos de beleza, como o fe7 no passado. ouexpandir a sua atuação no ramo da hotdaria.
Quiçá uma Comissão Parlamentar de Inquérito possaauxiliar o Governo a repor a CEPLAC na trilha da qualnunca deveria ter-se afastado: conduto eficiente e dignopara a ~xpansào da cac3uicultura brasileira, eis o seu realpapel.
3. A atuação da CEPLAC em atividades de pesquisaA nossa batalha por uma reformulação da política ea
caueira nacional encontra nas atividades de pesquisa eextensão rural executadas pela CEPLAC Um rico terrenopor onde caminhar. Temos defendido que as atividadesde pesquisa executadas pelo órgão encontram-se totalmente dissociadas dos interesses maiores· da cacauicultura. Na documentação recebida da CEPLAC, encontramos a completa e cahal comprovaç~o de nosso pensamcnto.
Revela o principal documento recebido da CEPLACque. em 1982. despendeu aquele órgão Cr$ .\37.8 milhõescom a "administração dos Centros de de Pesquisa e desuas Estações Experimentais de cacau e de outros cultivos e das reservas", corrcspondendoa 15.6% dos ga~tos
totais em pesquisas naquele ano. Disso se deduz que foram gastos cerca de Cr$ 2.1 bilhões cm pesquisas em1982. ou apenas 17% do orçamento da CEPLAC. A títu·lo de comparação. aproximadamente o mesmo total derecursos foi gasto com a aluação da CEPLAC na·Amazania no mesmo ano de 1982 (excetuadas algumas duplicações. isto é. gastos em pesquisas na Amazônia).
Outra comparação significativa e quc reforça o nosso..clamor é a de que apenas o pagamento de salários aosfuncionários da ·Secretaria-Geral em Brasília, emI9S2;'representou nada menos do que 1/4 dos gastos totais daCEPLAC com pesquisas em todo aquele ano,
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Informa-nos a CEPLAC que, Gomo resultado das atividades de pesquisa de suas unidades, 1.250 trabalhos foram publicados, Uma cifra à primeira vista impressionante como esta merece atenção toda especial. Qual nãoé o nosso desencanto. contudo. ao examinar o Repertório Bibliográfico remetido pela CEPLAC a esta Casa.
Em primeiro lugar, o Repertório lista os trabalhos
publicados desde a criação do CEPEC. Assim é que, noperíodo de 20 anos (1963-1983), se considerarmos, como
aproximação conservadora que cerca de 60 técnicos estiveram, anualmente, envolvidos diretamente com atividades de pesquisa básica ou aplicado. cada técnico-padrãoproduziu simplesmente um trabalho por ano.
Nenhum desdouro haveria nesse resultado se no Repertório estivessem incluídos apenas trabalhos relacionados ao cacau c, ainda, se estes representassem, efetivamente o resultado. mesmo que parcial. como acontece naárea de pesquisas, dos esforços de experimentação oupesquisa, em busca da solução de problemas básicos dacacauicultura. Não é isto o que se sucede. Falseando averdade, a CEPLAC inclui em seu Repertório dezenas de"notas" que seus técnicos elaboram para jornais ou revistas de circulação geral ou para congressos (neste último caso, alguns organismos calculam que 40 por centodos trabalhos apresentados em congressos não são concluidos).
A despeito disso, ainda ficaríamos esperançosos acerca dos resultados das pesquisas da CEPLAC caso osproblemas efetivamente graves do cultivo do cacau tivessem prioridade máxima nas pesquisas. Examinamoscada um dos títulos listados no Repertório para 1982,juntamente com um técnico especializado nessa área. Oresultado é desolador. Oitenta e quatro trabalhos são listados como tendo sido produzidos em 1982. Destes, apenas a metade guarda relaçào direta OU indireta com acultura do cacau, o que já evidencia a duplicação defunções com atividades desempenhadas pela EMBRAPA. A existéneia de convênios CEPLAC-EMBRAPAdeixa bem caracterizado que tal duplicação inequivocamente existe.
Examinando cada título, relativo ao ano de 1982, o desalento nos invade. Um deles, inclui como autor um dosmaiores pesquisadores que já teve a CEPLAC, mas quefaleceu há quase uma década. Outro grupo inclui traba
lhos cujos resultados já são amplamente conhecidos e estão estabelecidos no meio técnico. em alguns casos hácerca de 10,20, ou até 40 anos, Tal é o caso de trabalhos
sobre O armazenamento de cacau em sacos plásticos: afenologia do cacaueiro (brotação, floração, frutificação;o próprio CEPEC, segundo informações que temos, dispõe de filmes mostrando todo o processo de crescimentodo pé de cacau); pulverização aérea no combate às pragas do cacaueiro. Se o Repertório de trabalhos de pesquisa da CEPLAC reflete o esforço efetivo ali realizado,questões fundamentais e ainda não resolvidas ganhamum lugar semelhante ti todas as demais.
Exemplo disso é o sombreamento do cacaueiro. queprossegue sendo feito com "critrina", conhecida por alguns cacauicultores como o "recanto de pragas". alémde ser inútil, por niío prestar-se à utilização por trepadeiras, por não dar frutos c não poder ser utilizada nem aomenos para a queima.
O mesmo ocorre com o controle da podridão perda,terreno em que pouco ou nada se avançou na suas déca·
das de existência do CEPEC; o mesmo se dá com a ocorrência de micorrizas. que permitiriam aO produtor prescindir completamente de adubos; o mesmo se dá com apolinizaçílo das flores da cacaueiro, que permitiria, comavanços nesse campo, conduzir li aumentos ,significativosda produção, com o dispêndio mínimo de recursos; tal étambém o que: se dá com a antecipação da avaliação dopctcncial produtivo do cacaueiro adulto. São estas algumas das linhas de pesquisa da CEPLAC que pouco ounada se distinguem das demais.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Se,lio I)
Enquanto tais linhas permanecem equiparadas às demais, o Repertório lista como trabalhos do CEPEC cerca de 30 resumos de dados climáticos de alguns municípios cacaueiros, que, apesar de relevantes, nada têm detécnico-científicos. em nosso entender, ou estudam-se asgramíneas forrageiras ou as cigarrinhas das pastagens.
Além dos desencontros aludidos, alegam alr,uns especialistas que o corpo de pesquisadores que realmentepode contribuir para o processo técnico na cacauicu1turatrabalha acuado. Seus trabalhos têm de se conformar àdiretriz política seguida pelo órgão e não aos ditamestécniCos usuais.
Situações tais como as mencionadas são claramente o
produto da estreiteza de alcance da gestão que se faz noórgão. Quando um técnico avalia custo de produção emuma fazenda c encontra um "preço mínimo" destoantedaquele que desejam os dirigentes de um órgão, encontramos uma dissenção absolutamente usual em organismos técnicos. Contudo, quando o mesmo lécnico é instado a não divulgar seus resultado.s e, ao fim, é demitido,estamos diante do abuso, do arbítrio; este, temos todosque extirpar da gestão da política cacaueira.
4. A atuação da CEPLAC nas atividades de extensãorural
Concluiremos agora este relato. Como já o dissemos, aCEPLAC enviou a esta Casa do Congresso N aeional 82pastas. contendo apanhado de suas atividades na área deextensão rural. Segundo essas informações, foram vistoriadas, em 1982, 30.440 propriedades no Brasil (26.463na Bahia e Espírito Santo). envolvendo 88,054 visitas detécnicos e agrônomos. Apesar do inegável mérito quesempre reconhecemos no trabalho árduo de que se ocupao corpo de extcnsionistas rurais. ê evidente que os números acima não correspondem às atividades efetivamentedesenvolvidas pela CEPLAC na área de extensão rural.
Examinamos cada uma das 82 pastas e, nelas, algumascaracterísticas ficam logo evidenciadas. Inicialmente,observa-se que o número de propriedades vistoriadasapontado pela CEPLAC para 1982 claramente não se refere a propriedades que produzam cacau. V árias são asculturas mencionadas nos relatórios de extensão e é lícitosupClr que algumas das propriedades, na realidade, nãoproduzem uma arroba sequer de cacau. Isto é o que efetivamente ocorre.
Por outro lado. menciona a CEPLAC que seus extensionistas realizaram 74.688 visitas na Bahia e Espírito
Santo. Considerando o número de 180 extensionistas,concluiremos que, em média, teriam sido realizadas 415visitas/ano por extensionistas, algo evidentemente impossível em qualquer serviço de extensão rural que execute seu trabalho com seriedade.
O falseamento que tais dados revelam fica patenteadoao verificarmos que, na Bahia, tomando uma média de210 dias úteis por ano, se supusermos que o extensionistapermanece, ainda, cerca de 50 dias em trabalhos de escritório, resultaria. para cada um deles. cerca de 3 visitaspor dia útil, o que. se verdadeiro, apenas reflete um trabalho que nada tem a ver com a extensiío rural de que ocacau realmente necessita.
iVlais lamentável ainda é verilicar que a CEPLA C não
poupa a seus extensionistas, por paradoxafi que isto possa parecer. Um deles - informa o relatório de extensãodo Municipio de Cacoal, Rondônia - realizou nada me
nos q lIe 16 visitas a propriedades diferentes em um só dia(16-2-H3l. rvlesmo sem levar em conta as carúcte:rrsticasconhecidas das propriedades cacaueiras em CacoaI, estamos provavelmente diante de uma marca mundial, emtermos de serviços de extensào rural.
t estranho observar. por exemplo, disparidades quanto ao número de visitas por propriedade. Em IbicuÍ, noano de 1982" constata-se propried2de que recebe (, visitasde agrônomo e (1 visitas de técnico agrícoln, ao pHS~'O queoutra:-; não merecem sequer uma.
Terça-feira 19 11851
Outra distorção observada reside na elevadíssima incidéncia de visitas de extensionistas no papel de "inspetores de crédito" do Banco do Brasil. A CEPLAC denomina de atividade de extensão rural a avaliação de imóvelpara o penhor rural, a realização de perícias do PROAG RO ou a supervisão do uso dos recursos do crédito rural. Trata-se de situação amplamente indesejada, E-noslícito indagar. a este respeito, como são feitas as períciase a supervisão de crédito nas próprias fazendas dos ex
tensionistas. No caso do cacau. boa parte dcles as possuem.
Em alguns municípios, li exemplo de Gandu, FlorestaAzul, Itagi, parece se dar a escolha das atividades a se
rem executadas pelos extensionistas segundo o ano civil.Em 1980 e 1981, prepondera o "crédito rural orientado";em 1982, o controlc de pragas entomológicas.
Outras distorções incontroversas ocorrem, tal como ainclusão, como ntividade de extensào rural, de '"excursãode esposas de pecuaristas", de "levantamento por solicitaçào da diretoria", de "previsiio de safra", "'diagnósticopara elaboração de projetos". entre outras. Ainda nessalinha, verifica-se elevada concentração de atividades detreinamento de mão-de-obra em alguns municípios, li
exemplo de Jcquiê. Que razões haverá para tanto? O quedirão. a esse respeito, os cacauicultores de Jequié? Emque terào sido treinados os trabalhadores'?
Lamentável seria constatar que esse ""treinamento"consistiu apenas na divulgação de maravilhas acerca docaríssimo "pacote tecnológico" da CEPLAC. Se isto éverdade. bastaria que se divulgasse entre os trabalhadores que um extensionista da CEPLAC faria a publicidadede herbicida no Programa Globo Rural. como ocorreuhá não muito, ou em programas radiofônicos.
Nós bem sabemos como são extenuantes as tarefasque incumbe a um extensionista executar. Reiteramos,poi~. que nenhum demérito vai aos mesmos: defrontam~se eles com enormes distâncias a percorrer, com a resistência II introdução de tratos culturais adequados oucom a ausência freqüente, em algumas fazendas de cacau, de alguém em condições de determinar mudançasou de absorver inovações.
Isto não explica, entretanto, o que levou a CEPLAC amanipular os dados a que até aqui nos referimos. Nãoexplica, igualmente, por que a CEPl.AC furta-se de chamar a atenção para o fato de que as visitas dos técnicosagrícolas superam muitas vezes, em número. àquelas realizadas por agrônomos.
Tampouco demonstra a CEPLAC que o seu programade extensào rural est{t atado de forma inarredâvel ao"pacote tecnológico" pesquisado ou incorporado porseus técnicos ou. em termos mais amplos. que os esforçosde pesquisa, extensão e a orientação ao crédito rural inexistem sem o "pacote tecnológico".
Tal "pacote", como temos frisado inúmeras vezes,além de extremamente dispendioso, é tido como a pedrade toque da ação da CEPLAC, independentemente decomprovação da sua necessidade, o que faz. vale ressaltar, as delícias das empresas produtoras de insumos, todas elas amplamente dominadas pelo capital estrangeiro.
Após tais práticas tão lesivas serem levadas avante,basta que se tome a produtividade de algumas fazendas
de cacau à beira do asfalto e, assim, que se apregoe a exce1enc:ia do uso dos insumos do ··pacote". O cacauicultoro este sim, torml-se escravo do e.mprego desses insumos, particularmente se contar com variedades híbridas
desenvolvidas pela CEPLAC. Alguns estudos têm demonstrado que, pouco tempo após ter cessado a utilização do "pacote teenolôgico" da CEPLAC. tais plantasfenecem, levando o produtor â. bancarrota.
A longa série de irregularidades, distorç:ôes e atos contrários à lei e à boa gestão da coisa pública que viemos derelatar traz consigo O agravante de que os recursos que
11852 Terça-feira Ig
financiaram esse turbilhão provieram, na sua essência,do eacauicultor brasilciro e, especialmente, daqueles quelabutam diuturnamente na Bahia.
Não nos podemos calar diante de tais descalabros, queinsultam a Nação. Nutrimos a esperança de que, em breve. os cacauicultores brasileiros possam receber, efetiva eprecisament~. o apoio de que tanto necessitam, para queatravessem o período por demais turbulento que à suafrente se põe.
E firme a nossa convicção de que parte substancialdesse apoio será concretizada no instante preciso em queo confisco cambial do cacau for retirado definitivamenteda Cena brasileira. A partir de 1981. a programação financeira da CEPLAC passou a integrar o Orçamento daUnião. Nestes termos, o confisco cambial - que já pordiversas vezes mostramos ser inconstitucional, injurídicoe uma afronta ao Poder Legislativo - foi alçado à condição de Receita do Tesouro no seu sentido mais concreto, sem que norma legal alguma o remetesse para essenovo eslado.
Se deseja o Governo trazer alento aos cacauicultores.a retirada do confisco é um ato que não pode mais sofrerdelongas. Em suas negociações com o Fundo MonetárioInternacional. já ao fim de 1982. o compromisso de retirada foi explicitamente apre,entado àquele organismo; o
mesmo foi reiterado em fevereiro do corrente ano, domesmo modo como o foi na atual versão da Carta de Inlenções apresentada ao FM1.
O que chama a atenção. com respeito a tais acontecimentos. e nos causa profunda repulsa, é o fato de que oGoverno brasileiro nào percebe que o compromisso deextinçào do contlsco cambial tem de ser urgentementetirmado e, com mais urgência ainda, cumprido, peranteos produtores de cacau, e não diante de organismos internacionai::i. Eles, os produtores, sustentaram durantevinte e cinco anos os gastos exorbitantes e desmandospraticados pela CEPLAC. Eles. os produtores. e especialmente os situados no Estado da Bahia tornarampO"ivel aos cofres do Governo poupar uma substancial
massa de recursos.
Uma vez que os gastos da CEPLAC estão incluidos noOrçamento da União. por que manter o confisco cam
bial. se este representa a ponte que separa o produtor dacapitalização e. ainda. da manutenção dos postos de trabalho no campo'?
A escassez e conseqilente aumento de preços a níveisestratosféricos, que ,e tem abatido sobre a agricultura.em sentido geral, no corrente ano-safra. tende a reduzirsignificativamente o emprego de insumos modernos. AcacHuicuitura, cm particular. corno vimos. padece. demodo mais severo, em circunstâncias como esta, em virtude do "pacote tecnológico" que. a qualquer custo, tem
de ser absorvido pclo produtor.
A extinçilo do confisco cambial é. portanto. de formainsofismável, a bandeira de luta que une a todos os produtores de cacau. Paralelamente a isto. por fim. é precisoquc ,e ponha um termo definitivo ã gestão descompassada e :trastada da realidade que impera na politiea ea
caucira.
A nossa contribuição mais imediata, cm busca dessedesiderato. é a lula que travamos em favor da consti11JiÇ:10 de uma Comisstlo Parlame.ntar de Inquérito. que
auxilie a Nação brasileira a fazer cessar o desperdício derecursos que se tornou a regra no que tange à políticapara o cacau.
Não hesit3mos em afirmar que os doi~ instrumentos- a extinção do confisco cambial e a constituição daCPI do Cacau - ensejarão. em curto espa,o de tempo.os rcaju~tcs c transformações que nos permitirào reconstruir o setor cacaueiro nacional e, espedalmente, a eco
nomia cacaucira baiana. ao mesmo tempo em que estaremos moldando a trilha da sua expansãlJ firme c segurano futuro. (Palmas.)
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
o SR. PRESIDENTE (Amaury Müller) - V. Ex' seráatendido. A Mesa. antcs de passar a palavra ao últimoorador inscrito, respondendo a um requerimento de sugestüo do nobre Deputado Prisco Viana. esclarece que,tecnicamente. cm princípio, parece ser ímpossível falerpublicar no Diário do Congresso Nacional documentostão volumosos, apcsar de importantes. De toda forma.esta Prcsidência submeterá a solicitação ao colegiado deDeputados, na forma regimental, para responder concretamente sobre a pretensão de S. Ex ll
o SR. PRESIDENTE (Amaury Müller) - Concedo apalavra ao Sr. Siqueira Campos, na qualidade dc Líderdo PDS.
o SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDS - GO. ComoLíder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Deputados, apôs um periodo de grande inquietude paraa Nação. permitiu-nos o projeto de abertura do Presidente João Figueiredo, que já vai consolidando o nossoprojeto democrático, chegássemos, pela via do entendimento. do diálogo. a uma solução satisfatória, resultantedo esforço de todos os componentes das diversas áreaspartidúrias e dos integrantcs do Executivo. no que se relaciona à política ,alarial e a vários aspectos da políticaeconômica.
O Governo do Presidente Figueiredo tem buscado, demü<.;raticamente, com a colaboração de todos, inclusivedaqueles que compõem as bancadas da Oposição no Parlamento brasileiro. a solução mais justa e adequada paraos variados prohlemas nacionais.
Sr. Presidente e Srs. Deputados. tivemos hoje, nestaCasa, alguns pronunciamentos que não condizem com arealidade nacional. pois aqui se disse que ainda vivemo:-ia noite eSCUTa do autoritarismo, expressa0 usada peloilustre Deputado Mathcus Schmidt, homem sério e ponderado, que. não sabemos o motivo, hoje nos trouxe essaexpressão tão dura e distante da verdade. A situação descrita por S. Ex' não é vcrdadeira. E por que não o é? O,exemplos dados pelo Governo do Presidente Figueiredo, as garantias que nos oferecem a Constituiçào c tI lei.a plena liherdade de quc todos nós desfrutamos não permitem quc alguêm diga. com correçào e justiç-u, que vivemo." soh (1 autoritarismo. Reconhecemos que, em alguns
aspectos da vida nacional, ainda não atingimos as metasdesejadas. principalmente. o objctivo traçado pelo Presidente Figueiredo: a plenitude democrática. Verdade é
que ainda nào chegamos lá, mas a luta tem sido denodada. sClhrctudo do nosso Presidente. que nào tem medidoestí)rços para. com a manutenção e ampliação do diálogo. busGar os meios indispensáveis para alcançarmos àplenitude democrútica. onde o respeito à opiniào de cadaintcgrante da sociedade brasileira seja, sem dúvida. umfato que todos reconheçamos e arlal1d~lmos.
o Sr. Mário Frota - Permite-me V. Ex' um "parte?
O SR. SIQliEIRA CAMPOS - Eu darei o aparte aV. Ex"'. mas pediria que aguardasse mais alguns minutospara quc pudesse ao menos dizer ao que vim 3 trihunal.
O nobre Deputado Jacqucs D'Ornellas. fl guisa de homenagear tt memáría de Gregório Bezerra. recentemente
falecido. Deputado constituinte do Partido ComunistaBrasileiro. e homem que se colocava numa posição dia~
rnetralmente oposta àquela que mantemos. mas que foi
um idealista e coerente em toda a sua vida. desencadeouuma série de agressões verhais ao governo. ao PresidenteFigueiredo, ao Ministro Delfim Netto, para, no final. dizer que o Brasil. atualmente, está nas mãus dos banqueir{J~ internacionais.
Ora. Sr. Presidente. constitui um absurdo. t<11 3tirmaçào. O Presidente Figueiredo. cuja postura de patriota ninguém pode ultrapassur neste País. tem se colqcado
di'lJlte da opiniiio pública mundial. nos diferentes foros aqtw I)'~feve presente. Gomo ainda há pouco tempo naONU, como homem que fez rc:spdtar a nossa fiobcrania,
Novembro de 198J
que não abriu mào de qualquer aspecto que a envolvessee que exigiu mudanças na ordem cconômíca mundial.que é. segundo denúncia de S. Ex', totalmente injusta. Éum absurdo que um representank da Oposição. desconhecendo a forma patriótica. correta, responsável eom'que o Prcsidente exercita o mandato que lhe foi entreguepelo povo. tente distorccr a realidade dos fatos. para,numa atitude condenável, atacar o Presidcnte da anistia,o Presidente das eleições diretas, o Presidente da possede todos os eleitos nestc País, o Prcsídente da plcnitudedcmoerática, o Presidente que busca. através do FINSOCf AL e de outras medidas de largo alcance, proporcionar justiça e paz social para o povo brasileiro. É, sem dúvida cabível o registro de um protesto, que agora faço.contra atitudes como essas, que nào levam a nada. queradicalizam posições, que impedcm a continuidade dodiálogo ainda há pouco estabelecido. e que predominouem todos os campos da negociação política. fazendo comquc chegássemos ao objetivo de todos. - exatamente oentendimento, 3 paz e a concórdia - para que levemos abom termo as tarefas de governo e nào deixemos que radicais de um ou de outro lado conduzam esta Nação aocaos. 11 desordem, 11 desestabilização das instituições republicanas.
Politica. Sr. Presidente, como qualquer outra atividade importante neste mundo. deve ser feita por profissionais, núo por amadores: por homens screnos. embora firmes na defcsa dos seus ideais e das suas posições. Nestemomento em que, tnvolvidos em uma crise decorrente
da, dificuldades imcnsas que o mundo sofre, o Brasilprecisa de homens competentes e sérios. além de patriotas. capazes de conduzir esta Nação a um lugar de destaque no cenário mundial. como tcm direito. Pela sua expressão territorial. populacional e política e pelas suaspotencialidade,. o Brasil há de ocupar um lugar de destaque no cenúrio internacional, para que possa ser cadavez mais influente e ouvido.
Ouço o nobre Deputado Mário Frota.
O Sr. Mário Frota - Nobre Deputado Siqueira Campos. V. Ex' tem lima capacidade enorme de persuadir. Seeu fosse menos esclarecido. possivelmente até estariaacreditando e aplaudindo o discurso de V. Ex~
o SR. SIQUEIRA CAMPOS - Quer dizer que só esclareço a analfahetos') Agradeço o elogio.
O Sr. Mário Frota - Não houve essa intenção. Ocorre que o Depurado Matheus Schimidt tem ·suas razõesem falar ainda em noite escura do autoritarismo. Aliás.noite escura é até um pleünasmo. Noite. para mim. é escura mesmo. rvlas. a evidencia das suas al1rmações S:lO asmedidas dc emergência baixadas pelo Presidente da RcpÚJ:,Jic'I ...
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Pelas razões que V.Ex\!- conhece. Nunca vi em lugar algum, mesmo no Parlamento mais democrático do mundo. I% das pressõesexercidas diretamente sobre os Parlamentares brasileirosnuma hora de dccisilo. Isso nào é curreto e não é justo.
o Sr. Mário Frota - 1vlas nós temos maioridadc. Deputado...
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Essa emergéncia visou a fortalecer o Poder Legislntivo, a garantir O~ nossostrahalhos.
o Sr. !VIário Frota - Não nos vamos deixar entusiasnwr pe1P aplauso das galerias.
o SR. SIQUEIRA CAMPOS - Não eram aplausos.Cadeiras lançadas em cima de Deputados nào são aplau w
50S. Agressões e tentativas de agressào a jornalistas c aospresentes não são aplauso').
O Sr. Mário Frota - V. Ex' está e.,agerando. Há muita lenda em torno dessa história de cadeira~. principal-
i\iovembro de 1983
ment' porque as cadeiras das galerias não podem ser arrancidas.
o SR. SIQUEIRA CAMPOS - Mas jogaram.
O Sr. Mário Frota - Nunca ocorreu isso, há muitalenda em torno dessa história.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - V. Ex' não quis ver.
O Sr. Mário Frota - Mas a Constituição da República já tem () estado de sítio, instituto que encontramos emtodas as Constituições democráticas do mundo.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Mas ela tem também<J crnergôncia. Porque V. Ex\! dã preferência ao estado desítio. que é medida mais drástica'!
O Sr. Mário Frota - Se o Deputado Matheus Schimidt falou em noite escura, ele te;n suas razões, porqueessas emergências não são outra coisa senão o A1-5 incorporado à Constituição.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - São constitucionais.
O SR. Mário Frota - V. Ex' sabe.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - São constitucionais,
repito.
O Sr. Mário Frota - Foram incorporadas à Constituição numa fase arhitrária ainda. infe-lizmentt:. porquehoje o AI-5 não teria sido incorporado.
o SR. SIQUEIRA CAMPOS - E por quc V. Ex' nãomodifica a Constituição? Por que V. Ex" não promove a
mudunça da Constituiç[IO'!
o Sr. I\Iário Frota - Foi na fase do A 1-5 que essesinstrumentos foram incorporados tl Constituiçào. Já temos o E~tado de Sítio. Por que essa Emergênci:J na
Con~tituiçào'?
o SR. SIQUEIRA CAMPOS - V. Ex' está mal informado. As medida, de emergência não foram incorporadas na rase do AI-.5. Elas foram votadas.
o Sr. IVIário Frota - Elas não são democráticas e nem
existem em parte alguma do mundo.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Não foi na fase do
AI-5: foram votadas.
o Sr. \VIário Frota - Sim, mas foi num Estado aindavisceralmente arbitrário. Qualquer outra medida. àquela
altura, passaria nesta Casa. Hoje existe um grupo de]1re~sào 110 PDS. que até valorizou o seu partido. que é o
Grupo Participação. Reconhecemos isso. Esse grupo atéresgatou a dignidade do PDS. A verdade porém é que
naquela época ninguém dizia nada contra as medidasmandadas para esta Casa pelo Executivo e tudo que vinha para cil era aprovado sem discussão do PDS. Hojenào. V. Ex~s j(L questionam a realidade e 11 todo poderoso
Delfim Nctto foi obrigado a ouvi-los, porque V. Ex'stém votos. V. Ex~s representam o povo. e não esse cida
d;lO.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - É o projeto de abertura do Presidente Figuciredo que está funcionando.
O Sr. Mário Frota - Isto nào. Foi uma conquista dealguns parlamentares do PDS. Isso é louvável. Somos da
Oposição c estamos aqui para fazer justiça. Agora. quan
to a essa emergência. to um disparate. Derutado. E foramalguns parlamentares do PDS que pediram essa medida.Sabemos disso, porque o Senador Moaeyr Dalla entregou os nome, daqueles que agiram dessa forma. que pe
diram a desmoralizaçào do Congresso Nacional. Não hájustificativa. Brasília é o local mais pacífico do mundo.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seç~o I)
nüo é só do Brasil. Se o Governo que. por uma razãoqualqller. baixou esse famigerado decreto já I] tive'~sc re
vogado. ti N açào jú leria percebido lima certa boa vontade por parte do Governo e do Presidente Figueiredo. Acnntinuar como está. entendemos que vamos chegar no
dia 16 ou 17 de delcmbro ainda com essas medidas de
emergência. quandn isso é inó.ldmissíveL Até O dia 5 deJczembrn este Congresso funcionu e esta cidade ~jinda
existe. !\ partir do dia 5 de dezembro Brasília fica comose nilo existisse mais no mapa do BrasiL porqu,~ ê ü Par
lamentu brasileiro que mantém Brasilia viva. Neste episódio V. Ex!} há de me dar rt.1zão: até o dia 5. BrasrIiaexiste: dúpois. é um túmulo. como todo~; sabemos.
Brasília é uma cidade administrativa e durante o recessop:ulamentar não existe. Por que essas medidas vãü até odia I fi ou 17 de dezembro'? isso nuo tem sent.ido. motivo
pelo qual dou plena, razõe, ao Deputado Matheu, Schi
midt quando diz que a noite escura persiste.
o SR. SIQI.!EIRA CAMPOS - Deputado [vIário
Frota. (1 aparte de V. Ex~ é muito contraditório. Simples
Illt::nte. V. Ex~ está contra tudo o que o Governo faz. Se oGoverno decretou as medidas de emergimcia. (l fel para
fortalecer o Congresso e evitar o clima de baderna quepoderia gerar UIll prohlema seriíssimo. indusive a desestahilização do Poder Legislativo e das instituiçües tm geraI. V. Ex' não e,tú satisfeito. porque quer o estado desítio. que é Ilma medída mais dura e se amplia para oPais inteiro.
o Sr. Mário Frota - No estado de sítio o Congresso éouvido e a medida pode ser suspensa. dependendo doCongresso Nacional. Nas medidas de emergenda. não.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Veja que estou respondendo a V. Ex" e tenho que responder ainda ;, trêsoutros oradores da Oposição.
O Sr. Mário Frota - O Congresso é apenas comunicado.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Está limitado o apar
te. Dcputado. V. Ex' quer o estudo de sítio e diz que umamedida é constitucional e a outra não. Todas elas foram
votada, pelo Congresso. Agora veja, S·O V. Ex' diz que
Brasília. a partir do dia 5 de dezembro. jú nào existirámais. esta cidade niio existe. Quero chamar a atençàodos moradores de Brasília para esta declaração de V.
Ex'. que nào deixa de ser insultuosa àquele:i que trabalham diuturnamente. construindo. edificando".
O Sr. Mário Frota - Quantas pessoas estão nas galeria~ nos ouvindo?
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - ... a Pátria. nos seuspontos mais importantes. que é a Capital da República.
A Capital da República existe e existirá sempre.
O Sr. Mário Frota - Como Brasília é urna eidade bu
rocrática. as pessoas ttim medo de vir para cá. para nàoperderem o emprego, Deputado. Quando a Cúrnara dos
Deputados funcionava no Rio de Janeiro, por cxemplo,as galerias estavam sempre lotadas. aplaudindo ,,, Deputados.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - E ela, na realidade, é
uma cidade de mais de um milhão de habitantes. cujo labor é prtponderante, é importantíssimo para a construção da Pútria. De maneira que nno insulte os habitan
tes de Brasília. nem esta bela Capital. em tão boa hora
implantada por Juscelino Kubitschek. E gmças ü sua implantação. a Capital do Estado que V. Ex' representanesta Casa. com radicalismo inexcedível. iYlalluus, estáintegrada ao Território Nacional.
Ouço. com muito prazer o nobre Deputado PriscuVian~1.
Terça-feira 19 11853
O Sr. Prisco Viana - V. Ex' tocou num ponto muitoimportante. que caracteriza hoje a vivéncia político
parlamentar do nost::o País. que é o que eu chamaria de
radicalismo verbal, que não chega, scquer, a ser inconseqüente. porque representa um ato de perturbação da
normalidade democrática. Não quero me referir, especificamente, a nenhum parlamentar. Apenas diria que nãodevemos contemplar a realidade hra:::ileira nem com ócu
los róseos. da fantasia, muito menos com os óculos cscurOi=i da intolerância. Temos que ver a situaçào brasileira
como ela se apresenta, e não é possível negar, Srs. Deputados, que continuamos avançando no caminho da normalidade democrática. Acredito que este é um processo
vitorioso c ele se faz de maneira bem diferentc do queocorre em outros países. N ôs estamos fazendo a tran~ição democrútica em clima de paz, de harmonia e bus
cando o entendimento. Nesta hora utilizar-se do radicalismo verbal é como que trabalhar contra a evolução de
mocrútica. Daí achar que V. Ex~ hz um discurso, sobreser sereno. muito oportuno, porque é necessário advertir
àqueles que, talvez com sofreguidão, mais preocupadoscom () efeito da frase do que com a conseqüência do que
é dito, - talvez porque inexperientes - acabam, quemsabe. é possível. involuntariamente contribuindo paraperturbar a boa marcha do processo democrático. E V,Ex' tem toda razão quando exalta a figura do Sr. Presidente da República aq ui neste Plenário, tantas vezes S.
Ex' é incompreendido e muitas outras vczcs agredido emfunção deste radicalismo verbal, que nào lhe poupa ,equer os sentimentos de pai e de chefe de família, invadin
do até a intimidade da família para agredi-lo no que háde mais sagrado para qualquer um de n(ls. iV1 uito ohrigado.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Eu é que agradeço aV, Ex', Deputado Prisco Viana. a contribuição que traza esta modesta oração. Esquecem-se os radicais de que o
povo brasileiro, como todos os povos amantes da paz eda liberdade. cntcnde que a democracia é, por cxceléncia, o regime da ordem. da paz, da disciplina, do respeito
mútuo e do respeito it lei. E aqueles que se utilizam das
pressões espúrias e ilegais só podem ser tachados de radi
cais, de homens turbulentos, capazes de desestabilizar
tudo o que estiver em seu redor e. portanto. não podemviver num sistema democrático. Poderão viver sob o au
toritarismo, soh uma ditadura. por baixo ou por cima:por baixo porque estarão. na realidadc. contidos em seus
impetoo de agre"ão: por cima porque se submeterão atodas essas agressôes, a essas violências, mesmo verbais.que usam. ÜS vezes. em locais inadequados como este ex
celso plenário.Ouço o Deputado Orestes Muniz. grande representan
tc de Rondània. Mas pediria a S. Ex' que fosse breve.pois ainda não con:;egui sequer responder a um dos trêsoradores do partido de Oposição que estiveram na tribuna atacando injustamente o Governo do Presidente Fi~
gueiredo e o grande Ministro Delfim Netto. que haveráde passar à História como urn dos maiores edificadoresdo desenvolvimento brasileiro. que lhe fará certamente,justiça. De tanto atacarcm S. Ex' - que ê o nome e oprato preferido de todos - mio veem que a nçuo deste
homem extraordinário, compctente e patriota à frente da
SEPLAN ê uma ação edificadora, em favor de um Brasilde:;;envolvido.
Tem o aparte V. Ex'. nobre Deputado.
o Sr. Orestes Muniz - Deputado Siqueira Campos. a
respeito das medidas de emergência, se V. Ex' me per
guntasse se elas são constitucionais. eu não poderia negar. Elas estão inseridas na Constituição. Sào legais. portanto. pois fazem parte do ordenamento jurídico brasileiro. I\'1as. se V. Ex:.t me perguntasse se são democráticasou justas. ai cu não podería afirmar positivamente. porque elas ferem a democracia, ferem a justiça das coisas.
11854 Terça-feira I"
Tudo aquilo que fere as instituições democráticas nuopodemos admitir como democrático.
o SR. SIQUEIRA CAMPOS - Elas são um mecanismo de defesa da democracia.
O Sr. Orestes Muniz - Eu diria que ferem a democracia porque tolhem a liberdade dos cidadãos.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Não. Só dos violentos e radicais. dos que não respeitam a Ici.
O Sr. Orestes Muniz - A partir do momento em quese utilizam mcdidas legais para tolher a liberdade do cidadão. nào pod~mos afirmar que elas sejam democráticas. Tanto é verdade que V. Ex' disse que elas tolhem aliberdade. porque foram usadas para interditar a Ordemdos Advogados do Brasil.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - Eu não disse que elastolhem a liberdade. Na realidade. suo mecanismos de defesa da sociedade. da ordem jurídica. da ordem pública.enfim. de todos.
O Sr. Orestes Muniz - Mas - cu diria mais a V. Ex'- não será com instrumentos que ferem a liherdade doscidadãos e as instituições democráticas que construiremos uma democracia neste País. Só teremos eondiçõesde construir uma democracia neste País a partir do momento em que deixarmos de usar todos os instrumentosde arbítrio que porventura ainda estejam inseridos naConstituição. no ordenamento legal. Exemplo disso foi oque ocorreu mi Espanha. quando o Parlamento foi invadido por militares. As próprias instituições souberamprotegcr-se naquele momento. Repito que não será através de medidas que possam ferir a liberdade dos cidadãos, que. por qualquer motivo. venham a tolher essamesma liberdade e ferir nossas instituições dessa maneira. que iremos construir um País novo. Era o que queriacolocar perante V. Ex~
o SR. SIQUEIRA CAMPOS - Deputado OrestesMuniz, é a ótica de V. Ex' Não quero dizer propriamenteV. Ex'. mBS o Partido de V. Ex' está envolvido neste clima. Ê o partido da contradição. que prega eleição diretapara Presidente da República. mas não realiza eleiçõesdiretas nas estúncias de JV1inas Gerais, nos MunicípiosesUincias. apesar de a Assembléia. com o peso total darepresentação peemedebista. assim o desejar. Ê o partidoque. na realidade. pretende utilizar todos os meios possíveis para ~e dizer democrâtico. mas. quando no poder.considera democráticos todos aqueles meios que hoje denunciam como sendo do autoritarismo e do arbítrio.
O Sr. Orestes Muniz - Mas. Deputado. quem estabeleceu esse sistema de falta de eleições em Municípios estàncias hidrominerais ou em úreas consideradas de interesse da segurança nacional não fomos nós. do PMDB.não fomos nós. da Oposição. Quem estabeleceu esse sistema foi o próprio regime. V. Ex' está querendo jogarsobre nossos ombros um sistema de falta de eleições quenós nào estabelecemos.
O SR. SIQUEIRA C_,V1POS - V. Ex' cstá enganado. Ouvi V. Ex'. agora V. Ex' vai ouvir-me o problemadas est:lncias hidrominerai5 é da competência do Governo do Estado. do Poder Legislativo e do Executivo estadual. O Sr. Taneredo Neves. que anda pregando eleiçõesdireta~ em todo canto, nào permitiu a realização dec1eições diretas em 16 Municípios. Não sei bem. mas
creio que são em número de 20 os Municípios que têmcstáncias hidrominerais no Estado de Minas Gemis.Veja V. Ex' que contradição: depende exclusivamente doGovernador. S. EXl;l é que deve enviar mensagem à Ascmbléia Legislativa. onde o PMDB tem maioria, paraser aprovada; e não quer. Na realidade. as medidas deemergência que V. Exl.l diz gerem injustas são justas. São
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
medidas de defesa da democracia, são mecanismos quevisàm a assegurar a livre manifestação do pensamento, oexercício da liberdade plena. E esses mecanismos vémsendo utilizadas nos momentos adeq uados. Sabe V. Ex~que foram aliciados até homens treinados em guerrilhapara entrarem neste Congresso e pressionarem Deputados na 'hora de votar. Em todos os foros do mundo. emtodas as cortes do mundo, em qualquer setor da atividade humana existem mecanismos de defesa da livre manifestação dos seus membros. Por que não seria assim como Parlamento brn~ileiro'! Por que aquela algazarra. porque aquela subversào da ordem. por que aquela baderna,que impedem a livre manifestação dos Deputados. sejade que partido forem'? Nilo, se v. Ex~s tivessem maioria.estariam aplaudindo as emergências. estariam com oGoverno que V. Ex's apoiaram antes. apoiando as medidas. Mas, como V. Ex's são Oposição. dizem que todosos mecanismos de autodefesa da democracia brasileirasão discricionários, são frutos do arbitrio. É esta contradiçào que denunciamos à N açào.
Sr. Presidente. o Deputado Matheus Sehmidt se declarou um impostor. eomo.memhro do Colégio Eleitoral. S.Ex' se considera. pelo fato de integrar um Colégio quereputa ilegítimo. um impostor. Não. Sr. Presidente, asregras do jogo foram estabelecidas antes das eleições.Quando nos apresentamos ao eleitorado. seja de quepartido for, pedimos votos para integrarmos esta Casa eO Colégio Eleitoral. Em treze Estados da Federação oPDS teve maioria: o PMDB em nove e o PDT em um. OPDT tem seis delegados das Assembléias Legislativas noColégio Eleitoral. o PMDB. que fez maioria.em nove Estadns da Federação. possui cinqüenta e quatro: e o PDS?Tendo feito maioria em treze Estados. tem setenta e oitoqelegados. Mas não é somente esta a eomposição do Colégio Eleitoral. O Colégio Eleitoral se compõe tambémde sessenta e nove Senadores e quatrucentos e setenta enove Deputados. Além do mais. ao reclamar da ilegitimidade da eleição de um delegado ou de um parlamentarpor um Estado pequeno. e;tá denunciando o nobre representante do PDT, nada mais. nada menos. comoilegitima a eleição de Nabor Júnior. governante do pequenino. mas valente e brioso Estado do Acre. eleitopelo PMDB.
Estas eleições são as mais legítimas da História republicana do País. Não podemos aceitar a pecha de ilegítimo. de ilegal para o Colégio Eleitoral. porque ele. naverdade. se sagrou nas urnas. Poderia ter maioria composta pela Oposição. Quanto 11 balela de que as Oposições todas podem unir-se contra o POS, nào temoscondições de afirmar isto aqui porque os interesses são
os mais divergentes e os partidos não podem ser caudatários uns dos outros. Por que o PDT. o PTB ou o PTiriam ser eaudatários do PMDB" Não. Sr. Presidente. Osdivt;rsos partidos de Oposição poderiam unir-se até nós.do PDS: poderíamos todos nos unir. eomo já nos temosunido em determinadas matérias nesta Casa. Mas não temos obrigatoriamente que nos unir contra "a" ou contra"b" ou a favor de quem quer que seja.
O Sr. Orestes Muniz - O pacto de Moneloa dá oexemplo.
O SR. SIQUEIRA CAMPOS - De tudo o que se tratou hoje aqui. gostaria de dizer ao Deputado Jorge Vianna que seus ataques à CEPLAC são de todo lamentáveis.S. Ex' fez llm requerimento, a CEPLAC respondeu comdocumentação à altura dos esclarecimentos desejados. ODr. José Aroldo é um homem correto. sua equipe é inte
grada de homens briosos e competentes. As despesas depassagem. de material, de diária existem. Simplesmenteporque alUa a CEPLAC em delesa do cacau brasileiro.Graças à CEPLAC há. sem dúvida alguma, produtopara exportar. Existe uma produção eaeaueira das maisexpressivas em todo o mundo. Temos que trazer da CEPLAC mais elementos pam esclHre-cermo~a todo,,; os De-
Novembro de 1983
pUlados. já que o Deputado Jorge Vianna não quer ounào tem condições de reconhecer a verdade que lhe foidemonstrada pela resposta democrática. justa e corretado Dr. José Haroldo.
Sr. Presidente. o País está caminhando a passos largospara a democracia plena. graças ã abertura politica doPresidente Figueiredo e graças aos esforços da elassepolítica. Ê hora de se ter profissionais competentes: nàoé hora de amadorismo, nào é hora de darmos acolhida aradicais. É hora de serenidade, firmeza e de competênciano trato da coisa pública.
. Era o que tinha a dizer. .
O SR. PRESIDENTE (Amaury Müller) - Nada maishavendo a tratar. vou levantar a sessão.
COMPARECEM 1~L1IS OS SRS:
Acre
Alércio Dia, - PDS: Aluízio Bezerra - PMDB:Amílear de Queiroz - PDS: Geraldo Fleming PMDB: José Mello - PMDB.
Amazonas
Carla, Alberto de Carli - PMDB: José Lins de Albuquerque - PDS.
Rondônia
Francisco Sales - PDS: Múcio Athayde - PMDB:Olavo Pires - PMDB: Orestes Muniz - PMDB; RitaFurtado - POSo
Pará
Antonio Amaral - PDS: Carlos Vinagre - PMDB:Coutinho Jorge - PMDB; Dionísio Hage - PMOB:Domingos Juvenil - PMDB: Lúcia Viveiros - POS:Manoel Ribeiro - PDS: Ronaldo Campos - PMDB.
Maranhão
Bayma Júnior - PDS: Enoe Vieira - PDS: EuricRibeiro - PDS: Jayme Santana- PDS: João RebeloPDS: Magno Bacelar - PDS: Nagib Haichel - PDS:Sarney Filho - PDS; Vieira da Silva - PDS: WagnerLago - PMDB.
Piauí
Jonathas Nunes - PDS: Ludgero Raulino - PDS:Tapely Júnior - PDS.
Ceará
Aécio de Borba - PDS; Alfredo Marques - PMDB:Antônio Morais - PMDB: Carlos Virgilio- PDS: Cla
'udio Philomeno - PDS: Har- ' <jo Sanford - POS: Manoel GDnçalves - PDS: Mauro Sampaio - PDS; Moysés Pimentel - PMDB: Orlando Bezerra - PDS: Paesde Andrade - PMDB: Paulo Lustosa - PDS: SérgioPhilnmeno - PDS.
Rio Grande do Norte
Antônio Floréncio - PDS: Henrique Eduardo Alves- PMDB; Vingt Rosado - PDS: Wanderley MarizPOSo
Paraíba
Adauto Pereira - PDS; Álvaro Gaudêncio - PDS:António Gomes - PDS: Edme Tavares - PDS: ErnaniSatyro - PDS: Tareísio Euriti - PDS.
Pernambueo
Antônio Farias - PDS: Geraldo Melo - PDS; Gonzaga Vasconcelos - PDS: João Carlos de Carli - PDS:
Novembro de 1983
José Jorge - PDS; José Mendonça Bezerra - POS: José Moura - POS; Josias Leite- PDS; Mansueto de Lavor - PMDB: Miguel Arraes - PMDB; Pedro Corréa- POS: Ricardo Fiuza - POS; Sérgio Murilo PMOB: Thales Ramalho - PDS.
Alagoas
Fernando Collor - POS; Manoel Affonso - PMDB;Renan Calheiros - PMDB.
Sergipe
Adroaldo Campos - PDS; Celso Carvalho - PDS;Hélio Dantas - PDS.
Bahia
Afrísio Vieira Lima - PDS; António Osório - PDS;Etdvir Dantas - PDS; Felix Mendonça - PDS; Fernando Magalhães - PDS; França Teixeira - POS;Francisco Benjamim - PDS; Francisco Pinto PMDB: Hélio Correia - PDS; Jairo Azi - PDS; JorgeMedauar - PMDB; Jorge Vianna - PMDB; José Penedo - PDS; Jutahy Júnior - PDS; Leur Lomanto PDS; Marcelo Cordeiro - PMDB; Ney Ferreira POS; Raymundo Urbano - PMDB; Rómulo GalvãoPDS; Ruy Bacelar - PDS; Virgildásio de Senna PMDB; Wilson Falcão - PDS.
Espírito Santo
Hélio Manhães - PMDB; Luiz Baptista - PMDB;Max Mauro - PMOB; Stélio Dias - PDS; TheodoricoFerraço - PDS.
Rio de Janeiro
Abdias do Nascimento - PDT; Agnaldo Timóteo PDT: Alair Ferreira - PDS; Aloysio Teixcira PMDB; Arolde de Oliveira - PDS; Carlos Peçanha PMDB; Clemir Ramos - PDT: Darcílio Ayres - PDS:Délio dos Santos - PDT; Eduardo Galil - PDS; Fernando Carvalho - PTB; Figueiredo Filho - PDS; Gustavo Faria - PMDB; Hamilton Xavier - PDS; JacquesD'Ornellas - PDT: Jorge Cury - PTB; Jorge LeitePMDB; José Colagrossi - PDT: José Eudes - PT; JoséFrejat - PDT: Lázaro Carvalho - PDS; Léo SimõesPDS: Leônidas Sampaio - PMDB; Marcelo Medeiros- PMDB; Márcio Braga - PMDB: Márcio MacedoPMDB; Osmar Leitão - PDS; Rubem Medina - PDS;Saramago Pinheiro - PDS: Sebastião Ataíde - PDT;Sebastião Nery - PDT; Sérgio Lomba - PDT.
Minas Gerais
Aníbal Teixeira - PMDB; Antônio Dias - PDS; Bonifácio de Andrada - PDS; Carlos Eloy - PDS; CássioGonçalves - PM DB: Castejon Branco - PDS; Christóvam Chiaradia - PDS: Emílio Gallo - PDS; GerardoRenault - PDS: Israel Pinheiro - POS: Jairo Magalhães - PDS: José Aparecido - PMDB; José Machado- PDS: José Mendonça de Morais - PMDB; José Ulisses - PMDB; Juarez Batista - PMDB; Júnia Marise- PMDB: Leopoldo Bessone - PMDB; Luiz Baccarini- PMDB: Luiz Leal- PMDB; Manoel Costa Júnior-PMDB: Marcos Lima - PMDB: Mário Assad - PDS;Mário de Oliveira - PMDB; Maurício Campos - PDS;Milton Reis - PMDB: Navarro Vieira Filho - PDS;Nylton Velloso - PDS; Oscar Corrêa - PDS; OsvaldoMurta - PMDB; Ozanan Coelho - PDS; Raul Belém- PMDB; Raul Bernardo - PDS; Ronaldo CanedoPDS; Rosemburgo Romano - PMDB; Sérgio Ferrara- PMDB: Vicente Guabiroba - PDS: Wilson Vaz PMDB.
São Paulo
Airton Sandoval - PMDB: Alcides Franciscato PDS; Armando Pinheiro - PDS; Aurélio Peres -
DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
PMOB; Bete Mendes - PT: Cardoso Alves - PMOB;Cunha Bueno - PDS; Djalma Bom - PT: DoretoCampanari - PMDB; Estevam Galvâo - PDS; FelipeCheidde - PMDB: Ferreira Martins - PDS; FlávioBierrenbach - PMDB: Francisco Dias - PMDB: Gastone Righi - PTB; Gióiu Júnior - PDS: Herbert Levy- PDS; Israel Dias-Novaes - PMDB: Ivete VargasPTB; João Herrmann - PMDB: José Camargo - PDS;Maluly Neto - PDS; Marcelo Gato - PMDB; Marcondes Pereira - PMDB; Mendes Botelho - PTB;Mendonça Falcão - PTB; Moacir Franco - PTB: Natal Gale - PDS: Nelson do Carmo - PTB: Paulo Maluf- PDS: Paulo Zarzur - PMDB: Raimundo Leite PMDB; Renato Cordeiro - PDS: Roberto Rollemberg- PMDB: Sanes Leite - PDS; Salvador Julianelli PDS; Samir Achôa - PMDB; Theodoro Mendes PMDB; Tidei de Lima - PMDB.
Goiás
Brasílio Caiado - PDS; Genésio de Barros PMDB; Iram Saraiva - PMDB; Irapuan Costã Júnior- PMDB; Iturival Nascimento - PMDB; Jaime Câmara - PDS; Joaquim Roriz - PMDB; Wolney Siqucira- POSo
Mato Grosso
Dante de Olivcira - PMDB: Gilson de Barros PMDB: Miircio Lacerda - PMDB.
Mato Grosso do Sul
Albino Coimbra - PDS: Harry Amorim - PMDB;Plínio Martins - PMDB; Saulo Queiroz - PDS; Ubaldo Barém - PDS.
Paraná
Alceni Guerra - PDS; Amadeu Geara - PMDB;Anselmo Peraro - PMDB: Antànio Ueno - POS:Aroldo Moletta - PMDB: Borges da Silveira PMDB; Celso Sabóia - PMDB; Dilson Fanchin PMDB: Fabiano Braga Cortes - PDS: José CarlosMartinez - PDS; Luiz Antànio Fayet - PDS; MattosLeão":" PMOB; Norton Macedo - PDS; Olivir Gabardo - PMDB: Otávio Cesârio - PDS; Paulo Marques- PMDB: Pedro Sampaio - PMDB: Reinhold Stephanes - PDS; Renato Bernardi - PMDB: Renato Bueno- PMDB; Renato Johnsson - PDS: Santos Filho PDS.
Sanla Calarina
Adhemar Ghisi - PDS; Dirceu Carneiro - PMDB;Epitácio Bittencourt - PDS: Evaldo Amaral - PDS;Fernando Bastos - PDS; Ivo Vanderlinde - PMDB:Nelson Morro - PDS: Pedro Colin - PDS; RenatoVianna - PMDB: Walmor de Luca - PMDB.
Rio Grande do Sul
Aldo Pinto - PDT: Augusto Trein - PDS; DarcyPozza - PDS; Florieeno Paixão - PDT; Ibsen Pinheiro- PMDB: Irineu Colato - PDS; Jorge Uequed PMDB; José Fogaça - PMDB: Júlio Costamilan PMDB; Malheus Schimidt - PDT; Nadyr Rosseti PDT; Nilton Alves - PDT: Oly Fachin - PDS; Osvaldo Nascimento - PDT: Pedro Germano - PDS; Pratini de Morais - PDS; Rosa Flores - PMDB: RubensArdenghi - POS; Victor Faccioni - POSo
Amapá
Paulo Guerra - PDS.
Roraima
Alcides Lima - PDS; Joào Batista Fagundcs - PDS.
Terça-feira 19 11855
DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:
Marauhào
Victor Trovão - PDS.
Paraiba
José Maranhão - PMDB.
Pernambuco
Osvaldo Coelho - PDS.
Alagoas
Nelson Costa - PDS.
Espírito Santo
Myrthes Bevilacqua - PMDB.
Rio de Janeiro
Arildo Teles - PDT; Roberto Jefferson - PTB; Walter Casanova - PDT.
Minas Gerais
Aécio Cunha - PDS.
São Paulo
Alberto Goldman - PMDB; Mário Hato - PMDB;Ralph Biasi - PMDB.
Mato Grosso
Cristino Cortes - PDS.
Rio Grande do Sul
Balthazar de Bcm c Canto - PDS.
Amapá
Clarck Platon - PDS.
RELAÇÃO DOS DEPUTADOS INSCRITOSNO GRANDE EXPEDIENTE
NOVEMBRO/1983
Data Dia da Semana Nome
14:00 Júlio Martins'19 Terça-feira 14:30 Luiz Baptista'
15:00 Francisco Erse*
14:00 Sebastião Rodrigues Jr.'Quinta-feira 14:30 Brabo de Carvalho·
15:00 Gorgônio Neto
9:30 Salles Leite*10:00 Flávio Bierrenbach*10:30 WildyVianna11:00 Ibsen Pinheiro*
4 Sexta-feira 11:30 Nylton Alves'12:00 Floriceno Paixão*12:30 Lélio Souza*13:00 Jorge Vianna*
14:00 Horácio Matos*'7 Segunda-feira 14:30 Wilmar Palis*
15:00 Orestes Muniz
11856 Terça-feira I9 DIÁRIO DO.CONGRESSO NACIONAL (Seçiío n Novembro de 1983
Dezembro de 1983
Inscrições automáticas para o mês de novembro, nos termos da Rcso~
luçào oI} 37, de 1979
14:00 Del Bosco Amaral30 Quarta-feira 14:30 Antônio Câmara
15:00 Wall Ferraz
14:00 Luiz Henriquel' Quinta-feira 14:30 Floriceno Paixão
15:00
O Deputado Fcrnando Lyra, ao longo dos anos, temsido um valoroso companheiro e merece, por parte daLiderança, as melhores homenagens.
Impõe-se. porém. a preservação da imagem do PMDB.e dos que n dirigem. O partido é hoje um patrimônio dasociedade brasileira e um forte motivo da persistência desua esperança, em que pese à fase de incertezas e perplexidade em que se encontra o País.
Como frente de combate ao arbítrio, em todas as suasmodalidades, o PMDB tem um objetivo. muito claro econcreto, que é o de implantar o regime democrático.Daí as SUaS prioridades irrenunciáveis dirigidas à eleiçãodireta para a Presidêncill da República. como veículo insubstituível em busca da legitimidade do poder, e à convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte. parareposição das instituições.
Somente assim teremos uma democracia, ou os requisitos indispensáveis ao Seu exercício. Com um poder legítimo e com instituições sólidas estarão criadas as condições para a efetiva e cada vez mais abrangente participação popular.
Nas circunstâncias atuais. sem uma opào clara por umsistema político. por um regime democrático, não se encontrarão caminhos válidos e livres de dependência paraa,o:; nossas mazelas econômicas e sociais.
Estas verdades, cristalinas e ao alcance da percepçãode todos. estão a dizer que a busca do poder não é o objetivo primeiro do PMDB. Antes de tudo. a sua luta épeja democracia. pelo projeto democrático. Convocadaseleições diretas, outros partidos. ou outras frentes.tornar-se-ãn alternativas dn poder. O próprio PDS. Porque não? O fundamental. para a Nação. é a democracia,a ser alcançada pela cnnsu1ta popular.
Com isto não estamos negando que o PMDB não sejauma alternativa de poder. É. sim. E. pnr sua luta, por sualidelidade aos princípios democrátiens e às causas populares. no momento, a mais válida e de maior credibilidade popular.
Eleger n PMDB como a única alternativa de podcr épensar em arrebatar o Governo da República pela via espúria do Colêgio Eleítnral, num conluio de lideranças lesivo aos interesses nacionais e aos anseios populares. Será transferir a crise para fazé-Ia rebentar, decorridospoucos anos, numa incontrolável convulsão social.
Sabemos que a frente em que .se transformou, pela legitimação popular. o PMDB poderá. alcançado o proje
to democrático. transformar-se num amplo e consistentepartido. com ricos matizes. Tudo dependerá da nossacompetência, e. para esse desiderato. é, inegavelmente,valiosa a contribuição oferecida pelo Deputado Lyra emseu pronunciamento.
Feitos os reparos quanto II natureza e os objetivos doPMDB. bem como sobre a sua tática, impõe-se sejam refutados os gravames aos seus condutores.
O PM DB vcm sendo conduzido por horriens que, seguramente. tém as suas falhas, os seus equív()cos. São,porém, senões menores e decorrem da condição humanade cada um e da própria magnitude da missão. Perdcmse todos na imensa e patriótica obra que foi a legiti·mação do PMDB. no pleito de 1974. sucessivamente reiterada até as eleições de 15 de novembro último. Também, na maneira precisa e clara com que tem respondidoa todos os desafios do Governo. Inclusive, no magnífico
ato político que foi a rejeição do Decreto-lei n" 2.024,que engrandeceu o Congresso, reavivou a esperança popular c acentuou as contradições do Governo.
Particularizando a ligura do Presidente Ulysses Guimarães. a Liderança do PMDB está certa quanto ao seupapel histórico. cumprido. até o momento. com densidade. espírito público, abnegação c coragem cívica.
Vamos deixar as críticas menores e dirigidas a questiúnculas adjetivas, voltando-nos todos para a gigantescac patriótica tarefa de edificação da democracia.
NomeData Dia da Semana
DISCURSO DO DEPUTADO EG[DIO FERREIRA LIMA. PROFERIDO NA SEss;lo ORDIN.4RIA DE 13 DE OUTUBRO DE 1983.
SUPLENTES(Grande Expediente/novembro)
1 - Ângelo Magalhães2 - Jorge Vianna3 - Raul Ferraz4 - Haroldo Lima5 - Leorne Belêm6 - João Agripino7 - Eraldo Tinoco8 - Jorge Medauar9 - Nilson Gibson
\O - Denisar ArneiroII - Alcides Lima12 - Valmor Giavarina13 - Cristina Tavares14 - Amaury Müller15 - Ivo Vanderlinde16 - Egídio Ferreira Lima17 - Lúcio Alcântara18 - Theodorico Ferraço19 - Farabulini Júnior20 - Sérgio Cruz21 - Irajá Rodrigues
o SR. EGlmo FERREIRA LIMA (PMDB - PE.Como Líder.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, falo emnomc da Lidcrança do PMDB e por delegação do LíderFreitas Nobre. E, porque vou tratar de questão internado PMDB. resolvi trazer por escrito o meu pronunciamento. na parte em quc procuro traduzir o pensamentoda Liderança.
Sr. Presidente. Srs. Deputados, na terça-feira. ocupando horário da Lidcrança. o Deputado Fernando Lyra fezuma análise sobre a postura do PMDB na sua luta contra o arbítrio. ao mesmo tempo em quc postulou a modernização c agilização do partido. capacitando-o a enfrentar a nova realidade brasileira e a assumir o poder. jáque. segundo o nobre Parlamentar. em face da descrençageneralizada e da exaustão do sistema. é a legenda peemedebista a única alternativa de Governo que Se apresenta II sociedade brasileira.
N a sua fala. ao lado de sugestões úteis, sobretudo aosuscitar a necessidade de uma reestruturação do partidoe de uma maior versatilidadc dc seus órgãos, o Pariamentar fez algumas críticas severas e injustas ao comando partidário. alêm de ter incorrido em graves equívocosquanto aos objetivos e II tática da agremiação.
Terça-feira 14:00 Dirceu Carneiro14:30 Inocêncio Oliveira15:00 José Luiz Maia
14:00 Ciro Nogueira
9 Quarta-feira 14:30 Cid Carvalho15:00 Humberto Souto
14:00 Maçao Tadano10 Quinta-feira 14:30 Paulo Mincarone
15:00 Mozarildo Cavalcanti'
10:00 Nylton Velloso10:30 Milton Figueiredo11:00 Manuel Viana11:30 Oscar Alves
1i Sexta-feira 12:00 Francisco Amaral12:30 Prisco Viana13:00 Milton Brandão
14:00 Pedro Novais14 Segunda-feira 14:30 Renan Calheiros
15:00 Paulo Lustosa
14:00 João Carlos de Carli
16 Quarta-feira 14:30 Luiz Hcnrique15:00 Raymundo Asfóra
14:00 José Carlos Vasconcelos17 Quinta-feira 14:30 Márcio Braga
15:00 Tarcísio Buriti'
10:00 Vivaldo Frota10:30 Manoel Gonçalves11:00 José Tavares1\:30 N osser Almeida
18 Sexta-feira 12:00 João Paganella12:30 Geovani Borges13:00 Luiz Guedes
14:00 Celso Barros21 Segunda-feira 14:30 Domingos Leonelli
15:00 Márcio Santilli
14:00 Adhemar Ghisi22 Terça-feira 14:30 Saulo Queiroz
15:00 Nelson Aguiar
14:00 To bias Alvcs23 Quarta-feira 14:30 Antônio Amaral
15:00 José Thomaz Nonô
14:00 Ademir Andrade24 Quinta-feira 14:30 Siqueira Campos
15:00 Gerardo Renault
10:00 Ernani Satyro10:30 Bento Pôrto11:00 Randolfo Bittencourt
25 Sexta-feira 11:30 Walber Guimarães12:00 Darcy Passos12:30 José Moura13:00 Carlos Mosconi
14:00 Jackson Barreto28 Scgunda-feira 14:30 Ruben Figueiró
15:00 João Faustino
14:00 Fernando Gomes29 Terça-feira 14:30 Djalma Bessa
15:00 Paulo Borges
Novembro de 1983
As divergências são normais e salutares, bem como aformação e a estruturação de grupos representativos dasdiversas tendências, no seio do PMDB. Mas que os grupos c cada um de seus integrantes nào percam de vista aindispensavel unidade a cimentar todos em um organismo único, acima dos projetos pessoais e de circunstân
cia.
Estas as palavras em nome da Liderança.
Permito-me, agora. como Parlamentar, como simplesintegrante da representação do PMDB, fazer algumasconsiderações inteiramente pessoais.
Ao Deputado Fernando Lyra, encontro-me ligado porlaços afetivos e por elos e identidades quanto à visão doproblema político. Desde 1966 estivemos unidos, a pensar politicamente, sem intermitência. Se agora, no momento em que o seu companheiro e amigo de luta e deafeto, volta ao palco, nos desencontramos, se temos diferentes caminhos e taticas, espero em Deus que essa divergência seja temporária e meramente acidental, porque oque importa ao partido é a cau~a que abraçamos, é a lutaque estamos empreendendo. Essa ligação política e afetiva importa ao partido e é válida para o País.
Sr. Presidente, Fernando Lyra sabe que me preocupoconstantemente com o processo histórico, que há emmim uma perseverante busca da verdade política de cadahora, de cada instante. Se, às vezes, pareço agressivo. se,em alguns momentos, cometo equívocos, essa agressivi
dade e essas falhas decorrem de quem pensa e de quemmuito trabalha. Sabe ele, porém, que toda palavra queprofiro, todo pensamento que elaboro, traz em si, indiscustivelmente, a marcha da boa fé, o desejo de acertar, oespírito e o coração voltados para os melhores propósitos e para o bem comum. Se, nesta hora tão grave para oPaís e tão deeisiva para o PMDB, pareço intransigentena defesa dos postulados programáticos do partido, dalinha partidária que desde março vem sendo reafirmadapor tantos, inclusive pelo Presidente Ulisses Guimaràes,é porque estou certo de que o partido, mais do que nunca. não pode falhar, pois se aproxima o momento do desfecho da grande crise que se abateu sobre o País. Estouabsolutamente eerto de que um ciclo histórieo se fecha edevemos ter competência, perspicácia, sensibilidade parasaher atravessar este momento e reiniciar. com grandeza,para o bem do País. um novo ciclo que já desponta.
Todos sabem que a pessoa humana termina, se acaba,se finda. Tambêm os sistemas políticos, os regimes políticos se esvaziam, se exaurem, apodrecem. Alexis de Tocqueville, em "O Regime Antigo e a Revolução" - eleque era conservador, porém atentamente voltado para aciência política e para o processo histórico, ele que integrava o regime, ele que estava ligado por formação e portendência às oligarquias francesas - diante da Revolução Francesa, disse que O antigo regime chegava aosestertores, estava a falecer, morria, eoncluia o seu papel ea sua trajetória histórica. Aqui mesmo, no Brasil, assistimos à Revolução de 30, que não foi mais do que O ocasode um período, o fechar de uma fase da História brasileira, quando as oligarquias, que abusavam do poder, que
recorriam à fraude, que se corrompiam, fizeram com queo regime se esvaziasse. Houve necessidade de uma ruptura, houve neeessidade de um desenlace. Tão frágil e tãono fim se encontrava o regime de então que o pleito popular não foi capaz de evitar a eclosão da Revolução de30. A disputa entre Júlio Prestes e Getúlio Vargas nãoevitou a revolução, porque fi vontade popular não se fazia cristalina em virtude da fraude que viciava e comprometia o processo eleitoral.
Nós nos encontramos, agora, diante de um regime quechega a seu final, que está se decompondo, que já nãotem o que dar, nem que sustentar. Ê, exatamente por isSO, que apenas duas coisas poderão presidir esta transição: uma revolução violenta, um choque pelas armas, osangue. a luta entre irmãos, ou a consulta popular, avontade do povo manifestando-se enquanto é tempo. Só
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
ela será capaz de dar um banho neste País, de descongestionar 11 atmosfera política, de restituir a autoridade doChefe da Nação. Só será capaz de afastar o espectro darepresália, que os detentores do poder tanto temem. Aeleiçao direta - a consulta popular - reporá o País,acalcntarú os espíritos, afastará o ódio. evitará represálias. Se ela não ocorrer agora, sem nenhum período deprorrogação, sem nenhuma tentativa de transição con~
sentida, se ela não se fizer de imediato, seguramente indiscutivelmente, iremos. logo mais, alguns anos mais, algum tempo mais, para a convulsão soeial.
Defendo a eleição direta porque quero fazer com queessa transiçào aconteça pacificamente, e porque sei queela só poderá vir pelo único veiculo e pelo exclusivo caminho da eleição direta.
Concedo aparte ao nobre Deputado Pimenta da Vei
ga.
o Sr. Pimenta da Veiga - Deputado Egidio FerreiraLima, nosso companheiro Fernado Lyra, no pronunciamento que fez no início desta semana - e que mereceuimpressionante cobertura da imprensa, a ponto de exigiruma resposta oficial da Liderança do nosso partido em verdade não tocou a questão fundamental que certamente gostaria de ter enfrentado e que é exatamente aque V. Ex' levanta neste instante: o problema daseleíçàes diretas. É e,')te o grande divisor de águas, é esta aquestão fundamental na hora que vivemos. Hoje, existem os consensualistas e, de outra parte, os que defendem as eleições direlas sem nenhum ··porém", sem nenhuma vírgula. sem nenhum "mas". Eles queremeleições diretas já. Mas a problemática do consenso nãoé nova, não é moderna. Elajá teve, em outros tempos, nonosso partido, nomes difcrentcs do que tem hoje. Anteriormente o consenso representava os que eram contra aanistia, os que eram contra a Constituinte. Tive o cuidado, sabendo que V. Ex' ia falar hoje sobre este assunto,de trazer um depoimento do Deputado Fernando Lyra,publicado, há cinco anos, na revista "Veja", n' 496. arespeito da eleição do então Deputado Tancredo Nevespara a Liderança do PMDB, em disputa com o Deputado Freitas Nobre. A revista assim se manifestou sobre opronunciamento do Deputado Fernando Lyra: "O ataque mais feroz às articuiaçõe,) do novo Líder viria através do principal cabo cleitoral de Freitas Nobre, o também auténtico Fernado Lyra. Esperamos que Tancredonão traga para a Liderança o seu estilo mineiro. esbravejou Lyra, numa clara e pejorativa referência à acomodação política. E continua a revista: "E que estilo seriaeste'! O próprio Lyra interpretaria: Ê a conciliação pelaconciliação. e precisamos é de afirmação, sob risco deperder as bases cleitorais e a credibilidade política." Sãopalavras do Deputado Fernando Lyra que, no começodesta semana, veio à imprensa desdizer o que disse hácinco anos. Eu pergunto: mudou o entào Deputado Tancredo Neves, ou mudou o Deputado Fernando Lyra?Quem passou por tão ampla transformação? Quem mudou tanto em suas convicções? Isto é profundamente perigoso para uma trajetória política. Portanto, nobre Deputado Egídio Ferreira Lima, temos agora que continuarlutanto pelas tradicionais bandeiras do PMDB, que nãoforam todas alcançadas. Ê v·.erdade que conseguimos aanistia. Ê verdade que conseguimos as eleições diretaspara os governos estaduais, Ê verdade que temos hojeum espaço democrático muito mais amplo na políticanacional. Mas não é menos verdade que ainda nào tivemos as eleições diretas para Presidente da República,que V. ExJ.l muito bem concei~ua como a única forma deevitar lima convulsão social. E não tivemos ainda também a consecução da Assembléia Nacional Constituinte.Enquanto não alcarçarmos essas metas, não poderemosconversar com este Governo que continua decidindo noplano econômico de forma hermética, contra os assalariados e a favor dos grandes capitais nacionais e interna-
Terça-feira 19 11857
cionais. Lamento profundamente ter tomado alguns minutos do preciso discurso que V. Ex" faz, mas creio queseria mcu dever colocar cssas questões e, sobretudo, omeu ponto de vista.
o SR, EGIDIO FERREIRA LIMA - V. Ex' não metoma o tempo. Pronuciando-se, em parte reflete V. Ex' asua dimensão pessoal e traduz a nitidez de sua linha política.
Concedo aparte ao nobre Deputado Elquisson Soares.
O Sr. Elquisson Soares - Nobre Deputado EgídioFerreira Lima, há uma constatação que todos n6s devemos encarar com seriedade. Há uma crise profunda egrave que envolve o PMDB. Esta é, na verdade, a primcira constataçào que deve ser feita por todos nós, filiados a ele. Eu não tenho dúvidas de que há muitos acertosno discurso do Deputado Fernando Lyra. Eu diria que oDeputado Fernando Lyra não mudou muito. Nós o conhecemos no dia-a-dia da Cãmara dos Deputados. OGovernador Tancredo Neves não mudou nada e o regime mudou alguma coisa. Parar para analisar o regime,sua nova fase, é uma questão que se impõe ao PMDB, eque, contudo, se recusa a fazê-lo. O nobre DeputadoUlysses Guimaraes ousa, na verdade, assumir compromissos com a sociedade. mas o faz em nome pessoal.porque não ouve O partido. Daí a crítica feita pelo Deputado Fernando Lyra. Este é um partido hermético. ODeputado que quiser saber o que acontece no interior doPM DB tem de ir ao gabinete do Deputado Ulysses Guimarães, que, por sua vez, não vai a gabinete de Deputado algum. E nós fazemos contatos com as nossas bases atodo instante. Ainda anteontem, recebia uma carona doGovernador Tancredo Neves, quando S. Ex' dizia: "Nãohú como o Brasil fugir das mãos do FMI. Temos de en('rentar esta situação". E cu lhe perguntava: "Governador, se vamos negociar com o FMI, que é o que pretendeo regime, como fica o PMDB, que tem um programa nasrllas propalando rompimento com aquele organismo internaciona\' e propondo a moratória ctc." Como ficamV. Ex' e o Deputado Ulysses Guimarães. as duas grandes figuras em debate neste instante'?" Respondeu-me S.Ex': "O Deputado Ulysses Guimarães está profundamente equivocado nesta questão" - deixando bem claraa sua divergência com a direção partidária. Cabe constatar que temos agora dois PMDBs: o de Tancredo Nevese o de Ulysses Guimarães. O Deputado Fernando Lyra,por sua vez, fez a sua opçao: está com o PMDB de Tancredo. Resta saber, Deputado, quem está com o de Ulysses Guimarães. Posso assegurar a V. Ex~ que os que estào com Tancredo o dizcm abertamente e o defendemdesta tribuna. Mas nem todos defendem o partido deUlysses Guimaràes, o que é um dado verdadeiro. Portanto, um conselho ao Dr. Ulysses: pare e pense, paraque amanhã não fique sozinho. Porque, na verdade, S.ExU pode estar apresentando uma proposta à sociedadeque o seu partido, na base, não esteja respaldando. V.Ex<' tcm O mérito de colocar o dedo na ferida e de chamaro partido a uma reflexão, porque, se nào o fizer, daqui aoito dias o partido estará diluído e perdido, mais do quejá está, porque à frente dele. neste instante, até. o PDS jácstá apresentando propostas concretas à sociedade.
O SR, EGIDIO FERREIRA LIMA - Deputado EIquisson Soares, nào me espanta que o PMDB tenha emsi dois, três ou quatro grupos ou partidos, Esta tem sido11 característica do PMDB. Para chegarmos a 1974, nopartido existiam pelo menos duas tendências, duas alasmuito nítidas e bem claras: moderados e autênticos. Depois da anistia, depois, sobretudo, do pleito de 15 de novembro, ('azer política neste País tornou-se um jogo de
xadrez: requcr competência e reformulação. Não se tratado jogo de damas da época do autoritarismo e da repres-
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são mais feroz. quando li coragem era o requisito maior ctalvez o ÍJnico necessário para se combater o sistema e oautoritarismo. Mas tenho certeza de que o Deputado Elquisson Soares. o Deputado Fernando Lyra. todos nóstrahalharemos para que a unidade do PMDBseja preservada.
Concedo. com satisfaçào. aparte ao Deputado Fernando Lyra.
o Sr. Fernando Lyra - Deputado Egídio Ferreira Uma, primeiramente estranhei que a Liderança do meupartido viesse me responder quando, nào em nome dela,01 as em horário cedido por ela. expus o meu pensamentosohre a hora presente, principalmente sobre o PMDB.Em segundo lugar, eu queria fazer um reparo ao meunohre e querido companheiro Pimenta da Veiga: a resposta da Liderança ao meu pronunciamento não foi fruto da extensa divulgaçilo que teve o meu discurso. Antesda divulgaçào extensa do meu discurso. a Liderança jáanunciara que me responderia. Mas eu não me preocupo- e V. Ex(l me conhece muito bem - com a resposta daLiderança, porque em nenhuma hora entendi que o meu
discurso. sob o ángulo que lhe dci. merccesse reparos.Conseqüentemente, não me sinto ferido e muito menosdesautorizado. Pelo contrário, isto demonstra exatamente a dimensào do meu pronunciamento c a profundidadecom que ele foi feito. como também o cuidado com qucfoi analis"do pelo Líder Freitas Nobre. Agora, eu queriadeixar tudo bem claro. e esla oportunidade é excelente. Edigo mais: muita gcnte estranhou porque nós fomos paraa praça pública discutir problemas internos. A tribuna érealmente um instrumento e, fundamentalmente, estetipo dc debatc me honra sobremaneira, tendo V. Ex'como meu debatedor. porque V. Ex' sabe quc a amizadeque nos une foi forjada na sólida e indestrutível aliançadas lutas que travamos juntos. Mas queria fazer um reparo ao aparte do meu qucrido Dcputado e colega EIquisson Soares: não sou do PMDB de Ulysses. nem soudo PMOB de Tancredo Neves. Eu fui do MDB quandonào sabia quem era o Presidente do partido. E optamos.cu e V. Ex'. pelo MDB sem saber quem era o Presidentedo partido. Quando optei pelo PMDB também nào meprcocupci em saber se cra do Ulysses ou do Tancrcdo. Oque me prcocupa é o PMDB como partido voltado paraaquilo que eu penso. para aquilo que entendo corno a linha real da conduta de um partido que tem que ser moderno. E a liderança que me quis responder - nào V.Ex'. mas o Deputado Freitas Nobre. através de V. Ex'nào o fez quanto tis questões que entendo fundamentais,que eram, que foram c que sào as seguintes: primeiro. ocomportamento autoritário da direção partidária. E aínão vejo o problema do Deputado Ulysses Guimarães.Não o citei uma vez sequer. Às seqüelas do autoritarismo temos que prestar muita atcnção. porquc às vezes asassimilamos com muita facilidade. O autoritarismo é umfato incontestúvel, como também as falhas do partido. Oque eu disse no meu discurso nào é novidade. O Deputa
do Miguel Arraes. já no começo do ano. citava - c estápublicado na "Revista do PMDB" do més passado todas as providências que o partirill 1 no seu entender, deveria ter tomado para se atualizar. As outras qu~stões,
Deputado Egídío Ferreira Lima. não foram respondidas.porque não têm resposta. V. Ex~ se deteve, e com muitarazão, na questão da eleição direta. Volto li afirmar - eV. Ex'. esta Casa c o povo brasileiro mc eonhcccm. emque pese modestamente à minha atitude - não sou decambalacho. nllnca fui de conchavos, nem nunca tivepretensão dc aderir. Ah. se eu tivesse a pretensão de aderir. Deputado Egídio Ferreira Lima! V. Ex' me eonhccee sabe muito bem que nunca deixei de defender aseleições direta, para Presidéneia da República. Provadisso é que. na última entrevista que dei à revista "Senhor", quando me perguntaram quem era o meu candidato a Presidente da República em eleições diretas. eu
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
disse "Meu candidato é o Govcrnador Tancredo Neves". Porque eu disse isso') Porque entendo quc o próximo Governo tem que ser. hú de ser e vai ser de transicào.
Serú um Governo que irá convocar o que constitui ogrande sonho do PMDB: a Assembléia Nacional Constituinte. Seja quem for o próximo Presidente. principalmente se da Oposiçào, terá que sintonizar o Governo
com as aspirações da sociedadc brasileira. E. para sintonizar sua ação com as aspirações do povo brasileiro. se
escolhido dentro desse espúrio Colégio Eleitoral, terá deconvocar eleições diretas para Presidente da República.
Se escolhido por eleições diretas. terá que convocar a Assembléia Nacional Constituintc. para rceolocar o País nodevido caminho. A diferença fundamental é que jamaiscolocaria meu partido nesta dicotomia estéril, que leva anada. entre consensualista e anticonscnsuulista. O queme interessa nesta hora - c este debate servirá para isto,tcnho certeza - é lançar esta frente. halançar o PMDB.para que cncontremos a saída que a sociedade espera,não somente. Deputado Egídio Fcrrcira Lima. a saídaatravés da pregação das eleições diretas, mas também.fundamentalmente, indo ao encontro das aspirações e
necessidades do povo brasileiro. Desculpe ter tomado otempo de V. Ex' - perdoe-me a Presidência - mas,quando foi apresentada a tese das eleições "diretas. meuLíder. Deputado Freitas Nohre. disse o segainte: "Campanha para eleições diretas tem quc vir sccundada das teses que a sociedade espera que o PMDB discuta. paraque tenhamos o povo nas ruas". Ora. eleições diretasconstituem aspiração não apenas nossa, mas também dopovo hrasileiro. Por isso. discuti-Ias é muito importante.
Mas aprovar nossas propostas partidúrias. defini-las.dissecú-Ias é obra tão importante quanto a prcgação emfavor de cleições diretas. De nada adianta um partidoamorfo. lerdo. centralizado, nutoritúrio. Precisamos terum partido democrútico. E esta a razão maior do meupronunciamento. que não foi respondido pela Lidcrançado meu partido amigo Dcputado Freitas Nobre. Issoquero deixar bem claro. Esperamos que tenhamos outra
oportunidade para discutir este problcma. que consideroo aspecto central da política brasileira.
o SR. EGfmO FERREIRA LIMA - Deputado Fernando Lyra. em primeiro lugar. devo dizer a V. Ex~ quevou permitir que o seu discurso seja publicado ao ladodo meu. Em segundo lugar. quero deixar bem claro querecebi delegaçào da l.iderança para responder a V. Ex'.mas, quanto ao enfoque do pronunciamento. slIa redação, a parte escrita, as colocações aqui feitas nào foram, sequer, submetidas ao Líder Freitas Nobre. Nasceram de mim. Em terceiro lugar. devo dizer que, provavelmcnte. quando proccdia à leitura da parte escrita. V.Ex9 nilo estava atento. Se estivesse. leria percebido que,didaticamente. e com elegância, respondi a toda a análisee a todas afirmativas de V. Ex'" Inclusive. tive o cuidadode mostrar (1 equívoco em que incorreu V. Ex~, ao examinar a naturC7<l do PM DR e sua tática. E mo~f.rei, do meuponto de vista - conseqüentemente. do ponto de vistada Liderança - o que se devia pensar e concluir acercado que seja o PMDB. Em quarto lugar. gostaria que meuprezado cc)mpanheiro e amigo, Deputado Fernando Lyra. nào estivesse tào de cátedra, tào seguro quanto ao seupronunciamento e deixasse margem para os erros de enfoque. nos quais todos incorremos. e que a maturidadeindica serem inevitáveis. por mais sábio e capaz seja ohomem.
O pronunciamento de V. Ex l.l foi sério. tem consjde~
rações ricas. mas contém falhas clamorosas. Por isso, euo estou analisando. refutando e re::ípondendo nesta tar
dc. Sejamos ambos. Deputado Fernando Lyra, mais humildes, e ussim melhor serviremos ao partido c à Pátria.(Palimls.)
Novembro de 1983
DISCURSOS DO MINISTRO CESAR CALS EINTERPELANTES, PROFERIDOS NA SESS/lOORDINÃR[A DE [9 DE OUTUBRO DE 1983.
o SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) Encontrando-sc presente em Plenário o Sr. Ministro César Cals, do Ministério das Minas e Energia, que comparece à Cámara a fim de prestar csclarecimentos sobre assunto relativo à PETROBRÂS S.A., convido S. Ex' aocupar a tribuna. (Pausa.)
Sr. Ministro, nos termos do Regimento Interno. V.Ex' poderá falar por 30 minutos. prorrogáveis por mais30 pelo Plenário. Encerrada sua exposição. poderão serformuladas perguntas pelos Deputados inscritos. nãopodendo cada um fazé-Io por mais de 10 minutos, excetoo autor do requerimento. que terá o prazo de 15 minutos. A V. Ex' será assegurado igual tempo para responder.
Tem a palavra V. Ex'
o SR. MINISTRO CtSAR CALS - ExmoSr. Presidente da Cámara dos Deputados. Deputado FlávioMarcílio, Srs. Deputados, meus companheiros do Congresso Nacional. tenho muita honra e muita satisfaçãoem voltar a csta Casa para prestar esclarecimentos. ematenção a um requerimento de informação do DcputadoFloriceno Paixão. O requerimento diz respeíto, em primeiro lugar. ao suprimento de petróleo por empresasmultinaeionais; em segundo lugar, aos trabalhos de prospecção de petróleo sob a forma de contrato de risco; emterceiro lugar, ao descmpcnho da PETROBRÂS nos últimos 20 anos e as metas a serem atingidas nos próximos5 anos.
Para dar uma idéia da política que está sendo implementada na PETROBRÂS sobre o suprimento de petróleo. precisaria voltar ao ano de 1979. início do Governo do Presidente Figueiredo, quando acontecia no mundo um novo choque do preço do petróleo. O primeirochoque do preço do petróleo aconteceu em 1973, e o segundo. em 1979.
A partir de 1973, em face da alta vertiginosa do preçodo petróleo, os países importadores desse combustívelpassaram a ter uma inflação conseqüente desta alta.Houve lima reação dos países industrializndos importadores de petróleo. inflacionando os equipamentos manufaturados, assim como o custo do dinheiro intcrnacionale os juros bancários. O Brasil, por ser um País Importador de petróleo e em desenvolvimento, sofreu estas duasinfl~ções e já tinha. em 1979. grandes dificuldades para opagamento de sua conta de petróleo. O Presidente Figueiredo, ao escolher o scu Ministro das Minas c Energia. determinou que a sua principal atividade no Ministério fosse reduzir a dependência externa de petróleo. Naocasião, o Brasil produzia 164 mil barris de petróleo pordia e importava. em março de 1979,960 mil barris de petróleo por dia. Num crescimento de 7%, logo em seguidaimportava um milhào de barris de petróleo por dia.
Desse um milhão de barris de petróleo por dia, que Seimportavam cm 1979. no início do Governo Figueiredo,mais de 92% vinham de uma só área geográfica, o MédioOriente. O Presidente Figuciredo orientou o Ministériodas Minas e Energia no sentido de que. além de reduzir adependéncia externa de petróleo, reduzisse a dependência de uma só área geográfica: para tanto. deveríamos diversit1car as fontes de suprimento de petróleo. O Ministério resolveu, então. adotar um novo modelo energéticopara o Brasil. mudando os hábitos de produção e de consumo, uma vez que, até o início do Governo Figueiredo,a energia, no Brasil, fundamentava-se fortemente emdois energéticos - o petróleo e a hidreletricidade - e O
País mal iniciava o Programa Nuclear.Passamos, então. a examinar todos os encrgéticos dis
poníveis no Brasil. Por outro lado, a sociedade brasileira, assim como as sociedades ocidentais, foi organizadacom base no esbanjamento de energia. Não havia o me-.
Novembro de 1983
nor sinal de pOlipança de energia, em particular o petróleo, Era necessário, também, mudar os hábitos deconsumo; era necessária uma mudança de curto prazonesse sentido. Por isso, o próprio Ministro resolveu atender ao convite do corte vertical da sociedade, na tentativa de receber a adesão da sociedade brasileira para estaresolução energética.
Fizemos palestras, desde Câmaras de Vereadores aoCongresso Nacional- no Senado Federal e na Câmarados Deputados - assim como em sindicatos de trabalhadores, em organizações empresariais, em organizações de classe e organizações militares, além de participarmos em simpósios em vârias capitais. Em novembrode 1979, levamos ao Presidente um novo modelo energético para o Brasil, em que iríamos perseguir trés eaminllOs. O primeiro deles era o aumento da produção brasileira de petróleo. Anunciamos, na ocasião, que vinhacaindo a produção de petróleo. Após quatro anos emdeclínio, a produção era de 164 mil barris por dia, eanunciamos que, em 1985, haveriamos de chegar a 500mil barris de petróleo por dia.
Diria aos nobres Deputados que. neste momento, jáatingimos 367 mil b/d de petróleo, mais que o dobro, evamos atingir 400 mil barris. no final deste ano, sendoque os mil b/d. previstos para 85, vamos antecipá-lospara 84. Ao mesmo tempo, fizemos um trabalho de con
servação de energia. O consumo de pelróleo crescia auma taxa de 6,7% ao ano. Já no ano de 1980, com as medidas de conservação de energia, algumas d,!s quais sacrificaram ti sociedade brasileira. como a estrutura depreços. o fechamento de postos de gasolina aos sâbadose domingos. a fiscalização nas e~tradas e o gerenciamento em cada indústria, cortando-se o suprimento de combustível para as indClstrins onde se verificou que o mesmo estava sendo desperdiçado. já no ano de 1980, repito,conseguimos baixar a taxa de crescimento de 6.7% aoano para zero por cento. naquele ano. a economia brasileira cresceu 8,5%. Em 81. 82 c 83, o crescimento do consumo foi negativo.
A terceira medida foi a substituição de cada derivadode petróleo por um energéti[;o nacional: a gasolina pelo.álcool: para o óleo dicsel, tentamos o ólco vegctal: a eletricidade para motores estacionários: a dupla injeção áleool/dIeo diesel e o álcool aditivado; para o dIeo combu.stíve1. utilizamos o carvão mineral. a madeira, a turfa,o xisto, a energia solar, a casca de arroz c o babaçu. Passamos a utilizar todos os energéticos disponíveis no Bra,il.
O resultado desta política I ... , que, de 1.000.000/barrisde petróleo por dia que importávamos em 79, passamosa uma importação de 630.000 b/d em 83: praticamente,uma redução de 40%.
Dentro da medida de diversificação das fontes de suprimento, a participação do Oriente Médio, que era de92%. passou a ser de 63%. Passou a haver uma maiorpresença da Europa, da Áfriea e da Ásia. neste momento. importamos petrólco do Oriente Médio: Arábia Saudita, lraque. Irã, Qatar, Emirados Ârabes, K\Vait e zonaneutra: da América: México, Venezuela e Equador: daÁfrica. Angola. Argélia. Libia, Nigéria. Congo e Gabão:da Europa: União Soviética: C da Ásia: China. Há, portanto. uma maior diversificação. uma maior confiaLilidade na segurança desse suprimento.
Mas V. Ex~s sabem que. com esta crise que vive o Bra
sil. foi necessário mudar também o sistema de pagamento. que era a 30 dias do suprimento. para () pagamento aprazo, de acordo com a inl'ltruçào do Banco Cer-'.ral. apartir de outubro de 1982. Com a Resolução n" 767, doBanco Central. a PETROBRÂS teve de renegociar osseus contratos de compra de petróleo, alguns ainda ~m
plena vigéncia, objctivando adaptá-los à exigência dc 180dias de prazo para pagamento. Aí residiu uma parcela dadificuldade, pois nem todos 'l' supridores de petróleo.com contrato em vigencin, aceitaram de pronto esta re-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçuo I)
negociação para pagamento no prazo de 180 dias. A PETROBRÁS, então. entendeu que devin buscar, também,as mu1tinacionais. para o easo de falhar algumas dessasrenegociaçôes.
As negociaçàes com as mullinacionuis, para tI compra
dc petrólco. não chegaram ao resultado esperado, umavez quc se pretendia importar dessas empresas ISO milb/d dc petróleo. e os contratos renovados com a Texacoe a Chevron totalizaram um volume de 70 mil b/d de pc
tróleo. Então. vcjam V. Ex's quc. dos 630 mil b/d de petróleo, que nós estamos importando, apcnas 70 mil bjdde pdróleo são da~ lTlultinacionais. O Brasil nào depende forLemcnte das multinaeionais. porque temos outrascondições. uma vez que temos outros contratos parareexportar sob a forma de derivados.
Posso garantir a V. Ex's que o abastecimcnto do mercado brasileiro não cstá, portanto, na dependéncia defornecimento das mui li nacionais de petróleo. e tambémposso dizer quc as mu1tinacionais deixaram de ser supridoras de petróleo ao Brasil, e mesmo ao mundo. em facede uma nova política em que se deu prioridade à~ e:')tatais. Então, elas tinham também dificuldadcs para seajustar its novas solicitações da PETROBRÁS. Eis, portanto, eu creio. as informações em resposta ao primeiroitem do requerimento do Deputado Floriceno Paixào.
Quanto ao descmpenho dos contrat.r,mtes de riseo estrangeiros. sabemos que. em oulubro de lin5, fomm instituídos contratos de prestação de serviços para a exploração de petróleo eom cláusulas de risco. F oram feiLasvárias licitações. Creio que a forma desses contratos já édo conhecimento deste Plenário, dos nobres Dcputados,uma vez que o assunto já foi objeto de informações especíticas.
Em marco de 1976, a PETRÓBRAS iniciou a primeiralicitação internacional. tendo em vista celebrar, com
companhias de petróleo estrangeiras. Contratos de Prestação de Serviços para Exploração de Petróleo com Clausula de Risco. em úreas previamente selecionadas. resguardando o princípio do monopólio estatal.
Desde novembro de 1976 até 31 de agosto d'e 1983. foram assinados. com 32 companhias estrangeiras. 87 Contratos de Risco. sendo 66 em áreas na plataforma continental e 21 em terra. dos quais 60 já terminados. sem deseohert.a comercial de petróleo, c 27 ainda vigente.
Até o momento. foram realizados 118.000 km de levantamentos sísmicos e perfurados 63 poço~, sendo 59no mar c 4 em terra, com um investimento da urdem de 1bilhão de dólares.
Presentemente. após a perfuração de 3 poços.encontra-se em avaliaçào, com hoas perpectivas de resultar em desceI ... rta comercial de petróleo. uma área sobContrato dc Risco com empresa subsidiária da PECTENINTERNAnONA L COMPANY (pertencente ao grupo SHELL), situada na plataforma sul do Estado dnBahia.
Para o corrente ano foi programado o levantamentode 6.241 km de linhas sísmicas e a perfuração de 9 poços,num total de 10.81 I metros, com o investimento de,aproximadamente. 38 milhões de dólares norteamericanos.
Atualmente, está em curso a sétima licitação, com término previsto para 31 de outubro corrente, já tendo sidoassinado. até agora, 6 contratos de risco, exclusivamentecom subsidiârias da Pecten Internacional Company.
Da área total das bacias sedimentares brasilciras. cerca de 86% foram abertas aos Contratos de risco, e 14%estão sob exploração direta da PETROBRÁS.
O resultado do esforço da PETROBRÁS, na busca dopetróleo nacional enobrece o Brasil. Lá fora, a PETROBRÁS mostra o seu excelente capital técnico. Hápaíses fornecedores de petróleo que condicionam os contratos de suprimento à exploração pela BRASPETRO,em seu território, sob a forma de eo-ntrato de risco.
Terça-feira 19 11859
Creio que o segundo item do requerimento do Deputado Floriceno Paixão já foi aqui esgotado com essas informações.
O tercciro item diz respeito ao desempenho da PETROBRÁS nos últimos 20 anos e metas a atingir nospróximos 5 anos nos setores de exploração e produção.
As atividades exploratórias desenvolvem-se através de
2 linhas de ação paralelas:- de execução direta, realizada pelos téenicos da PE
TROBRÁS, desde o reconhecimento geológico de umaárea até a produção dos campos dcscobertos; e'
- de eXecução indireta, em que a exploração de petróleo em determinadas âreas é executada por terceiros,atravbs dos Contratos de Prestação de Serviços com Claasula de Risco.
O somatório das atividades de exploração de petróleono Brasil. conduzidas pela PETROBRÁS, representa umprograma agressivo que abrange todas as áreas sedimentares do Pais onde existem possibilidades de se localizaracumulações de petróleo e gÍís natural.
Desde sua criação, 'em 1954, a PETROBRÁS vem despendendo elevado nível de recursos na identificação dejazidas e no desenvolvimento da produção. Os investimentos nessas atividades, tanto em termos reais comopercentuais, têm apresentado tendência crescente, damesma forma que as aplicações totais da companhia t.émcrescido em resposta às necessidades decorrentes da forteexpansão econômica do País.
Eu diria a V. Ex's que, em 1979, ao se iniciar o Governo Figueiredo, a PETROBRÁS alocava cerca de 40%dos seus investimentos nesta ârea de exploração e produção, ou seja, 40% do seu orçamento total de investimentos. Neste momento a PETROBRÁS aloca mais de83% dos seus recursos às áreas de produção e exploraçào. Ela, de falo, está concentrada na busca de petrdleo no Brasil. E tem feito isto com êxito. porquc as reservas de petróleo e de gás natural têm-se somado. Apesar da produção ter aumentado, as reservas têm crescido.Passarei a informar, aqui, os seguintes números: os investimentos feitos pela PETROBR};S, a preços médíosde 1983, desde 1954, atingem a 13.153,1 bilhões de cruzeiros. dos quais 7.216.9 bilhões de cruzeiros, representando 54,9%, nas âreas de exploração e produção.
Cabe destacar que a partir de 1979. com a nova orientaç"o dada pelo Ministério das Mínas c Energías. os investimentos nas áreas de exploração t produção corresponderam a 163,4% dos invest: ~ntos re,",~~iados até então (4.477,2 bilhões de cruzeiros no período de 19791983, versus 2.739,7 bilhões de cruzeiros no período1954-1978. ambos os valores a preços médios de 1983). cquc os investimentos totais da _TROBRÁS corresponderam a 79.9% do total até então realizado (5.840,5 bilhões de'cruzciros, no período 1979-1983, versus 7 " 2,6bilhões de cruzeiros no período 1954- 1978, ambos os valores a preços médios de 19831.
Falei sobre os investimentos da área de exploração eprodução.
Em termos percentuais. os invcstimcntos - isso émuito importante para que V. Ex's possam aferir a novaorientação que se e'tâ dando à PETROBRÁS - que representavam. nas áreas de exploração e produção, em1954, 15,9% dos investimentos totais, passaram para26,9% em 1974, elevando-se para 46,9% em 1978, atingindo 82,3%,
Desde a sua criaçào, at~ meados do corrente ano, foram perfurados, pela PETROBRÁS, 7.946 poços - totalizando 12.234.199 metros -, dos quais \.054 poços(3.414.207 metros), representando 13,3% em termos depoços e 27.9% em termos de metragcm, localizados naplataforma continental.
Desse total de 7.946 poços terminados, 4.536 se re,·ola
ram produtores, sendo 4.307 de 6leo (3.922 em terra e385 no mar) c 229 de gás (206 cm terra c 23 no mar).
O esforço despendido pelas atividades de exploração ede perfuração resu1tou, no mesmo período: na de5cober-
11860 Terça-feira Ig
ta de 157 campos de petróleo e gás ([ 17 em terra e 40 nomar). com real significado comercial, di:.;;tribuídos em 7
bacias sedimentares. Destaca-se a grande concentraçãoem lerra na Bacia do Recóncavo (60 campos) e no marna Bacia de Campos (23 campos).
A partir de 1969. seguindo tendéncia internacionalmente wrificada. a PETROBRAs deu início às operações na plataforma continental. o que conduziu à des
coberta de importantes campos petroliferos. cujas produções mais do que compensaram o declinio que já então .se verificava nas jazidas terrestre5.
A partir de [979. já no Governo Figueiredo. as atividades de perfuração. em águas brasileiras. cresceramtanto que. nos últimos 2 anos. no Brasil atingiu o terceiro lugar mundial quanto à concentração de equipamentos de perfuração. Desde então. a utilização das maisavançadas técnicas de exploração tcm possibilitado aperfuração, com sucesso. de poços de até 5.250 metros deprofundidade, em lúminas d'úgua de até 400 metros.
Um importante indicador do esforço realizado, noGoverno do Presidente João Figueiredo. é o aumento darnetragem perfurada. que passou de 238 mil metros. em[973. para 704 mil metros. em 1979. ultrapassando amarca de 1.5 milhão de metros em 1982. valor este queserá superado. novamente. no corrente. ano.
Outro importante indicador é ü aumento do número
de poços perfurados, que de [ I [, em 1973. passou para377. em 1979. atingindo 1.067 em 1982.
Este ano. vamos chegar a 1.300 poços perfurados.
A despeito das dificuldades de ordem geológica. a PETROBRÁS. no período de 1954 ajunho de 1983, identificou e delimitou horizontes petrolíferos que continhamum volume de 3,9 bilhões de barris equivalentes de petróleo. dos quais 3.2 bilhões de barris referentes ao óleo e0.7 bilhão de barri, equivalentes referentes ao gás natu
ral.Poderia dizer a V. Ex's que. além do maior nivel de
perfuração. além do maior esforço de produção e perfuraçúo. há também um esforço da PETROBRÁS na eficiência. Isso pode ser mostrado em metros perfuradospor sonda/més. Em 1979, eram perfurados 1.07 [ metros/sonda/mes. Em 1982, este valor cresceu para 1.553metros/sonda/mês. o que significa uma eficiência, praticamente. 50% maior. Este ano, até o presente momento.estamos com 1.640 metros/sonda/mês.
A atual reserva recuperável de petróleo e gás natural
permitirá aumentarmos a produção brasileira de umamédia de 335 mil barris por dia - previstos para 1983 para 400 mil barrís por dia. neste ano. Chegaremos a 500mil barris por dia. ao final de 1984. propiciando umasensível redução no dispêndio de divisas com a importação de petróleo e. conseqüentemente. um alívio naconta externa do País. Para se ter uma idéia do que issorepresenta. a produção média de 335 mil barris por dia- produção prevista para 1983 - corresponde a uma
economia de divisas de 3 bilhões e 500 milhões de dólarespor ano.
Diria a V. Ex"s que, no ano de 1981. a conta petróleofoi calculada oficialmente pela PETROBRÁS em 12.8bilhões de dólares. O Presidente João Figueiredo. ao informar ao seu Ministro que o Pais não tinha como pagaressa conta. deu, através dos Ministros do Planejamento eda Fazenda, um teto entre 10 e 1I bilhões de dólares.
Prometemos fazer por 10 bilhões de dólares. no ano de1981 - e o fizemos. Se V. Ex~s se recordam. lembrarãoque foi quando o Ministro anunciou para todo o Brasil aredução das importações de petróleo de I milhão de barris por dia para 750 mil b/d, o que poucos acreditavamque pudéssemos razer. Portanto. no ano de 81, atingiu 10bilhões de dólares; no ano de 82, a conta petróleo baixoupara 9 bilhões de dólares; e no ano de 19H3. eu já prometi. ela será inferior a 7 bilhões de dólares. [550 pode mostrar o esforço imenso que se tem feito neste campo e oexcelente capital técnico de que dispõe a PETROBRÁS.
DlÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçüo I)
Apesar dos resultados da atividade de e.xploração depetróleo serem aleatórios e incertos, sujeitos fi fatoresimponderàvds. é lícito concluir que o investimento reali
zado nest.e .setor. pela PETROBRÁS. tomadas em consideração a~ respostas decorrentes dos padmetros geológicos. constituiu cxcekntt: apIícação de recursos, além deatender aos interesses do Pais. Para os próximos cincoanos. além de se ohjetivar urna produção média da orL1em de 500 mil barris de petróleo por dia. em 1985 as atividades de exploração e produção de petróleo estarãoorientadas no sentido de envidar esforços que garantamo aumento contínuo dn produção nacional de petróleo.
Estas são as informações aliciais que dcixo com a Mesa. rvlas queria dizer a V. Ex~s que o rvlinist~rio está tra
balhando com vista~ a atender às nossas necessidadesenergéticas num horizonte de 10 anos. O êxito da PETROBRÁS e a possibilidade de existência de petróleo noBrasil é um t~lto. A bacia de Campos ainda não atingiu a
sua maturidade exploratória. Ainda temos muitos campos a identificar na bacia de Campos. Por outro lado. abacia potiguar e a hacia do Ceará oferecem boas perspectivas. O petróleo em terra, não só no Espírito Santo.mas em Aracati e Mossoró. também oferece grandesperspectivas. Nôs poderíamos dizer que. além do quejáse descobriu. temos também uma perspectiva muitogrande entre Belém e São Luís. onde encontramos umalinhament.o de campos de petróleo que neste momentoestá com um poço em teste.. com a vazão de 3.300 barrispor dia. Na bacia dc Campos, há um poço já com I3.HOObarris por dia. ou seja, quase [4 mil barris em um sópoço. Por outro lado, tenho muil3. esperança de que a
bacia da plataforma. entre Belém e São Luís. possa seruma importante província petrolifera. nas mesmas di~
men~õe5da bacia de Campos. como também são promissoras as reservas de gás natural de Junlá. Ao chegarmosao Ministério. tais bacias eram avaliadas em 4 ou 5 bilhões de metros cúhicos de gás; hoje, sabemos que passarão de 80 hi[hões de metros cúbicos de gús natural.
Por isso. dentro de uma certa posição. com visão perspectiva. estamos anunciando a possibilidade de. mantidaa atual política de investimentos da PETROBRÁS e nasfnntes alternativas de energia, chegarmos à autosuficiéncia de energia em 1993. Alcançaremos, em 1993.
uma produção de um milhão de barris de petróleo pordia. Os 500 mil barris equivalentes de petróleo por dia amais no consumo. que deverá 3e elevar li ].5 milhõesequivalente~ de barris petróleo por dia. serão substituídos por energéticos brasileiros, como o gás natural. aalctrotermia a partir da hidroelctricidade. a madcira, ocarvào, o xisto1 os óleos vegetais. a energia solar. o bagaço de cana. a casca de arroz etc.
Se o Congresso Naciona[ acredita, de fato. que a política que aqui estamos expondo com nümeros é acertada.deve ser ele o baluarte da manutenção dessa política noGoverno que suceder ao atual, para que cheguemos àauto~suficienência energética e não precisemos despender divi:"<ls para comprar a energia que é tão importantepara o Brasi[. mas que tem [evado o esforço do nosso tra
halho para outros países. (Palmas.)
o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Com a palavra o nobre Deputado Floriceno Paixào.
o SR, flORICENO PAIXÃO (PDT - RS. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente. Sr. Ministro. Srs.Deputados. em primeiro lugar gostaria de afirmar. aqui.que O grande culpado pela situaç:'to por que passa o Paísé este Governo que o vem administrando desde 1964. E é
justamente em decorrcncia da crise do petrôleo que acu~
mulamos tanlos problemas. afirmação e"ta que é.do próprio Governo. l'vlas é hom recordar que, enquanto outros pai:,cs reduziam sensivelmente o ~",:U consumo de pe
tróleo - de 1973 a 1990. os EstadDs Unidos O reduziramem cerca de 15%: I) Jarúo, em 11'-;;".; d Alemanha, em
Novembro de 1983
1~I_'i: e a lnglatt:fra. em 2yr~T. - o Brasil (] aumcnh)u em
O Sr. Ministro César Cals - Pelo euntrúrio. redul,imos :t" novas importações c n novo consumo.
o SR. FLORICENO PAIXÃO - ...just:lmente.quando menos petróleo produzíamos. justamente quando pn1duziamos apenas 2W} do que consumíamos, Portanto, dependíamos do exterior em Cl"rcas de gCt"t,.
Se Presidente. vou entrar logo n:.l:-; pergunt:.\s. Sei que
V, Ex". Sr, Ministro. é profundo conhecedor do ramoenergético do Pais to: que ir;i assim. sucintamente. dar adevida resposta aos vinte e cinco quesitos que pas:::;arei aler. Entregarei uma cópia a V. Ex\!. para que então possadC:-ienvnlver as ~uas respostas:
I - V. Ex\!. Sr. Ministro. refere, à página 10 de !)uu c\posíç;'io. que a compra de petróleo diretamente de dunsmultinacionais que operam no País, a Texaco e a CheVfOI1. tota1il:1 70 mil barris diúrios. Esses contratos estãoainda t:m vigor'! Caso positivo, quais as condições de
preço c prazo desses contrato," Por quanto tempo aindadurarão'?
2 ~ Pode V. Ex ll informar se jú existe uma estratégiaestabelecida pelo tvlinistério para o caso de vir o Brasil aser ohrigudo, por qualquer motivo. ti redu7.ir drasticamente a importaçào de petróleo'? Cito as hipóteses de umconllito maior no Oriente Médio, a decretação da moratória pelo Brasil e. mesmo. a elevação brutal e de surpresa do preço internacional do óleo.
3 - Corno pretende V. lxl,l atingir a produção nacional d~ petrôleo na ordem de 420 mil barris diários. em14R4. se a política atual é ~~ de reduzir o déflcit público no
próximo ano Ú emita da redução das atividades das empresas estatais. afetando diretamente a PETROBRÁS'?
4 ~ Os reajustamentos orçamentúrios impostos peloSr. r,,1 inistro do Planejamento üs estatais. através de ~eus
órgãos especializados. não tem acompanhado a inflação.Isso não afeta a saúde da PETROBRÁS:
5 - Sabe V. Ex' qual a extensão de área do territóriohra"ileiro que as muitinacionuis Shell. Esso. Texaco eAtlantic já compraram para montagem de grandes usinas de úkool7
6 ~ Por que o reajuste violento n05 preços de derivados de petróleo. como a gasolina. se (I preço da matériaprima no mercado internacional ~e mantem estúvel e até
mesmo em baixa?7~ Qual a ncc~ssidade de exportarmos gasolina a ou
tros países a preços bem abaixo dos cobrados ao consumidor brasileiro: Se existe a necessidade de obter-se divisas através da venda da gasolina excedente, por que nãosão cobrado:. preços mais vantajosos para o Brasil?
8 - Notícias nos jornais de poucos dias atrás dão conta de que V. Ex" anunciou. em Curitiba. que o País necessita concentrar-se na ohtenção de petróleo orgànico e
que. para tanto. csturia nas cogitações do Governo liberar empresas privadas à prospecção do xisto betuminoso, Tais empresas seri<lm brasileiras ou estrangeiras'?
9 - Pretende também V. Ex' que seja entregue a empresas privadas a distribuição de gás natural dos campos
hrasileiros?In - Por que a PETROBRÁS não detém o mono
pólio da distribuição. que é justamente a parte mais lucrativa L10 ramo do petróleo' Qual a dificuldade para seinstalar. doravante, somente postos de distribuição daPETROBR.ÁS'!
11 - O presidente da Associação Baiana de Geólogos. João Almdda, revelou. no .IH do ultimo domingo.que a rnultinacional inglesa British PetroleuJ11 requereuao Gcwerno, há 60 dias. licença para exploração mineralem J 1J úre:Js da Bahia. Segundo o geólogo. a licença foiconcedida para um prazo de tres anos. prorrogaveis. Assim. atravês de sua subsidiária no Brasil. a multinaeionaljú conta com 2.3 J3 âreas de i;;;xploraçào. Pergunto: V. Exª
Novembro de 19R3
conllrma a notícia'? Casu positivo 1 pode V. Ex Ç informarque tipo de minério é esse?
12 - O que levou a PETROBRÁS a destinar 840/,,, da
área sedimentar brasileira a empresas privadas preponderantemente estrangeiras. para. mediante contrato derist:o. participar da exploração de petróleo?
13 - Não entende V. Ex' que os chamados contratos
de risco com empresas nacionais e estrangeiras ferem oprincipio do monopólio estatal. consagrado no art. 169da Constituição. e do art. 19 da Lei n' 2.004?
14 - V. Ex'. pelo telex datado de 27-12-79, determi·nau à PETROBRÁS a participação das empresas contratantes também na produção. transformando a PE·TROBRÁS em simples empresa fiscalizadora, quando atradição. mesmo nesses contratos de risco. foi sempre aprodução ficar com a empresa estatal. É ponto de vistade V. Ex' entregar tamhém a produção do petróleo àscontratantes? V. Ex\! pode informar se já foi entregue aalguma dessas empresas também a produção de petróleo'!
15 - As úreas entregues riS empresas contratantes que
não encontraram petróleo em trés anosjá foram devolvidas à PETROBRÁS'? Quantas jfl foram devolvidas?
16 - É verdade que nos contratos de risco existem
clúusulas cstabelecendo a participação de 40% até 50%do petróleo encontrado para as empresas contratantes.quando nos demais países essa participação não ultrapassa I 5(;(1 '!
17 - Por que as cópias dos contratos de risco assinados até 1980, solicitadas e recebidas pela CPI do Petróleoencerrada naquele ano, estão com o carimbo de "SIGILOSO" ou "CONFIDENCIAL'''! Por que tais contratosnão estão abertos ao público em todas as suas clúusulas,jú que a PETROBRÁS é uma empresa estatal quepodeedeve ser fiscalizada pelo povo'!
18 - Por que o contrato dc risco obriga a que os pagamentos scjam feitos em dólares americanos em estabelecimentos bancários fora do Brasil? Não acha essa cláusula lesiva aos interesses do Brasil?
14 - Não acha V. Ex' que dcvcremos sempre torcerpara que as empresas estrangeiras não venham nunca aenconimr pctróleo em nosso território, porque, do contrúrio. se estaria desequilibrando ainda mais nossa balança comercial com o pagamento em dólares ao preçointernacional'!
20 - As empresa::; de contrato de risco que nào encontraram petróleo após a devol ução das áreas quc lhes foram entregues receberam outras âreas para. através denovos contralos, fazerem novas tentativas?
21 - Quantas empresas contratantes estrangeiras jáa.s.sinaram contratos de risco equantasjã desistiram definitivamcnte. devolvendo as árcas'?
22 - A PETROBRÁS deu alguma ajuda financeiranu material üs empresas contratantes que não encontraram petrólco'? Caso positivo: que espécie de ajuda foi da
da? Ela foi indenizada após a retirada das contratantes?A PETROBRÁS financiou alguma empresa contratante'?
23 - V. Ex' pode precisar o montantc do investimcnto feito até agora pelas empresas estrangeiras de contratode risco'?
24 - Não acha V. Exl). que as empresas contratantestudo poderiam ~star fazendo no sentido de determinar aocasiào apropriada de achar petróleo, isto é, somentequando os preços do petróleo subirem')
25 - V. Ex" dcterminou que a PETROBRÁS proporcionasse às empresas contratantes informações geológicas necessárias sobre a área total das bacias a elas entregues. Pergunto: a determinação desses dados nào representa custos, gastos etc.. pela PETROBRÁS e, cónseqüentemente, uma ajuda inju~ta às empresas multinacionais? Além do mais. feitos os levantamentos geológicosou gcofísil:os. nào fica extraordinariamente facilitada alocali7ação dos poços petrolíferos'?
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
Eram essas as indagações, Sr. Ministro. que ~u queria.nesta oportunidade. formular a V. Ex'
o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Com a palavra o Sr. Ministro César Cals, para responder.
o SR. MINISTRO CItSAR CALS - Eu gostaria dercspondcr a todas as indagações. nobre Deputado. As informações de que não disponho agora eu as enviarei a V.Exl,l. logo a seguir.
A pergunta n" I refere·se aos contratos da Texaco e daChevron. As condições desses contratos são as mesmasda Arúhia Saudita: pagamento no prazo de cento e oitenta dias: o contrato é por um ano. com revisão de preçotrimestral, em função dos preços oficiais da OPEP: ascompras estão incluídas na quota da Arábia Saudita.
Rcsposta à pergunta nO 2. O Ministério das Minas cEnergia. de sua parte, tem procurado informar ao Consclho de Segurança Nacional quais seriam as providéncias da úrea do Ministério para o caso de uma emergência. porque são providências que envolvem vúrios setoresda sociedade e nem flempre sào providéncins setoriais.Mas. no momento, estamos procurando ampliar os contratos por trocas, contratos que não envolvam a moedaforte. porq ue. sc hou vesse o caso de emergência, teríamos diminuída a cota de importação. Por outro lado. oGoverno decidiu dar prioridade número um, no BancoCentral. ao pagamento da conta de petróleo. Na vcrdade, muitos falam em racionamento. O racionamento, noBrasil, provocaria uma desorganização total da economia, porque, se com a gasolina não cnfrctaríamos grandes problcmas, devido a exisléncia do álcool, para doisderivados de petróleo neste momento ainda não temossuhstitutivo. É o caso do óleo diesel c do gás liquefeito depetróleo. O óleo diesel movc toda a agricultura e os insumos para as indústrias e o transporte dos trabalhadoresde onde moram para onde trab;]lham~o gús liquefeito depetróleo é usado na cocção. nas cozinhas das residências,principalmente. neste momento não temos condições desubstituir o GLP por energia hidrelétrica, uma vez que arede de distribuição não está preparada para um consu
mo intensivo de energia, uma corrente mais forte. nem osprédios estào também com a fiação preparada para isso.Então. o óleo diesel e o GLP não tém. ainda, Rubstitutosconfiáveis. O racionamento, portanto. levaria i'l desorganização completa da economia do Brasil. Por isso o Governo se mantém firme em qur::rer evitar o racionamento.de todos os modos. inclusive dando prioridade ao pagamento das contas de petróleo.
Quanto à pergunta n" 3. através da qual indaga onobre Deputado como se pretende fazer esse grande programa de exploração e produção da PETROBRÁS, foidecidido pelo Governo aumentar o valor do petróleo nacional para muito próximo do valor do petróleo importado. O petróleo nacional custa hoje 28 dólares o barril.
Com isso. foram colocados recursos na PETROBRÂSpara continuar o seu programa de investimentos. H ouveum crescimento do valor do petróleo nacional. Estou
certo de que os reajustes orçamentúrios da SEPLAN - eê a pergunta n~l 4 - não vào mudar esse:; investimentosda PETROBRÁS. Eu diria que sempre perguntam aoMinistro se h~l corte 110 orçamento das empresas. E a minha rcsposta é que mIo há cortc porque não há é recursos. As empresas do rVlinistério normalmente ~ào de serviços públicos, ou. no caso da Vale do Rio Doce, empresas que geram os seus próprios recursos. Corte haveria sehouvcsse recursos c não se dcixasse aplicá-los. Mas o queacontece é que as tarifas não têm sido suficientes para orrogr:..lma de investimentos. No caso da PETIR013R.t\S,com a medida de aumentar O preço do pctrólco nacional,não faltará dinheiro. Não faltarào recursos para os investimentos da PETROBRli,S.
Quanto à pergunta n9 5, cu nào poderia informar comclareza. Não tenho informações se estêls empresas -
Terça-feira I~ 11861
Shell, Esso, Texaco e Atlantic - já compraram, paramontagem, grandes usinas de úleool. Acredito que não.Mas cu nào deixaria aqui uma informaçào incorreta.
Fico devendo esta resposta.A pergunta n'.' 6 rcfere-sc ao reajustc dos preços de de
rivados de petróleo, como a gasolina: se o preço da matéria - prima. no mercado internacional. se mantém estável. até mesmo em baixa.
Sabe V. Ex'. nobre Deputado. que sobre a gasolina recai uma série de impostos, uma série de aHquotas para financiar os programas das fontes alternativas, como o ál
cool. o carvão mineral. enfim, as fontes alternativas emgcral. N a parte de transportes. temos a substituição detransportes rodoviúrio por ferroviúrio. Tudo isso está naaliquota da gasolina. M as cu lembraria a V. Ex' que oreajuste dos preços dos derivados de petróleo, principal·mente. mesmo com o preço do petróleo internacional estável ou em baixa. deve-se à desvalorização do cruzeiro.pagamos o petróleo internacional em dólares e vendemos os derivados em cruzeiros, para gerar aqueles dólares. Claro. quando o cruzeiro ~e desvaloriza. precisamos
dc mais cruzeiros para a mesma conta. Então. os elementos justificados ~;;ào. principalmente, devidos à variaçãocambial.
A pergunta nQ 7 é sobre a necessidadc dc se exportargasolina. Diria a V. Ex' que não há mais exportação degasolina. As exportações de gasolina são episódicas. APETRÔBRAS mudou o perfil de refino das suas refina
rias e. se em 1979 produzíamos 25% do refino do barrilem gasolina. 27% em óleo dicsel e 27% em óleo combustí·vel. neste momento a gasolina participa na refinaria comapenas 7%. Mudamos o perfil de refino com o programadc fundo de barril. com a compra de petróleo mais pesado. com a mistura da nafta ao óleo diesel. Então, o óleodiesel passou de 27 para 33%. O óleo com buslível tamhém tcvc uma redução. c eu poderia dar os números cxatos: jorrou para 23%. De modo que não há mais sobra degasolina, não há mais exportação. Há uma sobra esporádica de gasolina.
O Sr. FIoriceno Paixão - V. Ex' disse que a cxportação de gasolina estaria sendo reduzida.
O SR, CI!SAR CALS - Praticamente nào há mais exportação de gasolina.
o Sr, Floriceno Paixào - E também de óleo diesel?
O SR. CÉSAR CALS - Nós importamos o óleo diesel.
O Sr. Floriceno Paixão - Outros subprodutos, outrosderivados dc petróleo quc a PETROBRÁS exporta?
O SR. CÉSAR CALS - Na realidade, eu gostaria sóde dar lima informaçào mais correta. Nús não exportamos a sobra daquele refino que a PETROBRAs usa,
mas compramos petróleo cru para reexportá-lo comoum negócio comercial.
O Sr. Floriceno Paixào - Exatamente. Isso jú se sabe.O que cu gostaria de indagar de V. Ex~. neste momento.é t:omo...
O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - Nobre Deputado. não pode haver o diálogo. O Sr. Ministro estárespondendo às perguntas de V. Ex'
O Sr. Floriceno Paixão - Não posso apartear?
O SR. MINISTRO CÉSAR CALS - Os númerosexatos, Sr. Deputado são: óleo diesel- 3]I;é: óleo com
huslível - 21%: gasolina - 16,7%; nafta petroquímica- 8.9%: GLP - 7,7'if,; e outros. Não há exportação degasolina por sobra do harril refinado. Quanto aos preçosde exportação ti que se refere V. ExQ.. quando exportúvamos. eram preços do mercado internacional, que não po-
11862 Terça-feira 10
diam ser comparados ao preço de distribuição da gasolina no varejo. Eram navios r~troleiros. eram preços deatacado. a preços de mercado intcrnul'ionaL Não se podecompará-los com o litro a litro de gasolina que se usa na'distribuição. mesmo purque, na gasolina que se dii:itribuino Brasil, temos os impostos. conforme mencionei a V.Ex:!
o Sr. Florieeno Paixão - Sr. Presidcnte. apenas umesclarecimento. Nem em complementação eu poderiaapartear S. Ex\!. o SI'. M inistro'~
o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílío) - O tempode V. Ex" terminou. Agora. compete ao Sr. Ministro daras respostas que julgar necessârias.
O SR. MINISTRO CÉSAR CALS - Quanto à pergunta n~ 8. nobre Deputado. referente ao xisto betuminoso: na realidade. o xisto nào é monopólio nacional.não é monopólio da União. Portanto, nào é monopólioexercido pela PETROBRÁS. Por esse motivo, por não
ser monopólio. embora a PETROBRÁS tenha dominado com exito o processo Petrm;ix para retirar óleo do xisto. temos colocado à disposição de empresas privadas.
mediante Iicitaçào. mediante oferta pública, algumas outras reservas de xisto - principalmente empresas braLiilciras que. mesmo as~ociadas com estrangeiras, detewnham novas tecnologias. na tentativa dt: competição tccnl)lógica. uma vez quc o xisto não é monopólio. Esta é aposiçào do Ministério.
Tentarei. agora, responder à pergunta número 9. Notocante ao gás natural. ele é monopólio da União. Entào. a produçào de gás natural será executada pela PETROBRÁS. O que pretendemos fazer é uma politica queainda está em fase de definição, porque só a partir doGoverno do Presidente Figueiredo é que houve um aproveitamento do gús natural. O gáR natural associado estava sendo queimado nas platafurmas. Hoje, temos vinte c
setc mil barris de petróleo por dia. substituídos por gásnatural; foram canalizados e estão sendo distribuídos. Oque se pretende fazer com o gás natural é uma política
semelhante à do setor de energia elétrica, em que a distribuiçào na cidade possa ser de uma concessionária municipul, a fim de que todos aqueles grandes consumidores.da fonte de produção até o anel de distribuição, possamser supridos diretamente pela PETROBRÁS: enquantoque os consumidores junto ao anel serào supridos poruma concessionária municipal. Esta é a política que sepretende implantar. relativamente ao gás natural no Brasil. A PETROBRÁS nào mantém o monopólio da distribuiçào e, neste momento, não teria nenhuma vantagemem faze-lo pois seria o mesmo que investir nllm si:)temaque já está funcionando. De modo que o esforço que seestú fazendo é no sentido de buscar mais petróleo. Asempresas contribuem com investimentos, com postos jáinstalados. Por isso. não há razào para substituir um sis
tema que já estú funcionando.Quanto ~l pergunta no:' 11, infelizmente. nào tenho os
detalhes para a resposta. porque foge ao assunto de pe
tróleo. C omo se refere it úrea mineral, poderia respondêla em tese. Embora não tenha os números aqui, possoenviei-los a V. Ex'.
o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílío) - O tempode V. Ex.\' está esgotado. As respostas llS perguntas nãorespondidas c quaisquer outros esclarecimentos poderàoser enviados por escrito a esta Presidência, que as rcmcterrl ao interpelante.
Com a palavra o nobre Deputado José Lourenço.
o SR. JOSÉ LOURENÇO (PDS - BA. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados. Sr. Ministro. Quero cumprimentar V. Ex' e, por seu intermédj,,:todos·quanlOs emprestam seu traballio à PETROBRAS.pelos êxitos alcançados na pesquisa e na produçào de pe-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
tróleo. que. sem dúvida alguma. testemunham a capacidade do nosso País, dos nossos técnicmi, da nossa gentede rapidamente reduzir nossa dependência externa de petróleo de 80% para cerca de 60%. com perspectivas. acurto prazo, de chegarmos a 50%. É! sem dúvida, umaevidéncia da conquista do Governo neste setor. um dos
mais importantes para a economia. o desenvolvimento eo processo produtivo do País.
As indagações que gostaria de fazer praticamente V.Ex} já as respondeu no pronunciamento que, com inteligência e propriedade, acabou de fazer. Gostaria apenasde obter alguns esc1nrecimentos, Sr. Ministro, com referência às nossas unidades de refino. às nossas refinarias.
Como V. Ex' afirmou há pouco, de um barril de petróleo extraímos cerca de 30% de óleo diesel e. parecemme. 17% de gasolina. em torno de 20% de fuel oil ou deóleo combustível, e o restante de matéria-primas para osdiversos setores industriais. Li, há dias. que o Japão.com unidades de craqueamento mais avançadas. melhoradaptadas ao mundo em que vivemos, em função da crise petrolífera, utilizando petróleo pesado, portanto. maisbarato nos mercados internacionais, estaria conseguindoextrair de um barril de petróleo cerca de 80% de oleo diesel. Considero isso da maior importância uma vez quenosso transporte interno se baseia na rodovia1 e o progresso da nossa agricultura se deve, em grande parte1 àcapacidade de fornecermos óleo diesel para o setor rural.Deve-se também salientar que, sendo nosso País produtor de automóveis movidos a diesel, sendo o Brasil umgrande exportador mundial desse produto para a indústria automobilística, não utilizamos no mercado internoum só automóvel a óleo diesel. embora saibamos que.por exemplo, um automóvel consome um litro de gasolina para percorrer la quilómetros, ou um litro de âleoolpara percorrer 8 quilômetros e que o mesmo carro, senele se usasoe um litro de óleo diesel. poderia percorrer20 quilómetros. Perguntaria a V. Ex': correspondem àrealidade as informações que tenho. de que o Japão jáconsegue tirar cerca de 80% de óleo diesel de um barril depetróleo pesado, nas suas unidades de craqueamento? Seisso ocorre, por que não adaptamos nossas refinarias rapidamente, para que possamos tirar mais óleo diesel,comprando, assim, no mercado internacional, o petróleopesado. sabidamente mais barato que o óleo leve?
A segunda questão: quais os resultados das perfurações realizadas no Território de Roraima?
Terceira questào: tem sido noticiado amplamente - eV. Ex' tem afirmado - que os achados recentes de gásna bacia amazônica já são de importância comercial. jápoderiam justificar investimentos para que esse gás fosselevado para os grandes centros consumidores do País,evitando-se, assim, talvez um acordo que temos com aBolívia para possível fornecimento desse produto dessepais amigo e conseguido mais uma conquista de sumaimportância para a economia nacional, através do fornecimento de G LP pelos campos da bacia amazônica.
Eram essas as indagações que gostaria de fazer a V.Ex<;J, agradecendo-lhe antecipadamente a atençào quevem dispensa ndo a este debate.
o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcíliol - Com a palavra o Sr. l\'linistrü César Cals para responder.
O SR. I\IINISTRO CÉSAR CALS - Agradeço a V,ExG, nobre Dúputudü José Lourenço, a:- referências feitasniio só à minha exposição. mas, em nome do i'vIinistério eda PETRÜBRi\S, as referencias feitas ao esforço que ~e
faz na busca da auto-suficiência energética, na busca daredução da dependéncia externa do petróleo.
Quanto uos programas das refinarias da PFTROBRl\S, eu gostaria de lembrar que tais refinariastém uma capacidade de refino de um milhão e quinhentos mil barris/dia. E~sas refinarias foram contruídasquando o problt:ma 110 Brasil era tI gasolina. Foram
construídas com um perfil próprio para produzir derivado:", mais leve:,:;. A mudança dessas refinarias ~ de todas as
Novembro de 1983
refinarias de derivados mais leves para mais pesados implicaria investimento muito maior. E mudar agora essasde derivados de leves para mais pesados seria mudar. édaro, o rendimento dessas refinarias, colocá-lo abaixodo que já era, c exigiria investimentos muito grandes,Por isso é que estamos procurando descobrir substitutospara o óleo diesel, como foi feito para a gasolina, quando se encontrou o álcool. Iniciamos essa procura com oóleo vegetal. que V. Ex' sabe que tem o mesmo poder calorífico que o diesel, mas a molécula é um pouco maislonga. e por isso a mistura do óleo vegetal com o dieseldeixa resíduos no bico do injetor. Mas os técnicos daU niversi dade Federal do Ceará e empresários conseguiram mudar a molécula, retirando do óleo vegetal a glicerina e colocando o etanol. É mais uma tentativa parasubstítoir o diesel por óleo vegetal ou modificado. Poroutro lado. temos desenvolvido experiências com duplainjeção de álcool c diesel c com o álcool adilívado. Demodo que o M inistêrio~ ao invés de investir fortementenas refinarias já prontas, está procurando fazer a substituição do diesel por I'ontes renováveis. Lembraria a V.Ex' que O mundo em transiçào está saindo dos combustíveis fósseis para fontes renováveis. Tudo que fizermospara fonles renováveis estaremos fazendo na direção queo mundü esta tomando. Este é o motivo por que preferimos outra linha para arranjar um substituto para o diesel.
Quanto aos carros diesel, em face da necessidade, ain-da. de importaçào de diesel. estamos preferindo direcionar nossos esforços para os carros a álcool e deixar o diesel para transportes mais pesados e para a agricultura, cnão para os carro:; de passeio, ou mesmo táxis. onde barateamos muito o preço do financiamento do carro a ál
cool.Quanto ao petróleo de Roraima, a PETROBRÁS des
locou equipamentos para Roraima e fez um acordo deinformaçôes com a empresa estrangeira que fazia prospeeçào de petróleo na área contígua à mesma bacia, naGuiana. Acontece que o petróleo daquela área não se revelou comerciáve1, era um petróleo em fraturas. de exploraçào difícil c em regiões de selva. De modo que nàofoi promissor, nesse momento, de acordo com as informações corregidas pela PETROBRÁS.
Quanto ao gás natural do Juruá, de fato estamos certos de que, se chegarmos ti 80 hilhões de metros cúbicos,já se justificará um gasoduto saindo da Amazónia para oSudeste do Brasil. Neste momento estamos paralisandoum pOllCO as negociações a respeito do suprimento degás dc outros países. mesmo porque. no caso citado. daBolívia, só agora ela está concluindo a comprovação desuas reservas, e mesmo assim estamos reavnliando omercado do Sudeste. uma vez que a utilizaçào da eletrokrmia. eletricidade para substituir petróleo. para substituir ôIeo combustível, mudou em muito (1 possívc1 mercado do gús natural.
Mas e;tou certo de que Juruá é uma grande provínciade gás - podeni passar dos SO bilhóes de metros cúbicos- e vai justificar o gasoduto, colocando de lado as importações. sc se comprovar essa rcserVtL
Eram estas as informações que poderia prestar a V.Ex'
O SR. PRESIDENTE (Flávio Marciliu) - Com a palavra o nobre Deputado Osvaldo Lima l7i1ho. que disporá de 10 minutos.
O SR. OSVALDO LIMA FILHO (PMDH - PE.Sem revisiío de orador.) Sr. Presidente. Sr. Ministro. Srs.Deputado.'~, manifesto inicialmente o meu protci'to contm a polHica do Governo que V. Ex;! representa: que entregou a companhias multinacionaís ~6{;;:, dns tlreas sedime~tares do Brusi1. numa violação clara c ostensiva doprincipio do monopólio estata!, pelo qual lutci desdemuito moço, nos primeiros centros de defesa e estudo dopetróleo. em Pernabucoo em 1947.
Quero. porque o tempo é escasso. indagar de V. Ex'como justitica esta concessào de 8({i(, das l.acias ~edimen-
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tares do Brasil a companhias estrangciras mediante contratos de risco, o que, além de violar o monopólio estataldo petróleo, representa uma limitação antinacional à atividade da PETROBRÁS. Não se trata dc conccder reservas estratégicas às multinacionais que há oito anos nenhuma contribuição deixaram para o aumento de produção de petróleo~ Ê ti primeira pergunta Sr. Ministro.
Indago ainda: na política alternativa de combustível,qual o programa do Governo para uma substituição proporcional e simultánea de petróleo. de acordo com aatual estrutura de refino da PETROBRÃS, Sobretudoquanto ao óleo diesel~ Há previsão do uso de óleo dedendé. há algum projeto neste sentido?
Indago, ainda: existe previsão para o transporte decarvão para o Nordeste, como substitutivo do óleo combustível, sabendo-se que hoje este transporte só alcançaaté o Estado do Espírito Santo~ Considerando a provável escassez de reserVa~', mbdias de petr6leo nos próximosanos, quais as medidas do Governo para o estabelecimento de um plano racional de transporte fluvial, ferroviário e marítimo. que consomem menor quantidade deenergia?
Tendo em vista o crescimento exagerado·da dívida externa brasileira, em grande parte vencida e sem pagamento, e a ameaça de corte 11 os suprimentos de petróleoao Pais, tem o Governo um plano de racionamento decombustíveis'!
Como explica V. Ex' o uso de gasolina cm corridas deautomóvel por todo este País, numa Nação que importaa maior parte do petróleo que consome?
Qual a participação do Brasil na exploração do ourocm espécie por companhias estrangeiras, como a AngloAmerican, em Morro Velho e em Jacobina. sabendo-seque essas companhiag pagam apenas um ligeiro impostosobre minérios'!
Como V. Ex" explica que a British Petroleum tenhaobtido cerca de duas mil e quatrocent.as conceRsões de lavra de minérios, sendo trezentas e dezoito só nos últimosdias, no Estado da Bahia') Ê uma indagação que me ê feita pelo Sindicicato de Geólogos daquele Estado,
Desde t972 a 1974, a PETROBRÁS investiu mais emedificações do que em produção, segundo relatório daquela empresa c conforme denuncia o grande patriota eautor do substitutivo do Projeto 2.000, do monopólio estatal, Euzéhio Rocha.
Os Estados Unidos, de 1973 a 1980, baixaram o seu consumo de pctróleo cm 1.6%, a Alemanha reduziu esse consumo. mesmo periodo, em ]2%~ a Inglaterra o reduziuem 29S':';, enquanto o Brasil aument.ou seu consumo depetróleo, no periodo. em 43%. Essa política não constituium 'atentado contra o interesse nacional e uma forma deaumentar a nossa já insuportável dívida externa?
Como explica V, Ex' a falta de abastecimento de dcrivados do petróleo ao Estado do Acre? Faço esta pergunta em homenangem aos meus companheiros do Acre,sobretudo :lo nobre Deputado Geraldo Fleming. quenào obteve in~crição.
O Sr. Presidente da PETROBRÁS. Sigeaki Ueki, informa ã imprensa que o estoque de petróleo no País basta para 85 dias.' V. Ex', ao que parece, tem afirmado queesse estoque·ébastante apenas paraJO dias. Qual a cifraexata'?
Relativamento à primeira questão, da concessão de86% da área -das hacias sedimentares a companhias estrangeiras. ainda acrescentaria: não entende V. Ex' queceder essa exploração de petróleo. em áreas ricas como odo Recõncavo. baiano; significa ceder lucros certos emdólares às "empresas mu.ltinacionais? Sabemos que a PETROBRÁS descobriu, entre 1955 e 1979, cerca de 66poços, que ren,Jeram 66 bilhõós de dólares. Tendo investido 7 bilhõe~ e· tOa milhões de dólares para alcançar esseresultado.
Sr. Ministro. são essas aS indagações que faço. em·nome do m~u:pa'ftido..b·PMDB. e da grande maioria da
DIÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
opiniào nacional. que ainda hoje vê com revolta. insatis~
façào e tristeza a concessào das áreas mai.s ricas do Brasilti companhias estrangeiras. sahendo-se, por outro lado.que eSSas companhias, ao contrário da PETROBRAsque aleançou grande resultado numa limitada área de14"1., das baeias sedimentares brasileiras, durante oitoanos da concessào dos contratos de risco. não acrescentaram um só barril à produção de petróleo do País.
O SR, PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Com a palavra O Sr. Ministro César C"ls, para responder.
o SR. MINISTRO CÉSAR CALS - Gostaria de dizer, nobre Deputado Oswaldo Lima Filho, que niio entendo que o monopólio tenha ,;ido quebrado. O petrólcopertence à União, a produção é da PETROBRÁS.Quando a operação é feita por outra empresa, há um comité que a PETROBRÁS dirige e do qual partieipa, Naverdade, em 1975, no Governo do Presidente Geisel, jáse tinha uma visão da grande diliculdade do Brasil empagar a sua conta petróleo, o petróleo importado. Nãoseria lícito deixar de aproveitar LIma possibilidade de queo capilal estrangeiro viesse para colaborar para descobrir esse petróleo. que poderia estar no fundo do marou em outras reservas geológicas, em benefício do Brasil.Por isso, jú no Governo Figuciredo, a PETROBRÁS foiorientada pelo Ministo no sentido de que separasse todasas áreas que entendia promissoras - pois os levanta~
mentos sísmicos já indicavam grande possibilidade dehaver petróleo e de acordo com a sua capacidade de investir. Por isso, a PETROBRÍlS separou 14% das áreasque considerava as melhores e, dentro da sua capacidadede investir, ahriu a licitaçào. rvlas isso não significa quetransferiu as reservas para alguma empresa. $,; for achado petróleo, a produção pertence à PETROBRÁS. fénosso o petróleo. como tamb~m é nosso o esforço daprodução. Foi por este lTIoti\TO que fiGuram os )4%.Eram as áreas mais promissoras e de acordo com a capa~
cidade de investimento da PETRBORÁS. Quanto 11substituição do óleo diesel pelo óleo de dendé, creio que,respondendo à pergunta anterior, pude mostrar que estamos perseguindo o ôleo vegetal que possa ser modificadoe que não tenha tanta viscosidade como os óleos vegetaisnormais, porque isso pr~iudica o motor. deixando resí~
duos no bico do injetor, fazendo com que: a operaçãoseja mais cara. Quanto ao transporte de carvão para oNordeste. propusemos à ComL;são Nacional de Energiaque o paralelo de Vitória fosse levantado pma o carvàodo Nordeste, principalmente na indústria cimcntcira.Sabe V. Ex' que o carvão nacional tem alto teor de cinzas, cerca de 50%, e é muito caro. Para cada tonelada decarvão. estamos pagando duas toneladas, pois uma é decinzas. Mas, para a indústria eimenteira, em que a cinza.se incorpora ao processo. melhorando a qualidade do cimento, principalmente. Utilizado em navios !'OU-oll-roll
o/}: em que há possibilidade de termos um frete de retorno, creio que é justificável levar o carvuo para o Nordeste. Estamos propondo, portanto, quc se leve o carvãopara Salvador, Cabedelo c Suape, principalmente paraos três portos, c que esse transporte pOS3a ser subsidiadodo mesmo jeito que é o carvão para outras :ireas, noNordeste estão usando, para substituir o óleo combustível. uma vegetação. uma floresta que não existe. Estãodevastando a pouca mata que há no No~desle, parasubstituir o óleo com bustivel. Estamos preparando - ecreio que scrá adotado - o transporte de carvão para oNordeste. Quanto·ao racionamento, creio que já dei asexplicações na argüição anterior. Há dificuldade em fazer racionamento no BrasÜ•. tendo em. vista que o óleodiesel e o GLP ainda não tém substitutos. Por isso é queo Banco Central recebeu do Governo a ordem de pagarem dia a conta petróleo. e é o que e-filá fazendo. Quanto
às corri9as de carro, o Conselho Nacional de Petróleo"tem negado sistematicamente autorização para as corddas de carros a gasolina. Somente são permitidas aquelas
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corridas contidas no calendário elaborado pelaEMBRATUR, Quanto à extração de ouro, a MineraçãoMorro Velho. que detém a mineração das minas de M orl'O Velho, cm Minas Gerais, c os de Jacobina. na Bahia,deve participar da produção de outro com cerca de cincotoneladas. este ano. Anunciei para este ano a meta dequarenta toneladas de ouro - e recordo que quando 35
sumi o Ministério. a produção de ouro era de 3.5 toneladas da mineração industrial e 800 quilos de garimpo,num lotaI de 4,3 toneladas e dessas 40 toneladas, 32 toneladas deviam ser garimpos e 8 toneladas dc mineraçãoindustrial. Em 1979. tínhamos uma única mineração industrial, enquanto hoje já há 30 grupos com projetos deminerw;ào. Repito: das 40 toneladas, 8 seriam de mineração industrial e 32 dos garimpos. Creio que Vamosatingir a 50 toneladas de ouro este ano. Diria. portanto.que a Mineração Morro Velho participou com poucomai::; de 10% da produção estimado para este ano no Brasil.
O Sr, Oswaldo de Lima Filho - Pergunto a V. Ex'quanto disso vai para o Governo.
O SR. MINISTRO CÉSAR CALS - Mas é o Códigode Mineração que está ai... Estamos executandol1 Código.
Quanto ã British Petroleum, eu informei que nào tinhaos números exatos dessas áreas. mas na verdade o Ministério das Minas e Energia tem procurado cumprir aquiloque es[" na lei. Mas. mais do que isto. o Ministro diz,pragmaticamente ao Departamento Nacional de Produção T\-lineral que não aceit:j ninguém sentado tml cimada mina: ou tem alvarú de pesquisa e pesquisa, ou temconces~ão de lavra c luvra, ou entramos com um processo de caducidade. Estc processo tem um prazo de trêsanos. E não pretendemos renovar nenhum processo quenlio tenha uma efetiv,'i evidEmC'ia de tr.abalho de pesl[uisaou mineração.
O Sr. Oswaldo Lima Filho - Creio que V. Ex' nãopercebeu a indagaçtto. Há pagamento em espéci~, em ouro, para o Pais'~
O SR, MINISTRO Cf:SAR CALS - Se a mineraçãoé paga em ouro~ Creio que realmente não entendi a pergunta. O que posso dizer é que a mineração se faz com aprodução do ouro. O minerador, é a firma que compõe aAnglo-Americana. li Bozzano Símonsen, essa Mineraçãode Morro Velho. faz a mineração normal. O que procuramos é dar UOl preço melhor do que o preço· internacional. para reter o ouro no Brasil. Esta é a política da compra do ouro: evitar a evasão. retê-lo aqui,
Quanto ao consumo. já disse, na minha exposição iniciai, do esforço imenso que se estú fazendo para a economia de energia.
O SR, PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Concedo apalavra ao nobre Deputado Brandão Monteiro. que dispõe de 10 minutos,
O SR, BRANDÃO MONTEIRO (PDT - RJ. Semrevisão do orador.) - Exm" SI'. Ministro das Minas eEnergia, CésàtCals, Exm' Sr. Presidente da Câmara dosDeputados, Deputado Flávio Marcílio. inici:llmente. lamento que a nossa Casa esteja vazia, não só o plenário.como também às galerias, porque de álguma forma seriaimportante que as lideranças sindicais que hoje estãoprestigiando o Congresso NaciomlI ouvissem a exposição de V, EX'.e as perguntas que lhe formulamos,
Iniciarei faZendo trés perguntas a V. Ex', 1;odasformuladas pelo Deputado Floriceno Paixão~ .
V.Ex'. pelo telex datado de p-12"79, determinou àPETROBRÁS' a participação das <:mpr.esas contratantestambém na produção, transformando a PETROBRÁ$em simples empresa .fisealiiadora, quando a .tradiçãô;mesmo nesses contratos de risco, foi sempre a produção
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ficar com a empresa estatal. E ponto de vista de V. Ex~
entregar também a produçiio do petróleo às contratantes? V. Ex' pode informar se já foi entregue a algumadessas empresas também a produçào de petróleo'?
É verdade que nos contratos de risco existem cláusulasestabelecendo a participação de 40% até 50% do petróleoencontrado para as empresas contratantes, quando nosdemais países essa participação não ultrapassa 15%?'
Por que as cópias dos contratos de risco assinados até1980, solicitadas c recebidas pela CPI do petróleo encerrada naquele ano, estão com o carimbo de "sigiloso" ou"confidenciar'? Por que tais contratos não estão abertosao público em todas suas cláusulas. já que a PETROBRÃS é uma empresa cstatal. que pode e deve serfiscalizada pclo povo'?
Tenho mais trés perguntas a fazer a V. Ex', no tempoque me resta.
Gostaria de saber se o Ministério das Minas e Energiacontinua dando concessões de postos de gasolina ou sesuspendeu essas concessões.
Pelos dados e levantamentos que tenho. o Brasil. atravb da Casa da Moeda. refinou estc ano 56 toncladas dcouro. Possuo documentos que embasam denúncia quefiz relativa à Casa da Moeda. Gostaria de saber de V.Ex' qual o destino desse ouro. O Deputado Curió dcnunciou. da tribuna desta Casa, que 26 toneladas produzidasem Serra Pelada foram entregues a bancos estrangeirospara pagamento da dívida externa brasileira. Quais sãoexatamente, neste momento, as reservas petrolíferas brasileiras'? Esta pergunta é do Deputado José Fogaça. quenão pôdc inscrcver-se. O Brasil está utilizando suas reservas de emergéncia. que de acordo com os níveis mínimos de segurança SttO para noventa dias, para criar asaída favorável na balança comercial de seiscentos milhões dólares.
E agora. Sr. Ministro. gostaríamos que V. Ex' nos informasse sobre o seguinte: o consumidor urbano de eletricidade sempre ganhou de graça a instalação, até o seutransformador. O roceiro, se quiser, que se junte numadessas escandalosas cooperativas que o Banco Interamericano de Desenvolvimento nos obrigou a faler em trocade um punhadinho de dólares, e que pague por toda a línha elétrica. No mundo inteiro, fazem-se essas linhas aUS$ 4 mil por quilômetro. No Brasil, como é o consumidor roceiro quem paga e como a concessionária (estatal)ganha a linha pronta de presente. a concessionária obriga a colocar postes de concreto (caríssimos) a pequenasdistâncias (em vez de bem espaçados) e. com isso. o quilômetro de linha nào sai por menos de USS 15 mil. Alémdisso, os fazendeiros suo roubados pelas cooperativas
(tanto que muitos presidentes delas estão presos) e pagam. pela luz. muito mais do que as concessionáriascobram. Por que, agora que está sobrando eletricidade, oGovenro não eletrifica a roça (só 10% do Brasil é aceso),em vez de dar mais mordomia para o consumidor urbano, como o industrial q lJe, trocando a caldeira a óleopela elétrica, ganha desconto de 90% na tarifa durantetrés anos'? O Goveno não sabe que eletricidade aumenta(além da saúde rural) a produtividade c a produção agrícola. gerando mais excedentes exportáveis'! Não sabeque com a eletricidade no campo ele estaria criando ummercado enorme, no campo, para produtos industrializados das grandes cidades?
A última pergunta, Sr. Ministro: V. Ex' foi acusado,pelos jornais Tribuna da Imprensa e Gazeta Itabirana. deter recebido um pacote de diamantes e um colar de diamantes. que teria sido doado à sua esposa, após concessão de uma lavra a um comerciante de Habira. Comosabe V. Ex', o Código Penal, no arl. 353, capitula tal fatocomo corrupção passiva. V. Ex', sentindo-se caluniado,através da Auditoria Militar competente, requereu açãopenal contra o jornalista. Todo o País tomou conhecimento da absolvição do jornalista. Pergunto: por que V.Ex', embora intimado centenas de vezes e sendo reque-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
rente da ação penal. negou-se a depor, apesar de ter foroprivilegiado'? Sabe-se que o Juiz-Auditor enviou peças doprocesso ao Procurador-Geral da República, para quelossem tomadas as medidas legais contra V. Ex'
o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio. Fazendo soaros tímpanos.) - Nobre Deputado, a convocação do Ministro não foi para este tipo de interpelação. Chamo aatenção de V. Ex' para o disposto no ~ 5' do arl. 270 doRegimento Interno da Casa.
o Sr. Hélio Duque - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.
o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Tem V.Ex' a palavra.
o SR. HItUO DUQUE (PMDB - PRo Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, sou autor de um requerimento de informações, datado há dois meses, encaminhado à Presidência da Casa, para, daí, ser levado ao conhecimento do Sr. Ministro. em que a solicitação é exatamente sobre esse assunto.
o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - O requerimento que ensejou a convocação é de autoria do nobreDeputado Floríceno Paixão. O de V. Ex' scrá objeto deoutra convocação.
o Sr. Brandão Monteiro - Sr. Presidente. se V. Ex'não permite que o Ministro responda à pergunta, que éde interesse dele...
o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Apenaschamo a atenção de V. Ex' para o fato de que o Sr. Ministro não ê obrigado a responder.
o Sr. Brandão Monteiro - V. Ex' buscou o Regimento para colocar a questão do ponto de vista formal. Achoque o Minislro teria vontade de responder à pergunta.Agora. o juiz é ele l nào sou cu. Estou fazendo uma pergunta, porque acho que o Congresso Nacional é um órgão liscalizador dos atos dos Ministros.
o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Para tudohá sua oportunidade, nobre Deputado.
O Sr. Brandão Monteiro - Estas sào as minhas perguntas. Se o Ministro se recusar a respondé-Ias, a Nação() julgará.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Com a palavra o Sr. Ministro César Cals.
O SR. MINISTRO CtSAR CALS - Embora este assunto fuja ao objelivo da convocação. cu me pcrmito daras datas de tramitaçào do processo para a concessào dapesquisa. porque fui injustamente acusado de ter favorecido a aprovação de um alvará. Eis as datas. O processocomeçou no dia I I dejunho de 1978. quando cu nem eraMinistro de Estado ainda. Em 16 de janeiro de 1980. foipublicado o alvará de pesquisa, portanto. mais de umano e meio depois. Mais de dois anos depois de protocolado o pcdido. foi apresentado o relatório. No dia 20 dejulho de 1981 foi aprovado pelo DNPM O relatório. Nodia 24 de julho de 1981 foi assinada a portaria de lavrano Diário OliciaI. Jamais conheci o autor desse requerimento. O trâmite do processo obedeceu às exigências doMinistério das Minas e Energia.
o Sr. Brandão Monteiro - Afinal. V. Ex' recebeu ounào?
O SR. MINISTRO CtSAR CALS - Examinemos omérito da acusação. Não houve nenhum favorecimento.O processo teve uma tramitação normal. o que deixoaqui registrado.
o Sr. Brandão l\lonteiro - Recebeu V. Ex!} ou não ocolar de esmeraldas'?
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O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - (Fazendosoar os timpanos.) - Nobre Deputado, o tempo de V.Ex\! está esgotado.
o Sr. Brandão Monteiro - Estou no meu tempo ainda.
O SR. MINISTRO CtSAR CALS - Quero deixarregistrado que o que recebi foram amostms de pedras demincraçào. o que se recebe em todos os lugares que se visita. c o que foi divulgado foi um saco de diamantes. Aosaber. depois. que à minha esposa tinha sido ofertadoum pingente de esmeraldas - nào um colar de esmeraldas, como divulgado - e às senhoras presentes ao jantar. pedras de esmeraldas, a primeira coisa que tentei faz.er foi uma doaçâo. Claro que não foi imediatamente,porque precisava encontrar uma organização que pudesse receber a doação. E foi feita à Cruz Vermelha Brasileira. Secção do Ceará. antes mesmo que qualquer coisafosse divulgada pela imprensa.
De forma que. com essas explicações, passo a responder às outras perguntas do Deputado Brandão Monteiro.
No dia 27 de dezembro. passei um telex à PETROBRÁS. no qual procedia a algumas modificaçõesnos contratos de risco. porque havia a indicação de queoutras empresas desejavam delas participar.
Os principais obstáculos eram os dados geológicos colocados à disposi<;ilo das empresas. Passamos a orientara PETROBRÃS no sentido de que fossem tornecidosmais dados geológicos, mediante indenização. Por outrolado. o que as empresas desejavam - já que elas queriam uma parte da sua remuneração em petróleo - eram
participar da produção. A PETROBRÃS. então. constituiu um comitê de Produção, do qual fazia parte a Presidência da prôpria PETROBRÃS. Mas isso nào significava que O nosso próprio petróleo fosse dado em pagamento: signitIcava. sim. que uma parte do petróleo que iría~
mos importar iria ser deslocado para pagamento daquelas empresas. Não tenho ciência e penso que não existemcontratos estahelecendo a participação de 40 ou 50%; ocontrato de ri~co. no máximo. tem 20% de remuneraçãoem petróleo.
Quando à pergunta sobre serem os contratos sigilososou confidenciais, desejo fazer ver que esses contratos comerciais. muita8 vezes, não SHO iguais para todas u:::; empresas. na busca de encontrar mclhores condições para aPETROBRÁS. Na hora em que os lermos desses contratos fossem levados ao conhecimento do grande público.eles poderiam ser usados por outros países ou por outras
empresas para pleitearem melhorcs condições contratuais.
Quanto aos postos de gasolina. o Conselho Nacional
do Petróleo adota a norma de apenas para áreas especiais autorizar a instalação de novos postos.
Quanto ao ouro refinado. sabemos que o ouro que seproduz no Bra};il não pode ficar sem utilização. sob penade ser urnH atividade inflacionárb. Entào. a orientaçãodo Governo é no sentido de que esse ouro compradopelo Banco Central, uma parte do ouro produzido noBra~il, também é. fornecido a consumidores normais.Parte dcste ouro comprado pelo Banco Central ou servede lastro. ou serve para pagar a dívida externa, sem dúvida. Ou se tem dólares para pagar a dívida externa. ou seproduz ouro para pagá-la.
Quanto ao estoque de petróleo a que V. Ex' se refere,normalmente em todos os países do mundo, principalmente enquanto o petróleo estiver em haixa, mantem-seo estoque para o consumo entre trinta e sessenta dias.Não há por que se estocar petróleo a mais. se poderemoscomprá-lo mais barato amanhã. É um assunto de geréneia comercial, e. neste momento, o mercado é do comprador. Não há possibilidade de faltar petróleo no Bra
sil.
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Quanto ao programa de consumidor urbano e de poste~ de conCrt:to, creio que V. Ex lt tem razào. Na verdade.as especificações tem que ser simplificada,:;, e estamos fazendo recomendações no sentido de simplificar as cspecificações dos postos das linhas de tra,missão rural. Digo,inclusive. que as especificações devem ser de acordo coma essencialidade do consumo. Se o consumidor rural ticar algumas horas :;em energia. para que possamos fazerreparos na linha, não tem por que se sofisticar o projeto,colocando relés. Agora, se o consumidor for industrial,
não poderá passar um minuto scm encrgia. Este, sim. lerú que ter projetos mais sofisticadm:.
Quanto às tarifas. nós as reduzimos para três tipos-es
peciais de consumidores. O primeiro. para projetos de irrigação. e aí estamos atendendo li eletrificação rural.Projetos de eletrificação rural e projetos de irrigação estão com tarifas mais baixas. O segundo, com tarifa maisbaixa. é para projetos que visam à ampliação dos programas de exportação, no sentido de tornar os nossos produtos mai::; competitivos e ampliarmos as nossas exportações. A terceira tarifa mais baixa é para a e1etrotermia,que significa que devemos substituir o consumo de petróleo nos fornos por energia elétrica, na busca de economizar divisas diminuindo O consumo do petróleo importado.
Creio, nobre Deputado, que ai estão as respostas àsperguntas que V. Ex~ encaminhou.
o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Concedo apalavra ao nohre Deputado José Eudes.
o SR. JOSÉ EUDES (PT - RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Prcsidente, Sr. Ministro. Srs. Deputados, euindagaria. prcliminarmcnte, ao Sr. Presidente. DcputadoFlávio Marcílio. se. a exemplo do que ocorreu quandodo comparecimento do i\1inistro Delfim Netto a essa casa, é possível um íntercàmbio no tempo dos dez minutosentre as partes.
o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Nobre Deputado. tratou-se de uma liberalidade da Mesa. mas seria um trabalho muito grande cronometrar cada pergunta de V. Ex"
O SR. JOSÉ EUDES - Agradcço o esforço de V. Ex'Sr. Ministro César Cals. não sei se estou alegre ou tris
le: vai depender da resposta de V. Ex' Disse V. Ex' que,no ano de 1993, conseguiremos atingir a auto-suficiênciana produção de energia no Brasil c, evidcntementc. tam
bém de petróleo. Pois bem. Sr. Ministro César Cals, V.Exi1- avalia essa íluto-suficência pelo continuado potencial de consumo. gemndo o desenvolvimento do País, oupelo continuado aumento de preço, como ocorre hoje,cm nosso País, Icvando-o à recessão econômica e à depressão? Acredita V. Ex' no desenvolvimento do Pais ouna depressão econômica provocada pelos custos extraordinários do combustível?
O Sr. Ministro César Cals - Sr. Presidente, posso responder?
O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Pode responder. nobre Ministro.
O SR. MINISTRO CÉSAR CALS - Eu gostaria dedizer a V. Ex~ que a política de preços não visa, nestemomento. a ccrccar o consumo: A hipótese de chegar
mos li auto-suficiéncia no setor de energéticos. baseada na continuidade, não só da política de petróleo, mas também da política dos energéticos alternativos. N cssa hipótese, chegaríamos em 1993. a um consumo de um milhãoc meio de barris de petróleo por dia. O que pretende oJ\.1 inistério. nessa matriz, é reduzir o consumo de um milhão e meio de barris de petróleo por dia para um milhão. sendo o equivalente aos quinhentos mil restantesconsumido em energéticos alternativos.
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Então, a auto-suficiéncia seria produzir um milhão de
barris de petróleo por dia. consumir um milhão de barrisde pctróleo por dia, mas consumir quinhentos mil a maisde outros energéticos a1ternatvios. como o gús naturalcarvão. a eletricidade, o álcool, os óleos vegctais, o xistoe outros. Portanto, não é com recessão. é com desenvolvimento que faremos a economia.
O SR. JOSÉ EUDES - Que Deus ilumine V. Ex" eque daqui a nove anos o povo possa saber das firmesconvicções que V. Ex' tem hojc.
Sr. Ministro, qual a nossa reserva de petróleo hoje?Dispomos de petróleo para quantos dias? Porque entretrinta c scsscnta há uma margem de tempo de Ilexibilidade extraordinariamente grande. e eu gostaria que V. Ex'precisasse melhor.
o SR, MINISTRO CtSAR CALS - Neste momento. temos vinte e cinco milhões de barris de petróleo cruem terra e dozc milhões em tránsito. cm navios. comprados pelo Brasil. Isso se rerer neste momento. a cinqüentae oito dias de petróleo impotado.
O SR. JOSÉ EUDES - Sr. Ministro César Cals,pode V. Ex' precisar o montante de investimento feito,até agora, em contratos de risco. pelas empresas cstrangeiras no Brasil?
o SR. MINISTRO CÉSAR CALS - A informação édc que. até agora, cerca de um bilhão de dólares.
O SR. JOSÉ EUDES - Sr. Ministro César Cals, aJustiça do Trabalho de Santo Amaro, hoje, decidiu bai
xar sentença favorável à reintegração de 180 trabalhadores e 24 diretores demitidos pela PETROBRÁS em Mataripc. Entre Paulínia c Mataripe, o total de demitidos éde 308 funcionários. mais 48 dirigentes sindicais. sem receber salário, por violéncia dos quc se acham donos daempresa. que, na realidade, é do povo brasileiro. como oPresidente da PETROBRÁS. Sr. Shigeaki Ueki. que. ematitude autoritária, sem diálogo com os trabalhadoresque solicitavam garantia de não demissão por dois anos,com declaração, à época, na itlrlprensa, do tipo: "Se necessário for, cu fecho a refinaria de Paulínea e ponhotodo mundo na rua'·. Qual o comportamento quc V. Ex'vem adotando, até agora, pam a solução do dramáticoproblema em que vivem esses trahalhadores?
o SR. MINISTRO CÉSAR CALS - Ao recebermosapelos de algumas autoridades, inclusive religiosas, encaminhamos à PETROBRÁS a solicitação de examinar sealguffi3s das pessoas que haviam sido dispensadas nãoestavam. de fato, enquadradas naquela greve que foiconsiderada ilegaL Na verdade, a PETROBRÁS procurou cumprir a lei de grevc. considerada ilegal nos serviços públicos essenciais, por motivos puramente políticos. Não eram motivos ligados nem às condições salariais, nem às condiçõcs do empregado. Eram motivospuramente políticos e ligados a uma política econômica.Então, não era crível que uma empresa de serviço público fosse instrumento de exploração política ou instrumento de protesto, por maior que fosse a razão do protesto. Acho que as empresas de serviço público são essenciais às condições de vida do Pais. De modo que o
Presidcnte da PETROBRÁS. à base do meu pedido deinformações, fez o exame e informou que tudo estavadentro daquele enquadrament-o colocado pela direção.
O SR. JOslt EUDES - V. Ex' ê sabedor de que aJustiça do Trabalho baixou sentença favorável ;\ reintegração de cento e oitenta trabalhadores demitidos pelaPETROBRÁS·
O SR. MINISTRO CtSAR CALS - Acabo dc saberpor V. Ex' Há poucos·instantes. um jornalista tinha-medito qualquer coisa sobre este assunto. ~I'fas acabo de sa
ber por V. Ex'
Terça-Feira I Q 11865
O SR. .JOSÉ EUDES - Se assim decidir a Justiça doTrabalho. V. Ex' e"tú disposto a acatar?
O SR. MINISTRO CtSAR CALS - É claro que somos cumpridores daquilo que a Justiça manda que sefaça. Mas é óbvio que, depois dc conhcccr a scntença, cua encaminharei à Consultoria Jurídica do Ministério e,em seguida. à PETROBRÁS, para que sejam apresentados. se for o caso, os recursos cabíveis.
O SR. JOSÉ EUDES - Hoje à noitc, neste plenário,
as oposições, certamente, rejeitarào o Decreto-lei n9
2.036, editado pelo Govcrno de V. Ex'. que achata os salários dos trabalhadores das cmpresas estataís. Perguntoa V. Ex': qual a sua participação na elaboração, na feitura desse decreto-lei'?
O SR. MINISTRO CtSAR CALS - Na realidade,não participei da elaboração do 2.036.
O SR. JOSÉ EUDES - Se foi feito à revelia de V.Ex~, V. Exª é contra ou a favor?
O SR. MINISTRO CÉSAR CALS - Na verdade,sou membro do Governo e sou favorável a tudo aquiloque o Governo julga esscncial para a sua política económica, E entendo quc o Governo do Presidentc João Figueiredo, em recente pronunciamento, quando colocouaos partidos a discussão da sua política econômica, dei
xou evidente que deseja maior participação dos partidos.Isto é um sinal de que o Presidente está fazendo aquiloque anunciou, revendo algumas posições. Quanto ao de
creto. estamos favoráveis a tudo aquilo que o Governocolocar, embora respeitemos. como Senador e como integrante também do Poder Executivo, a soberania doCongresso Nacional.
O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - O nobreDeputado José Eudcs usou 9 minutos. Agora, vejam V.Ex's como é difícil para a Presidéncia a divisão do tempo. porque o interpelante tem direito a dez minutos e ointerpelado a dez. para responder. Se o Ministro demorasse os dcz minutos numa só resposta, ficaria sem tempo para as demais. De forma que peço aos demais colegas interpelantes que cooperem com a disciplina e usemo seu tempo corrido. A Mesa nao dividi.rá, justamentepor esta inconveniência. O interpelado pode, numa sópergunta, esgotar o seu tempo. Então. fica "em tempopara as demais.
Com a palavra o nobre Deputado Jorge Arbage.
O SR. JORGE ARBAGE (PDS - PA. Sem revisàodo orador.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, Exm9 Sr.Ministro das Minas e Energia, César Cals. duas são ashipóteses previstas na Constituição para o comparecimento a esta Casa dos Srs. Minislros de Estado: uma,por convocação do Plenúrio e outra, por iniciativa dopróprio Ministro. V. Ex' aqui cstá atcndendo a convocação da Cámara dos Deputados para tratar de assuntosligados à PETROBRÁS. Por dever de justiça, Sr. Ministro. tcmos de reconhecer que a exaustiva e brilhante exposição que fez V. Ex' atendcu plenamente aos objetivosprimordiais desta convocação.
Agora, V. Ex' se submete à sabatina do debate. Gosta
ria de formular as scguintes indagaçõcs. dizcndo-lhe queficou explícito na exposição, se bem entendemos, que aprodução nacional de petróleo, durante sua gestão, pra
ticamente terá triplicado, passando de 164 mil b/d. em1979, para 500 mil b/d, em 1985. A razão desse diferencial, parece-nos, foi a decisào do Governo de procurarrcduzir nossa dependência na linha do petróleo importado. Em assim sendo, permita-me indagar de V. Ex' porque não se tomou tal decisão em 1974, quando eclodiu oprimeiro sinal de crise no setor petrolífero? A segundapergunta, Sr. Ministro, é a seguinte: sabemos que na pla
taforma marítima, localizada em Salinópolís, Estado do
11866 Terça-feira 10
Pará. o petróleo jorrou. e a PETROBRÁS realiza. nomomento. os trabalhos de perfuração.
Pergunto a V. Ex': qual a perspectiva de exploração?A qualidade do produto é do tipo comercial. segundo ospadrões exigidos'! Tendo em vista que o principal problema para se reduzir o consumo de óleo diesel é a ausênciadc alternativas energéticas. por que o óleo de dendé ainda não foi considerado com a importância que merece?Por quem deveria ser considerado um programa nessesentido. já que envolve além da produçào da matériaprima. o scu aproveitamento energético. quer na misturado óleo diesel. quc pode ser de até 15%. quer no uso exclusivo. desde que sofra certos ajustes em suas características fisico-quimicas?
São estas as perguntas que formulo. Sr. r-..1inistro. nacerteza de que V. Ex' as responderá com a deferéncia quelhe é peculiar.
o SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Com a palavra o Sr. Ministro César Cals.
O SR. MrNISTRO CtSAR CALS - Nobre Deputado Jorge Arbage. quero agradecer a V. Ex" a palavra deapreciação à nossa exposição, onde procuramos dar todas as informações requeridas pelo Dcputado FloricenoPaixão.
Quanto à decisão tomada. em 1979. com referência aoproblema quc já nos afligia desde o primeiro choque dopreço do petróleo. em 1973. eu poderia dizer que também foi o domínio da tecnologia da prospecção na plataforma continental. Os campos de petróleo da Bahia. deAlagoas e dt Sergipe. em lerra, davam um sinal de exaus
tão. E o Governo. na ocasião. em face do problema. procurou suprir (I País de pdróleo e refinú-lo. Deu-!je prioridade ao refino. ao mesmo tempo em que a PETROBRAs procurava dominar a tecnologia dc prospecção na plataforma continental. De modo que em1979. quando assumi o Ministério. a PETROBRAs jádispunha desse capital técnico. Daí o motivo por que erapossível implementar uma nova política. dando prioridade número Um aos programas de exploraçào. Quanto aopoço de Salinópolis, poderíamos informar que o óleo revelado no Poço PA -I I - assi m está denominado - éum óleo de boa qualidade, leve. com 41 graus API. Oproblema que existe pm transformar esse campo em comerciável é a sua distância da costa. que é de 220 km. emmares revoltos. iv1as temos indicaçào de que foram encontrados vúrias poços no mesmo alinhamento. e parecehaver uma estrutura de mais de cem quilômetros. De
modo que a perspectiva é de que seja uma grande provincia petl'olifera.
No tocante ao óleo de dendé, todos os óleos ácidos.graxas, têm uma estrutura molecular que dá grande Vi5
cosidaàe, e is~o. neste momento. precisaria ser dominadoindustrialmente. Mas hú outros problemas. Silo oS CIlS
tos do programa. N a verdade. o preço do óleo de dendé ede outros óleos vegetais é muito superior ao prcço doóleo dicsel. Isso iria dificultar aquela política de o consumidor optar pclol;) energéticos alternativos por constituiruma vantagem económica consumi-los em substituiçãoao derivado proveniente do petróleo. Temos, portanto, oproblema técnico e o problema económico. mas nào estáfora das cogitações a utilização dos óleos vegetais.
Quanto ao prohlema de energéticos, definimos que oMinistério das rvíinas e Energia é responsável pela produçào dos energéticos minerais: os energéticos vegetais
devem ser da alçada do Ministério da Agricultura. à exceçào do álcool. porque é subproduto do programa deaçúcar. O Ministério é respons[lve[ pela transformaçãodos energéticos e por sua distribuição. que fará com todaa confiahilidade. Mas a produção deve ser programa doMinistério da Agricultura.
O SR. PRESIDENTE iPaulino Cíccro dc Vasconcellos) - Tem a palavra o Sr. Deputado José Frejat. S.Ex' dispõe de la minutos.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
O SR. JOSÉ FREJAT (PDT - RJ. Sem revisão doorador.) - Sr. Prc8idente. Srs. Deputados. Sr. Ministrodas Minas e Energia. César Cals. a primeira pergunta é aseguinte: quantos militares da reserva remunerada tem aPETROBR,~S. suas suhsidiárias e associadas'!
A outra pergunta refere-se aos contratos de risco. Eugostaria de indagar de V. Ex' se. na época da imposiçãodos contratos de risco. no Governo do General Geisel.foi examinada a agressào II Constituição e à Lei n~l 2.004.de 1953, que criou a PETROBRAs. Porque a Consti
tuição estabelece. no art 169. que a pesquisa e a lavra depetróleo em território nacional constituem monopólioda União. E vem a Lei nU 2.004. de 3 de outubro d~ 1953.
estabelecendo o seguintc:
"Arl. [' Constitui monopólio da União a pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e outros hidrocarbonetos fluidos e gascs raros existentes no tcrritório nacional.
Art. 2~ A Uniào cxercení o monopólio estabelecido no artigo anterior: l' - por meio do Conselho Nacional de Petróleo. como órgão de orientaçãoe fiscalizaç:1o: 2o;J - por meio da sociedade. porações Petróleo Brasileiro S.A. e suas subsidiárias.constituidas na forma da presente lei. como órgãode. execução:"
Então. pela Constituição e pela Lei nU 2.004. não há
nenhuma possibilidade - até mesmo se analfabetos fizcrem li leitura da lei - de se interpretar ou se entenderque possa haver contrato de risco com empresas estran
geiras. Ficamos admirados de que seja exatamente numgoverno de generais que se faça essa violação. quandotantos militares combateram. ao lado dos civis. para aimplant3ç;10 do monopólio estatal do petróleo.
Outra pcrgunta. Sr. Ministro: qual a posição de V.Ex". e certamentc dos dirigcntcs da PETROBRI~S.comrespeito a essa campanha orquestrada contra ~\S e~tatais?Porque, na verdade. as estatais constitUem. hoje. a infraestrutura do processo de desenvolvimento brasileiro. Efoi através da criação da PETROBRAs que se propicioun surgimento de milhares de empresas. Evidentemente. amá administruçào das empresas estatais se deve ao próprio Governo. que se apossou do poder a partir de 1964.colocou nas estatais elementos contrários a elas. e colocou nei PETROBRÁS aqueles violadores do monopóliodo petróleo.
Entàp. gostaria d~ saber qual é a posição desses técni
cos ou desses tecnocratas. ou dos militares que ocupamesses postos. se são a favor da extinçào das estatais.
Outra pergunta: por que não institui V, Ex" concursopara ingresso nas empresas subordinadas ao l'vIinistêriodas IVJinas e Energia'? Seria lltna medidu"ialutar. No Governo Joào Goulart. do qual participei. na ELETROBRAs tudo era por concurso. Com o golpe de 64.acaharam com os concursos. Hoje. os cargos nas estataisse vendem c se compram. Oll são ocupados por militaresda reserva remunerada. São empregos que estão sendotomados dos engenheiros. dos técnicos, dos civis. quenào podem ter dois empregos, Entào. se os militares játém remuncraçào. por que cstão ocupando milhares decargos na PETROBRÁS e suas subsidiárias'!
São eSsas as perguntas que dirijo a V, Ex'
o SR. PRESIDENTE (Paulino Cícero de Vasconcellos) - Tem a palavra o Sr. Ministro César Cals.
O SR. MINISTRO CtSAR CALS - Sr. Presidente.
quero informar ao nohre Deputado José Frejat que nãodisponho. ne!'ite momento, do númcro de militares da reserva trabalhando na PETROBRAs. mas poderia dizerque temos ali seis diretores e um presidente. num total desete. e apenas um militar da reserva remuneradrl.. que éjustamente Llm aliciaI com larga tradição na Marinha, naDiretoria dc Transportc. c que fa7.. exatamente. toda a'
Novembro de 1983
coordenaçúo do ouprimento de petróleo do exterior parao Brasil. pelo transporte maritimo.
Quanto ao monopólio. sou seu defensor iatransigcnte.Em todas as minhas declarações, tenho defendido o monopólio do petróleo executado pela PETROBRAs.Acontece que a prestaçào de serviços é urna medidaconstante em qualquer atividade de empresas quc executam monopólio. Na realidade. o monnpôlio diz respeitoà atividHde de pesquisa t' hlvra. mas niio significa que tenha de ser feito com os próprios funcionúrios. Pode serfeito através àe empre~as contratadas para prestaç[lOde-:.tcs serviços.
No caso da prestação de serviços com cláusula de ris
co. signifiea que. se não tiver éxito. a PETROBRAs náoindeniza nada àquele serviço. Portantn. entendo maisvantajoso até (] mero contrato dt' prestação de serviço.no qual todos os custos ficam por conta da PETROBRi;s.
Quanto á campanha contra as estatais temos sido urnavoz constante a mostrar a injustiça qut' se faz, no Brw;jl,quando ~e Golocam as estatais como responsáveis pelacrise econômica. Na realidade. sabemos que as dificuldades por que passam algumas estatais, principalmenteaquelas do serviço público. se devem. em primeiro lugar.ú inflação. que, infelizmente. ainda não está sob controle: esperamos que ela possa estar, em breve; em segundolugar. as tarifas nem sempre de acordo com u que se necessita. tendo em vista também a política dc combate àinflação. Entendo que as estatais já prestaram e prestami!randcs serviços ao Brasil e nüo concordo que elas sejam
~1al administradas. Pelo contrário. no meu Ministério.~Jcompanho de perto a administração das estatais c toda~
elas apresenUlm hom desempenho. Quanto à realizaçãodt,: concursos. diria qUI; a PETROBRÁS só admit.e ~m
pregados por concursos. com exccssão apenas de empregados com especialidadc notória. A ELETROBRÁStambém normalmente ÜII. concursos. Isso não e~tâ acontecendo agora pela diticuldadc das empresa, em admitirnovas pessoas para seu quadro funcional. tendo em vistao decreto do Presidente Joào Figueiredo. que sô permiteque se faça admissão. hoje. para substituir alguém quepossa ter saído por qualquer motivo. Creio que foram estas. nobre Deputado. as perguntas aqui colocadas.
o Sr. José Frejat - Indago do Sr. l'v[inistro se S.Ex"pode. em complementação Ü;:, suas respostas, mandarpor escrito. pOhteriormentc. o número de militares dn r~
scrva remunerada empregados na PETROBRAs. suus
subsidiárias e associadas.
O SR. Mrl\lSTRO C~~SAR CALS - A informaçãoserá enviada a V.Ex'J atravé,,, do Prt.~sidente da Câmarados Deputado,.
o SR. PRESIDENTE (Paulino Cícero de Vascoacellos) - Concedo a palavra ao nobre Deputado Edison
Lobão.
O SR. EDISON LOBÃO (PDS - MA. Sem revisãodo orador.) - Sr. Ministro César Cabo desde logo desejoexultar (I esforço de V.Ex:J. no sentido de que nosso País~Icancc. o mais depressa possível, autonomia em energia.Tenho acompanhado a ação de V.Ex' e sei o quanto elatem sido bem sucedida. Por isso. trago iJqui minhas homenagens e meu apoio à política que V.ExlJ. vem imprimindo no setor de energia. em nosso País.
Desejaria saber de V.ExQ se os contratos de risco assinados pelo Governo brasileiro Com empresas estrangei
ras têm produzido realmentc bons resultados e quantoestaríamos produzindo hoje em petróleo. se esses contratos nàí) tivessem sido assinados.
Em segundo lugar. gostaria que V.Ex!:! detalh~t"se melhor a autowsulicicncia a que chegaremos. ~egundo expressào de V.Ex' por volta de [99.~. isto é. dentro de dezanos.
Novembro de 1983
o SR. PRESIDENTE (Paulino Cícero de Vasconccllos) - Com a palavra o Sr. Ministro César Cals.
O SR. MINISTRO CtSAR CALS - Quero. inicialmente. agradecer a V. Ex'. nobre Deputado Edison Lobão. as referencias que fez ao trabalho que desenvolvemos no Ministério das Minas e Energia. Estou certo deque fizemos ali. em matéria de energia. uma revoluçãocompleta. cujos resultados são apreciados em todo omundo. Reduzir a importação de petróleo em 40%. em 4
anos c meio de uma nova política é um resultado que nenhum país do mundo consegiu. Isso se deve ao apoio doPresidente Figueiredo às nossas posições e também o queé muito importante à adesão da sociedade brasileira.
Quanto aos contratos de risco. na realidade. emboratenham prestado informações sobre uma grande área doBrasil, neste momento nào participam ainda da produção de petróleo. Temos esperança de que as empresasque estão sob contrato de risco na Bacia Sedimentar doAmazonas possam vir a participar na produção de petróleo. mas. neste momento. a participação é nula. Somente um contrato. na Bahia. tem indicações de quepode ser um campo comercial. Quanto à autosuficiência. orientamos nossos assessores do Ministériode Minas e Energia no sentido de que. nesta fase final doatual Governo. adotassem um rumo que pudesse ser segLJjdo ou pelo menos indicasse o caminho a que poderálevar a atual política energética do Brasil. Na hipótesesde um crescimento do Produto Nacional Bruto de 5.5%ao ano e também de que nossos trabalhos de prospecçãopudessem agregar, cada ano. cerca de 400 milhões debarris de petróleo à reserva já existente. Conforme essashipóteses. chegaremos a uma produção de um milhão debarris por dia. no ano de t993. E mais. na hipóteses daquele crescimento da economia brasileira, de cinco emcio por cento ao ano. o consumo de derivados de petróleo chegaria a um milhão e meio de barris por dia. Sevamos produzir um milhão e queremos importar zero, osSOO mil seriam ou serão sem dúvida substituídos pelo gásnatural. 200 mil barris por dia. Aí está o grande campode Juruá. numa indicação de que o número não é exagerado: o carvão mineral. de que temos grandes reservas,100 mil barris por dia. E nesses quatro anos começamosum programa de carvão mineral. transformando umaatividade que não era econômica numa atividade econômica. Já estamos com 40 mil barris por dia. em substituição ao petróleo. Em 10 anos. 100 mil não seriam umnúmero exagerado. A eletricidade. a eletrotermia, 60 milbarris por dia. e. no programa que começamos no anopassado, jú estamos em mais de 20 mil barris por dia.Neste ano. 60 mil: portanto. também não é um númeroambicioso. O álcool. 60 mil barris por dia. E sabe V. Ex"que o álcool praticamente substitui 90 mil barris por dia.neste rnomento. Não é também um programa ambiciosoaumentar apenas 60 mil barris por dia de áleool. Osóleos vegetais - e aqui foi falado sobre o ólco de dendê- 30 mil barris por dia: o xisto. 30 mil barris por dia. Ejá iniciamos a primeira usina industrial do xisto e outras,como energia solar, bagaço de cana, casca de arroz, madeira. 20 mil barris por dia. São os números. númerosque são exeqüíveis.
De modo que foi dentro desta hipótese que pudemos
ter. vamos dizer. a ousadia de anunciar uma possibilidade de auto-suficiéncia no ano de t993.
o SR. PRESIDENTE (Paulino Cícero de Vasconce
los.) - Com a palavra o nobre Deputado José Genoíno.
O SR. JOst GENOINO (PT - SP. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente. Sr. Ministro, Srs. Deputados.eu gostaria de fazer basicamente cinco perguntas. A primeira delas seria: neMes últimos dias, segundo os jornais,as ações da PETROBRÁS, na Bolsa de Valores. subintm~ tiveram uma valorizaçào à base de 25%. e. segundoos mesmos jornais. isso se deve 1:1 indícios da descobertado novo poço petrolífero no litoral paraense.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção!)
Gostaria de levantar aqui duas questões ao Sr. M inistro das Minas e Energia.
Considerando a situação de recessão por que passa aeconomia brasileira. temos nesse caso, duas possibilidades: uma delas é a de esse~ investidores já terem conhecimento da dimensão do novo poço de petróleo. no litoralparaense: e a segunda. a de que estaremos diante de alguns loucos, que investem em ações tão valorizadas, emlima economia profundamente recessiva.
A segunda pergunta se refere a uma das maiores minasde potássio. situada em Carmópolis. no interior de Sergipe, e que pertence à PETROBRÁS. Até hoje a PE
TROBRÁS não tirou de lá um quilo de potássio, quandosabemos tratar-se de algo muito importante para o desenvolvimento da agricultura.
O que o Sr. Ministro tem a colocar sobre esta questào?Terceira pergunta: o Profes:;or - porque é chamado
assim - Heitor Ferreira Aquino. que acabou de ser demitido do Palácio do Planalto - lá já estava há noveanos - volta à PETROBRÁS. como funcionário, comum salário que. segundo o Correio Braziliense, seria porvolta de sete mil dólares. Segundo o mesmo professor.ele nào volla ocupando o lugar de ninguém na empresa.Isto é verdade. e o Professor. como é chamado. reccbia omesmo salário quando estava executando o cargo de Secretário Particular da Presidência da República'!
Quarta pergunta: por que. diferentemente de outrasempresas estatais. como o Banco do !Brasil. os funcionários cassados por atos institucionais e depois anistiados, voltaram a estas empresas, e, no caso da PE
TROBRÁS. estes trabalhadores não foram reintegrados':
E a últíma pergunta. Sr. Ministro: acompanhei de perto os episódios da greve de Puulínea e ·da Campinas, emS::ío Paulo. Em vários momentos das negociações com adireção da PETROBRAS. o Sr. Presidente daquela empresa revelava certa intransigência, como colocou aqui oDeputado José Eudes. Chegou até a. ameaçar fechar a rerinaria e demitir todo o mundo. para acabar com aquelagreve. Houve um momento em que as negociações pareciam prel'tes a sair, mas os próprios jornais informaramque () Presidente da PETROBRÁS. seguindo a orientação c a articolação direta da cúpula do Conselho de Segurança Nacional. resolvia ter uma atitude intransigentecom relat;ào aos petroleiros em greve. PresGncici, porexemplo. na rcfinaria dc São José dos Campos. quandoestava em greve, a impossibilidade de cu c outro Deputado entrarmos naquela refinaria, porque os trabalhadoresestavum praticamente presos e nilo se imaginava que ti
direção da PETROBRÁS fosse de um autoritarismo tãoviolento com relação aos seus trabalhadores. Eu perguntaria ao Sr. Ministro sobre essa questão; que tipo de participação, concretamente, ele teve nos episódios relacionados com a política da PETROBRÁS para essas duasgrandes greves a de Paulínea c a de Mataripe, na Bahia.porque. na mesma época, os jornais publicavam que adireção da PETROBRAS tinha grandes desentendimentos com o 81'. Ministro das Minas e Energia. Não se subia se a direção da PETROBRÁS estava ou não subordinada ao Ministro das Minas e Energia ou se estava diretamente sunordinnda ao gabinete dos chamados Minis
tros da Casa do Palácio do Planalto. Só isso.
O SR. PRESIDENTE (Paulino Cícero de Vasconcellos) - Tem a palavra o Sr. Ministro César Cals.
O SR. MINISTRO CÉSAR CALS - Quero informara V. Ex'. nobre Deputado José Genoino. que as ações daPETROBRÁS. segundo os jornais. subiram recentemente. Acredito que esses investidores confiam na atividadeda empresa: confiam no trabalho de seus têcnicos e aténa maneira con.servadora com que e!lses técnicos anunciam os resultados. Tivemos. nesses últimos dias, duasnotícias que ma pareceram muito importantes para omundo do petróleo. A primeira. novos poços descober-
Terça-feira IQ 11867
tos na Bacia de Campos. mostrando que aquela Baciaainda não foi totalmente identificada. Nós podemos terali mais petróleo. Um dos poços colocados em produçãoteve uma vazão excepcional para o Brasil. 13.800 barrispor dia.
O segundo se refere, conforme V. Ex~ diz, nuo só aopoço I-PAS-II. que está em teste. mas a ter sido descoberto o alinhamento de ocorréncias entre Belém e SãoLuís. O poço I-PAS-t I. situado a 220 quilômetros dacosta do Pará. apresenta um óleo 41" API. um óleo deboa qualidade.e uma profundidade média de 4.300 m. Oconhecimento do reservatôrio só será possível apôs conclusüo dos testes de longa duração que estão sendo efetuados no poço. A produção inicial não foi muito importante e. dada a distáneia e os mares revoltos. não indicava ser comerciávei: era de 168 m·l/dia, o que daria emtorno de 1.000 barris por dia. Mas. depois de acidificado,fraturada a rocha e com muita estimulação. o poço produziu uma vazão de 3.200 barris por dia. o que deu indicaçào de que pode ser um campo comerciúvel e de grandes dimensões. Acredito que essas foram as razões principais por que os investidores da Bolsa procuraram asações da PETROBRÁS. Quanto a Carmópolis, eu queria dizer a V. Ex' qoe o projeto de potássio TaquariVassouras. dimensionado para uma produção de 600 miltoneladas/ano de cloreto de potássio. potássio fertilizante. deverá entrar em operaçào no próximo ano.
Em 1985. o projeto já permitirá a produção dc cercade 300 mil toneladas de potássio. o que eorresponde acerca de 30% da demanda interna. A PETROMISA estátrabalhando fortemente nesta mina de potássio e serú aprimeira lavra de potássio no Hemisfério Sul. Quantoaos dados do Pro f. Heitor Aquino. funcionário da PETROBRAs. não os tenho neste momento. Remeterei aV. Ex~ através do Presidente da Câmara. Com referênciaàqueles que foram anistiados e não foram rcintegrados ã
PETROBRÁS. o Ministério das Minas e Energia procurou estudar o aS5unto. caso a caso, através da sua Consultoria Jurídica e. de acordo com a Lei da Anistia. paraa reintcgração. era necessário primeiro que a PETROBRÁS reconhecesse que haveria lugar para o trabalho do funcionário: c, segundo, qoe suas qualificaçõestécnicas estivessem de acordo com o atual estágio de desenvolvimento da PETROBRÁS. No longo tempo emque esses funcionários estiveram cassados, até a anistia,os quadros da PETROBRÁS foram preenchidos. e muitos não ficaram atualizados na sua competência técnica,de maneira que foi muito pequeno o número dos reintegrados, mas iodos os. aposentados Foram de acordo comos direitos da legislação.
O Sr. José Genoíno - Sr. Ministro. só um detalhe: eos novos cargos que são criados pela PETROBRÁS? APETROBR/\S não teria condições de adaptar prolissionalmente estes funcionários'! Pergunto: nào se trata deuma segunda punição política sobre estes funcionários.coisa que nào ocorreu em outras empresas estatais, comoo caso do Banco do Brasil?
O SR. MINISTRO CÉSAR CALS - Eu poderia dizer a V. Ex' que caso a caso foi estudado e caso a caso foiinformado. E alguns funcionários, mesmo depois da primeira negativa da PETROBRAs, foram aproveitados:poucos, mas foram estudados caso a caso.
Quando à pergunta de V. Ex' sobre minha participação na recente greve de funcionários da PE
TROBRÁS. que deu como conseqüência a demissão. eudiria a V. Ex" que tão logo a greve se manifestou comogreve politica - porque não era uma greve em função dereivindicações dos trabalhadores, dos operários - o Ministro das Minas e Energia pediu ao Ministro do Trabalho que a declarasse ilegal e se afastou do assunto. A partir daí. a grave era assunto do Ministério do Trabalho edo Conselho de Segurança Nacional. Eu. de fato. nãotive participação nenhuma nessas decisões. porque a greve nào era assunto do setor de energia.
11868 Terça-feira 19
o Sr. José Genoíno - Mas. Sr. Ministro. a greve dospetroleiros era contra um decreto que vai ser votado ouapreciado nesta Casa. o Decreto-lei n? 2.036. e não comoo Governo e V. Ex' reafirmam. uma greve política.
o SR. PRESIDENTE (Paulino Cícero de Vasconcellos) - A Mesa deseja participar dos debates para informar ao nobre Deputado José Genoíno que S. Ex tl havia utilizado anteriormente nove minutos do seu tempo.Fez uma outra intervenção. que a Mesa computou comosendo de um minuto, o que completa os 10 minutos regimentalmente atribuidos a V. Ex' Solicito a colaboraçãode V. Ex', para que não se estabeleça o diálogo à margem do Regimento.
o SR. MINISTRO CÉSAR CALS - Informo a V.Ex' que. feito o aviso. o Sr. Ministro do Trabalho reconheceu li ilegalidade da gn;vt. por considerá-la de fato
uma greve política.
O SR. PRESIDENTE (Paulino Cícero de Vasconcellos) - Tem a palavra o Sr. Deputado Celso Barros.
O SR. CELSO BARROS (PDS - PI. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente. Sr. Ministro César Cals, Srs.Deputados. o Engenheiro Donald Stuart Júnior. Presidcnte da ECISA, publicou no Jornal do Brasil do dia 13.
artigo intitulado "Trés Macrotolices" e, num trecho deste artigo, escreve o seguinte, a propósito da distribuiçãode dólares concentrados no Banco Central:
"Que fez o Banco Central com os dólares que recebeu'? Utilizou-os para pagar o aumento do preçodo petróleo e os correspondentesjuros. Se imaginarmos que se há 10 anos, quando do primeiro choquedo petróleo. o Brasil tivesse tomado emprestadodólares para pagar apenas o aumento do preço dopetrôleo importado e assim sucessivamente até agora. e se acrescentússemos os juros correspondentesda dívida assim contraída, atingiiÍamos aproxima~
damente o montente de 80 bilhões de dólares. A tolice. portanto - continua a articulista - foi gastar80 bilhões de dólares consumindo petróleo importando. Enquanto os países desenvolvidos adotavammedidas de contenção do consumo de combustível- alemães e holandeses passaram a usar bicicletas:americanos faziam filas nos postos de gasolina nosso Pais. uma ilha de tanqüilidade - entre aspas.como está n" artigo - não sentia o choque do brutal aumento de preços do petróleo. E dobrava o fieu<.:on:::unlO de comhustfvel na dt:cadu. enquanto haviaum cre:;cimento de apenas 5 3. 209~, no consumo dospaises desenvolvidos."
Na exposição, V. Ex' consignou, realmente, que houvet:sbanjamento no uso do com bustível derivado do petróleo. e em verdade, em 1978 o consumo médio de petróleo no Pais foi de um milhão e quarenta e quatro milbarris. e a produção nacional, como está na expn~ição deV. Fx~. roi, em média. de cento e sessenta c oito mil barris. com uma dependência internacional na base de oitocento:, e :-::etenta e oito mil barris.
Realmente, o que se verificou foi uma utilização exces
siva dc petróleo. E isso, de acrodo com os dados fornecidos pelo citado articulista. contribuiu profundamentepara o aumento da nOSfia dívida externa.
A minha indagaçào é a seguintc: em que medida a PETRüBRAs c0ntrihuiu para o aumento desta divida extcrna no tocantc ao C0nsumo de petróleo" Seria possível,atravês de- uma política de contenção, reduzir sensivelmente esle nível da dívida externa hojc problema fundamental da nossa economia c, conscqiicntementc, lamenuivel situação para os destinos do País'!
O SR. PRESIDENTE (Paulino Cícero de Vasconcellos) - Tem a palavra o Sr. Ministro das Minas eEnergia.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçao I)
O SR. MINISTRO CtSAR CALS - Gostaria de informar a V. Ex', nobre Deputado Celso Barros, que apolitica de contenção instalada já no Governo do Presidente João Figueiredo - e eu seria pouco sincero se nãodissesse que também concordo em que essa polítíca deeconomia de combustível dcvcria ter sido implantada jáhá alguns anos - trouxe de fato, dificuldades para a sociedade brasileira, desde uma estrutura de preços de derivados de petróleo que, no começo, procurava inviabilizar o desperdicio, até o fechamento dos postos de gasolina aos sábados e domingos. Sabemos que a classe média,que tinha no seu carro um meio de lazer, sofreu com essamcdida. Passamos a fazer também a fiscalização do usode combustivcl dos caminhões, da regulagem do bico dosinjetores dos motores dos caminhões - Um trabalho forte de gerenciamento de energia - foram visitadas indústria por indústria, verificados os vazamentos, os defeitosnas instalações das caldeiras. cortados todos os combustíveis considerados dispensáveis; foram instaladas indústrias próximas a minas de carvão, para substituir oóleo por aquele produto; houve um corte do óleo combustível nas indústrias de secagem de grãos ou de minérios. Foram adotadas mcdidas de conservação deenergia. É Claro que tudo foi feito levando-se em contaas dificuldade< inerentes ao Bra<il-continente, que temsua civilizaçào à beira das rodovias, e1 dessa maneira,não é fácil a substituição do transporte rodoviário. Masessas medidas fizeram com que o consumo de petróleo.que no início do Governo Figueiredo era de 1.140.000barris/dia, chegasse, neste momento, a 940.000 barris/dia - portanto, duzentos mil barris/dia a meno<. Aqueles paises já industrializados tiveram 1,5 a 5% de economia nesses quatro anos e meio, enquanto no Brasil reduzimos o consumo de derivados de petróleo em 20%. Éum esforço muito grande. Estou certo de que esta politica é reconhecida no mundo inteiro. Obtive depoimentosobre isto na visita que fiz ao Oriente Médio, a váriospaíses produtores de petróleo.
Quanto à divida externa, eu ficaria muito feliz disse-o ainda hoje na Comissão de Minas c Energia - seacabasse essa síndrome da dívída externa. Acho que oaumento da dívida externa com o petróleo foi correta não com a compra, mas com os trabalhos de prospecção.E eu poderia fazer um pequeno cálculo. Ao iniciar-seesse choque de preço do petróleo. quando o barril custava três dólares. as reservas de petróleo do Brasil eram deseiscentos milhões de barris. Ao preço de três dólares obarrisl de petróleo. as nossas reservas valiam um bilhão eoitocentos milhões de dôlares. Neste momento. o barrilde petróleo custa 30 dólares, e nossas reservas são dedois lJilhões c duzentos milhões de barris, em petr6leo cgás natural. Isto, vezes 30 dólares, dá sessenta e seis bilhões de dólares, o que monstra que o que foi gasto parase descobrirem rescrvas de petróleo foi bem empregado.Esta a tese que defendo.
O SR, PRESIDENTE (Paulino Cícero de Vasconcellos) - Concedo a palavra ao Sr. Deputado MatheusSchimidt.
S. Ex ll está ausente.Concedo a palavra ao Sr. Deputado Nilson Gibson.S. Ex' está ausente.Concedo a palavra ao nobre Deputado Eduardo Ma
tarazzo Suplicy.
ü SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY (PT SP. Sem revisüo do orador.) - Sr. Presidente, em virtude de força maior, precisei otender a uma pessoa que estava se sentindo mal, por causa do abafamento c do impedimento de as pessoas circularem no recinto da Câmara dos Deputados. Sendo a mencionada pessoa do meuconhecimento, precisei retirar-me exatamente no momento em que meu nome foi chamado pura argüir o Sr.Ministro. Indago. pois, de V. Ex', já que não acarretaráprejuízo a qualquer dos argüidores inscritos. se posso
Novembro de 1983
usar da palavra para formular peguntas, assegurandoque elas serão breves.
O SR. PRESIDENTE (Paulino Cicero de Vasconcellos) - A Mesa reconhece a força maior que subtraiuao plenário a presença do nobre Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy e deve até elogiar a nobreza das razõesque inspiraram sua ausência. Mas. contra a força maiorde S. Ex' existe a força regimental a que deve ater-se oPresidente em suas decisões. Como existem mais seis Deputados que nào compareceram e estão em plenário desejosos de falar e ante a expectativa da Presidência deque possam falar os Srs. Lideres de bancada, a Mesa lamenta nào deferir a palavra a S. Ex'
Concedo a palavra ao nobre Deputado Geraldo Fleming. para uma questão de ordem.
O SR. GERALDO FLEMING (PMDB - AC. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, agradeço a V. Ex'a concessão da palavra para a questão de ordem. Apenasquero encaminhar ao Ministro César Cals algumas indagações, já que S. Ex' não respondeu ao Deputado Oswaldo Lima Filho, de Pernambuco. Eu gostaria de entregálas ao Sr. Ministro, para que ficasse registrado nos Anaisda Casa.
O SR. PRESIDENTE (Paulino Cícero de Vasconcellos.) - Não há questão de ordem a ser respondida.
A Mesa defere a palavra aos Srs. Líderes de bancada.Tem a palavra o Sr. Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, Deputado Hélio Duque.
O SR. Hf:LIO DUQUE (PMDB - PRo Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Ministro, a presença, muito grata para a Casa, do MinistroCésar Cals veio demonstrar, mais uma vez. a inadequaçào e a superação do nosso Regimento Interno. Culpa alguma tem S. Ex', o Sr. Ministro César Cals, mas aprevalecer o que estabelece o Regimento, seria de muitobom tom para a dinamização dos trabalhos desta Casaque doravantc os Srs. J'..finistros não fossem mais convocados para comparecerem ao plenário. eis que as Comissões Técnicas são os órgàos próprios para essas audiências, por inexistir Já a rigidez. que caracteriza o Regimento da Câmara dos Deputados. impeditivo de que aquifloresça um debate que surta elfeitos e alcance os objetivos que tanto S. Ex'. o Sr. Ministro, quanto os Deputados procuram, na busca do bem comum, na busca de servir esta Pátria.
A presença do !V1inistro César Cals. hoje, não fugiu aoque se vem presenciando quando do comparecimentodos Srs. iv1inistros ti este plenário. Amparado~ nos casuísmos regimentais. esclarecimentos fundamentais aquinão são trazidos. até por que há um mccanismo impeditivo de um diálogo concreto. com réplica e tréplica emrelação aos temas tratados, de um aprofundamento dodebate, (1 que seria extremamente estimulante para estaCasa e. por certo, para os Srs. Ministros que aqui venham a comparecer.
A respeito do petróleo e da realidade dramática que oBrasil vive. hoje, no entendimento da Liderança doPMDB; o Sr. Ministro César Cals nada trouxe de novo.Bem ao contrário: reafirmou uma posição excessivamente otimista, de que tudo vai bem e deve ficar melhor,quando a sociedade sabe que tudo vai mal c caminhapara ficar pior.
Ora, Sr. Presidente, observamos ainda há pouco aquestão de ordem do Deputado Geraldo Fleming, represe:ntante do Estado do Acre, formulada com embasamento em estudo elaborado pejo próprio Governo doAcre. governo que tem à sua frente a honrada figura doex-Deputado Federal Nabor Júnior. Queremos.somando-nos à indagação que a qui não póde ser feitapelo Deputado Geraldo Fleming, mas que foi encaminh"da "O Sr. Ministro César Cals. destRear duas indagações. fundamentais para grave problemas que a COil1\1-
Novem bro de 1983
nidade aereana, hoje, está a viver. e que tem na atuaçãodo Ministério das Minas e Energia a culpa mainr para odrama que lá ocorre.
Diz o Deputado Geraldo Fleming:
" ... 0 que pudemos constatar é que uma autoridade transfere a sua responsabilidade para a outra autoridade. vinculadas ou subordinadas, muitas vezes,ao mesmo órgão ministerial.
Há meses que o Acre vive uma situação diricilcom a falta total dos d~rivados de Petróleo; pergunto ao Sr. Ministro Cesar Cals de quem é a culpa: éde V. Ex': do Conselho Nacional do Petról~o ou doMinistério dos Transportes. conforme informou '0
General Oziel, do Conselho Nacional do Petróleo?
Os rcsponsávcis pelos órgãos de abastecimentode derivados de petróleo são quase todos militares.Será que eles não têm conhecimento de que o Território aereano está inserido na área de SegurançaKaeional' Ou será que a lei de Segurança Nacionalfoi criada apenas pura retirar o direito da livre manifestação de votos dos eleitores de todos so municípios de interior do Acre. no que se refere ao pleitopara prefeitos municipais'? Não podemos admitir segurança na úrea de fronteira sem combustível paratransportes.
É hora de indagarmos mais uma vez: por que adiscriminação?
Por qu~ o Acre é abandonado. esquecido. relega
do a plano inferioro"
Essa constatação do Deputado Geraldo Fleming, Sr.Presidente ~ Srs. Deputados. decorre de um fato: é queaquela com unidade está vivendo instantes dramaticos.pela inexistência de combustível para a dinamização desua vida, sobretudo de sua vida econômica.
Ainda em relação ao que o PMDB pôde considerar daexposição do Ministro César Cals, esta foi extremamentelimitada. extremamente carregada de fugas diante de indagações pertinentes. como algumas do Deputado Oswaldo Lima Filho. Não conseguimos ouvir respostas àaltura das indagações formuladas ao Sr. Ministro. masrel'Onhecemos que S. Ex" tem limitações muito grandes.até porque. a nosso juízo. e d~ nós para nôs, o MinistroCésar Cals é o titular de um dos mais importantes Ministérios desta República. Contudo. a nosso juízo, o seuvôo ê muito curto. porque em sua área de atuaçào existem setores que apenas de organograma funcionalsubordin'lOl-se a S. Ex' Assim é em relaçào à I'ETROBR/i.S. A Nação sabe, Sr. Ministro. que V. Ex'conseguiu, numa performance louvável. dobrar a produção de petróleo do País. V. Ex' defendeu a continuidade de um grande brasileiro. um grande técnico. o Sr. arfila Lima. como Diretor de Produção da PETROBRÁS.Mas o decreto a,;sinado por V. Ex' e pelo Presidente daRepública foi rasgado ;~ prevaleceram as razões do Sr.Shigeaki Ueki. nomeando o DI'. Joel Rennó.
Esta ê uma clara demonstração do conflito latente entre a PETROBRÃS e o Ministério das Minas e Energia.Se isso ocorre em relação às questões do petr61eo, não sepode negar que o mesmo existe em relação a ltaipu. quese scdimenta nllma obra em nosso Estado. Não fosse arecessão cconómiGa a partir dc 81. 82 e 83, estariamosnuma situação dramática neste País, porque aquilo queera básico e essencial - c que S. Ex'. o Ministro CésarCals. sabe que estou falando rigorosamente a verdadeque era o "linhão" basico de Itaipu. constituído por seislinhas básicas. para a transmissão da energia a ser produzida. atendendo ao mercado da CESP. de FURNAS,ã r~gião da Zona da Mata de Minas Gerais e ao Rio deJaneiro. Q ··linhào" básico de Itaipu. que deveria estarpronto há cerca de dois anos, está exatamente com umatraso de dois anos c mcio. É uma demonstração clara dequc não existe. da parte do Sr. Ministro. por mais boavontade que S. Ex' tenha. uma ingerência objetiva em re-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçüo I)
lação ãquele que dirige Itaipu, que é o Coronel CostaCavalcanti.
Sr. Ministro. somos autores aqui de requerimentos deinformações qu~ estão afetos à Pasta de V. Ex" Itaipo é oúnico órgão da República que. hoje. estando, oneialmente. com um custo de quinze bilhões de dólares. deveatingir, a esta altura. dezoito bilhões de dólares, e estáexpurgado de qualquer nível de prestação de contas junto ao Tribunal de Contas da União, bastando apenas.para aprovação de suas contas, o visto de um auditor paraguaio e de um auditor brasileiro. Tenho o máximo respeito - c até conheço muitos deles - por grandes patriotas paraguaios, com os quais mantenho vinculas atéa nível de interesse, atravês de contrapar'entesco. em relação àquele vizinho país, mas quero dizer a V. Ex' que.infelizmente. o povo paraguaio não é o símbolo do que éo Paraguai. Nós. que somos de- uma região de fronteira,conhecemos muito bem que tipo de atuação caracteriza,em relação à malversação de recursos públicos. muitasdas autoridades daquele vizinho país. Sei que V. Ex' culpabilidade maior não tem. AWis. diria que tem, pelaomissão. porque. afinal de contas. Itaipu também é umórgão subordinado ao Ministério de V. Ex' Aqui nadafoi falado sobre esse mastodóntico empreendimento e seique o requerimento do nobre Deputado Floriceno Paixào é especifico a respeito de temas de petróleo. mas V.Ex' avançou e falou aqui em relação à quest1J.o auríferabrasileira. Poderia té-Io fcito, também. igualmente, emrelação à realidade nuclear brasileira. a esse plano mirabolante. ciclópico que cstá a responder enormementepela situação de dramaticidade que o Brasil vive hoje.Ainda ontem, no Mermaid Theatre. em torno de Trafa1gar Square, em Londres, o Brasil participava de um ato~
nesse mesmo teatro que ontem foi de Shakespeare e quehoje é de comédia de baixo nivcl. quando o Sr. Presidente do Banco Central encontrou-se com 106 banquciroslondrinos. da city londrina, naquilo que o FinanciaI TimEconsiderou como o dia da caridade pública inlernacional.
Hoje, ao final da última indagação feita aqui, respondendo ao nobre D~putado Celso Barros, V. Ex' t~ve
oportunidade de citar algo a respeito da síndromc dadívida externa brasileira. dizendo que ela, a seuj:.tizo. sótrouxe beneficios para a sociedade brasileira. Beneficiospara quem, Sr. ~1inist.ro'? Seguramente, para a sociedadebra::;ileira não roi. Foi para programas mastodônticos eciclópicos de responsabilidade do Ministerio de que V.Ex' está à frente como ilustre titular.
Eu havia enumerado 5 questões. mas, dada a prcméncia de tempo, só vou tratar de 3. Nomeei Itaipu. o Acordo Nuclear e, por último, aquilo que constitui hoje umverdadeiro ato de choque para a sociedade brasileira.que quando tem oportunidade de. ouvir, pelos meios clt;.comunicação, qualquer entrevista do Sr. General Oziel,Presidente do CNP. sobre combustível. se prepara para opior. Quando ele diz que não vai haver aumento nopreço dos derivados do petróleo. a sociedade sabe quevai, e se prepara. Quando ele diz o contrario, a sociedade
sabe que se durá exatament~o inverso. Sào setores afetosà Pasta de V. Ex{l e. a 1105::;0 juizo, nào estou traztmdo nenhum atestado de que as oposiçôes s~jam detentoras demaior nível de pnrticipaç5.o do que V. Ex~ Ao contrári01
todos procuramos lutar pelo bem-estar comum da Pá~
tria. rvlas (] que lamentamos é que TV". Ex~, Sr. f\.-tin.istroCésar Cals, que aqui hoje;;: se fel prt:_sente, relrate o que éo organograma do Minrstêrio das Minas e Energia. poisé um Ministro que ocupa mas não dirige efetiv"ment~ascoisas do Ministério das Minas e Energia deste raís.(Palmas.)
o SR. PRESIDENTE (Paulino Cícero de Vasconcellos) - A Mesa vai deferir a palavra ao nobre Lider doPDS. Deputado José Lourenço. Antes. deseja observarao plenârio e a S. Ex' o Sr. Mini,tro. que, nos termos doRegimento, está cessada a parte reservada aos debate~,
tanto que o parágrafo 8' do art. 270 estabelece; "'É licito
Terça-feira I ç 11869
aos Líd~res. após o término dos debates. usarem da palavra por 10 minutos, sem aparte". Assim. se S. Ex', o Sr.Ministro. se interessar, como manda o Regimento. poderá postar-se na primeira bancada da Casa e, ao cabo dospronunciamentos dos Srs. Líderes de bancada. a M~sa
lhe deferirá a palavra para uma mensagem final ao Plenário.
Tem a palavra o Sr. Deputado José Lourenço. S. Ex'dispõe de 10 minutos.
o SR. ,1OSlt LOURENÇO (PDS - BA. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, Sr. Ministro das Minas e Energia, não esperávamos qualquer elogio - o que, aliâs, seria um comportamento praticamente inédito n~sta Casa - ao trabalho que V. Ex', Sr. Ministro das Minas e Energia. vem realizando. Seria inéditose a Oposição elogiasse o trabalho de um Ministro de Estado, porque o comportamento da Oposição é. na suageneralidade. de crítica constante ao Governo. Não háacerto. não há medida, não conheço um fato sequer quepossa merecer, por parte da Oposição. o elogio desta tribuna. As vez'~s, num momento de arroubo, num momento de maior espírito de fraternidade. de convivência, umou outro Deputado da Oposição. numa conversa amiga,elogia este ou aquele comportamento do Governa. Mas,desta tribuna. é difícil. quase impossível arrancar-se deum homem da Oposição um elogio a um trabalho queconsideramos da maior importância. como o que V. Ex'realiza à frente da Pasta das Minas e Energia.
Sr. Ministro, como afirmei na indagação que fiz a V.Ex''. não hit dúvida alguma dos muitos acertos que esteGoverno tem praticado. Não podemos negar, e a Casanão negara a V. Ex' - estou certo de que a Oposiçãotambém assim pensa. mas. por conveniência política.não afirma - que no setor de V. Ex' existem de fato vitórias que temos que proclamar e anunÍcar à Naçãocomo da maior importância e da maior valia para a vidanacional.
Cnticam-se o preço da gasolina, os preços dos combw;tiveis, de um modo geral~ mas não se diz que produzíamos, há cinco anos. 160 ou 170 mil barris de petróleo c hoje atingimos os 400 mil barris diários, c temosem meta. a curto prazo. atingir dentro de um ano, os 500mil barris diários de petróleo.
Não se diz que hoje somos o País que mais produzenergia alternativa, no caso do úk:ool, coh1 uma produção de quase 100 mil barris por dia: não se diz que nosetor de energia fóssil investimos. neste período. quase 7bilhões de dólares; nega~se à Naçào que investimos, nosetor do alcool. quase 4 bilhões de dólàrcs. aplicados exelusivamente dentro do Pais. gerando empregos e evitando a saida de divisas, cuja importáncia para a vida nacional conhecemos. A Oposição não lem avaliado. porquenão deseja, c porque não quer. o nosso avanço no campoda mineração, nos mais diversos setores da mineração doPaís. que tornam hoje conhecido o Território Nacionalsob os aspecto:! da mineração e dw; reservas minerais.Somos Inoje - e temos consciência di5S0 - um País pra
ticamenl<: auto-suficiente em todos os minérios. Nãosabíamos disso há pouco tempo, mas. graças a projetosespecíficos do IvIinistério das Minas e Ent:rgia~ como oProjeto RADAM - se não estou enganado. pois nãosou especialista no assunto - sabemos hoje onde temosradium e cobre, sabemos quais as reservas e as dimensões dal'O reservus de Carajás, uma riqueza que dentro depouco ir" contribuir, sem dúvida. com significatica importância para nosso balanço àe pagamentos e para anossa balança comercial. E se nega também isso porquesempre se tem que negar tudo. Serâ que não haverá ummomento sequer em que possamos encontrar-nos unsaos outros. deixando de lado as siglas que nos afastam enos dividem, para dizermos a uma só voz, à Naçào:"Não. o setor das i\linas e Energia vai bem, como os ou~
tros setores da vida nacional". Vai bem e existem conquistas que têm que ser assinaladas, como estimulanieaos próprios homens que conduzem o setor.
11870 Terça-reira 19 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Novembro de 1983
e) o servidor com maior tempo de serviço na Câm a
ra dos Deputados.Ar!. 7" Suspende-se a contagem do interstício para a
percepção do Incentivo, noo períodos a seguir especifica
dos, do servidor que sofrer as seguintes penalidades:a) advertencia e repreensão: I ano:b) suspensão (com ou sem conversào em multa):
- atê 5 dias: 2 anos- de 6 a 3 dias: 3 anás- de 9 a 15 dias: 4 anos- de ló a 20 dias: 5 anos- acima de 30 dias: 3 anos:c) destituição de função: \O anos.Parúgrafo único. Os ~ervidores que já estiverem per
cchcndo o Incentivo. se incorrerem nas faltas discrimina
"as. permanecerão posicionadas nas faixas respectivaspelo me,mo período de tempo estabelecido neste artigo.
Ar!. 3" Ocorrendo a hipótesc de o servidor a quc serefere o artigo S'.J. *10• estar posicionado. pelo tempo deservi~o em faixa superior àquela decorrente de sua indicaça0. na forma do Anexo I, prevalecerá a percepçào do
I neentivo ao Mêrito Funcional pela faixa de maior valor.aplicando-se-Ihe o ct;,;posto no *3" do mesmo artigo.
Arl. 9" 1\ percepção do Incentivo de que trata este
Ato independente de designação, cabendo ao Departamento de Pessoal comunicar o direito, automaticamente,ao Departamento de Finanças. assim como as alteraçõesfuncionais supervenientes.
ArI. 10. A Diretoria Geral determinará a execuçãodos levantamentos necessários ti implantação do Incentivo de que trata este Ato.
Ar!. 11. Na primeira aplicação, dispensado O interstício e a proporcionalidade estabeledda no art. 6'"deste Ato. a Mesa da Climara dos Deputados promoverúde imediato a inclusão de servidores nas faixas do Incentivo ao :'vlérito Funcional de acordo com 3f; seguintesnormas:
I - do~ servidores li qL~e se refere a alínea ·'a" do art.~", na faixa que corresponder ao resultado da soma dopercentual da faixa I e dos percentuais das faixas subseqüentes a que o servidor tenha direito para cada quatro
anos de tempo de scrviço na Càmara dos Deputados.11 - dos servidore, a que se refere a alinea "b" c o pa
rtlgrafo únic:o do artigo 21:' na faixa correspondente, es
pecific:'l.cIa na forma do Anexo r acrescida dC1S percen
tuais da<i fai\3S subseqüentes a que o servidor tenha direito para cada 5 anos de exerdcio. na Cdrnan.1 dos Deputado.c.., em cargo do Grupo - DAS, função do Grupo- DAI Oll equivalente e de Encargo ue Representaçüo
de Gabinete. aplicando-se-Ihe o disposto no artigo 8.deste Ato.
:\rt. 12. Os casos omissos serão disciplinados emImitrução Normativa do Primeiro Secretário.
Arl. IJ. Este Ato entra em vigor na data de suapublicaçào.
Ar!. 14. Revogam-se as disposições em eontrlirià.Sala da, Reuniões. 26 de outubro dc 1983. - Flâvio
Marcílio, 'presidcnte.
Ocupantes de Cargos DAS-6Ocupantes de Cargos DAS-S
, Ocupantes de Cargos DAS-4Ocupantes de Cargos DAS-3Ocupantes de Cargo,,; DAS-2 <: DAS~1
Ocupantes de função DAI·3NS e Encargos de
Representação de Gabinete (Secretârio Particular)
Creio que não será a crítica contundente e permanenteque poderá levar-nos a conquistas maiorcs no futuro, Sr.Prcsidente, Srs. Deputados. A maior alegria que podemexperimentar os homens que fazem da atividade públicasua vida e profissão, aqueles que trabalham no Ministério das Minas e Energia, na PETROBRÁS, na Companhia Vale do Rio Doce, nos mais diversos setores de mineração doPais, na ELETROBRÁS - que vimos construir, neste período, barragens da maior importância esignficado para a economia da Nação - é o reconhecimento pelo seu trabalho. No entanto, nega-se tudo isto.Não fosse a recessão em que o mundo se envolveu e daqual, por infelicidade, hoje somos pªrticipantes, certamente o quadro seria bem diverso. 1'ão fossem as difi-
culdades causadas pela recessão, e talvez Itaipu hoje estivesse contribuindo com sua energia para que a indústria,o comércio,e a agricultura, enfim, todos os setores e.conômicos do Centro-Sul pude55em trabalhar. Se nossoProduto Interno Bruto continuasse crescendo como nadécada de 70, início da de 80, a 7%,8% ao ano, certamente. a esta altura. estaríamos necessitando da energia deItaipu e Tucuruí. Infelizmente, nenhum futurôlogo previu que o mundo seria envolvido por essa recessão, queconsidero mais grave que aquela da década de 30. Infelizmente, os resultados não foram aqueles previstos pelos
planejadores. Temos hoje investimentos no Ministériodas Mínas e Energia que ainda não estão dando sua contrapartida. em função de empréstimos internacionais quefizemos para esse setor. Mas os investimentos estão realizados, e a Nação, a qualquer momento, no instante emque necessitar, poderá utilizar-se das reservas energéticasque temos nos mais difcrentes campos da atividade nacional.
Sr. Ministro, felicito V. Ex', seus auxiliares e, bem asSIm, todos quantos trabalham no seu Ministério. Querodizer a V. Ex', em nome do Partido Democrático Socialc, creio, em nome de toda esta Casa, que tcmos a exataavaliação do seu trabalho. O Brasil é reconhecido a todos quantos, como V. Ex' engrandecem nosso País comseu trabalho, sUa inteligência e sua dedicação. Estamoscertos de que só assim seremos dignos da avaliação que oPaís faz de nós, de construirmos um futuro digno paraaqueles quc nos sucederão. (Palmas.)
o SR. PRESIDENTE (Paulino Cícero de Vasconcellos) - A Mesa indaga se algum outro Sr. Líder debancada deseja prevalecer-se do privilégio regimentaldos dez minutos ao final do debate. (Pausa.)
Não havendo mais nenhum Líder que queiramanifestar-se a Tvlesa vai encerrar a presente reunião.Antes, no entanto. deseja manifestar ao Sr. Ministro Cêsar Cals o agradecimento pela maneira cavalheiresca eatenciosa com que se houve. ao longo de mais de trés horas e meia de debate, procurando responder objetivamente a todas as perguntas que foram formuladas. Acre,dita ti Mesa que este comportamento corresponda a umproccsso de fecunda convivência do Poder Legislativo-,de que V. Ex' faz parte, licenciado, para exercer as altasfunções ministeriais - e o. Poder Executivo. Formulamos votos no sentido de que outras reuniões deste tipo,
que venham a realizar-se na Câmara dos Deputados,possam conduzir~nos ao mesmo grau de conhecimentodas realidades administrativas, econômicas e políticas daadm inistração federal.
MESAATO DA MESA N" 17. DE 1983
Dispõe sobre o Incentivo ao Mérito Fnncional.
A Mesa da Câmara dos Deputados. no uso de suasatribuições. resolve:
Ar!. I' O Incentivo ao Mérito Funcional, instituídopelo art. 7~ da Resoluçlio nq 36, de 19~:U; corresponde à
retribuição pelo desempenho em atividades na Câmarados Deputados.
Art. 2~ Será concedido o Incentivo ao lv1érito Fun
cionaI a servidores que atendam os scguintes requisitosbúsicos:
a) ser ocupante de cargo ou emprego integrantes doQuadro ou da Tabela Permanentes da Câmara dos Deputados posicionado. no mínimo, há um ano na últimarefcrência de Classe Especial da catergoria Funcional aque pertença; ou
b) ser ocupante de eargo do Grupo - DAS. oufunção do Grupo - DAI ou de Encargo de Representação de Gabinete. exigido. aos servidores cujos cargosnão integrem a última referéncia de Classe Especial, umano de exercício em cargo efetivo ou emprego permanente do Quadro ou da Tabela Permanente da Càmara dosDeputados.
Panígrafo único. Os ocupantes de cargos do Grupo- DAS, bem como os de Encargos de Representação deGabinete li que se refere a Resolução n" 24/76. nãoabrangidos na alínea "a", farão jus, igualmente. à percepçào do incentivo ao Mérito Funcional desde que tenham, no mínimo. um ano de desempenho nessas ativi
dades. na Cámara dos Deputados.Art. 30 () Incentivo ao Mérito Funcional é escalona
do em faixas de retribuição de I a X a que correspondem.
progressiva c cumulativamente. O percentual de 5% paraas faixas I e X c de 1.5% para as demais faixas.
Art. 49 Para efeito da percepção do Incentivo aol\'1érito Funcional, 05 percentuai~estabelecidos no artigoanterior incidirão, em cada caso. sobre o valor das seguintes retribuições. de natureza permanente:
a) Cargo DAS:b) Cargo efetivo ou emprego pcrmanentc:c) Cargo efetivo ou emprego permanente acrescidos
da função - DAI:d) Cargo efetivo ou emprego permanente :.u.:rescidos
do Encargo de Representação de Gabinente:e) Encargo de Representação de Gabinete.Art. SI? () servidor que atender ao disposto na alínea
"a", do arl. 2' deste A to, fará jus à pcrccpçào do percen·tual correspondente à faixa I do Incentivo ao i'tléritoFuncionaJ.
~ I" Ocorrendo posse em cargo do Grupo - DASou designação para (l exercício de funçào do Grupo DAI ou Enenrgo de Repn=f.>entaçuo de Gabinete. os SCf
vidl,.lres de que tratam a alínea 'Ib" c parágrafo unico doart. 2':' terào direito à vantagem. na forma estabelecidano A nexo I. ~,omado5 os percentuais das fai'\as anterio-res.
~ ,~o,l E de dois anos o interstício para (I acesso üs demais faixas do Incentivo ao f\.'lérito Funcional.
§ J'.' O servidor que perceber o Incentivo ao MêritoFuncional em virtude do disposto no § I~' deste artigo durante 5 (cinl.:o) anos consecutivos. não sofrerú decesso deraixa em virtude de alteração. exoneração ou dispensa docargo. funçã" ou encargo de Representação de Gabinete.
~ 49 Em caso do não atendimento ao período de ca
rencia estabelecido no § 39 deste artigo. o servidor. deixará de perceber o Incentivo ao lvférito Funcional. à exceção daqueles a que se rerere a alínea "a" do artigo 2'.que passarão à faixa a que têm direito em razão do tempo de serviço.
Art. 61~ () ingresso dos servidores referidos na alínea"a" do art. 29 , na faixa inicial, far-se-á na proporçào de30% ou fração a maior, do total de ocupantes da últimareferencia da Classe Especial da respectiva CategoriaFuncional, observada a seguinte ordem de prioridade:
a) o servidor com maior tempo de serviço na referência:
b) o ,servidor com maior tempo de servi~D na Clu!'iseEspecial:
c) o servidor com maior tempo de serviço na Categoria Funcional;
d) O servidor com maior tempo de serviço no Grupode Atividades:
XIX
VIII
VIIVI
Faixas
ANEXO I
Incentivo ao Mérito FuncionalFaixas de Retribuição
Beneficiârios
Novembro de 1933, DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçao!) Terça-feira I? 11871
ERRATADISCURSO DO DEPUTADO WILMAR PA
US. PUBLICADO NO DCN, DE 14-JI)-83. PÃGINAS 10905 A 10907. QUE SE REPUBLICA PORH.1 VER SArDO COM OMISSÕES.
Ocupantes de função DAI-2NS e Encargos deRepresentação de Gabinete (Otlcial de Gabinete)Ocupantes de função DAI-INS, DAI-3NM e Encargos deRepresentação de Gabinete(Auxiliar de Gabinete)Ocupantes de função DAI-2NMOcupantes de Encargos de Representação deGabinete (Ajudante A e B)
A M e5a da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições que lhe confere o art. 136 da Resolução n9 67, de9 de maio de 1962, com a redação que lhe foi dada peloart. I'! da Resolução n' 14, de l' de dezembro de 1975, resolve designar Roberval Baptista de Jesus, Técnico Legislativo, Cla"e Especial, ponto n' 358, e Marcos Antônio de Carvalho, Técnico Legislativo, Classe "C", ponton° 1.797, para substituírem, sucessivamente, o Chefe daAssessoria Técnica, CD-DAS-101.3, da Diretoria Geral,em scus impedimentos evcntuais, a partir de 22 de agostodo correntc ano.
Câmara dos Dcputados, 26 de outubro de 1983. Flávio Mareílio, Presidente da Câmara dos Deputados.
o SR. WILMAR PAUS (PDS - RJ. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a rota de colisão que freqüentemente é anunciada aos quatro ventospelo Brasil afora, entre o Poder Executivo e o Legisiativo. deixará de exitir quando este Poder Legislativo, porsuas lideranças, por seus componentes. exercitar o deverindeclinável de eliminar os seguintes artigos da Constituição Federal: art. 55, que estatabeleceu os chamadosdecretos-leis por emendas constitucionais. Inseridos naConstituição esse art. 55, enquanto ele viger este Podercontinuará castrado. porque quem legisla é o Executivo,e O Legislativo apenas dirá f;;im ou não, sem nenhum po,ler de colaboração, sem nenhum poder de apresentarqualquer tipo de trabalho; porque pelo draconiano art.55 os decretos-leis cntram em vigor na data de sua publicação, c mesmo que venham a ser derrotados pelo Congresso, seus atos até aquela data terão validade. Isso éuma excrescência que tem de ser eliminada de nossa Carta Maior.
Outro artigo fulminante, fundamental para que estePoder seja realmente soberano. é o art. 51, § 39 da Constituiçào. que estabeleceu o famigerado decurso de prazo,
quer dizer, esta Casa legisla às avessas, Ao invés de legislar, os Deputados saem do plenário para não dar quorum, não exercitam seus legítimos e indeclináveis direitos, que o povo lhes delegou por votos. E esse decurso deprazo continua a viger. Esse decurso é nefando, tcm deser extirpado da nossa Constituição.
Há ainda um outro artigo na rota da colisáo entre oPoder Executivo e o Poder Legislativo. É o art. 57, queenfeixa na mão do Presidente da República a autoria detodas as leis que versem sobre matéria financeira. Issoquer dizer que o nosso Poder é castrado na sua base. Senão pode legislar de ncnhuma forma sobre qualquer tipode lei que verse matéria financeira e disponha sobre qualquer tipo de matéria tributária e orçamentária, é evidente que o Legislativo continua;) sombra do Executivo,sem o seu resplt:ndor. sem o seu fulgor. sem a sua
o Sr. Siegfried Heuser - E de sentimento patriótico,também. Veja V. Ex', nós que somos novos nesta Casa c não estamos quercndo assimilar aquilo que júde certo modo se tornou convencional nesta Casa - aindiferença às auséncias em plenário, a falta de trabalhonas Comissões - devemos confiar na maioria desta Casa. que foi renovada. Este Poder é agredido diuturnamente. não apenas tolhendo-se o direito de emenda namaior tarefa que O Legislativo tem, que é a elaboraçãoorçamentária, não apenas sendo a toda hora humilhadocom a expcdiçào dos decretos-leis. E veja V. Ex' que vaialém do texto constitucional, quando se fala nosdecretos-leis em cascata. fazendo tramitar simultaneamente. mais de uma proposição versando a mesma matéria. como, por exemplo. ocorria com o 2.012. o 2.024 elJ 2.045. E já se anuncia - e seria a suprema humilhação.nào para as oposições da Casa. e sim para o PDS, se encaminhassem a esta Casa - um novo decreto-lei versando matéria salarial. Isso iria além de uma ~olidariedade
que se dá inclusive a qucm está em falta. Seria a renúnciado mandato popular por parte do PDS, e além desses aspectos que V. Ex' está focalizando, passando por terrenoprático e consubstanciado em matéria que este Congresso vai analisar, o Decreto-lei n9 2.045. Eu desejaria chamar a atenção de V. Ex' para um dado talvez de fundoimoral, que nenhum membro do PDS ainda sustentou,condenado por toda a sociedade brasileira, que é da legitimação de dinheiros mal havidos, consubstanciado noDecreto-lei n9 2,040. Eu confio no PDS que, alimentando dúvidas quanto à origem de certas fortunas e quantoao comportamento das comissões de il)quérito da Casa,mas jamais poderemos deixar de confiar no PDS quandose trate de refutar matéria que veio lá do fundo. do âmago daqueles que têm dinheiros mal havidos e. agora, parecendo que o barco vai fazer úgua quercm legitimar esses dinheiros. Eu conto com a colaboração dc V. Ex' ho-
Com muita honra, vamos ouvir nosso prezado companheiro c vizinho de gabinete, Deputado Siegfried Heu
ser.
V. S' A Oposição jamais deverá ter lançado mão dessesinstrumentos denominados espúrios por nós prôprios. Sea Oposição tanto os critica. deles não deveria ter-se valido como se valeu. Achamos que esse instrumento é espúrio e, por isso. assinaremos qualquer proposição quevise a eXlirpá-lo da nossa Constituição. O dispositivoconstitucional. regulamentado pela Lei Orgânica dosPartidos Políticos. Lci n' 5.682, de 1971, c, posteriormente, alterada pela Lei n9 6.767, de 1979, O chamadopopularmente fechamento de qucstão é outra cxcrcscência que deve ser eliminada. E eu pergunto aos meus prezados companheiros. nesta Casa. nôs perguntamos semdiscriminar. sem cor partidária e por que nào nos uni~
mos para derrubar essas excrescências? Só depende denossa atuação. só dcpende de nôs mesmos, Não temosque nos haver com o Executivo, Então, a fragilidade deste Poder nasce aqui dentro, porque falta-nos a força, agarra e a coragem para tomar esta posição. E aquelesqúe não quiserem tomá-Ia, naturalmente evitarão de assinar tais proposições, mas continuarão contribuindopara o aviltamcnto do Poder Legislativo, porque a soberania destc Poder jamais representarão qualquer tipo deagrcssão ao Poder Executivo. A trilogia Executivo, Legislativo e .Iudiciário, tão propalada na Carta Maior, tãodecantada por todo o povo brasileiro, é apenas uma baleia no quadro atual, pois que este Poder Legislativocontinua aviltado, continua garroteado. e a retomada desua legítima posição só depende de seus membros e demais ninguém. Por que nào fazê-lo'? É a hora e a vez. Porque não tomar esta decisão'? Isto perguntamos a todos oshonrados companheiros, nesta Casa. a todos aquelesque. diariamente, comungam conosco na jornada debem representar o povo que nos delegou este Poder.através do voto, nas urnas.
o Sr. Valmor Giavarina - Nobre Deputado WilmarPalis. é sempre um alento para a bancada do lado de cáquando vê alguém assomar à tribuna da direita, ou melhor, do lado direito e se pronunciar..,
o SR. WILMAR PAUS - Com muito prazer, nobreDeputado Valmor GiavarimL
vibração e sem o seu poder, o que é mais grave. É precisoque se tenha a coragem de declarar, pertençamos nós aque partido seja, que esses artigos da Constituição castram esle Poder, eles o aviltam, eles o diminuem, eles ominimizam diante da opinião pública e. acima de tudo.de nossos eleitores e principalmente dc nôs próprios.
o Sr. Walmor Giavarina - V.Ex' aborda um tema damaior importància para a sobrevivência do Legislativo.tão importante que lamento que a grandc maioria destaCasa ainda não o tenha percebido. Basta que retroajamos há 2, 3, 4 meses, para ver o que o Governo está fazendo em matéria salarial com essa edição subseqüentede decretos-leis, Lembra-se V.Ex' do Decreto-lei n92.012que foi substituido pelo Decreto-lei n9 2.024. Depois, o
Decreto-lei n' 2.024 foi substituído pelo Decreto-lei n92.045, e naquilo que ele não revogou, revogamos nóscom aquela célebre votação, Leio hoje nos jornais quepretende o Executivo enviar um novo pacote, um novodecreto-lei e retirar de pauta o Dccrcto-lei n9 2.045. VejaV.Ex' a gravidade da situação. O Governo edita decretossobre decretos. Quando aqui um decreto está moribun·do. quando o Governo percebe que o decrcto será fatalmcnte rcjcitado, ele então o retira de pauta e com umapequena alteração. mudando apenas a gravata ou a corda camisa. mudando a sua feição aparente. mantém asua política salarial do arrocho, É muito ruim para esleCongresso Nacional permitir li continuação dessc cxpcdiente. De modo que é necessário que se atente para essa"cascata" dc decrctos com O mesmo objetivo, no mesmosentido. E se amanhã nós derrotarmos, como derrotaremos se continuar na pauta, o Decreto-lei n9 2.045. S.Ex'o Sr. Presidente da República editará o 2,050, 2.080 etc..sem o mesmo sentido. na mesma direção, alterando apenas minúcias, o que, a nosso ver, é lamentável e estaCasa não poderú aceitar. Contamos com O apoio de V. Ex~ e V.Ex!} conte com o apoio da bancada que eventualmente está do lado esqucrdo.
O SR. WILMAR PAUS - Muito obrigado,
o Sr. Vaimor Giavarina - Nobre Deputado. V.Ex'.que tanto fala da tribuna it esquerda como da tribuna àdireita, permita-me cumprimentá-lo.
o Sr. Valmor Giavarina - Permite V. Ex' um aparte?
o SR. WILMAR PAUS - É apenas uma questão delocalização. nobre Deputado Walmor Giavarina, Nãopodemos merecer de V.Ex', que nos conhece tào bem.essa jogada, no bom sentido, de colocação de direita oude esquerda. Já falamos daquela tribuna à esquerda diversas vezes e fomos muito aplaudido pelos partidáriosde V.Ex'.
o SR. WILMAR PAUS - Muito obrigado, Deputado Valmor Gíavarina, V.Exq. enriquece nosso pronunciamento e não poderia ser de outra forma, mas conhecendo o pensamento e a firmeza das nossas ações, seu apartesó pode coroar o nosso pronunciamento. Agradecemos aV.Ex'
Outro artigo que também julgamos preponderantemente para que haja, na verdade. a soberania deste Poder Legislativo é o que traduz o chamado fechamentodas questões, com que se amarra o Deputado, tirandosua liberdade de agir, - aí não vai crítica destrutiva, éapenas uma chamada de atenção - que a oposição tantocomhate. mas remêdio que, também lamentavelmente,
H!'fWfh·j;iriu.,J aha'-
v
IV
III11I
11872 Terça-feira ["
mem de largo espirito público. reiteradamente demonstrado nesta Casa e que me honra com sua amizade.
o SR. WILMAR PAUS - Muito obrigado a V. Ex'.Deputado Siegfried Heuser. A honra foi nossa em ter oaparte de V. Ex', a que sempre lhe será dado, com amaior alegria. Muito obrigado a V. Ex'
Cedemos o aparte - ê costume dizer. na ordem de inscrição. mas aqui não há ordem, somos democratas. todos podem assomar à tribuna de apartes que nós os ouviremos com a maior tranqüilidade. Apenas não sabemosa quem dar o aparte em primeiro lugar. Mas o nossoamigo Mozarildo Cavalcanti acenou. concedendo primazia ao nobre Deputado Pedl'O Novaes.
o Sr. Pedro Novais - Nobre Deputado, diz V. Ex'muito bem da ditadura existente do Executivo sobre o legislativo. Não sei se V. Ex' mencionou o problema orçamentário. QUlmdo cheguei V. Ex' já havia iniciado seudiscurso.
o SR. WILMAR PAUS - Mencionamos. É um doscapítulos mais importantes e do qual somos alijados.
o Sr. Pedro Novais - É um dos capítulos de que somos alijados da forma mais contundente. Vou mostrar aV. Ex' que esse fato acontece tambêm por culpa do congresso.
O SR. WILMAR PAUS - É o art. 57, item IV, daConstituição.
o Sr. Pedro Novais - Despulpe, são os arts. 65 e 66,quc tratam da proposta orçamentária, Pois bem. diz aI.ei 4.320, em pleno vigor. que o Executivo'ê obrigado aenviar ao Legislativo projeto de lei orçamentária. acompanhado de mensagem de que conste a situação financeira do Governo, atuação econômica. os programas de desenvolvimento do Governo, os saldos de restos a pagar eos compromissos financeiros do Governo, A mensagemque o Executivo encaminha ao Congresso contêm ape'"'' três páginas e sô en passan! se refere a esses três itens,NilO sabemos aqui quais são os compromissos financei·ros do Gover,no para o exercício de 1984. No entanto, aComissão encarregada pelo congresso de apreciar a proposta orçamentária não se refere à mensagem. A Constituiçào é, realmenle, autoritária, mas o Congresso temculpa em parte, porque não faz com que o Executivocumpra as leis executadas no Pais,
o SR. WILMAR PAUS - Queremos agradecer aonobre Deputado, mas a referência que fiz ao art. 57 êperfeita, pois esse artigo se conjuga com os artigos mencionados por V, Ex'. de números 65 e 66.
O Ar!. 57 diz o seguinte:
"É da competência exclusiva do Presidente daRepública a iniciativa das leis que:
I - disponham sobre matêria financeira;(... ) IV - disponham sobre organização ad-
ministrativa e judiciária, matêria tributária o orçamentária..."
Portanto os artigos se conjugam perfeitamente.Com muita honra, ouvimos o nobre Deputado Moza
rildo Cavalcanti.
o Sr. Mozarildo Cavalcanti - Deputado Wilmar Palis, meu aparte será rápido. Apenas quero parabenizá-lopelo discurso independente que faz nesta tarde, aliás, a,ndependência já ê uma característica de V, Ex' Gostariade ressaltar um tópico apontado por V. Ex' que me parece de fundamental importância. com referência à nossaomissão ou à culpa desta Casa do Congresso, quando:ll.:eitamos conviver com esses itens, com esses artigos dilaloriais ainda existente na nossa Constituição, e não nosunimos para fazer valer a força que temos, legitimamen-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
te emanada do povo, Gostaria. portanto, de dizer a V,Ex' que é muito importante trazer à análise todos essesartigos e outras tantas leis menores, igualmente autoritáriàs, para que a Nação saiba que, no PDS, existem Deputados qlJe não se conformam com essa situação, Maisimportante ainda. nobre Deputado, é que nos unamospara corrigir distorções, pois temos os poderes necessúrios para assim provar.
o SR. WILMAR PAUS - Isso dependerá apenas denós, Agradecemos.ao nobre Deputado Mozarildo Cavai.canti. Damos o aparte, com prazer ao nobre DeputadoAgnaldo Timóteo,
O Sr. Agnaldo Tim6teo - Nobre Deputado WilmarPalis, até o final da legislatura passada, esta Casa foi palco e auditório de verdadeiras barbaridades, Aqui decretos e projetos não sei se foram aprovadas ou se determinaram que se os aprovassem, muita coisa foi feita nestaCasa que hoje inúmeras pessoas devem contestar, inclusive Deputados do PDS. Não vejo. absolutamente, nenhuma indisciplina ou contestação do ilustre Deputadoao seu partido; apenas uma discortância, é tempo de tentarmos alterar alguma .coisas nesta Casa. já que. atê oano passado. aqui havia uma pressão muito grande paruse aprovar as proposituras. Era quase que uma determinação do Executivo, É hora de nos unirmos, Oposição eSituação. para melhorar as coisas que realmente prejudi·cam a Nação, É hora de tentarmos mudar tudo isso, Evidentemente, lemos que contar com a ajuda e a participação dos Deputados do partido do Governo,
O SR. WILMAR PAUS - Agradeçemos ao nobreDeputado Agnaldo Timóteo e complementamos seuaparte. repetindo o que dizíamos no inicio de nossa fala:só depende de nós mesmos, A fragilidade deste Poder advém deste próprio Poder. pelos seus componentes. quenem sempre exercitam seus legítimos deveres, atravês dadelegação que o povo lhes deu, de chamar a si o encargoda retomada dessas prerrogativas. que são inalienáveis,Isso não é feito, e a responsabilidade é deste próprio Poder, através de seus componentes. Esta e a verdade, quetem que ser dita, O Poder Executivo não tem ingerênciaaqui para tomar uma posição efetiva, para que não saibamos fazer a extinção desses artigos da Constituiçãoque acabei de citar. que são atê um atentado contra estePoder. Não é possível que se legisle ao contrário. atravésda falta de quorum quer dizer. o Deputado, ao invês deexercitar seu legitimo direito e dever, deixa o plenário,para poder aprovar determinada matéria. Em vez de votar, ele abandona o Plenário e não dá 33quorum 3 .1. Éuma vergonha para nós mesmos a continuidade de talinstrumento, O Deputado não pode dispor sobre leiqualquer que verse sobre matéria financeira, Quer dizer,ele não tem possibilidade de ser o autor de nada. Atêquanto isso vai continuar? O Deputado é fechado numacamisa-de-força. por dispositivo constitucional, regulamentado por lei, de que ele não terá liberdade, se o seupartido fechar questão, Ele deixa de ser Deputado, paraser um cinturado, um amarrudo, Lamento que a Opo·sição se utilize desse instrumento, que advém do períodoautoritário, instrumento que reputamos também de eXcrescência .
Concedemos o aparte ao nobre Deputado DjalmaBassa.
o Sr. Djalma Bessa - Deputado Wilma'r Palis, V, Ex'conhece a história politica do mundo e sabe perfeitamente que o Legislativo já foi o grande Poder; invadiu a áreado Executivo. conseguindo várias de suas prerrogativas,Mas, no curso da história, o Executivo foi readquirindodireitos e mais direitos e hoje, evidentementc, ê o grandePoder no mundo, Essa observação em nada quer justificar internamente os dispositivos a que V, Ex' ~e referiuaqui no Pars, porque acompanham a situação históricamundial. Tem razão V, Ex' quando acha que essas alte-
Novembro de 1983
rações dependem tão-só, única e ex.clusivamente, de nós,Congressistas, do Poder Legislativo, Sabe V, Ex' que, naLegislatura anterior. tivemos. ·numa Comissão, um trabalho destinado a estudar nossa Carta Magna, ..
o Sr. WILMAR PALlS - A Emenda Marcilio,
o Sr, Djalma Bessa - Sim, a Emenda Marcílio. pararestabelecer as prerrogativas parlamentares, É verdadeque nem tudo foi conseguido, mas alguma coisa ficou.
o SR. WILMAR PAUS - De positivo. nada, nobreDeputado, porque a emenda nem foi vetllda,
o Sr. Djalma Bessa - Foi. Excelência.
o SR. WILMAR PAUS - No final, não houve concordância entre Oposição e Governo, Se V. Ex' nos per·mitir esse debate amistoso, não houve conseqüência ai·guma, pois, no final da Emenda Marcílio, houve uma colisão entre a Maioria e a Minoria e nada foi votado. E ficou como dantes no quartel de Abrantes."
o Sr. Djalma Dessa - Na legislatura anterior. foramfeitas vári~s modificações que ampliaram as prerrogati.vas parlamentares,
o SR. WILMAR PAUS - Mas as essenciais. não.nobre Deputado,
o Sr. Djalma Be.sa - V. Ex' pode admitir que não foram feitas todas, que não foram alcançadas as essenciais.
o SR. WILMAR PAUS - Todas, não. Permita-me.nobre Deputado Djalma Bessa: mas não foi feita nenhuma essencial. Perdoe-nos V, Ex' V, Ex' é meu fidalgoamigo.
o Sr. Djalma Bessa - Posso, de memória, lembrar aV. Ex~ uma l já que V. Ex~ se referiu essencialmente aodecurso de prazo e esclarecer a V, Ex' que antes, quantoterminava o prazo. o projeto era considerado aprovado.E foi em face de uma emenda constitucional que se introduziu a nova regra.".
o SR. WILMAR PAUS - As dez sessões.
o Sr. Djolma Bessa - ... de o projeto prosseguir durante dez sessões,
o SR. WILMAR PAUS - Mas a essência é a mesma, nobre Deputado, Mudaram a cor do vestido, ...
o SI', Djalma Bessa - Não estou contestando V. Ex'
O SR. WILMAR PAUS - .. ,mas o corpo da mulherficou o mesmo.
O Sr. Djalma Bessa - Não estou contestando V. Ex'
O SR. WILMAR PAUS - O corpo da mulher ficouo mesmo. Mudaram apenas o vestido.
O Sr. Djalma Bessa - Não estou contestando V. Ex'.nem V. Ex' me está contestando. Estou dizendo que algofoi feito, V, Ex' admite que não foi O essencial. Tambémadmito que não foi o essencial. Mas aiguma coisa foi alcançada. Então. é apenas uma observação porque quando o Congresso Nacional entende de fazer uma modificação, ele a faz. Portanto. é...
O SR. WILMAR PAUS - Perfeito.
O Sr. Djalma Bessa - ... atentar-se para li experiênciaanterior t: prosseguirmos.
O SR. WILMAR PAUS - Nobre Deputa,lo DjalrllllBessa, agradecemos a V. Ex' o aparte, De forma "I"um",jamais serínmos desairosos com V. Ex\!, que só 111l;;fcce a
Novembro de 1983
amizade de todos. Apenas queriam di/er que. na essência, nada se modificou. O decurso continu:.l vigente.
Ouvimos II nohre Deputado Denisar Arneiro.
o Sr. Denisar Ameirn - Nobre Deputado Wilmar Palis, V. Ex!;! nào rode imaginar com LJ.uealegria. satisfaçãoe orgulho mesmo. ouço o ."eu prununciamenlo, Primeiro.
porque tem demonstrado. nesta Casa. ser um Deputadoindependcntc. scr um homcm dc falar aquilo quc pensa.aquilo que sente e aquilo qu.; adw dirt:ito. E, em segundo lugar. por pcrtencer ao meu [swdo, o Rio de Janciro.tenho certeza de que (I jl(lV(l flumincnfie. quando para cán enviou, I) fez sabendo que V. Ex::' seria uquele mesmoParlamentar que foi, duran(edozc ano~;, no Rio de Jand
f{l. Mcus parabéns.
o SR. WILMAR PAUS - Agradccemos a V. [xc' oaparte. nobre Deputado Denisar Arneiro. És~mprc comgrande alegria que ouvimos o apartc d~ V. Ex", como.certamente, os dns dcmai:i companhe.iros, que sobremodo nos honram.
l'\'las, Sr. Presidente. D(:putado Paulino Cícero, atual
mente, o Congresso Nacional - e vamos concluir, atendendo (] aceno d~ V. Ex'! para O final do tempo - é incapaz de dar lima única contribuição. em termos de matéria financ~ira e de distribuição do orçamento daUnião. Vamos repetir, all.uaI111el1t~, o Congresso Nacioflal é incapu.l de dar uma única conlribuir.;ào, em termosde matéria financeira ~ de distribuição do orçamento daUnião. Que mais prel..:isaríamos dizer para demonstraronuc :.;c encontru ü C(mgr~sso na trilogia Executivo, lcgislativo. Judicil,rio'! (Palmas. O orador é cumprimentado.)
ERRATA
DISCURSO DO DEPUTADO WlLMAR PALlS. PUBLICADO NO DCN DE 20-/0-83. PÁGINA11210, QUE SE REPUBLlCA POR HA VER SAlDO COM OMISSOES,
o SR. WILMA R PALlS (PDS - RJ. Pronuncia o se·guinte discurso.) - Sr. Pr~.,idente, 81's. Deputados, umdos aspectos mais deprimentes. em qualquer <:idade, é a'~xistência de obras inacabadas. com pendências judiciaisque se arrastam por décadas inteiras. Não só o lado visu~1 resulta prejudicado. como tambêm acontece a possibilidade de ficarcm comprometidas as estruturas dasconstruções. expostas ao relento por tantos anos seguidos.
Que o digam os habitantes de Niterôi. cidade queapresenta o status de ex-Capital do Estado do Rio de Janeiro, mas onde os transeuntes tem a vista agredida, diariamenk. pelo estado de abandono em que se encontramvária!'> obras. entre as quais, dua:; da maior importância,amba.'; destinadas a reparti'~ões do Poder judiciário.
lima delas é um prédio de 13 andares, situado na Avenida Amaral Peixoto, ou mais precisamente, na Praça daRepública. cuja construçào já conta 12 anos. e se destinava. inicialmente. ao Palácio da JUotiça do antigo Estado do Rio de Janeiro.
A outra, entre tantas obras abandonadas, é O '"esqueleto" situado na Rua Visconde de Sepetiba, o qual tinhaa especial destinaçào de servir corno sede para o EgrégioTribunal Regional Eleitoral.
Nestas condições. uma tomada dê posiç~lo se faz necessária por parte das autoidaLie::; competentes que devem intervir para apressar o deslinde do impasse criado
há tanto tempo. e que permanece sem solnção à vista.Motivos para Esse posicion;lITJ~nto não faltam. a co
me<:ar pelo fato de que o Fórum da cidade hú muito nãocomportar fisicamenh~ todos os :lctores do Poder Judiciârl j ) de Niterói, Hú qu~,gc 20 anos o pcsGoal que lrabalhn nl)S órgàos da justiça nikroien::;e o faz nas piores condi,,'üe:;, por fula de espaço, falo que obriga a sua dcscenlraliznçào por vários locais diferentes.
mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção !)
Sr. Presidente, só há duas soluções para obras assimparalisadas. Ou bem se termina a construção, caso o exame das estruturas revele que elas apresentam a necessáriasegurança. ou. então, que se determine sejam demolidosos prédios inacabados, para que outros sejam construídos, sem os vícios originários da situação anterior,
Em am hos os casos é preciso acabar com o impasse.Hú que sair da imobilização. Para isso, se Ifaz imperiosa aintervenção do Poder Público. ali, porque as obras públicas custam o dinheiro dos contribuintes.
O povo do Estado do Rio de Janeiro merece melhorconsideração por partc das autoridades. Sobretudo queo dinheiro do Erário seja aplicado eom retorno mais rápido. em obras quc, d~ fato. sejam concluídas no devidotempo, e não fiquem, como as já citadas, jogadas aoabandono, numa demollfitraçào inequívoca da malversação do bem público.
Tambúm deve ser destacado que a centralização dosserviços judiciários, num só prédio, contribuirá para melhor racionalização do trabalho. do que resultará maiort.::elerídade no andamento dos processos.
Exortamos aqui. da tribuna da Câmara Federal, as autorid"des para uma tomada de posição que por deverlhes compete, a fim de que seja apressada solução para asobras de Niterói, destinadas ao Palácio da Justi(;a c aoTribunal Regional Eleitoral.
ERRATA
DISCURSO DO DEPUTADO CELSO PEÇANHA. PUBLICADO NO DCN DE 27-10-83, QUESE REPUBLlCA POR HA VER SArDa COMO/'llSSOES.
-iJ o SR. CELSO PEÇANHA (PTB - RJ. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, um exímio pescador dc águas profundas e firme rcalizador detarefas difíceis é este Sr. Roberto Marinho, que assiste,nesta tarde. ã reunião da Cámara dos Deputados em suahomenagem. Nele. já Mauro Sanes via o jornalista e oempresário que sempre conviveram harmoniosamente.Como empresário. há de se ressaltar que nesta hora difícil para o País não dispensou, ap'~sar das dificuldades financeiras que todas as empresas atravesam, nenhum dosseus empregados, cerca de oito mil companheiros nagrandiosa tarefa de fazer comunicação.
O Homem de Visão de 1979 receberá, no próximo dia21 de novembro, como Presidente e Diretor-Geral daRede Globo. o mais importante prêmio oferecido pelaAcademia Nacional de Televisão, Artes e Ciências norteamericana, porque se destacou mundialmente nesse fundamental meio de comunicação, que é a televisào.
Trata-se do Prêmio Emmy. que corresponde ao Oscardos cineasta;.;, conferido como homenagem não só a produtores de programas que se destacaram no mundo, nossetores de documentários, dramas artes tradicionais, artes populares e programas infantis, mas também fi executivos que se projetaram internacionalmente, dando umacontribuição decisiva ao progresso da televisão.
O prémio intituladQ "Directorate Award" é que foidestinado a Roberto Marinho. Ele mereceu o voto unânime dos 49 membros do Conselho Internacional daAcademia. integrado por representantes das principaisredes de tele·visão do mundo e reunindo excepcionaisproflssinnais de inúmeras áreas, desde produtores a programadores e distribuidoreR.
:\irais do que uma homenagem. a entrega da láurea aRoberto Marinho, no jantar que o Conselho Internacional da i\cadêmia realiza. anualmente, em Nova Iorque. éum prêmio que faz justiça ao esforço, tenacidade~ criatividade e idealismo, qualidades que se reúnem , todas, nafignra do Presidente da Rede Globo.
O Sr. Roberto Jefferson - Parabenizo V. Ex" nobreLíder do PTB. pe1aju,ta homenagem que presta ao jornalista Roberto Marinho. E quero enfü.tizar uma parte
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muito importante do seu pronunciamento: na minha maneira de ver. nobre Deputado Celso Peçanha. a grandehomenagem prestada a Roberto Marinho está no coração dos homens que, junto com ele. construíram aRede Globo e o seu sucesso. Todos eles, no jornal, na televisão. no rádio, têm no jornalista Roberto Marinhoum amigo. Como V. Ex' bem frisou. são 8 mil homensque. apesar da crise, mantêm-se por uma política humana e abrangente do seu Presidente, Roberto Marinho.nos seus cargos e funções. E não há ninguêm dentro dasOrganizações Globo que possa dizer que, num momentode amargura, de dificuldades, de pressões até mesmopolíticas, tenha sido abandonado, esquecido ao léu oudesamparado pelo Presidente da rede. Além do mais,deve-se enfatizar que Roberto Marinho ê mais umjornalista humano do que um grande empresário que sô enxerga o lucro e as finanças. Parabéns a V. Ex', DeputadoCelso Peçanha. Parabenizo, também, Roberto Marinhopelo modo humanitário com que trata seus funcionários.
O SR. CELSO PEÇANHA - Enfatizou V. Ex',nobre Deputado Roberto Jefferson, um aspecto dosmais distintos da vida do empresário e jornalista Roberto Marinho, qual seja o de distribuir benefícios entre todos os que estão ao seu lado, os seus companheiros detrabalho. os funcionários cuja simpatia tcm conquistadoao longo de sua extensa vida de jornalista.
Segundo as palavras de Mr. Raymond Timothy, Presidente do Conselho Internacional da Academia Nacionalde Televisão, Artes e Ciências. Roberto Marinho recebeu "a aclamação irrestrita dos executivos de todo omundo, por seus esforços pioneiros e bem-sucedidos nãoapenas no campo da televisão, mas, a rigor, em todas asáreas da moderna Comunicação".
Sim, porque o sistema Globo é formado hoje por dezoito emissoras de rádio, que alcançam praticamentetodo o País. por uma rede de televisão, pela FundaçãoRoberto Marinho. destinada a fins culturais, e pelo jornal O Globo, o embrião de todo esse imenso complexode comunicações.
Muitos não sabem que o jornal O Globo, inauguradoem 29 de julho de 1925, foi entregue à responsabilidadede Roberto Marinho 21 dias depois, devido ao falecimento de seu pai. Irineu Marinho. seu fundador. Tinha ojornalista, então, apenas 20 anos, e sonhava com o fimdos vícios da Primeira República, almejando a implantação, no País. de uma democracia autêntica, acompanhada pelo progresso econômico e social.
Foi através do jornal que Roberto Marinho definiu,desde o início, sua trilha, perseguida ininterruptamenteaté os dias de hoje - a de expressar a vida da comunidade, de maneira autêntica, jornalística e devotada,
Durante todo esse período foi defensor intransigenteda dignidade da pessoa humana e da liberdade de imprensa, sendo mesmo um dos poucos executivos brasileiros ligados ao jornalismo que se insurgiram contra o cerceamento da informação. E continua a defendê-la até osnossos dias. época em 'Iue está em andamento a chamada "abertura democrática".
Basta lembrarmos uma palestra sua proferida na Comissão de Comunicação desta Casa, em junho passado.onde dizia:
"Como homem de imprensa. acredito que todainformação, desde que seja verdadeira, preserve ointeresse público e respeite os direitos humanos, nãopode ser criminosa. Por conseguinte, antes de sepensar em punir quem revela a verdade, deve-se prever a pena de quem a oculta".
E prosseguiu:
'"A circunstância de que os jornalistas se acham,no cumprimento de suas atividades, sujeitos a de..núncius t sanções penais estahelecidas indistintamente pelo Código Penal de 1940, pela Lei de Im-
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prensa - Lei n' 5.250, de 1967 e, finalmente, pelaLei de Segurança Nacional - Lei n' 6.620, de 1978- representa um tratamento discriminatório que,além de atingir a dignidade de nossa profissão,constitui uma nódoa de imprecisão, subjetivismo earbltrio na legislação brasileira."
Ouço o Deputado João Agripino.
O Sr. João Agripino - Acompanho a vida de RobertoMarinho desde 46, quando cheguei como Constituinteno Rio de Janeiro. Revelou-se um grande sucessor de seupai, dirigindo com muita eficiência e independência o seujornal O Globo. Estendeu a sua rede empresarial ao rádio c à televisão. Ao final de sua carreira de grande jornalista, dedicou-se a obras filantrópicas; uma delas, recentemente, em favor do Nordeste; e outras, através daFundação Roberto Marinho. É, portanto, um empresário que merece ser seguido no seu exemplo, que doaparte do que tem a bem da coletividade.
O SR. CELSO PEÇANHA - Gratíssimo a V. Ex'pelo aparte. É a voz do Nordeste que se incorpora aomeu discurso para exaltar a obra de Roberto Marinho.homem que tem projetado o País no exterior.
Ouço com prazer o Deputado Osvaldo Melo.
O Sr. Osvaldo Melo - Deputado Celso Peçanha, integrando a bancada federal do Estado do Pará, tambémbeneficiado pela transmissão da Rede Globo de Televisão, através de uma possante emissora, a TV Liberal, filiada da Rede Globo, queremos aproveitar este breveaparte para associar-nos às suas palavras nesta justa homenugem quc ora prcsta a Roberto Marinho e à TV Globo.
O SR. CELSO PEÇANHA - Gratíssimo a V. Ex'pelo aparte:
Durante todos esses anos, Roberto Marinho participou ininterruptamente de todos os caminhos trilhadospor "O Globo", trabalhando em seu gabinete no prédiodo jornal, na rua Irineu Marinho, 35, no Rio de Janeiro.Foi só em 1944 que inaugurou sua primeira emissora, aRádio Gloho, buscando melhor equipamento e a melhorprogramação.
Quando a TV Globo foi ao ar no Rio de Janeiro, a televisão já existia no País desde 1950, e foi preciso travarárdua batalha para se fixar na então Capital do Brasil.Nova luta foi a entrada do sinal da rede em São Paulo.Para isso, foi adquirida uma emissora de baixa audiênciae com instalações qualificadas como, urerra velho".
Como se vê, as organizações Globo são o resultado deum prolongado e obstinado esforço profissional dessehomem extraordinário que é Roberto Marinho e quecontou, naturalmente, com a competéncia e dedicaçãode vários proflssionais que permitiram, sob sua liderança, atingir esse alto padrão de qualidade existente emtodos os setores do imenso complexo.
Concorrentes poderosos foram superados graças àcriatividade, ao empenho e à inovação implantados nojornal, nas emissoras de rádio e nos canais de televisão.A seriedade impôs respeito ao público e, com a aquisiçãodos melhores equipamentos para cada setor da organização, foi possível atingir, aos poucos, a liderança nasaudiências.
A associação da TV Globo e outras emissoras, que aela se filiaram, resguardando as suas respectivas autonomias, permitiu à Rede levar a sua programação a praticamente todo o Brasil.
o Sr. Mílton Reis - É mais do que justa, nobre LíderCelso Peçanha, a homenagem que os partidos políticos,através de suas representações parlamentares, prestam,no Grande Expediente da Câmara dos Deputados, a Roberto Marinho, pois que vemos em S. S', a um só tempo,o jornalista ilustre, o empresúrio vitorioso e o filantropoque, através da Fundação Roberto Marinho, vem permitindo que no Brasil, e em particular no meu Estado Minas Gerais, muitas obras de arte que se estavam esv~indo
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no esqueeúnento, possam ser recuperadas. Ainda ontem,estando com o Governador Tancredo Neves, S. Ex'pediu-me que igualmente trouxesse a esta tribuna a suapalavra, a sua homenagem a Roberto Marinho, quandovem de receber da Academia Nacional de Televisão, Artes e Ciências, dos Estados Unidos, o cobiçado galardão,o famoso Prêmio Emmy, por tudo quanto a Rede Globovem realizando. Portanto, nosso aplauso às Liderançaspoliticas pela justa homenagem a essa grande figura debrasileiro que ê Roberto Marinho.
o SR. CELSO PEÇANHA - Alegra-me incorporarao meu discurso o pronunciamento de V. Ex'. que é o deMinas Gerais.
Mas quero ressaltar um aspecto na obra da Rede Globo, aquele que diz respeito à Educaçào.
Hoje, por exemplo, o Telecurso 2' Grau, a cargo daFundação Roberto Marinho, em convênio com a Fundação Padre Anchieta, é transmitido simultaneamentepor 48 emissoras e 10 estações educativas, de propriedade estatal.
Por sua vcz, o Tclecurso l' Grau, lançado recentementc pela Fundação Robcrto Marinho, cm convênio com aFundação Universidade de Brasília e com o MEC, é difundido por 48 emissoras de televisão e mais de 800 cstações de rádio, levando o aprendizado e a cultura aosrecantos maís longínquos da nossa Nação.
Creio ser possível afirmar que a Fundação RobertoMarinho é o coroamento de toda uma vida dedicada àcomunidade: que começou por meio da informação, danotícia, e que agora procura contribuir decisivamentepara a educação do nosso povo, utilizando para esse fimtoda essa imensa teia de comunicação.
Trata-se, mesmo. de uma das mais bem equipadas organizações do setor no mundo. Para prová-lo, basta apenas citar o Centro de Documentação da Rede Globo,criado em 1976, que utiliza modernos computadores eflistemafl.
Graças ao RRD - Registro de Recuperação de Documentação, que funciona ininterruptamente, é possívellocalizar de imediato dados técnicos e resumos de textosarquivados, num acervo formado por trezentos mil documentos. Outros sistcmas menores dedicam-se especificamente à área da telcvisão e à informação mais ampla,abrangendo assuntos relevantes das áreas técnicas e culturais.
Esse sistema de processamento de dados garantiu aelevada qualidade de cobertura dos Jogos Olímpicos deMoscou. em 1980, e pcrmitiu, em 1982, por ocasião dofalecimento da cantora Elis Regina, que fossem lançadasedições extras do "lornal Nacional". e que fosse geradoum programa especial sobre a sua carreira. Igual trabalho foi realizado na é.poca do atentado ao Papa JoãoPaulo lI, quando, em poucos minutos, foram ao ar imagens e fatos sobre a vida do Sumo Pontífice, complementando as edições noticiosas.
A preocupação com a qualidade do equipamento êequivalente à dispensada à qualidade da programação. Efoi assim que a TV Globo conquistou o mercado externo. Atualmente exporta programas para mais de 90 países das Américas, Europa, Ásia e África, entre telenovelas, teledramas, seriados, musicais e esportivos.
Sr. Presidente, qual o Deputado que, ao visitar a Europa, não ficou encantado ao ouvir pronunciamentoselogiosos à obra da TV Globo naqueles países? Na Itália.orgulhei-me por ouvir de técnicos de televisão, de jornalistas famosos, expressões de elogios à nossa Pátria,sobretudo pclo trabalho desenvolvido pela TV Globo.
O Sr. Paulo Guerra - Permite-me V. Ex' um aparte'?
O SR. CELSO PEÇANHA - Pois não.
o Sr. Paulo Guerra - Ilustre Deputado. temeridadeda minha parte fazer Uma intervenção no pronunciamento tão brilhante de V. Ex' Mas, na realidade, a voz que se
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levanta neste instante representa o extremo Norte destePaís, o Território do Amapá. Aparteio V. Ex' para testemunhar o trabalho da Rede Globo de Televisão, na pessoa do seu eminente dirigente. Porque lá, no rincão maisextremado da Pátria. temos a Rede Amazônica de Televisão, o Canal 6, que é filiada à Rede Globo. Ela temprestado relevantes serviços à Pátria e especificamenteao nosso Território. Congratulo-me com V. Ex'pelo brilhantismo e pela oportunidade do seu pronunciamento eme associo às homenagens que tão justamente são prestadas a este grande vulto do nosso País e dessa televisãoque muito tem contribuído para o nosso desenvolvimento.
O SR. CELSO PEÇANHA - Agradeço o aparte deV. Ex'. que com muito prazer insiro em meu pronunciamento.
Tem o aparte o nobre Deputado Farabulini Júnior.
o Sr. Farabulini ~únior - Não posso deixar encerrarse o brilhante discurso de V. Ex' sem que dele participeao mcnos por um minuto. É brilhante a fala de V. Ex',nestc instante. e se rcfere a um dos homens deste paísque, na verdade. tem prestado largos serviços à Nação,destacadamentc na desenvoltura do sistema cultural.através da educação de massa, como bem diz V. Ex' E êneste ponto. exatamente considerando este aspecto, quedesejo, como professor militante. ressaltar a figura dohomenageado, o Jornalista Roberto Marinho, que põe àdisposição da população brasileira os seus canais de televisão para levar aos mais recônditos locais do Brasil, atéàs favelas, onde se encontre um aparelho de televisão, divulgando e transmitindo assim a cultura, o ensinnmentoe a substância do mais importante, quc é a preparaçãodessa juventude, para que diminuamos, no tempo, aquantidade de pessoas brasileiras que não sejam alfabetizadas. Parabéns a V. Ex' c aos Deputados que encaminharam a proposição no sentido de homenagear Roberto Marinbo.
O SR. CELSO PEÇANHA - Quando V. Ex' falouem educação de massa lembrei-me que na redação do OGlobo foi criada, em 1940. a Orquestra Sinfônica Brasileira, e que o Projeto Aquárius tem lcvado a música erudita a milhares de pessoas em todo o Brasil.
Continuo. Sr. Presidcntc.Graças a esse esmero. em 1981 o Prêmio Emmv de
Arte Popular foi destinado ao musical."Vinícius paraCrianças ou Arca de Noé", produzido pcla Rcdc.
O chamado "padrão globo" ê nada mais do que o reconhecimento dos elevados níveis de transmissão da empresa, obtidos com a mais moderna maquinaria. Superproduções são vistas por mais de 70 milhões de brasileiros e por cerca de 80 países, divulgando assim imagensdo nosso País no exterior.
A preocupação com a cultura sempre foi uma constante em Roberto Marinho.
A Fundação Roberto Marinho, por sua vez, criou nÚcleos esportivos em regiões carentes, e dedica-se tambêma campanhas de preservação da memória nacional. promovendo a restauração de monumentos históricos que seconstituem património da Nação. Entre outras atividades desenvolvidas estâo a edição de livros e discos, formação de arquivos microfilmados de pintores como Djanira e Portinari, c o incentivo à pesquisa através do Prêmio Jovcm Cicntista.
Não é de se estranhar, portanto, que Roberto Marinho seja hoje, talvez, um dos homens mais bomenageados do País. No Brasil, foi condeeorado mais de duas dezenas de vezes. e no exterior mereceu essa honra em 14países. Foi nomeado Cidadão Honorârio por 27 cidadese Estados, e nada menos do que 30 turmas de formandoso escolheram como paraninfo ou patrono, desde 1974. Éainda benemérito. benfeitor ou sócio honorúrio de dezenas de entidades.
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Quando, há 20 anos, foi criado o Conselho Internacional da Academia Nacional de Televisão, Artes e Ciênciasdos Estados Unidos, o scu primeiro Presidente, Mr. Robert Howard, declarou que a iniciativa tinha por objetivo cstrcitar as relações entre as televisões de todo o mundo, "para que a troca de idêias contribuísse para o progresso da televisão mundial".
O "Directoratc Award", ê um prêmio destinado a empresas e personalidades que tenham cooperado relevantemente para esse objetivo. Anteriormente ele foi entregue a Akio Morita, da Sony japonesa, a Sir Huw Weldon, da BBC inglêsa, a Lord Grade, d~ "AssociatedCommunications" norte-americana, e a Frank stanton,da CBS dos Estados Unidos.
Este ano coube o prêmio ao extraordinário homem decomunicação que é o brasileiro Roberto Marinho. Nomomento final da votação, ele concorria com LeonardGoldenson, presidente da ABC norte-americana, Emílio
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Ascárraga, presidente da Televisão mexicana, e WiliamPawley, antigo presidente da CBS.
Sua eleição por unanimidade faz justiça à carreira deum homem que dedicou toda a sua vida à informação, àcomunicação de massa e à disseminação da cultura e daimagem de seu País no exterior.
Uno-me, com prazer, às homenagens que a Câmarados Deputados presta ao Presidente da Rede Globo deTelevisão, pelos serviços relevantes que há quase 60 anospresta à comunidade brasileira, projetando-a também noexterior.
Permita-me, Sr. Presidente, permitam os Srs. Deputados que ao final eu me dirija diretamente ao jornalistaRoberto Marinho.
Sabe V. S', jornalista Roberto Marinho, que o analfabetismo constitui um entrave à modernização de um Paíse ao seu desenvolvimento. Há dias, aqui, da tribuna des-
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REQUERIMENTOS DE INFORNAÇO~S ENCANINHADOS
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ta Casa. eu falava sobre o Dia Internacional do Combateao Analfabetismo, e registrava que a UNESCO considerava O Brasil como um dos países com maior atraso nestesetor.
A Nação está com cerca de 8 milhões, de crianças, de'7a 14 anos, sem escolas, por que o Governo não abriu asportas dos estabelecimentos escolares a elas. A Nação está com 25.6% de analfabetos. Deixo aqui um apelo a V.S', em nomc da Comissão de Educação e Cultura destaCasa. para que, a exemplo da campanha desenvolvidapela Rede Globo em favor dos nordestinos, façamosuma campanha neste País, capitaneada pela Rede Globode Televisão e por todas as estações de rádio, contra oanalfabetismo, para que esta Nação acabe com esta nódoa, esta chaga tremenda que a infelicita, a impossibilitade avançar na comunidade mundial e de tornar o Brasilum grande País - sonho acalentado por toda esta geração. (Palmas.)
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AUTOR
JOJ.O HERCULINO
OSVALDO LIMA FILHO
RAYMUNDO ÃSFORA
EMENTA DATA 0,1 REt·/ESSA AO OA3I:::;~':; ":::!. :.;PRE:Slot:,'CI..i D/ 1~·P:05!.1~.i
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SoUaita infol'maçõe. ao Sl'. /.JIII1S1'1I0 !,'X1'RAORDI-
NARIO PARA ASSUNTOS FUNDIARIOS aol,,·. " a•• p.jo
d. 150 fami.lias de agflicultor'~1J J~l /llo'al1.Bllda M!!,
lata"~ .m Pllrnambuco. Of. ~'GU-l:'(i~ Ja 18.(}:..:JJ
SoUaita infol'mações à CAIXA I.'COIIOIJrCA FI.'DE'RAL
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FRANCISCO DIAS
OSWALDO LIMA FILHO
RAYNUNDO ASFORA
OSVALDO NELa
FERREIRA MARTINS
CRISTINA TAVARES
SeRGIO CRUZ
SoUaita infol'maçõ•• ao HINIS1"'1I10 Ih\ ,'AZENDA
aobl''' aroI'eoadaçâo de todas Q& Zotel'l:an l'Bali
.ada. nO Pai•.
SoZiaita informaçõ.. ao MINISTtRIO DA FAZENDA
Bobl'ta a )1QmeSSQ de dóZares par'~ () Ilxtel'·iol' pOV
.mprBsas nacionaia , BbtrangeiraB, em 1980,
1981 • 1982.
SoZiaita i"fol·maçõ... ao MINISTtRIO DA JUS1'IÇA
aob~. projetos Il reoursos paroa a constvução
d. uma pBnit~nc~ária Qm Campina G~and, (PBJ.
Solicita informações ao MEC SOb~B as ob~as do
Pat~imõnio Histórioo ds EeZém do Pará.
Solioita informações ao Sr. MINISTRO EXTRAORDI
NARrO PARA ASSUNTOS FUNDIARIOS ~obpe a'arl'eaad~
çào p.lo INCRA. no••x.~aiaio. d. 1978 a 1982,
do Imposto Territorial Rural.
SoZiaita i"fopmaçõe. ao INSTITUTO BRASILEIRO
DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL -, IBDF .obl'e o.pro38~o8 ap~ovado8 peZo ó~gão nOB últimosanca.
Solicita infol'maçõ•• ao MINISTeRIO DO INTe
RIOR 8pbrs o núms~o de mutu&~io8 do Sistema
Financeiro dQ Habitação inc.~dimpZQnte8 nos ú!timo4 S anos.
Of, SGM-394, d. 2•. 08.93
Of. SGM-J95~ dt! 2·1.06.8.1
Of. SOM-5RB, a. 29,08.83
Of. SGM-588. a. 29.08.83
Of. SOM-589. d. 26.08.83
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S"l:CRETARI.4-0ERAL D,4 I/E'SA] B 8 3
R"l:QUERJM"l:ilTOS DE INFORMAÇOE3 ENCAMINHADOS
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~8/83 ARNALDO ~ACIEL
55/BJ AIRTON SOARES
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EME:NTA .D:11'A D..f lf::,'J2!23.1... ;.0 O.,;3!::r':2 C:~·:!. ::.'p~r{;z:JC1.·; v;. .~;?;-;;:':~.;
Solioita info~maçõM. ao MINISTf.RIO DA AGRICUL-TUlJA sobre corntll'CJialização de (ll'l''''~ e f<iijão Dl. SGM-bYl& de 2fJ.OS.t1:>
SoUoi ta info~maçõ•• ao' MJNIS~'t.RIO DA E:A Z!:NDA8obr~ o montante dtlduzido do Impo~to de Renda.
a ~ituZo do crédito finanoeipo anaZi~udo po~
Bmpl'llSas d. capitais naaionais e EJ01' empl'6sas
d. oapital .stFangei~o, Of, SGU-5~2, d. 2Y.08.~J
s~tioi~ i~çõ.a aa BANCO NACIONAL DA liABI
T1tÇ'ÃO sObrfi (lS- ml+.'trlui,p.tQ4- 9",. a'tl'Qflo ~h:W pr'iNJta-
çõ•• da oa.a p~ôpria. Of, SOM-58J, J. ~B.08.S3
SoUoita informaçôMs ao MINIS2'/!IIIU /)0 1111'r.'IIIOI/
~ob". aqui.,iç$il. dC'tlr,tor4J1O. 1',"0 /lN/I Mu últ:f
moe 3 anos, Of. $GIJ."li~: <Iof ·;j~.tJS.~SSolicita informações ao I1INIS~'SlIfQ DOS 2'RANSPO!!.'1'ES SObJ1B o andamento doa tl·a~at}lf.):J drJ pavimiHI-
tapão da BR-3G4, no treoho CuirJbá-l-'.J~,to Vrtlho-
·Abunõ-Rio Branoo, Oj', Slit·J-59u, J" 2',J~.,..Solicita informaçõ.. ao MINISN!IUO /)A L",IU'NDA
sobre a Lot~ria Esportiva Pad~1'~l d a L~to. Of. $~M-~~~'. J~ l~.Oa.~J
SoZ!oi'ta illfo~lIlaçõe. ao MIIIISTellIO fJt', ~""U.'NV ..ISOb1'6 a CCI que apurou i"'Y'rJg.uz.,.J}·1:da~ltJd Y/[l /"'-üima Eaonômiâa Federtal. de Goiácl. 0J', :;L'U-fJJu~ J.J. O.J.IJ.::J,jSolioita informaçãe. ao MINIS2'tRIO DAS MINAS li:
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CRISTINA TAVARES
FRANCISCO AHARAL
RAYMUNDO ASFORA
RAYMUNDO ASFORA
ALBSRICO CORDEIRO
v.rsão, movim.ntada p.la ELETROBRAs.
Solioita informações aos M1NISTGRIOS DA FAZEN
DA, SECRETARIA DE PLANEJAMEN2'0 DA PRE'sIDENCIA
DA REPOBLICA e MINISTZRIO DA PREVIDZNCIA E ASsIs~SNaIA SOaIAL~ sobre o dibito da União para
com a Previdinoia Social.
Solioita info.t'mações ao MINISTeRIO DA AGRICULTURA 80b~a a implantação do Pa~qu. NaaionaZ da
Capivara a sm são Raimundo Nonato~ no Piau{.
Solioita info.t'mações ã SECRETARIA DE PLANEJAMEN
TO DA PRESIDZNCIA DA REPOBLICA .0bF' a implant~
ção de T~ólBibuB em Be1ém.
Solioita info~ma9ã.s ao HINISTSRIO DA AERONAUT!CA sobr6 as Db~a8 de ampliação do Ae~opo~to de
Macai J no Estado do Ria de Janeil'o.
So~ioita informaçõ.s ao MINISTtRrO DO INTERIOR
aob~Q a situação jurtdiao-finanaGi~a do Conju~
to R.sidenoial Ypiranga, em R.oifM.
Solioita info~maçõe. ao MINIST~RIO DA PREVIDZNCIA E ASSISTZNCIA SOCIAL sobro o. débitos omatraso das pr~f~tu~a8 munioipais e Bob~e aoo~
dos para pagam~nto parcelado.
SoHoita info~maçõ•• ao MINJ'STtRIO DA AGRICUL
TURA sobre a intepvenção na Cooperativa R~gio
nato dos Produtores de sioa~ da PaFalba.
Solicita informaçõ•• ao UINISTZRIO 00 INTERIORsobre a pal"alinação das obras .da Barragem de
"Curimatã"a no Estado 'da Pavaiba.
Solioita infoFmaçõ•• ao MINIST~RIO DA INDOSTRIA
E DO COMtRCIO sob~e p~ograma. d•• tinado. a> d.
s.nvotvim.nto da atividade tUl"tstioa do NOl"dQBt ••
Of, SOIl-820, d. ~4.]Q.83
Of. SGM-82], de 0~.]0.83
Of, SGM-822, d. 04.10.83
Of. SGM-823, dM 40.10.83
Of. SOM-824, de 04.]0.83
Of. SOM-825, d. 04.10.83
Of. SOM-820, d. 04.10.83
Of, SOM-827. a~ 04.10.83
Of. SG#-828, d. 04.10.83.
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PAULO MINCARONE
RA:lMUNDO ASFORA
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OSVALDO MELO
FRANCISCO AMARAL
RA:lMUNDO ASFORA
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DIÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
SE(;'lI.'ETARIA-GERAJ, DA MESA1 983
REQUERIME"TDS DE INFORMAÇÕES ENÇAMINUA~~
EMEI/TA
Solicita informações ao MINISTeRIO DA FAZENDA.obre os gastos e as aplioações do Fundo PIS/
PASEP.
Solicita informcções ao MINISTeRIO DO INTERIORBobv. as looalidad,g .m que Betão situado8 08
açudes construfdoe neste dov~~no.
SoUoita informaçõ.s ào ~IINISTtRIO DAS MINAS EENERGIA sobre o Projeto da Fábrica Albrás-Alu
nOl"ts" no Pará.
Solicita informações ã SECRETARIA DE PLANEJAMEN
TO DA PRESIDtNCIA DA REPOBLICA sobre empresas
bl'asi1.fJ1.l'aa aom 8sdlt próp:l'Í-a ou aZugada' no e:r:t!
7';'01'.
SoUci ta informações ao MIN ISTeRIO DO I/11'ERIOR
sobre Projetos BNE-COHAS, no Pará
Solicita informações ao PODER ~XECUTIVO sobre
a composição das d.l.gaç3es oficiais brasileil'QS às DonfQrinaias rnt6rnaoio~ai8 do Traba
lho prollfO"lt'ida.a pola Organização Intel'naaiona7
do Tl'abalho - OU:
Solioita informações ao MINISTeRIO DO INTERIO~
sobr. inv.~tim€nto8 nas obras dQ abasteaiment&d. água a. João PQBBoa.
Solioita infovma~õ~8 ao MINISTeRIO DA 8AZENDA
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Of. SGM-837, de 0•• 10.93
76/83 EDUARDO MATARAZZO SUPLIC:l Solicita informaçõ~s ao MINrSTeRIO DA FAZENDA
sabre a fiscatiaaçáo da8 Instituições Pinanaef
ra., e.pecialmente oom a liquidação da CoroaSioaotel.
VII - O SR. PRESIDENTE (Amaury Müller) - Levanto a sessão designan,dopara amanhã a seguinte:
ORDEM DO DIA
TRAMITAÇÃO
EM URGÊNCIA
Votação
1
PROJETO DE LEI N.o 1.659-A, DE 1983
Votação, Em discussão única, do Projeto de Lei n.o 1.6·59-A,d.e 1983, que dispõe sohre a esc{)lha de dirigentes de fundacêes deensino supel'ior e dá outras providências; tendo par·eceres: da
GRANDE EXPEDIENTE
Oradores:
1 - Júlio Martins - P'DS - RR
2 - Luiz Baptista - PMD'13 - ES
3 - Francisco Erse - PDS - RO
Comissã'J de Constituiçií.o e Justiça, pela constitucionalidade. juri{,,icidade e técnica legislativa; e, da Comissão de Educação e Cultura, pela ap2'ovaçáo, com Substitutivo, com voto em .separado doSr. Rõmu:o Galvão. (Do Poder Executivo) - Relatores: Srs. Ni~son
Gibs{ln e Wall Ferraz.
2
PROJEII'O DE DECRETO LEGISLATIVO oN.o 3e-A, DE 1·9B3
V{ltação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legis;ativon.o 38-A, de 1983, que aprova o texto do Convênio Multilateral sobreCooperação e Assist.ência Mútua entre as Direcões Nacionais deAduanas (incluídos os anexos, I, V e XIII), celebrado na cidade doMéxico; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça,pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, daComissão !te Economia, Indfutlia e Comércio, pela aprovação. (DaComissão de Relações Exteriores) - Relatores: Srs. José Ribamal'Machado, Nilson Gibson e José Thomaz Nonô.
PRIORIDADE
Votação
3
PARJEOER N,0 2, DE 1983
Votação do Parecer n.o 2, de 1983, que opina, a respeito doOfício Gil?-O-1.926/83, do Sl'.iPresidellte da Câmara, pela alteraçãodo número de membros das C'PI's da "Dívida Externa" e do "GrupoDeHin", entendendo, em conseqüência, como prejudicado o requerimento deferido pela Presidência, contra os vostos dos 81'S. Ademir
11878 Terça-feira 19 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1983
Andra:de, Aluízio Campos, Arnaldo Macie~, Egídio Ferreira Lima,João Cunha, João Gilberto, Jorge Oarone, José Melo, José Tavares,!Pimenta da Veiga, Plínio Martins, Raimundo Leite, Theodoro Mendes, Valmor Giavarina, José Genoíno, Ibsen Pinheiro, AmadeuGeara, Jorge Medauar, Wagner Lago, Luiz Henrique, FloricenoPaixão, Walter Casanova e, em separado, do Sr. Gasthone Righi.(Da Comissão de Constituição e JlLStiça.) - Relator: Sr. CelsoBarro.o
4
PROJETO DE RESOLUÇãO N.D 104, DE 1983
Votação, em discussão única, do Projeto de Resolução n.O 104,de 1983, que autoriza o Senhor Deputado Matheus Schmidt a participar de missão cultural no exteriür. (Da Mesa) - Relator: Sr.Ary Kffuri.
5
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.o 105, DE 1983
Votação, em discussão única. do Projeto de Resolução n.O 10:5,de 1983, que autoriza o Senhor Deputado Rubem Medina a participar de missão cultural no exterior. (Da Mesa) - Relator: 81'.Ary Affuri.
6
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.o 106, DE 11J83
Votação, em discussão única, do Proj·eto de Resolução n.O 100·,de 11J83, que autoriza o Senhor Deputado Ulysses Guimarães aparticipar de missão ·cultural no exterior. (Da Mesa) - Relator:81'. Ary Kffuri.
7
PROJETO DE LEI N.o 1.711J-A, DE 1983
Votação, em discussão única, do Projeto de Lei n.D 1.719-A,de 1983, que modifica a redação do art. 2'.° da Lei n.O 6.334, de 31de maio de 1976, que fixa idade máxima para inscrição em concurso público destinado ao ingresso em empregos e cargos ·doServiço ,Público; tendo pareceres: da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa;e, da Comissão de serviço Público, pela aprovação, com emenda.(Do Poder Executivo) - Relatores: Srs. Leorne Belém e Gomesda Silva.
ORDINARIA
Votação
8
PROJETO DE LEI N.o 2.078-A, DE 19.76
Votação, em discussão única, do Projeto de Lei n.O 2.078-A,de 11J76, que declara de utilidade pública a "Sociedade de Assistência Cultural AJ.lchieta", sucessora da "Sociedade de Assistênciaa Menores Dom Bosco" do Ginásio Primavera, com sede em Duquede Caxias, Estado do Rio de Janeiro; tendo pareceres: da Comissãode Constituição e Justiça, pela 'constitucionalidade e juridicidade;e, da Comissão de Educação e Cultura, pela aprovação.
9
PROJETO DE LEI N.o 2.1f}1-A, DE 1976
Votação, em disclLSSão única, do :Proj eto de Lei n.O 2 .1m-A, de1976, que acrescenta parágrafo único ao art. 476 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho; tendo pareceres: da .comissão de Constituiçãoe Justiça pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão de Trabalho e Legislação Social pela aprovação. - (Do Sr. Nelson Marchezan.)
10
PROJETO DE LEI N.o 2.103-:A, DE 1976
Votação, em primeira discussão, do projeto de Lei n.o 2.103-A,de 1976, que revigora, por 180 (cento e oitenta) dias, dispositivodo Decreto-lei n.O 194, de 24 de fevereiro de 1967, que dispõe sobrea aplicação da legislação sob!':,) o Fundo de Garantia do Tempo deServiço à.~ entidades de fins filantrópicos; tendo pareceres: da.comissão de Constituição e JlLStiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; da Comissão de Trabalho e LegislaçãoSocial, pela rejeição, contra o voto em separado do Sr. Rosa Flores;e, da Comissão de Finanças, pela aprovação. (Do Sr. Nelson Marchezan) - Relator: Sr. João Alves.
11
PROJETO DE LEI N.o 2.183-A, DE 1976
Votação, em diseussão única, do Projeto de Lei n.o 2.183-A, de1976, que reabre o prazo para habilitação ao recebimento dasações de que trata o art. 2.° do Decreto-lei n.O 62, de 21 de novembro de 1966; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade, e técnica legislativa; e,das Comi&~ões de Economia, Indústria e .comércio e de Fhlanças,pela aprovação.
12
PROJE'DO DE LEI N.o 2.l97-B, DE 1976
Votação, em discussão única, do Projeto de Lei n.O 2.197-B,de 1976, que revoga o art. 11 da Lei n.o 5.890, de 8 de junho de 1973,que altocrou a legislação de previdência social; tendo pareceres: daComissão de Constituição e JlLStiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, das Comissões de Trabalho eLegislação Social e de Finança.;;. pela aprovação. Pareceres aoSubstitutivo de Plenário: da Comissão de Constituição e Justiça,pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legis:ativa; da Comissão de Trabalho e Legislação Social, p.ela rejeição, contra ovoto em separado do Sr. Del Bosco Amaral; e, da Comissão deFinanças, pela aprovação. - Relator: Sr. Adhemar Ghisi.
13
PROJETO DE LEI N.o 2.224-A, DE 1976
Votação, em disclLSsão úniea, do Projeto de Lei n.O 2.2M-A, de1976, que institui o "Dia do Leonismo"; i,cndo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça. pela constitucionalidade, juridicidade e, no mérito, pela aproval)ão; e da COmissão da Educaçãoe Cultura, pela aprovação.
14
PROJETO DE LEI N.o 2.257-A, DE 1976
Vot~.ção, em discussão única, do Projeto de Lei n.O 2.257-A, de1976, que revoga o art. 605 da Consolidação das L3is c.o Traba.ho;tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constituci':llo.Iidade, juridicidade e técnica legislativa. com '3men1a; daG:;mi:,~ão de Trabalho e Legislação Social, pela aprovação, comadoção da ,emenda da Comissão de Constituição e Justiça; e, daComissão de Finanças, pela aprovacão.
15
PROJETO DE LEI N.o 2. 353-A, DE 1976
Votação, em discussão única, do Projeto de L::!! n.o 2.3'53-A, de1976, que equipara as Associações de Classes 2.0S Sindicat<Js. paTa',]S fins previstos no Decreto n.o 57.870. de 25 de fevereiro de 1966,que iDstitui Pr<Jgrama Especial de Bolsas de Estudo; tendo pareceres; da C<Jmissão de Cõnstítuicáo e Jmtica rela constituc:ona!idade e técnica legislativa; e. das Oomissõzs de Serviço Públicoe de Trabàlho e Legislação Social. pela aprovação. - R3lator: Sr.Luiz Henrique.
Novembro de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 19 11879
16
PROJETO DE LEI N.o 2.397-B, DE 1976
Votação, em discussão única, do Projeto de Lei n.O 2.397-B, de1976, que dispõe sobre a obrigatoriedade de ac~itar inscricão, emconcurso público, de candidato que, não estando de posse dó diplomE. do CurEO escolar exigido, possa provar havê-lo concluído; tendorarecerC'3: da Comissão de Constituição ,e Justiça.; pela constitucionaJidade e juridicidade: e, da Gomissão de Servi<;lo Público, pelaaprovação. Pareceres às Emendas de Plenário: da Comissiío deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade ethcnica legislativa; e. da Comissã.o de S2rviro Público, pela aprovação, com subemenda à de n.o 2. (Do Sr. Walber Guimarães.)
17
PROJETO DE LEI N.o 2Aüi-A, DE 1976
Votação, em discussão única, do Projeto de Lei n.o 2.401-A, de1976, que dispõe sobre requisitos de segurança para fabricação deveículos automotores, e dá outras providências; tendo par,eceres:da Comissão de Constítuição e Justiça, pela constituci<malidade ejuridicidade, com emenda; da Comissão de Ciência e Tecnologia,pela aprovação; e, da Comissão de Transportes, pela aprovação,com adoção da emenda da COmissão de Constituição e Justiça.(Do Sr. Siqueira C'ampos) - Relatores: Srs. Jarbas Vasconcelos eAntônio Florêncio.
18
PROJETO DE LEI N.o 661-B, DE 1983
Votação, em discussã.o única, do Proj'eto de Lei n.O 661-B, de1983, que dá nova redação ao art. 4.0 da Lei n.O 5.3'71, de 5 dedez;embro de 1967, qu.e autori3a a instituição da Fundação Nacionaldo índio, e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissãode Con&tituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidadie etécnica legislativa, com emenda e voto em separado do Sr. ValmorGiavarina; e, da Comissão do Interior, pela aprovação, com emenda.Pareceres à Emenda de Plenário: da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade e, no mérito, pela rejeição; e, daComissão do Interior, pela rejeição. (Do Sr. Mário Juruna) Relatores: 81'S. Otávio Cesário e frma Passoni.
19
PROJETO DE LEI N.o 1. 975-A, DE 1976
Votação, em primeira discussão, do Projeto de Lei n.O 1.975-A,de 1976, que altera a redação do art. 14 da Consolidação das Leisdo Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n.O 50452, de 1.0 de maiode 19'43; tendo pareceres: da Comissão de C:onstituição e Justiça,pela constitucionalidade, juridicidade e técnica l,egislativa; da Comissão de Trabalho e Legislação Social, pela rejeição, contra ovoto em separado do Sr. Jorge Moura; e, da Comissão de Finanças,pela .aprovação com emenda. (Do Sr. Francisco Amara1.)
20
PROJETO DE LEI N.o 2.326-A, DE 1976
Votação, em primeira discussão, do Projeto de Lei n.O 2.326-A,de 1976, que deelara de utilidade pública a Sociedade de Assistênciaaos Oegos no Estado do Ceará e dá outras providências; tendopareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda; e, daComissão de Saúde, pela incompetência para opinar &obre a matéria. (Do 81'. Gome·s da Silva) - Relator: Sr. Onísio Ludovico.
21
PROJETO DE LEI N.o 2.3'74-A, DE 1976
Votação, em primeira díscussão, do Projeto de Lei n.O 2.374-A,de 1976·, que institui as Comendas Rurais Nacionais e Estaduais;tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emendas;da Comissão de Agricultura e Política Rural, pela aprovação, comsubstitutivo, contra os votos dos 81'S. Flávio Giovine a PachecoChaves; e, da Comíssão ne Finanças, pela aprovação, com rudoçãodo substitutivo da Comissão de Agricultura e Po,litica Rural.
22
PROJETO DE LEI N.o 2.3M-A, DE 1976
Votação, em primeira discussão, do Projeto de Lei n.O 2.394-A,de 1976, que altera a redação dos parágrafos 4.0 e 5.° do. art. 23da Lei n.O 5.890, de 8 de junho de 1973, que modifica a legislaçãode previdência social, e dá outras 'providências; tendo pareceres:da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa, com emenda; e, da ComÍBsão deTrabalho e Legislação Social, pela aprovação, contra o voto emseparado do Sr. Vasco Neto.
23
PROJETO DE LEI N.o 2.398-A, iDE 19,76·
Votação, em primeira discussão, do Projeto de Lei n." 2.398-11.,de 1976, que dá nova redação a dispositivos da Consolidação dasLeis do Trabalho, apruvada pelo Decreto-lei n.O 5.452, de 1.0 demaio de 1943, e dá outras provinências; tendo parecel'es: da Comissão de Consttiuição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão de Trabalho e Legislação SOcial, pela aprovação contra 00 voto do Sr. Wilmar Dallanhol.(Do 81'. Francisco Amaral.)
24
PROJEro DE: LEI N.o 2.492-A, !DE 1976
Votação, em primeira discussão, do Projeto de Lei n.o 2A92-A,de 1976, que considera como de efetivo exercicio os afastamentosde servidores públicos e empJ:egados regidos peia CLT, na formaque especifica; tendo pareceres: da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade, pela aprovação, contra o votodo Sr. Jonas Oarlos;e, da C'omissão de Finanças, pela aprovação,contra os votos dos 81'S. Joir Brasileiro, José Ribamar Machadoe, em separado, do Sr. Ruy Côdo. - Relator·es: 81'S. Jairu Magalhães e Nry Kffuri.
25
PROJErO DE LEI iN.O 2.529-A, DE 1976
Votação, em primeira discussão, do p-rojeto de Lei n.o 2. 529-A,de 19,76, que acrescenta dispositivo à Consolidação das Leis doTrabalho aprovada pelo Decreto-lei n.o 5.4152, de 1.0 de maio de1943·; tendo pareceres: da Comissão de COIlBtituição e Justiça, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; da Comissãode Educação e Cultura, pela incompetência para opinar sobre amatéria,. contra os votos dos Srs. Rômulo Galvão e Lygia LessaBastos; c, da Comissão de Trabalho e Legislação Social, pelaaprovação.
Discussão
26
PROJETO bE LEI N.o 2.231-A, DE 1976
Discussão única do Proje,to de Lei n.O 2. 231-A, de 1976, queacrescenta dispositivo à Lei n.O 5.988, de 14 de dezembro de 19,73,que regula os direitos autorais; tendo pareceres: da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão de Educação e cultura, pela aprovaç'ão. (Do Sr. Adhemar GhisD - Relator: Sr. Jarbas Vasconcelos.
27
(PROJETO DE LEI N.o 2A45-A, DE 1976
Discussão única do Projeto de Lei n.o 2A45-A, de 19'76, quedispõe sobre a resistência de veículos, altera o art. 36 da Lein.O 5.108, de 21 de setembro de 19-66 (Código Nacional de Trânsito)e dá outras providências; tendo pareceres: da Oomissão d,e Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa; da Comissão de Transportes, pela incompetência paraopinar sobre a matél'ia; e, da Comissão de Ciência 'e Tecnologia,pela aprovação, com emendas. (Do Sr. 8iqueica Campos) - Relatores: Srs. Octacílio de Almeida e Vingt Rosado.
11880 Terça-feira I g DIÁRIO DO CONGRESSO NAClONAL (Seção I) Novembro de 1983
28
PROJETO DE LEI N.o 2.637-A, DE 19·76
Discu.s.são única do ProjetA) de Lei n.o 2.637-A, de 1976, quedispõe sobre o salário profiBsional dos jornalistas, e dá outrasprovidências; tendo pareceres: da ComiBsão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa;e, das Comissões de Trabalho e Legislação Social e de Finanças,pela aprovação.
29
PROJETO DE LEI N.02. 716-B, DE 1976
Discussão única do Projoeto de Lei n,o 2. 716-B, de 19·76, quedá nova redação ao § 2.0 do art. 2·24 da Consolidação das Leis doTrabalho, aprovada pelo Decreto-lei n.O 5.452, de 1.0 de maio de1943, com as modificações da legislação posterior; tendo pareceres:da Comissão de Constituição e Justiça, pda constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa; e, das Comissões de Trabalho eLegislação Social e de Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação. Pareceres ao Substitutivo de Plenário: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa; e, das Comissões de Trabalho e Legislação Social e deEconomia, Indústria e Comércio, pela aprovação. - Relatores:Srs. Jairo Magalhães e Vivaldo Frota.
38
PROJETO DE LEI N.o 2. 761J-A, DE 1976
Discussão única do Projeto de Lei n.O 2. 760-A, de 1976, quedá nova redação ao § 3.° do art. 8.0 da Lei n.0 5. 890, de 8 de junhode 1973. que alterou a legislação previdenciária; tendo pareceres:da ComiBsão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade.juridicidade e técnica legiBlativa; e, das Comissões de Trabalhoe Legislação SOcial e de Finanças, pela aprovação. (Do Sr. FreitasNobre) .
31
PROJETO DE LEI N.o 2.8617-A, DE 1976
DiBcussão única do Projeto de Lei n.O 2.86·7-A, de 1976, queintroduz modificações na Consolidação das LeiB do Trabalho, parao fim de assegurar estabilidade provisória à mulher trabalhadoraque contrair núpcias; tendo pareceres: da Comissão de Constituiçãoe Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissã.o de Trabalho e LegiBlação Social, pela aprovação.
32
PROJETO DE LEI N.o 1.529-A, DE 1983
Discussão única do Projeto de Lei n.O 1. 529-A, d0 1983, quediBpõe sobre as autarquias profissionaiB; tendo pareceres: da C0missão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão de Trabalho e LegislaçãoSocial, pela aprovação. (Do Sr. Siegfried Heuser) - Relatores: 81'S.
João Gilberto e Luiz Henrique.
33
PROJETO DE LEI N.o 2.124-B, D~ 19'79
Segunda discussã.o do Projeto de Lei n.o 2. 124-B. de 1979, quealtera a redação do art. 57 da Lei n.O 3.807, de 26· de agosto de 1961J(Lei Orgânica da Previdência Social), e dá outras providências.(Do Sr. Márcio Macedo,)
34
PROJETO DE LEI N.o 3.523-B, DE 1980
Segunda discussão do Projeto de Lei n.O 3.5·23-B, de 1980, quedetermina a gratuidade de ingresso de menores de 12 anos noslocais onde se realizem competiçeõs esportivas.
35
PROJETO DE LEI N.o 5. 697-B, DE 1981
Segunda discussão do Projeto de Lei n.o 5.69'7-B, de 1981, quedeclara de utilidade pública o COnselho Central da Sociedade de
.são Vicente de Pamo, de Itajubá, Minas Gerais; (I){) Sr. Rosemburgo Romano.)
36
PROJETO DE LEI iN.o 1.9H3-A, DE 1976
Primeira discussão do Projeto de Lei n.O 1. 983-A, de 1976, quedispõe sobre a fixação de critérios para distribuição e teto paradespesas da publicação oficial; tendo pal'eceres: da ComiBsão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade; da Comissão deFiscalização Financeira e Tomada de Contas, pela aprovação; e,da ComiBsão de Economia, Indústria e Comércio, pela rejeição. (DoSr. Francisco Amaral) - Relator: Sr. Rurem Medina.
37
PROJETO DE LEI N.o 6·.030-B, DE 1982
Segunda discussão do Proj eto de Lei n,o 6·. 030...;B, de 1982, quedá nova redação ao art. 133 do Código de Processo Civil.
38
PROJETO DE LEI N." 2.196-A. DE 1976
Primeira discussão do Proj eto de Lei n.O 2.196-A, de 1976, queacresc.enta dispositivo ao Decreto-lei n.O 32, de 18 de novembro de1966 que "institui o Código Brasileiro do Ar"; tendo pareceres: daCo~issã.o de Constituição· e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; e, da Comissão de Transportes, pelaaprovação, contra o voto em s·eparado do Sr. Nabor Júnior. (DoSr. Alcides Franciscato.)
39
PROJETO DE LEI N.o 2.466-B, DE 1976
Primeira discussão do Projeto doe Lei n.O 2,463-B, de 1976, queautoriza a cremação de cadáveres; tendo parecer, da Comissão deConstituicão e Justica pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legISlativa e, nó hlérito, pela aprovação. Parecer às Emendasde Plenário: da Comissão de constituição e Justiça, pela constitucionalidade juridicidade, técnica legislativa e, 110 mérito, pelaaprovação da de n.O 1, com subemenda e, r.ejeição da de n.o 2.(I){) Sr. Inocêncio Oliveira.)
40
·PROJETO DE LEI N." 2,456-A, DE 1976
Primeira discussão do Projeto de Lei n.O 2.456-A, de 1976, queinstitui o "Dia da Telefonista", a ser comemorado em todo o território nacional no dia 29 de junho de cada ano; tendo parecer,da Comissão de Constituicão e Justica, pela constitucionalidade,juiidicidade, técnica legisiàtiva e, no' mérito, pela aprovação.
41
PROJETO DE LEI N.o 2.594-A, DE 1976
Primeira discussão do Projeto de Lei n.o 2.594-A, de 1976, queautorIza o INPS a credenciar psicólogos para fazer os examespsicotécnicQs exigidos pelo Código Nacional de Trânsito, e determina outras providências; tendo pareceres: da, Gomissão de Constituição e Justiça pela constitucionalidade e injuridicidade; daComissão de Saúde, pela aprovação; e. da Comissão de Finanças,pela rej eição.
42
PRÚ'.JETO DE LEI N.o 2.603-A, DE 1976
Primeira discuEsão do Projeto de Lei n.o 2.603-A, de 1976, quedeciara de utilidade pública a "Sociedade Civil de BeneficênciaCaeteense - "Santa Casa de Caeté", com sede em Caeté. Estadode rvl1nas Gerais; tendo parecer, da Comissão de Constituição eJusti'~a, peja constitucionalidade, ju.ridicidade e, no mérito, pelai:'.pl'Ovação. (Do Sr. Raul Bernardo.)
Novembro de 1983, DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 19 1188~
DATA DIA DA SEMANAPROJETO DE LEI N.o 2.63'5-A, DE 1976-
Primeira discussão do Projeto de Lei n.O 2. 63,5-A, de 19-76, queautoriza os Partidos Políticos a usar os horários de propagandagratuita pelo rádio e pela televisão para instruir os eleitores s-abr-3o ato de votar; tendo parecer, da Comissão de Constituição eJustiça, pela con.stitucionalidade e, no mérito, p.ala aprovação,com Substitutivo. (Do Sr. Henrique Eduardo Alves) - Relator:Sr. Afrisio Vieira Lima.
44
PROJETO DE LEI N.O 2.731-A, DE 1976
Primeira discussão do Projeto de Lei n.o 2. 73-1-A, de 1976, quedeclara de utilidade pública o Cenáculo Espirita "CalSa de Maria"sediado no Recife. Estado de Pernambuco; tendo parecer, da Comi8sâo de Con.stituição e Ju.stiça, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela. aprovação. (Do Sr.Sérgio Murilo) - Relator: Sr. Jarbas Vasconcelos.
45
PROJETO DE LEI N.o 2.M2-A, DE 1976
Primeira discussão do Proj·eto de Lei n.O 2.842-A, de 1976, quealtera a Lei n.O 6.179, de 11 de dezembro de 1974, que in.stituiabono previdenciário para maiores de setenta anos e para inválidos, estendendo os seus benefícios às q:>essoas que e8pecifica; tendopareceres: da Comis8ão de Con.stituição e Justiça, pela constitucionalidade, contra os votos dos Srs. Alceu Ctlllares, Luiz Henriquee Noide Cerqueira, da Comissão de Trabalho e Legislação Social,pela rejeição; e, da Comissão de Finanças, pela aprovação. (DoSr. Inocêncio Oliveira.)
46
PROJETO DE LEI N.o 207-A, DE 1983
Primeira discussão do Projeto de Lei n.o 20<7-A, de 1983, quedetermina a menção dos números da Carteira de Identidad-e e doCadastro de Pessoa Fisica nos documentos de Pessoa Física nosdocumentos de protesto de títulos; tendo parecer, da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com Substitutivo.(Do Sr. Jorge Carone) - Relator: Sr. Mário Assad.
Avisos
CAMARA DOS DEPUTADOS
SECRETAR.IA-GERAL DA MESA
Relação dos Deputados inscritos no Granue ExpedienteNovembl"O/1983
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Terça-f.eira
Quarta-feira
Quinta-feira
Sexta-feita
Segunda-feira
Quarta-feira
Quinta-feira
Sexta-feira
Segunda-feira
14:0014:3015:00
14:0014:3015:00
14:0014:301'5:00
10:0010:30H:OO11:3012:0012:3013:00
14:0014:3015:00
14:0014:3015:00
14:0014:3015:00
10:0010:3011:0011:3012:0012:3013:00
14:0014:301·5:00
NOME
Dirceu OarneiroInocêncio OliveiraJ08é Luiz Maia
Ciro NogueiraCid OarvalhoHumberto Souto
Maçao TadanoPaulo MincaroneMozarildo Oavalcanti
Nylton VellosoMilton FigueiredoManuel VianaOscar .AlvesFrancisco AmaralPrisco VianaMilton Brandão
Pedro Novais'Renan CalheirosPaulo Lu.stosa
João Carlos de CarliLuiz HenriqueRaymundo Asfóra
José Oarlos VasconcellosMárcio BrlligaTarcísio Buriti *
Vivaldo FrotaManoel GonçalvesJosé TavaresNasser AlmeidaJoão PaganellaGeovani BorgesLuiz Guedes
Celso BarrosDomingos LeonelliMárcio Santilli
DATA DIA DA SEMANA
14:001.0 Terça-feira 14:30
15:00
14:003 Quinta-feira 14:30
1'5:00
9:3010:0010:30
4 Sexta-feira 11:0011:3012:0012 :3{l13·:00
14:007 Segunda-'Íeira 14:30
1'5:00
NOME
Júlio Martins'Luiz Baptista •Francisco Erse •
Sebastião Rodrigues'Brabo de Carvalho •Bo-rgônio Neto
Salles Leite •Flávio Bierrenbach •Wildy ViannaIbsen Pinheiro •Nylton Alves'Floriceno iPaixão •Lélio Souza'Jorge Viana •
Horácio Matos'Wilmar palis •Orestes Muniz
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Terça-feira
Quarta-feira
Quinta-feira
Sexta-feira
Segunda-feira
14:0014:3015:00
14:0014:3015:00
14:0014:301-5:00
10:0010:3011:00H:3-012:0012:3013:00
14:0014:3015:00
Adhemar GhisiSaulo QueirozNelson Aguiar
Tobias AlvesAntônio AmaralJosé Thomaz Nonô
Ademir AndradeSiqueira CamposGerardo Renault
Ernani SatyroBento PortoRandolfo BittencourtWalber GuimarãesDarcy PassosJosé Moura.Carl08 Mosconi
Jackson BarretoRuben FigueiróJoão Faustino
11882 Terça-feira 19 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1983
* Inscrições automáticas para o mês de novembro, nos termos daResolução n.o 37, de 1979
DATA DIA DA SEMANA
14:0029 Terça-feira 14:30
15:00
14:0030 Quarta-feira 14:30
1'5:00
NOME
Fernando GomesD3a1ma BessaPaulo Borges
Del Bosco AmaralAntônio GâmaraWall Ferraz
Elpitácio CafeteiraHaroldo LimaLu1z HenriqueMarcelo CordeiroMárcio MacedoMário FrotaPaulo Marques
Vlce-Lidere.s
José Carlos VasconcelosLélio SouzaRoberto FreireJuarez BatistaSebastião RodriguesWalmor de Luca
(e1!cala em Plenário)
José Carl08 VasconcelO&Epítácio CafeteiraJorge MedauarMário FrotaJuarez Batista
Dezembro/1983
DATA
1.0
DIA DiA SEMANA
Quinta-feira14:0014:3015:00
PDS
NOME
Luiz Henrique11'loriceno 'Paixão
S.--fetra
V-feira
Hélio DuqueJoão Herrmaruilram SaraivaHélio ManhãesJoão Herculino
Egldio Ferreira LimaLéI10 SouzaSebastião RodriguesMárcio MacedoHaroldo Lima
Lider
Alcides FranciscatoAmaral NettoDj alma BessaEdison LobãoGióla JúniorJoacíl PereiraJorge ArbageRIcardo FiuzaS1quelxa. CamposCelso Barros
Vice-Líderes
4.a -feira
5.a-felxa
6."'-feira
Lider
Egídio Ferreira LimaSínval GuazelliOardoso AlvesCarlos Sant'AnaChagas VasconcelosDel Bo!ICO Amaral
Nelson Marchezan
VICE-LíDERES
Nilzon GibsonJosé LourençoFrancisco BenjamimAugusto FrancoJosé Carl08 FonsecaSaramago Pinheirootávio CesárioAdhemar GhísiAugusto Treiu
(escala em Plenário)
Siqueira CamposFrancisco BenjamimNilson GibsonAdhemar Ghisi
José LourençoJoaci! PereiraGióia Júnior
Edison LobãoAmaral NettoJorge ArbageJosé Lourenço
Djalma BessaRicardo FiúzaCelso Barros
Jorge Arbag,eSiqueira CamposSaramago Pinheiro
PMDB
Freitas Nobre
VICE-LíDERES
Hélio DuqueHélio ManhãesIram SaraIvaJoão HerculinoJorge Medf\U;J.rJoão Herrmann
5."'-feira
'.--feira
Lide!
Nadir Rouet1Sérgio Lomba
VIce-Lideres
2.a-feira
3.a -feira
!.--feira
5."'-feira
6.a -feira
Lider
Celso Peçanha
Ricardo Ribeiro
Gaathone RIghi
Vice-Lideres
2.a-fefra
Sinval Guazzel11Cardoso AlvesMarcelo CordeiroRoberto FreirePaulo Marquea
Carlos Sant'AnaWalmor de LucaLuiz HenriqueDel Bosco AmaralChagas Vasconcelos
PDT
Bocayuva Cunha
VICE-LíDERES
Brandão MonteiroClemir Ramal!
(escala em Plenário)
PTB
Ivete Vargas
VICE-LíDERES
(escala e Plenário)
Novembro de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
CONGRESSO NACIONAL
Terça-feira IQ 11883
5.a-feira
B.a-feira
LideI'
Irma Passoni
Luís Dulci
Vke-Lideru
Z.a-feira
S.a-feira
S.a-letra
PT
Airton Soares
VIOE-LtDEREIi
(escala em Plenmo)
lVIATÉRIAS &'Ví TRAItHTllÇJiO
I - PROPOSTAS DE EMF2WA A CONSTITUIÇÃO
1
PROPOSTA DE EMENDA li. CONSTITUIÇÃO N.o 15, DE 1982
Revoga a alínea a do § 3.° do artigo 147 da Constituição daRepública Federativa do Brasil, tendo Parecer oral contrário, publicado no DCN de 5-8-82.
I
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.O 16, DE 19&2(Tramitando em conjunto com a de n.O 18, de 1982)
Altera o art. 25, "caput", da Constituição, modificado pelasEmendas Constituciona'jJ n.os 5 e 17, tendo Parecer oral contrárioà. Proposta e à de n.O 18/82, que com ela tramita, publlC8Jclo noOON de 5-8-82.
'.&-fmra
COMISSõES n:CNICAS
COMISSÃO DE COMUNICACÃOReunião: 23-11-83 ..Ho·1'a: 10:nO hPauta: Comparecimento do Sr. Helvécio Gilson, Presidente da
EMBRATEL.* * *
COMISSAO DE EDUCACAO E CULTURAReunião: 8~11-83 -Hora: 10:00 hPauta: Comparecimento do Prof. Luiz Pinguelli Presidente da
MID~. '......Reunião: 9-11-83Hora: 10:00 hPauta: Comparecimento do Sr. Prof. Gamaliel Hierval, Presi-
dente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras.Reunião: 10-11-83Hora: 10:0D hPauta: Comparecimento do ProL Lafayette Azevedo Pondé,
Presidente do Conselho Federal de Educação.
.. .. ..,COMISSlí.O DE ESPORTE E TURISMO
~eunião: 10-11-83Hora: 9:30 hPauta: Comparecimento dos Srs.: Hélio Smidt, Presidente da
VARIG e Carlos Augusto Guimarães, membro do Conselho Nacional de Turismo. .. .. ..
OOMI88Ao DO INTERIOR
Reunião: 9-11-83Hora: 10:00 hPauta: Comparecimento do Dl'. Hugo Napoleão, Governador
do Estado do Piauí.
* .. *COMISSAO DE SAÚDE
Reuniiíoes: de 22 a 2,5 de novembroHora:Pauta: IV Simpósio Sobre Poli,tica Nacional de Saúde.
.. .. ..COMISSAO DE TRANSPORTES
Reuniões: 8a 10-11-83Pauta: "Seminário Sobre Transportes Rodoviários."
PROPOSTA DE EMENDA li. CONSTITUIÇAO N.o 18, DE 1982(Tramitando em conjunt<J coro. a de n.o 116, de 1982)
Dá nova redação ao caput do art. 25 da Constituição, tendoParecer oral contrário à Proposta e a de n.O 16/82, que com elatramita. publicado no DCN de 5-8-8?
4
PROPOSTA DE EMEl\TDA li. CONSTlTUIÇAO N.o 17, DE 1982
Acrescenta Item ao art. 112, nova Seção ao Capitulo VIII doTítulo I, e renumera os arts. 144 e 14;5. da Constituição Federal,tendo Parecer favoráv-el, sob n.o 57/82-00. publicado no DCN de2-6-32.
5
PROPOSTA DE EMENDA li. CONSTITUIÇÃO N.o 19, DE 1982
Dá nova redação ao artigo 195 da oonstituição Federal, tendoParecer favorável, sob n.O 46/82'-CN, 'Publicado no DON de 25-'6-82.
6
PROPOSTA DE EMEN'DA li. CONSTITUIÇÃO N.o 20, DE 1982
Dá nova redação ao artigo 176, § 3.°, item VI, da ConstituiçãoFederal, tendo Parecer favorável, sob n.O 58/82-CN, publicado noDCN de 3-6-82.
!PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 21, DE 1982
Altera a redação do § 4.° do artIgo 175 da Constituição Federal, tendo Parecer favorável, soh 0.0 63/82-CiN, publicado noDCN de 8-6-82.
II
PROPOSTA DE EMENDA li. CONSTlTUIÇAO N.o 22, DE 1982
Acrescenta parágrafo ao artigo :n da Constituição Federal,tendo Parecer favorável, sob n.O 76/&2-ON. I>ublicado no DCN de26-6-82.
9
PROPOSTA DE EMENDA li. CONSTITUIÇÃO N.o 23, DE 1982
Altera dispositivos da COnstituiçáo Fed€'ral, tendo parecer oralcontrá.rio, publicado no De de 19-8-~.
10
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 24, DE 19&2
Acrescenta parágrafo ao artigo 38 da Constituição Federal,tendo Parecer favorável. sob n.O 71/82-üN, publicado no DCN de26-6-82.
11884 Terça-feira 19I
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1983
11
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 23, DE 1982
Revoga a alínea e do § 2.° do artigo 156 e o artigo 152, alteraos artigos 165 e 166, e acrescenta artigo às Disposições Gerais eTransitórias da Constituição Federal, tendo Parecer oral contrário,publicado no DCN de 7-10-82.
12
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 29, DE 1982
Assegura aos professores em geral - inclrusive are rurais -,dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e Municipios vencimentos não inferiores ao salário mínimo regional, tendo Parecerfavorável, sob n.O 77/82-0N, publicado no DCN de 26-6-82.
13
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 31, DE 1982
Revoga a alínea d do item VIII do artigo 8.° e dá nova redação ao § 8.0 do art. 153 da Constituição Federal, extinguindo acensura de diversões públicas, tendo parecer oral contrário, publicado no DCN de 10-9-82.
14
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 32, DE 1982
Altera a redação do § 35 do art. 1'53 da Constituiçãó Federal,tendo Parecer oral contrário, publicado no DCN de 24-9-82.
15
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 34, DE 1982
Dá nova redação ao § 2.° do art. 113 da Constituição Federal,tendo Parecer oral favorável, publicado no DCN de 24-9-82.
16
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 35, DE 1982
Institui a Justiça Comercial. tendo Parecer oral contrário. DUblicado no DCN de 111-3-82.
17
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTJ:'I1U[ÇAO N.O 36, DE 1982
Altera redacao ao § 2.° do art. 99, tenao Parecer orBl favorável,publicado no DCN de 8-1O-Wo.
18
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 37. DE 1932
Altera dlsDOsitlvos da Constltuicào Federal. referentes ao orçamento da União e dá outras providências. tendo Parecer oralcO<Iltrário, publicado no DCN de 14-10-&2.
19
PIROPOS'I1A DJll EMElNiDA A CONSTITUIÇAO N.o 38. DE 1932
Acrescenta rpar3lg.J.1aíos ao artigo 1'52 da. constitUição, rendoParecer oral contrário, publicado no DCN de 10-3-83.
PROPOSTA,DEEMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 3S. iDE 1932
Altera a secão do texto consrtitue1onal re!erente ao MinisrtéoioPúblico, tendo Paa-eoer oral conroráJrio, IDUblicado no DCN de 11-3-83.
21
PROPOSTA DE EMENDA A CON8TITUIÇAO N.o 40. DE 1982
Determma que um terço dos membros dos Tribunais de Contas sejam nomeados mediante prévia aprov:wãoem CO<Ilcurso públko, tendo Parooer contr:i,rio. sob u.0 10l/112-CN. 'Publicado noDCN de 10-8-&2_
22
PROPOSTA iDE ElMElNDA A CONSTITrIÇAO N.o 42, D® 1982(TramitMldo em conjunto com a de n.O 59, de 1982)
Altera o Oajpiimlo VII do THJU.lo 1 e o Título V. para inbroduzLro reginte de Governo Parlamentar, ·tendo Pareceres, sob n.O 95/82ON publicado no DCN de 3-9-82. contrário à PropoSJta e à den.o'41/82, que com ela rtramitou, e oral, publicado no DCN de 17-3-83,c<mbrário à P1rOOOBt1l. e à. de n.D 59/82 OUJe com ela tr=ita.
PROP08TA DE EMENDA A CüNSTITUIÇAO N.o 59, DE 1982(Tramitando em conjunto com a de n,o 42. de 1982
Institui o Sistema Parlamentar de Governo Mndo Parecer oca!,publicado no DCN de 17-3'-33, contrário à Propo= e 3 dP n.O 42/32que com elia tr3lmi:1Jll...
PROPOSTA DE EMIElNiDA A CON8TITUIÇAO N.o 43, DE 1932
Altera 11. redação do art. 142 da Cons.titUlÇáo Federal, tendoPa.reoor oral. favoráVJeI. !publicado no DCN de 17-3-83.
!lo
PROPOSr.I1A DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 44, DE 1982
Altera o art. 184 da ConstitUição, tendo parrecer favorável, sobn.O 102/82-0N. 'Publicado no DCN de 15-9-82.
ZI
PROPOSTA DE EMEJNDA A CONSTITUIÇAO N.o 45 DE 1!J82
De,tel1lll1na que as modlficaçõe.., :Lll;trodUZIdas. dura,nte umalegiJsla,tura, iIla legislação ,eleiltoraJ., somente .possam vigora,r a partirda lt;gislatura subs:eqüente. tendo Parecer oral contrário, publicadono DCN de 1'8-3-83.
27
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N,o 46, DE 1982
Acrescenta § 5.0 ao art. 15 da Oonstituição Federal, tendoParecer oral contrário, publicado no DeN de 23-3-83.
28
PROPOSTA DE ElvLENDA A CONSTITUIÇAO N.o 47, DE 1932
Altera a redação do § 11 do art. 153 da Constituição Federal,tendo Parecer oral contrário, publicado no DCN de 23-3-83.
29
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 48. DE 1982
Dispõe roore a aposentadoria dos ool'lvidores policiais sob oregime estatutário e da Consolidação das Leis do Trabalho aosvinte e cinco amos de sernco. acrescentando dizeres ao a,rt. 165do texto constitucional no seu item XX, tendo Parellerr favoráyel,sob n.O 105/82-C'N. (publicado no DCN de 30-9-&2.
Novembro de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Terça-feira 19 11885
31
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 49, DE 1932
Dá nova redJaçâo ao f t.o, acreooen1Ja plM'agrafo e l-eIlUmeraos atuais §§ 5.° e 6.° do aJrt. 144 da Constituição Federal, dlislpOndosobre os vencimentos da maglstro<tura" tendo Parecrer oral contrádo, publicado no DCN de 24-3-83.
II
PROPOS'IlA DE EMElNDtA A CONSTITUIÇÃO N.O 50, DE 1982
Rievo~a a <alínea "c" do !p'aJráJgrafo único do artigo 30 da Constituição F'ed'eml, tendo Pare~er favorável, sob n.O 106/82-CN, publicado no nCN de 2-10-82.
32
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 51, DE 1982
Institui a Justil(a Ruml, tendo Parecer favorável, sob número107/82-üN, publicado no DCN de 7-10-82.
33
PlWPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 52, DE 1982
Dá nova redal(ão 00 art. 101 da Constituil(ão Federal, tendoBarecer favorável, sob n.O 108/82-CN, publicado no DCN de 7-10-82.
34
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 53, DE 1982
Restabelece a redação que a alínea d do § 1.0 do art. 144tinha anteriorm.ente à Emenda n.o 7, de 1977, para o fim de devolver à Justil(a Comum a competência para processar e julgarmilitares pela prática de crimes de natureza civil, tendo Pareceroral contrário, publicado no DCN de 7-4-83.
35
PROPOSTA DE EMENDA. A CONSTITUIÇAO N.O 54, DE 1982
Alte,ra o art. 153, § 10. da Constituição F'edeiral, tendo Parecerfa,oráv,el, sob n.O llO/82-iCiN, publicado no DCN de 20-10-82.
36
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 55, DE 1982
Altera os caput dos artigos 95 e 96 da Constituição F1ederal,tendo Parecer ocal contrário, publicado no OON de 8-4-83.
37
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N,o 56, DE 1981l
Dispõe sobre a >OOI~aJbi1idade dos servidores da União, dOS Estados e dos Municípios, da a.dmini3tração ãireta ou indireta, queà data da promulgação desta Emenda já tenham cinco ou maisanos de serviço, continuos ou não, tendo Parecer oral favorável,publicado no DCN de 22-4-83.
38
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 57, DE 1982
Altem o art. 184 dJa. Constituição Fedeira!, tendo Parecer 0i1'Woontrário, publicado 00 OON de 29-4-83.
39
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 58, DE 1982
Altera a redação dos artlgos 19, 21 e 23 da Constituição F'ede:r,al, tendo Parecer oral favorável, publicado 00 DCN de 5-5-83.
40
PROPOSTA DEl EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.O 60, DE 1982
Dá nova redação ao § 3.<> do ar~. 97 da Constituição Federal,tendo Pare-cer oral f'avorável publieado no DCN de 5-5-83.
41
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 61, DE 1982
Altera a alÍIlJea d do item m do art. 19 da Constituição Federal, vedando a ins.tituiçâo de imposto sobre a tinta preta destinada à impressão do livro, do jornal e dos periódicos, tendoParecer oral contrário. publicado no DCN de 6-5-83.
42
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 62, DE 1982
AlteM la redação do inctso I do art. 165 da Constituição Fedeml, tendo Parecer omI fa.vorável, publicado no DCN de 6-5-83.
43
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 63, DE 1982(Tramitando em coníunto com a de n.o 1, de 1983)
Restahelece a eleição d1reta p.ara Prefeito e Vice-Prefeito dasCapitais dos Estados, tendo Parecer oral, publicado no DCN de12-5-83, favorável nos rerroos de Substitutivo que oferere e pelaprejudicialidade da Proposta n.O 1/83 que com ela tramita e daEmenda n.O 1.
44
PROPOSTA DE EMENiDA A CONSTITUIÇAO N.o 1, DE 1983(Tramitando em conjunto com a de n.O 63, de 1982)
Altera a redação dJo § 1.0 do art. 15 da Constituição :Fede!rale acr·eoc€n~a § 6.° ,ao mesmo MtigO, tendo Parec·er oral pela prejudicialid3ldJe, em virtude do Substitutivo apre8€'Iltado à Pr01JO"tan.o 63/82 que com ela tramita., publicado no DCN de 12-5-83.
45
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 2. DE 1983(Tramitando em conjunto com a de n.O 4, de 1983)
AlteDa o artigo 98 da COnstituição Federal, tendo Parecer IObn.O 55/83-Cl'" publicado no DCN de 14-5-83, pela aprovação daproposta e pelo arquivamento, por prejudicada, da de n.o 4/83.que com ela tramita.
46
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 4, DE 1983(Tramitando em conjunto com a de n.o 2, de 1983)
Dispõe sobre os reajustes dos vencimentos dos funcionáriospúblicos, tendo Parecer sob n.o 55/83-CN, publicado no DCN de14-5-83, pelo arquivamento, por prejudicada, em virtude da aprovação da Proposta n.o 2/83 que com ela tramita.
47PROPOSTA DE E:M'E'NDA A 00NSTITUIÇÃO N.o 3, DE 1983
Dá nova redação ao art. 15, § 3.°, alinea "f", e ao art. 177, § 1.0,da Constituição Federal, tendo Parecer favorável sob n.o 30/B3-CN,publicado no DCN de 19-4-83.
48
PROPOSTA DE ElMElNDA A CONSTITUIÇAO N.o 5, DE 1983(Tramitando em conjunto com as de n.o' 6, 8 e 20, de 1983)
Dispõe sobre a eleição direta para Presidente e Vice-Presidenteda República.
11886 Terça-feira 1º DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1983
Comissão MistaPresidente: Senador Itamar FrancoVice-President2: Senador Gabriel HermesRelator: Deputado Ernani Satyro
49
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 6, DE 1983(Tramitando em conjunto com as de n.o, 5, 8 e 20, de 1983)
Revoga o parágrafo único do art. 148 de texto constitucional.
50
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O a, DE 1983(Tramitando em conjunto com as de n.o' 5, 6 e 20, de 1983)
Estabelece o Sistema proporcional para a eleição da totalidadedos membros da Câmara dos Deputados e das Assembléias Legislativas.
51
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITurÇAO N.o 20, DE 1983(Tramitando em conjunto com as de n.o. 5, 6 e 8, de 1983)
Estabelece que o Presidente da República serd eleito, em pleitodireto, pela maioria absoluta dos votos válidos.
52
PROPOSTA DE EMElNDA A CONSTITUIÇAO N,o 7, DE 1983
Revoga os pa;rágraJos 5.° e 6.° do art. 152 da vil5'EJ'nte Constituição da República Fle'deraMva do Brasil, tendo Parecer orau contrário, publicado no DCN de 30-9-83.
53
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 9, DE 1983
Altera o item li do art. 176 da Constituição Flederal, tendoParecer oral contrário, publicado no DCN de 30-9-83.
54
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO iN.O 10, DE 1983
Acrescenta item ao art. 160 da Constituição Federal, tendoParecer favorável sob n.O 66/83-0N, publicado no DCN de 18-6-83.
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAo N.O 11, DE 1983
Dispõe sobre a transformação do Congresso Nacional em PoderConstituInte, de 1.0 de janeiro de 19&5 a SO de janeiro de 1987.
Comissão Mista
Presidente: Benador Fernando Henrique OardosoVice-Presidente: Senador Odacir SoaresRelator: Deputado Francisco Benjamim
56
PROPOSTA 00 EMENDA A CONS'I':LTU1ÇAO N.o 12, DE 1983
Dispõe sobre a alteração do art. 217 da Constituição da República Federativa do Brasil, tendo Parecer favorável, sob n.O
108/83-CN, publicado no OON de 28-9-83.
5'1
PROPOSTA DE l!lMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 13, DE 1983
Acrescenta di!llJO&tivo à Constituição, tendo Parecer favorável.sob n.o 69/83-CN, publicado no DON de 2'-8-83.
5lJ
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 14, DE 1983
Estabelece a ohrigatoriedade de aplicação, pela União, de percentual mínimo de sua receita tributária na. manutenção e desenvolvimento do ensino, destinando-se parcela aos Estados, DistritoFederal e Municipios para. combate ao analfabetismo, medianteconvênio, tendo Parecer favorável sob n.O 72/8S-CN, publieaido noDCN de 10-8-83.
59
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 15, DE 1983(Tramitação em conjunto com a de n.o 16, de 1983)
Revoga os dispositivos que restringem a autonomia dos municipios brasileiros e dá nova organização política ao !Distrito Federal,tendo Parecer, sob n.o 95, de 1985-CN, publicado no DCN de 6-9-8S,pela aprovação do rart. 1.0 e rejeição do restante, e peLa preJudicialidade da Proposta de n.o 16/83, que com ela tramita..
60
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 16, DE 1983(Tramitando em conjunto com a de n.o 15, de 1983)
Restabelece eleições diretas para prefeitos dos municipios queespecifica, cria a representação politica do Distrito Federal e dáoutras providências, tendo Parecer, sob n.O 95, de 1983-C!N", publicado no DON de 6-9-83, pela prejudicialidade, em virtude da aprovação, em parte, da Proposta de n.o 15/83, que com eLa. tmmita.
61
~OPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 17, DE 1983
Acrescenta àB Disposições Transitórias para introduzir o regime de governo parlamentar.
Comissão Mista
Presidente: Deputado Jorge ViannaVice-Presidente: Deputado Celso BarrosRelator: Senador Jorge Bornhausen
62PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 18, DE 1983
Altera os a,rts. 4.°, item li e o art. 5.° da Constituição Federal,tendo Parecer favorável, sob n.O 93/8S-CN, publicado no DCN de3-~-83.
63
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUlÇAO N.O 19, DE 1983Estende aos Deputados Estaduais e aos Vereadores a inviola
bilidade no exercicio do mandato, tendo P.arecer favorável sob n.o126/83-CN, publicado no DCN de 22-10-83.
64
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 21, DE 1983
Incorpora ao texto constitucional a Declaração Universal dosDireitos Humanos, aprovada pela ONU, tendo parecer favorável,sob n.o 90/83-ON, publicado no DCN de 31-8-8S.
65
IPROIPOSTA DE EMENnA A CONSTITUIÇAO N.O 22, DE 1983(Tramitando em conjunto com as de n."" 23, 38, 39 e 40, de 1983
Alte,ra disp<Jsitivos da Constituição Federal.
Oomissão MistaPresidente: Deputado HaJ:lI'Y AmorimVice-iPresidente: Deputado Gomes da SilvaRelator: Senador Passos Põrto
Novembro de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Terça-feira 1Q 11887
66
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAo N.o 23, DE 1983(Tramitando em wnjunto com as de n.OS 22, 38, 39 e 40, de 1983)
A:.tera a redação do § 8.° do allt. 23; dá nova redação ao a.rt. 26e seus itens; e suprime o art. 2.° da Emenda COnstitucional n.o 17,de 1980.
67
PROPOSTA D!: EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 38, DE 1983(Tramitando em conjunto com as de n.OS 22, 23, 39 e 40, de 1983)
Altera a redação dos arts. 19, 21, 23, 25, 26, 110 e 111 da Constituição Fedem!..
68
IPIROPOSTA DE EME'NDA A CONSTITUIÇAO N.O 39, DE 1983(Tramitando em conjunto com as de n."" 22, 23, 38 e 40, de 1983)
Altera e acrescenta. dispositivos à Constituição Federal.
69P1ROPOSTA DE EIvIElNIDA A CON'STITUIÇAO NP 40 DE 11t83
(Tram1tando em conjunto com a<l de n.os 22, 23, 38 e 39, d!e 1983)
Mtem e acrescenta dispositivos à _Constituição Fedem!.
70
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.o 24, DE 1983
E.'ltabeleCJe a obriga;toriedade de aplicação anual, pela União,de nunca menos de treze por cento, e, pelos :&s,tados, Distrito Federal e Municípios, de, no mínimo, vinte e cinco por cento darenda resu1tantedos impostos, na manutenção e des-envolvimentodo ensino, tendo Par€cer favorável, .sob n.O 113/83-CN, publicadono DCN de 4-10-83.
71
PROPOSTA DE EMENiDA A CONSTITUIÇAO N.o 25, DE 1003
Acrescenta dispositivo ao art. 102 da C{)nstituição F1eoer.al, tendo Parecer favorável, oob n.O 107/83-CN, publicado no DCN de23-9-83.
72
PIROPOSTA iDE EM'ElNDA A CONSTITUIÇAO N.o 26, DE 1983
Devolve à Justiça Comum a competência para process,a.r ejulg-ar os integrantes das iPolicias Militares e CODpO d,e B::Jm1Jeirospela prática de crimes de natul'eza civil.
Comissão Mista
Presid-ente: senador Hélio GueimsVic'!!-Presidente: Senador João CasteloRJe1ator: Deputado Magao T,adano
73PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 27, DE 1983
Extirpa do texto constitucional os dispositivos que permitemao Poder Exec:uti'Vo a eoopedição de ,decl'etos-lcis.
Comissã.o Mista
Pl'IeS1c1!ente: D81J'lltado Darcy PassosVioe-!E"residel1ite: Deputado Gomes da SilrvaRelator: 8enllJdor MarcondEa Gadelha
74
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 28, DE 1983
Dá nova redação ao § 1.° do art. 104 da Constituição, facultando ao parlamentar a opção entre os rendimentos da partefixa dos subsídios e os relativos a-o emprego, cargo ou função,tendo Parec-er favorável, sob n.O 11a/33-CN, publicdo no OCNde 8-10-83.
75
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 21), DE 1933(Tramitando em conjunto com a de n.O 36, de 1933)
Introduz alterações no art, 60 da Constituição Federal, instituindo o critério de regionalização na lei orçamentária anual daUnião.
Comissão Mista
Presidente: Deputado Antônio CâmaraVice-Presidente: Deputa,do Leur Lom3.ntoRelator Senador João Lo,bo
76
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITu:rÇAO N.O 3li, DE 1f}83(Tramitando em conjunto com a de n.O 29, de 19'83)
Introduz alteração na Constituição Federal, na parte relativaao Orçamento, visando regionalizar a fixação da despesa orçamentária.
77
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUrçAO N.o 30, DE 1933
Acrescenta parágrafo único ao art. 84 da Constituição, dispondo sobre a escolha de Ministros de Estado, tendo Parecer favorável, sob n.O 119/83-CN, publicado no DCN de 8-10,-83.
78
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.O 31, DE 1983
Acrescenta di&positivo às disposições transitórias da Constituição , de mod.o a tornar inaplicáveis aos detentores de mandatoslegislativos, pelo .prazo que m€'Ilciona, os dispositivO\S concernentesà fidelidade partidária.
Comisllão Mista
Presid-ente: Djalma FalcãoVice-Presidente: Deputado Gonza,ga VasconcelooRelator: Senador Marcondes Gadelha
79
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 32, DE 1983(Tramitando em conjunto com a de n.o 37, ,de 1983) .
Dispõe sobre progr,arnas de combate à sec.a do Norde.ste.
Comissão Mista
Presidente: SenaJdor Alberto SHvaVice-Pl'e.sidente: Senador Jorge KalumeRelator: DeJ}utado Christovam Ohilliradia
80
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 37, DE 1983(Tramitando em conjunto com a de n.O 32, de 1983)
Resta;belece ,a destinação con.'ltitucíonal de tr&; por cento darenda tributária na eXlecução do plano de defes·a con1Jr.a os ,efeitosda seca do Nordeste.
81
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N.o 33, DE 1983
Alter,aa redação do § 5.° do 'art. 152 da COlliltituição Federal.
Novembro de 19:':311888 Terça-feira 1"
Comissão l\Iista
DIÃRIO DO CONGRESSO NACION,\L(St'(ün!)-------------------
Presid,ente: Deputado Melo FreireVice-Presidente: Deputado Bayma JúniorRelat'Ür:SeI1!lJdoJ: Ma,rtins Filho
82
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 34, DE 1983
Dá nova redação a alínea a do parágraJo único do art. 151 daConstituição E1ederal.
Comissão Mista
Presidente: Senador MáTio MaiaVice-Presidente: Sena,dor Carla<> Al:bertoRe~ator: Deputado Gomes da SHva
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.O 35, DE 1983
Dispõe que a nomeação dos Governador€s dos Territórios dt:verá ser feita a partir de indicação pelos D1Oputados Federais dorespectivo Território, tendo Parecer favorável, sob n.O 124l83-CiN,publicado no DCN de 21-10-83.
84
PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.o 41, DE 1983
"Altera o § 3.° do art. 17 da Constituição Federal, dispondosobre a nomeação de Prefeitos nos Territórios Fed·erais."
Comissão Mista
Presidente: Senador Má·rio MaiaVice-Presidente: Senador Almir PintoRelator: Deputado Clarck Platon
85PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N.O 42, DE 1983
"Destina 12% do Orçamento da União à educação."
Comissão j\fista
Presidente: Deputado Ruy CôdoVice-presidente: Deputado Salvador JulianelliRelator: Senador João Calmon
II - PROJETO DE RESOLUÇAO
86
PROJETO DE RESOLUÇÃO N.o 1, nE 1932-CN
Delega pod;eres ao Presidente da República par·a elaboraçãode ~ei cri·ando a SecretariJa Especial pal1a A.s&untos da RegiãoAmazônica - SEARA. (Oriundo da Proposta de De].egaçüo Legislativa n.O 7, de 1980, que trami·tou 10m conjunto com as de n.os 4e 5. de 1980 - Pal1ece.r n.O 7/82-GN. publicado no DCN de 23-3-82>'
lU - PROPOSTAS DE DEI,EGAÇÃO LEGISLATIVA
87
PROPOSTA DE DELEGAÇÃO LEGISLATIVA N.o 4. DE 1979
"Propõe delegação -de poder·e.'> ao Presid·ente da Re-pública pUTaelaboração de lei, crj,[mdo o Mini·st.ério da p.redução Animal, edeterminando outra-s providências."
Comissão :l'Iista
Pr·e,~irlimte: Deputa,do Geraldo Fl·emingVice-Presidente: Deputado Fl'ancisco BenjamimRehtor: Sena,dor Benedito Cane1a",
88
PROPOSTA DE DELEGAÇÃO LEGISLll.TIVA NO 5, DE 197rj
'Propõe delegação de pOd,eres ao Pr{'siclente ela República paraelalJor~"çã{l de lei dispondo sobl~e o desdoiJI·amen-to do NiJ.nistéti-odas :Mi11as e Energia em Ministério das Minas e Ministério deEnergiD.."
Presidente: Senador Itamar FrancoVi"le-Presid"mt.e: Seml,d,}I Almir l'intoRcl:;ü.or: Deput.B,clo Fern'llndo Cunh~_
1::9
PROPOSTA DE DEllEGAÇAO LEGISLATIVA N.o 6, DE 1979(Tramitando em conjunto com as de n.os 7 e 8, de 1979)
"Propõe delegação de podcl'e.3 ao President,e ela República panle~aboração de lei, criando o Ministério da F·amílla e do Menor."
Comissão Mi",ta
Pl'esideIlJte: DeiJutada Júnia MariseVice-Pre'si'd:entc: DE1JUtado Leur Lomant.oRelator: Senador Almir Pinto
90
PROPOSTA DE DELEGAÇÃO LEGISLATIVA N.o 7, DE 1979(Tl'a,m1tando em conjunto com as de n.08 6 e 8, de 1979)
"Propõe delegação de poderes ao Pre,idente da República paraelaboração de lei, di,pondo sobrfl a criação do :Ministério da Mulhere da Criança."
91
PROPOSTA DE DELEGAÇãO LEGISLATIVA N.o 8. DE .1979(Tramitando em conjunto com .as de H.oS 6 e 7, de 1979)
"Propõe delegação e:e poderes ao Presidente da Repúblioa paraelaboração de lei criando o IvIinis,tério da Família e do Menor."
92
P'RJOPOSTA DE DELEGAÇãO LEGISLATIVA N.O 3, DE 1980
"Propôe delegação de pode.:res ,ao PresIdente da República pa,racriac50 do Mb1i.st4§rio do Desenvolvimento do NOl'delSte, e dá outrasprovilJ.ências."
Comissão JIilista
Presidente: Senador Aloorto SilvaVice-Presidente: S€'l1'[l.!dor Murilo BadruróRe-~ator: Deputado Nelson Morro
93
PROPOSTA DE DELEGAÇAO LEGISLATIVA N.o 6, DE 1988
"Propõe delegação de poderes ao Presidente da República paraelaboraçao de lei di.1lpondo sobr-ea ree.strutm'acão d{Js Minis·tériooda Saúde e da Previdência e ll.ssistência SociaÍ."
Comissão "llsta
Presidellte: Senador Alv·aro DiasViCe-Pl'8,sklente: Senador Almir PintoRdat,(Jr: Deputado Mauro Sampaio
94
PROPOSTA DE DELEGAÇãO LEGISLATIVA H.o 1, DE 1982
"Propõe delegação ele poclcrcs ao President.e d·a República paraelalJ{lQ'uçao de lei c!i.spondo sobre a criação do Ministério do Aba,;,·t.ecimento."
Comissão Mista
PresklE-DJt€: Deput,ado Oswaldo Lima FilhoVice-Presidente: Dôput,ado Júlio MartinsR,e1,ato,r: Senadm Lenoir Vargas
Terça-fei ra I" I 1889DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)---~~--'-------------------
IV - PROJE'l'OS DE LEI
95
PROJETO DE LEI N.o 7, DE 1983-CN
Aprova o Orçamento Plurianual de Investimentos para o triênio1984/1986. (Mensagem n.o 106/83-CN,J
Comissão Mista de Orçamento
Presidente: Senador Saldanha DerziVice-Presidente: Deputado João Alves
96
PROJETO DE LEI N.o 8, DE 1983-CN
Estima a Receita e fixa a DEsposa àa União para o exerc1ciofinanceiro de 1984. (Mensagem n.o 107/83-CN.l
Comissão Mista de Orçamellto
Presidente: Senador Saldanha DerziVice-Pres1c1uc..rute: Deputado João Alves
Relatores e Relatores Substitutos dos Anexos, Subanexos, órgãos e Partes dos projetos de Lei n.Ou 7, de11'83-CN, que aprova o Orçamento Plurianual de Investimentos para o triênio 1984/1986, e 8, de 1!}83-CN, queelltlma a Rooeita e fixa a Despesa da União para o exercício financeiro de 1984,
SENADORES
ANEXOS, ÓRGAOS E PARTES
1 - Senado Federal2 - Receita e texto da Lei3 - Presidência da República
4 - Agricultura5 - Comunicações6 - Educação
7 - Exército8 - Fazenda
9 - Justiça10 - Minas e Energia
11 - Previdência SOdal
12 - saúde13 - Trabalho14 - Transferências15 - I«;servll. de contingência
ANEXOS, óRGAOS E PARTES
1 - Oâmara dos Deputados:I - Tribunal de Conias3 - Poder Judiciário4 - Aeronáutica5 - Indústria 'e Comércio6 - Interior - Projeto Rondon - FUNAI
- SUDAM7 - Interior - Parte Ger~ü - SUDE80
BUDENE - DNOCS --- DN038 .. Inter~or - SUDESUL - CODEVilSF11 - Interior - TerritórÍé1s - SUFRAMA
10 - Marinha11 - Relações Exteriores12 - Transportes - Parte G2l'al
PORTOBRAS - EBTU - Empresa deNavegação do Amazonas S/A
13 - Transportes - GEIFOT - eia, d'.; Navegação do Silo Francisco - S~rviço
de Navegação da Bacia do Praia14 - Trallsportes - D:-.IER e RFF15 - Encargos Gerais - Encargos FInan
ceiros - Encargos Previdenciários daUnião
RELATORES
Gastão MüllerJosé Lins
Lourival BaptistaJoão Casteio
Enéas FariaOctávio Cardoso
Amaral PeixotoJorge Kalume
José FragelliGuilherme Palmeira.Itamar Franco
Mário MaiaHélio GueirosJutahy MagalhãesGabriel Hermes
DEPUTADOS
RELATORES
Airton SandovalAmadeu GearaAugusto T1TinJoão f,g,ip'noMilton F:gu2iredo
l\1anoel ILbeiro
M!l~on BrandãoN~lton AlvesMauro Sam;''\ioSiegfrled IL'llser\Vl1son Fale ~,o
Barry Amo,'imJc1tahy JÚnior
.João Alves
SUBSTITUTOS
Hélio GueirosAlmir PintoAmaral Peixoto
Jorge BornhausenMário MalaJoão CalmonAlmir PintoMarcondes Gadelha
Itamar FrancoAlmir PintoJosé FragelllGastão Müller
Enéas FariaLourival Baptista
Jorgz Bornhausen
SUBSTITUTOS
Carlos VinagreCarlos PeçanhaNilson GibsonEduarjo Matarazzo SuplicyFernando Carvalho
Antônio Gemes
O~s'an AraripeAntôniO CâmaraF2rn~r:do ColIorWagner LagolJ::tl,~C.~O B:: :'é~n
MJy:és p'n:c::ielOzanan C;~é!ho
Darc]io Ayres
11890 Terça-feira 1~ DlÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I) Novembro de 1983
97
PROJETO DE LEI N.o 11, DE 1983-CN
Fixa os efetivos dos Oficiais da Marinha em tempo de pa:li edá outras providências. (Mensagem n.O 119/83-CN.)
Comissão Mista
Pres.idente: Senador Gastão MüllerVice-PTesid.ente: S.enador João LúcioRelator: Deoputado Francisco Erse
Pra7'.o (Const., art. 51, § 2.°) - :lité 7-11-83.
98
PROJETO DE LEI N.o 12, DE 1983-0N
Dá nova redação a dispositivos da Lei n,o 5.9'83, de 12 de dezembro de 1973, que alterou o Decreto-lei n.O 610, de 4 de junhode 1969, que criou os uadros Complementares de Oficiais da Marinha, tendo Parecer favorável, sob n.O 121/83-0N, publicado noDCN de 18-10-83. (Mensag.em n.O 120/83-CN.)
Prazo (Const., art. 51, § 2.°) - até 7-11-83.
99
PROJETO DE LEI N.o 13, DE 1983-0N
Altera o Decreto-lei n,o 1.537, de 13 de abril de 1977, e dá outrasprovidências, tendo 'Parecer favorável, sob n.O 123/83-0N, publicadono DCN de 21-10-83. (Mensagem n.o 121/83-CN.l
100
PROJEI'O DE LEI N.o 14, DE 1983-ON
''ProNOga a vigência do Empréstimo Compulsório instituidoem favor das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRAS,e dá outras providências". CMiensagem n.O 122/83-CN; na origem- n.o 357/83-CN.)
CODÜssão Mista
Presidente: Deputado Marcos LimaVice-Presidente: Depu:tado Horácio MatosRelator: Senador Marcondes Gadelha
Prazo: até 14-11-83. (COnst., art. 51, § 2.0)
101
PROJETO DE LEI N.O 15, DE 1983-CN
"Auwri:lia o Poder Executivo a abrir ao Ministério da Sa;údeo Crédito espe'Cial até o limite de Cr$ 2.814.666.000,00 para o fimque esp.ecifica. (Mensagem n.O 361, na origlem - Mensagem n.Ol23/83-CN.)
Comissão Mista
PTesidente: Senador Mário Maia
Vice-Presidente: Senadora Iris Célia
Rel3itor: Deputado Ludgero Raulino
Prazo . até 18-11-83.
102
PROJETO DE LEI N.o 16" DE 1983-CN
"Fixa os EJfetivos do Exército em tempo de Paz e dá outrasprovidências." (Mensagem n.O 365/83 na origem - Mensagem n.a125/83-CN.)
CODÜssão Mista
Presidente: Deputado Irajá RodriguesVice-Presidente: Deputado Milton BrandãoRelator: Senador Passos Pôrto
Prazo: até 21-1'1-83.
V - MENSAGENS REFERENTES A DECRETOS-LEIS
103
MENSAGEM N.o 100, DE 1983-CN
Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lei n.o 2.048, de 26 de julho de 1983, que aumenta. os limitesdo Decreto-lei n.o 1.312, de 15 de fevereiro de 1974, alterados pelosDecretos-leis n.os 1.460, de 2,2 de -abril de 1976, 1.562, de 19 dejulho de 1977, 1.651, de 21 de dezembro de 1978, e 1.756, de 31 dedezembro de 1979, e dá outras providências.
Projeto de Decreto Legislativo n.O 95, de 1983-00 - Parecern.O 103/83-CN, publicado no DCN de lil-9-83.
Em regime de urgência, nos termos do § 1.0, in fine, do art.55 da Constituição.
104
MENSAGEM N.o 108, DE 1983-CN
Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lei n.O 2.0M, de 16 de agosto de 19'83, que restabelece o incentivo fiscal de que trata o Decreto-lei n.O 1.932, de 30 de março de1982, e dá outras providências.
Comissão Mista
Presidente: Deputado OreS'tes Muniz
Vice-Presidente: Deputado Vivaldo FrotaRelator: Senador Guilherme Palmeira
Prazo (Const., art. 55, § 1.0) - até 4-11-83.
105
MENSAGEM N.o 109, DE 1983-CN
Submete à ddiberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lei n.o 2.055, de 17 de agosto de 1983, que altera os Decretosleis n.o. 1.801, de 18 de agosto de 1980, e 2.035, de 2'1 de junho de1983, dispõe sobre a sucessão da autarquias federal Superintendência Nacional da Marinha Mercante - SUNAMAM, e dá outrasprovidências.
Projeto de Decreto Legislativo n.o 99, de 1983-0N - Parecern.o 109/83-CN, publicado no DCN de 29-9-83.
Prazo (Const., art. 55, § 1.0) - até 4-11-83.
106
MENSAGEM N,o 110, DE 1983-0N
Submetendo à deliberação do Congresso Nacional o texto doDecreto-lei n.O 2.056, de W de ·agosto de 1983, que dispõe sobre aretribuição dos serviços de l'egi&tro do comércio, e dá outras providênciJa<!.
CODÜssão Mista
Presidente: Deputado Mimoel AffonsoViae-P,l1esi'liente: Deputado F1emando Collor
IRela.ror: Senador Ca.rlos Alber,to
Prazo (OO=t., art. 55, § 1.°) - até 4-'11-83.
Novembro de 1983
107
DIÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção T)
lU
Terça-feira Ig 11891
ME:0fSAGEM H.O 1112, DE 1983-CN
SubmBte à deliberação do COngl,eSSO Nacional o texto do Decreto-leI n.O 2. C'57, de 23 de agosto de 1983. que altera e revog'uéiE.posit.ivos do Decreto-lei n.O 22'1, ct.e 28 de fevereiro d.e 1967, quedispõe sohre a proteção e e.stimulos à pesca, alte'rado pela Lei n.e
6.276, de 1.0 de dezembro de 1975.
Comissão Mista
Presid.ente: Senad'JT Alfredo Campos
Vice-Presidente: Senador Almir Pinto
Relator: Deputado Emidio Peron-di
Prazo (const., al:'t. 55, § 1.0) - até 17-11-33.
108
MENSAGEM N.o 113, DE 1983-C:'<
Submete à deliberação do Congresso Nacio-nal o texto do Decreto-lei n.O 2. O<5S,cLe 23 de agosto de 1983, qUB altel1a a legislaçãodo Imposto de Renda relativa a 118!Idímento,;; 'PTDduzidos po,r caderneta de poupança do Sistema Financeiro de Habitação.
Comissão Mista
Presidente: Deputado Del Bosco Amaral
Vioe-presidente: De'l:mtado Evandro Ayres de Moura
Relator: senador Passos Pfuto
Prazo (Const., art. 55. § 1.0) - até 17-1.1-83.
109
MENSAGEM N.o 115, DE 1983-CN
Submete à d,üibe'l1ação do Congr·esso Nacional o text{) do Decreto-lei n.O 2.059, de 1.0 de s·ertlembro de 1983. que ·altera a r.ed·açãode dispositivo da Lei n.o 5.292, de 8 de junho de 1967, que d.ispõesobre a prestação do Serviço Militar pelos Estudantes de MedICma,Farmácia, Odontologia e Veterinária e pelos Médicos, Farmacêuticos, Dentistas e Veterinários.
Projeto de Decreto Legislativo n.o 103, de 1983-CN - Parecern.o 114/83-CN, publicado no DCN de 6-10-83.
Prazo (Const., art. 55, § 1.0) - até 18-11-83
110
MENSAGEM N.o 116, DE 1983-ON
Submete à deliberação do congresso Nacional o texto do Decreto-lei n.o 2.060, de 12 de setembro de 1983, que altera a Lei n.Oexploração dos aeroportos, das facilidades à navegação aérea, e dá6.009, de 26 de dezembro de 197e, que dispõe sobre a utilização e aoutras providências.
Projeto de Decreto Legislativo n,o 105, de Hl8e-CN - ParecerIll.o 120/83-0N, publicado no DCN de 15-10-83.
Prazo (Const., art, 55, § 1.0) - até 18-11-83.
:MENSAGEM iN.o 126, DE 1983-0N
Submete à deliberação do COngresso Nacional o texto do Decreto-lei n.O 2.06·1, de 19 de setembro de 1983, que dispõe sobrealienação de mercadorias sujeita.'> à !!:lena de perdimento, em especial nos casos de calamidade pública, e dá outras providências.
Comissão Mista
[P\residente: Senador Severo GomesVi·ce-Presidenue: senador octávio CardosoRelator: Deputado .Tosué de SOuza
Prazo (Const., art. 55, § 1.0) - llité 7-3-84.
MENSAGEM N.o 127, DE 1983-0N
SUlbmete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lei n.O 2.002, de 4 de outubro de 19Be, que autoriza a dispensade obrigações trIbutárias acessórias, consideradas desnec€Ssáriasao interesse da arrecadação ou fiscalização de tributos federais.
Comissão Mista.
iPrestd,ente: !Deputado Ruy CMo
Vice-Presidente: Deputado José 'Ilhomaz iNonõ
Relator: Senador José Lins
Prazo (Const., art. 55, § 1,0) - até 7-3-84.
113
MENSAGEM N.o 128, DE 1983-0N
Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do Decreto-lei n.o 2.063, de 6' de outubro de 19'83, que "dispõe sobremuItas a serem aplicadas por infrações à regulamentação paraexecução do serviço de transporte rodoviário de cargas ou produtosperigosos e dá outras providências". (Mensagem n.O 375/73, naorigem,)
Comissão Mista
Presidente: Senador Hélio GueirosVice-Presidente: Senador Guilherme PalmeiraRelator: Deputado Pedro Germano
Plrazo: até dia 19-3-84.
VI - VETOS
114
Veto Parcial
PROJEl'O DE LEI DA CAMARA N.o 79, DE 1983(PL n.o 813/83·, na casa de origem)
Dispõe sobre a emissão de uma série especial de Bclo~, .comemorativos de centenáriO de Getúlio Vargas, tendo Relatáno, sobn.O l1/83-CN, publicado no DCN de 1-10-83. (Mensagem n.o 114,de 1983-DN).
Prazo no Congresso Nacional - até 3-H-83.
11892 Terça-feira 19 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Novembro de 1983
115
Veto Total
PROJETO DE LEI DO SENADO N.0 283, DE 1979(PL n.o 4.127/80, na Câmara)
Dá nova redação ao art. 3.° da Lei n.o 6.243, de 24 de setembro de 1975, que regula a situação do aposentado pela PrevidênciaSocial que volta ao trabalho e a do segurado que se vincula. a seuregime após completar 6{} (sessenta) anos de idade, e dá outrasprovidências, tendo Relatório, sob n.O 12/83-CN, publicado no DCNde 11-10-83. (Mensagem n.o 118/83-CN).
Prazo no Congresso Nacional - llité 9-11-83.
116
Veto Total
PROJETO DE LEI DA CAMARA N.o 57, DE 1983(PL n.o 5.816/81, na Casa de origem)
Dispõe sobre o exercício da profissão de Economista Domésticoe dá outras providências. (Mensagem n.o 124/83-CNJ
Comissão Mista
Presidente: Senador Alvaro DiasVice-Presidente: Senador Jutahy MagalhãesRelator: Deputado NHson Gibson
Prazo no Congresso Nacional - 11Ité 24-11-83.
117
VETO TOTAL
PROJETO DE LEI DA CAMARA N.o 8S1-D, DE 1979
"Regula o exercício da profissão de Técnico em Planejamentoturistico e determina outras providências." (,Mensagem número129/83-CN, e n.o 380/83, na origem).
Comissão Mista
Presidente: Deputado João GilbertoVice-Presidente: Deputado Djalma BessaRelator: Senador Aderbal Jurema
Prazo no Congresso Nacional: até 7-3-84.
Vl/l- Lel'allta-se a Sessão às 17 horas e 51 minutos.
MESALIDERANÇAS
Presidente:
Flá.vio Marcílio - PDS
1.0_Vice-Presidente:
Paulino Cícero de Vasconcellos - PDS
2.0 -Vice-Presidente:
Walber Guimarães - PMDB
LO-Secretário:
Fernando Lyra - PMDB
2.o-Secretário:
Ary Kffuri - PDS
3.0 -Secretário:
Francisco Studart - l'TB
4.o-8ecretário:
Amaury Müller - PDT
SUPLENTES
Osmar Leitão - PDS
Carneiro Arnaud - PMDB
José Eudes - PT
Antônio MOrais - PMDB
PDS
Lider:
Nelson Marcbezan
Vice-Lideres:
Alcides Franor~scato
Amaral NettoDjalma BessaEdison LobãoGióia Júnior
Joacil PereiraJorge .AIbageRicardo Fiuza
Siqueira CamposCelso Barros
Nilson GibsonJosé Lourenço
Francisco BenjamimAugusto Franco
José Carlos FonsecaSaramago Pinheiro
Otávio CesárioAdhemar GhisiAugusto Trein
PMDB
Lider:
Freitas Nobre
Vice-Lideres:
Egídio Ferreira Lima
Sinval Gua2",zelliCardoso Alves
Carlos Sant'AnaChagas VasconcelosDel Bosoo AmaralEpitácio Cafeteira
Haroldo LimaHélio Duque
Hélio Manhães
Iram SaraivaJoão Herculino
João HerrmannJorge Medauar
José Carlos VasconcelosJuarez BatistaLélio de SouzaLuiz Henrique
Marcelo CordeiroMárcio Macedo
Mário FrotaPaulo MarquesRoberto Freire
Sebastião Rodrigues Jr.Walmor de Luca
PDT
Lider:
Boca.yuva. Cunha.
Vice-Lideres:
Nadir RossettiSérgio Lomba
Brandão MonteiroClemir Ramos
PTB
Lfder:
Ivete Vargas
Vice-Lideres:
Celso PeçanhaRicardo RibeiroGasth(me Righi
PTLider:
Aírton Soa.res
Vice-Lider
Eduardo Matarazzo suplicyIrma Passoni
PDS
DEPARTAMENTO DE COMISSÕES
COMISSÕES PERMANENTES
1) COMISSÃO DE AGRICULTURA EPOLfTICA RURAL
Onisio LudovicoPaulo MarquesPimenta da VeigaRaul FerrazVago
Jonathas NunesRubens Ardenghi
PDS
PDT
Mário JurunaVago
PT
PMDB
Marcelo Gato
Suplentes
2) COMISSÃO DE CI~NCIA ETECNOLOGIAPresidente: Fernando Cunha - PMDB
Vice-Presidente: Dirceu Carneiro - PMDBVice-Presidente: Antônio Florêncio - PDS
Titulares
PDSIrineu Colato
Evaldo AmaralJoão Rebelo
Jorge UequedJorge Vargas
Adall VettorazzoBrasllio Caiado
Eduardo MatarazzoSu,plicy
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo n - sala 11 - R: 6293 e 6294secretário: José Maria de Andrade Córdova
Jorge VargasManoel AffonsoManoel Costa JúniorMansueto de Lavor:N elson AguiarOlavo Pires
Arildo Teles
EpitáciO BittencourtEstevam GalvãoHumberto SoutoIsrael PinheiroJosé CarIo$ FagundesOtávio CesárioOsvaldo CoeIlI0Pedro GermanoPrisco Viana.Rubem MedinaSaIles Leitesebastião Curió
PMDBDel Bosco AmaralDoreto CampanariHélio DuqueIsrael Dias-NovaesJoão Bastus
PDTSérgio Lomba
PT
PMDB
Juarez BernardesLélio SouzaMárcio LacerdaMarcondes PereiraMattos LeãoMelo FreireOswaldo Lima FilhoRaul BelémSantinho Furtado
Suplentes
PDS
Afrisio Vieira LimaAlceni GuerraAntônio DiasAntônio FariasAntônio FlorêncioAntônio MazurekAntônio UenoAssis CanutoCristina CortesDarcy PozzaDiogo NomuraEnoc Vieira
Agenor MariaAntônio CâmaraCarlos MosconiCaslldo MaldanerDante de Oliveira.
Airton Soares
Airton SandovalAroldo MolettaCardoso AlvesCarlos VinagreFernando GomesG-eraldo FlemingHarry AmorimIvo VanderlindeJorge ViannaJuarez Batista
Aldo PintoOsvaldo Nascimento
Gerardo RenaultHélio DantasJoão Carlos de CarliJoão PaganeIlaJonas PinheiroLevy DiasMaçao TadanoPedro CeolimReinhold StephanesRenato CordeiroSaramago PInheiroWildy Vianna
Adauto PereiraAlcides LimaAmUcar de QueirozBalthazar de Bem
e CantoBento PortoCarlos EloyCelso CarvalhoEmidio PerondiFabiano Braga CortesFrancisco SalesGeovani Borges
Presidente: Iturival Nascimento - PMDBVice-Presidente: José Mendonça de Moraes
PMDB
Vice-Presidente: Antônio Gomes - PDS
Titulares
Coordenação de Comiss<ies Permanentes
Diretora: SlIvía Barroso MartinsLocal: Anexo n - Telefone: 224-5179
Ramais: 6285 e 6289
Diretor: Jolimar Corrêa PintoLocal: Anexo n - Telefone 224-2848
Ramal 6278
3} COMISSAO DE COMUNICAÇAO
4} COMISSAO DE CONSTITUIÇAO EJUSTiÇA
Gerardo RenaultGerson PeresJosé BurnettJosé CamargoJosé Carlos MartinezJosé LuiZ MaiaNagib HaickelNylton VeliosoOrlando BezerraRenato JohnssonVictor Trovão
Haroldo LimaHélio DuqueJoão AgripinoJosé missesManoel AffonsoOdilon SabnariaRalph BiasiSiegfried Heuser
PT
PTB
PDT
PMDBMário HatoMigue:. ArraesMúcio AthaydeNelson WedekinOswaldo Lima FilhoSebastião Rodrigues
JúniorVirgildásio de Senna4 vagas
PDT
TitularesPDS
Jasé LourençoJosé MouraJosé Thomaz NonôLuiz Antonio FayetOscar CorrêaPratini de MoraesRicardo FiuzaRubem MedinaSaUlo QueirozSérgio Philomeno
PMDB
Sebastião Nery
Eduardo MatarazzoS\Wlicy
Fernando Carvalho
Presidente: João Faustino - PDSVice-Presidente: Ferreira Martins - PDSVice-Presidente: Hermes Zaneti - PMDR
TituIa.re!lPDS
RômUlo GalvãoSalvador JullanelliStélio DiasVictor Faccioni
Adauto PereiraAlcides FranciscatoBalthazar de Bem e
CantoCarlos VirgílioDjabna BessaEduardo GalilEvandro Ayres de
MouraFelix MendonçaGeraldo BUlhõesGeraldo Melo
Carlos WilsonCid CarvalhoEuclides ScalcoHenrique Eduardo
AlvesIrajá RodriguesIrapuan costa JúniorJosé FogaçaMarcelo Cordeiro
José GenoinoReuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horll.l'Local: Anexo n - Sala 4 - R.: 6314Secretária: Delzuite Macedo de Al':uiar
Ricardo RibeiroPT
PTB
Suplentes
PDS
7) COMISSAO DE EDUCAÇAO ECULTURA
Alencar FurtadoAlberto GoldmanAntônio CâmaraArthur Virgílio NetoCiro NogueiraCoutinho JorgeCristina TavaresDarcy PassosGustavo Faria
Amaral NettoAntônio FariasAntOnio OsórioCelso de BarrosEstevam GalvãoEtelvir DantasFernando CollorHerbert LevyJoão Alberto de SouzaJosé Jorge
Aldo Pinto
6} COMISSAO DE ECONOMIA,INDúSTRIA E COMéRCIOPresidente: Pedro Sampaio - PMDB
Vice-Presidente: G1mebaldo Correia - PMDBVice-Presidente: Israel Pinheiro - PDS
Darcílio AyresEraldo TinocoOly FachinRita Furtado
PTB
PT
PMDB
Luiz LealMárcio MacedoMilton ReisRenan CalheirosRoberto FreireWagner Lago6 vagas
PDT
Walter Casanol'a
Samir AchôaVirgildásio de Senna
PMDB
França Teixeira
Suplentes
PDS
Mozarildo CavalcantiSérgio Philomeno
PMDB
Mário FrotaRonaldo Campos2 vagas
PDT
Auréllo PeresJosé Carlos
Vasconcelloa
Agenor MariaDel Bosco AmaralHélio Manhães
Presidente: PaUlo Lustosa - PDSVice-Presidente: Agnaldo Timóteo - PDTVice-Presidente: OUvir Gabardo - PMDB
Titulares
PDS
Gastone Righi
Airton Soares
PDT
Brandão Monteiro Matheus Schmidt
PTB
Reuniões
Terças, quartas, quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 17 - Ramal 6.308Secretário: Ruy Omar Prudênclo da Silva
Floriceno Paixáo
5) COMISSÃO DE DEFESA DOCONSUMIDOR
Albino CoimbraFigueiredo Filho
PT
Amadeu GearaCardoso AlvesFrancisco AmaralIbsen PinheiroJorge LeiteJorge MedauarLélio SouzaLuiz Henrique
Aécio CunhaCláudio Philomeno
Suplentes
PDS
José Genoino
Nilton Alves
Celso Peçanha
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo nSecretária: Maria Júlia Rabelio de Moura
Celso Barros Lázaro CarvalhoDarcílio .Ayres Magalhães PintoEdison Lobão Nelson MorroFrancisco Benjamim Ney FerreiraGomes da Silva Osmar LeitãoGonzaga Vasconcelos Pedro ColinHélio Correia Ricardo FiuzaJoão Paganelia Ronaldo CanedoJosé Carlos Fonseca Sarney FilhoJosé Mendonça Bezerra Tarcisio BuritiJosé Penedo Theodorico FerraçoJutahy Júnior
Rll.imundo Leite Theodoro MendesRaymundo Asf6ra Vabnor GlavarlnaSérgio Murilo
PDT
Pedro CeolimRômulo GalvãoSaulo QueirozVingt Rosado
PMDB
Sérgio MuriloVagoVago
PMDBCarneiro ArnaudIbsen PinheiroMarcelo Medeiros
PTB
PDT
PMDB
VagoVago
PMDB
João GilbertoJorge CaroneJosé MeloJosé TavaresOnlsio LudovfcoPimenta da Veigll.Plínio Martins
Presidente: BOnifácio de Andrada - PDSVice-Presidente: Leome Belém - PDSVice-Presidente: Brabo de Carvalho - PMDB
TituIa.res
PDS
José BurnettJúlio MartinsMário AssadNatal GaleNilson GibsonOctávio CesárioOsvaldo MeloRondon Pacheco
Presidente: Henrique Eduardo AlvesPMDB
Vice-Presidente: Moacir Franco - PTBVice-Presidente: José Carlos Martinez - PDS
Titulares
PDS
Salies LeiteSiqueira CamposVieira da Silva
Alair FerreiraFernando CollorFrança TeixeiraManoel Ribeiro
Heráclito FortesMárcio BragaPaulo ZarzurSamir Achôa
Sebastião l1ery
Afrlsio Vieira LimaAntônio DiasArmando PinheiroDjabna BessaEduardo GalllErnani SatyroGerson PeresGorgõnio NetoGuido MoeschHamilton XavierJairo MagalhãesJoacil PereiraJorgp. Arbage
Fernando ~ arvalho
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Ramais 6304 e 6300secretário: Iole Lazzarini
Anibal TeixeiraAntônio MoraisCarlos Wilson
JG de Araújo Jorge
Suplentes
PDS
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo n - Sala :I - R.: 6295secretário: Luiz de Oliveira Pinto
Ademir AndradeAluizio CamposArnaldo MacielDjabna FalcãoEgídio Ferreira LimaEiquisson SoaresJoão Cunha
Carlos VirgílioGióia JúniorJaime CâmaraMagno Bacelar
Cristina TavaresManuel VianaSinval Guazzelli
PTMoacir Franco
PDTAbdias do Nascimento Clemir Ramos
PTB
Irma PassoniReuniões:Quartas-feiras, às 10:00 horasLOCal: Anexo II - Sala 9 - R.: 6318Secretária: Tasmânia Maria de Brito Guerra
Luiz GuedesMárcio SantilliOrestes MunizRandolfo BittencourtRonaldo CamposSérgio Cruz
Irineu ColatoJosé Mendonça BezerraJosué de SouzaOtávio CesárioUbaldo BarémWildy Vianna
PMDB
João HerrmannJosé Carlos VasconcelosManoel Costa Jr.3 vagas
PMDB
Suplentes
POS
Coutinho JorgeDomingos LeonelliFreitas NobreHaroldo LimaIsrael Dias-Novaes
Aldo ArantesDante de OliveiraEduardo Matarazzo
Suplicy (PT)Gilson de BarrosIbsen Pinheiro
Presidente: Mário Juruna - PDTVice-Presidente: Alcides Lima. - PDSVice-Presidente: Ricardo Ribeiro - PTB
Titulares
iPDS
Nagib HaickelNosser AlmeidaPaulo GuerraRita FurtadoRubenG Ardenghi
Adhemar GhisiAlbino CoimbraAntonio MazurekAssis CanutoBento PortoFrança Teixeira
Jaime CâmaraJoão Batista FagundesJoão PaganellaJosé FernandesManoel RibeiroMozarildO Cavalcante
11) COMISSAO DO INDIO
Jayme SantanaRenato JohnssonVicente Guabiroba
PDT
Jessé FreireRenato CordeiroThales RamalhoWanderley Mariz
PMDB
Raul BelémRu~r CôdoWilson Vaz
PMDB
Múcio AthaydeSérgio CruzWalmor de Luca
PDTVago
PTB
Suplentes
PDS
Ricardo Ribeiro
Nadyr Rossetti
Luiz BaccariniLuiz LealMoysés Pimentel
9) COMISSÃO DE FUNANÇAS
Ademir AndradeDomingos JuvenilLeopoldo BessoneMarcos Lima
Presidente: Irajá Rodrigues - PMDBVice-Presidente: Floriceno Paixão - PDTVice-Presidente: José Carlos Fagl1ndes - PDS
Titulares
PDS
Angelo MagalhãesCelso CarvalhoEtelvir DantasFerreira Martins
Aécio de BorbaChristóvam ChiaradiaFernando MagalhãesIbsen de Castro
PT
PMDB
Márcio BragaRandolfo BlttencourtRaymundo UrbanoTobias AlvesWall Ferraz
PDTWalter Casanova.
PTB
SuplentesPDS
Magno BacelarNorton MacedoOscar AlvesSimão SessimVieira da Silva
PMDBMarcondes PereiraOctacílio AlmeidaOlivir GabardoPaulo MarquesRaimundo Asfóra
Luis Dulci
Arildo Teles
Celso Paçanha
Albérico CordeiroBrasUio CaiadoCunha BuenoJairo MagalhãesLeur Lomanto
Aldo ArantesFrancisco AmaralGenebaldo CorreiaGenésio de BarrosJoão HerculinoLuiz Baptista
Carlos Sant'AnnaCasildo MaldanerDionisio HageFrancisco DiasJoão Bastos
PTBArildo Teles
PDT
Ricardo RibeiroReuniões:
Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Plenário da Comissão de Defesa do
ConsumidorSecretária: Maria Linda Morais 'de MagalhãesRamais: 6386 e 6387
PTB
PDT
Vago
Agnaldo Timóteo
12) COMISSÃO DO INTERIOR
Reuniões:
Terças-feiras, às 10 horasQuintas-feiras, às 9 horasLocal: Plenário da Comissão de RedaçãoSecretário: Ivan Roque Alves - R.: 6391 e 6393
PMDB
Aldo Arantes José Maria MagalhãesCarlos Alberto de CarU Luiz BaptistaDante de Oliveira Luiz GuedesDilson Fancmn Manoel Costa. Jr.Domingos Leonelli Mansueto de Lavor'Jorge Medauar Mário FrotaJosé Carlos Olavo Pires
Vasconcelos Orestes MunizJosé Maranhão Pedro Novaes
Titulares
PDS
Albérico Cordeiro Leur LomantoAngelo Magalhães Lúcia.ViveirosAntônio Mazurek Manoel GonçalvesAntônio Pontes Manoel NovaesAssis Canuto Milton BrandãoAugusto Franco Nagib HaickelClarck Platon Nylton VeliosoCristino Cortes Orlando BezerraGeraldo Melo Osvaldo CoelhoGllton Garcia Paulo GuerraJoão Rebelo Pedro CorrêaJosé Luiz Maia Victor TrovãoJosé Mendonça Bezerra. Vingt RosadoJosué de Souza Wanderley MarizJutahy Júnior
Presidente: Inocêncio Oliveira - PDSVice-Presidente: Evandro Ayres de Moura
PDSVice-Presidente: Heráclito Fortes - PMDB
Ulysses GuimarãesWilson Vaz
Manoel NovaesMarcelo LinharesUbaldo BarémWilson Falcão
Siegfried Heu~er
2 vagas
PTB
PTB
PTB
PMDB
PMDB
Suplentes
PDS
Presidente: Humberto Sout(l - PDSVice-Presidente: Nosser de Almeida - PDSVice-Presidente: Milton Figueiredo - PMDB
Titulares
PDS
Haroldo SanfordJoão AlvesOzanam Coelho
Augusto Treincastejon BrancoFurtado LeiteGeraldo Bulhões
João HerculinoRoberto Rollemberg
10) COMISSAO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E TOMADA DE CONTAS
Alencar FurtadoFrancisco Pinto
Mendonça Falcão
Aécio de BorbaAlvaro GaudêncioAmücar de QueirozJorge ArbageJosué de Souza
Celso Peçanha
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo II - sala n.o 16 - R.: 632! e 6323Secretário: Jarbas Leal Viana
RicardO Ribeiro
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 hora:.Locll1: Anexo li - Sala 15 - R.: 6325Secretário: Geraldo da Silva
PDT
PTB
José Carlos MartinezJosé MouraManoel RibeiroPaulo Lustosa
PMDBHeráclito FortesJosé Eudes (PT)Manoel AffonsoMilton Reis
Agnaldo Timóteo
Elquisson SoaresFelipe CheiddeHélio ManhãesHenrique Eduardo
Alves
Mendonça FalcãoSuplentes
PDSAécio de Borba Léo SimõesAlbino Coimbra Marcelo LinharesArolde de Oliveira Simão SessimFrancisco Erse Siqueira CamposJoão Carlos de Carli Victor Faccioni
PMDBLeônidas SampaioLuiz HenriqueRaul FerrazRoberto Rollemberg
Aécio CunhaAlércio DiasFernando CollorFrança Teixeira
Aloysio TeixeiraBete Mendes (PI')Ciro Nogueira.Ibsen PinheiroJoão Bastos
8) COMISSÃO DE ESPORTE ETURISMO'Presidente: Márcio Braga - PMDB
Vice-Presidente: Oly Fachin - PDSVice-Presidente: Albérico Cordeiro - PDS
TitularesPDS
13) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
Luis DulciReuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo Ir - Sala 8 - R.: 6333
PDT
Vago
PMDBManuel VianaMário HatoMax Mauro
Suplentes
PDS
Joacil Pereira.João AlvesJoão Batista FagundesJoão Carlos de CarliJOsé Thomáz NonOLúcia ViveirosNosser AlmeidaOscar CorrêaOsvaldo MeloOzanan CoelhoPaulo GuerraPaulo LustosaRaul BernardoSaramago PinheiroSiqueira Campos
Miguel ArraesMilton ReisNelson AguiarOCtacílio Almeida.Paulo MarquesRenato BuenoRosa FloresSebastião Rodrigues
Júnior
PDT
Abdias do Nascimento José FrejatClemir Ramos Nilton Alves
Armando PinheiroAugusto FrancoBonifácio de AndradaCláudio Phi1omenoErnani SatyroFernando BastosFernando MagalhãesFurtado LeiteGilton GarciaGogônio NetoHamilton XavierHélio DantasHomjlro Santosítalo ContiJaime CâmaraJayme Santana
Albino CoimbraAlceni GuerraF'igueirecto FilhoLeônidas Rachid
Manoel AffonsoManoel Costa Jr.Odilon SalmoriaOrestes MunizPaes de AndradePedro SampaioRaymundo UrbanoRuy CMoTheodoro MendesTobias Alvesmysses GuimarãesWalter BaptistaVago
PDT
Agnaldo Timóteo Jacques D'OrnellasJG de Araújo Jorge Sérgio Lomba
16) COMISSAO DE SAODePresidente: Borges da Silveira - PMDB
Vice-Presidente: Carlos Mosconi - PMDBVice-Presidente: Tapety Júnior - PDS
Titulares
PDS
Lúcio AlcântaraLudgero RaulinoMauro SampaioOscar Alves
PTB
Ivete Vargas
PT
PMDB
José Eudes
Jarbas VasconcelosJoão HerrmannJosé AparecidoJosé Carlos TeixeiraJosé FogaçaJúnia MariseLeopoldo BessoneMárcio MacedoMárcio Santilli
PTB
Anibal TeixeiraArnaldo MacielArthur Virgílio NetoBorges da SilveiraCarlos Sant'AnnaDionisio HageDjaIma FalcãoGustavo FariaJoão CunhaJoão GilbertoJorge CaroneJuarez BernardesLuiz Guedes
Bete Mendes
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo Ir - sala 7 - R.: 6347 e 6348Secretária: Edna Medeiros Barreto
PT
Mendes Botelho
Anselmo PeraroDoreto CampanariEuclides ScalcoLeônidas Sampaio
PTB
PMDB
João AgripinoWalmor de Lucavago
PDT
PMDB
Flávio BierrenbachFreitas NobreIram saraivaIrapuan Costa Júnior
João Herculino
PDT
Suplentes
PDSSiqueira CamposVago
PMDB
José Carlos VasconcelosPedro Novaes
PDT
Suplentes
PDSJosé LourençoJosé MachadoLevy DiasLuiz Antonio FayetManoel GonçalvesPratini de MoraesRondon Pacheco
Daso Coimbra
J oacil PereiraPrisco Viana
Alfrjldo MarquesAluizio BezerraDaso Colmbra.Fernando Santana
Sérgio Lomba
Matheus Schmidt
Alberto GoldmanCoutinho JorgeFernando Santana
14) COMISSÃO DE REDAÇÃO
Presidente: Diago Nomura - PDSVice-Presidente: Pedro Colin - PDSVice-Presidente: Israel Dias-Novaes - PMDB
Titula.res
PDSAdroaldo Campos Marcelo LinharesAntônio Ueno Nelson MorroCunha Bueno Norton MacedoEdison Lobão Ossian AraripeEnoc Vieira Paulo MalufFrancisco Benjamim Rubens ArdenghiJessé Freire Santos FilhoJonathas Nunes Sarney FilhoJosé Camargo Tarcísio BuritiJosé Carlos Fonseca Thales RamalhoJOsé Machadll Theodorico FerraçoJosé Penedo Ubaldo BarémJosé Ribamar Machado Wilson FalcãoMagalhães Pinto VagoMaluly Neto
Délio dos Santos
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo Ir - sala 14 - R.: 6342 e 6340Secretária: Laura Perrela Parisi
15) COMISSAO DE RELAÇOESEXTERIO.RES
Presidente: Aloysio Teixeira - PMDBVice-Presidente: Mário Hato - PMDBVice-Presidente: Rita Furtado - PDS
Titula.res
PDSDjalma Bessa Simão SessimFrancisco Rollemberg
PMDB
Aécio CunhaAdhemar GhisiBento PortoClarck PlatonHaroldo SanfordIrineu colatoJoão Alberto de SouzaJOsé Fernandes
Moacir Franco
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo Ir - Sala 7 - R.: 6336Secretária: Allia Felício Tobias
Freitas NobreJúnia Marise
Marcos LimaVicente Queiroz
Léo SimõesMaurício CamposNelson CostaPaulo MelroPrisco VianaWolney Siqueira
PTB
PT
Milton FigueiredoPlinio MartinsRaimundo LeiteRandolfo BittencourtRenato ViannaRuben FigueiróVagoVagoVagoVagoVagoVagoVagoVago
PDT
osvaldo NascimentoPTB
Ronaldo camposSinval Guaz:relliWagner LagoWalter BaptistaVago
PDT
Mário Juruna
PDT
PTB
Vago
PT
PMDB
Suplentes
PDS
João FaustinoJonas PinheiroJosé JorgeJosé MouraJúlio MartinsLéo SimõesLeorne BelémLúcio AlcântaraLudgero RaulinoMauro SampaioOssian AraripeRuy BacelarTapety JúniorVivaldo FrotaWilmar Pallls
Nadyr Rossetti
Nelson do Carmo
Bayma JúniorEmílio Ga1loEpUácio BittencourtEvaldo AmaralFelix MendonçaGonzaga VasconcelosJoão Batista Fagundes
PMDB
Aloysio TeixeiraAluízio Be:rerraAluizio CamposAnibal TeixeiraAroldo MolettaDenisar ArneiroFernando GomesHaroldo LimaHarry AmorimJoão HerrmannJoaquim RorizJosé MelloMarcelo CordeiroMárcio Lacerda
José Frejat
Vago
Presidente: Hugo Mardini - PDSVice-Presidente: Horácio Matos - PDSVice-Presidente: Cid Carvalho - PMDB
Titulaftll
PDS
Adroaldo CamposAlcides LimaAlércio DiasAntônio AmaralAntônio OsórioBayma JúniorCelso BarrosChristóvam ChiaradiaEurico RibeiroFabiano Braga CortesFrancisco ErreFa:'anclsco SalesGeovani BorgesHerbert LevyHugo MardiniIbsen de Castro
Celso SabóiaGenésiO de BarrosMarcelo Cordeiro
Délio dos Santos
Irma Passoni
Oswaldo MurtaPaulo BorgesRaul FerrazRenato BernardiRoberto Freire
Suplentes
PDS Jorge UequedMoyses PimentelCastejon Branco
Francisco RollembergInocêncio OliveiraJairo Az1José Lins de Albu
querque
Navarro Vieira FilhoPedro Corrêa.Rita FurtadoSalvador Julianelli
PMDBEpitácio CafeteiraF\reitas NobreGilson de Barros
Reuniões:
Quartas-feiras, às 10:00 hora.'lLocal: Anexo II - Sala 12 - R.: 6360Secretário: Oclair de Matto;3 Rezende
Hélio CorreiaHomero SantosJairo AziJosé Fel'llandesLázaro CarvalhoManoel Ribeiro
Navarro Vieira. FilhoPedro GermanoRaul BernardoSimão sessimWilmar Pallis
PMDB
PDT
Leônidas RachidMaçao TadanoMauricio camposPaulo MalufSantos FilhoStélio DiasVictor FaccioniWolney Siqueira
Paulo ZarzurRuy CôdoSérgio FerraraTldei de Lima
PT
PDT
PMDB
Suplentes
PDS
Bete Mendea
AdaU VettorazzoAmaral NettoAlcides FranciscatoAugusto TreinCarlos EloyEdme TavaresEmídio PerondiEraldo Tinoco
José Colagrossi
Carlos PeçanhaDomingos JuvenilFelipe CheiddeJoaquim RorizPaulo :Mincaroni
Osmar LeitãoRonaldo CanedoVivaldo Frota.Vago
PDT
PMDB
Mário de oliveiraNelson WedekinRenan Calheiros
Titulare:!
PDS
Adhemar GhisiAlcides FranciscatoAlvaro GaudêncioAntÔnio AmaralFernando BastosJosé Lins de
Albuquerque
Amadeu GearaAurélio PeresCássio GonçalvesJúlio CostamilanLuiz Henrique
sebastião Ataide
19} COMISSÃO DE TRABALHO ELEGISLAÇÃO SOCIAL
Presidente: Djalma Bom - PTVice-Presidente: Edme Tavares - PDSVice-Presidente: Francisco Amaral - PMDB
PMDB
Mattos LeãoRenato Bueno3 vagas
PMDB
Ruy Lino
PDT
Presidente: ítalo Contl - PDSVice-Presidente: Francisco Rollemberg - PDSVice-Presidente: Gilson de Barros - PMDB
Titulares
PDS
Sebastiáo Curió
Carneiro ArnaudJorge ViannaJosé Maria MagalhãesLuiz Guedes
Ney Ferreira
Ruben Figueiró
vago
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 10 - R.: 6352Secretária: Iná Fernandes Costa
17) COMISSÃO DE SEGURANÇANACIONAL
Suplentes
PDSAntônio Pontes Milton BrandãoJosé Ribamar Machado Vicente Guabiroba
PMDB
Jaques D'Ornellas
Farabulini Júnior
Flávio BierrenbachLuiz Baccarini
PTB
José Tavares
Jorge Cury
Antônio GomesEmUlo GalloGióia JúniorMaluiy NetoMáric AssadNatal Gale
PTB
SuplentlOS
PDSNelson CostaNilson GibsonPaulo MelroReinhold stephanesVago
Airton SandovalDilson FanchínFrancisco DiasGeraldo FlemingJosé misses
Sebastião Ataíde
Nelson do Carmo
Juarez BatistaLuiz LealOrestes MunizPaulo BorgesRosa Flores
PDT
PTB
Gastone Righi
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - sala 13 - R.: 6355 e 6358
Secretário: Walter Flores Figueira
vagoPDT
PTBBrabo de CarvalhoDarcy PassosDomingos LeonelliFel'llando CunhaIvo Vanderlinde
Brandão Monteiro
PMDB
Marcelo GatoMirthes Bevilacc;:uaVagoVago
PDT
PT
Djalma Bom
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às l(}:00 horasLocal: Anexo II - sala 5 - R.: 6372 e 6373
Secretário: Carlos Brasil de .!\raújo
18) COMISSÃO DE SERViÇOPOBLlCO
Presidente: Paes de Andrade - PMDBVice-Presidente: Jorge Leite - PMDBVice-Presidente: Francisco Erse - PDS
Titulares
PDS
LOcal: Anexo II - T€l: 226-2912Ramal: 6401
COORDENAÇÃO DE COMISSOESTEMPORÁRIAS
Diretor: Walter Gouvêa Costa
Seção de Comissões Especiais
Chefe: Stella Prata da Silva Lopes
Local: Anexo II - Tel.: 223-8289
Ramais: 6408 e 6409
Seção de Comissões Parlamentaresde Inquérito
Chefe: Lucy Stumpf Alves de Souza
Local: Anexo II - Tel. 223-7280
Ramal 6403
PT
PTB
TituJares
PDSDarcy PozzaEurico Ribeiro
Gastone Righi
20) COMISSÃO DE TRANSPORTES
Presidente: RUy Bacelar - PDSVice-Presidente: Denisar Arneiro PMDBVice-Presidente: Mendes Botelho - PTB
José Eudes
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 harasLocal: Anexo II - Sala 15 - R.: 6367Secretário: Agassis Nylander Brito
Alair FerreiraAlércio Dias
Oly FacchinWildy Vianna
Gomes da Silva Mozarildo CavalcantiVago
PMDB
Francisco Pinto Renato ViannaMyrthes Bevilacqua
Suplentes
PDSGuido MoeschHorácio Matos
Brandão Monteiro
Suplentes
PDS
1) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI N9 634175, DO PODER EXECUTIVO, QUE INSTITUI O CóDIGOCIVILPresidente: Pimenta da Veiga - PMDB
Vice-Presidente: Elquisson Soares - PMDBVice-Presidente: Gilton Garcia - PDS
Relator-Geral: Ernani Sátyro - PDS
Relatores Parciais:Dep. Israel Dias-Novaes -- Parte Geral - Pessoas, Bens e Fatos JuridicosDep. Francisco Rollemberg - Livro I - ParteEspecial - ObrigaçõesDep. Francisco Benjamim - Livro II - ParteEspecial - Atividade NegociaiDep. Afrisio Vieira Lima - Livro III - ParteEspecial - CoisasDep. Brandão Monteiro - Livro IV - ParteEspecial - FamlliaDep. Roberto Freire - Livro V - Parte Especial- Sucessões e Livro Complementar
Titulares
PDS
Afrísio Vieira Lima Francisco RollembergFrancisco Benjamim
PMDB
PMDB
Flávio BierrenbachJoão CunhaJosé Fogaça.
PDT
Pratini de MoraesRicardo Fiuza
Fernando SantanaHélio Duque
PDT
PMDB
PMDB
Titulares
PDS
Suplenli..",
PDS
Aldo ArantesAlencar FurtadoAnibal Teixeira
sebastião Nery
Jacques D'Ornellas
Djalma FalcãoEduardo Matarazzo
Suplicy
Terças-feiras, 9:30 h.Local: Plenário da Comissão de EconomiaSecretária: Marci Ferreira BorgesRamal: 6406
REQUERIMENTO N.o 12/83
Prazo: de 27-9083 a 19-6-84
Presidente: iDeputllido Osvaldo CoelhoVice-Presidente: Deputado Mendes Botelho
Relator: Deputado Coutinho Jorge
5) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUeRITO DESTINADA A EXAMINARA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HfDRICOS NO BRASIL
Reuniões:
Antonio MazurekLUiZ Antonio FayetLúcio Alcântara
Israel Dias-NovaesPimenta da Veiga
PDT
PMDB
Airton SoaresJoão Herrmann
REQUERIMENTO N.o 10/83
Prazo: 17-8-83 a 11-5-84
Presidente: Theodorico FerraçoVice-Presidente: Brandão Monteiro
Relator:
PDS
João Batista Fagundes Renato JohnssonJairo Magalhães Theodorico FerraçoJorge Arbage
3) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RITO DESTINADA A INVESTIGAR OS EPISÓDIOS QUE ENVOLVERAM O BANCO NACIONAL DAHABITAÇÃO E O GRUPO DELFIN EQUE CULMINARAM COM A INTERVENÇÃO DO BANCO CENTRAL NOREFERIDO GRUPO
Arthur Virgílio Neto Sérgio FerraraNelson Vedekin Paulo Mincaroni
Suplentes
PDS
TituJaaoes
Sérgio Lomba
Reuniões:
Quintas-feiras, 10:00h
Local: Plenário das Comissães Parlamentaresde Inquérito - Anexo II
Secretária: Márcia de Andrade PereiraRamal 6407
Roberto Freire
PDT
Guido MoeschJorge ArbageVago
PMDB
Arnaldo MacielDjalma Falcão
Cristina TavaresIsrael Dias-Novaes
Brabo de CarvalhoDarcy PassosJosé Melo
Celso BarrosGerson PeresGorgônio Neto
Vago
Reunião:
Anexo II - Sala 14 - Ramais: 6408 e 6409Secretário: Antonio Fernando Borges Manzan
2) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RITO DESTINADA A INVESTIGAR EM TODA A SUA PLENITUDEE CONSEQüll!NCIAS AS ATIVIDADES DO GRUPO CAPEMI
REQUERIMENTO N.o 9/83
Prazo: 18-5-83 - 7-3-84
Presidente: Deputado Léo SimõesVice-Presidente: Deputado Siqueira Campos
Relator: Deputado Matheus Schmidt
Titulares
Nilton Alves
Reuniões:
Quintas-feiras, 9:00 horas
Local: Plenário das CPIs
Secretário: Sebastião Augusto MachadoRamal 6405
4) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RITO DESTINADA A APURARAS CAUSAS E CONSEQüll!NCIAS DOELEVADO ENDIVIDAMENTO EXTERNO BRASILEIRO, TENDO EM VISTAAS NEGOCIAÇOES COM O FUNDOMONETÁRIO INTERNACIONAL
Marcelo CordeiroRandolfo BittencourtFernando Santana
PDT
Marcelo LinharesMilton BrandãoVictor Trovão
Francisco BenjamimLudgero RaulinoOsvaldo Coelho
PTB
PMDB
VagoVagoVago
Pm'
PMDB
Suplentes
PDS
Adroaldo CamposAntônio FlorêncioEtelvir DantasEvandro Ayres de
Moura
Aldo Pinto
Mendes Botelho
Geraldo FlemingPaulo MarquesVago
PTB
Osvaldo Nascimento
Vago
Antonio GomesJessé FreireJosias LeiteManoel Novaes
Coutinho JorgeDomingofl LeonelliJorge Vargas
Reuniões:
Local: Plenário das CPls - Anexo nSecretária: Nelma Cavalcanti BonifácioAnexo n - Tel.: l1l3-6410
Octávio CesárioPedro Colin
Tarcisio BurityVictor FacciOni
PDT
PMDB
Márcio BragaRuben Figueiró
Adhemar GhisiJosué de SouzaNey Ferreira
Gustavo FariaIrajá RodriguesIrma Passoni <PT)
REQUERIMENTO N.o 08/83
Prazo: 16-8-83 a 10-S-84
Presidente: Alencar Furtado - PMDB/PRVice-Presidente: sebastião Nery - PDT/RJ
Relator: Sebastião Nery - PDT/RJ
Titulares
PDa
Adhemar OhisiJorge ArbageJosõ Camargo
PDS
Sebastião Curió
Joaci! PereiraMaçao Tadano
PDT
PDS
PDT
PMDB
Airton Soares (PT)
Orestes Muniz
Suplentes
Ademir AndradeCid CarvalhoFarabulini Júnior
Antônio AmaralBento PortoEdison Lobão
Israel PinheiroSarney Filho
DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL
PREÇO DE ASSINATURA(Inclusa as despesal; de corroia)
Seção I (CAmara dos Deputados)
Via-Superfície:
SemestreAnoExemplar avulso
. Cr$Cr$Cr$
Seção II (Senado Federal)
Via-Superfície:
3.000,006.000,00
50,00
Semestre . Cr$Ano . Cr$Exemplar avulso Cr$
3000,006000,00
50,00
Os pedidos devem ser acompanhados de Cheque Visado, pagáveis em Brasília ou
Ordem de Pagamemo pela Caixa Econômica Federal - Agência PSCEGRAF, Conta-Corrente n9
920001-2, a favor do:
Centro Gréfico do Senado Federal
Praça dos Três Poderes - Caixa Postal 1.203 - Brasília - DF
CEP 70.'160
SEGURANÇA NACIONAL
(2~ edição - 1982)
Lei nQ6.620, de 17-12-78
lndice temático. Tramitação legislativa
_ Legislação vigente (Lei nQ6.620/78) comparada, artigo porartigo, à legislação anterior (Decretos-Leis nQs 314/67 e510/69 e Lei nQ1.802/53).
- Notas a cada dispositivo: legislação correlata, comentáriosde juristas e da imprensa, elaboração legislativa.
_ Textos constitucionais e legislação ordinária (de 1824 a. 1982).
368 páginas
Preço: Cr$ 800,00
à venda na Subsecretaria de Edições Técnicas
Senado Federal
22Q andar - Brasília-DF
Encomendas mediante vale postal ou cheque visado(a favor da Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal) ou pelo REEMBOLSO POSTAL.
CONSTITUIÇÃO DIA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL
(formato bolso)
(8~ edicão)
Texto consolidado da Constituição do Brasil, de24-1-67, com a redação dada pelo Emenda Constitucional n9 1,de 17-10-69, e as alterações feitas pelas Emendas Constitucionais n9s 2/73 a 22/82.
121 notas explicativas, com as redações originais dosdispositivos alterados.
Minucioso índice temático.
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Cr$ 400,00390 páginas
-----/À venda na Subsecretaria de Edicões Técnicas - Sena
do Federal (229 andar do Anexo I) -- Brasília, DF - CEP:70160, ou mediante vale postal ou cheqUle visado pagável emBrasília (a favor da Subsecretaria de Edicões Técnicas do SenadoFederal). Atende-se, também, pelo reembolso postal.
LEGISLAÇÃO ELEITORAL
E PARTIDÁRIA
(4~ edição - 1982)Leis e Instruções que regularão as eleições de 1982
Textos atualizados, consolidados, anotados e indexados:
- Código Eleitoral- Lei Orgânica dos Partidos Políticos- Lei das Inelegibilidades- Lei de Transporte e Alimentação- Lei das Sublegendas
Legislação alteradora e correlata.Instruções do Tribunal Superior Eleitoral.
À venda na Subsecretaria de Edições TécnicasSenado Federal (229 andar do Anexo I)
Brasília, DF - CEP 70160, ou mediante vale postalou cheque visado pagável em Brasília (a favor daSubsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal). Atende-se, também, pelo reembolso postal.
..,..---------------,------------.......
CÓDIGO DE MENORES(edição: 1:982)
- Lei nQ6.697, de 10 de outubro de 1979, que "Institui o Código de Menores"
- índice temático
_ Comparação com a legislação anterior (Decreto nQ17.943-A/27 e Leis nQs. 4.655/65 e 5.258/67, alterada pela Lei n9 5.439/68)
_ Anotações (textos legais; pareceres; comentários; depoimento na CPI do
Menor)
- Histórico da Lei nQ 6.697/79 (tramitação legislativa)
512 Páginas
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À venda na Subsecretaria de Edições Técnicas - Senado Federal Anexo I - 229 andar - Brasília, DF (CEP: 70160) ou pelo REEMBOLSO POSTAL
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