Yara Hahr Marques Hökerberg Demanda e controle no ...
-
Upload
khangminh22 -
Category
Documents
-
view
1 -
download
0
Transcript of Yara Hahr Marques Hökerberg Demanda e controle no ...
Yara Hahr Marques Hökerberg
Demanda e controle no trabalho e hipertensão arterial:
validade dimensional e meta-análise
Rio de Janeiro
2010
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico
Instituto de Medicina Social
Yara Hahr Marques Hökerberg
Demanda e controle no trabalho e hipertensão arterial:
validade dimensional e meta-análise
Tese apresentada, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor, ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Epidemiologia.
Orientador: Prof Dr Eduardo Faerstein
Rio de Janeiro
2010
CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/CBC
Autorizo, apenas para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou parcial desta tese,
desde que citada a fonte.
________________________________________ _________________________
Assinatura Data
H721 Hökerberg, Yara Hahr Marques. Demanda e controle no trabalho e hipertensão arterial:
validade dimensional e meta-análise / Yara Hahr Marques Hökerberg. – 2010.
256f. Orientador: Eduardo Faerstein. Tese (Doutorado) – Universidade do Estado do Rio de
Janeiro, Instituto de Medicina Social. 1. Stress ocupacional – Questionários – Teses. 2. Questionários –
Teses. 3. Hipertensão – Teses. 4. Psicometria – Teses. 5. Estudos de validação. I. Faerstein, Eduardo. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto de Medicina Social. III. Título.
CDU 331.442:303.62
i.exe
Yara Hahr Marques Hökerberg
Demanda e controle no trabalho e hipertensão arterial:
validade dimensional e meta-análise
Tese apresentada, como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor, ao Programa de Pós- Graduação em Saúde Coletiva, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Epidemiologia.
Aprovada em 31 de março de 2010.
Banca Examinadora: ________________________________________________________ Prof. Dr. Eduardo Faerstein (Orientador) Instituto de Medicina Social – UERJ _______________________________________________________ Prof. Dr. Michael Eduardo Reichenheim Instituto de Medicina Social – UERJ _______________________________________________________ Prof. Dr. Washington Leite Junger Instituto de Medicina Social – UERJ _______________________________________________________ Profª. Drª. Dora Chor Escola Nacional de Saúde Pública – FIOCRUZ _______________________________________________________ Prof. Dr. Luiz Antonio Bastos Camacho Escola Nacional de Saúde Pública – FIOCRUZ
Rio de Janeiro
2010
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, Maria Helena e Nils Erik (in memoriam) que me ensinaram a
acreditar em sonhos
Aos queridos Zé, Erik, Isadora, Marina, Lars, Ingrid, Fredrik e Helena, cujo
apoio foi fundamental para a conclusão desta jornada.
AGRADECIMENTOS
Ao Eduardo Faerstein – orientador e amigo, que sempre me estimulou a seguir
os meus instintos, com carinho e dedicação.
Ao Michael Reichenheim – professor, que abriu as portas da área de validação
de escalas e esteve sempre disponível para tirar dúvidas até nos seus horários de folga.
Ao Washington Junger Leite – pelo cuidado e atenção na leitura e comentários
da tese.
de Vasconcellos Carvalhaes de Oliveira – parceiros do Laboratório de Epidemiologia
Clínica do IPEC, pelo apoio social no trabalho, pela divisão de tarefas (sempre a meu
favor), pelas discussões teóricas e afetivas, que por vezes transformaram os piores
momentos, nos mais divertidos.
À Claudia Teresa Vieira de Souza - chefe do Laboratório de Epidemiologia
Clínica, pelas providências adotadas junto à direção do IPEC que permitiram minha
liberação para aulas e viagens acadêmicas.
A todos que participaram do planejamento, organização, coleta, consolidação e
crítica dos bancos de dados, em especial: Luci, Brani, Elizabeth, Liliane, João, Marlene,
Jurema, Ronaldo, Verônica, Neuza, Fernanda, Bell, Simone, Tatiana e os estagiários de
farmácia, Andréia Menezes e Cícero.
À D. Dione, Luiz e Luana – pelo apoio técnico no IPEC.
Ao Johan Fritzell, Antonio Carlos Ponce de Leon e Susanna Toivanen –
respectivamente, orientador sueco durante estágio doutoral sanduíche, professor do IMS
e pesquisadora (e amiga) do CHESS (Center for Health Equity Studies, Karolinska
Institute/Stockholm University) pela oportunidade, apoio técnico, financeiro e afetivo
durante minha permanência em Estocolmo (I acknowledge Johan Fritzell, Ponce and
Susanna, respectively Swedish supervisor, IMS professor and CHESS researcher (and
friend) for technical, financial and emotional support during my doctoral period at
Stockholm).
A todos os trabalhadores do CHESS, pelo carinho, apoio técnico-científico e
atenção com que me receberam durante o período de estágio doutoral sanduíche, em
especial (I acknowledge all CHESS staff, who kindly support me during my doctoral
sandwich period, particularly): Prof, Olle, Prof. Denny, Profa. Britt, Cathrin, Reidar,
Camille, Maria, Mikael, Flamínia (amiga das aulas de sueco), Jennie Bacchus,
Gabriella, Ylva, Alexander, Kristina, Kerstin, Lisa, Adina, Anton, Jenny Eklund, Jennie
Moonga, Kristina, Alexander, Viveca, Bitte e Monica.
Ao Töres Theorell – pesquisador que, juntamente com Robert Karasek,
apresentou o modelo demanda e controle de estresse no trabalho, pelos comentários,
incentivo, disposição e alegria (I acknowledge professor Töres Theorell for his
comments, stimulus and good energy).
Aos trabalhadores brasileiros e suecos, participantes das pesquisas utilizadas
como fontes de dados para esta tese.
Ao IMS, IPEC, CAPES, CHESS e a Fundação STINT – Swedish Foundation for
International Cooperation in Research and Higher Education - pelo apoio técnico-
científico e financeiro.
A todos os colegas de pós-graduação (IMS, ENSP e UFPel) e à equipe do Pró-
Saúde, em especial: Odaleia, Roger, Márcia, Jaqueline, Jurema, Andreia, Danielle, João,
Gilberto, Karine, Flávio, Ana Paula, Paula, Carol, Mariana, Cesar, Cadu, Letícia,
Vyvian, Andréia Ayres, Carol e Jurema.
Aos membros da Secretaria Acadêmica do IMS/UERJ Márcia, Simone, Silvia e
Eliete, pelo apoio técnico-administrativo na UERJ.
À Milena e Christovam (mestres) e aos queridos amigos Penha, Renata, Aline,
Oswaldo, Claudia, Arnaldo e Stella, pelo apoio e incentivo.
Aos primos Susie, Terje, Marianne, Katarina, Peter, Kristofer e Malin, Carolin,
Adam e Theo, Kamila, que me fizeram sentir em casa durante meu doutorado sanduiche
(I acknowledge my cousins Susie, Terje, Marianne, Katarina, Peter, Kristofer and
Malin, Carolin, Adam and Theo, Kamila, for making me feel at home during my
doctoral sandwich period) e aos queridos Sheik, Bolinha e Caprichosa (in memoriam).
RESUMO
Hökerberg, Yara Hahr Marques. Demanda e controle no trabalho e hipertensão arterial: validade dimensional e meta-análise. 2010. 256f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.
O modelo demanda e controle de Karasek, elaborado na década de 1970, postula que os trabalhadores expostos a situações de alta exigência no trabalho, decorrente da combinação entre altas demandas psicológicas e baixo controle sobre o processo de trabalho, tem maior risco de apresentar eventos em saúde relacionados ao estresse, em particular doenças cardiovasculares. Os objetivos desta tese incluíram: avaliar propriedades psicométricas do instrumento Demand-Control-Support Questionnaire (DCSQ) e conduzir uma meta-análise dos estudos publicados sobre a associação entre alta exigência no trabalho e hipertensão arterial. Três artigos foram elaborados. O primeiro artigo avaliou a validade dimensional e consistência interna da versão brasileira do instrumento DCSQ, quando aplicado a trabalhadores de um hospital e nove restaurantes no Rio de Janeiro. O segundo artigo comparou as propriedades psicométricas do DCSQ no contexto dos trabalhadores de hospital no Brasil e na Suécia. O terceiro artigo apresentou uma meta-análise dos estudos de associação entre alta exigência no trabalho e hipertensão arterial. Os resultados evidenciaram que o instrumento DCSQ tem estrutura tridimensional e equivalente nas versões brasileira e sueca (original), representada por demandas psicológicas, uso de habilidades e autonomia para a decisão. O modelo de melhor ajuste excluiu a dimensão apoio social no trabalho e o item trabalho repetitivo (uso de habilidades). A meta-análise revelou que os estudos foram heterogêneos, a população-alvo foi restrita a países da Europa, EUA e Japão, sem evidência de associação entre alta exigência no trabalho, demanda e controle, e hipertensão arterial. Palavras-chave: Estresse psicológico. Modelo demanda e controle. Estudos de validação. Hipertensão arterial
ABSTRACT
Proposed in the 1970´s, the demand control model stated that workers in high strain jobs, a combination of high levels of psychological demands and low levels of control, have an increased risk of stress-related outcomes, particularly cardiovascular diseases. The aim of this thesis is to evaluate the psychometric properties of the Demand-Control-Support Questionnaire (DCSQ) and to conduct a meta-analysis of published studies about the association of job strain and hypertension. Three articles were presented. The first article evaluated the dimensional validity and internal consistency of the Brazilian version of DCSQ, when applied to hospital and restaurant workers in Rio de Janeiro. The second article compared the psychometric properties of the Swedish and Brazilian versions of DCSQ, when applied to hospital workers. The third article presented a meta-analysis of the association studies of job strain and hypertension. The results evidenced a three-factor structure of the DCSQ, which was equivalent in the Brazilian and Swedish versions and closely related to psychological demands, skill discretion and decision authority dimensions. The best fit model was achieved by excluding the social support at work dimension and the item repetitive work (skill discretion). The meta-analysis revealed no association between high strain, and related dimensions, and hypertension in samples restricted to European countries, USA and Japan, in which heterogeneity between studies was evidenced. Keywords: Psychological stress. Demand control model. Validation studies. Hypertension.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 Figuras 2 Figura 3 Quadro 1 Quadro 2 Quadro 3
Quadrantes de Karasek (Karasek e Theorell, 1990).................... Definições de job strain (KARASEK; CHOI et al., 2007)......... Cobertura populacional do Estudo PROSEC, 2004-2005.......... Correspondência dos itens das dimensões demanda e controle nas diferentes versões da escala abreviada de demanda controle de Theorell.................................................................... Correspondência dos itens da dimensão apoio social no trabalho nas diferentes versões da escala abreviada de demanda controle de Theorell..................................................... Correspondência dos níveis de escolaridade nos diferentes bancos de dados: Estudo PROSEC, “impedimento das atividades laborais” e Estudo SLOSH.........................................
22
32
47
55
56
58
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AFC AFE CBO CFI CHESS DCSQ DSM-IV ESEM Fiocruz IBGE IC 95% IMS IPEC ISCED 97 ISCO 88 ISCO 88(COM) JCQ MAPA MONICA NHANES-I OR ORc
Análise Fatorial Exploratória Análise Fatorial Confirmatória Classificação Brasileira de Ocupações Comparative fit index Center for Health Equity Studies - Karolinska Institute/Stockholm University Demand Control (Support) Questionnaire Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders - Fourth Edition Exploratory structural equation modeling Fundação Oswaldo Cruz Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Intervalo de 95% de confiança Instituto de Medicina Social Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas International Standard Classification of Education 1997 International Standard Classification of Occupations 1988 European Socio-economic Classification Job Content Questionnaire Monitoramento ambulatorial de hipertensão arterial Multinacional Monitoring of Trends and Determinants of Cariovascular Disease National Health and Nutrition Examination Survey Odds-ratio Odds-ratio combinado
PROSEC RMSEA RP RR RRc SLOSH SSYK96 SUN 2000 SWES TLI UERJ VME WLSMV WRMR
Estudo de coorte em trabalhadores do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas - Programa de Saúde no IPEC Root Mean Square Error of Aproximation Razão de prevalência Risco relativo Risco relativo combinado Swedish Longitudinal Occupational Survey of Health Standard för svensk yrkesklassificering (Swedish Standard Classification of Occupations) Svensk utbildningsnomenklatur (nomenclatura sueca para nível de escolaridade) Swedish Environment Survey Tucker-Lewis index Universidade do Estado do Rio de Janeiro Variância Média Extraída Robust weighted least squares Weighted root mean square residual
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 15
1. ESTRESSE NO TRABALHO ............................................................................ 16
1.1. Conceito ................................................................................................................ 16
1.1.1.. Estresse .................................................................................................................. 16
1.1.1.1. Estresse no trabalho ............................................................................................... 18
1.2. Proposições teóricas ............................................................................................. 19
1.3. O Modelo Demanda Controle ............................................................................ 21
1.3.1 Alta exigência no trabalho (Job Strain): conceito e dimensões ............................ 21
1.3.2 Instrumentos para aferição de estresse no trabalho ............................................... 24
1.3.3 Validade e confiabilidade dos instrumentos Job Content Questionnaire (JCQ) e
Demand Control (Support) Questionnaire (DCSQ) ............................................. 28
1.3.4 Operacionalização da variável estresse no trabalho: limitações metodológicas ... 30
2 HIPERTENSÃO ARTERIAL ............................................................................ 33
2.1. Conceito ................................................................................................................ 33
2.2. Magnitude e fatores determinantes ................................................................... 34
3 ESTRESSE NO TRABALHO E HIPERTENSÃO ARTERIAL:
RELEVÂNCIA DO TEMA ................................................................................
38
3.1. Mecanismos biológicos propostos ...................................................................... 38
3.2. Exigência no trabalho (job strain) e hipertensão arterial ................................ 40
4. JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 41
5. OBJETIVOS ....................................................................................................... 42
5.1. Geral .................................................................................................................... 42
5.2. Específicos ........................................................................................................... 42
5.2.1. Parte 1: Validade da escala abreviada de demanda controle ............................... 42
5.2.2. Parte 2: Associação entre alta exigência no trabalho e hipertensão arterial ......... 42
6. MÉTODOS ........................................................................................................... 43
6.1. Parte 1: Validade da escala abreviada de demanda-controle ......................... 43
6.1.1. Validade: conceito ................................................................................................. 43
6.1.2. Fontes de dados ..................................................................................................... 46
6.1.2.1. O Estudo PROSEC ................................................................................................ 46
6.1.2.2. “Aspectos Psicossociais do Impedimento Laboral por Motivos de Saúde em
Trabalhadores de Cozinhas Industriais” ................................................................ 49
6.1.2.3. O Estudo SLOSH 2006 ......................................................................................... 50
6.1.3. Instrumentos e variáveis ........................................................................................ 52
6.1.3.1. A escala abreviada de demanda controle de Theorell ........................................... 52
6.1.3.2. Variáveis sócio-demográficas ............................................................................... 57
6.1.4. Análise estatística .................................................................................................. 59
6.1.4.1. Validade dimensional ............................................................................................ 60
6.1.4.2. Análise de múltiplos grupos .................................................................................. 65
6.1.4.3. Validade convergente e discriminante da escala: componente interno ................. 67
6.1.4.4. Validade convergente e discriminante do construto: componente externo ........... 69
6.2. Parte 2: Associação entre alta exigência no trabalho e hipertensão arterial . 69
7. RESULTADOS .................................................................................................... 71
7.1. Parte 1: Validade da escala abreviada de demanda-controle ......................... 71
7.1.1. Artigo 1: Dimensional structure of the demand control support questionnaire: a
Brazilian context ………………………………………………………………… 71
7.1.2. Artigo 2: Cross-cultural validation of the demand-control questionnaire …… 72
7.2. Parte 2: Associação entre alta exigência no trabalho e hipertensão arterial . 73
7.2.1. Artigo 3: Demanda e controle no trabalho e hipertensão arterial: uma meta-
análise .................................................................................................................... 73
8. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO .......................................................................... 74
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 80
APÊNDICE A – Artigos componentes da tese .................................................... 96
APÊNDICE B – Ficha da extração de dados utilizada no artigo 3 ...................... 168
APÊNDICE C – Escore de qualidade utilizado no artigo 3 ................................. 173
APÊNDICE D – Análises adicionais do artigo 3 (saídas do programa Stata) ..... 177
ANEXO A – Questionário do Estudo PROSEC .................................................. 194
ANEXO B – Manual de Operações do Estudo PROSEC .................................... 237
ANEXO C – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Termo de Sigilo
do Estudo PROSEC ...............................................................................................
250
ANEXO D – Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa do IPEC/FIOCRUZ ...... 255
15
INTRODUÇÃO
Esta tese aborda dois aspectos do modelo demanda e controle de estresse no trabalho:
a validade dimensional da escala abreviada de Theorell (parte 1) e a meta-análise dos estudos
de associação entre demanda e controle e hipertensão arterial (parte 2). Os seguintes capítulos
foram incluídos: a introdução apresenta a revisão sobre o tema, a justificativa do estudo os
objetivos, métodos, resultados, considerações finais, conclusões e referências bibliográficas.
Três artigos compõem esta tese: o primeiro (publicado) sobre validação da versão brasileira
da escala de demanda e controle, quando aplicada a trabalhadores de hospital e de
restaurantes; o segundo compara as propriedades psicométricas da referida escala quando
aplicada a trabalhadores de hospital no Brasil e na Suécia; e o último, uma revisão sistemática
e meta-análise dos estudos de associação entre alta exigência no trabalho e hipertensão
arterial. No capítulo 7 – “Resultados” - estão apresentados os resumos em português dos três
artigos e no apêndice A - “Artigos componentes desta tese”, a versão completa destes artigos
no idioma de elaboração para publicação. Pelo fato do espaço editorial de publicação ser
restrito, as fontes de dados e as técnicas estatísticas adotadas foram detalhadas no capítulo 6 –
“Métodos”.
16
1 ESTRESSE NO TRABALHO
1.1 Conceito
1.1.1 Estresse
O estresse tem sido tema de interesse da ciência desde a década de 1930 (CANNON,
1935 apud GANZEL et al., 2010; SELYE, 1998). Segundo Selye, o organismo recebe e
integra uma diversidade de sinais cognitivos, emocionais, neurosensoriais e somáticos
periféricos, por diferentes mecanismos. A ativação do sistema decorrente do estresse
desencadeia mudanças físicas e comportamentais que conformam a chamada “síndrome do
estresse” (MC EWEN, 1998; CHARMANDARI et al., 2005).
As mudanças comportamentais decorrentes do estresse incluem o aumento no estado
de alerta e de vigilância, da capacidade cognitiva, atenção e euforia, enquanto as mudanças
físicas incluem analgesia, diminuição da temperatura e inibição das funções vegetativas como
o apetite, a alimentação e reprodução. Concomitantemente, a adaptação física promove um
redirecionamento da energia do organismo, oxigênio e nutrientes, para o cérebro, coração e
músculos, gerando um aumento do tônus cardiovascular, da frequência respiratória e do
metabolismo (gliconeogênese, lipólise) e, por outro lado, inibição de funções digestivas, de
crescimento, da tireoide, reprodutivas e da imunidade. Estas mudanças são reguladas pelo
sistema mesocorticolímbico, pelo complexo amígdala-hipocampo, pelo sistema neuronal, e
pelos sistemas de regulação de temperatura e de apetite (MC EWEN, 1998;
CHARMANDARI et al., 2005).
Durante o período de estresse, o organismo ativa sistemas que previnem uma resposta
exacerbada tanto dos componentes centrais quanto periféricos do complexo relacionado ao
estresse (GOLDSTEIN; MCEWEN, 2002). O estado de estresse gera na maioria das vezes
uma percepção subjetiva de controle pelo indivíduo. Porém, quando excessivo e duradouro
pode gerar uma sensação de perda de controle, desânimo, com consequências físicas e
comportamentais (CHARMANDARI et al., 2005). Este complexo mecanismo de ativação
paradoxal do organismo, tanto o protege quanto o prejudica, causando prejuízos a longo
prazo, como doenças cardiovasculares e diabetes (CHARMANDARI et al., 2005).
17
A homeostase é o conjunto de ações desenvolvidas pelo organismo para manter o
equilíbrio funcional e morfológico (GOLDSTEIN; MCEWEN, 2002). Na concepção de
Cannon (1935 apud GANZEL et al., 2010), este processo é desencadeado por sistemas
fisiológicos locais, independente do sistema nervoso central.
A alostase é uma extensão do conceito de homeostase e representa a capacidade do
organismo de conseguir estabilidade ativando e desativando os sistemas imune, nervoso
autônomo e neuroendócrino (GANZEL et al., 2010). Os sistemas de adaptação da alostase são
mais amplos do que da homeostase, permitindo-nos atender aos nossos estados físicos (sono,
acordado, de pé, exercitando-se) e competir com o ruído, isolamento, raiva, extremos de
temperatura, perigo, e infecções bacterianas e parasitárias. A resposta alostática do organismo
a situações de perigo gera uma adaptação que cessa após passada a ameaça.
O estado de desequilíbrio crônico provocado por respostas adaptativas prolongadas,
excessivas ou inadequadas, que garantem a sobrevivência do indivíduo, pode ter
consequências adversas (CHARMANDARI et al., 2005). O conceito de “carga alostática”
(MCEWEN; WINGFIELD, 2003) se refere ao desgaste resultante da hipo ou hiperatividade
crônica do sistema alostático e se reflete não apenas no impacto das experiências de vida, mas
também na carga genética, nos estilos de vida, tais como, dieta, exercício físico, abuso de
substâncias, nas experiências do desenvolvimento que modificam os padrões de
comportamento ao longo da vida e na reatividade fisiológica (MCEWEN, 1998a; b; 2000).
Os conceitos de alostase e carga alostática introduzem a ideia de que a exposição
prolongada a estímulos estressantes sobrecarrega o processo adaptativo da alostase, a “carga
alostática, com possíveis consequências adversas à saúde (LOGAN; BARKSDALE, 2008).
Estudos vêm sendo feitos para identificar os mecanismos que relacionam o estresse aos
desfechos em saúde, tais como, pesquisas biológicas para identificação dos biomarcadores
associados, como cortisol e adrenalina; as psicológicas para avaliação das alterações
emocionais, comportamentais e cognitivas, e as que avaliam de forma integrada os aspectos
biológicos, psicológicos e sociais relacionados ao estresse (KELLY et al., 1997;
SCHNEIDERMAN et al., 2005; CLARK et al., 2007; GANZEL et al., 2010).
18
1.1.1.1 Estresse no trabalho
Estresse no ambiente de trabalho é um tema que tem sido alvo de pesquisas sobre
saúde e trabalho com diferentes abordagens teórico-metodológicas, pelo provável impacto
negativo na saúde e bem-estar dos trabalhadores, que poderia prejudicar o funcionamento e a
efetividade das instituições (KARASEK; THEORELL, 1990). Variáveis de natureza pessoal e
situacional foram identificadas como fatores que poderiam influenciar o estresse ocupacional,
independente da definição adotada para aquele construto (THEORELL et al., 1988;
KARASEK; THEORELL, 1990; PICKERING, 1997; IWASAKI et al., 1998; SIEGRIST;
PETER, 2000; FERRIE et al., 2008).
Para Jex & Elacqua (1999), as definições de estresse ocupacional caracterizam-se por
três aspectos: a) os estressores organizacionais do ambiente de trabalho que exigem respostas
adaptativas por parte do empregado e que excedem a sua habilidade de enfrentamento; b) as
respostas individuais (psicológicas, fisiológicas e comportamentais) aos estressores
organizacionais; e c) os estímulos estressores-resposta, representados pelo processo geral em
que as demandas do trabalho geram consequências para os trabalhadores (JEX; ELACQUA,
1999).
A abordagem que enfoca os estressores organizacionais contribui para a identificação
de demandas potencialmente geradoras de estresse, mas vem sendo alvo de críticas, já que a
simples presença destes eventos no ambiente não caracteriza a síndrome do estresse. A
resposta aos eventos estressores é uma abordagem que possui contribuições para a
identificação e compreensão das consequências do estresse, porém é difícil estabelecer se
determinados comportamentos, estados afetivos e problemas de saúde são consequências de
estressores presentes no ambiente de trabalho ou de outros eventos de vida produtores de
estresse. Beehr (1998) propõe uma definição mais abrangente para o estresse ocupacional,
considerado um fenômeno complexo que reúne diversas variáveis interligadas, tais como
estímulos do ambiente de trabalho e os padrões de resposta dos indivíduos expostos.
As condições do trabalho podem influenciar diretamente o risco de doenças
cardiovasculares via ativação dos sistemas adrenal-cortical e adrenal-medular, promovendo
respostas catabólicas em detrimento das anabólicas, ou indiretamente, via fatores de risco
convencionais, ou ainda, por uma interação entre os dois mecanismos simultaneamente
(KARASEK, 1990; THEORELL, 2008).
19
No primeiro caso, o estresse crônico no ambiente de trabalho ativaria diretamente os
mecanismos fisiológicos, levando a um aumento prolongado e persistente nos níveis de
catecolaminas e de cortisol, que teria como consequência o aumento nos níveis de pressão
arterial, especialmente a sistólica, ativando o processo de aterosclerose, principal fator
envolvido no desencadeamento de doença coronariana (KELLY et al., 1997; KAMARCK et
al., 2005).
Na segunda situação, a hipótese é de que o estresse crônico estimularia ou
potencializaria a adoção de hábitos deletérios à saúde como tabagismo, abuso de álcool e
drogas, sedentarismo, dieta rica em gordura e sal (PICKERING, 1997; MATTHEWS et al.,
2010). A última hipótese é a de que existiria uma interação entre os fatores de risco
convencionais e os mecanismos psicofisiológicos diretos, como por exemplo, a resposta
cardiovascular consequente a uma condição de trabalho adversa poderia ser pior em um
fumante do que no não fumante, ou a elevação de pressão arterial resultante da alta exigência
no trabalho poderia ser agravada em uma pessoa que já tenha o hábito de ingerir alimentos
ricos em sal e gordura saturada. Neste caso, poderia atuar como um fator desencadeador
(“gatilho”) de doença coronariana (COLHOUN et al, 1998; PICKERING, 1999).
1.2 Proposições Teóricas
Os dois principais modelos teóricos propostos para estudar a associação entre estresse
no trabalho e doença cardiovascular incluem: a) o modelo demanda controle e b) o modelo
esforço recompensa.
O modelo demanda controle (Job Strain Model), proposto por Karasek em 1976,
considera que o estresse no trabalho é resultante da interação entre muitas demandas
psicológicas, menor controle no processo de produção de trabalho e menor apoio social
recebido de colaboradores e chefes (KARASEK, 1979). Para Karasek e Theorell (1990), o
termo “demandas psicológicas” refere-se ao ritmo de trabalho em termos quantitativos e ao
grau de dificuldade para o desempenho do mesmo, bem como os conflitos existentes nas
relações de trabalho. “Controle” foi definido como a amplitude ou margem de decisão que o
trabalhador possui em relação à autonomia para a tomada de decisões sobre o seu próprio
trabalho e a possibilidade de usar e desenvolver as suas habilidades, bem como de adquirir
novos conhecimentos.
20
O modelo esforço recompensa, proposto por Siegrist (1996), pressupõe que o estresse
no ambiente de trabalho é decorrente do desequilíbrio entre o esforço que o trabalhador
desempenha em suas tarefas e a recompensa advinda deste. A dimensão esforço consiste na
resposta individual ao estresse psicossocial gerado a partir das demandas externas e mediado
pelas expectativas do próprio trabalhador em relação ao seu desempenho, enquanto a
recompensa representa o retorno advindo do esforço realizado, seja em termos financeiro, de
autoestima ou de oportunidades na carreira profissional, incluindo estabilidade no emprego
(SIEGRIST, 1996; SIEGRIST; PETER, 2000). O excessivo comprometimento
(overcommitment), posteriormente incorporado ao modelo de Siegrist, foi definido como o
conjunto de atitudes, comportamentos e emoções que refletem o esforço excessivo combinado
ao forte desejo de ser aprovado e estimado (SIEGRIST; PETER, 2000).
Os modelos de Karasek e de Siegrist captam aspectos distintos, possivelmente
complementares, do ambiente de trabalho (BOSMA et al., 1998; PETER; SIEGRIST, 2000).
O primeiro modelo está focado no tipo e modo de organização do trabalho, em termos de
demandas psicológicas e de possibilidade de controle do trabalhador sobre seu processo de
trabalho. Já o modelo esforço recompensa (VAN VEGCHEL et al., 2005) está centrado na
ameaça de violação das recompensas legítimas, na reciprocidade, distingue características
pessoais e conjunturais e avalia a necessidade individual de controle (THEORELL;
KARASEK, 1996; PETER et al., 2002; SIEGRIST, 2002).
O modelo demanda controle testa duas hipóteses: a) os problemas de saúde do
trabalhador são decorrentes de alta exigência no trabalho; e b) o aprendizado no trabalho é
decorrente de altas demandas psicológicas combinadas a alto controle sobre o processo de
trabalho (KARASEK; THEORELL, 1990).
O modelo esforço recompensa propõe três hipóteses: a) problemas de saúde
ocorreriam em consequência do desequilíbrio entre esforço (alto) e recompensa (baixa); b)
trabalhadores excessivamente compromissados (overcommitment) teriam maiores chances de
adoecer; e c) e trabalhadores excessivamente compromissados que também vivenciam o
desequilíbrio entre esforço e recompensa teriam um risco ainda maior de adoecimento
(SIEGRIST; PETER, 2000).
Poucos estudos combinaram os dois modelos (BOSMA et al, 1998; DE JONGE et al,
2000; UTSUGI et al, 2008). O modelo demanda controle foi adotado nesta tese porque tem
sido mais amplamente adotado na literatura, o que possibilita comparações.
21
1.3 O Modelo Demanda Controle
1.3.1 Alta exigência no trabalho (Job Strain): conceito e dimensões
Karasek e Theorell (1990) argumentam que, sob condições em que o organismo sofre
demandas controláveis e previsíveis, mas pode exercer algum nível de controle sobre a
situação, os níveis de adrenalina aumentam, mas os de cortisol diminuem e uma sensação de
esforço sem estresse é experimentada. No entanto, nas situações de maiores demandas e
menor controle, tanto a adrenalina quanto o cortisol se elevam e o indivíduo experimenta uma
sensação de esforço com estresse. A manutenção de níveis elevados de catecolaminas e de
cortisol na circulação sanguínea pode gerar efeitos deletérios ao sistema cardiovascular
(THEORELL et al., 1988; ALDERLING et al., 2006).
A hipótese considera que a resposta catabólica no nível fisiológico corresponderia ao
mecanismo de desgaste psicológico condicionado a escassez de controle sobre a própria vida.
Analogamente, a resposta anabólica aconteceria quando o indivíduo experimentasse maior
controle sobre as situações que lhes fossem impostas (KARASEK et al., 1981; KARASEK;
THEORELL, 1990).
O pressuposto é que o ambiente psicossocial no trabalho predispõe a quatro situações
(KARASEK;THEORELL, 1990): a) alta exigência (high-strain), resultado da combinação de
altas demandas psicológicas e baixo controle sobre o processo de trabalho; b) baixa exigência
(low-strain), combinação de baixas demandas e alto controle; c) trabalho ativo (active), altas
demandas psicológicas e alto controle; e d) trabalho passivo (passive), baixas demandas e
baixo controle (figura 1).
23
Sintomas como fadiga, ansiedade e depressão seriam mais comuns nos indivíduos
expostos a ambientes de trabalho de maior exigência - job strain hypothesis – e, a continuidade
da exposição poderia desencadear morbidades físicas, como doença cardiovascular. Por outro
lado, a exposição a trabalhos mais ativos, active learning hypothesis, estimularia o
desenvolvimento de habilidades necessárias para lidar com a situação estressante, estimulando o
aprendizado e o crescimento do indivíduo (KARASEK; THEORELL, 1990).
Johnson e Hall (1988) acrescentaram ao modelo de Karasek a dimensão apoio social no
ambiente de trabalho, definido como os níveis globais de interação social disponível no trabalho,
tanto com colaboradores quanto com supervisores. Se por um lado níveis altos de apoio social no
trabalho amorteceriam o efeito deletério da alta exigência no trabalho na saúde, níveis baixos
potencializariam o efeito deletério de alta exigência no trabalho na saúde, situação denominada
como isostrain.
Alta exigência no trabalho vem sendo investigada como um dos fatores psicossociais
implicados na ocorrência de doenças cardiovasculares (KARASEK et al., 1981; SCHNALL et
al., 1994; KUPER; MARMOT, 2003; EVERSON-ROSE; LEWIS, 2005). A meta-análise de
estudos longitudinais realizada por Kivimaki et al. (2006) revelou que alta exigência no trabalho
esteve associada ao aumento na incidência de doença coronariana (RR combinado: RRc =1,43;
IC 95%: 1,15-1.84), mas a magnitude do efeito diminuiu e perdeu significância estatística após a
adição de covariáveis de interesse no modelo multivariado (RRc = 1,16; IC 95%: 0,94-1,43). A
revisão sistemática conduzida por Eller, Netterstrøm et al. (2009) mostrou uma associação direta
entre alta exigência no trabalho e incidência de doença isquêmica do coração em quadro de 11
estudos realizados em homens (HAAN, 1988; KIVIMAKI et al., 2002; KIVIMAKI et al., 2005;
NETTERSTRØM et al., 2006) e em quatro de quatro estudos com mulheres (LEE et al., 2002;
EAKER et al., 2004; KUPER et al., 2006; ANDRE-PETERSSON et al., 2007).
Quanto aos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, a revisão sistemática
de Belkic et al. (2004) encontrou evidências em favor da associação direta entre alta exigência no
trabalho e tabagismo, mas não com obesidade, atividade física, hipercolesterolemia, intolerância
a glicose ou aterosclerose. A meta-análise de cinco estudos americanos revelou que controle no
trabalho esteve inversamente associado ao hábito de fumar (OR=0,88; IC 95%: 0,83-0,93) e
pressão arterial sistólica (β = −0,80; IC 95%: −1,17 - −0,44), mas não encontrou associação com
demanda ou para a interação demanda controle (PIEPER et al., 1989).
24
Investigações sobre a associação entre demanda e controle e outros fatores psicossociais
têm sido realizadas, particularmente por estarem relacionados ao aumento da morbimortalidade
por doenças cardiovasculares (EVERSON-ROSE;LEWIS, 2005). Um estudo de revisão (VAN
DER DOEF; MAES, 1999) evidenciou que alta exigência no trabalho está associada a transtornos
mentais em 28 de 41 estudos. A meta-análise de 14 estudos longitudinais mostrou que o risco de
depressão foi aproximadamente duas vezes maior em indivíduos com altas demandas
psicológicas, mas esta evidência foi limitada pela confirmação de viés de publicação
(NETTERSTRØM et al., 2008).
Kristensen (1996) identificou que a grande maioria dos estudos testou a hipótese de que
alta exigência no trabalho está associada a desfechos em saúde, quando comparada a situação de
baixa exigência. Porém, ainda são raros os estudos com objetivo de testar a hipótese de que o
trabalho ativo estaria associado ao melhor desempenho no aprendizado, em comparação ao
trabalho passivo (DE JONGE et al, 2000).
1.3.2 Instrumentos para aferição de estresse no trabalho
A aferição do ambiente psicosocial do trabalho envolve vários desafios. O primeiro se
refere à possibilidade de utilização de medidas que possam ser generalizáveis para os diferentes
grupos ocupacionais. O segundo diz respeito a que aspectos do trabalho devem ser medidos: a
carga horária, os papéis sociais, as características ou o modo de organização do trabalho. O
terceiro desafio está em estabelecer se as características do trabalho são próprias do indivíduo, da
profissão, da ocupação ou da organização. O quarto e último desafio reside na identificação de
quais teorias e instrumentos de medida são mais adequados para captar as exposições
psicossociais relacionadas aos desfechos em saúde a investigar (LANDSBERGIS et al., 2000).
De maneira geral, os instrumentos de coleta disponíveis para a aferição do ambiente
psicosocial do trabalho incluem: questionários autoadministrados, entrevistas e observações
diretas do ambiente de trabalho (THEORELL, 2000). Um estudo recente de revisão sistemática
realizado por Tabanelli et al. (2008) identificou 33 instrumentos, 26 questionários e sete
formulários, utilizados na observação dos ambientes de trabalho. Em relação ao modelo demanda
25
controle, três métodos diferentes têm sido utilizados: os questionários autoadministrados, a matriz
de ocupações e a avaliação por especialistas.
Os questionários autoadministrados são muito utilizados, por serem de fácil aplicação em
larga escala, e podem ser agrupados de acordo com duas dimensões distintas: pela categoria de
resposta – com respostas fechadas ou abertas; e pela finalidade do uso – uso generalizado por
toda a força de trabalho ou para uso restrito a determinados grupos ocupacionais. Em geral, as
entrevistas de uso generalizado aplicam questionários validados com base nos modelos teóricos
propostos.
O questionário proposto originalmente por Karasek, o Job Content Questionaire (JCQ),
possui 49 questões, abrangendo as dimensões “demandas psicológicas” (9 questões); “demandas
físicas” (5); “controle” (18), sendo seis sobre o “uso de habilidades” e 12 sobre “autonomia para
a decisão”; “apoio social no trabalho” (11), cinco sobre apoio de supervisores e seis de colegas; e
insegurança no trabalho (6). As instruções atuais de uso do JCQ recomendam a utilização de
apenas cinco, das nove questões sobre “demandas psicológicas”. As quatro opções de resposta
variam de “concordo totalmente” a “discordo totalmente” (Job content questionnaire center).
Uma versão abreviada do JCQ foi apresentada por Theorell et al. (1988), o Swedish
Demand Control (Support) Questionaire (DCSQ), com dezessete questões: cinco sobre
“demandas psicológicas”, seis sobre controle, sendo quatro sobre o “uso de habilidades” e duas
sobre “autonomia para a decisão”, e seis questões sobre “apoio social no trabalho”. As opções de
resposta para as dimensões “demandas psicológicas” e “controle” são baseadas em frequência,
variando de “frequentemente” a “nunca ou quase nunca”. As opções para a dimensão “apoio
social no trabalho” variam de “concordo totalmente” a “discordo totalmente”. No DCSQ, esta
dimensão está mais orientada à atmosfera no ambiente de trabalho, enquanto o JCQ avalia o
apoio de supervisores e de colegas de trabalho.
Estes dois questionários têm em comum três dimensões: “demandas psicológicas”,
“controle” e “apoio social no trabalho”. A dimensão “demandas psicológicas” aborda o ritmo de
trabalho e a quantidade de conflito existente nas relações de trabalho. A dimensão “controle”
aborda a amplitude ou margem de decisão que o trabalhador possui em relação à autonomia para
tomada de decisões e a possibilidade de uso e desenvolvimento de suas habilidades. Por último, a
dimensão “apoio social no trabalho” aborda os níveis de interação social presentes no ambiente
de trabalho (KARASEK, 1990; KARASEK et al., 2007).
26
O questionário adotado no estudo WHITEHALL aplicado a funcionários públicos
britânicos representa uma adaptação do JCQ, semelhante ao DCSQ, em que foram adicionadas
questões de “autonomia para decisão” e as opções de respostas são baseadas em frequência, como
no DCSQ (LANDSBERGIS et al., 2000).
O segundo método de avaliação de estresse no trabalho é a matriz de exposição
ocupacional (job-exposure matrix), elaborada com base em inquéritos nacionais com a população
trabalhadora de vários países, tais como Estados Unidos, Suécia, França e Inglaterra, nos quais as
ocupações foram classificadas segundo os escores obtidos na aplicação de questionários
(LANDSBERGIS et al., 2000). Niedhammer, Chastang et al. (2008) avaliaram a validade da
matriz de exposição ocupacional, em comparação ao JCQ, em um banco de dados representativo
da população francesa, usando o coeficiente de correlação de Pearson (ρ), o coeficciente Kappa
(κ), sensibilidade (s) e especificidade (e). Quando se utilizou a classificação de três e quatro
dígitos para ocupação, houve baixa concordância nas dimensões “demandas psicológicas” (ρ:
0,28-0,32 e κ: 0,16-0,22) e “apoio social no trabalho” (ρ: 0,14-0,22 e κ: 0,06-0,12), com maior
magnitude para “controle” (ρ:0,46-0,50 e κ 0,32-0,34), que se refletiu nos respectivos resultados
de sensibilidade (sd: 0,69-0,87, sa: 0,78-0,81 e sc: 0,58-0,80) e especificidade (ed: 0,27-0,52; ea:
0,27-0,32 e ec: 0,51-0,76).
O terceiro método é baseado no conhecimento sobre a organização do trabalho nas
diferentes ocupações e é referido como medidas “objetivas”. O estudo inglês WHITEHALL
recrutou especialistas independentes para avaliação dos locais de trabalho e comparou os
resultados obtidos com os provenientes das avaliações individuais dos trabalhadores. Apesar da
concordância entre as medidas objetivas e subjetivas não ser alta, especialmente para as
dimensões “demandas psicológicas” e “apoio social no trabalho”, a magnitude da associação
entre ambiente psicossocial de trabalho e doença coronariana foi semelhante (OSTRY et al,
2001).
Theorell (1996) propôs algumas regras gerais para a escolha do método de observação de
acordo com o objetivo da pesquisa: a) na situação cujas circunstâncias não foram ainda bem
exploradas ou quando a intenção é identificar novidades, como num cenário novo, seria preferível
utilizar entrevistas ou observações contendo questões abertas; b) quando o objetivo é promover
melhorias no ambiente de trabalho em longo prazo, a opção por metodologias que promovam o
engajamento dos trabalhadores no processo, ou seja, com questões abertas, permite que os
27
trabalhadores possam emitir opiniões e sugestões; c) métodos padronizados são preferíveis em
situações em que o objetivo é obter informações para a compreensão de como o fenômeno
psicossocial se relaciona com um determinado desfecho ou para alocação de recursos, porque
permitem comparações; d) a combinação de métodos pode auxiliar em situações em que se
percebe pouca motivação por parte dos empregados em participar da pesquisa, por exemplo, por
uma baixa frequência de participação ou pior qualidade das respostas; e) questionários anônimos
e autoadministrados podem ser preferíveis em ambientes de tensão ou na suspeita de que os
observadores/entrevistadores não são independentes.
Por serem avaliações subjetivas, os questionários autoadministrados podem interferir na
avaliação do desfecho estudado, especialmente se esse também for autoreferido, o que pode ser
particularmente grave nos estudos seccionais. Ou seja, indivíduos sabidamente doentes tendem a
perceber a realidade de uma forma diferente, o que levaria a viés por possível efeito recíproco,
mais evidente nos portadores de transtornos mentais (DE LANGE et al., 2005).
As alternativas consideradas mais objetivas, não necessariamente mais válidas, são a
matriz de imputação e a avaliação de especialistas (OSTRY et al., 2001; THEORELL;
HASSELHORN, 2005; NIEDHAMMER et al., 2008). A matriz de imputação pela ocupação é
elaborada com base nos resultados de inquéritos anteriores e a média das avaliações subjetivas
obtidas para cada grupo ocupacional, por faixa etária e sexo, é atribuída aos indivíduos a serem
estudados. Consequentemente, este método diminui a variância dentro dos grupos e parte do
pressuposto que o perfil de estresse atribuído às ocupações é estável ao longo do tempo. O
segundo método, a avaliação por especialistas, envolve percepções subjetivas do avaliador, mas
não do trabalhador (KRISTENSEN, 1996; DE JONGE et al., 1999; THEORELL;
HASSELHORN, 2005).
Avaliações detalhadas e minuciosas sobre questões especificas a um determinado grupo
ocupacional ou ambiente de trabalho, como por exemplo, profissionais de saúde, trabalhadores de
restaurantes, motoristas de ônibus ou trabalhadores da indústria, são valiosas para orientar
intervenções que promovam mudanças no estado de saúde daquele determinado grupo de
trabalhadores. Porém, por serem muito específicas, não permitem comparações entre diferentes
grupos ocupacionais ou entre ambientes de trabalho (LANDSBERGIS et al., 2000).
Abordagens capazes de captar características mais gerais do ambiente de trabalho, como
os níveis de demanda, controle e apoio social no trabalho, foram essenciais para o
28
desenvolvimento de teorias de estresse pela possibilidade de serem aplicadas a uma variedade de
ocupações. Estas abordagens são menos usadas nos estudos de intervenção porque se afastam da
experiência real de trabalho. Uma alternativa mais recente, o Occupational Stress Index (OSI),
engloba questões relacionadas ao modelo demanda e controle e outras questões mais especificas
da ocupação (BELKIĆ et al, 1994; LANDSBERGIS et al, 2000).
1.3.3 Validade e confiabilidade dos instrumentos Job Content Questionnaire (JCQ) e Demand
Control (Support) Questionnaire (DCSQ)
O Job Content Questionnaire (JCQ) é o instrumento mais amplamente utilizado na
literatura internacional, porém as versões utilizadas variaram em quantidade de itens (ALVES et
al., 2007). A técnica conhecida como análise fatorial foi aplicada para avaliar a estrutura
dimensional do JCQ em estudos que incluíram diferentes subgrupos ocupacionais na Europa
(ESCRIBÀ-AGÜIR et al., 2001; NIEDHAMMER, 2002; FERRARIO et al., 2005;
NIEDHAMMER et al., 2006), na América do Norte (BRISSON; LAROCQUE, 2001; SALE;
KERR, 2002) e na Ásia (KAWAKAMI et al., 1995; KAWAKAMI; FUJIGAKI, 1996; CHENG
et al., 2003; LI et al., 2004; EDIMANSYAH et al., 2006; EUM et al., 2007). A consistência
interna variou de 0,60 a 0,81 para a dimensão “demandas psicológicas”; de 0,68 a 0,83 para
“controle”; e de 0,79 a 0,84 para “apoio social no trabalho”. A análise fatorial corroborou as
dimensões propostas originalmente. De um modo geral, os resultados foram satisfatórios e
comparáveis nos diferentes grupos, com algumas exceções para a dimensão demanda.
Araújo e Karasek (2008) investigaram a estrutura dimensional da versão brasileira do JCQ
em trabalhadores de empregos formais e não formais em uma cidade na Bahia. Para os dois
setores, seis fatores extraídos na análise fatorial corresponderam às seguintes dimensões:
“demandas psicológicas”, “uso de habilidades”, “autonomia para decisão”, “apoio de
supervisores”, “apoio de colegas de trabalho” e “demandas físicas”. O item ‘uso de habilidades’
se correlacionou com “demandas psicológicas” em ambos os setores. O item ‘demandas
contraditórias’ não se correlacionou com nenhuma dimensão nos dois setores, da mesma forma
que ‘trabalho repetitivo’ no setor de empregos formais.
29
A versão brasileira do JCQ (ARAUJO, 1999; ALVES et al., 2004) foi aplicada em
estudos seccionais que descreveram o trabalho de professores (FERNANDES; ROCHA, 2009) e
de profissionais de saúde (FOGAÇA et al., 2009), e em estudos de associação (REIS et al., 2005;
MAGNAGO, 2008). A prevalência de distúrbios psíquicos foi maior nos trabalhadores em
situação de alta exigência no trabalho (Razão de prevalência: RP = 1,74; IC 95%: 1,40-2,10) e de
trabalho ativo (RP = 1,35; IC 95%: 1,10-1,60) em professores da Bahia, quando comparada à
situação de baixa exigência (REIS et al., 2005). A investigação sobre o trabalho de adolescentes
revelou que alta exigência no trabalho esteve diretamente associada ao relato de dores no corpo
(odds-ratio: OR = 3,30), a ocorrência de acidentes de trabalho (OR = 3,00) e inversamente
relacionada à duração do sono (p<0,01) (FISCHER et al., 2005).
O Demand Control (Support) Questionnaire (DCSQ) tem sido mais utilizado nos países
escandinavos. Como já exposto anteriormente, não se trata apenas de uma versão abreviada do
JCQ. As opções de resposta refletem a frequência dos acontecimentos e o cálculo do escore é a
soma simples das pontuações obtidas nos itens, ao contrário do JCQ cujo escore é obtido pela
soma ponderada. O estudo de Karasek et al. (2007) mostrou uma concordância moderada entre as
respostas, mesmo quando se testou diferentes pontos de corte para a definição de alta exigência
no trabalho. A avaliação das propriedades psicométricas do DCSQ restringiram-se às análises de
consistência interna (THEORELL, 1996) e a um estudo que confirmou o modelo tridimensional
(demandas, controle e apoio social no trabalho) na análise fatorial exploratória (SANNE et al.,
2005).
Mais recentemente, Griep et al. (2009) avaliaram as propriedades psicométricas da versão
brasileira do DCSQ e encontraram adequada consistência interna para as dimensões “demandas
psicológicas”, “controle” e “apoio social no trabalho” (α ≥ 0,50) e um ajuste adequado nos
modelos de análise fatorial confirmatória realizados para as dimensões “demandas psicológicas”
e “apoio social no trabalho” do DCSQ. Para a dimensão “demandas psicológicas”, o modelo com
melhor ajuste considerou uma correlação entre os itens ‘rapidez para a realização das tarefas’ e
‘intensidade do trabalho’. Um modelo de segunda ordem foi proposto para a dimensão
“controle”, considerando “uso de habilidades” e “autonomia para decisão” como dimensões de
primeira ordem, porém este modelo não convergiu, ou seja, não foi possível de ser estimado.
A versão brasileira do DCSQ foi adaptada por Alves et al. (2004) e utilizada em estudos
seccionais, para os quais, em geral, a exposição alta exigência no trabalho foi definida pelos
30
quadrantes de Karasek (KARASEK; THEORELL, 1990). Os estudos seccionais revelaram
ausência de associação com hipertensão arterial, em mulheres funcionárias públicas (RP = 0,93;
IC 95%: 0,70-1,20) (ALVES et al., 2009), com impedimento laboral por motivos de saúde em
trabalhadores de restaurantes (RP = 0,42; IC 95%: 0,4-1,7) (AGUIAR, 2009) e com acidente de
trabalho (coeficiente beta da razão demanda/controle: β = 0,05, p>0,05) (BRITO, 2007). Macedo
et al. (2007) encontraram associação direta com interrupção das atividades habituais, cuja
magnitude do efeito permaneceu estatisticamente significativa em homens após ajustar para
transtornos mentais comuns (RP = 1,69; IC 95%:1,30-2,20), mas não em mulheres (RP = 1,23; IC
95%: 1,00-1,50). Lopes et al. (2009) detectaram uma associação direta com transtornos mentais
comuns em mulheres (RP = 1,43; IC 95%: 1,20-1,70), mas não para homens (RP = 1,30; IC 95%:
1,00-1,70).
1.3.4 Operacionalização da variável estresse no trabalho: limitações metodológicas
A variável estresse no trabalho pode ser operacionalizada de diferentes maneiras.
Classicamente, Karasek (1990) propõe a avaliação em quadrantes, com pontos de corte definidos
pela média ou mediana da distribuição de demanda e controle. Uma alternativa para formulação
de “job strain” é a razão obtida pela divisão entre os escores de demanda e de controle, utilizada
com maior frequência na Ásia. Esta razão também vem sendo operacionalizada de diferentes
maneiras, mais comumente como uma variável contínua (MURATA et al., 2000) ou em percentis
da distribuição (KONDO et al., 2006). Poucos estudos avaliaram separadamente as dimensões
demanda e controle, notável nos estudos que imputaram os escores pela matriz de ocupações
(KARASEK et al., 1988; JOHNSON et al., 1996).
Com o intuito de mapear o cenário atual de operacionalização da variável estresse no
trabalho, procedeu-se uma revisão de artigos publicados no Pubmed que utilizaram o modelo
Demanda e Controle. Dos 231 artigos selecionados, 64% (141/221) definiram os quatro
quadrantes de Karasek, dos quais 70% utilizaram a mediana como ponto de corte nas dimensões
(ALVES et al., 2007). Para reduzir possíveis erros de classificação, alguns autores sugerem a
investigação em um mesmo estudo de diferentes pontos de corte (LANDSBERGIS et al., 1994;
31
COURVOISIER; PERNEGER, 2010), entre os quais tercis (GREEN; JOHNSON, 1990) ou
quartis (HALLQVIST et al., 1998), excluindo-se as categorias com valores de demanda e
controle próximos da média, como mostrado na figura 2 (KARASEK et al., 2007).
Até o momento, o modo de operacionalização da variável alta exigência no trabalho e
respectivas dimensões ainda é tema de investigação. Infelizmente, ainda são raros os estudos
comparativos entre os resultados obtidos por diferentes instrumentos e/ou formas de análise da
variável estresse no trabalho (LANDSBERGIS et al., 1994; KARASEK et al., 2007;
NIEDHAMMER et al., 2008).
33
2 HIPERTENSÃO ARTERIAL
2.1 Conceito
Hipertensão arterial, assintomática na maioria de seus portadores, é um dos mais
importantes fatores de risco proximais para as doenças cardiovasculares, ao lado do tabagismo e
da hipercolesterolemia (STOKES et al., 1989; PICKERING, 1999). Níveis elevados de pressão
arterial, tanto sistólica quanto diastólica, estão associados à maior mortalidade e ocorrência de
doença coronariana, acidente vascular cerebral e doença renal, entre outras complicações
(LEWINGTON et al., 2002; HAJJAR et al., 2006).
A definição de hipertensão arterial essencial se modificou ao longo dos anos em razão dos
avanços no conhecimento da fisiopatologia da doença e dos estudos populacionais. O III
Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO
et al., 1999) define esta doença como uma “síndrome caracterizada pela presença de níveis
tensionais elevados, associados a alterações metabólicas e hormonais e a fenômenos tróficos
(hipertrofias cardíaca e vascular)”. Trata-se de uma doença crônica definida pela presença
persistente de pressão arterial elevada, em níveis iguais ou acima de 140 mmHg para pressão
sistólica ou de 90 mmHg para pressão diastólica, sem a evidência de causas primárias associadas,
tais como: hiperaldosteronismo primário por causa de hiperplasia da glândula supra-renal,
adenoma, carcinoma ou de causa genética; feocromocitoma; hiper e hipotireoidismo;
hiperparatireoidismo; ou doença renovascular. Estes limites tensionais foram corroborados na V
Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO et
al., 2007) e nas recomendações da Associação Médica Americana – JNC VII (CHOBANIAN et
al, 2003), da Sociedade Europeia de Hipertensão Arterial (EUROPEAN SOCIETY OF
HYPERTENSION; EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY, 2003) e da Organização
Mundial de Saúde (WORLD HEALTH ORGANIZATION; INTERNATIONAL SOCIETY OF
HYPERTENSION, 2003). Em estudos epidemiológicos, além dos níveis tensionais, o uso de
medicação anti-hipertensiva é considerado na definição de caso (HAJJAR et al., 2006).
O diagnóstico de hipertensão arterial se baseia no pressuposto de que foram adotadas as
técnicas apropriadas de aferição, com pelo menos duas medidas realizadas por profissionais de
34
saúde. Medidas realizadas na residência ou médias obtidas por monitoramento ambulatorial de
pressão arterial (MAPA) tendem a obter valores menores dos que as realizadas em serviços de
saúde. Por esse motivo, o MAPA é o procedimento considerado mais acurado, em relação às
medidas pontuais de pressão arterial, porque detecta flutuações diárias (EUROPEAN SOCIETY
OF HYPERTENSION; EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY, 2003; FAGARD et al.,
2005; SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO et al., 2005). Os níveis de pressão
arterial costumam ser mais altos durante o horário de trabalho em relação aos momentos de lazer,
e nos dias de trabalho em comparação aos dias de folga, finais de semana e feriados
(PICKERING, 1997; CARELS et al., 1998).
2.2 Magnitude e fatores determinantes
A maioria dos estudos de incidência ocorreu nos Estados Unidos, notadamente
representados pelos estudos NHANES-I - National Health and Nutrition Examination Survey
(HARLAN et al., 1984) e Framingham (DANNENBERG et al., 1988). Em adultos, a pressão
sistólica e a diastólica aumentaram progressivamente com a idade, independente do sexo e da
raça (HARLAN et al., 1984; MADANS et al., 1986; DANNENBERG et al., 1988). Porém, o
estudo MONICA (Multinational Monitoring of Trends and Determinants of Cariovascular
Disease) mostrou que este padrão não é o mesmo para os paises não industrializados, talvez pelo
baixo teor de sal na dieta destas populações (HAJJAR et al., 2006).
A prevalência de hipertensão arterial variou de 29 a 55% nos países desenvolvidos, 25 a 43%
na América Latina, 20 a 37% na Ásia e 14 a 34% na África, sendo a menor prevalência registrada na
área rural da Índia (5,2%) e a maior na Polônia (70,7%) (KEARNEY et al., 2004). O estudo
MONICA foi o maior inquérito internacional sobre hipertensão arterial já realizado; revelou
prevalência alta em todos os 22 paises pesquisados, que variou de 20 a 50%, sendo menores nas
áreas rurais quando comparadas às urbanas (WOLF et al, 1997). Em países em desenvolvimento,
a tendência secular foi de aumento da prevalência, enquanto nos países desenvolvidos houve um
decréscimo que parece estar sendo revertido (HAJJAR et al., 2006).
35
No Brasil, nos poucos estudos realizados (com amostras que não representavam o
conjunto da população do país), a prevalência de hipertensão arterial se mostrou elevada,
variando de 22% a 44% da população urbana adulta. Embora tenha predominado na fase adulta,
sua prevalência em crianças e adolescentes não foi desprezível (SOCIEDADE BRASILEIRA DE
HIPERTENSÃO et al., 2007). Como nos Estados Unidos, no Brasil a prevalência aumentou com
a faixa etária (HAJJAR et al., 2006; SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO et al.,
2007).
Na maioria dos estudos, a prevalência foi maior em homens do que nas mulheres na faixa
etária pré-menopausa, porém, após a menopausa, este padrão se inverteu (HAJJAR et al., 2006).
Em relação à raça/etnia, a prevalência foi maior entre negros americanos (FRAZIER, 2000) do
que em negros nativos do Caribe e da África (COOPER et al., 2005). História familiar de
hipertensão arterial (VAN DER SANDE et al., 2001; KUPPER et al., 2005) e, mais
recentemente, fatores da vida precoce, como o baixo peso ao nascer, foram implicados
(FALKNER, 2002).
Fatores relacionados ao estilo de vida têm influência direta nos valores de pressão arterial,
sendo os principais: obesidade (COLHOUN et al., 1998; NEDER; BORGES, 2006), abuso de
álcool (BEILIN et al., 1999; HAJJAR et al., 2006), uso de cocaína e anfetamina (ZANCHETTI et
al., 2003), inatividade física (BLAIR et al., 1984; PUDDEY et al., 1992), uso de
anticoncepcionais (WILLIAMS et al., 2004) e uma variedade de componentes da dieta, como
excesso de sal (CUTLER et al., 1997) e de gordura saturada (CHAMPAGNE, 2006), e dieta
pobre em potássio (CAPPUCCIO; MAC GREGOR, 1991; STAMLER, 1997), frutas e vegetais
(BEILIN et al., 1999). Modificações em algumas combinações destes hábitos deletérios à saúde
podem produzir efeitos aditivos na redução dos níveis de pressão arterial, com resultados
importantes em todos os estágios de hipertensão arterial (HAJJAR et al., 2006).
O papel do tabagismo na pressão arterial é controverso. Alguns estudos seccionais
mostraram associação inversa (REED et al., 1982; HUGHES et al., 1993), enquanto os
longitudinais, uma associação direta independente do sexo (REED et al., 1982; HUGHES et al.,
1993). Considera-se que o efeito agudo direto e de pequena magnitude do tabagismo na pressão
arterial e os diferenciais encontrados para homens e mulheres ocorreram em virtude das
complexas relações entre tabagismo, consumo de álcool e índice de massa corporal, que
36
contribuiriam de modo mais importante para a ocorrência de doença cardiovascular do que para o
desenvolvimento de hipertensão arterial (PRIMATESTA et al., 2001).
Estudos mostraram uma relação inversa entre escolaridade e hipertensão arterial
(DUNCAN et al., 1993; PICKERING, 1999). Os mecanismos relacionados à determinação social
da hipertensão arterial e a direção da associação ainda não foram bem estabelecidos. As hipóteses
mais comumente consideradas postulam que essa relação é mediada por fatores de risco
proximais, tais como sedentarismo, obesidade, abuso de álcool, aspectos da dieta e/ou por
estressores de natureza psicossocial, entre os quais o controle sobre o processo de trabalho, apoio
social e hostilidade (COLHOUN et al., 1998).
As características individuais relacionadas ao modo de reação às situações da vida
cotidiana foram implicadas na determinação de alterações dos níveis pressóricos, de forma
distinta em homens e mulheres. Por exemplo, o padrão de comportamento tipo A, caracterizado
por sentimentos de urgência, impaciência, hostilidade, agressividade e competitividade, foi
associado a maiores níveis de pressão arterial em períodos de estresse, de atividades ou quando
combinado com outros traços comportamentais (CARELS et al., 1998). Mais recentemente, uma
meta-análise de seis estudos de coorte que avaliaram o efeito do estresse psicológico no aumento
da pressão arterial entre adultos (18 a 64 anos) mostrou que indivíduos com maior reatividade ao
estresse, caracterizada pela elevação e manutenção de níveis altos de pressão arterial mediante
exposição à situação de estresse (por exemplo, testes de matemática, exposição ao frio,
videogame), apresentaram maior risco para desenvolver hipertensão arterial (GASPERIN et al.,
2009).
Outros fatores do ambiente de trabalho avaliados incluíram: longas jornadas de trabalho,
trabalhos em turnos e exposição a riscos físicos e químicos. As longas jornadas de trabalho foram
associadas de forma direta com os níveis de pressão arterial, avaliada tanto pelo monitoramento
ambulatorial quanto pelo modo tradicional em um único momento (HAYASHI et al., 1996;
IWASAKI et al., 1998). O trabalho em turnos foi associado diretamente à elevação nos níveis de
pressão arterial por reversão do padrão pressórico usual do ciclo circadiano, ou seja, indivíduos
que trabalham em plantões noturnos apresentam picos de pressão arterial durante a noite de
trabalho com duração maior do que em períodos diurnos (CHAU et al., 1989; MORIKAWA et
al., 1999). Quanto aos riscos ocupacionais, a exposição cumulativa ao ruído foi a mais estudada e
37
apresentou resultados inconsistentes; estudos mostraram também associações entre as exposições
ao arsênico e ao chumbo e hipertensão arterial (SCHWARTZ et al., 2000).
38
3 ESTRESSE NO TRABALHO E HIPERTENSÃO ARTERIAL: RELEVÂNCIA DO
TEMA
Evidências empíricas sugerem uma associação causal entre estresse no trabalho, definido
pela combinação de altas demandas psíquicas e baixo controle sobre o processo de trabalho, e
doença cardiovascular (SCHNALL et al., 1994; BELKIĆ et al., 2004). Esta associação foi de
maior magnitude e mais consistente em homens, porém, foi pouco estudada em mulheres. Uma
meta-análise de 14 estudos prospectivos mostrou que alta exigência no trabalho esteve associada
a um excesso de risco para doença cardiovascular de 50% (KIVIMÄKI et al. 2006).
Os mecanismos biológicos propostos para explicar esta associação incluem alterações
cardiovasculares decorrentes da estimulação do sistema nervoso autônomo, dentre as quais,
elevações da pressão arterial, da frequência cardíaca e hipertrofia ventricular esquerda, que
combinados a história familiar (THEORELL, 1990) e outros fatores de risco, tais como
hipercolesterolemia, obesidade e tabagismo, contribuiriam para a ocorrência de doença
cardiovascular (SCHWARTZ et al., 2000; LOVALLO; GERIN, 2003; SCHWARTZ et al.,
2003).
3.1 Mecanismos biológicos propostos
Ainda são pouco conhecidos os mecanismos biológicos de elevação aguda dos níveis de
pressão arterial e aqueles pelos quais estes picos agudos se transformariam em um processo
crônico de hipertensão essencial (LOVALLO; GERIN, 2003; TREIBER et al., 2003). A reação
aguda ao estresse, conhecida como “luta e fuga”, geraria uma elevação transitória da pressão
arterial, que quando decorrente de exposições repetidas aos estressores ambientais poderia
resultar na manutenção destes níveis elevados, desencadeando o quadro de hipertensão arterial. A
ausência de atividade física de resposta ao estresse, frequente nos dias atuais, promoveria um
aumento na magnitude da resposta pressórica à ativação simpática (TREIBER et al., 2003).
A hipótese é de que os grupos de menor nível socioeconômico apresentariam maior
prevalência de hipertensão arterial por estarem frequentemente submetidos a níveis elevados de
39
estresse crônico, seja por carências materiais, conflitos sociais e/ou desgaste no trabalho
(SCHWARTZ et al., 2000). Os mecanismos apontados podem ser diretos, por aumento da carga
alostática e descarga simpática, e indiretos, ou seja, promovendo hábitos de vida deletérios,
fatores de risco para a hipertensão arterial (THEORELL et al., 1984; SCHWARTZ et al., 2003;
MC EWEN; GIANAROS, 2010).
Entre os mecanismos diretos, três modelos biológicos são considerados (SCHWARTZ et
al., 2000; SCHWARTZ et al., 2003). O primeiro mecanismo considera que a resposta pressórica
é decorrente da ativação simpática consequente a reação aguda ao estresse e estaria exacerbada se
não estiver acompanhada de um esforço físico, indutor de vasodilatação muscular (MCEWEN,
1998a; b). Desta forma, enquanto em curto prazo a reação é adaptativa, a longo prazo pode não
ser, dependendo da intensidade e do tempo de exposição aos estressores ambientais, além da
natureza destes (CARROLL et al., 2003; MC EWEN; GIANAROS, 2010).
Os fatores relacionados às alterações agudas nos níveis de pressão arterial não são os
mesmos que contribuem para as alterações crônicas (SCHWARTZ et al., 2003). O componente
“fásico” da pressão sanguínea está relacionado às flutuações que ocorrem durante o dia em
resposta às circunstâncias ambientais, enquanto as que ocorrem no período noturno, de descanso,
são conhecidas como o componente “tônico”, que está relacionado ao desencadeamento da
hipertensão essencial. A ativação repetida da reação aguda ao estresse, isto é, episódios repetidos
de aumento da pressão arterial, podem desencadear mudanças estruturais gradualmente no
sistema cardiovascular e resultar em níveis basais de pressão arterial elevados.
Neurotransmissores adrenérgicos e outras substâncias, como angiotensina e insulina, favorecem a
hipertrofia da musculatura lisa vascular e a hiperreatividade ao estímulo vasoconstritor (RUDIC;
FULTON, 2009).
O segundo mecanismo foi denominado de reação de frustração (learned helplessness).
Quando mantidas, podem provocar efeitos muito mais prejudiciais do que reações fortes e
prolongadas de defesa. A reação de frustração está relacionada à ativação do eixo hipotálamo-
hipofisário, com liberação gradual de glicocorticoides, que persiste em níveis elevados durante
muito mais tempo após a cessação do estimulo estressante do que as catecolaminas. Então, é
possível que os glicocorticoides desempenhem um papel mais importante nas situações de
estresse crônico (SCHWARTZ et al , 2000; STERN et al , 2009).
40
O terceiro mecanismo considera que o esforço seguido de frustração está associado a
elevações tanto de catecolaminas quanto de cortisol. Dados empíricos mostram que o esforço sem
frustração é modulado pelo controle sobre as ações, que age reduzindo os efeitos negativos. Este
modelo ainda não foi testado laboratorialmente (SCHWARTZ et al, 2003).
3.2 Exigência no trabalho (job strain) e hipertensão arterial
Desde a década de 1970, vários estudos têm investigado a associação entre alta exigência
no trabalho e fatores determinantes de doenças cardiovasculares, em especial doença coronariana.
Hipertensão e elevação da pressão arterial, juntamente com obesidade, uso de tabaco e álcool são
desfechos que têm feito parte desta agenda de investigação (SCHNALL et al., 1992;
LANDSBERGIS et al., 1994; THEORELL; KARASEK, 1996; PICKERING, 1999;
PRIMATESTA et al., 2001; CARROLL et al., 2003; KANG et al, 2005; MATTHEWS et al.,
2010).
Neste contexto, duas estratégias analíticas têm sido adotadas. A primeira avalia se alta
exigência no trabalho está associada a maior incidência ou prevalência de hipertensão arterial,
definida segundo critérios diagnósticos baseados nos níveis pressóricos e no uso de
medicamentos específicos (ALBRIGHT et al., 1992; ALFREDSSON et al., 2002). A segunda
hipótese avalia se os trabalhadores normotensos expostos a situação de estresse no trabalho
apresentam alterações nos níveis de pressão sistólica ou diastólica (KAWAKAMI et al., 1998;
SCHNALL et al., 1998).
Alguns estudos mostraram que alta exigência no trabalho esteve associada a elevações da
pressão arterial quando aferida por monitoramento ambulatorial de pressão arterial (BELKIĆ;
LANDSBERGIS et al., 2000), mas os resultados não foram consistentes quando a medida foi
realizada de forma casual, ou seja, o máximo de três aferições realizadas por profissionais
treinados em um único momento (SCHNALL et al., 1994).
41
4 JUSTIFICATIVA
O modelo demanda e controle foi idealizado na década de 1970 e desde então o mundo de
trabalho vem passando por mudanças profundas, não apenas no modo de organização e nas
relações de trabalho, na incorporação de novas ocupações e no perfil sociodemográfico dos
trabalhadores, caracterizado pelo envelhecimento e incorporação cada vez maior das mulheres no
mercado de trabalho (FERRIE et al., 2008). Este fato tem gerado discussões a respeito da
pertinência do modelo demanda controle, das dimensões relacionadas e dos instrumentos
disponíveis para aferição, no atual mundo do trabalho (CHOI et al., 2008; JOHNSON, 2008;
KARASEK, 2008).
O DCSQ é uma versão abreviada do JCQ e, portanto, mais facilmente aplicável no
contexto de estudos multidimensionais. A adaptação transcultural de instrumentos de aferição
deve investigar em que medida as diferentes versões do instrumento avaliam o construto do
mesmo modo que o originalmente proposto (HERDMAN et al., 1998). No entanto, a versão
original sueca do DCSQ foi avaliada exclusivamente pela consistência interna (THEORELL,
1996) e poucos estudos avaliaram as propriedades psicométricas de suas diferentes versões
(SANNE et al., 2005; GRIEP et al., 2009),
Revisões narrativas avaliaram a associação entre alta exigência no trabalho e hipertensão
arterial e concluíram pela inconsistência dos achados (SCHNALL et al., 1994; BELKIĆ et al.,
2000). No entanto, apenas duas revisões sistemáticas foram identificadas: a primeira classificou
os estudos segundo a direção da associação, para desfechos de hipertensão ou elevação dos níveis
de pressão arterial (MANN, 2006); enquanto a segunda apresentou uma meta-análise dos estudos
prospectivos que avaliaram estresse ocupacional, caracterizado não apenas pelo modelo demanda
controle, mas também pela exposição aos ruídos e eventos produtores de estresse
(SPARRENBERGER et al., 2009). Nenhuma das revisões avaliou especificamente a associação
entre alta exigencia no trabalho e hipertensão arterial e explorou em que medida diferentes
métodos de avaliação da exposição ou desfecho influenciaram nos resultados encontrados.
42
5 OBJETIVOS
5.1 Geral
Avaliar a validade dimensional da escala abreviada de demanda e controle de Theorell e
os resultados dos estudos de associação entre alta exigência no trabalho e hipertensão arterial.
5.2 Específicos
5.2.1 Parte 1: Validade da escala abreviada de demanda controle
Avaliar a estrutura dimensional e consistência interna da versão brasileira da escala
abreviada de demanda controle, quando aplicada a trabalhadores de hospitais e de
restaurantes;
Comparar a validade dimensional da versão brasileira com a original da escala abreviada
de demanda controle a original sueca, quando aplicada a dois conjuntos de trabalhadores
de hospital no Brasil e na Suécia;
5.2.2 Parte 2: Associação entre alta exigência no trabalho e hipertensão arterial
Sintetizar os resultados dos estudos de associação entre alta exigência no trabalho (e
respectivas dimensões) e hipertensão arterial.
43
6 MÉTODOS
Nesta seção são apresentados maiores detalhes das fontes de dados, instrumentos,
variáveis e procedimentos estatísticos empregados, evitando repetir conteúdos já apresentados
nos artigos (apêndice A).
6.1 Parte 1: Validade da escala abreviada de demanda controle
6.1.1 Validade: conceito
Validade representa a capacidade de um instrumento de aferição em medir um construto1
de interesse para o qual foi proposto (LAST, 2001), de forma que, as diferenças obtidas no escore
total deste instrumento expressem graus diferentes da característica que se pretende medir
(STREINER; NORMAN, 2003).
Classicamente, três tipos de validade são considerados na avaliação de instrumentos de
aferição: de face (ou conteúdo), de critério e de construto (LANDY, 1986). A validade de face ou
conteúdo avalia a extensão em que os itens, as dimensões e as próprias escalas contemplam o
conteúdo do construto de interesse, com base em pressupostos teóricos e na avaliação por
especialistas. A validade de critério, frequentemente considerada na avaliação de novos testes
diagnósticos, mede a concordância entre os resultados obtidos pelo instrumento a ser validado
com os obtidos por outro considerado padrão de referência (gold standard). A validade de
construto, normalmente considerada quando não há um padrão aceito de referência, baseia-se em
hipóteses teóricas específicas, e mede a extensão em que os resultados obtidos pelo instrumento a
ser testado se correlaciona com outros instrumentos ou variáveis, (CRONBACH; MEEHL, 1955;
STREINER; NORMAN, 2003).
1 Construto é definido como uma variável latente (não observada diretamente) que representa uma característica ou processo psicológico que contribuiria para diferenças encontradas no comportamento individual ou do grupo (STRAUSS; SMITH, 2009)
44
Recentemente, o conceito de validade de construto se tornou mais abrangente,
compreendendo um conjunto de evidências que confirmam as hipóteses teóricas sobre o padrão
de inter-relações itens/dimensões do construto a ser aferido, e entre este e outros construtos.
Dentro desta perspectiva mais ampla, a validade de construto inclui, entre outras, a validade de
face ou conteúdo, a avaliação da estrutura dimensional (validade dimensional) e a avaliação sobre
o grau em que o instrumento a ser validado se correlaciona com outros construtos (STRAUSS;
SMITH, 2009). Em conjunto, estas evidências permitem assunções sobre a interpretação dos
resultados (ou dos escores da escala), particularmente, quando consistentes em diferentes
subgrupos da população. Sendo assim, validade de construto se refere a um processo de validação
de instrumentos de aferição de construtos e de teorias as quais estes construtos integram
(CRONBACH; MEEHL, 1955; STRAUSS; SMITH, 2009).
Com a validade dimensional, avalia-se se a estrutura uni ou multidimensional proposta
teoricamente para a escala a ser testada confirma-se empiricamente em um conjunto de dados
obtidos de amostras da população-alvo que contenham a característica que se quer medir (SMITH
et al., 2009). Para esta tese, a estrutura dimensional da escala demanda e controle foi analisada
por meio de análise fatorial exploratória e confirmatória, em amostras de trabalhadores brasileiros
e suecos, com o objetivo de avaliar em que medida a estrutura de inter-relações itens-dimensões
confirma o modelo teórico proposto para o construto estresse no trabalho, definido segundo o
modelo proposto por Karasek e Theorell (1990).
As evidências em favor de hipóteses teóricas sobre a relação entre dimensões e/ou
construtos latentes podem ser obtidas por meio de diferentes indicadores, dentre os quais, as
validades convergente e discriminante (CAMPBELL; FISKE, 1959). Segundo Campbell e Fiske
(1959), a correspondência entre construtos similares ou entre diferentes instrumentos concebidos
para avaliar o mesmo construto deveria se comprovar empiricamente (validade convergente). Em
contraste, a validade discriminante reflete a extensão em que o instrumento a ser testado, ou o
construto a que este se refere, não se correlaciona com (ou diverge de) outros construtos
teoricamente não relacionados (STRAUSS; SMITH, 2009).
Segundo Campbell & Fiske (1959), validade convergente e discriminante devem ser
avaliadas simultaneamente por meio da “matriz multitraço/multimétodo” (CAMPBELL; FISKE,
1959). Neste contexto, a validade convergente é definida pelas correlações entre medidas de uma
mesma característica - “traço” - obtidas por diferentes métodos. Por sua vez, a validade
45
discriminante se traduz em dois tipos de coeficientes de correlação: as correlações entre medidas
de “traços” diferentes que são fornecidas pelo mesmo método de aferição (“heterotrait-
monomethod coefficients”), e as correlações entre medidas de diferentes “traços” que são obtidas
usando diferentes métodos de aferição (“heterotrait-heteromethod coefficients”). Sendo assim,
espera-se que os coeficientes de correlação obtidos na avaliação de validade discriminante sejam
consistentemente menores do que os de validade convergente, ou seja, a correlação entre
indicadores de diferentes construtos/dimensões devem ser menores do que os propostos para um
mesmo construto ou dimensão (RAYKOV, 2010).
Nesta tese, a validade convergente e discriminante engloba dois componentes: 1) o
componente interno ao instrumento, referente à estrutura dimensional, diz respeito a
“convergência” entre itens de uma mesma dimensão e a “divergência” entre itens/dimensões
supostamente não correlacionados; e 2) o componente externo, relacionado ao processo
psicológico subjacente definido teoricamente, consiste da avaliação empírica sobre a relação
entre dois construtos teoricamente relacionados, ou seja, o grau em que o instrumento em questão
diferencia indivíduos que apresentam diferentes características, sejam estas sociodemográficas,
clínicas ou psicológicas.
As hipóteses consideradas nesta tese para avaliação da validade da escala abreviada de
demanda controle incluíram:
1) A escala abreviada de demanda e controle deve seguir um padrão de inter-relação
itens-dimensões compatível com o proposto no modelo teórico demanda controle;
2) A estrutura de dimensionalidade deve ser semelhante em diferentes contextos
socioculturais;
3) A correlação entre itens de uma mesma dimensão deve ser maior do que a
correlação entre as dimensões (fatores);
4) Os escores obtidos nas dimensões da escala abreviada de demanda e controle
devem permitir discriminar indivíduos de diferentes estratos socio-ocupacionais.
46
6.1.2 Fontes de dados
As análises constantes dos dois primeiros artigos desta tese utilizaram as seguintes fontes
de dados: a) “Estudo de coorte em trabalhadores do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas
- Programa de Saúde no IPEC (PROSEC)” (PASSOS et al., 2003), b) a tese de doutorado
“Aspectos Psicossociais do Impedimento Laboral por Motivos de Saúde em Trabalhadores de
Cozinhas Industriais” (AGUIAR, 2009) e, c) o Estudo SLOSH 2006 - Swedish Longitudinal
Occupational Survey of Health (KINSTEN et al., 2007).
6.1.2.1 O Estudo PROSEC
O Estudo PROSEC foi elaborado com o intuito de subsidiar ações em saúde do
trabalhador de unidades hospitalares. Foram utilizados os dados do inquérito aplicado ao censo
de trabalhadores em exercício no IPEC/Fiocruz, realizado no período de 2004 a 2005.
a) População de estudo, critérios de inclusão e exclusão
O total de 497 trabalhadores foram considerados elegíveis, entre os quais: servidores com
vínculo empregatício com a Fiocruz, cedidos de outras instituições públicas, pesquisadores
visitantes ou prestadores de serviço em efetivo exercício no ano de 2003, com permanência
mínima prevista de dois anos.
Foram excluídos do estudo os indivíduos com permanência prevista menor do que dois
anos. Na primeira etapa do estudo, a cobertura populacional foi de 85,3% para o preenchimento
dos questionários e de 80,7% para a aferição de pressão arterial (figura 3).
47
Figura 3 – Cobertura populacional do Estudo PROSEC, 2004-2005.
b) Etapas da pesquisa, instrumentos de coleta, treinamento e supervisão da equipe, e pré-testes
A coleta de dados foi realizada por meio de questionário autoadministrado e incluiu as
seguintes informações: dados sociodemográficos; transtornos mentais menores (General Health
Questionaire – GHQ-12); eventos estressores psíquicos nos últimos 12 meses (DSM – IV);
atividades, aspectos psicossociais (DCSQ) e práticas de segurança no ambiente de trabalho;
tabagismo (Fägestrom), consumo de álcool (Cage e Audit) e de medicamentos; hábitos
alimentares e prática de exercícios físicos; altura e peso autoreferidos; utilização de serviços de
saúde; situação vacinal; saúde da mulher; apoio social e qualidade de vida (WHOQOL-bref) (ver
anexo A). O pré-teste do questionário contou com a participação de 20 voluntários com
características semelhantes à população do estudo, cujo objetivo foi avaliar a compreensão,
formatação, suficiência de opções de respostas e aceitação do questionário.
48
O grupo de nove aplicadores foi constituído por estudantes universitários de Farmácia e
de Enfermagem, supervisionados por cinco servidores. O período de treinamento foi de
aproximadamente 80 horas e incluiu reuniões de apresentação da pesquisa, do questionário e do
termo de consentimento livre e esclarecido, enfatizando o compromisso e a responsabilidade em
promover a adesão da população alvo e garantir a qualidade das informações; treinamento para
recepção dos participantes, preservação do sigilo, aferição da pressão arteial (SOCIEDADE
BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO et al., 1999) e entrega do material. Foi elaborado um manual
de procedimentos e entregue aos aplicadores e supervisores (ver anexo B). Um estudo piloto foi
realizado com a participação de 10 voluntários, com diferentes níveis de escolaridade, para
observar o adequado cumprimento de todas as etapas da coleta de dados.
c) Recrutamento, registro, coleta de dados e cobertura populacional
A identificação da população de trabalhadores por setores de trabalho foi obtida no
serviço responsável pela gestão de recursos humanos. A cada indivíduo foi associado um número
de registro (código) aleatório por outro profissional técnico treinado que não participou da análise
dos dados. Este número foi utilizado para identificação dos questionários e dos envelopes que
foram lacrados ao final do preenchimento. Os nomes dos participantes foram excluídos do banco
utilizado para análise de dados. As informações que relacionavam o número do questionário e
nome dos participantes foram armazenadas em banco de dados com senha de segurança que
permanece sob a guarda do coordenador da pesquisa. Todos os pesquisadores, colaboradores e
técnicos envolvidos na análise do banco de dados assinaram um termo de sigilo (anexo C).
Os supervisores tinham as seguintes atribuições: observação e controle de frequência dos
aplicadores, conferência e distribuição do material; conferência e guarda do material devolvido,
que incluía os questionários preenchidos em envelopes lacrados e etiquetados, os estetoscópios,
os esfigmomanômetros, as fitas métricas e os formulários de frequência dos participantes.
A sala destinada ao preenchimento do questionário ficava fora do setor de trabalho da
maioria dos participantes, era reservada e sem acesso a telefone. Os aplicadores não tiveram
acesso às informações do questionário que, ao final de cada turno, eram encaminhados aos
supervisores. Os questionários foram lidos por meio de scanners utilizando o software
TELEform versão 8.0 e, após conferência por um técnico treinado, os dados foram consolidados
49
em um banco de dados no formato do programa Statistical Package for the Social Sciences
SPSS-WIN versão 15.
d) Controle de qualidade
O controle de qualidade dos dados foi feito por dois técnicos treinados, de modo
independente, por meio da conferência dos questionários preenchidos com o banco de dados.
Relatórios de consistência foram elaborados com para checar o cumprimento das regras de pulo,
o preenchimento de mais de uma opção de resposta para o mesmo item e incoerências das
respostas. Estes procedimentos foram realizados no programa Statistical Package for the Social
Sciences SPSS-WIN, versão 15.0.
e) Considerações éticas
Os trabalhadores participantes leram e assinaram o termo de consentimento livre e
esclarecido (anexo C). Todos os participantes receberam as orientações e encaminhamentos
necessários aos problemas de saúde detectados. Como dito anteriormente, para preservar a
confidencialidade atribuiu-se números aleatórios aos questionários, utilizou-se envelopes lacrados
e uma sala reservada para a coleta das informações. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas da Fiocruz, sob o número
CAE 0024.0.009.000-03 (anexo D).
6.1.2.2 “Aspectos Psicossociais do Impedimento Laboral por Motivos de Saúde em
Trabalhadores de Cozinhas Industriais”
O estudo “Aspectos Psicossociais do Impedimento Laboral por Motivos de Saúde em
Trabalhadores de Cozinhas Industriais” teve como principal objetivo estimar a prevalência e
identificar os fatores determinantes de impedimento nas atividades laborais por motivos de saúde
nos trabalhadores de cozinhas industriais de nove restaurantes populares do Estado do Rio de
Janeiro que estavam em funcionamento em 2006. Adicionalmente, avaliou a confiabilidade teste-
50
reteste da escala abreviada de demanda e controle de Theorell (DCSQ) e descreveu as
características sociodemográficas, laborais e de saúde daqueles trabalhadores (AGUIAR, 2009).
Os métodos estão descritos na tese de Aguiar (2009). Resumidamente, trata-se de um
estudo seccional, cuja população alvo incluiu o censo dos trabalhadores das empresas
concessionárias do governo para a produção de refeições nos restaurantes populares que
totalizavam 463 indivíduos. Deste total, 28 foram excluídos porque estavam afastados por motivo
de saúde, quatro indivíduos gozavam férias, quatro recusaram participar e um estava ausente.
Entre dezembro de 2006 e março de 2007, os questionários foram aplicados por sete
entrevistadores treinados aos 426 trabalhadores que atenderam aos critérios de inclusão e
aceitaram participar da pesquisa. A opção por entrevistas foi feita com o intuito de evitar dados
faltantes, em virtude da falta de clareza à época sobre o nível de escolaridade dos participantes. O
questionário incluiu informações sociodemográficas, como idade, sexo, ocupação e formação
profissional; informações sobre uso de álcool e tabaco, acidentes de trabalho, eventos de vida
produtores de estresse, perfil de morbidade física e mental menor referida (GHQ-12) e o DCSQ.
Foram realizadas aferições de peso, altura e pressão arterial.
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Medicina
Social da UERJ e todos os participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido
(IMS/UERJ) (AGUIAR, 2009).
6.1.2.3 O Estudo SLOSH 2006
O estudo SLOSH – “Swedish Longitudinal Occupational Survey of Health: a nationally
representative psychosocial survey of the Swedish working population”, é um estudo longitudinal
coordenado pelo Instituto de Pesquisa em Estresse da Universidade de Estocolmo (Stress
Research Institute - Stockholm University) cujo objetivo é investigar as relações entre o modo de
organização do trabalho, o ambiente de trabalho e a saúde dos trabalhadores (KINSTEN;
HANSON et al., 2007). Os dados utilizados para esta tese são oriundos do primeiro seguimento
realizado entre março e maio de 2006 pelo instituto Statistics Sweden, do inquérito sobre
ambientes de trabalho suecos (Swedish Environment Survey – SWES) realizado em 2003.
51
Em 2006, questionários de autopreenchimento foram enviados por correio aos
participantes do inquérito SWES 2003. Duas versões foram enviadas: uma para os respondentes
que estavam empregados e outra para os desempregados à época do inquérito. A primeira versão
incluiu informações sobre a organização e o ambiente de trabalho, o estilo de vida, a situação de
saúde e a situação social fora do trabalho, enquanto a segunda versão incluiu questões
consideradas relevantes para os indivíduos que por algum motivo estavam desempregados
temporariamente ou permanentemente, tais como, estudantes, idosos, licenciados por motivos de
saúde, com licença maternidade, donas de casa, aposentados e pensionistas.
Dos 9.214 participantes do SWES 2003 de 16 a 64 anos de idade, 50 indivíduos foram
excluídos por motivo de morte, emigração, endereço não localizado ou porque fizeram parte do
estudo piloto e 5.985 (65%) responderam os questionários em 2006, sendo 5.141 empregados e
844 desempregados temporariamente ou permanentemente. Dos 5.141 indivíduos que estavam
empregados em 2006, 40,2% eram trabalhadores manuais (blue-collar), 39,2% eram não-manuais
(white-collar) e 11,5% ocupavam cargos gerenciais.
Para efeito de comparação, foram selecionados os trabalhadores de setores em saúde que
mais se assemelhavam às atividades realizadas pelo IPEC/Fiocruz, a saber: trabalhadores de
hospitais, de laboratório e de unidades de atendimento ambulatorial e veterinário. A variável
‘setor de trabalho em 2004’ (ASTSNI2002004) foi utilizada para a seleção dos seguintes setores
para compor a amostra: 851119 (unidades de atenção primária - Sluten primärvård), 85112
(policlínicas de atenção especializada - Specialiserad sluten somatisk sjukvård), 85121 (hospitais
gerais - Öppen hälso- och sjukvård, på sjukhus), 85141 (laboratórios - medicinsk
laboratorieverksamhet.), 85142 (serviços de ambulâncias - Ambulanstransporter och
ambulanssjukvård), 85144 (outras unidades de saúde com atendimento médico - Annan öppen
hälso- och sjukvård, ej läkare) e 85200 (clínicas veterinárias - Veterinärverksamhet). Dos 426
respondentes, 362 estavam empregados e responderam ao DCSQ em 2006. Os trabalhadores de
restaurantes foram excluídos da amostra utilizada no segundo artigo da tese porque tiveram uma
participação muito baixa no SLOSH 2006, com apenas 61 respondentes empregados que
completaram o DCSQ (ver apêndice A).
O Estudo SLOSH foi financiado pelo Conselho Sueco Swedish Council for Working Life
and Social Research (FAS) e aprovado pelo Conselho Regional de Ética em Pesquisa – Regional
Research Ethics Board, em Estocolmo, Suécia (KINSTEN et al., 2007).
52
6.1.3 Instrumentos e variáveis
6.1.3.1 A escala abreviada de demanda controle de Theorell
A versão original em sueco da escala abreviada de demanda controle (DCSQ) foi aplicada
no estudo SLOSH em 2006. A adaptação para o português do Brasil foi feita com base na versão
em inglês disponibilizada por Theorell, autor da escala original (ALVES et al., 2004). O processo
de adaptação transcultural consistiu da avaliação de seis aspectos de equivalência entre a escala
original e a versão para o português, conforme proposto por Herdman (1998): equivalência
conceitual, semântica, operacional, de itens, de medidas e funcional. Resumidamente, consistiu
das seguintes etapas: a) revisão da literatura para explicitação dos conceitos, avaliação da
utilização e adaptação desta escala; b) tradução do inglês para o português por três tradutores
brasileiros independentes com fluência no idioma inglês; c) avaliação da adequação das traduções
por dois avaliadores brasileiros, epidemiologistas, com fluência no idioma inglês e que não
participaram da tradução; d) sondagem de termos cujas traduções não foram consideradas
satisfatórias mediante a aplicação das perguntas a seis respondentes de variados níveis de
escolaridade; e) retradução da versão obtida no idioma português para o inglês, por dois
tradutores ingleses com fluência no português; f) avaliação da retradução por cinco
epidemiologistas com fluência em ambos os idiomas; g) pré-testes para avaliar a adequação da
versão obtida nas etapas anteriores com grupos de voluntários com características semelhantes à
população do estudo; e, por fim, h) estudo de confiabilidade teste-reteste e análise da consistência
interna em 94 indivíduos que se mostraram adequados para as dimensões “demandas
psicológicas” (coeficiente de correlação intraclasse: CCI = 0,88 e α Cronbach = 0,79), “controle”
(CCI = 0,87 e α Cronbach = 0,67) e “apoio social no trabalho” (CCI = 0,85 e α Cronbach = 0,85)
(ALVES et al, 2004).
Esta versão brasileira da escada demanda controle foi aplicada aos trabalhadores de um
hospital e de nove restaurantes contemplados nas duas pesquisas utilizadas como fontes de dados
para os dois artigos da primeira parte da tese (PASSOS et al., 2003; AGUIAR, 2009). Os
dezessete itens estão distribuídos em três dimensões: a) “demandas psicológicas” - cinco itens; b)
53
“controle no processo de trabalho”: quatro itens sobre “uso de habilidades” e dois sobre
“autonomia para decisão”; e c) “apoio social no trabalho” - seis itens.
Os itens da dimensão “demandas psicológicas” são:
a) ‘Rapidez para a realização de tarefas’ ("Com que frequência tem que fazer suas tarefas de
trabalho com muita rapidez?");
b) ‘Intensidade do trabalho’ ("Com que frequência tem que trabalhar intensamente?");
c) ‘Exigência no trabalho’ ("Seu trabalho exige demais de você?");
d) ‘Tempo para a realização de tarefas’ ("Tem tempo suficiente para cumprir todas as tarefas
de seu trabalho?");
e) ‘Demandas contraditórias’ ("O seu trabalho costuma lhe apresentar exigências
contraditórias ou discordantes?").
As opções de resposta para esta dimensão são ordinais e a pontuação varia de 1 a 4,
distribuídas da seguinte forma: “frequentemente” (4 pontos), “às vezes” (3 pontos), “raramente”
(2 pontos), “nunca ou quase nunca” (1 ponto). A questão d – ‘tempo para a realização de tarefas’
- tem a pontuação invertida, ou seja: “frequentemente” (1 ponto), “às vezes” (2 pontos),
“raramente” (3 pontos), “nunca ou quase nunca” (4 pontos). O escore da dimensão é formado
pelo simples somatório do número de pontos obtidos em cada um dos cinco itens e varia de 5 a
20 pontos.
A dimensão “controle no processo de trabalho” consiste dos seguintes itens, distribuídos
nas seguintes subdimensões:
i. “Uso de habilidades”:
f) ‘Aprendizado’ ("Tem possibilidade de aprender coisas novas através do seu trabalho?");
g) ‘Uso de habilidades’ ("Seu trabalho exige muita habilidade ou conhecimento
especializado?");
h) ‘Iniciativa’ ("Seu trabalho exige que você tome iniciativas?");
i) ‘Trabalho repetitivo’ ("Tem que repetir muitas vezes as mesmas tarefas?”).
ii. “Autonomia para a tomada de decisão”:
j) ‘COMO fazer’ ("Pode escolher COMO fazer seu trabalho?");
k) ‘O QUE fazer’ ("Pode escolher O QUE fazer no seu trabalho?").
As opções de resposta, a pontuação e o cálculo do escore para esta dimensão são os mesmos
da dimensão “demandas psicológicas”. À exceção da questão i – ‘trabalho repetitivo’, com a
54
pontuação invertida, ou seja, varia de 1 (“frequentemente”) a 4 pontos (“nunca ou quase nunca”).
Esta dimensão assume escores que vão de 6 a 24 pontos.
A terceira e última dimensão, “apoio social no trabalho”, é formada pelos seguintes itens:
l) ‘Ambiente calmo’ ("Existe ambiente calmo e agradável onde trabalha");
m) ‘Relacionamento com os colegas de trabalho’ ("No trabalho, nos relacionamos bem uns
com os outros");
n) ‘Apoio dos colegas’ ("Posso contar com o apoio dos meus colegas de trabalho");
o) ‘Compreensão dos colegas’ ("Se não estiver num bom dia, meus colegas compreendem");
p) ‘Relacionamento com os chefes’ ("No trabalho, eu me relaciono bem com meus chefes");
q) ‘Satisfação ao trabalhar com os colegas’ ("Gosto de trabalhar com meus colegas").
As opções de resposta para esta dimensão e a pontuação das questões são: “concordo
totalmente” (4 pontos), “concordo mais do que discordo” (3 pontos), “discordo mais do que
concordo” (2 pontos) e “discordo totalmente” (1 ponto). Nenhum item desta dimensão tem a
pontuação invertida. O cálculo do escore é obtido da mesma forma que nas outras dimensões, ou
seja, pelo somatório de pontos obtidos em cada um dos itens constituintes. O escore da dimensão
“apoio social no trabalho” varia de 6 a 24 pontos.
A correspondência entre as perguntas em sueco, a tradução em inglês e a versão brasileira
estão descritas nos quadros 1 e 2.
Quadro 1 – Correspondência dos itens das dimensões demandas psicológicas e controle nas diferentes versões da escala abreviada de
demanda controle de Theorell
Itens /Dimensões Versão sueca Versão em inglês Versão brasileira Demandas Rapidez para a realização de tarefas
“Kräver ditt arbete att du arbetar fort?”
“Do you have to work very fast?” "Com que frequência tem que fazer suas tarefas de trabalho com muita rapidez?"
Intensidade do trabalho
“Kräver ditt arbete att du arbetar mycket hårt?”
“Do you have to work very intensively?”
"Com que frequência tem que trabalhar intensamente?"
Exigência no trabalho “Kräver ditt arbete en för stor arbetsinsats?”
“Does your work demand too much effort?”
"Seu trabalho exige demais de você?"
Tempo para a realização de tarefas
“Har du tillräckligt med tid för att hinna med arbetsuppgifterna?”
“Do you have enough time to do everything?”
"Tem tempo suficiente para cumprir todas as tarefas de seu trabalho?"
Demandas contraditórias
“Förekommer det ofta motstridiga krav i ditt arbete?”
“Does your work often involve conflicting demands?”
“O seu trabalho costuma lhe apresentar tarefas contraditórias?”
Controle Aprendizado “Får du lära dig nya saker i ditt
arbete?” “Do you have the possibility of learning new things through your work?”
“Tem possibilidade de aprender coisas novas através do seu trabalho?”
Uso de habilidades “Kräver ditt arbete skicklighet?” “Does your work demand a high level of skill or expertise?”
“Seu trabalho exige muita habilidade ou conhecimento especializado?”
Iniciativa 1 “Kräver ditt arbete påhittighet?” “Does your job require you to take the initiative?”
"Seu trabalho exige que você tome iniciativas?"
Trabalho Repetitivo “Innebär ditt arbete att man gör samma sak om och om igen?”
“Do you have to do the same thing over and over again?”
"Tem que repetir muitas vezes as mesmas tarefas?”
COMO fazer “Har du frihet att bestämma hur ditt arbete ska utföras?”
“Do you have a choice in deciding HOW you do your work?”
“Pode escolher COMO fazer seu trabalho?”
O QUE fazer “Har du frihet att bestämma vad som ska utföras i ditt arbete?”
“Do you have a choice in deciding WHAT you do at work?”
“Pode escolher O QUE fazer no seu trabalho?”
1 a versão em inglês apresentada na tabela corresponde a adotada no processo de adaptação transcultural da versão brasileira. A tradução da versão em sueco corresponde a “Does your work require creativity ?”
Quadro 2 – Correspondência dos itens da dimensão apoio social no trabalho nas diferentes versões da escala abreviada de demanda
controle de Theorell
Itens Versão sueca Versão em inglês Versão brasileira Ambiente calmo “Det är en lugn och behaglig
stämning på min arbetsplats” “There is a calm and pleasant atmosphere where I work”
“Existe ambiente calmo e agradável onde trabalha”
Relacionamento com os colegas de trabalho
“Det är god sammanhållning” “We get on well with each other where I work”
“No trabalho, nos relacionamos bem uns com os outros.”
Apoio dos colegas “Mina arbetskamrater ställer upp för mig”
“My co-workers support me” “Posso contar com o apoio dos meus colegas de trabalho”
Compreensão dos colegas “Man har förståelse för att jag kan ha en dålig dag”
“The others understand if I have a bad day”
“Se não estiver num bom dia, meus colegas compreendem”
Relacionamento com os chefes
“Jag kommer bra överens med mina överordnade”
“I get on well with my supervisors”
“No trabalho, eu me relaciono bem com meus chefes”
Satisfação ao trabalhar com os colegas
“Jag trivs med mina arbetskamrater” “I enjoy working with my co-workers”
“Gosto de trabalhar com meus colegas”
57
6.1.3.2 Variáveis sociodemográficas
O perfil demográfio foi descrito pelas variáveis idade e sexo que estavam disponíveis nos
três bancos de dados utilizados para esta tese. Uma variável setor de trabalho foi criada para
identificar os diferentes bancos nas análises de dados e classificada como restaurante e hospital,
para o artigo 1 e Brasil e Suécia, para o artigo 2.
As variáveis nível de escolaridade e ocupação foram utilizadas como marcadores de
posição socioeconômica.
a) Escolaridade:
No estudo PROSEC, a escolaridade foi informada utilizando-se sete opções de resposta:
primeiro grau completo, segundo grau incompleto, segundo grau completo, universitário
incompleto, universitário completo e pós-graduação.
No estudo de Aguiar (2009) a informação foi obtida em anos de estudo e a
correspondência para os níveis de escolaridade foi feita conforme orientações do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): alfabetização (0 anos de estudo), primeiro grau (1 a
8 anos), segundo grau (9 a 11 anos), superior incompleto (12 anos) e superior completo (13 anos
de estudo).
No estudo SLOSH (KINSTEN et al., 2007) o nível de escolaridade foi classificado de
acordo com o sistema de classificação SUN 2000 - Svensk Utbildningsnomenklatur
(STATISTICS SWEDEN, 2000), convertido para o sistema internacional de classificação de
educação ISCED 97 - International Standard Classification of Education (UNESCO, 1997), para
posterior correspondência com a classificação utilizada no banco PROSEC. A equivalência do
nível de escolaridade entre as três fontes de dados está apresentada no quadro 3.
Quadro 3 – Correspondência entre os níveis de escolaridade dos diferentes bancos de dados: Estudo PROSEC, Estudo de Aguiar
(2009) e Estudo SLOSH
Estudo PROSEC
Estudo de Aguiar (2009)
Estudo SLOSH ISCED 1997 Códigos integrados Variável escolaridade
1. 1º grau incompleto
1 a 7 anos de estudo
10. förgymnasial (< 9 anos)
0. pre-primary education 1. first stage of basic education
1.ensino fundamental incompleto
2. 1º grau completo
8 anos de estudo 20. förgymnasial (9/10 anos)
2. lower secondary education (second stage of basic education)
2.ensino fundamental complete
3. 2º grau incompleto
9 a 10 anos de estudo
31. gymnasial (< 2 anos) 32. gymnasial (2 anos)
- 3. ensino médio incompleto
1. < ensino médio
4. 2º grau completo
11 anos de estudo 33. gymnasial (3 anos) 3. (upper) secondary education 4. ensino médio completo
5. superior incompleto
12 anos de estudo 41. eftergymnasial (< 2 anos) 52. eftergymnasial (2-3 anos)
4. post-secondary non tertiary education
5. ensino superior incompleto
2. ensino médio completo
6. superior completo
13 anos de estudo 53. eftergymnasial (3-4 anos) 54. eftergymnasial (4-5 anos)
5. first stage of tertiary education 6. ensino superior completo
7. pós-graduação
- 55. eftergymnasial (5 ou + anos) 62. forskar, licentiat 64. forskar, doktors
6. second stage of tertiary education
7. > ensino superior completo
3. universitário completo ou mais
59
b) Ocupação:
No estudo PROSEC, o questionário incluiu perguntas sobre a ocupação atual, profissão e
atividades realizadas (ver anexo A). Estas variáveis foram utilizadas para classificar a ocupação
de acordo com o sistema de classificação de 4 dígitos da Classificação Brasileira de Ocupações –
CBO-2002 (BRASIL, 2002), que foi convertida para a Classificação Internacional de Ocupações
ISCO-1988 (INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION, 1988).
No estudo de Aguiar (2009), a entrevista incluiu uma pergunta sobre ocupação atual,
“Você atualmente ocupa qual cargo?” e ofereceu 8 opções de resposta: auxiliar de serviços
gerais, copeiro, auxiliar de cozinha, cozinheiro, magarefe, estoquista, chefe de cozinhas e outras
ocupações. Da mesma forma que no PROSEC, as ocupações foram codificadas segundo a CBO-
2002 (BRASIL, 2002), posteriormente convertida para a ISCO-88 (INTERNATIONAL
LABOUR ORGANIZATION, 1988).
Finalmente, no estudo SLOSH, a variável ocupação foi coletada em 2003 utilizando-se o
sistema sueco de classificação de ocupações – SSYK96 (STATISTICS SWEDEN). Estes códigos
foram convertidos para a variante europeia da ISCO-88, denominada ISCO-88(COM)
(ELIAS;BIRCH, 1994), e posteriormente para a ISCO-88 (INTERNATIONAL LABOUR
ORGANIZATION, 1988).
A variável ocupação foi classificada em duas categorias nos dois primeiros artigos desta
tese (apêndice A). A primeira categoria foi representada pelos grandes grupos 1 a 4 da ISCO-88,
que incluiu legisladores, gerentes, profissionais, técnicos e administrativos. A segunda categoria
incluiu os grandes grupos 5 a 9 da ISCO-88, a saber, trabalhadores do comércio, da agricultura,
artesãos, operadores de máquinas e ocupações elementares.
6.1.4 Análise estatística
As amostras foram descritas segundo idade, sexo, escolaridade e ocupação. Média e
desvio-padrão foram usados para a descrição da idade, enquanto a proporção foi utilizada para as
demais variáveis. A análise foi realizada no programa STATA SE, versão 10.0.
60
6.1.4.1 Validade dimensional
A avaliação da estrutura dimensional da escala abreviada de demanda controle (DCSQ)
foi feita por meio de análise fatorial, classe de métodos estatísticos multivariados com o objetivo
de identificar a estrutura subjacente de inter-relações de uma matriz de dados, as variáveis
originais ou os itens de um questionário multidimensional, que definem um conjunto de
dimensões latentes, denominada de fatores (HAIR et al., 2006a). O uso de análise fatorial no
estudo de escalas data do início do século 20, quando Spearman (1904) desenvolveu um método
para a criação de um índice geral de inteligência (fator) baseado na aplicação de testes (escalas).
Desde então, este método tem sido um dos procedimentos estatísticos mais utilizados na
avaliação psicométrica de escalas multidimensionais.
A análise fatorial é classicamente denominada “exploratória” quando as técnicas
analíticas se baseiam nos dados da amostra analisada e não estabelecem restrição a priori sobre o
conjunto de itens que define cada fator e o número de fatores a serem extraídos. Porém, quando
se deseja confirmar hipóteses baseadas em um modelo teórico preconcebido, ou seja, avaliar em
que medida os dados satisfazem uma estrutura dimensional predefinida, a análise fatorial é
denominada confirmatória (HAIR et al., 2006a). Na análise fatorial dita “exploratória”, as cargas
fatoriais são livremente estimadas para todos os itens em todos os fatores (ou dimensões)
extraídos; na “confirmatória”, as cargas fatoriais são estimadas exclusivamente para as relações
item-fator teoricamente definidas e fixadas no valor zero para as demais. Ambas as estratégias
são geralmente adotadas para confirmar hipóteses sobre estruturas dimensionais de construtos
teoricamente definidos e, portanto, podem em princípio ser consideradas como confirmatórias.
O método de fatores comuns foi escolhido para a extração dos fatores para identificar as
dimensões latentes que refletem o que as variáveis têm em comum. No contexto da análise
fatorial “exploratória”, o modelo de fatores comuns postula que cada variável observada é
expressa como uma combinação linear dos fatores comuns e por um componente único aleatório
dessa variável, conforme fórmula abaixo (KLEINBAUM; KUPPER et al., 1988):
X1= j1F1 +j2F2 …………. +jcFc + Uj = Cj+Uj
61
Onde X representa cada variável, as cargas fatoriais (coeficientes), F1 a Fc os fatores, C
a combinação linear dos fatores (j1F1 + ... + n mFm ) e U a variância única.
A variância comum representa a quantidade total de variância que uma variável original
compartilha com todas as demais incluídas na análise. Para a utilização deste modelo, dois
pressupostos básicos devem ser respeitados. Os componentes únicos (U) não devem estar
correlacionados entre si e, também, não devem estar correlacionados com os fatores comuns
(HAIR; BLACK et al., 2006a).
A análise fatorial denominada “exploratória” é uma técnica de interdependência que
considera todas as variáveis simultaneamente e que são exploradas quanto ao inter-
relacionamento linear, para identificar a estrutura subjacente de fatores da forma mais
parcimoniosa possível (KLEINBAUM et al., 1988; HAIR et al., 2006a).
Pelo fato dos itens do DCSQ serem ordinais, assumindo valores que variam de um a
quatro, uma matriz de correlação policórica foi empregada em substituição a matriz de correlação
de Pearson, adequada para variáveis contínuas de distribuição normal (JÖRESKOG, 1994;
FINNEY; DI STEFANO, 2006).
O critério para extração de fatores foi baseado nos autovalores (eigenvalues ≥ 1) , no
gráfico dos auto-valores (scree plot) e na capacidade teórica de interpretação dos fatores. A
extração de fatores (sem rotação) ocorre na ordem de sua importância, ou seja, o primeiro fator
explica a maior parcela da variância e os demais, parcelas sucessivamente menores da variância
(KLEINBAUM et al., 1988; HAIR et al., 2006a).
A rotação de fatores é uma ferramenta usada para alterar os fatores iniciais com o objetivo
de simplificar a estrutura dimensional, que é alcançada quando cada uma das variáveis originais
está altamente correlacionada com apenas um fator, e quando cada fator possa ser identificado
como representante do que é comum a um conjunto pequeno de variáveis. Ou seja, trata-se da
rotação dos eixos das coordenadas de referência dos fatores em torno da origem até outra posição
que permita melhor interpretação teórica. A rotação ortogonal é a solução mais simples e
adequada para situações em que os fatores não estão correlacionados entre si, pois restringe o
ângulo entre os eixos dos fatores em 90 graus (KLEINBAUM et al., 1988; HAIR et al., 2006a).
Entretanto, para esta análise foram aplicadas as rotações oblíquas, ou seja, quando não há a
restrição ortogonal, porque não pareceu razoável supor a inexistência de correlação entre as
62
dimensões (fatores) para o modelo demanda controle (KARASEK; THEORELL, 1990; HAIR et
al., 2006a).
A análise fatorial dita “confirmatória” utiliza modelagem de equações estruturais para
avaliar simultaneamente o sistema completo de variáveis para determinar em que extensão a
estrutura dimensional proposta pelo modelo teórico (KARASEK; THEORELL, 1990) é
consistente com o conjunto de dados (BYRNE, 2001). A modelagem de equações estruturais é
uma extensão de diversas técnicas multivariadas, tais como regressão e análise fatorial, que
permite examinar uma série de relações de dependência simultaneamente (BROWN, 2006; HAIR
et al., 2006b).
As hipóteses testadas foram orientadas pelo modelo teórico proposto por Karasek e
Theorell (1990), pela revisão dos estudos publicados sobre validade dos instrumentos JCQ e
DCSQ e pela solução encontrada na análise fatorial tipo “exploratória” (HAIR et al, 2006b).
Inicialmente, três modelos foram avaliados:
a) O primeiro modelo foi expresso em três dimensões (variáveis latentes): “demandas
psicológicas”, “controle” e “apoio social no trabalho”;
b) O segundo, considerou quatro dimensões, valendo-se da subdivisão da dimensão
controle em “uso de habilidades” e “autonomia para decisão”; e
c) O terceiro modelo excluiu a dimensão “apoio social no trabalho” da análise, uma vez
que o pressuposto teórico original não considera esta dimensão, posteriormente
definida como potencial modificadora de efeito (Karasek & Theorell, 1990; Johnson
& Hall, 1988).
A matriz de correlação policórica e o estimador robusto de mínimos quadrados
ponderados WLMV (robust weighted least squares) foram utilizados por serem mais adequados
às variáveis categóricas, caso do DCSQ (MUTHÉN, 1993). Os parâmetros estimados pelo
modelo incluíram as cargas padronizadas, com os respectivos intervalos de 95% de confiança, as
correlações entre os fatores e as variâncias únicas dos itens (uniqueness) (BROWN, 2006).
A avaliação do modelo incluiu três aspectos: a) avaliação dos parâmetros estimados
quanto a magnitude, significância estatística e capacidade de interpretação teórica; b) presença ou
ausência de estimativas transgressoras, como por exemplo, cargas padronizadas que excedem o
valor 1 ou variância negativa de erros para qualquer dimensão; e c) avaliação da qualidade do
ajuste (BROWN, 2006; HAIR et al., 2006b).
63
As regras de decisão adotadas para aceitação ou rejeição dos modelos foram definidas
pelas estatísticas de qualidade do ajuste (HAIR et al., 2006b). Entretanto, estas regras podem ter
sido flexibilizadas em favor da teoria sobre a construção do construto. Sendo assim, o modelo foi
considerado com bom ajuste quando as cargas padronizadas assumiram valores absolutos maiores
ou igual a 0,40 e variâncias únicas dos itens e correlações entre fatores com valores menores do
que 0,50. Além disto, a presença de estimativas transgressoras, cargas padronizadas maiores do
que 1 e variâncias negativas, indicaram possível má especificação do modelo ou do estimador
(HAIR et al., 2006b).
Os critérios de avaliação da qualidade do ajuste estão baseados na comparação das
diferenças entre as correlações observadas e as preditas pelo modelo. Os indicadores de ajuste são
classificados em três categorias: ajuste absoluto, parcimonioso e incremental. As medidas de
ajuste absoluto avaliam apenas o ajuste geral do modelo, ou seja, a correspondência entre a
matriz de entrada de dados com a prevista pelo modelo proposto. A estatística qui-quadrado é a
mais comumente avaliada para modelos que utilizaram estimadores de máxima verossimilhança.
As medidas de ajuste icremental comparam o modelo proposto pelo pesquisador com um modelo
aninhado mais restrito, denominado modelo vazio, no qual as correlações entre todos os itens são
fixadas em zero. As medidas de ajuste parcimonioso penalizam o modelo com maior número de
parâmetros estimados livremente (BROWN, 2006).
Para esta análise utilizamos os seguintes indicadores de ajuste: a) o ajuste absoluto foi
avaliado pelo indicador Weighted Root Mean square Residual (WRMR), recomendado para o
estimador WLSMV (robust weighted least squares) (MUTHÉN, 1993); b) O ajuste incremental
foi avaliado pelos indicadores Tucker-Lewis index (TLI) e Comparative fit index (CFI); e c) o
ajuste parcimonioso foi avaliado pelo indicador Root Mean Square Error of Aproximation
(RMSEA) (BROWN, 2006; HAIR et al., 2006b).
Os índices de modificação, obtidos na modelagem de equações estruturais, são calculados
para cada parametro não estimado pelo modelo. Este índice representa a redução na estatística
qui-quadrado que aconteceria se aquele parâmetro não especificado pelo modelo passasse a ser
livremente estimado e pode orientar o pesquisador na re-especificação do modelo (BROWN,
2006).
As diferenças entre as análises de fatores “exploratória” (AFE) e “confirmatória” (AFC)
estão relacionadas à solução apresentada pelo modelo quanto à especificação do modelo, à
64
padronização das cargas fatoriais, quanto à rotação dos fatores e a possibilidade de avaliar
correlação entre erros de medida, denominadas variâncias únicas (BROWN, 2006). Ambos os
procedimentos utilizam o modelo de fatores comuns para a extração dos fatores, porém a AFE
fornece soluções completamente padronizadas para os parâmetros estimados, ou seja, as
variâncias dos fatores são fixadas no valor 1,0 e as cargas fatoriais são interpretadas como
correlações ou coeficientes de regressão padronizados. A AFC disponibiliza soluções
padronizadas, ou seja, as relações entre itens não padronizados e variáveis latentes padronizadas,
e soluções não padronizadas, cuja estimativa do parâmetro é apresentada na escala original de
medida dos itens, o que possibilita estimar erros-padrão e avaliar a significância estatística dos
parâmetros estimados. O terceiro aspecto se refere ao fato de que na AFE as cargas fatoriais são
livremente estimadas e a rotação dos fatores é empregada para forçar que cada item tenha carga
em apenas um fator, minimizando a magnitude de cargas cruzadas. Na AFC, a rotação de fatores
não é empregada porque o modelo a ser testado é mais parcimonioso, pois pressupõe que cada
item tenha carga em apenas em um fator. O terceiro aspecto se refere ao fato de que só é possível
avaliar a correlação entre erros de medida (variâncias únicas ou uniqueness) com modelo de
equações estruturais, tipicamente empregado em AFC e mais recentemente em AFE (MARSH et
al., 2009).
Os procedimentos de análise fatorial exploratória e confirmatória foram realizados no
pacote estatístico Mplus, versões 5.1 (artigo 1) e 5.2 (artigo 2), que disponibiliza o estimador
robusto de mínimos quadrados ponderados WLSMV, apropriado para variáveis (itens)
categóricas ou ordinais (MUTHÉN, 1993; MUTHÉN 1998-2007).
No artigo 1, a análise fatorial tipo “exploratória” foi aplicada para inspecionar
semelhanças na estrutura dimensional de cada amostra (Estudo PROSEC e de Aguiar, 2009).
Posteriormente, a análise fatorial tipo “confirmatória” foi empregada para a amostra total e
estratificada pelos setores de trabalho (hospital e restaurantes) (ver apêndice A).
No artigo 2, AFE e AFC foram empregadas para cada amostra para comparar a estrutura
dimensional do DCSQ entre trabalhadores de hospital da Suécia e do Brasil.
65
6.1.4.2 Análise de múltiplos grupos
A análise de múltiplos grupos consiste em explorar o grau de equivalência entre os
parâmetros estimados pelo modelo de análise fatorial em mais de um grupo de uma mesma
amostra (por exemplo, entre homens e mulheres) ou em amostras diferentes. Esta análise permite
avaliar se a estrutura fatorial é equivalente em termos de quantidade de fatores e do padrão de
configuração item-fator. Além disto, é possível testar equivalência de cargas fatoriais, dos
interceptos e dos resíduos dos itens (BROWN, 2006).
A avaliação da equivalência de mensuração é feita em etapas: (1) um modelo de análise
fatorial é especificado para cada amostra; (2) as amostras são avaliadas simultaneamente para
avaliar se a estrutura fatorial é idêntica e os parâmetros são estimados livremente; (3) apreciação
da invariância das cargas fatoriais, ou seja, estimadas livremente no grupo 1 e no grupo 2 estão
restritas a serem iguais às apresentadas no grupo 1; (4) invariância de interceptos e,
opcionalmente, (5) invariância dos resíduos dos itens. A heterogeneidade dos parâmetros
populacionais é avaliada pelas etapas adicionais de apreciação de (6) equivalência da variância
dos fatores e (7) das médias dos fatores (BROWN, 2006).
A apreciação da equivalência da estrutura dimensional e dos parâmetros é feita pela
comparação dos parâmetros estimados e dos indicadores de ajuste dos modelos. O modelo
definido na etapa 2 serve como base para comparação com os modelos das etapas subsequentes.
A hipótese de equivalência será confirmada se os indicadores de ajuste forem semelhantes nos
diferentes modelos. Além da inspeção visual dos parâmetros estimados nos diferentes modelos,
testes são empregados para avaliar se a diferença no ajuste dos modelos é estatisticamente
significativa, ou seja, se a imposição de uma determinada restrição, por exemplo de igualdade de
cargas fatoriais, aumenta de forma significativa a estatística do teste qui-quadrado do modelo,
avaliado pelo teste de qui-quadrado para a diferença (BROWN, 2006). Quando o aumento da
estatística qui-quadrado não é estatisticamente significativo, a hipótese nula não é rejeitada e
conclui-se pela equivalência dos parâmetros. Em oposição, quando a hipótese nula é rejeitada,
conclui-se pela falta de equivalência de pelo menos um parâmetro.
Tradicionalmente, a análise de múltiplos grupos é feita com AFC (JÖRESKOG, 1969;
BROWN, 2006). Mais recentemente, foi desenvolvido um método de análise fatorial exploratória
66
usando modelo de equações estruturais – Exploratory structural equation modeling (ESEM), já
disponível no pacote estatístico Mplus versão 5.2 (MUTHÉN; MUTHÉN, 1998-2007;
ASPAROUHOV; MUTHÉN, 2009) que reúne as vantagens da flexibilidade da AFE e os
recursos avançados da AFC, dentre os quais se destaca a avaliação da equivalência de estrutura
fatorial e dos parâmetros entre múltiplos grupos (MARSH et al., 2009).
Os dois métodos apresentam vantagens e desvantagens. A apreciação da equivalência de
mensuração só deve ser realizada após a confirmação do modelo teórico predefinido, que
especifica cada item como pertencente a um único fator e, neste sentido a AFC é o modelo ideal.
Além disto, a avaliação dos índices de modificação permite identificar itens com cargas em mais
de um fator (cargas cruzadas) e correlação entre erros de medida dos itens (uniqueness) que, se
considerados relevantes teoricamente, podem ser considerados na reespecificação do modelo
(BROWN, 2006; ASPAROUHOV; MUTHÉN, 2009). Na situação de invariância parcial, a
abordagem de múltiplos grupos com AFC permite identificar por meio dos índices de
modificação quais parâmetros são não invariantes entre os grupos e prosseguir a análise
mantendo um ou mais parâmetros livremente estimados em ambos os grupos (BYRNE, 2001).
Por outro lado, a restrição imposta nos modelos de AFC, cada item com carga estimada
em apenas um fator, pode não ser compatível com construtos subjetivos multidimensionais, nos
quais cargas cruzadas de pequena magnitude podem ser aceitáveis para o ajuste estatístico do
modelo e compatíveis com a teoria que os fundamenta. Como forma de compensação, os
modelos de AFC podem resultar em piores indicadores de ajuste e na superestimação da
correlação entre os fatores, violando a validade discriminante. Os construtos subjetivos
multidimensionais, como é o caso do modelo demanda controle, podem não se adaptar à restrição
imposta pela AFC e as estratégias normalmente adotadas de re-especificação do modelo, para
compensar a inadequação no ajuste e na correlação entre os fatores, podem resultar em uma
especificação errônea de cargas cruzadas e de correlação entre erros de medida sem relevância
teórica (MARSH et al., 2009; MARSH et al., 2009).
A estratégia ESEM é aplicável para as situações em que o construto avaliado tem
estrutura fatorial bem definida na AFE, mas não é representado adequadamente pela AFC
(MARSH et al., 2009), com a vantagem de ser mais flexível, possibilitar a rotação de fatores,
testar a significância estatística dos parâmetros especificados no modelo, possibilitar a avaliação
de várias fontes de invariância e apresentar os índices de modificação de efeito que auxiliam a
67
identificação do parâmetro não invariante. Por outro lado, ESEM apresenta limitações, por
exemplo, não permite explorar modelos com fatores de segunda ordem, a especificação de erros
de medida no modelo a priori deve ser evitada e só é possível testar invariância completa, ou
seja, não permite especificar modelos com uma ou mais cargas estimadas livremente e outras
invariantes (MARSH et al., 2009). Adicionalmente, o coeficiente de confiabilidade composta só é
possível estimar com a abordagem AFC (RAYKOV, 1997; 2001; BROWN, 2006).
No artigo 2, a análise de múltiplos grupos foi feita inicialmente pelos dois métodos, AFC
e ESEM, com o intuito de identificar o que melhor se adequava ao conjunto de dados amostrais.
6.1.4.3 Validade convergente e discriminante da escala: componente interno
No contexto de análise fatorial confirmatória para variáveis latentes, a validade
convergente avalia o grau em que indicadores de uma mesma dimensão/construto estão
correlacionados. Correlações altas indicam que o instrumento está medindo o que pretende medir.
Consequentemente, os itens representantes de uma mesma dimensão devem estar correlacionados
entre si e com a dimensão comum que representam (Byrne, 1994). Em contrapartida, a validade
discriminante avalia o grau em que dimensões diferentes não se correlacionam.
Validade convergente e discriminante foram avaliadas pela apreciação da magnitude das
cargas fatoriais, da consistência interna, da variância média extraída e da correlação entre os
fatores (dimensões).
A consistência interna (STREINER; NORMAN, 2003), tradicionalmente aferida por meio
do coeficiente alfa de Cronbach (CRONBACH, 1951), tem sido descrita nos estudos recentes
publicados sobre o DCSQ e JCQ (THEORELL, 1996; SANNE et al., 2005; KARASEK et al.,
2007; MAIZURA et al., 2009). Entretanto, este coeficiente subestima a confiabilidade na
presença de correlação entre erros de medida e na situação de violação do pressuposto de tau
equivalência, ou seja, quando os itens pertencentes a um mesmo fator têm cargas iguais, ainda
que as variâncias únicas sejam diferentes (RAYKOV, 1997; BROWN, 2006). Portanto, um
coeficiente de confiabilidade baseado na abordagem AFC, denominado confiabilidade composta
foi proposto por Raykov (2001) para ser utilizado em substituição ao alfa de Cronbach, nas
68
situações em que este não é aplicável. O cálculo da confiabilidade composta baseia-se nas
estimativas de cargas fatoriais, variância e covariância de erros de medida (RAYKOV, 2001) e é
calculado da seguinte forma:
k
i i
k
i
k
icc
1
2
1
2
1
Onde ρcc representa o indicador de confiabilidade composta, λ as cargas padronizadas e δ
a variância única dos itens (uniqueness). Como parâmetro inicial de avaliação, a consistência
interna foi considerada adequada quando a confiabilidade composta assumiu valores maiores ou
iguais do que 0,70 (BROWN, 2006; HAIR et al., 2006b).
A variância média extraída pelo modelo de mensuração (FORNELL; LARCKER, 1981)
representa a parcela de variância dos indicadores que é capturada pelo fator em relação à
variância atribuída ao erro de medida (HAIR et al., 2006b). O cálculo desta medida baseia-se nos
mesmos parâmetros utilizados para a confiabilidade composta:
k
i i
k
i
k
ivme 11
2
1
2
Da mesma forma que a confiabilidade composta, a variância média extraída (ρvme) assume
valores que variam de 0 a 1 e valores acima de 0,50 são considerados adequados, indicando que
pelo menos 50% da variância de um indicador é atribuída à variável latente subjacente (HAIR et
al, 2006b). De acordo com Fornell & Larcker (1981), a variância média extraída de magnitude
elevada sugere que os itens representam verdadeiramente a variável latente (ou dimensão) e,
portanto, indica validade convergente. Simultaneamente, validade discriminante é atribuída
quando a variância média extraída for maior do que o quadrado das correlações entre os fatores.
69
6.1.4.4 Validade convergente e discriminante do construto: componente externo
A capacidade da escala abreviada de demanda controle discriminar indivíduos com
diferentes características foi avaliada pela apreciação da distribuição dos escores médios de
demanda e controle nos estratos sociodemográficos e de apoio social no trabalho. A avaliação da
significância estatística para a diferença de médias entre os estratos foi examinada por meio do
teste T e ANOVA. Espera-se que indivíduos de maior nível socio-ocupacional tenham maiores
escores de controle, e que aqueles com menor nível, tenham maiores escores de demandas
psicológicas.
6.2 Parte 2: Associação entre alta exigência no trabalho e hipertensão arterial
Os métodos adotados nesta parte da tese se referem ao artigo 3 (apêndice A).
Resumidamente, trata-se de uma revisão sistemática e meta-análise dos estudos de associação
sobre alta exigência no trabalho, e respectivas dimensões, e hipertensão arterial.
A estratégia de busca incluiu todos os estudos publicados até o mês de julho de 2009, sem
restrição de idioma, nas bases de dados Pubmed, Lilacs, Scielo, Embase, PsycINFO Scopus e
Web of Science. Descritores (MeSH terms no Pubmed ou DeCS no Lilacs e Scielo) foram usados
em combinação com termos indicativos da exposição, demanda e controle, e do desfecho,
hipertensão arterial e pressão arterial. No Pubmed, após testar várias combinações, foi utilizada a
seguiinte estratégia de busca:
("job stress" OR "work stress" OR "work-stress" OR "job strain" OR iso-strain or karasek) AND (demand OR decision latitude OR control OR "skill discretion" OR "decision authority" OR "social support") AND ("blood pressure" OR hypertension OR "Blood Pressure"[Mesh] OR "Hypertension"[Mesh])
70
Foram incluídas as publicações completas que avaliaram a exposição estresse no trabalho
segundo o modelo demanda controle, aferido pelos questionários JCQ, DCSQ ou afins, cujo
desfecho avaliado era hipertensão arterial, em população de indivíduos em idade
economicamente ativa. Foram excluídos os estudos realizados em população de gestantes ou de
indivíduos que não estavam trabalhando no período de coleta de dados, estudos de intervenção,
de revisão e qualitativos, e os que não avaliaram a exposição segundo o modelo demanda
controle. Referências cruzadas foram buscadas nos artigos incluídos e nos estudos de revisão
sobre doenças cardiovasculares em geral.
As publicações de mesma autoria foram incluídas desde que a amostra, o desenho do
estudo, o período de coleta de dados ou as medidas de associação fossem diferentes. Caso
contrário, os estudos foram combinados na análise quando forneceram informações
complementares ou foram excluídos os estudos de menor tamanho amostral, menor tempo de
acompanhamento ou pior qualidade.
A seleção dos resumos e extração dos dados foi feita de forma independente por pelo
menos dois de três revisores que utilizaram uma ficha padronizada para a coleta de dados (ver
apêndice B). As seguintes informações foram extraídas das publicações: identificação da
publicação (autores, ano e título), desenho, tamanho da amostra, características
sociodemográficas da população do estudo (idade e sexo), métodos de aferição da variável de
exposição (instrumento, número de itens por dimensão) e de desfecho, modo de
operacionalização da variável de exposição com pontos de corte, modelo estatístico, medida de
associação e resultados.
Foi elaborado um escore de qualidade, com base no adotado por Belkic, Landsbergis et al.
(2004), que incluiu os seguintes critérios: informação sobre o tempo na ocupação, avaliação do
viés de seleção da amostra, análise da variável job strain, aferição da pressão arterial, análise da
qualidade dos dados de pressão arterial e o modelo estatístico empregado (ver apêndice C).
Após consenso entre os revisores, os dados foram consolidados em banco de dados do
programa Statistical Package for the Social Sciences SPSS-WIN, versão 17.0. As referencias
bibliográficas foram armazenadas no programa EndNote, versão X. A descrição dos resultados
seguiu a orientação contida no guideline PRISMA (MOHER et al., 2009) e a meta-análise foi
feita no programa Stata SE, versão 10.
71
7 RESULTADOS
7.1 Parte 1: Validade da escala abreviada de demanda controle
7.1.1 Artigo 1: Dimensional structure of the demand control support questionnaire: a Brazilian
context
Introdução: Segundo Karasek, estresse no trabalho é consequência da combinação entre altas
demandas psicológicas e baixo controle no processo de trabalho. Objetivos: Avaliar a estrutura
dimensional e a consistência interna do questionário Demanda controle-Apoio Social no Trabalho
(DCSQ), versão abreviada do Job Content Questionnaire (JCQ).
Métodos: O estudo investigou 825 trabalhadores que completaram o DCSQ no Rio de Janeiro,
Brasil. O questionário foi de autopreenchimento para 399 trabalhadores de um hospital (2004-
2005) e aplicado por entrevistas a 426 trabalhadores de nove restaurantes (2006-2007). Análise
fatorial confirmatória utilizando modelos de equações estruturais foi utilizada para confirmar a
estrutura dimensional postulada teoricamente. A consistência interna foi avaliada pelo indicador
de confiabilidade composta e a validade convergente,
pela variância média extraída. Resultados: a análise fatorial confirmatória resultou em três
fatores/dimensões: demandas, uso de habilidades e autonomia para decisão. O modelo de melhor
ajuste foi obtido após excluir a dimensão apoio social no trabalho e o item ‘trabalho repetitivo’
(“uso de habilidades”); adicionar uma estimativa de carga fatorial para o item ‘aprendizado’ no
fator correspondente a “demandas psicológicas”, além da proposta originalmente no fator “uso de
habilidades”; e adicionar uma correlação entre os erros de medida dos itens ‘rapidez’ e
‘intensidade’ (“demandas psicológicas”). O indicador de confiabilidade composta foi adequado
(>0,70), exceto na dimensão “demandas psicológicas” (0,58), que apresentou baixa variância
média extraída (0,32). Este modelo final foi confirmado em análises estratificadas pelo setor de
trabalho, porém as cargas fatoriais da amostra de restaurantes foram menores dos que as obtidas
no hospital. Conclusão: Os resultados indicaram que “uso de habilidades” e “autonomia para
decisão” constituem duas dimensões distintas. Além disso, sugerem que o item ‘trabalho
72
repetitivo’ seja revisto, assim como os itens ‘rapidez’ ou ‘intensidade’, da dimensão “demandas
psicológicas”. Estes achados requerem confirmação em pesquisas futuras.
7.1.2 Artigo 2: Cross-cultural validation of the demand-control questionnaire
Introdução: Demand Control Support Questionnaire (DCSQ) é uma versão abreviada do Job
Content Questionnaire, ambos utilizados para medir exigência no trabalho, definida pela
combinação entre altas demandas psicológicas e baixo controle no trabalho. Objetivo: Comparar
as propriedades psicométricas das versões brasileira e sueca do DCSQ. Métodos: A população de
estudo incluiu 2 amostras de trabalhadores de hospital que completaram o DCSQ: 399 brasileiros
(BR) de um hospital no Rio de Janeiro (2004-2005) e 362 suecos (SU) que participaram do
primeiro follow-up de um inquérito representativo da população nacional (2006). Análise fatorial
exploratória e confirmatória (AFE e AFC), usando modelos de equação estrutural, foram
aplicadas para avaliar a estrutura dimensional em cada amostra e testar invariância entre os
grupos. Consistência interna foi avaliada pela confiabilidade composta (CC), validade
convergente pela variância média extraída (VME) e validade discriminante pela inspeção das
correlações entre os fatores e da distribuição dos escores do DCSQ segundo variáveis
sociodemográficas. Resultados: AFE e AFC confirmaram a estrutura tri-dimensional do DCSQ,
equivalente nas duas amostras: “demandas psicológicas”, “uso de habilidades” e “autonomia para
decisão”. O modelo com melhor ajuste foi obtido após exclusão do item ‘trabalho repetitivo’
(“uso de habilidades”). A CC foi adequada nas três dimensões (>0,70). Os escores médios das
dimensões do DCSQ estiveram associados, em ambas as amostras, com escolaridade e apoio
social no trabalho, mas não com idade e sexo. Conclusão: A estrutura tri-dimensional foi
equivalente nas duas amostras de trabalhadores de hospital. “Uso de habilidades” e “autonomia
para decisão” formaram duas dimensões distintas e o item ‘trabalho repetitivo’ não contribuiu
para nenhuma dimensão.
73
7.2 Parte 2: Associação entre alta exigência no trabalho e hipertensão arterial
7.2.1 Artigo 3: Demanda e controle no trabalho e hipertensão arterial: uma meta-análise
Introdução: O modelo demanda controle postulado por Karasek define estresse no trabalho como
o resultado da interação entre demandas psicológicas e controle do processo de trabalho, em
quadrantes que classificam os trabalhos em alta exigência, ativo, passivo e baixa exigência.
Objetivos: Revisão sistemática e meta-análise dos estudos de associação entre alta exigência no
trabalho e hipertensão arterial. Métodos: Foram incluídos estudos publicados até julho de 2009
nas bases Pubmed, Lilacs, Scielo, PsycInfo, Embase e Web of Science. A extração de dados foi
realizada de forma independente por dois revisores, utilizando formulário padronizado. O modelo
de efeitos aleatórios foi utilizado para calcular o odds-ratio combinado (ORc) e intervalo de
confiança (IC 95%). Três meta-análises avaliaram: alta exigência no trabalho e, em separado,
altas demandas psicológicas e baixo controle. Resultados: A partir de 1377 resumos inicialmente
identificados, 14 estudos preencheram os critérios de elegibilidade: 6 na Europa, 5 nos EUA e 3
no Japão: 11 aplicaram o Job Content Questionnaire, 12 classificaram a exposição pelos
quadrantes de Karasek e 9 adotaram os pontos de corte de 140 (pressão sistólica) e 90 mmHg
(pressão diastólica) para classificar o desfecho. A meta-análise incluiu 9 estudos (5 seccionais, 1
caso-controle e 3 de coorte) e não identificou associação entre alta exigência no trabalho
(ORc=1,08, IC 95%: 0,98-1,19), altas demandas psicológicas (ORc=1,08, IC 95%: 0,98-1,19) ou
alto controle (ORc=1,02, IC 95%: 0,94-1,11) e hipertensão arterial. Não houve evidencia de viés
de publicação. Conclusão: Não existe evidência em favor da associação entre estresse no trabalho
e hipertensão arterial. Pesquisas futuras deveriam priorizar o desenho longitudinal e incluir
trabalhadores do sexo feminino e de países em desenvolvimento.
74
8. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
O modelo demanda e controle e os respectivos instrumentos vêm sendo adotados há três
décadas nos estudos de associação entre estresse no trabalho e desfechos em saúde, em especial
na Europa, Estados Unidos e Japão (SCHNALL et al., 1994; BELKIĆ et al., 2004; KIVIMÄKI et
al., 2006; NETTERSTRØM et al., 2008; ELLER et al., 2009). Este modelo foi concebido num
período em que o modo de produção era caracterizado pela especialização de tarefas,
burocratização e hierarquização, com o objetivo de diminuir os custos e aumentar a
produtividade. Nesta época, o estresse era admitido como decorrente da dificuldade de adaptação
do ser humano ao modo de organização do trabalho (JOHNSON, 2008).
Recentemente, a aplicabilidade do modelo e a revisão dos instrumentos de aferição têm
sido objeto de investigação frente às mudanças que vêm ocorrendo no mercado e nas relações de
trabalho, caracterizada pela globalização da economia, que aumentou a competitividade e
quebrou as fronteiras do capital, pela flexibilização das relações de trabalho e pela mudança no
perfil demográfico dos trabalhadores, particularmente pela maior participação feminina (FERRIE
et al., 2008; HVID et al., 2008; KARASEK, 2008; KORVER, 2008; OXENSTIERNA et al.,
2008).
Neste contexto, esta tese contribuiu para a avaliação de dois aspectos do modelo demanda
e controle: a validade dimensional da escala abreviada de demanda e controle de Theorell
(DCSQ) e a meta-análise dos estudos de associação entre estresse no trabalho e hipertensão
arterial à luz da metodologia adotada para a operacionalização da variável de exposição e
desfecho.
A validade de informação depende da adequação das variáveis, do instrumento ou versões
e respectivas propriedades psicométricas ao modelo teórico a investigar (SZKLÓ; JAVIER
NETO, 2004; ROTHMAN et al., 2008). Neste sentido, os dois primeiros artigos desta tese
avaliaram dois principais aspectos da escala abreviada de demanda e controle de Theorell, o
DCSQ: a) a validade e confiabilidade da versão brasileira da escala no contexto de dois setores de
trabalho, hospital e restaurantes; b) a comparação das referidas propriedades psicométricas
obtidas com a versão brasileira e a original sueca, quando o instrumento foi aplicado em
trabalhadores de hospitais.
75
Os artigos 1 e 2 desta tese corroboraram a estrutura tridimensional das versões brasileira e
sueca do DCSQ: demandas psicológicas, uso de habilidades e autonomia para decisão. O fato de
controle estar expresso claramente por duas dimensões, uso de habilidades e autonomia para
decisão, sugere que estas devam ser avaliadas em separado e não de forma combinada como
proposto no modelo teórico (KARASEK; THEORELL, 1990). Além disso, a adição de um item
na dimensão autonomia para decisão poderia contribuir para o mapeamento deste construto e o
tornaria mais adequadamente representado em modelos de análise fatorial. Futuros estudos
deveriam apresentar os resultados de medidas de associação relativos a estas duas dimensões.
Modelos de segunda ordem não foram avaliados na AFC (artigos 1 e 2) pois, como a
correlação entre uso de habilidades e autonomia para decisão foi de magnitude baixa, não havia
indicação para considerar um modelo em que controle representasse uma dimensão de primeira
ordem, composta por aquelas duas (sub)dimensões (segunda ordem).
O modelo de melhor ajuste foi obtido pela exclusão da dimensão apoio social no trabalho
(artigos 1 e 2), o que foi condizente com o modelo teórico que atribui a esta dimensão um papel
de variável modificadora de efeito na associação entre alta exigência no trabalho e doenças
relacionadas ao estresse (JOHNSON; HALL, 1988).
O artigo 1 identificou uma correlação entre os itens ‘rapidez na realização de tarefas’ e
‘intensidade no trabalho’, o que sugere que esses itens estão duplicados e merecem ser revistos,
com vistas a reformulação ou substituição dos mesmos. Entretanto, este achado não foi
confirmado na amostra sueca (artigo 2) e requer confirmação em pesquisas futuras. A análise
estratificada (artigo 1) revelou que quatro dos cinco itens da dimensão demandas psicológicas
apresentaram diferenças na magnitude das cargas fatoriais entre os dois setores avaliados,
hospital e restaurantes, sugerindo que esses itens, ou a dimensão, têm diferentes significados a
depender do nível socio-ocupacional. No artigo 2, o resultado da análise de múltiplos grupos
revelou que o item rapidez no trabalho da dimensão demandas psicológicas não foi equivalente
entre as amostras brasileira e sueca de trabalhadores de hospital, o que pode refletir problemas na
adaptação transcultural e que esse item tem função distinta nas duas amostras, ou seja, a área do
construto coberta pelo item não é equivalente nas duas culturas (BROWN, 2006).
O item trabalho repetitivo não se correlacionou com nenhuma dimensão e a remoção deste
resultou em melhor ajuste do modelo obtido para amostras de trabalhadores com diferentes níveis
socio-ocupacionais (artigo 1) e para as diferentes versões do instrumento (artigo 2). Este achado
76
foi consistente com outros estudos que utilizaram o JCQ (KARASEK et al., 1998;
NIEDHAMMER et al., 2006; EUM et al., 2007) e com um estudo que avaliou o DCSQ (GRIEP;
ROTENBERG et al., 2009). Portanto, parece plausível supor que este item de fato não pertença
ao construto demanda e controle e que, portanto, deva ser substituído.
A AFC da versão brasileira do DCSQ revelou que o item aprendizado, originalmente
proposto na dimensão uso de habilidades, também se correlacionou inversamente com a
dimensão demandas psicológicas, estimativa não visualizada na AFE. Este aspecto não foi
confirmado na amostra de trabalhadores suecos e foi pouco investigado. Pode ser plausível supor
que, no mundo do trabalho atual, aprender coisas novas represente demandas psicológicas, em
particular no trabalho em hospital (KAWAKAMI et al., 1995). Por outro lado, pode ser que este
achado seja um artefato de um modelo altamente restritivo, característico da AFC, em que cada
item tem carga estimada em apenas um fator (MARSH et al., 2009).
No artigo 2, na amostra de trabalhadores suecos, o item iniciativa se correlacionou não
apenas com uso de habilidades, como originalmente proposto, mas também com autonomia para
a decisão. Este achado parece teoricamente plausível, uma vez que iniciativa corresponde a um
atributo da autonomia para decisão sobre o que fazer e como realizar as tarefas. Entretanto, este
achado não foi confirmado na amostra brasileira. O motivo desta inconsistência nos achados pode
estar relacionado à adaptação transcultural da versão brasileira, obtida a partir da versão traduzida
para o inglês que não parece ser compatível com a original sueca (SW: Does your work require
creativity? e BR: Does your job require you to take the initiative?). A equivalência semântica
deste item pode ser recuperada após conferência com o autor da escala original, Theorell, para
posterior reavaliação.
Esta tese é o primeiro estudo que comparou as propriedades psicométricas do DCSQ em
diferentes contextos socioculturais, para o qual adotou-se o coeficiente de confiabilidade
composta para avaliar a consistência interna, mais adequado às situações de violação da tau
equivalêmcia e de ausência de correlação entre erros de medida (BROWN, 2006).
A principal limitação desta tese se refere à composição das amostras, restrita a dois grupos
ocupacionais brasileiros e a um único grupo sueco. Pode ser que os achados relevantes, entre os
quais a recomendação de revisão do item trabalho repetitivo, não sejam pertinentes a outros
grupos ocupacionais. Adicionalmente, o tamanho das amostras incluídas nos artigos 1 e 2 (BR -
77
hospital:399, BR - restaurantes:426 e SW- hospitais:362) não foi suficiente para análises
estratificadas por sexo e faixa etária.
Futuras pesquisas são necessárias para investigar a equivalência dimensional e de itens
entre homens e mulheres, entre grupos ocupacionais, assim como mudanças longitudinais na
estrutura dimensional do DCSQ. Além disto, o papel da dimensão apoio social no trabalho e a
aplicabilidade da estrutura bidimensional do controle requer confirmações posteriores e deve ser
considerada nos estudos de associação com desfechos relacionados ao estresse. Finalmente, o
modelo de mensuração (análise fatorial) pode ser combinado ao estrutural (de associação) no
modelo teórico-operacional a ser testado por meio da modelagem de equações estruturais
(BROWN, 2006; HAIR et al., 2006b), o que parece mais adequado para a avaliação do modelo
demanda controle.
O artigo 3 revelou que a meta-análise dos estudos epidemiológicos entre alta exigência no
trabalho, com as respectivas dimensões, e hipertensão arterial não confirmou a associação em
modelos multivariados, consistente com os achados de outras revisões (MANN, 2006;
SPARRENBERGER; CICHELERO et al., 2009) (SCHNALL et al., 1994; BELKIĆ et al., 2000).
A maioria dos estudos incluídos na revisão utilizou o instrumento JCQ, com diferentes
números de itens, e adotou os quadrantes de Karasek para classificar os indivíduos com alta
exigência no trabalho, utilizando como ponto de corte a mediana, que poderia sugerir erro de
classificação da variável de exposição (KRISTENSEN, 1996; THEORELL; KARASEK, 1996;
SZKLÓ; JAVIER NETO, 2004; KARASEK et al., 2007) Apesar de não haver consenso sobre o
ponto de corte adequado e o modo de operacionalização da variável de exposição, poucos estudos
incluídos na revisão apresentaram os resultados obtidos por outros métodos (LANDSBERGIS et
al., 1994; MARKOVITZ et al., 2004). Nenhum estudo incluído na revisão avaliou o efeito
isolado das (sub) dimensões uso de habilidades e autonomia para a decisão.
Em relação à variável de desfecho, a maioria dos estudos aferiu a pressão arterial de
forma casual, técnica considerado menos acurada para detecção de casos pelas diretrizes
nacionais e internacionais sobre hipertensão arterial (CHOBANIAN et al., 2003; SOCIEDADE
BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO et al., 2007). Landsbergis et al. (2008) sugerem o uso de
MAPA nos estudos para testar a hipótese de que a exposição crônica aos estressores do trabalho
provocariam, inicialmente, uma elevação nos níveis pressóricos durante o horário de trabalho,
possivelmente não detectável com as técnicas tradicionais de aferição. Esta hipótese tem sido
78
investigada em amostras de trabalhadores saudáveis e normotensos (SCHNALL et al., 1994;
BEEHR, 1998; BELKIĆ et al., 2000), porém ainda não foi realizada, ou publicada nas bases
eletrônicas de periódicos científicos, uma revisão sistemática ou meta-análise destes estudos.
Futuras pesquisas são necessárias para investigar a associação entre alta exigência no
trabalho e hipertensão em estudos de desenho longitudinal e com população feminina. A
apresentação dos resultados obtidos por diferentes formulações da variável alta exigência no
trabalho em novas publicações poderia contribuir na identificação do ponto de corte que melhor
expresse a associação com hipertensão arterial. Adicionalmente, os resultados da primeira parte
dessa tese sugerem que novos estudos devam considerar o efeito isolado das dimensões uso de
habilidades e autonomia para decisão nos desfechos relacionados ao estresse.
Os resultados dos estudos conduzidos no âmbito desta tese sugerem as seguintes
conclusões:
Parte 1: Validade da escala abreviada de demanda controle
A versão brasileira da escala abreviada de demanda controle de Theorell apresentou
estrutura tridimensional que correspondeu a: demandas psicológicas, uso de habilidades e
autonomia para decisão.
Esta estrutura tridimensional foi consistente para trabalhadores brasileiros (hospital e
restaurantes) e suecos (hospital).
O modelo que obteve melhor ajuste na análise fatorial excluiu a dimensão apoio social no
trabalho, proposto no modelo teórico como modificador de efeito da associação entre alta
exigência no trabalho e eventos de saúde relacionados ao estresse.
O item “trabalho repetitivo”, originalmente definido na dimensão uso de habilidades, não
se correlacionou com nenhuma das três dimensões em todas as amostras, sugerindo que
deva ser revisto ou substituído.
Os itens “trabalho rápido” e “trabalho intenso”, ambos da dimensão demandas
psicológicas, estiveram correlacionados entre si apenas na amostra de trabalhadores
brasileiros, ou seja, estes itens parecem captar o mesmo significado, mas este achado pode
79
estar relacionado a problemas na adaptação transcultural de um dos itens, uma vez que
este achado não foi confirmado na amostra de trabalhadores suecos.
Na amostra de trabalhadores suecos de hospital, o item “iniciativa” esteve correlacionado
com uso de habilidades, conforme proposto pelo modelo teórico, e com autonomia para a
decisão. Entretanto, apesar de parecer lógico considerar que a tomada de iniciativa é uma
característica também relacionada à autonomia de decisão, este achado não foi
confirmado entre trabalhadores brasileiros.
A consistência interna foi adequada para as três dimensões, nas versões sueca e brasileira
Os itens “trabalho rápido” (demandas psicológicas), “uso de habilidades” (uso de
habilidades) e “O QUE fazer” (autonomia para decisão) apresentaram diferentes limiares
mínimos de respostas (thresholds) na Suécia e no Brasil, sugerindo significados diversos
nessas amostras.
Parte 2: Associação entre alta exigência no trabalho e hipertensão arterial
Existe heterogeneidade entre os estudos.
A meta-análise dos estudos publicados até 2009 não sugere associação entre alta
exigência no trabalho, definida pela combinação de altas demandas psicológicas e baixo
controle sobre o processo de trabalho, e hipertensão arterial
A ausência de associação também foi detectada quando análises separadas avaliaram o
efeito isolado das dimensões demanda e controle
Não foi detectado viés de publicação
A participação feminina nas amostras foi baixa (35%), e os estudos restritos a países
europeus, Estados Unidos e Japão
80
REFERÊNCIAS
AGUIAR, O. B. Aspectos psicossociais do impedimento laboral por motivos de saúde em trabalhadores de cozinhas industriais. 2009. 206f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva)- Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009. ALBRIGHT, C. L. et al. Job strain and prevalence of hypertension in a biracial population of urban bus drivers. American Journal of Public Health, Washington, v.82, n.7, p.984-989, 1992. ALDERLING, M. et al. The demand control model and circadian saliva cortisol variations in a Swedish population based sample (The PART study). BMC Public Health, London, v.6, p.288, 2006. ALFREDSSON, L. et al. Job strain and major risk factors for coronary heart disease among employed males and females in a Swedish study on work, lipids and fibrinogen. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.28, n.4, p.238-248, 2002. ALVES, M. G. M. et al. Versão resumida da "job stress scale": adaptação para o português. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.38, n.2, p.164-171, 2004. ______. Estresse no trabalho e hipertensão arterial em mulheres no Estudo Pró-Saúde. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.43, n.5, p.893-896, 2009. ______. Revisão da literatura nacional e internacional sobre o estresse no trabalho: algumas questões metodológicas. Rio de Janeiro: IMS/UERJ, 2007. p. 135-138. (Série Estudos em Saúde Coletiva v.223) ANDRE-PETERSSON, L. et al. Social support at work and the risk of myocardial infarction and stroke in women and men. Social Science & Medicine, New York, v.64, n.4, p.830-41, 2007. ARAUJO, T. Trabalho e distúrbios psíquicos em mulheres trabalhadoras de enfermagem. 1999. 211f. Tese (Doutorado) - Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1999. ASPAROUHOV, T.; MUTHÉN, B. Exploratory structural equation modeling. Structural Equation Modeling, 2009. Disponível em: <http://www.statmodel.com/download/EFACFA810.pdf>. Acesso em: 04 mar 2010. BEEHR, T. A. Research on occupational stress: an unfinished enterprise. Personnel Psychology, Washington, v.51, p.835-844, 1998. BEILIN, L. J. et al. Lifestyle and Hypertension. American Journal of Hypertension, London, v.12, n.9, p.934-945, 1999.
81
BELKIĆ, K. et al. Psychosocial factors: review of the empirical data among men. Occupational Medicine: State of the Art Reviews, Chicago, v.15, n.1, p.24-46, 2000. BELKIĆ, K. et al. Mechanisms of cardiac risk among professional drivers. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.20, n.2, p.73-86, 1994. BELKIĆ, K. L. et al. Is job strain a major source of cardiovascular disease risk? Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.30, n.2, p.85-128, 2004. BLAIR, S. N. et al. Health promotion for educators: impact on health behaviors, satisfaction, and general well-being. American Journal of Public Health, Washington, v.74, n.2, p.147-149, 1984. BOSMA, H. et al. Two alternative job stress models and the risk of coronary heart disease. American Journal of Public Health, Washington, v.88, n.1, p.68-74, 1998. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. CBO 2002. Classificação Brasileira de Ocupações. Disponível em: <http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/informacoesGerais.jsf#11>. Acesso em: 04 mar 2010. BRISSON, C. ; LAROCQUE, B. Validity of occupational stress and decision latitude on health in the National Population Health Survey of 1994-95. Canadian Journal of Public Health, Ottawa, v.92, n.6, p.468-474, 2001. BRITO, A. S. Estresse e acidentes no trabalho: Estudo Pró-Saúde. 2007. 156f. Tese (Doutorado) - Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. BROWN, T. A. Confirmatory factor analysis for applied research. New York: The Guilford Press. New York: The Guilford Press, 2006. 475 p. (Methodology in the Social Sciences) BYRNE, B. M. Structural equation modeling with AMOS: basic concepts, applications, and programmin. New Jersey: L. Erlbaum, 2001.396p. CAMPBELL, D. T.; FISKE, D. W. Convergent and discriminant validation by the multitrait-multimethod matrix. Psychological Bulletin, Washington, v.56, n.2, p.81-105, 1959. CAPPUCCIO, F. P.; MAC GREGOR, G. A. Does potassium supplementation lower blood pressure? a meta-analysis of published trials. Journal of Hypertension, London, v.9, p.465-473, 1991. CARELS, R. A. et al. Psychosocial influences on blood pressure during daily life. International Journal of Psychophysiology, Amsterdam, v.28, n.2, p.117-129, 1998. CARROLL, D. et al. Blood pressure reactions to stress and the prediction of future blood pressure: effects of sex, age, and socioeconomic position. Psychosomatic Medicine, New York, v.65, n.6, p.1058-1064, 2003.
82
CHAMPAGNE, C. M. Dietary interventions on blood pressure: the dietary approaches to stop hypertension (DASH) trials. Nutrition Reviews, New York, v.64, n.2, p.53-56, 2006. Suplemento. CHARMANDARI, E. et al. Endocrinology of the stress response. Annual Review of Physiology, Palo Alto, v.67, p.259-284, 2005. CHAU, N. P. et al. Twenty-four-hour ambulatory blood pressure in shift workers. Circulation, Dallas, v.80, n.2, p.341-347, 1989. CHENG, Y. et al. Reliability and validity of the chinese version of the content questionnaire in Taiwanese workers. International Journal of Behavioral Medicine, Hillsdale, v.10, n.1, p.15-30, 2003. CHOBANIAN, A. V. et al. The Seventh Report of the Joint National Committee on prevention, detection, evaluation, and treatment of high blood pressure. The JNC VII Report. Journal of the American Medical Association, Chicago, v.289, n.19, p.2560-2572, 2003. CHOI, B. et al. Socioeconomic status, job strain and common mental disorders - an ecological (occupational) approach. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.6, p.22–32, 2008.Suplemento. CLARK, M. S. et al. Environmental stress, psychological stress and allostatic load. Psychology, Health & Medicine, Abingdon, v.12, n.1, p.18-30, 2007. COLHOUN, H. M. et al. Socio-economic status and blood pressure: an overview analysis. Journal of Human Hypertension, Houndmills, v.12, p.91-110, 1998. COOPER, R. S. et al. An international comparative study of blood pressure in populations of European versus African descendent. BMC Medicine, London, v.3, p.2, 2005. COURVOISIER, D. S. ; PERNEGER, T. V. Validation of alternative formulations of job strain. Journal of Occupational Health, Tokyo, v.52, p.5-13, 2010. CRONBACH, L. J. Coefficient alpha and the internal structure of tests. Psychometrika, Colorado Springs, v.16, n.297-334, 1951. ______ ; MEEHL, P. E. Construct validity in psychological tests. Psychological Bulletin, Washington, v.52, n.4, Jul, p.281-302, 1955. CUTLER, J. A. et al. Randomized controlled trials of sodium reduction: an overview. American Journal of Clinical Nutrition, Philadelphia, v.65, p.643-651, 1997. Suplemento. DANNENBERG, A. L. et al. Incidence of hypertension in the Framingham Study. American Journal of Public Health, Washington, v.78, n.6, p.676-679, 1988.
83
DE JONGE, J. et al. Comparing group and individual level assessments of job characteristics in testing the job demand-control model: a multilevel approach. Human Relations, New York, v.52, n.1, p.95-122, 1999. ______.; et al. The demand-control model: specific demands, specific control, and well-defined groups. International Journal of Stress Management, New York, v.7, n.4, p.269-287, 2000. ______.; et al. Job strain, effort-reward imbalance and employee well-being: a large-scale cross-sectional study. Social Science & Medicine, New York, v.50, n.9, p.1317-1327, 2000. DE LANGE, A. H. et al. Different mechanisms to explain the reversed effects of mental health on work characteristics. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.31, n.1, p.3-14, 2005. DUNCAN, B. B. et al. Socioeconomic distribution of noncommunicable disease risk factors in urban Brazil: The case of Porto Alegre. Bulletin of Pan American Health Organization, Washington, v. 27, n.4, p.337-349, 1993. EAKER, E. D. et al. Does job strain increase the risk for coronary heart disease or death in men and women? The Framingham Offspring Study. American Journal of Epidemiology, Baltimore, v.159, n.10, p.950-958, 2004. EDIMANSYAH, B. A. et al. Reliability and construct validity of the Malay version of the Job Content Questionnaire (JCQ). The Southeast Asian Journal of Tropical Medicine and Public Health, Bangkok, v.37, n.2, p.412-416, 2006. ELIAS, P.; BIRCH, M. Establishment of community-wide occupational statistics. ISCO 88 (COM): a guide for users. UK: Institute for Employment Research, University of Warwick, 1994. ELLER, N. H. et al. Work-related psychosocial factors and the development of ischemic heart disease: a systematic review. Cardiology in Review, Hagerstown, v.17, n.2, p.83-97, 2009. ESCRIBÀ-AGÜIR, V. et al. Validation of the Job Content Questionnaire in hospital nursing staff. Gaceta Sanitaria, Barcelona, v.15 n.2, p.142-149, 2001. EUM, K.-D. et al. Psychometric properties of the Korean version of the job content questionnaire: data from health care workers. International Archives of Occupational and Environmental Health, Berlin, v.80, p.497-504, 2007. EUROPEAN SOCIETY OF HYPERTENSION; EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY. 2003 European Society of Hypertension-European Society of Cardiology guidelines for the management of arterial hypertension. Journal of Hypertension, London, v.21, p.1011-1053, 2003. EVERSON-ROSE, S. A.; LEWIS, T. T. Psychosocial factors and cardiovascular diseases'. Annual Review of Public Health, Palo Alto, v.26, p.469–500, 2005.
84
FAGARD, R. H. et al. Prognostic significance of blood pressure measured in the office, at home and during ambulatory monitoring in older patients in general practice. Journal of Human Hypertension, Houndmills, v.19, n.10, p.801-807, 2005. FALKNER, B. Birth weight as a predictor of future hypertension. American Journal of Hypertension, London, v.15, n.2, p.43S–45S, 2002. FERNANDES, M. H. ; ROCHA, V. M. Impact of the psychosocial aspects of work on the quality of life of teachers. Revista Brasileira de Psiquiatria, Porto Alegre, v.31, n.1, p.15-20, 2009. FERRARIO, M. et al. Job stress in the service industry. Evaluation of the Italian version of the Job Content Questionnaire. La Medicina del Lavoro, Milano, v.96, n.3, p.191-199, 2005. FERRIE, J. E. et al. Flexible labor markets and employee health. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.6, p.98–110, 2008.Suplemento. FINNEY, S. J.; DI STEFANO, C. Non-normal and categorical data in structural equation modeling. In: HANCOCK, G. R.; MUELLER, R. O. (Ed.). Structural equation modeling: a second course. Greenwich: Information Age Publishing, 2006. p.269–314 FISCHER, F. M. et al. Job control, job demands, social support at work and health among adolescent workers. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.39, n.2, p.245-253, 2005. FOGAÇA, M. C. et al. Estresse ocupacional e suas repercussões na qualidade de vida de médicos e enfermeiros intensivistas pediátricos e neonatais. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, São Paulo, v.21, n.3, p.299-305, 2009. FORNELL, C.; LARCKER, D. F. Evaluating Structural Equation Models with Unobservable Variables and Measurement Error. Journal of Marketing Research, Chicago, v.18, n.1, p.39-50, 1981. FRAZIER, L. Factors influencing blood pressure: development of a risk model. The Journal of Cardiovascular Nursing, Frederick MD, v.15, n.1, p.62-79, 2000. GANZEL, B. L. et al. Allostasis and the human brain: Integrating models of stress from the social and life sciences. Psychological Review, Washington, v.117, n.1, p.134-174, 2010. GASPERIN, D. et al. Effect of psychosocial stress on blood pressure increase: a meta-analysis of cohort studies. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.25, n.4, p.715-726, 2009. GOLDSTEIN, D. S.; MCEWEN, B. Allostasis, homeostats, and the nature of stress. Stress, St. Helier, v.5, n.1, p.55-58, 2002. GREEN, K. L.; JOHNSON, J. V. The effects of psychosocial work organization on patterns of cigarette smoking among male chemical plant employees. American Journal of Public Health, Washington, v.80, n.11, p.1368-1371, 1990.
85
GRIEP, R. H. et al. The psychometric properties of demand-control and effort-reward imbalance scales amonb Brazilian nurses. International Archives of Occupational and Environmental Health, Berlin, v.82, n.10, p.1163-1172, 2009. HAAN, M. N. Job strain and ischaemic heart disease: an epidemiologic study of metal workers. Annals of Clinical Research, Helsinki, v.20, n.1-2, p.143-145, 1988. HAIR, J. F.; et al. Factor analysis. In: HAIR, J. F. et al. (Ed.). Multivariate data analysis. Upper Saddle River, NJ.: Pearson Prentice Hall, 2006a. 928p. ______. SEM: Confirmatory factor analysis. In: HAIR, J. F. et al. (Ed.). Multivariate data analysis. Upper Saddle River, NJ.: Pearson Prentice Hall, 2006b. p.770-842. HAJJAR, I. et al. Hypertension: trends in prevalence, incidence and control. Annual Review of Public Health, Palo Alto, v.27, p.465-490, 2006. HALLQVIST, J. et al. Is the effect of job strain on myocardial infarction risk due to interaction between high psychological demands and low decision latitude? Results from Stockholm Heart Epidemiology Program (SHEEP). Social Science & Medicine, New York, v.46, n.11, p.1405-1415, 1998. HARLAN, W. R. et al. Blood pressure and nutrition in adults. The National Health and Nutrition Examination Survey. American Journal of Epidemiology, Baltimore, v.120, n.1, p.17-28, 1984. HAYASHI, T. et al. Effect of overtime work on 24 hour ambulatory blood pressure. Journal of Occupational and Environmental Medicine, Baltimore, v.38, p.1007-1011, 1996. HERDMAN, M. et al. A model of equivalence in the cultural adaptation of HRQoL instruments: the universalist approach. Quality of Lyfe Research, Oxford, v.7, p.323-335, 1998. HUGHES, K. et al. Relationships between cigarette smoking, blood pressure and serum lipids in the Singapore general population. International Journal of Epidemiology, London, v.22, n.4, p.637-643, 1993. HVID, H. et al. Control, fexibility and rhythms. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, n.6, p.83-90, 2008.Suplemento. INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION. ISCO 88. International Standard Classification of Occupations. Geneva: International Labour Organization. Disponível em: <http://www.ilo.org/public/english/bureau/stat/isco/isco88/index.htm>. Acesso em: 04 mar 2010. IWASAKI, K. et al. Effect of working hours on biological function related to cardiovascular system among salesmen in a machinery manufacturing company. Industrial Health, Tokyo, v.36, p.361-367. 1998.
86
JEX, S. M.; ELACQUA, T. C. Self-esteem as a moderator: A comparison of global and organization-based measures. Journal of Occupational and Organizational Psychology, Leicester, v.72, p.71-81, 1999. JOB content questionnaire center. Lowell: University of Massachusetts. Disponível em: <http://www.jcqcenter.org/>. Acesso em: 28 Fev. 2010 JOHNSON, J. V. Globalization, workers’ power and the psychosocial work environment - is the demand–control–support model stil luseful in a neoliberal era? Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.6, p.15–21, 2008.Suplemento. ______.; HALL, E. M. Job strain, work place social support, and cardiovascular disease: a cross-sectional study of a random sample of the Swedish working population. American Journal of Public Health, Washington, v.78, n.10, p.1336-1342, 1988. ______.; STEWART, W., et al. Long-term psychosocial work environment and cardiovascular mortality among Swedish men. American Journal of Public Health, Washington, v.86, n.3, p.324-331, 1996. JÖRESKOG, K. G. A general approach to confirmatory maximum likelihood factor analysis. Psychometrika, Colorado Springs, v.34, p.183-202, 1969. ______. On the estimation of polychoric correlations and their asymptotic covariance matrix. Psychometrika, Colorado Springs, v.59, n.3, p.381-389, 1994. KAMARCK, T. W. et al. Psychosocial stress and cardiovascular risk: what is the role of daily experience? Journal of Personality, Durham, v.73, n.6, p.1749-1774, 2005. KANG, M. G. et al. Job stress and cardiovascular risk factors in male workers. Preventive Medicine, New York, v.40, n.5, p.583-588, 2005. KARASEK, R. Job demands, job decision latitude, and mental strain: implications for job redesign. Administrative Science Quarterly, Ithaca, v.24, n.2, p.285-308, 1979. ______. Low social control and physiological deregulation - the stress-disequilibrium theory, towards a new demand–control model. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.6, p.117–135, 2008.Suplemento. ______. Lower health risk with increased job control among white collar workers. Journal of Organizational Behaviour, Malden, v.11, p.171-185, 1990. ______. et al. Job characteristics in relation to the prevalence of myocardial infarction in the US Health Examination Survey (HES) and the Health and Nutrition Examination Survey (HANES). American Journal of Public Health, Washington, v.78, n.8, p.910-918, 1988.
87
______. et al. The job content questionnaire (JCQ):an instrument for internationally comparative assessments of psychocharacteristics. Journal of Occupational Health Psychology, Washington, v.3, p.322-356, 1998. ______. et al. Job decision latitude, job demands, and cardiovascular disease: a prospective study of swedish men. American Journal of Public Health, Washington, v.71, n.7, p.694-705, 1981. ______. et al. Testing two methods to create comparable scales scores between the job content questionnaire (JCQ) and JCQ-like questionnaires in the european JACE study. International Journal of Behavioral Medicine, Hillsdale, v.14, n.4, p.189-201, 2007. ______. THEORELL, T. Healthy work: stress, productivity, and the reconstruction of working life. New York: Basic books, Inc. 1990. 381 p. KAWAKAMI, N.; FUJIGAKI, Y. Reliability and validity of the Japanese version of Job Content Questionnaire: replication and extension in computer company employees. Industrial Health, Tokyo, v.34, n.4, p.295-306, 1996. ______. et al. Assessment of job stress dimensions based on the job demands- control model of employees of telecommunication and electric power companies in Japan: reliability and validity of the Japanese version of the Job Content Questionnaire. International Journal of Behavioral Medicine, Hillsdale, v.2, n.4, p.358-375, 1995. ______. et al. Job strain and arterial blood pressure, serum cholesterol, and smoking as risk factors for coronary heart disease in Japan. International Archives of Occupational and Environmental Health, Berlin, v.71, n.6, p.429-432, 1998. KEARNEY, P. M. et al. Worldwide prevalence of hypertension: a systematic review. Journal of Hypertension, London, v.22, n.1, p.11-19, 2004. KELLY, S. et al. Searching for the biological pathways between stress and health. Annual Review of Public Health, Palo Alto, v.18, p.437-462, 1997. KINSTEN, A. et al. SLOSH. Swedish Longitudinal Occupational Survey of Health: a nationally representative psychosocial survey of the Swedish working population. Stockholm: Stockholm University. 2007p. (Technical report) KIVIMAKI, M. et al. Justice at work and reduced risk of coronary heart disease among employees: the Whitehall II Study. Archives of Internal Medicine, Chicago, v.165, n.19, p.2245-2251, 2005. ______. et al. Work stress and risk of cardiovascular mortality: prospective cohort study of industrial employees. British Medical Journal, London, v.325, n.7369, p.857, 2002. ______. et al. Work stress in the etiology of coronary heart disease—a meta-analysis. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.32, n.6, p.431-442, 2006.
88
KLEINBAUM, D. G. et al. Applied regression analysis and other multivariable methods. Boston: PWS-KENT Publishing Company, ed. 1988. 798 p. KONDO, K. et al. Job strain and sick leave among Japanese employees: a longitudinal study. International Archives of Occupational and Environmental Health, Berlin, v.79, p.213-219, 2006. KORVER, T. Jobs, demands, controls—and productivity? Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.6, p.91-97, 2008.Suplemento. KRISTENSEN, T. S. Job stress and cardiovascular disease: a theoretic critical review. Journal of Occupational Health Psychology, Washington, v.1, n.3, p.246-260, 1996. KUPER, H., et al. Psychosocial determinants of coronary heart disease in middle-aged women: a prospective study in Sweden. American Journal of Epidemiology, Baltimore, v.164, n.4, p.349-57, 2006. ______.; MARMOT, M. Job strain, job demands, decision latitude and risk of coronary heart disease within the Whitehall II study. Journal of Epidemiology and Community Health, London, v.57, p.147-153, 2003. KUPPER, N. et al. Heritability of daytime ambulatory blood pressure in an extended twin design. Hypertension, Dallas, v.45, p.80-85, 2005. LANDSBERGIS, P. A. et al. Association between ambulatory blood pressure and alternative formulations of job strain. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.20, n.5, p.349-363, 1994. ______. et al. Measurement of psychosocial workplace exposure variables. Occupational Medicine: State of the Art Reviews, Chicago, v.15, n.1, p.163-188, 2000. LANDY, F. J. Stamp Collecting Versus Science: Validation as Hypothesis Testing. American Psychologist, Washington, v.41, n.11, p.1183-1192, 1986. LAST, J. M., Ed. A dictionary of epidemiology. New York: Oxford University Press, p.196, 4th ed. 2001. LEE, S., COLDITZ, G., et al. A prospective study of job strain and coronary heart disease in US women. International Journal of Epidemiology, London, v.31, n.6, p.1147-1154, 2002. LEWINGTON, S. et al. Age-specific relevance of usual blood pressure to vascular mortality: a meta-analysis of individual data for one million adults in 61 prospective studies. Lancet, London, v.360, n.9349, p.1903-1913, 2002. LI, J. et al. Psychometric evaluation of the chinese (mainland) version of job conten questionnaire: a study in university hospitals. Industrial Health, Tokyo, v.42, p.260-267, 2004.
89
LOGAN, J. G.; BARKSDALE, D. J. Allostasis and allostatic load: expanding the discourse on stress and cardiovascular disease. Journal of Clinical Nursing, Oxford, v.17, n.7B, p.201-208, 2008. LOVALLO, W. R.; GERIN, W. Psychophysiological reactivity: mechanisms and pathways to cardiovascular disease. Psychosomatic Medicine, New York, v.65, n.1, p.36-45, 2003. MADANS, J. H. et al. 10 years after NHANES I: report of initial followup, 1982-84. Public Health Reports, Rockville, v.101, n.5, p.465-473, 1986. MAGNAGO, T. S. B. S. Aspectos psicossociais do trabalho e distúrbio musculo-esquelético em trabalhador de enfermagem. 2008. 200f. Tese (Doutorado)- Escola de Enfermagem Ana Nery, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008. MAIZURA, H. et al. Reliability (internal consistency) of the Job Content Questionnaire on job stress among office workers of a multinational company in Kuala Lumpur. Asia-Pacific Journal of Public Health, Hong Kong, v.21, n.2, p.216-222, 2009. MANN, S. J. Job stress and blood pressure: A critical appraisal of reported studies. Current Hypertension Reviews, Oak Park, v.2, n.2, p.127, 2006. MARKOVITZ, J. H. et al. Increases in job strain are associated with incident hypertension in the CARDIA Study. Annals of Behavioral Medicine, Rockville MD, v.28, n.1, p.4-9, 2004. MARSH, H. W. et al. Exploratory structural equation modeling, integrating CFA and EFA: application to students’ evaluations of University Teaching. Structural Equation Modeling, v.16, p.xxx-xxx. 2009. Disponível em: < http://www.statmodel.com/download/SEM-Marsh2009.pdf >. Acesso em: 04 mar 2010. ______. et al. A New Look at the Big-Five Factor Structure through Exploratory Structural Equation Modeling 2009. Disponível em: < http://www.statmodel.com/download/BIG5%20ESEM%20MS.pdf>. Acesso em: 04 mar 2010. MATTHEWS, K. A. et al. Are psychosocial factors mediators of socioeconomic status and health connections? Annals of the New York Academy of Sciences, New York, v.1186, p.146-173. 2010. MC EWEN, B. S. Allostasis and allostatic load: implications for neuropsychopharmacology. Neuropsychopharmacology, New York, v.22, n.2, p.108-124, 2000. ______. Protective and damaging effects of stress mediators. The New England Journal of Medicine, Boston, v.338, p.171-179, 1998. ______. Stress, adaptation, and disease. Allostasis and allostatic load. Annals of the New York Academy of Sciences, New York, v.840, p.33-44, 1998b.
90
MC EWEN, B. S.; GIANAROS, P. J. Central role of the brain in stress and adaptation: links to socioeconomic status, health, and disease. Annals of the New York Academy of Sciences, New York, v. 1186, p.190-222, 2010. ______.; WINGFIELD, J. C. The concept of allostasis in biology and biomedicine. Hormones and Behavior, New York, v.43, n.1, p.2-15, 2003. MOHER, D. et al. Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA Statement. PLoS Medicine, San Francisco, v.6, n.7, p.xxx-xxx. 2009. MORIKAWA, Y. et al. Relationship between shift work and onset of hypertension in a cohort of manual workers. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.25, p.100-104, 1999. MURATA, K. et al. Does job stress affect injury due to labor accident in japanese male and female blue-collar workers? Industrial Health, Tokyo, v.38, p.246-251, 2000. MUTHÉN, B. O. Goodness of fit with categorical and other non-normal variables. In: K. A. BOLLEN e J. S. LONG (Ed.). Testing structural equation models. Newbury Park: Sage, 1993. p.205–243. MUTHÉN, L. K.; MUTHÉN, B. O. Mplus User´s Guide. Los Angeles: Muthén&Muthén, 1998-2007. 676p. NEDER, M. M.; BORGES, A. A. N. Hipertensão arterial sistêmica no Brasil: o que avançamos no conhecimento de sua epidemiologia? Revista Brasileira de Hipertensão, Rio de Janeiro, v.13, n.2, p.126-133, 2006. NETTERSTRØM, B. et al. Psychological job demands increase the risk of ischaemic heart disease: a 14-year cohort study of employed Danish men. European Journal of Cardiovascular Prevention and Rehabilitation, London, v.13, n.3, p.414-420, 2006. ______. et al. The relation between work-related psychosocial factors and the development of depression. Epidemiologic Reviews, Baltimore, v.30, p.118-132, 2008. NIEDHAMMER, I. Psychometric properties of the French version Karasek job content questionnaire: a study of the scales of decision latitude, psychological demands, social support, and physical demands in the GAZEL cohort. International Archives of Occupational and Environmental Health, Berlin, v.75, p.129-144, 2002. NIEDHAMMER, I. et al. Study of the validity of a job-exposure matrix for psychosocial work factors: results from the national French SUMER survey. International Archives of Occupational and Environmental Health, Berlin, v.82, p.87-97, 2008. NIEDHAMMER, I. et al. Propriétes psychométriques de la version française des échelles de la demande psychologique, de la latitude décisionnelle et du soutien social du "Job Content
91
Questionnaire" de Karasek: résultats de I'enquête nationale SUMER. Santé Publique, Bucuresti, v.19, n.3, p.413-427, 2006. OSTRY, A. S. et al. Measuring psychosocial job strain with the job content questionnaire using experienced job evaluators. American Journal of Industrial Medicine, New York, v.39, p.397-401, 2001. OXENSTIERNA, G. et al. A new questionnaire and model for research into the impact of work and the work environment on employee health. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, n.6, p.150-162. 2008.Suplemento. PASSOS, S. R. L. et al. Estudo de coorte em trabalhadores do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas: Programa de Saúde no IPEC - PROSEC. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2003. PETER, R.; SIEGRIST, J. Psychosocial work environment and the risk of coronary heart disease. International Archives of Occupational and Environmental Health, Berlin, v.73, p.S41-45, 2000.Suplemento. ______. et al. Psychosocial work environment and myocardial infarction: improving risk estimation by combining two complementary job stress models in the SHEEP Study. Journal of Epidemiology and Community Health, London, v.56, n.4, p.294-300, 2002. PICKERING, T. Cardiovascular pathways: socioeconomic status and stress effects on hypertension and cardiovascular function Annals of the New York Academy of Sciences, New York, v.896, p.262-277, 1999. ______. The effects of environmental and lifestyle factors on blood pressure and the intermediary role of the sympathetic nervous system. Journal of Human Hypertension, Houndmills, v.11, p.S9-S18, 1997.Suplemento. PIEPER, C. et al. The relation of psychosocial dimensions of work with coronary heart disease risk factors: a meta-analysis of five United States data bases. American Journal of Epidemiology, Baltimore, v.129, n.3, p.483-494, 1989. PRIMATESTA, P. et al. Association between smoking and blood pressure: Evidence from the health survey for England. Hypertension, Dallas, v.37, n.2, p.187-193, 2001. PUDDEY, I. B. et al. Effects of alcohol and caloric restrictions on blood pressure and serum lipids in overweight men. Journal of the American Medical Association, Chicago, v.252, p.487-490, 1992. RAYKOV, T. Estimation of Composite Reliability for congeneric measures. Applied Psychological Measurement, St. Paul, v.21, n.2, p.173-184, 1997.
92
RAYKOV, T. Estimation of congeneric scale reliability via covariance structure analysis with nonlinear constraints. British Journal of Mathematical and Statistical Psychology, London, v.54, n.315-323, 2001. ______. Evaluation of Convergent and Discriminant Validity with Multitrait-Multimethod Correlations. British Journal of Mathematical and Statistical Psychology, London, v.Epub ahead of print, 2010. Disponível em: <http://www.statmodel.com/download/CDVC_LVM_BJMSP.pdf>. Acesso em: 20 Mai 2010. REED, D. et al. Biological and social correlates of blood pressure among japanese men in Hawaii. Hypertension, Dallas, v.4, p.406-414, 1982. REIS, E. J. F. B. et al. Trabalho e distúrbios psíquicos em professores da rede municipal de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.21, n.5, p.1480-1490, 2005. ROTHMAN, K. J. et al. Modern Epidemiology. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, ed. 2008. 737p. RUDIC, R. D.; FULTON, D. J. Pressed for time: the circadian clock and hypertension. Journal of Applied Physiology, Washington, v.107, n.4, p.1328-1338, 2009. SALE, J. E. M.; KERR, M. S. The psychometric properties of Karasek's demand and control scales within a single sector: data from a large teaching hospital. International Archives of Occupational and Environmental Health, Berlin, v.75, p.145-152, 2002. SANNE, B. et al. The swedish demand-control-support questionnaire (DCSQ): factor structure, item analyses, and internal consistency in a large population. Scandinavian Journal of Public Health, Oslo, v.33, p.166-174, 2005. SCHNALL, P. L. A longitudinal study of job strain and ambulatory blood pressure: Results from a three-year follow-up. Psychosomatic Medicine, New York, v.60, n.6, p.697-706, 1998. ______. et al. Job strain and cardiovascular disease. Annual Review of Public Health, Palo Alto, v.15, p.381-411, 1994. ______. et al. Relation between job strain, alcohol, and ambulatory blood pressure. Hypertension, Dallas, v.19, n.5, p.488-94, 1992. SCHNEIDERMAN, N. et al. Stress and health: psychological, behavioral, and biological determinants. Annual Review of Clinical Psychology, Palo Alto, v.1, p.607-628, 2005. SCHWARTZ, A. R. et al. Toward a causal model of cardiovascular responses to stress and the development of cardiovascular disease. Psychosomatic Medicine, New York, v.65, n.1, p.22-35, 2003.
93
SCHWARTZ, J. et al. Mechanisms leading to hypertension and cardiovascular morbidity. Occupational Medicine: State of the Art Reviews, Chicago, v.15, n.1, p.121-132, 2000. SIEGRIST, J. Adverse health effects of high-effort/low-reward conditions. Journal of Occupational Health Psychology, Washington, v.1, n.1, p.27-41, 1996. ______. Reducing social inequalities in health: work-related strategies. Scandinavian Journal of Public Health, Oslo, v.30, p.49-53, 2002. ______; PETER, R. The Effort-Imbalance Model. Occupational Medicine: State of the Art Reviews, Chicago, v.15, n.1, p.83-87, 2000. SMITH, G. T., MCCARTHY, D. M., et al. On the value of homogeneous constructs for construct validation, theory testing, and the description of psychopathology. Psychological Assessment, Arlington, v.21, n.3, p.272-284, 2009. SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. et al. IV Diretriz para uso da monitorização ambulatorial da pressão arterial e II Diretriz para uso da monitorização residencial da pressão arterial. IV MAPA / II MRPA. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Rio de Janeiro, v.85, n.II, p.1-18, 2005. ______. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Rio de Janeiro, v.89, n.3, p.e24-e79, 2007. ______. III Consenso brasileiro de hipertensão arterial. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, Rio de Janeiro, v.43, n.4, p.257-287, 1999. SPARRENBERGER, F., et al. Does psychosocial stress cause hypertension? A systematic review of observational studies. Journal of Human Hypertension, Houndmills, v.23, n.1, p.12-19, 2009. STAMLER, J. The Intersalt Study: background, methods, findings and implications. American Journal of Clinical Nutrition, Philadelphia, v.65, p.626S-642S, 1997.Suplemento. STATISTICS SWEDEN. SSYK96. Standard för svensk yrkesklassificering. Statistics Sweden. Disponível em: <http://www.scb.se/Pages/List____259304.aspx>. Acesso em: 04 mar 2010. ______.SUN 2000. Svensk utbildningsnomenklatur. Statistics Sweden. Disponível em: <http://www.scb.se/statistik/UF/UF0506/_dokument/MISSUNKORT.PDF>. Acesso em: 04 Mar 2010. STERN, S. L. et al. Helplessness predicts the development of hypertension in lder Mexican and European Americans. Journal of Psychosomatic Research, Oxford, v.67, n.4, p.333-337, 2009. STOKES, J. et al. Blood pressure as a risk factor for cardiovascular disease. The Framingham Study--30 years of follow-up. Hypertension, Dallas, v.13, n.5, p.I13-I18, 1989.Suplemento.
94
STRAUSS, M. E.; SMITH, G. T. Construct validity: advances in theory and methodology. Annual Review of Clinical Psychology, Palo Alto, v.5, p.1-25, 2009. STREINER, D. L.; NORMAN, G. R. Health measurement scales. a practical guide to their development and use. Oxford: Oxford University Press, 3rd ed. 2003. 283 p. SZKLÓ, M.; JAVIER NETO, F. Epidemiology: beyond the basics. 2. ed. Gaythersburgs: Jones and Bartlett Publishers, 2007. 489 p. THEORELL, T. Anabolism and catabolism—antagonistic partners in stress and strain. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, n. 6, p.136-143. 2008.Suplemento. ______. The Demand-Control-Support model for studying health in relation to the work environment: an interactive model. In: K. Orth-Gomér e N. Schneiderman (Ed.). Behavioral medicine approaches to cardiovascular disease prevention. Mahwah, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, Publishers, 1996. p.69-85. ______. Family history of hypertension--an individual trait interacting with spontaneously occurring job stressors. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.16, p.74-9. 1990.Suplemento. ______; HASSELHORN, H. M. On cross-sectional questionnaire studies of relationships between psychosocial conditions at work and health-are they reliable? International Archives of Occupational and Environmental Health, Berlin, v.78, p.517-522, 2005. ______.; KARASEK, R. A. Current issues relating to psychosocial job strain and cardiovascular disease research. Journal of Occupational Health Psychology, Washington, v.1 n.1, p.9-26, 1996. ______. et al. Changes in job strain in relation to changes in physiological state. A longitudinal study. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.14, n.3, p.189-96, 1988. ______. et al. On the interplay between socioeconomic factors, personality and work environment in the pathogenesis of cardiovascular disease. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, Helsinki, v.10, n.6, p.373-380, 1984. TREIBER, F. A., KAMARCK, T., et al. Cardiovascular reactivity and development of preclinical and clinical disease states. Psychosomatic Medicine, New York, v.65, n.1, p.46-62, 2003. UNESCO. ISCED 97. International Standard Classification of Education. Disponível em: <http://www.unesco.org/education/information/nfsunesco/doc/isced_1997.htm>. Acesso em: 04 Mar 2010. UTSUGI, M. et al. Relationship between two alternative occupational stress models and arterial stiffness: a cross-sectional study among Japanese workers. International Archives of Occupational and Environmental Health, Berlin, v.82, 175-183, 2008.
95
VAN DER DOEF, M.; MAES, S. The leiden quality of work questionnaire: Its construction, factor structure, and psychometric qualities. Psychological Reports, Montana, v.85, n.3, p.954-962, 1999. VAN DER SANDE, M. A. et al. Family history: an opportunity for early interventions and improved control of hypertension, obesity and diabetes. Bulletin of the World Health Organization, Geneve, v.79, n.4, p.321-328, 2001. VAN VEGCHEL, N. et al. Reviewing the effort-reward imbalance model: drawing up the balance of 45 empirical studies. Social Science & Medicine, New York, v.60, n.5, p.1117-1131, 2005. WILLIAMS, B. et al. Guidelines for management of hypertension: report of the fourth working party of the British Hypertension Society. Journal of Human Hypertension, Houndmills, v.18, p.139-185, 2004. WOLF, H. K. et al. Blood pressure levels in the 41 populations of the WHO MONICA Project. Journal of Human Hypertension, Houndmills, v.11, n.11, p.733-742, 1997. WORLD HEALTH ORGANIZATION; INTERNATIONAL SOCIETY OF HYPERTENSION. 2003 World Health Organization (WHO)/International Society of Hypertension (ISH) statement on management of hypertension. Journal of Hypertension, London, v.21, p.1983-1992, 2003. ZANCHETTI, A. et al. European society of hypertension-European Society of Cardiology: Guidelines for the management of arterial hypertension. Journal of Hypertension, London, v. 21, p.1011-1053, 2003.
97
ARTIGO 1 - Hökerberg, YHM; Aguiar, OB; Reichenheim, M; Faerstein, E; Valente, JG;
Fonseca, MJ; Passos, SRL. (2009). Dimensional structure of the demand
control support questionnaire: a Brazilian context. International Archives of
Occupational Environmental Health, v.83, p.407-16, 2010. Epub 2009 Nov 26.
Disponível em
http://www.springerlink.com/content/e170151j71h35782/fulltext.pdf. Acesso
em 25 de maio de 2010.
98
Dimensional Structure of the Demand Control Support Questionnaire: a Brazilian
context
Yara Hahr Marques Hökerberg1,2, MsC; Odaleia Barbosa Aguiar2, 3, Ph. D, Michael
Reichenheim2, Ph. D; Eduardo Faerstein2, Ph. D; Joaquim Gonçalves Valente2,4, Ph. D;
Maria de Jesus Fonseca4, Ph. D Sonia Regina Lambert Passos1, Ph. D.
1. Evandro Chagas Clinical Research Institute, Oswaldo Cruz Foundation; 2. Institute of
Social Medicine, University of the Rio de Janeiro State; 3. Institute of Nutrition, University of
the Rio de Janeiro State; 4. National School of Public Health, Oswaldo Cruz Foundation.
Corresponding author: Yara Hahr Marques Hökerberg, Clinical Epidemiology Laboratory,
Evandro Chagas Clinical Research Institute - Oswaldo Cruz Foundation. Av. Brasil, 4365,
Manguinhos. Rio de Janeiro – RJ, 21045-900, Brasil.
Tel/Fax: +55-21-260 9749. E-mail: [email protected]
Running head: The Demand Control Support Questionnaire
99
ABSTRACT
According to Karasek, job strain results from an interaction between high demands and low
decision latitude, and has been associated to a variety of health outcomes. Demand Control
Support Questionnaire (DCSQ) is a shortened version of Job Content Questionnaire that was
not sufficiently evaluated in validation studies. Purpose: To reassess the dimensional
structure and to evaluate internal consistency of DCSQ. Methods: The study investigated
825 workers who completed the DCSQ in Rio de Janeiro, Brazil; to 399 the questionnaire was
self-administered at a hospital (2004-2005), and 426 were interviewed at nine restaurants
(2006-2007). Confirmatory Factor Analysis using Structural Equation Models was used to test
theoretical structure of dimensionality. Internal consistency was evaluated by composite
reliability and convergent validity by average variance extracted. Results: Confirmatory
factor analysis supported the instrument in three dimensions: demands, skill discretion and
decision authority. The best fit model was achieved by removing social support at work and
the item repetitive work (skill discretion). A cross-loading from learning new things on
demands and an error measurement correlation between work fast and work intense were
confirmed. Composite reliability was acceptable for all dimensions, except for demands
(0.58), which also showed inadequate average variance extracted (0.32). Conclusion: Our
results indicated that skill discretion and decision authority formed two distinct dimensions.
Additionally, the item repetitive work should be removed, as well as one of the items work
fast or work intense (demands). Future research is still required to confirm these findings,
including the role of social support at work.
Keywords: Validation Studies; Factor Analysis; Stress, Psychological; Demand Control
Model
100
INTRODUCTION
Proposed by Karasek (KARASEK, R., 1979), the Demand Control Model considers
that job strain is a consequence of an interaction between high psychological demands and
low job decision latitude, a combined measure of skill discretion and decision latitude. The
job strain model has been examined in relation to a variety of health outcomes, especially
cardiovascular disease (KARASEK, BAKER et al., 1981a; KARASEK e THEORELL, 1990;
SCHNALL, LANDSBERGIS et al., 1994; VAN DER DOEF e MAES, 1999; IBRAHIM,
SCOTT et al., 2001). Social support at work was added later to the model as a dimension that
may buffer the effect of high strain on stress-related illness (JOHNSON e HALL, 1988).
Several instruments have been used to measure job strain (LANDSBERGIS,
THEORELL et al., 2000a; TABANELLI, DEPOLO et al., 2008), most of which were
originally derived from secondary analyses of United States and Swedish surveys. The Job
Content Questionnaire (JCQ) has been widely used to measure self-reported psychosocial
work characteristics (LANDSBERGIS, THEORELL et al., 2000a). Several validation studies
have been carried out for JCQ in different subgroups of worker populations in Europe
(ESCRIBA-AGUIR, MAS PONS et al., 2001; NIEDHAMMER, 2002; FERRARIO,
FORNARI et al., 2005; NIEDHAMMER, CHASTANG et al., 2006), North America
(BRISSON e LAROCQUE, 2001a; SALE e KERR, 2002a), Asia (KAWAKAMI e
FUJIGAKI, 1996b; CHENG, LUH et al., 2003; LI, YANG et al., 2004b; EDIMANSYAH,
RUSLI et al., 2006; EUM, LI et al., 2007) and South America (DE ARAÚJO e KARASEK,
2008).
In 1988, Theorell proposed a short version of the JCQ, the Swedish Demand Control
Support Questionnaire (DCSQ), mostly used in Scandinavian countries, encompassing 17
items distributed in three dimensions: psychological demands, decision latitude, and social
support at work (THEORELL, PERSKI et al., 1988a). Only two validation studies of DCSQ
could be identified (THEORELL, 1996; SANNE, TORP et al., 2005a), one of them restricted
to internal consistency analysis (THEORELL, 1996). Exploratory factor analysis performed
on a representative sample of Norwegian workers confirmed the three-factor solution
described above (SANNE, TORP et al., 2005a). However, for men in the four high-status
occupations, 0 to 4 major occupational groups of International Standard Classification of
Occupations (ISCO, 1988), and for women in the low-status occupations (5 to 9 ISCO major
groups), the decision latitude dimension fitted better when subdivided into skill discretion and
decision authority in a four-factor solution.
101
Karasek and colleagues (KARASEK, R, CHOI, B et al., 2007) observed a strong
agreement between JCQ and DCSQ, which differ particularly in length and response
categories.
Confirmatory factor analysis (CFA) was not performed in none of these DCSQ
validation studies. CFA is a multivariate statistical technique that has been increasingly used
to test specific prior hypotheses about the structure underlying constructs and to compare
alternative measurement models with respect to explanatory power. It is also useful to
investigate relationships not previously identified in the model, such as error measurement
correlation and cross-loadings between items and dimensions. If ignored, they could affect not
only the acceptability of a model based on goodness-of-fit indices, but also the parameter
estimates (HAIR, BLACK et al., 2006).
A cross cultural adaptation process of the DCSQ for use in the Brazilian context
evaluated conceptual, semantic, item, operational, as well as measurement equivalences
(HERDMAN, FOX-RUSHBY et al., 1998; ALVES, CHOR et al., 2004b). However, the latter
assessment was restricted to test-retest reliability and internal consistency analysis, indicating
that further scrutiny would still be needed (ALVES, CHOR et al., 2004b). The purpose of this
study is to examine DCSQ additional psychometric properties, namely, the instrument’s
dimensional structure concerning number and indicator (item) patterns; potential cross-
loadings and error measurement correlations; CFA-based convergent validity and internal
consistency. The role of social support at work is evaluated in tandem.
METHODS
Data for the analysis came from two cross-sectional studies in Rio de Janeiro, Brazil.
The first one was a multidimensional study of hospital workers. Of 497 estimated active
workers in 2004, 424 agreed to participate and 399 (80.3%) completed the self-administered
DCSQ in 2004-2005. Workers aged less than 18 years and those who were inactive or had
been working for less than 2 years were excluded. The second study was performed to
evaluate work impairment at nine state-run restaurants. Of 463 active workers in 2006, 426
(92%) completed the DCSQ, which was applied by trained interviewers. Workers who were
absent, inactive or did not work directly in meal processing were excluded. Both studies were
approved by Research Ethics Committee (protocol nº 0024.0.009.000-03 and 15/2006,
respectively) and all participants signed a free informed consent form.
102
Both studies employed the Brazilian version of 17-DCSQ (ALVES, CHOR et al.,
2004b). Each item of psychological demands and decision latitude is scored on a Likert-type
ranging from 1 (never/almost never) to 4 (often). For two items, enough time and repetitive
work, scores are reversed. Social support at work consists of six items and its response
categories are also graded on a Likert-type ranging from 1 (strongly disagree) to 4 (strongly
agree). Dimension scores are the sum of items and ranged from 5 to 20 for demands and from
6 to 24 for decision latitude and social support at work (table 1).
[ Table 1 ]
Univariate analysis was used to describe the sample by age, gender and years of
schooling. Job titles were evaluated according to the major ISCO groups (ISCO, 1988).
Confirmatory Factor Analysis (CFA) using structural equation models was carried out
for the whole sample to test the original factor structure proposed by Karasek’s theory and
outlined in other validation studies (NIEDHAMMER, 2002; SANNE, TORP et al., 2005a).
Three models were tested. Model 1 predicted the existence of three correlated latent factors
representing psychological demands, decision latitude and social support at work. Model 2
consisted of four correlated latent factors (due to the subdivision of decision latitude in two
factors): psychological demands, skill discretion, decision authority and social support at
work. Finally, the third model was based on the original job strain concept (KARASEK e
THEORELL, 1990), which does not include social support at work a potential effect
modifier of the association between job strain and health outcomes.
The analyses were carried out in Mplus software, version 5.1 (MUTHÉN e MUTHÉN,
1998-2007), which provided the robust weighted least square parameter estimates using a
diagonal weight matrix with standard errors and mean- and variance- adjusted chi-square
statistics that use a full weight matrix (WLSMV) (MUTHÉN, 1993; MUTHÉN e MUTHÉN,
1998-2007). Polychoric correlation matrices were appropriately used for categorical variables
(FINNEY e DI STEFANO, 2006). Estimates of CFA model parameters included standardized
factor loadings with the respective 95% confidence interval (95% CI), factor correlations and
indicator error variances.
Goodness of fit was evaluated through four fit indices (BROWN, 2006). To evaluate
absolute fit, Weighted Root Mean Square Residual (WRMR) has been recommended when
using WLSMV (MUTHÉN, 1998-2004). Values below 0.90 represent adequate fit. Root
Mean Square Error of Approximation (RMSEA) incorporates a penalty function for poor
model parsimony, expressed by model degrees of freedom. Values under 0.06 are
103
recommended, whereas values above 0.10 indicate poor fit and that the model should be
rejected (MUTHÉN e MUTHÉN, 1998-2007). Comparative Fit Index (CFI) and Tucker-
Lewis index (TLI) represent incremental fit indices (BROWN, 2006) comparing the
hypothesized model to a more restricted nested baseline model, the “null model”. CFI and
TLI range from zero to one and values above 0.90 are indicative of adequate fit (BROWN,
2006). Nested models were compared using the difftest option of Mplus, which is adequate to
evaluate chi-square difference test when using the WLSMV estimator (MUTHÉN e
MUTHÉN, 1998-2007).
Modification indices (MI) were also explored in order to identify parameter misfit.
The modification index reflects how much the overall model chi-square would decrease if a
constrained parameter was freely estimated. Possible correlations between indicator
measurement errors or cross-loadings between indicators and factors not previously specified
in the model under inspection involving values of modification index equal or more than 10
would be further examined, as well as the magnitude of the corresponding expected parameter
changes for freely estimated parameters (BROWN, 2006).
Exploratory Factor Analysis (EFA) using WLSMV estimator and geomin oblique
rotation would be implemented to investigate plausible alternative dimensional structures to
be carried out in CFA-type analysis (MUTHÉN e MUTHÉN, 1998-2007).
Factor-based convergent validity (KLINE, 2005) was assessed through factor loadings,
internal consistency and average variance extracted (AVE). It was beyond the scope of this
article to investigate construct validity through the assessment of associations/correlations
between mean scores of DCSQ dimensions and socio-demographic characteristics or health
outcomes.
Composite reliability (CR) was used to estimate the overall scale internal consistency,
since the traditional Cronbach’s alpha coefficient tends to underestimate the reliability unless
under restricted assumptions of equal common factor loadings and uncorrelated measurement
errors. For each factor, 2 2
1 1 1
k k k
cr i i ii i i
, where i represents the
standardized factor loadings of i indicators and i is the related measurement error
(uniqueness) that refers to the portion of an indicator not explained by the latent factor. CR
ranges from 0 to 1 and values 0.70 indicates acceptable internal consistency (HAIR,
BLACK et al., 2006).
The AVE assess the amount of variance captured by a common factor in relation to the
amount of variance due to random measurement error (HAIR, BLACK et al., 2006). It is
104
calculated as 2 2 2
1 1 1
k k k
ve i i ii i i
, where i and i are defined as above. It
also vary from zero to one and a factor shows convergent validity if ve 0.50, which is
indicative that at least 50% of the variance in a measure is due to the hypothesized latent
variable. If AVE < 0.50, then the variance due to measurement error is greater than the
variance due to the construct and the convergent validity is questionable (HAIR, BLACK et
al., 2006). Factor-based discriminant validity (KLINE, 2005) was examined using the AVE as
benchmark (HAIR, BLACK et al., 2006). In multi-dimensional models, discriminant validity
is said to hold if, for a given factor, ve is above the absolute value of its correlation with
any other factor in the model (FORNELL e LARCKER, 1981). Ninety five percent
Confidence Intervals (95% CI) for AVE and CR were obtained via bootstrap method with
1000 replications (EFRON e TIBSHIRANI, 1993). If correlated measurement errors were
considered in the CFA model, the sum of nonzero error covariances multiplied by 2 was
added to the denominator (BROWN, 2006).
RESULTS
Of the 825 workers included in the study, 52.3% were females, mean age was 35.1
years (SD: 10.8), 62.7% had less than 12 years of schooling and 48.0% were in the highest
skill level occupational groups, which represent major ISCO groups 1 to 4 (ISCO, 1988). At
the hospital (H), there were more females (68.3%) and 30.2% had studied less than 12 years,
while at restaurants (R) there were more males (62.7%) and most of the workers had studied
less than 12 years (92.7%).
Mean scores for DCSQ were 13.3 for psychological demands (95% CI: 13.1; 13.5),
16.3 for decision latitude (95% CI: 16.1; 16.5) and 20.4 for social support at work (95% CI:
20.1; 20.6), with a significant difference (p<0.01) between the work settings for decision
latitude (H: 17.7 and R: 15.0).
The original three-factor solution showed low loadings for decision latitude, particularly
for initiative and repetitive work (0.39 and 0.19, respectively). Measurement errors were high
( 0.70) for all items of decision latitude and for enough time and conflicting demands of
psychological demands dimension (model 1, table 2).
[Table 2]
Factor correlation between psychological demands and decision latitude was not
statistically significant. All goodness-of-fit indices were inadequate (model 1, table 3).
105
[Table 3]
Average variance extracted was not acceptable for psychological demands (0.44) and
decision latitude (0.31), indicating that convergent validity was questionable for the first
model. However, composite reliability was adequate for all three dimensions (model 1, table
4).
[Table 4]
Since the first model showed misfit, a full EFA was implemented. Four empirical factors
with the following eigenvalues were disclosed: 4.21 (factor 1), 2.57 (factor 2), 2.36 (factor 3)
and 1.10 (factor 4). The ensuing CFA model thus included four factors: demands, skill
discretion, decision authority and social support at work. As in model 1, repetitive work
resulted in a low loading and in the current model it was not statistically significant, since the
95% confidence interval included the null value. Measurement errors decreased for skill level
and initiative of skill discretion (model 2, table 2). The correlation between skill discretion
and social support at work was low and non significant (model 2, table 3). Goodness-of-fit
indices were still inadequate, in spite of the improvements regarding the previous model
(difftest: 53.30, p<0.01). The average variance extracted was low for skill discretion, which
means that the variance due to measurement errors were greater than the one due to the latent
factor. Composite reliability was moderate for skill discretion (model 2, table 4).
Modification indices (MI) showed that freely estimating the loading of learning new
things on the psychological demands dimension would decrease the model’s chi-square by
83.3, with an expected parameter change (EPC) of −0.43. MI also showed that an error
measurement correlation between work fast and work intense would decrease the model’s chi-
square by 43.4 and yield an EPC of 0.40. Thus, an alternative four-factor model (data not
shown) was tested without the item repetitive work, in which the cross- loading from learning
new things on the psychological demands dimension (−0.44; 95% CI: −0.57, −0.31) and the
error measurement correlation between work fast and work intense were confirmed (0.50;
95% CI: 0.42, 0.57).
Since the original job strain concept does not include social support at work, this
dimension was removed from the analysis in the third model, wherein the same cross- loading
and error measurement correlation described before and detected by MI inspection were
considered. The results showed acceptable loadings for all items, particularly for skill
discretion (model 3, table 2). The cross-loading from learning new things on the
psychological demands dimension (−0.41; 95% CI: −0.53, −0.29) and the correlation between
work fast and work intense measurement errors (0.43; 95% CI: 0.33, 0.52) were sustained.
106
Goodness-of-fit indices improved vis-à-vis all previous models (model 3, table 3). The
average variance extracted and the composite reliability improved for skill discretion, but
decreased for psychological demands (model 3, table 4).
DISCUSSION
The factor pattern of this study corroborates the Demand Control model, in which a
clear two-factor solution for decision latitude is demonstrated and also detected by Sanne and
colleagues (SANNE, TORP et al., 2005a), but restricted to men in the high-status and women
in low-status occupation groups. Validation studies with JCQ corroborated the same
dimensional structure (KAWAKAMI e FUJIGAKI, 1996b; SMITH, TISAK et al., 1997b;
KARASEK, BRISSON et al., 1998; SCHREURS e TARIS, 1998; NIEDHAMMER, 2002).
Consistent with several JCQ studies, repetitive work showed a non significant loading
(KARASEK, R., 1979; SMITH, TISAK et al., 1997b; KARASEK, BRISSON et al., 1998;
ESCRIBA-AGUIR, MAS PONS et al., 2001; NIEDHAMMER, 2002; LI, YANG et al.,
2004b; NIEDHAMMER, CHASTANG et al., 2006; EUM, LI et al., 2007). The low loadings
of enough time and conflicting demands on the psychological demands dimension were also
observed (KARASEK, R., 1979; KARASEK, BRISSON et al., 1998; ESCRIBA-AGUIR,
MAS PONS et al., 2001; PELFRENE, VLERICK et al., 2001; NIEDHAMMER, 2002; SALE
e KERR, 2002a; LI, YANG et al., 2004b; NIEDHAMMER, CHASTANG et al., 2006).
Lack of correlation between the psychological demands and decision latitude
dimensions in model 1 was also observed for the Korean version of JCQ (LI, YANG et al.,
2004b) and in a cross-national comparative study including six samples from USA, Canada,
Netherlands and Japan (KARASEK, BRISSON et al., 1998). This finding was not
corroborated in larges samples of Belgian (PELFRENE, VLERICK et al., 2001) and French
workers (NIEDHAMMER, 2002), and also when DCSQ was filled out by Norwegian workers
(SANNE, TORP et al., 2005a).
A moderate correlation between skill discretion and decision authority was also
detected in four JCQ studies (KARASEK, R., 1979; PELFRENE, VLERICK et al., 2001;
NIEDHAMMER, 2002; LI, YANG et al., 2004b). A second order CFA model was performed
only for decision latitude with Canadian teaching hospital workers, and the best fit model was
the one without repetitive work and with correlated measurement errors within skill discretion
and between skill discretion and decision authority items (SALE e KERR, 2002a).
107
The role of social support at work is not well defined in validation studies of JCQ or
DCSQ, although the concept and the interaction effect are well established (JOHNSON e
HALL, 1988). The DCSQ validation study (SANNE, TORP et al., 2005a) and most of the
JCQ studies included this dimension in factor analysis (KAWAKAMI e FUJIGAKI, 1996b;
ESCRIBA-AGUIR, MAS PONS et al., 2001; PELFRENE, VLERICK et al., 2001;
NIEDHAMMER, 2002; LI, YANG et al., 2004b; EDIMANSYAH, RUSLI et al., 2006;
NIEDHAMMER, CHASTANG et al., 2006; EUM, LI et al., 2007), while others excluded
(BRISSON, BLANCHETTE et al., 1998; SCHREURS e TARIS, 1998; SALE e KERR,
2002a). In our study (models 1 and 2), this dimension presented high item loadings and high
internal consistency, which was consistent with Sanne and colleagues results (SANNE, TORP
et al., 2005a).
This is the first published study about psychometric properties of the Demand Control
Questionnaire using composite reliability as a measure of internal consistency, since the
assumptions for Cronbach´s alpha, common factor loadings and uncorrelated measurement
errors, were violated.
The final model showed acceptable levels of internal consistency measured by
composite reliability, except for the psychological demands dimension in which a correlated
measurement error between work fast and work intense was observed. This correlation was
also detected with hospital workers in Canada (SALE e KERR, 2002a). One study with a
wide range of Belgian workers (PELFRENE, VLERICK et al., 2001) extracted six factors in
EFA, where the sixth was represented by work fast and work intense. This finding might
represent a method effect, which means that this sixth factor is not substantively meaningful
but instead stemmed from artifacts of measurement (BROWN, 2006).
The fact that learning new things loaded not only on the skill discretion, but also on
the psychological demands dimension was also observed with Korean health care workers and
with Canadian white collar workers, who both filled out the JCQ (BRISSON, BLANCHETTE
et al., 1998; EUM, LI et al., 2007). This finding could indicate that learning new things might
represent psychological demands in modern working life (KAWAKAMI, KOBAYASHI et
al., 1995).
Limitations of this study include restricted sample composition to two work settings,
although there were workers from five and six of the nine major ISCO groups, at restaurants
and at the hospital, respectively. The study sample size was in accordance with what is
recommended in simulation research for CFA-based analyses (BROWN, 2006; GAGNÉ e
HANCOCK, 2006; HAIR, BLACK et al., 2006) and was similar to other validation studies
108
(KAWAKAMI, KOBAYASHI et al., 1995; KAWAKAMI e FUJIGAKI, 1996b; LI, YANG
et al., 2004b; EUM, LI et al., 2007). It has been shown that general rules of thumb are of
limited utility, neither for an absolute minimum sample size nor for a critical ratio of sample
size to number of indicators or sample size to number of free parameters (HAIR, BLACK et
al., 2006). In addition, simulation research has shown that WLSMV estimator performs well
with samples as small as 200 for non-normal variables (BROWN, 2006).
It is also possible that differing data collection methods (self administration for
hospital workers and face-to-face interview for restaurant workers), might have affected our
results; however, in separate EFA for each subpopulation we found similar results. In
addition, one international comparative study of the JCQ also included samples with different
data collection methods (KARASEK, BRISSON et al., 1998).
In summary, our results indicate that the psychometric properties of the three DCSQ
dimensions (psychological demands, skill discretion and decision authority) were satisfactory
in a Brazilian sample population. Furthermore, consistently with other studies, they underline
the fact that repetitive work should be removed from the skill discretion dimension. In this
study, work fast and work intense are duplicated, which means that one of them should be
removed from the psychological demands dimension, but this finding needs further
confirmation. Additionally, the results suggest that social support at work should not be
considered together with demand and control scales in factorial analyses, nevertheless it could
be considered in construct validity studies, by evaluating its association with the demand-
control scales, as well its role as an effect modifier in association studies of job strain and
stress-related health outcomes.
Further research is still required to confirm these findings in a Swedish sample where
DCSQ was originally developed. It would be also important to investigate item differential
function regarding gender and/or work setting through subgroup analysis.
Acknowledgments
The authors would like to thank the following persons: João Claudio Arnaldo Alves
and Liliane Alves Reis for their technical assistance; Maria Angelica Borges dos Santos for
the text revision; João Luiz Dornelles Bastos, Jurema Mota, Raquel de Vasconcellos
Carvalhães de Oliveira and Susanna Toivanen for their comments.
Author Contributions: All authors (YHMH, OBA, MR, EF, JV and SRLP)
participated of the conception and of the study design. MR, OBA and YHMH reviewed the
109
literature, conducted statistical analysis, interpreted the results, drafted and prepared the
manuscript. OBA and SRLP coordinated the data collection. All authors revised the
manuscript and gave the final approval.
Conflict of Interest: None.
Funding: This study was funded by Evandro Chagas Clinical Research Institute and
University of the Rio de Janeiro State and partially supported by FAPERJ - Carlos Chagas
Filho Foundation for research support of the Rio de Janeiro State, Brazil.
REFERENCES
Alves MGM, Chor D, Faerstein E, Lopes CS and Werneck GL (2004). "Versão resumida da
"job stress scale": adaptação para o português." Rev Saude Publica 38(2): 164-171.
Brisson C, Blanchette C, Guimont C, Dion G, Moisan J, Vézina M, Dagenais GR and Msse L
(1998). "Reliability and validity of the French version of the 18-item Karasek job
content questionnaire." Work Stress 12(4): 322-336.
Brisson C and Larocque B (2001). "Validité des indices de demande psychologique et de
latitude décisionnelle utilisés dans l'Enquête nationale sur la santé de la population
(ENSP) de 1994-95." Can J Public Health 92(6): 468-74.
Brown TA (2006). Confirmatory factor analysis for applied research. New York, The
Guilford Press.
Cheng Y, Luh WM and Guo YL (2003). "Reliability and validity of the Chinese version of
the Job Content Questionnaire in Taiwanese workers." Int J Behav Med 10(1): 15-30.
De Araújo T and Karasek R (2008). "Validity and reliability of the job content questionnaire
in formal and informal jobs in Brazil." Scand J Work Environ Health Supplements 6:
52-9.
Edimansyah BA, Rusli BN, Naing L and Mazalisah M (2006). "Reliability and construct
validity of the malay version of the job content questionnaire (JCQ)." Southeast Asian
J Trop Med Public Health 37(2): 412-416.
Efron B and Tibshirani R (1993). An introduction to the bootstrap. London, Chapman and
Hall.
Escriba-Aguir V, Mas Pons R and Flores Reus E (2001). "Validacion del Job Content
Questionnaire en personal de enfermeria hospitalario." Gac Sanit 15(2): 142-9.
110
Eum K, Li J, Jhun H, Park J, Tak S, Karasek R and Cho S (2007). "Psychometric properties of
the Korean version of the job content questionnaire: data from health care workers."
Int Arch Occup Environ Health 80: 497-504.
Ferrario M, Fornari C, Borchini R, Merluzzi F and Cesana G (2005). "La percezione dello
stress nel terziario: utilita e indicazioni del Job Content Questionnaire." Med Lav
96(3): 191-9.
Finney SJ and Di Stefano C (2006). Non-normal and categorical data in structural equation
modeling. Structural equation modeling: a second course. G. R. Hancock and R. O.
Mueller. Greenwich, CT, Information Age Publishing: 269-314.
Fornell C and Larcker DF (1981). "Evaluating structural equation models with unobservable
variables and measurement error." J Mark Res 18: 39-50.
Gagné P and Hancock GR (2006). "Measurement Model Quality, Sample Size, and Solution
Propriety in Confirmatory Factor Models." Multivariate Behavioral Research 41: 65-
83.
Hair JF, Black WC, Babin BJ, Anderson RE and Tatham RL (2006). SEM: Confirmatory
factor analysis. Multivariate data analysis. J. F. Hair, W. C. Black, B. J. Babin, R. E.
Anderson and R. L. Tatham. Upper Saddle River, NJ., Pearson Prentice Hall: 770-842.
Herdman M, Fox-Rushby J and Badia X (1998). "A model of equivalence in the cultural
adaptation of HRQoL instruments: the universalist approach. ." Quality of lyfe
research 7: 323-335.
Ibrahim SA, Scott FE, Cole DC, Shannon HS and Eyles J (2001). "Job strain and self-reported
health among working women and men: an analysis of the 1994/5 Canadian National
Population Health Survey." Women Health 33: 105-124.
ISCO (1988). International Standard Classification of Occupations (ISCO-88). Geneva,
International Labour Organization. 2008.
Johnson JV and Hall EM (1988). "Job strain, work place social support, and cardiovascular
disease: a cross-sectional study of a random sample of the Swedish working
population." Am J Public Health 78(10): 1336-1342.
Karasek R (1979). "Job demands, job decision latitude, and mental strain: implications for job
redesign." Adm Sci Q 24(2): 285-308.
Karasek R, Baker D, Marxer F, Ahlbom A and Theorell T (1981). "Job decision latitude, job
demands, and cardiovascular disease: a prospective study of Swedish men." Am J
Public Health 71(7): 694-705.
111
Karasek R and Theorell T (1990). Healthy work: stress, productivity, and the reconstruction
of working life. New York, Basic books, Inc.
Karasek R, Brisson C, Kawakami N, Houtman I, Bongers P and Amick B (1998). "The Job
Content Questionnaire (JCQ): an instrument for internationally comparative
assessments of psychosocial job characteristics." J Occup Health Psychol 3(4): 322-
55.
Karasek R, Choi B, Ostergren P, Ferrario M and Smet P (2007). "Testing two methods to
create comparable scales scores between the job content questionnaire (JCQ) and
JCQ-like questionnaires in the european JACE study." Int J Behav Med 14
189-201.
Kawakami N, Kobayashi F, Araki S, Haratani T and Furui H (1995). "Assessment of Job
Stress Dimensions Based on the Job Demands- Control Model of Employees of
Telecommunication and Electric Power Companies in Japan: Reliability and Validity
of the Japanese Version of the Job Content Questionnaire." Int J Behav Med 2(4):
358-75.
Kawakami N and Fujigaki Y (1996). "Reliability and validity of the Japanese version of Job
Content Questionnaire: replication and extension in computer company employees."
Ind Health 34(4): 295-306.
Kline RB (2005). Principles and practice of structural equation modeling. New York, The
Guilford Press.
Landsbergis P, Theorell T, Schwartz J, Greiner BA and Krause N (2000). "Measurement of
psychosocial workplace exposure variables." Occup Med 15(1): 163-88.
Li J, Yang W, Liu P, Xu Z and Cho S (2004). "Psychometric evaluation of the chinese
(mainland) version of job conten questionnaire: a study in university hospitals." Ind
Health 42: 260-267.
Muthén BO (1993). Goodness of fit with categorical and other non-normal variables. Testing
structural equation models. K. A. Bollen and J. S. Long. Newbury Park, CA, Sage:
205-243.
Muthén BO (1998-2004). Mplus Technical Appendices. Los Angeles, CA, Muthén &
Muthén.
Muthén LK and Muthén BO (1998-2007). Mplus User´s Guide. Los Angeles, CA.
Niedhammer I (2002). "Psychometric properties of the French version Karasek job content
questionnaire: a study of the scales of decision latitude, psychological demands, social
112
support, and physical demands in the GAZEL cohort." Int Arch Occup Environ Health
75: 129-144.
Niedhammer I, Chastang JF, Gendrey L, David S and Degioanni S (2006). "Propriétes
psychométriques de la version française des échelles de la demande psychologique, de
la latitude décisionnelle et du soutien social du "Job Content Questionnaire" de
Karasek: résultats de I'enquête nationale SUMER." Sante Publique 19(3): 413-427.
Pelfrene E, Vlerick P, Mak RP, Smet P, Kornitzer M and De Backer G (2001). "Scale
reliability and validity of the Karasek 'Job Demand-Control-Support' model in the
Belstress study." Work Stress 15(4): 297-313.
Sale JEM and Kerr MS (2002). "The psychometric properties of Karasek's demand and
control scales within a single sector: data from a large teaching hospital." Int Arch
Occup Environ Health 75: 145-152.
Sanne B, Torp S, Mykletun A and Dahl AA (2005). "The swedish demand-control-support
questionnaire (DCSQ): factor structure, item analyses, and internal consistency in a
large population." Scand J Public Health 33: 166-174.
Schnall PL, Landsbergis PA and Baker D (1994). "Job strain and cardiovascular disease."
Annu Rev Public Health 15: 381-411.
Schreurs PJ and Taris TW (1998). "Construct validity of the demand-control model: A double
cross-validation approach." Work Stress 12(1): 66-84.
Smith CS, Tisak J, Hahn SE and Schmieder RA (1997). "The measurement of job control." J
Organiz Behav 18(3): 225-237.
Tabanelli MC, Depolo M, Cooke RM, Sarchielli G, Bonfiglioli R, Mattioli S and Violante FS
(2008). "Available instruments for measurement of psychosocial factors in the work
environment." Int Arch Occup Environ Health 82(1): 1-12.
Theorell T, Perski A, Akerstedt T, Sigala F, Ahlberg-Hulten G, Svensson J and Eneroth P
(1988). "Changes in job strain in relation to changes in physiological state. A
longitudinal study." Scand J Work Environ Health 14(3): 189-96.
Theorell T (1996). The Demand-Control-Support model for studying health in relation to the
work environment: an interactive model. Behavioral medicine approaches to
cardiovascular disease prevention. K. Orth-Gomér and N. Schneiderman. Mahwah,
New Jersey, Lawrence Erlbaum Associates, Publishers: 69-85.
Van der Doef M and Maes S (1999). " The Job Demand-Control(-Support) Model and
psychological well-being: A review of 20 years of empirical research." Work Stress
13: 87-114.
113
Table 1: Confirmatory factor analyses of the Demand Control Support Questionnaire: standardized factor loadings (λi) with 95% Confidence Interval (95% CI), standardized measurement errors (δi) and goodness-of-fit indices
Model 11 Model 22 Model 33 Dimension/items
λi (95% CI) δi λi (95% CI) δi λi (95% CI) δi
Psychological Demands (PD)
1 work fast 0.72 (0.67, 0.77) 0.48 0.71 (0.66, 0.76) 0.49 0.60 (0.53, 0.67) 0.64 2 work intense 0.84 (0.80, 0.88) 0.29 0.84 (0.79, 0.88) 0.30 0.75 (0.68, 0.82) 0.44 3 work effort 0.71 (0.66, 0.76) 0.50 0.72 (0.67, 0.77) 0.48 0.81 (0.74, 0.87) 0.35 4 enough time 0.47 (0.38, 0.56) 0.78 0.47 (0.38, 0.56) 0.78 0.41 (0.32, 0.50) 0.83 5 conflicting demands 0.52 (0.45, 0.58) 0.73 0.51 (0.44, 0.58) 0.74 0.47 (0.40, 0.54) 0.78
Decision-latitude (DL)
Skill Discretion (SD)
6 learning new things 0.50 (0.43, 0.57) 0.75 0.51 (0.42, 0.59) 0.74 0.73 (0.62, 0.84) 0.58 7 skill level 0.44 (0.37, 0.52) 0.81 0.69 (0.61, 0.77) 0.52 0.66 (0.59, 0.74) 0.56 8 initiative 0.39 (0.31, 0.46) 0.85 0.62 (0.54, 0.70) 0.61 0.62 (0.54, 0.70) 0.61 9 repetitive work 0.19 (0.10, 0.28) 0.96 0.08 (? 0.02, 0.18) 0.99 . .
Decision authority (DA)
10 how to do the work 0.75 (0.68, 0.82) 0.44 0.78 (0.70, 0.87) 0.39 0.77 (0.68, 0.85) 0.41 11 what to do at work 0.83 (0.76, 0.90) 0.32 0.85 (0.76, 0.93) 0.28 0.87 (0.78, 0.95) 0.25
Social Support at Work
(SSW)
12 pleasant atmosphere 0.63 (0.58, 0.68) 0.60 0.63 (0.58, 0.68) 0.60 . . 13 relationship at work 0.81 (0.77, 0.84) 0.35 0.81 (0.77, 0.84) 0.35 . . 14 coworkers support 0.76 (0.71, 0.80) 0.43 0.76 (0.71, 0.80) 0.43 . . 15 coworkers helpful 0.71 (0.67, 0.76) 0.49 0.71 (0.67, 0.76) 0.49 . . 16 relationship with supervisors 0.64 (0.58, 0.70) 0.59 0.64 (0.58, 0.70) 0.59 . . 17 friendly coworkers 0.81 (0.76, 0.86) 0.34 0.81 (0.76, 0.86) 0.34
Cross loading of item 6 on PD 0.41 (0.53, 0.29) Error measurement correlation (item 1 item 2)
0.43 ( 0.33, 0.52)
Goodness-of-fit indices4
WRMR 2.108 1.869 1.073
RMSEA 0.099 0.090 0.062
CFI 0.865 0.889 0.968
TLI 0.881 0.902 0.961
Model 1: PDDLSSW; 2Model 2: PDSDDASSW; 3Model 3: PDSDDA without the item 9, with a cross loading of tem 6 on PD and a correlated measurement error between items 1 and 2.
4WRMR: weighted rood mean square residual; RMSEA: root mean square error of approximation; CFI: comparative fit index; and TLI: Tucker-Lewis index category not applicable
Table 2 – Confirmatory factor analysis of the Demand Control Support Questionnaire: average variance extracted (AVE), composite reliability (CR) and factor correlations, with the respective 95% confidence intervals.
Dimensions Model 11 Model 22 Model 33
Psychological Demands (PD)
AVE 0.44 (0.41, 0.48) 0.44 (0.41, 0.48) 0.32 (0.28, 0.36)
CR 0.79 (0.77, 0.82) 0.79 (0.77, 0.82) 0.58 (0.54, 0.63)
Decision Latitude (DL)
AVE 0.31 (0.28, 0.35) . . . .
CR 0.70 (0.66, 0.74) . . . .
Skill Discretion (SD)
AVE . . 0.28 (0.24, 0.32) 0.44 (0.38, 0.49)
CR . . 0.56 (0.50, 0.62) 0.70 (0.65, 0.75)
Decision Authority (DA)
AVE . . 0.66 (0.61, 0.72) 0.67 (0.62, 0.72)
CR . . 0.80 (0.76, 0.84) 0.80 (0.76, 0.84)
Social Support at Work (SSW)
AVE 0.53 (0.50, 0.57) 0.53 (0.50, 0.57) . .
CR 0.87 (0.86, 0.89) 0.87 (0.86, 0.89) . .
Factor correlations
PD DL – 0.01 (? 0.10, 0.08) . . . .
PD SSW – 0.32 (? 0.40,? 0.24) –0.32 (–0.40,–0.24) . .
DL SSW 0.10 ( 0.02, 0.19) . . . .
PD SD . . 0.28 ( 0.18, 0.37) 0.46 ( 0.36, 0.56)
PD DA . . –0.12 (–0.21,–0.03) –0.12 (–0.22,?0.03)
SD DA . . 0.53 ( 0.44, 0.62) 0.46 ( 0.36, 0.55)
SD SSW 0.03 (–0.07, 0.13) . .
DA SSW . . 0.11 ( 0.02, 0.20) . . 1Model 1: PDDLSSW; 2Model 2: PDSDDASSW; 3Model 3: PDSDDA without the item repetitive work, with a cross loading from learning new things on PD and a correlated measurement error between the items work fast and work intense . category not applicable
115
Table 3 – Confirmatory factor analysis of the final model1 stratified by work setting: standardized factor loadings (λi) with 95% confidence interval (95% CI), standardized measurement errors (δi) and goodness-of-fit indices.
Hospital Restaurants Dimension/items
λi (95% CI) δi λi (95% CI) δi
Psychological Demands (PD)
1 work fast 0.73 (0.65, 0.81) 0.46 0.48 (0.36, 0.60) 0.77 2 work intense 0.84 (0.79, 0.90) 0.29 0.64 (0.52, 0.76) 0.59 3 work effort 0.82 (0.75, 0.88) 0.33 0.84 (0.71, 0.97) 0.30 4 enough time 0.66 (0.58, 0.75) 0.56 0.16 (0.01, 0.32) 0.97 5 conflicting demands 0.56 (0.47, 0.64) 0.69 0.36 (0.25, 0.48) 0.87
Skill Discretion (SD)
6 learning new things 0.81 (0.63, 0.98) 0.54 0.62 (0.42, 0.82) 0.70 7 skill level 0.59 (0.48, 0.69) 0.66 0.74 (0.59, 0.88) 0.46 8 initiative 0.81 (0.70, 0.91) 0.35 0.48 (0.35, 0.60) 0.77
Decision authority (DA)
10 how to do the work 0.78 (0.67, 0.90) 0.39 0.69 (0.51, 0.87) 0.53 11 what to do at work 0.81 (0.70, 0.92) 0.34 0.88 (0.67, 0.99) 0.22
Cross loading of item 6 on PD 0.43 (0.63, 0.23) 0.40 (0.60, 0.20)
Error measurement correlation item 1 item 2
0.38 (0.22, 0.54) 0.41 (0.29, 0.53)
Goodness-of-fit indices2
WRMR 0.689 0.683
RMSEA 0.048 0.036
CFI 0.988 0.980
TLI 0.987 0.974 1Final model: PDSDDA without the item repetitive work (item 9 of SD), with a cross loading of item 6 on PD and a correlated measurement error between items 1 and 2.
2WRMR: weighted rood mean square residual; RMSEA: root mean square error of approximation; CFI: comparative fit index; and TLI: Tucker-Lewis index
116
Table 4 – Confirmatory factor analysis of the final model1 stratified by work setting: average variance extracted (AVE), composite reliability (CR) and factor correlations, with the respective 95% confidence intervals.
Dimensions Hospital Restaurants
Psychological Demands (PD)
AVE 0.43 (0.36, 0.50) 0.25 (0.20, 0.29)
CR 0.72 (0.67, 0.76) 0.45 (0.35, 0.54)
Skill Discretion (SD)
AVE 0.51 (0.43, 0.60) 0.38 (0.29, 0.46)
CR 0.76 (0.69, 0.82) 0.64 (0.55, 0.72)
Decision Authority (DA)
AVE 0.64 (0.55, 0.73) 0.63 (-8.45, 9.70)
CR 0.78 (0.71, 0.85) 0.77 (-4.90, 6.44)
Factor correlations
PD SD 0.55 (0.43, 0.66) 0.49 (0.33, 0.65)
PD DA ? 0.14 (? 0.26, ?0.02) ? 0.01 (?0.16, 0.13)
SD DA 0.37 (0.24, 0.50) 0.38 (0.23, 0.52) 1Final model: PD SD DA without the item repetitive work, with a cross loading from learning new things on PD and a correlated measurement error between the items work fast and work intense.
117
ARTIGO 2 - Hökerberg, YHM; Reichenheim, M; Faerstein, E; Passos, SRL; Fritzell, J;
Toivanen, S; Westerlund, h. Cross-cultural validation of the Demand-Control-
Support Questionnaire: a comparison between Swedish and Brazilian hospital
workers. (em fase de revisão)
118
Cross-cultural validation of the Demand-Control-Support Questionnaire: a comparison
between Swedish and Brazilian hospital workers
Yara Hahr Marques Hökerberg1,2, MsC; Michael Reichenheim2, Ph. D; Eduardo Faerstein2, Ph.
D; Sonia Regina Lambert Passos1, Ph. D; Johan Fritzell3, Ph. D; Susanna Toivanen3, Ph. D; Hugo
Westerlund4, Ph. D.
2. Evandro Chagas Clinical Research Institute, Oswaldo Cruz Foundation, Rio de Janeiro, Brazil;
2. Institute of Social Medicine, University of the Rio de Janeiro State, Rio de Janeiro, Brazil; 3.
Centre for Health Equity Studies, Stockholm University/Karolinska Institute, Stockholm,
Sweden; 4. Stress Research Institute, Stockholm University, Stockholm, Sweden.
Corresponding author: Yara Hahr Marques Hökerberg, Clinical Epidemiology Laboratory,
Evandro Chagas Clinical Research Institute - Oswaldo Cruz Foundation. Av. Brasil, 4365,
Manguinhos. Rio de Janeiro – RJ, 21045-900, Brasil.
Tel/Fax: +55 21 260 9749. E-mail: [email protected]
119
ABSTRACT
Background: The Demand Control Support Questionnaire (DCSQ) is an abridged version of Job
Content Questionnaire, both intended to measure job strain, a combination of psychological
demands and decision latitude. Objective: to compare the psychometric properties of the DCSQ
Swedish and Brazilian versions. Methods: The study population included hospital workers who
completed DCSQ: 399 Brazilian workers at a hospital in Rio de Janeiro city (PROSEC study,
2004-2005) and 362 Swedish hospital workers taking part in the the first follow-up of a
nationally representative psychosocial survey for the Swedish working population (SLOSH
study, 2006). Exploratory (EFA) and Confirmatory Factor Analysis (CFA) using Structural
Equation Models were used to test theoretical structure of dimensionality in each sample and to
test multiple group invariance. Internal consistency was evaluated by composite reliability (CR)
and convergent validity by average variance extracted (AVE). Discriminant validity was
evaluated by factor correlations and DCQ mean score distribution according to socio-
demographic characteristics. Results: EFA and CFA supported the instrument in three
dimensions, which were equivalent in both samples: psychological demands, skill discretion and
decision authority. The best-fit model was achieved by removing the item repetitive work (skill
discretion). CR was acceptable for all dimensions (>0.70), DCSQ mean scores were associated
with education level and social support at work, but not related to age or gender. Conclusion:
Our results supported equivalent dimensional structures for both these hospital workers in Brazil
and Sweden. Skill discretion and decision authority formed two distinct dimensions and the item
repetitive work is a candidate to be revised.
Keywords: Validation Studies; Factor Analysis; Stress, Psychological; Demand Control Model
120
INTRODUCTION
The demand-control model was proposed by Karasek in the 1970´s and states that
workers exposed to high job strain, an interaction of high psychological demands and low job
decision latitude, have an increased risk of ill health compared to those exposed to low
strain.(KARASEK e THEORELL, 1990) Social support was added later as a dimension that
would potentially buffer the association of high strain on stress-related illness.(JOHNSON e
HALL, 1988) The model has been tested mostly in association with cardiovascular diseases and
related risk factors.(KARASEK, BAKER et al., 1981a; HALLQVIST, DIDERICHSEN et al.,
1998; BELKIC, LANDSBERGIS et al., 2004; KIVIMAKI, VIRTANEN et al., 2006;
TOIVANEN, 2008) Other health outcomes were also investigated, such as psychological
disorders (VAN DER DOEF e MAES, 1999; KONDO, KOBAYASHI et al., 2006;
NETTERSTROM, CONRAD et al., 2008), sickness leave (VAHTERA, KIVIMAKI et al., 2000;
KONDO, KOBAYASHI et al., 2006; LIDWALL e MARKLUND, 2006) and musculoskeletal
disorders.(RUGULIES e KRAUSE, 2005)
Because work environments have importantly changed over the years, and
unemployment, part-time and temporary jobs are becoming more prevalent (FERRIE,
WESTERLUND et al., 2008; JOHNSON, 2008), questions have been raised on the applicability
of the demand control model to explain current workers’ health (DAI, COLLINS et al., 2008;
MAINA, BOVENZI et al., 2009; UTSUGI, SAIJO et al., 2009) and adequacy of the three core
dimensions and respective items should be revised (CHOI, CLAYS et al., 2008; KARASEK,
2008).
The Demand Control Support Questionnaire (DCSQ) is an abridged and modified version
of the Job Content Questionnaire (JCQ) that has been used in Scandinavian countries to measure
job strain.(THEORELL, PERSKI et al., 1988b; KARASEK e THEORELL, 1990;
LANDSBERGIS, THEORELL et al., 2000b) Several validation studies have been conducted
with different versions of the JCQ (KAWAKAMI e FUJIGAKI, 1996b; BRISSON e
LAROCQUE, 2001b; ESCRIBA-AGUIR, MAS PONS et al., 2001; NIEDHAMMER, 2002;
CHENG, LUH et al., 2003; FERRARIO, FORNARI et al., 2005; EDIMANSYAH, RUSLI et al.,
2006; EUM, LI et al., 2007; ARAÚJO e KARASEK, 2008), but only a few with DCSQ
121
(THEORELL, 1996; SANNE, TORP et al., 2005b; HÖKERBERG, AGUIAR et al., 2009), one
of them restricted to internal consistency analysis.(THEORELL, 1996)
Sanne and colleagues (SANNE, TORP et al., 2005b) conducted an exploratory factor
analysis of results obtained when DCSQ was completed by Norwegian workers, and fitted a
three-factor solution (demand, decision-latitude and social support at work). However, for white-
collar men and blue-collar women, decision latitude was split into skill discretion and decision
authority in a four-factor solution.
The best fit model of the Brazilian version of DCSQ by confirmatory factor analysis
(CFA) was achieved when psychological demands were combined with skill discretion and
decision authority in a three-factor solution, after the exclusion of social support at work. A
cross-loading from learning new things on demands and a correlated error measurement between
work fast and work hard (demands dimension) were confirmed in hospital and restaurant workers
(HÖKERBERG, AGUIAR et al., 2009).
International comparative assessment of the demand-control model has been performed in
association studies (KRISTENSON, KUCINSKIENE et al., 1998; TARIS e FEIJ, 2004) in spite
of the differences in work organizational cultures. Truly comparable scales assessed by cross-
national validity studies are still lacking, in which different versions of the same instrument
should be investigated if they achieve acceptable and equivalent parameters in terms of their
psychometric properties.(HERDMAN, FOX-RUSHBY et al., 1998). A computer-based search in
Pubmed electronic library retrieved only one cross-national validity study for the Demand
Control model (KARASEK, BRISSON et al., 1998), which compared JCQ scale mean values,
reliability, and validity were compared across six studies conducted in four different countries.
To our knowledge, no international comparative validity study specifically related to DCSQ has
been published so far.
The purpose of this study is to compare DCQ psychometric properties, evaluating
dimensional structure, internal consistency and convergent validity in two culturally different
societies: the Swedish context, a high income country where the questionnaire was originally
proposed and the Brazilian context of a middle-income country where work opportunities and
job-related social policies and rights are unevenly distributed (ARAÚJO e KARASEK, 2008;
GIATTI, BARRETO et al., 2008).
122
METHODS:
Study Samples
Hospital workers were considered for this study because they represent a relatively high
status occupational class despite socio-cultural differences. Databases in Brazil and Sweden were
available for the same period, had similar sample sizes and included relevant variables for the
present analysis.
Brazilian data (BR) came from a cross-sectional multidimensional study (2004-2005) that
investigated all workers at a hospital located at Rio de Janeiro city. Of 497 estimated active
workers in 2004, 424 agreed to participate and 399 (80.3%) completed the self-administered
DCQ in a private room at the workplace. Workers aged less than 18 years and those who were
inactive or had been working for less than 2 years were excluded (HÖKERBERG, AGUIAR et
al., 2009).
Swedish data (SW) came from the Swedish Longitudinal Occupational Survey of Health
(SLOSH), a nationally representative psychosocial survey of the Swedish working population.
For the present study, we analyzed the data from the first follow-up of the Swedish Work
Environment Survey carried out in 2006. The self-administered questionnaires were sent by mail
to the participants. We selected hospital workers from health centers with occupational
characteristics similar to those of the Brazilian sample. Of the 391 workers who attended to the
follow-up in 2006, 362 (92.6%) completed the DCQ (KINSTEN, HANSON et al., 2007b).
Measures
DCSQ includes 17 items distributed in three main dimensions: psychological demands (5
items), decision latitude, subdivided into skill discretion (4 items) and decision authority (2
items), and social support at work (6 items). Scores represent the sum of items by dimension and
range from 5 to 20 for psychological demands and from 6 to 24 for decision latitude, in which the
4-point answer options vary from often to never/almost never.
Social support at work is a 4-point-Likert scale with six items that varying from strongly
agree to strongly disagree (score range from 6 to 24). This scale is applied as part of the DCSQ
dimension and is hypothesized to buffer the association between job strain and stress-related
disorders.
123
Social demographic characteristics include age, gender and education level (< college,
college and university level). Job titles were evaluated according to the major groups of the
International Standard Classification of Occupations (ISCO, 1988) and grouped as white-collar (1
to 4 major ISCO groups) and blue-collar workers (5 to 9 major ISCO groups).
Statistical analysis
Descriptive analyses were performed in Stata SE, version 10.0, to describe the sample by
age, gender, education level and occupation.
Factor analysis was carried out in Mplus software, version 5.2, which provided the robust
weighted least square parameter estimates using a diagonal weight matrix with standard errors
and mean- and variance- adjusted chi-square statistics that use a full weight matrix (WLSMV),
adequate for categorical variables (MUTHÉN e MUTHÉN, 1998-2007). In agreement with the
theoretical model and previous study results (Hökerberg et al, 2009), we excluded social support
at work dimension from the factor analysis.
Exploratory Factor Analysis (EFA) using WLSMV estimator and geomin oblique rotation
was firstly implemented for each sample to investigate common demand control dimensional
structures. Factor extraction criteria were based on eigenvalues, scree plot and the interpretability
of the given factor in terms of theoretical background (BROWN, 2006; HAIR, BLACK et al.,
2006).
Exploratory Structural Equation Modeling (ESEM) using WLSMV estimator and theta
parameterization was carried out for both samples altogether to evaluate factorial and
measurement invariance (Marsh et al, 2008). Factorial invariance evaluates whether the same
factorial structure is adequate for the two groups, while measurement invariance investigates
whether factor loadings and thresholds can be constrained to be equal across the two samples.
The model tested with the ESEM approach was based on the EFA solution. Nested models were
compared using the difftest option of Mplus, which is adequate to evaluate chi-square difference
test when using the WLSMV estimator (MUTHÉN e MUTHÉN, 1998-2007).
Confirmatory factor analysis (CFA) using structural equation model was carried out to
confirm the factor structure proposed by the original demand control model and outlined in EFA
analysis. Goodness-of-fit was assessed through the inspection of Weighted Root Mean Square
Residual (WRMR < 0.90), to evaluate absolute fit when using WLSMV estimator (MUTHÉN,
1998-2004); Root Mean Square Error of Approximation (RMSEA<0.06) to evaluate model
124
parsimony (MUTHÉN e MUTHÉN, 1998-2007); and Comparative Fit Index (CFI>0.90) and
Tucker-Lewis index (TLI>0.90), which represent incremental fit indices (BROWN, 2006).
Factor-based convergent was assessed through CFA-based factor loadings (>0.40),
composite reliability and average variance extracted and discriminant validity through factor
correlations.(KLINE, 2005)
External construct validity assessment was evaluated when inspecting mean-score
distribution of demand and control dimensions according to socio-demographic characteristics
and social support at work strata. T-test and ANOVA were used to evaluate mean differences
across 2 or more independent groups.
RESULTS
Socio-demographic characteristics of the Brazilian and Swedish samples are presented in
table 1. The Brazilian sample is younger (mean age 35.7 SD 11.2) and shows lower proportion of
low educated and blue-collar workers. There were more women than men, particularly in the
Swedish sample.
[table 1]
Dimensional structure
Exploratory factor analysis (EFA) for DCSQ disclosed four empirical factors for each
sample (eigenvalues > 1.0) three of them clearly related to psychological demands, skill
discretion and decision authority (data not shown). The item repetitive work resulted in low
loadings (<0.25) and high uniqueness (>0.85) in both samples and was therefore deleted of a
revised EFA model, which disclosed three factors with the following eigenvalues for the Swedish
and Brazilian samples, respectively: 3.318 and 3.547 (factor 1), 2.244 and 2.256 (factor 2), 1.186
and 1.046 (factor 3).
EFA factor loadings were adequate for both samples, with the lowest value represented by
the item conflicting demands on F1. However, the item initiative loaded not only on F2 (0.525),
but also on F3 (0.382). Additionally, it seems that there is a difference throughout the samples in
the magnitude of the loadings work fast on F1 (SW: 0.565, BR: 0.868), how to do (SW: 0.730,
BR: 0.944) and what to do (SW: 0.965, BR: 0.586), the two last items on F3. Factors correlations
125
ranged from 0.195 to 0.334 (SW) and from 0.111 to 0.411 (BR), reflecting the ability of DCQ
appropriately distinguish between the factors (see table 2).
[table 2]
Factorial and measurement invariance
The two-group model with no invariance constrains (M1) provided a good fit to the data,
approximately the same as those based on the EFA for total group (M), with an increased
numbers of parameters (114 versus 27). These results support the configural invariance of the
DCSQ, which means that the same ESEM model is able to fit data from the Brazilian and
Swedish samples when no additional invariance constraints are imposed (table 3).
[table 3]
However, when factor loadings, thresholds or both were constrained to be invariant across
the two samples, the respective models do not provide a good fit to the data, with a significant
difference between the models (p<0.05 for difftest) (table 3).
Model M2 (table 5), in which the factor loadings were constrained to be equal, evidenced
a difference in the factor loadings magnitude for the items work fast on F1 (SW: 0.670, BR:
0.770) and how to do on F3 (SW: 0.810, BR: 0.654). When thresholds were constrained to be
equal, but factor loadings were freely estimated across the two samples, that difference was
shown to relate to the items work fast, skill level and what to do.
CFA-based convergent and discriminant validity
CFA-type analysis confirmed the three-factor solution, but the best fit model was
achieved by adding a cross-loading from initiative on the decision authority dimension (SW) and
another from learning new things on the psychological demands dimension (BR).
CFA-based factor loadings were adequate (>0,40) and statistically significant as well as
composite reliability. However, average variance extracted was inadequate, particularly for the
skill discretion dimension in both samples, where the cross-loadings described previously were
confirmed (table 4).
[table 4]
Factor correlations were adequate and statistically significant, except the one between
skill discretion and decision authority in the Swedish alternative model, which showed no
correlation (table 4).
126
External construct validity
Table 5 describes the mean scores distribution of the demand control components
according to socio-demographic variables and social support at work. Workers having university
degree presented higher scores of decision latitude and its components in the Brazilian sample
(p<0.001), but for the Swedish sample the scores for decision authority were similar across
educational groups (p>0.05). When compared to blue-collar workers, white-collar workers had
higher scores of decision latitude and its components (data not shown), but this difference was
not statistically significant for decision authority in the Swedish sample (p>0.05). We also
observed that workers with high levels of social support at work had lower scores of
psychological demands and higher scores for decision latitude, particularly for decision authority.
[table 5]
DISCUSSION:
Our study corroborated the dimensional structure, and the convergent and discriminant
validity of DCSQ, when applied to Brazilian and Swedish hospital workers. The three-factor
solution, represented by psychological demands, skill discretion and decision authority
dimensions, was also confirmed in previous studies of Brazilian restaurant workers
(HÖKERBERG, AGUIAR et al., 2009) and of Norwegian male workers of high-status
occupations (SANNE, TORP et al., 2005b). The same dimensional structure was also
corroborated in some JCQ studies (KAWAKAMI e FUJIGAKI, 1996a; SMITH, TISAK et al.,
1997a; KARASEK, BRISSON et al., 1998; SCHREURS e TARIS, 1998; NIEDHAMMER,
2002).
According to our findings, the item repetitive work does not belong to any of the
disclosed factors in both Brazilian and Swedish samples, which was not confirmed in a large
sample of Norwegian workers (SANNE, TORP et al., 2005b). Although several JCQ studies
corroborated this finding (KARASEK, R. A., 1979; SMITH, TISAK et al., 1997a; KARASEK,
BRISSON et al., 1998; ESCRIBA-AGUIR, MAS PONS et al., 2001; NIEDHAMMER, 2002; LI,
YANG et al., 2004a; NIEDHAMMER, CHASTANG et al., 2006; EUM, LI et al., 2007), these
results may not be comparable, since the pattern of that item’s response distribution differed
when DCSQ and JCQ were applied simultaneously to the same sample (KARASEK, R., CHOI,
B. et al., 2007).
127
Error measurement correlation between work fast and work intense was confirmed for the
Brazilian sample, which means that these items have the same meaning. This finding was also
detected when JCQ was applied to Canadian hospital workers (SALE e KERR, 2002b).
The cross-loadings added to the final CFA-models affected the convergent validity,
although internal consistency was adequate for all dimensions. For the Swedish sample, CFA-
type analysis confirmed that the item initiative loaded on both skill discretion and decision
authority dimensions, although the low magnitude of the cross-loading and the absence (non
statistical significant) factor correlation between those dimensions would suggest that EFA
approach is more appropriate for the job strain construct. Since this finding was exclusive of the
Swedish sample, we turned back to the item-wording of the different versions and identified a
cross-cultural meaning difference across the Swedish-English versions (“Does your work require
creativity?” and “Does your job require you to take the initiative?”) that might affect the
comparison between Swedish-Brazilian versions (ALVES, CHOR et al., 2004a; KINSTEN,
HANSON et al., 2007a).
The negative cross-loading from learning new things on psychological demands
dimension, exclusive for the Brazilian sample, was not evidenced when using the EFA approach.
It might be possible that this finding is a result of the CFA strict requirement of zero-loadings on
non-target factors, assessed through model’s modification indices used to compensate the poor
fit. (ASPAROUHOV e MUTHÉN, 2009; MARSH, LÜDTKE et al., 2009; MARSH, MUTHÉN
et al., 2009)
Patterns of mean score distribution for skill discretion (Sweden and Brazil) and decision
authority (Brazil) across education strata as well as for psychological demands across social
support strata (Brazil and Sweden) are in accordance with the theoretical model (KARASEK e
THEORELL, 1990) and with other JCQ validation studies (NIEDHAMMER, 2002).
Multiple group analyses did not confirm the assumption of DCQ equal factor loadings,
which seems to be rejected based on WRMR fit index. The inspection of EFA factor loadings
evidenced a different magnitude for the items work fast on the psychological demands and how to
do the work on the decision authority dimensions. It might mean that Brazilian and Swedish
hospital workers answer differently to those items (BROWN, 2006). Thresholds for work fast,
initiative and what to do were also different across groups, which probably indicate an item
128
differential function, which means that those items have a different meaning across the Brazilian
and Swedish samples .
This is the first comparative study using EFA and CFA approach on DCSQ psychometric
properties in two culturally different societies. To our knowledge, there is only one comparative
JCQ validation study of six samples from USA, Canada, the Netherlands and Japan.
The main limitation of our study its being restricted to hospital workers. Sample size for
each group is in accordance with what is recommended in simulation research for CFA and
ESEM-based multiple group analyses. WLSMV estimator for non-normal data has been shown to
work well for sample sizes of 200 observations. Additionally, we applied goodness-of-fit sample
size independent indices, such as RMSEA, CFI and TLI (BROWN, 2006; ASPAROUHOV e
MUTHÉN, 2009; MARSH, MUTHÉN et al., 2009).
Our results suggest that the demand control model may still be valid in contemporary
labor contexts and showed that DCSQ has the same dimensional structure in the Swedish and
Brazilian hospital workers. Consistently with several other DCSQ and JCQ studies, the item
repetitive work was not part of the demand control construct at least in our study work
environments. Additionally, some other items seem to have a different meaning across these
culturally different groups, such as work fast, initiative, how to do the work and what to do at
work. Since most of these items were hypothesized as part of the decision latitude dimension, this
could indicate that this dimension needs to be revised.
This study can contribute to internationally comparative association studies of job strain
and health-related outcomes based on truly comparable scales. Issues still unaddressed and which
could support the instrument revision include time-dependent differences in answer patterns,
better addressed with a longitudinal design, which could support the instrument revision. Further
research is still required to evaluate the applicability of these results to other occupational groups.
Acknowledgement:
The authors would like to thank the following persons:Töres Theorell, Ulle, Constanze
Leineweber and Gabriela Ollson for their comments; Catrin Wtisell and Reidar for their technical
assistance; Maria Angelica Borges dos Santos for text revision.
Author contributions: All authors (YHMH, MR, EF, SRLP, JF, ST and HW) participated in the
conception and the study design. HW and SRLP coordinated the data collection. YHMH and MR
129
reviewed the literature, conducted statistical analysis and interpreted the results. YHMH, EF, ST
and MR drafted and prepared the manuscript. All authors revised the manuscript and gave the
final approval.
This study was funded by CAPES, STINT, Evandro Chagas Clinical Research Institute and
University of the Rio de Janeiro State
REFERENCES
ALBRIGHT, C. L., WINKLEBY, M. A., et al. Job strain and prevalence of hypertension in a biracial population of urban bus drivers. American Journal of Public Health, v.82, n.7, p.984-989. 1992. ALFREDSSON, L., HAMMAR, N., et al. Job strain and major risk factors for coronary heart disease among employed males and females in a Swedish study on work, lipids and fibrinogen. Scand J Work Environ Health, v.28, n.4, Aug, p.238-48. 2002. ALVES, M. G. M., CHOR, D., et al. Versão resumida da "job stress scale": adaptação para o português. Revista de Saúde Pública, v.38, n.2, p.164-171. 2004a. ______. Versão resumida da "job stress scale": adaptação para o português. Rev Saude Publica, v.38, n.2, p.164-171. 2004b. ARAÚJO, T. e KARASEK, R. Validity and reliability of the job content questionnaire in formal and informal jobs in Brazil. Scand J Work Environ Health, v.6, p.52-9. 2008. ASPAROUHOV, T. e MUTHÉN, B. Exploratory structural equation modeling. Structural Equation Modeling 2009. BEGG, C. B. e MAZUMDAR, M. Operating characteristics of a rank correlation test for publication bias. Biometrics, v.50, p.1088-10101. 1994. BEILIN, L. J., PUDDEY, I. B., et al. Lifestyle and Hypertension. American Journal of Hypertension, v.12, n.9, p.934-945. 1999. BELKIĆ, K., LANDSBERGIS, P., et al. Psychosocial factors: review of the empirical data among men. Occupational Medicine: State of the Art Reviews, v.15, n.1, p.24-46. 2000. BELKIC, K. L., LANDSBERGIS, P. A., et al. Is job strain a major source of cardiovascular disease risk? Scand J Work Environ Health, v.30, n.2, Apr, p.85-128. 2004. BELKIĆ, K. L., LANDSBERGIS, P. A., et al. Is job strain a major source of cardiovascular disease risk? Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, v.30, n.2, p.85-128. 2004.
130
BELKIC, K. L., SCHNALL, P. L., et al. Hypertension at the workplace - An occult disease? The need for work site surveillance. Advances in Psychosomatic Medicine. 22: 116 p. 2001. BORENSTEIN, M., HEDGES, L. V., et al. Introduction to meta-analysis: John Willey & Sons, Ltd, ed. 2009. 450 p. BRISSON, C., BLANCHETTE, C., et al. Reliability and validity of the French version of the 18-item Karasek job content questionnaire. Work Stress, v.12, n.4, p.322-336. 1998. BRISSON, C. e LAROCQUE, B. Validité des indices de demande psychologique et de latitude décisionnelle utilisés dans l'Enquête nationale sur la santé de la population (ENSP) de 1994-95. Can J Public Health, v.92, n.6, Nov-Dec, p.468-74. 2001a. ______. [Validity of occupational stress and decision latitude on health in the National Population Health Survey of 1994-95]. Can J Public Health, v.92, n.6, Nov-Dec, p.468-74. 2001b. BROWN, T. A. Confirmatory factor analysis for applied research. New York: The Guilford Press, ed. 2006. 475 p. (Methodology in the Social Sciences) CARELS, R. A., SHERWOOD, A., et al. Psychosocial influences on blood pressure during daily life. International Journal of Psychophysiology : Official Journal of the International Organization of Psychophysiology, v.28, n.2, Mar, p.117-29. 1998. CHANDOLA, T., BRITTON, A., et al. Work stress and coronary heart disease: what are the mechanisms? European Heart Journal, v.29, n.5, p.640-648. 2008. CHENG, Y., LUH, W. M., et al. Reliability and validity of the Chinese version of the Job Content Questionnaire in Taiwanese workers. Int J Behav Med, v.10, n.1, p.15-30. 2003. CHIKANI, V., REDING, D., et al. Psychosocial work characteristics predict cardiovascular disease risk factors and health functioning in rural women: The Wisconsin Rural Women's Health Study. Journal of Rural Health, v.21, n.4, Sep, p.295-302. 2005. CHOBANIAN, A. V., BAKRIS, G. L., et al. The Seventh Report of the Joint National Committee on prevention, detection, evaluation, and treatment of high blood pressure. The JNC VII Report. Journal of American Medical Association, v.289, n.19, p.2560-2572. 2003. CHOI, B., CLAYS, E., et al. Socioeconomic status, job strain and common mental disorders - an ecological (occupational) approach. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, v.6, n.Suppl, p.22–32. 2008. CURTIS, A. B., JAMES, S. A., et al. Job strain and blood pressure in African Americans: The pitt county study. American Journal of Public Health, v.87, n.8, p.1297-1302. 1997.
131
DAI, J. M., COLLINS, S., et al. Combining job stress models in predicting burnout by hierarchical multiple regressions: a cross-sectional investigation in Shanghai. J Occup Environ Med, v.50, n.7, Jul, p.785-90. 2008. DE ARAÚJO, T. e KARASEK, R. Validity and reliability of the job content questionnaire in formal and informal jobs in Brazil. Scand J Work Environ Health Supplements, v.6, p.52-9. 2008. DUCHER, M., CERUTTI, C., et al. Is High Job Strain Associated With Hypertension Genesis? American Journal of Hypertension, v.19, n.7, Jul, p.694-700. 2006. EDIMANSYAH, B. A., RUSLI, B. N., et al. Reliability and construct validity of the malay version of the job content questionnaire (JCQ). Southeast Asian J Trop Med Public Health, v.37, n.2, p.412-416. 2006. EFRON, B. e TIBSHIRANI, R. An introduction to the bootstrap. London: Chapman and Hall, ed. 1993 EGGER, M., SMITH, G. D., et al. Systematic reviews in health care: meta-analysis in context. London: BMJ Books, 2nd ed. 2001. 487 p. ______. Bias in meta-analysis detected by a simple, graphical test. British Medical Journal, v.315, p.629-634. 1997. ESCRIBA-AGUIR, V., MAS PONS, R., et al. Validacion del Job Content Questionnaire en personal de enfermeria hospitalario. Gac Sanit, v.15, n.2, Mar-Apr, p.142-9. 2001. EUM, K., LI, J., et al. Psychometric properties of the Korean version of the job content questionnaire: data from health care workers. Int Arch Occup Environ Health, v.80, p.497-504. 2007. FAUVEL, J. P., M'PIO, I., et al. Neither perceived job stress nor individual cardiovascular reactivity predict high blood pressure. Hypertension, v.42, n.6, Dec, p.1112-6. 2003. FERRARIO, M., FORNARI, C., et al. La percezione dello stress nel terziario: utilita e indicazioni del Job Content Questionnaire. Med Lav, v.96, n.3, May-Jun, p.191-9. 2005. FERRIE, J. E., WESTERLUND, H., et al. Flexible labor markets and employee health. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, v.6, n.Suppl, p.98–110. 2008. FINNEY, S. J. e DI STEFANO, C. Non-normal and categorical data in structural equation modeling. In: G. R. Hancock e R. O. Mueller (Ed.). Structural equation modeling: a second course. Greenwich, CT: Information Age Publishing, 2006. p.269-314 FORNELL, C. e LARCKER, D. F. Evaluating structural equation models with unobservable variables and measurement error. J Mark Res, v.18, p.39-50. 1981.
132
GAGNÉ, P. e HANCOCK, G. R. Measurement Model Quality, Sample Size, and Solution Propriety in Confirmatory Factor Models. Multivariate Behavioral Research, v.41, p.65-83. 2006. GIATTI, L., BARRETO, S. M., et al. Informal work, unemployment and health in Brazilian metropolitan areas, 1998 and 2003. Cadernos de Saúde Pública, v.24, n.10, p.2396-2406. 2008. HAIR, J. F., BLACK, W. C., et al. SEM: Confirmatory factor analysis. In: J. F. Hair, W. C. Black, et al (Ed.). Multivariate data analysis. Upper Saddle River, NJ.: Pearson Prentice Hall, 2006. p.770-842 HAJJAR, I., KOTCHEN, J. M., et al. Hypertension: trends in prevalence, incidence and control. Annual Review of Public Health, v.27, p.465-490. 2006. HALLQVIST, J., DIDERICHSEN, F., et al. Is the effect of job strain on myocardial infarction risk due to interaction between high psychological demands and low decision latitude? Results from Stockholm Heart Epidemiology Program (SHEEP). Soc Sci Med, v.46, n.11, Jun, p.1405-15. 1998. HERDMAN, M., FOX-RUSHBY, J., et al. A model of equivalence in the cultural adaptation of HRQoL instruments: the universalist approach. . Quality of lyfe research, v.7, p.323-335. 1998. HÖKERBERG, Y. H. M., AGUIAR, O. B., et al. Dimensional structure of the demand control support questionnaire: a Brazilian context. Int Arch Occup Environ Health. 2009. IBRAHIM, S. A., SCOTT, F. E., et al. Job strain and self-reported health among working women and men: an analysis of the 1994/5 Canadian National Population Health Survey. Women Health, v.33, p.105-124. 2001. ISCO.International Standard Classification of Occupations (ISCO-88). International Labour Organization. Disponível em: <http://www2.ilo.org/public/english/bureau/stat/isco/isco88/index.htm>. Acesso em: 2008, October 15. JOHNSON, J. V. Globalization, workers’ power and the psychosocial work environment - is the demand–control–support model stil luseful in a neoliberal era? Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, v.6, n.Suppl, p.15–21. 2008. JOHNSON, J. V. e HALL, E. M. Job strain, work place social support, and cardiovascular disease: a cross-sectional study of a random sample of the Swedish working population. Am J Public Health, v.78, n.10, p.1336-1342. 1988. KARASEK, R. Job demands, job decision latitude, and mental strain: implications for job redesign. Adm Sci Q, v.24, n.2, p.285-308. 1979. ______. Low social control and physiological deregulation - the stress-disequilibrium theory, towards a new demand–control model. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, v.6, n.Suppl, p.117–135. 2008.
133
KARASEK, R., BAKER, D., et al. Job decision latitude, job demands, and cardiovascular disease: a prospective study of Swedish men. Am J Public Health, v.71, n.7, Jul, p.694-705. 1981a. ______. Job decision latitude, job demands, and cardiovascular disease: a prospective study of swedish men. American Journal of Public Health, v.71, n.7, p.694-705. 1981b. KARASEK, R., BRISSON, C., et al. The Job Content Questionnaire (JCQ): an instrument for internationally comparative assessments of psychosocial job characteristics. J Occup Health Psychol, v.3, n.4, Oct, p.322-55. 1998. KARASEK, R., CHOI, B., et al. Testing two methods to create comparable scales scores between the job content questionnaire (JCQ) and JCQ-like questionnaires in the european JACE study. International Journal od Behavioral Medicine, v.14, n.4, p.189-201. 2007. ______. Testing two methods to create comparable scales scores between the job content questionnaire (JCQ) and JCQ-like questionnaires in the european JACE study. Int J Behav Med, v.14 p.189-201. 2007. KARASEK, R. e THEORELL, T. Healthy work: stress, productivity, and the reconstruction of working life. New York: Basic books, Inc., ed. 1990. 381 p. KARASEK, R. A. Job demands, job decision latitude, and mental strain: implications for job redesign. Administrative Science Quarterly, v.24, n.2, p.285-308. 1979. KAWAKAMI, N. e FUJIGAKI, Y. Reliability and validity of the Japanese version of Job Content Questionnaire: replication and extension in computer company employees. Industrial Health, v.34, n.4, p.295-306. 1996a. ______. Reliability and validity of the Japanese version of Job Content Questionnaire: replication and extension in computer company employees. Ind Health, v.34, n.4, p.295-306. 1996b. KAWAKAMI, N., HARATANI, T., et al. Perceived job-stress and blood pressure increase among Japanese blue collar workers: one-year follow-up study. Industrial Health, v.27, n.2, p.71-81. 1989. KAWAKAMI, N., KOBAYASHI, F., et al. Assessment of Job Stress Dimensions Based on the Job Demands- Control Model of Employees of Telecommunication and Electric Power Companies in Japan: Reliability and Validity of the Japanese Version of the Job Content Questionnaire. Int J Behav Med, v.2, n.4, p.358-75. 1995. KINSTEN, A., HANSON, L. M., et al., Eds. SLOSH. Swedish Longitudinal Occupational Survey of Health - a nationally representative psychosocial survey of the Swedish working population. Stress Research Report No. 321: Stockholm University, Stress Research Report No. 321ed. 2007a.
134
______. SLOSH. Swedish Longitudinal Occupational Survey of Health: a nationally representative psychosocial survey of the Swedish working population. Stockholm: Stockholm University. 2007bp. (Technical report) KIVIMÄKI, M., HEAD, J., et al. Hypertension Is Not the Link Between Job Strain and Coronary Heart Disease in the Whitehall II Study. American Journal of Hypertension, v.20, n.11, p.1146. 2007. KIVIMAKI, M., VIRTANEN, M., et al. Work stress in the etiology of coronary heart disease--a meta-analysis. Scand J Work Environ Health, v.32, n.6, Dec, p.431-42. 2006. KLINE, R. B. Principles and practice of structural equation modeling. New York: The Guilford Press, ed. 2005 KOBAYASHI, Y., HIROSE, T., et al. Relationship between two job stress models and coronary risk factors among Japanese part-time female employees of a retail company. Journal of Occupational Health, v.47, n.3, May, p.201-210. 2005. KONDO, K., KOBAYASHI, Y., et al. Job strain and sick leave among Japanese employees: a longitudinal study. Int Arch Occup Environ Health, v.79, n.3, Mar, p.213-9. 2006. KRISTENSON, M., KUCINSKIENE, Z., et al. Increased psychosocial strain in Lithuanian versus Swedish men: the LiVicordia study. Psychosom Med, v.60, n.3, May-Jun, p.277-82. 1998. KUPPER, N., WILLEMSEN, G., et al. Heritability of daytime ambulatory blood pressure in an extended twin design. Hypertension, v.45, p.80-85. 2005. LANDSBERGIS, P., THEORELL, T., et al. Measurement of psychosocial workplace exposure variables. Occup Med, v.15, n.1, Jan-Mar, p.163-88. 2000a. ______. Measurement of psychosocial workplace exposure variables. Occupational Medicine: State of the Art Reviews, v.15, n.1, Jan-Mar, p.163-88. 2000b. LANDSBERGIS, P. A., SCHNALL, P. L., et al. Work conditions and masked (hidden) hypertension—insights into the global epidemic of hypertensio. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, v.6, n.Suppl, p.41-51. 2008. ______. Work conditions and masked (hidden) hypertension—insights into the global epidemic of hypertension. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, v.Supplements n.6, p.41-51. 2008. ______. Association between ambulatory blood pressure and alternative formulations of job strain. Scandinavian Journal of Work, Environment and Health, v.20, n.5, p.349-363. 1994. LEWINGTON, S., CLARKE, R., et al. Age-specific relevance of usual blood pressure to vascular mortality: a meta-analysis of individual data for one million adults in 61 prospective studies. Lancet, v.360, n.9349, Dec 14, p.1903-13. 2002.
135
LI, J., YANG, W., et al. Psychometric evaluation of the chinese (mainland) version of job conten questionnaire: a study in university hospitals. Industrial Health, v.42, p.260-267. 2004a. ______. Psychometric evaluation of the chinese (mainland) version of job conten questionnaire: a study in university hospitals. Ind Health, v.42, p.260-267. 2004b. LIDWALL, U. e MARKLUND, S. What is healthy work for women and men? - A case-control study of gender- and sector-specific effects of psycho-social working conditions on long-term sickness absence. Work, v.27, n.2, p.153-63. 2006. MAINA, G., BOVENZI, M., et al. Associations between two job stress models and measures of salivary cortisol. Int Arch Occup Environ Health, Jun 25. 2009. MANN, S. J. Job Stress and Blood Pressure: a critical appraisal of reported studies. Current Hypertension Reviews, v.2, p.127-138. 2006. MARKOVITZ, J. H., MATTHEWS, K. A., et al. Increases in job strain are associated with incident hypertension in the CARDIA study. Annals of Behavioral Medicine, v.28, n.1, p.4-9. 2004. MARSH, H. W., LÜDTKE, O., et al. A New Look at the Big-Five Factor Structure through Exploratory Structural Equation Modeling Oxford University 2009. MARSH, H. W., MUTHÉN, B., et al. Exploratory structural equation modeling, integrating CFA and EFA: application to students’ evaluations of University Teaching. . Structural Equation Modeling, v.16, p.xxx-xxx. 2009. MOHER, D., LIBERATI, A., et al. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. PLoS Med, v.6, n.7, Jul 21, p.e1000097. 2009. MUTHÉN, B. O. Goodness of fit with categorical and other non-normal variables. In: K. A. Bollen e J. S. Long (Ed.). Testing structural equation models. Newbury Park, CA: Sage, 1993. p.205-243 ______. Mplus Technical Appendices. Los Angeles, CA: Muthén & Muthén 1998-2004. MUTHÉN, L. K. e MUTHÉN, B. O. Mplus User´s Guide. Los Angeles, CA 1998-2007. NETTERSTROM, B., CONRAD, N., et al. The relation between work-related psychosocial factors and the development of depression. Epidemiol Rev, v.30, p.118-32. 2008. NIEDHAMMER, I. Psychometric properties of the French version Karasek job content questionnaire: a study of the scales of decision latitude, psychological demands, social support, and physical demands in the GAZEL cohort. Int Arch Occup Environ Health, v.75, p.129-144. 2002.
136
NIEDHAMMER, I., CHASTANG, J. F., et al. Propriétes psychométriques de la version française des échelles de la demande psychologique, de la latitude décisionnelle et du soutien social du "Job Content Questionnaire" de Karasek: résultats de I'enquête nationale SUMER. Sante Publique, v.19, n.3, p.413-427. 2006. PELFRENE, E., DE BACKER, G., et al. Job stress and cardiovascular risk factors. Results from the BELSTRESS study. Archives of Public Health, v.60, n.3 4, p.245-268. 2002. PELFRENE, E., VLERICK, P., et al. Scale reliability and validity of the Karasek 'Job Demand-Control-Support' model in the Belstress study. Work Stress, v.15, n.4, p.297-313. 2001. PICKERING, T. Cardiovascular pathways: socioeconomic status and stress effects on hypertension and cardiovascular function Annals of the New York Academy of Sciences, v.896, p.262-277. 1999. PICKERING, T. G. The effects of environmental and lifestyle factors on blood pressure and the intermediary role of the sympathetic nervous system. Journal of Human Hypertension, v.11, n.supplement 1, p.S9-S18. 1997. RADI, S., LANG, T., et al. Job constraints and arterial hypertension: Different effects in men and women: The IHPAF II case control study. Occupational and Environmental Medicine, v.62, n.10, Oct, p.711-717. 2005. RUGULIES, R. e KRAUSE, N. Job strain, iso-strain, and the incidence of low back and neck injuries. A 7.5-year prospective study of San Francisco transit operators. Soc Sci Med, v.61, n.1, Jul, p.27-39. 2005. SALE, J. E. M. e KERR, M. S. The psychometric properties of Karasek's demand and control scales within a single sector: data from a large teaching hospital. Int Arch Occup Environ Health, v.75, p.145-152. 2002a. ______. The psychometric properties of Karasek's demand and control scales within a single sector: data from a large teaching hospital. International Archives of Occupational and Environmental Health, v.75, p.145-152. 2002b. SANNE, B., TORP, S., et al. The swedish demand-control-support questionnaire (DCSQ): factor structure, item analyses, and internal consistency in a large population. Scand J Public Health, v.33, p.166-174. 2005a. ______. The swedish demand-control-support questionnaire (DCSQ): factor structure, item analyses, and internal consistency in a large population. Scandinavian Journal of Public Health, v.33, p.166-174. 2005b. SCHNALL, P. L., LANDSBERGIS, P. A., et al. Job strain and cardiovascular disease. Annual Review of Public Health, v.15, p.381-411. 1994.
137
SCHREURS, P. J. e TARIS, T. W. Construct validity of the demand-control model: A double cross-validation approach. Work Stress, v.12, n.1, p.66-84. 1998. SCHWARTZ, J., BELKIC, K., et al. Mechanisms leading to hypertension and cardiovascular morbidity. Occupational Medicine: State of the Art Reviews, v.15, n.1, p.121-132. 2000. SMITH, C. S., TISAK, J., et al. The measurement of job control. Journal of Organizational Behavior, v.18, n.3, p.225-237. 1997a. ______. The measurement of job control. J Organiz Behav, v.18, n.3, p.225-237. 1997b. SPARRENBERGER, F., CICHELERO, F. T., et al. Does psychosocial stress cause hypertension? A systematic review of observational studies. J Hum Hypertens, v.23, n.1, Jan, p.12-9. 2009. STEENLAND, K., FINE, L., et al. Research findings linking workplace factors to CVD outcomes. Occup Med, v.15, n.1, Jan-Mar, p.7-68. 2000. TABANELLI, M. C., DEPOLO, M., et al. Available instruments for measurement of psychosocial factors in the work environment. Int Arch Occup Environ Health, v.82, n.1, Oct, p.1-12. 2008. TARIS, T. W. e FEIJ, J. A. Learning and strain among newcomers: a three-wave study on the effects of job demands and job control. J Psychol, v.138, n.6, Nov, p.543-63. 2004. TARUMI, K., HAGIHARA, A., et al. An inquiry into the relationship between job strain and blood pressure in male white-collar workers. Japanese Journal of Industrial Health, v.35, n.4, p.269-276. 1993. THEORELL, T. The Demand-Control-Support model for studying health in relation to the work environment: an interactive model. In: K. Orth-Gomér e N. Schneiderman (Ed.). Behavioral medicine approaches to cardiovascular disease prevention. Mahwah, New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, Publishers, 1996. p.69-85 THEORELL, T., PERSKI, A., et al. Changes in job strain in relation to changes in physiological state. A longitudinal study. Scand J Work Environ Health, v.14, n.3, Jun, p.189-96. 1988a. ______. Changes in job strain in relation to changes in physiological state. A longitudinal study. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health, v.14, n.3, Jun, p.189-96. 1988b. TOIVANEN, S. Job control and the risk of incident stroke in the working population in Sweden. Scand J Work Environ Health, v.34, n.1, Feb, p.40-7. 2008. TSUTSUMI, A., KAYABA, K., et al. Association between job strain and prevalence of hypertension: A cross sectional analysis in a Japanese working population with a wide range of occupations: The Jichi Medical School cohort study. Occupational and Environmental Medicine, v.58, n.6, p.367-373. 2001.
138
UTSUGI, M., SAIJO, Y., et al. Relationship between two alternative occupational stress models and arterial stiffness: a cross-sectional study among Japanese workers. Int Arch Occup Environ Health, v.82, n.2, Jan, p.175-83. 2009. VAHTERA, J., KIVIMAKI, M., et al. Effect of change in the psychosocial work environment on sickness absence: a seven year follow up of initially healthy employees. J Epidemiol Community Health, v.54, n.7, Jul, p.484-93. 2000. VAN DER DOEF, M. e MAES, S. The Job Demand-Control(-Support) Model and psychological well-being: A review of 20 years of empirical research. Work Stress, v.13, p.87-114. 1999. WHO, W. H. O.-. e ISH, I. S. O. H.-. 2003 World Health Organization (WHO)/International Society of Hypertension (ISH) statement on management of hypertension. Journal of Hypertension, v.21, p.1983-1992. 2003.
139
Table 1 – Demographic characteristics of the Brazilian and Swedish samples Variables Brazil Sweden Sample size 399 362 Age: mean (SD) 35.7 (11.2) 49.2 (9.8) Gender: nº (% column)
Male 126 (31.6%) 63 (17.4%) Female 272 (68.3%) 299 (82.6%)
Education level: nº (% column)
< college 44 (11.2%) 119 (32.9%) College 155 (39.3%) 122 (33.7%) University 195 (49.5%) 121 (33.4%)
Occupation: nº (% column)1 1 to 4 major ISCO-88 groups 309 (85.6%) 246 (68.0%) 5 to 9 major ISCO-88 groups 52 (14.4%) 116 (32.0%) 1 1 to 4 ISCO major groups: managers, senior officials, professionals, technicians and associate professionals and clerks; 5 to 9: service workers, machine operators and assemblers and elementary occupations SD: standard deviation
Table 2 – Rotated factor loadings and uniqueness (UNIQ) obtained in exploratory factor analyses using WLSMV1 estimator and geomin rotation, Sweden and Brazil.
Sweden Brazil Total Group Dimensions/Items F1 F2 F3 UNIQ F1 F2 F3 UNIQ F1 F2 F3 UNIQ
Demands (PD) Work fast 0.565 0.238 −0.041 0.521 0.868 −0.171 0.020 0.309 0.789 −0.037 0.067 0.419 Work intense 0.854 0.009 0.279 0.347 0.910 −0.012 −0.004 0.177 0.911 0.007 0.187 0.222 Work effort 0.899 −0.008 0.175 0.272 0.705 0.144 −0.181 0.384 0.705 0.156 -0.031 0.401 Enough time 0.656 −0.047 −0.002 0.587 0.632 0.007 −0.048 0.589 0.610 −0.022 -0.010 0.632 Conflicting demands 0.444 0.186 0.001 0.713 0.519 −0.011 −0.136 0.699 0.517 0.023 -0.024 0.718 Skill discretion (SD) Learning new things −0.092 0.613 −0.027 0.661 −0.138 0.665 0.014 0.584 −0.136 0.608 0.006 0.660 Skill level −0.104 0.856 0.022 0.306 0.006 0.819 −0.226 0.428 −0.011 0.725 -0.049 0.495 Initiative 0.019 0.525 0.382 0.498 0.334 0.540 0.009 0.489 0.167 0.562 0.214 0.508 Decision authority (DA) How to do −0.162 0.007 0.730 0.360 0.055 0.006 0.944 0.113 0.006 −0.023 0.949 0.112 What to do −0.005 −0.246 0.965 0.097 −0.012 0.205 0.586 0.515 −0.050 0.073 0.679 0.489
Factor correlations PD SD 0.333 0.288 0.303
PD DA −0.334 −0.111 −0.266
SD DA 0.195 0.411 0.267
1 WLSMV is a robust weighted least squares estimator using a diagonal weight matrix.
Tabela 3 – Summary of goodness-of-fit indices1 of multiple group analysis assessed through Exploratory Factor Analysis using Structural Equation Models (ESEM), Swedish and Brazilian hospital workers
Models No free parameters WRMR RMSEA CFI TLI M: ESEM total group 27 - 0.078 0.969 0.960 Sweden (S) 27 - 0.095 0.956 0.943 Brazil (B) 27 - 0.050 0.990 0.986 Measurement invariance M1: Factor loadings and thresholds free
114 0.740 0.074 0.974 0.968
M2: Equal factor loadings, thresholds free
93 1.189 0.077 0.967 0.965
M3: Free factor loadings, thresholds equal
84 2.047 0.138 0.903 0.888
M4: Equal factor loadings and thresholds
63 2.351 0.125 0.889 0.909
1 WRMR: weighted rood mean square residual; RMSEA: root mean square error of approximation; CFI: comparative fit index; and TLI: Tucker-Lewis index.
142
Table 4 - Confirmatory factor analysis for three-factor solution of the Demand Control Questionnaire without the item repetitive work: standardized factor loadings, goodness-of-fit indices, factor correlations, average variance extracted and composite reliability (with respective 95% confidence intervals). Dimension/items 3-factor solution (PD-SD-DA) Alternative models* Sweden Brazil Sweden
Brazil
Loadings Psychological Demands (PD) 0.54 – 0.84 0.53 – 0.91 0.54 – 0.84 0.56 – 0.84 Skill discretion (SD) 0.52 – 0.76 0.45 – 0.89 0.54 – 0.79 0.59 – 0.81 Decision authority (DA) 0.81 – 0.91 0.78 – 0.82 0.84 – 0.88 0.78 – 0.81 Cross loading: D – item 6 . . . ?0.43
(? 0.63, ? 0.23) Cross loading: DA – item 8 . . 0.31
(0.19, 0.43) .
Error measurement correlation item 1 item 2
. . . 0.38 (0.22, 0.54)
Goodness-of-fit indices WRMR 1.120 1.059 0.923 0.689 RMSEA 0.099 0.086 0.081 0.048 CFI 0.934 0.959 0.956 0.988 TLI 0.938 0.959 0.959 0.987 Factor correlations DSD 0.33
(0.20, 0.45) 0.43
(0.32, 0.54) 0.40
(0.27, 0.52) 0.55
(0.43, 0.66) DDA ? 0.34
(? 0.46, ?0.22)? 0.13
(? 0.24, ? 0.01)? 0.34
(? 0.45, ? 0.21) ?0.14
(? 0.26, ? 0.02) SDDA 0.31
(0.17, 0.44) 0.41
(0.28, 0.54) 0.09
(? 0.07, 0.25) 0.37
(0.24, 0.50) Composite Reliability Psychological Demands 0.82
(0.79, 0.86) 0.86
(0.84, 0.88) 0.82
(0.79, 0.86) 0.72
(0.67, 0.76) Skill discretion 0.72
(0.66, 0.78) 0.70
(0.61, 0.78) 0.73
(0.67, 0.79) 0.76
(0.69, 0.82) Decision authority 0.85
(0.80, 0.90) 0.78
(0.71, 0.85) 0.78
(0.71, 0.84) 0.78
(0.71, 0.85) Average variance extracted Psychological Demands 0.49
(0.43, 0.55) 0.56
(0.51, 0.60) 0.49
(0.43, 0.55) 0.43
(0.37, 0.50) Skill discretion 0.47
(0.39, 0.54) 0.45
(0.36, 0.54) 0.48
(0.40, 0.56) 0.51
(0.43, 0.60) Decision authority 0.74
(0.66, 0.82) 0.64
(0.54, 0.73) 0.55
(0.47, 0.64) 0.64
(0.55, 0.73) . category not applicable; PD: demands; DL: decision-latitude; SD: skill discretion; DA: decision-authority * Brazil: PDSDDA with a cross-loading PD-item 6 (learning new things) and an error measurement correlation between the items work fast work intense; Sweden: PDSDDA with a cross-loading DA-item 8 (initiative).
Table 5 - DCSQ mean scores (with standard deviations) by sociodemographic characteristics of the study samples Sweden Brazil
Variables Psychological demands
Decision latitude
Skill discretion
Decision authority
Psychological demands
Decision Latitude
Skill discretion
Decision authority
Gender * * * Male 13.56
(2.89) 18.44 (2.86)
12.35 (2.24)
6.10 (1.38)
12.89 (3.30)
17.21 (3.00)
11.89 (2.03)
5.32 (1.57)
Female 13.58 (2.56)
18.10 (2.42)
12.52 (1.57)
5.58 (1.48)
13.31 (3.22)
17.93 (2.47)
12.24 (1.51)
5.69 (1.56)
Age * <30 13.54
(2.30) 16.64 (2.42)
11.91 (1.92)
4.73 (0.90)
12.54 (3.08)
17.10 (2.73)
11.88 (1.80)
5.22 (1.55)
30-40 14.02 (2.51)
18.00 (2.67)
12.58 (1.95)
5.42 (1.30)
13.07 (3.19)
17.99 (2.58)
12.23 (1.68)
5.76 (1.41)
40-50 13.28 (2.52)
18.24 (2.66)
12.51 (1.78)
5.73 (1.47)
13.98 (3.35)
18.32 (2.37)
12.51 (1.40)
5.81 (1.64)
50 e + 13.58 (2.71)
18.26 (2.36)
12.49 (1.58)
5.78 (1.54)
13.51 (3.35)
17.58 (2.96)
11.82 (1.82)
5.76 (1.69)
Education * *** *** ** *** *** *** < College 13.26
(2.78) 17.29 (2.27)
11.75 (1.73)
5.55 (1.52)
13.50 (3.09)
15.61 (2.73)
10.77 (1.83)
4.84 (1.83)
College 13.35 (2.56)
18.24 (2.55)
12.57 (1.62)
5.67 (1.52)
12.47 (3.12)
16.95 (2.60)
11.74 (1.74)
5.22 (1.54)
University 14.12 (2.44)
18.93 (2.42)
13.14 (1.48)
5.79 (1.38)
13.64 (3.30)
18.74 (2.21)
12.72 (1.33)
6.02 (1.40)
Social support at work
***
*
***
***
**
***
Low (≤19) 13.99 (2.61)
17.92 (2.46)
12.45 (1.74)
5.47 (1.45)
14.25 (3.14)
17.26 (2.70)
12.07 (1.71)
5.19 (1.54)
High (>19) 12.93 (2.51)
18.55 (2.52)
12.56 (1.66)
5.99 (1.46)
12.38 (3.10)
18.02 (2.60)
12.16 (1.68)
5.86 (1.54)
* p<0.05; ** p<0.01; ***p<0.001 obtained by Student t-test *(gender, occupation and social support at work) or ANOVA (age, education)
144
ARTIGO 3 - Hökerberg, YHM; Faerstein, E; Andrade, CAF; Fernandes, R; Passos, SRL.
“Demanda e controle no trabalho e hipertensão arterial: uma meta-análise”
(em fase de revisão)
145
Demanda e controle no trabalho e hipertensão arterial: uma meta-análise
Meta-analysis of the association studies between job strain and hypertension
Estresse no trabalho e hipertensão
(Job strain and hypertension)
Yara Hahr Marques Hökerberg1, 2, MSc; Eduardo Faerstein2, Ph. D; Carlos Augusto Ferreira de
Andrade1, DSc; Ronaldo Fernandes1 ; Sonia Regina Lambert Passos1, DSc.
3. Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Changes, Fundação Oswaldo Cruz; 2. Instituto de
Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Correspondências para: Yara Hahr Marques Hökerberg, Clinical Epidemiology Laboratory,
Evandro Chagas Clinical Research Institute - Oswaldo Cruz Foundation. Av. Brasil, 4365,
Manguinhos. Rio de Janeiro – RJ, 21045-900, Brasil.
Tel/Fax: +55-21-260 9749. E-mail: [email protected]
146
RESUMO
Introdução: O modelo demanda controle postulado por Karasek define estresse no trabalho
como o resultado da interação entre demandas psicológicas e controle do processo de trabalho,
em quadrantes que classificam os trabalhos em alta exigência, ativo, passivo e baixa exigência.
Objetivo: Revisão sistemática e meta-análise dos estudos de associação entre alta exigência no
trabalho e hipertensão arterial. Métodos: Foram incluídos estudos publicados até julho de 2009
nas bases Pubmed, Lilacs, Scielo, PsycInfo, Embase e Web of Science. A extração de dados foi
realizada de forma independente por dois revisores, utilizando formulário padronizado. O modelo
de efeitos aleatórios foi utilizado para calcular o odds-ratio combinado (ORc) e intervalo de
confiança (IC 95%). Três meta-análises avaliaram: alta exigência no trabalho e, em separado,
altas demandas psicológicas e baixo controle. Resultados: A partir de 1377 resumos inicialmente
identificados, 14 estudos preencheram os critérios de elegibilidade: 6 na Europa, 5 nos EUA e 3
no Japão: 11 aplicaram o Job Content Questionnaire, 12 classificaram a exposição pelos
quadrantes de Karasek e 9 adotaram os pontos de corte de 140 (pressão sistólica) e 90 mmHg
(pressão diastólica) para classificar o desfecho. A meta-análise incluiu 9 estudos (5 seccionais, 1
caso-controle e 3 de coorte) e não identificou associação entre alta exigência no trabalho
(ORc=1,08, IC 95%: 0,98-1,19), altas demandas psicológicas (ORc=1,08, IC 95%: 0,98-1,19) ou
alto controle (ORc=1,02, IC 95%: 0,94-1,11) e hipertensão arterial. Não houve evidencia de viés
de publicação. Conclusão: Não existe evidência em favor da associação entre estresse no
trabalho e hipertensão arterial. Pesquisas futuras deveriam priorizar o desenho longitudinal e
incluir trabalhadores do sexo feminino e de países em desenvolvimento.
Palavras-chave: estresse psicológico, ambiente de trabalho, modelo demanda controle,
hipertensão arterial
147
ABSTRACT
Background: The demand control Karasek´s model postulates that job strain results of an
interaction between psychological demands and control at work, and its quadrants classify work
into high strain, active, passive and low strain jobs. Objective: Systematic review and meta-
analysis of the association studies of job strain and hypertension. Methods: Target studies were
published on Pubmed, Lilacs, SciELO, PsycInfo, Embase and Web of Science, until July 2009.
Data extraction was conducted independently by 2 reviewers using a standardized form. Random
effects model was used to obtain the combined odds ratio (ORc) and confidence interval (CI
95%). Three meta-analyses were performed according to: high strain, high psychological
demands and low control. Five studies were excluded: 3 evaluated systolic or diastolic blood
pressure separately and 2 did not report the odds ratio. Results: The search retrieved 1377 studies
and 14 fulfilled the eligibility criteria (6 in Europe, 5 in the USA and 3 in Japan): 11 applied the
Job Content Questionnaire, 12 used the Karasek’s quadrant categories and 9 used the blood
pressure cut-off points of 140 mmHg (systolic) and 90 mmHg (diastolic) for outcome definition.
Meta-analysis included 9 studies (5 cross-sectional, 1 case-control and 3 cohort) and did not find
association between high strain (ORc = 1.08, 95% CI: 0.98-1.19), high psychological demands
(ORc = 1.08, 95% CI: 0.98-1.19) or high control (ORc = 1.02, 95% CI: 0,94-1,11) and
hypertension. There was no evidence of publication bias. Conclusion: There was no evidence in
favor of the association between job stress and hypertension. Further research should include
studies with longitudinal study design, low and middle-income countries and female workers.
Keywords: psychological stress, workplace, demand control model, hypertension
148
INTRODUÇÃO
Hipertensão arterial é um dos mais importantes fatores de risco para outras doenças
cardiovasculares, ao lado de fumo e colesterol (PICKERING, 1999). Estudos mostram que a
elevação da pressão arterial representa um fator de risco independente para doença
cardiovascular, não apenas para os indivíduos considerados hipertensos, mas também para
aqueles cujos níveis de pressão arterial são considerados normais (LEWINGTON, CLARKE et
al., 2002).
A prevalência de hipertensão arterial variou de 29 a 55% nos países desenvolvidos, 25 a 43%
na América Latina e os fatores de risco associados foram idade, sexo, história familiar de
hipertensão arterial, obesidade, consumo de álcool, inatividade física e uma variedade de
componentes da dieta como, excesso de sal e de gordura saturada, dieta pobre em potássio, frutas
e vegetais (BEILIN, PUDDEY et al., 1999; KUPPER, WILLEMSEN et al., 2005; HAJJAR,
KOTCHEN et al., 2006). No entanto, estes fatores de risco, isolados ou em combinação
explicam somente parte do risco de hipertensão arterial essencial, ou seja, sem causa definida e
responsável por 90 a 95% dos casos.
Entre um conjunto de fatores de risco de natureza psicossocial, encontra-se o estresse no
ambiente de trabalho. Segundo um dos modelos teóricos existentes (demanda e controle),
estresse no trabalho resultaria da interação entre demandas psicológicas e controle sobre o
processo de trabalho (KARASEK, BAKER et al., 1981b). Tradicionalmente, os trabalhadores são
classificados pelos quadrantes de Karasek: a) alta exigência, definida pela combinação de níveis
elevados de demandas psicológicas e baixos de controle; b) baixa exigência, baixas demandas e
alto controle; c) trabalho ativo, níveis elevados de demandas e controle; e d) trabalho passivo,
níveis baixos de demanda e de controle. Outro modo de classificação consiste na avaliação da
razão entre os níveis de demanda e de controle (KAWAKAMI, HARATANI et al., 1989).
Evidências empíricas sugerem uma associação causal entre alta exigência no trabalho e
doença coronariana (BELKIĆ, LANDSBERGIS et al., 2004; KIVIMAKI, VIRTANEN et al.,
2006). O mecanismo sugerido é que alterações decorrentes da estimulação do sistema nervoso
autônomo, dentre as quais, elevações da pressão arterial e da frequência cardíaca, combinadas a
outros fatores de risco, como hipercolesterolemia, obesidade e tabagismo, contribuem para a
ocorrência de doença cardiovascular (SCHWARTZ, BELKIC et al., 2000).
149
Estudos realizados consideram a hipótese de que os estressores presentes no ambiente de
trabalho provocariam elevações nos níveis de pressão arterial durante o horário de trabalho
possíveis de serem detectados com monitoramento ambulatorial de pressão arterial (MAPA), mas
não pelas técnicas tradicionais de aferição (LANDSBERGIS, SCHNALL, BELKIĆ et al., 2008).
Os níveis de pressão arterial costumam ser mais altos durante o horário de trabalho em relação
aos momentos de lazer, e nos dias de trabalho em comparação aos dias de folga, finais de semana
e feriados (PICKERING, 1997; CARELS, SHERWOOD et al., 1998). Esta “hipertensão oculta”
tem sido observada em 10 a 30% dos adultos com pressão arterial considerada normal, quando
aferida em apenas uma ocasião (LANDSBERGIS, SCHNALL, BELKIĆ et al., 2008).
O modelo demanda e controle tem sido amplamente investigado nos estudos de associação
entre alta exigência no trabalho e pressão arterial (SCHNALL, LANDSBERGIS et al., 1994;
STEENLAND, FINE et al., 2000). No entanto, encontramos somente dois estudos de revisão
sistemática dedicados ao tema. Um estudo avaliou 48 estudos publicados em inglês (1982-2004),
com diferentes métodos de avaliação da exposição e/ou desfecho, dos quais 20 encontraram
associação direta (MANN, 2006).
Outra revisão identificou 14 estudos longitudinais, publicados até o ano 2007, para avaliar a
associação entre estresse psicossocial e hipertensão arterial (SPARRENBERGER, CICHELERO
et al., 2009). No entanto, estresse psicossocial foi definido não apenas por estressores do
ambiente de trabalho, como horas trabalhadas, demanda e controle, como também pelos não
relacionados ao trabalho, como afetividade, eventos de vida produtores de estresse e racismo
percebido. Entre os quatro estudos que avaliaram demanda e controle, um registrou associação
inversa (FAUVEL, M'PIO et al., 2003) e os demais associação direta.
As duas revisões agregaram estudos com diferentes métodos de coleta e análise da variável de
exposição e/ou desfecho sem explorar em que medida esta heterogeneidade influenciou os
resultados. De modo geral, os estudos que avaliaram hipertensão arterial utilizaram critérios de
inclusão bem distintos dos que avaliaram os níveis médios de pressão arterial. Para hipertensão
arterial, a definição de caso baseou-se na elevação dos níveis de pressão arterial acima de um
determinado nível (em geral, acima de 140 mmHg para pressão sistólica e de 90 mmHg para
diastólica) associada ao uso de medicamentos anti-hipertensivos, enquanto os estudos que
avaliaram os níveis médios de pressão arterial como desfecho, excluíram indivíduos com níveis
elevados de pressão arterial e/ou em uso de medicamentos anti-hipertensivos.
150
O objetivo da presente revisão sistemática e meta-análise é avaliar se alta exigência no
trabalho (definida pelo modelo demanda e controle) está associada à maior prevalência de
hipertensão arterial, identificando quais dimensões da exposição estão implicadas na associação e
em que medida diferentes estratégias metodológicas adotadas para definição da exposição e/ou
desfecho possam influenciar nos resultados.
MÉTODOS
A descrição desta meta-análise foi baseada na diretriz PRISMA (MOHER, LIBERATI et al.,
2009).
Critério de elegibilidade
Foram incluídos os estudos observacionais realizados em população economicamente
ativa, sem restrição de sexo ou faixa etária, publicados de forma completa sem restrição de
idioma, cuja variável de exposição foi definida pelo modelo demanda e controle e aferida pelos
instrumentos Job Content Questionnaire (JCQ) ou Demand Control Questionnaire (DCQ) ou
versões correlatas validadas para outros idiomas/culturas (LANDSBERGIS, THEORELL et al.,
2000b). A variável de desfecho foi definida como hipertensão arterial e os estudos deveriam
apresentar medida de associação oriunda de análises multivariadas. Foram excluídos os estudos
realizados em gestantes por envolver outros fatores de risco e consequências para a saúde.
Estratégia de busca
A busca bibliográfica foi realizada para os artigos publicados até julho de 2009, sem
restrição de idioma, nas bases de dados eletrônicas do Embase, Lilacs, Scielo, Pubmed,
PsycINFO, Scopus e Web of Science. Os seguintes termos e/ou descritores do artigo foram
pesquisados: 1) “job stress”, “work stress”, “job strain”, “isostrain”, “demand”, “control”,
“decision latitude”, “skill discretion” ou “decision authority”; e 2) “blood pressure” ou
“hypertension”. No Pubmed, a estratégia de busca foi: ("job stress" or "work stress" or "work-
stress" or "job strain" or iso-strain or karasek) and (demand or decision latitude or control or
"skill discretion" or "decision authority" or "social support") and ("blood pressure" or
hypertension or "Blood Pressure"[Mesh] OR "Hypertension"[Mesh]). Referências cruzadas
foram obtidas dos artigos selecionados. Os autores foram contatados por e-mail para
esclarecimentos adicionais, quando necessário. Quando havia evidência de duplicidade,
151
priorizaram-se os estudos de melhor qualidade, isto é, maior tamanho amostral, desenho
longitudinal e modelo estatístico multivariado.
Considerando que não havia descritores específicos para o modelo demanda e controle, a
busca não foi restrita a nenhum campo da publicação. O primeiro autor fez uma pré-seleção de
341 resumos, que foram avaliados de forma independente por pelo menos dois de três revisores
(CAFA, SRLP, YHMH). A extração independente dos dados foi baseada no preenchimento de
um formulário padronizado (apêndice B). As divergências foram resolvidas por discussão e
consenso.
Extração de dados
As seguintes variáveis foram extraídas: identificação da publicação (autores, ano);
desenho; população do estudo (faixa etária, distribuição por sexo, grupo ocupacional e tamanho
amostral final); exposição (instrumento utilizado, número de itens por dimensão, modo de
operacionalização da variável e pontos de corte); desfecho (técnica de aferição e ponto de corte
adotado); resultados (medida de associação com significância estatística).
A qualidade dos estudos foi avaliada mediante a elaboração de um escore adaptado do estudo
de revisão sobre estresse no trabalho e doença cardiovascular (BELKIĆ, LANDSBERGIS et al.,
2004). Os seguintes critérios foram avaliados: registro do tempo na ocupação, viés de seleção,
confiabilidade do questionário e análise da variável de exposição, técnica usada e controle de
qualidade da aferição do desfecho, avaliação de uso de medicamento anti-hipertensivo e modelo
estatístico. Foi criado um escore de qualidade baseado na soma da pontuação obtida em cada
item, ponderada pelo tamanho da amostra, assumindo valores de 4 a 23.
Análise estatística
Heterogeneidade foi avaliada pela estatística Q. Quando presente (p<0,10), o modelo de
efeitos aleatórios foi adotado para a análise (EGGER, SMITH et al., 2001; BORENSTEIN,
HEDGES et al., 2009). A medida sumária foi o odds-ratio combinado (ORc), com respectivo
intervalo de 95% de confiança. Os estudos foram combinados em duas etapas. Na primeira, uma
meta-análise avaliou a associação entre alta exigência no trabalho e hipertensão arterial. Em
seguida, duas meta-análises foram realizadas para avaliar o efeito de cada dimensão, demanda e
controle, no desfecho estudado. Os estudos que avaliaram separadamente pressão arterial sistólica
152
e diastólica foram excluídos da meta-análise. Um gráfico da magnitude dos efeitos (forest plot)
foi elaborado para cada uma das análises. Adicionalmente, foi avaliada a influencia da retirada de
cada estudo na medida sumária de cada meta-análise.
Viés de publicação foi avaliado pelo teste de Begg (BEGG e MAZUMDAR, 1994) e pelo
coeficiente de regressão de Egger (EGGER, SMITH et al., 1997). As análises foram feitas no
programa Stata SE, versão 10.
RESULTADOS
A figura 1 apresenta o fluxograma de seleção dos artigos. Dos 1377 resumos recuperados pela
estratégia de busca, 18 (1,3%) foram considerados perda porque não foram localizados ou os
revisores não conheciam o idioma de publicação. Entre os 134 artigos selecionados, 95 foram
excluídos: a maioria porque não preencheu os critérios de elegibilidade, 13 estudos não relataram
a medida de associação, 9 avaliaram a mesma amostra e não forneceram informações adicionais,
e um avaliou hipertensão auto-referida. A amostra final incluiu 14 estudos.
Descrição dos estudos e avaliação de qualidade
A tabela 1 apresenta as características sócio-demográficas, o desenho de estudo e as variáveis
de exposição e desfecho. Os 14 estudos incluídos avaliaram trabalhadores europeus (6), dos EUA
(5) e Japão (3): 8 tinham desenho seccional, 11 aplicaram o JCQ e 12 avaliaram a exposição
segundo os quadrantes propostos por Karasek, dos quais nove de forma dicotômica (alta
exigência versus demais categorias). Um estudo avaliou mais de um indicador para definição de
alta exigência no trabalho (LANDSBERGIS, SCHNALL et al., 1994), dois avaliaram a
exposição em mais de um momento no tempo (MARKOVITZ, MATTHEWS et al., 2004;
CHANDOLA, BRITTON et al., 2008) e oito avaliaram o efeito isolado das dimensões demanda
e controle, além do efeito combinado.
À exceção de um estudo que aferiu pressão arterial pelo MAPA (WHO e ISH, 2003), todos
realizaram de uma a três aferições com esfigmomanômetro digital ou de coluna de mercúrio.
Entretanto, os pontos de corte utilizados na definição de hipertensão arterial foram variados.
Nove estudos (ALBRIGHT, WINKLEBY et al., 1992; ALFREDSSON, HAMMAR et al., 2002;
MARKOVITZ, MATTHEWS et al., 2004; CHIKANI, REDING et al., 2005; KOBAYASHI,
HIROSE et al., 2005; RADI, LANG et al., 2005; DUCHER, CERUTTI et al., 2006; KIVIMÄKI,
HEAD et al., 2007; CHANDOLA, BRITTON et al., 2008) classificaram como hipertensos os
153
indivíduos com pressão sistólica maior do que 140 mmHg, diastólica maior do que 90 mmHg, ou
que faziam uso de medicação anti-hipertensiva. O ponto de corte foi de 160 mmHg para sistólica
e 90 ou 95 mmHg para diastólica em três estudos (TARUMI, HAGIHARA et al., 1993; CURTIS,
JAMES et al., 1997; TSUTSUMI, KAYABA et al., 2001; PELFRENE, DE BACKER et al.,
2002). Um estudo classificou os hipertensos com base apenas na pressão arterial diastólica acima
de 85 mmHg (LANDSBERGIS, SCHNALL et al., 1994).
A tabela 2 apresenta os resultados encontrados para cada estudo. A maioria fez a análise de
regressão logística multivariada. Entre os que classificaram os expostos de acordo com os
quadrantes de Karasek, dois encontraram associação apenas para homens, sendo um seccional
(TSUTSUMI, KAYABA et al., 2001) e outro de caso-controle (RADI, LANG et al., 2005). Dois
estudos longitudinais (DUCHER, CERUTTI et al., 2006; CHANDOLA, BRITTON et al., 2008)
encontraram associação direta, sendo que no artigo de Chandola, Britton et al (2008) a associação
só foi detectada nos indivíduos que se mantiveram expostos a alta exigência nos dois momentos
de aferição. Em dois estudos, alta exigência esteve inversamente associada à hipertensão arterial
(TARUMI, HAGIHARA et al., 1993) e à hipertensão sistólica isolada (CHIKANI, REDING et
al., 2005).
O escore médio de qualidade dos estudos foi 14,3 e variou de 12 (PELFRENE, DE BACKER
et al., 2002; CHANDOLA, BRITTON et al., 2008) a 18 (ALBRIGHT, WINKLEBY et al., 1992;
CURTIS, JAMES et al., 1997). A maioria dos estudos não informou o tempo na ocupação (9), a
confiabilidade da escala demanda-controle (6) e a avaliação dos dados obtidos na aferição de
pressão arterial (14).
Meta-análise
Cinco estudos foram excluídos da meta-análise: dois não usaram OR como medida de
associação (ALFREDSSON, HAMMAR et al., 2002; KIVIMÄKI, HEAD et al., 2007) e três
avaliaram separadamente hipertensão sistólica ou diastólica (LANDSBERGIS, SCHNALL et al.,
1994; CHIKANI, REDING et al., 2005; KOBAYASHI, HIROSE et al., 2005) (tabela 2).
A hipótese de homogeneidade foi rejeitada na meta-análise dos nove estudos (15 subgrupos
populacionais) que avaliaram alta exigência no trabalho (Q=32,4; p=0,004). A medida sumária
mostrou que não houve associação entre alta exigência no trabalho e hipertensão arterial
(ORc=1,08, IC95%: 0,98-1,19) (ver figura 2a). A análise de sensibilidade mostrou que a exclusão
154
de Chandola (2008) aumentou em 2% a magnitude da associação entre alta exigência no trabalho
e hipertensão arterial (ORc=1,10, IC95%: 1,01-1,21). A retirada dos demais estudos não alterou o
resultado sumário.
Na análise do efeito isolado das dimensões na associação com hipertensão arterial, a hipótese
de homogeneidade foi rejeitada tanto para demanda (Q=17,6; p=0,004), quanto para controle
(Q=9,5; p=0,091). Não foi identificada associação para altas demandas (ORc = 1,08, IC95%:
0,98-1,19) e baixo controle (ORc = 1,02, IC 95%: 0,94-1,112) (figura 2a e 2b). A exclusão de
Albright et al (1992) aumentou em quase 5% a magnitude da associação entre altas demandas e
hipertensão arterial (ORc=1,13; IC 95%: 1,01-1,27). Entretanto, para controle, a análise de
sensibilidade revelou que nenhum estudo alterou o resultado.
Viés de publicação não foi detectado para alta exigência no trabalho (Begg: p=0,216 e Egger:
p=0,33), demanda (Begg: p=0,57 e Egger: p=0,52) ou controle (Begg: 0,35 e Egger: p=0,47).
DISCUSSÃO
A presente meta-análise não encontrou evidência em favor da associação entre alta
exigência no trabalho (e respectivas dimensões) e hipertensão arterial. De nosso conhecimento,
este é a primeira meta-análise restrita ao modelo demanda e controle. Mann (2006) concluiu pela
inconsistência dos achados dos estudos publicados no Medline (1982 a 2004), utilizando critérios
amplos para a exposição e desfecho, sem restrição de questionário, modelo teórico ou definição
da variável de desfecho. Sparrenberg et al (2009) avaliaram estresse psicológico agudo ou
crônico e identificaram três estudos sobre o modelo demanda e controle: Schnall (1990) não foi
incluído na presente revisão por estar duplicado com Landsbergis (1994). Fauvel et al (2003)
avaliaram a média de pressão arterial em indivíduos que não faziam uso de medicação anti-
hipertensiva.
Revisões narrativas reportam inconsistência nos achados entre alta exigência no trabalho e
pressão arterial aferida por esfigmomanômetro (LANDSBERGIS, SCHNALL et al., 1994;
BELKIC, SCHNALL et al., 2001), mas relatam associação direta quando a aferição foi feita por
MAPA (LANDSBERGIS, SCHNALL, BELKIC et al., 2008). No entanto, estas conclusões se
basearam em estudos com critérios de elegibilidade muito variáveis para a seleção da amostra e
definição do desfecho.
155
Todos os estudos incluídos na meta-análise realizaram no máximo três aferições de
pressão arterial, técnica considerada menos precisa quando comparada ao monitoramento
ambulatorial (CHOBANIAN, BAKRIS et al., 2003), que é capaz de detectar elevações
temporárias durante o dia e no local de trabalho (BELKIĆ, LANDSBERGIS et al., 2000;
LANDSBERGIS, SCHNALL, BELKIC et al., 2008).
A heterogeneidade na magnitude das medidas de efeito é uma limitação deste estudo. A
influência da exclusão do estudo de Chandola et al (2008), para alta exigência no trabalho, e de
Albright et al (1982), para demandas psicológicas, produziu uma ligeira elevação no ORc, que
ficou estatisticamente significativo no nível de confiança de 95%.
Entre os cinco estudos excluídos da meta-análise, por motivos relacionados à medida de
associação (ALFREDSSON, HAMMAR et al., 2002; KIVIMÄKI, HEAD et al., 2007) ou ao
desfecho (LANDSBERGIS, SCHNALL et al., 1994; CHIKANI, REDING et al., 2005;
KOBAYASHI, HIROSE et al., 2005), a direção da associação não foi consistente com as
hipóteses do modelo teórico (KARASEK e THEORELL, 1990) em dois dos quatro estudos que
detectaram associação estatisticamente significativa com alta exigência no trabalho, demanda
e/ou controle (CHIKANI, REDING et al., 2005; KOBAYASHI, HIROSE et al., 2005).
A alta sensibilidade da estratégia de busca, confirmada pela não evidência de viés de
publicação, sugere que de fato poucos estudos avaliaram o modelo demanda-controle na
associação com hipertensão arterial, o que limita nossas conclusões. Houve baixa
representatividade de estudos de coorte (MARKOVITZ, MATTHEWS et al., 2004; DUCHER,
CERUTTI et al., 2006; CHANDOLA, BRITTON et al., 2008), de mulheres, aproximadamente
35% do total dos indivíduos considerados na meta-análise (38716), e de estudos realizados em
países em desenvolvimento.
Adicionalmente, poucos estudos informaram e/ou consideraram no modelo o tempo de
trabalho na ocupação, a qualidade ou confiabilidade das variáveis de exposição ou desfecho, o
que poderia introduzir um viés de informação nos estudos.
Os estudos que avaliaram os níveis médios de pressão arterial foram excluídos, pois,
apesar de utilizarem o MAPA para aferição do desfecho, excluíram indivíduos hipertensos da
análise o que tornou difícil a comparação com os estudos aqui incluídos. Vale lembrar que
elevações periódicas nos níveis de pressão arterial não se traduzem necessariamente em
hipertensão arterial futura (BELKIĆ, LANDSBERGIS et al., 2000; WHO e ISH, 2003).
156
Entretanto, uma meta-análise destes estudos poderia contribuir para esclarecimentos adicionais a
respeito dos mecanismos causais envolvidos na associação entre alta exigência no trabalho e
doença coronariana (LEWINGTON, CLARKE et al., 2002; KIVIMAKI, VIRTANEN et al.,
2006).
CONCLUSÕES
Os achados deste estudo não corroboram a existência de associação entre estresse no
trabalho avaliado pelo modelo demanda-controle e hipertensão arterial. Futuras pesquisas sobre o
tema deveriam priorizar o desenho longitudinal, aumentar a participação feminina e de
trabalhadores de países em desenvolvimento, priorizar aferições mais precisas e apresentar os
resultados segundo diferentes formas de análise da variável estresse no trabalho, o que poderia
contribuir para a identificação de um ponto de corte da exposição mais adequado para a avaliação
desta associação.
Contribuições
Y. H. M. Hökerberg, E. Faerstein C. A. F. Andrade e S. R. L. Passos participaram das discussões
para definição de critérios, das variáveis e das reuniões de consenso; Y. H. M. Hökerberg, C. A.
F. Andrade e S. R. L. Passos participaram da extração e análise dos dados; R. Fernandes
participou da busca, seleção de resumos, referência cruzada, elaboração e consolidação do banco
de dados. Todos os autores participaram da elaboração, revisão do manuscrito e aprovação final
Agradecimentos
Ao Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz, pela infra-estrutura, e
ao Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, pelo apoio técnico-
científico.
157
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Albright, C. L., M. A. Winkleby, et al. (1992). "Job strain and prevalence of hypertension in a
biracial population of urban bus drivers." American Journal of Public Health 82(7): 984-
989.
Alfredsson, L., N. Hammar, et al. (2002). "Job strain and major risk factors for coronary heart
disease among employed males and females in a Swedish study on work, lipids and
fibrinogen." Scand J Work Environ Health 28(4): 238-48.
Begg, C. B. and M. Mazumdar (1994). "Operating characteristics of a rank correlation test for
publication bias." Biometrics 50: 1088-10101.
Beilin, L. J., I. B. Puddey, et al. (1999). "Lifestyle and Hypertension." American Journal of
Hypertension 12(9): 934-945.
Belkić, K., P. Landsbergis, et al. (2000). "Psychosocial factors: review of the empirical data
among men." Occupational Medicine: State of the Art Reviews 15(1): 24-46.
Belkić, K. L., P. A. Landsbergis, et al. (2004). "Is job strain a major source of cardiovascular
disease risk?" Scandinavian Journal of Work, Environment & Health 30(2): 85-128.
Belkic, K. L., P. L. Schnall, et al. (2001). Hypertension at the workplace - An occult disease? The
need for work site surveillance. Advances in Psychosomatic Medicine. 22: 116.
Borenstein, M., L. V. Hedges, et al. (2009). Introduction to meta-analysis, John Willey & Sons,
Ltd.
Carels, R. A., A. Sherwood, et al. (1998). "Psychosocial influences on blood pressure during
daily life." International Journal of Psychophysiology : Official Journal of the
International Organization of Psychophysiology 28(2): 117-29.
Chandola, T., A. Britton, et al. (2008). "Work stress and coronary heart disease: what are the
mechanisms?" European Heart Journal 29(5): 640-648.
Chikani, V., D. Reding, et al. (2005). "Psychosocial work characteristics predict cardiovascular
disease risk factors and health functioning in rural women: The Wisconsin Rural
Women's Health Study." Journal of Rural Health 21(4): 295-302.
Chobanian, A. V., G. L. Bakris, et al. (2003). "The Seventh Report of the Joint National
Committee on prevention, detection, evaluation, and treatment of high blood pressure.
The JNC VII Report." Journal of American Medical Association 289(19): 2560-2572.
158
Curtis, A. B., S. A. James, et al. (1997). "Job strain and blood pressure in African Americans:
The pitt county study." American Journal of Public Health 87(8): 1297-1302.
Ducher, M., C. Cerutti, et al. (2006). "Is High Job Strain Associated With Hypertension
Genesis?" American Journal of Hypertension 19(7): 694-700.
Egger, M., G. D. Smith, et al. (2001). Systematic reviews in health care: meta-analysis in context.
London, BMJ Books.
Egger, M., G. D. Smith, et al. (1997). "Bias in meta-analysis detected by a simple, graphical test."
British Medical Journal 315: 629-634.
Fauvel, J. P., I. M'Pio, et al. (2003). "Neither perceived job stress nor individual cardiovascular
reactivity predict high blood pressure." Hypertension 42(6): 1112-6.
Hajjar, I., J. M. Kotchen, et al. (2006). "Hypertension: trends in prevalence, incidence and
control." Annual Review of Public Health 27: 465-490.
Karasek, R., D. Baker, et al. (1981). "Job decision latitude, job demands, and cardiovascular
disease: a prospective study of swedish men." American Journal of Public Health 71(7):
694-705.
Karasek, R. and T. Theorell (1990). Healthy work: stress, productivity, and the reconstruction of
working life. New York, Basic books, Inc.
Kawakami, N., T. Haratani, et al. (1989). "Perceived job-stress and blood pressure increase
among Japanese blue collar workers: one-year follow-up study." Industrial Health 27(2):
71-81.
Kivimäki, M., J. Head, et al. (2007). "Hypertension Is Not the Link Between Job Strain and
Coronary Heart Disease in the Whitehall II Study." American Journal of Hypertension
20(11): 1146.
Kivimaki, M., M. Virtanen, et al. (2006). "Work stress in the etiology of coronary heart disease--
a meta-analysis." Scand J Work Environ Health 32(6): 431-42.
Kobayashi, Y., T. Hirose, et al. (2005). "Relationship between two job stress models and
coronary risk factors among Japanese part-time female employees of a retail company."
Journal of Occupational Health 47(3): 201-210.
Kupper, N., G. Willemsen, et al. (2005). "Heritability of daytime ambulatory blood pressure in an
extended twin design." Hypertension 45: 80-85.
159
Landsbergis, P., T. Theorell, et al. (2000). "Measurement of psychosocial workplace exposure
variables." Occupational Medicine: State of the Art Reviews 15(1): 163-88.
Landsbergis, P. A., P. L. Schnall, et al. (2008). "Work conditions and masked (hidden)
hypertension—insights into the global epidemic of hypertensio." Scandinavian Journal of
Work, Environment & Health 6(Suppl): 41-51.
Landsbergis, P. A., P. L. Schnall, et al. (2008). "Work conditions and masked (hidden)
hypertension—insights into the global epidemic of hypertension." Scandinavian Journal
of Work, Environment & Health Supplements
(6): 41-51.
Landsbergis, P. A., P. L. Schnall, et al. (1994). "Association between ambulatory blood pressure
and alternative formulations of job strain." Scandinavian Journal of Work, Environment
and Health 20(5): 349-363.
Lewington, S., R. Clarke, et al. (2002). "Age-specific relevance of usual blood pressure to
vascular mortality: a meta-analysis of individual data for one million adults in 61
prospective studies." Lancet 360(9349): 1903-13.
Mann, S. J. (2006). "Job Stress and Blood Pressure: a critical appraisal of reported studies."
Current Hypertension Reviews 2: 127-138.
Markovitz, J. H., K. A. Matthews, et al. (2004). "Increases in job strain are associated with
incident hypertension in the CARDIA study." Annals of Behavioral Medicine 28(1): 4-9.
Moher, D., A. Liberati, et al. (2009). "Preferred reporting items for systematic reviews and meta-
analyses: the PRISMA statement." PLoS Med 6(7): e1000097.
Pelfrene, E., G. De Backer, et al. (2002). "Job stress and cardiovascular risk factors. Results from
the BELSTRESS study." Archives of Public Health 60(3 4): 245-268.
Pickering, T. (1999). "Cardiovascular pathways: socioeconomic status and stress effects on
hypertension and cardiovascular function " Annals of the New York Academy of Sciences
896: 262-277.
Pickering, T. G. (1997). "The effects of environmental and lifestyle factors on blood pressure and
the intermediary role of the sympathetic nervous system." Journal of Human
Hypertension 11(supplement 1): S9-S18.
160
Radi, S., T. Lang, et al. (2005). "Job constraints and arterial hypertension: Different effects in
men and women: The IHPAF II case control study." Occupational and Environmental
Medicine 62(10): 711-717.
Schnall, P. L., P. A. Landsbergis, et al. (1994). "Job strain and cardiovascular disease." Annual
Review of Public Health 15: 381-411.
Schwartz, J., K. Belkic, et al. (2000). "Mechanisms leading to hypertension and cardiovascular
morbidity." Occupational Medicine: State of the Art Reviews 15(1): 121-132.
Sparrenberger, F., F. T. Cichelero, et al. (2009). "Does psychosocial stress cause hypertension? A
systematic review of observational studies." J Hum Hypertens 23(1): 12-9.
Steenland, K., L. Fine, et al. (2000). "Research findings linking workplace factors to CVD
outcomes." Occup Med 15(1): 7-68.
Tarumi, K., A. Hagihara, et al. (1993). "An inquiry into the relationship between job strain and
blood pressure in male white-collar workers." Japanese Journal of Industrial Health 35(4):
269-276.
Tsutsumi, A., K. Kayaba, et al. (2001). "Association between job strain and prevalence of
hypertension: A cross sectional analysis in a Japanese working population with a wide
range of occupations: The Jichi Medical School cohort study." Occupational and
Environmental Medicine 58(6): 367-373.
WHO, W. H. O.-. and I. S. o. H.-. ISH (2003). "2003 World Health Organization
(WHO)/International Society of Hypertension (ISH) statement on management of
hypertension." Journal of Hypertension 21: 1983-1992.
161
1377 resumos recuperados na estratégia de busca
1ª etapa: 1243 resumos excluídos: 758: não avaliaram hipertensão ou pressão arterial 204: outro modelo, outros questionários 237: estudos de revisão ou cartas/editoriais 26: população de estudo inadequada 18: sem resumo, em outro idioma, não localizado
134 artigos selecionados para extração de dados
2ª etapa: 95 artigos excluídos 29: PA/HAS não era desfecho 43: outro modelo, outro questionário 13: ausência de medida associação 9: estudos duplicados 1: hipertensão arterial auto-referida
39 artigos incluídos
Hipertensão arterial (8)
Hipertensão e média de pressão arterial (6)
27 artigos: média de pressão arterial
Figura 1 – Fluxograma de seleção dos estudos
2 artigos incluídos: referência cruzada
41 artigos incluídos
Tabela 1 – Características sócio-demográficas, desenho do estudo e descrição das variáveis alta exigência no trabalho e hipertensão arterial
1 JCQ: “Job Content Questinnaire”, DCQ: “Demand-Control Questionnaire”, WHITEHALL: questionário usado no estudo Whitehall, MOPSY: questionário utilizado no estudo MONICA; 2Variável dicotômica: alta (alta demanda e baixo controle) e demais; 3Variável categórica: alta exigência (alta demanda e baixo controle), trabalho ativo (alta demanda e alto controle), trabalho passivo (baixa demanda e baixo controle) e baixa exigência (baixa demanda e alto controle); 4 razão D/C: razão demanda/controle; 5 testou outros pontos de corte; 6 aferida em dois momentos do tempo; 7 PA casual: uma ou mais medidas aferidas com esfigmomanômetro em um momento e MAPA: monitoramento ambulatorial de pressão arterial 8avaliou separadamente hipertensão sistólica (PAS>140 mmHg) e diastólica (PAD>90 mmHg)
Exposição Desfecho Primeiro autor, ano publicação
País Período do estudo
Amostra: n (% homens)
Ocupação/ setor de trabalho
Faixa etária (média)
Questionário1 (nº itens)
Exigência no trabalho (definição e ponto de corte)
Dimensões (ponto de corte)
Técnica de aferição7
(ponto corte mmHg)
Escore de qualidade
Seccionais Albright, 1992
EUA 1983-1985 1396 (91) Motoristas de ônibus
20-65 (42)
JCQ Quadrantes (mediana)2
contínua e mediana
PA casual (140/90)
18
Alfredsson, 2002
Suécia 1992-1998 10382 (69) Trabalhadores em geral
15-64 DCQ (11) Quadrantes (mediana)2
mediana PA casual (140/90)
16
Chikani, 2005
EUA 1995-2001 1500 (100) Trabalhadores rurais/não rurais
25-71 (47,3)
JCQ (14) Quadrantes (mediana)3
tercis PA casual8 (140/90)
16
Curtis, 1997 EUA 1993 726 (38) Trabalhadores em geral
30-55 (38,8)
JCQ (14) Quadrantes (mediana)2
Quartis PA casual (160/95)
18
Kobayashi, 2005
Japão
2002 1401 (0) Comércio 35-63 JCQ (14) razão D/C (tercis)4
tercis PA casual (140/90)8
16
Pelfrene, 2002
Bélgica 1994-1998 21419 (76) Trabalhadores em geral
35-59 (45,5)
JCQ (18) Quadrantes (mediana)2 tercis
PA casual (160/95)
12
Tarumi, 1993
Japão 1991 461 (100) “white-collar workers”
20-59 JCQ (9) Quadrantes (mediana)2 -
PA casual (160/95)
16
Tsutsumi, 2001
Japão 1992-1994 6587 (48) Trabalhadores rurais
< 65 (50,8)
JCQ (11) razão D/C (tercis)4
- PA casual (160/90)
16
Tabela 1 – (continuação)
1 JCQ: “Job Content Questinnaire”, DCQ: “Demand-Control Questionnaire”, WHITEHALL: questionário usado no estudo Whitehall, MOPSY: questionário utilizado no estudo MONICA; 2Variável dicotômica: alta (alta demanda e baixo controle) e demais; 3Variável categórica: alta exigência (alta demanda e baixo controle), trabalho ativo (alta demanda e alto controle), trabalho passivo (baixa demanda e baixo controle) e baixa exigência (baixa demanda e alto controle); 4 razão D/C: razão demanda/controle; 5 testou outros pontos de corte; 6 aferida em dois momentos do tempo; 7 PA casual: uma ou mais medidas aferidas com esfigmomanômetro em um momento e MAPA: monitoramento ambulatorial de pressão arterial 8avaliou separadamente hipertensão sistólica (PAS>140 mmHg) e diastólica (PAD>90 mmHg)
Exposição Desfecho Primeiro autor, ano publicação
País Período do estudo
Amostra: n (% homens)
Ocupação/ setor de trabalho
Faixa etária (média) Questionário1
(nº itens)
Exigência no trabalho (definição e ponto de corte)
Dimensões (ponto de corte)
Técnica de aferição7
(ponto corte mmHg)
Escore de qualidade
Caso-Controle
Landsbergis, 1994
EUA ... 262
(100)
Trabalhadores em geral (8 locais)
30-60 (44,3)
JCQ (14)
Quadrantes (mediana)2,, 5 e razão D/C (contínua)
mediana MAPA (PAD>85)
17
Radi, 2005 França ... 609 (70)
Trabalhadores em geral
(42,6) JCQ (14) Quadrantes (mediana)3
PA casual (140/90)
16
Coorte Chandola, 2008
Inglaterra 1985-1993
4047 (33)
Fucionários públicos
35-55 WHITEHALL Quadrantes (mediana)2, 6 -
PA casual (140/90)
12
Ducher, 2006
França ... 903 (78)
Trabalhadores em geral
(41,0) JCQ (14) Quadrantes (mediana)2
- PA casual (140/90)
14
Kivimaki, 2007
Inglaterra 1985-2004
8086 (70)
Fucionários públicos
35-55 (44,3)
WHITEHALL (19)
Quadrantes (mediana)3 -
PA casual (140/90)
15
Markovitz, 2004
EUA 1987/88-1995/96
3200 (45)
Trabalhadores em geral
18-30 JCQ (14)
Quadrantes (mediana)2, 6 e razão D/C (contínua)4, 6
Contínua5 PA casual (140/90)
17
Tabela 2 – Resultados dos estudos de associação entre alta exigência no trabalho1, altas demandas psicológicas e baixo controle e hipertensão arterial: tamanho amostral, medida de associação e respectivo intervalo de 95% confiança (IC 95%) ou p-valor.
1variável definida pela combinação entre altas demandas psicológicas e baixo controle; 2 a distribuição em tercis foi adotada para avaliação das dimensões demanda e contole; 3 a análise de alta exigência no trabalho foi estratificada em categorias de alto e baixo apoio social no trabalho
Primeiro autor, ano de publicação
Amostra (n)
Exposição (ponto de corte)
Desfecho (ponto de corte em mmHg)
Medida de associação
Alta exigência no trabalho1
Altas demandas Baixo controle
Estudos Seccionais Albright, 1992
1396 Quadrantes (mediana)
140/90 OR
(IC 95%) 0,98 (0,86; 1,13) 0,95 (0,84; 1,03) 0,92 (0,81; 1,04)
Homens (n=7146)
Quadrantes (mediana)
140/90 RP
(IC 95%) 1,00 (0,9; 1,1) 0,90 (0.8; 1.0) 1,10 (1,0; 1,2)
Alfredsson, 2002 Mulheres
(n=3236) Quadrantes (mediana)
140/90 RP
(IC 95%) 0,90 (0,8; 1,1) 0,90 (0.8; 1.1) 1,30 (1,1; 1,5)
PAS > 140 OR
(IC 95%)
Alta: 0,63 (0,4; 0,9) Pass.: 0,78 (0,5; 1,1) Ativo: 0,52 (0,3; 0,8) Baixa : 1,0 (ref)
Alto: 0,49 (0,3; 0,7) Méd.: 0,72 (0,4; 1,0) Baixo: 1,00 (ref.)
Alto: 0,61 (0,4; 0,9) Méd.: 0,80 (0,5; 1,1) Baixo: 1,00 (ref.)
Chikani, 2005
Homens (n=1500)
Quadrantes (mediana), dimensões (tercis)2
PAD > 90 OR
(IC 95%)
Alta = 1,33 (0,8; 2,1) Pass. = 0,98 (0,5; 1,6) Ativo = 1,26 (0,7; 2,0) Baixa = 1,0 (ref)
Alto: 1,09 (0,7; 1,7) Média: 1,00 (0,6; 1,6) Baixo: 1,00 (ref.)
Alto: 0,77 (0,5; 1,1) médio.: 0,59 (0,3; 0,9) Baixo: 1,00 (ref.)
Homens (n=273)
Quadrantes (mediana) 160/95
OR (IC 95%)
1,30 (0,50; 3,29) 0,90 (0,51; 1,56) Alto: 0,46 (0,22; 0,96) Curtis, 1997
Mulheres (n=453)
Quadrantes (mediana) 160/95
OR (IC 95%)
1,10 (0,58; 2,22) 1,20 (0,69; 2,14) Alto: 1,0 (0,58; 1,73)
PAS > 140 OR
(IC 95%) alta: 1,12 (0,71; 1,77) média: 0,78 (0,49; 1,26)
alta: 0,71 (0,44; 1,16) média: 0,60 (0,37; 0,96)
alto: 0,43 (0,26; 0,71) médio: 0,75 (0,48; 1,15) Kobayashi,
2005 Mulheres (n=1401)
Razão demanda/ controle (tercis) PAD > 90
OR (IC 95%)
alta: 1,02 (0,64; 1,64) média: 0,79 (0,48; 1,28)
alta: 0,86 (0,53; 1,41) média: 0,45 (0,27; 0,76)
...
Pelfrene, 20023
Homens (n=16335)
Quadrantes (mediana), Dimensões2
(tercis)
160/95 OR
(IC 99%)
Baixo apoio: 1,07 (0,89; 1,28) Alto apoio: 1,20 (0,97; 1,48)
alta: 1,11 (0,97; 1,26) média: 1,00 (0,88; 1,13)
alto: 0,90 (0,79; 1,03) médio: 1,02 (0,90; 1,15)
Tabela 2 – continuação
1variável definida pela combinação entre altas demandas psicológicas e baixo controle; 2 a distribuição em tercis foi adotada para avaliação das dimensões demanda e contole; 3 a análise de alta exigência no trabalho foi estratificada em categorias de alto e baixo apoio social no trabalho
Primeiro autor, ano de publicação
Amostra (n)
Exposição (ponto de corte)
Desfecho (ponto de corte em mmHg)
Medida de associação
Alta exigência no trabalho1
Altas demandas Baixo controle
Estudos Seccionais
Pelfrene, 20023
Mulheres (n=5084)
Quadrantes (mediana), Dimensões2
(tercis)
160/95 OR
(IC 99%)
Baixo apoio: 0,96 (0,66; 1,40) Alto apoio: 1,01 (0,64; 1,60)
alta: 1,43 (1,08; 1,84) média: 1,13 (0,88; 1,44)
alto: 0,97 (0,74; 1,27) médio: 0,97 (0,77; 1,23)
Tarumi, 1993
Homens (n=461)
Quadrantes (mediana) 160/95
OR (IC 95%)
0,69 (0,50; 0,97) - -
Homens (n=2819)
Razão demanda/controle (tercis)
160/90 OR
(IC 95%) 1,18 (1,05; 1,32)
- -
Tsutsumi, 2001
Mulheres (n=3180)
Razão demanda/controle (tercis)
160/90 OR
(IC 95%) 1,01 (0,90; 1,13)
- -
Estudos caso-Controle Quadrantes (mediana) PAD>85)
OR (IC 95%)
2,9 (1,3; 6,6)
2,4 (1,1-5,0) 2,1 (1,0; 4,4) Landsbergis, 1994
Homens (n=262) Razão
demanda/controle (mediana)
Razão D/C (Bin.): 2,8 (1,2; 6,2)
Homens (n=399)
Quadrantes (mediana) 140/90
OR (IC 95%)
Alta:2,60 (1,15; 5,85) Pass.: 2,30 (1,01; 5,26) Ativo:2,39 (1,10; 5,18) Baixa: 1,00 (ref)
- -
Radi, 2005
Mulheres (n=166)
Quadrantes (mediana) 140/90
OR (IC 95%)
Alta:3,20 (0,92; 11,12) Pass.:4,73 (1,36;16,42) Ativo:4,51(1,24;16,43) Baixa: 1,00 (ref)
- -
Tabela 2 – continuação
1Variável definida pela combinação entre altas demandas psicológicas e baixo controle;4 coeficiente beta do incremento anual da prevalência de hipertensão arterial; 5 exposição aferida na linha de base e mudança em 8 anos, de níveis baixos para elevados.
Primeiro autor, ano de publicação
Amostra (n)
Exposição (ponto de corte)
Desfecho (ponto de corte em mmHg)
Medida de associação
Alta exigência no trabalho1
Altas demandas Baixo controle
Estudos de coorte
Chandola, 2008
4047 Quadrantes (mediana) 140/90
OR (IC 95%)
Alta (T1 e T2): 1,52 (1,06; 2,19) Alta (T1 ou T2): 0,95 (0,79; 1,14)
- -
Ducher, 2006
903 Quadrantes (mediana) 140/90
OR (IC 95%)
1,84 (1,28; 2,65) - -
Kivimaki, 2007
8086 Quadrantes (mediana) 140/90
Coeficiente beta4 (erro padrão)
Alta = 1,0 (0,03) Passi. = 1,0 (0,03) Ativo = 1,0 (0,03) Baixa = 1,1 (0,04) p heterogeneidade = 0,63
- -
Markovitz, 20045
3200 Razão demanda/controle (contínua)
140/90 OR
(IC 95%)
Linha de base: 1,27 (0,47;3,44) Mudança em 8 anos: 2,06 (1,01; 4,26)
Linha de base: 1,04 (0,99;1,09) Mudança em 8 anos: 1,05 (1,01; 1,09)
Baseline: 1,01 (0,96; 1,06) Mudança em 8 anos: 1,02 (0,98; 1,06)
167
odds ratio.1 1 10
C ombined
M arkov i tz
D uc her
C handola
R adi -fem
R adi -m as c
Ts utsumi-fem
Ts utsumi-m asc
Tarum i
P el frene-f em -baix oapoio
P el frene-f em -altoapoio
P el frene-m as c-baixoapoio
P el frene-m as c-a l toapoio
C ur tis -fem
C ur tis -mas c
A lbright
odds ratio.1 1 10
Combined
Markovi tz
Pelf rene-fem
Pelf rene-masc
Curt is-fem
Curt is-masc
Albright
odds ratio.1 1 10
C om bine d
M ar kovitz
Pe lfren e-f em
Pe lfren e-m as c
C urt is-fem
C urt is-m asc
Alb righ t
Figura 2 – Forest plot da meta-análise entre alta exigência no trabalho, altas demandas e baixo controle e hipertensão arterial.
Figura 2b – altas demandas psicológicas
Figura 2c – baixo controle
Figura 2a – alta exigência no trabalho
169
Ficha de extração de dados dos artigos revisados Revisão sistemática - estresse no trabalho x pressão arterial Revisor: ( ) Sonia ( ) Yara ( ) Carlos Identificação do Estudo: Nº: Autores (2 primeiros autores): Título: Periódico (abreviado): Ano de Publicação: Ano/período do Estudo: Local do estudo: Nome do Estudo (se houver):
Desenho do Estudo: (1) seccional (2) caso-controle (3) coorte (4) método qualitativo
(8) outros: qual _______________________ (9) ign População-alvo: amostragem de população geral (trabalhadora): (1) sim (2) não (9) ign grupo ocupacional: Tempo médio de trabalho na ocupação: (anos) (9) não informado
Tipo de amostra: (1) aleatória (2) não-aleatória (9) ign
Tamanho amostral (final): faixa etária: média de idade: DP idade:
Sexo: (1) só homens (2) só mulheres (3) ambos (9) ign
% homens Viés de seleção - escores: (9) ign (3) coorte - amostra de base populacional/trabalhadora, aleatória, perda<=25% (2) voluntários ou viés de sobrevivência (seccional ou caso-controle); ou coorte c/ perda entre 25-40% (1) crit. inclusão não informado; amostra não aleatória; não informou perdas ou coorte c/ perda>=40% (0) validade interna seriamente comprometida por viés de seleção Viés de não resposta (9) ign (3) tx resposta>=80% em cada grupo de comparação e registrou erro não diferencial (2) tx resposta de 60-79% ou não documentou que o erro é não diferencial (1) tx resposta<60%, não informada ou com grande discrepância entre os 2 grupos caso-contr ( ) se não descreveu a perda, perde 1 ponto Escore final deste item: Critério de Exclusão apropriado (3) grupo de comparação nos estudos prospectivos sem casos (ausência erro classif) (2) critério de classificação de caso auto-referido (1) presença de erro de classificação Exposição: (9) ign Modelo: (1) demanda-controle (Karasek) (2)esforço-recompensa (Siegrist) (3) outro, qual:
Método de coleta da Exposição: (1) JCQ (Karasek) (2) DCSQ (Theorell)
(3) Whitehall (4) Matriz Ocupações ("job exposure matrix") (5) outros: qual?
170
Questionário utilizado: Consistência interna (alpha Cronbach)
Total de itens: Demanda: nº itens demanda: Controle: SD: DA: nº itens controle: SD: DA: Apoio: nº itens apoio social no trabalho: não avaliou ( ) Escore de avaliação para a coleta da variável de exposição: (4) 2 ou + métodos validados (3) auto-referida (2) Matriz Ocupações/insuficiência itens por dimensão(1) apenas 1 item por dimensão/instrumento não validado Exposição - continuação: Método de análise da Exposição (1=S;2=N): ( ) dimensões isoladas ( ) quadrantes ( ) razão ( ) somente demanda ( ) somente controle ( ) termo interaçao D-C ( ) outro(s), qual(is): ( ) não informado Ponto de corte Dimensão: (1) mediana (2) média (3) tercis (4) quartis
(5) escores cont. (7) NSA (8)outro, qual: (9) ign
Ponto de corte Quadrante: (1) mediana (2) média (3) tercis (4) quartis
(5) escores cont. (7) NSA (8)outro, qual: (9) ign
Ponto de corte Razão: (1) mediana (2) média (3) tercis (4) quartis
(5) escores cont. (7) NSA (8)outro, qual: (9) ign
Apoio Social no Trabalho: (1) sim (2) não Isostrain: (1) sim (2) não (9) ign (1) análise estratificada (tradicional) (2) termo de interação Análise da variável job strain - escores (NÃO PREENCHER): (4) exploração detalhada da interação entre altas demandas e baixo controle, sugerindo o tipo de interação, identificando o limiar para a ocorrência do efeito (3) usou razão demanda/controle contínua ou um termo de interação multiplicativa ou testou vários pontos de corte para propor insights para efeito dose-resposta (2) só testou job strain dicotômica (potencial erro de classificação não diferencial) (1) não avaliou interação entre demanda e controle obs: Para receber a pontuação máxima, pelo menos 3 itens de demanda eram necessários (8) não se aplica, porque não usou o modelo demanda-controle Outras dimensões do ambiente de trabalho (4) explorou a interação entre job strain e ocupação/status de trabalho/emprego, trabalho em turnos e carga horária de trabalho (3) pelo menos 3 de outros estressores de trabalho (trabalho em turnos, carga horária, segurança no trabalho, demanda física, riscos ocupacionais) (2) menos de 3 outros estressores do trabalho avaliados (1) nenhum outro estressor do trabalho avaliado (9) ignorado/não se aplica Desfecho: (1) Pressão arterial (seccional) (2) Monitoramento ambultatorial de PA (MAPA) (3) registro med-hosp (4) HAS auto-referida (5) outros, qual: (9) ign Pressão arterial (seccional): Nº de aferições: _____ Hipertensão arterial: (1) sim (2) não
171
uso de medicamento HAS avaliado: (0) não avaliou tratamento (1) excluiu tratados (2) incluiu somente tratados
(3) estratificou trat/não tratado (9) ign
(4) controlou p/ tratamento na regressão (5) considerou tratamento = hipertenso ponto de corte PAS: ponto de corte PAD: Qualidade da medida: (4) 2/+ medidas padronizadas ou aferidores treinados ou MAPA (3) < 2 aferições (2) auto-aferição (1) registros hospital ou óbito ou auto-referido (8) outras, qual(is)? Avaliou qualidade da medida (missing, dígito terminal, confiabilidade, concordância)?: (1) sim (2) não (9) ignorado Modelo Estatístico: (4) ajustou para idade, sexo, raça/etnia, situação socio-econômica, determinantes biomédicos e comportamentais de hipertensão arterial (álcool, obesidade/colesterol, atividade física, dieta) (3) ajustou para idade, sexo e pelo menos um dos outros determinantes biomédicos e comportamentais (2) ajustou apenas para idade, sexo e situação socio-econômica (1) nenhum ajuste Resultados (para amostra total, homens ou mulheres separadamente): Escores totais médios/medianos c/ IC 95%: D = C= apoio= Escores homens médios/medianos c/ IC 95%: D = C= apoio= Escores mulheres médios/medianos c/ IC 95%: D = C= apoio= Resultados (para amostra total, homens ou mulheres separadamente):
Prevalência de hipertensão arterial na amostra total c/ IC 95%:
média de PAS (IC 95%): média de PAD (IC 95%):
Em homens prevalência de hipertensão arterial:
média de PAS (IC 95%): média de PAD (IC 95%):
Em mulheres: prevalência de hipertensão arterial:
média de PAS (IC 95%): média de PAD (IC 95%): Medida de associação: (1) OR (2) RP (3) RR (4) Beta da reg. linear (5) outra, qual: dimensões/indicador medida bruta medida ajustada
T H M T H M
demanda
controle
job strain - quadrante
razão
Apoio Social no Trabalho:
172
Isostrain:
outra (qual: ) Outros resultados: Conclusão: (1) encontrou associação para job strain (quadrantes) ou razão (2) encontrou associação somente para demanda (3) encontrou associação somente para controle (4) não encontrou associação nem para job strain, razão e nem para as dimensões D ou C isoladas (5) outra, qual: observações/comentários:
174
ESCORE DE QUALIDADE: itens (pontuação)
n0 Itens Categorias Pontos
1 Tempo na ocupação Informou 1
Não informou 0
2 Viés de seleção 1 Estudo de coorte em amostra de base populacional/trabalhadora,
amostra aleatória, com perda ≤ 25%
3
Voluntários ou viés de sobrevivência (estudo seccional ou caso-
controle) ou coorte com perda entre 25-40%
2
Critério de inclusão não informado, não informou perdas ou
coorte com perda ≥40%
1
3 Viés de seleção 2
(não-resposta)
Taxa de resposta ≥80% em cada grupo de comparação e
registrou erro não diferencial
3
Taxa de resposta de 60-79% ou não documentou que o erro é
não diferencial
2
Taxa de resposta < 60%, não informada ou com grande
discrepância entre os 2 grupos de comparação
1
Se não descreveu perdas − 1
4 Análise da variável
job strain
(exposição)
Exploração detalhada da interação entre altas demandas e baixo
controle, sugerindo o tipo de interação, identificando o limiar de
ocorrência do efeito
4
Usou razão demanda/controle contínua ou um termo de
interação multiplicativa ou testou vários pontos de corte para
propor insights para efeito dose-resposta
3
Testou apenas exigência no trabalho como variável dicotômica
(potencial erro de classificação)
2
Não avaliou a interação entre demanda e controle 1
5 Alfa Cronbach Informou 1
(demanda, controle) Não informou 0
175
6. Aferição do
desfecho
2 ou mais aferições por técnicas padronizadas, aferidores
treinados ou monitoramento ambulatorial de pressão arterial
4
(pressão arterial) menos de 2 aferições ou não informado 3
auto-aferição 2
informação obtida por registro hospitalar ou declaração de óbito
ou auto-referida
1
7. Controle de
qualidade pressão
arterial (PA)
Avaliou qualidade: descrição de estratégias para lidar com dados
faltantes e discrepantes (outliers), análise de
confiabilidade/concordância e/ou avaliação de escore de
dígito terminal
1
Não avaliou 0
8. Avaliação do uso de
medicamentos anti-
hipertensivos
Considerou tratado = hipertenso; ou controlou para tratamento
no modelo estatístico; ou estratificou os resultados tratados/não
tratados
2
(medicamento) Excluiu tratados (casos) nos estudos seccionais ou caso-controle
ou como desfecho nos estudos de coorte
1
Não avaliou a variável tratamento (ou não informou) 0
9. Modelo estatístico Ajustou para variáveis demográficas (idade e sexo),
sociodemográficas (cor/raça, renda, escolaridade ou ocupação),
determinantes biomédicos e comportamentais de
pressão/hipertensão arterial (álcool, obesidade/colesterol, dieta,
atividade física)
4
Ajustou para variáveis sociodemográficas e pelo menos um dos
demais determinantes biomédicos e comportamentais
3
Ajustou apenas para idade, sexo e situação socioeconômica 2
Nenhum ajuste, sem resultado de análise multivariada 1
O escore de qualidade final foi obtido por meio do somatório simples da pontuação obtida
em cada item. A média dos escores foi ponderada pelo tamanho da amostra de cada estudo.
Distribuição dos escores de qualidade segundo publicação
Primeiro autor, ano publicação
Tempo ocupação
Seleção Não
resposta Exposição
alfa de Cronbach
Aferição do
desfecho
controle de qualidade
PA medicamento
Modelo estatístico
Escore final
Tamanho da amostra
Albright, 1992 1 2 2 3 0 4 0 2 4 18 1396Alfredsson, 2002 0 2 2 2 0 4 0 2 4 16 10382Chandola, 2008 1 1 2 2 0 0 0 2 4 12 4047Chikani, 2005 0 2 3 2 0 4 0 2 3 16 1500Curtis, 1997 1 2 3 2 0 4 0 2 4 18 726
Ducher, 2006 0 2 2 2 0 4 0 1 3 14 903Kivimaki, 2007 0 2 2 2 1 4 0 2 2 15 8086Kobayashi, 2005 0 2 1 3 1 3 0 2 4 16 1401Landsbergis, 1994 1 2 0 4 1 4 0 1 4 17 262Markovitz, 2004 0 2 2 3 0 4 0 2 4 17 3200Pelfrene, 2002 0 1 0 2 1 4 0 2 2 12 21419Radi, 2005 1 2 1 2 0 4 0 2 4 16 609
Tarumi, 1993 0 2 2 2 1 3 0 2 4 16 461Tsutsumi, 2001 0 2 2 2 1 3 0 2 4 16 6587
178
ANÁLISES ADICIONAIS DA REVISÃO SISTEMÁTICA
1) Meta-análise do efeito de alta exigência no trabalho na associação com hipertensão
arterial:
. meta logor_js ep_or_js , eform gr(f) cline xline(1) xlab(.1,1,10)
id(nomeestudo) b2title (odds ratio) print
Meta-analysis (exponential form)
| Pooled 95% CI Asymptotic No. of
Method | Est Lower Upper z_value p_value studies
-------+----------------------------------------------------
Fixed | 1.072 1.018 1.129 2.645 0.008 15
Random | 1.081 0.981 1.191 1.577 0.115
Test for heterogeneity: Q= 32.379 on 14 degrees of freedom (p= 0.004)
Moment-based estimate of between studies variance = 0.015
| Weights Study 95% CI
Study | Fixed Random Est Lower Upper
-------------------------+----------------------------------------
Albright | 189.39 49.22 0.98 0.85 1.13
Curtis-masc | 4.46 4.18 1.30 0.51 3.29
Curtis-fem | 7.79 6.97 1.10 0.55 2.22
Pelfrene-masc-altoapoio | 150.17 46.09 1.20 1.02 1.41
Pelfrene-masc-baixoapoio | 205.68 50.26 1.07 0.93 1.23
Pelfrene-fem-altoapoio | 31.21 21.24 1.01 0.71 1.43
Pelfrene-fem-baixoapoio | 46.40 27.33 0.96 0.72 1.28
Tarumi | 33.11 22.11 0.69 0.49 0.97
Tsutsumi-masc | 305.61 54.62 1.18 1.05 1.32
Tsutsumi-fem | 304.79 54.59 1.01 0.90 1.13
Radi-masc | 5.84 5.37 2.60 1.16 5.85
Radi-fem | 2.48 2.39 3.20 0.92 11.12
Chandola | 115.57 42.21 0.95 0.79 1.14
Ducher | 28.87 20.13 1.84 1.28 2.65
Markovitz | 3.87 3.66 1.27 0.47 3.44
179
a. Forest plot
odds ratio.1 1 10
Combined
Markovitz
Ducher
Chandola
Radi-fem
Radi-masc
Tsutsumi-fem
Tsutsumi-masc
Tarumi
Pelfrene-fem-baixoapoio
Pelfrene-fem-altoapoio
Pelfrene-masc-baixoapoio
Pelfrene-masc-altoapoio
Curtis-fem
Curtis-masc
Albright
180
b. Heterogenidade avaliada por meio da observação da influência da retirada de
cada estudo na medida combinada (ORc) (análise de sensibilidade)
. metainf logor_js ep_or_js , random eform print
e^co
ef.
Study omitted11 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
.981252
1.08093
1.19074
181
. metainf logor_js ep_or_js , random eform print id(nomeestudo)
Meta-analysis Random-effects estimates
---------------------------------------------------------------------------
Study omitted | e^coef. [95% Conf. Interval]
-------------------+-------------------------------------------------------
1. Albright | 1.0970789 .98543411 1.2213726
2. Curtis-masc | 1.0978655 .98933488 1.2183019
3. Curtis-fem | 1.0813375 .97895312 1.1944298
4. Pelfrene-masc-altoapoio | 1.0794187 .97791398 1.1914593
5. Pelfrene-masc-baixoapoio| 1.051652 .96576017 1.1451827
6. Pelfrene-fem-altoapoio | 1.079941 .9783802 1.1920444
7. Pelfrene-fem-baixoapoio | 1.0860337 .98087996 1.2024603
8. Tarumi | 1.0911247 .98503822 1.2086363
9 Tsutsumi-masc | 1.0678374 .96130097 1.1861807
10.Tsutsumi-fem | 1.085991 .97168493 1.2137437
11.Radi-masc | 1.0732856 .97722358 1.1787906
12.Radi-fem | 1.0675263 .97445184 1.1694908
13.Chandola | 1.1025172 1.0078154 1.206118
14.Ducher | 1.0953029 .97947538 1.2248276
15.Markovitz | 1.0684016 .95956421 1.1895837
-------------------+-------------------------------------------------------
Combined | 1.080934 .98125178 1.1907425
---------------------------------------------------------------------------
182
c. Vies de publicação: teste de Begg, de Egger e funnel plot
. metabias logor_js ep_or_js , graph(begg)
Note: default data input format (theta, se_theta) assumed.
Tests for Publication Bias
Begg's Test
adj. Kendall's Score (P-Q) = 25
Std. Dev. of Score = 20.21
Number of Studies = 15
z = 1.24
Pr > |z| = 0.216
z = 1.19 (continuity corrected)
Pr > |z| = 0.235 (continuity corrected)
Egger's test
------------------------------------------------------------------------------
Std_Eff | Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval]
-------------+----------------------------------------------------------------
slope | .0117925 .0702453 0.17 0.869 -.1399634 .1635483
bias | .6913507 .6871208 1.01 0.333 -.7930835 2.175785
Begg's funnel plot with pseudo 95% confidence limits
lo
gor_
js
s.e. of: logor_js0 .2 .4 .6
-1
0
1
2
183
2) Meta-análise do efeito de altas demandas psicológicas no aumento da ocorrência de
hipertensão arterial:
. meta logor_dem epor_dem , eform gr(f) cline xline(1) xlab(.1,1,10)
id(nomeestudo) b2title (odds ratio) print
Meta-analysis (exponential form)
| Pooled 95% CI Asymptotic No. of
Method | Est Lower Upper z_value p_value studies
-------+----------------------------------------------------
Fixed | 1.042 1.005 1.081 2.222 0.026 6
Random | 1.079 0.979 1.190 1.535 0.125
Test for heterogeneity: Q= 17.585 on 5 degrees of freedom (p= 0.004)
Moment-based estimate of between studies variance = 0.008
| Weights Study 95% CI
Study | Fixed Random Est Lower Upper
-------------------------+----------------------------------------
Albright | 587.66 106.02 0.95 0.88 1.03
Curtis-masc | 12.70 11.56 0.90 0.52 1.56
Curtis-fem | 11.48 10.54 1.20 0.67 2.14
Pelfrene-masc | 411.11 98.40 1.11 1.01 1.22
Pelfrene-fem | 103.93 57.63 1.43 1.18 1.73
Markovitz | 1742.25 120.42 1.04 0.99 1.09
184
a. Forest plot
odds ratio.1 1 10
Combined
Markovitz
Pelfrene-fem
Pelfrene-masc
Curtis-fem
Curtis-masc
Albright
185
b. Heterogenidade avaliada por meio da observação da influência da retirada de
cada estudo na medida combinada (ORc) (análise de sensibilidade)
. metainf logor_dem epor_dem , random
Coe
f.
Study omitted11 2 3 4 5 6
-.021138
.076303
.173744
. metainf logor_dem epor_dem , random eform print id(nomeestudo) Meta-analysis Random-effects estimates ------------------------------------------------------------------------------ Study omitted | e^coef. [95% Conf. Interval] -------------------+---------------------------------------------------------- 1. Albright | 1.130513 1.0063956 1.2699375 2. Curtis-masc | 1.0772204 .97333789 1.1921902 3. Curtis-fem | 1.0864531 .98163807 1.2024597 4. Pelfrene-masc | 1.110094 .94121462 1.3092748 5. Pelfrene-fem | 1.0286407 .96489054 1.0966029 6. Markovitz | 1.0764935 .94795007 1.2224677 -------------------+---------------------------------------------------------- Combined | 1.0792896 .9790836 1.1897515 ------------------------------------------------------------------------------
186
c. Vies de publicação: teste de Begg, de Egger e funnel plot
. metabias logor_dem epor_dem, graph(begg)
Note: default data input format (theta, se_theta) assumed.
Tests for Publication Bias
Begg's Test
adj. Kendall's Score (P-Q) = 3
Std. Dev. of Score = 5.32
Number of Studies = 6
z = 0.56
Pr > |z| = 0.573
z = 0.38 (continuity corrected)
Pr > |z| = 0.707 (continuity corrected)
Egger's test
------------------------------------------------------------------------------
Std_Eff | Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval]
-------------+----------------------------------------------------------------
slope | .0080518 .0599521 0.13 0.900 -.158402 .1745055
bias | .9276229 1.311005 0.71 0.518 -2.712311 4.567556
187
Begg's funnel plot with pseudo 95% confidence limits
logo
r_de
m
s.e. of: logor_dem0 .1 .2 .3
-.5
0
.5
188
3) Meta-análise do efeito de baixo controle no aumento da ocorrência de hipertensão
arterial:
. meta logor_cont epor_cont , eform gr(f) cline xline(1) xlab(.1,1,10)
id(nomeestudo) b2
> title (odds ratio) print
Meta-analysis (exponential form)
| Pooled 95% CI Asymptotic No. of
Method | Est Lower Upper z_value p_value studies
-------+----------------------------------------------------
Fixed | 1.017 0.977 1.059 0.845 0.398 6
Random | 1.025 0.945 1.112 0.600 0.549
Test for heterogeneity: Q= 9.502 on 5 degrees of freedom (p= 0.091)
Moment-based estimate of between studies variance = 0.004
| Weights Study 95% CI
Study | Fixed Random Est Lower Upper
-------------------------+----------------------------------------
Albright | 255.57 127.70 0.92 0.81 1.04
Curtis-masc | 7.05 6.86 2.17 1.04 4.54
Curtis-fem | 13.06 12.43 1.00 0.58 1.72
Pelfrene-masc | 364.26 150.07 1.11 1.00 1.23
Pelfrene-fem | 90.24 66.67 1.03 0.84 1.27
Markovitz | 1645.45 220.95 1.01 0.96 1.06
189
a. Forest Plot
odds ratio.1 1 10
Combined
Markovitz
Pelfrene-fem
Pelfrene-masc
Curtis-fem
Curtis-masc
Albright
190
b. Heterogenidade avaliada graficamente através da observação da influência da
retirada de cada estudo na medida combinada (ORc) (análise de sensibilidade)
. metainf logor_cont epor_cont , random
Coe
f.
Study omitted11 2 3 4 5 6
-.056261
.024796
.105853
.
191
metainf logor_cont epor_cont , random eform print id(nomeestudo)
Meta-analysis Random-effects estimates
------------------------------------------------------------------------------
Study omitted | e^coef. [95% Conf. Interval]
-------------------+----------------------------------------------------------
1. Albright | 1.0548956 .96686769 1.150938
2. Curtis-masc | 1.0268182 .94042325 1.12115
3. Curtis-fem | 1.0166051 .95743054 1.079437
4. Pelfrene-masc | 1.0430183 .90665197 1.199895
5. Pelfrene-fem | 1.0262845 .93213379 1.1299449
6. Markovitz | .99693018 .90991348 1.0922685
-------------------+----------------------------------------------------------
Combined | 1.0251061 .94529219 1.111659
------------------------------------------------------------------------------
c. Vies de publicação: teste de Begg, de Egger e funnel plot
. metabias logor_cont epor_cont, graph(begg)
Note: default data input format (theta, se_theta) assumed.
Tests for Publication Bias
Begg's Test
adj. Kendall's Score (P-Q) = 5
Std. Dev. of Score = 5.32
Number of Studies = 6
z = 0.94
Pr > |z| = 0.348
z = 0.75 (continuity corrected)
Pr > |z| = 0.452 (continuity corrected)
Egger's test
------------------------------------------------------------------------------
Std_Eff | Coef. Std. Err. t P>|t| [95% Conf. Interval]
-------------+----------------------------------------------------------------
slope | -.0107748 .0455961 -0.24 0.825 -.1373699 .1158204
bias | .7308401 .9072808 0.81 0.466 -1.788175 3.249856
192
Begg's funnel plot with pseudo 95% confidence limits
logo
r_co
nt
s.e. of: logor_cont0 .2 .4
-1
-.5
0
.5
1
QUESTIONÁRIO -
ESTUDOS LONGITUDINAL DOS TRABALHADORES DO INSITUTO DE PESQUISA CLÍNICA EVANDRO CHAGAS -
PROGRAMA DE SAÚDE DO IPEC 2004
PROSEC
NÚMERO: ____________________ HORA INÍCIO: _____:______
DATA: _____ / _____/ ______
Av. Brasil, 4365 – Manguinhos Rio de Janeiro - RJ Brasil - CEP 21045-900E-Mail: [email protected]
http://www.ipec.fiocruz.br Tel: 21 – 3865 - 9554 Fax: : 21 – 2260 - 9749
INSTRUÇÕES
• Por favor; leia todas as opções de resposta até o final, antes de
responder a cada pergunta.
• Não deixe perguntas ou itens em branco, a não ser que o próprio
questionário o (a) instrua a “pular” perguntas.
• Mesmo que você não se lembre, com precisão, da situação abordada
na pergunta, tente responder da forma mais aproximada possível.
• Para todas as perguntas, há sempre uma resposta que se aplica melhor
ao seu caso.
Qualquer dúvida, consulte o aplicador.
Obrigado!
2
Para começar, algumas perguntas se referem a seu estado de saúde, e a alguns problemas de saúde que você possa ter tido ou tenha.
A1. De um modo geral, em comparação a pessoas da sua idade, como você considera o seu
próprio estado de saúde?
1 Muito bom 2 Bom 3 Regular
4 Ruim
A2. Nas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS, você apresentou algum problema de saúde? 1 Sim
2 Não
A3. Nas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS, você teve algum dos tipos de problema de saúde listados abaixo? Marque SIM ou NÃO para cada tipo de problema.
Dor de cabeça 1Sim 2Não
Dor nas costas ou coluna 1Sim 2Não
Outras dores 1Sim 2Não
Acidentes 1Sim 2Não
Resfriado ou outras infecções 1Sim 2Não
Tosse persistente 1Sim 2Não
Outros 1Sim 2Não
A4. Qual foi, ou quais foram, esse(s) outro(s) problema(s) de saúde que você teve, nas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS, que o(a) impediu de realizar alguma de suas atividades habituais (trabalho, estudo ou lazer)?
A5. Nas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS, você ficou impedido(a) de realizar alguma de suas atividades habituais (trabalho, estudo ou lazer) por algum destes problemas de saúde? 1 Sim _______________ dias no total
2 Não
3
A6. Alguma vez um médico lhe informou que você teve ou tem... Para CADA condição ou doença, marque SIM ou NÃO. Sempre que marcar SIM, informe COM QUE IDADE um MÉDICO lhe informou, pela primeira vez, que você teve ou tem a condição ou doença.
Colesterol alto (gordura no sangue)? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Diabetes (açúcar no sangue)? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Infarto do miocárdio (ataque do coração)? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Angina (isquemia, má circulação no coração)? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Acidente vascular cerebral (derrame)? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Asma (bronquite asmática)? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Enfisema ou bronquite crônica? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Cálculo (pedra) no rim? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Cálculo (pedra) na vesícula? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Úlcera no estômago ou duodeno? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Gastrite? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
LER (lesão por esforço repetitivo, tendinite/sinovite)? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Artrose (artrite, reumatismo)? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Hérnia de disco? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Hipertireoidismo (tireóide acelerada)? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Hipotireoidismo? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Tuberculose? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
Hipertensão arterial? 1 Sim Se SIM: ___ anos de idade 2 Não
4
A7 Agora, nós gostaríamos de saber como você tem passado, nas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS, em relação aos aspectos abaixo relacionados. Aqui, queremos saber somente sobre problemas mais recentes, e não sobre aqueles que você possa ter tido no passado.
Nas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS, você tem...
perdido muito sono por preocupação? 1 De jeito nenhum 2 Não mais 3 Um pouco mais 4 Muito mais que de costume que de costume que de costume
se sentido constantemente nervoso(a) e tenso(a)? 1 De jeito nenhum 2 Não mais 3 Um pouco mais 4 Muito mais que de costume que de costume que de costume
sido capaz de manter a atenção nas coisas que está fazendo? 1 Mais que de costume 2 O mesmo 3 Menos 4 Muito menos de sempre que de costume que de costume
sentido que é útil na maioria das coisas do seu dia-a-dia? 1 Mais que de costume 2 O mesmo 3 Menos útil 4 Muito menos útil de sempre que de costume que de costume
sido capaz de enfrentar seus problemas? 1 Mais que de costume 2 O mesmo 3 Menos capaz 4 Muito menos capaz de sempre que de costume que de costume
se sentido capaz de tomar decisões? 1 Mais que de costume 2 O mesmo 3 Menos capaz 4 Muito menos capaz de sempre que de costume que de costume
sentido que está difícil de superar suas dificuldades? 1 De jeito nenhum 2 Não mais 3 Um pouco mais 4 Muito mais que de costume que de costume que de costume
se sentido feliz de um modo geral? 1 Mais que de costume 2 O mesmo 3 Menos 4 Muito menos de sempre que de costume que de costume
tido satisfação nas suas atividades do dia-a-dia? 1 Mais que de costume 2 O mesmo 3 Menos 4 Muito menos de sempre que de costume que de costume
se sentido triste e deprimido(a)? 1 De jeito nenhum 2 Não mais 3 Um pouco mais 4 Muito mais que de costume que de costume que de costume
perdido a confiança em você mesmo? 1 De jeito nenhum 2 Não mais 3 Um pouco mais 4 Muito mais que de costume que de costume que de costume
se achado uma pessoa sem valor? 1 De jeito nenhum 2 Não mais 3 Um pouco mais 4 Muito mais que de costume que de costume que de costume
5
As próximas perguntas referem-se a alguns acontecimentos ou situações desagradáveis que podem ter ocorrido com você nos últimos 12 meses.
B1. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você teve algum problema de saúde que o(a) impediu de realizar alguma de suas atividades habituais (trabalho, estudo ou lazer) por mais de um mês?
1 Sim 2 Não
B2. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você esteve internado em hospital por uma noite, ou mais, em razão de doença ou acidente? 1 Sim 2 Sim, mais de uma vez 3 Não
B3. Nos últimos 12 meses, faleceu algum parente próximo seu
(pai, mãe, cônjuge, companheiro(a), filho ou irmão)?
1 Sim 2 Não
B4. Nos últimos 12 meses, você enfrentou dificuldades financeiras mais graves do que as habituais?
1 Sim 2 Não
B5. Nos últimos 12 meses, você foi forçado a mudar de casa contra sua vontade (por exemplo, por aumento de aluguel)?
1 Sim 2 Não
B6. Nos últimos 12 meses, você passou por algum rompimento de relação amorosa, incluindo divórcio ou separação?
1 Sim 2 Não
6
B7. Nos últimos 12 MESES, você foi assaltado ou roubado, isto é, teve dinheiro ou algum bem tomado, mediante uso ou ameaça de violência?
1 Sim, uma vez 2 Sim, mais de uma vez 3 Não
B8. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você foi vítima de alguma agressão física?
1 Sim, uma vez 2 Sim, mais de uma vez 3 Não
B9. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você se sentiu discriminado por alguma instituição ou pessoa, por alguma das razões abaixo? (Marque SIM ou NÃO para cada item)
Sua cor ou raça 1 Sim 2 Não
Ser homem ou mulher 1 Sim 2 Não
Sua religião ou culto 1 Sim 2 Não
Sua opção ou preferência sexual 1 Sim 2 Não
Doença ou deficiência física 1 Sim 2 Não
Sua idade 1 Sim 2 Não
Sua condição social ou econômica 1 Sim 2 Não
OUTRAS (especifique): _______________________________________
B10. Quando foi a última vez que você sofreu, pelo menos, uma das situações desagradáveis mencionadas nas páginas 05 e 06 (perguntas B 01 a B9)?
1 Não sofri nenhuma dessas situações 2 Há menos de 1 mês 3 Entre 1 e 3 meses atrás 4 Entre 4 e 6 meses atrás 5 Entre 6 e 12 meses atrás
B11. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você foi ferido(a) com arma de fogo (revólver, escopeta, pistola, etc.) ou arma branca (faca, navalha, etc.)?
1 Sim, uma vez 2 Sim, mais de uma vez 3 Não
7
B12. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você presenciou alguém ser ferido com arma de fogo
(revólver, escopeta, pistola, etc.) ou arma branca (faca, navalha, etc.)? 1 Sim, uma vez 2 Sim, mais de uma vez 3 Não
B13. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você não pode aceitar um paciente para tratamento ambulatorial ou internação no IPEC porque não preenchia critérios da instituição?
1 Sim
8
2 Não
B14. Não poder aceitá-lo trouxe algum sofrimento para você
1 Sim 2 Não
B15. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você teve contato com óbito
1 Sim 2 Não
B16. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você esteve em contato comterminal em seu ambiente de trabalho? 1 Sim 2 Sim, mais de uma vez 3 Não
B17. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você lidou com o sofrimentofaleceu(ram) na enfermaria do IPEC?
1 Sim 2 Não
As próximas perguntas referem-se ao consumo ou contato com
B18. Você convive com pessoas fumando na mesma sala de tr
1 Sim, tanto em casa como no trabalho 2 Sim, apenas em casa 3 Sim, apenas no trabalho
4 Não
Se NÃO, pule para a perguntaB 15
?
no ambiente de trabalho?
a família de um paciente
de paciente (s) terminal (is), que
pessoas que utilizam tabaco.
abalho ou em casa?
B19. Você é ou já foi fumante de cigarros, ou seja, já fumou, ao longo da vida, pelo menos 100 cigarros (cinco maços)?
1 Sim 2 Não
B20. Com que idade você começou a fumar?
____ anos
B21. Você fuma cigarros atualmente?
1 Sim 2 Não
B22. Com que idade você parou de fumar pela última vez?
____ anos
B23. Em geral, quantos cigarros por dia você fuma ou fumav
____ cigarros
1 Menos de 1 cigarro por dia
B24. Ao todo, durante quantos anos você fumou ou fuma? (Se for o caso, desconte os períodos em que você deixo
____ anos
1 Menos de 1 ano
B25. Você convive com pessoas fumando na mesma sala de tr
1 Sim, tanto em casa como no trabalho 2 Sim, apenas em casa 3 Sim, apenas no trabalho
4 Não
9
Se NÃO, pule para apergunta B 27
Se SIM, pule para a pergunta B23, nesta página
a?
u de fumar.)
abalho ou em casa?
B26. Se você fuma atualmente, responda as questões a seguir:
1. Quanto tempo decorre entre levantar-se pela manhã e fumar o primeiro cigarro? 2. Você acha difícil se manter sem fumar em
lugares que proíbem o fumo?
3. Que cigarro seria mais difícil de evitar? 4. Quantos cigarros fuma por dia? 5. Você fuma mais freqüentemente nas
primeiras horas após acordara do que no resto do dia?
6. Você fuma mesmo quando está doente e
passa a maior parte do seu dia na cama?
Menos de 56 a 30 minu31 a 60 minapós 60 min Sim Não O primeiro manhã Todos os ou 10 ou meno11-20 21-30 31 ou mais Sim Não Sim Não
10
Se NÃO, pule para apergunta B 27
minutos tos utos utos
da
tros
s
(3) (2) (1) (0) (1) (0) (1) (0) (0) (1) (2) (3) (1) (0) (1) (0)
As próximas perguntas referem-se ao consumo de cerveja, chopp, vinho, uísque, cachaça ou outro destilados, licores, batidas ou qualquer outro tipo de bebida alcoólica, seja consumida em refeições ou fora delas, em situações especiais ou apenas para relaxar.
ATENÇÃO: Um drinque (dose) de bebida alcoólica corresponde, por exemplo, a 1 lata ou meia garrafa grande de cerveja, ou a 1 chope, ou 1 copo de vinho, ou 1 dose de uísque ou cachaça ou outros destilados, ou 1 copo de caipirinha.
B 27 – Com que freqüência você ingere bebidas que contém álcool?
11
1 nunca
2 uma vez por mês ou menos
em caso de nunca, pular parapergunta 32
3 2 a 4 vezes por mês
4 2 a 3 vezes por semana
5 mais de 4 vezes por semana B 28 – Quantos drinques contendo álcool você ingere nos dias que você costuma beber?
1 nenhum
2 1 ou 2
3 3 ou 4
4 5 ou 6
5 7 ou mais B 29– Com que freqüência você bebe 5 ou mais drinques em uma ocasião (Homens); 4 ou mais drinques em uma ocasião (Mulheres)
1 nunca
2 menos que uma vez por mês
3 mensalmente
4 semanalmente
5 diariamente ou mais B 30– Alguma vez você sentiu que deveria parar quando estava bebendo?
1 Sim 2 Não
B 31 – Alguma pessoa te incomoda criticando você por estar bebendo?
1 Sim
2 Não B 32 – Você já se sentiu mal ou culpado por estar bebendo?
1 Sim
2 Não B 33 – Você alguma vez precisou dar um primeiro gole pela manhã para acalmar-se ou para ficar ligado? 1 Sim 2 Não
As próximas perguntas dizem respeito a seus hábitos alimentares e deexercícios.
B 34 - Qual é sua altura?_________ cm
B 35 - Qual é o seu peso atual? (mulheres grávidas: mencionar o peso antes da gravidez)
__________ Kg
B 36. Em relação ao peso que você acharia ideal para você, como você classifica o seu peso atual?
1 Muito acima do ideal 2 Um pouco acima do ideal 3 Ideal 4 Um pouco abaixo do ideal
5 Muito abaixo do ideal
B 37. Você pratica regularmente alguma atividade física?
1 Sim
12
2 Não Se não, pule para a pergunta B 40
B 38. Qual o motivo de praticar atividades físicas?
1 Lazer 2 Recomendação médica 3 Para manter a saúde 4 Estética
5 Outro
B 39. Qual o número médio de horas semanais dedicado ao lazer nos últimos quinze dias ? ________
B 40. Em relação às ÚLTIMAS DUAS SEMANAS, para cada atividade abaixo, marque SIM ou NÃO. Sempre que SIM, informe o número total de vezes que você praticou a atividade nas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS e o tempo gasto, em geral, cada vez (em minutos).
ATIVIDADE Número total de Tempo em geral vezes nas ÚLTIMAS gasto por vez DUAS SEMANAS? (em minutos)?
Caminhada devagar 1 Sim Se SIM 2 Não
Caminhada rápida 1 Sim Se SIM 2 Não
Ioga ou alongamento 1 Sim Se SIM 2 Não
Bicicleta ou natação 1 Sim Se SIM devagar 2 Não
Bicicleta ou natação 1 Sim Se SIM rápida 2 Não
Ginástica 1 Sim Se SIM 2 Não
Tênis 1 Sim Se SIM 2 Não
Vôlei 1 Sim Se SIM 2 Não
Musculação 1 Sim Se SIM 2 Não
Dança 1 Sim Se SIM 2 Não
Corrida 1 Sim Se SIM 2 Não
Futebol ou basquete 1 Sim Se SIM 2 Não
Remo 1 Sim Se SIM 2 Não
Lutas 1 Sim Se SIM 2 Não
13
Outras:
14
B 41. Com que freqüência, aproximadamente, você consome os alimentos listados abaixo? Alimento consumido
4 ou mais vezes por semana
1 a 3 vezes por semana
Menos de 1 vez por semana
Não consumo
NSI
1)Carnes salgadas: bacalhau; carne seca; carne de sol; paio; toucinho; costela etc.
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
2) Produtos industrializados: enlatados; conservas; sucos engarrafados; sucos desidratados; sopas desidratadas; produtos em vidro etc.
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
3) Embutidos: lingüiça; salsicha; fiambre; presunto etc.
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
4) Frituras
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
5 Manteiga
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
6) Carne de porco: pernil; carré; costeleta etc..., ou carne de carneiro ou cabra.
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
7) Carne de vaca
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
8) Refrigerantes não dietéticos
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
9) Balas, doces, geléis, bombons ou chocolate.
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
10) Açúcar, mel ou melaço usados como adoçantes no café, chá, sucos etc.
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
11) Ovos: crus, cozidos fritos, pochê etc.
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
12) Verduras, legumes e frutas
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
15
B 42. Atualmente, você faz alguma(s) das dietas abaixo? a) Para perda de peso? 1( ) SIM Se SIM: Há quanto tempo? _____ anos ou ______ meses ou ______ semanas 2( ) NÃO b) Para controle de pressão arterial (pouco sal)? 1( ) SIM Se SIM: Há quanto tempo? _____ anos ou ______ meses ou ______ semanas 2( ) NÃO c) Para controle de colesterol? 1( ) SIM Se SIM: Há quanto tempo? _____ anos ou ______ meses ou ______ semanas 2( ) NÃO d) Para controle de diabetes? 1( ) SIM Se SIM: Há quanto tempo? _____ anos ou ______ meses ou ______ semanas 2( ) NÃO e) Para úlcera ou gastrite? 1( ) SIM Se SIM: Há quanto tempo? _____ anos ou ______ meses ou ______ semanas 2( ) NÃO f) Outro tipo? (Especifique) __________________________ 1( ) SIM Se SIM: Há quanto tempo? _____ anos ou ______ meses ou ______ semanas 2( ) NÃO B 43 - Quantas refeições você realiza durante o dia? ____________ Quais? ____________________________________________________________________________ B 44 -Você tem o hábito de substituir almoço e/ ou jantar por sanduíches/lanches? 1( ) Sim Se SIM: Com que freqüência: ______ vezes por semana 2( ) Não B 45 - Para almoçar você traz comida de casa ? 1( ) Sim Se SIM: Com que freqüência: ______ vezes por semana 2( ) Não B 46 -Quando você não traz comida de casa, em que tipo de restaurante você costuma almoçar? 1( ) Restaurante com comida a quilo 2( ) Restaurante com buffet (você se serve quantas vezes desejar pagando um preço fixo) 3( ) Restaurante que serve o prato já proporcionado “prato feito” 4( ) Serviço de entrega de comida no trabalho 6( ) Variável7( ) Outros:_______________________________________
As próximas perguntas se referem a realização de exame médico de rotina e uso de medicamentos
B 47. Você tem algum tipo de plano ou seguro saúde (particular, de empresa, ou órgão público)?
1 Sim, como titular 2 Sim, como dependente
3 Não
B 48. Você realiza exames periódicos de saúde? 1 Sim
2 Não
B 49. Ano do último exame periódico de saúde? __________
B 50. Quando foi a última vez que você fez exame de sangue?
1 Nunca fiz exame 2 Há mais de 3 anos 3 Entre 1 e 3 anos atrás 4 Há menos de 1 ano
5 Há menos de 3 meses
B 51. Em geral, com que freqüência você vai ao dentista para uma revisão de rotina?
1 Nunca fui ao dentista 2 Não costumo fazer revisão de rotina, só vou ao dentista quando tenho um problema 3 Menos freqüentemente que de 2 em 2 anos 4 De 2 em 2 anos
5 Pelo menos 1 vez por ano
B 52. Quando foi a última vez que você fez exame de vista?
1 Nunca fiz exame de vista 2 Há mais de 3 anos 3 Entre 1 e 3 anos atrás 4 Há menos de 1 ano
16
B 53. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você alguma vez fez uso das terapias ou práticas abaixo, com objetivo de cura ou manutenção da saúde? Marque SIM ou NÃO para cada item.
Homeopatia 1 Sim 2 Não
Acupuntura 1 Sim 2 Não
Fitoterapia 1 Sim 2 Não (chás ou tinturas de ervas ou plantas)
Massagem (shiatsu, outras) 1 Sim 2 Não
Simpatias 1 Sim 2 Não
Curas espirituais (cirurgia espiritual, passes 1 Sim 2 Não ou consulta em centro ou terreiro, oração.)
OUTRAS (especifique): ___________________________________
B 54. Quais vacinas você tomou nos últimos 10 anos?
Anti-tetânica? 1 sim 2 não
Gripe? 1sim 2não
Febre Amarela? 1sim 2não
Meningite? 1sim 2não
Hepatite B? 1sim 2não
B 55. Já foi vacinado com BCG? 1 Sim 2 Não
3 Não sabe informar
B56. Quando?
1 Na Infância 2 Outra época, informar data: ___/___/_____ 3 Não sabe informar (NSI)
17
18
Agora vamos falar um pouco sobre o uso medicamentos por você. Considere medicamento qualquer produto farmacêutico, incluindo também as vitaminas, remédios para gripe, os anticoncepcionais, os manipulados, os homeopáticos entre outros. Não é necessário considerar como medicamento os remédios feitos em casa, como os chás, ervas e raízes. B57. Nas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS você utilizou algum medicamento? 1 Sim 2 Não B58. Se você está utilizando um ou mais medicamentos, gostaríamos que você fornecesse algumas informações sobre o(s) medicamento(s) que utiliza e como se dá este uso. Você irá fornecer as informações considerando UM MEDICAMENTO DE CADA VEZ. Caso tenha em mãos as embalagens, bulas ou receitas médicas, seria útil consultá-las para responder as próximas perguntas. Caso utilize mais do que 3 diferentes medicamentos, você pode solicitar folhas extras aos entrevistadores. MEDICAMENTO 1 a) Nome do medicamento __________________________________________________________ b) Concentração (dose do produto em grama (g) ou miligrama (mg) ou mililitro (ml) ou unidades (UI), etc.)________________________________________________________________ c) Forma Farmacêutica 1 comprimido/drágea/cápsula 2 solução oral/suspensão oral 3 spray nasal 4 pomada/loção 5 colírio 6 supositório 7 injetável d) Qual o motivo do uso deste medicamento?___________________________________________ _________________________________________________________________________________ e) Qual a periodicidade do uso? 1 uso todos os dias 2 dias alternados 3 semanal 4 mensal 5 outros (especificar)______________________________________________________________ f) Quantas vezes é usado em cada dia? 1 01- uma vez 2 02- duas vezes 3 03- três vezes 4 04- acima de três (especificar) __________________________________________________
19
g) Há quanto tempo está usando? 1 até 15 dias 2 entre 15 e 1 mês 3 entre 1 e 3 meses 4 entre 4 e 6 meses 5 entre 7 e 12 meses 6 mais de 12 meses 7 outros (especificar)____________________________________________________________ h) Este medicamento foi recomendado ou receitado 1 no rádio/tv 2 amigos/família/vizinhos 3 balconista da farmácia 4 médico 5 dentista 6 outros profissionais 7 tomo por conta própria 8 outros (especificar)____________________________________________________________ MEDICAMENTO 2 a) Nome do medicamento __________________________________________________________ b) Concentração (dose do produto em grama (g) ou miligrama (mg) ou mililitro (ml) ou unidades (UI), etc.)________________________________________________________________ c) Forma Farmacêutica 1 comprimido/drágea/cápsula 2 solução oral/suspensão oral 3 spray nasal 4 pomada/loção 5 colírio 6 supositório 7 injetável d) Qual o motivo do uso deste medicamento?___________________________________________ _________________________________________________________________________________ e) Qual a periodicidade do uso? 1 uso todos os dias 2 dias alternados 3 semanal 4 mensal 5 outros (especificar)______________________________________________________________ f) Quantas vezes é usado em cada dia? 1 01- uma vez 2 02- duas vezes 3 03- três vezes 4 04- acima de três (especificar) __________________________________________________
20
g) Há quanto tempo está usando? 1 até 15 dias 2 entre 15 e 1 mês 3 entre 1 e 3 meses 4 entre 4 e 6 meses 5 entre 7 e 12 meses 6 mais de 12 meses 7 outros (especificar)____________________________________________________________ h) Este medicamento foi recomendado ou receitado 1 no rádio/tv 2 amigos/família/vizinhos 3 balconista da farmácia 4 médico 5 dentista 6 outros profissionais 7 tomo por conta própria 8 outros (especificar)____________________________________________________________ MEDICAMENTO 3 a) Nome do medicamento __________________________________________________________ b) Concentração (dose do produto em grama (g) ou miligrama (mg) ou mililitro (ml) ou unidades (UI), etc.)________________________________________________________________ c) Forma Farmacêutica 1 comprimido/drágea/cápsula 2 solução oral/suspensão oral 3 spray nasal 4 pomada/loção 5 colírio 6 supositório 7 injetável d) Qual o motivo do uso deste medicamento?___________________________________________ _________________________________________________________________________________ e) Qual a periodicidade do uso? 1 uso todos os dias 2 dias alternados 3 semanal 4 mensal 5 outros (especificar)______________________________________________________________ f) Quantas vezes é usado em cada dia? 1 01- uma vez 2 02- duas vezes 3 03- três vezes 4 04- acima de três (especificar) __________________________________________________
21
g) Há quanto tempo está usando? 1 até 15 dias 2 entre 15 e 1 mês 3 entre 1 e 3 meses 4 entre 4 e 6 meses 5 entre 7 e 12 meses 6 mais de 12 meses 7 outros (especificar)____________________________________________________________ h) Este medicamento foi recomendado ou receitado 1 no rádio/tv 2 amigos/família/vizinhos 3 balconista da farmácia 4 médico 5 dentista 6 outros profissionais 7 tomo por conta própria 8 outros (especificar)____________________________________________________________ B59. Em alguns casos a utilização crônica de medicamentos pode ser desconfortável, não sendo infrequente a interrupção do uso por alguns períodos. a) Conhece os efeitos colaterais do(s) medicamento(s) que está utilizando? 1 Sim 2 Não b) Você interrompeu o uso de algum desses medicamentos que faz uso regular nos últimos 15 dias? 1 Sim 2 Não B60. Se você interrompeu o uso de um ou mais medicamentos, nas próximas perguntas gostaríamos que você fornecesse algumas informações sobre o(s) medicamento(s) que interrompeu o uso NOS ÚLTIMOS 15 DIAS.Você irá fornecer as informações considerando UM MEDICAMENTO DE CADA VEZ. MEDICAMENTO 1 Nome do medicamento__________________________________________________________ Qual foi o motivo da interrupção? 1 custo elevado do medicamento 2 passei mal 3 decidi parar 4 não encontrei na farmácia 5 o médico suspendeu 6 outros (especificar)____________________________________________________________
22
Por quanto tempo o uso do medicamento foi interrompido? 1 até 3 dias 2 entre 3 e 7 dias 3 entre 7 e 15 dias MEDICAMENTO 2 Nome do medicamento__________________________________________________________ Qual foi o motivo da interrupção? 1 custo elevado do medicamento 2 passei mal 3 decidi parar 4 não encontrei na farmácia 5 o médico suspendeu 6 outros (especificar)____________________________________________________________ Por quanto tempo o uso do medicamento foi interrompido? 1 até 2 dias 2 entre 3 e 7 dias 3 entre 7 e 15 dias MEDICAMENTO 3 Nome do medicamento__________________________________________________________ Qual foi o motivo da interrupção? 1 custo elevado do medicamento 2 passei mal 3 decidi parar 4 não encontrei na farmácia 5 o médico suspendeu 6 outros (especificar)____________________________________________________________ Por quanto tempo o uso do medicamento foi interrompido? 1 até 3 dias 2 entre 3 e 7 dias 3 entre 7 e 15 dias
As quatro próximas perguntas dirigem-se somente às mulheres.
B 61. Quando foi a última vez que você fez um exame preventivo do câncer do colo do útero, conhecido como “preventivo” ou teste de Papanicolau?
1 Nunca fiz esse exame 2 Há mais de 3 anos 3 Entre 1 e 3 anos atrás 4 Há menos de 1 ano
B 62. Quando foi a última vez que um médico examinou suas mamas?
1 Nunca tive minhas mamas examinadas por médico 2 Há mais de 3 anos 3 Entre 1 e 3 anos atrás 4 Há menos de 1 ano
B 63. Com que freqüência você mesma examina suas mamas (auto-exame), com o objetivo de descobrir caroços ou qualquer anormalidade?
1 Nunca 2 Raramente 3 Às vezes 4 Quase todo mês 5 Todo mês
B 64. Você já usou pílulas anticoncepcionais para evitar gravidez ou para tratamento ginecológico?
1 Sim, uso atualmente 2 Sim, já usei, mas não uso mais 3 Não
23
As perguntas desta página são sobre problemas de saúde que impediram alguma de suas atividades habituais (trabalho, estudo ou lazer), nas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS.
C 1. Com que idade você começou a trabalhar? ____ anos Em que ano você começou a trabalhar no IPEC? |__|__|__|__| C 2. Qual a sua profissão? ________________________________________________________ C 3. Ocupação atual: ____________________________________________________________ C 4. Qual a lotação atual no IPEC: ________________________________________________ C 5. Qual (quais) local (locais) no IPEC você exerce a sua atividade: ______________________ C 6. Sua atividade principal no IPEC envolve:
1 Cuidado direto do paciente (higiene, aplicação de medicamentos) 2 Atendimento ao paciente (avaliação e prescrição) 3 Coleta de material biológico 4 Pesquisa / Ensino 5 Limpeza do Hospital 6 Cozinha e Lavanderia 7 Administrativo e Vigilância
8 Outros _______________________ C 7. Há quanto tempo você desempenha, no IPEC, as atividades listadas acima?
Há |__|__| anos 0 Menos de 1 ano
C 8. Atualmente, você trabalha em algum plantão noturno ou de 24 horas ?
1 Sim
24
2 Não Se SIM, com que freqüência?
1 Menos freqüentemente que 1 vez por mês 2 1 a 3 vezes por mês 3 1 vez por semana 4 2 a 3 vezes por semana 5 4 ou mais vezes por semana
C 9. No passado, você já trabalhou em algum plantão noturno ou de 24 horas?
1 Sim, mas parei por motivo de saúde (doença, problemas de sono, outros) 2 Sim, mas parei por outro motivo (sem relação com saúde) 3 Sim, e continuo trabalhando 4 Não
C 10. NO TOTAL, durante quantos anos você trabalhou ou vem trabalhando em regime de plantão
noturno ou de 24 horas no IPEC ou fora do IPEC? 1 NUNCA trabalhei em regime de plantão noturno ou de 24 horas 2 Trabalhei/venho trabalhando em regime de plantão noturno ou de 24 horas por |__|__| anos 3 Menos de 1 ano
C 11. Em geral, quantas horas no total você trabalha por semana? (inclua horas-extras e qualquer atividade remunerada em emprego ou por conta própria)
_____ horas por semana
C 12 . Quais trabalhos domésticos desenvolve na semana (assinale o mais pesado que executa) 1 Cozinha, lava e passa a roupa 2 Põe o jantar, lava a louça, pequena arrumação 3 Estuda com os filhos 4 Faxina da casa 5 Nenhum trabalho doméstico rotineiro ou específico.
C 13 . Quantas pessoas residem na sua casa: ______ C 14. Com quantas você conta para ajudar nas tarefas domésticas ______ C 15. No ambiente de trabalho, com que freqüência você usa os “equipamentos de proteção
individual” (EPIs) ( bota, luva, gorro, máscara, luva...) indicados para a realização de suas funções: 1 Sempre 2 Quase sempre 3 Às vezes 4 Raramente
5 Nunca 6 Não se aplica
25
C 16. Foi realizado “mapa de risco” no seu setor de trabalho do IPEC?
1 Sim , e eu tomei conhecimento do conteúdo do relatório 2 Sim , mas eu não fui informado do conteúdo do relatório. 3 Não 4 Não sei
C 17. Assinale todos os agentes aos quais você se considera exposto em seu ambiente de
trabalho:
1 Químicos (contato com produtos químicos) 2 Biológicos (contato com micro-organismos e materiais infectados) 3 Físicos (temperatura, ruídos, radiação, choque elétrico) 4 Ergonômicos (adaptação aos instrumentos de trabalho) 5 Psicossociais 6 Nenhum
26
C 18. Quais riscos físicos estão presentes no seu setor de trabalho?
1 temperatura ambiental inadequada
2 radiação ionizante 3 ruídos em excesso
4 choque elétricos C19. Características do processo de trabalho
a) Com que freqüência você tem que fazer suas tarefas de trabalho com muita rapidez?
1 Freqüentemente 2 Às vezes 3 Raramente 4 Nunca ou quase nunca b) Com que freqüência você tem que trabalhar intensamente (isto é, produzir muito em
pouco tempo)?
1 Freqüentemente 2 Às vezes 3 Raramente 4 Nunca ou quase nunca c) Seu trabalho exige demais de você?
1 Freqüentemente 2 Às vezes 3 Raramente 4 Nunca ou quase nunca d) Você tem tempo suficiente para cumprir todas as tarefas de seu trabalho?
1 Freqüentemente 2 Às vezes 3 Raramente 4 Nunca ou quase nunca
27
e) O seu trabalho costuma lhe apresentar exigências contraditórias ou discordantes?
1 Freqüentemente 2 Às vezes 3 Raramente 4 Nunca ou quase nunca f) Você tem possibilidade de aprender coisas novas através de seu trabalho?
1 Freqüentemente 2 Às vezes 3 Raramente 4 Nunca ou quase nunca g) Seu trabalho exige muita habilidade ou conhecimentos especializados?
1 Freqüentemente 2 Às vezes 3 Raramente 4 Nunca ou quase nunca h) Seu trabalho exige que você tome iniciativas?
1 Freqüentemente 2 Às vezes 3 Raramente 4 Nunca ou quase nunca i) No seu trabalho, você tem que repetir muitas vezes as mesmas tarefas?
1 Freqüentemente 2 Às vezes 3 Raramente 4 Nunca ou quase nunca j) Você pode escolher COMO fazer o seu trabalho?
1 Freqüentemente 2 Às vezes 3 Raramente 4 Nunca ou quase nunca k) Você pode escolher O QUE fazer no seu trabalho?
1 Freqüentemente 2 Às vezes 3 Raramente 4 Nunca ou quase nunca A seguir, por favor, responda até que ponto você concorda ou discorda das seguintes afirmações a respeito de seu ambiente de trabalho no IPEC. l) Existe um ambiente calmo e agradável onde trabalho.
1 Concordo totalmente
2 Concordo mais do que discordo
3 Discordo mais do que concordo
4 Discordo totalmente
m) No trabalho, nos relacionamos bem uns com os outros.
1 Concordo totalmente
2 Concordo mais do que discordo
3 Discordo mais do que concordo
4 Discordo totalmente
n) Eu posso contar com o apoio dos meus colegas de trabalho.
1 Concordo totalmente
2 Concordo mais do que discordo
3 Discordo mais do que concordo
4 Discordo totalmente
o) Se eu não estiver num bom dia, meus colegas compreendem.
1 Concordo totalmente
2 Concordo mais do que discordo
3 Discordo mais do que concordo
4 Discordo totalmente
p) No trabalho, eu me relaciono bem com meus chefes.
1 Concordo totalmente
2 Concordo mais do que discordo
3 Discordo mais do que concordo
4 Discordo totalmente
q) Eu gosto de trabalhar com meus colegas.
1 Concordo totalmente
2 Concordo mais do que discordo
3 Discordo mais do que concordo
4 Discordo totalmente
C 20. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você se licenciou por motivo de saúde relacionado ao
trabalho? 1 Sim, uma vez 2 Sim, mais de uma vez 3 Não C 21. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você sofreu algum acidente de trânsito, seja como motorista,
passageiro ou pedestre? 1 Sim, uma vez 2 Sim, mais de uma vez 3 Não a) Quando foi a ÚLTIMA VEZ que isso aconteceu?
1 Há menos de 1 mês 2 Entre 1 e 6 meses atrás 3 Entre 7 e 12 meses atrás
C 22. Algum desses acidentes ocorreu quando você estava indo para o trabalho ou voltando do
trabalho para casa ou para outro lugar? 1 Sim 2 Não
28
C 23: Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você sofreu algum dos ACIDENTES listados abaixo, enquanto estava trabalhando no IPEC? (Para cada tipo de acidente responda sobre aquele mais recente.)
TIPO DE
a) Perfuragulh
b) Perfuroutro
c) Corte
d) Queim
e) Choqu
f) Contudistenmuscu
g) Fraturou lux
h) Enveno ou intoxi
i) Outro(espec_____
Sempre que responder SIM, informe... se o acidente foi notificado, se você teve que procurar assistência médica, e se você teve que faltar ao trabalho por causa do acidente.
ACIDENTE
Este acidente foi comunicado ao IPEC ou NUST?
Por causa deste acidente, você teve que procurar assistência médica?
Por causa deste acidente, você teve que faltar ao trabalho por 1 dia ou mais?
ação com a
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
ação com objeto
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
adura 1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
e elétrico 1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
Se SIM
Se SIM
Se SIM
Se SIM
Se SIM
29
são ou são lar
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
Se SIM
a, entorse ação
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
enament
cação
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
Se SIM
Se SIM
s ifique):
________
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
1 Sim 2 Não
Se SIM
As próximas perguntas são sobre aspectos da sua vida com a família, amigos e algumas atividades em grupo.
D1. Com quantos PARENTES você se sente à vontade e pode falar sobre quase tudo? (Se for o caso, inclua esposo(a) companheiro(a) ou filhos nesta resposta.) _____ parentes
1 Nenhum
D2. Com quantos AMIGOS você se sente à vontade e pode falar sobre quase tudo? (Não inclua nesta resposta esposo(a), companheiro(a) e outros parentes.)
_____ amigos
1 Nenhum
D3. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você participou de atividades esportivas em grupo (futebol, vôlei, basquete, outros) ou atividades artísticas em grupo (grupo musical, coral, artes plásticas, outras)?
1 Sim
30
2 Não Se SIM, com que freqüência?
1 Mais de uma vez por semana 2 1 vez por semana 3 2 a 3 vezes por mês 4 Algumas vezes no ano 5 Uma vez no ano
D4. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você participou de reuniões de associações de moradores ou funcionários, sindicatos ou partidos?
1 Sim 2 Não Se SIM, com que freqüência?
1 Mais de uma vez por semana 2 1 vez por semana 3 2 a 3 vezes por mês 4 Algumas vezes no ano 5 Uma vez no ano
D5. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você participou de trabalho voluntário não remunerado, em organizações não-governamentais (ONGs), de caridade, ou outras?
1 Sim 2 Não
A seguir, apresentamos perguntas sobre situações em que as pessoas procuram por outras em busca de companhia, apoio ou ajuda.
D6. Se você precisar... Com que freqüência conta com alguém que o ajude, se ficar de cama? 1 Nunca 2 Raramente 3 Às vezes 4 Quase sempre 5 Sempre
D7. Se você precisar... Com que freqüência conta com alguém para levá-lo(a) ao médico?
1 Nunca 2 Raramente 3 Às vezes 4 Quase sempre 5 Sempre
D8. Se você precisar...Com que freqüência conta com alguém para se divertir junto?
1 Nunca 2 Raramente 3 Às vezes 4 Quase sempre 5 Sempre
D9. Se você precisar... Com que freqüência conta com alguém em quem confiar ou para falar de você ou sobre seus problemas?
1 Nunca 2 Raramente 3 Às vezes 4 Quase sempre 5 Sempre
D10. Se você precisar... Com que freqüência conta com alguém para compartilhar suas preocupações e medos mais íntimos?
1 Nunca 2 Raramente 3 Às vezes 4 Quase sempre 5 Sempre
31
D11. Se você precisar... Com que freqüência conta com alguém que você ame e que faça você se sentir querido?
1 Nunca 2 Raramente 3 Às vezes 4 Quase sempre 5 Sempre
32
As próximas perguntas são sobre aspectos da sua história pessoal e de sua família.
E1. Em que município e estado você nasceu?
Município: ______________ Estado: _________________ País (se não for nascido no Brasil): ____________
E2. Há quanto tempo você mora, sem interrupção, em seu município atual de residência? ____ anos
1 Há menos de 1 ano
E3. Há quanto tempo você mora em seu endereço atual?
____ anos
1 Há menos de 1 ano
E4. Qual o grau de instrução de seu pai ? 1 Não freqüentou escola 2 1º grau incompleto 3 1º grau completo 4 2º grau incompleto 5 2º grau completo 6 Universitário incompleto 7 Universitário completo 8 Não conheci/morreu cedo
E5. Qual o grau de instrução de sua mãe?
1 Não freqüentou escola 2 1º grau incompleto 3 1º grau completo 4 2º grau incompleto 5 2º grau completo 6 Universitário incompleto 7 Universitário completo 8 Não conheci/morreu cedo
33
E6. Comparado ao padrão de vida que você tem agora, como era o padrão de vida da sua família quando você tinha 12 anos?
1 Era melhor que o meu padrão de vida agora 2 Era igual ao meu padrão de vida agora 3 Era pior que o meu padrão de vida agora
E7. Em sua opinião, qual é a sua cor ou raça?
___________________
E8. Atualmente, você é...
1 Casado(a) ou vive em união 2 Separado(a), ou divorciado(a)
34
3 Viúvo(a) 4 Solteiro(a) (Nunca casou ou viveu em união)
E9. Há quanto tempo você está na situação conjugal atual?
Se NUNCA CASOU, ou NUNCA VIVEU EM UNIÃO, pule para a pergunta E10
____ anos
1 Menos de 1 ano
E10. Quantos filhos nascidos vivos você teve?
____ filhos
1 Não tive filhos/Meus filhos são todos adotivos
Se NÃO TEVE FILHOS, ou tem apenas filhos adotivos, pule para a pergunta E12, na página 28
E11. Em que mês e ano nasceu seu primeiro filho(a)?
_____/19____ mês ano
E12. Além de você, alguém mais mora em sua casa? Inclua cônjuge/companheiro(a), filhos e enteados, pais, outros parentes, amigos, agregados, pessoas ausentes temporariamente, e empregados que durmam na casa.
1 Sim
35
2 Não
E13. Em sua casa, quem é considerado o chefe da famíliou o principal responsável pela casa?
1 Eu mesmo(a) 2 Meu cônjuge ou companheiro(a) 3 Eu e meu cônjuge, igualmente 4 Meu pai ou minha mãe 5 Meu filho ou minha filha 6 Não tem chefe 7 Outra pessoa: ___________________
E14. Qual o grau de instrução do chefe da família ou (principal) responsável por sua casa?
1 Não freqüentou escola. 2 1º grau incompleto 3 1º grau completo 4 2º grau incompleto 5 2º grau completo 6 Universitário incompleto 7 Universitário completo 8 AMBOS CÔNJUGES SÃO CHEFES/MORO SÓ/
E15. Em sua casa trabalha alguma empregada doméstic
1 Sim, uma 2 Sim, mais de uma 3 Não
Se NÃO, pule para a pergunta E15, na página 29
a
NÃO TEM CHEFE
a mensalista?
E16. Qual a situação do imóvel em que você mora?
1 Alugado 2 Próprio – já pago 3 Próprio – ainda pagando 4 Cedido por pessoa ou empresa 5 Outra condição (especifique): ____________________________
E17. No mês passado, qual foi aproximadamente sua renda familiar líquida, isto é, a soma de rendimentos, já com os descontos, de todas as pessoas que contribuem regularmente para as despesas de sua casa? 1 Até 500 reais 2 Entre 501 e 1000 reais 3 Entre 1001 e 1500 reais 4 Entre 1501 e 2000 reais 5 Entre 2001 e 2500 reais 6 Entre 2501 e 3000 reais 7 Entre 3001 e 4000 reais 8 Entre 4001 e 5000 reais 9 Mais de 5000 reais
E18. Quantas pessoas (adultos e crianças), incluindo você, dependem dessa renda para viver? Se for o caso, inclua dependentes que recebem pensão alimentícia. Não inclua empregados domésticos aos quais você paga salário.
_____ pessoas
E19. Qual é o seu grau de instrução? 1 1º grau incompleto 2 1º grau completo 3 2º grau incompleto 4 2º grau completo 5 Universitário incompleto 6 Universitário completo 7 Pós-graduação
E20 . Qual a sua formação profissional? ______________________
36
E21. Atualmente, qual é a sua religião? (aquela com que você mais se identifica) 1 Adventista 2 Assembléia de Deus 3 Batista 4 Budista 5 Candomblé 6 Casa da Benção 7 Católica 8 Congregação Cristã do Brasil 9 Espírita Kardecista 10 Evangelho Quadrangular 11 Judaica 12 Luterana 13 Messiânica 14 Metodista 15 Presbiteriana 16 Testemunha de Jeová 17 Umbanda 18 Universal do Reino de Deus 19 Outra (especifique): ______________ 20 Não tenho religião
E22. Nos ÚLTIMOS 12 MESES (sem contar com situações como casamento, batizado, ou enterro), com que freqüência você compareceu a cultos ou atividades da sua religião ou de outra religião? 1 Mais de 1 vez por semana 2 1 vez por semana 3 2 a 3 vezes por mês 4 Algumas vezes no ano 5 Uma vez no ano 6 Não compareci nenhuma vez
37
E23. O Censo Brasileiro (IBGE) usa os termos preta, parda, branca, amarela e indígena para classificar a cor ou raça das pessoas. Se você tivesse que responder ao Censo do IBGE hoje, como se classificaria a respeito de sua cor ou raça? 1 Preta 2 Parda 3 Branca 4 Amarela 5 Indígena
E24. Qual é o seu sexo? 1 Masculino 2 Feminino
E25. Qual é a sua data de nascimento?
_____/_____/_____ dia mês ano
38
39
Essa parte do questionário é sobre como você se sente a respeito de sua qualidade de vida e outras áreas da sua vida, tomando como referência as últimas duas semanas.
F1. Como você avaliaria sua qualidade de vida?
1 Muito ruim 2 Ruim 3 Nem ruim nem boa
4 Boa 5 Muito boa
____________________________________________________________________________ F2. O quanto você está satisfeito(a) com a sua saúde?
1 Muito insatisfeito
2 Insatisfeito 3 Nem satisfeito nem insatisfeito
4 Satisfeito 5 Muito satisfeito
____________________________________________________________________________
As questões seguintes são sobre o quanto você tem sentido algumas coisas nas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS.
________________________________________________________________________ F3. Em que medida você sente alguma dor física que o impede de fazer o que você precisa?
1 Nada 2 Muito pouco 3 Mais ou menos 4 Bastante 5 Extremamente
____________________________________________________________________________ F4. O quanto você precisa de algum tratamento médico para levar sua vida diária?
1 Nada 2 Muito pouco 3 Mais ou menos 4 Bastante 5 Extremamente
____________________________________________________________________________ F5. O quanto você aproveita a vida?
1 Nada 2 Muito pouco 3 Mais ou menos 4 Bastante 5 Extremamente
____________________________________________________________________________ F6. Em que medida você acha que a sua vida tem sentido?
1 Nada 2 Muito pouco 3 Mais ou menos 4 Bastante 5 Extremamente
____________________________________________________________________________ F7. O quanto você consegue se concentrar?
1 Nada 2 Muito pouco 3 Mais ou menos 4 Bastante 5 Extremamente
____________________________________________________________________________ F8. O quanto você se sente seguro(a) em sua vida diária?
1 Nada 2 Muito pouco 3 Mais ou menos 4 Bastante 5 Extremamente
____________________________________________________________________________ F9. O quanto o seu ambiente físico é saudável (clima, barulho, poluição, atrativos)?
1 Nada 2 Muito pouco 3 Mais ou menos 4 Bastante 5 Extremamente
40
As questões seguintes perguntam sobre quão completamente você tem sentido ou é capaz de fazer certas coisas nestas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS.
_________________________________________________________________________ F10. Você tem energia suficiente para seu dia-a-dia?
1 Nada 2 Muito pouco 3 Médio 4 Muito 5 Completamente _________________________________________________________________________
F11. Você é capaz de aceitar sua aparência física?
1 Nada 2 Muito pouco 3 Médio 4 Muito 5 Completamente _________________________________________________________________________
F12. Você tem dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades?
1 Nada 2 Muito pouco 3 Médio 4 Muito 5 Completamente _________________________________________________________________________
F13. O quanto as informações que precisa no seu dia-a-dia estão disponíveis para você?
1 Nada 2 Muito pouco 3 Médio 4 Muito 5 Completamente _________________________________________________________________________
F14. Em que medida você tem oportunidades de atividade de lazer?
1 Nada 2 Muito pouco 3 Médio 4 Muito 5 Completamente _________________________________________________________________________
As questões seguintes perguntam sobre quão bem ou satisfeito você se sentiu a respeito de vários aspectos de sua vida nas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS.
____________________________________________________________________________ F15. Quão bem você é capaz de se locomover, isto é, caminhar com as próprias pernas ou
deslocar-se com a ajuda de aparelhos ou cadeira de rodas?
1 Muito mal 2 Mal 3 Nem mal nem bem
4 Bem 5 Muito bem
____________________________________________________________________________ F16. O quanto você está satisfeito(a) com o seu sono?
1 Muito insatisfeito
2 Insatisfeito 3 Nem satisfeito nem insatisfeito
4 Satisfeito 5 Muito satisfeito
____________________________________________________________________ F17. O quanto você está satisfeito(a) com sua capacidade de desempenhar as atividades do seu
dia-a-dia? 1 Muito insatisfeito
2 Insatisfeito 3 Nem satisfeito nem insatisfeito
4 Satisfeito 5 Muito satisfeito
_________________________________________________________________________ F18. O quanto você está satisfeito(a) com sua capacidade para o trabalho?
1 Muito insatisfeito
2 Insatisfeito 3 Nem satisfeito nem insatisfeito
4 Satisfeito 5 Muito satisfeito
_________________________________________________________________________
41
F19. O quanto você está satisfeito(a) consigo mesmo? 1 Muito insatisfeito
2 Insatisfeito 3 Nem satisfeito nem insatisfeito
4 Satisfeito 5 Muito satisfeito
____________________________________________________________________________ F20. O quanto você está satisfeito(a) com suas relações pessoais (amigos, parentes, conhecidos,
colegas)? 1 Muito insatisfeito
2 Insatisfeito 3 Nem satisfeito nem insatisfeito
4 Satisfeito 5 Muito satisfeito
____________________________________________________________________________ F21. O quanto você está satisfeito(a) com sua vida sexual?
1 Muito insatisfeito
2 Insatisfeito 3 Nem satisfeito nem insatisfeito
4 Satisfeito 5 Muito satisfeito
____________________________________________________________________________ F22. O quanto você está satisfeito(a) com o apoio que você recebe de seus amigos?
1 Muito insatisfeito
2 Insatisfeito 3 Nem satisfeito nem insatisfeito
4 Satisfeito 5 Muito satisfeito
____________________________________________________________________________ F23. O quanto você está satisfeito(a) com as condições do local onde mora?
1 Muito insatisfeito
2 Insatisfeito 3 Nem satisfeito nem insatisfeito
4 Satisfeito 5 Muito satisfeito
____________________________________________________________________________ F24. O quanto você está satisfeito(a) com o seu acesso aos serviços de saúde?
1 Muito insatisfeito
2 Insatisfeito 3 Nem satisfeito nem insatisfeito
4 Satisfeito 5 Muito satisfeito
____________________________________________________________________________ F25. O quanto você está satisfeito(a) com o seu meio de transporte?
1 Muito insatisfeito
2 Insatisfeito 3 Nem satisfeito nem insatisfeito
4 Satisfeito 5 Muito satisfeito
_________________________________________________________________________
A questão seguinte refere-se a com que freqüência você sentiu ou experimentou certas coisas nas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS.
________________________________________________________________________ F26. Com que freqüência você tem sentimentos negativos tais como mau humor, desespero,
ansiedade, depressão? 1 Nunca
2 Algumas vezes
3 Freqüentemente 4 Muito Freqüentemente
5 Sempre
42
MUITO OBRIGADO POR
SUA COLABORAÇÃO!
Se quiser fazer algum comentário, por favor utilize o espaço abaixo.
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
43
Para uso exclusivo da equipe:
Hora início _____:_____ Hora término_____:______ Digitador 1: ______________ Digitador 2:____________________ Revisor: __________________ Coordenador digitação: ________
PRESSÃO ARTERIAL 1 : ____X _____ PRESSÃO ARTERIAL2 : ____X _____
239
1. APRESENTAÇÃO
Este manual tem como objetivo descrever os procedimentos-padrão a serem adotados
na primeira fase do PROSEC.
2. FUNÇÃO DOS SUPERVISORES
Cabe aos supervisores:
- dar apoio aos aplicadores durante os turnos que estão sob sua responsabilidade,
conforme agenda diária, orientando, esclarecendo dúvidas e solucionando eventuais
problemas;
- estar sempre ao alcance dos aplicadores. Em caso de necessidade, solicitar um
substituto para a sua função e/ou para o aplicador;
- avaliar a possibilidade de inclusão de respondentes não previstos, quando solicitado;
- separar, conferir e organizar o material para ser entregue aos aplicadores e no
momento de sua devolução;
- organizar o material para a etapa de consolidação e análise dos dados.
3. FUNÇÃO DOS APLICADORES
Cabe aos aplicadores:
- conferir, responsabilizar-se pela integridade, segurança no transporte e guarda do
material;
- organizar e promover tranqüilidade ao ambiente que servirá para aplicação dos
questionários;
- notificar as ausências ao responsável pelo agendamento para remarcação;
- apresentar aos respondentes os objetivos da pesquisa e esclarecer quanto ao Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido;
- responsabilizar-se pelo sigilo das informações;
- orientar aos respondentes como manusear o material e forma de marcação das
respostas (X)
- esclarecer possíveis dúvidas dos respondentes, somente quando solicitado. Quando
necessário, ler as questões com/para o respondente.
240
4. AGENDAMENTO
O responsável pelo agendamento deve telefonar para os setores para marcar o horário
diretamente com os respondentes. Em caso de falta, o responsável pelo agendamento deverá
entrar em contato novamente com o respondente para remarcar o dia e hora.
5. QUESTIONÁRIO
O Questionário é composto de 43 páginas e 151 questões, dispostas em 6 blocos (A a F).
A = A1 a A7
B = B1 a B59
C = C1 a C23
D = D1 a D11
E = E1 a E25
F = F1 a F26
6. MATERIAL NECESSÁRIO NO MOMENTO DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO
6.1 MATERIAL QUE SERÁ ENTREGUE AOS RESPONDENTES:
- 1 questionário PROSEC com 1 etiqueta numerada
- 2 Termos de Consentimento Livre e Esclarecido
- 1 envelope
- 1 caneta
- 1 folha com a questão qualitativa
6.2 MATERIAL DO APLICADOR
- Agenda dos respondentes do dia/turno;
- 1 questionário para orientação do aplicador (em branco)
- 1 folha com a questão qualitativa
- 2 questionários adicionais
- folhas extras da pesquisa de medicamentos: 5 da questão B58 e 3 da questão B60
- 1 envelope grande para a guarda dos Termos de Consentimento Livre e Esclarecido
241
- 1 envelope para cada questionário
- Canetas esferográficas suficientes para o número de respondentes
- Listagem dos respondentes agendados com 2 etiquetas de mesma numeração ao lado
de cada nome: 1 para o questionário e 1 para o envelope
- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (2 vias para cada indivíduo)
7. INSTRUÇÕES
7.1 PARA O SUPERVISOR
1) Chegar à sala da chefia do Departamento de Epidemiologia e Antropologia do IPEC
(sala da Dra Sonia) com 30 minutos de antecedência para checar o material a ser
entregue para o aplicador (questionários, etiquetas, envelopes, etc.).
2) Comunicar eventuais faltas à secretaria do Departamento de Epidemiologia e
Antropologia do IPEC (Liliane ou D. Marlene), com a máxima antecedência e
providenciar, quando possível, sua própria substituição.
3) Conferir a presença dos aplicadores e providenciar eventuais substituições.
4) Quando necessário, providenciar um espaço alternativo e/ou materiais para aplicação
do questionário.
5) Fazer 3 a 4 rondas, por turno, de supervisão nos locais de aplicação.
6) Ao final do turno, receber, conferir e organizar o material para a etapa de consolidação
e análise.
7.2 PARA O APLICADOR
Antes da coleta:
1) Comparecer à sala da chefia do Departamento de Epidemiologia e Antropologia do
IPEC (sala da Dra Sonia) para pegar o material a ser utilizado.
2) Conferir a listagem dos respondentes do dia. Verificar se todos os nomes da listagem
têm duas etiquetas com números idênticos (etiqueta do questionário e etiqueta do
envelope)
3) Pegar com o supervisor o material a ser utilizado na coleta, além de 2 questionários
excedentes para respondentes adicionais (descrito no item 6).
4) Dirigir-se ao local da coleta com o material da pesquisa.
242
Na coleta:
1) Antes de iniciar a coleta, aguardar 15 minutos para que os respondentes possam
chegar.
2) Fazer uma leitura em voz alta do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
3) Orientar os respondentes quanto à preservação de suas identidades, ao sigilo de suas
respostas e que somente serão divulgados resultados agregados.
4) Solicitar que os respondentes assinem o termo em duas vias, caso concordarem em
participar da pesquisa. Recolher e guardar no envelope grande somente a primeira via
assinada, pois a segunda via é do respondente.
5) Conferir o nome do respondente com a listagem.
6) Após a conferência do nome, destacar uma etiqueta e colar no questionário.
7) Em seguida, entregar para o respondente o questionário etiquetado, a folha da questão
qualitativa e um envelope.
8) Com o questionário na mão, transmitir aos respondentes as seguintes instruções:
a) Recomendar a leitura atenta das instruções contidas no verso da folha de rosto
do questionário (mostrar a folha);
b) Enfatizar a necessidade de uma leitura atenta dos cabeçalhos do questionário,
tendo em vista que os mesmos fornecem instruções acerca das questões que os
seguem (mostrar um exemplo);
c) Informar aos respondentes que é importante responder a todas as questões, não
deixando questões em branco;
d) Solicitar aos respondentes que o avisem quando chegarem à seção do
questionário referente ao uso de medicamentos, de forma que possa auxiliá-los
no preenchimento de determinadas questões;
e) Enfatizar que não existem questões iguais, solicitando a leitura atenta e
colocando-se à disposição para esclarecer dúvidas;
f) Enfatizar que as perguntas se referem a tempos diferentes (algumas em meses,
dias, anos).
g) Informar que alguns questionários foram impressos sem o quadrado de
marcação. Orientar para que o respondente assinale um X no número
correspondente à opção desejada (mostrar).
h) Orientar os respondentes para, ao terminarem o preenchimento do
questionário, coloquem-no dentro do envelope e lacrem;
243
i) Colocar-se à disposição dos respondentes caso os mesmos tenham qualquer
dúvida. Ao ser questionado, o aplicador deverá ler novamente a questão para
o(s) respondente(s). Caso sejam necessários maiores esclarecimentos, procurar
fornecer apenas o sinônimo da palavra que não foi compreendida. NÃO
interpretar a questão para não induzir a nenhuma resposta.
j) Solicitar que os respondentes entreguem o envelope lacrado quando
terminarem.
9) Ao receber o envelope do respondente, colar a etiqueta numerada
CASO O RESPONDENTE NÃO QUEIRA RESPONDER PARTE DO QUESTIONÁRIO
Orientar para pular esta parte e continuar respondendo o questionário.
CASO O RESPONDENTE DESISTA
Encaminhar o mesmo para a Coordenação (Sonia, Yara, Paulo ou Tatiana), juntamente com o
questionário (caso este esteja parcialmente preenchido) e com o termo de Consentimento.
QUESTÕES
A1. De um modo geral, em comparação a pessoas da sua idade, como você considera o seu
próprio estado de saúde? (OU: Como você compara sua saúde com a saúde das pessoas
que você conhece, que têm a mesma idade que você?)
A4. Qual foi, ou quais foram, esse(s) outro(s) problema(s) de saúde que você teve,
nas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS, que o(a) impediu de realizar alguma de suas atividades
habituais (trabalho, estudo ou lazer)? (OU:Descrever os outros que impediram de realizar
algumas das atividades habituais)
A5. Nas ÚLTIMAS DUAS SEMANAS, você ficou impedido(a) de realizar alguma de suas
atividades habituais (trabalho, estudo ou lazer) por algum destes problemas de saúde?
(Relacionadas com as perguntas A3 e A4)
B1. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você teve algum problema de saúde que o(a) impediu de
realizar alguma de suas atividades habituais (trabalho, estudo ou lazer) por mais de um mês?
(OU:No último ano, você ficou mais de 1 mês sem poder realizar atividades habituais?)
244
Atenção nestas perguntas (pág 7 e 8):
B11. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, VOCÊ FOI FERIDO(A) com arma de fogo (revólver,
escopeta, pistola, etc.) ou arma branca (faca, navalha, etc.)?
B12. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, VOCÊ PRESENCIOU ALGUÉM SER FERIDO com
arma de fogo (revólver, escopeta, pistola, etc.) ou arma branca (faca, navalha, etc.)?
B13 e B14. Caso o respondente não lide diretamente com paciente, instruí-lo para
marcar a opção NÃO.
Atenção nas questões B23 e B24 quanto às opções (são 2 opções, uma aberta e uma
fechada).
B23. Em geral, quantos cigarros por dia você fuma ou fumava?
____ cigarros
1 Menos de 1 cigarro por dia
B24. Ao todo, durante quantos anos você fumou ou fuma? (Se for o caso, desconte os
períodos em que você deixou de fumar.)
____ anos
1 Menos de 1 ano
B25. Na opção de resposta 3 “Sim, atingindo a abstinência definitiva”, o termo
ABSTINÊNCIA DEFINITIVA significa que o indivíduo conseguiu parar de fumar e não teve
nenhuma recaída até o momento atual.
Atenção na pergunta B26:
a) No item 3, se o respondente optar pela resposta “O primeiro da manhã”, deverá marcar (1).
Caso ele opte por “Todos os outros”, deverá marcar (0).
b) No item 5: erro de grafia acordara = acordar
B27. Prestar atenção nas opções (mês ou semana)
B34. Atenção: altura em cm. Orientar caso o respondente tenha dúvida.
245
B38. Orientar para marcar apenas 1 opção (aquela que o respondente achar a mais importante)
B39. Atenção: tempo medido em horas
B40. Atenção: tempo medido em minutos
B41. NSI = não sabe informar
B54. Anti-tetânica = contra tétano
B56. Se o respondente não souber a data precisa, pode colocar mês e ano ou somente ano.
B57. Não há opção de pulo. Mesmo que o respondente assinale a opção “Não”, solicitar que
ele responda a questão B58
B58. Complementar o enunciado: Se você deveria utilizar ou está utilizando um ou mais
medicamentos, gostaríamos que você fornecesse algumas informações sobre o(s)
medicamento(s) que utiliza e como se dá este uso.
Se o respondente não souber alguma informação, orientar para responder o que ele souber (o
máximo possível)
a) Nome do medicamento: Orientar para colocar ou o nome comercial, ou o nome do
princípio ativo ou o nome da classe farmacológica do medicamento
c) Forma Farmacêutica: Faltou a opção Outros (se for o caso do respondente, solicitar que
coloque ao lado e especificar. Ex.: adesivo (patch)
e) Qual a periodicidade do uso? (ou: Qual a freqüência do uso?) Ler as opções.
B 59. Em alguns casos a utilização crônica de medicamentos pode ser desconfortável, não
sendo infreqüente a interrupção do uso por alguns períodos (ou: não é raro interromper o
uso dos medicamentos)
a) Conhece os efeitos colaterais do(s) medicamento(s) que está utilizando? (OU: Você sabe se
os medicamentos que está utilizando dá alguma reação?)
246
b) Você interrompeu o uso de algum desses medicamentos que faz uso regular nos últimos 15
dias? (OU: Nos últimos 15 dias você interrompeu algum desses medicamentos que faz uso
regular?)
B60. Por quanto tempo o uso do medicamento foi interrompido? Falta opção outros
(especificar)
C6. Sua atividade principal no IPEC envolve: (O respondente pode assinalar quantas
opções desejar)
C17. Assinale todos os agentes aos quais você se considera exposto em seu ambiente de
trabalho: (O respondente pode assinalar quantas opções desejar)
C18. Quais riscos físicos estão presentes no seu setor de trabalho? (O respondente pode
assinalar quantas opções desejar)
C 20. Nos ÚLTIMOS 12 MESES, você se licenciou por motivo de saúde relacionado ao
trabalho? (OU: Foi afastado?)
Atenção na pergunta D10 (pág 31): as opções estão na página 32.
Atenção nas questões E 4 e E5: Grau de instrução (grau escolaridade). 1o grau é o ensino
fundamental e 2o grau é ensino médio.
E13. Atenção na opção CÔNJUGE (marido ou esposa)
E20. Qual a sua formação profissional? (Complementar: formação técnica ou profissão)
F15. Quão bem você é capaz de se locomover, isto é, caminhar com as próprias pernas ou
deslocar-se com a ajuda de aparelhos ou cadeira de rodas? (OU: Considere sua capacidade de
movimentar-se, seja com as próprias pernas, com ajuda de aparelhos, ou cadeira de rodas).
247
PROCEDIMENTOS PARA MEDIDA DE PRESSÃO ARTERIAL
A medida de Pressão Arterial (PA) deverá ser feita após o participante ter respondido ao
questionário.
1) Kit de material necessário:
- 1 fita métrica
- 1 estetoscópio
- 1 esfigmomanômetro
2) Cada peça do kit de material tem uma etiqueta que identifica o kit e está sob a guarda do
supervisor.
3) Explicar brevemente o procedimento de aferição de PA ao trabalhador e o que inclui:
a) medida da circunferência do braço
b) 2 aferições de PA com 1 minuto de intervalo
4) Solicitar que o participante vá ao banheiro, caso necessite. Questionar a respeito de
práticas de exercícios físicos nos 60 a 90 minutos anteriores, ingestão de café, alimentos,
álcool ou fumo até 30 minutos antes.
5) Medida da circunferência do braço:
a) O participante deverá estar de pé, com o braço direito (D) livre de roupas. O aferidor
deverá estar em pé ao seu lado D;
b) Caso o participante informe algum problema no braço D, conduza o procedimento no
braço esquerdo (E), posicionando-se ao lado E do participante e registre a ocorrência no
questionário;
c) Solicite que o participante dobre o braçõ junto ao tórax, em ângulo de 90º, com a palma da
mão voltada para cima. O braço deverá estar relaxado;
d) Localize com a ponta dos dedos o extremo do ombro (acrômio do omoplata) e o extremo
do cotovelo (olécrano do cúbito);
e) Com a fita métrica, meça a distância entre os 2 pontos citados acima, através da face
externa do braço e assinale com uma caneta, o ponto médio do braço;
f) Circunde o braço com a fita métrica sobre o ponto médio marcado por você. A fita deverá
estar em contato íntimo com a pele, sem pressioná-la;
g) Registre a medida da circunferência do braço, em centímetros, com apenas 1 casa
decimal;
248
h) Peça que o participante sente-se e permaneça relaxado e sem falar.
6) Medida da PA:
a) Deixe o participante descansar por 5 minutos;
b) Com o participante sentado, solicite que retire relógio ou pulseira e que permaneça com as
pernas descruzadas. Permaneça ao seu lado D;
c) Solicite que o participante apóie seu cotovelo direito no braço da cadeira ou na mesa, com
a palma da mão virada para cima;
d) Posicione-se de maneira confortável, de forma a que seus olhos fiquem no mesmo nível
do mostrador do manômetro aneróide;
e) Caso note que o participante está ansioso, procure descontraí-lo;
f) Coloque, de forma ajustada (nem apertado, nem frouxo) o manguito no braço D do
participante, de modo que a margem inferior fique cerca de 2 a 3 cm (2 dedos, indicador e
médio) acima da fossa antecubital (prega do cotovelo), centralizando a bolsa de borracha
sobre a artéria braquial;
g) Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa
antecubital (prega do cotovelo), evitando compressão excessiva;
h) Ajuste as olivas do estetoscópio aos seus canais auditivos, com a curvatura voltada para a
frente;
i) Palpe o pulso radial, com os dedos indicador e médio, e infle o manguito até o
desaparecimento do pulso, para a estimativa da pressão sistólica; abrir a válvula da pêra de
borracha (desinsuflar) rapidamente e aguardar um minuto antes de inflar novamente;
j) Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar, de 20 a 30 mmHg, o nível
estimado da pressão sistólica. Abrir a válvula da pêra de borracha (desinsuflar) com
velocidade constante inicial de 2 a 4 mmHg por segundo. Após a identificação do sum que
determina a pressão sistólica, aumentar a velocidade para 5 a 6 mmHg para evitar
congestão venosa e desconforto para o participante;
k) Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som, seguido de
batidas regulares que se intensificam com o aumento da velocidade de esvaziamento da
pêra de borracha;
l) Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som. Auscultar cerca de 20 a 30
mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder a
abertura rápida da válvula até o completo esvaziamento do manguito;
m) Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no
abafamento dos sons; em caso de dificuldade, repita o procedimento após 1 minuto;
249
n) Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, o lado do braço do participante e o
nº do kit de PA utilizado no local destinado a primeira medida;
o) Solicite ao participante que eleve o braço, verticalmente, por 5 segundos;
p) Peça que o participante permaneça sentado e aguarde 1 minuto, antes de realizar a
segunda medida;
q) Repita o procedimento, pelo método auscultatório, do passo j) ao n),
r) Registre novamente no questionário os valores das pressões sistólica e diastólica.
s) O registro dos valores de PA deverá ser feito com 3 algarismos, por exemplo, 130 de
sistólica e 090 de diastólica. Evite fazer arredondamentos ou aproximações. Sempre
registre o valor exato visualizado no manômetro.
ATENÇÃO: Caso precise repetir o procedimento, sempre esvazie completamente a pêra de
borracha e aguarde 1 minuto antes de medir novamente. Nunca recomece do “meio do
caminho”.
251
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
INSTITUIÇÃO: Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas/Fiocruz
Título do Projeto: Estudo longitudinal em trabalhadores do Instituto de Pesquisa Clínica
Coordenador da Pesquisa: Dra. Sonia Regina Lambert Passos
Endereço: Av. Brasil, 4365, Manguinhos, Rio de Janeiro, RJ, CEP: 21045-900.
Departamento de Epidemiologia
Telefones: (0XX21) 2598.4498 / 2260.9749
Eu _____________________________________________________________ fui
convidado(a) a participar de um estudo que irá procurar identificar algumas doenças mais
freqüentes e possíveis fatores de risco associados a elas, entre trabalhadores do IPEC, com a
finalidade de aprimorar as ações de saúde preventivas direcionadas a nós trabalhadores. Sei
que o objetivo deste trabalho será investigar e conhecer melhor meu estado de saúde e hábitos
que podem estar contribuindo para ele. Esta pesquisa se insere no campo da Vigilância em
Saúde do Trabalhador.
Serão pesquisados diversos fatores ou exposições, tais como, práticas relacionadas a
segurança no ambiente de trabalho, exposição preferencial a agentes de risco, consumo de
fumo, álcool e de medicamentos, hábitos alimentares, prática de exercícios físicos e lazer,
eventos de vida produtores de estresse, rede social, situação sócio-econômica, situação
vacinal, realização de exames periódicos.
Este é um estudo de seguimento em que as entrevistas e exames se repetem uma vez
por ano. As doenças físicas agudas e crônicas de interesse não serão alvo de diagnóstico
nesta pesquisa, mas sim referidas por mim ao responder afirmativamente o questionário
baseado em diagnóstico prévio efetuado por médico.
252
A minha participação implica na resposta ao questionário, o qual será anônima, e
complementarmente, permitir a coleta de sangue para realização de hemograma, bioquímica
(glicemia, colesterol sérico, HDL, LDL) e sorologia para hepatites virais (B e C); aferição de
peso, altura, pressão arterial por dois examinadores diferentes.
Para conhecer meu contato prévio com o bacilo da tuberculose será realizado um teste
PPD, caso eu não seja sabidamente reator forte. Para isto será injetado 0,1 ml de PPD com
agulha intradérmica em meu antebraço esquerdo e 72 horas depois feita a “leitura”
(verificação da presença de reação ou não). Quando ocorre, a reação costuma consistir de
pápula indolor com vermelhidão local, cujo tamanho varia de 1 a 10 mm (às vezes reações
maiores com pequenas bolhas), podendo ocorrer dor local, que, em geral, regride
espontaneamente.
Também, será realizado exames de sorologia para hepatite B com o objetivo de
conhecer a minha situação vacinal e hepatite C, para verificar se já entrei em contato com este
vírus.
Para os exames laboratoriais, eu preciso consentir que se retire 25 ml do meu sangue
na primeira entrevista, que será coletado por punção (agulha descartável) venosa por técnico
especializado do laboratório.
Os possíveis riscos e desconfortos da coleta são aqueles relacionados com a retirada de
sangue: dor ou vermelhidão (equimose) no local da punção não incorrendo em risco de vida.
Poderei obter benefícios advindos de informação sobre a presença ou não de
marcadores de hepatite e tuberculose em meu organismo e receber orientações adequadas.
Serei encaminhado para acompanhamento médico, caso indicado, ao Núcleo de Saúde do
Trabalhador (NUST), centros de referência para tratamento de hepatite, ou postos de saúde
mais perto da minha residência conforme meu problema médico e meu vínculo empregatício.
Os resultados obtidos desse estudo serão informados a mim e considerados
confidenciais, podendo, no entanto ser divulgado na forma de comunicação científica, de
forma consolidada, não sendo permitida minha identificação, o que garante minha
privacidade.
Estou ciente que sou livre para interromper a participação neste estudo a qualquer
momento, no todo ou em partes específicas dele, e sei que meu atendimento médico pode se
dar independente do mesmo, bem como o acesso ao Setor de Saúde do Trabalhador do IPEC.
Caso me recuse a participar deste estudo estarei a salvo de quaisquer constrangimentos ou
sanções de natureza trabalhista ou funcional.
253
Declaro que li e entendi todas as informações sobre esta pesquisa e que todas as
minhas perguntas foram adequadamente respondidas pela equipe. Recebi uma cópia deste
termo de consentimento e pelo presente consinto, voluntariamente, em participar deste estudo.
Assinatura ______________________________________________Data: ___/___/___
Endereço: ________________________________________________________
Telefone para contato: ____________________
_______________________________________ Data: __ / ___/___
Assinatura do pesquisador responsável
_________________________________________ Data: ___/___/___
Assinatura testemunha 1
_________________________________________ Data: ___/___/___
Assinatura testemunha 2
254
Termo de Sigilo / Compromisso do Pesquisador
INSTITUIÇÃO: Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas/Fiocruz -
Título do Projeto: Estudo Coorte Longitudinal em Trabalhadores do Instituto de Pesquisa
Clínica Evandro Chagas - Programa de Saúde no IPEC (PROSEC)
Coordenador da Pesquisa: Dra. Sonia Regina Lambert Passos
Endereço: Av. Brasil, 4365, Manguinhos, Rio de Janeiro, RJ, CEP: 21045-900.
Departamento de Epidemiologia
Telefones: (0XX21) 3865-9554 / 2260.9749
Eu _________________________________________________________________
comprometo-me a manter sigilo sobre as informações que possa ter acesso pela manipulação
de questionários, resultados de exames laboratoriais (hematológico), realização de PPD,
aferição de PA, peso e altura. Asseguro que os resultados de análise dos dados serão
consolidados sem ferir a privacidade e anonimato dos pacientes respeitando os preceitos
éticos vigentes para a pesquisa em seres humanos. Estou cientes que o objetivo deste trabalho
é descrever o perfil de morbidade e identificar os fatores de risco associados entre
trabalhadores do IPEC a fim de aprimorar as ações de saúde.
Assinatura ______________________________________________Data: ___/___/___ Endereço: ________________________________________________________ Telefone para contato: ____________________ _______________________________________ Data: __ / ___/___ Assinatura do pesquisador responsável _________________________________________ Data: ___/___/___ Assinatura testemunha 1 _________________________________________ Data: ___/___/___ Assinatura testemunha 2