Valle-Inclán ante el espejo. La «autocrítica» valleinclaniana a través de cinco conferencias

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que llama «chalanes»: «A mí (exclama orgulloso) no me engaña ningún chalán.» LA SEGUNDA ENTREVISTA, publicada cuatro años después, fue redactada por otro gran hombre, el escritor y periodista Roberto Blanco Torres, que a la sazón cumplía funciones de corresponsal de Correo de Galicia en Vigo. Aunque la inter- viú se publicó el 19 de abril de 1925, el encuentro debió producirse el 17 de marzo, fecha esta en que don Ramón visi- tó la ciudad olívica por breve tiempo — e l 16 llegó, y de ella partió el 18 con direc- ción a Barcelona—, siendo, además, Blanco Torres uno de los promotores del homenaje que le brindaron al escritor arousano un importante grupo de intelec- tuales gallegos. El entrevistador hace, inicialmente, una amplia consideración sobre las intenciones de don Ramón de instalarse en Vigo, y que Valentín Paz Andrade, entonces director del nuevo periódico Galicia. Diario de Vigo, durante un tiem- po realizó diversas gestiones en la procura de una casa adecuada en su ciu- dad para la residencia de Valle-Inclán y su familia". «Todo indica que en octubre o comienzos de noviembre |de 1924], Valle-Inclán mostró su deseo de trasladarse a Vigo con su familia. Es evidente que se lo comunicó a Ramón Gasset y Neyra (...). Por iniciativa suya, quizá tras consultarlo con Valle-Inclán, Ramón Gasset escribe o habla con Valentín Paz Andrade para que busque una casa para Valle-Inclán. (...) Aceptó con mucho gusto el cometi- do. Visitó diferentes edificios, consultó el precio de los alquileres, estudió el entorno y el paisaje que se oteaba en cada caso y finalmente comprendió que la empresa no era fácil.», Hormigón, 2006: 333. Valle-Inclán abre el fuego en la entre- vista, y nunca mejor dicho, con una expresión directa y ofensiva: Ese ganso de Ortega y Gasset —nos dice— se extraña de que la burguesía española no tenga un ideal y se mantenga a través de los años al margen de toda inquietud y sin pensar en nada. No sólo la burguesía, todo el pueblo español no piensa en nada. ¿Cómo han de pensar ahora ni la burguesía ni el pueblo si nunca han pensado, si no se les dejó pensar nunca, si se les prohibió pensar con el Santo Oficio y los autos de fe? El ataque no es al filósofo madrileño, al que despacha con un calificativo des- preciativo que indica mucho de sus diferencias con él, diferencias reiteradas a lo largo de muchos años pero que don Ramón sofrenó, posiblemente debido al más que querido recuerdo que tema por el padre del polígrafo novecentista, don José Ortega Munilla. La diatriba va dirigida a lo español en general, a sus clases sociales, a sus tradiciones, a su historia. Valle, por aquel entonces, esta- ba viviendo con una actitud especial- mente nihilista todo cuanto concerniese a España. Una de las más evidentes expresiones de esta desconfianza patria fue Luces de bohemia en su versión en libro de 1924, pero también la magnífi- ca carta a Eduardo Gómez de Baquero, Andrenio, fechada en Santiago el 18 de marzo de 1924: Esto es horrible, mi querido amigo. España es un pozo negro lleno de ratas fétidas. ¿Qué hacer? ¿Hemos perdido 12 Q ADRANTE

Transcript of Valle-Inclán ante el espejo. La «autocrítica» valleinclaniana a través de cinco conferencias

que llama «chalanes»: «A mí (exclama orgulloso) no me engaña ningún chalán.»

L A SEGUNDA ENTREVISTA, publicada cuatro años después, fue redactada por otro gran hombre, el escritor y periodista Roberto Blanco Torres, que a la sazón cumplía funciones de corresponsal de Correo de Galicia en Vigo. Aunque la inter-viú se publicó el 19 de abril de 1925, el encuentro debió producirse el 17 de marzo, fecha esta en que don Ramón visi-tó la ciudad olívica por breve tiempo — e l 16 llegó, y de ella partió el 18 con direc-ción a Barcelona—, siendo, además, Blanco Torres uno de los promotores del homenaje que le brindaron al escritor arousano un importante grupo de intelec-tuales gallegos.

El entrevistador hace, inicialmente, una amplia consideración sobre las intenciones de don Ramón de instalarse en Vigo, y que Valentín Paz Andrade, entonces director del nuevo periódico Galicia. Diario de Vigo, durante un tiem-po realizó diversas gestiones en la procura de una casa adecuada en su ciu-dad para la residencia de Valle-Inclán y su familia 1".

«Todo indica que en octubre o comienzos de noviembre |de 1924], Valle-Inclán mostró su deseo de trasladarse a Vigo con su familia. Es evidente que se lo comunicó a Ramón Gasset y Neyra (...). Por iniciativa suya, quizá tras consultarlo con Valle-Inclán, Ramón Gasset escribe o habla con Valentín Paz Andrade para que busque una casa para Valle-Inclán. (...) Aceptó con mucho gusto el cometi-do. Visitó diferentes edificios, consultó el precio de los alquileres, estudió el entorno y el paisaje que se oteaba en cada caso y finalmente comprendió que la empresa no era fácil.», Hormigón, 2006: 333.

Valle-Inclán abre el fuego en la entre-vista, y nunca mejor dicho, con una expresión directa y ofensiva:

Ese ganso de Ortega y Gasset — n o s d i c e — se extraña de que la burguesía española no tenga un ideal y se mantenga a través de los años al margen de toda inquietud y sin pensar en nada. No sólo la burguesía, todo el pueblo español no piensa en nada. ¿Cómo han de pensar ahora ni la burguesía ni el pueblo si nunca han pensado, si no se les dejó pensar nunca, si se les prohibió pensar con el Santo Oficio y los autos de fe?

El ataque no es al filósofo madrileño, al que despacha con un calificativo des-preciativo que indica mucho de sus diferencias con él, diferencias reiteradas a lo largo de muchos años pero que don Ramón sofrenó, posiblemente debido al más que querido recuerdo que tema por el padre del polígrafo novecentista, don José Ortega Munilla. La diatriba va dirigida a lo español en general, a sus clases sociales, a sus tradiciones, a su historia. Valle, por aquel entonces, esta-ba viviendo con una actitud especial-mente nihilista todo cuanto concerniese a España. Una de las más evidentes expresiones de esta desconfianza patria fue Luces de bohemia en su versión en libro de 1924, pero también la magnífi-ca carta a Eduardo Gómez de Baquero, Andrenio, fechada en Santiago el 18 de marzo de 1924:

Esto es horrible, mi querido amigo. España es un pozo negro lleno de ratas fétidas. ¿ Q u é hacer? ¿Hemos perdido

12 Q ADRANTE

Pe nuestra redicción ejn Vigo Una conversación con Valle Inclán

n o n R u m ó n d e l V a l l o I n c l á n h a p a -s a d o p o r V l g o COII d i r e c c i ó n a l l a r c o l o . n a . Va a la c a p i t a l c a t a l a n a a a s i s t i r u l r a l r e n o ilc «u d r a m a g r a n g l g u o l e s c n : " L a « a b r í a d e l l i a u t l s t a " , q u o y j »o p u -t o e n e s c e n a h a c e a l p u n a s s e m a n a s e n u n i c a l r o d o M a d r i d . .Mlmí A g u g l l u i r a -l u j a r á e n e s t a o b r a d e u n t u e r t o y p r o . f u n d o d r a m a t i s m o , e n q u o l a s c n s u a l l . d a d «o m a n i f i e s t a c o n u n a a c n n t u a c l ó n m o r b o s a e x e n t a d a l o d a c o a c c i ó n a l i n s t i n t o . Kn M a d r i d , d o n d o " U c a b e z a

. d e l l l a u l U l a " f i l ó r e p r e s e n t a d a a n t e u n g r u p o soleeto <|o e s c r i t o r e s y u r t t s t a s .

I t u é m u y « . « l e b r a d a , y s o l e a t r i b u y ó a

»a o b r a u n v a l o r d o r e n o v a c i ó n o n e l t e a t r o e s p a A o l c o n t e m p o r á n e o .

D o n R u m ó n d e l V a l l o I n c l á n q u i e r o l i j a r aii r e s i d e n c i a c u V i g o . H a c o a l g u -IIO.I m e s c a n o i m o s t i ó e s t o s d e s e o s q u o t o d a v í a n o h a l l p o d i d o s e r s a t i s f e c h o s p o r q u o e n e s t a c i u d a d , a p e s a r d o l o q u o ao I n t e n s i f i c a l a c o n s t r u c c i ó n d o ca-s o s , c u e s t a D i o s y a y u d a e n c o n t r a r i . n u q u e p o s e a l a s c o n d i c i o n e s q u o u n e s p í -r i t u c o m o e l d e l a u t o r d o l a s " S o n a t i s " : r e q u i e r e . V a l l o I n c l á n q u i e r e v i v i r a l I n d o d e l i n a r , e n a m b i e n t o s o l e a d o y t r a n q u i l o f i n p e r d e r p o r e l l o l a v i s i ó n d o l a c a m p l A a . S o m a r c h ó a l l a r c c l o n a

y r e g r o . ' o r A . t u l , c o n l a e s p o r a n r a . a l n e m b a r g o , d o q u é d a m e e n c a l a a u t l e -i r a , e n t r e g a d o a l a r e a l i z a c i ó n d a s t . s p r o y e c t o s l i t e r a r i o « .

H l e m p r o e s ' i n t e r e s a n t e l a f i g u r a y l a p e r s o n a d e d o n R a m ó n . Ki r o m o e s e r f . t o r e s u n o d o i o s p r i m e r o s d e E s p a O a , — y c o m o d o l o s p r i m e r o s j q u é d u d a c a b e ! — d o K u r o p u , c o m o h o m b r e e s d o l o s m á s i n t e r e s a n t e s y d o l o s q u o u c u p a n a u p u e s t o g a l l a r d a m e n t e s i n c ó m p l l c c a s i l e n c i o s y « In v o l v e r l a es -p a l d a a l a a g l M c l o i i f - s c o l e c t i v a s y a l o s c l a m o r e a p o p u l a r e s . H e m o s t e n i d o c o n CI u n a l a r a a r o u v e r s s c l ó u s o b r o d i s t i n -t a s y m ú l t i p l e s c u e s t i o n e s , p a r a I n f o r -m a r a l o s l e c t o r e s d e l C O R K K O d e l o q u e p i e n s a c s t i v i g o r o s a y r o b u s t a p e r . K o n a l l d a d e n e a l o s m o m e n t o s , y s u s p a -l a b r a s e n u n a " c a i t s e r l o " d e l i c i o s a o n q u o s e J u n t a a u u v n s l o s a b e r u n j u i c i o J i l c ldo y p e n e t r a n t e , n o a l i a n t r a z a d o e n r a s g o s f i r m e s y r e c i o s u n c r o q u i s e x a c -t o d e l a s i t u a c i ó n m o r a l y e s p i r i t u a l d e E s p a f l a .

—KM g a n s o do O r t e g a y O a s s c t •— n o s d i c e — 3<s e x t r a f l a d a q u o l a b u r -g u e s í a e s p a f l o l a n o t e n g a u n I d e a l y s o m a n t e n g a a t r a v é s d e loa a f l o s a l m a r -g e n d o t o d a i n q u l o l u d y s i n p e n s a r e n n a d a . N o s ó l o l a b u r g u e s í a , t o d o e l p u e -b l o e s p a f t o l n o p i e n s a e n n a d a . ¿ C ó m o l i a n <1 e p e n s a r a h o r a n i l a b u r g u e s í a n t o l p u e b l o s i n u n c a h a n p e n s a d o , s i n o s e l e s d e j ó p e n s a r n u n c a , s i s e l e s p r o h i b i ó p e n s a r c o n e l B a n t o O f i c i o y l o s a u t o s d e f e T

R e c u e r d a V a l l o I n c l á n l o q u e h a n d t - ' d i o f i g u r a s d e s t a c a d a s a q u i e n e s l o s l o -c ó v i v i r e n l a A p o c a d e l a I n q u i s i c i ó n , c u a n d o l e s p r e g u n t a b a n c ó m o o r a p o s i -b l e q u e , r e s p e c t o d o d e t e r m i n a d a s co-s a s , o p i n a r e n d e a q u e l l a m a n e r a . ¿ Y c ó . m u n o h a h l n n d u o p i n a r , s i e n c a s o c o n . t r a r l o d a r í a n c o n s u s h u e s o s e n u n a p L r a ?

E s p a ñ a , e n e f e c t o , a c o s t u m b r a d a & n o p e n s a r a h i e r r o y f u e g o , h n v e n i d o t r a s -m i t i e n d o e s t a t r a d i c i ó n a l o l a r g o d o l o s s i g l o s y s i n e s t o ó r g a n o d e v i t a l i d a d e s -p i r i t u a l l i a c r e í d o v i v i r p e r f e c t a m e n t e .

A l h a b l a r l e n o s o t r o s d a s u ú l t i m o I I - ' b r o " L u c e s d o b o h e m i a " , p e r t e n e c J e n t o

u g é n e r o d o " e s p e r p e n t o s " c r e a d o c o m o u n a g u u f u e r t o s u g e s t i v o y e m o -c i o n a n t e r e a l i z a d e n t r o d e l a a c t u a l li-t e r a t u r a e s p a f l o l a n o s h i z o v e r l a i n d i , f o r o n d o c o n q u o l o s n o v e l i s t a s e s p a f i o -loa m i r a r o n d e o r d i n a r i o l o s p r o b l e m a « c a n d e n t e s d o | n n a c i ó n y l a v i d a p o l l t l . ca c o n t o d a s s u s d i v e r s a s f a c e t a s . S o li-m i t a r o n a h a c e r — n o s d i j o — l i t e r a -t u r a d o c a s a s d * h u é s p e d e s .

L u c e s d e b o h e m i a " e s u n t r o z o do r e a l i d a d e s p a f l o l a m i r a d o a t r a v é s d e l e s p e j o c ó n c a v o e n q u o e n c u a d r a V a l l a i n c l á n e s t o a r t e s u y o p r e ñ a d o d e s u g e -r e n c i a s . Y a ¿I n o a h a d a d o u n a d e f i n í , c l ó n d e l " e s p e r p e n t o " . Y a u n q u e é l a t r i -b u y o a l a d e f o r m a c i ó n d a l a s f i g u r a s l a e f i c a c i a d e a u a r t e , a c a s o n o h a y a e n é s -t e d e s f i g u r a c i ó n a l g u n a . K s e l a r t o m i s -m o , c o n t o d a s u s i n c e r i d a d , r o c o g l o n d o l a s d e f o r m a c i o n e s q u e s o p r o y e c t a n c o -b r e e l e s p e j o c ó n c a v o . A s i p u d o o f r e c e r -n o s e n " L u c e » do b o h e m i a " l a p á g i n a d o l o r o s a , a n g u s t i a d a y m i s e r a b l e o n q u e u n g r h n p o e t a s e g u i d o d e a u s a m i g o s y d i s c í p u l o s o p e r a e l t o r m e n t o d e p a s a r I I n c o m p r e n d l d o y s e r o b j e t o d o b e f a j i e s c a r n i o , n o d o l p u e b l o b a j o , q u o e s o a - 1 c h a a t e n t o a l m a e s t r o y lo v e n e r a , s i n o , d o a q u e l p u e b l o p o l i c i a c o q u e . e n c a r - ) n a n d o lo q u o s u e l e l l a m a r s e a u t o r i d a d i — n o t e n i e n d o d o a u t o r i d a d m i s q u e I

l a o r g a n i z a c i ó n d e l a f u e r z a — r e p r e -s e n t a a l a v e z l a m e n t a l i d a d s o c i a l e n a u r a n g o m á a e m p i n g o r o t a d o . Y e n t r e p o l i c í a s y a u t o r i d a d e s d o e s t e J a e x p a a a t u o d i s e a M a x E s t e l l a , e l p o e t a c í c g o jr n o b l e q u e t u v o e n E s p a ñ a u n a e x i s t e n -c i a r e a l y q u e t o d o e l m u n d o d e s c u b r a n t r a v é s d e l o s t r s z o s m a g i s t r a l e s d e l i n s i g n e n o v e l i s t a g a l l e g o . T a m b i é n p a -s a p o r e s t a s p á g i n a s , c o m o u n r a m a l a -zo d e t r a g e d l a , c a n s u f o n d o t e n e b r o -s o d e c r í m e n e s I m p u n e s y d o e n c r u c i -j a d a s p a r a e l u s e a l n a t o , l a v i d a b a r c e l o -n e s a d a l i s c e c i n c o , c a a t r p y t r e s a n o s , c u a n d o s e c a z a b a a t l r o a a l o a h o m b r e s . Y p a s a t o d o e n v u e l t o e n e s t a p r o s a s e -ñ o r i a l y ú n i c a d e l c a n t o r d e " R o m a n e a d o l o b o s " .

V a l l e I n c l á n n o s a n u n c i ó u n l i b r o q u e p r ó x i m a m e n t e s a l d r á a l u z : " L o a c u e r . n o a d e d o n F r i o l e r a " , y q u e e a o t r o p e -d a z o d e l a v i d a e s p a f l o l a a r r a n c a d o a l a c a n t e r a v i v a d e l a a c t u a l i d a d c o n t o d a a s u s d e g r a d a c i o n e s y t r a g e d l a s . E s t a , o b r a — n o s d i j o — e s s e n c i l l a m e n t a u n a b u r l a d e l o s m i l i t a r e s . E n e l l a mm a c u s a n c o n m á s v i g o r q u e e n " L u c e s d a b o h e m i a " Ins f a c e t a s d o l o r o s a s d e l a r e a l i d a d n a c i o n a l .

Y n o s d i j o , p o r ú l t i m o , e n t r e o t r a « t a n t a s c o s a s q u e , d e r e c o g e r l a s e x t e n . « a m e n t o n o c a b r í a n e n l a s d i m e n s i o n e s h a b i t u a l e s d e u n a r t i c u l o , q u e e n b r e v a a p a r e c e r á n e n " L a N a c i ó n " d a e s a c a p t . t a l l o s p r i m e r o s c a p i t n l o s d e o t r a o b r a s u y a " L a c o r t e d e l a r e i n a I a a b e l l n a " , q u e e s s i n d u d a u n a p r i m i c i a q u e c o n s -t i t u y e p a r a e l g r a n d i a r i o b o n a e r e n s e y u n r e g a l o p r i m o r o s o p a r a s u s l e c t o r a « .

H u b e r t o B L A N C O T O R R E S .

los españoles toda virtud para el sacrifi-

cio? Para mí es indudable, y así me expli-

co cuanto hoy ocurre. No se hacen revo-

luciones sin sacrificarse. La actitud de las

Universidades ante el caso de nuestro

don Miguel hace bueno a Narizotas

cuando mandaba cerrarlas. Cerrarlas y

quemarlas mandaría yo, con profesores

y estudiantes. Estos últimos son los más

degradados. ¡Qué dolor del alma al com-

pararlos con los estudiantes rusos!

(Serrano Alonso, 2004: 73)

Esta diatriba tiene una continuación lógica en la reflexión conjunta que hacen Blanco Torres y Valle-Inclán sobre el último libro de don Ramón, Luces de bohemia. En este aspecto se encuentra, acaso, lo más valioso de la recuperación de estas dos entrevistas: nos topamos con una nueva meditación del creador sobre su criatura, el esperpento. Tal meditación parte de una consideración sobre el carácter combativo de su nueva

CUADRANTE 13

expresión, de su intención militante ante los «problemas candentes de la nación y la vida política con todas sus diversas facetas», al contrario del carácter indife-rente de los novelistas españoles que en vez de enfrentarse a estos problemas, «se limitaron a hacer (...) literatura de casas de huéspedes.»

La larga reflexión posterior nos crea un conflicto hermenéutico desde el momento en que no podemos vislum-brar si se trata de una paráfrasis de una disertación acerca del esperpento elabo-rada por Valle-Inclán o de un conjunto de consideraciones propias de Blanco Torres.

Concluye la entrevista con el anuncio de la aparición de Los cuernos de don

Friolera, y donde Valle adelanta una definición o manifestación de inten-ciones: «Esta obra — n o s d i jo— es sen-cillamente una burla de los militares. En ella se acusan con más vigor que en Luces de bohemia las facetas dolorosas de la rea-lidad española»; y, finalmente, la primicia de que la primera versión de La corte de los milagros, \ m corte isabelinan, se publi-caría poco después en el diario La Nación, de Buenos Aires, algo que en efecto se produjo, pero no tan «en breve» como señala Blanco Torres, sino a partir de principios de 1926.

TRAS LA LECTURA atenta de estas dos entrevistas se puede convenir que cada uno de estos hallazgos, los que se ofre-cen en este trabajo y los que con fre-cuencia va ofreciéndonos la labor inves-tigadora de muchas personas, nos van ampliando y completando la imagen int-electual del gran escritor arousano. Por eso no se debe cejar en este empeño recuperador de un Valle-Inclán que aún permanece oculto en las páginas de muchos periódicos y revistas.

' ' Blanco Torres transcribe el título como La corte de la reina isabelina, pero que podría considerarse como un error del periodista a la hora de apuntar el título de la nov-ela, pues no parece posible que Valle pudiese pensar en un título en el que la reina Isabel II es llamada con un adjeti-vo que deriva de su propio nombre.

14 CUADRANTE

A P É N D I C E I

D E VIAJE

D . R A M Ó N M A R Í A D E L V A L L E - I N C L Á N

MANUEL CASAS

Lm Vo¡i de Galicia, 6 de marzo de 1921

Correo de Galicia, Buenos Aires, XV , 784, 24 de abril de 1921, p. 4

E L MAR, INSPIRADOR DE POESÍAS Y MAESTRO DE FILÓSOFOS

El cronista quiso regalar su espíritu con el deleite de unos días de cordial convivencia

con el espléndido panorama de la Naturaleza. De la Naturaleza ama, preferentemente, el

misterio hondo e indescifrable del mar.

En nuestras costas bravias resuena el himno vibrante de las olas encrespadas, que avan-

zan triunfantes, flameando el penacho de sus espumarajos.

En nuestras plácidas rías, adormecidas, voluptuosamente, en su lecho de amor, se per-

cibe la balada del alma gallega, henchida de profunda nostalgia. Una insaciable inquietud

espiritual nos acosa, incesantemente.

Recordamos las palabras del poeta y del filósofo, de Cuyan y de Fouillée. El Océano

no es sólo un gran inspirador de poesía (Byron, Víctor Hugo), es también un gran maes -

tro de filosofía. El mar es un ser animado, que palpita y respira, es un corazón inmenso...

E s e corazón de la tierra late sin esperanza.

RUBÉN DARÍO Y GALICIA

En el atardecer.

Retornamos de nuestro viaje; y para entender el ocio de la monótona jornada, en el

andén de la estación ferroviaria adquirimos un folleto de 1 ms Poetas. En la portada se

destaca la arrogante figura de Rubén Darío; el poeta viajero, que en su peregrinación por

el mundo siente el aliento fecundo de un ideal de gloria.

Y con el sueño azul en la cabeza, la devoción de la alta Poesía y de Nuestra Señora la Belleza. Avanza el tren, trepidando, jadeante y fatigoso.

Nosotros hojeamos las páginas del poeta. Recitamos «Rosas y lirios», «Sonatinas»,

«Marcha triunfal».

Y después del famoso «Responso» a Verlaine, aparecen los versos dedicados a nuestro

más insigne prosista, el señor don Ramón María del Valle-Inclán.

CUADRANTE 15

El inspirado autor de A%ul y Cantos de vida y esperanza, evoca el encanto de nuestra tie-rra gallega:

Del país del ensueño, tinieblas, brillos, donde crecen plantas, flores extrañas entre los escombros de los castillos, junto a las laderas de las montañas; donde los pastores en sus cabañas rezan, cuando al fuego dormita el can, y donde las sombras antiguas van por cuevas de lobos y raposas, ha traído cosas muy misteriosas don Ramón María del Valle-Inclán.

APARICIÓN DE DON RAMÓN MARÍA DEL VALLE- INCLÁN

Al conjuro de los versos de Rubén Darío, surge ante nosotros, como misteriosa visión, el señor del Caramiñal, extraño progenitor de El Embrujado.

Entra en nuestro departamento envuelto en su airosa capa, nos escudriña con sus gafas famosas; las amplias y revueltas barbas se agitan con un leve temblor.

Acompáñale una dama vestida de hábito morado 1 , y tocada con tupido velo negro. ¿E s delirio de nuestra fantasía? Nos saluda cortésmente. El silencio de la sorpresa se desvanece pronto... La sombra del marqués de Bradomín, que era «feo, católico y sentimental»,

adquiere vida en el ceceo dulce y amable de don Ramón María del Valle-Inclán. Charlamos de muchas cosas. Nos debía el insigne estilista una conferencia literaria que nos había prometido para

ofrecerla en La Coruña: no pudo lograrse, hasta ahora, el propósito 2 ; y, naturalmente, quisimos aprovechar la ocasión propicia y la hemos disfrutado con noble egoísmo.

LABOR DEL ESCRITOR - L A CRISIS DEL LIBRO ESPAÑOL

¿ Q u é trabajos prepara el autor de las Sonatas? Pocos: unos Diálogos, unas páginas labo-

radas en su retiro 3 , que es como el taller de un orfebre. Valle-Inclán deplora la terrible crisis del «libro español», por la enorme carestía de

2 Indica con este hábito que cumple alguna penitencia por promesa.

3 No se tiene noticia alguna de que Valle-Inclán cumpliese esa promesa, pues entre los lugares en los que don Ramón pronunció conferencias, nunca estuvo A Coruña.

4 Hace referencia a su residencia en A Pobra do Caramiñal, que con anterioridad a trasladar su vivienda al Barbanza fue un retiro en Cambados. En cuanto a la supuesta obra que prepara, estos Diálogos, parece difícil que se esté refiriendo a Los cuernos de don Friolera, que debía ser la obra que en aquellos momentos podría estar escribiendo. —

16 CUADRANTE

papel, y reprocha la indiferencia con que los poderes públicos y el público, en general, miran este grave problema, que tan indiscutible influencia ha de tener en la cultura nacional, precisamente en este momento en que surge un nuevo mundo para las ideas y para los sentimientos.

Como es sabido, nuestro gran literato es editor de sus propias obras, y nos relata la paciencia y el escrúpulo con que prepara la impresión de sus libros, impecables en lo material como en lo espiritual. El libro debe hacerse simpático, aún en el exterior.

¿Puede haber más terrible profanación que la que se comete en las novelas de Galdós, el maestro inmortal de la novela española, con las ediciones burdas y mezquinas con que se invadió el mercado?

Nos habló, también, de la competencia que al libro español se ofrece en los países his-pano-americanos por los editores extranjeros.

Valle-Inclán es el escritor preferido en aquellos países. En España de cada millar de sus obras se lee una cuarta parte; el resto lo saborea el

público de América.

E L PRESTIGIO DEL LITERATO EN AMÉRICA

En nuestro país no tiene el escritor la consideración social y política que se le tributa en el continente americano. Ya ve el indulto de Santos Chocano. El presidente de la República de México me envió una cariñosa carta, complaciéndose en acceder al mensaje que le hemos dirigido unos cuantos intelectuales españoles 4 .

Hace poco el primer secretario de la Legación mexicana en Madrid 5 había sido trasladado a Stokolmo. Acudió a Valle-Inclán para que el presidente dejase sin efecto ese traslado... y lo consiguió.

Ya ve usted —exc l ama el egregio e sc r i tor— aquí, en España, no sería capaz de obte-ner una portería.

E L VIAJE DEL REY A AMÉRICA - L A EMBAJADA GALLEGA

El viaje del rey a nuestras antiguas colonias del continente le inspira una cordial aprobación, si se salvan ciertas dificultades que una hábil diplomacia podrá obviar.

Pero a los palatinos y funcionarios públicos ha de agregarse una embajada de escritores, artistas, profesores, economistas, industriales, comerciantes, todo cuanto sig-nifique valor primordial de nuestra cultura y de nuestra riqueza.

4 José Santos Chocano (Lima, 14 de mayo de 1875-Santiago de Chile, 13 de julio de 1934), prestigioso poeta modernista. En 1925 mató en un duelo al joven escritor y rival político suyo Edwin Elmore, por lo que fue a la cárcel por un breve período de tiempo. No obstante, en el momento en el que habla Valle, aún no había sido indultado. Fue asesinado en un tranvía por un esquizofrénico. No se entiende, por otra parte, por qué implica al presidente de México como si éste fuera quien indultaba a Santos Chocano, pues el duelo tuvo lugar en Perú, y allí fue donde se le encarceló.

5 Se refiere a LuisG. Urbina.que fue secretario de la Embajada entre 1918 y 1920, período tras el cual hizo un viaje a Italia y regresó a México en 1921, donde acompañaría a Valle-Inclán durante su estancia en el país norteamericano.

CUADRANTE 17

Así podrá consolidarse una sincera, positiva y fecunda convivencia de España con sus hijas las repúblicas americanas; sobre todo ahora, que, afortunadamente, se está hacien-do allá una honrosa revisión de nuestra historia y de nuestro patrimonio.

Enteramos a nuestro ilustre paisano de la iniciativa de un entusiasta coruñés residente en Montevideo, para el envío de una «embajada gallega» a América, que ostentase la representación de nuestros más prestigiosos valores regionales, y de la comisión con que se nos ha honrado para organizaría. La poderosa colonia gallega del Uruguay y de la Argentina costeará los gastos del viaje; y los gallegos debemos apoyar con todo calor la patriótica iniciativa.

Murguía, Valle-Inclán, la condesa de Pardo Bazán, Linares Rivas, Vázquez Mella, mar-qués de Figueroa, Eloy André; nuestros poetas Rey Soto, Cabanillas, Noriega, ¿qué región de España podrá actualmente competir con la gallega en este magnífico alarde de su cul-tura?

En la floración de la nueva gente, ¿cómo no recordar también a literatos, artistas, pro-fesores, periodistas de indiscutible mérito?

Valle-lnclán elogió con fervor la magna empresa; el nombre de Galicia brillará con los más gloriosos resplandores y nuestros coterráneos en América se sentirán orgullosos de su pequeña patria enalteciendo a su Santa Madre: España.

GALICIA Y SU IDIOMA

Ningún literato gallego supo — c o m o el autor de las Sonatas— incorporar a la lengua castellana la ternura de nuestro idioma regional.

Un crítico americano publicó no hace mucho tiempo un estudio sobre la insensibili-dad de las letras españolas. De nuestra habla gallega — q u e como es sabido, tiene nobilísi-mo abolengo de la l í r ica— dijo el citado crítico que no era un lenguaje sino un suspiro.

Pues esa ternura del gallego transfundióla en el castellano nuestro insigne don Ramón María del Valle-Inclán.

Pero el autor de ha lámpara maravillosa exhala dolorida queja contra el nuevo galle-guismo que hace del idioma regional una servil traducción portuguesa.

En los idiomas hay que observar la «cantidad» y la «mecánica». Cataluña tiene en su lengua una capacidad extraordinaria para el vocabulario del «man>. Galicia la tiene, preferentemente para las expresiones del «campo». La montaña ha de ser la principal inspiradora del vate gallego.

Hay que buscar en la tradición de moldes de nuestra poesía. El «paralelismo» es una de sus más dilectas figuras:

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V A L L E - I N C L Á N , GANADERO

El autor esclarecido de Romance de lobos nos cuenta, efusivamente, su vida en el áspero retiro de las montañas de Barbanza. Con recio acento nos relata las pintorescas escenas de la marca del ganado, cómo se crían los potros bravios, que en avalanchas ululantes recorren aquella comarca de encantador primitivismo.

Entona entusiasta alabanza al tipo gallego de la raza caballar: pequeño, fuerte, trepador. E s el modelo ensalzado en los recientes informes de Estado Mayor inglés... y el poeta maravilloso, y el literato exquisito, diserta científica y técnicamente sobre la signifi-cación de la caballería en los ejércitos modernos.

Pero su entusiasmo se hace más ardoroso cuando habla de su espectáculo favorito en su vida solitaria: las ferias de ganados.

— N o falto a ninguna de las principales de nuestra tierra — d i c e el señor del Caramiñal— y me complace ser chalán y competir con los chalanes. Hay que verme cómo disputo con vendedores y compradores sobre las condiciones de las reses, de sus precios, de su cría, de su selección. A mí (exclama orgulloso) no me engaña ningún chalán.

L A DESPEDIDA

El tren se detiene afanosamente. Desde el ancho ventanal se contempla la ría serena y majestuosa, iluminada por la luz de plata de la lámpara nocturna... Allá en el fondo misterioso surge la evocación de la terrible tragedia. El poeta reza silenciosamente una plegar ia -

Finalizó nuestro viaje. Despedímonos cordialmente. Y recitamos los versos de Rubén Darío, el poeta peregrino:

Señor, que en Galicia tuviste cuna, mis dos manos estas flores te dan, amadas de Apolo y de la Luna, cuya sacra influencia siempre nos una Don Ramón María del Valle-lnclán.

D F . NUESTRA REDACCIÓN EN V I G O

CUADRANTE CUADRANTE I 9

10 CENTAVOS CORREO DE GALICIA PORTETPAGQ

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UNA CONVERSACION CON VALLE IN CLAN Roberto Blanco Torres

Correo de Galicia, Buenos Aires, 19 de abril de 1925, p. 1.

Don Ramón del Valle Inclán ha pasado por Vigo con dirección a Barcelona. Va a la capital catalana a asistir al estreno de su drama granguignolesco: Lei cabera del Bautistrfi, que ya se puso en escena hace algunas semanas en un teatro de Madrid 7. Mimi Aguglia trabajará en esta obra de un fuerte y profundo dramatismo, en que la sensualidad se manifiesta con una acentuación morbosa exenta de toda coacción al instinto. En Madrid, donde La cabera del Bautista fue representada ante un grupo selecto de escritores y artistas, fue muy celebrada, y se le atribuyó a la obra un valor de renovación en el teatro español contemporáneo.

Don Ramón del Valle Inclán quiere fijar su residencia en Vigo. Hace algunos meses nos mostró estos deseos que todavía no han podido ser satisfechos porque en esta ciudad, a pesar de lo que se intensifica la construcción de casas, cuesta Dios y ayuda encontrar una que posea las condiciones que un espíritu como el del autor de las Sonatas requiere. Valle-Inclán quiere vivir al lado del mar, en ambiente soleado y tranquilo sin perder por ello la visión de la campiña. Se marchó a Barcelona y regresará aquí, con la esperanza, sin embargo, de quedarse en esta su tierra, entregado a la realización de sus proyectos literarios.

Siempre es interesante la figura y la persona de don Ramón. Si como escritor es uno de los primeros de España — y como de los primeros ¡qué duda cabe!— de Europa, como hombre es de los más interesantes y de los que ocupan su puesto gallardamente sin cómplices silencios y sin volver la espalda a las agitaciones colectivas y a los clamores populares. Hemos tenido con él una larga conversación sobre distintas y múltiples cuestiones, para informar a los lectores del Correo de lo que piensa esta vigorosa y robusta personalidad en estos momentos, y sus palabras en una causerie deliciosa en que se junta a un vasto saber un juicio lúcido y penetrante, nos han trazado en rasgos firmes y recios un croquis exacto de la situación moral y espiritual de España.

— Ese ganso de Ortega y Gasset —no s dice— se extraña de que la burguesía española no tenga un ideal y se mantenga a través de los años al margen de toda inquietud y sin pensar en nada. No sólo la burguesía, todo el pueblo español no piensa en nada. ¿Cómo han de pensar ahora ni la burguesía ni el pueblo si nunca han pensado, si no se les dejó pensar nunca, si se les prohibió pensar con el Santo Oficio y los autos de fe?

Recuerda Valle Inclán lo que han dicho figuras destacadas a quienes les tocó vivir en la época de la Inquisición, cuando les preguntaban cómo era posible que, respecto de determinadas cosas, opinasen de aquella manera. ¿Y cómo se habían de opinar, si en caso contrario darían con sus hue-sos en una pira?

España, en efecto, acostumbrada a no pensar a hierro y fuego, ha venido transmitiendo esta tradición a lo largo de los siglos y sin este órgano de vitalidad espiritual ha creído vivir perfecta-mente.

Al hablarle nosotros de su último libro, 1 jtces de bohemia^, perteneciente a su género de «esper-pentos», creado como un aguafuerte sugestivo y emocionante [que] realiza dentro de la actual lite-

^ Se refiere al estreno de La cabeza del Bautista el día 20 de marzo de 1925. en el teatro Goya de Barcelona.

Fue la première en el teatro Centro, el 17 de octubre de 1924.

^ En efecto, se trataba del último libro publicado por Valle, aunque el colofón de la edición indica que se con-cluyó su impresión el 30 de junio de 1924. En el mes de agosto de este año ya aparecieron las primeras reseñas

_ de la misma.

CUADRANTE CUADRANTE I 21

ratura española, nos hizo ver la indiferencia con que los novelistas españoles miraron de ordinario los problemas candentes de la nación y la vida política con todas sus diversas facetas. Se limitaron a hacer —no s di jo— literatura de casas de huéspedes.

Luces de bohemia es un trozo de realidad española mirado a través del espejo cóncavo en que encuadra Valle Inclán este arte suyo preñado de sugerencias. Ya él nos ha dado una definición del «esperpento». Y aunque él atribuye a la deformación de las figuras la eficacia de su arte, acaso no haya en éste desfiguración alguna. Es el arte mismo, con toda su sinceridad, recogiendo las defor-maciones que se proyectan sobre el espejo cóncavo. Así pudo ofrecernos en Luces de bohemia la página dolorosa, angustiada y miserable en que un gran poeta seguido de sus amigos y discípulos opera el tormento de pasar incomprendido y ser objeto de befa y escarnio, no del pueblo bajo, que escucha atento al maestro y lo venera, sino de aquel pueblo policíaco que, encarnando lo que suele llamarse autoridad — n o teniendo de autoridad más que la organización de la fuerza— repre-senta a la vez la mentalidad social en su rango más empingorotado. Y entre policías y autoridades de este jaez pasa su odisea Max Estrella, el poeta ciego y noble que tuvo en España una existen-cia real y que todo el mundo descubre a través de los trazos magistrales del insigne novelista ga-llego. También pasa por estas páginas, como un ramalazo de tragedia, con su fondo tenebroso de crímenes impunes y de encrucijadas para el asesinato, la vida barcelonesa de hace cinco, cuatro y tres años, cuando se cazaba a tiros a los hombres. Y pasa todo envuelto en esta prosa señorial y única del cantor de Romance de lobos.

Valle Inclán nos anunció un libro que próximamente saldrá a luz: Los cuernos de don Friolera^, y que es otro pedazo de la vida española arrancado a la cantera viva de la actualidad con todas sus degradaciones y tragedias. Esta obra —no s dijo— es sencillamente una burla de los militares. En ella se acusan con más vigor que en ! Mees de bohemia las facetas dolorosas de la realidad nacional.

Y nos dijo, por último, entre otras tantas cosas que, de recogerlas extensamente no cabrían en las dimensiones habituales de un artículo, que en breve aparecerán en La Nación de esa capital los primeros capítulos de otra obra suya, La corte de la reina isabelinaw, que es sin duda una primicia que constituye para el gran diario bonaerense y un regalo primoroso para sus lectores.

^ Se publicó inmediatamente después de la entrevista. Según el colofón, su impresión terminó el 20 de abril de 1925, y seguramente se puso a la venta en el mes de mayo.

La edición se inició el 10 de enero de 1926, concluyéndose el 15 de febrero de 1926. Véase Serrano Alonso, 1996.

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22 CUADRANTE CUADRANTE

« L A REAL ORDEN SOBRE LOS PERIÓDICOS. U N A CARTA DE V A L L E - I N C L Á N »

[dirigida a José Ortega y Gasset], ABC, Madrid, 2 de agosto de 1920, p. 1 0 . "

El insigne escritor don Ramón del Valle-Inclán ha dirigido a don (osé Ortega y Gasset la siguiente elocuentísima carta:

«Mi querido y admirado amigo: Desde la corte de España —donde suena el me alegro verte bueno— escribo a usted estas líneas de dolida protesta. En la carta, por muchos conceptos noble y justa, que usted publicó en un periódico el día 29 de julio aparece esta afirmación: "El Sol no puede aceptar la intromisión del Estado en la vida de la Prensa, no habiendo, como no hay, escasez de papel." Palabras por las cuales se entiende que la intromisión del Estado sería justa y aceptada por EJ Sol de concurrir la preciosa circunstancia de haber escasez de papel. ¡Muy retirado debe vivir usted del mundo cuando hasta usted no han llegado las quejas de los escritores y editores de España! Yo creo, en mis cortas luces, que los consumidores son los lla-mados a decir en este pleito la palabra definitiva, y es el caso que ya la han dicho y que usted no se ha enterado. Para que no permanezca en el error, reproduzco aquí una noticia que ha cor-rido estos días por toda la prensa:

«Pidiendo la libre importación del papel. Una representación de la Federación española de pro-ductores, comerciantes y amigos del libros, presidida por don Mariano Núñez Samper, se ha presentado a ministro de Hacienda, solicitando la libre introducción por las Aduanas españo-las del papel para toda clase de publicaciones. Esta solicitud se funda en la escasez de papel que se viene advirtiendo en el mercado y que está a pique de arruinar las industrias del libro en España.»

Ya ve usted, mi querido amigo, que por esta vez ha sido injusto y cruel con nuestro angel-ical presidente del Consejo 1 2 ; salvo que usted juzgue más conveniente la libre importación del papel que una prudente limitación al abuso. La escasez del papel es general en el mundo. La libre importación no resolvería el conflicto de los editores, y dañaría en cambio, los intereses de una industria que, si hoy no tiene su primera materia en España, trabajar por tenerla.

Estamos en un momento crítico para el libro español, y cuantos vivimos de él y advertimos la escasez de papel no podemos menos de sentir despecho, dolor o cólera — y o siento las tres cosas— al hojear esas 16 páginas de El Sol, rellenas de noticias sin interés, artículos vacuos y provechosos anuncios, mientras el pensamiento español, que tiene en el libro su única y sazon-ada expresión, está condenado a mudez. Si usted fuese un hombre callejero, mi querido Ortega, se admiraría viendo cómo llevamos los tacones torcidos los pobrecitos escritores que antes podíamos vivir de nuestros libros. Le saluda con el afecto de siempre y le pide un desagravio para el señor presidente del Consejo, Valle-Inclán.»

12 Recogida en Valle-Inclán, 1994: 193-194, y en Hormigón, 2006: 212-213.

13 Eduardo Dato (A Coruna, 1856-Madrid, 1921), asesinado el 8 de marzo de 1921.

CUADRANTE 23

«SOBRK UN PROBLEMA NACIONAL. LOS PUBLICISTAS ESPAÑOLES

Y LA IMPORTACION DE PAPEL»

[firmado por Ramón del Valle-lnclán, Juan Ramón |iménez, Andrés González Blanco, Manuel Azaña,

Enrique de Mesa y C. Rivas Cherif], E/Libera/, Madrid, 3 de diciembre de 1920, p. 1L '

La comisión nombrada por el Sindicato de Profesiones liberales para entender en la demanda de importación de papel extranjero, ha entregado a los ministros de Hacienda e Instrucción públi-ca, la siguiente exposición:

«El Sindicato de Profesiones liberales (Sección de Autores, Traductores y Dibujantes), insistiendo en la propuesta que con fecha 28 de octubre próximo pasado (sic) elevó al exce-lentísimo señor presidente del Consejo de ministros, relativa a la importación de papel por cuenta del Estado para revenderlo a los productores de libros, acude hoy a V. E., miembro de la Comisión nombrada por el Gobierno para el definitivo estudio y resolución del asunto y somete a su consideración la siguiente nota que fija el alcance verdadero de los argumentos con que la Cooperativa de fabricantes de papel ha pretendido contrarrestar ante esa Comisión los fundamentos de nuestra demanda.

Es por lo menos superfluo pararse a considerar la poca o mucha importancia que como consumidores de papel tengan los firmantes de la proposición elevada por este Sindicato al Gobierno. Ya le consta a V. E. que la Federación Española de Productores, Comerciantes y Amigos del libro se ha adherido sin reservas a nuestra iniciativa.

Pero aunque los firmantes y los compañeros a quienes representan no hubiesen escrito ni edi-tado siquiera una aleluya, no sería menor su derecho a opinar públicamente en asunto de interés general y a emplear para hacer valer su opinión los medios concedidos a todos los ciudadanos. No se puede tasar el juicio de cada uno por la cuantía de los impuestos que paga, por la cantidad que reparte en jornales ni por los dividendos que se embolsa. Tal pudiera suceder que la opinión de unos hombres independientes, sin una mala resma de papel, ni un mal saco de azúcar, ni un pelle-jo de aceite que vender a sus queridos compatriotas, pesara más en el ánimo público que todos los millones acumulados a fuerza de desintereses y patriotismo.

También nosotros pagamos los impuestos que el Estado quiere cobrarnos, con más las exac-ciones a que nos someten los intereses particulares sin freno, pero aunque fuésemos unos indi-gentes y unos intrusos en la vida pública española, nuestra razón sería la misma. Si bien no nos convienen enteramente los términos del símil, permítasenos recordar que no son menos estimables "los ejemplos buenos porque judío los diga".

Es característico de quien se defiende en terreno poco favorable pretender sacar argumen-tos de todo sin advertir que a veces se destruyen unos a otros. Los fabricantes de papel tras de protestar con viveza contra la supresión del derecho arancelario sobre esa mercancía, afirman que la supresión no ha servido de nada. Pues si no ha servido de nada, ¿dónde está el perjuicio para los fabricantes españoles y por tanto el motivo para su protesta?

Excesivo es también decir que el precio del papel tiene poca importancia en el valor de un libro. Desde luego no tan poca como los derechos del autor. Todo el mundo conoce la pro-porción en que están, dentro del coste de un libro, los gastos de imprenta y los del papel y como éstos se sobreponen a los demás en cuanto la tirada es copiosa. Los autores y traductores están oyendo a diario a los editores, aún a los más opulentos y desinteresados, lamentarse de la

Este texto no había sido recogido hasta el momento presente.

24 CUADRANTE

ÑOLES

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agobiante carestía del papel, agobio y carestía que se traducen en una disminución de sus pocos pingües honorarios.

De esta manera, el escritor es el último llamado a participar en lo que produce con su tra-bajo. En tales circunstancias, ¿puede creerse que nuestro Sindicato carece de justificación y de autoridad para defender a toda la clase, combatiendo hoy esta extorsión, mañana otra, para que no se hallen indefensos al vender su trabajo los que viven de la pluma? En cuanto al fondo del asunto, los fabricantes de papel han opuesto a nuestra petición dos argumentos principales.

Es el uno que otras industrias españolas se hallan en igual situación que la del papel. Lo sen-timos por los consumidores de estas industrias. Lejos de parecemos bufo o absurdo que esos consumidores imiten nuestro ejemplo y que por los procedimientos a cada caso, persigan abastecerse más barato, creemos que deben concertarse a toda prisa para ello. Su omisión no nos priva a nosotros de nuestro dere-cho, ni la generalidad del mal exculpa a cada uno de los que en él participan o lo consienten.

El otro argumento consiste en afirmar que las medidas que hemos solicitado del Gobierno son contrarias a los intereses de las fábricas de papel. Es verdad, no lo dudamos. Si por una acción oficial o privada se lograse reducir los precios del papel, es manifiesto que los intereses de los fabricantes saldrían menoscabados. Pero ¿dónde está escrito que ante el interés de una empresa o un particular no haya sino doblar la cabeza hasta que se detenga en su medro por cansancio o hartura? No creemos haber pedido que el Gobierno secuestre las fábricas ni usurpe la propiedad de nadie; hemos pedido y pedimos que ejerza una función reguladora, peti-ción justa en su fondo, comedida en los términos y nada nuevo en estos tiempos de interven-ciones y tasas. Puestos a considerar tan sólo el interés de los fabricantes, hubiésemos pedido una fuerte protección arancelaria, unida a un sistema que sostuviese un gran consumo en el interior a los precios más altos posibles. Esto nos hubiera llevado a pedir que se aplicase a los libros el régimen del anticipo reintegrable y no oiríamos ahora las quejas del productor de papel que se hubiera creído también dispensado de salir a la defensa de los intereses del Tesoro.

Pero nosotros no hemos querido emprender ese camino. Creemos que en las circunstan-cias actuales la Prensa y el libro sólo podrán vivir con un régimen de libre introducción de papel combinado con la venta reguladora por cuenta del Estado. A no ser que la desaparición del anticipo reintegrable produzca por sí sola una baja inmediata y profunda de los precios.

No toleramos que se desfigure lo dicho por nosotros. No hemos propuesto la publicidad como "suficiente" para evitar malversaciones, la hemos pedido como "necesaria"; creemos haber solicitado además cuantas medidas juzgue necesarias la Administración para su garantía. No intentamos imponer al Tesoro un nuevo sacrificio; en nuestro escrito se dice lo contrario; si nos lo propusiéramos sin necesidad de calentarnos la cabeza ni malquistarnos con los fabri-cantes de papel habríamos echado mano del anticipo reintegrable. Lejos de ser argumento con-tra nuestra petición el auge de la exportación de libros, es ese justamente uno de los hechos en que la hemos fundado: si no hubiese demanda de libros españoles ni más gusto por la lectura, tanto daría imprimir en papel como escribir en pieles curtidas. Y téngase presente que esa mayor exportación no significa necesariamente mayor producción como al parecer se pretende, pues no se exporta sólo libros impresos en el año, ni ese supuesto aumento de la producción se compadece con el abarrotamiento de las fábricas declarado por los fabricantes ni con la escasez de pedidos de muchas clases de papel. El abarrotamiento y la escasez de pedidos son la mejor prueba de que los consumidores de papel, no pudiendo resistir más, se van declaran-do en huelga.

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Concluimos llamando la atención de V. E. sobre estas palabras: "El Gobierno —dicen los fabricantes de papel— les infligiría gravísima ofensa yendo a buscar al extranjero lo que en la nación existe."

Este lenguaje es insólito. Ni comprendemos qué alcance tiene eso concepto de ofensa aplica-do a una acción legítima del consumidor que busca el producto barato donde lo encuentra. ¿Se va a emplear ahora en defensa del proteccionismo la terminología y el espíritu «del código del honor y lances entre caballeros»? ¿No podremos surtirnos desde ahora en otra tienda sin que el comer-ciante que abandonamos nos envíe los padrinos? Los fabricantes de papel tan pronto dicen que es quimérico e imposible lo que pedimos al Gobierno como que es ruinoso y ofensivo. Deben de optar por una de esas dos posiciones, que entre sí se contradicen y para decidir quien tiene razón, no hay, sino remitirse a la prueba: que el Estado busque y traiga el papel. Si no lo encuentra ni lo trae a precios posibles las reclamaciones y protestas que ya lanzan los fabricantes aparecerían injus-tificadas y si lo encuentra y lo trae, lo que resultará injustificable es el régimen en que hasta hoy — sin que se sintieran ofendidos los consumidores— hemos estado viviendo.

El Gobierno ha recibido ya una oferta seria —po r lo menos una— de importación de papel, le bastará hacer el ensayo admitiéndola, puesto que viene rodeada de suficientes garan-tías.

Madrid a 30 de noviembre de 1920.»

Por el .Sindicato de Profesiones liberales (Sección de Autores, Traductores y Dibujantes)

JUAN R. J I M É N E Z , RAMÓN D E L VALLE - INCLÁN, A N D R É S G O N Z Á L E Z BLANCO, MANUEL AZAÑA , E N R I Q U E DF. MESA, CIPRIANO D E RIVAS CHERIF.

El secretario del Sindicato, ANTONIO G. SOLALINDE .

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