Soldados dos EUA usam fuzis M-16 em El Salvador Piloto ...

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TempoRIO — Tempo parcial-mente nublado a nubla--do sujeito a pancadas dechuvas e trovoadas a par-tir da tarde. Temperatu-ra estável. Ventos de Es-te a Norte fracos a mode-rados. Temperatura má-xlma: 38.2 em Realengo emínima: 20.5 no Alto daBoa Vista.'¦'o Salvamar informa queo mar está calmo comáguas a 15° dentro dabarra e 17° fora da barra,correndo de Leste paraSul.Temperaturas e mapasna página 14.

índiceHortase aposenta(Pág. 5)

LoterjPágina 5

Professorestêm concurso parao Estado (Pág. 6).

Lixoobstrui rua emOlaria (Pág. 8)

Explosãode trem no Ceará(Pág. 14)

Bolsa de ValoresPágina 20

EsportePágs 21 a 24

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São Paulo/Espirito SantoDios úteis Cr$ 50.00Domingos CrS 60,00

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DECLARO A PERDA dos cartoes de estacionamento (azule branco) e do cartão de crédi-to referentes ao titulo de n°1212 do ICRJ. pertencente aJosé Manuel C Borges deCastro,

MOMABRU ESTR. OBRASMONT. IND. LTDA. — Sedra-da na Rua Ipuera. 109 CGCMF 29.963.162Í0002-07. insc.munic. 993828.01 comunicaque foi esquecida no ônibusda Linha 373 Pavuna-Tiradentes. no dia 03/02/82. 1volume contendo os seguirvtes doctos. da empresa: RE-MAS n° 1. Rapis n° 1. talõesde notas fiscais de n°s 051 à200,

RONALDO PACIELLO BUS-CACIO. tendo sido vitima deassalto e roubo, comunica queentre os objetos que lhe foramroubados encontrava-se suacarteira funcional de Fiscal deTributos Federais.

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Rio de Janeiro - Sábado, 13 de fevereiro de 1982

BRASILSoldados dos EUAusam fuzis M-16em El Salvador

A televisão americana mostrou umoficial e quatro soldados dos Estados Uni-dos com fuzis M-16, na frente de combateem El Salvador, contrariando proibição doPentágono, que permite apenas o uso dearmas leves. O Presidente Reagan justifl-cou a atitude deles, alegando que precisa-vam defender-se, mas pediu um relatóriocompleto ao Departamento de Defesa so-bre o incidente.

Reagan esclareceu que os cinco nãofazem parte do grupo de 50 instrutoresnorte-americanos que está em El Salva-dor. O porta-voz da Casa Branca, LarrySpeakes, informou que os militarescumpriam missão de três dias para ensi-nar oficiais do Exército salvadorenho aconstruir pontes de emergência. (Pág. 13)

Piloto polonêsdesvia avião paraBerlim Ocidental

Um piloto das linhas aéreas polonesasembarcou toda a família no avião em quelevava passageiros de Varsóvia para Wro-claw e desviou o aparelho para BerlimOcidental, onde desceu na manhã de on-tem. O avião pousou no aeroporto alemãoe foi imediatamente cercado por tropasamericanas, que mantêm o piloto sobcustódia.

É a sexta vez que um avião polonêsé desviado para Berlim, a terceira emmenos de um ano. Dos 19 passageiros etripulantes do avião, nove decidiram ficarno Ocidente. O promotor do Tribunal Mili-tar de Varsóvia pediu ontem a pena demorte para um ex-alto funcionário daChancelaria polonesa, acusado de serespião dos Estados Unidos. (Página 12)

Papa critica açãode potências empaíses africanos

O Papa João Paulo II criticou a inter-ferència de "potências alheias" nos assun-tos africanos, ao chegar a Lagos, Nigéria,etapa inicial de sua segunda visita à África eprimeira viagem ao exterior desde o atenta-do que sofreu, em maio. Previu que o conti-nente africano "surpreenderá o resto domundo", se lhe permitirem desenvolver-sepor si mesmo.

Disse também que a Nigéria é um exem-pio de país que conseguiu cicatrizar as feri-das de uma guerra civil, lembrando assim arebelião de Biafra, Estado predominante-mente católico, encerrada há 11 anos. "Aoconsolidar a unidade nacional, fortaleceisa unidade da África", afirmou. (Página 12)

Ano XCI — N° 309 Preço: Cr$ 40,00

Uma odisséiano deserto

A série de Informes especiais A conquista doparaíso, uma odisséia no de serto termina hoje com ahistória do sucesso da Construtora Mendes Júnior euma entrevista do seu vice-presidente e principalexecutivo, Murilo Mendes, que analisa as perspecti-vas e as dificuldades encontradas no exterior pelasempresas brasileiras de construção. (Páginas 15 e 16)

"Estandarte doPovo" revive lutade mestres-salas

Para Joãozànho Trinta, da Beija-Plor,o Estandarte do Povo, promoção da TVS-Canal 11 e do JORNAL DO BRASIL, vaiservir para mostrar o que o povo realmen-te pensa do desfile das escolas. E paraElcio PV, mestre-sala da Befja-Flor, o tro-féu tem um novo sabor: reviverá as anti-gas disputas entre mestres-salas, pois aca-bou a premiação oficial na categoria.Hoje, sábado magro, os foliões terãoum dia intenso. As 15h saem, em Copaca-bana, a Banda da Boca Maldita e a BandaBandida, da Rua Rodolfo Dantas; e, emIpanema, o Bloco Charme da Simpatiaconcentrado no Bar Vinte. Às 16h, a Ban-da Flama desfila pelas ruas dp Flamengo;a Banda Gegê sai em Laranjeiras; e co-meça a Corrida Gay à Fantasia, da Marinada Glória até o Obelisco. (Página 7, Vidados Bairros — Caderno de Classificados)

Rubant Barbosa

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Uma comissão integrada por Zico vetou o campo do Olaria, mas odelegado do Trabalho, Luís Carlos de Brito (ao lado do jogador)não o interditou: vai permitir a correção dos erros. (Pág. 24)

Emissão de moedaem janeiro já foia Cr$ 100 bilhões

Só em janeiro a criação de moeda peloGoverno chegou a Cr$ 100 bilhões 200 mi-lhões, o volume mais elevado registradoneste mès nos últimos anos. A diferençaentre as aplicações e a arrecadação dosBancos Central e do Brasil — que geraemissão de dinheiro —cresceu 8,4%, fazen-do com que em 12 meses o crescimentoatingisse recorde absoluto na história dopaís: 87,8%.Nota do BC informa que contribuí-ram para o aumento o déficit de Cr$ 49 6bilhões de caixa do Tesouro e os adian-tamentos para operações especiais do BBcomo cobertura das dividas externas dasestatais, déficit da Previdência, formaçãode estoques reguladores, subsídio à ex-portação de açúcar e os saques de depósitosem moedas estrangeiras no BC. (Página 17)

Andreazza diz quelei do solo nãoatinge propriedade

Tudo o que venha a contrariar odireito de propriedade será retirado doanteprojeto de lei de uso do solo urba-no. prometeu o Ministro do InteriorMano Andreazza, aos empresários daconstrução civil. Informou que preteri-de submeter a proposta do Governo silongo debate público, pois não há pres-sa para tramitação.Os empresários que participaramde reunião no Banco Nacional da Hábi-tação — representantes de 15 Estsdos— reconheceram a necessidade de umalegislação sobre o uso do solo urbanoe consideraram "tranqüilizadores'* asdeclarações do Ministro Andreazza Aelaboração do projeto está sob respon-sabilidade do Conselho Nacional doDesenvolvimento Urbano. (Página 19)

Almir Valo» iy ¦.,¦'*'"'¦¦¦';...'' ,: CX:^--¦¦'¦ •¦ ¦-

Protegidos por aventais. luvas,máscaras, gorros e galochas,coveirosdo Cemitério de Irajá —ISnTarv...tanunaçao — concordaram em exumar o corpo da menina Edüânia, que morreu de botulismo. (Página 9)

A estratégia deGolbery ou um"baile de siglas"

Antes de ser o invisível maestro da aber-tura política dos anos 70, o General Golberydo Couto e Silva foi o compositor da músicaexecutada pela orquestra da elite militarbrasileira, a partir de 1964. Muito do que elapós em prática ao assumir o Poder foi apren-dido nas páginas de Planejamento Estraté-gico, do entào professor da ESG, publicadoem 1955.

Reeditado agora com o acréscimo devários capítulos, o livro do ex-Chefe do Gabi-nete Civil dos Presidentes Geisel e Figueire-do é criticado, nos seus aspectos poucocondizentes com os ideais do liberalismo,pelo jornalista Otávio Tirso de Andrade que,aludindo ao seu estilo barroco, compara-o aum "baile de siglas" em que a democraciaquebra as pernas.

Livro

Watters entrapara o PTB eprocessa União

Absolvido da acusação dos atenta-dos a bomba à OAB e à Sunab, RonaldWatters vai processar a União por da-nos morais e lucros cessantes, por "228dias, quatro horas, 32 minutos e 14segundos de cadeia." No primeiro diaem liberdade, ele defendeu a legaliza-ção do PCB, manifestou intenção deentrar para o PTB e disse ter um croquida fuga do médico Hosmany Ramos daPolícia Federal.

Ele não perdoa a forma como odelegado Armando Costa — "e seusesbirros, bota aí" — conduziram o pro-cesso. Acha, porém, que pode vingar-secontando tudo o que passou na prisão,inclusive que saiu com dois agentesfederais para tomar chope na PraçaMauá. Sobre os danos que sofreu com aacusação, tem três adjetivos: "Tremen-dos, definitivos e irreparáveis." (Pág. 5)

Luz instalada emsala e 2 quartoscusta Cr$ 30 mil

O presidente da Light, Luís Osval-do Aranha, anunciou que a partir dehoje quem quiser instalar energia elé-trica num apartamento novo de sala édois quartos terá de pagar Cr$ 30 milem 12 prestações mensais (Cr$ 2 mil500). A taxa é de Cr$ 60 mil (Cr$ 5 milpor mês) para apartamentos de mais deuma sala e três quartos.Doze meses depois da última pres-tação, porém, o dinheiro será devolvidoem forma de ações da Light, negocia-das na Bolsa de Valores. Aranha achaque a repercussão da medida será posi-tiva. Para ele, "haveria grita" se o con-sumidor começasse a fazer fila para pe-dir novas ligações elétricas e não hou-vesse condições de atendè-lo. (Pág. 17)

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ADMINISTRADORA DE BENS IMÓVEIS LTDAIKOVIL Av Pr.iid»m« Vargn. 417 - II? andir PBX 274-8901

CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO "AVENIDA 43"ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

EDITAL DE CONVOCAÇÃODe ordem do Sr. Sindico, vimos, pela presente, convidar os

Senhores Condôminos do Edifício "Avenida 43". a se reuni-rem em Assembléia Geral Extraordinária do Condomínio, areaiizar-se no próximo dia 17 02 1982 (quarta-feirai. ás 10 00horas em primeira convocação, e as 10 30 horas em segunda,na Sala de Reuniões da Administradora IMOVIL - ADMINIS-TRADORA DF BENS IMÓVEIS LTDA. sim à Av Pres, Vargas,n° 417 — 11o andar, a fim de deliberar sobre a seguinte ordemdo dia: a) Apreciar e deliberar sobre as contas do condomíniodo oenodo de julho 81 a iane'ro/82; b) Idem. idem, nova colacondomimal para o Io semestre 82. c) Apreciar e deliberar,sobre a recuperação e reparo de componentes hidráulicos doedifício; d) Assuntos Gerais

lass I Wilson FerreiraDivisão de Condomínio

íass) Geraldo Rezende Cinbelli

¦ j"-J ESLOCAÇÃO ADMINISTRAÇÃO VENDASR. México, 41 i/Lo|» PBX 220 4822

CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO"JARDIM BARRA LINDA QUADRA IV"ADMINISTRAÇÃO DA Cl.P.A. S/A

Rio de Janeiro, 11 de Fevereiro de 1982EDITAL DE CONVOCAÇÃO

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIAPrezado Senhor Condômino:Pelo presente edita! da convocação devidamente autorizados

pelo Sr Sindico, temos o grato prazer de convidar V Sa, paraAssembléia Geral Ordmana, que se fará realizar em 27 de fevereirode 1982, as 15 00 horas em primeira ou as 15:30 horas emsegunda e última convocação, com qualquer numero da condômi-nos presentes no próprio prédio, a fim de tratarem dos seguintesassuntos constantes da ordem do dia aí Preetação de Contas; P)Eleição de Sindico e Conselho Consultivo, c) Aprovação paracolocação de correntes nas entradas das ruas, dl Assuntos GeraisOs condôminos, poderão se fazer representai por procuradoresdevidamente credenciados por procurações que atendam a todasas formalidades legais

AtenciosamenteBraulio Isnard Carsalade

Diretor JurídicoAdriano Carlos Pereira

Chefe do DeptQ de Condomínio

ComunicadoComunicamos que foi esquecido no interior de um

ônibus da linha EVAL que faz o trajeto Queimados —Central, um embrulho contendo os seguintes documen-tos: 5 Livros fiscais e o Diário N. 1. as Notas Fiscais deentrada; e as Notas Fiscais de saída de Números 001 à257 de Série única, da firma VEZUVIO IND E COM DEMETAIS LTDA. estabelecida à Rua Canada, N. 60 — N.Iguaçu Rio de Janeiro Gratifica-se a quem encontrar, edevolver no local acima mencionado

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CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO MAR DE MÁRMARAAV. SERNAMBETIBA, 3.300 BL. VIII.

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIAPor solicitação do Sr Sindico, convocamos os senhores condo-

mmos na/a a Assembléia Gorai Extraordinária 3 realizar-se no sõISüde festos do aludido prédio, no próximo dia 04 de março de 1982, às20.30 horas em primeira convocação ou às 21:00 horas emsegunda e ultima convocação com qualquer numero de condômi-nos presentes para deliberar sobre a segumie ORDEM DO DIA, Io— Apresentação do pedido de renuncia do Sr Sindico; 2o —Assuntos Gerais,Os participantes das deliberações deverão estar em dia com opagamento de suas colas Os procuradores deverão apresentarsuas procurações com firma reconhecida Rio de Janeiro 11 deFevereiro de 1982

Atenciosamente,JOSE LUCIANO DA SILVA

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CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO "JANAÍNA"

Rio de Janeiro, 11 de Fevereiro de 1982EDITAL DE CONVOCAÇÃO

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIAPrezado Senhor Condômino.Pelo presente edital de convocação devidamente auto-

nzados pelo Sr. Sindico, temos o grato prazer de convidarV.Sa. para Assembléia Geral Ordinária, que se Iara realizarem 27 de Fevereiro de 1982. as 15 00 horas em primeiraou às 15:30 horas em segunda e ultima convocação, comqualquer numero de condôminos presentes no próprioprédio, a lim de tratarem dos seguintes assuntos constan-tes da ordem do dia: a) Prestação de Contas, b) PrevisãoOrçamentaria, cl Eleição de Sindico e Conselho Consuln-vo; d) Rateio do Déficit, e) Aprovação de Orçamentop'obras no prédio (salão de festas). I) Assuntos Gerais. Oscondôminos poderão se fazer" representar por procura-dores devidamente credenciados por procurações queatendam a todas as formalidades legais.

Atenciosamentelass i p Braulio Isnard Carsalade

Diretor Juridico(ass ) Adriano Carlos Pereira

Chefe do Dept° de Condominic

||P LOCAÇÃO ADMINISTRAÇÃO VENDASR. México. 41 . i/Loji PBX 220-4822

CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO "ENES"RIO DE JANEIRO, 11 DE FEVEREIRO DE 1982

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

Prezado Senhor Condômino:Pelo presente edital de convocação devidamente autoriza-

dos pelo Sr Sindico, temos o grato prazer de convidar V Sa..para Assembléia Geral Ordinária, que se fará realizar em 27 deFevereiro de 1982, ás 16:30 horas em primeira ou às 17 00horas em segunda e ultima convocação, com qualquer nume-ro de condôminos presentes no próprio prédio, a tim detratarem dos seguintes assuntos constantes da ordem do dia.aí Prestação de Contas; b) Previsão Orçamentaria, cl Eleiçãode Sindico e Conselho Consultivo; dl Aprovação de verbap melhorias no prédio, e) Assuntos Gerais Os condôminospoderão se fazer representar por procuradores devidamentecredenciados por procurações que atendam a todas as formal)-dades legais

Atenciosamentelass I p.' Braulio Isnard Carsalade

Diretor Jurídico(ass) Adriano Carlos Pereira

Chefe do Dept0. de Condomínio

IsnSEQ

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LOCAÇÃO ADMINISTRAÇÃO VENDASR. México. 41 - i/Loj» PBX 220-4822

CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO"PROMENADE SÀO CLEMENTE"

Administração da Cl.P.A. S/ARio de Janeiro, 11 de fevereiro de 1982

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Prezado Senhor CondôminoPelo presente edital de convocação devidamente aulonza-

dos pelo Sr Sindico, temos o grato prazer de convidar V Sa .para Assembléia Geral Extraordinária, que se fará realizar em17 de Fevereiro de 1982, às 20 00 horas em primeira ou ás21 00 horas em segunda e ultima convocação, com qualquernumero de condôminos presentes no próprio prédio, a fim detratarem dos seguintes assuntos constantes da ordem do diaa) Renuncia do aluai Sindico e conseqüente eleição de novoSindico, b) Assuntos gerais

Os condôminos poderão se fazer representar por procura-dores devidamente credenciados por procurações que aten-dam a todas as formalidades legais

AtenciosamenteBraulio Isnard Carsalade

.Diretor JurídfcoAdriano Carlos Pereira

Chefe do Dept0 de Condomínio

EditalFIAT ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA,

com sua sede social à Av Paulista n° 967 - 10° e 11°andares, em Sâo Paulo Capital, faz saber através dopresente que expediu as notificações regulares relativas aoestado de inadimplência — por falia de pagamentos dosconsorciados abaixo relacionados, reitera através do presen-te o estado de inadimplência para todos os fins e efeitos,conforme previsto em cláusula contratualGRUPO — 212QUOTA - 6, 9. 22, 128. 37, 38, 150. 53, 55 e 57

Sáo Paulo, 20 de laneiro de 1982.FIAT ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA,

Fiat Administradora de Consórcios Ltda.,com escritórios à Rua Buenos Aires, 44, 1° andar. RIO DE

JANEIRO. CONVOCA o titular da Quoia n° 44 do Grupo deConsórcio n° 169 SR. LUIZ ANTÔNIO VAZ DA COSTA portadordo C.PF. n° 370.591.307-72. seus sucessores, ou direta ecomprovadamente interessados, a comparecerem na sede daAdministradora no prazo de 48 horas a contar desta data pararetirada do crédito no valor de CrS 821,260,00 lOitocentos VinteUm Mil, Duzentos e Sessenta Cruzeiros), a que tem direito porcontemplação nà 31a Assembléia deste grupo, realizada no dia14 01 82 na cidade de Belo Horizonte

O nao com pareci mento dos interessados no prazo acimaestipulado acarretara no automático cancelamento desta contem-plaçào

LOCAÇÃO ADMINISTRAÇÃO VENDASR México. 41 i/l.ojn ¦ PBX 220-4822

CONDOMÍNIO DO edifício"PARQUE MARAPENDI NÚCLEO F"Rio de Janeiro, 11 de Fevereiro de 1982

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Prezado Senhor CondôminoPelo presente edital de convocação devidamente autorizado

peto Sr Síndico, temos o grato prazer de convidar V Sa.. paraAssembléia Geral Extraordinária, que se lará realizai em 18 dolovereiro do 1982, as 20 00 horas em primeira ou às 20 30 horasem segunda e ultima convocação, com qualquer numero decondôminos oresentes no próprio prédio, a fim de tratarem dosseguintes assuntos constantes da ordem do dia: a) Aprovação doorçamento para reforma dos blocos: bl Assuntos Gerais. Oscondôminos poderão sp fazer representar por procuradores devida-menie credenciados por procurações quo atendam a todas asformalidades legais

Atenciosamentelass) o' Braulio Isnard Carsalade

Diretor Jurídico(ass) Adriano Carlos Pereira

Chole do Dem° de Condomínio

CEASA - RJ.TOMADA DE PREÇOS EDITAL N9 02/82

AVISOOBJETO: Aquisição du (VIICRO-TRATOR.

RECEBIMENTO E ABERTURA DAS PRO-POSTAS: Dia 2 de Março de 1982, ás 15.00 hs.,

no Edifício Sede (Ia CEASA-RJ., situadona Av. Brasil, 19.001, 6° andar - Irajá,nestíi cidade,

EDITAL E INFORMAÇÕES: À disposiçãodos interessados no endereço supra citadoou pelo tel. 371-6611, com Dr. FábioLopes Siqueira.

Rio de Janeiro, 10 de Fevereiro de 1982A Comissão

-ÉD© AuxiliadoraPredialS.A.

EDIFÍCIO "NOVA IPANEMA"ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

Cunvücainos e solicitamos o comparècimento de V.Sa. <i Asswnbíéiafifiidi Oiiiiiiáiu. que «rá icili/iiild nn du 05 (cinco) ite iruiço de19B2, te 20:00 horas em primeira convocacSo ou, na falta de númeiolegal, :is 21 í)0 hous em segunda convocação, com qualquer númeio,na Sede Social iju uiópuo condomínio, a lim de deliberai soliie: aiPfBSIação de comas até 31.01.19B2; bi Novo oiçamento de receita edaposas; cl Tenenos lindeiros; dl Autori/acão paia oliliração delundo do reseiva paia obras essenciais: e) lemas de interesse gpral. P.Sindica. AUXII lADORA PREDIAL SM. liam Feiiena da Silva -Idir.y Ul» Bíiiu. j

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EDIFÍCIO "MAL. RONDON"ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

,i. e sobcilanios u compaieciinonto do V.Sa,, a AssembléiaGeral Oídiitàija. que st?iâ iedli/<wa nu dm 04 iiiudi.ü) ús ruarçi) de198?, Js 20:00 horas em piimelra convocação ou, na lalta de númeiolíiqdl, as 20.30 horas em segunda e última convocação, com qiialqueinúinem, nn próprio edifício, o lim de deliberai sobre: dl Apruvacãude conlas an> 31.01.8?. b) Apiovacão de novo orçamento de icceiia

despesas, cl Eleição de Síndico o Conselho Consultivo, dl Assuntosgerais P. Sindico. AUXILIADORA PREDIAL S/A. Ronald Hen-fique SctineulRí - Ernesio Ignácio.


EDIFÍCIO "LUSANSE"ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

Convocamos o solicitamos o compaiacimomo de V.Sa,. â AssembléiaGeial üidináiij, que seiá realizada no dia 01 (vetouml de março de1982, às 19 30 horas em prímeifa convocação ou, na lalta de númeiolegal. As 20:00 horas em segunda e última convocação, com qualquernúmero no próprio edifício, a lim de deliberai sobie: a) Aprovaçãode contas air 31.01.82. b) ApíoyaçíTn rie novo oicamenlo de receita

e despesas, c) Eleição' de Síndico o Conselho Consultivo, d) Assun-ms gerais. P. Síndico. AUXILIADORA PREDIAL S/A JoígeCarnei-

Alolsio D»as Campos,

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EDIFÍCIO "MORADA DO SOL"ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

Convocamos p solicitamos o corripatecimento de V.Sa. a AssembléiaGoial Ordinária, que será realizada uo dia 27 (vinte e sele) de leveieiin de 198?, ás IBOÜ hoias em orimeua convocação ou, na lalla denúmeio legal, k 16 30 limas em segunda convocação, I um qualquernúmero, na Sala de Reunião do oiópiio edihciu, a lim de deliberaisobre, ai Prestação de cornas ,né ,10.01.198?, o) Orçamento de ibcbi-li e despesas,':] tieiçãu ile síndico. Subsíndico b Conselho Consuln-vo; d) Temas de inteiesse geral. P, Síndico. AUXILIADORA PRE-kÜIAL S/A. liam f eiieua da Silva - Oarcv de Bnio. I


EDIFÍCIO "CHATEAU DE CHAUMONT"ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

Convocamos e solicitamos o comparècimento de V.Sa. à AssembléiaGeial Oídinána, que será ieali;ada no dia 01 (huml de março de198?. as 70 30 horas em primeira convocação ou. na lalla de númeroipqal. às 21 00 horas em segunda convocação, com qualquer número,oo bali social do prúpnn edifício, a hm de deliberar subie ai Presta-cão de contas até 31.01.82, b) Novo orçamento de receita e despesas,c) Eleição de Síndico, Subsíndicu e Conselho Consultivo: dl Temasde interesse geral. P. Síndica. AUXILIADORA PREDIAL S/A. CarioLeunardo Schneider - Aduano Babo.

A^r *»*h jfT. <Th„JAuxiliadoraPredialS.A.

EDIFÍCIO YUCATAN"ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

Convocamos u solicitamos o compareclmeilto. de V Sa. à AssembléiaGeial Exiiaoiilináiia, que será realizada uo dia 03 (ires) da rnaiçu de198?. às 20:30 horas em primeira convocação uu, na lalla de númerolegal, às 21'OOhuiasem segunda convocação, com qualquei número,nu pátio do iiiopriu edifício, a lim de deliberar sobre a! Aprovaçãode oiçamenlu paia lelurma do lelhado u a rcsiieciiva veiba; b) Escla-reclmenlos da Adminisirarão do condomínio; c) Reajuste da laxa decondomínio-, d) lemas tle inteiesse gelai. P. Sindica AUXILIADO-JTA PREDIAL S/A. Cailn Leunaidli Silmeioei - Adriano Babo. ,

PredialS.AEDIFÍCIO "JOSÉ VICENTE"

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIAConvocamos e solicitemos o compareclmenio de V.Sa. á AssembléiaGeial Eiiiaurdiníiij que será reali/ada no dia W (qualio) de Marçode 198?, As 20:30 horas em primeira convocação ou. na lalla denúmero legjl, as 21 00 horas em segunda convocação com qualquernúmeio no apartamento 401 do prúpiiu edilícm, a fim de deliberaisobre: ai Aprovação de um lundo de obras para diversos melhora-mentos no eriilú in. bl Obras nn apartamento de Cobertura; cl Apro-vação de verba paia colocação de lubos de proteção na calçada eoulros, dl Temas de Interesso geral. P. Sindico. AUXILIADORATWEOIAL S/A. Cario Leonaido Schneider - Gilberlo Botrucci.

AVISOSRELIGIOSOS 520AGRADECIMENTO — Ao Divi-

no Espírito Santo Agradeçograça alcançada Glória.

ORAÇÃO AO ESPIRITO SAN-TO — Espirito Santo, vocòque me esclarece tudo, queilumina todos os caminhos pa-ra que eu atinja o meu idealVocê que me dá o dom divinode perdoar e esquecer o malque me fazem e que todos osinstantes de minha vida estácomigo eu quero neste curtodiálogo agradecer-lhe por tudoe confirmar mais uma vez queeu nunca quero me separar devocê, por maior que seja ailusão material não seria o mi-nimo de vontade que sinto deum dia estar com vocô e todosos meus irmãos na glória per-pétua Obrigado mais umavez IA pessoa deverá fazeresta oraçáo 3 dias seguidossem dizer o pedido, dentro de3 dias alcançará a graça, pormais difícil que seja) Publicarassim que receber a graça. JA F

PHECE INFALÍVEL A SANTOANTÔNIO — Glorioso SantoAntônio, seu amor por Deus ecaridade por sua criatura deu-lhe o poder de realizar mila-gres. Com sua palavra miracu-losa. sempre pronta a intervirem favor dos necessitados,sussurre meu pedido ao ouvi-do doce do menino Jesus (pe-dido) Ohl Santo Antônio, omais milagroso dos Santos,sei que a resposta do meupedido pode necessitar de ummilagre, mas a gratidão domeu coração será sempre tua(Rezar 13 Pai Nosso, Ave Ma-na e Glória ao Pai). Publicarassim que receber a graçaAgradeço a graça recebidaJorge Luiz.

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Prof. Luis Goulart realiza palestras sobrePsicologia Essencial, com enfoque diversoda psicologia tradicional. Informações: 240-7489.

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FOLCLOREHoje, às 17h, na Casa Rui Barbosa,

cantadores populares, poetas e cordelistashomenagearão o pesquisador de Literaturade Cordel da casa, Sebastião Nunes Batista.Na homenagem, na Rua São Clemente. 134,serão exibidos os curtas-metragens PoéticaPopular de Ipojuca Pontes. De Repente deAdilson Ruiz e Jornal do Sertão, de GeraldoSarno.

HOMEOPATIAA Federação Brasileira de Homeopatia

programou os seguintes cursos gratuitospara março: Clinica Médica e TerapêuticaHomeopática; Terapêutica Bioquímica;Teoria e Prática de Homeopatia; Farmaco-técnica Homeopática. Estes cursos serãoministrados somente nas primeiras terças-feiras da cada mês. Para julho, curso inten-sivo de férias para estudantes e ClinicaHomeopática para médicos. Inscrições: Lar-go de Sào Francisco, 26 bloco 1 705, telefone221-3194.

MÍMICAAté dia 14, às 21h, o Teatro da Galeria

(Rua Senador Vergueiro, 93i apresenta umrecital de pantomima com o bailarino SaioTavaler em sete quadros de sátira social.

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índiceHortase aposenta(Pág. 5)

Loter.iPagina õ

Professorestêm concurso parao Estado (Pag. 6)

Lixoobstrui ma emOlaria (Pág. 8)

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Bolsa de ValoresPagina 20

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Soldados dos EUAusam fuzis M-16

Hil S o ÍTTorlrwv»jS-Ji UUl ? tXXJLXJÍ.

A televisão americana mostrou umoficial e quatro soldados dos Estados Uni-dos com fuzis M-16, na frente de combateem El Salvador, contrariando proibição doPentágono, que permite apenas o uso dearmas leves. O Presidente Reagan jüstifi-cou a atitude deles, alegando que precisa-vam defender-se, mas pediu um relatóriocompleto ao Departamento de Defesa so-bre o incidente.

Reagan esclareceu que os cinco nãofazem parte do grupo de 50 instrutoresnorte-americanos que está em El Salva-dor. O porta-voz da Casa Branca, LarrySpeakes, informou que os militarescumpriam missão de três dias para ensi-".sr nftpia\'i í"íi"V TT.v^vM-fr\ cn'"d*-*""amU^ ^

construir pontes de emergência. (Pág. 13)

Piloto polonêsdesvia avião paraBerlim Ocidental

Um piloto das linhas aéreas polonesasembarcou toda a família no avião em quelevava passageiros de Varsóvia para Wro-claw e desviou o aparelho para BerlimOcidental, onde desceu na manhã de on-tem. O avião pousou no aeroporto alemãoe foi imediatamente cercado por tropasamericanas, que mantêm o piloto sobcustódia.

É a sexta vez que um avião polonêsé desviado para Berlim, a terceira emmenos de um ano. Dós 19 passageiros etripulantes do avião, nove decidiram ficarno Ocidente. O promotor do Tribunal Mili-tar de Varsóvia pediu ontem a pena demorte para um ex-alto funcionário daChancelaria polonesa, acusado de serespião dos Estados Unidos. (Página 12)

Papa critica açãode potências empaíses africanos

O Papa João Paulo 11 criticou a inler-ferència de "potências alheias" nos assun-tos africanos, ao chegar a Lagos, Nigéria,etapa inicial de sua segunda visita à África eprimeira viagem ao exterior desde o atenta-do que sofreu, em maio. Previu que o conti-nente africano "surpreenderá o resto domundo", se lhe permitirem desenvolver-sepor si mesmo.

Disse também que a Nigéria é um exem-pio de país que conseguiu cicatrizar as feri-das de uma guerra civil, lembrando assim arebelião de Biafra, Estado predominante-mente católico, encerrada há 11 anos. "Aoconsolidar a unidade nacional, fortaleceisa unidade da África", afirmou. (Página 12)

Uma odisséiano deserto

A série de informes especiais A conquista doparaíso, uma odisséia no de serio termina hoje com ahistória do sucesso da Construtora Mendes Júnior euma entrevista do seu vice-presidente e principalexecutivo. Murilo Mendes, que analisa as perspecü-vas e as dificuldades encontradas no exterior pelasempresas brasileiras de construção. (Páginas 15 e 16)

"Estandarte doPovo" revive lutade mestres-salas

Para Joãozinho Trinta, da Beija-Flor,o Estandarte do Povo, promoção da TVS-Canal 11 e do JORNAL DO BRASIL, vaiservir para mostrar o que o povo realmen-te pensa do desfile das escolas. E paraÉlcio PV, mestre-sala da Beija-Flor, o tro-féu tem um novo sabor: reviverá as anti-gas disputas entre mestres-salas, pois aca-bou a premiação oficial na categoria.

Hoje, sábado magro, os foliões terãoum dia intenso. Às 15h saem, em Copaca-bana, a Banda da Boca Maldita e a BandaBandida, da Rua Rodolfo Dantas; e, emIpanema, o Bloco Charme da Simpatia,concentrado no Bar Vinte. Às 16h, a Ban-da Flama desfila pelas ruas do Flamengo;a Banda Gegè sai em Laranjeiras; e co-meça a Corrida Gay à Fantasia, da Marinada Glória até o Obelisco. (Página 7, Vidados Bairros — Caderno de Classificados)

Rubens Barbosa

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Uma comissão integrada por Zico vetou o campo do Olaria, mas odelegado do Trabalho, Luís Carlos de Brito (ao lado do jogador)não o interditou: vai permitir a correção dos erros. (Pág. 24)

Emissão de moedaem janeiro já foia Cr$ 100 bilhões

Só em janeiro a criação de moeda peloGoverno chegou a Cr$ 100 bilhões 200 mi-lhões, o volume mais elevado registradoneste mês nos últimos anos. A diferençaentre as aplicações e a arrecadação dosBancos Central e do Brasil — que geraemissão de dinheiro — cresceu 8,4%, fazen-do com que em 12 meses o crescimentoatingisse recorde absoluto na história dopaís: 87,8%.

Nota do BC informa que contribuí-ram para o aumento o déficit de Cr$ 49,6bilhões de caixa do Tesouro e os adian-tamentos para operações especiais do BBcomo cobertura das dívidas externas dasestatais, déficit da Previdência, formaçãode estoques reguladores, subsídio à cx-portação de açücar e os saques de depósitosem moedas estrangeiras no BC. (Página 17)

Andreazza diz quelei do solo nãoatinge propriedade

Tudo o que venha a contrariar odireito de propriedade será retirado doanteprojeto de lei de uso do solo urba-no, prometeu o Ministro do Interior,Mário Andreazza, aos empresários daconstrução civil. Informou que preten-de submeter a proposta do Governo alongo debate público, pois não há pres-sa para tramitação.

Os empresários que participaramde reunião no Banco Nacional da Habi-taçáo — representantes de 15 Estados— reconheceram a necessidade de umalegislação sobre o uso do solo urbanoe consideraram "tranqüilizadoras" asdeclarações do Ministro Andreazza. Aelaboração do projeto está sob respon-sabilidade do Conselho Nacional doDesenvolvimento Urbano. (Página 19)

Almir Veiga

Protegidos por aventais, luvas,máscaras, gorros e galochas,coveirosdo Cemitério de írajá — temiam a con-taminaçáo — concordaram em exumar o corpo da menina Edüânia, que morreu de botulismo. (Página 9)

A estratégia deGolbery ou um"baile de siglas"

Antes de ser o invisível maestro da aber-tura política dos anos 70, o General Golberydo Couto e Silva foi o compositor da rrriisicaexecutada pela orquestra da elite militarbrasileira, a partir de 1964. Muito do que elapôs em prática ao assumir o Poder foi apren-dido nas páginas de Planejamento Estraté-gico, do então professor da ESG, publicadoem 1955.

Reeditado agora com o acréscimo devários capítulos, o livro do ex-Chefe do Gabi-nete Civil dos Presidentes Geisel e Pigueire-do é criticado, nos seus aspectos poucocondizentes com os ideais do liberalismo,pelo jornalista Otávio Tirso de Andrade que,aludindo ao seu estilo barroco, compara-o aum "baile de siglas" em que a democraciaquebra as pernas.

Livro

Watters entrapara o PTB eprocessa União

Absolvido da acusação dos atenta-dos a bomba ã OAB e à Sunab, RonaldWatters vai processar a União por da-nos morais e lucros cessantes, por "228dias. quatro horas, 32 minutos e 14segundos de cadeia." No primeiro diaem liberdade, ele defendeu a legaliza-ção do PCB, manifestou intenção deentrar para o PTB e disse ter um croquida fuga do médico Hosmany Ramos daPolicia Federal.

Ele não perdoa a forma como odelegado Armando Costa — "e seusesbirros, bota ai" — conduziram o pro-cesso. Acha, porém, que pode vingar-secontando tudo o que passou na prisão,inclusive que saiu com dois agentesfederais para tomar chope na PraçaMauá. Sobre os danos que sofreu com aacusação, tem três adjetivos: "Tremen-dos, definitivos e irreparáveis." (Pág. 5)

Luz instalada emsala e 2 quartoscusta Cr$ 30 mil

O presidente da Light, Luís Osval-do Aranha, anunciou que a partir dehoje quem quiser instalar energia ele-trica num apartamento novo de sala edois quartos terá de pagar Cr$ 30 milem 12 prestações mensais (Cr$ 2 mil500). A taxa é de Cr$ 60 mil (Cr$ 5 milpor mês) para apartamentos de mais deuma sala e três quartos.

Doze meses depois da última pres-tação, porém, o dinheiro será devolvidoem forma de ações da Light, negocia-das na Bolsa de Valores. Aranha achaque a repercussão da medida será posi-tiva. Para ele, "haveria grita" se o con-sumidor começasse a fazer fila para pc-dir novas ligações elétricas e não hou-vesse condições de atendè-lo. (Pág. 17)

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8 n Io caderno n sábado, 13/2/83 JORNAL DO BRASILArquivo — 2/2782

Coluna do Castello

Pode não ganhar maso outro pode não levar

Recife — O candidato do PDS aoGoverno de Pernambuco não é o favoritona disputa eleitoral de novembro. Mas,segundo a avaliação dos políticos do Go-verno e da Oposição, ele foi, nas atuaiscircunstâncias, a melhor opção ao alcancedo Governador Marco Antônio Maciel.Diz-se no Recife que o Sr Roberto Maga-lhães Melo não está preparado para ga-nhar, mas não se exclui a hipótese de que oSenador Marcos Freire, pelos problemasespecíficos da Oposição e da sua campa-nha, possa perder a eleição.

De uma faília de políticos, o atualVice-Governador e candidato in fieri é,pelo lado paterno, sobrinho do PadreOlímpio de Melo, antigo Prefeito do Dis-trito Federal e pessoa influente no consu-lado getuliano e no pessedismo juscelinis-ta. Pelo lado materno, ele é sobrinho deAgamenon Magalhães, que foi Ministrodo lrabalno e da Justiça, IniervemorFederal e Governador de Pernambucoeleito em campanha popular. Também éseu tio o Sr Sérgio Magalhães, cuja campa-nha a Governador da Guanabara foi asses-sorada por seu sobrinho. Seu irmão maisvelho, Luís Magalhães Melo, cumpriu doismandatos como Deputado federal e outro,o Sr Geraldo Magalhães, foi Prefeito noGoverno Eraldo Queirós. Ele próprio foiSecretário de Educação do GovernadorNilo Coelho, mas, para não atropelar osirmãos, jamais disputou uma eleição paraqualquer cargo.

Sua escolha para o cargo de Vice-Governador foi uma decisão pessoal do SrMarco Antônio Maciel, que sistemática-mente lhe passa o Governo sempre queviaja. Sua atividade dominante é a advoca-cia e a cátedra universitária, professor deDireito Comercial da Universidade Fede-ral. Homem de boa formação jurídica, oauditório do Sr Roberto Magalhães temsido a sala de aula e a congregação dedoutores. Fez comícios na campanha de1978, mas para ajudar seus amigos. Jamaispediu um voto e como jamais se cândida-tou nunca foi votado. No entanto, com odesaparecimento ou a exclusão das velhaslideranças do seu Partido, consideram ospolíticos que ele é o administrador maisbem composto, pela sua atividade profis-sional, pela sua origem social e pela com-postura da sua vida privada. Esses predica-dos o credenciam a receber os votos daclasse dirigente e da enorme classe médiado Recife, que o vê como um .portoseguro.

O professor Roberto Magalhães, numdebate com Francisco Julião, classificou oex-Governador Miguel Arraes como sen-do hoje uma espécie de guru das esquer-das, o que lhe valeu o título de ser o gurudas direitas. Ele não se investe, todavia,nessa condição de direitista. Situa-se aocentro, como um neo-liberal sensível àrecomposição da ordem jurídica. Só nãoprega a convocação de uma «AssembléiaConstituinte por receio de que a radicali-zação ideológica do país produza um do-cumento que não seja assimilável pelosgrupos dirigentes e em conseqüência de-sencadeie uma reação virulenta.

Ele gosta de lembrar que seu tioAgamenon Magalhães, como Governa-dor, iniciou a solução do problema dehabitação popular em Pernambuco e, co-mo Deputado Constituinte, foi o autor docapítulo da Ordem Econômica e Social daCarta de 1946. Essa lembrança vale comouma declaração de fidelidade a um políticoque, em seu tempo, serviu à ditadura, mastinha viva sensibilidade para os problemassociais.

Alega-se contra a possibilidade eleito-ral do Sr Roberto Magalhães a circunstân-cia de não querer o Governador MarcoAntônio Maciel, seu patrono, se cândida-tar ao Senado, mas à Câmara dos Depu-tados. Seria um indício de que o Governa-dor não crê na vitória do PDS em eleiçõesmajoritárias. Mas o Sr Roberto Magalhãesalega que a Câmara tem sido a casa do SrMaciel e será, na próxima legislatura, ocentro das decisões políticas. TambémAgamenon foi para a Câmara em 1946,mandando para o Senado Etelvino Lins eNovais Filho, mesmo quando candidato aGovernador disputou concomitantementeuma cadeira na Câmara, o que era permiti-do pela legislação da época.

Como se sabe sua escolha preteriu aindicação do Prefeito Gustavo Krause.Explica-se o fato por duas circunstâncias.A primeira, que o Prefeito pretendeudisputar com o PMDB e as esquerdas aperiferia da Capital, adotando uma postu-ra e um programa que desagradaram àclasse média, a que dá substância e estiloao Partido do Governo. Por outro lado,ele entrou em conflito com seu tio, JoséMoura Cavalcanti, tido como o grandeeleitor, cuja candidatura foi afastada porinterveniência de enfermidades. Vetadopelo tio e malvisto pelos conservadores,perdeu a oportunidade. Aliás, o Sr NiloCoelho, outro guru do Partido, já mandoutelex de Roma congratulando-se com oPDS pela escolha do Sr Roberto Maga-lhães Melo.

Carlos Castello BrancoVi

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Lula

Lula chega feliz com alegalização do PT eentra hoje na campanha

São Paulo — "Senti a maior alegria da minhavida", disse Luís Inácio da Silva, Lula, ao ler a notíciada legalização do Partido que preside, o PT, quandodesembarcou em Congonhas depois de uma viagemde 10 dias aos Estados Unidos e Canadá. Hoje à noite,ele entra na campanha eleitoral, com dois comíciosem Sào Bernardo do Campo.

De gorro preto e com uma camiseta que trazia nascostas a frase A luta continua, Lula, em entrevistacoletiva na sala de imprensa, se manifestou confianteno sucesso de um movimento internacional de solida-riedade da classe operária, mas disse trazer igualmen-te más notícias, "pois o desemprego também é umfantasma nos países desenvolvidos".

DebateSobre o desafio do Senador Franco Montoro ao

Prefeito Reynaldo de Barros para um debate políticona televisão, disse também querer debater com osdois, candidatos como ele ao Governo do Estado, poisacha que a democracia se faz com "um candidato nafrente do outro, dizendo a que veio e que interessesdefende".

A legalização do PT — acrescentou — consoli-da um trabalho feito com muitos sacrifícios, provandoser possível um Partido sem os velhos vícios políticosdos outros Partidos. Lançaremos candidatos em to-dos os níveis e vamos provar por que viemos e o quequeremos. Nossa organização ainda nào é a ideal.Queremos uma base sustentada em nucleação emcada bairro, para a discussão de problemas específi-cos das comunidades, problemas nacionais e atéinternacionais.

Mesmo contrário à vinculação de votos, por consi-derá-la antidemocrática, Lula náo a teme em relaçãoàs possibilidades eleitorais de seu Partido. "O PTjamais temeu eleições", garantiu, antes de informarque o diretório regional calcula em 300 o número dediretórios existentes em São Paulo.

Queremos formar um Partido que viva 24 ho-ras por dia e não exista apenas nas vésperas deeleições. Em termos de organização, o PT já é o maiorPartido do Brasil.

AutomaçãoRecebido pela mulher, Marisa, o filho, Bruno, e

correligionários do PT, Lula afirmou que a solidarie-dade operária internacional tem crescido com a toma-da de consciência dos operários norte-americanos ecanadenses sobre os problemas dos operários doTerceiro Mundo. Ele fez questão de que a imprensafotografasse sua bagagem e manifestou a preocupa-çáo com a automação das indústrias brasileiras detecnologia mais avançada, prometendo fazer quantasgreves forem necessárias para combater a automaçãona indústria automobilística em Sào Bernardo.

O PT nào pode dirigir a luta contra a automa-çào. Esse é um papel dos sindicatos. Ao PT cabe darsustentação política às decisões do sindicato. O sindi-^alismo norte-americano é frágil para combater arobotização justamente porque sempre limitou sualuta às conquistas econômicas, enquanto o robô é umproblema político.

Procurador dá parecera favor da condenação

Brasília — Em parecer de 16 páginas, o Procura-dor-Geral da Justiça Militar, Milton Menezes da CostaFilho, propôs ao Superior Tribunal Militar que mante-nha a condenação de Lula e 10 ex-líderes sindicais,enquadrados na Lei de Segurança Nacional pelaparticipação no movimento grevista de abril de 1980.

O Procurador entende que, "aproveitando-se doclima tenso que reinava na região do ABC de SãoPaulo, na área metalúrgica, eles incitaram os traba-lhadores, como lideres que eram da classe, a permane-cerem no movimento grevista, ainda que determina-da a sua cessação pelo poder competente".

No parecer, o Procurador se refere à conduta"altamente hostil dos apelantes que, ressalvado me-lhor entendimento, usavam como instrumento a deso-bediência coletiva a textos normativos, na busca dodesequilíbrio social entre patrões e empregados, ferin-do, com este comportamento, a paz social".

Leia "Impressões de Viagem" (Pág. 10)

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CNBB debaterá indústriabélica e pedirá pela paz

Sâo Paulo — A 20a Assembléia-Geral da CNBB deverá manifestar-sesobre a conveniência da Indústria béli-ca, a partir do texto preparado poruma comissão, que faz um apelo aoGoverno para que mantenha "a tradi-çào de paz" do Brasil e chama a aten-ção para o preço das armas e o uso da"força nuclear".

Ainda sujeito a emendas, o texto foipreparado por uma comissão presidi-da pelo Arcebispo de Olinda e Recife,D Hélder Câmara, com a participaçãodo Cardeal-Areebispo de São Paulo, DPaulo Evaristo Arns, do Arcebispo deNatal (RN)i D Nivaldo Monte, e doBispo-Auxiliar de Porto Alegre, D Ed-mundo Kunts.

Em súa redação original, o textosobre a indústria bélica menciona osaltos preços das armas e observa queos patses compradores geralmente sáopobres e "às vezes nem tèm o essencialpara o seu povo". Alerta ainda quealguns conflitos considerados locaispodem provocar conflito maior, atémesmo nuclear.

E observa que, mesmo quando sefala do uso exclusivamente pacífico daforça nuclear, "isso envolve riscos gra-víssimos, que geram com freqüência aintranqüilidade do povo". A íntegra dotexto só será divulgada depois de suaaprovação pela Assembléia, havendopropostas de que ele seja dirigido aoGoverno como "um apelo em favor dapaz".

Bispos querem Igreja com o povoA Igreja deve "colocar-se continua-

mente na escuta de Deus e do povo e aserviço do projeto libertador de Deus,para instaurar, no aqui e agora daHistória, o reino de fraternidade e jus-tiça, não temendo as conseqüênciasda cruz", diz um dos trechos do do-uurnenuj oubre a uatequese, êfll estudona 20a Assembléia-Geral da CNBB. Otexto defende uma "catequese liberta-dora" e destaca o papel das comunida-des nesse processo.

Preparado a partir de outras as-semblélas da CNBB e ainda sujeito aalterações, o documento afirma queum dos critérios para a catequese é a"fidelidade a Cristo e à Igreja" queleva à"fidelidade ao homem", que é,"em sua quase totalidade, escravizadopor um sistema sócio-econômico-político e ideológico que o oprime,desrespeita seus direitos e o instru-mentaliza como máo-de-obra baratapara a manutenção de um pequenogrupo dominador, por sua vez escravi-zado aos ídolos do poder, riqueza eprazer".

"Dimensão libertadora"

Com 156 itens, o texto sobre a cate-quese — que, depois da Assembléia,voltará às dioceses para outras contri-buições — destaca, em sua introdução,que a catequese se transforma, hoje,"num instrumento a serviço da cami-nhada da comunidade de fé, levandoos agentes catequéticos a caminharcom o povo nas angústias, fracassos e

Coronel tentano Supremoevitar reserva

Brasília — O Coronel Nivaldo Melode Oliveira Dias, que tem sido umcrítico do resultado do inquérito doRiocentro, impetrou no Supremo Tri-bunal Federal mandado de segurançapreventivo para que o Presidente daRepública nâo o transfira para a re-serva.

Ele acredita que isso poderá acon-tecer-lhe por proposta do Ministro doExército, General Walter Pires, queassim teria concluído ao julgar conse-lho de justificação a que ele foi subme-tido. O coronel narra que em 29 demarço do ano passado foi exonerado,por necessidade do serviço, do coman-do do 2o Batalhão de Infantaria deSelva.

Riocentro

Quando do episódio do Riocentro— afirma — manifestou-se sobre o re-sultado do IPM, "até por entender queseu gesto se voltava a preservar ainstituição militar, cuja perenidade ja-mais será atingida por atos esparsosde qualquer um de seus integrantes,como acontecera por exemplo com adeserção do Capitão Carlos Lamarca".

Dai por diante ele informa que umaseqüência de punições foram contraele aplicadas pelo Ministro Walter Pi-res. Diz ainda que o propósito manifes-to de afastá-lo do serviço ativo "ga-nhou nova orientação quando se lhearmou um flagrante preparado noquartel em que ainda se acha preso ede que redundou processo — crime aque responde perante a 8a CJM",

esperanças, especialmente dos maispobres e oprimidos".

Observa que o conteúdo da cate-quese é oferecido pela própria realida-de humana e pelas "formulações dafé", dois aspectos que se relacionam"íntima e profundamente", Àcrescen-ta que a fé não pode dar à realidade"respostas simplesmente repetindoantigas fórmulas, pensadas em outrocontexto histórico", mas deve-se tra-duzir "em novas expressões mais ade-quadas à violência atual".

Entre os vários aspectos da cate-quese, o documento aponta sua "di-mensão libertadora", colocando, comojustificativa, sua fidelidade ao homem:"A catequese assume necessariamen-te o estado de injustiça e de opressãopara tornar-se instrumentação de li-bertação integral. A catequese liberta-dora é a necessária resposta ao desafioda situação".

O documento afirma que "a comu-nidade, neste momento, participa doprocesso de libertação do povo. Elasabe que a transformação da socieda-de nào é mais exclusividade dos movi-mentos comunitários eclesiais, masdeve colaborar com os movimentospopulares: sindicatos, associações debairros, Partidos políticos etc. Os cris-tâos da comunidade entram em conta-to e colaboram com pessoas de outroscredos, de outras ideologias e se con-frontam com outros projetos, outrasmaneiras de agir".

Jânio volta doCairo e pensaem ir a Begin

São Paulo — O ex-Presidente JânioQuadros está pensando em visitar oPrimeiro-Ministro de Israel, MenahenBegin, após ter ido ao Cairo nos últirmos dias para observar a situaçãopolítica e econômica do Egito, depoisdo assassinato do Presidente AnuarSadat e sua substituição pelo Presi-dente Hosni Mubarack, segundo infor-mou ontem seu secretário particular,Mário de Freitas.

Agora Jânio está retornando a Lon-dres mas só deverá regressar ao Brasildepois do carnaval, embora os articu-ladores de sua candidatura a governa-dor pelo PTB paulista já tenham lan-çado sua campanha publicitária. Acampanha consiste na colocação demilhares de cartazes em pontos estra-tégicos da Capital.

Empresa paulistaque poluía aré interditada

São Paulo — Depois de ser autuadapor 10 vezes, seis delas em forma demulta, a indústria de alumínio Atlànti-co S.A, sediada na Rua Angá, 894, emVila Formosa, foi interditada ontempela Companhia Estadual de Tecnolo-gia e Saneamento Ambiental (CE-TESB), por lançar material partícula-do na atmosfera, acima dos padrõespermitidos. Nenhum diretor da empre-

VERÃO 82EM ANGRA

Porto Bracuhy está todo pronto.

CandidatosOziel deixa o .;

projeto Carajás.Brasília — O secretário

executivo do Conselho In-terministerial do Progra-'ma Grande Carajás, OzielRodrigues, Informou órí-1tem que solicitou demis'-'são do cargo e que para'seu lugar irá Nestor Jost','ex-presidente do Banco düBrasil. Os motivos que olevaram pedir demissão'sào puramente políticos;'uma vez que precisava se1desincompatibilizar paraconcorrer ao cargo de Go-vernador do Pará. '•

Alacid apoia ...dois do PMDBBelém — Os Secretários

Dionísio Hage, de Educa-,çáo, e Fernando Coutinho.Jorge, de Planejamento,deixaram os cargos trêsdias antes de esgotar-se, oprazo mínimo previsto emlei para desincompatibilirzação. Ambos vão concorrrer, nas eleições de novenabro, a uma"vaga oa Cama-ra dos Deputados, peloPMDB, por indicação ecom apoio total do Gover-nador Alacid Nunes

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S. Catarina muda11 secretários

Florianópolis — Onzedos 17 secretários de Esta-do de Santa Catarina dei-xaram ontem seus cargospara concorrer às eleiçõesde novembro, atendendodeterminação do Governa-dor Jorge Bornhausen nosentido de que os postu-lantes a cargos deveriamse desincompatibilizar umano antes do término dosmandatos. Os secretáriosque se afastaram sào IvâBonato (Fazenda), JairHamms (Comunicação So-ciai) Nilson Bender (IndUs-tria e Comércio), Esperi-diào Amim (Transportes),Egídio Martorano (Bem-Estar Social), FernandoBastos (Trabalho), JoãoPaganella (Oeste), NereuGuidi (Casa Civil), BulcáoViana (Administração), JU-lio César (Turismoi e Laeivte Ramos Vieira (Cônsul-tor-Geral do Estado).

Paulinelli dizque se candidata

Belo Horizonte — Agrande surpresa no proces-so de desincompatibiliza-çào era Minas foi o ex-Ministro da Agricultura doGoverno Geisel, AlyssonPaulinelli, que deixou on-tem a presidência do Ban:co do Estado de Minas Ge-rais e colocou o seu nome aserviço do Partido, sem re-velar a que pretende can-didatar-se. Além dele, cin-co secretários de Estado —de Ciência e Tecnologia,Agricultura, Obras Públi-cas, Interior e Justiça e deAdministração — deixa-ram a equipe do GovernoFrancelino Pereira. Outroque abandonou o cargo pa-ra candidatar-se a depu:tado federal foi José Césarde Abreu, que deixou a di-retoria de Operação daEBTU.

Dois deixam cargoao som de violão

Recife — Ao som de vio-lões e cavaquinhos os Se-cretários da Educação eHabitação, respectiva-mente, Joel de Holanda eJosé Jorge de Vasconcelos,renunciaram às suas Pas-tas para se candidatarem auma vaga na Câmara fede-ral, em cerimônia realiza-da no' Palácio do Campodas Princesas.

Lomanto falarácom FigueiredoSalvador — O Senador

Lomanto Júnior, cândida-to dissidente do PDS- aoGoverno do Estado naspróximas eleições, vai-seencontrar com o Presiden-te João Figueiredo na pro-xima segunda-feira. A au-diència já está marcadapara as 17 horas e a con-versa, segundo o Senador,estará centralizada na- su-cessão estadual da Bahiadiante da opção do Gover-nador Antônio Carlos Ma-galhães pelo Sr CleristonAndrade para sucedê-lo.

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JORNAL DO BRASILCL,

« ? Io caderno D sábado, 13/2/82 D 2o Clichê POLÍTICA/NACIONAL JORNAL DO BRASIL2/2/82

Coluna do Castello



De uma faília de políticos, o atualVice-Governador e candidato in fieri é,pelo lado paterno, sobrinho do PadreOlímpio de Melo, antigo Prefeito do Dis-trito Federal e pessoa influente no consu-lado getuliano e no pessedismo juscelinis-ta. Pelo lado materno, ele é sobrinho deAgamenon Magalhães, que foi Ministrodo Trabalho e da Justiça, InterventorFederal e Governador de Pernambucoeleito em campanha popular. Também éseu tio o Sr Sérgio Magalhães, cuja campa-nha a Governador da Guanabara foi asses-sorada por seu sobrinho. Seu irmão maisvelho, Luís Magalhães Melo, cumpriu doismandatos como Deputado federal e outro,o Sr Geraldo Magalhães, foi Prefeito noGoverno Eraldo Guciros. Ele próprio foiSecretário de Educação do GovernadorNilo Coelho, mas, para não atropelar osirmãos, jamais disputou uma eleição paraqualquer cargo.

Sua escolha para o cargo de Vice-Governador foi uma decisão pessoal do SrMarco Antônio Maciel, que sistemática-mente lhe passa o Governo sempre queviaja. Sua atividade dominante é a advoca-cia e a cátedra universitária, professor deDireito Comercial da Universidade Fede-ral. Homem de boa formação jurídica, oauditório do Sr Roberto Magalhães temsido a sala de aula e a congregação dedoutores. Fez comícios na campanha de1978, mas para ajudar seus amigos. Jamaispediu um voto e como jamais se cândida-tou nunca foi votado. No entanto, com odesaparecimento ou a exclusão das velhaslideranças do seu Partido, consideram ospolíticos que ele é o administrador maisbem composto, pela sua atividade profis-sional, pela sua origem social e pela com-postura da sua vida privada. Esses predica-dos o credenciam a receber os votos daclasse dirigente e da enorme classe médiado Recife, que o vê como um portoseguro.

O professor Roberto Magalhães, numdebate com Francisco Julião, classificou oex-Governador Miguel Arraes como sen-do hoje uma espécie de guru das esquer-das, o que lhe valeu o título de ser o gurudas direitas. Ele não se investe, todavia,nessa condição de direitista. Situa-se aocentro, como um neo-liberal sensível àrecomposição da ordem jurídica. Só nãoprega a convocação de uma AssembléiaConstituinte por receio de que a radicali-zação ideológica do país produza um do-cumento que não seja assimilável pelosgrupos dirigentes e em conseqüência de-sencadeie uma reação virulenta.


Alega-se contra a possibilidade eleito-ral do Sr Roberto Magalhães a circunstân-cia de não querer o Governador MarcoAntônio Maciel, seu patrono, se cândida-tar ao Senado, mas à Câmara dos Depu-tados. Seria um indício de que o Governa-dor não crê na vitória do PDS em eleiçõesmajoritárias. Mas o Sr Roberto Magalhãesalega que a Câmara tem sido a casa do SrMaciel e será, na próxima legislatura, ocentro das decisões políticas. TambémAgamenon foi para a Câmara em 1946,mandando para o Senado Etelvino Lins eNovais Filho, mesmo quando candidato aGovernador disputou concomitantementeuma cadeira na Câmara, o que era permiti-do pela legislação da época.

Como se sabe sua escolha preteriu aindicação do Prefeito Gustavo Krause.Explica-se o fato por duas circunstâncias.A primeira, que o Prefeito pretendeudisputar com o PMDB e as esquerdas aperiferia da Capital, adotando uma postu-ra e um programa que desagradaram àclasse média, a que dá substância e estiloâo Partido do Governo. Por outro lado,ele entrou em conflito com seu tio, JoséMoura Cavalcanti, tido como o grandeeleitor, cuja candidatura foi afastada porinterveniência de enfermidades. Vetadopela tio e malvisto pelos conservadores,perdeu a oportunidade. Aliás, o Sr NiloCoelho, outro guru do Partido, já mandoutelex de Roma çongratulando-se com oPDS pela escolha do Sr Roberto Maga-lhães Melo.

Carlos Castello Branco

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Lula diz que confia no movimento de soli-dariedade internacional da classe operária


São Paulo — "Senti a maior alegria da minhavida", disse Luis Inácio da Silva, Lula, ao ler a notíciada legalização do Partido que preside, o PT, quandodesembarcou em Congonhas depois de uma viagemde 10 dias aos Estados Unidos e Canadá. Hoje à noite,ele entra na campanha eleitoral, com dois comíciosem Sào Bernardo do Campo.

De gorro preto e com uma camiseta que trazia nascostas a frase A luta continua, Lula, em entrevistacoletiva na sala de imprensa, se manifestou confianteno sucesso de um movimento internacional de solida-riedade da classe operária, mas disse trazer igualmen-te más noticias, "pois o desemprego também é umfantasma nos países desenvolvidos".


Prefeito Reynaldo de Barros para um debate políticona televisão, disse também querer debater com osdois, candidatos como ele ao Governo do Estado, poisacha que a democracia se faz com "um candidato nafrente do outro, dizendo a que veio e que interessesdefende".

A legalização do PT — acrescentou — consoli-da um trabalho feito com muitos sacrifícios, provandoser possível um Partido sem os velhos vícios políticosdos outros Partidos. Lançaremos candidatos em to-dos os níveis e vamos provar por que viemos e o quequeremos. Nossa organização ainda não é a ideal.Queremos uma base sustentada em nucleação emcada bairro, para a discussão de problemas especifi-cos das comunidades, problemas nacionais e atéinternacionais.

Mesmo contrário à vinculação de votos, por consi-derã-la antidemocrática. Lula náo a teme em relaçáoàs possibilidades eleitorais de seu Partido. "O PTjamais temeu eleições", garantiu, antes de informarque o diretório regional calcula em 300 o numero dediretórios existentes em São Paulo.

Queremos formar um Partido que viva 24 ho-ras por dia e nào exista apenas nas vésperas deeleições. Em termos de organização, o PT já é o maiorPartido do Brasil.

AutomaçãoRecebido pela mulher. Marisa, o filho, Bruno, e

correligionários do PT, Lula afirmou que a solidarie-dade operária internacional tem crescido com a toma-da de consciência dos operários norte-americanos ecanadenses sobre os problemas dos operários doTerceiro Mundo. Ele fez questão du que a imprensafotografasse sua bagagem e manifestou a preocupa-çáo com a automação das indústrias brasileiras detecnologia mais avançada, prometendo fazer quantasgreves forem necessárias para combater a automaçãona indústria automobilística em Sáo Bernardo.

O PT nào pode dirigir a luta contra a automa-çào. Esse é um papel dos sindicatos. Ao PT cabe darsustentação política às decisões do sindicato. O sindi-calismo norte-americano é frágil para combater arobotizaçào justamente porque sempre limitou sualuta às conquistas econômicas, enquanto o robô é umproblema político.


Brasília — Em parecer de 16 páginas, o Procura-dor-Geral da Justiça Militar. Milton Menezes da CostaFilho, propôs ao Superior Tribunal Militar que mante-nha a condenação de Lula e 10 ex-líderes sindicais,enquadrados na Lei de Segurança Nacional pelaparticipação no movimento grevista de abril de 1980.

O Procurador entende que, "aproveitando-se doclima tenso que"Yérnãvã_íra^regiào--do-ABG-de-São—Paulo, na área metalúrgica, eles incitaram os traba-lhadores, como líderes que eram da classe, a permane-cerem no movimento grevista, ainda que determina-da a sua cessação pelo poder competente".

No parecer, o Procurador se refere â conduta"altamente hostil dos apelantes que, ressalvado me-lhor entendimento, usavam como instrumento a deso-bediéncia coletiva a textos normativos, na busca dodesequilíbrio social entre patrões e empregados, ferin-do, com este comportamento, a paz social".


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CNBB debaterá indústria frempombélica e pedirá pela paz

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São Paulo — A 20a Assembléia-Geral da CNBB deverá manifestar-sesobre a conveniência da indústria béli-ca, a partir do texto preparado porurna comissão, que faz um apelo aoGoverno para que mantenha "a tradi-ção de paz" do Brasil e chama a aten-ção para o preço das armas e o uso da"força nuclear".

Ainda sujeito a emendas, o texto foipreparado por uma comissão presidi-da pelo Arcebispo de Olinda e Recife,D Hélder Câmara, com a participaçãodo Cardeal-Arcebispo de Sáo Paulo, DPaulo Evaristo Arns, do Arcebispo deNatal (RN), D Nivaldo Monte, e doBispo-Auxiliar de Porto Alegre, D Ed-mundo Kunts.

Em sua redação original, o textosobre a indústria bélica menciona osaltos preços das armas e observa queos países compradores geralmente sãopobres e "às vezes nem têm o essencialpara o seu povo". Alerta ainda quealguns conflitos considerados locaispodem provocar conflito maior, atémesmo nuclear.

E observa que, mesmo quando sefala do uso exclusivamente pacifico daforça nuclear, "isso envolve riscos gra-víssimos, que geram com freqüência aintranqüilidade do povo". A íntegra dotexto só será divulgada depois de suaaprovação pela Assembléia, havendopropostas de que ele seja dirigido aoGoverno como "um apelo em favor dapaz".

Bispos querem Igreja com o povoA Igreja deve "colocar-se continua-

mente na escuta de Deus e do povo e aserviço do projeto libertador de Deus,para instaurar, no aqui e agora daHistória, o reino de fraternidade e jus-tiça, nâo temendo as conseqüênciasda cruz", diz um dos trechos do do-cumento sobre a catequese, em estudona 2U" Assembiéia-Gerai da CNBB. Otexto defende uma "catequese liberta-dora" e destaca o papel das comunida-des nesse processo.

Preparado a partir de outras as-sembléias da CNBB e ainda sujeito aalterações, o documento afirma queum dos critérios para a catequese é a"fidelidade a Cristo e à Igreja" queleva à"fidelidade ao homem", que é,"em sua quase totalidade, escravizadopor um sistema sócio-econòmico-politico e ideológico que o oprime,desrespeita seus direitos e o instru-mentaliza como mão-de-obra baratapara a manutenção de um pequenogrupo dominador, por sua vez escravi-zado aos ídolos do poder, riqueza eprazer".


Com 156 itens, o texto sobre a cate-quese — que, depois da Assembléia,voltará às dioceses para outras contri-buições — destaca, em sua introdução,que a catequese se transforma, hoje,"num instrumento a serviço da cami-nhada da comunidade de fé, levandoos agentes catequéticos a caminharcom o povo nas angústias, fracassos e


Brasília — O Coronel Nivaldo Melode Oliveira Dias, que tem sido umcrítico do resultado do inquérito doRiocentro, impetrou no Supremo Tri-bunal Federal mandado de segurançapreventivo para que o Presidente daRepública nâo o transfira para a re-serva.


Riocentro

Quando do episódio do Riocentro— afirma — manifestou-se sobre o re-sultado do IPM, "até por entender queseu gesto se voltava a preservar ainstituiçáo militar, cuja perenidade ja-mais será atingida por atos esparsosde qualquer um de seus integrantes,como acontecera por exemplo com adeserção do Capitão Carlos Lamarca".

Dai por diante ele informa que umaseqüência de punições foram contraele aplicadas pelo Ministro Walter Pi-res. Diz ainda que o propósito manifes-to de afastá-lo do serviço ativo "ga-nhou nova orientação quando se lhearmou um flagrante preparado noquartel em que ainda se acha preso ede que redundou processo — crime aque responde perante a 9a CJM".


Observa que o conteúdo da cate-quese é oferecido pela própria realida-de humana e pelas "formulações dafé", dois aspectos que se relacionam"intima e profundamente". Acrescen-fn '¦"js ° fé não ^ods dsr 9 rpalifinçip"respostas simplesmente repetindoantigas fórmulas, pensadas em outrocontexto histórico", mas deve-se tra-duzir "em novas expressões mais ade-quadas à violência atual".

Entre os vários aspectos da cate-quese, o documento aponta sua "di-mensão libertadora", colocando, comojustificativa, sua fidelidade ao homem:"A catequese assume necessariamen-te o estado de injustiça e de opressãopara tornar-se instrumentação de li-bertação integral. A catequese liberta-dora é a necessária resposta ao desafioda situação".

O documento afirma que "a comu-nidade, neste momento, participa doprocesso de libertação do povo. Elasabe que a transformação da socieda-de nâo é mais exclusividade dos movi-mentos comunitários eclesiais, masdeve colaborar com os movimentospopulares: sindicatos, associações debairros. Partidos políticos etc. Os cris-tàos da comunidade entram em conta-to e colaboram com pessoas de outroscredos, de outras ideologias e se con-frontam com outros projetos, outrasmaneiras de agir".


São Paulo — O ex-Presidente JânioQuadros está pensando em visitar oPrimeiro-Ministro de Israel, MenahenBegin, após ter ido ao Cairo nos últi-mos dias para observar a situaçáopolítica e econômica do Egito, depoisdo assassinato do Presidente AnuarSadat e sua substituição pelo Presi-dente Hosni Mubarack, segundo infor-mou ontem seu secretário particular,Mário de Freitas.



São Paulo — Depois de ser autuadapor 10 vezes, seis delas em forma demulta, a indústria de alumínio Atlânti-co S/A, sediada na Rua Angá, 894, emVila Formosa, foi interditada ontempela Companhia Estadual de Tecnolo-gia e Saneamento Ambiental (CE-TESB), por lançar material partícula-do na atmosfera, acima dos padrõespermitidos. Nenhum diretor da empre-sa foi localizado ontem.

VERÃO 82M ANGRA.


jacaré aomeio no SttfcfH

Porto Alegre — Uma, <„¦*..composição da Rede Fer- .roviária Federal com 33.-4, -vagões — tanques vazios,».,-Vdirigida pelo maquih.sta >7Joào Carlos Pimente'., 33:..anos, atropelou, cortandoao meio, um jacaré dè.. 'Âl,70m que se encontrava.;. .',na linha férrea, na localir:,, .dade de Vasconcelos Jar^,,,.,' dim, a 20 km da sede do- >.;.município de Canoas, cida- >,de da Região Metropolita- ¦¦¦¦¦/.na de Porto Alegre. .-,¦•¦>'.

Depois de parar a loco- <¦motiva, no escuro, o ma-quinista só encontrou aparte traseira do jacaré,pernas e rabo. Levou-a pa-ra casa e fez uma fritada. 0''''janimal se arrastou até ocapim existente nas proxi-'midades e, no dia seguinte,João Pimentel voltou ao"local, e encontrou só o cou-"ro da parte dianteira do*'jacaré, já descarnada por'algum desconhecido, esem a cabeça. '¦::-<v

PROCURA NO ESCURO-';"

O fato ocorreu de madru-UH"gada, quando a locomoti-va de prefixo CZL-22 retor-nava à capital, procedentede Roca Sales. Por estarno escuro, o maquinista"Joáo Carlos Pimentel disseque viajava a 35 km/h,quando viu um vulto nalinha. Ele acionou os freiosimediatamente, mas sen-tiu um baque antes dacomposição parar.

O maquinista desceu dotrem acompanhado peloauxiliar, Jorge MachadoDias e, com uma lanterna,começou a procurar o vul-to que haviam atropelado.- •Ficaram surpreendidosquando encontraram aparte traseira de um jaca-ré, cortado perto das pa-tas. Em vão tentaram en- 'contrar a parte dianteirado réptil, que "deve ter-searrastado, antes de moi-" "'""rer, até uns capins ali exis-tentes", disse o maqui-'"nista.

Joáo Carlos Pimentel eseu auxiliar resolveramcarregar a parte traseirado animal na locomotiva,pois sabiam que a carneera saborosa, conformeatestava o pai do maqui-nista, o caçador AnestorMatias Pimentel, telegra-fista aposentado pelaRFFSA.

O jacaré deve ser da fa-mília dos Caimam Yacare,muito comuns no RioGrande do Sul, segundoinformou Anestor Pimen-tel. A parte traseira do Ja-caré foi levada pelo maqui-nista atropelador até suacasa, a carne retirada docouro por Anestor Pimen-.--..tel e depois fritada em ba-nha e saboreada por seispessoas, regada a vinho ro-:sé, servida no almoço paraa família.

ATROPELOU OUTROSANIMAIS

Anestor Matias Pimen-Lei, pai do maquinista, dis-se que nâo é a primeira vezque come carne de jacaré.Há alguns anos, ele estavacaçando com um amigo eum outro caçador matouum desses répteis. Depoisde preparado, também na. .fritura, Anestor Pimentellevou uma bacia da carnepronta para a sala telegrá-fica da Rede FerroviáriaFederal em São Leopoldo,oferecendo-a aos colegas,dizendo-lhes que era carnede peixe. "Todos comerame queriam mais. Só depoiseu contei que a carne erade jacaré, mas nenhum re-clamou da brincadeira];,-disse ele.

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Caça

CRECI J 367

proibida ^,O jacaré é um réptil crrjí-

codiliano, da família dosaligatoridéos que faz das

Tãgõãs~èl3Hnrrâd©s-sêA.UiaLbitar, sendo pouco fre:quente em rios. No RioGrande do Sul, como ob-serva o zoólogo OlissesChitollna, do zoológico déSapucaia do Sul, o jacaréestá em processo de extirt-çâo "mesmo que sua caçaseja proibida, até mesmono período aberto à caça'-*

Os técnicos que partici-pam do projeto de preser-vaçào do Parque do Deltado Jacuí, junto à regiãometropolitana, em um anode levantamento da flora efauna do local, só consè;guiram encontrar sete jãtcares. Estes répteis apare-cem com muita freqüênciano litoral gaúcho, na ex-tensão entre o municípiode Osório, a 100 km daCapital, e Torres, a 196 kmde Porto Alegre, provável-mente ao se perderem dasdezenas de lagoas internasda região. Em um mès, napraia de Rondinha, a 20km de Torres, por exenv?pio, foram avistados trêsjacarés.

A carne de jacaré temvalor calórico baixo, e má-gra, muito macia, de exce-lente qualidade, dizem ai-guns provadores, e asse-melha-se. em sabor, à car-ne de peixe.

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JORNAL DO BRASIL POLÍTICA E GOVERNO sábado, 13/2/82 ? Io caderno n 3

PDS paulista pede a Figueiredo autonomia de SantosSão Paulo — A cobrança da devolução da

autonomia à cidade de Santos — município consi-derado área de segurança nacional — e a sugestãopara o estabelecimento de um programa de ali-mentos subsidiados, apresentada durante a dis-cussão da tática eleitoral do PDS, foram os doisfatos que marcaram ontem a permanência doPresidente Figueiredo no Palácio dos Bandei-rantes.

Hoje, no terceiro e último dia de sua estada emSão Paulo, o Chefe do Governo vai inaugurar, pelamanhã, um conjunto residencial em Itaquera. On-tem o Presidente permaneceu até o meio da tardena suíte 2007 — a presidencial — do Maksoud PlazaHotel, de onde saiu para um encontro com políti-cos do PDS no Palácio dos Bandeirantes e parapresidir a posse da nova diretoria da AssociaçãoNacional dos Transportadores de Cargas, no Pala-cio das Convenções do Parque Anhembi.

Tática eleitoralPela manhã, no hotel, o Presidente Figueiredo

não recebeu qualquer político. Ele nâo concedeuuma audiência pedida pelo Deputado EstadualRenato Cordeiro e também nâo apareceu no hotelo ex-Governador Laudo Natel, cujo encontro com oPresidente chegou a ser noticiado. Assessores daPresidência explicaram que o General Figueiredonâo quis receber políticos, reservadamente, nohotel, para nâo dar a impressão de estar prestigian-do uns em detrimento de outros, num ano eleitoral.

Às 15h30m, acompanhado pelo GovernadorPaulo Maluf e pelo ex-Governador Abreu Sodré,que haviam chegado 15 minutos antes e subido àsua suíte, o Presidente Figueiredo seguiu para oPalácio dos Bandeirantes. Na sede do Governopaulista estava programado que ele receberia oscumprimentos de 250 políticos das bases do PDS.

O Presidente permaneceu numa espécie depaço e os políticos em fila, o cumprimentavam,mas antes que a fila terminasse, ele interrompeu oscumprimentos e, atendendo a um pedido dos depu-tados estaduais e federais do PDS de Sáo Paulo,concordou em recebê-los. reservadamente no se-gundo andar do Palácio. Antes ele cumprimentouos apresentadores de televisão Raul Gil. DárcioCampos e Jacinto Figueira Júnior, a dupla Dom eRavel e a ex-vedete do teatro, Virgínia Lane.

Relatou depois o Deputado Ademar de BarrosFilho (PDS) que, no encontro com os parlamenta-res foi discutida a tática eleitoral do PDS para opróximo pleito, quando o chefe dos GAPs (Gruposde Assessoria e Participação) do Governador Pau-lo Maluf, Paulo Roberto Richter, sugeriu um pro-grama de alimentos subsidiados, dentro de umprograma amplo de abastecimento para a popula-çào. Segundo Ademar de Barros, o Presidenteouviu a sugestão mas náo quis opinar.

Ademar de Barros Filho contou que os depu-tados federais de São Paulo pretendiam pedir oapoio do Presidente à reapresentação de novaemenda, estendendo as sublegendas às eleições degovernador, mas nào houve tempo.

No Palácio, antes da reuniáo com os depu-tados. o Presidente Figueiredo recebeu um do-cumento assinado por dirigentes sindicais, asso-ciações de classe, por um representante da diocesede Santos e por integrantes do PDS, PMDB. PP ePT. cobrando a promessa que ele fez. publicamen-te no dia 30 de agosto passado, de restituir aautonomia a Santos. Limitou-se então a travar oseguinte diálogo com o Deputado Erasmo Dias(PDS-SP). que integrava a comissáo santista:

Deputado, vamos devolver a autonomia ounão?

Vamos — respondeu o deputado.Então vamos estudar — concluiu o Presi-

dente despedindo-se dos membros da comissáo.

Rodoviários dão apoioe Presidente agradece

O Presidente João Figueiredo recebeu ontemo apoio político declarado em discurso do novopresidente da Associação Nacional de TransportesRodoviários de Carga, Thiers Fattori Costa. "Es-tais consciente — respondeu o Presidente — que oGoverno precisa para levar avante nào apenas asolidariedade popular, mas da ajuda sincera detodos os grupos sociais".

A solenidade de posse da diretoria, da associa-çáo foi realizada no Palácio das Convenções, cujasinstalações ainda se ressentiam dos efeitos daúltima enchente de São Paulo: o carpete estavamolhado, o cheiro era de mofo (camuflado pelo arcondicionado muito frio) e as poltronas permane-ciam úmidas.

O novo presidente da NTC, Thiers FattoriCosta, disse em seu discurso que o setor de trans-porte rodoviário de carga dá apoio politico aoPresidente da República, "num ato de justiça ecoerência política". Acrescentou que "a hora náo ede pedir ajuda, mas de oferecer apoio"

Leia editorial "Eleições a Fazer"

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Figueiredo esteve sempre ao lado de Maluf no Bandeirantes

Gaúcho típicocritica segurançaJorge Simào Filho, vestido

como gaúcho típico, que disseter servido, em 1950, como solda-do em Alegrete (RS), quando oPresidente João Figueiredo eracapitão, conseguiu ontem à noi-te à saída do Palácio das Con-venções conversar rapidamentecom seu ex-comandante. Depoisfoi arrastado por agentes de se-gurança e reclamou: "E dizerque vocês querem ganhar elei-çào. assim, espancando eleitor".

O diálogo com o Presidentefoi rápido. "Trouxe um abraçode homem de campo, da saúda-de do tempo em que servi comosoldado. Somos gaúchos e gosta-mos de cavalo. O único que deuazar com esse belo animal foi oGovernador Maluf, mas vamosprovidenciar um cavalo mansopara ele", disse Jorge Simâo Fi-lho, muito bem humorado, ape-sar da contrariedade dos segu-ranças.

Reunião com IN ateiserá em Brasília

O ex-Governador Laudo Natelexplicou que seu encontro com oPresidente Figueiredo foi mar-cado para Brasília e não paraontem em Sáo Paulo, como che-gou a ser anunciado. A reuniãodos dois ficou para o Planalto,depois que o Presidente cônsul-tar sua agenda. O ex-Gover-nador esteve ontem com o Presi-dente no Parque Anhembi, masnào conversaram sobre a situa-ção do PDS em Sáo Paulo.

Depois que conversaram emCampinas, município em que Fi-gueiredo iniciou a visita de trêsdias ao Estado, havia sido acer-tado um provável encontro dosdois para o dia de ontem, noPalácio dos Bandeirantes, localonde o Presidente da Repúblicarecebeu cumprimentos de cercade 200 filiados do PDS. LaudoNatel nâo foi ao palácio porqueanteriormente havia acertado aviagem a Brasília.

Fogo em geradoraciona segurança

Um incêndio num con-junto de geradores da su-bestaçâo Ibirapuera daEletropaulo fez com que oHotel Maksoud Plaza, on-de o Presidente Figueiredoestá hospedado em SãoPaulo, ficasse sem energiadurante 20 minutos da noi-te de ontem.

O gerador do hotel foiligado automaticamente,mas a falta de energia pro-vocou uma mobilização es-pecial da segurança doPresidente e a permanèn-cia, no local, do diretor doDOPS paulista, delegadoRomeu tuma.COMO FOI

Procedentes do Paláciodas Convenções do ParqueAnhembi, o Presidente Fi-gueiredo e comitiva ha-viam chegado ao hotel às19h50m e em companhiado Governador Paulo Ma-luf ele subiu imediatamen-te para a suíte, 2007 queestá "ocupando no 20° an-dar. O Governador aindanâo havia descido quando,às 20h5m a luz apagou. Odiretor do DOPS, RomeuTuma, acompanhara opresidente e ainda perma-necia no saguão do hotel.

Agentes da segurança doPresidente Figueiredo pe-diram a ajuda da políciapaulista e, imediatamente,o diretor do DOPS desta-cou agentes para verificara subestação Ibirapuera,onde constataram que oincêndio fora acidental. Aomesmo tempo ele entrouem contato com o coman-dante do Corpo de Bom-beiros de São Paulo, quan-do ficou acertado que umaequipe seguiria imediata-mente para combater o fo-go nos geradores, mas ostécnicos da Eletropauloasseguraram que a situa-çào estaria regularizadaem 20 minutos.

Com o gerador, a ilumi-nação do hotel era precâ-ria e, como parte das medi-das de segurança, policiaismilitares foram destaca-dos para, em dupla, per-correrem a quadra em queq hotel se situa. Carros doDSV (o Departamento quecontrola o trânsito na Ca-pitai) foram colocados nasesquinas e em pontos es-tratégicos das imediaçõesdo hotel.

Às 20h25m a energia daEletropaulo foi restabele-cida na região do hotel, 20minutos após a interrup-çào, conforme fora pre-vista.

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AOS HOMENS DE VERGONHADE PERNAMBUCO:

Não me importa sua condição social; não me preocupaa sua situação financeira; não me faz crescer a sua situaçãoeconômica. A mim, envaidece o seu comportamento dehomem de bem; a sua preocupação com a imoralidade e acorrupção que vêm campeando no mundo administrativodo Brasil de hoje.

E dentro dessa sua preocupação com a alarmantecorrupção, no Brasil de hoje, é preciso que V.S. saiba que, acoisa está muito pior do que V.S. imagina. As coisaschegaram a tal ponto, de precisar de um paradeiro imedia-to. Para tanto, em fato comprovado de tal gravidade, oMinistro Hélio Beltrão, às fls. 3-A, do 1o Caderno do Diáriode Pernambuco, do dia 26 de junho último, pediu encareci-ijurTicMiG QUG uíTia »-iS3 iGmíCSS uo iüiuío Campai 11 iâ yúvtuf td-mental, de parte dos adeptos do Governo, seja exatamenteo combate à corrupção.

Daí, aproveitando-se da época, ter o Presidente daAssociação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco,ANTÔNIO CELSO DE MORAIS CAVALCANTI, compradopara aquele órgão de classe, um prédio na Av. Mal.Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira, pelo preço decinqüenta e cinco milhões de cruzeiros (CrS 55.000.000,00)e, "sabidamente" escriturou dito prédio por setenta e cincomilhões de cruzeiros (CrS 75.000.000,00) quando o corretorpor ordem dos vendedores entabolou negociações e efe-tuou a venda somente por cinqüenta e cinco milhões decruzeiros (CrS 55.000.000,00).

Procurando uma tangente, o Presidente da Associaçãodos Fornecedores de Cana de Pernambuco, snr ANTÔNIOCELSO DE MORAIS CAVALCANTI, que dantes, condenavao homem de bem chamado FRANCISCO FALCÃO, porestar há cinco mandatos à frente da mesma Associação evem tendo o mesmo comportamento, querendo se eterni-2ar no poder, o que demonstra a sua incoerência e a suaânsia pelo mando, está se esquecendo que na gestão dohomem de bem que é FRANCISCO FALCÃO, jamais houvedesse fato. Então para justificar tal imoralidade, vai ANTO-NIO CELSO DE MORAIS CAVALCANTI querer dizer que oacréscimo da "bagatela" de CrS 20000.000,00 (vintemilhões de cruzeiros), foi por outras razões, o que náoconvence nem menino de escola, pois um Corretor Oficialcom a seriedade do que promoveu a transação queANTÔNIO CELSO DE MORAIS CAVALCANTI aumentouem CrS 20.000.000.00 na escritura, não ina nem poderia seequivocar nos "trocados" correspondentes a CrS20.000.000,00 (vinte milhões de cruzeiros), quando a vendafoi concretizada por CrS 55.000.000.00 mas ANTÔNIOCELSO DE MORAIS CAVALCANTI mandou escriturar porCrS 75 000 000.00, e isso é uma imoralidade.

Será que vamos ter de, parodiando o eloqüente Cicero.dizer, "ate

quando oh corruptos vocês abusarão da nossapaciência?"

Recife. 8 de fevereiro de 1982.(ass.) Gil Teobaldo de Azevedo. (P

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4 a in caderno ? sábado, 13/2/82 POLÍTICA JORNAL 00 BRASiL

Brasllio/Fotos de A. Dorgivan

Tancredo, ao lado de Miro, ouviu as críticas de Levy contra a incorpo } reunia PlríDB, avaliou, tendências e constatou que convenção ierú quorum

PMDB e PP compõem o novo diretório com "biônicos'Brasília — Nove ex-governadores de Estado e

dois senadores biônicos deverão integrar o novo dire-tório nacional do PMDB, a ser eleito amanhã naconvenção que marcará a incorporação do PP aoPartido presidido pelo Deputado Ulysses Guimarães.A chapa, com 69 nomes para o diretório, foi liberadaontem à noite pela direção dos dois partidos.

Os ex-Governadores são: Aluísio Alves (RN), Cel-so Peçanha e Rafael de Almeida Magalhães (RJ). CidSampaio e Miguel Arraes (PE), Gilberto Mestrinho(AM), Joào Agripino (PB), Marcelo Miranda (MS) eRoberto Santos (BA). Afonso Camargo, do Paraná, eGastão Muller. de Mato Grosso, sáo os dois senadoresbiônicos.

A chapa

Dos 69 nomes indicados para o novo diretório doPMDB, o PP contribuiu com 23 — os 45 restantesintegram os quadros do Partido de Ulysses Guima-râes. Os candidatos do PMDB são:

Ulysses Guimarães, Agenor Maria, Aldo Fagun-des, Alencar Furtado, Temperam Pereira, AurélioPeres, Celso Peçanha, Chagas Rodrigues, DejandirDal Pasquale, Edgard da Matta Machado, EuclidesScalco, Evandro Carreira, Fernando Cunha, Fernan-do Lyra, Francisco Pinto. Gilson de Barros, HenriqueSantillo, Humberto Lucena, Iranildo Pereira, JacksonBarreto. Jader Barbalho, Jarbas Vasconcelos, Jeròni-mo Santana, Joáo Evangelista Melo, Leite Chaves,Leo de Almeida Neves. Marcelo Cerqueira, MárioCovas, Mário Moreira. Mauro Benevides, Miguel Ar-raes, Nabor Júnior, Octacilio Queiroz, Paulo Rattes.Pedro Simon, Raimundo Azevedo Costa, Rafael deAlmeida Magalhães, Renato Archer. Roberto CardosoAlves, Ronan Tito. Severo Gomes, Tarcísio Delgado,Teotonio Villela, Tidei de Lima, Waldir Pires e WilsonMartins.

Eis os candidatos do PP:Afonso Camargo, Aluizio Alves, Antônio Moraes.

Bento Gonçalves Filho, Cid Sampaio, Edson Vidigal,Evelasio Vieira, Gastão Muller, Gilberto Mestrinho,Hélio Fernandes, João Agripino, João Linhares, JoãoMenezes, Luiz Baptista, Marcelo Miranda, MárcioMacedo, Mendes Canale. Miro Teixeira, Roberto San-tos, Roberto Hersbster Gusmão, Sérgio Ferrara, Sér-gio Murilo e Tancredo Neves.

Entre os suplentes indicados para o diretórionacional, foram incluídos a professora Maria da Con-ceição Tavares, o líder estudantil Luiz Mariano, osindicalista João Carlos Araújo ("negào") e o ex-presidente da UNE e professor universitário JoséSerra.

Convenção conjuntaterá voto separado

Brasília — A convenção conjunta do PP e PMDBserá instalada amanhã, às 9h, com qualquer quorum,de acordo com a legislação eleitoral vigente. Ela sópoderá, no entanto, eleger o novo diretório nacionaldo Partido que resulta da incorporação mediante aapuração de 251 votos dos convencionais do PMDB e151 do PP.

O PMDB reúne 292 delegados, com direito a 501votos, enquanto o PP tem 209 delegados que manipu-iam 300 votos. Nessa convenção, o quorum é contadocom base no número de votos e não pela presença dosconvencionais. É que muitos políticos do PMDB e doPP, com funções partidárias, podem votar duas, trés eaté quatro vezes.

Votos pluraisOs votos plurais sâo distribuídos da seguinte

maneira: se o convencional é apenas delegado, só temdireito a um; se é, por exemplo, delegado e parlamen-tar (deputado federal ou senador), tem direito a dois;se, além de delegado e congressista, é líder de banca-da — caso do Deputado Thales Ramalho — vota trésvezes; e se, além de delegado, parlamentar e líder fordo Diretório Nacional do Partido, poderá votar quatrovezes.

A legislação eleitoral vigente nâo faz nenhumamençáo ao voto plural, limitando-se a proibir somenteo voto por procuração. Um caso de convencional, quevotou quatro vezes, é o do Senador Evelasio Vieira(PMDB-SC). Ocorreu na convenção pemedebista de20 de dezembro do ano passado, que aprovou aincorporação do PP. Evelasio votou como delegadode Santa Catarina, parlamentar, líder de bancada emembro do Diretório Nacional do PMDB.

É relativa no resultado de uma convenção, noentanto, a influência dos votos plurais. Um delegadocom direito a voto triplo, por exemplo, pode deixar decomparecer e o suplente convocado só poderá votaruma vez.

A convenção do PP e PMDB amanhã é conjunta,mas os votos terão de ser tomados separadamente porcada um dos Partidos. Se apenas um Partido alcançaro quorum da maioria absoluta — a do PMDB estima-da em 251 votos e a do PP em 151 — as deliberaçõesnão poderão ser dadas como aprovadas. A convençãoé específica: eleição do novo Diretório Nacional donovo Partido. Se não houver quorum qualificado,portanto, num dos dois lados, uma nova convençãoterá de ser convocada.

- As maiores expectativas, quanto a compareci-mento, se voltam para as bancadas do Rio de Janeiroe Minas Gerais, no caso do PP. Na convenção do dia20 de dezembro de 1981, que deu inicio ao processo deincorporação, 17 delegados efetivos do PP fluminensenào compareceram, forçando a convocação dos su-plentes. Na bancada de Minas faltaram nove delega-dos e só cinco suplentes se apresentaram, dos quaisquatro preferiam não votar.

No PP do Rio 13 delegados tèm direito a vototriplo e no PP de Minas 11 dispõem desse privilégio.

Chagas diz a Magalhãesque teme por liberais

O Deputado Magalhães Pinto revelou no Rioconversa de 30 minutos, por telefone, que manteve naúltima quarta-feira com o Governador Chagas Frei-tas. Disse que Chagas se mostrava cético quanto aofuturo dos liberais oposicionistas que se filiaram aoPP, se a incorporação do seu Partido ao PMDB nàofor interrompida.

Dois parlamentares estaduais ligados a Chagasconfirmaram que ele conversou, realmente, com Ma-galhães, criticando a cúpula nacional do PP por teriniciado, sem uma consulta mais ampla às bases doPartido, o processo de incorporação. Os dois depu-tados, que náo quiseram se identificar, garantiramque o Governador fluminense explicou a Magalhãesque só não tentaria esvaziar a convenção conjuntaque PP e PMDB realizam amanhã porque o quorumjá estava assegurado.

ProvidênciasChagas não acredita que o processo de incorpora-

ção vença a batalha judicial das incorporações, con-forme acentuaram os dois parlamentares que tiveramacesso à conversa que ele manteve com Magalhães. Adescrença do Governador no êxito da incorporaçãodo seu Partido ao PMDB é confirmada, de certaforma, pelo presidente da Assembléia Legislativa doEstado do Rio, Deputado Jorge Leite, adiantandoprovidências que os chaguistas tomarão a partir demarço.

Leite assegurou que Uma dessas providênciasserá a de empurrar outra vez para as ruas a cândida-tura do Deputado Miro Teixeira, que ficou imobiliza-da, a partir do dia 20 de dezembro do ano passado,quando foi iniciado o processo de incorporação dosdois principais Partidos de Oposição. O PP, de acordocom o presidente da Assembléia Legislativa — organi-zador do comício de lançamento da candidatura deMiro em Madureira —- sairá de uma convenção ex-traordinária. convocada para o próximo dia 28, comose continuasse a manter no Estado do Rio a suaidentidade.

Entre as providências que tomará para reativar asatividades políticas de seu grupo, depois do carnaval,intensificando-as logo no inicio de março, Chagas,segundo os Deputados José Carlos Lacerda e SílvioLessa, fará uma ofensiva publicitária através de jor-nais, rádios e televisões. Os dois parlamentares escla-receram que a campanha terá a finalidade de melho-rar a imagem do Governador com apresentação deobras que realizou e que julga importante.

Dois dirigentes do PP informaram, ao mesmotempo, que Chagas pretende restabelecer o trinòmioque sempre manejou para criar no Rio uma forteestrutura política: Governo, Partido e jornal. O Dia,matutino de propriedade de Chagas, intensificaria, deacordo ainda com as revelações dos dirigentes pepis-tas, a promoção dos principais lideres do chaguismono Estado.

As cisões

Como processo bastante traumático no Estado doRio a incorporação do PP ao PMDB começará aproduzir a partir de amanhã data da convençãoconjunta dos dois Partidos, cisões de parte a parte. ODeputado Federal Celso Peçanha revelou que osquadros pemedebistas no município de Campos, polode atração política do Norte fluminense, perderão 20lideres sem mandato, mas de bom futuro eleitoral.

O Senador Roberto Saturnino, que havendo aincorporação, terá de lutar com o Deputado MiroTeixeira na convenção do novo PMDB pela vaga decandidato a Governador, disse a amigos, entre eles oPrefeito de Resende — uma cidade industrial do Sulfluminense — Noel de Carvalho, que não deixara osquadros pemedebistas.

Saturnino tem convites de Sandra e de Brizola —confirmados por ambos — para ingressar, respectiva-mente, no PTB ou no PDT. O Deputado Celso Peça-nha assegurou que o Senador e candidato ao Governodo Estado figura numa relação de pemedebistas queprovavelmente se filiarão a outros Partidos e queatingiria, segundo o parlamentar, de 40 a 60% dosatuais quadros do PMDB.

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Josafá (de pé) entrega o texto da defesa a Tancredo e Ulysses

Partidos entregam defesa ao TSEBrasília — A representação do Pro-

curador-Geral da República, e tambémeleitoral, Inocèncio Mártires Coelho,que pede a impugnação da incorpora-ção do PP ao PMDB "é inadmissível.Recebida apenas para discussão, há deser rejeitada, liminarmente". Esta éuma das conclusões da defesa dos presi-

Senador Tancredo Neves,npm,. ¦» nu r r .-íO UU ST ST

e do PMDB, Deputado Ulysses Guima-rães, entregue, ontem, ao TSE.

Para chegar a essa conclusão, o ad-vogado dos dois Partidos, ex-SenadorJosaphat Marinho, que elaborou o do-cumento, baseou-se "na lei e na júris-prudência". São 19 páginas de argu-mentaçòes, fundamentadas nas leiseleitorais, resoluções do TSE e em obrasjurídicas, inclusive algumas utilizadaspelo próprio Procurador-Geral da Re-pública.

ArgumentosUm dos autores citados pelo Pro-

curador foi o jurista Manoel GonçalvesFerreira Filho, na obra "Os PartidosPolíticos nas Constituições Democráti-

cas. para dar sustentação a seu pedidode impugnação. Utilizando-se da mes-ma obra, a defesa do PP e do PMDBdestaca:

— Autor da preferência do ilustreProcurador-Geral, na mesma obra porele citada, ao examinar "a ordem inter-na e os direitos dos Partidos", realça,com propriedade, sem excluir o controlelegal, que "a liberdade de ação dosPartidos é uma conseqüência lógica daliberdade de criação. De fato, de queserviria uma sem a outra? De que servi-ria o direito de organizar o- inútil?"

O PP, pelo seu presidente TancredoNeves, entregou, também, ontem, aoTSE. mais duas defesas. Uma contra omandado de segurança impetrado pelodiretório local de Ipiranga, em Sáo Pau-lo. A outra contra ação idêntica propôs-ta pelo Deputado Herbert Levy (PP-SP). Os dois mandados tentam impug-nar a incorporação.

Basicamente, as duas defesas con-tèm os mesmos tipos de argumentosutilizados para contestar o pedido deimpugnação feito pelo Procurador-Geral da República.

Pepista anuncia desligamento

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Brasília — "Nâo ficarei no Partido.Meus eleitores é que me indicarão ocaminho no Pará. O PMDB é um dosnegócios da economia subterrânea deAlacid Nunes".

A afirmaçào foi feita ontem peloDeputado Nélio Lobato (PA), no cursode uma reunião de dirigentes e parla-mentares do PP para uma avaliação dasconseqüências da incorporação. Tan-credo deixou a reunião às 16hl5m parair ao TSE e a reunião logo se esvaziou.

RespostaAo abrir a reunião, o Senador Tan-

credo Neves repetiu frase cunhada, quevem repetindo hà várias semanas: "Aincorporação é a resposta ao famigera-do pacote do Governo", referindo-se à

vinculaçào de votos de governador avereador.

O encontro contou com a presençade cerca de 50 parlamentares, delegadosde diretórios regionais e dos ex-governadores do Rio Grande do Sul cda Bahia, Sinval Guazelli e RobertoSantos. O Deputado Carlos Santana(BA) defendeu a incorporação. Mas de-pois dele, o Deputado Herbert Levy(SP), em discurso escrito, de quatropáginas, criticou duramente a direçãonacional do PP:

— Nâo posso aceitar uma soluçãoque, se adotada, mutila irremediável-mente o Partido.

No entender de Herbert Levy o PPestá jogando fora a vitória para o Gover-no e o Senado em alguns Estados. Ci-tou, entre eles, Piauí, Rio Grande doNorte. Amazonas, Paraná e Paraíba.

CandidatosOziel deixa o

projeto CarajásBrasília — O secretário

executivo do Conselho In-terministerial do Prògra-ma Grande Carajás, OzielRodrigues, informou, on-tem que solicitou demis-são do cargo e que paraseu lugar irá Nestor Jost,ex-presidente do Banco doBrasil. Os motivos que olevaram pedir demissãosão puramente políticos,uma vez que precisava sedesincompatibilizar paraconcorrer ao cargo de Go-vemador do Pará.

Alacid apoiadois do PMDBBelém — Os Secretários

Dionísio Hage, de Educa-çào, e Fernando CoutinhoJorge, de Planejamento,deixaram os cargos _ trêsdias antes de esgotar-se oprazo mínimo previsto emlei para desincompatibili-zação. Ambos vão concor-rer, nas eleições de novem-bro, a uma vaga na Cama-ra dos Deputados, peloPMDB, por indicação ecom apoio total do Gover-nador Alacid Nunes.

S. Catarina muda11 secretáriosFlorianópolis — Onze

dos 17 secretários de Esta-do de Santa Catarina dei-xaram ontem seus cargospara concorrer às eleiçõesde novembro, atendendodeterminação do Governa-dor Jorge Bornhauseri nosentido de que os postu-lantes a cargos deveriamse desincompatibilizar, umano antes do término.dosmandatos. Os secretáriosque se afastaram sãalvãBonato (Fazenda), ,JairHamms (Comunicação So-ciai) Nilson Bender (Indús-tria e Comércio), Esperi-dião Amim (Transportes),Egidio Martorano (Bem-Estar Social), FernandoBastos (Trabalho), ijoãoPaganella (Oeste), NereuGuidi (Casa Civil), BulcaoViana (Administração), Jü-lio César (Turismo i e Laer-te Ramos Vieira (Cônsul-tor-Geral do Estado). 0

Paulinelli dizque se eantlidata

Belo Horizonte — Agrande surpresa no proces-so de desincompatibiliza-çâo em Minas foi o ex-Ministro da Agricultura doGoverno Geisel, AlyssonPaulinelli, que deixou on-tem a presidência do Ban-co do Estado de Minas Ge-rais e colocou o seu nome aserviço do Partido, sem re-velar a que pretende can-didatar-se. Além dele, cin-co secretários de Estado —de Ciência e Tecnologia,Agricultura, Obras Públi-cas, Interior e Justiça e deAdministração — deixa-ram a equipe do GovernoFrancelino Pereira. Outroque abandonou o cargo pa-ra candidatar-se a deim-tado federal foi José Césarde Abreu, que deixouádi-retoria de Operação 'daEBTU.

Dois deixam cargoao som de violão

Recife — Ao som de vio-lões e cavaquinhos os Se-cretários da Educação eHabitação, respectiva-mente. Joel de Holanda eJosé Jorge de Vasconcelos,renunciaram ás suas Pas-tas para se candidatarem auma vaga na Câmara fede-ral, em cerimônia realiza-da no Palácio do Campodas Princesas.

aliJORNAL DO BRASIL CIDADE sábado, 13/2/88 ? Io caderno ? 5

Carlos Mesquita

-SKTO JÍSM3C Sj™-':':" — jS^^W^"

Konald Watters disse qu~Sunab lhe causou danos

Delegadodesmentemaus-tratos

v/.:,V. ° delegado Wilson Via-, ha, o Capitão Aza, novo

diretor da Divisão de Se-gurança e Proteção ao Me-nor, da Secretaria de Segu-rança Publica, desmentiu,ontem, maus-tratos a me-

iíii nores acautelados naqueladependência. Ele negouter feito, também, referên-cias desabonadoras à Fu-nabem e à FEEM.

Na tarde de ontem, o de-legado Wilson Viana foichamado à presença do de-legado Peter Gersten, dire-',. tor do Departamento dePolícia Especializada, pa-ra dar explicações sobre areportagem publicada noJORNAL DO BRASIL deontem. Ele afirmou desço-nhecer o conteúdo da re-portagem e acrescentouque um menor lhe dissenao ter visto ninguém so-frer maus-tratos na divisãodesde que ali se encontra.

— Como posso falar con-tra a Funabem e a FEEM,duas instituições que aju-

''•"dam a divisão? — indagouo delegado Wilson Viana.Explicou que pretendeadotar novos métodos detrabalho na divisão, "com

'¦o apoio de todas as insti-tüições".

N. da R.: Os maus-tratosaos menores mencionadospelo JORNAL DO BRASILem sua edição de 12/02 (Ca-demo B, 1* página) foramrelatados à repórter pormenores acautelados na

\ divisão; as declarações dodelegado Wilson Viana pu-blicadas na mesma repor-tagem, apesar de negadaspor ele após a publicação,foram todas prestadas àmesma repórter.

Loterj saipara o

. ii° 23 705A 324a extração da Loteriado Estado do Rio de Janei-rb apresentou os seguintesresultados.Prêmios Valores Bilhetes1° CrS ó milhões 23 705

'..V CrS 500 mil 1 1 230

,'V Cr$300m,l 21 3904? CrS 150 mil 19 147

.''.75° CrS 100 mil 21 577"''

6° CrS 80 mil 29 34111

7" CrS 70 mil 6 750,8° CrS 60 mil 14 726

\;.9° CrS 40 mil 21 9521 :''Í.Q° CrS 30 mil 1 2 434

Membro de.-ÁLN não

tem habeas'Z.

. Brasília — Por unanimi-.dade. o STM (Superior Tri-

. bunal Militar) negou pedi-do de habeas corpus para

...suspender ordem de buscae captura decretada pela1" Região Militar (Rio)contra Carlos Eugênio Sar-mento Coelho da Paz, ex-"integrante da Aliança Li-

• 'bertadora Nacional (ALN)e desertor do Exército em1969. O advogado IdibalPiveta sustentou no tribu-nal que Carlos Eugênio de-sertou porque estavaameaçado de prisão, pres-«ps a ser submetido a inter-

, rogatório. Sua tese é a de-;(C}ue Carlos Eugênio não

, comenteu crime comum,,,r,,ma.s c'e motivação política,

devendo portanto ser anis-tiado.

e a imputação dos atentados d OAB e à"tremendos, definitivos e irreparáveis"

Ronald Watters vaiprocessar a União eentrar para o PTB

Ronald Watters, absolvido da acusação de colo-car bombas na OAB e na Sunab, vai dar entrada emação indenizatória contra a União, por danos moraise lucros cessantes. Um dia depois de ouvir a sentençada Justiça Militar. Watters falou sobre seus planos.Defendeu a legalização do PCB, manifestou a inten-ção de ingressar no PTB e disse ter um croquis dafuga do cirurgião plástico Hosmany Ramos da Poli-cia Federal.

De calças jeans, camiseta t-shirts azul e brancaWatters estava irritado com uma sugestão de umamigo: montar de sociedade com Ronald Biggs umpub chamado Watters and Biggs. Desiludido com oregime, o ex-acusado de jogar bombas na OAB eSunab disse que "jamais" entraria para o PDS. Eesbravejou:

— O PDS ê uma parte da Revolução que me deucomo recompensa por muito trabalho executado,sem nunca pensar em retribuição, 228 dias. quatrohoras. 32 minutos e 14 segundos de cadeia, de acordocom o meu relógio, que nâo foi surrupiado na PolíciaFederal.

Livro de humor

O advogado Jorge Beja, especialista em açõesindenizatórias, foi contratado por Watters, por suges-tão do seu defensor na Justiça Militar, Raul Gudolle,para dar entrada numa ação responsabilizando aUnião por danos morais e lucros cessantes. O valor daação ainda não está definido e Watters náo querianem que sua intenção de acionar o Estado fossedivulgada.

Bem-humorado, declarou que teve um dia cheiode surpresas, ontem. Nào comemorou a absolvição,dormiu muito na casa da filha e ficou emocionado,segundo relatou, como o pedido de um autógrafo querecebeu de um gari da Comlurb, na Tijuca. Diante deum copo de chope numa churrascaria, minutos de-pois de gravar entrevista para o Fantástico, falousobre o processo do qual se livrou.

— Tenho a impressão de que o destino reservou asemana que antecede o carnaval, momento de fanta-sias e palhaçadas, para o desfecho desse caso.

Watters não perdoa a forma como o delegadoArmando Costa — "e seus esbirros, pode colocar ai"— conduziu o processo no qual foi indiciado. Oadjetivo com que classifica a conduta da PoliciaFederal é impublicável. Porém, acha que pode sevingar: se contar tudo o que passou na cadeia, dariaum excepcional livro de humor. Imaginou ate umtítulo: 228 dias de Cadeia por, Ronald Watters. Faltaeditor.

Com 60 páginas no máximo, contaria históriascomo a do dia em que saiu para tomar chope naPraça Mauá com dois agentes federais. "É fácil fugirda Polícia Federal?" — pergunta o repórter. Wattersse impacienta. "Fácil? É moleza" — respondeu, de-pois de ameaçar mostrar um croquis da fuga deHosmany Ramos de um outro livro, "contando tudo",Watters diz que já redigiu 325 páginas.

Com ficha de filiação partidária rejeitada pelo PPde Mangaratiba e sem pretender bater à porta doPDS.Watters acha que seu caminho será mesmo oPTB, ao lado de quem está apoiando.

Estaria ao lado da professora Sandra Cavai-canti. que, sem duvida, vencerá tranqüilamente aseleições para o Governo desse infeliz fundido Estado.

"Tremendos, definitivos e irreparáveis" — essessão os três adjetivos de que Watters se utiliza paraavaliar os danos causados pela acusação de que foi oresponsável pelas explosões na OAB e na Sunab.Apesar de se considerar livre para dizer o que bementende, ele continua resvalante nas perguntas sobreo caso. Quando é sugerido que comente a afirmaçãoda Promotora René Solange, de que os responsáveispela morte de D Lyda Monteiro sào os mesmos doRiocentro, Watters responde:

Sem comentários.

Leitura da sentençaserá feita no dia 18

O Juiz-Auditor da 2" Auditoria do Exército, Antò-nio Cavalcanti de Siqueira Filho, informou, ontem,que a leitura de toda a sentença do processo deRonald Watters será feita no dia 18, às 13h30m, emsessáo publica. Anteontem, dia 11, o presidente doConselho Permanente de Justiça, Major Nilson Afon-so Crisanto da Costa, leu apenas o veredito. O juiz-auditor, de acordo com o Código de Processo PenalMilitar, tem um prazo de oito dias .para redigir asetença.

A decisão do Conselho Permanente de Justiça denáo atender a sugestão da Promotora Renée Solangeda Fonseca Freitas, de encaminhar peças do processopor haver indícios de crimes praticados por RonaldWatters, não foi unânime: o Juiz-Auditor AntônioCavalcanti de Siqueira Filho foi vencido, ou seja. omagistrado atendeu a solicitação do Ministério Pú-blico de encaminhar as peças as Justiça comum.

Hurtadovolta aoEquador

O Presidente do Equa-dor, Osvaldo Hurtado Lar-rea encerrou, ontem, noRio de Janeiro, sua visitaoficial ao Brasil, que come-çou em Manaus, no dia 7.Acompanhado de sua co-mitiva formada por 43 pes-soas, embarcou, às 11 h, noavião que o trouxe ao Bra-sil, com destino a Quito.

Na Base Aérea, o Presi-dente Osvaldo Hurtadodespediu-se do Governa-dor e de sua mulher, D. ZoéChagas Freitas. Ele rece-beu os cumprimentos doComandante do I Exerci-to, Heitor Luís Almeida;do Comandante do 3o Co-mar, Alfredo Henrique Be-renguer César; do Coman-dante da Base Aérea, JoséTeófilo Rodrigues Aquino;e de membros do consula-do equatoriano do Rio deJaneiro.

Antes de embarcar noavião — que levantou vôo.pontualmente, as 11 h — oPresidente Osvaldo Hurta-do fez questão de apertaras mãos dos batedores eseguranças que o acompa-nharam durante o tempoem que permaneceu noRio. O avião fez uma esca-la técnica em Manaus esua chegada a Quito esta-va prevista para as 16 h 15m.

Juiz Francisco Horta pedee Chagas o aposenta após31 anos de serviço público

O Governador Chagas Freitas recebeu e aceitou,ontem, o pedido de aposentadoria do Juiz FranciscoHorta, afastado desde 14 de outubro de Vara deExecuções Criminais. O magistrado — com 31 anosde serviço público — requereu sua aposentadoria aopresidente do Tribunal de Justiça, DesembargadorMarins Peixoto, com base no Artigo 74 da Lei Com-plementar 35, de 1979, e no Artigo 106 da ConstituiçãoEstadual, de 1975.

O advogado João Carlos Austregésilo de Ataíde,defensor do Juiz Horta, pedirá o arquivamento dosprocessos contra seu cliente que estão no ÓrgãoEspecial do Tribunal de Justiça e foram instaurados apedido do então Procurador-Geral da Justiça, NelsonPecegueiro do Amaral. "O Juiz Horta está, assim,livre para seguir sua vida, completamente desincom-patibilizado do Poder Judiciário — disse o advogado,que nào confirmou nem desmentiu a possibilidade deo magistrado concorrer a cargo eletivo.

pelo advogado Joáo Carlos

ESPECIALJORNAL DO BRASIL

DOMINGO .-):

ELEIÇÃO

A primeira notícia deque o Juiz Francisco Hortapediria sua aposentadoriasurgiu no dia 4 de novem-bro- çirá o assunto maisdiscutido no Palácio daJustiça. Nessa época, jáhavia também especula-ções quando a uma possí-vel candidatura do Juiz aum cargo eletivo. Amigoschegavam a dizer que "eleganharia fácil, se quisessese candidatar a deputadofederal. Só com os votosdas famílias de presos e degente ligada à área da Jus-tlça".

A notícia, porém foi des-mentida no dia seguinte

Austregésilo de Ataíde,que disse que seu clienteiria submeter-se a julga-mento em dois processos,no dia 8 de novembro, peloÓrgão Especial do Tribu-nsi uG u ustiçs". ciii uni,acusado de falta de decoropor ter desrespeitado asautoridades da Secretariade Segurança — GeneralValdir Muniz e Coronel Níl-ton Cerqueira — e em ou-tro, por ter-se excedido noselogios durante o enterrodo ex-policial Mariel Ma-riscot de Matos. A repre-sentação movida contraele pelo Juiz de Vassouras,Marcial Vieira, foi arquiva-da pelo Conselho da Ma-gistratura.

MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO

INSTITUTO BRASILEIRODO CAFÉ

RESOLUÇÃO N° 10/82

O PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉ (IBC).em exercício, no uso de suas atribuições legais e na conformidadedo que dispõe a Lei n° 1.779, de 22 de novembro de 1952,

RESOLVE:Art. 1o — Acolher os registros de "Declarações de Venda" relativasa exportação de café- vorde em grào ou torrado e moido, descafeina-do ou não. a partir de 15 de fevereiro de 1982, inclusive, paraembarque de Io de abril até 30 de abril de 1982. aos seguintespreços-minimos por libra-peso. para operações "A Vista".8) _ CAFÉS DO TIPO 6 (SEIS) PARA MELHOR, BEBIDA ISENTA

DE GOSTO RIO-ZONA, EMBARCADOS PELO PORTO DESANTOS — (SP).US$1.30 (um dólar e trinta centavos) ou o equivalente emoutras moedas,

b) — CAFÉS DO TIPO 7 (SETE) PARA MELHOR. BEBIDA ISENTADE GOSTO RIO-ZONA, EMBARCADOS PELOS PORTOSDE PARANAGUÁ (PR), RIO DE JANEIRO (RJ), VITÓRIA(ES), SALVADOR/ILHÉUS (BA) E RECIFE (PE)USS 1.29 (um dólar e vinte e nove centavos) ou o equivalenteem outras moedas;

c) - CAFÉS DO TIPO 7 (SETE) PARA MELHOR. BEBIDA RIO-ZONA, EMBARCADOS PELOS PORTOS DO RIO DE JANEI-RO (RJ), VITÓRIA (ES), SALVADORILHÉUS (BA) E RECIFE(PE)USS 1,20 (um dólar e vinte centavos), ou o equivalente emoutras moedas;

d) — CAFÉS DO TIPO 7/8 (SETÉ/OITO) PARA MELHOR DAVARIEDADE "ROBUSTA CONILLON", EMBARCADOS PE-LOS PORTOS DO RIO DE JANEIRO (RJ), VITÓRIA (ES) E

USS 1,10 (um dólar e dez centavos) ou o equivalente emoutras moedas.

PARÁGRAFO ÚNICO. Nas operações "a prazo" os preços acimaseráo acrescidos de |uros de 1,5% (um e meio por cento) ao mêssobre os preços líquidos de venda "À Vista".An. 2o — Manter em USS 50.00 (cinqüenta dólares) ou o equivalen-te em outras moedas, por saca de 60.5 quilos brutos, a Quota deContribuição sobre a exportação de café verde ou descafeinado. emgrào, ou '18 quilos de torrado e moido. para as operações cuiosregistros venham a ser acolhidos pelo Instituto Brasileiro do Café apartir de 15 de fevereiro de 1982, inclusive, para embarques noperíodo indicado no Artigo anterior.Art, 3o — Manter em viyor todas as demais disposições sobre aexportação de café verde em grão ou torrado e moido. descafeinadoou nào, que nào colidirem com as da presente Resolução.

Brasília. (DF). 12 de fevereiro de 1982.(ass ) HANS GEORG SIPPEL

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Instalar-se-á o conclave em 1a convocação às17:30 horas e em 2a e ultima convocação às 18horas, para apreciar a seguinte ordem do dia.1° — Eleição do síndico e do sub-sindico2o — Fixação dos honorários do síndico e da Admi-

nistradora3° — Eleição do Conselho Consultivo4° — Exame e proposta de orçamento5° — Assuntos de interesse geral

Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 1982EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS

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Agora, pela primeiravez, é você quem vaiescolher os melhoresdo carnaval. Atravésdo voto direto e secretoO Estandarte do Povovai ser oferecidoà melhor escola, àmelhor bateria, aomelhor samba-enredoe à melhor duplade porta-estandartee mestre-sala docarnaval 82.A carteia onde você vaicolocar o seu voto estádentro da separataque acompanha estarevista.E as urnas vão estar àsua espera, no final dodesfile, à saida do seusetor na Marquês deSapucai.Depois é só acompanharo resultado da votaçãopela TVS - Canal 11 ouler o Jornal do Brasilde quarta-feira.A entrega dos troféusserá feita no programaO Povo na TV, da TVS,também na quarta-feira.

Mas o melhor da festaé que nessa eleiçãovocê também saiganhando. Porquequem vota concorrea uma geladeira, umaparelho de arcondicionado, umamáquina de lavarroupa, uma batedeira,um aparelho de som3x1, uma TV a corese assinaturas doJornal do Brasildurante três meses.Tudo sorteado duranteo programa em que osresultados vão sair.Essa eleição vai ser ounão vai ser o maiorcarnaval?

Você é quem vota.Você é quem ganha os prêmios.

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^OPOVO.

^íi^DELFINCaderneta de Poupança

TVSSonrhaL ®®

JORNAL DO BRASIL

O MtLHOH SOM DO CARNAVAL.

6 0 Io caderno D sábado, 13/8/82 CIDADE JORNAL DO BRASIL

Informe JBCuba isola-se

Não é nada boa a imagem de Cubana comunidade internacional. Cubanem pode mais alegar para o seuisolamento, o bloqueio que lhe foi im-posto nos anos 60. Hoje, seu isolamen-to na América Latina é muito maior. Efoi ela quem o provocou. Pode-se ir atea aliteração para mostrar que Cubaprovocou seu isolamento com provo-cações a outros países.

Atualmente. Cuba tem relaçõesamistosas apenas com quatro paíseslatino-americanos e do Caribe: Nica-rágua, Granada, Panamá e México.Uma série de incidentes, ocorridos nosdois últimos anos. deteriorou as rela-ções entre Havana e seus vizinhos.

¦ ¦ aPressionados pela penúria de vida.

milhares de cubanos optaram porabandonar seu pais, ocupando as Em-baixadas do Peru. Equador e Vene-zuela em Havana, a procura de asilopolítico — à procura de emprego, ali-mentação e liberdade naqueles países.Desde esses incidentes, registrados em1980, esfriaram as relações dos paísesandinos com a ilha de Fidel Castro.

Em março de 1981, a Colômbia rom-peu relações com Cuba. à raiz dasprovocações que lhe fez Fidel Castro,treinando e armando guerrilheiros doM-19 e desembarcando-os no litoralcolombiano. Em maio. as provocaçõesvoltaram-se contra a Costa Rica, in-sultada por diplomatas cubanos naONU. Tantas provocações assustaramaté o Panamá, que sugeriu a realiza-çào de conferência hemisférica pararever o relacionamento interamerica-no de Cuba.

A Jamaica é o último país a anun-ciar rompimento de relações com Ha-vana.

Pouco depois da derrota do Gover-no de tendência esquerdista chefiadopor Manley, o Primeiro-Ministro Ed-ward Seaga expulsou o embaixadorcubano em Kingston, acusando-o decumplicidade em atividades subversi-vas. O rompimento das relações deu-se em outubro do ano passado, quan-do o Governo de Havana se recusou aextraditar criminosos jamaicanos.

¦ ¦ ¦O isolamento de Cuba. por ela pro-

vocado com provocações a seus vizi-nhos, já tem horizontes visíveis nospaíses do chamado Terceiro Mundo,principalmente nos países que se con-sideram não alinhados.

Sede, no momento, da Conferênciados Países Não Alinhados, Cuba ten-tou impor-lhes a balela de que a UniãoSoviética é "o aliado natural" deles. Ainiciativa capeiosa não prosperou. Foiderrotada na conferência de Ministrosdas Relações Exteriores realizada noano passado em Nova Deli.

Sempre serviçal à URSS, que lhedá uma "ajuda" de 10 milhões dedólares por dia, Cuba tentou bloquearresolução da conferência de Nova Delique exigia a retirada de tropas estran-geiras do Afeganistão e do Camboja.

A perda do pouco prestigio interna-cional que alcançara, Cuba reconhe-ceu, a contra-gosto, quando desistiude exigir que a VI Conferência daUNCTAD. de 1983, fosse realizada emHavana. Por reconhecer apenas aUnião Soviética como único árbitroinfalível dos negócios do mundo. Cubatransformou-se em instrumento deMoscou na arena internacional.Isolou-se.

Fora de hipótesesO Ministro da Marinha, Almirante

Maximiano da Fonseca, disse, ontem,a um grupo de repórteres em PortoAlegre:

— Vocês não ouviram o que o Pre-sidente falou? Só não haverá eleiçõesse o matarem ou o colocarem parafora. Ora. não hã a mínima hipótese deo botarem para fora e. se ele morrer,dai mesmo e que haverá eleição, parahonrar a sua memória e a sua pro-messa.Esclarecimento

"Ate foi o contrário" — garante opresidente nacional do PDT, LeonelBrizola. Ele não pediu aos seus correu-gionãrios de Sâo Paulo que usassem

uma linguagem entre eles e outra, "di-ferente", ao falarem à imprensa.

O que Leonel Brizola pediu aoscompanheiros foi que não se agredis-sem pela imprensa, pois um políticoprecisa respeitar o público. "Nâo pedipara falsear a linguagem, mas parausá-la em sentido elevado, usá-la ade-quadamente, sabendo-se que o que sedisser a um jornalista será publicado elido por eleitores" — declara o presi-dente nacional do PDT.

Conclui Leonel Brizola:— Eu não fujo da imprensa. Quan-

do um jornalista precisar me ouvir, meprocure, que eu atendo sempre. E direisempre o que penso.Incorpora?

O Senador Tancredo Neves estátrabalhando para que haja quorum,telefonando para seus amigos do PP epedindo presença amanhã em Brasi-lia, para assegurar a incorporação aoPMDB.

O quorum para realizar-se a incor-poração é de 402 votos, sendo 251 doPMDB e 151 do PP.

Na Bahia, os presidentes regionaisdos dois Partidos — Roberto Santos(PP) e Rômulo Almeida (PMDB) —antes de viajarem para Brasília garan-tiram que terão 28 votos favoráveis àincorporação.

¦ ¦ ¦É de não esquecer, no entanto, que,

na primeira convenção, foram decisi-vos os oito votos do Senador AlbertoSilva, do Piauí.

E, pelo que se sabe. o. Senadorpiauiense está, agora, com um pé noPDS.

DespercebidoOs escritores brasileiros são mesmo

muito desinformados sobre a literatu-ra latino-americana. Conhecem, ou ou-viram falar de Borges, Vargas Llosa,Garcia Márquez y va que chuta. Deoutros, tão importantes, não ouviramfalar e tampouco leram.

Assim é que passou despercebidopor Brasília, Rio e Sâo Paulo o roman-cista e historiador, ex-Ministro das Re-laçôes Exteriores do falecido Presiden-te Jayme Roldós, do Equador, AlfredoPareja Diezconseco, que fez parte dacomitiva do Presidente equatorianoOsvaldo Hurtado.

Diezconseco é autor dos romancesLas Três Ratas e Los Anos Nuevos,entre outros, e de uma Historia doEquador em quatro volumes.

Quem lhe conhece a obra, recomen-da-a com entusiasmo.

Comissão da OABO representante da Frente Fará-

bundo Marti de Libertação Nacional,de El Salvador, Miguel Angel Amaya,pediu ao Presidente da OAB, Bernar-do Cabral, que interpelasse a Junta deGoverno liderada pelo Presidente JoséNapoleón Duarte sobre a violação sis-temática dos direitos humanos em seupaís.

Bernardo Cabral respondeu-lheque. no plano das relações intemacio-nais, a competência, no Brasil, ê exclu-siva do Ministério das Relações Exte-riores.

Mas, no plano dos direitos numa-nos, a OAB ajudará a população de ElSalvador nomeando comissão de altonível, formada por membros do seuConselho e da Corte Internacional deJustiça, para estudar o problema.

A comissão já está formada: Harol-do Valadáo, membro da Corte Interna-cional de Haya; Heleno Fragoso, Vice-Presidente da Comissão Internacionalde Juristas e Luiz Garcia, ex-Vice-Presidente da Associação Internacio-nal de Advogados.

Dinheiro correndoNordestino que mora em Sâo Pau-

lo, volta de visita a sua terra. E tentaconvencer o compadre a ir com elepara São Paulo, "onde o dinheiro estácorrendo".

Resposta do compadre:— Vou, nào. Aqui, que o dinheiro

não corre, eu não pego nenhum, imagi-ne lá, onde ele corre...

Lance-livreO Governador Francelino Pereira

poderá deixar o cargo para se desin-compatibilizar. O sinal mais evidente,dessa decisão está na sua própria casa,na Rua Pedra Bonita, no bairro daBarroca, em Belo Horizonte. Ela foidesocupada por um dos seus filhos ecomeçou a ser reformada esta semana.A família do Governador reside noPalácio das Mangabeiras.

O primeiro livro a ser lançado noMemorial JK já está escolhido. Trata-se da segunda edição, revista e am-pliada, de Invenção da Cidade do es-critor Clemente Luz, radicado emBrasília há 20 anos. O lançamentoserá no dia 21 de abril, para coincidircom mais um aniversário da cidade. Oprefácio do livro é do falecido Presi-dente Juscelino Kubitschek.

Desentenderam-se os DeputadosThales Ramalho, do PP de Pernambu-co, e Carlos Cotta, do PP de Minas. Oprocesso de incorporação do PP aoPMDB provocou o desentendimentoentre os dois. Cotta acusou Thales deinvadir seu Estado para conspirar con-tra a incorporação, que o deputadomineiro, defende.

O Ministro César Cais e o Secreta-rio Geral do MIC, Marcos José Mar-quês, participam, em São Paulo, nodia 4 de março, do seminário sobre oAvanço Tecnológico do Álcool, pro-movido pelo Instituto de Engenhariade São Paulo.

Os prêmios de melhor cartaz para oFestival Villa Lobos, este ano. sáo deCr$ 150 mil. mais uma medalha deprata e um pergaminho. Os cartazesdevem ser apresentados até o dia 30 deabril, na sede do Museu Villa-Lobos(Rua da Imprensa, 16, sala 913).

Durante quase uma semana, o Dia-rio de Justiça da União foi impressonuma gráfica particular de Brasília,por defeito no computador que o com-

póe. O Diário de Justiça parou de serimpresso nas gráficas do Governo nodia 4 c o computador do Departamen-to de Imprensa Nacional só voltou afuncionar no dia 10.

Edwal Nunes da Silva pouca genteconhece. Cajá, esse sim, é o apelido deEdwal, que foi manchete da imprensabrasileira entre 1978 e 1979, quando foipreso no Recife, acusado de tentarreorganizar o Partido Comunista Re-volucionário. Na época, Cajá integravaa Pastoral Universitária da Arquidio-cese de Olinda e Recife. Agora, candi-dato a deputado federal pelo PMDBde Pernambuco, ele conseguiu numcartório acrescentar ao seu verdadeironome o apelido de Cajá, com o qualpretende fazer campanha.

O Secretário de Educação, ArnaldoNiskier, autografa hoje, às 17h, naLivraria Ponto de Encontro, em Tere-sópolis, seu livro Vovó Viu a Uva.

O jornalista Octávio Malta comple-ta hoje 80 anos. Comemora a data emBuenos Aires.

O Prefeito de Curitiba, Jaime Ler-ner, seguiu ontem para os EstadosUnidos, onde participará da reuniãoda Sociedade para o Desenvolvimen-to Internacional, com Barbara Ward,considerada a maior autoridade mun-dial em Ecologia. O Prefeito de Curi-tiba terá, ainda, encontro com o escri-tor Alvin Tofler, autor de A TerceiraOnda.

O Deputado Hélio Garcia, presiden-te do PP mineiro, pediu ao DeputadoMagalhães Pinto, que embarcou on-tem para Belo Horizonte, para marcarencontro com ele hoje. Será uma con-versa confidencial, 24 horas antes daconvenção conjunta para a incorpora-çâo do PP ao PMDB.

O Governador Francelino Pereira esua mulher, D* Latife, almoçam hojecom o casal Ernesto Geisel, em Tere-sópolis.

PREFEITURA MUNICIPALDE CABO FRIO

AVISO DE EDITALREF. CONCORRÊNCIA 011/82

A comissão permanente de licitação da Prefei-tura Municipal de Cabo Frio, comunica aos interessa-dos que fará realizar no dia 02 de Março de 1982, às16 h, na Sala de Reunião da Secretaria de Obras eUrbanismo, sito à Rua Florisbela Rosa da Penha, 292,Bairro Braga, nesta cidade, licitação por concorrência

para aquisição dos seguintes equipamentos destina-dos à construção do SISTEMA DE LANÇAMENTOSSANITÁRIOS de Arraial do Cabo:

Tubulações de ferro fundido e cibrocimento paralinha de sucção e recalque.Bombas centrífugas de eixo horizontal.Subestação abaixadora.

O Edital completo e especificações técnicas,encontram-se à disposição dos interessados, naSecretaria Municipal de Administração, no endereçoacima, onde serão dados maiores esclarecimentos,diariamente, no horário de 13 às 17 h.

CABO FRIO, 12 de Fevereiro de 1982.Jorge Luiz Cazes Valentim.

Presidente.

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A partir de segunda-feira estarãoabertas as inscrições para o concurso deprofessor da rede estadual de ensino. Aprova será classificatória e os cândida-tos disputam 3 mil vagas, para professo-res de educação pré-escolar, educaçãoespecial, Io grau, 2o grau e supletivo,

No concurso deste ano o candidato,ao se inscrever, terá que escolher omunicípio ou distrito ao qual quer con-correr e disputará somente as vagasdeste local. A Secretaria Estadual deEducação aceitará inscrições até o diaIo de março, das 9h às 17h, e a provaserá dia 21 de março.

As vagasSão 3 mil vagas, assim divididas: 66

para educação pré-escolar, 141 paraeducação especial, 944 para Io grau daIa a 4a séries, 790 para Io grau da 5a a 8aséries (professores de Ciências, Comuni-cação e Expressão, Educação Artísticae Musical, Educação Física, Matemáti-ca e Estudos Sociais), 629 para o segun-do grau em diversas áreas, 175 para o

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As inscrições deverão ser feitas nassedes do Centro Regional de Educaçãoe Cultura em Angra dos Reis, Barra doPiraí, Barra Mansa, Cabo Frio. Campos,Duque de Caxias, Itapemna, Macaé,Niterói, Nova Iguaçu, Petrópolis, Rlo_Bonito, Rio de Janeiro, Teresópolis,':Três Rios e na Escola Estadual Canadá,em Friburgo. No Rio, além da sede do*CREC, na Rua Mariz e Barros 273, have-rã postos de inscrição no Colégio Esta-dual Carmela Dutra em Madureira e no,Colégio Inácio Azevedo do Amaral, noJardim Botânico. Haverá posto especialno Instituto Benjamim Constant paraos candidatos parcialmente Incapazes,inclusive cegos.

No ato de inscrição, os candidatosdeverão apresentar a carteira de identi^dade e o comprovante do recolhimentoda taxa de inscrição no valor de Cr$ 1mil 700 ao Banerj. O candidato só pode-'rã concorrer às vagas oferecidas no mu-nicípio ou distrito pertencente ao CRECdo local onde efetivar sua inscrição.

No município, redações boasAs redações dos aprovados no con-

curso de professores do magistério mu-nicipal estavam "relativamente boas",segundo o diretor-presidente da Funda-çào Escola de Serviço Público (FESP),Dagomir Azevedo, que divulgou, ontem,o total de pontos que cada um obtevenesta prova. Apenas três tiraram 20pontos, que é a nota máxima, e umacandidata, por não ter feito a redaçãofoi eliminada. Restaram então 106 apro-vados.

Jane Corrêa, que tirou 60 na prova dequestões objetivas foi confirmada comoa primeira colocada do concurso, por-que fez 19 pontos na redação sobre otema Deve-se oferecer às crianças ar-mas de brinquedo? A FESP fará o pos-sível para divulgar, antes do carnaval, oedital do novo concurso para preencheras 894 vagas (nas escolas municipais há1 mil) restantes. O programa deverá sero mesmo do concurso passado e asprovas menos cansativas Para corrigir

as redações dos 107 aprovados na pri-meira fase do concurso (só foram corri-gidas as dos candidatos que acertaramno mínimo 50c/r das questões objetivas)a banca considerou o conteúdo e a for-ma. No primeiro observaram os seguin-tes vícios de linguagem: obscuridade,prolixidade, desarmoata, vulgaridade efrouxidão, em oposição, respectivamen-te, às virtudes estilísticas como clareza,concisão, harmonia, sobriedade e vigor.Assinalaram ainda vícios de linguagem.

A maioria obteve 16 e 17 pontos naredação e apenas uma, Angela MariaQuintanilha Cunha, tirou zero por nàoter feito a sua o que desclassificou-a.Somada a nota da redação com a dasquestões objetivas, classificaram-se nostrês primeiros lugares os seguintes can-didatos: Jane Corrêa com 79 pontos(tirou 19 na redação); Cátia Izidoro Ma-chado de Paiva, com 77 pontos (19 naredação) e Terezinha Miranda Alderete,76 pontos (18 na redação).

DECLARAÇÃO A PRAÇADeclaramos, a quem possa interessar, e para os fins de direito, que oSr. Orlando Monteiro de Carvalho, nunca manteve qualquer relacio-namento com a nossa empresa, sendo totalmente falsa e apócrifa aprocuração na qual constam poderes que segundo tal documento, te-riam sido por nós a ele outorgados. Assim sendo, tal procuração, porfalsa e apócrifa que é, não tem nenhuma existência legal, não poden-do, consequentemente, gerar quaisquer obrigações.Comunicamos ainda, que estão sendo tomadas as providências legaiscabíveis, a fim de que seja esclarecida a autoria do aludido documen-to.

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ANEL DE GRAU —A verdade è que hojeem dia os curslnhos sao a peça que funcio-na melhor, ou pelo menos com mais eli-ciência, em todo o universo do ensino bra-silelro. Como sua meta é extremamenteprecisa — a aprovação no vestibular — eexirje os elementos básicos da competi-çâo, como talento e esforço individuais, hápouco lugar para a ineficácia. Um cursinhoruim nao tem nenhuma possibilidade desobreviver no mercado, e os que sobrevi-vem têm serviço a mostrar. Embora nâo ha-ja uma estatística geral confiável, pois to-dos os números anualmente levantadosacabam perdidos na confusão geral daguerra publicitária, as chances de quemfez um bom cursinho passar no funil dovestibular crescem prodigiosamente — so-bretudo se ele veio de uma escola medío-cre. E as escolas medíocres são uma velhainstituição brasileira. Em 1827, quando foicriada a Faculdade de Direito do Largo deSâo Francisco, em São Paulo, o médico ejornalista Libero Badaró já se dedicava apreparar estudantes Interessados nas car-reiras de ciências exatas.

•TRÉGUA PRECÁRIA -Todos os dados

referentes aos curslnhos se colocam à par-te, com destaque, no Irlatqnho panoramada educação brasileira. Somente nos seismaiores curslnhos cie São Paulo — Objeti-vo, Anglo Latino, Universitário, Equipe,Etapa e MED — estudaram no ano passado70.000 alunos(...)

•No Rio de Janeiro, os do primeiro esca-

lão — Hêllo Alonso, Miguel Couto/Bahlen-se GPI e MV-1 — somados aos de segundalinha — Impacto, PSICO-CO, Vetor e ADN— reuniram, no ano passado, apesar dacrise que atinge todo o sistema de educa-ção carioca, cerca de 40.000 matrículas. Is-so para não falar das dezenas de cursinhosmenores que se espalham pelas principaiscapitais do pais (...)-

CRISE — Apesar de todas as suas vanta-gens, os cursinhos, como tantos outrossetores da economia brasileira, tambématravessam um período relativamente des-favorável, sobretudo no Rio de Janeiro.Um exemplo perfeito dessa decadência ôo edifício n? 928 da avenida Nossa Senhorade Copacabana, na esquina com a ruaBolívar, onde funcionavam, na década de70, três dos maiores cursinhos do Rio: OAS, morreu; o Vetor, que foi a quinta em-presa na lista de contribuintes do Estadoda Guanabara, em 1973, hoje funciona emmeia dúzia de salas com professores semexpressão, e o Bahiense terminou engoli-do pelo Miguel Couto (...)

Seguindo o exemplo do Objetivo, quesoube sair de seus próprios limites geo-gráficos e de atividade, alguns cursinhoscariocas como o MV-1 e o GP-I procuramescapar da crise adquirindo colégios se-cundàrios nos quais Introduzem as suaspróprias concepções de ensino (...)

O MV-1, por exemplo, já instalou nos cin-co colégios de sua rede o hábito de contra-tar bons profissionais pagando para isso oque for preciso. Seus melhores professo-res de Física, José Carlos Ponlual, e deQuímica, Pedro Magno Republicano, foramescolhidos pela qualidade de suas tesesde mestrado. E o resultado não se fez es-perar: 72% dos alunos do MV-1 foram apro-vados no vestibular. Ê, talvez, nessa In-fluência crescente dos métodos dos cursl-nhos no ensino secundário que se encon-tre uma solução futura para o problema -alunos mais bem preparados para o vesti-bular no seu currículo normal poderiamdispensar a necessidade do ano extra deestudos especiais que antecede a tentati-va de entrar na universidade.

TRANSCRITO DA REVISTA VEJA

EDITORA ABRIL

DATA DE CAPA: 10 DE FEVEREIRO DE 1982-PP/ 48/ 52.

1 ? i» «iader.no a sábado, 13/2/88 d 2o Clichê poiJtica/naciqnalr/itt,H»MivM!iaMHnni.iii

r7Colona do Castello



De uma faília de políticos, o atualVice-Governador e candidato in fieri é,pelo lado paterno, sobrinho do PadreOlímpio de Melo, antigo Prefeito do Dis-trito Federal e pessoa influente no consu-lado getuliano e no pessedismo juscelinis-ta. Pelo lado materno, ele é sobrinho deAgamenon Magalhães, que foi Ministrodo Trabalho e da Justiça, InterventorFederal e Governador de Pernambucoeleito em campanha popular. Também éseu tio o Sr Sérgio Magalhães, cuja campa-nha a Governador da Guanabara foi asses-sorada por seu sobrinho. Seu irmão maisvelho, Luís Magalhães Melo, cumpriu doismandatos como Deputado federai e outro,o Sr Geraldo Magalhães, foi Prefeito noGoverno Eraldo Gueiros. Ele próprio foiSecretário de Educação do GovernadorNilo Coelho, mas, para não atropelar osirmãos, jamais disputou uma eleição paraqualquer cargo.

Sua escolha para o cargo de Vice-Governador foi uma decisão pessoal do SrMarco Antônio Maciel, que sistemática-mente lhe passa o Governo sempre queviaja. Sua atividade dominante é a advoca-cia e a cátedra universitária, professor deDireito Comercial da Universidade Fede-ral. Homem de boa formação jurídica, oauditório do Sr Roberto Magalhães temsido a sala de aula e a congregação dedoutores. Fez comícios na campanha de1978, mas para ajudar seus amigos. Jamaispediu um voto e como jamais se cândida-tou nunca foi votado. No entanto, com odesaparecimento ou a exclusão das velhaslideranças do seu Partido, consideram ospolíticos que ele é o administrador maisbem composto, pela sua atividade profis-sional, pela sua origem social e pela com-postura da sua vida privada. Esses predica-dos o credenciam a receber os votos daclasse dirigente e da enorme classe médiado Recife, que o vê como um portoseguro.

O professor Roberto Magalhães, numdebate com Francisco Julião, classificou oex-Governador Miguel Arraes como sen-do hoje uma espécie de guru das esquer-das, o que lhe valeu o título de ser o gurudas direitas. Ele não se investe, todavia,nessa condição de direitista. Situa-se aocentro, como um neo-liberal sensível àrecomposição da ordem jurídica. Só nãoprega a convocação de uma AssembléiaConstituinte por receio de que a radicali-zação ideológica do país produza um do-cumento que não seja assimilável pelosgrupos dirigentes e em conseqüência de-sencadeie uma reação virulenta.


Alega-se contra a possibilidade eleito-ral do Sr Roberto Magalhães a circunstân-cia de não querer o Governador MarcoAntônio Maciel, seu patrono, se cândida-tar ao Senado, mas à Câmara dos Depu-tados. Seria um indício de que o Governa-dor não crê na vitória doJ>DSem eleições_majoritárias. Mas o Sr Roberto Magalhãesalega que a Câmara tem sido a casa do SrMaciel e será, na próxima legislatura, ocentro das decisões políticas. TambémAgamenon foi para a Câmara em 1946,mandando para o Senado Etelvino Lins eNovais Filho, mesmo quando candidato aGovernador disputou concomitantementeuma cadeira na Câmara, o que era permiti-do pela legislação da época.

Como se sabe sua escolha preteriu aindicação do Prefeito Gustavo Krause.Explica-se o fato por duas circunstâncias.A primeira, que o Prefeito pretendeudisputar com o PMDB e as esquerdas aperiferia da Capital, adotando uma postu-ra e um programa que desagradaram àclasse média, a que dá substância e estiloao Partido do Governo. Por outro lado,ele entrou em conflito com seu tio, JoséMoura Cavalcanti, tido como o grandeeleitor, cuja candidatura foi afastada porinterveniência de enfermidades. Vetadopelo tio e malvisto pelos conservadores,perdeu a oportunidade. Aliás, o Sr NiloCoelho, outro guru do Partido, já mandoutelex de Roma congratulando-se com oPDS pela escolha do Sr Roberto Maga-lhães Melo.

Carlos Castello Branco

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Arquivo — 2/2/82

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JORNAL DO BRASIL

Lula diz que confia no movimento de soli-dariedade internacional da classe operária


São Paulo — "Senti a maior alegria da minhavida", disse Luis Inácio da Silva, Lula, ao ler a notíciada legalização do Partido que preside, o PT, quandodesembarcou em Congonhas depois de uma viagemde 10 dias aos Estados Unidos e Canadá. Hoje à noite,ele entra na campanha eleitoral, com dois comíciosem Sào Bernardo do Campo.

De gorro preto e com uma camiseta que trazia nascostas a frase A luta continua, Lula, em entrevistacoletiva na sala de imprensa, se manifestou confianteno sucesso de um movimento internacional de solida-riedade da classe operária, mas disse trazer igualmen-te más notícias, "pois o desemprego também é umfantasma nos países desenvolvidos".


Prefeito Reynaldo de Barros para um debate políticona televisão, disse também querer debater com osdois, candidatos como ele ao Governo do Estado, poisacha que a democracia se faz com "um candidato nafrente do outro, dizendo a que velo e que interessesdefende".

A legalização do PT — acrescentou — consoli-da um trabalho feito com muitos sacrifícios, provandoser possível um Partido sem os velhos vícios políticosdos outros Partidos. Lançaremos candidatos em to-dos os níveis e vamos provar por que viemos e o quequeremos. Nossa organização ainda náo é a ideal.Queremos uma base sustentada em nucleaçáo emcada bairro, para a discussão de problemas específi-cos das comunidades, problemas nacionais e atéinternacionais.

Mesmo contrário à vinculaçáo de votos, por consi-derá-la antidemocrática. Lula não a teme em relaçãoàs possibilidades eleitorais de seu Partido. "O PTjamais temeu eleições", garantiu, antes de informarque o diretório regional calcula em 300 o número dediretórios existentes em Sào Paulo.

Queremos formar um Partido que viva 24 ho-ras por dia e nào exista apenas nas vésperas deeleições. Em termos de organização, o PT já é o maiorPartido do Brasil.

AutomaçãoRecebido pela mulher, Marisa, o filho. Bruno, ecorreligionários do PT, Lula afirmou que a solidarie-

dade operária internacional tem crescido com a toma-da de consciência dos operários norte-americanos ecanadenses sobre os problemas dos operários doTerceiro Mundo. Ele fez questão de que a imprensafotografasse sua bagagem e manifestou a preocupa-çào com a automação das indústrias brasileiras detecnologia mais avançada, prometendo fazer quantasgreves forem necessárias para combater a automaçãona indústria automobilística em Sào Bernardo.

O PT não pode dirigir a luta contra a automa-çào. Esse é um papel dos sindicatos. Ao PT cabe darsustentação política às decisões do sindicato. O sindi-callsmo norte-americano é frágil para combater arobotizaçào justamente porque sempre limitou sualuta às conquistas econômicas, enquanto o robô é umproblema político.


Brasília — Em parecer de 10 páginas, o Procura-dor-Geral da Justiça Militar. Milton Menezes da CostaFilho, propôs ao Superior Tribunal Militar que mante-nha a condenação de Lula e 10 ex-líderes sindicais,enquadrados na Lei de Segurança Nacional pelaparticipação no movimento grevista de abril de 1980.

O Procurador entende que, "aproveitando-se doclima tenso que reinava na região do ABC de SàoPaulo, na ãrea metalúrgica, eles incitar_am_ç>s.-traba^_Ihadoresrcorrurlrderês que eram da classe, a permane-cerem no movimento grevista, ainda que determina-da a sua cessação pelo poder competente".

No parecer, o Procurador se refere à conduta"altamente hostil dos apelantes que, ressalvado me-lhor entendimento, usavam como instrumento a deso-bediência coletiva a textos normativos, na busca dodesequilíbrio social entre patrões e empregados, ferin-do, com este comportamento, a paz social".


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CNBB debaterá indústriabélica e pedirá pela paz

Sâo Paulo — A 20* Assembléia-Geral da CNBB deverá manifestar-sesobre a conveniência da industria béli-ca, a partir do texto preparado poruma comissão, que faz um apelo aoGoverno para que mantenha "a tradi-ção de paz" do Brasil e chama a aten-ção para o preço das armas e o uso da"força nuclear".

Ainda sujeito a emendas, o texto foipreparado por uma comissáo presidi-da pelo Arcebispo de Olinda e Recife,D Hélder Câmara, com a participaçãodo Cardeal-Arcebispo de São Paulo, DPaulo Evaristo Arns, do Arcebispo deNatal (RN), D Nivaldo Monte, e doBispo-Auxiliar de Porto Alegre, D Ed-mundo Kunts.

Em sua redação original, o textosobre a indústria bélica menciona osaltos preços das armas e observa queos países compradores geralmente sâopobres e "às vezes nem tèm o essencialpara o seu povo". Alerta ainda quealguns conflitos considerados locaispodem provocar conflito maior, atémesmo nuclear.

E observa que, mesmo quando sefala do uso exclusivamente pacífico daforça nuclear, "isso envolve riscos gra-vissimos, que geram com freqüência aintranqüilidade do povo". A íntegra dotexto só será divulgada depois de suaaprovação pela Assembléia, havendopropostas de que ele seja dirigido aoGoverno como "um apelo em favor dapaz".

Bispos querem Igreja com o povoA Igreja deve "colocar-se continua

mente na escuta de Deus e do povo e aserviço do projeto libertador de Deus,para instaurar, no aqui e agora daHistória, o reino de fraternidade e Jus-tiça, náo temendo as conseqüênciasda cruz", diz um dos trechos do do-cumento sobre a catequese, em estudona 20* Assembléia-Geral da CNBB. Otexto defende uma "catequese liberta-dora" e destaca o papel das comunida-des nesse processo.

Preparado a partir de outras as-sembléias da CNBB e ainda sujeito aalterações, o documento afirma queum dos critérios para a catequese é a"fidelidade a Cristo e à Igreja" queleva à"fidelidade ao homem", que é,"em sua quase totalidade, escravizadopor um sistema sócio-econòmico-político e ideológico que o oprime,desrespeita seus direitos e o instru-mentallza como máo-de-obra baratapara a manutenção de um pequenogrupo dominador, por sua vez escravi-zado aos ídolos do poder, riqueza eprazer".


Com 156 itens, o texto sobre a cate-quese — que, depois da Assembléia,voltará às dioceses para outras contri-buições — destaca, em sua introdução,que a catequese se transforma, hoje,"num instrumento a serviço da caml-nhada da comunidade de fé, levandoos agentes catequéticos a caminharcom o povo nas angústias, fracassos e


Brasília — O Coronel Nivaldo Melode Oliveira Dias, que tem sido umcrítico do resultado do inquérito doRiocentro, impetrou no Supremo Tri-bunal Federal mandado de segurançapreventivo para que o Presidente daRepública não o transfira para a re-serva.


RiocentroQuando do episódio do Riocentro

— afirma — manifestou-se sobre o re-sultado do IPM, "até por entender queseu gesto se voltava a preservar ainstituição militar, cuja perenidade ja-mais será atingida por atos esparsosde qualquer um de seus integrantes,como acontecera por exemplo com adeserção do Capitão Carlos Lamarca".

Dai por diante ele informa que umaseqüência de punições foram contraele aplicadas pelo Ministro Walter Pi-res. Diz ainda que o propósito manifes-to de afastá-lo do serviço ativo "ga-nhou nova orientação quando se lhearmou um flagrante preparado noquartel em que ainda se acha preso ede que redundou processo — crime aque responde perante a 9a CJM".


Observa que o conteúdo da cate-quese é oferecido pela própria realida-de humana e pelas "formulações dafé", dois aspectos que se relacionam"Intima e profundamente". Acrescen-ta que a fé não pode dar à realidade"respostas simplesmente repetindoantigas fórmulas, pensadas em outrocontexto histórico", mas deve-se tra-duzir "em novas expressões mais ade-quadas à violência atual".

Entre os vários aspectos da cate-quese, o documento aponta sua "di-mensáo libertadora", colocando, comojustificativa, sua fidelidade ao homem:"A catequese assume necessariamen-te o estado de injustiça e de opressãopara tornar-se instrumentação de 11-bertação Integral. A catequese liberta-dora é a necessária resposta ao desafioda situação".

O documento afirma que "a comu-nldade, neste momento, participa doprocesso de libertação do povo. Elasabe que a transformação da socieda-de não é mais exclusividade dos movi-mentos comunitários ecleslais, masdeve colaborar com os movimentospopulares: sindicatos, associações debairros, Partidos políticos etc. Os cris-tâos da comunidade entram em conta-to e colaboram com pessoas de outroscredos, de outras Ideologias e se con-frontam com outros projetos, outrasmaneiras de agir".


São Paulo — O ex-Presidente JânioQuadros está pensando em visitar oPrimeiro-Ministro de Israel, MenahenBegin, após ter ido ao Cairo nos últi-mos dias para observar a situaçãopolítica e econômica do Egito, depoisdo assassinato do Presidente AnuarSadat e sua substituição pelo Presi-dente Hosni Mubarack, segundo infor-mou ontem seu secretário particular,Mário de Freitas.



Sào Paulo — Depois de ser autuadapor 10 vezes, seis delas em forma demulta, a indústria de alumínio Atlánti-co S/A, sediada na Rua Angá, 894, emVila Formosa, foi interditada ontempela Companhia Estadual de Tecnolo-gia e Saneamento Ambiental (CE-TESB), por lançar material partícula-do na atmosfera, acima dos padrõespermitidos. Nenhum diretor da empre-sa foi localizado ontem.

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36,

Trem cortajacaré aomeio no S#£ff§

Porto Alegre — Uma,r..-j.composição da Rede Fer- >rovlárla Federal com 33..,..vagões — tanques vazios,..,V,dirigida pelo maquin'.sta *&Joáo Carlos Plmente'., 33..--anos, atropelou, cortandoao melo, um Jacaré de^l,70m que se encontrava % ¦>.na Unha férrea, na locaíl^',.'.dade de Vasconcelos Jar^,,„.dim, a 20 km da sede do-. >,-.município de Canoas, cida- /•,,,de da Região Metropolitan-)-¦na de Porto Alegre. .--^x*.

Depois de parar a loco- ¦¦>".<motiva, no escuro, o ma-quinlsta só encontrou aparte traseira do jacaré,pernas e rabo. Levou-a pà-ra casa e fez uma fritada. O1''"animal se arrastou até o"*";capim existente nas proxi- '¦ •midades e, no dia seguinte, '' '¦João Pimentel voltou áô"klocal, e encontrou só o cou-*""ro da parte dianteira dojacaré, já descarnada por1algum desconhecido, "esem a cabeça.

í ','.:rpPROCURA NO ESCURO-,;"

O fato ocorreu de madru-"HUgada, quando a locomotl- ¦ -va de prefixo CZL-22 retor-nava à capital, procedente

''de Roca Sales. Por estar; 'no escuro, o maquinista"'Joào Carlos Pimentel disseque viajava a 35 km/h,'"''quando viu um vulto na •linha. Ele acionou os freiosimediatamente, mas sen-'tiu um baque antes dacomposição parar.

O maquinista desceu dotrem acompanhado peloauxiliar, Jorge MachadoDias e, com uma lanterna,. '•-começou a procurar o vul- ¦to que haviam atropelado.- -Ficaram surpreendidosquando encontraram a'parte traseira de um jaca-ré. cortado perto das pa-tas. Em vão tentaram en- "contrar a parte dianteirado réptil, que "deve ter-se ''arrastado, antes de moi-"''rer, até uns capins ali exis-tentes", disse o maqui-'"'nista.

Joáo Carlos Pimentel e'¦;'.seu auxiliar resolveram ,'carregar a parte traseirado animal na locomotiva,pois sabiam que a carneera saborosa, conforme\"atestava o pai do maqui-nista, o caçador AnestorMatias Pimentel, telegra-fista aposentado pelaRFFSA.

O jacaré deve ser da fa-'mília dos Caimam Yacare,muito comuns no RioGrande do Sul, segundoinformou Anestor Pimen-tel. A parte traseira do Ja-caré foi levada pelo maqui-.nista atropelador até sua ¦ .casa, a carne retirada do: ¦couro por Anestor Pimen-..*»tel e depois fritaria em ba- ¦ •nha e saboreada por seispessoas, regada a vinho ro-í-sé, servida no almoço paraa família. . rò«-j

ATROPELOUANIMAIS

OUTROS

2 Tel

Anestor Matias Pimen-..tel, pai do maquinista, dis-se que nào é a primeira vez -que come carne de jacaré.Há alguns anos, ele estavacaçando com um amigo eum outro caçador matouum desses répteis. Depoisde preparado, também na .fritura, Anestor Pimentel'levou uma bacia da camepronta para a sala telegrá-fica da Rede FerroviáriaFederal em Sâo Leopoldo,oferecendo-a aos colegas,dizendo-lhes que era carnede peixe. "Todos comerame queriam mais. Só depoiseu contei que a came erade jacaré, mas nenhum re^clamou da brincadeira",-disse ele. *:<

Caça é «:proibida ^,

O jacaré é um réptil crr>:codiliano, da família dqêaligatorídeos que faz dáslagoas e banhados seu hã'-bitar, sendo pouco fre-quente em rios. No RíijGrande do Sul, como ot>serva o zoólogo OlissesChitolina, do zoológico deSapucaia do Sul, o jacaréestá em processo de extlçt-çào "mesmo que sua caçaseja proibida, até mesmono período aberto à caça'í.

Os técnicos que particl-pam do projeto de prese£vaçào do Parque do Deltado Jacuí, junto à regiãometropolitana, em um anóde levantamento da flora efauna do local, só consèjguiram encontrar sete já-cares. Estes répteis apare-cem com muita freqüênciano litoral gaúcho, na ex-tensão entre o municípiode Osório, a 100 km daCapital, e Torres, a 193 kmde Porto Alegre, provável?mente ao se perderem dasdezenas de lagoas internaida região. Em um mès. njipraia de Rondinha. a 20km de Torres, por exerrírpio. foram avistados trêsjacarés.

A came de jacaré terhvalor calórico baixo, e ma-gra, muito macia, de exce-lente qualidade, dizem ai-guris provadores, e asse-melha-se. em sabor, à car-ne de peixe.

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JORNAL DO BRASIL POLÍTICA e governo sábado, 13/8/32 x° caderno ? 3

PDS paulista pede a Figueiredo autonomia de SantosSào Paulo — A cobrança da devolução daautonomia à cidade de Santos — município consi-derado área de segurança nacional — e a sugestão

para o estabelecimento de um programa de ali-mentos subsidiados, apresentada durante a dis-cussâo da tática eleitoral do PDS, foram os doisfatos que marcaram ontem a permanência doPresidente Figueiredo no Palácio dos Bandel-rantes.,

Hoje, no terceiro e último dia de sua estada emSâo,Paulo, o Chefe do Governo vai inaugurar, pelamanhã, um conjunto residencial em Itaquera. On-tem'O Presidente permaneceu até o meio da tardena suíte 2007 — a presidencial — do Maksoud PlazaHotel, de onde saiu para um encontro com pollti-cos do PDS no Palácio dos Bandeirantes e parapresidir a posse da nova diretoria da AssociaçãoNacional dos Transportadores de Cargas, no Pala-cio das Convenções do Parque Anhembi.

Tática eleitoralPela manha, no hotel, o Presidente Figueiredo

nâo recebeu qualquer político. Ele náo concedeuuma' audiência pedida pelo Deputado EstadualRenato Cordeiro e também nâo apareceu no hotelo ex-Governador Laudo Natel, cujo encontro com oPresidente chegou a ser noticiado. Assessores daPresidência explicaram que o General Figueiredonâó quis receber políticos, reservadamente, nohotel, para não dar a impressão de estar prestigian-do uns em detrimento de outros, num ano eleitoral.

Às 15h30m, acompanhado pelo GovernadorPaulo Maluf e pelo ex-Governador Abreu Sodré,què haviam chegado 15 minutos antes e subido àsua suíte, o Presidente Figueiredo seguiu para oPalácio dos Bandeirantes. Na sede do Governopaulista estava programado que ele receberia oscumprimentos de 250 políticos das bases do PDS.

O Presidente permaneceu numa espécie depaço e os políticos em fila, o cumprimentavam,mas antes que a fila terminasse, ele interrompeu oscumprimentos e, atendendo a um pedido dos depu-tados estaduais e federais do PDS de São Paulo,concordou em recebê-los, reservadamente no se-gundo andar do Palácio. Antes ele cumprimentouos apresentadores de televisão Raul Gil, DãrcloCampos e Jacinto Figueira Júnior, a dupla Dom eRavel e a ex-vedete do teatro, Virgínia Lane.

Relatou depois o Deputado Ademar de BarrosFilho (PDS) que, no encontro com os parlamenta-res'foi discutida a tática eleitoral do PDS para opróximo pleito, quando o chefe dos GAPs (Gruposde Assessoria e Participação) do Governador Pau-lo Maluf, Paulo Roberto Richter, sugeriu um pro-grama de alimentos subsidiados, dentro de umprograma amplo de abastecimento para a popula-çào. Segundo Ademar de Barros, o Presidenteouviu a sugestão mas não quis opinar.

Ademar de Barros Filho contou que os depu-tados federais de São Paulo pretendiam pedir oapoio do Presidente à reapresentação de novaemenda, estendendo as sublegendas às eleições degovernador, mas não houve tempo.

No Palácio, antes da reunião com os'depu-tados, o Presidente Figueiredo recebeu um do-cumento assinado por dirigentes sindicais, asso-ciações de classe, por um representante da diocesede Santos e por integrantes do PDS, PMDB, PP ePT, cobrando a promessa que ele fez, publicamen-te ho dia 30 de agosto passado, de restituir aautonomia a Santos. Limitou-se então a travar oseguinte diálogo com o Deputado Erasmo Dias(PDS-SP), que integrava a comissão santista:

Deputado, vamos devolver a autonomia ounão?

— Vamos — respondeu o deputado."— Então vamos estudar — concluiu o Presi-dente despedindo-se dos membros da comissão.

Rodoviários dão apoio'¦ e Presidente agradece

O Presidente Joào Figueiredo recebeu ontemo apoio político declarado em discurso do novopresidente da Associação Nacional de TransportesRodoviários de Carga, Thiers Fattori Costa. "Es-tais consciente — respondeu o Presidente — que oGoverno precisa para levar avante náo apenas asolidariedade popular, mas da ajuda sincera detodos os grupos sociais".

A solenidade de posse da diretoria, da associa-ção foi realizada no Palácio das Convenções, cujasinstalações ainda se ressentiam dos efeitos daúltima enchente de São Paulo: o carpete estavamolhado, o cheiro era de mofo (camuflado pelo arcondicionado muito frio) e as poltronas permane-ciam úmidas.

O novo presidente da NTC, Thiers FattoriCoçta, disse em seu discurso que o setor de trans-porte rodoviário de carga dá apoio político aoPresidente da República, "num ato de justiça ecoerência política". Acrescentou que "a hora nào éde .pedir ajuda, mas de oferecer apoio"

Leia editorial "Eleições a Fazer"

— Jo»é Carlos BrasilSão "ayiQ

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Figueiredo esteve sempre ao lado de Maluf no Bandeirantes

Gaúcho típico critica segurançaJorge Simão Filho, vestido

como gaúcho típico, que disseter servido, em 1950, como solda-do em Alegrete (RS), quando oPresidente João Figueiredo eracapitão, conseguiu ontem à noi-te à saída do Palácio das Con-venções conversar rapidamentecom seu ex-comandante. Depoisfoi arrastado por agentes de se-gurança e reclamou: "E dizerque vocês querem ganhar elei-ção, assim, espancando eleitor".

O diálogo com o Presidentefoi rápido. "Trouxe um abraçode homem de campo, da saúda-de do tempo em que servi comosoldado. Somos gaúchos e gosta-mos de cavalo. O único que deuazar com esse belo animal foi oGovernador Maluf, mas vamosprovidenciar um cavalo mansopara ele", disse Jorge Simão Fl-lho, muito bem humorado, ape-sar da contrariedade dos segu-ranças.

Reunião com Natel_será em Brasília

O ex-Governador Laudo Natelexplicou que seu encontro com oPresidente Figueiredo foi mar-cado para Brasília e nào paraontem em Sào Paulo, como che-gou a ser anunciado. A reuniãodos dois ficou para o Planalto,depois que o Presidente cônsul-tar sua agenda. O ex-Gover-nador esteve ontem com o Presi-dente no Parque Anhembi, masnão conversaram sobre a situa-çào do PDS em São Paulo.

Depois que conversaram emCampinas, município em que Fi-gueiredo iniciou a visita de trésdias ao Estado, havia sido acer-tado um provável encontro dosdois para o dia de ontem, noPalácio dos Bandeirantes, localonde o Presidente da Repúblicarecebeu cumprimentos de cercade 200 filiados do PDS. LaudoNatel não foi ao palácio porqueanteriormente havia acertado aviagem a Brasília.

Fogo em geradoraciona segurança

Um incêndio num con-junto de geradores da su-bestaçào Iblrapuera daEletropaulo fez com que oHotel Maksoud Plaza, on-de o Presidente Figueiredoestá hospedado em SàoPaulo, ficasse sem energiadurante 20 minutos da noi-te de ontem.

O gerador do hotel foiligado automaticamente,mas a falta de energia pro-vocou uma mobilização es-pecial da segurança doPresidente e a permanèn-cia, no local, do diretor doDOPS paulista, delegadoRomeu tuma.COMO FOI

Procedentes do Paláciodas Convenções do ParqueAnhembi, o Presidente Fi-gueiredo e comitiva ha-viam chegado ao hotel às19h50m e em companhiado Governador Paulo Ma-luf ele subiu imediatamen-te para a suite 2007 queestá ocupando no 20° an-dar. O Governador aindanão havia descido quando,às 20h5m a luz apagou. Odiretor do DOPS, RomeuTuma, acompanhara opresidente e ainda perma-necia no saguão do hotel.

Agentes da segurança doPresidente Figueiredo pe-diram a ajuda da políciapaulista e, imediatamente,o diretor do DOPS desta-cou agentes para verificara subestação Ibirapuera,onde constataram que oincêndio fora acidental. Aomesmo tempo ele entrouem contato com o coman-dante do Corpo de Bom-beiros de Sào Paulo, quan-do ficou acertado que umaequipe seguiria imediata-mente para combater o fo-go nos geradores, mas ostécnicos da Eletropauloasseguraram que a situa-çáo estaria regularizadaem 20 minutos.

Com o gerador, a ilumi-naçáo do hotel era precá-ria e, como parte das medi-das de segurança, policiaismilitares foram destaca-dos para, em dupla, per-correrem a quadra em queq hotel se situa. Carros doDSV (o Departamento quecontrola o trânsito na Ca-pitai) foram colocados nasesquinas e em pontos es-tratégicos das imediaçõesdo hotel.

Às 20h25m a energia daEletropaulo foi restabele-cida na região do hotel, 20minutos após a interrup-çáo, conforme fora pre-vista.

>^Bonito, simpático,v <icle medidas avantajadas,.\ aesqja casais parafrelacões duradouras.

S: - - Veja nos classificados.

AOS HOMENS DE VERGONHADE PERNAMBUCO:

Não me importa sua condição social; não me preocupaa sua situação financeira; nâo me faz crescer a sua situaçãoeconômica. A mim, envaidece o seu comportamento dehomem de bem; a sua preocupação com a imoralidade e acorrupção que vèm campeando no mundo administrativodo Brasil de hoje.

E dentro dessa sua preocupação com a alarmantecorrupção, no Brasil de hoje, é preciso que V.S. saiba que, acoisa está muito pior do que V.S. imagina. As coisaschegaram a tal ponto, de precisar de um paradeiro imedia-to. Para tanto, em fato comprovado de tal gravidade, oMinistro Hélio Beltrão, às fls. J-A, do Io Caderno do Diáriode Pernambuco, do dia 26 de junho último, pediu encareci-damente que uma das tônicas da futura campanha governa-mental, de parte dos adeptos do Governo, seja exatamenteo combate á corrupção.

Dai, aproveitando-se da época, ter o Presidente daAssociação dos Fornecedores de Cana de PernambucoANTÔNIO CELSO DE MORAIS CAVALCANTI, compradopara aquele órgão de classe, um prédio na Av. Mal.Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira. pelo preço decinqüenta e cinco milhões de cruzeiros (CrS 55.000.000,00)e, "sabidamente" escriturou dito prédio por setenta e cincomilhões de cruzeiros (CrS 75.000.000,00) quando o corretorpor ordem dos vendedores entabolou negociações e efe-tuou a venda somente por cinqüenta e cinco milhões decruzeiros (CrS 55.000.000.00).

Procurando uma tangente, o Presidente da Associaçãodos Fornecedores de Cana de Pernambuco, snr. ANTÔNIOCELSO DE MORAIS CAVALCANTI, que dantes, condenavao homem de bem chamado FRANCISCO FALCÃO, porestar há cinco mandatos à frente da mesma Associação evem tendo o mesmo comportamento, querendo se eterni-zar no poder, o que demonstra a sua incoerência e a suaânsia pelo mando, está se esquecendo qua na gestão dohomem de bem que é FRANCISCO FALCÃO, jamais houvedesse fato. Entáo para justificar tal imoralidade, vai ANTO-NIO CELSO DE MORAIS CAVALCANTI querer dizer que oacréscimo da "bagatela" de CrS 20.000.000,00 (vintemilhões de cruzeiros), foi por outras razões, o que nâoconvence nem menino de escola, pois um Corretor Oficialcom a seriedade do que promoveu a transação queANTÔNIO CELSO DE MORAIS CAVALCANTI aumentouem CrS 20.000.000,00 na escritura, náo iria nem poderia seequivocar nos "trocados" correspondentes a CrS20.000.000.00 (vinte milhões de cruzeiros), quando a vendafoi concretizada por CrS 55.000.000.00 mas ANTÔNIOCELSO DE MORAIS CAVALCANTI mandou escriturar porCrS 75.000.000.00. e isso é uma imoralidade.

Será que vamos ter de. parodiando o eloqüente Cicero,dizer, "até

quando oh corruptos vocês abusarão da nossapaciência?"

Recife. 8 de fevereiro de 1982.(ass.) Gil Teobaldo de Azevedo. (P

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Tancredo, ao íWo de Miro, oui;m as críticas de Levy contra a incorporação t/Éysses fcj reuniu PMDB, avaliou tendências e constatou que convenção telTqZorTm

PMDB e PP compõem o novo diretório com "biônicos"Brasília — Nove ex-governadores de Estado e

dois senadores biônicos deverão integrar o novo dire-tório nacional do PMDB, a ser eleito amanhã naconvenção que marcará a incorporação do PP aoPartido presidido pelo Deputado Ulysses Guimarães.A chapa, com 69 nomes para o diretório, foi liberadaontem à noite pela direçào dos dois partidos.

Os ex-Governadores sào: Aluisio Alves (RN), Cel-so Peçanha e Rafael de Almeida Magalhães (RJ), CidSampaio e Miguel Arraes (PE), Gilberto Mestrinho(AM), João Agripino (PB), Marcelo Miranda (MS) eRoberto Santos (BA). Afonso Camargo, do Paraná, eGastão Muller, de Mato Grosso, sáo os dois senadoresbiônicos.

A chapaDos 69 nomes indicados para o novo diretório do

PMDB, o PP contribuiu com 23 — os 45 restantesintegram os quadros do Partido de Ulysses Guima-rães. Os candidatos do PMDB sào:

Ulysses Guimarães, Agenor Maria, Aldo Fagun-des, Alencar Furtado, Temperam Pereira, AurélioPeres, Celso Peçanha, Chagas Rodrigues, DejandirDal Pasquale, Edgard da Matta Machado, EuclidesScalco, Evandro Carreira, Fernando Cunha, Fernan-do Lyra, Francisco Pinto, Gilson de Barros, HenriqueSantillo, Humberto Lucena, Iranildo Pereira, JacksonBarreto, Jader Barbalho, Jarbas Vasconcelos, Jerôni-mo Santana, Joào Evangelista Melo, Leite Chaves,Leo de Almeida Neves, Marcelo Cerqueira, MárioCovas, Mário Moreira, Mauro Benevides, Miguel Ar-raes, Nabor Júnior, Octacílio Queiroz, Paulo Rattes,Pedro Simon, Raimundo Azevedo Costa, Rafael deAlmeida Magalhães, Renato Archer, Roberto CardosoAlves, Ronan Tito, Severo Gomes, Tarcísio Delgado,Teotonio Villela, Tidei de Lima, Waldir Pires e WilsonMartins.

Eis os candidatos do PP:Afonso Camargo. Aluizio Alves, Antônio Moraes.

Bento Gonçalves Filho, Cid Sampaio, Edson Vidigal,Evelasio Vieira, Gastâo Muller, Gilberto Mestrinho,Hélio Fernandes, Joào Agripino, Joáo Linhares, JoãoMenezes, Luiz Baptista, Marcelo Miranda, MárcioMacedo, Mendes Canale, Miro Teixeira, Roberto San-tos, Roberto Hersbster Gusmão, Sérgio Ferrara, Sér-gio Murilo e Tancredo Neves.

Entre os suplentes indicados para o diretórionacional, foram incluídos a professora Maria da Con-ceiçáo Tavares, o líder estudantil Luiz Mariano, osindicalista Joào Carlos Araújo ("negáo") e o ex-presidente da UNE é professor universitário JoséSerra.

Convenção conjuntaterá voto separado

Brasília — A convenção conjunta do PP e PMDBserá instalada amanhã, às 9h, com qualquer quorum,de acordo com a legislação eleitoral vigente. Ela sópoderá, no entanto, eleger o novo diretório nacionaldo Partido que resulta da incorporação mediante aapuração de 251 votos dos convencionais do PMDB e151 do PP.

O PMDB reúne 292 delegados, com direito a 501votos, enquanto o PP tem 200 delegados que manipu-Iam 300 votos. Nessa convenção, o quorum é contadocom base no número de votos e não pela presença dosconvencionais. É que muitos políticos do PMDB e doPP, com funções partidárias, podem votar duas, três eaté quatro vezes.

Votos pluraisOs votos plurais são distribuídos da seguinte

maneira: se o convencional é apenas delegado, só temdireito a um; se é, por exemplo, delegado e parlamen-tar (deputado federal ou senador), tem direito a dois;se, além de delegado e congressista, é líder de banca--da=^cü30-do-Deputado-ThaIes-Ramalho — votatfes-vezes; e se, além de delegado, parlamentar e líder fordo Diretório Nacional do Partido, poderá votar quatrovezes.

A legislação eleitoral vigente não faz nenhumamenção ao voto plural, limitando-se a proibir somenteo voto por procuração. Um caso de convencional, quevotou quatro vezes, é o do Senador Evelasio Vieira(PMDB-SC). Ocorreu na convenção pemedebista de20 de dezembro do ano passado, que aprovou aincorporação do PP. Evelasio votou como delegadode Santa Catarina, parlamentar, líder de bancada emembro do Diretório Nacional do PMDB.

É relativa no resultado de uma convenção, noentanto, a influência dos votos plurais. Um delegadocom direito a voto triplo, por exemplo, pode deixar decomparecer e o suplente convocado só poderá votaruma vez.

A convenção do PP e PMDB amanhã é conjunta,mas os votos terão de ser tomados separadamente porcada um dos Partidos. Se apenas um Partido alcançaro quorum da maioria absoluta — a do PMDB estima-da em 251 votos e a do PP em 151 — as deliberaçõesnào poderão ser dadas como aprovadas. A convençãoé especifica: eleição do novo Diretório Nacional donovo Partido. Se náo houver quorum qualificado,portanto, num dos dois lados, uma nova convençãoterá de ser convocada.

• As maiores expectativas, quanto a compareci-mento, se voltam para as bancadas do Rio de Janeiroe Minas Gerais, no caso do PP, Na convenção do dia20 de dezembro de 1981, que deu início ao processo deincorporação, 17 delegados efetivos do PP fluminensenáo compareceram, forçando a convocação dos su-plentes. Na bancada de Minas faltaram nove delega-dos e só cinco suplentes se apresentaram, dos quaisquatro preferiam náo votar.

No PP do Rio 13 delegados tèm direito a vototriplo e no PP de Minas 11 dispõem desse privilégio.

Chagas diz a Magalhãesque teme por liberais

O Deputado Magalhães Pinto revelou no Rioconversa de 30 minutos, por telefone, que manteve naúltima quarta-feira com o Governador Chagas Frei-tas. Disse que Chagas se mostrava cétlco quanto aofuturo dos liberais oposicionistas que se filiaram aoPP, se a incorporação do seu Partido ao PMDB nâofor interrompida.

Dois parlamentares estaduais ligados a Chagasconfirmaram que ele conversou, realmente, com Ma-galhàes, criticando a cúpula nacional do PP por teriniciado, sem uma consulta mais ampla às bases doPartido, o processo de incorporação. Os dois depu-tados, que nâo quiseram se identificar, garantiramque o Governador fluminense explicou a Magalhãesque só não tentaria esvaziar a convenção conjuntaque PP e PMDB realizam amanhã porque o quorumjá estava assegurado.

ProvidênciasChagas não acredita que o processo de incorpora-

çào vença a batalha judicial das incorporações, con-forme acentuaram os dois parlamentares que tiveramacesso à conversa que ele manteve com Magalhães. Adescrença do Governador no êxito da incorporaçãodo seu Partido ao PMDB e confirmada, de certaforma, pelo presidente da Assembléia Legislativa doEstado do Rio, Deputado Jorge Leite, adiantandoprovidências que os chaguistas tomarão a partir demarço.

Leite assegurou que Uma dessas providênciasserá a de empurrar outra vez para as ruas a cândida-tura do Deputado Miro Teixeira, que ficou imobiliza-da, a partir do dia 20 de dezembro do ano passado,quando foi iniciado o processo de incorporação dosdois principais Partidos de Oposição. O PP, de acordocom o presidente da Assembléia Legislativa — organi-zador do comício de lançamento da candidatura deMiro em Madureira —- sairá de uma convenção ex-traordinária, convocada para o próximo dia 28, comose continuasse a manter no Estado do Rio a suaidentidade.

Entre as providências que tornara para reativar asatividades políticas de seu grupo, depois do carnaval,intensificando-as logo no inicio de março, Chagas,segundo os Deputados José Carlos Lacerda e SílvioLessa, fará uma ofensiva publicitária através de jor-nais, rádios e televisões. Os dois parlamentares escla-receram que a campanha terá a finalidade de melho-rar a imagem do Governador com apresentação deobras que realizou e que julga importante.

Dois dirigentes do PP informaram, ao mesmotempo, que Chagas pretende restabelecer o trinómioque sempre manejou para criar no Rio uma forteestrutura política: Governo, Partido e jornal. O Dia,matutino de propriedade de Chagas, intenslficariai deacordo ainda com as revelações dos dirigentes pepis-tas, a promoção dos principais líderes do chaguismono Estado.

As cisõesComo processo bastante traumático no Estado do

Rio a incorporação do PP ao PMDB começará aproduzir a partir de amanhã data da convençãoconjunta dos dois Partidos, cisóes de parte a parte. ODeputado Federal Celso Peçanha revelou que osquadros pemedeblstas no município de Campos, polode atração política do Norte fluminense, perderão 20líderes sem mandato, mas de bom futuro eleitoral.

O Senador Roberto Saturnino, que havendo aincorporação, terá de lutar com o Deputado MiroTeixeira na convenção do novo PMDB pela vaga decandidato a Governador, disse a amigos, entre eles oPrefeito de Resende — uma cidade industrial do Sulfluminense — Noel de Carvalho, que não deixará osquadros pemedebistas.

Saturnino tem convites de Sandra e de Brizola —cffnnrmãdõs~póf ãmWs^pãra^hgressar," respectiva-mente, no PTB ou no PDT. O Deputado Celso Peça-nha assegurou que o Senador e candidato ao Governodo Estado figura numa relação de pemedeblstas queprovavelmente se filiarão a outros Partidos e queatingiria, segundo o parlamentar, de 40 a 60% dosatuais quadros do PMDB.

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Josafá (de pé) entrega o texto da defesa a Tancredo e Ulysses

Partidos entregam defesa ao TSEBrasília — A representação do Pro-

curador-Geral da República, e tambémeleitoral, Inocèncio Mártires Coelho,que pede a lmpugnaçáo da incorpora-çào do PP ao PMDB "é inadmissível.Recebida apenas para discussão, há deser rejeitada, liminarmente". Esta éuma das conclusões da defesa dos presl-dentes do PP, Senador Tancredo Neves,e do PMDB, Deputado Ulysses Guima-rães, entregue, ontem, ao TSE.

Para chegar a essa conclusão, o ad-vogado dos dois Partidos, ex-SenadorJosaphat Marinho, que elaborou o do-cumento, baseou-se "na lei e na júris-prudência''." SlõTF paginas "Üèârgu-"mentações, fundamentadas nas leiseleitorais, resoluções do TSE e em obrasjurídicas, inclusive algumas utilizadaspelo próprio Procurador-Geral da Re-pública.

ArgumentosUm dos autores citados pelo Pro-

curador foi o jurista Manoel GonçalvesFerreira Filho, na obra "Os PartidosPoliticos nas Constituições Democráti-

cas, para dar sustentação a seu pedidode impugnaçáo. Utilizando-se da mes-ma obra, a defesa do PP e do PMDBdestaca:

— Autor da preferência do ilustreProcurador-Geral, na mesma obra porele citada, ao examinar "a ordem inter-na e os direitos dos Partidos", realça,com propriedade, sem excluir o controlelegal, que "a liberdade de açào dosPartidos é uma conseqüência lógica daliberdade de criação. De fato, de queserviria uma sem a outra? De que servi-ria o direito de organizar o- inútil?"

O PP, pelo seu presidente Tancredo-Ne vesr~entregou, também,- ontem, aoTSE, mais duas defesas. Uma contra omandado de segurança impetrado pelodiretório local de Ipiranga, em Sào Pau-lo. A outra contra açào idêntica propôs-ta pelo Deputado Herbert Levy (PP-SP). Os dois mandados tentam impug-nar a incorporação.

Basicamente, as duas defesas con-tèm os mesmos tipos de argumentosutilizados para contestar o pedido deimpugnaçáo feito pelo Procurador-Geral da República.

Pepista anuncia desligamento

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Brasília — "Nào ficarei no Partido.Meus eleitores é que me indicarão ocaminho no Pará. O PMDB é um dosnegócios da economia subterrânea deAlacid Nunes".

A afirmação foi feita ontem peloDeputado Nélio Lobato (PA), no cursode uma reunião de dirigentes e parla-mentares do PP para uma avaliação dasconseqüências da incorporação. Tan-credo deixou a reuniào às 16hl5m parair ao TSE e a reuniáo logo se esvaziou.

RespostaAo abrir a reunião, o Senador Tan-

credo Neves repetiu frase cunhada, quevem repetindo há várias semanas: "Aincorporação é a resposta ao famigera-do pacote do Governo", referindo-se à

vinculaçâo de votos de governador avereador.

O encontro contou com a presençade cerca de 50 parlamentares, delegadosde diretórios regionais e dos ex-governadores do Rio Grande do Sul eda Bahia, Sinval Guazelli e RobertoSantos. O Deputado Carlos Santana(BA) defendeu a incorporação. Mas de-pois dele, o Deputado Herbert Levy(SP), em discurso escrito, de quatropáginas, criticou duramente a direçãonacional do PP:

— Nào posso aceitar uma soluçãoque, se adotada, mutila irremediável-mente o Partido.

No entender de Herbert Levy o PPesta jogando fora a vitória para o Gover-no e o Senado em alguns Estados. Ci-tou, entre eles. Piam, Rio Grande doNorte. Amazonas, Paraná e Paraíba.

CandidatosOziel deixa o

projeto CarajásBrasília — O secretário

executivo do Conselho In-terministerial do Prógra-ma Grande Carajás, OzielRodrigues, informou: on-tem que solicitou demis-sáo do cargo e que paraseu lugar irá Nestor Jost,ex-presidente do Banco doBrasil. Os motivos que olevaram pedir demissãosão puramente políticos,uma vez que precisava sedesincompatibilizar paraconcorrer ao cargo de Go-vernador do Pará. ••

Alacid apoiadois do PMDBBelém — Os Secretários

Dionísio Hage, de Educa-çáo, e Fernando CoutinhoJorge, de Planejamento,deixaram os cargos trêsdias antes de esgotar-se oprazo mínimo previsto emlei para desincompatibili-zaçào. Ambos vão cohcor-rer, nas eleições de nóvem-bro, a uma vaga na Cama-ra dos Deputados,'peloPMDB, por indicação ecom apoio total do Gbver-nador Alacid Nunes.

S. Catarina muda11 secretáriosFlorianópolis — Onze

dos 17 secretários de Esta-do de Santa Catarina dei-xaram ontem seus cargospara concorrer às eleiçõesde novembro, atendendodeterminação do Governa-dor Jorge Bornhausèp nosentido de que os prjstu-lantes a cargos deveriamse desincompatibilizar umano antes do término,dosmandatos. Os secretáriosque se afastaram sàòjlvâBonato (Fazenda), /jairHamms (Comunicaçãu So-ciai) Nilson Bender (Iridús-tria e Comércio), Esperi-dião Amim (Transportes),Egidio Martorano (Bem-Estar Social), FernandoBastos (Trabalho), ÇoáoPaganella (Oeste), NereuGuidi (Casa Civil), BulcáoViana (Administração», Jü-lio César (Turismo) e Laer-te Ramos Vieira (Cônsul-tor-Geral do Estado). A

Paulinelli dizque se candidata

Belo Horizonte — Agrande surpresa no proces-so de desincompatibiliza-ção -em--Minas-for-p ex-Ministro da Agricultura doGoverno Geisel, AlyssonPaulinelli, que deixou on-tem a presidência do Ban-co do Estado de Minas Ge-rais e colocou o seu nome aserviço do Partido, sem re-velar a que pretende can-didatar-se. Além dele, cin-co secretários de Estado —de Ciência e Tecnolpgia,Agricultura, Obras Publi-cas, Interior e Justiça e deAdministração — deixa-ram a equipe do GoyernoFrancelino Pereira. Outroque abandonou o cargo pa-ra candidatar-se a depu-tado federal foi José Césarde Abreu, que deixouádi-retoria de Operação 'daEBTU.

Dois deixam eaíôao som de violão

Recife — Ao som de vio-lões e cavaquinhos os Se-cretários da Educação eHabitação, respectiva-mente. Joel de Holanda eJosé Jorge de Vasconcelos,renunciaram às suas Pas-tas para se candidatarem auma vaga na Câmara fede-ral, em cerimônia realiza-da no Palácio do Campodas Princesas.

A

m-^ORNAL DO BRASH,

-' ¦y$Sí[ ¦ '¦'¦:"¦.M; - -"y> . ; yyy. ¦,

Carlos MosquitoCIDADE

^Konald Watters disse que a imputação dos atentados à OAB e ãíZSiinab lhe causou danos "tremendos, definitivos e irreparáveis"

Relegado Ronald Watters vaidesmente processar a União e

entrar para o PTB

1:1cr"

maus-tratostíMü;. O delegado Wilson Via-f,/yha, o Capitão Aza, novo

ob J3iret0r da Divisão de Se-o ..igurança e Proteção ao Me-íiSii-nor, da Secretaria de Segu-.2vi;,rança Pública, desmentiu,&. contem, maus-tratos a me-iwí;,nores acautelados naquelaotjdependència. Ele negou

ter feito, também, referèn-cias desabonadoras à Fu-nabem e à FEEM.•; Na tarde de ontem, o de-

«ítégado Wilson Viana foi,,0 ..chamado à presença do de-....;. legado Peter Gersten, dire-..'rj.tor do Departamento der;, Polícia Especializada, pa-..., rá dar explicações sobre a

o ^reportagem publicada no„,.,,

"JORNAL DO BRASIL de

t,i .ontem. Ele afirmou desço-nhecer o conteúdo da re-

„.,^pòrtagem e acrescentou,,[f.que um menor lhe disse

hão ter visto ninguém so-frer maus-tratos na divisão

... .desde que ali se encontra.— Como posso falar con-tra a Funabem e a FEEM,

'duas instituições que aju--^'dám a divisão? — indagouQ delegado Wilson Viana.

. Explicou que pretendeadotar novos métodos detrabalho na divisão, "como apoio de todas as insti-aorttuçõès".

'^i'. N. da R.. Os maus-tratosáós menores mencionados

,' pêlo JORNAL DO BRASIL/ èm sua edição de 12/02 (Ca-' aehip B, 1» página) foram^relatados à repórter pormenores acautelados na

^"divisão; as declarações dodelegado Wilson Viana pu-blicadas na mesma repor-

, tagem, apesar de negadas, Hppr ele após a publicação,'foram todas prestadas à

, mesma repórter.

TÍBl

'^Loterj sai

.para oá° 23 705A 324" extração da Loteriado Estado do Rio de Janei-rb apresentou os seguintes

, ;resultados.Prêmios Valores Bilhetes

CrS 6 milhões 23 705Cr$ 500 mil 1 1 230CrS 300 mil 21 390Cr$ 150 mil 19 147CrS 100 mifeí 577)CrS 80 mil 29 341CrS 70 mil 6 750CrS 60 mil 14 726CrS 40 mil 21 952Cr$ 30 mil 12 434

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Ronald Watters, absolvido da acusação de colo-car bombas na OAB e na Sunab, vai dar entrada emação indenizatória contra a União, por danos moraise lucros cessantes. Um dia depois de ouvir a sentençada Justiça Militar, Watters falou sobre seus planos.Defendeu a legalização do PCB, manifestou a inten-çáo de ingressar no PTB e disse ter um croquis dafuga do cirurgião plástico Hosmany Ramos da Poli-cia Federal.

De calças jeans, camiseta t-shirts azul e brancaWatters estava irritado com uma sugestão de umamigo: montar de sociedade com Ronald Biggs umpub chamado Watters and Biggs. Desiludido com oregime, o ex-acusado de jogar bombas na OAB eSunab disse que "jamais" entraria para o PDS. Eesbravejou:

O PDS é uma parte da Revolução que me deucomo recompensa por muito trabalho executado,sem nunca pensar em retribuição, 228 dias, quatrohoras, 32 minutos e 14 segundos de cadeia, de acordocom o meu relógio, que nào foi surrupiado na PoliciaFederal.

Livro de humorO advogado Jorge Beja, especialista em açõesindenizatórias, foi contratado por Watters. por suges-tão do seu defensor na Justiça Militar, Raul Gudolle

para dar entrada numa açào responsabilizando aUnião por danos morais e lucros cessantes. O valor daaçáo ainda não está definido e Watters nào querianem que sua intenção de acionar o Estado fossedivulgada.Bem-humorado, declarou que teve um dia cheiode surpresas, ontem. Nào comemorou a absolviçãodormiu muito na casa da filha e ficou emocionado!segundo relatou, como o pedido de um autógrafo querecebeu de um gari da Comlurb, na Tijuca. Diante deum copo de chope numa churrascaria, minutos de-

pois de gravar entrevista para o Fantástico, falousobre o processo do qual se livrou.Tenho a impressão de que o destino reservou asemana que antecede o carnaval, momento de fanta-sias e palhaçadas, para o desfecho desse caso.

Watters nâo perdoa a forma como o delegadoArmando Costa — "e seus esbirros, pode colocar ai"— conduziu o processo no qual foi indiciado. Oadjetivo com que classifica a conduta da PoliciaFederal é impublicável. Porém, acha que pode sevingar: se contar tudo o que passou na cadeia, dariaum excepcional livro de humor. Imaginou até umtitulo: 228 dias de Cadeia por, Ronald Watters. Faltaeditor.Com 60 páginas no máximo, contaria históriascomo a do dia em que saiu para tomar chope naPraça Mauá com dois agentes federais. "É fácil fugirda Policia Federal?" - pergunta o repórter. Wattersse impacienta. "Fácil? E moleza" — respondeu de-pois de ameaçar mostrar um croquis da fuga deHosmany Ramos de um outro livro, "contando tudo"Watters diz que já redigiu 325 páginas.Com ficha de filiação partidária rejeitada pelo PPde Mangaratiba e sem pretender bater à porta doPDS.Watters acha que seu caminho será mesmo oPTB, ao lado de quem está apoiando.

Membro denao

tem habeasv/n ¦,„,l , Brasília — Por unanimi-

,dade. o STM (Superior Tri-'..bunal Militar) negou pedi-do de habeas corpus parar'.s'uspender ordem de busca(-é, captura decretada pela1* Região Militar (Rio)

contra Carlos Eugênio Sar-,%,mento Coelho da Paz, ex-. •integrante da Aliança Li-'«bèrtadora Nacional (ALN)

e desertor do Exército em.1069. O advogado Idibal

Piveta sustentou no tribu-nal que Carlos Eugênio de-

., jSertou porque estava,- .ameaçado de prisão, pres-'.>tjf* a ser submetido a inter-

Q rogatório. Sua tese é a de•si.qiie Carlos Eugênio nào-._. comenteu crime comum,oqj|$as de motivação política,devendo portanto ser anis-

tiado.

Estaria ao lado da prolessõra Sandra Cavai-canti, que, sem dúvida, vencerá tranqüilamente aseleições para o Governo desse Infeliz fundido Estado."Tremendos, definitivos e irreparáveis" — essessào os três adjetivos de que Watters se utiliza paraavaliar os danos causados pela acusação de que foi oresponsável pelas explosões na OAB e na SunabApesar de se considerar livre para dizer o que bementende, ele continua resvalante nas perguntas sobreo caso. Quando é sugerido que comente a afirmaçãoda Promotora René Solange, de que os responsáveispela morte de D Lyda Monteiro sào os mesmos doRiocentro, Watters responde:Sem comentários.

Leitura da sentençaserá feita no dia 18

O Juiz-Auditor da 2' Auditoria do Exército Antò-nio Cavalcanti de Siqueira Filho, informou, ontemque a leitura de toda a sentença do processo de'Ronald Watters será feita no dia 18, às 13h30m emsessào pública. Anteontem, dia 11, o presidente doConselho Permanente de Justiça. Major Nilson Afon-so Crisanto da Costa, leu apenas o veredlto. O iuiz-auditor, de acordo com o Código de Processo PenalMilitar, tem um prazo de oito dias para redigir asetença.

A decisão do Conselho Permanente de Justiça denao atender a sugestão da Promotora Renée Solangeda Fonseca Freitas, de encaminhar peças do processopor haver indícios de crimes praticados por Ronaldwatters. náo foi unanime: o Juiz-Auditor AntônioCavalcanti de Siqueira Filho foi vencido, ou seja omagistrado atendeu a solicitação do Ministério Pú-blico de encaminhar as peças as Justiça comum

Hurtadovolta aoEquador

— sábado, 13/2/88 ? Io caderno D o

O Presidente do Equa-dor, Osvaldo Hurtado Lar-rea encerrou, ontem, noRio de Janeiro, sua visitaoficial ao Brasil, que come-çou em Manaus, no dia 7.Acompanhado de sua co-mitlva formada por 43 pes-soas, embarcou, às 11 h, noaviáo que o trouxe ao Bra-sil, com destino a Quito.Na Base Aérea, o Presl-dente Osvaldo Hurtadodespedlu-se do Governa-dor e de sua mulher, D. ZoéChagas Freitas. Ele rece-beu os cumprimentos doComandante do I Exerci-to, Heitor Luís Almeida;do Comandante do 3o Co-mar, Alfredo Henrique Be-renguer César; do Coman-dante da Base Aérea, JoséTeófllo Rodrigues Aqulno;e de membros do consula-do equatoriano do Rio deJaneiro.

Antes de embarcar noavião — que levantou vôo,pontualmente, às 11 h — oPresidente Osvaldo Hurta-do fez questão de apertaras mãos dos batedores eseguranças que o acompa-nharam durante o tempoem que permaneceu noRio. O avião fez uma esca-Ia técnica em Manaus esua chegada a Quito esta-va prevista para as 16 h 15m.

Juiz Francisco Horta pedee Chagas o aposenta após31 anos de serviço público

O Governador Chagas Freitas recebeu e aceitouontem, o pedido de aposentadoria do Juiz FranciscoHorta, afastado desde 14 de outubro de Vara deExecuções Criminais. O magistrado — com 31 anosde serviço público — requereu sua aposentadoria aopresidente do Tribunal de Justiça, DesembargadorMarins Peixoto, com base no Artigo 74 da Lei Com-plementar 35, de 1979, e no Artigo 106 da ConstituiçãoEstadual, de 1975. vO advogado João Carlos Austregésilo de Ataídedefensor do Juiz Horta, pedirá o arquivamento dosprocessos contra seu cliente que estão no ÓrgãoEspecial do Tribunal de Justiça e foram instaurados apedido do então Procurador-Geral da Justiça, NelsonPeceguelro do Amaral. "O Juiz Horta está, assimlivre para seguir sua vida, completamente desincom-

patibilizado do Poder Judiciário — disse o advogadoque nao confirmou nem desmentiu a possibilidade deo magistrado concorrer a cargo eletivo.ELEIÇÀO Pelo advogado Joáo Carlos

Austregésilo de Ataíde,que disse que seu cliente

ESPECIALJORNAL DO BRASIL

~1': DOMINGO )

A primeira notícia deque o Juiz Francisco Hortapediria sua aposentadoriasurgiu no dia 4 de novem-bro: era o assunto maisdiscutido no Palácio daJustiça. Nessa época, jáhavia também especula-ções quando a uma possi-vel candidatura do Juiz aum cargo eletivo. Amigoschegavam a dizer que "eleganharia fácil, se quisessese candidatar a deputadofederal. Só com os votosdas famílias de presos e degente ligada à área da Jus-tiça".

A notícia, porém foi des-mentida no dia seguinte

iria submeter-se a julga-mento em dois processos,no dia 8 de novembro, peloÓrgão Especial do Tribu-nal de Justiça: em um,acusado de falta de decoropor ter desrespeitado asautoridades da Secretariade Segurança — GeneralValdir Muniz e Coronel Níl-ton Cerqueira — e em ou-tro, por ter-se excedido noselogios durante o enterrodo ex-policial Mariel Ma-riscot de Matos. A repre-sentação movida contraele pelo Juiz de Vassouras,Marcial Vieira, foi arquiva-da pelo Conselho da Ma-gistratura.

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MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO

INSTITUTO BRASILEIRODO CAFÉ

RESOLUÇÃO N° 10/82O PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DO CAFÉ (IBC)em exercício, no uso de suas atribuições legais e na conformidade

do que dispõe a Lei n° 1.779. de 22 de novembro de 1952RESOLVE

Art, Io — Acolher os registros de "Declarações de Venda" relativasà exportação de café verde em gráo ou torrado e moido descalema-do ou nâo. a partir de 15 de fevereiro de 1982, inclusive paraembarque de 1» de abril até 30 de abril de 1982. aos seguintespreços-minimob por libra-peso, para operações "Á Vista"a) - CAFÉS DO TIPO 6 (SEIS) PARA MELHOR, BEBIDA ISENTADE GOSTO RIO-ZONA, EMBARCADOS PELO PORTO DESANTOS — (SP):

US$1.30 (um dólar e trinta centavos) ou o equivalente emoutras moedas.b) - CAFÉS DO TIPO 7 (SETE) PARA MELHOR. BEBIDA ISENTADE GOSTO RIO-ZONA. EMBARCADOS PELOS PORTOSDE PARANAGUÁ (PR), RIO DE JANEIRO (RJ), VITÓRIA

(ES), SALVADOR/ILHÉUS (BA) E RECIFE (PE) '""'*

USS 1,29 (um dólar e vinte a nove centavos) oú o equivalenteem outras moedas;O - CAFÉS DO TIPO 7 (SETE) PARA MELHOR, BEBIDA RIO-ZONA, EMBARCADOS PELOS PORTOS DO RIO DE JANEI-RO (RJ). VITÓRIA (ES), SALVADOR/ILHÉUS (BA) E RECIFE

USS 1.20 (um dólar e vinte centavos), ou o equivalente emoutras moedas,dl - CAFÉS DO TIPO 7/8 (SETE/OITO) PARA MELHOR DA

/«o'^2E "R0BUSTA CONILLON", EMBARCADOS PE-\ffl3$58g$S^JANEIR0 ,RJ1'V,TÚRIA ,ES> E

USS 1.10 (um dólar e dei centavos) ou o equivalente emoutras moedas.PARÁGRAFO ÚNICO. Nas operações "a

prazo" os preços acimaserão acrescidos de |uros de 1.5% (um o meio por cento) ao mèssobre os preços líquidos de venda "Á Vista"An. 2o - Manter em USS 50.00 (cinqüenta dólares) ou o equivalen-te em outras moedas, por saca de 60.5 quilos brutos, a Ouota deContribuição sobre a exportação de café verde ou descafeinado emgrão. ou 48 quilos de torrado e moido. para as operações cuiosregistros venham a ser acolhidos pelo Instituto Brasileiro do Café apartir de 15 de fevereiro de 1982. inclusive, para embarques noperíodo indicado no Artigo anterior.An. 3o -. Manter em vigor todas as demais disposições sobre aexportação de café verde em grão ou torrado e moido. descafeinadoou nâo. que nao colidirem com as da presente Resolução

Brasil.a. (DFl. 12 de fevereiro de 1982(ass ) HANS GEORG SIPPEL

Presidente em Exercício(P

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Instalar-se-á o conclave em 1a convocação às17:30 horas e em 2" e ultima convocação às 18horas, para apreciar a seguinte ordem do dia.1o — Eleição do sindico e do sub-síndico2o — Fixação dos honorários do síndico e da Admi-

nistradora3o — Eleição do Conselho Consultivo40 — Exame e proposta de orçamento5o — Assuntos de interesse geralRio de Janeiro, 12 de fevereiro de 1982

EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOSCAPRI S.A — COM. IND.

(Ass) ilegível— Incorporadora (P

. Essa eleição .vai ser um carnaval.

Agora, pela primeiravez, é você quem vaiescolher os melhoresdo carnaval. Atravésdo voto direto e secreto.O Estandarte do Povovai ser oferecidoà melhor escola, âmelhor bateria, aomelhor samba-enredoe à melhor duplade porta-estandartee mestre-sala docarnaval 82.A carteia onde você vaicolocar o seu voto estádentro da separataque acompanha estarevista.E as urnas vão estar àsua espera, no final dodesfile, à saída do seusetor na Marquês deSapucai.Depois é só acompanharo resultado da votaçãopela TVS - Canal 11 ouler o Jornal do Brasilde quarta-feira.A entrega dos troféusserá feita no programaO Povo na TV, da TVS,também na quarta-feira.

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Mas o melhor da festaé que nessa eleiçãovocê também saiganhando. Porquequem vota concorrea uma geladeira, umaparelho de arcondicionado, umamáquina de lavarroupa, uma batedeira,um aparelho de som3x1, uma TV a corese assinaturas doJornal do Brasildurante três meses.Tudo sorteado duranteo programa em que osresultados vão sair.Essa eleição vai ser ounão vai ser o maiorcarnaval?

Vbcêé quem vota.Você 6 quem ganha os prêmios.

•V.4°OPOVO.

DELFINCadernetade Poupança

SanrbaLO MELHOR SOM DO CARNAVAL

TVS®RIO

JORNAL DO BRASIL

sábado, 13/2/885__2__l^oaderno__n CIDADE JORNAL DO BRASIL

Informe JBCuba isola-se

Náo é nada boa a imagem de Cubana comunidade internacional. Cubanem pode mais alegar para o seuisolamento, o bloqueio que lhe foi im-posto nos anos 60. Hoje, seu isolamen-to na América Latina é muito maior. Efoi ela quem o provocou. Pode-se ir atéa aliteração para mostrar que Cubaprovocou seu isolamento com provo-cações a outros países.

Atualmente, Cuba tem relaçõesamistosas apenas com quatro paíseslatino-americanos e do Caribe: Nica-rágua, Granada, Panamá e México.Uma série de incidentes, ocorridos nosdois últimos anos, deteriorou as rela-ções entre Havana e seus vizinhos..

¦ ¦ ¦Pressionados pela penúria de vida,

rnilhares de cubanos optaram porabandonar seu pais, ocupando as Em-baixadas do Peru, Equador e Vene-zuela em Havana, à procura de asilopolítico — à procura de emprego, ali-mentação e liberdade naqueles países.Desde esses incidentes, registrados em1980, esfriaram as relações dos paísesandinos com a ilha de Fidel Castro.

Em março de 1981, a Colômbia rom-peu relações com Cuba, á raiz dasprovocações que lhe fez Fidel Castro,treinando e armando guerrilheiros doM-19 e desembarcando-os no litoralcolombiano. Em maio, as provocaçõesvoltaram-se contra a Costa Rica, in-sultada por diplomatas cubanos naONU. Tantas provocações assustaramaté o Panamá, que sugeriu a realiza-çáo de conferência hemisférica pararever o relacionamento interamerica-no de Cuba.

A Jamaica é o último pais a anun-ciar rompimento de relações com Ha-varia.

Pouco depois da derrota do Gover-no de tendência esquerdista chefiadopor Manley, o Primeiro-Ministro Ed-ward Seaga exptilsou o embaixadorcubano em Kingston, acusando-o decumplicidade em atividades subversi-vas. O rompimento das relações deu-se em outubro do ano passado, quan-do o Governo de Havana se recusou aextraditar criminosos jamaicanos.

¦ ¦ ¦O isolamento de Cuba, por ela pro-

vacado com provocações a seus vizi-nhos, já tem horizontes visíveis nospaíses do chamado Terceiro Mundo,principalmente nos países que se con-sideram não alinhados.

Sede, no momento, da Conferênciados Países Não Alinhados, Cuba ten-tou impor-lhes a balela de que a UniãoSoviética é "o aliado natural" deles. Ainiciativa capeiosa não prosperou. Foiderrotada na conferência de Ministrosdas Relações Exteriores realizada noano passado em Nova Deli.

Sempre serviçal á URSS, que lhedá uma "ajuda" de 10 milhões dedólares por dia, Cuba tentou bloquearresolução da conferência de Nova Delique exigia a retirada de tropas estran-geiras do Afeganistão e do Camboja.

A perda do pouco prestígio interna-cional que alcançara, Cuba reconhe-ceu, a contra-gosto, quando desistiude exigir que a VI Conferência daUNCTAD, de 1983, fosse realizada emHavana. Por reconhecer apenas aUnião Soviética como único árbitroinfalível dos negócios do mundo, Cubatransformou-se em instrumento deMoscou na arena internacional.Isolou-se.

Fora de hipótesesO Ministro da Marinha, Almirante

Maximiano da Fonseca, disse, ontem,a um grupo de repórteres em PortoAlegre:

— Vocês não ouviram o que o Pre-sidente falou? Só nào haverá eleiçõesse o matarem ou o colocarem parafora. Ora, nào há a minima hipótese deo botarem para fora e, se ele morrer,daí mesmo é que haverá eleição, parahonrar a sua memória e a sua pro-messa.Esclarecimento

"Até foi o contrário" — garante opresidente nacional do PDT, LeonelBrizola. Ele não pediu aos seus correu-gionários de Sáo Paulo que usassem

uma linguagem entre eles e outra, "di-ferente", ao falarem â imprensa.

O que Leonel Brizola pediu aoscompanheiros foi que não se agredis-sem pela imprensa, pois um políticoprecisa respeitar o público. "Nào pedipara falsear a linguagem, mas parausá-la em sentido elevado, usá-la ade-quadamente, sabendo-se que o que sedisser a um jornalista será publicado elido por eleitores" — declara o presi-dente nacional do PDT.

¦ ¦ ¦Conclui Leonel Brizola:— Eu náo fujo da imprensa. Quan-do um jornalista precisar me ouvir, me

procure, que eu atendo sempre. E direisempre o que penso.Incorpora?

O Senador Tancredo Neves estátrabalhando para que haja quorum,telefonando para seus amigos do PP epedindo presença amanhã em Brasi-lia, para assegurar a inoorporação aoPMDB.

O quorum para realizar-se a incor-poraçáo é de 402 votos, sendo 251 doPMDB e 151 do PP.

Na Bahia, os presidentes regionaisdos dois Partidos — Roberto Santos(PP) e Rômulo Almeida (PMDB) —antes de viajarem para Brasília garan-tiram que terào 28 votos favoráveis àincorporação.

¦ ¦ ¦É de náo esquecer, no entanto, que,na primeira convenção, foram decisi-

vos os oito votos do Senador AlbertoSilva, do Piauí.

E, pelo que se sabe, o Senadorpiauiense está, agora, com um pé noPDS.

DespercebidoOs escritores brasileiros são mesmo

muito desinformados sobre a literatu-ra latino-americana. Conhecem, ou ou-viram falar de Borges, Vargas Llosa,Garcia Márquez y va que chuta. Deoutros, tào Importantes, náo ouviramfalar e tampouco leram.

Assim é que passou despercebidopor Brasília, Rio e São Paulo o roman-cista e historiador, ex-Ministro das Re-lações Exteriores do falecido Presiden-te Jayme Roldós. do Equador, AlfredoPareja Diezconseco, que fez parte dacomitiva do Presidente equatorianoOsvaldo Hurtado.

Diezconseco é autor dos romancesLas Três Ratas e Los Anos Nuevos,entre outros, e de uma História doEquador em quatro volumes.

Quem lhe conhece a obra, recomen-da-a com entusiasmo.Comissão da OAB

O representante da Frente Fará-bundo Marti de Libertação Nacional,de El Salvador, Miguel Angel Amaya,pediu ao Presidente da OAB, Bernar-do Cabral, que interpelasse a Junta deGoverno liderada pelo Presidente JoséNapoleón Duarte sobre a violação sis-temática dos direitos humanos em seupaís.

Bernardo Cabral respondeu-lheque, no plano das relações internacio-nais, a competência, no Brasil, ê exclu-siva do Ministério das Relações Exte-riores.

Mas, no plano dos direitos huma-nos, a OAB ajudará a população de ElSalvador nomeando comissão de altonível, formada por membros do seuConselho e da Corte Internacional deJustiça, para estudar o problema.

A comissão já está formada: Harol-do Valadâo, membro da Corte Interna-cional de Haya; Heleno Fragoso, Vice-Presidente da Comissão Internacionalde Juristas e Luiz Garcia, ex-Vice-Presidente da Associação Internacio-nal de Advogados.

Dinheiro correndoNordestino que mora em Sâo Pau-

lo, volta de visita a sua terra. E tentaconvencer o compadre a ir com elepara Sào Paulo, "onde o dinheiro estácorrendo".

Resposta do compadre:— Vou, náo. Aqui, que o dinheiro

não corre, eu nào pego nenhum, imagi-ne lá, onde ele corre...

Lance-livreO Governador Francelino Pereira

poderá deixar o cargo para se desin-compatibilizar. O sinal mais evidente,dessa decisão está na sua própria casa,na Rua Pedra Bonita, no bairro daBarroca, em Belo Horizonte. Ela foidesocupada por um dos seus filhos ecomeçou a ser reformada esta^emana—A família do Governador reside noPalácio das Mangabeiras.

O primeiro livro a ser lançado noMemorial JK já está escolhido. Trata-se da segunda edição, revista e am-pliada, de Invenção da Cidade do es-critor Clemente Luz, radicado emBrasília há 20 anos. O lançamentoserá no dia 21 de abril, para coincidircom mais um aniversário da cidade. Oprefácio do livro é do falecido Presi-dente Juscelino Kubitschek.

Desentenderam-se os DeputadosThales Ramalho, do PP de Pernambu-co, e Carlos Cotta, do PP de Minas. Oprocesso de incorporação do PP aoPMDB provocou o desentendimentoentre os dois. Cotta acusou Thales deinvadir seu Estado para conspirar con-tra a incorporação, que o deputadomineiro defende.

O Ministro César Cais e o Secreta-rio Geral do MIC, Marcos José Mar-quês, participam, em São Paulo, nodia 4 de março, do seminário sobre oAvanço Tecnológico do Álcool, pro-movido pelo Instituto de Engenhariade São Paulo.

Os prêmios de melhor cartaz para oFestival Villa Lobos, este ano, sáo deCr$ 150 mil, mais uma medalha deprata e um pergaminho. Os cartazesdevem ser apresentados até o dia 30 deabril, na sede do Museu Villa-Lobos(Rua da Imprensa, 16, sala 913).

Durante quase uma semana, o Dia-rio de Justiça da União foi impressonuma gráfica particular de Brasília,por defeito no computador que o com-

põe. O Diário de Justiça parou de sérimpresso nas gráficas do Governo nodia 4 e o computador do Departamen-to de Imprensa Nacional só voltou afuncionar no dia 10.

Edwal Nunes da Silva pouca genteconhece. Cajá, esse sim, é o apelido de_Ed(^LrTueJfoLmancl^te.daJimpreiasa—-

brasileira entre 1978 e 1979, quando foipreso no Recife, acusado de tentarreorganizar c Partido Comunista Re-volucionário. N* época, Cajá integravaa Pastoral Universitária da Arquidio-cese de Olinda e Recife. Agora, candi-dato a deputado federal pelo PMDBde Pernambuco, ele conseguiu numcartório acrescentar ao seu verdadeironome o apelido de Cajá, com o qualpretende fazer campanha.

O Secretário de Educação, ArnaldoNiskier, autografa hoje, às 17h, naLivraria Ponto de Encontro, em Tere-sópolis, seu livro Vovó Viu a Uva.

O jornalista Octávio Malta comple-ta hoje 80 anos. Comemora a data emBuenos Aires.

O Prefeito de Curitiba, Jaime Ler-ner, seguiu ontem para os EstadosUnidos, onde participará da reuniãoda Sociedade para o Desenvolvimen-to Internacional, com Barbara Ward,considerada a maior autoridade mun-dial em Ecologia. O Prefeito de Curi-tiba terá, ainda, encontro com o escri-ter Alvin Toíler, autor de A TerceiraOnda.

O Deputado Hélio Garcia, presiden-te do PP mineiro, pediu ao DeputadoMagalhães Pinto, que embarcou on-tem para Belo Horizonte, para marcarencontro com ele hoje. Será uma con-versa confidencial, 24 horas antes daconvenção conjunta para a incorpora-ção do PP ao PMDB.

O Governador Francelino Pereira esua mulher, D* Latife, almoçam hojecom o casal Ernesto Geisel, em Tere-sópolis.

PREFEITURA MUNICIPALDE CABO FRIO

AVISO DE EDITALREF. CONCORRÊNCIA 011/82

A comissão permanente de licitação da Prefei-tura Municipal de Cabo Frio, comunica aos interessa-dos que fará realizar no dia 02 de Março de 1982, às16 h, na Sala de Reunião da Secretaria de Obras eUrbanismo, sitoà Rua Florisbela Rosa da Penha, 292,Bairro Braga, nesta cidade, licitação por concorrênciapara aquisição dos seguintes equipamentos destina-dos à construção do SISTEMA DE LANÇAMENTOSSANITÁRIOS de Arraial do Cabo:Tubulações de ferro fundido e cibrocimento paralinha de sucção e recalque.Bombas centrífugas de eixo horizontal.Subestação abaixadora.

O Edital completo e especificações técnicas,encontram-se à disposição dos interessados, naSecretaria Municipal de Administração, no endereçoacima, onde serão dados maiores esclarecimentos,diariamente, no horário de 13 às 17 h.

CABO FRIO, 12 de Fevereiro de 1982.Jorge Luiz Cazes Valentim,

Presidente.

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Estado abre concurso coid3 mil vagas no magistério

A partir de segunda-feira estaráoabertas as inscrições para o concurso deprofessor da rede estadual de ensino. Aprova será elassifleatoria e os cândida-tos disputam 3 mil vagas, para professo-res de educaçáo pré-escolar, educaçãoespecial, 1° grau, 2o grau e supletivo.

No concurso deste ano o candidato,ao se inscrever, terá que escolher omunicípio ou distrito ao qual quer con-correr e disputará somente as vagasdeste local. A Secretaria Estadual deEducação aceitará inscrições até o dia1° de março, das 9h às 17h, e a provaserá dia 21 de março.

As vagasSáo 3 mil vagas, assim divididas: 66

para educação pré-escolar, 141 paraeducação especial, 944 para 1° grau da1" a 4" séries, 790 para Io grau da 5' a 8*séries (professores de Ciências, Comunl-cação e Expressão, Educaçáo Artísticae Musical, Educaçáo Física, Ma,temáti-ca e Estudos Sociais), 629 para o segun-do grau em diversas áreas, 175 para o

Supletivo da 1» a 4" fase e 155 para osupletivo da 5" a 8* fase.

As inscrições deverão ser feitas nas»sedes do Centro Regional de Educação*e Cultura em Angra dos Reis, Barra do;Plraí, Barra Mansa, Cabo Frio, Campos,*'Duque de Caxias, Itaperuna, Macaé,*Niterói, Nova Iguaçu, Petrópolis, RlcvBonito, Rio de Janeiro, Teresópolis,"?Três Rios e na Escola Estadual Canadá»:em Friburgo. No Rio, além da sede dòjCREC, na Rua Mariz e Barros 273, nave-rá postos de inscrição no Colégio Esta-;dual Carmela Dutra em Madurelra e noColégio Inácio Azevedo do Amaral, nó*Jardim Botânico. Haverá posto especial!no Instituto Benjamim Constant para*os candidatos parcialmente Incapazes,Inclusive cegos.

No ato de inscrição, os candidatoé*deverão apresentar a carteira de ldenttídade e o comprovante do recolhimentoda taxa de inscrição no valor de Cr$ fimil 700 ao Banerj. O candidato só pode-írá concorrer às vagas oferecidas no mu»;nicípio ou distrito pertencente ao CREC.do local onde efetivar sua inscrição, v

No município, redações boasAs redações dos aprovados no con-

curso de professores do magistério mu-nlcipal estavam "relativamente boas",segundo o diretor-presldente da Funda-çáo Escola de Serviço Público (FESP),Dagomir Azevedo, que divulgou, ontem,

total de pontos que cada um obtevenesta prova. Apenas três tiraram 20pontos, que é a nota máxima, e umacandidata, por não ter feito a redaçãofoi eliminada. Restaram então 106 apro-vados.

Jane Corrêa, que tirou 60 na prova dequestões objetivas foi confirmada comoa primeira colocada do concurso, por-que fez 19 pontos na redação sobre otema Deve-se oferecer às crianças ar-mas de brinquedo? A FESP fará o pos-sível para divulgar, antes do carnaval, oedital do novo concurso para preencheras 894 vagas (nas escolas municipais há

mil) restantes. O programa deverá sero mesmo do concurso passado e asprovas menos cansativas Para corrigir

as redações dos 107 aprovados na pri-meira fase do concurso (só foram corri-gidas as dos candidatos que acertaramno mínimo 50% das questões objetivas)a banca considerou o conteúdo e a for-ma. No primeiro observaram os seguln-tes vícios de linguagem: obscuridade,prolixidade, desarmonia, vulgaridade efrouxidão, em oposição, respectivamen-te, às virtudes estilísticas como clareza,concisão, harmonia, sobriedade e vigor.Assinalaram ainda vícios de linguagem.

A maioria obteve 16 e 17 pontos naredação e apenas uma, Angela MariaQuintaniiha Cunha, tirou zero por nãoter feito a sua o que desclassificou-a.Somada a nota da redação com a dasquestões objetivas, classificaram-se nostrés primeiros lugares os seguintes can-didatos: Jane Corrêa com 79 pontos(tirou 19 na redação); Cátia Izidoro Ma-chado de Paiva, com 77 pontos (19 naredação) e Terezinha Miranda Alderele,76 pontos (18 na redação).

DECLARAÇÃO A PRAÇA \Declaramos, a quem possa interessar, e para os fins de direito, que oSr. Orlando Monteiro de Carvalho, nunca manteve qualquer relacio-namento com a nossa empresa, sendo totalmente falsa e apócrifa aprocuração na qual constam poderes que segundo tal documento, te-riam sido por nós a ele outorgados, Assim sendo, tal procuração/porfalsa e apócrifa que é, não tem nenhuma existência legal, não poden-do, consequentemente, gerar quaisquer obrigações.Comunicamos ainda, que estão sendo tomadas as providências legaiscabíveis, a fim de que seja esclarecida a autoria do aludido documen-to.

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funciona na máquina do ensino e o caminhomais seguro para a universidade

ANEL DE GRAU -A verdade e que hojeem dia os curslnhos sao a peça que fundo-na melhor, ou pelo menos com mais ell-ciência, em todo o universo do ensino bra-

_sllalrQ_Como_suajn8la_é-extremamenteprecisa — a aprovação no vestibular — eexige os elementos básicos da competi-çâo, como talento e esforço Individuais, hápouco lugar para a Ineficácia. Um cursinhoruim nao tem nenhuma possibilidade desobreviver no mercado, e os que sobrevl-vem têm serviço a mostrar. Embora nao ha-Ja uma estatística geral confiável, pois to-dos os números anualmente levantadosacabam perdidos na confusão geral daguerra publicitária, as chances de quemlez um bom cursinho passar no funil dovestibular crescem prodigiosamente — so-bretudo se ele veio de uma escola medlo-cre. E as escolas medíocres sâo uma velhaInstituição brasileira. Em 1827, quando foicriada a Faculdade de Direito do Largo deSâo Francisco, em Sâo Paulo, o médico ejornalista Libero Badaró já se dedicava apreparar estudantes Interessados nas car-relras de ciências exatas.

•TRÉGUA PRECÁRIA -Todos os dados

referentes aos curslnhos se colocam á par-te, com destaque, no tristonho panoramada educação brasileira. Somente nos seismaiores curslnhos rfe S8o Paulo — Objetl-vo, Anglo Latino, Universitário, Equipe,Etapa e MED — estudaram no ano passado70.000 alunos'...)

No Rio de Janeiro, os do primeiro esca-lio - Hélio Alonso, Miguel Couto/Bahien-se GPI e MV-1 — somados aos de segundalinha — Impacto, PSICO-CO, Vetor e ADN— reuniram, no ano passado, apesar dacrise que atinge todo o sistema de educa-çâo carioca, cerca de 40.000 matrículas. Is-so para n8o falar das dezenas de cursinhosmenores que se espalham pelas principaiscapitais do pais (...)-

CRISE — Apesar de Iodas as suas vanta-gens, os cursinhos, como tantos outrossetores da economia brasileira, tambématravessam um período relativamente des-favorávelr sobretudo no RÍo de Janeiro.Um exemplo perfeito dessa decadência ôo edifício n? 928 da avenida Nossa Senhorade Copacabana, na esquina com a ruaBolívar, onde funcionavam, na década de70, três dos maiores curslnhos do Rio: OAS, morreu; o Vetor, que foi a quinta em-presa na lista de contribuintes do Estadoda Guanabara, em 1973, hoje funciona emmela dúzia de salas com professores semexpressão, e o Bahiense terminou engoli-do pelo Miguel Couto (...)

•Seguindo o exemplo do Objetivo, quesoube sair de seus próprios limites geo-

gráficos s de atividade, alguns cursinhoscariocas como o MV-1 e o GP-I procuramescapar da crise adquirindo colégios se-cundários nos quais Introduzem as suaspróprias concepções de ensino (...)

O MV-1, por exemplo, já Instalou nos cln-co colégios de sua rede o hábito de contra-tar bons profissionais pagando para Isso oque for preciso. Seus melhores professo-res de Fislca, José Carlos Pontual, e deQuímica, Pedro Magno Republicano, foramescolhidos pela qualidade de suas tesesde mestrado. E o resultado nâo se fez es-perar: 72% dos alunos do MV-1 foram apro-vados no vestibular. Ê, talvez, nessa In-fluência crescente dos métodos dos cursl-nhos no ensino secundário que se encon-tre uma solução futura para o problema -alunos mais bem preparados para o vesti-bular no seu currículo normal poderiamdispensar a necessidade do ano extra deestudos especiais que antecede a tentati-va de entrar na universidade.

•TRANSCRITO DA REVISTA VEJAEDITORA ABRIL

DATA DE CAPA: 10 DE FEVEREIRO DE 1982-PP/ 48/ 52.

JORNAL TK> BRASIL CARNAVAL Babado, 13/8/88 a 1° caderno O 7

Juizado de Menores terá__postos em toda a cidade

O Juiz de Menores, Antônio Campos Neto,Informou ontem que 500 funcionários, entre comls-sários e atendentes, trabalhando em 10 postos, de12h em diante, na Zona Sul e Norte da cidade,farão parte do esquema de fiscalização de menorespara o carnaval deste ano. Os plantões na sede doJuizado (Praça 11 de Junho, 403/térreo) e na Rodo-viária Novo Rio estarão funcionando normalmen-te, atendendo aos casos de autorização para via-gens ou de participação (crianças entre 10 e 16anos) nos desfiles.

O Juiz Campos Neto afirmou que a preocupa-çào maior será em "proteger o menor contraacidentes e envenenamento por tóxico ou bebidasalcoólicas". A fiscalização será maior em relação àproibição de venda de bebidas alcoólicas, pois.segundo Campos Neto, tornou-se infraçáo commaior incidência nos últimos anos.

Joàozinho Trinta não parece preocupado com o regulamento da Riotur

Beija-Flor diz que "Estandarte"

vai mostrar o que o povo pensaJoàozinho Trinta, da Beija-Flor,

acha que o Estandarte do Povo,promoção da TVS-Canal 11 e doJORNAL DO BRASIL, vai servirpara mostrar o que o povo realmen-te pensa dos desfiles das escolas:"A Beija-Flor, por exemplo, nuncaconsegue agradar a determinadosjuizes, apesar dos vários campeona-tos levantados com a aclamação dopovo" — afirmou.

O presidente da Beija-Flor, Nel-son Abrahão David, está certo deque o Estandarte do Povo vai aca-bar com a polêmica criada entre oscríticos e intelectuais sobre a evolu-ção das escolas de samba, seus lu-

* xos e alegorias. E Joàozinho está, cada vez mais convicto de sua tese:"Pobre gosta de luxo; quem gosta

de miséria é intelectual", afirmação. que muitos criticos contestam.

O povo sabe o que querNelson e Joàozinho acham que

; os júris paralelos ao oficial nâo sáo: coerentes e nem retratam a opinião

do público, que sempre aplaude aescola de Nilópolis.

A gente sabe quando o povogosta do desfile, mas os prêmiosque a Beija-Flor tem ganho dessesjuizes nào correspondem aos aplau-sos do público — disse Nelson.

Ele também nâo acredita que opúblico, na hora de votar, escolha asua escola do coração sem se preo-cupar com a apresentação.

O povo reconhece quandosua escola está bem ou está mal.Em 1979 nâo fizemos um bom car-naval e tiramos em segundo lugar.O povo nào gostou. A Portela esta-va melhor e ficou em terceiro.

Joàozinho Trinta explicou queos juizes analisam o desfile comuma visão de fora. "Para eles" — diz"não importa o que representa ascores da escola, por exemplo. Overde e rosa da Mangueira é consi-derado cafona. Ora, podia ser pretoe roxo. O importante é a emoção e atradição que essas cores tem paraos sambistas da escola".

A voz do povo é a voz de Deusafirmou ontem o mestre-sala da

Beija-Flor, Elcio PV, no programaO Povo na TV, na TVS-Canal 11.comentando a instituição do Estan-darte do Povo. Para Elcio PV, otroféu será um grande incentivopara a sua carreira, pois a Rioturterminou com a premiaçáo de mes-tre-sala. Garante que entrará comtoda a força na Marquês de Sapucaíe tentará ser o vencedor. Achou amedida "absolutamente certa",porque o "sambista vai com maisvontade para a avenida".

Élcio PV critica a medida daRiotur de terminar com os quesitosde mestre-sala e porta-bandeira:deixam de premiar categorias quesào consideradas "o charme e aelegância do carnaval". Agora como Estandarte do Povo, Élcio disseque suas esperanças aumentaram.Quer comemorar seus 20 anos demestre-sala, ganhando o troféu.

Advogado, formado pela PUC,Elcio PV está há cinco anos naBeija-Flor. Já esteve na Vila Isabel,Mangueira e Cabuçu. Vencedor deoito estandartes, Elcio promete dartudo na Marquês de Sapucai.

Joàozinho Trinta quer fazer surpresaValéria Fernandes

A Beija-Flor provavelmente des-filará com mais de três carros alego-ricos e com muitas figuras vivas,'uma delas a ex-Miss Brasil, Martaílocha, desrespeitando o regula-mento da Riotur.

— Carros alegóricos enfeitadostom mulheres bonitas, essa é uma'conquista da Beija-Flor. A escola^vai desfilar conforme as necessida-des do enredo. Isso é que é impor-'tante.

A afirmação é de JoàozinhoTrinta, que não parece preocupadocom o regulamento da Riotur: sópermite três carros alegóricos semfiguras vivas. Mas Joàozinho nâo•admite, oficialmente o desrespeito"antecipado:

prefere esconder o jo-go. Continua achando que a surpre-sa causa um impacto favorável.

Cuidado com o atraso!Por causa da modificação do re-

gulamento, a confecção das alego-rias acabou atrasando. Os carrossão trabalhosos, grandes e cheiosde motores para fazerem os movi-mentos que vão dar a impressão debrinquedos de parque de diversões.'Apesar disso, Joàozinho Trintaacha que vai dar tempo de aprontartudo. A Beija-Flor vai desfilar esseano em horário considerado nobre:,em torno d a meia-noite. Seu barra-cão de alegorias é o mais bem loca-lizado de todas as escolas. Fica narua Catumbi, que é um prolonga-mento da Marquês de Sapucai.

No barracão, um cartaz faz acontagem regressiva, lembrando aopessoal que o tempo é curto e hámuito trabalho. Hojerquenrentrar"no barracão lera: "Olhem bem parao olho da serpente. Ele está verme-lho de raiva pelo atraso. Cuidado,,ela vai dar o bote em vocês. Sófaltam oito dias."

Esta semana os barracões ga-nharâo maior movimento. Um in-contável número de voluntários vaitrabalhar de graça durante todo odia para preparar a escola.

Joàozinho náo pretende fazer ojogo dos críticos que contestam suafilosofia. Disse que nào foi por aca-so que fundiu o rancho e as grandessociedades às escolas de samba."Foi um trabalho muito racional econsciente, explicou. Aproveitou asroupas e alegorias dos ranchos, oscarros com movimento e as mulhe-res bonitas das grandes sociedadese o samba das escolas que jã domi-navam o carnaval."

A Beija-Flor, segundo NelsonAbraão David, seu presidente, gas-tara esse ano cerca de Cr$ 20 mi-lhões, quase a mesma quantia doano passado. Um carnaval barato,admitiu Nelson, como conseqüên-cia da criatividade de Joàozinho.Nâo houve nenhum problema decontenção de despesas", garantiu opresidente.

O artista acha que esse poderáser um dos mais bonitos desfiles daBeija-Flor e garante um efeito des-lumbrante. Joàozinho usou e abu-sou do metalóide — uma espécie depapel laminado — em todas as fan-tasias. Para se ter uma idéia da suacriatividade, uma das fantasias étoda confeccionada de toalha deplástico (linholene) tingida de pretoe toda recortada, o que faz com quepareça renda. Os bordados sâo apli-cações de metalóide dourado.

A grande atração da escola, en-tretanto, será a escola de samba'ú mirim: que fechará p de-sfllp; fom-.crianças de até 14 anos. Terá comis-são de frente, mestres salas e portabandeiras, passistas, damas e baia-nas. Essas crianças são, no momen-to, a menina dos olhos de Joào-zinho.

O Olho Azul da Serpente é oenredo mais polêmico desse carna-vai. Há quem diga que nào é temabrasileiro e há quem garanta que.sendo ou nào sendo, Joàozinho vaiconseguir mostrar que é. Segundo oartista, é literatura de cordel. Eleexplicou e a história é a seguinte: oreino de Paranambugo tinha umaserpente com um olho azul. Na me-nina dos olhos morava uma prince-sa — e outro negro — na menina dosolhos morava uma bruxa. Quandoa serpente abria o olho azul tudo debom acontecia no reino, mas quan-do abria o negro tudo era ruim.

O povo procurou, nos Palmares,Acotúnia, a avó dos zumbis, parasaber como era possível destruir aserpente. Acotúnia disse que o olhoazul da serpente tinha que ser tira-do com uma faca de prata e guarda-do numa flor de mandacaru duran-te se luas. Depois desse tempo sur-giria dali uma linda princesa, Iara,que conquistaria um príncipe es-trangeiro capaz de matar a ser-pente.

O povo fez o que Acotúnia man-dou. A princesa surgiu e conquistouum príncipe holandês. Mas quandosoube que o príncipe não falava asua língua, Iara chorou. Mestre Vi-talino foi chamado para encontraruma solução. Com as lágrimas daprincesa e a terra o mestre crioubonecos e com eles contou ao prín-cipe o que estava acontecendo. Opríncipe derrotou a serpente pren-dendo-a com sete laços.

O antigo reino de Paranambugo_é_hoje Pernambuco„Aserpente é-o -rio Capibaribe, que tinha seis me-ses de águas calmas (Iara) e seismeses de enchentes (bruxa). Foidominado por Maurício de Nassaucom a construção das sete pontesem Recife.

COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIANUCLEAR

Departamento de Ensino e PesquisaXIV Ciclo de Palestras para Professores quelecionam Física, Química e outras ciências

no ensino do 2P grauENERGIA NUCLEAR E SUAS APLICAÇÕES

MARÇO DE 1982

|01 (2? feirai] Ensino das Ciências Nuclaaros • Wilson Mo-reira Bandeira de Mello ' Aplicações de Radioisótoposna Agricultura • Otto Jesu Crocomo

102 (3? feira)] Física e Química Nucleares - Jader BenuzziMartins " Materiais Nucleares - Hernani Augusto Lopesde Amorim

103 (4? feira)! Aplicações de Radioisótopos na Medicina,Biologia e Indústria - Luis Tauhata ' Medicina e Biolo-gia Nucisaras Roberto Alcântara Gomes

|04 (5? feira)| Reatores Nucleares • Cláudio Ubirajara C. deAlmeida * Proteção e Segurança contra as Radiações -José Maria Vasconcellos da Silva

{05 (6P feira)] Panorama da Engenharia Nuclear no Brasil •Alcyr Maurício * Ocorrência de Urânio no CenárioEnergético Brasileiro - J.R. de Andrade Ramos

Local: Auditório da CNEN, Rua General Severiano, 90 •Tel. 295 0845 • Botafogo - RioHorário: Das 08:30 ás 12:30 hInscrição: Sala 311, das 15 às 17 horas (Gratuita)NP de Vagas: 100 (exclusivamente para professores do 2°Grau registrados no MEC)

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carnaval de impacto

Inauguradadecoraçãodo desfile

Quando as luzes do pri-meiro pórtico foram ace-sas, a banda do Archime-des começou a tocar. Amultidão gritou e começoua sambar. O presidente daRiotur, Aníbal Uzèda,inaugurava, oficialmente,com sete dias de antece-dência a decoração carna-valesca da Marquês de Sa-pucaí. Tal adiantamento éinédito no carnaval ca-rioca.

Na verdade, a Inaugura-ção estava marcada para20h, mas sô ocorreu umahora depois por causa deproblemas na ligação dailuminação seqüencial,uma das novidades do des-file. O presidente da Rio-tur disse que espera entre-gar tudo pronto ate o dia15 de fevereiro, mas nãoquis adiantar quando co-meçarão a ser vendidos osingressos para os desfiles.Só explicou que serão ven-didos no Pavilhão de SáoCristóvão em 22 guichès. eque só haverá limites nacompra de ingressos parao desfile das escolas desamba do Io grupo (quatroingressos por pessoa).

A decoração da Marquêsde Sapucaí foi criada eexecutada pela firma Èzi-to, com projetos de JoséMoreno, Hélio Bentes eCelmo Soares. O tema éViva Zé Pereira, Viva oCarnaval, e nos 29 pórticosque se estendem pela Mar-quês de Sapucai estáo pen-durados palhaços, colom-binas, pierròs, flores, luase estrelas. A iluminação dapista será feita com 312luminárias de mil 1 wattscada uma e dispensará na-shes de câmaras e ilumina-çào das TVs.

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8 d 1° caderno ? sábado. 13/S/8S

Aíi Rio teráônibus extra

CIDADE

Corte diário deno carnaval 1UZ em 2 bairrOS

JORNAL DO BRASILLuiz Carlos David

Entre os dias 18 e 25,serão postos em circula-ção, pelas empresas queoperam na Rodoviária No-vo Rio, cerca de 1 mil 750ônibus extras, devido à in-tensa movimentação depassageiros esperada para

. o carnaval. A informação éda Assessoria de Comuni-caçáo Social da Coderte.

, Acrescenta que, de hojeaté quinta-feira posteriorao carnaval (dia 25), cerca-de 840 mil viajantesesta-rào em trânsito pela NovoRio.

Além dos carros extras,a Rodoviária terá um mo-vimento de 30 mil 250 ôni-bus. De acordo com as 44empresas que operam naRodoviária, as passagenspara os dias 18, 19 e 20estão quase todas vendi-das. Como sempre aconte-ce, a maior procura de bi-lhetes é para cidades doEspírito Santo, Minas Ge-rais e litoral e interior doRio de Janeiro.

PLANTÀO

A Coderte instituiu umPlantão Especial de Car-naval na Rodoviária NovoRio que inclui: aumentodo efetivo policial, funcío-namento do Posto deAtendimento Médico, das8h da manhã às 24h, maiornúmero de fiscais do Juiza-do de Menores (para con-cessão de autorizações pa-ra viagem), pedido demaior fiscalização de táxisque operam no Terminal,maior número de funciona-rios da empresa em serviçode plantão. A Coderte pe-de que os viajantes pres-tem atenção nos horários ebagagens.

Chagas dáverba parasecretarias

O Governador ChagasFreitas liberou Cr$ 69 mi-lhões 243 mil para três se-cretarias de Estado. A daJustiça receberá Cr$ 15 mi-lhões 149 mil; a da Agricul-tura e Abastecimento, CrS14 milhões: a de Governo,CrS 40 milhões 85 mil. Oanúncio foi feito pelo Se-cretário de Planejamento eCoordenação Geral da Go-vernadoria, Waldir Garcia.

Ele informou ainda queos recursos destinados àSecretaria da Justiça des-tinam-se à restauração doInstituto PenitenciárioMilton Dias Moreira, queabsorverá investimentosde Cr$ 3 milhões 649 mil.Os restantes CrS li mi-lhões 500 mil serão aplica-dos na construção de fo-nins em Nilópolis e BarraMansa.

Chagas Freitas autori-zou também a liberação deverba no valor de Cr$ 199milhões 519 mil 709, paraserem aplicados na área desaúde. O Instituto de As-sisténcia dos Servidoresdo Estado do Rio de Janei-ro (IASERJ) recebeu Cr$100 milhões para amplia-ção e reforma de seus am-bulatórios.

irrita moradoresJ. Paulo da Silva

Depois de enfrentarem os transtornos causadospelas obras da estação do Metrô, na Praça SaensPena, os moradores da Tijuca estáo com novo proble-ma: diariamente, das 17h às 19h, o fornecimento deenergia é cortado. De acordo com a Assessoria deComunicação da Light, as causas sáo "indetermi-nadas".

O corte de energia também ocorre com freqüênciano bairro do Recreio dos Bandeirantes. Nesse caso,ãLight explica que as linhas desta rede são aéreas, aocontrário das normais, subterrâneas. Roberto Rodrl-gues esclareceu que as linhas passam por uma regiãoarborizada, o que provoca, às vezes, descargas atmos-féricas.

EconomiaNo caso da Tijuca, os comerciantes reclamam dos

prejuízos que o corte de energia causa. O forneclmen-to, dizem eles, está prejudicado há duas semanas eisso atrapalha os negócios. Os moradores, sobretudo,reclamam dos constantes defeitos nos aparelhos ele-trodomésticos, pois quando a energia é normalizadavolta mais forte.

— Isso já virou novela, nào adianta reclamarporque a Light nada diz — reclamou Felismina Carva-lho da Silva, moradora na Rua Professor Gabizo 133apartamento 301. Disse já ter recorrido à Light paratentar solucionar o problema, mas ninguém soube lhedar explicações: informam que "o que acontece náopassa de uma rotina".

Das ruas da Tijuca em que o abastecimentocostuma ser cortado, as que enfrentaiíi os maioresproblemas são as Ruas Professor Gabizo, Dr Satami-ni, parte da Conde de Bonfim, Mariz e Barros e Pareto.Durante o dia de ontem, em grande parte da RuaConde de Bonfim a energia foi cortada. Em algumaslojas os proprietários acenderam velas e lampiõesOntem, o corte de energia foi mais cedo.

CalorCom o calor, muitos bares da Tijuca não vendemrefrigerantes e cerveja gelados devido à falta deenergia. As 17h quando normalmente a luz é cortada,alguns comerciantes preferem fechar seus bares paraabrir no dia seguinte. Pela manhã, ligam a geladeira,mas o tempo náo é suficiente para conservar asbebidas geladas.— É um problema: estou vendendo menos depois

que começou a faltar luz por aqui — reclamou ocomerciante Manoel Bezerra da Silva, da Rua Mariz eBarros.No Recreio dos Bandeirantes o problema é táosério quanto o da Tijuca. Lá constantemente háblackout. Toda a região fica às escuras, durantehoras, intercalados com pequenos retornos da luz oque queima fusíveis e aparelhos eletrodomésticos.Estes problemas foram denunciados pelos moradoresdas Ruas Glãucio Gil, Gustavo Corção, Orlando Gei-sei e outras, mas a Light nem dá explicações nemsoluciona o problema.

Prefeitura não paga emuro com 6m atrasa aduplicação da Suburbana

Só falta derrubar o muro de um posto de gasolinana esquina da Rua Gándavo, em Todos os Santospara que a Prefeitura do Rio de Janeiro possa entre-gar, duplicado, no fun do mês, um trecho de 1 mil 200metros de extensão, na Avenida Suburbana Essetrecho vai da Rua Gándavo ao Largo dos Pilares Amaior parte dele já foi entregue ao trânsito.Para que o muro, com 6m de comprimento, possaser derrubado, e pavimentados os 150 metros quefaltam para completar as obras de duplicação — deque boa parte está dentro da área dos posto — aPrefeitura terá de pagar aos proprietários, antes dademolição, conforme determinação da Justiça CrS 6milhões 500 mil.

InvasãoA desconfiança dos donos do Posto e GaragemFiel, na Avenida Suburbana, 5 614, em relação àsautoridades, segundo o advogado Joào Rangel deAbreu, surgiu em 1971, quando grande parte do terre-no foi invadida pelo Departamento de Estradas deRodagem (DER-RJ), para a construção da AvenidaSuburbana.Nessa época justificando a execução do primeirotraçado da Suburbana, o DER comprometeu-se me-diante processo administrativo, a indenizar os donosdo posto pela área que foi tomada sem o consentimen-to deles. O compromisso náo foi cumprido até hojePor isso, uma ação de perdas e danos contra o Estadoestá tramitando na 6a Vara de Fazenda Pública

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O velho Beco é estreito e escuro, com tapume de obra ao fundo

Beco das Cancelas viradepósito de detritose moradia dos mendigos

Sujo, escuro e malcheiroso. Assim é o Beco daaCancelas, entre a Rua do Ouvidor e a Rua do Rosário-virou depósito de lixo e moradia de mendigos (inclusivemulheres e crianças). Em outro trecho, da Rua doRosário à Buenos Aires, conserva vestígios do Rioantigo, entre os quais um arco colonial, com uma velhaluminária pendurada. Também ali fica o Bar Bico quehá 74 anos funciona em um de seus prédios.Até 1980, o Beco das Cancelas era formado pelalateral do prédio da Companhia Sul-América de Segu-ros — que ocupa todo o quarteirão constituído peloBeco, Ruas do Rosário, Ouvidor e Quitanda — e umprédio antigo, que por ficar bem Junto dõ^ã Sul-America, fazia do Beco um lugar estreito e escuro.Nova rua

O prédio de três andares, n° 64 — lá existiam a lojaAmérica, a Pensão Bragança, um china e o Café doNovo e Velho Amorim — foi demolido. Em seu lugarhaverá o prolongamento da Rua do Carmo, que termi-nará na Rua do Rosário, em vez de na do Ouvidorcomo atualmente. Ao lado será construído novo prédioda companhia seguradora.Com os tapumes das obras do prolongamento darua, o Beco das Cancelas continua sujo e escuro, comoantes. E o lixo que passou a ser acumulado ali atraicatadores de papel que trabalham de noite. Nesse lugarvivem cerca de 10 mendigos — homens, mulheres ecrianças — que, segundo o contador César, do Banco deCrédito Nacional, comem, dormem e até tomam banhono meio da rua.Os mendigos moram em duas barracas e aprovei-tam as sacadas dos janelôes, largas e nâo muito altaspara pendurar seus objetos: garrafas, panelas, vassou-ras, cobertores, baldes, pedaços de pau etc. Os tapumestambém têm esta finalidade e uma foto do time doFlamengo junto de um espelho denuncia que o lugar éusado como banheiro.

Brigas— É papel de toda espécie, em mau-cheiro terríveldisse José de Almeida, antigo comerciante naqueleCom a abertura do novo trecho da Rua do Carmoninguém sabe dizer se o Beco das Cancelas mudará ounão de nome, naquela área. Mas há esperanças de que aimundícle acabe. ^Quando abrirem a nova rua é possi-vel", diz o vendedor Jorge Leite, de uma loja dé roupaspara homens.Ele garantiu que não há policiamento ali e quequando os mendigos se embriagam, brigam. "O númerodeles cada vez aumenta mais. Vai virar uma grandefamília". &

Delfim Vi«ira

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Acácia (E), dono do armarinho Model, acha inseguras as passagem!- madeira e diz que estTtendo prejuízo

Lixo de rua em Olariabloqueia passagem efacilita os assaltos

Paulo MottaAté chegar à Avenida Brasil, a Rua Nair, emOlaria, tem asfalto, calçada e é bem iluminada.

Mas entre a Avenida e a Rua Comandante Ver-gueiro da Cruz, vira imenso depósito de lixo, ondese acumulam toneladas de detritos. Carros nàopodem passar e os pedestres temem os assaltos,que se tornaram mais freqüentes.

Mas não e só a Rua Nair que, da noite para odia, se transformou em depósito de lixo: nasmadrugadas dos fins de semana, caminhões ekombis descarregam material de todo tipo, numterreno baldio, ao lado da Vila Vieira Goulart,apesar de haver uma caçamba da Comlurb bemem frente.Os moradores reclamam dos ratos, baratas emosquitos. Dona Maria da Penha Silva Cordeirodiz que as moscas é que incomodam mais, obri-

gando-a a gastar acima de uma lata de inseticidapor dia.

AbóboraA Rua Nair era um importante acesso à Aveni-da Brasil, para quem vinha de Olaria, mas agora otráfego está impedido, entre um depósito do Discoe a Borroughs. Logo na esquina, a passagem ébloqueada por pedaços de lenha e restos de cons-truçào: tijolo, ladrilho, pedaços de mármore. Mon-tes de lixo cobrem o meio-flo. Poças de lama eágua estagnada sáo iluminadas — inutilmente —

pelas lâmpadas a vapor de mercúrio.Nos montes de lixo que ali estáo há maistempo crescem capim, mamona e até abóbora. Ocapinzal se espalha pela calçada e pelo asfalto detal modo que, para se chegar à Avenida Brasil, é

preciso tomar pela Rua Plínio Bastos, ao lado.Quem mora na Rua Nair já está acostumado.Da mesma forma que os moradores da Vila VieiraAlmeida, perto da qual um terreno baldio tambémé lixeira:— Olha, já limparam duas vezes a rua, lá no

pedaço que agora está impedido. A última vez foino final do ano passado, mas logo aparece todo olixo de volta - disse Dona Maria da Penha. — Láninguém passa. Carro, porque não dá mesmo; egente, porque ja foi local de desova e tem muitoladrão.

Caxiasreclama doabandono

Mais uma comissão demoradores do Municípiode Duque de Caxias foi on-tem ao programa O Povona TV, na TVS-Canal 11,denunciar o total abando-no do seu bairro por parteda Prefeitura. Dez morado-res da Travessa Barbace-na, Bairro Dr Loriano con-taram o que passam no seubairro, onde nào tèm águae o lixo náo ê recolhido,que provoca a incidênciade ratos e mosquitos nasruas.

Pelo telefone, o PrefeitoAmérico Barros prometeureceber a comissão emmarço para atender aosproblemas, já que seu tem-po de audiências, às quin-ta-feiras, está lotado, e émuito curto para atender atodas as reclamações.

Saúde criaUnidades emC. Grande

O Secretário de Saúde,Raimundo Moreira, e oPrefeito Júlio Coutinhoinauguram quarta-feira, àslOh, as novas instalaçõesdas Unidades Auxiliaresde Cuidados Primários deSaúde em Rio da Prata ePedra de Guaratiba, am-bas em Campo Grande,dando continuidade aoProjeto de Expansão deCuidados de Saúde no Rio.

Vala que a Light abriuem S. Cristóvão prejudicamoradores e comerciantes

Uma obra da Light, com 600 metros de vala abertaalém de provocar engarrafamentos na Rua CapitãoFélix, em Sào Cristóvão, está impedindo que algunsmoradores e negociantes entrem e saiam de carro desuas casas e lojas. Seu Acàcio, do Armarinho Modaldisse que as passagens existentes — de madeira — são'inseguras e que a empreiteira 'nào está colocandochapas metálicas-para-passar-psr-sobre-a~valaT~"Eu-papo Impostos, mas não estou vendendo nada. Estouno prejuízo", declarou.

Leonardo Leite, responsável pela obra, confirmouque é obrigatório a colocação de chapas sobre as valasmas lembrou que a obra é táo difícil para os moradorese negociantes quanto para eles. "A Prefeitura nàofornece o mapeamento do subsolo e, sem ele, nãosabemos o que vem pela frente. Além do mais, antes dea obra começar, pedimos ao Detran que acabasse com amào-dupla na rua, até o final da obra, mas nem respos-ta recebemos. Do jeito que está, só posso retirar terra

. durante a tarde para náo causar mais engarrafa-mentos."Vendas caem

A Rua Capitão Félix recebe o tráfego de SàoCristóvão e Benflca, em direção à Avenida Brasil, e daAvenida Brasil para Sào Cristóvão, pela Rua Chibata.Há 34 dias a Light iniciou obras para instalação decabos subterrâneos, com 138 mil volts, para interligaras estações Triagem, Trovão e Campo de Marte aocusto de Cr$ 374 milhões. Seu Acâcio, dono do Arrriari-nho Modal no número 656, quase não está vendendoeste mês, e o que entra náo dá nem para cobrir asdespesas. A vala passa em frente à sua loja.— Náo sou contra a obra, mas eles deviam chapearas valas para os pedestres passarem. Eu pago CrS 12 milde ICM por mês, eles não podem prejudicar o movimen-to de uma loja. eu pago imposto o ano inteiro.Ao lado do armarinho, na casa 656. o morador nàopode sair de casa com seu carro, nem os moradores deuma vila ao lado. Ali também funciona uma oficina e odono, José Nestor Paulo da Silva, diz que nào agüentamais as reclamações de clientes que querem tirar osseus carros.

Leonardo Leite, responsável pela execução dasobras, diz qué como os moradores também ele temmuitos problemas: náo tem área para colocar a terraque retira da vala e não pode ter caminhões na rua atoda hora para nâo atrapalhar mais ainda o tráfegoPortanto, sem a vala estar totalmente aberta, ele nàopode colocar as chapas, mas prometeu entregar oserviço para hoje.

_ JORNAL DO BRASIL%)l\ ai i, CIDADE

Almir Voicjosábado, 13/2/88 o 1° caderno ? 9

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/l <mfre#a tfe carros nooos para a radiopatrulha foi um dos últimos atos de Cerqueira na Polícia Militar

Cerqueira cumpre compromissos finaisBartolomeu Brito

Quatro solenidades no Quartel General da PoliciaMilitar — promoção de oficiais e soldados por atos debravura, almoço de confraternização com a imprensa,• entregas_dej5lacas-as- famílias de 32 PMs mortos emãçaõe de 200 novos carros e 21 motocicletas — marca-" ¦ ram ontem, praticamente, o último ato de comando doCoronel Nílton Cerqueira, à frente da Polícia Militar.Por quatro vezes ele discursou. Na promoção, pelamanhã, disse: "Nâo tememos afetar interesses de qual-quer natureza". No almoço, ao afirmar que "há um ano,os homens de bem da PM estavam envergonhados,mas hoje andam de cabeça erguida". Na entrega dasplacas, ao dizer que "nào se lembram mais dos quemorreram, porque quem tombou era soldado fardado".E na entrega dos carros, ao declarar à tropa: "Lem-brem-se de que o principal instrumento do homem ésua integridade moral e honestidade".

ManhãÀs 7h da manhã, como de costume, Cerqueira. estava no quartel. No pátio, a tropa e a banda demúsica formadas para a solenidade de promoção dos: oficiais e soldados por atos de bravura. Estavam pre-

j sentes todos os coronéis e tenentes-coronéis, coman-dantes de unidades sediadas no Rio e nas cidades dointerior, diretores de serviços e estabelecimentos alémde centenas de oficiais subalternos.Depois da execução do Hino Nacional e da Cançãoda Policia Militar, a solenidade foi iniciada. O coman-dante da PM promoveu, por atos de bravura em açáo17 oficiais e soldados. Em seguida, o Coronel NíltonCerqueira premiou 15 militares por se terem destacadono combate à criminalidade durante a semana quepassou, com sete dias de férias em Campos do Jordão,com suas famílias. O Comandante os acompanhou aòônibus da corporação.Durante a solenidade, houve cenas de choro. OComandante falou à tropa formada no pátio do QG.Lembrou que às lOh do dia 11 de fevereiro de 1981,

assumia o Comando da PM naquele mesmo local. Aiestá simbolizado o trabalho executado pela PolíciaMilitar este ano. "Este trabalho é fruto do empenho detoda a corporação durante este ano."

AlmoçoAo meio-dia e meia Cerqueira participara do almo-• ço de congraçamento com a imprensa, pela passagemdo Io aniversário de seu comando. Do almoço, partici-

param também todos os comandantes de unidades eoficiais que servem no QG.Antes de entrar para o saláo onde foi servido oalmoço, os jornalistas perguntaram a Cerqueira se saiafortalecido do comando da PM. "Fortalecidos nós'estamos, porque temos o exato conhecimento do quefizemos. A PM é uma instituição de grande valor, quetem de ser preservada por todos os homens de bem, "respondeu.

Cerqueira foi informado de que um grupo de ofl-ciais havia dito que "venha o comando que vier, asmesmas diretrizes do antigo comandante serão segui-das, principalmente o combate ao jogo do bicho, queseria mais intenso ainda". Sobre isso, ele disse que"meus subordinados sào militares e policiais, façoquestào que a tropa entenda que uma troca de coman-do é uma coisa normal. A pessoa não é importante, oque é importante é a instituição".

O almoço foi servido em seguida e Cerqueira disseque tudo o que se conversaria, a partir daquele mo-mento, era em of. Havia mais de 100 pessoas, entrejornalistas e militares. O almoço à americana consistiade arroz, feijão, maionese, carne assada, pernil, frios,salada de batata e refrigerantes.

As mesas estavam ornamentadas com uvas, me-lào. melancia, banana e figo. Nas paredesy quadrossobre as obras e aquisição de viaturas na gestáo deCerqueira.À tarde, no auditório, na presença dos familiares

de 32 sargentos, cabos e soldados mortos, oficiais daPM e do Exército, o Coronel Cerqueira assistiu a umfilme de curta duração sobre o primeiro aniversário desua administração, o que fez e o que está fazendo. Emseguida, iniciou a solenidade entregando as placas àsviúvas, pais e irmãos dos militares mortos no cumpri-mento do dever. Cada placa dizia: "Herói. À família dobravo... morto em combate ao crime em... o distintivo aque fez jus por sua bravura em açào. A PMERJ."

Emocionadas, algumas viúvas chegaram a beijar orosto do Coronel, agradecer tudo que ele fez pelafamília. A maior parte recebia a placa e chorava comela agarrada ao peito.A última solenidade de ontem foi a entrega de 200viaturas de radiopatrulha e 21 motocicletas novas(outras 20 motocicletas apresentadas haviam sido re-cuperadas pela PM).

Para o General, umdia como os outros

Um dia depois de exonerar o Comandante daPolícia Militar, Coronel Nílton Cerqueira, o Secretáriode Segurança, General Valdir Muniz, manteve-se cal-mo em seu gabinete. O fato da véspera não foi comen-tado por ele nem com os seus assessores mais diretosNão recebeu visitas de amigos apoiando a sua decisãonem telefonemas de críticas.O General Muniz cumpriu o seu expediente nor-malmente, chegando à Secretaria de Segurança as 8h,como de hábito. Despachou documentos e ao meio-dia*saiu para almoçar, regressando pouco antes das 15h.

quando saiu logo depois, por uma hora, para tratar deassuntos particulares, segundo os assessores.

Por que Cerqueira caiuA quebra da hierarquia foi a princi-pai causa da exoneração do Comandan-

te da Polícia Militar, Coronel NíltonCerqueira. Sua posição, já enfraqueci-da, se agravou com o episódio que en-volveu o Cardeal Eugênio Sales, quedenunciou a tortura a presos no Institu-to Penal Cândido Mendes, na Ilha Gran-de. E o que se deduz da enumeração dosfatos que se acumularam durante a cri-se e de informações obtidas de fontes daSecretaria de Segurança Pública e daPM.

O Coronel Cerqueira contestou quehouvesse torturas na Ilha Grande, mes-mo depois de comprovadas por teste-munhas idônea, através de exame medi-cos. Embora a denúncia tenha partidodo Cardeal do Rio de Janeiro, Cerqueiramanteve, até o fim, a defesa dos poli-ciais acusados.Mas, foi a violência usada pela Poli-cia Militar contra operários em greve —

da fábrica de carrocerias Ciferal — ago-ra d'água que tomou a posição do Coro-nel Cerqueira insustentável: por acharque a PM nâo agiu com o equilíbrio queo caso exigia, o Secretário de Seguran-ça, General Valdir Muniz, exigiu o afãs-tamento do chefe do Estado-Maior daPM Coronel Fernando Antônio Pott,responsável pela operação.

O Comandante da Policia Militarnão cedeu e manteve o Comando. Cer-queira chegou a dizer que o movimentodos operários estava infiltrado de comu-nistas, o que náo era ratificado peloserviço de inteligência da Secretaria deSegurança.

Pouco antes, houve outro fato decisi-vo na queda do Coronel Cerqueira: ocerco de policiais-militares à 64" DP. OsPMs alegaram que a invasão foi neces-sária, porque a Polícia Civil se negou aautuar em flagrante pessoas que esta-riam jogando ronda (cartas) a dinheiro:Também nesse caso, o Comandante daPM não afastou das funções o oficialresponsável pelo cerco, apesar da deter-minaçào do General Muniz.

Esses fatos mostram que parte da

Jairo CostaPM passou a seguir o exemplo de lnsu-bordinaçào demonstrada por seu Co-mandante. Nem sempre por motivosjustificáveis, a Polícia Militar se achavano direito de ultrapassar as normasmais elementares da hierarquia policial,chegando mesmo a tentar seqüestrar!da 19" DP, um soldado que baleou ummenor em perseguição a contraven-tores.

Alegavam os policiais-militares queo crime praticado pelo soldado era um"crime militar": logo, seu autor deveriaresponder a acusaçáo perante AuditoriaMilitar competente. E mais: quando ochefe de plantão do Hospital GetúlioVargas não atendeu logo a um soldadoferido, policiais-militares invadiram ohospital e exigiram que ele comandassea cirurgia na mesa de operações.

Ao longo da crise, depois de reiterarofício em que solicitava o regresso àcorporação dos policiais-militares quedesenvolviam atividades internas empresídios (o oficio sequer foi respondidopelo Desipe), o Coronel Cerqueira seimpacientou e ordenou, de um dia parao outro, a retirada dos PMs.

Esse foi um dos poucos episódios emque o Comandante da Polícia Militarrecuou de sua decisão, atendendo a umpedido do Governador Chagas Freitas.Como o Desipe nâo tinha condições desubstituir de imediato os policiais-militares, foi necessária a intervençãodo Governo.

No entanto, na época da greve dosmédicos — junho do ano passado —Cerqueira contrariou determinações doSecretário de Segurança e os agentessecretos da PM prenderam o presidentedo sindicato dos médicos, Roberto Cha-bo, em frente a Sociedade de Medicina eCirurgia — QG dos grevistas.

O estilo do Coronel Cerqueira geroutantos atritos que, depois de um ano, oGeneral Muniz perdeu a margem demanobra para poder contorná-los.Jairo Coita o o repòrt» qua cobt» a Sxr.lar.a d» Segurança •a Policio Militar

Dia 12, Elefante entre os réusGilberto FontesNiterói — "Que país é este onde os

bicheiros ameaçam entrar em greve,ameaçam acabar com o nosso carnavale, mais ainda, ameaçam derrubar o Co-mandante da PM, Coronel Nílton Cer-queira, que hoje (ontem), dia 12, grupodo elefante, já nâo se encontra mais noseu posto. Queira Deus que o incidenteda Ciferal tenha provocado esta mudan-ça e nào o jogo do bicho."

A afirmativa foi feita pelo promotorStènio Lutgardes Neves, durante o jul-gamento do banqueiro Jorge Romeu, oJorge Elefante, ontem, na 5" Vara Cri-

-minai. Além do contraventor foram juU ,,2^*1^^®Êados os detetives Aueusto Pereira rins ^_ * ™™?ra«au de ^ãos °s re"S

ma, amigo de Lucimar e corretor comescritório no sexto andar do prédio,disse ter sido informado pelo advogadoPaulo Roberto Moura, estabelecido nasala 1 416, de que "havia movimentoestranho na sala 1 417". O advogadoafirmou que foi o corretor que lhe deu ainformação. Com esses depoimentos adefesa quis provar que os policiais nãotrabalhavam para Jorge Elefante.

CavaloO Promotor Stènio Lutgardes Neves

gados os detetives Augusto Pereira dosSantos e Lucimar Medina de Souza eoito bicheiros, todos flagrados por agen-tes do Serviço Reservado do EstadoMaior da PM na fortaleza de Jorge Ele-lante, dia 26 de janeiro.

SentençaSomente dentro de cinco dias o Juiz

Joel Pereira dos Santos dará a senten-ça. A audiência de instrução e julga-mento começou ao meio-dia e terminou10 horas depois. Todos os réus negaramser bicheiros. Jorge Elefante disse que écomerciante, dono de duas casas lotéri-cas e que tinha ido ao Edifício Sabin, naAvenida Amaral Peixoto, 207, procuraruma imobiliária para comprar uma no-va loja na Rua José Clemente.

Apesar de ter sido flagrado pelosPMs quando ia começar a apuração dojogo do bicho, na sala 1417, Elefanteafirmou: "Três homens barbudos meagarraram, me empurraram para den-tro da sala dizendo que eu ia ser teste-munha nào sei de que." O promotorStènio apresentou documento provan-do que os telefones instalados na torta-leza pertenciam ao contraventor.

Os detetives Augusto Pereira dosSantos e Lucimar Medina de Souza afir-maram que foram ao Edifício Sabininvestigar uma denúncia de trafico detóxico. Eles apresentaram testemunhasque se contradisseram. Nilton Pires Li-

afirmando: "Em sua ousadia, Jorge Ele-fante declarou aos jornais que o jogonào vai acabar. E ao que parece não vaiacabar mesmo. Hoje deu cavalo na ca-beca. Com o milhar 1 642. A lista estáaqui comigo. Este promotor nào vaiconsertar o mundo. Nâo vai acabar como crime e a corrupção mas deseja aten-der os anseios da população que esperao cumprimento da lei".

Contestando os argumentos da defe-sa e os depoimentos dos réus, o promo-tor lembrou que "todos negaram a prá-tica da contravenção apesar da violèn-cia não dos policiais que os prenderammas da prova material anexada aosautos. "Ele citou trechos de reportagensda revista Veja, que relatam a ligaçãode Jorge Elefante com a morte do ex-policial Mariel Mariscot e citam as áreasde influência dos principais banqueirosdo jogo do bicho, indicando Niterói co-mo campo de açào de Elefante, divididocom Ailton Guimaràes Jorge, o CapitãoGuimarães.

Bicho demaisA campanha do Coronel Nílton Cer-

queira contra o jogo do bicho congestio-nou as três Varas de contravenções pe-nais: desde a morte de Mariel, em 8 deoutubro — quando o jogo do bicho pas-sou a sofrer maior repressão —já chega-ram à Justiça 2 mil 160 novos inquéri-tos. tumultuando o trabalho dos cartó-rios.

PMs são presosem Niterói por

Coveiros exumamcorpo da menina

agressão a tiros morta por patêO sargento da PM Uso Francisco daSilva e o soldado Péricles Paixão estão

presos no 12° Batalhão da Policia Mili-tar, em Niterói, acusados de terem atira-do no vigia Sebastião Francisco de Sou-za, na noite de quinta-feira, na TravessaFrancisco Dutra, em Icaraí. Os policiaisestavam na patralhinha 54-0943 e ovigia foi atingido por disparos feitos dedentro do carro em movimento.O fato foi presenciado pelo Juiz Mil-ton Braga Landi, do Tribunal de Alça-da, que foi ao 12° BPM e prestou depoi-

mento até as 6h da manhã de ontem.Sebastião, que trabalhava na casa 148na Travessa Francisco Dutra e foi leva-do por vizinhos ao Hospital AntônioPedro, onde depois de operado, ficouinternado na Unidade de Terapia Inten-siva. Até a tarde de ontem, a 77» DP, emSanta Rosa, náo tinha registro comple-to da ocorrência e a autoria dos dispa-ros continuava desconhecida para o de-legado titular, Carlos Alberto Câmarade Oliveira.

MedoO clima na travessa era de medo

ontem, à tarde: quase ninguém queriacomentar o fato e algumas pessoas (quenâo se identificavam) afirmaram que ovigia foi atingido quando se dirigia aocarro dos PMs e. perguntava: "Tudobem?" O número de tiros, segundo osque viram, também variava de dois atrês, mas todos se recusavam a entrarem detalhes e algumas moças que sedispuseram a falar foram logo desenco-rajadas: "Venham para dentro, minhasfilhas, e deixem disso." O inquilino dacasa 148, patrão de Sebastião, não esta-va em casa ontem.

A Travessa Francisco Dutra é umarua típica de classe média, de aparênciatranqüila, com algumas boas casas, ár-vores e uma particularidade: três que-bra. Molas distribuídas pela rua, aliassentes para proteger as crianças quejogam bola no asfalto. A rua fica no finalde Icaraí e começa na Avenida RobertoSilveira, perto do túnel que liga Icaraíao Bairro Sâo Francisco.

O crime foi por volta das 21h30m e ojuiz, sua principal mas nâo única teste-munha, nâo pode falar, pois está recupe-rando-se de um infarto (ele tem 63 anos).Ontem passou o dia todo dormindo,pois o esforço a que foi obrigado, pas-sando a noite em claro no batalhão,deixou a família preocupada. Segundo amulher do juiz, Dona Juanita, ela estavana casa de uma vizinha quando ouviudois estampidos.

Pensei que fossem bombas de SâoJoão, pois, felizmente nâo entendo detiros nem balas — disse, acrescentandoque ao saber que eram tiros, foi imedia-tamente para fora, pois seu marido esta-va na rua.

O juiz pôde assistir à cena e, segundoa descrição de sua mulher a patrulinhapassou duas vezes pela travessa embaixa velocidade, por causa dos quebra-molas. Sebastião Francisco estava en-costado no muro da casa 154 e, nasegunda passagem do carro da polícia,seus ocupantes atiraram, atingindo ovigia no estômago. Consumado o fato, apatrulinha acelerou a abandonou a tra-vessa.

O rapaz estava tomando conta dacasa do Dr Rocha, um economista quemora no 148, pois ele e sua famíliatinham ido jantar e aqui tem tantoassalto que as famílias, quando saem,deixam vigias para guardar as casas —disse dona Juanita.

RevoltaO crime provocou revolta na rua,

pela sua frieza, segundo a mulher dojuiz. que acrescentou que na hora haviamuitos casais namorando nos portões ealgumas pessoas na ma. Os moradoressocorreram Sebastião levando-o para oHospital e chamaram polícia. Ao localcompareceu um camburão, também daPM, e o juiz fez questào de acompanharos policiais até o quartel, para prestarseu depoimento. Ele chegou à unidademilitar às 23h e — segundo dona Juani-ta — foi tratado "com muita atenção".

Protegidos por uniformes apropria-dos, os coveiros do cemitério de Irajáexumaram, ontem, o corpo de EdllàniaPinto Leal, de 16 anos, que morreu, nodia 23 de dezembro, de botullsmo, apóscomer um sanduíche de patê de galinhada Sadia. Há uma semana, eles se ha-viam recusado a fazer o trabalho, commedo de contaminação.

Sob forte calor, os peritos ValdeclrTagllari e Nalna Liane Aded retiraramalgumas partes do corpo, para exameno Instituto Médico-Legal, que deverádivulgar os laudos em 20 dias. Os advo-gados da família vão pedir indenizaçãopela morte de Edilània, após o carnaval.Seu pai, Otamir Peçanha Pinto, disseque a exumaçâo foi adiada duas vezesdevido a "forças ocultas".

Atraso iO horário previsto para a exumaçâo

era lOh, mas os peritos só chegaramcom as vestimentas especiais às llh. Odelegado Amil Nei Rechaid, da 59" DP,responsável pelo inquérito que investi-ga a morte da menina, disse que aexumaçâo é uma exigência do processo:Sem ela, o inquérito estaria in-completo e a família da menina poderiaaté impetrar um mandado de segurança— disse.

Como o cemitério de Irajá está sob ajurisdição da 38* DP, o delegado CelsoAnçâ providenciou e supervisionou ostrabalhos de exumaçâo.

Ao lado da cova n° 58.086, onde amenina estava enterrada, os cinco co-veiros responsáveis pela retirada do cai-xâo receberam as vestimentas especiaisdo IML: galochas, aventais de lonita,luvas de borracha, máscaras e gorros.As llh30m, o caixão foi retirado e leva-do para a sombra de uma árvore, ondefoi aberto pelos peritos. Durante algunssegundos, o pai da menina fixou osolhos sobre o corpo, já em putrefação.Afastou-se e, junto a um túmulo, choroubastante, amparado pelo irmão.

O forte cheiro que saía do caixão fezcom que as pessoas levassem lenços aonariz. Os delegados Amil e Celso perma-neceram afastados do caixão, assim co-mo a maioria dos curiosos. Após remo-verem grande quantidade de água docaixáo, os peritos iniciaram a coleta dematerial para os exames no IML. Reti-raram o fígado, as alças intestinais, asvísceras e o que restou do encéfalo.

O perito Valdecir disse que, apesardo aspecto, o corpo estava relativamen-te bem conservado. Segundo ele, a pos-sibilidade de encontrar toxinas do botu-lismo é mínima, pois a menina já mor-reu há dois meses, "mas o quadro clíni-co já comprova a morte por botulismo".Após uma hora e 20 minutos de traba-lhos, o corpo foi recolocado na sepul-tura.

DenúnciasAntes que os trabalhos de exumaçâo

fossem concluídos, o delegado Amil NeiRechaid deixou o cemitério, acompa-nhado do delegado Celso Ançá. Muitocuidadoso, o delegado Amil náo quisfalar sobre a responsabilidade da Sadiana morte de Edilània:

Vamos esperar o resultado daexumaçâo.

Refeito do impacto sofrido, o pai deEdilània denunciou "forças ocultas",que impediram, anteriormente, a exu-maçào do cadáver de sua filha:

O que existe por trás disso é poli-tica, é dinheiro. O meu interesse era o deque se fizesse a exumaçâo o mais rápidopossível e foi nesse sentido que apelei aoMinistro Abi-Ackel.

Perguntado sobre a possível partici-paçào da Sadia no atraso da exumaçâo,declarou:

Eu náo tenho dinheiro e nâo tinhainteresse no atraso da exumaçâo.

Os dois advogados da família, LuísFelipe Caetano e Alfonso Ralhim, nâoquiseram adiantar contra quem move-rào a açào de indenização na Vara Cível,mas disseram que o principal argumen-to de que dispõem é o irmão de Edilà-nia, que também comeu patè e foi viti-ma de botulismo:

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Eleições a FazerQuem pergunta quer saber mas quem res-

ponde fien preso ao que se perguntou. É a estalimitação futal que provavelmente reage cominipaciência o General Figueiredo, sempre quealguém lhe faz de público a indagação agorarepetida por um jornalista e por ele considerada

meio insultuosa". Haverá eleições? Que garantiapoderá dar o Presidente da República aos brasi-leitos, quanto à imutabilidade do calendário?

Diante de interrogações desse tipo, temrazão o General Figueiredo em se considerar meioinsultado como fiudor maior do processo deaperfeiçoamento de uni regime cuja existênciapressupõe a trasitoriedade dos mandatos, pormeio da convocação periódica do corpo eleitoralpara a escolha dos novos mandatários. Alémdisso, a pergunta assim formulada fica por de-mais simplória. Ociosa. Talvez a impaciência doChefe do Governo, deflagradora de respostascontundentes como a que deu em São Paulo,decorra de uma associação de seu temperamentoa essa ociosidade revestida, para ele, de certaimpertinência.

"Já disse que as eleições vão-se realizar, auno ser que me tirem do Governo ou «pie mematem." Para evitar a exacerbação de respostascomo esta, o General Figueiredo teria que inter-romper a atividade que o levara ao interiorpaulista e dedicar ao tema um tempo que nãoestava previsto no programa de sua viagem parafazer, em oportunidade forçada por um disparofortuito da curiosidade da imprensa, longa dis-sertação sobre uma série de fatos que poderiaalinhar como provas da sinceridade de sua prega-ção democrática e até como garantias de umcompromisso pessoal que ninguém jamais pôs emdúvida. A data das eleições já foi fixada em lei deiniciativa do Governo; e de iniciativa governa-mental foi a emenda que reintroduziu na Consti-ttiição o princípio da escolha direta dos governa-dores pelo povo dos Estados.

Para quem indaga, com simplicidade, se oato nacional e concreto de votar será realizado,bastaria enumerar providências como aquelasduas, preparatórias da efetivação desse ato eindicativas, todas elas, de que não variou avontade do Governo nesse sentido nem, muitomenos, se encontra sob ameaça o compromisso

presidencial. 0 General Figueiredo, não fossemas circunstâncias em que recebeu a perguntarepetitiva, poderia ter entendido nela, entretan-to, uma sfntcse apressada (pelas mesmas circuns-tftncias) de certas dúvidas que se vão acumulandono espírito dos brasileiros em torno, não darealização do chamado pleito eleitoral, mas dascondições em que estão já caminhando para asurnas.

Se posta nesse nível, a pergunta nada teriade impertinente, menos ainda de aparência insul-tuosn. Refletiria, ao contrário, uma preocupação— que deve ser do próprio General Figueiredo —com os pressupostos objetivos do cumprimentofiel e integral de seu compromisso democrático. Anecessidade, evidenciada em novembro, de limi-tar com a severidade da ação revolucionária osmovimentos do Congresso, demonstrou largamen-te que o Presidente da República estava tocadopelo tipo de inquietação e de dúvida que seinsinua no espírito de setores extensos da opiniãopública ante o conflito declarado entre o carátercomum da missão democrática e o personalismoirresponsável da maioria dos políticos e homensde Partido.

Realizar a eleição, de um ponto-de-vistapuramente factual, e fazer a eleição enquanto atopolítico fundamental — eis uma distinção que seimpõe ao Governo e aos Partidos. Fazer a eleição6 trabalho delieado nesta fase de transição entreduas fases de um mesmo período histórico, peja-do de dificuldades e desafios. É prever paraprover. Reduzir a um mínimo, como De Gaullesoube fazer na França do pós-guerra, os riscos dedesvio e manipulação da vontade do eleitorado,por meio de uma legislação compatível com aexcepcionalidade da hora. de cuja aplicação eobservância decorra a certeza de que a horaseguinte representará um passo à frente e nâo,como tantas vezes aconteceu entre nós desde1946, aquele instante de sobressalto, hesitação eangústia que se pode seguir à proclainação dosresultados eleitorais.

Realizar n eleição é tarefa administrativadas mais simples. Fazer a eleição é trabalhopolítico da maior delicadeza neBte momento, peloque exige de todos — Governo e Oposição — emlucidez, espírito público, competência e aptidãopara a vida democrática.

Missão ImpossívelUma missão iraniana, aproveitando a deixa

do terceiro aniversário de um dos mais sangren-tos e impiedosos reinados de terror da históriamoderna, passou por Brasília para tentar "modi-ficar a imagem da revolução islâmica", queconsidera distorcida por obra e graça das agên-cias internacionais ocidentais.

Seria apenas ingênua e pueril a tentativa dese modificar a imagem de um regime através deuma entrevista coletiva e de alguns contatosministeriais a nível de terceiro escalão, não fossea tarefa um acinte à inteligência e à sensibilidadede todos aqueles que, como nós, não conseguemapagar das retinas as imagens — infelizmentereais — das sumárias execuções promovidas porKhomeiny e seus fanáticos, e do suplício de maisde um ano imposto aos reféns norte-americanos,contra as mais comezinhas normas da solidarie-dade humana e do direito internacional.

Os enviados de Khomeiny vieram dizer que"a república islâmica do Irã, com seu regimeestabilizado, e funcionando normalmente em to-dos os níveis, volta seus interesses para o terceiroinundo, na esperança de estreitar relações com os

países em estágio de desenvolvimento idêntico aodo Irã".

País do terceiro mundo para efeito declassificação socio-econômica, o Irã do AiatoláKhomeini é um país que ocupa, na comunidadedas nações, o mesmo lugar de um celeradomarginal na comunidade dos homens. Como nãohá, no direito internacional, a possibilidade ma-terial de se aplicar as medidas de segurançaprevistas nos códigos penais dos países civiliza-dos, a ditadura de Khomeini procura, paramanter-se, exarcebar o culto da personalidade e ofanatismo religioso do povo iraniano, até que opróprio clima sinistro em que vive, a crescentecrise econômica e a guerra de 17 meses com oIraque, acabem por destruí-la.

Quanto ao desejo dos enviados de Khomeinide "estreitar relações com os países em estágio dedesenvolvimento idêntico ao do Irã", a missão éabsolutamente desprovida de sentido. Não há,pelo menos nesta parte do mundo, nenhum paísque tenha, como o Irã, mergulhado num processode retrocesso que nos remete aos tempos em queos bárbaros acossavam o império romano doocidente.

A temporada de sol não suspendeu apenas a

Cresença das chuvas no verão. Imobilizou tam-

ém, embora temporariamente, os dados drama-ticos de um debate que só se pratica quando étarde para tomarem-se providências. As favelassuspenderam os deslizamentos. Ninguém toca noproblema, que é dado como resolvido. No entan-to, o problema das favelas é cada vez maisextenso, mais grave e de maior custo.

Ninguém quer enfrentar, com disposição deresolvê-lo, o problema das favelas. Por problemadas favelas não se devem compreender apenas osreferentes às favelas jã oficializadas, mas princi-palmente a incessante proliferação dos núcleosclandestinos. Trata-se de uma questão que, pelassuas graves conseqüências, diz respeito à socieda-de inteira. Não é entretanto apenas um problemasocial, porque em primeiro lugar as favelasresultam da fraqueza adnúnistrativa.

Uma administração municipal ou estadualnão é fraca apenas quando lhe faltam recursos.Quando falta vontade de realizar é também casode fraqueza adnúnistrativa. Quando falta cora-gem de enfrentar objetivamente certos proble-mas, então a fraqueza merece mais apropriada-mente o nome de pusilanimidade política.

As favelas são um caso de pusilanimidadepública. Até a própria maneira de considerarsocial um problema que, em sua maior parte,resulta da conivência política da administraçãopública com a usurpação de propriedade alheia é

Depois do Solpusilanimidade. Se a existência de favelas fossesolução social seria admitido outro encaminha-mento político. A organização da resistência àmudança de favelados para conjuntos urbaniza-dos é a prova de que as favelas sào um programapolítico e não um assunto social.

E inaceitável, portanto, que os Governosmunicipais e estaduais se submetam à passividade

Sue patrocinou a expansão do sistema de favelas,

direito de propriedade é testado no espaçourbano, a polícia é desafiada e a sociedade seintimida diante de um problema que, ao longo dotempo, só tem aumentado muito além da capaci-dade de resolvê-lo num só período de Governo. Ecomo a continuidade administrativa é uma ficçãoque está muito além da nossa capacidade política,o Rio se sente cada vez mais acuado pelo favela-mento.

Com a interrupção das chuvas dá-se porinexistente o.problema. Quando voltarem aschuvas e as favelas desligarem, então se reabriráo debate com a única finalidade de ouvir-se daadministração pública a confissão de impotênciapara resolver um problema que não é natural:resulta simplesmente da omissão e da pusilanimi-dade geral. Porque se a sociedade quisesse en-frentar sem conceitos piegas o problema dasfavelas com soluções adequadas, é certo que aPrefeitura e o Estado teriam que se dividir entrea falta de iniciativa e a necessidade de explicar-se. Já seria melhor do que se entregarem à faltade solução como se fosse solução.

TópícaImpressões de

viagemCada Partido faz a campanha elei-

toral que merece. O PT embarcou in-verdades na bagagem de seu presiden-te em peregrinação pelos Estados Uni-dos: Luís Inácio da Silva nâo fala paraos americanos ouvirem e, sim, na espe-rança de que suas palavras replquemna campanha eleitoral brasileira. Co-mo se sabe, dependendo da Justiça,Luis Inácio será provável candidato àsucessão de São Paulo.

Lula foi aos Estados Unidos falar dosocialismo que o PT tem em miraimplantar no Brasil. Ele e o PT náoprocuraram saber previamente tiosbrasileiros se eles querem socializar opouco que tém. Decidiram assim e estáacabado. Lula é ex-metalúrgico queabraçou a carreira de político proQssio-nal: tem emprego de líder nacionalcom carteira assinada.

O Partido dos Trabalhadores dei-xou de ser um clube exclusivo: passoua admitir também a categoria de tra-balhador braçal da inteligência, quesào os universitários e Intelectuais. Naescolha da chapa no Estado do Rio, oPartido dos Trabalhadores preferiuum profissional liberal a um metalúrgi-co de Volta Redonda para candidato agovernador.

Lula foi dizer aos americanos queseu Partido trabalha pelo socialismono Brasil. Evidentemente, escolheuum lugar menos adequado para talpropósito. Os adeptos dessa forma an-tiquada de conviver com a pobrezasem tentar resolvè-la sáo minoria In-slgrüflcante nos Estados Unidos: nemexistem eleitoralmente.Luis Inácio escolheu também o lugarerrado para dizer inverdades. Quempode acreditar que o Brasil viva "sob amâo forte de uma ditadura militar"?Nem ele próprio acredita no que dizpara americano ouvir.

Lula é candidato com inverdadesem relação ao regime e, pelo menos,forte imodéstia em relação a si próprio:é possível que os americanos pensemestar ouvindo um herói anônimo quedenuncia ao mundo um segredo. Avaidade de ser visto como herói nãoexigia de Lula distanciar-se tanto daverdade dos fatos.

Os conceitos sobre história, eeono-mia e cultura que compõem a baga-gem de Lula nos Estados Unidos nâosâo propriamente dele. Mas ele usa osconceitos socializados porque são fá-ceis de levar. Existe também, do ladooposto, um "colonialismo ideológico"de que as esquerdas brasileiras sãointermediárias. Lula deu outra de-monstração, pessoal e decisiva no pia-no cultural, quando datou de 64 abaixa qualidade do ensino brasileiro.Foi um imperdoável erro de data, por-que ele é anterior a 64 e, apesar disso,seus conceitos nada deixam a desejarem matéria de ignorância geral e pre-tensão especializada.

A

II

Deu zebra!Falou, bicho!

-CartasSistema reprovado

Nâo há nada de excepcional no pri-melro lugar, ou em mim. Há, sim, nos99% de reprovações, no sistema de ensi-no. É ai que as atenções devem estarvoltadas. Num sentido mais profundo,nào me realiza a aprovação solitária.Trabalho em equipe e valorizo isso."Ilhas perdem o homem". "Preciso detodos " (sinto, Drummond, não transcre-ver literalmente seus versos, mas elesestáo bem vivos em mim).

Náo ê o primeiro lugar o que meinteressa, mas a chance de atuação queuma classificação pode garantir.

Vamos olhar o sistema de ensino e osmeios de avaliação.

Vamos questionar e adotar uma atitude transformadora.

Vamos nos autoconhecer sem des-culpas.

Náo há culpados, vitimas ou sumi-dades.

Há gente! Jane Corrêa (1" colocadano Concurso de Professores) — Rio deJaneiro.

Privilégio do DASEm noticiário do JB, dia 251/82. fun-clonario que por prudência preferiu nâo

se identificar, reclama de colegas queacumulam funções de DAS. as mais bemremuneradas entre os servidores do Go-verno. DAS significa Direção e Assesso-ramento Superiores, com escalonamen-to de 6 níveis, com numero de vagaslimitado, distribuídos de conformidadecom a importância do cargo ou função.

A função DAS-1, a de menor remune-ração mensal, representa, a partir dejaneiro/82, Cr$ 104.547,00 -. Cr$ 20.909.00de representação t qüinqüênios + sala-rio família. A função DAS-6, a de maiorremuneração mensal, representa, a par-tlr de Janelro/82. Cr$ 190.094,00 + CrS114.056,00 de representação + qülnqüè-nios + salãrio-famllla. A partir de maio,os valores passarão, respectivamenteCr$ 146.365,00 + CrS 29.273,00, e para oDAS-6, CrS 266.131.00 + Cr$ 159.678,00.que somados perfazem a quantia de Cr$425.809,00. sem se computar os qulnqUê-nios, salário-fainllia e outras mordomiasque normalmente acompanham afunção.

O funcionário quando se aposenta foienquadrado em uma das seguintes si-tuações: compulsoriamente. aos 70 anosde idade; a pedido, quando contar 35anos de serviço; e por Invalidez.

Ora, se o servidor foi aposentado apedido, no seu exclusivo interesse, não éde se cogitar de seu retorno á atividade,admltindo-se, em princípio, que ele nâomais deseja trabalhar.

Mas a realidade é bem outra. NoINPS. onde prestamos serviços por maisde 3 décadas, dezenas e dezenas de fun-cionãrios aposentados a pedido retorna-ram à atividade com novo número dematrícula e normalmente reassumiramos mesmos cargos que exerciam, perce-bendo proventos em dobro. Hindenbur-go Brasileiro — Juiz de Fora (MG)

Supressão de trensFoi com muita satisfação que li a

reportagem do JORNAL DO BRASIL de17/1/82 intitulada Passageiro madrugaem Niterói para Ir de trem até ViscondeNiterói. A supressáo de trens executadapela Rede Ferroviária Federal SA atin-giu exageradamente a economia popu-lar. Aqui no Estado do Rio de Janeiro, achamada Linha Auxiliar da Central doBrasil, trecho Sào Mateus-Japeri é umadas vitimas. Gostaria que a reportagemdo JB constatasse as minhas queixascom os documentos que possuo endere-çadas às diversas autoridades que ne-nhuma atenção dedicaram ao assunto.Luiz Pereira, ferroviário inativo — No-va Iguaçu (RJ).

Vítima do elevadoNo dia 20 de novembro de 1971, pe-

guel o ônibus da linha 415, em Copaca-bana e vinha conversando com o troca-dor quando o ônibus parou no sinal daAvenida Paulo de Frontin. Ouvi um ba-rulho, que parecia uma trovoada, equando acordei estava preso nas ferra-gens, com os braços caídos e o pescoço

r JORNAL DO BRASIL LTDAAvenida Brasil, 500 — CEP 20 940 — Rio deJaneiro, RJCaixa Postal 23.100 — S Cristóvão —- CEP20 940 — Rio de Janeiro. RJTelefone — 264-4422 (PA8X)Telex — (021) 23 690, (021) 23 262. (021)21 558

Sucursais

Brasília — Setor Comercial Sul (SCS) —Quadro I, Bloco K, Edifício Denaso, 2° andor• ¦ telefone: 2250150 — telex: (06!) 101!Soo Paulo — Avenida Paulista, 1 294, 15"andar — CEP 01310 — S. Paulo, SP —telefone 284-8133 (PBX) — telex: (011)21061, (01 I) 23038Minas Gerais — Av. Afonso Pena. I 500, 7oandor — CEP 30000 — 8. Horizonte, MG —telefone: 222-3955 — telex: (031) 1262Paraná — Rua Presidente Forian, 51, Cj1.103/1 105 — CEP 80000 — Curitiba, PR —telefone: 24-8783 — telex: (041) 5088R. G. do Sul — Ruo Tenente-Coronel Correialimo, 1 960/Morro Sto Teresa — CEP 90000Porto Alegre, RS — telefone: 33-37) I (PBX)— telex: (051) 1017

quase decepado pela lataria do ônibus oElevado da Paulo de Frontin havia desa-bado.

Fiquei sete meses internado no Hos-pitai Sousa Aguiar, depois que os bom-beiros amputaram minhas duas pernas,para retirar-me das ferragens. Sofri seteoperações e depois vim para a ABBR.onde me encontro até hoje e onde conse-gul concluir o segundo grau e fazer umcurso de Informática. Consegui um em-prego no Serpro. mas, depois de 14 me-ses de trabalho como estagiário, e semnenhuma perspectiva de contratação,escrevi uma carta ao então Ministro Má-rio Henrique Slmonsen, queixando-meda atitude a empresa. Fui demitido.

Desisti de procurar outro emprego,para evitar maior sofrimento, em formade humilhação. Através do advogadoPaulo Andrade, marido de uma sobri-nha, movi uma ação de indenização con-tra o Estado, e assinei uma procuraçãoautorizando-o a tratar do caso. Depois,pelos jornais, soube que o DER (Depar-tamento de Estradas de Rodagem) foracondenado a me pagar cerca de Cr$ 5milhões. Mas, como nunca mais vi oadvogado que me assistia, não sei o quefazer para receber o dinheiro.

Através do JORNAL DO BRASILpeço. pelo amor de Deus. que me ajude aresolver minha situação, pois precisovoltar para junto de minha família, quecontinua morando na Favela da Roci-tina. Quando me acidentei, recebi a visi-ta do entáo Minlstro-Chefe do GabineteMilitar da Presidência da República, Ge-neral João Batista de Figueiredo, que,em nome do Presidente Mediei, garan-tiu-me que não ficaria desamparado.

E é no desamparo que faço este apeloao JORNAL DO BRASIL. José CarneiroFilho — Rio de Janeiro.

£euv.sPovo & eleições

O JORNAL DO BRASIL de 271/82veicula a notícia de que "o Governovoltou a examinar a conveniência e afórmula para subsidiar o preço das pas-sagens de ônibus". Isto é. decidiu refletirsobre o problema do transporte popularurbano. Mas o texto acrescenta, aigu-mas linhas depois, que "o Governo estápreocupado com as repercussões politi-cas dos quebra-quebras promovidos emalgumas Capitais apôs os aumentos dastarifas de ate 651 no ano passado" e quea medida tem "óbvia oportunidade poli-tica num ano eleitoral".

Este fato é altamente significativo dequanto as eleições sâo benéficas ao nos-so país. Nào apenas pelo que represen-tam em si mesmas, possibilitando aopovo pronunciar-se, através do voto, so-bre a escolha de seus governantes. Mastambém porque estes, sobretudo quan-do não submetidos ao teste dessa esco-lha, mas autoritariamente impostos, so-mente às vésperas das eleições costu-mam lembrar-se de que o povo existe.De- que tem problemas. Muitos delescriados pelo fato de nào participar dasdecisões que lhe dizem respeito. Deci-soes tomadas no recesso dos gabinetespor tecnocratas que nunca sentiram napele o que significa dispor apenas de umou dois salârios-minimos para manter-se. Ou, o que é pior, nào dispor às vezesde nenhum salário, como é o caso detantos neste pais "abençoado por Deus",porém mal conduzido pelos homens.

Há tempos, o vice-presidente Aurelia-no Chaves nos havia assegurado tJOR-NAL DO BRASIL, 7/1/81) que "deve serdissipada da opinião pública a idéia deque se vai adotar esta ou aquela medidatendo em vista ganhar as eleições". En-tretanto, o Governo desmentiu essa aflr-maçâo, de maneira solene e peremptô-ria, através do famigerado pacote denovembro. Desde então, nào pode havermais dúvidas: o poder deve ser mantido,a qualquer preço, nas mãos dos seusatuais detentores. Mesmo à custa demedidas autoritárias ou paliativas. Res-ta saber se essas manobras passarãodespercebidas à maioria dos brasileiros.

Portanto, e apesar do temor que ins-

piram a muitos, que venham as eleições.Que sejam bem-vindas e benditas! Epossam os brasileiros, através do voto,pronunciar a palavra que lhe pertence ecuja expressão lhe vem sendo, desde hámulto, negada! Maria de Fátima de OU-velra — Rio de Janeiro.

Sistema falhoDurante meus 43 anos de vida fiz pela

primeira vez uma viagem ao exterior afim de visitar um irmão que mora em LosAngeles há seis anos. Comigo levei meusfilhos de 11 e 13 anos. Enquanto contra-bandlstas trafegam sem muitos proble-mas pelas fronteiras e/ou alfândegas,simples cidadãos trabalhadores e hones-tos que viajam esporadicamente sâo tra-tados como contraventores pelos fiscaisda alfândega. Realmente fiquei estupe-fata e frustrada. Fui tratada, olhada eexaminada como tal. Cheguei a me sen-tlr uma real contraventora. Quem é queviaja com crianças e consegue voltarsem comprar algum brinquedo? Por cau-sa de um autorama tive que pagar mui-ta. 8erâ mesmo que a Indústria nacionalvai falir com alguns aparelhos que sáotrazidos de fora? Porque sujeitar a gentea táo complicado sistema? Não seriamais simples e condizente estabeleceruma quota para gastos no exterior auto-rizando os viajantes a trazer qualquercoisa, seja eletrodomésticos, brinque-dos, roupas etc, respeitando um limite xde compras? No melo de tanta confusãode malas, pacotes e bolsas acabei dei-xando em cima do balcão da alfândegaum fiash novlnho de uma máquina foto-gráfica (comprada no Brasil). Antes queeu pudesse guardar meus pertences devolta nas malas, já outras malas eramrevistadas no mesmo balcão, tudo mis-turado, causando minha perda. Quempaga meu prejuízo? Acredito que algu-ma coisa possa ser feita pois nâo devoser a primeira pessoa a deixar coisas porlã. Minha esperança é que alguma auto-ridade leia esta mensagem e possa equeira fazer alguma coisa para melhoraro sistema. Lygia Uai — Rio de Janeiro.

Cruzeiro desenhadoNos meus 78 anos. nunca o nosso

dinheiro, atualmente o cruzeiro, foi táoruim e desvalorizado. No JORNAL DOBRASIL de 5/2/82, o Sr Carlos Vieira,com arguta visão, comenta em carta sobo titulo Cédulas corrompidas o retratofiel do nosso escorraçado dinheiro que édesvalorizado semanalmente. A popula-çâo faminta, como na França de LuizXVI — O ferreiro e Maria Antonleta — acortesã, segue cambaleante para a Bas-tilha brasileira! Em breve, o dinheironosso é o mais desvalorizado do mundo,Junto com o guarani do Paraguai. Quemreceber tais cédulas corrompidas com-pre pâo, leite, carne, feijão, frutas, verdu-ras, ovos para nào morrer de fome, sema-nalmente como o hediondo cruzeiro. Co-mo aposentado, para mim qualquer di-nheiro serve. Mesmo que seja cruzeirosem valor e desenhado.

O Sr Carlos Vieira deve ser rico e sóusa cheque, cartáo de crédito. Nuncaesperou quatro horas para receber cru-zelros em longas filas do Banco do Bra-sil, Caixa Econômica, INPS, Banerj. emorrer de fome, depois. E preferível umcruzeiro riscado do que um dólar furadoQueremos cruzeiros, mesmo em cédulasde Cr$ 10 mil ou CrS 100 mil. ProfessorHermenegildo Castanheiro Neto — Riode Janeiro.

Água em NiteróiNa semana passada os moradores dos

conjuntos situados na Rua BenjamimConstant, em Niterói, tiveram horas,dias e noites de verdadeira angústia,sofrimento e incerteza pela falta de águaem suas torneiras. Pedem a Deus queesses momentos aflitos náo se rsprodu-zam novamente e que o manobreiro deágua da Cedae do Barreto seja maishumano e mais dedicado. (...) Plínio Lei-te — Niterói (RJ).

As carta» terão selecionadas para publi-cação no todo ou em parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legí-v«tl e endereço que permita confirmaçãoprévia.

Rio de Janeiro, 13 de fevereiro de 1982Bahia — Rua Conde Pereiro Carneiro, s/n RIO DE JANEIRO — MINAS GERAISPemambués - CEP 40000 Salvador, BA Entrega Domiciliar Telefone: 228-7050telefone: 244-3133 - telex: (071) 1095 "Pernambuco —Rua Gonçalves Maia, 193 ' mès CrS 1.180,00Boa. Vista — CEP 50000 — Recife, PE 3 meses CrS 3.350,00telefone: 222-1144 — telex: (081) 1247 6meses CrS6 340,00

SanlocL.rinn b h i ' - , SÃO PAULO - ESPÍRITO SANTOSan o Catarina - Roa Osmar Cunha. 15. tnt Domiciliar

Edifício Ceisa Center, Grupo A, Con unto 210 ~— CEP8800 —Florianópolis, SC —telefone^ ? meses Cr$3.800.0022-7225 — telex (0482) 102. ómeses OS7.30000Correspondentes nacionais SALVADOR — JEOUIÉ — FLORIANÓPOLISAcre, Alagoas, Amazonas, Cearei, Espirito Entrega DomiciliarSanto, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato ,Grosso do Sul, Pará. Paraíba. Piaui Rio ómeses Cr$5 250,00Grande do Norte, Rondônia. Sergipe. 6meses CrS 10.150,00

Correspondentes no exterior BRASÍLIA — DISTRITO FEDERALBeirute (Líbano), Bonn (Alemonho Ocidental), Entrega DomiciliarBuenos Aires (Argentino), Lisboa (Portugal)! -Londres (Inglaterra). Moscou (URSS) Nova Jmeses CrS4 550,00Iorque (EUA), Paris (Franca), Roma (Itália), omes«s 058 60000Tóquio (Japão), Washington, DC (EUA). tNTREGA POSTAL EM TODO TERRITÓRIOServiços noticiosos NACIONALANSA, AFP. AP, AP/Dow Jone», DPA, EF£,Reuters, UPI. 3meses Cr$ 5.100,00Serviços especiais ómeses Cr$9.700,00BVRJ, Le Monde, The New York Time». Classificados por telefone 284-3737

JORNAL DO BRASIL OPINIÃO sábado, 13/2/82 ? Io oaderno D tiwm «ss

Coisas da política

Os complicadoresda incorporação

DUAS

linhas de informações emtorno da incorporação do Pi' aoPMDB cruzavam-se, nas úTti-

mas horas, cm Brasília e nos Estadosonde o processo de unificação dos deisgrandes Partidos de Oposição sofremaiores contestações, como Rio de Ja-neiro. São Paulo, Minas Gerais e RioGrande do Sul, produzindo interpreta-ções. deduções e expectativas diferen-tes entre lideres pepistas e pcmedebis-tas. Uma dessas linhas, formada norastilho de conversas alimentadas peloDeputado Thales Ramalho em áreasdiversas de atuação política, permite orascunho de um mosaico que inviabilizao processo, a médio prazo. A outralinha, também de boa densidade, tecidapor um governador, dois senadores etrês deputados federais do PDS, induzao raciocínio de que a incorporação, no

momento, começa a ser vista pelo Pia-nalto como vantajosa para as aspiraçõeseleitorais do Partido do Governo.

Tanto Thales como os pedessistasinteressados em descobrir as variadasreações dos setores que acompanham,de maneira atenta, a marcha do proces-so de unificação dos dois principaisPartidos oposicionistas, concordamnum ponto: PP e PMDB vencerão, semproblemas, a convenção conjunta queconvocaram para amanhã. É que desdequinta-feira começaram a chegar a Bra-sília delegados de diferentes pontos dopaís que jogam seu futuro político naincorporação. Os rumores de que oGovernador Chagas Freitas, crítico doprocesso, esvaziaria a convenção, fo-ram desfeitos na manhã de ontem, paratranqüilidade do Senador Tancredo Ne-ves. O PP do Rio deixou apenas os seus

delegados à vontade, abrindo a quês-táo. Mas a maioria de seus convencio-nais — detentores de 71 dos 300 votospartidários — vai a Brasília.

Nas informações que vem levantan-do, há mais ou menos um mês, oDeputado Thales Ramalho chegou áconclusão de que a recuperação daidentidade do PP é sõ uma questão detempo. Bem relacionado em áreas doJudiciário — e acostumado por umavelha tradição pessedista a nâo atirar noescuro — o líder do Partido Popular naCâmara julga que a incorporação, entremarço e abril, morrerá na esteira ciosmandados de segurança e representa-ções que correm no TSE. Ou acabará,por força dos complicadores regionais,que levarão os próprios políticos nelaempenhados a liquidar o processo comas suas próprias mãos.

Rogério Coelho NetoA emenda Murilo Badaró, encrava-

da por inspiração do Palácio do Planai-to na Lei das Inelegibilidades — elapermite aos descontentes do PP, desdeo dia 2, o abrigo cm outros Partidos, e apartir de segunda-feira abrirá tambémao apetite do PDS e das outras legendasoposicionistas os quadros do PMDB —não chega a assustar Thales Ramalho.Nas contas do líder do PP, as cisões nosdois Partidos serão mínimas, porque osdescontentes não encontrarão com faci-lidade, nem mesmo nas pequenas agre-miações, os espaços necessários à aco-modação de suas bases municipais.Thales cita o seu próprio caso comoexemplo: se resolvesse mudar de Parti-do, teria de deixar para trás uma estru-tura representada por 60 diretórios pe-pistas em Pernambuco, capazes por side garantir a sua reeleição.

Confuso, a partir do ponto zero, oprocesso de incorporação do PP aoPMDB vem produzindo no curso dapenosa trilha aberta pelos dois Partidosdia 20 de dezembro do ano passadouma série de atitudes incoerentes entrepolíticos oriundos de um mesmo seg-mento ideológico. A Paulo Egfdio Mar-tins, OlaVo Setúbal e Cláudio Lcmbo,expressões do PP de São Paulo, causaespécie a convivência com os bolsõesradicais que coabitam com correntesliberais no PMDB. Mas para os Sena-dores Saldanha Derzi, Mendes Canalee José Fragelli, que se orgulhavam hábem pouco de terem ajudado a fazer aRevolução de 1964, essa convivência étolerada, porque, para eles e os peme-debistas de todas as tendências, emMato Grosso do Sul, o inimigo comumse chama Pedro Pedrossian.

Por fim, a linha de informaçõeslevantada por líderes pedessistas, debom trânsito no Palácio do Planalto,deixa claro que a incorporação começaa interessar ao Governo por um conjun-to de bons argumentos. Além da imobi-lização a que PP e PMDB foram relega-dos há dois meses, o projeto, se chegarao fim, diminuirá em vez de ampliar asexpectativas oposicionistas quanto àformação de uma numerosa bancada naCâmara dos Deputados. O Governoconcluiu, em suas análises frias, quepemedebistas e pepistas, juntos, farãomenos parlamentares do que separa-dos. Esse dado assusta, naturalmente, aTancredo e a Ulysses, e pode precipitaro fim da incorporação.

Hogíiio Colho Ntta é Subsditoc d* Político doJORNAL 00 BRASIL.

Rumos básicos do Plano PastoralIIí

NA

semana passada, trouxe ao conhecimento dopúblico a metodologia utilizada para organizara vida apostólica da Arquidiocese. Eram objeti-

Vos a serem alcançados, trilhas fundamentais percorri-das na ordenação do trabalho, em favor da evangeliza-ção de nossa gente.

Hoje divulgo algumas idéias básicas contidas no6o Plano de Pastoral de Conjunto, fruto do laboraludido no artigo anterior. Deverá vigorar por umqüinqüênio, com sua atualização cada fim de ano, umarevisão de rota.

Há verdadeiro empenho para integrar em umaação global, planejada e orgânica, a diversificadamanifestação das atividades religiosas desta porçãodo Povo de Deus. Tal processo diminui o isolamentoque esteriliza e enfraquece. Pela experiência dos cincoanos anteriores, por essa maneira de agir, cresce odinamismo, aumentando a participação de pessoas egrupos. Daí surgem também novos campos de atua-çào, inclusive no diálogo Igreja—Mundo.

Cabe ao Pastor assumir os rumos pelos quais oEspírito nos faz caminhar. Compete a todos o encargode elaborar a maneira de fazer chegar aos irmãos aMensagem de Cristo. Dentro dessa concepção, o Go-yerno Arquidiocesano discutiu e aprovou as diretrizesque nortearam a elaboração do 6o Plano. A Arquidio-cese, em seus diversos níveis, Vicariatos, Comissões dePastoral e Movimentos Leigos, e os servidores do

Evangelho mais diretamente responsáveis pela suadifusão — sacerdotes, religiosos e leigos — com ex-traordinária dedicação, participaram desse planeja-mento. Ele constitui o semblante, a fisionomia que sequer imprimir à Igreja do Rio de Janeiro.

Podemos destacar alguns traços marcantes. Pn-meiramente, a co-responsabilidade de esforços. Pro-curou-se a unidade fundamental, fator de eficácia nolabor pela expansão do Reino. Essa atitude envolverenúncia de pontos-de-vista, uma ascese cujo prêmio éa vitória sobre divisões.

O segundo é a Família, no sentido amplo, abran-gendo a sociedade doméstica — parentes, inclusiveagregados e empregados.

Depois, o espirito missionário. Ele é marca nasaspirações de nosso povo. Assim, náo se deve esperarque nos procurem. Pelo contrário, nosso dever é ir embusca dos irmãos nos mais diversificados aspectos davida ou no ambiente onde os indivíduos trabalham.Em outras palavras, levar Cristo aos homens destaCidade, em qualquer situação que se encontrem, con-duzindo-os à participação na comunhão eclesial. Porisso nos dirigimos a todos, sem exclusivismos nemdiscriminações.

A seguir, a opção fundamental, náo excludente ouexclusiva, pelos pobres, está enfatizada de variadasformas: comunidade de orações, CEBs, Pastoral das

Dom Eugênio de Araújo SalesCnrdtxil-Arcobiipo do Rio da Jan.iro

Favelas, trabalhadores, presos, atençáo aos mendigos,às mulheres abandonadas... Nas diretrizes, esta prefe-rència está bem sublinhada: o amor aos mais carentes,sem nada esperar em recompensa, é claro sinal dagratuidade do Reino de Deus. Assim, também o indivi-duo que tem o coração cheio de ódio, de morte edissolução, doido e humilhado, mesmo imerso nasriquezas da terra, é necessitado. Como pobre, continuasendo o predileto do Senhor. Contudo, nosso amorgeneroso e gratuito aos mais desprovidos de bensmateriais é um sinal messiânico. Em sua visitaao Brasil, João Paulo H traçou a fisionomia concre-ta dos verdadeiros "pobres de espírito": "São aque-les que são mais abertos a Deus e às maravilhas deDeus" (At 2, 11).

Foi também dada uma atenção primordial à popu-lação flutuante em áreas do centro do Rio de Janeiro.Evangelizá-la, através da religiosidade popular e cate-quizadora, é um desafio.

E, por fim, a formação de agentes de pastoral e delideres cristãos. Entende-se todos aqueles que livre-mente, mais perto da Hierarquia, dedicam-se à causado Mestre. Incluídos estão os que, mesmo alheios ànossa Fé, possuem qualidades e têm liderança capazde influírem favoravelmente na humanização de nossagente.

O Vicariato das Religiosas enfatizou a responsabi-lidade pessoal no que se refere a vida consagrada, sem

alhear-se das demais metas, quando exercem funçõescom elas relacionadas.

Com estas rápidas pinceladas é possível fazer umaidéia da amplitude do trabalho proposto. Evidente-mente, a execução está acima de nossas forças.

Para alcançar esses objetivos, deis elementos sáoindispensáveis: o primeiro, de ordem humana. A uniáoentre os cristãos, com a firme intenção de, atendendo àconvocação do Pastor, se disporem a trabalhar pelosIrmãos. Trata-se, não se seguir caminhos próprios,mas, renunciando a si mesmo, aceitar as diretrizesemanadas por quem foi posto pelo Senhor à frentedesta Igreja. E essa colaboração será tanto mais válidaquanto marcada profundamente pelo entusiasmo, de-dicação e coragem.

O segundo fator, mais importante, é a própriaGraça. Ela é essencial. Todo esse labor, com caracte-risticas de eternidade, embora seja desenvolvido notempo, transcende os horizontes terrenos. Para obteros favores divinos, impõe-se um clima de espirituaüda-de. Os meios técnicos, a habilidade pessoal, o estudo ea busca dos recursos materiais financeiros jamais seigualarão ao espírito de oração que deve impregnartoda a família diocesana.

No inicio deste 6o Plano de Pastoral de Conjunto,fica o nosso grande apelo: sem desprezar os meioshumanos, buscar, acima de tudo, pela prece, a ajudade Deus.

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Rio: estratégiado desenvolvimento

Joaquim Francisco de Carvalho

DE

todos os Estados da Federação oRio de Janeiro constitui, sem dúvi-da, aquele sobre o qual se dispõehoje dé maior volume de informa-

ções relativas a recursos naturais, ativida-des econômicas e estrutura social.

De fato, ao longo de sua história políticae administrativa, o Rio tem sido objeto deincontáveis estudos, planos e programas,que não só permitem diagnosticar, sob osmais variados ângulos, seus principais pro-blemas, como também identificar seu poten-ciai de desenvolvimento, sua vocação natu-ral e histórica.' Da análise da importante massa de infor-mações, planos e projetos disponíveis, den-tre os quais se inclui o próprio zoneamentoeconômico do Estado, não é difícil caracteri-zar duas vertentes da Economia estadualcomo regiões de vocação forte e nitidamentecomplementares, a saber:

i — a região metropolitana do grande Rio,pólo de desenvolvimento de alta densidadedemográfica e elevado nível de renda;— o restante do Estado de vocação bemdefinida para as atividades agrícolas, pecuã-rias, agroindustriais e turísticas.

i A complementariedade destas duas re-giòes provém da própria densidade e nívelde renda da população da área metropolita-na do Grande Rio, que o caracteriza, simul-taneamente, como centro de oferta abun-dante de mão-de-obra qualificada para de-terminados tipos de indústrias, de caracte-risticas bem diversas da localizada na outraregião, e como mercado consumidor de pri-meira grandeza para produtos agrícolas, pe-çuários e agroindustriais, atividades quecorrespondem às vocações naturais do res-tante do Estado.

Na região do Grande Rio, refiro-me àsindústrias que utilizam tecnologia de pontaè exigem o concurso de recursos humanosQualificados, beneficiando-se da proximida-de da atividade comercial e bancária e dapresença de centros de pesquisa e desenvol-vimento. É o caso da indústria mecânicafina e de precisào. da indústria de constru-Ção civil, de segmentos das industrias óti-cas, elétrica e eletrônica e de eletrodomésti-éos, das indústrias farmacêuticas e de con-fecçòes, de calçados, de vestuários etc, queçncontram localização ideal na área metro-politana. Na maior parte dos casos, essasindustrias podem desenvolver-se em empre-sas de pequeno e médio porte, por issogeradoras de empregos numerosos e que,por sua natureza pouco poluente, nào dete-rioram o melo ambiente urbano.

São diversas daquelas que, por seu portee pela natureza de suas instalações, encon-tram melhor localização na periferia da áreametropolitana e nos distritos industriaisexistentes no Estado, as siderúrgicas, asmetal-mecãnicas, as de extração e transfor-maçáo mineral, as indústrias químicas e asde beneficiamento primário de produtosagropecuários. Estas indústrias constituemf)ólos intermediários de desenvolvimento,a.ptos a operar como elos de ligação entre omercado consumidor da área metropolitanaé as regiões de oferta de produtos primáriosdo interior.

• Por outro lado, o Estado do Rio, por terabrigado a capital da Republica, transfor-fnou-se, historicamente, em polo adminis-trativo e cultural do pais.¦ Assim, ao lado das atividades agropecua-rias, agroindustriais e industriais, o Estado4- e particularmente o grande Rio — oferececondições excepcionais para o desenvolvi-mento de atividades culturais (teatro, artesplásticas, música, turismo cultural) o quesugere açòes integradas de preservação dopatrimônio histórico, cultural e paisagísticoda capital e das cidades serranas e litorá-neas. Impõe-se, em decorrência, o desenvol-Vimento da infra-estrutura de serviços indis-pensáveis ao aproveitamento destes recur-sos históricos e naturais para o desenvolvi-inento da industria do turismo interno eInternacional.

Ainda no setor terciario. a transferênciada capital federal para Brasília, alem deliberar recursos humanos preparados para aprestação de serviços, tomou disponível, apar da importante rede bancária, o sistemaoriginal de representações comerciais, agen-tes financeiros, sedes sociais e centros dedecisões dos principais conglomerados ecorporações econômicas e financeiras nacio-nais e internacionais, empresas de engenha-ria e firmas de consultoria de projetos — oque caracteriza uma outra vocação a serestimulada: a elevação do Rio a categoria depólo econômico e financeiro para a AméricaLatina.

Contudo, nâo se pode perder de vista queo Estado do Rio, como o de Sâo Paulo e oBrasil, em geral, sofrem de uma hipertrofiado setor terciario, em relação às atividadessecundárias e primárias, que devem proveros produtos necessários à manutenção daatividade urbana. Neste desequilíbrio entresetores econômicos reside importante fatorde pressão altista nos preços dos produtosessenciais à população, o estímulo constan-te do êxodo rural e à rubanização desorde-nada. A ação do Governo estadual, na desti-nação dos recursos disponíveis deveriaorientar-se, portanto, de forma a inverteresta tendência, e a restabelecer as propor-ções desejáveis de desenvolvimento harmô-nico entre os setores da economia do Es-tado.

As diretrizes e prioridades para o desen-volvimento econômico, social e cultural doEstado do Rio de Janeiro acham-se, pois,inscritas na própria vocação natural e histó-rica desse Estado, perfeita e claramenteidentificada, caracterizada e diagnosticadapor gerações de grandes brasileiros, intelec-tuais. homens de estado, cientistas politi-cos, técnicos, estudiosos.

Assim é que o planejamento para o Esta-do significa muito mais a capacidade deintrodução de técnicas sofisticadas de admi-nistraçáo da coisa pública — finanças, orça-mento, coordenação de esforços, eficiênciafuncional — no que diz respeito ao planeja-mento estatal, e de coordenação e articula-ção da atividade cotidiana dos órgãos públi-cos, para promoção do desenvolvimentoeconômico, no que diz respeito aó planeja--mento para a indução do setor privado e daatividade diretamente produtora do nossoEstado.

Na distribuição e destinaçào dos recursospara desenvolvimento das vocações natu-rais e históricas do Estado, a ação financia-dora do Governo teria que se manifestar,igualmente, nos projetos e programas demaior alcance social, muito embora taisprojetos apresentem pouca lucratividade, acurto prazo. Afinal, o Governo não pode tera vista curta... Ênfase especial deveria serconcedida à ação governamental destinadaà eliminação dos bolsões de miséria já iden-tificados na periferia da Região Metropolita-na do Rio, em especial na Baixada Flumi-nense. Nestas áreas, a falta de oportunidadede emprego aliada à precariedade dos servi-ços públicos de saneamento, iluminação,rede escolar e hospitalar, serviços de assis-tència social e de segurança pública, etc,vem mantendo em situação de extrema po-breza e desamparo importante contingentepopulacional. E na marglnalização econõmi-ca e social destes estratos da sociedade, nadesagregação familiar dai decorrente e con-seqüente abandono do menor, que inúmerosestudos identificaram um dos principais —senão o principal — fator de alimentaçãodos altos e crescentes índices de inseguran-ça que se observam no Estado e na Capital.Urge, portanto, nortear a ação do Estado nosentido de combinar e erradicar males táoindesejáveis.

• Jooquim Francisco d« Carvalho foi Dit*tor-Pr«tid«nt* do Bancod* D«i?nvolvim*nto do Eitado do Rio d» Janatro. OD-Rio. d«março dt 1979 a moto d* 1980

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JORNAL DO BRASIL

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ia n i" caderno D sábado, 13/S/82 INTERNACIONAL

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Reagan se reunirá comcúpula da OTAN em Bonn

tugoi/UPi

Bonn (de William Waack) —O Governo alemão resolveu de-monstrar publicamente sua fide-lidade a Washington e confir-mou ontem que será a sede dopróximo encontro de cúpula dospaíses membros da OTAN, a 10de junho. Foi a tfnlca maneiraencontrada pelos .Uemàes parafazer com que o Presidente ame-ricano Reagan nâo deixasse devir a Bonn durante sua primeiraviagem européia, que fará namesma época.

A atitude do Governo alemãofoi explicada por diplomatas emBonn como "sinal de amizade"em relação a Washington. A at-mosfera entre os Governos ale-mâo e americano, continuamen-te deteriorada durante o Gover-no Carter, sofreu sérios abalosnas semanas que se seguiram àcrise polonesa, durante as quaisReagan se mostrou descontentecom a reação considerada muitomoderada dos alemães.

Quatro eleiçõesA primeira viagem européia

do Presidente americano nãoprevia sua passagem pela Ale-manha Ocidental, o que poderiatambém se tornar importanteargumento eleitoral nas quatroeleições regionais que terão lu-gar este ano no país — a favor daoposição conservadora.

Para acalmar a oposição osalemães divulgaram ontem quetambém o Presidente FrancêsFrançois Mitterrand fará umacurta visita a Bonn, na noite de 9de junho, apenas para participarde um banquete que já está pro-gramado em homenagem a Rea-gan. Miterrand também criticoua conduta moderada dos ale-mães.

A ida do Presidente america-no a Berlim, uma espécie de ri-tual cumprido até agora por to-dos, ficará, contudo, para umapróxima ocasião.

PolôniaO Governo alemão deu mos-

trás de estar perdendo a paclên-cia e limitou quinta-feira a liber-dade de movimentos dos diplo-matas soviéticos e polonesesacreditados em Bonn. A medidafoi justificada como parte do pa-cote de represálias aprovado pe-los países da OTAN em janeiro.

As medidas adotadas contrapoloneses e soviéticos reduzemconsideravelmente as viagensdesses diplomatas. Todos quequiserem deixar o país só pode-rào fazê-lo pelo Aeroporto de Co-lônia/Bonn, com a condição dese apresentarem com um mini-mo de 48 horas de antecedênciano Ministério das Relações Ex-teriores alemão.

Até agora este é o primeiropasso espetacular dos alemãescontra o Governo militar do Ge-neral Jaruzelski. Diplomatas emBonn garantiram ontem à noiteque a Alemanha ainda não estáconsiderando represálias econô-micas de qualquer espécie, e quenão pensa interromper os,conta-tos com os países socialistas.

O que surpreende de certamaneira na recente atitude ale-mã é a extensão das restriçõestambém aos diplomatas soviéti-cos. Bonn evitou nos primeirosmomentos após o golpe atribuirdiretamente à União Soviética aresponsabilidade pela lnterven-çào militar. Só após muitas pres-soes dos Estados Unidos e daFrança o Chanceler HelmutSchmidt passou também aacusar Moscou.

Viagem começa em Parise acaba em Londres

Washington — O Presidentedos Estados Unidos, RonaldReagan, visitará quatro capitaisda Europa em junho, anunciou aCasa Branca. A primeira viagemde Reagan para fora do conti-nente americano desde o iniciodo seu mandato incluirá Paris,Roma, Bonn e Londres, para on-de irá a convite da Rainha Eliza-beth e da Primeira Ministra Mar-gareth Thatcher.

I A viagem de Reagan durará10 dias. Nos dias 4,5 e 6 de junho,ele assistirá em Versalhes, Fran-ça, a uma reunião dos países

industrializados, com a presençatambém da França, Canadá,Grã-Bretanha, Alemanha Fede-ral, Itália e Japão. No dia 7 dejulho, Reagan irá a Roma, ondese reunirá com o Presidente ita-liano, Sandro Pertini, e ao Vati-cano, onde serã recebido peloPapa João Paulo II. Nessa mes-ma data, viajará para Londres,onde ficará até o dia 9, quandovoltará a Bonn para participarda reunião de cúpula dos países-membros da OTAN. Em Bonn, oPresidente ficará apenas duran-te o dia 10 de junho, regressandoa Washington depois da reunião.

Marrocos permite queEUA instalem 2 bases

Bucareste e MarrakechAntes de viajar para Bucareste,Romênia, onde iniciou ontem vi-sita de um dia, o Secretário deEstado americano, AlexanderHaig, anunciou em Marrakechque os Estados Unidos e o Mar-roços estudam a instalação deduas bases aéreas em territóriomarroquino, para õerem usadasem caso de emergência pela For-ça Aérea americana.

Haig disse que os dois paísesjá decidiram ampliar sua coope-ração militar e estratégica, coma criação, de imediato, de umaComissão Militar Conjunta, quese reunirá "periodicamente paraconsultas". Afirmou que os crê-ditos militares americanos parao Marrocos poderão ser mais im-portantes no orçamento de 1983do que o foram neste ano fiscal.

Acusação à LíbiaO Secretário de Estado ame-

ricano manteve três reuniõescom o Rei Hassan II, durante avisita de 24 horas, encerrada namanha de ontem. Essa série dereuniões foi qualificada por Haigde "frutuosa e de grande enver-gadura", de caráter essencial-mente militar e estratégico.— O primeiro ponto consisteno restabelecimento da paz e dasegurança no plano global e anível regional — disse Haig, con-siderando as ameaças que pe-sam sobre a África do Norte "de-masiado evidentes".

Acusou em particular a Líbiae denunciou a ação "desestabili-zadora" que desenvolve o regi-me do homem forte líbio, Coro-nei Kadhafi, com o apoio daUnião Soviética.

— Até agora não se adotounenhuma decisão, mas existemcomunicações positivas e cons-trutivas para ir nessa direçào —afirmou o Secretário americano,ao se referir da instalação dasbases aéreas militares america-nas, possivelmente, segundo ob-servadores, em Kenitra e Sidi-Yahia, respectivamente a 40 e100 quilômetros ao Norte e aoSudeste de Rabat.

Sobre o problema do SaaraOcidental, Haig disse que os Es-tados Unidos estào "muito ani-mados" com os resultados daúltima reunião da Organizaçãoda Unidade Africana (OUA), emNairobi, que ampliou as respon-sabilidades na região da Argélia,Mauritànica e Marrocos, para fa-vorecer um cessar-fogo e organi-zar eleições.

Anteriormente, o Chancelermorroquinho, Mohamed Bou-cetta, havia declarado que seupaís estava disposto a permitir oacesso americano a bases milita-res em situações de emergência,tais como o reabastecimento decombustível para aviões quetransportam forças de desloca-mento rápido para o OrienteMédio.

JORNAL DO BRASIL

Chefe de Estado, o Papa passou as tropas em revista ao som de marchas milita

Papa chega a Lagos e criticas

ação de potências na ÁfricaLagos — O Papa João Paulo II,

em sua primeira viagem ao exteriordesde o atentado de maio passadocontra a sua vida, criticou ontem ainterferência de "potênciasalheias" nos assuntos da África, epreviu que o continente "surpreen-dera o resto do mundo", se lhepermitirem desenvolver-se por simesmo.

Ao desembarcar na Capital dopaís mais populoso da África, oPapa elogiou a Nigéria como umexemplo de país que conseguiu ei-catrizar as feridas de uma guerracivil. A rebelião de Biafra, Estadopredominantemente católico, en-cerrou-se há 11 anos.

Unidade africana— Ao consolidar a unidade na-

cional dentro de vosso próprio pais,fortaleceis a unidade da África —disse Joáo Paulo II, que elogioutambém o crescimento econômicoda Nigéria, em grande parte basea-do em sua riqueza petrolífera. —Estou convencido de que toda aÁfrica, quando lhe permitam encar-regar-se de seus próprios assuntos,sem estar submetida à interferèn-cia ou pressão de potências ou gru-pos alheios... surpreenderá comsuas conquistas o resto do mundo.

O Papa foi recebido no aeropor-to de Lagos com salvas de canhões,marchas militares, cantos e danças

tribais. Cerca de 20 mil pessoas,com suas vestes coloridas, espera-vam o Sumo Pontífice católico ro-mano.

Vim para me encontrar compessoas de diferentes credos religio-sos — disse Joáo Paulo II ao Presl-dente nigeriano que, como a maio-ria da população do pais, é muçul-mano. — Meu coração está satisfei-to. Para mim, este é um momentode grande alegria. Diante de mim sedesdobra uma visão de esperança.

MissionáriosCerca de meia hora após sua

chegada, o Papa celebrou missanum estádio onde se apinhavam100 mil pessoas. Em seu sermão,elogiou a extensão das atividadesda Igreja Católica na Nigéria edisse:

A aceitação do Santo Nomede Deus na Nigéria tem sido deve-ras notável — declarou. Fez umahomenagem ao trabalho dos mis-sionários e acrescentou: — Minhapresença aqui e um tributo aos mis-sionários, tanto os antigos quantoos atuais, e a vocês, que aceitarama fé e a tornaram sua.

Disse que os católicos nigeria-nos sào parte de sua nação e contri-buiram para construi-la. promoven-do a educação, que por sua veztrouxe o desenvolvimento, fundan-

do clínicas em áreas rurais e enco-rajando o ensino de ofícios úteis.

Amarelo e brancoUma banda da polícia, em visto-

sos uniformes coloridos, tocavaquando o Papa desceu do aviào.Nesse momento, a multidão inva-diu as instalações do aeroportoMurtala Muhammed, decoradocom as cores amarelo e branco doVaticano, e verde, branco e verdeda bandeira nigeriana. Antes depassar em revista a guarda de hon-ra, o Pontífice, de sotaina branca,conversou alguns minutos com oPresidente muçulmano. Alex Ekw-veme, de agbada clara (traje tradi-cional do Norte do país).

A proteção que cerca a visita doPapa nâo tem precedentes na histó-ria da Nigéria. As medidas de segu-rança sáo ainda mais estritas queas adotadas durante a visita doPresidente americano Jimmy Car-ter em 1978. No aeroporto de usa-ram inclusive policiais a cavalo ecàes para fazer recuar a multidãoque ameaçava invadir a pista.

Na visita a Kaduna, amanha, oPapa se encontrará com líderes mu-çulmanos. Nos últimos anos. temhavido um renascimento do funda-mentalismo islâmico nas provin-cias do Norte, acompanhado detentativas de isolar o cristianismo.

Sumiu Ocidonlal/UPI

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O avião da LOT foi cercado pelas tropas americanas ao pousar na base da OTAN

Piloto polonês leva família deavião para Berlim Ocidental

O dia em que Haigfoi à Romênia

jA visita de um dia do Secreta-

rio de Estado americano, Ale-xander Haig, à Romênia, quetermina hoje, é a primeira queele faz a um Estado do Pacto deVarsóvia. Haig pretende de-monstrar o incentivo americanoà política de independência daRomênia, que atualmente devequase 13 bilhões de dólares acOcidente mas acolheu como ummal menor a lei marcial adotadana Polônia. A dívida e a questõpolonesa seráo discutidas porHaig.

Embora rejeite o papel daUnião Soviética de único árbitrodo comunismo mundial, além dedivergir do Kremlin numa am-pia gama de questões, como aintervenção no Afeganistão, aRomênia considerou a lei mar-ciai polonesa preferível à guerracivil ou à intervenção militar so-viética. Internamente, mantémum regime duro e ortodoxo.Agora, com escassez de alimen-tos e de energia, enfrenta difícilcrise econômica.

A imprensa romena se mos-trou cautelosa com a visita deHaig neste momento, conside-rando que "os contatos e as con-

Sebastião Martinsversações são uma contribuiçãoessencial à promoção da disten-são e à cooperação internacio-nais", apesar de o Secretárioamericano ter sido convidadopelo Presidente Nicolae Ceau-sescu. E a visita é a primeira deum Secretário americano desde1975, quando Henry Kissingeracompanhou o Presidente Ge-rald Ford a Bucareste.

O interesse americano pelaRomênia foi assinalado por umavisita ao pais do Presidente Ri-chard Nixon, em 1969, um anoapós o Pacto de Varsóvia inter-vir na Tcheco-Eslováquia, o quefoi condenado por Bucareste.Depois disso, o Presidente Nico-lae Ceausescu visitou os EstadosUnidos três vezes, em 1973, 1975e 1978.

Ao chegar ontem a Bucares-te, Haig declarou que os ameri-canos e romenos estáo de acordoem que cada naçáo tem direito asua plena soberania "livre deinterferência exterior". Ontemmesmo ele conversou com oChanceler Stefan Andrei e, hoje.será recebido pelo PresidenteCeausescu.

Bonn — Um piloto das Unhasaéreas polonesas, Lot, embarcoutoda sua família no avião que deve-ria levar de Varsóvia a Wroclaw edesviou o aparelho para BerlimOcidental, onde aterrissou ontemcedo. É a sexta fez que um aviãopolonês é desviado para Berlim, aterceira em menos de um ano.

A torre de controle do aeroportomilitar americano de Tempelhof,em Berlim, identificou o avião polo-nès ainda quando se aproximavada cidade, sem pedir autorização.As primeiras suspeitas de que setratava de um seqüestro diferentesurgiram quando o piloto desistiude fazer qualquer comunicação aoscontroladores de vôo.

Sem problemasO aparelho, um bimotor turbo-

hélice do tipo Antonov-26, utilizadoapenas para vôos internos, pousousem problemas em Berlim e foi ime-

diatamente cercado por tropasamericanas, que mantém o pilotosob custódia.

Dos 19 passageiros e tripulantesdo avião, nove decidiram permane-cer no Ocidente. Além da mulher edois filhos do piloto, havia cincooutros parentes seus a bordo.Quando o avião já tinha tocado apista do aeroporto de Tempelhof, oco-piloto também decidiu ficar emBerlim. Segundo as primeiras infor-maçóes, ele nada sabia da fuga.

Desde o golpe militar do Gene-ral Jaruzelski, a 13 de dezembro, é aprimeira vez que um avião polonêsé desviado. As medidas de seguran-ça instauradas depois da açáo mili-tar incluem a presença de doisagentes armados a bordo. Os queestavam no avião seqüestrado on-tem, se recusaram a abandonar oaparelho em Berlim. Revista pes-soai e uma atenta comprovação daidentidade do passageiro também

William Waackse destinam a impedir seqüestros.

Logo após ter sido interrogadopor um juiz alemão, o piloto polo-nès revelou ter preparado a longotempo a fuga. As autoridades ame-ricanas e alemãs nào estào tratan-do o caso como seqüestro, uma vezque não houve emprego de violèn-cia ou de ameaças contra os demaispassageiros. As acusações de pira-taria aérea e de interferência notráfego aéreo internacional, ambasobjeto de rígidas convenções, nãodeverão ser aplicadas ao piloto doAntonov-26.

— Ele está ainda detido, pois oúnico crime de que pode ser acusa-do é o de ter violado o direito deliberdade dos outros passageiros,que não queriam vir a Berlim —explicava ontem um representanteda Promotoria alemã. Dadas as cir-cunstàncias políticas que cercam odesvio do aviào, é provável que opiloto sequer seja condenado.

Polônia quer punir espião com morteViena — O Promotor do Tribu-

nal Militar de Varsóvia, CoronelJerzy Szpilski, pediu ontem a penade morte para Bogdan Zenon Wa-lewski, ex-alta autoridade do Minis-tério de Relações Exteriores,,acusado de espionagem em favordos serviços secretos americanos.Ele teria entregue durante anos in-formações políticas e militares so-bre a Polônia e seus aliados a es-piòes dos Estados Unidos.

O Tribunal Militar condenouMariam Banas, ex-membro do sin-dicato Solidariedade, a quatro anosde prisão e à perda de direitos civispor dois anos, anunciou a agênciade noticias Pap. Ele foi acusado, a15 e 16 de dezembro passado, "deatividades sindicalistas e difusãode falsas informações".

O tribunal da Silesia condenouTadeusz Rybak, também ex-membro do Solidariedade, a três

anos e meio de prisão e à perda dedireitos civis por dois anos. Ele foiconsiderado culpado de organizaruma greve na empresa de transpor-tes Transbud, de Nowa Huta, a 14de dezembro.

Em Swidnik, na província de Lu-blin, o toque de recolher foi amplia-do para desde as 7h da noite até as6h da manhã, em conseqüência dasinfrações à lei marcial cometidaspelos cidadãos daquela localidade,acrescentou a agência Pap.

Tempestade noAtlântico partenavio ao meio

Falmouth, Inglaterra e Brest, Fran-ça —- O petroleiro grego Victory, de 12mil toneladas, com 33 tripulantes a bor-do, partiu-se em dois durante violentatempestade com ondas de 15 metros dealtura, no oceano Atlântico, e menos de1 mil milhas do Sul da Inglaterra e 480milhas ao Norte dos Açores. A proaafundou Imediatamente, atirando 11homens ao mar. Os 11 foram resgatadoslogo.

Mas os 22 homens ilhados na popa,que ainda flutuou por algum tempo,tiveram de esperar várias horas pelachegada de um cargueiro dinamarquêsantes de serem retirados. Funcionáriosda guarda-costelra em Brest, na França,disseram que a razão do acidente nâofoi identificada imediatamente. O Vic-tory levava um carregamento de mela-ço da Flórida, nos EUA, para Liverpol,na Inglaterra.

Situação "Pavorosa"O acidente ocorreu à lh30m da ma-

drugada e os primeiros pedidos de so-corro do Vietory foram captados emFlamouth, na Inglaterra, cuja guarda-costeira, responsável pelas operaçõesde resgate até 1 mil milhas de distânciano Atlântico, coordenou as operações.

O navio belga Potomac estava próxi-mo à área e descreveu a situação como"pavorosa", devido à velocidade dosventos e altura das ondas. Equipes deaviação britânicas e americanas basea-das na Inglaterra e nos Açores se mobi-lizaram para a operação de resgate.

CGT pára emPortugal metadedos sindicatos

Juarez BahiaLisboa — A greve política de 24 horas

realizada ontem pela Confederação Ge-ral dos Trabalhadores (CGT), de ten-dência comunista, a primeira no paísdesde 1934, teve a adesão de 50% dos 2milhões 500 mil filiados das organiza-ções sindicais portuguesas. Os cintu-ròes industriais da Grande Lisboa e doPorto ficaram paralisados, mas funcio-naram quase normalmente serviços detransportes, água, gás, eletricidade, te-lefone e administração publica.

A União Geral dos Trabalhadores(UGT), de tendência social-democrata,segunda maior central sindical do pais.nào aderiu à greve geral por ser elapolítica — contra o Governo Balsemào,de centro-direita. Também o PartidoSocialista Português (PSP) negouapoio. A segurança nas ruas foi garanti-da por 7 mil policiais. Atos de sabota-gem e alguns incidentes com feridosleves e prisões registraram-se nas maio-res cidades.

Em Sacavém, subúrbio operário deLisboa, houve festa. Mas, apesar da in-tensa mobilização feita pela CGT nosdias que precederam a greve, as popula-ções do continente e das ilhas da Madei-ra e dos Açores permaneceram indife-rentes.

O Presidente Ramalho Eanes consi-derou a greve geral legitima, mas oPrimeiro-Ministro Pinto Balsemào aqualificou de subversiva, desestabilizá-dora e antidemocrática. Os Partidos doGoverno e outros como o Socialistaproclamaram o fracasso da greve, en-quanto a CGT e o Partido Comunistaindicaram-na como um marco na histó-ria do movimento operário português.

Terror faz 24atentados numanoite na França ;

Paris — Um membro da Legião Es-trangeira da França morreu e outrolegionàrio e um oficial da Força Aéreafrancesa ficaram feridos em uma sériede 24 atentados realizados na noite dequinta-feira, na França, por nacionalis-tas da Córsega, anarquistas do GrupoBakunin Gdansk-Paris, e militantes ira-nianos contrários ao regime de Kho-meiny.

Apenas a Frente Nacional de Liber-taçáo da Córsega (FNLC) realizou duasemboscadas e 16 explosões de bombas,advertindo que pode romper a tréguainiciada pelos nacionalistas em abril de1981, diante da promessa do PresidenteFrançois Mitterrand, de ampliar a auto-nomia da ilha. Esses ataques foram re-gistrados na Córsega e no Sul daFrança.

—EmboscadasNa primeira emboscada, um coman-

do atacou um campo de repouso daLegião Estrangeira em Sorbo-Occagno.ao Sul da cidade de Bastia, pouco antesda meia-noite, matando um e ferindooutro legionàrio gravemente. Uma horamais tarde, na Base Aérea de Solenzara,ficou ferido um oficial da Força Aérea.E, durante a noite, as explosões se suce-deram em casas comerciais, escritóriose até granjas.

A Frente de Libertação Nacional daCórsega também se responsabilizou pe-Ia explosão de duas bombas nos escrito-rios da Companhia de Eletricidade emMarselha e Aix-en-Provence, no Sul daFrança. Além de prejuízos materiais ele-vados, esses ataques feriram um tran-seunte.

Em Paris, o Grupo Anarquista Bakü-nin Gdansk-Paris se reponsabilizou pe-los ataques a bomba que destruíramparcialmente as instalações da Lan Chi-le, da ITT—Televisão, e da Sansinena,empresa francesa importadora de carneda Argentina.

Já o atentado dos iranianos, emboranâo reivindicado, coincidiu com o Í3°aniversário da Revolução Islâmica doaiatolá Khomeiny. A explosão, e incèn-dio que se seguiu, destruiu a casa emque viveu no exílio no subúrbio pari-siense de Neauphle-le-Chateau o líderiraniano.

JORNAL DO BRASIL INTERNACIONAL sábado, 13/2/82 o i° caderno n 13

Europa

I

Ex-nazista de 75anos é condenado

Frankfurt -j- Friedrich Paulus, 75 anos, ex-capitão das tropas de assalto nazistas foi ontem

.condenado a quatro anos de prisáo por cumpli-, cidade na morte de pelo menos 161 poloneses.(durante a Segunda Guerra Mundial. Os polone-

q ses fuzilados, de idade que variavam de 18 a 45. anos, detidos por soldados nazistas na aldeia de, Jossefoh, próxijna a Lubltn, em abril de 1940,

foram executados em massa em represália pelo' assassinlo, dias antes, de uma família alemã daregião. A Procuradoria apresentou provas nodecorrer do processo para demonstrar que o

,' .assassinlo da família foi obra de ciganos e náode poloneses da aldeia.

Asilada retornaa casa na URSS

Moscou — Lídia Vachtchenko, 30 anos,pentecostalista, que se asilou na embaixadaamericana em 1978, deixou ontem a sede diplo-mátlca para dirigir-se à sua aldeia de Tchernl-gorsk, na Sibéria. Quinta-feira, Lídia regressou,sem dificuldades, à embaixada, depois de tersido internada num hospital de Moscou, emconseqüência de uma greve de fome que inicia-f'ra no Natal, para conseguir das autoridadessoviéticas visto de emigração aos EstadosUnidos.

Ao retornar à embaixada, Lídia, declarouque iria à Sibéria para ali formalizar o pedidode visto. Acrescentou que reiniciará a greve defome em caso de negativa. Lídia refugiou-se nasede da embaixada em junho de 1978, comquatro membros de sua família e mais doispentecostalistas, na intençáo de emigrar. Seusparentes decidiram permanecer na embaixada.

Moscou preparapesquisa em Marte

Moscou — A União Soviética planeja enviarlaboratórios espaciais não tripulados a Marte,na esperança de descobrir provas da existênciade vida na superfície do planeta, disse o diretordo Instituto de Pesquisa Espacial da Academia'-'•de Ciências, Iuri Záitzev, em entrevista publica-da ontem no jornal Moscovskaia Pravda.

A agência Tass, por sua vez, anunciou queuma tripulação franco-soviética realiza atual-mente a etapa final de treinamento para uma• missão espacial prevista para meados desteano. Trata-se do francês Patrick Baudry, de 34

1 anos; o comandante soviético Leonid Kizim; e,.seu compatriota engenheiro de vôo, VladimirSoloviov.

at...r Zaitsev não indicou em que estágio está o¦plano de enviar a nave náo tripulada a Marte,mas disse que será muito caro e difícil semalguma forma de cooperação internacional. Ex-plicou que os cientistas soviéticos mantém' algumas formas de vida em condições atmosfé-'ricas muito próximas das de Marte, o vizinhomais próximo da Terra depois de Vênus.

¦liPolítica impede

Karajan de regerSofia — Dois concertos da Orquestra Filar-

mônica de Berlim, sob a regência do maestroHerbert Von Karajan, marcados para hoje e

• domingo, foram cancelados por motivos poli-, ticos.

hi 1 Segundo informou a agência oficial de no ti-cias búlgara, CTA, o administrador da orques-tra fez pedidos que eqüivalem a "praticamenteuma exigência política" e violam um acordoassinado em Berlim em 1971.

.j Nessa cidade, funcionários da orquestradisseram que as autoridades búlgaras náo per-mitiram que a Embaixada da Alemanha Oci-dental em Sofia fosse ocupada pelo grupo.

América LatinaMéxico se precavêcontra guerrilhas

Cidade do México — Tropas mexicanasestão em alerta na fronteira com a Guatemalapara evitar a penetração de guerrilheiros guate-maltecos, muito ativos na área, em território doMéxico, informou o Secretário da Defesa Naclo-nal, General Félix Lopes. Disse que o Governo

.está estudando a situação das dezenas de pes-, soas que cruzaram a divisa para fugir da violèn-cia e nào pode garantir se receberão asilo.

EUA reiniciamajuda à Guatemala

OtJ •»Washington — O Departamento de Estado

anunciou que o Governo vai pedir ao Congressouma verba de 250 mil dólares para treinaroficiais guatemaltecos, reiniciando a asslstèn-'cia militar àquele país suspensa em 1977. Oporta-voz Dean Fischer esclareceu que a verbasó será usada se houver uma melhoria nasituação dos direitos humanos na Guatemala.Relatório do Departamento de Estado afirmouaue entre 250 e 300 pessoas morrem todo mêsnaquela nação em virtude da violência política.

Pelo menos 40 pessoas morreram nas últi-mas 24 horas na Guatemala em diferentespartes do país; informaram fontes policiais.Guerrilheiros da organização Povo em Armasbloquearam com pedras a estrada entre Que-zaltenango e San Marcos, perto da fronteira---mexicana" e fugiram antes da" chegada" dêrtrõ:pas, pichando a pista com "Nào ao imperialis-mo ianque".

Vaticano mantémlaudo de Beagle

<-,. Santiago — O Vaticano nào aceita modlfl-cações em sua proposta para resolver o conflitoentre Argentina e Chile pela soberania das ilhasdo Canal de Beagle, informou o porta-voz daChancelaria, Patrício Pozo. Ele citou o CardealAntônio Samoré, mediador do Vaticano naquestão, que transmitiu este esclarecimento aonegociador chileno, Enrique Bernstein. Decla-

.rações do representante do Vaticano sobre a

.'questão feitas quarta-feira foram interpretadas' em Buenos Aires como uma indicação de possi-veis mudanças, o que é desejado pela Argentl-ria, que náo gostou da sugestão de desmilitari-zar a região e transformá-la em zona neutra,administrada pelos dois países.

Médico que autopsiouAllende se enforca

311 Santiago — O médico Tomas Tobar, 68anos, que participou da necropsia do Presiden-te chileno Salvador Allende, enforcou-se devidor * uma "crise nervosa aguda", informou o jornal•JB1 Mercúrio. Ele vivia sozinho e estava acome-tido de grave doença neurológica que lhe impe-dia de mover as pálpebras e conciliar o sono.

.Tobar foi um dos médicos que atestou o suicí-dio de Allende em 1973 com tiro de metralha-dora.

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Americano viola norma eusa fuzil em El Salvador

Washington — O Presidente Reaganpediu relatório sobre o filme mostradoontem pela televisão nos Estados Unidosmostrando um oficial e quatro soldadosamericanos com fuzis M-16 na frente deluta em El Salvador.

O Governo garantiu ao Congresso queamericanos nâo se envolveriam em com-bates naquele país e uma ordem do Pen-tágono proíbe militares americanos na-quele país de usarem armas que náosejam revólveres para defesa pessoal.

JustificativaApesar disso, o Presidente achou"compreensível" que os militares carre-

gassem os fuzis "para se defenderem", edisse que os militares "até onde se sabe"não participaram de nenhum choque di-reto. O porta-voz da Casa Branca, LarrySpeakes informou que os militarescumprem missão de trés dias para ensi-nar oficiais do Exército salvadorenho aconstruir pontes de emergência e nãofazem parte do grupo de 50 instrutoresmilitares que está em El Salvador.

O Pentágono declarou que os soldadosforam chamados de volta a San Salvadorpara explicarem ao chefe da missão ame-ricana porque carregavam as armas, con-trariando as ordens do Departamento deDefesa. O filme mostrado pela televisãopor cabo, feito em San Miguel, provínciade Usulutan, onde o Exército combate aguerrilha, mostra os cinco militares comrifles M-16 e, um deles, tinha um cinto emque, aparentemente, carregava granadas.A missão não tinha sido divulgada antes.

O Embaixador americano em El Sal-vador, Dean Hilton criticou "excessos"das Forças governamentais contra a po-pulaçào e advertiu que os Estados Unidospoderão suspender todo auxílio se nãohouver uma melhoria na situação dosdireitos humanos. Admitiu que numa si-tuação de guerra compreende-se a ocor-rència de "certos abusos" mas acusou aJunta de Governo de tolerar "sérios ex-cessos".

A rádio rebelde Venceremos anunciou

o inicio brevemente de transmissões diá-rias para ensinar a população a preparararmas em casa para a rebeliáo contra oGoverno. Anunciou uma ofensiva contraa segunda cidade do país, Santa Ana.

Venceremos relatou ainda intensoscombates da província de Morazan semmencionar baixas. Entre 1 mil e 1 mil 500soldados do Exército divididos em trêsbatalhões enfrentam rebeldes na provín-cia de Usulutan. Os choques estáo maisencarniçados nos povoados de Torola eJicuaran (onde foram filmados os milita-res americanos).

A Frente Farabundo Marti de Liberta-ção Nacional denunciou um massacre decivis na região pelas tropas governamemtais, mas o Exército disse que a operaçãovisa apenas a "limpar a área de subversi-vos". Uma outra operação, para cortar ofornecimento de armas, começou na ai-deia de El Espino, litoral de Usulutan poronde, segundo as autoridades, os rebel-des recebem armas. A guerrilha é forte alie as tropas atacam com canhões 105mm ehelicópteros Huey americanos.

Na cidade de Zacatecoluca, 65km daCapital, continua o exame das provas, enâo o Julgamento, como foi noticiadoantes, dos seis guardas salvadorenhosacusados pelo Governo de matar umaassistente social e três freiras americanasem dezembro de 80. O magistrado tem 48horas para decidir se as provas são sufi-cientes para levar os seis a julgamento.

O Governo acusou 29 deputados, quefizeram processo para anular toda ajudamilitar a El Salvador, de se intrometeremem decisões presidenciais e tentarem pri-vá-lo do direito de conduzir a políticaexterna do país, segundo petição entre-gue à Corte pelo Departamento de Justi-ça. O advogado dos políticos, PeterWeiss, alegou que a legislação concede aoPresidente o direito de mandar assesso-res e fornecer ajuda, mas deve procuraraprovação do Congresso em 60 dias ouretirar o auxílio. O Juiz arquivou o pro-cesso porque entendeu que o Congressotem poderes para forçar o Presidente ainterromper o auxílio ao exterior.

França e Brasil, métodos diferentesBrasilia — "O Brasil ainda parece dar

o benefício da dúvida à Junta salvadore-nha, o que nós nào fazemos mais." Comeste pequeno comentário, o secretário-geral do Ministério das Relações Exterio-res da França, Francis Gutmann, expli-cou ontem a diferença no modo como oseu país e o Brasil encaram a guerra civilem El Salvador.

Gutmann se reuniu ontem, durante 45minutos, com o Chanceler Saraiva Guer-reiro e hoje estará no Rio para um encon-tro com todos os embaixadores francesesna América Latina. Apesar do apoio fran-cès aos guerrilheiros esquerdistas em ElSalvador, ele opinou que Brasil e Françaconcordam sobre a necessidade funda-mental de se diminuírem as tensões naAmérica Central, evitando que a região setorne mais um foco nos conflitos entre osEUA e a URSS.

AntagonismosApós o encontro com o Chanceler Sa-

raiva Guerreiro, Francis Gutmann, quefica no Brasil até domingovconeedeu-uma--rápida entrevista no Itamarati, fazendoquestão de assinalar sua condição de"mero funcionário" do Governo francês eprocurando evitar definições mais preci-sas sobre as mudanças na politica exter-na do seu país após a posse do PresidenteFrançois Mitterrand.

Em relação ao encontro que manteráhoje no Rio com todos os embaixadoresfranceses na América Latina, por exem-pio, o secretário-geral do Quai d'Orsay,com ironia, lembrou que "vocês, jornalis-tas, tèm suas reuniões com a chefia deredação e sabem que sobre essas reuniõesnào se deve adiantar para os outros o quevai acontecer". Disse apenas que a reu-nião "náo terá grande importância políti-ca, tendo o sentido maior de definir umesquema de trabalho".

Ele procurou assinalar os pontos-de-vista concordantes entre Brasil e Françano sentido de se evitar maior radicaliza-çâo "no confronto Leste—Oeste". Lem-brou que "já há bastante países no mun-do que sofrem com este antagonismo".Reconheceu que, mesmo estando deacordo neste tema geral, os Governosbrasileiro e francês "tèm diferenças demétodos, pois cada um tem sua própriaidentidade e o problema em si é com-plexo".

Fornecimento de armasEmbora sem entrar em detalhes, dei-

xou claro que um exemplo desta diferen-ça de método ocorre em relação a El

Ricardo PedreiraBrasília — J. França

WmwBm . ,.*...mame .".,,^üFrancis Gutmann, primeiro

enviado de Mitterrand ao Bra-sil, falou de El Salvador

Salvador, "que Brasil e França desejamver com um Governo pluralista e demo-crático". Numa alusão ao apoio manifes-tado pelos Governos francês e mexicanoà guerrilha contra a Junta salvadorenha,disse que a França não dã mais o benefí-cio da dúvida à Junta, o que nào ocorrecom o Brasil. Mas teve o cuidado delembrar que "não me cabe definir a políti-ca externa brasileira".

Quanto ao fornecimento de armusfrancesas ao Governo da Nicarágua, disseque ele nâo ajuda na radicalização Leste-Oeste, "pois nós não somos nem do Lestenem do Oeste e procuramos com issoapenas garantir o caminho dos sandinis-tas para uma democracia estável. A Fran-ça sabe que o regime sandinista temdificuldades e, além do seu apoio militar,lhe dã apoio econômico, para que elevença esta etapa". Opinou que nào cabeduvidar agora dos propósitos democráti-cos do Governo nicaragüense: "É impor-tante manifestarmos agora a nossa con-fiança e não ficarmos esperando umacerteza."

Além dos problemas referentes à Amé-rica Central, o Secretário-Geral do Minis-tério das Relações Exteriores da Françatratou também, no encontro com o Chan-celer Guerreiro, da questão da Namíbia.Segundo Gutmann, assim como o Brasil,a França quer ver cumprido o processo deindependência daquela ex-colònia alemã."E este processo deve ser concluído omais rápido possível", afirmou.

Alheio ao protesto dosmetalúrgicos belgas,ontem, um carro entrourápido demais na Ruade la Loi (Rua da Lei),onde policiais enfrenta-vam ontem 7 mil traba-lhadores. O choque foiinevitável e o efeito dra-mático. O agente da leificou gravemente feri-do. Tudo aconteceu emmeio a escaramuças naCapital belga, quandoos metalúrgicos exi-giam do Governo e daComunidade Econômi-ca Européia (CEE) me-didas urgentes para so-correr a indústria me-talúrgica do país, quepassa por sérias diflcul-dades. A ordem da poli-cia — a pé ou a cavalo— era dispersá-los an-tes que chegassem aoParlamento. A políciausou cassetetes e os tra-balhadores pedras ar-rançadas do calçamen-to. Da Rua da Lei. Ou-tros 15 policiais tam-

bém ficaram feridos

Angola querNamíbialivre logo

Salvador — Ao iniciarmais uma etapa de suavisita oficial ao Brasil, oMinistro do Exterior deAngola, Paulo TeixeiraJorge, afirmou nesta Ca-pitai que as conversa-çóes do Grupo dos Cinco(Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Ale-manha e Canadá) com ospaíses africanos da Linhade Frente (Zâmbia, Zim-babue, Angola e Moçam-bique) estão atrasadasno que se refere ao pro-cesso de independênciada Namíbia.

Segundo o Chancelerangolano, os países afri-canos esperavam que nofinal de janeiro as nego-ciações já estivessem en-cerradas, com a flnalida-de de apressar a aplica-ção do plano das NaçõesUnidas para a indepen-dència da Namíbia. Pau-lo Teixeira Jorge desta-cou, porém, a posição desolidariedade do Brasilcom relação a Angola e aNamíbia.

PASSEIO E CONTATOS

Em seu primeiro dia devisita à Bahia, o Chance-ler de Angola visitou,acompanhado dos 10membros de sua comiti-va, os principais pontosturísticos de Salvador.

—-Esteve. - no-Museu -Afra-...Brasileiro, recentementeinaugurado no Terreirode Jesus, foi ao Pelouri-nho, ao Mercado Modeloe almoçou com o Gover-nador Antônio CarlosMagalhães.

Sobre as conversaçõesmantidas em Brasíliacom o Chanceler SaraivaGuerreiro, Paulo Teixei-ra Jorge revelou que astensões politicas que afe-tam várias regiões e pai-ses do Terceiro Mundo,inclusive o seu, ocupa-ram grande parte dos en-contros. Segundo ele, fo-ram levantadas possibili-dades de dois países con-tribuírem para elimina-ção das áreas de atrito.

Segundo o Chancelerangolano, que hoje cedoembarca para o Rio deJaneiro, seu país tem so-frido agressões por parteda África do Sul, "só por-que o Governo de Angolaentende ser do seu deverajudar o movimento deaudeterminaçào da Na-míbia".

Galtieri encaminhaPartido oficial em

ira

churrasco de 10 milBuenos Aires — Um gi-

gantesco churrasco, servi-do em meio dos Pampas,numa enorme tenda seme-lhante a um circo, queabrigou mais de 10 mil pes-soas, em sua maioria fun-cionários públicos, serviuao Presidente LeopoldoGaltieri e vários governa-dores praticamente faze-rem o lançamento de umPartido político oficial.

O churrasco foi um espe-táculo único: 7 toneladasde carne e 2,5 toneladas delingüiça foram assados,com outras iguarias, em 40toneladas de lenha, tudoabundantemente regadocom 7 mil litros de vinho, euma salada que consumiu3 toneladas de tomates. Desobremesa, distribuíram-se mais de 10 mil sorvetes.OBRIGADOS

O ambiente que cercou afesta no desconhecido po-voado de Victoria, uns 650quilômetros a Sudoeste deBuenos Aires, foi o do lan-çamento do Partido politl-co oficial. O Governadorde Mendoza, Bonifácio Ce-juela, praticamente confir-mou aos jornalistas pre-sentes que todos os man-datários provinciais civisjá estavam de acordo emlançar a nova agremiação.

Os dirigentes da oposi-ção, radicais e peronistasespecialmente, disseramao JORNAL DO BRASILque o Governo da provín-cia de La Pampa obrigaraseus funcionários a compa-recer a Victoria, dando-lhes transporte gratuito, epedira que cada um levas-se pelo menos 10 parentes,que almoçariam de graça.

O certo é que extensascaravanas de automóveis,caminhões e ônibus, todosoficiais, transportaramuma multidão calculadaentre 13 mil e 16 mil pes-soas, que deram vivas aGaltieri, a princípio timi-damente, e à medida quedevoravam o churrasco,com mais ardor.

Galtieri aproveitou aocasião para pronunciarum discurso, no qual reite-rou que convidava todosos argentinos a somarem-se à tarefa de reconstruir ademocracia, mas uma de-mocracia "estável e forte",onde acabem os vaivénsentre Governos militaresautoritários e Governos ei-vis vacilantes e débeis.

No esquema oficial, onascimento de um fortepartido conservador per-mitlria ao espectro políticoargentino alcançar estabi-lidade, pois os conservado-res teriam a possibilidadede chegar ao poder pelaseleições, e nâo precisariam

Hernán Pereyrair bater nas portas dosquartéis para se apoderarda Casa Rosada.

MÃO FORTE

Galtieri aproveitou seudiscurso para afirmar queo Governo tem amigos einimigos, especialmente ospolíticos que querem o seufracasso, e destacou que,apesar de ter assumido opoder num momento mui-to difícil, se comprometia adirigir o pais com mào for-te e zelando pelo dinheirodo povo.

O Presidente foi muitodireto ("Sou militar, e gos-to de falar pouco mas mui-to claro"), e aproveitou aoportunidade para dizerque o estatuto dos parti-dos políticos estará pronto"antes do fim do ano, sehouver tempo para isso", oque significa que para oano haverá reorganizaçãopartidária e até então esta-rão formalmente proibidasas atividades politicas nopais.

Seu discurso parece sig-niflear que a "linha dura"do Governo está se impon-do: quer dizer, a do Minis-tro da Economia, RobertoAlemán, que propugnaque nâo pode haver aber-tura política enquanto acrise econômica continuereinando no país.

Agora já se sabe que oestatuto sairá no fim doano, "se houver tempo". Épreciso esperar a reaçáodos Partidos. Galtieri tam-bém disse que privatizaráo petróleo, especificamen-te as riquezas do subsolo,que agora são todas do Es-tado, e afirmou que essamedida prejudicará a"grandes interesses, que aela resistirão".

Como os Partidos disse-ram que, se o Governo mi-litar privatizar o subsolo,eles reverterão a medida ejulgarão seus autoresquando qualquer dos Par-tidos voltar ao poder, a de-claração de Galtieri podeser interpretada comouma virtual declaração deguerra.

Tudo parece indicar queo tempo político que seaproxima será muito duro,e que o Governo começa abrincar com a idéia de en-durecer as ações e nào es-cutar seus adversários.

O churrasco de Victori-ca, feito da maneira "popu-lista" que os militares tan-to criticam, demonstrouque o Governo está dispôs-to a servir-se da máquinado Estado para atingirseus objetivos políticos, ai-go que também os consèr-vadores sempre criticaramem Perón.

Rebelião em cidade dointerior da Síria deixamais de 2 mil feridos

Damasco — Uma fonte síria, ligada ao ComandoMilitar e ao Ministério do Interior da Síria, afirmou àagência AP que as intensas lutas iniciadas há 10 diasentre o Exército do Presidente Hafez Assad e rebeldesda Irmandade Muçulmana deixaram um saldo demais de 2 mil feridos na cidade de Hama, a quarta dopaís.

Segundo a fonte, há mais^de 2 mil rebeldes e 400soldados feridos, mas ainda nâo se tem informaçõesde número de mortos. Acredita-se em Damasco quemais de 100 pessoas já morreram nos choques. A fontesiria disse que o Exército está com o controle dasituação.CONFIRMAÇÃO

— As forças da oposiçãoestáo surpreendentementebem armadas e tèm armasantiblindadas e pesadas —disse o informante.

Esta foi a primeira con-Armação de que os distúr-bios na cidade de Hamasão mais sérios do queuma simples ação policialcontra a fundamentalistaIrmandade Muçulmana,que se opõe à Ãssád.

As autoridades sírias,por sua vez, anunciaramque o Governo de Damas-co completou as operaçõescontra os rebeldes na cida-de de Hama, segundo aflr-mou a agência siria Sana,assinalando que o Exerci-to prendeu grupos de "cri-minosos" da seita eapreendeu grande quantl-dade de armas e expio-sivos.

Funcionários america-nos, entretanto, afirmam— segundo a agência AP —que a rebelião, que come-çou hâ 10 dias na quartacidade mais importante daSiria contra o PresidenteAssad, parece estar se es-tendendo a outras cidades.

Fontes diplomáticas edo serviço de informaçãodos Estados Unidos afir-mam que os distúrbios sealastraram até Latakia, oporto que constitui o redu-to de poder de Assad, e aoutros centros, mas nàopuderam identificar as ou-trás cidades que se teriamrebelado contra o Governosírio.

A delegação síria envia-

da para participar da Con-ferència da Liga Árabe,que discute a anexaçáodas Colinas de Golan porIsrael, anunciou ontemque pedirá aos países ára-bes que imponham umcompleto boicote econó-mico e financeiro aos Esta-dos Unidos, incluindo boi-cote do petróleo.

A proposta da Siria éque os países árabes pa--rem de-importar.-produtos-americanos e, num prazode cinco anos, retirem seusinvestimentos e depósitosde empresas e bancos dosEstados Unidos, dentro efora do pais, caso Washing-ton nào deixe de apoiarostensivamente Israel.

A agência Sana afirmouque a principal estradaque atravessa Hama seráreaberta amanha. A estra-da, aparentemente, foi fe-chada durante mais deuma semana, com tropassírias cercando a cidade. Atelevisão síria mostrou, se-gundo a agência Reuter,algumas das armas captu-radas, incluindo morteirose granadas, mas nào men-cionou os combates ou asbaixas."REAÇÀO HISTÉRICA"

A imprensa síria, contro-lada pelo Governo, reagiuasperamente às informa-ções de funcionários doDepartamento de Estadoamericano sobre uma re-beliâo na cidade de Hamae descreveu as declaraçõesamericanas como "menti-ras" e uma "reação histê-rica".

JORNAL DO BRASIL INTERNACIONAL 2o Clichê o sábado, 13/3/82 D Io caderno ? 18Bruxela./UPI (11-2-82)

EuropaEx-nazista de 75

anos é condenado•;; Frankfurt — Friedrich Paulus, 75 anos, ex-capitão das tropas de assalto nazistas foi ontemcondenado a quatro anos de prisão por cumpli-cidade na morte de pelo menos 161 polonesesdurante a Segunda Guerra Mundial. Os polone-jses fuzilados, de Idade que variavam de 18 a 45anos, detidos por soldados nazistas na aldeia deJòssefoh, próxima a Lublin, em abril de 1940,fpram executados em massa em represália peloassassíhio, dias antes, de uma família alemã daregião. A Procuradoria apresentou provas nodecorrer do processo para demonstrar que oassassínio da família foi obra de ciganos e nàode poloneses da aldeia.

i Asilada retornaa casa na URSS

Lã! Moscou — Lídia Vachtchenko, 30 anos,pentecostalista, que se asilou na embaixadaamericana em 1978, deixou ontem a sede diplo-mática para dirigir-se à sua aldeia de Tcherni-gorsk, na Sibéria. Quinta-feira, Lídia regressou,sem dificuldades, à embaixada, depois de tersido internada num hospital de Moscou, emconseqüência de uma greve de fome que inicia-ra rio Natal, para conseguir das autoridadessoviéticas visto de emigração aos EstadosUnidos.

Ao retornar à embaixada, Lídia declarouque iria à Sibéria para ali formalizar o pedidode visto. Acrescentou que reiniciará a greve defome em caso de negativa. Lídia refugiou-se nasede da embaixada em junho de 1978, comquatro membros de sua família e mais doispentecostalistas, na intenção de emigrar. Seusparentes decidiram permanecer na embaixada.

Moscou preparapesquisa em Marte

Moscou — A União Soviética planeja enviarlaboratórios espaciais nào tripulados a Marte,na esperança dé descobrir provas da existênciade vida na superfície do planeta, disse o diretordo Instituto de Pesquisa Espacial da Academiade Ciências, Iuri Zaitzev, em entrevista publica-da ontem no jornal Moscovskaia Pravda.

A agência Tass, por sua vez, anunciou queuma tripulação franco-sovlética realiza atual-mente a etapa final de treinamento para umamissão espacial prevista para meados desteano. Trata-se do francês Patrick Baudry, de 34anos; o comandante soviético Leonid Kizim; eseu compatriota engenheiro de vôo, VladimirSoloviov.

I Zaitsev não Indicou em que estágio está oplano de enviar a nave náo tripulada a Marte,mas disse que será muito caro e difícil semalguma forma de cooperação internacional. Ex-plicou que os cientistas soviéticos mantêmalgumas formas de vida em condições atmosfé-ricas muito próximas das de Marte, o vizinhomais próximo da Terra depois de Vènus.

Política impedeKarajan de reger

Sofia — Dois concertos da Orquestra Filar-mônica de Berlim, sob a regência do maestroHerbert Von Karajan, marcados para hoje edomingo, foram cancelados por motivos poli-ticos.

Segundo informou a agência oficial de notí-éias búlgara, CTA, o administrador da orques-trà fez pedidos que eqüivalem a "praticamenteurna exigência política" e violam um acordoassinado em Berlim em 1971..;•/ Nessa cidade, funcionários da orquestradisseram que as autoridades búlgaras não per-mitiram que a Embaixada da Alemanha Oci-dental em Sofia fosse ocupada pelo grupo.

América LatinaMéxico se precavêcontra guerrilhas

Cidade do México — Tropas mexicanasestão em alerta na fronteira com a Guatemalapara evitar a penetração de guerrilheiros guate-maltecos. muito ativos na área, em território doMéxico, informou o Secretário da Defesa Nacio-nal. General Félix Lopes. Disse que o Governoestá estudando a situação das dezenas de pes-soas que cruzaram a divisa para fugir da violèn-cia e nâo pode garantir se receberão asilo.

EUA reiniciamajuda à Guatemala

Washington — O Departamento de Estadoanunciou que o Governo vai pedir ao Congressouma verba de 250 mil dólares para treinaroficiais guatemaltecos, reiniciando a assistèn-Cia militar àquele país suspensa em 1977. Oporta-voz Dean Fischer esclareceu que a verbasó será usada se houver uma melhoria nasituação dos direitos humanos na Guatemala.Relatório do Departamento de Estado afirmouque entre 250 e 300 pessoas morrem todo mêsnaquela naçào em virtude da violência política.

Pelo menos 40 pessoas morreram nas últi-mas 24 horas na Guatemala em diferentespartes do país, informaram fontes policiais.

Õ corpo do ativista sindical Júlio César. Orellana, seqüestrado terça-feira, foi encontra-

do num terreno baldio de um subúrbio daCapital. Ele desapareceu no caminho para suacasa quando regressava do trabalho.

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Vaticano mantémlaudo de Beagle

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Americano viola norma eusa fuzil em El Salvador

Washington — O Presidente Reaganpediu relatório sobre o filme mostradoontem pela televisão nos Estados Unidosmostrando um oficial e quatro soldadosamericanos com fuzis M-16 na frente deluta em El Salvador.

O Governo garantiu ao Congresso queamericanos nâo se envolveriam em com-bates naquele país e uma ordem do Pen-tâgono proíbe militares americanos na-quele país de usarem armas que nàosejam revólveres para defesa pessoal.

JustificativaApesar disso, o Presidente achou

"compreensível" que os militares carre-gassem os fuzis "para se defenderem", edisse que os militares "até onde se sabe"nâo participaram de nenhum choque di-reto. O porta-voz da Casa Branca, LarrySpeakes informou que os militarescumprem missão de três dias para ensi-nar oficiais do Exército salvadorenho aconstruir pontes de emergência e nàofazem parte do grupo de 50 instrutoresmilitares que está em El Salvador.

O Pentágono declarou que os soldadosforam chamados de volta a San Salvadorpara explicarem ao chefe da missão ame-ricana porque carregavam as armas, con-trariando as ordens do Departamento deDefesa. O filme mostrado pela televisãopor cabo, feito em San Miguel, provínciade Usulutan, onde o Exército combate aguerrilha, mostra os cinco militares comrifles M-16 e, um deles, tinha um cinto emque, aparentemente, carregava granadas.A missão nào tinha sido divulgada antes.

O Embaixador americano em El Sal-vador, Dean Hilton criticou "excessos"das Forças governamentais contra a po-pulaçào e advertiu que os Estados Unidospoderão suspender todo auxílio se nãohouver uma melhoria na situação dosdireitos humanos. Admitiu que numa si-tuação de guerra compreende-se a ocor-rència de "certos abusos" mas acusou aJunta de Governo de tolerar "sérios ex-cessos".

A rádio rebelde Venceremos anunciouo inicio brevemente de transmissões diá-

*"* Santiago — O Vaticano náo aceita modifi-cações em sua proposta para resolver o conflitoentre Argentina e Chile pela soberania das ilhasdo Canal de Beagle, informou o porta-voz daChancelaria, Patrício Pozo. Ele citou o CardealAntônio Samoré, mediador do Vaticano naquestão, que transmitiu este esclarecimento aonegociador chileno, Enrique Bernstein. Decla-rações do representante do Vaticano sobre aquestão feitas quarta-feira foram interpretadasem Buenos Aires como uma indicação de possi-veis mudanças, o que é desejado pela Argenti-na, que nâo gostou da sugestão de desmilitari-zar a região e transformá-la em zona neutra,administrada pelos dois países.

™T Médico que autopsiouAllende se enforca

9jT Santiago — O medico Tomas Tobar, 68anos. que participou da necropsia do Presidem-te chileno Salvador Allende, enforcou-se devidom uma "crise nervosa aguda", informou o jornalÉl Mercúrio. Ele vivia sozinho e estava acome-ftdo de grave doença neurológica que lhe impe-dia de mover as pálpebras e conciliar o sono."Tobar foi um dos médicos que atestou o suici-dio de Allende em 1973 com tiro de metralha-

—dora.—

rias para ensinar a população a preparararmas em casa para a rebelião contra oGoverno. Anunciou uma ofensiva contraa segunda cidade do país, Santa Ana.

Venceremos relatou ainda intensoscombates da província de Morazan semmencionar baixas. Entre 1 mil e 1 mil 500soldados do Exército divididos em trêsbatalhões enfrentam rebeldes na provín-cia de Usulutan. Os choques estáo mais

, encarniçados nos povoados de Torola eJicuaran (onde foram filmados os milita-res americanos).

A Frente Farabundo Marti de Liberta-çào Nacional denunciou um massacre decivis na região pelas tropas governamen-tais, mas o Exército disse que a operaçãovisa apenas a "limpar a área de subversi-vos". Uma outra operação, para cortar ofornecimento de armas, começou na ai-deia de El Espino, litoral de Usulutan poronde, segundo as autoridades, os rebel-des recebem armas. A guerrilha é forte alie as tropas atacam com canhões 105mm ehelicópteros Huey americanos.

Na cidade de Zacatecoluca. 65km daCapital, continua o exame das provas, enâo o julgamento, como foi noticiadoantes, dos seis guardas salvadorenhosacusados pelo Governo de matar umaassistente social e três freiras americanasem dezembro de 80. O magistrado tem 48horas para decidir se as provas sào sufi-cientes para levar os seis a julgamento.

SeqüestroQuatro homens armados seqüestra-

ram ontem o representante da empresaitaliana Fiat. em San Salvador, Nejib GilBatarse. Ele foi interceptado numa mapróxima ao seu escritório e obrigado aentrar num automóvel que fugiu a todavelocidade, segundo testemunhas cita-das pela Associated Press. Nenhum gru-po assumiu a responsabilidade do se-qüestro.

Em Fort Bragg. Carolina do Norte, umcontingente de 446 soldados salvadore-nhos chegou para iniciar curso de treina-mento de três meses com unidades espe-ciais americanas. No dia anterior, outrogrupo de 441 soldados havia chegado.

França e Brasil, métodos diferentesRicardo Pedreira

Brasília — "O Brasil ainda parece daro beneficio da dúvida à Junta salvadore-nha, o que nós não fazemos mais." Comeste pequeno comentário, o secretário-geral do Ministério das Relações Exterio-res da França, Francis Gutmann,; expli-cou ontem a diferença no modo como oseu país e o Brasil encaram a guerra civilem El Salvador.

Gutmann se reuniu ontem, durante 45minutos, com o Chanceler Saraiva Guer-reiro e hoje estará no Rio para um encon-tro com todos os embaixadores francesesna América Latina. Apesar do apoio fran-cês aos guerrilheiros esquerdistas em ElSalvador, ele opinou que Brasil e Françaconcordam sobre a necessidade funda-mental de se diminuírem as tensões naAmérica Central, evitando que a região setorne mais um foco nos conflitos entre osEUA e a URSS.

Antagonismos

Apôs õ"énÇõnfrõ"cõm"õ"ChancelerSá-raiva Guerreiro, Francis Gutmann, quefica no Brasil até domingo, concedeu umaríipida entrevista no Itamarati, fazendoquestào de assinalar sua condição de"mero funcionário" do Governo francês eprocurando evitar definições mais preci-sas sobre as mudanças na política exter-na do seu país após a posse do PresidenteFrançois Mitterrand.

Em relação ao encontro que manteráhoje no Rio com todos os embaixadoresfranceses na América Latina, por exem-pio, o secretário-geral do Quai d'Orsay,com ironia, lembrou que "vocês, jornalis-tas, tèm suas reuniões com a chefia deredação e sabem que sobre essas reuniõesnào se deve adiantar para os outros o quevai acontecer". Disse apenas que a reu-niáo "nào terá grande importância politi-ca, tendo o sentido maior de definir umesquema de trabalho".

Ele procurou assinalar os pontos-de-vista concordantes entre Brasil e Françano sentido de se evitar maior radicaliza-ção "no confronto Leste—Oeste". Lem-brou que "já há bastante países no mun-do que sofrem com este antagonismo".Reconheceu que, mesmo estando deacordo neste tema geral, os Governosbrasileiro e francês "tèm diferenças demétodos, pois cada um tem sua própriaidentidade e o problema em si é com-plexo".

Fornecimento de armas

Embora sem entrar em detalhes, dei-xou claro que um exemplo desta diferen-ça de método ocorre em relação a El

Brasília — J. França

Galtieri encaminhaPartido oficial emchurrasco de 10 mil

rrancis Gutmann, primeiroenviado-de Mitterrand ao Bra-

sil, falou de El Salvador

Salvador, "que Brasil e França desejamver com um Governo pluralista e demo-crático". Numa alusão ao apoio manifes-tado pelos Governos francês e mexicanoà guerrilha contra a Junta salvadorenha,disse que a França náo dá mais o benefi-cio da dúvida à Junta, o que não ocorrecom o Brasil. Mas teve o cuidado delembrar que "nào me cabe definir a politi-ca externa brasileira".

Quanto ao fornecimento de armusfrancesas ao Governo da Nicarágua, disseque ele não ajuda na radicalização Leste-Oeste, "pois nós não somos nem do Lestenem do Oeste e procuramos com issoapenas garantir o caminho dos sandlnls-tas para uma democracia estável. A Fran-ça sabe que o regime sandinista temdificuldades e, além do seu apoio militar,lhe dá apoio econômico, para que elevença esta etapa". Opinou que nâo cabeduvidar agora dos propósitos democráti-cos do Governo nicaragüense: "É impor-tante manifestarmos agora a nossa con-fiança e não ficarmos esperando umacerteza."

Além dos problemas referentes à Amé-rica Central, o Secretário-Geral do Mlnis-tério das Relações Exteriores da Françatratou também, no encontro com o Chan-celer Guerreiro, da questão da Namíbia.Segundo Gutmann, assim como o Brasil,a França quer ver cumprido o processo deindependência daquela ex-colônia alemã."E este processo deve ser concluído omais rápido possível", afirmou.

Alheio ao protesto dosmetalúrgicos belgas,ontem, um carro entrourápido demais na Ruade Ia Loi (Rua da Lei),onde policiais enfrenta-vam ontem 7 mil traba-lhadores. O choque foiinevitável e o efeito dra-mático. O agente da leificou gravemente ferirdo. Tudo aconteceu emmeio a escaramuças naCapital belga, quandoos metalúrgicos exi-giam do Governo e daComunidade Econômi-ca Européia (CEE) me-didas urgentes para so-correr a indústria me-talúrgica do país, quepassa por sérias dificul-dades. A ordem da poli-cia — a pé ou a cavalo— era dispersá-los an-tes que chegassem aoParlamento. A policiausou cassetetes e os tra-balhadores pedras ar-rançadas do calçamen-to. Da Rua da Lei. Ou-tros 15 policiais tam-

bém ficaram feridos

Angola querNamíbialivre logo

Salvador — Ao iniciarmais uma etapa de suavisita oficial ao Brasil, oMinistro do Exterior deAngola, Paulo TeixeiraJorge, afirmou nesta Ca-pitai que as conversa-çóes do Grupo dos Cinco(Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Ale-manha e Canadá) com ospaíses africanos da Linhade Frente (Zâmbia, Zim-babue. Angola e Moçam-bique) estào atrasadasno que se refere ao pro-cesso de independênciada Namíbia.

Segundo o Chancelerangolano, os países afri-canos esperavam que nofinal de janeiro as nego-ciações já estivessem en-cerradas, com a finallda-de de apressar a aplica-çáo do plano das NaçõesUnidas para a indepen-dència da Namíbia. Pau-lo Teixeira Jorge desta-cou, porém, a posição desolidariedade do Brasilcom relação a Angola e aNamíbia.

PASSEIO E CONTATOS

Em seu primeiro dia devisita à Bahia, o Chance-ler de Angola visitou,acompanhado dos 10membros de sua comiti-

- va, os principais- pontosturísticos de Salvador.Esteve no Museu Afro-Brasileiro, recentemente

^ inaugurado no Terreirode Jesus, foi ao Pelouri-nho. ao Mercado Modeloe almoçou com o Gover-nador Antônio CarlosMagalhães.

Sobre as conversaçõesmantidas em Brasíliacom o Chanceler SaraivaGuerreiro, Paulo Teixei-ra Jorge revelou que astensões políticas que afe-tam várias regiões e pai-ses do Terceiro Mundo,inclusive o seu, ocupa-ram grande parte dos en-contros. Segundo ele, fo-ram levantadas possibili-dades de dois paises con-tribuirem para elimina-çáo das áreas de atrito.

Segundo o Chancelerangolano, que hoje cedoembarca para o Rio deJaneiro, seu pais tem so-frido agressões por parteda África do Sul, "só por-que o Governo de Angolaentende ser do seu deverajudar o movimento deaudeterminação da Na-mibia".

Buenos Aires — Um gi-gantesco churrasco, servi-do em melo dos Pampas,numa enorme tenda seme-lhante a um circo, queabrigou maiB de 10 mil pes-soas, em sua maioria fun-cionários públicos, serviuao Presidente LeopoldoGaltieri e vários governa-dores praticamente faze-rem o lançamento de umPartido politico oficial.

O churrasco foi um espe-táculo único: 7 toneladasde carne e 2,5 toneladas delingüiça foram assados,com outras iguarias, em 40toneladas de lenha, tudoabundantemente regadocom 7 mil litros de vinho, euma salada que consumiu3 toneladas de tomates. Desobremesa, distribuíram-se mais de 10 mil sorvetes.OBRIGADOS

O ambiente que cercou afesta no desconhecido po-voado de Vlctoria, uns 650quilômetros a Sudoeste cieBuenos Aires, foi o do lan-çamento do Partido politi-co oficial. O Governadorde Mendoza, Bonifácio Ce-juela, praticamente confir-mou aos jornalistas pre-sentes que todos os man-datários provinciais civisjá estavam de acordo emlançar a nova agremiação.

Os dirigentes da oposl-çào, radicais e peronistasespecialmente, disseramao JORNAL DO BRASILque o Governo da provín-cia de La Pampa obrigaraseus funcionários a compa-recer a Victoria, dando-lhes transporte gratuito, epedira que cada um levas-se pelo menos 10 parentes,que almoçariam de graça.

O certo é que extensascaravanas de automóveis,caminhões e ônibus, todosoficiais, transportaramuma multidão calculadaentre 13 mil e 16 mil pes-soas, que deram vivas aGaltieri, a princípio tlmi-damente, e à medida quedevoravam o churrasco,com mais ardor.

Galtieri aproveitou aocasião para pronunciarum discurso, no qual relte-rou que convidava todosos argentinos a somarem-se à tarefa de reconstruir ademocracia, mas uma de-mocracia "estável e forte",onde acabem os vaivénsentre Governos militaresautoritários e Governos ei-vis vacilantes e débeis.

No esquema oficial, onascimento de um fortepartido conservador per-mitiria ao espectro políticoargentino alcançar estabi-lidade, pois os conservado-res teriam a possibilidadede chegar ao poder pelaseleições, e nâo precisariam

Hernán Pereyrair bater nas portas dosquartéis para se apoderarda Casa Rosada.

MÀO FORTE

Galtieri aproveitou seudiscurso para afirmar queo Governo tem amigos eInimigos, especialmente ospoliticos que querem o seufracasso, e destacou que,apesar de ter assumido opoder num momento mui-to difícil, se comprometia adirigir o país com mào for-te e zelando pelo dinheirodo povo.

O Presidente foi muitodireto ("Sou militar, e gos-to de falar pouco mas mui-to claro"), e aproveitou aoportunidade para dizerque o estatuto dos parti-dos políticos estará pronto"antes do fim do ano, sehouver tempo para isso", oque significa que para oano haverá reorganizaçãopartidária e até entào esta-râo formalmente proibidasas atividades políticas nopaís.

Seu discurso parece slg-niflear que a "linha dura"do Governo está se impon-do: quer dizer, a do Mlnis-tro da Economia, RobertoAlemán, que propugnaque náo pode haver aber-tura política enquanto-acrise econômica continuereinando no país.

Agora já se sabe que oestatuto sairá no fim doano, "se houver tempo": Épreciso esperar a reaçàodos Partidos. Galtieri tam-bém disse que privatizaráo petróleo, especlficamen-te as riquezas do subsolo,que agora sào todas do Es-tado, e afirmou que essamedida prejudicará a"grandes interesses, que aela resistirão".

Como os Partidos disse-ram que, se o Governo mi-litar privatizar o subsolo,eles reverterão a medida ejulgarão seus autoresquando qualquer dos Par-tidos voltar ao poder, a de-claraçâo de Galtieri podeser interpretada comouma virtual declaração deguerra.

Tudo parece indicar queo tempo político que seaproxima será muito duro,e que o Governo começa abrincar com a idéia de en-durecer as ações e não es-cutar seus adversários.

O churrasco de Victori-ca. feito da maneira "popu-lista" que os militares tan-to criticam, demonstrouque o Governo está dispôs-to a servir-se da máquinado Estado para atingirseus objetivos políticos, ai-go que também os conser-vadores sempre criticaramem Perón.

Rebelião em cidade dointerior da Síria deixamais de 2 mil feridos

Damasco — Uma fonte siria, ligada ao ComandoMilitar e ao Ministério do Interior da Siria, afirmou àagência AP que as intensas lutas iniciadas há 10 diasentre o Exército do Presidente Hafez Assad e rebeldesda Irmandade Muçulmana deixaram um saldo demais de 2 mil feridos na cidade de Hama, a quarta dopaís.

Segundo a fonte, há mais de 2 mil rebeldes e 400soldados feridos, mas ainda não se tem informaçõesde número de mortos. Acredita-se em Damasco quemais de 100 pessoas já morreram nos choques. A fontesiria disse que o Exército está com o controle dasituação.CONFIRMAÇÃO

— As forças da oposiçãoestão surpreendentementebem armadas e tèm armasantiblindadas e pesadas —disse o informante.

Esta foi a primeira con-Armação de que os distúr-bios na cidade de Hamasào mais sérios do queuma simples ação policial -contra a fundamentalistaIrmandade Muçulmana,que se opõe a Assad.

As autoridades sírias,por sua vez, anunciaramque o Governo de Damas-co completou as operaçõescontra os rebeldes na cida-de de Hama, segundo afir-mou a agência siria Sana,assinalando que o Exerci-to prendeu grupos de "cri-minosos" da seita eapreendeu grande quanti-dade de armas e expio-sivos.

Funcionários america-nos, entretanto, afirmam— segundo a agência AP —que a rebelião, que come-çou há 10 dias na quartacidade mais importante daSíria contra o PresidenteAssad, parece estar se es-tendendo a outras cidades.

Fontes diplomáticas edo serviço de informaç:dos Estados Unidos atir-mam que os distúrbios sealastraram até Latakia, oporto que constitui o redu-to de poder de Assad, e aoutros centros, mas nàopuderam identificar as ou-trás cidades que se teriamrebelado contra o Governosirio.

A delegação síria envia-

da para participar da Con-ferència da Liga Árabe,que discute a anexaçãodas Colinas de Golan porIsrael, anunciou ontemque pedirá aos paises ára-bes que imponham umcompleto boicote econó-mico e financeiro aos Esta-dos Unidos, incluindo boi-cote do petróleo.~A "proposta da Síria "e"que os paises árabes pa-rem de importar produtosamericanos e, num prazode cinco anos, retirem seusinvestimentos e depósitosde empresas e bancos dosEstados Unidos, dentro efora do pais, caso Washing-ton nào deixe de apoiarostensivamente Israel.

A agência Sana afirmouque a principal estradaque atravessa Hama seráreaberta amanhã. A estra-da, aparentemente, foi fe-chada durante mais deuma semana, com tropassírias cercando a cidade. Atelevisão síria mostrou, se-gundo a agência Reuter.algumas das armas captu-radas, incluindo morteirose granadas, mas nào men-cionou os combates ou asbaixas.

2ÀO HISTÉRICA"

A imprensa siria, contro-lada pelo Governo, reagiuasperamente às informa-ções de funcionários doDepartamento de Estadoamericano sobre uma re-beliào na cidade de Hamae descreveu as declaraçõesamericanas como "menti-ras" e uma "reaçào histe-rica".

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14 n in oaderno n sábado, i 3/2/82

FalecimentosKio de Janeiro

Unoel Mendes, 46. detrombose. Gráfico, duran-te vários anos foi chefe no-turno da Composição doJORNAL DO BRASIL. Ti-nha mulher e cinco filhos.Será sepultado hoje, às 9h,no Cemitério de Irajá.

Nair Loureiro Vianna,68, de insuficiência renal,em casa, na Barra da Tlju-ca. Carioca, viúva de JoséLuiz Vianna, tinha um fi-lho: Paulo LoureiroVianna.

Celeste Botelho da Sil-va, 72, de edema pulmo-nar, na Casa de Saúde SáoFernando. Carioca, viúvade Antônio Pereira da Sil-va, nào tinha filhos. Mora-va em Copacabana.

Renato Lemos de Carva-lho Filho, 61, de edemapulmonar, na Casa de Saú-de Santa Maria. Carioca,industrial, casado com Ma-ria Tereza Borges de Car-valho, tinha três filhos: Ro-sane, Walter e Rosângela edois netos. Morava em Bo-tafogo.

Suely Corrêa dos San-tos, 45, de insuficiênciacardiaca, no Hospital daLagoa. Carioca, casadacom Murilo Bastos dosSantos, tinha um filho:Ivan. Morava na Lagoa.

Verônica MagalhãesBrandão, 80, de paradacardíaca, em casa, no Fia-mengo. Carioca, viúva deAneyr Barcellos Brandão,tinha nove filhos, váriosnetos e bisnetos.

Lázaro Monteiro do Vai-Ic, 59, de derrame cerebral,na Clínica Santa Maria.Carioca, comerciante, des-quitado, nào tinha filhos.Morava no Cosme Velho.

Nelson Hermes de Sou-za. 74, de edema pulmonar,no Hospital dos Servidoresdo Estado. Carioca, viúvode Zulmlra Vieira de Sou-sa. tinha quatro filhos:Ana Maria, Antônio, LuísCarlos e Rodrigo, váriosnetos. Morava em SantoCristo.

Déa Nogueira de Almei-da, 56, de insuficiência car-diaca congestiva, em casa,na Penha. Carioca, casadacom Orlando Freitas deAlmeida, tinha um filho,Ròmulo, e duas netas.

Severino Correia da Ro-eha, 38, de parada respira-tória, no Hospital SousaAguiar. Carioca, comercia-rio, solteiro, morava noCentro.

Manoel Martins de Azc-vedo, 63, de derrame cere-bral, em casa na Tijuca.Português, comerciante,casado com Maria JoséBarbosa de Azevedo, tinhaum filho, José Carlos e trêsnetos.

EstadosBcnjamin Neves da Cos-

ta, 78, de insuficiência res-piratória aguda e broncop-neumonia, na Santa Casade Misericórdia, em BeloHorizonte. Mineiro de Sa-bara, estava aposentado.Casado em primeiras núp-cias com Judite Maria doNascimento, já falecida, te-ve dois filhos: José e Osval-do. Do segundo, com LuizaRosa da Costa, teve umafilha: Gisele.

Maria das Mercês Barro-so; 72, de Insuficiência res-piratória e enfisema pul-monar, no Hospital MariaAmélia Lins, em Belo Hori-zohte. Mineira de Dom Sil-vério, do primeiro casa-mènto, com Pedro Agenorde- Souza, teve dois filhos:Jo|>e Vicente e Raimunda.Casada em segundas núp-cias com Américo InácioBarroso.

Maria Roverso Sartório,88; paulista, viúva de Alfre-do Sartório.

Su/.ana Pereira Takaku-wa, paulista viúva de Hi-dehro Takakuwa. Tinha osfilhos Aparecida, casadacom Shigueyasu Takaku-wa/, Valdemar, casado comMaria Esther Lenzi; Ana,sojteira, e Joào, casado

-eorn Maria das Graças-Ta-kakuwa.

Walter Vasconcelos No-gueira, 65, de complicaçãocardíaca pós-operatória.Era Desembargador doTribunal de Justiça daBahia, onde ingressou em1977. Natural de Pojuca,no Recôncavo baiano, fez ocurso primário em Salva-dor, concluiu o curso gina-sial no antigo Ginásio daBahia e ingressou na Fa-culdade de Direito, diplo-mando-se em 37. No jorna-lismo colaborou nos jor-nais A Tarde, Diário daBahia e Bahia Jornal. Em37 fundou o jornal A Tribu-na, em Jequié.

Otto Freitas Aguiar, 52,de infarto do miocárdio,em Itapetinga, Sudoesteda Bahia. Era Coronel daPolicia Militar da Bahia eestava em campanha poli-tica no interior do Estado,como candidato a depu-tado federal pelo PP,quando sofreu o infarto.Apontado como um dos li-deres da greve de oficiais4a PM baiana no ano pas-nado, respondeu a proces-so na VI Circunscriçáo Ju-diciária Militar, com basena Lei de Segurança Na-cional. mas foi absolvido.

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JORNAL DO BRASIL 01.

O incêndio destruiu totalmente 17 casas, danificou 15 e feriu gravemente seis pessoas

Trem carregado de álcoolexplode em cidade cearense,mata dois e queima 17 casas

Fortaleza — Um trem cargueiro com 25 vagões,dos quais 23 carregados com 1 mil 721 toneladas deálcool anidro, explodiu aos 35 minutos de ontem, nocentro da cidade de Capistrano, 120 quilômetros aoSul da Capital, matando os irmãos Joaci e JoséBatista Araújo. A casa deles, bem como outras 16, foitotalmente consumida pelo fogo. A superintendênciada Rede Ferroviária Federal nào sabe, ainda, ascausas do acidente. Há seis feridos em estado grave.

Testemunhas informaram que o trem, puxado portrês locomotivas, trafegava em alta velocidade. Umdos vagões virou 200 metros antes da Estação deCapistrano, o que deve ter provocado a explosão. Aschamas atingiram 17 prédios residenciais e comer-ciais da área urbana da cidade, cuja populaçào ficouem pânico.

Irmãos menores morremapós brincar com panocom defensivo agrícola

Florianópolis — Poucas horas após terem brinca-do com um pano que cobria uma plantação detomates, os irmãos Anacleto Noel Custódio, de trêsanos, ,e Lucrécia Brígida, de quatro, morreram víti-mas de envenenamento ocasionado por um defensivoagrícola órgano-fosforado — Afalou. da Hoechst. Ou-tros quatro irmãos — Flávio Noel, de 12 anos; Cláu-dia, de nove; Joelma, de oito; e Débora, de cinco —estão internados no Hospital Infantil Joana de Gus-mão, intoxicados.

O primeiro a apresentar sintomas de envenena-mento foi o caçula, Anacleto Noel Custódio, que sequeixou aos pais de estar sentindo fortes dores deestômago, passando a vomitar logo em seguida. Ospais — Noel Antônio Custódio e Brígida JoanaCustódio, residentes na localidade de Rio Tavares, a20 quilômetros do Centro de Florianópolis — sócomeçaram a se alarmar quando os outros filhostambém passaram a sentir dores e vomitar.

CAUSASO pai pediu emprestado

o carro de um vizinho econduziu os filhos ao Hos-pitai Infantil Joana deGusmão, mas o caçulamorreu durante o trajeto eseu corpo foi enviado aoInstituto Médico-Legal.para a necrópsia. LucréciaBrígida também náo resis-tiu aos efeitos do envene-namento, vindo a morrerpoucas horas após no setorde Emergência do Hos-pitai.

Os pais náo souberamexplicar o ocorrido aos mé-dicos, mas moradores dasproximidades informaramque, durante a tarde, ascrianças brincaram comum pano utilizado comoproteção em uma planta-ção de tomates, num sitiovizinho. Antônio José Pe-reira, o proprietário, con-firmou que o pano estava

contaminado pelo defensi-vo agrícola. De acordo coma perícia médica, trata-sede um defensivo altamentetóxico.

Segundo informou oHospital Joana de Gus-mão, as quatro crianças es-tâo reagindo bem ao trata-mento, estão fora de perigoe deverão receber alta nospróximos dias. Quanto àcontaminação, ela ocorreupor absorção epidérmica einalação. Ontem à tarde,os médicos aguardavamque os pais das criançasfornecesse o nome do pro-duto que as matou.

— Na verdade, a marcado defensivo interessa ape-nas para constar do nossorelatório, pois o efeito des-ses pesticidas fosforados epraticamente o mesmo. In-dependendo da marca, sáotodos altamente tóxicos —confidenciou o médico.

VELOCIDADEO superintendente regio-

nal da RFF, EngenheiroRoberto Santana, infor-mou que todos os prejuízosserão indenizados pela em-presa, que nomeou umacomissão de perícia paraapurar as causas do aci-dente e os prejuízos.

Ontem, à tarde, foramsepultados os corpos dosirmãos Joaci, de 26 anos,que completaria ontem, eJosé Batista Araújo, de 10.Sua irmã Maria de Fátima,de 17 anos, esta em estadogravíssimo, com grandesqueimaduras.

O Corpo de Bombeirosde Fortaleza, que se deslo-cou para Capistrano meia-hora depois do acidente,informou que a explosãocausou um incêndio quedestruiu totalmente 17

prédios do Centro comer-ciai urbano da cidade e,parcialmente, outros 15. OGovernador Virgílio Távo-ra e o superintendente re-gional da RFF estiveramem Capistrano e promete-ram providências imedia-tas para a indenização dosprejuízos.

Todo o tráfego ferrovia-rio entre Fortaleza e o Suldo Ceara foi interditado,ate amanhã, segundo in-formou a RFF'. O trem si-nistrado procedia de Reci-fe e se dirigia a Fortaleza.A Petrobrás esta providen-ciando novo abastecimen-to de álcool para as distri-buidoras da Capital. Expli-cou que o acidente nãocausará nenhum problemaao sistema de abasteci-mento do combustível aFortaleza.

Incêndio em depósitode pólvora fere três

Casal é preso em municípiogaúcho por espancar até amorte afilha de 11 anos

Porto Alegre — O casal Valdomiro Rodrigues, de26 anos, biscatelro, e Tereslnha Oliveira, de 20, encon-tra-se preso, no Presidio Municipal de Sobradinho, a297 quilômetros da Capital, acusado de ter torturadoaté a morte a filha Rejane de Oliveira, de 11 meses.

Segundo Leonilda Rodrigues, de 33 anos, irmá deValdomiro, que vivia com o casal no Município deArroio do Tigre, onde ocorreu o crime, os pais eram"muito relapsos com a criança, deixando-a passarfome e agredindo-a seguidas vezes com chineladas,pontapés e até pauladas".

PAULADASO Juiz de Sobradinho,

Miguel Antônio Juchem,que decretou a prisão pre-ventiva so casal, informouque os dois serão processa-dos por homicídio, com oagravante de ter sido co-metido contra a filha. Ocrime foi denunciado à po-licia de Arroio do Tigre pe-lo avô da menina.

Õ pai, ao perceber queRejane estava morta, saiude casa e disse à mulher e àirmã que nào fizessem na-da até que ele voltasse,pois iria tratar do sepulta-mento. Antes do seu retor-no, a policia chegou e reco-lheu o corpo da menina,prendendo sua mãe assas-sina. Valdomiro Rodriguesfoi detido na cidade, semoferecer resistência. O lau-do médico determinou co-mo causa mortis trauma-tismo craniano, provenien-te de sevícias.

Leonilda Rodrigues dis-se que "quando a criançacolocava a mào na beiradada caixa onde dormia, Te-resinha batia com um pe-daço de lenha em seus de-

dos. Os dois so a alimenta-vam com páo seco ou mo-lhado no café e, vez poroutra, quando sobrava co-mida, eu era quem dava aobebê".

MAUS-TRATOS

O casal esteve separadohá poucos meses, depoisque Teresinha registrouqueixa-na polícia, denun-ciando Valdomiro por lhebater seguidamente. Nãofez, no entanto, qualquerreferência, na ocasião, aosmaus-tratos à filha, já queela também maltratava acriança.

O laudo medico consta-tou "ferimentos no dorso ena palma da mão esquerdae nas extremidades dos de-dos, escoriações com he-matomas na região cervi-cal direita, ferimento con-tunéente na região nasal,com pequena perda de te-cido na extremidade, ma-chucaduras disseminadaspela face, traumatismo nacabeça, e presença de san-gue coagulado no ouvidodireito", além de outros fe-rimentos.

Curitiba — A explosãode um dos quatro depósi-tos de explosivos da Indús-tria e Comércio de FogosPinheirinho Ltda.. na cida-de de Lapa, provocou feri-mentos graves em trêsoperários, entre eles duasmulheres, que estão inter-nadas, com queimadurasde lu e 2° graus, no Hospi-tal Evangélico de Curitiba.

A explosão ocorreu nanoite de anteontem e. con-forme as informações pres-tadas pelo proprietário dafábrica, Sr Wilson de Pau-Ia, à delegacia de policia,foi provocada por umafaísca de um raio, que atin-giu um dos depósitos depólvora. Os operários esta-vam próximos ao local, re-colhendo pólvora também.FAÍSCA

O delegado Pedro Men-des de Siqueira, de Lapa —pequena cidade a 60 quilo-

metros de Curitiba — in-formou que o barulho daexplosão náo foi ouvidopela população porque, nahora em que ela ocorreu,foi confundida com «umatrovoada. O deposito ficoutotalmente destruído masas faíscas não chegaram aatingir os outros três, apouca distância do localdo incêndio.

A fábrica. Unica na re-gião. está localizada noKM 54 da Rodovia do Xis-to, entre São Mateus doSul e Lapa. Seu proprietá-rio, Wilson de Paula, avi-sou, em primeiro lugar, oquartel militar da Lapa,que fica próximo à fabrica,sobre o acidente. Somenteontem à tarde a noticiachegou à Delegacia de Ar-mas e Explosivos de Curi-tiba, que deverá investigaro acidente. Os feridos sâoVera Lúcia Borges, de 21anos, e Lourival Schults de29 anos.

GABRIELA DE AZEVEDOCARDOSO

t(MISSA 30° DIA)

Sua família sensibilizada agradece as mamfes-tações de pesar recebidas, e convida parentese amigos para a Missa de 30° Dia, que farácelebrar amanhã, dia 14, às 8.30 horas, naIgreja de N, S da Paz, Ipanema.

ILNOEL MENDES(FALECIMENTO)

t

Parentes e amigos comunicam oseu falecimento e convidam para osepultamento hoje, às 9 horas, saio

do o féretro da Ordem Mística da Rege-neração, na Rua 24 de Maio, 587, para oCemitériode Irajá. (P

COMENDADORJOÃO JABOUR

tA Diretoria, o Conselho de

Administração e os Fun-cionários da Companhia

Aços Especiais Itabira — Ace-sita convidam para a Missade 7o Dia pela alma de seu ex-conselheiro, ComendadorJOÃO JABOUR às 11 horasdo dia 15 de fevereiro (segun-da-feira), no altar-mor da Igre-ja da Candelária. (P

TempoI

yMBgMjn i ,-., n—iimij—i —¦ .. lüi£S!S£—i_j£__j___L______*;

No RioTempo parcialmente nublado a nublado sujeito a pancada*de chuvas c trovoadas a partir d» tarde. Temperaturaejiável, Vcnlos de Este a Norte íracos a moderadovTemperatura máxima: .18.2 em Realengo c mínima: 20.5 noAlto da Boa Visla. A»chuvu— Precipitação em milímelrosnas últimas 24 horas: 0,0 acumulada este mK 8.2 normalmensal: 1.17.(1 acumulada este ano: 2.10.(1 normal anual1075.8O Sol — Nascera As 05h4t)m c o acaso será ás IHhJ4rri.O Mar — No Kk> dr Janeiro: Picamar: 00h02m/O,4m eI2h24m/0.6m Baixamar; 05hllm.-l.2m e 17h.l2nul .Im EraAngra do* Reis: Preamar: 00h36m/OJni c l.lhOòmtl 5mBaixamar. (Uh2Qm/l.2m e I6h50m/I 2m Km Cal» KrioPreamar 05h22m/1.0m e l?h}0nVt Om BaixamarIlh4s>m'l>4m

A LuaanetsCheia Minguante Nova Crescenteate 14/02 15*2 23.02 02/TO

Nos EstadosAmaronu — Nub. c/chuvai ocas. no Centro e Sul dotst.it.ln Pte. nub. a nub. ao Norte. Temp.: estável. Máx.30.5: min 22 5 Roraima — Pte. nublado a nublado.Temp.; estável Max 31 2. min 24 I Acre/Rondonia —pte. nub. a nub. c/chuvas '.esp.

Temp estável. Máx. 2(í,9;min 21 2 Para - Nub c/chuvas esp no Centro Sul e NUdo l/Aiaüo. Pte nub. a nub cchuvas oca*, no resto da área.Temp- estável Max .VI. 1. min 2.10. Amapá — Nub.c/cbuVM ocas Temp: estável. Máx. 27.Q, min. 22.9.Manính»., riam (ViniRio (,dr. Nortc/Scrgipc — Parcial-mente nublado a nublado cfchuvas ocasionais no litoral.Pte. nub. no interior. Temp : estável Máx. 31.11; min. 23.1.Paraíba Per ii»inbuci» \U|íi«is - Pte. nub. a nub. cc li usasesparsas no litoral he nub. no interior. Temp.: estável.Máx. 2«S. min. 21.0. Bahia — Nub. c/chuvas no litoral,Pte. nub. a nub. c/chüvu Isoladas ao Norte. Pte. nub, anub no Centro. Pie. nub. ao Sul. Temp; estável. Más.V) 3; min 2* 8, Mato Cnmo — Nub. c/chuvas ao Noite.Pte. nub. a nub. rm Sul. Temp : estável. Máx. 22.8. min.IV.7. R. (ide. do Sul — he. nublado a claro. Temp.:estível, Max. 30,7: min. 20 3, íioiâ» - Nub. cVhuvuse\p. aOeste do Estado. Pte. nub a nub.. nas demais reg. Temp :rstáscl. Mâx; .11 1. min. 20 0 Brasilia-IU-' Pte nub. anub. Temp ! estável, Max. 27,o, mm. KS 4. Minas t.rraisPie. nub .1 nublado. Temp estável. Máx. 28 3; min. 17.2.Kspirttit Si° -- Nub. sujeito a chuvas e*p. Temp . estável.Max. 29 0; min. 23 3. Séo Paulo — he. nub. Ocas. nub.sujeito a pnes, de chuvas passageiras a Leste do listado.Demais reg., pte. nub a claro. Temp : estável. Máx. 32,2;min. 19,9, Paraná — Pte. nub. Ocas. nub. suj. a pnes. dechuvas passageiras, a tarde, a Leste Demais reg . pte. nub.a claro. Temp I estável Máx. -Ml 2. min. V.2. St* CaUríiu— Instável c.pncv de chuva e irov. passando i nub Temp :estável. Míx. 32 8. min. 2.1 2. Rio (Ide. Sul — Nub. a pie.

Observa-se uma zona de convergência inter-tropical sobre oOceano Atlântico, na altura do litoral das regiões norte enordeste do Hrasil. Observa-se também que gjande partedas regiões centrú-oeste e norte aparecem com áreasbrancas indicando nebulosidade e chuvas isoladas. OsEstados do Rio de Janeiro, Sáo Paulo tispfntu Santo cgrande parte de Minas Gerais c Uahia aparecem cum áreaescura indicando ausência de nebulosidade e temperaturaselevadas.Uma frente fria está localizada no Rio Grande do Sul.estendendo-se alé o Paraguai, a área branca que cobre estasregiões indica nebulosidade e chuvas associadas ao sistemafrontal

As imagem do satélite meteorológico IIOKS são recebidasdiariamente pelo Instituto de Pesquisas Kspaclals (IN-PE/CNPq), em Sáo José do» Campo» (SPI, transmitidas emlnfra>sTrmelho. A> áreas brancas Indicam (emperaturishalxas e as áreas pretas, temperaturas elevadas. Conhecen-do-se a temperatura dai áreas brancas e das áreas pretaspode-se, com uma escala cromátfca, determinar as tempera-tura* da superfície da I erra, das massas de ar e do topo dasnuvens.

f^e^^^^^f-^ÉSfeàÉ

ANALISE DA CAR IA SINOTICA OO INSTITl IO NA-(TONAI. DE METEOROLOGIA (rente (ria locnli/ada nolitoral sul no Rio Grande do Sul. estendendo-se para ooceano

Massa de ar tropical no Oceano Atlãnlico.

nub. sujeito a insiab.. na madrugada c a tarde, ao [Sorte cNordeste do Lstado, Temp.! estável. Max- 29.8, min 22-1.

No mundoAberdecn — 05. chuva. Amsterdá - 06, nublado. Urnas08, nublado; Auckland — 18. claro. Berlim — (17. nublado.Bonn — 10, nublado. Bruxelas— 11. nublado. Buenos Aires

16. claro; Chicago — 07. névoa. Copenha|[ue — 04,claro; Dacar — IM, nublado. Daliis 08. nublado, Dublim

09, chuva. Kstocolmn - 02. nublado; Helsingue - 0],nublado: Hong Kong — 14. nublado. Jerusalém — 10,nublado. Lisboa — 12. ciam, Lima ~~ 22, nublado.

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Os1Doença afeta Polícia gaúcha descobre49 pessoas plantações de maconha no'em S. Paulo valor de Cr$ 45 milhões

fcsJ /Porto Alegre — A Policia Civil de Sanancluva.^;Sâo Paulo — Por volta

das llh de ontem. 49 pes-soas — a maioria mulherese crianças — foram inter-nadas, em estado grave, noAmbulatório de Vila Matil-de, acometidas de des-maios, ânsia de vômito eferimentos na pele. Todosmoram em Sâo Mateus,bairro da periferia Leste,em habitações do Promo-rar, projeto recentementeimplantado pela Prefeitu-ra Municipal, para dar as-sistència e melhoria de vi-da aos favelados.

Esse conjunto de casasde favelados fica na alturado n° 25 500 da AvenidaSapopemba e, até a noitede ontem, as autoridadesnâo tinham certeza do quehavia contaminado tantagente. O delegado Áureode Oliveira Bernardo, do49° Distrito, suspeitandode excesso de cloro naágua, proibiu o consumona favela e comunicou-secom a Sabesp, que náo for-neceu nenhuma expli-cação.

GRÁVIDA

icdescobriu três grandes plantações de maconha èarrancou mais de 700 pés da erva. muitos dos quaiscom até quatro metros de altura. Também apreendeu' J238 canos de taquarai com a maconha acondicionadaem mel e conhaque, já em processo de secagem. Á '•

plantação, dividida em três áreas, permitiria a produ-^'ção de 450 quilos de maconha, no valor aproximadode CrS 45 milhões. I;;u

Três agricultores que plantavam a erva foramindiciados no inquérito policial: Sérgio Domingos,. .Tartari. de 22 anos; Idelar Bogorú, de 31; e AntônioLongo, de 30 anos. Eles escondiam as plantações no.'meios de milharais, nas localidades de Bom Conse1-1lho. Vila Paraíso e Sào Caetano. ! >-

Das duas mulheres comsintomas mais graves,uma está grávida de seismeses e a outra tem 64anos. Elas foram transferi-das para o Hospital Muni-cipal de Tatuapé e, comoalgumas das vitimas apre-sentassem até ferimentos,o delegado não afastou ahipótese de os faveladosterem contraído qualquerdoença durante o banho.

Para suprir a necessida-de das quase 800 famíliasdo Promorar de Sâo Ma-teus — até uma palavradefinitiva de engenheiros etécnicos da Sabesp e daPrefeitura — o delegadosolicitou caminhões-pipasao Corpo de Bombeiros.

VISITAS

Segundo o inspetor AuriCoelho, que chefiou as in-vestigações, há algumtempo a polícia desconfia-va de freqüentes visitas depessoas estranhas ao Mu-nicipio de Sananduva —distante 287 quilômetrosda Capital — na região dePasso Fundo, no Norte doEstado. Os agentes desço-briram na Fazenda de Ser-gio Tartari, responsáveltambém pela distribuição,a primeira plantação demaconha, arrancando 237pésv-Depüisnías' terras deAntônio Longo, foram des-

PM evitaassalto acaminhão

"E a policia. Mào na ca-beca!" O aviso, dado pelochefe da rádio patrulha n°52-0012. do 14° BPM. sar-gento Santos, surpreendeuos quatro ladrões que ten-tavam assaltar, ontem demadrugada, o caminhãoRJ VQ-0889 da Distribui-dora de Bebidas Guanaba-ra, que trafegava lenta-mente pela Avenida Bra-sil, perto do Motel Caribe,em Ricardo de Albuquer-que.

cobertos 175 pes pequenose 182 derrubados para sé'1-'-cagem. Outros 200 pes fõãçjram apreendidos no sitio,,/;de Antônio Longo, na loca*,..lidade de Sào Caetano. '^

Parte do material fòí 1destruída e parte está ar-i*imazenada na delegacia de-•<polícia de Sananduva, orr">de, por ordem do Juiz Má-rio de Oliveira, deverá serqueimada segunda-feira; vjIdelar Bogoni chegou a ser-.-autuado, mas o Juiz entenr *deu nâo ter ficado caracte-rizado o flagrante e ele res''"••'pondera ao inquérito poli-'')ciai e ao processo em libera —dade. ^4,|

Soldado

JOSE SCHECHTMAN(ZISSE)

* Riva Schechtman, filhos e netos,Tr\/ convidam para o ato religioso emA X sua memória, a realizar-se diaV 16.2.1982 às 18.30 horas, na Sina-

goga Beth Aron. rua Gago Coutinho63. Laranjeiras.

recuperacarro

Depois de troca de tirose uma perseguição intensa-:*que começou na Rusl.ÍDrummond. em Olaria, ò''\soldado Lino, motociclista '

do 16° BPM, recuperou o--«Volkswagen roubado, ba- -•leou um assaltante e afif".'"]gentou outros três, ontenj. ide madrugada. A perseguH-.-íçâo terminou na Rua Apia, --na Penha, quando MartíòSf "J

Manoel de Oliveira foi b%-,jloncio nas pcmfiS 6 seus- •:cúmplices fugiram, dei- -'«xando o carro, placa de'JSâo Paulo FJ 8925.

Com o assaltante preso("."ío policial apreendeu urríy^revólver calibre 22 e uma,'garrucha. Marcos Manoel-*foi socorrido no Hospital,'"'Getúlio Vargas e o caso fpjí jregistrado na 22« DP, na r]Penha.

JORNAL DO BRASIL

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A conquista doparaíso,uma odisséia no

i deserto f

INFORME ESPECIAL sábado, 13/2/82 D Io caderno n 16

Ocupando uma áreatotal de 120 mil

metros quadrados, aDEQ — Divisão de

Equipamentos daMendes Júnior — fica

a poucos minutos docentro de BeloHorizonte e se

responsabiliza pelosuprimento,

manutenção,transporte e controle

técnico de todas asmáquinas da empresa.

É lá, ainda, que sãoprojetados os seus

novos equipamentos etreinados anualmente

mais de 13 milfuncionários para as

empresas do Grupo epara obras suas no

Brasil e no exterior.

. -,.,•,'.-.. «;vffi-;ísí^WJ^%|a, .^ dm WÊk ém Wa%-Mm\ tm' JJB HafilaHaWfc^Jil^BK^jBBH^jB^R• j J ^1 H II U H El t^^^^R

Uma empresa com passado de olhos no futuro

HA 50 anos, quando abria

estradas nos sertões deMinas à frente de uma

minguada equipe cujos maioresequipamentos eram carrinhosdé mão, o jovem engenheiro Jo-sç Mendes Júnior já tinha certe-za de que estava lançando asemente de uma empresa de fu-turo. "Afinal" — revela o pa-triarca dos Mendes — "a minhadisposição para tanto só era su-perada pela fé que eu tinha, eqtie continuo tendo, no futurodesse país".

: O que ele nem ao menos des-confiava era que também ali, empleno sertão mineiro, estava co-meçando a edificar um verda-deiro império, um conglomera-do de empresas cujo faturamen-to no ano passado ultrapassouum bilhão de dólares. E sequersonhava que aquela minguadatropa de peões se transformariameio século depois num exerci-to de 30 mil homens acampadoem três continentes.

Mesmo quando, anos depois,ainda nos tempos em que umaviagem de avião entre Rio ePorto Alegre era aventura paraum dia inteiro, a pequena em-presa mineira ousou ura vôomais alto e foi remodelar a ma-lha ferroviária gaúcha, Dr Men-des carecia de elementos parasonhar o que hoje é realidadepalpável.

O Governo gaúcho operava osistema ferroviário estadual porconcessão da União e uma dascláusulas do contrato a respeitoestabelecia que os investimen-tos que fizesse na ferrovia porela seriam ressarcidos. A desço-berta dessa possibilidade deve-se ao próprio Dr Mendes, que aapresentou às autoridades doRio Grande do Sul e que, comojá estava para isso preparado,passou a executar as obras ne-cessárias.

.Esse talvez tenha sido ogrande passo da Mendes Júniorno mercado interno, a iniciativaquê colocou a pequena emprei-teira no rol das empresas mé-dias e na trilha do sucessomaior, alicerçado no bom traba-lho que já então realizava. Tan-to qüé, em território gaúcho,muitos trens ainda trafegam em

Frank Ribeiro de Arruda

trechos das linhas que ela re-formou.

AberturaMas dai pra frente a coisa

andou rápido. Já com a ajuda doprimogênito Murilo. Dr Mendespassou a comandar a empresana disputa de obras como barra-gens das hidrelétricas de Furnase Boa Esperança, trechos daTransamazônica e a ponte Rio—Niterói. E todas figuram hoje noseu portfólio de realizações, jun-tamente com as barragens deCachoeira Dourada, Jaguara,Volta Grande, Marimbondo,Moxotó e Itumbiara.

A abertura para o mercadoexterno começou em 1970,quando a Mendes Júnior foi es-colhida para construir na Bolí-via a barragem da hidrelétricaSanta Isabel. Mas o grande pas-so no exterior só foi dado em1975, ano em que cruzou oAtlântico e começou a construira rodovia que hoje vem a ser aespinha dorsal da Mauritânia. Efoi um passo e tanto, pois o valor

José Mendes Júnior

final do contrato chegou a 220milhões de dólares.

Antes de chegar ao Iraque,cujo mercado já naquele tempovinha por ela sendo sondado, aempresa implantou no Uruguaia hidrelétrica de Palmar, con-tratada em regime de turn-key(barragem, usina de força e cha-ve na mão de quem foi operá-la).Também consolidava experiên-cia tocando obras diversas naColômbia e na Bolívia.

Hoje, as obras no exterior járepresentam 40% do faturamen-to do Grupo, que continua parti-cipando de concorrências noIraque, Equador, Peru, Colõm-bia, Líbia, Uruguai e Nigéria.

No Brasil, também construiupara a Petrobrás as primeirasplataformas em concreto dasAméricas, está construindo aFerrovia do Aço e o metrô doRio, vem tocando as hidrelétri-cas de Itaparica e Taquaruçu e,seguindo o plano de diversifica-ção das atividades do Grupo,está implantando uma siderúr-gica própria em Juiz de Fora.

BalançoSeu próximo balanço, a sair

nos próximos dias, deve trazernovidades. Mas o último dispo-nível, referente ao exercício de1980, registra um faturamentode Cr$ 13 bilhões 627 milhões500 mil, contra Cr$ 13 bilhões923 milhões 400 mil no ano ante-rior. Também revela que o patri-mônio líquido praticamente do-brou de um ano para o outro,passando de Cr$ 4 bilhões 486milhões 900 mil para Cr$ 8 bi-lhões 735 milhões 900 mil.

Nesse mesmo balanço pode-se ver que o lucro líquido de Cr$2 bilhões 912 milhões 700 miísuperou em bem mais de 100% ode Cr$ 1 bilhão 250 milhões 900mil registrado no balanço de1979. Mas tudo isso ainda é mui-to pouco para se ter uma idéiada vitalidade e da solidez dessaempresa aberta cujo capital so-ciai em fins de 1981 já se elevavaa Cr$ 10 bilhões 292 milhões 670mil 70.

Melhor conferir pela cotaçãodas suas ações, que hoje -valemnas Bolsas tanto quanto os pa-péis do Banco do Brasil.

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Mendes JúniorInternational

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Plataforma de concreto

Sua posição no "ranking" mundialA "Engineering News-

Record", acreditada publica-ção semanal da McGraw-Hill,apresentou no segundo semes-tre do ano passado um levanta-mento em que a Mendes Júniorfigura no 13° lugar entre as 250maiores empresas de constru-ção de todo o mundo. O critérioda classificação foi o do valordos contratos por elas conse-guidos no exterior durante todoo ano de 1980.

O valor dos contratos firma-dos pela Mendes Júnior no ex-terior naquele ano atingiu 1 bi-lhão 488 milhões 600 mil dóla-res, elevando para US$ 2 bi-lhões 898 milhões 400 mil dóla-res o montante global dos seuscontratos em execução. Comesse resultado, a empresa brasi-leira classificou-se como maiordo setor de construção de todaa América Latina.

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Hortionl». Brull 1.488 fi 2 898 4 ,'14 ftaymond InUmjttoruI, Inc.. Houtton. T«x.,,t J)S^r- 1.3954* 2.7189 ?' ,'15 Hyundai Corntrucllon Co. lld., Sooul. S.*sr~-v: ¦¦.-.•—-.-. Í.357X) 1,633.0" V V

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Ponte na ferrovia de Carajás

CONTINUA NA PAGINA 16

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16 a *° oaderno o sábado, 13/8/88 INFORME ESPECTAT. JORNAL DO BRASIL-g-^ JUHWAL DQ BRASIL

equação do êxito é armada com apenas quatro dados^~>à APIPP" ^r„,i;i„ „„.„ ix j. .. ,... . ...

CACIFE,

crédito, competência ecoragem. Não há dúvida quan-to ao fato de que são essesquatro Cs os dados com os

quais se arma a equação da entrada dequalquer empresa num mercado tãoimportante, distante e disputado quan-to o do Iraque. E não são muitas asempresas que podem armá-la. Só asrealmente grandes têm essa possibili-dade, o que faz da disputa em camposlíSqueanos uma espécie'de Copa doMundo das empresas de construção.

' O Jogo é pesado, disputado palmo apalmo, quase sempre com muita lealda-de dos contendores mas invariavelmen-te com um vigor, uma garra, de fazer oencantamento de qualquer espectadorou de simplesmente deixá-lo abismado.A regra toda foi preparada para profis-sionais e disso o anfitrião não abre mão.Além do cacife altíssimo, "pingam-se"milhões de dólares só para se ter umlugar à mesa. E a grandeza do que sepega para ver as cartas de uma "mão"só e comparável à grandeza do que searrisca ao não fazê-lo.

Conhecido tudo isso, pergunte-se oque leva uma empresa brasileira a en-trar nesse torneio de campeões. Seriapelo prazer dos seus dirigentes de en-frentarem um incomum desafio? "Isso

também, mas nào apenas isso", assegura Murilo Mendes, vice-presidente, es-trategista e, com a experiência do pai eo apoio dos irmãos, principal dirigentedo Grupo Mendes Júnior. Mas ele pró-prio parece saber que essa é realmenteuma das componentes de maior pesona tomada da decisão.

No caso da Mendes Júnior, porém,essa decisão começou a ser tomada em1965, fortaleceu-se em 1974, quando aeconomia brasileira passou a sofrer osproblemas decorrentes do aumento dospreços do petróleo. Já então ela reco-nhecia, como imperiosa, a necessidadede diversificar seu ramo de atividade eo mercado em que atuava. "Havíamoscrescido muito e a manuteção de umataxa razoável de crescimento impunhaessa abertura, a busca de novas áreasde atuação, a disputa de uma fatia domercado externo", explica MuriloMendes.

A abertura do Leque— Assim, ao mesmo tempo em queinvestíamos em agropecuária, minera-

çáo e siderurgia, começávamos a cons-truir hidrelétricas e outras obras noUruguai, na Colômbia e na BolíviaCom a experiência adquirida, nossopróximo passo foi a construção de umagrade rodovia e de um aeroporto naMauritânia, já do outro lado do Atlânti-

co. em plena África. E foi lá que ganha-mos experiência e formamos base sufi-ciente para o grande passo seguinteque foi o Iraque — diz ele.

A chegada ao Iraque também nãofoi feita da noite para o dia. Exigiu umpaciente trabalho de pesquisa e de es-tudo das suas condições, uma fase emque desde a distância geográfica entreo Brasil e o Iraque até as perspeòtivaspolíticas iraqueanas passaram pelo cri-vo dos analistas da empresa. Tambémexigiu o desenvolvimento de um delica-do trabalho de abordagem das própriasautoridades iraqueanas, de mútuaapresentação de interesses e intençõesMesmo assim, levaram-se quatro anospara a assinatura do primeiro contratoembora tenham decorridos apenas doismeses entre a concorrência e a assina-tura do segundo.

Mesmo reconhecendo a complexi-dade desse processo de abertura para oexterior, conhecendo a fundo a indús-tria nacional de construção e com aautoridade de quem tem investidos 340milhões de dólares no Iraque e lá estáexecutando contratos no valor globalde 1 bilhão 650 milhões de dólares,Murilo Mendes acredita que existem noBrasil outras grandes empresas emcondições de disputar uma fatia domercado iraqueano. Não cita nomesmas acrescenta: "essa disputa, porém,

Rafael Wcmermann

.." { JT, X r^rto Al»gre] Jt

O Sede "~* | Qr.Sifel O Sede da Mendes Júnior International Company Itf&'fi •* [ Rio [Escritórios Regionais I!;,,*.', UjgJSBS Escritório:; no Exterior

Estar perto dos mercados é um dos segredos do sucesso

O homempor trásda obra

HíidAcílio Lara Resende

^L^M^É^r^S Ís.sIÍsK^ÍtS.S.S.sÍ v£ Rui

DE

estatura mediana, mas fisi-camente forte, ha Juventude— como todos os irmãos —um atleta de primeira linha,

profundamente arguto, o mais velhode uma família tipicamente mineira,constituída de seis filhos (cinco ho-mens e uma mulher), o homem/em-presário/atleta Murilo Valle Mendesou apenas Murilo Mendes, 56 anos,casado com dona Lúcia AndradeMendes, pai de 'três filhas (MariaSylvia, Patrícia e Márcia) e avô detrês netos (Joana, Pedro e Gabriel),se destaca sobretudo por duas carac-teristicas fundamentais: a discriçãoe a modéstia.

Nascido em Montes Claros, umacidade que hoje se transformou numpólo importante do desenvolvimentoindustrial mineiro, mas definitiva-mente ligado a Belo Horizonte, ondeestudou e se formou em EngenhariaCivil (1950, UFMG), guarda, ainda,outros dois traços importantes desua personalidade: a coragem do po-vo de sua terra natal, que não costu-ma levar desaforos para casa, e acapacidade de, sozinho, lutar paraobter mais uma vitória em sua vidade atleta e empresário muitas vezesvitorioso, condição esta que lhe veio,certamente, da natação — um espor-te solitário, que educa a vontade edepende, única e exclusivamente, dopróprio competidor.

Murilo Mendes

De fala. mansa (nunca alteia avoz), objetivo, observador, piloto bre-vetado que já encontrou na aviaçãouma boa oportunidade de lazer, joga-dor de peteca e de buraco (que nãogosta de perder...), nas horas vagasde fim de semana, o "Industrial doAno de 1981", título que lhe foi confe-rido pela Federação das Indústriasde Minas Gerais, é um atento analis-ta da política de seu país. Tambémconhecedor profundo da gente deseu Estado, sempre se ligou, inde-pendentemente de cor partidária, atodos os políticos mineiros, com osquais, discretamente, como é de seufeitio, conversa ao pé do ouvido sem-pre que pode.

O jogo limpoLíder dentre os irmãos, há pelomenos 25 anos está à frente da Cons-trutora Mendes Júnior, mas sempre

sob o olhar severo e atento do velhoJosé Mendes Júnior, responsável, em1954, pela fundação da empresa e, aolado de dona Maria Valle Mendes,também responsável pela existênciadesses cinco irmãos, verdadeirosatletas da construção, que se respei-tam mutuamente e que sempre bus-caram no esporte que praticam atéhoje a saúde de que necessitam paraenfrentar desafios e dificuldades de

um grupo de empresas como o quedirigem.Fundador e sócio de pelo menos20 empresas de porte, dentre as

quais se destacam a própria Cons-trutora Mendes Júnior, a Mendes Jú-nior Internacional e a SiderúrgicaMendes Júnior, Murilo Mendes nãoconsidera a sua uma empresa fami-liar, pois a maioria dos cargos degerência está em mãos de executivoscontratados.

Como dirigente máximo de umadas maiores empreiteiras do pais,gosta de jogar limpo. "A Mendesacredita num mercado de livre com-petição e, por isso, participa de todasas concorrências que lhe são conve-nientes. Se não vence, náo há proble-ma. Desde, claro, que o processo deescolha seja normal."

Neto de avô português e de avóitaliana, precisamente de Verona oesportista Murilo Mendes é sócioproprietário de vários clubes recrea-tivos de Belo Horizonte, mas suaprincipal atenção se concentra emdois deles: no Minas Tênis Clube, deonde foi nadador e de cujo conselhodeliberativo hoje faz parte, que com-pletará agora 47 anos, idealizado efundado pelo velho Dr. Mendes, aotempo de Benedito Valadares; e noClube Campestre de Belo Horizonte,

exige que elas se decidam investir es-forço, tempo e dinheiro".

Lembra, ainda, que só agora a in-dústria brasileira de construção estáconstruindo um nome no exterior e queeste é, para ela, um momento muitodelicado. Até porque o insucesso deuma empresa brasileira lá fora não se-ria encarado como o insucesso daquelaempresa apenas, mas da própria enge-nharia nacional; enquanto os possíveiserros de uma companhia européia, porexemplo, não causam danos tão abran-gentes. E mais: ninguém pense em ven-cer lá fora sem bons preços e excelentequalidade.

Concorrentes de Peso— Pensar nessa possibilidade podeconduzir a um desastre até empresas

que daqui a alguns anos certamentepoderão fazer em segurança esses vôosmais altos. Não adianta pensar que oIraque está disposto a comprar algumacoisa apenas porque o vendedor é brasi-leiro, e são muito boas as relações doIraque com o Brasil. Lá, essa possibili-dade foi definitivamente excluída pelaseriedade e pela competência do Go-verno. Ao Iraque, só vende quem tempreço e qualidade.

Impor essa competência técnica e aqualidade do produto é que são elas.Afinal, não se trata de competir comempresas comuns, cujo potencial defogo é geralmente conhecido. No Ita-que, com as grandes empresas norte-americanas de antemão excluídas porquestões políticas, disputam mercadoquase todas as grandes empresas euro-péias. Há empresas alemãs, que, alémdo fortíssimo respaldo financeiro comque contam, estão trabalhando no Ira-que há quase 30 anos.

Mas não sâo somente os europeusos grandes competidores que se preci-sam enfrentar. Além do time europeuocidental, há a equipe dos paises doLeste, igualmente muito forte e que,ainda por cima, se beneficiam da afini-dade entre os sistemas econômico epolítico do Iraque e dos países de ondevêm. Há também os japoneses, mas osgrandes concorrentes são mesmo asempresas de outros países do TerceiroMundo, como a Coréia, a índia e Filipi-nas, todos paises geograficamente maispróximos do Iraque, competentes,agressivos na conquista de mercados eque contam com mâo-de-obra baratís-sima.

— Por isso — conclui Murilo Men-des — nào basta apenas a disposição devender ao Iraque alguma coisa. Sejapara participar do trabalho de constru-ção desse magnífico país, seja para lhefornecer os muitos bens de consumo ede produçáo que ele necessita, há-de seestar firmemente preparado. Tambémnão dá para ficar espreitando o merca-do a distância. Para disputá-lo, há-de secriar uma estrutura própria no país. Eisso, naturalmente, implica um investi-mento e um risco que nem todos estãodispostos a fazer e a correr.

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A conquista doparaíso,uma odisséia nodeserto

oude como a brasileira

Mendes Júniorentrou na Copa do Mundo .

das Construtorase de como ela

está executandoem campos do Iraque, onde

no passado estevelocalizado o Jardim do Éden

e onde é hojeo paraíso

das empresasde construção, o maiorcontrato já celebrado

por qualquer delasem todos os

tempos.

1

|:•

a

que, num ou noutro domingo (já foimais assíduo), em companhia do ir-mão Alberto, costuma disputar algu-mas partidas de peteca.

É até possível que, mais adiante,à maneira do pai, que o presidiudurante três anos, mas, na verdade,como vice-presidente e diretor, foi,desde a fundação, o seu mais impor-tante timoneiro, acabe por ocupar apresidência do Minas, acompanhan-do, ainda mais de perto, a sua maisnova paixão esportiva — o basque-tebol.

Não é à toa que, vindo de ondevier, seja de que distância for, se oencontra aberto, costuma passar pe-"lo seu restaurante (náo sem antesavisar) e degustar um "peixe à Muri-lo Mendes" em companhia dos inte-grantes do "Clube do Onça", entida-de verdadeira, com existência dentrodo próprio Minas, que exige carteiri-nha e tudo, mas que tem um únicoobjetivo: permitir, em volta de umamesa constantemente posta, de 12 a15 lugares, cujos convivas se reno-vam das 17 horas até o seu fecha-mento, por volta de uma ou duas damadrugada,- que se converse livre- ~mente sobre o que se quiser e sobrequem se desejar, obviamente dentrodaquela respeitosa e doce maledi-cència mineira.

Um detalhista"Autêntico inventador de coisas ecomplicações, mas que acabam sem-

pre em grandes realizações", o em-presário Murilo Mendes tem o hábitode também falar baixo com os seussubordinados, em tom de sugestão,nunca de ordem. Dominando bem oinglês e o francês, é comum deixar opaís uma ou mais vezes por mès eretornar três dias depois a Belo Hori-zonte. Acompanha, em detalhes, assuas obras e, não raras vezes, sematropelar seus subordinados, sur-preende os que imaginam que asinúmeras viagens e a imensa cargade nrnhlpmao <-> ofoctom Ho rrsHnadiária da empresa.

Suas constantes viagens peloBrasil sâo feitas em um dos seus doisaviões a jato (a empresa tem umafrota de 12, ao todo), mas usa fre-qüentemente, sobretudo em viagensinternacionais, o avião de carreira.Nâo tira longas férias, mas gosta deparar de três a cinco dias váriasvezes por ano, recolhendo-se à suacasa de Cabo Frio, única praia que

costuma freqüentar. Mas, mesmo as-sim, não se incomoda com notíciasdo trabalho que por acaso lhe ve-nham. Ao contrário, até estimula es-. se habito em seu pessoal.

Leitor de jornais e revistas, alémde obras técnicas e de administração(raramente dispõe de tempo para aficção), tem o hábito de conferir dia-riamente os editoriais dos principaisjornais brasileiros e sobre os mesmostecer comentários entre amigos.Considerado um capitalista liberal!costuma dizer que o que lhe falta é oestabelecimento de regras estáveis.

Uma decisão históricaSua fisionomia às vezes fechada,

sem demonstrar emoções e senti-mentos, esconde, também, atrás desuas lentes de grau forte, profundaironia diante dos fatos e das coisasque o rodeiam. Sente necessidade dese ligar às pessoas, mas encontrapouco tempo para tal. A sua belamansão das mangabeiras o tem afãs-tado dos clubes. Agora, após termi-nada a obra, procura levar à sua casa--.amigos que o acompanhem no jogode peteca ou de buraco, regados am-bos com um ou outro uisquinho, semexageros, dentro da medida certa.

Sobre si mesmo, costuma dizer:"falar da gente é sempre muito difí-cil. Você pensa de si mesmo umacoisa. Os outros já pensam outra. Ehá, ainda, a realidade, isto é, a verda-deira imagem, da qual você pode atéaproximar-se:" Mas acontece que to-das essas versões sâo sempre diferen-tes uma da outra..."

É este o retrato de um empresáriotipicamente mineiro, que ultrapas-sou há muito as fronteiras de Minas edo Brasil, responsável pelo cumpri-mento do maior contrato jamais as-sinado por qualquer empreiteira nomundo, com grande capacidade dedecisão e que, corajosamente, no iní- •cio do conflito entre Irã e Iraque, "tomou a decisão de ficar e cumprirtodas as cláusulas, responsabilizan-do-se por milhares de vidas hu-manas.

Esta decisão histórica está defini-tivamente gravada entre os gover-nantes do Iraque. Ela é a marca dacoragem e do bom senso de um em-presário que sabe diluir tensões, ad-ministrar crises, descobrir alternati-vas e construir, afinal, em pleno de-serto árabe, uma quase incrível odis-séia.

JORNAL DO BRASIL Sábado, 13/8/88 o l° caderno ? 17

ECONOMIA/NEGÓCIOSLight cobra Cr$ 30 mil por luz em sala e 2 quartos

A Dartir de hoie auem eomnrnn um nnnr+n. »-.'.. JL

Sindicato questionaa cobrança do IRa médicos mineiros

Belo Horizonte — Ao defender ontem os< médicos atingidos pela cobrança de comple-

] mentaçáo do Imposto de Renda, atribuindo a"maioria das irregularidades aos clientes, oSindicato dos Médicos desta Capital questio-

J nou "a legitimidade da cobrança com cone-; ção monetária e multa, quando e o próprioi Governo que desrespeita os mais elementares1 direitos dos médicos".i Explicou que isso ocorre quando o Gover-j no não paga "nem mesmo a correção monetá-. ria relativa aos atrasos de até quatro meser noI pagamento dos honorários dos médicos cre-1 denciados pelo INAMPS em regime de pro

labore". Segundo o Sindicato, muitos dos,! recibos declarados pelos contribuintes comofonte de desconto nâo são reais. "Tais contri-

I bulntes náo sào sequer clientes dos médicos, aos quais foi atribuído o pagamento de hono-^ários".I

"Repudiamos também firmemente as in-ssinuaçóes malévolas em torno da lisura da, categoria médica. Todos os cidadãos brasilei-; ros estáo fartos de serem os bodes expiatórios' dos descalabros e desmandos de um sistema.fiscal injusto que busca deles sugar o sustento.para uma política econòmico-financeira de-isastrosa", acrescenta o Sindicato dos Medi-

cos. em sua nota.

¦MIBHrHaBMMHnBilBMHB...,..¦ ..,-¦ ,,, .

Imposto de Rendaj'"tj Todos os depósitos, juros, correção mone-•tária e quotas-partes creditadas nas contas.dos empregados e servidores públicos pelo•PIS Pasep estào isentos do Imposto de Ren-,'da. Também nào sáo tributáveis o salário-(família, auxílio-doença. auxilio-acidente, opecúlio ou qualquer indenização recebidos

•em caso de acidente do trabalho.As indenizações trabalhistas previstas na

CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e o'Fundo de Garantia por Tempo de Serviço sáo"isentos, independentemente se a rescisão ou¦demissão ocorreu por livre acordo entre as1 partes. Também náo sào tributáveis os sa-quês do FGTS para compra de casa própria'ou por qualquer outro motivo (aposentadoria,invalidez. casamento, mortei.

A diferença cambial sobre depósitos exis-'tentes no exterior também está isenta do IR,de acordo com o livrinho de perguntas e

^respostas que a Receita Federal divulgou"especialmente para o plantão de atendimento

telefônico, que começa a funcionar a partir dopróximo dia 25. E está isento de tributação ovalor da restituição do Imposto de Rendarecebido pelos declarantes. Este valor deveser lançado no Anexo 2, linha "outros".

Prêmios de seguro pagos por morte dosegurado e prêmios de seguro restituidos —em qualquer caso, mesmo no de renuncia decontrato — estào isentos. O mesmo ocorrecom o auxilio-funéral e com as importânciaspagas a esse titulo por empresas, entidadesgovernamentais e caixas de previdência aocônjuge sobrevivente ou dependente do fale-cido.

Estào isentos do IR os proventos de apo-sentadoria ou reforma motivada pelas seguin-tes doenças: tuberculose ativa, alienação

,'mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra,^paralisia irreversível e incapacitante, cardio-Jpatia grave, estados avançados da doença de1 Paget, doença de Parkinson, espondiloartroseanquilosante. nefropatia grave, invalidez de-

.corrente de acidente em serviço ou por moles-tia profissional.

j Todos os proventos da inatividade pagosem decorrência de aposentadoria, transferèn-

,'cia para a reserva remunerada ou reforma até<o limite de Cr$ 770 mil do contribuinte com;mais de 65 anos nào sáo tributáveis. O valor

excedente a este limite será tributado naifonte e incluído na Cédula C. mesmo no caso¦em que o inativo nâo era assalariado quando'exercia suas atividades.

Sào isentos também: os valores dos servi-sços médicos,"hospitalares e dentários pagos e¦mantidos pelo empregador; o valor da alimen-jtaçào gratuita, dos uniformes ou roupas pelo»empregador; e o valor do aviso prévio pagoem dinheiro.

A negociação no Futuro(nos \reneimentos mensais)

8792.? Mercado Futuro

ÍMercadoavista

6.718.2

g CrS milhões F^v*] ,

4- rr^| km ' \ \jÇ'\

14)10 9/12B1

13/01 10/02

A instrução n° 19, baixada pela Comissão]de Valores Mobiliários em dezembro, exigindo.maior comprometimento de recursos e riscoidos participantes do mercado futuro, com a.elevação das margens de garantia para um'.mínimo de 20c/r sobre o valor da operação, e oêstreitamento entre os prazos de vencimento,tagora mensais, são os dois fatores apontados.pela Bolsa de Valores do Rio para explicar oêncolhimento que vem sendo verificado na'¦quantidade de títulos negociados. As dificiã-.dades criadas pela CVM para a rolagem«transferência) indefinida dos contratos, ao•restringir a atuação dos financiadores dessasôperações, favoreceu o mercado à vista, que¦vem crescendo mais, impulsionado também,pelas compras dos investidores individuais.>De um total de 26 bilhões 236 mil títulos.negociados para o vencimento de dezembro,«representando um crescimento de 117% emrelação a outubro, caiu, em janeiro, S7.4'~A (11

sbilhòes 176 milhões ações) na quantidade[negociada. Em fevereiro, a redução foi ainda.tnaior, com apenas 6 bilhões 495 milhões de•ações negociadas. Houve, também, fina que-da no volume total de negócios nos prazosimaximos para negócios antes dos vencimen-

tos. a partir de janeiro

A partir de hoje quem comprou um apartamento novo de sala e dois quartos e vai instalarenergia elétrica pagará à Light Cr$ 30 mil em 12prestações mensais (Cr$ 2 mil 500). Para os quecompraram apartamentos de mais de uma sala etrês quartos a taxa é de CrS 60 mil, tambémdivididos em 12 prestações <Cr$ 5 mil). O dinheiroserá devolvido ao consumidor 12 meses depois daultima prestação em forma de ações da empresa,negociadas na Bolsa de Valores.

A decisão foi anunciada ontem pelo presidenteda Light. Luiz Osvaldo Aranha, depois de cônsul-tar a Eletrobrás. órgáo máximo do setor de energiaelétrica no país. O pagamento dará uma arrecada-çáo adiciona) a Light. este ano, de CrS 6 bilhões, oequivalente a 54 mil novas instalações, das 180 milque seráo feitas. As 126 mil restantes sáo deapartamentos de sala e quarto nào sujeitos àcobrança, segundo Aranha.

Lei em desusoO presidente da Light explicou que a cobrança

de uma taxa para novas ligações é legal porqueestá amparada no Decreto-Lei 4 676, de 1962.utilizado durante um certo tempo pela empresa(ele náo soube precisar até quandoi, mas que caiuem desuso.

Ele acha que a "repercussão da decisão serápositiva", porque "grita haveria se o consumidorcomeçasse a fazer fila para pedir novas ligações enâo houvesse condições de fazê-las". Aranha disseque também pagarão taxas de instalações quemfez novos pedidos que a empresa nào teve condi-ções de atender (nâo sabia a quantidade dessesconsumidores). Assim como o dinheiro será resti-tuido ao consumidor com Juros e correção monetá-ria, as prestações mensais também seráo corrigi-das pela ORTN.

O presidente da Light nào acha que a decisãoé impopular no ano de eleições porque criar mais54 mil novos acionistas e uma forma de democrati-zar o capital e ele acredita que surtirá"um bomefeito comunitário".

Criticou os dirigentes da Ademi — Associaçãode Dirigentes de Empresas do Mercado Imobilia-rio — que consideram a medida ilegal. Disse queeles nao participaram das conversas e 'saíramdizendo coisas absurdas que demonstram o desço-nhecimento da situação".

Informou ter recebido em seu gabinete "Se-nhor Mauro Magalhães, para discutir o assunto",mas nào empresários da construção civil. E voltoua criticar "os que querem fazer política pessoal"sem saber quel é a melhor solução para o consumi-dor do Rio. E fez uma pergunta: — Quem estátrabalhando para o bem da população, a Light oua Ademi?

Ele nào quis comentar se a Light estaria"falida" se ainda estivesse sob a administração dogrupo canadense Brascan, mas admitiu que ogrupo "teria dificuldades na captação de recur-sos". Na verdade, a Light nào teria condições deatender a população carioca este ano com novasinstalações e manutenção do sistema sem onerar oconsumidor.

Arquivo — 23.5.81

KtflBEfx&S&riR . ^^sVflterf^í^ ^FtÍmtJBBitBI Bife- I

Para Aranha a medida hão t itrípopu-lar porquê vai criar novos acionistas

O novo custo dainstalação de luz

• Imovol 12 prestações TotalEm favelas —Sala-e-quarto —Sala p 2 quartos 2 500 30 000Saiais! è 3 quartos 5.000 60.000Comércio e Industrialivre negociação J

Presidente da VW confirma queBrasília vai sair do mercado

São Paulo — Ao visitar ontem o Governadorpaulista Paulo Maluf. o presidente da Volkswagendo Brasil. Wolfgang Sauer. admitiu que a camione-ta Brasília vai sair de linha "quando o pessoal nàocomprar mais, e isso pode acontecer quando foremlançados novos modelos". A VW deve lançar atéjunho a nova camioneta da linha Voyage.

Sauer disse que não poderia revelar a data dolançamento do chamado Mini-Gol, com motor de800 cilindradas. ao afirmar que "isso é um segredodo negócio. Se nao mantivermos segredo, entãoteremos de fechar nossos pátios". Sauer manifes-tou a opinião de que devera ocorrer uma reaçãonas vendas dos carros a álcool. "Temos que fazerum esforço especial para reconquistar a confiançado consumidor", assinalou.

Mercado mudouNo Rio, o presidente da Associação dos Vende-

dores Autônomos (Bolsa de Automóveis). AugustoCésar Sansáo. e o gerente de vendas da Star(revendedora autorizada VW em Botafogo), MárcioCoelho, explicaram que as vendas da Brasília vêmdiminuindo desde o ano passado, quando surgiu oboato de que a Volkswagen deixaria de fabricaresse modelo

Mas, o gerente de vendas da Auto-Modelo, amaior revendedora autorizada do Estado do Rioem volume de vendas no ano passado. PauloValente, acredita que nào houve queda de vendaapenas da Brasília. "A procura diminuiu em todosos tipos porque o mercado consumidor está emretraçáo". disse. "A Volkswagen diminuiu suaprodução para se adaptar ao mercado, que estaretraído".

A seu ver a Brasília continua tendo umaprocura normal, e os modelos usados sâo os prefe-ridos pelo comprador de médio poder aquisiti-vo,"o morador de Botafogo, Tijuca. Icaraí, Penha,que antes trocava seu carro usado por um maisnovo, não está podendo fazer mais isso".

Embora afirme que a procura pela Brasília

tenha caído muito nos últimos meses. MárcioCoelho, da Star. informou que quarta-feira vendeuuma Brasília modelo 1982 pelo preço de CrS 902mil (de tabelai e que náo ha nenhuma outraunidade disponível na agência.

Existe comprador pura a Brasília nova,mas a tendência dos modelos usados é aumentarde preço com a saída de linha do carro.

Ele acredita que o lançamento do Gol "tiroumuito comprador da Brasília, porque o Gol temmotor 1.600. super-económico. sua principal van-tagem. e mais macio, tem estilo, conforto e a malamaior, que é um dos defeitos da Brasília".

Coelho acredita que o êxito do modelo lança-do em 1973. se deveu ao fato de ser um tipo novo deautomóvel da Volkswagen, ter a mesma mecânicado consagrado "Fusquinha" (o Volkswagen sedanduas portas, motor 1.300) e ser um carro que sobemorro sem problemas, enfrentando qualquer tipode estrada.

Mas a procura vem caindo gradativamentedepois do lançamento do Gol — observou MárcioCoelho.

O consumidorPara o Sr Rômulo Drummond. a Brasília tem

sido um carro muito bom. Ontem, ele parou numposto de gasolina da Lagoa Rodrigo de Freitaspara abastecer, depois de viajar 430 km vindo deBelo Horizonte, onde mora. Vai passar uma tem-porada no Rio e resolveu vir no próprio carrotrazendo a mulher Helena, o filho. Guilherme, deum ano, e a baba, Madalena.

Vim de Belo Horizonte ate aqui com umtanque de gasolina — afirmou, satisfeito com odesempenho do automóvel.

O término de fabricação da Brasília, se confir-mado. "poderá influenciar o consumidor na horada troca de carro, porque se eu fosse trocar agora,abandonaria-a-VoUis.wagen.e_compraria-um^Cara^van, da General Motors", acrescentou.

Ford cobra aumento médio de 7%-São Paulo e Belo Horizon-

te — A Ford está praticandonovos preços desde terça-feira passada, com um au-mento médio de 7% em seusveículos. Entre os automó-veis, o mais barato é o CorcelII, com motor 1.4, movido agasolina, que subiu de CrS 1milhão 8 mil 324 para Cr$ 1milhão 78 mil 97. Esse reajus-te é o segundo praticado pelaempresa este ano.

A Fiat Automóveis deveráanunciar na próxima semanao novo aumento nos preçosde seus carros, que deverávariar entre 7,5% e 8,5%. Oultimo reajuste da Fiat foi dia4 de janeiro, quando seu carromais barato, o Furgão 147,passou a custar Cr$ 696 mil10, e o mais caro, o Alfa-Romeo TI álcool, Cr$ 2 mi-lhões 982 mil 500.

Para revendedores destaCapital, se a "Fiat mantiver apolítica de preços adotada noano passado, com aumentosconstantes, poderá haveruma retração nas vendas, queforam boas em janeiro. ACobrasa, principal revende-

dor Fiat desta Capital, ven-deu no mès passado 225 uni-dades zero km, 17% a maisque em dezembro, e 113 usa-dos, mais 22%. Para fevereiro,a previsão da empresa é deque haverá uma queda emtorno de 10% para os doistipos de carros, por ser unimès curto e por causa do fe-riado do carnaval.

PreçosO modelo Corcel II, com

motor 1.6, passou a custarCrS 1 milhão 103 mil 339 (ver-são a gasolina) e Cr$ 1 milhão137 mil 339 (versão a álcool).Na linha do Corcel II, o mode-lo mais caro é o Belina LDO,com motor 1.6, que subiu pa-ra CrS 1 milháo 467 mil 569(versáo a gasolina) e CrS 1milhão 501 mil 568 (versão aálcool).

Na linha Del Rey. o mode-lo Ouro 4 portas é o mais caroe passou a custar CrS 1 mi-lhào 863 mil 319 (versáo agasolina) e CrS 1 milhão 897mil 319 (versão a álcool). Oveiculo mais caro da Ford é o

Landau, passou para Cr$ 3milhões 688 mil 518 (versão agasolina) e CrS 3 milhões 975mil 305 (versão a álcool).

O diretor de vendas e mar-kctiin; da Ford Brasil, DerekBarron. informou que a em-presa comercializou em janei-ro 1 mil 804 veículos movidosa álcool, o que representamais da metade dos 3 mil 886veículos a álcool comerciali-zados por todas as indústrias,com uma participação de51.4% nesse segmento domercado.

A compra de um veiculoFord financiada também estámais cara. O Belina LDO 1.6,que custa Cr$ 1 milhão 467mil 569, pode ser compradotambém com 30% de entrada,Cr$ 440 mil 270, e o saldo, deCr$ 1 milháo 27 mil 299, finan-ciado em 24 prestações de Cr$99 mil 678, atingindo o preçototal do automóvel CrS 2 mi-lhões 832 mil 272. O mesmomodelo, movido a álcool, po-de ser adquirido com umaentrada de 20%, CrS 293 mil513, e o financiamento podeser feito em até 36 prestaçõesde CrS 103 mil 774.

Crescimento de 87,8% da^base monetária é recorde;:

Brasília — A criação de moedapelo Governo, só em janeiro, atin-giu o mais elevado volume registra-do neste mès nos últimos anos: Cr$100 bilhões 200 milhões. A basemonetária (diferença entre as apli-cações e a arrecadação do BancoCentral e Banco do Brasil, que geraemissáo de dinheiro) aumentou8.4% no mès passado. Em 12 meses,o crescimento foi de 87,8%, recordeabsoluto em toda a história do país.

Nota distribuída ontem peloBanco Central informou que contri-buíram para esse aumento o déficitde caixa do Tesouro, de Cr$ 49bilhões 600 milhões, e os adianta-mentos para operações especiais doBanco do Brasil, como a coberturadas dívidas externas das estatais,do déficit da Previdência, da forma-çâo de estoques regulares (especial-mente carne) e do subsídio à expor-tação de açúcar, que exigiram gas-tos de mais Cr$ 25 bilhões. Os sa-quês de depósitos em moedas es-trangeiras no Banco Central exer-ceram uma pressão adicional demais CrS 15 bilhões.

Depósitos bancáriosSegundo o Banco Central, o

crescimento da base monetáriatambém foi conseqüência do au-mento dos depósitos compulsóriosdos bancos . que sào obrigados arecolher ao Banco Central 35% daevolução dos depósitos à vista domès anterior. Em janeiro, o compul-sorio cresceu CrS 104 bilhões 800milhões, em decorrência do forteaumento dos depósitos em de-zembro.

Parte desse aumento resultoudos costumeiros enfeites de balan-ço. para mostrar um melhor desem-penho. Mas. parte expressiva foigerada pelos pagamentos do Te-souro aos empreiteiros e fornecedo-res do Governo, pela cobertura dosdeficits da Previdência Social e aoacerto final das contas do Governo,injetando recursos na economia

que normalmente fluem para o siS-tema bancário. Os pagamentos prós-vocaram, em dezembro, uma ex-pansão de 17,4% (t Cr$ 360 bilhões}nos meios de pagamento (dinheirocom o público i depósitos à vistanos bancos comerciais), taxa maiselevada desde dezembro de 1979.^

Os dados do Banco Central revê-Iam que em janeiro, os meios"Sépagamento tiveram uma redutode 7,1%, contra uma queda de 9,8%>no mesmo mès de 1981. Em 12 fífé'-ses. a taxa de expansão passou de73% em dezembro para 78,l%inomês passado, percentual muito .su-perior aos 67,2% registrados em ja,-neiro de 1981. \v

O volume de dinheiro corn^ppúblico manteve-se praticamenteno mesmo nível de dezembro —com uma redução de 0.1%. Osdepó-sitos à vista no Banco do Brasil,que nâo enfeita o balanço de de-zembro. cresceram 3,8%, enquantoos depósitos dos bancos comerciaistiveram uma queda de 11,4% _errijaneiro, depois de terem aumenta-do 14,4% em dezembro.

O Banco Central informa aindaque os empréstimos do Banco doBrasil sofreram uma redução deCrS 19 bilhões 500 milhões (-0,9%)em janeiro, enquanto os repassespara a produção de manufaturadosexportáveis cresceram CrS 16 bi-lhões 600 milhões e para o setorrural. CrS 8 bilhões 900 milhões".Destaca que esse comportamentopode ser considerado dentro doprogramado pelo Orçamento MoJ-netârio.

Os demais bancos comerclaijampliaram suas operações de em,-préstimo em 6,8%, o que eleva ataxa de crescimento anual para"113.2r; e reflete o grande volume derepasses de recursos externos e,dçrefinanciamentos à exportação,náo sujeitos ao limite de expansão,Os empréstimos bancários a indlisttria e ao comercio, com recursoscaptados no mercado interno, estãolimitados a um crescimento anualde 50%.

Stabile revela preocupaçãoSalvador — "A expansão mone-

taria precisa ser contida a qualquerpreço", afirmou o Ministro da Agri-cultura. Amauri Stâbile, para osparticipantes de uma reunião doConselho Consultivo dos Produto-res de Cacau-CCPC, em Itabuna.Segundo ele, o Governo vem fazen-do sua parte, controlando os gastospúblicos. Disse que sobram poucosrecursos para fomentar as ativida-des produtivas, mas garantiu que

"jamais faltarão recursos para ocusteio agrícola".

Stabile revelou que a partir demarço, os grandes produtores decacau passarão a ser atendidos peloBanco do Brasil com financiamen;tos superiores a 4 mil MVR-MaiorValor de Referência (cerca de CrS23milhões). Stabile participou, no Sulda Bahia, das comemorações dos 25anos da Cepla-Comissão Executivado Plano da Lavoura Cacaueira...

Conde admite taxa mais altaSào Paulo — As taxas de juros

no mercado interno deverão experi-mentar uma nova onda de alta nospróximos dias. em conseqüência dapressão existente sobre as Letrasdo Tesouro Nacional — LTN, cujarentabilidade já atingiu 5.40% e po-de chegar, em breve, a 5.80%.

A afirmação é do presidente daFederação Brasileira das Associa-ções de Bancos — Febraban e dire-tor-superintendente do Banco deCredito Nacional — BCN, PedroConde, que atribui a pressão dasLTN à necessidade de o Governoacelerar a captação de recursos ex-terno. "Se a casa nào for arrumadalogo, o negócio poderá ficar feio",destacou o banqueiro.

Pedro Conde demonstrou preo-cupaçào com a atual situação dosjuros no mercado financeiro e prog-nostificou uma retomada de au-mento para os Certificados de De-pósitos Bancários — CDB. que po-derão voltar ao patamar de 110%.

— Se o Governo nào arrumar acoisa de uma maneira coerente,controlando os gastos das estatais,nos nào teremos sossego outra vezem 1982.0 momento é de cabeça nolugar ou perderemos as rédeas dasituaçáo novamente".

Em Curitiba, o novo presidenteda Associação Nacional dos BancosComerciais Estaduais — Asbage,Jücüridino Furtado, disse que vaiprocurar os Srs Teófhilo de AzeredoSantos (Fenaban) e Pedro Conde

(Febraban) para que juntos, e me-nor prazo possível, possam encon*-trar formas de baixar as taxas dçjuros internos.

Galvèas respondeMaceió — O Ministro da Fazen?

da. Emane Galvèas, pediu, ontemjque os empresários e a Confederaiçáo Nacional da Industria — CNIproponham medidas possíveis parase baixar a taxa de juros sem com.prometimento da política de com;bate à inflação e de fortalecimentodo balanço de pagamentos. Ele ex;plicou que "ninguém mais do que qGoverno deseja baixar a taxa dejuros", mas advertiu que faltam 05meios para se atender a esse desejoi

O Sr Ernane Galvèas veio a Ma?ceio acompanhado do secretario»geral do Ministério da Fazenda;Carlos Viacava. para presidir a reuiniâo do Conselho de Política Fazemdaria — Confaz e inaugurar o novoprédio da Secretaria da Fazenda deAlagoas.

O Ministro explicou, ainda, quêa proposta de incremento à vendade uísque nào traz, em nenhuma*hipótese, a insençáo dos impostos;mas a retirada da sobretaxa dé205%. mantendo-se em i05%. "Õuísque importado paga 90% de IPIj16% de ICM e 20% dejmpo_s_to sobre,operações financeiros, no câmbio:mais o Imposto de Importação, 30;bretaxado para 205r;", explicou.

Novo critério no cálculo :do PIB evita queda de 4,6%

Sáo Paulo — Se não tivesse sidofeita a separação do setor financei-ro — que se expandiu 6% ano pas-sado — do de serviços, a queda doProduto Interno Bruto — PIB em81 teria sido nào de -3,6%. mas de- 4,6%. de acordo com dados a se-rem divulgados dia 18 pela Funda-çâo Getúlio Vargas. Houve a sepa-ração pela primeira vez, obedeceu-do a critérios do Fundo MonetárioInternacional — FMI.

Segundo técnicos da FGV noRio de Janeiro, a separação do se-tor financeiro do de serviços foirealizada porque, ano passado, aagricultura cresceu muito — emtorno de 8% — enquanto a indús-tria caiu a 10%. Normalmente osdois setores crescem ou caem jun-tos. Foi por causa da inversão dosentido destes dois setores — queinfluenciam o setor serviços — quea FGV resolveu calcular o setorfinanceiro em separado. O mesmoocorreu com o setor Governo, cujaparticipação na renda nacionalcresceu bastante ano passado.

O coordenador do Conselho Su-perior de Economia da FIESP,

Cláudio Bardella — que chegou a,ser chamado de "Claudinho Apoca»lipse" por ter divulgado ano passa-,do dados relativos à economia em1981 com percentuais negativos —;disse: ,

Agora tudo está comprovado'Não tenho prazer algum com isso:Preferia que fosse ao contrário.

Com ,i mesmos critérios da,FGV j. ra analisar o desempenho,da indi tria em 1981 — o fatura-mento .'ai deflacionado — a FIESPJchego j ao indicador de - 9.8% con-»tra os -10.2% da FGV, uma dife-,rença portanto de 0,4%. »

O Sr Cláudio Bardella — em"plena Rua Hungria, pois o prédio*onde está instalado seu escritório]foi interditado sob a ameaça de!bomba que náo se confirmou após'vistoria do DOPS — explicou que"os empresários estavam avisados'de que isso iria ocorrer.

Algumas áreas do Governo é^que sempre se preocuparam em es-«conder o fato. Agora ele esta aí, nâo.da para esconder mais nada —\afirmou. ,

18 D l° caderno D sábado, 13/8/88 ECONOMIA/NEGÓCIOS JORNAL DO BRASIL

Informe EconômicoNa marca do pênalti

Assim como o filósofo do futebol,Neném Prancha, dizia que pênalti era tãoimportante que devia ser batido pelo presi-dente do clube, a emissão de moeda naeconomia traz conseqüências tão fundaspara a sociedade que ela deveria ser autori-zada pelo Presidente da República ou, en-tão, submetida a ampla discussão de seusmotivos pelo Congresso.

Ao fazer este comentário, o corretorAdolfo Ferreira de Oliveira, ex-conselheiroda Bolsa de Valores e presidente da Adolfode Oliveira e Associados, para quem osnúmeros da expansão monetária dos últimosquatro meses são alarmantes.

Ele teme que a sociedade brasileira,depois de sofrer em 1981 uma recessão semprecedentes, com crescente desemprego,volte a passar, este ano, por uma fase dedescontrole monetário que obrigue o país —sob pena de grave estrangulamento no ba-lanço de pagamentos — a sofrer uma reces-são ainda mais dolorosa em 1983.

¦ ¦ ¦Só em dezembro do ano passado, os

meios de pagamento (dinheiro em mãos dopúblico + depósitos à vista nos bancoscomerciais) cresceram Cr$ 350 bilhões. Esteaumento correspondeu a mais do que todo oaumento acumulado em dezembro de 19781979 e 1980, que somou Cr$ 340 bilhões.Duro desafio

Observação de um qualificado assessordo Governo para assuntos monetários apropósito da velocidade imprimida às maio-rações do dólar (7%) nestes 53 dias de 1982:

O grande fantasma para o Governocontinua sendo o risco de uma crise cambial.Todo o resto — inflação, juros, liquidez etc

preocupa, mas não abala. O déficit emtransações correntes, esse sim, tira o sonode muita gente. Para evitá-lo é precisoremunerar o máximo possível as exporta-ções.

Daí porque o dólar sobe tão depressa,segundo ele, ao revelar o sobressalto dasautoridades com o mirrado superávit de 50milhões de dólares em janeiro frente aodesafio de um saldo de $ 3 bilhões dedólares no final do ano.

A se repetirem números assim, emalgum mês do ano será necessário um picode 300/500 milhões de dólarespara fechar ascontas conforme a escrita. Tudo, natural-mente, com a alavanca da política cambial.Os limites da CEF

O diretor de habitação e hipoteca daCaixa Econômica Federal, Miguel Ethel,reafirmou à ADEMI — Associação dosDirigentes das Empresas do Mercado Imo-biliário — a liberação dos tetos de financia-mento para imóveis novos em 1982.

Assim, o Programa Empresário —principal plano de financiamento para imó-veis destinados à classe média — não teráum ano tão adverso como chegaram a temeros empresários do setor.

A CEF garantirá basicamente os finan-ciamentos, dentro do Programa Empresa-rio, de 3 mil 500 UPCs — cerca de Cr$ 5milhões — e, só em alguns casos, poderáaceitar planos para até 5 mil UPCs cerca deCr$ 7 milhões 200 mil atualmente. Definiti-vãmente limitados estão os imóveis usados,em 2 mil 250 UPCs — Cr$ 3 milhões 200 milpelo valor atual da UPC.

Grande diferençaEmbora tenha uma dívida externa qua-se igual à do Brasil — 61 bilhões de dólareso México continua obtendo condições de

financiamento muito mais favoráveis do queo Brasil.Ainda esta semana, a Pemex, compa-

nhia estatal de petróleo, autorizou um gru-po de bancos, liderados pelo Citibank, alevantar 2 bilhões de dólares de emprésti-mos para lhe permitir executar seu forteprograma de investimentos e rolar sua dívi-da externa.

Para as autoridades brasileiras que cri-ticam qualquer idéia semelhante a renego-ciação, é importante destacar-se que a ope-ração será feita com spread (sobretaxa queinclui o risco do país e do tomador, além dacomissão do banqueiro) de 7/8% a 1% sobrea Libor ou de 3/4% a 1% sobre a prime ratedos Estados Unidos.

O Brasil — que ainda não levantounenhuma operação isolada superior a 1bilhão de dólares — está pagando spreadsde 1 7/8% a 2% em operações da ordem de200/300 milhões de dólares.Novos ares

Depois de pilotar a Ford do Brasil porvários anos, o atual presidente da CâmaraBrasileira de Comércio, Joseph 0'neil inau-gura segunda-feira oiter lojas,troRio, dacadeia Hallmark, da qual é presidente.Disputa férrea

O litígio que envolve a exportação deaço e produtos siderúrgicos para os EstadosUnidos promete. Para provar que os expor-tadores estrangeiros, inclusive do Brasil,fazem dumpinç no mercado norte-americano, sete siderúrgicas dos EUA con-tam com o apoio de um ganhador do PrêmioNobel de Economia — Lawrence Klein.

Em compensação, profissionais de 17escritórios de advocacia, representando osprodutores estrangeiros, formam fila pararebater as acusações, na Comissão Interna-cional de Comércio, em Washington.

o prazo: empresas comaté 50 funcionáriostêm até o dia 15/02. *

EeondnúcohtfarmaDEIXE A RAIS COMA GENTE.

Está chegando a hora de sua empresaentregar a Relação Anual de InformaçõesSociais. Faça isto agora, no Econômico,que a gente não quer que vocô parca

(CONOMICOQ tíanco da gente

Déficit no orçamento doGoverno norte-americanoassusta BC da Alemanha

Frankfurt e Tóquio — O dólar subiu a seu pontomais alto em cinco meses ontem diante do marcoalemão, depois que o presidente do Banco Central daAlemanha, Karl Otto Poehl, advertiu que os défleitsorçamentários previstos pelo Governo Reagan, nosEstados Unidos, ameaçam a recuperação da econo-mia européia e internacional.

A tendência do dólar foi de alta nas principaispraças — em Tóquio atingiu o pico nos últimos seismeses enquanto a bolsa de valores despencava —diante do temor generalizado de uma alta das taxasde Juros nos EUA. Essa elevação resultaria da atua-çáo do Tesouro norte-americano no mercado finan-ceiro, èm busca de recursos para equilibrar o orça-mento.LIBOR SOBE

Os bancos norte-amerl-canos permaneceram fe-chados ontem — dia deLincoln — e permanecerãoassim segunda-feira — anl-versário de George Wa-shington — o que deu lu-gar a rumores de que oBanco Central (FederalReserve Board) aproveita-ria a oportunidade paraelevar as taxas de descon-to (cobradas nos repassesaos bancos comerciais).

A expectativa contri-buiu para uma elevação daLibor — taxa interbancá-ria de Londres, que regulaos empréstimos em euro-dólares (dólares que circu-Iam fora dos EUA) naquelapraça financeira. A Llbor— que geralmente fica-umpouco abaixo da taxa pre-ferenclal de juros norte-americana (prime rate) —ontem igualou-a em 16,5%,encarecendo ligeiramenteo serviço da dívida dos pai-

ses em desenvolvimento edo Brasil.

INFLAÇÃO

Reajustes maiores doque o esperado nos preçosdos alimentos levaram aInflação ao nível do ataca-do a registrar uma eleva-çáo de 0,4% em janeiro noEstados Unidos, com llgei-ro avanço em relação aos0,3% de dezembro.

Em Buenos Aires, preo-cupado com o índice deinflação de 11% em Janei-ro, o Ministro da Economiada Argentina, RobertoAlemánn, prometeu que ataxa de fevereiro ficará nametade disso. Ele conslde-rou "surpreendentementeboa" a recuperação da eco-nomla do pais e disse que onível de exportações au-mentou muito, "o que pos-sibilitou o pagamento an-tecipado de compromissoscom vários países".

EDITAL DE LICITAÇÃO PÚBLICAPAULO BRAME, Leiloeiro Público, com escritório na

Travessa do Paço, 14 - Io andar - Tel. 224-7119, R.J., de-vldamente autorizado pelo Llquidante do BANCO NACIO-NAL BRASILEIRO DE INVESTIMENTOS S/A - Em Llqui-dação Extrajudicial, comunica aos Interessados que realizaráleilão de 4 (quatro) vagai autônomas de garagem, do Edif feiosito à Av. Rio Branco, 245 — R.J., no dia 15 de fevereiro de1982, ás 15,00 horas, na Av. Rio Branco n°245. Valor mini-mo: Cr$ 4 400.000,00 (quatro milhões e quatrocentos milcruzeiros), sendo CrS 1.100.000,00 Ihum milhão e cem milcruzeiros) para cada vaga.

Serão aceitas propostas para pagamento á vista, com si-nal de 20% no ato da arrematação e o restante na escritura ea prazo com sinal de 30% e o saldo parcelado em até 30 (trln-tal meses. Maiores Informações diretamente no escritório doLeiloeiro.

Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1982(as.) PAULO BRAME - Leiloeiro.

BANCO DO ESTADO5ANERJ do rio DE JANEIRO S.A.

CtC «• U.H7.JIS/0N-1SComptnMa UtrU

AVISO AOS ACIONISTASDESDOBRAMENTO DE AÇÕES

O Banco do Estado do Rio de Janeiro S.A. —BANERJ, com sede nesta cidade, na Av. Nilo Peça-nha, 175, vem comunicar que, a partir do dia 15 defevereiro de 1982, estará iniciando a habilitação aoexercício do direito ao desdobramento de açõesautorizado pela A.G.E., de 10.02.82.

AÇÕES NOMINATIVASOs acionistas detentores de ações nominativas rece-berão as cautelas a partir do dia 01.03.82, devendoapresentar-se com prova de identidade e C.I.C.

AÇÕES AO PORTADOREstão à disposição formulários próprios, a serempreenchidos pelos titulares das ações. Os titularesmúltiplos seráo relacionados em formulários própriosem ordem numérica crescente, para serem chance-lados com o carimbo declaratório do exercício dodireito e devolvidos no ato, juntamente com oscomprovantes que os habilitarão a retirar, no prazoindicado, os títulos relativos ao desdobramento deações.Deverão, igualmente, se apresentar com a prova deidentidade e C.I.C.

LOCAIS DE ATENDIMENTOOs acionistas seráo atendidos no horário de 12:00 às16:30 horas, nos seguintes locais:Rio de Janeiro: Rua da Ajuda n° 5 — 20° andar(Edifício Sede do Banco).Sáo Paulo: Rua Álvares Penteado n° 49/53Brasília: Av. W-3, Quadra 506, Bloco "C". Loja 33Belo Horizonte: Rua Goitacazes n° 85

Rio de Janeiro. 12 de fevereiro de 1982.ISRAEL KLABIN

Diretor—Presidente (P

COMPANHIA IOCHPEDE PARTICIPAÇÕES

CGCMF N° 92.753.367/0001-02

ASSEMBLÉIA GERALEXTRAORDINÁRIA

CONVOCAÇÃOSão convocados os senhores acio-

nistas da Companhia lochpe de Participa-ções para se reunirem em AssembléiaGeral Extraordinária, na sede social, nes-ta cidade de Porto Alegre-RS, à Rua Setede Setembro n° 1123. no dia 18.02.1982,às 14:00 horas, a fim de deliberar sobreautorização para a compra do controleacionário de Rio Grande — Companhia deCelulose do Sul por sociedade coligadade uma controlada desta companhia.Porto Alegre, 10 de fevereiro de 1982.

Daniel loschpePresidente do Conselho

de Administração, em exercício(P

Central atômicamais segura ê ameta americana

Washington — Num esforço para melhorar asmetas de segurança das usinas nucleares, a Comis-sào de Regulamentação Nuclear dos Estados Uni-dos propôs novos padrões que, pela primeira vez,tentariam determinar quanta gente poderia mor-rer ou ficar ferida num acidente com um reator.

A proposta ha muito esperada, uma conse-qüèncla do acidente de março de 1979 na usinanuclear de Three Mlle Island, na Pensllvânla, éuma tentativa de chegar a um consenso nacionalsobre a questão, nunca antes abordada quantitatl-vãmente, de comparar os custos e os benefícios demaiores precauções de segurança em usinas nu-cleares.

Severas— O que tem faltado — declarou Forrest Re-

mick, diretor do escritório de avaliação de políti-cas da Comissão — é uma declaração dos critériosdo que seria suficientemente seguro.

Em essência, a proposta pede medidas desegurança bastante severas para que nenhumindivíduo, independente de onde viva, enfrenteum risco significativamente maior, com um acl-dente nuclear, do que outro qualquer. Além disso,a proposta diz, os riscos para a sociedade em geraldevem ser "tão baixos quanto razoavelmente atln-gível", e pelo menos tão baixos quanto os riscos deuma usina de eletricidade alimentada a carvão,gás ou óleo.

A Comissão, no entanto, dlvldlu-se seriamentesobre seu chamado esforço para meta de seguran-ça e Imediatamente surgiu a polêmica sobre umadeclaração lateral do comissário Peter A. Brad-ford, que implicava que 13 mil pessoas provável-mente morreriam em acidente nucleares durante operíodo de vida das mais de 150 usinas americanashoje em operação ou em processo de licenclamen-to. As usinas nucleares sáo geralmente projetadaspara durar 30 anos.

Piso mínimoBradford, que admite que seu cálculo deve ser

encarado "cautelosamente", declarou que "a recu-sa da Comissão a apresentar um piso mínimoclaro, acrescentando qualquer linguagem cautelarque julgue necessária, solapa a discussáo direta dameta e lembra a superprotetividade reguladoraanterior da energia nuclear, que ajudou a pôr atecnologia em descrédito hoje". Ele anunciou queplaneja deixar a Comissão breve.

O Fórum Atômico Industrial, um grupo daindústria, saudou a proposta e observou que hámuito apoiava a criação de algum método paraquantificar os custos e benefícios. O cálculo deBradford, declarou um porta-voz da entidade, Do-nald Winston, é "absurdo" e "um exercício desofisma".

A proposta já esboçada, se for adotada pelaComissão após um período de três meses paracomentários, será usada provisoriamente para su-plementar os regulamentos de segurança existen-tes. Remick disse que se ela estivesse em vigorhoje nenhuma usina seria obrigada a fechar.

Eventualmente, acrescentou, pode-se esten-der a quantificação a outras áreas de atividadenuclear como a disposição do lixo atômico ousalvaguardas contra o desvio de material nuclear.As recomendações de quinta-feira, formuladas emparte durante sessões públicas de grupos de traba-lho em Paio Alto, Califórnia, e Harpers Ferry,Virgínia Ocidental, no ano passado, sáo apresenta-das como o próximo passo lógico para um estudoefetuado de 1972 a 1975 por um grupo de cerca de70 cientistas e engenheiros chefiado por NormanRasmussen, professor de engenharia nuclear noInstituto de Tecnologia de Massachusetts.

PREFEITURA DO MUNdPO 06 SAO PAUO

ADMNSTRAÇAO RONALDO DE BARROS

COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES COLETIVOS

¦m*

IBC aproveita a alta depreço do café e liberaas exportações para abril

O IBC abriu o registro para exportação de caféverde em abril, mantendo em 1 dólar e 30 centavospor libra peso o preço mínimo para o produto de ...melhor qualidade, e em 50 dólares por saca o confiscocambial. Nos EUA — onde se encontra o presidente •da autarquia, Octávlo Ralnho, participando da reu-'nlâo de torrefatores em Boca Ratton, na Flórida, — acotação do café de melhor qualidade, tipo colombià:",'no, chegou anteontem a 1 dólar e 59 centavos, masontem baixou a 1 dólar e 58 por libra peso. .',,,,„Segundo noticiário das agências Internacionais,. .!analisando informações liberadas pela Federação Co-lomblana de Cafeicultores, a alta nas cotações do caféno terminal de Nova Iorque tem por base a expectatl-- &va de quebra na safra brasileira, que baixaria dos 32"milhões de sacas colhidos no ano passado para algo •em torno de 16 milhões de sacas. Isso quando o"',inverno rigoroso no Hemisfério Norte — EUA e Euro-.,,,'pa — fez consumir quase todo o estoque de café em' •máos da indústria de torrefação local.ESTIMATIVAS

Para a Fundaçáo Centrode Estudos do ComércioExterior a exportação decafé verde e solúvel poderárender este ano até 2 bi-lhões 600 milhões de dóla-res, contra 1 bllháo 780 mi-lhóes no ano passado. Osprodutos básicos em geralpodem dar ao país 11 bi-lhôes 700 milhões de dóla-res, que se somarão aos 15bilhões 550 milhões dos in-dustriallzados, totalizan-do, com 350 milhões daschamadas "operações es-peciais", cerca de 27 bi-

lhóes 600 milhões de dó-lares.

Como a estimativa da.Fundação Centro de Estu-"'dos do Comércio Exteriorpara a importação, este'.".,ano, é da ordem de 24 bi- j,lhões de dólares — 9 bi-lhões 600 milhões de petròV

"leo, 700 milhões de trigo, e.'.].13 bilhões 700 milhões dos",demais itens da pauta bra-sileira de compras —, o súi.. „perávlt na balança comer-ciai poderá chegar a 3 bi-lhões 600 milhões de dóla-"res, se os preços se manti- ¦verem no mercado InternaV, 1--"cional.

Sodré pede urgênciapara financiamentos

dos produtores

uai!SJP

Sào Paulo — O presidente do Conselho Nacionaldo Café — CNC, ex-Governador Roberto Cos-ta de Abreu Sodré, telegra-fou ontem aos Ministros doPlanejamento, da Fazendae da Indústria e do Comer-cio, apelando para que asinstruções dos novos limi-tes fixados pelo Governocheguem com urgência aosbancos.

É o seguinte o texto inte-gral do telegrama deAbreu Sodré a Delfim Ne-to, Emane Galvêas e Ca-milo Pena:"Em nome do CNC, dese-jo agradecer a atenção,atendendo em parte o limi-te para comercialização docafé. A elevação de Cr$ 6mil 200 para Cr$ 7 mil 500por saca náo atende aosdesejos e às necessidades

Entretan-to, permitirá, tão-somente, .a liquidação dos juros na < •prorrogação dos atuaiscontratos que são cobra-dos antecipadamente pe-los bancos e que, na suamaioria, já estáo vencen-do. Por essa razão, apela-mos para que as instruçõesdos novos limites ora fixa-dos cheguem de forma ur-gente à rede bancária, poisa agilização é imprescindi-vel para evitar que caia novazio todo o esforço do Go-verno em amparar esse se-tor agrícola. Solicitamos,por fim, que ao se estabele-cer o novo preço de garan-tia para café, o que deveráocorrer no dia Io de abrilpróximo, volte o financia-mento ao limite de 80%sobre o valor do preço degarantia."

C.M.TC.

EDITALCONVOCAÇÃO GERAL DE VENDAS N° 43A C MT C — COMPANHIA MUNICIPAL DE TRANSPORTES COLE-

TIVOS, comunica que esta colocando à venda, pela melhor oferta, pecasdiversas, pneus usados, tambores de freio, rolamentos, tambores vazios,sucatas, máquinas e equipamentos, máquinas e utensílios de escritório,Oleo queimado e materiais diversos.

Os interessados poderào obter as respectivas Condições Especificasmediante o pagamento de CrS 1.500.00 Ihum mil e quinhentos cruzeiros)e demais informações e esclarecimentos complementares à Rua Trezede Maio n° 1376, 3° andar. Departamento de Compras e Vendas, nohorário das 8:00 ès 1200 e das 1300 às 16 00 horas.

Os materiais poderào ser examinados à Rua Santa Rita n° 590.Departamento de Material, no horário das 8 00 às 11:00 e das 13 00 às16 00 horas.

Os envelopes fechados, contendo as propostas, nas quais deveràoconstar os números dos itens cotados o a descrição completa dosmateriais desejados, deverào ser entregues à Rua Treze de Maio n°1376. 3o andar, Departamento de Compras e Vendas, até às 09 j 30 horasdo dia 15 de março de 1982. quando serào abertos em sessão pública,diante de todos os interessados.

(Ass.) ECON. MODESTO STAMADiretor Presidente (P

SAO PAULO PARA TOCOS

ADMMSTTTACAO REYNALDO DE BARROS

Gerdau prevê expansão do}mercado de aço não plano^que está em equilíbrio

Curitiba — O presidente do grupo siderúrgicoGerdau, Jorge Gerdau Johannpeter, disse que o mer-cado de aços não planos está equilibrado, depois de-rma queda no consumo de 25% ano passado emrelação a 1980. O setor poderá ter ainda uma pequena-expansão em 82, salientou. . :

O diretor—superintendente do grupo, Eri J. Ber-nardes, informou que este equilíbrio de mercadodepois de uma queda significativa no consumo*^-conseqüência principalmente do fim dos estoques deaço que as indústrias mantinham ano passado. "Es-tes estoques foram consumidos e agora é hora de -renová-los", acrescentou. Em 1981 a Gerdau exportou.:300 mil toneladas de aço a 250 dólares a tonelada edeverá manter este desempenho neste ano.

A siderúrgica Guaira co- iAJUDA DO GOVERNOO presidente da Gerdau

e o superintendente estive-ram ontem em Curitibapara assinar o primeirocontrato entre a siderúrgi-ca Guaira, que se está ins-talando em Araucária e oGoverno do Paraná atra-vês do Programa Especialde Fomento à Industriali-zação — PEFI. A Guairavai receber empréstimosde Cr$ 800 milhões parce-lados nos próximos doisanos, o equivalente a 8%do total de Cr$ 5 bilhõesque deverá investir até ofinal de 1987 no Paraná.

RIO GANHA NÚCLEO HABITACIONALDE COOPERATIVA tiDAÁ 2*0 ÜNIDÁDEJ

1 M IIIPIIII P^lm,' JÊÊk ¦ • '-HaaaaaaWWa?

ofiri '^@):ABnHfl ¦ r -mpgJilJiüM Ktiõi IKi:MÍB^y^ m ^MwgiBW m\l >\

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zfflÊmmWM BPfetAaalnatura do contrato, no atbinMt do Garanta Regional. Paulo Capalli

Um novo núcleo habitacional, com 240 unidades, será construído no Estado do Rio de Janeiro, através do Proarama deCooperativas Habitacionais Para tanto, foi assinado um contrato no valor do Cr$ 259 milhões, entre o Banco Nacional dae o ÍNÇOCbOP°RÍo3rallVa

HaD"ac,onal * Comé™. • Companhia Brasileira de Estrutura - COBE. a Caixa EconornícaFetora!

™„^' r^íLfSiSi0, aii? ss,a £,os5r",ol',sl0 » Eãiioda do Cambuatá. no bairro íie Custa Barros. denomina-se Camboata II econsiste em 240 apartamentos do um. dois e três quartos, alem de um centro comunitário Quando concluído estaemprendimento deverá beneficiar cerca de 1 200 pessoas, pois cada unidade costuma abngar uma meda de cito pessoasDurante a assinatura do contraio, realizada na AGR-6. estavam presentes o Gerente Regional do BNH Paulo CaDoelh asub-Gerente de Programas Habitacionais. Solimar Rodrigues Salomão; o Diretor-Finance.ro do INOCOOP-Rio Carlos AlbertoI3-2&

o Direto,Técnico do INOCOOP Giuseppe BaSolato: o Presidenta da Cooperativa do Comôroo. Movsls de Cat»orSÍSSS .°,p,es,t,enle d° 892°™*gOf!«á Darcv Pe'eira' » representante da CEF, Geraldo Oberlander eo membro> doConselho|Administrativo do INQCOOP.fto. naul SanfAnna Pela Cobe. estavam „ BinjpifcBnaiaaota t£P".c MjiioO.t

PIONEIRISMOTanto a COBE como a Cooperativa Habitacional do Comercio atuam regularmente no Programa de CoooeratrvasHabitacionais desde sua criação peto BNH, em 1968. Como uma das empresas construtoras mais ativas ne«se setor no

Í222j! ' construiu seis empreendimentos o que soma quase 1 500 unidades entregues e um total de 71 365 metrosQuadrados construídosQuanto a Cooperativa Habitacional do Comercio, esta ia desenvolveu de* projetos habitacionais, num total de I 605fTrO'\HJH<l V

imi-JSvÍ?ii? Praitíl5s desenvolvidos peia Cooperativa do Comércio contaram com a assessoria tecnica-iundica-social doirvuLUUHHio que do inicio ao programa até agora, ia assessorou a construção de quase 50 mil unidades habitacionais emdiferentes pontos do Estado do Rio •»»<«'

meçarâ a produzir em,agosto e, numa primeiraetapa, a produção será de178 mil toneladas'ano. Apartir de 1987 a produçãochegara a 400 mil tonela,-das de ferro para construí,çâo, arames e fios espe-ciais.

Este é o segundo investi-mento do Grupo Gerdauem volume de produção nopaís. O primeiro é a Com-panhla Siderúrgica .daGuanabara — Cosigua,que até o final de 83 deverápassar de 600 mil tonela-das para 1 milhão de tone-ladas de laminados. - ,;i>

Usiminas lançabônus no JapãoBelo Horizonte — A as*p

sembléia-geral extraordi-nária realizada ontem pela.Usiminas — Usinas SideT!rúrgicas Minas Gerais jiautorizou o lançamento dé10 bilhões de ienes — Cr$ 5bilhões 800 milhões — embônus no mercado Japo-nès, a fim de captar recur-sos para o financiamentoda expansão da Usina In-tendente Câmara, em Ipa-tinga. O lançamento será^no próximo dia 23, atravèsjdo Banco de Tóquio.

A Usiminas, segundo e>posição apresentada peláfKdiretoria à assembléia, pa$gará juros que variarão dê^8,5Cr a 9,1% ao ano. ApóTcinco anos de carência, o|£títulos deverão ser resga^tados a partir do dia 26 d<£fevereiro de 1987 em cincaêparcelas anuais de 1 bühàíifúq íguss s umâ ssxtfl ú& *^bilhões. As despesas com mlançamento dos bônus, femil títulos de valor nom)*fnal de 10 milhòes_de.ienea^— CrS 5 milhões 800 mil -§jcada, deverão ser remetil»das ao Banco de Tóqui||ate o dia 26 deste mês. |

O presidente da UsimÉnas, Rondon Pacheco, via§jará a Tóquio dia 17, para flfclançamento dos bônus.

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JORNAL DO BRASIL ECONOMIA/NEGÓCIOS

Andreazza promete que leivai garantir propriedade

sábado, 13/2/88 a 1° caderno ? 10

O Ministro do Interior, Mário An-dreazza, prometeu aos empresários daconstrução civil, em reunião ontem pelamanhã no Banco Nacional da Habita-çào — BNH — retirar do anteprojeto delei de uso do solo urbano tudo o quevenha a contrariar o direito de proprie-dade. Garantiu que nâo há pressa paratramitação e que pretende submeter aproposta do Governo a longo debatepúblico.

De acordo com empresários que par-ticiparam da reunião, o Ministro reco-nheceu a necessidade de uma legislaçãoque regulamente o uso do solo urbanomas, Justamente por isso, quer uma lei"bem feita". Quanto à elaboração doanteprojeto, o Sr Mário Andreazza atri-buiü a tarefa ao Conselho Nacional deDesenvolvimento Urbano.

TemorParticiparam do encontro, além do

Ministro e do presidente do CNDU, Mili-tão de Moraes Ricardo, o secretário-executivo do órgáo, Maurício NogueiraBatista, e representantes da Associaçãodos Dirigentes das Empresas do Merca-do Imobiliário — ADEMI — da CâmaraBrasileira da Construção Civil e do Sin-dicato da Indústria da Construção Civildo Rio de Janeiro.

No inicio o presidente da CBIC, JoàoFortes, expôs a posição dos empresáriose seu temor de que o anteprojeto doGoverno não tivesse alterações. O presi-dente da Ademi do Rio, Mauro Maga-lhães, lembrou um anteprojeto feito du-rante o Governo Geisel sobre reformaurbana, considerado aceitável. Pergun-tou o que tinha acontecido com ele equem tinha a paternidade da nova pro-posta.

O Ministro Mário Andreazza passoua palavra ao presidente do ConselhoNacional de Desenvolvimento Urbano,Militâo de Moraes Ricardo, que expli-cou ser o projeto "um apanhado" de

Arquivo — MP9

llf JÈ

Mário Andreazza

sugestões dos conselheiros do órgão.Admitiu imperfeições técnicas, mas sa-lientou que o anteprojeto era apenasum esboço.

Sua explicação foi ampliada pelo Mi-nistro do Interior, que justificou o ante-projeto como uma forma de "provocardiscussões". Depois garantiu que o Go-verno não tem o menor interesse emacabar com o direito de propriedade,mas quer fortalecè-lo.

Suas afirmações foram consideradas"tranqüilizadoras" pelos empresários,representantes de 15 Estados. O encon-tro com o Ministro e o presidente doCNDU durou uma hora e 20 minutos.

/*£ CNBB discute hoje solo urbano-L Sáo Paulo — A equipe de coorde-nação do tema "Solo Urbano e Açáopastoral", principal assunto da vige-sima assembléla-geral da CNBB, tra-balhou, durante todo o dia de ontem,na nova redação do texto que seráapresentada hoje, ao Episcopado. Assessões da assembléia foram suspen-sas ontem, para um "dia de espiri-tualidade" que teve como tema "OBispo, Educador da Fé".

Para o Arcebispo de Porto Alegre,D Cláudio Colllng, o documento daassembléia sobre "Solo Urbano" não

deve ser definitivo, nem "um dogmade fé". Sem analisar qualquer um deseus pontos — "nâo fiz um trabalhocomparativo" — ele observou que"por mais estranho que pareça, oanteprojeto de lei governamental so-bre desenvolvimento urbano é maisavançado que todas as palavras queestáo contidas no nosso plano deestudo". D Cláudio Colllng defendeuuma taxação "violenta e progressi-va" do terreno urbano vazio, "seme-lhante ao Imposto de Renda", paraevitar a especulação imobiliária.

Governador evita expansãode Paes Mendonça na Bahia

Salvador — O Governador AntônioCarlos Magalhães decretou ontem a de-sapropriação de todos os prédios ondeestão instaladas as lojas dos Supermer-cados Vasquez para evitar que a RedePaes Mendonça — atualmente respon-sável por cerca de 70% do abastecimen-to da Capital — aumente seu domíniono setor e chegue ao monopólio efetivo.

O empresário Perfecto Vasquez,principal sócio da segunda maior cadeiade supermercados de Salvador, confir-mou que manteve entendimentos com oSr Mamede Paes Mendonça, recente-mente, mas nâo chegaram a um acordopara a concretização da venda das setelojas e dos dois depósitos da Vasquez.

y Impediu negociaçãoSegundo o Governador Antônio Car-

los Magalhães, em entrevista ontem àtarde, "Paes Mendonça quer tomar to-dos os pontos importantes da Bahia",por isso, ao tomar conhecimento de queo poderoso grupo

"pretendia comprar a

Rede Vasquez, impediu a transaçãoatravés da desapropriação dos imóveis.

'"'No momento, tomei apenas umaatitude política", disse o Governador,confessando que não sabe ainda o que oEstado vai fazer com os prédios desa-propriados. Podem ser utilizados, porexemplo, para instalação de algumasunidades da "Cesta do Povo", programaestatal que vende produtos básicos aoconsumidor a preços mais baixos doque os praticados pelos supermercados.

Apesar de admitir isso, o Governa-dordeixou-claro quejunadeflniçáaso-.bre o uso que vai ser feito dos imóveis sósairá dentro de quatro meses. "Mas da-qui a cinco anos pelo menos eles nãovão poder vender os pontos", salientouAntônio Carlos.

Quando um repórter questionou seele admitia que a açào do Governoestava tendo influência na queda devendas dos supermercados na Bahia, oSr Antônio Carlos comentou: "Achobom que as vendas dos supermercadoscaiam porque assim o consumidor serámenos roubado".

Fornecedores do palácioOs Supermercados Vasquez são for-

necedores quase exclusivos do Paláciode Ondina, onde mora o Governador.Na verdade, segundo o empresário Per-fecto Vasquez, sua rede abastece o Go-verno do Estado há pelo menos 25 anos.

— Eu tenho a Impressão de que hou-ve um mal-entendido — assim reagiuPerfecto Vasquez ao tomar conheci-mento da desapropriação dos imóveis.— Estranho que o Governador não te-nha me pedido nenhuma informação, sesomos fornecedores do palácio há tantotempo e esse decreto saiu exatamentede lá do palácio. Se o Governo quiseraceitar um entendimento, vamos tentarexplicar que chegamos a conversar so-bre o assunto, mas nâo achamos conve-niente passar o negócio para Paes Men-donça.

Com sete lojas estrategicamente dis-tribuídas em bairros populosos — Cam-po da Pólvora, Calçada, Ribeira, SáoCaetano, Fazenda Grande, Brotas ePau Miúdo — Supermercados Vasquezdetém 5% do abastecimento da Capital,mais ou menos o que alcançam os Su-permercados Cintra, com suas 22 lojas""espalhadas

por Salvador. A "Cesta" tíõPovo" fica com 10%, Paes Mendonçacom 70% e os 10% restantes ficam distri-buídos entre as feiras e pequenos co-merciantes.

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Liberação do FGTS deoperários da Ciferalainda depende do BNH

Somente o presidente do BNH — Banco Nacionalda Habitação — poderá autorizar a liberação doFundo de Garantia por Tempo de Serviço — FGTS —dos metalúrgicos da Ciferal. A Informação foi trans-mitida ontem à tarde pelo diretor financeiro dobanco, Carlos Ramos, durante reunião no Teatro doBNH, com cerca de 500 operários da empresa.

Os metalúrgicos pretendem levantar seu FGTScom base no item 87 do Código de Regulamentação,que trata dos casos especiais. Em principio, o fundosó pode ser liberado em caso de demissão, casamento,aposentadoria, invalidez permanente, morte (para osherdeiros) ou para compra da casa própria. Como osoperários não se enquadram em nenhuma destascondições, necessitam de autorização especial doBNH para recebè-lo.

ARGUMENTOS

A posição do BNH se de-ve, segundo seu diretor fi-nanceiro, Carlos Ramos,ao risco de precedente queseria aberto com a libera-çáo especial do fundo peloitem 87 que, "no qual aCiferal náo se enquadra".Até hoje, esse item foi utili-zado, apenas, em casos decalamidade pública, comoas enchentes em Belém.

— O fundo é um pecúliodo empregado para quan-do ele se aposentar, náo épara pagar salário. Nossapreocupação é colocar oque é devido aos trabalha-dores em suas contas. Osaque é extremamentecomplexo, por nào ocorrerdesde a instituição do fun-

do, há 15 anos — afirmou oSr Carlos Ramos.

O presidente do Sindica-to dos Metalúrgicos, Os-valdo Pimentel, revelou adisposição do BD-Rio emfinanciar o recolhimentodo FGTS devido pela Cife-ral. Em valores não corrigi-dos, esta divida atinge Cr$76 milhões 800 mil, segun-do a própria empresa.

O BD-Rio era, em 31 deoutubro passado, o segun-do maior credor da Ciferal,tendo concedido emprésti-mos no valor de Cr$ 219milhões 450 mil. Nem seupresidente, Israel Klabin,nem seu vice-presidenteMateus Schneider foramencontrados para confir-mar a informação de Os-valdo Pimentel.

Rogério Reis

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Os operários se concentraram em frente ao6/\H (ao fundo, o edifício da Petrobrás)

Trabalhadores fizerampasseata e ato público

Empunhando faixas e cartazes onde se lia "Estamoscom fome e queremos o que é nosso", "Ontem a Fiat,hoje a Ciferal. E amanhã? A luta é de todos os trabalha-dores", cerca de 500 operários da fábrica Ciferal fizeramuma passeata da Central do Brasil até o prédio do BancoNacional da Habitação — BNH — onde, às 16h, realiza-ram um ato público.

— Não é possível que trabalhadores tenham queentrar em greve por causa de salários atrasados. Apesarda fome, amenizada com a distribuição de alimentoscoletados por nosso sindicato, é preciso ficar claro que oque queremos é a Ciferal reaberta. Entre os trabalhado-res nào hà agitadores, como disse o ex-Comandante daPM, Coronel Nílton Cerqueira — afirmou ArimatéiaCampos, diretor do sindicato dos metalúrgicos, aplaudi-do por seus colegas.

Tentando sensibilizar a diretoria do BNH para que oFGTS seja liberado o mais rápido possível, os operáriosutilizaram vários recursos: enquanto Marinaldo SantosConceição, 42 anos, andava de um lado para outro, nafrente do Banco, pedindo às pessoas que colaborassemcom a caixinha que levava, com os dizeres "Ajudem osmetalúrgicos da Ciferal", Joanílson do Nascimento Melovendia picolés para angariar fundos "para comprar ma-terial escolar para os dois filhos".

Soldador da Ciferal há nove anos, Francisco dasChagas, 31 anos, chegou a levar à manifestação suamulher Lúcia Rosa e seis filhos menores, que se coloca-ram ao lado de uma faixa onde se lia: "Ciferal —trabalhadores em greve e espancados pela polícia. Aju-de-nos a resistir".

O ato público terminou às 17h, quando o presidentedo Sindicato dos Metalúrgios, Osvaldo Pimentel, convo-cou os operários para uma reunião no Teatro do BNH.

(Ü3ÜDP®IJófflWUServindo ao Brasil

HOTÉIS OTHON S/A.CGC. 33.200.049/0001-47

COMUNICADO AOS ACIONISTASComunicamos sos senhores acionistas que a partir de 02/03/82,iniciaremos a distribuição da bonificação deliberada na AGE de04,12.81;1. BONIFICAÇÃO7,241 OPCT sobre o capital social de CrS 852.999.100,20 ale-vando-o para Cr$ 914.766.080,40 mediante emissão de16.292.333 ações ordinárias, 10.562.441 ações preferenciai'nominativas ou ao portador, sem valor nominal, a serem distri-buídas a titulo gratuito, na proporçio das ações possuídas.2. INSTRUÇÕES GERAISPara o exercido do direito e substituição de certificados, csacionistas devem observar os seguintes detalhes:2,1. Apresentar os documentos abaixo:2.1.1. Cartão CIC (pessoa física) e documento de identidade;

Cartão CGC (pessoa Jurídica).Dos eventuais procuradores, solicitamos a apresentaçãodo documento legal de habilitação, segundo modelo pa-dronizado fornecido pelo Banco Lar Brasileiro S.A.Preencher formulário próprio fornecido nos locais deatendimento (item 2.7.1.Os novos certificados conterão os seguintes "Estado dosDireitos":DIV-002 BON-001 SUB-000O acionista nominativo receberá pelo correio o docu-mento "Aviso aos Acionistas", contendo a posição atua-lizeda inclusive com a presente bonificação.Ficam suspensas as transferências, conversões, desdobra-mento, agrupamentos e atualização de direitos atrasa-dos, no período de 15/02/82 a 02/03/82.Locais de atendimentoNas agências do Banco Lar Brasileiro S/A, de 2? a 5*feira, no horário das 10:00 às 16:30 horas.

A DIRETORIA

2.1.2.2,2.

2.3.

2.4.

2.5.

2.6.

2.7.

Custo devida sobe5,8% em SP

Sao Paulo — O aumentodo custo de vida da classemédia paulista foi de5,80% em janeiro passado,em comparação com o mêsde dezembro de 1981. infor-mou ontem o presidentedo Sindicato dos Econo-mistas do Estado, MiguelColasuonno.

Criado em Junho do anopassado, o ICVM (índicedo Custo de Vida da ClasseMédia), acumulado nos úl-timos sete meses atingiu45,46%, o que correspondea uma inflação de 90,10%ao ano. O levantamento doíndice é feito com base nosconsumidores cujas ren-das mensais variam de seisa 33 salários mínimos. OICVM dos últimos mesesteve os seguintes cresci-mentos: julho de 1981 —5,86%; agosto — 6,76%; se-tembro — 5,56%; outubro4,43%; novembro —4,61%; dezembro — 5,50%;e janeiro de 1982 — 5,80%.

Viacavatranqüilizaservidores

Maceió — O secretário-geral do Ministério da Fa-zenda, Carlos Viacava,tranqüilizou, ontem, o fún-cionalismo federal, dizen-do que nào haverá atrasono pagamento de seus ven-cimentos ou salários "poisquem está acostumado areceber antes do dia 25,permanecerá recebendoantes do dia 25".

Viacava considerou"boatos" as notícias dosatrasos no pagamento dofuncionalismo federal eacrescentou que existe di-ferenças de datas de repar-tiçáo para repartição,"mas isso é absolutamentenormal, pois até mesmo noMinistério da Fazendaocorrem essas diferençasde datas para o paga-mento".

O secretário velo a Ma-ceio participar da inaugu-ração do novo prédio daSecretaria da Fazenda deAlagoas e participar dareunião do Confaz — Con-selho de Política Fazenda-ria, acompanhando o Mi-nistro da Fazenda, ErnaneGalvèas.

— Pode o funcionalismoficar tranqüilo que não ha-verá atraso nenhum. Isso éboato. O Ministério da Fa-zenda libera o pagamentoaos ministérios, que esta-belecem o período. Esse é oprincípio. Quem recebiaantes do carnaval, vai re-ceber antes do carnaval.

Confaz dáisenção doICM a suco

Maceió O Conselho dePolítica Fazendária —Confaz, reunido ontemnesta Capital sob a presi-dència do Ministro da Fa-zenda, Ernane Galvèas,aprovou as propostas en-caminhadas por Sergipe eGoiás para isenção de ICMImposto sobre Circula-çào de Mercadorias ao su-co de lararrja, farelo de ar-roz e torta para ração, deabril a dezembro desteano.

São Paulo

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•»•.-(««»,,: :¦:.;.mmmmim*i.míÀir3BKt^^mwiKmmm-^-y^: ¦¦^w'-i:$jü&KmmmmmmmammM*A capacidade brasileira de produção de.

armamentos foi destacada pela revista

Blindado Cascavel é capada principal publicaçãomundial sobre armamentos

São Paulo — A principal revista especializada emarmamentos do mundo, a International Defense Re-view, traz no seu último número, na capa, o blindadole,ve Cascavel, fabricado na Engesa — EngenheirosEspecializados S/A — e que é o seu principal produtoem exportações. A Engesa continuará em 1982 a forne-cer seus produtos ao Oriente Médio, paises latino-americanos e à Inglaterra, que já compra torpedosfabricados em Sáo Paulo para equipar seus navios.

O último contrato de exportação assinado pelaEngesa foi com o Iraque, um total de 200 milhões dedólares, e também enviou para a China algumas unida-des de seus blindados leves, para testes. Deverá come-çar a equipar os seus produtos com canhões de 105milímetros. Atualmente utiliza canhões de 90 milime-tros. Cada unidade adquirida por outros paises custade 350 a 600 mil dólares, dependendo dos equipamen-tos que o comprador exigir.

AnáliseNa sua análise da situação latino-americana no

que diz respeito a conflitos, a International DefenseReview cita por várias vezes a capacidade de produçáode equipamentos bélicos por parte do Brasil. Na pági-na 1 273 apresenta uma fotografia do Niterói, que arevista considerou de moderno navio de guerra. Dizainda que a Argentina e o Brasil tèm ambições derealização de programas para modernização de suasfrotas navais.

Salienta na página 1 280, apresentando uma fotodo Cascavel, que "vários paises latino-americanos es-tâo utilizando os veículos brasileiros da Engesa, quetem tido sucesso em paises das Américas do Sul eCentral".

Figueiredo nomeiaJost para o Carajás

Brasília — O Palácio do Planalto di-vulgou ontem o decreto em que o Presi-dente da República nomeia o Sr NestorJost para a Secretaria Executiva do Proje-to Grande Carajás. O cargo, que tem ocódigo DAS-6, corresponde ao de secreta-rio-geral de Ministério.

Por outro decreto, o Presidente daRepública dispensou, a pedido, do mesmocargo, o Sr Ozáel Carneiro, que se cândida-tara ao Governo do Pará, pelo PDS.

Foto Vorig

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O Boeing 7471200B,prefixo PPVNBlMoj;Wx'V'ari~g;oatea~rTova~recorde entre o Rio de Janeiro eParis, realizando o percurso em9h 31 minutos de vôo. Na oca-

sião, o PP-VNB realizava o vôo'740, tendo do cornando ãè sua"tripulação Carlos Homrich. Otempo normal de vôo entre as

duas cidades é de llh.

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SOCiEDADE ANÔNIMA WHITE MARTINSCOMPANHIA ABERTAINSCR. C.G.C. - MF N9 33.000.571/000145AVISO AOS DEBENTURISTAS1. A partir de 01.03.1982. estaremos pagando os juros de 2,29479%, sobreo valor

nominal das debêntures, atualizado monetariamente naquela data. conforme lan-çamento aprovado pela AGE de 22.08.1979.

2. O atendimento será efetuado nos dias úteis, das 10 às 16 horas, nas agências doBanco Lar Brasileiro S.A. - Divisão de Serviços de Acionistas - mediante aapresentação do cupom n° 10.

Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 1982CHERUBIN HELCIASSCHWARTZDiretor de Administração e de Relações com o Mercado

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80 d 1° caderno ? sábado, 13/8/88 ECONOMIA/NEGÓCIOSBrahma lança refrigerante com

Hsabor cola na Nigéria este ano

JORNAL DO BRASIL

Empresas

Porto Alegre — Ao lançar o refrigerante com sabor cola na Nigéria, ainda este

.-ano, a Brahma estará competindo direta-- mente com a Coca-Cola naquele pais, e1 adotando uma estratégia de marketingque consiste em experimentar a concor-rència num pais menor para, posterior-mente, lançar o produto no Brasil.

A informação foi dada pelo gerente-geral da administração central e porta-voz da presidência da Brahma, ÁlvaroCorrêa de Oliveira, que, embora tenharessaltado que o sabor cola nào será ocarro-chefe da Brahma, pois a cerveja e oguaraná sào mais importantes e têm mer-cado conquistado, a empresa já dispõe doprocesso industrial e que está em testes,podendo ser lançado este ano ainda naNigéria. No Brasil, o sabor cola da Brah-

ma ainda náo tem data prevista de lança-mento.

FranquiaA venda do refrigerante sabor cola,

cujo nome ainda náo foi escolhido, poden-do chamar-se Brahma-Cola, será feitaatravés de franquia com a empresa Drin-ko Industries, uma associação do GrupoCotia com empresários nigerianos, quecompra os concentrados de guaraná, su-kita e limão da Brahma, para engarrafa-mento e venda no país africano. Esseprocesso de franquia na Nigéria funcionadesde o inicio do ano passado, e maisrecentemente em Formosa, mas em ou-tros países dá América Latina, como Bolí-via, Chile, Uruguai, o concentrado dosrefrigerantes Brahma já é vendido desde,1976.

Bob's — A cadela Bob's vaiinaugurar mais duas lojasem Sâo Paulo: na regiãoda Paulista e no ShoppingCenter Morumbi, com lu-gares sentados e ar condi-cionado.

¦Prever — Fundada pelasseguradoras Bamerindus,Brasil Seguros, Nacional eUnibanco, a PrevidênciaPrivada S/A começou aoperar nas modalidades depecúlio e renda. A empresatem sede em Sáo Paulo.

¦Banco de Tokyo — O Ban-co de Tokyo inaugurou dia5 na Av Paulista, SP, umaexposição industrial comprodutos da Honda do

Brasil, A mostra terá dura-ção de dois meses e estáaberta ao público no hora-rio comercial.

¦NoviK — A Novik S/A In-dústria e Comércio assi-nou contratos de exporta-çào de quase 100 mil dóla-res com empresas da Aus-trália, Nigéria e África doSul. ¦Federal de Seguros — ACompanhia Federal de Se-guros, a 30 Produções Ar-tistlcas Ltda e a Fènix-Serviços Jornalísticos ins-talam hoje, no baile Carto-la de Ouro, pré-carnavalesco do CircusMaxlmus, o seguro car-naval.

BOLSA DE VALORES DO RIO DE JANEIROCom volume fraco de negócios, o último

pregão da semana foi de alta — 1,7% — com oíndice Geral de Lucratividade atingindo 38.122pontos, recorde nominal. No fechamento houveuma queda acentuada nas cotações, com Petro-brás, por exemplo, que chegou a alcançar Cr$9,70 recuando para Cr$ 9,25.

A semana teve um saldo positivo, com oIBV médio apresentando uma valorização de2,1% em relação ao período de 1 a 5 de fevereiro.A ação Brahma OP teve a maior alta na sema-na — 27,9%, atingindo Cr$ 5,50 no encerramen-to do pregão ontem, influenciada por pressãocompradora exercida pela corretora Garantia,na Bolsa de Valores do Extremo Sul (através daCorretora Precisa). Em Porto Alegre a açãosubiu 46%, cotada a Cr$ 7,37.

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(mil) Aberl Foch Má» Min MedDIoantNo ano

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3669

II229

7.5787.092

120

8312

1,7510.0512,1011,205.102,302,303.454,003.201,401,821,067,512,202,050,604,003.602.00

1.72 1,8010,15 10,1512,30 12,5011.20 11.405,25 5,252,302,303.454.053,201,401.801.057.552,151.950.604,003.652.00

2,302,303,454,053.201,401.821.067,552.202,100.6O4.003.702,00

1.729,95

12,1011,205.102,302,303.454,003.201.401.801.057,512,151,950.604.003.602,00

1.7510,0312,2511,295.252.302,303,454,003,201,401.821.057,542.162,020.604.003.692,00

2,34 149,570,80 143,70

147,591,26 152.36

168.27

ESI 107,48EST 107,48

176,02

2,56 132.01135,59264,15

-0,55 133,82375.00

0.67 443.531.41 122,03

-0.49 126.25

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300500385291212

28873

6.007.007.012,902,952,755,503,906,016,003.500,590,730,980,402.141.822.202.401.702,000,260.410.210.801.15

8.150.852.612.952,352.842,604,756,900,644.50

6.008.40

6.007,007.002,902.952,755.503,956.016.003,500,590,800.980,382,151.822,262.501,702.000,260.440,210.801.158.150,832.612.902.352,842.604.757,00

0.704.506.018,40

6,007,007,012,902.952.755,504,056,016,003,500.590.800.980.402.151.822,352,501,707,030.270,450.210,801.15

8.150.922.613.002.402.842.604.757,000.704.506.058,40

6,007.007.002.902,952.755,353,906.016.003.500,590,730.980.382,141.822.202,401,702,000,260,410,210,801,15

8,150,802.612.902,302.842,604.756.900.644,50

6.008,40

6,007.007.012.902,952,755.503.976.016.003.500.590,770,980,392.151,822,282.421.702.000.270.420,310.801.158.150.632.612,962.352.842.604.756.950.704.50

6.018.40

100,00100.00125,18138,10

1,72 137,51125,00

7.42 139,242,85 170.39

214.64222,22

1.72 137,21-1.26 122.22

8.89 140.00-2,50 97,50

158,09

7,55 114,574,31 113.08

13.33 147,835,26 147,06

180,00•8,70 I 16.67

131.25Eli 148.15

104,55

1,12 131,457.79 172.92

5.71 149.498.80 153.59

Ev 110.640,21 I 13.103.42 139,00

Eli 77,784.17 154.110.50 148,760.24 168.00

Pelrobraspp 44 265 9.65 9,25 9,70 9.25 9,46 2.16 164,81Pirelll op 2.000 2,80 2.60 2.60 2,80 2.80 _Reolcofebn 2.10 2,10 2,10 2,10 2,10 — _ReolCofeon 2,10 2,10 2,10 3.10 2.10 — _Rei. Ipirango pp 1000 4,40 4.40 4,40 4,40 4,40 7.32 / —Riograndense pp 12 2.70 2.71 5,71 2.70 5.70 .1,82 121,62S Nacionalpb 0,60 0,60 0,60 0,60 0.60-14,29 150,00Somilriop 3070 1.90 1,95 1,95 1,88 1.90 2,70 132.87Sondorécnico pp 2.45 2.45 5,45 5,45 5,45 — 90.74SouzoCruzop 1.994 8.00 8.00 8.00 7.40 7,77 -5,70 141,02Supergasbraspp 50 3,35 3,40 3,40 3.35 3.40 — 123.64T. Janerpp 500 2.05 2.05 5,05 5.05 5.05 5,13 141,38Tecnosolopp 500 1.30 1,30 1,30 1,30 1.30 -5,11 108.33Telerjoe 0,55 0.55 0,55 0,55 0,55 — 1 10,00Telerjon 115 0.55 0.55 0.55 0.4B 0.54 Eu 120.00Telenpn 'o 2.34 2,34 2,34 2.34 2,34 0,43 130.00T.broseb 48 10.55 10.25 10.25 10.25 10,25 _ 112.64Unibancopo 1,55 1.55 1.55 1,55 1.55 — 119,23Unlboncopb 1,55 1,55 1,55 1,55 1.55 1.31 129,17Unlporbn 6.91 6.91, 6,91 6.91 6.91 _ 158,49Uniparon 434 6,99 7,00 7.00 6.99 7,00 — 166,67ValeR.Doceop 7 69D 8,92 8.92 8.92 8.92 8.92 — _ValeR.Docepp 4031 10.65 10.70 10.85 10.70 10.80 0.74 143,43Wh.iaMort.ap 17.131 2.60 2,45 5,70 5,45 5,59 4.44 156.97Zanlnlpp 1.000 1,90 1,90 1.90 1.90 1,90 — _

Mercado FuturoTlluloiB B.onl ppBonespo ppDocos Somos opFertisul ppMannesmonn opPetroaiól ppSomitii opVale R. Doce ppWh.te Man. opWh.te Mart op

Venc. UH. MM. Ouonl (mil)Mar 11,80 12.17 33 850Mor 2.16 5.50 7.450Mor 2.50 2,46 3 900Mor 2,19 2.18 800Mor 3.20 3.19 1.100Mar 9,85 10,13 89.120Mor 2,05 2.05 2800Mor 11.68 11.68 1.CO0Mor 270 2.80 17.100Abr 3.01 3.01 300

BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

Sào Paulo — As negociações à vista na Bolsapaulista sofreram, ontem, um crescimento de 52 4"7rchegando a um total de Cr$ 2 bilhões 466 mllhôes.dosquais, Cr$ 1 btlhào 910 milhões referentes a negócioscom ações. O mercado de opções apresentou umvolume de negócios de CrS 555 milhões 500 mil. O totalnegociado na Bolsa de Sào Paulo apresentou umaevolução de 101,9% em relaçào ao pregão anterior.Nos negócios à vista, houve uma concentração denegócios nas ações do Banco do Brasil, 36,8%; Petro-brás, 11,2%; Paranapanema, 5,7%; e Bradesco, com3,9%. Há expectativa no mercado em relação aopróximo dia 17, quando deverão ser exercidas posl-çôes no mercado de opções.

TÍTULOS ABER. MlN. MED. MAX. FECH. OSC.OUANT.(Mil)

TÍTULOS

TÍTULOS ABER. MlN. MÉD. MÁX. FECH. OSC.OUANT.(MIL)

Acento op 1.70 1,70 1,71 1,75 1,75 +2,9 196i Aço Aliono pp 2,00 2,00 2.00 2.00 2.00 300. Aços Vill pp 0.75 0.73 0.77 0.80 0.73 15 300

Aduboi CRA op 0,60 0,60 0.60 0.60 0,60+.11,1 10I Aduboi CRA pp 0.70 0,70 0.70 0,70 0,70 3 700, Alporgoloi on 17,60 17,80 17.80 17,80 17,80 7, Alporgaloi pn 16,10 16.10 16,28 16.40 16,30 +1,8 B6I

And Claylon op 3,60 3,75 3,77 3,80 3.60 3 569| Aníorct Nord on 1,90 1.90 1,90 1,90 1,90 +55 317j Anlorci Nord pn 5,20 2,20 2.33 2,33 2,33 + SJ» 117

Art«* PP 2,30 2,30 2,40 2.46 2,40 +4,3 3 660i Alma pp 0,50 0,50 0.50 0.50 0,50+11,1 45

Auxiliar pn 1,00 1.00 1,00 1.00 1.00 123Bamermd Seg pn 2.70 2,70 2,70 2,70 2,70 51 Bandeirante» pp 1,80 1.80 1,80 1,80 1,80 4.263

Baneipo on 1,71 1.71 1,72 1,73 1,71 +4,9 261Banespa pn 1,77 1,77 1,77 ) 80 1,80 +2.2 207

1 Bonespo pp 2,15 2.10 2,15 2,20 2,15 +2,3 6.720Bonespo pp 1,96 1,96 2,01 2,05 2,03 +4.1 4.607

Bardello pp 2.25 2.25 2,26 2,30 2.30 +4.5 3.264I Bemge on 1,60 1,60 1,60 1,60 1,60 10I Besc pp 0,90 0,90 0.94 1,06 1,06+17,7 266

, Borello pn 0,90 0,90 0.90 0.93 0,93 + 3,3 540Bradesco on 2,95 2.93 2.94 2.95 2,95 +1,7 3841 Bradesco pn 2,95 2.95 2,95 2,95 2,95 55.284

jj Bradesco Fin on 2.00 2,00 2,00 2,00 2.00 1»Bradesco Fin pn 2.00 2,00 2.00 2.00 2,00 7

Brodesco Inv on 2,76 2,78 2,78 2,78 2,78 12Bradesco Inv pn 2,78 2.78 2.78 2.80 2.80 +0,7 180Brahmo pp 4.00 4,00 4.00 4,00 4,00 +2,5 256Brasil on 10,00 10,00 10,07 10,25 10,00 319Brasil PP 12,20 12.20 12.22 12,30 12.20 1.319Brasil pp 11,20 11.20 11,30 11,35 11.30 +0,862.323Brosilil op 2,60 2,60 2,60 2,60 2.60 +6.1 400Brasrnotor op 12.05 12,05 12,05 12,05 12,05 +0,4 1Brosmolor pp 8.00 8,00 8,00 8,00 8,00 318Buetlner on 1,20 1,20 1.20 1.20 1,20 17Cacique pp 6,20 6.20 6.20 6,20 6,20 +5.0 505Cam Corrêa pp 9.21 9,21 9,24 9,25 9,25 +0,5 80Caso Anglo op 9.00 8.80 8.96 9,00 9,00 -5 3 199"Cbpi pe 6,50 6,50 6,96 7.00 7,00+16.6 140Celm op 1.30 1,30 1,30 1.30 1,30 42Cemig pp 0,80 0,80 0,80 0,60 0,80 319Cemig pp 0,66 0,68 0,68 0,68 0,68 -6 26Cerv Polar pn 2,00 2.00 2,00 2.00 2,00 550Cerv Polor on 1,45 1.45 1,46 1.50 1,50 +7,1 711Cesp pp 0.72 0.71 0.72 0,73 0,72 +1,4 21.776Cevai pn 2,35 2,35 5,35 2,35 2.35 -2.0 1.921Chapem pp 2,00 2,00 2,02 2,10 2,10 +5.0 870Cio Henng pp 7.60 7,60 7,75 8,00 6,00 1.250 1.250Cico pp 5,00 5,00 5.00 5,00 5,00 20Cim Caue pp 6,10 5.99 6.00 6,10 6,00 522

J..Ci.m_!!a.u_.p.p .15.3CL ±5,30—lívSQ— T-5,-30--15r30- 4-Cimepar pn 1,20 1,20 1,20 1.20 1,20 3 025C.mepar pp 1.75 1,75 1,80 1,80 1,80 -1 2 140Cobrasmo op 2,90 2,90 3,00 3.00 3,00 +71 6 289Coest Const pp 0.55 0,55 0.55 0,55 0,55+10 32Com e Ind SP pn 2,05 2,05 2.05 2.05 2.05 +6 215Com e Ind SP pp 2.00 2.00 2.00 2.00 2.00 8Conlab pp 2,90 2,90 2.90 2.90 2.90 -1,6 635Cons Beter pp 1,10 1,10 1,10 1,10 1,10 49Copas pp 1,40 1,30 7,39 1.40 1,40 389Copene pp 3,00 3,00 3,00 3,80 3,00 130

• Copene pp 3.85 3,80 3.83 3.86 3,80 3.433. Copene pp 3.00 3.00 3,00 3,00 3,00 226

Copene pp 2.50 2.50 2.50 2,50 2,50 250i Garbella pp 0.60 0.60 0,60 0.60 0,60 200

Cred Real MG onGuíetro Sul ppDocas Santos opDurotex ppEconômico onEconômica pnEluma opElumo ppEricsson opEstrela ppEucatex ppFNV ppFab c Renaux ppForo! pnFer Lom Bros opFer Lom Brás ppFerro Brás ppFord Brasif opFrigobras ppFund Tupy ppGraiziotm ppGuararapes opIAP onIAP pnIBESA ppImcosul ppInd Villores pploclipe oplochpe pp(tap ppItaubanco pnItousa onItouso pnJ H Santos ppJoaquim Oliv pnJul Arroyo onLight onLight opLobros ppMognestto onMonah opMonah ppManasa ppMannesmonn opMonnesmann ppMarcopolo ppMorisol ppMec Pesada opMec Pesoda ppMendes Jr ppMesbla ppMet A Eberle pnMet Bárbaro opMetal leve ppMínasmoquina pnMoinho Flum opMoinho Lapa ppMoinho Sant opMontreal ppNacional pnNord Brasil ppNordon Met opNoroeste Est ppNoroeste Est ppOlvebra ppParanapanema opParanapanema ppPaul F Luiz onPaul F luz opPerdigão ppPerdigão Agr pnPet Ipiranga opPèf~rp"i"rahga ppPetrobrás onPetrobrás pnPetrobrás ppPhebo opPhebo ppPir Brasília ppPifclli opPia Monsanto opPio Monsanto ppPromelal ppReal onReol onReal pnReol pp

ABER. MlN. MED MAX. FECH. OSC.OUANT.(MIL)

2,500.852.202.806.105.201.752.015.802,503,501.501.231.650.600,822,606,703.501.B02.60

2.500,852,202.606.105,201,751.905.805.503.501.501.231.650,800,622,606,703,501,602,60

11.60 11.601.00 1,000.901.501.200.852,502.353.003,15

12.0012.70'3.00

1.40

0.901,501,200,852,402,353.003,10

12.0012,603.001.40

2.500.872.202.686.105.241.755,015,942,503,501.501.231.65O.600.842,607.303.531.862.60

11,971.000.901.501,230.872.412.353.003,15

12.00

2.500.695.502.906,105,251.755.106.012.503,501,501.231.650.800.662.607.513.601.902.60

12,151.000.901.501.250.682,502.353.003,15

15.0016.69 12.7033.04 3.10

2.50 -t 42.80.89 4 7,22.20 + 10,02.90 -13.56.10 —5.25 + 2.91,75 —2,10 6 2056.012.503.501.501.231.650.800.862.607.513.601.902.60

12.151.000,901.501.250,882.402.353,003,15

12.0012.60

+ 4.5

-13.14 5,2+ 4,8+ 6.1/+ 5.6+ 5.5+ 8.3+ 2.9

+ 4,1+ 3.5•4,0

/+ 1.6

26313678

4.1502

1.143251

1.0011.620

4801 000

2002.970

5109293

1 710400390200

38625050

1 000644725

1.1003025

9 3811.001

773

48,50 48.500.72 0.720,803,551,904,032.501,492,922.254.500.702.002.80

0,603,551.904,002,501,492,922,254.500.702.002,80

12.00 12.002.60 2.602.104.004,301.427.002.008,902.402.304.053,104,402.750,85

2,104,003,401.427.002,006.902.402,304.053.104.402,750,60

15.60 15,6015.75 15.600,600.701,901,183,50

:r474«f'6.058,709.433.302,450,702.656.006,000,423,353,103.624,70

0,600.701.901.163,504,445.958.709,303.302.400.702,656,006.000.423.103.103.824.70

1,4048,50

0.720.643,55

1.9034,002.571.495,955,574.500.702.002.84

12,002.602.104,004,521.427.005.009.992,402.304.093.104.402,600,83

15,6015,770,600.701,911.183,504,456,078.709,523,302.420.702,776,006.000.443.163.103.844.70

1.4048.500,720,903.551,904.002,701.493.002,294.500.702.002,90

12.002.602,104,004,601.427,002,009,052.402.304.103.104,402,800,85

15.6015.600.600.701.951.183.504,456,158,709,703.302.450,702,816,006,000.453.353.103.854.70

3,00+11.1 2.1201.40 /

48,50 /0.72 +10.70,80 + 2,53,55

1.9034,002.701.492,952.274.500,702,00

+ 5,2+ 8.0

0.6+ 6,4+ 3,1

2.80 5.65012.002,602.10 +5,04,00 +5,24,60 +6,91,427,002,009,002,402,304,103.104.402,800.80

15.6015.600,600.701.901.183.50 _±?_64,45 + 4,75,95 -1,68,70 +5.4

5,2+ 1.1-4.0

+ 2.2-4,6+ 1,1

-5.8

94595

424545

1009

8654.100

3001.1107.300

5050

5

1.070308

1.0001.2652.794

8400

20915

2.00038

1003915

7751 050

2.5 6944+ 7,1

+ 5,5

98868

1.671000

_J 00-69955562

9.30 -2,1 22.5513.30 * 10,02,40 + 13,20,70

Reol ppReal Cio In" onReal Cia Inv pnReal Cons pnReal Cons pnReal Cons pnReal Cons pnReal Cons pnReal Cons onReal Cons onR*ol de Inv onReal de Inv pnReal de Inv ppReal de Inv ppReol Part pnReal Part pnReal Pari pnReal Port pnReol Pon onReol Pari onSadio Avicol ppSod<a Concor ppSod>o Joacab ppSaírito pnSono ppSano ppSchlosscr ppServix £ng opSid Acrjnorte pnSid Aconorte opSid Aconorte ppSid Nocionol ppSolornco ppSou/a Cru/ opSta Oiimpia ppSudamens onSupetgosbras opT Jane* ppTeVo ppTelerj onTelerj pnTe'esp oeTelesp onTe'esp peTelesp pnTex G Colfot ppTibrás pnTraio ppTransbrasil ppTransporona ppTrorion ppUnibanco pnUnibanco pnUnibanco onUnibanco ppUnibanco ppUnibanco ppUnibanco ppUnipar ppUntpa ppVale R Doce ppVol met opVarig onVorig ppVidr Smorfno opVigorelli opVotec ppVulcabrás ppWhit Martins opZanini pp

4.05 4,055,01 5.005.015.00

5.004.80

4.70 4.705.00 4.806.00 6,004.00 4,00

4.00 4.0017.00 17.0017.00 17.0021,00 21.0018,50 18.505.90 5.904.00 4.004.80 4.804.00 4.004.50 4,504,00 4.00580 5.804.00 4,002.40 2.400.80 0.801.75 1.751.80 1.601.65 1,651.13 1.130.32 0.321.00 1.001.45 1.450.63 0,630.57 0,577.80 7,800.55 0.554.90 4,903.20 3,202,00 2.001.30 1.250.46 0.452.31 2.300,70 0,700.70 0.703.25 3.253.05 3.050.70 0.705.10 5,104.20 4.200.65 0.601.80 1.804.30 4.201.38 1.331.33 1,331.30 1.301.50 1.501,40 1,401.50 1,501.35 1.35

1 1.00 II ,0011,00 11.0010.80 10.801.76 1.761.80 1.602.70 2.705.60 5.550.49 0.490.69 0.652.50 2,502.60 2.501,90 1,90

4,055.005.004.994,704,626.034.004.794.00

17.3017.7271.0018.755.964.004.924.004.604,002804.002.400,601.751.801.691.140,321.001.450.630.577.800.554.903.202.001.320.452.330.710,713,303,080,665,104,200.831.804,221.331,331,321.521.421.501.35

11.0011.0010,80

1,761.602.755.590.490,652,502.591.90

4,055,015.015.004.705,006,055,004.61

4.05.5,005,004.804.704.806.054.004.61

4.0017.5016.0021.0019.006.004.005,004.004.654.005.604.002.400.801.751,601.701.150,321,001,450,630,63d —0.58 0.56 .

+ 5,217.5016.00

19.005.904.005.004.00 •4,624.002.604.00 -

+ 4,30.801.751.601.701.150.321.00

-0.1-0.1-6.0

-7.6+ 0.3¦20.6-6,2

1+ 2.9+ 5.8215

+ 2.7

•15.214,2

•10.8

+ 3.711,1

20

80010231429"63

3219

439

100278

I 508338

8326

20313

320

600

— 900

8,000,554,903.202.001.350,462.350,710.713.303.080.905,104,200.851,854.301.381,331.351.551.451.501.35

11.0011.0010,80

1.76' 1.602.765,600.490.692.502.601.90

7.80

4,903.20

+ 0,51.250,45

2.350.710,71+ 1.53.070.90 -

5.10 *4.200,801.604,201.331.331.351,551.451.501.35

11,0011.0010.601.76 i1.802.755.550.490.655.502.601.90

1203 2401.718

422

7.5681.101

+ 3.0+ 0,8

+ 2.0124

7+ 1.7•8.2300

57114

202-3.8 1.440¦6.2 55

B7+ 1.4 22+ 1.4 3968

+ 0.6 3438.4 10 65115.9 3

754¦5,8-2.7

¦2,2-1,4-0.7

+ 3.3+ 7.4+ 7,1•3.5

+ 1.8+ 1.8

-17.3

+ 3.7-0.8

+ 6,5-7.1

+ 8.2+ 4,0

2 995160190700486

1.0772683325

10004343

4502 103375

2 0248.050836227520540

1.754438

2,816,006.000.453.103.103.854.70

BO

21201260

28772290

-8,8 1.129146

+ 0.7 2 765328

Opções de Compra

CódigoAçáo-Objeto SérieGCE9 CES PP 033 ABR 0.70CPI 17 PET PP 025 FEV 6.00CPI 12 PET PP 025 FEV 7.00OPTI3 PET PP 025 ABR 9,50

Quant,(mil)

4 50015.50080.350

143.500

0.153.702.702.00

0,153.642.632.00

0.153.602,551.80

BOLSA DE VALORES DE NOVA IORQUEs Nova Iorque — A calma

dominou, ontem, a Bolsa deValores de Nova Iorque. Comuma tendência irregular equeda de 1,52 pontos no indi-ce Dow Jones, que atingiu833,14 pontos. Foram nego-ciadas 36 milhões de açõesaproximadamente.

A Bolsa se viu privada deorientação porque muitosbancos nào funcionaram porter sido aniversário de Lin-coln. Por outro lado, todos osmercados americanos fecha-rèo na próxima segunda-feira, em comemoração doaniversário de George Wa-shmgton.

nl rív°V° l°"''"! Foi ° ,B9um,e ° Media °°w -tones no Bolso da Valore» de N I.

Ac.6.130 Industriais20 Transportei15 Serviços Pübl.

65 Acôes

Abertura Mánima Mínimo Fechomenlo834,67 841,32 829,24 833 61348.98 351.87 346,16 347.54105,16 105,73 104.63 105 20328.34 330.86 326.12 327,76

Foram o, seguimos oi p-e<os (inois dos oçoes na Bolso de Nova Iorque, ontemem oo-ores '

AircolncAlconAIumAlIiedChemAHtsCholmersAkooAm AirlinesAmCynan-ndAm Tel* Te!AmtlncAsortoAtlRichlieddAvcoCorp

35 BendixCorp19 1/4 BenCp401/6 Beihiehom Steel13 1/8 Boeing23 1/2 Boise Cascade113/8 Bord Warner26 5'8 Bromí!

58 Brunswick21 1/4 BourroughsCotp22 1/8 Campbell Soup3° W8 Canadtan5 5 3/8 CoierpiHor Troc

5116 3/8205/818 7/829 5/8303/421/4

26 1/433 5/8

3129 1/649 5/8

CosCefaneseChase ManhotBkChrysler CorpCiticorpCoca ColaColgate PalmColumbíaPictCom.SatelliteCons EdisonContrai DotoCorningGlass

4454 1(257 1/5

4 1/255

32 1/817 5/8

6060 7/832 3/632 1/8

45

CPCInlilCrown ZellerbachDow ChemicalDresserlndDupontEosternAirEesimon Kodok

3725

21 1/424 3/4367/8

569 3/8

El Passo Componyn 27 1/8EasmarkExxonFirestoneFord MotorGenDynomic*GenElwtrkGenFoodsGen MotorsG1EGen TireGetlyOilGlllelleGoodrickGoodyearGracewGtAtl&PacGuKOilGull& WesternIBMInt Harvester

44 7/828 7/610 5/6

162460

30 1/836

29 1/419 3/453 1/4

3320 1/3191/2

415

3116 1-8

617 1/2

Int PaperInt lei & TelJohnson & JohnsonKennecoftCopLitton IndustLockheed Ai rcLtvCorpMo na focl Ho no verMcdonelIDougMerckMobilOilMonsanfocoNabiKoNütDistiiiiersNCRCorpNL IndustNoriheosiAifÜnesOccicfãntotpeiOlinCorpOwens illinoísPaciticGcs&EIPon Am World AirPenn CentralPespsicofncPhíerChaiPbillipMorrisPbillipsPelPoíoroid

34 1/227

37 7/822 3/4SI 5/851 3'816 3/831 3/4601/483 1/422 5/869li4323/425 Ifã43 7/8303/826 3/421 5/6

2028 1/421 1.4

2 7/829 1/435 1/455 3/446 1/436 7/619 7/8

Procter GambleRCAReynolds IndRe'/molds metRockwell intlRoyolDutchpetScott PaperSears RoebuckShellOIISingerCoSmithkelineCorpSperryRandStdOilColifStdÜil IndianoSlownTeledyneTennecoTexocoTexas InstrumentsTextronTrans World ouUnion Cot bidêUnfroyaiUntted BrandsUs IndustriesUsSIeelWeStUnionCorpWesthElect

82 3/4203/8

4519 1/231 3/431 1/417 1/816 1/636 3/614 1/466 1/4301/231 5/8

4034 3/4

1251/4281/2303/679 3/422 7/817 3/4

446 3/8

106 1/2

23 3/432 3/8

24

ÍNDICES

INPC — Novembro: 5,5%; 6 meses: 36,8%(reajusta os salários em janeiro); 12 meses:95,3%. Dezembro: 4,6%; 6 meses: 37,6%(reajusta os salários em fevereiro); 12 me-ses: 91,2%. Janeiro: 7,5%; 6 meses: 39,8%(reajusta os salários em março); 12 meses:93,1%.

Salário mínimo — Cr$ 11.928,00Inflação (IGP) — Dezembro: 3,8%; 12 meses:

95,2%. Janeiro: 6,3% meses: 94,7%.Correção monetária — Dezembro: 5,5%; 12

meses: 95,6%. Janeiro: 5,2%; 12 meses:96,8%. Fevereiro: 5,0%; no ano: 10,46%; 12meses: 96,8%; Março: 5,0%; no ano: 15,98;12 meses: 94,1%.

ORTN — Dezembro: Cr$ 1.382,09. Janeiro:Cr$ 1.453,96. Março: Cr$ 1.602,99.

UPC — Janeiro a março: Cr$ 1.453,96.Correção cambial — No ano 7,0%; 12 meses:

96,65%.Dólar — Compra: Cr$ 136,07; Venda: Cr$

136,75.Paralelo — Compra: entre Cr$ 173 e Cr$ 174;

Vencia: Cr$ 178. Turistas europeus (suíçose alemães principalmente) e argentinoscomeçam a chegar, provocando queda nacompra de dólares.

Ouro — Compra: Cr$ 2.097,60; Venda: Cr$2.185,00.

Prime-rate — 16 1/2Libor — 16 1/2 (taxa válida por 6 meses).Maior Valor de Referência (MVR) — CrS

5.733 (base de cálculo para contratos emultas federais)

UFERJ (Unidade Fiscal do Estado do Rio deJaneiro) — Cr$ 3.500,00 (para cálculos depagamentos de taxas, tributos e multasestaduais).

SERVIÇO FINANCEIRO

Mercado abertoAs taxas de Juros dos financiamentos de posição acurtíssimo prazo atingiram 3,10% ao mès nas operaçõesrealizadas ontem no mercado aberto. Na parte da tarde, aGerof — Gerência de Operações Financeiras do Banco doBrasil — injetou recursos a 2,90% ao mês, mas em volumemenor do que vinha concedendo, ja que foi Iniciada adevolução de parte do deposito compulsório realizado

pelos bancos em Janeiro. A incerteza quanto à tendênciadas taxas de Juros do open este mês voltou a manter osnegócios de compra e venda em Letras do TesouroNacional e Obrigações Reajustaveis do Tesouro Nacionaltotalmente parados. As instituições financeiras estiveramconcentradas apenas nos negócios com financiamentosde posição a curtíssimo praz». Ontem, segundo a ANDI-MA. suas taxas oscilaram entre 3,10% e 2,75% ao mès. Ototal de operações com LTNs somou CrS 539 bilhões 468milhões e com ORTNs a CrS 846 bilhões 117 milhões. Aseguir, as taxas médias anuais de desconto de todos osvencimentos:Vencimento17/0254,0203/0310/0317/0324/0331/0307/0414/0421/0426/0405/0512/0519/0526/0502/06

Compro65.8561.5063.2563.1563.0562.65623061.9561.6061.5060,9560,5560.2059.6559.2559.00

Venda64,3560.0061,6562,5562.4562.0561.7061.4061,0560.9560.4060.0559.7059.4059.0058,45

09/0616/0623/0630'0607/0714/0721/0726/0704/0811,0818.-0822/0950/1017/1112/1215/0109/02

58.6058.1557,8057.4557.1056,7556.4056.2055.6055.2554.9553,0051,7550.5048.7547,7546,75

58.5557.6057,2556.9056.5556.2055,6555.6555.0554.7554.2552.3051.0549.8048.054 7.0546.05

OuroLondres e Só© Paulo — A coto^óo

do ouro noi metcadoj europeu, coiu,ontem. Em Sào Paulo ficou eHóvel.Em Londres, o ouro foi cotado o378,25 dolarei o orv;o troy (31.1039). e ra Zurique o 377.50 dllores.Na BoUa de Mercadoria* de SooPaulo, o mercodo continuo com boomovimentoçõo Com lendenoa de oi-to para oi mesei mau puJaimoi e dequedo real noi futuros.

Interbancário

o mercodo interbancário de câmbioporo contrato* pronto* 'O' procurado,com um volume redundo de negóciosfeitos com ia»as entre CrJ 136,61 eG$ 136,75, para telegramas e che-gues. O mercado futuro tombem foiprocurado, e com um volume reduii-do de negócios realiíodos com ta*osde CrS 136,75 mais 4,2% e 4,4% oomès, paro contratos de 30 e 180 dios.

Taxas de Câmbio

MotdosDolorDolor australianolibraCoroa dinamarquesaCoroa norueguesaCoroo suecoDólar canadenseEscudoF1onmFranco BelgaFranco france»Franco SUÍC.O'en laponèsUra itoltonaMarcoPese loXelim

Compra136,07147.62249.7417.39022.65953.430111.941.957551.9353.340622.46370.622

0.569090.10679

56.9811,35198.1714

As ta*ai acima foram fiados ontem, pelofechamento do mercodo de câmbio bras

V.ndo136.75149,17252.5217.57622.69323.671113.091.982552.4853.375925.70771,608

0,575180 10795

57.5791.36668,2633

Banco Cenileiro.

Repasse136,57147,64250.1117.41622,69323.464112.101.960152.01 I3.345522.49670.956

0.569930.1069557.0641.35398.1334

ral. às 16h30n

Cobvrtura136.61149.01252,2617,55822.86923,647112,981,960552.4313.372422,68471.535

0,574600,10784

¦ 57,5201.36548.2549

do Rio. no

Taxa do EuromercadoPrato

1 mes3 meses6 meses

12 meses

Dólar16 1/416 1/216 1/216 1/4

Libra Marco14 9/16 10 3/814 U/16 10 3/114 U/16 10 3'614 3/4 10 3/8

Fr. Suíço Fr. Francis Fiorim7 13/16 14 3/4 10 5/16Q 7/14 lt I -n xn ->.<<->7/168 16/168 3/8

15 1/2 10 3/816 3/8 10 3/817 10 9/16

Fonte Banco Central. 9.1*í:.9...I???1 yõ'táo* 0'PQflif dos próximos dois dipj útçi.y,.

Mercado „Externo

Chicago • Nova lorqu* — Cotoçóes futurosnos bolsai asMarcadoriai de Chicago, NI.c Londres, ontem:

Contrato*M4i F«ch. Dia an). aberto*

Açúcar (Nl)Contt d* USS por libro pno

mar 13.57 +0.06 77.667mal 13,64 -0.01 25,434[ul 13,76 -0,03 8.604"' 13.88 -0.06 3 755o"1 14.03 -0.08 11.650lan 14,54 .0,08 2

Algodão (Nl)Centi e USS por libra peso

™r 62,52 -0,50 6 572mal 65.02 .0.28 8.225I"1 »7,25 -0.19 7.539oul 70,07 .0,03 1.090<*« 71,17 .0.50 6 735•»' 75.90 .0,11 .350m°i 73.95 -0.05 29

Cacau (Nl)USS por lorulodo

mar 1.975 4 22 4.700mai 1.966 J 4.365jul 2.010 44 5.947ser 5,047 +5 1.711dez 5.072 +2 1.425mor 2.097 +2 23

CoTÍTwConli d* USS par libra p*u>

Mar 158,68 .1,00 3.323Mai 145,31 +2.16 3.987Jul 136.55 +1.94 2 050Sei 131.70 +1.91 •1.509Dez 126,63 +1,13 256Mor 124,10 +1,62 98

Cobro (Nl)Centi de USS por libra peto

Fev 71.60 +0.20 46Mor 72.00 +0.15 23569Abr 73,05 +0,15 IMal 74,10 +0,15 16.146Jul 76.10 +0.15 8.195Se' 78,05 40,15 3.176Doz 60.60 +0,25 4.490

farelo do Soja (Chicago)USS por tonelada curta

Mor 187.20 .. .0,50 13.896"oi 187.90 -0.50 11.596Jul 191.10 .1,00 7.784Ago 192.10 -1,40 1,690Se' 194,50 .0,50 647Oul 194,60 .0.40 2.334Pez ' 198.10 .0,40 2.670

Milho (Chicogo)Contt do USS por buthol

Mor 270 -1 1/4 49 853Mai 281 1/2 -I 1/4 75.181Jul 290 3/4 -I 1/4 27.903Ser 594 3/4 -I 1/4 ,6,469Dez 301 1/2 .1 1/4 51.884Mor 313 1/5 -1 1/4 3.311

Óleo do Soja (Chicogo)Cm. do USS por libra peso

Mor 16.79 -0.59 50.895Moi 19.57 -0,35 17.715J"1 20.18 -0.42 9.200Ago 20.50 -0.40 1,495Ser 20.62 .0.40 J.14IOul 21,12 -0,41 V.558Oez 21.56 .0.42 1.627

Soja (Chicogo)Conl. de USS por bu.hol

Mar 625 1/2 -3 1/2 31.093Mal 642 1/4 .4 1/4 20496Jul 659 -5 1/4 16 287Ago 664 1/4 -3 1/2 2 658Ser 665 1/4 .4 1/4 1.364Nov 675 1/4 .4 8:783Jo" 688 -5 1/5 Ij620

Trigo (Chicogo)Cenli d» USS po, bu.hol

Mar 366 1/2 -3 1/4 27 085Mai 378 3/4 -4 14.730Jul 388 -5 19,255Sei 403 -4 3 867Dez 424 1/4 .4 3/4 2 723Mor 440 .3 1/2 617

Londres

Libro por tonelada métrico

Fech. Dia ont.

Açúcar

Mor 176 -0.15Mai 179 -0,15Ago 182,25 .0.05Oul 185.50 --2.50Jan 187 -0.45Mor 190.40 -0,30

Cocou

Mcü 12.19 '.0,02Mai 11,73 .0.01Jul 11.83 .0.01Se' 11,99 -0.09Dez 12.06 -0,01Mor 12.53 -0.05Mai 173JI .0.23

Cal.

Mar 1369 -0,01Mai 13.18 -0.02Jul 12.54 .0 05Se' 12,20 .0 02Nou 12.10 .0,08Jan 12.10 -0.20Mar 15,05 0,25

MetaisCotocòo des Me*ois em LONDRES, ontem.Alumínioo visio 593 593.50três meses ó!2 612,50Chumboo visto 330 331,5trés meses 342,50 343Cobro (Cothodo.) —ó visla 665 865.50três meses 892 8°2,50Estanho (Stondort)à v.sto 8.830 8.870trés meses 7,875 7,880Estanho (Highgrade)6 visio 8.830 8.870três meses 7,875 7,880Níquelo v.sio 3.130 3.135trés meses 3.167 3.168PrataÒ vnto 465 466trés meses 470,5 480.5Zincoà v.slo 456 ^457 'fés meses 462 462.52

- -Notai-Alvirinio, Crn.'jT!-bG:-Çcbre; fttonHo,Níquel e Z.nco — em libras po' Tonelaaos.Profa — em pence por troy (31,103 grs ).

BOLSA DE MERCADORIAS DE SÃO PAULOALGODÃO

BOI GORDO

Contratosem aberto Mã<

Fev —Mo! —Jul _Oul —Dez _Mor _Total 8

Colação em CrS/lS Ig Mercado estável.

CAFÉ

NegóciosFech Reali iodoi

3 100 —3 160 —3.440 —

600 —000 —

4 300 —

Contratos Negocio.F-m aborto Mo. Min Fech Reolrzodos

Ab' 331 2.273 2.260 2 273 6JAun -<6J 2 370 2.330 5 370 39*9° 447 2 771 5.725 2.760 -77P"' 309 2.478 3.440 3 475 90P" 2" 3,«5 3.395 3 417 25zT

'2? 3270 -Abr 3 271 _

Total 1.864Cotaçoo em Cr$/15 Kg. Mercado esiov.l

MILHO

Fev 993 12 950 12 950 FevMai 1030 14 955 14 930 14 900 14 930 SI MoiJul 2 476 17 573 17 561 17 510 17 549 58 JulSer 1157 19855 19850 19 785 19 780 75 SeiDez 100 24 512 24 200 NovMor 29 320 29 350 Jo"

154 Total5 762

Colocou em Cr$/15 kg. Mercado calmo.

AbrJunAgoOulDezFevAbr

Totó!Preços por um gramo Unidade de negócio, lingotes de 1 000g nmui por contrato. Mercodo troco

CotaçãoS. McrCíSCÍG CüífTrO.

SOJA

76 2 438 2 420 2 437 2622 2.744 5 715 2 730 Fev

3.120 3 085 3.107, Moi3600 Jul

72 4 080 4 005 4 013 32 Sei4 500 Nov

15 5 100 5 060 5 064 15 Jon92 Mor

56 I 925 —341 2 195 2 185 2 188 68497 5415 2410 2415 4366 5 640 2 640 5 6403V 2 930 2 920 2 925 ' 353 3 165 3 165 3 165 5

Tctol 1 050Cotoc.60 em Cr$/60 Kg Mercodo colmo.

Ii7

JORNAL DO BRASIL

«K ESPORTES sábado, 13/8/88 a 1» caderno ? 21

Troféu Brasil de NataçãõTem mais 4 recordesS£ e«. n LUÍS

Russel «^JT» - -<>''$ , f«—»,,,,.. Soo Paulo/Ariovaldo do, Santo,

Luís RusselSão Paulo — Dos quatro novos recordes dacompetição — dois também recordes brasileiros —

.estabelecidos ontem no Troféu Brasil de Nataçãoapenas um teve expressão internacional: o dos 50metros nado livre, batido pelo engenheiro civil Mar-cos Goldenstein, de 25 anos, atleta do Flamengo,v, Com o tempo de 23s43, também recorde brasileiro, ele>' se igualou aos norte-americanos Dave Botton e Chris"Silva na 15° posição do ranking mundial da provaOs desempenhos de outros atletas chegaram a"'"ser emocionantes, mas tecnicamente foram fracos Ofinal de prova mais empolgante foi o do revezamentomasculino 4 x 100 livre, que reuniu, num duelo à partepela primeira colocação, os velocistas Ciro Delgado eJorge Fernandes. Pelo Flamengo, Jorge saiu com:jL.uma desvantagem de um corpo e conseguiu descon-tar a diferença para perder por toque de mão. O.... Fluminense quebrou o recorde do Troféu com3m33sl0 e o Flamengo ficou 40 centésimos de segun-do atrás.

Falta de luzPouco depois de encerrada a prova final, o estou-..ro de um gerador deixou sem luz todo o bairro em que

; está situado o Conjunto Esportivo do Ibirapuera Osatletas sairam para os ônibus e alojamentos em meio"¦~à escuridão e a classificação do Troféu só ficou' completa até o quarto colocado. O Flamengo lidera-com folga e já é considerado virtualmente tricam-peão, seguido por Fluminense, Pinheiros e Minas•Tênis.

Os outros dois recordes do dia foram estabeleci-dos nas provas femininas de 50 metros livre e do*» revezamento 4 x 100 livre. Como este ano a prova de„ 50 livre apareceu pela primeira vez no programa do. .Troféu Brasil, de qualquer modo os vencedores esta-—beleceriam recordes. Mas tanto Marcos Goldensteinquanto a pernambucana Adriana Pereira, do Náuti-•r-co; superaram suas melhores marcas anteriores e...fixaram assim recordes nacionais.

Adriana venceu com 17s80 — um tempo ainda, distante da 25" colocada no ranking mundial (25s83)E o revezamento feminino teve como vencedora a_equipe do Pinheiros, com 4m06s40. Foi só. Os outrosresultados que foram pelo menos interessantes se—caracterizaram pelo inesperado.

A vencedora dos 400 metros livres, por exemplo a.carioca Patrícia Pascarelli, entrou na prova por<" acaso:Eu estava inscrita apenas nos 50 livre. Mas- -tinha muita gente. E como uma menina da GamaFilho desistiu da prova, entrei no lugar dela Termi-¦ nei ganhando.

Patrícia não só ganhou com também registrouum tempo — 4m29s46 — que hã muito nenhuma¦ outra atleta conseguiu atingir. Nos últimos anos, aj natação feminina não superou a barreira dos 4m30snesta prova, em que o recorde brasileiro é de 4m24s40—desde as eliminatórias para a Olimpíada de Montrealem 1976, e pertence a Maria Elisa Guimarães.

SurpresaPossível, mas também surpreendente, foi a vitó-: ria de Jorge Fernandes nos 400 livre. Jorge é um

;yelocista e na véspera tinha quebrado o recorde sul-americano dos 100 livre. As provas de meio-fundo_nunca foram o seu forte, apesar de em 81 ter sido

!i9 segundo nos mesmos 400 metros. Ontem porém elederrotou o favorito Roger Madruga, liderando todo otempo. Roger acha que cometeu um erro tático:Pensei em dar um pique na frente dele naaltura dos 250 metros. Não consegui, e quando entra-mos juntos nos 50 metros finais senti que ia perderNa velocidade, Jorge ganha sempre. Só perderia se.. sentisse falta de fôlego, mas ele está nadando como—um leão.Já a vitória de Marcos Fernandes nos 50 livre, o—destaque do dia, nada teve de imprevisto. Marcos. sempre foi apontado unanimimente pelos técnicos'; que o viram nadar alguma vez como o mais veloz da

t; natação nacional. E nos seus 17 anos de natação elesempre confirmou esta qualidade.Náo sei o que poderia render se tivesse treina--do regularmente nos últimos anos. Para nadar 50metros, nem é preciso treinar. Parei de nadar seria-mente aos 17 anos, depois disso joguei waterpolocinco anos e nos últimos três praticamente nâo fizk nada.

Marcos treina, quando pode, sozinho e à noitesolitário, na piscina do Flamengo:—- — Dou umas braçadas de vez em quando para-trabalhar a musculatura. É o suficiente, como aexplosão que tenho, para nadar bem os 50 metros Se; precisar esticar mais 50 não agüento, todo mundo meo passa.fff Formado há um ano e trabalhando como enge-nheiro há dois io primeiro ano como estagiário)Marcos por pouco nâo ficou fora do Troféu Brasil Ele—está participando da construção de um edifício noEngenho de Dentro, em fase de acabamento, queontem ia ser inspecionado.

RESULTADOS\ lp Prova — 50m livre — Feminino

Ia Adriano Pereira — Náutico — 27s80'' 2o Priscila Grocoscke — Golfinho — 28s06''3o

Deborah Reis — Pinheiros — 28s21.2° Provo — 50m livre — Masculino

CStl" Marcos Goldenstein — Flamengo — 23s432° Ciro Delgado — Fluminense — 24s26

gJ 3o Eduardo Oliveira — Uberlândia — 24s3l3° Prova — 400 m livre — feminino

-3.1° Patrícia Pascarelli — Gamo Filho — 4m29s462° Isabel Mirando — Minos — 4m33s34

.3° Cláudio Duarte — Fluminense — 4m35s42fi 4°„Pr°va — 400 m livre — masculino

1° Jorge Fernondes — Flamengo — 4m02s63—_2°...Roger Madruga — Fluminense — 4m03si7'3o Custódio Leite — Minas — 4m07s02

5° Prova — 200 m medley — femininotSÇ}° Virgínia Audreatto — Flomongo -t- 2m29s46" "2a Fernanda Feitoso — Pinheiros — 2m30s96

3° Rosamario Prado — Flamengo — 2m33s30

6o Provo — 200m Medley — masculinoIo Ricordo Prado — Flamengo — 2ml0s255o Marcus Mattioli — Minos — 2ml3s323° Maviael Sampaio — Flamengo — 2ml4s°77° Prova — 4 x lOOm livre — feminino

H_° Pinheiros — 4m06s40'.' T Flamengo — 4ml H28":3° Fluminense — 4ml3s53'8o

Prova — 4 x lOOm livre — moiculino,1° Fluminense — 3m33sl0

2o Flamengo — 3m33s503o Minas — 3m41s08Classificação1° Flamengo 202 pontos"2° Fluminense 138 "

3° Pinheiros 120 "—4" Gamo Filho 86 "

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Ricardo Prado confirmou o favoritismo evenceu a prova de 200m medley com o tempo de 2ml0s25

Confederação de tênisiguala Soares a Kirmayr

A Confederação Brasileira deTênis divulgou ontem os rankingsde adultos, masculino e feminino,relativos à temporada de 1981. Nomasculino, Carlos Kirmayr e JoãoSoares (campeão brasileiro) divi-dem a colocação principal, e nofeminino, Patrícia Medrado foi amelhor.

Tomas Koch, durante muitosanos o melhor tenista do Brasil, noranking oficial da Confederação,está na sétima colocação, a piorque obteve desde a década de 60,quando começou, ao lado de EdsonMandarino, a jogar pela equipe daTaça Davis.

RegulamentoJoão Soares divide com Kirmayr

a principal colocação no masculinoporque o regulamento da CBT dizque o campeão brasileiro (Soares) éautomaticamente o primeiro colo-cado no ranking. No feminino, Pa-trícia foi a campeã.

No feminino, depois de um anoem que as tradicionalmente melho-res tenistas brasileiras cederamsuas posições no ranking às juvenis— 1980 — no ano passado o quinte-to das melhores voltou a dominar eficar nas principais colocações, comPatrícia, Cláudia Monteiro, Gláu-cia Lángela, Andreia Meister e Ma-rília Matte.

Campeã brasileira de 1980, Niè-ge Dias, de 16 anos, caiu da primei-ra para a nona colocação no ran-king deste ano. A única carioca

presente no ranking — tanto mas-culino quando feminino — é KiklRozwadovski, oitava colocada, quesó jogou o primeiro semestre, via-jando depois para os Estados Uni-dos, onde foi estudar em uma Uni-versidade.

A Confederação estipulou, tam-bém. as datas para os Campeona-tos Brasileiros de 1982. O masculi-no será entre os dias 5 e 12 dedezembro, em Salvador, e o femini-no, entre 23 e 27 de novembro, ain-da sem local determinado.

OS RANKINGSMASCUUNO

1. Carlos Kirmayr (SP)Joáo Soares (SP)

3. Júlio Góes (SP)4. Givaldo Barbosa (SP)5. Cássio Motta (SP)6. Marcos Hocevor (RS)7. Tomas Koch (RS)8. Ney Kèller (RS)9. Roger Guedes (SP)

10. Paschool Penctta (SP)

FEMININO1. Patrícia Medrado (SP)2. Cláudia Monteiro (SP)

Gláucia tángela (SP)4. Andreia Meister (RS)5. Marilia Matte (RS)6. Silvona Campos (SP)7. Luciano Corsato (SP)8. Kiki Rozwadovski (RJ)9. Niège Dias (RS)

10. Suzana Silva (SP)

Koch, o 7o, só joga por prazerNunca em toda a sua carreira,

Tomas Koch ficou em uma posiçãotão ruim no ranking brasileiro. Masele não se importa com isso, poisacha que não tem "que provar maisnada. Quem tem é o Kirmayr e ostenistas jovens". Koch diz que sócontinua a jogar por "gostar multode tênis".

Mesmo assim, o melhor tenistabrasileiro de todos os tempos reco-nhece que 1981 foi um ano muitoruim em sua carreira, "principal-mente na parte física" e porqueestava "sem muita vontade de jo-gar tênis". Ele diz também que hou-ve muita pressão contra ele, princi-palmente por causa da Taça Davis.As pessoas estào enganadasquanto à minha participação naDavis contra a Alemanha (Kochperdeu as duas partidas de sim-pies). Eu nunca pedi para jogar,semprejbi a Confederação que me .pediu e isso aconteceu mais umavez.

Koch diz que, de repente, perce-beu que ele mesmo estava prenden-do-se e jogando mal, por causa dapressão de ganhar os jogos. "Então,vi que eu náo precisava mais disso ecomecei a jogar bem melhor já nofinal do ano passado."

Sem dúvida, espero esse anomelhores resultados que em 1981,por várias razões. A principal delasé por estar mais livre, mais solto esem os problemas, até particulares,do ano passado. Acredito que possavoltar a obter bons resultados, poisestou bem preparado. Sem compro-missos, é claro.

Dizendo que o fato da Davis de1982 já ter acabado para o Brasiltambém é importante, pois "é me-

— 19/08/80Arquivo

WF'MmmmmMt iSBr**** _^^^émH

Koch, a vida pelo tênis-tios-um fator-de- pressão- Koch fala -

que "agora estou só jogando paramim". E, para isso, viajou ontempara Ribeirão Preto, onde pretendejogar o Pro-Am (torneio de duplascom um profissional e um amador)e treinar um pouco para a últimaetapa do Circuito Satélite Donnay,que será jogada em Campinas. Mes-mo assim, faz algumas criticas aocritério do ranking da CBT.— Acho que minha posiçáo foiaté certo ponto justa, até por que,para mim ser o terceiro ou o sétimoé praticamente a mesma coisa, masna verdade, o Campeonato Brasilei-ro tem um valor exagerado, o queacabou colocando o Givaldo (Bar-bosa) em quarto. Do Givaldo, porexemplo, eu náo perdi em 1981,nem do João (Soares), que foi oprimeiro.

"Madrugada" fica em 3ona regata mas conquistabicampeonato brasileiro

Florianópolis — Mesmo chegando em terceirolugar na última regata, o Madrugada, de PedroPaulo Couto, conquistou o título do 2o CircuitoOceânico de Florianópolis, somando 131,50 pon-tos. A competição valeu como Campeonato Brasi-leiro da Classe Oceano e esta foi a segunda vez queo barco carioca termina na primeira colocaçãogeral.

A vitória na regata, disputada sob ventosfortes, pertenceu ao barco paulista Wa-Wa-Too,seguido do Saga. A seguir classificaram-se: Ma-drugada, Tuchaua, Carro Chefe e Tiki. O vice-campeonato ficou com Carro Chefe, de Lauritzvon Lachmann, com total de 122 pontos ganhos.No Minicircuito, o Cri Cri, de Edson Pereira econstruído no estaleiro Barcosul, obteve mais umavitória tranqüila, e o título.

Semana de Iatismoreúne os melhores

O duelo entre o brasileiro Gastào Brun e oaustríaco Hubert Raudaschl na Classe Star pro-mete ser uma das maiores atrações da SemanaPré-Olimpica Atlântica-Boavista, que começa nopróximo dia 27, no Rio. A competição valerá comoeliminatória para formação da equipe brasileiraque vai disputar a Pré-Olímpica de Los Angeles,em agosto, e seis campeonatos mundiais.

Os brasileiros Marcos Soares e Alex Welter,campeões olímpicos em Moscou, nas Classes 470 eTornado, respectivamente; Eric Schmidt, tricam-peão mundial de Star; Reinald Conrad, medalhade bronze na Olimpíada de Montreal; José PauloBarcelos, vice-campeáo mundial de Laser; CláudioBiekarck, quarto colocado nos Jogos de Montreale Moscou, na Classe Finn; e Torben Grael, consi-derado o melhor iatista brasileiro da atualidade,sào alguns dos destaques que já confirmaraminscrição.

Brun x RaudaschlA competição é aberta a seis classes olímpl-

cas: Finn, 470, Windglider, Star, Soling e Tornadoe os vencedores poderão optar por disputar aSemana Pré-Olímpica de Los Angeles, ou o Mun-dial de suas respectivas classes. Os timoneiros queterminarem a série de sete regatas valendo os seismelhores resultados, em segundo lugar tambémirão ao exterior. A Atlântica-Boavista, patrocina-dora do evento, organizado pela ConfederaçãoBrasileira de Vela e Motor, distribuirá as passa-gens aéreas, além de ajuda de custo para alimenta-ção, hospedagem e aluguel de barcos.

O austríaco Hubert Raudaschl chegará ao Riona semana que vem, com um excelente currículo:na Classe Star obteve os seguintes títulos: meda-lha de prata nos Jogos Olímpicos de Moscou;tricampeão europeu — 78,79 e 80 — e vice em 1981.Na Classe Finn, ele conquistou a medalha de pratana Olimpíada do México e já foi campeão mundial.

Construtor da prancha Tornado, uma dasmais difundidas no mundo, conceituado fabrican-te de velas e apontado como um dos melhorestimoneiros internacionais em várias classes, elevai disputar a Semana Pré-Olímpica Atlântica-Boavista na Star.Seu maior adversário será ojjrasileiro Gastào

Bruri, bicampeào mundial de Soling, "várias

vezescampeão brasileiro de Laser e campeão sul-americano invicto de Star. Iatista de alto níveltécnico e grande esperança brasileira nos JogosOlímpicos de Los Angeles, em 1984, Gastào terá achance de comprovar sua forma.

Festival HollywoodFlorianópolis — Começou hoje na praia de

Canasvieiras, a quinta etapa do festival Holly-wood de Vela, aberto às classes Laser, Hobie Cat14, Hobie Cat 16 e Prancha a Vela (masculino efeminino). Os organizadores acreditam que maisde 250 iatistas vão inscrever-se na competição quetermina amanha.

Disputadas quatro etapas, os lideres na classi-ficação geral sâo os seguintes; Laser — TorbenGrael. Hobie Cat 14 — Júlio Alay Esteves. HobieCat 16 — Enic Gama. Prancha a Vela (masculino)— Carlos Rossi. Prancha a Vela (feminino) — AnaLetícia Ávila.

Regata XeroxSydney-Rio

ja esta devento em popa.

m imwwm/.

£O fim de semana

Regata RubemBerta, Classe Starlargada às 13h,"em frente à praia"de Copacabana.'Hoje e amanha. Or-1ganlzada pelo Iate"

Clube do Rio de Janeiro.Corrida de Ve-"

rào: amanhã per"curso de 8km, lar-;gada (7h30m) é"chegada em Barra-mares, Barra da Tiüjucá.Corrida Rústi-

ca Academia Campanela: amanhã,percurso de 8km, largada às 8h, da-academia (R. Barào do Bom Retiro,1 017, Engenho Novo), passando pe-..lo Grajaú, e chegada no cinema;Santa Alice. Três categorias para.os dois sexos: até 15 anos, de 15 a 30-e de 31 em diante.

Itanhangá —,£ Torneio de Verão,"m „ amanhã, a partir-JL f das 9h.¦ \ • Petrópolis —.*

fl V. Taça J. Kitchen-mann, hoje e"amanhã.

Taça Abertura,

m

• Teresópõlishoje e amanhã

Natação —Tor-neio de Verão, pa:ra petizes. Hoje eamanha, a partirdas 16h, na piscinado Fluminense(Laranjeiras).

Campeonato,Estadual — Copa,Sul-América, 3*íclasse masculina.-)Às 16h: Alexandre ^Katz x Richard.Backlaus, no Flu->

minense; Paulo Carneiro x MarceloBezerra, no Flamengo, Alberto-Gonçalves x Mauro Ferreira, no Ti--jucá; 19h: Luís Fernando Miranda x"Ricardo Lannes, no Leme. Entrada.franca. .„

Torneio Haú — -1* etapa: amanhã,.

jpa; às 8h30m. Largada-Jrn^,/ da Ilha Fiscal e

^A^^C^A chegada na Ilha doGovernador.

¦

Seletiva para oTorneio Benito

Juarez, nos stands do Fluminense e~Flamengo, às 8h, sábado e do-mingo.

Flamengo \"Náutico (Taça de

~Ouro), hoje, 17h;;jMaracanã. Preços:,-,geral, Cr$ 100; ar- ;quibancada, Cr$300; cadeira co-n

mum, Cr$ 600; cadeira especial, Cr$1.200; camarote (5 pessoas), Cr$ 3--mil.

Vasco x Santos (Taça de Ouro),amanhã, 17h, Maracanã. Preços: os-mesmos. „;

América x CRB (Taça de Prata),amanhã, 16h, Sào Januário.

Volta Redonda x Atlético-PR £(Taça de Prata), amanha, 17h, em'"Volta Redonda.

Futebol feminino de praia (Cop- _pertone Open), hoje, 15h, no Posto 2 ¦(Copacabana), semifinais: Federal •x Dio Chiali e Redar Unibanco x "BelLYamamoto. Amanhã, a partir»das 15h, decisão do titulo. ¦"*

Copa Rio de Ca—»ça Submarina — l*"*etapa: no Iate Clu- 3jbe de Rio das Os-^trás. promoção da""Federação.

jflr -'¦

Th

HOJE NA TV12h — Futebol Compacto. Jogo: Vosco x

Paissandu (Canal 2).12h — Esporte Espetacular. Os melhores mo-

mentos do Troféu Brasil de Natação. No Havaí,alguns casais fazem ocrobacias sobre pranchas desurfe. Gérson e Félix comentam a partida enÇreBrasil e Romênia pela Copo do Mundo de 1,970(Canal 4). -

12hlSm — Bandeirantes Esporte: Noticiário.Edição Nacional (Canal 7).- •»-

13M5m — Revendo a Copa: VT completo defogos" dós Mundiais de 70,'TÃ" e' 78 (Canal 7)7

20h55m — Espanha 82 — Gols da CopaBoletim esportivo. (Canal 7).

23h05m — Minuto da Copa. Focaliza osgrandes craques dos histórias das Copas do Mundo(Canal 4).

24h — Futebol — Jogo. Fluminense x Itabaia-na (Canal 2).

TURISMO

QUARTA-FEIRACADERNO BJORNAL DO BRASIL'

OceanoPacifico

Olha o trajeto£*N»^ dos veleiros.

de Janeiro

' -^ÊÊSSk ^'¦'r'"----^ÊmV--

.' tmÍ?*--"¦¦¦ ¦'"'"'' m*¦'¦¦ «*» ¦¦¦' mw

'SL 4b* -'¦ OceanoB Atlântico

O maior desafio é dobraro Cabo Horn, o mais peri-goso do mundo.

Esta regata, que através-sa meio mundo, vem desen-volver o nosso iatismo e asrelações Brasil-Austrália.

XEROX,

f/MCaPÍHOHNCUSSIC

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88 a 1° caderno a sábado, 13/8/88 TURFE

Luksor e Shat-El-Arab dominam HandicapJORNAL DO BRASIL W»

... 1° PÁREO — ài 14h00 — 1000 metros — Ar.laItacord., Cranao» - 59. 4/5 - Cr$ 176 mil - DUPLA EXATA _ Égua. nacional» d. 3 ano,, ..mvitóriaI 1—1 Agulo Dourado, J.B.Foniexcj 6

Gamblln'gol, F. Pereiro 9' 7—3 Eletrlnco.P.Tonlnl 4hr»nt»»dPloy,A.Romoi 5

. 3—5 PetloJo.G.F. Almeida 2Clara Luna.E.Santos IP«tlt»D'Or,J. Freire 3

*—8 Fuilon, J. Ricardo 8TodinCross.M. Monteiro 10Isobelucho.JC.Coiiolio 7

7° ( 8) Grande Falo e Maria Roso9° (10) Blnt-lune e Zunge4° (15) ArltonaS Fronzo

10° (15) Norlsklln e Zarogoza (CJ)6o ( 9) Chono e Gebora I8° ( 9) Chana o Gebora7o ( 7) Águia Corollna e Dondy Miss6° ( 8) Zunge e Temerosa

Estreonle Cross o J'Adore8° ( 8) Grande Polo e Águia Dourado

1100 NU Im08l21300 AP tmSIsl1000 AU lrr>0Ss31O00 GU 58sl.1100 AP ImlOs1100 AP ImlOs1200 NU Iml4s41500 AU Im36s2

NU Im08s2

Recorde: Right Now •2° PÁREO -

•lml8s3/5-

A. A. SilvoS. P. GomesJ. Sontos PA. OrcluoliA, MoralesS. França

Daniel NetoZ. D. Guedes

G. L. FerreiraG. L. Ferreira

- às 14h30 — 1300 metro» — Areia• Cr$ 105 mil — Cavalo» nacional» de 6 e 7 ano», égua» de 6,até Cr$ 480 mil1—1 Cinderelo,.).Ricardo 55

5 Eecroque.J.M. Silva 562—3 Compromisso, M, Andrade 58

4 EIMercurlo.G.F.AImelda.... 573—5 Gollton, J. Malto 56" HeTanio.J. Moita 554—6 EIGIganle.EBarbosa 54

7 Berlloz, F, Pereiro 58

ío 2 ^""y • Compromisso 1200 Nl Iml5s3 l. U. Guedesio í; rf0pU'. ! B"a91" l500 AU ]m3M E. Borloni5 5) Escordlllo e Helànio 1300 AP lm2ls W.G. Oliveira3° ( ') Yopur e Beagle 1500 AU Im34s2 O. J. Dios£ i2 I0?1" e B**1» 1500 AU 1m34s2 C.H.Coutlnho2° 5 Escardlllo e Escroque 1300 AP ImSls C. H. CoutinhoV" (1 1) Cinomomo e Compromisso 1100 NU lm09sl C. Rosa10° (10) Forohoun e Escroque 1300 AU ImSI.I A Garcia

3» PÁREO — às 15h00 — 1000 metros — AreiaRecorde cranao» — 59»4/5 — Cr$ 210 mil Polranca» nacional» de 2 ano», sem vitória

1—1 Ballydowo.J. Pinto 552 Quisione.T B Pereiro. 55

2—3 Blltz.j.Ricardo 554 Emirado.E. Freire 55

3—5 LunaCo.uftva.F.Períira 55" Salve Ela, GT. Almeida 554—« ElaiticJ. Agostinho 55

7 GoyClore.J.M.Silvo 55" Glbille,A.P.Souza 55

Estreante St. Ivn e Btenda Lee6° ( 9) Sllver Cup e Enlaipoda6o ( 7) Flllh Rofl e Jelka (RS)

Estreante El Lazodor e BataholoEstreants Tropical Sun II e NenuchaEstreante Zuido e SalldoraEstreante Tuyutl II e Inibida

6° ( 7) Nobabla e Now AgalnEstreante Fiduco e Sibllte

J. A. Limeira1000 AP ImOlsS J. I. Pedrosa700 Al 4Ss5. I. D. Guedes

Daniel NetoG. F. SontosG. F. Santos

R. Trlpodl1000 AP Im05s4 J. B. Silva

J. B. Silva

_ ... <° PÁREO — às 15H30 — 1400 metros — Areia:Recorde — Urge — 1 m24«4/5 — Cr$ 148 mil DUPLA EXATA — INÍCIO DO CONCURSO — Cavalo*

nacionai» de 4 anos, sem mai* de duas vitória».I—1 Coblçcno.J. Ricardo 57

2 Bardei,M. Andrade 10 572—3 Dogfoce.M.C. Porto 57

Danzante.C. Valgas II 57Tulubò.G.F.AImeido 57

3—6 Gov da Gávoo, J.B.Fonieca 577 Ravòno.E.Ferreira 57B Fiero. F. Pereiro 57

4—9 Pert.A.Oliveiro 5710 UncleTom,D.F.Groço 5711 Hurdler.R. Silvo 57

5° ( 8) Exodus Von Demork e Crocshot3° ( 5) lezord e Fenilo4° ( 7) Creon e Ravano6o ( 7) Creon e Ravano9° (12) Enfoque e John Bee4o ( 6) Ethero e lord4° ( 5) lezord e Fenilo5° ( 7) Âstomo e Lezord8° ( 8) Novls e leonino6° (15) Enfoque e John Be*5o ( 7) Belposso e Corsair

16001600160016001200160016001600300012001600

NU Im42s5Nl Im40s3

Im43s4Im43s4Iml5s3Im4ls4

1 m40s3Im45sl3m06sIml5s3lm4ls

NUNUNLAPNlNUGLNLAU

L. AcurSaW. G. OliveiraJ. M. ArogâoH. I. Oliveira

O. M. FernandesA. A. Silva

J. B. SilvoS. P. GomesJ. I. PiotoF. AbreuC. Abreu

Recorde — CranaosPAREÔ — Às 16h00 — 1000 metros — Areia59s4/5 — Cr$ 220 mil Potrancas nacionai» de 2 ano», »em vitória

1—1 Umatlllo, A.P.Souza 55 2° ( 6) Portefto o Bo Fantastic 1000 AP 1m03s A MoralesNelita.T.B. Pereira 55 Estreante Xerife e Faveiro J.B Silva

2—3 Blumella.W.Costa 55 4o ( 6) Porteno e Umalillo 1000 AP !m03s AA.SilvoJemlna,R. Marques 55 Estreante Dan Quixote e Callak G.P.Costa

3—5 IvoryCdasl,J.Ricardo 55 3o ( 8) Alborino e YastodoíRS) 1500 AL Im13s4 G.UIIooFloetro.R. Freire 55 Estreante Rostacuér e Fios Daniel Neto

4—7 Holce.J.Pinto 55 5o ( 6) Porterla e Umalillo 1000 AP Im03s A.Poim P>Zuono.J.R.Silvo 55 | 6° ( 6) Portefio e Umolillo 1000 AP lm03s W.G.Olivelro

6» PÁREO — Às 16h30 — 1600 metro* — AreiaRecorde — Farinelli — lm37*2/5 — Cr$ 220 mil Cavalos de qualquer pais de 3 ano» • mai»

Handicap

1—1 luksor,E.Ferreiro 58 7° (10) Dark Duke o ler» Run 5100 AP 2ml3s4 W.P.lavor2-2 Shat-EI-Arob.F. Pereiro 56 2o (10) 0'Brien e Cahill 1600 Al 1m40sl O.UIIoo3—3 Doily.A.Oliveira S5 4o (10) 0'Brlen o Shat-El-Arab 1600 Al !m40sl L Coelho

4 BeBop.P.Alves 56 4° ( 7) Dutchmon e Escamoso 1600 GL Im36s3 F.Saroivo4—5 Cahill,G.F.AImoida 53 2° ( 8) Komm e Recuodo 1600 AP Im41s3 W.Penelos

6 Ibiune.J.M Silva 54 8" (10) Superbom e Uci 1500 NL lm)5s3 M.Morales

Urge-7° PÁREO — Às 17h00 — 1400 metros — Areia — Recorde:

• lm24»4/5 — Cr$ 148 mil DUPLA EXATA — Cavalos nacionais de 4 anos, sem vitória1 — 1 Cocus.J.M.Silva 10 57

2 Sirtoli.J. Ricardo 572—3 Tutaky.F. Lemos 57

Vamos, T.B. Pereiro 57El Mojestic. G.F. Almeida 57

3—6 GrondSelenld.S.Silvo 57Blue Bravo, C. Valgas II 57Trumò.A.P. Souza 57

4—9 Oiapoque.F. Pereira 5710 Giann.,1. Agostinho 57II, Bregol, J.B. Fonseca 57

5° ( 9) Luggano e Gran Selonid6o ( 9) lapetus e Doncer4o ( 9) Luggano e Gran SelenidIo ( 7) Uido e Kozak (CP)Io ( 5) Oiopoque e Gitane» (BH)4o ( 9) Doncer o CorrickR" (11) Tritoo de Ouro e Kaleldoscope8o ( 9) Hubertus o Nilo2° ( 5) El Maiestic o Gitonès (BH) .2° (10) Fenilo e Fastuoso8° ( 9) Juwoldo e Tulaky

13001300130013001300130011001200130015001400

NUNlNUAPAlNlNUNPAt

Im24s2Im22s3!m54sSImSSsSIm30slIm5ls4ImlOs1ml7s31m30sl

AP 1m36s4.Al ImSBsS

E.P. CoutinhoC.H. CoutinhoG. Fei|6M. MoralesA. Paim F°JE. Sou/o

Hl. OliveiraJ.B. Silva

W. AlianoR. TripodiJ l Pedroso

8° PÁREO — À» 17h30 — 1200 metro» — Areia — Recorde:latagan — lm!2s2/5 — Cr$ 176 mil Éguas nacionais de 3 anos, sem mai» de uma vitória

1—1 Fobel.F. Pereira 562 Chana, E. Ferreiro 56

2—3 lodyMory.J.M.Silvo 564 Grande Fala, A.P. Souza 56

3—5 Tuyutrila,P.Alves 566 Cristolete.G.F. Almeida 56

4—7 AguioCarolino, J,B,Fonseca 568 Voilure, I.Agostinho 56

5° (11) Bint-lune e JubotaIo ( 9) Gebora e Tia Célia3o ( 9) Tuaca e Fabel1° ( 8) Águia Dourada m Maria Roso4° ( 9) Tuaca e Fabel5° ( 7) Lupesco e Chirrupinha5° ( 9) Tuaca o Fabel6o ( 9) Tuoca e Fobel

14001100150011001500100015001500

AP ImSBsSAP ImlOsAU lml5slNU ImOBsS.AU !ml5slAU Im0ls2AU lmISsIAU Iml5sl

l. CoelhoP.M. Piorol. AcunoM. MoralesJ.B. SilvaSP. GomesA A. SilvoJ.P. Oliveira

9° PAREÔ — à» 18h00 — 1200 metros — AreiaRecorde: latagan — lm12s2/5 — Cr$122 mil

Cavalo» nacionais de 5 o 7 anos, até Cr$420 mil1—1 Shikyn.J.M. Silvo 56

Zuluz.R.Marques 542—3 Wisdom.C.Xovier 55

4 DonDemétrio.J.Escobor 553—5 Goming.W. Costa 56

Maicon.R. Freire 584—7 GoodKiddy.J. Malta 56

8 Bédouin.J. Ricardo 54

4° (12) Beoulieu e Dog Mad6° ( 6} Gros Jeu e G. Lawyer1° (10) Beoujolais e Royol City9° ( 9) Escolo e Fronle3° ( 7) Greol Class e Beoulieu

11° (15) Beoulieu e Dog Mod1° ( 6) Sol de Maio e Allil8° (15) Beoulieu e Dog Mad

13001100130010001300130010001300

NlNPNlNUNUNlNUNl

lm2lsIm09s3lm2lsIm01s3Im23sl!m2lsIm0ls4lm21s

W.AlianoS. FrançaA. MoralesA MoralesJ.G.VieiroJ.E.SouzaG.UIIooAOrciuoÜ

10° PAREÔ — à» 18h30 — 1200 metros — AreiaRecorde: latagan — lml2s2/5 — Cr$176 mil

DUPLA-EXATA — Cavalos, nacionais de 3 anos, sem vitória1 — 1 FollyBoy, P.Alves 56

Tonguonhp.D.F-Graca....... 56Cyrus,AP.Souza 10 56

2—4 Faneco, E. Ferreira 56Crondall, P. Vlgnolos 56BenVolad.J.Ricardo 56

3—7 FuImÍneo,G.Meneses... 11 56B InchShort.J. Malta 569 Fre,T.B.Pereira 56

4—10 lanisco.A.Oliveiro 12 5611 Moq.tem,A.Ramos 5612 Dorcheiter.R. Marques 56

3° ( 7) Fob o Ben LocrisI" ( 7) Goyoso e Maro|ó (CP)7° ( 8) Morgolfo e Crasso2° ( 8) Exorbitante e Gamóo

Estreante Albor e Lagah9° (II) leonildo o Fob5° (11) Dear Boy e Berborborâo

Estreante Hang Ten e Cheerfully13° (13) Great Evening e Figurone13° (15) Jonhozo e Greot End

4° ( 8) Thimo e Oldhon8° ( 8) Morgolfo e Crasso

1300 NU Im21sl1200 AP 1 m22s1100 AP Im09s41100 AP Im09s3

1200 NU !ml5sl1200 AU Iml6s5

1300 AP lm55s1400 Al lmSBs1000 Nl Im01s31100 AP Im09s4

J.BSilvoR.S.RolinM. MoralesPM.Piolo

J.CoutinhoA. Moral».W.Pedersen

W.MeireletA.OrciuoltRMorgaaoA. V. NevesS. França

Os turflstas cariocas teráo um progra-ma bem interessante na reunião de hoje àtarde na Gávea, toda ela, como de restodurante a temporada de verão, disputadana rala de areia que, após alguns reparosrealizados na semana passada, ficou commuito menos buracos e, ao mesmo tem-po, mais parelha propiciando excelentestempos.

A principal prova é a sexta do progra-ma. Trata-se de um Handicap Extraordi-nário na distância dos 1 mil 600 metrosem homenagem à Universidade Estadualdo Rio de Janeiro.

Primeiro páreoO retrospecto faz com que Águia Dou-

rada, vinda de dois bons segundos luga-ves na turma, tenha que ser colocadacomo a, grande força da competição.. Nor-malmente, nao pode e nem deve ser der-rotada. A principal candidata à formaçãoda dupla é a Eletrinca que reapareceucorrendo mais do que aceitavelmente.Depois, podem ser lembradas Fusion,cuja estréia no final de novembro nâodeve ser levada em consideração, e aestreante Zodja Cross.

Segundo páreoHelânio, que desertou do primeiro pá-reo da última quinta-feira, normalmente,

é outro que nào pode e nem deve perder.Sua rentrée no final de janeiro nâo pode-ria ter sido melhor. Os dois componentesda chave um, Cinderelo e Escroque, são,aparentemente, seus maiores rivais. ElMercúrio também não pode ser subesti-mado e sua corrida deve ser acompanha-da com toda a atenção.

Terceiro páreoEmbora muito comentada, a corrida

de estréia de Gay Clare foi rigorosamentemedíocre. No entanto, melhorou muito eseu ótimo apronto de anteontem foi umaprova neste sentido. De qualquer modo,sua tarefa não será fácil. Salve Ela, umafilha de Zuido, surge faladlssima paraesta sua primeira apresentação em públi-co. Luna Cautiva, também. Dizem que évelocíssima. Biltz e Ballydowa estão co-mentadas.

Quarto páreoPert é de turma mutíssimo superior à

que vai enfrentar esta tarde no Hipódro-mo da Gávea. No entanto, contra ele, há ofato de não correr há quase oito meses.Assim, náo sabemos se conseguirá derro-tra Cobiçoso que, finalmente, começou aconfirmar carreiras e trabalhos. Gaviãode Gávea é outro nome muito perigoso.Ainda no rol dos cogitáveis, há Ravano,Fiero e Uncle Tom.

Quinto páreoPelos comentários, Ivory Coast nào

deve perder este páreo de leilão parapotrancas nacionais de dois anos. Mas apequena e levíssima Umatilla correu bemna sua estréia carioca e deve ser difícilrival. Blumélla e Holce decepcionaram naúltima. Jemina, de boa flllaçáo, deve serolhada com toda a atenção.

Sexto páreoEste Handicap em homenagem à

UERJ conseguiu reunir campo pequenomas de bom padrão. Luksor reapareceapós ter corrido pouco nos 2 mil 100metros do semlclássico Encerramento noúltimo domingo de dezembro. No entan-to, a nosso ver, aquela distância foi exces-siva para ele. Caso esteja bem, agora namilha, tem que ser considerado sério can-didato ao triunfo. Shat-El-Arab é potro denível semiclássíco e vem de infeliz derrotafrente a 0'Brien na milha do GrandeHandicap de Verão. Perigosíssimo. Nagrama, porém, Be Bop teria que ser colo-cado como a principal estrela do espeta-culo pois, entre os inscritos, é o único comvitória clássica. Vamos ver como ele secomportará na areia.

Sétimo páreoUma carreira um tanto difícil esta queabriga a terceira dupla exata. Cacus,

após três boas corridas, portou-se maisdo que modestamente na última. Sirtolisempre correu pouco mas de modo algumpode ser esquecido. Pelo contrário. Tuta-ky, após uma corrida péssima quando eragrande favorito, voltou a correr bem nas

José Camilo da Silva

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Ivory Coast estréia comentada

RETROSPECTOÁguia Dourada — Eletrinca — FusionHelànio — Cinderelo ¦— EscroqueGay Clare — Luna Coutivo — Salve ElaCobiçoso — Pert — RavanoIvory Coast — Holce — UmatillaLuksor — Shat-El-Arab — Be Bop

7- Tutaky — Blue Bravo — Cacus8- Lody Mory — Grande Fala — Chona9- Goming — Dom Demétrio — Wisdom10- Faneco — lanisco — Folly Boy

duas últimas. E os retrospectos de Vamos(boa corrida em Campos), El Majestic,Gran Selenid e Blue Bravo, principal-mente o deste último, também sáo bas-tante razoáveis.

Oitavo páreoSe confirmar suas duas últimas carrei-

ras na areia, Lady Mary deve ser conside-rada uma das melhores indicações paraesta tarde. No entanto, a última apresen-tação de Grande Fala faz com que elatenha que ser muito respeitada. Aindapodem ser lembradas, igualmente, Cha-na, sempre melhorando, Tuyutrila eÁguia Carolina.

Nono páreoPelo menos cinco animais têm que ser

levados em consideração para este páreo:Shikyn, de difícil direção, Wisdom, vindode facilima vitória na turma de baixo,Dom Demétrio, cuja estréia absoluta-mente náo valeu, levando-se em conside-ração seu retrospecto paulista, Gaming,que, caso repita a última, deve ser ovencedor, e Good Kiddy. Além deles, porser irregular, é bom observar Maicon.

Décimo páreoDois nomes têm que ser colocados em

primeiro plano: Faneco, cuja rentrée foimuito boa, exibindo mais do que sensi-veis melhoras em relação ao que corriaanteriormente, e Folly Boy. Mas o es-treante Inch Short está comentadíssimoe pode perfeitamente surpreender. Outroque não deve ser subestimado é laniscoque, se confirmar o que falam, pode seraté o vencedor.

Volta fechadaEscoriai

DOMINGO

passado, os paulistas virama milha do primeiro comparação decavalos, importante clássico Presiden-

te do Jóquei Clube (Grupo II), vencida, emestilo promissor, pelo três anos Maybe ThisTime (Locris em Mabird, por Kamel), criaçãodo Haras Sideral e propriedade do HarasScotland. Como dissemos na ocasião, comaquela disputa, teve início a chamada sériecomparativa da programação nobre organizadapela Comissão de Turfe do Jóquei Clube deSão Paulo e que tem como sommet a milha emeia do importante clássico Rafael AguiarPaes de Barros (Grupo II), pista de grama,exatamente o comparação de produtos nadistância clássico por excelência.

Amanhã, os paulistas verão a segundaprova desta série, rigorosamente a versão femi-nina do Presidente do Jóquei Clube. Trata-seda milha do importante clássico Luiz Mazarenode Assumpçáo (Grupo II), o primeiro compa-ração de éguas de Cidade Jardim. Em sendoum comparação, somente éguas de três equatro anos podem ser inscritas.

¦ ¦

O

campo do Luiz Nazareno de Assump-ção deste ano, infelizmente, não apa-rece particularmente rico do ponto de

vista qualitativo. A relativa fragilidade daturma feminina de 1977 (à exceção de poucas?ue,

coincidentemente, não são treinadas emüdade Jardim) e a ausência dos nomes jácomprovados na esfera clássica entre as mais

novas (por ser na areia, as duas potrancas doHaras Faxina, Off The Way e Oh Que Boa,não foram confirmadas), fazem com que estanossa impressão fique fortalecida.

Mesmo assim, por mais paradoxal quepossa parecer a muitos leitores, não se podedizer que a milha nobre de amanhã estejatotalmente destituída de interesse. Dentro doslimites expostos, três éguas garantem um mini-mo de validade técnica a sua disputa. Duasdelas são potrancas extremamente promisso-ras, Remember (Locris em Redbrick, porCrepello), criação do Haras Sideral e proprie-dade do Stud Inshalla, e Bint-Cris (Locris emEnraivada, por Nisos), criação do Haras Co-queiral e propriedade do Stud Itapoã, e arestante de quatro anos, Julipa (Kelele emZaipan, por Dusseldorf), uma criação do Ha-ras Paraná.

¦ ¦

REMEMBER

foi potranca sempre tidaem altíssima conta por seus responsa-veis. Sua vitória em uma das seletivasdo grande clássico Criação Nacional

(Grupo I), a Taça de Prata de potrancas,parecia confirmar esta impressão. No final damesma, no entanto, a neta materna de Crepel-lo, um ganhador de Derby Stakes (Grupo I),em Epsom, portou-se bem modestamente parao que havia produzido, decepcionando a todos.Com alguns problemas, ficou bastante tempoafastada das pistas para reaparecer no começodeste ano e obter um triunfo que encantou amaioria dos experts de Cidade Jardim. Para

Suem teve a oportunidade de ver esta exibição,

lemember portou-se como potranca das maissedutoras ao vencer em belíssimo e esmagadorestilo. Neste sentido, a milha de amanhã surgecomo teste dos mais simpáticos e válidos para apotranca de propriedade de Naji Nahas. Mes-mo sem vitória clássica, ela é a vedete doespetáculo. Há BintCris, outra filha deste beloLocris, reaparece após seu sugestivo segundolugar nos dois quilômetros do último simples-mente clássico 25 de Janeiro (Grupo III),quando só foi derrotada no último momentopor Vai Sail (que, por ter cinco anos, não pôdeser inscrita amanhã). Esta sua simples perfor-mance a coloca como um dos três nomesprincipais do clássico em questão.

Finalmente, a quatro anos Julipa reúne osresultados clássicos mais sólidos já que vence-dora, entre outras provas, dos dois quilômetrosdo grandíssimo clássico Organização Sulameri-cana de Fomento ao Puro-Sangue de Corrida(Grupo I), o São Paulo das éguas, do anopassado. No entanto, sua apresentação nocitado 25 de Janeiro foi um tanto modesta e amilha talvez algo curta para ela. Em todo caso,é perigosa.

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0 gol do Cupom da CopaOs brasileiros precisavam apenas doempate para conquistar pela primeira vez aCopa do Mundo, naquela tarde de 16 de

julho de 1950. Uma tarefa que se afiguravaaté certo ponto fácil, pelas expressivas vitó-rias que haviam obtido e também pelo mo-desto retrospecto do adversário — o Uru-guai. Um público não calculado com exati-dão em seu total, mas bem perto das 200 milpessoas, compareceu ao Maracanã para as-sistir à festa tida como "fato consumado".

Mas, vão-logrjTaT^fticlá -começou; ostorcedores perceberam que as coisas não seiriam passar com a facilidade habitual. Osuruguaios se trancavam num rígido sistema

defensivo, bem coordenado, e vez por outraainda encontravam forças para contra-atacar com perigo. Dentro deste ritmo, osminutos se escoavam nervosos até se com-pletarem os 45 do primeiro tempo.

Os torcedores aguardaram com ansieda-de o segundo tempo, na expectativa de que oBrasil partisse com decisão para um triunfoinquestionável. Veio o período final e comele a explosão de alegria da torcida, graçasao gol de Friaça, logo aos quatro minutos,-Para quem precisava só do empate, passar àfrente do marcador a 41 minutos do final dapartida parecia mais do que suficiente. No-vos gols consagradores, agora, seriam uma

conseqüência normal para um time muitosuperior ao adversário. Mas nada disto acon-teceu. Pelo contrário, os uruguaios é quepareceram despertar com a desvantagem ese lançaram ao ataque com incrível disposi-ção. Viu-se então que eles — embora real-mente inferiores aos brasileiros — não eramtão ruins assim, em especial o trio atacanteformado por Júlio Perez, Miguez e Schiaf-fino.

Coube a Schiaffino conseguir o empate,aos 22 minutos. A torcida voltou a viver as

_angústias.-do primeiro tempo e quase nãoincentivava mais os jogadores brasileiros. Eo silêncio tomou-se absoluto a partir dos 34minutos, quando o ponta-direita Chiggia fezo gol da vitória para o Uruguai.

URUGUAI 2 X BRASIL 1

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Local: Estádio do Maracanã. Renda: Cr$milhões 272 mil 959. Público: 173 mil 830pagantes. Juiz: George Reader (Inglaterra).Uruguai: Máspoli; Matias Gonzalez e Tejera;Gambetta, Obdúlio Varela e Rodriguez An-drade,- Ghiggia, Júlio Perez, Miguez, Schiaf-fino e Morán. Brasil: Barbosa; Augusto eJüvenalr Baüêr, Danilo e Bigode; Friaça,Zizinho, Ademir, Jair e Chico. Gols: nosegundo tempo, Friaça (4 minutos), Schiaffi-no (22) e Ghiggia (34).

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JORNAL DO BRASIL ESPORTE

Henotti recebesábado, 13/8/88 d 1° oaderno ? 83 »o

Buenos Aires — Várioslíderes políticos expressa-ram,seu apoio ao técnicoda Seleção Argentina, Cé-sar Luis Menotti, por suasrecentes críticas à situa-ção;do país, ao mesmotempo em que repudiavama atitude da agência oficialTelam, que em resposta ochamou de privilegiado eincapacitado de expressarseus; pontos-de-vista a res-peiU) do Governo.

Com relação à ameaçade Menotti ser destituídoda Seleção, o capitão dotime, Daniel Passarella,deixou bem claro que seisto acontecer, também seafastará, acrescentando:"e advirto que vários ou-tros, jogadores farão omesmo".ATITUDETOTALITÁRIA

Segundo Raul Alfonsin,da União Cívica Radical,"a pretensão de se enclau-surar as pessoas segundosuas atividades, para que oesportista faça só esporte,o universitário apenas es-tude e o trabalhador se 11-mite ao trabalho, nadamais é do que uma atitudetipicamente totalitária".

Claro que os únicosque podem escapar a estalimitação são os militares.A eles se permite opinarsobre todos os problemas.Carlos Memem, ex-governador peronista daProvíncia de Rioja, comen-tou que o pais precisa daopinião de todos os argen-Unos.

Menotti é um extraor-dinário técnico de futebol,um homem que entendedo esporte, mas que tam-bém conhece profunda-mente as necessidades doseu povo.

Miguel Monserrat, doPartido Intransigente, dis-se que compartilha dasopiniões do técnico.

Além do mais, ele te-ve uma atitude valente.

Até agora nào há indí-cios de que Menotti possaser afastado da Seleção ouobjeto de alguma puniçáo.Ano passado, o treinadorfoi alvo de outra polêmicaquando assinou, junto comartistas, escritores, politi-cos e religiosos, um comu-nicado que pedia ao Go-verno Militar esclareci-mentos sobre pessoas de-saparecidas.

Elcio tenta no Kartganhar bicampeonato

Eloir Macielrária de até 80 km/h, o queFoz do Iguaçu — O baia-

no Élcio Paiva tenta con-quistar hoje o bicampeo-nato brasileiro da primeiracategoria 100 CC (FIA) —Federação Internacionalde automobilismo, quetem' largada às lOh (pri-meira bateria), abrindo o17° Campeonato Brasileirode Kart, a ser disputado noKartodromo do EC Fia-mengo até amanhã.

Ainda hoje, haverá pro-va da categoria novato, fi-cando para amanhã a se-gunda categoria 125 CC li-vre, a segunda 125 CCstandard; a primeira cate-goria 125 CC livre e a quar-ta categoria menor, cujaprincipal atração é Chris-tian Fittipaldi, filho deWilsinho e sobrinho deEmerson.

Como fez o melhor tem-po nos treinos de ontem,Élciò Paiva aumentou ain-da mais sua chance de vi-tória, embora Luís FábioFerber, de Sào Paulo, tam-bém esteja com o chassibastante equilibrado e emcondições de lutar pela vi-tóriá. Entre os novatos, opole' foi o paranaense Ita-cir Domaresky, seguido dagaúcha Maria Rositto, uni-ca mulher participante dacompetição.MUITA GENTE

Se o público que estásendo esperado (sete mil)prestigiar as duas provasde hoje, haverá problemasno pequeno Kartodromodo Flamengo, que náo dis-põe de espaço e arquiban-cadas suficientes para aco-modár tanta gente. Tecni-camènte, a pista está emótimas condições e permi-tiu que os pilotos desen-volvessem uma média ho-

constata ser ela uma pistade baixa.O dia de ontem foi bas-

tante agitado, com váriastomadas de tempo e umaprévia do que será a corri-da entre os pilotos da se-gunda categoria 125 cc Ai-vre, obrigada a realizaruma classificação à parte,devido ao elevado númerode inscritos. Havia 34 kartse a pista só comporta 25.Na primeira classificação,foram escolhidos 20, en-quanto o restante dlspu-tou as outras cinco vagas.

Essa bateria foi uma ver-dadeira prova e valeu pra-ticamente de tudo, commuita gente, inclusive,desconhecendo a utilidadeda zebra (facilita a tomadade curva), passando por ei-ma dela. Os 25 karts quelargam amanhã foramcompletados com PauloSeverino (paulista) ven-cendo entre os 14, enquan-to a pole position ficou pa-ra o gaúcho Gérson LuisMerchbarcher.

PROGRAMAÇÃO PARAHOJEDe 9 às 9hl5: treinos paranovatos — de 9hl5 às 9h45:1" bateria da novato — de9h45 às lOh: treino da100CC — de 10 às 10h30: 1»bateria da 100CC — dellhlõ às llh30: treino100CCFIA — de llh30 às12h: 2a bateria 100CCFIA— de 12 às 12hl5: treino de2" 125CO standart — de12hl5 às 12h45: — 2" bate-ria da 2" 125 standart — de13h30 às 13h45: treino paranovatos — de 13h45 às14hl5: final de novatos —de 14hl5 às 14h30 treino100CCFIA - de 14h30 às15h: final 100CCFIA.

Futebol feminino temsemifinais

Radar e Federal são osfavoritos da semifinais doTorneio Coppertone Opende Futebol Feminino dePraia, que seráo dispu-tadashoje, às 15h, na Praiade Copacabana, em frenteà Rua Ronald de Carvalho.O Federal joga com o DiOcchiali e, em seguida, oRadar enfrenta o Bel/ Ya-mamoto. Os vencedoresdecidem o título amanhã,também às 15h. Antes, po-rém, os perdedores de hojejogam pelo terceiro lugar.

O Federal, campeão doprimeiro torneio de futebolfeminino, disputado no fi-nal de 81, chegou à decisãoapós derrotar o Conatantepor 2-a 0. O Di Occhialigoleou a Banda do Lemepor 6 a 1 nas quartas-de-final e o Radar, tradicionalclube de futebol de praia,que promete levar muitatorcida hoje à praia de Co-pacabana, goleou o Tonnypor 5 a 0 no último domin-go. O^BeUYamamoto ven-

na praiaceu o Rio Futebol Femini-no, também por 5 a 0.

Além de uma grande tor-cida — o futebol femininotem levado multa gente àpraia — animada pelaBanda do Leme, a final doCoppertone Open, ama-nhã, terá outra atração ex-tra futebol: Kate Lyra,Maité Proença e PepitaRodrigues estarão dispu-tando, através da cobran-ça de pênaltis, o título deEstrela Coppertone.

COPA WRANGLER

Começa hoje à tarde, a 1*Copa Wrangler, de futebolmasculino de Praia, nocampo em frente ao Coun-try Clube, em Ipanema,com oito participantes. Osvencedores disputam assemifinais e finais amanhã.

Os clubes inscritos sáo:Papa-gallo, Rui Medina,Special, Bum Bum, Pante-ra, Friends, Mineiro e Sil-vestre.

Walker-Vasconcelosganha taça de golfeCom a participação de

28 jogadores, juvenis eadultos, o PetrópolisCountry Club deu ontemprosseguimento a seu ca-lendário de golfe de verão,com a disputa da TaçaNoi-Dube, que teve comovencedora a dupla forma-da por Walkei (handicap22) e Vasconcelos (11). Elescumpriram os 18 buracosdo percurso com um car-táo de 60 net.~Zm segundo lugar, ficouu aupla formada por Gon-çalves (14) e Feres (24). queregistrou 63 net, em tercei-ro, o dueto integrado por

Alvezano (22) e Walker (10),com 65 net. Hoje, serádisputada, em Petrópolis,a rodada de abertura daTaça J. Kitcheman, que te-râ um total de 36 buracos,na modalidade troke-play,para as categorias 0 a 20 e21 a 28 de handicap, termi-nando amanhã.

Fechado há mais de ummês/devido às chuvas quealagaram o campo, preju-dicando-o a ponto de cau-sar sua interdição, o Tere-sópolis Golf club reabrehoje, dando Início à suatemporada de verão com adisputa da Taça Abertura.

apoio de políticos-*- Cynthla Brito JL

Perivaldo só assinase Botafogo lhe derCr$10 milhões na mão

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O procurador de Perival-do, Souto Mala, pediu aoBotafogo um prazo de trêsdias, para convencer o jo-gador a aceitar a propostado clube: um Imóvel novalor de Cr$ 10 milhões,luvas de Cr$ 1 milhão e 500mil, salários de Cr$ 300 milpor oito meses e Cr$ 400mil nos últimos sete me-ses, por um contrato de 15meses.

Perivaldo, em principio,aceita a proposta do clube,mas nâo quer receber umimóvel como parte do pa-gamento, e sim os Cr$ 10milhões à vista. O procura-dor do jogador, no entanto,acha que até segunda-feira, consegue apresentaruma proposta que sejaaceitável para as duaspartes. .

DIFÍCIL

O principal problemacriado com a recusa de Pe-rivaldo em receber umapartamento no valor deCr$ 10 milhões, pago peloclube, é que o Botafogoestá sem dinheiro em cai-xa. Caso esta proposta fos-se aceita, haveria tempopara os dirigentes acerta-rem a fórmula de paga-mento.

Perivaldo ganha atual-mente Cr$ 160 mil e moranum apartamento alugadoem Jacarepaguá, mas achaque com o dinheiro na mãopoderá fazer um negóciomelhor. O jogador ficou depensar com calma na pro-posta, com seu procura-dor, que prefere evitar umdesgaste maior e, por isso,pediu prazo até segunda-feira para novas negocia-ções.LINGUAGEM

Para o coordenador de

Beresford, que acertou arenovação de contrato deMendonça e vem nego-ciando com o procuradorde Perivaldo, a principaldiferença no trato da quês-tâo está relacionada à lin-guagem:

— Mendonça foi mais fá-cil por ser a renovação tra-tada diretamente com ele,que possui um bom nívelcultural. Com o procura-dor de Perivaldo é diferen-te porque ele tem aindaque consultar o jogadorque não possui o mesmonível de preparação deMendonça. Com isso, náoestou dizendo que a nego-ciaçâo seja mais difícil, po-rém tem que ser usado umoutro tipo de linguagemadaptada a de uso do joga-dor. O ponto básico, no en-tanto, é a confiança quedeve haver entre as partes.

TREINO

O técnico Jorge Vieiradefiniu o time do Botafogopara a partida de amanhã,com a entrada de Wecsleyno lugar de Josimar, nomeio de campo, e a voltado goleiro Paulo Sérgio,depois de cumprir suspen-são automática.

Os jogadores realizaramum treino tático ontem emMarechal Hermes, e o timefoi definido por Jorge Viei-ra, com Paulo Sérgio, Peri-valdo, Gaúcho, Lima e Wa-shington; Rocha, Wecsleye Mendonça; Edson, Ml-randinha e Jérson.

Os dirigentes negaramque estejam ajudando par-te da torcida organizada."O clube está atrasado nopagamento dos funciona-rios e não iria ajudar qual-quer torcida." O problemafoi explicado e agora todasas facções estáo unidas.

Pari„„/,/„ ,mf„„„ > / ¦,w*«^««' ™ra o cooraenaaor deferwaldo prejere dinheiro a apartamento Futebol do Botafogo, Eron

Dino lamenta ausência de WallaciDino Sani promete fazer

várias experiências no ti-me do Fluminense, que en-frenta amistosamente oRio Branco, hoje, em Vitó-ria, com possibilidades, In-clusive, de mudar profun-damente a estrutura daequipe na. próxima fase daTaça de Ouro. Uma dasmaiores esperanças dotreinador, porém, estaráausente: o garoto Wallace,20 anos, lateral-esquerdo.

Toque de bola requinta-do, técnica apurada, se-gundo o próprio técnico,que já pensou até em des-locá-lo para o meio decampo, Wallace é conside-rado no clube como umadas suas futuras atrações.Só náo viajou porque a

Desportiva, que detinhaseu passe, custou a enviaro atestado liberatório.

DE QUALIDADEWallace chegou ao Flu-

minense como juvenil, em80, agradando imediata-mente ao técnico da época,Zagalo, que o lançou logona equipe de cima. Umapromoção apressada, se-gundo opinião geral. Eleainda não estava prontopara ela. Mais tarde, comNelsinho, Wallace amadu-receu. Hoje, Dino Sani nâotem dúvidas de que elereúne condições de lutarpela vaga — e ganhá-la. Sónão foi aproveitado devi-damente porque a Despor-

tiva criou dificuldades pa-ra enviar seu atestado libe-rato rio.

— Eé por gostar do fute-boi de Wallace é que nàocogitei em aproveitar o NeiDias na esquerda, mas pe-Ia direita. Estou certo deque Wallace ocupará a la-teral esquerda com eflcièn-cia. Seu futebol é da me-lhor qualidade.

O TIME

A delegação segue paraVitória às 8h30m e na Ca-pitai do Espirito Santo ficahospedada no Hotel Ca-nes. O time viaja escaladocom Paulo Vítor, Aldo,Flávio Guilherme, Edinhoe Alexandre; Jandir, Baia-

no e Mário; Robertinho,Flávio Renato e Ângelo.Para a reserva Dino dispo-rá de Edson Cimento, NeiDias, Da Silva, William eGilcimar.

Amauri, Delei e RubensGálaxe permanecem noRio, obrigados a compare-cerem ao clube para inten-slficar tratamento das con-tusòes sofridas na partidacom o Itabaiana. Dos três,Amauri é o que mais preo-cupa e estará fora da parti-da de quarta-feira, contraa Inter de Limeira, no Ma-racanà. A reapresentaçâoestá marcada para segun-da-felra, de manhã, nocampo do América, quan-do Dino Sani orientará umcoletivo.

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argentinosCampo Neutro

José Inácio Werneck

UM

amigo meu escocês deu-se aotrabalho de me escrever da Escó-cia para reclamar contra os crité-

rios do sorteio para a Copa do Mundo.Esbraveja particularmente contra o fatode seu país ter ficado no Grupo da UniãoSoviética e do Brasil, enquanto a Alemã-nha Ocidental ficava em chave que eleconsidera facílima e a Espanha idem."Veja — diz ele — que não estouprotestando apenas em causa própria. Ossul-americanos também se viram prejudi-cados. Por que o critério dirigido foi feitode tal maneira a tornar impossível umafinal entre Brasil e Argentina? Em outraspalavras, uma final sul-americana? A FI-FA tem suas razões de ordem econômica,mas o esporte deveria transcender taisconsiderações. Em outras Copas poderiater acontecido uma final só entre euro-peus na América do Sul ou só entre sul-americanos na Europa. Quis o destinoque tal não se passasse. O destino e alógica, pois ela indica que dificilmentedois times de um continente conseguirãoatingir juntos a final em outro continente.Agora a Alemanha exigiu que brasileirose argentinos não chegassem juntos à finale a FIFA obedeceu.

Não sei se a Alemanha exigiu ou não,mas fui dar uma olhada na tabela everifiquei que se os alemães não chegaremà final da Copa da Espanha estarão pas-sando a si mesmos um atestado de incom-petência. O sorteio, dirigido ou não, vaipermitir-lhes na segunda fase uma cami-nhada bem mais tranqüila do que a deBrasil e Argentina, se os sul-americanostambém chegaram lá. Pois como vencedo-res ou segundo colocados do Grupo 2 osalemães terão que enfrentar os vencedo-res ou segundo colocados dos grupos 4 e5. O grupo 5 é o grupo da Espanha,também bastante favorável aos espanhóis,que terão que enfrentar Honduras, Iugos-lávia e Irlanda do Norte. O grupo 4 é o daInglaterra e dele o que se pode dizer é quenenhuma Seleção parece particularmenteforte. O natural desejo de alemães eespanhóis será de se evitarem e isto pode-rão fazer, pois ambos fazem sua últimapartida contra respectivamente Argélia eHonduras, com condições de decidir selhes será mais interessante a classificaçãoem primeiro ou segundo lugar no grupo.Lembrem-se que em 1974, cometendo oquase impossível, que era perder para aAlemanha Oriental, a Alemanha Ociden-tal evitou encontrar-se com a Holanda nasemifinal, atirando-a para cima do Brasil.

Meu amigo escocês está zangado,mas diz: "A Escócia vai se classificar,junto com o Brasil".

O

Fluminense está convencido deque será mais difícil do que sepensa adotar publicidade nas ca-

misas dos times de futebol, entre outrosmotivos porque dificilmente determina-dos produtos quererão se identificar comapenas um time. Poder ser um time comoo do Flamengo, mas você estará arriscadoa se indispor com todo um vasto mercadorepresentado pelos torcedores do Vasco.

Talvez por isto a administração doclube tratou este ano de consertar asfinanças, abaladas na temporada passadapor um déficit de CrS 60 milhões. Sempoder ou sem querer contrair novos em-préstimos, o Fluminense tratou de venderos jogadores que podia. Sem condições desonhar com o impossível, partiram para oque consideraram ser possível e torcemagora para alcançar o equilíbrio até o mêsde agosto.

E se não alcançarem? »

¦ ¦ ¦DE PRIMEIRA: Amanhã, às 8 ho-ras, com saída do hotel das Paineiras,treino para a Maratona Atlântica-Boavista. Deverá estar presente o inglêsChris Stewart, que disputará a Maratonaem agosto e chega hoje ao Rio. Não jápara a Maratona, é claro, mas para dispu-tar quinta-feira à noite a Corrida doCarnaval. As inscrições para a Corrida doCarnaval estão limitadas a duas mil. Estenúmero não será excedido e é bom que osinteressados procurem logo a Corja (Vis-conde de Pirajá 207, sala 203). A inscriçãocusta CrS 200,00, sendo grátis para ossócios /// Kathy Mollitor, que recentemen-te colocou-se em segundo lugar entre asmoças na Maratona de Houston, tambémjá está inscrita na Corrida do Carnaval.Kathy deverá ter um bom duelo comLucinete de Sousa, vencedora da Corridada Ponte e que está em treinamento paraa Maratona de Seul, dia 28 de março.Lucinete, que sempre correu descalça,procura agora uma marca de sapatos quese adapte aos seus pés. Ela corre pelasCasas Pernambucanas /// Outra inscriçãojá feita: Aluísio Celestino, da Canalonga/// Amanhã, às 7h30m, corrida no Barra-mares, de 7 850 metros, com eleição, aofinal, da corredora mais bonita. Mas porque, na peça publicitária, está todo mun-do com um telefone na mão? Só se forpara ligar para a casa da eleita.

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Flamengo no ataque enfrenta Náutico na retrancaJoão Saldanha

O venerandoSampaio Correia

CONFESSO

minha dificuldade em con-tinuar a escrever sobre os aconteci-mentos de São Luís do Maranhão.Cidade pacata e de gente de boa

índole. Ontem, dizíamos do banditismo prati-cado. Sim, mas por que o banditismo? Entãoaqueles homens saíram de casa, se despediramda família para ir enfrentar uma malta enfure-cida onde arriscariam a vida? Para isto estavampreparados com bombas e armas pesadas?Nada disso. Alguns, infelizmente não poucos,são homens cruéis, perversos, que fazem tiroao alvo num homem que apenas estava olhan-do o "bochincho".

Mas volto à causa de tudo. Onde está?Afinal de contas, era apenas um jogo defutebol e mais nada. Divertimento para uns,esporte para outros e profissão para atletas epessoal dos veículos de comunicação. A políciafoi ferozmente prevenida porque o ambienteestava quente. Mas quente por quê? O jogo doSampaio contra o Fortaleza? Pois, a causa foi ojogo do Sampaio Correia — cujos ossos dovenerando devem ter se remexido de vergonhano seu túmulo — contra o Fortaleza. Vamosaos fatos.

Tenho horror de censura. Censura dopoder, censura da empresa e da pior.de todas emuito em moda em nosso país: a autocensura.Mas os principais responsáveis pelo assassinatoocorrido foram aqueles que clamaram o públi-co para comparecer e "lavar a honra doMaranhão". Uma derrota anterior de seis ousete, coisa comum num campeonato de forçastão desequilibradas. Ora bolas, então no próxi-mo jogo do River do Piauí vão matar uns trintaou quarenta! Isto não significa desonra algu-ma. E chamaram o povo para ir ao campocompletamente enfurecido. É mais do queleviandade. É irresponsabilidade. Clamarampor vingança. Esta a palavra que está escrita eassinada antes do jogo: Vingança. Um time doMaranhão não pode apanhar de seis? Podesim.

O Botafogo deu no Flamengo de seis. OFlamengo devolveu e não morreu ninguém.Outras violências estão por acontecer. O presi-dente do Atlético Mineiro, um tal senhorKaled, já está conclamando suas "forças ati-vas" para se vingar do Flamengo. E o Flamen-go não fez nada além de causar inveja. O pior éque estamos em época política acentuada.Teremos eleições, segundo prometem nossosdirigentes. Terão que matar o presidente Fi-gueiredo se as eleições não saírem. Existemcandidatos e os candidatos querem votos. Porvezes agem de maneira estranha. Nada de malque o façam através do futebol. É um caminhocomo outro qualquer. Mas utilizar o futebolpara conseguir votos, exacerbando ânimos,matando e jogando inocentes contra inocentesficando lá de cima narrando friamente aconte-cimentos covardes e cruéis? Pois saibam queisto é uma indignidade profissional.

Reafirmo meu horror à censura. Lutocontra ela desde menino. Sempre do outrolado. Fui terrivelmente censurado quando dis-se o que Menoti está dizendo agora. Fuipunido. Paciência, é da regra do jogo. A gentetem de assumir. Mas atirar povo contra povo?Fazer morrer gente inocente?

A CBF está com uma responsabilidadedobrada neste campeonato de futebol. Hones-tamente estou torcendo para que o jogo doFlamengo e Atlético fique para outra época. Eoutros jogos que estão sendo "incendiados"previamente. Por que a CBF não baixa aquelalei simples que a UEFA adotou? "O clube quenão puder controlar sua própria torcida seráconsiderado perdedor por um placar imagina-rio de dois a zero". Sim, se o clube local nãoquiser, nem que escribas alucinados tenteminsistir, não conseguirão fazer terrorismo con-tra um pequeno grupo de adversários indefe-sos. Nem policiais de índole assassina farãodefuntos de torcedores inocentes. Será que talambiente, que já está começando a cercar oCampeonato Nacional, é conveniente? Isto écrime.

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W^ _l «H_I__HZico discutiu com o presidente Cigarro (D), que o acusou de tentar prejudicar o Olaria

Zico veta campo do OlariaA Comissão de Slndlcân-

cia para a vistoria dos es-tádios, formada por Zico,presidente do Sindicatodos Jogadores, Gilbert Pe-reira, superintendente daAgap, Luis Carlos de Brito,delegado regional do Tra-balho, e Reginaldo Ma-thias, representante dosárbitros, interditou o cam-po do Olaria, na Rua Bari-ri, por considerá-lo semcondições de uso até paratreinos.

O presidente do Olaria,Edmundo Lopes Cigarro,alegou que o estádio esta-va em obras, mas de nadaadiantaram seus argumen-tos, já que o campo, cujopiso estava quase que in-teiramente sem grama, eos vestiários sujos e com as

louças em péssimas condi-ções mostraram que o pro-blema é o total abandonoem que se encontra oclube.

As dependências do Es-tâdlo de ítalo dei Cimatambém foram vistoriadase aprovadas pela Comis-sào de Sindicância. O pre-sidente Ilídio Soares, doCampo Grande, pediu in-clusive que os integrantesda Comissão apresentas-sem sugestões, no sentidode que o estádio se mostreainda melhor.

A DISCUSSÃO

Táo logo a Comissão deSindicância considerou oEstádio do Olaria sem con-diçòes de uso, o presidente

Edmundo Lopes Cigarro,indignado, disse que Zicoera o responsável pela in-terdlçâo, já que ele "nuncagostou do Olaria".

Você é que náo gostado Olaria. Você esqueceuque seus irmãos jogaramaqui neste campa

Zico respondeu a altura:Nâo tenho nada con-

tra o Olaria. Pelo contra-rio. O problema é que oestádio está sem condiçõesde uso e como represen-tante de classe nào possopermitir que os jogadoresnáo tenham o menor con-forto e enfrentem proble-mas que costumo encon-trar sempre que venhoaqui com o Flamengo.

Reginaldo Mathias, re-presentante dos árbitros,

também fez criticas ao ves-tiârio destinado aos juizes.Porém, quem mais se es-pantou foi o delegado re-gional do Trabalho, LuísCarlos de Brito, desacostu-mado a entrar em vestia-rios. Nunca pensou que umclube tivesse dependên-cias tão sujas e desconfor-táveis como as do Olaria.

Agora, a Comissão sereunirá para que seja ela-borado um documento, noqual o Olaria ficará obriga-do a melhorar as depen-dênclas do seu estádio, sobo risco de permanecer In-terditado durante o Cam-peonato Carioca e inclusi-ve para os treinamentos daequipe do próprio clube. OSerrano será o próximoclube a ser vistoriado poresta comissão.

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JORNAL DO BRASIL

FLAMENGO x NÁUTICO. Local. Maracanã. Horário: 17 hora»?Julii Luis Moufo Guaronha. Flamengo Raul, Leandro, Marinho,Mozer e Júnior, Vítor, Andrade e Zico; Tlta, Nunes e Adílio. Náutico;Jairo, Carlos Alberto, Dimas, Douglas e Carllnhos; Luciano, Lourlvafie Braz; Helder, Jonas e Lupercfnio.

O Náutico, no Maracanã, pode parecer uma prè&afácil para o Flamengo, que se mantém invicto desde apartida contra o Cobreloa, durante a Libertadores-daAmérica. Porém, levando-se em conta que a equipepernambucana vem de um empate com o Sôo Paulo, nóMorumbi, e que necessita de um ponto para se classlfi-car, chega-se à conclusão de que o Flamengo — que,v»iJogar no ataque—terá pela frente um adversário atila*do sob uma forte retranca e disposto a qualquer sacriSê»para náo ser eliminado.

Ainda assim é de total tranqüilidade o ambientei»Gávea. Todos se lembram de que, em Recife, o FlameS-go chegou a estar perdendo de 3 a 1 no segundo terripô,mas acreditam que no Maracanã a equipe jogará maisfácil e nâo se deixará surpreender. Carpegiani estáconvicto de mais uma vitória e exige que sua equipetermine em primeiro lugar no Grupo. TT,\.

Be vencer hoje, o Flamengo termina em primeirolugar na sua chave, independente do resultado da páfti-"da contra o Sâo Paulo, no Morumbi, pois, além de perderpara o Flamengo, o time paulista perdeu um ponto para-o Náutico e ficou com uma desvantagem de três pontos.O Flamengo atua completo, já que Leandro trelripuontem normalmente, nâo se ressentindo do problema nacoxa direita. .jjl...

Vítor é mantido eLico entra depois

Carpegiani decidiu man-ter Vítor no time e só esca-lar Lico se as circunstân-cias do Jogo o obrigarem aisso. Para o treinador, oimportante no momento énáo modificar a equipe quepermanece invicta noCampeonato Nacional. Elenáo afasta a hipótese delançar Lico no decorrer dojogo, mas deixa claro queisso só acontecerá numaemergência.

— Se estou satisfeitocom a produção do Fia-mengo, por que razão me-xerei no time? A equipecom Vítor é uma tática-mente, com Lico, outra. Omais lógico talvez fosselançar Lico de inicio, jáque com ele o time ficamais solto, mas vou man-ter Vítor — explicou Car-pegiani.

'JíWXI;>iofi-r>MÚW

Sobre o Náutico, qüéquase surpreende o Fla^mengo em Recife e vem.dgum empate contra o SSõPaulo, Carpegiani achaque se trata de um timebem preparado pelo tèdnü-co Pepe, mas sem coiidPçôes de parar o Flamengír,"

ai2g— Acho que tudo depenrde de nós. Acredito mais.no Flamengo e se apresen»tarmos um bom mteboL",óque não há motivos pára'não acontecer, ganhare-mos mais dois pontos. Res-peitamos nosso adversa-rio, mas náo temos nada atemer. 'i!iT3

> V_- 'iOs jogadores realizaram

ontem um treinamento",Ja-ve e todos os jogadorasparticiparam. A conçeh-tração foi iniciada à noite.'

Roberto só enfrentaSantos se pudertreinar esta manhã

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Roberto continua a ser agrande dúvida do Vascopara a partida de amanhãcom o Santos e só hoje suasituação será definida. Elepassou todo o dia de on-tem em tratamento, noVasco, melhorou bastanteda contusão na perna di-reita mas apenas se tivercondições para treinar es-ta manhã poderá ser esca-lado pelo técnico AntônioLopes.

O atacante estava ontemmais otimista quanto àsua recuperação por termelhorado das dores naperna, mas ainda cautelo-so quanto à recuperaçãototal para amanhã. Umdesfalque já certo é o pon-ta-direita Wilsinho, quevoltou a sentir a contusãono joelho esquerdo e serásubstituído por Zinho, quejogou também contra oPaissandu.

LIDERANÇA

Antônio Lopes definiuontem o júnior Da Costacomo possível substitutode Roberto contra o San-tos e deixou claro que ointeresse do Vasco é termi-

nar em primeiro lugar nogrupo com uma vitoriado-,mingo, embora a segundacolocação deixe o time hú-ma chave mais fácil para apróxima fase da Taça"déOuro. E também não colo-ca o Jogo em termos ;dédesforra da única derrotasofrida até agora pelo Va*-co, mas sim como uma par-tida importante em que,gequipe precisa demonstrarsua força atual.

Apesar da inexperiênciade Da Costa, recentementeincorporado ao elenco pro-,fissional, Lopes acha qúè á,equipe poderá ter uma íriq-vimentação satisfatória nóataque se Roberto nâoatuar, com um revezamen?to entre seu substituto eíCláudio Adão nas jogadasde área. Uma medida de*técnico que repercutiu!bem em São Januário foi ajreintegração ao elenco dqgrupo de jogadores qüé vi^nha treinando há algum;tempo no campo de teira;dos fundos do estádioi-en-ítre os quais Catinha, Bra-jsinha, Fernando, Zandó-jnaide e Carlos AlbertoíGarcia. |d*£

Sérgio apanhou muitomas ganhou a aposta

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Um caso possivelmenteinédito em Sào Januárioera ainda ontem o princi-pai assunto dos responsa-veis pela segurança do clu-be, que no jogo com o Pais-sandu livraram um torce-dor praticamente de umlinchamento nas arqui-bancadas. Sérgio Gomesde Souza, a vítima, estavano meio da torcida do Vas-co, com a camisa do clube,mas a cada ataque do ad-versário nào se continha:

— Paissandu, Paissan-du, Paissandu — gritavaele com o maior entusias-mo. A surpresa inicial dosoutros torcedores, que aprincipio pensaram numabrincadeira, logo se tràns-formou em revolta e daípara a agressão foi um ins-

tante. De longe, ningiiérrjentendeu a agitação; nó*meio da arquibancada.'ábriga e a correria num jogdfem que só havia vascairiose o time vencia fácil pe*2 à0. E a explicação do Cam;baleante Sérgio ao sei in*terpelado sobre sua átituíde pelo chefe da seguranjça, Ari Vieira, foi simples!

— 0 chefe, eu sou vas;caíno e está aqui a camisapara provar. Mas lá nòmeu trabalho um caraquiiapostar cinco mil cruzeiroêe me deu quatro gols dèvantagem para ser Pàfè-sandu. O que é que o Sô-nhor acha? Apanhei à.be--sa, mas ganhei essa nota ètá tudo bem porque noío meu Vasco ainda venqpor 2 a 0.

Bangu em festa jogacom Cruzeiro em crise

CRUZEIRO X BANGU. local — Mineirão. Horário — 1 7h. JutfcMárcio Campos Sales. Cruzeiro — Luís Antônio, Nelinho, A|Zeíinho e Serginhoj.Toninho, Tobi e Mocedo; Bendelock, EudaJesum. Bangu — Júlio, Toninha, Moisés,'Renè e Marco AntôrjMococa, Lira e Rubens Feijão; Dreifus, Vógner e Vilmar.

- SBelo Horizonte — Com os jogadores motivados péiaperspectiva do primeiro lugar do grupo E e em hometó-gear o patrono Castor de Andrade, que aniversarft Áontem, o Bangu é amplo favorito diante do Cruzeiro, hlà tarde, no Mineirão, onde nào joga há muitos anòsí

O técnico João Francisco, que começou sua carrejde treinador exatamente no Cruzeiro, nào considera st»equipe favorita. Para ele, o fato de o adversário estar emseria crise não é bom para o Bangu, que deverá encontrargrandes dificuldades em campo. O treinador pretendiapromover a estréia do goleiro Tiâo, mas ele está levemen,-te contudido e fica no banco de reservas.

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*-' JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — Sábado, 13 de fevereiro de 1982

CIRCO VOADORRp ARPOADOR,D POUSO ALEGREDE ARTISTAS DEMIL E UMA ARTES

Cleusa Maria

N EM as chuvas torrenciais queinsistiram em cair sobre a ei-dade nem os poucos dias desol forte chegaram a compro-

meter o alegre espírito de verão que movi-menta os 572 metros quadrados de estru-turas metálicas e lona azul, armados des-de 15 de janeiro, entre as praias do Arpoa-dor e do Diabo. O Circo Voador continuafuncionando, praticamente, 24 horas pordia.

¦ Já se fala até — como afirma o atorPerfeito Fortuna, do grupo de TeatroAsdrúbal Trouxe o Trombone, um deseus idealizadores e organizadores — que"31 de março não seria mais a data-limitepara seu encerramento. "Estamos apenas' engatinhando" — diz ele, animado — "po-de ser que montemos outros circos embairros diferentes e mesmo em outrascidades".

Movimento constanteNo espaço cedido pelo Prefeito Júlio

Coutinho, com a ajuda de D Zoé ChagasFreitas, cadeiras e equipamentos de luzemprestados pela Riotur, acontece detudo. Às 8 horas da manhã, diariamente,começam os cursos — 10 entre os infantise para adultos — que se estendem portoda a tarde. Nos intervalos entre umcurso e outro, o picadeiro está sempreocupado pelos grupos que ensaiam o es-petáculo da noite. No final da tarde há aapresentação de peças infantis.

Nem mesmo depois dos espetáculosnoturnos — uma média de cinco eventosvariados por noite a Cr$ 300 o ingresso —o palco fica vazio. Com freqüência, osensaios se prolongam pela madrugada.

. Na quinta-feira, dia 4, o grupo Vivo MuitoVivo. Bem Disposto, que surgiu no cursode Hamilton Vaz (do Asdrúbal) através-sou a madrugada até às seis horas damanhã preparando o espetáculo queapresentaria na noite seguinte. "À tarde,ainda fomos para o parque Garota deIpanema, debaixo de um sol terrível, jáque o circo estava inteiramente ocupado,sem espaço para continuarmos ensaian-do" — conta Roberto Berliner, do elencodo circo, molhado de um mergulho napraia.

Boa VizinhançaNo inicio, este circo que nâo tem feras,

domadores, cavalinhos amestrados oucontorcionistas, mas exibe espetáculosde dança, de teatro, esquetes de revistas,

capoeiras, bandas de rock, gerou protes-tos por parte dos moradores do bairro.

Hoje, parece ter sido aceito pela comu-nldade. "Quando começamos reclama-vam do barulho" — conta Patrícia Case,irmã da atriz Regina (Asdrúbal), o tempotodo presente no circo — "mas as ondasfazem mais barulho do que o Circo Voa-dor." O próprio presidente da Associaçãodos Moradores — de quem ninguém sabeo nome — já tentou aproximar-se destatroupe de mais de 200 pessoas. "Acho queele quer candidatar-se a vereador", brin-ca Perfeito Fortuna, para lembrar emseguida que pretendem realizar eventosao ar livre e daí o interesse da comunida-de em participar.

Mas exemplo mesmo de integraçãosào os garotos da praia — geralmentevindos de favelas próximas — que entreum mergulho e outro, pés sujos de areia,entram para dar uma espiadinha. O circoos recebe bem, desde que não sujem opalco. Alexandre, oito anos, é um dessesgarotos. Short de nylon vermelho, semcamisa, já é uma cria da casa. Algunschegam a chamá-lo de mascote. Umahora pode ser visto ajudando a recolheras garrafas de coca-cola vazias que seespalham sobre as cadeiras, pedindo aalguém do público que lhe pague umapipoca ou participando com o maior en-tusiasmo do curso de palhaço para crian-ças, dado por Malu, do grupo Abraça-dabra.

Nem todos, porém, concordam com apresença do circo naquele disputado tre-cho do Arpoador. O vendedor da Geneal,Luís Vieira, preferia que ele continuassesendo usado pelos casais de namorados.Reclama: "Quando chovia e náo havia ocirco, isso aqui ficava lotado de carros etodo mundo comia ou bebia alguma coi-sa, agora o movimento caiu."

O hare krishna Prema ("significaamor") está ali para tomar um banho demar, porque "purifica". Nada tem contraou a favor do circo. Fica apenas observan-do de longe, enquanto aproveita paraoferecer um incenso, "de graça". MasLuiza Ferraz, 50 anos, cabelos Inteira-mente grisalhos, nào se contenta emolhar de longe. Debruçada sobre a telaque protege uma das laterais do circo,procura entender o que se passa lá den-tro. Mesmo curiosa, diz que mora muitolonge — "no Leblon" — para voltar ànoite e ver o espetáculo.

No picadeiroDurante o dia, quando ainda estàofranqueadas as entradas, os mais

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^P:-^B ^j^JWl^^^W^^^r^^^^y^^Éffif m£ f°rmam núcleo que pôs mi^PBfer^^^BPPBf^^JB--•'î^b£^«»^r.lffi1tJ^í.'i offp^^r C'rt'° Para funcionar. Ele ^^HflWímmmW^mÈÈÊÈ Uiíl 1 l£' ¦ ^ym^^Ê^^{jJLm^^nt, jamais pára, cursos pela I H^l

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curiosos preferem assistir ao que se passano picadeiro no próprio interior do circo.Há um constante sair e entrar de banhis-tas. Vêem o ensaio do grupo de dançaCoringa — em meias de dança e camiseta

e se divertem com Regina Case, aengraçadissima atriz do Asdrúbal, atual-mente substituindo Marília Pera no DoceDeleite. Num reduzido biquini, ela seprepara para um mergulho, mas antestenta imitar "aquele passinho que arrebi-ta a perninha assim e parece que vaiquebrar a coluna". Notando a presençada bailarina Graziela Figueiroa, retrai-see se diz envergonhada.

O fotógrafo Renato Cômodo, mesmopreocupado com o desemprego, matricu-lou a filha Júlia em troca de fotografias docurso. Enquanto a menina se movimentano palco "como se fosse uma nuvem", opai tenta vender camisetas brancas, ondeestá escrito em vermelho a palavra de-sempregado. "É preciso se virar" — co-menta — "sào 10 milhões de desemprega-dos no país".

A noite no circoSaem as crianças e chegam os adultosuma média de 250 por noite, como

informam na bilheteria. Na sexta-feirapassada, provavelmente não chegava atanto, mas os participantes garantemque aquela foi uma noite de "baixo-astral". Ruth Mezek — do Instituto Na-cional de Artes Cênicas — que desde o_míeto~irpiJiõu:~á~ídUã~do~einrarHssegura-que o público não é formado apenas pelosamigos dos diversos grupos participan-tes. "Sáo casais jovens, velhos, gente detodo o tipo."

Márcio Galvào, que, junto com Perfei-to Fortuna e Maurício Sette, colocou ocirco para funcionar, arremata que, no

último fim de semana, havia cerca de 500pessoas por noite, no sábado e no domin-go. Foi exatamente nestas duas noitesque os olhos de Perfeito Fortuna brilha-ram de entusiasmo ("eles ficaram gran-des, abertos assim", ele tenta explicar),pois viu que o segundo grande sonho, oCirco Voador, "finalmente estava pintan-do". A partir daí, diz ele, ganhamos umcorpo e o público dellrou. "Isso é o circo."

Embora os cinco números do jornalzi-nho semanal Expresso Voador, com tira-gem de 5 mil exemplares, distribuídogratuitamente e editado pelo pessoal daNuvem Cigana, falem mais das realiza-ções do circo, ainda sáo grandes as difi-culdades enfrentadas. Maurício Sette,Perfeito Fortuna e Márcio Galvào resu-mem a situação: "Estamos na lona".

Para funcionar, o circo precisa de Cr$ 1milhão mensais. Mas a receita da bilhete-ria náo foi suficiente ainda para cobrir osgastos realizados com a montagem. Aempresa Rohr que vendeu as estruturasmetálicas ameaça retirá-las por falta depagamento. Assim, a idéia inicial de nâose ter patrocínio algum nâo está podendoser mantida. "Fiquei tâo angustiado comisso" — diz Perfeito — "que cheguei apagar ingressos para trabalhar."

Jâ está sendo negociado um patrocí-nlo com a New Man-Elastic que deveráfuncionar como "um pequeno pacote"para a cobertura dos bailes e de shows,como o de Djavan, neste sábado e domin-

-gOiîflas-assimônio-nãose-deixoaabate-r-pelo mau tempo que comprometeu o ve-rão carioca, o circo parece não se abalartambém com as dificuldades econômicas."Já temos até planos para o futuro",revela Márcio Galvào, "entre eles a mon-tagem de outros circos pelos bairros ecidades". E garante: "A partir de 31 demarço vamos deslanchar."

NO VOO,CAPTANDO

IDÉIASMacksen Luiz

UMA

única ida ao Circo Voador não ésuficiente para avaliar a extensão dotrabalho de tantos criadores, já que aeclética programação desse novo pontode referência na paisagem do Arpoador se modifi-

ca semanalmente. Quem esteve no último domin-go à noite no espaço criado por Maurício Sette,misturado a uma platéia predominantemente jo-vem — média de 20 anos — terá ficado bastanteimpressionado. Afinal, em mais de três horas deduração, e ao preço de Cr$ 300, assistiu a umabanda, a do Traçado, à demonstração de um grupode capoeira, ao grupo experimental de teatro VivoMuito Vivo e Bem Disposto, ao conjunto de dançaCoringa, às atrizes Analu Prestes e Stella Miranda,além do grupo de teatro Chuvas de Verão. É umaverdadeira maratona, até mesmo para a energiaeo vigor juvenis do público que, sabiamente, seretempera no bar do Io andar ou conversa navaranda ouvindo o barulho das ondas do mar. Masesta avalancha de atrações, dignas da riqueza deum Ringling Brothers, nào se preocupa em obede-~eer a qualquer "üiiiüaüe estilístiisrtdesiieeessârta"

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em um circo). As atrações se sucedem numaseqüência ágil, quase nào há intervalos entre cádàuma delas, e ao espectador resta apenas aguardaro que virá em seguida. Sem que nada se reveleexcepcional, com emoções semelhantes a de umtrapezista no salto triplo e à dramaticidade dósantigos atos circenses, o Voador está, inconscién-temente, alinhavando uma vaga idéia: a de esti-mular experimentalismos.

Se um grupo de capoeira não pode ser conside-rado experimental, pelo menos ao se apresentarum pouco antes dos quase adolescentes do VivoMuito Vivo — que assistiam, em meio à platéia,com uma atenção próxima ao fascínio — cria-seum tipo de relacionamento, uma troca de infcsjma-ções culturais. Dà mesma forma que o divertidosketch de Analu Prestes e de Stella Miranda, quefoi criado em três dias, resultado do contato dasduas atrizes com o movimento do Circo Voador.Dos cursos diurnos, para crianças e adultos, po-dem sair grupos circenses e teatrais, como os qtiése apresentam atualmente no Voador, oriundosdos cursos do Asdrúbal Trouxe o Trombone reali-zados ano passado no Parque Lage.

O Circo Voador tem amplas possibilidades decumprir o papel de núcleo irradiador de criação,que o Teatro Experimental Cacilda Becker temprocurado incansavelmente há quase cinco anoscom resultados modestos. A espontaneidade doCirco, com sua organização um tanto confusa,pode ser a alavanca que detonará criações encõ-bertas. Mas para que isso aconteça, o espaço físicoé fundamental. Desarmada a lona no Arpoador, háuma possibilidade de armá-la em Madureira, enessa circulação mambembe, o Voador conserva oespirito itinerante do circo e reafirma a idéia deum movimento cultural de muitas pontas.

2 n CADERNO B ? sábado, 13/8/83

r Cartas JORNAL DO BRASIL

Entrevista

Devido à reportagem publicada no-Caderno B, página 4, no dia 07/02/82,"intitulada Célia: da quadra de vôlei àsala de cirurgia, as mãos sào a sua

.'vida, tenho a declarar que se trata de"uma entrevista dada por mim à repor-

^ter Norma Couri no dia 03/02/82 em1 minha residência. Aceitei fazer a en-3 trevista por considerar o JORNAL DO* BRASIL um periódico sério e honesto.

Infelizmente tenho de tornar públi-«ca minha revolta, pois existem trechos-mentirosos. Faço questão de desmen--ti-los através desta carta.

A repórter preferiu fazer um inter-:pretação própria de minhas palavras,-deturpando assim minhas declara-"¦ções, principalmente no que diz respei-- to ao comentário sobre duas jogadoras*de voleibol: Jaqueline e Isabel. Fiz um"pedido especial à Sra Norma Couri•para que evitasse uma reportagem" agressiva sobre ambas, uma vez que se"• trata de um assunto polêmico, contra-"ditório e, por isso, com repercussão"negativa, nào só para as atletas mas•também para o voleibol feminino do"Brasil. Ao contrário do que pedi, foidado um tratamento agressivo a essa" parte da entrevista, o que fatalmente" provocará maiores discussões e polè-

micas, pois houve deturpação de mi-nhas palavras.

A repórter ainda misturou minhasdeclarações, cortando frases e super-pondo outras, dando um sentido duploao que disse a ela.

Pior ainda foi a maneira com queela se referiu à minha pessoa, usandoadjetivos que ferem minha honorablll-dade, deixando transparecer uma figu-ra Irreal de minha pessoa, criando umaimagem negativa, que nào condiz coma verdade. Nâo aceito os termos "mas-culinlzada", "anormal", "velhice", em-pregados pela repórter e nâo entendoa intenção dela em tentar denegrirmeu nome. Náo aceito também que,sem me conhecer, a Sra Norma Couritenha feito uma imagem de mim ba-seada apenas em um único encontroprofissional, no qual feriu intencional-mente minha moral.

Ela ainda colocou no último para-grafo um episódio ocorrido comigo, eque nào fazia parte da entrevista, poisfoi comentado na rua momentos ain-tes de a repórter pegar um táxi, e maisuma vez ela fez questão de me projetarnegativamente para a opinião pública.

Os trechos da reportagem que con-sldero repudlantes e mentirosos sáo osseguintes:

"... até fiz a cabeça dela. Agora étudo só com a Isabel, outra Jogadoracom quem nào me dou... Isto é coisa daIsabel, elas querem ser o centro detudo... Jaqueline já é mulher... Plcui-nha de mulher é horrível". "... fixa orosto e manda as pessoas repetirem nasua frente depois do Jogo..." "...sim-plesmente aprumou os músculos dobraço da levantadora profissional...

Certa da publicação da presentecarta que irá recolocar as coisas nosdevidos lugares, agradeço antecipada-mente ao JORNAL DO BRASIL quetanto promove e apoia o esporte ama-dor. Célia Garritano — Rio de Janeiro.

¦ ¦ ¦

Com o devido respeito e a admira-çào que merece o JORNAL DO BRA-SIL, de que o signatário é assinante,vimos em nome do Fluminense Foot-bali Club protestar contra o texto dareportagem intitulada Célia, da qua-dra de vôlei à sala de cirurgia, asmãos são a sua vida, na qual a nossaatleta Célia Garritano, patrimônio doesporte amador brasileiro, foi alvo determos pelo menos inconvenientes egrosseiros.

Quanto a grande parte da matéria,fomos procurados pela atleta, que, in-dignada, sentia-se atingida na sua ho-

norabilldade e em situação embaraço-sa Junto a outras atletas de voleibol,por afirmações que nâo fizera à repor-ter Norma Couri.

Tais assertivas poderão prejudicara Jogadora, nâo só profissionalmentecomo médica, mas na sua vida esportl-va, o que Justifica a presente carta.Coaracy Nunes Filho, vice-presidentede esportes amadores do FluminenseFootball Club — Rio de Janeiro.

N. da R. — A disputa entre asjogadoras Célia c Jaqueline é conheci-da e, como a própria entrevistadareconhece, c assunto polêmico e con-traditório. Tudo o que foi publicadofoi dtto por Célia Garritano. Termoscomo mascullnlzada, anormal c velhi-ce foram usados (os dois últimos entreaspas) num contesto que não visava aofender a jogadora — e, inclusive,com humor: ninguém pode ser consi-derado velho aos 31 anos. Náo constada reportagem qualquer ofensa à pro-fissão de Célia como médica nem àsua respeitabilidade como jogadora.

As cartas serão selecionadas para publicaçãono todo ou em parte entre as que tiveremassinatura, nome completo e legível o endere-co que permita confirmação prévia.

CINEMAA MALDIÇÃO DO ESPELHO **

VIAGEM NAS ESTRELASRogério Bitarelli

NATURALMENTE

o especta-dor já habituou-se com osvelhos truques criados pelocinema, em particular quan-do aparecem em narrativas policiais, ou

dê terror. Um dos truques mais conheci-dos e qué sempre funcionam mais comorecurso de representação dramáticadentro das propostas da trama é o usodjà câmara subjetiva que caminha nocenário e sugere o comportamento deuma pessoa.

O que há de interessante é que acâmara nesses momentos sugere umpersonagem especial. O espectador sa-be desde o inicio da cena, de modo geralRimada à noite ou em ambientes desombras e com pequenos contornos deluzes, que se trata da caminhada docriminoso. O silêncio é completo e sóocasionalmente pode ser interrompidopor um ruído natural: um galho secopisoteado ou uma porta que range aoser aberta.

Em A Maldição do Espelho/ TheMirror Crack'd, de Guy Hamilton, háuma cena em que ocorre uma descrição

visual semelhante. O espectador, que Jáassistiu a muitos outros filmes que ex-pioraram o movimento suave da cama-ra para criar o clima de tensão, fica naexpectativa e aguarda o desfecho de umcrime. Alguém vai ser morto a qualquermomento. Pelo menos espera-se levarum grande susto. Mas náo é o queacontece aqui. O movimento do apare-lho, que até entào sugeria uma pessoaandando, inicialmente no jardim e de-,pois no interior de uma casa, è interrom-pido diante de uma cama. Jane Marple,a velha detetive amadora da aldeia in-

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j^Yim&jiéâiBitm,;. ™_.™.,___ .,.,.. ^,................Edward Fox e Kim Novak em A Maldição do Espelho: refletindo também omundo mágico do cinema

glesa de St. Mary Mead, levanta-se edescobre o rosto que estava escondidosob um lençol, provocando gargalhadasno espectador.

Ela estava dormindo e acordara comuma nova idéia a propósito de um crimeque estava sendo investigado por seu

__snbrinho, lnspetor-chefe Craddock, daScotland Yard. Toda a programaçãovisual da cena fora criada para burlar asexpectativas do público, a partir de ummodelo de representação que este vemtendp contato através do cinema.

Na verdade, o filme age como estacena. Através de uma série de pistasfalsas tenta enganar o espectador e en-volvè-lo numa atmosfera de mistério. Eeste mistério — independente de serbaseado numa obra de uma conhecidaescritora inglesa de romances policiaissofisticados — tem vários pontos decontato com o lugar-comum da câmaraque se movimenta devagar, após todasas pessoas de um casarào apagarem asluzes de seus quartos e dormirem.

Desde o Inicio, o filme busca estrutu-rar um esquema de identificação com aplatéia a partir dos elementos que con-duzem as peripécias fundamentais danarrativa: a reunião de uma equipe ei-nematográfica de Hollywood visandofilmar numa pacata aldeia do interiorda Inglaterra, longe de alusão a Byronou Shakespeare.

Os conflitos começam a aflorar e dealgum modo parecem retirados de an-cestrais mexericos que fizeram a fama (ea desgraça) de inúmeras atrizes do cine-ma americano, a partir de meados dadécada de 30 até o Início dos 60, quandoa força do star-systetn começa a decll-nar. O duelo entre as estrelas LolaBrewster e Marina Qregg é apenas umaforma indireta de o espectador viajarnas estrelas e penetrar no mundo docinema dos grandes estúdios.

E segundo este mesma forma, a hls-tória de A Maldição do Espelho é narra-da, criando a dupla ilusão de um mundoque só funciona plenamente nos limitesdo imaginário cinematográfico. Umpouco de emoçáo através de uma tramamais ou menos previsível em torno deum elenco famoso (Angela Lansbury,Geraldine Chaplin, Tony Curtis, Ed-ward Fox, Rock Hudson, Kim Novak,Elizabeth Taylor) do cinema industrialde ontem e de hoje. Espelho mágico enada maldito.

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JORNAL DO BRASIL Babado, 13/8/88 o CADERNO B D 3

Oposição em festaFoi certamente mais por humor

do que por amor à precisão que umdos convidados presentes ao gran-de Jantar oferecido anteontem peloempresário e Sra Fernando Gaspa-rlan em homenagem ao Presidentedo Equador e Sra Osvaldo Hurtadodefiniu a festa com a seguinte frase:Estavam lã da soclalite Ma-ritza Osório ao professor Celso Fur-tado.

Os dois efetivamente incluíam-se entre os convidados, mas o quedeu o tom da reunião foi a presençamaciça de figuras que, ativamenteou nào, pertencem aos coros fazemoposição ao Governo.

Para cada socialite presente,tropeçava-se em 20 políticos, lnte-lectuais e artistas, o que chegou aprovocar um curioso comentário deum militar presente, designado pe-Ia Presidência da República paraacompanhar Hurtado em sua visitaao Rio:

Se batesse aqui um AI-6 sósobravam eu e os agentes de segu-rança.

Desatento, o militar esquecerade incluir na sua relação de salvosdo Incêndio o Sr Nestor Jost, quepasseava pelos salões a sua novacondição de secretário executivodo Projeto Carajás.

* * *A presença de agentes de segu-

rança, aliás, suscitou um outrobem-humorado comentário de umconvidado:

— Pela primeira vez em muitosanos, a oposição se encontra e sefesteja sob a proteção da polícia.

* » +

Comentários à parte, a festa, pe-Ia elegância do décor, qualidade dóbuffet e generosidade dos drinks,nada ficou a dever em brilho aosgrandes acontecimentos sociaisque movimentam de vez em quan-do o grand monde carioca e tem apeculiaridade de reunir grupos deconvidados entre os quais a propor-ção é inversamente de um político,artista ou intelectual para cada 20socialites.

ozimoSem objeto

O Juiz Francisco Horta requereuontem a sua aposentadoria.

Dirigiu o pedido à presidência doTribunal de Justiça que ontemmesmo o encaminhou ao Governa-dor Chagas Freitas.

* * *Ficam, assim, sem objeto as me-dldas discipllnares em curso contraele.

¦ ¦ ¦44GAFFES"

¦ ¦ ¦Fórmula

De uma roda de politicos forma-da no Jantar que homenageou an-teontem o Presidente do Equador eSra Osvaldo Hurtado ficou-se sa-bendo do futuro político do Sena-dor Nelson Carneiro caso se concre-tize a incorporação.

Segundo Carneiro, ele deixa o

PMDB e se transfere para o PDT,saindo candidato a Governador, hi-pótese em que o Sr Leonel Brizolaconcorreria ao Senado.

• Resta agora saber o quedisso o Sr Leonel Brizola.

acha

DESINCOMPATIBILIZAÇÃONada menos de 102 Secretários

de Governo estaduais estào deixan-do seus cargos no fim de semanapara cumprir o prazo fatal de desin-compatibilizaçâo, dia 15, segunda-feira, e poder disputar as eleiçõesde novembro.

Destes, 10 sâo Secretários de

Educação, especialidade a contri-buir com o maior número de desin-compatibilizados.

• A Educação sempre foi um bomcaminho a conduzir à política.

¦ ¦Bom prato

O advogado Haroldo Lins e Silva,o terror dos maridos desquitados,será o entrevistado do Canal Livrede amanhã.

O programa promete, já que dooutro lado, na banca de entrevista-

dores, estará sentada a escritoraLaurita Mourão.• Esta, por sua vez, terror de muitacoisa, inclusive de advogados in-transigentes.

O cerimonial da Academia Bra-sileira de Letras errou: para a re-cepçào ao Presidente do Equador,Osvaldo Hurtado, que compareceuacompanhado da mulher, mandouconvite apenas para os acadêmicos,esquecendo-se de acrescentar queera extensivo às senhoras.

Gaffe feia.Mesmo assim, algumas mulhe-

res de acadêmicos foram à re-cepçáo.

Gaffe de novo.¦ ¦ ¦

Primeira vezPela primeira vez na história do

futebol brasileiro, entidades e gru-pos historicamente conflitantes, co-mo clubes, árbitros e jogadores, sereunirão numa mesma associação.

O agente de tão surpreendenteunião é o chamado direito de arena,agora estendido também aos juizesde futebol, que ganharam o direitode cobrá-lo.

A associaçáo única, filiada àEcad, cuidará da cobrança pelo usoda imagem de todos os três grupos,rateando depois entre eles os bene-ficios na proporção correspon-dente.

m * *O próximo passo, a ser dado emfuturo nào muito remoto, é a exten-são do benefício aos artistas quepassariam a receber pela repetiçàoe reprodução de sua imagem emreprises de televisão e cinema.

Jane Birkin, uma dasartistas esperadas para o carnaval

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• O minguado cordão decelebridades que vem aoRio para assistir ao carna-vai engordou ontem algu-mas gramas com a notíciade que estarão chegandosemana que vem JaneBirkin e Marcello Mas-troianni.

• A atriz-cantora chegatrazida por Régine e ele,no momento em Nova Ior-que, antecipa de algunsdias sua vinda para as fll-magens a partir de março1e Gabriela, ao lado deSônia Braga.

F-l naEspanha

Uma vez confirmado o cancela-mento do Grande Prêmio da Ar-gentina de Fórmula-1, Bernie Ec-clestone não perdeu tempo e Jãprovidenciou um substituto, res-suscitando o Grande Prêmio daEspanha, que tinha sido retiradodo calendário deste ano por coin-cidir com a Copa do Mundo.

Assim, examinando melhor áfolhinha, Ecclestone chegou àconclusão de que no dia 27 dejunho, um domingo, ideal para a,..,realização da prova, não há jogospela Copa, cuja segunda fase terá ..inicio precisamente no dia se-«»guinte.

Ficou, portanto, marcada para-"aquela data a corrida de Fórmula-1 no Autódromo de Jarama, em,,',Madri, onde, por sinal, os pilotosbrasileiros costumam se dar bem... .

¦ ¦ ¦

RODA-VIVAQuem também pode chegar

para o carnaval é Alain Delon.Viria com a mulher, Mireille Darc.

Lila Coimbra é quem assina os"'novos jardins da casa de José-Mariano Raggio na Joatinga.

Hildegard Angel e João Resen-de recebem para drinks no dia 17.

Chico Brandão abre segunda-'-feira sua agência Promoshow, 'instalada no anexo do Copa, rece- ~bendo os amigos para drinks.

Os freqüentadores do bar doCountry sentindo falta do pianode Raul Mascarenhas, ausente, de _férias.

Maria Roberto festejando oiu.tem aniversário com um grupopequeno de amigos.

Correto e bem posto o jantaroferecido em homenagem ao Prín-cipe Jean-Louis de Faucigny-Lucinge pelo casal Leonel Ml-randa.

O Cônsul da Itália, MassimoLeggieri, aniversariou e festejoua data com amigos no Régine's.

Chico Anisio e Daniel Filhodebruçavam-se ontem sobre umBacalhau ao Zé do Pipo no almo-ço do Adegão Português.

Régine vai movimentar a sex-ta-feira de carnaval recebendopara uma grande feijoada em seunovo apartamento do edifícioChopin.

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NACIONAL DE BRASÍLIA(CANTO E INSTRUMENTO)

INSCRIÇÕES ABERTAS ATÉ O DIA1? de março de 1982

NA SEDE DA FUNDAÇÃO CULTURALDO DISTRITO FEDERAL

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Arthur, o milionário se-dutor— "O filme é racistae alienante. A pretensa co-média se calca em umaúnica situação: a embria-guez do milionário". Anto-nio Urano, economista."Ótima trilha sonora". De-nise dos Santos Lima, au-xiliar de escritório. "Trilhasonora maravilhosa". Mar-cos José Silva do Carmo.

Amor sem fim — "Èmais um filme açucaradode Zefirelli e BrookeShields aparece nitida-mente como uma atriz fa-bricada". Marcelo Bulga-relli, estudante.•"No máximo um asteróidetíómo cotação. É um filmeonde os personagens seperdem num labirinto de

.contradições pueris". Re-nato Freire de Oliveira, en-genheiro."Filme com altos e baixos.História frágil, fotografiabelíssima e envolvente. Osdois atores muitos bonitos.Ela, sem talento nem ex-pressão. Ele, dá emoção ehumanidade ao persona-gem". André Feijó Barroso,médico.,..E o vento levou — "Per-feito e inimitável comogrande espetáculo, super-produção. Grande exem-pio do que era o cinemanorte-americano nas déca-das de 30 e 40. Bons temposque já se foram... "CarlosEduardo Castanheira, RP."Não dá prá imaginar ou-tros atores naqueles pa-"fieis. Parece que os perso-nagens foram feitos para.aqueles artistas. Excelenteem tudo". Rubens Annesda Silva, 14 anos, estu-dante."Fui assistir pensando queera supercareta, mas não.È muito divertido, alegre.'Só é chato no fim: fizeramum perfeito Jardim da Sau-¦dade". Ivan Annes da Sil-va, 11 anos, estudante."Acho que vai arrecadaradmiradores por mais 40anos". Rosângela Cosmeda Silva, recpecionista.

Pixote, a lei do mais fira-co — "A lamentar o somdo cinema Art Copacaba-na, péssimo. O filme brasi-leiro tem que ter legenda".Bruno Zamboni, universi-tário.

Derzu Uzala — "É a se-gunda vez que vejo o filmee> gostei ainda mais. Foto-grafia lindíssima". PaolaStaeblein, estudante.

Ivan, o terrível (2a parte)—"Quero divulgar mais fll-me, uma obra-prima". AlixMachline, professora.O Fã, obsessão cega —

„ "A parte técnica do filme é'impecável porém como fll-

me de suspense não con-vence. Compará-lo com fll--mes de Hitchcock é sacrilé-gio". André Luiz Domingosde Oliveira, universitário.

.."Imitação mal feita declássicos do suspense (DiPalma e Hitchcock). Rotei-ro muito fraco. Só a trilha"sonora salva o filme do ira-casso total". Nicholas P.Magrath, professor de in-Slês.

Possessão — "Uma in-cógnita em todos os aspec-tos. Até a própria incogni-ta" Heitor Delgado Corrêa,estudante. "Uma narrativaextremamente tensa, con-duzida com rara destrezapelo diretor e interpretadomagnificamente pelo elen-co, de um mundo desespe-radamente caótico — umperfeito cenário ao retornodo senhor do mal". MiguelF. Gouveia, engenheiro.» Menino do Rio — "O fil-me deveria chamar-se "OMenino da Paulicéia". Bia-se, como ator, não é nemum bom surfista". Flávioüolsteristy, surfista. "Fil-me com ótimos visuais.]í\chei os diálogos fracos".Laura de Moura do Rego,.estudante.•* A Lagoa Azul — "A crue-•ea de imagens é a maiorarma de Randal Klaiser-para prender visualmente"opúblico". Ricardo AlbanoRodrigues, estudante.

ESTRÉIASCotação do JB: •••*Cotaçaflo do leitor. **** (1 voto)OS OLHOS VENDADOS (Los Ojos Venda-do»| de Carlos Saura. Com Geraldine Chapline José Luis Gomez. Cinemn-1 (Av. PradoJúnior. 281 — 27b-4b46): 15h, 17h10m19h20m, 21h30m. (18 anos)

Inspirado no depoimento de uma mu-lher num tribunal Internacional para adenúncia de torturas a presos políticos (amulher tinha o rosto encoberto porurppano sobre os cabelos e grandes óculosespelhados), um diretor de teatro decidemontar uma peça sobre o tema. Durante amontagem da peça Luis conhece e seapaixona por Emllla, e os dois começam areceber cartas anônimas exigindo que oprojeto seja abandonado. Produção espa-nhola.

Cotação do JB: *•Cotação do leitor: *** (7 votos).A MALDIÇÃO DO ESPELHO (The MirrorCrack'd). de Guy Hamilton. Com AngelaLansbury, Geraldine Chaplin, Tony Curtis.Edward Fox, Roch Hudson, Kim Novak, Eliza-beth Taylor e Wendy Morgan. Palácio-1 (Ruado Passeio, 38 — 240-6541): I4h. 16h10m,18h20m, 20h30. Leblon-2 (Av. Ataulfo dePaiva, 391 — 239-4998), Ópera-1 (Praia deBotafogo, 340 — 246-7705): 15h. 17h10m,19h20m, 21h30m. Santa Alice (Rua Barãode Bom Retiro. 1.995 — 201-1299): de 2' asábado, às 16h40m, 18h50m, 21h. Domingo,a partir das 14h30m. (14 anos).

Em 1953, uma aldeia do interior daInglaterra ó subitamente envolvida poruma série de assasslnios misteriosos,após a chegada de cinco artistas oriundosde Hollywood. No encadeamento de mor-tes, o suspeito mais provável é sempreeliminado pelo criminoso. O inspetor-chefe da Scotland Yard é convocado parainvestigar o caso e a ele junta-se suasobrinha, a detetive Jane Marpie. Basea-do na obra homônima de Agatha Christie.Produção britânica.

Cotação do JB: **Cotação do leitor: ***** (6 votos)ARTHUR, O MILIONÁRIO SEDUTOR (Ar-thur), de Steve Gordon. Com Dudley Moore.Liza Minneli, John Gielgud. Geraldine Fitzge-rald, Jill Eikenberry e Stephen Elliot. Veneza(Av. Pasteur. 184 — 295-8349). Barra 3 (Av.das Américas, 4.666 — 327-7590). Cômodo-ro (Rua Haddock Lobo, 145 — 264-2025)14h, 16h, 18h. 20h, 22h. Odeon (PraçaMahatma Gandhi, 2 — 220-3835). 13h30m15h30m. 17h30m, 19h30m, 21h30m. (14anos)

Comédia. História do encontro entreum milionário playboy e uma garçonetepobre que sonha ser atriz. Produção ame-ri cana.

••O ARQUEIRO E A FEITICEIRA (The Archerand the Sorceress) de Nicholas Coroa.Com Lane Claudell, Victor Campos. BelindaBauer, Kabir Bedi. Marc Alaimo. Sharon Barre John Hancock. Metro Boavista (Rua doPasseio. 68 — 240 1291). Largo do Macha-do-1 (Largo do Machado, 29 — 245-7374).Condor Copacabana (Rua Figueiredo Maga-Ihâes. 286 — 255-2610). Art-Môier (RuaSilva Rabelo. 20 — 249-4544), Rio-Sul (RuaMarquês de Sào Vicente, 52 — 274-4532)'14h, I6h. 18h. 20h. 22h Brunl-TIJuca (RuaConde de Bonfim, 379 — 268-2325). Baro-nesa (Rua Cândido Benicio. 1 747 — 390-5745): 15h, 17h. 19h. 21h. (10 anos).

Com o objetivo de achar o homem quematou seu pai, o jovem Toran de Malveeiempreende uma jornada numa época in-definivel. Em suas viagens — captadasnuma atmosfera fantástica pelos efeitosespeciais de Bill Schirmer — ele é sur-preendido por feiticeiros, tribos selva-gens, cultos, maléficos, ladrões e umalinda e perigosa deusa. Para defender-sedos inimigos, usa um antigo arco mágico.Produção americana.

Cotação do JB: •Cotação do leitor: * (1 voto)ALUGA-SE MOÇAS (Brasileiro), de DenyCavalcanti. Com Gretchen. Rita Cadilac, LiaHolywood e índia Amazonense. Vitória (RuaSenador Dantas. 45 — 220-1783), Olaria(Rua Uranos, 1.474 — 230-2666): 13h40m15h30m, 17h20m, 19h10m, 21h. Copacaba-na (Av. Copacabana. 801 — 255-0953). Bar-ra 1 (Av. das Américas, 4.666 — 327-7590),Operai! (Praia do Botafogo. 340 — 246-7705), América (Rua Conde de Bonfim. 334— 248-4519), Imperator (Rua Dias da Cruz170 _ 249-7982); Madurelra-2 (Rua Dag-mar da Fonseca, 54 — 390-2338): 14h10m16h, 17h50m, I9h40m. 21h30m. Palácio(Campo Grande): 15h, 16h40m, 18h20m20h. (18 anos).

Pornochanchada.

QUAL O CAMINHO POR CIMA? (WhlchWay Is Up?). de Michael Schultz. ComRichard Pryor. Lonette McKee. MargarethAvery e Morgan Woodward. Studio-Copacabana (Rua Raul Pompéia, 102 —247-8900): 20h. 22h. (18 anos).

Richard Pryor vivendo três papéis dife-rentes — um trabalhador metido a sedu-tor e envolvido com reivindicações sindi-cais, seu velho pai e o pastor da localida-de — numa comédia que adapta para umacidade da Califórnia o filme Mimi, o Meta-lúrgico, de Lina Wenmuller. Produçãoamericana.

A GAROTADA VAI AO JAPÃO (The BadNews Bears Go To Japan). de John Berry.Com Tony, Curtis, UàckiéüEàrlè ¦ Halév.: Mat-

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Lane Claudell em O Arqueiro e a Feiticeira, da NicholasCorea: uma viagem fantástica, cheia de efeitos especiais, deum arqueiro e seu arco mágico em busca do assassino deseu pai.

CONTINUAÇÕESCotação do JB: *****

Cotação do leitor: **** (17 votos)TRÊS IRMÃOS (Tre FratelH). de FrancescoRosi. Com Philippe Noiret. Charles Vanel.Andréa Ferreol. Vittorio Mezzagiorno, Miche-le Plácido. Sara Tafun e Maddalena Crippa.Caruso (Av. Copacabana, 1.362 -- 227-3544) 14h30m, 16h50m. I9h10m, 2Íh30m,(14 anos).

A partir do velório da mâe de trôsirmãos — um juiz, um professor e umoperário — que moram respectivamenteem Roma, Nápoles e Turim, o filme procu-ra abordar a questão do terrorismo politi-co na Itália contemporânea. Trata-se tam-bém de um mergulho de cada persona-gem, mas, segundo Rosi, o protagonistado filme ô o tempo, "que está atrás, emvolta e frente às pessoas. A memória, opresente e o futuro. Nào há fato maisdoloroso e mesmo mágico do que a mor-te dos pais para nos obrigar a olhar defrente para o tempo". Produção italiana.

Cotação do JB: ****Cotação do leitor: **** (14 votos)

EXCALIBUR (Excalibur), de John BoormanCom Nigel Terry. Helen Mirren, NicholasClay. Chene Lunghi e Paul Geoffrey. t«bJon-1 (Av. Ataulfo de Paiva, 391 — 239-5048).Studio Paissandu (Rua Senador Vergueiro35 — 265-4653): 13h20m. 16h. 18h40m21h20m. (18 anos).

A história de Excalibur, do Rei Artur edos Cavaleiros da Tévola Redonda, deMerlin, de Lancelot, de Perceval e deGuenevere, diz o realizador, John Boor-man, "é um relato que pode ser contado ereconlado mil vezes seguidas, porque acada nova leitura encontramos um sfmbo-Io que nâo descobríramos antes". E nestefilme, inspirado principalmente no livrode Thomas Mallory A Morte de Artur, orealizador afirma estar interessado emfazer assim como Jung e partir em buscade signos que se encontram gravados noinconsciente dos europeus.

Cotação do JB: ***Cotação do leitor: *•* (4 Votos)

OS SALTIMBANCOS TRAPALHÕES (Brasi-leiro). de J. B. Tanko. Com Renato Aragão.Dedé Santana, Zacarias. Mussum. LucinhaLins e Mário Cardoso. Tijuca-Palace (RuaConde de Bonfim, 214 — 228-4610)13h30m. 15h30m, 17h30m. 19h30m,21h30m. Scala (Praia de Botafogo 320)Lido-1 (Praia do Flamengo. 72): 14h 16h18h. 20h. 22h. (Livre)

Inspirada na peça de Bardotti, Bacalose Chico Buarque, esta nova aventura deDidi, Dedé, Zacarias e Mussum mostra osquatros como humildes e explorados tra-balhadores de um circo cujo dono, OBarào, é um nobre arruinado que com aajuda do mágico Assis Satã planeja juntardinheiro para voltar ao antigo conforto apromover um casamento milionário paraa filha.

thew Douglas Arítõri, Erln Blúnt e "George

Gonzales. Studio-Copacabana (Rua RaulPompéia, 102 — 247-8900): 14h, 16h, 18h.(Livre).

Uma equipe americana de beiseboljuvenil, os Ursos, aceita um desafio parajogar no Japão mas, para arranjar dinhei-ro para a viagem, tèm que pedir contribui-çóes ao público e aceitar a ajuda de umagente endividado. Produçôo americana.

Cotação do JB **Cotação do leitor: ** (29 votos)

MENINO DO RIO (brasileiro), de AntônioCalrnon Com Anar&tle Base, Qáudia -Maa--r-K-, Dl^-s.r-Jn fl h'* -'II. ... — . . **no. Ricardo Graça Mello. Nina de Pádua.Sérgio Mallandro e Cissa Guimarães. Pala-cio-2 (Rua do Passeio. 38 — 240-6541),Carioca (Rua Conde de Bonfim. 338 — 228-8178). Madurelra-1 (Rua Dagmar da Fonse-ca. 54 - 390-2338): 13h30m, 15h30m.17h30m. 19h30m. 21h30m. Roxy (Av. Copa-cabana, 945 — 236-6245): 14h. 16h 18h20h. 22h (16 anos).

Valente ó surfista e líder de sua turma,formada por Zeca, um tipo gozador e

Sandra, sua namorada; Paulinho, um sur-fista mais velho e campeão de torneios noHavei e Aninha, casada com Paulinho,mâe do garoto Pan, remanescentes dacontracultura do final da década dé 60.Com esses personagens, o filme registrao comportamento dos jovens da Zona Sulcarioca e a busca de identificação com anatureza entre cenas de surf, wlnd-surf easa delta.

Cotação do JB: **Cotação do leitor *** (23 votos)

AMOR SEM HM (Endless Love). de FrancoZeffirelh Com Brooke Shields. Martin He-witt, Shirley Knight, Don Murray e RichardKiley. Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 422 —2680790) Ramos. Astor (Rua Ministro Ed-gar Romero. 236 — 390-2036): 14h16h20m. 18h40m. 21h Rian (Av Atlântica.2964 — 236-6114): 14h30m. 16h50m19h10rn. 21h30m. (16 anos).

David, 17 anos, e Jude, 15 anos, estãoapaixonados e mantêm encontros secre-tos freqüentemente até o dia em que ospais da moça proíbem a entrada dele nacasa. Atormentado pela separação e nu-ma tentativa desesperada de reconquistarJude, o rapaz prepara um pequeno incôn-dio na varanda da casa da jovem a fim daavisar seus pais, impedindo o perigo e setornar um herói. David é preso. Condena-do, o juiz ordena que ele nâo veja maisJude. Produção americana.

Cotação do JB: *Cotação do leitor, *** i0>

A VERGONHA DA SELVA (La Honte de faJungle). desenho animado de longa-metragem de Picha. Udo-2 (Praia do Fia-mengo. 72) 14h. 15h40m, 17h20m 19h20h40m. 22h20m. (18 anos)

Desenho animado para adultos satiri-zando Tarzan, o conhecido personagemcriado por Edgar Rice Burroughs e popu-larizado pelo cinema e as histórias emquadrinhos. Shame habita uma cabanasobre as árvores, em companhia do ma-caco Flicka a de sua mulher, June, enfren-tando a rainha Bozonga, que vive em seureino subterrâneo. Ao curso do filme,alguns temas são abordados: militarismo,racismo, virilldade e clichês ecológicosem cenas de violência com motivos eróti-cos. Produção francesa.

REAPRESENTAÇÕESCotação do JB: *****

Cotação do leitor: ***** (11 votos)IVAN, O TERRÍVEL - 2* ÉPOCA (IvanGrozni). de Sergei Eisenstein. Com NikolaiCherkassov. Ricamar (Av. Copacabana, 360— 237-9932): 19h30m, 21h40m. (Livre).

Com o subtítulo O Complò dos Boiar-dos, esta segunda parte de Ivan foi reali-zada entre setembro de 45 e janeiro da 46,mas liberada para apresentações públicassomente em setembro de 58 — dez anosdepois da morte de Eisenstein, cinco anosdepois da morte de Stalin, que censurarao filme por

"incorreções na apresentaçãode fatos históricos" (e também pelo para-leio feito por Eisenstein entre a Rússia deIvan e a de Stalin). Única experiência docineasta com a cor, o filme começa empreto- e branco esa--iorrra—colorido-Tto—trecho final. A história deveria se concluirnuma terceira parte (a chegada do Ivan aomar) que não chegou a ser filmada.

Esta é a primeira vez que se exibe emcircuito comercial o trecho em cores deIvan, o Terrível.

Cotaçáo do JB: *****Cotação do leitor: ***** (6 votos)

DERSU UZALA (Dersu Uzala). de AkiraKuro'sawa Com Youli Solomine e Maxime

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ShelleyDuvall eSissySpaeeek emTrêsMulheres, deRobertAltman:cartaz deíoje, à

meia-noite,no CinemaCândidoMendes

Mounzouk. Cinema-3 (Rua Conde de Bon-fim, 229 — 234-1058): 14h, 16h30m. 19h,21h30m. (Livre).

Baseado no livro de Vladlmir Klavdle-vitch Arseniev e ganhador do Oscar deMelhor Filme Estrangeiro de 1976. O fil-me, com fotografia de Takeo Satto (omesmo fotógrafo de Dodeskaden), contaa história de um explorador e um guia emmissão de reconhecimento na Rússia noinício do século, mostrando o confrontoentre a comunhão com a natureza (Dersu,o caçador) • a civilização (Arseniev, ocartografo).

•**•*UM HLME POR DIA — Hoje: Z (Z), deCosta-Gavras. Com Yves Montand, IrenePapas, Bernard Fresson, Jean-Louis Trintig-nant, Pierre Dux, Charls Denner e JulienGulomar. Coral (Praia de Botafogo, 316):13h20m, 16h, 18h40m, 21h20m. (14 anos).

A partir do assassinato do deputadoGregorios Lambrakis (em maio de 63, àsalda de um conferência na AssociaçãoAmigos da Paz, contra a instalação defoguetes Polaris em território grego) Vas-silis Vassilikos escreveu o romance Z (edi-tado em 67 e logo depois apreendido pelacensura). A partir do romance Costa-Gavra (nascido em Atenas, radicado emParis, naturalizado francês, durante asfilmagens de (Z) realizou o filme com acolaboração do escritor Jorge Semprun(no roteiro) e do músico Mikis Theodora-kis, então exilado na Europa depois desucessivas prisões na Grécia.

Cotação do JB: ****Cotação do leitor: ***** (5 voto)

PIXOTE — A LEI DO MAIS FRACO (Brasileiro). de Hector Babenco. Com Marilia Pera.Jardel Filho, Rubens de Falco. Beatriz Segall,Elke Maravilha, Fernando Ramor, dã Silva eJorge Juliôo. Pathé (Praça Floriano, 45 —220-3135). de 2» a 6a, às 12h15m, 14h30m,16h45m. 19h, 21 h15m. Sábado e domingo, apartir das 14h30m. Art-Copacabana (Av.Copacabana. 759 — 235-4895): 15h17h20m. 19h40m. 22h. Art-Madureira(Shopping Center de Madureira). Art-TIjuca(Rua Conde de Bonfim. 406 — 288-6998):14h30m. 16h40m. 18h50m. 21 h. Barra 2(Av. das Américas. 4666 — 327-7590)'16h50m, I9h10m. 21h30m. Paratodoa (RuaArquias Cordeiro. 350 — 281-36280:14h20m, 16h35m. 18h50m. 21h05m. Largodo Machado 2 (Largo do Machado, 29 —245-7374): 14h. 16h25m, 18h50m, 21h15m(18 anos).

Um grupo de menores é recolhido aum reformatório de São Paulo: Dito, Lili-ca, Chico, Fumaça e Pixote. Os dois últi-mos descobrem num porão um policialinterrogando alguns garotos a respeito damorte de um desembargador. Num climade terror e violência constantes, a fuga setornará uma obsessão. Nas ruas, na lutapela sobrevivência, Pixote e seus compar-sas formam uma espécie de família, man-tendo-se da pequenos assaltos.

Cotação do JB •***Cotação do leitor: ***** (2 voto)

MUITO ALÉM DO JARDIM (Being There)de Hal Ashby Com Peter Sellers. ShirleyMacLaine. Jack Warden, Meivyn Douglas,Richard Dysart e Sam Weisman. Bruni-Ipanema (Rua Visconde de Pirajá. 371 —287-9994): I4h. 16h30m, 19h. 21h30m. (14anos)

Chance morou durante toda a sua vidacom um velho e sua empregada. Nâosabia ler nem escrever e nunca tinhaposto e pé fora de casa. Satisfazia-se como seu trabalho no jardim e com a televisãonas horas de lazer. A partir de um aclden-te, sua vida sofrerá brusca transformação:da noite para o dia, o anônimo e simplesjardineiro torna-se uma celebridade. Pro-duçáo americana.

Cotação do JB: •**Cotação do leitor: *****

DOUTOR JIVAGO (Doctor Zhivago) deDavid Lean Com Ornar Shariff. GeraldineChaplin, Julie Christie e Alec Guines. Studio-Catete (Rua do Catete. 228 — 205-7194):14h. 17h30m, 21 h. (14 anos).

panhla dos demais recrutas. Prooucãoamericana.

Filme baseado no romance de BonsPasternak, contando a história de YuriJivago, misto de médico a poeta russo,seus amores e frustrações e todos osfatos históricos ocorridos na União Sovié-tica pós-revolução. Produção americanade 1965.

***TRIBUTO (Tributa), de Bob Clark. Com JackLemmon, Robby Benson, Lee Remick. Col-leen Dewhurst. John Marley a Kim Cattral.Cândido Mendes (Rua Joana Angélica, 63— 267-7897); 14h. 16h30m. 19h, 21h30m.(14 anos).

Quando Scottie Templeton, bon-vivam, alegre e irresponsável, descobreestar com uma doença incurável, decideaproximar-se do filho de 20 anos, comquem manteve pouco contato desde o

'

divórcio, 12 anos antes. Os esforços dopai para continuar alegre apesar da doen-ca, o ressentimento do filho e finalmentea possibilidade de um contato mais verda-deiro, durante a hospitalizaçào do pai, sãoa base desta comédia dramática. Produ-ção americana.

•**OS 12 TRABALHOS DE ASTERIX (Les 12Travaux d'Astorix) desenho animado delonga-metragem produzido por René Goscin-ny. Alberto Uderzo e Georges Dargaud. Rlc-amar (Av. Copcabana, 360 — 237-9932): de2a a 6a, às 16h, 17h45m. Sábado e domingo.às 14h15nv 16h. 17h45m.-(l Ivrg) ;,_

A GOSTOSA DA GAFIEIRA (Brasileiro), deRoberto Machado. Com Julciléia Telles Jor-ge Cherquos. Ruy Resende, Ernesto Gren-delle, José Carlos Sanches e Sérgio LopesBruni-Méiar (Av. Amaro Cavalcanti, 105 —591-2746); 15h, 17. 19h, 21h. (18 anos.

Uma dançarina de gafieira que se en-volve com os mais diferentes homens aSue

um dia desaparece do local, semelxar notícias.

CINEDRIVE-IN

*•O BURACO DA AGULHA (Eye of tho Nm-dle), de Richard Marquand. Com DonaldSutherland, Kate Nellingan. lan Bannen eChistopher Cazenove. Lagoa Drive-ln (Av.Borges de Medeiros, 1.426 — 274-7999)20h30m, 22h30m. (18 anos).

Um espião nazista em Londres é en-carregado por Hitler de descobrir o verda-deiro local da Invasão aliada no Dia D emata quem interfere em seu caminhocom um estilete em forma de agulha. Emseu encalço, um especialista em espiõesnazistas: Peroy Godllman. Produção brite-nica.

——i ¦

Cotação do JB: *Cotação do leitor: **• (1 voto)NINJA, A MAQUINA ASSASSINA (Enterthe Ninja), de Menahem Golan. Com FrancoNero, Susan George. Sho Kosugi, Christo-pher George e Alex Courtney. JacarepaguáAuto-Cine-1 (Rua Cândido Benicio, 2 973 —392-6186): 20h, 22h. Até terça. (18 anos).

Cole, um mestre de arte marcial Ninja,é chamado às Filipinas para tentar ajudarum casal de amigos que está sendo amea-çado de morta. Ele descobre que Vena-rius, um importante empresário, está fa-zendo tudo para comprar a fazenda, poistem conhecimento da que há nela um ricolençol de petróleo. Produção americana.

NÓS... OS AMANTES (Brasileiro), de Wil-son Rodrigues. Com Emanuella Migues. Ja-mes Lins, Heitor Gaiotti, Walter Portella eRosa Ferreira. Jacarepaguá Auto Cino 2(Rua Cândido Benicio. 2.973 — 392-6186):20h. 22h. Até terça. (16 anos)

Melodrama. Jovem inexperiente pro-cura conhecer a vida e o mundo, sofrendodecepções e amarguras.

A LAGOA AZUL — Ilha Auto-Cine — Verem Reapresentações.

MATINÊO INCRÍVEL MONSTRO TRAPALHÃO -Barra 2: 14h45m. (Livre).

SESSÃO COCA-COLA — Estrela do Ouro— Lagoa Drive-ln: 18h30m (Livre)

EXTRA ~**

TRÊS MULHERES (Three Womon). de Ro-bert Altman. Com Shelley Duvall, Sissy Spa-cek, Janice Rule, Robert Fortier e RuthNelson. À meia-noite, no Cândido Mendes.Rua Joana Angélica. 63 (18 anos).

Millie (Shelley), especialista em fisio-terapia em um centro para pessoas idosasem Palm Springs, é alvo da idolatria deuma jovem que vem trabalhar sob suaorientação, Pink (Sissy). Tomam-se com-panheiras de apartamento e Pinky, idola-trando a outra, procura apropriar-se desua personalidade. A terceira mulher, Wil-lie (Janice), mulher de um ex-especialistaem cenas arriscadas na TV, relaciona-secom as outras em um clima que Altmanpretende onírico. Produção americana.

OITO E MEIO (Otto e Mezzo). de FedericoFellini. Com Marcello Mastroianni, ClaudiaCardinale e Anouk Aimée. As 16h, na Cine-mateca do MAM. Av. Beira-Mar, s/n°.

RETROSPECTIVA DAS RETROSPECTIVAS(XIII) — Exibição de A Morta da um Buro-crata (La Muerte da un Burocrata) — deTomáz Gutierrez Aléa. Com Salvador Wood e

\ Silvia Planas. Às 18h30m. na Cinematecado MAM, Av. Beira-Mar, s/n°. Versão espa-nhola. sem legendas.

O CINEMA DOS SURREALISTAS — Exibi-çâo de A (dada do Ouro, de Luis Bunuei. Às20h30m, na Cinemateca do MAM, Av.Beira-Mar. s/n°.

FILMES SOBRE CARNAVAL - Exibição deRio, Carnaval de Rua. Rio, Carnaval daVida, Os Partldeiros e Chaga da Deman-da/Cartola. As 19h, no Cineclube do SESCde Engenho de Dentro, Av. Amaro Cavai-canti. 1 661. Após a sessão haverá debates.Entrada franca.

FILMES PARA CRIANÇAS — Exibição de ARaposa a o Passarinho, de Antônio More-no, Manhã de Jacaré, de Arne SucksdorffGuaruba a os Teto*, de Sérgio Sanz e FazMal, de Stil. Hoje. às 16h e 17h, no EspaçoCultural Francisco Alves. Rua Farme deAmoedo, 57. Após a sessão haverá brinca-deiras com os palhaços do grupo Abraçada-bra. Ultimo dia.

GRANDE RIO ~~NITERÓI

Desenho francês dublado em portu-guês. Asterix e Obelix, dois audazes gau-leses aceitam o desafio do imperadorromano: enfrentar 12 provas de um Hér-cules.

Cotação do JB: ** ~~

Cotação do leitor: **•*• (6 votos)A LAGOA AZUL (The Blue Lagoon). deRandal Kleiser. Com Brooke Shields, Christo-pher Atkins, Leo McKern e Eiva Josephson.Bruni-Copacabana (Rua Barata Ribeiro. 502— 255-2908): 14h", 16h. 18h, 20h. 22h IlhaAuto-Cine (Praia de Sâo Bento — Ilha doGovernador — 393-3211): de 2a a 6a, às20h30m. 22h30m. Sábado, às 18h30m.20h30m, 22h30m. Último dia no Ilha. (14anos)

Duas crianças, juntamente com o cozi-nheiro do navio, são os únicos sobrevi-ventes de um terrível naufrágio. O cozi-nheiro morre pouco depois e elas ficamsozinhas na ilha tropical, onde crescem eaprendem a viver com a natureza. Mas atéo paraíso tem seus mistérios. Produçãoamericana.

**A RECRUTA BENJAMIN (Private Benja-min), de Hovvard Zieff. Com Goldie Hawn,Eileen Brennan, Armand Assante, RobertWebber e Sam Wannamaker Jóia (Av. Co-pacabana. 680 — 237-4714): 15h, 17h10m19h20m. 21h30m. (14 anos).

Judy Benjamin, jovem da alta classemédia, protegida e mimada por seus pais,é iludida por um recrutador do exércitoque lhe mostra a foto de um acampamen-to militar semelhante a um condomíniode luxo rodeado por uma marina repletade iates. Acreditando nesta imagem, elaalista-se para o serviço militar e tem desobreviver ao duro treinamento em com-

ALAMEDA (718-6866) — Aluga-sa Moças,com Gretchen. Às 17h20m. 19h10m, 21h.(18 anos).

BRASIL — A Pensão do Super-Dotado —Serviço Completo, com Christian Borro-meu. Às 15h. 17h, 19h, 21h. (18 anos).

CENTER (711 -6909) — Menino do Rio. comAndré de Biase.

CENTRAL (718-3807) — Amor Sem Om.com Brooke Shields. Às 14h. 16h20m,18h40m, 21h. (16 anos).

ICARAÍ (718-3807) — A Maldição do Espe-lho, com Geraldine Chaplin. Às 15b.17h10m. 19h20m, 21h30m. (14 anos).

NITERQl (719-9322) — Aluga-se Moça»,com Gretchen, Às 14h10m, 16h. 17h50m19h40m, 21h30m. (18 anos).

CINEMA-1 (711-1450) — Pixote—A Lei doMala Fraco, com Marilia Pera. Às 15h20m,17h30m, 19h40m. 21h50m. (18 anos).

DRIVE-IN ÍTAIPU — Brubaker. com RobertRedford. As 20h30m. 22h30m. (16 anos).

RIO BRANCO (717-6289) — A Noite dasDepravadas, com Ana Maria Kreisler. Pro-grama complementar. Todos Por Um, Ca-catadas Para Todos. Às 13h. I6h25m.19h50m. (18 anos).

PETRÓPOLISDOM PEDRO (42-2659) — O Fa — Obsee-sào Cega. com Lauren Bacall. Às 15h 17h19h. 21h (18 anos). '

PETRÓPOLIS (42-2296) - A Maldição doEspalho, com Elizabeth Taylor. Às 14h30m16h40m. 18h50m, 21h. 115 anos).

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í JORNAL DO BRASIL DIVIRTA-SE Babado, 13/8/88 a CADERNO B o tf

TELEVISÃOCANAL 2

*„, 'lO.IB Reencontro, fvlensagens do Pas-tor Fanlnl.

10.45 Telecurso 1a Grau. Geografia n°45.

11.00 Telecurso 1° Grau. Rocapitula-,„, çâo de: Ciências n° 63, 64, 65;

j,. j» Geografia n° 43. 44, 45.12.00 Futebol Compacto. Jogo: Vasco

x Paissandu."13.00 Stadlum. Campeonato Brasileirode Natação e Saltos Ornamentaisna piscina do FLuminense (cate-goria juvenil). Maratona do Japão.

*atf : O novo time de vôlei do Flumi-nense para o Campeonato Esta-dual e Municipal.

14.00 Sitio do Pica-Pau-Amarelo. ONascimento do Saci. Compactoda semana. Com Zilka Salaberry,

¦¦no-t ¦• Jacira Sampaio, Reni de Oliveira,*t*n Marcelo Pratelli e outros.

* JJ1B,00 Tio Maneco. Compacto da se-

mana. O Caso da Garrafa Enfei-tiçada. Com Flávio Mlgliaccio,Francisco Dantas, Paulo vignolo,José- Prata e outros.

- 16.00 Cinemaluco. O Gordo e Magroe Os Batatinhas.

16.30 Os Melhores Desenhos doMundo. Exibição de três filmes

0",i(V de animação. Cotação do leitor:• (1 voto)

17.00 Super Onda 82. Elis Regina. ACor do Som, As Frenéticas, MPB-

4, Moraes Moreira, Kleiton e Kle-dir,-A Turma da Rádio Cidade,Bob Seager, Earth, Wlnd and Fi-re, Michael Johnson, entre ou-tros. Cotaçflo do leitor: •**•*¦(2 votos)

19,00 Água Viva. Com Radamés Gna-talli e Zezé Gonzaga. Apresenta-ção de Hermínio Bello de Car-valho.

20.00 Um Nome na História. Focalizao poeta e escritor Mário Quinta-na. Apresentação de RobertoD'Ávila.

21.05 Sábado Forte. Aconteceu Hoje.As noticias do dia. Cotação doleitor: •••• (2 votos)

21.30 Sábado Forte. Em Discussão.Tema: Carnaval. Participação deRoberto Da Matta, Lôlia Gonza-lez, Olinto Pegoraro, Albino Pi-nheiro e Bernardo Jablonski.Apresentação de Denise Reis.Cotação do leitor: •••• (2votos)

22.30 Cinema Rio. Apresentação deseis curtas-metragens. Apresen-tação de Maria do Rosário Nasci-mento e Silva,

0.00 Futebol. Jogo: Fluminense x Ita-baiana.

0.30 Encerramento. Com Jonas Re-zende. Cotação do leitor:•••*• (3 votos)

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-S<.KJohfl

CANAL 47.00 Telecurso 2° Grau.

' 8.30 Telecurso 1° Grau.10.00 Globinho. Entrevista com Ana

Raquel, ilustradora dos livros deSantuza Pinto Coelho da ColeçãoTererê, que recebeu o prêmio doInstituto Nacional do Livro. Ima-gens de Jacques Cousteau sobrea vida do peixe-boi. Desenho ani-mado A Toupeira s o Relógio.Travessuras de Loiola, que resol-ve transformar-se em mágico, fa-zendo desaparecer Paula Sal-danha.

10.30 Concertos para a Juventude.Hoje: Leonora, Abertura n° 3Opus 72, de Beethoven, com aOrquestra Bayerrischer Rund-funk, sob a regência de LeonardBemstein. Concerto para pianoe orquestra n° 6, de Beethoven,com o solista Cláudio Arrau. Cota-ção do leitor: ••• (3 votos)

11.30 Brasil, Terra da Gente. Progra-ma apresentando aspectos da vi-da brasileira. Apresentação deAmaral Netto.

12,00 Esporte Espetacular. Os melho-res momentos do Troféu Brasilde Natação. No Havaí, algunscasais fazem acrobacias sobrepranchas de surfe. Gérson e Félixcomentam a partida entre Brasil e'' '•'/' Romênia

pela Copa do Mundo de1970.

•^ 13.00 Hoje. Noticiário. Apresentado porBerto Filho, Sônia Maria e Leda

«»_ si Nagle.14.00 Sáo Paulo, Eterno Infinito. Re-

prise._p -15.00 Festival Jerry Lewis. Hoje: A

Canoa Furou.

etí

17.00 Disneylândia Desenhos efilmes.

18,00 Terras do Sem-Fim Novela deWalter George Durst, baseada naobra de Jorge Amado. Com Nl-vea Maria, Cláudio Cavalcanti,Fernando Torres, Maria Cláudia eoutros. Cotação do leitor:••••• (1 voto)

19.00 Jornal das Sete. Noticiário apre-sentado por Glória Maria. Cota-ção do leitor: •*¦_-•_¦ (2 votos)

19.10 Jogo da Vida. Novela de Silviode Abreu, baseada em argumen-to de Janete Clair, Com GlóriaMenezes, Paulo Goulart, MaitêProença, Mário Gomes e outros.Cotação do leitor: •••• (8votos)

20.00 Jomal Nacional. Noticiário apre-sentado por Cid Moreira e SérgioChapelin. Cotação do leitor: ¦_¦¦_:(2 votos)

20.25 Brilhante. Novela de GilbertoBraga. Com Fernanda Montene-gro, Vera Fischer, Tarcísio Meira,Cláudio Marzo, Renata Sorrah eoutros. Cotação do leitor:'** (18votos)

21.20 Primeira Exibição Filme: Durona Queda.

23.05 Minuto da Copa. Focaliza osgrandes craques das históriasdas Copas do Mundo. Cotação doleitor: •••• (2 votos)

23.10 Taça de Ouro. Jogo: Flamengo xNáutico (compacto)

23.30 Sessão de Gala. Filme: O Últl-mo Apelo.

1.30 Coruja Colorida. Filme: Armadl-lha Amorosa.

^CANAL 7. ¦ 9.45 Reencontro. Religioso.

10.00 Propaganda e Mercado. Progra-s ma sobre publicidade. Apresenta-

çâo de Márcio Ehrlich e Márcia¦.afí'0 Brito.

10.45 Show de Turismo. Atrações tu-^yf risticas. Apresentação de Paulo¦'•¦>?¦ Monte.*" -11.15 Discomania Especial. Musical.

Apresentação de Messiê Lime.12.15 Bandeirantes Esporte. Noticia-

rio. Edição nacional. Cotação doleitor: * (1 voto)

'¦12.45 O Repórter. Noticiário. Ediçãonacional. Cotação do leitor:•*•• (1 voto)

13.15 Revendo a Copa. VT completode jogos dos mundiais de 70,%t 74e78-

15.00 Ginga Brasileira. Musical. Apre-J*832 sentação de João Roberto Kelly.

Participação das mulatas do Bole-Bole e convidados.

18.25 Atenção. Noticiário, edição local.»'*¦ J^18.30 Os Imigrantes. Novela de Bene-

dito Ruy Barbosa. Com Rubemde Falco, Yoná Magalhães. OthonBastos, Lnian Vizzachero e ou-tros. Cotação do leitor •*•••' (18 votos)

19.30 Jornal Bandeirantes, Noticiário,edição nacional. Cotação do lei-

_... tor: •*••• (14 votos)20.00 Dona Santa. Seriado. De Geral-

¦ :,-:>.*,;>¦-•!¦>:>.. -"> " -:' "''"'>" ":S&::^& "' : >$_N__à-r_-33_

' Í__mf *s_â_r "^

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Elias Gíeizer participado seriado Dona Santa(CANAL 7 — 20h>

do Vietri. Com Nair Bello. EliasGleizer e outros. .Cotação do lei-tor: ••••• (8 votos)

20.50 Atenção. Noticiário. Edição local.20.55 Espanha 82. Gols da Copa. Bo-

letim esportivo.21.00 Super Produção. Filme: Aleluia

& Saltaria.22.55 Atenção. Noticiário. Edição local.23.00 Sábado em Hollywood. Filme:

Henrique VIII e Suas Seis Es-posas.

0.55 Atenção. Noticiário. Edição local.1.00 Cinema na Madrugada. Filme:

Herança Maldita.

-,CANAL. 14.:*^"'7.00 Stadium Didático. Programa

Educativo.. 8.00 Pastor Jimmy. Religioso.

¦*V .9.00 Bozo. Humorístico. Cotação doleitor: ¦_-••• (4 votos)

9.30 Speed Racer. Desenho.10.00 Spectreman. Desenho.10.30 Ligeirinho. Desenho.

.. : 11.00 A Turma do Pica-Pau. Desenho.11.30 Popeye. Desenho.

*-„12.00 Bozo. Humorístico. Cotação doleitor: -k-kirir (4 votos)

12.3013.00

15.0018.3019.3020.3021.30

22.30

0.00

Ultraman. Filme.Almoço com as Estrelas. Pro-grama com Aírton e Lolita Rodri-gues.Programa Raul Gil.Vamos Nessa.O Crime ó a Lei. Jornalístico.Hoje Show Eu.Moacyr Franco Show. Humoris-tico e variedades.Dercy Gonçalves. Humorismo.Cotação do leitor: _¦ (1 voto)Cãmera 11. Jornalístico.

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A CRITICADO LEITORe Canal Livre — "Os entre-vistadores deveriam aban-donar as perguntas sobreamenldades e se concentrarmais nas perguntas quen-tes, nas polêmicas. Mesmoassim, é uma ótima opção."Caio Márcio de Rezende,arquiteto."Multo boa direção, per-guntas bem-colocadas porRoberto D'Ávila e entrevis-tadores de Laurita Mourãoao conseguirem extrairconfissões audaciosas deuma burguesa recentemen-te desreprimlda." MariaEmília Caciano Oomba-ronts, comerciaria."Um programa ousado,carajoso e educativo. Umabre-»s no espaço pobre datelevisão nacional." Ricar-do Nehrer, universitário."Laurita Mourão não ti-nha nada a dizer. A maioriados entrevistadores se pro-move mais que a entrevis-tada. O programa é bom,prefiro entrevista com Jo-sué Guimarães." CarlosEduardo Castanheiro, RP."Deveria ser transmitidonum horário mais acessívela quem realmente precisadesse tipo de informação."Letícla Castello B. Braun,estudante.

._*••«*$: ...i 'Îmm\':íAirton e Lolita Rodrigues apresentam

JJ, o programa Almoço Com as Estrelas(CANAL 11 — 13H)

Os Adolescentes — "Te-mática séria. Cenas verda-delras. A interpretação deFlávia Guarnieri é bravíssi-ma." Geraldo R. Pontes Jr.,estudante."É feito multo drama emcima do vício das drogascom a Intenção de nos ame-drontar." Andréa Rodri-gues, estudante.

O Povo na TV — "Mundocão, exploração da misériae da desgraça da gente hu-milde." Roberto Romanelll,administrador.

O Homem do SapatoBranco — "Um baixo nívelque chega ao ridículo." An-tónlo Aloisio Meireles, au-xlUar-adrninlstrativo.

Sessáo Proibida — "Exl-bicões de péssima qualida-de, repetidas e sem nenhumatrativo. Náo sei como ocinema brasileiro decaiutanto." Dilson MonteiroMacedo, técnico em adml-nlstração.

Isto É Hollywood — "Se-ria excelente se houvesseum pouco mais de organl-zação no desenrolar da sé-rie, que está fora de or-dem." Rosângela Cosme daSilva, recepcionista.

Esporte Total — "Para-bens ao José Inácio Wer-neck pela bonita entrevistaem inglês que ele fez com otécnico da Nova Zelândia".Clark Varajâo.-auxiliar ad-ministrativo.

Onda 82 — "Achei ótimo.Na minha oplniáo deveriaser feito sempre com os lo-cutores da Cidade". SuelyMoura Mello, estudante.

Os Melhores Desenhos doMundo — "Horrível. Náotem nada de educativo". Io-landa P. Oliveira, estudan-te, 14 anos.

Bastidores — "Mais umdos ótimos programas quea Bandeirantes apresenta".Myriam Gomes Nogueira,estudante.

90 Minutos — "A produ-çâo deveria preocupar-seum'põúcó mais cobíos as-sühtos relativos ao Rio deJaneiro". Sérgio Soares daSilva, médico-veterinário."Um programa inovador.Deve ser assistido por maispessoas". José Antônio Se-na do Nascimento, estu-dante."Ainda muito disperso, de-veria melhorar. Destaquepara a cantora paulista (?)Bimba: maravilhosa!" LuizAugusto Soares, bancário."Gosto do programa porser de variedades". MariaPereira Fradinho, domes-tica.

Crítica e Autocrítica -r-"Apático, sem vibração.Apesar de muito técnico, odebate poderia ser menosmorno e mais quente".Gustavo A. Marques, fun-cionário aposentado.

Dona Santa —- "Um belohumor napolitano, semapelação, com um elencoexcelente". Marcelo JonesGuimarães, estudante.

Jornal Nacional — "Umdos melhores da televisãobrasileira" — LeonardoCandiota, estudante."Faccioso, pernóstico, pou-co objetivo". Roberto Ro-manelli, administrador.

Brilhante — "Alienante,longe da realidade do país".Leticia Castelo BrancoBraun, estudante.

OS FILMES DE HOJEHugo Gomez

EX-dançarino que a Metro

contratou como coreógrafo,Charles Walters ganhou elo-

glos da critica com seu segundo fll-me, Desfile da Páscoa, que na verda-de só tinha Fred Astaire a recomen-dá-lo, mas foi o sucesso mundial deLili, com a deliciosa Leslie Caron,que lhe deu status dlretorial.

Rodado um ano antes de outroêxito de bilheteria, Alta Sociedade,refilmagem (de Núpcias de Escânda-lo) valorizada apenas pelo score mu-sical de Cole Porter, ArmadilhaAmorosa tem roteiro do experienteJullus Epsteln e se baseia em pecade sucesso da Max Shulman. A habl-lidade de Walters não consegue es-conder as origens teatrais do filme—as entradas e saídas das namoradasde Sinatra são o que há de maisclichê no gênero — mas o toque levedo realizador, um script bem-humorado e o desempenho convin-cente do cantor, de Debbie Reynoldse Celeste Holm elevam considerável-mente o nível do espetáculo.

Superprodução britânica basea-da em romance clássico de SamuelRowley, Henrique VIII e Suas SeisEsposas não faz, em momento ai-gum, sombra a Os Amores de Henri-que vm, de Alexander Korda, entãocasado com Merle Oberon, uma dasatrizes do filme. Contudo, no monar-ca autocrátlco que rompeu com oVaticano e fundou a Igreja Anglica-na, Kelth Mitchell tem uma inter-pretação de fôlego, que não deslus-tra quando comparada â de CharlesLaughton na obra de Korda Décor eguarda-roupa cuidados são outrospontos positivos.

A CANOA FUROUTV Globo — 15h

(DoiVf Give Up The Shlp) — Produção norte-americana de 1959, dirigida por Norman Taurog.Elenco: Jerry Lewis, Dina Merrill, Diana Spen-cer. Robert Middleton, Mickey Shaughnessy.Gale Gordon. Colorido*+ Logo opôs seu casamento, homem (Le-wis) é convocado pela Marinha para prestarcontas do barco que estiveram sob teucomando durante a guerra da Coréia e quedesaparecera a caminho de sua base.

ALELUIA E SARTANATV Bandeirantes — 21 h

(Allelula e Sartana, Rgll di... Dio) — ProduçãoItalo-germânica de 1972. dirigida por MarioSiciliano. Elenco: Robert Widmark. Ron Ely,Uschi Glas. Allan Abbott. Angelika Ott. StelioCandelli. Domenico Maggio. Colorido.

Por roubar dois cavalos do bandoleiroLupo (Glas), Sartana (Widmark) cal em poder

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do seu bando, mas, com a ajuda de umamigo, Aleluia (Ely), e uma jovem viúva (Ott),consegue fugir. A moça obriga os dois aajudar na defesa da comunidade contra osbandidos. Inédito na TV.

DURO NA QUEDATV Globo — 21h20m

The Fali Guy) — Produção norte-americana de1981, dirigida por Russ Mayberry. Elenco: LeeMajors. James Coburn. Farrah-Fawcett. JanetLeigh. Paul Williams, Douglas Barr. Colorido.

Doublé de atores em cenas arriscadas,Colt Seavers (Majors) também ajuda a Justi-ça a localizara prender criminosos, mediantepagamento de um prêmio. Durante umafilmagem, ele procura dois homens: umcantor e um homem Importante do Oesteamericano. Feito para a TV. Inédito na TV.

HENRIQUE VIII E SUAS SEIS ESPOSASTV Bandeirantes — 23h

(Henry VIII and Hia Slx Wivo») — Produçãobritânica de 1972. dirigida por Waris Hussein.Elenco: Keith Mitchell. Francis Cuka, CharlotteRampling, Jane Asher, Jenny Boss, Lynne Fre-derick. Barbara Leigh-Hunt. Donald Pleasence,Michael Gough. Bernard Hampton. Colorido.• *• Em seu leito de morte, cercado porsua sexta mulher, Catlierine Parr (Leigh-Junt), e seu filho Eduardo, do casamentocom Jane Seymour (Asher), o Rei HenriqueVIII (Mitchell) relembra suas mulheres e osmotivos que levaram à dissolução de suasligações e à criação da Igreja Anglicana.

O ÚLTIMO APELOTV Globo — 23h30m

(A Last Cry for Help) — Produção norte-americana de 1979, dirigida por Hal Sitowitz.

DonaldPleasenceemHenrique.,VIII e ~Suas SeisEsposas"(CANAL 7, 23h)

Elenco: Linda Purl, Shirley Jones. Tony LoBianco, Grant Goodeve. Murray Hamilton, KárenLamm. Colorido.** Adolescente (Purl) afligida por proble-mas íntimos torturantes que nâo revela aninguém deixa os pais (Jones, Hamilton)angustiados com seu comportamento, que a"conduz cada vez mais a uma solução extra-'mada. Feito para a TV.

HERANÇA MALDITATV Bandeirantes — 1h

(The Son of Dr Jokyll) — Produção ndrte-'americana de 1951. dirigida por Seymour FKed"man. Elenco: Louis Hayward, Jody Lawrence?Alexander Knox. Lester Matthews. Gavin Muir?Paul Cavanaugh, Rhys Williams, Doris Lloyd;Preto a branco. ,* Ao ler os diários do pai, após sua morte, o'filho (Hayward) do Dr Jekyll descobre »fórmula secreta de um soro. Depois de injo-tá-lo em si mesmo, fica à espera de qua1dentro dele surja o malévolo Mr Hyde,,qu«tantos problemas causara.

ARMADILHA AMOROSATV Globo — 1h30m _£, ]

(The Tender Trap) — Produção norte-"americana de 1955, dirigida por Charles-Wal-'ters. Elenco: Frank Sinatra, Debbie ReyriolbsíCeleste Holm, David Wayne, Carolyn Jorves^Lola Albright, Tom Helmore. Colorido. •»-» «+** Homem pacato (Wayne), casado hé 12"anos, deixa Indianópolis e vai visitar emNova Iorque um velho amigo (Sinatra); envpresário estatal. Este, solteirão inveterado,leva uma vida de prazeres, cercado de bala»mulheres, o que o deixa invejoso. Mas o DorvJuan acaba sendo fisgado por uma jovemastuciosa e decidida (Reynolds).

NOVELASResumo das novelas apresentadas pelas emissoras do Rio

BRILHANTE — TV Globo — 20h

— Marília diz a Luísa que vai atéo apartamento de Sidney e vai real-mente para verificar se o anel aindaestá no mesmo local. Depois disso,ela liga para o Sidney, dizendo queprecisa multo falar com ele. Maríliavai até a casa de Luísa e mente,dizendo ter encontrado o anel deIsabel na casa de Sidney. Luísa acre-dita e vai até a casa dele. Maríliaaproveita e escreve o endereço deSidney no bloco de anotações. Marí-lia espera Paulo chegar e telefonapara lá, dizendo ao pai que esteve lácom Luísa, há meia hora. Paulo per-gunta por que elas náo o esperarame Marília responde que Luísa nãorecebeu seu telegrama. Marilia vaiaté a casa de Paulo e lhe diz queLuísa recebeu um telefonema e saiude lá multo nervosa, mas que tinhaanotado um endereço. Paulo viu aanotação e, quando a leu em vozalta, Marília disse que Sidney mora-va lá. Luísa chega à casa de Sidney,procura o anel no sofá e o acha. Elafaz o maior escândalo e Sidney ficaboquiaberto, sem saber como aquilofoi aparecer lá.

JOGO da Vida—TV Globo — 19h

— Carlito começa a se Interessarem dobro depois que Jordana revê-lou seu nome. Loreta vai até o apar-tamento de Carla para indagá-la arespeito da vida de Jordana. Líviavai visitar Gero e este finge delirarde febre a chama de Flávia, o que adeixa Irritadíssima. Flávia chega de-pois e Lívia fica morrendo de ciú-mes. Amaldáo e Badaró conversam.Jordana leva Carlito até o seu pen-slonato, confiando justamente nobandido número 1 que quer tirá-ladali. Silas e seu Vieira discutem ca-lorosamente e só param quando es-cutam Flávia e Lívia gritarem maisainda. Os quatro se encontram eGero começa a rir, criando uma totalconfusão. Silas chega com Lívia, In-terrompendo á conversa de Jordana

com Carlito. Loreta conta a Carlitosua conversa com Carla. Ingrid pedea Carlito que lhe conte a verdadesobre Beatriz. Mariúcha diz a Jorda-na que Carla e Loreta estão arman-do uma arrnadilha contra ela, dei-xando-a surpresa.

TERRAS do sem fim—TV Globo—- 18h—Capitão e Jucá chegam

na hora em que Donana está prestesa abrir a caria. Os dois se entreo-lham, e Jucá avança logo para pegara carta, sem deixar Donana ler. De-pois da saida de Donana, o Capitãofaz menção de pegar a carta, masJucá o impede, dizendo querer ficarcom ela. Donana e o Capitão conver-sam apaixonadamente. Jucá se en-contra com Margô. Sinho Badaró vaivisitar Firmo. Margô e Agriplna des-cobrem um bilhete do sacristão, novestido de Agriplna, marcando umencontro com esta, no Plriquitâo.Agriplna se encontra com o CoronelClementlno e este lhe mostra umadenúncia dos jornais da cidade, dl-zendo que o bom caráter do Cel.Teodoro está sendo colocado em dú-vida por causa dela. Ele ainda lhe dizque não sabe se a denúncia será ounáo enviada à Bahia. Dependerá sódela. Agriplna reage surpresa. Jucáchama Margô para dar um passeio,mas ela nâo vai e aproveita a oportu-nidade da saida de Jucá para convi-dar Virgílio para dançar.

OS Imigrantes — TV Bandeiran-

tes, 18h30m — André consegueenganar Renata e lhe diz que chamaJosué de "tio" porque para ele todosos seus funcionários fazem parte desua família. Renata lhe diz que jáderam pela falta do retrato de Marli-nha e André confessa tê-lo pegado.Para sua alegria, Renata lhe diz quenào o quer de volta e que Mariinhaainda hão o esqueceu. De Sálvio nâo' desiste de fazer o casamento de Re-nata e Paquito. Antes de Renata irembora, André lhe diz que ela pode--tá-contar-com-ele-no que precisar.-

Ela, sem saber que ele é seu irmão,fica impressionada com suas pala-vras. Tônico comenta com Teca- eQuim que está envolvido com umamulher comprometida. Paqulto-âljantar na casa de De Sálvio e estearruma uma maneira de deixá-lo asós com Renata. Conversando -comela, Paquito acaba confessando quegosta de Mariinha. Renata conta pa-ra De Sálvio a confissão que Paquitolhe fizera e lhe diz que Mariinha sópensa em André. Pereira reúne~Rir-te, Tônico, Teca e Quim e lhes dizque descobrira um desfalque-natransportadora. — '

OS Adolescentes — TV Bandet

rantes, 21h30m —'Iracema con-versa com Elza e esta o encoraja asecasar com Joaquim. Iracema lhedlzque há uma possibilidade de Diògòestar vivo e Elza a aconselha a perjjxdivórcio, pois ele desaparecera háquinze anos e não tem mais nenhumdireito sobre ela. Ceição comentacom Diogo que Iracema não quer vé-lo. Diogo lhe diz que irá lutar parareconquistá-la e Ceição conta quèIracema está apaixonada por Jtm-quim. Majò tenta o suicídio noya-mente e desta vez nâo falha. JOa-quim comenta com Odilon que7pirè-tende se casar com Iracema. Odilontenta convencê-lo do contráriojrjasele nào deixa claro que sua posição édefinitiva. Elza conta a Paula sobreo pedido de casamento que Joaquimfizera a Iracema e ela fica furiosaMarilu começa a investigar o pásjsa-do de Clotllde. Paula discute comIracema e lhe diz que contará, aJoaquim que ela lhe mentira poisDiogo está vivo. No Peru, Túlio con-versa com Benito que na verdade éum traficante, que lhe fala sobre arota dos tóxicos. Benito pergunta aTúlio se ele aceitaria levar uma 'ên-comenda" para o Brasil, como "an-dorinha", quando voltasse. Túllo.pe-de um tempo para pensar antes de-responder.. i-

O LEITOR E O CRITICONeste cupão publicado dia- ¦¦ ¦

riamente no JORNAL DO IBRASIL o leitor pode opinar 1sobre qualquer espetáculo ¦em cartaz ou qualquer disco, |clássico ou popular, recém- ¦lançado. Basta atribuir cota- Ições de uma (ruim) a clncc 1(ótimo) estrelas. Nas "obser- [vações", pode acrescentar %qualquer comentário, inclusi- I 've sobre a qualidade da proje- I §|çào ou o estado da sala. As jcotações serão computadas ¦diariamente. Tirada a média, Iesta será publicada junto jnota do respectivo espetácu- ¦lo na seção Divirta-se do Ca- [demo B. O cupão deve ser rentregue na agência de classi- •>ficados do JORNAL DO |jBRASIL mais próxima de [jsua casa ou enviado pelo Cor- 1reio para o JORNAL DO liBRASIL, Seção Divirta-se, ¦-Avenida Brasil, 500, 6o andar- CEP 20.940.

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6 D CADERNO B a sábado, 13/2/82 DIVIRTA-SE

TEATROJORNAL DO BRASIL

SHOWA CRITICADO LEITOR

^£&ísS

TEATROViva sem medo suas fanta-

sias sexuais (Teatro Oinásti-co) — "Uma das melhores co-médias de 81. Destaque para ogrande desempenho de Clãu-dio C. e Castro". Manoel Mar-tins, advogado."Muito boa peça. O desem-penho de Cláudio Corrêa estásensacional." Álvaro AntônioSagulo, estudante.

Muito pelo contrário (Tea-tro Glauce Rocha) — "Exce-lente trabalho de critica e hu-mor deste grupo jovem, per-nambucano. Parabéns aoMambembáo." José Ramalho,comerciárió.

ABombadaElizabethCTea-tro Mesbla) — "Trata-se de co-média bastante engraçada.Destaco atuação de SueliFranco e Priscllla Camargo."José Veloso, gráfico."Realmente, é muito boa."Digna Lima de Oliveira, apo-sentada. "Uma das piores co-médias que já vi, sem graça,uma verdadeira bomba." JoséAugusto Faria, advogado.

DISCOSRoberto Carlos — "Todos os

discos do Roberto sáo umabeleza, pois tenho a coleção. Eneste disco ele mostra multoamor". Ana Barreto de Souza,prendas do lar.

Joào do Valle — "A maiorsimbiose artista-públlco damúsica popular brasileira".Oliveira Rocha, psicólogo.

ME APERTA TE APERTA, TE ESPETA? -Texto de Celso Antônio Fonseca; dir. JavertMonteiro, com o Grupo Belo Teatro. TeatroExperimental Cacllda Becker. Rua do Cate-te, 338 (265-9933). De 4a a 6a, às 21 h; sáb.às 20h e 22h e dom.. 18h e 21 h. Ingressos aCrS 200. Até amanha.

Três casais de classe média discutemseus problemas existenciais.

A NOITE DOS TAMBORES SILENCIOSOS— Texto de Vital Santos, dir. do autor com oGrupo Feira de Teatro Popular de Caruaru.Teatro Glauce Rocha, Av. Rio Branco, 179(224-2356). De 4" a 6", às 21 h; sáb. 20h e22h e dom., às 18h e 21 h. Ingressos a CrS200. Até amanhã.

Histórias pessoais que têm como panode fundo as lutas camponesas no Nordes-te de há alguns anos.

Cotação do leitor: •¦*•••• (22 votos)O BEIJO DA MULHER ARANHA — Textode Manuel Puig, adaptado da sua novela. Dir.de Ivan de Albuquerque. Com Rubens Cor-rèa de José de Abreu. Teatro Ipanema, RuaPrudente de Morais, 824 (247-9794). De 3" a6*. às 21h30m; sáb., às 20h30m e 22h30m;dom., às 19h e 21h30m. Ingressos a CrS1.000 e CrS 500 (estudantes).

Reunidos na cela de uma prisão, umhomossexual e um guerrilheiro resistemao desespero, fazendo surgir entre si umacomplexa relação humana.

Cotação do leitor: •*• (7 votos)A CORRENTE — Comédia em três elos. deConsuelo de Castro, Lauro César Muniz eJorge Andrade. Dir. de Luis de Lima. ComRosamaria Murtinho e Mauro Mendonça.Teatro Senac. Rua Pompeu Loureiro, 45(256-2641). De 4» a 6» às 21 h; sáb., às 22h edom., às 18h e 20h30m. Matinê às 5', às17h. Ingressos. 4a, 5a e dom. a CrS 800 e CrS500 e 6* e sáb. CrS 800.

Infidelidade conjugai como recurso deascensão social, e como ela se manifestaem três diferentes camadas da sociedade.

Cotação do leitor: •_-• (9 votos)A SENHORtTA DE TACNA — Texto deMário Vargas Llosa traduzido por Millôr Fer-nandes. Direção de Sérgio Britto. Figurinosde Mimina Ftoveda e cenários de PauloMamede. Com Tereza Raquel, Sérgio Britto,Luis de Lima, Ana Lúcia Torres, Dema Mar-qüesl-Marcos erTámam-Taxman>T«pfrqnrj|*Arena. Rua Siqueira Campos, 143 (235-2119). De 4a a 6a. às 21h30m: sáb.. às 20h e

22h30m.; dom., ãs 18h. e ès 21h30m. Ves-peral 5", às 17h. Ingressos 4', 5* e dom., aCrS 800,00 e CrS 500, estudantes; 6a e sáb.,a CrS 800; vesp. 5a, a CrS 500.

Escritor empenhado em escrever umlivro Inspirado na história da sua famíliaprocura reconstituir na sua memória apatética e decadente trajetória dos seusantepassados.

Cotação do leitor: *•_•• (2 votos)LABIRINTO - A QUE CAUSA DEDICAR AVIDA? — Criação coletiva da Tribo TrupeCooperativa de Palhaços. Dir. de Mário Tel-les Filho. Com Carmen Luz, Leila Cardia ooutros. Casa do Estudante Universitário,Av. Rui Barbosa, 762 (551-3347). Sessoascontinuas com bilheteria funcionando de 3* a6a, das 21 h às 23h; sáb., das 20h às 23h;dom. das 18h às 21 h. ingressos a CrS 300 eCrS 200 (estudantes). Ató amanhã.

Num espaço cênico anticonvenclonal,um teatro jogado e brincado por atores eespectadores.

Cotação do leitor: _¦„¦_¦• (6 votos)MALDITO QORPO SANTO — Espetáculobaseado na vida e nas três obras: As Rela-ções Naturais, Mateus • Mateusa e HojeSou Um, Amanha Outro, do dramaturgoQorpo Santo. Direção de Alcione Araújo.Direção musical de Silvia Ademe. Com ogrupo Quantos Somos? Teatro Gil Vicsnta.Av. Chile, 330. De 5a a dom., às 21 h.Ingressos a CrS 200. Até amanhã.

Cotação do leitor: _¦•„• (2 votos)BARREADO — Texto de Ana Elisa Gregori.Dir. de Luis Mendonça. Com Anatilde dePaula, Elisabeth Savalla, Alexandre Vieira,Gilson Moura, Camilo Bevilacqua, Luis Car-los Nino, Marilia Barbosa e outros. TeatroCarlos Gomas, Pça Tiradentes (222-7581).De 4a e 6a, às 21h15m; sáb, às 20h e22h30m, dom, às 18h e 21h15m. Ingressos4a e 5a, a CrS 200; de 6a a dom, a CrS 300.Até dia 31 de março.

O amor de um jovem casal de apaixo-nados desenrola-se na permanente eameaçadora presença da personagemMorte.

Cotação do leitor: -k-k-k (2 votos)NOITES BRANCAS — De Dostoiewsky.Adaptação e direção de Paulo Afonso deLima. Com Neila Tavares, Cláudio Gonzaga,Isolda Cresta e Luiz Carlos Félix. Teatro dosQuatro, Rua Marquês de S. Vicente, 52/2°(274-9895). De 3a a 6a. às 21h; sáb., ès20h30m e 22h30m; dom., às 19h e 21h.Ingressos de 3a a 5a e dom., a CrS 800 e CrS400, estudantes; 6* e sáb., a CrS 800.

Cotação do leitor: kk-k (14 votos)NELSON RODRIGUES, O ETERNO RE-TORNO — Três peças de Nelson Rodrigues(Toda Nudez Será Castigada. Beijo noAsfalto. Álbum de Família). Dir. de AntunesFilho. Mús. de Mário Greggio. Com o elencodo Grupo Macunalma de Sâo Paulo. TeatroJoão Caetano, Praça Tiradentes (221-0305).De 5a a sáb.. às 21 h; dom., às 20h Ingressosa CrS 250. Até dia 18.

Nelson Rodrigues visto à luz do mitodo eterno retorno, através de persona-gens focelizados como arquétipos, numaencenação de grande originalidade e im-pacto visual.

Cotação do leitor: •*•••• (36 votos)LA VÊNUS DESBUNDE — Comédia deHilton Marques e Max Nunes. Dir. de Mauri-cio Sherman. Com Elizângela, Olney Cazarré.Germano Filho, Carla Nell, Rogério Fróes,Martim Francisco. Luiz Pimentel. Elza Go-mes. Teatro da Praia. Rua Francisco Sá, 88(287-7794). de 4a a 6a, ès 21h30m; sáb.. às20h e 22h30m; dom. ès 19h e 21h30m.Ingressos de 4a a

'6a e dom. a Cr$ 800 e CrS

500, estudantes e sáb., a CrS 800.O roubo de um pedaço da escultura de

Vênus de Milo desencadeia violentas rea-ções em Paris e no mundo.

Cotação do leitor: •**• (16 votos)O BRAVO SOLDADO SCHWEIK — Textode Antônio Pedro e Marinho de Azevedo,adaptado do romance de Jaroslav Hasek. Dir.de Antônio Pedro. Com Pedro Paulo Rangel.Betina Viany, Vinicius Salvatori. AnselmoVasconcellos, Eliane Rogério. Teatro Cándl-do Mandes, Rua Joana Angélica. 63 (227-9882). 4a e 6a, às 21h30m; 5a, às 21h30m;sáb., às 20h e 22h30m; dom., às 19h e21h30m. Ingressos a CrS 700 e CrS 400,estudante.

Um soldado astuto empenha-se emsalvar a sua pele na balbúrdia da PrimeiraGuerra Mundial.

SALO TAVALER — Recital de pantomimacom o bailarino e mimico. Teatro da Gale-ria. Rua Senador Vergueiro, 93. De 3a a dom.às 21h. Ingressos a CrS 300. Até amanhã.

Cotação do leitor: •• (2 votos)MARGINAL — Musical de Antônio Couto eFernando Bonfim. Dir. de Roberto Mars.Com Uva Nino, Fábio Mássimo, Dias José,Marco Rasek, Paulo Camargo e outros. Tea-tro Fernando Azevedo. Rua Mariz e Barros273. (254-4143). De 4a a sáb.. às 21 h; dom.,às 18h e 21 h. Ingressos a CrS 600 e CrS 400,estudantes; sáb., a CrS 600.

Problemas e conflitos do dia-a-dia deuma comunidade marginal num subúrbiocarioca.

Cotação do leitor: *• (12 votos)O BEUO DA LOUCA — Texto de DoeComparato. Direção de Cecil Thiré. Cenáriose figurinos de Maria Carmem. Músicas deCaique Botkay e Beto Coimbra. Com CláudioCavalcanti, Stella Miranda, Eduardo Torna-ghi, Ada Chaseliov, Hélio Ary, Thelma Restone outros. Teatro Villa-Lobos, Av. PrincesaIsabel, 440 (275-6695). De 4a a 6a, às21h30m; sáb. às 20h e 22h30m; dom. às18h e 21h. Ingressos de 4a a 5" e dom. a CrS800 e CrS 500. estudantes e 6a e sábado, aCrS 800.

- HlstoritL.da_.uma- assassina pslcopataque tem seu crime contestado por ummédico psiquiatra.

Cotação do leitor: -kitir-k (1 voto)AO MESTRE COM CARINHO — Criaçãocoletiva (texto e dir.) do grupo Gente... e oNelson?. Com Adriana Maia, Cristiana Maia,Maria Monteiro, Rita Ribeiro, Rogério Fabia-no Jr., Carlos Loffler. Teatro do Planetárioda Gávea, Av. Padre Leonel Franca, 240.(274-0096) De 5a a dom., às 21h30m. Ingres-sos a CrS 400 e CrS 250, estudante. Estado-namento próprio. Ató amanhã.

Farsa satírica sobre o corpo docentede um colégio.

Cotação do leitor: k-k (28 votos)PÓ DE GUARANÁ — Musical baseado nooriginal Fourtune, de Russel e Melrose.Adaptação de José Rodrix. Dir. de WolfMaya. Com Cininha de Paula, Cláudio Saviet-to, Guilherme Karan, Eliane Maia. PapagaioCafé Cabaré, Av. Borges de Medeiros, 1426(274-7999). De 4a a 6a. às 21h30m; sáb., às20h e 22h; dom., às 19h e 21h30m. Ingres-sos 4a, 5a e dom., a CrS 800 e Cr$ 500,estudantes; 6a e sáb., a CrS 800.

Um conjunto de rock busca subir navida por todos os meios.

Cotação do leitor: •_••*_•• (5 votos)A TEMPESTADE — Texto de Augusto Boal,livremente adaptado da obra homônima deShakespeare. Mús. de Manduka. Dir. deJosé Luiz Ribeiro. Com Andréa Daher, Ange-la Avillez, José. Eduardo Arcuri, Malu deCastro, Hilário Stanislaw, Moisés Aichenblate outros. Teatro do Club* doa Sub-Tenentes a Sargentos, Rua Henrique Dias,25, Rocha. De 3a a sáb., ès 21 h; dom., às18h. Ingressos a CrS 200. Até amanhã.

O escravo Caliban comanda a rebeliãodo povo da ilha deserta dominada porPróspero, nobre italiano expulso de seupais.

Cotação do leitor: **_• (3 votos)DOCE DELEITE — Ato variado em 12 qua-dros de Alcione Araújo, Mauro Rasi e VicentePereira. Mús. e dir. musical de John Nesc-hling. Com Regina Case e Marco Nanini.Teatro Vanucci, Rua Marquês de S. Vicen-te, 52 (274-7246). 4a e 6a, ès 21h30m; séb.,às 20h e 22h30m; dom., às 18h30m e21h30m. Ingressos 4a, 5a, 1a sessão de sáb.e dom, a CrS 800 e CrS 500, estudantes e 6ae 2a sessão de sáb., a CrS 800. Até amanhã.

Através dos 12 quadros, interligadospor músicas e dançae, aparecem diversasformas de humor e diversos assuntos docotidiano carioca.

Cotação do leitor: ** (14 votos)CALUNIA — Texto de Lilian Hellman. Dir. deBibi Ferreira. Com Lídia Brondi, Ariclô Perez,Monah Delacy, Maria Pompeu, Estelita Bell,Cláudia Costa, Sylvia Bandeira e outros.Teatro Maison da Franca, Av. Pres. AntônioCarlos, 58 (220-4779). 4a, 5a, 6a. às 21h30m;sáb , às 20h e 22h30m e dom., às 18h e 21 h.Ingressos: 4a, 5a, 6a e dom a CrS 1 mil e CrS500, estudantes; sáb. a CrS 1 mil.

Nos Estados Unidos, na década de 30,a suspeita de homossexualismo levanta-da por uma aluna contra duas professorastranstorna a vida de uma escola.

Cotação do leitor: * (4 votos)O ESPIRRO MILIONÁRIO (Quem GostaDemais de Sexo Morra Fazendo Amor) —Comédia de Pierre Chesnot. Adapt. e dir. deJoào Bethencourt. Com Francisco Milani,Carvalhinho. José Santa Cruz. César Monte-negro, Arthur Costa Filho, Marta Anderson eBeatriz Lyra. Teatro Copacabana, Av. Copa-cabana.327 (257-1818 R. Teatro). De 4a a 6*.às 21 h30m; sáb., às 20h e 22h30m, dom., ès18h e 21h30m, vesperal na 5a. ès 17h.Ingressos 4a, 5a e dom., CrS 600 e CrS 400;5" vesp CrS 300, 6a, CrS 600 (preço único),sáb. CrS 700 (preço único).

Disputa em torno da herança da umescritor de literatura erótica.

Cotaçào do leitor: k (3 votos)VIVA SEM MEDO AS SUAS FANTASIASSEXUAIS — Comédia de Jonh TobiasAdapt. de Joáo Bethencourt Dir. de JoséRenato. Com Pepita Rodrigues, Cláudio Cor-rêa e Castro. Felipe Carone. Carlos EduardoDolabella. Teatro Ginástico. Av. Graça Ara-nha. 187 (220-8394). De 3' a 6a, às 21h15m;sáb. às 20h e 22h30m; dom., às 18h e21h15m. Ingressos a CrS 350.00. Atéamanhã.

Casais cansados da rotina assumemidentidades diferentes para liberar a fan-tasia e o desejo.

Cotação do leitor: kkkkk (95 votos)A BOMBA DA EUSABETH — Comédia deÁlvaro Valle. Dir. de Aderbal Júnior. ComSuely Franco, Norma Blum, Aimée, MarceloPicchi, Priscila Camargo, Tânia Loureiro, Ha-roldo Botta, Farneto, Miguel Rosenberg.Teatro Mesbla. Rua do Passeio. 42 — 11°(240-6141). De 3a a 6a, às 21h15m; sáb.. às20h e 22h30m; dom., às 18h e 21h15m.Ingressos de 3a a 6a e dom. a CrS 600 e Cri500. estudantes; séb.. preço único CrS 700.

Peripécias decorrentes de um atenta-do contra ditador africano durante suavisita ao Brasil.

Cotaçào do leitor: kkkk (10 votos)CABARÉ S.A. — Espetáculo de variedadescom textos de Oswald de Andrade, GrandeOthelo, Antônio Podro. Mauro Rasi e HeloisaArruda. Dir. de Antônio Pedro. Dir. mus. deCaique Botkay. Com Grande Othelo. AngelaLeal, Tony Ferreira. Antônio Pedro, AngelaValério, Jalusa Barcellos. Josephine Hélène.Silvia Sangirardi e Luis Carlos Buruca Tea-tro Rival, Rua Álvaro Alvim. 17 (240-1135)De 4a a 6a. às 21h15m; sáb., às 20h e22h30m; dom., às 18h30m e 21h15m. In-grassos a CrS 800, e CrS 600, estudantes eCrS 200, classe teatral mediante sarteirasindical.

Dissolvendo imagens dos cabarés pa-risienses da baile époque e dos cabarésliterários da Europa Central num molhobem brasileiro da Praça Mauó e da Lapa, a

_equipe.jnostra os bastidores-de um-esta'-—belecimento do gênero e exemplifica .à,lrgumas de suas criações tipicas.

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A CRITICADO LEITOR

Sai de cartaz amanhã a comédia Viva sem Medo Suas FantasiasSexuais, com Cláudio Corrêa e Castro e Felipe Carone

Sempre, Sempre Mais(Lucinha Lins e CláudioTovar, no Teatro da La-goa) — "Que soberbo com-panhelro é aquele bailari-no e cantor que acompa-nha Lucinha Lins nesteespetáculo!" AmilcarMot-ta, advogado.

Romance Popular (Na-ra Leão, no Rio Palace) —"Poderia ser melhor, nâofosse a sala ruim (vê-semal a partir da 11a fila) eos eternos atrasos no ini-cio do espetáculo." Mariade Lourdes Dantas, psicó-loga.

Quarteto em Cy/Sivuca(Teatro João Caetano) —"Slvuca é fantástico. Obaterista, incrível. O showsó peca pela apresentaçãode uma cantora com o Si-vuca: péssima". Maria He-lena de O. Nunes, estu-dante.

Lucinha Lins Supers-tar, one show woman. Ésem dúvida uma excelen-te cantora, muito bonita eversátil". Solange deAraújo Chaves, professorade inglês."Espetáculo de umasimpatia incomparável.Excelente desempenho deLucinha Lins e CláudioTovar". Eduardo Henri-que A. Cezar, professor.

Folia (Show do Boca Li-vre) — "Um show maravi-lhoso em que eles estáomuito à vontade. O públi-co também". Paloma Per-digáo, estudante

Nova Era — RonaldoResedá — "Ronaldo can-tando como nunca numshow para ninguém botardefeito. Merece reporta-gem no JB". Roberto An-drade, oficial de Marinha.

Beth Carvalho na Fonte(Teatro Casa Grande) —"Espetáculo de peso, pró-prio para esta época pré-carnavalesca". Silvia Fon-seca, professora."Não deveria ser permi-tido fumar no interior doteatro pois isto prejudicaa todos, principalmente àcantora". Berenice Figuei-ra, professora.

Na Boca do Povo — (Sa-la Funarte) — "Um showobrigatório. Marlene éuma star completa e ad-mlrável". Roberto Conti,desenhista."Marlene comprova queé a maior intérprete daMPB. O roteiro de Ricar-do Cravo Albin é criativo.Os componentes do Coi-sas Nossas tocam, can-tam, representam". Ori-valdo Araújo, protético."Show antológico". Ju-racima de Paiva, cabelei-reira."Interpretação, coreo-grafia, cenografia e som deexcelente qualidade".Lourdes Dreyfuss, biblio-tecária."Apresentação da épocade ouro dos carnavais àsnovas gerações". Antônio-Miranda,- engenheiro."A sala mais simpáticada cidade e com um somde ótima qualidade". Ed-son Pedro da Silva, co-merciário."O espetáculo mereceespaço maior. Por exem-pio, o Joáo Caetano".Aristides Barreto, pro-fessor."Espetacular a perfor-mance desta extraordiná-Ha Marlene" Hélio Lopes,enhengeiro.

Homem dos 40 anos —(Teatro Clara Nunes) —"Apesar do bom acompa-nhamento João Nogueiramostra mesmo aos 40anos sua imaturidade pa-ra estrelar um show". Re-nato Ferreira, bancário.

Beatles hélio — good-bye — (Teatro da Galeria)— "É incrível como o me-lhor show do ano passadonâo esteja encontrandoapoio das grandes firmas.Incrível e triste para cen-tenas de pessoas que co-mo eu aguardam ansiosaso show deste ano". MariaJudith Azevedo Vieira, es-tudante.

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.%... :a;;:.:;;%..Diariamente no Teatro Ipanemao show Verão com Geraldinho Azevedo

SENTIMENTOS MODERNOS — Apresen-taçáo do grupo Popará, formado pela duplaChico Lá e Ricardo Pavào, as atrizes ecantoras Luci Mafra, Marilena Bibbas e RosaDouat e os músicos Tim Rescala (piano).Ronaldo Diamante (contrabaixo) e FernandoTones (bateria). Teatro da CEU. Av. RuiBarbosa. 762. Hoje ès 21h30m. Ingressos aCrS 250.

Cotação do Leitor; *•••• (84 votos)NA BOCA DO POVO — A cantora Marlene eo coniunto Coisas Nossas apresentam asmúsicas de carnaval que o povo consagrou.Direção de Ricardo Cravo Albim. Sala Sid-ney Mlller. Ru8 Araújo Porto Alegre, 80. De3" a sáb., às 21h. Ingressos a CrS 150. Atédia 19.

Cotação do leitor: kkkkk (16 votos)NA FONTE — Show da cantora Beth Carva-lho acompanhada de Luizâo (baixo). HélioCapucci (violão e viola). Walmar (cavaqui-nho), Papáo (bateria). Elizeu (tamborim), Ubi-rani (repique). Mauro (tan tan). Jucá (surdo).Naná. Lurdinha e Zezé (vocal). Direção deHaroldo Costa. Teatro Casa-Grando Av.Afrânio de Melo Franco. 290 (239-4046). De4a a sáb, às 21h30m; dom. às 21h Ingres-sos 4a e 5" a CrS 1000 e CrS 800. estudantesde 6a a dom. a CrS 1000. Até dia 19.

Cotaçào do Leitor: kkkk (12 votos)SEMPRE, SEMPRE MAIS — Show de Luci-nha Lins e Cláudio Tovar. Direção de JorgeFernando Coreografia de Rogério de Poli eCláudio Tovar. Teatro da Lagoa, Av. Borgesde Medeiros. 1 426 (274-7999). De 4a adom. às 21h30m. Ingressos a CrS 700 e aCrS 500, estudantes.

VERÀO — Show do cantor e compositorGeraldinho Azevedo acompanhado de Joca(guitarra), Sérgio Boré (percussâol, Cláudio(bateria) e Chico Guedes (contrabaixo). Tea-tro Ipanema. Rua Prudente de Morais. 824(217-9794). De 3a a 6". às 18h30m; sáb edom. às 17h30m. Ingressos a CrS 500. Atédia 19.

ALCIONE — Show da cantora acompanha-da de conjunto. Teatro Carlos Gomes, PçaTiradentes. (222-7581) De 3a a 2a. às 19h.Ingressos a CrS 150. Até dia 15.

Cotação do leitor: kkkkk (1 voto)ENSAIO GERAL — Show com Abilio Mar-tms (cantor e compositor), além de NelsonSargento, da Mangueira. Monarco da Portelae Noel Rosa de Oliveira do Salgueiro acom-panhados do conjunto Os Canarinhos doSamba. Direção de Tereza Aragào. Sala Sid-ney Miller. Rua Araújo Porto Alegre. 80. De3a a sab, às 18h30m. Ingressos a CrS 150.,Ate dia 19:

Cotaçào do Leitor; kkkkk (1 voto)O HOMEM DOS QUARENTA OU DASDUAS, UMA — Show de lançamento do Lpdo sambista JoSo Nogueira acompanhado deCristóvão Bastos. Manoel do Cavaco (cava-qumho). Wilson das Neves (bateria). Dezinho(violão). Rafael (violão de sete cordas). Mil-ton Botelho (baixo). Trambique e Cuscus(ritmo) e Juarez Araújo (sopro). Textos deArnaud Rodrigues. Cenário e figurino deMaurício Sette. Roteiro musical de PauloCésar Pinheiro. Teatro Clara Nunes, RuaMarquês de S. Vicente. 52/ 3o (274-9696). De4a a dom., às 21 h30m. Ingressos a CrS 600 eCrS 400. estudantes; sáb a CrS 600. Atéamanha.

DJAVAN — Show do cantor, compositor eviolinista acompanhado da banda Sururu deCapote, formada por Luiz Avelar (teclados).Sizào (baixo). Té Lima (bateria). Café (percus-sào) Zé Nogueira e Marquinhos (sax e flauta)e Moisés (trombone). Participação dos gru-pos Pára-Quedas do Coração e Trapalhetes.Circo Voador, Praia do Arpoador. Sábado edomingo, às 21 h30m. Ingressos a CrS 600.

ÀGILDÕ RIBEIRO — Show do humoristaParticipação da cantora Doris Monteiro. Mu-sica para dançar com a orquestra do maestro—2aiWfi:—Direção"- ite—Wottf—Maia: - GoldenRoom do Copacabana Palace, Av Copaca-bana. 327 (256-8590 e 257-1818). 5J e dom.,às 22h; 6a e sab., às 23h. Couvert artístico5a, a CrS 1 mil; 6a a CrS 1 200; sab., a CrS 1300 e dom., a CrS 1 000. Sem consumaçãomínima. O salão abre às 21h, para serviço ejantar.

O NOVO HUMOR DE SÉRGIO RABELLO —• Show de humor. Teatro IBAM Rua Vise.

Silva. 157 (266-6622). De 5a a sáb. às21h30m. Domingo, às 20h30m. Ingressos5a, 6a e dom. a CrS 600; sab. a CrS 700.

Cota.çâo do Leitor: kkkk (9 votos)EMOÇÕES — Show do cantor e compositorRoberto Carlos, acompanhado do conjuntoRC 9 e do Coral RC e grande orquestra doCanecâo. Texto, roteiro e direção de Miele eBoscoli. Regência do maestro Eduardo La-ges. Cenografia de Mário e Mauro Monteiro.Canacao. Av. Vencesíau Braz, 215 (295-3044 e 295-1047). 4a e 5a. às 21h30m; 6a esáb.. às 22h30m e dom., às 20h30m. Ingres-sos a CrS 1500

Cotação do leitor: kkkk (2 votos)A ROLETA DO PAULO SILVINO — Espeta-culo de humor e variedades com PauloSilvino, Manoel da Conceição (violão), SidneyMatos (piano), atores e músicos. Direção deGracindo Júnior. Teatro Glória. Rua do Rus-sei, 632 (245-5527). 5a e 6a. às 21h30m; sab.às 20h e 22h30m; dom. às 18h e 21h.Ingressos 5" e dom. a CrS 1.000 e CrS 600.estudantes; 6". sáb. a CrS 1 000

(piano e acordeon), Mário (baixo) e Batista(bateria). Restaurante Petronius, CaesarPark Hotel. Av. Vieira Souto. 460, De 4a asâb.. a partir das 20h. Sem couvert, semconsumação.

FESnVAL DE VERÃO — Apresentação docantor Emílio Santiago o do tecladista JoãoDonato. Horse's Neck, Hotel Rio Palace.Av. Atlântica. 4240. nivel E (521-3232. ramal:7686). De 5a a sáb. às 22h30m. Couvert aCrS 1000. Último dia.

PARA OUVIR

NONATO LUIZ — Show do violonista ecompositor. Klau's Bar. Rua Dias Ferreira.410. De 3a a sáb. às 22h e 23h30m; dom..às 21h. Consumação a CrS 300.

Cotação do leitor. •••• (1 voto)CAUBY PEIXOTO ATENDENDO A PEDI-DOS — Show do cantor acompanhado doconjunto D'Angelo. Cheroga. Estrada doJoá. 150 (257-5912 e 322-3911). Lgo. de S.Conrado. 4a e 5*; às 22h; 6" e sáb. às 23h edom, às 21 h. Ingressos a CrS 1200. Atéamanhã.

JOÃO DE AQUINO — Apresentação docompositor e violonista acompanhado deMarcelo Bernardes (sax e (lauta). Bar doVioleiro. Rua Aristides Espinola. 44 (274-0245). De 5a a dom., às 21h: Couvert a CrS300.

NOITES CARIOCAS 82 — Aberta às sextase sábados, a partir das 22h. com música aovivo para dançar com o discotecário DomPepe. A 1h. apresentação de Jorge Mautner.Morro da Urca. Av Pasteur. 520. (295-5244)— Ingressos a CrS 600.

DUKA'S — Programação: sempre a partirdas 21h, 3a. Clube dos Beatles, com SidneyMatos (violão e voz), Carlos Munhoz (guitar-ra), Wagner Dias (contrabaixo) e Fernando(bateria); 4a. Sessão de Jaw. De 5a a dom..Seresta com Jorge Roberto (violão e voz) emúsica popular brasileira com Sidney Matose Odilon (violões e vozes). Carlos Munhoz(guitarra) e Fernando (bateria). Pça MalvinoReis. Grajau. Sem consumação ou couvert.

CLUBE 21 — Programação: De 2a a sáb, apartir das 22h, apresentação dos coniuntosde Osmar Milito e Ronnie Mesquita; 2a.Noite de Jazz, Dom.. Noite de Dixielandcom a Mississipi Dixieland Band. Convidadosespeciais: 6a. sáb. e 2a, Nivaldo Ornellas; 2aHélio Delmiro e Mauro Senise; 4a. HélioDelmiro e 5\ Mauro Senise. De 2a a 5'- edom., sem couvert, sem consumação; 6a asâb.. consumação mínima de CrS 1 mil 200.Rua Maria Angélica. 29 (286-8338).

Cotação do leitor; *•••• (5 votos)-SO JAZZ — Com o Quarteto Rio de Janeiro,formado por José Luiz Duarte (piano), Gui-lherme Rodrigues (sax e flauta). Paulo Russo(baixo) e Gegè (bateria), além de convidados.2a. 4a. sexta e sábado, ãs 2!h30m. Cerveja-ria Chucrute. Largo de S. Conrado (399-4974). Couvert 6a e sáb, a CrS 250.

CLAREAR NO CARIBE — Show de Eloy deAraújo (ator) e Octávio Burnier (cantor!*ecompositor) acompanhados de llka Lusieux(vocal) e Artur Maia (contrabaixo). Texto edireção de Eloy de Araújo. Caribe. EstradadaGávea, 700 (399-3546). De 5a a sâb.. às 22h;dom., às 21 h. Ingressos a CrS 400. Até dia19 de fevereiro.

GENTE DA NOITE — Programação: 4a.Alberto Arantes (piano), Bebeto (baixo) eMauro (bateria). 5a. Eduardo Camenietzi èWagner Campos (vozes e violões). 6a e sáb,Eduardo Tróia (gaita). Diana Goulart (voz).Mauro Jerônimo (bateria). Ricardo Brancotai^o^-Erjysrdo^Valle (guitarra) e Wagner (voz). Rua Voluntã-nos da Pátria. 466 (246-5591). Sempre, às21 h. Sem couvert. sem consumação.

REVISTAS

BRASIL COM Z — Show do cantoi ecompositor Marku Ribas Luar, Estrada doJoa, 2360 (399-0309). De 4' a dom. às 23h e1h30m da manhã. Ingiessos a CrS 250.

TRIO GEORGE BRASS - Jantar-dançanteCom o grupo tormaoo por George Brass

Cotação do Leitor: *_•_••* (14 votos)GAY FANTASY — Dir. Bibi Ferreira. ComRogéria, Marlene Casanova. Sérgio MqxSamantha e Kiriaki. Cenários de Marco Antô-nio Palmeira, com concepção de JoãozinhoTrinta. Teatro Alaska. Av. Copacabana1 241 (247-9842). De 3a a 5a. ãs 21h45m; 6*22h; sáb., 20h e 22h e dom., às 19h30m e21 h30m. Ingressos 3a e Ia sessão de dom - aCrS 800 e CrS 500. estudantes: 4a a sáb.. e2a sessão de dom. a CrS 800.

BONECAS COM TUDO EM CIMA — Showdos travestis Verusca. Cláudia Celeste eMaria Leopoldma. Cine-Show de Madurei-ra. Rua Carolina Machado, 542. De 5a adom . às 21 h. Ingressos 5a e 6a a CrS 300 esáb. e dom., a CrS 400. Até dia 28 uefevereiro.

A GAIOLA DAS MIMOSAS - Show detravestis com Geórgia Bengston. CamilaAndreia Gaspareli. Pauiete, Sabrina. Texto edireção de Brigitte Blair. Teatro BrigittaBlair, Rua Miguel Lemos. 51 (521-2955). De3a a domingo, às 21h30m. Ingressos a CrS500.

DANÇAO RITO DO CORPO EM LUA Apresentaçáo do bailarino Ismael Ivo Participação aopercussionista Dudu Tucci Teatro TeresaRachel. Rua Siqueira Campos. I43. Oe 4' adomingo, as 21h. Ingressos a CrS 400

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JORNAL DO BRASIL sábado, 13/2/88 n CADERNO B o 7

CRIANÇAS

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O musical infantil Ftveirod!e Pássaros está em cartazrio Teatro Casa Grande

O JARDIM DAS BORBOLETAS — Papa-gaio Café Cabaré, Rua Borges de Medeiros.1426. Sáb. e dom., às 17h. Ingressos a CrS300.

O PINTO QUÉ VIROU GALO — Teatro daGalaria, Rua Senador Vergueiro, 93. Sáb. edom., às 17h. Ingressos a CrS 200. Até dia 4de abril.

JOÀOZINHO E MARIA NA CASA DA BRU-XA — Teatro Tereza Rachel, Rua SiqueiraCampos. 143. Sáb. e dom., às 16h30m.Ingressos a CrS 300.

BRINCANDO COM FOGO — Circo Voador,Praia do Arpoador, Sáb. e dom. às 16h.Ingressos a CrS 250.

O MENOR CIRCO DO MUNDO — CircoVoador, Praia do Arpoador. Sáb. e dom., às17h30m. Ingressos a CrS 250.

CHAPEUZINHO AMARELO — Teatro dosQuatro, Rua Marquês de S. Vicente, 52.Sab. e dom., às 16h e 17h. Ingressos a CrS250.

VOVÓ CLEMENTINO NO PLANETA DEPRATA — Teatro Armando Gonzaga, AvMal. Mascarenhas de Morais. s/n°. Mal.Hermes., Sáb. e dom., às 15h. Ingressos aCrS 150.

A BUSCA DO COMETA — Teatro CândidoMendes, Rua Joana Angélica. 63 (227-9882).Sáb. e dom., às 17h. Ingressos a CrS 250.Cotaçáo do leitor: **** (1 voto)

GATO MALHADO E A ANDORINHASINHA — Teatro Alasca. Av. Copacabana.

241. Sáb. e dom., às 17h. Ingressos a CrS300. Até amanhã.

O MENINO MALUQUINHO — Teatro Va-nucci. Rua Marquês de S. Vicente. 52/ 3o.Sáb.. às 17h e dom., às 16h. Ingressos a CrS250 Até amanhã.

OS TRÊS PORQUINHOS — Teatro BrigitteBlair, Rua Miguel Lemos. 51. Sáb. o dom.,às 17h. Ingressos a CrS 200.

CINDERELA, A GATA BORRALHEIRA -América Futebol Clube, Rua Campos Sales,118. Sáb, às 17hedom„ às 16h. Ingressos aCrS 250.

O PALHAÇO DA CIDADE — Teatro Tapu-me. Rua Voluntários da Pátria, 24. De 5a adom., às 17h30m. Ingressos a CrS 250.

OS TRÊS PORQUINHOS E O LOBO MAU— Teatro Tereza Rachel. Rua Siqueira Cam-pos, 143. Sáb. e dom. às 17h30m. Ingressos

;a CrS 300.

VIVEIRO DE PÁSSAROS - Teatro CasaGrande, Av. Afrânio de Mello Franco, 290.Sáb., dom., às 17h. Ingressos a CrS 250. Atédia 30 da março.

Cotação do leitor: ***** (31 votos)MARIA CONTA HISTÓRIAS — Escola deArtes Visuais, Parque Lage, Rua JardimBotânico, 414. Sáb. e dom., às 16h30m.Ingressos a CrS 250. Até amanhã.

A MÁGICA DA PRAÇA — Teatro GlaucioGill, Pça. Cardeal Arcoverde, s/n° (237-7003). Sáb , às 17h e dom., às 16h. ingres-sos a CrS 250.

A CASA DE DOCE DA FLORESTA ENCAN-TADA — Teatro Clara Nunes. Rua Marquêsde S. Vicente, 52/3°. Sáb. e dom. às 17h.Ingressos a CrS 250.

SCOOBY DOO EM APUROS — Teatro doClube Olímpico, Rua Pompeu Loureiro, 116.Sáb às 16h. Ingressos a CrS 150.

O PATINHO FEIO CONTRA O GAVIÃOPAPA TUDO — Teatro do Clube Olímpico.Rua Pompeu Loureiro, 116. Sáb, às 17h.Ingressos a CrS 200.

HâDíOFM-ESTEREO 99.7 MHa

HOJE

20h t— Capricho Espanhol, de Rimsky-Korsakoff (Fiedler — 15:55) — Gravaçãodireta no disco); 12 Prelúdios — Vol. I, deDebussy (Arrau — 41:36); Sinfonia Ham-burgo, em Si Menor, de Carl Philipp Ema-nuel Bach (Collegium Aureum — 11:20);Sonatas L. 23, 238, 429, 485 o 108. deScarlatti (John Williams — 22:36); GiulioCesare — Ato II. de Haendel (Karl Richter —1h20m58).

AMANHÃ10h — Suite The Msrried Beau. de

.Purcell (Fritz Mahler — 10.50); Ária e Varia-ções para Harpa, de Krumpholtz (Zabaleta

4:20); Dixit Dominus. de Vivaldi (Corboz.— 28:20); Les Animaux Modeles, de Pou-Iene (Prètre — 21.20); Noites nos Jardinsde Espanha, de Falia (Alicia de Larrocha —24:28); Sinfonia n° 9, am Mi Menor —Novo Mundo, Op. 95. de Dvorak (Filarmôni-ca de Viena e Kondrashin — Gravação digital

42:39); Noturnos irs f a 5. de Chopin" (Arrau — 26.13); Rapsódia para Clarinete e

Orquestra, de Debussy (Dangain e Martinon' — 8:03).20h -¦ Suite, de Holbome (Linde Con-

sori — 8 40): Hugue Ashton's Ground. de~ Wiliam Byrd (Gould — 9 52); Giulio Cesare

Ato III. de Haendel (Karl Richter —68 57): Suite Inglesa n° 3, em Sol Menor,de Bach IKempff — 19 10). Cassação n" 2,em Sol Maior, de Haydn (l Musici — 21.06);Fonatina n° 2, em La Menor, para Violino

.a Pianu. de Schubort (Grumiaux e Crossley,.— 16.35): A Roca de Ouro. de DvorakE (Kubelik — 26:04).

Drummond

MIRANTEDisco

Num ponto, o objetovoador não identificado jáse identificou há muito:aparece simultaneamenteem todos os Estados doBrasil, durante algumas se-manas, e depois se escondepor certo tempo. Prefere seresquecido, para voltar comtoda a força do imprevisto.Ocupa não só o espaço ce-leste como o das conversasde casa, de botequim e detelevisão. E some.

Sua realidade não podeser posta em dúvida, aocontrário de outras realida-des brasileiras, que sáo afir-madas pelo Governo e ne-gadas pela Oposição, e vi-ce-versa. O OVNI é uma dasreservas de assunto maispreciosas quando se faz ne-cessário pensar em outracoisa. Que coisa? Ora, oresto.

§

MedidorDormi e sonhei que ti-

nha comprado um aparta-

mento zero-quilômetro eque o homem da Light veioinstalar o medidor. Insta-lou e passou-me a fatura:115 mil cruzeiros. Pedi-lheque me deixasse acordarpara assinar o cheque depagamento. Não pode assi-ná-lo agora mesmo? disseele. Náo posso, estamos ain-da no escuro, a luz não estáligada. Ah, mas depois deligada é mais caro, amea-çou, tem multa. Em que fi-camos? perguntei. Ele res-pondeu: O medidor já estámedindo por si mesmo, in-dependente de haver ounão haver luz; ele mede asua imprudência de com-prar apartamento novo.Ande depressa, do contra-rio terá que entregar o imó-vel para pagamento à Em-presa. A discussão conti-nuou nas trevas, e até hojenão acordei.

PalavraA palavra mais escrita,

mais pronunciada, mais

discutida, mais influente,mais mais, hoje no Brasil éorgasmo. Onde quer quevocê vá, e nem precisa ir alugar nenhum, surge a pala-vra. Na tevê não dá outra.Nas reuniões sociais, idem.Orgasmo é a maior (a úni-ca?) preocupação brasileirano momento. Sua duraçãonormal, a possibilidade deampliar ou retardar essaduração, como estabelecerconjuminância, o reflexo deseu bom desempenho na vi-da conjugai e na vida extra-conjugai, na criatividadedos artistas e na habilidadedos políticos, dos empresa-rios, dos isso e aquilo. Osdiferentes tipos de orgas-mo, a hora mais adequadapara senti-lo, cuidados e re-quintes de preparação, aconveniência de aprofun-dar sua análise científicaatravés de orgasnograma:tudo se estuda e se debate.A palavra popularizou-se.Me contaram (não garanto)que já se diz em Ipanema,para significar excelência:"É orgasmo!" A gatinha,avançada: "Gasmo!" esteresto de verão será purogasmo.

§

CancioneiroO brasileiro Martinho

Lutero, que impulsionou

em São Paulo a Comunida-de Cultural Luther King,responsável por um coralde muita categoria, vive ho-je em Maputo (Moçambi-que), onde coordena umprojeto de música paracrianças. Deste trabalho saio primeiro fruto: um can-cioneiro infantil com 30 pe-ças, sendo 20 nacionais e 10internacionais: As letras fo-ram criadas pela equipe doprojeto, sobre melodias lo-cais, pesquisadas com cari-nho, falam em milho verde,em Joáo do Adeus, no rioonde mora o jacaré, no gos-to da matapa e da galinha,coisas vividas e sentidas.Tudo simples, uma alegriade despertar para o mundoe de ser livre. A meninadade lá adora. Martinho Lute-ro está feliz, fazendo o quegosta, e este livrinho Va-mos Cantar, Crianças pro-va que ele está certo.

MorcegoWalter Brockes, que

com esse nome é goiano dePirenópolis, cientista, pro-fessor universitário, bisnetodo ilustre Fritz Muller (bo-tãnico e zoólogo alemãoque se radicou em SantaCatarina), quer mostrar aos

governantes o trunfo queGoiás, rico em morcegos ecavernas, tem em mãos pa-ra acelerar o seu desenvol-vimento econômico. Nascavernas habitam os mor-cegos, que expelem umaqualidade especial de gua-no, fertilizante incompará-vel. Brockes provou-o nasua horta e verificou suaspropriedades fantásticas,sabidas porém ainda nàodevidamente avaliadas eexploradas. Cocô de morce-go, ou mais sobriamenteGM, produz 280 sacas dearroz por alqueire, em terre-no que antes náo prestavapara nada. Feijão, milho,leguminosas em geral, fru-tas, pastagens—a naturezaem festa agradece ao GM.Os animais, bem alimenta-dos, têm a pele mais lisa,livram-se de berne e diar-réia. O Ministro da Agricul-tura precisa tomar conheci-mento do livro de Brockes,Guano de Morcego e SuasSurpreendentes Aplica-ções. No morcego está a sal-vaçáo da lavoura, que, diz oabalizado José Resende Pe-res, devido a loucas provi-dências ou desprovidênciasoficiais, não anda nadabem.

Carlos Drummond de Andrade

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MODA/COMERCIO

UMA SAÍDA PARAA ROUPA CARA

lesa Rodrigues

N EM sempre uma boacoleção de moda finaconsegue sucesso juntoao público comprador

das lojas. Entre as muitas razõesdeste resultado Inesperado — emgeral, Imagina-se que uma roupabonita venda bem — uma dasmais freqüentes é a inadequaçãoentre a confecção ou indústria fa-bricante e o lojista que compra acoleção: este último não aceitaousadias exageradas (ou que as-sim lhe parecem) ou o confeccio-nista náo parece ter acompanha-do as novidades que estão surgin-do; enfim, acontecem os desen-contros, e o público nem chega atomar conhecimento de tudo oque foi lançado.

No caso da coleção Nina Ricci,fabricada no Brasil pela GeneralModas, de São Paulo, e com estilodefinido pelo designer ManfredVogel, este problema não deveexistir. A julgar pela maneira deescolher as peças de uma dasgrandes cadeias de lojas do Rio, ascariocas terão boas opções de rou-pas de inverno. A responsável pe-Ias compras da Étoile Modas, quetem lojas na Zona Sul e está pres-tes a inaugurar filiais em Madurei-ra ou Tijuca, é Alda Ferreira. Umafigura discretamente vestida de

seda pura, com camisa em tom deuva e saia feita com estampa delenços floridos, meias claras e sa-patos de salto médio, em courocinza, Alda assistiu ao desfile ex-clusivo de Nina Ricci, no HotelOthon do Rio e deu sua opiniãosobre o que seria vendido nas lojasÉtoile:

— Gostei da coleção, e gostariade ter para mim algumas das rou-pas. Mas nada do que eu mesmausaria seria vendido na loja: sãomodelos que nâo têm muito a vercom a maneira normal da brasilet-ra vestir. Por exemplo: as calçascurtas, largas e pregueadas, ou ocasaquinho vermelho com de-bruns verdes. Isto é consideradochocante, vanguarda demais poraqui. Acredito mais no casacoacolchoado, estampado, com oconjunto de Unho, calça compridae blusa curtlnha. A saia preta ereta é perfeita; os tailleurs e bla-zers, mais as blusas de laço nagola, também vão agradar. Opied-de-poule e o principe-de-gales farão sucesso no inverno,como a dupla preto-e-branco, quesoluciona problemas de dúvidasnas cores. Já o vestido solto, cinza,com babados debruados de rosa, éfrancês demais para o gosto brasi-leiro.

Sempre viajando para atualizaras Informações de moda, Alda nàoperde a referência do que pode ser

usado no BrasiL A sua loja desti-na-se mais à senhora de gostoclássico, mas tem cerca de 30% deroupa jovem: é o padrão da maio-ria de coasumidoras de moda. Es-te trabalho mostra o interesse daslojas mais tradicionais em acom-panhar tendências novas, conser-vando padrões comercialmentefortes. Um casaco de Nina Riccipoderá custar até cerca de Cr$ 30mil no varejo, mas o sistema decrediário oferecido por magazins elojas como a Étoile, Celeste, Made-moiselle, São João Batista fazemdeste gênero de comércio uma boasaída para a moda mais requinta-da no Brasil.

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Um hit para o próximo outono é o blazer depied-de-poule preto e branco, em lugar dotradicional paletó de Unho liso

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compradora da cadeiade lojas Étoile, no Rio

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Õ xadrez príncipe-de-galesvoltou à voga, na versão

jovial,em bermudas retas

A gola branca é inspiradano corte dos smokingsmasculinos

8 o CADERNO B a sábado, 13/2/88

RepórterJB.Todaávida Acom vocêDe segürrda á-sè*ta:

AS COBRAS

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LOGOGRIFO JERÔNIMO FERREIRA

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PROBLEMA N° 918 4 assinalar (5)5. chocalho de brinquedo (6)6. espécie de gato bravo (7)7. ferir (6)8. fisionomia característica (7)9 habitar (5)

10. homem mulherengo (7)11. indivíduo dos Maratas (6)12. má-sorte (6)13. maliciosa (6)14. mandiocaçu (5)15. pessoa que sofre muito (6)16. que morreu (5)17. que tem mirto (7)18. respoitante è magia (6119. sujeito tagarela 17)20. tabaco de má qualidade (6)

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1. a morte (5)2. acauã (5)3. aprazível (5) Palavra-chave: 12 letras

Consisto o LOGOGRIFO em encontrar-se determinado vocábulocuias consoantes já estáo inscritas no quadro acima. Ao lado. à direita'ê dada uma relaçáo de vinte conceitos, devendo ser encontrado urrisinônimo para cada um, com o número de letras entre parênteses etodos começados pela letra inicial da palavra-chave. As letras de todosos sinônimos estáo contidas no termo encoberto, e respeitando-se asletras repetidas.

Solução do probloma n° 917: Palavra-chave: HELESPONTlACAPardals: hansa; hastil; hástea; helênico; hiato; hotel: hálito; hiante-hoste; heliose; hosana; hiena; helíaco; helenista; hilota; héllce:nepático; heliânteo; hélio; hoplita.

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JIM DAVIS

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QUEREMOS

RAQüEUÍ?

CRUZADAS

\ NÃO ACEITA- \ \ TEMOS \ TEMOS I. TFMOS ARMAS ft\ MOS OUTRA ) )

CORAGEM E I ORGULHO/ ' ^ IUO "KPnm !.'

HORIZONTAIS — 1 — que canta ou exaltaas belezas do campo, da vida campestre.da natureza; 8 — pé de verso grego oulatino, formado de uma sílaba longa segui-da de outra breve; cântico acompanhadode danças dramáticas e de músicas deflautas e crótalos; 9 — alimento de consis-toneis pastosa. feito de legumes, batatasou írutas, espremidos ou passados empeneira ou em liqüidificador; 11 — substân-cia orgânica formada pela combinação de16 átomos de carbono, 34 de hidrogênio eum de oxigênio; 12 — escama que ressaltado metal candente, ao ser batido; 13 —divindade da antiga Espanha, possuía mui-tos atributos comuns a Marte e ao Sol; 14— tratamento dado às velhas amas decrianças; 15 — material constituído, emgrande parte, da monazita mesclada comgrânulos de zirconita, o que lhe dé colori -çâo amarela tirante à do ouro; 16 — árvorede família das este reculiáceas, cuja se-mente contém alcalóides tônicos e aperiti-vos; 19 — símbolo da prata; 20 — nointerior, no Intimo; 22 — instrumento comque se medem ou traçam ângulos; 24mulher muito bonita, tentadora; 26 inter-Jelçâo de alegria, admiração; 27 — trata-mento que os negro3 escravos dispensa-

CARLOS DA SILVA

vam ao amo e aos filhos homens do amo;29 — momento, data etc. que marca oinicio e/ou fim dum espaço de tempo; 31

principio supremo de explicação da exis-tência, da ordem e da razão universais, egarantia dos valores morais; 32 — designa-çâo comum a substâncias gordurosas. Iiqui-das e temperatura ordinária, inflamáveis, deorigem vegetal ou animal; 33 — espaçodescoberto, fechado por um muro ou outrotipo de construção, e anexo a um edifício;34 — guarnlçâo de madeira, q_e cobre ajunta-entre a ombreira ou marco da esqua-dria e a parede (pi.);VERTICAIS — 1 — pequena jangada leva-da por outra maior, para dar cerco e alar ocalão da rede. na pesca da certos peixes; 2

designação comum aos sais o éitoresdo ácido úrico; 3 — elemento grogo decomposição que significa oco. côncavo; 4

para que lugar; 5 — terreno úmidoadjacente a pequenos montes, e que formavárzeas ou vales por onde correm as águasque dos montes derivam; 6 — nome quese deu, no Japão, após a revolução de1585. ao imperador temporal, dando-se aoespiritual a designação de dairo; 7 — peixeafricano; 8 — sala em qua Jesus Cristoteve a última ceia com os seus apóstolos;

10 — encomiástico; 12 —quadro de nume-ros metodicamente ordenados, que permi-te obter com pouca demora o valor numéri-co de um resultado que se deseja; 14alemão; 17 — rei do pais dos bem-aventurados; 18 — elemento degcomposi-çâo grego que significa ouvido, orelha; 21grande fruto carnudo de cucurbitáceaídas Antllhas e do Brasil; 23 — arganéu oumanilha presa ao furo existente na extreml-dade superior da haste de uma âncora; 23elo formado pelo traçado de certasletras; 28 — toupeira do planalto de Ben-guela (pi); 30 — pequena dor; machucadu-ra; 31 —fazer que ou com que; 33 — parteda hélice que impulsiona a embarcação.

SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIORHORIZONTAIS — camba; agar; apear;baru; mercuricos; bicoco; em; ara; alar;rada; ágata; Iririba; im; zetetica; uba; eta-noi; sarara; osa.

VERTICAIS — cambariçus, apeirar; merca-dizar; baco; aruca; abi; gacela; aromaticos;rus; ro; ágata; ramala; are; abeta; Iter; ino;ba.

Correspondência para: Rua da» Palmai-ras, 57, ap. 4 — Botafogo — CEP 22 270

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JORNAL DQ BRASIL

LUIS FERNANDO VERÍSSIMO

HORÓSCOPOWAXKUM

ÁRIES — 21/3 a 20/4¦ i ¦

Aspectos de boa regência planetária para o seu sábadoque se mostra indicado a atividades de concentração"mental e destreza manual. Trato financeiro bem dis-posto, ainda que possam ocorrer alguns pequenosproblemas, Procure mostrar-se mais dedicado emassuntos domésticos. Carência afetiva por parte depessoa de seu Intimo relacionamento. Cuidado comsua saúde. Evite excessos.

TOURO — 21/4 a 20/5Dia de frágeis indicações para o taurino em relação aseu trabalho e finanças, setores nos quais você seressentirá de alguns problemas. Procure agir cautelo-samente ao tomar decisões de importância. Imtabilida-de no trato com pessoas próximas. Procure dedicar-sea atividades de benemerência. Bom clima em família eentendimento amoroso. Evite excessos e cuidadocom bebidas e comida condimentada.

GÊMEOS — 21/5 a 20/6Momento de presença de uma influência negativa parao geminiano que hoje poderá agir precipitadamente nacondução de seus assuntos pessoais. Evite atribuir aterceiros as suas falhas e defeitos, mostrandose maiscordato e compreensivo com as pessoas que lhe sãopróximas. Reconhecimento por parte de pessoa degrande significado Intimo. Bom aspecto para o amor.Saúde debilitada. Risco de problemas.

CÂNCER — 21/6 a 21/7Com a persistência de negativa influência astrológicapara sua vida pessoal, o canceriano deve hoje sepreocupar com aspectos de alguma incoerência nos'assuntos profissionais, atingidos de forma acentuadapor um clima adverso nos últimos dias. Se proprietáriode empresas você deve agir com maior interesse nocontrole de seus negócios. Regência favorável da Luae Vênus para assuntos íntimos e domésticos.

LEÃO — 22/7 a 22/8Sábado de neutro posicionamento para o leonino noque diz respeito a assuntos profissionais e financeiros.As indicações que o influenciam em termos pessoaisainda mantêm o clima favorável da sexta-feira o quedeve levá-lo a se dedicar com maior atenção, aosassuntos pessoais, guardados e arquivos. Atente parasua correspondência e reate laços com parentespróximos. Saúde regular e amor em fase positiva.

VIRGEM — 23/8 a 22/9

Contando com aspectos de boa indicação astrológicapara assuntos que estejam ligados à terra e imóveis, ovirginiano deve procurar manter-se calmo e equilibradodiante de eventuais provocações de pessoas nâomuito Intimas. Dedique-se a atividades de lazer a.recreação, sem. no entanto, empenhar-se em exerci-cios violentos ou de grande exigência. Boas indicaçõespara a família e o amor.

LIBRA— 23/9 o 22/10

Atravessando um momento astrológico de indicaçõesligeiramente favoráveis para seu trabalho e finanças, olibriano deve, principalmente à tarde e à noite, evitarcontactos mais aprofundados com pessoas estranhas.Há risco de envolvimento danoso e de prejuízos. Notrato doméstico e no relacionamento amoroso, evitepolêmicas e não superestime seus problemas. Saúdeem dia neutro.

ESCORPIÃO —23/10 o 21/11

As atividades policiais e o exercício profissional emlocais perigosos, sáo os destaques da boa influêncialunar para este sábado em que o escorpiano contatambém com acentuada vantagem em assuntos finanrceiros e debilidade apenas para o trato com associadose membros de organizações políticas. Na vida domes:tica e no amor procure demonstrar com maior sinceri-'dade seus sentimentos. Saúde debilitada.

SAGITÁRIO — 22/11 a 21/12

Dia de tranqüilidade e boas indicações gerais para osagitariano. Destaque em atividades ligadas a associa-ções, condomínios e grupos de caráter comunitário.Aspectos positivos para o trato pessoal, com bonsresultados em negócios novos. Clima neutro para avida social e pessoal q que pode levÃ-lo a. buscar-."Inovações

é arriscar projetos antigos. Insegurança notrato íntimo e indicações positivas para sua saúde. 3

CAPRICÓRNIO — 22/12 o 20/1

Sem maior destaque no seu mapa astrológico. ocapricorniano se faz beneficiário hoje do posiciona-mento bastante favorável que marcou a sua sexta-feira. Por isso tome a iniciativa em assuntos profissio-nais e financeiros e aguarde os bons resultados deseus negócios, investimentos e aplicações. Aspectosde harmonia e tranqüilidade na vivência em família eno amor. Saúde muito boa.

AQUÁRIO — 21/1 a 19/2Este sábado reserva ao aquariano um momento di!'tranqüilidade após uma semana de árduas exigênciaspessoais. Clima de bom entendimento pessoal aiindicações positivas para os que estejam ligados,,profissionalmente, ao comércio. Cooperação por parte;de pessoa muito amiga. Presença de ternura e dedica-;çâo em família e no trato sentimental. Continuammuito positivas as previsões para sua saúde. "3

PEIXES — 20/2 a 20/3

As indicações deste sábado para o pisciano têm'destaque para òs assuntos financeiros e para asnegocaições com objetos de madeira, móveis e artefa-tos de decoração. Clima desfavorável à sua participa--ção em atividades místicas ou religiosas. Débil mo-mento para artistas ou os nativos que dependam do,público. Procure manter-S8 mais ligado em seus as-"suntos domésticos. Saúde em boa fase.

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JORNAL DO BRASIL

V i J**í

CRIME E CASTIGOI MODA SIMENONFRANK

Friedmaier é uma das mais impressio-nantes figuras da vasta galeria de criminososde belga Georges Slmenon, criador da sériepolicial do inspetor Malgret e de centenas de

outros romances e novelas, muitos dos quais publicadossob pseudônimo. Personagem central de La Neige étaitSale (aqui traduzido com o titulo de Sangue na Neve;'Editora Nova Fronteira, 252 paginas), Friedmaler prati-ca o seu primeiro crime de morte aos 19 anos de idade. Edepois náo sabe mais parar.•'; Tal como Slmenon o apresenta logo nas primeiras

^páginas do romance, Friedmaler tem tudo para ser um; criminoso, e só um milagre poderia salvá-lo. Nascido naestrumeira da sociedade, desconhece a identidade dopai. Lotte, a mãe, jamais escondeu sua condição de'prostituta, embora tenha se esforçado para que o filho,enquanto criança, vivesse num ambiente menos sujo.Mas agora que se tomou adulto ele está de volta ao

; bordel.j

' Frank náo trabalha. Vive nas ruas, nos bares, nos«inferninhos. Seus amigos sào pungulstas, proxenetas,'contrabandistas, traficantes de drogas. Lotte dá-lhe; dinheiro suficiente para comer, beber, vestir-se, jogar ej cultivar outros vicios. Quanto as mulheres, ele as tem, àj vontade, no prostíbulo doméstico.<

Herança malditaI Nada surpreendente, pois, que comece a matar tâo. cedo. E que o foca sem nenhuma necessidade, mas por: pura tara. Aos 19 anos, sente-se irrealizado porque aindaj nao matou. No entanto, antes que chegue a hora certa,: rejeita as oportunidades criadas pelo acaso, porque elasí náo combinam com a sua tendência homicida. Nâo o' satisfaria abater o adversário no calor de uma briga; oque precisa é de matar friamente, dellberadamente.

Diante desse assassino nato a primeira lembrançaliterária que ocorre é Jacques Lantier, o maquinista de ABesta Humana, de Émile Zola, uma dos marcos doromance naturalista francês do século XIX. ComoFriedmaier, Lantier é um filho da miséria e do vicio,carregando pela vida afora o estigma de sua herança

. maldita. No entanto, passada a primeira metade dolivro, 81menon dá uma guinada em sua história, e a

; partir daí a comparação que se Impõe ao leitor — comotem se imposto à crítica, desde que o livro apareceu em1948 já náo é com A Besta Humana, mas com Crime eCastigo, romance escrito quase um século antes pelo! russo F. M. Dostoievski.

Slmenon, claro, não é um Dostoievski do século XX,: como alguns Já sugeriram. Embora ele próprio admitaque Dostoievski e outros clássicos da literatura russaforam os único-: autores com quem contraiu alguma

j dívida na sua formação de autodidata, as diferenças sáoconsideráveis. Estilisticamente, Dostoievski era cauda-toso, derramado; Slmenon é contido, seco. O russo

I ilumina o que se passa na alma dos seus heróis; o belgaapenas conta como eles agem e é através das suas açõesque o leitor tem um vislumbre do que se passa dentrodeles. E contudo, Crime e Castigo e Sangue na Neve têmvários pontos em comum.

Os redimidosComo Friedmaier, Raskolnikov (o personagem deCrime e Castigo) é Jovem e se sente irresistlvelmente

atraído pelo sangue. Como ele, ainda que emcircunstân-cias; diferentes, mata uma velha para roubar. Ambos sáopresos e—aqui está a convergência mais significativa—ambos terminam redimindo-se por causa do amor. Oque no caso de Simenon é quase de pasmar, pois no: tórrido universo da sua ficção o amor é quando muitoairçação sexual, em poucas ocasiões uma vaga ternuraque o sopro do ódio logo vem dissipar.

No final de Crime e Castigo o leitor depara-se comj Raskolnikov, o assassino, atento à passagem da ressur-relção de Lázaro, redescoberta no ensebado Evangelho: que lhe foi dado por Soma, a mulher que o ama. E esta: breve cena, promete Dostoievski no último parágrafo,; será o marco inicial de uma nova história, não mais de; queda, mas de redenção.

Sangue na Neve — sem dúvida uma obra-prima doromance criminal, em que Slmenon proclama a tragédiagrega do século XX — também termina com a invasão

; do amor, personalizado em Sissy, uma jovem que como; Sônia também anda à beira da perdição. A diferença é; que sendo um ateu, e não um cristão como Dostoievski,j Simenon nâo acena com uma nova história. Já é excep-j cional que acredite na salvação de um indivíduo; seria- demais pedir-lhe a ressurreição da humanidade simboll-1 zada no decaído Frank Friedmaier. (MP).

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sábado, 13/8/80 ? CADERNO B ? 9

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Simenon: uma vez o amor

V* francisco alves é notíciaDEIXEMOS FALAR

O VENTOJuan Carlos Onotti

Ums obra dividida em duas partes. A primeira,pensada pelo protagonista e a segunda pelo8'jlor. se bem qi», nesta segunda parte, saopequenas as projeções do pensamento doprotagonista, que e o Delegado Medina. Abati-do por grave crise existencial quando no pontomáximo da sua atividade profissional, Modmaconhece a personagem Fneda. que nesta pn-meiia parte em muito o ajuda. O desenlaco nâoe explicitado pelo autor, que mantém a narrativaaté o final num clima de ambigüidades

Tao constantes sâo as ambigüidades dotexto, que a tradução respeitou integral-mente o estilo da narrativa.Trad Maria de Lourdes Martim — 212nags

Cr$ 850,00

Y °AS SOMBRAS\B Mais uma grande obra de IWL um dos maiores escntores MI^k policiais de todos os ^r

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A BÍBLIA DAELITE MILITAR

DOS ANOS 60Em Planejamento Estratégico, agorareeditado, o General Golbery expôs nosanos 50 suas idéias sobre os objetivosnacionais e os meios para alcançá-los

íneral Oouaery: escravos são maus combatentes

LANÇADO

originalmente em1955. Planejamento Estratégi-co, do General Golbery do Cou-to e Silva, reaparece agora nu-

ma edição da Universidade de Brasília(536 páginas, Cr$ 1.250), acrescido de vá-rios capítulos. Entre os novos textos, queInclui um breve e comovido elogio dofalecido Senador Petrônlo Portella ("es-trateglsta politico de raça") e a íntegra daconferência sobre a Conjuntura PolíticaNacional, pronunciada em 1980 na EscolaSuperior de Guerra, seguida das respos-tas, inéditas, a perguntas que foram feitasao autor acerca de uma dúzia de temasatuais, do Projeto Jarl, ao Estatuto daTerra e ao voto distrital.

A bibliografia desse gaúcho de RioGrande (1911), que nos anos 70 teria seunome lndissoluvelmente ligado à políticade abertura dos Presidentes Geisel e Fl-gueiredo, a quem serviu como Chefe doGabinete Civil, tem Início em 1939 (noveanos depois de ter saldo aspirante a ofi-ciai) com um livro de natureza técnica: OTiro de Morteiro. Mas as obras que fa-riam dele um autor famoso seriam estePlanejamento Estratégico e Gcopolíticado Brasil, publicado em 1966.

Ambos alcançaram grande repercus-

são. Geopolitica do Brasil é hoje matériapermanente de estudo nos altos escalõesdas Forças Armadas argentinas. Planeja-mento Estratégico foi livro básico naformação da elite militar brasileira queassumiu o Poder em 1964. Em suas pági-nas, ela aprendeu — vencendo um barro-co cipoal de siglas e gráficos — quaiseram os objetivos nacionais e que caml-nhos seguir para vê-los concretizados.

Propondo, no início dos anos 50 — emplena guerra fria — que o crescimento dopaís e o progresso nacional fossem alcan-çados com segurança e liberdade, o autoradvertia: "Não se acredite (...) que o sacri-ficio da liberdade possa conduzir semprea um aumento da segurança. Além decertos limites, a liberdade sacrificada de-terminará, de sua parte, perda vital dasegurança. Os escravos náo sáo bonscombatentes — eis a liçáo que as tiraniasaprenderam, no decurso dos séculos".

A reedição do livro do General Golbe-ry é uma boa ocasião para se voltar àdiscussão sobre os dois termos desse bi-nômio — segurança e liberdade—e sobreoutras questões de que ela tratou emPlanejamento Estratégico, como o inter-venclonlsmo estatal, a burooratizaçáo e ocentralismo.

O BAILE DAS SIGLAS

LIVRARIA Rua 7 de Setembro. 177 - Centio - lei 232-2009FRANCISCO ALVES Rua Farme de Amoedo. 57 - Ipanema - Tel. 287.9148

Otávio Tirso de Andrade.

O

Planejamento Estratégico eoutros estudos do GeneralGolbery do Couto e Silva,reunidos em um volume de

mais de 500 páginas, interessam-nos,sobretudo, como elemento de analisedas concepções políticas dos dirigentesdo Partido militar que veio ao Governopelo golpe de 64.

As questões estratégicas própria-mente ditas náo devem ser estudadasem pormenores pelo reservista de ter-ceira categoria que assina estas linhas.Não obstante, registre-se que me pare-ceu surpreendente náo ver Incluída nabibliografia citada pelo General o cias-sico Vom Kriege (Da Guerra), de Carlvon Clausewitz, cujo nome é referidouma única vez no volumoso trabalho. Opróprio Napoleáo não consome muitatinta nos escritos do nosso general poli-tico. O seu estrategista preferido é oinglês B. H. Llddel Hart, aliás ótimo,autor de The Ghost of Napoleon, quepassa por excelente no gênero.

Planejamento* Estratégico interessafundamentalmente como depoimentode quem ocupou o primeiro plano noGoverno autoritário que em breve feste-jará seu décimo oitavo aniversário. Nãosendo propriamente "grande", quanto àqualidade, acho que o livro cabe nacategoria assim definida de RaymondAron em seu Penser Ia guerre: "Osgrandes livros sobre a açáo parece queos devemos aos homens de açáo que odestino privou da realização suprema eassim adquiriram uma sutil dosagem deengajamento e neutralidade; capazes dereconhecer as cominações e as subordi-nações do soldado ou do político, olham"de fora", não com indiferença mas comserenidade, a Ironia da sorte e o jogoimprevisível de forças que nenhumavontade pode dominar (Penser Ia guer-ra, Clausewitz, R. Aroa Ed. Gallimard,pág. 32 e 33, I vol.)".

O Planejamento Estratégico que de-sabou sobre nós teria sido concebidocom vistas à hipótese da "guerra exter-ha"iíNáò o duvidamos^ Mas_a_çircuns-_tanciadeõ Brasil áchar-se ainda em umbolsáo de vácuo na confrontação amerl-cano-soviética pôs no papel de "inimi-go", para o planejador, a oposição aogoverno. A subtaneidade com que osmilitares se viram na posse do poderabsoluto terá concorrido, também, porinexperiência e — por que náo dizé-lo?— por Incompetência política, a meta-morfosear em adversário dos ONP (Ob-Jetivos Nacionais Permanentes) todosquantos náo se conformavam com asupressão do regime constitucional. O"Planejamento do Fortalecimento doPotencial Nacional" sobrepôs-se, assim,ao planejamento para a guerra-s-à-süa—sombra germinaram, a pouco e pouco,os venenosos cogumelos do estatismo,enraizados no tronco podre da cor-rupção.

Mais uma vez ficou demonstrado nãohaver sucedâneo para a democracia nadireção do Estado, mesmo quanto àeficácia técnica da administração. Náopode uma Nação submeter-se aos meto-dos militares de análise e governo, semalienar a liberdade e até mesmo a digni-dade dos cidadãos.

A intervenção do Estado nos nego-cios públicos só deve ter lugar atravésda Lei. Nào cabe ao Estado fazer-seindustrial ou comerciante sob qualquerpretexto. Não lhe toca outro papel se-não o normativo. "O legislador precisavisar dois objetivos: em primeiro lugar,inventariar os meios para proporcionara maior felicidade possível aos homensreunidos em sociedade; e encetar esfor-

ços para que participe dessa felicidade omaior número possível de indivíduos"(Sismondi, citado por F. P. Benolt).

No dia em que houver neste país umareforma do ensino militar — uma dasmais urgentes reformas de base de quecarecemos — deveriam ser incluídas noscurrículos obras de Simonde de Slsmon-di, Adam Smith e outros pensadoresliberais clássicos. O passar dos séculosnâo os tomou lnatuals.

O ideário liberal repele à tecnocraclaem si. Na democracia liberal as escolhasImportantes devem ocorrer em funçãodos homens. Há que distinguir as deci-soes técnicas de um lado, e a escolhapolítica de uma determinada soluçãotécnica entre as diversas que forempossíveis. As opções só podem ser feitaspelo corpo político. Nunca, jamais, pe-los próprios técnicos. A arte da escolhaé a política pura (Francis-Paul Benoit.La Democratie Liberale. PUF, pág.229).

44E M democracia liberal— diz textualmente ocitado professor de Di-reito Público na Uni-

versidade Paris n — toda opção (choix)deve ser efetuada pelas autoridades po-lítlcas, oriundas do eleitorado". Isto noque diz respeito ao aspecto formal.Quanto às questões de fundo, acrescen-ta o jurista: "os meios não podem sertomados como fim, (uma vez que) afinalidade da democracia (é) a liberta-çáo do homem das ameaças com que sedefronta — inclusive as da natureza".

Tendo em vista estes dois princípiosbásicos a democracia liberal se colocaem postura adversa aos regimes tecno-cráticos. Mas, e aí é que ocorre a dlstin-çào capital, a sistemática recusa dosrecursos da teénica moderna náo é umaatitude liberal na medida em que talrecusa transmuda em repúdio de meiosindispensáveis à liberação do homem.(obra citada).

"O Conceito Estratégico Nacional —CEN — é a diretriz fundamental que, em

._ _dado_pejiodo+deve_mantertodaa estra-tégia da Nação, com vistas à consecu-çâo ou salvaguarda dos objetivos nacio-nals — ON — a despeito de antagonis-mos que se manifestam ou possam a virmanifestar-se, tanto no campo interna-cional, como até mesmo no âmbito in-terno do país", diz o Sr. Golbery deCouto e Silva a pág. 59 (os grifos sáonossos).

O baile de siglas encenado pelo gene-ral e seus colegas teve, como bem sabe-mos, um "grand-finale" melancólico: opano de boca desceu sobre a liberdade ea DM (esta sigla é minha), ou seja, aditadura militar foi instalada no Brasil-,a aespeiEõ~ãè" antagonismos"^

O CEN dos militares pode nâo ser oda opinião nacional. Quando a políticafor exercida por Partidos representatl-vos dos vários matizes de pensamentodas classes sociais o Governo democra-ricamente constituído saberá qual é oCEN legítimo.

Imagine-se o que teria acontecido àFrança, na época do processo Dreyfus,se o Exército houvesse imposto ao país,por um 1o de abril igual ao nosso, o seurespectivo CEN. O território francês ter-se-ia fragmentado e deixado pedaçosem poder de potências vizinhas. A cau-sa monárquica, cuja justificativa é aunião da Nação em torno do Rei, semprejuízo das identidades partidárias(veja-se a Espanha hoje), tornara-se, na-quele tempo, um reduto de energúme-nos reacionários e obtusos.

Quando os ONP do general — os

Objetivos Nacionais Permanentes —são estabelecidos por grupos fechados,só por milagre ou acaso corresponderãoaos da Nação. Sollenitsin náo cessa deproclamar que os ONP do Partido Co-munista Soviético Insultam e humi-lham a alma do povo russo.

Na eventualidade de assistirmos elei-ções livres no Brasil—chegaremos a tê-Ias? — o general Golbery verá os ONPdo Governo mandados ás favas comtodas as letras. A esta altura dos acon-teclmentos, sabemos que os ONP enfia-dos pela goela abaixo dos brasileirostêm servido, principalmente, para cer-tos pequenos grupos ganharem fortu-nas Inauditas (Veja-se o balanço dosbancos e de empresas "cooptadas" pelaPetrobrás). Caricaturando a frase deChurchill sobre os heróis da RAF, seriao caso de dizer que os ONP dos militaresfizeram com que "nunca tantos (nóstodos...) devessem tanto (aos bancosInternacionais) por causa de tâo pou-cos" (as companhias estatais).

Reconheçamos, no entanto, que aleitura do contexto revela as patrióticasintenções do General Golbery. O diaboé que das Intenções à realidade vai adistância que medeia entre a Terra e oúltimo corpo da nossa galáxia.

Os gráficos do planejamento estraté-gico concebidos pelo General Golberynáo prevêem lugar para o povo. Note-seque me refiro a povo no conceito politi-co táo bem definido pelo Sr AfonsoArinos em conferência recente e náo àmassa demográfica.

Supor que elites sejam capazes deimpor ONP a uma Nação das dimensõesbrasileira é pior do que presunção — éterrível erro. O que dizer entáo de ONPconcebidos por autonomeadas "elites"?Escrevendo um dia a propósito de umaelite das mais autênticas—os politécnl-cos franceses—um pensador insuspeitode fanatismos liberais, Alain, filósofodos radicais socialistas, disse em um deseus Propôs, que náo me canso de ler ereler há muitos anos: "Estes homens deidéias, que gostaria de dominar idealis-tas, estavam persuadidos de que a em-preitada para -a qual tudo haviasidoprevisto devia ter êxito. Os resultadosos surpreenderam sem instrui-los. Reco-nheceram entáo que faltava algo aobelo projeto".

E

acrescentou: "Em conseqüèn-cia, lançaram-se a nova em-preitada na qual, desta vez,nâo faltava nada. Com efeito,nâo faltava nada que a inteligência po-de prever. Mas a realidade, ante a qual omundo nos antepõe, é feita de uma

poeira de detalhes que náo há quempossa prenunciar". E, com a graça pecu-"üai a seu esülu, uupossíverde ser Lrans-mitida ao leitor por este bisonho tradu-tor, Alam diz em seu lúcido pessimismo:"Basta-me a metereologia como exem-pio: a chuva, o granizo, o ciclone, sáocoisas que o politécnico compreendemulto bem, e que prevê muito mal". Apropósito, o embaixador Edmundo daLuz Pinto — amigo inesquecível — teriaobservado aos politécnicos de Alain: "Avida náo é sólido, meus filhos, a vida éliquido". Que o diga, aliás, o generalJarulzeskl, cujo ONP náo há meio de serdeglutido pelos poloneses...

do por San Tiago Dantas em sua cartasobre Áreas Básicas Mundiais (reprodu-zida na pág. 247).

O leitor socialista há de surpreender-se, talvez, ao ver que o general Golberyaborda a teoria do planejamento sobponto de vista dialético. O general aconsidera um processo "evoluindo sem-pre mediante conciliação em plano su-perior das teses e antíteses que definemsuas contradições imanentes". Em ou-tros trechos nota-se a Intimidade dogeneral Golbery com o marxismo, umtanto elementar é verdade, mas marxis-mo quand-méme. Contudo a menção deque o marxismo faria do homo-oeconomicus — o latim é do general —uma caricatura da humanidade (pág.15), suscitaria a indignação dos grandespensadores marxistas... No capítulo so-bre a concepção materialista da histó-ria, ao ridicularizar a ênfase excessivadada por alguns de seus correlegloná-rios ao fator econômico, Georges Pie-khanov diz: "... os materialistas autênti-cos, os que permanecem lógicos a simesmos, nào procuram temperar todosos molhos com o fator econômico"(Georges Plekhanov, Oeuvres Pbiloso-phique H vol. pág. 234. Ed. du Progrés.Moscou).

A

caracterização do cenário fi-nal do governo Jango (pág.449) merece a leitura dosatuais líderes políticos. Ali o

autor relata momentos incomodamentesemelhantes a certas situações atuais.Terá sido por mera coincidência, comodizem os produtores de filmes...

Nào tomem como pérfida, por favor,a informação do parágrafo acima. Olivro do Sr Golbery do Couto e Silvamostra que a sua grande inteligência,posta a serviço de instituições democrá-ticas. destruiria a caricatura do "bruxode Brasília" e o apresentaria aos brasi-leiros com a verdadeira fisionomia quepode ter: a de um autêntico homem deEstado. Nâo lhe faltam atributos para oserviço público, com a solene gravidadeque dâo à magna tarefa os melhoresprofessores de democracia: os anglo-saxões.

Temos que ter como valida, portan-to, a categórica manifestação do gene-ral Golbery, nas páginas finais, em favorda democracia: "Somente o regime de-mocrático, com sua nobre escala devalores sociais, permite de fato, complenitude, uma expressão criadora dapersonalidade humana e assegura, porvia talvez mais longa e caprichosa sobcertos aspectos, um progresso efetivoda civilização e do próprio homem Adastra per áspera" (pág. 410).

Salve, pois, general! Bem-vindo ao"sereno" a que foram relegados os de-mocratas. Entretanto gostaríamos debem saber o que o autor do Plane jainen-to Estratégico sentia quando deixouescapar, ao fim da pág. 176, este laclnan-te "cri de coeur": "Fora do Poder nâo hásalvação"...

O Sr Golbery de Couto e Silva dá omelhor de si nas páginas referentes aosEstudos Estratégicos de Área. Al, sim,revela-se um militar inteligente e culto.Os mapas geográficos reproduzidos nes-se capítulo sâo do maior interesse. Nelesse vê a extraordinária importância es-tratégica do Nordeste Brasileiro. Incluí-

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;OtávioTirso deAndradeé advogadoe jornalista

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10 a CADERNO B D sábado, 13/8/88 LIVRO

Heloísa Buarque de Holanda^^^^^^^^^^^^^^^^B^t^mKBa^aWÊBmÊÊÊBÊÈWmmÊmÊaWaWaW W&ÊStWgÊífâlÊiM

JORNAL DO BRAfllT,

A LUTA DOS SUFOCADOS E 0PRAZER DOS RETORNADOSCOISA

estranha essa de seolhar em bloco a safra recen-te da literatura que se pro-pôs contar uma certa memó-

ria política do Brasil pós-68. Ela veiovindo, primeiro como novidade abso-lutamente bem-vinda que respondia auma urgência de contar — bem comode ouvir — a experiência dos nossosretornados, condenados e sufocados,Náo que durante a década passada aliteratura houvesse silenciado sobreessa história. Todo o trabalho de Antô-nio Callado, A Festa de Ivan Ângelo,Quatro Olhos de Renato Pompeu, Ze-ro do Ignácio Loyola, Em Câmara Len-ta do Tapajós, a maior parte da obrade José Louzeiro, para citar apenas osque me ocorrem agora, mantiveram oespaço do romance brasileiro abertopara o registro e para o relato, no maisdas vezes alegórico, dos movimentosde resistência e dos impasses políticosque marcaram a década de 70 no Bra-sil. Assim, a literatura em suas váriasformas, talvez por ser uma área menossensível â censura, foi, no campo daprodução cultural, provavelmente, oterritório, por excelência, do testemu-nho dessa época.

Entretanto, o período pós-78, com aanimação sugerida pela queda da cen-sura prévia e pelo projeto de abertura,inaugurou uma safra literária bastan-te específica e circunstanciada ao mo-mento. Foi o que observei exatamentehá um ano, neste mesmo JB, sob otítulo genérico de "literatura exílio epoesia na prisão". Os anos de 79-80foram marcados pelo extremo interes-se em torno do relato de próprio punhodaqueles personagens que, direta ouindiretamente, participaram dos mo-vimentos de luta armada ou da rnili-tância política mais efetiva e que ago-ra, de volta, procuravam resgatar par-tes de uma história perdida ou silen-ciada. Paralelamente, desde a brechaque a imprensa conquistou com a di-vulgaçáo do caso Herzog, o chamadojornalismo acompanhava essa urgên-cia de reconstituiçâo de nosso passadorecente.

O sentimento dominante naquelemomento era de que armávamos umgrande quebra-cabeça cujo resultadorevelaria, enfim, o balanço critico doprojeto político que animou a paixãorevolucionária da juventude na segun-da metade dos anos 60. O curioso éque, ao ser armado, esse quebra-cabeça terminou por mostrar umaImagem totalmente inesperada. Emvez de um balanço daquele projeto deintervenção política ou mesmo dascores da autocrítica, o que vimos foi oempenho obstinado na valorizaçãodas formas de experência que estive-ram ausentes de sua vivência e de suamilitância sem que, no entanto, fos-sem esboçadas as relações ou mesmoas inevitáveis implicações dessa au-sència no interior da prática própria-mente política dessa juventude.

Como que magicamente, passamosdo aparelho subversivo para o restau-rante macrobiótico. Não que náo sejavisível o conteúdo político de ambasas opções. O que intriga e deixa uma

José Carlos OliSérgio Sant'Anna:drama abortado

certa sensação de estranheza é a apa-rente facilidade dessa passagem. Co-mo se ao romantismo da opção guerri-lhelra (forma como esta prática vemsendo insistentemente avaliada porseus próprios participantes) se suce-desse naturalmente um outro e náomenos romântico paraíso: o da geopo-lltica do prazer.Para quem tem uma memória ra-zoável, os temas que envolvem a cha-mada política do prazer foram aqueles

que detonaram o desesperado desbun-de de um outro segmento da juventu-de por volta do antológico ano de 68.Lembrando o que dizia Qlauber Ro-cha, as duas faces da Juventude radi-calizada do final dos 60 travavam "aluta da granada contra o rock". Na-quela hora, o discurso do corpo, afesta, a droga, a busca de novas formasde percepção sustentavam uma traje-tória existencial bem pouco pacíficaou prazeirosa e, principalmente, dealta voltagem contestatória. Hoje, pa-rece que esse discurso volta pelasmãos dos retornados e amplificadopelos ventos da abertura. No entanto,mudando-se o sujeito e as circunstân-cias, o assunto é fundamentalmentealterado. À radicalização dramáticada granada e do rock, sobrepòem-se asalternativas sugeridas pelos, em voga,discursos de minorias. No caso, aindaque a fala mais articuladamente políti-ca sobre a ecologia, a sexualidade, oorientalismo, etc., traga suas vanta-gens imediatas e aumente o campo dodebate sobre essas questões, os sinaisde diluição e consumismo desse mes-mo debate náo tardam a marcar suapresença. A classe média e a grandeimprensa — antes refratárias ao des-bunde brabo — agora parecem o terre-no mais adequado para a confraternl-zaçáo das "novas" Idéias, para a divul-gaçào de receitas naturais, para o de-bate acerca da importância do jogo debúzios ou para a discussão sobre "co-mo a esquerda vai para a cama".

Se a geração 68 tirou sua maiorforça — quer na opção da luta armada,quer na do desbunde radical — funda-mentalmente da expressão de umacrise política e existencial, agora o

veira:inventnriante

relato dessa experiência e as discus-soes que esse mesmo relato vem ge-rando mostram-se, antes de tudo, ca-rentes de seu conteúdo mais trágico e,portanto, crítico. Assim, o surto daliteratura de inventário de nossa hlstó-ria política recente bem como a im-prensa nanica que surge dando respal-do a esse debate, não apenas se desin-teressamdaavallaçáocrítica do enga-jamento na luta armada ou em movi-mentos estudantis organizados comoparece questioná-los sob a ótica de umdesbunde tardio. O que aliás exprime,au granel complet, o momento daabertura Geisel-Figuelredo. Nesse mo-mento, nas novas formas de organiza-çâo que orientam os segmentos Jovensde esquerda (náo táo jovens que nàotivessem experimentado o susto de 68)a palavra de ordem emergente é aaliança entre os trabalhadores e asminorias. A luta agora nào mais sefaria simplesmente entre capitalistas esocialistas mas entre aqueles que de-têm o Poder e aqueles que não odetém. Parece ser neste sentido quecertos movimentos de esqueda procu-ram recuperar as questões sobre amulher, o negro, o índio, a sexualida-de, a ecologia etc. Nâo é, portanto, táoaleatória quanto se possa supor a pre-sença e a circulação fácil do Ideário dodesbunde maldito do final dos 60 nocircuito da prática política dos 80. Oque nâo impede uma curiosa prolifera-çào comercial das bandeiras das novaslutas do prazer.

SE

o sentido trágico do proje-to que envolveu a práxls e osentimento do grande sonhodos 60 parece escapar às for-mas da literatura retornada, esse sen-tido é precisamente o eixo de váriostrabalhos que, de modo Inexplicávelpassaram sem maior realce e às vezesaté mesmo hostilizados pelo público epela crítica.

Vou lembrar aqui apenas três livrosque me tocaram de forma multo parti-cular, por ordem de entrada em cena.No final de 1980, o lançamento pelaCivilização Brasileira de Um Romance

de Geração, de Sérgio SanfAnna. Umlivro raro que, em menos de 100 pági-nas, com incrível agilidade, traça operfil do Intelectual emparedado desua geração. Carlos Santeiro, roman-clsta — sem romance escrito, alcoóla-tra, num desesperado corpo a corpocom uma jornalista a quem tenta, co-mo num autêntico teatro do absurdo,articular a grande entrevista de suavida sobre uma obra que náo conseguese completar — soa estranhamentefamiliar a quem batalhou in loco osufoco dos 70. A peça encena o projetoinacabado, romântico, radical e ex-traordinariamente inviável que, nacerta, povoou, pelo menos em algummomento, o imaginário de-todo^nós.O sentido patético e crítico dessa In-viabilidade é o nervo politico desse.Importantíssimo documento-pauleirade Sérgio SanfAnna — drama tam-bém abortado no primeiro ato — que,com a maior propriedade, mantém-seestruturalmente inacabado.

Em 1981, pela Codecri, o injustiça-do Um Novo Animal na Floresta, ro-mance bastardo, de Carlinhos Olivel-ra. Um livro que chama a atenção,inclusive, pela irritação que gerou, aodescrever, com o maior requinte e iro-nla, o período AI-5 do ponto-de-vistada varanda do Antonio's. Pela reaçãoque provocou, parece que esse foi ogrande pecado de Carlinhos. O que,convenhamos, soa um pouco estranho.Quer a esquerda mais ortodoxa con-corde ou nâo, os bares da Zona Sulcarioca náo deixaram de ser, num da-do momento, grandes quartéis-generais da subversão, onde nossosmelhores Intelectuais de oposição tra-cavam, de copo em punho, os planos eos destinos da revolução proletária noBrasil. Moralismos à parte, o romancebastardo de José Carlos Oliveira náo é.de forma alguma, um Inventário dosporres e da decadência da alienadaIpanema, É, antes de mais nada, umtrabalho extraordinariamente sofridoque aponta a crise da intellingentsiaprogressista, o drama da questão en-gajamento/náo engajamento, a angus-tia e o Impulso de destruição do "mili-tante indireto". A cena do contatoentre a esquerda perseguida, a esquer-da festiva, as grâ-finas de esquerdaque desenhava a atmosfera do Brasil"utópico-desatlnado" daquela hora.Sob o crivo do medo e da insegurança,Carlinhos nos dá um negro panoramadas passeatas, alianças, guaridas e se-qüestros, recusando o tom da peripé-cia heróica em favor de uma ferozautocrítica que, de maneira lmplacá-vel, explode a decadente e trágica ima-gem do intelectual boêmio co-participante do drama nacional.

Ainda pela Codecri, no final de 81,surge De Fogo e Sangue, de Lia Mon-telro. Ao contrário de Sérgio SanfAn-na e de Carlinhos Oliveira, aqui não é ouniverso da Intelectualidade que é in-ventariado, mas, ainda na linha dosufoco, o universo de uma família dochefe militante no interior da Bahiadurante a repressão, sob a ótica damulher. A desintegração familiar, omedo, a droga, a sexualidade, a saídaorientalista, o suicídio sáo alguns dosnós que Lia Monteiro tenta desataratravés do relato fragmentado, da me-môria episódica e das notícias da ex-pertencia feminina radicalizada, destavez, no dia-a-dia da geração pós-AI-5.

Nos trés casos, a ausência de solu-ções messiânicas e o sabor ácido daprecária possibilidade de uma açãopolítica efetiva pairam, como que sus-pensos no ar. e revelam o avesso, emalto contraste crítico, da fantasia ro-mântica que orientou a ascensão e aqueda da luta dos sufocados.

MEMÓRIASDO FUTURO

MINEIRO

deInhapim, 50anos, Alan Vig-giano foi pre-miado pela Academia Brasi-

leira de Letras por seu livrode contos O Exilado (1973).Alto, voz sussurrante, paciên-cia de taquígrafo (profissãoque exerce desde jovem), Vig-giano mora em Brasília, cida-de em cujas característicasencontrou elementos no tem-po futuro que descreve emseu recém-publicado O Sécu-lo do Sonho (Editora AndréQulcé, 113 páginas). Autormeticuloso, de frases curtas eidéias resumidas ao essen-ciai, ele chega assim ao sextovolume de uma obra que In-clui ensaios, humorismo e umromance, Amanhece.

No primeiro dia do ano doismil, o barbeiro Chlcoassis, ve-lho o suficiente para ter vivi-do quase todas as transfor-mações que o século XXtrouxe em seu bojo, prepara-se para um encontro marcadotrinta anos antes, com um ex-freguês, o engenheiro AgneloAndreotti. Para celebrar oevento ficara acertada umacaudalosa feijoada em panelade barro, com paio, mocotó elingüiça, um dos poucos pro-dutos náo plásticos da novaera. E que acabará sendo de-güstada apenas pelo solitário-Chlcoassis.

Entre o momento em queele salta de um minitáxi (es-tamos na era dos helicópterosparticulares) e o Instante fi-nal, em que aturdido pelasmuitas lembranças, Chicoas-sis "mergulha no esqueci-mento", Viggiano traça o pai-nel de um século que acredi-tou na loteria, nas cidadesplanejadas, percebeu tardedemais a importância da eco-logia. Um século em que de-sapareceram instituições co-mo a barbearia ("fonte de in-forma tes sobre a vida notur-na da cidade"), em que o ho-mem médio acreditou e desa-creditou no casamento, con-fiou e desconfiou do poder datecnologia.

Sem a intenção de fazer fie-ção científica propriamentedita — uma vez que se limitaa pequenos "flashes" da vidano século XXI — Viggianoelabora muito mais a crônicada época em que vive. Mlstu-rando décadas e cidades—deBelo Horizonte, a Brasília eItabira —, ele pinça as coisasboas que marcaram o tempoposto no passado: bancos depraças, jornalistas por voca-çáo, assíduos freqüentadoresde bares, admiradores de Ty-rone Power e Errol Flynn.

De cada acontecimento opersonagem dá uma visão ge-ral e outra particular, imedia-tamente ligada ao cotidianoda gente e dos lugares queconheceu. Da n Guerra Mun-dlal, por exemplo, mal lem-bra que foi provocada por umex-pintor de paredes, mas re-corda largamente que provo-cou conflitos e depredaçõesna cidade onde entáo vivia.

Melancólico e até pessimis-ta em relação às transforma-ções que o barbeiro Chicoas-sis vê acontecer em sua longavida, Alan Viggiani nâo deixade ser um pouquinho otimis-ta quando ao futuro que esbo-ça. Afinal, náo é táo ruim as-sim um mundo onde há ummuseu dedicado à preserva-çáo da memória, edifícioscom floresta no topo, bibllo-tecas OrganlTarlnc;ainda é possível comer-seuma feijoada com caipirinhapreparada a caráter. (VW)

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-.,-,..- ;«^:*ü|1'lorestun: radical

O REGIMEEMQUESTÃO

T RIGÉSDMO volu-me de uma obrainiciada há 32 anos,

, A Ditadura emQuestão, do sociólogo Flores-tan Fernandes — um dos pro-fessores da USP afastados pe-lo AI-5 em 1969 — será lança-do na próxima semana, emSão Paulo, pelo editor e 11-vreiro T. A Queiroz, que jápublicou do autor Da Guerri-lha ao Comunismo (1979) eFundamentos Empíricos daExplicação Sociológica(1980).

Em suas 164 páginas, estenovo livro de Fernandes reú

Viggiano: em 2000

ne—qualm ensaios escritosnos dois últimos anos, todosvoltados para uma temáticacomum: o regime vigente nopaís. Com eles o autor retomao fio de uma discussão desen-volvida em livros anteriores,que considera necessário atu-allzar em face da reconhecidarapidez da "dinâmica do ca-pitalismo no plano mundial".

No primeiro dos quatro tex-tos, Florestan Fernandesanalisa a "liberação outorga-da" pelo regime, Indagandoem que medida esse movi-mento pode ser interpretadocomo o começo do fim. A mis-sáo Portella é o ponto de par-tida para o exame, que vem aseguir, da "real natureza" dojogo institucional. A criticada noção de sociedade civil eo problema da violência poli-tica ocupam o autor nos doisúltimos ensaios.

CARRASCOSE VÍTIMAS

DESENCANTO

emelancolia, cruel-dade e sordidez —estes são estados

de espírito e traços de com-portamento dominantes nashistórias de Moreira Campos,de quem a Editora Horizonteestá publicando Dez ContosEscolhidos (112 páginas), ai-guns inéditos. Campos, cea-rense, 67 anos, estreou em1947 com Vidas Marginais,narrativas nas quais a criticanotou uma discreta influên-cia de Graciliano Ramos. Nosvolumes publicados desdeentáo, no entanto, o autor ex-pressou-se em um tom abso-lutamente pessoal e incon-fundível.

Hoje traduzidos para cincolínguas, os contos de MoreiraCampos distinguem-se antesde tudo pela densidade. Aeconomia de palavras, carac-terística daquele já remotovolume Inaugural, chegou auma depuração quase imnos-slvel de ir adiante. O autorescreve agora como se com-pusesse hai-cais. Basta-lhe,às vezes, uma única e curtafrase para evocar um ambien-te ou expor o núcleo de umasituação.

Pertencente a uma famíliade escritores cnln represpn-tante mais conhecido no Bra-sil é Dalton Trevlsan, MoreiraCampos talvez se distinga docolega curitibano por umaquestão de intensidade. Éainda mais irônico, mais apu-rado, mais atento ao detalhe;talvez até porque escreva me-nos, porque só produziu meiadúzia de livros enquanto Tre-visan Já publicou cerca deuma dezena e mela. Mas, co-mo Trevisan, é unicamenteatravés dos fatos e das ações,contados por um narradordistante, que Moreira mostrao absurdo da vida.

Desse absurdo, como se sa-be, fazem parte as injustiças.E Campos freqüentemente asdenuncia. Mas não condenan-do; só deixando que por simesmas se tornem evidentes.

De sua coletânea faz parteuma pequena obra-prima in-titulada O Preso. Um homemhumilde e Ignorante suicida-se ao ser levado para a cadeiapor motivos banais, leve ofen-sa a um juiz de direito. Onarrador nâo opina. O pró-prio personagem praticamen-te nào diz nada além de pedirque o soltem, pois náo supor-ta o cárcere. No final, porém,vem à tona a triste verdade,como observa Linhares Filhono ensaio de introdução, deque "os crimes se medem pe-la posição social dos ofen-dldos".

Da agudeza psicológica doautor dào testemunho histó-rias como O Embarque, naqual um homem está man-dando o filho louco para oasilo, com os punhos amarra-dos para que não fuja. Diantedos que o olham com curiosi-dade, piedade, talvez desa-provação, ele apenas balbu-cia desculpas incoerentes.Confuso, não sabe se senteremorso, não tem certeza se ébom ou mau, se é o carrascodo filho ou vítima de umasituação para a qual não en-contrava uma saída melhor.Conclusão? Nenhuma. Tãosomente a sugestão de quetodos os seres humanos, de-pendendo das circunstâncias,podem passar de carrascos avitima — ou ser as duas coi-sas ao mesmo tempo. (MB)

OPOSIÇÃOA desigualdade entre oshomens e as nações e os

possíveis meios para supe-rá-la — estas são as quês-toes centrais abordadaspor Jean Ziegler, pensadorsuíço radical, em seu livromais recente, Manual deSociologia da Oposição(Zahar, 175 páginas). Pro-fessor da Universidade deGenebra e membro do Par-lamento da Federação Sul-ça, Ziegler (autor, também,de um ensaio sobre aspec-tos da cultura negra noBrasil, Os Vivos e os Mor-tos) faz no Manual umaespécie de biografia desuas idéias, apresentando-se como um herdeiro daescola filosófica marxistade Frankfurt, na RFA, eem particular de HerbertMarcuse, que exerceugrande influência sobre osjovens rebeldes dos movi-mentos de maio de 1968.

BANDITISMOA expressão inglesa dan-

gerous classes, utilizadapela sociologia do séculoXIX para designar umconjunto social à margemda Sociedade Civil, forneceo ponto de partida do novolivro de Alberto PassosGuimarães, As Classes Pe-rigosas (Graal, 206 pági-nas), um estudo históricosobre o banditismo urbanoe rural especialmente noBrasil. Autor de outros 11-vros sobre temas sociais.Passos relaciona o fenôme-no estudado com as varia-ções cíclicas dos diferentesperíodos da revolução In-dustrial, lembrando que éprincipalmente nos perío-dos de crise e depressãoque se desenvolvem as se-mentelras da capangageme dos esquadrões da morte.

trazida pelos emigrante*do arquipélago dos Açore»que colonizaram a regi*».

VANGUARDA"Em 1972, Gilberto Men-donça Teles publicou a pri-meira ediçáo de Vanguar-

da Européia e Modernis-mo Brasileiro, volume noqual reunia, com apresen-taçóes críticas, os princi-pais documentos progra-máticos das vanguardas li-terárias e artísticas daFrança, Itália, Alemanha eRússia desde o finai do sé-culo XIX. A finalidade dapublicação era dupla: cr>memorar o cinqüentenárioda Semana de Arte Modéf-na e pôr pela primeira vezà disposição do estudiosobrasileiro toda uma série,de textos até entáo dlspep-'sos e de difícil acesso.. O'livro foi um sucesso ime-'dlato e Já teve várias edi-'ções, sendo aperfeiçoado-de uma para a outra. A que-acaba de sair, a sexta (Vo-'zes, 446 páginas), Teles'acrescentou nada menoffde 50 páginas dedicadas à'vanguarda portuguesa, re-presentada por Fernando-'Pessoa, Mário de Sá-:Carneiro, Almada Negrel-'ris e outros. : •

LOUCURAA psiquiatria, na visão

de uma corrente contem-poránea de estudiosos, ènâo apenas o melo como asociedade moderna inter-preta e se relaciona com osofrimento mental, mas oseu Instrumento para en-tender um fenômeno queteme e quer Isolar: a loucu-ra. A psiquiatria, acrescen-tam, não é pura nem neu-tra, mas reflete a mentall-dade e a ideologia da socie-dade que a patrocina epratica. De alguns anospara cá, a necessidade e apossibilidade de uma novapsiquiatria, menos coerci-tlva, vem sendo defendidapor especialistas comoThomas Szasz, R. D. Lairige outros. E são as idéiasdesses reformadores queAlan índio Serrano, psi-quiabra gaúcho, expõe emO Que É Psiquiatria Alter-nativa (Brasiliense, 108 pá-ginas), volume 52 da sériePrimeiros Passos.

DIA AGITADOProcedente de Belo Ho-

rizonte, um engenheiro de-sembarca no aeroporto doRio de Janeiro e dirige-separa o Centro da cidade.Enquanto caminha, vai-sedeparando com lembran-ças e com passeatas queagitam as ruas. Passado epresente se fundem, dra-mas individuais e coletivostendem a ser espelhos eexplicar-se mutuamente.Assim é Um Dia no Rio(Codecri, 116 páginas), ro-mance do mineiro Oswal-do França Júnior (autor doexcelente Jorge um Brasi-leiro), agora reeditado. Aspasseatas são as de 1969,ano em que o romance foipublicado pela primeiravez.

LITERATURA -

José Maria de SouzaDantas, professor de litera>tura em escolas superioresdo Rio, acredita no valor,da matéria que ensina. Ele.acha que um estudante denível médio capaz de anali-sar um texto é alguém comuma visão mais ampla; •mais critica e mais madura-"do mundo; e mais apta,portanto, a tirar melhor"proveito das oportunida--des que lhe forem ofereci"das. O ensino de literatura,entretanto, há de ser dinâ-mico e moderno; e o queentende por Isso, SouzaDantas expõe em Didáticada Literatura (Forense-Universitária, 294 pági-nas), livro no qual faz uma-série de propostas e de-possíveis caminhos aosprofessores da disciplina;mas também àqueles que'por uma ou outra razão-queiram entender o signifl, •cado do texto literário.

PROVINCIANASSegundo livro de contos

de Geraldo Edson de An-drade, Coração Partido aoMeio (Imprinta, 125 pági-nas) retrata a vida da pe-quena classe média de Na-tal (Rio Grande do Norte)>onde o autor nasceu e ví-T-veu até 1954.0 mesmo am-biente medíocre descritoem Dona de Pensão, livro.de estréia. Critico de arte,Andrade é autor, ainda, de-três volumes sobre pinturae artesanato no Brasil;

experimento!Herio Saboga, professor:'de Comunicação no Rio, e:

o autor de Paniedro (Ma&.%sao Ohno/Paulo Wrobel, 92spáginas), uma ficção sòbreV'a ficção. Gláucio, velho econsagrado escritor, apre-senta ao editor Eustáquloaquilo que é o seu maisrecente e pode ser o seuúltimo texto. Um texto ex-perimentalista, cuja ilegi-bilidade desagrada editor,propenso a náo publicá-lo.Desdèmona, ex-cantora li-rica, amiga dos dois, fazcomentários e procura en-contrar uma ponte entreeles. Antônio Houaissapresenta os quatro: ospersonagens e o verdadel-ro autor.

DRUMMOND

AÇORIANOSConhecido artista plásti-co e pesquisador da

cultura litorânea e de San-ta Catarina, Franklln Cas-cães é ao mesmo tempoautor e personagem deFranklin Cascaes: Vida,Arte e a Colonização Aço-riana (Universidade Fede-ral de SC, 169 páginas).Através de textos própriose depoimentos recolhidospor Raimundo Caruso,Cascaes descreve (às vezescom a ajuda de desenhos) eanalisa traços culturais ca-racateristicos da região —da agricultura às festas po-pulares — mostrando émque medida eles ainda con-servam, ou não, a herança

Versáo modificada de„uma tese escrita para o D$partamento de LiteraturaComparada da Universidàtde de Princeton, Poesia e.Poética de Carlos Drun£.',mond de Andrade (DuasCidades, 316 páginas), de'John Gledson, é uma aná,-Jllse pormenorizada da evo^-'luçáo da obra do poetabrasileiro desde o momen-„to em que aderiu ao mo^;dernismo. Para Gledson,""a preocupação drummonr'.diana com a língua é Iftsè-™para vel do seu papel de.".sistema pelo qual ó^htn;mem se comunica e enterudo o mundo". Lidandocom o caos, Drummond jãr'mais perderia de vista que.a descoberta da forma e da.harmonia na existência é oobjeto da poesia.

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Campos; haicai»

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JORNAL DO BRASn,

A CULPADA VÍTIMA

A Ressurreição de Adam •Stein, romance do israelense

Y. Kaniuk, narra o drama:; dos que cederam para escaparao Holocausto

LIVRO

Léo Schlafman

míM AS como foique você so-breviveu?"

Esta é apergunta que, segundo a adver-têncla do escritor polonês Ta-deusz Borowski, o leitor semprefará ao escritor que viveu os hor-rores do campo de concentraçãoe sobreviveu. Borowski, nào Ju-deu, esteve dois anos em Ausch-vitz. Suicidou-se em 1951, commenos de 30 anos. Seus contos eescritos testemunham de manei-ra brutal e direta todo o mal queo,homem pode fazer ao homem,mas sobretudo a tragédia dosprisioneiros dos campos que, pa-ra sobreviver, prestaram servi-ços à máquina de exterrninlomontada pela Alemanha nazistadurante a n Guerra Mundial.

Muitos carregaram, com dor,pelo resto de suas vidas, o com-plexo de culpa por terem sobre-vivido. A máquina de extermí-nio nâo deixava alternativa: oumorria ou fazia o trabalho sujopara viver. Com Borowski, criou-se uma vertente da literaturajudaica que trata desta culpa.•, Yoram Kaniuk, escritor israe-lense, nascido em Tel Aviv em1930, retoma o assunto no seuromance A Ressurreição deAdam Stein, publicado em 1968,traduzido agora no Brasil (daedição americana, e nâo da edl-ção israelense, em iídlche, comoseria desejável), por Luiz Hora-cio da Matta, para a EditoraFrancisco Alves (303 páginas,Cr$ 1 mil 100).

Kaniuk pertence à geraçãosabra, que, sem abandonar a Ju-denschmer (dor, angústia judai-ca), característica da velha lite-ratura hebraica, emerge, a partirde 1940, após a Guerra de Llber-taçáo, "cada vez mais assimila-da à normalidade nacional, Inte-grada à paisagem típica da so-

ciedade e da região" (J. Guins-- burg, introdução à antologia decontos Nova e Velha Pátria).

Era menino quando se deu oholocausto da n Guerra Mun-dial. Adolescente, lutou sete me-ses em Jerusalém na Guerra deLibertação, foi ferido três vezes,perdeu os amigos mais chega-dos, quase enlouqueceu (ou en-louqueceu mesmo: a linha deseparação é tênue). Esteve emParis. Disseram-lhe que em No-va Iorque poderia curar a pernaferida. Viveu 10 anos nos EUA,como pintor, sócio de um café e,aos 38 anos, autor de um roman-ce sobre a ressurreição de Adamque, publicado em Israel, foi umfracasso de vendas.

A Ressurreição de AdamStein é um romance forte, denso,bem estruturado, que trata daculpa e da loucura de AdamStein, um grande palhaço (donode um circo confiscado pelos ale-mães) sobrevivente do campo deconcentração porque, protegidopelo Commandant Klein, dlver-tia, contava piadas, ajudava osjudeus a entrar nos fornos cre-matórios despreocupados, atédivertidos. Entre os prisioneirosImolados estavam sua mulher efilho.

Sobreviveu, mas enlouque-ceu. Em Israel, é um dos pacien-tes do Instituto de Terapia eReabilitação Sra. Selzling. ASra. Selzling é uma multimilio-nária americana que doou 12 mi-lhóes de dólares ao Estado deIsrael:. "Seis milhões para aconstrução do Instituto e seismilhões para as mamatas." OInstituto se destina, em plenodeserto, a alojar principalmenterefugiados do holocausto náo re-cuperados dos horrores daguerra.

O Instituto, dirigido pelo Dr.Gross ("Para dizer a verdade, eleé táo louco quanto seus pacien-tes", afirma sua mulher), vive

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sábado, 13/2/88 n CADERNO B

Yoram Kaniuk: quando o homemé culpado por ter sobrevivido

um clima de alucinaçâo. Podeser Israel em miniatura ("Os ju-deus espertos imlgraram para aAmérica ou morreram na Euro-pa. Os tolos.e os heróis aindaestáo aqui", sentencia a milioná-ria americana). Ou pode simboll-zar uma prisão (o mundo?). Afir-ma Adam Stein: "eu disse queIsto aqui é um posto provisório?Bem, não é! É uma prisão. Comguardas armados nas pontes. Eeles atiram. Náo brincam em ser-viço. O deserto engole os cada-veres."

Adam, numa passagem dadoença para a cura (ou da curapara a doença, tanto faz), liderauma rebelião de malucos e osleva para o interior do deserto,para um encontro com Deus. Arebelião fracassa por causa docansaço e da sede. Mas Adam,louco-curado, tem o seu encon-tro com Deus, a quem ofereceum cigarro. Quem pega o cigarroé o Commandant Klein, o donode seu corpo, de sua alma, donode milhares de corpos e almas do

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Clarice Lispector: buscando as razões da fragilidade Humana

NARRATIVAREQUINTADA

Escrito há 21 anos, A Maçã noEscuroainda atrai pela elegância e aagudeza de observaçãodo comportamento humano

UM

dos livros mais vendidos e traduzidosde Clarice Lispector, A Maçã no Escuro(Editora:Nóva Fronteira'; 32T paginas,Cr$ 900) acaba de sair numa sexta edi-

ção que confirma, cinco anos após a morte daautora e 21 depois de sua publicação, as qualida-des que o tornaram sinônimo de criação requinta-da, de ficção na qual, ao contrário do que geral-mente acontece, a linguagem é que é o elementogerador da ação.' Ucranlana de origem e brasileira desde a emi-graçao aos dois meses de idade, Clarice Lispectorfoi até o fim dos seus dias uma mulher solitáriaTanto quanto as mulheres que, neste livro eladestaca contra o pano de fundo de uma fazendaDurante decênios Clarice conciliou o ato de escre-ver (que para ela era "como respirar") com o dia-a-dia de quem cria filhos e tem que se esforçar paracompreendê-los. Em meio a toda essa lida elaescreveu A Maçã no Escuro, um romance, aomesmo tempo que Laços de Familia, contos. Ecomo se isto não bastasse, reescrever o primeirooito vezes; o segundo, passou para o papel 11 vezesantes de achar que havia chegado a um resultadoaceitável.

Em A Maçã no Escuro o que menos importa éa ação externa: a fuga do estatístico Martlm paraum hotel desativado, depois para uma fazenda, esüa posterior prisào. O tempo Interno de cada umdos atores — tempo de avaliar a solidão, o senti-rnento de culpa e até mesmo o amor—este sim é ofulcro da narrativa. Como num ritual, Clarice éincapaz de afirmar por afirmar, o que ela faz émergulha na raiz de cada gesto, procurando uma•*z e muitas até encontrar as razões da fragilidadewumana.

Nessa busca, ela vai, por exemplo, destacandouma a uma as motivações que se escondeu atrásdo fato de Martim ter tentado matar a mulher' ouporque Francisco detesta Vitória, sua patroa, masnao pode deixar de respeitar a sua força; ou aindapor que Ermilinda, depois de apresentar-se apenascomo uma coquete a fim de aproximar-se de

Martim, acaba por se revelar uma pessoa muitomais livre e Interessante do que a princípio pa-Clarice Lispector costumava dizer que nãoescolhia temas, pois estes é que se impunham àsua capacidade criadora. Se assim era, poucoimporta. O que impressiona, quando se relê AMaçã no Escuro, é constatar como sào numerososos caminhos da experiência humana que percor-rem cada um dos livros da autora. Como se enxer-

gasse muito mais fundo na alma dos homens doque o comum dos mortais, Clarice está sempre afazer descobertas que uma vez conhecidas nãomais seráo esquecidas pelo leitor.Neste romance, por exemplo, ela percebe queuma de suas personagens confunde a sinceridadecom o fato de falar em demasia, de confessar-secom freqüência. A outra, desmascara como ai-guem que se aproveita da terna passividade de umhomem diante de suas vontades; que ao invés deextrair dai algo construtivo, tenta impor-lhe novasvontades, apenas como experiência, para ver emque resultará esse jogo.Expondo com ironia aquilo que o seu olharagudoobserva, Clarice atribui a seus heróis traçosde caráter pouco comuns à maioria das criaturasde ficção. Assim, por exemplo, fica-se sabendo queMartim é um homem desejoso de "organizar suaalma em linguagem". Ermelinda, por sua vez,passa pela história morrendo de medo de encerrara vida sem ter oportunidade de dizer "certascoisas"; mas quando a oportunidade aparece, elacontinua a falar apenas por metáforas.Como em todos os livros da autora, A Maçã noEscuro é um livro que surpreende pelas reaçõesinesperadas dos personagens e, não menos, pelaoriginalidade das observações de Clarice sobre aexistência. Embora não se abra para o leitorimediatamente, como um romance comum, A Ma-ça no Escuro acaba por tornar-se um livro fasci-nante. Um livro iluminador, que termina por mos-trar onde estáo as essências das questões e comochegar até elas. <VW)

campo de concentração: "As vi-tlmas oferecidas em sacrifíciomorrem de um modo belo,Adam.".

Adam recusa a culpa. Esta é asua sanidade. É a sua loucura."Fugi à procura de Deus e náo oencontrei — ou talvez ainda náoesteja preparado para divulgar oque descobri", diz Adam. Ele sesente deslocado num mundoque ama o médico normal eodeia o mágico, que ama o can-tor e odeia o vidente.

Com A Ressurreição deAdam Stein o israelense YoramKaniuk (como mais tarde emoutro romance também já dlvul-gado no Ocidente, O Cavalinhodo pau — Sussetz, em hebraico)consegue escrever numa línguaque, ainda conforme Guinsburg,"livra-se da poeira arqueológicaâbandona a sinagoga e os peque-nos grupos de elite, voltandopaulatinamente à condição deinstrumento de comunicação co-tidlano".

SER OUESTAR

PESSIMISTAOLÍTICA, economia,ocorrências criminais,tudo aquilo que cons-titui o cotidiano dobrasileiro nesta década de 80 es-tá presente em A Rebelião dasMal-Amadas, livro de estréia do

jornalista Lindolfo Paoliello, queacaba de ser publicado pela Edl-tora Codecri (95 páginas, Cr$360).Mineiro de Ubá, 35 anos, oautor passou por diversas áreasdo Jornalismo e, fixando-se emBelo Horizonte, fixou-se tam-bém na crônica, que procuraexercitar seguindo a trilha dosseus mestres declarados, de Ru-bem Braga a Carlos Drummond

de Andrade. A Rebelião dasMal-Amadas é uma reuniáo detrês dezenas e mela de crônicasescritas entre 1980 e 1981.As mal-amadas de que falamo título e um dos textos da cole-tãnea nâo sâo precisamenteaquelas que ganharam um ver-bete no vocabulário político bra-silelro — carioca especialmente— nos idos de 50 e 60.0 autor foibuscá-las nos EUA, onde segun-

do o noticiário está crescendo onúmero de mulheres que se con-sideram usadas por maridosafoitos — e por isso mal amadas.Irônico, o autor prefere inter-

pretar a seu modo esse levantedas mal-amadas, sugerindo quese trata antes.de "um problemade competência e de diálogo" econcluindo, com Nelson Rodri-gues, que esse "atrevimento" de-nunciado pelas americanas tal--vezêja-íustamento-e-que-falta—para tornar marido e mulheramantes e amados".

No Brasil, o da inflação e ou-trás mazelas, o autor fala muitoem seu livro. Embora às vezeselas lhe roubem o apetite, elenáo consegue cair no desesperoe na tristeza que alguns parecemdesejar seja o estado de espiritononnal dos brasileiros. O povodeste país nâo é pessimista —diz ele, depois de enumerar osseus sofrimentos. E, parafra-seando o ex-Ministro EduardoPortella, adverte: o brasileiroapenas está pessimista. Se ai-guém lhe acena com o oti-mismo...

Wilson Martins

NA ESTANTEDIDÁTICA

aUE

prestigiosa editora fran-cesa peça a um professor ita-Uano a história da literaturabrasileira destinada à sua

coleção didática, é sinal evidente de queJá alcançamos, quanto a Isso, o planointernacional, o que não vai, bem enten-dido, sem inevitáveis incorreções meno-res e eventuais Instantâneos fora defoco (Luciana Stegagno Picchio. La Lit-térature Brésilienne. Coleção "Quesais-Je?". Paris: Presses Universitairesde France, 1981). Nâo nos apressemos,entretanto, em clamores Indignados.Em primeiro lugar, porque, a Julgar peloque se publica entre nós, os historiado-res brasileiros nâo escapam dos mes-mos defeitos, quando não os cometemmaiores; e, em segundo lugar, porquemuitos dos enganos de Luciana Stegag-no Picchio resultam, precisamente, desua excessiva confiança no prestigio ena sabedoria dos nossos especialistas.Daí algumas "contradições lnternas'\pois, como dizem os anglo-saxões, nadahâ mais obstinado do que um fato.

A começar pela periodização da his-tória literária, matéria puramente dldá-tica e que, por suas finalidades mnemô-nicas e utilitárias, não mereceria a ex-cesslva importância que lhe foi atribuí-da entre nós, ao preço paradoxal e one-roso de falsear a mesma historiografiaque se pretendia clarificar. Quanto aesse aspecto, Luciana Stegagno Picchiodeclara nâo aceitar "a divisão em litera-tura "colonial" e "Independente"

pelaqual optava outrora a historiografia dosmanuais" (p. 3). Assim, haveria umaliteratura brasileira desde o que elachama "a Conquista". Acontece, ape-nas, que ocorreu, de fato, na históriabrasileira, um período de 300 anos emque o país foi, Jurídica, política e admi-nistrativamente, uma colônia de Portu-gal, tal circunstância não podendo serignorada nem quanto à cronologia,nem, o que é mais importante, em matAria de concepções literárias e ideais esti-lístlcos. Não houve, no Brasil, uma Ute-ratura "colonial" no sentido estéticoque teóricos simplistas pretendem con-ferir ao adjetivo, pelo simples motivo deque, naquele período, todas as manifes-tações literárias da Colônia obedeciam,como náo podia deixar de ser, ao códigoportuguês.

Para estabelecer a dis-tinção entre as duas litera-turas de língua comum, aautora Inclui na nossa ape-nas "os escritores nascidosou amadurecidos no con-texto brasileiro", o que lheparece válido "sobretudopara o perido em que oBrasil foi uma colônia" (p.5), mesmo porque, acres-cento eu, depois disso oproblema nâo se coloca.Há, pois, uma realidadepolítica que determina anacionalidade; no caso, es-sa realidade era portugue-sa e os escritores, "nasci-dos ou amadurecidos noBrasil", eramjuridicamen-te portugueses, sentiam-seportugueses, nem pensa-vam em rejeitar, do pontode vista literário, a retóri-ca vigente. Antes pelo con-trário. Como ela mesmaobserva a propósito do pe-riodo que vai da Prosopo-péia (1601), de Bento Tei-xeira, às Obras Poéticas(1768), de Cláudio Manuelda Costa, "o século e meloque separa essas duasobras vê uma colônia, fe-chada a todo comércio osvizinhos, enviar seus filhos a Coimbra,para aprender a lição de Camões, deGôngora e de Quevedo" (p. 17). Llçàoque procuravam aplicar enquanto escri-tores "brasileiros".

O caso de Antônio Vieira é exemplar,nâo como escritor de dupla naclonalida-—der-a—queôt-reduaide—nas-histórias-literárias, mas, ao contrário, como escri-tor português. Nâo houve ninguém inte-lectualmente mais português do queele; é duvidoso que tomasse por elogioser tido por "escritor brasileiro". Sedeveu ao país de origem a formaçãocultural, como acertadamente escreveLuciana Stegagno Picchio, entáo será,por definição, escritor português, mes-mo porque o era quanto à naturezaprofunda do seu estilo e concepçõesintelectuais (apresentar o barroco comoestilo originariamente ou Intrínseca-mente brasileiro é uma piada). Mas,acrescenta ela, "como homem que pas-sou dois terços de sua longa vida noBrasil e que fez do país e seus problemaso fim principal (sic) de sua existência,Vieira é uma escritor brasileiro" (p. 19).Distingue como ele próprio diria: con-forme assinalei na História da Inteii-gência Brasileira (I, 171), é enganosa aimpressão de que, tendo vivido no Bra-sil 51 dos seus 89 anos, Vieira seria, ipsofacto, escritor brasileiro. Vindo para aColômbia com seis anos e daqui saindocom 33. permaneceu 40 na Europa, poisas duas viagens ao Maranhão, onde, emdois períodos diferentes, viveu oitoanos, sâo, na verdade, meros parèntesisna sua carreira política européia; quan-do volta definitivamente para o Brasil, éhomem de 73 anos, passando os restan-tes 16 em vida recolhida, cada vez mais

imobilizado pelas enfermidades, na ta-refa clerical (nos dois sentidos da pala-vra) de redigir os sermões. Assim, deuma vida de 89 anos, ele empregou 40 desua fase adulta e produtiva na Europasendo esse, também, o período de suamaior glória como orador sacro e aparte mais acidentada de sua carreira.

Luciana Stegagno Picchio recusatambém a "concepção sociológica" daliteratura, avançando postulado verda-deiro no que afirma e falso no que negaPode-se refutar a idéia de que "a tradl-çào estilística brasileira se haja revela-do no século XVI" (p. 4), a menos que aidentifiquemos com a tradição estilistt-ca portuguesa, sendo certo, de qualquermaneira, que literatura é, antes e acimade tudo, llterariedade. Cabe obtempe-rar, entretanto, no que concerne ao Bra-sil, que llterariedade é historicidade econjuntura social. Se a literatura brasi-lelra desde, digamos, 1830, nem sempreé literatura, tem sido invariavelmente eInconfundivelmente brasileira. LucianaStegagno Picchio reconhece que, mes-mo considerada "como fonte de temasmais que como condição e estimulante

de transfiguração literária, a história doBrasil penetra contudo com vigor naliteratura"; o condicionamento hlstóri-co e sociológico determina "náo somen-te a escolha dos temas, mas também oseu tratamento formal" (p. 7/8). Há umaconstante sociológica no tecido das nos-sas letras, como se manifesta, ainda emnossos dias, na chamada "literaturanordestina" e suas relações com o mirf-fico Manifesto Regionalista de 1926. Lu-clana Stegagno Picchio dá-o como pu-blicado nessa data (p. 87/97), o que jáagora sabemos não haver ocorrido: otexto nâo foi nem mesmo redigido na-quela época, sendo, em matéria de con-cepçôes literárias, antes o reflexo aristo-télico que a origem intelectual e progra-mática das obras publicadas na décadade 30. Seja como for, essa mesma litera-tura provaria que o condicionamentosociológico não pode ser ignorado, semque isso corresponda, bem entendido, aimaginar que literatura é sociologia (émais freqüente, particularmente noBrasil, que a sociologia seja literato-ra...). No plano, ainda, do "romance nor-destino", ela contesta a opinião corren-te, segundo a qual haveria uma ruptura"entre as duas maneiras de Jorge Ama-do, entre o narrador social da primeira

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Luciana Stegagno Picchio: a visãotropical é visão de estrangeiro

fase e o cronista sorridente de hoje".Entretanto... transcrevo palavras suas,o "comprometimento social e político"é primordial nos romances da primeirafase, substituído por "um olhar diverti-do e sentimental sobre a realidade daregião e pela criação de algumas perso-Mggns fenThünas_extraordinárias" (p.

conhecido.

H101/102); houve, pois, uma ruptura, de-corrente do trauma ideológico de todosconhecido

A outros enganos factuais,como, por exemplo, Imagl-nar que Sousa Andrade foi"completamente ignorado

pela historiografia tradicional" (p. 41),ou que, com a publicação de Broquéis, oSimbolismo se haja tornado "o movi-mento lider da literatura nacional" (p.56), ou, ainda, que Graciliano Ramoshaja passado "numerosos anos na pri-sáo" (p. 100).

Em compensação, ninguém até hojepropôs sínteses mais brilhantes de cer-tas personalidades e movimentos artís-ticos. No que se refere, por exemplo, àsduas figuras centrais do Modernismo,ela observa que, sem jamais sair do pais,Mário de Andrade permitiu que o Brasilirradiasse pelo mundo inteiro, "enquan-to um Oswaldo de Andrade centripetotrouxe consigo para o Brasil as idéias ea cultura que andou resplngando portoda a Europa" (p, 89). O que. sendohistórica e Intelectualmente Incontestá-vel, é exatamente o contrário do que foicongeminado pelos teóricos do Concre-tlsmo e do Troplcallsmo como "literato-ra de exportação". Na verdade, escrevea autora, "a visão tropical ê uma visãode estrangeiro" (p. 48), é, como assinaleialhures, a visão documente colonizadaque muitos preconizam como forma su-prema de nacionalismo autêntico.

Paoliello: irônico

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UMA CIDADEMITOLÓGICARomance de Onetti traz de voltaSanta Mana, que sem estar no mapa é lugar

famoso na literatura uruguaia

LIVRO

Marcos Santarrita

DEIXEMOS

Falar o Ven-to, romance do uruguaioJuan Carlos Onetti ago-ra publicado pela Fran-cisco Alves (tradução de Maria deLourdes Martinl, 210 páginas), foiconcluído em 1975, em Madri, ondeo autor está exilado. Com ele Onet-ti dá prosseguimento à saga dacidade de Santa Maria (a mesma deJunta-Cadáveres, outro livro seutraduzido no Brasil), mas desta veztomando um personagem secunda-rio em outras histórias e transfor-mando-o no principal.Medina, ex-delegado da míticaSanta Maria, vive exilado na tam-bém mítica Lavanda, mantido poruma fêmea bissexual que, embora

prefira suas irmãs de sexo, entrega-se ocasionalmente a ele, como umavariação, e arranja-lhe empregosmais ou menos humilhantes a fimde, paradoxalmente, salvar o seuorgulho masculino. Apenas, o ex-policial já atingiu tal estado de des-ligamento, de alienação, que estáalém desses escrúpulos, e enquantose dedica à sua inclinação para apintura busca, junto a outros exila-dos, reconstruir na mente SantaMaria, a cidade que deixou ou in-ventou.

Mulheres entram e saem de suavida, umas por uma noite, outraspor mais tempo mas igualmentetransitórias — com exceção da lés-bica Frieda — umas confundindo-se com as outras, o tempo e o espa-ço reais e da memória se entrela-çando numa atmosfera impalpávele sem fronteiras delimitadas. Uma

das mulheres, Já decadente até arepugnância, é mãe de um garotoque pode — tudo pode — ser filhodo delegado, e daí partem novasvertentes para o passado, para ofuturo, para o tempo fora do tempoem que Medina vive e inventa a suavida e a dos outros. Até que, tãoarbitrariamente quanto começou,termina a primeira parte, com Frie-da seduzindo o possível filho dopossível ex-policial.

RetornoE entáo, na segunda parte, eis-nos de volta a Santa Maria eisMedina de novo delegado, confun-dindo-nos mais uma vez com o tem-po — ele voltou, realmente, ou seráum retomo da lembrança? Comopode alguém ser, deixar de ser evoltar a ser delegado com tantafacilidade? Mas, para o autor, estessao detalhes de'menos importán-cia. Interessa-lhe, mais que a histó-ria. a sugestão, a insinuação do queestá querendo dizer, também eleaparentemente incerto do que é oupelo menos incapaz de deflni-lo,'pa-ra si ou para os outros, pois nào háverdades a dizer, experiências atransmitir; apenas uma visão abis-sal do que é, ou parece ser. Ouquase, como diria Medina.

Em qualquer outro autor, talmétodo — porque há um método —resultaria, e freqüentemente resul-ta, num falatório estéril e bombásti-co — e chato. Mas náo em OnettiComo Faulkner, como Sábato elenào está querendo inovar, náo estábordando filigranas beletristas pa-ra leitores esnobes. Não; está repro-duzmdo a realidade como pode vé-

Ia e descrevê-la, com toda honestf-dade e simplicidade. Se resulta nàotão simples, a culpa riâo'é delef masda multiplicidade e ImporiderabM-dade da coisa vista e descrita. Daí aausência de contornos, • de frontel

BrumasOnetti é um escritor lmpresslo-nista por excelência, é sua SantaMaria, tão sólida nas primeiras apa-riçoes - El Astillero, Junta-Cadáveres — e ainda precisa namemória em La Vida Breve, agorase envolve mais e mais em brumasde álcool e de fumo barato, como separa o próprio autor se fosse per-dendo na distância, como se suainvenção se fosse esfumando sepondo em dúvida. Os personagensevocados, mais e mais difusos, ain-da sào os mesmos — Larsen, Brau-sen, o médico Diaz Grey, o inglêsMr Wright, ou Ray, ou Rey, a retar-dada Angélica Inês - mas agoraem remoto segundo plano, emborasurpreendentemente os mesmosPorque, em meio a todas essasimprecisões, a coerência está sem-pre presente. A própria Imprecisão,aliás, é também imprecisa, quaseum truque com o qual o autormanejando a linguagem como umvlrtuose, em meio a Imagens poéti-cas eruditas, plctóricas, oníricasalucinadas, mistlfica o leitor atéfaze-lo entrar ele próprio num climade alienação, duvidar de seu pró-pno tempo e circunstância. Magiapura magia de um feiticeiro platen-se que joga suas cartas de taro paradizer-nos nosso (destino. Coisa degênio.

"¦lÉl; Hml KiwÍ WsÊlÊmM mm'%-i ~* -* i

Timerman:

EM

1974, o escritor JuanCarlos Ometti participoucomo jurado de um con-curso literário, no Uru-guai, que premiou um conto basea-do num fato real. A história, de umjovem autor, apresentava um poli-ciai uruguaio como torturador eestuprador, e foi publicada na revis-ta dirigida por Onetti, Marcha. Eleo contista e outro jurado forampresos e espancados, "para provarque nao se pode dizer que a policiauruguaia recorre a espancamen-tos .segundo uma jornalista ameri-cana.Aos 65 anos, consagrado comuma das grandes influências da li-teratura hispano-americana, o es-critor foi expulso do país, e desdeentão vive na Espanha. No ano pas-sado, conquistou o Prêmio Miguelde Cervantes, considerado o Nobelda língua espanhola, e recebeucumprimentos, cartas e telefone-mas de toda a América Latina, in-ciuindo o Uruguai, mas o Governode seu país não se pronunciou.— Convidaram-me — ele co-mentou ironicamente na ocasião —a nunca mais voltar.

Onetti, como o argentino Ernes-to sabato, dois dos mais importán-tes — para alguns, os mais impor-tantes - escritores da América Es-panhola, não participou da expio-sao da literatura latino-americanaque, partindo da Europa, tanta por-cana jogou no mercado editorialinternacional — e, por conseguinte

EXÍLIO E GLÓRIApor sua luta pela liberdade

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no Brasil — de meados da décadade 60 para cá. E ele sabe por quê.— um fenômeno em larga me-i» Criad0 e bem e"Plorado peloseditores — declarou numa entrevis-

í?La BS,Ua Jozef> concedida em Ma-dri. - E claro, portanto, que dentrodesse quadro certos escritores sàomais prestigiados que outros. Isso éevidente sobretudo em Buenos Ai-res, onde estào editando obras pés-simas, só pelo fato de seus autoresseram latino-americanos. De repen-te, fulano é imposto como o maiorromancista das Américas, vendemseus livros e depois o esquecem.Autodidata

Onetti fez de quase tudo antesde se tornar escritor; foi carregadorgarçom, caixeiro-viajante, e termi-nou encalhando definitivamente naprofissão de jornalista - sem terPmTor,o?ncluldo ° curso Btaasial.Em 1939 (nasceu em 1909, em Mon-teyidéu onde foi criado), tomou-seeditor de Marcha, um semanárioque velo a ser um dos mais respeita-dos e influentes da América Espa-rmola. Deixou a revista em 1942para trabalhar na agência de notí-cias inglesa Reuter, primeiro emM,?ncteVÍde,U' e depois em BuenosAires; onde passou mais de vinteanos, no final como editor de Vea y

Sua primeira obra publicada™no* intitulada El PozoJti ; romPia corr> a tradição lite-raria latino-americana, de tendèn-

Arquivo: 1981y*lR^ * nttex

Onetti: depois da prisão, a glória lio Cervwites

cia fortemente regionalista, ou in-dianista. Com ela, nasce o anti-herói onettlano típico, Eládio Una-cero, uma homem alienado de seuambiente e até de seus amigos, queacaba estuprando uma adolescente— a única maneira que encontroude mostrar-lhe sua ternura.Em 1941, vem o segundo livro,Tierra de Nadie, onde já apareceLarsem, o Junta-Cadáveres, masainda nâo a mítica cidade de SantaMaria, que só vai surgir em La VidaBreve, de 1950 — posterior a ParaEsta Noche, de 1943 - e mesmoassim apenas na memória do perso-nagem principal, Brausen. Em LaVida Breve, também, a linguagem

que vinha aos poucos se despojan-do de seu tom realista, jornalístico(embora a ficçáo tenha sido, desdeo inicio, quase surrealista), assumea feiçáo difusa e envolvente que vaicaracterizar sua obra. Mas nuncapelo desejo tolo de inovar. Como eledisse naquela entrevista a BellaJósef:

— Penso que ela (a linguagem) éapenas um Instrumento. Cada es-critor a utiliza ou a renova segundoas exigências de sua criação. Masem nenhum momento como perso-nagem. Os personagens do roman-ce são os homens, e tudo que osmove é simplesmente vida. O arte-lato linguagem não pode estar aci-ma da vida e dos homens. Por issonâo me interessam os romancistastipo Robbe-Grillet. Eles trabalhama literatura como uma disciplina delaboratório, e num sentido total-mente intelectual, tratando de fa-zer um romance objetivo, quase fo-togrãfico. O curioso é que, pelo ca-minho do objetivismo, chegam aum subjetivismo quase total. Fize-ram da técnica o mais importantee é necessário esclarecer que a téc-nica é apenas instrumento do qualse deve fazer o melhor uso, semchegar a convertê-la em assuntocentral da criação.

InvençõesBrausen é, como todos os perso-nagens de Onetti, um "estrangei-

ro", no sentido camusiano do ter-mo. Sua mulher teve de extrair umseio, ele perde o emprego numaagencia de publicidade e pensa em..._e^?_Çeveiînjêirode_çinema.„Seu-

quarto é pegado ao de uma prosti-tuta, e primeiro ele imagina, e de-pois, sob um nome Inventado, inl-ca um caso com ela. Assjm, suavida, o roteiro que escreve mental-mente e a aventura inventada ouvivida com a vizinha vâo-se entrela-çando e intercambiando de tal for-ma, que no fim nem ele nem o leitorsabem qual é qual. Santa Mariaentra então nesse terreno impreci-so, com suas figuras conhecidas:Larsen, o Dr Diaz Grey, o inglês MrWright.Vem a seguir, em 1954, Los Adio-ses e, finalmente, em 1962, aquelaque é por todas considerada a suaobra-prima, El Astillero, a históriada volta de Larsen, o Junta-Cadáveres, a Santa Maria (a primei-ra estada é contada num livro pos-terlpr, de 1964. Junta-Cadáveres,

publicado no Brasil). Expulso háanos da cidade, o proxeneta retomae vai-se instalar como gerente do Êestaleiro do título, com um saláriomagnífico. Apenas, o estaleiro estáem ruínas, seu salário é fictício, e sóo dono da empresa, Petrus, acredi- Wta em suas próprias fantasias derecuperação. E enquanto discutecom os outros dois empregadoscontratos e navios que não existemmais, Larsen tem um romance meio'frouxo com a filha retardada do iarmador, Angélica Inès, que no fim ütambém não da certo. (M.S.)

NAO ENTENDOLOGO MATO

Em Prisioneiro Sem Nome JacoboTimerman procura desvendar as motivaçõesprofundas da repressão argentina

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d° m° PaS5ad° "OSiw« h Permaneceu vários meses naslistas dos mais vendidos, Prisioneiro SemNome, Cela Sem Número, do jornalista a7

] SdSriffi^íSraS em »°rtu&ièS. numa edição daôdecri (Rio, 152 páginas). A posição moderada rieTimerman e sua visão muitoêssoal dal sUuactoSaSS"?. Sa° faíref que d«erto vêm contriSdopara o sucesso do livro entre amplas camadasrinpublico. O que certamente náo ocorreria sefseffiÊ:

d* ™ls um relato SffigKTosSroretvividos nos cárceres da repressão "«rrores„o,<f T° descrita P°r Timerman, a repressão desen-SSSSI * °5 mmtares ^ntinos depoR T 1976ultrapassou largamente os limites do malque alegadaffialSWS erradlcar: ° terrorismo1 Além dosterroristas, atingiu oposicionistas nâo violentos e mes

Retraimentoabrild^^1

fol C0ÜÚà0 *** rede da repressão emabril de 1977, ao ser seqüestrado por civis que diziamStoTcou m°P^RegÍTnt°ê KStfdSlpm mioíi S meses em carceres clandestinos e só3nm^d°S d5 a5° - Z™**5 a intervenção de setoresrecido" E^SÍ^érCÍt° ~ debcou de ser «» ÇS8St»r „*Afm setembro, uma Auditoria da Justiça Mili-tar. não tendo de que legalmente acusá-lo permithique fosse posto em prisão domiciliar Permitiuth^ST^ du,as ordens de "bertaçáo pelo SupremoTribunal pederal, Timerman permaneceu preso em™Partament0 P°r mals dois «"os- Até queo cas™Jo^fviir atrit° entre ° Exército e o Pressenteexmü J!?S? nPara ° QUal a saIda encontrada foi a sua"ffr dos ES beíTÇá° de SUa naciona"dade e om»^ aUtor f^ã pouco dos seus próprios sofrimentosmas desenvolve uma curiosa linha de raciocínto sobrerS118?!?8 Pslcol°gieos que criou pa^sup^rtá-los OPrincipal é o que chama de "técnica de retralmimín»uma forma de alhear-se de tudo de não Si Si."pessoas amadas, de recusar-seaté a esperai TPatada "e staônimo de angústia e ansiedade Osobietivos dessa fuga sáo evitar as tentações da loucura ednde necessidade entre torturado e torturadoMá Sescri«uantoerr^p8^0^' ™f provavelmente nào tàoTemquanto em Prisioneiro Sem Nome.,smfPfara ^frman, a história recente da Argentina foiprofeticamente descrita nos anos 20 peloeáaltor Ro-bert Arit, no romance Os Sete Loucos, bem conhecidopelos intelectuais de Buenos Aires. Um revouictonáriocT^nXf'

Chamad° ° Astrólogo, reúne sete loucos, dando-lhes a missão de desencadear uma revolu-çao anarco-sindicalista na Argentina e ncTresto doboE

Pafa flnancia"la-cria ™ lucrativa rede deComo se a vida copiasse a arte, a partir de 1964 a

violência, até entào mais ou menos contida exDlodlticom a apariçào de guerrilhas treinadas em Cuba Empouco, coexistiam guerrilhas trotslÜstas. rerorustasSesquerda e direita, sindicalistas, gmpos SraSarelcSc^TJ^T8 G daS POueiaTde^xKSScatólica e de multas outras correntes e subcorrente?Traço comum a todos os grupos e gmpúscuJo? oenvolvimento no "erotismo da violènciaTa âpacWade de encontrar justificativa para matar destruir Paterrorizar tanto num poema d

™Mo Neruda Tml

c^Sr}ne\SUb30S0üa ^te* orientalize Soo3s ot tínZ'^ hC l0UCUra acabou P°r «8mR*.q"e tíha tud0 para dar ao seu povo um dosafFo^PAr^âs Forças Armadas tomaram o Poder, a maioria danação respirou aliviada. maiona da

A decepção, porém, não se fez esperar. "Os lideresmilitares" - recorda Timerman - "oânizaramSdomínios pessoais, cada um tomand ™lehhor

dfSr!*

"?* fb SeU controle:com isso, o terSrismo

«nrinUf"^111100 e irracional da esquerda e dósesquadrões da morte da direita deu lugar a um temjrismo inütoseco. sistematizado, planejaa^nadonataen-síaorÓDriaS^."11110 SUas próPrias Priso^s ecâôêâ51153'COntal 3 ^ ná° prevale-

se abertamente (a Argentina, diz ele é o naísTôBSLSPdíiSS*' "W™fala claro) e eksa '*£&&Herald, diário em inglês, e La Opinión, que o próprioTimerman havia fundado em 1971. Moderados eWqueriam o esmagamento do terror, SRfjS^

ArmoH? P081*500,Uberal era incompreensível às ForçaiArmadas argentinas que, segundo Timerman, se fecha-uZ^& mUÍt° n1Uma ÎÇào conservadora hosüTad^ viH0QUHe é modemo- na ciência, na arte ou noSáde vida das pessoas. Para combater a ameaça ri»modernidade, estabeleceram a mais ritída cemurísuprirniram a Sociologia nas universidades 2ram as técmeas freudianas nos hospitais psíquicos"ffierro?

°S psicanaUstas com° suportesdos aKasMas Isso nâo bastava. Para impedir que os maleserradicados voltassem um dia a nSüfestar-se parU-ram para uma política de extermínio dos seus promo-tores reais ou imaginários; neste último caso ospsiquiatras-&-os-judeusr Jd?íííi«í caso,, ps

c.Jal como na Alemanha nazista, na Rússia dorina^°Utr0S.cenôrlos de violència levadaSívê!Hna^ldaiUenÍ? em massa- °tüIor da repressáoargentma, segundo Timerman, foi o resultado da misturadedois componentes básicos: ódio e ignorâX EâStraduzir numa imagem o que isso Sgnmca ele qróM^? comparando a estória argentina dos úfümoi20 anos ao romance de Arit, compara os chefes darepressão pós-76 ao oficial nazista de A Se dosDai;onT^Zhnnend0,eSC,rÍtor e cineasta amèricSDalton Trumbo. Diante de um grupo de judeus, diz o

entendf e°uíSoeSSeS ^^ E ^^ na«^s

FUGITIVO DA INQUISIÇÃOimn fai-MíHo An. *,,>!«

Fv£ * le TTa famüia de Judeus que no século

fJL PU a lna-uisiÇao dos Países Baixos paramor™!? lecer"se na Europa Oriental. Jacobo Ti-StsToblasfrii emrf1923,na cidade "craniana de Vin-nitsa Oblast, de onde saiu cm 1928. com os oais Daráfixar-se na Argentina. Os parentes Se lá ficaramforam mortos em 1941 pelos nazistasPerdeu o pai aos 12 anos. A máe. zeladora de umpequeno prédio de apartamentos em Buenos Aireseducou-o com dificuldade e encaminhou-o, adolescen-te, para um clube sionista. Mais tarde ele aderiu a umaano^S°,SOnÍSta,de esquerda e Participou, nosanos 30, das lutas em defesa da República Espanhola econtra a expansão de Hitler. Opôs se a Peron desde ofescfsTas.Ue

eStC CheB°U a° P°der' Com a simpatia dos

f,,„Í0malista Político a partir dos anos 40, Timermanfindou seu próprio jornal. La Opinión. em Í971 Oaiano sotreu sanções dos Governos peronistas e aten-

tados de terroristas da direita e esquerda Foi final-mente confiscado pelo Governo militar. Em 1980 jáUvre, Timerman ganhou dois prêmios de imprensa oMoors Cabot. da Universidade Columbia (EUA?e o daFederação Internacional de Editores de Jornais„,,f„faeu testemunho sobre a repressão argentina e osesforços do Governo Carter para libertá-lo contrio^ram para a rejeição, pelo Congresso americano donome de Ernest Lefever. indicado em maio Ssl^pelaadmmistraçào Reagan para coordenador da pelittóade direitos humanos. Lefever defendia uma linha Kramente contrária a de Carter.Prisioneiro Sem Nome foi alvo de criticas dptravn.raveis da direita. Irving Kristol, destacado pubSltedo neoconseryadorismo nos EUA. num artigo em TheNew \ ork Times acusou Timerman de carregar nascores do anti-semitismo dos militares argentinos e dl

ra cTusa t™ ne8°cios ilícitos que seriam a verdade'ra causa dos seus dissabores.

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18 — CLASSIFICADOS D JORNAL DO BRASIL D sábado, 13-2-82

Coluna do EdgarO GOLPE DA LIGHT

A sociedade brasileira jé está cansada depagar altos preços pela incompetência adml-nlstrativa de órgãos do Poder Público. Porisso mesmo, ela nâo aceitara calada o abusoque a Light pretende cometer contra a popu-laçâo, cobrando as novas instalações elétri-cas aos usuários, Já mais do que penalizadospelo alto custo da energia elétrica.

Chega de abuso! Assim, Já está gritandoem coro toda a população brasileira, que Jâcomeçou a se mobilizar para evitar um novopacote-tlpo-Previdêncla* Social. Afinal, quejustiça existe em se Jogar parte dos custosadministrativos da Light nos ombros dosusuários?

Se a Secretaria Especial de Controle dasEmpresas Estatais — Sest fez um corte noorçamento da empresa de Cr$ 6 bilhões 500milhões, a população brasileira náo tem nadacom isso. O problema é de competência ex-clusiva da Light, que deve resolver essa "ba-tata quente" que recebeu do Governo Fede-ral da única forma racional possível: cortan-do custos.

Na verdade, toda essa triste história dacrise da Previdência Social e, agora, a daLight serve para revelar uma das grandesfalhas do modelo econômico vigente no Pais:em uma época de crise, as empresas privadasque se estrepem, porque as públicas sempreterão uma forma de saírem do impasse emque se encontram — multas vezes conse-qüência de incompetência administrativa —arrancando dinheiro do consumidor.

No caso específico da crise da Light, estar-se-ã abrindo um precedente altamente peri-goso, caso a empresa consiga dar mais essegolpe no povo brasileiro. Isso porque, daquipara a frente, qualquer concessionária deserviço público — que, em qualquer país domundo, é remunerada através de tarifas — sesentirá no direito de aumentar lndevldamen-te seu patrimônio, atacando lmpledosamen-te o bolso do usuário, sob o respaldo da lei.

SINDICATOSFeirantcs — Gilberto Amendoieira, presl-dente reeleito do Sindicato dos Felrantes,

tem como meta principal a continuação dosserviços que a entidade presta a seus associa-dos e a criação de novos benefícios para acategoria. Ele dirigirá o sindicato por maistrês anos.Regularização — Todos os sindicatos emsituação Irregular deverào satisfazer o queobriga a legislação, para entidades profissio-nals, até o próximo dia 16. Caso contrário,-terão suas cartas sindicais cassadas, confor-me determinação do Ministro do Trabalho,Murilo Macedo.

QUEIXAS E RECLAMAÇÕES

Situação caótica no Parque Sáo Francisco

Do Parque São Francisco, situado no qui-lômetro 32 da Rodovia Presidente Dutra, emQueimados, 2o Distrito do município de NovaIguaçu, os moradores fazem angustioso apeloe dizem que ali tudo foi esquecido pelasautoridades competentes. Mencionam comonecessidades mais prementes a instalação deum posto de saúde, calçamento e construçãode um posto da Cobal. Alegam que duranteas chuvas o Parque Sào Francisco se trans-forma em enorme, pantanal, Impedindo otráfego de veículos. E como se tudo Isso nãobastasse, há ainda o problema da Iluminaçãopública — a escuridão é total — favorecendoa açáo nefasta de marginais de alta periculo-sldade. Como nâo há coleta de lixo, é assusta-dora a quantidade de mosquitos e ratosnaquela localidade.

Grileiros ameaçam ponte da RFF

Os moradores de Japeri apelam para adireção da Rede Ferroviária Federal em facedo estarrecedor panorama que se apresentapróximo à estação local, com as constantesescavações às margens do rio por grileiros daareia naquele local. Advertem os moradoresque a ponte da antiga Central do Brasil estásujeita a cair, caso nâo seja tomada urgenteprovidência que proíba a destruição das mar-gens daquele rio.

ENTRELINHASContinua com pleno êxito a campanha

para inscrição de novos sócios do Museu deArte Moderna do Rio de Janeiro: "Nossa obraestá inacabada e você é a peça mais Impor-tante com que contamos para o reergulmen-to de nosso trabalho". Assoclando-se aoMAM, você está colaborando para o incre-mento da informação artística e cultural denossa época. Maiores informações no setor de8ócios, pelo telefone: 220-3622, ramais 17 e 19,com Soell Safadi, ou diretamente no MAM •O turista que visitar Salvador neste verão,especialmente alguns dos seus mais conheci-dos restaurantes, como o Iemanjá, Bagaço,Tenda dos Milagres, Kioski de Janaina, entreoutros, encontrará mais uma facilidade parase comunicar utUÍ2sndo a Rede Fale Fácil,um novo serviço da Telebahia, pioneiro emtodo o país. * Com o objetivo de recuperar umdos mais importantes exemplares arquiteto-nicos da praça municipal de Vassouras, aFlumltur, dentro de seu Programa CidadesHistóricas, vai restaurar o sobrado situadona Rua Custódio Guimarães 65, de acordocom projeto já aprovado pela SPHAN —Secretaria de Patrimônio Histórico e Artísti-co Nacional. Após sua restauração, o prédiofuncionará como Casa de Cultura municipal,abrigando bibliotecas, exposições e outrasatividades, passando a integrar o espaçocultural da cidade. Dentro deste mesmo pro-grama, a Flumltur já restaurou o prédio daAntiga Casa da Cadeia de Parati, onde oPresidente da Flumltur, João Roberto Kelly,inaugurou o primeiro Posto de InformaçõesTurísticas situado na sede da Companhia. *Já estão abertas as inscrições para a ocupa-çào dó Teatro Glauce Rocha para a realiza-ção de espetáculos para adultos e crianças,no prédio que vai de 2 de março a 13 de junhodeste ano. O edital n° 15/81, que regulamentaa cessão deste espaço, Já está à disposiçãodos grupos amadores ou empresas interessa-das. Os pedidos de ocupação do Teatro pode-rào ser encaminhados à sede do ftistltutoNacional de Artes Cênicas, CoordenadoriaTécnla, à Av. Rio Branco, 179,3o andar. • Naprimeira quinzena de abril, o Chacrlnha faráuma grande festa em seu programa. Ele en-tregará o troféu Velho Guerreiro aos melho-res de 81. Personalidades do meio artístico epolitico estarão presentes recebendo dasmãos do Chacrinha o troféu Velho Guerreiro* A Fundação Estadual de Educação doMenor (FEEM) está preparando, por mês, amédia de 385 guardas-mlrins para a presta-çáo de serviços auxiltares nos municípiosonde atuam, Junto ao trânsito, a parques deestacionamento, ao comércio, escolas públi-cas e Secrearias Municipais. A Guarda-Mirim, programa preventivo da marginaliza-çáo do menor Implantado pela FEEM Jâ em10 municípios do Estado do Rio de Janeiro,destina-se a menores do sexo masculino, de12 a 14 anos, sem escolaridade que permitaacesso a outros programas de iniciação pro-flbsional.

Edgar de Carvalho Jr.

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• A Honda esta pensando muito seriamenteem termos de competições no Brasil, dai terformado sua equipe principal para as provasde velocidade de 1982 com Walter Barchi(Tucano), Cláudio Girotto Pilho e Kurt Fei-chtemberger, pilotos brasileiros Jâ veteranose com larga bagagem de tftulos conquistadose mais o carioca Renato Muniz que foi arevelação da temporada passada quandoq.uase venceu o torneio de Fórmula HondaPara as competições de motocross, moda-lidade em que a Honda, participando pelaprimeira vez, ganhou os campeonatos brasi-leiro e sul-americano, a eqtüpe formada pelosconhecidos pilotos Pedro Bernardo Raimun-do (Moronfruinho) e Carlos Ourique (Scateni-nha), tem, agora, um novo integrante: ÁlvaroCândido Filho. Esse piloto, conhecido nasrodas motocicllsttcas como Paraguaio, foi agrande revelação da temporada passadaquando, entre outras brilhantes atuações na-cionais, chegou em terceiro lugar no torneiosul-americano vencido por Moronguinhocorrendo como piloto independente, tendosuperado um grande número de pilotos inter-nacionais que correram com apoio técnicodado pelas lábricas.

Walter Barchi (Tucano), Cláudio GirottoFilho e Álvaro Cândido (Paraguaio) formama maior equipe motociclistíca montada noBrasil, apoiada pela Honda e patrocinadapela revenda Comstar a de maior tradiçãoem corridas. Essa equipe participará de 42provas nacionais, além de estar previstatambém, no plano Internacional, a participa-çao de Tucano e Girotto em provas de resis-tência. correndo em dupla e de Paraguaio noTorneio Sul-Americano de Motocross queeste ano será disputado na Venezuela.

Para a Honda 400, a Comstar deverá colo-car uma motocicleta para Tucano e outrapara Girotto.

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Paraguaio fará sua estréiaHonda nesta temporada

Tucano, estará, mais uma vez, disputandoprovas nacionais e internacionais

-_^_u__íjifa^___iii_r yuTiitou luuoii os tometos deque participou em 81 e. também, toda? asetapas do sul-americano disputado no Chile

O Rio Grande do Sul estará representadonos campeonatos gaúcho, brasileiro e, possl-velmente. em algumas provas internacionaispelo piloto Moronguinho, que corre com opatrocínio da Gauchacross.

Kurt Feichtemberger. representará Goiâ-nia nos campeonatos nacionais de velocida-de na categoria 125 Especial, ao lado docarioca Renato Muniz, que tem o patrocínioda revenda Marana, do Rio de Janeiro.No motocross, alem da contratação deParaguaio, pela Comstar, surge como novl-dade a mudança de patrocíni de Scateninhaque correra defendendo as cores da revendaMotoasa, que atua nas cidades de RibeirãoPreto e Franca. Para facilitar os contatostreinos e assistência técnica na preparaçãodas motos, Scateninha ja está mudando paraRibeirão Preto.

Para Iniciar a temporada nacional de mo-tocross, Moronguinho, Scateninha e Para-jruaio contarão com os modelos 82 das motosCR 125 e 250. Essas novas máquinas recebe-ram várias modificações, sendo as principaise mais importantes, a suspensão traseira pró-link cujos braços formam uma peça unlca Asilhueta do tanque de combustível foi, tam-bem. ligeiramente modificada.

A temporada motociclistíca deste ano se-ra iniciaria em março com a prova inauguraldo campeonato paulista de motocross que étradicionalmente., realizada em Tiete A pri-meua corrida de velocidade será disputadaem abril como parte integrante da CopaBrasil que marcará pontos, também, para ocampeonato paulista de velocidade

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