Soldados do Iraque estão a 10 km de Abadan Reagan amplia ...

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AL DO BRASILRio de Janeiro — Quarta-feira, 15 de outubro de 1980 Ano XC — N° 190 Preço: Cr$ 15,00

TEMPORio — Nubladooinda sujei-

to a chuvas no início, melho-rondo no decorrer do períodoTemperatura em declínio.Vemos- Sul fracos a ocasiono!-mente moderados. Máxima:24 1, em Realengo; mínima:15.0, no Alio do Boa Visla.

O Solvamar informa queo mor eslá agitado, comóguai correndo da Sulporo Leite. A temperaturada ógua é ds 21 grausdentro da bafa e fora dabarro.

— Temperaturas referentes àsúltimas 24 horas

(Mopoi na página 20)

PREÇOS, VENDA AVULSA:Rio de JaneiroDias úteis CrS 15,00Domingos Cr$ 15,00

Minas GeraisDias úteis CrS 15,00Domingos Cr$ 20,00

São Paulo eEspírito Santo:Dias úteis Cr$ 20,00Domingos CrS 25,00

RS, SC, PR, MS, MT, GO,DF, BA, SE, AL, PEDias úteis Cr$ 25,00Domingos Cr$ 25,00

Outros Estados• Territórios:Dias úteis Cr$ 30,00Domingos Cr$ 30,00

510 ACHADOS EPERDIDOS

CACHORRA— Perdida raça tene-rife escuro sumiu no aterro Fia-mengo gralifica-se 20.000,00.Ruo André Cavalcanti, 85.

EXTRAVIO DE DOCUMEN-TO — Diploma de Bacha-rei em Direito de ElenirMachado dos Santos, dasFaculdades IntegradasBennett de 18.12. 75(Reg.s. nas FIB rf 399,livro 01, fls. 200V, em16.11.77 e na UFRJ n°122, fls. 6V, em 5.5.78).Rio de Janeiro, 13 Outu-bro 1980.

JOSÉ MANUEL HERRERA HUER-GO — Pede a quem encontroupasta d doctos. na Av. Rio Bran-co, que volte a se comunicarpelo tel. 221-2345,

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Soldados doIraque estão a10 km de Abadan

Tropas iraquianas estavam àtarde a menos de 10 km de Aba-dan, submetida a intenso e conti-nuo fogo de artilharia, mísseis ebombardeios aéreos. O Iraque, in-forma o enviado William Waack,tenta cercar a cidade para isolar doresto do Irã a maior refinaria depetróleo do mundo. Os iraquianoslançaram também nova ofensivacontra Khorramshar.

Apesar de ter prometido há10 dias manter aberto o Estreitode Ormuz, o Irã ameaçou ontemminar aquela passagem por ondepassam 60% do petróleo que abas-tece o Ocidente se os paísesdo Golfo Pérsico ajudarem o Ira-que na guerra, segundo transmis-são da Rádio Teerã. (Página 13)

Reagan amplia

A$uinqldoJ

para ove asua vantagem

Ronald Reagan amplia sua van-tagem sobre Jimmy Carter e já contacom a preferência de 43% dos eleito-res, contra 35% do Presidente, se-gundo pesquisa feita para a rede detelevisão ABC. A imagem de Carterficou ainda mais prejudicada depoisque ele qualificou seu rival republi-cano de "racista e belicoso".

Antes de seguir para Nova Iorque—onde disputará com Carter o apoiodo eleitorado judaico — Reagandenunciou o anti-semitismo como"algo odioso" e criticou Carter pornão ter condenado com vigor o re-cente atentado contra uma sinagogaem Paris. Informou-se que Reaganjá teria escolhido o ex-Secretáriode Tesouro, George Shultz, para seuSecretário de Estado. (Página 12)

RP da Marinha

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A Marinha Brasileira tem tu-do pronto para alinhar mu-lheres em suas fileiras. Até ofinal do ano serão abertas ins-crições para 100 oficiais e 300praças, mas os uniformes,criações do costureiro Gui-lherme Guimarães, já estãoprontos e hoje à tarde serãoapresentados por três mane-quins no Io Distrito Naval.São nove modelos em linhasbastante tradicionais. Lem-bram os uniformes militaresfemininos da época da Segun-da Guerra Mundial, a pontode as manequins pareceremas atrizes de Hollywood quecontracenavam com TyronePower ou John Wayne. Depoisde aprovadas, as primeiras400 mulheres integrantes daMarinha Brasileira terão to-dos os direitos dos homens,recebendo — na mesma fun-ção — salários iguais. (Pág. 6)

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À tarde, ao deixar a clínica, Chagas dizia estar bem

Delfim achaque lei nãomuda inflação

O Ministro Delfim Neto disse quea reforma da lei salarial não seráinstrumento de combate à inflaçãoe nem afetará o problema da rotati-vidade do trabalhador no emprego.Mas garantiu: "No Governo, todosestávamos procurando o melhor, econseguimos." O projeto chegou on-tem ao Congresso e tramitará emregime de urgência. A lei entraráem vigor a Io de dezembro.

O empresário Luís Salles disseem São Paulo que a nova lei sa-larial permitirá às empresas au-mentar sua lucratividade. O pre-sidente do Sindicato dos Bancáriosdo Rio, Ivan Martins, afirmou que"a diminuição dos salários daspessoas que ganham razoavelmentebem não reverterá em beneficiodos que ganham menos". (Página 8)

Argentina dizque terrorusou Esquivei

O Governo militar argentino di-vulgou à noite um comunicado ofi-ciai sobre a escolha de Adolfo PerezEsquivei para o Prêmio Nobel daPaz, no qual afirma que "a açãodesenvolvida" por ele "foi efetiva-mente utilizada — à margem desuas intenções — para facilitar aimpunidade de membros de distin-tas organizações terroristas".

Fontes extra-oficiais disseramque o Prêmio para Perez Esquivei,que preside o Serviço de Justiça ePaz argentino, foi uma "absolutasurpresa" para os militares, e mui-tos comandantes "nào sabiam se-quer da existência desse senhor". Odocumento acusa os inimigos doregime de estarem "agora infiltra-dos em importantes setores ou gru-pos de pressão e interesse da comu-nidade internacional". (Página 14)

Governo fazapelo contradesemprego

O Presidente Figueiredo decla-rou a empresários que "nesta épo-ca especialmente difícil" é precisoassegurar "a manutenção do nívelde emprego de nosáa força de tra-balho". Assinalou que "a políticasalarial do Governo está concebi-da de modo a proporcionar melho-rias reais de poder aquisitivo aostrabalhadores, mesmo com sacri-fício dos que ganham mais"

Em discurso na solenidadede posse de Albano do PradoFranco na presidência da CNI(Confederação Nacional ria In-düstria), o Presidente da Repúbli-ca fez o elogio da indústria brasi-leira, que aprimora os métodos,aperfeiçoa os processos e moder-niza os equipamentos. (Página 17)

Psicanalistassão punidospor críticas

O psicanalista Hélio Pellegrinoanunciou que ele e Eduardo Masca-renhas foram expulsos da Socieda-de Psicanalítica do Rio de Janeiro,por terem feito criticas à práticaelitista da psicanálise. A decisáo doConselho Consultivo, órgão máximoda instituição, foi notificada aosdois, ainda segundo Pellegrino, naquarta-feira passada.

O presidente da Sociedade, Vic-tor Manuel de Andrade, declarouque a decisão ainda não tinhasido tomada, e que as críticas dePellegrino e Mascarenhas à insti-tuição foram recebidas como uma"bofetada". Acrescentou que estáempenhado num processo de mu-dança da SPRJ, a partir de den-tro, sem criticá-la de fora, comofizeram os dois analistas, "que pre-tendem rebentá-la". (Caderno B)

PCB afirmaque a aberturanão parou

Os comunistas não concordamcom os que afirmam que a aberturapolítica parou, apoiam o diálogo dosdirigentes dos Partidos oposicio-nistas com o presidente do PDS,José Sarney, e condenam o terroris-mo porque não aceitam a tese do"quanto pior, melhor". A afirma-ção é do secretário-geral do PCB,Giocondo Dias.

Ele considera a legalidade doPartido um termômetro que regis-tra o grau de avanço do processo deredemocratizaçào, por isso é ban-deira que interessa diretamente nãoapenas aos comunistas. Disse que asteses para o 7o Congresso serão pu-blicadas ainda este ano e que o Co-mitè Central prepara um documen-to de resposta a criticas recentesde Luís Carlos Prestes. (Página 4)

Queda internaChagas paraexames médicos

A pedido de D Zoé e dos filhos, oGovernador Chagas Freitas foi in-ternado à noite na Beneficência Por-tuguesa, na Glória, para um check-up completo. Ele sofrerá à tardeuma queda da escada privativa deseu gabinete, no Palácio Guanabara,o que lhe causou um hematoma nacabeça e ferimentos no braço e joe-lho esquerdos.

Atendido inicialmente em Pa-lácio e depois na Clínica São Vi-cente, para radiografias, o Gover-nador mostrava-se bem-humoradoà saida, comentando: "Não houvenada demais. Melhor é impossível."E fazia movimentos de ginástica,para confirmar que estava bem. Pa-ra D Zoé, "foi apenas um susto.O Chagas tem a mania de desceras escadas correndo". (Página 5)

Empresáriosquerem influirnas eleições

Os empresários estáo em condi-ções de "mudar a feição das eleiçõespara o Governo de São Paulo", desdeque o PDS lhes submeta previamen-te o nome a ser escolhido e este seja"uma verdadeira bandeira". A opi-nião foi manifestada pelo diretor-superintendente do Grupo Pão deAçúcar, Abílio Diniz, para quem asrecentes eleições na FIESP demons-tram "o poderio do empresariado".

Diniz acha que até agora os em-presários só participaram das elei-ções de forma indireta, financiandodeterminados candidatos. Mas dese-ja uma participação direta nas elei-ções de 1982, para Governador doEstado, e acredita que com esseauxílio o PDS pode chegar à vitória."É preciso apenas que nos dêem umaoportunidade para isto." (Página 4)

Gallup mostrapreferênciapelo PMDB

O PMDB é o Partido que mais seidentifica com os eleitores no momen-to, revela pesquisa do Instituto Gallup.O PDS vem em segundo lugar, com15%, seguido pelo PTB, com 9%; PT,9%; PP, entre 6% e 7%; e o PDT, comapenas 3%. O PMDB leva vantagem,principalmente, nos Estados do Riode Janeiro, Sào Paulo, Minas e EspíritoSanto.

O PMDB é, também, o que apresen-tou maior crescimento: em março ti-nha 10%. Passou para 15% em maio e16% em agosto. O PDS chegou a ter16% em maio, mas caiu um ponto emagosto. O PTB foi o que mais perdeu:tinha 22% da preferência em março,mas depois que passou para o controlede Ivete Vargas caiu para 9% em agos-to. A pesquisa indica que 30% dosentrevistados estáo indecisos. (Pág. 2)

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Dorinha, ao lado tio advogado, chorou muito durante a entrevista

Suspeita deixa50 mil semágua em Minas

Há dois dias, 50 mil pessoas estãosem água e 50 mil com abastecimentoprecário em Belo Horizonte, ante sus-peita de contaminação por defensivoagrícola da lagoa da Pampulha, queabastece 13 bairros. A Companhia deSaneamento de Minas cortou o abaste-cimento em "caráter preventivo" eafirma que, se as análises da águaacusarem concentração de pesticida,ela será pequena.

Em Santo Amaro da Purificação,na Bahia, a Companhia Brasileira deChumbo, que intoxicou 170 crianças epoluiu a baía de Todos os Santose o rio Subae, anunciou que, se nãotiver condições de atender às deter-minações antipoluentes do Governoestadual, fechará a fábrica, que em-prega cerca de 300 pessoas. (Página 9)

Atriz confessacrime mas negapremeditação

Depois de 10 dias foragida, a atrizDorinha Duval se apresentou à poli-cia, cumprindo a promessa do advo-gado Técio Lins e Silva. Em quatrohoras de depoimento na 15a DP, con-fessou ter matado o marido PauloSérgio Alcântara, mas negou preme-ditaçáo, afirmando que os tiros da-dos em sua casa no começo de se-tembro foram disparados pelo ma-rido.

Muita gente, entre fãs, jomalis-tas e policiais, esperava pela atriz àporta da delegacia, na Gávea. O de-legado Borges Fortes cancelou todasas atividades do dia só para cuidardo caso. No final, um policial queouviu o depoimento disse que Dori-nha justificou o crime porque o mari-do a chamou de acabada e não que-ria mais nada com ela. (Página 15)

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2 — POLÍTICA e governo (C JORNAL DO BRASIL Quarta-feira, 15/10/80 1? Caderno

Coluna do Casteilo

Maiores masmenores

Brasília — Os dois maiores Partidos, su-cessores da Arena e do MDB, realizaram comêxito suas convenções municipais, organizan-do-se em número maior de municípios do queos Partidos-mãe, e contando com a adesão demais eleitores do que os seus antecessores.Houve um esforço competente das direções doPDS e do PMDB no sentido de vencer asdificuldades da lei e de aceitar o desafio porelas representado à sua organização. Issovale sobretudo para o Partido de oposição,que encontra naturais obstáculos na estrutu-ra social do interior do pais.

Mas o êxito de organização não deve serdesde logo identificado com o êxito do Partidoem si. Nem o PDS é maior do que a Arena nemo PMDB é maior do que o MDB, salvo provaem contrário a ser dada no pleito de 1982. Pormaior que tenha sido o esforço e o resultadodesse esforço realizado por exemplo no RioGrande do Sul pelo PMDB, sabe-se que lá oPartido sucessor do MDB é menor do que este.Do seu seio emergiu um novo Partido, o PDT,com uma representação parlamentar ponde-rável e em condições de disputar a predomi-nância da política oposicionista no Estado. AOposição no Sul rachou-se em duas organiza-ções e se o PMDB agora está mais bem estru-turado nem por isso se deve dizer que esperecontar nas urnas com a mesma votação comque contou nas duas últimas eleições.

Essa verdade vale para diversos Estados,entre os quais os maiores, como São Paulo e oRio de Janeiro. Em São Paulo, a organizaçãooposicionista terá sido menos afetada pois oPP, que ali se organizará com boas perspecti-vas, tem sua substância partidária oriundaem grande parte da extinta Arena do que doMDB. Lá quem perdeu mais foi o Partidogovernista, mas também o PMDB sofreu des-gaste que ainda não pode ser medido: emprimeiro lugar, há o PDT brizolista, que sem-pre arregimenta, e, em segundo lugar, há o PTdo Lula, o qual, sob o bafejo das organizaçõeseclesiais de base e sob o controle de dirigentessindicais autênticos, poderá afetar substan-cialmente a representação política do PMDBno futuro.

Isso não significa que a Oposição estejaainda ameaçada em São Paulo na perspecti-va de disputa do Governo do Estado. O candi-dato do PMDB, possivelmente o SenadorFranco Montoro, continua como o favorito,embora votos oposicionistas em massa pos-sam sufragar o nome do Sr Olavo Setúbal e asbases populistas do Partido-simbolo da Oposi-ção possam ser corroídas pela candidaturado Sr Jânio Quadros, numa reaparição a quese procura vincular inspiração do Governofederal. O PT pode ter o seu candidato, embo-ra o provável seja que oPTeo PDT apoiem ocandidato do PMDB, salvo se prevalecer oraciocínio do Ministro da Justiça, segundo oqual, para assegurar votos para seus candi-datos a deputados, cada Partido prefira cor-rer com candidato próprio a luta pelo Gover-no estadual.

No Rio de Janeiro, o PMDB rachou-se e,tecnicamente, a maior parte ficou com o PP.Pouco importa a representatividade oposicio-nista da corrente do Governador ChagasFreitas, mas o candidato provável dessa cor-rente, o Sr Miro Teixeira, está disputandovotos oposicionistas além, obviamente, dosvotos controlados pela poderosa máquinaeleitoral do Governador a qual se expandepelo Grande Rio. O Senador Roberto Saturni-no, que ali ficou com a ortodoxia oposicionis-ta, pretende dar à sua campanha caráter deuma luta de oposição local, contra seu antigoaliado, e ainda terá de defrontar-se com o Sr• Leonel Brizola, que tanto poderá ser um cor-religionário na disputa pelo Governo flumi-nense quanto um concorrente. O PT mantém-se ali enigmático, mas, segundo a naturezadas coisas e a índole das pessoas, o maisprovável é que o Sr Brizola saia na frente naluta contra o Sr Miro Teixeira. O PDS flumi-nense é hoje um Partido residual, que elegeráalguns deputados, entre os quais algutis sob oevidente constrangimento da legenda.

Na Bahia, finalmente, o PMDB cresceu,como cresceu em Pernambuco, Estado noqual as perdas locais sáo fartamente supridaspelo retorno ao palco do ex-Governador Mi-guel Arraes. Mas em outros Estados a Oposi-ção passou a sofrer a concorrência de dissi-dências da antiga Arena. Na Paraíba, o SrMariz, patrocinado pelo Sr João Agripino,poderá reduzir as chances do PMDB. No RioGrande do Norte, o PP ficou com a fatia maiorda Oposição. No Piauí, o PMDB foi pratica-mente engolido pelo PP, ao qual deverá aliar-se para assegurar sua volta ao cenário fede-ral. No Maranhão, onde ele nunca foi forte,tenta crescer graças ao esforço do Sr RenatoArcher, aliado ao Sr Cafeteira, embora tendono encalço o renascente Sr Neiva Moreira, doPDT.

No Paraná, o Senador Richa parece ser ocandidato favorito a governador, mas o SrCanet Júnior, do PP, poderá ser um candidatoforte. Nesse Estado o futuro político está todoele nas mãos de pessoas egressas do sistetnaNei Braga, fonte de todas as lideranças subsi-diárias que emergiram nos últimos anos, in-clusive a do PMDB. Em Santa Catarina, oPDT criará problemas para o PMDB. EmMi7ias, MDB e Arena perderam.

Como se vê, não basta fazer boas conven-ções. É preciso assumir o comando da Oposi-ção que representa a tendência majoritáriado eleitorado brasileiro. Mas a desintegraçãodo MDB produziu os efeitos previstos peloPalácio do Planalto e obter uma nova polari-zação é o desafio a que está convocado oDeputado Ulysses Guimarães, contra os obs-táculos acima assinalados.

Carlos Casteilo Branco

mmmwmFiAQUI SEU FIM DE SEMANA PERTO E SEM GASTAR MUITO

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Eleitores seidentificam comPMDB e PDS

Sâo Paulo — O PDS e o PMDB sâo os dois Partidosque mais se identificam com os eleitores, no momento,segundo pesquisa do Instituto Gallup. Seguem-se. pelaordem de identificação, o PTB, PT. PP e PDT. Cerca de30^ dos consultados, no entanto, ainda não decidirampela preferência de qualquer sigla.

No circulo de evolução preferencial, o PMDB tinha,em março de 1980, 10<r da preferência, subindo para 15r'rem maio e 16rr em agosto, O PDS. em março, tinha 13r'r,crescendo para 16^ em maio, mas caiu para 15CV emagosto. Já o PTB. que em março tinha 22r'r, caiu paralô^V em maio e 12H- em agosto. A situação do PT: 18rrem março, 127o em maio e 97< em agosto. O PP manteve-se estável entre 6^ e 7r/r, enquanto o PDT em 3^.

VantagensO PMDB leva vantagem sobre o PDS nos Estados

do Rio de Janeiro, Sào Paulo, Minas e Espírito Santo. OPMDB alcançou 15r'r da preferência e o PDS, 8rr. NosEstados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,no Nordeste e Centro-Oeste, o PDS ganha do PMDB. OPT e o PTB sào mais fortes no Sudeste (Sào Paulo, Rio,Minas e Espirito Santo), enquanto o PDT se sobressainos Estados do Sul.

Entre março e maio de 1980, a pesquisa revelou umcrescimento do nivel de informação existente a respeitodas novas legendas partidárias que surgiam. Os brasilei-ros estão-se convencendo, com rapidez, do fato de que osantigos Partidos, que eram Arena e MDB, foram extin-tos e que novos Partidos estavam surgindo. Até maio de1980, o PTB e o PDS eram as siglas mais conhecidas.

A pesquisa revelou que a extinção do bipartidaris-mo interrompeu uma fase de crescimento do MDB.Numa pesquisa feita pelo Gallup em março de 1980, aArena tinha 261 da preferência nacional, enquanto oPMDB recebia a preferência de 42%.

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Pedessistatorcepela união

"Eu estimo que a aliança en-tre os Srs Amaral Peixoto eGuilherme Romano seja defini-tiva e que. conforme reveloueste último, medico conceitua-do. a hemorragia que ameaçavaconsumir o PDS tenha sido es-tancada. Com essa aliança, oPartido só terá a lucrar".

A declaração foi feita, ontem,na sede do PDS, pelo ex-Vice-Governador do Antigo Estadodo Rio. Joào Batista da Costa.Ele foi o político que anunciou,domingo, a existência de diver-gèncias entre os Srs AmaralPeixoto e Guilherme Romano,levando-os. um dia depois, amanterem uma conversa am-pia. que culminou com a divul-gaçáo de nota conjunta em quese revelaram aliados para o queder e vier.A INFORMAÇÃO

O Sr João Batista da Costa,que se elegeu Vice-Governadordo antigo Estado do Rio, em1962. obtendo mais votos doque o Sr Badger Silveira, queconquistou á época o Governofluminense, e um homem for-mado na área da comunicaçãosocial. Nessa condição, elemanteve, ontem, mais uma vez,suas declarações de domingo,com a afirmação de que "eu nãobrinco com informação".

"Havia, realmente, uma tur-bulència no PDS. O SenadorAmaral Peixoto, por força dela,chegou a admitir que abando-naria o Partido. Se isso se con-sumasse seria uma desgraçapara todos nós pelo que essaliderança representa em termosde confiança e de peso eleitoral.Felizmente a situação, que eunáo chamaria de crise, foi con-tornada".

Para o ex-Vlce-Governadordo antigo Estado do Rio. "oimportante agora, para o PDS,que está unido em torno deseus comandos maiores, é rom-per o circulo do imobilismo.

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JORNAL DO BRASIL ? quarta-feira, 15/10/80 ? Io Caderno POLÍTICA E GOVERNO — 3

Líderes do Governo negam mudança na legislação eleitoralAntonio Celso de Souza e Silva

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Brasília — 0 Governo nãopretende promover alterações,como tem sido denunciado pe-los Partidos de oposição, na le-gislação sob a qual se realizaráa eleição de 1982. A decisão,comunicada por um assessorimediato do Presidente JoãoFigueiredo e reiterada pelo Mi-nistro Ibrahim Abi-Ackel e peloDeputado Nelson Marchezan,parte da premissa de que seriadifícil mobilizar, no PDS, forçassuficientes para alterar a legis-lação atual.

A posição assumida pelo Go-vemo é parte de uma políticaadotada pelo Palácio do Pia-nalto no sentido de passar aconsultar "a maioria da maio-ria" pedessista para promovermudanças no quadro político.Assim, em relação à possibili-dade de alterarem-se as regrasdo jogo eleitoral, "náo adian-tam cálculos indicarem que oPartido faria mais cinco ou seisparlamentares, se o deputadoestá preocupado com sua sortepessoal" e, por isso, interessadoem manter como está a legisla-ção eleitoral.AS DENÚNCIAS

Ainda na primeira semana deoutubro, o Deputado CarlosSantana (PP-BA), falando emnome pessoal, foi à tribuna daCâmara advertir que, caso nãosejam promovidas alteraçõesna regra do jogo eleitoral, asoposições fariam 15 governado-res comprometendo, para o Go-verno, o controle do ColégioEleitoral que indicará o suces-sor do Presidente João Figuei-redo.

Como náo admitisse plausi-vel essa hipótese, o parlamen-tar baiano pregou a fusão dasoposições como meio de fazerfrente às medidas protecionis-tas que o Governo promoveria,para se defender. Entre os ca-suísmos previstos pelo Deputa-do Santana estariam a adoçãodo voto distrital — ou distritão— a proibição de coligaçõespartidárias, a extensão do insti-tuto das sublegendas para aeleição de governadores e o vo-to vinculado.

¦ -O raciocínio do Governo, con-tudo, diverge da tese oposicio-nista. Em primeiro lugar, confia

, mo sucesso do Partido em 1982.Com sua opinião abalizada pelolato de ter errado, por apenasUm, o número dos deputadosque formariam a bancada are-nista em 1978 — foram previs-tos 232 deputados, e a Arena! elegeu 231 — um assessor doPresidente Figueiredo, aindaque chame atenção para a dis-tôncia que está o 15 de novem-bro de 1982, afirma que "a vltó-ria das eleições será medida pe-

, la Maioria na Câmara dos De-

putados que permanecerá pe-dessista".O Ministro Ibrahim Abi-

Ackel garante que "a aberturatem compromisso com o per-manente". Entende ele ser com-preensível a reação traumáticadas oposições depois de 15 anosde sucessivos casuísmos às vés-peras de eleições. Mas nada,afirma, indica que o atual Go-verno esteja engajado nesse ti-po de tática política e não será1982 que irá desmenti-lo.

A única hipótese que faria oGoverno cogitar de mudar essaorientação, por sua vez, foi afas-tada pelo líder do PDS na Cã-mara dos Deputados, Sr NelsonMarchezan. Segundo informou,ele não recebeu até agora ne-nhuma manifestação organiza-da de pedessistas no sentido depromover alterações na regrado jogo. Admitiu o líder que asopiniões que ouviu nesse senti-do partiram isoladas, sem qual-quer caráter de reivindicaçãoda maioria da bancada.

Acredita o comando políticodo Governo que a tese de refun-dir sob a mesma legenda osatuais cinco blocos oposicionis-tas "já morreu". Além dos inte-resses irreconciliáveis entre osPartidos, a possibilidade deuma coligação eleitoral entredeterminados Partidos oposi-cionlstas, mesmo que apenasem alguns Estados, ê afastadapela necessidade imperativa deque cada legenda apresente umcandidato a governador que,em sua campanha, cumprirá opapel de "puxar" a legenda pa-ra a eleição de deputados fede-rais.

Mesmo em São Paulo, onde avitória do Senador FrancoMontoro ao Governo é dadacomo certa, os cálculos do Go-verno preferem dar tempo aotempo para considerar a bata-lha perdida. Um dado é levan-tado como fundamental nessaequação: embora esquecida, adata de 25 de agosto de 1981 élembrada como peça-chave nasucessão paulista. Nesse "dia,completarão 20 anos da renún-cia do ex-Presidente JânioQuadros.

Levando em conta esse dado,considera-se que boa parte doeleitorado paulista renovou-see votará sem a carga do queveio a representar a atitude doex-Presidente. A eleição, por-tanto, seria definida pela cam-panha eleitoral e, em campa-nha, tem-se o Sr Jânio Quadroscomo imprevisível. Nele o Go-verno estaria disposto a deposi-tar seu apoio, mesmo porque seconsideram os sete meses doGoverno Quadros como umaantecipação da Revolução, pe-los pontos coincidentes de seuprograma com o do movimentode 1964.

O PROJETONa exposição de motivos queacompanhou o projeto ao Con-

gresso, o Chanceler SaraivaGuerreiro esclarece que suaproposta estimula igualmenteos funcionários a procurar umaprimoramento de seu desem-penho sem prescindir inteira-mente do concurso da expe-riência dos funcionários maisidosos, transferidos para o qua-dro especial.

Segundo o Ministro das Rela-ções Exteriores, o mecanismoque se propõe "é relativamentesimples e se define nos seguin-tes termos":

a) — ocorrerão, em cada se-mestre, necessariamente, poraposentadoria compulsória,duas vagas no quadro de Minis-tro de Primeira Classe e umavaga no quadro de Ministro deSegunda-Classe;

i, b) não ocorrendo, por aposen-tadoria compulsória, o númeromínimo previsto por semestre"em cada classe serão transferi-dos para o quadro especial umou dois ocupantes de mais ida-^de no cargo de Ministro de Pri-1 meira Classe, e o ocupante demais idade do cargo de Minis-tro de Segunda-Classe, nos dias15 de junho e 15 de dezembro decada ano:

c) — as vagas abertas em vir-tude da transferência para oquadro especial serão preenchi-

Chanceler

encerra

visitaBrasília — Na defesa do direi-

to de Angola de buscar "ajudade quem quiser", o Chancelerde Cabo Verde, Abílio Duarte,acabou por denunciar, ontem,no Itamarati, que a África náoesteve à altura da emergênciacriada pelas seguidas agressõesdo regime segregacionista daÁfrica do Sul contra seus vizi-nhos, não deixa outra alternati-va ao Governo do MPLA a náoser recorrer ao auxílio de Cuba.

Na entrevista que concedeuao encerrar, ontem à noite, oseu programa de visita a Brasí-lia, o Ministro dos Negócios Es-trangeiros da Ilha de Cabo Ver-de prometeu que seu pais "ja-mais servirá de base para ata-ques a outros países, quer emfavor do Pacto de Varsóvia, ouda OTAN ou ainda qualqueroutro organismo ou potênciado gênero."

O Ministro revelou ter deixa-do nas mãos do Presidente,João Figueiredo um convite de'seu Governo, firmado pelo Pre-sidente Aristides Pereira, paraque visite Cabo Verde numadata ainda a ser fixada em co-mum acordo. Ele adiantou queo convite foi aceito.

Abílio Duarte lamentou pro-fundamente que o Iraque e oIrá, dois países do movimentodos não alinhados tenham in-fringido os princípios funda-mentais daquele movimento,apelando para a força, a fim deresolver suas disputas históri-cas.

Projeto de lei cria quadro

especial no Itamarati para

compensar falta de vagasBrasília — Como uma solução para o problema

criado ainda no Governo do General Geisel pela prorro-gaçáo da idade-limite de permanência dos diplomatasno serviço ativo, o Presidente João Figueiredo encami-nhou, ontem, ao Congresso, o projeto de lei que instituino Itamarati um "quadro especial" que passará aabrigar os funcionários mais idosos nas duas classesfinais da carreira diplomática — Ministro de Primeira(embaixador) e Ministro de Segunda Classe — quandonão ocorrerem vagas por aposentadoria compulsórianaquele semestre.

Essa fórmula vai permitir que, sem alterar os limi-tes de idade estabelecidos pela Lei Complementar n°34, que elevou de 60 para 65 anos e de 65 para 70 anos olimite para aposentadoria dos Ministros de Segunda ePrimeira Classes no serviço diplomático, volte a ocorrerrenovação e movimentação regular nos quadros doItamarati.

das exclusivamente por ato deprogressão funcional;

d) — a natureza da relaçãoestatutária própria da carreiradiplomática fica preservada pa-ra os integrantes do quadro es-pecial;e) — o quadro especial é rela-tivamente pequeno, do ponto-de-vista do número global decargos que o constituem, umavez que o mecanismo propostoprevê um máximo de três trans-ferências, nas duas classes, porsemestre, de ocupantes do qua-dro permanente para o quadroespecial e será aplicado apenasquando não houver vagas natu-rais criadas por aposentadoriacompulsória por limite deidade.

Ao dizer, nessas razões, queas vagas abertas por transfe-rência dos diplomatas mais ido-sos para o quadro especial so-mente "serão preenchidas porato de progressão funcional", oChanceler Saraiva Guerreirochama a atenção para o fato deque o mecanismo somente irábeneficiar aqueles diplomataspromovidos regularmente.

O projeto prevê também, ex-pressamente, que os Ministrosde Primeira Classe (Embaixa-dores), transferidos para o qua-dro especial terão vencimentosmensais de Cr$ 100 mil 069,00tnquanto o Ministro de segun-da receberá Cr$ 82 mil 507,00,reajustáveis por ocasião do au-mento geral do funcionalismopúblico federal.o o

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Abi-Ackel é

denunciado

a Figueiredo

Brasília — O Deputado JoãuCunha (PT-SP) encaminhou ao Presi-dente da República, João Figueiredo,os termos da denúncia por ele feita,na tribuna da Câmara, no último dia10, contra o atual Ministro da Justiça,Ibrahim Abi-Ackel.

Junto com o oficio, datado de an-teontem, foi anexado o seu discurso, amanifestação do chefe do Departa-mento de Polícia Federal, CoronelMoacir Coelho, à 2a Vara da SecçàoJudiciária da Justiça Federal de Bra-silia, e o pedido de ação popular pro-posto pelo advogado Waiter do Ama-ral, relativa "ao enriquecimento ilici-to verificado no caso Lutfalla".

O seu discurso — esclarece o oficio— informará ao Presidente dois fatos:"O primeiro, relativo à retenção doinquérito policial requerido pelo

BNDE contra os acionistas da S.A.Fiação e Tecelagem Lutfalla, primei-ramente por ato do então Ministro daJustiça, Sr Petrónio Porteila e, de-pois, agora, por omissão inaceitáveldo Exmo Sr Ministro Ibrahim Abi-Ackel."

O requerimento de informação dochefe do DPF à Justiça de Brasília —diz o Deputado — "patenteia clara-mente a situaçáo irregularíssima doinquérito policial, requerido peloBNDE em 3 de setembro de 1979,paralisado sem nenhuma razão factae sem fundamento legal algum". Este

documento — diz o Sr Cunha ao Presi-dente — "incrimina definitivamente oExmo Sr Ministro da Justiça, IbrahimAbi-Ackel. no delito previsto pelo Ar-tigo 319 do Código Penal" iprevari-cação).

O Deputado petista informa ao SrJoão Figueiredo ter solicitado ao Juizda 2* Vara da Justiça Federal quedeclinasse de sua competência, tendoem vista a condição ministerial doacusado, e após isto ter enviado oprocesso ao Supremo Tribunal Fede-ral "para que este proceda conforme alei".

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POLÍTICA E GOVERNO JORNAL DO BRASIL i_í quarta-feira, 15/10/80 D 1° Caderno

Congresso vota hoje a restituição de suas prerrogativas

Brasília — O Congresso Nacional inicia hojeàs 9h30m a votação da emenda Flávio Marcílio,que restabelece algumas das prerrogativas par-lamentares. Ontem, nas duas sessões de discus-sâo da matéria, uma de manhã e outra à noite,os debates foram fracos e os oradores oposicio-nistas se limitaram a condenar a decisão doGoverno de arquivar o projeto.Ao contrário do que se esperava, o compare-cimento foi fraco nas duas sessões, Na matuti-na, a presença média foi de 10 deputados, eapenas dois do Partido do Governo permanece-ram em plenário e fizeram pronunciamentos: osvice-líderes Bonifácio de Andrada (MG) e HugoNapoleâo (PI). Na sessão noturna, houve quaseum empate: comparecimento de nove situacio-nistas contra 11 oposicionistas. Nas duas, ne-nhum senador compareceu. Apenas o SenadorPaulo Brossard (PMDB-RS), que não chegou acompletar 10 minutos em plenário, pela manhã.

OradoresNa sessão diurna, 12 deputados oposlcionis-tas encaminharam a favor do projeto, e contradois pedessistas. Na noturna, 14 parlamentarespediram a palavra para encaminhamento favo-rável, um único do PDS: o Deputado DjalmaMarinho. Os encaminhamentos contra ficaram

por conta de dois Deputados do PDS: DjalmaBessa e Cantídio Sampaio.A tônica dos pronunciamentos favoráveis àaprovação da matéria foi quase um apelo "a

honra do Parlamento" e dos parlamentares.Vários oposicionistas lembraram o fato de aproposta original da chamada emenda Marcílioter sido subscrita pela grande maioria dosdeputados e senadores, e, portanto, era umcompromisso firmado por esses parlamentares.

O vice-lider Bonifácio Andrada, pela manhã,ao defender a posição firmada pelo Conselho de

Desenvolvimento Político do Governo, no sen-tido de que a emenda fosse arquivada, argu-mentou que a situação política e constitucionaldo Brasil, à época de sua elaboração, era diver-sa da atual. A conjuntura adversa ao restabele-cimento das prerrogativas, segundo ele, seriadecorrente dos processos contra os dois parla-mentares oposicionistas, João Cunha e GenivalTourinho, e das atividades terroristas "que hojetêm sacudido a opinião pública".Refutando o argumento do parlamentar si-tuacionista, o Deputado Del Bosco Amaral(PMDB-SP) foi violento. Disse que o Sr Bonifá-cio de Andrada acaba de "jogar sobre a banca-da do PDS a responsabilidade de estar, deforma policial, contribuindo para que o regimepossa colocar na prisão dois companheiros deParlamento".— Está responsabilizando também o PDS defazer o papel de policiais e testemunho deacusação para colocar atrás das grades os De-putados João Cunha e Genival Tourinho, disseo Sr Del Bosco Amaral.

Outra afirmação de conflito, na sessão matu-tina, foi a do vice-líder Hugo Napoleâo (PDS-PI). Ao defender o seu Partido da acusação depolicial, afirmou que o Partido do Governo "éum verdadeiro algodão entre cristais, evitandopermanentemente que aconteça o pior às opo-sições". O Deputado Cardoso Alves (PMDB-SP) pediu esclarecimentos sobre a afirmativa,dizendo que, com ela, o PDS colocava "sobre aOposição uma ameaça constante do Sistema".

Para sessão de hoje, oito oradores estãoinscritos: quatro encaminharão contra, quatroa favor do projeto. A sessão deverá se estenderaté às 13h e deverá se confirmar a previsão deque a emenda será arquivada. Por falta dequorum regimental para deliberação. São ne-cessários 211 votos a favor da Câmara e 34 noSenado.

Âbi-Ackel recebe dissidenteO Ministro da Justiça, Sr Ibrahim Abi-

Ackel, procurado ontem pelo Deputado PauloLustosa (PDS-CE), — "mais como amigo do quecomo coordenador político" — disse compreen-der as razões que levarão o parlamentar cearen-se a votar, em plenário, favoravelmente a emen-da Flávio Marcílio, que devolve algumas prer-rogativas ao Congresso. "Isto não quer dizer —afirmou o Sr Paulo Lustosa — que ele tenhadado o aval do Governo para que os demaisparlamentares do PDS votassem pela aprova-ção do projeto".O Sr Paulo Lustosa disse ao Ministro quetinha compromissos assumidos anteriormentecom a proposta de emenda constitucional doPresidente da Câmara e que agora não poderia"trair" sua posição. Ele afirmou ainda que nãopoderá cumprir quaisquer determinações daliderança em sentido contrário, e que "não sópermanecerei no plenário, mas votarei pelaaprovação da emenda.

Depois de se dizer "constrangido" e "angus-tlado" por não poder atender à orientação de

seu Partido, o Deputado Paulo Lustosa disse aoMinistro que estaria pronto para receber, "semreclamação", possíveis sanções por parte doGoverno em conseqüência de sua atitude."Acho que não haverá sanções" — disse —"mas talvez eu venhéa pagar, mais tarde, pelaminha falta de experiência política. Eu poderiaatender à orientação do Governo e não aconte-cer nada, porque a memória do povo é curta.Mas claro que não farei isto, pelos meus princí-pios de coerência e pela minha própria cons-ciência."

Ele fez questão de demonstrar que não havianenhuma "arrogância" em sua atitude e porisso preferiu procurar o Ministro "como amigo econselheiro" para colocar sua posição diante dofato. "Desde o início" — frisou — "eu apoiei aEmenda Flávio Marcílio porque sempre acredi-tei no Congresso como uma das maiores insti-tuições deste pais. Não me desiludi ainda com aCasa e acredito muito nela, apesar de meupouco tempo de mandato."

Pedessista garante apoio a projetoO Deputado do PDS do Paraná, Sr Waldmir

Belinati, afirmou ontem que "negar apoio àsprerrogativas do Congresso e negar apoio àabertura política". O parlamentar, que foi elei-to pelo extinto MDB, acrescentou que negar osvotos à chamada emenda Flávio Marcílio éaliar-se "às forças reacionárias e antidemocrá-ticas".— Essas forças — continuou—vêm obstacu-lizando a plena redemocratização no país, sejaatravés do terrorismo solto, seja através debombas que fazem vitimas fatais, seja atravésde ameaças veladas quanto à possibilidade deretorno ao obscurantismo político".

O Deputado afirmou acreditar no Preslden-te da República, "que vem dando provas ànação de sua obstinação em concretizar a aber-tura política". Citou como exemplo desta inten-çào a emenda, de autoria do Poder Executivo,

que restabelece as eleições diretas para gover-nadores."No momento em que se ouvem vozes lan-çando dúvidas quanto à aprovação desta emen-da, caso persista o clima de radicalização noCongresso, vale ressaltar o temor maior de quea subserviência aos menores caprichos antide-mocráticos, esta sim poderá constituir-se nomelhor respaldo para a não aprovação daseleições diretas em 1982, e náo a defesa legítimadas prerrogativas da instituição a que servi-mos", disse.

O Sr Belinati chamou "a um exame deconsciência profúndo" os parlamentares, e de-clarou o seu voto: "Votarei com a abertura doPresidente Figueiredo, com o programa do Par-tido Democrático Social e, portanto, a favor darestituição de parte das prerrogativas e fortale-cimento do Congresso Nacional".

Teotônio lidera movimento

para reunificar oposições negada

Brasília — O Senador Teotônio Vilela (AL),Io vice-presidente do PMDB, assumiu ontem aliderança do movimento pró-fusão dos Partidosoposicionistas. Seu primeiro êxito foi obter dopresidente do PMDB, Deputado Ulysses Gui-marães (SP), uma posição de não Intranslgên-cia em relação a esta possibilidade.No encontro com o presidente do PMDB, oSr Teotônio estava acompanhado do líder doPartido no Senado, Sr Paulo Brossard (RS),também favorável à fusão. Hoje ele promoveráuma reunião, no almoço, no Senado, de algunsparlamentares empenhados na reaglutinação.

PassarinhoDos 27 senadores das oposições, apenas qua-tro se mostraram descrentes desse movimento.

São eles os Srs Roberto Saturnino (PMDB-RJ),Nelson Carneiro (PMDB-RJ), Affonso Camargo(PP-PR) e Agenor Maria (PMDB-RN). O SrTeotônio vai procurá-los de imediato para umaconversa sobre seus problemas regionais.

Na tarde de ontem, pouco após ter regressa-do a Brasília, de onde estava ausente há maisde mês, encontrou-se com o Sr Camargo, que semostrou descrente da fusáo."Olha, Camargo. Você está parecendo umpassarinho, um verdadeiro, ave mesmo, queencontrou uma semente e perguntou-lhe o queseria. Quando ela respondeu que se transforma-ria em árvore, ele náo acreditou. Depois, aca-bou pousando nos galhos dela".

O Sr Camargo retrucou que juridicamentenáo havia como fazer a reaglutinação antes dosPartidos estarem registrados definitivamente.Ele, tinha informações de que o Governo iriaretirar da lei de reforma partidária a posslbili-dade de fUsão."Não se preocupe, Camargo. A fórmula virá.Quando o Churchill teve que enfrentar os nazis-tas não ficou preocupado em fazer planejamen-tos, fórmulas e especulações. Foi para à rua evenceu. Nós também vamos para a rua. Vocênáo viu o que aconteceu com a anistia? Vamospartir para a briga".

ConfrontoAcompanhado dos Senadores Gilvan Rocha

(8E), líder do PP, e Itamar Franco (PMDB—MG), favoráveis à reaglutinação, o Sr Teotônioera, ontem à tarde, o centro das atenções nocafé do Senado."Amanhã já convidei uns deputados do Riode Janeiro para comerem um mocotó. Vamosdiscutir logo o assunto com os deputados. Omovimento tem de ser de todo "o Congresso.'Antes de qualquer entendimento vou ao Ulys-ses dizer logo a minha posição. Creio que nin-guêm vai ficar contra"."Quem se opuser à fusão, corre o risco de serultrapassado" — observou o Sr Gilvan Rocha."Eles agora estão dizendo que o Governonão aceita fusáo. que isto põe em risco o regime.

Brasllío/Guilherm* Romôo

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Ulysses admite diálogo sobre jusãoEstão interessados em nos manter divididos,mas nós temos de reagir e aceitar o confronto"— comentou o Sr Itamar Franco."È" — ponderou o Sr Teotônio — "e tem deser de imediato. Nenhum Partido tem bandeira.Não pode ter enquanto náo houver a possibili-dade de alternância do Poder. Jã falei isto como Lula (o sindicalista Luís Inácio da Silva,presidente do PT). Temos de conversar comeles"."O Governo está falido. Esta semana osMinistros da Saúde e da Previdência Socialconfessaram o fracasso em suas áreas. Na sema-na passada foi o da Educação. Em economianem precisamos falar. Nós temos é que forçaruma decisão. Hoje só há duas posições no pais:ser contra ou a favor do Governo. Meio-termonáo existe" — afirmou o Sr Gilvan Rocha.

UlyssesÀs 18h30m depois de se avistar com o Sr

Ulysses Guimarães, o Sr Teotônio estava maisentusiasmado. Achou que o presidente doPMDB não está muito radical contra a fusáo.Contou ao Sr Itamar Franco, com quem voltoua se encontrar, com "o Ulysses não se opõe aque se discuta a questáo. Concorda em que sefaça os entendimentos. Ele está numa posiçãode nào intransigência e quer ver os resultados"._ À noite, em companhia do Deputado CarlosCota (PP-MG), muito ligado ao Senador Tan-credo Neves (MG), presidente do PP, os SrsItamar Franco e Gilvan Rocha foram jantarcom o Deputado Magalhães Pinto (PP-MG),presidente honorário do PP. O Sr Magalhãesserá procurado pelo Sr Teotônio nos próximosdias.

Gaúchos

condenam

GalvêasPorto Alegre — Depois de pe-

direm, da tribuna, a demissãodo Ministro da Fazenda, Sr Er-nane Galveas, por ter desviadoum DC-10 da Varig no últimodia sete, deputados do PDSgaúcho enviaram ontem telexao Presidente Figueiredo piei-teando "enérgica ação necessá-ria à satisfação da opinião pú-blica".

O Deputado Jarbas Lima. ex-líder do Governo na Assem-bléia, afirmou da tribuna que odesvio do DC-10 "representa oanti-respeito ao povo, a anti-probidade, a absoluta falta deausteridade, um comportamen-to de deboche. Ele não teveescrúpulo no uso do dinheiropúblico". Também em discur-so, o Deputado Êrico Pegoraroclassificou com abuso de podero ato do Ministro da Fazenda.

Novaes ironiza

futuros vôosBrasília — A primeira lição,

tirada pelo Deputado IsraelDias Novaes (PMDB-SP), dodesvio da rota de avião da Va-rig pelo Ministro da FazendaErnane Galvêas: "Antes de en-trar numa aeronave nacional,certifique-se se, entre os passa-geiros, nào se encontra um Mi-nistro de Estado. Se um estiverpresente, você não terá maiscerteza de cumprir o seu des-tino".

O comentário foi feito emaparte ao discurso do Depu-tado Mário Frota (PMDB-AM),ontem, na tribuna da Câmara.

PMDB

insiste em

diretasBrasília—O PMDB náo dará

qualquer pretexto ao Paláciodo Planalto, pára que seja ar-quivada ou rejeitada a emendaconstitucional de iniciativa dopróprio Executivo, restabele-cendo eleições diretas de gover-nadores a partir de 1982 e, su-primindo o mandato biônico desenadores a partir de 1976.

Foi o que disse ontem, em seugabinete, o presidente do Parti-do, Deputado Ulysses Guima-rães. Ele lembrou que consta doprograma do PMDB a defesa deeleições diretas em todos os ni-veis e por isso o Partido apre-sentou emenda, restabelecendoeleições presidenciais pelo votodireto. "E direito nosso reivin-dicar a medida" — frisou.

Vereador

tem revisão

Brasília — Acompanhandovoto do Ministro Rafael Mayer,a primeira turma do SupremoTribunal Federal negou, on-tem, a revisão criminal do jul-gamento que condenou a doisanos de reclusão o VereadorAdelmo Genro Filho, acusadode chamar o Presidente da Re-pública de. "débil mental", emdiscurso proferido na CâmaraMunicipal de Santa Maria (RS),por ocasião da visita do Chefedo Governo a Florianópolis, noano passado.

Funcionou como advogado,para requerer a revisão crimi-nal, o Deputado Marcelo Cer-queira (PMDB-RJ), que procu-rou explicar no STF que a ex-pressão considerada injuriosareferia-se apenas "em termosde ilustração" à "capacidadeintelectual" do Chefe do Gover-no, sem que isso pudesse serinterpretado no tocante "a suacapacidade de discernimento",ou atingisse sua identidade de"homem normal".

Comissão

acompanha

caso VitoRecife — Chegou ontem a es-

ta cidade o Padre Mario Costa-lunga, enviado pela ComissãoEpiscopal italiana para acom-panhar de perto o processoaberto pela Polícia Federalcontra o Padre italiano Vito Mi-racaplllo, Vigário-Geral de Ri-beiráo, ameaçado de expulsãodo pais sob a acusação de nãoter oficiado missa comemorati-va ao dia 7 de Setembro.'

O Sr Mario Costalunga disseque o Padre Vito está no Brasila pedido do Arcebispo de Pai-mares, Dom Acácio Rodrigues,"para colaborar na caminhadaque a Igreja deste municípioestá fazendo dentro das linhasdo Vaticano-ü. Portanto, estádentro do seu papel como pas-tor o trabalho que vem desen-volvendo em Riberào". O PadreCostalunga permanecerá emRecife até o final do processo.

Empresários querem

influir Deputados

nas eleições de São PauloSâo Paulo — "Os empresários podem mudar

as feições das eleições de 1982 em São Paulo,caso seja dado a eles um nome que possa serconsiderado uma bandeira", afirmou, ontem, odiretor-superintendente do grupo Pão de Açú-car, Abilio Diniz. Ele salientou que "a vitória doLuis Eulálio de Bueno Vidigal Filho nas elei-çóes da FIESP bem demonstram o poderio doempresariado".

"Sei que as eleições da FIESP têm umpúblico limitado, mas a demonstração de forçana eleição do Luís Eulálio, dá um bom indicati-vo do que os empresários podem fazer", afir-mou. Explicou que "o nome a ser indicado parao Governo do Estado pode ser analisado pelosempresários, de forma prévia. O diálogo deveser praticado, para que se chegue a um nome decomum acordo".

Participação direta

O Sr Abílio Diniz disse, ainda, que até omomento os empresários participaram das elei-çóes, cedendo recursos financeiros a determina-dos candidatos, "mas esta é uma participaçãoindireta. Nós podemos ter uma participaçãodireta e mudar a feição das eleições de 1982 emSão Paulo". O Sr Diniz em momento algumdisse que o PDS, Partido do Governa estariasem condições de ganhar as eleições, sem oauxílio dos empresários.

"Creio que empresários como o Cláudio Bar-delia, Luís Eulálio de Bueno Vidigal Filho,Antônio Ermírio, eu e outros, temos condiçõesde trabalhar com afinco e mudar o rumo daseleições de 1982 no Estado de São Paulo. E

Arquivo'1978

Abílio Diniz

preciso apenas que nos dêem uma oportunida-de para isto".

"Seria necessário que tivéssemos um nomeque fosse uma verdadeira bandeira. O empresà-rio a partir dai pode adotar uma posição firme.O nome do candidato a Governador deve ser-nos submetido, previamente, para chegarmos aum consenso", concluiu o Sr Abílio Diniz.

Comunista acha diálogo com

o Governo "normal

e útil"

São Paulo — A abertura política não parou,disse ontem o secretário-geral do proscrito Par-tido Comunista Brasileiro, Sr Giocondo Dias,que apóia o diálogo dos dirigentes oposicionis-tas com o Governo, através do presidente doPDS, Senador José Sarney, por achá-lo "nor-mal e útil".

Segundo o secretário-geral do PCB, "os co-munistas apostam na abertura" e estão prepa-rando o 7o Congresso do Partido, a se realizarem 1981. Atada este ano serão divulgadas asteses em elaboração, informou o Sr GiocondoDias, respondendo a perguntas encaminhadaspelo JORNAL DO BRASIL.

Temas polêmicos

As perguntas sobre as divergências entre oatual secretário-geral e o anterior, Sr Luís Car-los Prestes, não foram respondidas, segundodirigentes comunistas de São Paulo, porque oComitê Central está elaborando Um documentoa ser divulgado nos próximos dias sobre oassunto.

O Sr Giocondo Dias náo respondeu tambémperguntas em relação ao Partido dos Trabalha-dores, ao Sr Leonel Brizola, grupo clandestinoMR-8, PC do B e sobre a sucessão paulista aoGoverno do Estado, em 1982.

Como os comunistas vêem a posição dosdirigentes do PMDB e do PP conversando como Governo através do Senador Sarney, parahipotecarem apoio ao Presidente Figueiredono combate ao. terrorismo?

Náo há o que estranhar no fato de quedirigente de Partidos realizem conversaçõescom quem quer que seja, para apurar responsa-bilidades pelos atos terroristas. Consideramosisso normal e útil. Na verdade, o objetivo princi-pai dos terroristas era bloquear o processo deabertura que, bem ou mal, está-se dando nopaís. Por outro lado, o surgimento do terroris-mo é um sintoma das crescentes dificuldadesdo Governo para se auto-reformare sobreviver.A ação do terrorismo visa a criar condiçõespara impor o retrocesso. E é claro que, paraisso, conta com o apoio e a neutralidade deimportantes setores enqulstados no sistema depoder.

Os comunistas apoiam o Presidente nocombate ao terrorismo?

Veja, quem melhor dispõe dos instrumen-tos capazes de identificar e punir os terroristasé, obviamente, o Governo. Náo conhecemos,até agora, entretanto, qualquer providênciaconcreta que tenha sido tomada neste sentido,à qual pudéssemos dar apoio ou solidariedade.

O Senador Montoro e o Governador Ma-luf acham que os atentados terroristas podemajudar a democracia. O Senador acha que elesfortalecem a democracia na medida em queunem a sociedade no repúdio unânime a essesatos. Os comunistas concordam com essas co-locações?

Não conhecemos essas declarações, masnão há como confundir as coisas: o Senador éfavorável à democracia e o Governador é con-tra ela. De nossa parte, somos radicalmentecontra a tese do "quanto pior, melhor". Somoscontra qualquer tipo de terrorismo. O terroris-mo é pernicioso à democracia e à classe operá-ria. O caminho para resolver os problemaspolíticos é o da ação das massas. Por issomesmo, pensamos que, para derrotar o terror, énecessária a ação convergente de todas asforças que a ele se opõem.

Como os comunistas vêem o movimentopendular do Govemo, que, segundo afirmamanalistas políticos, para punir a direita teráque punir também a esquerda?

Movimento pendular? Onde? Neste senti-do, náo observamos nenhum movimento pen-dular. Ao contrário, nesses 16 anos, só as forçasdemocráticas foram reprimidas.

Os comunistas também são acusados derealizar um movimento pendular, radicalizan-do nos momentos de maior repressão e conci-liando diante da abertura politica.

Nossa história política recente, de comba-te ao regime militar implantado em 1964, náo épendular. Mesmo nos momentos de maior re-pressão, quando muitos de nossos companhei-ros eram assassinados, procuramos náo nosafastar da poHties de unidade entre todas asforças democráticas. Nunca deixamos de pro-curar a formação de uma ampla frente demassas na luta pela democracia. E isso quandooutras forças defendiam caminhos suposta-mente mais curtos. Resistimos vigorosamenteà onda aventureira e esquerdista. Procuramossempre superar a tentação golpista. E. em todo

Arquivo/1980

Giocondo Diasesse período, jamais conciliamos com o regime.Somos uma força que luta abertamente pelatransformação radical da sociedade brasileira,pela democracia e pelo socialismo.

O Sr Luis Inácio da Silva diz que oGoverno responsabiliza a direita pelos atenta-dos para dar a impressão de que a esquerdaestá no Poder, de que o Presidente Figueiredo eos Ministros Golbery e Delfim são de esquerda.Os comunistas concordam com essa colo-cação?

Também deconhecemos tais declaraçõesatribuídas ao Lula, cuja conduta é de combateao terrorismo.

Os comunistas têm como líquida e certa arealização de eleições diretas em 1982?

O adiamento das eleições municipais eoutras medidas antidemocráticas indicam quenão. O regime não desconhece o importantepapel que as eleições tradicionalmente desem-penharam na mobilização, na unificação detodas as forças que lhe são opostas. Por issomesmo, a luta pelas eleições de 1982 ganha umasignificação particular. Não há segurança deque sejam realizadas, porque existem forçaspoderosas interessadas em postergá-las indefi-nidamente. Além disso, o Governo manobrapara impedir, através de várias restrições, umavitória das oposições, caso essas eleições serealizem. Só a unidade e a mobilização de todasas forças democráticas, de todos os partidáriosda realização de eleições diretas no pais, é quepodem garanti-las.

O que é mais importante para os comu-nistas, a Constituinte já, ou a realização deeleições diretas em 1982?

Veja, não nos parece correto colocar aquestáo dessa forma. Não vemos contradiçãoentre lutar pelas eleições diretas em 1982 e lutarpela Constituinte. Ao contrário, são dois gran-des objetivos que se completam e se fortalecementre sl. Eleições diretas fortalecem a vidademocrática e, portanto, contribuem para o fimdo autoritarismo. Por sua vez, a AssembléiaNacional Constituinte deverá selar a sorte des-se autoritarismo.

O PCB, a exemplo do Senador TancredoNeves, acha que a abertura "encalhou", oumesmo, como disse o Sr Raimundo Faoro,"parou"?

Não. O Governo tem apenas procuradoImpor os limites que se fixou para dar forma aoseu projeto de auto-reforma, visando consolidare Institucionalizar o regime, e que gostaria dever prevalecer. Porém, cada vez encontra maisdificuldades nessa direção. E assim como foiobrigado a ceder espaços às forças democráti-cas e à classe operária — espaços que consti-tuem a verdadeira abertura — poderá vir nova-mente a fazê-lo, dependendo da mobilizaçãopopular e do grau de unidade das forças deoposição. Os comunistas, então, apostam naabertura.

Pelo trabalho que desenvolve nesse senti-do, o PCB tem alguma previsão de quandoalcançará a legalidade?

A legalidade do Partido é uma espécie determômetro, um índice do grau de avanço ourecuo do processo de democratização de umpais. No Brasil, onde o anticomunismo se tor-nou, nos últimos anos, doutrina oficial do Esta-do, a conquista da democracia é inseparável daconquista da legalidade do Partido, que impli-cará um golpe no arsenal ideológico do regime.Por isso. a bandeira da legalidade do Partidonão interessa apenas a nós.

criticam

senadoresBrasília — Deputados do

PMDB e do PP subscreveramnota à imprensa, criticando aposição de senadores oposicio-nistas que apresentaram soli-dariedade ao líder do Governono Senado, Jarbas Passarinho(PDS-PA), no incidente criadoapós o Deputado SiqueiraCampos (PDS-GO) ter votado afavor da emenda restabelecen-do prerrogativas do Legislati-vo, na Comissão Mista do Con-gresso.

O documento foi coordenadopelo Deputado Iran Saraiva(PMDB-GO) e, entre outros, as-staaram os Deputados AudálioDantas (PMDB-SP), CristinaTavares (PMDB-PE), MarioFrota (PMDB-AM), JerònimoSantana (PMDB-RO), PedroIvo (PMDB-SC), Joel Vivas (PP-RJ), Leopoldo Bessone (PP-MG), Rosemburgo Romano(PP-MG), Hildérico Oliveira(PMDB-BA), Osvaldo Macedo(PMDB-PR) e Paulo Borges(PMDB-GO).A NOTA

"Náo podemos nos silenciarsobre o escandaloso apoio quesenadores do PMDB acabamde dar ao Partido do Governo,sob o pretexto de estarem pres-tando solidariedade ao líder doPDS, Senador Jarbas Passa-rinho.

Náo caberia, de sâ consciên-cia, nenhuma iniciativa porparte de qualquer Senador doPMDB — e, por extensão, dequalquer Partido oposicionista— no sentido de se imiscuirnuma questáo da economia in-terna do PDS, que envolve oSenador Jarbas Passarinho e oDeputado Siqueira Campos.

E essa intromissão torna-semais descabida e intolerável àmedida que ele toma contornospolíticos, prestigiando o líderdo Partido oficial, que não tempoupado esforços no sentido delevar ao arquivo a emenda dasprerrogativas, pela qual se ba-tem os Partidos da Oposição epela qual o Deputado SiqueiraCampos votou na ComissãoMista do Congresso, contra-riando a orientação do própriosistema.

Não podemos nos silenciarante a desastrada iniciativa dosSenadores do PMDB, sobretu-do quando se recorda que slste-matlcamente eles vêm, junto àdireção nacional do Partido,impondo suas vontades contraas reivindicações partidáriasdos mais de 100 Deputados pe-medeblstas na Câmara".

Mineirosculpam o Governo

Belo Horizonte—Os Deputa-dos Milton Lima (PP) e SyloCosta, da antiga Arena, e aindasem Partido, em pronuncia-mentos ontem da tribuna doLegislativo mineiro, condena-ram o Governo por conhecer asgraves acusações contra o De-putado Siqueira Campos (PDS-GO), desde 1973, e nada terfeito para puni-lo.O Deputato Sylo Costa, quechegou a propor a abertura dosarquivos do Governo para sa-ber quem é quem no Poder Le-gislativo, salientou que o dossiêpublicado contra o Sr SiqueiraCampos e as denúncias de no-meações de familiares, do presi-dente da Câmara, DeputadoFlávio Marcílio, "parecem atéum epltáflo do Poder Legislati-vo". O Deputado da antiga Are-na ressaltou que o expedienteusado pelo Governo,"de pren-der o rabo do freguês para sol-tar na hora em que for conve-niente", nem Maqulavel reco-mendava.

Oposição

derruba

urgênciaBrasília — As lideranças opo-

sicionistas surpreenderam on-tem o líder da Maioria, Depu-tado Nelson Marchezan, com arejeição de um requerimento deurgência de sua autoria, paraum projeto considerado semimportância para todos os Par-tidos. A matéria autoriza a con-trataçáo de quadro de pessoalpara a Justiça Eleitoral de Ma-to Grosso do Sul.

A urgência para uma matériaconsiderada sem importância,"mais de cortesia para com aJustiça", nas palavras do vice-lider Bonifácio Andrada (MG),contou com rejeiçáo imediatados Partidos oposicionistas.Quando estes requererem veri-ficação de votação — até entãoo plenário estava vazio.

O pedido de urgência foi du-piamente rejeitado: os votos daMinoria parlamentar ultrapas-saram os votos do PDS, e nãohouve quorum suficiente, ape-sar de os parlamentares, após oinício da votação, haverem cor-rido ao plenário. Por 101 contra,98 a favor e duas abstenções —totalizando 201 votantes — oprojeto retoma os seus rumosnormais, Isto é, será apreciadono devido tempo, sem a urgên-cia requerida."Tudo náo passou de um tes-te", explicou, durante a vota-ção, o lider de plantão doPMDB, Osvaldo Macedo (PR».

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"ORNAI DO BRASIL ? quarta-feira, 15/10/80 ? Io Caderno POLÍTICA E GOVERNO — 5

Rafael quer

o PMDB como porta-voz

da burocracia estatal

Brasília — "Para defender o país darecessão, o PMDB deve se colocar aolado da burocracia estatal, tornando-se oseu porta-voz político e tecendo com elauma aliança alicerçada na defesa dosinteresses comuns", afirma o ex-Deputado Rafael de Almeida Magalhãesnuma carta de 25 laudas à direção do seuPartido, na qual faz uma ampla anãliseda situação econômica e política do pais.Na longa ctrta, o Sr Rafael de Almei-da Magalhães chega a autocriticar aatuação do PMDB, quando diz: "Somos,cada qual, o eco comportamento do ou-tro. Somos inimigos e não adversáriospolíticos. Desconfiamos uns dos outros.Nossa proteção é o titulo de intransigen-tes que os radicais nos conferem. Nãotemos a coragem moral — nem nós, nemeles (o Governo) de percebermos todosque o maniqueísmo, como norma de con-duta, garante a liderança de um lado e deoutro aos radicais".

A análiseDepois de uma série de considerações

em que conclui que a liberalização é "umardil para a perpetuação, por uma novamodalidade, mais civilizada, de regimeautocrático", o ex-Governador cariocasustenta que "a legislação repressiva,editada pelo Governo e só por ele, éprova suficiente de que o regime nãoaceita a alternância".

Pois—e esta é a noção democráticado compromisso — a simples perspectivada atual Oposição vir a ser Governosugeriria aos autocratas moderação nainstrumentação da capacidade represso-ra do Estado. Quem fere com a lei desegurança, numa perspectiva democráti-ca, poderá vir a ser ferido por ela. Quemcontrola a imprensa com uma lei restriti-va poderá ser vitima da mesma restrição.A idéia de moderação — prossegue— contida na idéia democrática — tradu-zida no compromisso e na negociação —é inspirada pela sabedoria dos que sa-bem que a roda da fortuna gira e que associedades se transformam Os autocra-tas pensam numa realidade controlada efixa; os democratas numa realidade emmovimento.

Em seguida, afirma que a implosão doantigo MDB foi "um legitimo golpe deestado, um claro abuso de poder", argu-mentando que se traduziu por uma alte-ração na regra do Jogo destinada a am-pliar a base de manobra do regime, assimpermitindo-lhe melhores opções em ma-téria de alianças e de redlflnição dasnormas eleitorais para o pleito de 1982.

Depois de acentuar que o regime não. édemocrático e de tudo capaz para man-ter-se no Poder, observa que, sem a im-plosão do MDB não teriam ocorrido nema anistia, nem o compromisso de eleiçãodireta para governador do Estado. Aabertura, assim, "foi o preço que o MDBpagou pela conquista da anistia e daeleição direta de governador".

Argumenta que, assim mesmo, o Go-verno precisava do concurso de algunshomens da Oposição na organização denovos Partidos:O regime tinha como certo quealguns companheiros da Oposição esta-vam decididos a organizar Partidos.°ois, mesmo votada a lei, mesmo extintoo MDB, a operação seria inócua — umaviolência desnecessária, um golpe de es-tado sem proveito — não se dispusessemBrizola, Tancredo e o Lula a constituir osseus Partidos.

O regime queria Isolar a esquerda,com a abrangência conceituai com que acaracteriza, compreendendo, além da es-querda organizada—todas as diferencia-das frações comunistas — a esquerdademocrática e pluralista, os socialistasdemocráticos. Brizola, Tancredo e Lula(este não sei se conscientemente) enten-deram que valia segregar a esquerdacomo preço da transição do autoritaris-mo para a democracia. Aceitaram, impli-citamente, a proposta do regime de limi-tar a competição pelo poder, comporta-mento que o PMDB se recusou correta-menta a ter.

Concluiu, depois dessas considera-ções, que a manobra parecia consistente,"estava articulada desde a anistia, quenão foi, como sabemos, um ato de per-dão, mas uma providência preparatóriapara a ruptura do incômodo bipartidaris-mo". Os resultados dessa reorganizaçãopartidária "desnortearam os estrategis-tas do regime".

Primeiro — afirma — porque oPMDB, sucessor do MDB, manteve am-pia hegemonia na representação formaldas oposições; segundo porque a lideran-

Arquivo/1978

Rafael de Almeida Magalhães

ça bãsica que dá sentido ao Partido —liberais comprometidos com as reformassociais e as esquerdas democráticas—foipreservada. Terceiro, porque as maioresexpressões eleitorais das oposições per-maneceram no PMDB. Quarto, porque oPDT não conseguiu enfraquecer senãomarginalmente o ex-MDB em São Pauloe no Rio Grande do Sul, a ponto de oregime investir, em vista da sucessãopaulista, no ex-Presidente Jânio Qua-dros. Quinto, porque a deserção na ex-Arena foi mais profunda do que a imagi-nada, ameaçando a maioria absoluta doGoverno no Congresso, essencial para ojogo do contlnuismo.

Novo quadroAssinala que, depois de esboçado o

novo quadro partidário oposicionista,não se fizeram tardar as advertências deque a robustez do PMDB poderia ser umembaraço ao prosseguimento do projetode distensão. Observa que a aliança deforças concentrada nesse Partido nãomerece a confiança do sistema.

Explica, a seguir, que a tentativa quefez para articular uma aliança interparti-dária entre o PMDB, o PP, o PDT e o PTera a resposta ao movimento divisionistado regime com três objetivos: evitar quequalquer desses Partidos pudesse enten-der-se isoladamente com o Governo, ne-gociando o futuro democrático do pais;demonstrar ao povo que o compromissodemocrático dos Partidos continuavaprioritário e era inegociável para qual-quer deles; demonstrar que os quatroPartidos tinham capacidade, à margemdas suas diferenças, para articular umprograma mínimo de ação política e eco-nômica — orientadora da atuação co-mum no Parlamento, como fora do Parla-mento.

Sustenta que, se estabelecido, o acor-do seria mais do que "um contragolpeformal à manobra do regime", uma vezque credenciaria as oposições junto àsociedade, permitindo, pela própria di-versidade de seu espectro partidário,"forjar alianças para pressionar o Go-vemo".

Articulados em torno de um progra-ma mínino, teríamos maior poder paraenfrentar as ameaças dos radicais, sejaos que reformam o país pelo discurso,acreditando que slogans e palavras deordem bastam para transformar uma so-ciedade, seja os que acreditam na bombae no endurecimento como respostas —afirma, concluindo que, "por motivos cir-cunstanciais, que não convém discutir,não foi possível aprovar um programacomum".

Lamenta que todos continuem a pen-sar mais no eleitor esquecendo-se que"as eleições — eleições reais — são, ain-da, um alvo a conquistar", enquantoobserva que as oposições continuam semum programa e uma estratégia comuns,"para alegria do regime, antes de soada ahora". Somos, cada qual, o eco do compor-tamento do outro. Somos inimigos e nãoadversários políticos. Desconfiamos unsdos outros. Nossa proteção é o título deintransigentes que os radicais nos confe-rem. Não temos a coragem moral, nemnós, nem eles, de percebermos todos queo maniqueísmo garante o exercício efetl-vo da liderança, de um lado e outro, aosradicais. A situação do país é grave de-mais. Exige, de ambos os lados, a cora-gem do gesto. Mais do que nunca, ele énecessário.

Ao encarecer a necessidade de umaluta por objetivos concretos, capaz deaumentar o poder de mobilização popu-lar dos Partidos de Oposição, o Sr Rafaelde Almeida Magalhães afirma que aque-les que precisam administrar com com-petência, "ampliando nossa capacidadede influir no processo decisório e mobili-zar na base da sociedade".

Sustenta que o Governo "tem o poder,mas não tem projeto a oferecer", lem-brando que perdeu a credibilidade e osci-la "diante de cada questão", ao mesmotempo em que sofre pressões à sua di-reita. Não tem resposta para a crise: ainstitucional ameaça tragá-lo, a econò-mica solapa as suas bases e a socialacumula tensões dificilmente controlá-vels. Diante do terror, parece paralisado,como se não pudesse levar adiante o seucompromisso público de punir os respon-sáveis.

Assinala que o PMDB tem de ousar "agrande política, que se faz em cima derealidades" e não de afirmações abstra-tas, ao mesmo tempo lembra "o desespe-ro dos empresários a se acusarem reci-procamente" como a maior evidência deque o Governo não encontrou uma saldaque fosse para as forças do capital, pollti-ca e socialmente aceitável.Quanto pior a situação — observapior seráo os efeitos da crise sobre osinteresses populares como para as oposi-ções democráticas. O tanto pior traz vo-tos para as oposições — mas, provável-mente, antes da eleição, provocará umretrocesso se não agirmos, nós, política-mente.

Pois o retrocesso—continua — viráao desespero da classe média, dos aten-tados das organizações de direita em suapressão para o endurecimento, das pro-vocações dos grupos esquerdistas, dadesmoralização das elites, as oficiais e asda Oposiçáo, criando, pelo encontro dosopostos, um clima propicio à germinaçãodas soluções messiânicas e a implanta-çáo de um regime ainda mais à direita,até mesmo sob retórica nacionalista.

Afirma que a recessão junto com ainflação corretiva "é condenar ao deses-pero as forças sociais num pais em forma-çáo", ainda que continue a "política ofi-ciai para reverter a alta dos preços eequilibrar o balanço de pagamentos".Pratica-se uma política que, maisdo que um erro, constitui um crime exe-quivel na atmosfera do arbítrio mais ab-soluto, pelo agravamento da situaçãosocial que Inevitavelmente provoca.

Depois de outras considerações sobrea necessidade de lutar contra a políticade recessão, afirma que o PMDB "devedefender, corajosamente, o programa deinversões da Petrobrás, do BNDE, daEletrobrás, de Fumas, do DNER, doDNEF, e da Vale do Rio Doce", observan-do que, para defender o país da recessão,o PMDB deve se colocar ao lado daburocracia estatal, tornando-se o seuporta-voz político e tecendo com ela umaliança alicerçada na defesa de interes-ses comuns".

Um déficit público fabricado — dize de origem espúria está sendo usadopara justificar a destruição das empresasestatais. Essas empresas são patrimôniopúblico e devem ser preservadas.

Sugere a formação de uma aliança dosquatro Partidos em torno de um progra-ma mínimo que representa um verdadei-ro decálogo, pregando, entre outras coi-sas, a acumulação de forças, "através depactos e acordos, no Parlamento e foradele", com os mais diversos setores dasociedade "para exigir regras honestasna competição política, a fim de que, em1982, o povo possa, sem influências ca-suísticas, livremente, garantir, se assimfor, a sua vontade real, a vitória dasoposições".

Fala na Constituição, na recuperaçãodas prerrogativas do Congresso, em asse-gurar "um mínimo de llfeerdade sindicale comunitária" e, ainda, a definição deum programa mínimo "alternativo decurto prazo", o qual compreenderia, emsíntese:

Io) Críticas à política oficial, com enfo-que, sobretudo, ao enfoque recessivo emcurso; reforma na lei trabalhista paragarantir ao trabalhador maior liberdadede organização, estabilidade no empregoe seguro contra perda do emprego; refor-ma fiscal para criação do Fundo de In-vestimenta Social; reforma do sistemafinanceiro nos termos das conclusões de-finidas na CPI do Senado sobre o funcio-namento dos mercados financeiros.

PDS do Rio

aguarda

lacerdistasO PDS do Rio poderá receber, na

próxima semana, o reforço da adesão dogrupo de ex-lacerdistas liderados peloex-Deputado Raul de Oliveira, todos cas-sados em 1969 e anistiados no ano pas-sado.

O Sr Mauro Magalhães, espera que emreunião na próxima semana, seja tomadauma decisão conjunta, "para que todo

grupo dè uma demonstração de unida-de". Um dos objetivos dos ex-deputadosé participar ativamente do processo dedisputa ao Governo do Estado, nas elei-ções diretas de 1982.

Contatos amplos"Nós, lacerdistas, nunca tiramos dacabeça a idéia de voltar ao Palácio Gua-bara", diz o Sr Mauro Magalhães, líder doGoverno Lacerda, pela antiga UDN, naAssembléia Legislativa da extinta Guanabara. Atualmente na presidência daADEMI (Associação dos Dirigentes deEmpresas do Mercado Imobiliário", ele-

Já teve contatos com dirigentes de quase

todos os Partidos e acha que "chegou ahora de uma decisão".

Conversou com o Sr Leonel Brizoladuas vezes, quando o ex-Govemadorgaúcho ainda disputava a legenda doPTB, depois ganha pela Sra Ivete Var-gas; conversou com o Deputado Maga-lháes Pinto, presidente de Honra do PP;com o Senador Nelson Carneiro e o ex-Deputado lacerdista Raphael de Almei-da Magalhães, ambos do PMDB; e comos Deputados Léo Simões e Célio Borja,Senador Amaral Peixoto, Prefeito Wel-lington Moreira Franco e o Sr GuilhermeRomano, do PDS.

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Ficam convidados os Senhores Acionistas a se reunirem emAssembléia Geral Extraordinária, no dia 23 de outubro de 1980,ás 15 horas, na sede da Companhia, no Setor de AutarquiasNorte, Rua Dois, Edifício da PETROBRÁS - 4o andar, em Brasília,Distrito Federal, a fim de deliberarem sobre a eleição de membrodo Conselho de Administração.

Brasília, 13 de outubro de 1980JOSÉ COSTA CAVALCANTIPresidente doConselho de Administração

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Informe JB

Sem acessoDeslocar-se de automóvel da Zona Sul

para a Barra da Tijuca torna-se cada diamais difícil e perigoso, devido à má quali-dade das obras de duplicação das pistasda Avenida das Américas. A situação,que já era ruim, piorou com a inaugura-çào da duplicação da ponte sobre o canalde Sernambetiba pouco antes do primei-ro dia da Feira da Providência. A obra foientregue ao público sem qualquer avisoou sinalização apropriada. A pista, muitolarga, não é iluminada e não há faixas deorientação. Trafegar por ela, ã noite, équase uma roleta russa. Não se sabenunca o que vai acontecer No fim desemana passado dois acidentes gravesmarcaram com tragédia os primeirosdias da pista.

¦ ¦ ¦E indesculpável: os acessos ao novo

viaduto não têm proteção; meio-fto, mu-reta ou guard-rall, o que significa que seum carro perder a direção, será precipi-todo de altura de 10 metros, no interiordo canal. Com as chuvas dos últimos diaso asfalto irregular e mal aplicado jádesapareceu das novas pistas, abrindoverdadeiras crateras no piso, aumentan-do o perigo de desastres.

O mesmo quadro se repete no trevoexistente em frente ao Carrefour, onde hápostes fora do alinhamento do meio-flo, eo canteiro que divide as duas pistas ja-mais foi concluído. A terra dos canteirosinvade as pistas de rolamento; com aschuvas, transforma-se em lama, que mis-turada com o óleo, é o melhor que hápara grandes derrapagens.

¦ ¦ ¦A Barra está definitivamente integra-

da ã Cidade, e os seus problemas sãoproblemas de todos.

Os que lá moram e os que lá vãomerecem mais respeito dos que têm odever de dar conforto e segurança aoscidadãos.No trono

O Presidente do Senado, Senador LuísViana Pilho, disse que acreditar na elei-çào direta para a Presidência da Repúbli-ca, em 1984, é o mesmo que pensar narestauração da monarquia.

Na hereditária — ele esqueceu de es-clarecer.Convite

Nào faz sentido — a não ser comoprovocação Infantil, ou curiosidade mór-bida — o convite ao Sr Luís Carlos Pres-tes, para falar, na Câmara dosDeputados, sobre a Revolução de 30.

Em 1930 ele estava exilado em BuenosAires e lá recebeu a visita de João Albertoe Siqueira Campos — Juarez Távora nãofoi porque estava preso — que o convida-vam para chefiar o movimento revolucio-nário. Já bastante envolvido com o comu-nismo e nas primeiras leituras marxistas,o legendário Chefe do Estado Maior daColuna Miguel Costa-Prestes recusou aliderança que lhe era oferecida numabandeja de prata.

Alegou que nào pegaria em armasnovamente por uma revolução burguesa.

E assim perdeu o bonde da história.

PresidênciaO processo de sucessão da presidência

da Câmara dos Deputados obedece, se-gundo fonte do Palácip do Planalto, a umprocesso normal. Todas as candidaturassào consideradas: a do Deputado DjalmaMarinho, mesmo sendo visto, pelo Planai-to, como quase um oposicionista; a doDeputado Homero Santos, virtualmenteinelegível.

No Planalto acredita-se que por sele-çào natural, da relação de nomes acabarásobrando a do líder Nelson Marchezan.Que para efeitos formais, garante não sercandidato. \

Tudo isto, na área do Governo.Quanto à Oposição — é outra história,

que começa em Minas."Honoris causa"

Dom Basllio Penido, Presidente daCongregação dos Beneditinos do Brasil,Abade do Mosteiro de Olinda e educadordo Colégio São Bento, foi laureado ante-ontem com o ttiulo de Doctor of HumaneLetters, Honoris Causa, pela GeorgetownUniversity, de Washington. O laurel foientregue pelo Presidente da Universlda-de, Timothy Healy. Em nota distribuídapela Universidade, Dom Basllio foi desta-cado como um "monge, padre, abade emédico que tem permanecido ativamenteempenhado na busca da reformulação da

Igreja Católica no Brasil para melhorservir aos pobres".

Na homenagem formal da Universida-de, afirmou-se que "de Dom Basílio Peni-do pode ser dito que ele combina realis-mo, idealismo e humanismo. Um homemde orações e um homem de ação. Inspira-çào para todos os que aspiram a uma vidacomprometida com uma causa e comprincípios."

HemorragiaDiagnóstico do Sr Guilherme Ro-

mano:— Consegui pinçar o vaso sangüíneo e

depois de fazer três ligaduras, constateique não havia mais sangue na cavidade.A hemorragia do PDS foi estancada.

Não foi.O sangue dos Deputados Júlio Louza-

da, Wilmar Pallis e ítalo Bruno já estácorrendo para outras artérias.

Tóxicos pelo ar

Quando Cole Porter cantou / get nokick from cocatne; mal sabia o que iaacontecer depois. Ontem, por exemplo,uma emissora de FM de música joveminformava que a música a ser transmiti-da, Cocaine, de Eric Clapton, era home-nagem do bagana, "velho conhecido devocês que estão rodando pela Vieira Sou-to ou Alto da Tijuca, mergulhados naque-la maresia".

E como punch Une de toda história:Desberlota rapaziada, que caroço en-

gasga!m m m

Vertidos do idioleto dos iniciados nomundo dos tóxicos para o coloquial docomum dos mortais, bagana é o pequenocigarro de maconha; maresia, o odor pro-vocado pela queima do cigarro e desber-lotar, desencaroçar a maconha prensada.

Mesmo levando em conta o enriqueci-mento do léxico, há que convir que apropaganda de tóxicos é algo intolerável,e condenável sob todos os aspectos."Os Campeões'

Dias Gomes leu o texto de sua peça OsCampeões do Mundo para um grupo deintelectuais e artistas. A peça, sobre osacontecimentos dos anos 70 no Brasil,certamente dará motivo para muita polê-mica.

Antes da leitura, o autor afirmou queassumia posição pessoal e Independentesobre os acontecimentos citados na peça— posição que certamente não agradariaa todos os presentes.

Pela discussão que se seguiu à leitura,pode-se dizer que fez diagnóstico perfeito.A peça não agradou a todos.

Os Campeões do Mundo tem estréiamarcada para o próximo dia 30, no Tea-tro Villa-Lobos.Exemplo

Durante debate pela televisão, em Sal-vador, o Ministro Hélio Beltrão foi coloca-do frente a frente com o líder do PMDBna Assembléia baiana, Deputado Arqui-medes Pedreira Franco, e com o ex-Deputado federal Hélio Ramos, cujo no-me estava na primeira lista de políticoscassados, em 1964.

Os três concordaram em que a buro-cracia é um inimigo a ser combatido peloGoverno e Oposição, o que de resto, comoestá acontecendo no Rio, é chover nomolhado. Discordaram educadamentequando se discutiu a velocidade do pro-cesso de abertura política — mas emquestões menores, o ex-Deputado cassa-do discordou mais do líder do PMDB doque do Ministro.

Mas em nenhum momento o nível dadiscussão baixou. Divergências e ocasio-nais concordâncias foram apresentadasno agradável estilo da discussão civili-zada.

Um bom exemplo para quem pede odiálogo — com duas pedras na máo.Nobel

Adolfo Perez Esquivei, Prêmio Nobelda Paz de 1980 não é membro da Comis-são Pontifícia de Justiça e Paz na Argen-tina — mas sim coordenador do movi-mento Servido, que tem como subtítuloa designação Justiça e Paz em Orienta-ção de Não Violência. Esquivei é o coor-denador-geral para a América Latina domovimento, do qual participam D HelderCâmara, D Paulo Evaristo Ams e outrosbispos brasileiros. O coordenador no Bra-sil é o advogado Mario de Jesus Carvalho,que se notabilizou por sua ação na áreado direito trabalhista.

Lance-livreO Senador Tancredo Neves almoçou

ontem com o Deputado Jorge Vargas. Anoite, o Sr Magalhães Pinto jantou com oSenador Itamar Franco e com os Deputa-dos Carlos Cota, Jorge Vargas e HélioGarcia. Mais um round na luta entre asfacções do antigo PSD e UDN, no interiordo PP, pelo Governo de Minas.

Os presidentes dos bancos comerciaisestão procurando descobrir a paternida-de de documento, que circula no Planai-to, sugerindo o afastamento das institui-çóes financeiras de qualquer estímuloflscal. Dois suspeitos na mira dos ban-queiros: a Comissão de Valores Mobiliá-rios e a assessoria do Ministério da Fa-zenda.

Odontólogos do Rio e do Norte flumi-nense estão reunidos, a partir de hoje, na3a Semana Odontológica e 3a Jornada daFaculdade de Odontologia de Campos.Até o dia 18 será desenvolvido programade cursos e simpósios, abrangendo todasas especialidades, com conferências e co-municações. O coordenador científico é oprofessor Paulo Serodio Mello e os even-tos se realizam na Faculdade Odontológi-ca de Campos.

Até a Última Gota, documentário deSérgio Rezende sobre o comércio inter-nacional de sangue humano, volta doFestival de Mannheim, que terminou sá-bado, com o prêmio especial de MelhorFilme, concedido por júri representativodás Universidades alemãs. O documen-tário será exibido pela ZDF, o mais im-portante canal de TV da Alemanha, alémde ter sua distribuição assegurada noscinemas do circuito universitário da Ho-landa e Inglaterra.

Do Deputado Ulysses Guimarães, aDirigentes Regionais do PMDB do Ama-zonas, que lhe convidaram para visitarManaus, dia 31: "Só irei se vocês realiza-rem Convenções Municipais". O Amazo-nas foi o único Estado onde o PMDB não

conseguiu realizar Convenções Munici-pais no último domingo. E em três Capi-tais: Salvador, Recife e Aracaju.

Será hoje, às 20h30m, à Rua BarataRibeiro, 489, a conferência de EmanuelCarneiro Leão sobre a obra do filósofojudaico Martin Buber.

O Sr Cid Sampaio ainda está em cimado muro; nào se decidiu pelo PDS ou peloPP. Espera que decidam antes pelo desti-no da sublegenda.

O Grupo de Bibliotecários em Infor-maçào e Documentação Agrícola, da As-sociação Profissional de Bibliotecáriosacaba de publicar Tributação na Agricul-tura — Brasil e Países em Desenvolvi-mento — bibliografia seletiva e analiti-ca, 1964-1979. Tópicos pesquisados: poli-tica agrícola, política flscal, uso e pro-priedade da terra, papel da tributaçãona Refornyi Agrária e Carga Tributária.

O Procurador-Geral da Fazenda Na-cional, Cid Heráclito de Queiroz, faz pa-lestra, hoje, na Associação Comercial doRio de Janeiro, sobre a nova lei de Execu-ção Fiscal da Dívida Ativa.

Hoje, às 21h, no Hotel Acapulco, serálançado o Gula Turístico de Cabo Frio,Búzios e Arraial do Cabo, editado pelaSecretaria de Turismo da Prefeitura.

O Sr Afrànio Coutinho preside, hoje,às 15h, na Universidade do Rio de Janei-ro, sessão solene em homenagem à passa-gem dos 80 anos de nascimento do educa-dor Anísio Teixeira.

Decidida a sorte da Emenda restabe-lecendo as prerrogativas do Poder Legis-lativo, o Deputado Homero Santos, doPDS mineiro e atual 1° Vice-Presidente,confirmará oficialmente sua candidatu-ra à presidência da Câmara. Ele se mos-tra confiante no apoio da bancada e nainexistência de impedimento lega! à suapretensão.

Habitação eDesenvolvimento

Social ($1oromoçâo:Jornal do Brasil *Ministério do Interior BNH20 22 outubro 1980 Brasília

Seminário coloca em pauta

problemas de habitação

e desenvolvimento socialO arquiteto Ney Furquim Werneck, membro do

Conselho Nacional de Desenvolvimento Urbano —CNDU — disse ontem que um dos mais sérios proble-mas no âmbito da habitação no país é o das migrações.Este será um dos temas em debate no SeminárioHabitação e Desenvolvimento Social, a realizar-se desegunda a quarta-feira, em Brasília, promovido peloJORNAL DO BRASIL, Ministério do Interior e BNH.

O Sr Ney Furquim Werneck, que será um dosdebatedores do tema, entende que migrações, proces-sos de urbanização e subabitaçào são "três fenômenosencadeados, responsáveis pela descontrolada explosãourbana."

cessidades sociais, destacan-do-se aí a satisfação de habi-taçáo. "O resultado disso é amarginalização dessas popu-laçóes, mantidas em situaçãode subemprego, resultandodisso uma série de seqüelassociais negativas."

O arquiteto Ney FurquimWerneck considera a irüciati-va da realização do seminário"do maior Interesse para opaís." Por isso, afirma, mere-ce todo apoio. Ele destacou ofato de que participarão doencontro especialistas de vá-rias áreas ligadas direta ouindiretamente ao problemahabitacional no Brasil emembros do. Congresso.

CIDADES

Para ele, o que temos noBrasil é um conjunto de cida-des com ritmos de crescimen-tó bem acima da taxa de cres-cimento demográfico do país:"Esta população migratóriaque ocupa essas cidades dei-xam seus lugares de origempor uma série de razões. Es-sas migrações são hoje res-ponsáveis por mais da meta-de da taxa de crescimentourbano das cidades. Se elasnão existissem, as cidades es-tariam se expandindo certa-mente a um ritmo 50%menor."

No seu entender, uma dasconseqüências dessas migra-çóes é o problema da subabi-tação, gerado pela incapaci-dade dos núcleos urbanos deabsorver aqueles contingen-tes populacionais, a nível tan-to de mercado de trabalho,como de atendimento das ne-

O painel de que o Sr Fur-quim Werneck participarátem como tema Migrações In-ternas, Processo de Urbaniza-ção e Subabitaçào, e o expo-sitor será o Ministro do ínte-rior, Mario Andreazza.

Figueiredo fala na

sessão de aberturaA programação do Seminá-

rio Habitação e Desenvolvi-mento Social, a desenvolver-se no auditório do Centro Na-cional de Treinamento da Te-lebrás, em Brasília, é a se-guinte:

Dia 20 — 14h às 17hl5m:entrega de credenciais e con-vites.

18h30m: sessão solene deabertura do seminário peloPresidente da República,Joáo Figueiredo; em seguida,pronunciamento do Ministrodo Interior, Mário Andreazza.

Dia 21 — 8h30m: Painel I —Migrações Internas, Processode Urbanização e Sub-Habilitação. Temas a seremabordados: Desemprego; fa-velas e palafitas; violência ur-bana; agricultura; imigra-çóes; fixação do homem nocampo. Expositor: MinistroMário Andreazza. Debatedo-res: Deputado Djalma Mari-nho, presidente da Comissãode Legislação Social da Cã-mara; Sr Jaime Lerner, Pre-feito de Curitiba; Sr Gil Ma-cieira, presidente da CaixaEconômica Federal; e o ar-quiteto Ney Furquim Wer-neck, membro do ConselhoNacional de Desenvolvimen-to Urbano (CNDU).

15h: Painel n — PolíticaHabitacional. Temas a seremabordados: Objetivos e Me-tas; impactos sociais; empre-go; melhoria de condições devida; fontes de financiamen-to. Expositor: o presidente doBNH, José Lopes de Oliveira.Debatedores: Sr Paulo deCarvalho Mendes, vice-presidente da Câmara Brasi-leira da Indústria da Constru-çâo; Senador Saturnino Bra-ga (PMDB-RJ); Sr José Jorgede Vasconcellos Lima, Secre-tário de Habitação de Per-nambuco; e o professor Alva-ro Pessoa, do Ministério daDesburocratização.

Dia 22 — 8h30m: Painel III— Financiamento do Progra-ma Habitacional e PoupançaInterna. Temas a serem abor-dados: Sistema Financeiro deHabitação; Sistema Brasilei-ro de Poupança e Emprésti-mos; Balança de Pagamen-tos; Inflação. Expositor: o Mi-nistro da Fazenda, ErnaneGalvêas. Debatedores: SrLuiz Alfredo Stockler, presi-dente da Associação Brasilei-ra das Empresas de CréditoImobiliário e Poupança (Abe-cip); Sr José Eduardo de Oli-veira Pena, presidente da Le-tra — Crédito Imobiliário, en-tre outros.

14h30m: Painel IV — Pro-grama Habitacional, Cons-trução Civil e Emprego, Te-mas a serem abordados: In-terligaçóes das três áreas. Ex-positor: o presidente da Cã-mara Brasileira da Indústriada Construção, Joáo Macha-do Fortes. Debatedores: SrNélson Gonçalves, Secretáriode Emprego e Salário do Mi-nistério do Trabalho; Sr Car-los Chagas, diretor da Sucur-sal de O Estado de São Paulo,em Brasília, e Sr Miguel EthelSobrinho, diretor de Habita-ções e Hipoteca da CaixaEconômica Federal.

17h: Sessão de encerra-mento.

O número de inscrições élimitado para os participan-tes, e o preenchimento dasvagas será feito mediante orecebimento das fichas porordem cronológica de chega-da. As fichas de inscrição de-verão ser enviadas para a se-cretaria do Seminário:JORNAL DO BRASIL — Se-tor Comercial Sul — Quadra1, Bloco K, Edifício Denasa,2° andar — Brasília/ DF —CEP 70300, onde poderão serobtidas informações adicio-nais, pelo telefone (061) 225-0150,

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U nirio

homenageia

A. TeixeiraA Universidade do Rio de Ja-

neiro lUniRio) vai homenagearhoje o falecido educador AnísioTeixeira, que completaria 80anos este ano. Entre as soleni-dades do Dia do Professor, serárealizada no auditório da Uni-Rio (Rua Xavier Sigaud, 290,Urca) uma mesa-redonda sobrea obra de Anísio Teixeira. Par-ticiparáo dos debates os profes-sores Afrànio Coutinho e JuraciSilveira e o jornalista Paulo Al-berto Monteiro de Barros (Ar-tur da Tâvola).

Organizada pelo acadêmico ecritico literário Afrànio Couti-nho. 9 homenagem a AnísioTeixeira constará também deuma exposição de seu arquivopessoal. O arquivo, após suamorte, foi doado ao Centro dePesquisa e Documentação daFundaçáo Getúlio Vargas, queorganizou a exposição.EDUCAÇÃO NOVA

Anísio Teixeira nasceu emCaetité, Bahia, a 12 de julho de1900, e morreu dia 11 de marçode 1971 em acidente no eleva-dor do prédio onde morava emBotafogo. Considerado o cria-dor da escola democrática noBrasil, foi discípulo do educa-dor norte-americano John De-wey, sobre o qual publicou vá-rios livros, entre eles Em Mar-cha para a Democracia, Educa-çào para Democracia e Educa-ção não é Privilégio, sua obramais polêmica.Em 1932, juntamente comFernando de Azevedo e Almei-da Júnior, organizou o Manifes-to dos Pioneiros da EducaçãoNova. Dois anos depois, surgia— inspirada nas idéias e suges-tões do Manifesto — a Faculda-de de Filosofla, Ciências e Le-tras de São Paulo, primeiro nú-cleo da futura USP.

Membro do Conselho Federalde Educação até 1964, AnísioTeixeira foi também conselhei-ro da UNESCO e o autor doprojeto de Diretrizes e Bases daEducação, transformado na Lei4 024 em 1966 após polêmicatramitação no Congresso Na-cional por quase 10 anos. Logoapós sua aprovação, ele "a con-siderou meia vitória, mas vl-tória".

Unitas vem

para ficar

quatro diasA Força Tarefa da Marinha

dos Estados Unidos, compostade quatro navios e três aerona-ves, chega amanhã ao Rio paraparticipar da operação UnitasXXI, tendo como Oficial de Co-mando Tático o Contra-Almirante Peter K. Cullins.

A Força Tarefa, que fica noRio até o dia 20, é constituídapelos navios USS Radford (con-tratorpedeiro e nau capltãnea),USS King (contratorpedeirolançador de mísseis), USSPharris (fragata) e USS Snook(submarino de propulsão nu-clear).

Os navios USS Radford e oUSS Pharris ficarão abertos àvisitação pública, no píer daPraça Mauá, sábado e do-mingo.

Juntamente com a UnitasXXI, está chegando ao Brasil aBanda Unitas, da Marinhaamericana, que, com suas duastoneladas de equipamento,acompanha a Força Tarefa há15 anos. O grupo, de 15 músi-cos, é regido pelo maestro Ro-berto E. Boyer e apresenta umrepertório de música pop ame-ricana e latino-americana.

Enquanto a frota opera emalto-mar, a banda se apresentaem praças públicas, auditórios,ginásios e escolas. Dia 17 estarána Praça Io de Maio, em Bangu,e dia 19 na Praça Nova Jales(Estação de Guilherme da Sil-veira), também em Bangu.

asNovoWeton* PABX Central

54TO37

.xt', ¦Aylton Escobar não pára.De São Paulo para o Rio. donacionalismo para a música devanguarda, do piano para ocanto, do Conjunto Roberto deRegina para os recursoseletrônicos, da Escola Villa-Lobospara a TV-E, ele está sempre ematividade. E sempre serenovando como a música quecompõe, vibrante de energiae criatividade. Seja ela umasimples peça para piano soloou um complexo Libera Me parasoprano e orquestra.Breve você vai ouvir AyltonEscobar.

Marinha mostra uniformes

femininos desenhados

por Guilherme GuimarãesOs modelos dos uniformes femininos da Marinha,

desenhados pelo costureiro Guilherme Guimarães, quenada cobrou, já estão prontos e serão apresentadoshoje, às 14 horas, por três manequins — Isis de Oiveira,Carla e Liz — no Io Distrito Naval Ao todo. são noveuniformes compostos de vestido, saias e blusas, sendopermitido o uso de calça comprida apenas para os deserviço.

Até o final deste ano a Marinha abrirá inscriçõespara 400 vagas para mulheres — 100 oficiais e 300praças — nas áreas de saúde, assistência social, infor-má tica e eletrônica Para oficiais, as candidatas deve-rão ter curso superior e não completar mais de 28 anosaté o dia Io de janeiro, para praças, menos de 24 anosaté o dia Io de janeiro e curso médio (2o grau).UNIFORMES

Quem já viu, gostou e apro-vou os modelos criados porGuilherme Gulmaraês, que ho-je será homenageado pela Mari-nha. Nas cores branco, azul cia-ro e marinho, em jeans, tergal,algodão e popelina, os nove uni-formes para cabos e marinhei-ros, suboflclais e oficiais agra-daram a Marinha.

— Para cabos e marinhei-ros: sala de jeans e camisa demanga comprida em popelinaazul e branca;

— Para oficiais e sargentos:conjunto azul-claro em duas pe-ças. Blusa chemisier em tergalcom mangas curtas e saia domesmo tecido (por baixo dablusa, camiseta);

— Alexandrino (uniformeusado somente no dia 11 deJulho, nas comemoraçóes dabatalha do Rlachuelo) — Gan-dola de tergal azul-marinbo esala branca de brim ou tergal;

— Branco de verão paracabos e marinheiros: vestidochemisier de manga curta embrim ou tergal branco com golaesporte, abotoamento simples,caxangá (chapéu) e meia-calçaazul-marinho:

— Branco de verão paraoficiais, suboflclais e sargen-tos: igual ao dos cabos e mari-nheiros, díferenclando-se ape-nas pelas divisas e platinas;

— Branco com gola paramarinheiro (externo para mari-nheira): vestido chemisier embrim ou tergal transpassado,com abotoamento duplo (bo-tões azul marinho), mangas 7/8,com punhos em brim azul mari-nho e gravata azul fixada nafrente com nó simples:

— Branco para oficiais, su-boflciais e sargentos: conjunto

em nnm de algodão ou tergalbranco oom blazer estilo mili-tar Camisa branca >>rn popelinecom gravatinhii preta e rhapeuem feltro azul marinho, comaba estreita.

— Azul para oficiais e sar-gentos: conjunto em gabardinaazul marinho, sendo o blazerem estilo militar transpassadocom abotoamento duplo;

- Azul com gola para cabose marinheiros: vestido ehemi-sier azui-marinho, transpassa-do com abotoamento duplo(botões brancos), gola estilomarinheiro com aplicações delistras brancas.CURSOS

As candidatas às 400 vagasoferecidas pela Marinha, 80%das quais para as profissões daárea de saúde e assistência so-ciai e 20% para informática eeletrônica, serão selecionadasatravés de teste psicotécnico,entrevista, exame cie culturageral e exame de saúde.

Depois, as aprovadas farãoum curso de adaptação militar— as oficiais de guarda-marinha, durante quatro me-ses, no Centro de Educação Fi-sica Almirante Adalberto Nu-nes, na Av Brasil; as praças, ocurso rle marinheiro, durantetrês meses, no Centro de Recru-tas do Corpo de Fuzileiros Na-vais, na Restinga de Maram-baia.

As oficiais saem graduadasem 2°-tenente e poderão chegaraté capitão de fragata. As pra-ças saem como cabo e podemser promovidas até suboficlal.Os salários serão iguais aos doshomens, na mesma função, deacordo com a lei de remunera-çào militar.

Escolas da rede municipal

estarão fechadas parafestejar dia do professor

Os 700 mil alunos da rede pública municipal nãoterão aulas hoje, mas nos colégios da rede estadual e daparticular a decisão ficará a cargo de cada diretor. Osprofessores públicos das redes estadual e municipalprogramaram uma concentração em frente à SecretariaEstadual de Educação e uma caminhada até a Delega-cia Regional do MEC.

Eles pretendem, no dia dedicado à categoria, tornarmanifestas suas reivindicações salariais e trabalhistas,além de protestar contra a demora do Governo empronunciar-se objetivamente sobre suas pretensões.PAJÉ, GURU

Em mensagem na qual afirmaser o professor uma mistura de"pajé das tribos indígenas, gurudas seitas primitivas e anciáodas velhas tradições bíblicas",o Secretário Arnaldo Niskierabstém-se de tocar nos proble-mas da Secretaria Estadual deEducação, como a greve, emcurso há três semanas, das 3mil conveniadas.

A concentração organizadapelo extinto Centro Estadualde Professores e apoiada pelosindicato da categoria, estámarcada para 14h, em frente aoprédio onde ftinciona a Secreta-ria Estadual de Educação, noPasseio Público. As principaisbandeiras a serem levantadas

na ocasião pelos manifestantessão o apoio à greve das conve-niadas, a defesa da aposentado-ria aos 25 anos, a luta pelo 13°salário e pelo reajuste semes-trai.

São 3 mil as professoras quetrabalham em regime de convè-nio em 45 municípios do Estadoe que estão em greve há trêssemanas. Algumas não rece-bem desde março, e todas rei-vindieam a assinatura dos con-vènios entre as prefeituras e oEstado, que repassa a verba dopagamento, e estaoilidarie. Tra-balhando na Zona Rural, emescolas de difícil acesso, embo-ra sejam concursadas, elas re-cebetn Cr$ 4 mil 200 brutos,quando o piso salarial de urnaprofessora de Io grau do Estadoé de Cr$ 10 mil 249.

Senador Jessé é enterrado

sem preces nem discursos,

com 3 ministros presentesEram llhlõm quando o caixão de madeira traba-

lhado baixou à sepultura de granito 218, na Aléia 7 doCemitério São João Batista, com o corpo do SenadorJessé Pinto Freire, falecido anteontem de parada car-díaca aos 62 anos, na Casa de Saúde Samaritana, emBotafogo. O ato durou 10 minutos. Não houve precesnem discursos. O Senador foi enterrado sob o maisabsoluto silêncio.

Às 10 horas o movimento já era intenso, e a capela,onde o corpo era velado, esteve permanentementelotada. Além da família, compareceram os MinistrosMurilo Macedo (Trabalho), César Cais (Minas e Ener-gia) e Hélio Beltrâd (Desburocratização); os ex-Ministros Abelardo Jurema e Raymundo de Britto; oempresário José Papa Júnior e os Senadores NélsonCarneiro e Amaral Peixoto, entre outros.

I&usiki'mIHHI

FLORES E FALASAntes do cortejo foi rezada

missa de corpo presente na ca-pela onde o Senador era velado.Sua mulher, Ivanise, e seusquatro filhos, Fernando, Jessé,Reginaldo e Roberto, recebe-ram pêsames de amigos, políti-cos e empresários. Cerca de 500pessoas, aproximadamente,acompanharam o cortejo, se-guido de perto pelo ex-MinistroArnaldo Prieto, os ex-governadores do Rio Grandedo Norte, Dlnarte Mariz, Aluí-sio Alves e Lavoisier Maia, oSenador Benjamin Farah. opresidente do Banco Central,Carlos Langoni, Sylvio Pedro-so, o atual vice-presidente daConfederação Nacional do Co-mércio, Geraldo Mota. e a can-tora Rosemary

Pelas alamedas do cemitério,algumas pessoas passaram porcima das lajes oara melhor se-guirem o cortejo. Antes de ocaixão coberto pela bandeirabrasileira, baixar à sepultura,filhos e netos do Senador ]oga-ram pétalas de rosas amarelassobre o esquife.

O empresário e presidente da

Federação do Comércio do Es-tado de São Paulo, José PapaJúnior, afilhado e amigo pes-soai do Senador, declarou acre-ditar na capacidade do empre-sarlado brasileiro para indicarum substituto à altura do fale-cldo presidente da Confedera-ção Nacional do Comércio:

"Estou convencido que o em-presaiiado, representado pelasfederações de comércio de to-dos os Estados, tem um nome àaltura para suceder o Senador.Vejo um clima de unidade, ob-viamente com lances políticos,comum a entidades como esta,mas de multa compreensão pa-ra o nome que poiariza as ansie-dades e aspirações do emprega-dor brasileiro."

O vice-presidente da Confe-deraçãu Nacional do Comérciopertencente a Federação do Co-mércio da Bahia. Geraldo Mo-ta, assumira 3 presidência até19 de novembro. Após esse pra-zo o vice-presidente eleito. An-tònio de Oliveira Santos, da Fe-deraçáo du Comércio do Espiri-to Santo, tomará posse do car-go e providenciará uma novaeleição.

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JORNAL DO BRASIL D quarta-feira, 15/10/80 D Io Caderno CIDADE — 7

Vôos econômicos noturnos Nova frentetêm passagens a crédito fria traze "frescões" de madrugada mais chuva

Se nas duas primeiras semanas os vôos econômicosnoturnos já vêm fazendo grande sucesso, agora a procu-ra deve aumentar ainda mais. Ontem o Departamentode Aviação Civil do Ministério da Aeronáutica autori-zou as companhias aéreas a vender passagens a crédito,com o primeiro pagamento previsto em 20% do valortotal e o restante a ser liquidado em 10 meses. Outroincentivo é a promessa de que os ônibus frescõescomecem a rodar, do Aeroporto do Galeão ao SantosDumont, durante toda a madrugada.

Os vôos econômicos, que começaram a operar há 15dias com preços 30% mais baixos e servindo apenascafezinho, água e refrigerantes a bordo, estão tendo umbom aproveitamento, garantem os gerentes de vendas.

Na Transbrasil os vôos de segunda-feira já saemcom 90% de sua lotação. Na VASP a procura é muitogrande e o vôo de amanhã já tem 60 passagens vendi-das em 109. Na VARIG e Cruzeiro os aviões têm voadocom 55% de sua lotação.

PRIMEIRA EXPERIÊNCIA

Quando foi instituído o vôoeconômico noturno, as passa-gens tinham de ser pagas àvista e o Aeroporto do Galeãonão dispunha de linha de ôni-bus para o Centro da Cidade.Agora com a abertura do cré-dito e a linha de frescões sain-do do Santos Dumont à meia-noite, uma, duas, três e qua-tro horas da madrugada esaindo do Galeão à 0h30m,lh30m, 2h30m e 3h30m, Os-waldo Bispo, supervisor devendas da VASP, acreditaque a procura dos V. E. N. vaiaumentar muito."A procura do vôo econô-mico está excelente. Está in-do de vento em popa. Já te-mos vôos que estão sentindoa influência do V. E. N. Nossovôo de 22hl5m para Salvadortem redução de passageirosàs quintas e sábados quandotambém sai o vôo econômicopara Salvador"."Para um vôo que está co-meçando agora, o aproveita-mento está bem satisfatório",afirmou o gerente comercialda Varig e Cruzeiro, Sr IsmarXavier de Brito. "Essa é umaprimeira experiência de tari-ta diferenciada no Brasil. NosEstados Unidos essas tarifassão muito utilizadas".

Outro que também está sa-tisfeito com os vôos econômi-cos é o gerente de vendas daTransbrasil, Sr Daniel No-gueira: "Está havendo umbom aproveitamento, apesardo horário. Nosso vôo paraBrasília, na segunda-feira,

saiu com 100 passageiros e alotação é de 114 e, se conti-nuar com boa procura, acre-dito que esses vôos serãoaprovados definitivamente".

Os vôos econômicos notur-nos, que o Sr Daniel diz seridéia do presidente da Trans-brasil, Sr Ornar Fontana, quesugeriu sua adoção ao Depar-tamento de Aviação Civil doMinistério da Aeronáutica,foram autorizados a funcio-nar a título de experiênciaaté 31 de dezembro, pela por-taria 134 de 5 de setembrodeste ano. Ao fim do prazo, oDAC vai se reunir com osrepresentantes das compa-nhias aéreas para fazer umlevantamento da utilizaçãodos vôos e decidir se eles con-tinuam ou não.

Os vôos econômicos notur-nos que estão funcionando re-gularmente são os seguintes:Transbrasil — Rio—Brasília,saindo do Galeão às 4h30mdiariamente; Rio—Salvador,saindo do Galeão às 2h30mchegando em Salvador às4h20m e saindo de lá paraRecife, onde chega às 5h50m.VASP — Rio—Salvador, comsaída à 0hl5m de quinta-feirae sábado; Rio—Recife, saindodo Galeão à 0hl5m quinta-feira e sábado; Varie e Cru-zeiro — Rio—Porto Alegre(diário), sai à 0hl5m chegan-do às 2h; Rio—Salvador—Recife — às terças, sextas esábados, sai do Rio no pri-meiro minuto, chegando aSalvador à lh50m, saindo delá às 2hl5 e chegando ao Re-cife às 3hl5m.

INT faz os testes finaiscom óleos vegetais nosveículos diesel do Estado

Depois de apurar, em testes preliminares, a viabili-dade do uso dos óleos de amendoim, dendê e soja comocombustíveis, em adição ao diesel na proporção de até30%, o Instituto Nacional de Tecnologia fará agoratestes sistemáticos e com controle mais rigoroso com asmisturas, empregando-as em caminhões da Comlurb eônibus da CTC.

Os veículos deverão rodar de 80 a 100 mil quilôme-tros para uma definição final, segundo o gerente doprojeto de óleos vegetais do INT, Sr Hernani Lopes deSá Filho. Ele informou que, simultaneamente, serãofeitos testes com motores estacionários que consumi-rão apenas uma mistura de óleos vegetais e álcool.

Após estes testes é que o INTdecidiu aprofundar a pesquisa.Agora, os veículos que testarãoas misturas empregarão bom-bas injetoras previamente aferi-das pelo fabricante, os motoresserão novos e uma série de me-didores, para acompanhamen-to constante, serão instalados.No caso, colabora o CTA (Cen-tro Tecnológico da Aeronáu-tica).

A proximidade de uma frenteifria procedente do Sul da Ar-gentina vai provocar mais chu-vas no Rio, segundo a Meteoro-logia. A previsão 'rara hoje é detempo nublado, ainda sujeito achuvas, no início, e melhorandono decorrer do período, comtemperatura estável. A máxi-ma de ontem foi de 24.1°, emRealengo, e a mínima de 15° noAlto da Boa Vista.

O Instituto Nacional de Me-teorologia Informou que a fren-te fria que provocou as últimaschuvas está agora no litoral en-tre os Estados do Espírito San-to e Bahia, estendendo-se pelooceano Atlântico. E que a outrafrente fria procedente da Ar-gentina deverá chegar ao Rionos próximos dias.

As chuvas trouxeram proble-mas na maioria das estradas deacesso ao Rio. A BR-101 —Rio—Campos — está com 44quilômetros em obras e váriasmáquinas na pista. Devido aomau tempo a situação na estra-da piorou, principalmente notrecho entre a Fazenda dos 40 eMarui, onde muita lama dificul-ta o trânsito.

A Polícia Rodoviária reco-menda áos motoristas maisatenção, visto que o tráfego es-tá sendo desviado por variantese as pistas estão perigosas. Osônibus procedentes de Camposestào chegando com uma horade atraso.

Nos quilômetros 82 e 76 daRio—Petrópolis, a pista estábloqueada devido a pedras querolaram da Serra, na manha deontem, sendo o trânsito desvia-do por dentro do Município dePetrópolis. Na BR-040 — Rio—Juiz de Fora, houve queda debarreira, e o tráfego é feito pelacontramão e em meia pista.

A Comlurb retirou ontem, so-mente da Rua São Miguel, naTijuca, 18 toneladas de lixo ar-rastado dos morros pelas chu-vas. Os trabalhos mobilizaram25 garis, um caminhão e umapá mecânica, para retiradatambém de 90 toneladas de lixoentulhado na Rua São Marti-niano, em São Conrado.DESABAMENTOS

A Defesa Civil registrou on-tem 20 ocorrências em conse-qúência das últimas chuvas, to-das, entretanto, menos gravesque os desabamentos de segun-da-felra, na Vila Parque da Ci-dade, na Gávea, e na vila 103 daRua da Passagem, em Botafo-go, onde casas foram parcial-mente destruídas pior barreiras.

Os problemas mais sérios deontem se deram na Lapa, ondeo teto de uma escola ameaçadesabar; na Rua Santo Agosti-nho, Icarai, com deslizamentode terra e pedras ameaçandorolar; na Rua Senador Nabuco,372, onde uma grande pedraameaça rolar; na Saint Roman,que foi fechada por uma barrei-ra; na Rua Capitão Menezes,com desabamento de barreira;Rua Saçu, 459, com pedraameaçando rolar; e Rua Anda-raí 401, onde ruiu parte de umbarraco.

Na Vila do Parque da Cidade,onde houve os desabamentosmais graves, o Instituto de Geo-técnica já vinha fazendo obrasnas encostas, mas o local ondecaiu a barreira os técnicosacharam que era possível espe-rar um pouco mais, dando prio-ridade a outras áreas. Ontem,depois da inspeção pelo supe-rintendente Paulo Abreu, ficoudecidida a continuidade dasobras, orçadas em Cr$ 10 mi-lhôes.

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Chagas cai da escadalono Guanabara masferimento não é grave

O presidente da AP, Keith Fuller, discursou agradecendo à saudação

Nascimento Brito elogia aliberdade em saudação à AP

Ao saudar ontem os participantes da Reu-nláo Anual da Associated Press em almoçooferecido pela diretoria do JORNAL DOBRASIL, seu Vice-Presidente Executivo, Sr M.F. do Nascimento Brito, disse que "os jornalis-tas só não podem transgredir com a noção deliberdade, pois ela forma o ar que respiramos, oterreno que cobre nossos passos. Por um mo-mento, essa atmosfera pareceu fadada ao desa-pareclmento nesse mundo. Ela vive, ainda hoje,sob a pressão severa de uma realidade nãodomada".

Pela primeira vez, desde que foi fundada aAP, em 1848, a Reunião Anual realiza-se forados Estados Unidos. Na homenagem ao boardof directors da AP, constituído de diretores dosmais prestigiosos jornais dos Estados Unidos,estiveram presentes o presidente Keith Fuller,sete vlce-presidentes e 18 dos 21 diretores daagência. A Reunião será encerrada sexta-feira,em Sào Paulo.

Página promissoraAo dar as boas-vindas aos convidados, o Sr

Nascimento Brito disse, em seu discurso, que"a organização que representais é todo umcapítulo do jornalismo moderno, ao qual temosdedicado o melhor de nossos esforços, trabalhoque se choca, às vezes, com obstáculos desalen-tadores, frutificante em outras ocasiões"."No momento", continuou, "é-nos grato po-der falar de uma página promissora da realida-de brasileira, quando as pontas finas da dialéti-ca enterram-se um pouco na espessura do real;de um momento de degelo em que o sol dascertezas fixas brilha com um pouco menos deintensidade, produzindo-se aquele panoramavariado que nos é tão caro nos trópicos, porquenáo é muito comum. Terríveis carências produ-zem a febre da idéia; náo só de bens materiaismas até a mais simples informação e formam odrama dos paises em desenvolvimento. Há en-tre nós uma expectativa de fronteiras novas,políticas, econômicas, sociais. E é quando nós,jornalistas, nos sentimos no nosso elemento"."Os perigos sáo maiores à medida que seeleva o valor das apostas. Por acaso, temosaqui uma história a ser contada. Não se tem ahistória com H maiúsculo; o anacrônico não émais o ultrapassado; implica, etlmologicamen-te, a slmultaneldade de épocas diferentes. Te-mos a impressão de viver a própria formação ourenovação da nacionalidade. Dilatam-se nossasfronteiras, com aquele sentido excessivo que jávos acostumastes a associar à nossa terra; efica-se eternamente em dúvida sobre se pesammais os problemas ou promessas que eles im-plicam."

Finalizando, o Sr Nascimento Brito disseque "é nesse espírito que lhes desejo as boas-

vindas, esperando que venham ajudar-nos co-mo sempre, nesta difícil procura dos sinais dostempos". Logo depois ele completou: "Ê umahonra ter sob este teto o Sr Roberto Marinho,diretor de O Globo, sem dúvida uma das ex-pressões da imprensa do continente."

O presidente da AP, Sr Keith Fuller, respon-deu à saudação dizendo: "Se gostamos de con-viver com pessoas que prezam a liberdade,dificilmente poderíamos escolher lugar melhordo que este, esta casa." O jornalista BruceHandler, representante da AP no Brasil, pre-senteou o Sr Keith Fuller. ao final do almoço,com algo que, na sua opinião, poderá livrá-lo demultas de trânsito em Nova Iorque: uma placade automóvel do Rio de Janeiro com a inseri-ção: "KF-AP 1"

PresençasAlém do presidente da Associated Press,

estiveram presentes ao almoço de ontem, no.JORNAL DO BRASIL, os vice-presidentesLouis Boccaidi, James Mangan, Thomas Pen-dergast, James Tomllnson, Stanley Swinton,David Bowen, Roy Steinfort. Entre os 18 direto-res, vieram: Arthur Ochs Sulzberger, diretor doThe New York Times; William Leonar, presi-dente da CBS News; Jack Tarver, editor doAtlanta Constitution and Journal, de Atlanta;Frank Batten, do Landmark CommunicationsInc., de Norfolk; Stanton Cook, editor do Chica-go Tribune, Chicago; Robert Andersen, vice-presidente do Worcester Telegram and Gazet-te, de Worcester; Harold Andersen, presidentedo Omaha World-Herald; William Cowles, pre-sidente do The Spokesman Review, de Wa-shlngton; Howard Hays Jr., editor do RI versidePress-Enterprise, da Califórnia; John Jones,diretor do Greeneville Publlshlng Company, doTennessee; William Keating, presidente do Cin-cinnati Enquirer, de Ohlo.

E também os diretores J. M. Mc Clelland Jr„presidente do Longview Publishing Co„ de Wa-shington; Ralph Renick, vice-presidente da Te-levislon News Operatlons de Miami; DanielRldder, editor do Independent Press-Telegram,da Califórnia; Charles Rewe, editor do TheFree-Lancer Star, de Fredericksburg; e OttoSilha, do Minneapolis Star & Tribune Co.

Entre as personalidades brasileiras, estive-ram o deputado Miro Teixeira, professores Car-los Flexa Ribeiro e Cândido Mendes de Almei-da, o presidente da Federação dos Bancos, SrCarlos Teophilo de Azeredo, os Srs Paulo Geier,Raul Simonsen, Miguel Lins, o ex-MinistroMarcus Vinícius Pratini de Moraes, o presiden-te da Associação Comercial do Rio de Janeiro,Ruy Barreto, o filho do Governador ChagasFreitas, Sr Ivan Chagas Freitas, e o jornalistaJoáo Roberto Marinho, diretor de Produção deO Globo.

Sorridente, muito simpático,sem aparentar nenhum feri-mento na cabeça — após sofreruma queda da escada de seugabinete no Palácio Guanaba-ra — o Governador ChagasFreitas saiu da clínica São Vi-cente, na Gávea, às 17h48m.Fez pequenos movimentos deginástica com as mãos paramostrar o seu perfeito estadode saúde:"Vocès estão vendo.Melhor é impossível", disse,bem humorado."Não houve nada demais.Apenas escorreguei da escada,e por prudência os médicos dis-seram que eu devia tirar algu-mas radiografias. Tirei, elas na-da acusaram e eu estou ótimo",disse Chagas Freitas, antes decumprimentar, pela segundavez, todos os jornalistas, à por-ta do hospital, e embarcar noGálaxie preto em companhiade D Zoé.

O Governador chegou à Clini-ca São Vicente pouco depoisdas 15h, acompanhado de DZoé. Sorriu para a recepcionls-ta e dirigiu-se às dependênciasde radiologia, onde os examesforam supervisionados peloneurologista Sérgio Carneiro.Ao cair da escada, o Sr ChagasFreitas bateu com a cabeça nochão, o que lhe causou pequenohematoma do lado esquerdo,ferindo também o braço e ojoelho esquerdos.

Pouco depois chegava umcamburão da Polícia Militar edois dos seus quatro integran-tes foram para as imediaçõesdo setor de radiologia. IvanChagas Freitas, filho do Gover-nador, chegou â clinica às16h05m, e parecia tranqüilo:"Está tudo bem. Vocês vão verdaqui a pouco. Papai estavadescendo a escada interna emdireção ao pátio, onde o auto-móvel o aguardava, quando es-corregou e caiu. Bateu com acabeça, um pouco acima do ou-vido esquerdo, e ficou melotonto."

"Eu estava esperando o papaipara um almoço, no JORNALDO BRASIL, e fui avisado.Quando cheguei ao Palácio jáestava praticamente recupera-do e queria logo ir para o almo-ço. Ponderei que, por precau-çáo, seria melhor fazer algumasradiografias, na clinica, e eleconcordou. Mas não há nada degrave. Só pensa em sair daqui econtinuar seu trabalho no Pala-cio. Mas está descansando, aconselho médico". Além doneurologista Sérgio Carneiro, oGovernador foi assistido peloclínico-geral Carlos AlbertoLeite. Recebeu apenas a visitado diretor-redator-chefe de OGLOBO, Sr Roberto Marinho.

As 17h48m, o Governadorsaiu finalmente da clínicaacompanhado por D Zoé e pelomédico Carlos Alberto Leite,todos multo sorridentes. O SrChagas Freitas cumprimentoude novo as recepcionistas eapertou a mão dos jornalistas:"Muito obrigado pelo Interessede vocês, mas nào deviam ter-se Incomodado. Pretendo vol-tar ao Palácio ainda hoje"."Foi apenas um susto", inter-veio D Zoé, com a concordância

do marido: "O Chagas tem amama de descer as escadas cor-rendo."A QUEDA

As 12h30m o Sr Chagas Frei-tas chegava ao Palácio, apres-sadamente, pois estava sendoaguardado no JORNAL DOBRASIL, para uiri almoço.Quando atingia o segundo lan-ce da escada que dá acesso aoseu gabinete, com 14 degrausno primeiro lance e nove nosegundo, ele caiu, deixando asmarcas de seus sapatos no se-gundo degrau do segundolance.

Sua secretária, Nilza Camar-go, foi quem viu primeiro o Go-vernador caldo no chão. Multonervosa, gritou, pedindo ajudaaos funcionários do gabinete.Imediatamente uma funciona-ria telefonou para o IASERJ, epouco tempo depois o diretordo hospital, médico Agenor Va-ladào Filho, chegava ao Guana-bara.

Cinco minutos após ser avisa-da do acidente com seu marido,D Zoé chegou ao Palácio emcompanhia de um mdlco parti-cular da família, o Dr. CarlosAlberto Leite. O filho do Gover-nador, Ivan, providenciou a idaao Palácio do neurologista Sér-gio Carneiro.

A primeira providência do DrSebastião Alves Ferreira foi fa-zer um eletrocardiograma cujoresultado 'foi normal, em rela-çào à idade do Sr Chagas Frei-tas" Também a pressão arte-rial era satisfatória e o médicoaplicou no Governador uma do-se de glicose hipertônica, Daráevitar um possível derrame, jáque houve ferimento na ca-beca"

Como o Governador insistiaem continuar trabalhando eafirmando, a todo momento,"eu tenho um compromissoagora, e nào posso faltar", omédico de plantão no Paláciodisse-lhe que, por sua vontade,ele receberia "cartão verme-lho", pelo menos, durante 48horas, fato que o Sr ChagasFreitas nâo aceitou.

De temo azul marinho, umpouco pálido e sério, o Sr Cha-gas Freitas saiu do Palácio noLandau que o transporta ape-nas para solenidades oficiais —ele só utiliza um Volkswagenmovido a álcool — em compa-nhia de D Zoé. No Brasília par-tlcular do Governador, o acom-panharam até à clínica seu filhoIvan, o assessor Mauro Tavarese o diretor do Detran, SérgioRodrigues.

Com a ida do Sr Chagas Frei-tas para o hospital a rotina detrabalho do Palácio Guanabarafoi totalmente alterada. O Pre-feito Júlio Coutinho, que haviasido convocado extraordinária-mente pelo Governador, foi aoPalácio e se retirou minutosapós ter tido uma conversa, rá-plda, com o Secretário de Go-verno, Marcial Dias Pequeno,como aconteceu com os secre-tários que deveriam despacharontem com o Governador: deSaúde, Sílvio Rubens Barbosa,e de Agricultura, EdmundoCampello, e o Procurador Geraldo Estado, Raul Soares de Sá.

ESPECIALIDOMINGO nè0!^

RECOMENDAOs testes preliminares permi-

tem, segundo o Sr Hemani Lo-pes de Sá Filho, que se reco-mende a adição de óleos vege-tais (os três testados) ao diesel,para os motores de Injeção dire-ta. No caso, nâo hã necessidadede adaptação nos motores, exa-tamente do tipo mais emprega-do no país: é só substituir ocombustível.

Ônibus da CTC rodaram 10mil quilômetros com as mistu-ras e o rendimento não foi alte-rado. Mesmo argumentandoque a experiência nâo permiteconclusões definitivas, o geren-te do projeto de óleos vegetaisdo INT informou que, no casode mistura de dendê, ocorreuuma redução aparente do con-sumo, com o mesmo desempe-nho de diesel puro.

:.,,.——

Testes em laboratório, feitosno INT, indicaram que a mistu-ra de 20% de óleo de soja e 80%de diesel, em comparação aodiesel puro, aumentou a potén-cia do motor em 1,6% com de-créscimo de 3,4% no consumode combustível. Na misturacom dendê, na mesma propor-ção, a potência diminuiu (2,4%)e aumentou o consumo em 4%. Vfe

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8 — NACIONAL JORNAL DO BRASIL H quorto-feiro, 15/10/80 D 1° Caderno

Militares terãonovo estatuto

Brasília — Foi enviado ao CongressoNacional o anteprojeto do novo estatutodos militares, em reformulação há cewa detrês anos. Entre as modificações destaca-se a relativa â redução do tempo de serviçoativo, de 35 para 30 anos, para que o oficialreceba a remuneração correspondente aograu hierárquico superior (ou melhoria damesma) ao ser transferido para a reserva.O anteprojeto difere do atual no ponto queproíbe manifestações coletivas tanto sobreatos dos superiores quanto às de caráterreinvldlcatório ou politico.

Cabo depõe sobreFreguesia do O

São Paulo — Ao depor na comissão deInquérito que apura as violências na Fre-guesia do Ô, o Cabo Djalma Oliveira daSilva, do Serviço Reservado da PM, reco-nheceu que estava no bairro no momentodo tumulto, mas disse que ele e cincocompanheiros ali compareceram "paraproteger a tropa de choque". O Cabo senegou a reconhecer as próprias fotos. Nu-ma das fotografias em que aparece esmur-rando um popular, se reconheceu, masnegou que o braço fosse dele.

Deputado querouvir Galvêas

Brasília — Requerimento do DeputadoWalber Guimarães (PP-PR) convocando oMinistro da Fazenda, Ernane Galvêas. pa-ra em plenário prestar esclarecimentossobre o desvio de rota e escala em Brasíliado DC-10 da Varig, vôo 861, Nova Iorque—Rio, foi apresentado à Mesa da Câmara. Orequerimento deixou de ser votado porfeita de quorum, e deve voltar à pautahoje. Ele prevê apenas a convocação doMinistro. O dia e a hora de sua apresenta-cão serão mercados posteriormente, con-forme a proposta.

Empresa nega rumorsobre Alagados

Salvador — O presidente da AlagadosMelhoramentos S.A., Ailton de Andrade,negou que tenha sido estipulada em 25metros quadrados a área mínima paratitulação das casas na maior favela baianae considerou "especulação" as notícias arespeito de que, se concretizadas, deixarãopelo menos 48 mil moradores sem casaprópria. Admitiu porém que, por enquan-to, a empresa tem limitado a um mínimode 25m2 de área a concessão de títulos depropriedade.

Senador condenaGoverno por Loteca

Brasília — Citando Millor Fernandes,para quem a Loteca "é um imposto aosmiseráveis", o Senador Luiz Cavalcanti(PDS-AL) condenou o Governo por expio-rar oficialmente esse tipo de sorteio que, aseu ver, se converteu em "sonho ilusório"para aqueles que buscam nas cartelas "ummeio de resolver definitivamente as angus-tias nos seus orçamentos domésticos".Disse que o Governo não vai gastar com aseca do Nordeste a metade do que elearrecadou da região com a Loteca em 1980.

Embrafilme estáotimista para 81

Curitiba — O dlretor-geral da Embrafil-me, Celso Amorim, considera viável o au-mento de capital da empresa (em estudopelo Ministro do Planejamento, Delfim Ne-to), e acena, para 1981, com a perspectivade "recursos menos escassos que os desteano". Lamentou a política "rígida" dasautoridades econômicas para as estatais,que torna difícil para a Embrafilme "atémesmo manter, quanto mais expandir ati-vidades": Mas considerou "um passo im-portante" o recente arrendamento pelaempresa do Cine Guarany, na Bahia, pois"nos dará poder de barganha junto aosdistribuidores e exibidores".

Posseiro denunciaameaça de expulsão

Belém — Doze famílias de posseiros quevivem numa área próxima da vila de Gola-nésia, no Município de Tucuruí, estãoameaçadas de expulsão sem indenizaçãopela Eletronorte, que reclama a posse daregião. A denúncia foi feita na ComissãoPastoral da Terra pelo posseiro Auro Fer-reira Magalhães, que pretende uma solu-ção pacífica para o problema. Ele garantiuque um advogado da Eletronorte, que sou-be chamar-se Pessoa, ameaçou expulsá-los à força, ateando fogo em suas casas, senão deixarem o lugar dentro de 15 dias.

Agricultoressão libertados

Porto Alegre — O Juiz da 3" Vara Fede-ral, João César Leitão Krieger, decretou aliberdade provisória dos 12 agricultorespresos no Município de Sarandi pela Poli-cia Federal, sob a acusação de invasão daFazenda Anoni, uma área de terras emlitígio e cuja posse definitiva depende dadecisão do Tribunal Federal de Recursos.Em seu despacho, o Juiz solicita ao Juiz dacomarca de Santo Ângelo "a tomada portermo das obrigações que os réus devemassumir".

SERVIÇO

SEXTA-FEIRA

CADERNO B

JORNAL DO BRASIL

Delfim diz que

mudança na lei

do salário não combate inflação

Brasilia/Sonjo Rego

Brasília — O Ministro do Plane-jamento, Delfim Neto, disse que areforma proposta pelo Governo pa-ra a lei salarial não afetará o proble-ma dá rotatividade do trabalhadorno emprego, nem mesmo será ins-trumento para combater a inflação.

Disse que a forma estabelecidapara o aumento automático e aparcela deixada pára as negocia-çóes foram do seu agrado. Afirmouque o salário sofre as contingênciasdo mercado e nesse caso os saláriosque ficaram à margem do aumentoautomático, além do reajuste nego-ciado, asseguram o emprego. "NoGoverno, todos estavam procuran-do o melhor, e conseguimos."

Valor do trabalho"A lei permite que as pessoas

que estào à margem do aumentoautomático continuem no empre-go, ainda que haja divergência en-tre o que desejam e o que a empresapode pagar. Desde o inicio nossapreocupação foi garantir o empre-go". Disse o Ministro^Delfin que oGoverno, com o projeto de lei, náose preocupou com o lucro das em-presas.

Em discurso no Tribunal Supe-rior do Trabalho, onde recebeu a

Comenda da Ordem do Mérito Ju-diciário do Trabalho, o Sr DelfimNeto afirmou que o homem é ho-mem exatamente porque trabalha."Não há nada fora do trabalho. Otrabalho é o que há de mais sublimeno homem". Daí, segundo DelfimNeto, a relevante função do TST,

cuja missão é o exame das relaçõestrabalhistas."Sabemos que temos todas ascondições para controlar o nossofuturo. Não somos escravos do pas-sado. É com o trabalho de todosque haveremos de ser uma naçãomadura, desenvolvida e livre.

Delfim recebe comenda do Ministro Starling, no TST, eafirma que a preocupação do Governo é garantir os

empregos

Mudança entra erri vigor em dezembro

Brasília — A proposta de mu-dança da lei salarial, enviada on-tem pelo Executivo ao CongressoNacional, entrará em vigor dia Io dedezembro. A mensagem do Gover-no será lida segunda-feira em ses-são já convocada. Tramitará emregime de urgência: o Congressoterá 40 dias, a contar de terça-feira,para examinar o projeto e proporalterações. O prazo de tramitaçãose esgota a 29 de novembro.

Transformado o projeto em lei,as categorias que têm datas-basesem dezembro e em julho já terão,em dezembro, seus reajustes pelanova sistemática. Mas, transforma-

do em lei, terá ainda de ser regula-mentado pelo Executivo.

A regulamentaçãoA regulamentação da nova lei

salarial poderá demorar o tempoque o Governo quiser. A atual leisalarial, sancionada pelo Presiden-te Figueiredo em 30 de outubro de1979, logo depois de ter sido aprova-da pelo Congresso Nacional, só foiregulamentada pelo Governo em 14de março de 1980.

A partir de Io de novembro osalário mínimo será reajustado combase no INPC de novembro, a serdivulgado dia 25 deste mês. O salá-

rio mínimo passará de Cr$ 4 mil149,60 para aproximadamente Cr$5 mil 700. Os 15 salários mínimos dehoje, Cr$ 62 mil 244, devem passar,portanto, para cerca de Cr$ 85 mil500. Os 20 salários mínimos de hoje,Cr$ 82 mil 992, devem passar paracerca de Cr$ 114 mil.

O projeto do Governo modificatambém o Parágrafo 2o do Artigo 12da Lei 6.708, estabelecendo que ostrabalhadores avulsos da orla marí-tima subordinados à Sunamam sópoderão ter seus salários revistos,incluindo as taxas de produção,"previamente ouvido o ConselhoNacional de Política Salarial".

Empresários aplaudem modificaçãoSão Paulo — Setores empresa-

riais manifestaram-se favoráveis àsmodificações na política salarial. Oempresário Paulo Francini, presi-dente da Radiofrigor e diretor dodepartamento de estatística daFIESP, lembrou que os salários aci-ma de 20 mínimos (Cr$ 82 mil 992)continuarão tendo reajustes semes-trais.

Para o setor de prestação deserviços, a nova política representaum alívio. O presidente do Sindica-to das Agências de Propaganda deSão Paulo e da Salles Interamerica-na, Luís Salles, disse que, em virtu-de da política salarial, a lucrativi-dade das empresas do setor vinhabaixando consideravelmente.

Os empresáriosO Sr Pedro Conde, diretor-

superintendente do Banco de Cré-dito Nacional e presidente da Fede-ração Brasileira de Associações deBancos, mostrou-se favorável àsmodificações, "porque visam a ma-nutenção de empregos".

O Sr Simon Franco, presidenteda Simon Franco Recursos Huma-nos, empresa especializada na colo-cação de executivos, disse que anova política irá sacrificar os níveismédios de administração — as ge-rênclas de segunda e terceira li-nhas.

O Presidente deposto do Sindi-cato dos Metalúrgicos de São Ber-nardo do Campo e Diadema, LuisInácio da Silva, o Lula, contestou ajustificativa do Ministro Murilo Ma-cedo de que a alteração na políticasalarial foi motivada pela rotativi-dade entre os trabalhadores demaior salário, e confirmou: "Se osMinistros Delfim Neto e Murilo Ma-cedo estáo efetivamente dispostosa mudar alguma coisa na políticasalarial e acabar com as disparida-des existentes, eles deveriam sepreocupar com a discussão da cria-çáo do salário profissional".

Criticou o Governo por utilizar"acintosamente a palavra negocia-çâo direta. Na minha opinião, com

o total desconhecimento sobre oque ela significa".

Brasília — O lider do PDS naCâmara, Nelson Marchezan (RS),disse que "é possível aperfeiçoar asmodificações propostas à lei sala-rial". E as Oposições, por meio deseus líderes, manifestaram-se con-tra a mudança.

O Líder do PP, Thales Ramalho,(CE) observou que "este projetoque o Governo anunciou será maisum teste para a vocação suicida doPDS. O Congresso poderá emendareste projeto, que é mais uma formade congelar salários. Vamos ver co-mo o PDS se dará neste teste".

Para o lider do PMDB, FreitasNobre (SP), a proposta do Governo"está fora da realidade", enquantono entender do líder do PDT, AlceuCollares (RS) ela é "um novo confis-co salarial", e, no do vice-líder doPT, João Cunha (SP), "um novoarrocho". As Oposições reclama-ram, também, que os servidores pú-blicos civis e militares continuamfora do reajuste semestral.

Bancário critica a diminuição"A diminuição dos salários das

pessoas que ganham razoavelmen-te Lem não reverterá em beneficiodos L.ue ganham menos. Essa redu-ção reverte para o patrão", disse opresidente do Sindicato dos Bancá-rios, Ivan Martins, áo analisar onovo projeto do Governo sobre osreajustes salariais. Condenou o pro-Jeto dizendo que o Governo só ou-viu os patrões e nenhuma represen-tação dos trabalhadores.

Os bancários cariocas (cerca de75 mil) estão em campanha salarial,com dissídio coletivo instaurado naDelegacia Regional do Trabalho, ena última assembléia-geral recusa-ram a proposta do Sindicato dosBancos: piso salarial de Ci$ 8 mil,anuênio de Cr$ 605 e produtividadede Cr$ 800. Patrões e empregadosestarão reunidos ainda este sema-na, quando os bancários esperamdos banqueiros uma contrapro-

- posta.Não é autêntica

O presidente do Sindicato dosBancos, Teóphilo Azeredo dos San-tos, estranhou a posição dos bancá-rios cariocas ao recusarem a suaproposta em assembléia-geral. "Jáfiz acordo com os bancários de SãoPaulo, Santa Catarina, Paraná,Pernambuco, Minas Gerais, MatoGrosso e Mato Grosso do Sul. So-mente os daqui do Rio náo queremacordo, ou pelo menos, uma mino-ria diz que náo quer acordo",afirmou.

Em sua opinião, náo foi firmadoum acordo salarial nó Rio porque"essa comissão de salários não éautêntica", e acrescentou: "Trata-se de uma comissão de saláriosespúria, marginal, que usa métodosfascistas numa assembléia para tu-multuar um processo democrático.Perguntem a qualquer bancário seele não quer acordo. O problema éque naquela assembléia, prevale-ceu a opinião de quem grita mais enunca da maioria". O Sr TeóphiloAzeredo Santos confirmou que sereunirá ainda esta semana com oSindicato dos Bancários na tentati-va de chegar a um acordo.

Cerca de 90 mil comerciários es-tarào votando hoje das 8h às 20hem 30 urnas (10 fichas e 20 itineran-tes) para reeleger a diretoria doSindicato dos Comerciários enca-beçada por Luizant Matta Roma,que também se manifestou contrá-rio à política salarial do Governo.

Embora desconhecendo aindadetalhes do novo projeto, o Sr Lui-zant Matta Roma disse que o Go-verno não solucionará com aumen-to de salários o problema dos traba-lhadores porque "não há controlesobre os preços" e indagou: "Deque adianta aumentar os salários,se os preços dos produtos básicossobem antes mesmo de os trabalha-dores receberem o aumento?"

O Sindicato dos Médicos estáanalisando o novo projeto de rea-justes salariais, mas o secretário-

geral do Sindicato, Eraldo Bulhões,adiantou que as alterações nãoatingem os médicos, "uma classeque ainda luta por um piso de 10salários mínimos". Acrescentouque em recente pesquisa do Sindi-cato dos Médicos ficou constatadoque os baixos salários representamuma das variáveis no aumento damortalidade infantil.

Assembléia-geralAcrescentou que os médicos ca-

riocas participarão de uma assem-bléia-geral dia 31, no Sindicato dosBancários, numa campanha parareivindicar os reajustes semestraise o 13° salário para o funcionalismopúblico.

O tesoureiro do Sindicato dosEngenheiros, Sérgio Ney, disse queo novo projeto atingirá drastica-mente a sua categoria profissional.Explicou que o piso salarial dosengenheiros é de seis salários mini-mos por seis horas de trabalho, masque a grande maioria tem saláriosde Cr$ 35 mil porque trabalha maisdo que a legislação determina."Há muitos que ganham abaixodo piso porque a oferta é maior doque a procura", disse o Sr SérgioNey, e adiantou que o Sindicato jáiniciou a campanha salarial desteano reivindicando 15% de produti-vidade. Haverá assembléia-geraldos engenheiros dia 28 para deba-ter a proposta da classe para oaumento, com data-base para 30 denovembro.

Corregedor teme a rotatividadePorto AlegTe — Embora salien-

tando que em princípio o projeto dereajustes semestrais tem um senti-do "eminentemente apaziguador",o Corregedor-Geral da Justiça doTrabalho, Ministro Carlos AlbertoBarata e Silva, advertiu para a pos-sibilidade de a medida vir a "esti-mular a rotatividade de máo-de-obra, visto que os empregadoresnáo terão vantagem em manter umfuncionário por muito tempo, poisisto implicará um salário sempresuperior."

Outro aspecto prejudicial noprojeto, segundo ele, se refere à

dificuldade de negociação diretacom os patrões nos casos de empre-gados com salários superiores a 20mínimos, pois "normalmente estáoligados às diretorias, têm altos pos-tos, bons salários e, longe dos sindi-catos, ficarão limitados para barga-nhar aumentos sob pena de seremdemitidos e só terão garantias deêxito no bom senso dos empregado-res e no comportamento do merca-do de trabalho".

Lembrou que, quando o Sr Jar-bas Passarinho era Ministro do Tra-balho houve uma tentativa similarde achatamento dos salários, como

meio de minimizar os índices deinflação, e os resultados foram rela-tivamente bons. E acrescentou:"Mas não quero me arvorar a serpitonisa para saber se agora a alte-ração terá novamente bom curso."

Defendeu a concessão de reajus-tes trimestrais "em casos especiais,em que a Justiça veja condições depraticidade". Destacou porém quedeve haver possibilidade "de racio-nalizaçáo, porque qualquer excessopode transformar os salários infla-cionários, porque a decisão concor-re com o comportamento econõmi-co e social do pais".

*

Haroldo disse que Governo quer mais opções para os telespectadores

Ministro explica critérios

para formar as redes de TV

Brasília — O Ministro das Comunicações,Haroldo Corrêa de Mattos, assegurou "que tu-do aquilo que girar em redor da licitação dosnove canais de televisão, para a formação deduas novas redes, nâo vai interferir ou lnfluen-ciar o trabalho da comissão especial que estáestudando as propostas dos nove grupos con-correntes". Garantiu que a comissão habilitaráas propostas, para decisão do Presidente daRepública, que cumprirem as exigências e oscritérios estabelecidos nos editais e na legisla-ção brasileira de telecomunicações.

Com o Ministro da Comunicação Social,Said Farhat, o Ministro da Previdência, JalrSoares, e o secretãrio-geral do Ministério doTrabalho, Geraldo Miné, o Ministro das Comu-nicaçóes compareceu ã Comissão de Comuni-cações da Câmara dos Deputados para explicaros motivos que levaram o Governo a tornarnulas as concessões de sete emissoras de televi-são do Condomínio Acionário dos Diários Asso-ciados e a licitar os canais, Juntos com maisdois disponíveis, em dois blocos, para a forma-ção de duas novas redes.

Interesse públicoO Ministro Haroldo Corrêa de Mattos disse

aos membros da Comissão que desde 17 dedezembro de 1977 as concessões das sete emis-soras de televisão Associadas estavam comseus prazos extintos, funcionando em caráterprecário, como faculta a legislação: "Portanto,a figura da cassação náo se enquadrava nocaso." Disse que as condições de renovaçãoestão sobordinadas ao interesse público e aocumprimento das exigências legais e regula-mentares pelas concessionárias."No caso das concessões do Condomínio, onúmero de emissoras do grupo era um impeditl-vo legal para a renovação do prazo das outor-gas, porque a legislação prevê para cada enti-dade cinco emissoras de televisão. Da mesmaforma, a inadimplência dos preceitos legais, onão recolhimento de tributos federais e contri-buições sociais obrigatórias e atrasos salariaispraticados pelas empresas do grupo Associadoforam os motivos que levaram o Governo atomar peremptas (nâo renováveis) essas con-cessões."

Informou que antes de decidir pela peremp-çáo, foram estudadas outras opções para solu-cionar a crise da Rede Tupi de Televisão: atransferência indireta e a transferência direta.Essas opções também nâo foram efetivadasporque, no caso da transferência indireta, osempresários adquirentes teriam que assumirtambém o passivo da empresa.

Pedidos de falênciaTambém náo chegou a ser cogitada a trans-

feréncia direta porque algumas emissoras doCondomínio, como a Rádio Difusora de SàbPaulo (TV Tupi) estavam com pedidos de falên-cia. A própria TV Tupi requererá concordata,deferida pelo juiz. O deferimento da concorda-ta, segundo o Ministro, tomou indisponíveistodos os bens da concessionária, Incluindo aconcessão. Para efetivar essa medida, ou seja, a

tranferència direta, haveria a necessidade deconcordância de todos os credores.

Disse o Ministro das Comunicações que oGoverno federal, preocupado com a situaçãodos empregados da Rede Tupi e com a manu-tençâo do mercado de trabalho para os profis-sionais de televisão, com base na legislação,resolveu anular as concessões dos canais desete emissoras de televisão e abrir uma novalicitação pública desses canais e mais dois quese encontravam disponíveis, em dois blocos,para manter a pluralidade de opções do teles-pectador brasileiro."Essa licitação, com condições especiais,estabelecia que contariam mais pontos as pro-postas que apresentassem menor prazo parareativação dos serviços, maior aproveitamentopossível dos empregados da ex-Rede Tupi deTelevisão, maior aproveitamento dos equipa-mentos, a serem penhorados pelo Governo, e oressarcimento de financiamentos ou adianta-mentos feitos aos empregados.

Walter ClarkA uma questão do Deputado Gerson Cama-ta (PMDB-ES), que quis saber se o Ministériodas Comunicações estava acompanhando asinformações de que o empresário Walter Clarkteria rompido a associação com o JORNAL DOBRASIL na concorrência dessas duas novasredes de TV e de que estaria, agora, se associan''do a Henry Maksoud (Grupo Visão), o Ministro

Haroldo Corrêa de Mattos respondeu que aspropostas estavam sendo analisadas por umacomissão especial do Ministério das Comunica-çóes para saber se os documentos apresentadospelos concorrentes estão de acordo com a legis-laçâo e com os editais de licitação."O que a imprensa divulga, os rumores, náodevem Influenciar a análise das propostas pelacomissão. A comissão está analisando os docu-mentos e tudo que ocorrer em redor nâo deveinfluenciar esse trabalho."

Acrescentou, ainda: "Ao que me consta, o SrWalter Clark náo era cotlsta na proposta feitapelo JORNAL DO BRASIL. Ele daria assistên-cia técnica ao JORNAL DO BRASIL." O Mlnls-tro assinalou que nâo leu as propostas encami-nhadas ao Ministério e que se recusa a lê-lasantes que a comissão conclua seu relatório.

Sílvio SantosAo ser indagado pelos Deputados Audálio

Dantas (PMDB-SP) e Alceu Collares (PDT-RS)sobre a participação do Grupo Silvio Santos naconcorrência e sobre uma carta de intenções ,que esse empresário teria entregue ao Minlsté-rio das Comunicações, o Ministro disse: "Náopodemos trabalhar com base em informaçõesdivulgadas pela imprensa. A comissão estáanalisando as propostas e eu náo passo adian-tar nada antes que a comissão conclua o seurelatório."

E náo quis confirmar se o Ministério dasComunicações recebeu a carta do empresárioSílvio Santos: "Todos os documentos encami-nhados ao Ministério, referentes à licitação,foram levado^ à comissão. Eu pessoalmentenâo recebi nada."

Farhat critica os programasBrasília — O Ministro da Comunicação So-

ciai, Said Farhat, disse na Comissão de Comu-nlcaçáo da Câmara dos Deputados que tem"muitas e fundadas restrições ao tipo de comu-nicação que se faz hoje no Brasil". Criticou adescaracterizarão cultural promovida pela te-levisâo, "que impóe uma cultura diferente âsoutras regiões do país"."Não se deve carioquízar ou paulistanizartodo o Brasil", garantiu o Ministro, que con-cluiu: "Muitos desses programas de televisãochegam a apresentar uma sociedade que não éa nossa. Uma sociedade que nem sequer existe.A televisão difunde no Brasil costumes que náosão nem da sociedade, nem da família brasi-leira."

Expôs seu ponto-de-vista sobre a crise quelevou o Governo a declarar extintas sete dasnove concessões das empresas Associadas. Dis-se que por tradição constitucional os serviçosde radiodifusão no Brasil sâo explorados pelaUnião ou por empresas privadas mediante con-cessão. "Nos últimos anos a situação da televi-sâo evoluiu de maneira desigual em relação aosconcessionários. A situação parecia caminharpara um virtual monopólio e o Governo federal,

que náo havia querido exercer o monopólio,também náo desejava ver aquela situação agra-var-se a ponto de concretizar-se o que nâoqueria."

Segundo o Ministro Said Farhat, "nos últi-mos 10 anos, ou mais, a TV Tupi se caracterizoupor problemas administrativos e inadimplênciade obrigações fiscais e trabalhistas". Afirmouque todos os acordos feitos entre a Tupi e osMinistérios das Comunicações e Previdênciapara parcelamento da dívida de Cr$ 1 bilhão302 milhões foram descumpridos pelo Condo-mínio. "Quase poderia contar nos dedos oscasos em que as empresas do Condomínioestiveram em dia com suas obrigações sociais."

Lembrou que o problema se agravou quandodeixaram de ser pagos os salários no Rio deJaneiro e em São Paulo. Afirmou: "Quem náotiver uma estaçáo de televisão no Rio e outraem 8ão Paulo não terá uma cadela nacional.Diante da situação calamitosa a que chegou oCondomínio e da necessidade de assegurar apluralidade de redes nacionais privadas e vlá-veis, o Governo resolveu declarar peremptas asconcessões das emissoras cujos prazos haviamvencido."

Dívida passa de Cr$ 1 bilhãoBrasília — Ê de Cr$ 1 bilhão 146 milhões a

divida dos Diários Associados só para o Minis-tério da Previdência Social, sendo de Cr$ 156milhões a dívida ao FGTS, disse o Ministro JairSoares â Comissão de Comunicações da Cãma-ra dos Deputados.

De acordo com o Ministro Jair Soares, é aseguinte a situação jurídica atual dos bens daRede Tupi: no Rio de Janeiro, no Rio Grandedo Sul e em São Paulo, estáo sob penhora; noCeará estão sob arresto e em Pernambuco odébito está em liquidação. As maiores dívidasestáo no Rio de Janeiro, São Paulo e na Bahia.

Dívida e puniçãoÉ o seguinte o débito por Estado: Sáo Paulo:

Cr$ 899 milhões; Rio de Janeiro: Cr$ 75 milhões;Bahia: Cr$ 62 milhões; Rio Grande do Sul: Cr$42 milhões; Minas Gerais: Cr$ 34 milhões.

O Sr Jalr Soares disse que só. a parcelamenor da divida é que se encontra em cobrançajudicial.

O Deputado Alceu Collares (PDT-RS) disseque "desde 1961 o Estado é conivente com essafarsa, premiando a Tupi até com um senadorbiônico. O sistema passou a mão por cima detodas essas irregularidades. Náo fora a greve defome daqueles funcionários e o Governo aindaestaria tentando salvar o Condomínio".

"A greve de fome seguramente náo foi o quedesencadeou a cobrança da dívida, e eu náoposso aceitar a acusação de que os Governos seomitiram", respondeu o Ministro Jair Soares.Garantiu que "hoje náo há mais possibilidadede uma empresa fazer o que fez a Tupi. Antiga-mente eram possibilitadas as composições dadívida. Atualmente, não. Em 30 dias sáo toma-rias as medidas punitivas".

Caixa mantém os empréstimos

Leia editorial "Meia Confecção'

Brasília — O Secretário-Geral do Ministériodo Trabalho, Geraldo Miné, disse na Comissãode Comunicações da Câmara dos Deputadosque a Caixa Econômica Federal continua fa-zendo empréstimos, a titulo de adiantamentossalariais, aos empregados da extinta Rede Tupide Televisão.

Disse que, da mesma forma, o Ministério doTrabalho também está liberando recursos doauxilio-desemprego a esses empregados. Infor-mou que até agosto a CEF já liberou Cr* 103milhões 23 mil, em empréstimos, a funcionários

de várias emissoras da antiga Rede Tupi deTelevisão.

Substituindo o Ministro Murilo Macedo, quenâo pôde comparecer à Comissão de Comuni-cações, o Secretário-Geral fez um histórico dosfatos que motivaram a intervenção do Governono Condomínio dos Diários Associados desde agreve dos funcionários da TV Tupi, de SãoPajilo, até a publicação dos editais de licitaçãodos nove canais de televisão e as providênciasadotadas para apoiar financeiramente os traba-lhadores.

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JORNAL DO BRASIL ? quarta-feira, 15/10/80 ? Io Caderno

Estudo mostra que 10% dos D Ivo fala

mineiros do carvão sofrem sobre as r. L11

de problemas respiratórios famílias decidem manter a greve PütTipulhci dcixã 50

Prefeito de Caxias não

recebe professoras que

Contaminação da Mergulhador

•-< Florianópolis—Dos quase sete mil mineiros das 14minas da bacia carbonífera de Santa Catarina, entre8% e 10% sofrem de pneumoconiose — doença das viasrespiratórias provocada pelo acúmulo de pó de silicanos alvéolos, sem cura ou tratamento específico. Levan-tamento incompleto aponta 500 casos e 16 mortes nosúltimos 10 anos. Apenas em janeiro deste ano foramregistrados 24 casos.

Este quadro, agravado pela burocracia da legisla-ção previdenciária para fins de indenização — os exa-mes radiológicos, capazes de mostrar a doença no inícionão são considerados e a Previdência só reconhece oscasos em que há comprometimento de 20% a 40% dacapacidade pulmonar — será apresentado ao MinistroJair Soares hoje em Criciúma, pelos médicos SérgioAlice e Albino Souza Filho e as lideranças sindicais daregião.

a exigir exames das vias respi-ratórlas para comprovar adoença.

Assim, somente o mineiroque comprovar um comprome-timento da capacidade pulmo-nar entre 20% e 40% é que temdireito à indenização, em tornode 20% sobre o salário que esti-ver recebendo. Dos casos iden-tiflcados até agora, apenas umaminoria recebe este beneficio,assegura o Sr Sérgio Alice.

O Deputado federal Walmorde Lucca (PMDB) mostra-se cé-tico e lembrou que um projetode sua autoria, visando a modi-flcação dos critérios da Previ-dência para Indenizações a mi-nelros doentes, está trancadona comissão de trabalho e legis-lação social da Câmara federal.

REFORMULAÇÃODos médicos, o Ministro rece-

berâ um documento com reco-mendações que, se adotadas,permitirão uma diminuição dadoença, e sugestões para a re-formulação dos critérios utiliza-dos pela Previdência na identi-flcação dos mineiros acometi-dos de pneumoconiose.

Até 1976—explicou o médicoSérgio Alice — os mineiroscomprovavam a Incapacidadetotal ou parcial para o trabalhonas minas em face da pneumo-conlose unicamente com baseno resultado dos exames radio-lógicos. A partir de 1077, a mo-diflcação da lei dos acidentesdo trabalho passou a desconsi-derar os exames radiológicos e

Cimi acusa Procurador

da República de ameaçar

Padre que defende índiosBrasília — O Conselho Indigenista Missionário,

órgão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil,denunciou ontem em nota à imprensa que o PadreNello Ruffaldi, coordenador do Cimi Norte n, estásendo ameaçado de expulsão do país pelo Procuradorda República no Território do Amapá, Caetano Amico.

Segundo a denúncia, o Padré está sendo ameaçadoporque "defende intransigentemente" os índios Galibi,Karipuna e Palikur, prejudicados pela Rodovia BR-156, que atravessa 27 quilômetros da reserva dessascomunidades índigenas no Oiapoque.AMEAÇAS

Segundo nota do Cimi, no dia17 de setembro o Procurador daRepública em Macapá, Caeta-no Amico, apresentou-se aoBispo da prelazia, Dom JoséMaritano, pedindo a transferèn-cia do Padre Nello Ruífaldi, vi-gário da paróquia de Oiapoque.Dom José desconsiderou a pro-posta, e o Procurador prometeulevar adiante um processo paraa expulsão do Padre italiano nopais.

De acordo com o Cimi, oDeputado Hélio Campos (PDS-RO), que elaborou projeto de leipara extinguir a criação de re-servas indígenas em áreas defronteira, também está envolvi-do nas ameaças que pesam so-bre o Padre."O Procurador da Repúblicae o Deputado Hélio Campos,como muitos outros, não enten-dem", diz a nota do Cimi, "nãoquerem entender que quem es-tá insuflando os Índios são cin-co séculos de extermínio eopressão".

Porto Alegre — O presiden-te da CNBB, Dom Ivo Lors-cheiter, ao apontar causas dadesintegração da família, te-ma do Sinodo dos Bispos quese realiza no Vaticano, doqual participa, condenou asestruturas sociais e econômi-cas, "que impedem ou dlficul-tam para multas famíliasuma vida digna", a falta detrabalho ou de salários sufi-cientes, a falta de habitaçõeshumanas e a falta de seguran-ça mínima.

Criticou também, com basenum documento distribuídorecentemente pela Conferên-cia Episcopal Latino-Americana, a interferêncianorte-americana no controleda natalidade nos países daAmérica do Sul e Central que,"tanto ocorre por interessespolíticos do Governo, comopor interesses econômicos dainiciativa privada, que desen-volve uma atuação indébitanos nossos países".

Prefeito

de Olinda

apoia UNEPiracicaba, SP—O presiden-te da União Nacional dos Estu-

dantes, Rui César Costa Silva,recebeu telegrama do Prefeitode Olinda (PE), Germano Coe-lho, convidando "a UNE a con-tinuar sua luta no próximo con-gresso, em Olinda".

O Prefeito "saúda os delega-dos do congresso da gloriosaUnião Nacional dos Estudan-tes, reitera o apoio à livre orga-nização dos estudantes brasi-leiros em todos os níveis derepresentação, um inarredávelprincipio democrático", e mani-festa "irrestrita solidariedade àcampanha nacional contra oensino pago e por recursos or-çamentários significativos paraa educação".

A diretoria da UNE e a segu-rança da Universidade Meto-dista de Piracicaba denuncia-ram "várias provocações" ao32° congresso da entidade, co-mo a pichação de carros e acirculação de pessoas e veícu-los não credenciados nas proxi-midades dos alojamentos, oque foi comunicado ao DOPS.

Diante de um telefonemaanônimo à central de creden-clamento, dizendo que a cen-trai de crachás teria sido ar-rombada — e constatando-seque a caixa estava aberta — adiretoria da UNE decidiu refa-zer, na manhã de hoje, o creden-clamento de todos os delegadoscom direito a voto no congres-so, cujo número é calculado emtorno de 3 mil.

Continuam em greve as duas mil professoras das 63escolas da rede municipal dos quatro distritos de Duque deCaxias, — Centro, Campos Elisios, Imbariê e Xerém. Ontem,às 18h, as professoras tentaram contato com o Prefeito,Coronel Américo Gomes, que não as recebeu porque, segun-do o assessor de Comunicação Social, Antonlno Marques,estava em reunião com representantes da Associação dosFuncionários Fiscais do Município.

As professoras se reuniram por quase uma hora com oSecretário Municipal de Educaçáo, Jouberland de Oliveira,que reafirmou não ter a Prefeitura condições de aceitar suasreivindicações e fez um apelo para que encerrassem a grevea flm de que os 30 mil alunos não fiquem sem aulas. Asprofessoras informaram que continuarão em greve por tem-po indeterminado até que o Prefeito concorde em retomaras conversações iniciadas há cinco meses. Elas reivindicam,além de melhores condições de trabalho, quatro saláriosminimos para as que lecionam da 1" à 4a série do Io grau, seismínimos para as da 5a à 8a série, e o fim da taxa escolar.

Em São Paulo

Cerca de 2 mil pessoas participaram da passeata quefinalizou o dia de paralisação dos professores paulistas. Apresidenta da Associação dos Professores da rede oficial deensino do Estado, Eiko Campos Sales, entregou um memo-rial de reivindicações ao Secretário de Educação, LuisFerreira Martins, pedindo a ampliação do número de vagaspara a Ia série do 2o grau.Essa foi a única reivindicação específica dos professorespaulistas, porque desde 1979 foi suspenso o aumento donúmero de classes do antigo colegial no Estado, por deter-minação da Secretaria. Para a presidenta da Apeoesp, o 2ograu deve ser estimulado, "pois é parte do ensino público egratuito para todos".

Em PernambucoApesar de a Associação de Professores do Ensino Oficial

de Pernambuco ter Informado que mais de 80% das escolaspúblicas paralisaram suas atividades, pela passagem do DiaNacional do Protesto, o Secretário de Educação, Joel Holan-da, assegurou que apenas três estabelecimentos escolarespararam, mas acrescentou que a freqüência de professoresfoi muito reduzida nos que funcionaram.

Os professores pernambucanos acrescentam ã reivindi-cação nacional, relativa ao reajuste semestral:

Pagamento pela qualificação, de acordo com a Lei5692/71; redução da carga horária sem redução de salário;regularização da contratação dos professores-estudantes;pagamento do adicional noturno previsto na CLT.

No ParanáEntupir uma das avenidas mais largas de Curitiba com

uma gigantesca passeata — que termine em concentraçãode professores de todo o Paraná, diante do Palácio Iguaçu—foi a proposta aprovada por unanimidade na assembléia de2 mil professores na Capital, que será defendida na assem-bléla estadual de professores de Io e 2o graus hoje emLondrina.

O Movimento de Educaçáo e Justiça, deflagrado há umasemana, mantém paralisadas as aulas em todas as escolasestaduais de mais de 160 dos 297 Municípios do Paraná.Segundo a Associação dos Professores, mais de 80% dos 45mil professores aderiram, reivindicando melhores salários.Reajustes semestrais. Cumprimento do Estatuto do Magis-tério e elevação de nível para 22 mil professoras da Ia a 4aséries.

Mensagem de Portella

pede compreensãoBrasília — Em mensagem em que reconhece "resulta-

dos significativos" no esforço de fortalecimento das estrutu-ras do ensino, o Ministro Eduardo Portella pede aos profes-sores, no dia a eles dedicado, a compreensão para "osobstáculos da jornada" que enfrentam junto com o MEC.

A mensagem afirma que "se encontram bastante avan-çados os estudos e as negociações destinados a garantir,oportunamente, a adequada valorização da classe docente,através da digniflcação salarial."

mil sem água em BHBelo Horizonte — A Com-

panhia de Saneamento de Mi-nas, revelou que a lagoa daPampulha está sob suspeitade contaminação por defensi-vos agrícolas. Sua água é uti-lizada para o abastecimentoda população de 13 bairros deBelo Horizonte e há dois dias50 mil moradores estão .semágua, enquanto outros 50 milestão sendo abastecidos deforma precária.

A Copasa decidiu paralisaro abastecimento com a águada lagoa até terem uma res-posta da análise de amostras,que está sendo feita por doislaboratórios particulares, In-formou o diretor de opera-ções, Marcus Melo Milton.ALTERNATIVA

A Copasa iniciou ontem aconstrução de uma rede quepossibilitará a interligaçãodo sistema Rio das Velhas à

região da Pampulha e VendaNova, que deve custar Cr§ 10milhões. A empresa conside-ra a estação de tratamento daPampulha vital para BeloHorizonte e a inclui no esque-ma de abastecimento para oano 2 mil. Espera resolver oproblema em três dias.

O diretor Marcus Melo aflr-mou que o corte no abasteci-mento tem caráter preventi-vo. Disse que se as análisesacusarem concentração depesticidas ou herbicidas, eladeverá ser pequena. Assegu-rou que a estação foi desati-vada e as Secretarias Munici-pai e Estadual de Saúde fo-ram acionadas para auxiliarna solução do problema.Disse ainda que a estaçãoaa Pampulha não está capa-citada a tratar a água emcasos de contaminação pordefensivos agrícolas, masapenas para o caso de polui-çào por esgotos.

Fábrica que polui naBahia pode fechar

Salvador — O diretor daCompanhia Brasileira deChumbo, Sílvio Faria, declarouque a hipótese de fechamentoda indústria está sendo estuda-da pela direção do grupo fran-cês Penarroya, que detém ocontrole acionário da fábricaque intoxicou 170 crianças deSanto Amaro da Purificação epoluiu a Baia de Todos os San-tos e o rio Subae.

Disse que se a fábrica nãotiver condições de funcionar,atendendo as determinações doGovernador Antônio CarlosMagalhães para controlar a po-lulção, "não vamos nos suici-dar". O Secretário de Planeja-mento e presidente do Conse-lho Estadual de Proteção Am-biental, Antônio Osório, afirmaque a intenção de fechar outransferir a indústria "existiaantes das decisões do Go-verno".ALTERNATIVAS

O Sr Sílvio Faria informouque a direção da Penarroya, emSão Paulo, examina também oatendimento parcial ou totaldas exigências do Cepram paracontrole da poluição, a amplia-ção da produção de 30 mil para45 mil toneladas anuais dechumbo ou a desativação par-ciai.

No caso de desativação total,os equipamentos da Cobrac se-riam transferidos de SantoAmaro da Purificação para asinstalações da Plubum, no Pa-

raná, outra fábrica de cobre dogrupo Penarroya. A decisão daCobrac deve ser anunciada nofinal desta semana ou no inícioda próxima. A indústria estácom 50% da sinterização (side-rurgia) parada e o forno semfuncionar.

A transferência da indústria éuma hipótese que o Prefeito deSanto Amaro da Purificação,Walter Figueiredo, quer que oGoverno impeça. A populaçãodo Município, segundo ele, de-seja o controle da poluição e apermanência da fábrica, queemprega cerca de 300 pessoas esignifica uma renda mensal deICM de Cr$ 12 milhões.SEM REPRESÁLIA

Para o Secretário de Planeja-mento e presidente do Cepram,Antônio Osório, o quadro daCobrac não é "uma represália"às decisões do Governo esta-dual de controlar a poluição. "Aempresa, antes das decisões, fa-lava em transferência, caso nãotivesse condições de colocar osequipamentos antipoluentes",observou.

Disse que "a poluição e a con-taminação de pessoas existem,vidas humanas estão sendo afe-tadas, e, por isso, achamos queas medidas anunciadas foramas mais acertadas". Quanto aofechamento ou transferência daindústria, afirmou que é umproblema da direção da empre-sa, à qual não cabe a ele im-pedir.

tira óleo

navioEnquanto mergulhadores ini-ciavam os trabalhos de retiradadas 600 toneladas de óleo com-bustível e 70 toneladas de óleodiesel dos tanques do cargueiro

grego Cavo Artemidi — enca-lhado há três semanas na entra-da da baia de Todos os Santos— extensas manchas de óleocontinuavam a ser vistas emdiversos trechos da baía.O óleo provém do navio e dachata Mirim, que aftindou nofinal do mês passado próximoao terminal petrolífero de Ma-dre de Deus, com 200 toneladas

de óleo em seus tanques. Asmanchas negras ainda nãoatingiram as praias baianas emdecorrência dos ventos, que asestão levando para o centro dabaía.A operação iniciada ontem

por técnicos da Navemar, coma assessoria da Williams Servi-ços Marítimos, consiste emabrir uma pequena porta nocasco do cargueiro, por ondedeverão entrar os mergulhado-res, e em seguida bombear oóleo, utilizando-se um gerador,para barcas ancoradas ao ladodo navio encalhado.

Segundo o Sr Evaldo Albu-querque Melo, da Williams, ostrabalhos deverão durar de trêsa quatro dias caso não ocorramproblemas. Ontem, contudo,houve uma falha no sistema decomunicações do escritório daempresa com as pessoas queestão na barca ancorada ao la-do do cargueiro.

Por falta de disponibilidade,não foram utilizados aparelhosVHF e a faixa do cidadão, quedeveria servir de elo entre aterra e o mar.

Tratamento

de dejetos

tem estudoResponsável pelo controle da

poluição hídrica da área docomplexo petroquímico de Ca-maçari, a Central de Tratamen-to de Efluentes Liquidos iniciouprojeto visando à duplicação eadequação do sistema de trata-mento de dejetos orgânicosoperado pela empresa.

Na primeira etapa deverãoser realizados estudos e proje-tos referentes à deposição dolodo retirado no processo bloló-glco de tratamento. Foram con-tratadas obras civis comple-mentares, equipamentos de de-cantaçáo e aeraçáo e instala-çóes elétricas para duplicaçãodas unidades operacionais daestação de tratamento.

Com a ampliação, o sistemaCetrel poderá receber uma va-zão diária de até 62 mil metroscúbicos de oSueatea, e tem ca-pacldade para tratar uma cargadc 55 mil 400 quilos de riwmin-da bioquímica de oxigênio.

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II ijiji

iLooJI

JORNAL DO BRASIL ? quarta-feira, 15/10/80 ? 1° Caderno 2o Clichê — 9

Estudo mostra que 10% dos D Ivo fala

mineiros do carvão sofrem sobre as

de problemas respiratórios famíliasFlorianópolis — Dos quase sete mil mineiros das 14

minas da bacia carbonífera de Santa Catarina, entre8% e 10% sofrem de pneumoconiose — doença das viasrespiratórias provocada pelo acúmulo de pó de silicanos alvéolos, sem cura ou tratamento específico. Levan-tamento incompleto aponta 500 casos e 16 mortes nosúltimos 10 anos. Apenas em janeiro deste ano foramregistrados 24 casos.

Este quadro, agravado pela burocracia da legisla-;ção previdenciária para fins de indenização — os exa-mes radiológicos, capazes de mostrar a doença no Inicionão são considerados e a Previdência só reconhece oscàsos em que há comprometimento de 20% a 40% dacapacidade pulmonar — será apresentado ao MinistroJair Soares hoje em Criciúma, pelos médicos SérgioAlice e Albino Souza Filho e as lideranças sindicais daregião.reformulação

Dos médicos, o Ministro rece-berá um documento com reco-mendações que, se-adotadas,permitirão uma diminuição dadoença, e sugestões para a re-formulação dos critérios utiliza-dos pela Previdência na identi-flcaçáo dos mineiros acometi-dos de pneumoconiose.

Até 1976 — explicou o médico.Sérgio Alice — os mineiroscomprovavam a incapacidadetotal ou parcial para o trabalhonas minas em face da pneumo-coniose unicamente com baseno resultado dos exames radio-lógicos. A partir de 1977, a mo-diflcação da lei dos acidentesdo trabalho passou a desconsi-derar os exames radiológicos e

a exigir exames das vias respi-ratórias para comprovar adoença.

Assim, somente o mineiroque comprovar um comprome-timento da capacidade pulmo-nar entre 20% e 40% é que temdireito à indenização, em tornode 20% sobre o salário que esti-ver recebendo. Dos casos iden-tiflcados até agora, apenas umaminoria recebe este beneficio,assegura o Sr Sérgio Alice.

O Deputado federal Walmorde Lucca (PMDB) mostra-se cé-tico e lembrou que um projetode sua autoria, visando a modi-ficação dos critérios da Previ-dència para indenizações a mi-neiros doentes, está trancadona comissão de trabalho e legis-laçáo social da Câmara federal.

Cimi acusa Procurador

da República de ameaçar

Padre que defende índiosBrasília — O Conselho Indigenista Missionário,

órgão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil,denunciou ontem em nota à imprensa que o PadreNello Ruffaldi, coordenador do Cimi Norte n, estásendo ameaçado de expulsão do pais pelo Procuradorda República no Território do Amapá, Caetano Amico.

Segundo a denúncia, o Padre está sendo ameaçadoporque "defende intransigentemente" os índios Galibi,Karipuna e Palikur, prejudicados pela Rodovia BR-156, que atravessa 27 quilômetros da reserva dessascomunidades índigenas no Oiapoque.AMEAÇAS

Segundo nota do Cimi, no dia17 de setembro o Procurador daRepública em Macapá, Caeta-no Amico, apresentou-se aoBispo da prelazia, Dom JoséMaritano, pedindo a transferên-cia do Padre Nello Ruffaldi, vi-gário da paróquia de Oiapoque.Dom José desconsiderou a pro-posta, e o Procurador prometeulevar adiante um processo paraa expulsão do Padre italiano nopais.

De acordo com o Cimi, oDeputado Hélio Campos (PDS-RO), que elaborou projeto de leipara extinguir a criação de re-servas indígenas em áreas defronteira, também está envolvi-do nas ameaças que pesam so-bre o Padre."O Procurador da Repúblicae o Deputado Hélio Campos,como muitos outros, não enten-dem", diz a nota do Cimi, "nãoquerem entender que quem es-tá Insuflando os índios sáo cin-co séculos de extermínio eopressão".

Porto Alegre — O presiden-te da CNBB, Dom Ivo Lors-cheiter, ao apontar causas dadesintegração da família, te-ma do Sínodo dos Bispos quese realiza no Vaticano, doqual participa, condenou asestruturas sociais e econômi-cas, "que impedem ou dificul-tam para muitas famíliasuma vida digna", a falta detrabalho ou de salários sufi-cientes, a falta de habitaçõeshumanas e a falta de seguran-ça mínima.

Criticou também, com basenum documento distribuídorecentemente pela Conferèn-cia Episcopal Latino-Americana, a interferêncianorte-americana no controleda natalidade nos países daAmérica do Sul e Central que,"tanto ocorre por interessespolíticos do Governo, comopor interesses econômicos dainiciativa privada, que desen-volve uma atuação indébitanos nossos países".

Prefeito

de Olinda

apoia UNEPiracicaba, SP — O presiden-te da União Nacional dos Estu-

dantes, Rui César Costa Silva,recebeu telegrama do Prefeitode Olinda (PE), Germano Coe-lho, convidando "a UNE a con-tinuar sua luta no próximo con-gresso, em Olinda".

O Prefeito "saúda os delega-dos do congresso da gloriosaUnião Nacional dos Estudan-tes, reitera o apoio à livre orga-nlzação dos estudantes brasi-leiros em todos os níveis derepresentação, um inarredávelprincípio democrático", e mani-festa "Irrestrita solidariedade àcampanha nacional contra oensino pago e por recursos or-çamentários significativos paraa educação".

A diretoria da UNE e a segu-rança da Universidade Meto-dista de Piracicaba denuncia-ram "várias provocações" ao32° congresso da entidade, co-mo a pichação de carros e acirculação de pessoas e veicu-los não credenciados nas proxi-midades dos alojamentos, oque foi comunicado ao DOPS.

Diante de um telefonemaanônimo á central de creden-ciamento, dizendo que a cen-trai de crachás teria sido ar-rombada — e constatando-seque a caixa estava aberta — adiretoria da UNE decidiu refa-zer, na manhã de hoje, o creden-ciamento de todos os delegadoscom direito a voto no congres-so, cujo número é calculado emtomo de 3 mil.

Prefeito de Caxias não

recebe professoras que

decidem manter a greveContinuam em greve as duas mil professoras das 63

escolas da rede municipal dos quatro distritos de Duque deCaxias,—Centro, Campos Elísios, Imbariê e Xerém. Ontem,às 18h, as professoras tentaram contato com o Prefeito,Coronel Américo Gomes, que não as recebeu porque, segun-do o assessor de Comunicação Social, Antonino Marques,estava em reunião com representantes da Associação dosFuncionários Fiscais do Município.

As professoras se reuniram por quase uma hora com oSecretário Municipal de Educação, Jouberland de Oliveira,que reafirmou não ter a Prefeitura condições de aceitar suasreivindicações e fez um apelo para que encerrassem a grevea fim de que os 30 mil alunos não fiquem sem aulas. Asprofessoras informaram que continuarão em greve por tem-po indeterminado até que o Prefeito concorde em retomaras conversações iniciadas há cinco meses. Elas reivindicam,além de melhores condições de trabalho, quatro saláriosmínimos para as que lecionam da Ia à 4a série do Io grau, seismínimos para as da 5a à 8a série, e o fim da taxa escolar.

Em São Paulo

Cerca de 2 mil pessoas participaram da passeata quefinalizou o dia de paralisação dos professores paulistas. Apresidenta da Associação dos Professores da rede oficial deensino do Estado, Eiko Campos Sales, entregou um memo-rial de reivindicações ao Secretário de Educação, LuísFerreira Martins, pedindo a ampliação do número de vagaspara a Ia série do 2o grau.Essa foi a única reivindicação específica dos professorespaulistas, porque desde 1979 foi suspenso o aumento donúmero de classes do antigo colegial no Estado, por deter-minação da Secretaria. Para a presidenta da Aprôesp, o 2ograu deve ser estimulado, "pois é parte do ensino público egratuito para todos".

Em PernambucoApesar de a Associação de Professores do Ensino Oficial

de Pernambuco ter informado que mais de 80% das escolaspúblicas paralisaram suas atividades, pela passagem do DiaNacional do Protesto, o Secretário de Educação, Joel Holan-da, assegurou que apenas três estabelecimentos escolarespararam, mas acrescentou que a freqüência de professoresfoi muito reduzida nos que funcionaram.

Os professores pernambucanos acrescentam à reivindi-cação nacional, relativa ao reajuste semestral:

Pagamento pela qualificação, de acordo com a Lei5 092/71; redução da carga horária sem redução de salário;regularização da contratação dos professores-estudantes;pagamento do adicional noturno previsto na CLT.

No ParanáEntupir uma das avenidas mais largas de Curitiba com

uma gigantesca passeata — que termine em concentraçãode professores de todo o Paraná, diante do Palácio Iguaçu—foi a proposta aprovada por unanimidade na assembléia de2 mil professores na Capital, que será defendida na assem-bléia estadual de professores de Io e 2o graus hoje emLondrina.

O Movimento de Educação e Justiça, deflagrado há umasemana, mantém paralisadas as aulas em todas as escolasestaduais de mais de 160 dos 297 Municípios do Paraná.Segundo a Associação dos Professores, mais de 80% dos 45mil professores aderiram, reivindicando melhores salários.Reajustes semestrais. Cumprimento do Estatuto do Magis-tério e elevação de nível para 22 mil professoras da Ia a 4aséries.

Mensagem de Portella

pede compreensãoBrasília — Em mensagem em que reconhece "resulta-

dos significativos" no esforço de fortalecimento das estrutu-ras do ensino, o Ministro Eduardo Portella pede aos profes-sores, no dia a eles dedicado, a compreensão para "osobstáculos da jornada" que enfrentam junto com o MEC.

A mensagem afirma que "se encontram bastante avan-çados os estudos e as negociações destinados a garantir,oportunamente, a adequada valorização da classe docente,através da dignificaçáo salarial."

Contaminação da

Pampulha deixa 50 de

mil sem água em BH

Mergulhador

tira óleo

Belo Horizonte — A Com-panhia de Saneamento de Mi-nas, revelou que a lagoa daPampulha está sob suspeitade contaminação por defensi-vos agrícolas. Sua água é uti-lizada para o abastecimentoda população de 13 bairros deBelo Horizonte e há dois dias50 mil moradores estão semágua, enquanto outros 50 milestão sendo abastecidos deforma precária.

A Copasa decidiu paralisaro abastecimento com a águada lagoa até terem uma res-posta da análise de amostras,que está sendo feita por doislaboratórios particulares, in-formou o diretor de opera-çòes, Marcus Melo Milton.

ALTERNATIVA

A Copasa iniciou ontem aconstrução de uma rede quepossibilitará a Interligaçãodo sistema Rio das Velhas à

Fábrica que polui na

Bahia pode fecharSalvador — O diretor da

Companhia Brasileira deChumbo, Sílvio Faria, declarouque a hipótese de fechamentoda indústria está sendo estuda-da pela direção do grupo fran-cés Penarroya, que detém ocontrole acionário da fábricaque intoxicou 170 crianças deSanto Amaro da Purificação epoluiu a Bala de Todos os San-tos e o rio Subae.

Disse que se a fábrica nãotiver condições de funcionar,atendendo às determinações doGovernador Antônio CarlosMagalhães para controlar a po-luição, "não vamos nos suici-dar". O Secretário de Planeja-mento e presidente do Conse-lho Estadual de Proteção Am-biental, Antônio Osório, afirmaque a intenção de fechar outransferir a indústria "existiaantes das decisões do Go-verno".ALTERNATIVAS

O Sr Sílvio Faria informouque a direção da Penarroya, emSão Paulo, examina também oatendimento parcial ou totaldas exigências do Cepram paracontrole da poluição, a amplia-çào da produção de 30 mil para45 mil toneladas anuais dechumbo ou a desativação par-ciai.

No caso de desativação total,os equipamentos da Cobrac se-riam transferidos de SantoAmaro da Purificação para asinstalações da Plubum, no Pa-

navio

região da Pampulha e VendaNova, que deve custar Cr$ 10milhões. A empresa conside-ra a estação de tratamento daPampulha vital para BeloHorizonte e a inclui no esque-ma de abastecimento para oano 2 mil. Espera resolver oproblema em três dias.

O diretor Marcus Melo afir-mou que o corte no abasteci-mento tem caráter preventi-vo. Disse que se as análisesacusarem concentração depesticidas ou herbicidas, eladeverá ser pequena. Assegu-rou que a estação foi desati-vada e as Secretarias Munici-pai e Estadual de Saúde fo-ram acionadas para auxiliarna solução do problema.

Disse ainda que a estaçãoda Pampulha não está capa-citada a tratar a água emcasos de contaminação pordefensivos agrícolas, masapenas para o caso de polui-ção por esgotos.

raná, outra fábrica de cobre dogrupo Penarroya. A decisão daCobrac deve ser anunciada nofinal desta semana ou no inicioda próxima. A indústria estácom 50% da sinterizaçáo (side-rurgia) parada e o forno semfuncionar.

A transferência da indústria éuma hipótese que o Prefeito deSanto Amaro da Purificação,Walter Figueiredo, quer que oGoverno impeça. A populaçãodo Município, segundo ele, de-seja o controle da poluição e apermanência da fábrica, queemprega cerca de 300 pessoas esignifica uma renda mensal deICM de Cr$ 12 milhões.SEM REPRESÁLIA

Para o Secretário de Planeja-mento e presidente do Cepram,Antônio Osório, o quadro daCobrac não é "uma represália"às decisões do Governo esta-dual de controlar a poluição. "Aempresa, antes das decisões, fa-lava em transferência, caso nãotivesse condições de colocar osequipamentos antipoluentes",observou.

Disse que "a poluição e a con-tamlnação de pessoas existem,vidas humanas estáo sendo afe-tadas, e, por isso, achamos queas medidas anunciadas foramas mais acertadas". Quanto aofechamento ou transferência daindústria, afirmou que é umproblema da direção da empre-sa, à qual não cabe a ele im-pedir.

Enquanto mergulhadores ini-ciavam os trabalhos de retiradadas 600 toneladas de óleo com-bustível e 70 toneladas de óleodiesel dos tanques do cargueirogrego Cavo Artemldi — enca-lhado há três semanas na entra-da da baía de Todos os Santos— extensas manchas de óleocontinuavam a ser vistas emdiversos trechos da baía.

O óleo provém do navio e dachata Mirim, que afundou nofinal do mês passado próximoao terminal petrolífero de Ma-dre de Deus, com 200 toneladasde óleo em seus tanques. Asmanchas negras ainda nãoatingiram as praias baianas emdecorrência dos ventos, que asestáo levando para o centro dabaia.

A operação iniciada ontempor técnicos da Navemar, coma assessoria da Williams Servi-ços Marítimos, consiste emabrir uma pequena porta nocasco do cargueiro, por ondedeverão entrar os mergulhado-res, e em seguida bombear oóleo, utilizando-se um gerador,para barcas ancoradas ao ladodo navio encalhado.

Segundo o Sr Evaldo Albu-querque Melo, da Williams, ostrabalhos deveráo durar de trêsa quatro dias caso não ocorramproblemas. Ontem, contudo,-houve uma falha no sistema decomunicações do escritório daempresa com as pessoas queestão na barca ancorada ao la-do do cargueiro.

Por falta de disponibilidade,não foram utilizados aparelhosVHF e a faixa do cidadão, quedeveria servir de elo entre aterra e o mar.

Rádio JB debatepolítica mineral

O Brasil possui uma políticade exploração de minérios? ASerra de Carajás pode slgnifl-car a redenção do País? O Bra-si! e sua riqueza mineral esta-r&o em debate hoje fts 9 horasna RADIO JORNAL DO BRA-SIL, com a presença do geólogoJosé Leal, Conselheiro do Insti-tuto Brasileiro de Mineração epresidente da Tricontinentalde Mineração, e do jornalistaSérgio Danilo, presidente doComitê Mineral de Imprensa.A apresentação é de EliakimAraújo, com apoio do Departa-mento de Radiojornalismo.

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JORNAL DO BRASIL

Vice-Presidente Executivo: M. F. do Nascimento BritoEditor: Walter Fontoura

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1980

Diretora-Presidente: Condessa Pereira Carneiro Diretor: Bernard da Costa CamposDiretor: Lywal Salles

Resposta Inócua

As dimensões escandalosas assumidas peloderrame inesperado das ações da Vale do RioDoce não diminuíram com o julgamento da CVMe foram de certo modo agravadas pelas declara-ções do Ministro da Fazenda. Em nenhum mo-mento o Sr Ernane Galvêas pôde responder àpergunta nuclear: para que o Governo resolveuvender as ações, subvertendo as normas a que sesubordina o mercado de capitais? Não tentou,sequer, dar uma resposta a esta indagação,preferindo tripudiar sobre o corretor convertidoem bode expiatório e fazer uma frase que nãoexprime o espírito da atual administração eserviria como lema dos antigos regimes absolutis-tas inspirados diretamente por Deus: "Em

prin-cípio o Governo não erra."

De que manual de Ciência Política ou deTeoria do Estado terá colhido o Sr ErnaneGalvêas essa pérola? Terá querido, talvez, aludirao princípio segundo o qual todo ato administra-tivo goza de presunção de legitimidade? Mas istoé outra coisa, está em outro domínio e aí se fala,evidentemente, de presunção júris tantum e nãode presunção absoluta. O Ministro da Fazenda,por exemplo, pratica atos que no âmbito doDireito Administrativo gozam da presunção delegitimidade, enquanto não se demonstre comprovas que legítimos não foram e que, ao contrá-rio, com dolo ou não, causaram prejuízos àFazenda Pública ou agrediram o princípio supre-mo da legalidade.

Que o Governo erra, o próprio caso daoperação escandalosa é suficiente para demons-trar. Nesse caso, o órgão governamental errou demodo a deixar a nação estupefacta, à espera atéhoje de uma explicação razoável que o Sr ErnaneGalvêas não conseguiu fornecer-lhe. "O

julga-mento da CVM esclarece a operação", declarou àfalta de uma resposta precisa. Esclarece como?Em que sentido e sob que aspecto? Pois de dentro

da própria CVM é que saíram as palavras maisduras de condenação, proferidas por dois de seuscinco membros — ambos contundentes na carac-terização da responsabilidade do Banco Central.Um deles chegou a votar inocentando os indicia-dos no inquérito pela impossibilidade de promo-ver a responsabilidade dos que lhes ordenaram odesencadeamento da operação, que pelo seuporte e pelas circunstâncias "excitou o pregão etumultuou seu transcurso normal", causandoprejuízos à Fazenda e desmoralizando o merca-do, além de decretar a falência da própria CVM.

O corretor teria sido o responsável único,passível de punição, se se tratasse de vendedorparticular, como acentuou um dos dois votosvencidos nos cinco que adotaram a decisãoiníqua e despistatória de anteontem. E aí é que seimpõe, como única fórmula para resguardar aseriedade do mercado de capitais e colocar oGoverno em posição ética inatacável (daqui paraa frente), a solução alvitrada pela Bolsa de SãoPaulo: dar autonomia à CVM, desvinculando-ado Ministério da Fazenda. Se as companhiasestatais operam no mercado em condições deigualdade com as entidades particulares, queespécie de independência pode ter a CVM paraatuar de modo equilibrado e em condições deevitar novos derrames e novos escândalos como oda Vale do Rio Doce?

Preocupado em desmentir os boatos de suaexoneração, o Sr Ernane Galvêas não parece terpercebido, sequer, que se dirigia a uma comuni-dade à qual devia, na qualidade de Ministro daFazenda, uma palavra grave e clara sobre oepisódio dos papéis da Vale, que acima de tudoafetou a seriedade do Governo em setor de cujaação depende a confiança de cada cidadão queinveste o seu dinheiro e quer sentir-se protegidopelas regras universais da economia de mercado.

A nação continua à espera de uma respostaidônea. O Ministro da Fazenda não a pôde dar.

Já foi um primeiro passo considerável — e,mais importante, na direção certa. Esta leisalarial em vigor é indiscutivelmente inflacioná-ria. Colocá-la em vigor, no exato momento emque a inflação, impulsionada pelos preços dopetróleo, recrudescia, foi um grave erro. Nãorevê-la antes, mais grave ainda. E supor que ela éintocável ou que é um risco político intoleráveltratar de remediar seus efeitos é outra temeri-dade.

Foi um progresso restringir os ganhos sala-riais dos que estão no topo da pirâmide. É umaforma de compensar o impacto da lei e de aliviara folha de pagamento das empresas.

Porém, esse não é o ponto nevrálgico dalegislação, nem o ingrediente mais poderoso deseu caráter de realimentador de inflação. A leivigente prevê que, na base da pirâmide, ondeficam os assalariados entre um e três saláriosmínimos, os reajustamentos são feitos à base de110% da inflação registrada no INPC. É aí quese encontra o contingente de mão-de-obra maisnumerosa no Brasil e é aí que se localiza a partemais volumosa da folha de salários paga em todaa economia.

Também é na base da pirâmide o maiorproblema das pequenas e médias empresas, prin-cipalmente aquelas que operam em setores deinovação tecnológica menos dinâmica. Logo, a leiperversa atua exatamente, com mais vigor, onde

Meia Confecção

deveria ser branda. Atinge as folhas de saláriosdos menores empresários — a dos que habitamnum território mais propício às incertezas daconjuntura econômica.

Este é o ponto nevrálgico a ser tocado emqualquer tentativa realmente séria e profunda derever a lei. A mudança agora submetida aoCongresso é um paliativo. Mas, não chega apromover resultados significativos, quanto àneutralização do poder realimentador da legis-lação.

No entanto, o Governo, ao longo da sinuosae ambígua trajetória que levou a esta tênuemudança da lei, revelou, claramente, que teme odesgaste político de submeter ao Congresso umareforma que comece pela base da pirâmide. Deveter feito seus cálculos políticos e chegado àconclusão de que é mais negócio perder nainflação, do que ser derrotado no Congresso.Esta, porém, é uma razão de Estado. Não temnada a ver com a racionalidade que deve coman-dar a formulação de uma política econômica.Para sermos modernos, copiamos dos paísesdesenvolvidos a escala móvel de salários. Mas,nos esquecemos de copiar as mudanças que estesmesmos países fazem na escala móvel, toda vezque a inflação volta a subir, com ímpeto.

Não fizemos uma cópia competente. É o queacontece, quando se tenta copiar.

Opção Clara

No momento em que o álcool se torna gênerode primeira necessidade, a agroindústria cana-vieira do Estado do Rio espera o apoio oficial quelhe permitiria cumprir o seu destino.

O prometido investimento (federal) da or-dem de Cr$ 7 bilhões poderia — sublinhamtécnicos ê-empresários do setor — ser pago emquatro anos, através da irrigação de 50% da áreaplantada de caba no Norte fluminense.

Protelar esse investimento é manter e ali-mentar todos os problemas vigentes: 50% deociosidade média do paíqiae fabril nos últimoscinco anos, períodos de estiagem repetindo-se acada safra e por períodos cada vez mais longos.

Projetos-piloto elaborados por usinas e for-necedores de cana já demonstraram aos técnicosdo 1AA que o programa previsto para retirar estaindústria da crise, no Estado, é economicamenteviável, dobrando a produção de matéria-prima e

gerando para o setor um aumento de renda anualde mais de Cr$ 3 bilhões.

A promessa de auxílio, anunciado oficial-mente em agosto no 8o Encontro Nacional dosProdutores de Açúcar e Álcool, levou as empre-sas do setor à esquematização de projetos con-sentâneos com a importância do investimento,'envolvendo a preparação de equipes técnicas e aimportação de especialistas estrangeiros.

Se, em vez disso, a irrigação não for possí-vel, a agroindústria canavieira em regiões como ade Campos poderá estar inutilizada nos próximoscinco anos, acentuando-se o ciclo da decadência.

O que espera o Governo para investir numquadro que só depende desta injeção e não deexpectativas etéreas?

Trata-se de uma típica opção entre o sucessoe a decadência.

Bom CombateMerece todo respeito e apoio a luta dos

moradores de Santa Teresa em defesa de seusbondes. 0 fato de que os habitantes do bairromanifestam esse interesse já devia ser suficientepara consagrar a sua causa; mas entre nós,governantes e governados ainda parecem, emmuitos casos, compartimentos estanques.

Este é um dos subprodutos da mentalidadeburocrática. Dada a deficiência dos bondes, aCTC está providenciando mais dois ônibus paraSanta Teresa, que começam a rodar no começode novembro.

Para um organismo como a CTC, os bondesserão algo de arcaico; representam no mínimoum corpo estranho no meio da frota de ônibus; ea burocracia tem paixão pela uniformidade.

Essa uniformidade costuma ser defendida,em certos casos, ao absoluto arrepio da lógica.Não é preciso muito exame para verificar que osbondes estão perfeitamente integrados à paisa-gem de Santa Teresa — e, por isso mesmo, são

estimados pela população. Os ônibus parecemvolumosos demais, barulhentos demais, naquelasladeiras antigas. Podem, como em Ouro Preto,abalar estruturas, provocar acidentes. Trazem,comprovadamente, a poluição atmosférica a umbairro que se gaba da sua atmosfera.

Na luta de Santa Teresa há mais do quebondes em jogo: há o princípio de que os bairros,as pessoas, as comunidades, quando não prejudi-quem outrem, têm o direito de preservar a suafisionomia própria.

Os bondes são antigos? Modernizem-se o$bondes. 0 bondinho centenário do Corcovado jáfoi substituído pelas mesmas razões — e comsucesso.

Se não bastassem todos esses argumentos,devia bastar a vontade manifesta da população.Santa Teresa quer ficar com os bondes. E está noseu direito. Quando descobrirão certos adminis-tradores que o Governo existe, afinal, paraservir os governados?

Chico

Cartas

ConstataçãoLi com lamentável atraso a crônica

que Carlinhos de Oliveira escreveu nessejornal sobre a minha pessoa. Bem, euconsiderava o Carlinhos um dos jornalis-tas mais inteligentes do Brasil. Depoisdaquela crônica, vi-me obrigado a repen-sar, chegando à conclusão de que ele nãoentendeu nada de minha entrevista aoInterwiew, ou, então, que estava semassunto e decidiu investir contra mim,ou, ainda — e o que seria pior! — que,secretamente, anda trabalhando para oCCC, pois, na última linha do seu artigo,sugere que essa organização de extremadireita se ocupe de mim. Bravos, Carli-nhos; constato que marchamos em dire-ções opostas. Eu, para o povo. Você, paraa aristocracia. Jorge Guinle — Rio deJaneiro.

Eu apenas transcrevi e critiquei decla-rações do Sr Guinle publicadas numarevista chique. Por causa dessas declara-ções, ele foi exposto à galhofa na revistaVeja e tem servido de deboche na Colunado Ibrahim. Portanto, ele devia escrevermais duas cartas de reclamação. Mas, doalto de suas tamancas, que fazem deleum homem 8cm mais alto do que real-mente é, seria preferível que Jorginhocalasse a boca, curtindo em silêncio seuchampagne e sua incurável inautentici-dade existencial. José Carlos Oliveira —Rio de Janeiro.

DecepçãoComo não podia deixar de acontecer,

o carioca teve sua vida mais uma vezonerada devido ao aumento' das passa-gens do metrô. Eu pensava que o metrôfosse um veículo de transporte de massa,devido à sua grande rapidez e sua passa-gem com um preço mais favorável aobolso do Zé Povinho. Porém, infelizmen-te, eu me enganei. Um veiculo que émovido a energia elétrica e tem sua pas-sagem aumentada em mais de 40% (diga-se de passagem que é o segundo aumentoeste ano), ficando mais cara que umapassagem de ônibus não é, nem pode serum veículo de transporte de massa. Paraviajar um pequeno trecho Glória—Estácio o carioca paga Cr$ 10, quantoserá o preço da passagem quando o me-trô estiver em pleno funcionamento? Lo-go, se continuar assim, o metrô não seráa solução. Se o povo precisa de X eoferecem Y não adianta, perdendo Y afinalidade a que se propôs. Talvez apassagem do metrô tivesse mesmo queaumentar, devido à corrupção, perdão,digo, corrosão nas engrenagens do me-trô. Jaime Ramos de Carvalho — Rio deJaneiro.

Reação dos jovensRealizou-se, em Copacabana, uma

passeata contra a poluição, dela partici-pando, segundo o JORNAL DO BRASIL,cerca de 20 adolescentes. Diz ainda ojornal que a passeata foi "bastante desor-ganizada" e que os Jovens, ao colarempanfletos sobre ônibus, paredes e postes,pareciam alheios à "poluição visual" quecausavam. No meu modo de entender, oinuendo é desnecessário e até destituídode lógica, porquanto a expressão tem umsentido apenas figurativo; não constandode qualquer tratado de Medicina haveralguém contraído tracoma, conjuntiviteou glaucoma por fixar os olhos nas picha-ções, grafltes e cartazes espalhados pelacidade. O que se pode dizer, e com razão,é ser este um hábito próprio de povossubdesenvolvidos, pois que nos paísescivilizados as pessoas tratam as ruas,praças e prédios com o mesmo carinhocom que cuidam de sua sala de visitas.No caso dos panfletos, salve-se ao menoso fato de serem eles mais fáceis de remo-ver do que as marcas de piche e aerosolque tanto afeiam o Rio de Janeiro.

Desorganizada ou não, a passeata te-ve, no entanto, o mérito de ser o primeirogrito de dor e protesto de uma cidade queé hoje, além de suja, malcuidada e violen-ta, uma das mais poluídas do mundo. Apoluição do ar, no Rio de Janeiro, é aindadanosa à saúde por ocorrer quase aonível do solo, provocada que é pelo mo-nóxido de carbono dos veículos, especial-mente os ônibus cuja direção é, por viade regra, confiada a indivíduos revolta-dos e ignorantes que parecem derivar um

prazer todo próprio do ato de acelerardesnecessariamente o motor. Alegam es-ses criminosos ser exaustivo e malremu-nerado o trabalho de motorista de ôni-bus, mas ainda que ganhassem 50 salá-rios mínimos e trabalhassem apenasduas horas por dia, não deixariam depoluir a cidade e de dirigir sem o menorrespeito à vida humana, pois o que efeti-vãmente ocorre é serem homens violen-tos e extremamente ignorantes.

O monóxido de carbono é um venenode tal modo perigoso que já se tornamortífero numa concentração de apenas0,4% no ar atmosférico. Não é comumen-te encontrado em estado natural mas,em contacto com com o sangue, produz otóxico letal denominado carbonemoglo-bina. Foi contra esse terrível veneno queo. pequeno grupo de jovens quis protes-tar, ainda que inutilmente, pois a serverdade o slogan de que um país se fazcom livros e homens, não vemos bruxu-lear no horizonte a mais leve chama deesperança, tão pequena e tão diluído é onúmero deles. (...) Heribaldo Rosa — Riode Janeiro.

Volta do tremSob o título A volta

do trem, lemos em o In-forme JB, do dia 5/10,oportuna referência so-bre a volta do trem depassageiros "a multas cl-dades, de onde ele nuncadeveria ter partido, parauma viagem sem volta".1 A propósito, o Prefeito deRecreio — segundo esta-

mos informados — preocupado com oagravamento da crise de petróleo, emface do conflito armado entre Iranianos eIraquianos, sugeriu ao Ministro dosTransportes, mineiro da nossa região,providências no sentido de reativar osramais ferroviários e suas linhas troncos,cujos trilhos ainda náo foram erradica-dos, especialmente os desta região, entreBarão de Mauô—-Recreio—Porciúncula eRecreio—Ubá, fazendo ali retornar os an-tigos trens expressos de passageiros.É certo, acrescentou o Sr Prefeito queum trem expresso transporta em média600 passageiros, para o que seria necessá-ria uma frota de 15 ônibus. Com a adoçãodesta providência, é certo que haveriauma considerável economia de combus-tível, com reflexos positivos para as anti-gas regiões da Zona da Mata mineira,outrora tão bem servida por esses trens,cuja população lamenta até hoje a suasupressão. Aristides Dorigo — Recreio(MG).

Seqüestro do aviãoPermita-me aqui acrescentar ao exce-

lente editorial relativo ao seqüestro doavião da Varig, uma observação pessoalsobre o que julgo ser a origem do proble-ma. Quando da reforma administrativa,preparada no final do Governo CasteloBranco, o Ministério da Vlaçáo e ObrasPúblicas teve as suas diversas e comple-xas atribuições divididas entre os váriosMinistérios então criados, cabendo a pro-blemática dos Transportes ao futuro Mi-nlstério dos Transportes. Dentro dasatribuições desse Ministério estavam,evidentemente, as prerrogativas de exe-cução da Política Nacional de Transpor-tes, cabendo aos órgãos específicos adeterminação das diretrizes, normas,controle, fiscalização e operação (en-quanto náo fosse possível delegar) dosdiversos sistemas viários. A documenta-ção que serviu de base a esses estudosera a mais completa e adequada à época,inclusive cotejada com legislação estran-geira pertinente a cada setor. No campoda aviação civil houve, todavia, umacontestação e por fim uma Imposição emconseqüência do que foi alterada a orga-nização Imaginada para esse setor. E oJuarez quase quebra a mão de tanto darsocos na mesa. Enquanto havia sido pre-vista uma Diretoria de Aviação Civil,dentro do âmbito do Ministério dosTransportes, e a quem caberiam as fun-ções normativas, de fiscalização e contro-le da aviação civil, o grupo (conhecido)passional e avesso a qualquer argumen-tação com base na técnica, na lógica ouno bom senso, impôs ao Presidente amanutenção do controle da Aviação Ci-vil, dentro da Força Aérea Militar, sob otítulo já consagrado de Diretoria de Ae-ronáutica Civil (DAC). Entendemos queem tempo de guerra talvez essa ingerên-

cia fosse justificada, pois uma coisa é aarma de guerra aérea, como também aarma de guerra terrestre e a arma deguerra marítima, e outra é o transporteaéreo, o transporte terrestre e o transpor-te marítimo.

A prevalecer o raciocínio dessas atrl-buiçòes do DAC, e que podem gerarordens para aviões comerciais (até emUnhas internacionais!!!) mudar de rota,como no caso presente, seria possíveltambém ao Ministério do Exército teruma Diretoria de Trânsito Civil (DTC)que eventual e grotescamente ordenasseao motorista do ônibus da Cometa, narota Rio — São Paulo, entrar em Plnda;monhangaba, por exemplo, para que oMinistro da Agricultura, um dos passa-geiros, pudesse assistir a uma exibiçãode rodeio, ou coisa parecida, onde estariao nosso Presidente João Figueiredo.

Esse e outros exercícios, na mesmaprogramação, deixo ao encargo doEduardo Novaes ou Veríssimo que com oseu talento e arte poderão desenvolvermelhor o tema. Só me resta levantar econtinuar lutando, pois acredito na sin-ceridade do Figueiredo e penso que atéele deve ter sentido este golpe de republl-queta. Geraldo C. Gayoso Neves — Riode Janeiro.

Informação adequadaUma leitora, em carta publicada no

JB de 2 de outubro, pede a aflxaçào decartazes para orientar os remetentes decorrespondência sobre o critério de taxa-ção. A ECT devia também afixar, emtodas as agências, ao lado dos gulchês devenda de selos, a tarifa postal em vigorpara conhecimento dos usuários dos Cor-reios. Igual providência se aplica aosguichês dos telegramas, assim se evttan-do interrupção no atendimento a outraspessoas. As tarifas sáo agora aumenta-das a menores Intervalos, e não prevalecemais a teoria de que "não é precisoporque o pessoal já sabe"! Já que a ECTéagora uma empresa comercial, deve tam-bém Indicar o horário de funcionamento,tudo isso à vista do público tal comooutros estabelecimentos sáo obrigados afazer. Mário Nogueira — Rio de Janeiro.

MorosidadeO JORNAL DO BRASIL tem publica-

do cartas do presidente da empresa deCorreios e Telégrafos, que tem como nor-ma responder críticas ou elogios feitosem relação a sua empresa. Assim sendo,gostaria de colocar para o Sr AdwaldoBotto de Barros a seguinte questão: co-mo pode uma carta postada em Paris(França) no dia 17 de setembro de 1980chegar ao destino (Tijuca) três dias de-pois e diversas cartas colocadas na agên-cia da Rua Carlos de Vasconcelos, naTijuca, em 29 de setembro só serem rece-bidas pelos destinatários, em ruas varia-das do bairro (Conselheiro Zenha, Car-mela Dutra, Pareto, Araújos) em 2 deoutubro de 1980? Aliás, essa morosidadedos correios possui um lado bom: vaiservir dentro em pouco para as autorida-des alegarem que os atentados contra aOAB, Câmara dos Vereadores e outros,estão demorando para serem apuradosjustamente por isso: vai ver que as invés-tigações estão sendo realizadas via cor-reios. Roberto Pumar — Rio de Janeiro.

Erro históricoO JB, edição de 21 do corrente, Cader-

no Especial, pág. 2, titulo Os 50 anos daRevolução de 30, subtítulo O jornalrevolucionário de José Bonifácio, publl-ca entrevista deste, na qual aludindo aseu tio, Antonio Carlos, que se encontra-va em Juiz de Fora, diz: "As quatro horasda madrugada, ele chegava a Barbace-na". Há equívoco. Deve ser 17 horas, eisto porque O Jornal, edição de 18 denovembro de 1930, 1' página, estampafotografia daquele saudoso estadista, naFazenda de Ribeirão, naquela cidade,dia 3 de outubro, em companhia de suafamília, em demanda de sua terra natal,uma hora antes do estouro do movímen-to. Bruno de Almeida Magalhães — Riode Janeiro.

As cartas serão selecionadas para publicaçãono todo ou em parte entre as que tiveremassinatura, nome completo e legível eendere-ço que permita confirmação prévia.

JORNAL DO BRASIL LTDA., Av. Brasil, 500 CEP-20940. Tel. Rede Inferna: 264-4422 — End Telegrá-ficos. JORBRASIL. Telex números 21 23690 e 2123262.

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SmS

C D

OPINiAO — 11

Coisas da política

0 encontro das comunidades

E possível que nem todasas paróquias tenham co-nhecimento da decisão,

pois ela acaba de sair do forno,mas, salvo retoque de últimahora, está decidido que as Co-munidades de Base da Igrejavão realizar um congresso na-cionai em São Paulo, na segun-da quinzena de janeiro de 81,pondo em discussão o temacentral "Igreja-povo oprimidoque se organiza para a liberta-ção". Desconhece-se, por en-quanto, o local indicado paraacolher representantes das Co-munidades Eclesiais dos Esta-dos brasileiros.

Recentemente, representan-tes paulistas das Comunidadesde Base da Igreja tiveram umencontro na cidade de Campí-nas, quando foram debatidosentre eles os programas de to-dos os partidos políticos nasci-dos após a reforma partidária.Discutiu-se muito a possibilida-de de as Comunidades Ecle-siais se engajarem diretamentenas lutas políticas através deuma opção partidária e, ao fi-nal dos trabalhos, concluiu-seque a maioria tinha simpatiaprimeiro pelo PT, depois peloPMDB. O partido do Lula, po-rém, reunia maior preferência.

Não sabemos ainda, até queponto os participantes do en-contro de janeiro próximo de-baterão o mesmo assunto.Aliás, ignora-se mesmo se elesacatarão a idéia posta em prá-tica em Campinas. O que sesabe é que os representantesdas Comunidades que se reuni-ráo em São Paulo em janeironão simbolizam paróquias liga-das ao que se convencionouchamar de burguesia. São Co-

munidades Eclesiais de bair-ros, sobretudo dos mais afasta-dos, que procuram colaborarcom as populações mais pobresna solução de problemas comoos de saúde, educação e trans-porte.

A tônica que se registra nasparóquias dos bairros é que "asalvação tem de vir agora, enão depois da morte". Em ou-trás palavras, as comunidadesdizem que procuram fazer "ai-go mais" do que ler o Evange-lho de Cristo; procuram pôr emprática as decisões do ConcilioVaticano II, de Medellín e Pue-bla. As conclusões preliminarespara o encontro nacional dejaneiro sugeriram temas como:Despertar a esperança liberta-dora de Cristo na caminhada;Unir e celebrar a fé e, Unir a fécom a política. Nos três encon-tros nacionais realizados ante-riormente, foram discutidos te-mas como "Uma Igreja quenasce do povo"; "Pedagogia li-bertadora", e "Igreja-povo quese liberta".

O que vem ocorrendo emcentros de grande densidadepopulacional, como o de SãoPaulo, é que as Comunidadesde Base da Igreja estão ga-nhando cada vez mais projeçãoentre os moradores de bairrosonde inexistem serviços de in-fra-estrutura e os poderes pú-blicos demoram a soluciona-los, ou por falta de verbas, oupor negligência. Era comum omorador de determinado bair-ro procurar o vereador ou umdeputado para encaminharsua reivindicação. Hoje, no en-tanto, a prática já náo é a mes-ma: ele procura diretamente aparóquia mais próxima e emmuitos casos, as Comunidades

Eymar Mascaro

praticamente em poderes para-lelos.Eclesiais resolvem o seu proble-ma, principalmente no campoda educaçáo, criando escolasou alfabetizando adultos peloMétodo Paulo Freire. Essas co-munidades se transformarampraticamente em poderes para-lelos.

Para o PT, é muito impor-tante a participação políticadas Comunidades Eclesiais, jáque seus freqüentadores — nasua maioria — náo escondem apreferência por esse partido.Nas eleições de 1974, muitasdessas comunidades apoiaramcandidatos que mais tarde vie-ram a decepcioná-los. Foi porisso que, quatro anos mais tar-de, ao invés de fazerem o mes-mo, preferiram lançar cândida-tos próprios pelo MDB, que hojeingressaram no Partido dosTrabalhadores. O exemplomais fiel é a Deputada IrmãPassòni, que pertence a diver-sas paróquias e que já foi frei-ra, abandonando o hábito ásvésperas de fazer votos perpé-tuos.

Quem ajudou a socorrer Lu-Ia na última greve dos metalúr-gicos do ABC não foi o bispo deSão Bernardo, Dom CláudioHumes, que agora depõe a seufavor na Justiça Militar, no mo-mento em que responde a pro-cessos e é indiciado na Lei deSegurança? Existe muita afini-dade entre o trabalho de baseda Igreja e o PT. Resta saberuma coisa: o TSE dará registroprovisório ao partido? Algunsacenos do Ministro da Justiçadizem que não.Eymar Matcaro è rtpórter da Sucursal do JORNALDO BRASIL *m S. Paulo.

No Dia do ProfessorClementino Fraga Filho

Reeleição de CarterCarlos A. Dunshee de Abranches

HA

dois séculos, cadaquatro anos, repete-se nos Estados Uni-

dos da América um ritualeleitoral considerado como omais autêntico entre as de-mocracias representativas.Este ano será no dia 4 denovembro que 160 milhões denorte-americanos, 'com direi-to a voto, escolherão o Presi-dente e o Vice-Presidente daRepública, 34 senadores, to-da a Câmara dos Deputados,13 governadores de Estado ecerca de 6.000 legisladores es-taduais.

Pode-se dizer que, cadadia mais, em todas as partesdo mundo, milhões de pes-soas acompanham com justi-ficado interesse a campanhaeleitoral da qual sairá o Chefede Estado do país mais ricodeste planeta. Além disso, es-se homem dividirá com oslíderes da União Soviética, nopróximo quadriénio, a res-ponsabilldade de evitar umconflito nuclear capaz de ex-tinguir o gênero humano oufazê-lo regredir à vida nas ca-vernas.

Alguns brasileiros se escandaliza-ram quando, em artigo escrito há anos

. nesta coluna, Ironizamos a importân-cia da eleição presidencial na granderepública do Norte, dizendo que seriajusto dar a todos os povos afetadospelos resultados dessa eleição, o direi-to de influírem, pelo voto, para escolhade cada ocupante da Casa Branca.

Agora, é o próprio Presidente dosEstados Unidos quem proclama, comofez Jimmy Carter no seu discurso deaceitação da designação como candi-dato à reeleição na Convenção do Par-tido Democrático: "A vida de cada serhumano na Terra pode depender daexperiência, do julgamento e da vigl-lância do ocupante do Gabinete Presi-dencial em Washington (Oval Office).O poder do Presidente para construirou aumentar a capacidade de destrui-ção é decisivo. E tal poder preponderaexatamente onde os riscos são maio-res, ou seja, em matéria de paz eguerra".

Pouco depois, para nào deixar dú-vida; em discurso na Califórnia, peran-te uma reunião da poderosa união dostrabalhadores AFL-CIO, o Presidentedisse sem mais rodeios, aludindo aoseu belicoso concorrente, que a próxi-ma eleição determinará "se vamos terpaz ou guerra".

No entanto, paradoxalmente, a ca-da eleição nas duas últimas décadas,diminui o número de pessoas que exer-cem, nos Estados Unidos, esse tremen-do poder de voto. No pleito presiden-ciai de 1960 votaram 60% do eleitora-do. Nos comícios seguintes, o compa-recimento dos eleitores foi diminuindoprogressivamente até chegar a 54% naúltima eleição presidencial, Blnalmen-te, ria eleição parcial de 1978 para oCongresso e muitos mandatos esta-duals, votaram apenas 35% dos quetinham tal direito, ou seja, pratica-mente apenas um terço do eleitorado.Isso significa que, para a maioria, ovoto não importa.

Também é impressionante o desço-nhecimento, fora dos Estados Unidos,do seu sistema eleitoral, apesar desse

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poder de interferência no futuro doresto da comunidade universal. NoBrasil, por exemplo, a falta de infor-mação assume proporções egrégias,inclusive entre o que se convencionouconsiderar como sendo nossas elitespolíticas.

No Congresso, na Imprensa e emnossos comicios partidários há quemafirme que.jsegundo o modelo demo-crático implantado em Filadélfia, sóhaveria democracia genuína no Brasildepois que uma Assembléia Consti-tuinte aprovasse nova Constituição,na qual se disponha que todas as elei-ções, de Presidente a Vereador, sejamrealizadas por voto direto, obrigatóriopara todos os maiores de 18 anos,inclusive os analfabetos.

Ora, vários presidentes norte-americanos foram eleitos por um pe-queno número de eleitores que deci-dem o resultado em determinados Es-tados, porque lá as eleições náo sãorealmente diretas. Vota quem quer eas condições para votar não estão es-tabelecidas em um Código Eleitoral deâmbito nacional mas, ao contrário,pelas leis de cada Estado. Em algunsdeles pode votar qualquer pessoa quese registre até a véspera. Em outrosEstados, antes da Lei dos DireitosCivis, os filhos ilegítimos (bastards)nào tinham direito de voto.

Cada cidadão norte-americano nàorecebe necessariamente cédulas comnomes dos candidatos à presidênciada república. Ele vota apenas em umapessoa, que servirá como eleitor paraescolha do Presidente e cujo número éproporcional ao número de habitantesde cada Estado. Essas pessoas, eleitaspelo voto direto, formarão o "colégioeleitoral" do respectivo Estado. O can-didato mais votado nesse colégio elei-toral, ainda que seja pela maioria deum só voto, ganhará todos os votoseleitorais do respectivo Estado.

Assim, é possível que em 4 de no-vembro próximo, no Estado da Cali-fórnia, o mais populoso dos EstadosUnidos, com 45 votos eleitorais, Ro-nald Reagan obtenha 23 desses votos e

o Presidente Carter 22 deles. Nessahipótese, mesmo que o candidato de-mocrata receba a maioria dos votospopulares, em muitos outros Estadospoderá ele perder as eleições, porqueesta se decidirá pela maioria dos votoseleitorais. Nesse caso, na Califórnia, ocandidato republicano receberia todosos 45 votos eleitorais daquele Estado,ainda que ganhasse apenas pela dife-rença de um voto eleitoral e, no côm-puto geral do país, o partido democra-ta recebesse a maioria dos votos popu-lares.

Tal situação já ocorreu no passado.Em 1960, o Presidente Kennedy conse-gulu eleger-se porque, na contagemfinal, o Estado de niinois foi decisivo,dando-lhe todos os votos eleitorais,apesar de ter ele superado seu concor-rente pela maioria de um único votoeleitoral (per precinct).

l_.com base nesse mecanismo queos partidários de Carter sustentamque, apesar de Reagan ainda liderar,por pequena margem, as consultasprévias sobre as preferências de gru-pos representativos do eleitorado indi-vidual, o atual Presidente poderá serreeleito, como prognosticamos há vá-rios meses nesta coluna (JB 9/4/1980).

Em Ciência Política todo prognós-tico reflete inconscientemente, pelomenos em parte, as tendências pes-soais do analista. Tratando-se da pes-soa de Carter, sua dedicação à causados direitos humanos poderá ter in-fluenciado aquele nosso arriscadoexercício de futurologia.

Conscientemente, porém, o que pe-sou em nosso aludido vaticínio e o quenos leva agora a mantè-lo são doisfatores que, a nosso ver, serão prepon-derantes.

O primeiro se relaciona com a criseiraniana e a tomada de reféns na Em-baixada dos Estados Unidos em Tee-rá, com violação de todas as normasdo Direito Internacional, da Moral e dePrincípios que já prevaleciam entre ospovos, desde os primórdlos da civiliza-çáo. Esses acontecimentos superaramos equívocos do Presidente e as acusa-ções de incompetência contra ele for-muladas. O empenho de Carter emliberar os reféns fez dele a personifica-ção da própria nação agravada. Essaimagem continua a prevalecer, mesmodepois da desastrada tentativa de res-gatar, pela força, os funcionários apri-sionados na Embaixada em Teerã.

Por outro lado, a invasão do Afegã-nistáo e o risco de uma confrontaçãoarmada com a União Soviética, me-diante o uso de armas nucleares estra-tégicas, abriu a perspectiva de que osEstados Unidos poderão ser levados auma III Guerra Mundial. Isso provo-cou, em grande parte do povo norte-americano, uma reação que tem fun-damento histórico e que se tem repeti-do no passado em outras oportunida-des de perigo de guerra.

Nessas ocasiões, a nação esqueceudivergências políticas normais e pro-curou unir-se em torno da figura doPresidente, de que foram exemplos assucessivas releições de Roosevelt. Écerto que o panorama de 1980 é diver-so do de 1945, sendo grande a mudan-ça de mentalidade sofrida pelo típicocidadão de Tio Sam, desde a Guerrado Vietnam, mas tal fenômeno, aindaque menos atuante, poderá represen-tar o derradeiro fator determinante dareeleição de Carter.

A

data de 15 de outubro assinalao "Dia do Professor". O fato deuma classe profissional mere-

cer referência especifica no calendáriosugere o reconhecimento tácito de seuprestígio na comunidade, em decorrèn-cia da importância de sua atuação.

Infelizmente, a realidade não é bemesta, em relação aos professores. O ma-gistério vem sendo progressivamentedepreciado ou desvalorizado, em desa-cordo com sua alta responsabilidadesocial.

Sucedem-se, ultimamente, em âmbi-to nacional, as manifestações de profes-sores, reivindicando melhoria de sala-rios. Tais manifestações têm mesmoculminado em atitudes mais radicais,de interrupção de atividades, que nãochegam a sensibilizar a todos, nem alograr consenso geral, e que tèm provo-cado criticas de parte da imprensa, aqual exprime e orienta a opinião publi-ca. É que, mais do que as restrições deordem legal, constrange o fato de sus-pender um trabalho da maior significa-çáo, agravando o prejuízo daquilo quese quer defender, ou seja, a qualidade doensino.

Tal reivindicação tem-se associado aoutra, que está em curso, de reestrutu-ração da carreira do magistério. Maisainda, pretende-se uma análise amplada problemática do ensino superior noBrasil, com todos os seus equívocos,desacertos e distorções. Sem contestara necessidade desse estudo, é conve-niente lembrar o que disse, há pouco "tempo, o atual Ministro da Educação aotratar do papel e do lugar da Universi-dade: "Vemos o atendimento de suasreivindicações básicas descartado pelaincompreensão astuciosa, ou pela mes-quinha contabilidade de seu rendimen-to". De fato, a crítica náo pode deixar dereconhecer, por igual, suas realizações eseu potencial de criação.

É preciso, no entanto, distinguir ascoisas, em ftmçào de sua natureza eurgência. A reestruturação do quadrodo magistério deverá seguir seu cami-nho, passando pelo Legislativo, que teráoportunidade de apreciar e confrontardois anteprojetos do Governo, um doMEC, outro do DASP. Aliás, esse tema,periodicamente, retorna, coincidindoou náo com reformas universitárias, enem sempre as autoridades educado-nais maiores, como o Conselho Federalde Educação, são seguidas, ou sequerouvidas a respeito. Também é inegávelo imperativo de repensar a Universida-de, em seus compromissos e deverescom uma sociedade em processo detransformações aceleradas.

Mas, a questão dos salários dos pro-fessores, embora contida no todo, é anti-

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ga e cada vez mais premente, nào po-dendo ficar na dependência de outras,que requerem estudos de diversa natu-reza e de mais demora. Para ficarmos sóna última década, lembremos que, emdiscurso pronunciado em 1975, o Sena-dor Luiz Vianna Filho projetou de modobrilhante o papel da educaçáo no desen-volvimento. Citou "o maior dos nossoseducadores neste século", Anísio Tei-xeira: "O problema da riqueza deixoude ser o de criá-la, mas o de criar acapacidade de criá-la. A produção dohomem educado e a produção do saberpassaram a constituir o núcleo mesmodo problema econômico". E concluiu,de modo peremptório: "Nâo há Gover-no, náo há Ministro, náo há Diretor quealcance fazer o milagre de implantar umbom ensino com professores mal remu-nerados".

A Universidade Federal do Rio deJaneiro náo se omitiu no problema. Emjaneiro de 1974, apresentou proposta,que foi aprovada pelo Conselho de Rei-tores, e o Conselho Universitário, em1976, aprovou moção no mesmo sentido.

Pessoalmente, sentimo-nos à vonta-de para tratar do assunto, nâo só por-que somos contrários à suspensão deatividades, como forma de protesto, co-mo porque sobre ele, àquela época, pu-bllcamos artigos que mereceram co-mentários de apoio em editoriais doJORNAL DO BRASIL e de O Globo.Dizíamos que, no rumo em que iam ascoisas, só os contemplados da fortuna,ou alguns sonhadores incorrigíveis po-deriam dedicar-se ao ensino e à pesqui-sa, ações que se complementam. Foradessas exceções, o exercício do magisté-rio seria apenas um trabalho secunda-rio, acessório a outro mais rendoso,quando nào, na pior das hipóteses, frau-dado pela falta de atendimento aos en-cargos assumidos. Ora, a missáo do

professor, nos tempos que correm, exigemais do que vocação e competência:exige compromisso, envolvimento, de-dicaçào.

É evidente que ninguém pode esque-cer o momento difícil para a economiado País. Afinal, a grande maioria dosassalariados está sofrendo as conse-qüências do achatamento de seus pro-ventos, em flagrante desproporção comos Índices inflacionários. Convém lem-brar, todavia, quanto aos professores,que as dificuldades náo eram as mes-mas, por ocasião dos pronunciamentosreferidos, e, no entanto, as respostasnáo foram diferentes das atuais.

Existirão fórmulas, mais ou menoscriativas, para encaminhar a solução doproblema. Há pouco tempo, em entre-vista à televisão, o Senador Jarbas Pas-sarinho admitia, apenas para exemplifl-car, a possibilidade de instituir um adi-cionai nas taxas que incidem sobre artl-gos supérfluos. O certo é que, se admi-nlstrar é definir prioridades, a educaçãodeveria ser uma delas, o que, positiva-mente, nào está acontecendo.

Dentro do próprio Governo, encon-tramos a expressão justa, na palavra doMinistro Eduardo Portella: "Nesta hora,a Inflação não poderá ser o único inter-locutor da educação". E ainda: "Invés-tir no professor nào significa um gestoimprodutivo, mas uma aplicação deprofundo alcance social".

Nâo é possível deixar de assinalar oparadoxo que é o reconhecimento daimportância da missão de ensinar — atéhoje, ao que parece, não contestada porninguém — com a negação, aos que aprofessam, do direito à justa retrl-buiçào. '

O Proítuor Clermnlino Fraga filho 4 médico, tx-r«itor daUFRJ.

Rara ser sua companhia aérea, temos que ser os melhores.

Somos Braniff.lemos os melhores vôos

para a Califórnia.SmmW' '•¦ íí-ãH" J&íA., TBs__L ^^m\W

mW Ém Bl^Los Angeles "'flll ___» ^B

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E.ropa e Ar-.énca oo Sul

12 — INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL ? quarta-feira, 15/10/80 ? Io Caderno

Israelenses cedem e

negociações sobre

autonomia recomeçam

Van Nuys, Colifórnio — UPI

Washington — Após cincomeses de Interrupção, Egito, Is-rael e os Estados Unidos reto-maram as conversações sobre aautonomia palestina na Clsjor-dània e Faixa de Gaza. O Go-vemo israelense, segundo TheNew York Times, teria aceito oponto-de-vista norte-ameri-cano de que os palestinos te-nham voz na determinação dapolítica para as duas regiõesocupadas, Incluindo a questãoda criação de novas colôniasjudaicas.

Participaram -da reunião deontem o Ministro do Exterioregípcio, Kamal Hassan Ali, oMinistro do Interior israelense,Josef Burg, e o mediador norte-americano, Sol Linowltz. As ne-gociações terminarão hoje esó recomeçarão depois das elei-ções presidenciais norte-ame-ricanas de 4 de novembro. CasoJimmy Carter seja reeleito, ha-verá uma reunião de cúpula en-tre o Presidente, o Chefe deEstado egipclo, Anwar Sadat, eo Premier Menahem Begin.DIVERGÊNCIAS

O objetivo das reuniões deontem e hoje é elaborar umplano pelo qual mais de 1 mi-lhão de palestinos que vivemsob controle Israelense na Cis-Jordânia e em Gaza possam tervoz e voto na determinação deseu futuro. A possibilidade dese criar um Estado palestinosoberano foi, contudo, descar-tada pelo menos por mais cincoanos.

O jornal The New York Ti-mes informou ontem que, ape-sar das concessões Israelenses,é muito pouco provável que emtão pouco tempo Egito e Israelsuperem suas divergências. Osproblemas referem-se ao pro-cesso e às modalidades para aelaboração do princípio da au-tonomla administrativa para ospalestinos, com questões vitaiscomo as funções e poderes dosfuturos conselhos locáis, res-ponsabilldades de segurança eda ordem pública (as quais Is-rael quer manter sob seu con-

trole), bem como a utilizaçãodos recursos hídricos e as con-trovérsias referentes às colô-nias já criadas ou projetadaspor Israel para os territóriosocupados.

Uma das questões mais sensl-veis sobre a qual Israel concor-dou em fazer algumas conces-sões diz respeito à futura políti-ca para a terra na Cisjordânia eGaza. Inicialmente, os israelen-ses argumentavam que as ne-gociações sobre a autonomiadeviam tratar dós habitantesdas regiões ocupadas e não daterra em si. Os egípcios e osnorte-americanos, no entanto,sustentavam que Israel deveriaconcordar em que os palestinostivessem o direito de tratar daterra na qual vivem.COLINAS DE GOLAN

Integrantes da Knesset (Par-lamento israelense) anuncia-ram ontem que apresentarãoem breve um projeto de lei paraa anexação das Colinas de Go-lan, capturadas à Síria na guer-ra de 1967.

Os parlamentares disseramque jô conseguiram os 18 votosnecessários para poderem apre-sentar o projeto de lei à secreta-rla-geral da Knesset, integradapor 120 membros. Afirmaram

. também que propuseram que oprojeto de lei seja examinadodentro do prazo legal de doismeses. Segundo o projeto, asColinas de Golan "serão incluí-das no território soberano deIsrael, sujeitas às leis, à jurisdi-ção e ao Governo do Estado deIsrael".

O Governo israelense divul-gou uma relação de 14 organi-zações palestinas—entre elas aOrganização para a Libertaçãoda Palestina (OLP) — na qualsão qualificadas de "terroris-tas". Essa medida complemen-ta as leis antiterroristas adota-das pela Knesset e fará comque, em seguida, possa ser con-siderado atentado contra a se-guiança do Estado qualquercontato com tais ogaiüzações.

Amã condena à morte

membros da Al FatahBeirute — Cinco integrantes

da Al Fatah — considerado o"braço armado" da Organiza-ção para a Libertação da Pales-tina (OLP) — foram condena-dos à morte por um tribunal daJordânia, que condenou outrosdois guerrilheiros palestinos àprisão perpétua, informou o jor-nal As-Saflr (esquerdista), deBeirute.

O secretário-geral da FrentePopular para a Libertação daPalestina (FPLP, marxista),George Habash, de 54 anos, fl-cou semlparallsado depois dese submeter a uma operaçãopara a extração de um tumorno cérebro, anunciou o jornallibanês L'Oriente le Jour. Ha-bash foi operado no hospital daUniversidade Norte-Americana

de Beirute e está agora conva-lescendo numa cidade da Euro-pa Oriental, provavelmenteMoscou.

As-Saflr informou tambémque outros cinco guerrilheirospalestinos foram condenadosna Jordânia a penas compreen-dldas entre 5 a 10 anos de pri-sâo. Desconhece-se os motivosdas condenações, llmltando-seo jornal a revelar que os palesti-nos haviam sido presos em ju-nho, quando voltavam de umaação realizada na Cisjordâniaocupada por Israel. O jornalcitou como seus informantesviajantes que chegaram a Bei-rute procedentes de Amã. As-Safir comentou ainda que ascondenações são um indíciodas tensões surgidas entre aJordânia e a OLP.

Prefeitos palestinosvoltam à Cisjordânia

Mário ChimatíovitchCorrespondente

Jerusalém — "Estou muitofeliz por ter voltado à minhaterra. Tenho certeza de que ajustiça prevalecerá no meu ca-so e eu poderei retornar ao con-vivio do meu povo". Muham-med Milhen, prefeito palestinode Halhoul, deportado pelasautoridades militares israelen-ses em maio último, sob a acu-saçâo de "incitação à violèn-cia", está bastante emoclo-nado.

Seu colega e compatriota, oprefeito de Hebron, Fahd Ka-wasme, também expulso sob amesma alegação, quer se ajoe-lhar para beijar o solo da Clsjor-dânia e recitar uma prece doCorão, agradecendo a Deus orecebimento de uma graça, masnão o pôde fazer: dois soldadosda polícia militar o empurra-ram com gestos truculentos.DILEMA SÉRIO

Os dois prefeitos acabam decruzar a ponte Allenby, sobre orio Jordão. A margem ocidentalpermanece ocupada militar-mente por Israel há 13 anos; aoriental continua sob controle

,da Jordânia. Os prefeitos, emobediência a uma ordem daCorte Suprema israelense, vol- *taram para poder se defenderdas acusações que determina-ram sua deportação. O direitode defesa lhe fora negado naépoca da expulsão.

A área em torno da ponteAllenby está bastante vigiada.Também no lado jordaniano épossível se perceber, com a aju-da de binóculos, a presença demuitos soldados. Tantos elesquanto os israelenses parecempreocupados com a possibilida-de de que a volta dos dois lide-res palestinos provoque nas po-pulações locais grandes mani-festações. As autoridades jor-danianas e israelenses proibi-ram a presença da imprensaestrangeira. Apenas, no caso deIsrael, um número muito restri-to de representantes de jornaislocais foi autorizado a cobrir oretorno dos deportados.

Os deis prefeitos continuarãopresos — assim que atravessa-ram a ponte, foram detidos pe-los soldados israelenses — atéque seu apelo seja atendido. Ocaso começará a ser examinadohoje por uma comissão militarde revisão.

Logo depois da sua expulsão,os dois lideres palestinos apela-ram à Corte Suprema de Israel.Seus advogados argumenta-ram que a expulsão era ilegal,porque fora negado aos réus odireito inalienável, segundo aprática jurídica local, de apela-rem a uma comissão militar derevisão antes que as ordens dedeportação fossem executadas.

Em agosto último, a CorteSuprema censurou duramenteo Governo israelense "pelo seu

ato ilegal", mas determinouque a ordem de expulsão nãofosse invalidada, embora outor-gando aos réus o direito de re-torno para o apelo. Agora, se acomissão militar de revisão seopor à deportação, os prefeitospalestinos poderão então recor-rer à Corte Suprema em buscada anulação da medida.

Esse beneficio jurídico, con-tudo, foi negado ao qady (chefereligioso) de Hebron, XequeRajab Tamini, também depor-tado na mesma ocasião. A Cor-te Suprema estabeleceu que emseu caso a ordem de expulsãoera "justificada", já que eleexortara publicamente à des-truição de Israel.

Os três palestinos foram su-mariamente expulsos em segui-da a uma ação terrorista reail-zada em Hebron, em maio,quando guerrilheiros atacarame mataram vários moradores decolônias judaicas criadas emterritório árabe ocupado. Des-de então, os palestinos se trans-formaram em celebridades in-ternacionais, mas sempre nega-ram qualquer envolvimento ouresponsabilidade no atentado eexigiam o direito de voltar àsua pátria.

Eles também se transforma-ram num poderoso instrumen-to de propaganda da causa pa-lestina e o seu comparecimentoàs Nações Unidas e a váriasreuniões públicas, com a parti-cipação de árabes e judeus, aca-baram provocando um forte im-pacto junto à opinião norte-americana, sobretudo na pode-rosa comunidade judia dos Es-tados Unidos. Tal situação dei-xou numa situação bastanteembaraçosa o Governo israe-lense, cujo prestígio tem caídobastante entre as comunidadesjudias no estrangeiro.

Fontes diplomáticas ociden-tais disseram ontem em Jerusa-lém que o Governo Israelenseenfrenta novamente um sériodilema com a volta dos prefei-tos palestinos. Antes de deixa-rem Amá com destino à Clsjor-dânia ocupada, os dois prefei-tos declararam, em entrevistacoletiva na Capital da Jordã-nia, que pretendeu "deixar cia-ro no Tribunal sua crença naexistência de uma justiça igualpara árabes e judeus e, sobretu-do, na possibilidade de coexis-téncia entre os dois povos, numou em dois Estados".

Ao mesmo tempo em que oslíderes davam a entrevista emAmã, um grupo extremista is-raelense ameaçava atacá-loscaso retornassem. Yossi Dayan,líder da Liga de Defesa Judaica,um movimento ultranacionalis-ta, já enviou telegrama ao Pri-meiro-Ministro Menahem Be-gin, advertindo-o de que "nósimpediremos a consumaçãodessa traição".

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Conselho sindical

oficial da Polônia

vai se dissolverVarsóvia — A decisão de dissol-

ver o Conselho Central dos SLndi-catos da Polônia será tomada estemês, na próxima reunião da orga-nizaçâo, segundo anunciou o se-cretário do Conselho, MieczyslawGrad, em entrevista divulgada pe-lo jornal Kurier Polski, de Varsó-via. A decisão ê inevitável, susten-tou Grad, pois todos os sindicatosde categoria deixaram o Conselho.

Certos setores do Comitê Cen-trai do Partido Operário Unificadopolonês estão pensando na possi-bilidade de fundar um novo Parti-do, o Partido Comunista Polonês— PCP, disseram diferentes fontesde Varsóvia, não identificadas pelaagência de notícias Italiana ANSA.O POUP foi criado em 15 de de-zembro de 1948, durante um con-gresso que uniu os Partidos Comu-nista e Socialista.

ProblemasO secretário do Conselho Cen-

trai dos Sindicatos, MieczyslawGrad, disse acreditar que, durantea reunião da organização, deverãoficar em suspenso os problemasrelacionados com a administraçãojurídica de tudo o que é da respon-sabilldade do atual Conselho. OConselho coordenava 23 sindica-tos, mas "sete deles, inclusive odos metalúrgicos, ferroviários, em-pregados no setor cultural, mari-nheiros e estivadores transforma-ram-se em sindicatos independen-

tes. Os outros 16 também se dis-põem a seguir o exemplo", de-clarou.

O Conselho emprega 150 funcio-nários, membros do POUP, e suadissolução, segundo a própriaagência noticiosa polonesa Pap,levanta, entre outros graves pro-blemas, o da representação dossindicatos independentes da Poló-nia no âmbito internacional. Já ojornal Trybuna Ludu órgão oficialdo POUP, admitiu que a simplescorrida para a formação dos novossindicatos independentes provou,na prática, a falência do ConselhoCentral dos Sindicatos, controladopelo Partido."A máquina burocrática desa-bou", declarou um funcionário doConselho, citado pelo jornal ofi-ciai, que ainda comentou: isso sig-nifica que a diretoria do Conselho"praticamente deixou de existir".A direção do Conselho é de HenrykJankowski, membro do ComitêCentral do Partido Operário Unifl-cado polonês.

Quanto à criação de um Parti-do, as fontes polonesas da ANSAexplicaram que um novo PCP te-ria mais força ideológica do que oPOUP e maior capacidade de me-diar entre a administração e a so-ciedade, na atual fase da crise nopais. Lembraram que, em 1938, osprincipais dirigentes do PCP fo-ram presos em Moscou e acaba-ram sendo eliminados, em suamaioria, por ordem de Stálin.

Brejnev acusa EUA de

ameaçarem a paz e

pede redução de armas

Carter perde

votos e imagem

íntegra por

ofensas a Reagan

Republicano vai à sinagoga

Nova Iorque — A imagem da inte-gridade do Presidente Jimmy Carterficou abalada depois que ele descre-veu seu adversário republicano Ro-nald Reagan como racista e belicoso,segundo pesquisa Harris feita para aTV ABC. Agora, 70% dos entrevista-dos acham-no um homem de elevadaintegridade, contra os 86% que ti-nham essa opinião em fevereiro pas-sado.

Nesta última pesquisa, 25% dosentrevistados não consideraram oPresidente uma pessoa altamente ín-tegra, quando em fevereiro os queassim pensavam eram apenas 12%. Amaioria, 59%, disse agora que Carter"jogou sujo politicamente" ao fazeraquelas declarações, e desses 56%afirmaram que vão votar em Reagan,25% continuam com Carter e 16%votarão no candidato independenteJohn Anderson.

Dado inéditoA sondagem feita pela cadeia ABC

revelou ainda que Reagan superou abarreira dos 40% e aumentou sua van-tagem sobre Carter. O ex-Governadorda Califórnia recebeu agora o apoiode 43% dos pesquisados, enquantoCarter retrocedeu para 35%. Ander-son ficou com 10% da preferência e osindecisos somaram 12%.

O dado inédito da pesquisa é que amargem de vantagem de Reagan —oito pontos percentuais — é superiorà margem de 4% a 5% que constitui ataxa de erro nesse tipo de sondagem.Conseqüentemente, Reagan podeconfiar plenamente que, na pior dashipóteses, tem 3% de vantagem certasobre seu rival democrata.

Outra pesquisa divulgada ontempela Associated Press e a cadeia deTV NBC revelou que Reagan reforçousua posição entre as ricas zonas resi-denciais, enquanto Carter solidificousua vantagem entre os trabalhadoresda indústria e Anderson perdeu força.Mas o republicano ainda mantémuma vantagem sobre o Presidente,com Anderson muito atrás dos dois.

Os entrevistados manifestaramsua preocupação com a possibilidadede Reagan não compreender os pro-blemas nacionais, e seu temor de queele possa levar o país à guerra. Reve-laram também que não apreciammuito a atuação de Carter em seusquatro anos na Presidência, nem aforma como vem atuando na campa-

, nha eleitoral para sua reeleição.

Presidente agora

tem toda cautelaSt. Louis — O Presidente Jimmy

Carter, obviamente preocupado como furor que causou no inicio deste mêscom suas duras críticas ao candidatopresidencial republicano Ronald Rea-gan, resistiu a uma provocação numareunião em St. Louis, quando lhe per-guntaram se seu adversário Iria àguerra. Ele simplesmente respiroufundo e deixou passar a pergunta.Perguntaram-lhe então "a que par-te do mundo Reagaq daria prioridadepara empreender uma ação militar".O Presidente respondeu: "Eu sigouma política bastante estrita de sercuidadoso com o que digo". Nesteponto, foi interrompido por risadas."E vou fazer o máximo para ser preci-so e justo". Mais risadas.

Fidel pode ser

cabo eleitoralWashington — O Presidente Jim-

my Carter parece ter encontrado umaliado eleitoral na pessoa de FidelCastro. É o que se especula em Wa-shington, após ter sido noticiada, se-gunda-feira última, a libertação detodos os prisioneiros norte-americanos em Cuba.

O gesto de FÍdel visa provavelmen-te a Siviar a atmosfera, para favore-cer uma normalização progressivadas relações com Washington, ou en-tão simplesmente evitar criticas aCarter sobre seu comportamento emrelação a Cuba. Seja como for, osdirigentes de Havana náo têm ne-nhum motivo para desejar a eleiçãode Ronald Reagan, que já se declaroufavorável a um bloqueio naval daIlha.Tudo indica, dizem os meios ofi-ciais que atribuem maior importância

à decisáo cubana, que Fidel Castroprocura uma aproximação com os Es-tados Unidos, que lhe seria economi-camente proveitosa, e está perfeita-mente ciente de que isso só será possi-vel com um Governo democrata.

Van Nuys, Califórnia — O candida-to presidencial republicano RonaldReagan, que vai amanhã a Nova Ior-que, denunciou ontem em Van Nuys oanti-semitismo como algo "odioso" ecriticou o Presidente Jimmy Carterpor não condenar com todo vigor oatentado a bomba contra uma sinago-ga de Paris, que matou quatro pes-soas.

Usando uma yarmulka (solldéuque os judeus homens usam em seuscultos e dias santos) branca, na sina-goga Ner Tamid, Reagan contestou asugestão feita duas vezes por Carterde que sua eleição separaria cristãosde judeus. "Eu não apenas tenho fala-do contra o fanatismo e o preconceitoreligioso, como os tenho combatido",disse.

Buscando capitalizar a desconfian-ça dos judeus quanto à exageradareligiosidade do Presidente protes-tante, Reagan sugeriu que Carter équem deve ser criticado por não com-bater a discriminação religiosa. "Ve-mos de novo em Paris os horrendossinais do vírus que nos levaram aoHolocausto", declarou.

Lisa MyersWashington Slar

"Eu julgaria que é responsabilida-de de um Governo como o nosso falarcom vigor e dizer que náo há lugarpara isso, que não se deve permitirque isso aconteça outra vez nomundo".

A calorosa acolhida de Reagan nasinagoga foi o bem-sucedido fim deum dia de campanha em cinco locais,destinado a reforçar seu prestígio emseu Estado natal, e durante o qual elefoi acossado por perguntas sobre tu-do, desde o melo-amblente até o abor-to e a Emenda dos Direitos Iguais.

Em sua primeira fala, no colégiomasculino de Claremont, Reagan en-frentou o maior e mais fhmco protestode sua campanha. Um grupo bemorganizado de mais de 200 pessoas,composto em sua maioria de não es-tudantes, parecia muito revoltadocom as recentes declarações do candi-dato de que a poluição do ar está"substancialmente sob controle", e deque as árvores são uma fonte básicade poluição. Estendida entre doisoleandros havia uma faixa que dizia:"Corte-me antes que eu volte amatar".

Arquivo, 25/6/79

Moscou — O Presidente LeonidBrejnev acusou os Estados Unidosde exercerem uma política que"aumenta a ameaça de guerra" eexortou os norte-americanos a ln-tegrarem uma ação construtiva erecíproca com a União Soviética,particularmente na área de limita-ção e redução de armas.

Segundo a agência Tass, estasdeclarações foram feitas duranteuma audiência concedida ao presi-dente da companhia norte-americana, Occidental PetroleumCo, Armand Hammer, velho amigodos líderes soviéticos e um dosprimeiros empresários ocidentaisa manter relações comerciais como Kremlin.

Amanhã, representantes norte-americanos e soviéticos se reuni-ráo em Genebra para iniciar umarodada de conversações sobre alimitação de armamentos nuclea-res na Europa. O tema foi discuti-do ontem entre o Ministro do Exte-rior, Andrei Gromyko, e o Embai-xador norte-americano em Mos-cou, Thomas Watson.

Brejnev disse a Hammer que ospassos a serem dados pelos Esta-dos Unidos para uma construtivaação recíproca encontrarão sem-pre resposta positiva na União So-viétlca. E advertiu que o atualestágio das relações soviético-norte-americanas apresenta um"crescente perigo".

"A tendência dos Estados Uni-dos de acelerar as tensões interna-clonais e alimentar a corrida arma-mentlsta conduz a um maiortranstorno nas relações mundiaise a uma crescente ameaça para aguerra", afirmou o líder soviético,segundo o despacho da Tass. Eexortou Washington a modificar orumo dos acontecimentos "antesque seja demasiado tarde".

Hammer informou que durantea conversa de hora e mela quemanteve com Brejnev, este mos-trou-se muito preocupado com amelhoria das relações entre asduas superpotências. Segundo ele,Brejnev atribuiu o atual esfria-mento nas relações entre os doispaíses ao desejo norte-ameriçanode conquistar a superioridade mi»litar.

"A União Soviética removerádefinitivamente suas tropas dóAfeganistão assim que a situaçãose estabilizar", disse Hammer quôfoi a Moscou receber um prêmioem nome da Occidental Petro-leum. Ele disse aos jornalistas que"as relações entre União Soviéticae Estados Unidos estão no nívelmais baixo que me lembro emmeus 60 anos de associação com oslíderes soviéticos." Hammer tem81 anos e suas relações com Mos-cou datam de 1921, quando conhe-ceu Lenin.

Líder soviético

ganha prêmio da pazMoscou — O Presidente soviéti-

co Leonid Brejnev recebeu dos jor-nalistas italianos o Prêmio Inter-nacional Mercúrio de Ouro da Paze da Cooperação, "por sua contri-buiçâo destacada à consolidaçãoda paz e ao desenvolvimento dacooperação internacional". Umaestatueta de ouro lhe foi entregueem Moscou.

O Mercúrio de Ouro, criado porjornalistas italianos, é dado todoano por um júri internacional apersonalidades e sociedades. Mos-

cou foi escolhida este ano pelobrilho que lhe deram os JogosOlímpicos. Em um breve discurso,Brejnev destacou "a contribuiçãoextremamente preciosa daquelesque resistem às tentativas de fazerdo comércio um instrumento depressão e de chantagem política",numa alusão ao Presidente JinimyCarter.

Uma centena de organizaçõessoviéticas e 125 firmas ocidentaisreceberão hoje o Mercúrio deOuro.

Karmal viajará a

Moscou esta semanaGeorge Shultz pode ser o

Secretário de EstadoGen. Alexander Haig seria

o Secretário de Defesa

Reagan já escolheu gabineteWashington — Ronald Reagan játeria escolhido três nomes para com-

por seu Governo, caso vença as elei-ções presidenciais do próximo dia 4: oex-Secretário do Tesouro, GeorgeShultz, pode ser o Secretário de Esta-do; o ex-Comandante da OTAN, Ge-neral Alexander Haig, o Secretário deDefesa; e o atual coordenador de as-suntos externos da campanha repu-blicana, Rlchard Allen, o assessor pa-ra a Segurança Nacional.

A informação foi divulgada pelarevista The New Republic, que ba-seou-se numa lista preparada pelaassessoria de Reagan. O semanárioacrescenta, no entanto, que os nomesnão são definitivos, pois "estão sujei-tos a muitos interesses em jogo".

A principal novidade da lista é aindicação do nome de Haig, pois asescolhas de Allen e Shultz já circulamhá mais de 10 dias em Washington.Outra novidade seria a nomeação doex-Presidente Gerald Ford para o in-fluente Departamento de Administra-ção e Orçamento (o correspondente àSecretaria de Planejamento).

Para os cargos vinculados às rela-ções exteriores, a revista, que vem

apoiando a candidatura de John An-derson, designa:

Secretário do Tesouro: WilllamSimon, que ocupou o cargo durante oGoverno de Gerald Ford e pretende-ria um posto mais elevado com Rea-gan. Caso náo aceite, a escolha recai-ria sobre Allan Greenspan, que presi-diu o conselho de assessores econômi-cos de Ford e é o principal assessoreconômico de Reagan.

> — Agência Central de Informa-ções: Willlam Casey, que durante a nGuerra Mundial foi agente do Depar-tamento de Serviços Estratégicos(predecessora da CIA), ex-diretor doEximbank e diretor da campanha deReagan.

Orçamento: Caso Ford não acei-te o cargo, este poderá ser oferecido aGreenspan ou ao ex-Secretário doBem Estar Social, Caspar Weinber-ger, outro dos assessores econômicosde Reagan.

Assessor Nacional de Seguran-ça: Richard Allen; que ocupou umcargo no Conselho Nacional de Segu-rança, de onde onde saiu por diver-gências com Henry Kissinger, e queagora coordena a assessoria de Rea-gan para política externa.

Nova Déli — O Presidente doAfeganistão, Babrak Karmal, via-jará a Moscou, possivelmente ain-da esta semana, confiante de quenão ocorrerá um golpe de estadodurante sua ausência de Cabul. Anotícia da viagem foi confirmadapela agência soviética Tass, e ob-servadores ocidentais especulamque Karmal náo mais retomará deMoscou.

O Sultão Ali Keshtmand, Vice-Primeiro-Ministro e Vice-Presidente, deverá assumir a che-fia do país, o que é visto como umagarantia a Karmal, pois os doispertencem à mesma facção (Par-cham) do Partido Comunista, queestá no Poder.

Outra garantia é a presença de

Baryalala Karmal, irmáo do Presi-dente e o responsável de fato peloMinistério das Relações Exterio-res, cujo titular, Xá MohammedDost, não concentra autoridadeabsoluta, segundo os mesmos ana-listas.

Alguns observadores afirmamque Karmal tentará obter conces-sões e maior independência porparte de Moscou para ganharmaior credibilidade Junto a seuscompatriotas. Aluda financeiratambém estaria na agenda de Kar-mal, esperando-se que sejam assi-nados acordos a longo prazo nossetores de agricultura e indústria.Recentemente, uma delegaçãoafegã viajou a Moscou para osacertos finais dos acordos.

URSS está vencendo a

corrida armamentista

Esforço final em N. Iorque

Nova Iorque — O administradorda campanha eleitoral do Presidentedos Estados Unidos, Robert Strauss,disse que Jimmy Carter retornará aNova Iorque, amanhã, e dará impor-táncia especial a este Estado, duranteas três últimas semanas de campa-nha, antes das eleições do dia 4 denovembro. Reagan também irá a No-va Iorque amanhã.

O eleitorado judaico é sua metaprincipal. Patrick Cadell, pesquisadorde opinião de Carter, admitiu estarpreocupado com os resultados daspesquisas favoráveis ao republicanoRonald Reagan. Justificou que, entre-

Beatriz SchillerCorrespondentetanto, "os democratas tendem a deci-dir mais tarde do que os republicanose os independentes também O votojudaico é lento em se comprometer".

Um outro auxiliar da campanha deCarter, que não quis se identificar,também se declarou preocupado: "Oubem Carter atrai gente suficiente, oubem náo gera entusiasmo suficiente".

Para compensar a perda de terre-no, Carter vem dispensando "aten-ção" à direita e à esquerda, nos últi-mos meses. Projetos de construção deaçudes, aos quais se opôs no inicio doGoverno, foram aprovados na semanapassada.

Washington — A União Soviéti-ca ganhou em qualidade, e possi-velmente em quantidade, a corri-da armamentista com os EstadosUnidos, afirma Edward Teller, umdos inventores da bomba de hidro-gênio, em entrevista à revista ame-ricana Aviation Week. "Os ameri-canos só levam vantagem no cam-po dos sistemas eletrônicos dealarma antiatômico", acrescentou.

O ex-Secretário de Defesa ame-ricano, Donald Rumsfeld, dissenuma entrevista à televisão que ossoviéticos gastam 50 milhões dedólares mais, por ano, do que osEstados Unidos com armamentos.Ele discordou do atual Secretário,Harold Brown, quando este disse,no mesmo programa, que a pronti-dão e a preparação para o combatedas tropas americanas "são visi-velmente melhores do que têm si-do em anos".

Interrogado sobre declaraçõesfeitas recentemente' por altos ofi-ciais do Pentágono, no Congresso,de que a preparação para o comba-te é insuficiente nas Forças Arma-das americanas, Brown respon-deu: "Não há contradição entre oque eu digo e o que esses oficiaisdisseram Eles se referem aos rela-tórios, que indicam deficiências,para que possamos aplicar recur-sos e sanar esses problemas."

E explicou: "Eu falo sobre acapacidade de combate em geral,

que inclui preparação, qualidade,número de unidades e armas, nos-sa capacidade de manter combate.Isso está visivelmente melhor doque antes." Ele também náo acei-tou a insinuação de que os coman-dantes militares estão em atritocom sua gestão e prejudicam seusesforços.

Rumsfeld. cuio nome é comen-tado como possível ocupante docargo de novo (ele foi Secretário deDefesa sob Gerald Ford) se RonaldReagan for eleito, afirmou que apolítica de defesa do Governo Car-ter deixou o pais "cair numa posi-ção de vulnerabilidade".

O vice-diretor do departamentode controle armamentista e desar-mamento dos Estados UnidosSpurgeon Keeny, chegou ontem aGenebra para chefiar a delegaçãoamericana que vai discutir comespecialistas soviéticos as condi-ções preliminares para a reduç^do número de mísseis nuclearesinstalados na Europa. A delegaçãoda URSS deve chegar hoje, e asconversações começam amanhã.

Numa atitude quase sem prece-dentes, os dois lados não queremmuito destaque para esse diálogopreliminar, dizendo que ele vai du-rar semanas e representa apenasuma tentativa de definir o alcancedas negociações propriamente di-tas, que serão realizadas posterior-mente.

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JORNAL DO BRASIL ? quorta-feiro, 15/10/80 ? 1° Caderno INTERNACIONAL — 13

Tropas iraquianas já

estão a menos de 10 km de Ahadã

Teerã — Tropas do Iraque jápodiam ser vistas ontem à tar-de a menos de lOkm de Abadã,numa tentativa de cercar a ci-dade e isolar do resto do pais omaior complexo petroquímicodo mundo. Tanto Abadã comoKhorramshar, principal portocomercial do Irã, estão dentrodo bolsão que o Exército ira-quiano procura criar no Sul dopais. ¦

Uma coluna blindada comaproximadamente 80 veículos,apoiada por infantaria e duasbaterias de artilharia pesada,chegava ontem a apenas 4kmda estrada que liga Abadã aoporto de Bandar Khomeiny, si-tuado a Leste da cidade. Ascomunicações por terra entreAbadã e Korramshar, distanteapenas 5km uma da outra, con-tlnuam existindo, mas, ao Nor-te de Korramshar, por onde astropas do Iraque cruzaram o rioque separa os dois países, parainiciar o cerco do complexo pe-troquímico e portuário, a estra-da para Ahvaz e Teerã estácortada.KHORRAMSHAR

O ataque iraquiano está sen-do executado ao mesmo tempocontra Khorramshar (onde têmlugar fortes lutas de rua) e, maisa Leste, num amplo movimen-to, na direção Sul, procurandochegar às águas do Golfo Pérsi-co. Artilharia e aviação iraqula-nas estão bombardeando a refi-naria de Abadã e as cidades deDezful e Ahvaz, bem mais aoNorte, onde estão situadas im-portantes bases militares e cen-tros de comunicação.

Dentro de Korramshar os ira-quianos avançaram aproxima-damente lkm a partir das do-cas do porto e atingiram o mes-mo lugar onde foram repelidoshá 10 dias. Entre os destroçosdos tanques e carros blindadosperdidos da primeira vez, astropas do Iraque — pequenosgrupos de pára-quedistas ouço-mandos especialmente treina-dos — estão enfrentando ferozresistência principalmente deguardas revolucionários e vo-luntárlos civis Iranianos.

A cidade está completamenteevacuada e o constante bom-bardeio destruiu ainda mais oCentro, que sofre as conseqüèn-cias da guerra há mais de trêssemanas. O número de defenso-res diminuiu, segundo o relatode jornalistas que vieram on-tem da região, e a luta agora étravada principalmente com fU-zis e granadas de mão. Na vés-pera, uma jornalista iraniana,Pouran Jamll, recebeu um tirona perna direita ao aproximar-se demasiadamente do centroda batalha, mas está fora deperigo.ABADÀ

Em Abadã, grossos rolos delUmaça denunciam que a refl-naria continua queimando,mas notícias — não confirma-das oficialmente — dão contade que foram atingidos princl-palmente depósitos isoladosdas unidades de processamen-to. Um deles, ao pegar fogo naúltima noite, iluminou pratica-mente toda a cidade, segundo orelato de testemunhas. Sobre oterminal marítimo de Kharg,por onde escoa a maior parte daexportação iraniana, foramabatidos ontem cinco aviõesMig Iraquianos.

Tanto em Abadã como emKorramshar a resistência estásendo organizada por tropas ir-regulares, armadas sobretudocom bazucas e metralhadoraspesadas. Em Abadã, a popula-ção civil participava na cons-trução de barricadas e trinchei-ras e esta sendo armada paraenfrentar o Iraque. O avanço doIraque tem sido lento e, nocampo aéreo, o principal obstá-culo a ser transposto são osconstantes ataques dos irania-nos com helicópteros Cobra,munidos de mísseis anti-tanque.

Em nenhuma das duas clda-des nota-se a presença maciçade tanques ou material pesadomilitar dos iranianos—e multomenos Infantaria regular. Aaviaçãp iraniana está dandoapoio às forças de terra atravésde ataques a colunas de blinda-dos iraquianos do outro lado dafronteira, mas no próprio Irã ostanques do Iraque só enfrenta-ram até agora helicópteros doExército.

A ausência de grandes forma-ções regulares do lado Iranianoestá fazendo especialistas mili-tares em Teerã supor que o Irãguarda suas forças para desfe-char um contra-ataque e cortaro caminho de retirada das tro-pas Invasoras. Para entrar noIrã, ao Norte de Korramshar, eirromper em direção Sul de mo-do a cercar esse porto e a refina-ria de Abadá, os iraquianostranspuseram o rio através depontes militares que, uma vezcortadas, praticamente impedi-ráo o regresso das tropas.

Mais ao Norte desse campode batalha, os Iraquianos contl-nuam tentando isolar por doislados as cidades de Ahvaz, Ca-pitai da província do Cuzestão,e Dezful, sem grande sucesso. Arota principal de ligação entreDezful e Ahvaz teria sido corta-da temporariamente pelo ata-

William WaackEnviado Especial

que iraquiano, mas o Alto Co-mando iraniano desmentiu es-sa notícia. As duas cidades têmsido alvo de forte bombardeio,principalmente com artilhariae mísseis terra-terra. Em tornodos dois centros, o Irã montoufortes cinturões defensivos comtanques semlenterrados naareia e artilharia pesada.BANISADR

Tanto no Sul como na frenteocidental a massa dos tanquesIranianos ainda não entrou emação. O Presidente Bani Sadr,Supremo Comandante das For-ças Armadas, continuava on-tem a dar declarações otimistasà rádio Iraniana e afirmava que,depois da estabilização de to-das as ftentes, "chegamos à fa-se da contra-ofensiva, que ini-ciará a etapa final destaguerra".O Presidente teve seus pode-res consideravelmente reduzi-dos, segunda a opinião de ob-servadores políticos em Teerã,com a decisão do Imã Khomel-ny de submeter todos os assun-tos relacionados à condução daguerra às discussões do Supre-mo Conselho de Defesa do pais.O órgão, originariamente pre-visto para funcionar apenascom o Presidente, o Primeiro-Ministro, o Ministro da Defesa edois assessores militares, foiampliado, por ordem do líderda Revolução Islâmica, parapermitir a participação de re-presentantes do Parlamento edo clero.

No Conselho da Defesa estãosentado agora alguns dos prin-cipais adversários políticos doPresidente Bani Sadr, como oPrimeiro-Minlstro Radjai e ohojatoleslam Khamenel, consi-derado em Teerã como um dosprincipais porta-vozes da linha-dura dos religiosos.

Ambos têm, ao lado do Co-mandante do Estado-Maior edos assessores militares do ImãKhomeiny, direito de voto emtodas as decisões até agora decompetência exclusiva do Pre-sldente Bani Sadr.

Bani Sadr justificou a criaçãodo Conselho como sendo idéiasua e defendeu sua existênciacomo maneira da "tornar coe-rente nossa propaganda e nos-sa política externa". Para oPresidente iraniano, a partir deagora a política de informaçãoestará unificada, o que impedi-rá que "Incompetentes" comen-tem fatos militares

Já o Hojatoleslam Afsanjani,porta-voz do Parlamento e tam-bém um dos expoentes da linhamais conservadora entre os reli-giosos, acha que o Conselho de-veria existir "porque era neces-sário criar uma base políticamais ampla para todas as deci-sões". A competência do Conse-lho também foi multo ampliadapelo decreto do Imã Khomeiny,um passo que se havia tornadonecessário, segundo o Hojato-leslam Khamenel, "dada a si-tuaçào excepcional que vi-vemos".CENSURA

Apesar da cautela com que osjornais Iranianos vêm discutin-do aspectos da política internaem função da guerra com oIraque, não faltou quem co-mentasse abertamente as difi-culdades que surgirão dentrodo Conselho com a notória riva-lidade política entre o Presi-dente Bani Sadr .e os gruposreligiosos mais conservadores.O Primeiro-Mlnistro Radiai, al-çado a esse cargo pela maioriade deputados fundamentalistasno Parlamento iraquiano, já es-tá fazendo declarações nessesentido."Não, eu não acho que os po-deres do Presidente serão redu-zidos com essa decisão", decla-rou Radjai ao jornal Kayhan.Para o Primeiro-Mlnistro, as dl-ferencas com Bani Sadr "nãosão ideológicas e não prejudica-ráo o entendimento dentro doconselho". O órgão já se reuniuduas vezes para discutir princl-palmente a situação militar noSul e a política de informação epropaganda.Entre as atribuições do Con-selho está o completo e rígidocontrole das publicações e flu-xo de Informações dentro doIrá. Nenhuma entrevista de au-toridades pode ser concedidasem a autorização prévia doConselho e os jornais e meios decomunicação iranianos terãoem primeiro lugar de obter umparecer do Conselho antes deaproveitar qualquer Informa-çáo relevante.

Para os jornalistas estrangei-ros, uma das primeiras conse-qüências foi a observância es-trlta de uma norma elaboradajá há tempos pelas autoridadesIranianas, proibindo a perma-nêncla de representantes liga-dos a empresas jornalísticasnorte-americanas ou inglesas, eque náo estava sendo cumpridaà risca. A grande vitima dessamedida foi a agência noticiosaReuters, que sobreviveu àsprincipais fases da Revoluçãodo Irã e às reviravoltas da poli-tica Interna sem sofrer grandesrestrições. Desde domingo aagência náo está mais transml-tindo de Teerã e seus corres-pondentes deverão deixar èmbreve ó país.

ONU debaterá a guerrahoje em reunião aberta

Nações Unidas e Bagdá — OConselho de Segurança decidiuontem numa reunião de cônsul-tas a portas fechadas, realizaroutra reunião, aberta, sobre oconflito irano-iraquiano hoje àtarde, por ser "multo importan-te que os representantes das>partes em guerra assistam àreunião", disse o subchefe dadelegação dos EUA, WilliamVanden Heuvel.

Em 25 de setembro, o Conse-lho de Segurança, formado pordelegados de 15 países, adotouuma resolução pedindo o fimdas hostilidades e que os com-batentes aceitassem ajuda ex-tema para chegar a um acordosobre o conflito. O Irã boicotouas deliberações do Conselho,mas, recentemente, decidiu en-

viar delegados para formalizarqueixa contra a invasão dosiraquianos.

O Governo de Bagdá enviouontem mensagem ao Secretá-rio-Qeral das Nações Unidas,Kurt Waldheim, afirmando queo Iraque começou a transferirnavios estrangeiros do porto deKhorramshar, que caiu sob seucontrole. O Presidente iraqula-no, Saddam Hussein, disse emtelegrama a Waldheim que seuGoverno "informará à ONU táologo a operação de transferèn-cia for completada".

A notícia foi divulgada pelaagência iraquiana INA, segun-do a qual Hussein informou quequatro navios — de nacionaü-dades grega, iugoslava, italianae sul-coreana — já foram rebo-cados daquela área.

Wasalia, Iraque — Foto da UPI

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Tanques do complexo de refinarias de Abadã, à beira do Shatt-al-Arab, continuam em chamas

Bagdá sofre novo bombardeio

Teerã, Bagdá e Beirute — Bagdá, aCapital Iraquiana, foi atacada novamente— a primeira vez desde domingo — poraviões iranianos que bombardearam obairro periférico de Lesye às llh45m damanhã de ontem, provocando um grandeIncêndio, segundo informações não ofi-ciais, num depósito de combustível. Seisaviões Mig iraquianos foram abatidos du-rante ataque ao terminal petrolífero ira-niano na Ilha de Kharg e à cidade deAbadã, quatro pela artilharia antiaérea edois por aviões Phantom, segundo Teerá.

A aviação Iraquiana bombardeou tam-bém o aeroporto de Deloran, destruindoaviões e tanques, matando 68 pessoas, euma estação ferroviária no trajeto entreDezful e Teerá, segundo a agência iraquia-na INA. Diante do prosseguimento do len-to avanço Iraquiano contra Abadã, comapoio de cerrado fogo de artilharia e bom-bardeios aéreos, o Irã utilizou pela primei-ra vez desde o começo da guerra helicópte-ros Cobra, equipados com mísseis.

Um comando especial Iraquiano, dianteda Impossibilidade das forças do Iraque detomarem Dezful — onde funciona umaestação de bombeamento de petróleo —cortou em dois pontos, seis oleodutos quecorrem paralelamente à rodovia que ligaAhwaz a Abadã, o que deverá agravarseriamente o problema de falta de com-bustível no Irã.

Nas 24 horas de ontem, acrescentam osinformes que os iraquianos atacaram comartilharia pesada e aviação a cidade deAhwaz e as localidades próximas de Naft eSeifid — ambas as partes sofreram gravesperdas — e, com mísseis terra-terra, acidade de Susangerd, a Noroeste de Ah-waz, onde morreram 15 pessoas. Na área

em torno de Qasr-el-Shirin, segundo Tee-rã, 90 iraquianos foram feitos prisioneiros.O Governo do Irã revelou ontem umataque armado dos curdos (um de seusgrupos minoritários), ocorrido há três se-manas, na região de Aroumieh, perto dafronteira com a União Soviética, no qualmorreram 20 iranianos e 50 foram feridos,disse a agência Pars.

O General Edward Furdson, que visitoua frente de batalha como correspondentede guerra do jornal Daily Telegraph deLondres, disse acreditar que a queda deAbadã não ocorrerá a curto prazo. Obser-vou que os iraquianos, "apesar dos erroscometidos", seguem "estritamente o ma-nual" e por isso suas manobras podem serprevistas por comandantes habilitados dolado inimigo. Furdson acha que o cortedas comunicações de Abadã pelo ladoLeste, que os iraquianos devem completarlogo, selará a sorte da cidade.

As últimas horas de ontem, o Alto Co-mando do Iraque Informou que sua avia-ção destruiu outro oleoduto de vital im-portância para o Irá, que ligava os campospetrolíferos de Bandar Chapur, no Cuzis-tão, às refinarias de Abadã, e que suastropas lançaram novo ataque generalizadonas proximidades de Khorramshar, ondeos combates alcançaram proporções de"verdadeiro massacre", segundo observouum correspondente.

Acrescentou que durante os violentoscombates de ontem, o Iraque disse quedestruiu nove aviões inimigos, cinco derru-bados pela artilharia antiaérea no front eos demais em terra, atingidos pela aviaçãodurante o ataque ao eixo rodoviárioAbadã—Ahwaz.

Phantoms" atacam Basra

Basra — Tropas iraquianas continua-ram a avançar na direção de Abadã e acaptura da refinaria, uma das maiores domundo, é agora considerada por porta-vozes locais uma questão de tempo. Noentanto, a feroz resistência do Irã pode sersentida aqui em toda a sua intensidade.

Ontem, depois de muitos dias, tantoBagdá como esta cidade foram atacadaspela aviação iraniana. No início da noite,os alarmas tocaram, todas as luzes seapagaram e as baterias de mísseis Sam-6começaram a disparar contra o espaço. Ofogo das baterias e os riscos luminosos dosmísseis contra o céu duraram pouco. Ain-da é cedo para saber se os Phantomsiranianos chegaram a atingir algum alvoonde o combate é mais intenso, a poucosquilômetros de Basra, rio abaixo, de ondese pode ver a refinaria, ou se foram aba-tidos.

O acesso iraniano à refinaria de Aragão,

Noêmio SpínolaEnviado especial

pelo Norte, está aparentemente cortadodepois que o Iraque cruzou, quatro diasatrás, o rio Karun com uma ponte flutuan-te que vem sendo usada em plena luz dodia. O avanço de colunas blindadas e pes-soas é fundamental para o reforço da fren-te que cortou o acesso do Irã a Abadã peloNorte. No entanto, presume-se que a cida-de ainda náo esteja totalmente isolada,pois poderia receber reforços pelo vulnerá-vel flanco Sudoeste, onde a Marinha ira-niana desfruta de vantagem.

O novo ataque da aviação iraniana àscidades significa que o Governo de Teerãestá disposto a cobrar um alto preço pelapossível perda de Abadã, um golpe pesadono prestígio político do próprio ayatollah.Já na segunda-feira especulava-se em Bag-dá que a cidade poderia ser novamentealvo de um ataque aéreo, cessando o inter-regno no qual os dois lados concentraram-se em objetivos militares ou econômicos.

Terreno dificulta ofensiva

Nova Iorque — O êxito da ofensivairaquiana contra Abadã tem sido dificulta-do nos últimos três dias de combate. Alentidão, segundo analistas militares oci-dentais, pode ser atribuída à natureza doterreno atravessado ao largo do rio Ka-rum, agravada pela violenta resistênciadas unidades do Exército iraniano.

Como os iraquianos tiveram obstáculospara levar seus tanques e unidades blinda-das da retaguarda avançada, recorrerammais uma vez à artilharia para manter sobpressão a guamiçáo iraniana de Abadã.Nas últimas 24 horas, a cidade está sobfogo constante, com a média de mais de 10obuses por minuto em alguns períodos.Analistas disseram que embora as bate-rias estejam em campo aberto, não foramatacadas pela aviação Iraniana.

O fogo cerrado da artilharia pode servirpara abater a resistência da cidade, dizemos analistas, mas o movimento de tanquese outros veículos blindados sobre Abadãcontinua lento. Depois de cruzar o rioKarun, os blindados entraram em terrenopantanoso, cheio de palmeiras.

Os analistas constataram que reforçoscontinuam a cruzar o Karun em balsasconstruídas a mão. O Comando Iraquianotambém declarou ter colocado uma ponteflutuante no rio para apressar a travessia,mas ainda náo houve verificação de fonteindependente sobre essa posição.

Os iraquianos também ampliaram aquantidade e intensidade de seus ataquesaéreos, embora os analistas não aceitemtodas as proclamações de Bagdá sobreobjetivos destruídos. Houve informaçõesde que bombardeiros iraquianos atacarama refinaria petrolífera de Bandar Mashur eatingiram outros depósitos de petróleo euma estação de bombeamento â Leste deAbadã.

Drew MiddletonThe New York Times

Bombardeiros fizeram também um rei-de sobre Isfahan, a antiga Capital do Irá,uns 400km a Nordeste de Abadã.

A não ser fogo disperso de artilharia emísseis antiaéreos, a aviação iraquiananáo encontrou resistência. A Força AéreaIraniana, de acordo com os analistas, estáprovavelmente concentrando sua ação erealizando reides somente sobre os consi-derados "objetivos necessários" — as for-ças militares e depósitos que consideramde maior interesse para as forças iranianasna província petrolífera do Cuzlstáo.

Teerã está aparentemente realizandoesforços para ampliar o número de seusaviões utilizáveis. Uma fonte do OrienteMédio constatou que uma semana após oinício da guerra vários F-14 (Grumman), omais avançado avião militar iraniano, fo-ram usados numa missão de bombardeio,porém, segundo a fonte, não estavam equi-pados com o avançado sistema de arma-mentos e recursos sofisticados que o Irãadquiriu dos Estados Unidos. Fonte norte-americana disse acreditar que os iranianosimprovisaram suportes de bombas para osseus F-14.

A fonte também disse os F-14 esquiva-ram-se de combater os Mig porque náoestavam em condições de enfrentar oscaças de fabricação soviética com seusatuais armamentos.

Nos campos de combate em terra, osiraquianos evitam sistematicamente lan-çar sua infantaria e tanques em ataquesfrontais às boas posições iranianas, nota-ram os analistas. Pode ser uma relutânciaem assumir os altos riscos de cada ataque,ou pode ser uma deliberação decorrentedo fato de acreditarem que táo logo asforças iraquianas atinjam campo abertoserão capazes de cercar as cidades-objetivo e cortar os oleodutos e rodovias.

Mineiros

voltam

sem medoBelo Horizonte — "Vou Tran-

qúila e prefiro seguir para oIraque a ficar aqui na expecta-tiva", explicou ontem AngelaPadilha Otonl, sua decisão deseguir com o marido, PedroHenrique Otonl, Superinten-dente de Recursos Humanos daconstrutora Mendes Júnior, emseu retorno ao Iraque. Ontem,em Belo Horizonte, a família —três filhos menores e uma em-pregada — iniciou uma aventu-ra: voltar ao pais em guerracom o Irã.

Apesar de a própria MendesJúnior ter aconselhado seusfuncionários a náo seguiremcom as famílias, Pedro e Angeladecidiram levar os filhos: Hen-rique, de sete anos, Clarice, dequatro, e André de dois anos,além da empregada do casal,Cleusa.

Para a etapa mais difícil daviagem Ue retorno — a traves-sia de trechos do deserto, desdea fronteira com a Jordânia até oacampamento onde vive a fa-mília, no Km 215, da ferroviaque a Mendes Júnior constrói— Angela Otoni Já se preparou:levará água e gêneros de prl-meira necessidade para ascrianças. Sáo cerca de 800 kmque o grupo terá de atravessarpor terra, em ônibus, já que oespaço aéreo continua fechadono Iraque.

Os brasileiros da Mendes Ju-nior — 37 ao todo — saíramontem às 23h do Rio, em vôo daPanam, rumo a Nova Iorque deonde seguem à noite para Jor-dãnia. De Amá até o acampa-mento, o transporte será feitode ônibus, sob a responsablli-dade da própria Panam e daAlea, empresa aérea jorda-niana.

Diplomatasretiram família

Brasília — O Itamarati nãosoube explicar exatamente osmotivos do Governo de autori-zar a retirada das famílias dopessoal diplomático brasileiroem Teerá, enquanto todo o pes-soai da Embaixada em Bagdá,igualmente atingida por bom-bardeios aéreos, foi mantido lá."Creio que as condições forámconsideradas mais difíceis emTeerá", opinou o porta-voz daChancelaria, Bernardo Pericás.

Segundo Pericás, a retiradaem Teerá limitou-se à mulher eaos filhos do Encarregado deNegócios do Brasil, Sérgio Fio-rencio, e a um auxiliar adminis-trativo. Em Bagdá, continuamo Embaixador, General SamuelAlves Correia, sua família e trêsdiplomatas, seus auxiliares.

O porta-voz do Itamarati re-cusou-se a comentar atitude dopresidente da Engesa — empre-sa que produz e exporta veicu-los militares blindados (Urutu,Cascavel, Jararaca e Sucuri)para o Iraque — José Luís Whi-taker, que falando das proxlmi-dades de Bagdá, vestindo uni-forme de campanha dos milita-res Iraquianos, declarou que aEngesa era uma supridora con-fiável de equipamentos para aguerra contra o Irá."Trata-se do dirigente deuma empresa, falando sobreseus produtos", limitou-se a di-zer Pericás.

Coréia do Norteapóia Teerã

Beirute — A Coréia do Nortedeclarou apoio total ao Irã naguerra com o Iraque e pediu aoregime do ayatollah Khomeinyque feche a Embaixada da Co-réia do Sul em Teerã. As duasmanifestações foram transmiti-das ontem pelo Embaixadornorte-coreano em Teerã ao filhode Khomeiny, Syed Ahmed, se-gundo a rádio iraniana captadaem Beirute.

A informação diz que o Em-baixador apresentou documen-tos que provam que a Coréia doSul está em conluio com osEstados Unidos e Israel e queparticipou da tentativa de res-gatar os reféns norte-americanos em abril. O Iraquerompeu relações diplomáticascom Pyongyang há dois dias,alegando que este pais estã aju-dando militarmente o Irá.

França vende armas

à Arábia Saudita

Paris — A França fechouontem seu maior contrato devenda de armas a outro pais:a Arábia Saudita comprou 14bilhões de francos (Cr$ 210bilhões) de material bélico,informou o Ministério de De-fesa, num negócio que prevêinclusive a modernização daMarinha de Guerra saudita.

A Arábia Saudita receberáda França quatro fragatas deduas mil toneladas, especial-mente projetadas, dois petro-leiros de reabastecimento de17 mil toneladas, helicópterosDauphin, mísseis mar-mar eantiaéreos, material que seráentregue no prazo de quatroanos.

O contrato, assinado ontemem Paris pelos Ministros deDefesa dos dois países, JoelLe Theule, pela França, ePríncipe Bin Abdul Aziz, pelaArábia Saudita, levou dois

anos e meio para ser ultima-do e foi precedido por umoutro com o Qatar, de umbilhão e meio de francos, flr-mado em setembro último,enquanto negociações seme-lhantes estão em andamentocom o Iraque. Os contratos jáfechados este ano com a Ará-bia Saudita e o Qatar repre-sentam dois terços do totaldas exportações francesas emarmas realizadas em 1979.

O pessoal destinado à mo-dernização da Marinha saudl-ta será treinado pela Marinhafrancesa por meio de um ór-gáo especialmente criado pa-ra esse fim. Segundo o Minis-tério de Defesa da França,trata-se de um programamuito complexo, do qual par-ticiparáo centenas de oficiais,engenheiros, eletrotécnicos eoperadores de radar sauditas.

CH

Excursões

aéreas e

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Irã ameaça minar estreito de Orrriuz e o Golfo

Londres — Apesar das pro-messas feitas há 10 dias peloPremier Moammad Radjai, osi ameaçou ontem minar oestreito de Ormuz e o GolfoPérsico, por onde passam60% do petróleo exportadopara o Ocidente, se os demaispaíses da região ajudarem oIraque na guerra, segundo"transmissão da Rádio Teerácaptada em Londres pelaBBC.

A emissão citou o jornalEttelaat como fonte de suainformação: "O comandanteda Marinha advertiu que atéagora a liberdade internado-nal de navegação vem sendogarantida pelo Irá mas, caso

se torne necessário, minare-mos o estreito de Ormuz e oGolfo".

Em Washington, fontes doDepartamento de Estadomostraram-se descrentesquanto à capacidade do Iráde minar Ormuz. Afirmaramque, mesmo se Teerã tivesseminas navais suficientes pa-ra tanto, os helicópteros ca-ça-minas a bordo de dois por-ta-aviões norte-americanosno Mar da Arábia poderiamser mobilizados para limpara área. Ressaltaram que essaoperação pode ser feita "tãorapidamente quanto eles lan-cem os explosivos no mar."

Waiolta, Iraqua — Foío do UPI

Tropas iraquianas

estão perto de AbadãWilliam Waack

Enviodo Especial

Teerã — Tropas do Iraque jápodiam ser vistas ontem à tar-de a menos de 10km de Abadã,numa tentativa de cercar a ci-dade e isolar do resto do país omaior complexo petroquímicodo mundo. Tanto Abadã comoKhorramshar, principal portocomercial do Irá, estão dentrodo bolsão que o Exército ira-quiano procura criar no Sul dopaís.Uma coluna blindada comaproximadamente 80 veículos,apoiada por infantaria e duasbaterias de artilharia pesada,chegava ontem a apenas 4kmda estrada que liga Abadã aoporto de Bandar Khomeiny, si-tuado a Leste da cidade. Ascomunicações por terra entreAbadã e Korramshar, distanteapenas 5km uma da outra, con-tinuam existindo, mas, ao Nor-te de Korramshar, por onde astropas do Iraque cruzaram o rioque separa os dois países, parainiciar o cerco do complexo pe-troquimico e portuário, a estra-da para Ahvaz e Teerã estácortada.KHORRAMSHAR

O ataque iraquiano está sen-'do executado ao mesmo tempocontra Khorramshar (onde tèmlugar fortes lutas de rua) e, maisa Leste, num amplo movimen-to, na direção Sul, procurandochegar às águas do Golfo Pérsi-co. Artilharia e aviação iraquia-nas estão bombardeando a refi-naria de Abadã e as cidades deDezful e Ahvaz, bem mais aoNorte, onde estão situadas im-portantes bases militares e cen-tros de comunicação.

Dentro de Korramshar os ira-quianos avançaram aproxima-damente lkm a partir das do-cas do porto e atingiram o mes-mo lugar onde foram repelidoshá 10 dias. Entre os destroçosdos tanques e carros blindadosperdidos da primeira vez, astropas do Iraque — pequenosgrupos de pára-quedistas ou co-mandos especialmente treina-dos — estão enfrentando ferozresistência principalmente deguardas revolucionários e vo-luntários civis iranianos.

A cidade está completamenteevacuada e o constante bom-bardeio destruiu ainda mais oCentro, que sofre as conseqüên-cias da guerra há mais de trêssemanas. O número de defenso-res diminuiu, segundo o relatode jornalistas que vieram on-tem da região, e a luta agora étravado principalmente com íu-zis e granadas de mão. Na vês-pera, uma jornalista iraniana,Pouran Jamíl. recebeu um tirona perna direita ao aproximar-se demasiadamente cio centroda batalha, mas está fora deperigo.

Em Abadã, grossos rolos defumaça denunciam que a reli-naria continua queimando,mas notícias — não contírma-das oficialmente — dão contade que foram atingidos princi-palmente depósitos isoladosdas unidades de processamen-to. Um deles, ao pegar fogo naúltima noite, iluminou pratica-mente toda a cidade, segundo orelato de testemunhas. Sobre oterminal marítimo de Kharg,por onde escoa a maior parte daexportação iraniana, foramabatidos ontem cinco aviõesMig iraquianos.

Tanto em Abadã como emKorramshar a resistência estásendo organizada por tropas ir-regulares, armadas sobretudocom bazucas e metralhadoraspesadas. Em Abadã, a popula-ção civil participava na cons-trução de barricadas e trinchei-ras e esta sendo armada paraenfrentar o Iraque. O avanço doIraque tem sido lento e, nocampo aéreo, o principal obstá-culo a ser transposto são osconstantes ataques dos irania-nos com helicópteros Cobra,munidos de mísseis anti-tanque.

Em nenhuma das duas cida-des nota-se a presença maciçade tanques ou material pesadomilitar dos iranianos—e muitomenos infantaria regular. Aaviação iraniana está dandoapoio às forças de terra atravésde ataques a colunas de blinda-dos iraquianos do outro lado dafronteira, mas no próprio Irã ostanques do Iraque só enfrenta-ram até agora helicópteros doExército.

A ausência de grandes forma-çóes regulares do lado iranianoestá fazendo especialistas mili-tares em Teerã supor que o Irãguarda suas forças para desfe-char um contra-ataque e cortaro caminho de retirada das tro-pas invasoras. Para entrar noIrá, ao Norte de Korramshar, eirromper em direção Sul de mo-do a cercar esse porto e a refina-ria de Abadã, os iraquianostranspuseram o rio através depontes militares que, uma vezcortadas, praticamente impedi-rão o regresso das tropas.

ísals ao Norte desse campode batalha, os iraquianos conti-nuam tentando isolar por doislados as cidades de Ahvaz, Ca-pitai da província do Cuzestão,e Dezful, sem grande sucesso. Arota principal de ligação entreDezful e Ahvaz teria sido corta-da temporariamente pelo ata-

que iraquiano, mas o Alto Co-mando iraniano desmentiu es-sa noticia. As duas cidades têmsido alvo de forte bombardeio,principalmente com artilhariae mísseis terra-terra. Em tornodos dois centros, o Irá montoufortes cinturões defensivos comtanques semienterrados naareia e artilharia pesada.BANI 8ADR

Tanto no Sul como na frenteocidental a massa dos tanquesiranianos ainda não entrou emação. O Presidente Bani Sadr,Supremo Comandante das For-ças Armadas, continuava on-tem a dar declarações otimistasà rádio iraniana e afirmava que,depois da estabilização de to-das as frentes, "chegamos à fa-se da contra-ofensiva, que ini-ciará a etapa final destaguerra".O Presidente teve seus pode-res consideravelmente reduzi-dos, segunda a opinião de ob-servadores políticos em Teerã,com a decisão do Imã Khomeí-ny de submeter todos os assun-tos relacionados à condução daguerra às discussões do Supre-mo Conselho de Defesa do país.O órgão, originariamente pre-visto para funcionar apenascom o Presidente, o Primeiro-Ministro, o Ministro da Defesa edois assessores militares, foiampliado, por ordem do líderda Revolução Islâmica, parapermitir a participação de re-presentantes do Parlamento edo clero.

No Conselho da Defesa estãosentado agora alguns dos prin-cipais adversários políticos doPresidente Bani Sadr, como oPrimeiro-Ministro Radjai e ohojatoleslam Khamenei, consi-derado em Teerá como um dosprincipais porta-vozes da linha-dura dos religiosos.

Ambos têm, ao lado do Co-mandante do Estado-Maior edos assessores militares do ImãKhomeiny, direito de voto emtodas as decisões até agora decompetência exclusiva do Pre-sldente Bani Sadr.

Bani Sadr justificou a criaçãodo Conselho como sendo idéiasua e defendeu sua existênciacomo maneira da "tornar coe-rente nossa propaganda e nos-sa política externa". Para oPresidente iraniano, a partir deagora a política de informaçãoestará unificada, o que impedi-rã que "incompetentes" comen-tem fatos militares

Já o Hojatoleslam Afsanjani,porta-voz do Parlamento e tam-bém um dos expoentes da linhamais conservadora entre os reli-giosos, acha que o Conselho de-veria existir "porque era neces-sário criar uma base políticamais ampla para todas as deci-sóes". A competência do Conse-lho também foi muito ampliadapelo decreto do Imã Khomeiny,um passo que se havia tornadonecessário, segundo o Hojato-lesiam Khamenei, "dada a si-tuaçáo excepcional que vi-vemos".

Apesar da cautela com que osjornais iranianos vêm discutin-do aspectos da política internaem função da guerra com oIraque, não faltou quem co-mentasse abertamente as difi-culdades que surgirão dentrodo Conselho com a notória riva-lidade política entre o Presi-dente Bani Sadr e os gruposreligiosos mais conservadores.O Primeiro-Ministro Radjai, ai-çado a esse cargo pela maioria,de deputados fundamentalistasnò Parlamento iraquiano, já es-tá fazendo declarações nessesentido."Não, eu não acho que os po-deres do Presidente serão redu-zidos com essa decisão", decla-rou Radjai ao jornal Kayhan.Para o Primeiro-Ministro, as di-ferenças com Bani Sadr "nãosão ideológicas e não prejudica-rão o entendimento dentro doconselho". O órgão já se reuniuduas vezes para discutir princi-palmente a situação militar noSul e a política de informação epropaganda.

Entre as atribuições do Con-selho está o completo e rígidocontrole das publicações e flu-xo de informações dentro doIrã. Nenhuma entrevista de au-toridades pode ser concedidasem a autorização prévia doConselho e os jornais e meios decomunicação iranianos terãoem primeiro lugar de obter umparecer do Conselho antes deaproveitar qualquer informa-ção relevante.

Para os jornalistas estrangei-ros, uma das primeiras conse-qüências foi a observância es-trita de uma norma elaboradajá há tempos pelas autoridadesiranianas, proibindo a perma-nência de representantes liga-dos a empresas jornalísticasnorte-americanas ou inglesas, eque não estava sendo cumpridaà risca. A grande vitima dessamedida foi a agência noticiosaReuters, que sobreviveu àsprincipais fases da Revoluçãodo Irã e às reviravoltas da poli-tica intema sem sofrer grandesrestrições. Desde domingo aagência não está mais transmi-tindo de Teerã e seus corres-pondentes deverão deixar embreve o país.

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'' ''Tanques do complexo de refinarias de Abadã, à beira do Shatt-al-Àrab, continuam em chamas

Mineiros

voltam

sem medo

Bagdá sofre novo bombardeio

Teerã, Bagdá e Beirute — Bagdá, aCapital iraquiana, foi atacada novamente— a primeira vez desde domingo — poraviões iranianos que bombardearam obairro periférico de Lesye às llh45m damanhã de ontem, provocando um grandeincêndio, segundo informações não ofl-ciais, num depósito de combustível. Seisaviões Mig iraquianos foram abatidos du-rante ataque ao terminal petrolífero ira-niano na ilha de Kharg e à cidade deAbadã, quatro pela artilharia antiaérea edois por aviões Phantom, segundo Teerá.

A aviação iraquiana bombardeou tam-bém o aeroporto de Deloran, destruindoaviões e tanques, matando 68 pessoas, euma estação ferroviária no trajeto entreDezful e Teerã, segundo a agência iraquia-na INA. Diante do prosseguimento do len-to avanço iraquiano contra Abadã, comapoio de cerrado fogo de artilharia e bom-bardeios aéreos, o Irá utilizou pela primei-ra vez desde o começo da guerra helicópte-ros Cobra, equipados com mísseis.

Um comando especial iraquiano, dianteda impossibilidade das forças do Iraque detomarem Dezful — onde funciona umaestação de bombeamento de petróleo —cortou em dois pontos, seis oleodutos quecorrem paralelamente à rodovia que ligaAhwaz a Abadá, o que deverá agravarseriamente o problema de falta de com-bustível no Irá.

Nas 24 horas de ontem, acrescentam osinformes que os iraquianos atacaram comartilharia pesada e aviação a cidade deAhwaz e as localidades próximas de Naft eSeifld — ambas as partes sofreram gravesperdas — e, com mísseis terra-terra, acidade de Susangerd, a Noroeste de Ah-waz, onde morreram 15 pessoas. Na área

em torno de Qasr-el-Shirin, segundo Tee-rã, 90 Iraquianos foram feitos prisioneiros.O Governo do Irã revelou ontem umataque armado dos curdos (um de seusgrupos minoritários), ocorrido há três se-manas, na região de Aroumieh, perto dafronteira com a União Soviética, no qualmorreram 20 iranianos e 50 foram feridos,disse a agência Pars.

O General Edward Furdson, que visitoua frente de batalha como correspondentede guerra do jornal Daily Telegraph deLondres, disse acreditar que a queda deAbadã não ocorrerá a curto prazo. Obser-vou que os iraquianos, "apesar dos erroscometidos", seguem "estritamente o ma-nual" e por isso suas manobras podem serprevistas por comandantes habilitados dolado inimigo. Furdson acha que o cortedas comunicações de Abadã pelo ladoLeste, que os iraquianos devem completarlogo, selará a sorte da cidade.

As últimas horas de ontem, o Alto Co-mando do Iraque informou que sua avia-çáo destruiu outro oleoduto de vital im-portância para o Irá, que ligava os campospetrolíferos de Bandar Chapur, no Cuzis-tão, às refinarias de Abadã, e que suastropas lançaram novo ataque generalizadonas proximidades de Khorramshar, ondeos combates alcançaram proporções de"verdadeiro massacre", segundo observouum correspondente.

Acrescentou que durante os violentoscombates de ontem, o Iraque disse quedestruiu nove aviões inimigos, cinco derru-bados pela artilharia antiaérea no front eos demais em terra, atingidos pela aviaçãodurante o ataque ao eixo rodoviárioAbadá—Ahwaz.

UPhantoms" atacam Basra

Basra — Tropas iraquianas continua-ram a avançar na direção de Abadã e acaptura da refinaria, uma das maiores domundo, é agora considerada por porta-vozes locais uma questão de tempo. Noentanto, a feroz resistência do Irá pode sersentida aqui em toda a sua intensidade.

Ontem, depois de muitos dias, tantoBagdá como esta cidade foram atacadaspela aviação iraniana. No início da noite,os alarmas tocaram, todas as luzes seapagaram e as baterias de mísseis Sam-6começaram a disparar contra o espaço. Ofogo das baterias e os riscos luminosos dosmísseis contra o céu duraram pouco. Ain-da é cedo para saber se os Phantomsiranianos chegaram a atingir algum alvoonde o combate é mais intenso, a poucosquilômetros de Basra, rio abaixo, de ondese pode ver a refinaria, ou se foram aba-tidos.

O acesso Iraniano à refinaria de Aragáo,

Noêmio SpínolaEnviado especial

pelo Norte, estã aparentemente cortadodepois que o Iraque cruzou, quatro diasatrás, o rio Karun com uma ponte flutuan-te que vem sendo usada em plena luz dodia. O avanço de colunas blindadas e pes-soas é fundamental para o reforço da fren-te que cortou o acesso do Irã a Abadá peloNorte. No entanto, presume-se que a cida-de ainda náo esteja totalmente isolada,pois poderia receber reforços pelo vulnerá-vel fianco Sudoeste, onde a Marinha ira-niana desfruta de vantagem.

O novo ataque da aviação iraniana àscidades significa que o Governo de Teeráestá disposto a cobrar um alto preço pelapossível perda de Abadá, um golpe pesadono prestígio político do próprio ayatollah.Já na segunda-feira especulava-se em Bag-dá que a cidade poderia ser novamentealvo de um ataque aéreo, cessando o inter-regno no qual os dois lados concentraram-se em objetivos militares ou econômicos.

Terreno dificulta ofensiva

Nova Iorque — O êxito da ofensivairaquiana contra Abadá tem sido dificulta-do nos últimos três dias de combate. Alentidão, segundo analistas militares oci-dentais, pode ser atribuída à natureza doterreno atravessado ao largo do rio Ka-rum, agravada pela violenta resistênciadas unidades do Exército iraniano.

Como os iraquianos tiveram obstáculospara levar seus tanques e unidades blinda-das da retaguarda avançada, recorrerammais uma vez à artilharia para manter sobpressão a guarnição iraniana de Abadã.Nas últimas 24 horas, a cidade está sobfogo constante, com a média de mais de 10obuses por minuto em alguns períodos.Analistas disseram que embora as bate-rias estejam em campo aberto, náo foramatacadas pela aviação iraniana.

O fogo cerrado da artilharia pode servirpara abater a resistência da cidade, dizemos analistas, mas o movimento de tanquese outros veículos blindados sobre Abadácontinua lento. Depois de cruzar o rioKarun, os blindados entraram em terrenopantanoso, cheio de palmeiras.

Os analistas constataram que reforçoscontinuam a cruzar o Karun em balsasconstruídas a mão. O Comando iraquianotambém declarou ter colocado uma ponteflutuante no rio para apressar a travessia,mas ainda não houve verificação de fonteindependente sobre essa posição.

Os iraquianos também ampliaram aquantidade e intensidade de seus ataquesaéreos, embora os analistas não aceitemtodas as proclamações de Bagdá sobreobjetivos destruídos. Houve informaçõesde que bombardeiros iraquianos atacarama refinaria petrolífera de Bandar Mashur eatingiram outros depósitos de petróleo euma estação de bombeamento a Leste deAbadá.

Drew MiddletonThe New York Time»

Bombardeirds fizeram também um rei-de sobre Isfahan, a antiga Capital do Irá,uns 400km a Nordeste de Abadã.

A não ser fogo disperso de artilharia emísseis antiaéreos, a aviação iraquiananão encontrou resistência. A Força AéreaIraniana, de acordo com os analistas, estáprovavelmente concentrando sua açáo erealizando reides somente sobre os consi-derados "objetivos necessários" — as for-ças militares e depósitos que consideramde maior interesse para as forças iranianasna província petrolífera do Cuzistáo.

Teerã está aparentemente realizandoesforços para ampliar o número de seusaviões utilizáveis. Uma fonte do OrienteMédio constatou que uma semana após oinício da guerra vários F-14 (Grumman), omais avançado avião militar iraniano, fo-ram usados numa missão de bombardeio,porém, segundo a fonte, náo estavam equi-pados com o avançado sistema de arma-mentos e recursos sofisticados que o Iráadquiriu dos Estados Unidos. Fonte norte-americana disse acreditar que os iranianosimprovisaram suportes de bombas para osseus F-14.

A fonte também disse os F-14 esquiva-ram-se de combater os Mig porque náoestavam em condições de enfrentar oscaças de fabricação soviética com seusatuais armamentos.

Nos campos de combate em terra, osiraquianos evitam sistematicamente lan-çar sua infantaria e tanques em ataquesfrontais às boas posições iranianas, nota-ram os analistas. Pode ser uma relutânciaem assumir os altos riscos de cada ataque,ou pode ser uma deliberação decorrentedo fato de acreditarem que tâo logo asforças iraquianas atinjam campo abertoserão capazes de cercar as cidades-objetivo e cortar os oleodutos e rodovias.

Belo Horizonte — "Vou Tran-qüila e prefiro seguir para oIraque a ficar aqui na expecta-ttva", explicou ontem AngelaPadilha Otoni, sua decisão deseguir com o marido, PedroHenrique Otoni, Superinten-dente de Recursos Humanos daconstrutora Mendes Júnior, emseu retorno ao Iraque. Ontem,em Belo Horizonte, a família —três filhos menores e uma em-pregada — iniciou uma aventu-ra: voltar ao país em guerracom o Irá.

Apesar de a própria MendesJúnior ter aconselhado seusfuncionários a náo seguiremcom as famílias, Pedro e Angeladecidiram levar os filhos: Hen-rique, de sete anos, Clarice, dequatro, e André de dois anos,além da empregada do casal,Cleusa.

Para a etapa mais dificll daviagem de retorno — a traves-sia de trechos do deserto, desdea fronteira com a Jordânia até oacampamento onde vive a fa-milla, no Km 215, da ferroviaque a Mendes Júnior constrói— Angela Otoni já se preparou:levará água e gêneros de pri-meira necessidade para ascrianças. São cerca de 800 kmque o grupo terá de atravessarpor terra, em ônibus, já que oespaço aéreo continua fechadono Iraque.

Os brasileiros da Mendes Ju-nior — 37 ao todo — saíramontem às 23h do Rio, em vôo daPanam, rumo a Nova Iorque deonde seguem à noite para Jor-dânia. De Amã até o acampa-mento, o transporte será feitode ônibus, sob a responsabili-dade da própria Panam e daAlea, empresa aérea jorda-niana.

Diplomatasretiram família

Brasília — O Itamarati náosoube explicar exatamente osmotivos do Governo de autori-zar a retirada das famílias dopessoal diplomático brasileiroem Teerã, enquanto todo o pes-soai da Embaixada em Bagdá,igualmente atingida por bom-bardeios aéreos, foi mantido lá."Creio que as condições foramconsideradas mais difíceis emTeerá", opinou o porta-voz daChancelaria, Bernardo Pericás.

Segundo Pericás, a retiradaem Teerá limitou-se à mulher eaos filhos do Encarregado deNegócios do Brasil, Sérgio Fio-rencio, e a um auxiliar adminis-trativo. Em Bagdá, continuamo Embaixador, General SamuelAlves Correia, sua família e trêsdiplomatas, seus auxiliares.

O porta-voz do Itamarati re-cusou-se a comentar atitude dopresidente da Engesa — empre-sa que produz e exporta veícu-los militares blindados (Urutu,Cascavel, Jararaca e Sucuri)para o Iraque — José Luís Whi-taker, que falando das proximi-dades de Bagdá, vestindo uni-forme de campanha dos milita-res iraquianos, declarou que aEngesa era uma suprídora con-fiável de equipamentos para aguerra contra o Irã."Trata-se do dirigente deuma empresa, falando sobreseus produtos", limitou-se a di-zer Pericás.

Coréia do Norteapóia Teerã

Beirute — A Coréia do Nortedeclarou apoio total ao Irá naguerra com o Iraque e pediu aoregime do ayatollah Khomeinyque feche a Embaixada da Co-réia do Sul em Teerã. As duasmanifestações foram transmiti-das ontem pelo Embaixadornorte-coreano em Teerá ao filhode Khomeiny, Syed Ahmed, se-gundo a rádio iraniana captadaem Beirute.

A informação diz flue o Em-baixador apresentoudocumen-tos que provam que a Coréia doSul está em conluio com osEstados Unidos e Israel e queparticipou da tentativa de res-gatar os reféns norte-americanos em abril. O Iraquerompeu relações diplomáticascom Pyongyang há dois dias,alegando que este país está aju-dando militarmente o Irã.

França vende armas

à Arábia Saudita

Paris — A França fechouontem seu maior contrato devenda de armas a outro pais:a Arábia Saudita comprou 14bilhões de francos (Cr$ 210bilhões) de material bélico,informou o Ministério de De-fesa, num negócio que prevêinclusive a modernização daMarinha de Guerra saudita.

A Arábia Saudita receberáda França quatro fragatas deduas mil toneladas, especial-mente projetadas, dois petro-leiros de reabastecimento de17 mil toneladas, helicópterosDauphin, mísseis mar-mar eantiaéreos, material que seráentregue no prazo de quatroanos.

O contrato, assinado ontemem Paris pelos Ministros deDefesa dos dois países, JoelLe Theule, pela França, ePríncipe Bin Abdul Aziz, pelaArábia Saudita, levou dois

anos e meio para ser ultima-do e foi precedido por umoutro com o Qatar, de umbilhão e meio de francos, flr-mado em setembro último,enquanto negociações seme-lhantes estão em andamentocom o Iraque. Os contratos jáfechados este ano com a Ará-bia Saudita e o Qatar repre-sentam dois terços do totaldas exportações francesas emarmas realizadas em 1979.

O pessoal destinado à mo-dernizaçáo da Marinha saudi-ta será treinado pela Marinhafrancesa por meio de um ór-gão especialmente criado pa-ra esse fim. Segundo o Minis-tério de Defesa da França,trata-se de um programamuito complexo, do qual par-ticiparáo centenas de oficiais,engenheiros, eletrotécnicos eoperadores de radar sauditas.

A

Excursões

aéreas e

rodoviárias

de Pelasse.

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14 — INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL D quarta-feira, 15/10/80 ? lc Caderno

Giscard inicia visita àChina com a esperança deampliar laços comerciais

Arlette Chabrol_, Correspondente

Paris — O Presidente da França, Valery GiscardcfEstaing, começa esta manhã uma visita oficial deuma semana à República Popular da China, acompa-nhado de três Ministros: o das Relações Exteriores,Jean François-Poncet; o da Justiça, Alain Peyrefitte; edas Reformas Administrativas, Yves Deniau.

A viagem se inscreve no quadro de relações nor-mais entre os dois países depois de janeiro de 1964,quando o General de Gaulle reconheceu o Governo dePequim e rompeu relações com o de Formosa, tornan-do-se,'o primeiro Chefe de Estado do Ocidente a tomar adecisão. Mas a França não espera milagres: sabe que,para ganhar pontos junto aos chineses, teria de perdermuitos junto aos soviéticos, o que não está disposta afazer.

Buenos Aires Horacio Vjllaloboi

ISOLAMENTOAlguns poderão estimar que

não ná justiça nas relações ta-temacionais. Enfim, ao decidirestabelecer relações com a Chi-na, enquanto o Ocidente se re-cusava, o General Charles deGaulle contribuiu para tirar Pe-quim do isolamento.

A França teria podido espe-rar maior reconhecimento so-bre o plano material, por estainiciativa. Mas, foi deixada pa-ra trás pelos últimos países areconhecerem a China, sobretu-do os Estados Unidos, o Japão ea República Federal da Alemã-nha. Hoje, a França se encontrano sétimo lugar da escala depaíses com maiores trocas co-merciais corrt a China, emborajá tenha sido o terceiro e apesarde, a-bem da verdade, ter umdia chegado a ser o décimo-terceiro.

.CAIXAi econômicaIkkru

Há um setor da indústria-francesa que interessa demaisaos chineses: o de armamento.Mas é um ponto sobre o qual oPresidente Giscard d'Estaingnão poderá ceder, se quer con-servar as boas relações entreParis e Moscou, o que ninguémduvida.

É isto, aliás, o que irrita bas-tante os chineses e que faz comque Paris não tenha uma exce-lente cotação com Pequim, hãalgum tempo. Sua política deci-sivamente a favor da détente sechoca com a política chinesa.

Dentro deste quadro, os su-cessores de Mao desaprovaramabertamente o encontro do Pre-sidente da União Soviética,Leonid Brejnev, com Giscard,em Varsóvia, há poucas sema-nas da invasão do Afeganistãopelas tropas soviéticas.

¦ ECONÔMICA I__M______.__.__i ____W_________._W_B-_-_H-___

• TOAAADA DE PREÇOS— A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL — FILIAL DO

ESPÍRITO SANTO, torna público que fará realizar* TOMADA DE PREÇOS para construção de umn" edifício onde funcionará a sede própria da Agência

Jerônimo Monteiro, em Vitória-ÈS.— As propostas serão abertas às 15:00 horas do dia

,'Z 26.11.80, pela Comissão Especial de Licitação, naRua Pietràngelo de Biase, 33, 1o andar do EdifícioPresidente Castelo Branco, na sala onde funciona oSetor de Relações Públicas, na Sede da Filial em

'¦, Vitória-ES.— Somente serão abertas as propostas das firmas que

até o dia 14.11.80 forem consideradas habilitadaspela CEF.

— As firmas participantes deverão comprovar capitalsocial mais reservas, no valor mínimo de CrS36.000.000,00 (trinta e seis milhões de cruzeiros).O Edital de Tomada de Preços está afixado noQuadro de Avisos da Agência Central, no térreo doEdif fcio-Sede da Filial do Espirito Santo e poderá serobtido no horário de 9:00 às. 12:00 horas e das14:00 às 16:00 horas, juntamente com as especifi-cações e projetos, no endereço indicado no item 2,mediante o pagamento da taxa de CrS 20.000,00{vinte mil cruzeiros).

5

Vitória, 07 de outubro de 1980(P

EEB-RLE

METALÚRGICAABRAMOEBERLES/A

CAPITAL ABERTOAVISO PARA SUBSCRIÇÃO

Comunicamos os Senhores Acionistas que no período de 16 de outubroa 14 de novembro de 1980, poderão exercer seus direitos de prelerência nasubscrição de ações autorizada pela Assembléia Geral Extraordinária de 26desetembrode 1980(cupãon. 12), ao preço de Cri 1,50 cada uma, portantocom ágk) de Cri 0,50, com integralização de 50% no ato da subscrição e orestante até 20 de janeiro de 1981."

Os acionistas que se habilitarem ás sobras, deverão retornar ao local desubscrição nos dez dias seguintes ao término do prazo preferencial acima re-ferido.

ji i Outras inlormaçôes poderão ser obtidas nos locais de atendimento, quesão os seguintes:Caxlaa do Sul, RS: Rua Sinimbú, 1670 • Fone' 221 7877.Porto Ategm, R& Praça Oswaldo Cruz, 15-11° andar • conj. 1109 e 1110 •

Fone: 21.7948.Curitiba, PR: Rua Buenos Aires, 466 - Fone: 22 8979Sio Paulo: Rua Paula Souza, 146/164 • Fone: 227.8494.Rio da Janeiro: Rua República do Líbano. 61 -10° andar - conj. 1004 •

Fone: 244.7397.Bato Horizonte: Rua da Bahia, 360 -13° andar - Fone: 226.4739.Recife: Praça N.S. do Carmo, 30 - conj, 401/402 • Fone:'224.1439.

Caxias do Sul, 15 de outubro de 1980.

A Administração.

Mães de desaparecidos — conhecidas como Às Loucas da Praça de Mayo — cumprimentam Esquivei

Militares argentinos achamprêmio a Esquivei mal menor

Rosental Calmou AlvesCorrt! pondtnta

Buenos Aires — Embora o Governo militar da Argentinatenha mantido absoluto silêncio sobre a concessão do PrêmioNobel da Paz deste ano ao argentino Adolfo Pérez Esquivei, porsua luta pelos direitos humanos em seu país, altas fontescomentaram que, "dos males, o menor: teria sido muito pior setivessem escolhido as Loucas da Plaza de Mayo, ou alguém queestivesse na prisão aqui".

Locas de Ia Plaza de Mayo é o nome que as autoridadesmilitares dão as Mães da Praça de Mayo, mulheres ligadas porparentesco aos muitos presos políticos "desaparecidos" daArgentina. Ontem, numa cena emocionada em que váriasintegrantes desse grupo choravam ao ouvi-lo, Esquivei lembrou"uma expressão muito usada pelos brasileiros que tambémseguem a linha da luta não violenta", para aconselhá-las aatuarem com "firmeza permanente" na busca de seus parentes.

Nobel da Paz queraudiência com o Papa

Com a ImprensaAdolfo Perez Esquivei foi apresentado ontem à Imprensa na

sede da Assembléia Permanente pelos Direitos Humanos,numa sala de reuniões que estava repleta de colaboradoresdessa e de organizações similares que funcionam na Argentina,além de uma delegação das Madres de Ia Plaza de Mayo, umgrupo de senhoras que vem lutando para saber noticias de seusfilhos, maridos, irmãos ou familiares, desparecidos nos últimosanos por motivos políticos.

Ao começar a entrevista, Perez Esquivei confirmou que,além de ter ficado preso na Argentina, sem causa nem processo,por 14 meses, foi detido também no Brasil, onde esteve nasdependências do DOI-CODI, em Sào Paulo, em janeiro de 1975."Tínhamos encerrado aqui em Buenos Aires um encontrocontinental das organizações que atuam na mesma linha doserviço paz e justiça e viajamos juntos para São Paulo: eu, asecretária internacional do Movimento Internacional de Re-conciliação, Hldelgard Goss, e o presidente da Frente Nacionaldo Trabalho (de São Paulo, Mário Carvalho de Jesus). Fomosdetidos no próprio aeroporto, assim que chegamos. Estivemosuma noite em instalções militares e no dia seguinte, graças àintervenção de Dom Paulo Evaristo Arns, fomos libertados.Tínhamos viajado ao Brasil justamente para conversarmoscom Dom Paulo Arns.

Outro jornalista brasileiro quis saber se houve problemasem outras viagens ao pais e, sorrindo, o Prêmio Nobel da Paz1980 respondeu que agora náo acontece mais riada. "Fuialgumas vezes ao Brasil, nos últimos tempos. A última viagemfoi durante a visita do Papa. Eu o vi em Sáo Paulo e em PortoAlegre, e depois fui á cidade de Pelotas".

COMPANHIA DE TELEFONESOO RIO DE JANEIRO CETIL/UEmpresa do Sistema TELEBRÁS

A COMPANHIA DE TELEFONESDO RIO DE JANEIRO - CETEURJ,

comunica que o número do telefone de atendimentoe informações comerciais será mudado.

Para que isto ocorra.haverà uma paralisação emnosso atendimento no período de 16 a 19 de outubro.

A partir do dia 20 de outubro o novo código será310*4 seguido do prefixo do seu telefone.

Buenos Aires (do Correspon-dente) — Perez Esquivei tenta-rá uma audiência com o PapaJoão Paulo II. "Espero que sejapossível, mas quero ir tambéma multas outras partes. Tenhofalado de minha preocupaçãosobre a situação em El Salva-dor. Há pouco tempo fui à Euro-pa e tinha programado passarem San Salvador para encon-trar-me com Monsenhor Rome»ro. Não pude ir na ida e preten-dia passar por lá na volta,quando, em Barcelona, soubeque tinham assassinado o Mon-senhor Romero. Vou a El Salva-dor assim que puder e fareitodo o possível para acabarcom a onda de violência queexiste lá e para que o pais voltea trilhar o caminho da demo-cracia."

Sobre as perspectivas de mu-danças na Argentina cõm o Go-vemo do General Eduardo Vio-Ia, que assume em março próxl-mo, Perez Esquivei declarouque "ainda náo estão multo cia-ras as linhas que adotará", sa-lientando: "Aqui, o povo foiapenas o espectador de algo deque náo participou, por isso te-mos que esperar para ver. Masacho que se há uma Intençãocorreta, a primeira coisa quetem que fazer é restabelecer oestado de direito."LEMBRANDO OSDESAPARECIDOS

As organizações que lutampelos direitos humanos no paisreceberam a notícia da premia-ção com grande entusiasmo ealegria. "Não precisa ser profe-ta para dizer que a escolha deum dos fundadores de nossaorganização para o Prêmio No-bel da Paz vai ter Importantís-simas e profundas conseqüên-cias em nossa luta", disseEduardo Pimentel, presidenteda Assembléia Permanente pe-los Direitos Humanos.

Com a pequena sala de reu-niões da Assembléia Perma-nente de Direitos Humanos to-mada por mais de 100 pessoasque se comprimiam, entre jor-nalistas e parentes de desapa-recidos, o presidente da entida-de, Eduardo Pimentel, come-cou a reunião lembrando quePerez Esquivei tinha sido umdos fundadores da organização."Agora ele é uma figura uni-versai pela paz, pela justiça epelos direitos humanos", disseEduardo Pimentel. Mais tarde,ele disse que, pelos documentosque sua organização possui, os"desaparecidos" por motivospolíticos na Argentina são 6mil. Esse total pode ser aindamaior porque muitas famíliasnão apresentaram informes àsorganizações de direitos hu-manos.

Depois de dedicar novamenteseu prêmio aos pobres, aos hu-

mildes, aos trabalhadores, aosindígenas e às Igrejas, AdolfoPerez Esquivei dirigiu-se aogrupo de senhoras que se senta-ra a sua esquerda. "Eu sou ape-nas um porta-voz daqueles quenão têm voz", disse ele. antesde referir-se a essas senhoras.

A maioria das senhoras cho-rava, quando ele disse que, comrazão, tinha já o hábito de cha-má-las de "mães coragem",pois a luta que elas desenvol-vem pacificamente "requermuita coragem, muita força"."Isso me lembra uma expres-sào muito usada por nossos ir-mãos brasileiros que tambémse dedicam a uma luta não vio-lenta por um mundo mais justo.Eles costumam dizer "firmezapermanente" e é isso que acon-selho a vocês: que continuemlutando com essa firmeza per-manente", disse o Prêmio No-bel da Paz.

Quando ele acabou de dizeressas palavras, uma das senho-ras que estavam chorando selevantou aproximando-se damesa para abraçá-lo. Resplran-do fundo para recuperar o fole-go e ainda assim com diflculda-des ela disse: "Eu o conheço daSegunda Comissária (delegaciade policia). Eu tinha ido pararali porque me disseram que te-ria notícias dos meus filhos. Fuichegando, era uma casa multobonita. Eu e outras três mãesficamos presas, dormimos numcalabouço, sem noticia nenhu-ma. A partir daí tenho esse hor-ror ao Governo."

Um padre tinha perguntado aPerez Esquivei sua opinião so-bre o problema dos desapareci-dos. A resposta: "Eu tenho fala-do multo sobre Isso, padre. Êum fato inédito na América La-tina. As famílias não sabem seseus parentes estão vivos, seestào bem. Sob a perspectivada fé, trata-se de algo antievan-gélico, algo contra Deus."

MAIS DENÚNCIAS

Dando um sinal de que agorapretendem atuar com maisenergia, usando a concessão doPrêmio Nobel como um grandeincentivo a sua causa, as trêsorganizações de defesa dos di-reitos humanos aproveitaram areunião de ontem com PérezEsquivei para apresentar novasdenúncias: primeiro, a prisãohá oito meses de dois integran-tes da regional da Liga de Direi-tos Humanos de Mendoza, querecentemente foi legalizada porum juiz. Os integrantes da orga-nizaçáo dizem que "não há ne-nhuma justiça na decisão, ba-seada na fantástica acusaçãode que os dois possuíam expio-sivos e armas". Segundo: o de-saparecimento, na semana pas-sada, do jornalista OswaldoJaureti, colaborador do Clarin.

Grupos econômicos deEl Salvador desafiam aJunta e exigem renúncia

San Salvador—A Federação das Indústrias e a AssociaçãoComercial de El Salvador, dois dos mais representativos gruposeconômicos do país, desafiaram o estado de sítio e pediram, emmatéria paga publicada ontem nos jornais de San Salvador, arenúncia Imediata da Junta de Governo.

Em comunicado conjunto, as duas entidades, conhecidaspor suas tendências conservadoras, contestam as reformasoficiais, pedem o retomo ao regime constitucional e o fimimediato do Governo de fato. O documento que viola dlspositi-vo da lei de estado sitio, que proíbe os meios de comunicação decriticarem o Governo, diz que o país se encontra em criseeconômica em conseqüência da escassez generalizada, com aelevação dos preços e serviços.

DivergênciasA Junta de Governo, instalada em 15 de outubro de 1979

após a derrubada do Presidente, General Carlos HumbertoRomero, tem cinco integrantes, sendo três civis e dois militares.Sabe-se que nela estão representadas três tendências princi-pais: uma, seguida pelos Jovens oficiais do Exército; a segunda,vinculada à politlca norte-americana; e a terceira, a mais ligadaaos interesses do Governo anterior.

Os empresários que ontem se manifestaram seguem aorientação dessa última tendência. Outra entidade empresarialque se manifestou foi a Associação Nacional de EmpresaPrivada, segundo a qual a economia do pais está "à beira de umcolapso, o desemprego aumentou 20% e o PNB deverá diminuir6% este ano"

A Associação pede a aplicação imediata do plano deemergência anunciado em maio passado — de 360 milhões dedólares — e o fim da violência política.

Cerca de 1 bilhão 200 milhões de dólares foram transferidosde El Salvador para o exterior, por empresários que temem aatual onda de violência política, declarou ontem José NapoleónDuarte, membro da Junta Civll-Militar de Governo e líderdemocrata-cristáo.

Sínodo aprova para levarao Papa sua Mensagem àsFamílias de Todo o Mundo

Araújo NettoCorreipondtnt*

Roma — O V Sínodo dos Bispos começou a votar e aaprovar, ontem, com amplo consenso, definições e propostasque apresentará ao Papa Joào Paulo K no seu encerramento,previsto para o final deste mês. Com o apoio da quase unanlml-dade (199 dos 204 presentes), aprovou-se a elaboração de umaMensagem às Famílias de Todo o Mundo, que a assembléialançará nos últimos dias deste mês.

Com o voto de 197 dos 204 presentes à sessào matutina deontem, a 14* realizada no plenário, aprovou-se a idéia deencaminhar, em nome do Sínodo, uma série de propostas aoPapa para o aprofundamento e atualização da Humanae Vitae— pomo de tantas polêmicas e discórdias nas primeiras jorna-das de debates do Sínodo.

AprofundarReconhecendo e proclamando que essas proposições nào

pretendem negar a validade da doutrina — Humanae Vitae, osbispos insistirão sobre a necessidade de aprofundar e atualizarmuitos de seus conceitos filosóficos. Uma necessidade que opróprio autor da célebre e discutida encicllca, Paulo VI, Jáadmitira, com o objetivo de tornar mais explícito e compreensí-vel o verdadeiro objetivo da doutrina da Humanae Vitae,contrária às várias formas de controle ou limitação da natali-dade.

Numa dessas propostas que o Sínodo ofereceria à conside-ração do Papa—dizia-se ontem à tarde no Vaticano — figurariainclusive uma consideração sobre o método mais eficaz paraevitar a explosão demográfica. Melhor do que a difusão e aoferta das "pílulas produzidas pelas multinacionais" aos po-bres, seria desenvolver um grande esforço para acabar com apobreza no mundo, diriam os bispos ao Papa, sugerindo que,num próximo documento complementar da Humanae Vitae,ele destaca que esse aspecto.

A idéia, se for aceita pelo Papa e transformada numa novaEnciclica ou mesmo numa Carta Pastoral, definiria em termosconcretos o empenho social da Igreja e poderia levá-la "aodesafio ao mundo do eflcientlsmo e consumismo", propostoontem também pelo Cardeal Giovanni Benelli, Arcebispo deFlorença. O desafio constataria ainda que a pílula e todos osmétodos anticoncepcionais não sào uma defesa da vida, massimplesmente uma solução cômoda e do interesse dos paiseidesenvolvidos ou dos grupos multinacionais.

D. Âloísio Lorscheiderdá o tom dos discursos

Roma — "As graves discriminações econômicas e sociais doTerceiro Mundo nâo podem ser resolvidas com a simplesredução da populaçáo, mas, e principalmente, com uma mu-dança das relações Internacionais. E a Igreja nâo pode calar-sediante disso, dessa necessidade de mudança", declarou ontemo Cardeal-Arcebispo de Fortaleza, Alolslo Lorscheider, na as-sembléla do V Sínodo.

Ao indicar que o problema populacional é político, DomAloislo ditou o tom dos discursos dos 29 oradores, quase todosdo Terceiro Mundo, que falaram ontem na assembléia. DomAlolslo representará a América Latina na comissão de redaçãodas propostas que o Sínodo apresentará ao Papa Joáo Paulo ne da mensagem que dirigirá ás famílias cristas.

Segundo a agência de notícias italiana ANSA, os represen-tantes brasileiros no Sínodo estiveram muito ativos ontem pelamanha e quatro discursaram, comentando as propostas dosgrupos de estudos que constituem as bases dos documentos aserem redigidos pela comissão eleita e que Inclui Dom Aloísio.Falaram também D Ivo Lorscheiter, D Cláudio Hummes e DEugênio Sales.

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14 — INTERNACIONAL 2o Clichê JORNAL DO BRASIL ? quorto-feiro, 15/10/80 ? 1- Caderno

^Giscard inicia visita à

China com a esperança de

ainpliar laços comerciaisArlelte Chabrol

Corre&po ndent»Paris — O Presidente da França, Valery Giscard

d'Estaing, começa esta manhã uma visita oficial deuma semana à República Popular da China, acompa-nhado de três Ministros: o das Relações Exteriores,Jean François-Poncet; o da Justiça, Alain Peyrefitte; e<ías Reformas Administrativas, Yves Deniau.- A viagem se inscreve no quadro de relações nor-mais entre os dois países depois de janeiro de 1964,quando o General de Gaulle reconheceu o Governo dePequim e rompeu relações com o de Formosa, tornan-do-se o primeiro Chefe de Estado do Ocidente a tomar adecisão, Mas a França não espera milagres: sabe que,para ganhar pontos junto aos chineses, teria de perder¦muitos junto aos soviéticos, o que não está disposta afazer.

Bueno» Air«s/Horacio Villalobo»

IsolamentoAlguns poderão estimar quenâo há justiça nas relações in-temacionals. Enfim, ao decidirestabelecer relações com a Chi-

rtà", enquanto "o Ocidente se re-cusava, o General Charles deGaulle contribuiu para tirar Pe-quim do isolamento.*;A França teria podido espe-far maior reconhecimento so-bre o plano material, por estainiciativa. Mas, foi deixada pa-r§ trás pelos últimos paises aãjconhecerem

a China, sobretu-o os Estados Unidos, o Japão e

a República Federal da Alemã-,nha. Hoje, a França se encontrano sétimo lugar da escala depaises com maiores trocas co-merciais com a China, emborajâ tenha sido o terceiro e apesarde, a bem da verdade, ter um

.dia chegado a ser o décimo-terceiro.

.CAIXA¦econômicaIfEMKU

Há um setor da indústriafrancesa que interessa demaisaos chineses: o de armamento.Mas é um ponto sobre o qual oPresidente Giscard d'Estaingnão poderá ceder, se quer con-servar as boas relações entreParis e Moscou, o que ninguémduvida.

É isto, aliás, o que irrita bas-tante os chineses e que faz comque Paris náo tenha uma exce-lente cotação com'Pequim, háalgum tempo. Sua política deci-sivamente a favor da détente sechoca com a política chinesa.

Dentro deste quadro, os su-cessores de Mao desaprovaramabertamente o encontro do Pre-sidente da União Soviética,Leonid Brejnev, com Giscard,em Varsóvia, há poucas sema-nas da invasão do Afeganistãopelas tropas soviéticas.

2-

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-

TOMADA DE PREÇOS

A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL — FILIAL DOESPIRITO SANTO, torna público que fará realizarTOMADA DE PREÇOS para construção de umedifício onde funcionará a sede própria da AgênciaJerônimo Monteiro, em Vitória-ES.As propostas serão abertas às 15:00 horas do dia26.11.80, pela Comissão Especial de Licitação, naRua Pietrângelo de Biase, 33, 1o andar do EdifícioPresidente Castelo Branco, na sala onde funciona oSetor de Relações Públicas, na Sede da Filial emVitória-ES.Somente serão abertas as propostas das firmas queaté o dia 14.11.80 forem consideradas habilitadaspela CEF.As firmas participantes deverão comprovar capitalsocial mais reservas, no valor mínimo de Cr$36.000.000,00 (trinta e seis milhões de cruzeiros).O Edital de Tomada de Preços está afixado noQuadro de Avisos da Agência Central, no térreo doEdifício-Sede da Filial dò Espírito Santo e poderá serobtido no horário de 9:00 às 12:00 horas e das14:00 às 16:00 horas, juntamente com as especifi-cações e projetos, no endereço indicado no item 2,mediante o pagamento da taxa de Cr$ 20.000,00(vinte mil cruzeiros).

Vitória, 07 de outubro de 1980(P

METALÚRGICAABRAMO EBERLE S/A

CAPITAL ABERTOAVISO PARA SUBSCRIÇÃO

Comunicamos os Senhores Acionistas que no período de 16 de outubroa 14 de novembro de 1980, poderão exercer seus direitos de preferência nasubscrição de ações autorizada pela Assembléia Geral Extraordinária de 26de setembro de 1980(cupâon.° 12). ao preço de Cri 1,50 cada uma, portantocom ágio de Cri 0,50. com integralização de 50% no ato da subscrição e o'"restante até 20 de laneiro de 1981.; Os acionistas que se habilitarem às sobras, deverão retornar ao local de. subscrição nos dez dias seguintes ao término do prazo preferencial acima re-, .ferido.

Outras informações poderão sei obtidas nos locais de atendimento, quesâo os seguintesCaxias do Sul, RS: Rua Sinimbii, 1670 Fone. 221 7877.Porto Alegre, RS: Praça OswaldoCiuz, 15 ¦ 11° andar • con) 1109 e 1110 •

Fone: 21 7948..Curitiba, PR: Rua Buenos Aires. 466 • Fone' 22 B979¦ Sío Paulo: Rua Paula Souza. 146/164 Fone 227 8494* Rio de Janeiro: Rua República do Líbano. 61-10° andar - conj 1004 •

Fone: 244 7397.B«k> Horizonte: Rua da Bahià. 360-13° andar • Fone: 226 4739.

. Recife: Praça N S. do Carmo. 30 ¦ conj. 401/402 • Fone 224.1439.Caxias do Sul. 15 de outubro de 1980.

A Administração.

j* Tudo o que está acontecendo nacidade agora chega até você a jato.. A cada momento, a qualquerhora, a Rádio /ornai do Brasil AM'èstó em cima do fato, cobrindotodos os bairros, ievando a notíciainstantânea, autêntica e cheia decaJor humano.- Você vai ficar sabendo tambémcomo anda ou não anda o trânsitona cidade, as dicas para fugir dosCongestionamentos, o melhorprograma para a noite, muitainformação e utilidade pública.Tudo no ato temperado comRADIO JORNAL DO BRASIL AM 940 KHz

musica.Além de notícia em

alta velocidade sem horacerta, você tem o resumo dosacontecimentos mais importantesno Jornal do Brasil In/orma, às7:30, 12:30, 18:30 e 0:30 h

Aos 45 anos, a Rádio /ornai doBrasil AM é uma nova rádio.

E com um novo horário:das 6 horas às 2 da manhã do diaseguinte.

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Mães de desaparecidos — conhecidas como Às Loucas da Praça de Mayo — cumprimentam Esquivei

Argentina diz que

trabalho de

Esquivei serviu ao "inimigo"

Rosental Calmon AlvesCorrt»pond«rrt«

Buenos Aires — O Governo militar argentino divulgouontem a noite um comunicado, oficial sobre a escolha de AdolfoPerez Esquivei para o Prêmio Nobel da Paz deste ano, aflrman-do que "a ação desenvolvida" por ele "foi efetivamente utiliza-da — à margem de suas inteçôes — para facilitar a impunidadede membros de distintas organizações terroristas"—e advertiuque as ações para que o Governo alcance seus objetivos "nãoserão ingênuas como querem nossos inimigos".

O comunicado foi divulgado pela Casa Rosada às 22h,poucos minutos depois de a Imprensa receber com surpresa oaviso de que seria rompido o silêncio oficial sobre a escolha deum argentino para o Prêmio Nobel da Paz. Fontes extra-oficiaisdisseram que foi "uma absoluta surpresa" para os militaresargentinos e muitos comandantes e "nâo sabiam sequer daexistência desse senhor". Altas fontes militares comentaramque "dos males o menor. Pior se tivessem escolhido as Locas daPlaza de Mayo ou alguém que estivesse na prisão aqui.

Diz o comunicado que, "se se pretende utilizar essa outorgacomo uma forma de condenação do processo de reorganizaçãonacional", é preciso que se tenha "uma compreensão Integraldos antecedentes". Faz então uma pormenorizada narrativa doperiodo de luta contra a guerrilha na Argentina até que o país"derrotou milltarmente o terrorismo".

Depois, assinala que, ao assumirem o poder político, asForças Armadas "definiram seu objetivo final na instauraçãode um autêntico sistema democrático e republicano", masadverte: "Essa transição é diflcil, cheia de incertezas e semeadade incompreensões, pois a sociedade argentina sofreu feridas delenta e difícil cura. Mas como é uma decisão firme, racional edefinitiva, o objetivo é irrevogável e as ações para cumpri-lonáo seráo ingênuas como pretendem nossos inimigos, agorainfiltrados em importantes setores ou grupos de pressão einteresse da comunidade internacional".

O comunicado assinala ainda que uma prova das "lnten-ções" do Governo é que, se não fossem no sentido de algum diarestabelecer o Estado de Direito, Perez Esquivei náo estariamorando no bairro residencial de San Isldro e a imprensa nãoteria divulgado a noticia na Argentina. Em seguida, fala sobre otrabalho que o Prêmio Nobel da Paz desenvolve no pais:"A ação desenvolvida pelo arquiteto Perez Esquivei, nomomento em que o pais vivia a maior intensidade da lutaarmada pelo terrorismo, foi efetivamente utilizada—à margemde suas intenções—para facilitar a impunidade de membros dediferentes organizações terroristas, pelo que teve de ser preso ecolocado à disposição do Poder Executivo Nacional, conformeas normas que regem o Estado de Sítio. Apesar disso, quandodiminuía a virulência da luta, foi colocado em liberdade poruma decisão autônoma do Poder Executivo Nacional". -

Nobel da Paz queraudiência com o Papa

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DO RIO DE JANEIRO-CETEL/RJ, ¦comunlcaqueonumerodotelefonedeatendimento I

e informag6es comerciais ser4 mudado. HPara que isto ocorra.haveri uma paralisasfio em H

nossoatendimentonoperiodode16a19deoutubro. ¦A partir do dia 20 de outubro o novo c6digo serS H310-4 seguido do prefixo do seu telefone. U

Buenos Aires (do Correspon-dente) — Perez Esquivei tenta-rá uma audiência com o PapaJoáo Paulo II. "Espero que sejapossível, mas quero ir tambéma multas outras partes. Tenhofalado de minha preocupaçãosobre a situação em El Salva-dor. Há pouco tempo fui à Euro-pa e tinha programado passarem San Salvador para encon-trar-me com Monsenhor Rome-ro. Náo pude ir na ida e preten-dia passar por lá na volta,quando, em Barcelona, soubeque tinham assassinado o Mon-senhor Romero. Vou a El Salva-dor assim que puder e fareitodo o possível para acabarcom a onda de violência queexiste lá e para que o país voltea trilhar o caminho da demo-cracia."

Adolfo Perez Esquivei foiapresentado ontem à Imprensana sede da Assembléia Perma-nente pelos Direitos Humanos,numa sala de reuniões que esta-va repleta de colaboradoresdessa e de organizações simlla-res que fúnclonam na Argentl-na, além de uma delegação dasMadres de Ia Plaza de Mayo,um grupo de senhoras que vemlutando para saber noticias deseus filhos, maridos, irmãos oufamiliares, desparecidos nos ül-timos anos por motivos poli-ticos.

Ao começar a entrevista, Pe-rez Esquivei confirmou que,além de ter ficado preso na Ar-gentina, sem causa nem proces-so, por 14 meses, foi detido tam-bém no Brasil, onde esteve nasdependências do DOI-CODI,em Sáo Paulo, em janeiro de1975."Tínhamos encerrado aquiem Buenos Aires um encontrocontinental das organizaçõesque atuam na mesma linha doserviço paz e justiça e viajamosjuntos para Sáo Paulo: eu, asecretária internacional do Mo-vimento Internacional de Re-conciliação, Hidelgard Goss, eo presidente da Frente Naclo-nal do Trabalho (de São Paulo,Mário Carvalho de Jesus). Fo-mos detidos no próprio aero-porto, assim que chegamos. Es-tivemos uma noite em instai-ções militares e no dia seguinte,graças à intervenção de DomPaulo Evaristo Ams, fomos li-bertados. Tínhamos viajado aoBrasil justamente para conver-sarmos com Dom Paulo Arns.

As organizações que lutampelos direitos humanos no paísreceberam a notícia da premia-çáo com grande entusiasmo ealegria. "Náo precisa ser profe-ta para dizer que a escolha deum dos fundadores de nossaorganização para o Prêmio No-bel da Paz vai ter importantls-simas e profundas conseqüén-cias em nossa luta", disseEduardo Pimentel, presidente

da Assembléia Permanente pe-los Direitos Humanos.Com a pequena sala de reu-

niões da Assembléia Perma-nente de Direitos Humanos to-mada por mais de 100 pessoasque se comprimiam, entre jor-nalistas e parentes de desapa-recidos, o presidente da entida-de, Eduardo Pimentel, come-çou a reunião lembrando quePerez Esquivei tinha sido umdos fundadores da organização."Agora ele é uma figura uni-versai pela paz, pela justiça epelos direitos humanos", disseEduardo Pimentel. Mais tarde,ele disse que, pelos documentosque sua organização possui, os"desaparecidos" por motivospolíticos na Argentina são 6mil. Esse total pode ser aindamaior porque muitas famíliasnáo apresentaram Informes àsorganizações de direitos hu-manos.

Dando um sinal de que agorapretendem atuar com maisenergia, usando a concessão doPrêmio Nobel como um grandeincentivo a sua causa, as trêsorganizações de defesa dos dl-reitos humanos aproveitaram areuniáo de ontem com PérezEsquivei para apresentar novasdenúncias: primeiro, a prisáohá oito meses de dois lntegran-tes da regional da Liga de Direi-tos Humanos de Mendoza, querecentemente foi legalizada porum juiz. Os integrantes da orga-nizaçáo dizem que "nâo há ne-nhuma Justiça na decisão, ba-seada na fantástica acusaçãode que os dois possuíam expio-sivos e armas". Segundo: o de-saparecimento, na semana pas-sada, do jornalista OswaldoJaureti, colaborádor do Clarln.

A Conferência dos Bispos daArgentina disse em extensa no-ta ontem divulgada que a orga-nização Serviço Paz e Justiça,liderada por Adolfo Perez Es-quival, "nada tem que ver coma Comissão Pontifícia de Justi-ça e Paz, dependente do Vatica-no". Dizem os Bispos argenti-nos que o esclarecimento tempor objetivo "evitar que se pro-duza um equívoco dada a seme-lhança de nomes" das entl-dades.

Ressalta a nota que o ServiçoPaz e Justiça, integrado de ca-tólicos e náo católicos, estámais relacionado com o Conse-lho Mundial de Igrejas, "organi-zação internacional que agrupanumerosas igrejas cristãs, masnão a Igreja Católica". Na únicareferência a Esquivei, a notacita apenas seu nome, semmencionar nenhuma vez o Pré-mio que lhe foi concedido.

A nota foi interpretada comoprova de que o Episcopado ar-gentina quer "manter distán-cia" de tudo o que se refere aAdolfo Perez Esquivei.

Grupos econômicos de

El Salvador desafiam a

Junta e exigem renúncia

San Salvador—A Federação das Indústrias e a AssociaçãoComercial de El Salvador, dois dos mais representativos gruposeconômicos do país, desafiaram o estado de sítio e pediram, emmatéria paga publicada ontem nos jornais de San Salvador arenúncia imediata da Junta de Governo.Em comunicado conjunto, as duas entidades, conhecidaspor suas tendências conservadoras, contestam as reformasoficiais, pedem o retomo ao regime constitucional e o fimimediato do Governo de fato. O documento que viola dispositi-vo da lei de estado sitio, que proíbe os meios de comunicação decriticarem o Governo, diz que o pais se encontra em criseeconômica em conseqüência da escassez generalizada com aelevação dos preços e serviços.Divergências

A Junta de Governo, instalada em 15 de outubro de 1979após a derrubada do Presidente, General Carlos HumbertoRomero, tem cinco integrantes, sendo três civis e dois militaresSabe-se que nela estáo representadas três tendências pnnci-pais: uma, seguida pelos jovens oficiais do Exército: a segunda,vinculada à politica norte-americana; e a terceira, a mais ligadaaos interesses do Governo anterior.Os empresários que ontem se manifestaram seguem aorientação dessa última tendência. Outra entidade empresarial

que se manifestou foi a Associação Nacional de EmpresaPrivada, segundo a qual a economia do pais está "à beira de umcolapso, o desemprego aumentou 20"> e o PNB devera diminuir6c'r este ano"A Associação pede a aplicação imediata do plano deemergência anunciado em maio passado — de 360 milhões dedólares — e o flm da violência política.Cerca de 1 bilhão 200 milhões de dólares foram transferidosde El Salvador para o exterior, por empresários que temem aatual onda de violência política, declarou ontem José NapoleónDuarte, membro da Junta Civil-Militar de Governo e líderdemocrata-cristáo.

Sínodo aprova para levar

ao Papa sua Mensagem às

Famílias de Todo o MundoAraújo Netto

Corr«»pood«nhiRoma — O V Sinodo dos Bispos começou a votar e a

aprovar, ontem, com amplo consenso, definições e propostasque apresentará ao Papa Joáo Paulo n no seu encerramento,previsto para o final deste mês. Com o apoio da quase unanimi-dade (199 dos 204 presentes), aprovou-se a elaboração de umaMensagem às Famílias de Todo o Mundo, que a assembléialançará nos últimos dias deste mês.

Com o voto de 197 dos 204 presentes à sessão matutina deontem, a 14' realizada no plenário, aprovou-se a Idéia deencaminhar, em nome do Sínodo, uma série de propostas aoPapa para o aprofundamento e atualização da Humanae VHae— pomo de tantas polêmicas e discórdias nas primeiras Joma-das de debates do Sínodo.

AprofundarReconhecendo e proclamando que essas proposições náo

pretendem negar a validade da doutrina da Humanae Vitae, osbispos Insistirão sobre a necessidade de aprofundar e atualizarmuitos de seus conceitos filosóficos. Uma necessidade que opróprio autor da célebre e discutida enciclica, Paulo VI, jáadmitira, com o objetivo de tomar mais explicito e compreensi-vel o verdadeiro objetivo da doutrina da Humanae Vitae,contrária âs várias formas de controle ou limitação da natali-dade.

Numa dessas propostas que o Sinodo ofereceria à conslde-ração do Papa—dizia-se ontem à tarde no Vaticano — figurariaInclusive uma consideração sobre o método mais eficaz paraevitar a explosão demográfica. Melhor do que a difUsáo e aoferta das "pílulas produzidas pelas multinacionais" aos po-bres, seria desenvolver um grande esforço para acabar com apobreza no mundo, diriam os bispos ao Papa, sugerindo que,num próximo documento complementar da Humanae Vitae,ele destaque esse aspecto.

A idéia, se for aceita pelo Papa e transformada numa novaEnciclica ou mesmo numa Carta Pastoral, definiria em termosconcretos o empenho social da Igreja e poderia levâ-la "aodesafio ao mundo do eficlentlsmo e consumlsmo", propostoontem também pelo Cardeal Glovannl Benelll, Arcebispo deFlorença. O desafio constataria ainda que a pílula e todos osmétodos anticoncepcionais não sáo uma defesa da vida. massimplesmente uma soluçáo cômoda e do Interesse dos paisesdesenvolvidos ou dos grupos multinacionais.

D. Aloísio Lorscheider

dá o tom dos discursosRoma — "As graves discriminações econômicas e sociais do

Terceiro Mundo não podem ser resolvidas com a simplesredução da população, mas, e principalmente, com uma mu-dança das relações internacionais. E a Igreja náo pode calar-sediante disso, dessa necessidade de mudança", declarou ontemo Cardeal-Arceblspo de Fortaleza, Aloisio Lorscheider, na as-sembléia do V Sínodo.

Ao Indicar que o problema populacional ê político, DomAloisio ditou o tom dos discursos dos 29 oradores, quase todosdo Terceiro Mundo, que falaram ontem na assembléia. DomAloísio representará a América Latina na comissão de redaçãodas propostas que o Sínodo apresentará ao Papa João Paulo IIe da mensagem que dirigirá às familias cristãs.

Segundo a agência de noticias italiana ANSA, os represen-tantes brasileiros no Sinodo estiveram muito ativos ontem pelamanhã e quatro discursaram, comentando as propostas dosgrupos de estudos que constituem as bases dos documentos aserem redigidos pela comissão eleita e que Inclui Dom Aloísio.Falaram também D Ivo Lorscheiter, D Cláudio Hummes e DEugênio Sales.

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JORNAL DO BRASIL ? quarta-feira, 15/10/80 D 1° Caderno CIDADE — 15

Dorinha Duval se apresenta à polícia

e confessa o crime

Com um esquema de segurança improvisa-do pelos próprios policiais, a atriz DorinhaDuval, acusada de matar o marido Paulo Sér-gio Alcântara, apresentou-se ontem à tarde à15a Delegacia Policial, cumprindo a promessafeita pelo advogado Técio Lins e Silva. O depoi-mento da atriz, que confirmou a autoria docrime, durou mais de quatro horas.

O dia foi de grande expectativa na 15a DP,onde o delegado titular, Borges Fortes, cance-lou todos as atividades — previstas, apenaspara aguardar a apresentação da atriz. Elanegou que tivesse feito no inicio de setembrodois disparos contra o marido, já que os advo-gados da acusação sustentam que houve pre-meditação.

PancadariaAcompanhada por dois seguranças contra-

tados pelo escritório do defensor, Dorinha de-sembarcou no pátio da 15a DP às 16h28m.Vinha sentada no banco traseiro do PassatZR—9577, verde metálico, de propriedade doadvogado. "Ela não falou nada durante a via-gem", dizia o motorista, que não se identificou.

Segundo ele, Dorinha e Técio Lins e Silvaembarcaram num local próximo à delegacia elevavam vários medicamentos. Ao desembar-car, Dorinha foi literalmente segura por umagravata pelo detettive Alimando, chefe do Ser-viço de Apoio Operacional da 15a DP, com a

ajuda de vários outros detetives e pelo seguran-ça contratado pelo advogado.

Abriram então caminho do pátio até o gabi-nete do delegado aos socos e empurrões, atin-gindo o cinegrafista da TV Globo, Daniel An-drade. "Nós também apanhamos da imprensa.Náo batemos, não", diria depois Alimando,apontando a testa onde, segundo ele, haveriaum hematoma.

Clima nervoso"Eu pediria calma e compressão a vocês, já

que essa senhora vive um momento difícil",interveio Técio Lins e Silva, quando haviapressão por parte dos jornalistas para que aatriz concedesse uma entrevista coletiva.

Para um dos policiais que acompanham ocaso, a defesa da atriz deu ontem a primeiraprova de competência, quando Dorinha susten-tou, diante do delegado Borge Fortes, que osdois disparos feitos no inicio de setembro — osprojéteis foram encontrados pela perícia nasala da casa da Gávea—não eram da responsa-bilidade dela e sim do marido, Paulo SérgioAlcântara. Em seguida, ela chorou.

Mais tarde, segundo o mesmo policial, Dori-nha confessou ter matado o marido porque,após a festa em que foram no dia 5 de outubro,Paulo Sérgio negou-se a manter relações se-xuais com ela e a teria "ofendido, chamando-ade feia e acabada" e que teria condições deconquistar mulheres mais novas.

Evandro Teixeira

A estrela em dia de destaque

A babá Maria desviou-se do caminho dapatroa e foi parar na Rua Major Rubens Vaz,diante da 15a DP, trazendo a menida SimoneMelone pela mão. Queria ver uma das suasatrizes prediletas, Dorinha Duval, que, segundoseus cálculos, dali a instantes estaria a algunspassos dela, situação bem diferente da fria telada tevê.

E não foi só a babá Maria que se preparouontem à tarde para ver Dorinha Duval. A 15aDP, mais acostumada com o dia-a-dia de cri-mes, parou para assistir à chegada da atriz que,durante três décadas, arrancou muitos suspi-ros. Foi, sem dúvida, um dia de notoriedadepara Dorinha. Ela, porém, naõ estava nadabem: "Arrasada", definia o detetive Arruda.

Morte por amorNão se sabe se o delegado Borges Fortes é fã

de Dorinha. Na realidade, a delegacia que diri-ge vem trabalhando com rapidez e eficiênciaincomuns para enviar com rapidez o Inquérito àJustiça, ouvindo testemunhas e apressando asdiligências. Ontem, porém, Borges Fortes colo-cou um alinhado terno cinza, suspendeu asaudiências e ficou à espera de Dorinha. E nãofoi só ele.

No sobrado diante da delegacia, o de n° 151,uma menina disputava na varanda um lugarcom o irmão Mário para ter melhor visibilidade."Chega para lá, aqui é meu lugar", protestava amenina, enquanto os moradores das imedia-ções tinham dificuldade em transitar pelaRubens Vaz.

No grupo de mais de meia centena de jorna-listas, os comentários se dividiam entre o tem-po em que a triz vai cumprir de prisão —dependendo em qual Tribunal será julgada —,passando aos rumos do movimento feminista,diante da constatação de que mulher tambémmata. "Só mata por amor", berrava uma jorna-lista.

Cuca e Mortadela"A Cuca não vai aparecer, filhlnha", desanl-

mou a babá Maria, informando à inquieta Si-mone que era hora de abandonar o posto deobservação. Simone só sabia que a Cuca, perso-nagem vivida por Dorinha no Sftio do Pica-Pau-Amarelo prima do Saci Pererê, iria estarpresente, não entendendo o atraso.

A recepção que a 15a. DP preparou paraDorinha relembrou seus tempos de teatro rebo-lado de Carlos Machado. Presa por uma grava-ta pelo detetive Alimando, "o Mortadela", chefedo Serviço de Apoio Operacional, ela foi condu-zida, com uma escolta de policiais distribuindo

empurrões e cotoveladas, até o gabinete dotitular Borges Fortes. Vestia-se com simplicida-de — calça de veludo, a camisa azul-marinho.Os cabelos avermelhados bem penteados. Foisó isso o que os fãs puderam ver da atriz."Vim sentir a barra", diria um pouco antesda chegada da atriz o advogado Elidio Moura,que atua no escritório Lins e Silva. O encarre-gado da defesa, Técio Lins e Silva, não sómandou um batedor apurar o clima na 15a. DP."Ela tinha medo de ser agredida", explicou oadvogado. "Quem matou foi ela, não fomosnós", respondeu um fotógrafo agredido.

Prevendo çontratempos, o delegado BorgesFortes havia tentando estabelecer uma détentecom os Jornalistas: Dorinha deveria entrar nadelegacia sem"ser importunada, em troca dasua interferência por uma entrevista coletiva.Náo foi possível chegar a um acordo, já que eraimpossível, alegavam os repórteres, ignorar anoticia, isto é, Dorinha Duval.

AmabilidadesDorinha não se pôde queixar da políciaontem: a 15a DP se desdobrou em amabilida-

des, enquanto o escrivão estava num dia dehumor variável. "Transformaram o cartório emredação. Assim náo, no jornalzinho vou dizerque a imprensa invadiu e quebrou a delegacia",reclamava com o fio arrebentado do telefone namão. Não se quis identificar — "Você quer queeu seja transferido para Porciúncula?" — massuspendeu as comunicações do cartório com orestante do mundo quando ouviu um repórterdizer ao telefone que tinha apanhado da poli-cia. "Liberdade de imprensa, assim, não dá".

Às 17h30m, outra correria. A ambulância052-01, do Hospital Miguel Couto, estacionadiante da delegacia e, às pressas, desembarca aestagiária de Medicina Andréa Arruda. "A Do-rinha passou mal", especulam os repórteres,que nesse momento comentavam a queda queo Governador Chagas Freitas tinha levado deuma escada. Um preso passava mal, foi atendi-do e recolhido do xadrez.

Quando o advogado Técio Lins e Silva, apósameaças de ver os jornais contra a cliente dele,resolveu negociar uma entrevista, o clima na15a DP voltou a ser de cordialidade. Uma vitó-ria do detetive Arruda, que tentou intermediarentre "os donos da casa", como os policiaisforam chamados por Lins e Silva, e "a imprensasaudável", também segundo o advogado. Dequalquer forma, a 15a DP era toda atençõespara Dorinha: às 20 horas, após 4 horas dedepoimento, um detetive tentava desbravarcaminho entre câmeras, gravadores, repórteres,pedindo licença: "É água com açúcar para aDorinha".

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São Paulo — Passados mais detrês meses, as bênçãos de João Pau-lo II ainda protegem a cidade. O"Portão do Papa", construído emjulho para a entrada dos fiéis queforam ao Campo de Marte assistir àmissa campal celebrada por SuaSantidade, evitou ontem um graveacidente com um avião Bandeiran-te da FAB. Por volta de meio-dia,ao tentar decolar, o aparelho nãoganhou altura, saiu da pista, pas-sou pelo portão, atravessou a Ave-nida Santos Dumont e foi parar naPraça La Bagatelle.

O avião era ocupado por quatro

pessoas, o piloto, o co-piloto, o me-cãnico de vôo e um civil, este oestudante de medicina Brás Cie-mente, o único identificado pelaAeronáutica. O Major Franco Fer-reira, designado pelo 4o ComandoAéreo Regional, para investigar ascausas do acidente, informou quenão funcionou o "passo reverso dofreio", mas o verdadeiro motivo sóserá conhecido após detalhada in-vestigação. O Major ainda falouque Brás Clemente lhe contou que ocomandante do vôo avisou antesdo choque: "Segurem-se. Vamosbater."

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C/VPÒ posto Andrade teve duas bombas interditadas por

CNP investiga as

fraudes da gasolina

em postos

do Rio

SELEÇÃO 1)0 SERVIÇO MILITARJovem alistado para o Serviço Militar :

Observí; no verso do certificado de Alistamento PIilitaü,A DATA EM QUE DEVE COMPARECEI À COMISSÃO DE SELEÇÃO DAMarinha, Exército ou AeronAutica

Em postos do Rio óleo diesele querosene estão sendo mistu-rados com gasolina, e água comálcool, informou o Conselho Na-cional de Petróleo. Há pelo me-nos 40 postos sob a suspeita deterem fraudado os combustí-veis que vendem, e ontem mes-mo a fiscalização (dois funcio-nários para os 2 mil postos doEstado) interditou duas bom-bas do Posto e Garagem Andra-de, em Pilares, depois de cons-tatar irregularidades na comer-clalização da gasolina.Náo foi ainda tomada nenhu-ma medida efetiva para resol-ver o problema, contudo, por-que as amostras recolhidas nospostos têm que ser enviadaspara exame nos laboratórios doCNP, em Brasília, e há doismeses não se chega a um acor-do sobre o transporte do com-bustível, que não pode ser feitode avião.FRAUDES'

As denúncias de fraude navenda de combustíveis, hoje emdia, sào constantes—apesar deo escritório do CNP, no Rio, serpouco conhecido e até recente-mente as reclamações terem deser feitas para números telefô-nicos de Brasília, segundo indi-cavam os cartazes nos postos.Em média, são mais de 10 de-núncías por dia—baseadas nassuspeitas de motoristas que re-latam dificuldades na partidado carro, perda da potência,aumento do consumo e outrosproblemas ocasionados pelo ra-bo de galo, como é chamada amistura. Os carros rateiam eengasgam muito, dizem seusdonos.

A mistura mais freqüente, se-gundo os técnicos, é a da gasoli-na com o diesel, produto depreço mais baixo e que podequeimar quase como a gasoli-na. Também é freqüente a mis-tura de água e álcool hidratado.

A fiscalização é difícil — cen-tralizada em Brasília, feita por120 fiscais concursados, que oCNP faz revezar — "para evitarcorrupção" — pelos Estados,encarregando-os de controlar18 mil postos revendedores dederivados de petróleo. No Riohá dois fiscais em atividade:Leule Rodrigues Vieira e PauloIunes. Eles saem na pick-up doCNP, com o equipamento ne-cessárlo para fazer os primeirostestes. Colhem amostras e rela-tam as irregularidades, preen-chendo enormes formulários:desde fraudes a pequenos errosnos procedimentos administra-tivos.FISCALIZAÇÃO

A fiscalização, ontem, rece;/beu algumas denúncias, na par-te da manhã e, por volta de 13hos fiscais se aprontaram paravisitar alguns postos. SegundoPaulo Iunes, 24 anos, "o traba-lho às vezes é perigoso, porquemexe com a parte mais sensíveldo corpo humano — o bolso".Mas ele diz enfrentar os proble-mas, "porque o Governo confiana gente".

Ele e o companheiro foramdestacados pelo CNP para co-brir, durante um período de 26dias, a região que compreendeRio de Janeiro, Leste de MinasGerais, Espírito Santo e Sul daBahia. O salário é de Cr$ 21 mil,e eles recebem Cr$ 40 mil pelaestada.

A primeira visita é feita aoAuto Posto Pombal Ltda., naRua São Francisco Xavier, 321,Maracanã. Posto revendedorda Petrobrás. Os fiscais se iden-tificaram e pediram os equipa-mentos de medição — provetase densímetros, fornecidos pelasdistribuidoras. De acordo coma legislação, os revendedoresdevem realizar testes ao rece-ber o produto para comprovarse os combustíveis estão dentrodas especificações.

O funcionário Joaquim expli-cou que "os testes são feitos,sim". Mas o fiscal desconfiou:"Está com poeira de que nuncafoi usada", disse Paulo, mos-trando a proveta de litro. Se-gundo ele, os postos assinam ocomprovante de entrega ates-tandó que fizeram os testes,mas não os fazem realmente.

No exame da gasolina da pri-meira bomba, a densidade doproduto, medida pelo densime-tro, era de 0,729- "normal", se-gundo o técnico. A percenta-gem de álcool, porém, estavairregular: 14% de álcool anidro.Menos que os 20% convencio-

nados. E falta passível de puni-çâo, também, pois o CNP deter-minou que toda gasolina temque ter esta percentagem deálcool, sem o que não pode serdistribuída, porque é precisoter um padrão, para náo com-prometer o motor dos carros.Os fiscais colheram amostrasdo combustível para exame.

Enquanto os funcionários doposto acompanhavam o traba-lho dos fiscais e o proprietário,Sr Antônio Luís Sena Rodri-gues, chamado com urgência,atendia às suas solicitações, fo-ram feitos testes nas bombas eos resultados foram os mesmoem todas elas. Em seguida, foifeita a aferição, e não se verifi-cou qualquer irregularidade.

•INTERDIÇÃOOs testes foram realizados

com certa rapidez (mais ou me-nos mela hora), mas o trabalhodos fiscais abrange uma gamamuito grande de aspectos, e pa-ra conferir as guias de comprade gasolina nos últimos 12 me-ses o fiscal Leule Rodrigues fezchamar o contador da firma elhe pediu os documentos. Se-gundo ele, "os proprietáriospensam que é só vender gasoli-na e pronto, não têm que cum-prir as exigências". E alertou:"O negócio é monopólio do Go-verno." A inspeção terminoudepois de 15h40m.

A equipe seguiu, então, paraPilares. Mais exatamente parao Posto e Garagem Andrade, naAvenida João Ribeiro, 321 —revendedor da Atlantic.

O proprietário da empresa, SrJaime Aristides Fernandes Re-belo, recebeu os fiscais às16hl5m, e os testes começaramem seguida. Os equipamentosde testes, sujos de poeira, evi-denciavam que não tinham usono posto há muito tempo.

Logo na primeira bomba ofiscal Leule comentava, ao sercolhida a amostra: "Está vendoa quantidade de espuma? Deveter diesel". Seu colega, PauloIunes, fez os testes e a densida-de registrou a marca de 0,734,5,bem acima do padrão fixadopelo Instituto Nacional de Pe-sos e Medidas. Ele mostrou oproduto, já antecipando a adul-teraçáo. "Sente só o cheiro",disse. Depois fez o teste de teorde álcool, misturando a gasoli-na com água destilada. Quandoagitou a proveta de 100 ml, olíquido demorou muito a tomarà posição de repouso. Mais deum minuto. E a acomodaçãoleva, em média, de três a quatrosegundos. Era visível a presen-ça de óleo na gasolina.

Os testes foram repetidos se-guidas vezes e o teor de álcool eoutro produto era da ordem de32%. Segundo os fiscais, a mis-tura devia ser de querosene,"por cauxa da coloração". Fo-ram colhidas amostras dasbombas que apresentavam oproduto adulterado e os testescontinuaram, com o exame dasdemais e a aferição. Mas nãoforam constatadas outras írre-gularidades. O fiscal Paulo Iu-nes telefonou para o escritóriodo CNP e pediu instruções. Te-ve resposta em poucos minu-tos. "Interdita".

LACRADASAs duas bombas ficarão la-

cradas e a Atlantic será intima-da a proceder à retirada do pro-duto irregular, que chega a umtotal de 6 mil 100 litros. En-quanto isso, as bombas náo po-dem funcionar. Um prejuízo, es-tima o proprietário, que seráequivalente a uma redução de 2mil litros por dia na venda degasolina.

Transtornado, o Sr Jaime ad-mitíu que realmente náo temfeito os exames, mas que agora,com o prejuízo e as multas quefatalmente receberá, passará afazer. Segundo ele, o produtofoi recebido adulterado, mas aempresa assinou documentoatestando, que, realizados ostestes, a gasolina estava OK, oque isenta de culpa os distribui-dores.

DER sem dinheiro para

reasfaltar Avenida Brasil

só promete tapar buracosO DER não tem dinheiro para reasfaltar as pistas

laterais da Avenida Brasil, que estão muito esburaca-das, e até o final do ano poderá apenas tapar osburacos. A verba disponível náo é suficiente paracomprar o petróleo necessário à fabricação do asfalto, rtanto que a sua usina em Parada de Lucas reduziu aprodução. A obra deverá ser executada no princípio de1981.

A pista lateral de subida é a que está em piorsituação, principalmente nos pontos de ônibus e junto -às muretas de divisão das pistas, como ocorre em frenteao muro do Cemitério do Caju. Perto da subida da ~passarela que desemboca na fábrica do Sabão Portu-'guês há um buraco junto ao meio-fio de quase 20centímetros de profundidade. No sentido subúrbios—Centro há também trechos danificados, como depois doViaduto Lobo Júnior.

Greve pára

maior parte

da JustiçaCom a greve branca iniciada

ontem pelos 437 oficiais de Jus-tiça do Rio de Janeiro — quereinvidicam há quase um ano,aumento do piso salarial de Cr$11 mil 500 para Cr$ 19 mil — omovimento nas Varas Cíveis ede Fazenda Pública caiu em90%, enquanto nas Criminaisfoi registrado queda de 30%,porque os juizes nomearam es-creventes ad hoc para atuaremnas fUnções dos grevistas. Nototal, as atividades diminuíramem 50% e 60%.

Hoje o movimento continua-rá, e os oficiais de Justiça sóvoltarão ao trabalho amanhã,para no dia 24 — quando serárealizada nova assembléia-geral — decidirem quais as pro-vidências a serem tomadas atéque as reivindicações sejamatendidas. Ontem, uma comis-são se reuniu, no final da tarde,com o presidente do Tribunalde Justiça, DesembargadorBandeira Stampa. "Mas ele nãonos deu qualquer esperança desermos aumentados", dis-seram.

Juizes não

conseguem

evitar posseO Tribunal de Justiça do Rio

de Janeiro tem desde ontemum novo desembargador,Fabiano de Barros Franco, cujaposse foi antecipada (estavaInicialmente marcada para ho-je) para evitar o efeito do man-dado de segurança impetradopor 15 juizes com base na alega-ção de que a investidura seriainconstitucional. Os lmpetran-tes marcaram reunião para ho-je, a fim de examinar uma novatomada de posição.No mandado de segurança os15 juizes argumentam que aConstituição condiciona o in-gresso na magistratura à pres-taçáo de concurso e à apresen-tação de títulos. Segundo eles,o Sr Fabiano de Barros Francofoi nomeado juiz do Tribunal deAlçada apenas com prova detítulos. Não poderia, portanto,sustentam, concorrer ao cargode desembargador sem ferir opreceito da Constituição.

Carnaval já

começa a

ser vendidoPedidos de reserva de Ingres-

sos para os desfiles oficiais epara o VI Baile da Cidade dopróximo carnaval já podem serfeitos pelas agências de viagensà Riotur até o finai do mês. Aresolução com as instruções so-bre os pedidos para os desfilesda Rua Marquês de Sapucaí epara o baile do Canecáo está àdisposição das agências na Di-retoria de Operações da Riotur.

Empresas, associações, enti-dades de empregados e empre-gadores e demais pessoas jurí-dicas e físicas terão que esperaraté novembro para fazer reser-vas para venda de camarotes,arquibancadas e ingressos paraos diversos eventos.

Sogra ajudou

Jamil Nahuz

nas fraudesAo encaminhar ontem à 18"

Vara Criminal o outro inquéritoque apura o total das fraudescometidas por Jamil TorresNahuz contra o Banco RealS.A. — Cr$ 220 milhões — oDelegado de Defraudaçóes, Síl-vio Ribeiro Ferreira, indiciou asogra do gerente, Irene Gonçal-ves da Cunha, como co-autorano crime de estelionato, e osócio de Jamil. Sr José DantasSilveira, por apropriação indé-bita.

O Promotor da 18a Vara Cri-minai, Neje Hamaty, atenderá opedido do delegado devolvendoos autos para novas investiga-ções, principalmente a denun-ciada por um ex-sócio de Jamila fim de ser apurada a fraude demais Cr$ 84 milhões feita em 25de março deste ano. visandoinvestimentos em terras noPiaui.

OS BURACOSApesar de reconhecer que as

pistas laterais precisam de re-paros, o Departamento de Es-tradas e Rodagens explicouque, devido aos aumentos dopreço do combustível, sua ver-ba ficou reduzida, sendo adota-do o racionamento. Só pôdereasfaltar as pistas centrais,nos dois sentidos, em função doinício do funcionamento dasfaixas seletivas de ônibus den-tro do plano de economizarcombustível.

A série de buracos que o mo-torista terão que enfrentar napista lateral subúrbios—Centroda Avenida Brasil começa naAvenida Rio de Janeiro, logodepois da Rodoviária Novo Rio.Ao chegar em frente ao muro doCemitério do Ca)u terá pou-quíssimas chances de não pas-sar num buraco, já que a pistaestá quase toda tomada por bu-racos de tamanhos variados,principalmente nos pontos deônibus, e tem muitas ondula-ções, sobretudo perto da mure-ta que separa a pista lateral dacentral.

Em frente à subida da passa-rela da fábrica do Sabão Portu-guês, um buraco, que começaJunto ao meio-fio e toma parteda pista, tem aproximadamen-te 20 centímetros de pronfundi-dade. Perto há um ponto deônibus, mas os motoristas, queconhecem o local, param antespara evitá-los. Quando isso náoé possível, passam lentamente,porque ao entrar no buraco acarroceria bate nas bordas.

Nas proximidades da saídado viaduto da Ilha do Governa-dor para a Avenida Brasil, há .um buraco que toma parte dacalçada e da pista, e no qual hápedaços do meio-fio, detritos eágua empoçada. Perto do mes-mo local, numa extensão dequase 30 metros, junto à mure-ta que separa a pista lateral dacentral, existe uma fileira deburacos de vários tamanhos eprofundidades.A partir daí, em alguns tre-chos, a pista está em melhorescondições, como em frente aòCentro de Instrução AlmiranteGraça Aranha até o Centro deEducação Física AlmiranteAdalberto Nunes. Porém, ertigeral, até o Trevo das Margari-das, a pista quando náo estáesburacada tem muitas ondula-çóes.CONSERVAÇÃO

A pista no sentido subúrbios-centro tem menos buracos doque a de descida, mas as inci-dências maiores ocorrem tam-bém no lado direito e nos pon-tos de ônibus. Há pedaços bemdanificados como depois doViaduto Lobo Júnior, na Pe-'nha; em frente ao Centro deInstrução Almirante GraçaAranha; nas proximidades donúmero 7801, embaixo do via-duto que sai da Ilha do Gover-nador e cruza a Avenida Brasil;depois da Fundação OswaldoCruz até a Refinaria de Mangui-nhos; nas proximidades de umapassarela de pedestres em Ben-fica e na altura da Autofácil,pouco antes do Cemitério doCaju.

Detran quer avenidas da

Zona Sul com vias centrais

exclusivas para coletivos

Faixas exclusivas para ônibus no centro das pistasdas principais ruas da Zona Sul compõem a base doplano que o Detran vai apresentar dentro de 30 dias àEBTU (Empresa Brasileira de Transportes Urbanos),visando a aprovação para obtenção de verbas, já que oGoverno do Estado não dispõe dos Cr$ 6 milhões,necessários para a operação.

O plano foi anunciado ontem pelo vice-diretor doDetran, engenheiro Cimar dos Santos Garcia, que dissehaver também "em maturação" o projeto de faixaseletiva para ônibus em Niterói, ligando o Centro àZona Sul, através da Avenida Estácio de Sá, até aentrada dos túneis do Canto do Rio. Para esse, noentanto, não há nem prazo para conclusão de trabalhosnem estimativas de custo.o PLANO

O plano do Detran prevê acriação de faixa seletiva paraônibus indo pela Lauro Sodré(Botafogo), Avenida PrincesaIsabel, Barata Ribeiro e RaulPompéla, terminando na esqui-na da Rainha Elizabeth. Emsentido contrário (Zona Sul —Centro), a faixa começa na Vis-conde de Pirajá, Nossa Senhorade Copacabana, Princesa Isa-bel e Lauro Sodré, num totalaproximado de 7 quilômetrosem cada sentido.

Uma das dificuldades que notrânsito poderão surgir da exe-cuçáo é a proibição de conver-são à direita, manobra que énormalmente feita em qualquervia. A proibição obrigará os mo-toristas particulares a fazeremum contorno completo no quar-teiráo seguinte de modo a to-

mar a rua transversal em linha ...reta.

Também não será permitidoao veículo particular atravessar^a faixa seletiva dos ônibus paràencostar ou ter acesso a edifl- -cios. O motorista terá igual- ••mente que fazer um contorno "pelo quarteirão de modo a sairno lado da faixa lateral, à direi- «•ta da mão, onde atualmente os -ônibus trafegam. Essa faixa la- ,teral será chamada de "faixa deserviço".

Os ônibus trafegarão na faixano meio da pista e, a cada quar-teiráo, de acordo com a parada '*seletiva (por linha ou por desti- í»no), serão desviados para a "fal- »xa de serviço", para o embar- Tque e desembarque dos passa- ».geiros, retomando em seguida afaixa exclusiva no momento emque o sinal da esquina imedia-tamente anterior estiver fe- J,'',chado.

Sorrio Antônio de Pódua, RJ / Esdra» Pereira

1 • ' ' •

Minada e de cabelos brancosl mas com todos ossentidos muito aguçados, Mana da Glória Santosnão sabe ao certo sua idade — que calcula entre126 e 130 anos — mas afirma que escapou daescravidão graças à Lei ao Ventre Livre, ae 1871.Mãe Velha, como é conhecida a mulher maisidosa do Estado do Rio, foi localizada pelo Censona Fazenda Soledade, distrito de Paraoquend,em Santo Antônio de Pádua, onde ganhou oapelido por ser a parteira da região e por tercriado mais de 50 crianças da família Resende,proprietária das terras. Sua receita de longevida-ae é simples: alimentação apenas natural, comogalinha, verduras, frutas e leite fresco. Mas reco-menda: "Não misturem essas coisas com remé-dios modernos. Faz mal".

I

JORNAL DO BRASIL ? quarta-feira, 15/10/80 ? 1° Caderno T Clichê CIDADE— 15

Dorinha Duval depõe aos prantos

e diz que

amava o marido

Muito abatida, Dorinha Duval não conse-guiu conter o choro durante a rápida entrevistaque deu na delegacia: "Eu só espero que vocêsme poupem", começou, nariz vermelho de tan-to chorar, queixo tremendo, olhos voltadospara o chão, sob óculos escuros. "Eu amavamuito o Paulo e espero que vocês deixem suasperguntas para uma próxima oportunidade."

Durante quatro horas e meia — das 16h30 às21h — ela prestara um depoimento tumultua-do, a todo instante interrompido por seus solu-ços e pequenas crises nervosas, que os advoga-dos e policiais tentaram amenizar servindo-lheágua com açúcar e comprimidos prescritos pormédico. Do lado de fora da 15* DP podia-seouvir seus gritos, o que levou muita gente davizinhança a se amontoar na calçada até asalda da atriz, às 22h20m.

"Sou humana"Eram 20h55m quando um policial abriu a

porta e disse para os jornalistas que "o depoi-mento acabou e ela agora vai ser identificada".Cinco minutos depois, dois homens, com dlfl-culdade, passavam entre dezenas de pessoascarregando máquina fotográfica e material pa-ra tomada das impressões digitais de Dorinha.O clima do lado de fora da sala onde ela seencontrava era de tensão, todos muito cansa-dos por tantas horas de espera, de pé, semcomer ou beber, e ainda sem multas garantiasquanto a uma possível entrevista da atriz,capaz de< justificar o desgaste físico e mental.

Somente às 21h45m foi permitida a entradade fotógrafos no recinto do depoimento, emgrupos de cinco de cada vez, para evitar tumul-tos. Às 22h, os repórteres e cinegraflstas detelevisão entraram numa sala estreita demaispara tantas pessoas e máquinas, arrumaram-seem tomo de uma mesa com duas cadeiras e sóquando todos estavam em absoluto silêncio umpolicial abriu a porta da sala contígua e deixoupassar Dorinha e seu advogado, Téclo Lins eSilva.

Logo à primeira pergunta — "por que vocêmatou Paulo?" — a atriz pediu para ser poupa-

da. "Eu sou um ser humano, como vocês, enten-dem? E então eu só espero que vocês entendamesse momento." Atordoada, ela se repetiu, infi-nitamente: "Daqui a uns dois, três dias euposso falar com vocês direito, mas no momentofoi tudo multo doloroso para mim. Deixemessas perguntas para outra vez, por favor."Alguém lhe perguntou se acreditava na Justiça.Sempre olhando para o chão, respondeu em vozbaixa: "Acredito na Justiça, acr ato em Deus eacredito no amor."

Insistiram sobre os motivos do crime, e aatriz ficou mais emocionada ainda: "Eu já lhesdisse, me poupem por favor. Numa outra opor-tunldade digo o que vocês quiserem saber". Em'seguida, numa clara referência ao longo e difícildepoimento que acabara de prestar, observouque "estou saindo de uma coisa muito dolorosa,em que velo tudo à tona, voltou tudo à menteoutra vez. Por favor, me desculpem; é só o queeu posso falar".

Crises de choroSegundo o escrivão Segretto, Dorinha Duval

falou multo pouco, apesar de todo o tempo deduração do depoimento. "Demorou porque atodo instante ela tinha crises de choro e preci-sávamos parar tudo e fazer outra e outra vez amesma pergunta", contou. "Ela não disse nadaque pudesse esclarecer perfeitamente as clr-cunstàncias do crime, ou mesmo os motivosreais, por estar abalada demais. Acho que comdetalhes, numa explicação minuciosa, de ver-dade, ela só vai conseguir falar no tribunal". Aseu ver, escolheu-se um mau dia para o depoi-mento porque a atriz não tinha condições psi-cológicas, ontem, para explicar os fatos.

O detetive Valter, numa conversa Informalde corredor, comentou que Dorinha se disseagredida por Paulo, antes do crime, "quandoele começou a fazer comparações entre o corpodela e o de moças jovens, chegando a afirmarque agora não queria saber mais dela, com seusselos flácidos, porque já tinha até uma namora-dinha bem nova, de corpo rijo".

***** Evondro T«ix»iro

Chegada foi muito tumultuada

Com um esquema de segurança improvisa-do pelos próprios policiais, a atriz DorinhaDuval, acusada de matar o marido Paulo Sér-gio Alcântara, apresentou-se ontem à tarde à15a Delegacia Policial, cumprindo a promessafeita pelo advogado Téclo Lins e Silva. O depoi-mento da atriz, que confirmou a autoria docrime, durou mais de quatro horas.

O dia foi de grande expectativa na 15a DP,onde o delegado titular, Borges Fortes, cance-lou todos as atividades — previstas, apenaspara aguardar a apresentação da atriz. Elanegou que tivesse feito no inicio de setembrodois disparos contra o marido, já que os advo-gados da acusação sustentam que houve pre-meditação.

PancadariaAcompanhada por dois seguranças contra-

tados pelo escritório do defensor, Dorinha de-sembarcou no pátio da 15a DP às 16h28m.Vinha sentada no banco traseiro do PassatZR—9577, verde metálico, de propriedade doadvogado. "Ela não falou nada durante a via-gem", dizia o motorista, que não se identificou.

Segundo ele, Dorinha e Téclo Lins e Silvaembarcaram num local próximo à delegacia elevavam vários medicamentos. Ao desembar-car, Dorinha foi literalmente segura por umagravata pelo detettive Alimando, chefe do Ser-viço de Apoio Operacional da 15a DP, com a

gjuda de vários outros detetives e pelo seguran-ça contratado pelo advogado.

Abriram então caminho do pátio até o gabinete do delegado aos socos e empurrões, atingindo o clnegrafista da TV Globo, Daniel Andrade. "Nós também apanhamos da imprensaNão batemos, não", diria depois Alimando,apontando a testa onde, segundo ele, haveriaum hematoma.

Clima nervoso"Eu pediria calma e compressão a vocês, já

que essa senhora vive um momento difícil",interveio Técio Lins e Silva, quando haviapressão por parte dos jornalistas para que aatriz concedesse uma entrevista coletiva.

Para um dos policiais que acompanham ocaso, a defesa da atriz deu ontem a primeiraprova de competência, quando Dorinha susten-tou, diante do delegado Borge Fortes, que osdois disparos feitos no início de setembro — osprojéteis foram encontrados pela perícia nasala da casa da Gávea—não eram da responsa-bilidade dela e sim do marido, Paulo SérgioAlcântara. Em seguida, ela chorou.

Mais tarde, segundo o mesmo policial, Dori-nha confessou ter matado o marido porque,após a festa em que foram no dia 5 de outubro,Paulo Sérgio negou-se a manter relações se-xuais com ela e a teria "ofendido, chamando-ade feia e acabada" e que teria condições deconquistar mulheres mais novas.

A estrela em dia de destaque

A babá Maria desviou-se do caminho dapatroa e foi parar na Rua Major Rubens Vaz,diante da 15a DP, trazendo a menida SimoneMelone pela mão. Queria ver uma das suasatrizes prediletas, Dorinha Duval, que, segundoseus cálculos, dali a instantes estaria a algunspassos dela, situação bem diferente da fria telada tevê.

E não foi só a babá Maria que se preparouontem à tarde para ver Dorinha Duval. A 15aDP, mais acostumada com o dia-a-dia de cri-mes, parou para assistir à chegada da atriz que,durante três décadas, arrancou muitos suspi-ros. Foi, sem dúvida, um dia de notoriedadepara Dorinha. Ela, porém, naõ estava nadabem: "Arrasada", definia o detetive Arruda.

Morte por amorNão se sabe se o delegado Borges Fortes é fà

de Dorinha. Na realidade, a delegacia que diri-ge vem trabalhando com rapidez e eficiênciaincomuns para enviar com rapidez o inquérito àJustiça, ouvindo testemunhas e apressando asdiligências. Ontem, porém, Borges Fortes colo-cou um alinhado terno cinza, suspendeu asaudiências e ficou à espera de Dorinha. E nãofoi só ele.

No sobrado diante da delegacia, o de n° 151,uma menina disputava na varanda um lugarcom o irmão Mário para ter melhor visibilidade."Chega para lã, aqui é meu lugar", protestava amenina, enquanto os moradores das lmedia-ções tinham dificuldade em transitar pelaRubens Vaz.

No grupo de mais de meia centena de jorna-listas, os comentários se dividiam entre o tem-po em que a triz vai cumprir de prisão —dependendo em qual Tribunal será julgada —,passando aos rumos do movimento feminista,diante da constatação de que mulher tambémmata. "Só mata por amor", berrava uma jorna-lista.

Cuca e Mortadela"A Cuca não vai aparecer, fllhinha", desani-

mou a babá Maria, informando à inquieta Si-mone que era hora de abandonar o posto deobservação. Simone só sabia que a Cuca, perso-nagem vivida por Dorinha no Sítio do Pica-Pau-Amarelo prima do Saci Pererê, iria estarpresente, não entendendo o atraso.

A recepção que a 15a. DP preparou paraDorinha relembrou seus tempos de teatro rebo-lado de Carlos Machado. Presa por uma grava-ta pelo detetive Alimando, "o Mortadela", chefedo Serviço de Apoio Operacional, ela foi condu-zida, com uma escolta de policiais distribuindo

empurrões e cotoveladas, até o gabinete dotitular Borges Fortes. Vestia-se com slmplicida-de — calça de veludo, a camisa azul-marinho.Os cabelos avermelhados Ç>em penteados. Foisó isso o que os fãs puderam ver da atriz."Vim sentir a barra", diria um pouco antesda chegada da atriz o advogado Elídlo Moura,que atua no escritório Lins e Silva. O encarre-gado da defesa, Técio Lins e Silva, não sómandou um batedor apurar o clima na 15a. DP."Ela tinha medo de ser agredida", explicou oadvogado. "Quem matou foi ela, não fomosnós", respondeu um fotógrafo agredido.

Prevendo çontratempos, o delegado BorgesFortes havia tentando estabelecer uma détentecom os jornalistas: Dorinha deveria entrar nadelegacia sem ser importunada, em troca dasua interferência por uma entrevista coletiva.Não foi possível chegar a um acordo, já que eraimpossível, alegavam os repórteres, ignorar anotícia, isto é, Dorinha Duval.

AmabilidadesDorinha não se pôde queixar da polícia

ontem: a 15a DP se desdobrou em amabilida-des, enquanto o escrivão estava num dia dehumor variável. "Transformaram o cartório emredação. Assim não, no jornalzinho vou dizerque a imprensa invadiu e quebrou a delegacia",reclamava com o fio arrebentado do telefone namão. Nào se quis identificar — "Você quer queeu seja transferido para Porciúncula?" — massuspendeu as comunicações do cartório com orestante do mundo quando ouviu um repórterdizer ao telefone que tinha apanhado da poli-cia. "Liberdade de imprensa, assim, não dá".

Às 17h30m, outra correria. A ambulância052-01, do Hospital Miguel Couto, estacionadiante da delegacia e, às pressas, desembarca aestagiária de Medicina Andréa Arruda. "A Do-rinha passou mal", especulam os repórteres,que nesse momento comentavam a queda queo Governador Chagas Freitas tinha levado deuma escada. Um preso passava mal, foi atendi-do e recolhido do xadrez.

Quando o advogado Técio Lins e Silva, apósameaças de ver os jornais contra a cliente dele,resolveu negociar uma entrevista, o clima na15' DP voltou a ser de cordialidade. Uma vitó-ria do detetive Arruda, que tentou intermediarentre "os donos da casa", como os policiaisforam chamados por Lins e Silva, e "a imprensasaudável", também segundo o advogado. Dequalquer forma, a 15a DP era toda atençõespara Dorinha: às 20 horas, após 4 horas dedepoimento, um detetive tentava desbravarcaminho entre cámeras, gravadores, repórteres,pedindo licença: "É água com açúcar para aDorinha".

Depoimento satisfaz a delegado

Na opinião do delegado Borges Fortes, odepoimento de Dorinha Duval foi longo e sobgrande emoção. "Ela fez uma exposição de seurelacionamento com Paulo César, desde o lní-cio até o momento da tragédia", disse. "Elaentão se emocionou, chorou multo, mas paranós o depoimento satisfaz plenamente, comouma formalidade que temos de cumprir, pois éclaro que ela é a autora do crime. Desde o inicioisso estava claro."

Segundo ele, o crime foi "conseqüência deum desentendimento, um desajuste que já vi-nha de algum tempo. Ela negou ter tentadomatar o marido antes e, quanto às duas balasrealmente encontradas na parede da sala, nãose pode imputar a ela a autoria dos disparos.Algumas pessoas dizem que foi ela, ela diz quefoi o Paulo". O delegado acrescentou que a atrizalegou ter sido humilhada pela vitima, mas nãodeu detalhes: "coisa multo pessoal".

delegado Borges Fortes disse que o caso j á«togou à delegacia solucionado em termos deautoria e materialidade. Compete agora à poli-cia a prova de motivo e classificação paraorientar o Ministério Público, que examinará oinquérito e opinará se o motivo é agravante ouatenuante. Nos próximos dias, ele ouvirá trêspessoas, cujos nomes não quis revelar, e se#isse decidido a esgotar o prazo de 30 dias que

tem, por lei, para encaminhar o inquérito poli-ciai à Justiça. O prazo vence dia 5 de novembro.

Saída de DorinhaA atriz deixou a 15a DP às 22h25m, no Passat

do advogado, e depois de algumas voltas, sem-pre seguida de perto por carros da imprensa,entrou na Brasília branca RJ RO-4258 rumo àZona Norte, pelo Túnel Rebouças. O carropegou a Avenida Brasil, a 120 km/hora, e logochegou a Marechal Hermes. Eram 23h05mquando Dorinha Durval foi deixada à porta dacasa n° 95 da Praça Acapu, onde mora seuamigo Ari Silva.

O amigo, que a conheceu há muito tempoem São Paulo, disse que telefonaria imediata-mente para um médico porque a atriz estavavisivelmente dopada, por sedativos. Já na ma-drugada de hoje, o criminalista Técio Lins eSilva informou que ainda não definiu o compor-tamento processual a adotar. "Primeiro, preci-so ler o depoimento na íntegra", explicou, "pa-ra ter uma visão de conjunto". Ele garantiu nãoter dado instruções a sua cliente, "a nào ser a deque contasse toda a verdade, respondesse comsinceridade e emoção", e negou haver qualquersemelhança entre este caso e a defesa de RaulDoca Street, que patrocinou recentemente comseu tio Evandro Lins e Silva.

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i/n < W0 posto Andrade teve duas bombas interditadas por

CNP investiga as

fraudes da gasolina

em postos

do Rio

Em postos do Rio óleo diesele querosene estão sendo mistu-rados com gasolina, e água comálcool, informou o Conselho Na-cional de Petróleo. Há pelo me-nos 40 postos sob a suspeita deterem fraudado os combustí-veis que vendem, e ontem mes-mo a fiscalização (dois funcio-nários para os 2 mil postos doEstado) interditou duas bom-bas do Posto e Garagem Andra-de, em Pilares, depois de cons-tatar irregularidades na comer-cialização da gasolina.Nào foi ainda tomada nenhu-ma medida efetiva para resol-ver o problema, contudo, por-que as amostras recolhidas nospostos têm que ser enviadaspara exame nos laboratórios doCNP, em Brasilia, e há doismeses não se chega a um acor-do sobre o transporte do com-bustível, que náo pode ser feitode avião.FRAUDES

As denúncias de fraude navenda de combustíveis, hoje emdia, são constantes — apesar deo escritório do CNP, no Rio, serpouco conhecido e até recente-mente as reclamações terem deser feitas para números telefõ-nicos de Brasília, segundo indi-cavam os cartazes nos postos.Em média, são mais de 10 de-núncias por dia—baseadas nassuspeitas de motoristas que re-latam dificuldades na partidado carro, perda da potência,aumento do consumo e outrosproblemas ocasionados pelo ra-bo de galo, como é chamada amistura. Os carros rateiam eengasgam muito, dizem seusdonos.

A mistura mais freqüente, se-gundo os técnicos, é a da gasoli-na com o diesel, produto depreço mais baixo e que podequeimar quase como a gasoli-na. Também é freqüente a mis-tura de água e álcool hidratado.

A fiscalização é difícil — cen-tralizada em Brasília, feita por120 fiscais concursados, que oCNP faz revezar — "para evitarcorrupção" — pelos Estados,encarregando-os de controlar18 mil postos revendedores dederivados de petróleo. No Riohá dois fiscais em atividade:Leule Rodrigues Vieira e PauloIunes. Eles saem na pick-up doCNP, com o equipamento ne-cessário para fazer os primeirostestes. Colhem amostras e rela-tam as irregularidades, preen-chendo enormes formulários:desde fraudes a pequenos errosnos procedimentos administra-tivos.FISCALIZAÇÃO

A fiscalização, ontem, rece-beu algumas denúncias, na par-te da manhã e, por volta de 13hos fiscais se aprontaram paravisitar alguns postos. SegundoPaulo Iunes, 24 anos, "o traba-lho às vezes é perigoso, porquemexe com a parte mais sensíveldo corpo humano — o bolso".Mas ele diz enfrentar os proble-mas, "porque o Governo confiana gente".

Ele e o companheiro foramdestacados pelo CNP para co-brir, durante um período de 26dias, a região que compreendeRio de Janeiro, Leste de MinasGerais, Espírito Santo e Sul daBahia. O salário é de Cr$ 21 mil,e eles recebem Cr$ 40 mil pelaestada.

A primeira visita é feita aoAuto Posto Pombal Ltda.. naRua São Francisco Xavier, 321,Maracanã. Posto revendedorda Petrobrás. Os fiscais se iden-tificaram e pediram os equipa-mentos de medição — provetase densímetros, fornecidos pelasdistribuidoras. De acordo coma legislação, os revendedoresdevem realizar testes ao rece-ber o produto para comprovarse os combustíveis estão dentrodas especificações.

O funcionário Joaquim expli-cou que "os testes são feitos,sim". Mas o fiscal desconfiou:"Está com poeira de que nuncafoi usada", disse Paulo, mos-trando a proveta de litro. Se-gundo ele, os postos assinam ocomprovante de entrega ates-tando que fizeram os testes,mas não os fazem realmente.

No exame da gasolina da pri-meira bomba, a densidade doproduto, medida pelo densime-tro, era de 0,729- "normal", se-gundo o técnico. A percenta-gem de álcool, porém, estavairregular: 14% de álcool anidro.Menos que os 201 convencio-

nados. È falta passível de puni-ção, também, pois o CNP deter-minou que toda gasolina temque ter esta percentagem deálcool, sem o que náo pode serdistribuída, porque é precisoter um padrão, para náo com-prometer o motor dos carros.Os fiscais colheram amostrasdo combustível para exame.

Enquanto os funcionários doposto acompanhavam o traba-lho dos fiscais e o proprietário,Sr Antônio Luís Sena Rodri-gues, chamado com urgência,atendia às suas solicitações, fo-ram feitos testes nas bombas eos resultados foram os mesmoem todas elas. Em seguida, foifeita a aferição, e não se verifl-cou qualquer irregularidade.

INTERDIÇÃOOs testes foram realizados

com certa rapidez (mais ou me-nos meia hora), mas o trabalhodos fiscais abrange uma gamamuito grande de aspectos, e pa-ra conferir as guias de comprade gasolina nos últimos 12 me-ses o fiscal Leule Rodrigues fezchamar o contador da firma elhe pediu os documentos. Se-gundo ele, "os proprietáriospensam que é só vender gasoli-na e pronto, não têm que cum-prir as exigências". E alertou:"O negócio é monopólio do Go-vemo." A Inspeção terminoudepois de 15h40m

A equipe seguiu, então, paraPilares. Mais exatamente parao Posto e Garagem Andrade, naAvenida João Ribeiro, 321 —revendedor da Atlantic.

O proprietário da empresa, SrJaime Aristides Fernandes Re-belo, recebeu os fiscais às16hl5m, e os testes começaramem seguida. Os equipamentosde testes, sujos de poeira, evi-denotavam que não tinham usono posto há muito tempo.

Logo na primeira bomba ofiscal Leule comentava, ao sercolhida a amostra: "Está vendoa quantidade de espuma? Deveter diesel". Seu colega, PauloIunes, fez os testes e a densida-de registrou a marca de 0,734,5,bem acima do padrão fixadopelo Instituto Nacional de Pe-sos e Medidas. Ele mostrou oproduto, já antecipando a adul-teração. "Sente só o cheiro",disse. Depois fez o teste de teorde álcool, misturando a gasoli-na com água destilada. Quandoagitou a proveta de 100 ml, olíquido demorou muito a tomarà posição de repouso. Mais deum minuto. E a acomodaçãoleva, em média, de três a quatrosegundos. Era visível a presen-ça de óleo na gasolina.

Os testes foram repetidos se-guidas vezes e o teor de álcool eoutro produto era da ordem de32%. Segundo os fiscais, a mis-tura devia ser de querosene,"por cauxa da coloração". Fo-ram colhidas amostras dasbombas que apresentavam oproduto adulterado e os testescontinham, com o exame dasdemak -. a aferição. Mas nãoforam constatadas outras irre-gularidades. O fiscal Paulo Iu-nes telefonou para o escritóriodo CNP e pediu instruções. Te-ve resposta em poucos minu-tos. "Interdita".

LACRADASAs duas bombas ficarão la-

cradas e a Atlantic será intima-da a proceder à retirada do pro-duto irregular, que chega a umtotal de 6 mil 100 litros. En-quanto isso, as bombas nào po-dem funcionar. Um prejuízo, es-tima o proprietário, que seráequivalente a uma redução de 2mil litros por dia na venda degasolina.

Transtornado, o Sr Jaime ad-mitlu que realmente náo temfeito os exames, mas que agora,com o prejuízo e as multas quefatalmente receberá, passará afazer. Segundo ele, o produtofoi recebido adulterado, mas aempresa assinou documentoatestando, que, realizados ostestes, a gasolina estava OK, oque isenta de culpa os distribui-dores.

DER sem dinheiro para

reasfaltar Avenida Brasil

só promete tapar buracos

O DER não tem dinheiro para reasfaltar as pistaslaterais da Avenida Brasil, que estào muito esburaca-das, e até o final do ano poderá apenas tapar osburacos. A verba disponível não é suficiente para •comprar o petróleo necessário à fabricação do asfalto',tanto que a sua usina em Parada de Lucas reduziu aprodução. A obra deverá ser executada no princípio dè1981.

A pista lateral de subida é a que está em piorsituação, principalmente nos pontos de ônibus e juntoàs muretas de divisão das pistas, como ocorre em frenteao muro do Cemitério do Caju. Perto da subida dapassarela que desemboca na fábrica do Sabão Portu-guês há um buraco junto ao meio-fio de quase 20centímetros de profundidade. No sentido subúrbios—Centro há também trechos danificados, como depois doViaduto Lobo Júnior.

Greve pára

maior parte

da JustiçaCom a greve branca iniciada

ontem pelos 437 oficiais de Jus-tiça do Rio de Janeiro — quereinvidicam há quase um ano,aumento do piso salarial de Cr$11 mil 500 para Cr$ 19 mil — omovimento nas Varas Cíveis ede Fazenda Pública caiu em90%, enquanto nas Criminaisfoi registrado queda de 30%,porque os Juizes nomearam es-creventes ad hoc para atuaremnas funções dos grevistas. Nototal, as atividades diminuíramem 50% e 80%.

Hoje o movimento continua-rá, e os oficiais de Justiça sóvoltarão ao trabalho amanhã,para no dia 24 — quando serárealizada nova assembléia-geral — decidirem quais as pro-vidèncias a serem tomadas atéque as reivindicações sejamatendidas. Ontem, uma comis-são se reuniu, no final da tarde,com o presidente do Tribunalde Justiça, DesembargadorBandeira Stampa. "Mas ele náonos deu qualquer esperança desermos aumentados", dis-se ram.

Juizes não

conseguem

evitar posseO Tribunal de Justiça do Rio

de Janeiro tem desde ontemum novo desembargador,Fabiano de Barros Franco, cujaposse foi antecipada (estavainicialmente marcada para ho-je) para evitar o efeito do man-dado de segurança impetradopor 15 Juizes com base na alega-ção de que a investldura seriainconstitucional. Os lmpetran-tes marcaram reunião para ho-je, a fim de examinar uma novatomada de posição.No mandado ae segurança os15 juizes argumentam que aConstituição condiciona o ln-gresso na magistratura à pres-taçáo de concurso e à apresen-taçáo de títulos. Segundo eles,o Sr Fabiano de Barros Francofoi nomeado juiz do Tribunal deAlçada apenas com prova detítulos. Não poderia, portanto,sustentam, concorrer ao cargode desembargador sem ferir opreceito da Constituição.

Carnaval já

começa a

ser vendidoPedidos de reserva de ingres-

sos para os desfiles oficiais epara o VI Baile da Cidade dopróximo carnaval já podem serfeitos pelas agências de viagensà Riotur até o final do mês. Aresolução com as instruções so-bre os pedidos para os desfilesda Rua Marquês de Sapucaí epara o baile do Canecão está àdisposição das agências na Di-retoria de Operações da Riotur.

Empresas, associações, entl-dades de empregados e empre-gadores e demais pessoas Juri-dicas e físicas terão que esperaraté novembro para fazer reser-vas para venda de camarotes,arquibancadas e ingressos paraos diversos eventos.

Sogra ajudou

Jamil Nahuz

nas fraudesAo encaminhar ontem à 18"

Vara Criminal o outro inquéritoque apura o total das fraudescometidas por Jamil TorresNahuz contra o Banco RealS.A. — Cr$ 220 milhões — oDelegado de Defraudações, Sil-vio Ribeiro Ferreira, indiciou asogra do gerente, Irene Gonçal-ves da Cunha, como co-autorano crime de estelionato, e osócio de Jamil, Sr José DantasSilveira, por apropriação indé-bita.

O Promotor da 18a Vara Cri-minai, Neje Hamaty, atenderá opedido do delegado devolvendoos autos para novas investiga-ções, principalmente a denun-ciada por um ex-sócio de Jamila fim de ser apurada a fraude demais CrS 84 milhões feita em 25de março deste ano, visandoinvestimentos em terras noPiaui.

OS BURACOSApesar de reconhecer que as

pistas laterais precisam de re-paros, o Departamento de Es-tradas e Rodagens explicouque, devido aos aumentos dopreço do combustível, sua ver-ba ficou reduzida, sendo adota-do o racionamento. Só pôdereasfaltar as pistas centrais,nos dois sentidos, em função doinicio do funcionamento dasfaixas seletivas de ônibus den-tro do plano de economizarcombustível.

A série de buracos que o mo-torista terão que enfrentar napista lateral subúrbios—Centroda Avenida Brasil começa naAvenida Rio de Janeiro, logodepois da Rodoviária Novo Rio.Ao chegar em frente ao muro doCemitério do Caju terá pou-quíssimas chances de nào pas-sar num buraco, já que a pistaestá quase toda tomada por bu-racos de tamanhos variados,principalmente nos pontos deônibus, e tem muitas ondula-ções, sobretudo perto da mure-ta que separa a pista lateral dacentral.

Em frente à subida da passa-rela da fábrica do Sabão Portu-guês, um buraco, que começajunto ao meio-fio e toma parteda pista, tem aproximadamen-te 20 centímetros de pronfundi-dade. Perto há um ponto deônibus, mas os motoristas, queconhecem o local, param antespara evitá-los. Quando isso nãoé possível, passam lentamente,porque ao entrar no buraco acarroceria bate nas bordas.

Nas proximidades da saitjado viaduto da Ilha do Governa-dor para a Avenida Brasil, háum buraco que toma parte' dacalçada e da pista, e no qual hápedaços do melo-flo, detritos eágua empoçada. Perto do mes-mo local, numa extensáo dequase 30 metros, junto à mure-ta que separa a pista lateral dacentral, existe uma fileira deburacos de vários tamanhos eprofundidades.A partir dai, em alguns tre-chos, a pista está em melhorescondições, como em frente aoCentro de Instrução AlmiranteGraça Aranha até o Centro deEducaçáo Física AlmiranteAdalberto Nunes. Porém, emgeral, até o Trevo das Margarf-das, a pista quando não est$esburacada tem multas ondulá-çôes. •"CONSERVAÇÃO -

A pista no sentido subúrbios»centro tem menos buracos doque a de descida, mas as incÈdências maiores ocorrem tam-bém no lado direito e nos porvtos de ônibus. Há pedaços bemdanificados como depois doViaduto Lobo Júnior, na Pç?nha; em frente ao Centro deInstrução Almirante GraçáAranha; nas proximidades donúmero 7801, embaixo do vitf!duto que sai da Ilha do Govet»nador e cruza a Avenida Brasil;depois da Fundação OswaldoCruz até a Refinaria de Mangul-nhos; nas proximidades de umapassarela de pedestres em Bemfica e na altura da Autofôcií;pouco antes do Cemitério doCaju.

Detran quer avenidas da ;

Zona Sul com vias centrais

exclusivas para coletivosFaixas exclusivas para ônibus no centro das pistas

das principais ruas da Zona Sul compõem a base do-plano que o Detran vai apresentar dentro de 30 dias à"EBTU (Empresa Brasileira de Transportes Urbanos),visando a aprovação para obtenção de verbas, já que oGoverno do Estado não dispõe dos Cr$ 6 milhões,necessários para a operação.

O plano foi anunciado ontem pelo vice-diretor doDetran, engenheiro Cimar dos Santos Garcia, que dissehaver também "em maturação" o projeto de faixaj..seletiva para ônibus em Niterói, ligando o Centro àZona Sul, através da Avenida Estácio de Sá, até ásentrada dos túneis do Canto do Rio. Para esse, noentanto, não há nem prazo para conclusão de trabalhosnem estimativas de custo. •»o PLANO

O plano do Detran prevê acriação de faixa seletiva paraônibus indo pela Lauro Sodré(Botafogo), Avenida PrincesaIsabel, Barata Ribeiro e RaulPompéia, terminando na esqui-na da Rainha Ellzabeth. Emsentido contrário (Zona Sul —Centro), a faixa começa na Vis-conde de Plrajá, Nossa Senhorade Copacabana, Princesa Isa-bel e Lauro Sodré, num totalaproximado de 7 quilômetrosem cada sentido.

Uma das dificuldades que notrânsito poderão surgir da exe-cuçáo é a proibição de conver-são à direita, manobra que énormalmente feita em qualquervia. A proibição obrigará os mo-toristas particulares a fazeremum contorno completo no quar-teirão seguinte de modo a to-

mar a rua transversal em linhareta.

Também náo será permitido'ao veículo particular atravessar,a faixa seletiva dos ônibus paraencostar ou ter acesso a edifi-cios. O motorista terá Igual-"mente que fazer um contorndTpelo quarteirão de modo a saiçno lado da faixa lateral, à direi-ta da mào, onde atualmente osônibus trafegam. Essa faixa la*'teral será chamada de "faixa deserviço". *.

Os ônibus trafegarão na faixa -no meio da pista e, a cada quar-teirão, de acordo com a paradaseletiva (por linha ou por desti-..no), serão desviados para a "fai-xa de serviço", para o embar-"que e desembarque dos passa-"geiros, retomando em seguida afaixa exclusiva no momento emque o sinal da esquina imedla- *tamente anterior estiver fe-chado. .

Sorrio Antônio de Pódua, RJ I Etdrai Pireiro «WM. *

Mirrada e de cabelos brancos, mas com todos ossentidos muito aguçados, Mana da Glória Santosnáo sabe ao certo sua idade — que calcula entre126 e 130 anos — mas afirma que escapou daescravidão graças à Lei ao Ventre Livre, de 1871.Mãe Velha, como é conhecida a mulher maisidosa do Estado do Rio, foi localizada pelo Censona Fazenda Soledade, distrito de Paraoquena,em Santo Antônio de Pádua, onde ganhou oapelido por ser a parteira da região e por tercriado mais de 50 crianças da família Resende',proprietária das terras. Sua receita de longevid,a-de é simples: alimentação apenas natural, comogalinha, verduras, frutas e leite fresco. Mas reco•menda: "Não misturem essas coisas com remé-

dios modernos. Faz mal"

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U

16—ECONOMIA JORNAL DO BRASIL ? quorto-feirg, 15/10/80 D Io Caderno

Informe EconômicoCartão amarelo

No Planalto, tem-se como definitivaa informação de que foi finalmente digeri-do pelo Governo o episódio do desviode rota do avião da Varig que teve depousar em Brasüia para deixar o Ministroda Fazenda.

Também, como definitiva, tem-se a in-formação de que Ernane Galvêas já estádevidamente informado de ter sido esse osegundo e último incidente desagradávelque protagonizou, como Ministro.

Do próximo, ele já pode participaracrescentando um "ex" ao título.

Ontem, o Ministro da Fazenda foi rece-bido pelo General Golbery do Couto e Silva.

Troca de idéias

Os 10 industriais apontados em pesqui-sa da revista Exame como líderes do em-presariado nacional e signatários de umdocumento de apoio à abertura e ao Presi-dente Figueiredo foram por ele convidadospara um encontro em Brasília, dia 22.

Além de parabenizá-los e de lhes agra-decer a iniciativa do documento de apoio, oPresidente quer com eles trocar idéias so-bre o maior engajamento do empresariadona vida política ao país e sobre as diretrizesdo seu Governo.

Os escolhidos foram Antônio José Ermí-rio de Moraes, Cláudio Bardella, LaerteSetúbal, José Mindlin, Jorge Gerdau Johan-npeter, Olavo Setúbal, Abilio dos SantosDiniz, Luiz Eulálio Filho e Mário Garnero.Sem mudanças

Tem 99% de chances de sair frustradoquem estiver pensando em convencer oGoverno da necessidade de elevar a metade 45% para expansão do crédito no cor-rente ano.

O Ministro Delfim Neto insiste na tesede que reajustar a expansão do crédito, aessa altura dos acontecimentos, seria omesmo que detonar antecipadamente a ex-plosão inflacionária de 1981.

Além disso, o Ministro do Planejamentorelembra que o que se está contendo são oscréditos para a indústria e para o comércio.

"Quem se engajou na luta do país paraaumentar as exportações e incrementar aprodução agrícola está tendo todos os fi-nanciamentos que a situação do país per-mite", diz ele.

Olho no preço-I

O Governo não está nada satisfeito como comportamento dos preços cobrados pe-Ias retíficas credenciadas pelo Ministérioda Indústria e do Comércio ao fazeremconversões de carros a gasolina para oconsumo de álcool.

O Conselho Interministerial de Preçosestá sendo acionado para examinar a quês-tão o mais rapidamente possível, embora aSecretaria Especial de Abastecimento ePreços entenda que isso deveria ter sidofeito por quem credenciou os converte-dores.

Antes, mesmo, de credenciá-los.

Olho no preço-II

Enquanto o Ministro Delfim Neto nega-va, enfaticamente, um novo reajuste nospreços dos combustíveis para vigorar ama-nhã ou nos próximos dias, seus assessoresnão escondiam a irritação com as informa-ções neste sentido que circularam ontem emBrasüia, atribuídas a fontes da Petrobrásno Rio e classificadas por eles como "irra-cionais".

O Ministro do Planejamento, contudo,não descarta a possibilidade de vir a auto-rizar um novo aumento dos derivados emnovembro, em função das incertezas dospreços no mercado externo, pelo conflitoentre o Irã e o Iraque, que já causou umaelevação de quatro dólares por barril noóleo comprado pela Petrobrás em merca-dos alternativos.

Cautela

Não é propriamente por falta de fome-cedores alternativos que o Brasil não sedispõe a comprar de outras fontes os 400mil barris de petróleo que deixou de receberdiariamente do Iraque.

Ao fixar as compras de fornecedoresalternativos em 200 mil barris/dia, o Gover-no levou em conta a possibilidade de oconflito no Golfo Pérsico acabar e o Iraque,que já foi o nosso maior e mais seguroabastecedor, exigir que o Brasil retome ovolume das suas importações.

Mas, com base nas injormações da Em-baixada em Bagdá e dos escritórios ira-quianos da Braspetro e da Petrobrás, adecisão de limitar as importações em 200mil barris/dia pode ser revista.

Por enquanto, o que Brasília tem deconcreto é a informação de que dois dostrês terminais de embarque de petróleo doIraque continuam em condições de operarimediatamente, após um armistício.Percalços

O desaquecimento da produção auto-mobiltstica mexicana frustrou os planos daVolkswagen de comemorar no próximo mêsa produção do milionésimo Fusca. Se aprodução das fábricas do Brasil e do Mexi-co mantiver o ritmo atual, a festa serárealizada em fevereiro.

Da frustração da Volkswagen, sobra alição de que também a indústria automobi-lística de pelo menos um dos exportadoresde petróleo não navega com bons ventos.

Se bem que por motivos outros, que nãoa falta de combustível.

slrp João Fortes Engenharia

JOÀO FORTES ENGENHARIA S.A.COMPANHIA ABERTA

GEMEC/RCA N° 200-76/175C.G.C. M.F. N° 33.035.536/0001-00

AVISO AOS ACIONISTASENTREGA DE CAUTELAS DE SUBSCRIÇÃO

Comunicamos aos Senhores Acionistas que será feita, de acordocom as normas abaixo, a distribuição das cautelas correspondentes àsubscrição de 17.324.000 ações novas, no valor de Cr$ 2,20 cada uma,para aumento do Capital Social da Companhia de CrS 1.061.887.200.00para CrS 1.100.000.000,00, determinada pela Assembléia Geral Extraordi-nária de 27.06.80.

Os Senhores Acionistas deverão procurar suas cautelas na Divisãode Acionistas da Companhia — Rua México, 31 — 3o andar, das 8:30 às18:00 horas, nos dias abaixo:

20 a 24 de outubro - acionistas com iniciais de A a F27 a 31 de outubro - acionistas com iniciais de G a L03 a 07 de novembro - acionistas com iniciais de M a R10 a 14 de novembro • acionistas com iniciais de S a Z

A partir do dia 17 de novembro, serão atendidos todos os acionistasque nâo puderam comparecer na semana que lhe foi destinada.

Rio de Janeiro, 10 de outubro de 1980.A Administração

JOÃO FORTES ENGENHARIA S/A.(Ass.) JORGE ENÉAS MACHADO FORTES

Diretor (P

<?(?<?<?<?CURSO DE OPERAÇÕES A TERMO DE

MERCADORIAS- COMMODITIES -

OBJETIVO: Desenvolver conhecimentos que capacitem quantoàs operaçSe» inerentes a uma Bolsa de Mercadorias, comênfase no Mercado*» Termo e Hedge.

PROGRAMA:* A Comercialização de Bens Primários e Sua Evolução.

Características das Commodities.Contrato Futuro: Conceitos e Termos.Bolsas de Mercadorias. A Segurança das Operações daBolsa. A Caixa de Liquidação.O Estudo do Hedge.Legislação Brasileira. Papel do Banco Central.Análise do Mercado.Os Participantes dos Mercados de Commodities.As Sociedades Corretoras.

DURAÇÃO: de 20 a 30 de outubro de 1980.HORÁRIO: de 2? a 5? feira, das 18:45h às 21:45 horas.

Sio incluídos: livros, apostilas. Certificados.INSCRIÇÕES E INFORMAÇÕES

Fundaçáb Centro de Estudos do Comércio ExteriorAv. Rio Branco, 120 - Grupo 707

Tels.: (021) 222-0721 e 263-5977 - Ramais 115 e 132CFMO n? 370 - Telex: (021) 23938 - FCEX BR

Rio de Janeiro — RJ.

fundaçãocentro de estudos

do comércioexterior Cr

WÍ TIBRÁSWmW TITÂNIO DO BRASIL S.A.

CGC 15.115 504/0006-39Emprosa do Capital aberto

AVISOEm cumprimento a deliberação da AGE de 15.09.80 processa-remos em nossos escritórios o pagamento do resgate dasacôes preferenciais nominativas classe C, numeradas a par-tir de 111.721.680, conlra a apresentação das respectivas cau-telas, dentro do seguinte esquema:

1. DOCUMENTAÇÃO EXIGIDAPessoa fisica : identidadePes;oa jurídica : prova de representação legalPROCURADORES : instrumento de mandato com pode- •

res específicos para resgatar ações,anexo aos acima citados.

2. LOCAIS DE ATENDIMENTOSALVADOR - Rua dos Algibebes, 6/12 - Sala 501 /3RIO DE JANEIRO - Rua da Ajuda, 35 -18? Andar

3. HORÁRIO2? a 6,*-feira de 08:30 -11:00 e de 13:30 -16:00

4.0 resgate será processado em nossos escritórios até29.01.81 e no dia 30.01.81 os valores não procurados pelosacionistas serão depositados no BANERJ, a sua disposi-çào.

A DIRETORIA

»¦***%,m CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA

au--.

EDITALComunicamos aos interessados que no dia 14 do corrente,

perante o Conselho de Representantes reunido no Auditório doEdifício Roberto Simonsen, no Setor Bancário Norte, lote 25, emBrasília, Distrito Federal, tomaram posse os membros da Diretoria,Conselho Fiscal e respectivos suplentes, eleitos em 15 de agosto docorrente ano para o triênio administrativo 1980/1983, como segue:DIRETORIA

Efetivos:Presidente:1o Vice-Presidente:Vice-Presidente:Vice-Presidente:Vice-Presidente:Vice-Presidente:Vice-Presidente:1o Secretário:2o Secretário:1- Tesoureiro:2° Tesoureiro:

Suplentes:

k.

Albano do Prado Pimentel FrancoMario Bernardo GarneroPaulo D'Arrigo VellinhoGabriel Hermes FilhoFábio de Araújo MottaJones Santos Neves FilhoFernando Costa D'AlmeidaJosé Aquino PortoJosé Flávio Leite Costa LimaFernando Luiz Gonçalves BezerraOtacilio Borges Canavarros

Miguel VitaLauro Andrade CorreiaJorge Elias ZahranExpedito de Azevedo AmorimOswaldo Vieira MarquesAdalberto de Souza CoelhoAltair Corrêa VieiraOvidio Inácio CarneiroAdilson Roberto Franco BarretoRaymundo Nonato Fontenellede AraújoJoão Barbuino Curvo Neto

João de Mendonça FurtadoMilton FettAlberto Abdalla

Napoleào Cavalcanti Lopes BarbosaCiro Moreira CavalcantiWilliam José Nagem

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1980.(as.) ALBANO DO PRADO PIMENTEL FRANCO

Presidente

CONSELHO FISCALEfetivos:

(P

SERVIÇOSEXTA-FEIRACADERNO B

JORNAL DO BRASIL

Projetos de irrigaçãoda cana no RJ começama ser aprovados agora

Campos — OIAA (Instituto do Açúcar e do Álcool) deveaprovar ainda este mès os dois primeiros grandes projetosde irrigação para a lavoura canavieira do Estado do Rio. Oprimeiro deles, da Usina Outeiro, prevê a irrigação de 3 mil063 hectares e, o segundo, da Usina Baixa Grande (SantoAmaro), a irrigação de 1 mil 600 hectares.

A infprmaçáo é do presidente do Sindicato da Indústriade Refinação do Açúcar e Álcool dos Estados do Rio eEspírito Santo, Geraldo Coutinho, que ontem fez um apelo atodos os industriais da região para que apressem seusprojetos de irrigação, a fim de submetê-los ao IAA. Segundoele, numa reunião que manteve com o presidente do IAA,Hugo Almeida, este lhe garantiu a aprovação dos projetos ea liberação dos recursos, através do Proálcool.

As Usinas Outeiro e Baixa Grande, de propriedade dosSrs Evaldo Inojosa e Fernando De La Riva, respectivamen-te, foram as duas primeiras empresas que submeteram osseus projetos de irrigação ao IAA. Os recursos a seremliberados são parte dos Cr$ 2 bilhões que o Ministério daIndústria e do Comércio afirmou que liberará ainda esteano. Para a irrigação de 100 mil hectares (Õ0-7- da áreacultivada no Estado com cana-de-açúcar), proposta peloMinistro Camilo Penna; serão necessários recursos de Cr$ 7bilhões, em dois anos.

A Usina Outeiro, que já irrigou por sua conta 400hectares, deu entrada no seu projeto há cerca de três meses.O sistema de Irrigação que empregará em sua lavoura é o deaspersáo, cujo custo por hectare é de Cr$ 83 mil, enquanto aUsina Baixa Grande irrigará preferencialmente pelo siste-ma de infiltração (inundação), cujo custo é de CrS 40 mil porha.

Pernambuco reclamapreço melhor e adubo

Recife — O presidente do Sindicato dos Cultivadores deCana do Estado de Pernambuco, Sílvio Carneiro Leão, disseontem ao contestar informações de técnicos do Ministérioda Agricultura de que a produção do Estado está estagnada,que o setor tem condições de aumentar a produção em 20%,desde que haja preço justo e financiamento para compra deadubo.

Ele afirmou que o que está ocorrendo em Pernambuco éque os cultivadores não têm condições para tratar adequa-damente suas culturas devido aos baixos preços e que, emfunção disso, a produtividade tende a estagnar e até mesmocair. "Enquanto nossos cálculos indicam que há uma neces-sidade de aumento de 76%, o Governo nos concedeu apenas38% sobre a tonelada de cana. Ora, Isso é praticamente umdesestímulo ao produtor. A partir disso, ele vai apenasmanter o que já tem plantado sem querer aumentar nada".

Ainda, segundo o Sr Sílvio Carneiro Leão, o desestímulodo Governo aos produtores de cana pernambucanos é, hoje,o responsável pela capacidade ociosa das usinas, equipadaspara produzir 35 milhões de sacas, mas. que atingem apenas23 milhões e com tendência a se manter nesses níveis devidoprincipalmente à falta de estimulo do Governo, através demelhores preços.

Jacques Eluf recusa oconvite de Galvêas paraa presidência da Cobec

São Paulo — O empresário Jacques Eluf, presidente daTrading Iat, não aceitou o convite formulado pelo Ministroda Fazenda, Ernane Galvêas, para assumir o cargo depresidente da Cobec, alegando que "teria de fazer grandesalterações na empresa" que, a seu ver "náo deve competircom a Iniciativa privada na comercialização, mas servir deapoio logístico nas exportações brasileiras".

O Sr Jacques Eluf foi indicado ao Ministro Galvêas porempresários ligados a várias entidades de classe, durante ovôo que trouxe a delegação empresarial que foi ao Chile,juntamente com o Ministro da Fazenda. Ontem, o Sr Elufcomunicou oficialmente sua Intenção de não aceitar aIndicação.

O Sr Eluf disse, ainda, que a indicação do seu nome foicoordenada pelo presidente da ABCE — Associação Brasi-leira de Empresas Comerciais Exportadoras — HumbertoCosta Pinto, em pleno vôo de Santiago para Viracopos, emCampinas.

"Eu tenho uma posição firmada de defesa da livreiniciativa. Nunca escondi esta minha posição e, para traba-lhar na Cobec, teria que alterar substancialmente a empre-sa. No meu entender, ela deve apenas dar apoio logístico aosexportadores brasileiros", aürmou.

Ele esteve no Irá recentemente e quando já haviaconseguido acertar um contrato de exportação de 26 mi-lhões de dólares em mercadorias brasileiras para aquelepaís, com carta de crédito do Deutsch Bank, "o negócio nâose concretizou por causa da guerra contra o Iraque. Tenhoesperança de que, com o final da guerra, consigamos reatl-var o negócio", concluiu o Sr Eluf.

MINISTÉRIO DO EXÉRCITO

DEP CTEx

INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA

MESTRADOEM TRANSPORTES

O IME aceitará até 07 nov 80, inscrições aoMestrado em Transportes, nas áreas deconcentração Planejamento de Transpor-tes e Engenharia de Transportes, em de-corrência de convênio que está sendorenovado entre os Ministérios do Exércitoe dos Transportes, com a interveniência doGEIPOT. Informações: Coordenação dePós-Graduação (SD/3) — IME, Pça. GenTiburcio, Praia Vermelha — 22290, Rio.

M_-fl_T_JUO DO INTERIOR

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTOm*i*i DO VALE DO SÃO FRANCISCO

CONCORRÊNCIA INTERNACIONALEDITAL N? 18/80

A CODHVASF, (orna público, que receberá no dia25 de novembro de 1980, no seu Auditório localizadono 149 andar do Edil'. Central Brasília, Setor BancárioNorte, na Capital Federal, propostas para execução deserviços de dragagem do Riacho Mussuipe, Lagoa I e La-goa II, da Várzea de Pindoba, na Região do Baixo SáoFrancisco, no Estado de Sergipe.

Poderão participar da Concorrência, firmas nacio-nais e estrangeiras, desde que sejam executantes especia-lizadas no ramo e satisfaçam as exigências deste Edital eseus anexos.

O Edital, bem como as Especificações Técnicas eQuantitativos, poderão ser adquiridos no 99 andar doendereço acima.

Brasília, 1)8 de novembro de 1980.

GERENCIA DO DEPARTAMENTO DE LICITAÇÕESE CONTRATOS

IBC quer acabar comsubsídio e pó de cafépode chegar a Cr$ 234

Curitiba — O Diretor de Con-sumo Interno do IBC, João Ro-berto Puliti, informou ontemque o Instituto Já concluiu es-tudos e os submeteu ao Minis-tério da Indústria e do Comer-cio para a total eliminação dossubsídios do café para o consu-mo interno. A medida elevariaos preços do produto de Cr$ 175para CrS 234.

Disse que o subsídio permiteao Governo tabelar os preços econtrolar os lucros dos torrefa-dores, em torno de 6% sobre opreço do café bruto. A retiradafaz parte do plano govemamen-tal de acabar com a política desubsídios. Em relação ao café, aretirada ainda não aconteceupor que iria contra a política decontrole da inflação.

A retirada dos subsídios docafé está sendo discutida por

torrefadores e técnicos do IBCem Curitiba, no 7o CongressoBrasileiro da Indústria de Tor-refação e Moagem de Café — 7oConcafé — que começou segun-da-feira e termina amanhã. Opresidente da Associação Bra-sileira das Indústrias de Torre-facão e Moagem de Café, Sr írisAntônio Campos é favorável àliberdade de gerência dos em-presãrios e diz que o aumentodos preços náo prejudicaria oconsumo.

Informou que o consumo docafé está ficando fora dos hábi-tos da população jovem dopaís, que vem preferindo refri-gerantes e outras bebidas, e as-segurou que, mesmo com a ele-vação dos preços, uma campa-nha Institucional faria aumen-tar o consumo.

Cafeicultores formamnova entidade nacional

Sào Paulo — A cafeiculturado pais contará a partir de de-zembro próximo com uma enti-dade oficial, de âmbito nacio-nal, para sua defesa. Onze pro-dutores dos principais Estadoscafeelros organizaram ontem,aqui, uma grupo de trabalhopara formar a estrutura da no-va entidade.

O estágio do grupo de traba-lho no IBC, para melhor se in-formar sobre o setor e para sa-ber das razões e critérios em3ue

foi baseado o atual planoe safra, que vai até Junho pró-ximo, foram algumas das deci-soes da reunião, no MaksoudPlazza.

MOTTVAÇÀO

As propostas foram motiva-das pela falta de aglutinaçãodas várias entidades de classeexistentes no país. Segundo ocoordenador da reunião de on-tem, o cafeicultor José Procó-pio de Azevedo, Isso gera umfracionamento e enfraquece asreivindicações junto ao Go-vemo.

Uma comissão formada»pelogrupo de trabalho manterá con-tatos com os governadores detodos os Estados produtores.Foi aprovada a elaboração deuma cartilha sobre a políticacafeeira, para facilitar a com-preensão das medidas oficiaispor todos os agricultores.

A próxima reunião do grupode trabalho será realizada nosdias 30 e 31 de outubro, noBrasil Hilton, em Belo Horizon-te. Durante a realização do ICongresso Nacional dos Cafei-cultores, nos dias 3, 4 e 5 dedezembro próximo, em SâoPaulo, a nova entidade deveráser oficializada.

A proposta de um estágio noIBC deve-se ao fato de o órgão

náo publicar periodicamente asinformações sobre o andamen-to da economia cafeeira. A au-dlèncla com o Conselho Mone-tário Nacional é "porque so-mente a indústria, comércio e osetor financeiro sáo informadosdevidamente sobre suas deci-soes".

Sobre a falta de Informaçõesoficiais para os produtores, o SrJosé de Azevedo lembrou serimportante saber as quantlda-des compradas pelos torrefado-res e seus níveis de estoque, oque o BC náo informa mas énormalmente conhecido nosdemais países.SEM HEOEMONIAS

Segundo o Sr José de Azeve-do cada reunião do grupo detrabalho terá um novo coorde-nador. Uma das preocupaçõesdos cafeicultores envolvidos êevitar a hegemonia de Estadosou entidades de classe sobre ostrabalhos em andamento eprincipalmente depois, na dire-çáo da nova entidade.

Ele informou que a união dosetor conta com a compreensãodo Governo, entidades de cias-se e cooperativas dos cafeicul-tores. Seu slogan é "defender oque resta do café, o que é bompara o Brasil". São as seguintesas entidades envolvidas:

Associação Brasileira de De-senvolvimento da Cafeicultura;Associação Paranaense da Ca-feicultura; Associação Paulistada Cafeicultura; Associaçãodos Cafeicultores do EspiritoSanto; Federações da Agricul-tura da Bahia, Minas Gerais,Paraná, Sáo Paulo, Rio de Ja-neiro e Espirito Santo e Socie-dades Rurais Brasileira e doParaná.

Fim da Pancafé nãosurpreende produtor

Sáo Paulo — O diretor daAssociação Paulista dos Cafei-cultores, Sr José Procópio deAzevedo, disse ontem que osprodutores não se surpreende-ram com a vida efêmera doPancafé, "porque é sempre difi-cil a intervenção nessa área,sustentando preços".

Lembrando que a interven-çâo no mercado é normalmentedesejada pelos países produto-

res, no momento de uma supe-roferta, o empresário disse quetoma-se necessário grande vo-lume de recursos para enxuga-lo e a Intervenção torna-se im-possível na prática.

Explicou que para enxugar 1milhão de sacas de café, queestavam há alguns meses a 200dólares cada uma, seriam ne-cessários recursos multo eleva-dos,

VENDO DTVAA — RIOMarcar entrevista

Tel.: 231-3683

TfflFUNDAÇÃOGETÚLIO VARGAS

ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTOFINANCEIRO

Dias 22, 23 e 24 d» OutubroFINALIDADE: Apresentar técnicas o procedimentos da área financeira, ooncentuar bons princípios de prática financeira, quantificar valores relevantes noplanejamento financeiro e destacar técnicas de elaboração e administração deCash Flow.PROGRAMA Cash Flow e Tarefaçéo, Otimização e Maximi-açéo de Fluxos,Planejamento e Controle Financeiro. Interface Contabilidade X Tesourara.Velocidade do Giro da Mooda. Administração de Contas a Receber e a Pagar,Fontes de Financiamento, Técnicas de Approech. Operações com Bancos.Tipos de Operações. Orçamento — Técroc8S de E-boraçáo e Controle, AnáliseEconômica para Tomadas de Decisões.PROFESSOR Sadi Carnot de Almeida Carneiro, Pds-Graduado om Direção daEmpresas pelo IMEDE (Suíça). Diretor da AGGS e do IBRAE

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGASInstituto da Recursoi HumanosAv. 13 de Moio, 23 — 11° andar — RioFONES (0211 240-1665, 240-3666, 262-3094, 262-3148 a262-3591. ip

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Li SANO s a.indústria e co**nércto

COMPANHIA ABERTACGC n° 33 033 960 0001-07

ASSEMBLÉIAS 6ERAIS — EXTRAORDINÁRIA E ORDINÁRIAEDITAL DE CONVOCAÇÃO

Sâo convidados os Srs Acionistas Oa SANO S A Indústria e Comércio a reunir-seen Assembléias Gerais — Extraordinária e Ordinária, a realizarem-se no prúximo dia 31de Outubro do corrente aro. âs 15 00 ncas r>a sede social à Rua Pauto Fernandes nP24. 3o andar, nesta cidade do Ro ae Janeiro (FU). para deliberarem sobr. a seguinteOdem do Di.

- ASSEMBLÉIA EXTRAORDINÁRIAai Modificação parcial do Estatuto e crieçôo de cargo na Detona

Alteração dos art i° parágrafo único, art 10°. art 11°. art 14° e seusparágrafos e arr 15°

D) Assuntos de interesse gera1II • ASSEMBLÉIA ORDINÁRIA,

a) Apreçar e deliberar sobre o Seüiór-o da Adm-mstraçéo e demais demonstra-çòes que o acomoanharam, referentes ao exercício sooai encerrado em 30 deJunno oe 1980, bem assim sobre a destmaçao dos resultados, segundoprooosta oa Administração

bl Aumento do Capita! Soe» de CrS 300 000 000.00 para CrS 442 911 677 00.mediante a '."-corporação oa correção monetária do capital no montante deCrS !42 9H 677.00. feita en 30.6/80. sem mcdificaçao do .-úmero e valorcas ações

ci Alteração oo An 3o oos Estatutosai Eteiçáo oos membros oo Conselho de Admir<straç_o para o trèno

! 980 T 983ei Fixação dos honorários des ôrgàos da Administração

Na conformidade do 5 2° do Art 21 dos Estatutos Sociais, os Acostaspossuidores oe Ações ao ^oiadcr. sem drre.to a voto, deverão depositar até 5 (cinco)das artes da date da realização das Assembléias, os respectivos títulos ou, no mesmoprazo, apresentar prova do oepósito cos mesmos em Banco Os titulares 0e açóesnominativas ex^râo documento fomec-oo peta Empresa, extraído 0o Registro deAções, ate 3 ItrôsJ dias antes oa Assembléia,

As trans'eréncos ou conversões de ações ficarão suspensas r-0 perodo de 29 deOutubro a 05 de NovamDro de 1980.

Rio de Janeiro. 13 de Outubro de '980ias I Carlos Olav Gunnar Sjostedt.Pres. do Conselhn de Administração (P

JORNAL DO BRASIL ? quarta-feira, 15/10/80 ? Io Caderno ECONOMIA - 17

Decreto do horário de verão

será aprovado hoje pela CNE

Brasílio/Sonjc Reqo

O presidente da Eletrobrás, General CostaCavalcanti, entregou ontem ao Ministro dasMinas e Energia, César Cais, o parecer favorá-vel da empresa à adoção do horário de verãoentre Io de novembro e Io de março, em todo oterritório nacional.O estudo da Eletrobrás, acompanhado deminuta de decreto, será submetido hoje peloMinistro Cais à Comissão Nacional de Energia.A economia de derivados de petróleo será de 35toneladas/dia de óleo combustível, informou oGeneral Costa Cavalcanti.A antecipação dos relógios em uma hora, a

partir de Io de novembro, só trará economia de, derivados de petróleo em São Paulo, onde ausina termelétrica de Piratininga ainda opera,embora produzindo pouca energia. No Rio deJaneiro, não haverá nenhuma economia, disseo presidente da Eletrobrás, porque a termelétri-ca de Santa Cruz há muito está parada.Na regiáo Sul, a economia será exclusiva-mente de carváo — 550 toneladas/dia — e noNordeste náo há o que economizar, pois aregião é servida apenas por usinas hidrelétri-cas. Na Amazônia, onde é maior o consumo dederivados de petróleo, pois não há usinas hidre-

létricas operando, "a economia será pouco sen-slvel, porque lá a duração do çlla é igual à danoite", disse o General Costa Cavalcanti.

O presidente da Eletrobrás ressalvou que ocálculo da economia de óleo combustível épassivel de modificações, porque as experién-cias anteriores com o horário de verão náoforam bem acompanhadas.

Ao sair da reuniáo com o Ministro CésarCais, o General Costa Cavalcanti informou quea partir do próximo dia 31 a cidade de Impera-triz, no Maranhão, deixará de consumir óleodiesel para geração de energia elétrica, porquecomeçará a receber energia produzida pelaCHESP — Companhia Hidrelétrica do SãoFrancisco, através da linha de transmissão quesai de Boa Esperança.

O General Costa Cavalcanti assegurou quenáo discutiu com o Ministro a questáo damudança do modelo de gerenciamento dasusinas nucleares. Já o Ministro César Cais,também á saída da reunião com o presidente daEletrobrás, disse apenas que estão sendo reall-zados estudos sobre o gerenciamento das usi-nas no âmbito do Ministério das Minas e Ener-gia e do Conselho de Segurança Nacional.

Consumo de diesel cresce 8,9%O consumo nacional de derivados de petró-leo caiu 0,2% nos últimos 12 meses, em compa-

ração com o ano anterior, com um volume de 1milhão 133 mil barris consumidos diariamente.Deste volume, 164 mil barris são produzidos nopais e 969 mil são importados.

Dos derivados de petróleo, o óleo diesel, quetem maior participação no consumo (28,3%),sofreu um aumento de 8,9% comparativamenteno período de um ano enquanto que a gasolina(incluindo álcool) caiu 8,8% neste mesmo perío-do. A gasolina participa com 22% do consumototal dos derivados de petróleo.

O consumoApesar de a maioria dos derivados de petró-leo vir apresentando uma queda em seu consu-

mo, o óleo diesel e o querosene de aviaçãoregistraram grandes altas. No mês de setembro,em relação ao mesmo mès do ano passado, odiesel cresceu 14,3%. Isto porque, segundo ex-pücações de técnicos da Petrobrás, os motoris-tas consumidores de gasolina estão misturandoesse combustível com o diesel.

No caso do querosene de aviação, que cres-ceu 21% em setembro, a explicação é que, comoesse combustível tem o preço menor que o deoutros paises da América do Sul, alguns aviõesestrangeiros costumam se abastecer no Brasil.No período de um ano o aumento do querosenede aviação foi de 15%.

Outro derivado importante, o GLP, tambémteve aumento de consumo em setembro, naproporção de 11,3%, mas sua participação nototal déconsumo de petróleo é de apenas 7,6%.Já o óleo combustível, segundo maior partici-pante nos derivados, com 27,6%, teve seu con-sumo reduzido em 5,1% no período de um ano ede 6,6% em setembro, comparando-se com o' ano passado.

A mistura do álcool anidro á gasolina, entre-tanto, revelou uma queda de 21,3%, o quemostra que o Governo está misturando menos.O consumo de álcool hidratado, para motores100% a álcool, foi de 40 milhões e 700 mil litros

- em setembro.O Ministro César Cais esteve ontem na Pe-

trobrás, onde se reuniu com o presidente da

empresa, Shlgeaki Ueki, e a diretoria e determi-nou que sejam feitos todos os esforços para queo Sistema Provisório de Garoupa, que há doismeses paralisou sua produção de 39 mil barris/dia — volte a operar o mais urgente possível. Opresidente da Petrobrás informou ao Ministroque isso só será possível no final de dezembroou Início de janeiro.Na reunião com o Ministro das Minas eEnergia ficou decidido ainda que as empresasValefértll, Valep e Fosfértil, todas coligadas daPetroférfll, que é subsidiária da Petrobrás, se-rão unidas em uma só, com sede em Uberaba,Minas Gerais.

O Sr César Cais foi informado que chegaramontem ao Brasil oito técnicos da Braspetro noIraque, entre geólogos e engenheiros, além deoito professores contratados pela subsidiáriada Petrobrás e cinco funcionários de gruposmovéis, num total de 70 pessoas incluindofamiliares. Ficaram no Kuwait 120 pessoas, dosquais 30 técnicos. Em Basrah, no Iraque, háapenas dois funcionários da Braspetro. No ba-lanço da empresa os diretores informaram ain-da ao Ministro que no mês de agosto foramexportados 21 milhões de litros de gasolina, 77milhões de litros de gasolina de aviação, 42milhões de litros de diesel e 124 milhões delitros de óleo combustível.

Óleos vegetaisEm reuniáo com representantes da ABI-

MAQ — Associação Brasileira da Indústria deMáquinas, o Ministro das Minas e Energia,César Cais, propôs a celebração de um convè-nio entre o Governo e a iniciativa privada, paraexaminar a capacidade ociosa da indústriaprodutora de óleos vegetais e as perspectivasno setor agrícola, com vistas à substituição doóleo diesel por óleos vegetais.

Os representantes da ABIMAQ — Srs Ro-berto Lohmann, da Motores Perkins, HamilcarBaroni, da Fiat Diesel, e Antonio Carlos Sabi-no, da MWM-Dlesel — todos fabricantes demotores diesel, sugeriram como meta inicial aadição de 5% de óleo vegetal ao diesel e sedispuseram a realizar testes de desempenho econfiabilidade dos motores.

Estoque perde 230 mil barris!diaBrasília — "O Brasil está perdendo cerca de

230 mil barris de petróleo diários de seus esto-ques em conseqüência da guerra Irá-Iraque",revelou ontem o professor Eduardo CelestinoRodrigues, que é o assessor do Presidente daRepública para acompanhamento dos progra-mas e planos elaborados pela CNE (ComissãoNacional de Energia).

O assessor presidencial revelou ainda que opais náo conseguirá economizar os 200 milbarris/dia de petróleo representados pelos 50%de óleo antes importado do Iraque e que náoterão contratos de importação substitutivos.Disse que a economia, na melhor das hipóteses,

, ficará entre 110 e 120 mil barris/dia. "O restantetem de sair dos estoques."

Para o Sr Celestino Rodrigues, "náo se podedizer que a situação esteja tranqüila, mas pelomenos está sob controle". Acha também que o<¦ país está em suspense e revelou que pessoal-* mente, como um dos responsáveis pelo proble-ma, "sou hoje um homem aflito. Na semanapassada minha pressáo foi de 17 e meio e hoje

- está a 17".Reunião da CNE

Explicou o assessor da Presidência, quetambém tem assento na CNE, que na reunião' de hoje da Comissão será possível fazer pelaprimeira vez projeções e planos em bases mais

i reais. "Quando estabelecemos as metas nasreuniões de 30 de setembro e 3 de outubro,ainda náo tínhamos certeza se, por exemplo,conseguiríamos comprar os 200 mil barris/diadê petróleo que pretendíamos e agora já sabe-

f mos que firmamos contratos para boa partedele."¦ A reunião de hoje da CNE será de expectati-

i va quanto às medidas para economia de com-»bustível a serem apresentadas pelos Ministros,

,; segundo o Sr Celestino Rodrigues.

TransportesA Comissão Nacional de Energia —CNE—1 examina hoje, por proposição do Ministério dos

. Transportes, a isenção da cobrança da TaxaRodoviária Onica-TRU para os táxis, a criaçãode uma linha de crédito na Caixa Econômica

Federal-CEF para o financiamento de motoresnovos a álcool para táxis e a adoção dos chama-dos táxis-lotação.

Além das medidas destinadas ao transportepor táxi, o Ministro EUseu Resende informouque a Comissão vai examinar também a libera-ção de recursos do Programa de MobilizaçãoEnergética-PME para os projetos de roll-on-roll-off e projetos do programa de carvão mi-neral.

Reescalonamento de horárioQuanto ao reescalonamento do horário de

trabalhei, por categoria profissionais, incluindoo horário corrido para o funcionalismo público,o Ministro dos Transportes ressaltou que eleserá examinado pela Comissão, mas não seráainda aprovado, uma vez que é preciso ouvirvários órgãos federais, como o DASP, BancoCentral e Banco do Brasil, e órgãos privados,tais como as confederações e sindicatos docomércio e da indústria, Interessados nesse ,assunto.

O secretário-geral do Ministério dos Trans-portes, Sr Wando Pereira, vai informar à CNEque o Ministério já instituiu um programachamado "bolsa de fretes", junto aos postos daPolicia Rodoviária Federal em todo o territóriofederal, e principalmente centros geradores decargas, para evitar que haja desperdício decombustíveis no setor de cargas.

IndústriaA Comissão Nacional de Energia—CNE exa-

minará também na reunião de hoje o elenco demedidas propostas pelo Ministério da Indústriae do Comércio—MIC, relativas aos setores in-dustriais do país, para que diminuam os consu-mos dos derivados de petróleo. Entre as medi-das propostas o MIC sugeriu a produção de gãsliqüefeito engarrafado (GLP) a partir de umaparcela da gasolina eventualmente dlsponivelnas refinarias da Petrobrás.

Leia editorial "Opção Clara"

RJ usa distritos industriais

como seu principal

incentivo

Com seus recursos próprios praticamentecomprometidos com a dívida do metrô e semincentivos maciços do Governo federal, o Esta-do do Rio de Janeiro só pode contar hojebasicamente com o empresariado nacional eestrangeiro para reciclar seus projetos indus-triais. E, para estes, os únicos incentivos dispo-niveis do Governo estadual são os distritosindustriais".

Este quadro foi apresentado ontem peloSecretário de Indústria, Comércio e Turismo,Carlos Alberto de Andrade Pinto, em palestrarealizada no Primeiro Encontro Brasileiro deNormalização. Sem se mostrar pessimista,"pois o Rio tem todas as condições para acele-rar seu processo industrial — mão-de-obra, in-fra-estrutura e áreas disponíveis" — deixouclara sua insatisfação com os critérios quepreterem os investimentos no Estado aos deoutras unidades da Federação.

Talvez — disse ele — pudéssemos superartodas as dificuldades. Mas o Rio tem sidopenalizado pela falta de economicidade na con-cessão de incentivos a outros Estados. Segundoele, o Rio está sendo obrigado a pagar para queoutras unidades da Federação tenham seu pro-cesso de desenvolvimento acelerado.

Para mostrar a dificuldade de se apoiar osetor industria], Andrade Pinto informou que,em 1981, o orçamento do Estado estará pratica-mente comprometido com as dívidas do metrô,avaliadas em Cr$ 40 bilhões. Da área federal,tem obtido financiamentos para projetos desti-nados à exportação, mas não à agricultura, quepela sua debilidade e fragilidade não'tem comoobter capital. Com isso, é apoiado pelos investi-mentos clássicos, realizados através da Petro-brás, Banco Nacional de Habitação e BancoNacional de Desenvolvimento Econômico.

Existe também destacou — o inconvenientede o Estado do Rio estar localizado entre oEspirito Santo e Minas Gerais, nos quais háuma perfeita articulação entre os órgãos esta-duais e amparo federal, e de São Paulo, umabsorvedor natural de recursos.

Levando em conta estas limitações, o Secre-tário apontou como fundamental para os quepretendem investir no Estados distritos indus-triais, que já comportam 160 indústrias, dasquais 50 já implantadas e 110 em implantação."Na falta de recursos estatais e estímulos finan-ceiros e crediticios federais" — acrescentou —"os distritos garantem a consolidação do Riocomo segundo pólo industrial."

Figueiredo conversou com o novo presidente daCNI (D), Albano Franco, após este ser empossado

Figueiredo diz ser

preciso manter os

níveis de empregoBrasília — O Presidente Fl-

gueiredo lembrou ontem a res-ponsabilidade social do empre-sariado brasileiro, "nesta épocaespecialmente difícil, onde épreciso assegurar a manuten-ção do nível de emprego denossa força de trabalho". Aspalavras foram pronunciadasdurante a solenidade de possedo novo presidente da Confede-ração Nacional da Indústria(CNI), Albano do Prado Franco.

Assinalou ainda o PresidenteFigueiredo que a "política sala-rial do Governo está concebidade modo a proporcionar melho-rias reais de poder aquisitivoaos trabalhadores, mesmo comsacrifício dos que ganhammais".

MENOS LUCROSEm seu discurso, o Presidente

Figueiredo reiterou seu apelopara que os homens de negó-cios "participem com o Gover-no no combate à inflação", re-conhecendo que tal ajuda, nocaso dos empresários, possa vira custar margens de lucros me-nores.

O Presidente Figueiredo fez oelogia da Indústria brasileiraque aprimora os "métodos,aperfeiçoa os processos e mo-derniza os equipamentos". Ecompletou: "Do ponto-de-vistaeconômico, a indústria brasilel-ra vem cumprindo seu papel".

SALÁRIO X LUCROSEm seu pronunciamento, o

empresário Albano do PradoFranco destacou que o "lucronão é inimigo do salário e osalário náo é adversário do lu-cro". De acordo com o seu pen-samento, adversário e inimigodos dois é o lucro que advémdas atividades especulativas,"lucro que, sem risco e semsuor, corre à margem da econo-mia sem multiplicar, social-mente, os empregos e riquezasque ela reclama".

O novo presidente da CNI ga-rantiu que será "presidente detodos, e não líder de grupos,porta-voz de facções". Desta-cou a "união do empresariado,na defesa de posições que, semprejuízo de suas especificidadeslocais, preservem a identidadenacional, os superiores interes-ses do povo brasileiro".

Falou também da participa-ção política do empresariadobrasileiro ao lembrar que "se apolítica de desenvolvimento é,também, o desenvolvimento dapolítica, empresariado e demo-cracia são um pacto de fortale-cimento recíproco e sobrevi-vência comum".

Falando aos empresários, oMinistro do Trabalho, MuriloMacedo, fez uma análise dosproblemas enfrentados pelasnações pobres è mostrou que ospaíses em desenvolvimento"exibem uma enorme difleulda-de para conviver na divergên-cia e lidar com conflitos de inte-resses". Nestas sociedades, apresença do conflito gera in-tranqüilidade e dissemina umaapreensão desconfortável,acrescentou o Ministro.

O ex-presidente da CNI, Do-mício Veloso, saudou o Sr Alba-no Franco com votos de êxitoem suas novas funções e fez umrápido histórico do que realizouna entidade durante a sua ges-tão. Deu destaque para o estu-do realizado pela CNI, atravésde seu Conselho de Energia,

que elaborou dois "substancio-sos trabalhos enviados à Co-missão Nacional de Energia(CNE).

A nova diretoria da CNI estáassim composta: presidente,Albano do Prado Franco;l°-vice-presidente, Mário Gar-nero; vice-presidentes, PauloVellinho, Gabriel Hermes Fi-lho, Fábio de Araújo Mota, Jo-nes Santos Neves Filho e Fer-nando Cota D'Almeida; Io-secretário, José Aquino Porto;2°-secretário, José Leite CostaLima; l°-tesoureiro, FernandoLuís Gonçalves Bezerra; e2°-tesoureiro, Otácílio BorgesCanavarro.

FESTAEm virtude de ser filho do

Governador de Sergipe e políti-co militante do PDS, a soleni-dade de posse do Sr AlbanoFranco na CNI, realizada noEdifício Roberto Simonsen, emBrasília, foi transformada nu-ma movimentada festa de poli-ticos e empresários, com a pre-sença de cerca de 500 pessoas.O acúmulo de pessoas era tãogrande que o Ministro da In-dústria e do Comércio, CamiloPenna, e o lider do Governo noSenado, Jarbas Passarinho,chegaram alguns minutos atra-sados e tiveram de assistir depé à solenidade nos fundos doauditório.

Entre os Ministros, estavamos Srs Delfim Neto, CamiloPenna, Haroldo de Matos, Da-nilo Venturini e Ernane Gal-vêas. Após os discursos, o Presi-dente Figueiredo deu um abra-ço no empresário e permaneceuno local conversando com poli-ticos e industriais durante qua-se 45 minutos. Outro que fezquestáo de participar da festafoi o Vice-Presidente AurelianoChaves.

Quem éAos 38 anos de idade, Al-

bano Franco, novo presi-dente da CNI, é o maior em-presário do Estado de Ser-gipe, ligado a atividadesagropecuárias, têxteis e decomunicação social. É fllhodo atual Governador deSergipe, Augusto Franco, enasceu em Aracaju, Capitaldo Estado.

£ considerado o braço di-reito de seu pai, além deatuar como intermediárionas questões políticas doEstado. Por isso que, de se-cretário-geral da antigaArena, foi escolhido presi-dente do PDS de Sergipe.Ele já foi deputado estadualpor duas legislaturas e pre-sidente da Assembléia Le-gislativa.Ligado também às ativi-dades do Sesi e Senai, emseu Estado, seu processo dehabilidade e capacidade po-de ser comprovado com asua chegada à presidênciado CNI, segundo revelou oDeputado Raimundo Diniz,para quem o Sr Albar^Franco representa o pensa-mento do empresariado no-vo do país. Albano Franco éo filho mais velho do Gover-nador Augusto Franco. £casado com D Leonor Bar-reto Franco e tem dois fl-lhos, Ricardo e Adélia.

SEXTA-FEIRACADERNO B

JORNAL DO BRASIL SERVIÇO

Papa Jr se declara

cotado para a CNC "A

Sào Paulo — O presidente da Federação do Comércio doEstado de São Paulo, José Papa Jr, confirmou ontem queseu nome vem sendo cotado — juntamente com os aospresidentes das Federações do Comércio da Bahia. DeraldoMota, de Santa Catarina, Charles Moritz, do Espírito Santo,Antônio de Oliveira Santo, e do Rio de Janeiro, Mozart doAmaral — para a sucessão do Sr Jessé Pinto Freire napresidência da Confederação Nacional do Comércio.

A Confederação, através dos presidentes das Federa-çôes, sempre procurou seguir a linha da unidade. Estamosprocurando formai- uma chapa de consenso, de união. Entreos nomes mais cotados estão os que citei" — explicou o SrJosé Papa Jr. Ele considera, por isso, e porque a "morte deJessé nos deixou atônitos", que a nova presidência daentidade emanará do diálogo. "Não acredito, de formaalguma, que suija uma chapa de oposição".

Após declarar que "náo sou candidato de mim mesmo",afirmou que, "se meus companheiros acharem que eu devaser indicado, irei pensar no assunto. Se isso acon-recer seráuma mudança total em minha vida".

Informou que a atual diretoria, com o Sr Deraldo Motacomo presidente — assumiu o cargo, pois ocupava a primei-ra vice-presidência — deverá continuar até dia 19 de novem-bro. Após o vencimento do mandato, a Confederação terá 10dias para eleger a nova mesa diretora.

Governo federal

concede hoje

alta prioridade para

CarajásBrasília — O CDE (Conselho de Desenvolvi-mento Econômico) aprova hoje exposição demotivos declarando de alta prioridade, peloGoverno federal, o Projeto de Minério de Ferro

de Carajás, com o objetivo de, a partir destadeclaração e da conseqüente institucionaliza-ção do projeto, atrair e facilitar o fluxo derecursos externos para o empreendimento.

Propositalmente, a concessão de prioridadeserá dada às vésperas da viagem do Ministro doPlanejamento, Delfim Neto, a Tóquio, onde. apartir do próximo dia 26, negocia a participa-çáo de financiamentos Japoneses na construçãoda ferrovia entre Carajás e Ponta da Madeira eo aumento das compras de minério pelo merca-do nipônico quando o empreendimento entrarem operação, em 1984 ou 1985.

O Projeto Carajás prevê investimentos de 3bilhões de dólares nos próximos quatro anos euma produção inicial de 35 milhões de tonela-das de ferro anuais. Ainda na reunião de hoje, éprovável que se aprove resolução determinan-do que o acompanhamento da conta petróleono orçamento monetário seja efetuado tambémpela SEAP (Secretaria Especial de Abasteci-mento e Preços) e CNP (Conselho Nacional doPetróleo), em conjunto, formalizando-se umaprática que já vem ocorrendo.

O projetoO Projeto Grande Carajás, ou Carajazáo,

como já vem sendo chamado, será um empreen-dimento aos moldes de grandes pólos desenvol-vimentistas regionais, do tipo controlado pelaTVA (Tennessee Valey Authority), nos EstadosUnidos, ou CVG (Corporación Venezuelana deGuayana), na Venezuela.

Trata-se de um projeto mineiro-industrial-agricola-energétlco, concentrando em torno deorganismos e companhias a serem formadastodos os empreendimentos Já lançados e outrosplanejados, na região. No relato que o Ministrodas Minas e Energia, César Cais, fará hoje aoCDE (Conselho de Desenvolvimento Econômi-co) ele confirmará previsões de que o GrandeCarajás pode apresentar, quando completa-mente implantado, receitas anuais de até 11bilhões 300 milhões de dólares, ainda que exijainversões da ordem de 32 bilhões 900 milhões dedólares (incluindo o custo da Usina de Tucuruie o projeto de extração e escoamento do miné-rio de ferro).

O projeto girará em torno de quatro pólosprincipais; Marabá, Turucuri, Vila do Conde(Belém) e São Luis. Ele envolverá ações dosMinistérios das Minas e Energia, do Interior, daAgricultura, da Indústria e do Comércio, dosTransportes, das Relações Exteriores, da Fa-zenda e Secretaria de Planejamento da Presi-déncia da República.

O Ministro César Cais apresentou ao Minls-tro Delfim Neto as seguintes sugestões para aorganização técnico-administrativa do projeto:a) grupo de trabalho interministerial; b) grupoexecutivo; c) companhia promotora de investi-mentos; d) companhia de desenvolvimento eco-nómico; e) autarquia de desenvolvimento regio-nal. Uma alternativa também discutida é acriação de uma superintendência, defendidaprincipalmente pelo Ministro do Planejamento.

O projeto, que terá influência sobre os Esta-dos do Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e RioGrande do Norte, exigirá as seguintes obras deinfra-estrutura, todas já em andamento: usinahidrelétrica de Tucurui, ferrovia serra dos Cara-jás—Sào Luís, porto de São Luis, hidroviaTrombetas—Belém (Vila do Conde), hidroviaMarabá—Belém e eclusa de Tucurui, que será oelo de ligação, no rio Tocantins, no trechoIpixuna—Vila do Conde (Belém).

No segmento mlnero-metalúrgico do projetoconstam, além do minério de ferro, a extração ebenefleiamento dos seguintes minerais: cobre(reservas de 1 bilhão de toneladas de minério),ouro, alumínio, níquel, manganês, coque, silícioe estanho. No segmento exploração florestal eagropecuária: carvão vegetal, arroz, milho, fel-jáo, mandioca, soja, cana-de-açúcar, dendê, ba-baçu, borracha e pecuária.

Minério não parece '

interessar a JapãoAnilde Werneck ,Corrtipond«rrt«

Tóquio — Quando uma missão da Cia.Vaie do Rio Doce chegar a Tóquio, neste fimde semana, para discutir com siderúrgicasjaponesas a venda de minério de ferro pro-duzido na serra de Carajás, náo vai eneon-trar uma disposição que permita prever umacordo para breve. Fontes do setor revela-ram ontem que será necessário ainda muitotempo para que haja um consenso sobre ánecessidade de firmar um novo contrato dêfornecimento com o Brasil.

De acordo com informação divulgadaontem, cinco funcionários da CRVD iniciamsegunda-feira as conversações com repre-sentantes do setor siderúrgico japonês, ten-do à frente a Nippon Steel. A missão seráchefiada pelo vice-presidente França Perei-ra, já que o presidente Elieser Batista teráde acompanhar o Presidente Figueiredo navisita que fará a Carajás, no próximo dia 24.Batista ficou de vir ao Japão no inicio denovembro, para prosseguir as discussõesque devem também ser abordadas pelo Mi-nistro Delfim Neto, cuja chegada a Tóquioestá prevista para o dia 26.

AustráliaFontes da área siderúrgica disseram queo Japão dá preferência ao minério austra-

liano, por causa do menor custo do frete emface da proximidade geográfica. No mo*mento os japoneses discutem com os austra^lianos a assinatura de mais dois contratospara a compra da produção de duas novasminas, Angela Ocidental e a Goldworthy C.

No ano fiscal que terminou em marçopassado, o Japão importou 55 milhóes 256mil toneladas de minério da Austrália, cor-respondendo a 43% de suas importaçõestotais. No mesmo periodo, o Brasil contri-buiu com 20% ou 26 milhões e 49 mil tone-ladas. *

Em relação a um compromisso de com-pra do ferro de Carajás, os japoneses aflr-num que além da necessidade de estuda*rem meios para a divisão de novas quotasde fornecimento, aguardam as negociaçõesentre a Vale e possíveis compradores daEuropa Ocidental, já que os preços para oJapão serão baseados nos que forem estabe-lecidos para a Europa. Segundo as fontes, aempresa brasileira está oferecendo entre 10milhões e 13 milhões de toneladas anuais deferro de Carajás, a partir de 1985.

Ainda segundo as fontes japonesas, osbrasileiros asseguraram que arcarão comtodos os custos de infra-estrutura de Cara-jás, incluindo a construção de uma ferroviade 890 quilômetros, para conduzir o minérioaté um porto no Maranhão. Além disso,comprometeram-se a subsidiar metade dadiferença nas taxas de frete a Europa e o,Japão. Há duas semanas, um poli de quatro!siderúrgicas japonesas anunciou o afreta-mento de um grande minério-petroleiro daDocenave, para transportar minério para OJapão. O contrato vigorará por seis anos, apartir de abril do ano que vem, com o preçofixo de 10 dólares por tonelada.

TÉCNICO DO BANORTE

RECEBE BYTE DE OURO

4PSlrT

Usuários e Técnicos de Sistemas de Processamento de Dados e Computadores do Nordestereuniram-se, no Clube Internacional, no Recife, para homenagear o Sr. Zemar Carneiro de Rezende,Diretor-Executivo do Banorte — Sistema e Métodos. A homenagem foi representada pelo "BYTE DEOURO", que lhe foi conferido pela SUCESU-PE pelo seu trabalho à frente do setor de ProcessamentoEletrônico do Banorte, destacando-se a recente implantação do primeiro sistema bancário deprocessamento distribuído em tempo real, totalmente projetado, desenvolvido e construído portécnicos do Banorte e da Digirede.

Agradecendo à homenagem, Zemar destacou que "vivemos época de transições profundas",afirmando crer que "está reservado ao computador papel cada vez mais importante como instrumentodas mudanças".

Dedicando-se há 22 anos à atividades ligadas à informática, Zemar é um dos pioneiros destaciência no Brasil, país onde há 23 anos foram implantados os primeiros computadores.

Há 10 anos no Banorte. Zemar reconhece que "o país não pode deixar de perseguir o domínio datecnologia do setor, sob pena de perpetuação de uma dependência externa obviamente indesejável ecada vez maior".

O sistema por ele desenvolvido para o Banorte foi interpretado como "contribuição para o esforçode consolidação da indústria nacional de computadores" e os equipamentos e sistemas que passam aser utilizados pioneiramente pelo Banorte. brevemente estarão à disposição dos demais Bancos para asolução dos seus problemas de Processamento de Dados. (P

f COMPANHIA NACIONAL DE TECIDOS NOVA AMÉRICASoledade de Cap^a* Aberto • C G C.-MF. • 33 007.59? 0001-22

COMUNICADO AOS SENHORES ACIONISTASA partir do dia 28 de outubro corrente, será pago no Escritório Central da Companhia, à Rua DomGerardo n° 35 — 5o andar, nesta cidade, o 102° Dividendo relativo ao 1C semestre de 1980,diariamente, no horário das 10 às 15 horas, exceto aos sábados. A partir do dia 17 de novembro, oatendimento passará a ser feito no horário das 10 às 11 e das 13 às 16 horas, diariamente, exceto aossábadosAÇÕES NOMINATIVAS: Pagamento durante o horário estabelecido.AÇÕES AO PORTADOR: Será pago no dia marcado quando da apresentação das cautelas.

SENDOAÇÕES PREFERENCIAIS: 9% s/CrS 80.400.000.00 = 14.895% p ação

4,5% s/Cr$ 37.800.000.00 (Pró-rata TemDOre)AÇÕES ORDINÁRIAS: 6% s/CrS 321.600.000,00 = 9.93% p/ação

3% s/CrS 151.200.000,00 (Pró-rata Tempore)IMPOSTO DE RENDA

Serão observadas as disposições legais vigentes para Companhias Abertas, sendo que o dividendo deações ao portador não recebido até 24 de fevereiro de 1981. sofrerá o desconto do imposto de rendana fonte como rendimento de beneficiário não identificado.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES— Para as ações nominativas ou ao portador identificado, será indispensável a apresentação do

documento de identidade e do CPF ou CGC._ Os títulos deverão ser apresentados em ordem crescente de numero de cautelas

— As transferências, desdobramentos e conversões de ações estarão suspensas no período de 22de outubro a 05 de novembro.

Rio de Janeiro, 10 de outubro de 1530COMPANHIA NACIONAL DE TECIDOS NOVA AMERICA

(as.) MANOEL GARCIA - DIRETOR ADMINISTRATIVO (p

[]

e

18 - ECONOMIA JORNAL DO BRASIL G quarto-feiro, 15/1^/80 Q 1° Caderno

Nova conta da Petrobrás

não agrada a analista"Inexplicavelmente", a Petrobrás optou

por colocar a conta especial de reavaliaçãodo custo do petróleo no exigivel a longoprazo, "quando se trata de uma conta natu-ralmente registrável no patrimônio". Dequalquer modo, a modificação introduzidapelo Decreto-Lei 1807 dará aos acionistasCr$ 90 bilhões, a serem recebidos em dois atrês anos, já que o lucro será aliviado dasdespesas com prospecção.

As explicações foram dadas ontem peloanalista Jaime Ghitnick, da empresa deconsultoria de investimento Tecnologia deSistema, que acentuou não ser a classifica-çào contábil escolhida pela Petrobrás a quemelhor refletirá as alterações.

Ao contrário do que seria normal emqualquer empresa, explica Ghitnick, haveráum aumento no valor dos estoques que nãoterá como contrapartida uma redução equi-valente no custo dos produtos vendidos,nem um aumento no lucro do período—massim uma conta especial para investimentos,

uma reserva. A realização desses lucrosficará diferida para os acionistas, na pro¦porção das despesas, avaliadas em CrS 15bilhões para este semestre pela própria Pe¦trobrás.

Mas, se mantido o critério anterior, deavaliação dos estoques por custo médio deaquisição, somente quando todos os esto-ques fossem vendidos é que o lucro ficariavisível, embora já auferido pela empresa.Visando acertar o desequilíbrio entre aque-le custo e o valor pelo qual as vendaspassaram a ser feitas — avaliado pela Pe-trobrás em Cr$ 90 bilhões, quase Cr$ 2,40por ação — eface á necessidade de capitali-zação para o programa de pesquisas, oGoverno decidiu alterar o critério.Já neste exercício, o valor da correção docusto CIF do petróleo bruto, aplicado sobreos estoques existentes, será levado a contaespecial para atender às despesas de pros-pecçáo e extração. Enquanto os recursospermanecerem nesta conta, não haverá in-cidência de Imposto de Renda.

C. Corrêa vende 5% de suas açõesSào Paulo — A Corretora Souza " Bãrruii

promove hoje, na bolsa paulista, uma operaçãoespecial de compra e venda de ações ordináriase preferenciais da Camargo Corrêa. A corretorapossui uma ordem de venda para um total de201 milhões 329 mil 114 ações, das quais 100milhões 664 mil ordinárias e o restante prefe-rendais.

O lote representa 4,61% do capital votanteda Camargo Corrêa e 5,32 da totalidade de suaspreferenciais. O capital social da empresa somaCr$ 5 bilhões 990 milhões, representado por 2bilhões 182 milhões 635 mil ações ordináriasnominativas e 1 bilhão 819 milhões 617 milhõesde preferenciais, todas sem valor nominal.

No balanço encerrado em junho último, aCamargo Corrêa teve uma receita liquida de

Cr$ 9 bilhões 181 milhões 688, e um lucrooperacional de Cr$ 1 bilhão 719 milhões 406 mil.Seu patrimônio líquido é da ordem de CrS 9bilhões 279 milhões 767 mil e seu capital realiza-do soma Cr$ 4 bilhões 74 milhões 252 mil. Opassivo circulante da empresa é de Cr$ 2 bi-lhões 602 milhões 649 mil e seu exigivel a longoprazo, Cr$ 1 bilhão 827 milhões, sendo o exigiveltotal Cr$ 4 bilhões 429 milhões.

O valor patrimonial da ação, Cr$ 2,10 em1977, é hoje de Cr$ 2,28. A corretora SouzaBarros lembra que a operação de venda espe-ciai das ações da Camargo Corrêa, "não afetaráo controle acionário da sociedade", consideran-do sua representação no capital votante e natotalidade de ações preferenciais.

CBMM amplia produção em 83%Belo Horizonte — A Companhia Brasileira

de Metalurgia e Mineração (CBMM)—do grupoMoreira Salles—a maior produtora nacional deferro nióbio, conclui em julho próximo seuplano de expansão, que ampliará em 83% aatual produção, de cerca de 30 mil toneladasanuais, para 55 mil toneladas/ ano, através deinvestimentos de 45 milhões de dólares. Comisso, a empresa passará a produzir 40% a maisdo que o atual consumo mundial do produto.As informações foram dadas ontem, em BeloHorizonte, pelo Coordenador de Pesquisas eDesenvolvimento de Nióbio da CBMM, JarbasNascimento. Ele justificou a expansão da em-presa como uma "aposta" no crescimento dosmercados externos e interno, incluindo-se o daUnião Soviética, que já compra anualmentecerca de 5% da produção total da empresa, ou900 toneladas anuais, o equivalente a 8 milhõesde dólares.

Missão russa"Nossa capacidade será ociosa durante um

certo período, mas esperamos o incremento doconsumo mundial. A União Soviética, porexemplo, é atualmente o maior produtor de açodo mundo, com 150 milhões de toneladas emesmo assim consome um volume de nióbioequivalente ao do Brasil, que produziu, em1979, 15 milhões de toneladas de aço. É ummercado potencial enorme", assinalou.

O Sr Jarbas Nascimento, acompanhado dodiretor industrial da CBMM em Araxá — onde

se localiza a unidade produtora — OtavianoSouza Paraíso, participou ontem, na Escola deEngenharia da UFMG, da entrega do prêmioCharles Hatchett Award, criado pela empresapara a área de metalurgia e concedido, anual-mente, pela The Metals Society, de Londres. Oprêmio, em 1980, foi entregue a três franceses,Phillippe Maitrepierr, J. Rofes-Vernise e IvesDesalos.

Preço CIP

O Sr Jarbas Nascimento lembrou que, hoje,além de abastecer completamente o mercadonacional, a CBMM exporta para mais de 200clientes em 40 países e deverá faturar, em 1980,cerca de 100 milhões de dólares. Justificou oatendimento ao mercado interno nacional co-mo um sacrifício assumido pela empresa, umavez que os preços concedidos pelo CIP sãocerca de 50% inferiores aos do mercado interna-cional —• da ordem de 12 dólares o quilo denióbio contido.

O Brasil é o maior consumidor de nióbiomundial, por tonelada/aço produzida, e confia-mos também no mercado externo para a nossaexpansão", justificou o Sr Jarbas Nascimento.A CBMM foi criada em 1955 e iniciou produção10 anos depois. Do seu capital atual, 53% per-tencem ao Grupo Moreira Salles e outros 47%ao Grupo americano Olycorp, que entretantonão tem poder de decisão sobre a empresa.

Lage apóia punições

no caso Vale mas não

aceita absolviçõesCuritiba — O presidente da

Comissão Nacional de Bolsasde Valores (CNBV), Rui ViannaLage, disse ontem que o CasoVale não está encerrado e hápossibilidade de se recorrertanto à Justiça comum quantoao Conselho Monetário Nacio-nal. "Esse caso deixou todomundo mal e todos os setoresenvolvidos sairão arranhadosdele". Ele concordou com aspunições estabelecidas pelaCVM mas achou absolvições in-corretas.

O Sr Vianna Lage está emCuritiba participando do semi-nário Economia Brasileira eAbertura de Capital, no 8enac.Ainda sobre o Caso Vale, voltoua insistir que o maior erro foi daBolsa do Rio, que deveria tersuspendido e anulado as opera-ções com ações da Cia. Vale doRio Doce. A atual regulamenta-çào prevê, segundo ele, anula-ções em casos de grande núme-ro de ações e aumento exagera-do nos preços dos papéis.

Ele disse que a Comissáo deValores Mobiliários, ao punirapenas um setor envolvido, nãosatisfez a opinião pública e, porisso, também cometeu um erro.Apesar de insistir que não co-nhece o inquérito, o Sr ViannaLage lembrou que é muito difí-cil provar que a Corretora NeyCarvalho utilizou ou não infor-mações privilegiadas, mesmosendo interessada direta nas

operações, autorizadas peloGoverno.GOLDMAN CRITICA

Sào Paulo — O Deputado Al-berto Goldman (PMDB-SP) de-clarou ontem, a propósito doCaso Vale, que o parecer daComissáo de Valores Mobiliã-rios, que apenas puniu o presi-dente da Bolsa de Valores doRio de Janeiro, foi "um meroexpediente burocrático". '

Para o Deputado, "a decisãovisa apenas a acobertar os ver-dadeiros responsáveis pelo ca-so, o Ministro da Fazenda e opresidente do Banco Central,Srs Ernane Galvéas e CarlosLangoni, respectivamente.Agora é natural" — assinalou —"que o ministro queira dar ocaso como encerrado o maisrápido possível".Acrescentou-o que "graças àsmanobras do PDS e à parciali-dade do Procurador-Geral daRepública, ele já conseguiuvencer duas etapas na luta con-tra o esclarecimento do caso:safou-se do julgamento do Con-gresso Nacional e do SupremoTribunal Federal. Felizmente,para o ministro, a preservaçãode seu cargo independe do vere-dicto popular. Não bastasse oescândalo da Vale, em que oTesouro Nacional sofreu sériodesfalque, entra agora o minis-tro para o folclore nacional porter desviado um avião de car-reira de seu percurso original".

Corretoras culpam a

estrutura do mercadoSào Paulo — O presidente da

Associação dos SociedadesCorretoras de Valores e Cãm-bios do Estado (Ascesp), PauloTieppo, afirmou ontem que "overdadeiro réu do Caso Valenão era precisamente o presi-dente da Bolsa de Valores doRio, mas a própria estrutura domercado de capitais do Brasil,do qual a Comissão de ValoresMobiliários deveria despontarcomo um órgão maior, dotadode grandes poderes, muito maisdo que mera autarquia do Mi-nistério da Fazenda".

Entende o presidente da As-cesp que "se a CVM não podejulgar o Estado, os governan-tes, mesmo em sua atuação es-pecifica no mercado secundáriode ações, parece que o papel daautarquia está bastante dimi-nuído. Afinal, seu poder nãovalerá, de fato e incondicional-mente, sobre aqueles que repre-sentam a parcela maior da eco-nomia brasileira. É perigoso,portanto, supor que o organis-mo terá, no Brasil, um papelsemelhante ao da SEC Norte-Americana, com seu poder depolicia, que pode levar correto-

res à prisão, e as bolsas a prati-carem auto-regulaçáo".O Sr Paulo Tieppo disse quesubjacente ao debate formal,

discutiu-se na verdade o papelda CVM no mercado de capi-tais, sua capacidade e seu direi-to de julgar, sua isenção e, na-turalmente, suas condicio-nantes.

O presidente da Ascesp, ci-tando pareceres de alguns júris-tas, entre eles o advogado inde-pendente Amoldo Wald, salien-tou a fraqueza institucional daCVM, enquanto cortejada como Poder Central, com seu poderde império. "Na prática, segun-do esses advogados, a Uniãonão precisa obedecer a todos osregulamentos e orientações daCVM, enumerando-se razões denatureza jurídica e econômicapara evidenciar-se que, no epi-sódio Vale, a atuação das auto-ridades foi legítima".

Leia editorial'Resposta lnóqua"

Diretor do Itaú propõe

mercado de balcão só

para pequenas empresasCuritiba — O diretor de investimentos do Banco Itaú.Joubert Rovai, defendeu, ontem, a criação de um mercadode capitais (balcão) para pequenas empresas, reservando os

pregões de Bolsa para grandes e médios investidores. Ele foio último orador do Seminário Economia Brasileira e Abertu-ra de Capital, realizado ontem em Curitiba.Esse mercado de acesso seria, segundo o Sr JoubertRovai, de balcão, funcionando à base de ofertas por meio detelefones e vídeos e serviria de estágio de preparação dasempresas para sua entrada no mercado principal, Empresasde pequeno porte não têm condições de atender adequada-mente a todos os requisitos de uma companhia abertaatualmente. Além disso, poucos títulos em circulação difi-cultam a criação de uma base acionária e, conseqúentemen-te, a formação da liquidez das ações.

Situação boaAo analisar o exercício de 1980 no mercado de ações, o Sr

Joubert Rovai disse que o aumento dos níveis inflacionáriosnão depreciou os preços das ações nem desestimulou novasaberturas, conforme se esperava. Ao contrário, o tabelamen-to da correção monetária a níveis muito inferiores ao dadesvalorização da moeda retirou os atrativos dos títulos derenda fixa, o que deixou as ações como uma das poucasopções do mercado de valores.

A alta das ações que se verificou no primeiro semestre,segundo ele, associada às restrições impostas à expansão docrédito, levou muitas empresas a emitir ações de debêntu-res, abrindo seu capital em operações bem sucedidas, namaioria dos casos. Um exemplo, citado e discutido, duranteo seminário, foi o do grupo siderúrgico Gerdau. que regis-trou um extraordinário crescimento desde que se voltoupara o mercado de ações. "Esse mercado vive um momentode excepcionalidade, já que os recursos não aplicados naatual contenção de investimentos voltam-se para as opera-ções de bolsa", afirmou o próprio Jorge Gerdau Johannpe-ter, durante o seminário.

Técnico em lazer situa

turismo do Brasil entre

os mais caros do mundoSão Paulo — "O turismo brasileiro, para quem vem do

exterior, ê um dos mais caros do mundo, em decorrência dosaltos preços internos", afirmou ontem nesta capital o presi-dente da HHI (Horwath International) Lord Hirschfield, umdos maiores especialistas do mundo em auditoria e cônsul-toria nos campos de lazer.

Apesar de acentuar essa realidade do mercado brasileirode turismo, Lord Hirschfield destaca que "há muito interes-se dos investidores estrangeiros pelo Brasil, principalmenteporque aqui as possibilidades de lucros sào maiores do queem outros países".

PerspectivasSegundo o presidente da HHI, a empresa congrega

associados em 56 países, entre os quais o Brasil, através daSoteconti, que atua em auditoria e consultoria. Os associa-dos totalizam receitas estimadas em 250 a 300 milhões dedólares.

Lord Hirshfleld veio para a reunião anual da HHI, queserá realizada no Rio e contará com 230 empresários, de 32paises. Ele considera que o Brasil tem grandes perspectivasna indústria do lazer, que é geradora de novas construções epermite a utilização de equipamentos cada vez mais moder-nos, a exemplo dos computadores. "O Brasil é uma potênciado futuro, com estabilidade governamental e uma políticade bons administradores. Por isso existe interesse dosinvestidores estrangeiros, principalmente das Américas,Alemanha, Japão e Arábia Saudita. O Brasil é ideal emtermos de investimentos porque aqui existe um potencial deeconomia forte", analisou.

Na reunião mundial anual da HHI, Lord Hirschfieldpretende mostrar "o Brasil de corpo inteiro" aos participan-tes que, na sua opinião, poderão interessar-se por investi-mentos no pais. A abertura da reunião será feita pelopresidente da Embratur, Miguel Colasuonno, que mostraráas perspectivas do turismo brasileiro.

EMPRESAS

O grupo alemào Neue Hei-mat anunciou ontem que faránovos investimentos no Brasil.A Neue Heimat opera no paishã seis anos, através da Anchie-ta S A. que aplicou 40 milhõesde dólares (cerca de CrS 2 bi-lhões 400 milhões), na constru-çào de 8 mil residências emTaubaté e São Bernardo.

Com um motor de fabrica-çào totalmente nacional, do ti-po morfofásico rural, de 15 ca-valos, a Motores Büfalo S/Arecebeu o prêmio de excelênciaem design da Feira de Hanovcr(Alemanha), realizada este ano,e que mostrou os mais moder-nos equipamentos elétricos emecânicos da Europa. A parti-cipaçào do Brasil foi em cará-ter especial, com 160 empresas.A Motores Búfalo foi fundadaem 1944, sendo uma indústria100% nacional. Pioneira nomercado de motores elétricos ecom tecnologia própria, já pro-duziu mais de um milhão demotores, com potência mediaentre 10 e 45 cavalos.

O presidente do Banespa —Banco do Estado de São Paulo— Joaquim Peixoto Rocha,atribui o volume de depósitosdo banco no exterior, da ordemde 1 bilháo 940 milhões 12 mildólares no encerramento doprimeiro semestre do ano, àevolução dos negócios dos em-presários brasileiros através doprograma que vem sendo exe-cutado pelo estabelecimentoem outros países. O programaprevê a abertura de uma novaagência em Cingapura que,com a do Panama (em operaçãodesde setembro último), eleva-rá para 23 o número de agèn-cias do banco no exterior.

A expansão de vendas daBaume & Mereicr no mercadointernacional chega ao Brasilcom nova tecnologia: os reló-gios ultrafínos, em ouro e aço,com movimento a quartzo.

No 14° leilão especial do Fi-set promovido pelo Banco doBrasil, 45 milhões de ações doFiset-Turismo, num total deCrS 72 milhões, serão leiloadashoje na Bolsa de Valores de SàoPaulo.

A Siemens S/A lança suanova linha de aparelhos de ul-tra-som diagnóstico, fabrica-dos pela Siemens GamasonnicInc., de Santa Mônica, Califór-nia, na exposição técnico-cientifica paralela ao 2" CursoInternacional de Ecografla Bi-dimensional, que se realiza apartir de hoje em Campinas.

O Banco Bamerindus doBrasil inaugura neste últimotrimestre uma série de seis no-vas agências em Minas, dentrodo seu programa de expansãoda rede de agências.

Cotações da Bolsa de São Paulo

Ação Abart. MM. F«h Quant.1 000 Açáo

Acesito op 1.45 1,45 1,45 267A^o Altona op 0,41 0,41 0,41 19A<;os Vill pp 0,96 0,99 0,99 699Adubos Cra pp 2,78 2,75 2,75 2 064Alporgotos pp 6,50 6,44 6,52 486Amozonio on 0,75 0,75 0,75 56America Sul pn 1,00 1,00 1,00 32America Sul pn 1,00 1,00 1,00 20Ancora Coml pp 1,00 1,00 1,00 187And Clayton op 2,96 2,88 2,85 470Ant Queiroz pn 1,45 1,45 1,45 10Antarcl Nord pn 1,95 1,95 1,95 8Antarctica op 1,65 1,65 1,65 53Arno pp 5,60 5,60 5,60 300Artex pp 5,05 5,07 5,10 154At ma pp 1,25 1,25 1,25 126Auxiliar pn 0,88 0,88 0,88 8.432Bamerindus Br on 1,55 1,55 1,55 17Bandeirantes on 0,70 0,70 0,70 8Bandeirantes pp 0,58 0,59 0,59 3.043Banespa on 0,74 0,74 0,74 232Banespa pn 0,73 0,73 0,73 387Banespa pp 0,76 0,77 0,77 8.038Barb Greene op 1,25 1,25 1,25 50Bardella pp 4,85 4,87 4,85 2.340Belgo Mineir op 4,21 4,23 4,25 153Benzenex pp 1,30 1,31 1.31 831Bic Monark op 3,41 3,44 3,45 661Bradesco Invest pn 2,70 2,70 2,70 809Bradesco on 1,80 1,80 1,80 191Brodesco pn 1,70 1,70 1,70 2.830Bradesco Tur on 1,70 1,70 1,70 60Brahma pp 1,60- 1,60 1,61 318Brasil on 3,45 3,51 3,53 1 232Brasil pp 3,85 3,91 3,88 2 984Brasimet op 2,34 2.35 2,35 142Brasmotor op 5,20 5,11 5,10 290Cacique pp 4,40 4,40 4,40 828Cam Correa pp 1,20 1,20 1,20 10Case Anglo op 2,98 2,98 2,98 1.165Casa Anglo op 2,75 2,75 2,75 55Casa Anglo pp 2,80 2,80 2,80 150Cbv Inds mec pp 4,30 4,30 4,30 367Cemic pp 0,60 0,58 0,57 103Cesp op 0.48 0,48 0,48 129Cesp pp 0,56 0,55 0,55 6.186Ceval pn 4,80 4,80 4,80 110Cim Aratu op 1,15 1,15 1,15 205Cim Caue pp 3.41 3,40 3,40 715Cim Gaucho pn 2,75 2.80 2,80 2 100Cimepar pn 4.00 4,00 4,00 171Cimetal pp 1.07 1,05 1,05 3 039Cobrasma pp 1,70 1.73 1,75 787Coest Const pp 0,75 0,75 0,75 240Com e Ind Sp pn 2,00 2,00 2,00 117Confab pp 1.38 1,37 1.36 2 908Const Befer pp 0.36 0,36 0,36 17Consul pp 6,63 6,64 6,60 161Copas op 4,10 4,01 4,00 380Copas pp 4,80 4,80 4,85 236Cosigua on 2,07 2,05 2,05 925Cosigua pn 2,10 2,09 2,10 3.082Cred Real MG pp 0,77 0,77 0,77 750Cruzeiro Sul pp 2,55 2.41 2.33 2.266Docas Santos op 3,50 3,50 3,50 300Duratex pn 2.65 2.65 2,65 7.530Duratex pp 5.40 5,40 5,40 100Durotex pp 2,75 2,67 2.70 1.847Economico pn 2,30 2,30 2,30 1 008Eletromor op 1,65 1,65 1,65 250Elumo pp 3,25 3,25 3,25 150Ericsson op 1,57 1,57 1,57 50Estrela pp 4,80 4,80 4.80 250Eucatex pp 10,00 10,00 10,00 164FNVpp 2.45 2,45 2,45 280Fab C Renoux pp 1,85 1,85 1,85 25Parol pn 4,50 4,50 4.50 184Ferbasa pp 2,95 2.95 2,95 20Ferro Bras pp 1,24 1,24 1,24 3 124Ferro Ligcs pp 2.20 2.16 2,15 400Fin Bradesco on 1,65 1,65 1.65 15Fin Bradesco pn 1.65 1,65 1,65 100Ford Brasil op 19.50 19.16 19,10 580Ford Bras.l pp 18.50 18,50 18,00 2 476Frances Bros on 2.12 2.12 2.12 30Fund Tupy pp 1.40 1,35 1,35 357Guararapes op 8,00 8,00 8,00 99lop op 2,55 2,59 2,65 300Ibesa ppb 2,20 2,20 2,20 796Ind Henng pp 7,50 7,60 7,60 335Ind Villares op 1,12 1.12 1,12 1190Ind Villores pp 1.30 1,29 1,28 739Itausa pp 7.19 7.24 7,25 954Klab.r, op 3,30 3.30 3,30 50lacta op 2,30 2,30 2,30 150Lark Maqs pp 1.60 1,60 1,60 280Uflht on 0,70 0.70 0,70 66Urn? op 0,77 0.76 0,76 525wyas op 5.10 5.10 5.10 2tacs Amenc op 3.12 3,14 3.12 801loias Rennc pp 4 00 4,00 4,00 400Moaeiri? op 1.60 1.60 1.60 '000Maaeir.f pp 1,60 1,60 1.60 600Modem! OD 1.46 1.48 1.48 I 583

Abert. Méd. Fech. Qucrrt.1 000Manoh op 3,80 3,82 3,85 1.000Manosa pp 3.90 3,90 3,85 312Mangels Indl pp 3,15 3,15 3,15 1.326Maqs. Pirot pp 1,00 1,00 1,00 100Marcopolo pp 1,85 1,82 1,80 402Mec Pesada pp 2,20 2,20 2,20 1Mendes Jr pp 2,00 2,00 2,00 210Merc S Paulo pn 1,46 1,46 1,46 109Mesbla pp 3,55 3,55 3,55 105Met a Eberle pp 2,88 2,88 2,88 100Metal leve pp 2,56 2,56 2,56 235Micheletto pp 1,79 1,80 1,80 549Moinho Sont on 5,03 5,03 5,03 7Moinho Sant op 5,30 5,29 5,26 633Montreal op 0,80 0,80 0,80 135Montreal pn 0,65 0,65 0,65 8Montreal pp 0,82 0,81 0,80 600Munck Eq Ind op 1,07 1,07 1,07 10Mund Couro pp 0,80 0,80 0,80 3Nacional on 2,06 2,06 2,06 22Nacional pn 2,06 2,06 2,06 10Nordon Met op 4,15 4,12 4,15 335Noroeste Est pp 1,20 1,20 1,20 350Nova America op 1,55 1,55 1,55 11 695Orniex pp 1,60 1,60 1,60 690Paramount op 2.40 2,40 2,40 10Paramount pp 2,70 2,70 2,70 21Paramount pp 2,40 2,40 2.40 20Paul F Luz op . 0,54 0,53 0,52 1.039Perdigao pp 5.42 5.42 5,42 810Persico pn 2,25 2,25 2,25 940Pet Ipiranga op 2,70 2,70 2,70 30Petrobras on 2,30 2,35 2,35 391Petrobras pp 3,75 3,66 3,62 4.673Phebo op 2.80 2,80 2,80 3Pirelli op 1,40 1,40 1,40 1.681Pirelli pp 1,33 1,34 1,34 231Premesa pp 1,00 1,00 1,00 1.199Prosdocimo pp 2,55 2,55 2,55 100Reol on 1,28 1,28 1,28 143Real pn 1,28 1,28 1,28 281Reol pp 1.28 1,28 1.28 13Real Cia Inv. on 1,80 1,84 1,85 95Real Cia Inv. pn 1.92. 1,92 1,92 94Real C.a Inv. pp 2,25 2.25 2,25 232Real Cons, pn 1,75 1.75 1.75 10Real Cons, pn 1,75 1.75 1,75 4Real Cons, pn 1,75 1,75 1,75 40Real Cons pn 1,77 1,77 1,77 13Reol Cons, on 1,75 1,75 1,75 23Real de Inv. pp 2.30 2,30 2.30 3Real Part, pn 1.70 1.70 1,70 26Real Part pn 1,70 1.70 1,70 28Real Part on 1.70 1.70 1,70 32Refripar pp 2.90 2 90 2,90 500Sadia Concor pp 5.25 5,25 5,30 235Sad.a Joacob pp 2.30 2,30 2,30 30Safnto pp 2,10 2,09 2,00 4 964Sansuy pp 2,80 2,74 2,70 350Santonense pp 2,80 2,80 2.80 35Schlosser pp 2.65 2,65 2,65 14Secunt pp 0,94 0.94 0,92 263Servix Eng op 0.43 0,43 0,43 1.870Sharp op 2,25 2,25 2,25 20Sharp op 2,00 2,00 2.00 20Sharp pp 3,25 3,24 3,25 750Sharp pp 3.02 3,02 3,02 187Sid A^onorte op 2,40 2,40 2,35 102Sid Aqonorte pp 2.87 2,86 2,85 445Sid Guaira op 2,20 2,20 2.20 500Sid Riogrand pp 5,10 5 10 5,10 100Solorrico pp 2,10 2,08 2,05 1.612Solorrico pp 1 80 1,83 1,90 80Souza Cruz op 2.75 2.72 2.70 411Sudamer.s on 1.30 1.30 1.30 12Supergasbras op 3,00 3.02 3,10 620Suzono ppa 1,55 1,48 1,54 630Technos Re' on 1.60 1,60 1,60 197Telemig pnb 0,41 0,41 0,41 11Telemig on 0,1? 0 18 0,18 11Teler, oe 0,31 0.31 0,31 16Teler, on 0,27 0,27 0,27 30Teler, pn 0 80 0 82 0,82 13Telesp oe 0,36 0.36 0.36 29Telesp on 0,36 0,36 0,36 11Telesp pe 1,52 1,53 1,53 * 29Telesp pn 1,45 1,45 1,45 14Tex G Calfat pp 1,76 1,75 1,75 80Transauto pn 1.00 1,00 1.00 204Transbros.l pp 2,25 2,26 2,30 1172Tronsparona op 1,95 1,95 1.95 350Tronsparona pp 2,96 2,97 2,98 433Un.banco on 1.20 1,19 1,15 151Unibanco pn 1,29 1,29 1,29 186Unibonco PP 1.41 1,41 1,41 711Vang pp 2,50 2.50 2,48 926Vide Smarmo op 1,78 1.72 1.68 1 371Vidr Smanna op 1.72 1,67 1 65 206V.gorell. op 1.15 1.15 1.15 10Zon.m op 1.20 120 1.20 300Zanin po 1 40 1,42 1 45 140Const a bra' pp 0.47 0 47 0.47 213Ease dd 0.40 0,40 0,40 275

Cotações da Bolsa do Rio

EMCRUZEIROS Var. Quanl. EM CRUZEIROS Vor. Quant.Tilulot Ab*rt. Ftch. M6d. mid. (1000) Tllulo. Ab«rt. F«ch. M4d. mid. 'm80 (I 000)anl. Jan: art.

Acesito op 1,45 1.47 1,46 Est 143.14 86 Finor ci 0,34 0.36 0 35 Est. 129 63 2 184Acesito pp 1.20 1,20 1.20 Est 107,14 Ford Brosil op 19.50 19.50 19,50 278,57 2.100Alporgotos ex/d pp 6,50 6,50 6,50 262.10 500 Fuel Retlor ci 0.35 0,35 0,35 159,09 166Aparecido ex/d ma 1.60 1.60 1,60 815 Tec. S. Jose pp 4,56 4,56 4,56 108,57 352Aparecida ex/d mb 1,60 1,60 1,60 255 Hoteis Othon pp 2 95 2.95 2,95 Est 55Aparecido ex/d op 120 1,20 1,20 •- 750 i„d Her.ng pp 7,60 7,60 7,60 93.83 100Cim. Aratu pn 0.70 0.70 0.70 225.81 C Fabnni pp 1.05 1.05 1.05 53 30 610Casos Banho op 7.10 7,10 7,10 Est 191,89 lochpe op 160 1.60 1,60 84,21 22Barbara c/d op 1.18 1.16 1 16 1,72 153,25 610 lochpe pp 1,70 1,65 1,69 68J5 941B. Amazonia on 0,76 0,76 0,76 -1,30 155.10 41 light op 0.77 0,77 0.77 1,32 167 39 90B. Brasil on 3,45 3,55 3,53 3,22 185,79 1 905 L Americanos op 3.15 3.15 3,15 Est 145 83 2 583B. Brosil pp 3,80 3,90 3,91 3,17 177,73 7.967 Monnesmonn op 1,80 1,75 1,76 -2,73 163 30 557B. Boavista pn 0,69 0,86 0,68 98.88 18 Monnesmonn pp 1,40 I 40 1,40 144,33 4956. C. Real MG pp 0.60 0,75 0,78 2,63 91,77 40 MetoHle* op 0,92 0,92 0,92 2,22 306. Economico pn 2,30 2,30 2,30 Est 171.64 100 Melolflex pp 1.51 1,53 1,52 4,11 434,29 211Belgo Min exis op 4,25 4,35 4,30 2,38 358.33 580 Mesblo 55 p2 pp 3,35 3,25 3,28 -3,53 108.97 4866. Est. MG on 0,50 0,50 0,50 13 Muller op 1,45 1,45 1,45 110Baneri on 0.75 0.72 0,73 -2,67 123,73 58 Nova America op 1.51 1.50 1.50 -1.32 114 50 276Banespa on 0,75 0.75 0,75 1 li .94 30 Petrobras on 2,35 2 25 2,31 Est 21000 196B. Nacional on 2,06 2,06 2.06 Est 166,13 36 Petrobras po 3 75 3,61 3.64 -0 62 251.03 4 456B. Nacional pn 2,06 2,06 2,06 Est 166,13 67 Paul F. Luz op 0 55 0 54 0.55 Est 122.22 56B. Nordeste on 1,02 1.00 1,00 -3,85 113,64 22 Pirelli op 1,55 1.55 1,55 6 90 82 01 5B. Nordeste pp 1,25 1,20 1,23 -2,38 106,03 1437 Riograndense c/d pp 4 50 4,55 4 55 195 26 34Boz. Simonsen pp 3,69 3,69 3,69 194.03 Samitri op 3,05 3 05 3 03 -066 272 97 1665Brodesco os 1,60 1,60 1,80 Est 125,00 101 Sisol Imob pe 0,70 0,70 0 70 67,50 3Bradesco ps 1,70 1,70 1 70 Est 118,06 287 Solorrico e* as op 1,40 1,40 1.40 358,97 2 600Brodesco Inv ps 2.70 2,70 2,70 152,54 Sondotecnica pp 2.61 2.61 2,81 208.15 5Brahma c/d op 2,18 2,20 2,19 —1253 Teler, on 0 31 0,27 0,28 Est 127,27 6Brahmo c/d pp 1,60 1,60 1.61 -1.23 2 299 Teler, pn 0.83 0.63 0,83 Est 143,10 52Brasmotor c/s op 5,20 5,20 5,20 166,67 301 T.bras eo 4.50 4,50 4,50 5,68 78.67 1Cacique od pp 4,40 4.40 4,40 457 Tronsparona pp 2,97 2,97 2,97 100Cesp pp 0,55 0,55 0,55 141,03 Technos Rel os 1,55 1 55 1,55 1.400Cemig on 0,43 0,43 0,43 126,47 200 Unibonco on 1,18 1,15 1,17 139,29 60Cemig Prt pp 0,55 0,55 0,55 -1,79 493 Umbanco pn 1,21 1,21 1,21 0 83 144,05 61Cobrasmo pp 1,73 1,74 1,73 87,82 247 Unibanco pp 1,41 1,42 1,42 0,71 373,68 552Correo Rib c/b pp 2,00 1,70 1,74 .1,14 66,67 375 Unipa- mo 5,60 5,60 5,60 149,73 2Cosigua ex/d ps 2,10 2.10 2.10 Est 99,53 1.004 Un.par mb 5.75 5,75 5.75 Est 106 46 10Souzo Cruz op 2.75 2,75 2.75 Est 98,92 473 Vale R. Doce po 9,50 9 45 9.49 -0.B4 332.96 1996Co). Brasilia pp 1,75 1,75 1,75 2,94 60,35 180 Whit. Martins op 2,90 2,85 2 85 -1,36 206 03 466S. Nacional pp 0,80 0,84 0,83 162,75 36Imcosul pp 4,60 4,60 4,60 -1,92 203,54 500Cruzeiro Sul pp 2,30 2,31 2,30 2 200 D Isabel pp 0.80 0,60 0.80 266.67 pDocas Santos op 3,50 3,50 3,45 -1,43 244,68 3 167 lllerCaOO flltUrOEletromor c/b op 1.60 1,60 1,60 0,63 123,08 10F. Bongu pp 1,05 1,05 1,05 2,94 154,41 11Fm Bradesco ps 1,65 1.65 1,65 U8.65 Titulo Venc. Ult. Med. Quant, (mil)Ferbasa po 2.80 2,80 2.80 269,23 7¦Ferro Bras pp 1.21 1.23 1,23 1,65 130,85 930 B. Brasil pp dez 4 25 4 20 11990Fertisul op 4,15 4,15 4,15 284,25 25 Docas Santos op dez 3 85 3.81 3.300Fertisul pp 5.20 4,85 4,89 267,21 206 Monnesmonn op dez 1,95 1,94 800Cotag. leopol. c/'d pp 0.93 0,93 0,93 155.00 100 Petrobras pp aez 4,00 3 91 37.480Ferro Ligos op 2,00 2,00 2.00 200 Samitr. op aez 3.40 3.35 1100F.nom c. 0.29 0,29 0.29 -3,33 70,73 182 Vale R. Doce pp aez 10.63 10,49 3.030

Os números do pregão

Papòis mai» negociados à viita, em dinheiro: Ford OP (21,01%), B BrasilPP (15,99%), Vale PP (9,72%), Petrobrás PP (5,64%), Docas OP(5,64%)

Na quantidade de título»: B. Brasil PP (14.30%), Petrobrás PP(8%), DocasOP (5,72%), Solorrico OP (4,65%), l. Americanas OP (4,64%).IBV med.o 13 mil 971 (+ 0,4%), finol 13 mil 945 (-0,2%).IPBV: 1 mil 144 (t 0,1%)

Média SN ontem: 200 586; onteontem: 199 907; há uma semana.201 329, há um més: 224 079,- há um ano: 127 455

Oscilação Das 54 ações do IBV, 13 subiram, 18 caíram, 10 ficoramestáveis e 13 náo forom negociados

Maiores altas do IBV; em relação ao pregão anterior: Sondo'écnica PP(8,08%), Tibrás EA (5.88%), Bozano PP(5,43%). Femsul OP (3 75%).B. Brasil ON (3,22%)

Maiores baixai do IBV, em relação ao pregão anterior R ograndense PP(8.08%), Mesblo PP (3,53%), Mannesmann OP (2,73%), BNB PP(2,38%) e Fertisu! PP (2%)

NOTA: O IBV médio e o de fechamento »ão calculado» pela Bolsa levadoem conta tua otciloção sobre o pregão anterior. O gráfico represen-ta a média do IBV a cada meia hora, no pregão do dia.

Volume negociado

À viStOA termoM. FuturoTo»oiMo<s ol'o ao ano (21 '5)Mais baixo dc ano (2.1)

Quant55 883 07412 670 00057 700 000

126 453 074764 426 759

58 185 750

C-S195 392 610.21

17.173 770.00246 642 100.00459 208 480.21

4 002 421.113.70123 249 433.16

IBVNo mês

16500 -

15700-

1490014100 \1330012500 |

5/9 12/9 19/9 26/9 3/10 10/10Ontem

14050-

1403014010 \

13990 -W.13970 _5i13950 —J

11 00 1130 1200 1230 1300

Cotações da Bolsa de

Valores de Nova IorqueNova Iorque — Foi o seguinte o Méd o Dow Jones na Bolsa de Valores de Nova Iorqueontem:Aqoes Abertura Maxima Minima Fechamento30 Indus 963.82 971.67 957,08 962.2020 Trans 353,53 357.14 350,79 353.0315 Ut.ls 113,04 114.31 112,05 113,0465 Agoes 358,53 361,84 355,84 358,04

Foram os segumtes os pre<;os finais na Bolsa de Valores de Novo lorque, ontem, emdolares.Aircolnc 44 Dresser Ind 83 1/2 NCRCorp 75 3/8AlcanAlum 37 1/8 Dupont 43 3/4 Nllndust 62 3/4AlhedChem 57 1/4 EasternAir 73/4 Northeast Airlines 561/4AllisChalmers 313/4 EastmonKodak 67 5'8 Occidental Pet 313/4Alcoa 73 3/4 El PassoCompanyn 23 7/8 OlinCorp 201/8Am Airlmes 8 1/2 Easmark 52 1/2 Owens Illinois 255/8Am Cynamid 27 1/2 Firestone 8 3/4 PacifGas&E! 215/8Am Tel & Tel 51 Ford Motor 27 3/4 Pan Am World Air 4 7/8Amflnc 20 Gen Dynamic! 67 1/2 Pespsicolnc 25 1/8Anacondo 34 i GenEletnc 533/4 PfizerChos 47 1/4Asarco 52 1/8 GenFoods 29 1/2 Phi Ili p Morris 415/8AtlRichfiedd 62 1/8 Gen Motors 511/2 PhillipsPet 55AvcoCorp 28 G'e 80 Polaroid 29 5/8BendmCorp 22 Gen Tire 93 . Proc'er&Gamble 70 7/8BenCp 22 Getty Oil 93 7 Rca 28 3/4Bethlehem S'ell 25 1/2 Goodrick 223/8 Reyno'dslnd 411/2Boeing 39 3/8 Goodyear 16 1/4 Reynolds met 38 3'4BoiseCascade 36 1/8 Gracew 511/4 Rockwell Intl 33 7/8BoraWamer 42 GtAti&Pac 61 1' Royo! Dutch Pet 961/2Bran.ff 5 3/4 Gulf Oil 26 SafewayStrs 3178Brunswick 15 Gillette 29 3/4 Scott Paper 19BourroughsCo'p 59 1/4 Gulf&Western 18 1/2 SearsRoebuck 16 1/4Campbell Soup 31 7/8 IBM 69 3/4 Shell Oil 49CaterpillarTrac 58 3/8 IntHorvester 34 1/4 S-ngerco 10 3/4CBS 52 7-8 IntPaper 411/8 Sm.thkelmeCorp 65 1/8Celonese 53 Int Tel & Tel 315/8 SperryRand 28 3/8Chase ManhatBk 42 3/4 Johnson & Johnson 80 3/4 StdOilCol'f 89 3/8ChessieSystemm 43 Kaiser Alumin 201/4 StdOillndiono 713/eChryslerCorp KennecottCop 32 3/8 Stown 78Citcorp 21 3'8 Ligget'&Myers 721/4 Studew 24Coca Colo o3/8 Litton Indust 72 Teledyne 193 1/4ColumbioPict 33 5 '8 Lockheed Aire 34 3/4 Tenneco 45 3'4Com Satellite 45 1/8 LtvCorp 13 1/4 Texaco 377/8Cons Edison 24 3'8 Manafoct Hanover 31 1/8 Texas instruments 1373/4Continental Oil 27 3/8 McDonellDoug 46 3/4 Textron 27 7/8Control Da»a 76 3/4 Merck 78 7/8 Twent Cent Fox 37 1/2CornmgGloss 71 1/4 MobilOil 78 UnionCarb'de 48 1/2Cpclntil 69 5'8 MonsantoCo 56 1/4 Uniroyal 6Crown Zellerbach 59 1/2 Nabisco 25 United B'onds 14 5/8DowChemical 33 5/8 NatDist'lliers 32 Us Industries 33

Mercado externo

fJOv Chicago e Nova Iorque Co»o^oes futuras nas Bolsas de melado

MES FECHAMENTO VARIAÇAODIAANTERIORFECHAMENTO VARIAÇAO

DIAANTERIORAÇÚCAR (NI)cents por libra (454 grs)N° 11

JaneiroMarçoMo io96,6098,3099.70

96 6096,3099,95Janeiro 43,10 43,30MariJO 44,60 44.89Ma o 44 00 44,54Ju'ho 42.55 43,19Setembro 40.30 41,00

ALGODAO (Nl)cents por libra (454 grs)De^emb'0 87.90 88 75Mor;o 89 50 89,91Mao 89.70 90,05Juino 89 6C 89 70Outucro 84.97 85,00

CACAU (Nl)cents por libra (454 grs)Dejemo'o 2 215 2 215Ma'so 2 290 2 290Ma-o 2 340 2 340Ju'ho 2 362 2 341Se'empfQ 2 427 2 427

CAFE (Nl)cents por libra (454 grs)Dezembro 1.32 1,32Ma%o 1,31 1,31Mo'o 1.31 1.31JuiHo 1.31 1.31Se>e^bro 1,31 1,31

COBRE (Nl)cents por libra (454 grs)

FARELO DE SOJA (Chicago)dólares por toneladas

OutubroNovemcroDe/en-b'c94.1094,7095.55

94,1094 7Q95 70

Outubro 253,50 255.20Dezembro 260 50 257,30Jane.ro 264,5U 260,70Marqo 27000 265,80Mo io 270,50 267.60MILHO (Chicago)cents por bushel (25,46 Kg)

Dezembro , 360 364Morijo 37' 373Maio 375 378Ju'ho 374 376Setembro 363 365

ClEO DE SOJA (Chicago)cents por libra (454 grs)Outub'0 26,'5 26,77Dezembro 26,75 27,15Janeiro 27.05 27,43Marqo 27.65 28,13Moo 28.00 2e,42Ju'ho 28 35 28 75

SOJA (Chicago)dolares oo' toneledosNovemb'o 660 654Janeiro 865 676Morr0 909 699Moo 923 915Julho 928 920Agos'c 915 912

r. JORNAL DO BRASIL ? quarta-feira, 15/10/80 Q 1° Caderno ECONOMIA — 19 1

SERVIÇO FINANCEIRO

Queda dos juros evita

prejuízo de corretoras

A manutenção da queda nastaxas de juros verificada on-tem, no mercado monetário, re-solverá o problema que vempreocupando alguns grandesbancos nos últimos dias: as dlfi-culdades financeiras de váriasinstituições não bancárias (cor-retoras e distribuidoras) de mé-dio e pequeno portes, diantedas elevadas taxas pagas pelacustódia dos títulos federais.

Com a implantação do Selic(Sistema Especial de Liquida-ção e Custódia do Banco Cen-trai), a custódia dos títulos emcarteira das Instituições nãobancárias fica sempre a cargodos bancos, que, nos últimosdias, aumentaram bastante astaxas aceitas para o lastro dospapéis, diante do elevado custodo financiamento de posição acurtíssimo prazo, em contrastecom a reduzida rentabilidadedos titulos, especialmente asLetras do Tesouro Nacional. Astaxas pagas pelas corretoras edistribuidoras na custódia tor-nou-se multo superior às cota-ções diárias de mercado, levan-do-as a bancar a diferença e atéa operarem no vermelho, emalguns casos.

Desde antes da semana pas-sada, o custo do financiamentode posição over night (por um

f LTNFinanciamento ao ano

o^ últimos ódias

dia) manteve a média de 5% aomês — contra uma rentablllda-de inferior a 4% ao mês para asLTNs — encarecendo a manu-tenção das carteiras das instl-tulções, cuja maior parte é fl-nanclada nesse prazo. Segundoo balanço consolidado de cercade 80% das instituições, publl-cado pela ANDIMA (Associa-ção Nacional das Instituiçõesdo Mercado Aberto), 92,1% dacarteira de titulos do mercadoforam financiados de um diapara o outro, durante o mês deagosto. Em junho, o percentualalcançou 94,83%.

A redução do custo do flnan-clamento verificada ontem, noentanto, deverá tornar mais fie-xivel a posição dos bancos eus-todlantes e reduzir os prejuízosdas corretoras e distribuidoras.Enquanto as taxas de financia-mento over night para posiçãoem LTNs chegaram a alcançar83,70% ao ano na segunda-feira,ontem as taxas fecharam a38%, não apenas em decorrên-cia da atuação do Banco Cen-trai, mas pelo aumento no volu-me de depósitos à vista dosbancos comerciais, que, segun-do os operadores, já começam arefletir o retorno do crédito decusteio liberado pelo Oovemo.

140-120-100-80-_60—/-40 \/20-

Meo

Ot 13* 4a 5a 0a 2a Ontem,

ORTNFinanciamento ao ano'

o/ últimos 6 dias701140-

Taco

120-100-8o-l^«sr^60--- L —40 \J200-1 13a 4a 5 6^ 2a Ontem

Mercado de LTN

O mercado aberto de Letras do TesouroNacional manfeve-se com volume reduzidode negócios, já que a maior parte dasinstituições financeiras procuravam apenasfinanciar suas posições o curtíssimo prazo.Poro os operadores, mosmo com a ligeiraqueda nas taxas dos financiamentos, ocor-rida ontem, contra a baixa rentabilidadedos papéis ainda não é suficiente paraestimular o volume de negócios. O custo dodinheiro oscilou entre 62,80% e 30,00%,com a média dos negócios a 60,90%. Deum modo geral, o mercado manteve-setotalmente vendedor principalmente paraos papéis de curtíssimo prazo. Os comvencimento em novembro foram cotadosentre 42,83% oté 42,20% e os com venci-mento em dezembro negociados na faixode 42,15% até 41,30% de desconto ao ano.A soma dos negócios atingiu Cr$ 55 bilhões776 milhões, segundo dados da Andima. Aseguir, as taxas médios anuais de descontode todos os vencimentos.Vencimento Compra Venda15/10. 60,00 59,00

17/10 59,35 58,3522/10 43,90 42,9029/10 43,25 42,2505/11 43,23 42,8312/11 43,13 42,6319/11 42,85 42,4521/11 42,73 42,3326/11 42,60 42,2003/12 42,40 42,1510/12 42,35 42,0017/12 42,05 41,8019/12 41,93 41,6824/12 41,75 41,5031/12 41,55 41,3007/01 41,85 41,4514/01 41,73 41,3316/01 41,65 41,2521/01 41,55 41,1528/01 41,38 40,9804/02 41,15 40,7511/12 41,03 40,6313/02 40,95 40,6518/02 40,85 40,4525/02 40,73 40,3304/03 40,55 40,15

publicos —xA queda no custo do dinheiro para financiamentos de

posição por um dia, proporcionada pela atuação do BancoCentral para melhorar o nível de liquidez movimentoubastante as operações de compra e venda, de ontem, domercado financeiro. Os negócios que Iniciaram em níveis de79,60%, cairam para 34,30% ao ano, com a média dosnegócios a 73,60% ao ano. As Obrigações Reajustáveis doTesouro Nacional com cinco anos de prazo e juros anuais de8% vencimento em maio de 85 foram cotadas a 103,50% e103,70% do valor nominal do mês Cr$ 663,56. Os mesmospapéis com resgate em outubro de 85 negociadas a 102,60% e102,80%, respectivamente para compra e venda. O volumede negócios somou Cr$ 86 bilhões 967 milhões, segundodados da Andima.

MetaisLondres: Cotações dos metais em Lon-dres, ontem:Cobre6 vista 845,00 846,00tr6s meses 876,00 876,50Estanho (Standart)a vista 70,40 70,45tr&s meses 70,60 70,70Estanho (high grade)a vista 70,40 70,45tr6s meses 70,60 70,70Zincoa vista 332,00 333,00tr6s meses 344,00 345,10Prataa vista 858,00 859,00tr£s meses 890,00 891,00Chumboo vista 360,00 360,50tres meses 374,50 375,00Alumfnio6 vista 705,00 706,00tres meses 708,00 709,00

Niquel6 vista 27,95 28,00tres meses 28,27 28,30Ouro6 visto 670,00 (Londres); 670,50 (Zurique);Sao Paulo (Degussa Lingote de 1.000gramas)

Nota: Cobr», Estanho, Chumbo • Zinco —em libras por toneladas.Prata — em pence por troy (31,103 grs.).Ouro — em dólares por onça.

Interbancário

O mercado interbancário de câmbio paracontratos prontos apresentou-se oferecidoontem, registrando um volume fraco denegócios. As taxas para telegramas e che-ques situaram-se entre Cr$ 58,340 e Cr$58,320. O bancário futuro esteve equilibra-do durante todo o período, com volumefraco de negócios, realizgdos a Cr$ 58,480mois 3,05% até 3,40% ao mês para contra-tos com prazos de 30 até 180 dias, respecti-vãmente.

Dólar e Ouro

Londres — O dólar fechou em alfa nosmercados monetários da Europa, enquantoo preço do ouro caiu em Zurique e Londres.O metal fechou em baixa de 7 dólares, a670,50 dólares a onça, em Zurique, e a670,00 dólares, em relação a 676,50, emLondres. O dólor foi negociado a 1,8169marcos e a 2,4085 dólares a onça, emFrankfurt e Londres.

Taxas do Euromercado

A taxa interbancária de câmbio do Londres, no mercado do euro-dólar, fechouontem, para o período de seis meses em 133/ 16%. Nas demais moedas foi oseguinte o seu comportamento, segundo dados do Banco Central.Prazo Dólar Libra Marco Fr. Suíço Fr, FrancesFlorim

I més 13 1/ 8 16 5/ 16 8 5/ 8 11 15/ 169 15/ 163 meses 13 3/ 16 15 5/ 8 8 5/ 8 5 91 16 12 3/ 16 10 1/ 46 meses 13 3/ 16 14 15/ 16 8 9/ 16 5 5/ 8 12/11/ 16 10 1/4

12 meses 12 3/ 4 14 8 3/ 8 5 9/ 16 13 10 1/4

OBS: Taxas válidas a partir dos próximos dois dias úteis.

Taxas de câmbio

MOEDAS COMPRA VENDA REPASSE COBERTURAD6lor 58,280 58,480 58,330 58,450Dolor Austroliano 68.531 68,942 68.590 68,906Libra Esterlino 140,01 140.97 140,13 140,89Coroa Dinamarquesa 10,398 10,460 10,407 10,455Coroa Norueguesa 11,969 12,040 11,980 12,033Coroa Sueco 13,961 14,044 13,973 14,037D6lar Cariadense 49,995 50,288 50,038 50,262Escudo Portugues 1,1592 1,1701 1,1602 1,1695Florim Holandes 29,412 29,617 29,437 29,602Franco Belga 2,0051 2,0175 2,0068 2,0164Franco Frances 13,830 13,924 13,842 13,917Franco Suiqo 35.278 35.528 35,308 35,510lem Japones 0,28146 0,28341 0.28170 0,28327Lira ttaliano 0,067425 0,067799 0,067483 0,067764Marco Alem6o 31,939 32,154 31,966 32,138Peseta Espanhola 0,78294 0,78694 0,78361 0,78653Xelim- Austriaco 4,5329 4,5609 4,5368 4,5585As taxos acimo fixadas ontem, pelo Banco Centrol, 6s 16h30m do Rio, no

fechomento do mercado de cambio brasileiro. As demais, tomam por base ascoto<;6es do fechomento no mercado de Neva lorque:

Em US$ Em Cr$ Jordomo 3,4159 199,7618Argentina 0.0005 0,0292 Kuwoit 3,7365 218.5105Bolivia 0,0400 2,3392 Libano 0,2886 16,8949Brasil 0,0174 1,0176 Mexico 0,0434 2,5380Chile 0,0256 1,4971 Nova Zelondio 0.9850 57,6028Colombia (peso) 0,0210 1,2281 Peru 0,003236 0,1892Eg'o 1,45 84.7960 Filipinos 0.1320 7,7194Eq.-odor 0,0356 2.0619 A. SoudiTa 0.3012 17,6142Greaa 0,0233 1,3626 *;«««« n ,771 07 on*Hong Kong 0,2000 11,6960 .Sm9:ipu,Q °'"llIndia 0,1297 7,5849 iwqu'o 0,0125 0,7310Indonesia 0,0016 0,0936 Uruguoi 0,1056 6,1755Israel 0..1675 9.795J Venezuelc 0,2329 13,6200

Brasil é o

4o maior na

casa própriaRobert Dervel Evans

CorrespondenteLondres — Quarto maior

país em termos de recursosdestinados à aquisição da ca-sa própria, volume de ativosem poder das instituições fl-nanceiras e na relação entrefinanciamentos para casaprópria e o Produto NacionalBruto (PNB), o Brasil estáatrás apenas dos EstadosUnidos, da Grã-Bretanha eda Alemanha nesse setor.

Essa situação foi um fatorimportante para a eleição deum brasileiro — José Carlosde Mello Ourivlo, presidenteda Residência Companhia deCrédito Imobiliário — parapróximo presidente daIUBSA — Uniáo Internado-nal das Companhias de Cré-dito Imobiliário e Associa-ções de Poupança e Emprés-timo.INICIO NA INGLATERRA

Quarenta e um países estãorepresentados por quase 1mil delegados na 15* conven-ção da IUBSA, em Londres,esta semana. Só a delegaçãobrasileira é composta por 58pessoas, vindas de vários Es-tados e representando diver-sas companhias de créditoimobiliário, sob a liderançado Banco Nacional de Habi-tação (BNH).

Embora o movimento decanalizar poupanças para acasa própria tenha começadoem 1775, na Inglaterra, sendoseguido pelo aparecimento,em 1831, nos EUA, da primei-ra associação de poupança eempréstimo, sua dissemina-ção só veio a ocorrer no sécu-lo XX. A primeira companhiade crédito Imobiliário da Eu-ropa, fora da Grã-Bretanha,apareceu na Noruega, em1907. Outros instrumentos dosistema surgiram na Alemã-nha, em 1924, e na França, 30anos mais tarde.

Apenas na década de 60,contudo, o movimento che-gou à América Latina. Entre1960 e 1970, instituições depoupança e empréstimo apa-receram no Chile, RepúblicaDominicana, Argentina, Ve-nezuela, Equador, Panamá,El Salvador, Costa Rica, Boll-via e Brasil. Na década se-guinte, surgiram na Colôm-bia, Paraguai e Honduras.EXPANSÃO NO BRASIL

Embora o Brasil esteja re-centemente no mercado, ape-nas desde 1966, distanciou-sedos demais na rapidez comque expandiu seu sistema depoupança e empréstimo. Ou-rivio revelou a existência de26 milhões de cadernetas depoupança no Brasil e o núme-ro está em franco crescimen-to, em resposta aos estímulosdo Governo.

De acordo com fontes dadelegação brasileira, contu-do, o crescimento do sistemade poupança só a rhulto custoserá mantido, devido à mu-dança do clima financeiro dopaís. Segundo Ourivio, recur-sos externos serão necessá-rios para suplementar a pou-pança interna, se se quisermanter o mesmo ritmo da in-dústria da construção, no fu-turo.

artes^I

Artistas,Galerias,Leilões.Aos Domingos no Caderno B

| Mais de 1.000.000 de leitores© 288-5414

Procissão

das

Carpideiras

Você conhece o baianolindembergue Cardoso? Talvezvocê já o tenha idenliiicado natrilha sonora de Cobra Noralo ouno arranjo coral do Domingo noParque, de Gilberto Gil. Mas agrande produção deLindembergue se situa no âmbitoda música eruditacontemporânea. Sua Prccissõodas Carpideiras— premiada em1969 no I Festival de Música daGuanabara — já se tornouclássico da música brasileira devanguarda. EéesseLindembergue que — se vocêainda não conhece — precisadescobrir urgente.Breve você vai ouvir a Procissãodas Carpideiras.

UlNWW

Petrobrás aplicará

US| 1 bilhão em 18

petroleiros médiosBrasília — A Petrobrás vai

definir nos próximos dias com oSindicato Nacional da Indús-trla da Construção Naval ascondições para contratar 18 na-vios, com tonelagem variandode 18 mil toneladas de portebruto a 50 mil, no valor de 1milhão de dólares, em estalei-ros nacionais — revelou ontemo Ministro dos Transportes, Eli-seu Resende. Esses barcos ser-vem tanto para a cabotagem,com a distribuição de deriva-dos de petróleo ao longo dacosta, quanto para o longo cur-só, facilitando o seu porte atravessia do canal do Panamá.

No encontro que mantevecom representantes do Sindica-to, o Ministro analisou as provi-dênclas governamentais parasanear a situação econômico-financeira da Sunamam — Su-perintendéncia Nacional da

Marinha Mercante, a regula-mentação do Deereto-Lei n° 1801, que estabeleceu uma novapolítica de construção e a possi-billdade de novas encomendasá construção naval brasileira. OMinistro classificou esse encon-tro de "multo proveitoso para osetor".

Estiveram presentes à reu-niáo, o presidente do Sindicato,Seraphin Do na to, e seu irmão,presidente da Federação dasIndústrias do Estado do Rio,Arthur Dona to (do estaleiro Ca-neco); Paulo Ferraz (Compa-nhia Comércio e Navegação, es-taleiro Mauá); Paulo Oouvea(Companhia Comércio e Nave-gação); Ten Bokkel (estaleiroVerolme); Ivan Laboriau (Verol-me); Renato Luís de Castro

aqnPaes (Inconav).

IBM mostrará em Congresso"caixa"

capaz de pagar e

receber e terminais a corUm caixa de auto-serviço (capaz de pagar e receber)

e terminais a cores estão entre as novidades que a IBMdo Brasil apresentará no 13° Congresso Nacional deProcessamento de Dados, que terá como enfoque prin-clpal a evolução tecnológica. O congresso será realiza-do no Hotel Nacional/Rio, de 20 a 24 do corrente.

A fábrica da IBM no Sumaré vai exibir e demons-trar componentes e equipamentos nacionais fornecidosao mercado interno e exportados para a AméricaLatina e o Extremo Oriente. A Divisão Técnica de-monstrará novos conceitos na manutenção de equipa-mentos e também a Unidade de Manutenção e Diag-nóstico, composta de processador e unidades de entra-da e salda.FERRAMENTA ESPECIAL

Além dos terminais a cores(vídeo e impressora), serãofornecidas informações sobrebolhas magnéticas (com exi-bição de um vldeo-tape nostand), hologramas (como ar-te tecnológica) e um novoconceito de diagnóstico dedefeitos. Na ocasião, será utl-lizada uma ferramenta espe-cialmente desenvolvida paraessa finalidade — a Unidadede Manutenção e Diagnós-tico.

Em horários determinados,serão provocados defeitos emalgumas unidades do sistema

4 300, instalado no stand parademonstração dessa nova fer-ramenta e para utilização dosuporte remoto. Serão aindainstalados 16 terminais 3 270,fabricados pela IBM no Su-maré.

Haverá ainda cinco pales-trás, três delas a cargo deconvidados do exterior, doisda IBM: A. Peled, gerente deCiência da Computação daDivisão de Pesquisas da IBM(Laboratório de San José, Ca-lifórnia), e A. Frank Mayadas,gerente do Departamento deTecnologia e Armazenamen-to de Informações (San José,Califórnia).

Operação interestadual

com milho e sorgo pode

pagar menos 50% de ICMBrasília — O Confaz (Conselho de Política Fazendária)

deverá decidir hoje a redução em 50% do ICM (Impostosobre Circulação de Mercadorias) para as operações interes-taduais com milho e sorgo que se destinam à alimentaçãoanimal ou fabricação de rações. A medida é válida para osEstados do Rio, Paraná, Espirito Santo, Rio Grande do Sule Santa Catarina — grandes produtores — e destina-se abaratear o custo das rações.

A reunião de hoje do Confaz, na verdade, está esvaziada,já que seu principal assunto seria a discussão da propostade acabar com as isenções do ICM para produtos hortifrutl-granjeiros. No entanto, o Ministério da Fazenda conseguiudemover os secretários estaduais de Fazenda de apresentara sugestão, sob a alegação de que a política de combate àinflação, neste momento, tem prioridade.

Embora os Estados aleguem que precisam aumentarsua base tributária, o Ministério da Fazenda fez ver aossecretários que a partir do momento em que os hortifrutl-granjeiros passassem a ser tributados com o ICM, haveriaum impacto imediato no índice do custo de vida e, conse-qüentemente, nas taxas de inflação.

No entanto, outro assunto de interesse dos Estadosdeverá ser levantado na reunião. É o que diz respeito aosuperfaturamento, prática utilizada especialmente nos su-permercados. Os Estados do Sul e Sudeste encaminharamrecentemente ao Ministro da Fazenda documento denun-ciando o fato. O ICM é cobrado sobre o valor total dasvendas registradas no caixa, mas como os hortifrutlgranjei-ros gozam de imunidade tributária, os supermercados podem descontar do valor total do faturamento a parcela devenda destes produtos.

Além destes assuntos, o Confaz discutirá a correção decálculo do ICM para cana-de-açúcar, que nâo implicaráaumento no preço do produto, e a prorrogação, até 31 dejulho de 1981, do Convênio 15/79, que concede isenção doICM para milho importado. Atualmente, a alíquota é de16%.

Exportação de têxtil

e calçado terá apoioBrasília — O Ministro do Planejamento, Delfim Neto,

revelou ontem que na próxima semana o Oovemo adotarámedidas de apoio às exportações de têxteis e de calçados,cujos preços registraram uma queda de 15% no mercadointernacional. Para os têxteis, já está decidida a autorizaçãopara importação no sistema draw-back e, numa exceção àResolução 602, não será descontada da exportação a maté-ria-prima Importada.

No caso dos calçados, segundo Delfim Neto, afora aqueda no preço Internacional, outro fator que está concor-rendo para o baixo desempenho de suas vendas externas é odesvio da demanda para calçados plastificados. Técnicos doMinistério do Planejamento — que, juntamente com técni-cos do Ministério da Fazenda e do Banco Central, estãoestudando o assunto — Informaram, por sua vez, que asmedidas de apoio ao setor de calçados "ainda não amadure-ceram, não estão sequer no papel".

O presidente do Conselho Nacional da Indústria Têxtil,Sr Luiz Américo de Medeiros, declarou ontem, á saída deuma reunião com o Ministro Delfim Neto, que as medidas deapoio às exportações do setor — sugeridas pela indústria,segundo ele — serão discutidas com o Ministro da Fazenda,Ernane Galvêas, na próxima segunda-feira.

Reconheceu que, se não foram adotadas, a curtíssimoprazo, as importações sob regime de draw-back e a exceçãoà Resolução 602, dificilmente o setor conseguirá atingir suameta de exportar "bilhão 100 milhões de dólares este ano,obtendo no máximo, 800 milhões de dólares, quando em1979 as vendas externas de têxteis registraram 756 milhõesde dólares.

Receita

e CVM

discutem 157Brasília — O Secretário da

Receita Federal, FranciscoDomelles, e o Presidente daCVM (Comissão de Valores Mo-blllários), Jorge Hilário OouvêaVieira, discutiram ontem asprincipais modificações a se-rem feitas nos Fundos Fiscais157, que prevêem a contraparti-da em dinheiro por parte doinvestidor.

A intenção do Ministro da Fa-zenda, Emane Galvêas, é deque dentro de 30 ou 40 dias oprojeto esteja redigido em suaforma final, para ser levado àdiscussão pública. O projeto jápassou pela Comlssáo Consultl-va do Mercado de Capitais doConselho Monetário Nacional eagora voltou ao exame da Se-cretaria da Receita Federal,que dará a redação final.

Oferta de

imóveis cai

em S. PauloSào Paulo — O número de

lançamentos de novos prédios,em Sào Paulo, é inferior ao dequatro anos atrás, estima o SrRomeu Chap-Chap, da Cons-trutora Chap-Chap. Além daelevação dos custos — que têmsuperado em 50% os reajustesna correçáo monetária — ovolume de recursos previstopara o setor neste ano pelosistema financeiro já foi aloca-do. O quadro é de escassez deimóveis para um mercado alta-mente comprador, considera oSr Paulo Germanos, presidentedo Sindicato das Empresas deCompra e Venda de Imóveis —Secovi.

Segundo ele, embora os pre-ços estejam cada vez mais altos— "a situação para o compra-dor não é das melhores" —, náohá qualquer indício de quevá haver uma estabilizaçãonos custos proxlmamente. "Osetor náo antevê qualquerpossibilidade de folga", diz oSr Germanos.

O Sr Romeu Chap-Chap acre-dita que a capacidade de pou-pança da população esteja che-gando ao seu limite. "Nestesúltimos dez meses, principal-mente, houve um desvio de re-cursos das aplicações financel-ras para a compra de Imóveis eo mercado ficou superaqueci-do". Segundo ele. em época deexpectativa inflacionária alta ecorreção monetária baixa, a va-lorlzaçáo dos Imóveis tende aser cada dia maior.

. mueittpotihwaÈmsikim

SUP1M

80 ii

Empresários, técnicos eautoridades debatem os

problemas da região.

nordeste 80.fio primeiro ano da década, vciíani

os velhos temas em busca de novas edefinitivas soluções. E hora do encontrodecisivo com a realidade.

Como poderá a SUDENE aceleraro desenvolvimento do Nordeste nosprovimos anos? Os planos para aindustrialização e a agricultura da região.0 modelo de industrialização. As propostasda década. Os investimentos e programas.0 sistema tributário. A seca. Perspectivasque se abrem de regionali/acao da atuaçao

dos grupos financeiros do pais.Tudo isso c muito mais serão

Suplemento Nordeste 80. Uma avaliaçãoprofunda da Região Nordeste, comconclusões voltadas para o futuro.-

0 Suplemento Nordeste 80 vai

concentrar sobre a Bahia Sergipe,Alagoas, Pernambuco, Paraíba. Rio Grandedo Norte, Ceara Piauí e Maranhão aatenção de toda a elite pensante eempresarial brasileira. E dara continuidadeao trabalho de avaliação da realidade do

pais que o Jornal do Brasil vem cumprindoatravés da sua própria historia.Dia 28 de novembroJORNAL DO BRASIL

20 — JORNAL DO BRASIL O quarta-feira, 15/10/80 D Io Caderno

INPE/CNPq — 9h17m (14/10 80) — Via Rio-Sul

NO RIO O MAR A LUANublado ainda sujeito a chuvas noinício, melhorando no decorrer do pe-ríodo. Temperatura em declínio. Ven-tos: Sul fracos a ocasionalmente mode-rodos. Máxima: 24.1, em Realengo;mínimo: 15.0, no Alto da Boa Vista.

Nascer:Ocaso:O SOL

A CHUVA

05h20m15h57m

Precipitação (mm)Ultimas 24 horas 8 8Acumulada este mês 101 2Normal mensal 74 0Acumulada este ano 690.3Normal a n uoI I 0 7 5 , 8Temperaturas máximas e mínimas e

NOVA

Maré»Río/Noterói — Preamar. 02h 18m/0 4m;I0hl8m/0.8m e 18h51 m/0 9m Baixa-mar. 06h51m/l Om e 15hl0m/0.6m.Angra dos Reis — Preamar:00h00m/0.4rr>; e 12h33m/0.9m Ba.-xamar: 06h04m/0.9m, e17h07m/0.9m.Temperaturas

Dentro da baia. 21Fora da borra 21 Mar agitadoCorente: Leste para Sul

OS VENTOS 1^Sul fracos a ocasionolmente mode- CHEIArados 23/10

aCRESCENTE17/10

DMINGUANTE30/10

A zona de convergência intertropicol estende-se sobre oOceano Atlântico, do litoral da África até o litoral Norte daAmérica do Sul. A Região Nordeste do Brasil aparece com aárea escura indicando tempo bom, ausência de nebulosida-* de. Uma frente frio está localizada sobre o Oceano Atlânticoestendendo-se até o litoral da Bahia, Norte de Minas einterior de Goiás. A massa de ar polar marítima, queacompanha a frente, é responsável pela nebulosidade queestá ocorrendo no Espírito Santo, Estado do Rio de Janeiro eoo longo dos Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina.A Regiáo Sul do Brasil e do Paraguai, a Região Norte daArgentina e o Uruguai aparecem também com a área escura

NOS ESTADOSAmazonas — Nublado com pancadas esparsas ao Norte eMédio Amazonas. Nas demais regiões, parcialmente nubla-do. Temperatura estável. Máxima, 33,4; mínima, 22,4.Roraima — Nublado com pancadas esparsas, principalmenteoo Norte. Temperatura estável. Acre e Rondônia — Parcial-mente nublado a nublado, sujeito o instabilidade no perio-do. Temperatura estável. Máxima, 31; mínimo, 21,3. Pará— Nublado com chuvas esparsas ao Sul e Baixo Amazonos.Nas demais regiões, parcialmente nublado. Temperaturaestável. Máxima, 32,4; mínima, 22,2. Amapá — Nubladosujeito a pancadas esparsas ao Norte. Temperatura estável.Máxima, 33; mínimo, 24,3. Maranhóo • Piauí — Nubladocom chuvas esparsas ao Sul e Centro. Nas demais regiões,nublado. Temperatura estável. Máximo, 30,7; mínima, 22,4.Ceará — Parciolmente nublado a nublado. Temperaturaestável. Máxima, 29,9; mínima, 23,1. Rio Grande do Norte,Paraíba e Pernambuco — Nublado no litoral. Nas demaisregiões, parcialmente nublado. Temperatura estável. Máxi-ma, 31,7; mínima, 22,5. Alogoo» —Nublado. Temperaturaestável. Máxima, 28,9; mínima, 19,8. Sergipe — Nublado,sujeito o instabilidade principalmente ao Sul. Temperaturaestável. Máxima, 29,3; mínima, 22,9. Bahia — Nublado aencoberto com chuvas esparsas oo Sul, Centro, Vale doParanaguá e litoral Sul. Nas demais regiões, parcialmentenublado o nublado. Temperatura estável. Máxima. 27,6;mínima, 23,6. Mato Grotio — Porcialmente nublado anublado, sujeito a instabilidade no período oo Norte. Nasdemais regiões, parcialmente nublado. Temperatura estável.Máximo, 34,7; mínima, 23,2. Mato Grotio do Sul —Parcialmente nublado a claro. Temperatura estável. Máxi-ma, 28,4; mínimo, 21,1. Goiás — Nublado, poncadasesparsas oo Norte. Nas demais regiões, nublado a parcial-mente nublado. Temperatura estável. Máxima, 30,6; mini-mo, 16,7. Brasília — Parciolmente nublodo a nublado comnévoa seca. Temperatura estável. Máxima, 20,3; mínimo,15,3.NMinas Gerais — Nublado a encoberto a partir datarde. Temperatura estável. Máximo, 27,5; mínima, 15,6.Espírito Santo — Encoberto com chuvas esparsas, principal-mente no litoral, passando a nublado no fim do período.Temperatura em ligeiro declínio. Máximo, 23,7; mínimo, 19.Sóo Paulo e Paraná — Nublado a parciolmente nublado nolitoral. Nas demais regiões, parcialmente nublado o daro,nevoeiros esparsos pela monhá. Temperatura em ligeiroelevação. Máxima, 21; mínima, 11. Santa Catarina —Nublado sujeito a chuvas esparsas, passando a porciolmentenublado no litoral. Parcialmente nublado, nas demais re-

giões. Temperatura estável. Máxima, 22; mínimo, 15,8. Riourande do Sul — Claro a porcialmente nublado, mstabilido-de passageira nas regiões do Planalto e serra do Nordeste, ótarde. Temperatura estável. Máxima, 24,8; mínimo, 15.

Analise sinótico do Mapa do Instituto Nacional de Meteo-rologio. Frente fria localizada no litoral entre os estados doEspirito Santo e Bahia e. estendendo-se no oceano. Anticido-ne polor com centro de 1024MB locolizado a 33°s/44°w.Novo frente fria local'zado ao sul da Argentina.

NO MUNDO

Amsterdã, 11, encoberto — Assunção, 25, claro — Atenas,24, claro — Beirute, 25, claro — Berlim, 9. nublado —Bruxelas, 11, encoberto — Buenos Aires. 19, cloro — Cairo,34, nublodo — Chicago, 18, encoberto — Copenhogue, 8,chuva — Estocolmo, 7, chuva — Genebra, 9, nublado —Jerusalém, 24, claro — Lima, 16, encoberto — Lisboa, 18,nublodo — Londres, 11, nublado -7-^Modri, 18, cloro —Miami, 28, nublodo — Montevidéu: 18, nublodo — Morvtreal, 7, encoberto — Moscou, 12, encoberto — Nova Delhi,31, claro — Nova Iorque, 13, instável — Paris, 8, nublado —Roma, 18, chuva — Sofia, 18, nublado — Tóquio, 17, chuva— Varsóvia, 7. chuva — Viena, 11, claro — Washington, 16,cloro.

indicando tempo bom. Nova frente fria está localizada naArgentina na oltura de Baio Blanco.As imagem do satélite meteorológico SMS sãorecebidas diariamente pelo Instituto de Pesquisas Espa-ciais (INPE/CNPq), em São José dos Campos (SP),transmitidas em infra-vermelho. As áreas brancas indi-cam temperaturas baixas e as áreas pretas temperatu-rai elevadas. Conhecendo-se a temperatura das áreasbrancas e das áreas pretas pode-se, com uma escalacromática, determinar as temperaturas da superfície daTerra, das massas de ar e do topo dos nuvens.

JOSE PAULO ALIMONDA

(MISSA DE 7o DIA)

tPaulina

Alimonda Turton e Annita Alimonda, irmãs, LedaLacerda, Lucy Salazar, Maggie Malpas, Doris Sant'Anna,sobrinhas, Heitor Alimonda, primo e cunhado, e suas

famílias, comunicam o falecimento, ocorrido em Recife, de seuquerido e inesquecível JOSÉ e convidam para a Missa a sercelebrada amanhã, 5a feira, dia 16, às 11 horas, na Igreja doCarmo, na rua 1o de Março, nesta cidade.

ORLANDINO ROCHA

(Falecimento)

tOs

irmãos Alcimor Rocha, José Ayler Rocha, PauloRocha, Rosa Rocha, Raymundo Rocha, Cláudio Rocha,Marlene Rocha, Salete Rocha, Ayrton Rocha, Maria de

Jesus Rocha, Tarcísio Rocha, Alcina Maria Rocha, Cam-poamôr Rocha, sua mãe Alcina Frota Aguiar Rocha, viúvaClenir Rocha e filhas participam com pesar o falecimentode seu irmão, filho, esposo e pai e convidam parentes eamigos para seu sepultamento a realizar-se hoje, 4a feira,dia 15, às 10 horas, saindo o féretro da Capela C doCemitério do Cajú. (P

PROF. EURICO

DE FIGUEIREDO BRASIL

(MISSA DE T DIA)

tSua

Esposa Cariinda, filhos, irmãos, genros, nora, netos ebisnetos, convidam parentes e amigos para a Missa de 7° Dia.que será celebrada dia 16, 5a feira, às 11 horas, na antiga

Catedral Metropolitana na Praça 15 de Novembro.

Cynthia Brito

O menor P. confirmou que aiudou Anterior (camisa branca, de p£) a matar sua mulher Angelica

LAURA SHALDERS P0RTELLA

LAURINHA

1 ANO

tA

Federação das Bandeirantes do Brasil convi-da os parentes e amigos da querida LAURI-NHA para assistirem à Missa, pela passagemdo 1o ano de seu falecimento, a ser realizada

no dia 17 de outubro, sexta-feira, às 10 horas, naIgreja Nossa Senhora da Paz.

PROF0 EURICO

DE FIGUEIREDO DRASIL

(MISSA DE 7o DIA)

tA

Sociedade Brasileira de Instrução eas Entidades por ela mantidas — Fa-culdade Cândido Mendes — Centro —

Ipanema — Campos e Friburgo convidamprofessores, funcionários, alunos, ex-alunos, parentes e amigos para a Missa de7o Dia que farão celebrar dia 16, 5a feira, às11 horas, na Antiga Catedral Metropolitana,na Praça XV de Novembro. (P

JONAS DIAS DE OLIVEIRA

(MISSA DE 7° DIA)

tSua

família agradece as manifestações de carinho recebidas por ocasião deseu falecimento e convida parentes e amigos para a Missa de 7o Dia quemanda celebrar 5a-feira, dia 16, às 19:00 horas na Igreja São José da Lagoa— Av. Borges de Medeiros — Lagoa.

CIDALINA CANDIDA DO PRADO PEREIRA

(MISSA DE 7° DIA)

tVirginia

Pereira, Paulo Prado Pereira e senhora, Francisco dos Santos PiresAlbuquerque, senhora e filhas, agradecem as manifestações recebidas econvidam para a Missa de 7° Dia que será celebrada quinta-feira, diadezesseis, às 11:30 horas na Igreja da Sta. Cruz dos Militares.

FalecimentosRio de Janeiro

Enio Aveline da Rocha, 52, deinfarto, no Rio de Janeiro, ondefazia o curso na Escola Superiorde Guerra. Gaúcho de PortoAlegre, era bacharel em Ciên-cias Contábeis e Ciências Eco-nòmicas, formado pela PUC.Desempenhou as fünçóes depresidente da Sociedade deEconomia do Rio Grande doSul, de 1958 a 1960, presidenteda Associação Comercial dePorto Alegre e da Federaçãodas Associações Comerciais noperíodo de 1970 a 1976. Em 1978fUndou o Centro de Treinamen-to Empresarial do Rio Grandedo Sul e, atualmente, era conse-lheiro benemérito da Associa-ção Comercial de Porto Alegre.Diretor-presidente do GrupoAveline Moreira — Integradopor oito empresas — era casadocom Eni Aveline da Rocha, ti-nha dois Olhos.

Aurélio Baptlsta de Souza,65, de derrame cerebral, na resi-dència, em Copacabana. Cario-ca, industrial, casado com Pau-la Diniz de Souza, tinha umafilha: Elizabeth, dois netos. Se-rá sepultado às lOh no Cemité-rio São João Batista.

Mònica Corrêa Figueiredo,76, de insuficiência cardíaca, noHospital da Beneficência Por-tuguesa. Carioca, viúva de Al-mir Ribeiro de Figueiredo, ti-nha dois filhos: Ernesto e Edna,netos, morava em Botafogo. Se-rá sepultada às 9h no CemitérioSão João Batista.

Eurico Simões de Carvalho,56, de infarto, no Prontocor.Português, comerciante, viúvode Maria José Pereira de Carva-lho, tinha um filho: Fernando,uma neta, morava no CosmeVelho. Será sepultado às lOh noCemitério São João Batista.

José Luiz Vieira Brasil, 77, detrombose cerebral, na ClínicaSão Sebastião. Carioca, funcio-nário público federal aposenta-do, solteiro, morava no Flamen-go. Será sepultado às 9h noCemitério São João Batista.

Aristides Costa da Silva, 69,de edema pulmonar, no Hospi-tal da Penitência. Carioca, co-merciante, desqultado, tinhaduas filhas: Maria Cristina eMarllia, três netos, morava noGrajaú. Será sepultado às 9h noCemitério São Francisco Xa-vier.

Dagmar Freitas dos Santos,55, de caquexia, no HospitalSào Francisco de Paula. Cario-ca, casada com Gilberto SantosFilho, morava em São Cristó-vào. Será sepultada às lOh noCemitério São Francisco Xa-vier.

Amélia Rodrigues Mendes,80, de arteriosclerose, na resi-dência em Benflca. Carioca,viúva de Hélio Machado Men-des, tinha um filho: Geraldo R?»Mendes, dois netos e dois bisne-tos. Será sepultada às 9h noCemitério Sào Francisco Xa-vier.

Terezinha Macedo de Alen-car, 62, de parada respiratória,na Clínica Uranos. Carioca, ca-sada com Aloysio Bezerra deAlencar, morava em Bonsuces-so. Será sepultada às lOh noCemitério São Francisco Xa-vier.

Sebastião Lopes de Melo, 58,de infarto, no Hospital CardosoFontes. Carioca, porteiro, sol-telro, morava em Piedade. Serásepultado às 9h no Cemitériode Inhaúma.

EstadosLeontina Moraes Cava, 68, de

trombose, na residência emPorto Alegre. Gaúcha de Ale-grete, era casada com Theodo-ro Francisco Cava, tinha trêsfilhos: Carlos Alberto MoraesCava, João Carlos Moraes Cavae Maria Helena Cava Leal, casa-da com Luís Carlos Souza Leal,assistente jurídico da Prefeitu-ra de Porto Alegre.

José Rafael Pereira GesteiraFernandes, 69, de infarto, emSalvador. Baiano de Sào Feliz,era advogado diplomado pelaFaculdade de Direito da Bahia,na turma de 1943, tendo inçTes-sado na magistratura em 1945.Foi pretor do termo de Cruz dasAlmas, Camaçari e Salvador,onde se aposentou em 1968. nocargo de Juiz de Direito de Ter-ceira Entráncia. Exerceu tam-bém o cargo de Juiz substitutoem Itaparica, Sào Sebastião doPassé e Santo Antônio de Je-sus. Em 1968 ingressou no qua-dro da Universidade Federal daBahia, como advogado. Desem-penhou depois as funções deProcurador-Geral da UFBA dejunho de 1975 a novembro de1979. Casado com Maria Angéli-ca Teixeira Gesteira, tinha dois'filhos: José Theodomiro eEvandro Teixeira Gesteira.

José Astério Monteiro deCastro, 64, de enfisema pulmo-nar, em Belo Horizonte. Netodo Barão de Congonha, nasceuem Belo Vale (MG). Era bancá-rio aposentado do Banco Minei-ro da Produção. Casado comYolanda Cinque Monteiro deCastro.

Armando de Paiva Abreu, 72,de embolia cerebral, no Pronto-cor em Belo Horizonte. Mineirode Uberaba, era diretor do Ban-co Mercantil do Brasil e presi-dente da Construtora CamposAltos e da Apa Engenharia S/A.Casado com Marília ParaísoAbreu, tinha quatro filhos: Elia-na, Virgílio, Cláudio, Angela enove netos.

Osmar Silva, 42, de paradacardíaca, no Hospital das Clíni-cas de Vitória, Espirito Santo.Capixaba de Colatina, era oprincipal comentarista de mú-slca popular do Estado. Traba-lhava no jornal A Gazeta, eracasado e tinha dois filhos.

Õ menor P. confirmou que ajudou Antenor (camisa branca, de pé) a matar sua mulher Angélica

Menor depõe com Antenor

e diz que o ajudou a matar

mulher na Casa das Pedras"Mau filho é mentiroso mas Antenor é muito mais,"

disse o Sr Antonio Ferreira, pai de P. H„ depois determinada a acareação, na Delegacia de Homicídios,entre o menor e o economista, a propósito do assassí-nio, no dia 18 de dezembro do ano passado, da mulherdeste, Angélica Barbosa de Araújo, no CondomínioCasa das Pedras, residência do casal. O menor confir-mou que ajudou o economista a matá-la.

Para Antonio Ferreira, desta vez o filho disse averdade quando colocado diante de Antenor, confir-mou esta última das quatro versões que apresentarapara o caso. Nas três versões anteriores, ele se atribuíraa morte da mulher; depois a um casal encapuzado efinalmente acusou o economista como único autor docrime.TRÊS HORAS

Contrariando todas as ver-sões do menor, Antenor contl-nua confirmando que sua mu-lher foi morta pela advogadaMaria Inês Mendes Gonçalves— sua ex-mulher—com auxíliodo engenheiro e ex-piloto mexi-cano Hector da Rocha Rios,também residente no Condomí-nio Casa das Pedras, atribuln-do as acusações que lhe faz P.H. ao fato de ter sido "indus-triado pelos advogados HelenoFragoso e Fernando Fragoso".Antenor acha que o menor agedessa forma sob ameaça, para"inocentar o pai, que é co-autor".

A acareação entre P. H. e,Antenor durou cerca de trêshoras, a partir das 15 horas,tendo sido presenciado pelo de--legado Peter Geresten, da Dele-

gacia deJíomicídios; o advoga-do Georgfe Tavares, patrono doeconomista; a màe deste, CléliaAntonieta Fonseca Rangel; opai de P. H„ Antonio Ferreira; ocurador José Raimundo SantosPereira, e a psicóloga LígiaSanta Maria, da Funabem, queassiste a este desde que ele foiinternado na Escola Odllo Cos-ta, daquela entidade, em Quin-tino.

Para o delegado Peter Geres-ten, por coincidência ou nào,um fato parece indicar que omenor esteve presente na casano momento em que Angélicafoi morta. Os dois golpes queele diz ter dado na mulher real-mente foram desferidos nos lo-cais por ele indicados: um naparte alta da barriga, outro, nopeito, próximo do osso externo.

Homem com Fiat amarelo

é novo suspeito na morte

da empresária Déa Cardim

Um homem conhecido por Hermani, proprietáriode um Fiat amarelo, é o novo suspeito da morte daempresária Déa Gomes Cardim, assassinada no dia 2desse mês, na entrada de sua residência, na RuaIguatu, na Urca. A informação foi dada ontem pelodelegado Gastão do Nascimento, da 10a DP, em Botafo-go, que está tentando localizá-lo.

De acordo com informações chegadas à Polícia, nodia do crime, possivelmente próximo do horário em queDéa foi morta, o homem foi visto arrancando no carroem alta velocidade, pela Rua Iguatu. Há suspeitas deque ele tenha assassinado Déa dentro do carro eabandonado o corpo. Segundo os policiais, esta suspei-ta decorre dos depoimentos dos empregados de Déa,ouvidos ontem, os quais disseram não ter ouvido ne-nhum disparo.DÍVIDA

Embora o delegado Gastãodo Nascimento nada tenha re-velado sobre seu informante,disse que Hermani teria assas-sinado Déa Cardim porque eledevia uma quantia e estavasendo pressionado a pagar. Ocrime — continuou o policial —teria ocorrido depois de umadiscussão entre os dois, quandoo criminoso usou sua arma,possivelmente um revólverTaurus calibre 38 e fez o disparoa queima-roupa, que atingiuDéa abaixo do ouvido esquer-

Amigos de

Tonelada

Polícia acha Bettio tem são presos

que técnico

roubou ouroA Divisão de Roubos e Furtos

concluiu que o arrombamentona ourivesaria Mundos Comér-cio e Indústria de Jóias foi pra-ticado por ladrões habilidosos eque pelo menos um deles é es-pecialista no manuseio de me-tais preciosos. Usando produ-tos químicos da própria firma,depuraram o ouro; deixando delado peças de pequeno valor,como 15k de prata avaliadosem Cr$ 500 mil. Na madrugadade domingo, ladrões consegui-ram burlar o forte sistema desegurança da ourivesaria, naRua Joaquim Palhares, 657,Praça da Bandeira, de onde le-varam 40k de ouro, em lingotese em pó, e jóias elaboradas ava-liados em Cr$ 66 milhões 380mil.

Mãe queima

mão de filho

por Cr$ 5Belém — Para castigar o fl-

lho, Raimundo Fábio, seisanos, por ter retirado da gavetaCr$ 5 sem seu consentimento,Rosinda Silva colocou umamoeda incandescente em suamão direita e obrigou-o a segu-rá-la até penetrar na carne. Acriança, que poderá ficar com amão defeituosa, foi atendida noPronto Socorro Municipal. Amãe, denunciada pelos vizi-nhos, está presa.Rosinda, que há um ano ficouviúva do cobrador de ônibusRaimundo Ferreira Lima, disseà policia que castigou o filhopara evitar que ele viesse a setornar um ladrão no futuro. Ela,responderá ao inquérito em li-berdade, porque tem de cuidarde quatro filhos, entre os quaisDenize, de um ano e meio.

enterro com

multidãoMilhares de pessoas acompa-

nharam o enterro ontem à tar-de no cemitério do Tremembé,em São Paulo, do corpo do ra-dlalista e sanfoneiro sertanejoArlindo Bettio, 60 anos. Ele foimorto com cinco tiros e umafacada na noite de sexta-feirapor dois ladrões que roubaramsua perua Caravan e o seques-traram com sua empregadaSueli Ramos, 20 anos. Os assai-tantos mataràm também Suelicom dois tiros no rosto.

Presos em Parati, Estado doRio, segunda-feira à tarde de-pois de assaltarem — com ou-tros dois — uma joalheria na-quela cidade, João Antonio No-vaes, 20 anos; e Thanil TavaresLopes, 21 anos, confessaram oduplo assassinato. Deram indi-cações à polícia onde encontraros corpos que estavam despi-dos num matagal à margem daEstrada do Mandu, em Itapece-rica da Serra, na Grande SãoPaulo.SEQÜESTRO E MORTE

Os assassinos contaram que oseqüestrou Bettio junto comSueli, na sexta-feira em frenteao Shopping Center Iguatemi.

Levaram o casal na Caravande Bettio até a Estrada do Mun-du e mandaram que os dois sedespissem, para impedir que osperseguissem após o assalto.Como Bettio resistiu, foi morto.Sueli foi morta para que nãohouvesse testemunhas.

Arlindo Bettio era aposenta-do da Companhia Municipal deTransportes Coletivos.

Em ação conjunta, as delega-cias de entorpecentes da Poli-cia Federal em São Paulo eNiterói desarticularam umaquadrilha de traficantes de co-caína que tinha ligações comRenato de Sousa Santos, o To-nelada, prendendo os bolivia-nos Lorgio Rodrigues Medina eJoão Carlos de Oliveira, alémde Sivaldo Pita e Alcides Ri-beiro.

Com os traficantes, a Políciaapreendeu Cr$ 590 mil em di-nhelro três cheques no valor deCr$ 387 mil, um carro Brasíliade placa ZP-12.51 — que foitrocado por um quilo de cocai-na por Maria do Carmo da SilvaGomes — e 250 gramas de clori-dato de cocaína. Os traficantesabasteciam as Zonas Sul e Nor-te do Rio.

do, exatamente na posição emque fica o passageiro.Depois de ter assassinado D.Déa o criminoso abandonouseu corpo na entrada de suaresidência, na Rua Iguatu eabandonou o local em alta velo-cidade. O crime, para a Políciateria, ocorrido logo depois queo genro de D. Déa, João CarlosPessoa de Oliveira, a deixou naporta de casa, depois de trazê-la da boate Hippopotamus.Quando a deixou, D. Déa ace-nou querendo dizer que estavatudo bem e que ele poderia ir, oque na verdade foi feito.

Federais

apreendem

contrabandoContrabando no valor de Cr$

100 mil, em mercadorias de pro-cedência chinesa, japonesa enorte-americana, foi apreendi-do pela Polícia Federal na flr-ma Tln Hao, no Largo do Ma-chado, 29. Na ocasião foi presaa gerente da firma, Maria Cíce-ra Barbosa da Silva.

A Polícia Federal apreendeutambém outros Cr$ 100 mil emmercadorias chinesas e norte-americanas em outra loja doLargo do Machado, 232, sala233, de propriedade do argenti-no Adolfo Picco. Como nào ti-nha notas fiscais, o proprietárionào soube explicar a procedén-cia da mercadoria que vendia.Ainda no Largo do Machado, aPolícia Federal realizou outraapreensão no n° 29, sala 214, depropriedade de José AméricoManháes Ribeiro. Na Tetê Bi-jouterias Ltda., os agentes fede-rais apreenderam Cr$ 100 milem mercadorias.

AVISOS RELIGIOSOS

4

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IDI

JORNAL DO BRASIL D quarta-feira, 15/10/80 ? 1" Caderno TURFE — 21

Montarias para

sábado, domingo

e segunda-feira

José Camilo da Silva«p ~

" ¦ ¦

SABADO

1° PAREÔ—ò> 14h00 —1.600 —min»—CrS 78.000, OO(AMIA) Kg.1—1 Kambary,F. Araújo 57

2 Lagos, P. Cardoso 572—3 Vif,J. Pinto 573—A Tié-Sangue, J. Reis 575 AgucHito, J.M. Silva 564—6 FinoTrato.J. Ferreira 6 57

T PÁREO—ài 14h30-1.400—melroí —CrS 95.000,00 (GRAMA) 1° PÁREO DADUPLA-EXATA Kg1—I ElleryQueen.F. Esteves 56Tacitum.E. Ferreiro 562—3 Cordes, J. Pinto 56Kid'sFriend,F. Lemos 563—5 Chancellor.G. Meneses 566 Fulgor, J.M. Silvo 564—7 Que Sueno.F. Pereiro 56Gavião da Gávea, J. Escobar 56Mister John John, E. Freire 56

3» PÁREO— ài 15K00 —1.400 —iMtrst—Cr J 68.000,00 (GRAMA) Kg.1—I QueenAngela,J.M.Silva 56"Quintanero,A. Oliveira 542—2 Ynaluor.R. Freire 57Navalha, P. Cardoso 563—4 Racedale, F. Esteves 58" Bagnonza.G.F. Almeida 534—5 Arpista.J. Ricardo 55Dedéia,C. Xavier 55Trenó, F. Pereiro 554o PÁREO —às 15h30m — 1.600 metroí—Cr$ 68.000,00—(AREIA) Kg.1—1 BasFond.J. Ferreiro 55Baleine,G.Alves 55" Compromisso,J. M. Silvo 562—2 QuietRun, A. Oliveira 583 RueckJ. Escobar 583—4 Jaddo.E. Ferreira 55Drenaco.F. Esteves 584—6 MisterYata.R. Silva 557 Trifle.G. F.Almeida 56

5° PÁREO —ài 16h00 — 2.000 imtro» —CrS 98.000,00 (GRAMA) — HANDICAPEXTRAORDINÁRIO — (SINDICATO DOSEMPREGADOS NO COMÉRCIO DE NITERÓIESÁOGONÇAIO) Kg.1—1 El Mercúrio, J. Moita 1 52" Ornarello,G.F.Almeida 8 581 2—2 Degallium,T. B. Pereira 2 52i 3 Barnum.E. Ferreiro.... 3 523—4 Gregoriano,E.R.Ferreira. 4 52Lança Perfume, J.M. Silva 9 574—5 DevilishKhan, F. Esteves 5 531 6 Tijolo, J. Pinto 6 53.7 Upset.J. Ricardo 7 526» PÁREO— A. 16H.30 —1.000—mrtroi

, CrS 85.000,00 (GRAMA) — PROVA ESPE-' CIAL-20 EXATA Kg.^ 1—1 Cognac, F. Pereiro 1 60I

2 Escolo.E. Ferreira2—3 LilAbner.J. EscobarTessino, J. PintoAzulino, F. Esteves3—6 Adelfo, G. Meneses7 Ix.T. B. Pereira" Chapelier.J. M. Silva4—8 Gucci.R. FreireShikyn.G. F. Almeida....10 Aron, J. Ricardo

535855555658536010 5511 53

7° PÁREO—Ài 17h.00 —1.500 —Cr$ 95.000,00 (GRAMA) Kg.1—I Sinister, F. Esteves 552—2 Caimáo.T. B. Pereira 56" Ivan Flauto, G. Alves 553—3 Bonono.J. Pinto 55Tujubá,'J. M. Silvo 55Lucrativo, F. Pereira 554—6 Suplente, G. F.Almeida 55" Standard,A. Oliveira 55Jaret.E.B.Queiroz 55

8° PÁREO—Ai 17h.30 —1.000 — m.lro.Cr$68.000,00—(AREIA) Kg.1—1 Sir Patriota, E. R. Ferreiro 572 Oriz, J. Ricordo 562—3 GrandConyon, F. Esteves.... 58Jajóo.M. C. Porto 583—5 Graecus.J. Pinto 57Larsen, I. Brasiliense 554—7 Farahoun, Jua. Garcia 57Doodle.J.M. Silva 589® PÁREO — Ai 1 Sh.OO — 1.200 rmrtrojCrS 58.000,00 (AREIA) Kg.1—I Danota.J.Pinto 57

SnowSlide, J.Malta 54Bazaruco, J.Ricardo 562—4 Alma Negra, F.Araújo 58Sun Port, R.Silva 57" Armênio, F.Pereira 11 583—6 Desdobrado, C.Pensabem .... 56Mutirão,E.Marinho 57VioletLeDuc, C.Xavier 574—9 Czar PIebei, F.Esteves 5710 Exclusivo, A.Ferreira 10 5811 Baseado, T.B. Pereiro 58

10° PÁREO — Ai 18h.30 — 1.100 —metro* Cr$68.000,00 (AREIA) 3° DUPLA-EXATA Kg1 — I Airway, E.R.Ferreira 572 Foary, J.M.Silva 57" JotoJoto,T.B.Pereiro 57" Rhadamonto, G.AItes 572—3 La Flautita, S.Bastos 55Pyllotos, F.Silva 57PortSolut, R.Silva 573—6 SirLancer, P.Vignolas 56Épiro, J.Esteves 57Gay Driver, S.P.Dias 10 544—9 F!oreno,E.Freire 11 5510 Justinion.P.RochaP 12 5711 Barcito.Fereira 13 57

DOMINGO

i l" PÁREO — Ái I4h.00m — 1.600 mtlro». &S78.000,00—(AREIA)—14-BIS Kg.* 1—I BigBil,J.L.Marins 57< 2—2 Menilmontant, G.F.Almeida 573 El Crucero, J. M. Silva 573—4 Ésculus,M.Andrade 57» 5 lagon, J. Ricardo 574—6 lleo, R. Freire 57k 7 Écolo,E. R. Ferreiro 57

2° PÁREO —Ai 14h.30m— 1.300 imtn»Cr$ 58.000,00 — (GRAMA) — (DUPLA-EXATA)—FORÇA AEREA BRASILEIRA Kg.1—1 Marcolino.L. Maia 56• " Valdo,A.Souza... 12 532 Dalbion.E.R. Ferreira 532—3 XisCrack.R. Marques 53LordAcordeon,F. Esteves 55Docker, J. Esteves 563—6 Vagabond King, G. Meneses 54" Vallon.D. F. Graça 10 587 Fobrasçj.J. Ricardo 57Cortei,C. Xavier 514—8 KingBlue/G.F.Almeida.... 559 Bororó, F. Pereiro 11 55

3° PÁREO —Ái I5h.00m —1.000 mtfro.CrS 58.000,00 — (AREIA) — CORREIOAÉREO NACIONAL Kg.1—l lalloh.R. Freire 1 582 Firocaia,H.Vasconcellos 2 562—3 QueenBand,J.M.Silvo 3 584 Beca, F. Esteves 4m583—5 Joema.J.Escobar 5 566 Vittel, A. Oliveira 6 574—7 Belatona.F. Pereira 7 558 La Gaúcha, A. Souza 8 584° PÁREO —Ái 15h30m — 1.400 mlroíCrS 95.000,00 —(Grama) — 1° Grupo d*Caça (IníciodoConcurtode 7 Ponto*— kg.1—1 CorybantesG. Meneses 1 562 BegA. Ramos 2 562—3 IdlerG.Alves 3 564 Sol do Leme G. F. Almeida 4 563—5 KilpotrickU.Meireles 5 56SnowVientoJ.M.Silva 6 564—7 TestFlightR.Silva 7 56Ástomo W. Costa 8 56LandgraveE. Ferreiro 9 56

5o PÁREO — Às 16h.00m — 1.600 mefro*CrS 300.000,00 — (Grama) — GrandePrêmio Salgado Filho—(Grupo III)— Kg.1— Diau F. Pereira 1 592 BolshevikH. Vasconcellos 2 60" DutchmonJ. Ricordo 8 592—3 BurbonJ.M.Silva 3 59Verdagon A. Ramos 4 60BeatnikG.Meneses 5 593—6 MalevalJ. Machado 6 60Umarco F. Esteves r. 7 594—8 Real NordicA. Oliveira 9 59UciG. F. Almeida 10 5910 FreitasU. Meireles II 606° PÁREO — Ài I6h30m — 1.100 mtlroíCrS 58.000,00 — (AREIA) —(DUPLA EXA-TA) — III COMANDO AÉREO NACIONAL—Kg.1—1 Fobino.J. Malta 1 58SnowFate,J.Garcia 2 57Fralimo, F. Lemos 3 53Cabedal,M.Andrade 4 54

2—5 Valek.E. R. Ferreira 58Refugium,D. Guignoni 58" Deep River, E. B. Queiroz 13 56Harmônico, J. F. Fraga 55

3—8 Estintor,J.L.Marins 589 Zosimus, F. Esteves 5810 Lumis, A. Machado 10 55" Calder,P.Vignolas 11 534—11 Ronito, A. Souza 12 5512 FoIâtre.J. Ricardo 14 5613 Kadinal,J. Ferreira 15 5714 Salopard, I. Brasiliense 10 5415 Social,R. Freire.... 17 57

7® PÁREO — Ái 17h00m — 1.400 metro,CrS 78.000,00 — (GRAMA) — SANTOSDUMONT— Kg.1—1 Undalo,W. Costa 56" Milanez,M. C. Porto 552—2 Brentano,F.Pereira 55JetD'Eau,G.F.Almeida 543—4 Regra Três, A. Oliveira 55Argozol.F. Araújo 56BigSecret,G.Meneses 574—7 Geller, J. M. Silva 55Gentry, R. Freire 56Killorney.E.R. Ferreiro 10 568° PÁREO — Ai 17h30m — 1.200 molrosCrS 95.000,00 — (GRAMA) — AVIA-ÇÁOCIVIL BRASILEIRA Kg.1—1 Bellellle,T. B. Pereiro 572 Beltoise,R.Carmo 57LadyLady, U.Meireles 552—3 Alef.G.F.Almeida 57Tuyunefa.E. Ferreira 573—5 MaFleur,J.Ricardo....- 57Tubarona.R. Marques 57'4—7 Giabitu, I. Brasiliense 57Eau D'Argent, A. Ferreira 57Bakouba.E. Freire 10 57

9° PÁREO — Ai I8h00m —1.300 nwlroí—CrS 98.000,00—(AREIA)—AUGUSTOSEVERO — (PROVA ESPECIAL DE LEILÃO)kg.1—1 Junco,F. Silva 562 Ceylon.W. Costa 562—3 Caledon.T. B. Pereiro 56MonCheval,J.C.Castilho... 56Cameraman, G. F. Almeida 563—6 Hostler, F. Esteves 56Arcabuz.C. Morgodo 56BondStreet, J. M. Silvo 564—9 BabyJó,J.Esteves 5610 Crossing Road, A. Ramos 10 5611 Portlond, F. Lemos 11 56

10» PÁREO—Ai 18h30m —1.000 m.lroiCrS 68.000,00 — (AREIA) — (DUPLA-EXATA) — BARTHOLOMEU DE GUSMÃO1—1 Diurno, J.M. Silva 58Adroit.G. Alves 582 Don Del Oro, O. Ricordo 582—3 Favoroble, J.F. Fraga 564 Hentol.R. Marques 58Caracolero.A. Souza 553—5 Bandoda Lua, M. Andrade .. 56ColectorSkiddy,A. Ramos.... 56Sávio.J. Garcia 554—8 QuietNow, R. Ferreiro 10 58GreatBullet, J. Ricardo 11 55

SEGUNDA-FEIRA

Io PÁREO —Às 20 horas — 1.100 melro»CrS 68.000,00 Kg.1—1 Intentono, J.Esteves 582—2 Eliom, W. Costa 58MarioCarmen, J. Pinto 563—4 Sarço Ardente, C. Xavier 56TailtnaJ.M.Silva 574—5 Talanca,A. Oliveira 576 Cerva.J. Ricardo 57

2° PÁREO — Ai 20h30m — 1.000 miraiCrS 95.000,00—(1° DUPLA-EXATA) Kg.1—I Etilone.F. Esteves 562 LastWish.F. Pereira 562—3 Choque, J. Ricordo 55SnowTasca.T. B. Pereira 55Típica, J. M. Silva 10 553—5 FleetGirl.l. Brasiliense 556 TennisBoll, A. Ramos 554—7 LindosOjos,E. Ferreira 55Joicaster.A.P.Souza 55Yosmine.G. F. Almeida 55' 3° PÁREO — Ai 21 horai — 1.600 iwtro.' CrS 68.000,00 — (INICIO CONCURSO 7PONTOS) Kg.1—I GalópogoJ.M. Silva I 552 Quartzo, A. Oliveira 2 552—3 Torpiller.G.F. Almeida 3 583—4 Piriápolis, J. Ricardo 4 55Bomboriol.W. Costa 5 584—5 Vol-Au-Vent,G. Meneses 6 576 GrandVille, J. Ferreira 7 57

4° PÁREO — ài 21h30m — 1.100 nwtroí' CtS 78.000,00 Kg1—1 Gelsomino, J. Malto 562 Retilha.R. Marques 2 562—3 KarGIen.J. Garcia 3 574 Daviato.J.Ricardo 573—5 Newn, F. Esteves 566 Borosha.J. Escobar 6 574—7 Edonko.G. F. Almeida 7 56t 8 Rajane,J.M.Silvo 56

5o PÁREO — às 22 horas — 1.100 metros. CrS 78.000,00—(2o DUPLA-EXATA) Kg.' 1—1 Miss Bruleur. W. Cos»o 562 AnySm, U Meireles 562—3 Nubo.J. Pmto 564 Pòxa.J. Ricardo 573—5 XondoquinHa.E Marinho ... 56Wellcome.F. Esteves 56l^ano. J. Ferreira. .. 56

4—8 Ramagem, J. M. Silvo 569 Babilon.G. Meneses 5610 RubyTuesdoy, E. Freire 10 566Ô PÁREO — Ai 22h25m — 1.300 rrwtroíCrS 98.000,00 — PROVA ESPECIAL DE LEI-IÁO Kg1—1 Carnck.T. B. Pereira 56Coromandel, R. Silvo 562—3 Minimus, W. Costa 56Cobiçoso.C. Valgas 563—5 Corinus, F. Pereira 56Claymore, E. R. Ferreiro 564—7 Euphono.J. M. Silva 568 West Rock, F. Esteves 56

7.0 PÁREO—Ai 22h50m — 1.300 motroíCrS 68.000,00 Kg.1 — l Janistar, A. Oliveira 58Air Gouloise, F. Esteves 582—2 Kaminari.J. M. Silva 58Apontada, J. Escobor 583—4 Mademoiselle Lu, J. Ricardo 58Vai à Luta, W. Costa 584—6 Broighes, F. Pereira 58Almendro, Jz Garcia 58Cardenas, I. Brasiliense 588° PÁREO — Ai 23h 15m — 1.000 molroí—CrS 68.000,00 Kg.1—1 Fablier, E. Marinho 582 Edinéia, A. MachadoP 582—3 NaughtyGirl, A. Ramos 58Coroada Skiddy, J. Ricordo.. 583—5 Jacometta, J. F. Frago 58JesseDoll, U. Meirelles 584—7 Complicoçõo,J.M.Silvo 588 Cupid.A.P. Souza 58

9° PÁREO — Ài 23h40m — 1.000 nutro»—CrS 95.000,00—13° DUPLA-EXATA) Kg.1—1 English.J. Ricardo 56TioCocilicio, E. B. Queiroz 56Graco, R. Silvo 56André. E. Marinho 562—5 KindToRun, F. Esteves 56"Opencast.W. Costa 566 Snow Bole, l Brasiliense .. ... 56Lord Banque, O. Cerejo.. 10 503—7 Tuyulesque. J. M. Silvo 56Ben Bor, P. Vignolas 56Candy Moody. P. Tonmi 11 50Rei Tuco, C. Xavier 12 564—10 laponi.E R Ferreira 13 5611 Feu Noir, S P. Dias 14 5612 SieteEstrelias. J F. Fraga '5 56

Real ÍSardic está inscrito, domingo, no Grande Prêmio Salgado Filho

Canter

Vamos, novamente, ao pa-norama das médias e da distri-buição das distâncias nos doisprincipais centros turfísticosnacionais, Gávea e Cidade Jar-dim. Rigorosamente, nada denovo no front, logo o desalentopermanece, embora, aparente-mente, pelo menos, alguns de-talhes apresentem certa me-lhora em relação às duas sema-nas anteriores. Quinta-feira,em São Paulo, terá 1 mil 410metros (por incrível que possaparecer, a melhor de toda asemana), sábado, 1 mil 260 me-tros, domingo, 1 mil 270 me-tros, segunda-feira, 1 mil 400metros. Somente seis páreosforam programados para a mi-lha ou distância superior, sen-do um em 1 mil 800 metros, umem 2 mil metros e quatro namilha. Quinta-feira, na Gávea,terá 1 mil 400 metros, sábado, 1mil 380 metros, domingo, 1 mil290 metros, e, segunda-feira, 1mil 160 metros (a pior da sema-na). Dez páreos na milha oudistância superior foram orga-nizados, sendo que um em 2 milmetros e o restante nove em 1mil 600 metros, inclusive oclássico.

José Carlos Fragoso PiresHaras Santa Ana do Rio Gran-de e Júlio Rafael de AragãoBozzanno (Haras Santa Mariade Araras) são, respectivamen-te presidente e vice-presidentedo Conselho Deliberativo (com30 membros), da recentementefundada Sociedade Protetorado Turfe do Rio de Janeiro.Sebastião Ferreira (ex-HarasTibagi) é o vice-presidente exe-cutivo enquanto Antônio Joa-quim Peixoto de Castro Palha-res (Fazenda Mondesir) é o vicedo Conselho Deliberativo. Osdiretores técnicos da entidadesão Gustavo Philadelpho deAzevedo (Haras Rio dos Fra-des), Amilcar Turner de Freitas(Haras Serra dos Órgãos) e Ber-trand J. Kaufimann. O secretá-rio-geral é Carlos Dondeo Ju-nior. Outros diretores: LauroAugusto Jardim (Fazenda e Ha-ras Passatempo), Milton PadialCoudelaria Ascot) e Affonso Cé-sar Burlamaqui (Haras SantaRita da Serra).

A principal carreira destasemana cm Cidade Jardim é osimplesmente clássico JoãoTobias de Aguiar, 1 mil metros,grama, CrS 200 mil de dotação,com as inscrições de Anarchy,Cometida, Damascus Blade,Gabadela, Jet Princess, Marce-lino, Tereza Maria, Bicuda eBuscadora.

Sábado, no mesmo Hipódro-mo, será disputado o semiclãs-sico Alberto Santos Dumont, 1mil 400 metros, grama, Cr$ 170mil de dotação. Dactyl, Farfan,João Grande. Nelisson, Ney,Tesouro, Echegoyen e Puga-choff são os concorrentes.

Latino (Sabinus em Trevi-sa, por Kurrupako), criação epropriedade do Haras SantaMaria de Araras, vencedor dogrande clássico Linneo de Pau-la Machado (Grupo I), o Gran-de Criterium carioca, e Serra-dilho (Eclectic em Sierra Cor-dobesa, por Gulf Stream), cria-ção e propriedade do HarasSão José da terra, seu runner-up na mesma prova, têm seusnomes praticamente assegura-dos como concorrentes à milhae meia do grandíssimo clássicoDerby Paulista (Grupo I), dia15 de novembro, em CidadeJardim. Jorge Ricardo voltaráa ser o piloto do Latino en-quanto Edson Ferreira irá nodorso de Serradilho, animalque dirige desde sua estréia noprimeiro domingo de janeirodeste ano.

A potranca por Vacilanteerp Nacra, de Fazenda e HarasPassatempo, acabou recebendoo nome de Nashville.

Vignette (El Botija em Viri-na, por Con Brio),criação e pro-priedade do Haras Santa Ma-ria d£ Araras, na Argentina,. ,nda de um segundo nos 1 mil800 metros do clássico Francis-eo J. Beazley (Grupo II), emPalermo, obteve uma vaiiosacolocação ao entrar em segun-do no Gran Preio Selección(Grupo I), o Oaks de La Plata.Também de criação do Ha-ras Santa Maria de Araras masde propriedade de CaballerizaRosa Isabel, venceu em SanIzidro um um prova em 1 milmetros, o três anos Flinthe, umfllho de Flintham em Favigna-na, por Sicambre.

Diante da altíssima dotaçãoque o Gran Prêmio Carlos Pel-legrini (Grupo I), dia 21 de de-zembro, em San Izidro, 2 mil400 metros, pista de grania, da-rá aos vencedores, está prati-camente assegurada a presen-ça de corredores europeus enorte-americanos em seucampo.

Depois daquele seu sensa-cional feito, ao vencer duas pro-vas em um espaço de 48 horas,sendo que, na segunda, levandoa carga de 70,5 quilos (setentaquilos e meio), o spiinter argen-tino Vlllares, um fllho de Lusti-ly, foi levado até Barradero pa-ra disputar uma penca de 675metros. E ele novamente foi ovencedor trazendo para a dis-tância a notável marca de37s2/5.

Practicante (Pronto em Ex-traneza) continua na liderançadas estatísticas de reproduto-res na Argentina. A seguir,completando as 10 primeirasposições, pela ordem, vèmSheet Anchor (Ambiorix emAnchors Aweigh), Good Man-ners (Nashua em Fun House),Perugin (Aristophanes em Mo-rosina), Solazo (Beau Max emSolar System), Dorileo (Aristo-phanes em Doria), DancingMoss (BalJymoss em Courbet-te), Four Fingers (New Policyem Miss Willow), Duncan (ElCentauro em Dóncella) e Uto-pico (Pronto em Unna).

Entre os jóqueis, o líder, comampla margem, é Vilmar San-guinetti, com 172 triunfos. Aseguir, vêm V. Centeno, com 95vitórias, Marina Lezcano, com56, Cario Pezoa, com 51, J. Ba-truni, com 48, J. Maciel, com 41,R. Laitán, com 40, J. Valdivieso,com 40, E. Jara, com 37, e M.Saratl, com 33. Entre os ent-raineurs, Juan C. Etchechour-ry, com 67 êxitos, vem na fren-te, acompanhado por J. E.Bianchi, com 55, R. Pellegatta,com 38, C. A. Ferro, com 35, E.Ferro, com 32, J. Penna, com 30,H. Martinez, com 29. S. Bello, L.Ferro e A. Giovanetti, com 20.

Nas estatísticas de proprie-tários, os 10 primeiros coloca-dos são: La Biznaga, Ojo deAgua, Chopp, La Quebrada, To-ri, La Pampita, Toqui, Triunvi-rato, Los Carlos e Chincho.

Ainda da Argentina, um da-do importante: no dia do GranPrêmio Jóquei Clube (Grupo I),em San Izidro, vencido porMountdrago (Sheet Anchor emAtbara, por Tobago), o movi-mento de apostas chegou aos 4milhões 765 mil 910 dólares.

Na véspera do Prix de l'Arcde Triomphe (Grupo I), foramcorridos em Longchamp, os 1mil 800 metros, do Prix Saint-Roman (Grupo III), para pro-dutos de dois anos. A vitóriapertenceu a Mariacho, um filhode Mariacei (um Djakao vence-dor,, defendendo as cores doBaròn Guy de Rottschild, doGrand Criterium, o segundo,para Green Dancer, no Prix Lu-pin), cm Sea Queen, por Le Fa-

buleux, criação de M.J.B. Hu-gues e propriedade de Mme Sa-vin. Are d'Or (Ack Ack em Ar-me d'Or, por Armistice), deMme Adès, The Wonder (Witt-genstein em The Lark, por La-nark) e Lou Piguet (Habitat emTuneria, por Sicambre), foramseus escoltantes mais pró-ximos.

O Haras Reluma de proprie-dade do presidente do JóqueiClube de Campo Grande, ad-quiriu no fim de semana o clãs-sico Tuyupins pela quantia deCr$ 1 milhão 200 mil. Especia-lista em tiros curtos, ele venceuas seguintes carreiras no Hipó-dromo da Gávea: Grandes Pré-mios Adhemar de Faria e Cor-deiro da Graça, um handicapna grama leve, um handicap naareia pesada, uma carreira co-mum, um handicap e outro pá-reo comum. Seu total de pré-mios, com a vitória de sábadoem Campo Grande, já atinge asoma de Cr$ 971 mil. Os novosproprietários de Tuyupins já es-tão estudando a possibilidadede inscrevê-lo numa carreiraclássica dentro de 20 dias emAssunção, Capital do Paraguai,numa tarde onde serão disputa-das três carreiras com prêmiosno valor de 70 mil dólares, cada.Já Bambur, que correu domin-go e tirou terceiro, estará devolta ao Hipódromo da Gáveaainda no decorrer desta sema-na, juntamente com Giorgianode Dios, quinto colocado namesma prova.

Novos preços na Cooperati-va do Hipódromo da Gávea pa-ra a aveia e o milho. A aveiapassou para CrS 20, e o quilo, eo milho para Cr$ 600, o saco.

Sans Teurs que correu nofim de semana no Hipódromode Campo Grande, ganhandouma carreira na tarde de sába-do e tirando um segundo nodomingo, já tem acertada a suaida no dia 2 de novembro aoParaguai para participar deuma carreira em 1 mil 500 me-tros no Hipódromo de As-sunçáo.

Great Challenge tem umdos melhores aprontos para acorrida noturna de amanhã noHipódromo da Gávea, já quemarcou 36s 3/5 para os 600 me-tros na pista de areia pesada. Ojóquei foi Jorge Ricardo. Nasegunda carreira, o estreanteQuer Quer (J. M. Silva) marcou46s 4/5 para os 700 metros, comalguma facilidade. Na terceiraprova, Filule (R. Freire) veio demais longe e acelerou nos 800metros para fechar na marcade 52s 4/5, com reservas, Dépia(J. Ricardo) aumentou para53s, firme. O mesmo fez Cética(J. M. Silva) que não precisoufazer força para igualar a mar-ca. Na quarta carreira, FamaVelat (T. B. Pereira) veio degalope largo na reta e assina-lou 39s, com absoluta facilida-de. No quinto páreo, Biborg (J.M. Silva) agradou muito com45s para os 700 metros, semprecom muita facilidade pelo cen-tro da pista. Gros Jeu (U. Mei-relles), 700 metros em 48s sem-pre de galope largo. Para asétima prova, Assomado (T. B.Pereira) fez apenas um galopena pista e desceu a reta suave-mente em 40s para os 600 me-tros, Chano (J. Ricardo) na noi-te de segunda-feira, apronto os600 metros em 39s 3/5, tambémcom igual facilidade. Na oitavaprova, Erpante (J. M. Silva)não foi muito apurado nos 800metros e cravou 53s para adistância. Para a carreira finaldo programa. Lamarck (D. F.Graça) desceu os 600 metroscom muita facilidade em 38s3/5, Petit Parisien (J. Ricardo)na noite de segunda-feira, mar-cou 53s 2/5 para os 800 metros,fazendo o percurso pelo centroda pista, com muitas reservas.

26 animais

estréiam

na GáveaVinte e seis animais vào es-

trear esta semana no Hipó-dromo da Gávea. Entre eles,há filhos de Pass The Word,St. Ives, Falkland, Locris, RioBravo, n, Hot Dust, Eclectic,Felicio, Kublai Khan eNaftol.

A relação completa dos es-treantes é a seguinte:BIRLO — masc., alazão, RS(18-08-75) Desert Call II e AlòGirl — Criação e propriedadeda Cabanha e Haras Figueira

Tr.: J. B. SilvaCANDY MOODY — masc.,cast., RJ (18-01-78) (Io semes-tre) Bar e Accost — Criaçãodo Haras Sidi e propriedadedo Haras Bemvenuto — Tr. S.P. Gomes.CROSS HANDS — masc.,cast., SP (21-09-76) Florentlne Whim — Criação do HarasTorrão de Ouro e propriedadedo Stud Flavinha — Tr.: J. B.SilvaFEU NOIR—masc., cast., RS(28-10-77) Ipu e Star Of índia

Criação do Haras Espanto-so e propriedade de LucianaMaria Travl — Tr.: I. AmaralGALANTE — masc., alazão,RJ (15-12-76) Gallium e Flori-zu — Criação e propriedadeda Fazenda e Haras AguaAzul — Tr.: A. GarciaQUER QUER — masc., cast..SP (27-08-75) Interlagos e QueJocosa — Criação do HarasInterlagos e propriedade doStud Chreem — Tr.: S. Mo-ralesREI TUCA — masc., alazão,DF (13-10-77) Bustler e Pelis-se — Criação e propriedadedo Haras Bemvenuto — Tr.:S. P. GomesSNOW SLIDE — masc., cast.,RS (1-10-74) Snow Berry n eCamona — Criação de AttilioLosse Tedesco e propriedade'do Stud Ariros — Tr.: J. B.SilvaTIO CACILICIO - masc.,(alazão, RS (8-12-77) Naipe eGarbosine — Criação e pro-priedade do Haras Serro Ale-gre — Tr.: F. AbreuZIRCON — masc. cast., SP (8-09-74) Pass the Word e Nefre-tete — Criação do Haras SãoBernardo S/A e propriedadedo Stud Waldemar de BarrosCavalcanti — Tr.: O. M. Fer-nandesZIZIA'S ROSE — fem., ala-záo, RJ (10-09-77) St. Ives eFortaleza — Criação do Ha-ras Verde e Preto e proprieda-de de Macario Picanço — Tr.:I. AmaralCHANCELLOR - Masc.,cast., SP (29-11-77) Falkland eNadushka — Criação e pro-priedade do Haras São José eExpedictus — Tr.: F. SaraivaELLERY QUEEN - masc.,cast., RS (25-11-77) Locris eElmira — Criação do HarasSideral e propriedade doStud Vedete — Tr.: J. A. Li-meiraVOGLIN — masc., alazáo, RS(17-11-76) Avanti e Halcynda

Criação do Haras DCLino epropriedade do Stud Shan-gri-Lá - Tr.: C. H. CoutinhoKILPATRICK — masc., cast.,SP (18-08-77) Rio Bravo H eMacota — Criação do HarasSão Lazaro e propriedade doStud Grafflti — Tr.: W. Mei-relesLANDGRAVE — masc., ala-záo, RJ (15-10-77) Hot Dust eCaserta — Criação e proprie-dade do Haras Santa Mariade Araras — Tr.: W. P. LavorARCABUZ — masc., tord.,RJ (21-10-77) Nagó e Fan Club

Criação do Haras São Ju-das Tadeu de Palmares e pro-priedade de Wanda de Brito

Tr.: C. A. MorgadoJUNCO — masc., cast., KJ(26-10-77) Mistico e So Pretty

Criação e propriedade doHaras Flamboyant — Tr.: J.SilvaADROIT — masc., cast., RS(7-10-75) Jofike e Miss Admi-rer — Criação de Breno Lucase propriedade do Stud Vigor

Tr.: S. MoralesDON DEL ORO — masc.,tord., RS (15-09-75) John Dorye Faisane — Criação de Beni-to Saturnino Schossler e pro-priedade do Stud Leonor —Tr.: A. RicardoMISTER JOHN JOHN -masc., cast., RJ (3-09-77)Eclectic e Cruz de Ouro —Criação do Haras Sete Voltase propriedade do HarasL.A.R. — Tr.: A. A. Silva

SOL DO LEME — masc.,cast., RJ (4-08-77) Fenomenale Dedução — Criação de Dan-te , Francisco Sorubbi e pro-priedade de Paulo de CastroAlbuquerque — Tr.: G. F.SantosBEATNIK — masc., cast., SP(3-08-76) Felicio e Lilica —Criação e propriedade do Ha-ras São José e Expedictus —Tr.: F. SaraivaBURBON — masc.. cast., SP(29-10-76) Naftol e Recusa —Criação do Haras Rio das Pe-dras e propriedade do Stud B.B. C. — Tr.: C. C. CabralQUEEN' BAND — fem., cast.,Argentina (30-10-74) King O'Turf e Band — Criação doHaras Suerte Al Santo e pro-priedade do Stud Santa Lui-za — Tr.: S. Morales.

Volta fechada

Escoriai

LÉM do bom estilo empregado porTrevisa,/\ Latino (Sabmus em Trevisa, por

/-\ Kurrupako), criação e propriedadedo Haras Santa Maria de Araras,

em sua vitória, domingo, no grande clássi-co Linneo de Paula Machado (Grupo I), oGrande Criterium carioca, o puro e sim-pies valor seletivo da prova em questão,certamente a mais significativa da tempo-rada carioca referente á primeira parteda campanha de nossos três anos, já erasuficiente para nos alongarmos um poucomais sobre o interessante ganhador. E éexatamente isto que faremos hoje.

ESTE

filho de Sabinus correu atéagora sete vezes. Após suas duasprimeiras apresentações converti-das em dois promissores triunfos,

principalmente, enquanto estilo, o segun-do, foi levado à esfera nobre, obtendo doisbons segundos lugares, para Serradilho,nos 1 mil 400 metros ao simplesmenteclássico Mário de Azevedo Ribeiro (corri-do, diante do perfil da prova, um poucoapurado inicialmente, terminou com açãoum tanto modesta) e nos 1 mil 500 metrosdo simplesmente clássico Jóquei Clube deSão Paulo (Grupo III), quando, com umpercurso mais tranqüilo, apresentou-sebastante bem na ligne droite. Em seguida,em sua performance mais inexpressiva,terminou em quinto na milha do impor-tante clássico Conde de Herzberg (GrupoII), o Criterium de Potros, atrás ae Chan-don, Eurus, Leonino e Al-Jabbar, perfor-mance, porém, como escrevemos então,que não pode ser lida com exagerado rigor,pois teve percurso dos mais infelizes, com-pletamente contrário a suas característi-cas. Reapareceu vencendo a milha do sim-plesmente clássico Imprensa, trazendo ra-zoável esforço no direito para, finalmente,mostrando boa adaptação ao terreno pesa-do e perfeita adaptação à distância (o que

en bon poulain, os dois quilômetros doGrande Criterium dominando Serradilho.

Trata-se de turf-record dos mais sim-páticos, exibindo, além de uma indiscutí-vel e expressiva regularidade, um bomcomportamento em provas seletivamentemais rigorosas. Fisicamente, nâo é animalque chegue a impressionar embora nenhu-ma objeção maior e mais grave possa ser-lhe feita. Mais para o compacto, Latinotem frente aberta e é calçado da mãodireita e dos dois pés. Seus aprumos sãorazoáveis e, embora não possuindo pro-priamente uma cabeça nobre e um pesco-ço de chamar atenção, é dono de expres-são bastante curiosa. Sua anca e seustrains posteriores são bastante bons, suapaleta bem delineada e com razoável equi-Iíbrio em relação a suas ancas.

Até segunda ordem, a nosso ver, é ele omelhor produto criado pelo Haras SantaMaria de Araras desde a fundação desteestabelecimento de criação de Teresópo-lis. Levando em conta somente as fornadascompletas, faz ele parte da sexta geraçãodo citado haras. Produtos anteriores citá-veis deste campo de criação são HullaHoop (três clássicos, inclusive o importan-te clássico Francisco Vilella de Paula Ma-chado, Criterium de Potrancas, Grupo II,quarta nos Mil Guinéus, grande clássicoHenrique Possollo, Grupo I), Freddy Boy(grande clássico Taça ae Ouro, Grupo I),La Divina (simplesmente clássico Ministroda Agricultura), Horobiov (simplesmenteclássico José Carlos de Figueiredo, GrupoIII), Gildoca (segunda no grande clássicoCarlos Telles da Rocha Faria, Grupo n, eno importante clássico Mariano Procópio,Comparação, Grupo n) e Jolie Reine (sim-plesmente clássico Luís Fernando CirneLima, Grupo HI). Para nós, também, ageração estreada este ano é a melhor saídadeste campo de criação, mostando padrãomais do que razoável, já com dois produtosclássicos (La Divina e Latino). /

SOBRE

seu pedigree, tivemos oportu-nidade de escrever ligeiramentequando de sua vitória no simples-mente clássico Imprensa. De saída,

há que se registrar que Latino possui in-breeding 4x5 sobre o grande Nearco ç5x5x5 sobre o chefe de raça Pharos. E eleproduto de cruzamento entre sementalPharis em égua por semental Biribi, omesmo, por exemplo, do esplêndido Daiáo(Sabinus em Dársena, por Polyway), cria-ção e propriedade ao Haras Serra dosÓrgãos, vencedor do grandíssimo clássicoBrasil (Grupo I), em magnífico estilo. í

Sabinus (Hyperio em Truite, por Deli-rium), seu pai (aparentemente, evidente-mente, após o citado Daiáo, é Latino oproduto mais interessante deste garanhãocriado no Haras Vale da Boa Esperança),foi um corredor rigorosamente clássiconas pistas, tendo vencido o grandíssimoclássico Cruzeiro do Sul, o Derby, e oimportante clássico Conde de Herzberg, oCriterium de Potros, tendo sido segundono grandíssimo clássico Brasil e nos gran-des clássicos Linneo de Paula Machado,este mesmo Grande Criterium, e Estadoda Guanabara, o Grande Criterium cario-ca. Em Longchamp, levantou o Prix duRanelagh. Aproveitado na reprodução, re-velou-se bom semental, sendo tambémseus filhos, além de Daiáo e Latino, HullaHoop, Barinez e La Divina.

Em relação á linha baixa do ganhadordo Grande Criterium carioca de 1980, gos-taríamos apenas de citar, faute d'espace,que sua segunda avó é a excelente Jocosa(Seventh Wonder em Palmron, porStayer), uma criação de José Paulino No-gueira, certamente das melhores éguasnacionais de nossa história, tendo venci-do, entre outras provas, o grandíssimoclássico São Paulo, em Cidade Jardim, esido, sem a menor dúvida, apesar do Der-by e do St.-Lcger dz Martini, a líder, nãoimportando o sexo, da geração nacionalnascida em 1946.

22 — ESPORTE JORNAL DO BRASIL ? quarta-feira, 15/10/80 ? 1° Caderno

CND analisa o esporte em reunião extraordinária

Jabouille acusa construtores da F-l

Paris — Gravemente ferido no dia 30 desetembro, quando disputava o GP do Cana-dá na Ilha de Notre Dame, o piloto francêsJean Pierre Jabouille já está pensando nasua volta à Fórmula-1. Na França, operadodas duas pernas, ele tem certeza de queestará presente na Argentina, para o iniciodo Campeonato Mundial de 1981, na novaequipe Ligier-Talbot.

Certeza que não o impede, contudo, deadvertir construtores e promotores das cor-ridas sobre a "infernal escalada de riscos"em que os pilotos estão metidos. E acusa aFISA (Federação Internacional de EsportesAutomobilísticos) e a FOCA lAssociação deConstrutores de Fórmula-1) de cuidarem"mais do rendimento do que da segurançados pilotos".

A morte bem pertoAos 38 anos, Jean Pierre Jabouille chegou

a acreditar que sua última hora havia clie-gado, no dia 30 de setembro, quando seucarro, uma Renault Elf Turbo, de 530 cv,desmontou-se em plena velocidade ao batercontra uma barreira de segurança do Cir-cuito de Notre Dame.

— Durante os 10 primeiros minutos —\explicou — pensei que o carro iria pegarfogo e eu não teria oportunidade para melivrar dele.

Mas mesmo com as duas pernas esmaga-das nas ferragens e sem condições de semexer, o piloto não se deixou abater. Depoisda chegada dos socorros e da aplicação deuma injeção calmante, foi ele, apesar dosterríveis sofrimentos, que sugeriu a seusauxiliares providências que impediram quetivesse as duas pernas amputadas.

Trazido para a França no começo dasemana passada, em companhia de suamulher Geneviève e de seu cunhado, o pilotoJacques Laffite, a bordo do avião particularde um homem de negócios saudita, AkramOjeh, cujo filho é seu amigo, Jean PierreJabouille foi logo operado da perna direita,que apresentava fratura do joelho e da tíbia.Agora, enquanto se refaz do choque, sósonha com o futuro, isto é, com o GrandePrêmio da Argentina de 1981.

Segundo seus médicos, o "volante luta-dor" deverá estar em condições de pegar novolante dentro de três meses. Guy Ligier,cujas cores defenderá no próximo ano, pare-ce não ter nenhuma dúvida sobre isso. Oconstrutor francês, que acaba de receber umreforço da Tálbot, declarou-se muito satis-feito com o novo contratado:

— Ê um grande técnico, de primeira or-dem, e um piloto de enorme experiência.

O Grande — como todos o chamam nos

circuitos, não só por sua elevada estatura,mas também porque é o primogênito doscorredores franceses de competição interna-cional — possui todas as virtudes exigidaspara dirigir a nova monoplace Ligier-Talbot, equipada de motor Matra Turbo-compressor.

Espírito de equipeGuy Ligier conta também com o bom

entendimento de sua nova equipe. JacquesLaffite, o primeiro piloto, é cunhado de Ja-bouille e seu grande amigo. Não era essa asituação em relação a Patrick Depailler, emcompanhia do qual Laffite competiu esteano. Antes que Depailler morresse em agos-to último, no Circuito de Hockenheim (namesma pista em que morreu Jim Clark, em1968), Guy Ligier havia censurado os doisrapazes de colocar a disputa entre eles àfrente do espírito de equipe.

Jabouille, é preciso lembrar, é conhecidopor sua elegância. E não apenas física:antigo estudante de artes decorativas, étambém um grande eleitor, apaixonado pelogolfe, o tênis e a pesca. Tudo isso, porém,não impede que O Grande, do fundo de suacama de hospital, lance um grito de alarma.Argumenta que o acidente de que foi vítimafaz parte de uma série que, em quase todosos casos, foram mortais. Ê tempo, pensa, de

Arlette ChabrolCorrespondente

rever as condições e os regulamentos dacompetição, para dar um fim à ameaça dehecatombe das provas de Fórmula-1.

— Estou certo de que se não fosse .tãoreduzido o espaço dentro de meu carro, eunão teria ficado impossibilitado de mover-me. Teria sido menos atingido e sairia maisrápido.

Acha por isso que a cabina do pilotonecessita ser ampliada. Para Jabouille, avelocidade de hoje dos modelos de Fórmula-1, torna indispensável construir carlingasmais resistentes aos choques e espaços quenão se transformem em prisão ao primeiroimpacto.

Por outro lado, os fantásticos progressostécnicos dos últimos anos fazem com que osbólidos possam atingir velocidades, mesmonas curvas, inimagináveis há 10 anos. Issotornou os circuitos atuais, mesmo os maisseguros, inadaptados às condições pre-sentes.

Vários pilotos já denunciaram esta loucaescalada de riscos. E, se Jean Pierre Jabouil-le, O Lutador, está disposto a entrar nabriga, é bem possível que nos próximosmeses muitos protestos aconteçam nas filei-ras dos pilotos de Fórmula-1. E os dirigentesda FISA e da FOCA poderão ser obrigados aagir rápido para editar novas normas enovos regulamentos.

Federação julga

seus cavaleiros

por indisciplina

Tomas Koch reage e

vence Givaldo no

Vôo é liberado na

Pedra Bonita sob

Hollywood Nacional severa vigilância

Os sete juizes do Tribunal deJustiça da Federação Eqüestredo Estado do Rio de Janeirojulgam hoje, às 17h, sob a presi-dência de Paulo Gama Filho, ossete cavaleiros envolvidos nacrise do Campeonato Estadualde Sêniores, Eles se negaram asaltar, no dia 13 de setembro, asegunda prova da competição,alegando estar a pista fácil de-mais e podem por isso recebermulta e suspensão.

Incursos em três artigos doCódigo Brasileiro de Justiça eDisciplina Desportiva — o 219,o 222 e o 226 — eles podemainda ser acusados pelo Artigo133, letras a e b, que trata dascircunstâncias agravantes.Uma pena mais longa poderáimpedi-los de saltar inclusiveprovas da temporada hípica de81 mas graças a uma liminarobtida na semana passada jun-to ao CND, todos poderão parti-cipar do 5o Torneio Montab, emPorto Alegre.

Cláudia Itajahy, Jorge Car-neiro, José Paulo Amaral, Mar-ceio Blessman, Luís Felipe deAzevedo, José Marcos de SouzaBatista e João Alberto Malik deAragão serão defendidos pelosadvogados Valed Perry eEduardo Machado da Silva. Ojulgamento é aberto ao públicoe a defesa oral mas muitos ca-valeiros não deverão assisti-lojá que a sala do Tribunal, nasdependências da Sociedade Hí-pica Brasileira, é muito pe-quena.Segundo um dos acusados,Jorge Carneiro, sua participa-ção no Montab está garantidajá que o próprio presidente daConfederação Brasileira de Hi-pismo, General Anisio da SilvaRocha, lhe garantiu que se aliminar do CND diz expressa-mente que a ida a Porto Alegreé indiferente ao resultado dojulgamento, nada os impediráde saltar o torneio.

O Artigo 219 do CBJDD falaem ofensa moral ao árbitro,seus auxiliares e outras autori-dades desportivas através da

imprensa — foram anexados aoprocesso recortes do JORNALDO BRASIL com declaraçõesdos cavaleiros queixando-se doresponsável pela armação dapista, Coronel Jerônimo Fonse-ca, diretor técnico da FEERJ. Apena para esta falta varia entre30 e 100 dias de suspensão.

Pelo Artigo 222, a recusa emprosseguir na disputa de umacompetição iniciada ainda quepermaneçam em campo — nocaso do hipismo, na pista —poderá acarretar uma pena de60 a 300 dias de suspensão.

Segundo o Artigo 226, deve-ráo ser punidos com multa deCrS 200 a Cr$ 1 mil ou 20 a 100dias de suspensão atletas queconcederem entrevistas aosmeios de comunicação de modoa causar sensacionalismo, vi-sando a prejudicar o renome deassociação ou entidade ou per-turbar a harmonia entre as As-sociaçòes.

As letras a e b do Artigo 133tratam das circunstânciasagravantes, ou seja, de ter sidoa infração praticada com o au-xílio de outrem. A pena varia de60 a 360 dias de suspensão. Ca-so sejam condenados, os cava-leiros apelarão para o SuperiorTribunal de Justiça da Confe-deraçâo Brasileira de Hipismo.

Há uma grande apreensão naCBH sobre o possível resultadodo julgamento de hoje. Isso por-que dois cavaleiros e uma ama-zona dos quatro que formarão aequipe brasileira na Copa doMundo de Hipismo de 1981 cor-rem o risco de uma condena-çáo. A equipe é a seguinte: Ri-cardo Gonçalves Filho, comDos Banderas. Cláudia Itajahy,com Puma ou Mar Sol, LuisFelipe de Azevedo, com Kar-pintius, e Jorge Carneiro, comCapitu. Eles já estão com todaa documentação pronta paraviajar para Montevidéu, Bue-nos Aires, Santiago e Lima, se-des das próximas provas da eli- 3minatória sul-americana daCopa.

Porto Alegre — Na melhor partida da segunda rodada— oitavas-de-final — do Hollywood Classic Nacional, que serealiza nas quadras da Associação Leopoldlna Juvenil,Tomas Koch venceu Givaldo Barbosa por 7/5 e 6/3, em jogomuito equilibrado, principalmente no primeiro set.

Givaldo Barbosa chegou a estar vencendo por 3/1,jogando muito bem na rede, ou usando bolsas curtas, asquais Koch não se preocupava em tentar responder. Noquinto game, Koch conseguiu quebrar o serviço do adver-sário e empatar a partida. Mas, em seguida, Givaldorecuperou-se e chegou aos 5/3. Numa reação muito boa,Koch venceu o primeiro set por 7/5 e ganhou muita confian-ça na partida.

No segundo set, Koch tomou conta da rede, obrigandoGivaldo a um jogo de fundo de quadra, e com snashesperfeitos aproveitou quase todos os lobs do adversário,matando os pontos e chegando ao placar final de 6/3.

Júlio Góes venceu Noel Freitas por desistência, quandoGoes vencia por 2/0 no primeiro set e Freitas sofreu umaqueda e contundiu os dedos da mão direita.

2* rodada (oitavas)Tomas Koch 7/5, 6/3 Givaldo BarbosaCarlos Kirmayr 6/1, 6/1 Fernando RoeseMarcos Hocevar 6/0, 6/1 Renato JoaquimJoáo Soares 6/3, 6/4 Elói SouzaCássio Mota 6/1, 6 2 Carlos ChabalgoityJúlio Goes 2 0 e desistência Noel FreitasRoger Guedes 6/4, 6/4 Celso SacomandiNey Keller 6'2. 6 4 Flávio ArenzonHoje (quartas)Carlos Kirmayr x Cássio MotaJoão Soares x Ney KellerJúlio Goes x Tomas KochRoger Guedes x Marcos HocevarDuplas (Ia rodada) , JHocevar/Soares x Schmidt/KleyBloise/Roese x Penetta/SacomandiSouza/Arenzon x Freitas/GuedesGoes'Keller x Muller/RibeiroMoreira/Enck x Martins/MartinsFigueiredo Aertz x BarbosaKochWildmann. Grassi x Joaquim ChabalgoityBragaOncins x MottaKirmayr

Sérgio Bezerra passou ontem às semifinais da quintaetapa do Circuito Rio de Tênis ao derrotar Carlos Meirelespor 6 3, 4 6 e 6 3. em partida muito equilibrada. Na outrapartida marcada para ontem, no SmashSquash, César Sáse classificou por ausência de'Renato Figueiredo, que estáem Porto Alegre.

Todos os sócios da Associa-ção Brasileira de Vôo Livre(ABVL) podem utilizar a ram-pa da Pedra Bonita a partirde hoje, desde que cumpramas normas impostas pelo De-partamento de AeronáuticaCivil (DAC) e Instituto Brasi-leiro de DesenvolvimentoFlorestal (IBDF) que libera-ram os vôos ontem. Se houverabusos, o faltoso será punidoe a rampa poderá ser fechadadefinitivamente.

Os vôos foram restritos àaltitude de 1 mil 200 metrosna área compreendida naconcha da Pedra Bonita: Pe-dra da Gávea, Pedra Bonita,Morro do Cocraine, Vista Chi-nesa e Morro dos Dois Ir-mãos, com pousos limitadosà praia do Pepino. Com areabertura da rampa, o 2oCampeonato Estadual (Tro-féu Alberto Santos Dumont)será disputado sábado e do-mingo.

A ABVL assinou termos decompromisso com o IBDF eDAC para a reabertura darampa da Pedra Bonita, in-"terditada no inicio do mês,comprometendo-se a cumpriras seguintes normas: não per-mitir na rampa a presença depessoas estranhas e de qual-quer atividade comercial nolocal; manter um controladorde vôo, registrando em fichasapropriadas todas as decola-gens, conservando à disposi-çâo das autoridades nome dopiloto, tipo de asa. matricula,dia e hora do vôo; estabelecersanções e aplicá-las aos pilo-tos que deixarem de cumpriro estabelecido; apresentar aoDAC, no prazo de 24 horas,relatório sobre qualquer aci-dente ou incidente ocorridodurante a prática do vôo li-vre; preservar a cobertura ve-

getal da área; e não utilizar aárea para qualquer tipo depropaganda.

Além disso, qualquer pilotode outro Estado para decolarda Pedra Bonita terá que en-trar em contato com a ABVLe solicitar autorização doIBDF que poderá proibir,permanentemente, a utiliza-çáo da rampa ou estabeleceruma proibição temporária,dependendo da gravidade dafalta. Diante dessas normas,a ABVL pede aos seus asso-ciados que cumpram o esta-belecido, pois as sanções im-postas aos fatosos chegamaté à cassação da carteira desócio.

A interdição da rampa deuinício à regulamentação doesporte e a ABVL já tomoualgumas providências, atra-vês do Aeroclube do Brasil,para legalizar o vóo livre tam-bém na Federação de Aero-náutica Internacional (FAI),que agrupa os países prati-cantes da aviação esportiva.O Brasil já é sócio da FAImas necessita de um clubepara representá-lo, pois atéhoje os esportes (balão, pára-quedismo, vôo a vela e aero-modelismo) estáo inscritosindividualmente.

Com a abertura da rampa,o 2o Campeonato Estadual deVóo, onde será disputado otroféu Alberto Santos Du-mont. em comemoração à Se-mana da Asa. começa sábadoe termina domingo. Caso nãohaja tempo para realizá-lonesses dois dias, a competi-ção prosseguirá sempre aossábados, para facilitar a par-ticipaçáo de todos. As inseri-çôes terminam sexta-feira, às12h, na sede da ABVL (RuaMarquês de São Vicente,140 309).

O Conselho Nacional de Desportos pia- jneja realizar brevemente uma reunião ex-traordinária para definir qual o melhor caini-nho a ser seguido pelo esporte brasileiro.Desse encontro participarão, além dos conse-lheiros da entidade, todos os presidentes deconfederações, inclusive da de futebol, o pre-sidente do Comitê Olímpico, Sílvio Padilha,o presidente da FIFA, João Havelange, auto-ridades esportivas e até mesmo as pessoasinteressadas em dar sua contribuição.

A reunião, portanto aberta, já está sendoestudada pelo presidente do CND, GeneralCésar Montagna, que desde já adianta suaopinião sobre o que é melhor para o esportebrasileiro. Ele acha que mais importante doque criar um ministério seria a criação deuma fundação, nos moldes da Funarte eoutras, por ser um órgão com mais auto-nomia.

Montagna acha que uma atividade tãoimportante como o esporte precisa de umafundação, para que não ocorra uma diversifi-cação de comandos e decisões que acabaprejudicando o aspecto técnico e gerandodificuldades e problema quanto às verbas.

Nuzman aproveita

e segura jogadoresO presidente da Confederação Brasileira de Vôlei-

boi. Cario» Âitnur Nuzman, resolveu levar em conta adeliberação do CND, que concede às entidades o direitode impedir o êxodo de jogadores para o exterior e jáusará este instrumento legal para negar licença deviagem a Bernard, William, Montanaro e Badá, todoscontratados por equipes italianas.

Segundo Nuzman, estes jogadores não deram aindaao Brasil tudo que o país investiu na sua preparação.A única exceção é Moreno, que encerrou suacarreira na Seleção, depois de 16 anos de serviçosprestados ao vôlei do Brasil.

Moreno também está contratado pela Itália.

Russo a favorManaus — Na análise que fez dos efeitos da saída de

jogadores brasileiros de vôlei para o exterior, o técnicoPaulo Russo, do paulistano e da Seleção nas últimasOlimpíadas, declarou ontem ter ficado comprovado, emMoscou, que do ponto-de-vista técnico a ida de diversosatletas para a Itália não resultou em benefícios para oBrasil, pois à exceção de um, os demais participantesdos Jogos de Moscou haviam piorado de rendimento.

Segundo Paulo Russo, além da queda do rendimen-to técnico, a distância e a mudança de ambiente tam-bém exerceram influências negativas sobre os atletasbrasileiros que estiveram na Itália, embora no planotático a maior parte tenha melhorado. Como exceçào,citou o caso de Granjelro, do Botafogo, para o qual aexperiência no exterior resultou, inegavelmente, emaprimoramento de sua técnica.

ComplexidadePaulo Russo entende que a solução dos problemas

do vôlei no Brasil depende não apenas de uma medidacomo a deliberação do CND e sim de uma série deoutras, já que a questão é complexa. O técnico acha quea situação dos clubes, dos jogadores e de como o esporteé visto no país sào dados importantes a serem considera-dos quando se trata de examinar o alcance de umamedida a ser tomada com o objetivo de buscar resulta-dos positivos. Sobre os clubes, lembrou que este ano é aprimeira vez que eles estão usando seus jogadores emuma competição.

Paulo Russo frisa que, por outro lado, os apelos noexterior são muitos grandes, principalmente se compa-rada a situação do jogador brasileiro de vôlei com a dosque praticam o mesmo esporte em países que, como oBrasil, obtiveram boa colocação nas últimas olimpíadas.

A diferença é que praticamente todos aquelesjogadores são profissionais, enquanto que o Brasil nadaoferece ao seu atleta, a não ser bolsa-de-estudos, empre-gos e alguma assistência médica-odontológica. Na Itá-lia, por exemplo, um mercado aberto aos nossos jogado-res, o estimulo é enorme, haja vista que na últimatemporada lá disputada os atletas de vôlei ganharam de15 a 30 mil dólares — de Cr$ 900 mil a Cr$ 1,8 milhão —quantia grande demais para não deixar de atrair.

O treinador acha necessário muito cuidado e sobre-tudo bom senso de todas as partes no exame da questãoda saída ou não de brasileiros para o exterior.

O Brasil vive a pior fase do amadorismo, já queaqui o esporte amador no momento não é isto nem éprofissional. De um lado, não se pode exigir muitoempenho e tempo integral, pois não se oferece estimulo.A maior parte dos atletas da Selaçào Brasileira de Vôleique foi às Olimpíadas de Moscou enfrenta agora proble-mas nos empregos ou nos estudos, já que foram obriga-dos a se empenhar nos preparativos e descuidar, aomesmo tempo, das atividades pessoais ou profissionais.

Para Paulo Russo, um dos caminhos seria a utiliza-ção da propaganda nas camisas ou a venda de jogoscomo meio de se obter recursos, pois os clubes sozinhosnão podem sustentar, dentro do padrão ideal, suasequipes. O aspecto financeiro, em sua opinião, é a chavedo problema e não deve deixar de ser considerado?embora possa ser enfrentado de diferentes maneiras. *'

Sáo os clubes que fazem os jogadores e na medidado possível conseguem para eles colocações e outrostipos de assistência. De repente, tudo que investiu podeir por água abaixo, pois o atleta resolve ir embora eninguém pode impedi-lo.

Basquete do Vasco

quer ajustar time

contra Municipal

O técnico Emanoel Bonfim aproveitará a partida dehoje,' contra o Municipal, às 20h45. em São Januário,para ajustar a equipe do Vasco, visando ao jogo com oMachenzie já pela quinta rodada, segunfa-feira. O Vascoainda não jogou bem no turno do Campeonato Estadualde Basquete, apresentando falhas na defesa.

Segundo Emanoel, o Vasco deverá atingir o pontoideal de competição na hora em que o Campeonatotambém estiver em seu melhor momento técnico. Masele pretende começar agora a dar mais ritmo à equipe,pois os jogadores ainda estáo displicentes e facilitandona marcação. Isso foi visível contra o Olaria, semanapassada, quando o adversário chegou a comandar apartida no primeiro tempo.

o A quarta rodada será completada sexta-feira comdois jogos, já que Vasco x Municipal foi antecipado parahoje: Jequiá x Olaria, na Ilha do Governador, e Tijuca xBotafogo, na Tijuca. Flamengo x Fluminense, um dosclássicos do basquete carioca, será sábaeto, às 15h, noGrajaú Country Clube, para facilitar a transmissão aovivo pela TV Educativa.

Como o time do Municipal ainda está em formação eseu técnico, José Pereira, vem encontrando dificuldadespara armar uma equipe forte, o Vasco terá hoje aoportunidade de se redimir das más apresentações ante-riores (90 a 67, no Tijuca, e 74 a 53. no Olaria), mostrandoà sua torcida que realnttnte tem possibilidade de con-quistar o tricampeonato.

Acidentado no Canada, Jabouille jicou com as pernas presas durante 30 minutos, tempo que os bombeiros levaram para serrar seii carro

Montfeol'Oldemário Touguinhó — 28/9/80

Acidentado no Canadá, Jabouille ficou com as pernas presas durante 30 minutos, tempo que os bombeiros levaram para serrar seu carro

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22 — ESPORTE 2° Clichê JORNAL DO BRASIL ? quarta-feira, 15/10/80 ? 1® Caderno

CND analisa o esporte em reunião extraordinária

Montreal/Oldemório Touguinhó — 28/9/80

Acidentado no Canadá, Jabouille ficou com as pernas presas durante 30 minutos, tempo que os bombeiros levaram para serrar seu carro

Jabouille acusa construtores da F-l

Paris — Gravemente ferido no dia 30 desetembro, quando disputava o GP do Cana-dá na Ilha de Notre Dame, o piloto francêsJean Pierre Jabouille já está pensando nasua volta à Fórmula-1. Na França, operadodas duas pernas, ele tem certeza de queestará presente na Argentina, para o iniciodo Campeonato Mundial de 1981, na novaequipe LigierrTalbot.

Certeza que não o impede, contudo, deadvertir construtores e promotores das cor-ridas sobre a "infernal escalada de riscos"em que os pilotos estão metidos. E acusa aFISA (Federação Internacional de EsportesAutomobilísticos) e a FOCA <Associação deConstrutores de Fórmula-1) de cuidarem"mais do rendimento do que da segurançados pilotos".

A morte bem pertoAos 38 anos, Jean Pierre Jabouille chegou

a acreditar que sua última hora havia che-gado, no dia 30 de setembro, quando seucarro, uma Renault Elf Turbo, de 530 cv,desmontou-se em plena velocidade ao batercontra uma barreira de segurança do Cir-cuito de Notre Dame.

— Durante os 10 primeiros minutos —explicou — pensei que o carro iria pegarfogo e eu não teria oportunidade para melivrar dele.

Mas mesmo com as duas pernas esmaga-das nas ferragens e sem condições de semexer, o piloto não se deixou abater. Depoisda chegada dos socorros e da aplicação deuma injeção calmante, foi ele, apesar dosterríveis sofrimentos, que sugeriu a seusauxiliares providências que impediram quetivesse as duas pernas amputadas.

Trazido para a França no começo dasemana passada, em companhia de suamulher Geneviève e de seu cunhado, o pilotoJacques Laffite, a bordo do avião particularde um homem de negócios saudita, AkramOjeh, cujo filho é seu amigo, Jean PierreJabouille foi logo operado da perna direita,que apresentava fratura do joelho e da tíbia.Agora, enquanto se refaz do choque, sósonha com o futuro, isto é, com o GrandePrêmio da Argentina de 1981.

Segundo seus médicos, o "volante luta-dor" deverá estar em condições de pegar novolante dentro de três meses. Guy Ligier,cujas cores defenderá no próximo ano, pare-ce não ter nenhuma dúvida sobre isso. Oconstrutor francês, que acaba de receber umreforço da Talbot, declarou-se muito satis-feito com o novo contratado:

— Ê um grande técnico, de primeira or-dem, e um piloto de enorme experiência.

O Grande — como todos o chamam nos

circuitos, não só por sua elevada estatura,mas também porque é o primogênito doscorredores franceses de competição interna-cional — possui todas as virtudes exigidaspara dirigir a nova monoplace Ligier-Talbot, equipada de motor Matra Turbo-compressor.

Espírito de equipeGuy Ligier conta também com o bom

entendimento de sua nova equipe. JacquesLaffite, o primeiro piloto, é cunhado de Ja-bouille e seu grande amigo. Não era essa asituação em relação a Patrick Depailler, emcompanhia do qual Laffite competiu esteano. Antes que Depailler morresse em agos-to último, no Circuito de Hockenheim (namesma pista em que morreu Jim Clark, em1968), Guy Ligier havia censurado os doisrapazes de colocar a disputa entre eles àfrente do espírito de equipe.

Jabouille, é preciso lembrar, é conhecidopor sua elegância. E não apenas física:antigo estudante de artes decorativas, étambém um grande eleitor, apaixonado pelogolfe, o tênis e a pesca. Tudo isso, porém,não impede que O Grande, do fundo de suacama de hospital, lance um grito de alarma.Argumenta que o acidente de que foi vitimafaz parte de uma série que, em quase todosos casos, foram mortais. Ê tempo, pensa, de

Arlette ChabrolCorrei ponde nte

rever as condições e os regulamentos dacompetição, para dar um fim à ameaça dehecatombe das provas de Fórmula-1.

— Estou certo de que se não fosse tãoreduzido o espaço dentro de meu carro, eunão teria ficado impossibilitado de mover-me. Teria sido menos atingido e sairia maisrápido.

Acha por isso que a cabina do pilotonecessita ser ampliada. Para Jabouille, avelocidade de hoje dos modelos de Fórmula-1, torna indispensável construir carlingasmais resistentes aos choques e espaços quenão se transformem em prisão ao primeiroimpacto.

Por outro lado, os fajitásticos progressostécnicos dos últimos anos fazem com que osbólidos possam atingir velocidades, mesmonas curvas, inimagináveis há 10 anos. Issotornou os circuitos atuais, mesmo os maisseguros, inadaptados ás condições pre-sentes.

Vários pilotos já denunciaram esta loucaescalada de riscos. E, se Jean Pierre Jabouil-le, O Lutador, está disposto a entrar nabriga, é bem possível que nos próximosmeses muitos protestos aconteçam nas filei-ras dos pilotos de Fórmula-1. E os dirigentesda FISA e da FOCA poderão ser obrigados aagir rápido para editar novas normas enovos regulamentos.

Federação julga

seus cavaleiros

por indisciplina

Tomas Koch reage e

vence Givaldo no

Vôo é liberado na

Pedra Bonita sob

Hollywood Nacional severa vigilância

Os sete juizes do Tribunal deJustiça da Federação Eqüestredo Estado do Rio de Janeirojulgam hoje, às 17h, sob a presi-dència de Paulo Gama Filho, ossete cavaleiros envolvidos nacrise do Campeonato Estadualde Sêniores. Eles se negaram asaltar, no dia 13 de setembro, asegunda prova da competição,alegando estar a pista fácil de-mais e podem por isso recebermulta e suspensão.

Incursos em três artigos doCódigo Brasileiro de Justiça eDisciplina Desportiva — o 219,o 222 e o 226 — eles podemainda ser acusados pelo Artigo133, letras a e b, que trata dascircunstâncias agravantes.Uma pena mais longa poderáimpedi-los de saltar inclusiveprovas da temporada hípica de81 mas graças a uma liminarobtida na semana passada jun-to ao CND, todos poderão parti-cipar do 5o Torneio Montab, emPorto Alegre.

Cláudia Itajahy, Jorge Car-neiro, José Paulo Amaral, Mar-ceio Blessman, Luís Felipe deAzevedo, José Marcos de SouzaBatista e João Alberto Malik deAragáo serão defendidos pelosadvogados Valed Perry eEduardo Machado da Silva. Ojulgamento é aberto ao públicoe a defesa oral mas muitos ca-Valeiros não deverão assisti-lojá que a sala do Tribunal, nasdependências da Sociedade Hi-pica Brasileira, é muito pe-quena.Segundo um dos acusados,Jorge Carneiro, sua participa-çáo no Montab está garantidajá que o próprio presidente daConfederação Brasileira dt Hi-pismo, General Anísio da SilvaRocha, lhe garantiu que se aliminar do CND diz expressa-mente que a ida a Porto Alegreé indiferente ao resultado dojulgamento, nada os impediráde saltar o torneio.

O Artigo 219 do CBJDD falaem ofensa moral ao árbitro,seus auxiliares e outras autori-dades desportivas através da

imprensa — foram anexados aoprocesso recortes do JORNALDO BRASIL com declaraçõesdos cavaleiros queixando-se doresponsável pela armação dapista, Coronel Jerônimo Fonse-ca, diretor técnico da FEERJ. Apena para esta falta varia entre30 e 100 dias de suspensão.

Pelo Artigo 222, a recusa emprosseguir na disputa de umacompetição iniciada ainda quepermaneçam em campo — nocaso do hipismo, na pista —poderá acarretar uma pena de60 a 300 dias de suspensão.

Segundo o Artigo 226, deve-rão ser punidos com multa deCr$ 200 a Cr$ 1 mil ou 20 a 100dias de suspensão atletas queconcederem entrevistas aosmeios de comunicação de modoa causar sensacionalismo, vi-sando a prejudicar o renome deassociação ou entidade ou per-turbar a harmonia entre as As-sociações.

As letras a e b do Artigo 133tratam das circunstânciasagravantes, ou seja, de ter sidoa infração praticada com o au-xílio de outrem. A pena varia de60 a 360 dias de suspensão. Ca-so sejam condenados, os cava-leiros apelarão para o SuperiorTribunal de Justiça da Confe-deraçào Brasileira de Hipismo.

Há uma grande apreensão naCBH sobre o possível resultadodo julgamento de hoje. Isso por-que dois cavaleiros e uma ama-zona dos quatro que formarão aequipe brasileira ha Copa doMundo de Hipismo de 1981 cor-rem o risco de uma condena-çáo. A equipe é a seguinte: Ri-cardo Gonçalves Filho, comDos Banderas, Cláudia Itajahy,com Puma ou Mar Sol, LuísFelipe de Azevedo, com Kar-pintius. e Jorge Carneiro, comCapitu. Eles já estão com todaa documentação pronta paraviajar para Montevidéu, Bue-nos Aires. Santiago e Lima, se-des das próximas provas da eli-minatoria sul-americana daCopa.

Porto Alegre — Na melhor partida da segunda rodada— oitavas-de-final — do Hollywood Classic Nacional, que serealiza nas quadras da Associação Leopoldina Juvenil,Tomas Koch venceu Givaldo Barbosa por 7/5 e 6/3, em jogomuito equilibrado, principalmente no primeiro set.

Givaldo Barbosa chegou a estar vencendo por 3/1,jogando muito bem na rede, ou usando bolsas curtas, asquais Koch não se preocupava em tentar responder. Noquinto game, Koch conseguiu quebrar o serviço do adver-sário e empatar a partida. Mas, em seguida, Givaldorecuperou-se e chegou aos 5/3. Numa reação muito boa,Koch venceu o primeiro set por 7/5 e ganhou muita confian-ça na partida.

No segundo set, Koch tomou conta da rede, obrigandoGivaldo a um jogo de fundo de quadra, e com snashesperfeitos aproveitou quase todos os lobs do adversário,matando os pontos e chegando ao placar final de 6/3.

Júlio Góes venceu Noel Freitas por desistência, quandoGoes vencia por 2/0 no primeiro set e Freitas sofreu umaqueda e contundiu os dedos da mão direita.

2* rodada (oitavas)Tomas Koch 7/5, 6 3 Givaldo BarbosaCarlos Kirmayr 61. 6/1 Fernando RoeseMarcos Hocevar 6/0, 6/1 Renato JoaquimJoão Soares 6/3, 6/4 Elói SouzaCássio Mota 6/1, 6'2 Carlos ChabalgoityJúlio Goes 2 0 e desistência Noel FreitasRoger Guedes 6/4, 6'4 Celso SacomandiNey Keller 6/2, 6/4 Flávio ArenzonHoje (quartas)Carlos Kirmayr x Cássio MotaJoão Soares x Ney KellerJúlio Goes x Tomas KochRoger Guedes x Marcos HocevarDuplas (Ia rodada)Hocevar/Soares x Schmidt'KleyBloise/Roese x Penetta/SacomandiSouza'Arenzon x Freitas/GuedesGoes/Keller x Muller/Ribeiro oMoreira'Enck x Martins'MartinsFigueiredo/Aertz x BarbosaKochWildmannGrassi x Joaquim/ChabalgoityBragaOncins x Motta Kirmayr

Sérgio Bezerra passou ontem às semifinais da quintaetapa do Circuito Rio de Tênis ao derrotar Carlos Meirelespor 6 3, 4 6 e 6 3, em partida muito equilibrada. Na outrapartida marcada para ontem, no SmashSquash. César Sáse classificou por ausência de Renato Figueiredo, que estáem Porto Alegre.

Todos os sócios da Associa-çáo Brasileira de Vôo Livre(ABVL) podem utilizar a ram-pa da Pedra Bonita a partirde hoje, desde que cumpramas normas impostas pelo De-partamento de AeronáuticaCivil (DAC) e Instituto Brasi-leiro de DesenvolvimentoFlorestal (IBDF) que libera-ram os vôos ontem. Se houverabusos, o faltoso será punidoe a rampa poderá ser fechadadefinitivamente.

Os vôos foram restritos àaltitude de 1 mil 200 metrosna área compreendida- naconcha da Pedra Bonita: Pe-dra da Gávea, Pedra Bonita,Morro do Cocraine, Vista Chi-nesa e Morro dos Dois Ir-mãos, com pousos limitadosà praia do Pepino. Com areabertura da rampa, o 2oCampeonato Estadual (Tro-féu Alberto Santos Dumont)será disputado sábado e do-mingo.

A ABVL assinou termos decompromisso com o IBDF eDAC para a reabertura darampa da Pedra Bonita, in-terditada no inicio do mès,comprometendo-se a cumpriras seguintes nosnas: não per-mitir na rampa a presença depessoas estranhas e de qual-quer atividade comercial nolocal; manter um controladorde vôo, registrando em fichasapropriadas todas as decola-gens, conservando à disposi-ção das autoridades nome dopiloto, tipo de asa, matricula,dia e hora do vôo; estabelecersanções e aplicá-las aos pilo-tos que deixarem de cumpriro estabelecido; apresentar aoDAC, no prazo de 24 horas,relatório sobre qualquer aci-dente ou incidente ocorridodurante a prática do vôo li-vre; preservar a cobertura ve-

getal da área; e náo utilizar aárea para qualquer tipo depropaganda.

Além disso, qualquer pilotode outro Estado para Üecolarda Pedra Bonita terá que en-trar em contato com a ABVLe solicitar autorização doIBDF que poderá proibir,permanentemente, a utiliza-çáo da rampa ou estabeleceruma proibição temporária,dependendo da gravidade dafalta. Diante dessas normas,a ABVL pede aos seus asso-ciados que cumpram o esta-belecido, pois as sanções im-postas aos fatosos chegamaté à cassação da carteira desócio.

A interdição da rampa deuinicio à regulamentação doesporte e a ABVL já tomoualgumas providências, atra-vés do Aeroclube do Brasil,para legalizar o vôo livre tam-bém na Federação de Aero-náutica Internacional (FAI),que agrupa os paises prati-cantes da aviaçáo esportiva.O Brasil já é sócio da FAImas necessita de um clubepara representá-lo, pois atéhoje os esportes (balão, pára-quedismo, vôo a vela e aero-modelismo) estão inscritosindividualmente.

Com a abertura da rampa,o 2o Campeonato Estadual deVôo, onde será disputado otroféu Alberto Santos Du-mont, em comemoração à Se-mana da Asa, começa sábado¦e termina domingo. Caso nãohaja tempo para realizá-lonesses dois dias, a competi-çáo prosseguirá sempre aossábados, para facilitar a par-ticipaçáo de todos. As inseri-ções terminam sexta-feira, as12h, na sede da ABVL (RuaMarquês de Sáo Vicente,140309).

O Conselho Nacional de Desportos pia-neja realizar brevemente uma reunião ex-traordinária para definir qual o melhor cami-nho a ser seguido pelo esporte brasileiro.Desse encontro participarão, além dos conse-lheiros da entidade, todos os presidentes deconfederações, inclusive da de futebol, o pre-sidente do Comitê Olímpico, Sílvio Padilha,o presidente da FIFA, João Havelange, auto-ridades esportivas e até mesmo as pessoasinteressadas em dar sua contribuição.

A reunião, portanto aberta, já está sendoestudada pelo presidente do CND, GeneralCésar Montagna, que desde já adianta suaopinião sobre o que é melhor para o esportebrasileiro. Ele acha que mais importante doque criar um ministério seria a criação deuma fundação, nos moldes da Funarte eoutras, por ser um órgão com mais auto-nomia.

Montagna acha que uma atividade tãoimportante como o esporte precisa de umafundação, para que não ocorra uma diversifi-cação de comandos e decisões que acabaprejudicando o aspecto técnico e gerandodificuldades e problema quanto às verbas.

Nuzman aproveita

e segura jogadoresO presidente da Confederação Brasileira de Voleibol,

Carlos Arthur Nuzman, resolveu levar em conta a delibera-ção do CND, que concede às entidades o direito de impedir oêxodo de jogadores para o exterior e já usará este instru-mento legal para negar licença de viagem a Bernard, Wil-liam, Montanaro e Badá, todos contratados por equipesitalianas.

Segundo Nuzman, estes jogadores não deram ainda aoBrasil tudo que o país investiu na sua preparação.A única exceção é Moreno, que encerrou sua carreirana Seleção, depois de 16 anos de serviços prestados ao vôleido Brasil.

Moreno também está contratado pela Itália.

Russo a favorManaus — Na análise que fez dos efeitos da salda de

jogadores brasileiros de vôlei para o exterior, o técnicoPaulo Russo, do paulistano e da Seleção nas últimas Olim-piadas, declarou ontem ter ficado comprovado, em Moscou,que do ponto-de-vista técnico a ida de diversos atletas paraa Itália náo resultou em benefícios para o Brasil, pois aexceção de um, os demais participantes dos Jogos deMoscou haviam piorado de rendimento.

Segundo Paulo Russo, além da queda do rendimentotécnico, a distância e a mudança de ambiente tambémexerceram influências negativas sobre os atletas brasileirosque estiveram na Itália, embora no plano tático a maiorparte tenha melhorado. Como exceção, citou o caso deGranjeiro, do Botafogo, para o qual a experiência no exte-rior resultou, inegavelmente, em aprimoramento de suatécnica.

ComplexidadePaulo Russo entende que a solução dos problemas do

vôlei no Brasil depende náo apenas de uma medida como adeliberação do CND e sim de uma série de outras, já que aquestáo é complexa. O técnico acha que a situação dosclubes, dos jogadores e de como o esporte é visto no país sáodados importantes a serem considerados quando se trata deexaminar o alcance de uma medida a ser tomada com oobjetivo de buscar resultados positivos. Sobre os clubes,lembrou que este ano é a primeira vez que eles estáo usandoseus jogadores em uma competição.

Paulo Russo frisa que, por outro lado, os apelos noexterior são muitos grandes, principalmente se comparadaa situação do jogador brasileiro de vôlei com a dos quepraticam o mesmo esporte em países que, como o Brasil,obtiveram boa colocação nas últimas olímpiadas.A diferença é que praticamente todos aqueles jogado-res são profissionais, enquanto que o Brasil nada oferece aoseu atleta, a náo ser bolsa-de-estudos, empregos e algumaassistência médica-odontológica. Na Itália, por exemplo,um mercado aberto aos nossos jogadores, o estímulo éenorme, haja vista que na última temporada lá disputada osatletas de vôlei ganharam de 15 a 30 mil dólares—de CrS 900mil a Cr$ 1,8 milhão — quantia grande demais para nãodeixar de atrair.

O treinador acha necessário muito cuidado e sobretudobom senso de todas as partes no exame da questão da saídaou náo de brasileiros para o exterior.O Brasil vive a pior fase do amadorismo, já que aqui oesporte amador no momento náo é isto nem é profissional.De um lado, não se pode exigir muito empenho e tempointegral, pois não se oferece estímulo. A maior parte dosatletas da Selaçáo Brasileira de Vôlei que foi às Olimpíadasde Moscou enfrenta agora problemas nos empregos ou nosestudos, já que foram obrigados a se empenhar nos prepara-tivos e descuidar, ao mesmo tempo, das atividades pessoaisou profissionais.

Aberto de vôlei

Maceió — O Flamengo derrotou ontem à noite o Guana-bara, pelo torneio aberto de voleibol — clubes campeões,que está sendo realizado nesta Capital, na estreia queestava sendo esperada com muita expectativa. O resultadode 3 a 0, com parciais de 15 a 11, 15 a 8 e 15 a 3, mostrou asuperioridade do time carioca, que agora é líder da chave A, „juntamente com Minas e Paulistano. ^

Mais três jogos deram seqüência ontem ao torneio, que'reúne 10 equipes de vôlei feminino, consideradas as melho- *res do país. Na preliminar Jogaram Gondoleiros e PlrelU," 'com a vitória deste por 3 a 1, com parciais de 15 a 8 para os1"Gondoleiros, 15 a 6, 15 a 13 e 15 a 5 para o Pirelli. *1»

O outro jogo reuniu Náutico de Recife e Guarani, com -vitória do time pernambucano por 3 a 0, parciais de 17 a 15,15 a 4 e 15 a 13. Finalmente, CRB 0 x Paulistano 3, comparciais de 15 a 13,15 a 13,15 a 8 e 15 a 10, para o CRB. Naabertura, segunda-feira, o Fluminense do Rio derrotou opróprio CRB por 3 a 0.

Basquete do Vasco

quer ajustar time

contra Municipal

O técnico Emanoel Bonfim aproveitará a partida dehoje, contra o Municipal, às 20h45, em São Januário,para ajustar a equipe do Vasco, visando ao jogo com oMachenzie já pela quinta rodada, segunfa-feira. O Vascoainda náo jogou bem no turno do Campeonato Estadualde Basquete, apresentando falhas na defesa.

Segundo Emanoel, o Vasco deverá atingir o pontoideal de competição na hora em que o Campeonatotambém estiver em seu melhor momento técnico. Masele pretende começar agora a dar mais ritmo à equipe,pois os jogadores ainda estáo displicentes e facilitandona marcação. Isso foi visível contra o Olaria, semanapassada, quando o adversário èhegou a comandar apartida no primeiro tempo.

A quarta rodada será completada sexta-feira comdois jogos, já que Vasco x Municipal foi antecipado parahoje: Jequiá x Olaria, na Ilha do Governador, e Tijuca xBotafogo, na Tijuca. Flamengo x Fluminense, um dosclássicos do basquete carioca, será sábado, às 15h, noGrajaú Country Clube, para facilitar a transmissão aovivo pela TV Educativa.

Como o time do Municipal ainda está em formação eseu técnico. José Pereira, vem encontrando dificuldades'4 !para armar uma equipe forte, o Vasco terá hoj£ aoportunidade de se redimir das más apresentações ante-riores (90 a 67, no Tijuca, e 74 a 53. no Olaria), mostrandoa sua torcida que realmente tem possibilidade de con-quistar o tricampeonato.

I

E

22 — ESPORTE 3o Clichê

CND analisa o esporte em reunião extraordinária

Montr»al/Old«mòr»o Touguinhó — 28 tf'80

Acidentado no Canadá, Jabouille ficou com as pernas presas durante 30 minutos, tempo que os bombeiros levaram para serrar seu carro

Jabouille acusa construtores da F-l

Paris — Gravemente ferido no dia 30 desetembro, quando disputava o GP do Cana-dá na Ilha de Notre Dame, o piloto francêsJean Pierre Jabouille já está pensando nasua volta à Fórmula-1. Na França, operadodas duas pernas, ele tem certeza de queestará presente na Argentina, para o iniciodo Campeonato Mundial de 1981, na novaequipe Ligier-Talbot.

Certeza que não o impede, contudo, deadvertir construtores e promotores das cor-ridas sobre a "infernal escalada de riscos"em que os pilotos estão metidos. E acusa aFISA (Federação Internacional de EsportesAutomobilísticos) e a FOCA (Associação deConstrutores de Fórmula-1) de cuidarem"mais do rendimento do que da segurançados pilotos".

A morte bem pertoAos 38 anos, Jean Pierre Jabouille chegou

a acreditar que sua última hora havia che-gado, no dia 30 de setembro, quando seucarro, uma Renault Elf Turbo, de 530 cv,desmontou-se em plena velocidade ao batercontra uma barreira de segurança do Cir-cuito de Notre Dame.

— Durante os 10 primeiros minutos —explicou — pensei que o carro iria pegarfogo e eu não teria oportunidade para melivrar dele.

Mas mesmo com as duas pernas esmaga-das nas ferragens e sem condições de semexer, o piloto não se deixou abater. Depoisda chegada dos socorros e da aplicação deuma injeção calmante, foi ele, apesar dosterríveis sofrimentos, que sugeriu a seusauxiliares providências que impediram quetivesse as duas pernas amputadas.

Trazido para a França no começo dasemana passada, em companhia de suamulher Geneviève e de seu cunhado, o pilotoJacques Laffite, a bordo do avião particularde um homem de negócios saudita, AkramOjeh, cujo filho é seu amigo, Jean PierreJabouille foi logo operado da perna direita,que apresentava fratura do joelho e da tíbia.Agora, enquanto se refaz do choque, sósonha com o futuro, isto é, com o GrandePrêmio da Argentina de 1981.

Segundo seus médicos, o "volante luta-dor" deverá estar em condições de pegar novolante dentro de três meses. Guy Ligier,cujas cores defenderá no próximo ano, pare-ce não ter nenhuma dúvida sobre isso. Oconstrutor francês, que acaba de receber umreforço da Talbot, declarou-se muito satis-feito com o novo contratado:

— Ê um grande técnico, de primeira or-dem, e um piloto de enorme experiência.

O Grande — como todos o chamam nos

circuitos, não só por sua elevada estatura,mas também porque é o primogênito doscorredores franceses de competição interna-cional — possui todas as virtudes exigidaspara dirigir a nova monoplace Ligier-Talbot, equipada de motor Matra Turbo-compressor.

Espírito de equipeGuy Ligier conta também com o bom

entendimento de sua nova equipe. JacquesLaffite, o primeiro piloto, é cunhado de Ja-bouille e seu grande amigo. Não era essa asituação em relação a Patrick Depailler, emcompanhia do qual Laffite competiu esteano. Antes que Depailler morresse em agos-to último, no Circuito de Hockenheim (namesma pista em que morreu Jim Clark, em1968), Guy Ligier havia censurado os doisrapazes de colocar a disputa entre eles áfrente do espírito de equipe.

Jabouille, é preciso lembrar, é conhecidopor sua elegância. E não apenas física:antigo estudante de artes decorativas, étambém um grande eleitor, apaixonado pelogolfe, o tênis e a pesca. Tudo isso, porém,não impede que O Grande, do fundo de suacama de hospital, lance um grito de alarma.Argumenta que o acidente de que foi vítimafaz parte de uma série que, em quase todosos casos, foram mortais. Ê tempo, pensa, de

Arlette ChabrolCorr«ipondent«

rever as condições e os regulamentos dacompetição, para dar um fim ã ameaça dehecatombe das provas de Fórmula-1.

— Estou certo de que se não fosse tãoreduzido o espaço dentro de meu carro, eunão teria ficado impossibilitado de mover-me. Teria sido menos atingido e sairia maisrápido.

Acha por isso que a cabina do pilotonecessita ser ampliada. Para Jabouille, avelocidade de hoje dos modelos de Fórmula-1, torna indispensável construir carlingasmais resistentes aos choques e espaços quenão se transformem em prisão ao primeiroimpacto.Por outro lado, os fantásticos progressostécnicos dos últimos anos fazem com que os

bólidos possam atingir velocidades, mesmonas curvas, inimagináveis há 10 anos. Issotornou os circuitos atuais, mesmo os maisseguros, inadaptados às condições pre-sentes.

Vários pilotos já denunciaram esta loucaescalada de riscos. E, se Jean Pierre Jabouil-le, O Lutador, está disposto a entrar nabriga, é bem possível que-nos próximosmeses muitos protestos aconteçam nas filei-ras dos pilotos de Fórmula-1. E os dirigentesda FISA e da FOCA poderão ser obrigados aagir rápido para editar novas normas enovos regulamentos.

Federação julga

seus cavaleiros

por indisciplina

Tomas Koch reage e

vence Givaldo no

Vôo é liberado na

Pedra Bonita sob

Hollywood Nacional severa vigilância

Os sete juizes do Tribunal deJustiça da Federação Eqüestredo Estado do Rio de Janeirojulgam hoje, às 17h, sob a presi-dència de Paulo Gama Filho, ossete cavaleiros envolvidos nacrise do Campeonato Estadualde Sêniores. Eles se negaram asaltar, no dia 13 de setembro, asegunda prova da competição,alegando estar a pista fácil de-mais e podem por isso recebermulta e suspensão.

Incursos em três artigos doCódigo Brasileiro de Justiça eDisciplina Desportiva — o 219,o 222 e o 226 — eles podemainda ser acusados pelo Artigo133, letras a e b, que trata dascircunstâncias agravantes.Uma pena mais longa poderáimpedi-los de saltar inclusiveprovas da temporada hípica de81 mas graças a uma liminarobtida na semana passada jun-to ao CND, todos poderão parti-cipar do 5o Torneio Montab, emPorto Alegre.

Cláudia Itajahy, Jorge Car-neiro, José Paulo Amaral, Mar-ceio Blessman, Luís Felipe deAzevedo, José Marcos de SouzaBatista e João Alberto Malik deAragão serão defendidos pelosadvogados Valed Perry eEduardo Machado da Silva. Ojulgamento é aberto ao públicoe a defesa oral mas muitos ca-valeiros não deverão assisti-lojá que a sala do Tribunal, nasdependências da Sociedade Hi-pica Brasileira, é muito pe-quena.Segundo um dos acusados,Jorge Carneiro, sua participa-ção no Montab está garantidajá que o próprio presidente daConfederação Brasileira de Hi-pismo, General Anisio da SilvaRocha, lhe garantiu que se aliminar do CND diz expressa-mente que a ida a Porto Alegre9 indiferente ao resultado dojulgamento. nadaroS impediráde saltar o torneio.

O Artigo 219 do CBJDD falaem ofensa moral ao árbitro,seus auxiliares e outras autori-dades desportivas através da

imprensa — foram anexados aoprocesso recortes do JORNALDO BRASIL com declaraçõesdos cavaleiros queixando-se doresponsável pela armação dapista, Coronel Jerônimo Fonse-ca, diretor técnico da FEERJ. Apena para esta falta varia entre30 e 100 dias de suspensão.

Pelo Artigo 222, a recusa emprosseguir na disputa de umacompetição iniciada ainda quepermaneçam em campo — nocaso do hipismo, na pista —poderá acarretar uma pena de60 a 300 dias de suspensão.

Segundo o Artigo 226, deve-ráo ser punidos com multa deCrê 200 a Cr$ 1 mil ou 20 a 100dias de suspensão atletas queconcederem entrevistas aosmeios de comunicação de modoa causar sensacionalismo, vi-sando a prejudicar o renome deassociação ou entidade ou per-turbar a harmonia entre as As-sociações.

As letras a e b do Artigo 133tratam das circunstânciasagravantes, ou seja, de ter sidoa infração praticada com o au-xílio de outrem. A pena varia de60 a 360 dias de suspensão. Ca-so sejam condenados, os cava-lelros apelarão para o SuperiorTribunal de Justiça da Confe-deração Brasileira de Hipismo.

Há uma grande apreensão naCBH sobre o possível resultadodo julgamento de hoje. Isso por-que dois cavaleiros e uma ama-zona dos quatro que formarão aeqyipe brasileira na Copa doMundo de Hipismo de 1981 cor-rem o risco de uma condena-ção. A eqiüpe é a seguinte: Ri-cardo Gonçalves Filho, comDos Banderas, Cláudia Itajahy,com Puma ou Mar Sol, LuisFelipe de Azevedo, com Kar-pintius, e Jorge Carneiro, comCapjtu JJles já estão çom todaa documentação pronta paraviajar para Montevidéu, Bue-nos Aires, Santiago e Lima. se-des das próximas provas da eli-minatória sul-americana daCopa.

Porto Alegre — Na melhor partida da segunda rodada— oitavas-de-flnal — do Hollywood Classic Nacional, que serealiza nas quadras da Associação Leopoldina Juvenil,Tomas Koch venceu Givaldo Barbosa por 7/5 e 6/3, em jogomuito equilibrado, principalmente no primeiro set.

Givaldo Barbosa chegou a estar vencendo por 3/1,jogando muito bem na rede, ou usando bolsas curtas, asquais Koch não se preocupava em tentar responder. Noquinto game, Koch conseguiu quebrar o serviço do adver-sário e empatar a partida. Mas, em seguida, Givaldorecuperou-se e chegou aos 5/3. Numa reação muito boa,Koch venceu o primeiro set por 7/5 e ganhou muita conflan-ça na partida.

No segundo set, Koch tomou conta da rede, obrigandoGivaldo a um jogo de fundo de quadra, e com snashesperfeitos aproveitou quase todos os lobs do adversário,matando os pontos e chegando ao placar final de 6/3.

Júlio Góes venceu Noel Freitas por desistência, quandoGoes vencia por 2/0 no primeiro set e Freitas sofreu umaqueda e contundiu os dedos da mão direita.

2" rodada (oitavas)Tomas Koch 7/5, 6/3 Givaldo BarbosaCarlos Kirmayr 6/1, 6/1 Fernando RoeseMarcos Hocevar 6/0, 6/1 Renato JoaquimJoão Soares 6/3, 6/4 Elói SouzaCássio Mota 6/1, 6/2 Carlos ChabalgoityJúlio Goes 2/0 e desistência Noel FreitasRoger Guedes 6 4. 6/4 Celso SacomandiNey Keller 6/2, 6/4 Flávio ArenzonHoje (quartas)Carlos Kirmayr x Cássio MotaJoão Soares x Ney KellerJúlio Goes x Tomas KochRoger Guedes x Marcos HocevarDuplas (Ia rodada)Hocevar'Soares x Schmidt KleyBloise/Roese x Penetta/SacomandiSouza'Arenzon x Freitas-GuedesGoes-Keller x Muller/RibeiroMoreira'Enck x Martins MartinsFigueiredo/Aertz x Barbosa KochWildmaiuVGrassi x Joaquim ChabalgoityBraga Oncins x Motta'Kirmayr

Sérgio Bezerra passou ontem às semifinais da quintaetapa do Circuito Rio de Tênis ao derrotar Carlos Meirelespor 6-3, 4'6 e 6 3, em partida muito equilibrada. Na outrapartida marcada para ontem, no Smash-Squash. César Sáse classificou por ausência de Renato Figueiredo, que estáem Porto Alegre.

Todos os sócios da Associa-ção Brasileira de Vôo Livre(ABVL) podem utilizar a ram-pa da Pedra Bonita a partirde hoje, desde que cumpramas normas impostas pelo De-partamento de AeronáuticaCivil (DAC) e Instituto Brasi-leiro de DesenvolvimentoFlorestal (II-DF) que libera-ramos voe : ontem. Se houverabusos, o faltoso será punidoe a rampa poderá ser fechadadefinitivamente.

Os vôos foram restritos àaltitude de 1 mil 200 metrosna área compreendida naconcha da Pedra Bonita: Pe-dra da Gávea, Pedra Bonita,Morro do Cocraine, Vista Chi-nesa e Morro dos Dois Ir-mãos, com pousos limitadosà praia do Pepino. Com areabertura da rampa, o 2°Campeonato Estadual (Tro-féu Alberto Santos Dumont)será disputado sábado e do-mingo.

A ABVL assinou termos decompromisso com o IBDF eDAC para a reabertura darampa da Pedra Bonita, in-terditada no início do mês,comprometendo-se a cumpriras seguintes normas: não per-mitir na rampa a presença depessoas estranhas e de qual-quer atividade comercial nolocal; manter um controladorde vóo, registrando em fichasapropriadas todas as decola-gens, conservando à disposi-ção das autoridades nome dopiloto, tipo de asa, matricula,dia e hora do vóo; estabelecersanções e aplicá-las aos pilo-tos que deixarem de cumpriro estabelecido; apresentar aoDAC, no prazo de 24 horas,relatório sobre qualquer aci-dente ou incidente ocorridodurante a prática do vôo li-vre; preservar a cobertura ve-

getal da área; e não utilizar aárea para qualquer tipo depropaganda.

Além disso, qualquer pilotode outro Estado para decolarda Pedra Bonita terá que en-trar em contato com a ABVLe solicitar autorização doIBDF que poderá proibir,permanentemente, a utiliza-ção da rampa ou estabeleceruma proibição temporária,dependendo da gravidade dafalta. Diante dessas normas,a ABVL pede aos seus asso-ciados que cumpram o esta-belecido, pois as sanções im-postas aos fatosos chegamaté à cassação da carteira desócio.

A interdição da rampa deuinicio à regulamentação doesporte e a ABVL já tomoualgumas providências, atra-vés do Aeroclube do Brasilpara legalizar o vôo livre também na Federação de Aeronáutica Internacional (FAI)que agrupa os países praticantes da aviação esportivaO Brasil já é sócio da FAImas necessita de um clubepara representá-lo, pois atéhoje os esportes (balão, pára-quedismo, vôo a vela e aero-modelismo) estão inscritosindividualmente.

Com a abertura da rampa,o 2o Campeonato Estadual deVóo, onde será disputado otroféu Alberto Santos Du-mont, em comemoração à Se-mana da Asa, começa sábadoe termina domingo. Caso nãohaja tempo para realizá-lonesses dois dias. a competi-ção prosseguirá sempre aossábados, para facilitar a par-ticipação de todos. As inseri-çóes terminam sexta-feira, às12h. na sede da ABVL (RuaMarquês de São Vicente,140 309).

^adores

O Conselho Nacional de Desportos pia-neja realizar brevemente uma reunião ex-traordinária para definir qual o melhor cami-nho a ser seguido pelo esporte brasileiro.Desse encontro participarão, além dos conse-lheiros da entidade, todos os presidentes deconfederações, inclusive da de futebol, o pre-sidente do Comitê Olímpico, Sílvio Padiiha,o presidente da FIFA, João Havelange, auto-ridades esportivas e até mesmo as pessoasinteressadas em dar sua contribuição.

A reunião, portanto aberta, já está sendoestudada pelo presidente do CND, GeneralCésar Montagna, que desde já adianta suaopinião sobre o que é melhor para o esportebrasileiro. Ele acha que mais importante doque criar um ministério seria a criação deuma fundação, nos moldes da Funarte eoutras, por ser um órgão com mais auto-nomia.

Montagna acha que uma atividade tãoimportante como o esporte precisa de umafundação, para que não ocorra uma diversifi-cação de comandos e decisões que acabaprejudicando o aspecto técnico e gerandodificuldades e problema quanto às verbas.

Nuzman aproveita

e segura jojO presidente da Confederação Brasileira de Voleibol,

Carlos Arthur Nuzman. resolveu levar em conta a delibera-ção do CND, que concede âs entidades o direito de impedir oêxodo de jogadores para o exterior e já usará este instru-mento legal para negar licença de viagem a Bernard, Wil-liam, Montanaro e Badá, todos contratados por equipesItalianas.

Segundo Nuzman, estes jogadores nâo deram ainda aoBrasil tudo que o pais investiu na sua preparação.A única exceção é Moreno, que encerrou sua cáiteirana Seleção, depois de 16 anos de serviços prestados ao vôleido Brasil.

Moreno também está contratado pela Itália.

Russo a favorManaus — Na análise que fez dos efeitos da salda de

jogadores brasileiros de vôlei para o exterior, o técnicoPaulo Russo, do paulistano e da Seleção nas últimas Olim-piadas, declarou ontem ter ficado comprovado, em Moscou,que do ponto-de-vista técnico a ida de diversos atletas páraa Itália nâo resultou em benefícios para o Brasil, pois àexceção de um, os demais participantes dos Jogos deMoscou haviam piorado de rendimento.

Segundo Paulo Russo, além da queda do rendimentotécnico, a distância e a mudança de ambiente tambémexerceram influências negativas sobre os atletas brasileirosque estiveram na Itália, embora no plano tático a maiorparte tenha melhorado. Como exceção, citou o caso deGranjelro, do Botafogo, para o qual a experiência no exte-rlor resultou, inegavelmente, em aprimoramento de suatécnica.

Paulo Russo entende que a solução dos problemas dovôlei no Brasil depende nâo apenas de uma medida como adeliberação do CND e sim de uma série de outras, Já que aquestão é complexa. O técnico acha que a situação dosclubes, dos jogadores e de como o esporte é visto no pais sáodados Importantes a serem considerados quando se trata deexaminar o alcance de uma medida a ser tomada com oobjetivo de buscar resultados positivos. Sobre os clubes,lembrou c/ue este ano é a primeira vez que eles estão usandoseus jogadores em uma competição.

Paulo Russo frisa que, por outro lado, os apelos noexterior sâo muitos grandes, principalmente se comparadaa situação do jogador brasileiro de vôlei com a dos quepraticam o mesmo esporte em países que, como o Brasil,obtiveram boa colocação nas últimas olimpíadas.A diferença é que praticamente todos aqueles jogado-res sáo profissionais, enquanto que o Brasil nada oferece aoseu atleta, a não ser bolsa-de-estudos, empregos e algumaassistência médica-odontolôgica. Na Itália, por exemplo,um mercado aberto aos nossos jogadores, o estímulo éenorme, haja vista que na última temporada lá disputada.osatletas de vôlei ganharam de 15 a 30 mil dólares — de Cr$ 900mil a Cr$ 1,8 milhão — quantia grande demais para nãodeixar de atrair.

O treinador acha necessário muito cuidado e sobretudobom senso de todas as partes no exame da questão da saídaou. não de brasileiros para o exterior.O Brasil vive a pior fase do amadorismo, já que aqui oesporte amador no momento náo é isto nem é profissionalDe um lado, não se pode exigir muito empenho e tempointegral, pois não se oferece estímulo. A maior parte dosatletas da Selação Brasileira de Vôlei que foi às Olimpíadasde Moscou enfrenta agora problemas nos empregos ou. nosestudos, já que foram obrigados a se empenhar nos prepara-tivos e descuidar, ao mesmo tempo, das atividades pessoaisou profissionais.

Aberto de vôleiMaceió — O Flamengo derrotou ontem à noite o Guana-

bara, pelo torneio aberto de voleibol — clubes campeões,que está sendo realizado nesta Capital, na estreia queestava sendo esperada com muita expectativa. O resultadode 3 a 0, com parciais de 15 a 11, 15 a 8 e 15 a 3, mostrou, asuperioridade do time carioca, que agora é líder da chave A,juntamente com Minas e Paulistano.

Mais três jogos deram seqüência ontem ao torneio, quereúne 10 equipes de vôlei feminino, consideradas as melho-res do país. Na preliminar jogaram Gondoleiros e Pirelll,com a vitória deste por 3 a 1, com parciais de 15 a 8 paraisGondoleiros, 15 a 6, 15 a 13 e 15 a 5 para o Pire 111.

O outro Jogo reuniu Náutico de Recife e Guarani, comvitória do time pernambucano por 3 a 0, parciais de 17 ã i5,15 a 4 e 15 a 13. Finalmente, CRB 0 x Paulistano 3rÊQinparciais de 15 a 13, 15 a 13, 15 a 8 e 15 a 10, para o CRB,v_Çíaabertura, segunda-feira, o Fluminense do Rio derrotou opróprio CRB por 3 a 0.

ManausOs jogos do Campeonato Brasileiro de Clubes Campeões

de Vôlei Masculino realizados ontem tiveram os seguintesresultados: Paulistano 3 x 1 Botafogo (9x15, 15x7, 15x12 e15xl0>: Atlético de Minas Gerais 3x0 Banespa < 15x9,15x3,15x5). Chave B; Pirelli 3x0 Iate Clube Brasília Il5x6rl5x7,15x7); Fluminense 3x0 Santa Cruz (15x3, 15x6, 15x5).

Basquete do Vasco

quer ajustar time

contra Municipal

O técnico Emanoel Bonfim aproveitará a partida dehoje, contra o Municipal, às 20h45, em Sáo Januário,para ajustar a equipe do Vasco, visando ao jogo com oMachenzie já pela quinta rodada, segunfa-feira. O Vascoainda náo jogou bem no turno do Campeonato Estadualde Basquete, apresentando falhas na defesa.

Segundo Emanoel, o Vasco deverá atingir o pontoideal de competição na hora em que o Campeonatotambém estiver em seu melhor momento técnico. Masele pretende começar agora a dar mais ritmo à equipe,pois os jogadores ainda estão displicentes e facilitandona marcação. Isso foi visível contra o Olaria, semanapassada, quando o adversário chegou a comandar apartida no primeiro tempo.

A quarta rodada será completada sexta-feira comdois jogos, já que Vasco x Municipal foi antecipado parahoje: Jequiá x Olaria, na Ilha do Governador, e Tijuca xBotafogo, na Tijuca. Flamengo x Fluminense, um dosclássicos do basquete carioca, será sábado, às 15h, noGrajaú Country Clube, para facilitar a transmissão aóvivo pela TV Educativa.

Como o time do Municipal ainda está em formação e.seu técnico. José Pereira, vem encontrando dificuldadespara armar uma equipe forte, o Vasco terá hoje-aoportunidade de se redimir das más apresentações anterriores (90 a 67. no Tijuca. e 74 a 53, no Olaria), mostrandoà sua torcida que realmente tem possibilidade de.coo-quistar o tricampeonato.

E

JORNAL DO BRASIL D quarto-feiro, 15/10/80 D 1° Caderno ESPORTE— 23

r Rubens Borboio

O Garça (232), 4o lugar no Circuito, prepara-se para montar uma bóia, juntamente com Malahar

Roteiro

Golfe

Maria Tereza Portela está naliderança da Taça Great Oa-kley de golfe, que começou a serdisputada ontem no Gávea, em36 buracos, modalidade strokeplay, conseguindo 67 tacadas.Na segunda colocação está Vic-ky White, com 71 tacadas.

Em terceiro está Betsy Mui-llngan, com 72 tacadas, vindo aseguir Cecília Vasconcelos e Gl-lian Heath com 75 tacadas. ATaça termina amanhã, com arealização da segunda etapa.

Atletismo

A Federação de Atletismo doRio de Janeiro recebeu ontem,do Flamengo, um pedido à<iefeito suspenslvo para que oCampeonato Estadual Infantilnão seja disputado sábado edomingo, na pista do EstádioCélio de Barros. O Flamengonáo se conformou com a deci-sáo do presidente da entidade,Mário Richard, que concedeutransferência para o Fluminen-se dos atletas Eduardo Barretoe Jorge Luna antes de decorri-dos os 15 dias previstos peloRegulamento. O recurso irá ho-je para o Tribunal da FARJ,que marcará o julgamento ain-da esta semana.

Ciclismo

Cidade do México — No Cam-peonato Mundial de CiclismoJuvenil, o brasileiro Clóvis An-derson obteve a décima coloca-ção na prova do quilômetrocontra o relógio, com o tempode Im08s98, resultado queconstitui novo recorde brasilei-ro. O campeão da prova foi oalemão oriental Maic Malchow,com o tempo de Im025s547.

Nas eliminatórias dos 3 milmetros de perseguição indivi-dual, Fernando Louro, do Bra-sil, foi o quinto, com o tempo de3m33s33 e está cotado a repetira classificação na Anal, hoje. Omelhor tempo foi Daynis Lie-pinche, da União Soviética.

Procissãodas

Carpideiras

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fé* IÍhS

Você conhece o baianoLindembergue Cardoso7 Talvez-—você tá o lenha idenlilicado natrilha sonora de Cobra Noralo ou

I no arranjo coral do Domingo r.oForque, de Gilberto Sil, Mas agrande produção deLindembergue se siíua no âmbitoda música eruditacontemporânea Sua Procissãodas Carpideiras— premiada em19ò9 no I Festival de Música daGuanabara — já se tornouclássico da música brasileira devanguarda. EéesseLindembergue que — se vocêainda nac conhece — precisadescobrir urgenle.Breve você vai ouvir a Froàssãodas Carpideiras.IBW_-B__Bta_-B!-_____íí-i»!_aBBEB--_l

"Carro Chefe"é o líder doCircuito Rio

O barco Carro Chefe, deLauritz Von Lachmann, ven-ceu ontem a I Regata DijonCup — segunda etapa do Cir-cuito Rio — assumindo a lide-rança da competição, queprossegue hoje, com 70 pon-tos ganhos. A segunda colo-cação pertenceu ao Madruga-da, enquanto o índigo venciano tempo real, para ficar emquinto lugar no corrigido.

Na abertura do Minicircui-to Rio, reservado a barcos deoceano, Classe VI, a vitóriapertenceu ao Xukrute, umRanger-22, construído noBrasil e comandado por Car-los Mario Almeida. O Tra-boulle, um Quarter Tonner,antigo Zim, de Nelson Faria,completou o percurso em se-gundo lugar.

OS LIDERES

O Carro Chefe, um projetodo brasileiro Antônio JoséFerrer, o Tuzé, obteve a se-gunda colocação na Santos—Rio, atrás apenas do FiveStars e agora lidera o Circui-to Rio — Campeonato Brasi-leiro de Veleiros de Oceano,seguido do Tiki, que nas duasprovas disputadas obtevedois terceiros lugares. O Tikitambém é assinado por Tuzée soma, nas duas etapas, 66pontos.

Assim, corridas apenasduas regatas, a Santos—Riocom peso dois, e a I RegataDijon Cup, com peso um, efaltando ainda duas triangu-lares e uma Regata de Per-curso Médio, valendo peso

1,5, o Carro Chefe e o Tiki jápodem ser apontados comoos grandes favoritos para aconquista do título.

O Five Stars, desenho dadupla Cabinho/Tuzé, vence-dor da Santos—Rio, ontem,não passou da nona posição,sob o comando de RobertoPellicano, e ainda está sujeitoao julgamento de dois protes-tos, feitos contra ele, peloscomandantes dos barcos Car-ro Chefe e Madrugada. Se-gundo alguns iatistas que as-sistiram à largada, o FiveStars teria cambado, na lar-gada, em cima do Carro Che-fe e do Madrugada. O julga-mento esta'marcado para ho-je à noite e até o momento eleocupa a terceira colocaçãogeral, com 64,25 pontos.

Além do Carro Chefe e doTiki, deve ser levada em con-sideração a ótima atuação doMadrugada, que obteve a se-gunda classificação na rega-ta, a cerca de três minutos dovencedor, no tempo corri-gido.

Finalmente, vale destacar odesempenho do barco Garça,um Half Tonner, construídono Rio pela Fibramar, basea-do no desenho assinado pelosueco Ragnar Hankansor,que ontem ficou em quartolugar — obteve a quinta colo-cação na Santos—Rio — eagora está na quarta classifi-cação geral, com 61 pontos.

Na regata de ontem, larga-ram 21 barcos, todos comple-taram o percurso e apenas oSquallo saiu escapado, sendopenalizado em 12 minutos.

RESULTADOS (2a REGATA)1° Carro Chefe, Lauritz Lachmann,

3h48ml2s2° Madrugada, Pedro Paulo Couto,

3h51m02s _3° Tiki, José Álvaro de Carvalho,

3h5lm3Bs4° Garça, Gontran Maia,

3h52m03s5o índigo, Ivan Botelho, 31.59 m49s6o Mo-Hai, Paolo Pironi, 4h00m47s7o Rajada, Mário Franco, 4h03.nl ls8° Barco, Mário Simões, 4hl0mS2s9o Five Stars, Roberto Pellicano,

4hl4m24s10° Nica, Leopoldo Antunes Maciel,

4l.l4m5ás

CLASSIFICAÇÃOGERAL1° Carro Chefe, 70 pontos2o Tiki, 663o Five Star», 64, 254o Garça, 61

5o Mo-Hai, 576° índigo, 567° Barco, 518o Áries, 499o Rajada e Marisco, 42CLASSE I1° índigoclasse"h1° MadrugadaCLASSE IIIIo Carro ChefeCLASSE IV1° GarçoCLASSE V1° Five StarsMINI CIRCUITO RIO (Io Regala)1° Xukrute, Carlos Almeida,

3h00m00s2° Traboulle, Nelson Faria,

3h00m37s3' Frida, Antônio Ribeiro, 3hOlm20sAc Handicap, Fernando Rocha,

3h01m23s5C Mixuca, Eduardo Chapuis,

4h42m05s

regata noArgentino ganha 2a

Tornadocontravento, pois até ali, Bie-karck, Sinistri e Rolf Tambkese alternaram nas primeiras co-locações. Ao final. Sinistri cru-zou a linha com uma vantagemde 30 metros para Biekarck.que por sua vez livrou aproxi-madamente 100 metros paraRolf Tambke. Os demais termi-naram o percurso bastanteatrasados.

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O argentino Sérgio Sinistri,tendo Martin Ferrari comoproeiro, venceu ontem, na raiada Escola Naval, a 2" regata doCampeonato Sul Americano daClase Tornado, e agora divide aprimeira colocação geral com adupla brasileira Carlos Bie-karck.Fábio Bochiarelli, queontem terminou o percurso emsegundo lugar.

A competição prossegue, nomesmo local e Biekarck, junta-mente com Sinistri deverão co-meçar a decidir o Campeonato.— ambos têm um primeeiro eum segundo lugarep — emboraRolf Tambke, que nas duas eta-pas obteve duas terceiras colo-cações, também tenha chan-cees reais de disputar o titulo.

BOA VANTAGEM

A regata foi realizada comventos força dois para três, di-reção Sudeste e o mar apresen-lou-se um pouco mexido. A pro-va se definiu apenas no ultimo

2a REGATAIo Sérgio Sinistri/Martin Ferra-

ri (Argentina)2o Carlos Biekarck Fábio Bo-

chiarelli (Brasil)3o Rolf Tambke George Rider

(Brasili4o Ingo Esche Roberto Swan

(Brasil)5o Marcelo Di Conte Gustavo

Carrara (Argentina)6o Direeu SoaresRemo Zuchri

(Brasil)7o Ana Maria Sinistri Alex

Bacci (Argentina)8L' Jorge Carvalho Odilon Ge-

raci iBrasil)

Labre dizque FARJse excede

O Superintendente daSuderj, engenheiro Ricardo La-bre, divulgara nota oficial hojesobre o incidente com a Federa-ção Aquática, que ameaça nãoutilizar mais o Parque Júlio deLamare, transferindo suas com-petições para São Januário, porcausa das "exigências absurdasda Suderj. Labre explicou po-rém, ontem, que náo concordacom os excessos que a FARJestaria cometendo ali, transfor-mando o local em ponto de sor-teios e não de competições.

Não concorda também com autilização do serviço de som daSuderj para que se veicula pu-blicidade, embora ache justoque os patrocinadores possamcontinuar anunciando em ai-guns locais do Parque. Acres-centou também que a FARJnem sempre respeita o horáriosolicitado para a realização deseus eventos, o que cria trans-torno para os funcionários de-signados para trabalhar no dia.

— No dia 7 de setembro, ohorário previsto era de 12 às18h, mas, com tantos sorteios eoutras coisas que nada tinhama ver com o evento, o torneio sóterminou às 22h — disse Labre,acrescentando que a Suderj co-bra apenas Cr$ 6 mil por diapara pagar ao pessoal, quandosó uma lâmpada do estádiocusta Cr$ 100 mil.

Para os dirigentes da FARJ,as exigências de Ricardo Labresão "muitas, absurdas e preju-diciais ao esporte". CoaracyNunes, vice-presidente da Fe-deração, diz que o superinten-dente da Suderj, além de obri-gar sua entidade a pagar osfuncionários em serviço nascompetições, chegou a propor acobrança de ingressos a Cr$ 50.

Coaracy diz que no dia 6 deoutubro, temendo que na festado Dia da Criança, com a pre-sença de Mark Spitz, se repetis-sem os incidentes'Ocorridos ummês antes e que o desagrada-ram, Labre enviou oficio àFARJ perguntando: 1) como se-rá a chegada dos nadadores mi-rins e qual o local previsto paraa concentração dos mesmos; 2)que autoridades seriam conví-dadas? 3) quais as atividadesaquáticas para os nadadoresmirins? 4) que anúncios de fir-mas comerciais serão veicula-dos? 5) qual a retribuição queterá a FARJ? e 6) de que cons-tara o encerramento (dé escre-ver suscintamente)?

A alternativa da FARJ, SàoJanuário, segundo Coaracy,trará prejuízos, "porque todopatrocinador sabe que o Par-que Júlio dexamare é o grandepalco da natação do país. Masinfelizmente o local náo recebea devida atenção do superin-tendente. O painel eletrôniconáo funciona há muito tempo enão há providências".

Rodada

RIO OE JANEIRO

Flomengo Campo GrandeFluminense Olaria

V. Redondo Goy*acazNtterói Serrano

ELIMINATÓRIASCOPA

Romênia InglaterraEscócia PortugalIrlanda Bélgica

URSS IslândiaGales Turquia

Dinamarca Greoa

Efre Suécia

ONTEM

Ingíolerro(B) 1 «0 Es'odos liadosSomes 1 xO Sevilha

Zagalo confirmaP. César e definetime após treino

Confirmada a volta de PauloCésar ao time amanhã, contra oBangu, Zagalo resolveu só defi-nir a escalação após o treinodesta tarde, mas sua intenção émanter Marquinho no meio-campo e deslocar Guina para aponta direita, no lugar de Wilsi-nho. Guina nào gostou da idéiae disse ao técnico que preferecontinuar no meio-campo.

Essa é a única modificaçãoque Zagalo pretende fazer naequipe em relação à última par-tida, contra o Americano, poisna lateral esquerda continuaJoão Luís, enquanto Marco An-tônio ficara no banco de reser-vas. No meio-campo, a intençãode Zagalo é aproveitar PauloCésar e manter Marquinho, quese destaca a cada jogo e é oartilheiro do Vasco, com cincogols.SOLUÇÃO

Paulo César participou nor-malmente de todo o treinamen-to da manhã de ontem, realiza-do no ginásio de São Januáriopor causa do mau estado docampo, devido às últimas chu-vas. A movimentação constoude exercícios físicos e partidasde futebol de saláo, ficando pa-ra hoje à tarde o treino táticoque servirá para definir o time.O apoiador nada sentiu na viri-lha e, assim, garantiu a escala-çào para amanhã à noite.

Já com a certeza de contarcom Paulo César, após a opi-nião favorável do Departamen-to Médico, Zagalo conversoucom Guina sobre a intenção dedeslocá-lo para a ponta-direita,a fim de permitir que tambémMarquinho continue no time.Guina, entretanto, argumentouque não lhe agrada a troca deposição, pois lutou muito parafirmar-se como titular e, quan-do Gilson Nunes era o técnico,teve até que disputar o lugarcom Jorge Medonça. Assim, Za-galo vai analisar melhor a si-tuação e tomar uma decisàohoje.

A perspectiva de sair do timetambém náo agradou a Wilsi-nho, que estranhou essa possi-bilidade. Ele não teria restri-ções em sair do time para aentrada de Catinha, que tam-bém é ponta-direita, mas ficarno banco com Guina lm.jrovi-sado o deixou aborrecido eacha que o fato será desagrada-vel também para seu reservaimediato.

SATISFAÇÃO

Paulo César ficou satisfeitocom o retorno ao time. Dissesentir-se muito bem após o trei-no, em condições de jogar nor-malmente contra o Bangu. Ex-plicou que a inatividade de oitodias lhe foi até benéfica, poisdisputou seguidamente quase

30 jogos — na Taça Guanabara,excursão à Europa e no Io turnodo Campeonato.

Com o tratamento, chegueia emagrecer dois quilos e meioe estou em ótimas condiçõesfísicas. Já havia treinado ontemsem nada sentir e hoje tambémestou muito bem. Poderei trei-nar outra vez normalmente emelhorar ainda mais o meu es-tado, antes do jogo.

Ele acha que será uma parti-da difícil e o Vasco precisa em-penhar-se ao máximo para der-rotar o Bangu, cuja arma prin-cipal é a experiência de jogado-res veteranos, ex-integrantesde grandes clubes do Rio e SàoPaulo. Pensa que o Vasco nãopoderá dar espaços ao adversa-rio, empregando uma marcaçãodura e por pressào na maiorparte do jogo. Quanto à altera-çáo que sua entrada provocaráno time. explicou:

Se eu fosse o técnico, tam-bém ficaria numa situação difi-cil para decidir. Como jogador,nào posso opinar. Sei apenasque vou jogar e só Zagalo podedecidir o que fazer. Ê difícil,porque o Marquinho está multobem e há várias opções.

Paulo César opina que o Vas-co jogará mais tranqüilo poratuar no Maracanã e não podedeixar escapar a oportunidadede manter a diferença que osepara de Flamengo e Flumi-nense, para chegar à decisão doprimeiro turno em situação pri-vilegiada, depois de ter perdidoa posição com a derrota para oFluminense. Este também é opensamento de Zagalo, queconsidera o Bangu um timebastante perigoso. E que a ex-pertencia dos seus jogadoresdeverá ser contrabalançada pe-Ia do Vasco, agora em fase deascensão técnica.

Ele não acredita que o adver-sário se utilize de jogo violentopara parar o Vasco, assinalan-do que a campanha do timedirigido por Décio Leal se expli-ca com o bom futebol apresen-tado ao longo do primeiro tur-no. Ressalta ainda que váriosjogadores do Bangu já foramdirigidos por ele, como Moisés eAdemir. Embora ainda nào te-nha visto o adversário jogar,conhece bem o seu potencial.

Com a liberação de Paulo Cé-sar e Marco Antônio pelo De-partamento Médico, Zagalo te-rá todo o elenco à disposiçàoamanhã e poderá formar umbanco à altura do time que en-trará em campo. Marco Antô-nio e Paulinho Pereira eramtitulares até há duas rodadas eDudu saiu da equipe por contu-sáo, não tendo ainda consegui-do recuperar a posição. Deacordo com a escalaçào que de-cidir hoje, ele terá na reserva,para optar, Léo, Juan, Wilsinhoou Marquinho e Catinha, aforao goleiro Jair.

Suplência não deixaM. Antônio intranqüilo

Marco Antônio mostrava-setranqüilo e conformado com adecisão de Zagalo em manterJoão Luís na lateral esquerda,deixando-o na reserva. Mas dis-se que, após a decisão do pri-meiro turno com o Flamengo,vai procurar os dirigentes e ten-tar negociar seu passe para oexterior, "pois o Vasco estámuito bem na posição e talvezpossa me liberar".

— Vou conversar numa boa,porque não pretendo criar pro-blemas e ser acusado de tumul-tuar o ambiente. Não há proble-ma algum em ficar no banco,pois não seria a primeira vez.Muito pior é ser reserva na Sele-ção, situação que vivi duranteanos, pois todos desejam ter achance de jogar. Aceito tran-qüilamente a decisão de Za-galo.PARA O EXTERIOR

A intenção de Marco Antônioé transferir-se para o exteriorapós terminar o contrato, noinício de 81. Para trocar o Vascopor outro clube brasileiro, ad-mite apenas ir para o Botafogo,que já tentou este ano umatroca por Gil, antes de permu-tar o atacante por Zé Eduardo,com o Coríntlans. O interessepartiu do então diretor de Fute-boi do Botafogo, Carlos Impe-

rial, mas o lateral tem Indica-ções de que este clube vai ten-tar novamente contratá-lo.

— A nâo ser essas hipóteses,prefiro continuar no Vasco enào criarei qualquer problema,como nunca criei no Fluminen-se. Só posso ser criticado porcausa de atrasos no horário,pois no mais nunca criei casos— afirmou Marco Antônio.

Sobre a atual situação no ti-me, explica que cumprirá tran-qüilamente o que Zagalo deter-minar. Lembra que já ficou nobanco quando o técnico era Or-lando Fantoni e nâo se pertur-bou, pois sentiu que o técnicoesperava uma reaçáo para to-mar represálias. Agora — aflr-ma — o Vasco está bem servidona posição — além de JoáoLuís, pode ter de volta PauloCésar, emprestado ao Bahia eantigo titular da lateral es-querda.

Marco Antônio treinou nor-malmente ontem e Zagalo, aoconfirmar João Luís como titu-lar, disse que este correspondeuinteiramente em Campos, "estáembalado e Marco Antônio teráque esperar uma oportunida-de". Zagalo confirmou que, pa-ra o jogo com o Bangu, esta é asua decisão e por enquanto nàopensa no jogo com o Flamengo.Mas a tendência é manter emdefinitivo Joáo Luis.

Uchoa recuperado éo reforço do Américacontra o Serrano

A volta de Uchoa. recuperadode um estiramento muscular nacoxa direita, no lugar de Aris-teu, na lateral direita, é a únicamodificação que o técnico LuísMariano pretende fazer para apartida de sábado contra o Ser-rano em Sào Januário.

A agressividade que o lateralconfere à equipe e o seu fortechute são dois fatores conside-rados importantes pelo técnicopara melhorar o rendimento dotime. que ja começa a ter suaescalaçào definida para a cam-panha do segundo turno.

BOM TREINO

Luis Mariano dividiu a ativi-dade dos jogadores, ontem, emtrês etapas. Uma parte física,uma tática com jogadas ensaia-das e finalmente um coletivo de50 minutos, que acabou com avitória dos titulares por 4 a 2,gols de Luisinho. dois. ValdirLima e Neilson. marcando Van-derlei para os reservas.

O técnico gostou do rendi-

mento apresentado pelos joga-dores no treino, já que as joga-das ensaiadas anteriormenteno treino tático foram realiza-das. sobretudo as "tabelas" pe-lo meio e o apoio dos lateraispelas pontas.

João Luis foi poupado, porprecaução, e em seu lugaratuou Valmir. que o técnico de-verá lançar aos poucos na posi-çáo. Outra experiência que Ma-riano pretende realizar, tam-bém como futura opçáo. é Nel-son Borges na ponta esquerda.

O time, no entanto, já estádefinido pelo treinador com:Jurandir, Uchoa, Alcir. Eraldo,e Álvaro; João Luís, Nedo eValdir Lima; João Carlos, Luisi-nho e Neilson. Esta formação éa que mais agrada a Mariano edeverá ser a que jogará no se-gundo tumo. caso náo haja pro-blemas de contusão.

Os jogadores realizam hojeapenas uma corrida na praia doPepino, sob a supervisão dopreparador físico Paulo Au-tuori.

Campo NeutroJosé Inácio lierneek

O

juiz Luís Carlos Félix está sendoapenas coerente quando escrevena súmula que expulsou Zico poragressão, sem fazer qualquer men-

ção a uma falta do zagueiro do Botafogono lance anterior, pois ele nada apitouqualquer falta e, para ele, nada houve.

Cabe ao advogado do Flamengo naFederação argumentar com a exibição dotape, mostrando a cotovelada de Perival-do, que realmente existiu, embora sejalícito perguntar se ela foi proposital oucasual. O inegável contudo e que o zaguei-ro do Botafogo saiu com a bola dominada,anulando qualquer argumentação de queo juiz só não deu a falta porque aplicou alei da vantagem. Não, não houve vanta-gem. O juiz não deu a falta porque conside-rou o lance normal.

Zico tem contra si o fato de que, já sema bola, já fora do lance, com o juiz porperto, teve tempo para refletir e não refle-tiu. Mirou o adversário, partiu de encontroa ele e acertou-o, sem sequer pretenderque visava a bola. Uma jogada de irrita-cão, compreensível em algumas circuns-láncias mas mesmo assim apenas comoatenuante, nunca como descaracterizaçãode uma agressão bem visível a todos.

Mais de uma vez em sua carreira Zicotem se pronunciado contra a marcaçãopessoal a que freqüentemente se vê subme-tido. Tem reagido contra tal tipo de mar-cação até mesmo quando ela é feita comlealdade, como já aconteceu em duas oca-siões com Ademir Vicente, atingido porpontapés propositados de Zico. em parti-das diferentes embora estivesse marcan-do-o dentro das regras do jogo. DomingoZico foi marcado por Rocha também comlealdade e assim mesmo apenas dentro deuma zona: guando ele voltava além daintermediária, Rocha deixava-o recuarsem acompanhá-lo.

Ainda assim a irritação de Zico expio-diu contra Perivaldo em um lance no qualele, acima de tudo, pôs de lado o interesseda equipe. Quem mais prejudicou o Fia-mengo domingo não foi o juiz Luís CarlosFélix mas Zico, profissional que recebe umalto salário para lembrar-se em campoque o benefício coletivo deve estar acimaae suas exasperações individuais.

FIQUEI

surpreso com a repercussão,traduzida no grande número de per-guntas, do programa de anteontemna rádio JB-AM em que debati a

próxima Maratona Atlântica-Boavista,dia 15 de novembro, com Júlio Reis, quevai disputá-la, e com seu técnico CarlosAlberto Lancetta.

Com minha habitual distração, esque-ci-me de anunciar o programa ao pé dacoluna, mas mesmo assim fomos inunda-dos por perguntas, muitas das quais tive-mos que deixar sem resposta por absolutafalta de tempo. Não posso contudo deixarde assinalar as queixas, absolutamentejustas, dos moradores da Zona Norte con-tra a falta de locais onde praticar suascorridas. Agora que o Departamento deTrânsito anda selecionando faixas exclusi-vas para ônibus, não seria também possi-vel a Prefeitura delimitar certos locaisonde os moradores da Zona Norte pudes-sem correr sem o risco de atropelamento?Passo a reivindicação ao Prefeito JúlioCoutinho, ele próprio um ardoroso pra ti-cante do jogging.

¦ ¦

A IND A a propósito de corridas, rece-/¦ bo do leitor Gustavo Salgado, de

/-§ Brasília, uma pergunta que deixa-¦*- •M- me entalado. Quer ele saber se suamulher, também corredora, pode conti-7iuar a praticar o esporte, apesar da gra-videz.

Minha primeira tendência seria a dedar uma resposta negativa, caro Gustavo,ou ao menos um consentimento repassadode cautela, com distância e ritmo diminui-dos. Ternos porém visto mulheres grávidaspraticando esportes ou outras atividadesextenuantes, como bale, sem maiores ma-lefícios. A palavra final poderá ser dadapelo obstetra da família. Mas posso adian-tar que a corredora norte-americana KimMerrit não pôde aceitar o convite paracompetir na Maratona Atlântica-Boavistajustamente porque está grávida.

¦ ¦

VOLTANDO

ao programa de rádio,um ouvinte informou-nos que seucardiologista é de opinião que aatividade, física não impede doen-

ças do coração. E uma opinião, contraria-da por centenas de outras. Mas mesmoquando náo impede, ajuda muito, retardao aparecimento ou o progresso dasmesmas.

Acho que a frase que melhor define oassunto é de outro cardiologista, este nor-te-americano: "Eu náo aconselharia nin-guém a levar uma vida sedentária semantes se submeter aos mais rigorosos exa-mes físicos. É preciso muita saúde paraagüentar uma vida sedentária." Querotambém ainda uma vez lembrar o Dr Ken-neth Cooper. Ele prova, com estatísticas,que, em 1978, 184 mil norte-americanosdeixaram de morrer do coração porquehaviam adotado o hábito de correr.

E cito, sem revelar o nome, o caso deum atleta brasileiro (também não dou suamodalidade esportiva), participante dasúltimas Olimpíadas em Moscou. Ele é por-tador de uma afecção cardíaca. Depois dosmais rigorosos exames, no Brasil e noexterior, os médicos chegaram à conclusãode que ele poderá morrer de uma hora paraoutra — se deixar de praticar exercícios.Enquanto levar uma vida ativa, esportiva,estará dentro de uma excelente margemde segurança.

Tita acerta com Fia e substitui Zico esta noite

João Saldanha

Guarda-chuva colorido

JOGO

cheio de ensinamentos aqueledo América e Fluminense. Nem que-ro falar da imprudência tricolor. Es-tão cansados de saber disso. Mas

abordo outro aspecto importante do nossofutebol teimoso. Foi assim: pouco antes dojogo, o Loureiro Neto e outros colegasentrevistaram dirigentes e funcionáriosdos clubes e do Maracanã a respeito dopequeno público e que rendeu apenas Cr$2 milhões. Várias especulações foram fei-tas. Como chovia muito, é lógico que achuva era uma delas. Depois um dirigenteachou que como seu clube não andavabem, a torcida não estava comparecendo.Outro falou no preço das entradas. Umoutro, num tremendo subjetivismo, falousobre emoções e sensibilidades do homemmoderno, Freud e coisa e tal. Mas Freudnunca foi ao Pratter (estádio de Viena).

E tome conversa jogada fora, quandoresolveram entrevistar um homem da ar-quibancada. Falou duas coisas e faloucerto. Estas são sem dúvida as causas dasquedas das arrecadações: o excesso dejogos e as dificuldades financeiras dostorcedores. Sobre os jogos, a verdade éque os senhores dirigentes, que tão bemadministram seus negócios, não se inco-modam que o clube mande dinheiro pelajanela. E tome jogo em cima de jogo,deteriorando a qualidade das partidas.Engraçado é que qualquer menino sabeque quando há excesso de um produto nomercado, ele encalha. Temos jogos de-mais. Quarta, quinta, sábados e domingos.Não há quem agüente. A insensibilidadetoma conta da torcida. Neste caso, Freudexplicaria.

E tem jogo em cima de jogo. Por quê? Éfácil. Quando Heleno Nunes era presiden-te da CBD, atual CBF, o Presidente Geisel,que acha que o futebol esconde e amenizaos problemas aflitivos do povo e do torce-dor, perguntou ao dirigente: "E o nossofutebol? Por que não temos mais jogos?"Heleno Nunes respondeu: "Mas Presiden-te, só não jogamos nas segundas e sextas-feiras..." O Presidente atalhou enérgico:"E por que não nas segundas e sextas?"Responderia eu com rima rica: ora senhorPresidente, não há tatu que agüente. Eis aquestão. Os jogos dão prejuízo e o públiconão tem condições para acompanhá-los.Guarda seu dinheiro para os principais. Edizia o torcedor entrevistado: "Gostariade ir mais vezes mas o dinheiro não dá.Tenho família." E começou o jogo. Eu lá decima fiquem espiando o público da geral.Cheguei a ficar admirado. Seguinte, nageral não vão muitas mulheres. Só as maisabnegadas. Mas olhando bem, e com aque-la chuva, o anel da geral estava cheio deguarda-chuvas bem femininos. Daquelesbem coloridos, com flores berrantes. Sóuma coisa, debaixo deles só tinha homem.Nem uma mulher. E fiquei pensando emoutras épocas e basta olhar umafotogra-fia antiga de jogo em dia de chuva: oshomens debaixo daqueles guarda-chuvaspretos. Agora não dá mais, meus bichos. Oguarda-chuva do casal é um só. E oshomens não estão se importando em sairfloridos assim. A vida está dura. Cuidadosenhores, a mercadoria está deteriorando.Tem demais.

Contusão impede

Paulo Emílio de

armar o Botafogo

Com Wecsley, Édson, Perivaldo e João Carlos contundidos,o técnico Paulo Emílio ainda não sabe como vai formar o timetitular do Botafogo para o coletivo desta manhã, mas tem agarantia dos médicos do clube de que, de todos, apenas JoãoCarlos talvez não possa enfrentar o Bangu, no domingo.

A noite, ao tomar conhecimento de um possível pedido doFlamengo para a anulação do jogo com o Botafogo, o presiden-te Charles Borer disse achar difícil, mas que aceitaria de bomgrado, porque seu clube venceria facilmente.

ProblemasNa revisão médica feita na manhã de ontem, além de

Perivaldo, com a mão enfaixada, e de João Carlos, fortementecontundido no tornozelo, Wecsley e o ponta-direita Édsontambém se queixaram de pancadas recebidas na partida con-tra o Flamengo.

De todos, porém, o que mais preocupa é o atacante JoãoCarlos, que deixou o campo no segundo tempo, depois de tersido atingido no tornozelo direito e por enquanto está vetadode todo o treinamento, sendo mesmo difícil que possa jogarcontra o Bangu, domingo.

Embora a atividade do time tenha sido em tempo integral,ontem, Paulo Emílio não forçou muito os jogadores, que, alémda física, fizeram treinos táticos. Para a manhã de hoje, estámarcado um coletivo, mas sua realização vai depender daopinião dos médicos sobre as condições dos contundidos. Éprovável, porém, que Édson, que já se exercitou ontem à tarde,e Wecsley sejam liberados. Paulo Emílio, no entanto, só poderádefinir o time na sexta-feira. Para ele foi muito importante oBotafogo não ter jogo no meio da semana, mas lamentou que ascontusões impedissem um melhor aproveitamento nos doiscoletivos programados.

Sua intenção é mexer o menos possível no time e se todos oscontundidos se recuperarem, o time contra o Bangu poderá terduas alterações: Marcelo no lugar de João Carlos, modificaçãoque o técnico já tinha em vista, e a volta de Jérson à pontaesquerda.

Foi confirmada ontem a vinda de mais um jogador dointerior paulista para o Botafogo. Dessa vez trata-se do atacan-te Mirandinha, do Palmeiras de São João da Boa Vista,recomendado pelo zagueiro Gaúcho. Como seu preço é baixo,deve fazer contrato se aprovado nos treinos.

O zagueiro Perivaldo disse ontem que não declarou teragredido Zico. Reafirmou que correu com ele disputando umabola e que admite ter usado o braço para impedir o seu avanço,mas sem violência.

— Se eu tivesse dado uma cotovelada como estão dizendo,Zico teria ficado com a boca ou rosto marcado e isso náoaconteceu — disse Perivaldo.

CBF estuda

Taça de Prata

e a 3a DivisãoO assunto em pauta hoje na CBF, se depen-

der do diretor de futebol Medrado Dias, deveser a realização da Taça de Prata de 1981 e aformação da terceira divisão no futebol brasilei-ro. O dirigente pretende ter uma reunião com opresidente da entidade, Giulite Coutinho, paradecidir os casos que ainda retardam a definiçãodo calendário do próximo ano.

Giulite Coutinho tem viagem marcadaamanhã para Manaus, onde vai discutir com osdirigentes da Federação local a promoção dejogos amistosos e até mesmo de um torneiocom os países vizinhos do Amazonas. O presi-dente da CBF pretende incentivar o intercám-bio entre os times da Amazônia e os dos paíseslimítrofes, já que haveria maior interesse porparte do público e as despesas de viagensseriam menores.

MundialitoMedrado Dias recebeu comunicado de Telè

Santana, de Buenos Aires: um amigo do treina-dor visitou Montevidéu há pouco tempo e infor-mou que as obras na concentração do Penarol,no bairro de Los Aromos, onde a delegaçãobrasileira deve se hospedar no Mundialito, es-tão adiantadas. Se a reforma prometida pelosdirigentes uruguaios não ficar pronta até a datada competição, outro local será escolhido.

O plano da CBF para o Mundialito estámantido: a apresentação deve mesmo ser ante-cipada para dia 10 de dezembro, com a equipefazendo um período de treinamentos em localainda a ser determinado — Telê quer levar aSeleção novamente para a Toca da Raposa. Osjogadores ficarão em regime de treinamentosaté o jogo com a Suíça, dia 21, provavelmenteem Cuiabá, e serão dispensados até dia 26.

Se Los Aromos estiver em condições dereceber a delegação, não haverá problemas. Se,no entanto, a concentração for consideradainadequada, a Seleção ficará em Montevidéuaté a véspera da sua estréia contra a Argentina,dia 4 de janeiro.

Telê Santana volta amanhã de Buenos Ai-res. Hoje, ele assiste a mais um amistoso daArgentina. Sobre a possibilidade de a SeleçãoBrasileira jogar um amistoso contra a Polônia,em 22 de maio de 1981, em Varsóvia, a CBFainda não chegou a analisar a proposta dosdirigentes poloneses. Giulite Coutinho e Me-drado Dias esperam a chegada do treinadorpara que o assunto seja discutido.

A princípio, porém, a posição dos dirigentesda entidade não parece muito favorável à con-firmação do jogo, porque Giulite Coutinho que-riá que a Seleção, em seu giro pela Europa noano que vem, jogasse apenas quatro partidas.Se Telè insistir na confirmação do jogo, noentanto, a partida pode ser marcada.

Almir Veiga

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Zico cumpre suspensão e será substituído por Tita

Tita, que substituirá Zico napartida desta noite contra oCampo Grande, praticamenteacertou a renovação de seu con-trato por mais um ano com oFlamengo. Sua alegria era tãogrande, que ontem ao passarpor Márcia Braga, filha do pre-sidente, ao deixar a Gávea,deu-lhe dois beijinhos e prome-teu marcar um gol em sua ho-menagem.

Aliás, marcarei dois, umem homenagem ao seu pai tam-bém. E pode cobrar depois dapartida.

O encontro de Tita com ovice-presidente de Futebol,Eduardo Motta, foi demorado,mas tudo ficou praticamenteacertado e, segundo a previsãodos dois, a assinatura do con-trato poderá ocorrer na próxi-ma sexta-feira, se bem que ain-da existe um pequeno detalhe(não revelado) a ser acertado. Oatacante receberá em tomo deCr$ 350 mil mensais, entre lu-vas e ordenados.TUDO CERTO

Até o encontro de ontem, tan-to Tita quanto Eduardo Mottapensavam que o caso fosse seestender até o início do próxi-mo turno do Campeonato. Sebem, que o dirigente garantiaestar certo de que seria dado"um grande passo" naquele en-contro.

E realmente foi o que ocorreu.Se antes Tita se mostrava pes-sirrüsta quanto ao acerto, aodeixar a sala do dirigente esta-va com sua fisionomia comple-tamente modificada: muito ale-gre, revelou que assinaria a re-novação do contrato na sexta-feira.

Está quase tudo certo. Mo-diflquei minha maneira de ra-ciocinar, pois antes pensava napossibilidade do que ganhariase fosse para o Vasco ou para oInternacional, mas vi que esta-va errado. Isso facilitou bastan-te para que o caso evoluísse eacho que sexta-feira estarei as-sinando o contrato.A EMPOLGAÇAO

Substituir Zico não assustaTita. Ao contrário: todas as ve-zes que recebe este encargo, oencara com tranqüilidade e sa-tisfaçáo, já que pode atuar nasua verdadeira posição.

—Todas as vezes que atuo nomeio, substituindo a Zico, cum-pro bem a missáo e recebo mui-tos elogios. Acho realmente queproduzo bem mais por ali. Porisso, fico tranqüilo quando re-cebo esta missão, que talvezpara outros fosse muito difícil.

Tita gosta tanto de jogar pelomelo, que já chegou a pensarem mudar de clube para que sepudesse fixar na posição. En-tretanto, agora raciocina de ou-tra forma e considera multo im-portante estar no Flamengo.

Profissionalmente é impor-tante para qualquer jogador.Aqui no Flamengo está tudolente e mesmo um reserva deve

pensar duas vezes antes de mu-dar de clube — disse Tttft.O ENCONTRO

Quando se preparava paradeixar o clube, cruzou comMárcia Braga e Patrícia, filhasdo presidente, que procuravamo enfermeiro Serginho, pois aprimeira precisava fazer umaaplicação de ondas curtas nojoelho.

Como não conhecia Patrícia.Tita cumprimentou apenasMárcia com dois beijinhos norosto. Ela quis saber se ele jo-garia.

Claro. Vou jogar e marcarum gol em sua homenagem.Aliás, marcarei dois. Um para oseu pai também.

Serginho então informou quePatrícia também era filha dopresidente Márcio Braga. E Ti-ta, um tanto encabulado, pelapouca atenção que dera a ela,modificou a promessa:

Vamos fazer o seguinte. Semarcar dois, serão para vocês ese marcar trés, então é que opresidente será homenageado.Costumo cumprir o que prome-to e pode me cobrar depois dojogo.

Em seguida, Tita foi para ca-sa satisfeito por estar com arenovação de seu contrato pra-ticamente resolvida e preocu-Bado

em náo decepcionar a fl-ia do presidente.

O JULGAMENTOO presidente Márcio Braga

teve uma reunião ontem com osadvogados Padilha Sodré, An-tonio Augusto Dunshee deAbranches e Michel Assef, alémdo vice-presidente de finanças,Joel Teppet, para estudarem asestratégias para a defesa de Zi-co, que será julgado amanhã eestá ameaçado de náo disputara final do turno contra o Vasco.

Embora mantenham em sigi-lo o que acertaram durante areuniáo, os dirigentes pedirão oadiamento do julgamento paraa outra semana, o que possibili-taria Zico disputar o jogo final,já que a suspensão automáticaserá cumprida esta noite contrao Campo Grande.

Entretanto, para que o julga-mento seja adiado, obviamen-te, é necessário que apresentemum bom argumento aos juizesdo Tribunal da Federação. Pa-ra que isso aconteça, podemagir da seguinte forma: instau-rar abertura de inquérito con-tra Luís Carlos Félix, o queobrigaria o árbitro a compare-cer ao Tribunal numa outra ses-são e antes disso o jogador nãopoderia ser penalizado; alegar afalta de tempo hábil para con-seguir o video-tape do jogo,uma prova de defesa, pois ape-nas ontem houve a denúncia doprocesso na Federação; tentarpura e simplesmente a anula-ção da partida, ou então, con-duzir o Julgamento de formaque se exija a presença do joga-dor no Tribunal.

O que alegarão durante o jul-gamento vem sendo mantidoem sigilo total, a pedido do pró-prio Padilha Sodré, quem subi-rã à tribuna para defender Zico.

Os Jogadores do Flamengo fo-ram submetidos ontem a umtreinamento técnico e todos,sem exceção, respeitam multoa partida desta noite. Lembramque o Campo Grande é formadopor jogadores experientes e quea maioria deles atuou no Fia-mengo: Paulo Siri, Edu, Caio eLuís Carlos. Para Coutinho, adecisão é hoje: "se náo vencer-mos o Campo Grande, não vale-rã em nada o jogo com oVasco".

Nelsinho exige

empenho pois ainda

sonha com título vezes quando Zagal

FLUMINENSE X OLARIA— Local: Marechal Hermes.Horário: 21 h. Juiz: José Ro-berto Wright. Fluminense —Paulo Goulart, Edevaldo,Edinho, Tadeu e Rubens Gá-laxe,- Delei, Gilberto e Má-rio; Robertinho, CláudioAdão e Zezé (Mário Jorge).Olaria — Hílton, Paulo Ra-mos, Osmar, Salvador(Mauro) e Gilmar; Araújo,Ricardo e Lulinha; Chiqui-nho, Henry e Leandro.

O técnico Nelsinho, do Flumi-nense, relembrou ontem queprevira, no inicio do Campeo-nato. que o ganhador do pri-meiro tumo acumularia cincopontos perdidos ao fim da com-petição e que, por isso, conside-ra o time ainda em condição deconquistar o título. Para Isso,pediu para hoje o máximo em-penho, na conversa que tevecom os jogadores, além de mui-ta cautela para evitar tropeçoscomo o acontecido no jogo como América.

Nelsinho fez questão de aler-tar para a importância do jogodesta noite, contra o Olaria,pois o adversário luta para con-tinuar entre as 10 equipes quedisputarão o segundo tumo e,assim, tentará um resultado po-sitivo.

Depois da euforia causa pelanoticia de que Gilberto e Deleitinham inteiras condições paraenfrentar o Olaria, pois foramaprovados na revisão médicade segunda-feira e ontem parti-ciparam normalmente do trei-no recreativo no ginásio do clu-be, Zezé reapareceu se queixan-do da torção no tornozelo direi-to e dificilmente atuará hoje. Oponteiro, entretanto, mostrou-se disposto a jogar e logo come-çou tratamento intensivo do lo-cai. inclusive na concentraçãoiniciada ontem a noite.

Descrente das possibilidadesdo jogador. Nelsinho colocouMario Jorge de sobreaviso. Oex-juvenil é ponta-direita. ten-do atuado na posição algumas

vezes quando Zagalo dirigia otime. No entanto, tem treinadona esquerda com desenvolturae Nelsinho decidiu aproveitá-lo,mexendo em apenas uma posi-çáo, pois a outra opção seria odeslocamento de Mário para aesquerda com a entrada deCristóvão.

Antes mesmo que admitisseessa alternativa, Cristóvão so-£reu uma contratura muscularna coxa e foi afastado do bancode reservas para o jogo de hoje.

— Lamento náo poder contarcom o time completo neste Jo-go, pois sei que vai ser duro.Mas como o Zezé mostrou mui-ta vontade de participar, podeser que se recupere em tempo,embora o Departamento Médi-co tenha me prevenido paranão contar com ele. Por isso,preparei o Mário Jorge paraocupar a ponta-esquerdá, Jáque ele vem treinando satisfa-tortamente e, nesse caso, nemmudo o esquema de jogo. O fatoé que temos que ganhar de umadversário que também dispu-ta uma colocação para contl-nuar no segundo tumo e, porisso, dificultará ao máximo nos-sas ações, embora não afaste apossibilidade deles saírem parao jogo exatamente para garan-tir um bom resultado.

O técnico acrescentou quetem-se dado por satisfeito comas atuações da equipe — até naderrota para o América — e quedurante a conversa mantidacom os jogadores ressaltou que,se fosse conseguido os seis pon-tos nos trés jogos que restam,mesmo não chegando ao título,teria a consciência tranqüilapor ter feito uma excelentecampanha. Para a reserva írram relacionados Ivo. Marinho,Adilço. Édson e Neinha.

Informado da pretensão doSão Paulo em contratar o za-gueiro Edinho no fim do anopara compor uma dupla de ia-gueiros em nível de seleção, aolado de Oscar, o diretor de fute-boi Jorge Audi afirmou quedifi-cilmente seria levada em consi-deraçào uma proposta nestesentido.

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JORNAL DO BRASIL

caderno

Rio de Janeiro ? Quarta-feira. 15 de outubro de 1980

A PSICANALISE EM PE DE GUERRA

HÉLIO PELLEGRINO ANUNCIA A SUA

EXPULSÃO E A DE EDUARDO MASCARENHAS

DA SOCIEDADE PSICANALÍTICA DO RJVidol do Trindadt

'Assumimos nossa condição de excluídos, poramor à instituição, pará, mostrar o caráter

arbitrário com que se exerce o poderna SPRJ", disse Pellegrino

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"¦Pretendemos renovar a Sociedade, fazendo críticaslá dentro, e não arrebentá-la, como querem Pellegrino

e Mascarenhas", afirma Victor de Andrade,presidente da instituição

Roberto Mello

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psicanalistas Hélio Pelle-grino e Eduardo Mascare-nhas — segundo afirma o pri-meiro — foram excluídos daSociedade Psicanalitica doRio de Janeiro, por terem fei-

to criticas à prática elitista da psicanálise,publicadas em reportagem do Caderno B,no dia 23 de setembro último. A decisão doConselho Consultivo, órgão máximo dainstituição, foi notificada aos dois analis-tas quarta-feira passada, dia 8, ainda se-gundo Pellegrino.

O presidente da Sociedade, Sr VictorManuel de Andrade, ouvido segunda-feirapelo JORNAL DO BRASIL, declarou quea decisão ainda não tinha sido tomada eque o Conselho Consultivo estaria reunidoterça-feira (ontem), quando sairia um pro-nunciamento final.

Os Srs Pellegrino e Mascarenhas, disse-ram, porém, que o Conselho já havia toma-do a decisão, pois na semana passada,quando compareceram à sede da Socieda-de, em Botafogo, foram avisados de quetinham sido excluídos."Eles nos disseram que estávamos ex-cluídos", acrescenta Pellegrino, "e sob acapa de um falso coleguismo nos oferece-ram como alternativa a sugestão de quepedíssemos demissão. Respondemos quese tratava de uma proposta desonrosa.Eles nos ofereciam o suicídio institucionalpara que, com a nossa demissão, um gestode suprema gentileza masoquista, eles sedemitissem do gesto arbitrário, se eximis-sem da responsabilidade de cometeremum homicídio Institucional.""Fazemos questão de assumir nossacondição de excluídos", acrescenta Pelle-grino, "por amor à instituição, para ficarcaracterizada a forma arbitrária com quese exerce o pader lá dentro da Sociedade.Vamos lutar pela defesa dos nossos direi-tos societários, contra o arbítrio de umainstituição que tem 170 membros e na qualsó 23 votam".

A exclusão da Sociedade em nada inter-fere no exercício da clínica dos dois profis-sionais, garantido por seus diplomas demédicos e pela formação específica comoanalistas que receberam na SPRJ. Alémdisso, deixarão de pagar a mensalidade deCrS 1 mil 500."Concordo com a análise sociológica daprática psicanalitica feita por EduardoMascarenhas, mas suas declarações deque 90% dos psicanalistas não leramFreud, de que são ignorantes, constituemuma generalização que envolve colegas,são declarações pouco éticas", afirmou oSr Victor Manuel de Andrade, presidenteda SPRJ."Por exemplo, a Introdução à Obra deMelanie Klein, de Hanna Segai, a que osanalistas se limitariam, segundo Mascare-nhas, é estudada em quatro seminários nanossa Sociedade. Toda a obra de MelanieKlein é estudada em 28 seminários. Nãosei onde Mascarenhas estava quando disseisso. Ele foi aluno daqui, estudou conosco,durante anos. Será multo difícil ter quepuni-lo, pois ele é um colega estimado.Mas sua agressão foi violentíssima, foiuma bofetada. A Sociedade em peso rea-giu, nunca vi tanta unanimidade", conti-nuou o Sr Andrade.

"Devemos criticar a Sociedade, mas ládentro", explicou. "A Sociedade é rigoro-sa, mas lá dentro se fala o que quiser; aquifora não se admite que se fale uma tíoisadessas; houve espanto, choque, horror."

O Sr Victor Andrade admite também aprocedência da critica que aponta o podergerontológico dentro da Sociedade. OConselho Consultivo, órgão deliberativomáximo da SPRJ, é constituído de ex-presidentes, mais dois membros votadospelos 23 membros titulares. Os candidatossão sempre ex-membros da diretoria, com-posta de presidente, secretário e tesourei-ro. Afirma-se que esse poder tem umaestrutura quase vitalícia."Veja bem", responde o Sr Andrade."Tenho 43 anos, sou o presidente maisnovo na história da Instituição, talvez omais novo presidente de uma sociedadepsicanalitica em todo o mundo. Estamospromovendo mudanças, uma renovaçãodentro da Sociedade. Quero fazer umaequipe de gente jovem, cada vez mais. Masessas coisas se fazem trabalhando dentroda Sociedade, não me interessa fazer dis-cursos para bandas festivas nos bares."

Para ser aceito na SPRJ, o candidatodeverá ser médico ou psicólogo com 500horas e estágio em hospital psiquiátrico.Apresenta-se para exame ante uma juntade analistas didatas e, se aprovado, torna-se membro associado, com direito a voznas assembléias. Com dois anos de estudo,pode postular a condição de efetivo (direi-to a voz e voto). Para isso, terá que fazertrabalhos científicos, publicados, paracontagem de pontos. Quando completar80 pontos (contados a partir de participa-ção em conferências), terá autorização deapresentar trabalho científico. Se o traba-lho não for aceito, o candidato será convi-dado a reformulá-lo. O Sr Andrade nãoconhece caso de candidato que tenha sidorejeitado. O ponto máximo da carreira é onível de dldata, que prepara os candidatospara que se tornem analistas. Só se tomadldata quem for membro efetivo e tiveratividade docente na Sociedade. A forma-ção de um psicanalista é, portanto, longa(dura cinco anos) e custa em torno de Cr$50 mil por mês, atualmente.Há criticas de que o didata, ao fazertambém a análise pessoal do candidato,pode exercer manipulação transferenciai.O candidato estaria sob terror, porque odidata é seu juiz. Ele é que decidirá de suaaceitação na Sociedade e então perde aliberdade. A psicanalista francesa PieraAulagnier declarou-se horrorizada comisso; ela acha que a análise pessoal éproblema do candidato. O que o Sr pensadisso? Concordo, em teoria. A análise didá-tica, por juntar análise pessoal e ensinotécnico, é viciada, por se identificar comuma análise oficial. Admito que a análisecomeça viciada. Mas não há uma formaideal para superar isso. E esse problemanão é só da SPRJ, mas de todas as filiadasà IPA (International PshcychoanalyticalAssociation, fundada por Freud). Mas essaanálise didática tem uma vantagem. Se,por exemplo, o candidato tiver um surtopsicótico, o didata diz a ele que pare, quenão está em condição de continuar a for-mação teórica, para evitar fazer bobagensna clinica. Trata-se de preservar também ocandidato, de protegê-lo contra as identifl-

csções maciças, as projeções dos clientes,trata-se de proteger sua saúde e evitar queabsorva doenças. Então, a separação entreanálises pessoal e didática não me pareceaconselhável. Essa prática é um mal ne-cessário e decidida de comum acordo como candidato, num clima de lealdade. Adeficiência é superável nas supervisões.

— Parece que a critica é mais profunda.Na França, por exemplo, o analista étitulado com trabalho teórico e supervi-são. A análise pessoal é sigilosa. JacquesLacan, por exemplo, questionou a didáti-ca e foi expulso da Sociedade Psicanalíti-ca de Paris. E parece que, de acordo com oArtigo 11 dos Estatutos da SPRJ, o didatadeverá informar ao Instituto de Ensino dePsicanálise (órgão da sociedade) sobre amovimentação do candidato na análisepessoal. É verdade isso?

os quais deverão ser arquivados na pastado candidato."Há muito se critica o elitismo da

psicanálise. A formação profissional, comsuas peculiaridades, é longa e dispendio-sa. Estamos numa sociedade que investe equer resgatar seu investimento. A quemserá repassada a cara formação? Que tipode compromisso social o psicanalista as-sumirá com a classe de privilegiados quelhe paga o privilégio?

Muito me espanta que se publiquenos jornais: uma sessão de análise estácustando Cr$ 5 mil na Zona Sul. Veja bem,esse tipo de critica só alimenta o que quercriticar. Na nossa sociedade, quem cobratem prestigio. Quanto mais se chamar apsicanálise de elitista, mais ela terá presti-gio, e mais cara será. Mas nós repudiamos

Arquivo 17/9/80

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A reunião que deu início ao processo de exclusão:Wilson Chebabi, Eduardo Mascarenhas e (aocanto, de barba) Hélio Pellegrino criticam aprática elitista da psicanálise, no simpósiopromovido pela Clínica Social de Psicanálise, naPUC

— Absolutamente, em hipótese alguma.Há o relato da supervisão, apenas, mas daanálise pessoal, em hipótese alguma. Sóhá uma exceção: em caso de patologiagrave do candidato — respondeu Victor deAndrade.

O Artigo 11, página 45, do Regulamentoda Formação de Psicanalistas do IEP (Ins-tituto de Ensino de Psicanálise, órgão doSPRJ) diz textualmente o seguinte: "Dida-tas e supervisores deverão comunicar aoIEP em formulário próprio a ser fornecidopelo Instituto a movimentação do candi-dato na análise pessoal e nas supervisões,

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o modismo. Queremos chamar para nósquem esteja interessado no enriquecimen-to interno. A psicanálise seria elitista?Aparentemente. Quando um médico clíni-co cobra Cr$ 5 mil por consulta, ninguémse espanta. Há intervenções cirúrgicas quecustam fortunas, ninguém reclama. Então,a Medicina seria elitista?

Parece que sim.Mas, náo. O problema é da sociedade.O sistema é que é elitista. E o preço deuma sessão varia multo, de lugar paralugar, assim como o preço de um$ consultamédica. A média hoje na Zona Sul é Cr$ 1mil 500 por sessão. Há quem cobre muitomais, mas são exceções. Para esclarecer:náo acho que a medicina e a psicanálisesejam elitistas. A psicanálise começou co-mo uma técnica de pesquisa do incons-ciente, uma técnica refinada, que se acom-panhou dos achados da ciência. Assim, apsicanálise é uma ciência e uma técnicausada em terapia. Suas descobertas, seusachados influenciaram as ciências huma-nas. Há formas de psicoterapia que sópassaram a existir graças à psicanálise, oque se pode comprovar com as denomina-çóes de Psicologia Clínica, Psiquiatria Di-námlca etc. Assim, a psicanálise entrou napsiquiatria. Por exemplo, o Portela atendea indigentes no Instituto de Psiquiatria.Ele é psiquiatra e aplica as constribuiçóescientíficas da psicanálise, atendendo gen-te que não pode pagar. Isso é elitismo?

Nós, aqui, temos o Serviço de AssistênciaPsicológica (SAP), onde atendemos pa-cientes carentes de recursos, em diversosníveis de tratamento psicoterápico, emgrupo ou em sessões individuais, por pre-ços simbólicos. Cobramos apenas Cr$ 150por sessáo, de grupo, e CrS 300, individual.Fazemos isso há 25 anos, desde que aSociedade foi fundada. Quase todos oscolegas dedicam de uma a oito horas se-manais a esse serviço.

O Sr Victor Andrade faz uma distinçãoentre o que chama de psicanálise (o méto-do, em divã, com atendimento de quatrovezes por semana, para "alcançar o graude aprofundamento contínuo, como queriaFreud") e a psicoterapia de grupo (as "apli-cações" da psicanálise). "No Banco doBrasil, por exemplo, fazemos terapia degrupo, terapia breve, terapia de casais eaté análise individual com clientes, funcio-nários que náo nos pagam nada, quem meoaga é o próprio banco."E o apoliticismo da Psicanálise, aobservação de que os analistas generali-zam a postura de neutralidade cientifica,válida dentro do consultório, para todasas atividades sociais?A alienação não é só da psicanálise,mas de qualquer outra profissão. No que serefere à participação política ativista, co-nheço poucas pessoas. O Hélio Pellegrinofaz declarações, eu escrevo. Minha ativida-de política se expressa, por exemplo, notrabalho que publiquei na Revista Brasi-leira de Psicanálise, chamado O QuartoGolpe, onde afirmo que o homem tem umatéhdêncla inata ao socialismo, por seusmecanismos psicológicos introjetivos/pro-jetivos. Destaco o impulso altruísta funda-mental do homem, e cada vez mais nosmeus trabalhos defendo uma aproximaçãodos temas sociais. Para o 13° CongressoLatino-Americano tenho um trabalho so-bre a psicanálise nos países socialistas.

, — Há discriminação ideológica doscandidatos na sua sociedade?Isso é ridículo. A maioria dos mem-bros da sociedade é de esquerda, não tantode esquerda, mas liberal. E a epígrafe domeu trabalho é um poema revolucionáriodo Bispo Pedro Casaldáliga. Em O QuartoGolpe, discuto a gênese do social. Freudfalou das injúrias narcísicas sofridas pelohomem: o primeiro, o golpe cosmológico, adescoberta de Copérnico de que a Terragira em tomo do Sol; o segundo, o golpebiológico, com a descoberta de Darwin. deque o homem descende de outros animais;o terceiro, o golpe psicológico, a revelaçãopsicanalitica de que o homem não é sóconsciência, mas determinado pelo in-consciente; e eu falo no quarto golpe, osocial, que acaba com o primado do indivi-dualismo, e propõe uma abertura para osocialismo, para o social.

Há diferenças entre social e sociaiis-mo. A que o senhor se refere?Socialismo náo no sentido económi-co, mas psicológico. Meu trabalho é umacondenação explícita do capitalisrtio, queé uma distorção psicológica. O capitalis-mo é um sistema narcisista. E hoje assisti-mos a uma prevalência do social sobre oindividual. Esta é a minha posiçáb comopresidente da SPRJ, que fiz questáo detornar conhecida dos meus colegas duran-te a campanha em que pleiteei o cargo.Minha intenção é renovar, e náo arreben-tar com a Sociedade, como pretendemEduardo Mascarenhas e Hélio Pellegrino.

O Sr Victor Andrade admite a validadeda crítica de Eduardo Mascarenhas, se-gundo a qual a psicanálise é ainda artesa-nal, pré-capitalista. "E isso mesmo, massem a conotação pejorativa", disse. "Porisso, teremos que partir para atendimentoem massa. Haverá no futuro cada vezmenos psicanalistas, que se contentarãoem ganhar pouco, como já ocorre em ou-tros países, por causa da crise econômica.As pessoas não terão dinheiro para pagaranálise. Por isso, teremos que formar tera-peutas para atendimento em escala indus-trial. Mas, no Brasil, a psicanálise aindaestá na fase do boom. Daí, o surgimento detantas sociedades, nem sempre idôneas."O que o senhor chama de sociedadeidônea?

Uma sociedade habilitada a dar for-màçáo analítica e que seja filiada à IPA.Considero idôneas: SPRJ. Sociedade Bra-sileira de Psicanálise do RJ, SociedadeBrasileira de Psicanálise de SP. SociedadePsicanalitica de P. Alegre, Núcleo Psica-nalítico do Recife, Núcleo Psicanalítico deBrasília, todos filiados à Associação Brasi-leira de Psicanálise, por sua vez filiada àIPA.

O senhor não chega a acusar depsicopatas quem não pertença a essassociedades, como teria dito o Dr LeãoCabernite?Ele não disse isso. Ele disse que hápsicopatas que estáo querendo invadir apsicanálise.Há alguma insinuação contra o ar-gentino Gregório Baremblitt?De modo algum. O Leão se referia aum militar que pretendia formar uma as-sociação de psicalistas no Rio de Janeiro.Existe multa má vontade contra o Leão,que é uma pessoa inteligente; jamais diriaisso. Essa má vontade vem desde 1972,quando ele deu um parecer sobre o exerci-cio da psicanálise, limitando-o a médicos.O que o senhor pensa do ProjetoJulianclli (que pretende submeter a con-trole médico profissionais de 13 áreas desaúde)?Tem uma falha gritante, além de serum massacre para os psicólogos. Ele éabsurdo, e quanto à psicanálise só diz quenáo se pode ser analista. O analista maisInfluente do Brasil hoje é um inglês, FrankPhillips, engenheiro. Ele analisa todos osdidatas do Rio e São Paulo.

O

presidente da SPRJ atribuias criticas que se fazem ãinstituição a um problema deInveja. "Temos tradição. Asoutras sociedades náo tèmraiz. E a nossa tradição está

provada há 80 anos. Somos filhos diretosde Freud. Sabemos onde está a nossafonte. Por isso, eles tentam nos solapar.Responder nos desgosta. Nosso movimen-to é sério. Veja que entre os dissidentes deFreud, Jung, Adler, os culturalistas, ne-nhum deles floresceu como escola. Vaiacontecer a mesma coisa com Lacan,quando ele morrer. A IPA, criada porFreud para regulamentar a formação depsicanalistas, estabeleceu normas rígidasde formação psicanalitica, que são manti-das até hoje por todas as filiadas no mun-do, inclusive as brasileiras. A psicanáliselida com estrutura da personalidade. Paraser psicanalista, é preciso ter uma estrutu-ra de personalidade multo sólida para po-der trabalhar em terreno táo profundo. Épossível que algumas pessoas, mesmo semJamais terem tido experiência psicanalíti-ca, tenham tais características de persona-lidade. Mas não podemos saber quem teme quem náo tem. Então, se já existe umainstituição com quase 80 anos de tradiçãodedicados à formaçáo de psicanalistas, omais natural é confiar de imediato nessainstituição. Outras instituições poderiamtambém ter pessoas de valor e de solidezpsíquica capazes de ministrar formaçáopsicanalitica. É possível, mas, neste caso,seria conveniente averiguar em que fontesessas pessoas receberam a sua formação,para náo termos que nos lançar no escuro.Aqui mesmo no Rio temos uma instituiçãode longa tradição, o Instituto de MedicinaPsicológica, dito culturalista, que desde oinício forma analistas e, apesar de nuncater-se filiado à IPA, merece nossa confian-ça. As demais desconheço."Houve casos outros de exclusão deanalistas na sua sociedade?Só vou falar dos mortos. CatarinaKemper desligou-se por problemas de con-vivência com a instituição. Gerson Borsoytambém. Pellegrino e Mascarenhas, pornão estarem dentro, participando da socie-dade, pedimos que se desligassem.Por que a resposta drástica, de ex-clusáo dos dois analistas, após teremexercido seu direito de crítica? Por que aexclusão, se náo há incompatibilidade deprincipio com as idéias do presidente dainstituição?Eles criticaram do lado de fora.

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PAr.íXA 2 n CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL ? Rio de Janeiro, quarta-feira, lõ de outubro rle 1Q80 F!

Cartas ^ CINEMA

JogatinaCertamente, vou morrer qualquer dia

desses sem entender tantas coisas daquida Terra. Como justificar, por exemplo, isacrifício de valores morais (e espirituais) \em troca de algumas notas, por sinal bem >desvalorizadas? Crimes, violência, deses- }pero e morte são os substantivos tônicos ;verificados na sociedade contemporânea. -Como combatê-los? Com armas seme- \lhantes às causas que os provocam? Deci- •didamente, não. ; >\

Por isso, reafirmo, vou morrer sementender como é que aberrações moraiscomo mais um jogo são instituídas. Alémda loteca, mais um "ópio para o povo" —a loto. Fico entristecido quando vejo meupovo enfileirar-se nas portas de uma casade loteria, dissipando quantias que, so-madas semanalmente, dariam para umbom investimento. Fico entristecidoquando constato o apoio oficial dado a.essa Jogatina. j3

Se não querem ouvir o que Jesus Cris- <to falou sobre isso (porque Jesus seria um )místico?), então emprestem atenção aojque o grande Rui pregou sobre isso: "Eis\o jogo, o grande putrefador. Diástase can- £cerosa das raças anemizadas pela sensua-lidade e pela preguiça, ele entorpece, ca- %íeja e desviriliza os povos, nas fibras de |cujo organismo ensinou o seu gérmenproliferante e inextirpável." Já o Padre ?Vieira, num de seus sermões, apresenta •"...duas ponderáveis razões para que nun- fkca te dês ao jogo: se pendes, te prejudicas;se ganhas, prejudicas o teu próximo". |João Soares da Fonseca — Vila Velha(ES). I. .

Poesia inacessível %Não qiieria tocar no assunto, com re- \

ceio de que talvez o Sr Drummond de bAndrade se magoasse, mas vejo que meupensamento é compartilhado por muitos \leitores, até de Minas Gerais (desabafo deOswaldo Sérvulo Tavares da Silva, 25/9). pQuando, há pouco, a coletânea A Paixão ;•?Medida, de 28 novos poemas, foi lançada %em São Paulo (couberam mais ou menos r300 exemplares à Capital), fui dlretamen-te saber dos editores presentes, Salvador 'fMonteiro e Leonel Kaz, como é que o Sr ;',jDrummond, adverso à badalação e àquilo ;que se chama "alta sociedade", podiapermitir que se fizesse um livro ao preçode Cr$ 7 mil 800 e cujos 643 exemplaresficarão, obviamente, reservados a umaelite.

Tenho certeza de que muitos compra-dores (alguns fazendo encomenda por te-lefone, outros indo ao lançamento naAugosto Augusta, que não é livraria, masgaleria de arte) nem se darão ao trabalho ,de ler os poemas; não darão valor àpoesia em si. Compraram a obra de artecomo teriam comprado um quadro deartista famoso. E não o adquiririam, •custasse ele somente Cr$ 300. De outrolado, vi jovens folheando as páginas, len-do com atenção, tentando absorver comos olhos algo daquilo que o bolso nãopodia pagar.

Pensei que houvesse, paralelamente,uma edição comum, para que gente sim- .pies como eu pudesse comprar um exem- !plar. Mas o Sr Salvador obtemperou queisso não era previsto. Sem que eu pedisse,ofereceu-se para mandar-me cópias dospoemas, promessa que não cumpriu. Tal-vez não se lembre. Havia coquetel naque-la noite. Cogitei de escrever diretamenteao poeta autor, mas me calei, como costu-mamos nos calar neste pais, para nãoferir suscetibilidade. Talvez nem o SrDrummond soubesse, no início, que aedição iria ser, de fato, um objeto elitiza-do. Resta ao leitor mineiro Oswaldo, amim e a milhares de apreciadores dosescritos do poeta e jornalista, aguardaruma eventual edição em papel e apresen-tação comuns. Trudi Landau — SãoPaulo (SP).

Temporada modestaRevendo exemplares da Revista do

Domingo, leio à pág. 8 do n° 229, de 07-09-80, sob o título Chamie amplia o espaçoda ópera paulista, matéria remetida porAlberto Beutenmüller, de São Paulo, daqual consta o seguinte tópico: "Lembra(Chamie) que a ópera Semiramide, amais complexa de Rossini, só foi levadauma vez no Scala de Milão, no séculopassado. E na América também só seconheceu uma apresentação, no TeatroTereza Carrano (sic), em Caracas..."

É absolutamente fora de qualquer dú-vida que o egrégio Secretário de Culturada Municipalidade de São Paulo laborou'forte equívoco, que me vejo compelido aregistrar, em que pese o respeito e aadmiração nutridos pela personalidadedo escritor, poeta, professor e administra-dor, a quem a atual administração come-teu o pesado encargo de dirigir a pastados assuntos vinculados à cultura. Talvezpor esse mesmo motivo cumpre lhe rele-var o involuntário lapso, fruto de infor-mes infundados de algum assessor leigoem assuntos musicais e artísticos.

Preliminarmente, cumpre retificar onome do teatro, que é Teresa Carreho,nascida em Caracas, a 22 de dezembro de1853, falecida em Nova Iorque, a 12 dejunho de 1917, grande pianista, cantora(soprano), compositora, empresária, cog-nominada "a Valquíria do piano" pormotivo de suas fulgurantes execuções. Éóbvio que a Venezuela teria de homena-gear a maior expressão de sua música.

Por outra parte, é também acima dequalquer dúvida que a ópera Semirami-dc desfrutou de uma colossal popularida-de, tanto na Europa quanto nas Américas— assertiva que se comprova tanto nacópia de encenações quanto na produçãoe divulgação paralelas de paráfrases parapiano, violino, violoncelo, conjuntos decâmara; variações vocais e instrumen-tais, além das referências em livros, jor-nais, revistas da época.

Graças ao minucioso levantamentohistórico realizado pelo saudoso mestreAyres de Andrade, da Academia Brasilei-ra de Música, insigne musicólogo, criticoe professor, ex-diretor da Divisão de Mú-sica da Sala Cecília Meireles, em suainsubstituível obra Francisco Manuel daSilva e seu tempo — 1808-1865 — Umafase do passado musical do Rio de Janei-ro à luz de novos documentos (Rio, 1967,vol. II, pág. 12), deu-se a estréia do melo-drama sob epígrafe a 2 de dezembro de

; 1847, no Teatro de S. Francisco; sendoque, nas subseqüentes temporadas liri-cas, Semiramide subiu à cena diversasvezes.

Por fim, causa-me perplexidade que serotule de "temporada lírica'' a modestaencenação de quatro óperas, além deconcertos formados de aberturas e tre-chos líricos. José da Veiga Oliveira —• SãoPaulo (SP).

História comparativaA carta do Sr Raul Rabello de Mello,

divulgada no Caderno B do dia 10 deoutubro, sob o titulo História, focalizan-do a Revolução Francesa e particular-mente o ano de 1793, "ano do terror",merece algumas achegas e complementa-çóes.

A Revolução Francesa abrange umadécada, que vai de 1789 a 1799, de profun-das influências em todos os países e ra-ças. No Brasil, a Conjuração Baiana ouRevolta dos Homeas Negros, Pardos eMulatos da Bahia, em 1798, embora tar-diamente e quase no fim do famoso "cicloda maçonaria e Revolução Francesa", é anota marcante e o maior acontecimentoda "era da Revolução Francesa."

Pode-se afirmar, sem receio de des-mentido, que a Revolução Francesa e aRevolução Russa são os maiores e maisimportantes acontecimentos sociais, eco-nómicos e financeiros da humanidade,sem entrar no mérito político ou aprofun-dar os estudos negativos e positivos des-sas marcantes revoluções sociais.

A Revolução Francesa, apesar da suabarbaria, sua brutalidade e sua desuma-nidade, praticou menos vítimas e assassi-nou menos, mas incomparavelmente me-nos gente, do que a Santa Inquisição ouSanto Oficio. As primeiras guilhotinarame enforcaram, e executaram em nome dopovo, a segunda condenou e queimou emnome de Deus,

Na História comparativa, que no Bra-sil raramente se pratica, afirma-se que a"Santa Inquisição, o racismo e a escrava-tura foram os maiores crimes cometidoscontra a humanidade." Mais se afirmaque a "Revolução Francesa foi a reaçãonatural, lógica e racional contra a Inqui-siçáo, a burguesia e a nobreza explorado-ra, prepotente e sanguinária. Essencial-mente uma revolta do povo, reunido namaçonaria, contra a nobreza e os Papas,que então constituíam a maçonaria dosnobres, dos grandes proprietários e fortu-nas criminosamente reunidas na explora-çáo das massas e do povo miserável."Daniel Curvello — Rio de Janeiro.

Arte de beijarÉ lamentável que os diretores respon-

sáveis pela filmagens das novelas da TVGlobo, que é sempre, a meu ver, a preferi-da da população brasileira, não "descon-fiem" de que há um verdadeiro abuso debeijos forçados, que, por qualquer moti-vo, sem ter nem pra quê, vão dando atorto e a direito os jovens casais. Às vezesficam até chocantes, em se tratando degarotinhas que poderiam, como o Narizi-nho do Sítio de Dona Benta, representarnovelas para crianças.

Acho que um beijo de amor, paraconvencer os telespectadores, deveria terum prelúdio — e ai está a arte de beijar. Éo mesmo que acontece com um carro queprecisa subir uma rua íngreme. Que faz omotorista? Engrena a primeira, depois asegunda e, quanto está lá em cima, omotor estará pedindo a terceira marcha.Aí, então, ele vai suavemente deslizando,sem tropeços. O que aconteceria, se omotorista engrenasse uma terceira emplena subida?

Será que os artistas não sentem queafetam a sensibilidade do nosso povo, tãosutil que é quando se trata de amor?Façam um plebiscito a respeito. Garantoque todos acharão um abuso e uma faltade assunto, de poesia, de diálogo, enfimde bom gosto. Já viram algum dia GretaGarbo, Ingrid Bergman, Clark Gable, Ga-ry Cooper e tantos outros magníficos ar-tistas apelar para os beijos saca-rolhas?Convenhamos, senhores "diretores" denovelas: usem a intuição, a finura, a cias-se, e não tornem as novelas — que tantoatraem o povo e as pessoas que não vãomais a cinemas e teatros por vários moti-vos — uma pornochanchada poucoatraente.

Aprendam com os americanos que,quer queiram quer não, continuam sendoos maiores no que se refere a filmagens.Não descambem para a bestialidade enão barateiem o sexo, o enlevo, o roman-ce, o amor, tornando tudo que é bonitoem animalidade. Acho lastimável. Quan-tos filmes lindos vimos eu e a minhageração, sem esses beijos que só dão aimpressão de troca de salivas, de maugosto. Simples abraços apertados e tro-cas de olhares apaixonados dizem maisdo que os beijos de Coração Alado e deÁgua Viva.

Cheguem menos a boca de cada umperto da do próximo e inventem unsenredos mais interessantes, instrutivos einteligentes. O nosso povo merece. VeraMendes de Moraes — Rio de Janeiro.

Anjos de brancoNo momento atual, quando se toma

conhecimento de algumas críticas ao Ser-viço Médico do INAMPS, quero dar co-nhecimento ao público do ótimo trata-mento que recebi no Hospital de Ipane-ma, na Rua Antônio Parreiras, 61.

Tendo sofrido um sério acidente detrânsito, no dia 19 de setembro último, fuitransportado para o citado Hospital, on-de imediatamente me atenderam no se-tor cirúrgico. Hoje, após duas operações,sendo uma cirurgia plástica facial, encon-tro-me restabelecido graças ao rápidoatendimento e áo excelente nível de pro-fissionais do Hospital de Ipanema, dopessoal administrativo, enfermeiros e mé-dicos que se ocuparam de mim desde oprimeiro instante. Desejo fazer uma cita-çáo especial aos doutores Paulo RobertoAlbuquerque (cirurgião plástico), Ader-bal Maia (neurologista), Gondim (residen-te), Sílvio Salazar Pereira (ortopedista),Hugo Pedro da Cunha (ortopedista) e àequipe do Dr Moacir Navarro. Aos ami-gos, anjos de branco, obrigado por tudoque fizeram por mim. Maurício Dória —Rio de Janeiro.

As cartas serão selecionadas para publicação notodo ou em parte entre as que tiverem assinatura,nome completo e legível e endereço que permitaconfirmação prévia.

UM "CICLO"

PARA ENTENDER

DOMINGOS OLIVEIRA

Ely Azeredo

OS

caminhos edescaminhos doerotismo, a via-bilidade de umcinema brasilei-ro criativo e po-

pular, a alternativa do cha-mado "circuito paralelo" pa-ra filmes diferentes dos pa-drões estabelecidos no mer-cado, as influências do cine-ma e do teatro na TV, a pro-dução de filmes para o recep-tor doméstico — todos estestemas estarão em foco no Ci-cio Domingos Oliveira, a par-tir do dia 20. Ciclo que come-çará com um filme inédito,Vida Vida (originário de umprojeto de telesérle que a Em-brafilme não chegou a efeti-var), e se encerrará com a pré-estréia de Teu Tua, outro queainda sofre o ineditismo, ape-sar da credibilidade da equi-pe e do aval de três cidadãosacima de qualquer suspeita,Artur Azevedo, Dostoievsky eMoiière.

De certo modo, o autor põena berlinda toda uma carrei-ra artística iniciada em 1965 eque, desde cedo, se dividiuentre três amantes: o teatro,o cinema, a televisão. Expõe-se à revisão de críticos e es-pectadores, abre-se ao ques-tionamento e ao debate. Aversatilidade com que se apli-cou aos três amores gerouuma prole vasta e diversifica-da. Que impressiona a partirdo número: cerca de 60 cria-turas de paternidade total ouparcial — como autor, dire-tor, roteirista, aparecendotambém, eventualmente, co-mo intérprete.

Agora, quando tanto se dis-cute a situação do mercadoexibidor e a viabilidade (parao produto nacional) do siste-ma distribuidor brasileiro, se-rá importante pesar as quali-dades e proposições de VidaVida e Teu Tua, ainda semdatas nas salas de exibição,que se mostram tão genero-sas com as comédias (ou por-nochanchadas) cortejadorasde uma agressividade aliena-da que embrutece o gosto dopúblico.

Entre as primeiras memó-rias cinematográficas do ci-neasta de Todas as Mulheresdo Mundo, está o medo de serpego em flagrante delito deentrar pela porta dos fundosde um cinema de Copacaba-na, o Rian. "E, lá dentro, noandar de cima, ainda o medo.Do lanterninha descobrir e,principalmente, do filme"(proibido para 14 anos). Clif-ton Webb numa banheira;Gene Tierney, Dana An-drews. Laura".

Quando Domingos Oliveirasurpreendeu ao ousar Todasas Mulheres do Mundo (umadúzia de prêmios, consagra-ção imediata da critica, êxitode público, muitos jovens sesentiram em situação pareci-da, por terem menos de 18anos. Nos últimos anos dadécada de 60, a palavra por-nochanchada (se já existisse)seria pronunciada em tom en-vergonhado no recesso dos la-res. A personalidade liberada,solar, da professorinha inter-pretada porLeila Diniz, tinhacerto impacto revolucionário.Sem a menor intenção deépater, Leila nua era umaimagem forte, apesar das rou-pagens líricas desenhadaspor Domingos. Aqui e alhu-res, a Censura ainda tirava osono dos realizadores, rotei-ristas, exibidores. Em mostrado cinema brasileiro realiza-da em Moscou e outros pon-tos da União Soviética o su-cesso de Todas as Mulheresdo Mundo deu muito que fa-lar. Parecia certa a comprado filme para a URSS. Mas asautoridades locais vetaram onegócio. "Uma produção ex-pressiva, sem dúvida." Masconsiderada "excessivamen-te erótica".

O erotismo lírico de Domin-gos Oliveira reapareceu, a se-guir, em Edu, Coração de Ou-ro, de novo com Leila Diniz,embora sem nível tão expres-sivo quanto Todas as Mulhe-res. Mas a comédia carioca,além de divertir, fazia pensar,assumia problemas existen-ciais. Sem querer, Domingosapontava um caminho queem poucos anos seria desvir-tuado pelos ávidos de bilhete-rias fáceis. Na trilha de seuerotismo viriam comédiasmais rasteiramente eróticas,e, em meados da década de70, produtores sem a menorpreocupação cultural já do-minavam muitos pontos es-tratégicos da reserva de mer-cado com o pornochancha-dismo.

O Ciclo Domingos Oliveirareviverá outros caminhos am-biciosos do cineasta, como AsDuas Faces da Moeda (um.dos filmes que ele prefere, em-bora decepcionante sob osprismas comercial e crítico) eA Culpa — Coruja de Ouropela Melhor Direção, obra in-sólita. maldita no mercado,genialmente fotografada porRogério Noel, que a mortelevou tão cedo. Também seráoportunidade para verificar-mos fenômenos estranhos,como o isolamento do cineas-ta, elogiado por seus compa-nheiros ao cinema-novismo,mas náo admitido como inte-

Jorge Dória em Teu Tua, comédia inéditainspirada em Dostoievsky, Moiière e Artur Azevedo

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grante no Cinema Novo. Serápossível analisar, paralela-mente, até que ponto Domin-gos fala com os pés na reali-dade ao dizer que parte dapromoção de Todas as Mu-lheres do Mundo "se deve aum pequeno e tolo jogo": "Fi-nalmente, para multa genteque náo gostava do pessoaldo Cinema Novo, inclusivevários críticos, gente de direi-ta, etc." (...) surgira "um filmepara contrapor" ao movimen-to de cineastas dotados "demuito vigor" e "com umapreocupação política acimade qualquer coisa". Os inte-ressados farão a verificação.

Mas, acima de qualquer con-clusão, uma verdade se reafir-mará: Domingos Oliveiratrouxe uma nova música aoterritório cinematográficobrasileiro. Para onde foramesses acordes? A resposta, es-peramos, virá com o fim doinadmissível Ineditismo deVida Vida e de Teu Tua.

O Ciclo Domingos Oliveirainclui filmes e tapes na se-guinte ordem: Vida Vida (dia20); Todas as Mulheres doMundo (22); tapes de O Usu-rário e Ao Lado Meu, a Imen-sidào (24); A Culpa (27); tapesde Caminhos do Coração e

Diria Sfat emA Culpa, omais difícildos filmes deDomingosOliveira

Divina Dama (29); tapes deNo Pais do Futebol e Bereni-ce (31); tapes de Aldeia Glo-bal e Queridos FantásticosSábados (3 de novembro);Edu Coraç&o de Ouro (5 denovembro); tapes de Sonhou,Tá Sonhado e Marcados (7 denovembro); tapes de A Or-dem Natural das Coisas eMariana Dorotéia tris (10 denovembro); As Duas Faces daMoeda (12 de novembro); pré-estréia de Teu Tua 114 de no-vembro). Local: BibliotecaRegional de Copacabana,que promove o Ciclo em cola-boraçáo com a EmbrafUme.

O DEPUTADO EROTICO

NEM POLÍTICA, NEM EROTISMO

Susana Schild

APESAR

do título e da chamadapublicitária "finalmente liberadopela Censura" O Deputado Eróti-co vai certamente decepcionar opúblico cativo das pornochan-chadas. Embora o fio condutor

desta fraca comédia de 1972, de Lúcio Fulci,gire em torno dos impulsos de um deputado àvisão de traseiros femininos, 90% do filme náotêm uma mulher em cena, e as seqüênciascom pretensões eróticas perdem, em muito,para a objetividade das pornochanchadasbrasileiras.

O deputado erótico, no caso o parlamen-tar Pappus (um Lando Buzzanca bastantecaricato) é candidato à Presidência da Repú-blica, apoiado pela Máfia e por um Cardeal daIgreja, tão maquiavélico quanto qualquer po-lítico na disputa do poder. O deputado abraça

a política como o sacerdócio, e sua prováveleleição é ameaçada quando uma câmara detelevisão o capta sucumbido à tentação. Emconseqüência, o risco de escândalo, de chan-tagem, da não eleição.

Enquanto o deputado procura retiro emum convento e desconta os anos de castidadecom 21 freiras, políticos e padres comentam ocaos político italiano, com observações como"na Itália se vai preso quando náo se fazalguma coisa" ou "o Partido político de umapessoa depende do ponto-de-vista."

Uma sátira — sobretudo à Igreja e àpolítica — superficial e um lado erótico dosmais fracos frustram O Deputado Erótico nosseus dois objetivos. Como curiosidade, a pre-sença de Laura Antonelli, distante do sucessode Esposamante. E a ressalva que a julgarpela manipulação de títulos, o espectador depornochanchada vai acabar assistindo a umfilme sério. O que, com O Deputado Erótico,ainda não é o caso.

Libera Me

Ayllon Escobar não pára.De São Paulo para o Rio, donacionalismo para a música devanguarda, do piano para ocanto, do Coniunlo Roberto deRegina para os recursoseletrônicos, da Escola Villa-Lobospaia a TV E, ele está sempre ematividade. E sempre serenovando como a música quecompõe, vibrante de energiae criatividade. Seja ela umasimples peça para piano soloou um complexo Libera Me parasoprano e orquestra.Breve voce vai ouvir AyltonEscobar.

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Esta coluna é publicada ás quartas e quintas-feiras: 263-4222

MUSICA _

NOS

CAMINHOS

DE

SCHUMANN

Ronaldo Miranda

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vazante de publico— fenômeno maiordesta fraca tempo-rada de 1980 —vem atingindo in-distintamente os

maus e os bons concertos. Idéiasalutar, em meio à mera suces-sáo de recitais em que está-setransformando a programaçãoda Sala Cecília Meireles, o CicloSchumann que lô se realizoutinha — apesar de sua curtaduraçáo — méritos para desper-tar um interesse bem maior doque o ocorrido.

As apresentações de GilbertoTinetti e Edson Elias — queincluíam peças de fôlego comoa Davidsbundtertanz e a Kreis-leriana — processaram-se semo estímulo de uma platéia maissubstancial, estimulo esse queo repertório titànico e as execu-çóes brilhantes estavam a me-recer.

Na apresentação de EdsonElias — em que mais uma vezprograma não houve — o tem-peramento loquaz e a fulguran-te presença técnica do artistaressaltaram fortemente o as-pecto heróico da produção shu-manniana, com uma versãoinesquecível dos Estudos Sin-fônicos, entremeados pelas va-riaçôes póstumas. O pianistavalorizou minuciosamente osentido rítmico da obra e proje-tou com impressionante segu-rança e bom-gosto a sua con-cepçáo fraseológica de cada es-tudo. Pedallzação exemplar efidelidade ao texto uniram-seainda a uma requintada gamade sonoridades, apreciada nãoapenas nas seqüências expres-sivas dos Estudos Sinfônicosmas também na complexa tex-tura da Phantasicstucke. queabriu o belo recital.

Menos convincente, a execu-çâo da Kreisleriana teve aindamomentos esplêndidos de bri-lho e vigor pianisticos, nasmãos de um artista que se firmaa cada dia no ro! dos nossosmaiores interpretes do teclado.

No recital de Gilberto Tinetti,Schumann teve igualmente va-lorizado o heróico e viril daSonata em Sol Menor, numaexecução em que a bravura téc-nica ombreou-se com o equilí-brio formal, virtude extrema-mente necessária nesta obraonde as flutuações de tempo eas atmosferas de cada tema exrgem do intérprete uma perso-nalidade musical adulta. Talpersonalidade, Tinetti — que jáatingiu a maturidade artística— foi capaz de demonstrar emdoses generosas, tanto na So-nata quanto na Dança dosCompanheiros de David, ex-tenso desafio para a imagina-çáo e a técnica de um pianista.

No universo desta fértil se-qüèncía de 18 peças, Tinettisoube captar os diversos climase texturas, mas foi especial-mente eficaz ao ressaltar oSchumann lírico, tarefa aparen-temente mais simples mas naverdade tanto ou mais difícil doque as explosões de virtuosis-mo. O autêntico lirismo schu-manianno apareceu em sua ra-diante beleza durante todo orecital, dos primeiros compas-sos de Arabesca Op. 18 ao extrado Carnaval de Viena.

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SERVIÇOSEXTA-FEIRA CADERNO B

JORNAL DO BRASIL

Procissão

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Você conhece o baianoLmdemfcergue Cardoso' Talvezvocê lá c tenha identiticado r,atrilha sonora ae Cobra Noralo nuno arranio coral do Domingo noParque, de Gilberto Gil. Mas agrande produção deLindembergue se. situa no âmbitoda música eruditacontemporânea ~ua Procissãodas Carpideiras — premiada em1V69 no i Festival de Música daGuanabara — já se tomouclássico da música brasileira devanguarda. E é esseLindembergue que - se vocêair.da nao conhece — precisadescobrir urgente.Breve você vai ouvir a Procissãodas Carpideiras.

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CADERNO B O JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro. quarta-feira, 15 de outubro de 1080 ~ PÁGINA 3

Mau humor

Sérgio Mendes deve ter-se surpreendido com ascríticas extremamente duras e severas que se seguiramà apresentação de seu conjunto semana passada noOlympia, de Paris.

Certamente acometido de um acesso de mau humor,o critico do France-Soir, para citar apenas um dosjornais, foi extremamente cáustico iniciando seu artigocom um exclamativo: "Que decepção!"

Mendes e o conjunto são acusados de terem ofereci-do ao longo dos 60 minutos de duração do espetáculouma música asséptica, gelada — bossa nova eletrônicaou samba americanizado.

O critico finaliza sua apreciação visualizando oconjunto muito mais ã vontade na animação de umbaile de sábado à noite numa cidadezinha 4o interior.

FORA DA REALIDADE

Se há hoje no país umaatividade inteiramente fo-ra de sua realidade é omercado de arte, cujospreços sobem e descemsem qualquer critério, aosabor do imponderável.

Só assim se explica queno leilão promovido esta

semana pela galeriaBahiarte um mini (mesmo)Pancetti tenha alcançadoo preço de Cr$ 800 mil.• No mesmo leilão, o pin-tor Bianco alcançou seupreço recorde — Cr$ 350mil por uma tela, igual-mente pequena.

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Pé direitoReunida pela primeira vez no último sábado, a

recém-criada Associação Amigos de Búzios mostrouque nasce disposta a trabalhar e a resolver os proble-mas crônicos do lugar.

Da reunião, ficou decidida a construção a toque decaixa do primeiro posto policial da cidade, bem à suaentrada, em Manguinhos, segundo um projeto do arqui-teto Otávio Raja Gabaglia.

O posto deverá estar pronto e funcionando até o dia15 de dezembro, quando outros problemas já estarãosendo atacados pela Associação, entre eles, como prio-ritários. o lixo e o reforço do abastecimento de água.

Em cima da horaO Tribunal de Justiça

Esportiva prepara-se pa-ra julgar seis cavaleiros euma amazona cariocas,dos quais quatro rapazes ea moça integram a equipebrasileira que vai ao cam-peonato mundial a ser dis-putado semana que vemno Uruguai, Argentina ePeru.

A decisão de realizaragora o julgamento repre-senta um grave prejuízopara o esporte brasileiro.

Se condenados, não pode-râo participar das provas,embora seus cavalos já es-tejam nos locais do cam-peonato.• A antecipação do jul-gamento, justamente paraprejudicar a participaçãodos envolvidos no cam-peonato, deixa claro quemuito mais importante doque estimular o esporte écicatrizar suscetibilidadesferidas de um grupo dohipismo.

Aviz reabreO Sr Manuel Agueda Filho (Ni-

no. Antonino etc.) se associou aoAviz.

O que significa que o excelenterestaurante herdado pelo Rio dePortugal reabrirá em breve suasportas, provavelmente no mesmolocal onde funcionava, no cume daMaison de France.

Desserviço

Indiferente, moroso, displicente,quase inamistoso, o Consulado doBrasil em Nova Iorque deve certa-mente desconhecer o hercúleo tra-balho que está sendo feito pela Em-bratur para trazer turistas america-nos para o Brasil.

Se estivesse a par das despesas eesforços cuidaria de tratar melhoros americanos que o procuramatrás de vistos de entrada no Brasil.

Estaria ajudando a Embratur ese dispensaria de ouvir comentá-rios do tipo do que foi feito há diaspor um casal de americanos idososque mofava nas salas do Consuladoà espera de alguém que os aten-desse:

— Se é dessa maneira que vamosser tratados no Brasil o melhor édesistir agora.

JANTAR DE

PRÍNCIPE

O Sr Carlos Roberto de AguiarMoreira abre hoje os salões de suavetusta mansão da Rua das Pai-meiras para um jantar black tie emhomenagem ao Príncipe D PedroGastão de Orleans e Bragança.

Assim é que ao redor de SuaAlteza, e a convite do festejado ba-chelor, um dos pilares da vida mun-dana da cidade, deverão se reunir—já que incluem a relação de con-vidados — o Cônsul da França eSra Jean-Jacques Galabru, os Srs eSras Afonso Arinos de Mello Fran-co, John Gardner Williams, MarcosTamoyo, João Carlos de AlmeidaBraga, Teófllo de Azeredo Santos,as Sras Regina de Mello Leitão,Maria Eudóxia da Cunha Bueno,Maria Celina Lage, o Sr Marcelo deCastello Branco.

Para tão ilustres comensais, vi-nhos ã altura: um Krumbehen 74,um Chateau Lafitte-Rothschild 72 eMoet & Chandon, acompanhandoos saborosos desdobramentos domenu.

Zozimo

— v,• v jtlfe

A PrincesaCaroline, emcompanhia dopai e dairmã,Stephanie,volta a Parisdepois deumatemporadaem Mônaco

Está difícilÉ bem possível que seja agora

desmentida a crença geral de que asanulações de casamento pelo Vatica-no são muito mais acessíveis aosricos e poderosos que aos pobres edesvalidos.

Pelo menos, tem-se como certo naEuropa que dificilmente a PrincesaCaroline e Philippe Junot consegui-ráo ter anulado seu casamento, em-bora sobre o assunto o Príncipe Rai-nier e o Papa João Paulo II tenhamtido já pelo menos um contato di-reto.

A anulação é menos desejada porCaroline e muito mais por sua mãe, aPrincesa Grace, que, como católicafervorosa, prefere tapar o sol com a

peneira — entre a anulação e umafilha divorciada, dos males o menor.

De qualquer forma, parece difícilque o Vaticano, em cujo tribunal, aRota, será jogada a sorte de Caroline,venha a ceder, concedendo a anula-çào. Afinal, partiu do próprio PapaJoão Paulo H a instrução no sentidode que a instância agisse com maisrigor e severidade nesse tipo de jul-gamento.

Segundo as palavras de Sua San-tidade ao fazer a recomendação, "oslaços que unem os casais católicosdevem permanecer sagrados, invio-láveis e indissolúveis, de acordo coma vontade de Deus."

ESTÁ EXPLICADO

Está explicado porque o sueco Ke-ke Rosberg teve seu contrato renova-do por mais dois anos com a escuderiade Emerson Fittipaldi, depois de terquase sido dispensado semanas antes.

É que o piloto, ao lado de DidierPironi e Gilles Villeneuve, foi eleito um

dos três mais rápidos das pistas deFórmula-1.• Emerson preferiria que Rosbergnão fosse tão rápido nos treinos e umpouco mais veloz nas provas, mas mes-mo assim achou conveniente pagarpara ver.

Monstros sagradosO eixo Londres—Paris estará concentrando na

próxima semana quatro dos monstros sagradosda economia brasileira.

Em Londres estão o Embaixador RobertoCampos e o professor Otávio Gouvèa de Bulhões;em Paris já esta o professor Eugênio Gudin, àespera da chegada, dentro de alguns dias, doMinistro Delfim Neto.

Um encontro a quatro até que não faria mal àeconomia do país mas já foi classificado de "extre-mamente improvável". <?

¦ BB

ATRAÇÃO

Os responsáveis pelasminigeladciras instaladasnos quartos de hotel rechea-das de bebidas que vão doinocente refrigerante aochampã, decidiram zelarpelo dia seguinte de seusconsumidores.

Agora, além das bebidas,fartas, as geladeiras ofere-cem também comprimidoscontra a ressaca.

Quem cuida do reabaste-cimento dos refrigeradoresgarante que o novo itemnão apenas transformou-seno maior hit, como incenti-vou os hóspedes dos hotéisa consumirem bastantemais.

NOVA OPÇÃOAberto com discrição,sem fanfarras nem foguetes,

funciona no Rio há pelo me-nos duas semanas um novorestaurante cie cozinha ita-liana que tem tudo parafa-zer grande sucesso.Quem já o experimentou,

aparecendo quase por ara-so. diz maravilhas da novacasa. que combina uma cozi-nha extremamente originale competente a uma adegada maior seriedade.

A casa, que atende peloexótico nome de Enotria,dispõe de pouquíssimos lu-gares.

RODA-VIVA

A barraca da Ordem deMalta ganhou a disputaentre as representações es-trangeiras na Feira daProvidência. Foi a quemais faturou, arrecadandoCr$ 2 milhões 260 mil.

Festeja hoje aniversá-rio com os amigos o Prín-cipe D Joáo de Orleans eBragança.

Roberto Carlostem uma música nova,Procura-se, de parceriacom Ronaldo Bòscoli. É aprimeira que faz sem oconcurso de ErasmoCarlos.

Por motivo de doença,foi transferido para a pró-xima quarta-feira o cock-tail que ofereceria hoje aSra Ana Luisa Martins.

O Prefeito e Sra Wel-lington Moreira Francofestejando o nascimentode mais um filho, menino.

Vem apresentando sen-síveis melhoras o estadode saúde do critico MarioPedrosa.

O professor Altamiroda Rocha Oliveira faráuma palestra na sexta-feira no Hospital da Aero-

náutica, no Campo dosAfonsos.

Vem de Roma, onde fl-cou bastante tempo, o no-vo Embaixador da Bolí-via no Brasil DionisioFoyanini.

A cantora Joana es-tréia dia 23 para uma tem-porada de duas semanasno Teatro João Caetano.

Se o Rio não se interes-sar, São Paulo entrará nadisputa para a promoçãoda versão 81 do Concursode Miss Universo.

O Mistura Fina serápalco dia 21 do lançamen-to de dois livros, um deMarilda Pedroso, Os Cor-pos, e outro de GeraldinhoCarneiro, Verão Vaga-bundo.

Circulando intensa-mente no Rio, Jota Mape,o colunista que veio deGoiânia.

O violonista SebastiãoTapajós se apresentará se-gunda-feira, as 18h30m, noauditório do Jóquei Clube.

As mulheres — femi-nistas? — promovem ama-nhá no Centro da Cidadeuma passeata contra aviolência.

Zózimo Barrozo do Amaral

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JORNAL DO BRASIL

0D

PÁGINA 4 ? CADERNO B D JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, quarta-feira, 15 de outubro de 1980

Estréias

da Semana

Passageiros em Perigo

O Deputado EróticoA Colegial Que Levou PauCrimes Sexuais de uma FreiraO Imbatível Mestre do Kung FuA Ilha Cinema

Cotações????* EXCELEX1E???????? ??

MUITO BOMBOMREGULARRUIM

????A ÚLTIMA CEIA (La Ultima Cena), de TomásGutiérrez Alea. Com Nelson Villagra, Silva-no Rey, Luis Alberlo Garcia, José AntonioRodriguez. Cinema-1 (Av. Prado Júnior, 281— 275-4546): 15h, 17hl5m, 19h30m,21h45m,,(14 anos). Filme cubano ambienta-do no péríodo da exploração da mão-de-obra escrava, no final do século XVIII. Osfazendeiros cubanos, incapazes de assimilaros avanços técnicos que oferecia a RevoluçãoIndustrial, com a mesma velocidade com queaumentava a demanda, só puderam incre-mentor a produção levando até o limite desuas possibilidades o trabalho dos escravos.Em meio a essa situação, um conde muitoreligioso e rico, proprietário de engenhos, éforçado por sua consciência a realizar verda-deiros atos de purificação espiritual e a tratarde convencer-se da justiça dos seus atos.Uma rebelião dos escravos levará o engenhoà ruína.

????OS ANOS JK (Brasileiro), documentário delonga-metragem de Silvio Tendler. Narraçãode Othon Bastos. Veneza (Av. Pasteur, 184— 295-8349): 15h, 17hl5m, 19h30m,21h45m (livre.) O filme narra a históriapolítica brasileira a partir de 1945 até osdias recentes. Seu título não configura ne-nhum partidarismo com o ex-Presidente Jus-celino Kibitschek, que é alvo de uma visãocrítico. Do trabalho de pesquisa, resultaramentrevistas com nomes expressivos da vidapolítica brasileira nos últimos 35 anos.

????O SHOW DEVE CONTINUAR (Ali That Jau),de Bob Fosse. Com Roy Scheider, JossicaLonge, Ann Reinking, Leland Palmer, CliffGorman, Ben Vereen, Erzsebet Foldi eMichael Tolan. Ópera-2 (Proia de Botafogo,340 — 246-7705), Copacabana (Av. Copa-cabana, 801 — 255-0953), Leblon-1 (Av.Ataulfo de Paiva, 391 — 239-5048): 14h,16h30m, 19h, 21h30m Palácio-1 (Rua doPosseio, 38 — 240-6541): 13h30m, 16h,18h30m, 21 h (16 anos). Joe Gideon é umfamoso diretor teatral e está montando maisum dos seus shows na Broadway. O temagira em torno da morte mas, antes que elepossa terminar o trabalho, sofre um ataquecardíaco que o deixa hospitalizado. Durantea cirurgia, ele coreografa a sua própriamorte numa alucinatória extravagância, dei-tado num leito de hospital, cercado pordançarinas deslumbrantes. Oscar nas cate-gorias de melhor direção artística, de dese-nho de vestuário, montagem e melhor t^ilhasonora. Palma de Ouro no Festival de Cannesde 1980. Produção americana.

????BYE BYE BRASIL (Brasileiro), de Carlos Die-gues. Com Betty Faria, José Wilker, FábioJúnior e Zaira Zambelli. Roma-Bruni (RuaVisconde de Pirajá, 371 — 287-9994); 14h,16h, 18h, 20h, 22h (16 anos). Um gr^jpo deartistas ambulantes, a Caravana Rolidei,cruza de caminhão todo o sertão nordestinoem direção à floresta amazônica, saindo dePiranhas, em Alagoas, até Altamira, daí sedeslocando para Belém e em seguida paraBrasília. Diegues, o realizador de Xica daSilva e de Chuvas de Verão, segue viagemao mesmo tempo interessado em retratar oque se passo com os artistas ambulantes(que encontram público cada vez menor nascidades que contam com televisão) e o que sepassa com as pessoas que eles encontram aoacaso no meio da viagem. Reapresentação.

???MORRER EM MADRI (Mourir à Madrid), do-cumentário de Frederic Rossif. Cândido Men-des (Rua Joana Angélica, 63 — 251-2596):14h, 16h, 18h, 20h, 22h. 6a e sábado,sessões à meia-noite. (Livre). Documentáriode montagem sobre a Guerra Civil espanho-Ia, com adição de material especialmentefilmado para a produção (francesa). Reapre-tentação.

???A GAIOLA DAS LOUCAS (La Cage auxFolies), de Edouard Molinaro. Com Ugo Tog-nazzi, Michael Serrault, Michael Galabru,Claire Maurier e Remy Laurent. Ilha Auto-Cine (Praia de São Bento— Ilha do Governa-dor — 393-3211): de 2o a 6°, às 20h30m,22h30m. Sábado e domingo, às 18h30m,20h30m, 22h30m. Até terça. (16 anos).Comédia baseada na peça de Jean Poiret,sucesso de bilheteria em inúmeros países(aqui interpretada por Jorge Dória e Carva-Ihinho). O casamento entre uma jovem,considerada modelo de virtude, e o filho dogerente de uma boate de travestis, La Cageaux Folies. Na festa, os anfitriões precisamrepresentar o que não são: o gerente e aestrela do show, homossexuais, vivem juntoshá 20 anos. Michel Serrault conquistou oPrêmio César, como "melhor ator". Realiza-ção francesa em co-produção franco-italiana.Reapresentação.

???LENNY (Lenny), de Bob Fosse. Com DustinHotfman, Valerie Perrine, Jan Miner, StanleyBeck e Gary Morton. Caruso (Av. Copacaba-na 1.326 — 227-3544), Studio Paissandu(Rua Senador Vergueiro, 35 — 265-4635),Leblon-2 (Av. Ataulfo de Paiva, 391 — 239-6019): 14h30m, 16h50m, 19hI Om, 21 h30mCarioca (Rua Conde de Bonfim, 338 — 228-8178): 14h, 16h20m, 18h40m, 21 h (18anos). Produção americana. História basea-da na vida de Lenny Bruce (Dustin Hoffman),comediante de piadas picantes e satíricasconhecido nas décadas de 50 e 60. O filmeconta a trajetória do seu relacionamentocaótico com uma estrela de strip tease,Honey Harlow (Valerie Perrine), suas cons-tantes mudanças de palcos e boates, compli-cações com a polícia, drogas e bebidas atéchegar à mais completa solidão.

???AMOR À PRIMEIRA MORDIDA (Love at FirstBite) de Stan Dragoti. Com George Hamilton,Susan Saint James, Richard Benjamin, DickShawn e Arte Johnson. Tijuca (Rua Conde deBonfim, 422 — 288-4999): 13h30m,15h30m, 17h30m, 19h30m, 21h30m. Rian(AvAtlântica,2.964 — 236-6114): 14h, lóh,18h, 20h, 22h. lmperator(Rua Dias da Cruz,170 — 249-7982): 15h, 17h, 19h, 21 h (14anos). Após habitar mais de 700 anos o seucastelo na Transilvânia, o Conde Drácula éforçado a abandonar sua residência e decideir para Novo Iorque a fim de conhecer afamosa modelo Cindy Sondhein, por quemestá apaixonado, após ver suas fotografiaspublicadas em todas as revistas internado-nais. Produção americana.

? ?DECAMERON (II Decameron), de Pier PaoloPasolini. Com Franco Citti, Ninetto Davoli,Angela Luce, Patrizia Capparelli, Jovan Jo-vanovic, Gianni Rizzo e Pier Paolo Pasolini.Lido-1 (Praia do Flamengo, 72 — 245-8904),Jóia (Av. Copacabana, 680 — 237-4714):15h, 17hl0m, 19h20m, 21h30m. (18 anos).Segundo Pasolini, suo idéia de filmar IIDecameron, de Boccaccio, se deve, em parte,às semelhanças que encontrou entre o mun-do contemporâneo e aquele em que vivia oautor: o princípio da Renascença. Ambos osperíodos se caracterizam por um estado detransição: a época de Boccaccio representa aascensão paulatina de uma nova classesocial, dinâmica e empreendedora, a bur-guesia; a nossa época se traduz pelas trans-formações que ameaçam esta mesma classe.A idéia de Pasolini nunca fora a de apresen-tar uma pequena antologia de contos basea-dos no livro. Optou por uma estrutura quepermitisse as histórias fluírem superpostas.Prêmio Urso de Prata no Festival de Berlim de1973. Produção italiana.

? ?O GRANDE PALHAÇO (brasileiro), de Wil-liam Cobbett. Com Luiz Armando Queiroz,Angelina Muniz, Eduardo Tornaghi, MariaPompeu, Betina Viany e Maria Zilda. Cine-ma-3 (Rua Conde de Bonfim, 229): I5h30m,17h30m, 19h30m, 21 h30m (livre). Um casalde artistas — um palhaço e uma trapezista— e o filho aprendiz (quer seguir a carreirada mãe) integram o elenco de um grandecirco. Após a morte de suo mulher duranteuma apresentação, o palhaço entra em de-sespero e não consegue representar comoantes.

? ?ARIELLA (brasileiro), de John Herbert. ComNicole Puzzi, Christiane Torloni, John Her-bert, Herson Capri, Iris Bruzzi e Liana Duval.Palácio-2 (Rua do Passeio, 38 — 240-6541):13h30m, 15h30m, 17h30m, 19h30m,21h30m. Lido-2 (Praia do Flamengo, 72 —245-8904), Comodoro (Rua Haddock Lobo,145 — 2Ó4-2025), Scala (Praia de Botafogo,320 — 246-7218): lóh, 18h, 20h, 22h.Madureira-2 (Rua Dagmar da Fonseca, 54 —390-2338): 13h, 15h, 17h, 19h, 21 h (18anos). Vivendo um estado de semi-abandonopor sua família, Ariella percebe que algoestranho ocorre na mansão em que vive edescobre uma farsa: seus tios assumiram apaternidade legal no dia do seu nascimento,passando a desfrutar de todos os vultososbens herdados.

? ?O GENDARME E OS EXTRATERRESTRES (LeGeridarme et les Extraterrestres), de JeanGirault. Com Louis de Funès, Michel Gala-bru, Maurice Risch, J. P. Rambal e GuyGrosso. Lagoa Drive-ln (Av. Borges de Me-deiros, 1 426 — 274-7999): 20h, 22h30m(livre). Um dos gendarmes afirma ter vistoum disco voador e ninguém quer acreditar.Mas um extraterrestre se apresento na chefa-tura de polícia, comprovando que a cidadefoi escolhida para um teste por seres vindos

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Morrer em Madri, documentário francês gobre a GuerraCivil Espanhola: a partir de hoje, em cartaz, no

Cinema Cândido Mendes

de longínquo ponto do cosmos. Quinta comé-dia da 'série protagonista por De Funès.Produção francesa. Reapresentação.

??DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS (Brasi-leiro), de Bruno Barreto. Com Sônia Braga,José Wilker, Mauro Mendonça e NelsonXavier. Jacarepaguá Auto-Cine 1 (Rua Cân-dido Benício, 2.973-392-6186): 20h, 22h.Até terça. (18 anos). Versão do romance deJorge Amado. De como Dona Flor, professorade culinária baiana, e seu marido Vadinho,jogador, bebedor e amante infatigável, sãoseparados pela morte e voltam a encontrar-se de maneira insólita após o casamento damulher com um respeitável farmacêutico.Reapresentação.

? ?MATOU A FAMÍLIA E FOI AO CINEMA (brasi-leiro), de Júlio Bressane. Com Márcia Rodri-gues, Renata Sorrah, Antero de Oliveira eVanda Lacerda. Ricamar (Av. Copacabana,360 - 237-9932): 14h40m, lóh, 17h20m,18h40m, 2Õh, 21h20m. Studio-Tijuca (RuaDesembargador Isidro, 10 — 268-6014):14h30m, lóhlOm, 17h50m, 19h30m,21hl0m (18 anos). Uma série de longascerimônias de violências filmadas por umacâmara que observa distante e fria, semparticipar da ação. Uma proposta de narra-ção diversa do estilo criado com o cinemanovo e uma alegoria sobre a impossibilidadede ação. Reapresentação.

??TERROR E ÊXTASE (brasileiro), de AntônioCalmon. Com Denise Dumont, Roberto Bon-fim, André de Biasi, Otávio Augusto e Ansel-mo Vasconcelos. Bruni-Copacabana(Rua Bo-rata Ribeiro, 502 — 255-2908): 14h, lóh,18h, 20h, 22h (18 anos). Leninha é umagarota típica do Baixo Leblon e faz parte donovo e sombrio grupo das grandes cidadesbrasileiras: os viciados em drogas. 1001 éum desses marginais que estão diariamentenas manchetes que descrevem a insurportá-vel violência do Rio de Janeiro. Ele a seqües-tra e ambos se acabam envolvendo numatrama amorosa e em situações violentas.Reapresentação.

MAD MAX (Mad Max), de George Mil ler.Com Mel Gibson, Joanne Samuel, HughKeays-Byrne, Steve Bisley e Tim Burns. Vitó-ria (Bangu), Palácio (Campo Grande): 15h,17h, I9h, 21h (18 anos). Num futuro nãomuito distante, numa sociedade urbana emdecadência, as estradas converteram-se empistas de olta velocidade, palco de disputasentre motoqueirós suicidas e um grupo depoliciais em seus veículos envenenados. Pro-dução australiana.

ANO 2003... OPERAÇÃO TERRA (FutureWorld), de Richard T. Heffron. Com PeterFonda, Blythe Danner, Arthur Hill, Yul Brynere John Ryan. Programa complementar: OImbatível Mestre do Kung Fu. Rex (RuaÁlvaro Alvim, 33 — 240-8285): de 2o a 6a,às 1 2h, 15h45m, 19h30m. Sábado e domin-go, às 13h30m, 17hl5m, 19hl5m(14anos).Retomada do tema de Westworld, mesclandoterror e ficção científica. O supercentro deprazeres de Delos, povoado e operado porrobôs, recebe a visita de uma comentaristade TV e um repórter de jornal, convidados aconhecer suas várias seções-. Mundo do Futu-ro, Mundo dos Sonhos, Mundo Romano,

Mundo Medieval. Produção americana. Rea-presentaçáo.

O GOLPE DE 1 BILHÃO DE DÓLARES (BillienDollar Threat), de Barry Shear. Com DaleRobinette, Ralph Bellamy, Keenan Wynn,Robert Tessier e Patrick Macnee. Jacarepa-guá Auto-Cine 2 (Rua Cândido Benício,2.973 — 392-6186): 20h, 22h. Até sábado.(Livre). Ao regressar de uma perigosa missãoo agente secreto Robert Sands é enviado aUtah para verificar o avistamento de estra-nhos objetos voadores não identificados. Pro-dução americana. Reapresentação.

A DAMA DA ZONA (Brasileiro), de OdyFraga. Com Marlene Silva, Marlene França,Hélio Porto, David Neto, Canarinho e LiaFarrel. Programa complementar: O Dragãodo Kung Fu. Orly (Rua Alcindo Guanabara,21): de 2o a 6o, às 10h30m, 13h55m,17h20m, 19h05m. Sábado e domingo, apartir das 13h55m (18 anos). Anunciadocomo comédia que conta a história de umaprostituta "independente e de forte persona-lidade, que vive em um cortiço característicode São Paulo". Reapresentação.

PASSAGEIROS EM PERIGO (The Passage),de J. Lee Thompson. Com Anthony Quinn,James Mason, Malcolm McDowelI, PatríciaNeal e Kay Lanz. Odeon (Praça MahatmaGandhi, 2 — 220-3835), América (Rua Con-de de Bonfim, 334 — 248-4519): 13h30m,15h30m, 17h30m, 19h30m, 21h30m. Roxi(Av. Copacabana, 945 — 236-6245), Ópera-1 (Proia de Botafogo, 340 — 246-7705):14h, lóh, 18h, 20h, 22h. Santa Alice (RuaBarão de Bom Retiro, 1.095 — 201-1299): de20 a 6o, às 17h, 19h, 21 h. Sábado e domin-go, a partir das 15f\. Astor (Rua MinistroEdgard Romero, 236), Olaria: 15h, 17h, 19h,21 h (16 anos). Durante a Segunda GuerraMundial, um pastor basco aceita transportarum importante cientista e sua família atra-vés do gelo, numa passagem de montanhaque liga a França ocupada à Espanha. Estãosendo perseguidos por um oficial da SS, umhomem violento e brutal. Produção britânica.

O DEPUTADO ERÓTICO (AII'Onorevole Piac-ciono le Donne), de Lúcio Fulci. Com LandoBuzzanca, Laura Antonelli, Lionel Stander eFrancis Blanche. Studio-Copacabana (RuaRaul Pompéia, 102 — 247-8900), Studio-Catete (Rua do Colete, 228 — 205-7194),Bruni-Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 379 —268-2325), Méier (Av. Amoro Cavalcanti,105 — 229-1222): 14h30m, 16h50m,19hl0m, 21h30m (18 anos). Comédia ita-liano.

A COLEGIAL QUE LEVOU PAU (La LicealeNella Classe Dei Ripetenti), de MarianoLaurenti. Com Gloria Guida, Álvaro Vitali,Sylvoin Green e Brigitte Petronio. Pathé(Praça Floriano, 45 — 220-3135): de 2a a 6a,às 12h, 14h, lóh, 18h, 20h, 22h. Sábado edomingo, a partir das 14h. Art-Copacabana(Av. Copacabana, 759 — 235-4895), Art-Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 406 — 288-6898), Art-Madureira (Shopping Center deMadureira), Rio-Sul (Rua Marquês de SãoVicente, 52 — 274-4532), Paratodos (RuaArquias Cordeiro, 350 — 281-3628): 14h,lóh, 18h, 20h, 22h (14 anos). Giulia é umaestudante que chama muito a atenção detodos por sua beleza, que leva a um colega ose apaixonar por ela. Mas a jovem não podese deixar levar pelos seus carinhos porqueficou noiva de outro rapaz. Produção ita-liana.

CRIMES SEXUAIS DE UMA FREIRA (Killer NunSuor Omicidi), de Giulio Berruti. ComAnita Ekberg, Joe Dallesondro, Lou Costel eAlida Valli. Vitória (Rua Senador Dantas, 45

220-1783): 13h30m, 15h30m, 17h30m,19h30m, 21h30m. Rosário (Rua leopoldinaRego, 52 — 230-1889): 15h, 17h, 19h, 21 h,(18 anos). Uma freira assassina diversoshomens com quem mantinha relações amo-rosas para manter seu segredo. Produçãoitaliana.

O IMBATÍVEL MESTRE DO KUNG FU (TheStory of a Drunken Master), de Wei Hai Fende Hu Peng. Com Yang Pan Pan, Chia Sa Fu,Yaun Hsiao Tien e Yuan Lung Chu. Programacomplementar: Ano 2003, Operação Terra.Rex. (Rua Álvaro Alvim, 33 — 240-8285): de2° a 6o, às 12h, 15h45m, 19h30m. Sábado edomingo, às 13h30m 17hl5m, 19hl5m(14anos). Produção chinesa de Hong-Kong. Arivalidade entre um famoso lutador quedefende a causa dos fracos e oprimidos, eum desordeiro da cidade que, juntamentecom seu mestre em artes marciais, se associaa um dono de cassino para dominaremFoushan City.

A ILHA (The Islarid), de Michael Ritchie. ComMichael Caine, David Warner, Angela PunchMcGregor e Frank Middlemass. Metro Boa-vista (Rua do Passeio, 62 — 240-1291),Condor Copacabana (Rua Figueiredo Maga-Ihães, 286 — 255-2610), Baronesa (RuaCândido Benício, 1 747 — 390-5745):14h20m, 16h40m, 19h, 21h20m. Tijuca-Palace (Rua Conde de Bonfim, 214 — 228-4610), Madureira-1 (Rua Dagmar da Fonse-ca, 54 — 390-2338): 14h, 16h20m,18h40m, 21 h. Art-Méier (Rua Silvo Rabelo,20 — 249-4544): 15h, 17hl5m, 19h30m.Coral (Praia de Botafogo, 316 — 246-7218):14h30m, 16h50m, 19hl0m, 21h30m. (14anos). Entre 1973e 1977, segundo relatóriosda Guarda Costeira, 610 embarcações depasseio com duas mil pessoas a bordo desa-pareceram sem deixar vestígios, em umaárea do Caribe. Baseado no romance homô-nimo de Peter Benchley, o autor de Tubarão.Produção americana.

O DRAGÃO DO KUNG FU (The TattoedDragon), de Lo Wei. Com Wang Yu, SamuelHui, Sylvia Chong e Som Hui. Programacomplementar: A Dama da Zona. Orly (RuaAlcindo Guanabara, 21): de 2a a 6°, às10h30m, I3h55m, 17h20m, 19h05m. Sába-do e domingo, a partir das 13h55m (18anos). O herói que dó nome ao filme éatacado por uma quadrilha de malfeitores edecide vingar-se. Reapresentação.

Martins Quita, Subterrâneos do Futebol, deMaurice Capovilla e Memória Paulistana, deRudá de Andrade. Hoje, às 2Ch30m, noInstituto Bennett, Rua Marquês de Abrantes,55. Após a sessão haverá debates com LuizAlberto Sanz.

MOSTRA DE CURTA-METRAGEM INDEPEN-DENTE — Exibição de Cinema Brasileiro 77,de Marcos Faria, Vivendo os Tombos Car-voeiros, de Dileny Campos, Ponto Final, deJosé de Anchieta e Casa de Família, deGeraldo Sarno. Hoje, às 20h30m, na Facul-dade Simonsen, Rua Ibitiúva, 151. Após asessão haverá debates com Sérgio Santeiro.

MOSTRA DE CURTA-METRAGEM INDEPEN-DENTE — Exibição de Boi de Reis, de Manfre-do Caldas, Fênix, de Silvio Do-Rim, Anni, deNoilton Nunes, Ismael Nery, de Sérgio San-teiro e Versus, de Landa Pinheiro. Hoje, às20h30m, na Universidade Augusto Motta,Av. Paris, 72 — Bonsucesso. Após a sessãohaverá debates com Landa Pinheiro.

MOSTRA DE CURTA-METRAGEM INDEPEN-DENTE — Exibição de Forja de Campeões, deFernandos Campos, Flor do Mato, de DilenyCampos, Noticia de Jornal, de Jorge Laclete,A Saga da Asa Branca, de Lula Gonzaga eMorto no Exílio, de Daniel Coetano e Micheli-ne Bondi. Hoje, às 18h30m, na Secretaria deEstado de Educação e Cultura, Rua do Pas-seio, 62 — 15° andar. Após a sessão haverádebates com Suzana Sereno.

Grande Rio

NITERÓI

Extra

????ANOS 50 (II) — Exibição de Rashomon(Rashomon), de Akira Kurosawa. Com Toshi-ro Mifune, Masayuki Mori e Machiko Kyo.Hoje, às 16h30m, na Cinemateca do MAMAv. Beira-Mar, s/n° — bloco-escola. Legen-das em espanhol. Uma série de variações emtorno de uma única situação demonstrando opensamento de Kurosawa, isto é, o exemplodo bondade e compreensão como fator demudança do mundo.

PETRÓPOLIS????

IMAGENS DO INCONSCIENTE (V) — Inter-pretações cinematográficas da esquizofre-nio: O Gabinete do Dr. Caligari (Das Kabl-net des Dr. Caligari), de Robert Wiene. ComWerner Krauss, Conrad Veidt, Werner Krausse Lil Dagover. Legendas em alemão. Noprograma seqüência do sonho de MorangosSilvestres (Smulstronstallet), de IngmarBergman. Hoje, às 18h30m, na Cinemaftcado MAM, Av. Beira-Mar, s/n° — bloco-escolo.(14 anos). O Dr Caligari e Cesare, que eleapresenta em estado sonambúllco são atra- TERESÓPOLISções em um parque de diversões. Sob odomínio de Caligari, Cesare comete váriosassassínios envoltos em mistério.

ALAMEDA (718-6866) — Mad Max, com MelGibson. Às 17h, 19h, 21 h. Sábado, a partirdas I5h. (18 anos). Até sábado.

BRASIL —O Bordel —Noites Proibidas, comMário Benvenutti. Às 17h20m, 19hl0m,21 h. (18 anos). Até sábado.

CENTER (711-6909) — Passageiros em Peri-go, com Anthony Quinn. As I4h, lóh, 18h,20h, 22h (16 anos). Até domingo.

CENTRAL (718-3807) — A Ilha, com MichaelCaine. Às 14h, 16h20m, I8h40m, 21 h. (14anos). Até sábado.

CINEMA-1 (711 -1450) — O Show Deve Con-tinuar, com Roy Scheider. Às 14h, 16h30m,19h, 21h30m (16 anos). Até domingo.

ÉDEN (718-6285) — Os Crimes Sexuais deuma Freira, com Anita Ekberg. Às 13h30m,I5h30m, 17h30m, ]9h30m, 21h30m. (18anos). Até sábado.

ICARAÍ (718-3346) — Lenny, com DustinHoffman. Às 14h30m, 16h50m, 19hl0m,21h30m (18 anos). Até domingo.

NITERÓI (719-9322) — Mad Max, com MelGibson. Às 13h30m, 15h30m, 17h30m,19h30m, 21h30m. (18 anos). Até domingo.

DRIVE-IN ITAIPU — Gaijin — Caminhos daLiberdade, com Antônio Fagundes. Às20h30m. 6o, sábado e domingo, às 20h30m,22h30m. (14 anos). Até terço.

WERNER SCHROETER (V) — Exibição deWillow Spring (Willow Spring), de WernerSchroeter. Com Magdalena Montezuma eChristine Kaufman. Hoje, às 20h30m, naCinemateca do MAM Av. Beira-Mar, s/n" —bloco-escola. Legendas em espanhol. Após asessão haverá debates com Werner Herzog.

TOUT L'OR DU MONDE — De René Cloir.Hoje, às 17h30m, no Cineclube da AliançaFrancesa do Méier, Rua Jacinto, 7.

MOSTRA DE CURTA-METRAGEM INDEPEN-DENTE — Exibição de Clarice, Eunice, Teresa,de Joatan Vilela Berbeu, PS Te Amo, deSérgio Resende, Futebol 3.2 Meio de Vida, deRoberto Moura e Bahlra, o Grande Burláo dePaulo Veríssimo. Hoje, às 19h, na Kombi daCinelândia.

MOSTRA DE CURTA-METRAGEM INDEPEN-DENTE — Exibição de Simples, de Alcídio

PETRÓPOLIS (2296) — Justiça Para Todo*,com Al Pacino. Às lóh, 18h30m, 21 h (16anos). Até sábado.

DOM PEDRO (2659) — A Ilha, com MichaelCaine. Às 16h20m, 18h40m, 21 h (14 anos).Até sábado.

ALVORADA (742-2131) — Amor à PrimeiraMordida, com George Hamilton. 4o, às 14h,lóh, 18h, 20h, 22h. 5" e 6o, às 15h, 21 h.Sábado, às 20hl0m, 22h (14 anos). Atésábado.

Curta-metragem

BRILHO DA NOITE — De Emiliano Ribeiro.Cinema: Bruni-Tijuca.

A MENINA E A CASA DA MENINA — DeMaria Helena Saldanha. Cinema: Cinenr>a-3.

JÁ ERA UMA VEZ— De José Joaquim Salles.Cinema: Cândido Mendes.

ITAÚNAS, DESASTRE ECOLÓGICO — DeOrlando Etonfim, neto. Cinema: JacarepaguáAutocine 2 (do dia 15 ao dia 21).

O ACENDEDOR DE LAMPIÕES — De LuizCarlos Lacerda. Cinema: Ilha Autocine (dodia 15 ao dia 21).

A duplaTeca eRicardoestréiahoje, noTeatroIpanema

Show

POVO DAQUI —Show da dupla de canto-res, compositores e instrumentistas Teca eRicardo acompanhados de Leonardo Ribeiro(violão e vocal), Luiz Alves (baixo) e SidneyBarreto (bateria e percussão). Direção de JoséFernandes de Lira. Teatro Ipanema, RuaPrudente de Morais, 824. De 4o a dom., às21 h30m. Ingressos a Cr$250 e Cr$200, estu-dantes. Até domingo.NO AR—Show do guitarrista Robertinho deRecife acompanhado da Banda Bicho daSeda,'formada porCasarin (teclados), Edinho(bateria). Marcos (baixo), Cidinho (percussão)e Lu, Emilinha e Sandy (vocais). Direção deJodele Muniz. Sala Sidney Miller, Rua Araú-jo Porto Alegre, 80. De 4° a sáb., às 21 h.ingressos o Cr$ 100. Até dia 25.

GERALDO AZEVEDO E CÁSSIO TUCUNDUVA—- Show do cantor, compositor e violonistaacompanhados de Desio Miranda (bateria),Jacaré (baixo), Wilson (teclados), HenriqueTrindade (violino), Jairo Lara (flautas) eWonderley (percussão). Direção de Túlio Feli-ciano, Sala Sidney Miller, Rua Araújo PortoAlegre, 80. De 3° a sáb., às I8h30m. Ingres-sos o Cr$ 80 Ate sábadoPROJETO PIXINGUINHA - Apresentaçãocios sambistas Paulinho da Viola e Monarcoedo violonista Canhoto do Paraíba ocompa-nhados e Benedito César (violão) Dininho(contrubaixo) Copinha (flauta), Hércules (ba-teria) e Celsmho do Pandeiro Direção de

Fernando Foro. Teatro do Sesc de S. João deMeriti, Ruo Tenente Manoel Alvarenga Ribei-ro, 66. Dç 2o a 4o, às 18h30m. Ingressos aCr$ 60. Ultimo dia.SEIS E MEIA—Show dos sambistas e compo-sitores Martinho da Vila e D Ivone Lara.Direção de Sérgio Cabral Teatro João Caeta-no, Pça Tiradentes (221 -0305). De 2° a 6o, as18h30m Ingressos a Cr$ 60. Ate sexta-feira.DIVIRTA-SE COM BERTA LORAN — Apresen-tação da atriz acompanhada dos bailarinosJean Paul e Üton Rocha Neto. Teatro daPraia, Rua Francisco Sa, 88 (267-7749). De

4° a 6°, às 21 h30m, sáb., às 20h e 22h30m edom., às 20h, vesp 5a, às 17h. Ingressos de4a a 6° e dom., a Cr$ 350 e Cr$ 200,estudantes e sáb., o CrS 350.fv CROOUETTES — CANAL DZI — Texto deCláudio Gaya, Wagner Ribeiro e FernandoPinto. Com Cláudio Gaya, Cláudio Tovar,Ciro Barcellos. Wagner Ribeiro, Bayard To-neiÜ. Roberto Rodrigues. Fernando Pinto eRoaéno de Pol¦ Teatro Rival, Rua ÁlvaroAlvim 33 (240 1135). De 4o a dom., às2!h30m, 6o e sáb., às 21h30m e 24h.Ingressos 4" 5C, 2° sessões de 6o e sáb. e no

dom., a Cr$ 300 e CrS 200, estudantes; Iosessão de 6° a CrS 300 e 1° sessão de sáb., aCrS 350. Antes e durante o espetáculo,serviço de bar.CAROSELLO ITALIANO — Espetáculo dedança, música, comida e desfile de modaitalianos. Com os cantores Gianni Morandi,Daniela Mazzucato, Licinio Lentini, Vito Gob-bi, 'Os intrumentistas Giuseppe Anedda(mandolino), Wolmer Beltrami (fisarmânica),e regência de Cario Esposito. Canecão, Av.Venceslau Brás, 215. (295-3044 — 295-9796). De 3o a 5o, às 22h, 6o e sáb, às 23h edom. às 21 h. Ingressos a Cr$ 600. Até dia 2de novembro. oREVISTAHOLLYWOOD GAY —Show de travestis comAngela Leclery, Kiriaki, Fugica e Edson Farr.Participação especial de Ana Lupez. TeatroAlasca, Av. Copacabana, 1241 (247-9842).2o e 3°, às 21 h30m, 6 0 e sáb, às 23h 15m edom, às 19h30m. Ingressos 2°, 3o e dom, aCr$ 200 e CrS 150, estudantes e 6a, a Cr$250 e sáb. a CrS 300.TEM XAVECO NO TABLADO — Revista musi-cal com com ,texto e direção de EduardoRoesler. Com Manha Anderson, Robert Hars,Cláudia Neto, Bia Zenal e Arnaldo Montini.Teatro Serrador, Ruo Senador Dantas, 13(220-5033). De 3° a sáb., às 21 h, dom., às18h e 21 h. Ingressos de 3o o 5o, o Cr$ 200 eCrS 100, estudantes e de 6° a dom., a Cr$200 Até dia 15.

DE TOPLESS... — Comédia com Lady Francis-co, Colé, César Montenegro, Fransis Carla,Iara Silva e outros. Teatro Carlos Gomes,Pça Tiradentes (222-7581). De 3o a 5o às 21 h

e dom. às 19h45m, 6o e sáb. às 20h e 22h.Ingressos de 3o a 5o, a CrS 300, cadeiranumerada, a CrS 200, cadeira sem número,CrS 100, galeria e estudantes. De 6o a dom.a CrS 400, cadeira numerada, Crí 300,cadeira sem número e Crí 100, galeria.GAY GIRLS — Revista musical com NeliaPaula, Veruska, Marlene Casonova, ClaudiaCeleste e Eduardo Allende Teatro Alasca, Av.Copacabana, 1241. 4o, 5o e dom., às2lh30m. 6o e sab., às 21 h. Ingressos de 4o,5°, e dom., a Cr$ 200 e Cr$ 150, estudantes,6°., a CrS 250 e «áb.. a CrS 300.

Música

MARCELO GIANNINI — Recital do organista.No programa, obras de 8ach e M. Reger.Salão Leopoldo Miguez, Escola de Música daUFRJ, Rua do Passeio, 98. Hoje, às 17h30m.Entrado franca.

CONCERTO COM AS ESTRELAS — Recital dopianista Jacques Klein. Programa: SonataOp. 14 n° 1, Sonata Op. 110 em tá BemolMaior, Sonata Op. 14 n° 2 em Sol Maior eSonata Op. 111 em Dó Menor, de Beethoven.Teatro Rio-Plonetário, Rua Padre LeonelFranca, 240 Hoje, às 21 h Ingressos a CrS 80e CrS 50, estudantesMÚSICA NO CORREDOR CULTURAL - Rea-tnl do duo de violino Milewski e Lehnmqer

Programa: Duo para Dois Violinos Op. 24 n"6, de Pleyel, Duo Concertante para DoisViolinos, de Bériet e Studi Capricci perViolino con Acompagnamento de um Secon-do Violino, de Wieniowaski. Igreja de S.José, Centro. Hoje, às 18h30m. Entradofranca.

MADRIGAL DEGLI AMICI — Apresentaçãodo coro sob a regência do maestro De LydiaPodorolski. Sala Henrique Oswald, Escola deMúsica da UFRJ, Ruo do Passeio, 98. Ama-nhã, às 17h30m. Entrada franca.

Dança

III CICLO DE DANÇA CONTEMPORÂNEA -Programa: Momento, direção e coreografiade jerry Maretski, com o grupo ConstruçãoTeatral: Aluísio Flores e Mariângela Masca-retti; Passionata, com ogrupo Mudança de S.Paulo e Grupo Andança Ano III, do Rio.Teatro Tereza Raquel, Rua Siqueira Campos,143. De 4a o sáb, às 21 h, dom, às 18h.Ingressos a CrS 100. Até domingo.

PROSOPOPÉIA.. UM AUTO DE GUERREIRO— Com o Balé Popular de Pernambuco.Associação Gigantes do Catete Rua doCatete, 235 De 3o a 5" às 20h Igressos aCrS 130, homem e a Cr$ 30, mulher. Atéamanhã.

D

CADERNO B Q JORNAL DO BRASIL ? Rio de Janeiro, quarta-feira, 15 de outubro de 1980 ? PAGINA 5

Televisao Teatro

Manhã

7.30 0 —Telocurso 2° grau.45 QO —TVE. Ginástica. Com

Yara Vaz.[n] —Ginástica. Com Yara

Vaz.

8.15 0 —Telecurso 2° grau. Re-prise.

i [n] —Cozinhando com Arte.30 0 —Sitio do Pica-Pau-

Amarelo. Hoje: Elemen-tar, Emília. Reprise.

Qj] — Papa-Léguas. Desenho.

9.00 0 —TV Mulher. Programaapresentado por Marí-lia Gabriela e Ney G.Dias.

-Bozo. Humorismo.-Caçadores de Fantas-

mas. Desenho.

: m30 0

10.00 0 —Rhoda. Seriado.[Ü] —Super Robin Hood. De-

senho.30 [TT] — Smokey, o Guarda Le-

gal. Desenho.

11.00 [ü] —Turma do Pica-Pau. De-senho.

30 |T] —Discomania. Com M.Limá.

[H] —Popeye. Desenho.

Tarde

12.00 0 —Aqui e Agora. Varie-dades.

03 —Bozo. Humorístico.25 0 —Bandeirantes Esporte.30 0 —Globo Cor Especial. Ho-

je: As Panterinhas.03 —Maguila, o Gorila. De-

senho.40 0 — Primeira Edição.

1.00 0 —Globo Esporte. Noticia-rio esportivo.

0 —Programa Edna Sava-get. Feminino.

03 —Elo Perdido. Seriado.15 0 —Hoje. Jornalístico.30 03 —Johnny Quest. -De-

senho.45 0 —Vale a Pena Ver de No-

vo. Hoje: Dona Xepa.

2.00 |TTj —O Povo na TV. Varie-dades.

15 0 — Cara a Cara. Reprise danovela.

30 0 —Sessão da Tarde. Fil-me: Melodia Imortal.

3.00 0 —Aqui e Agora. Serviço eutilidade pública.

4.30 0 —Ginástica. Com YaraVaz.

0 —Sessão Aventura. Hoje:Scooby Doo.

5.00 0 —Telecurso 2o Grau.0 — Show das Cinco. Hoje:

Popeye, Pernalonga,Tom e Jerry.

15 0 —Era Uma Vez. Históriado Bacurau.

25 0 —Globinho. infantil.30 0 —Sítio do Pica-Pau-

Amarelo. Hoje: A Más-cara do Futuro.

45 0 —Turma do Lambe-Lambe. Com DanielAzulay.

55 0 —Atenção. Noticiáriolocal.

Noite

0

6:00 0 —Marina. Novela de Wil-son Aguiar Filho. Dire-ção de Herval Rossano.Com Denise Dumont,Carlos Zara, Lauro Co-rona e outros.

-Meu Pé de Laranja-Li-ma — Novela de IvaniRibeiro, adaptada do li-vro de José Mauro Vas-concelos. Direção deAntonino Seobra e Ed-son Braga. Com Dioní-sio Azevedo, AlexandreRaymundo e Baby Gar-roux.

45 0 —Sítio do Pica-Pau-Amarelo. Hoje: O Diaem que a EmíliaMorreu.

Daktari. Seriado.•Jornal das Sete.

Atenção.Cavalo Amarelo. Nove-

Ia de Ivani Ribeiro. Di-reçâo de Henrique Mar-tins. Com Dercy Gonçal-ves, Yoná Magalhães,Fúlvio Stefanini e Ra-fael de Carvalho.

m50 0

055 0

50 0 —Jornal Nacional.0 —Atenção.

55 0 — Um Homem Muito Espe-ciai. Novela de RubensEwald Filho. Direção de

Atílio Riccó e AntônioAbujamra. Com Rubensde Falco, Bruna Lom-bardi e Isabel Ribeiro.

8.00 0 — A Conquista. Noveladidatica.

03 —Sessao Bangue-Ban-gue. Seriado.

10 0 —Coraqao Alado — No-vela de Janete Clair.Direqao de Roberto Tal¬ma e Paulo Ubiratan.Com Tarci'sio Meira,Walmor Chagas, TeteMedina e Araci Balaba-nian.

45 0 —Telecurso 2° Grau. Re¬prise.

50 0 —Jornal Bandeirantes.Telejornal.

9.00 0 —Decisao Publico. Hoje:Servigo Militar Feni-nino.

[n] —Chips. Seriado.10 0 —Quarta Nobre. Hoje.-As

Panteras.15 0 —Quarta Espetacular. Fil-

me: A Invasão Hippie.

10.00 0 — 1980. Noticiário.03 —Kung Fu. Seriado.

10 0 — Plantão de Polícia.Pega.

45 0 —Cabaret Literário. Hoje:Menotti dei Picchia.

11:00 03 —Anthony Quinn, o Pre-feito. Seriado.

10 0 —Jornal da Globo.15 0 —Atenção.20 0 — Lou Grant. Seriado.30 0 —Sessão Comédia. Fil-

me: Monsieur Verdoux.

Madrugada

0:00 03 —Jornal da Noite.20 0 —Cinema na Madruga-

da. Filme: Paixões De-senfreadas.

Os filmes de hoje

F

ILHO de artistas de muslc-hallna Inglaterra, Charles Chaplin ¦ ¦ ¦náo fugiria à tradição familiar ese converteria mais tarde, emHollywood, no genial criador deCarlitos, figura ímpar por seu '

grande sopro de humanidade a que o atorconferiria dimensão universal.

Produtor, músico, diretor e ator, Cha-plin era uma verdadeira máquina de fazercinema, atacando em todas as frentes comigual sucesso, e de sua fase no silenciosolegou-nos comédias deliciosas, entre elasuma obra-prima imperecivel que é.EmBusca do Ouro.

Chaplin encarou com reservas o cine-ma sonoro, a que inicialmente resistiu,tanto que Luzes da Cidade, rodado empleno advento dos talkies, ainda tinhaletreiros. Sua mímica, instrumento básicoda arte de representar durante o períodosilencioso, continuou funcionando emTempos Modernos e O Grande Ditador,mas na década de 40 não era mais possívelprosseguir com uma técnica francamentesuperada.

A história de Landru, o barba-azulfran-cês, o retirou de uma ociosidade de seteanos, contudo, os resultados não foramanimadores. Algumas cenas de MonsieurVerdoux, como a tentativa de afogamentode Martha Raye, são realmente divertidas,porém o filme se arrasta a marcação temmuito do cinema mudo, com os atoresinterpretando voltados para a câmara,freqüentemente estática. O próprio Cha-plin, numa composição de extrema ele-gância, não colabora muito com suas ex-pressões reminiscentes de outra época. Naverdade, o declínio artístico já se instalarae depois de Luzes da Ribalta, cheio dealtos e baixos, se revelaria irreversível.

HUGO GOMEZMELODIA IMORTALTV Globo — 14h30m

(The Eddie Duchin Story) — Produçãonorte-americana de 1956, dirigida porGeorge Sidney. Elenco: Tyrone Power,Kim Novak, Victoria Shaw, James Whit-more, Rex Thompson, Shepperd* Strud-wick, Mickey Maga. Colorido.?* Pianista (Power) chega a Nova Ior-que em 1927 e consegue um lugar naorquestra do cassino do Central Park gra-ças à influência de uma moça da socieda-de (Novak) com quem se casa e o deixaviúvo ao morrer de parto. Desesperado,ele se recusa a ver o filho e entra para aMarinha durante a II Guerra Mundial.Solos de piano tocados por Carmem Ca-vallaro.

A INVASÃO HIPPIETV Bandeirantes — 21hl5m

(L'Invasione) — Produção franco-italianade 1969, dirigida por Yves Aliegret. Elenco:Michel Piccoli, Lisa Gastoni, Enzon Ceru-sico, Orchldea De Santis, Ruggero Miti,Mariangela Melato.?? Professor universitário (Piccoli) re-cebe em casa 11 de seus alunos, que cons-tatam, num contato mais estreito, que asidéias lançadas pelo mestre estão em de-sacordo com sua maneira de viver e secomportar. Frustrados, iniciam uma sériede agressões que terào profunda reper-cussáo.

MONSIEUR VERDOUXTV Globo — 23h30m

(Monsieur Verdoux) — Produção norte-americana de 1947, dirigida por CharlesChaplin. Elenco: Charles Chaplin, MadyCorrell, Allison Roddan, Martha Raye, Ro-

Charles Chaplin em MonsieurVerdoux (canal 4, 23h30m)

bert Lewis, Audrey Betz, Ada-May. Preto ebranco.+? Contador de um banco, Henri Ver-doux (Chaplin) perde emprego durante aDepressão e para sustentar a família pas-sa a conquistar mulheres solitárias e ricascom o objetivo de matá-las e se apoderarde seu dinheiro.

PAIXÕES DESENFREADASTV Bandeirantes — 0h20m

(From the Terrace) — Produção norte-americana de 1960, dirigida por Mark Rob-son. Elenco: Paul Newman, Joanne Wood-ward, Myrna Loy, Ina Balin, BarbaraEden, Leon Ames, Ted De Corsia, Eliza-beth Allan. Colorido.?? Jovem ambicioso (Newman) se casacom uma aristocrata sulista (Woodward)apenas para ganhar status e subir na vida.Trabalhando com afinco, consegue seraceito como sócio de uma empresa emexpansão, mas em nome da moralidade éobrigado a terminar romance com umaamante (Balin).

Novelas

Resumo das novelas apresentadas pelas emissoras do Rio

7.00 0 — Plumas e Paetês. Nove-Ia de Cassiano GabusMendes. Direção deJardel Mello. Com AriFontoura, Cleyde Blota,

José Wilker e Sura Ber-ditchevsky.

-João da Silva. Noveladidática.

-O Pica-Pau. Desenho.

20 0

45 0

Marina, TV Globo, 18h—Fernanda recebeuma carta da Universidade de Nova Ior-que avisando que há vaga, mas Oca nadúvida se viajará. Ingrid propõe a Ivan adireção de seu haras na França com acondição de que vá sozinho. Ivan respondeque vai pensar. Lelena perde sangue eaborta a criança. Luis é comunicado porArmando e descobre que foi por culpa deOtávio.Plumas & Paetês, TV Globo, 19h — Zecasai deprimido com Dorinha. Nicanor nojantar de Bruna fala sobre a Teoiogia daLibertação causando certo embaraço.Márcio encontra Ângelo dormindo e impli-ca com ele. Yara diz a Raul que está comvontade de ir a Goiânia atrás de Renato.Rebeca continua bancando o cupido comJorge e Cláudia. Marcela conta a Edgardque está grávida.Coração Alado, TV Globo, 20hl5m — Ca-tucha deixa uma fita cassette para o Jucadizendo que não quer mais nada com ele.Karany foge para Teresópolis. Mesmo comos homens de Cacau vigiando a casa, Ga-briel consegue sair. Vivian conta a Mariaque conseguiu um quarto em Niterói. Jucadecide buscar Catucha à força em CaboFrio. E Bartira vai com Gerson à casa deHortènsia.Cara a Cara, TV Bandeirantes 14hl5m —Márcia reconhece estar errada e Duducomenta que ela não lhe deve nada, pois éa primeira vez que vê uma mulher reco-nhecer estar errada numa batida de carro.Zé Roberto vai à discoteca e se encontracom Regininha. Nando comenta com Du-du que Márcia está interessada nele. Dududiz que ela deve estar pensando que ele éum homem rico. Orestes comenta comZeny que seu cheque foi devolvido porquesua assinatura havia sido falsificada. Tatyinsinua que o falsificador pode ter sidoFafá, e Zeny discute com ela. Zé Roberto eRegininha se beijam.

pfiiiiift *

Navalha na Carne prosseguetemporada no

Teatro Vanucci

NO NATAL A GENTE VEM TE BUSCAR -Texto e dir. de Naum Alves de Souza. ComMarieta Severo, Analu Prestes, Rodrigo San-tiago, Mário Borges. Teatro Gláucio Gill,Praça Cardeal Arcoverde (237-7003). De 4o asáb., às 21 h30m; dom., às 18H30m. Ingres-sos a Cr$ 250 e Cr$ 150, estudante. Líricaevocação dos acontecimentos e sentimentosperdidos no passodode uma família comum.

NAVALHA NA CARNE — Texto de PlínioMarcos. Direção de Odilon Wagner. ComGlória Menezes, Roberto Bonfim e EdgarGurgel Aranha.Teatro Vanucci. Rua Marquêsde S. Vicente, 52/3° (239-8595 e 274-7246).De 4o a 6a, às 21h30m, sáb, às 20h30m e22h30m e dom, às 19h30m e 21h30m.Ingressos 4o, 5° e dom, a Cr$ 300 e Cr$ 200,estudantes e 6o e sáb, a Cr$ 300. Umaprostituta, um cáften e um homossexualempregado do prostíbulo: três representantesdo universo dos oprimidos e marginalizados,numa sufocante situação-limite, em disputapor algumas migalhas de calor humano.

BODAS DE PAPEL— Texto de Maria Adelai-de Amaral. Dir. de Cécil Thiré. Com CláudioCavalcanti, Jonas Mello, Christiane Torloni,Adriano Reys, Susana Faini, Thelma Reston,Roberto Frota. Teatro Maison de France, Av.Pres. Antônio Carlos, 58 (220-4779). De 4o a6°, às 21h30m, sáb., às 20h e 22h30m edom., às 17h e 20h. Ingressos de 4o a 6° edom. a Cr$ 350eCr$ 200, estudantes, e sáb.a Cr$ 350. No segundo aniversário de casa-mento de um jovem executivo, seus colegasde profissão e as respectivas mulheres, reu-nidos numa festinha, levelam as ambições eas inseguranças do assalariados milionários.

MORTE ACIDENTAL DE UM ANARQUISTA —Texto de Dario Fó. Dir. de Hélder Costa. ComSérgio Britto, Guida Vianna, Alby Ramos,Antônio de Bonis, Fernando de Souza, Jack-son de Souza. Teatro dos Quatro, Rua Mar-quês de São Vicente, 52 — 2o (274-9895). De4° a sáb., às 17h; 2a e 3o, às 21h30m.Ingressos a Cr$ 250 e Cr$ 150, estudante.Um louco — será louco mesmo? — desmontapacientemente, peça por peça, a construçãoda mentira oficial que dissimula a verdadei-ra história da morte de um preso político (14onos).

O SENHOR É QUEM? — Comédia de JoãoBethencourt. Dir. do autor. Com Jorge Dória,Margot Mello, Elcio Romar, e José SantaCruz. Teatro Copacabana, Av. Copacabana,327 (257-1818, R. Teatro). De 4o a 6o e dom.,às 21h30m, sáb., às 20he 22h30m, vesp. 5oàs 17h e dom., às 18h. Ingressos 4o, 5° edom., a Cr$ 350 e Cr$ 200, estudontes, 6a esáb., a Cr$ 350 e vesp. 5o, a Cr$ 150. Numaabordagem cômica, o angustiante drama deum homem que acorda sem saber quem é,onde está e como foi parar ali.

BLUE JEANS — Texto de Zeno Wilde eWanderley Aguiar. Dir. de Wolf Maya. ComFábio Massimo, Miguel Carrano, Júlio César,

, Luis Carlos Nino, Alexandre Regis, LucianoSabino, José Roberto Figueiredo, FernandoCésar, Rogério Corrêa. Teatro Senac, RuaPompeu Loureiro, 45 (256-2746 e 256-2640). De 3° a 6a, às 21 h30m; sáb., às 20h e

22h30m; dom., às 18H30m e 21 h. Ingressosde 3° a 5° e dom, a Cr$ 300 e Cr$ 200estudantes, 6o e sáb, a Cr$ 300. Cincoadolescentes vindos de diversos ambientesfamiliares e sociais enfrentam a barra pesa-da da marginalidade e da prostituição mas-culina.O TREZE — Comédia de Sérgio Jockyman.Dir. de Antônio Abujamra. Com Paulo Gou-lart e Oswaldo Loureiro. Teatro PrinceiaIsabel, Av. Princesa Isabel, 186 (275-3346).De 4° a 6°, às 21h30m, sáb. às 20h30m,22h30m, dom, às 18h e 21h30m. Ingressosde 4o, 5o e dom, a Cr$ 350 e Cr$ 200, e 6° esáb, a Cr$ 350. Enquanto o rádio vai trans-mitindo o vaivém dos resultados de umdomingo de futebol, um industrial e seumotorista negociam a posse de um cartão daLoteria Esportiva.UMA NOITE EM SUA CAMA — Comédia deJean de Letraz, adapt. de Armindo Blanco.Dir. de Antônio Pedro. Com Vera Gimenez,Nelson Caruso, Lupe Gigliotti, Pedro PauloRangel, Luca de Castro, Elienne Norduchi,Melise Maia. Teatro do América, Rua Cam-pos Sales, 118 (234-8155). De 3o a 6o, às21h30m; sáb., às 20h e 22h30m; dom., às18h30m e 21h30m. Ingressos de 3o a 5o evesp. de dom. a Cr$ 300 e Cr$ 200, estudan-tes; 6a e sáb. e 2o sessão de dom., a Cr$ 300.Vários casais em disputa dos lugares dispo-níveis na cama único do cenário.

BRASIL: DA CENSURA À ABERTURA — Textode Jô Soares, Armando Costa, José LuizArchanjo e Sebastião Nery. Dir. de Jô Soares.Com Marília Pera, Marco Nanini, Sílvia Ban-deira, Geraldo Alves. Teatro da Lagoa, Av.Borges de Medeiros, 1 426(274-7999 e 274-7748). De 4o a 6°, às 21h30m., sáb. às 20h e22h30m, e dom. às 19h. Ingressos de 4o asáb. a Cr$ 350 e dom. a Cr$ 350 e Cr$ 200,estudantes. Show satirizando os costumesdos políticos brasileiros nas últimas décadas,através de suas omostros particularmentepitorescas (14 anos).TRANSAMINASES — Texto de Carlos Vereza.Dir. de Paulo José. Com Armando Bogus,Antônio Pedro, Carlos Vereza. Teatro GlauceRocha, Av. Rio Branco, 179 (224-2356). De4a a 6o, às 21 h; sáb., às 20h e 22h30m;dom., às 18h e 21h. Ingressos de 4a a 6o edomingo a Cr$ 250 e Cr$ 150, estudante ;sáb., a Cr$ 250. Premiado como a melhorcomédia no último Concurso de Dramaturgiado SNT, o texto revela inesperados aspectosgrotescos no relacionamento entre torturadoe torturadores, numa prisão política.TOALHAS QUENTES — Comédia adaptadapor Bibi Ferreira de um original de MarcCamoletti. Dir. Bibi Ferreira. Com Suely Fran-co, Otávio Augusto, José Augusto Branco,'Tamara Taxman e Maria Pompeu. TeatroMesbla, Rua do Passeio, 42/56 (240-6141).De 3° a 6o, às 21hl5m, sáb, às 20h e22h30m, dom, às 18H e 21hl5m. Ipgressosde 3o a 5° e dom., a Cr$ 250 e Cr$ 150(estudantes). 6o e sáb, a Cr$ 300. Na suacasa de campo em Petrópolis, um casalrecebe três hóspedes para um fim de semanarepleto de quiproquós e intenções equívocas.DOM QUIXOTE DE LA PANÇA — Texto deCamila Amado. Dir. de Aderbal Júnior. ComElza Gomes, Henriqueta Brieba, Arthur CostaFilho, Jorge Chaia, Flávio Migliaccio, CamilaAmado, Dirce Migliaccio, Renato Puppo, An-tônio Ganzarolli e outros. Teatro Clara Nu-nes, Rua Marquês de São Vicente, 52 (274-9696). De 3o a sáb., às 21h30m, dom., às18h30m e 21h30m. Ingressos a Cr$ 300 eCr$ 150, estudantes.

LIBERDADE, LIBERDADE — Texto de FlávioRangel e Millôr Fernandes. Dir. de RobertoAzevedo. Com Fred Gouveia, Gê Menezes,Iracema Nascimento, Neca Terra, OctacílioCoutinho, Rodney Mariano, Suli. Teatro Sescda Tijuca, Rua Barão de Mesquita, 539 (258-8142). De 4a a dom., às 21 h. Ingressos a Cr$200, Cr$ 150, estudantes, e Cr$ 30, comer-ciórios. Antologia de olguns dos mais belostextos da literatura mundial tendo por temaa liberdade, brilhantemente organizada pe-los dois autores.

AS 1001 ENCARNAÇÕES DE POMPEU LORE-DO — Comédia musical de Mauro Rasi eVicente Pereira. Mús. de Duardo Dusek e LuísCarlos Góes. Dir. de Jorge Fernando. ComRicardo Blat, Luís Sérgio Lima e Silva, DuseNacaratti, Diogo Vilela, Stella Miranda,Eduardo Machado, Marcus Alvisi e outros.Teatro do BNH, Av. Chile, 230 (262-4477).De 4o a 6o, às 21h30m, sáb, às 20h e

Artes Plásticas_L

O Meu Pé de Laranja-Lima, TV Bandel-rantes, 18h — Com a esperança de ganharalgum presente, Zezé põe o tênis do ladode fora e vai dormir. Na manhã seguinte otênis amanhece vazio. Zezé diz que é ruimter pai pobre, pois náo se ganha presenteno Natal. Paulo ouve e Zezé, aborrecido,sai para engraxar sapatos. Ele quer ganhardinheiro para comprar um presente paraPaulo. Zezé dá o presente ao pai. Santanacomenta com Jandira que soubera que elaera careca, mas Jandira desconfia de quefora Zezé a inventar aquilo. Zezé diz aCaetano que tem algo a lhe falar. Caetanoquer saber o que Zezé se prepara paracontar.Cavalo Amarelo — TV Bandeirantes,18h55m — Em principio Belinha não acei-ta, mas acaba concordando em dar umaoportunidade a Válter. Todos se reúnemna chacára de Alberto para comemorar oseu aniversário. Dulcinéa diz a Pepita parafazer charme com Alberto para que Téo anote. Alberto faz a simpatia que Vitório lheensinara na tentativa de conquistar Joa-na. Barbosinha se apresenta cada vez maislouco e Dulcinéa começa a desconfiar queele está fingindo. Joana pede a Vitório quepegue seu cigarro no carro. Ele o pega,abre o capo do carro e avaria seu motor,para que Joana fique presa na chácara.Um Homem Muito Especial — TV Bandei-rantes, 19h55h — Drácula pede licença aRafael para dançar com Nenè, que a con-cede, indo, em seguida, atrás de Marianacom quem faz as pazes. Fernando planejafugir com Alcina e rouba do bolso de seupai as chaves da cadeia. Fernando vai àdelegacia para soltar Alcina e descobreque ela não está mais lá. Fernando conse-gue encontrá-la debaixo da cama da cela.Fernando quer que Alcina fuja, mas ela serecusa por achar muito perigoso. Beatrizse embebeda no baile e acusa Marta de tercausado sua separação do marido.

JACQUEUNE LINTON — Pinturas. Museu! deArte Moderna, Av. Beira-Mar, s/n°. De 3a a6o, das 12h às 19h, sáb e dom, das 15h às19h. Até dia 15 de novembro. Inauguraçãohoje, às 18h30m.

VICTORINA SAGBONI — Pinturas. GaleriaTrevo, Rua Marquês de S. Vicente, 52/260.De 2o a 6o, das 14h às 22h. Até dia 25.Inauguração hoje, às 21 h.

EXPOSIÇÃO ITINERANTE DO ACERVO DASUL AMERICA- Pinturas de Teruz, Portinari,Pancetti, Di Cavalcanti, Djanira e outros.Biblioteca Central da PUC, Rua Marquês deS. Vicenie, 225. De 2o a 6o. das Bh às 18h.Até dia 27.

JOSÉ NEMIROVSKY — Pinturas. GaleriaPaulo Kiabin, Rua Marquês de S. Vicente,52/204. De 2o a 6°, das 14h às 21h, sáb., das16H às 21 h.

ANNA BELLA GEIGER — Gravuras. GaleriaSaramenha, Rua Marquês de S. Vicente,52/165. De 2a a 6o, dos 13h às 21 h, sáb., das12h às 18h. Até dia 1° de novembro.

ESTHER AZULAY — Gravuras em metal.Clube Hebraica, Ruo das Laranjeiras, 346.Diariamente, das 15h às 22h.

VÍTOR LEMOS — Pinturas. AMNiemeyer, RuaMarquês de S. Vicente, 52/205. De 2o a 6°,das 1 lh às 22h. Até dia 26.

CLÈCIO PENEDO — Desenhos da série Estúpi-do Brasil. Galeria Andréa Sigaud, Rua Vise.de Pirajá, 207. De 2a a 6o, das 13 às 20h. Atédia 30.

ELSO ARRUDA FILHO — Pinturas. Clube dosDecoradores, Av. Copacabana, 1100. De 2°a 6o, das lOh às 19h. Até dia 24.

EDUARDO TORASSA — Pinturas. GaleriaMaria Augusta, Av. Atlântica, 4240. De 2o a6°, das lOh às 21 h. Até dia 30.

22h30m e dom, às 19h e 21 h30m. Ingressos4°, a Cr$ 100, 5o e dom. a Cr$ 250 e Cr$150, estudantes e 6o e sáb, a CrS 250.Vampiros, egípcios, cardeais, dinossauros,uma cientista de outro planèta, um funcioná-rio público e outros personagens participamda discussão sobre o problema da reencar-nação.OS JUSTOS — Texto de Albert Camus. Dir.de Etienne Le Meur. Com Ana Lúcia Bruce,Paulo Dalcol, Richard Roux, Pierre Astrié,Helber Rangel. Aliança Francesa de Botafo-go, Rua Muniz Barreto, 54. Reservas pelotelefone 286-4248, diariamente, das lOh às18h. Proibida a entrada após o início dcespetáculo. De 4o a sáb., às 21h30m; dom.,às 19h. Ingressos 4a e 5°, a Cr$ 200 e CrS120, estudante de 6° a dom, a Cr$200. NaRússia de 1905, um grupo de revolucionáriosvivência e discute as contradições da açãcarmada.

OS ÓRFÃOS DE JÂNIO — Texto de MillôrFernandes. Dir. de Sérgio Britto. Com TerezaRachel, Suzana Vieira, Vera Fajardo, CláudioCorrêa e Castro, Milton Gonçalves e HélioGuerra. Teatro dos Quatro, Rua Marquês deSão Vicente, 52 — 2o (274-9895). De 4o a 6o,às 21 h30m; sáb., às 20h e 22h30m; dom., às18h e 21 h. Ingressos de 4o, 5o e dom., Cr$250 e CrS 150, estudante; 6o o Cr$ 300 e CrS200, estudantes e sáb., à CrS 300. Reunidosoo acaso num bar, cinco personagens repre-sentativos de diversas faixas do panoramahumano do Rio fazem o balanço das suasvidas, e do universo em que elas se desenro-laram nos últimos 20 anos.

À DIREITA DO PRESIDENTE — Comédia deMauro Rasi e Vicente Pereira. Dir. de ÁlvaroGuimarães. Com Gracindo Júnior, AríeteSales, Jorge Botelho, André Villon e Bento.Teatro Casa Grande, Av. Afrânio de MeloFranco, 290 (239-4046). De 3o a 6o, às21h30m; sáb., às 20 e 22h30m; dom., às19h e 21h30m. Ingressos de 3a a 5o, a CrS150 e de 6o a dom., a CrS 300 e Cr$ 200,estudantes. Um famoso cabeleireiro, umajovem ambiciosa, um alto funcionário doGoverno e um traficante encenam, à sombrado Palácio do Planalto, o seu pequeno ritualpela subida na escala social.A FESTA DO REI — Leitura pública da pe<;ade Racine Santos. Dir. de Gedivan. Com oelenco do Grupo Luzes da Ribalta. Hoje, às20h, no Sesc da Tijuca, Rua Barão deMesquita, 539; 5°-feira, às 20h, na LivrariaMuro, Rua Vise. de Pirajá, 82. Debateapósasapresentações. Entrada franca.

CABARÉ VALENTIN — Coletânea de textos deKarl Volentin. Dir. de Buza Ferraz. Mús. e dir.musical de Caique Botkay. Com Ariel Coe-lho, Beatriz Bedran, Carlos Alberto Bahia,Gilda Guilhon, Luís Felipe Pinheiro, NenaAinhoren. Teatro Cândido Mendes, Rua Joa-na Angélica, 63. De 4a a dom., às 21h30m.Ingressos 4a, 5o e dom. a Cr$ 180 e Cr$ 120,estudante; 6o e sáb. a CrS 200 e Cr$ 150,estudante. O ingresso dá direito a umacerveja. Revelação do humor do comedianteolemão que exerceu grande influência sobreBertold Brecht.

DIZ-RITMIA N° 1 — Espetáculo de teatro emímica, criação coletiva do Grupo Disritmia.Dir. de Louise Cardoso. Teatro ExperimentalCacilda Becker, Ruo do Catete, 338 (265-9933). De 5° a dom., às 18h30m. Ingressos aCrS 100. Espetáculo de variedades, comênfase no trabalho de expressão corporal.Até dia 2 de novembro.

O HOMEM OUE VIROU HOMEM — Comédiade Adail Viana e R. Rocha. Com Carvalhinho,Olivia Pineschi, Rina Maris, Marcelo Becker eoutros. Café Concerto Rival, Rua Álvaro Al-vim, 33 (240-1135). De 3a a dom., ài18h30m. Ingressos a CrS 100.

INFANTILEMÍLIA, SACI E NASTÁCIA EM APUROS COMO INVENTO BIRUTA DO VISCONDE DE SA-BUGOSA — Produção de Roberto de Castro.Com o grupo Carrossel. Teatro do ColégioLaranjeiras, Rua Cde. de Baependi, 69. Hoje,às 16h. Ingressos a CrS 80.

ZÉ COLMEIA E A PANTERA COR-DE-ROSANA FLORESTA ENCANTADA - Produção deRoberto de Castro. Com o grupo Carrossel.Teatro do Colégio Laranjeiras, Rua Cde. deBaependi, 69. Hoje, às 1 7h. Ingreisos a CrS80.

OSMAR FONSECA — Desenhos. AliançaFrancesa de Ipanema, Rua Vise. de Pirajá,82/12°. De 2° a 6°, das 15h às 21 h. Até dia30.

BEATRIZ BERMAN — Pinturas. Galeria CésarAché, Ruo Vise. de Pirajá, 281. De 2° a 6°,das 15h às 21h30m. Até dia Io de no-vembro.

SALLY — Pinturas. Centro Educacional Ca-lousle Gulbenkian, Rua Benedito Hipólito,125. De 2o a 6o, das 12h às 18h. Até dia 24.

WALTERTUNIS — Pinturas. Biblioteca Regio-nal da Lagoa, Rua Dias Ferreira, 417. De 2° a6°, das 8h às 21 h. Até dia 28.

GEORGE LUIZ— Pinturas. Galeria do Ibeu,Av. Copacabana, 690/2°. De 2° a 6a, das 16hàs 22h. Até dia 30.

FLÁVIO FERRAZ E VICENTE MEDEIROS —Pinturas. Galeria da Fesp, Av. Carlos Peixo-to, 54. De 2"* a 6°, das 12h às 20h.

PINTURAS — Obras de Admílson de Jesus,João Machado e Mariso Dias. ImprovisoGaleria de Arte, Rua Cde de Bonfim,229/216. Diariamente, das 14h às 21 h. Atéamanhã.

IVANIR — Desenhos. Socius, Rua Mascare-nhas de Morais, 156. De 2° a 6°, das 15h às20h. Até sexta-feira.

APPE — Charges, desenhos e pinturas. Mu-seu Nacional de Belas Artes, Av. Rio branco,199. De 3° a 6°, das 12h30m às 18h, sáb edom, das 15h às 18h. Até dia 2 de no-vembro.

PINTORES DE ORIGEM ITALIANA NO BRASIL— Coletivo com obras de Volpi, Bianco,Bernadelli, Mecatti, Hugo Adami, Marcier eoutros. Villa Bernini, Av.. Atlântica,4240/214. De 2° a sáb., das 14h às 21 h.

Rádio Jornal

do Brasil

FM Estéreo

ZYD-46099,7MHz

A programação de música clássica éa seguinte:

HOJE20h — Sinfonia em Ré Maior, Wq

183/1, de Carl Philipp Emanuel Bach(Leppard — 10:45); Concerto n° 4, emSol Menor, para Piano e Orquestra,de Rachmanlnoff (Benedetti-Michelangeli — 24:40); Tasso, La-mento e Trionfo, de Liszt (Haitink —20:54); 15 Lieder sobre Textos deGoethe, de Schubert (Fuscher-Dieskau — 48:57); Concerto em RéMaior, para Viola e Orquestra, deStamitz (Zukerman —19:20); Sonatan" 15 (Pastoral), em Ré Maior, Op. 28,de Beethoven (Arrau — 24:11); Suiteem Si Bemol, para 13 Instrumentosde Sopro, Op. 4, de Richard Strauss(Conjunto de Sopros da Holanda —23:45).

AMANHÃ20h — Transmissão Quadrafônica— SQ — Sinfonia dos Brinquedos, de

Leopold Mozart (Marriner — 8:20);Cinco Canções, de Duparc (Janet Ba-ker, Sinfônica de Londres e Previn —22:50); Os Pinheiros de Roma, deRespighi (Gardelli — 21:50); Concer-to para Violão e Orquestra, de AndréPrevin (John Williams - 24:45); Sin-fonia Concertante, em Ré Maior, deStamitz (Barenboim, Stern e Zuker-man — 21:18).

21h55m Stereo, 2 Canais — Sona-ta n° 16, em Sol Maior, Op. 31/1, deBeethoven (Arrau — 25:00); Suite doAmor por 3 Laranjas, de Prokofleff(Rozhdestevensky — 14:00); Concer-to n° 18, em Si Bemol Maior, paraPiano e Orquestra, K 456, de Mozart(Brendel e Marriner — 28:36).

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PÁGINA 6 ? CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL n Rio de Janeiro, quarta-feira, 15 de outubro de 1980

José Carlos Oliveira

EXISTE MULHER

MACHISTA?

NO

texto A Mulher Descasa-da (publicado quarta-feiraúltima), propus que se exa-minassem as condiçõessubjetivas em que se encon-

tra a mulher aguerrida, a mulher-Malu. As condições objetivas sãoboas: ela está ganhando sua justabatalha. A sociedade simpatiza comsua causa e lhe abre as portas atéentão proibidas. Mas ela não viveapenas sociologicamente; há a vidaintima, a repercussão psicológica des-sa guerrilha sui-generis, e não meparece justo que esse aspecto do pro-blema seja escamoteado ao debatepúblico. Considero uma deslealdade,da parte da mulher, estudar essa di-mensão do drama nos estreitos limitesdo consultório do psicanalista. Naguerrilha política, nós já vimos, haviao espetáculo exterior, estimulante emsi mesmo, dos rapazes e moças emguerra contra a ditadura. Mas o espe-táculo interior, o dilaceramento, fica-va restrito às reuniões dos grupúscu-los e só nos seria revelado, anos de-pois, através principalmente do de-poimento de Fernando Gabeira. Ora,não estando o movimento feministasofrendo perseguição do aparelho doEstado, as condições do terreno favo-recem a discussão aberta e franca dasituação da alma nas circunstânciasdadas. Fugir dessa descussão é o mes-mo que iludir a sociedade, dando aentender que Malu Mulher, a heroínada televisão, é mesmo uma super-fêmea, uma mulher que não cometenenhum erro e que segue destemida ocaminho que se traçou, sem encontrarobstáculos pela frente. A solidão deMalu: eis o que eu gostaria de exami-nar. Quando a mulher arrebenta ainstituição do casamento, propondonovas formas de relacionamento en-tre homem e mulher, ela se defrontanecessariamente consigo mesma, e euquero saber se há uma disciplina nes-sa solidão, se ela, por exemplo, conhe-ce a diferença (abissal) entre carência

sexual e voto de castidade por motivode decência. Detesto aquelas feminis-tas, cujas declarações têm, sido am-piamente divulgadas, para as quais arelação sexual vem a ser atividadepuramente mecânica, eeuas detestoporque elas querem ser homens: sãomachonas, e não vai nisto nenhumainsinuação de homossexualismo.Os homens que apreciam as mulheresem processo de liberação fizeram já,ou estão fazendo, a sua autocrítica.Essa autocrítica se apresenta invaria-velmente como uma técnica mediantea qual tais homens reconhecem e de-senvolvem a porção feminina que atéentão dormitava dentro deles. Admiroa extrema delicadeza desses homens,a grande coragem de que dão provas.Mas, do lado contrário, vejo a feminis-ta (nem todas) renunciando à suafeminilidade e reivindicando para si aagressividade, o espírito de competi-çáo, a intolerância, a discriminaçãosexual — enfim, todos os defeitos, to-dos os preconceitos, toda a boçalida-de que fazem de um homem, que pode-ria ser verdadeiro, um simulacro dehomem — um infeliz e teoricamentetriunfante machista. Peço às mulhe-res de boa vontade que nos revelem atécnica de que lançam mão para tran-sar com a própria solidão, o fardoinevitável que sobre elas desaba apartir do momento em que se liberamdo jugo número 1 — o casamentomalogrado. Vamos discorrer longa-mente, por isso não adotaremos umdiscurso compacto. Conversaremosem fragmentos. Para começar, escla-reço:1. Não tenho nada contra a mulherque bebe, com amigas ou solitária, nosbotequins. Muito antes da voga femi-nista, freqüentei bares e restaurantesonde a mulher não era discriminada,onde ninguém lhe exigia acompa-nhar-se de um macho para ter o direi-to de entrar no boteco. O grupo sociala que pertenço, e no qual circulo, éformado por intelectuais e artistas,

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boêmios, gente que já nasceu sem es-sas frescuras. Conheci mulheres ma-ravilhosas que estavam bebendo sozi-nhas. O que me deprime é a mulherbebendo por desespero, por não su-portar a solidão — ea coisa deixa deser deprimente, passando a me provo-car indignação, quando descubro queela está ali, assim, por se ter lançado,em total privação de sentidos, no des-conhecido universo das novas rela-ções amorosas. Ela bebe porque temódio dos homens. Ela tem ódio doshomens porque, depois de dar umpontapé no traseiro do homem queera o seu, descobriu que ignora osprocedimentos capazes de conduzi-laao encontro de outro homem. Eu ficodesesperado diante dela, e tenho vistodúzias delas, tenho entrevistado deze-

nas delas, tenho ouvido relatos sobrecentenas delas — eu fico desesperadoporque esse problema ela não discutenas revistas, nos jornais, esse proble-ma ela esconde. Ela não compreendeque a solidão está no princípio e nofim de tudo, e que portanto o que elabusca, liberando-se, é apossar-se desua solidão, é amar sua solidão, éenfeitar sua solidão com açucenas, éabrir-se feliz ao mundo, por ter final-mente conseguido ser independente elivre, na solidão radiante.

Um homem solitário no bar, en-chendo a caveira de aguardente eremoendo seus fracassos sentimen-tais, é um homem infeliz. Por quedeveríamos fingir que não é infelizuma mulher encontrada nas mesmascondições? Por que ela tem que sertriunfálista? Por que, ganhando aguerra no campo de batalha objetivo,ela há de perdê-la no seu própriocoração? Por que, enfim, ela não ébrutalmente honesta consigo mesma econosco?

2. Escrevi sobre a mulher desças-ada. Não disse "separada", "desqui-tada", "divorciada", "solteira","emancipada". Eu disse: descasada.Esse tipo de mulher — é o tipo predo-minante — não se separou de umhomem, e sim de um marido. Ela nãose casou com um homem, e sim com ocasamento. Ela está dolorosamenteequivocada, desde os tempos de seunoivado. E por isso, está sempre ten-sa, enraivecida, vigilante, procuran-do nos gestos espontâneos do homem(que dela se aproxime após o primeirodesastre) — procurando nos gestosespontâneos desse homem os sinaispeculiares à gesticulação do marido,essa entidade abstrata com a qual elase uniu, quando era ingênua, e quehoje odeia. Todos os sinais da mascu-Unidade, que deveriam atraí-la, pro-vocam o seu retraimento. Ora, umhomem masculino é simplesmente umhomem, e isso não tem nada a ver commachismo. O contrário de um homemmasculino é um homem feminino. Issotambém não tem nada a ver com ohomem que reconheceu e assumiu aporção feminina que tem dentro de si.Um homem feminino é um homosse-xuál, e por isso mesmo, quem ele amaé outro homem, não a mulher.

Estamos (vocês vêem) no a-bê-cê dosofrimento. É preciso recriticar cadavocábulo usado nessa guerra, escoi-má-lo de todas as suas ressonânciasequivocadas ou hipócritas. Proponhoo seguinte: — comecemos por admitirque um homem é um homem e umamulher é uma mulher. Concordam?Estou certo que sim. Na próxima cró-nica, então, falaremos do machão.

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QUATRO

AMERICANOS E

UM INGLÊS

DIVIDEM

O NOBEL

DA QUÍMICA

E

DA FÍSICA

ESTOCOLMO

— Uma descobertade grande importância para aformulação das leis fúndamen-tais da natureza deu a dois cien-tistas americanos, James Wat-son Cronin e Vai Logsdon Fitch,

o Prêmio Nobel da Física, enquanto umasérie de pesquisas ligadas à estrutura efruição do ácido nucleico valeu a dois outrosamericanos, Walter Gilbert e Paul Berg, e a" um inglês, Frederick Sanger, o Prêmio Nobelda Química.

A Academia Sueca anunciou à tarde onome dos cinco novos laureados (na verdadeos novos são apenas quatro, uma vez queSanger já ganhara o Nobel, em 1958, por seusestudos no campo das proteínas, em espe-ciai da insulina). E imediatamente estabele»ceu de que forma serão divididos os doisprêmios em dinheiro, de cerca de 220 mildólares (Cr$ 13 milhões 200 mil) cada: Cronine Fitch dividirão meio a meio o da Física,cabendo a Berg a metade do da Química e aGilbert e Sanger dividirem entre si a outrametade, ou seja, 55 mil dólares para cadaum.

Os membros da Academia ressaltaramque a descoberta de Cronin e Fitch (violaçãodos princípios fundamentais da simetria nadesintegração dos mesons neutros) temgrande significado para a Ciência. Os doisfísicos e sua equipe trabalharam duranteanos no Laboratório Nacional de Brookha-ven, nos Estados Unidos, até chegaram a umresultado que os membros da Academiadefinem como "uma nova verdade surgidagraças às suas pesquisas e que vem incorpo-rar novas informações a certas especulaçõescósmicas: o objetivo dos dois cientistas foitentar compreender como um universo queno início estava muito quente e era simétri-co pôde evitar que a matéria e a antimatériase aniquilassem mutuamente."

Acentuam ainda os membros da Acade-mia que, graças ao acelerador de prótonsAGS, foi produzido uma corrente de partícu-Ias elementares neutras, cuja desintegraçãoradioativa em movimento foi registrada comenorme precisão. O tipo de partículas KAneutras (de alta energia, pertencentes àsradiações cósmicas ou criadas artificialmen-te por aceleradores de partículas potentes),

usado por Cronin e Fitch, "é extraordinário,já que se compõe de matéria comum eantimatéria".

"De acordo com um dos três princípios dasimetria — acrescentaram os membros daAcademia — as leis da natureza são estrita-mente as mesmas para a matéria e a antima-téria. Cronin e Fitch demonstraram que aspartículas neutras são as mais apropriadaspara um exame sensível e crítico da validadedesse princípio. Segundo os outros dois prin-cípios da simetria, as leis fundamentais danatureza destacam uma simetria exata paraas reflexões no espaço e no tempo. A sime-tria é completa para as leis que descrevemfenômenos elétricos e magnéticos. Esta afir-mação vale para as três simetrias — e sãoigualmente respeitadas pela gravitaçào einteração forte (força que atua entre parti-cuias elementares)."

A Academia lembra que desde 1957 já sepodia evitar a conclusão de que a naturezaestabelece uma distinção absoluta entreorientação direita-esquerda no espaço. Eque a descoberta dos dois cientistas ameri-canos trouxe luz nova e definitiva à questão.

James Watson Cronin em Chicago a 29 desetembro de 1931. Foi professor da Universi-dade de Princeton e atualmente ocupa acátedra de Física da Universidade de Chica-go. É membro da Academia Norte-Americana de Artes e Ciências, casado des-de 1954 com Annette Martin e pai de trêsfilhos. Vai Logsdon Fitch é natural de Meri-man, Nebraska, e nasceu a 10 de março de1923. Também professor de Princeton emembro da Comissão Presidencial Consulti-va para as Ciências (1970 e 73), é membro daSociedade Norte-Americana de Física. Casa-do desde 1976 com Harper Sharp, é pai dedois meninos.

Paul Berg foi o principal ganhador doNobel da Química por seus estudos funda-mentais da bioquímica dos ácidos nucleicos,enquanto Gilbert e Sanger dividirão a meta-de do Prêmio por sua contribuição à deter-minação das seqüências básicas tambémdos ácidos nucleicos.

Os membros da Academia Sueca ressal-taram a importância científica desses estu-dos, lembrando que a qualidade que costu-

VAL LOGSDON FITCH . JAMES WATSON CRONINVAI LOGSDON FITCH JAMES WATSON CRONIN

mamos relacionar com a vida e os organis-mos vivos são manifestações externas de ummecanismo de medição muito complexo ede reações químicas relacionadas:

"A mecânica química das células vivas édirigida pelos ácidos nucleicos nos cromos-somas, que determinam que enzimas devemproduzir uma determinada célula. As enzi-mas, por sua vez, dão às células suas pró-prias características químicas, graças à suacapacidade de catalizar determinadas rea-ções químicas."

Assim, os trabalhos dos três químicosproporcionam uma detalhada explicação dabase química em que se apóia o mecanismogenético dos organismos vivos. Esses traba-lhos já tiveram valiosas aplicações práticase, a longo prazo, poderão ter importânciadecisiva na compreensão das moléstias can-cerosas, já que o câncer leva a supor quetenha deixado de funcionar o mecanismo decontrole no material hereditário do cresci-mento e de divisão celulares.

Berg, de 54 anos, é professor de Bioqulmi-ca da Universidade de Stanford, desde 1959.Foi o primeiro a fabricar a molécula ADNhíbrida, isto é, molécula contendo partes doADN de diferentes espécies (por exemplo,um cromossoma de um vírus combinadocom o gen de uma bactéria). Gilbert, profes-sor de Biologia Molecular de Harvard, desde1968, tem 48 anos e é responsável por inúme-ros estudos importantes no campo da Gené-tica. Sanger, que ganha o Nobel pela segun-da vez, tem 62 anos e é professor em Cam-bridge, na Inglaterra.

Segundo a Academia Sueca, as pesquisasde Gilbert e Sanger sobre as seqüências,combinadas com a do ADN híbrido, desen-volvida por Berg, são "excelente instrumen-tal para que se continuem os estudos daestrutura e ílmção do material hereditário".

Com os prêmios distribuídos ontem, osamericanos ficaram com sete Nobel este ano(entre eles o da Literatura, ganho por umpolonês radicado nos Estados Unidos). Asláureas restantes couberam a um fraincês(Medicina) e a um argentino (Paz). Os deQuímica e Física, como de hábito, foramdecididos por uma comissão da AcademiaSueca, que examinou dezenas de candidatu-ras designadas pelos premiados dos anosanteriores ou por cientistas renomados de 15outros países.

PAUL BERG

FREDERICK SANGER

WALTER GILBERT

jfa CAMPING 1NOTICIÁRIO SEMANAL (*)

UBATUBA I

PRONTO

PARA O VERÃO

MAIS

um conjunto de obras foi entregue noCamplng de Ubatuba I, que teve sua áreaduplicada. O banheiráo já está em fúncio-namento, servido por uma caixa dágua de48 mil litros. Foram reformados o sistemade escoamento de águas pluviais e a infra-

estrutura de fossas e sumidouros.A equipe de obras deslocou-se agora para Itanhaém,

que passará por uma reforma geral, melhorando ascondições de acampamento para o próximo verão. Serãocolocados melo-fio, aterro e plantio de grama na área deacampamento, e construção de pontos de serviço paratrailers — água, luz e esgoto.

CHOPE E CAIPIRINHA

Restam poucos canecos-convlte para a Festa daCerveja, neste sábado, no Clube dos 500 (250 quilômetrosdo Rio). Além da festa em si, com muito chope e

Ubatuba-l, com o segundo banheirão emfuncionamento — o primeiro

foi o do Recreio

salgadinhos e a animação da Bandinha Tureck, deSanta Catarina, o fim de semana vale a pena pelocamping, com piscina, muita sombra e pavilhão de lazercom bar. O clima da região é temperado, quente e secodurante o dia, com as noites frescas, ideal, para umacaipirinha à beira da piscina.PELO BRASIL, DE ÔNIBUS

Quatro excursões estão programadas pela CampingClube Turismo (Registro Embratur n° 08046200.9) até ofinal do ano, em roteiros de campings. Os percursos sãofeitos em ônibus de turismo e os preços acessíveis,variando de Cr$ 1 mil 850 a Cr$ 15 mil 900.

Os roteiros programados pela Camping Clube Turis-mo incluem Cabo Frio (saídas 24 de outubro, 7 e 21 denovembro e 5 de dezembro), com passeios a Arraial doCabo e Búzios. Saídas na sexta e volta no domingo. Ospernoites são no Camping Cabo Frio n e as tarifas sáo deCr$ 1 mil 850 e Cr$ 1 mil 950, para sócios e convidados.Um roteiro de nove dias a Cataratas do Iguaçu e SeteQuedas tem salda marcada para 13 de dezembro, porCr$ 9 mil 150 para sócios e Cr$ 10 mil 200 para convi-dados.SUL E NORDESTE

Dois roteiros longos completam a programação daCamping Clube Turismo até o final do ano: Férias noSul e Acampando no Nordeste. Com saídas no dia 1° denovembro e 6 de dezembro, e tarifas de Cr$ 10 mil 800 eCr$ 11 mil 950 (sócios e convidados), as Férias no Sultêm pernoites em Curitiba, Florianópolis, Joinvile, Ca-nela ou Garibaldi, com visitas a Vila Velha, Porto Alegree à região produtora de vinho.

Acampando no Nordeste é o roteiro mais longo, são17 dias do Rio a Recife, com 14 pernoites em campings edois em hotel de classe turística. A tarifa para sócio é deCr$ 15 mil 900 e para convidados Cr$ 17 mil 800. Todos osroteiros sáo feitos em ônibus de turismo, com poltronasreclináveis, toalete, música ambiente e serviço de bordo.O preço inclui os pernoites em campings ou em hotel.

TREINOS PARA PONTAL 5900

Já tem gente reconhecendo a pista na Praia daMacumba, em frente ao Camping do Recreio dos Ban-deirantes, preparando-se para o Torneio de Surf Pontal5900, marcado para o dia 25 de outubro, com patrocínioda RADIO CIDADE. 4

Organizado nos moldes do Waimea 5000, o torneiode surf do Camping Clube do Brasil dará ao vencedoruma passagem Rio—Manaus—Rio, com hospedagempor três dias no Grande Hotel Amazonas — viagem emjato da Transbrasil.

O segundo colocado ganhará uma barraca Alba,modelo Ipanema, para quatro pessoas, e o terceiro umabarraca Alba, modelo Transa A-2. As inscrições para otorneio podem ser feitas na Sede Administrativa — Cr$500 para'sócios e Cr$ 700 para convidados.

DOCUMENTOS EM DIA

A carteira social do CCB é documento indispensávelpara ingresso nos campings. Os sócios devem providen-ciar a emissão de suas carteiras tão logo terminem depagar as prestações de seus títulos de propriedade.

Para a emissão das carteiras sociais o associadodeve dirigir-se a qualquer das secretarias do clube, comduas fotos 3 x 4 do titular e uma de cada dependenteestatutário (cônjuge, mãe, filhas, e irmãs solteiras efilhos menores de 18 anos).

São exigências ainda para a emissão da carteira, onúmero da carteira de identidade e do CPF, apresentardocumentos que comprovem o parentesco de seus de-pendentes e exibir todos os recibos que comprovem aquitação do título. Deve estar em dia com o pagamentoda Carteia Semestral de Pernoites e, por fim, recolheruma taxa correspondente de Cr$ 70 para cada carteirasolicitada.

FLOTILHA yinA Classe Hobby-Cat-14, que estava dispersa, reuniu-

se na flotilha VHI, depois de reunião realizada no ClubeNaval, no último dia 8. Onze barcos estiveram presentes,sendo que quatro de sócios do CCB. Para capitão daflotilha foi eleito o Dr Sérgio Murtinho, que exercerá omandato tampão até março de 1981.

ATENDIMENTO ATÉ MAIS TARDE

Em função da grande demanda, a Secretaria Regio-nal do CCB em Sáo Paulo, ampliou seu horário deatendimento aos associados, de 17h30m para as 18horas. O Início do atendimento manteve-se a partir das '8h30m.

(*) Informativo de responsabilidade do CampingClube do Brasil. RIO DE JANEIRO: Rua SenadorDantas, 75 — 29° andar (Sede Administrativa);

Tel: (021) 262-7172. SÃO PAULO: Rua Minerva, 156; Tel: (011)263-0244: CAMPINAS: Tel: (019) 284-715. CURITIBA: Tei:(0412) 243-083. SALVADOR: Tel: (071) 242-0482. BELO HORI-ZONTE: Tel: (031) 222-6873. BRASÍLIA: Tel: (0612) 236-5661.

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NOITE DE GLÓRIA NA AVENIDA RIO BRANCO

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"BEAUTIFUL

PEOPLE"

DESCOBRE

TARDE DE SAMBA NA PRAÇA TIRADENTES

A PLATÉIA QUE

SAI DO

CANTA COM

MARTINHO E

DONA IVONE

SERVI O

Mara Caballero

O

véu transparente salpicado de es-trelas prateadas, cenário de umespetáculo a estrear no TeatroJoão Caetano, caiu como uma lu-va e serviu de pano de fundo paraa dupla que se apresenta no Seis e

Meia desta semana: Martinho da Vila e DonaIvone Lara. Mais não se precisa dizer: realmen-te uma tarde de estrelas.

Dupla escolhida com muita felicidade, per-feita seqüência à semana passada, quando oJoão Caetano viu sua lotação esgotada comJamelão e a Orquestra Tabajara de SeverinoAraújo. Como disse um espectador, a Tabajarapode ser comparada hoje à Seleção Brasileirade 70: perfeita. Jamelão dispensou comentá-rios: é a categoria de- sempre.

Pois esta semana, saindo da dor-de-cotovelo de Lupicínio Rodrigues e dos arranjosde Severino, o Seis e Meia foi às escolas desamba e subiu o morro. Nomes de peso quecomprovam o capricho com que esta série deespetáculos é feita. Antes de seu início, segun-da-feira, Albino Pinheiro, coordenador da série,falou à platéia do reconhecimento do públicocom a volta do Seis e Meia: a reforma, nemtanto o luxo, quis dizer mais conforto e qualida-de técnica. E o público também tem capricha-do, mostrando que entendeu: disse Albino queaté então não precisou pedir a ninguém paranão fumar (afinal uma. questão de segurança)como ocorria antigamente. E que se as coisascontinuam assim, o Seis e Meia, sem dúvida,não sofrerá mais interrupção.

— Eu tenho a minha verdade...

A tarde de estrelas teve sua rainha, que talparecia Dona Ivone Lara ao entrar com umlongo branco, bordados prateados, como usahabitualmente. Sorriso largo, voz subindo edescendo, desfilou seus sucessos (Minha Verda-de, Adeus à Solidão, Em Cada Canto umaEsperança, Unhas, Meu Amor Tem Preço) alémde uma inédita, Meu Fim de Carnaval náo FoiRuim.

Quando Dona Ivone entrou no palco —contou depois — emocionou-se: lembrou daúltima vez que pisara ali, também no Seis eMeia, fazendo dupla com Cartola. E confessou:"Hoje estou com mais tarimba". Foi o quemostrou logo à sua primeira apresentação. So-bre os saltos altos da sandália prateada, sam-bou, rebolou, jogou a mão para trás na alturada cintura, gesto característico seu, e levantoua platéia.

Zilda Gomes, 62 anos, moradora de Jacaré-paguá, veio com o filho e a nora, Maria Alice,Marilda, Marco Antônio e Ávila saíram daagência Buenos Aires do Baneij direto para oJoão Caetano e Pedro Bellando, jornalista, veiode Buenos Aires mesmo (é argentino) ver o quede melhor tem a nossa música (ele assiste atodos os shows de brasileiros na Argentina).

As palmas continuaram para Martinho daVila, num excelente dia como comentou muitagente, com todo domínio do palco, mostrando-se bem mais entusiasmado, voz mais clara doque em sua última apresentação no Seis eMeia, há três anos. Para deleite do público, quecantava junto, Martinho desfiou sucessos (Pe-queno Burguês, Meu Lararaiá, Segure Tudo,Balança Povo, Canta, Canta, Minha Gente,Dente por Dente). Coisa difícil em Martinho,como observou Sérgio Cabral, que dirige oespetáculo desta semana. Martinho fica sempre

CAUBY

PEIXOTO

•Deborah Dumar

sine preta em que Cauby viera desde sua casa,em Botafogo. Muito sorridente com o clima dequase histeria que sua chegada provocou esaudando os que ali se aglomeravam, Caubyquase não conseguiu sair do carro. As fãs desdeali começaram a cumprir o massacre e semfazer nenhum esforço aparente para se desven-cilhar delas, ele teve seu summer de gabardineacetinada dilacerado entre gritinhos delas, sor-risos e beijos dele e o esforço inútil dos agentesde segurança em levá-lo o mais rápido possívelpara o interior da boate. Todo esse clima deeuforia se transformou, de repente, em enormeapreensão, pois um jovem mendigo, assustadocom o que considerou violência, tentou dar umfim naquilo empurrando as fãs que apelaram àpolícia, achando que o rapaz era uma ameaça àintegridade física do cantor.

Descendo as escadas forradas de veludovermelho, com o entourage atrás, Cauby foirecebido de pé e com aplausos por todos osconvidados, ao som de Bastidores, música deChico Buarque e carro-chefe de seu novo LP.Nessa hora, usava um robe de seda pérola que oprevidente secretário trouxera debaixo do bra-ço. A caminho do camarim, Cauby tentava daratenção a todos, abraçando uns, betando ou-tros ou afagando os rostos emocionados aolongo de sua trajetória. Na pista de dança, ocoro "Cauby! Cauby!" ecoava enquanto eleabraçava Caetano, Ney, Erasmo e os amigos

que ali estavam e lhe rendiam homenagem. Umdos grupos mais entusiastas era o comandadopor Ricardo Amaral e Danusa Leão. No cama-rim, tão logo trocou de roupa, Cauby foi cerca-do por repórteres, devidamente expulsos dalipelo empresário Di Veras que não se distancioudo astro durante toda sua permanência nafesta.

O show teve início à meia-noite, com CaubyOvacionado por todos, que cantaram com eleem uníssono o refrão de Bastidores. Um mo-mento de bastante emoção para todos e em queCauby fez jus aos que o ainda consideram omaior cantor do Brasil. Não houve um só ins-tante em que sua performance fosse apenasboa. Os olhares vidrados de Caetano, Erasmo,Ney Matogrosso — sentados na primeira fila —e a absoluta atenção da platéia, que o interrom-pia com aplausos no meio de sua apresentação,confirmavam isso. Mas Cauby não se limitou afazer um recital. Dançou sozinho, depois comuma moça da platéia e traduzia, pelo corpo,todo o entusiasmo que as músicas lhe passa-vam Cantou em português e uma música emcastelhano, para a alegria de alguns argentinospresentes. Cantou com Dafé a música que esteúltimo lhe deu para gravar. Entregou a Caeta-no, que lhe deu a música Cauby, Cauby, umarosa que a platéia lhe atirara. Emocionado,abraçou Erasmo Carlos que recusou o microfo-ne para cantar a música de sua autoria. Antece-

deu a faixa assinada por Duardo Dusek, dlzen-do que esse compositor "é uma gracinha!", einterpretou com toda a platéia Ronda, de PauloVanzolini, música que para ele retrata comperfeição a Paulicéia. Para encerrar a apresen-tação de seu novo LP, novamente Bastidores.O coro mais forte era exatamente o do camaro-te de Ricardo Amaral.

Sob beijos, abraços e todo tipo de manifes-tação carinhosa, Cauby voltou para o camarim.Lança Perftime, o novo bit de Rita Lee, deuprosseguimento à animação e a pista de dançafoi totalmente tomada. Em frente ao camarim,Cauby distribuía autógrafos — mesmo à cha-mada "geração pão com cocada" — e recebiacumprimentos. Inclusive do pessoal da cozinhaque hão hesitou em preparar rápido um cheiro-so cafezinho, que o cantor teve de sorver emgrandes goles, pois sua segurança insistia paraque ele partisse.

Destituídos da companhia da estrela dafesta, os convidados começaram a ir embora.Uma e meia da manhã, as centenas de pessoasse transformaram em dezenas. Feliz com ahomenagem que recebeu, Cauby encerrou anoite de glória quando faltavam lOm para asduas. No banco de frente da limouslne, a presi-denta de seu fã-clube. Antes de partir, ele aindaperguntou: "O Rio é ou náo é a nossa Braad-way?". Amanhã, ele estará apresentando-se noNoites Cariocas, no Morro da Urca, com suabanda, às 21h.

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preocupado, náo querendo mostrar os grandessucessos, achando que vão dizer que ele vaiapelar. Mas Sérgio Cabral argumentou: Seis eMeia é isso mesmo, povo acompanhando amúsica com as palmas e a letra com a voz.Martinho, no final, dizia ter achado tudo umamaravilha: compareceu para prestigiar, paradar força à volta de um espetáculo da impor-táncia do Seis e Meia.

Grandes sucessos de dona Ivone com Dél-cio Carvalho vão sendo repassados (SonhoMeu, Liberdade, Acreditar), além do feito ain-da menina, Tiê. Mais sucessos com Martinho(Não Chora, Meu Amor, Ai que Saudade, Ie-manjá Desperta, Amor Não É Brinquedo, Dei-xa a Fumaça Entrar). Quanto ao acompanha-mento, os maiores elogios são dados por muitagente de samba presente à platéia. Observam

que o bumbo não se limita a bater o compasso,também faz variação. É o conjunto Som-7.Além dele, Tiago na bateria e Milton no contra-baixo. Destaque muito especial para Rosinhade Valença, que sempre se apresenta com Mar-tinho e fará, em novembro, um Seis e Meia comNana Caymmi.

Martinho e dona Ivone, segundo SérgioCabral, reúnem força, talento e pioneirismo: oprimeiro, desencadeador da grande virada dosamba na década de 60, a segunda, a primeiramulher a destacar-se como compositora deescola de samba, sendo que, em 1965, o ImpérioSerrano desfilou os Cinco Bailes da História doRio (dela, Silas de Oliveira e Bacalhau), naAvenida.

E foi este samba que os dois cantaramjuntos, além de Sonho de Um Sonho, samba-

enredo de Martinho que desfilou na Avenidaeste ano. No final, dona Ivone, com um vestidocuja parte de cima era prateada, sacudia asfranjas para lá e para cá, mais uma vez levan-tando a platéia. No final, mais uma inédita dedona Ivone Lara, Yanga Meu, música feitarecentemente, mas que náo foi inspiração desua visita a Angola. Yanga é o nome de umantepassado de dona Ivone, que incorpora eintodos os seus familiares, espiritas. Protege afamília, vela espiritualmente por todos. Nuncamorou no Rio, mas na Bahia, onde, depois quechegou de Angola, na época da escravidão,sofreu muito, ajudando outros escravos.

A música, de características bern africanas,foi feita em sua homenagem: uma coincidênciater sido composta agora há pouco. Angola jáestava em dona Ivone.

Caetano Veloso (A, esquerda) foium dos muitos artistas a

homenagear Cauby, que chegou aoAssyrius protegido pelo fiel Di

Veras (B, esquerda), seuempresário, como no início da

carreira, há mais de umquarto de século

As 23h30m, os batedores da PM entrarampela Avenida Rio branco antecedendo a limou-

JorginhoGuinle (A,esquerda) eRicardoLmaral e

Danusa Leão(D)comandavamum camarotedeslumbrado:o antigo cafésocietyrendeu-se,

aoastro dosauditórios

Martinho da Vila cantou novos e velhos sucessos e Dona Ivone Lara, com a mão nascadeiras, levantou literalmente várias vezes o público do João Caetano

O

desenrolar do tapete vermelho, às10 da noite de segunda-feira, naentrada do Assyrius aumentouainda mais o entusiasmo das qua-se 100 pessoas que já há algumtempo aguardavam a chegada de

Cauby Peixoto à porta da boate. Os enormesletreiros em neon, quatro viaturas policiais, afila dupla de carros, o amontoado de cinegrafls-tas, fotógrafos e repórteres e o desfile de artis-tas e do beautifül people prometiam uma noitede glória. Nem o frio nem a chuva fraca (quedurou algum tempo), nem o atraso do cantorforam argumentos suficientemente fortes parafazer com que alguém arredasse pé dali.

De Nilópolls, vieram alguns integrantes daBeija-Flor Discos, com uma faixa homenagean-do Cauby. As integrantes do fá-clube foramdistribuídas estrategicamente, pelas laterais dohall de entrada e no interior da boate, para quea passagem do ídolo não deixasse de ser devi-damente comemorada em momento algum. Al-gumas estavam dispostas a cumprir o habitualmassacre, que vai dos beijos ao rasgar da roupade Cauby. Essa questão foi discutida algumtempo entre elas, mas não se chegou a umaconclusão.

O casal Sílvio Silveira veio de Botafogopara ver a festa. O cearense Domingos Savi sesentiu frustrado pois achou que o show era degraça. Atraído pela movimentação na porta epela chamada na televisão, Carlos Sérgio daSilva (funcionário da Burroughs, 30 anos) saiudo escritório direto para o Início da Rio Branco,"só para ver a limousine". No meio do burburi-nho, um vendedor de café, eufórico, bradava:"Quem é mais importante que o Cauby?" E elemesmo respondia: "O feijão!".

A cada carro grande que estacionava naporta do Assyrius, a conversa parava e a aten-çáo de todos se concentrava em seus ocupan-tes. Uma esperança de que o cantor estivessechegando, mesmo sem os batedores. E ali salta-ram Jorginho Guinle, Ricardo Amaral, PauloMarinho com a frenética Leiloca, Danusa Leão,Erasmo Carlos, Caetano Veloso, Ney Matogros-so, Emilinha Borba, Lauro Coro na, Beth Carva-lho, Denise Dummont e outros.

No interior da boate, música discoteque,bebidinhas e salgadinhos entremeavam as con-versas. A variedade de trajes não poderia sermaior. O próprio convite dizia para que seousasse na roupa escolhida. E assim circula-vam jeans, smokings; mlnis, longos, tênis, sa-patos de salto alto, casacos de peles, roupasindianas, bijouterias e jóias vistosas, plumas epaetês. As 23h, a boate estava completamentelotada e quem se propusesse a Ir de uma à outramesa tinha de driblar as rodinhas de conversa,os garçons, o alvoroço nas imediações do bar ese desviar dos braços, em frenesi, dos que secumprimentavam como se não se vissem hámuitos anos.

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PÁGINA 8 d CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL ? Rio de Janeiro, quarta-feira, 15 de outubro de 1980

PETER SELLERS DEIXA

FORTUNA PARA A MULHER

E FILHOS PROTESTAMLondres — O ator Peter Sellers mudou seu testamento seis

meses antes de morrer em julho, deixando a maior parte da suafortuna, calculada em 9 milhões de dólares (Cr$ 518 milhões 300mil), para a sua quarta mulher e somente 1 mil 800 dólares (Cr$ 103mil 662) para cada um dos seus três filhos, segundo o jornal Newsof the World.

Segundo o jornal de Londres, Michael Sellers, de 26 anos, disseque "achamos que papai nos humilhou com este testamento, queele obviamente fez no momento de um dos seus acessos de mauhumor."Ele sempre mudava o seu testamento. Ele o usava como umInstrumento de chantagem sobre todos os membros da família".

Sellers, que morreu com 54 anos, casou-se com a atriz LynneFrederick, de 24 anos, em fevereiro de 1977. Os dois náo tiveramfilhos."Se papal tivesse vivido mais seis meses e se divorciado deLynne, todas as suas propriedades teriam passado, como seria ocerto, direto para nós três", acrescentou o jovem Sellers.

Segundo o jornal, os filhos de Sellers procuraram advogadosem Londres, Los Angeles e Genebra para tentarem congelar afortuna do ator. Sellers teria dito a Michael, Sarah, de 23 anos, eVictorie, de 15, que iria deixar-lhes somas pequenas porque "estána hora de vocês se manterem sozinhos".

A atriz Britt Ekland, mãe de Victorie, disse em Los Angeles,segundo o jornal, que ela também tinha dado instruções a seuadvogado para abrir um processo.

Sarah disse que conversou com Lynne quando esta esteverecentemente em Londres. "Lynne disse que ficou triste com aquestão, mas que não poderá alterar o testamento porque tem querealizar os últimos desejos de papai. Isto significa que temos quasenada. Nossos advogados nos disseram que um litígio poderá duraranos".

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JORNAL DO BRASIL

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PROBLEAAA N° 5141. borboleta noturna (6)2. configuração (5)3. criada de cozinha (7)4. de Flandres (8)5. de flores (6)6." dito sem importância (6)7. do fêmur (7)8. flamejante (6)9. fogaça (5)

10. fúnebre (5)

11. impossibilidade (6)12. mau cheiro (5)13. meretriz (5)14. multidão (7)15. notável (6)16. penha (5)17. pessoa franzina (7)18. que tem folga (7)19. respiração (6)20. vaticinar (5)Palavra-chave: 12 letras

Soluç6*i de problema n° 513: Palavra-chave: PNEUMOGÁSTRICOParciais: pantim; patusco; perigosa; pastor; patrono; penoso; pecúnia; páreo;pneuma,- perito; pascer; petisco,- pergunto; pensar; pneumático,- patego; pânico,-permuta,- pastoreio; pároco.

Consiste o LOGOGRI-FO em encontrar-se de-terminado vocábulo,cujas consoantes jó es-tão inscritas no quodroacima. Ao lado, à di-reita, é dada uma rela-ção de 20 conceitos,devendo ser encontra-do um sinônimo paracada um, com o núme-ro de letras entre pa-rênteses, todos come-çados pela letra inicialdo paiavra chave. Asletras de todos os sinô-nimos estão contidasno termo encoberto,respeitando-se os le-trás repetidas.

HORÁRIO

LUIZ SEVERIANO RIBEIRO si

CINEMA I05 3,OOr5,15-7,309,45 hs

Doze Escravos a Mesa do Senhor£ E/e Vat Troi-los.

UVTX H"1

^ ,=g3T protbido Iat* /4onos "

^emieeibiim

:ruzadas CARLOS DA SILVA

HORIZONTAIS — 1 — faixa com que oivirgens, os sacerdotes e os poetas ornavam acabeça e que se punham nas estátuas dosdeuses, nas vítimas, etc.,- 5 — que é objeto deespecial afeição; em sentido místico, JesusCristo; 9 — instrumento com que se medemângulos; 11 — peça de madeira, às vezes comperfil caprichoso, utilizada no arremate dajunção entre o feto de madeira e a parede; 12— gênero de plantas da família dos compos-tos,- 14 — substância existente em certasalgas vermelhas, e que forma com facilidadeum hidrogel, utilizado como meio de culturade microorganismos; 15 —oficial da Igreiagrega que era encarregado de receber osestrangeiros,- gênero de cogumelos uredíneosaos quais se atribui a podridão da madeira decarvalho; 19 — aqueles que exageram; feitos

ou ditos com excesso, com exagero; 20 —mulher que pratica magio; mágica; 21 —sufixo que em Química designa função ceto-no; 22 — magnetiza; 23 — sinal, geralmenteem forma de cruz, que marca a última laudaou a última prova de um trabalho tipográfico;24 — extremidade de um conduto de chami-né que se liga em ângulo reto ao condutovertical, munida de anteparos que evitam orefluxoda fumaça para o interior da chominé;25 — na tradição judaica mais primitiva, umdos anjos de Jeová, advogado ou represen-tante dos homens junto o este, e que posterior-mente, sob a influência do problema do mal edas soluções de tipo duolista dadas a esseproblema, passou a significar o mau, o acusa-dor, o tentador (pl.); 27 —expansão de certassementes ou frutos; 28 — ponto craniométrico,no linha média da base do crânio.

VERTICAIS — 1 —substância mineral, mistu-ra de argila e calamina,- 2 — indivíduo deuma tribo indígena coriri que habitava o riodo Peixe e adjacências; 3 — liga de estanho,chumbo e cobre, outrora importada pe'osportugueses do Oriente, também chamadacobre-da-china; 4 — estado do ser presente edurável, com grau definido de realidade e deperfeição; 6 — ave do Brasil da família dospsitacideos (pl.); maracanãs; 7 — dá forma ousemelhança de bigode a; 8 — movimentoliterário lançado em 1916 por TristanTzara, escritor francês de origem romena(1896-1963), e cujo princípio essencial era, talcomo no super-realismo, que lhe sucedeu epara o quai passaram quose todos os seusadeptos, o apelo ao subconsciente,- dodaísmo;10 — tira de pano, ser- pregas ou oabados,que encobre os pes de moveis estofados,formando um macho em cado um dos quatrocantos do movei; homem muito gordo, bemnutrido e, em gerol, pochorrenfo,- 13 — traba-lho mecânico de desgoste realizado pelaságuas correntes, e que também pode ser feito

pelo vento, pelo movimento das geleiras e,ainda, pelos mores (pl.); 16 — prova a quealguém é submetido e pela qual demonstrasua capacidade em determinoao assunto oumatéria (pl.); observação minuciosa feita pelomedico, para avaliar o estodo de saúde físicoou mental do paciente (pl.); 17 — (ant.) nesteano; 18 — erva lenhoso e trepadeira, dafamília das leguminosos, forrageira para ogado em certas regiões do N.E., cujas vagensproduzem uma espécie de feijão aproveitá-vel, sendo as folhas trifolioladas e as floresvioláceo-pálidas; 23 — alimento feito demassa de farinha de trigo ou outros cereais,com água e fermento, de forma em geral ¦arredondada ou alongada,- qualquer massamais ou menos compacta que lembra um pão,usada como alimento ou para outros fins,- 25— pequena imagem de três cabeças e quatrobraços, que os calmucos e mongóis levavamdo Tibete e usavam como amuleto, pendura-da ao pescoço; 26 — título que os chinesesdavam aos deuses superiores e aos imperado-res. Léxicos: Morois,- Melhoramentos,- Aurélio eCasa novas.

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SOLUÇÕES OO NÚMERO ANTERIOR

HORIZONTAIS — sapopemas; axipetos; radiocola; age;agenos; macareno; anemona; ca; girotes; hf, od, nos; para;end; etapa,- ostensores.

VERTICAIS — saramago, padecer, oxi, picoroto, epigeneses;mecenas, atono, sassafras,- aganides,- amonte,- chape,- par;nt; to.

Correspondência e remessa de livros e revistascharaaísticos para: Rua das Palmeiras, 57 ap. 4 —Botafogo — CEP 22 270.

ARIES 21/3 a 20/4

O ariano vive um excelente momento financeiro,com excepcional possibilidade de solidificação aesua atual condição profissional. Seja gentil notrato com colegas de trabalho. Controle maisefetivamente os suas despesas. Notícia agradavelde parente próximo. Sentimentalmente favoreci-das as iniciativos novas. Saúde ainda inalterada.

TOURO — 21/4 a 20/5 .

Grande possibilidade em seu setor profissionol.Acontecimentos beneficamente inesperados. Sai-ba controlar positivamente sua tendência a umaconstante atividade nervosa. Plano pessoal efamiliar recomendando cautela e bom senso natomada de novos decisões. Busque maior solidifi-cação para seus sentimentos, evitando um confu-so posicionamento diante da pessoa amada.Soúde em dia negativo. Controle seus nervos.

GÊMEOS — 21/5 a 20/6

Uma pessoa amiga poderá decepcioná-lo hoje deforma bastante acentuada. Tendência a um com-portamento imoderodo nas suas relações pessoaise profissionais. Plano financeiro beneficamenteinfluenciado pela tomada correta de iniciativasanteriores. Procure dedicar-se um pouco mais aorelacionamento com pessoas próximas. Plano sen-timental indicando sucesso com o sexo oposto.Soúde boa. Nada o se temer.

CÂNCER — 21/6 a 21/7

Hoje o conceriano estará propenso o agir deforma impensada. Busque ajustar melhor o equi-líbrio entre suas emoções e a razão. Questões jáiniciadas podem ser favoravelmente conduzidashoje. Notícias boas vindas de longe. Sensibilidadebastante apurada no trato com a pessoa amada.Saúde inalterada. Organize de forma mais efi-ciente uma atividade de caráter físico.

LEÃO — 22/7 a 22/8

Período que será marcado pelo ocorrência depequenas explosões de gênio do nativo de Leão.Recomendado Hoje maior controle. Perspectivasexcelentes no plano profissional. Um agradávelencontro com nativo (a) de Libra pode despertar-lhe paro novos sentimentos. Boa notícia no planofamiliar. Saúde com indicações de acentuadatendência a problemas pulmonares ou das viasrespiratórias.

VIRGEM — 23/8 a 22/9

Um seu projeto receberá nova dimensão comexcelentes resultados. Novos fatos concretos modi-ficarão sua concepção profissional baseada emmera intuição. Favorecidos os contatos com entl-dades e pessoas ligadas a governo. Plano familiarrecomendando maior solidariedade a pessoa»próximas. Bom momento com a pessoa ornada.Saúde neutra. Busque maior repouso.

LIBRA — 23/9 a 22/10

Uma atitude no plano financeiro só deve sertomada após detida análise. O libriano, se jáaniversariou, entra agora em fase de influênciaaltamente positiva, com excelentes perspectivas.Gratificante reconhecimento pessoal. Apoio e aju-da de terceiros. Harmonia familiar. Sentimentosnovos. Saúde boa.

ESCORPIÃO — 23/10 a 21/11

Obstáculos de caráter financeiro e profissionalpodem ser superados hoje, dia dotado de aspectospositivos para o nativo de Escorpião. Risco dedesentendimento com pessoa muito próxima.Condicione-se mais positivamente no relaciona-mento familiar e afetivo com a pessoa amada.Saúde boa. Evite locais muito acidentados.

SAGITARIO — 22/11 o 21/12 .

Dia bastante favorável a empreendimentosligados à terra ou o edificações. Acentuada possi-bilidade de melhora financeira. Desaconselhadosas negociações que envolvam aparelhos elétricose eletrônicos. Plano familiar em fase de equilíbrioe consolidação. Relacionamento afetivo em perío-do de sensível manifestação de ofeto. Saúde toa.Repouso recomendado.

CAPRICÓRNIO — 22/1 2 a 20/1

Plano profissional em fase neutra com indica-ções que favorecem a atitudes firmemente adota-das após sereno meditação. Bom período paroreformas ou para o aquisição de casa própria.Cuidado com especulações ou negócios duvidososem investimentos sem ganho certo. Evite posicio-nar-se de forma radical no relacionamento comparentes e com a pessoa amada que lhe reclama-rá mais coerência. Saúde inalterada.

AOUARIO — 21/1 o 19/2

Sua estabilidade financeiro poderá ser obtidocom reflexão sobre o equilíbrio correto de seusganhos. Bom período nas atividades profissionais.Evite otrito com colaboradores e pessoas próxi-mas. Risco de desagradável notícia de parentedistante. Plano sentimental estável. Saúde emfase neutra.

PEIXES — 20/2 a 20/3

Dia com indicações de novos conhecimentos econtatos que podem influir em seu comportamen-to. Perspectiva de acentuada melhora em suascondições financeiras. Novidades em relação aamigos e pessoas próximos. Tronquilidade noplano doméstico. Sentimentalmente deve ser evi-tado o isolamento. Organize programas. Saúdeboa.

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Doze Escrovos 6 Mesa do Senhor. 1

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CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL n Rio de Janeiro, quarta-feira, 15 de outubro de 1980 ? PÁGINA 9

POSTOS FECHADOS, TURISTAS EM RECESSO

CABO FRIO PROCURA SOBREVIVER A

CRISE DA GASOLINA

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O movimento de fim de semana em Cabo Frio caiu a níveis assustadores, mas, mesmo com acidade vazia, com os hotéis sem hóspedes e os restaurantes sem comensais, conseqüência do

fechamento dos postos de gasolina aos domingos, já começam a surgir reações.O comércio turístico local, em reuniões freqüentes desde que foi

decretado o fechamento dos postos,procura soluções alternativas bastante viáveis

Ralph Bravo

SE

uma pesquisa de im-popularidade fosse rea-lizada hoje em CaboFrio, o presidente doCNP, General Oziel de

Almeida, certamente estaria en-tre os 10 mais votados. Ao deter-minar o fechamento dos postosde gasolina do município aos do-mingos, dando fim a uma exceçãoque se estendeu por um ano paraatender ao turista de fim de se-mana, ele conseguiu desagradarde uma só vez todos os setores deatividade da cidade que têm noturismo, direta ou indiretamente,a sua principal fonte de renda.

A medida, que já vigora hádois fins de semana, surpreendeuCabo Frio em plena entressafra(ou baixa temporada, como prefe-rem chamála os hoteleiros), quan-

do a taxa de ocupação dos hotéiscai para 24%. A medida tornouinviável um projeto longamenteelaborado no primeiro semestredeste ano pela iniciativa privadae o poder público — o ProgramaBaixa Estação — visando justa-mente a atrair turistas à Regiãodos Lagos fora das temporadas deverão e de férias.

Em Cabo Frio os postos degasolina fechavam às sextas-feiras ao meio-dia, reabrindo nodomingo, no horário das 12h às21h, dando oportunidade ao turis-ta de abastecer o carro e retornarpara casa ainda no domingo. Oshoteleiros ainda acreditam que amedida possa ser revista e piei-teiam o fechamento dos postosem dias úteis. A Secretaria Muni-cipal de Turismo, por sua vez,prefere desenvolver fórmulas al-ternativas — incentivar o uso decarros de aluguel para os desloca-

mentos urbanos, por exemplo —precavendo-se contra a possibili-dade de a proibição permanecer.

* * *O Programa Baixa Estação foi

elaborado em conjunto pela Se-cretaria Municipal de Turismo,Companhia de Turismo do Esta-do do Rio de Janeiro — Flumitur— Associação dos Hoteleiros eSimilares da Região dos Lagos —Arlagos — e mais seis prefeiturasda Região dos Lagos. De agostoaté novembro, o turista dispõe deum desconto de 30% nas diáriasda rede hoteleira e ainda 15% nosrestaurantes filiados à Arlagos.

Para participar, basta obter oCartão Turismo Especial junto aoagente de viagem, ou diretamen-te no hotel escolhido. As diáriastêm preço fixo e a principal van-tagem é a possibilidade de gozara vida calma da comunidade, co-nhecendo seu dia-a-dia e suas

TERESÓPOUS ") SAQUAREMAO séu tanque de gasolina dá para Ir. e voltar, com sobral

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manifestações culturais, cuja ob-servação fica mais difícil nas épo-cas de maior fluxo turístico.

O Programa Baixa Estação foielaborado a partir de uma pesqui-sa de ocupação hoteleira queabrangeu 60% dos hotéis da Re-gião dos Lagos e indicou umataxa média anual de ocupação de38,7%, ou seja, uma ociosidade de61,3%. Segundo os resultados dapesquisa são as seguintes as ta-xas mensais de ocupação dos ho-téis da Região dos Lagos: janeiro,74,4%; fevereiro, 70%; março,36,1%; abril, 26,5%; maio, 20,5%;junho, 20,9%; julho, 43,6%; agos-to, 36,5%; setembro, 27%; outu-bro, 24,1%; novembro, 38,2%; edezembro, 49,7%.

O CNP não está com inten-ção de racionar gasolina, mas simde acabar com o turismo, desaba-fou irritado o presidente da Arla-gos, Eduardo Cavalcanti, que ad-ministra o Hotel Marlin, preferidopelos mineiros e próximo à praiado Forte, com 66 apartamentos.Na opinião de Cavalcanti, a medi-da não resultará em racionamen-to, afetando unicamente o turis-mo na baixa temporada. Ele pro-testou oficialmente em nome daentidade em carta ao presidentedo CNP e dirigida ainda à Embra-tur, Flumitur e Gerac, órgão que,segundo ele, "distribui gasolinaaos postos".

Será o caos — advertiuEduardo, exibindo um telex queacabara de receber da SilviturTurismo, de Belo Horizonte: "Fa-vor cancelar reserva para dias18/19/20 deste mês — Gratos —Silvitur — Belo Horizonte — Li-ma." — O fechamento dos postosaos domingos vai diminuir aindamais o fluxo de turismo na baixatemporada e irá provocar um pro-blema social em Cabo Frio. Gaso-lina cara já é ruim, mas faltandoainda é pior. O Hotel Acapulco jácomeçou a despedir funcionáriose eu vou fechar dois andares e"deixar apenas um funcionandotão logo termine a temporada —afirmou o hoteleiro, que empregano Marlin 42 empregados commédia salarial em torno de Cr$ 6mil.

No oficio que encaminhou aoCNP o presidente da Arlagos su-geriu que os postos fiquem fecha-dos às segundas, quartas-feiras esábados. Considera que a propos-ta não trará prejuízo ao habitanteda cidade, segundo as consultasque já fez. Uma reunião entrehoteleiros e companhias de óni-bus está prevista para esta sema-

na, com o objetivo de formularum projeto adicional de vanta-gens ao Programa Baixa Estação.Dessa reunião poderá sair, porexemplo, um sistema que con-temple o turista com pasagensgratuitas até o município, segun-do adiantou Eduardo Cavalcanti."Vamos buscar saída".

Para o Secretário de Turismo,Márcio Wemeck, o fechamentodos postos de gasolina durantedois dias úteis é uma boa alterna-tiva para resolver o problema.Preferiu, porém, após uma reu-niâo com o presidente da Flumi-tur, Henrique Oswaldo, e o repre-sentante da Secretaria Estadualde Indústria, Comércio e Turis-mo, Mauro Malta, adotar medi-das complementares de fomento,entre elas rever a lei de isençãofiscal no /sentido de atrair ao mu-nicípio empresas locadoras de au-tomóveis."Qualquer automóvel nacio-nal, garante o Secretário, tem au-tonomia para, com tanque cheio,sair do Rio, vir a Cabo Frio eregressar ao Rio sem abastecer,desde que náo rode enquanto es-tiver aqui". Pretende que os turis-tas utilizem carros de aluguel du-rante a permanência na cidade,guardando o seu para o caso deterem que retornar ainda no do-mingo.

A Secretaria pretende aindaentrar em contato com transpor-tadoras para o estabelecimentode novas linhas de ônibus de luxopara Cabo Frio e também com asagências de viagem no sentido deque programem mais pernoitesem seus pacotes para o municí-pio. Ao lado dessas medidas figu-ra ainda a possibilidade de a Pre-feitura aumentar a verba destina-da à Secretaria de Turismo(atualmente de Cr$ 7 milhões, se-gundo orçamento para 1981 enca-minhado à Câmara). Outra medi-da decidida na reunião com aFlumitur foi incentivar a instala-çâo de uma bomba de álcool noposto de gasolina de Búzios(Manguinhos). Em Cabo Frio to-dos os postos já têm álcool.

A Secretaria está lançando,ainda, um guia turístico em for-mato de revista, em cores, tradu-zido para o inglês (5 mil exempla-res), castelhano (3 mil exempla-res) e francês (2 mil exemplares!,cuja distribuição será feita no ex-terior através das agências dequatro companhias de aviação,sendo uma delas brasileira, outraescandinava e duas latino-americanas.

O guia tem 44 páginas, 150fotografias e mapa, onde, ao ladode indicações de pontos turísticose outros serviços, foi incluída umacarta náutica com a profundida-de de todo o litoral do município,desde Arraial do Cabo até Arma-ção dos Búzios. Os exemplaresem português — 10 mil — serãodistribuídos entre jornalistas eagentes de viagem (3 mil), sendoos restantes colocados à venda.

+ * *

Embora a medida adotada pe-lo CNP esteja em vigor há apenas15 dias, diversos setores de ativi-dade já sentiram seus reflexos. Osmotoristas de táxi calcularam emcerca de 30% a queda no fluxoturístico nos últimos dois fins desemana. Quem fez o cálculo foi omotorista Hercílio Oliveira, o Lo-lò, que faz ponto com o Opalabranco GI-0402 na Praça PortoRocha e costuma levar turistaspara conhecer as praias mais bo-nitas de Cabo Frio.

Para o proprietário da Giras-sol, Luiz Valderez, que possui trêscasas de doces e refeições rápi-das, "o movimento ficou péssimo.O Governo deveria dar uma aju-da à região, que não tem outrafonte de renda a não ser o turis-mo." Disse que ligam de outrosEstados e do Rio para sua lojaquerendo saber se os postos estãoabertos — "e eu minto descarada-mente."

O gerente do Posto Canal, Er-nesto Peres Moço, previu que dei-xará de vender cerca de 3 millitros de gasolina. Seu posto ven-dia 9 mil litros aos domingos, noverão, e 5 mil no inverno. Naúltima sexta-feira ele olhou a pe-quena fila, às 19h30m, e deu aprevisão: 6 mil litros. Ernestoconfirmou que no primeiro do-mingo da proibição manteve ape-nas a bomba de álcool em funcio-namento, mas no meio da tardeteve que fechar o posto por causada ventania que se abateu sobre acidade. Disse que muitos carros agasolina estavam exigindo queele os abastecesse com álcool pa-ra que pudessem voltar ao Rio eque isso ajudou sua decisão defechar o posto.

A medida não afetou em nadao engenheiro civil Luiz EduardoCardoso, de 24 anos, carioca deIpanema e com casa na Moringa:"Basta sair do Rio às 17h, comoeu faço na sexta-feira, após o tra-balho, e vir direto. Dá tempo dechegar e abastecer antes das21h."

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PÁGINA 10 ? CADERNO B O JORNAL DO BRASIL 0 Rio fie Janeiro, quarta-feira, 15 de outubro de 1980

Barhacena realiza seu 12° Festival das Rosas

Barbacena, MG —Principal centro da mi-cro-região dos Camposdas Vertentes, esta co-nhecida cidade mineirarealiza há 12 anos o seuFestival das Rosas.Sempre no segundo fimde semana de outubro,a festa representa aprincipal atração turís-tica e comercial da re-

ão, atraindo milhares!e visitantes dos princi-

pais centros do país, co-mo Belo Horizonte, Riode Janeiro e São Paulo.

Este ano, incluída nocalendário da Turmi-nas-Empresa Mineirade Turismo e promovi-da e patrocinada pelaPrefeitura Municipal deBarbacena, União Bar-bacenense de Floricul-tores, Comflor-Comércio de Flores eClube dos Diretores Lo-listas, a festa foi reedi-tada nós dias 11 e 12 emarcada por uma sériede festividades eeventos.

IMPORTÂNCIAECONOMICA

Além do aspecto cul-tural e turístico que re-presenta o Festival pa-ra o município, a produ-ção de rosas é uma ati-vidade econômica dasmais importantes paraBarbacena. Belo Hori-zonte, Rio de Janeiro,Vitória, Goiânia, Forta-leza e São Paulo são oscompradores mais assí-duos das 500 mil dúziasde rosas que são vendi-das em média por mês,mas elas também sãoexportadas para a Eu-ropa.

A variedade de rosasproduzidas em Barba-cena é grande e muitasvezes conseguida atra-vés de enxertos. Asmais encontradas emBarbacena são os vá-rios tipos de vermelhascomo as Baccara, Nór-dia, Zorina, Hona, RedScces, as encarnadas(Carina e Garnets), aSuper Star (coral), aEvergol (amarela), a La-ra (rosa) e a Motrea (tri-color). Além de rosas, acidade produz crisânte-

mos, estrelitzia, antu-rim, monsenhor, lírio ejipson.

Embora o mercadode rosas representeuma grande fonte de di-visas para o município,a exportação é o pontomáximo desta ativida-de econômica. Barba-cena iniciou suas ex-portações no mês deoutubro de 1972, atra-vés da Uniflor-UniãoBarbacense de Flori-cultores Ltda., quandofez seus primeiros con-tatos com a Alemanha.

A empresa iá vinhaatuando desde 1970,quando foi efetuada aprimeira remessa parao exterior, tendo os Es-tados Unidos e a Ale-manha Ocidental comopontos de referência.As exportações foramse expandindo ao longodos anos, atingindo ai-versos países da Euro-pa e Américas. Atual-mente, são duas as em-presas exportadoras: aUniflor e a Comflor-Comércio de FloresLtda, recém-criada. Es-tas duas firmas sãoabastecidas diariamen-te por 50 produtores.

Ao se associarem naUniflor, os produtores,além de ter seus preçosgarantidos, consegui-ram sanar uma série dedificuldades, com doen-ças e qualidade da flori-cultura. Contam comassistência direta deum especialista ale-mão, recebendo aindadefensivos e fertilizan-tes a preços de custo,além cie borbulhas paraenxertos.

EXPORTAÇÃO

O cultivo de rosas pa-ra exportação é um tra-balho que exige a maior

Saciência por parte dos

oricultores. A maioriadas plantações da re-gião tem menos de umhectare e requer cuida-dos especiais durantetodo o ano. Cultivadasem estufas, as varieda-des produzidas para omercado nacional sãoas rosas rústicas, gran-des e com cabos longos.

As finais, pequenas eresistentes, são as demaior procura para ex-portaçao.

A maior perda de ro-sas de exportação se dáquando estas saem doscaminhões frigoríficosque as transportam atéos aviões de embarque,a uma temperatura decinco graus centígra-dos, e permanecem vá-rias horas na tempera-tura ambiental.

As plantações da re-gião, que totalizam 50hectares, permitem ocultivo de 50 mil pés derosa por hectare, pro-duzindo cada roseiraem média quatro dú-zias por ano. A safra derosas coincide com aépoca de chuvas—outubro a março. Umaroseira vive 10 anos, se

odada anualmente, eca adulta 18 meses

após ter sido plantada.Depois da colheita, as

rosas são submetidas auma rigorosa seleçãode qualidade e trans-portadas até o Aeropor-to Internacional do Ga-leão, no Rio, em emba-lagens especiais. Che-

ando ao exterior, asores são colocadas no-

vãmente em caminhõesfrigoríficos e distribuí-das aos vendedores. Nonovo ambiente, as ro-sas se conservam porcinco dias, chegandomuitas espécies a fica-rem intactas até 10 diasapós a chegada.

Barbacena exportaatualmente uma médiade 10 milhões 250 milbotões de rosa por ano,perfazendo um total deCr$ 70 milhões, contrauma exportação de 10milhões na safra do anopassado. A Uniflor jáexportou, durante os 10anos em que vematuando, cerca de 52milhões de botões derosa. As exportaçõessão feitas principal-mente, para a Alemã-nha, Áustria, Inglater-ra, Itália, Suíça e Esta-dos Unidos.

As plantações de rosaempregam hoje mais de

5 mil pessoas, embora aatividade, segundo osprodutores, esteja cadadia mais difícil, dianteda falta de mão-de-obraespecializada, das con-dições climáticas da re-giao, com quedas brus-cas de temperatura, edo alto custo das terrasnas redondezas. A gran-de maioria dos produ-tores da Serra da Man-tiqueira se encontra as-sociada à Uniflor, o quelhes garante preços es-táveis.

A exportação de ro-sas promoveu a eleva-ção do nível de vida degrande parte da popu-laçào da região, mesmorepresentando concor-rência para os produtos,hortigranjeiros e mes-mo considerando que asuperprodução de fio-res leva a perdas cons-tantes de safras quenão são absorvidas pelomercado.

PROGRAMAÇÃO

O Festival das Rosas,realizado em Barbace-na desde 1968, sofreu al-gumas alterações comrelação à programaçãodo ano passado. Emprimeiro lugar, o localfoi modificado, transfe-rindo-se do Parque deExposições Bias Fortespara a Praça dos An-dradas, no Centro daCidade.

A Feira de Artesana-to Regional, realizadatodos os anos paralela-mente ao Festival dasRosas, não mostrou es-te ano os ricos traba-lhos dos principais ar-tesãos das cidades vizi-nhas — São João deiRei, Tiradentes, Pra-dos, Dores do Campo,Carandaí — bem comoos trabalhos dos mora-dores da cidade. Assim,os trabalhos em esta-nho e madeira de SãoJoão dei Rei, de esta-nho e cobre de Tiraden-tes e de sisal, palha,corda, pintura em louçade Baroacena e Caran-daí não puderam serapreciados por todosaqueles que participa-

ram do Festival dasRosas.

A Feira das Nações,também montada to-dos os anos no Parquede Exposições BiasFortes, não funcionouneste 12° Festival dasRosas, não trazendopara o público as barra-cas de comidas típicasgaúchas, americanas,portuguesas e alemãs.

Este ano, as festivida-des se iniciaram no sá-bado, com abertura ofi-ciai às 18h e exposiçãoe venda de rosas na an-tiga Socomatel, à Ru&XV de Novembro, 62. Anoite, o Baile das Ro-sas, nos salões do Olím-

gico Club, que elegeu

larla Coelho Bravo,candidata do RotaryClube de Barbacena, aRainha das Rosas 1980.

No domingo, o augedas comemorações. Noinício da tarde, um mo-numental desfile decarros alegóricos atra-vessou as principaisruas da cidade, indo daPraça Dom Sflvério àPraça dos Andradas, fa-zendo contorno peloClube Barbacenense. Odesfile foi acompanha-do pela Banda do 9o BPe pela fanfarra da esco-la Rafaela Menicucci,da cidade de Viscondedo Rio Branco. Após osdesfiles, os carros ale-góricos, ornamentadoscomi arranjos de milha-res de botões de rosas,permaneceram em ex-posição no interior doJardim Municipal.

Na passarela, monta-da na Praça dos Andra-das, em frente ao Pala-ce Hotel, houve desfiledas candidatas queconcorreram, no sába-do, ao título de Rainhadas Rosas. O Prefeitode Barbacena, Sr. Vi-cente Araújo, fez a co-roação da vencedora.No final da tarde, amaioria dos barbace-nenses ^participou daprocissão em homena-gem a Nossa SenhoraAparecida, que termi-nou com uma missacampal na matriz deNossa Senhora da Pie-dade.

A Rainha das Rosas 1980, Karla Coelho Bravo e suas princesas, eleitas embaile organizado pelo Clube dos Diretores Lojistas de Barbacena

INFORME ESPECIAL

O desfile de carros alegóricos enfeitados com milhares de botões de rosasrepresentou o auge das comemorações' do 12° Festival das Rosas

Barroso recebe Governador e reivindica obras Hotel Senac Grogotó

Situada na microregiãoCampos das Vertentes, a 200quilômetros de Belo Horizonte,esta cidade conta hoje com 21mil habitantes, distribuídos en-tre a área urbana e os quatropovoados da Zona Rural —Boavista, Caetés, Estiva eCaieira. A maior fábrica decimento do Estado e segundado Brasil, a Companhia de Cie-mento Portland de Barroso, comcapacidade de produção anualde 30 milhões de sacos decimento, coloca o município en-tre os 15 de maior arrecadaçãode ICM, entre os 722 municí-pios mineiros.

No último dia ló de agosto,o Governador Francelino Perei-ra dos Santos esteve no cidadepara participar das solenidadesdo 25° aniversário de instala-ção da Companhia de CimentoPortland Barroso. Além de visi-tar as instalações da CCPB, fezuma visita à Prefeitura Munici-pai, a convite do Prefeito JoséBernardo Meneghin.

Por ocasião da visita do Go-vernador do Estado, o Prefeitofez um discurso '

pleiteandouma série de benefícios, não sópara Barroso como para toda aregião. O pronunciamento ini-ciou-se com uma saudação aoSr Francelino Pereira: "Estamosvivendo hoje mais uma etapaindelével no história do Muni-cípio de Barroso. A presençaviva do Governador do Estadode Minas em nosso meio seconstitui em motivo de justoorgulho para o povo barro-sense."

EMATER E COHAB

O Prefeito de Barroso cha-mou a atenção para a inaugu-ração recente do escritório daEmater, que contou com a pre-sença do Secretário de Agricul-tura de Minas, Sr Gerardo Re-nault. Segundo o Sr José Ber-nardo Meneghin, esto iniciati-va é uma forma de o Governodo Estado e de o Governo doMunicípio incentivarem o pro-dutor rural, para que, com no-vas técnicas e toda assistêncianecessária, possa produzirmais e melhor.

Mencionou ainda a assinatu-ra de um convênio entre oPrefeitura Municipal e aCohab, com a presença do Se-cretário de Obras Publicas doEstado, Sr Carlos Elói, para oconstrução de 300 casas popu-lares. Segundo o Prefeito, este

is'**. <M& M ¦Hill M

O Prefeito de Barroso, José Bernardo Meneghin, recebe o Governador Francelino Pereira eo presidente da Assembléia Legislativa, Deputado João Navarro, nas festividades pelo

25° aniversário da cidade

convênio irá diminuir o proble-ma de moradia na cidade, èli-minando as despesas com alu-guel, que representam pesadoônus no receita dos mais neces-si tados.

A Prefeitura de Barroso,atenta aos problemas sociaisda população, tem-se preocu-pado com a assistência e amelhoria de vida do barrosen-se. Para tanto, tem procuradotratar os operários, mais de 300homens, com toda a humani-dade possível, pagando-lhessalários justos e em dia, alémde oferecer-lhes, todas as ma-nhãs, em uma cantina própria,construída pela municipalida-de,' uma merenda reforçadapara que consigom suportarsua jornada de trabalho.

O Sr José Bernardo Mene-ghin lembrou o perfeito entro-somento entre os Poderes Exe-cutivo e Legislativo de Barroso,o que tem possibilitado ao Go-verno municipal o desenvolvi-mento e execução de projetosnos mais diversos setores.

REIVINDICAÇÕES

O Prefeito apresentou ao Go-vernador do Estado uma sériede reivindicações de suma im-portáncia, não só poro a cida-de, como também para todos osmunicípios vizinhos. Em pri-meiro lugar, lembrou a necessi-dade da construção em Barrosoda sede própria da Delegaciade Polícia, oferecendo poro is-to, com escritura passada, umlocal apropriado junto à Praçalc de Janeiro.

Ressaltando a vocação indus-trial do município, que além deprimeiro produtor de cimentode Estado é um dos principaisprodutores mineiros decai, pro-duzindo artefatos de cimento eargila, o Prefeito ofereceu osincentivos necessários para ainstalação de novas indústriasna cidade, que prestariam ser-viço a uma vasta região demais de 150 quilômetros deraio.

"Precisamos aumentar nossoparque industrial, pora absor-ver a mão-de-obra existente naregião e aproveitar as riquezasexistentes no nosso município.Para isso, contamos com toda ainfra-estrutura necessária,além da localização privilegia-da de Barroso, próxima aosprincipais mercados do país —Rio, Belo Horizonte e São Paulo.Temos ainda energia cedidapela CEMIG e um moderno sis-tema telefônico da Telemig,com DDD e DDI".

Como última reivindicação, oSr José Bernardo Meneghin pe-diu o asfaltamento da estradaque liga Barroso a Dores doCampo e Prados, três cidadesirmãs da Microrregião do Cam-po das Vertentes. Esta estradaasfaltada, passando por Doresdo Campo, se ligaria a rodoviaque liga São João Del Rei aBelo Horizonte, nas proximida-des de Lagoa Dourada, promo-vendo a integração de todo aregião.

ADMINISTRAÇÃO

Com grande experiência no

O Serviço Nacional deAprendizagem Comercial —SENAC/ ARMG realiza a prepa-ração de mão-de-obra para aÁrea de Hospitalidade, atravésda Modalidade Operativa de-nominada "Empresa Pedagógi-ca", onde o treinando vivênciaa real situação do trabalho,com um Restaurante-Escola, noCentro de Formação Profissio-nal de Belo Horizonte e umHotel-Escola, na cidade de Bar-bacena.

Desde 1968, numa iniciativapioneira, o SENAC-ARMG vemdesenvolvendo no Hotel SENACGrogotó atividades de forma-ção profissional para a Área deHospitalidade. São ministradoscursos de Cozinheiro, Barman,Camareira, Garção, Copei ro,Lancheiro, Masseiro, Recepcio-nista de Hotel e ainda, a nívelde 2o grau, o curso de Assistên-cia de Administração Hoteleira.

Com a inauguração das no-vos instalações, prevista para ofinal do ano, o Hotel SENACGrogotó passará a ter 84 apar-tamentos, 5 suítes, música am-biente, televisão, frigobar, salade jogos, piscina, saunas, bar,restaurante, minicentro de con-venções. No anexo-escola, pos-sui alojamento com capacidadepara 40 estagiários profissio-nais, cozinha didática, bibliote-ca, restaurante modelo e salade projeções. O Hotel SENACGrogotó, que possui uma loca-lização privilegiada, contatambém com um Centro deArtesanato Regional e uma Ga-leria de Arte.

As reservas para o Hotel po-derão ser feitas pelo telefone(032) 331-41 11. Endereço: RuaCruz das Almas, próximo ò BR040.

setor público, tendo sido verea-dor por duas legislaturas e,como tal, presidente da Câma-ra de Barroso, o Sr José Bernar-do Meneghin vem desenvol-vendo um proveitoso trabalhoem sua Administração. Paraconsecução de seus planos,conta com a colaboração deuma equipe dinâmica, tendo àfrente sua esposa, a professoraMaria Cristina Meneghin, che-fe de gabinete da Prefeitura.

O empreendimento marcan-te de sua Administração foi otérmino das obras do HospitalMunicipal "Prefeito João Mace-do Couto" e a instalação deequipamentos sofisticados, queproporcionam à população lo-cal e das cidades circunvizi-nhas o melhor atendimentomédico da região.

Embora a conclusão dosobros do novo hospital repre-sente um desenvolvimentomarcante para toda a região, oPrefeito expressou sua contra-riedade quanto à situação doatendimento médico no cidade.

"Mesmo sendo o hospital do-tado de todos os requisitos deconforto e funcionalidade, nãoestá tendo por parte dos órgãospúblicos a devida atenção. Pa-ra se ter uma idéia, nem oINAMPS nem o IPSEMG fizeramo credenciamento aos médicosdo hospital. Para cobrir estafalta, a Prefeitura está pagan-do as consultas médicas paraos associados da PrevidênciaSocial."

FUNDAÇÃO"PRESIDENTE

ANTONIO CARLOS"

BARBACENA — MG

A Fundação "Presidente Antônio Car'os", de Barbacena. o*erece aosCandidatos ao Concurso Vestibular para o ano de 1981 os seguintes cursosFAC DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS "MATER DIVINAS GRATIAE 'Curso de Letras (Portuguès-lnglès e Portuguès-Francès) — 50 vagas (cadaopção) Curso de Pedagogia (Orientação Educacional. Administração Escolar.Inspeção Escolar e Supervisão Escolar) — 50 vagas (para cada opçào)Curso de História — 50 vagasCurso de Matemática — 50 vagasFAC DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS C0NtA3EIS E ADMINISTRADAS DEBARBACENACurso de Ciências Contábeis — 50 vagasCurso de Administração (Adm de Empresas) — 50 vagasFAC DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCiA.S DE BARBACENACurso de Direito — 60 vagas

EDITAL

Os Diretores das Faculdades de Filosofia Ciênoas e Letras "Mater DivmaeGratiae", Ciências Económ.cas. Contábeis e Administrativas de Barbacena e oeCiènoas Jurid.cas e Sócia s ae Barbacena. no uso de suas atr.buiçôes e naforma aa lei, resolvem instituir o CONCURSO VESTIBULAR UNIFICADO paraclassificações dos candidatos a matrícula nos cursos de graduação e licenciatu-ra no ano de 1981. ae acorao com as normas a seguir baixadast. DO CONCURSO0 Concurso Vestibular de 1981 será rea':zaao através das Provas aeComunicação e Expressão. Estudos Sociais, Francês ou Inglês Ciências

DO HORÁRIOAs provas ao Concurso Vestibular se'ào realizadas sucessivamente entre csdias 02 e 05 de fevereiro ae 1981 — 19 00 norasDAS INSCRIÇÕESAs inscnçòes estarão abenas no oenodo de 01 12 80 a 23 01 81 — à a-aMonsenhor José Augusto. 203 — ae 2à a 6a feira — ae 9 ãs 11, ae 13 às 17 eae 19 as 21 horas

t. DOCUMENTOS EXIGIDOS PARA INSCRIÇÃOrequerimento ae inscrição (fornecido peia Secretaria)Ia via do recibo de pagamento da taxa de inscrição — CrS 850 00(Banco Mercantil oo Brasil — Agènca ce Baroacena)Fotocópia autenticada do Tituio de EleitorDeclaração de Conclusão do 2° grau (2 •• as)CK fotografias 3 x 4 iae frente)Alem do ensmo superior a "Fundação Pres^e^te Antòn.o Ca,!os através aaEscoa se Ao caçáo cs f — 2: GRAj — c'erece os »3."es crscsprofissionalizantes

MAGISTÉRIO DE 1c GRAUTÉCNICO DE ENFERMAGEM• TÉCNICO EM MECÀMCAAs inscrições aos cursos profissionalizante:aezembroae 1980 5 es:sr5o acenas j partir ae 15 de(P

Restaurante Candelabro:a Itália em Barbacena

Aprimorando as instalações de seu primeiro restaurante, inaugura-do em 1957, quando chegou oo Brasil, o italiano GinoColvl montou em1967 oGino's il Candelabro, localizado à Rua 1° de Maio, n° 58. Alémda cozinha francesa, do mais alto gabarito, e uma ampla variedade depratos ò la carte, o Candelabro apresenta todos os fins-de-semanashows de conjuntos, com música ao vivo. Todos os dias, exceto àssegundas-feiras, à hora do almoço e do jantar, há apresentações depianistas das principais cidades vizinhas a Barbacena.

Prefeitura de Carandaí

desenvolve sistemas de

saúde, educação e energiaConhecida em todo o País como o

principal centro mineiro na produ-ção de tomate, repolho, moranga-híbrida, pimentão, abóbora e man-dioca, esta cidade tem à frente deseu Executivo municipal o Sr Benja-mim Teixeira de Carvalho, quevem prestando excelentes serviçosà população carandaiense. A atualAdministração tem como setoresprioritários o trinãmio saúde, ener-gia e educação.

A 133 quilômetros de Belo Hori-zonte, Carandaí possui cerca de513 mil pés de rosas, além decrisántemos, comercializados paraexportação através da Uniflor —União Barbacenense de Floriculto-res Ltda. É considerada trodicionalcentro pecuário, tendo como desta-que a bovinicultura de leite.

EDUCAÇÃONo setor educacional, a Prefeitu-

ra de Carandaí elaborou um exten-so e minucioso plano para a melho-ria de ensino dos 3 mil 655 alunosde Io e 23 graus, distribuídos entreas zonas rural e urbana. Cerca de200 alunos do zona rural, que selocomovem diariamente ate as es-colas do centro, foram beneficiadoscom passes utilizáveis em ônibusespeciais e de linha.

O município mantém oito escolasrurais de Io grau, com 950 alunos,oito escolas estaduais, com 979alunos, três escolas na sede, com 1mil 130 alunos, além de um giná-sio (Io grau) com 990 alunos e umcolégio municipal de 2o grau, com300 olunos. A Prefeitura forneceainda bolsas-de-estudo para a po-puiação que não dispõe de re-cursos.

SAÚDEO Prefeito de Carandaí, Sr Benja-

mim Teixeira de Carvalho, temdedicado grandes esforços no apri-moramento de condições que possi-biIitem uma assistência médica sa-tisfatória aos 14 mil 365 habitantesdo município. Para o atendimentodo população de baixa renda, foiassmado um convênio com o Ciíni-ca Psiquiatria da FHEMIG — Fun-dação Hospitalar do Estado de Mi-nos Gerats, em Barbacena.

A Prefe tura contratou méd;cos,dedicou verbas ao atendimento de

receitas médicas, ;agas diretamen-te as farmácias, ass.nou convèniccom o Pronto Socorro da Faculdadede Medicina de Barbacena. Elamantém na cidade um bem apare-lhado ambulatório e posto médicoe inaugurou recentemente, no dis-trito de Pedra do Sino, um novoposto médico.

OUTROS RECURSOS

O fornecimento de energia elétri-ca e o abastecimento de água sãoduas importante metas a serematingidas pela-atual administra-ção. Com inaugurações a cadamés, o Prefeito Beniamim de Car-valho tem-se empenhado em levarenergia elétrica, fornecida pelaCemig (Centrais Elétricas de MinasGerais), a todos os recantos domunicípio. Apesar dos períodos di-fíceis pelos quais passou a popula-ção com abastecimento de água,este problema sera sanado em bre-ve, quando toda a cidade contarácom os serviços da Companhiade Saneamento de Minas Gerais(Copasa).

A Prefeitura \à possui planoselaborados visando à construção deum terminal rodoviário em Caran-daí e aguarda pronunciamento daCompanhia de Habitação do Esto-do de Minas — COHAB para aconstrução de 307 unidades popu-lares na zona urbana da cidade,onde se encontram 40% da popu-loção

INDÚSTRIA E COMERCIO

Os estabelecimentos industriaisdo município são cerca de 10, comatividades diversificadas no extra-ção mineral (talco e gramto), trans-formação de minérios não metáli-cos, torrefaçóo e moagem de café,pré-moldados de cimento e Iam»-nados de pneus. A principal indús-fria é a Cmento Tupi SA

Carandaí exporta cai virgem,talco bruto, leite in natura, tomate,repolho, pimentão, cenoura, mo-rongos, péra, pêssego, botara-doce, couve-flor e pepino e importogêneros alimentícios, medicamen-tos, combustíveis, objetos de consu-mo e artigos para vestuário

CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL ? Rio r)e Janeiro, quarta-feira. 15 He outubro ile 1080 ? PÁGINA 11

Barbacena atrai turistas em todos

[ INFORMEESPECIAL_|

os meses do ano

Barbacena constrói obras do século

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O Prefeito de Barbacena, Sr Vicente Araújo, com aajuda do chefe de gabinete, Sr Carlos da Silva Fortes, e doSecretário de Turismo Márcio Maciel, promove a expansão

turística da cidade

Barbacena, MG — En-cravada na serra da Man-tiqueira, a 165 quilóme-tros de Belo Horizonte, es-te importante centro agro-pecuário e industrial doEstado apresenta um cli-ma ameno e aprazível, queatrai durante todas asépocas do ano centenas depessoas à procura de umlocal para repouso. Co-nhecida como a Princesadas Rosas, a cidade se or-gulha de ter uma dasmaiores produções de fio-res do mundo.

Atualmente diversifi-cando suas atividadeseconômicas, com a cria-ção de um distrito indus-trial nas proximidades dacidade, Barbacena produzqueijos e vinhos de quali-dade internacional. Temtambém uma FazendaRegional de Criação, dedi-cada ao bicho-da-seda, fa-mosa pela produção de te-cidos de seda pura.

HISTÓRIA

Barbacena teve origemem um pequeno aldea-mento de índios Puris, for-mado por jesuítas, juntoàs cabeceiras do rio dasMortes, no sítio denomi-nado Borda do Campo, epelas primeiras bandeirasque penetraram no terri-tório de Minas Gerais. Osíndios, pertencentes à na-ção Tupi, habitavam a zo-na do campo desde a Man-tiqueira e tinham por vizi-nhos, a Leste, os coroados,e ao Norte os carijós. Ten-do vindo do Sul, espalha-ram-se pelas regiões deQueluz e Congonhas doCampo. Os últimos des-cendentes desses aboríge-nes desapareceram emmeados do século xvm.

Os primeiros povoado-res paulistas e portugue-ses, provenientes a maio-ria de Taubaté, que cruza-vam a Mantiqueira pelaGarganta do Embaú e, nafalta de mineração, passa-ram a cuidar da lavoura eda criação, que lhe erammais rendosas. Esta açãofoi iniciada pelo capitãoRodrigues Garcia Paes,em 1698, e terminada como auxílio de seu cunhado,coronel Domingos Rodri-gues da Fonseca Lemos,já estabelecido na fazendada Borda do Campo. Co-mo recompensa, ambosreceberam vários títulos,privilégios e sesmarias aolongo do Caminho Novo,por eles aberto.

O quarto bispo do Riode Janeiro, Frei Antôniode Guadalupe, criou em1725 a primitiva freguesiade Nossa Senhora da Pie-dade da Borda do Campo.O primeiro vigário foi oPadre Luís Pereira da Sil-va, que teve como sedeprovisória, até 1730, a Ca-pela da Borda. Daí, a sededa freguesia foi transferi-da para a chamada igrejanova, atual matriz de Nos-sa Senhora da Piedade. Aconclusão da matriz sedeu no ano de 1764.

Por sua vantajosa posi-ção comercial, entre o Ca-minho novo e o Velho, queligavam Minas Gerais,Goiás e Mato Grosso aoRio de Janeiro, o povoadoprosperou. Em 14 de agos-to de 1791, foi elevado àcategoria de vila, pelo Go-vernador da Capitania,Visconde de Barbacena,cujo nome originou o no-me da cidade, desmem-brando seu território dostermos das vilas de sãoJoão e São João dei Rei.No começo de sua histó-ria, segundo contam, Bar-bacena recebeu o braçodireito de Tiradentes, ex-posto nos arredores daIgreja de Nossa Senhorado Rosário, na antiga Es-

trada Real que ligava oRio a Vila Rica.

Mais tarde, a cidade sus-tentou, mesmo contra avontade do Governadorda Província, forte campa-nha pela permanência deDom Pedro no Brasil. Emrepresentação ao PríncipeRegente, a 11 de fevereirode 1822, a vila de Barbace-na se propôs para capital,sede da Monarquia portu-guesa, oferecendo-se todaa população para lutar emdefesa do príncipe. Por es-te ato heróico, a cidaderecebeu o título, de "nobree muito real", mais tardeconferido pelo imperador,em alvará de 17 de marçode 1823.

Em 1833, a cidade se tor-na bastião de resistência àinsurreição de Ouro Preto.Mais tarde, participa viva-mente das campanhas daAbolição e da República,tornando conhecidas astradicionais tendências li-berais e progressistas dopovo de sua terra.

ATRAÇÕESTURÍSTICAS

A principal atração tu-rística da cidade é o co-nhecido Festival das Ro-sas, com início todos osanos na segunda sexta-feira do mês de outubro,com término no domingo.Várias são as festividades,destacando-se o Baile dasRosas, com a coroação daRainha e Princesas dasRosas, a confecção de ta-petes com flores naturaise o desfile de carros alegó-ricos, ornados com rosasnaturais, pelas principaisruas da cidade.

Os visitantes das maisdiversas regiões do Paísque chegam à cidade parao festival podem aprovei-tar para conhecer outroslugares atraentes da prós-pera Barbacena. O JardimMunicipal, na Praça dosAndradas, é totalmentearborizado e enfeitadocom rosas. As árvores,plantadas em 1844, abri-gam uma fonte luminosasonora, além de váriosanimais.

O Parque de ExposiçõesSenador Bias Fortes é umdos pontos mais conheci-dos da cidade. Ali se reali-zam anualmente a Expo-sição Agropecuária deBarbacena e a ExposiçãoEspecializada de GadoHolandês. Situado a trêsquilômetros do centro dacidade, construído em es-tilo suíço, apresenta oitopavilhões com vasta arbo-rizaçào, arquibancadas,picadeiros e restaurantes,além de um lago artificial,com uma pequena ilha co-berta de rosas.

Com uma população de110 mil habitantes, a cida-de possui 11 igrejas, dasquais a mais importante éa Matriz de Nossa Senho-ra da Piedade, rica em ar-quitetura barroca e data-da de 1764. A imagem desua padroeira é bicentená-ria e esculpida toda emmadeira, com frisos de ou-ro, pesando cerca de 400quilos. Na Basílica Menorde São José Operário,construída em estilo clãs-sico, encontram-se verda-deiras jóias artísticas mol-dadas em pedra, com figu-ras em tamanho natural.

Os museus são dois, des-tacando-se o Georges Ber-nanos, funcionando na ca-sa onde residiu o escritorfrancês radicado em Bar-bacena e falecido em 1948.No seu interior vê-se o seubusto, a bandeira com acruz de Lorena, além dedocumentos e objetos deuso pessoal.COMEMORAÇÕES

A rede hoteleira e de res-taurantes da cidade é das

mais desenvolvidas do Es-tado, satisfazendo a altademanda de visitantesatraídos por um calendá-rio de eventos que cobretodos os meses do ano.São 21 restaurantes e 12hotéis, com serviços varia-dos e especializados.

O Gino's il Candelabro,especializado em massas,com cozinha nacional e in-ternacional, apresentashows ao vivo todo fim desemana e revela ao barba-cenense a paixão de seuproprietário, o italiano Gi-no Calvi, pela terra natal.Para os turistas que dese-jam um local mais tran-qúilo para descanso, o Ho-tel Grogotó é a melhor op-ção, com localização privi-legiada, descortinandopara o verde da Serra daMantiqueira.

Geralmente, no mês demaio ou junho, data mar-cada pelo Ministério daAgricultura, realiza-se nacidade a Exposição Agro-pecuária e Industrial deBarbacena e a ExposiçãoEstadual de Gado Holan-dês, promovida pela Pre-feitura Municipal e Sindi-cato Rural de Barbacena.Durante os oito dias deexposição, mais de 200 milpessoas assistem a leilõesde gado e vêem a exposi-ção de máquinas e produ-tos agrícolas.

O Festival Nacional doQuiijo e Vinho, promovi-do pelo Senac, oferece aosapreciadores de produtosde boa qualidade, um dosdettaques da produçãopecuária municipal, oqueijo. Há exposição dequeijos e vinhos de produ-ção local e internacional,abrindo perspectivas paraum intercâmbio com pro-dutores de outros países.

AVANÇO CULTURAL

Barbacena conta hojecom um sistema educacio-nal de bases sólidas, com41 escolas estaduais, 37municipais, 16 partícula-res, além de quatro facul-dades. A Fundação Presi-dente Antônio Carlos,(FUPAC), mantém as fa-culdades de Medicina,Ciências Jurídicas e So-

ciais, Filosofia, Ciências eLetras e de Ciências Eco-nõmicas, Contábeis e Ad-ministração, com 1 mil 787alunos.

Abrangendo uma áreade 742 quilômetros qua-drados, a Princesa das Ro-sas dedica suas atividadeseconômicas à produçãoagrícola, destacando-se asflores, frutas e hortaliças.É significativa, também, aprodução de ovos, leite,aves e a criação de gadobovino e suíno.

A cidade tem 17 entida-des assistenciais, 11 desaúde, além de oito asso-ciaçóes desportivas e qua-tro culturais. Dispõe de 10jornais, três revistas, duasrádios, seis teatros, 32 bi-bliotecas e oito sindicatos.Há 13 estabelecimentosbancários, 11 papelarias e15 postos de gasolina.

Na área de saúde, Bar-bacena está com três hos-pitais clínicos, nove psi-quiátricos e 11 casas desaúde. A Prefeitura man-tém 13 unidades de saúde,incluindo o pronto socor-ro, em convênio com a Se-cretaria de Saúde do Esta-do e a Faculdade de Medi-cina da FUPAC. Instala-dos nos bairros mais ca-rentes da cidade, estespostos de saúde fazem dis-tribuição gratuita de ali-mentos para a população.

Em janeiro do próximoano, estará em funciona-mento o novo TerminalRodoviário, às margensda BR-040. Este empreen-dimento, em convênioDER-MG, DNER e Prefei-tura, é o primeiro para asolução da circulação viá-ria de Barbacena, atual-mente saturado. O trânsi-to de veículos é intenso noMunicípio, com uma cir-culação diária de mais de30 mil, entre automóveisde passeio, ônibus e veícu-los de carga.

O novo sistema de abas-tecimento de água, com acaptação das águas do riodas Mortes, fornecerá 10milhões de litros por dia.Ele será entregue à popu-lação até o final deste ano,substituindo o atual siste-ma, instalado em Barba-cena há 50 anos.

A Administração do PrefeitoVicente de Paula Araújo realizaneste município as obros doséculo, como ficaram conheci-das, pelos 1 10 mil habitantesda Cidade das Rosas, a im-plantação do novo sistema deabastecimento de água e aconstrução do terminal rodovia-rio, às margens da BR-040. Osdois empreendimentos estãoem fase de conclusão, com en-trega prevista para o inicio de1981.

Além destas duas importan-tes obras de infra-estrutura, aPrefeitura Municipal tem seempenhado em obras que, em-bora de menor vulto, possuemenorme significado social paraa população barbacenense. Pa-ra o futuro, está prevista aremodelação do sistema viárioda cidade, que apresentaatualmente sensíveis sinais desaturação.

DEVER CUMPRIDO

Eleito em 1979 um dos 10melhores prefeitos, entre os722 municípios do Estado, o Sr

Vicente de Paula Araújo estásatisfeito quanto ao papel de-sempenhado pela Prefeituradurante os seus quatro anos demandato. Segundo ele, quasetoda a programação de suacampanha eleitoral foi cumpri-do e se, mais não fez, foi emrazão da difícil situação con-juntural do País.

A propagação dos mandatosmunicipais, por mais dois anos,é encarada pelo Prefeito deBarbacena como uma boaoportunidade para a consolida-ção e conclusão de obras jáiniciadas. "Quando eleito parao desempenho de um mandatopúblico, o cidadão faz do poderum instrumento de promoçãodo bem comum, embora acar-rete prejuízos em sua vida pes-soai. Aceito a prorrogação co-mo forma de concluir obrasatrasadas por dificuldades deordem sócio-econômicas, comreflexo direto sobre o muni-cípio."

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Até o final deste ano, seráentregue à população o novosistema de abastecimento deágua, através da captação norio das Mortes, que fornecerá10 milhões de litros de águapor dia. A adutora, com exten-são de 5 mil 200 metros, serádotada com bombas de 600KWA. O início do funcionamen-to do novo sistema, que produ-zirá água suficiente para oabastecimento completo da ci-dade, desativará os 22 poçosartesianos de Barbacena, o quetraz uma redução de Cr$ 700mil em despesas de manuten-ção e energia elétrica.

A obra está sendo realizadapelo Departamento de Águasdo Estado (DEMAE), sob a coor-denação de seu diretor geral, oadvogado Edson Campos Pau-lucci. Segundo ele, o sistema deabastecimento de Barbacena éarcaico e não condiz com odesenvolvimento acelerado dacidade, apresentando dificul-dades crônicas, vigentes hámais de 50 anos.

Através de convênio firmadocom a Fundação de Serviços deSaúde Pública (SESP), do Minis-tério da Saúde, a Prefeitura deBarbacena, com apoio do entãolíder do Governo na Câmarados Deputados, Sr José Bonifá-cio Lafayette de Andrada, con-seguiu a liberação de Cr$ 7milhões 200 mil para a execu-ção do projeto. O DEMAE ini-ciou então os estudos necessá-rios para a efetivação dasobras.

Em junho de 1978, foi lança-da a pedra fundamental donovo sistema de abastecimentode água, que compreende anova estação de captação eelevatória de água bruta junto

ao rio das Mortes, com quatroconjuntos moto-bombas de 400HP, dos quais dois já estãocomprados e prontos para se-rem instalados. Cada um temcapacidade para uma produ-ção diária de 10 milhões delitros de água, o corresponden-te a todo o fornecimento doatual sistema de abastecimentoda cidade.

Entre a Estação de Captaçãoe Elevatório e a Estação deTratamento, está sendo cons-truída uma adutora com 5 mil200 metros de extensão, emtubulação de 350 mm de diâ-metro, dos quais 2 mil 700metros já estão assentados. Pa-ra a recuperação da antigaestação de tratamento, cons-truída há 15 anos, mas aindaem condições de pleno funcio-namento, se modernizada, se-rão necessárias revisões de mo-tores e equipamentos, tanquesde decantação, serviços deobras civis e extensão dos redeselétricos e telefônica.

SISTEMA VIÁRIO

O Prefeito Vicente Araújoconsidera imprescindível a re-formulação do sistema viáriode Barbacena, centro irradia-dor de trânsito, servindo deponte de ligação entre duasimportantes rodovias federais,a BR-040 e a Fernão Dias. Elecalcula que a sede do municí-pio conta com 7 mil veículoslicenciados e avalia o trafegodiário em mais de 30 mil, entreautomóveis de passageiros,ônibus urbanos, interurbanos,interestaduais, veículos de car-ga e camionetes."A primeira iniciativa auetomamos neste sentido foi a

construção do novo TerminalRodoviário, na periferia da ci-dade, em convênio da Prefeitu-ra com o DNER e o DER-MG. Estaobra está sendo feito sob adireção técnica do consagradoengenheiro, professor Humber-to Wilke Boratto, e será inaugu-rada no final de janeiro de1981. Para o seu término, estáprevista, ainda para este ano,a assinatura com a EmpresaBrasileira de Transportes Urba-nos (EBTU), de um contrato parafornecimento de novos re-cursos." ^

O Sr Vicente Araújo informouque para o ano de 1981 já seencontra em estudo, com o Mi-nistro dos Transportes, EliseuResende, a assinatura de umconvênio da Prefeitura de Bar-bacena com o GEIPO e a EBTU,para a solução do sistema viá-rio da cidade. Serão construí-das vias de contorno fora docentro urbano e acessos e trevosna BR-040.

PRINCIPAIS OBRAS

Um empreendimento de des-toque da Administração Muni-cipal foi a canalização de corre-gos para melhoria do meio-ambiente na cidade. As opera-ções nos córregos da Boa Vistae do Neto, numa extensão detrês quilômetros, já foram con-cluidas, a baixos custos e emconvênio com o DNOS.

O Prefeito ressaltou a assina-tura de um convênio com oGoverno Estadual para a cons-trução de um centro social ur-bano, cujas obras já foram ini-ciadas e estarão concluídasdentro de seis meses. O CSUoferecerá à população de poderaquisitivo mais baixo umaoportunidade de se integrar navida social da cidade. A admi-nistração estadual promoveainda, em vários bairros, asruas de lazer, com grande êxitoe participação da comunidade.

Ele destaca ainda o colça-mento de mais de 100 ruas nacidade, pelo sistema poliédrico,

com meio-fio e infra-estruturabásica. Na sua administração,foram construídas seis pontes,com uma melhoria sensível nasestradas vicinais do município,que somam mais de 752 quilò-metros. "Com isso, facilitamoso escoamento da produção hor-tifrutigranjeira e agropecuá-ria", acrescentou o Sr VicenteAraújo.

O Chefe de Obras da Prefei-tura, Sr Valentim Pressani, quevem servindo a municipalida-de desde 1925, durante a ges-tão de 11 prefeitos, reconheceua atuação da atual administra-ção como uma das melhores nahistória de Barbacena. "A me-lhoria dos serviços de infrea-estrutura da cidade, com a pa-vi mentação de ruos e a constru-ção de uma usina de asfaltofrio, verdadeiro pronto-socorrode buracos, está entre uma dasgrandes obras do Sr VicenteAraújo", afirmou.

ENSINOContando com uma equipe

atuante e dinâmica, tendo co-mo seu chefe de gabinete oprofessor Carlos José da SilvaFortes, o Prefeito afirmou ser omunicípio um modelo no setoreducacional. Lembrou a insta-lação de vários unidades esco-lares na cidade durante suaadministração, aumentandopara 39 o número de escolas domunicípio.

Segundo ele, três destas no-vas unidades já estão com ensi-no do Io grau completo e duasem processo de expansão desérie. A Secretaria de Educaçãode Barbacena conta ainda comum curso de supletivo do 1° e 2"graus, oferecido gratuitamenteà população interessada.

O Sr Carlos Fortes disse que oPrefeitura vem incentivando,com grande êxito, a criação dehortas escolares na maioria dasinstituições educaconais "Estamedida tem como objetivosprincipais o fixação do educan-do no campo e a melhoria dastécnicos agrícolas."Hoje é um dia muito especial

no calendário dos mineiros.

Barbacena está comemorando

uma de suas mais

tradicionais festas.

Quem se fizer presente vai

sentir que a cidade está mais

alegre, mais florida.

O povo mineiro, através dos

seus representantes no poderlegislativo, pede a palavra

para associar-se às

comemorações da "Festa

dasRosas."

Deputado JOÃO NAVARROPresidente da Assembléia Legislativa

do Estado de Minas Gerais

A Prefeitura Municipal

de Lagoa Dourada

realizou as seguintes

obras

Contratação de médico — três repetidores deTV — compra de caminhão basculante — canaliza-ção de águas pluviais e do córrego da Cacimba —milhares de metros de rede de esgotos — aberturade inúmeras ruas e praças — milhares de metrosna extensão da rede elétrica — substituição daantiga iluminação pública por lâmpadas a vaporde mercúrio em toda zona urbana — centenas demetros na canalização de água potável — exten-são da canalização de água potável — construçãode prédio para laboratório e extensão de séries —construção de duas escolas rurais e reformas deoutras — aquisição de mobiliário para o laborató-rio de ciências e para as escolas da rede municipalde ensino — centenas de volumes literários para abiblioteca municipal —calçamentos de várias ruas

perfuração de poço artesiano — instituição einstalação da Fundação Municipal de Saúde —criação do posto de identificação profissional —instalação em convênio do escritório da EMATER —construção do estádio municipal — convênio com oDAE para colocação de linhas elétricas nos povoa-dos de Arame e Bandeirinhas — contrato com aHIDROPOÇOS para perfuração de poços artesianos.

VAI REALIZAR

Término do prédio da Prefeitura (2o andar) —construção do almoxarifado — prédios escolaresem Mutuca (Arame), Diamante e Brumado —ampliações e melhoramentos nos prédios escolaresde Curralinho das Gameleiras, Abóboras e Mutuca

construção de piscinas e quadras de esportepoliesportivo — praças e jardins nos seguinteslocais: Rua Eliezer Ferreira de Resende, AntônioMartins de Almeida e Major Saturnino — obras emvias urbanas — calçamentos — meios-fios —drenagens e canalizações — aberturas de ruas —redes de água — redes de esgoto — saneamentodo córrego Cacimba — prédio para ambulatóriomedico — estação rodoviária.

JOSE AUGUSTO PEREIRAPt efeito Municipal de Lagoa Dourada

•-

Alem dos acervos de seus dois museus, a cidade tern muito para mostrar aos visitantes

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Além dos acervos de seus dois museus, a cidade tem muito para mostrar aos visitantes

A estagoo efevatoria do novo sistema de abastecimento deagua de Barbacena, com a captaqao do rio das Mortes,

fornecera 10 milhoes de litros de agua por dia

A estação elevatória do novo sistema de abastecimento deágua de Barbacena, com a captação do rio das Mortes,

fornecerá 10 milhões de litros de água por dia

mmmS ?*¦* §•># ~ . ; MmAs obros do Terminal Rodoviário de Barbocenc, estarão

concluídas em janeiro de 1981

SERVIÇO TURÍSTICO

COM o aumento da pro-

cura de excursões ro-doviárias, a Minitour,

com frota de 11 ônibus, comar condicionado, está com in-tensa programação com via-gens para Foz do Iguaçu, Ar-gentina e Paraguai, à Cidadeda Criança incluindo o SimbaSafari e o Butantã, ao preçode Cr$ 5 mil 800, e com 10% dedesconto para crianças atéseis anos, ou ainda ao Sul doBrasil, às Cidades Históricasde Minas Gerais, a Cr$ 7 mil300 e a Campos do Jordão.

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tos de Fortaleza para omês de outubro estáo

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w14 dias incluindo traslado parao Hotel Sheraton, guia paracompras e passeio por Manhattan.Saídas: 13 e 27 de novembroe 4 de dezembro. Parte aérea:USS 1,048.00. Parte terrestre (porpessoa): US$ 690.00 (duplo).Organização: APT.

SOUVENIR DE NATALNYC E MIAMI

Duração: 12 dias, com 5 dias emNova York e 5 dias em Miami. Saídas:30 de outubro, 13 e 27 de novembro.Traslado nas chegadas e saídas,passeio por Nova York e guia. Hotéis:Doral Inn (Nova York) e Howard Johnson(Miami). Parte aérea: USS 1,168.00. Parte terrestre:USS 340.00 (duplo), USS 280.00 (triplo).Organização: OMNITUR.

LAZER EM NOVA YORK

12 dias em Nova York, incluindo traslado, HotelBershire Place e guia acompanhando o grupo.Passeio opcional. Saída única: 12 de novembro.Parte Aérea: USS 1,048.00. Parte terrestre,por pessoa: USS 750.00 (duplo), e USS 1,230.00(individual). Organização: GULLIVER.

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10 dias em Nova York. Traslado ao hotel (DoralInn), guia e gorjetas incluídos. Saída única: 20 denovembro. Parte aérea: US$ 1,048.00. Parteterrestre: US$ 499.00 (duplo). mr_Organização: BELAIR ^L ^"^

Para maiores informações,dê um alô para o seu agentede viagens. E peça Pan Am.

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INDO

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EVINDO

Lúcio Ricardo

O sr. e sra. Mozart Victor Russomano, ele Ministrodo Tribunal Superior do Trabalho, viajaram paraCaracas pelo vôo 816 da VARIG. Foi entregar a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho aoMinistro do Trabalho da Venezuela, Prof. ReynaldoRodrigues Navarro.

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Viajando pela VARIG seguiu para os Estados Uni-dos, acompanhado de sua esposa, o sr. Luiz CarlosCunha, diretor da Gilete. Foi participar do congressode Administração de Materiais, que se realizará emLos Angeles.

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O diretor do Pão de Açúcar EmpreendimentosTurísticos, sr. Marcelo Correia de Araújo, seguiupara Madri pela VARIG. Na capital espanhola mante-rá contatos na área de turismo.

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ü ___r*" S_i IPara participar da reunião da União Internacional dasentidades de crédito imobiliário e poupança, para aqual foi eleito presidente, embarcou para Londres,pelo vôo 762 da VARIG, o sr. José Carlos de MeloOurívio, presidente da Veplan.

Também para participar da reunião da AssociaçãoInternacional de entidades de crédito e poupança,seguiram para Londres, pela VARIG, o sr. Luiz Paulode Souza Lobo e sra.. ele presidente da FomentoMorada.

O dr. Horácio Milliet, diretor-presidente do LLoydPaulista, embarcou pela VARIG para Paris, onde farácontatos com setores de resseguros. De lá seguepara Londres e Nova York.

vi___r_bPelo vôo 860 da VARIG seguiu para Nova York,acompanhado de sua esposa, o sr José EugênioGuisard Ferraz, diretor Económico-Financeiro daEmbratel. Foi tratar de assuntos da sua empresanos Estados Unidos.