EUA prometem à Tailândia tanques contra Vietnam Israel já ...

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r TEMPOMb die Nublado ainda vi-líilo a instabilidade, melho-rando no decorrei do período,Temperalura estável. Ventos:Sul a Este fracos o moderados.Máxima: 24.6, em Jacarepa-guó, mínima: 14, no Alio doBon Vista.

O Salvamai inferma qu*e mar «ito me» agitado,com águas correndo dolctt« para Sul. A tompt-Tahiia do água é d* 21

?|rous dentro do baia •

ora do borra.Temperaturas referentes às úl-timas 24 horas

(Mapas na Pagina 22)

PREÇOS, VENDA AVULSA:Rio de JaneiroDios úteis Cr$ 15,00Domingos ,CrS 15,00

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«S, SC, PR, SP, ES, MS, MT,GO, DF, BA, SE, AL, PE, PB,RNDias úteis CrS 20,00Domingos. Cr$ 25,00

Outros Estados« Territórios:Dias úteis CrS 25,00Domingos Cr$ 30,00

510 ACHADOSEPERDIDOS

ANA EMIUA REBELO GUIMARÃES—Comunica que foram roubado»todos os documentos. Cartão Di-ners, talão Brodesco. 286-0635.

COMUNICAMOS QUE FOI EX-TRAVIADO — O cheque n<683051 cte nossa emissão datadode 25/06/80 emitido contra oBanco Sul Brasileiro S/A — Ag.Pres. Vargas, no valor de 600mil emitido ao portador.

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VAMA INCORPORAÇÕES IMOBI-UARIAS LTDA — Declaro quefoi extraviado nesta Data o seuCartão de Inscrição Estadual81498881, bem como seu Docu-mento de Cadastro DOCAD. Riode Janeiro, 26 de Junho de1980 .

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JORNAL DO n Anl I jRio de Janeiro — Sábado, 28 de junho de 1980 Ano XC - N" 81 Preço. CrS 15.00

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^WK^WSêAlPAntônio Carlos Magalhães, o Presidente Figueiredo e Marco Maciel assistem ao enchimento da nova eclusa

EUA prometem àTailândia tanquescontra Vietnam

O Secretário de Estado norte-americano,Edmund Muskie, prometeu ontem ao Chance-ler tailandês Sitti Savetsila que os EstadosUnidos reforçarão militarmente a Tailândiacom o envio de 35 tanques e outros equipamen-tos de combate, nos próximos três meses, a fimde ajudá-la a fazer frente a novos ataquesvietnamitas.

Ainda em represália à invasão da Tai-landia, o Chanceler Saburo Okita anunciouque o Japão decidiu suspender toda a ajudaeconômica a Hanói até que todas as tropasvietnamitas saiam do território tailandês.Embora com menor intensidade, os vietnaml-tas voltaram a atacar ontem o campo de refu-giados de Ban Non Chan, a partir de suasposições na fronteira cambojana. (Página 13)

Israel já admiteretirada parcialda CisJordânia

Israel admite retirar suas tropasde todos os centros habitados daCisjordânia, após a concessão daautonomia palestina, e concentra-Ias em bases construídas nas proxi-midades, segundo prevê projeto pre-parado pelo Governo para ser apre-sentado aos Estados Unidos e aoEgito no próximo dia 2 de julho, emWashington.

A oposição trabalhista tambémelaborou projeto estabelecendo aretirada parcial das tropas e a desa-tivação de colônias consideradasnão essenciais à segurança. O con-trole da maior parte da Cisjordâniaseria devolvido à Jordânia, que teriaainda acesso livre ao porto de Gazae um status simbólico sobre o se-tor árabe de Jerusalém. (Página 13)

Khomeiny acusa oPresidente Sadrde incompetente

O ayatollah Khomeiny acusouontem o Presidente do Irã, BaniSadr, e o Conselho da Revolução de"incompetência" e ameaçou pedirao povo iraniano que "faça com eleso que fez com o regime monár-quico". Também denunciou a cor-rupção nos Ministérios, dizendoque: "Ainda são Ministérios satã-nicos. Até agora não conseguimoscorrigi-los."

Toda a indignação de Khomei-ny deveu-se ao fato de a adminis-tração continuar usando papel tim-brado com as insígnias do regimedo Xá. E deu um ultimato: "Sedentro de 10 dias se encontraremainda na administração papéis comestas insígnias, direi ao povo quefaça com o Presidente e o Conselhoo que fez com Pahlavi." (Página 13)

Fazenda autorizametrô a pedirUS$ 110 milhões

O Ministro da Fazenda, Ernane Galvêas,enviou exposição de motivos ontem ao Presi-dente João Figueiredo autorizando o Estadodo Rio de Janeiro a contrair empréstimo noexterior de 110 milhões de dólares <Cr$ 5bilhões 500 milhões), com garantia da União,para aplicar no Programa de Investimentosda Companhia do Metropolitano.

Em outra operação, os Ministérios dosTransportes, do Interior e da Indústria edo Comércio vão destinar Cr$ 2 bilhõespara montagem e instalação dos sistemasde sinalização, telecomunicações e eletri-ficação do metrô carioca. No Rio, o metrôinformou que a urbanização do Catete esta-rá concluída até o fim do ano. (Página 9)

Delfim mantém opetróleo nocálculo do INPC

O Ministro do Planejamento, Delfim Neto,informou ontem que os aumentos dos preçosdo petróleo não serão expurgados do INPC(índice Nacional de Preços ao Consumidor).No intervalo entre duas longas reuniões comempresários, o Ministro garantiu que a regio-nalização dos índices será a única alteraçãona política salarial.

Após a reunião realizada pela manhã,o presidente da Abineo, Firmino Rocha deFreitas, disse que, pela primeira vez, sentiu oMinistro seguro dos dados que transmitiu. Atarde, porém, o presidente do Grupo MonteiroAranha, Olavo Monteiro de Carvalho, sugeriuao Sr Delfim Neto que o Governo reduza osinvestimentos no programa nuclear. (Pág. 21)

Foto de Luli Cario» David&;:*>:.;' mijai

O Cardeal D. Eugênio Sales examina o carro müitar adaptadopara o desfile de João Paulo II pelas ruas do Rio de Janeiro

LivroDos quase 500 membros do Congres-

so Nacional, apenas seis são escritores,ligados à literatura por laços mais pere-nes do que a simples publicação decircunstanciais coletâneas de discursosou artigos. Emocionalmente divididosentre as letras e a política, eles reconhe-cem que esta é mais absorvente do que aoutra, mas sempre acham tempo paraescrever e todos estão com livros empreparo ou em vias de publicação.De politica também se ocupou, du-rante grande parte de sua carreira, umdos mais importantes autores deste sé-culo, Thomas Mann, alemão filho debrasileira, cuja obra-prima A MontanhaMágica está de novo ao alcance dosleitores de língua portuguesa. Conserva-dor até a I Guerra Mundial, Mann tor-nou-se ardente partidário da democra-cia e em seu romance mostrou como oautoritarismo levou a sociedade euro-péia ao desastre de 1914.

Caderno B

Geadas atingemParaná e aumentamo preço do café

Geadas na região cafeeira do Para-ná, que começaram a ocorrer ontem etendem a intensificar-se hoje, fizeramaumentar em mais Cr$ 100 o preço dasaca do café, que poderá chegar, naspróximas horas, a Cr$ 5 mil 700. NoNorte paranaense os dias de hoje eamanhã — em que as condições per-manecem favoráveis às geadas — se-rão decisivos para a cafeicultura.

No Rio Grande do Sul, que ama-nheceu ontem quase todo coberto pe-Ia geada, 13 cidades registraram tem-peraturas abaixo de zero — a mírümafoi em Cambará do Sul, com 6,7 grausnegativos — e o frio causou a primeiramorte, em Passo Fundo. São Joaquim,em Santa Catarina, com 6,2 negativos,teve seu dia mais frio do ano. SãoPaulo espera, na madrugada de ama-nhã, a entrada da massa polar. (Pág. 7)

Figueiredo dizque democracia nãotolera anarquia

O Presidente João Figueiredo ad-vertiu, ontem, em Juazeiro, interior daBahia, que "muitos se esquecem" deque no juramento que fez de transfor-mar o Brasil numa democracia está "im-plícito também o de não permitir aanarquia", acrescentando que contra osanarquistas "tenho a lei ao meu lado eela vai ser cumprida". Ele falou para 3mü pessoas numa praça.

A lei, segundo o Presidente, tam-bém "vai ser cumprida para que possa-mos continuar, a despeito de todas asdificuldades econômicas, crescendo àbase de 6% ao ano". Em resposta a umelogio do Senador Lomanto Júnior, dis-se que não está preocupado em entrarpara a história: "O que me preocupamuito mais é entrar no céu". (Pág. 4)

Empresariado nãoconsegue definirmodelo econômico

Os empresários paulistas Luís Eulãlio Vidi-gal, Roberto Dellamanria, Nilso Masini, SalvadorFierace e os dirigentes do PP concluíram ontem,num encontro em Brasilia, que o modelo econòmi-co do país continua marcado pela indefinição: nãochega a ser capitalista e também não é socialista.A reunião foi realizada no apartamento do Depu-tado Magalhães Pinto.

Na reunião, os empresários mostraram gran-de apreensão com a situação política e econò-mica do país e revelaram que numa conversacom o Vice-Presidente da República, AurelianoChaves, recentemente, examinaram com pro-fundidade as conseqüências de um retrocesso.Da conversa com o Vice-Presidente, os empresa-rios pediram reservas, quanto ao seu teor, aospolíticos do PP. (Página 2 e Coluna do Castello).

D. Paulo esperaque Papa tire opaís da depressão

O Cardeal Paulo Evaristo Arnsdisse, em São Paulo, esperar que avisita do Papa desperte ânimo ecoragem novos, "numa época emque o Brasil está bastante deprimi-do". Em Brasília, ao retornar doVaticano de seu encontro ad limi-na com o Papa, o secretário-geralda CNBB, Dom Luciano Mendesde Almeida, garantiu que eleconhece a situação concreta do po-vo brasileiro e tem encorajado aação pastoral da CNBB pela pro-moção social.

João Paulo II enviou telegra-ma ao Brasil solicitando uma mo-dificação de seu roteiro no Rio pa-ra incluir, dia Io, após o jantar noPalácio Sumaré, um encontro comintelectuais brasileiros. O CardealEugênio Sales calculou em 100 onúmero destes intelectuais. Um de-les poderá ser o poeta CarlosDrummond de Andrade.

O Governador Chagas Freitasgarantiu que segunda-feira será as-sinado o decreto que desapropria afavela do Vidigal, por interesse so-ciai: a fórmula de entrega dos ter-renos aos posseiros será uma etapaposterior. No Rio, 3 mil 100 conde-nados serão beneficiados pelo de-creto de indulto assinado pelo Pre-sidente Figueiredo: 100 estão pre-sos e os outros já estavam em liber-dade condicional ou sob sursis. Emtodo o país serão indultados 10 milpresos.

Para assistir à missa do Par-que do Flamengo, dia Io, da janelade um hotel, estão sendo cobradosCr$ 3 mil por pessoa, mas comdireito a buffet frio, torta de nozese garrafa de licor. Residênciasparticulares estão cobrando atéCr$ 50 mil por janela. (Págs. 14 e 15)

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2 - POLÍTICA E GOVERNO JORNAL DO BRASIL D sábado, 28/6/80 D Io Caderno

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Coluna do Castello

Empresáriosalmoçam com o PP

Brasília — Ontem, na residência doDeputado Magalhães Pinto, presentes o Se-nador Tancredo Neves, presidente do PP, oSenador Afonso Camargo e o DeputadoEdson Vidigal, do mesmo Partido, almoça-ram cinco empresários de Sáo Paulo, den-ire os quais os Srs Luís Eulálio BuenoVidigal e Cláudio Bardela. Deixaram decomparecer, por sè acharem adoentados, oSenador Gilvan Rocha e o Deputado ThalesRamalho, líder da bancada na Câmara.

Dáo assim os empresários seqüência,continuidade e método aos seus contatoscom a Oposição e com o Congresso Nado-nal. Não pretendem eles discriminar nosencontros com membros do Poder Legislati-vo e esperam prosseguir sistematicamenteconversas nas quais possam transmitir atodos os Partidos, inclusive o Partido dosTrabalhadores, suas apreensões com a si-tuação econômica e social do país. Elesabrem uma nova frente de diálogo, que,segundo a expressão de um deles, a crisemais do que sugere, impõe.

Como se sabe grupos de empresários deSão Paulo, depois de manterem contatoscom o Ministro Delfim Neto, procuraramdirigentes do PMDB, inclusive o DeputadoUlysses Guimarães. O almoço de ontemestendeu ao PP a frente de consulta e enten-dimento com o Poder Legislativo e deve-sepresumir que o PDT, oPTeo PTB estejamtambém na linha de preocupação das lide-ranças empresariais, ansiosas com a amea-ça que os problemas sociais começam aprojetar sobre o destino da vida econômicae política brasileira.

Pela primeira vez, desde a implantaçãodo regime militar, empresários reabrem odiálogo com os políticos. Postos em longaquarentena pelo Poder e menosprezadoscomo interlocutores válidos, pelos grupossociais que partilhavam das decisões, delasse beneficiavam ou eram por elas prejudi-cados. O diálogo entre políticos e emprega-dos e patrões praticamente cessara, comohavia cessad,o, ressalvada a exceção dasconveniências para uso externo, com osmilitares implantados no Poder. A reaber-tura de contato e de troca de idéias é umsintoma de que também os empresárioscompreendem que a abertura política seráa via natural de reencontro do Poder com anação e o caminho pelo qual deverão correras críticas e as reimndicações dos diversosgrupos sociais. Embora inquietos, os empre-sános oferecem uma oportunidade de am-pliação da abertura, incorporando o PoderLegislativo à faixa de diálogo estritamentemantida há 16 anos somente com o PoderExecutivo.

Ivete e Tancredo

Sentados à mesma mesa, a Sra IveteVargas e o Senador Tancredo Neves, presi-dentes respectivamente do PTB e do PP.

Tancredo, disse Ivete, nâo estou te co-nhecendo. Eu tenho muito apreço pelosministros do meu tio Getúlio. Não entendo atua mudança.

O Senador replicou: — Sou o mesmo,Ivete. Não mudei. Mas sei que você foibeneficiária do maior esbulho da históriapolítica do país.

A presidenta do PTB reagiu:—Esbulho,por quê? Aleié substantiva, ela não esbu-lha nem protege. Você é que perdeu o senso.A lei assina prazos e dá precedências. Aentrega da legenda do PTB ao meu grupofoi um ato como de alguém que entra numapadaria e pede aquilo de que necessita. Ovendedor atende. Se a mercadoria acaba eo que vem depois não pode ser atendido,nem por isso se dirá que ele foi esbulhado,Ele chegou depois.

No final, Ivete, já ao lado do seu advo-

¥ado José Guilherme Vilela, o Senador'ancredo Neves aproximou-se, estendeu-

lhe a mão e propôs: — Vamos fazer aspazes. A presidenta respondeu: — Agoraestá mais difícil. Meu advogado está aqui evocê vai ter que convencê-lo de que eu fuibeneficiária ae um esbulho.

Tancredo e Passarinho

O Senador Tancredo Neves, comentan-do atitudes recentes do Senador JarbasPassarinho, líder do PDS, disse que o Sena-dor pelo Pará havia deixado de falar danação para a nação. "Ele agora", comple-tou, "fala dos militares para os militares".

Da imortalidade

O Deputado Freitas Nobre, líder doPMDB, conversava com o Senador JoséSarney e observava: "Veja você, Sarney.Você e um escritor, um poeta, um contista,um romancista, uni orador. Tem trabalha-do e escrito muito e hqie está nessa lutapara ingressar mi Academia e alcançar amortalidade. Agora, veja o Francelino.Com duas frases, tornou-se imortal."

Ainda Tancredo

Numa roda, conversavam o MinistroIbrahim Abi-Ackel e Senhora, o SenadorTancredo Neves e o ex-Deputado José Apa-recido. A Senhora Abi-Ackel dirigiu-se aAparecido e comentou "Eu era uma gran-de admvradora do Senhor" O Sr TancredoNeves comentou "Nunca vi tempo de verbotão bem usado"

Carlos Castello Branco

PolíticoshomenageiamCastello

Brasília — No jantar queontem lhe foi oferecido noClube do Congresso pelosseus 60 anos, o jornalista Car-los Castello Branco foi saúda-do pelos dirigentes de todosos Partidos políticos brasilei-ros: Senador Tancredo Ne-ves, presidente do PartidoPopular; Sra Ivete Vargas,presidenta do Partido Traba-lhista Brasileiro; Senador Jo-sé Sarney, presidente doPDS; Deputado Alceu Cola-res, líder do Partido Demo-crático dos Trabalhadores;Deputado João Cunha, emnome do Partido dos Traba-lhadores e Deputado FreitasNobre, líder do PMDB.

Mais de cem pessoas com-pareceram ao jantar, inclusi-ve os Srs Magalhães Pinto,presidente de honra do PP; oSenador Luis Viana, presi-dente do Congresso Nacional;o jornalista Pompeu de Souzarepresentante da ABI emBrasília e promotor da home-nagem; Deputado NelsonMarchezan líder do PDS naCâmara e Sr Syleno Ribeiro,secretário-geral do Ministérioda Justiça.

GuerreiroencontraPinochet

Santiago — O Chanceler Sa-raiva Guerreiro almoçou ontemcom o Presidente Augusto Pi-nochet, após ter-se reunido du-rante mais de uma hora e meiacom seu colega chileno, ReneRojas Galdames, segundo se in-formou, "para discutir pontoscomuns na política externa dosdois países."

No encontro entre os doisChanceleres foram examinadastambém as minutas dos convè-nios nos campos comercial,energético e financeiro que se-ráo assinados amanha, no ter-ceiro e último dia da visita doMinistro Saraiva Guerreiro aSantiago.

AVANÇOS

O Chanceler Rojas Galdamesdisse após a reunião que cons-tatou "avanços em diversosplanos nas relações entre Chilee Brasil", acrescentando que fo-ram debatidos os problemas la-tino-americanos e a situaçãopolítica mundial. O Chancelerbrasileiro não fez comentáriossobre o encontro.

Antes, eles haviam instaladoa Comissão Cultural Chileno-Brasileira, que terá por flnali-dade pôr em execução o convè-nio de cooperação cultural ecientifica que os dois países as-sinaram em dezembro de 1976.

A noite, ao receber a conces-são da Grã Cruz Bernardo0'Higgins, condecoração máxi-ma do Governo chileno, o SrSaraiva Guerreiro disse no seudiscurso que "como resultadode nossas conversações, deve-ráo ampliar-se os campos decooperação entre Brasil e Chi-le." Na tarde de hoje, o Ministrodas Relações Exteriores visita-rá o Instituto de Estudos Inter-nacionais da Universidade doChile e á noite condecorará oChanceler Rojas Galdames, emrecepção na Embaixada brasi-leira.

TEMÂRIO

Fontes do Governo chileno,ao comentarem o encontro en-tre os dois Chanceleres, limita-ram-se a adiantar quê possível-mente destes contatos surgirá otemário da visita que o Presi-dente João Figueiredo deverárealizar a Santiago este ano.

A imprensa chilena assegu-rou que um dos temas discuti-dos pelos Ministros Rojas Gal-dames e Saraiva Guerreiro foi adisputa entre Chile e Argentinapela posse do Canal de Beagle,que está sob a mediação doVaticano. No seu editorial, ojornal La Nacion, órgão oficialacentuou que Brasil e Chile tra-dicionalmente seguem politi-cas externas que coincidem na"defesa dos grandes princípiosorientadores da convivênciaentre os povos, expressos norespeito aos tratados e convè-nios internacionais."

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Os empresários conversaram com dirigentes do PP no apartamento do Deputado Magalhães Pin to

Câmara pede a Abi-Ackelgarantias de vida paraDeputado do PMDB baiano

Brasília — A presidência da Câmara dos Deputadossolicitou ontem ao Ministro da Justiça. Sr Ibrahim Abi-Ackel, as providências necessárias para assegurar a segu-rança física do Deputado Elquisson Soares (PMDB-B Al. quese acha ameaçada, segundo relatório que lhe encaminhou olíder da Minoria, Deputado Freitas Nobre.

O Deputado Elquisson Soares afirmou que, de anteon-tem para ontem, ele e sua família ficaram quase até às 2horas da madrugada recebendo telefonemas ameaçadoresde pessoas que, a determinados espaços de tempo, ligavampara sua casa dizendo que irão matá-lo, além de declinarpalavras de baixo calão.

O ofícioEm oficio entregue ontem á tarde, em mãos, no gabinete

do Ministro .da Justiça, com o carimbo de "urgente", ,oPresidente em exercício da Câmara, Sr Renato Azeredo (PP-MG), encarece ao Sr Ibrahim Abi-Abkel que informe à Mesadaquela Casa Legislativa as medidas por ele adotadas emdefesa da vida do Sr Elquisson Soares, a fim de transmiti-lasao lider Freitas Nobre e ao próprio interessado.

No relatório encaminhado à Mesa da Câmara, e queoriginou o pedido de garantias de vida para o Sr ElquissonSoares, o Sr Freitas Nobre anexa a página original do Diáriode Noticias, de Salvador, Bahia, de 17 de junho de 1980, noqual é publicada uma declaração do Governador daqueleEstado, "com as seguintes expressões resguardadas pelasaspas, o que revela que se trata de afirmação precisamentefeita pelo mesmo:

"Por fim, eu acho desperdício processar um filho da..."Tais expressões — prossegue o líder do PMDB — dirigi-

das diretamente ao Deputado Elquisson Soares, conformese depreende da Integra da entrevista, não podem passarsem uma reação da Câmara, através de seu presidente,representante que é da instituição e responsável pela preser-vação de sua dignidade. Além de alcançar o Deputado, aafirmação grosseira alcança, também, o Legislativo, estan-do, pois, a merecer a imediata reação desta Casa do Con-gresso".

Informa, ainda, o Sr Freitas Nobre à presidência daCâmara que, "em plenário, os Deputados José Carlos Vas-concelos, Jorge Viana e Iranildo Pereira assistiram à amea-ça de agressão posterior contra o Deputado ElquissonSoares, partida de um parlamentar, fato que consideramosgrave e que não pode ficar sem o exame da mesa".

Acrescenta o líder da Minoria em sua representação áMesa que esse comportamento em relação ao DeputadoElquisson Soares não é um fato isolado, pois este vem sendoameaçado por telefone, juntamente com seus familiares, emtermos que revelam o nível de pessoas empreitadas paraessa ignominiosa tarefa".

O Sr Elquisson Soares disse ontem que é seu propósitoinsistir nas denúncias que vem fazendo sobre os benspessoais do Governador Antônio Carlos Magalhães, e revê-lou ter distribuído a vários parlamentares da Oposiçãocópias xerográflcas dos documentos que pretende ler datribuna da Câmara, logo após o recesso de julho. "Se meacontecer alguma coisa", observou o representante baiano,"os tetos que eu tencionava apresentar á opinião públicaserão divulgados por outras pessoas."

Deputado faz a defesade A. Carlos da tribuna

O Deputado José Amorim (PSD-BA), sem citar o nomedo Deputado Elquisson Soares (PMDB-BA), ocupou ontema tribuna da Câmara para acusar os parlamentares que"indiferentes ao momento sócio-económico em que vive opais e desvirtuando o sentido de seus mandatos, destratamhomens públicos, do quilate do Governador Antônio CarlosMagalhães, com acusações caluniosas".

Ele lembrou que a "campanha difamatória" iniciou-sejustamente numa praça cedida pelo Governador, "para oque se pensou seria uma festa de lançamento do PMDBnaquele Estado" "Ali onde se reuniam políticos dos maisrepresentativos da Oposição, homens de reconhecido valorem todo o país, surgiu uma distoante voz para, desprezandotodos os princípios de urbanidade, abandonando as regrasda convivência social, assacar as mais aleivosas. injuriosas edescabidas acusações á autoridade máxima do Governadordo Estado"

O Deputado José Amorim disse que o Sr Antônio CarlosMagalhães "ê uma das forças vivas mais valorosas da nação,uma de suas maiores expressões políticas, um lider autênti-co e hábil"

Empresários discutemconseqüências deum retrocesso político

Brasília — Os quatro empre-sários paulistas que estiveramontem com os dirigentes doPartido Popular demonstraramgrande preocupação com 8 si-tuaçáo política e econômica dopaís. Revelaram conversa man-tida com o Vice-Presidente daRepública, Sr Aureliano Cha-ves, quando se examinou, tam-bém, as conseqüências de umretrocesso político. Eles solici-taram, porém, reserva sobre oteor desta conversa.

O Senador Affonso Camargo(PP-PR) indagou-lhes por que oempresariado nacional não par-ticipa mais ativamente da vidapolítico-partidária, enfatizandoque, em conversas informais,tem constatado que grandepercentagem da classe discor-da frontalmente do Governo.Em tese, os empresários con-cordaram com a opinião de queas possíveis represálias gover-namentais têm desastimuladoesta partieipaçò.LEGISLATIVO

Participaram do encontro, noapartamento do Deputado Ma-galhães Pinto (MG), os empre-sários Luiz Eulálio Vidigal, Ro-berto Dellamanna, Nilso Masi-ni, Salvador Fierace e o profes-sor Celso Lafer. Além do Depu-tado Magalhães, estavam o Se-nador Tancredo Neves (MG),presidente do PP, o SenadorCamargo e o Deputado EdisonVidigal (PP-MA), presidente daComissão de Ciência e Tecnolo-gia da Câmara.qüèncias de um retrocesso poli-tico.

A excessiva participação doEstado na economia, o projetodo Senador Aloysio Chaves(PDS-PA) regulamentando odireito de greve e a viabilidadedo parlamentarismo foram ou-tros temas abordados pelos em-presãrios, que pretendem inter-vir com mais freqüência no pro-cesso legislativo.

Jânio nãoduvida daabertura

Sáo Paulo — "A garantia doMinistro da Justiça, Sr IbrahimAbi-Ackel, de que o pleito de1982 será direto é um passoseguro na direção da aberturapolítica e da democracia, tãodifundidas pelo PresidenteJoão Figueiredo", disse, ontem,o ex-Presidente Jânio Quadrosao comentar a declaração doministro de que as eleições dire-tas para Governador em X982,constituem "um fato consuma-do" para o Governo.

O ex-Presidente da Repúbli-ca assinalou que o PresidenteFigueiredo "tem anunciado pu-blicamente o seu desejo de queessas eleições sejam diretas eisso deve deixar feilizes os bra-sileiros. As eleições diretas ofe-recém também melhores pers-pectivas para a vida pública"O Sr Jânio Quadros está acon-selhando seus amigos a ingres-sarem no PTB.

Os empresários, cujas opi-niões nâo são uniformes, revela-ram que com o processo deabertura iniciado pelo Gover-no, chegaram à conclusão deque nào podem ter um diálogorestrito ao Poder Executivo.Precisam, ao contrário, intensi-ficar seus contatos com o PoderLegislativo, pretendendo fazeristo de forma suprapartidária.Já estiveram com dirigentes doPDS, e do PMDB. Após o reces-so parlamentar de julho volta-ráo a manter contatos, inclusi-ve com representantes do Par-tido dos Trabalhadores.

É do interesse do grupo man-ter representante permanenteno Congresso. Acreditam que,posteriormente, o empresaria-do do resto do pais venha tam-bém a participar do mesmo es-quema. Lembraram os políticosque, como o regimento da Cã-mara permite, até multinacio-nais já têm representantes (lob-by) atuando no Congresso.

REFORÇO AGRÍCOLA

A convicção do empresaria-do, de acordo com o que ficouimplícito, é que a prioridadeagrícola tem de ser reforçada.Se houver fracasso na produçãoagrícola, as conseqüências se-ráo muito drásticas. Eles mes-mos, como classe, estáo preocu-pados e rrultos estão colocandorecursos no setor. O DeputadoVidigal elogiou o comporta-mento do empresário MonteiroAranha, que vendeu ações daVolkswagen e empregou na ex-ploraçáo do babaçu no Mara-nhâo.

Houve, durante cerca de meiahora, analise da indefinição domodelo econômico do Governo,que não é verdadeiramente ca-pitalista e nem socialista. A in-definição governamental tam-bém no setor político mereceuuma análise do Senador Tran-credo Neves sobre as conse-

PMDB teráplantãono recesso

O Deputado Walter Silva(RJ), um dos vice-lideres doPMDB na Câmara, anunciou,ontem, ao chegar ao Rio, que oseu Partido decidiu manterplantões permanentes, em Bra-süia. durante o recesso consti-tucional de Julho, "para náo sersurpreendido por nenhumacontecimento." A decisão, ex-plicou, foi tomada em conjuntopela direção e lideranças peme-debistas no Congresso.

Segundo o parlamentar flu-minense, o Sr Ulysses Guima-rães, ao estabelecer os plantõesdo PMDB, "mostrou certo ceti-cismo com relação ao desde-bramento do projeto de abertu-ra política, dando a entenderque depois de encerrada a visi-ta do Papa ao Brasil o Gover-no, premido pelas graves difl-culdades econômicas, seja obri-gado a apelar para medidas ca-sulsticas."

PT inaugurasede em PEsem Lula

Recife — Sem a presença doseu presidente nacional, LuísInácio da Silva, retido em BeloHorizonte devido à falta de va-ga no vôo para Recife, o PT .inaugurou ontem a sede regio-nal do Partido, instalada numa'ampla casa da Rua do Sossego.

À inauguração, realizada ás.17h30m, compareceram o em-Jpresário Artur Lima Cavalcan-ti, o ex-lider camponês Manoelda Conceição (membro da exe-cutiva nacional do PT), o lídefdo Partido na Câmara, Deputa-do Aírton Soares (SP), o Depu-tado estadual José Eudes (RJ) eas atrizes Beth Mendes e LeilaAbramo.

O lider metalúrgico Luis Inâ-cio da Silva deveria sair de BeloHorizonte, onde esteve paralançar o PT mineiro, na manhãde ontem, mas foi impedido peCIo mau tempo, que paralisou oAeroporto da Pampulha. Quan-do os vôos foram reiniciados,não havia mais vaga no aviãopara Recife e Lula teve queviajar na cabine do comandan-te para 8alvador, de onde se-guiu para a Capital pemambu-cana.

Partido já admitea Constituinte

O PT poderá incluir a convo-cação da Assembléia NacionalConstituinte no seu programa,mas se o fizer, será sem a mes-ma ênfase das demais agremia-ções de oposição, e apenas co-mo uma proposta a mais dediscussão, informou ontem o li-der do Partido na Câmara, De-putado Aírton Soares (SP).

Para o parlamentar, "nâo po-demos chegai a uma Consti-tuinte sem que os trabalhado-res estejam organizados. Se is-so vier a ocorrer, a Constituinteserá aquela onde a representa-ção dos mais oprimidos nâo te-rá espaço".

— Assim — explicou—temosque dar tempo e esperar que ostrabalhadores se organizemAcenar agora com a convoca-çáo de uma Assembléia Consti-tuinte, como objetivo maior, se-ria colocar no programa do PT,como objetivo maior, algo com-pletamente desconhecido daclasse trabalhadora. Na verda-de, a Constituinte nos interes-sa, mas vamos verificar umaforma de chegarmos a ela, como trabalhador participando doprocesso.

O Deputado Aírton Soarescontestou a afirmação de ai-guns setores sindicais, segundoos quais o PT é uma propostaque divide a classe trabalhado-ra. "Dizer que o PT divide aclasse trabalhadora é falsearcom a verdade. O que se preten-de, é criar um canal para que ostrabalhadores se organizem. Bóbvio que os outros Partidosficam preocupados, porque namedida em que os trabalhado-res percebem que o Partido on-de ele participa, e no qual pode-rá desenvolver todas as tarefas,é o PT, ele vai começar aaderir".

Arraes nega queseja conselheiro

O ex-Govemador Miguel Ar-raes negou, ontem, que tenhaaconselhado o empresário Ar-tur Lima Cavalcanti a optarpelo PT, sob a alegação demanter unida a frente das opo-sições de Pernambuco. Ele in-formou que, como amigo, deuate outra opinião: "Pedi a eleque ficasse no PMDB, mas infe-lizmente nào fui ouvido."

O político pernambucanodesmentiu, assim, os rumoresque circulam nesta Capitaldando conta de que ele e opresidente da comissão execu-tiva provisória do PMDB, ex-Deputado Jarbas Vasconcelos,teriam induzido o ex-Prefeito aoptar pelo PT, que não havia seentrosado ainda com a frenteoposicionista no Estado, já in-tegrada pelo PP, PMDB, PDTeaté pelo PTB.

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Polícia prendetrês estudantes

Três estudantes — dois delesdirigentes de entidades estu-dantis — foram presos na ma-dragada de quarta-feira quan-do afixavam cartazes convo-cando a população para o comi-cio de lançamento do PT, queserá realizado no bairro de BoaViste no centro de Recife. Elesficaram durante sete horas nasuperintendência da PoliciaFederal de Pernambuco.

Esta denúncia foi feita, on-tem, por ocasião do lançamen-to do PT na praça da Indepen-dència Um representante doDCE da UFPE informou que ostrês estudantes - Jarbas Bar-bo&a da Silva, membro do DCE,Fernando de Melo Campos, doDiretório Acadêmico de Cien-cias Exataf. da mesma Univer-sidade e o secundarista CarlosHenrique Fialho de Brito - fo-,ram presos por quatro agentesda Policia Federal.

Disse ainda que. apesar denão terem sofrido nenhumaagressão física, os agentes Fe-derais apreenderam todo o ma-teria) de propaganda que elescarregavam Na manhã dequinta-feira, quando foram sol-tos. os policiais informaram aosestudantes que tinham sido en-contrados alguns cigarros demaconha dentro do carro emque eles estavam Jarbas Bar-bosa du Silva protestou severa-mente contra este tato e lem-brou aos agenteb que o carrohamii sido tvvlstado anterior-alenta e qut rvadii foi encon-craau

h superintendência da Poli-cib Federal nau disse ate o finaida tarde de ontem se os estu-dantes serão indiciados em uvquanto poi posse de tóxicos enem expuseram os motivo* dasua detenção.

JORNAL DO BRASIL D sábado, 28/6/80 D le Caderno poifneA. GOVERNO

Passarinho não crêque Oposição queiraderrubar o Govenw

Brasília—O lider do Govemo no Senado, SrJarbas Passarinho, declarou, ontem, que náoacredita numa estratégia das oposições paradesestabllizar e derrubar o Governo, a parar depronunciamentos violentos no Congresso, enão crê nem mesmo que as organizações queainda estão na ilegalidade tenham essa inten-cão, a náo ser o PC do B que, reafirmou suapreparação para a luta armada como forma dechegar ao Poder.

O Senador não acredita entretanto, que issoaconteça "porque confio multo no poder dis-

suasõrio da Igreja", e explicou que "quando sefala de oposições, há os Partidos registrados eas organizações da chamada "sociedade civil"(OAB, ABI, etc.), claramente em oposição, co-mo também uma parte da Igreja e as organiza-ções clandestinas, estas inexpressivas".

União graveO lider govemlsta só reformulou seu ponto-

de-vista ao argumentar que se essas organiza-

ções clandestinas unidas, decidirem partir paraa luta armada, "ai é grave". Mas voltou a citar aIgreja "como fator dissuasório, pois é umaorganização que deseja a renovação, nào a lutaarmada, por isto dou muita importância aopapel que ela desempenha no todo".

Ele considerou "uma interpretação inteü-gente" a afirmação do Sr Bonifácio de Andrada,vice-líder do PDS na Câmara, de que os oposi-cionlstas estão partindo para a radicalizaçãodos discursos como forma de polarizar o debate

e favorecer a aglutinação das oposições. Acha,todavia, que "a escalada de radicalização" con-tinua e vai ser difícil contè-la.

Lembrou que às lideranças cabe também opapel de se reunirem para evitar o pior edefendeu os parlamentares pedesslstas pelassuas atitudes em plenário, envolvendo-se emincidentes violentos, como os que a Câmarapresenciou quarta-feira, lembrando que eles"estão submetidos ao processo de violênciaverbal". Disse que a bancada govemlsta "ouvee é impedida de falar".

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28/6/80 d 1" Caderno

Marchezan

nega briga

com MinistroBrasília — O líder do Gover-

no tia Câmara, Deputado Nel-son Marchezan, desmentiu, on-tem, as versões publicadas nosjornais dando conta de que eleestaria a gastado com o Minis-tro da Justiça, Sr Ibrahlm Abi-Ackel, por ter este convocadouma reunião com os coordena-dores da bancada dó PDS semconsultar o líder do Governo noSenado, Sr Jarbas Passarinho,o presidente do PDS, SenadorJosé Sarney e o próprio Sr Mar-chezan.

O parlamentar afirmou queos convites para a reunião doMinistro com os coordenadoresde bancada foram distribuídospelo seu gabinete. Salientouainda que seu relacionamentocom o Sr Abi-Ackel é o melhorpossível e que se sente presti-giado pelo Ministro da Justiça,que tem fortalecido a ação de-senvolvida no Congresso porele e pelos Senadores Passari-nho e Sarney.FALTA DE ASSUNTO

O Deputado Nélson Marcho-zan atribuiu apenas à "falta deassunto" as Informações de queteria se Irritado com o Sr Abi-Ackel por se encontrar com oscoordenadores de bancada semcomunicar-lhe essa reunião.

Sobre as declarações do ex-Ministro da Indústria e do Co-mérclo, Sr Severo Gomes, se-gundo as quais o Governo srtterá condições de controlar econter a inflação se contar como concurso da Oposição, o líderMarchezan disse que a posturado ex-Ministro é "uma sugestãodigna de ser analisada e consi-derada, pois Isto significariaque as oposições estariam dis-postas a apoiar as medidas desacrifício para conter a in-fiação".

— Nós, do Governo, sempreestivemos abertos às subestões—acentuou o Sr Marchezan. "AOposição tem contribuído maiscom críticas do que própria-mente com sugestões alternati-vas. Vejo nas palavras do ex-Ministro uma disposição até de ,emprestar apoio público às me-dldas contra a Inflação. Se esteapoio não aconteceu até aqui,isto se deve mais à omissão daOposição do que ao Governo —concluiu.SUPERAQUECIMENTO

O líder governista negou, en-taticamente, que o país estejatomando medidas recessivas aoadotar atitudes como a recenteredução no nível dos investi-mentos e o congelamento dascontratações no serviço públicofederal até o final de 1981."É Inegável que alguns se to-res estão superaquecldos" de-clarou o Deputado, acrescen-tando que as medidas procu-ram apenas restringir gastosexcessivos, "porque o nível dasvendas tem aumentado descon-troladamente e essa é uma dasgrandes causas do crescimentoda espiral lnflacionárla.

Ele lembrou que recentemen-te, a hidrelétrica de Italpu tevedificuldades de se abastecer dematéria no mercado Interno, eestá obtendo preços mais redu-zldos no mercado Internado-nal. "Ninguém quer a recessão.Mas temos de adotar medidasque contenham gastos, que for-cem a poupança".

Para o parlamentar, apenas asuspensão completa de qual-quer tipo de Investimentos ca-racteriza o estado de recessão.O prosseguimento de obras co-mo as incluídas no acordo nu-clear com a Alemanha e dashidrelétricas de Tucurui e ferro-vias como a do Aço, a Usina deTubarão, são provas evidentesde que o Governo apenas estáredimensionando seus investi-mentos. Neste aspecto, lem-brou que o Governo está procu-rendo conter o crédito banca-rio, com a finalidade de reduzirou mesmo acabar com a infla-çáo psicológica.

Gabinete de

Deputado

pega fogo

Curitiba — Um incêndio tidocomo criminoso destruiu partedo arquivo e danificou as pare-des do gabinete do DeputadoGemote Klrinus (PMDB) aomelodia de ontem, na Assem-bléla do Paraná. Foram rouba-dos documentos sobre o Centrodas Forças Democráticas daAmérica Latina, que o Deputa-do presidiu até o final de 1979 edo qual ainda participa.

O líder do PMDB, DeputadoWaldir Pugliesl, classificou o In-cèndio como "um atentado deextrema direita, a exemplo doque vem ocorrendo em outrosEstados". O Deputado GemoteKlrinus, de 30 anos, ex-pastorluterano, ex-secretário da Pas-toral da Terra da Regional Suln da CNBB, havia viajado pelamanhã a Cascavel, para partici-par de um programa de tele-visão.

Pemedebistas

acreditam em

reunificaçãoBrasiiia—O Senador Marcos

Freire e o Deputado Aldo Fa-gundes, este secretário-geral doMDB, acreditam que a reunifi-cação dos Partidos de oposiçãodeverá ocorrer de forma gra-dual e progressiva, sendo ne-cessário queimar a etapa de ex-perimentação na elaboração dfum programa comum que ter?o objetivo de mobilizar a naçá<para a Assembléia Constituinte.

Nern o secretário-geral d<PMDB e nem o Senador pernambucano quiseram responder a pergunta se o Partidipoderia abdicar de sua sigia enfavor de um nome que abnga-sse todas as atuais legendas numa única posição de oposição

JORNAL DO BRASIL O sábado,

Figueiredo quer democracia

mas condena os anarquistas

Juazeiro Bahia — "O compromisso quetomei perante a nação de fazer deste paísuma democracia está implícito também, eisto muita gente esquece, de não permitir atransformação do Brasil em uma anarquia.Para não permitir a anarquia eu tenho a leiao meu lado e ela vai ser cumprida."

Essa declaração foi feita pelo PresidenteFigueiredo, durante concentraçôo popular.Na presença de 3 mil populares. Algumashoras antes, em Petrolina, no Estado dePernambuco, ele havia lembrado os "esfor-ços feitos por mim para buscar a conciliaçãonnninnni. Para vencermos juntos os obstâcu-los, mas palavras não têm sido acei-tas por todos, alguns até desconfiam dela".

Respaldo

O Presidente Figueiredo falou ao povo dePetrolina durante uma inauguração da Es-cola de Formação Profissional General Eu-clydes Figueiredo, seu pai. Lembrou entãoque iria cumprir seu compromisso baseadonos ensinamentos recebidos do pai"Outros, disse" podem fraquejar, mas eutenho certeza que com a determinação dagente do Nordeste hei de conseguir chegaraté aquela democracia sonhada por todosnós, respaldada na lei". Segundo o Presiden-te Figueiredo, a lei vai ser cumprida paraque "possamos continuar crescendo a des-peito de todas as dificuldades econômicas".

Eclusa

Depois de inaugurar o novo aeroporto dePetrolina, o Presidente João Figueiredo se-gulu para a barragem de Sobradinho, ondecolocou em funcionamento a eclusa que vaipermitir ao Rio São Francisco, depois decinco anos, condições de navegabilidade.Com a eclusa será possível vencer um desni-vel máximo das águas do rio até 33,5 metros,criado pela construção da barragem, comuma capacidade efetiva de tráfego de oitomilhões de toneladas anuais.

A eclusa, que é a terceira maior do mundoem tamanho, possui 120 metros de compri-mento, 17 de lagura e um tempo de enchi-mento de 16 minutos. O Presidente Figueire-do, ao lado do Ministro dos Transportes SrEliseu Resende, do chefe do Gabinete Mili-

tar, General Danilo Venturinl, e do Ministrodo Interior, Sr Mário Andreazza, assistiu àpassagem pelo desnível da barca São Fran-cisco, inaugurando oficialmente um sistemaem funcionamento experimental.

Usina

Terminada a cerimônia,'o Presidente Fi-gueiredo acionou o botão que pôs em funclo-namento as duas primeiras turbinas da usi-na hidrelétrica de Sobradinho, de um totalde seis, e cuja capacidade final de geração deenergia está calculada em 1 milhão e 50 milKW, para uma produção média anual de 3bilhões e 800 milhões de KW/hora.

Além do acréscimo da capacidade deprodução de energia elétrica para o Nordes-te, a "si"» de sobradinho vai ter importânciafundamental na interligação dos sistemasNorte e Nordeste, com linhas fazendo a inter-conexação com Tucurui, Boa Esperança,Itaparica e o complexo de Paulo Afonso.

Telefonia

Tanto em Petrolina quanto em Juazeiro,em ligação para o Ministro das Comunica-ções, o Presidente Figueiredo Inaugurou osistema de discagem direta à distância einternacional Em juazeiro, o Presidente daRepública participou da assinatura de vá-rios convênios visando a melhoria dos siste-mas de transportes, saúde e saneamentobásico.

Na companhia do Ministro Mário An-dreazza, o Presidente visitou dois projetosde Irrigação da Codevasf — Massangano eTouráo—e assistiu à assinatura de contratono valor de Ci$ 1 bilhão e 150 milhões, para aconstrução da barragem de Mlriros, no Nor-te da Bahia.

Acompanharam o Presidente Figueiredoem sua visita às cidades de Petrolina eJuazeiro os Governadores da Bahia e dePernambuco, os Senadores Lomanto Júniore Nilo Coelho, e os Ministros das Minas eEnergia, dos Transportes, do Interior, daAgricultura e da Comunicação SociaL Alémdos chefes do SNI e do Gabinete Militar daPresidência da República.

Discurso de Petrolina"Meus compatriotas nordestinos,Ao homem do Nordeste a natureza, por

vezes, é impiedosa, o solo calcinado, a falta deágua, não lhe permitem, por vezes, ter ao menosos meios para subsistir. E, no entanto, atravésdos tempos, o Nordeste tem subsistido. Aoagradecer a homenagem que agora fazem àmemória de meu pai, eu devo transferir esteagradecimento em um outro meu: agradecer aeste povo nordestino que pela sua determina-ção de não sucumbir, pela sua determinação devencer os obstáculos que a natureza lhe ante-põe, permite que venha eu aqui um homem queviveu também sua determinação, de não permi-tlr que esse pais descambasse para a desordeme para o regime que não seja o democrático.

Se aqui ele estivesse, ele estaria satisfeitopor ver que as coisas que ele fez, e que ele disse,e as que ele não fez porque não quis, porque nãodeveriam ser feitas em beneficio do pais, encon-trem guarida aqui nessa gente. E que temrazões de sobra para estar revoltada com anatureza. E o pouco que eu consegui aprendercom as lições de meu pai, através de seusexemplos, é o que eu tenho procurado fazercomo trilha para meu Governo, apesar dasdificuldades que o pais atravessa, dificuldadesimportadas de fora de nossas fronteiras, nãodesistindo de permitir um desenvolvimento,

um mínimo de desenvolvimento, e ao mesmotempo não aceitando de forma alguma que nosdesviemos daqueles caminhos que em 1932 elelutou em São Paulo para defender.

Os esforços que tenho feito para buscar aconciliação nacional, os apelos que tenho feitopara que nos juntemos todos para vencer essesobstáculos, que são copjunturais, não têm sido'aceitos por todos. Alguns até desconfiam daminha palavra. Mas eu posso assegurar ao povodo Nordeste que vou fazer o que ele me ensinoue para atingir este objetivo eu conto justamentecom essa determinação de querer as coisas queé quase um apanágio do nordestino. Outrospodem olvidar. Outros podem fraquejar.

Mas eu tenho certeza que com a gente doNordeste eu hei de conseguir chegar até aquelademocracia com que nós sonhamos. Aquelademocracia respaldada na lei, que é, ao queparece, o que alguns poucos desejam infelicitaresta nação. Sei que os caminhos a percorrer nãosão fáceis, mas tenho, repito, o exemplo dopovo do Nordeste. O nordestino continua vivo eforte e acreditando neste país apesar do seusofrimento. Eu não tenho direito de fraquejar.Tanto mais quando sei que o nome de meu paiestá aqui, conjugando seu passado com a hlstó-ria de sofrimento da gente do Nordeste."

Ulysses diz que Presidente

não pode chamar Oposição

para participar do arbítrio

Cuiabá—"O Presidente Figueiredo não tem o direito dedesafiar a Oposição, convidando-a a participar do arbítrio.Embora respeitando a sua figura pessoal, como presidentede um Partido de Oposição, sòmos obrigados a criticar e aapontar os erros e as violências cometidas pelo Governo aolongo dos últimos 16 anos. Quem tem de resolver o problemada Inflação é o Governo, que tem todos os Instrumentospara isso".

A declaração foi feita, ontem pelo presidente do PMDB,Ulysses Guimarães, que velo a Cuiabá para ser o padrinhode casamento do Deputado Dante de Oliveira, vice-lider doPartido na Assembléia Legislativa do Estado. O dirigenteoposicionista disse que aceita uma Constituinte com oPresidente Figueiredo, mas impôs algumas condições.

A Constituinte

O Sr Ulysses Guimarães acha que o General Figueiredopode presidir o projeto da Constituinte, "desde que existade sua parte sinceridade de propósitos. Não basta convocá-la, ""»« é preciso que os trabalhos se desenvolvam comliberdade, que se estabeleçam eleições diretas em todos osníveis e que os resultados dessa Constituinte sejam aceitos"."Com essas condlclonantes — afirmou o presidente doPMDB—não teríamos nenhum constrangimento em apoiaro movimento pela Constituinte, com o Presidente Figuei-redo".

Em suas declarações à imprensa de Mato Grosso, o SrUlysses Guimarães voltou a negar "a simpatia da Oposiçãopor qualquer tipo de luta armada, em busca do estado dedireito e da democratização do pais. Não queremos, nemestimulamos uma solução armada de caráter popular. Assoluções traumáticas, cirúrgicas, violentas e golpistas, emvez de resolver, agravam ainda mais os problemas da nação.Golpes e quarteladas são assim: você sabe como entram,mas não sabe como saem. É um túnel escuro, difícil, longo eperigoso".

Nação reage

O presidente do PMDB julga que "as reservas do pais,não só de paciência, como também as resistências do povo,chegaram a limites insuportáveis". Mas acredita que "oBrasil é ™a|R forte do isso que está ai: a nação vai reagir".Assinalou que "a sociedade vai fazer valer os seus direitos,postergados, usurpados, pois somente assim poderemostornar à democracia".

Foi pedida ao Sr Ulysses Guimarães, em Cuiabá, umareceita para a crise brasileira, e ele a deu, desta forma:"A nação deve fazer pressão, porque ninguém dã nada aninguém Se formos depender da visão paternalista doGoverno, nunca teremos distribuição justa de renda, porqueuma greve como a de São Bernardo, por exemplo, que foi uminstrumento legitimo de pressão para a melhoria de salários,acabou sendo declarada Ilegal e seus lideres foram punidoscom a Lei de Segurança Nacional".

Questão de conceito

Indagaram, depois, ao presidente do PMDB, se o paisainda suportaria por mais'algum tempo, o atual regime quea Revolução de março de 1964 estabeleceu, e ele respondeu:"Não temos preconceito ou discriminação contra mlllta-res, no sentido de que sejam presidentes, senadores, gover-nadores ou deputados. Tanto um militar, como um jurista,um advogado, um técnico têm o direito de aspirar qualquerum desses cargos. Agora, considerar as estrelas do generala-to, como requisito fundamental para ser Presidente destepois, eqüivale a dizer que não vivemos positivamente numademocracia".

O Sr Ulysses Guimarães, a seguir, deu o seu conceito dedemocracia:"Eu a entendo, como uma conquista da sociedade, eurfia de suas vantagens é que mesmo quando se escolhe ummau presidente, um mau governador, um mau senador ouum mau deputado, o erro pode ser corrigido em curto espaçode tempo. No Brasil, em termos de sucessão presidencial, jádevíamos ter tido, no mínimo, quatro sucessores eleitos. Enão tivemos nenhum".

Discurso de Juazeiro

4 - POLÍTICA E GOVERNO

Frei pede a Cardeal para

excomungar Maluf que

considera fato uma piadaSáo Paulo — O Governador Paulo Maluf

classificou ontem como uma "pilhéria ou umapiada", o pedido de sua excomunhão, encaminha-do ao Cardeal Paulo Evaristo Arns pelo FreiAlamiro, da paróquia de Vila Brasilândia, nestaCapital.

— Não vejo razão para a minha excomunhão.Sou católico apostólico romano praticante. Sousempre favorável às posições da Igreja e amigo depadres, cardeais e de meus ex-professores religio-sos. Entendo que quem propõe isso deveria versua própria consciência—disse o Sr Paulo Maluf.

Paulo Maluf na Freguesia doÓ.

Na consulta, o frade indagase o Governador, o Prefeitoda Capital, Reynaldo de Bar-ros, e o Secretário de Segu-rança Pública, Desembarga-dor Octávio Gonzaga Júniornão estariam sujeitos à exco-munhão por terem infringidoo Código Canônico.

ACONSULTA

Frei Alamiro enviou a con-sulta ao Cardeal após se reu-nir com os padres, freiras eleigos, que trabalham na re-glão Oeste-1 da Arquidiocesede Sáo Paulo, agredidos notumulto ocorrido sábado, nainstalação do Governo do Sr

D Paulo diz que Igreja

é mãe e sempre perdoaDepois de confirmar que o

direito canônico prevê a ex-comunhão dos que "batemem padre com raiva, por vin-gança", o Cardeal Paulo Eva-listo Arns afastou ontem apossibilidade de excomungaro Governador Paulo SalimMaluf, em conseqüência daagressão a sacerdotes nobairro da Freguesia do Ó, háuma semana.

A possibilidade de excòmu-ohâo fbi levantada por padresda região mas, segundo DPaulo, "a Igreja não precipitanada. A Igreja é sempre mãe eaempre perdoa, desde que as

pessoas queiram mudar e nãobatam mais. Eu preferiria queestivesse no direito canônicoa excomunhão de quem tor-tura, de quem paga saláriosmaus, de quem oprime opovo."

Os padres, afinal, fizeramopção de doar-se inteiramen-te para o povo, mas gostaria-mos que o povo não apanhas-se — afirmou D Paulo, acres-centando que não recebeu opedido de excomunhão "enão acredito que vá receber,pois eles são padres e per-doam O que não se pode per-doar é a exploração do povo."

QUARTA-FEIRA CADERNO B JORNAL DO BRASIL

"Povo de Juazeiro. Povo da Bahia. Os agra-decimentos que. acabo de escutar do Governa-dor Antônio Carlos Magalhães pelos benefíciosque meu Governo neste primeiro ano e trêsmeses pôde trazer para esta região, a que eudevo também agora os agradecimentos nãomenos veementes dos que escutei do Governa-dor Marco Maciel, do Senador Nilo Coelho, emterras de Pernambuco. Embora estes agradeci-mentos possam me deixar bastante satisfeito,devo confessar que não satisfizeram e não vãosufocar a minha sede de melhorar a regiãonordestina. Isto porque reconheço humilde-mente, humildemente reconheço, que por maissacrifícios que estes recursos tenham custadoao meu Governo, sacrifícios estes decorrentesda situação econômica difícil porque passa opaís, conseqüência da crise internacional, devoreconhecer que eles não estão ainda condizen-tes com o mínimo das necessidades do povo eda região do Nordeste. Eu deveria estar aquipara agradecer ao invés de receber agradeci-mentos. Seria para eu agradecer perante asautoridades da região, e perante o povo, paraque desculpem os poucos recursos, porque es-ses na realidade são os recursos de que dispo-mos. Para agradecer ao povo ter vindo aqui,apesar de tudo, para dar-rne esta tao calorosaacolhida que ora presencio. E ao £azer esteagradecimento, devo dizer ao povo desta terraque volto para Brasília com o incentivo querecebi de paraibanos, pernambucanos e baia-nos. Nesta viagem ê que me darão forças para

rebuscar mais ainda onde encontrar os recursospara fazer face àqueles problemas que julgo

prioritários para a região. E, ao agradecer aoSenador Lomanto Júnior, que disse estar eupredestinado a entrar na História, eu devoconfessar ao povo de minha terra que não mepreocupa absolutamente entrar para a Histó-ria. O que me preocupa muito mais é ficar neladecentemente, me preocupa muito menos queter nome para depois a História retificar, paraeu poder ficar bem com a minha consciência edormir tranqüilo todas as noites. O que mepreocupa muito mais, muito menos do queentrar na História, é poder entrar no céu Ê essaa minha preocupação.

Após o juramento que flz, de assumir ocompromisso de fazer deste pais uma democra-cia, me preocupa muito, mas muito mesmo, quemuitos se esquecem estar dentro desse jura-mento implícito também o de não permitir queisto seja uma anarquia. E hei de levar a minhapátria â democracia que nós entendemos e quenós sonhamos. Para não permitir a anarquia eutenho a lei ao meu lado. E a lei vai ser cumpridapara que possamos continuai', a despeito detodas as dificuldades economicas, crescer abase de 87c ao ano, íato que causa inveja atemesmo aos países desenvolvidos. E é paracontinuar nesta caminhada que eu agradeço aopovo desta terra o incentivo que me deu comessa acolhida generosa. Muito obrigado".

TURISMO

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AGORA Ell ESTA OCUPAOO POR NOS

[7)as$aporte

Oaturin

Ruado Ouvidor, 130S/Loja 216Tels.: 242-3563,224-7962 e 222-0037

4 — POLÍTICA E GOVERNO 2o Clichê JORNAL DO BRASIL D sóbado, 28/6/80 ü Io Caderno

AGORA EU ESTA OCUPADO POR NOS

ítjassaporteOaturin

Rua do Ouvidor, 130 S/Loja 216Tels.: 242-3563,224-7962 e 222-0037

Frei pede a Cardeal paraexcomungar Maluf queconsidera fato uma piada

São Paulo — O Governador Paulo Malufclassificou ontem como uma "pilhéria ou umapiada", o pedido de sua excomunhão, encaminha-do ao Cardeal Paulo Evaristo Arns pelo FreiAlamiro, da paróquia de Vila Brasilandia, nestaCapital.— Nâo vejo razão para a minha excomunhão.Sou católico apostólico romano praticante. Sousempre favorável às posições da Igreja e amigo depadres, cardeais e de meus ex-professores religio-sos. Entendo que quem propõe isso deveria versua própria consciência—disse o Sr Paulo Maluf.

PDS não convence Oposiçãoa votar projeto que tratada promoção de militares

Brasília—Um impasse político entre as liderançasimpediu, ontem, a votação de duas mensagens presi-denciais — uma alterando os critérios para promoçõesde oficiais das Forças Armadas e outra pedindo crédi-tos adicionais de Cr$ 312 milhões. Elas voltarão a serexaminadas hoje, por acordo das lideranças, em duassessões separadas, marcadas para às lOh e llh.

Apesar das tentativas de negociações lideradaspelos líderes Jarbas Passarinho e Nelson Marchezan,para que as oposiçôes concordassem com a votação na,última sessão de ontem do Congresso, às 21h, osoposicionistas não aceitaram, sob o argumento de quea mensagem sobre os critérios de promoções tinhasentido político: colocar na reserva todos os que nãofossem incluídos na primeira lista de promoções.DEPENDÊNCIA <lue foram preteridas. "Criou-

ta comportamentoPara a votação de ambas as .; ... .^f.j—......

Pdrollna-PE/ Foto do Jalr Cardoso

A CONSULTA

Frei Alamiro enviou a con-sulta ao. Cardeal após se reu-nir com os padres, freiras eleigos, que trabalham na re-gião Oeste-1 da Arquidiocesede Sáo Paulo, agredidos notumulto ocorrido sábado, nainstalação do Governo do Sr

Paulo Maluf na Freguesia doÓ.

Na consulta, o frade indagase o Governador, o Prefeitoda Capital, Reynaldo de Bar-ros, e o Secretário de Segu-rança Pública, Desembarga-dor Octávio Gonzaga Júniornão estariam sujeitos à exco-munnão por terem infringidoo Código Canônico.

mensagens, as únicas da ordemdo dia da sessão noturna, serianecessário o quorum de 211 de-putados e 34 senadores e, noPlenário, havia menos de 30 de-putados e apenas oito senado-res. Só por um acordo de lide-ranças, poderia ocorrer a vota-ção, sem quorum, com o quenáo concordaram as oposiçôes.As lideranças do PDS procura-ram sensibilizar os oposicionis-tas com a informação de que aprimeira mensagem destinavaCr$ 128 milhões dos recursos aoLegislativo, sem os quais nãohaveria dinheiro para pagar osparlamentares em agosto.

As oposiçôes concordaramque votariam a mensagem dosrecursos, se retirada da pauta adas promoções dos Generais,pois não queriam agir como oSenado, que ã tarde, permitiu,mesmo sem quorum, a votaçãode uma mensagem da pauta epediu verificação para as de-mais, com objetivo idêntico,

desagradável", segundo enten-dimento do vice-lider do PDS,Deputado Jorge Arbage.

A verdade é que os oposicio-nistas reagiram ao projeto daspromoções e em decorrênciadisso terminou sendo tambémprejudicado o dos recursos. Asessão foi suspensa por falta dequorum, mas depois de intensi-vos entendimentos, foi reabertacom o Presidente da Mesa, Se-nador Luís Viana, anunciandoduas sessões para hoje, adiandoassim por um dia o início dorecesso que se daria hoje, pelofato de ser um sábado.

A mensagem sobre as promo-ções nas Forças Armadas, exa-minadas por uma ComissãoMista, teve como relator o Se-nador Jorge Kalume (PDS-AC),que recebeu duas emendas. OSr Jorge Arbage argumentouque náo é verdadeira a descul-pa das oposiçôes de que a men-sagem "tem endereço certo, pa-ra beneficiar alguns Generais".

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Figueiredo ganhou chapéu de couro oferecido por um grupo de vaqueiros

Figueiredo quer democraciamas condena os anarquistas

D Paulo diz que Igrejaé mãe e sempre perdoa

Depois de confirmar que odireito canônico prevê a ex-comunhão dos que "batemem padre com raiva, por vin-gança", o Cardeal Paulo Eva-risto Arns afastou ontem apossibilidade de excomungaro Governador Paulo SalimMaluf, em conseqüência daagressão a sacerdotes nobairro da Freguesia do Ó, háuma semana.

A possibilidade de excomu-nhão foi levantada por padresda região mas, segundo DPaulo, "a Igreja não precipitanada. A Igreja é sempre mãe esempre perdoa, desde que as

pessoas queiram mudar e nãobatam mais. Eu preferiria queestivesse no direito canônicoa excomunhão de quem tor-tura, de quem paga saláriosmaus, de quem oprime opovo."Os padres, afinal, fizeramopção de doar-se inteiramen-te para o povo, mas gostaria-mos que o povo não apanhas-se — afirmou D Paulo, acres-centendo que não recebeu opedido de excomunhão "enão acredito que vá receber,pois eles são padres e per-doam O que não se pode per-doar é a exploração do povo."

TURISMO

QUARTA-FEIRA CADERNO B JORNAL DO BRASIL

PinheiropresidiráPDS em SP

Sáo Paulo — Se náo ocorreralteração no quadro compostoontem á noite, o Deputado Ar-mando Pinheiro, líder do PDSna Assembléia Legislativa, de-verá ser eleito segunda-feira pa-ra a presidência do Partido emSão Paulo. Para a secretaria-geral, o nome mais indicado édo também Deputado estadual,Valter Auada, que trocou o ex-tinto MDB pelo PDS.

A informação foi dada por de-putados do PDS durante a ses-são de ontem na AssembléiaLegislativa. A indicação do SrArmando Pinheiro impediráque os protestos da bancada doPDS na Assembléia tenham se-qüência contra o GovernadorPaulo Maluf, que no início dasarticulações se inclinava pelaescolha do Senador "biônico"Amaral Furlan para presidir oPartido a nível regional

Ulyssescritica oarbítrio

Cuiabá — "O Presidente Fi-gueiredo não tem o direito dedesafiar a Oposição, convidan-do-a a participar do arbítrio.Embora respeitando a sua flgu-ra pessoal, como presidente deum Partido de Oposição, somosobrigados a criticar e a apontaros erros e as violências cometi-das pelo Governo ao longo dosúltimos 16 anos. Quem tem deresolver o problema da inflaçãoé o Governo, que tem todos osinstrumentos para isso".

A declaração foi feita, ontempelo presidente do PMDB,Ulysses Guimarães, que velo aCuiabá para ser o padrinho decasamento do Deputado Dantede Oliveira, vice-lider do Paru-do na Assembléia Legislativado Estado. O dirigente oposi-cionlsta disse que aceita umaConstituinte com o PresidenteFigueiredo, mas impôs algu-mas condições.

Juazeiro Bahia — "O compromisso quetomei perante a nação de fazer deste paisuma democracia está implícito também, eIsto muita gente esquece, de não permitir atransformação do Brasil em uma anarquia.Para não permitir a anarquia eu tenho a leiao meu lado e ela vai ser cumprida."

Essa declaração foi feita pelo PresidenteFigueiredo, durante concentração popular,na presença de 3 mil populares. Algumashoras antes, em Petrolina, no Estado dePernambuco, ele havia lembrado os "esfor-ços feitos por mim para buscar a conciliaçãonacional. Para vencermos juntos os obstácu-los, mas minhas palavras não tèm sido acei-tas por todos, alguns até desconfiam dela".

Respaldo

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O Presidente Figueiredo falou ao povo dePetrolina durante uma inauguração da Es-cola de Formação Profissional General Eu-clydes Figueiredo, seu pai. Lembrou entãoque iria cumprir seu compromisso baseadonos ensinamentos recebidos do pai."Outros" disse "podem fraquejar, mas eutenho certeza que com a determinação dagente do Nordeste hei de conseguir chegaraté aquela democracia sonhada por todosnós, respaldada na lei". Segundo o Presiden-te Figueiredo, a lei vai ser cumprida paraque "possamos continuar crescendo a des-peito de todas as dificuldades econômicas".

Eclusa

Depois de inaugurar o novo aeroporto dePetrolina, o Presidente João Figueiredo se-guiu para a barragem de Sobradinho, ondecolocou em funcionamento a eclusa que vaipermitir ao Rio São Francisco, depois decinco anos, condições de navegabilidade.Com a eclusa será possível vencer um desni-vel máximo das águas do rio até 33,5 metros,criado pela construção da barragem comuma capacidade efetiva de tráfego de oitomilhões de toneladas anuais.

A eclusa, que é a terceira maior do mundoem tamanho, possui 120 metros de compri-mento, 17 de lagura e um tempo de enchi-mento de 16 minutos. O Presidente Figueire-do, ao lado do Ministro dos Transportes SrEliseu Resende, do chefe do Gabinete Mili-

tar, General Danilo Venturirü, e do Ministrodo Interior, Sr Mário Andreazza, assistiu àpassagem pelo desnível da barca São Fran-cisco, inaugurando oficialmente um sistemaem funcionamento experimental.

Usina

Terminada a cerimônia, o Presidente FI-gueiredo acionou o botão que pôs em funcio-namento as duas primeiras turbinas da usi-na hidrelétrica de Sobradinho, de um totalde seis, e cuja capacidade final de geração deenergia está calculada em 1 milhão e 50 milKW, para uma produção média anual de 3bilhões e 800 milhões de KW/hora.

Além do acréscimo da capacidade deprodução de energia elétrica para o Nordes-te, a usina de sobradinho vai ter importânciafundamental na interligação dos sistemasNorte e Nordeste, com linhas fazendo a inter-conexação com Tucurui, Boa Esperança,Itaparica e o complexo de Paulo Afonso.

Telefonia

Tanto em Petrolina quanto em Juazeiro,em ligação para o Ministro das Comunica-ções, o Presidente Figueiredo inaugurou osistema de discagem direta à distância einternacional. Em juazeiro, o Presidente daRepública participou da assinatura de vá-rios convênios visando a melhoria dos slste-mas de transportes, saúde e saneamentobásico.

Na companhia do Ministro Mario An-dreazza, o Presidente visitou dois projetosde irrigação da Codevasf — Massangano eTouráo—e assistiu â assinatura de contratono valor de Cr$ 1 bilhão e 150 milhões, para aconstrução da barragem de Miriros, no Nor-te da Bahia.

Acompanharam o Presidente Figueiredoem sua visita ás cidades de Petrolina eJuazeiro os Governadores da Bahia e dePernambuco, os Senadores Lomanto Júniore Nilo Coelho, e os Ministros das Minas eEnergia, dos Transportes, do Interior, daAgricultura e da Comunicação Social. Alémdos chefes do SNI e do Gabinete Militar daPresidência da República.

Discurso de Petrolina"Meus compatriotas nordestinos,Ao homem do Nordeste a natureza, por

vezes, é impiedosa, o solo calcinado, a falta deágua, não lhe permitem por vezes, ter ao menosos meios para subsistir. E, no entanto, atravésdos tempos, o Nordeste tem subsistido. Aoagradecer a homenagem que agora' fazem àmemória de meu pai, eu devo transferir esteagradecimento em um outro meu: agradecer aeste povo nordestino que pela sua determina-ção de não sucumbir, pela sua determinação devencer os obstáculos que a natureza lhe ante-põe, permite que venha eu aqui um homem queviveu também sua determinação, de não permi-tir que esse pais descambasse para a desordeme para o regime que não seja o democrático.

Se aqui ele estivesse, ele estaria satisfeitopor ver que as coisas que ele fez, e que ele disse,e as que ele náo fez porque não quis, porque nãodeveriam ser feitas em beneficio do pais, encon-tram guarida aqui nessa gente. E que temrazões de sobra para estar revoltada com anatureza. E o pouco que eu consegui aprendercom as lições de meu pai, através de seusexemplos, é o que eu tenho procurado fazercomo trilha para meu Governo, apesar dasdificuldades que o pais atravessa, dificuldadesimportadas de fora de nossas fronteiras, náodesistindo de permitir um desenvolvimento.

um mínimo de desenvolvimento, e ao mesmotempo não aceitando de forma alguma que nosdesviemos daqueles caminhos que em 1932 elelutou em São Paulo para defender.

Os esforços que tenho feito para buscar aconciliação nacional, os apelos que tenho feitopara que nos juntemos todos para vencer essesobstáculos, que são conjunturais, não têm sidoaceitos por todos. Alguns até desconfiam daminha palavra. Mas eu posso assegurar ao povodo Nordeste que vou fazer o que ele me ensinoue para atingir este objetivo eu conto justamentecom essa determinação de querer as coisas queé quase um apanágio do nordestino. Outrospodem olvidar. Outros podem fraquejar.

Mas eu tenho certeza que com a gente doNordeste eu hei de conseguir chegar até aquelademocracia com que nós sonhamos. Aquelademocracia respaldada na lei, que é, ao queparece, o que alguns poucos desejam infelicitaresta nação. Sei que os caminhos a percorrer náosão fáceis, mas tenho, repito, o exemplo dopovo do Nordeste. O nordestino continua vivo eforte e acreditando neste pais apesar do seusofrimento. Eu não tenho direito de fraquejar.Tanto jriais quando sei que o nome de meu paiestá aqui, conjugando seu passado com a nisto-ria de sofrimento da gente do Nordeste."

Discurso de Juazeiro"Povo de Juazeiro. Povo da Bahia. Os agra-

decimentos que acabo de escutar do Governa-dor Antônio Carlos Magalhães pelos benefíciosque meu Governo neste primeiro ano e trêsmeses pôde trazer para esta região, a que eudevo também agora os agradecimentos nãomenos veementes dos que escutei do Governa-dor Marco Maciel, do Senador Nilo Coelho, emterras de Pernambuco. Embora estes agradeci-mentos possam me deixar bastante satisfeito,devo confessar que não satisfizeram e não vãosufocar a minha sede de melhorar a regiãonordestina. Isto porque reconheço humilde-mente, humildemente reconheço, que por maissacrifícios que estes recursos tenham custadoao meu Governo, sacrifícios estes decorrentesda situação econômica difícil porque passa opais, conseqüência da crise internacional, devoreconhecer que eles não estão ainda condizen-tes com o mínimo das necessidades do povo eda região do Nordeste. Eu deveria estar aquipara agradecer ao invés de receber agradeci-mentos. Seria para eu agradecer perante asautoridades da região, e perante o povo, paraque desculpem os poucos recursos, porque es-ses na realidade são os recursos de que dispo-mos. Para agradecer ao povo ter vindo aqui,apesar de tudo, para dar-me esta tão calorosaacolhida que ora presencio. E ao fazer esteagradecimento, devo dizer ao povo desta terraque volto para Brasília com o incentivo querecebi de paraibanos, pernambucanos e baia-nos. Nesta viagem é que me darão forças para

rebuscar mais ainda onde encontrar os recursospara fazer face àqueles problemas que julgo

prioritários para a região. E, ao agradecer aoSenador Lomanto Júnior, que disse estar eupredestinado a entrar na História, eu devoconfessar ao povo de minha terra que não mepreocupa absolutamente entrar para a Histó-ria O que me preocupa muito mais é ficar neladecentemente, me preocupa multo menos queter nome para depois a História retificar, paraeu poder ficar bem com a minha consciência edormir tranqüilo todas as noites. O que mepreocupa multo mais, muito menos do queentrar na Historia, é poder entrar no céu. É essaa minha preocupação.

Após o juramento que fiz, de assumir ocompromisso de fazer deste pais uma democra-cia, me preocupa muito, mas muito mesmo, quemuitos se esquecem estar dentro desse jura-mento implícito também o de não permitir queisto seja uma anarquia. E hei de levar a minhapátria â democracia que nós entendemos e quenós sonhamos. Para não permitir a anarquia eutenho a lei ao meu lado. E a lei vai ser cumpridapara que possamos continuar, a despeito detodas as dificuldades econômicas, crescer abase de 8% ao ano, fato que causa inveja atémesmo aos países desenvolvidos. E e paracontinuar nesta caminhada que eu agradeço aopovo desta terra o incentivo que me deu comessa acolhida generosa. Muito obrigado"

Marchezannega brigacom Ministro

Brasilia — O líder do Gover-no na Câmara, Deputado Nél-son Marchezan, desmentiu, on-tem, as versões publicadas nosjornais dando conta de que eleestaria agastado com o Mlrüs-tro da Justiça, Sr Ibrahlm Abi-Ackel, por ter este convocadouma reunião com os coordena-dores da bancada do PDS semconsultar o líder do Governo noSenado, Sr Jarbas Passarinho.o presidente do PDS, SenadorJosé Sarney e o próprio Sr Mar-chezan.

O parlamentar afirmou queos convites para a reunião doMinistro com os coordenadoresde bancada foram distribuídospelo seu gabinete. Salientouainda que seu relacionamentocom o Sr Abl-Ackel ê o melhorpossível e que se sente presti-gjado pelo Ministro da Justiça,que tem fortalecido a açào de-senvolvida no Congresso porele e pelos Senadores Passari-nho e Samey.

FALTA DE ASSUNTO

O Deputado Nelson Marche-zan atribuiu apenas à "falta deassunto" as informações de queteria se Irritado com o Sr Abi-Ackel por se encontrar com oscoordenadores de bancada semcomunicar-lhe essa reunião.

Sobre as declarações do ex-Ministro da Indústria e do Co-mercio, Sr Severo Gomes, se-gundo as quais o Governo soterá condições de controlar econter a inflação se contar como concurso da Oposição, o líderMarchezan disse que a posturado ex-Mlnistro é "uma sugestãodigna de ser analisada e consl-derada, pois isto significariaque as oposiçôes estariam dis-postas a apoiar as medidas desacrifício para conter a in-fiação".

— Nós, do Governo, sempreestivemos abertos às subestões— acentuou o Sr Marchezan "AOposição tem contribuído maiscom criticas do que própria-mente com sugestões altemati-vas. Vejo nas palavras do ex-Ministro uma disposição até deemprestar apoio público às me-dldas contra a inflação. Se esteapoio não aconteceu até aqiü,isto se deve mais à omissão daOposição do que ao Governo—concluiu.

SUPERAQUECIMENTO

O líder govemlsta negou, en-Taticamente, que o país estejatomando medidas recessivas aoadotar atitudes como a recenteredução no nível dos investi-mentos e o congelamento dascontratações no serviço públicofederal até o final de 1981."E inegável que alguns seto-res estão superaquecidos" de-clarou o Deputado, acrescen-tando que as medidas procu-ram apenas restringir gastosexcessivos, "porque o nível dasvendas tem aumentado descon-troladamente e essa é uma dasgrandes causas do crescimentoda espiral inflacionária.

Ele lembrou que recentemen-te, a hidrelétrica de Itaipu tevedificuldades de se abastecer dematéria no mercado interno, eestá obtendo preços mais redu-zidos no mercado internado-nal. "Ninguém quer a recessão.Mas temos de adotar medidasque contenham gastos, que for-cem a poupança".

Para o parlamentar, apenas asuspensão completa de qual-quer tipo de investimentos ca-racteriza o estado de recessão.O prosseguimento de obras co-mo as incluídas no acordo nu-clear com a Alemanha e dashidrelétricas de Tucurui e ferro-vias como a do Aço, a Usina deTubarão, são provas evidentesde que o Governo apenas estáredimensionando seus Investi-mentos. Neste aspecto, lem-brou que o Governo está procu-rando conter o crédito banca-rio, com a finalidade de reduzirou mesmo acabar com a infla-ção psicológica.

Gabinete deDeputadopega fogo I

Curitiba — Um incêndio tidocomo criminoso destruiu partedo arquivo e danificou as pare-des do gabinete do DeputadoGemote Kirinus (PMDB) aomeio-dia de ontem, na Assem-bléia do Paraná. Foram rouba-dos documentos sobre o Centrodas Forças Democráticas daAmérica latina, que o Deputa-do presidiu até o final de 1979 edo qual ainda participa.

O líder do PMDB, DeputadoWaldir Pugliesi, classificou o in-cèndio como "um atentado deextrema direita, a exemplo doque vem ocorrendo em outrosEstados". O Deputado GemoteKirinus, de 30 anos, ex-pastorluterano, ex-secretário da Pas-toral da Terra da Regional Suln da CNBB, havia viajado pelamanhã a Cascavel, para partici-par de um programa de tele-visão.

Pemedebistasacreditam emreunificação

Brasília—O Senador MarcosFreire e o Deputado Aldo Fa-gundes, este secretáric-geral doMDB, acreditam que a reunifi-cação dos Partidos de oposiçãodeverá ocorrer de forma gra-dual e progressiva, sendo ne-cessário queimar a etapa de ex-perimentaçáo na elaboração deum programa comum que teráo objetivo de mobilizar a naçãopara a Assembléia Consti-tulnte.

Nem o secretário-geral doPMDB e nem o Senador per-nambucano quiseram respon-der a pergunta se o Partidopoderia aDdicar de sua sigla emfavor de um nome que abrigas-se todas as atuais legendas nu-ma única posição de oposição.

JORNAL DO BRASIL ? sábado, 28/6/80 ? I8 Caderno POLÍTICA E GOVERNO — 5

Thales defende da

tribuna em pé

os

deficientes físicos

Brasília — Com a ajuda de um füncionô-rio da Câmara dos Deputados, o líder do PP,Deputado Thales Ramalho (PE), subiu, on-tem, os quatro degraus da tribuna paraafirmar que aquele seu esforço era pela cau-sa dos deficientes físicos, que somam "cercade 30 milhões no Brasil e 450 milhões nomundo". Ao descer da tribuna, após seudiscurso, o líder do PP foi cumprimentado,com um abrago, pelo líder do PDS, Deputa-do Nélson Marchezan (RS) e pelo vlce-liderdo PMDB, Deputado Osvaldo Macedo (PR).

O parlamentar pernambucano iniciouseu pronunciamento afirmando que era umDeputado deficiente físico, "a quem a com-preensáo e a nobreza de seus companheirosconfiaram o honroso mais difícil e exigentemandato de líder da bancada do PartidoPopular". Ele disse que usava a Tribunapara anunciar a resolução da ONU que insti-tulu o ano de 1981, como o Ano Internado-nal da Pessoa Deficiente.

O Sr Thales Ramalho afirmou que a

finalidade desta promoção da ONU é promo-ver a concretização de objetivos de "plenaparticipação" das pessoas portadoras de de-flclèncias físicas na vida social e no desen-volvimento das sociedades nas quais elasvivem. Disse que os problemas de pessoasportadoras de deficiências deveriam serapreendidos "em sua totalidade e levadosem consideração todos os aspectos de desen-volvimento".

O Deputado Thales Ramalho, que utilizauma cadeira de rodas em conseqüência deum acidente automobilístico, manteve-se depé na tribuna, apoiado em seus dois braços.Ele declarou que os deficientes flsicos doBrasil estão-se organizando, "não somentepara que o Ano Internacional não cala novazio, mas para lutarmos, permanentémen-te, todos os dias de todos os anos pelaconquista de nossos direitos".

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JORNAL DO SRASIL D sábado, 28/6/80 ü Io Caderno

Informe JBDificuldades

A mima edição do United NattonsWorld Economlc Survey, lançada nestasemana em Nova Iorque, desenha quadrosombrio da economia mundial, ao anaü-sar a performance econômica internado-nal em 1979 e no primeiro trimestre desteano.

Segundo o relatório, a situação dabalança de pagamentos dos países im-portadores de petróleo — desenvolvidosou não — deteriorou dramaticamente.Entre 1978 e 1980 as nações industrializa-das, como um todo, passaram de umsuperávit de 36 bilhões de dólares paraum déficit de 33 bühóesjorçando a maio-ria a lançar mão de suas reservas, dei-xando algumas em situação precária.

Afirma o relatório que, enquanto ospaíses do Leste Europeu diminuíram seudéficit limitando suas importações, a ChUna sofreu grande aumento no seu. E, poroutro lado, o superávit dos países expor-tadores de petróleo passou de 8 bilhõespara 100 bilhões.

¦ ¦O estudo prevê que este ano o cresci-'

mento econômico mundial sofrerá desa-celeraçáo de 2,5%. Em projeção até 1985,há sinais de recuperação em 1981 e 1982,nos países desenvolvidos; mas o cresci-mento nos países em desenvolvimentonão exportadores de petróleo diminuiráainda mais.

¦ ¦Há um recado nesse relatório: se a~

stíuaçãoéd\flcüparatofo3,émaisdifícttzpara os países menos iguais, entre osquais está o Brasil.

Admitir os tempos difíceis e agir deconformidade com a situação é questãode bom senso; passar a fase das vacas

.' magras, abandonando as idéias extrava-gentes e os gastos perdulários é questãode juízo.

Não desesperar, e enfrentar as dificul-dades com determinação e coragem, équestão de caráter.A última

Depois de tanta confusão, um toquemelancólico na última sessão da Câmara,ontem, antes do recesso de julho.

O Deputado Thales Ramalho falavapara um plenário praticamente vazio.

Ouviam-no apenas três deputados.

RazõesPara demonstrar que 1980 náo repeti-

rá 1968, um professor de ciência politica,mais político que cientista, deu dois argu--mentos formais:

não há noticia de que o Ministro da-Justiça tem no bolso do colete a minutade um Ato Institucional, como há 12anos.

há 12 anos, as imunidades parlamen-tares eram explícitas na Constituição,enquanto hoje o artigo 32, emendado,limita essa imunidade. Ou seja, o Deputa-do João Cunha poderá perder o seu man-dato sem a necessidade de o Govemorecorrer a recursos tão drásticos como oAI-5.

¦ ¦ ¦E há um detalhe fundamental:— A frente econômica que se formou

em 1968, representando a esperança áe-um processo de desenvolvimento econo-mico em regime fechado, acabou. A espe--rança voltou-se para o modelo oposto,desenvolvimento através de mercado in-terno, com aumento do poder de comprados assalariados, só alcançável atravésdo processo democrático.

O Governador quer dar o incidentepor encerrado.Aço

Na próxima semana o Ministro daIndústria e do Comércio, Sr Camilo Pen-na, reúne-se com o Ministro Delfim Netopara discutir detalhes dos cortes em in-vestimentos do setor do aço.

Tal como foi proposto, a redução orça-mentária na área siderúrgica poderá slg-niflcar um retorno, em breve, à política deimportação.

íntimosO Senador Paulo Brossard interrom-

peu, ontem, discurso do Sr Jarbas Passa-rinho sobre Acordo Nuclear Brasil—Alemanha, levando as mãos à cabeça, eexclamando, em tom profético:Oh meu Senhor meu Deus!

O que levou o líder do Governo noSenado a comentar:

Desde Moisés, é a primeira vez quevejo alguém dirigir-se a Deus com tantaintimidade.Docentes

Os canais de comunicação entre oMinistério da Educação e o DASP assimcomo as relações pessoais entre os SrsEduardo Portella e José Carlos Freireestão bem; não há qualquer problemaentre eles, nem mesmo o projeto de au-mento dos docentes das universidadesfederais.

O Sr José Carlos Freire estudou com" interesse o projeto do MEC sobre os sala-rios e carreiras dos docentes e demons-trou seu desejo de despechã-lo favorável-mente o mais depressa possível.

Nos próximos dias, o MEC e o DASPacertarão, em definitivo, as linhas geraisdo projeto, dentro do esquema propostopelo Ministro Portella. ,

RecordeO Deputado e médico Inocêncio de

Oliveira, autor de projeto aprovado auto-rizando a retirada da hipóflse de cadáve-res, é conhecido entre os colegas porexcepcional capacidade de trabalho.

Anteontem, estabeléteuhovo recordena história da Câmara, ao apresentar, deuma só vez, 35 projetos de lei.

Trata-se de caso inédito de fé no poderdo Legislativo.

Light afasta possibilidade de racionamento

Aqui e láDois projetos desenhados com o leve

traço de Oscar Nlemeyer foram inaugura-dos nesta semana: a sede do PartidoComunista Francês, em Paris, e o coretode Caratinga, em Minas Gerais.

NacionalA Secretaria Especial de informática,

da Presidência da República, baixou o'Ato Normativo n° 5, pelo qual as empre-sas do setor estatal, só poderão comprarsoftware e contratar prestação de servi-ços da área com empresas nacionais

Estende-se, assim, à informática, a na-"cionalização que já existia na área de'engenharia.Pancadaria

Tão logo o Papa João Paulo n encerresua visita a São Paulo, o GovernadorPaulo Maluf pretende acertar com o Pre-feito Reinaldo de Barros, que insiste nainvestigação do acontecido na Freguesiadoó.

BancosO Governo espanhol comunicou ao

Banco Central do Brasil que o BancoExterior de Espanã e o Banco HispanoAmericano foram autorizados a abriragências no Brasil. Além destes, pelomenos três bancos argentinos também,abrirão filiais em território brasileiro, nospróximos meses.

A instalação de banco estrangeiro nopais decorre do princípio de reciprocida-de. Portanto, foram concedidas licençaspara abertura de igual número de agên-cias de bancos brasileiros na Espanha eArgentina

O sistema bancário nacional ê um dossetores mais nacionalizados da economiabrasileira, com apenas 4% de participa-ção estrangeiraPrimeiro Balão

A equipe do professor Stans MuradNetto realtoou, ontem, na BeneficênciaPortuguesa, operação inédita no Rio dejaneiro: dllataçáo de artéria coronária Opaciente, que necessitava cirurgia deponte safena, apresentando anginas de-peito freqüentes, teve um cateter balão,introduzido na artéria coronária inteira-mente obstruída

A intervenção foi realizada apenascom anestesia local e técnica semelhanteà cinecoronariografla Teve pleno êxito.

PiratiningaA devastação ecológica não é tema'

capaz de comover a SuperintendênciaEstadual de Rios e Lagoas, a Seria, quenada fez e nada faz para interromper oprocesso de secamente da lagoa de Pira-üninga perto de Niterói, e a conseqüenteperda de ecossistema com grande riqueza-" de flora e fauna -

Em conseqüência de canal aberto lrre-gularmente em Itaipu, a água escoa, dei-xando o lodo na orla original; desapare-cem tainhas e marrecas e aparecem lotesde terrenos, onde erguem-se casebres epalhoças, o que prejudica todo o desen-volvimento urbanístico da região.

Diante da omissão da Seria, tudo indl-ca que a lagoa de Piratininga está comseus dias contados.

Lance-livreD Basfllo Penido, Abade do Mosteiro

de São Bento de Olinda e presidente daCongregação Beneditina do Brasil (queInclui o Mosteiro de Santa Escolástica, deBuenos Aires) recebeu o titulo de DoutorHonoris Causa da Georgetown Univer-sity.

O Sr Abelardo Jurema, último Minls*tro da Justiça do Governo Goulart, tele*grafou ao Presidente Joáo Figueiredopor ocasião de sua visita à Paraíba. Erecebeu a seguinte resposta: "A mensa-gem de feliz estada em sua terra natal, aParaíba, que VSa me enviou, eu a recebocomo um gesto de extrema gentileia e de

, alto nível de educação politica Peçoaceitar, com estima, o meu comovidoomito obrigado. João Figueiredo".

O presidente da OAB, Eduardo Sea-bra Fagundes, tbl convocado para depor,no próximo dia 3, na 3* Vara Criminal dePorto Alegre, no processo criminal queInvestiga o seqüestro do casal uruguaioLilian Celiberto e ünlversindo Dias.

Exibidos no auditório do MEC, em' Brasilia, oa filmes mineiros O BandidoAntônio Do, de Paulo Leite Soares e EmNome da Razão, de Helvécio Rattoa Ocinema mineiro, antes era restrito asfronteiras do Estado, começa a descobriroutros mercados.

O Ministro da Justiça, Ibrahim Abi-Ackel, estará hoje em Juiz de Fora. Parti-cipa de um encontro do Ministério Públi-co mineiro.

Na quinta-feira confirmando o climaexaltado existente ao Congresso, ocor-roa mais um incidente. Desta vea envol-

vendo os Senadores Lázaro Barbosa(PMDB-GO) e Saldanha Dend (PDS-MS),na Comissão do Distrito Federal do Se-nado. Foi pedido vista de uma propostado Governo do DF de criar a taxa do lixo.O Senador de Mato Grosso do Sul protes-tou e travou-se séria discussão entre elee o presidente da Comissão. Para evitarmaiores problemas, o Senador goianoencerrou a reunião.

Os deputados já foram formalmenteavisados pelo cerimonial do Palácio doPlanalto de que a solenidade de cumpri-mentos ao Papa Joáo Paulo n, no dia 30,será restrita ao parlamentar e à esposa,ou esposo.

A Associação dos Cientistas Sociaisdo Rio de Janeiro promove no IUPERJ,na segunda-feira, às 20b, debate sobre oproblema da violência urbana

No dia 9 um bom programa para quemquiser ficar na cidade: ãs 18h30, na igrejado Rosário, o Quarteto Bessler apresentaobras de Mozart e Schubert dentro doprograma Música nas Igrejas da Funda-ção Rio.

O Sr Wilson Gomes Faria, vice-presidente do BanerJ, foi eleito diretor-secretário da Associação de Bancos doEstado do Rio de Janeiro.

Na próxima sexta-feira o Ministro Má-rio Andreazza visitará as obras do ProjetoRio. E no interior de um draga, quetrabalha no aterro da Favela da Maré,assina os contratos para execução doplano urbanístico da área

Ontem o Senador João Calmon almo-cava «ninho no restaurante do Senado.

O presidente da Light, Luis Osvaldo Ara-nha, afirmou ontem que, apesar dos proble-mas das usinas de Furnas, em Minas e SàoPaulo, não há nenhuma necessidade de ocarioca racionar energia elétrica. Ele garantiutambém que náo existe possibilidades deacontecer no Rio um blackout total, como oque ocorreu em Nova Iorque, há alguns anos.

A causa da total falta de energia no Rio deJaneiro, durante cerca de 45 minutos, naúltima quinta-feira foi, segundo o presidenteda Light, "uma infeliz coincidência". De açor-do com Luis Osvaldo Aranha, a chance de ofato se repetir nos próximos dias "é de umaem um bilhão", e será sanado num prazomínimo de meia hora e máximo de quatrohoras. .

ExplicaçõesO presidente da Light, Luis Osvaldo Ara-

nha, afirmou ontem que, apesar dos proble-mas das usinas de Furnas, em Minas e SâoPaulo, náo há nenhuma necessidade de ocarioca racionar energia elétrica. Ele garantiutambém que não existe possibilidades deacontecer no Rio um blackout total, como oque ocorreu em Nova Iorque, há alguns anos.

A causa da total falta de energia no Rio deJaneiro, durante cerca de 45 minutos, naúltima quinta-feira foi, segundo o presidenteda Light, "uma infeliz coincidência". De açor-do com Luis Osvaldo Aranha, a chance de ofato se repetir nos próximos dias "é de umaem um bilhão", e será sanado num prazomínimo de meia hora e máximo de quatrohoras.

ExplicaçõesO mau tempo interrompeu o fornecimento

de energia elétrica da usina de Fumas, emMinas, na tarde de quarta-feira, quando ovendaval derrubou sete torres de transmissãode um sistema de 345 Kv(quilovolts), quegeram ao Rio 700 Mw (megavolts). Na quinta-feira ralos danificaram o sistema de 500 Kv dausina de Fumas, em São Paulo, que gera 1 mil200 Mw para o Rio.

Segundo o presidente da Light, o blackoutque atingiu o Rio, e durou cerca de 45 minutosem todos os bairros, com exceção da Barra daTijuca, que durou quatro horas (houve proble-mas locais), a interrupção do segundo siste-ma, na hora da ponta (quando se consomemais energia elétrica, ás 16 horas) somada ãinterrupção provocada pela queda das setetorres, foi a causa da falta de luz.

Nos dias úteis, o Rio de Janeiro consomeno máximo 2 mil 400 Mw de energia elétrica, e,aos sábados e domingos, 1 mil 700, A Lighttem capacidade para gerar, através das usi-nas de Fumas, e suas próprias usinas, 3 mil600 Mw, contando com a usina termoelétricade Santa Cruz, ativada só em casos de emer-gència, por causa do óleo combustível quegasta, e gera 600 Mw.

Segundo o presidente Luis Osvaldo Ara-nha, se ao contrário do defeito de Minas(700Mw), o defeito de São Paulo não tivessesido recuperado (1 mil 200Mw), a Light sugeri-,ria um racionamento, ou melhor, uma econo-mia de energia, já que o consumo — 2 mil400Mw—se equipararla ao disponível—2 mil400Mw.

Luis Osvaldo Aranha acha, entretanto, quetodo mundo deve racionalizar energia elétricapor hábito, "para diminuir sua conta no finaldo mês". No caso atual, por causa dos defel-tos, quanto menos gastar melhor, porque- quanto menos se usar a usina de Santa Cruzmenos se gasta de óleo combustível.

Blecaute impossívelO que aconteceu no Rio quinta-feira foi

exatamente a mesma coisa que aconteceu emNova Iorque, há alguns anos. Só que lá asituação levou três dias para se normalizar..

O presidente da Light afirma que com osistema de abastecimento de energia elétrica'que funciona no Rio é impossível acontecerum blecaute como o de Nova Iorque, por maisde quatro horas. Ao contrário do sistemanova-iorquino da época, o sistema da Light éseccionado, o que possibilita fornecer energiade bairro em bairro alternadamente, até que asituação se normalize e seja possível religartodo o sistema.

Dessa forma, apenas com a usina de SantaCruz, por exemplo, capaz de gerar 600Mw, alight pode abastecer alternadamente 25% doconsumo de energia do Rio. Apesar disso, opresidente Luis Osvaldo Aranha lembra que épraticamente impossível que todas as usinasque funcionam em pontos diferentes tenhamproblemas ao mesmo tempo.

Vento e frio fazemcomércio vender mais

O inverno chegou ao Rio precedido dosfortes ventos de dois dias atrás, que até ontemainda deixaram galhos de árvores no chão edanificaram alguns sinais de trânsito. A maio-ria das pessoas já tirou os agasalhos das gave-tas e as lojas começaram a vender mais asroupas de frio.

O 6° Distrito de Meteorologia informou queos ventos que trouxeram a frente fria — que jácaminha para o Espirito Santo — da Argentinanáo deverão se repetir por enquanto, mas ad-vertiu que o mau tempo ainda pode continuar,por causa da circulação marítima.

Marcas do ventoOntem pela manhã as árvores que mar-

geiam a Lagoa Rodrigo de Freitas estavamcercadas de galhos quebrados, que em algunspontos chegavam a formar pequenos montes. Aárea de lazer do Parque da Catacumba estavapraticamente vazia: apenas uma turma jogavafutebol e alguns corredores solitários pratica-vam o cooper. Os peixes da Lagoa, que maisuma vez estáo morrendo, se agrupavam nasaída de um esgoto, em busca de oxigênio.

No calçadáo da Avenida Vieira Souto sóhavia os corredores, que praticavam seu espor-te multo bem agasalhados. Alguns pontos dacalçada estavam cobertos de areia, trazida pe-los ventos. As vitrinas das lojas de Ipanemaaproveitaram o frio para exibir roupas de inver-no, e, apesar da operação-reboque, aumentou ovolume das vendas.

Na Avenida Atlântica a paisagem não eramulto diferente de Ipanema: em alguns pontosda praia a areia estava completamente escura,e em frente ao Cinema Rlan havia uma piscinade água suja

Causas do ventoSegundo o 6° Distrito de Meteorologia, os

fortes ventos foram provocados "pela passa-gem de uma frente fria com características deinverno, que no seu deslocamento multo rápidoocasionou as rajadas. A frente fria já está dei-xando o Rio, com destino ao Espirito Santo e omau tempo que faz agora é provocado pelacirculação marítima, devendo permanecer as-sim por pelo menos 24h."

Até agora a menor temperatura registradano Rio este ano foi de 10 graus, no Alto da BoaVista. A mais baixa temperatura do ano passa-do ocorreu no dia 13 de junho, em Realengo,quando os termômetros marcaram 6,7 graus,mas o recorde de frio no Rio é de 19 de julho de1926, quando a temperatura caiu a 4,8 graus, noCampos dos Afonsos.

Defesa Civil mantémsituação sob controle

Com um plantão permanente, atendendo atoda a população, a coordenação da DefesaCivil avisa que apesar da chuva que cai sobrea cidade, a situação está sob controle. A Cedecchegou a aer acionada algumas veies, mas osengenheiros constataram apenas quedas deárvores e ¦"""»;¦» de desabamentos em ummoro e um barraco.

O Corpo de Bombeiros, com saídas normais,acompanhou o trabalho da Defesa Civil, emRamos, na Roa Joaquim Queiroz, onde ummuro na Travessa Pará, 13, ameaçava cairsobre uma casa. O Instituto de Geotécnica náorecebeu qualquer pedido de ajuda mas estápreparado para agir em caso de necessidade.

Foto do Aguinaldo Ramo»

Só ameaçaNa Favela da Rocinha houve um pedido de

socorro para a Rua 3, onde uma parede amea-cava desabar. Os bombeiros da Gávea compa-receram ao local, Juntamente com os engenhei-ros. Mais tarde, na Rocinha, Estrada da Gávea,428, uma árvore ameaçava desabar, e os poli-ciais do Destacamento de Policiamento Osten-sivo Isolaram o local, chamando em seguida aDefesa Civil.

Outros chamados foram para a Rua CelsoHerculano, na Penha, onde um buraco abertoencheu e alagou a,Rua Pará a Rua SaintRoman, IM, houve o chamado de um colégio,onde algumas árvores caíram no pátio derecreio dos alunos.

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Emílio Ibrahim acompanhou os trabalhos

Adutora rompe e deixa semágua bairros da Central,Leopoldina e da Zona Rural

A adutora Henrique de Novaes, que serve às áreasda Leopoldina, Central e da Zona Rural, rompeu-se às6h40m de ontem. Sete casas do Parque São Franciscode Paula, no quilômetro 32 da antiga Rodovia Rio-SãoPaulo, onde fica a adutora, foram inundadas, umahorta de 6 mil pés de alface foi destruída e galhos deárvores quebraram-se com a força das águas.

Os reparos começaram pela manhã mesmo, mas oabastecimento só será normalizado entre as 6 e 12h dehoje. O Secretário Estadual de Obras, Emílio Ibrahim, eo presidente da Cedae, José Carlos Vieira, estiveram nolocal e disseram que o acidente pode ter sido causadopelas oscilações no fornecimento de energia e pelodesgaste natural da tubulação. A Cedae pagará osprejuízos aos moradores que tiveram suas casas atin-gidas.

zos serão pagos o mais rápidopossível.

COMO FOIManoel Pereira, dono da hor-

ta que, além dos 6 mil pés dealface tinha outros de chicória,agrião, cebolinha e couve, con-ta que fazia o café da manhaquando ouviu o barulho, correupara fora de sua casa e viu umjato de água escura, de uns 150metros.

Sua casa não foi atingida,mas ele perdeu a horta. A casade seu irmão Antônio Carlos,bem como outras quatro daquadra 36, foram inundadas auma altura de meio metro. Emuma das casas, a porta de en-trada foi arrancada: em outra, otanque e uma torneira com en-canamento foram arrastados.

Galhos de duas árvores foramquebrados e, nestas casas comoem duas outras, um pouco maisdistantes da adutora, móveisestragaram-se, sapatos foramarrastados, roupas e objetosmais próximos do chão, des-truidos. A tarde, uma equipe doDepartamento Jurídico da Ce-dae percorreu as casas e con-versou com seus moradores, pa-ra avaliar os danos. Segundo opresidente da Cedae, os prejuí-

PRESTEZAA adutora Henrique de No-

vaes é um dos três sistemas quesaem da estação de tratamentodo Guandu e começou a funcio-nar em 1956, tendo sofrido, des-de entáo, ouatro acidentes,com o de ontem. Do Guandu aomorro da Formiga, sào dois ca-nos de l,50m de diâmetro e, daíem diante, há uma só tubula-çáo, com l,75m de diâmetro.

A adutora abastece os subúr-blos da Leopoldina, de Bonsu-cesso a Parada de Lucas, daCentral (Rocha Miranda, Deo-doro, Bangu, 3enador Câmarae Santíssimo) e, na Zona Rural,Campo Grande e Santa Cruz. Ofrio de ontem, segundo o Secre-tário Emílio Ibrahim, favoreceuporque o consumo caiu e, pro-vavelmente, a água acumuladanas caixas foi suficiente para oconsumo do dia.

Os reparos com previsão detérmino para a meia-noite —foram feitos por 30 homens, es-cavadelras e guindastes, tendosido trocada a tubulação rom-pida, de concreto com alça deaço, por outra totalmente deaço, mais moderna e resistente.

Rio e Cabo Frio começamhoje a festa de São Pedrocom procissão e cortejo

A festa de Sào Pedro começa a ser comemoradahoje no Rio, com a condução da imagem do RioComprido, seguida por cortejo de carros, às 18h, até aPraça da Colônia de Pesca Z-12 do Caju. Ela serárecebida às 19h por solene procissão de velas, indo até aermida, onde ficará exposta durante toda a noite.

Em Cabo Frio, a atração maior é a Procissão deBarcos Embandeirados, que sairá amanhã às 15h doCanal de Itajuru até a praia do Forte São Mateus,retornando ao ponto de partida. O barco mais bonitoleva a imagem do santo, em desfile marítimo que contacom á participação de 20 traineiras e 30 botes. Outrosfestejos estão programados nas duas cidades para acomemoração do dia do Padroeiro dos Pescadores.

PROGRAMAÇÃO DE HOJE -

O cortejo de automóveis, queacompe_hará a imagem até oCaju, fará o seguinte percurso:Praça Condessa Paulo de Fron-tín, Rua da Estrela, Rua Itapi-ru, Rua Dr Agra, Rua dos Co-queiros, Rua Joáo Ventura,Rua Carollna Reidner, RuaChlchorro, Rua dos Coqueiros,Rua Itapiru, Rua Azevedo Li-ma, Rua Campos da Paz, RuaAristides Lobo, Rua HaddockLobo, Largo do Estácio, RuaEstácio de Sá, Rua PereiraFranco, Rua Afonso Cavalcan-ti, passando sob o viaduto daRodoviária Novo Rio e saindona Av. Brasil, Rua Retiro Sau-doso e Rua Carlos Selais.

A inauguração da mostra Mi-niaturas de Barros será hoje noPavilhão de Turismo, à beira doCanal de Itajuru, em Cabo Frio.A exposição reúne trabalhos deartistas, pescadores da região,com modelos de veleiros, trai-neiras, canoas e outras embar-cações típicas de Cabo Frio eArraial do Cabo. Gincanas detraineiras e botes, regatas e ca-noas e exposição de «quartos

com espécies típicos do mar deCabo Frio fazem parte da pro-gramação da Secretaria de Tu-rismo da cidade nos dois dias:DOMINGO NO RIO

As comemorações da festade Sáo Pedro no Rio, domln-go, tèm inicio às 8h com umagincana de pintura na Urca,julgamento dos quadros edistribuição de prêmios. Agincana se estenderá até as13h, e meia hora depois seráfeito o embarque da ImagemHistórica de São Pedro nocais da Colônia de Pesca doCaju e iniciada a procissãomarítima em direção à Urca.

A procissão está previstapara chegar à Enseada da Ur-ca às 15h e a imagem desenvbarcará no Iate Club do Riode Janeiro, de onde será leva-da, em procissão terrestre,até a igreja de Nossa Senhorado Brasil. Às 16h, Dom Ro-meu Bngentti, Bispo Auxiliardo Rio de Janeiro, celebramissa campal e dá a Bênçãodo Anzol. A imagem ficaráexposta à visitação públicadas 17 ás 24h.

JORNAl DO BRASIL D sábado, 28/6/80 D Io Caderno NACIONAL

Gioinado, RS/Folo de Rubem

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Em Gramado, os automóveis estavam brancos de neve

Frio no Sul chega a 6,7 grausabaixo de zero e vai aumentar

5| Macedo anuncia para semanaque vem o empréstimo paraos funcionários da TV Tupi

Brasília e Sào Paulo — O Governo vai liberar,através do Banco do Brasil ou da Caixa EconômicaFederal, empréstimo para os 980 grevistas da TV Tupide Sào Paulo, segundo anunciou ontem o Ministro doTrabalho, Murilo Macedo, acrescentando que terça ouquarta-feira da próxima semana já estará definido omontante do empréstimo, que será liberado em se-guida.

Em Sáo Paulo, o Ministro Murilo Macedo disse quejá liberou o auxílio desemprego para os grevistas,equivalente a 80% do salário mínimo, "com retroativi-dade a contar do dia do início da greve consideradalegal." O Sindicato dos Radialistas de São Paulo é queindicará o nome dos funcionários que deverão receber oauxilio.

lor de Cr$ 30 milhões cada um, eo restante no prazo de cincoanos, conforme a legislaçãoprevê.

A informação foi dada ontempelo Ministro da PrevidênciaSocial, Jair Soares, que foi pro-curado em Brasília pela direçãoregional dos Diários Associa-dos, que fez a confissão da divi-da e a proposta de pagamento.

PROPOSTA ANTIGA

Essa proposta já havia sidofeita ao Senador João Calmon,no ano passado (em maio), peloMinistério da Previdência, mascomo não foram indicados lmó-veis, o acerto náo se concretl-zou. A divida total dos Diários eEmissoras Associados no pais éde CrS 1 bilhão 300 milhões.

GARANTIA

Para a liberação do emprésti-mo pessoal aos funcionários daTV Tupi, o Ministro do Traba-lho informou que a garantia"será os direitos creditõrios dosalário", e repetiu que esperaresolver o problema na próxi-ma semana. Sobre as negocia-ções para a venda das emisso-ras Associadas, Murilo Macedonão quis falar nada, alegandoque a questão náo está afeta aoseu Ministério. ,DÍVIDA E IMÓVEL

Porto Alegre — A divida deCr$ 72 milhões dos Diários eEmissoras Associados, no RioGrande do Sul, para com a Pre-vidência Social será paga com aentrega de dois imóveis, no va-

Porto Alegre — Praticamente todo o RioGrande do 8ul amanheceu embranquecido emconseqüência de geada que ocorreu pela ma-drugada e da nevada do dia anterior, que aindapela manhã podia ser vista, em localidades daserra do Nordeste, como na cidade de SãoFrancisco de Paula. A precipitação da noite dequinta-feira, preservada por baixas temperatu-ras persistia ontem pela manhã, na paisagem.

O frio permanece intenso e, ontem, em 13cidades do interior gaúcho, os termômetrosregistraram temperaturas abaixo de zero. Amínima ocorreu em Cambará do Sul, com 6,7

rus negativos. Em Porto Alegre a mínima foi

três graus, às 7h.

Geada e Neve

A formação de geada pela madrugada empraticamente todo o Estado — com exceçãoapenas para a Praia de Torres e a região do AltoUruguai — favoreceu a concentração da nevedo dia anterior, possibilitando a que ontempela manhã ainda estivesse acumulada nasruas, árvores, telhados e automóveis.

A primeira nevada do ano, desta forma, podeser admirada ainda na manhã de ontem, princi-palmente na Zona da Serra. Em São Franciscode Paula (a 114km da Capital), a cidade ama-nheceu embranquecida e a neve ainda formava ,camadas de 10 a 15 centímetros. Durante a

madrugada a temperatura chegou aos quatrograus negativos. Com o frio aumentou conside-ravelmente a venda de bebidas alcoólicas.

Em Gramado, os termômetros registraram

Suatro graus negativos durante a madrugada,'om as informações sobre o frio e a neve

divulgadas pelas rádios e televisões, a Prefeitu-ra prevê grande afluxo de visitantes no fim desemana, lotando os hotéis.

As temperaturas mais baixas ontem, nointerior do Estado, foram: Cambará do Sul (a183km da Capital) 6,7 graus negativos; BomJesus (a 222km da Capital), 4,9 graus negativos;Vacaria (a 241km da Capital), 4,4 graus negati-vos; Lagoa Vermelha (a 240km da Capital),quatro graus negativos; e Alegrete (a 487km daCapital), 3,4 graus negativos. Pela previsão do8° Distrito de Meteorologia, hoje deverá ocorrergeada, mas náo nevadas.

Primeira morteUm homem branco, 45 anos presumíveis, foi

encontrado desmaiado no acostamento da BR-285, em Passo Fundo (a 291km da Capital) econduzido para o Hospital São Vicente de Pau-Ia, onde acabou morrendo em conseqüência dofrio a que ficou exposto na estrada. O corpoestá no Instituto Médico Legal da cidade e atéontem à tarde náo havia sido identificado. £ aprimeira vitima do frio que voltou a ocorrer noEstado.

Geadas assustam cafekultoresLondrina e Curitiba — Geadas, intensas no

Sul e fracas no Norte do Paraná, atingiramontem os cafezais, ainda que apenas nos pontei-ros e sem prejuízos. Mas comprometeram seria-mente as pastagens e. segundo aviso especialdo Instituto Agronômico do Paraná, tendem ase repetir com maior intensidade na madruga-da de hoje na região cafeeira. O preço do cafésubiu mais Cr$ 100 e a previsão é de chegar aosCr$ 5 mil 700 a saca, ainda hoje.

As próximas 48 horas — em que permane-cem condições favoráveis a geadas no Norteparanaense—sáo decisivas para a cafeiculturado Estado, que já vivia uma discreta euforiacom a previsão de uma colheita de até 9 mi-lhões de sacas (CrS 50 bilhões a preços atuais)em 1 981, a primeira grande safra desde asgeadas de 1975. Ontem a corrida por informa-ções começou cedo: ás 7h a Café InternacionalParis enviou telex a Londrina, consultandosobre as condições climáticas na região.

PrevisãoCondições favoráveis à formação de geadas

permanecem pelas próximas 48 horas. Curitibaregistrou ontem a mínima de 0,4 graus negati-vos e máxima de 12. A temperatura mais baixano Estado foi em Irati, com quatro graus nega-tivos.

Em Comélio Procópio, o cafeicultor WilsonBagglo reuniu informações logo de manhã, Se-gundo ele, os danos ao café foram econômica-mente insignificantes, sendo atingidos pontei-ros e folhas de cafés novos. Saíram ilesos oscafezais mais velhos, localizados em boas posi-§ões.

Ele previu que, independente da formaçãoe geadas nos próximos dias, o café voltará às

cotações de maio, quando chegou a custar Cr$ 6mil 300.

Boletim do mercado cafeiro de Londrinacomentou ontem que após um período de qua-tro semanas, em que os negócios viveram diasde total estagnação e baixas violentas, o merca-do mostra sinais de rápida recuperação. Atri-buiu isto ao fato de que, pela primeira vez nesteinverno, está havendo ameaça real de geadas.Acrescentou que a ameaça iminente para hoje epara amanhã está polarizando as atenções ge-rais e produzindo um clima de expectativa comreflexos no comportamento do mercado, queem dois dias melhorou suas cotações em Cr$500 a saca. Ressalvou que o ponto de partidapara esta subida não foi o frio, mas a fixação donovo preço de garantia para o café — que,embora abaixo das pretensões dos produtores,repercutiu favoravelmente diante da expectati-va de que ao invés Cr$ 6 mil seria menos de CrS5 mil 500 a saca. No mesmo dia da fixação dessepreço a bolsa de mercadorias de São Paulovoltou a trabalhar com alta, recuperando-sedas sucessivas baixas.

São Joaquim tem o dia mais frioFlorianópolis - Embora na manhã de on-

tem já tivesse cessado a nevasca Iniciada natarde de quinta-feira em vários municípios do

Slanalto serrano, em São Joaquim, ponto mais

io do Estado, registrou-se a temperatura maisbaixa, deste ano, 6,2 graus negativos. Em La-ges, que na tarde de ontem desfrutava deamenos 8 graus positivos, os termômetros mar-caram 4,1 negativos na madrugada e, em Cha-peco no Oeste, 1,4 negativos. O frio foi acompa-nhado de forte geada em todo o Planalto, Melo-Oeste e parte do Oeste catarinense. Na capital,uma temperatura não registrada há muitosanos: 3,8 positivos.

A Secretaria da Agricultura, que ainda náotem dados concretos sobre os efeitos da geadanas plantações e pecuária, informou que o frio éfavorável para a fruticultura de clima tempera-do, como é o caso da maçã, que tem em SáoJoaquim seu maior produtor. Quanto ao gado,ainda está na engorda do verão, por isso oscriadores ainda não começam a se preocupar.Mas na região de Lages, onde a criação predo-mlnante é de gado de corte, existem poucaspastagens artificiais e, com atgeada prometen-"do prolongar-se, a situação deverá agravar-seem breve.

S. Paulo espera massa polar amanhãSào Paulo — O Instituto de Atividades Es-

paciais. Órgão ligado ao Centro Técnico Ae-roespacial. em São José dos Campos, conflr-mou ontem que a temperatura deverá baixarainda mais em São Paulo devido à chegada atéa madrugada de amanhã de uma massa de arpolarOs técnicos acrescentam que é grande aprobabilidade da ocorrência de novas geadasem toda a região Centro-Sul do país e que essaalteração no clima é devida à ocorrência dofenômeno meteorológico chamado Poços dosAndes.

Buraco negro

O Poço dos Andes foi descoberto com baseem estudos sistemáticos de fotografias dos sa-télites norte-americanos Landsal e Meteosatrealizados por uma equipe de meteorologia daIAE Da primeira vem em que o fenômeno foipercebido em 1975, ocorreram forte geadas emtoda a região Sul do pais. Segundo os técnicos,sempre que o fenômeno se manifesta é grande aprobabilidade da manifestação de geadas naRegião Sul e de longos períodos de estiagem naregião Norte-Nordeste "Uma coisa é certa, so-mente existe a ocorrência de geadas quando oPoço dos Andes ocorre, embora a reciproca náose.iB verdadeira pois pode ocorrer o fenômenosem no entanto ocasionai geadas" afirmam ospesquisadores do IAE

Ó W090 aos Anões e uni fenômeno caracteri-zado pelh totaj ausência dt nuvens em umaregiài- sobre o oceano Pacífico e a Cordilheiradou Andes tormarido uni buraco negro na at-mosferb que é captado pelas fotografias dossatélites

Os técnicos do IAE explicam que o fenome-no voltou a se manifestai nesta semana t que

por isso mesmo é grande a probabilidade daocorrência de fortes geadas até a madrugada deamanhã. Segundo eles. uma massa de ar polarestá deslocando-se em direção a São Paulo e onúcleo dessa massa atinge hoje o Estado doParaná devendo chegar amanhã a São Paulo.

A temperatura, segundo os técnicos, deveráesfriar ainda mais nestes dias, uma vez que aschuvas que aconteceram até ontem impedirama entrada mais rápida da massa polar.

Texas propõe ajuda

A estação de lançamento de balões estratos-féricos de Palestint, no Texas, que ofereceumas das mais avançadas tecnologias na áreaaos cientistas norte-americanos e europeus, es-tá "à inteira disposição" dos pesquisadoresbrasileiros. Foi o que garantiu ontem o diretordo Departamento de Ciências Atmosféricas doNational Science Foundation, professor Gior-gio Tesi. que visitou o Instituto de PesquisasEspaciais de São José dos Campos e manteveconversações para a assinatura de um convênioentre Brasil e Estados Unidos para cooperaçãotecnológica.

Afirmando que a região brasileira ê "extre-mamente privilegiada para pesquisas" devidoà Unha equatorial magnética que atravessa—nde parte do território e a chamada anoma-

magnética que apresenta os Índices maissensíveis do mundo na região Sul do pais, oprofesso) Giorglo Tesi demonstrou um "inte-resst muito grande do nosso Departamento deCiências em participai conjuntamente com osbrasileiros nos lançamentos de balões estratos-féricos feitos pelo Inpe no Brasil" Ele retornouontem aos EUA após três dias de permanênciano Instituto de Pesquisas

Calmon diz que nãotem ligação com TV

Brasilia — O presidente dogrupo acionário do condomíniodos Diários e Emissoras Asso-ciados, Senador Joáo Calmon,discursou ontem no Senado pa-ra esclarecer a sua participaçãona greve dos funcionários daTV Tupi de São Paulo, aflrman-do que "desde o pedido de re-gistro da minha candidatura aDeputado, em 1962, desliguei-me, por imperativo legal, daárea de rádio e de televisão."

Depois de afirmar que temvivido "sob o signo da tempes-tade", o Senador João Calmoncitou sua oposição ao GovernoJoão Goulart, sua luta contra"a infiltração estrangeira naárea da televisão", seu trabalhopela "cruzada da década daeducação", para afirmar que"meu destino de lutador foiposto à prova novamente emmaio e no corrente mês de ju-nho, quando se desencadeoucontra mim uma campanha 11-derada pelo Sindicato dos Tra-balhadores em Empresas deRadiodifusão e Televisão noEstado de São Paulo."SEM DETALHES

Depois de fazer uma retrós-'pectiva de sua vida, o SenadorJoão Calmon encerrou seu dis-curso com as seguintes pala-vras:"No momento em que, a pedi-do do próprio condomínio, emcarta dirigida ao PresidenteJoão Figueiredo, se realizamnegociações para a venda dealgumas emissoras de televisãoe de rádio dos Diários Associa-dos, náo me parece oportuna,nem conveniente, a revelaçãode alguns detalhes das verda-delras causas da conduta dosindicato paulista, na área daTV Tupi, que não foi adotadapelos seus associados do setorde rádio, nem pelas demais ca-tegorias profissionais queatuam na redação, nas oficinase na administração do nossojornal paulista.""Assis Chateaubriand, quetanto dignificou esta tribunacomo representante dos Esta-dos da Paraíba e do Maranhão,legou a 22 de seus companhei-ros, à sua "família cívica", co-mo costumava dizer, o pesadoônus de tentar garantir a conti-nuidade de sua grandiosa obra,com o objetivo de consolidar aunidade espiritual no nossopaís-contlnente.""Somente a sua incompará-vel visão nacional seria capazde fundar jornais, não apenascomo tantos outros empresa-rios, nos mais importantes mer-cados do pais, mas também nasmais modestas unidades da fe-deraçáo, como o Território de

Rondônia, o Acre, o Maranhão,o Piauí, Alagoas, Sergipe e tan-tas outras, que jamais desper-taram interesse aos empresa-rios de comunicação do Brasildesenvolvido, na área Centro-Sul.""Enquanto os competidoresdas demais empresas Investiammaciçamente os seus lucros namodernização do equipamentoe no rejuvenescimento dos qua-dros de pessoal, Chateaubriandse deixava empolgar pelas suascruzadas cívicas, artísticas eculturais.""Dessas suas decisões, queele tomava, com os plenos po-deres de quem era "dono dorádio e do trovão", detentor daquase totalidade das ações dasempresas, resultou o acúmulode dividas previdenciárias e fis-cais, que foram amplamente fo-calizadas nos pronunciamentosfeitos no Senado.""Quando Chateuabriand fale-ceu, em 1968, depois de oitoanos e dois meses numa cadeirade rodas, em conseqüência deuma dupla trombose cerebral,metade de seu patrimônio que,antes garantia o vultoso passivo de suas sete dezenas de órgãos de divulgação, foi, de açor-do com as nossas leis, destinada a seus filhos, enquanto, obviamente, o passivo total e aresponsabilidade de todos osseus vultosos avais foramtransferidos para os novos con-troladores das organizaçõesque fundara.""Esse quadro se agravou ain-da mais, a partir de 1965, quan-do a área mais lucrativa do seugrupo passou a sofrer as conse-qüèncias de um massacre, foca-lizado por mim na entrevista de8 de junho, e cujas conseqüên-cias ainda se farão sentir demaneira catastrófica, tambémem outras empresas, não per-tencentes aos Diários Associa-dos, até mesmo da área jorna-lística, a começar pelo Rio deJaneiro, de acordo com recen-tes' denúncias, ainda náo am-piamente expostas.""Esta não é a hora adequadapara me aprofundar neste temado mais alto interesse nacional,que justifica, em grande parte,o drama que hoje vivemos, eque está sensibilizando as maisaltas autoridades do nossopais, a começar pelo PresidenteJoão Figueiredo.""Nem sempre a história dosnossos dias pode ser contadaimediatamente com todos osdetalhes. Mais cedo ou maistarde, porém, surgirá uma opor-tunidade em que toda a verda-de possa ser revelada, verdadeque interessa, vitalmente, àprópria segurança nacional."

PDS, Tancredo e Lucenacumprimentam Senador

Ainda emocionado com osabraços dos senadores do PDSe dos Srs Tancredo Neves ,eHumberto Lucena, pelas oposi-ções, depois de se defender noepisódio da TV Tupi, o SenadorJoáo Calmon, presidente docondomínio dos Diários Asso-ciados, prometeu voltar à tribu-na para pedir a estaüzaçáo daRede Globo, se esta ultrapassar70 por cento da liderança, limi-te considerado suportável naconcorrência.

Em declarações prestadas de-pois do seu pronunciamento,no qual se apresentou como vi-tima do caso da TV Tupi, oSenador afirmou que a propôs-ta de venda de algumas emisso-ras do seu grupo foi de iniciati-va deste, e não do Presidenteda República. Disse que os Diá-rios Associados não terão fim,depois de 56 anos de fundação,e já está preparando o progra-

ma de comemorações para oano 2 mil.

Antes do seu discurso, elemostrou que um dos destaquesdo pronunciamento se dirigiadiretamente ao JORNAL DOBRASIL, Estado de S Paulo eoutros jornais considerados im-portantes do pais.

Essa referência constava dotópico em que mostrava as difi-culdades que contribuíram pa-ra crise do seu gnipo: "essequadro se agravou ainda mais apartir de 1965, quando na áreamais lucrativa do seu grupopassou a sofrer as conseqüên-cias de um massacre (...) cujasconseqüências ainda se farãosentir de maneira mais catas-trófica também em outras em-presas náo pertencentes aosDiários Associados, até mesmona área jornalística, a começarpelo Rio de Janeiro, de acordocom recentes denúncias aindanáo amplamente expostas".

Paulo Cabral ainda nãose reuniu com Governo

O Sr Paulo Cabral, encarrega-do das negociações para a ven-da das nove emissoras de tele-visão pertencentes ao condomí-nio acionário dos Diários Asso-ciados, para outros grupos em-presariais reafirmou ontemque ate o momento o Governonão o chamou para tratar doassunto

— Creio que o Governo estejaexaminando os grupos, as con-diçóes para poder tornar viávelas negociações — disse o Sr

Paulo Cabral, explicando queestá se cogitando apenas dasnegociações das emissoras quecompõem a Rede Tupi de Teie-visão, "os entendimentos, po-rém, estão sendo comandadospelo Governo" afirmou

Ele explicou que embora aRede Tupi de Televisão sejaformada também poi mais no-ve emissoras de televisão, essasnào têm nada a ver com o con-domínio pois são filiadas à Re-de através de contratos de pro-gramaçào

VEPLAN E COFRELAREM BOTAFOGO

A VEPLAN — Indústria Imobi-liaria do Rio de Janeiro e Cofrelar— Associação de Poupança e Em-préstimo, assinaram 0 contrato definanciamento de edifício a serconstruído na Rua Mario Peder-neiras, 35 — Botafogo.

Na foto a partir da esquerda,o Vice-Presidente da Cofrelar, Dr.Waldemar Costa, Dr. FranciscoMonteiro Perez, Diretor Superin-tendente da Veplan e o Dr CarlosAlberto Paula Soares, Diretor devendas da Veplan.

Prefeituravai protegerárvores

A Secretaria Municipal deObras começou a fazer ontem, ocadastramento das árvores (la-do esquerdo da mão de direçãoda Rua Visconde de Pirajá, emIpanema, iniciando os traba-lhos do projeto aprovado peloPrefeito Júlio Coutinho, dacriação de estacionamentos in-clinados naquela área. O objeti-vo, segundo os técnicos, é mo-delar as vagas de acordo com asárvores, para evitar desmata-mento.

Segundo os técnicos da Se-cretaria toda a vegetação aolongo da Rua Visconde de Pira-já será aproveitada, como tam-bém serão levados em conside-ração os prédios que estão emrecuo. Quanto aos trechos ondeserão iniciadas as obras, só po-derâo ser definidos após os es-tudos.08 ESTUDOS

Será levantado o número deárvores e prédios em recuo, pa-ra posterior determinação donúmero exato de vagas, assimcomo a delimitação dos trechosonde serão construídos os esta-cionamentos. Os mesmos estu-dos irão definir os trechos emque serão construídas bainhaspara ônibus e abrigos paramaior fluidez do tráfego.

O Detran vai continuar amultar e rebocar os veículosenquanto os estacionamentosnáo estiverem prontos. A infor-macáo é da assessoria de im-prensa do órgão, que disse ain-da que "não foi tomada nenhu-ma solução provisória" até otérmino das obras, embora oprefeito tenha dito que somen-te o Detran poderia resolver oproblema até a construção dosestacionamentos inclinados.

Na noite de ontem, Edson VazBorges representante da Co-missão dos Lojistas e Profissio-nais Liberais de Ipanema portelegrama agradeceu ao Prefei-to Júlio Coutinho e ao Secreta-rio de Obras Renato de Almei-da pelo primeiro resultado posi-tivo da campanha em buscados benefícios aos moradores eao Comércio de Ipanema.

Na semana que vem EdsonVaz Borges juntamente com oArakem J. rima diretor da ACI-SUL (Associação do Comércio eIndústria da Zona Sul) vào teruma audiência com o Diretordo Detran, o delegado SérgioRodrigues.

Rio Branco pune três alunosporque diplomatas precisam"ter disciplina e discrição"

Brasília — "O diplomata tem de ter disciplina e discrição",afirmou ontem o Embaixador Sérgio Bath, ao explicar aeliminação de um aluno do Instituto Rio Branco e a suspensãoda matrícula de outros dois por um ano. Ele negou-se a revelar .as reais razões pelas quais os três alunos foram afastados aapenas cinqüenta dias de sua formatura, mas assegurou queexplicou a eles mesmos aquelas razões.

Disse o Embaixador que os três alunso foram submetidos,juntamente com outros oito, a avaliações de personalidade, porum pricòlogo, e depois submetidos a entrevistas com umabanca de cinco diplomatas, todos do cargo de mlnistro-de-segunda-classe (penúltimo degrau da carreira). A banca, orien-tada pelos laudos do psicólogo e com base na entrevista,decidiu pela eliminação de Victor Hugo de Souza Irigaray epela suspensão, por um ano, das matrículas de Renato SérgioAssumpção e Carlos Alberto Lamback.

O Embaixador Bath negou categoricamente que os trêstenham sido afastados por motivos políticos. Esse aspectochegou a ser especulado pela presença, na banca, do chefe daDivisão de Segurança e Informações do Itamarati, MinistroAdolfo Corrêa de 8á e Benevides. Ele não soube explicar,entretanto, por que razão o chefe da DSI participa da banca."Já era assim quando fui nomeado para a direção do InstitutoRio Branco."

O diretor do IRB garantiu, no entanto, que o aluno Irigaray,o eliminado, "tinha problemas psicológicos". Admitiu quefatores de julgamento com base enrdados psicológicos "sáosempre relativos" e reconheceu que o Itamarati deveria fome-cer a seus potenciais futuros diplomatas "mais instâncias deavaliação". Mas lamentou que os recursos disponíveis nàopermitam a contratação de outros psicólogos, para fazer váriasflvflliacôc s"Os três alunos foram submetidos a testes de avallaçâo.dapersonalidade várias vezes durante o curso e, neste acompanhamento", esclareceu o Embaixador Bath, "formou-se umquadro que, afinal, aconselhou o afastamento definitivo de ume temporário dos outros. O atendimento psicológico dos alunosdo IRB é feito pelo Instituto de Psicologia e Orientação (IPSO),de Brasilia, contratado pelo Itamarati porque é sério." O IPSOtrabalha para o IRB desde 1976.

Segundo o Embaixador, o desempenho intelectual dosalunos afastados "foi razoável". O afastamento foi determina-do, entretanto, porque os três descumpriram o Artigo 20 doregulamento do IRB, que estabelece: "A permanência no cursopressupõe procedimento pessoal irrepreensível, dentro e forado Instituto, e conformidade com as disposições legais e asnormas que regulam a vida escolar".

O aluno do IRB pode ser submetido, segundo o regulamen-to, a exames"de sanidade e capacidade tísica e psíquica eavaliação dos costumes e conceitos correntes", a qualquermomento do curso. Foi essa possibilidade que terminou atin-gindo Irigaray, Lamback e Assumpção. Dentro do regulamen-,to, não cabe recurso. A decisão final é do Ministro de Estado eos recursos só podem ser feitos, por via judicial, ao TribunalFedcrsl de Recursos

O Embaixador Bath justificou ontem a existência de umaseqüência de exames para avaliação da personalidade. Segun-do ele, esses exames têm validade relativa e, por isso, não pode.ser considerado apenas o teste inicial, quando o aluno faa«vestibular ao IRB. ""As pessoas mudam", disse, "e além disso os candidatos:ocultam, num primeiro exame, problemas psíquicos que têmSó se pode separar o joio do trigo no que está óbvio e num'primeiro momento nem tudo fica óbvio". J

O afastamento dos três alunos provocou muitos comenta-rios no Itamarati. Havia muita especulação em torno das"razões que levaram o IRB a determiná-lo, mas ninguém sabia jdelas com precisão. O Embaixador Bath comentou apenas que"a discrição, para o diplomata, deve abranger todo sua vida,pois ele é muito visível na sociedade".

O Embaixador admitiu que o regulamento do IRB é bas-tante rigoroso, mas advertiu que "ninguém é obrigado a fazer ocurso, só entra quem quer".

iflrNesta

segunda-feira,dia 30,

o Carrefourestará fechado.

Desculpe-nos, mas pelo menos uma vezpor ano, o Carrefour tem que fechar para balanço.

Portanto, segunda-feira, dia 30 de junho,o Carrefour não abre Espere mais um dia

para comprar mais barato mesmo.

Carâburonde tudo é mais barato mesmo.

JORNAL DO BRASIL D sábado, 28/6/80 D 1° Caderno

Nova Serrana lidera produçãode calçados em Minas Gerais

Nova Serrana — De pai pa-ra filho, mantendo uma tradi-çao, o oficio de sapateiro étransmitido como herança e,desde cedo, as crianças visl-tam as fábricas e se vão en-trosando com o serviço maiscomum em Nova Serrana eque representa a principalatividade econômica local,garantindo empregos aos ho-mens, mulheres e crianças dacidade e da zona rural destemunicípio, a 117 km da capi-tal mineira.

São 172 fábricas na cidade,a maioria pequenas, mas cer-ca de 30% são consideradasde médio porte, com produ-ção média de até 250 parespor dia cada uma. Isso dá aomunicípio o primeiro lugar naprodução de calçados em Mi-nas, perdendo no Pais apenaspara Franca, em São Paulo, ealgumas cidades do RioGrande do Sul.

BANCO DO BRASIL

A criação de uma agênciaou sub-agência do Banco doBrasil em Nova Serrana éuroa das principais reivlndi-cações dos fabricantes de cal-çados, que se vêem obrigadosa viajar freqüentemente às ci-dades vizinhas para movi-mentar suas contBs, descon-tar duplicatas ou conseguirempréstimos. Na cidade, háapenas uma agência do Ban-co Real, que não atende acomunidade em todos os ser-vtços necessários.

Os fabricantes, em geral,procuram os bancos de Pitan-gui, a 52 km, com opções tam-bém em Pará de Minas, dis-tante 42 km, Bom Despacho a34 km de Nova Serrana ouDivinópolis, a 38 km por es-trada de terra.

Há dois anos, Nova Serranaenviou um relatório à admi-nistração do Banco do Brasil,através do então diretor Má-rio Pacini. Em maio passadovoltou a levantar dados paraenviá-los novamente a Bra3i-lia, mostrando a real necessi-dade de uma agencia paradar apoio ao desenvolvimen-to industrial. As viagens àsagências vizinhas, segundodestaca um industrial, são so-bretudo caras, devido ao pre-ço do combustível atual-mente.

Mas a população da cidadetambém espera maior apoioestadual e federal, em termosde incentivos fiscais e econô-micos, além de cursos deaperfeiçoamento. Espera queas autoridades não visitem acidade "somente com o intui-to repreensivo", criando te-mor ao pequeno empresárioque deseja desenvolver a In-dustria, segundo afirma opresidente da Associação Co-mercial de Nova Serrana, Jo-sé Maria Scaldlni Garcia.

Consta ainda das reivindi-cações municipais a criaçãode uma Escola do Senal, a fimde aprimorar a mão-de-obrapara a indústria de calçados.

CONCORRÊNCIA

Mesmo gozando de uma si-tuaçào privilegiada no mer-cado consumidor estadual ecom um grande volume devendas para outros Estados,algumas fábricas da cidadeenfrentaram problemas de re-duçáo das encomendas, por-que os produtos de plásticoganharam a preferência doconsumidor nos primeirosmeses do ano, diminuindo aprocura dos calçados de cou-ro nas sapatarias revende-doras.

Este mês, houve uma rea-çáo favorável no mercado aoscalçados de couro. Mas a si-tuação continua preocupan-do, segundo o Sr Antônio Jú-lio Amaral, gerente da Indús-tria de Calçados Cynara, há11 anos instalada em NovaSerrana.

Paralelamente, houve altanos preços da cola e forros deplástico e borracha em até

70%, enquanto o couro pas-sou a custar 20% mais caro.Em conseqüência, os indus-triais de Nova Serrana tive-ram que aumentar o preço deseus produtos, sem que o au-mento tenha porém acompa-nhado o do custo da matéria-prima.

Algumas fábricas de NovaSerrana, ante a concorrênciados produtos de plástico, ti-veram que mudar a linha deseus produtos, dando ênfaseaos calçados para homens. Aesperança, segundo o Geren-te da Indústria de CalçadosCynara, é que a moda dassandálias de plástico passelogo, acreditando que já nosegundo semestre o problemaesteja resolvido para as in-dústrias de calçados de cou-ro. Mas, enquanto isto nãoacontece, a Cynara, conslde-rada uma das indústrias deport* médio, com produçãode cerca de 250 pares por dia,em médias, vai partir para

cola do Senai, o problemaacaba sendo superado em ca-sa da melhor forma possível,buscando' sempre equiparar oproduto ao nível daquelesproduzidos por Franca e pe-Ias fábricas gaúchas.

Os industriais da regiãotambém reclamam da faltade recursos próprios, toma-se•inviável a ampliação das in-dústrias, que acabam restrin-gindo sua fabricação de cal-çados.

DISTRIBUIÇÃO

Para uma melhor distribui-ção de seus produtos no pais,as fábricas de Nova Serranaforam criando seus própriosdepartamentos de viajantes,visando a evitar algumas cri-ses do setor. As pequenas fá-bricas se agrupam. Sem con-dições de criar um departa-mento de vendas, reúnem-sedez fábricas, contratam um

Nas fábricas de médio porte, as máquinasajudam, a acelerar o trabalho e aumentar aprodução

uma Unha mais sofisticada,melhorando o produto emqualidade e variedade de mo-delos. Segundo o gerente, fimde ano é época de sandáliassociais.

Também a Fábrica Milene,'que segundo seu gerente Ge-rônimo Gontijo de Brito, hácinco anos vem preferindomanter a qualidade dos cal-çados, ao invés de uma gran-de produção, também teve demudar sua linha de produção.E com uma produção em me-dia de 130 pares de calçadospara senhoras, diariamente, aMilene entrou no mercadocom sapatos de brim e ca-murça. A Frambel produzcerca de 110 pares para ho-mens por dia.

MÀO-DE-OBRA

Com o desenvolvimento daindústria de calçados, muitostrabalhadores da Zona Ruralsão atraídos pelas indústriasde Nova Serrana, que em ge-ral não lhes negam trabalho.Mas, com isso, a mão-de-obranão qualificada da maioriapassa a ser uma preocupaçãodos industriais. Sem uma es-

vendedor e entregam a mer-cadoria para venda no pais.Atualmente são três os gru-pos formados. O primeiro de-les foi o Grupai — GrupoAliança Ltda.

Todas as fábricas estão pro-curando melhorar o produto,como estratégia de venda. Ogerente da Frambel, GeraldoLourenço, destaque indus-trial da cidade, leva seus sa-patos a oito Estados.

A CIDADE

Com arrecadação de Cr$ 9milhões prevista para esteano, Nova Serrana, a 117 kmde Belo Horizonte, vem rece-bendo um pouco de infra-estrutura básica, com revesti-mentos de ruas e esgoto.Além de energia elétrica for-necida pela Cemig e água daCopasa — a meta prioritáriado Prefeito José Manoel Fl-lho, da ex-Arena. Segundoele, o problema habitacionaltambém faz parte de suaspreocupações e, para resolve-Io, está tentando fazer convê-nios com os órgãos compe-tentes.

O Prefeito José Manoel Fi-lho critica, entretanto, os Go-vemos Federal e Estadual,que ainda transferem recur-sos ao município com dadosde 1970, considerando a po-pulação da época, que era de6 mil 554 habitantes. "Esta-mos no pedestal da cidademédia e também náo somospequena", disse o Prefeito.Ele classificou o momentoatual como sendo de adoles-cència.

Ele reivindica maior inser-ção de recursos públicos esta-duais, para assegurar a ma-nutenção do crescimento queocorre hoje em Nova Serrana.Disse que a receita do muni-cípio contribui com um supe-rávit mensal para o Estado enão existe uma política paraa redlstribulção destes recur-sos, com aplicação de umaparcela na cidade.

O Prefeito acha que o Esta-do poderia colaborar para odesenvolvimento do setor in-dustrial, com Imóveis, gal-pões, instalações, créditos,capital de giro, entre outrasformas. Informou estar piei-teando recursos do Fundo deAssistência Social — FAS,para a construção do hospitalda cidade.

Sáo muitas as dificuldadesdos moradores quando ficamdoentes e encontram obstá-culos para chegar às cidadesvizinhas, onde há hospitais.Assim, a construção de umhospital em Nova Serrana éuma reivindicação antiga domunicípio, que poderá se tor-nar uma realidade brevemen-te. A Associação Comercialinformou que o município jádispõe de área de 10 mil me-tros quadrados — uma doa-ção particular—para a cons-trução do hospital. Não mui-to longe do centro, na partealta da cidade, o terreno sóespera a aprovação da plan-ta, para que se inicie a primei-ra etapa da construção, deresponsabilidade das princi-pais entidades locais.

Residem em Nova Serranadois médicos, quatro dentis-tas, 15 contadores, seis advo-gados e três economistas, en-tre outros profissionais.

Além das 172 indústrias decalçados, a cidade tem cincobeneficiárias de madeira, cln-co cerâmicas, 10 fábricas depolvilho, duas de artefatos decimento, uma fábrica de cai-xa de papelão, uma serralhe-ria, duas fábricas de móveis equatro fábricas de saltos etamancos.

Já o setor comercial contacom 90 estabelecimentos degêneros, bebidas e tecidos,três postos de gasolina, umde material de construção e21 casas de comércio diversi-ficado.

O município possui tam-' bém seis escolas de primeirograu da rede estadual e ou-trás seis da rede municipal,além de uma escola particu-lar com primeiro e segundograus, com um total de 2 mil400 estudantes.

Para o lazer, Nova Serranatem um clube, com três pisei-nas, quadra de basquete, vó-lei e futebol de salão, parquepara as crianças, e uma gran-de área que deverá ser trans-formada em novas opções delazer. A quadra de tênis jáestá em fase de conclusão. OAraguaia possui 210 sócios.

A 500 metros do asfalto daBR-262, a Cidade dos Calça-dos náo possui uma linha di-reta de ônibus para Belo Ho-rizonte, servindo-se de ônibusdas cidades vizinhas para acomunicação com a Capitalmineira. A concessionáriaSanta Maria ainda não colo-cou ônibus exclusivamentepara Nova Serrana, mas, se-gundo o Prefeito José ManoelFilho, a empresa prometeuque nos próximos meses osônibus estarão rodando nosentido Nova Serrana—BeloHorizonte e vice-versa.

'Jf^*w&F0RME especialJ HLJ

As empresas de médio porte chegam a produzir, em média, mais de 200pares de sapatos por dia

Nova Serrana, a cidade dos sapatos,

enfrenta a concorrência do plásticoNova Serrana é uma pequena

cidade mineira, curtida no couro deboi, e que nasceu em torno dealgumas sapatarias, multiplicadasem quase duas centenas de peque-nas e médias fábricas de calçados,que produzem desde a famosa erústica botina gomeira aos maisfinos sapatos femininos. Eque hojese defronta com inesperado proble-ma: a moda das sandálias de piás-tico.

Com uma população urbana de7 mil pessoas e outras 5 mil nazona rural, a Cidade dos Calçados,a 117 quilômetros de Belo Horizon-te, no Oeste mineiro, descobriu aduras penas a era dos plásticos.Mas sua população — que desço-nhece favelas, mendigos, menoresabandonados ou desemprego —continua confiando no couro, certade que os calçados de plástico sáouma moda que passará com omesmo ímpeto com que chegou aospés das mulheres, no início do ano.

O NOME DOS FILHOS

Há hoje 172 fábricas de calçadosem Nova Serrana, líder no setor emMinas. Elas nasceram de formaespontânea, sem maiores incenti-vos governamentais, em torno dealgumas poucas sapatarias. Ospioneiros teriam sido Geni JoséFerreira e Horácio de Morais Na-varro, mestres dos primeiros sapa-teiros de Nova Serrana.

O ofício passa de pai para filhos,de gente da cidade para a popula-ção da zona rural. Os proprietários,em geral, preterem dar às fábricas— a maioria caseiras —o nome de

seus filhos e, assim, grande partedelas têm nome de pessoas. Se osdonos tèm filhos após a instalaçãodas (ábricas, são estas que servemde inspiração para o nome dascrianças.

Um morador conta, com orgulho,que se precisar de um lavador decarros à tarde, não encontra. É queas crianças não brincam ou pas-seiam à-toa pela cidade, durante odia. Já aos 12 anos, é normal otrabalho nas fábricas. Quandomuito, crianças recebem tarefasmais leves, como os enfeites doscalçados. Mas logo se ocupam detoda a montagem do produto.

A cidade é hospitaleira e recepti-va, mas não conta com infra- .estrutura para receber turistas ougrande número de visitantes. Oque dificulta também uma dasgrandes expectativas dos indus-triais: realizar em Nova Serrana, aexemplo de outros grandes centrosprodutores de calçados, uma teirapara concentrar os profissionais doramo interessados na experiência ecriatividade dos outros.

A Associação Comercial já temuma área de 5 mil metros quadra-dos para a instalação da Feira deCalçados. Ela foi doada por JaimeMartins e aguarda-se apenas amelhoria do infra-estrutura urbanapara a realização da primeirafeira.

DESENVOLVIMENTO

Situada entre os rios Lambari ePará, entre as cidades de Pará deMinas e Bom Despacho, Nova Ser-lana — emancipada politicamentehá 26 anos — teve seu desenvolvi-

INDUSTRIA DE CALÇADOSSARP LTDA.

Rua Divinópolis 781Fone 390 — Nova Serrana — M.G.

INDUSTRIA DE CALÇADOSMILENE LTDA.

Rua Dr. Jacinto M. Filho 206Fone 312 — Nova Serrana — M.G.

:icovx^jvji&iiijAÉi^^ ''^^^^^^r^^\ "'''*¦;'¦¦¦': Í&IBSkSWI íBBMsP

INCAPINDÚSTRIA DE CAIXA DE PAPELÃO LTDA.

Rua Guarani 710Fone 221-3289 — Divinópolis — M.G.Rua Antônio Martins 109Fone 296 — Nova Serrana — M.G.

INDUSTRIA DE CALÇADOSFRAMBEL

Rua Duque de Caxias 80Fone — 319 — Nova Serrana — M.G.

¦Jvvií «*rfcí(lSí^rR

A juventude começa cedo a aprender o oficio de sapateiro que vempassando, como herança, de geração para geração

CRIAÇÕES LINO'S

End — Rua Bandeirante P. Silva 72

Fone — 280 — Nova Serrana M.G.

mento acelerado há cerca de 1-2anos, quando a BR-262 toi Inaugu-rada. A pista asfaltada fica o meioquilômetro do centro da Cidade.

Há oito anos, eram apenas 2 mil500 os habitantes da região urba-na. As fábricas de calçados 68,empregavam a maioria das pes-soas da cidade e já exportavampara o Paraguai. As famosas boti-nas rangedeiras de Nova Serranatinham um mercado garantido nointerior de Minas e eram comercia-lizadas também em Goiás, no Paráe no Amazonas, b iniciava-se afabricação de calçados finos. A ci-dade já era, naquela época, amaior fabricante mineira de cal-çados.

Desde então a cidade cresceumuito. Além das fábricas de calça-dos, há cinco marcenarias, cincocerâmicas, 10 fábricas de polvilho,duas de artefatos de cimento, umade caixa de papelão, umo serralhe-ria, duas fábricas de móveis equatro de saltos e tamancos. Ocomércio também desenvolveu-se,as escolas ampliaram-se. com 2 mil400 estudantes matriculados nosdiversos níveis. Entre seus habitaivtes, há dois médicos, quatro dentis-tas, seis advogados e très econo-mistas.

CONCORRÊNCIA DO PLÁSTICO

Uma civilização á base do courode boi terio que receber, comapreensão, a moda dos sapatos deplástico. O gerente da Indústria deCalçados Cynara, Sr Antônio JúlioAmaral, acho porém que o impactomaior já passou e já no próximosemestre a prevalência dos sapatos

de couro se tornará indiscutível nos '

pes femininos,Enquanto isso, muitas das indus-

trios liveiam que modificar sualinha de produtos, voltando a darênfase aos calçados masculinos outé mesmo as famosas boimasgo-"meiras - o inicio de ludo. Com ocouto alcançado altos preços nomercado internacional e se lornan-do escasso, esse tipo de piodulo,-tradicionalmente barato, havia setornado menos interessante para asfábricas. Mesmo porque elas nãoconseguiam," em razão do poderaquisitivo do comprador final,transferir para o produto a altageneralizada dos insumos.

As maiores fábricas de NovaSerraria tèm departamentos pró-prios de venda, com viajantes ex-clusivos que colocam sua produçãona maioria dos Estados brasileiros©alé em alguns países da Américado Sul. As outras descobriram asvantagens do cooperativlsmo e »unem para contratarem seus pró«prios vendedores.

Como a maioria das pequenos»médias empresas mineiras, as irt«dústrias de Nova Serrana recla-mom da desassistência dos poderBSpúblicos estadual e federal, que}delas se lembram apenas parocobrar impostos. O Prefeito JoséManoel Filho supõe que incentivos ,poderiam ser concedidos soba for-ma de auxilio para a construção degalpões e instalações e concessãode créditos para a formação docapital de giro. Segundo ele, omunicípio contribui de forma acen- ,tuada para a orrecadoção de im-.poslos estaduais e federais, sem ,que ha|a um retorno equivalente.

CRIAÇÕES CYNARA

TIPO EXPORTAÇÃO

End. Rua Divinópolis 532Fone — 284 — Nova Serrana — M.G.

INDIANA COUROS LTDA.Artigos para fábricas de calçados

em geralRua São José, 260 — Fone: 386Nova Serrana — Minas Gerais

INDÚSTRIA DE CALÇADOSCONTINENTAL LTDA.

Rua São José 96Fone 262 — Nova Serrana — M.G.

CALÇADOS YARAORTOPÉDICO

Rua Pará de Minas 547Fone 343 — Nova Serrana — M.G.

GRUPALGrupo Aliança LtdaRua Frei Anselmo, 346Nova Serraria - M GeraisIndústria de Calçados Alvorada Ltdaindústria de Calçados Big Joy LtdaJosé Maria Silva ~ Calçados SilvoJosé Silvo de Almeida — Calçados ZZScaldim Garcia Ltda — Criações Pajé

JORNAL DO BRASIL Ü sábado, 28/6/8Ü U 1° Caderno CIDADE -9

Rio pode pedir emprestados Secretário de Fazenda teme que

US$ 110 milhões no exterior

para prosseguir com metrô sonegação do ICM achate Receita

Brasilia — O Estado do Rio de Janeiro poderásolicitar ao Senado autorização para contratar umempréstimo no exterior de 110 milhões de dólares (Cr$ 5bilhões 500 milhões), com garantia da União, paraaplicação no Programa de Investimentos da Compa-nhia do Metropolitano do Rio de Janeiro (Metrô). Adecisão é do Ministro da Fazenda, Ernane Galvèas, emexposição de motivos encaminhada ontem ao Presi-dente da República.EMPRÉSTIMO

Através de outro ato, o Minis-tro Ernane Qalvêas autorizoutambém o Estado do Maranhãoa contratar um empréstimo de30 milhões de dólares (Cr$ 1bilhão 500 milhões), corn aAgência Orand Cayman, doBanco do Brasil, destinado aprogramas de financiamento deprojetos sócio-econômicos doEstado, notadamente projetos

integrados de produção agrope-cuária. Esse empréstimo terá agarantia do Tesouro Nacional eserá amortizado em oito anos,com carência de quatro anos,sendo a taxa de juros 1 3/8%(um inteiro e três oitavos), aci-ma do "libor" semestral. Osdois atos do Ministro da Fazen-da foram autorizados com baseem parecer do Procurador-Geral da Fazenda Nacional,Cid Heráclito de Queiroz.

Operação conjunta vai

financiar equipamento

Brasília — O Ministério dosTransportes vai montar, juntocom os Ministérios do Interior eda Indústria e do Comércio,uma operação financeira no va-Ior global de Cr$ 2 bilhões, des-tinada a permitir a montagem einstalação dos sistemas de si-nalização, telecomunicações eeletrificação do Metrô do Riode Janeiro.

Essa operação foi comunica-da pelo Ministro dos Transpor-tes, Eliseu Resende, ao Presi-dente da República em seu últl-mo despacho na quarta-feirapassada. O Ministro esclareceuao Chefe do Governo que a ope-ração financeira envolverá re-cursos do BNDE e do BancoNacional da Habitação (BNH)."Está prevista", segundo infor-mou, "a aplicação, ainda esteano, de Cr$ 1 bilhão 100 mi-lhões, ficando os restantes Cr$900 milhões programados para1981.

O Ministro dos Transportesinformou, atada, ao Presidenteda República que em março dopróximo ano o trecho do metrôBotafogo—Maracanã entraráem operação e que está previs-to para fins de 1981 o fünciona-mento do Pré-Metrô até a Pa-vuna. Ressaltou que o trechoda Tijuca ficará pronto no finalde 1982, quando, então, estaráconcluída toda a rede básica dometrô carioca.

"A prioridade agora—disse oMinistro — é a execução dostrabalhos de reurbanização dasvias danificadas pelas obras".Ele espera que até o final desteano todas as vias estejam reur-banlzadas, com exceção apenasdos trechos situados nas esta-ções das Praças Afonso Pena eSaens Pena, o que aliviará acidade e a população cariocados problemas causados pelasobras do metrô.

Urbanização do Catete

fica pronta este ano

A Companhia do Metropoli-tano informou ontem que asobras de urbanização do bairrodo Catete estarão concluídasaté o fim deste ano e a estaçãoCatete entrará em fünciona-mento no primeiro semestre de1981. Já a estação do Largo doMachado, que a Companhianão iria construir por falta deverbas, ficará pronta no segun-do semestre de 1981, segundo amesma nota da Assessoria deComunicação Social da em-presa.Ontem, das 17h às 19h — pe-riodo de rush—representantesdas Associações de Moradoresdo Catete, Flamengo e Glória;da Praça Sáo Salvador e Actya-cènclas; de Botafogo; de Laran-Jeinus; do Cosme Velho; da Co-munldade Tavares Bastos e daFederação das Associações deMoradores distribuíram folhe-toa conclamando a população alutar pela construção da esta-çáo do metrô no Largo do Ma-cbado. A maioria só acreditaque isto aconteça se "conti-suarmos brigando pelo quequeremos".

Com um megafone na mãoesquerda e uma enorme pilhade papéis na direita, o presiden-te da Associação de Moradoresdo Catete, Flamengo e Glória,advogado Mariano GonçalvesNeto, postou-se diante da igrejade Nossa Senhora da Glória, noLargo do Machado. Correndode um lado a outro da calçada,ele gritava frases de efeito edistribuía folhetos aos passan-tes, especialmente aos que sal-tav.am dos ônibus que fazemponto no local.

Sob o titulo Metrô: Pagamose Náo Levamos?, diz o folhetodos "sacrifícios e transtornos"sofridos em mais de oito anosde obras, como "barulho, poei-ra, passarelas inadequadas pa-ra pedestres, trânsito caótico,edificações danificadas, insta-lações de gás, I112, água e telefo-ne inoperantes, um centro co-mercial funcionando precaria-mente, tudo isso agravado pela

lentidão da obra e pelo totaldescaso das autoridades res-ponsáveis, que nada fizerampara preservar o bem-estar dapopulação".

E continua: "É preciso dizer aessas autoridades que nós jápagamos esta obra com sacrifi-cio e que, quando ela foi proje-tada e orçada, era com nossodinheiro que elas contavam, di-nheiro pago através de pesadosimpostos. E o que foi feito destedinheiro?", indaga o texto.Adiante, faz novas acusações:"Não é segredo para ninguémque a parte onde as empreitei-ras obtêm maiores lucros é nasgrandes escavações e grandesconcretagens. Os serviços de fi-nalização e acabamento deuma estação são a parte maisdemorada e menos lucrativa.Dai se entende o cronogramade toda obra: antes de maisnada, abrir a fechar buracos;depois, se houver (?) dinheiro,construir as estações. Cumprira finalidade do metrô, que é dartransporte barato e rápido àpopulação, passa a ser um as-pecto secundário".NECESSIDADE

O folheto afirma, atada, queconstruir a estação "é uma ne-cessidade inadiável. Ela aten-derá milhares de pessoas, ser-vindo a uma extensa área quevai do Catete—Flamengo até oCosme Velho, contribuindo pa-ra descongestionar o trânsitode pelo menos quatro bairros.Com a estação teremos, tam-bém, a revitalização do grandecentro de comércio da região,que é o Largo do Machado".

Há mais de 10 operários tra-balhando na urbanização daárea, mas o que os moradoresdos bairros adjacentes ao Largodo Machado estão reivtadican-do è que continuem com asobras de construção da estaçãopropriamente dita, ou seja, osserviços subterrâneos, há tantotempo interrompidos que o bu-raco virou um lago sujo e poluí-do.

CONCERTOPaulo Cesai Andréa Moraes

Regmatto de 14 anos. do Riode Janeiro, Lilian Loureiro Al-ves da Costa, de 13 anos, tam-bém do Rio de Janeiro. CarlosAugusto de Lima Júnioi, de 13anos, de Sergipe, e Gisieine Re-gtaa Lourenço de 13 anos, deSão Paulo, foram os escolhidosentre as 12 mil crianças de todoo pais que participaram cm faseelimina to rib para representai oBrasi) no concurso no tina) deagosto

O vencedoi internacional te-re direito 8 um* pennanenciade u!U< dias- em Nova lurqiu- v«asistirti h um concerni no Radio City Music Hall onde ouvire seu põem» sei cantado poium coral ae nrnis de 100 vozes

O poema vencedor sera tam-

O Secretário Estadual de Fazenda, Hei-tor Schlller, disse ontem que teme peloachatamento no recolhimento do ICMdentro do Estado devido à sonegação dotributo, principalmente por parte dos su-permercados. Lembrou que a média daalíquota de pagamento do imposto sobreas vendas neste setor tem sido multo pe-quena e prometeu maior fiscalização paraas empresas que pagam abaixo da média."Não só os supermercados pagam me-nos do que devem, os pequenos e médiosempresários também. E evidente que nãotemos capacidade de agir em todas asfrentes simultaneamente". Lembrou queos supermercados possuem um represen-tante no Conselho Monetário Nacional eperguntou se ele já aconselhou ao Governocomo agir para reduzir o custo de vida.

Um milagreA compra de alguns supermercados pororganizações maiores revelaram, segundo

o Secretário, um milagre, já que diminuiuo pagamento do ICM e aumentou a entra-da de mercadorias isentas. Os supermerca-dos atribuem maior montante de vendasdos produtos isentos (hortigranjeiros, pes-cados e carnes), enquanto o valor dosprodutos tributados reduz para pagar me-nos ICM.

Como constatação ele mostrou que aalíquota média dos meses de setembro,outubro e novembro de 1979 para os super-mercados foi de apenas 1,49%, enquantoque os magazines pagaram 3,6%, o comér-cio de eletrodomésticos 3,41% e o comérciode automóveis 4,69%.

Redução de preçosA produção em grande escala, diz o

Secretário, deveria proporcionar a redu-ção dos preços das mercadorias, mas istonão acontece com a comercialização dosprodutos. Ele espera que os supermerca-

dos reduzam seus prazos de pagamento,que atualmente são de 180 dias, para 30dias, o que aliviaria multo a pressão sobreas indústrias, que são obrigadas a recorrera empréstimos bancários para cumprirsuas obrigações fiscais.

O Secretário Heitor Schiller afirma queos supermercados compram a grandesprazos mercadorias que náo têm isenção evendem a curto prazo, sendo os únicos apossuírem um capital de giro a custo zero.Denuncia ainda que o campo de ação dosmaganlzes e lojas de eletrodomésticos estásendo tomado pelos supermercados, queassim obtém mais lucros e vendem "televi-são como se fosse tomate".

O ICM que deveria ser recolhido davenda do produto industrializado náo érecolhido, pois os supermercados transfe-rem este movimento de vendas para acomercialização dos produtos isentos, no-tadamente os hortifrutigranjelros, disse oSecretário.

Sem prestígioCitou dois exemplos de irregularidades

comprovadas pela fiscalização da Secreta-ria: na região do Piauí, um caminhão foiapreendido pois carregava 5 mil 450 kg decarne e, no entanto, a Nota Fiscal sóregistrava 2 mil 040 kg. Em Friburgo, umsupermercado local pagava Cr$ 7 mil de- ICM e após uma fiscalização passou apagar Cr$ 300 mil.

O Estado possui mais de 60 mil empre-sas que pagam o ICM mensalmente eapenas 500 colaboram com 64% da arreca-dação. O restante é composto de pequenase médias empresas que, segundo o secretá-rio, continuam sem prestígio, mesmo coma constante divulgação de seus problemasnos últimos anos.

Subsídio"É preciso que o Governo federal, prin-

cipalmente o Ministério do Planejamento,

olhe com muito mais atenção todo e qual-quer subsidio que seja dado às grandesempresas, pois elas estão crescendo tantoe de tal maneira que vêm prejudicando asmédias e as pequenas", afirmou.

Ainda sobre os supermercados disseque eles utilizam o papel velho para fabri-car sacolas, em locais próprios, e que osebo da carne que chega diariamente éutilizado para fabricar sabão e velas. Lem-brou que antigamente esses produtoseram feitos por indústrias independentes,que com o tempo foram dando lugar aosmais fortes.

Lei do silêncio

Especificamente na área dos produtosisentos (hortifrutigranjeiros, cames e pes-cado), segundo o Secretário, existem mui-tas dificuldades para que a fiscalizaçãoseja eficiente, "pois o que aqui impera é alei do silêncio, onde ninguém fala".

Sobre o ponto-de-vista fiscal disse que édo conhecimento da Secretaria que, de ummodo geral, as notas de origem dos produ-tos não possuem valor legal e que istopode levar até a desclassificação da situa-ção de multas empresas, exigindo a com-provação exata do que realmente é isentodo ICM sobre todo o movimento devendas.

Monopólios

Polícia garante

as aulas na

Rural mas a greve

continua

No centésimo dia de greve dos alunos, aUniversidade Rural amanheceu com umatropa de choque da 2a Companhia Inde-pendente da Policia Militar (Queimados),além de quatro camburões da Policia Ci-vil. O Vice-Reitor, Vicente de Paulo Graça,disse que "levou um susto", quando viu ospoliciais, "que devem ter sido requisitadospela Juíza Jullete Lung, da 4" Vara Fe-deral". ^

A Juíza deferiu o pedido de habeascorpus de um grupo de alunos que pedi-ram liberdade para assistir às aulas. Emseu despacho, no entanto, ela diz que oReitor, se necessário, poderia pedir auxiliopolicial, para o cumprimento da ordem.Uma nota da Associação de Docentes daUniversidade esclarece que apenas 1,5%dos 4 mil 200 estudantes vem comparecen-do às aulas, "como pode ser verificado peloboletins diários de freqüência".

A surpresa

A polícia chegou às 8 horas: um cami-nhão, cinco patrulhinhas e dois cambu-rões da Policia Militar, além de mais qua-tro carros com pessoal civil da Secretariade Segurança. Ao todo havia cerca de 50policiais, dos quais 20 formando uma tropade choque, com capacete e viseiras.

Não houve problema, a não ser a identi-flcaçào de alguns estudantes que se apro-ximavam do prédio da Reitoria, e aapreensão de 40 exemplares do jornal ta-terno dos alunos. Em sua nota oficial, aAssociação dos Docentes da UnversidadeRural — ADUR — diz que "o pedido dehabeas corpus é inteiramente desnecessá-rio e não visa, efetivamente, a supostaliberdade de locomoção pedida".

— Ós estudantes — prossegue a nota —não são impedidos de entrar em sala deaula, pela ação de piquetes. A ausência dequalquer ação cerceadora é comprovadapelo fato de um número de estudantes,embora inexpressivo, estar assistindoaulas.

Na opinião dos docentes, a greve "é ummovimento pacífico, puro, unicamente emdefesa de um professor que teve seu con-trato de trabalho injustamente rescindidopela administração, num ato considerado,pelo consultor jurídico do MEC, "taconsti-tucional, ilegal e anti-estatutário".

Já os estudantes, que numa das faixasafixadas ontem na Universidade agrade-

cem à presença da policia "por nos prote-ger contra a Reitoria", anunciaram o iníciode uma greve de fome, a partir de segunda-feira, para o que já se apresentaram 17voluntários.

Os estudantes querem a reintegraçãodo professor Walter Motta, demitido "semdireito à defesa", "além da anulação dosinquéritos policiais e administrativos tas-taurados contra 83 professores desta Uni-versidade por serem solidários com o pro-fessor Walter". Querem também a garan-tia de que "nenhum professor será demiti-do de forma arbitrária e sem justa causa".

Churrasco

O Reitor Artur Orlando da Costa, emsua casa, próximo à Reitoria, participavade um churrasco comemorativo da inau-guração da Usina de Laticínios da Univer-sidade Rural, em convênio com a Copersule depois se recusou a atender à imprensa,passando a incumbência ao Vice-Reitor,Vicente de Paulo Graça.

"Náo foi a Reitoria que pediu a forçapolicial aqui", esclareceu o Vice-Reitor. "Apresença dos policiais naturalmente é pa-ra garantir a livre locomoção dos quequerem assistir às aulas. Não é verdadeque os grevistas não realizem piquetes. Êjustamente graças aos piquetes que os quedesejam estudar não conseguem entrar emsala. Agora, com a presença da polícia,para garantir esse direito, a situação devenormalizar-se".

À noite, o Ministério da. Educação dis-tributa a seguinte nota oficial sobre agreve da Universidade Rural:

"Prossegutado nos seus esforços parauma solução conciliatória, capaz de resta-belecer a plena convivência acadêmica, naUFFRJ, o MEC, tendo em vista as mani-festações atuais da superior administra-ção da Universidade, no sentido de encon-trar a solução harmoniosa para o impasse,solução em que não haja nem vencidosnem vencedores, entende que a imediataregularização das atividades escolares,configurará um novo quadro de entendi-mento, evitando prejuízos e danos paratodas as partes, envolvidas".

Tudo indica, disse o secretário, queexistem verdadeiros monopólios de algu-mas mercadorias, entre os comerciantesda Ceasa, como, por exemplo, a batata, oquiabo e os ovos. Declarou que mais oumenos 80% de toda a comercialização decada um desses produtos são feitos por nomáximo três ou quatro firmas.

Carnês novos

desaparecem em

Nova Iguaçu

Brasília — Duas caixas contendo 2mil 132 carnês no total de Cr$ 65 mi-lhões 781 mil 471 desapareceram noúltimo dia 23 do posto do INPS BarrosJúnior, em Nova Iguaçu. O Ministro daPrevidência e Assistência Social, JairSoares, considerando a campanha orarealizada contra as fraudes, classificou ofuro como "um autêntico desafio".

Os carnês estavam sendo conferidospara posterior remessa à rede bancáriae o desaparecimento foi verificado logono início do expediente na agência. Se-gundo o Sr Jair Soares, os carnês desa-parecidos já estão nulos e sem validadepara o domicílio bancário responsávelpelos pagamentos dos referidos benefí-cios.

"No momento em que o MPAS pro-move campanha publicitária esclare-cendo sobre a segurança do novo siste-ma de pagamento de benefícios implan-tado pelo INPS, esse fato se nos afiguracomo autêntico desafio à previdênciasocial". A declaração é do Sr Jair Soa-res, para quem "o MPAS aceita essedesafio porque está convicto quanto àsegurança do sistema reeém-implan-tado, vinculador do pagamento do be-neficio ao domicílio bancário".

O INPS do Rio de Janeiro já tomouas seguintes providências para a solu-ção do problema: abertura de sindicân-cia, deslocamento de inspetores paraNova Iguaçu e ação conjunta da inspe-toria com a Policia Federal e com osinspetores dos bancos pagadores.

O Ministro da Previdência e Assis-tência Social, Jair Soares, divulgou on-tem lista de seis "empresas tradicionaisde São Paulo, todas de grande porte",envolvidas na prática de fraudes norecolhimento de contribuições previ-denciárias, cujos prejuízos somam Cr$10 milhões.

São elas: Hartmann e Braun do Bra-sil Controle e Instrumentação Ltda.,Pastifício Romanini S.A., Alba AdriaS/A — Indústrias Reunidas, OceanicConstruções Navais Ltda., JohannesMoller do Brasil Indústria e ComércioLtda. e Rodoviário Fluminense Ltda.

Vencedor do concurso de

poesia infantil recebe

sua medalha em SalvadorSalvador — Paulo César Dantas Oliveira, de 14

anos, autoi do poema A Herança da Criança, um doscinco escolhidos para representar o Brasil no Congres-so Mundial de Poesia Infantil, recebeu ontem na Secre-taria de Educação e Cultura a medalha de vencedor dafase nacional do concurso, que é patrocinado pelaUNESCO e foi realizado em todo o pais pelo JORNALDO BRASIL.

A medalha foi entregue pelo Secretário EraldoTinoco, e da solenidade participaram os pais e professo-res de Paulo Césai um aluno da Ia série do 2o grau doColégio da Policia Militar Ele recebeu ainda umacoleção dos 10 melhores livros de literatura jovem eoutros prêmios» do ehefc- ao Departamento Educacionaldo JORNAL OO BRASIL St Omias Josefh

Oerr, traduzido para inglês efrancês e musicado, para sergravado e distribuído pelomundo O concurso instituídopela Unesco visa a "evocar asolidariedade e a amizade a se-rem criadas no espírito de to-das as crianças do mundo intei-ro" e teve como tema "as crian-ças dirigem-se às crianças paraconstruir um mundo melhor "

O chefe do DepartamentoEducacional do JORNAL DOBRASIL Sr Dimas Josefh, dis-se, durante a entrega do prêmioa Paulo cesai Dantas Oliveira,que através- das 12 mil poesiasde erumvab brasileiras que par-taparam du concurso nacional'vislumbramos uma coisa ex-traordinana que e a visão dacriança po» um mundo melhore a existêncih dt 12 mil poetas,que serão melhores dirigentespara o país no futuro'.

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LEITE MOCA 3

Universidade Federal Rural

do Rio de Janeiro

AVISO AOS ALUNOS

VOLTA ÀS AULAS

A Reitoria comunica aos SrsAlunos que por decisão da Meritís-sima Juíza da 4a Vara Federal — 2,foi concedido

"Habeas Corpus", a

todos os discentes, para que pos-sam assistir aulas, sendo a mes-

ma autorizada a solicitar força poli-ciai a fim de assegurar a normali-dade dos cursos.

O Conselho Universitário,também, foi convocado para deli-berar sobre medidas que evitem a

perda do 1o semestre letivo.

Todos os alunos devem com-

parecer, imediatamente, às au-Ias. (P

JONY SCHLESINGER

advogadosnovos telefones

233-5845 e 233-5896

MINISTÉRIO DA EDUCAÇAO E CULTURAUNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

ESCRITÓRIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO

AVISO

LICITAÇÃO No 19/80/ETATOMADA DE PREÇOS INTERNACIONAL

N°. 01/80/ETA.A Universidade Federal de Sergipe, com sede a

Rua Lagarto N° 925, representada pela ComissãoPermanente de Licitação de Compras e Serviços doETA, criada pela Portaria N° 456, de 18 de julho de1979, torna público, para conhecimento de quantospossam interessar que a data previamente estabe-Tecida para o recebimento aa documentação epropostas, concernentes à tomada de preços inter-nacional N° 01/80/ETA, relativa à aquisição deequipamentos de ensino e pesquisa, foi prorrogadapara o dia 25 (vinte e cinco) de julho de 1980, nomesmo local e horário.

Aracaju, 27 de junho de 1980.Prof. CARLOS ROBERTO BASTOS SOUZA. •

Presidente da Comissão Permanente de Licitaçãode Compras e Serviços do ETA. (P

ESTADO DO PARANA

SECRETARIA DOS TRANSPORTESDEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM

AVISO N» 076/80SERVIÇOS RODOVIÁRIOS

EDITAL DE CONCORRÊNCIA INTERNACIONALN° 03/80 - NAL

O DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DASECRETARIA DOS TRANSPORTES DO ESTADO DO PARANÁ,torna público, para conhecimento dos interessados, que farárealizar às 14:00 horas do dia 14de agosto de 1.980, no Auditóriodo Núcleo de Apoio às Licitações, localizado no 6° andar doEdifício Sede do DER/PR, ala leste, sito à avenida Iguaçu n° 420.nesta capital, CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL para execu-çáo de serviços de TERRAPLENAGEM E PAVIMENTAÇÃO eOBRAS DE ARTE ESPECIAIS, nas rodovias alimentadoras,abaixo relacionadas, com financiamento parcial de AgênciaFinanciadora Internacional.LOTERODOVIA TRECHO

OBSTÁCULOPR.218 JUNDIAl DO SUL - BR.153PR.218 GUAPIRAMA- BR 153PR.239 CAMPINA DA LAGOA-NOVA CANTUPR.239 CAMPINA DA LAGOA-NOVA CANTU

PONTE SOBRE O RIO CARATUVAPR.427 LAPA — PORTO AMAZONASPR.218 PLANALTINA DO PARANÁ-PR 182PR.218 PLANALTINA DO PARANÁ - PR. 182

PONTE SOBRE O RIO SELMAPR.469 ITAPEJARA D'OESTE - VERÊ

LOTERODOVIA TRECHOOBSTÁCULO

EXTENSÃOCOMPRIMENTO

17,900 Km7,700 km

28,640 km35,00 m

32.540 km31,300 km

60,00 m15,490 km

EXTENSÃOCOMPRIMENTO

PR. 469 ITAPEJARA D'OESTE - VERÊPONTE SOBRE O RIO SANTANA 100.00 m

10 PR. 469 VERÊ - DOIS VIZINHOS 19410 Km11 PR 469 VERÊ - DOIS VIZINHOS

PONTE SOBRE O RIO LAJEADO GRANDE 55.00 mPONTE SOBRE O RIO VERÊ 40.00 m

12 PR. 546 ITAMBÊ - BOM SUCESSO 23.980 km13 PR. 546 ITAMBÊ - BOM SUCESSO

PONTE SOBRE O RIO KELLER 42.00 m14 PR 554SÁOJORGEDOIVAI—ENTRONC PR 467 18,680 Km15 PR. 092 RIO JACARÉ - BARRA DO JACARÉ 2.564 Km16 PR. 092 SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - BARRADOJACARE

PONTE SOBRE O RIO JACARÉ 54,00 m

Poderão participar da licitação firmas NACIONAIS e ES-TRANGEIRAS, estas quando sediadas em país membro doBanco Interamericáno de Desenvolvimento ou em país conside-rado elegível de acordo com as normas do BID.Esclarece, outrossim, que o Edital e seus anexos serão forneci-dos aos interessados pelo Núcleo de Apoio às Licitações, no 6oandar do Edifício Sede do DER/ PR, a partir do dia 07 de julho de1.980, mediante apresentação de Guia de Recolhimento, àTesouraria do DER/ PR, da importância de Cr$ 300,00 (trezentoscruzeiros) para o Edital e seus anexos, e para os volumes dosProjetos de Engenharia, conforme tabela a ser afixada no Quadrode Editais do N.A.L

Curitiba, 26 de junho de 1.980(as) ENGC EULER MERLIN

DIRETOR GERALVISTO

(as.) ENGC NIVALDO ALMEIDA NETOSECRETARIO DOS TRANSPORTES

(P

idadi

H

JORNAL DO BRASIL ZiraldoVico-Presidentè Executivo M. F do Nascimento Britofcriitor. Walter Fontoura

Rio do Janeiro, 28 de iunho de 1980

Dirotora-Prosidente: Condessa Pereira Carneiro Diretor; Bernard ria Costa CamposDiretor: lywal Saltos

Sinais InquietadoresSe fosse possível conceder alguma supremacia a

um rios Poderes da República, no sistema de equilí-brio em que se situam no Brasil e em todos os paísesconstitucionalmente organizados, seria sem dúvida oJudiciário aquele que poderia alçar-se sobre os de-mais, sem prejuízo da independência de cada um.Resultantes todos eles de delegação da soberaniapopular, ninguém negaria que o Judiciário detém umacota, senão maior, de relevância mais direta, ostensi-va e real, dessa soberania. Está nele a garantia dasgarantias, que é a aplicação desinteressada da lei nosconflitos de interesse entre particulares, assim comoentre estes e os órgãos de todas as hierarquias doEstado. Lesões ao patrimônio, à liberdade, à honra eà vida dos cidadãos encontram nele teoricamente oremédio pronto e eficaz. Os abusos de poder, a quetendem em grau maior ou menor os Governos napessoa de seus variados agentes, são corrigidos àsvezes com instrumentos ágeis como o habeas corpus eo mandado de segurança.

Sem o Poder Judiciário, protegido como está porgarantias e prerrogativas típicas, não se aplicaria oprincípio segundo o qual deve o Estado "sofrer a leique fez"; e teria desaparecido, portanto, a marcadistintiva maior do estado de direito. A Justiça não é,entretanto, apenas o conjunto dos órgãos judicantes'de primeiro e segundo grau; é também o MinistérioPúblico, que junto a cada um desses óegãos exerce agrave missão de fiscal da lei, providenciando para queela se cumpra fielmente, contra ou a favor do Estado,embora até certos procuradores não tenham noçãoexata do alto papel do MP. Getúlio Vargas despacha-va, no fim de seu primeiro Governo com o Procura-dor-Geral da República e ouviu deste queixa veladacontra um procurador jovem, profundo conhecedordo Direito em vários ramos mas que não hesitava ememitir parecer contrário num feito contra a Fazenda,se achava que o postulante estava com a lei. "Quem éeste jovem procurador?" — perguntou Getúlio. OProcurador-Geral, que lhe admirava a solidez docaráter e a vastidão surpreendente da sabedoria,declinou-lhe o nome ainda pouco conhecido: Hahne-mann Guimarães. E Getúlio respondeu, soprando afumaça do seu charuto: "Doutor Procurador, nãolapidemos este diamante bruto".

Compreendia, assim, o Chefe de Estado, e de umEstado autoritário, a importância de um MinistérioPúblico fiel à sua missão de colaborador precioso doPoder Judiciário na aplicação correta das leis, para adefesa permanente dos direitos dos cidadãos. Algunsfatores concorreram para fazer decair de sua altura oMinistério Público, a cujos integrantes se exige orequisito da conduta ilibada, além do saber jurídicoque se comprova em concurso de provas e títulos. Omais triste sinal de decadência dessa instituiçãointimamente associada à missão quase sagrada daJustiça foi dado no Rio de Janeiro, no curso de uminquérito policial, quando o membro do MinistérioPúblico que o acompanha foi pública e reiteradamen-te acusado de envolvimento com um grupo de extermí-

nio na Baixada Fluminense, de ter sociedade emnegócios que não ficaram claros com um oficial daPolícia Militar e até de haver ajudado a espancar umpreso.

Episódio doloroso, que deveria ter sido fulmi-nantemente esclarecido na primeira hora. o Procura-dor recebeu com risos a denúncia publicada nosjornais. Prometeu dar entrevista para explicá-lo. Nãoa deu e caiu em silêncio alegre durante tanto tempoque um jornalista resolveu ouvi-lo. O Procuradorestava mais alegre do que nunca e respondeu nada tera declarar. "Quem cala consente?" — perguntou ojornalista. E ele respondeu, ainda sorrindo, quepreferia falar "de mulheres e de futebol".

Deixemo-lo com seu sorriso, que outras coisasfalham e preocupam um país que espera com ansieda-de a plena restauração do regime da lei, que é oregime da Justiça, a qual não funciona sem que atuemcom seriedade e em tempo oportuno, adequadamente,seus órgãos auxüiares, desde a polícia judiciária, quejá não a respeita, até outros como o Instituto Médico-Legal que, por sua vez, já não respeita a polícia. Odelegado que apura as circunstâncias em que morreuo servente Aézio (enforcado no cárcere de umadelegacia) acaba de dar prazo de cinco dias para queo IML lhe forneça uma peça fundamental do inquéri-to: o laudo sorológico, que esclarecerá a versãopolicial do suicídio contestado com outras boas ra-zões. Várias outras ordens do delegado foram esqueci-das, desde outubro de 1979.

Se da Justiça pode-se dizer que não funciona efaz descrer nela os cidadãos por desvios e sabotagensde órgãos que lhe dão condições de funcionamento ede eficácia em suas decisões, que dizer quando sãoórgãos integrantes do próprio Poder Judiciário queentram em negligência e outros desvios de condutacomprometedoras de sua majestade? Esta últimahipótese, verdadeiramente inquietante, acaba de tor-nar-se pública, em tom gravíssimo de denúncia, pelavoz do Governador da Bahia. O Sr Antônio CarlosMagalhães referiu-se expressamente a "conluio demembros da magistratura com delegados do interiorda Bahia", em relação ao problema da posse deterras. Um dos juizes é nominalmente citado comosócio de grileiros. Mas outros, segundo o Governador,"formam verdadeiras gangs" e usam a condição demagistrados para agravar a situação fundiária noEstado, "já conturbada por impiedosos grileiros esubversivos".

Há, portanto, uma degradação do Poder Judi-ciário, como se aviltaram os outros Poderes no longosono a que foi a lei condenada nos 10 anos de AtoInstitucional. Denúncias como a do Governador baia-no precisam ser apuradas imediatamente pela Corre-gedoria do Tribunal de Justiça da Bahia. Mas há umlongo e persistente trabalho a iniciar, o mais brevepossível, para devolver a dignidade do Poder Judicia-rio, sem a qual estarão sob riscos permanentes eirremediáveis os direitos dos cidadãos, a paz dasociedade e a própria segurança do Estado brasileiro.

Primeiro ExemploO corte com que o Ministério do Planejamento

sangra os gastos dos Ministérios e empresas públicas,embora anunciado agora em seus números ¦, é apenas aaplicação de uma decisão tomada em abril. A Secreta-ria de Controle das Empresas Estatais (Sest) presta àsociedade brasileira contas do ajustamento das despe-sas do Governo às exigências do combate à inflação.

A opinião pública sentia a falta da demonstraçãovisual que lhe é agora apresentada. O sentimentogeneralizado de que só a sociedade vem arcando comos sacrifícios do combate à inflação ampliava a perdade confiança nas medidas governamentais. É bemverdade que perdura, até prova em contrário, oreceio de que possa ocorrer burla à decisão de cortaro Governo em sua própria carne. A experiênciademonstrou a enorme capacidade de resistência passi-va da burocracia ao atendimento de diretrizes deGoverno para restringir gastos.

As quotas tornadas públicas pela Sest têm omérito de comprovar a decisão no cerne do Governo.Para uma sociedade e um empresariado que se sentemdiscriminados, a disposição de conter finalmente osgastos públicos — sejam de investimentos ou decusteio — atenua um pouco a desigualdade de trata-mento.

Por outro lado, evidenciou-se no programarestritivo de gastos públicos uma racionalidade que

também afugenta o receio de que o país tivesse de serparalisado. O corte de 10%, na visão geral dasdespesas públicas, é compatível com a manutenção deprioridades reais. Caem apenas as falsas prioridades.

Cumpre-se assim uma decisão anterior, semmaiores traumas que os de natureza burocrática. Oângulo particular de cada empresa pública ou reparti-ção federal é insuficiente para a avaliação das necessi-dades nacionais. Enquanto esteve confiada à própriaburocracia, a redução dos gastos se revelou imprati-cável. A atuação da Sest mostra a viabilidade de umprograma de controle racional que reduz a margem deerros e a margem de burla. É um passo à frente nocaminho da racionalidade de gastos, que a inflaçãosuperpõe ao ângulo burocrático, insuficiente para veralém da empresa ou da repartição. É certo, peloanunciado, que não está embutido nesses cortesqualquer conteúdo de catástrofe.

Não fosse assim e o Governo se transformarianum enorme muro de lamentações, diante do qualcada dirigente de empresa ou funcionário qualificadoiria clamar em favor de suas prioridades subjetivas.Na ração de sacrifícios impostos, nenhum deles en-contra condições de chorar mais do que para efeitointerno. Pubhcamente será inútil, porque a sociedadeestá mais sensibilizada para a necessidade de conter-se a inflação do que para a glória da burocracia.

TópicosAraceli

A chamada Lei Fleury foi aplicada embeneficio de um dos criminosos maisrepugnantes que ocuparam as crônicaspoliciais nos últimos anos: o indivíduoque violentou e em seguida matou Arace-li, uma menina de seis anos de idade.Esse delinqüente monstruoso teve reco-nhecido o seu direito de se defender emliberdade, porque era primário e nãotinha antecedentes criminais.

Sendo a lei geral, aplicável a todos, éclaro que o juiz náo tinha como fugir àinvocação da Lei Fleury, feita pelo advo-gado de defesa do réu. Mas que é a LeiFleury? Uma lei que se pretendeu fazerpara beneficiar um delegado paulista,que se especializara em torturar e matarpessoas por ele presas, em nome da segu-rança nacional. Alcançado pela ação daJustiça, o Governo promoveu a edição dalei que tomou o nome dele, benefleiou-o,mas agora beneficia também o torpesacrificador de Araceli.

Lembremos Maqulavel. Quando ospríncipes violam a lei para fazer o bem,estão-se condenando a violá-las depoispara fazer o mal.

FugaCom a retirada dos elementos oposi-

cionistas, a CPI do Acordo Nuclear ficouentregue aos senadores do PDS, que vão

resolver, segundo se anuncia, desconvc-car o Vlce-Presidente da República, oMinistro das Minas e Energia e o presi-dente da Nuclebrás, considerando que ainvestigação "perdeu todo sentido políti-co" e deve ser encerrada a fase dos depoi-mentos.

Nâo é bom entendimento, por duasrazões muito boas: a CPI foi propostapela Oposição mas constituída pelo Se-nado, pelo voto de todo o Plenário dessaCasa do Congresso, nisto consistindo seu"sentido político", se é que tem; e asinformações que levariam os depoentesnão interessam apenas aos integrantesda CPI, mas à opinião pública em geraldiante da qual a regra tem sido fazersilêncio absoluto sobre um assunto quediz respeito em primeiro lugar à nação.

A tendência dos membros da CPI,reduzidos ao Partido oficial por inépciada Oposição, confirma apenas que o Go-vemo, ao contrário do que disse o SrCésar Cais. nào deseja agir às claras mascontinuar sonegando ao pais um minimode informação sobre um assunto que osalemães conhecem mais do que nós. Bas-ta isto para demonstrar que o Governo,diante do povo brasileiro, está fugindo aocumprimento de um dever elementar.

SobrecargaEstá o Rio exposto ao risco de subme-

ter-se, por alguns dias, a períodos sem

energia elétrica. Desde o começo dosanos 60 o espectro dessa privação não seapresentava. É verdade que as razões sáooutras, e bem diversas das anteriores.Agora foi a queda de sete torres de trans-missào, por efeito dos fortes ventos dosúltimos dias. Ainda assim se registrauma precariedade que estava fora decogitação da sociedade.

Fumas recomenda o racionamentovoluntário no horário de maior consumode energia elétrica, entre o fim da tarde eo começo da noite. Vale dizer que, como éhábito, transfere-se o problema a quemnada tem com ele. O sistema de trans-missão de Furnas não inclui a previsãode que acidentes naturais podem ocor-rer. Mas estamos muito adiante do pontocrítico que nos estrangulou o forneci-mento no passado, quando a geração deenergia era insuficiente. O problemaatual é de transmissão, mas mesmo as-sim merece ser incluído nas providênciasacauteladoras dos direitos dos consumi-dores, para nâo sé repetir.

A evolução brasileira já comporta aetapa em que se reconheça o direito dousuário à garantia do fornecimento, sejacomo empresário, seja como cidadão co-mum. Para isso ele tanto paga pelo queusa quanto paga mais pelo aumento dacapacidade de geração. Porque a trans-missào é o prolongamento natural dageração. Há sobrecarga também nas con-tas dos consumidores.

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CartasTabu social

' Li, com ressentida surpresa, no JOR-NAL DO BRASIL no dia 9/6/80, à páginall,o artigo do Dr Nelson Senise, intitula-do Verdades Dolorosas. A este respeitodesejo pronunciar-me e solicitar, (...) emnome do respeito que se deve à informa-çáo e ao esclarecimento do público, adivulgação (...) desta carta de esclareci-mento.

Verdades Dolorosas sáo (...) a totaldesinformação e pleno desconhecimentodo assunto que o ilustre Dr Senise de-monstra em seu artigo. Quando leigosem assunto médico, e ainda carentes dejuízo crítico, arrogam-se o direito e eml-tem opiniões e pareceres sobre assuntoespecializado, resta-lhes o conforto quelhes pode dar a leitura do Sermão daMontanha: "Bem-aventurados os pobresde espírito, porque deles é o reino doscéus" (Mt. 5,3); quando, porém, um medi-co através de sua palavra escrita, preten-samente séria, equivoca e ilude a talponto a opinião pública, só pode pensarem leviandade ou Ignorância. Preferimosacreditar na última hipótese, e vejamospor que:

1, O ilustre Dr Nelson Senise diz, emcerto trecho de seu lastimável artigo, que"se o progresso da medicina de modogeral ê lento no caso específico da ps!-quiatria é quase nenhum". Nada maisfalso e inveridico. O ilustre facultativo,naturalmente, mostra desconhecer a me-nor notícia a respeito dos progressos deneuroflsiologia, da neuroquímica e dabiologia geral que tanto vem elucidar oseventos etiológicos e os desencadeamen-tos fisiopatológicos das doenças mentais.Destes progressos resultaram os formi-dáveis recursos terapêuticos da psiquia-tria moderna que, no entanto, o renoma-do articulista desconhece por completo.Como não seria possível, aqui nesta car-ta, pormenorizar as conquistas e os fun-damentos da psicofarmacologia, bem co-mo as bases dos tratamentos psicoterá-picos, recomendo ao ilustrado Dr Senisea leitura de compêndios destas matérias,de entendimento simples e fácil aquisi-ção nas livrarias do ramo.

2. O ilustre Dr Senise, ainda em seutriste artigo, vitupera os tratamentos dechoque. Naturalmente, ainda por igno-rância total do assunto que aborda, ade-riu à moda hodierna de criticar tais pro-cessos terapêuticos. Vè-se que desconhe-ce completamente a fisio-quimio-dinâmica da eletroconvulsoterapia e de-Ia faz tabula rasa, alegando, mesmo, aafirmar que "os tratamentos de choqueque, muita vez, resultam em transes fa-tais". Nada mais inveridico e equivoca-do, aqui também. O Dr Senise deveriasaber, como médico que é. que a eletro-convulsoterapia, ainda, é utilizada emtodo o mundo, como processo terapèuti-co eficaz, dentro de suas atuais indica-ções. Do meu labor em hospitais pslquiá-tricôs nunca vi tais aleatórios "transesfatais" de que fala o conceituado, porémdesinformado articulista. Autores de re-nome internacional também não comun-gam dos mesmos ideais do ilustrado DrSenise. Iracy Doyle (Nosologia Psiquia-trica, Rio de Janeiro, 1956), em nossomeio, não verificou "qualquer acidentede ordem mecânica evidenciável" numtotal de 16 mil aplicações eletroconvulse-terápicas. Em um inquérito respondidopor 12 especialistas americanos, publica-do por Rahn Instrumentos Inc. (A surveyof Eletrosbock Therapy), em março de1941, figuram, apenas, quatro fraturassubelinicas da coluna' e duas do úmero,num total de 3 mil 663 tratamentos.Muller, na Alemanha, verificou apenasuma luxação de maxilar durante doisanos de uso da eletroconvulsoterapia.Cerlette, Shepley, Mcgregor, Kalinowskie Barrera usaram o eletrochoque semque se verificassem complicações trau-máticas. Recentemente, M Porot, pro-fessor e diretor da Clínica Neurológica ePsiquiátrica do Centro Hospitalar Uni-versitário de Clermont Ferrand, relatouque emprega a eletroconvulsoterapiadesde 1954, já tendo realizado cerca de 18mil aplicações, sem o aparecimento dequalquer "incidente sério". Las Depres-siones, Ibor Alino, J.J.L., Barcelona,1977. Como se vê, é uma terapêutica comriscos percentuais praticamente nulos eque, friso ainda, encontra sua aplicaçãona atualidade médica como todo proce-dimento médico, no entanto, é acacianolembrar que, apenas, é preciso saber apli-car o método, quando de sua indicação

preclpua. Também, a respeito deste te-ma, o ilustre Dr Senise poderá melhorinformar-se nos compêndios usuais indi-cados para os alunos de curso de gradua-ção em medicina. Seria impossível, noespaço de uma carta, esclarecer todos osaspectos do tema em tela, fica, no entan-to, a resposta séria e facilmente demons-travei a uma afirmação tão gratuitaquanto errônea.

3. Adiante, ainda em seu artigo precá-rio ae informação e cultura médica, dizque a maioria dos psiquiatras é compôs-ta de céticos, como destas, incompeten-tes e inapetentes (?) ("na sua maioria, ospsiquiatras, já por ceticismo, já por co-modismo, por incompetência ou inape-téncia..."). Quanto a tais informações,posso dizer ao ilustre Dr Nelson Seniseque os psiquiatras nâo sào céticos quan-to à especialidade médica que abraça-ram e tanto nela acreditam que podemresponder às suas equivocadas posições;quanto ao comodismo, posso esclarecerao renomado autor, que se mostra tãodesatualizado a respeito da realidademédica de nosso país, qué sempre foramos especialistas em psiquiatria os queprimeiro mais intensamente se vêm ocu-pando com a assistência psiquiátrica emnosso meio. Os temas abordados em con-gressos da especialidade nos últimosanos bem demonstram as posições assu-midas pela psiquiatria nacional no queconcerne ao estudo crítico, mas sério, dascondições de seu trabalho. Apenas, taisdiscussões são efetuadas em fórum medi-co e suas conclusões publicadas em ór-gãos especializados; se o Dr Senise asdesconhece, creio que caberia ao ilustrearticulista informar-se antes de chegarao grande público demonstrando tantodespreparo no assunto sobre o qual dis-serta, com sua palavra tão tristementeequivocada; quanto à alegada incompe-téncia com que fere a maioria dos psl-quiatras, posso, ainda, informar que o DrSenise desconhece as rígidas normas daAssociação Brasileria de Psiquiatria pa-ra a concessão de títulos de especialistaaos que os postulara Existem psiquia-trás com títulos conferidos pela Associa-ção e aqueles que assim se intitulam,sem se terem submetido ao crivo de suaAssociação Nacional. Ao referir-se a unse outros, deve-se ter o cuidado de nâoconfundir o joio com o trigo, erro que oensinamento bíblico ensina a náo maiscometer mas que, infelizmente, os ingé-nuos ainda nele incidem.

4. Por fim, os velhos e desgastados¦ ataques à Colônia Juliano Moreira. Aquitambém tomou-se moda, quando o as-sunto escasseia, até para fins de contes-tação, a crítica periódica e contundente àColônia. Mas creio que o Dr Senise nào aconhece e apenas louvou-se em uma re-portagem sensacionalista de televisão,segundo ele próprio deixa a entenderclaramente em seu artigo. A Colônia Ju-liano Moreira é, evidentemente, um hos-pitai carente, como tantos outros, princi-palmente no que tange à área de recursoshumanos. A assistência que se presta,contudo, está longe de ser tâo detestávelquanto se quer propalar. A alimentação éboa e farta, agasalho e alojamento lim-pos realmente existem e também nàofalta medicação adequada. O que chocaquem visita pela primeira vez a Colônia éa dura realidade da doença mental. Co-mo também impressionam aos neófitosas visitas aos leprosários, aos hospitaisde cancerosos, aos grandes sanatóriospara tuberculosos. O que causa impacto,portanto, é o contacto primeiro e diretocom a doença mental, mormente noscasos de pacientes já demenciados.

Tendo a Colônia Juliano Moreira umapopulaçào de idade avançada (maiorcontingente entre 60-65 anos) e lá tendochegado antes da chamada era dos psico-trópicos (1958-1962), em sua grande parteencontramos pacientes já cronificados edemenciados. Aestes, realmente, só lhesresta a assistência geral e hospedagem,uma vez. que já náo mais se podem bene-fleiar do uso terapêutico dos psicotrópi-cos modernos. Esta grande coorte depacientes não mais se adapta a qualquertarefa de terapêutica ocupacional, pas-sando os dias vagando por entre os jar-dins do hospital ou sentados plácida-mente debaixo de suas árvores. E é preci-so respeitar-se a vontade do paciente,mesmo em seu apragmaüsmo demenclalou em seu autismo psicótico. Não se podeforçá-los a atividades praxiterápicas, queexistem, com instrutores próprios,, po-rém com suas dependências pouco fre-qüentadas pelas razões acima expostas.

Quanto ao outro contingente, há, na rea-lidade, melhora e remissão clirúca. po-rém, como o próprio Dr Senise contradi-toriamente adianta em seu artigo, aspróprias famílias os esquecem, fornecemendereços fictícios no momento da inter-nação ou mudam de residência e nadacomunicam ao hospital, abandonandocompletamente o paciente aos cuidadosdo Estado. Infelizmente, a doença men-tal ainda representa um tabu social.

Praticamente ninguém fornece em-prego a um egresso da Colônia JulianoMoreira. Após a remissão de sua doençao mercado de trabalho se lhe fecha asportas e o pobre paciente acaba porretornar à Colônia, que outro meio nâotem senão acolhê-lo, uma vez que a socie-dade o rejeita. A estes que tanto criti-cam, e de modo tão contundente quãoequivocado, a Colônia Juliano Moreira eseus funcionários, Já se lhes passou pelacabeça de, algum dia, num gesto de cari-dade visitar estes pacientes tâo carentesde afeto, pois que foram rejeitados pelasociedade e pela própria familia? É fácilcriticar mas, ao mesmo tempo, conser-var-se à distância "dos loucos". Eles sãoinfelizes, sim, porque a sociedade, in-cluindo os que criticam a instituição queos acolhe, só os vèm a distância e deles sótem notícia através de um lamentávelprograma de televisão. Dormirão com aconsciência tranqüila os arautos das cri-ticas violentas, se ao menor exame deconsciência observarem que nada fize-ram, pessoalmente, para minorar umproblema que é mais social que médico?Convenhamos, sâo conhecidas as' defi-ciências da Colônia, mas não se podeesperar que o Estado faça tudo enquantoo próprio melo social recusa a reinserçãodo paciente em seu seio. E ainda criti-cam-se os médicos e funcionários emgeral da Colônia Juliano Moreira, que lãestáo prestando, pelo menos, seu carinhoe atenção àqueles que foram refugadospor todos! A própria sociedade cria osseus "depósitos" ou "asilos" , como se osqueira pejorativamente chamar, e aindareverbera o procedimento dos que lámorejam e acompanham seus infelizes epobres ocupantes!

Creio que o problema começaria a tersolução quando a demagogia, o sensacio-nalismo, a desinformação, a critica levia-na e deletéria desse lugar, nestas mes-mas consciências, à predisposição de co-meçar, por si mesmas, uma açào de cari-dade cristã, a prestar algum auxilio, afe-tivo apenas, aos párias que os própriostabus sociais criaram. (...) Prof. Dr MarioSantos Moreira — Rio de Janeiro.

Contra os criminosos

Com muito prazer tive a oportunidadede ler a carta do Sr Bento A Blancosobre Pena de Galé, publicada no JOR-NAL DO BRASIL de l°/6/80, com a qualestou de pleno acordo. Lamento entre-tanto que nós não tenhamos um Con-gresso capaz de, urgentemente, decretaruma lei nos termos daquela carta, paranos livrar de manter vivos, onerosamen-te, indivíduos contaminados de mal incu-rável, pior que a hidrofobla, contagiante.Além do mais teríamos os presídios ali-viados destes maus elementos que de-pois de atrelados a uma bola de ferro de20 quilos seriam levados a trabalhar, oitohoras por dia, todos os dias até a conclu-sâo de pena, se puder, sem deixar qual-quer saldo. Lestocq Soares, Contra-Almirante — Rio de Janeiro.

As cartas serão selecionadas para publicaçãono todo ou em parte entre as que tiveremassinatura, nome completo e legível e endere-

ço que permita confirmação prévia.

CorreçãoAo contrário do que foi publicado na

edição de ontem, não é a CompanhiaPetroquímica do Nordeste (Copene) quetem uma divida de 20 milhões de dóla-res, das quais o BNDE é o maior credor,mas sim a Companhia Petroquímica deCamaçari (CPC). O General Ernesto Gei-sei, que atualmente preside a Norquisa,foi empossado na quinta-feira na presi-dência do Conselho de Administraçãoda Copene.

JORNAL DO BRASIL LTDA., Av Brasil. 500 CEP-20940. lei. Rede Interno. 264-4422 — End. Telegw-ficos. JORBRASIL Telex números 21 23690 e 2123262. f

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OPINIÃO - 11

r Coisas da política

Planalto suspiracom saudades da Arena

DO

pico da inflação de três algaris-mos, do alto das vaias que come-çam a atazanar os ouvidos dos

seus favoritos como um zumbido de colmeiaem polvorosa, o Palácio do Planalto já podese debruçar cá para baixo e, nas reuniõesmatutinas de todos os dias, quando se mis-tura a massa e se cozinha o bolo do Poder,reconhecer com objetividade asséptica queo projeto da reforma partidária deu certomas não muito. A forma talvez tenha sidolevada a forno quente demais ou é possívelque tenha havido algum erro de cálculo.Pois o que está resultando é um carameladoadocicado por cima, repinicado de enfeitese, na base, uma placa dura e solada queninguém agüenta mastigar nem engolir.

Ora, prestem atenção. A fatia magra daOposição foi repartida numa porção de pe-dacinhos miúdos e alguns nacos maiores.Um sucesso, portanto, pois que esta era apretensão da receita. Mas nem se conseguiuapartar esquerdistas e radicais num canto econfiáveis em outro nem foi possível montarum partido alternativo amestrado, bom desela, dócil de boca, que na hora da marchaacertasse o seu passo pelo esquipado doGoverno. Do PP o que se pode dizer com amais imparcial e límpida franqueza é quedesandou para uma linha oposicionista im-placável e hoje talvez aborreça mais o Pia-nalto que o PMDB do doutor Ulysses Guima-rães. Também o PMDB está igualzinho a suamatriz, tirando algumas competências sen-satãs e não botando nada. Só que continuacom a marca poderosa da Oposição, in-chando como se, no mistura, a mão carre-gasse demais no fermento. Ainda agorinha,o Deputado Freitas Nobre fez as suas con-tas, assuntou e disparou uma estimativague talvez os fados confirmem: já ejá a suabancada de 99 deputados deve saltar para110 a 120, com a absorção de desavindos dosdepartamentos da Oposição mas, também,com a adesão de alguns espertos que aindase conservam em cima do muro e concluí-ram que não é bom negócio eleitoral pularno galintieiro do Governo.

Pois é. O PMDB eoPP estão com registrogarantido, caminhando com olhos gulosospara a primeira urna aberta que aparecer.O PP, menor do que se previa nos rascunhosdo falecido Ministro Petrônio Portela. E oPMDB tão cópia do MDB que não mudounada ou tão pouco que nem se percebe aolho nu. As demais tentativas de inflar ba-lóes partidários com a fumaça da Oposiçãopositivamente estáo resvalando para o bu-raco do desânimo. Lula foi uma grandepromessa que se dissolveu na inabilidade dequeixo duro da greve do ABC. O PT, comoassinala o Deputado Bonifácio de Andrada,herdeiro de esperteza imperial, está mi-chando e virou um partido regional. Menosdo que estadual. Minguou para umfenóme-no paulista, localizado nos terreiros sindi-cais de São Bernardo do Campo.

Quanto à mágica de fazer desaparecerdas mãos obstinadas de Leonel Brizola a

ViUas-Bôas Corrêasigla do PTB para fazê-la saltar no colo dedona Ivete Vargas, francamente, foi umfiasco. Brizola braceja no desespero do afo-gamento lento e gradual de um PDT que nâochega a ser coisa alguma e dona Ivete, comotodo mundo estava enjoado de saber, nâovai conseguir formar partido nenhum. OPalácio tem o Jânio Quadros amarrado pelopescoço na coleira do PTB de plástico parameter medo ao Senador Franco Motoro nadisputa direta do Governo de Sâo Paulo em82. Mas, feitas as contas, este é o lucro. E só.Para quem gosta de Jânio e nele aindaacredita, vá lá, um prato feito. Mas, emtermos de análise política, não parece mui-to. E se o Governo se descuidar, acabaencurralado na esquina do tripartidarismo;dois para láeum para cá.

Vamos olhar um pouco para dentro doGoverno. O PDS foi um êxito retumbantemas apenas estatístico. Maioria no Senadograças à colagem dos biônicos, uma inven-çâo tão ruim que está virando uma pastamole e se derretendo em imundície. Quasetodo o dia, pinga um biônico no chão, dei-xando a marca de sujeira, como uma borra.Ainda ontem...

Na Câmara, a maioria do PDS é quaseuma anedota. Uma maioria que foge devotação às carreiras, como o diabo da cruz.Uma maioria que sabe que não é de nada,ranzinza, resmungona, cochichando quei-xas nos corredores, lamuriando-se peloscantos. Reunião de bancada do PDS é diver-são em Brasília, melhor que espetáculo decirco: todo mundo fala mal do Governo ecobra promessas atrasadas. Estaduais efederais.

Por tudo isto, o Governo resolveu pararum pouco para repensar as coisas, aprovei-tando refresco do recesso parlamentar. Por-que o Governo está sendo atucanado pelaurgência. Há projetos inadiáveis, a seremvotados o mais tardar em setembro, outu-bro. E sâo matérias vitais como a emendaAnisio de Souza que cancela as eleiçõesmunicipais deste ano e prorroga os manda-tos de prefeitos e vereadores, a emenda dasprerrogativas do Congresso, reinvindicaçáonascida no Legislativo e de negociação mui-to difícil, eaque restabelece eleições diretaspara governadores. Se o Governo não con-seguir atamancar o sua maioria para apro-var, com concessões inevitáveis três proje-tos que são estacas do seu esquema político,a abertura dará uma reviravolta completa,esborrachando-se no chão de pernas para alua. A missáo Abi-Ackel é uma tentativa dearrumar a casa. E o adiamento para 81 dopacotinho eleitoral das sublegendas, distri-tal, vincuiação de voto, um gesto de habili-dade mas também uma confissão de fraque-za.Oude perplexidade. O Governo precisamesmo, e para já, de maioria. Pois que oPDS sozinho, não dá para o gasto. Ah! quesaudades da Arena...

Villa»-B6at Corria é comentarista político da TV Bondei-ranlMj

Tóxicos - epidemia nacionalArthur Pereira de Castilho Neto

TODAS as fontes de informa-

ção, inclusive os relatórios oã-ciais dos órgãos especializa-

dos do Governo, têm apontado um. sensível aumento de consumo de to-xicos no pais, especialmente de ma-conha, cocaína e de psicotrópicos.Essas mesmas fontes têm revelado,por outro lado, a diminuição assusta-dora da faixa de iniciação, que temocorrido, em determinados casos,aos nove anos de idade.

Isso nos leva a duas conclusões:que os órgãos encarregados da re-pressão apresentaram melhoria nospadrões de eficiência; e que tal me-lhoria não permitiu, no entanto, nemdebelar nem eliminar tráfico e usoindevido de drogas.

É certo que o tráfico ilegal dedrogas deve ser combatido especifi-camente pela policia. É um caso depolicia. E aqui o Governo deve mes-mo aperfeiçoar o nível técnico deseus agentes, através de treinamentoespecializado, tornando-os capazesde conhecer as mazelas das multina-cionais do crime.

Ao consumo, porém, deve ser dis-pensado um tratamento diverso. Autilização de drogas deve ser consi-derada uma conduta reprovável, jáque a saúde pública é um bem relê-vante que deve ser protegido peloEstado. Mas o grau de reprovação daação do traficante é mais acentuadoque o da ação do usuário. Dai porquese impõe a este uma pena de intensi-dade menor e de natureza diversa.

Por outro lado, o consumo de dro-gas, ao nível em que se situa hoje noBrasil, é uma doença, uma epidemia,exigindo a participação de todosquantos estejam envolvidos com oassunto: órgãos do Governo, entida-des particulares e comunidade so-ciai.

Em boa hora já se instituiu umSistema Nacional que integra as ati-vidades de prevenção, fiscalização erepressão em todos os níveis de Go-verno, para possibilitar o estabeleci-mento de uma política de entorpe-centes e o desencadeamento deações coordenadas, que atinjam to-dos os setores, com objeto de mini-mizar o problema no país.

A implantação desse sistema de-pende, contudo, de decreto do Go-vemo Federal que, uma vez baixado,deve ser seguido da necessária atua-lizaçâo e ampliação dos dados relati-vos às causas de incidência e àsespécies de tóxicos utilizados em ca-da região do país.

O levantamento e análise dos da-dos colliidos orientarão a regionali-

zação das campanhas educativas jáprevista na nova lei antitóxicos, coma formação de professores e com oaprendizado dos alunos dos cursosde Io grau, quanto aos malefícios queos tóxicos possam produzir. A regio-nalização é necessária porque o pro-blema de São Paulo não é o mesmode Belém, nem o de Porto Alegre ésemelhante ao de Teresina.

A 18 de junho último,presidi uma solene Ce-lebração Eucarística

para a realização da Páscoada Justiça. Bem preparada,piedosa e concorrida. Um co-mentário, incluído antes dabênção final, chamou-me aatenção. O texto se referia àproximidade da visita deJoão Paulo n e dizia: "Esta-mos realmente preparadospara a sua vinda? Já aquilata-mos a grandeza e seriedadedeste momento histórico quea nossa Pátria, a nossa Cida-de, vão viver? Por que nósfomos escolhidos? Por que es-ta geração, a única presentea-da pela graça desta oportuni-dade? A alegria da vinda exi-ge mais que simples presençade espectador (...) Na Históriada Igreja, na História de nos-sa Cidade ficará gravada parasempre a visita do Papa JoãoPaulo n; que nossas vidasmereçam viver este momentoúnico na História. Éramosnós que estávamos aqui,quando isso aconteceu."

A citação é longa, mas suariqueza, densidade de concei-tos bem merecem o espaçoque lhe dedicamos.

Esta pergunta "Por que fo-mos nós?" pede uma respostae exige uma reflexão.

A extraordinária disponi-bilidade que tenho encontra-do em todos e em tudo que serefere aos preparativos à vin-da do Papa indica haver pie-na consciência da importân-cia deste acontecimento. En-tretanto, em meio a milhõesde pessoas que compõem nos-sa população, não se podepretender — seria insensatez— imaginar uma unanimida-,de. Seja qual for o assunto,sempre teremos os que dis-

Nós e a visita de João Paulo IIDom Eugênio de Araújo Sales

Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro

Por outro lado, é indispensávelque se teste a eficácia dos sistemasde controle de produção, distribui-ção e comercialização que o Ministé-rio da Saúde impõe a deteiminadostipos de substâncias ou medicamen-tos psicotrópicos (prescrição de fa-brico, venda mediante receituáriooficial, venda mediante receita etc).É bem possível que, na prática, essecontrole não seja eficaz e resulte ine-vitavelmente no tráfico ilícito, quegera a dependência medicamentosa.

Por fim, convém que a ação re-presssiva seja dirigida conveniente-mente, através de fluxo de informa-ções, contra os grandes centros na-cionais de tráfico, evitando o disper-dicio de recursos e de esforços naluta contra o crime.

Resumindo: o problema de drogasno Brasil não é exclusivamente umproblema de polícia. É uma epide-mia nacional e como tal merece serencarado. Em outras palavras, devesuscitar uma ação global para impe-dir a natural substituição de trafi-cantes presos ou a reposição sucessi-va do material apreendido, num cir-culo vicioso que jamais levará a umasolução eficaz no combate às drogas.

Arthur Pereira de Castilho Neto ó Procurador da República eMembro da Câmara Técnica de Entorpecentes e Tóxicos doConselho Nacional de Saúde.

sentem e criticam. Buscamsenões, formulam hipóteses eaté mesmo afirmam o inexis-tente. Contudo, no caso, sãoem número extremamente re-duzido. Cabe a nós, com umjuízo objetivo, avaliar o queexiste de indevido na publici-dade ou utilização da mesmapara idéias, atitudes muitopessoais ou de grupos.

Nào nos esqueçamos quehá critérios diversos para umjulgamento de tudo que serefere a este grande evento.

Uns crêem mais importân-te prover o povo de pão mate-rial. Outros, inclusive e fre-qüentemente os mais necessi-tados, dão maior valor ao quepode incrementar a vida espi-ritual. Neste caso, está a pre-sença do Vigário de Cristo en-tre nós.

Hoje, com o Santo Padrechegando ao Brasil, recorde-mos os meses que medeiam oanúncio inicial da definitivaconstituição do programa.Nos roteiros proclamados ouorganizados extra-oficialmente e de forma sub-reptícia, suprimiam cidades,incluíam localidades, não pormotivos religiosos. Repito:convém trazer à memória oque era publicado sobre o iti-nerário e o aprovado pelo Ro-mano Pontífice. Cada um ex-traia as conclusões.

Um fato curioso. O povofez calar algumas vozes disso-nantes que no início tentaramalçar o tom em alguns Esta-dos. Forçou o silêncio dospoucos que se dispunham apôr obstáculos, alegando pre-tensas razões.

Leio, em um jornal de ou-tro Estado, informação relati-va a um inquérito realizado

sobre o significado da presen-ça do Papa em determinadaCapital. No meio urbano en-controu certo desinteresse, aopasso que na periferia existiaexatamente o contrário. Lem-brei-me do comentário feitopelo Senhor a um fato seme-lhante: "Graças vos dou, Pai,que escondestes estas coisasaos sábios e aos entendidos eas revelastes aos pequeninos"(Mt 11,25). Entre esses peque-ninos eu incluo os de qual-quer situação social, mesmoricos mas pobres espiritual-mente. Tenho constatado quetambém estes demonstrammais entusiasmo do que ai-guns supostamente entendi-dos na Fé.

Outro episódio ocorreu empaís há pouco visitado porJoáo Paulo II. Em uma paro-quia, o sacerdote manifestavadesgosto e fazia criticas aomodo como se programava avinda do Santo Padre. Irrita-va-o a simples, a mera hipóte-se de servir a uma outra con-cepção da estrutura eclesialque não a sua. Acreditava sera interpretação que dava aoEvangelho a própria Verdade.Com delicadeza, mas com fir-meza, os fiéis comunicaram adecisão de ir receber o Supre-mo Pastor. E executaram opropósito com inusitado en-tusiasmo. A eles se aplica:"Cumpre antes obedecer aDeus que aos homens" (At5,29).

Cabe aqui uma observa-çâo: alguns grupos incensama Igreja, apenas quando po-dem usufruir lucros. Casocontrário, simplesmente aabandonam. Assim ocorreupor ocasião do divórcio e con-tinua a suceder. A presença

do Papa desperta uma sériede comentários. Certamentereações amargas surgirão, sea palavra de Joào Paulo ncontrariar interesses. Casonâo consigam reinterpretá-la,resta sempre o apelo a umaação sub-reptícia, que tam-bém mina ou enfraquece. Ehá cristãos "inocentes úteis"que não vêem ou não queremcompreender.

Um cardeal informava-me,após a recente viagem do Pa-pa à África, sobre o comenta-rio negativo de um jornalistaeuropeu, presente às soleni-dades. O eclesiástico, nascidonaquele Continente, mostrou-lhe que ele nada entendia dossentimentos do povo autócto-ne. Suas restrições apenas re-velavam mentalidade colo-nialista que tentava usufruir,em favor de seu ponto-de-vista, das manifestações aque assistia.

Isso também pode aqui su-ceder. Esta visita que em bre-ve se inicia deve ser julgadaconforme as palavras do Se-nhor acima citadas: Deus re-vela suas maravilhas aos sim-pies. Somente à luz da Fécompreenderemos os desig-nios de Deus.

A presença de João Paulon no Brasil alcançará plenosucesso. A vitória será doEvangelho anunciado: os ca-tólicos fortalecidos, as dúvi-das dissipadas. Os fiéis, emseu entusiasmo, forçarão ostíbios e farão calar os que seutilizam de Cristo e nâo Oservem. A população, sejaqual for sua crença religiosa,sentirá mais perto de si o po-der do Senhor, a serviço deseus filhos. Desde já, ale-gremo-nos.

Ojogoparavencer

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Na Revista do Dominga destasemana você vai ver o passatem-po dos aposentados para superaro tédio e o isolamento. No Rio,as praças dos velhos atletas docarteado.

A conquista do terreno para aconstrução da sede da OrquestraSinfônica Brasileira. A luta deOctáyio Gouveia, de Bulhões pelos63 mil m8 na Barra da Tijuca.

A influência latina na cozinhapolonesa. Uma receita gastronõ-mica para quem tem estômagoforte.

Experientes artesãos transf or-mam bronze derretido em sólidasesculturas. A técnica da fundiçãoartística mama rua tranqüila doRio Comprido.

A hora da decisão de mudar deofício. As dificuldades do começar

de novo em outra profissão.Na moda, as variações e as no-

vas tendências do terno e gravata.Os detalhes para modificar o vi-suai masculino.

JORNAL DO BRASIL %

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12 — INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL D sábado, 28/6/80 D Io Caderno

Bombardeiro soviético cai Brancosno mar depois de sobrevoarnavio de transporte japonês

Anilde WerneckCorrw ponde ntt

Tóquio—Um bombardeiro soviético possivelme»te em missão de espionagem, segundo as autoridadesjaponesas, caiu ontem no Mar do Japão, depois desobrevoar por alguns minutos um navio de transporteda Marinha japonesa, matando seus dois tripulantes.Os corpos foram recolhidos pelo cargueiro Nemuro, querealizava missão de treinamento.

Os soviéticos fazem cerca de 10 vôos mensais dereconhecimento sobre o Japão, mas essa foi a primeiravez que um Tü-16 sobrevoou em círculos uma embarca-ção japonesa. A União Soviética mantém ocupadaquatro ilhas reivindicadas pelo Japão desde o final daSegunda Guerra Mundial e no ano passado começou afortalecer suas tropas numa delas, Shikota.PERSEGUIDO

Este ê o incidente mais gravena área, desde que um Mig-21conseguiu iludir os sistemas deradares do Japáo e pousou numaeroporto da ilha de Hokkaido,em setembro de 1976.0 pilotopediu asilo aos Estados Unidos,para onde seguiu pouco depois.Tem sido constante, nos últi-mos meses, a presença de na-vios e aviões soviéticos nas pro-jdmidades das águas e do espa-ço aéreo do Japão, mas esta é agrimeira

vez que se fala numícldente deste tipo.De acordo com informação

distribuída pela agência Kyo-do, os radares da Forca Aérea,na província de Nilgata, a 700quilômetros a Noroeste de Tc-Sido,

«letectamiEa presença deois aviões soviéticos no èspa-

co aéreo japonês, às 13hl0m deontem. Dois caças Phantom F-4 decolaram, então, da base aé-rea de Komatsu, na provinciade Ishlkawa, para persegui-los,mas náo conseguiram localiza-los por causa de densas nuvensna área.

Pouco mais tarde, o navio-transporte da Marinha, Nemu-to — de 1 mil 500 toneladas —que navegava no Mar do Japão,num ponto situado a 110 km aNordeste da localidade de Ha.11-ki-Saki, ilha de Bado, informouque estava sendo sobrevoadopor dois aparelhos soviéticos,do tipo TU-16. Estes aparelhos

são bombardeiros de meio ai-cançe, equipados com mísseisar-terra AS-6-King Fish (na no-menclatura ocidental), capazesde conduzir ogivas atômicas.São também dotados de umsistema eletrônico de reconhe-cimento.

O comando do Nemuro dissemais tarde que os dois apare-lhos o sobrevoaram por duasvezes, a uma altitude de 600metros e que, em determinadomomento, um dos aviões incen-diou-se e caiu no mar, a trêsquilômetros de distancia. Eram13h50m

O outro TU-16 ficou sobre-voando o local da queda até às15hl0m, chegando, algumas ve-zes, à altitude de 100 metrossobre o mar. Ao mesmo tempo,o Nemuro seguiu para o local econseguiu recolher os corpos dedois tripulantes. Outros naviosjaponeses tentam agora reco-lher a fuselagem e os corpos deoutros cinco tripulantes.

O Governo Japonês determi-nou que os corpos sejam entre-gues à Embaixada soviética emTóquio, que não fez comenta-rios sobre o incidente. Umaequipe militar japonesa disseque o avião deve ter caldo por-que manobrava a reduzida ve-locidade e a baixa altitude, aosobrevoar o Nemuro, o que ébastante difícil para um apare-lho daquele porte, especialmen-te quando leva toda sua cargade armamentos.

Granada denuncia plano da CIASt. George — O Governo so-

cialista de Granada acusou aAgência Central de Informa-ções (CIA) de estar envolvidanum "plano de desestabiliza-ção" com o objetivo de mudar oregime desta ilha do Caribe.Turistas, na maioria norte-

americanos, de um transatlãn-tico da empresa Cunard Uneestão sendo revistados pela po-lícia e interrogados, pois o Go-vemo acha que entre eles está oresponsável pela explosão deuma bomba, quinta-feira úl-tima.

Bolivianos repudiam atentadoLa Pas — A Igreja Católica e

os Partidos bolivianos repudia-ram o atentado terrorista quecausou a morte de dois jovens— um de 21 anos e um adoles-cente de 16—cegueira em algu-mas pessoas e ferimentos emdezenas de partidários do can-?iidato à Presidência da Repú-blica, Hemán Siles Zuazu, nanoite de quinta-feira, no centrode La Paz.

O Coronel da reserva ManuelCárdenas, membro da direçãoda frente de esquerda que apoiaSiles Zuazu. - a Unidade De-mocrática Popular (UDP) —mostrou aos jornalistas a espo-leta da granad» de fragmenta-çáo usada pelos terroristas, queSrovavelmente

a lançaram do)po do Hote) Copacabana."Condeno absolutamente o

recurso da violência Devem serdadas garantias a todos os Pai-

tidos políticos e frentes contraaqueles que querem aterrorizaro povo para que não compareçaàs urnas, no domingo (ama-nhá)", declarou o principal opo-nente de Siles Zuazu na corridapresidencial, Victor Paz Estens-soro. O democrata-cristão LuisSiles Salinas também viu noincidente uma tentativa da in-timidação dos eleitores.

Segundo partidários de SilesZuazu, o objetivo dos terroris-tas era seu candidato, que ianum veiculo junto com toda adireção da UDP. A granada ex-plodiu a menos de 20 metros docarro.

O atentado contra a UDP foio único dia de campanha eleito-ral. Na mesma quinta-feira,marcharam pelas ruas de LaPaz os partidários e simpati-zantes de outros cinco cândida-tos sem que nada obstruíssesua caminhada.

Para jornal, URSS retirou 6 milLondres e Genebra — A

União Soviética teria retiradodo Afeganistão aixuias 6 milsoldados, disse ontem o jornalThe Guardian, citando infor-maçòes colhidas pelo serviçosecreto britânico Número beminferior ao de 10 mil, estimativado Ocidente depois da mensa-gem enviada pelo Presidentesoviético Leonid Brejnev aoPresidente francês Valery Gis-card d'Estamg

Ate 31 de maio ultimo, foramregistrados pelas autoridades

paquistanesas 873.947 refugia-dos afegãos, informou ontemem Genebra um comunicadodo Alto Comissariado das Na-ções Unidas para Refugiados.Para enfrentar esse fluxo conti-nuo, o Alto Comissariado anun-ciou que vai solicitar reforço deverba, de 55 milhões de dólarespara 100 milhões (Cr$ 5 bilhõese 400 milhões). O Paquistãoanunciara na véspera a eleva-ção substancial de seus gastoscom a defesa, devido à ameaçasoviética.

Socialista é morta em BelfastBelfast — Míriam Daley, 45

•nos, fundadora do Partido So-cialista Republicano Irlandês,de esquerda, foi assassinadacom vários tiros na cabeça,quando se encontrava só emsua casa. O corpo de Daley foiencontrado por sua filha de no-ve anos, com os pés «marrados,no chão da sala, quando a me-nina chegou da escola.

Dirigentes do Partido, emDublin, quallflcaramocrimede^assassinato desapiedado" eespecularam que oe responsa-«eis foram certamente militan-tes protestantes. Se a hipótese

se confirmar, será a 44a vitimada violência política na Irlandado Norte, este ano. A policiateme desate nova série de aten-tados extremistas no pais.

Ao entrar em casa, a meninaMarte Daley encontrou o corpoda mãe e saiu gritando apavo-tada: "Algo se passa com mi-nha mãe". Seu irmão, de 10anos, brincava longe de casa eseu pai, Tom Daley, tambémdestacado membro do Partido,encontrava-se em Dublin. Mi-riam, assim como seu maridoTom, era professora da Uníver-ridade de Belfast

Londres cria tropa especialLondres — A Grã-Bretanha

planeja criar uma unidade mui-tar especializada em ínterren-çóes urgentes (ela já existiumas foi suprimida pelo Gover-no trabalhista em 1975), quetaterviraà margem da Organt-saçao do Tratado do AtlânticoNorte (OTAN), informou ontemo jornal conservador Daily Tb-

Segundo o Jornal a reativa-çáo desse corpo especial está

sendo estudada desde quando• União Soviética invadiu oAfeganistão. Seria composto de1 mil pára-quedlstas e poderiaser empregado, por exemplo,para reforçar rapidamente astropas britânicas estacionadasem Belize, Hong-Kong ou ChtVpre, sempre em missões de pn>teger cidadãos britânicos de ao-nas perigosas e também de n-bertar reféns.

Egípcios controlarão baseCairo—Em entrevista publi-cada ontem pelo jornal El

Abram, do Cairo, o Vice-Presidente egípcio. Hosni Mu-barak, esclareceu que a base naqual pilotos norte-americanos eegípcios efetuarão exercidosconjuntos de treinamento seráítrigida pelos egípcios e "os pi-fotos norte-americanos seráosimplesmente convidados" doEgito

Mubarak qualificou de "puracoincidência" a proclamaçaode estado de emergência nasfronteiras entre Egito e Líbiasimultaneamente com o anun-cio dos exercícios egípcio-norte-amencanos e assinalouque a atua) situação em total-mente diferente daquela emque os soviéticos proíbem aosegípcios a entrada em suas pró-prias bases.

iam matarMugabe

Salisbury — O chefe de segu-rança do Primeiro-Ministro Ro-bert Mugabe, do Zimbabwe,Emmerson Mnangagwa, revê-lou ontem que a policia zLm-babweana frustrou uma conspl-ração de brancos direitistas pa-ra matar Mugabe e dirigentesestrangeiros durante a cerimô-nia de independência da novanação, realizada no dia 18 deabril deste ano.

O Reverendo Ndabaninji 81-thole, que concorreu às eleiçõesno Zimbabwe vencidas por Mu-gabe, acusou ontem o atual Go-verno de ter planejado e execu- •tado um atentado contra suavida. Slthole afirmou que 20guerrilheiros da ZANLA, antigoexército guerrilheiro de Muga-be, atiraram nele que estava nacasa de um amigo. O políticoconseguiu escapar, mas, segun-do ele, seu amigo foi assassl-nado.

Segundo Mnangagwa, o as-sassinato de Mugabe foi plane-jado na África do Sul, mas elenão acusou o Governo sul-africano de estar envolvido nacoaspiração. A policia apreen-deu um caminhão na ocasião,procedente da África do Sul,que trazia armas e explosivospara usar no atentado.

Angola quer ajudapara deter invasor

Lisboa (do Correspondente)— "Angola solicitará ajuda ex-terior para defender a invasãosul-africana, se as tropas destepaís não se retirarem imediata-mente ou se não se forçar oGoverno de Pretória a acabarcom a sua agressão armada",declarou ontem nesta Capital oEmbaixador da República Po-pular de Angola, Elísio de Fi-gueiredo, ao comentar que for-ças da África do Sul ocuparamterritório angolano "a pretextode perseguir a SWAPO".

Figueiredo convocou a im-prensa para falar sobre o quequalifica de "a criminosa inva-são do regime racista da Áfricado Sul". Salientou, entretanto,que "o nosso apoio à SWAPO éincondicional e, portanto, prós-seguirá inalterável. A SWAPO éinternacionalmente reconheci-da como a legítima represen-tante do povo namibiano e, nes-tas condições, recebe a totalsolidariedade da República Pc-pular de Angola na sua lutapela independência".

Dizendo que falava em nomedo MPLA — Partido do Traba-lho e do Governo de Luanda, oEmbaixador Figueiredo fez umapelo à comunidade intemacio-nal e, de modo particular, "àsforças progressistas do mundo"para que apoiem Angola "nestemomento firo que é vítima daagressão sui-airicana'.

O Embaixador não quis pre-cisar que países ajudariam An-gola se esta pedisse ajuda, masafirmou que tal opção se con-templa ante a desproporçãoexistente entre o Exército inva-sor e as modestas Forças Arma-das de um pais que apenas hácinco anos ascendeu à indepen-dêncla, depois de 15 anos dedomínio colonial

Disse que o número de solda-dos cubanos atualmente emAngola "é muito mais reduzidodo que se julga" e que a funçãodos assessores é apenas a detreinar o Exército de Angola.

Pretória prejudicaGoverno holandêsHaia — Após prolongadas

discussões, iniciadas ontem àtarde, o Parlamento holandêsrejeitou hoje de manhã, por 74votos contra 72, tuna moção dedesconfiança contra o Primei-ro-Ministro Andreas Van Agt,por ter-se recusado a cortar uni-lateralmente os fornecimentosde petróleo à África do Sul.

Contudo, o Governo se com-prometeu a pedir aos outrospaíses do Benelux e da Escan-dinávia a realização de umaação comum de boicote petrolí-fero à África do Sul, como con-denação à sua política de segre-gação racial.

Van Agt disse que sançõesunilaterais podem não ser acei-tas e que uma demonstraçãomais eficiente da oposição ho-iandesa ao regime racista dePretória seria a exigência devistos de entrada aos sul-africanos em visita ao pais, Jáaprovada.

Fontes do Governo calculamque a Holanda exportou para aÁfrica do Sul petróleo e seusderivados no valor de apenas 3milhões 700 mil narina (1 mi-Ihao 800 mil dólares).

Jornal deEl Salvadoré atacado

San Salvador — Terroristasdireitistas atearam fogo ontemao prédio do jornal El Indepen-diante, de oposição ao Governosalvadorenho, e dispararam ti-ros de metralhadora contra acasa de seu proprietário, JorgePinto. Antes do amanhecer, 30pistoleiros atacaram o jornalem roupas civis, mandaramsair 10 funcionários e atearamfogo ao edificio, que ficou total-mente destruído.

Pelo menos 22 pessoas forammortas nas últimas horas em ElSalvador, entre as quais 16 Jo-vens que tiveram as gargantascortadas e cujos corpos foramatirados ao longo de uma estra-da deserta Soldados do Exerci-to vasculharam ontem palmo apalmo a Universidade de ElSalvador em busca de armasque, segundo acreditam, foramescondidas no prédio por guer-rilhelros esquerdistas.

Quanto ao El Independlente,este foi o quarto ataque ao Jor-nal, que tem desafiado as tenta-uvas governamentais de censu-ra-lo e continuava a publicareditoriais contra o Governo.

Carrillo diz ao Rei por que écontra a Espanha na OTAN

Juarez BahiaCormportd«nt*

Madri — O lider Santiago Carrillo foi recebido ontem peloRei Juan Carlos e durante 45 minutos expôs as posições doPartido Comunista Espanhol contra a adesão da Espanha naOrganização do Tratado do Atlântico Norte e de apreensãopelo aumento de 10% da taxa de desemprego, a mais alta daEuropa, com cerca de 300 mil espanhóis sem trabalho.

Não é a primeira vez que o Rei ouve o dirigente comunista.Mas, esta audiência reveste-se de significação porque JuanCarlos (e não o Presidente do Governo, Adolfo Suarez), com suaindiscutível autoridade moral e política, está surpreso pelacrescente oposição de ponderáveis setores da opinião públicaao ingresso da Espanha na OTAN. Também os socialistas sãocontrários."Eu disse ao Rei o que penso sobre a situação política eeconômica e o Rei ouviu-me com cortesia", informou Carrilloapós a audiência. Esse encontro ainda é significativo pela ponteque estabelece entre a liderança da esquerda e o Rei sem amtermediação do Governo da União do Centro Democrático.rig£.se..de Passagem que há mais de um ano o PresidenteAdolfo Suarez não recebe Carrillo e nem Felipe Gonzalez, doPartido Socialista Operário Espanhol.A esquerda—comunistas e socialistas—está agora numaoposiçáo sistemática ao Governo da UCD. A visita de Carrilloao Rei coincide com a divulgação do relatório do secretário-geral do PSOE que fixa a posição do maior Partido oposicionis-ta espanhol em face do Executivo de Adolfo Suarez. Acabou-seo consenso e em seu lugar abre-se uma fase de endurecimento.Nestas circunstancias, o canal do diálogo essencial à democra-cia faz-se com o Rei.

Diante da ruptura entre a Oposição e Suarez o que resta aossocialistas e comunistas é expor lealmente seu pensamento aoRei e isto foi o que fez ontem Santiago Carrillo. A próximaaudiência será a Felipe Gonzalez. Pouco a pouco, o Rei JuanCarlos vai reunindo informações substanciais sobre a situaçãopolítica—e náo apenas as informações parciais do Governo daUCD — e formando o seu juízo acerca da reivindicação daOposição de esquerda por uma administração estável, solida-mente apoiada no Parlamento.

A conversa de ontem entre Carrillo e o Rei é mais um dadodo isolamento do Governo de Adolfo Suarez depois da moçãode censura que lhe deu uma vitória aritmética mas lhe impôsuma derrota política de fato. Desde então registra-se umdesgaste, uma erosão na posição de Suarez e da União doCentro Democrático. Os Partidos da esquerda estão em ofensi-va e não deixam de contar com a cortês audiência do Rei.

A deterioração da situação econômica, a inflação e odesemprego crescentes, fatores que se aliam no plano político àtendência para o autoritarismo e o cerceamento das liberdadespúblicas, particularmente a liberdade de imprensa, além doproblema do terrorismo no pais basco, contribuem para oisolamento de Suarez e a perda da imagem liberalizante queadquiriu no seu período áureo.

Não são apenas os problemas econômicos e políticos quedividem o Governo e a Oposição. A recente visita de Carter velorepor na ordem do dia a questão da adesão da Espanha àOTAN. Declarando-se disposta a acelerar o ingresso, a adminis-tração Adolfo Suarez precipitou um debate sobre a própriacondição do país diante da Aliança Atlântica e dos EstadosUnidos.

Pensando refletir a maioria do povo espanhol, o GovernoSuarez quer um alinhamento incondicional com Washigtonatravés do acordo de uso das bases estratégicas e da adesão àOTAN, mas uma reação inesperada ganha as ruas e vai ao Rei,defendendo uma posição de independência, que se identificacom as posições da esquerda. A esquerda pleiteia um referendopopular sobre a adesão, incomodando o projeto governamentalde associação simples e imediata. Uma situação que faz recor-dar os anos de país-satélite que viveu a Espanha sob Franco.

França nega proteçãoa terroristas bascos

Paris e Madri — O Ministériodo Exterior da França qualifi-cou de "absurdas" as acusaçõesfeitas pelo Ministro do Interiorda Espanha, Juan Rose Roson,de que terroristas bascos se re-fugiam em território francês eque a policia nada faz para im-pedir suas reuniões embora co-nheça os locais de encontro. "Oterrorismo basco é um proble-ma espanhol e deve ser resolvi-do na Espanha", afirma umanota divulgada pelo Ministériofrancês.

A Associação dos HoteleirosEspanhóis telegrafou ontem aoPresidente da França, Giscardd'Estaing, pedindo a coopera-ção do Governo para expulsarde seu território guerrilheirosespanhóis. Mas, segundo obser-vadores, o Governo francês

mostra-se pouco disposto a per-seguir os bascos temendo queações terroristas se difundamtambém em seu pais.

O sentimento de indignaçãocontra os franceses ganhou for-ça depois que o Presidente Gis-card d'Esfalng reafirmou suaintenção de dificultar o ingres-so de novos membros na Comu-nidade Econômica Européia(CEE), o que atinge dlretamen-te os anseios de Espanha, Por-tugal e Grécia. As reações espa-nholas contra a França foramacirradas após a recente "guer-ra dos tomates", quando agri-cultores franceses queimaramcaminhões espanhóis carrega-dos de verduras e frutas vendi-das mais baratas em toda Eu-ropa.

ETA explode 5a bombae faz novas ameaças

Madri — A organização sepa-ratista basca ETA-Politico Ml-litar detonou ontem mais umabomba — a quinta dos últimostrês dias — contra instalaçõesturísticas, atingindo os jardinsdo luxuoso hotel Costa Blanca,em Javea. Náo houve feridos,pois como das vezes anterioresos hóspedes foram retiradoscinco horas antes da explosão,após um telefonema de adver-tência.

Membros do Governo basco e49 Deputados do ParlamentoAutônomo de Euskadi, seques-trados quinta-feira por opera-rios de uma metalúrgica fecha-da há um ano e mantidos den-tro da Assembléia de Bilbao,foram libertados ontem depoisque os trabalhadores aceitaramuma proposta governamentalpara resolver os problemas daindústria.

A "guerra do turismo em-preendida pelos terroristas bas-cos para pressionar o Governoespanhol a soltar 19 presos per-tencentes à ETA não deverá serinterrompida". A organização

ameaça explodir bombas du-rante toda a temporada de fé-rias e anunciou que a próximaserá na província turística deMálaga.

O Governo, no entanto, de-monstrando que náo pretendeatender às reivindicações dosbascos transferiu os presos pa-ra a isolada região da Mancha,no Norte da Espanha. A polícia,por sua vez, não acredita numrecrudescimento dos atentadose espera que o Governo francêscolabore na captura dos cabe-ças do movimento separatista.

Porta-voz de Assuntos Turís-ticos do Governo espanhol, Pe-dro Altares, informou que atéagora náo houve cancelamen-tos de viagens. Mas admitiuque se as bombas começarem afazer vitimas, como no ano pas-sado, a indústria turística fica-rá prejudicada.

Diversas agências estrangei-ras de viagem atribuíram a dl-mlnuiçáo da corrente turísticapara a Espanha, este ano, aoaumento de 20% nos preços doshotéis e à alta das passagens.

Pane ameaçacinzasde Sanjay

Nova Deli — O pequeno aviãoque levava parte das cinzas deSanjay Gandhi. filho da Primei-ra-Ministra Indira Gandhi, quemorreu na última segunda-feiranum acidente aéreo, teve quefazer ontem uma aterrissagemforçada, e os quatro políticos eo piloto que acompanhavam ascinzas escaparam ilesos dapane.

A aterrissagem de emergên-cia ocorreu a 425 quilômetrosde Nova Déll quando o Ministroda Irrigação, o Chefe do Gover-no do Estado de Binar e doisparlamentares levavam umaurna de prata com parte dascinzas de Sanjay para seremjogadas no rio Ganges. As cin-zas foram levadas a diferentesrios e lagoas do pais.

N. Hébridastem novarebelião

Noumea, Nova Caledònla —A criação de um "novo Gover-no provisório" na ilha de Aoba,situada a leste de Salto, no ar-qulpélago franco-britãnico dasNovas Hébridas, e que terá onome de Agatakaro, foi anun-ciada pelo jornal La Noticia deNoumea. O Governo provisório,encabeçado pelo Primeiro-Ministro Tarivold, foi designa-do por 35 chefes locais.

O Governo se propõe a con-trolar os serviços públicos dailha e a estabelecer acordos co-merclais e políticos com JimmyStevens, que há um mês dirigeo movimento de secessão dailha do Espírito Santo, acres-centa o jornal.

Em Vila, Capital do arqulpé-lago franco-britânico das NovasHébridas, o Governo local ne-gou a veracidade das Informa-çóes, procedentes de Paris edivulgadas pela Radio Vemera-na, de que o movimento rebeldeque controla a ilha do EspíritoSanto atingiu Aoba, pequenailha 50kra a Leste de EspiritoSanto.

Afirmou que 60% da popula-ção de 6 mil nativos e dois plan-tadores brancos de Aoba oapoiam, segundo recente pes-quisa.

O mesmo Corcc4 II que vocêconhece. Agora também commotor a álcool.

O carro médio de maior sucessono Brasil vem a público provar quetambém é o melhor com motor aálcool.

Antes de chegar a suas mãos,o Corcel II Álcool passou pelos testesmais duros da Engenharia da Ford.

E mostrou toda sua força nasprovas do CTA (Centro TécnicoAeroespacial), onde registroudesempenho e consumo decombustível bem melhores que oslimites exigidos pela Secretaria deTecnologia Industrial do Ministério daIndústria e Comércio.O Corcel Ha álcool tem amesma garantia Ford

Para começo de conversa, oCorcel II Álcool continua sendo o maiseconômico em sua categoria. Aindatem o mesmo conforto, a mesmasegurança, a mesma durabilidade, amesma garantia do motor a gasolina(8 meses ou 15 mil quilômetros) egrande autonomia de rodagem quevocê já conhece do modelo a gasolina.

Tudo isso junto faz do Corcel IIÁlcool o carro mais atual que existe.O carro que vai responder às exigên-cias da situação energética do Brasil.

CaJculeoc^oCorceJH Álcool podeeconomizar para você.

Com motor 1.6 L, a 80 km/h, oCorcel II Álcool aumenta o consumoem torno de 20% comparado aomotor a gasolina.

Uma marca surpreendente, seconsiderarmos que os técnicos dogoverno esperavam que o motor aálcool aumentasse o consumo emcerca de 25%. Como o álcool podechegar a custar até 35% menos que agasolina, comece a fazer suas contas.

Para aumentar sua economia, couros!» escapeTRU do Corcel II Álcool custa apenas 43% da BOT6IR0 modificamcorrespondente com motora gasolina, istoé, somente3% de seu valor, contra 7% do carro a gasolina.

Acrescente a isso o financiamento mais prolongadona hora decomprarocarro-quedeve chegaraté36 meses.

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O que mais muda no Corcel II a álcool.O Corcel 11 e a Belina receberam tubulações de

cobre e de nylon.O mtenordocarburadorécromatizado. E a

bomba de combustível, cadmiada e bicromatizada.A cabeça dos pistões foi reprojetada para o modeloa álcool, de maneira a elevar a taxa de compressão,tornando-a adequada para o novo combustível.

Um novo coletor de admissão com sistema deaquecimento a água foi acrescentado ao Corcel II,para elevar a temperatura da mistura álcool/ar eobter maior economia.

A capacidade de filtragem foi aumentada emquase 3 vezes e um novo filtro foi adicionado,garantindo ultralimpeza ao álcool que vai para ocarbúrador.

Partida a frio automatizada umaexclusividade do Corcel ii Álcool.

Diferente de todos os outros modelosbrasileiros de carros a álcool, o sistema departida a frio do Corcel II Álcool éautomático. Isso quer dizer mesmoem temperaturas baixas, de atécinco graus centígrado, bastagirar a chave de contatopara que o carro dêpartida normalmente,como nos modelos agasolina.

Mas também foiincluído um botão nopainel do Corcel IIÁlcool, que comandaum sistema de injeçãode gasolina e deve seracionado apenas nos diasde temperaturas abaixo de5°C Este é mais umconfortável avançotecnológico conquistadopela engenharia da Fordpara você.

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JORNAL OO BRASIL ? sábado, 28/6/80 D 1° Caderno

Israel sai das cidades masfica em base na Cisjordânia

Jerusalém — O Exército is-raelense se retirará de todos oscentros habitados da Cisjordâ-nia depois da concessão da au-tonomia a essa região, mas seconcentrará em bases construi-das nas proximidades, de modoa poder intervir rapidamenteem caso de necessidade, segun-do prevê um projeto preparadopelo Governo e que deverá serapresentado ao Egito e aos Es-tados Unidos no próximo dia 2de julho, em Washington.

O projeto determina ainda aconstrução de uma rede de ins-talações militares nas monta-nhas e ao longo de todas asprincipais vias de comunicaçãoda Cisjordânia. O controle doespaço aéreo ficara com Israel,que reivindica também o direi-to de movimentar suas tropassegundo sua vontade, sem terconsentimento prévio das auto-ridades autônomas locais.

OPINIÕES DIVERGENTES

A posição israelense divergeda do Egito, pois este pais de-fende a idéia de que o Exércitode Israel deve concentrar-se emlocalidades aprovadas previa-mente pelo futuro Conselho Au-tônomo palestino, o qual teria opoder de autorizar ou proibir amovimentação das tropas ju-dias na região.

O Governo de Israel impôsontem o toque de recolher emuma aldeia da Cisjordânia, de-pois que dois guerrilheiros pa-lestinos lançaram duas grana-das contra um ônibus israelen-se, mas sem provocar mortos eferidos.

A aldeia de Balta, perto deNablus, ficou sob rigorosa vigi-lância, enquanto policiais e sol-dados faziam busca meticulosa,casa por casa, procurando osatacantes.

Investigadores israelensescontinuam buscando os assas-sinos de Moshe Golan, oficialdo Serviço Geral de SegurançaOs palestinos acusam o Servi-ço, conhecido por sua sigla emhebreu como Shin-Beth, de ma-nejar uma "implacável rede deespionagem" na margem oci-dental do rio Jordão. O assassí-nio de Golan foi o mais recenteincidente da onda de violênciana Cisjordânia ocupada, quecomeçou com o ataque palesti-no aos colonos judeus de he-bron, no dia 2 de maio último, eos atentados contra líderes pa-lestinos um mês mais tarde.

Trabalhistas ampliamo papel da Jordânia

'Mário Chimanovitch

Corratpondcnta

Jerusalém—O plano governamental israelense dife-re bastante do documento que havia sido elaboradosecretamente pela ala mais moderada do Partido Traba-Ihista, de oposição, e que acaba de ser revelado pelaimprensa locai. Segundo o plano trabalhista, que serácolocado em julgamento para aprovação durante opróximo congresso do Partido, em outuoro, Israel pode-rá promover o desmantelamento de colônias judias queforam criadas nos territórios árabes ocupados obede-cendo a razões não estritamente ligadas à segurançanacional. Por outro lado, bandeiras árabes poderão serhasteadas no setor oriental de Jerusalém, anexado emjunho de 1967, no contexto de um acordo a ser efetivadocom a Jordânia, a qual, por sua vez, recuperaria ocontrole da maior parte da Cisjordânia.

Esse documento foi preparado por uma equipe deexperta civis e militares, na perspectiva do retorno dostrabalhistas ao Poder nas próximas eleições. O planotrabalhista prevê a efetivação de um acordo entre Israele a Jordânia, de caráter provisório, mediante o qual oReino Hachemlta teria livre acesso ao porto de Gaza,assim como um status simbólico sobre o setor árabe daCidade Santa.

O documento trabalhista é considerado o mais mode-rado entre todos até hoje elaborados pelo Partido, preço-nizando uma solução para o conflito árabe-israelense.Ao propor a efetivação de um acordo provisório com aJordânia, ele deixa em aberto a decisão sobre o statusfinal de Jerusalém, assim como sobre as futuras frontei-ras de Israel, a serem fixadas presumivelmente atravésda obtenção de um acordo de paz global para o OrieiãeMédio.

OLP poderáreabrir escritório

Beirute — A OLP (Organização para a libertação daPalestina), liderada por Yasser Arafat, poderá reabrir seuescritório em Amã na Jordânia, de onde foi expulsa há 10 anospelo Rei Hussein.

Segundo círculos palestinos, Hussein atenderá a um apelofeito pelo próprio Arafat, e a medida demonstrará uma reapro-ximação entre o Rei jordaniano e a OLP. Os guerrilheiros

Bestinos foram expulsos da Jordânia em 1970 pelo Exército

laniano depois de violentos choques. Na ocasião, os palesti-nos foram acusados de preparar a queda da monarquia jorda-niana.

No Cairo, o Vice-Presidente egípcio, Hosni Mubarak,acusou o Primelro-Ministro de Israel, Menahem Begin, deaferrar-se a "idéias obsoletas" e de criar obstáculos ao caminhoda busca da paz para o Oriente Médio.

Mubarak afirmou que seu país "jamais aceitará as gestõesisraelenses destinadas a impor um fato consumado para oreinicio das negociações sobre a autonomia palestina". Asnegociações foram suspensas pelo Governo egípcio quandoBegin anunciou que apoiaria um projeto de lei apresentado aoParlamento, segundo o qual Israel consideraria sua Capital atotalidade da cidade de Jerusalém, incluindo o setor oriental(árabe).

Khomeiny derrubaráBani Sadr se usarpapel que foi do Xá

INTERNACIONAL— 13

Kuola lumpui — Foto AP

Teerà—No primeiro e violen-to ataque direto ao PresidenteBani Sadr e ao Conselho daRevolução, o ayatollah Kho-meiny acusou-os de incompe-tência e ameaçou pedir ao povodo Irã que "faça com eles o quefez com o regime monárquico".Denunciou que "pessoas do an-tigo regime continuam na ad-ministração, não trabalham erealizam sabotagens".

Ao receber em sua casa emTeerã famílias dos "mártires daRevolução", demonstrou indig-nação pelo fato de "a adminis-tração continuar usando papeltimbrado com as insígnias doregime do Xá". E deu um ulti-mato: "Se dentro de 10 dias seencontrarem ainda na adminis-tração papéis com estas insíg-nias, direi ao povo que faça comvocês (Bani Sadr e o Conselhoda Revolução) o que fez com oregime Pahlavi".

Depois de recriminar o Presi-dente e o Conselho por sua"inatividade" e lhes pedir "quedeixem seus postos se são in-

competentes", Khomeiny quês-tionou: "Por que o Presidenteda República e o Conselho daRevolução não fazem o que de-vem fazer para o bem do povo?Se vocês são incompetentes,partam; porém, se não o são,por que não atuaram atéagora?"

Num tom irritado, o ayatol-lah justificou que "não se podeconvecer sempre as pessoascom palavras. Há 20 anos queesta nação cria mártires. Atéquando deve esperar a naçãoiraniana? Peço ao povo que medesculpe. Desculpo-me tam-bém ante as mães que perde-ram seus filhos".

Também se referiu à corrup-ção nos Ministérios, inclusiveno das Relações Exteriores, deSadegh Ghotbzadeh, ao afir-mar: "Ainda são Ministérios sa-tânlcos. Até agora não conse-guimos corrigi-los. Esta situa-ção deve ser acertada com amaior brevidade e, se isso nãoacontecer, nós nos encarregare-mos de encaminhá-la pelo tra-jeto correto".

Iraque ataca postosmilitares iranianos

Bagdá e Teerã—O porta-vozdo Ministério do Interior do Ira-que anunciou ontem que as tro-pas iraquianas destruíram pos-tos militares do Irã em Salman,Kashtana, Jawid Shah e Cit-ban, sem sofrer nenhuma bai-xa. Da parte do Irã, porta-vozdo Comando Conjunto das For-ças Armadas não confirmounem desmentiu a informação.

Mais 22 pessoas foramexecutadas ontem no Irã, sen-do que 13, entre os quais urnamulher, foram condenados àmorte pelo ayatollah SadeghKhalkhali, na regjáo de Ma-chad. Além de umhomem emTabriz, oito foram fuzilados emAhwaz, Capital da provínciapetrolífera de Cuzistào, conde-nados por "sabotagens, prosti-tuição e complôs contra a Re-pública Islâmica".

A versão do Ministério do In-terior do Iraque indica que ocombate começou na quarta-feira, quando tanques e ca-nhôes iranianos bombardea-ram os postos fronteiriços ira-quianos de Qaqaa, Sumoud,Nasir e Asifa, depois que a arti-

lharia do Iraque atacou umavião do Irã, que sobrevoara abaixa altura a província meri-dional iraquiana de Missan.

Já o porta-voz do ComandoConjunto das Forças Armadasdo Irã disse, em entrevista àRádio de Teerã, que os ataquescom morteiros contra os postosfronteiriços da província deDam. a Oeste do Irã, "duranteos últimos dias, produziram-sepor parte de intrusos iraquia-nos, mas até agora as forçasiranianas puderam repelir aagressão".

Quanto à punição de trafican-tes de drogas, a Rádio de Teerãinformou ainda que outras qua-tro pessoas, com implicaçõesconsideradas menos graves, fo-ram condenadas, em Machad, apenas que variaram entre 15anos e 10 anos de prisão. Segun-do fontes extra-oficiais, o Presi-dente Bani Sadr, quando visi-tou a prisão de Evin, em Teerã,na quinta-feira, pediu ao aya-tollah Khalkhali que não deter-mine tantas execuções e consi-dere "as raízes sociais e econô-micas que provocam o tráfico".

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Muskie (E) assegurou a Savetsila apoio dos EUA contra os vietnamitas

Washington amplia ajudamilitar para a Tailândia

Kuala Lumpur — Os Estados Unidos anunciaram ontem àTailândia que fornecerão tanques e outros equipamentos decombate como uma resposta tangível americana â incursãovietnamita na Tailândia, no começo da semana.

O Secretário de Estado Edmund Muskie, num encontrocom o Chanceler tallandês Sitthi Savetsila, também admitiu apossibilidade de uma ajuda adicional acima dos modestoscréditos atualmente destinados â Tailândia assim como deempréstimos facilitados para auxiliar o país a comprar maisarmas.

Crédito

No ano passado, a Tailândia recebeu 15 tanques M-48 e A-5.Os 35 que vão ser fornecidos agora serão a versão modernizadadesses tanques, empregados na Guerra da Coréia, e que chega-rão ao país nos próximos três meses. Peças de artilharia, fuzisautomáticos e munição estão sendo esperados a maior partepor via aérea.

A Tailândia dispõe de um crédito de 550 milhões de dólaresanuais em ajuda militar do Pentágono e estão sendo tomadasprovidências para facilitar o pagamento a fim de ajudá-la acomprar mais armamentos com esse dinheiro.

Japão suspendeajuda econômica

Kuala Lumpur — Em sessão reservada, o Ministro doExterior do Japão, Saburo Okita, declarou ontem aos ministrosdelegados da Associação das Nações do Sudeste Asiático(ASEAN), reunidos em conferência, que Tóquio suspenderátoda ajuda econômica ao Vietnam, em conseqüência da agres-são armada praticada contra a Tailândia. Essa ajuda, queatinge a 60 milhões de dólares, não será retomada enquanto astropas vietnamitas permanecerem em território tallandês,acrescentou o Ministro.

As conversações do Japão com a ASEAN fazem parte deuma série de encontros que a organização realiza com outrospaises aliados, até mesmo Estados Unidos, Canadá, Austrália eNova Zelândia. Okita pediu também a instituição de uma"zona desmilitarizada de paz" no Camboja e ao longo dafronteira deste país com a Tailândia, o que permitiria, assegu-rou, uma distribuição melhor e mais segura dos auxílios dasagências Internacionais, aos refugiados.

O Ministro do Exterior da índia, Shri Narashimha Rao,cancelou todas suas conversações previstas com a Associaçãodas Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), informou ontemporta-voz da delegação indiana, acrescentando que Rao nãoserá substituído nos encontros, todos eles anulados.

O porta-voz acrescentou que a viagem de Rao foi canceladaporque sua mãe está gravemente enferma, negando-se, porém,a comentar a versão de que o cancelamento estaria vinculadoao comunicado conjunto do ASEAN, que contém contundentesataques ao Vietnam e à União Soviética, países com os quais aÍndia mantém estreito relacionamento.

A incursão vietnamita esta semana em território tailandês,qualquer que tenha sido o objetivo militar, conseguiu algo quecertamente Hanói náo previa: uma firme demonstração deunidade entre os paises da ASEAN, declarou ontem o Vice-Primeiro-Ministro da Tailândia, Sinnathamby Rajaratnam,que acrescentou: "Fizeram-nos um favor"."Parece que os vietnamitas chegaram a acreditar quenossos países não reagiriam com firmeza", disse por sua vez oMinistro do Exterior de Cingapura, SupplahDhanabalan. "Nósos asiáticos" — advertiu — "não temos mais motivos paradiálogos com o Vietnam, a menos que o Vietnam nos procure.Os acontecimentos dos últimos dias reforçaram nossos pontos-de-vista de que o Vietnam não abandonou suas ambições dechegar a uma rápida solução militar".

Hanói insiste emdesmentir a invasão

Hanói e Pequim—o Governo do Vietnam, em sua primeirareação aos recentes incidentes na fronteira cambojana tailan-desa, qualificou ontem de "calúnias" as notícias sobre ataquesde tropas vietnamitas à Tailândia. O Ministério do Exterior deHanói acusou a Conferência da ASEAN (Associação das Naçõesdo Sudeste Asiático), que se realiza em Kuala Lumpur, de se tertransformado em "porta-voz de tais calúnias".

Em Pequim, o Diário do Povo disse ontem que os goveman-tes vietnamitas sào "trapaceiros políticos, que proferem belaspalavras e praticam infames ações, e cujas promessas altisso-nantes não têm qualquer validez."

Enquanto que Hanói "denúncia vigorosamente à opiniãopública mundial os tenebrosos desígnios do imperialismo nor-te-americano, dos reacionários de Pequim e das atitudes dosdirigentes tailandeses", em Pequim o jornal do PC Chinês dizque o ataque vietnamita "chocou os países asiáticos e o restodo mundo", e ridiculariza declarações do Ministério da Defesado Vietnam que desmentiu terem suas tropas ultrapassado afronteira do Camboja.

Para Hanói, a China esforça-se em semear a divisão entrepaíses da região e procura opor-se à tendência ao entendimentoreciproco entre esses países, "tudo para concretizar seus propo-sitos expansionistas no Sudeste Asiático". Para Pequim, oVietnam "promete com insistência náo interferir em territóriosalheios, mas sempre quebra suas promessas e age pérfida-mente".

Vietnam volta a atacarterritório tailandês

Bancoc — A artilharia vietnamita com base no Cambojaatacou ontem o território tailandês, fazendo disparos contra ocampo de Ban Non Chan, que fora desocupado desde quetropas vietnamitas cruzaram a fronteira, na ultima segunda-feira, informaram correspondentes de guerra.

Autoridades governamentais tailandesas informaram on-tem que o Ministério do Comércio Exterior determinara navéspera a proibição do carregamento de arroz em duas embar-cações soviéticas destinadas ao Vietnam. Era um total de 16mil e 40 toneladas, no valor aproximado de 3 milhões 500 mildólares.

A ordem do Ministério se estende aos exportadores que játenham feito o carregamento, ficando determinado que nestecaso as empresas responsáveis devem descarregar a mercado-ria. Segundo o Ministério, a ordem foi emitida por causa da"incerteza de pagamento por parte do Governo vietnamita". OVietnam abriu cartas ae crédito para a aquisição de arrozatravés de seu Banco Central.

Observadores locais acreditam que a decisão do Governotailandês tem ligações com os recentes choques entre os doispaises, ao longo da fronteira.

Estudante protestacontra vietnamitaBancoc — Centenas de estu-

dantes com punhos cerrados fi-zeram passeatas lançando slo-gans rumo à protegida Embai-xada vietnamita para protesta-rem contra a invasão da Tailan-dia no dia 23 pelas tropas deHanói.

Os estudantes, muitos delescom uniformes vietnamitas, er-guiam cartazes onde se via umacaveira com chapéu vietnamitae a inscrição: "Vietnamitas se-dentos de sangue". Outros car-tazes diziam que Hanói é um"animal hostil".

Pouco depois do inicio da ma-nifestaçáo, os portões da Em-baixada vietnamita se abriampara dar passagem ao Chance-ler do Vietnam, Nguyen CoThach, que saiu sob severa es-coita policial tailandesa comdestino ao aeroporto, de volta aHanói.

Tahch chegou a Bancoc trêsdias depois da agressão vietna-mita mas negou enfaticamenteque tropas de Hanói tivessemcruzado a fronteira, e as autort-dades tailandesas se recusarama recebê-lo.

Invasores prendemdois jornalistas

Bancoc — Tropas vietnaml-tas capturaram dois jornalistasnorte-americanos (George Lie-nemann, 31 anos, e RichardFrank, de 35) e dois funciona-rios da Cruz Vermelha (RobertAshe, 26 anos, inglês, e PierrePerrin, médico francês) queprocuravam feridos ao longo dafronteira tailandesa-cambo-jana, informaram ontem diplo-matas ocidentais.

Robert Ashe recebeu estemês o título de Membro do Im-pério Britânico (MBE), concedi-do pela Rainha Elizabeth n,pelo trabalho humanitário quedesenvolveu junto aos refugia-dos cambojanos. Perrin é coor-denador-médico da Cruz Ver-melha Internacional. Os dois"jornalistas norte-americanostrabalham para agência Lens-man, da qual sáo co-proprl-etários.

Fontes das agências de auxí-lio contaram que Perrin e Ashe,portando uma bandeira daCruz Vermelha, entraram natarde de quinta-feira no postode refugiados de Nongchan de-pois de um rápido combate en-tre as tropas vietnamitas e tal-landesas. Ambos procuravamferidos, na companhia dos jor-nalistas Lienemann e Frank, ib-tógrafos da Lensman.

Refugiados cambojanos nolocal dos incidentes disseramque, de repente, soldados viet-namitas saltaram de trás de umtanque de água e mandaramque os quatro se aproximas-sem. Eles deixaram no chão abandeira da Cruz Vermelha e seaproximaram Depois de umarápida discussão, os dois fun-cionários da CVI voltaram pararecolher a bandeira e desapare-ceram no mato com os vietna-mitas.

Fontes diplomáticas disse-ram que os dois jornalistaseram fotógrafos que recolhiammaterial para um livro das Na-ções Unidas sobre os refugiadoscambojanos e que a agênciaLensman havia sido contratadapara edição da obra sobre aatuação do Alto Comissariadopara Refugiados da ONU nafronteira.

Porta-voz da Cruz Vermelhainformou ter mantido o últimocontato radiofônico com Perrinàs 16h45m (5h45m em Brasilia»da quinta-feira e que cerradofogo de artilharia ocorrido de-pois na área de Nong Chan im-pediu as operações de busca.Ashe, durante os últimos oitomeses, era o encarregado dadistribuição de auxilio interna-cional em Nong Chan, posto deabastecimento fronteiriço ondesáo entregues milhares de tone-ladas de alimentos, sementes eoutros itens de ajuda aos cam-bojanos famintos que cruzam afronteira em carros de bois pro-cedentes de seu pais assoladopela fome.

Quando a notícia da capturachegou a Bancoc, o vice-Embaixador norte-americano,Burton Levin, visitou a Embai-xada vietnamita e informou aseu pessoal diplomático queWashington atribuía a Hanói ainteira responsabilidade pel»volta segura dos dois norte-americanos, informaram fontesda Embaixada dos EUA

14 — VISITA DO PAPA JORNAL DO BRASIL D sábado, 28/6/80 D Io Caderno

D Paulo espera que

visita do Papa desperte Brasil deprimido

Sto Paulo — "Esperamos que o Papa des-perte Animo e coragem novos, numa época emoue o Brasil está bastante deprimido", disse oCardeal Paulo Evaristo Arns, após analisar oprograma do Papa em São Paulo. "Esperamosque sua visita desperte nova união, para umatase nova da História do Brasil. Isso pressupõerealismo e bondade".

Dom Paulo reafirmou que o líder metalürgi-ço Lula não saudará o Papa no encontro com osoperários no Morurnbi. "Lula é meu amigo, masnão sou eu quem decidirá. Se fosse eu, pediriaftue ele renunciasse, porque, por mais apreçoque temos pelas lideranças, gostaria que oescolhido seja um trabalhador da Pastoral Ope-rária, para não desviar o acontecimento".

Saudação da abadessau: Em nome das religiosas contemplativas oPapa será saudado em São Paulo pela abades-ea da Ordem de São Bento, Madre TeresaAmoroso Lima, filha do escritor Alceu Amorosouma (Tristôo de Atahyde).

, Ao falar do Brasil deprimido, Dom Paulolembrou a periferia mais pobre das cidades:"Gostaríamos que o Papa trouxesse uma espe-'rança séria, baseada na solidariedade e najustiça, uma esperança nova num sistema maisjusto. Que o Papa nos ajude a criar novasituação para os que tanto sofrem."

< Indagado sobre o tratamento que recebeu,em sua última viagem a Roma, do Papa—comquem se encontrou quatro vezes — o Cardealobservou que cada gesto teve sua justificativa.

, "A Igreja de São Paulo não foi privilegiada,mas tenho certeza também que ela não foimarginalizada."

Quanto à expectativa do pronunciamentodo Papa aos operários, considerado um dospontos principais de seu programa em SáoPaulo, o Cardeal lembrou que, no México elesurpreendeu, Insistindo em sindicatos autôno-mos. "Talvez esse seja um tema bom para oBrasil. Surpreendeu-nos, também, ao dizer quesobre toda a propriedade pesa uma hipotecasocial e insistiu, ainda, no valor novo do traba-lhador e na sua dignidade."

Para Dom Paulo, o Papa virá ao Brasil"como Irmão e amigo de todos os homens, paradefender os direitos humanos, em particulardos mais fracos, mas sempre no sentido debondade e não de acusação". "O Papa serárecebido com amizade, sentimento que exclui otriunfálismo mas inclui a festa."

Campo de Marte

Hoje, Dom Paulo fará a última inspeção aoCampo de Marte, onde será celebrada a missacampal, cuja liturgia já foi preparada, incluindoa primeira oração em português para Anchieta.No ofertórlo, serão levados ao altar uma lma-gem de Anchieta (por um Jesuíta); um tijolo,simbolizando os centros comunitários (por umamulher da periferia); pão e vinho (dois se mina-rlstas); documentos da Igreja sobre a família(um casal); flores (crianças); violão (Jovens); umramo e um pacote de café (camponeses); umcapacete de operário (trabalhador); frutos típi-cos e doces caseiros (domésticas).

Do Campo de Marte, o Papa sairá de heli-cóptero para o Colégio Santo Américo, ondeficará hospedado. Todos os demais percursosna Capital serão feitos em carro fechado, elimi-nando a utilização do heliporto do II exércitono Ibirapuera.

Fofo J. França

Governo paulista fica de fora

. O Governo do Estado de São Paulo foiproibido pela Cúria Metropolitana e pela Pasto-ral Operária da Arquidiocese paulista de ter'"qualquer participação nos preparativos dos en-.contros que o Papa terá com trabalhadores noestádio do Morumbi e com religiosos no Giná-'sio de Esportes do Parque Ibirapuera.

Ao dar a informação, uma autoridade do•Palácio dos Bandeirantes adiantou que desde o'inicio a Cúria e os responsáveis pela Pastoral.'dispensaram a ajuda da comissão do Governo,do Estado que trata da recepção ao Papa,i dispensando até o sistema de som que o Gover-• no paulista se dispôs a instalar nos dois locais.

Cr$ 400 milhões

Jj A mesma autoridade revelou que os Gover-"nos federal, estadual e municipal até o momen-to gastaram Cr$ 400 milhões com a visita à•Capital e a Aparecida do Norte.

Dessa importância, Cr$ 200 milhões foramaplicados na terraplenagem, asfaltarnento ecomplementaçâo de obras de infra-estrutura dopátio fronteiro à basílica de Aparecida do Nor-te, local em que o Papa celebrará missa parauma multidão prevista em 1 milhão de pessoas.Nesses Cr$ 400 milhões já gastos não estãoincluídas as despesas com viaturas, gasolina erecursos humanos, que só poderão ser calcula-das após a passagem de dois dias do Papa emSão Paulo.

O Governador Paulo Maluf assegurou: "Tu-do o que ficou acertado entre o grupo detrabalho constituído por representantes dosGovernos estadual, federal e municipal, CúriaMetropolitana e Vaticano, foi cumprido porparte do Governo de São Paulo. Não possoadiantar tudo em detalhes, mas sei que nóscumprimos a nossa parte."

:Dom Luciano traz apoio à ação pastorali Brasília — O Secretário-Geral da Cònferên-Cia Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Lúcia-no Mendes de Almeida, garantiu que o Papa

\ "conhece a situação concreta do povo brasilei-. ro e tem encorajado a ação pastoral da CNBBpela sua promoção social".

Dom Luciano, que até anteontem estava emRoma como parte do encontro formal ad limi-na, mas também preocupado com a importân-¦Cia da visita do Papa ao Brasil, disse que elerevelou "uma aspiração de ver na AméricaLatina realizar-se uma sociedade justa, solidá-ria e fraterna".

Homem da Esperançat

, O Papa, na opinião do Secretário-Geral daCNBB, se preocupa com a promoção social detodas as classes populares e insiste na necessi-' dade de não esmorecer na busca de um relacio-namento humano que supere n exploração do

» homem, o totalitarismo e, sobretudo, a limita-1 çáo da liberdade. "Isso tudo faz parte de umesforço que o Papa deverá transmitir em suasmensagens, para acelerar o processo de eman-cipação dos oprimidos, sem violência."

E ontem de manhã Dom Luciano teve aconfirmação destas mensagens que o Papa

• dará ao povo brasileiro, depois de receber no¦ Galeão o Monsenhor Paul Marclnkus, o emissá-: rio de João Paulo H. Monsenhor Mareinkus, ao) contrário do esperado, não trouxe os 44 discur-aos que o Papa fará aqui no Brasil, pois JoãoPaulo II fez questão de, junto com uma equipe,' rever os textos, discutir os temas, fazer algumas'sugestões ou até mesmo algumas correções.

Mas os temas das mensagens do Papa jãestão praticamente acertados. Em Brasília, fa-lará sobre a família; no Rio, durante a missacampal no Monumento aos Mortos da Q GuerraMundial, o assunto será novamente a família;em Sáo Paulo, vai falar sobre o mundo operárioe a vida religiosa; em Minas, sobre a juventude;no Paraná, sobre os imigrantes; no Rio Grandedo Sul, sobre o clero; em Pernambuco, sobre oscamponeses; no Ceará, sobre as migrações; e,no Amazonas, ainda não está decidido, mas équase certo que o tema escolhido será os índios.

Longe do Papa

Monsenhor Paul Marclnkus ficou apenasduas horas no Rio e depois seguiu, em compa-nhia de Dom Luciano, para Brasília, onde vaiultimar os preparativos para a chegada doPapa.

Hoje, Monsenhor Marclnkus, que apenas vaireceber o Papa em Brasília e depois não mais oacompanhará pelo resto do país, participa deum ensaio do percurso a ser feito pela CapitalFederal com o "Papa-movel", saindo da Cate-dral, dando a volta pela Esplanada dos Ministé-rios até o altar instalado em frente ao Congres-so Nacional.

Mas Monsenhor Marclnkus não será o únicoa não poder acompanhar de perto o Papadepois de sua saída de Brasília. Todos os jorna-listas credenciados, daqui e do exterior, nãopoderão viajar no mesmo avião do Papa. Elevai usar o avião presidencial brasileiro, que suacomitiva já será suficiente para lotar.

Aparecida reclama da segurança

Sáo Paulo — O Prefei to de Aparecida, Alfre-, do Bourabebi, reclamou do esquema de segu-¦ rança que está envolvendo a visita do Papa' alegando que as restrições estão desestimuian-"do a visita dos peregrinos á «idade."A cidade não gostou desse esquema monta-

do de cima pare baixo'' diss* o Sr Alfredo"Bourabebi, que estó sendo pressionados, peloscomerciantes temerosos de que o movimento

, seja fraco e não alcance nem mesmo os 600 mili peregrinos esperados.

Carro aberto"Em São Paulo o Papa vai desde o aeroporto"até o Campo de Marte, mais de 20 quilômetros,"em carro aberto, mas em Aparecida a restrição"foi grande no que diz respeito ao contato do

, povo com o Papa", afirmou o prefeito,i Sua principal reclamação é contra a medida;-que impedirá o trânsito de carros pela Dutra a, partir das 16h do dia 3. Segundo ele, só ônibus, não poderão proporcionar o movimento espera-. do por Aparecida "Temos condições e estamospreparados para receber 1 milhão 500 mil pere-"grinos".

O Arcebispo Coadjutor de Aparecida, Dom"Geraldo Penldo, foi autorizado pelo Vaticano ainiciar as cerimônias de sagração do altar-mórí.do Santuário Nacional de Aparecida que serão^ finalizadas pelo Papa dia 4.u Dom Geraldo esclareceu que a cerimôniaUtúrgica da sagração de uma igreja é demorada

„e por isso será Iniciada na véspera da visita doPapa, que a completará na missa campal quecelebrará perto da Basílica.

Santuário NacionalO programa do Papa em Aparecida começa

às 9h quando chega ao Santuário Nacional,segunda maior igreja do mundo. Segue pelaAvenida Ge túlio Vargas, em cario aberto, até olocal da missa campal. Em melo à cerimônia,ele voltará ao Santuário para sagrar o altar-mór, cujos ritos lltúrgicos serão iniciados navéspera.

Após a missa, o Papa vai, de helicóptero,para o Seminário Bom Jesus, onde almoçará erepousará em aposentos especiais, falandotambém aos 60 seminaristas presentes. Às14h30m inicia sua viagem de volta, de hellcóp-tero, a São José dos Campos, onde embarcaráem avião especial, para Porto Alegre.

Pessoas no local

O Centro Técnico Aeroespacial poderá abrirseus portões para a população de Sáo José dosCampos e cidades próximas para que todospossam ver de perto a chegada do Papa.

Entendimentos estão sendo feitos pela Pre-feitura e pelo CTA, pois espera-se a presença dequase 150 mil pessoas no local, o mesmo ondefoi realizada a Ia Feira Aeroespacial Interna-cional.

O Prefeito de São José dos Campos, Joa-quim Bevilácqua, pretende entregar ao Papaum pedido, em nome dos religiosos do vale doParaíba, da beatificação do Padre Rodolfo Ko-morek.

O Padre Komorek era polonês, como o Papa,e morreu em Sáo José dos Campos depois deoperar fatos considerados milagrosos por umTribunal Eclesiástico formado na diocese deTaubaté.

Comunidades pedem divisão de bensM Salvador — "Nós dos bairros da periferia de<6alvador sofremos a inflação, a falta de condi-eóes para viver dignamente como filhos de'Deus, devido aos baixos salários e às condições[precárias de moradia. Gostaríamos que nessaoportunidade nosso Pastor visse e ouvisse arealidade, para exigir das autoridades divisãode bens entre todos e, em primeiro lugar, de

elas de nossa Igreja, distribuição dasEste é um trecho da Carta ao Papa das

comunidades eclesiais de base de Salvador,, levada ao Cardeal Dom Avelar Brandão Vilela,para ser entregue ao Papa A carta é divididaem oito subcartas.

Pastor universalA primeira diz "que realmente sua visita

tenha tocado nos eoraçoes endurecidos dospatrões, que pagam tao pouco aos seus opera-rios; dos proprietários que exploram seus inqui--Unos; dos comerciantes que exploram seussupermercados; enfim, todos que oprimem opovo pequeno, que é povo de Deus"

Uma das cartas, após relatar as dificuldadesdos bairros, solicita ao Papa dar bastante anoio

D Luciano recebeu do Papa todo apoio à CNBB

r

ao trabalho de Dom Evaristo Anis, a toda suaequipe sobre os direitos humanos, e a todo otrabalhador na região do ABC e na Grande SáoPaulo".

Diz a última das subcartas. "Queremos pazecompreensão entre os homeis, para que ospoderosos sintam a vida que estamos através-sando. As pessoas humildes, principalmente asque ganham salário mínimo, com o custo devida que estamos vivendo, alguns já estãomorrendo de fome".

Igreja de alagadosUma semana de sol permitiu um grandeadiantamento nas obras de construção da Igre-

ja que o Papa vai inaugurar na favela deAlagados. Os encarregados da obra. financiadapelo Governo do Estado, garantiu que a igrejade Alagados estará pronta antes do prazo pre-visto.

Projetada pelo arquiteto João Filgueiras, aslinhas modernas e imponentes da igreja, que"será o marco da visita do Papa à Bahia",podem ser vistos de praticamente todos osponto6 da favela de Alagados, ondem vivemmais de 100 mil pessoas sobre palafitas

-DOPS de São Paulo-

alerta síndicos

O DOPS paulista esta distribuindo comunicado a todosos síndicos e zeladores dos prédios do percurso do Papa emcarro aberto, tentando impedi-los de aliigar as janelas dosapartamentos, alertando-os para sua responsabilidade "so-bre qualquer ação que venha a ocorrer" e lembrando operigo da superlotação.

O cálice que será usado pelo Papa na missa que celebraem Belo Horizonte foi doado pelos padres da cidade aoPrimeiro Arcebispo da Capital, Dom Antonio Cabral, em1932, quando ele fez 25 anos de sacerdócio. Ê uma peça emouro e prata, com pedras preciosas, imagens coloridas dosquatro evangelistas e 12 estatuetas representando os após-tolos.

A Câmara dos Deputados aprovou em sessão extraordi-nária projeto do Deputado Jorge Arbage (PDS-PA) quetorna feriado nacional o dia 12 de outubro, consagrado aNossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

O diretor-executivo da estrada de ferro do Corcovado,Coronel Everaldo Kelly, pediu à Light "todo o carinho" paraser assegurado o fornecimento de energia elétrica no dia emque o Papa visitar o local. Caso contrário o bondinho nãopoderá subir.

A propósito da visita do Papa, o Governador ChagasFreitas divulgou mensagem: "Este é um momento solar navida do Rio de Janeiro. Entre emocionantes demonstraçõesde fé, reunimo-nos os fluminenses para saudar o excelsoemissário que trará as bênçãos de Deus para nosso povo,com paz e felicidade para todos os brasileiros."

O vento Impediu na manhá de ontem o término dadesmontagem dos andaimes que serviram para a limpeza erecuperação do Cristo Redentor. No Parque do Flamengo,começaram a ser instaladas as grades de proteção em redordo altar, os refletores e a forração dos assentos das arqui-bancadas do coral em plástico amarelo e branco. As plantasdos canteiros do Monumento dos Pracinhas estão sendoretiradas para evitar danos.« A Bolsa de Valores de Minas, Espírito Santo e Brasílianão opera na terça-feira. Mas algumas corretoras poderãofuncionar e transmitir operações para as Bolsas do Rio eSão Paulo.

Com a mobilização de 790 garis e 88 veículos no Parquedo Flamengo depois da missa do Papa, a Comlurb calculaque realizará, entre as 23h de terça-feira e as 8h de quarta-feira uma das mais complexas operações na história dalimpeza urbana no Rio.

O Papa desfilará pelas ruas de Fortaleza na carroçaria deum microônibus que está sendo especialmente construído.

Cerca de cinco mil crianças, com idade média de 14 anos,de 50 colégios das redes oficial e particular, estarão concen-tradas em pontos do percurso do Papa em Recife quando ohomenagearão com bandas de música, flores e cânticos. Emfrente ao Colégio Vera Cruz, farão um tapete de flores poronde João Paulo n deve passar.

Abaixo do Viaduto do Cabanga, onde o Papa celebrarámissa em Recife, o Motel Recanto do Vale será pintado pelaproprietária de verde para disfarçar sua finalidade e serátransformado, dia 7, em lanchonete.

Oração e reflexão, visando uma boa preparação esplri-tual para a visita do Papa foi recomendada aos fiéis peloboletim arquidiocesano de Recife, que anuncia que amanhã,em todo o Brasil, se comemora o Dia do Papa.

Os sinos de todas as igrejas de Olinda e Recife vãoreplcar festivamente às 12h de segunda-feira quando o Papachegar a Brasília. O mesmo acontecerá quando João PauloU chegar a Recife.

Os presentes que o Papa receberá no Piauí seráo singelose artesanais. O Arcebispo mandou fazer um copo de prata eartesãos decidiram presenteá-lo com um traje completo devaqueiro nordestino em couro de veado e talhas de madeira.

A visita do Papa reacendeu velha rivalidade entrepiauienses e maranhenses. O presidente da Associação dosCronistas Esportivos do Piauí, Deusdedith Nunes, mandouÉazer fáixas que estenderá sobre a ponte ferroviária que ligaos dois Estados com os dizeres: "Benvindo a Roma, mara-nhenses".

A Câmara de Vereadores de Salvador decidiu concederao Papa o titulo de Cidadão de Salvador. A entrega dotitulo, em pergaminho, deve ser feita dia 7, no CentroAdministrativo da Bahia, logo após a missa campal.

A comissão mista encarregada de elaborar o programada visita do Papa ao Brasil — composta por representantesda Presidência da República, do Episcopado e aa Nunciatu-ra — asseguraram que os pedidos dos jornalistas serãosatisfeitos na medida do possível. Indicaram que se procura-rá assegurar a presença de jornalistas em todas as localida-des visitadas pelo Papa.

Nenhum dos 320 jornalistas que solicitaram credencia-mento para cobertura da visita do Papa em Salvador foivetado pelos órgãos de segurança.

O poloneses residentes na Bahia vão oferecer ao Papaum peixe de prata de 50 centímetros.

Com as cores do Vaticano — amarelo e branco — ageladeira da catedral basílica de Salvador recebeu novapintura. O Padre Osmar Valeriano disse que se trata de umahomenagem ao Papa.

Em Salvador, o Papa será servido em 35 peças de cristal,algumas lapidadas pelo artista Calixto de Abreu. Um jarropara água com emblema do Vaticano, seis copos comlapidação espanhola e outras peças deverão seguir paraRoma. O restante fará parte do acervo do Museu da Arqui-diocese, Junto com todos os objetos usados pelo Papadurante a visita.

A Casa Civil do Governador Marco Antônio Maciel dePernambuco, enviou um convite ao Deputado Mansueto deLavor ( PMDB) e Sra. Acontece que o parlamentar êsacerdote, solteiro, e o convite era para ver o Papa emRecife.

O Governador Aimé Lamaison. deereuju que seng\iiida-feira náo haverá expediente nos órgãos e entidades daadministração do Distrito Federal, inclusive fundações. Odecreto ressalta que seus termos não se aplicam às ativida-des essenciais insuscetíveis de paralisação.

V

Prática da eutanásia coloca

Igreja contra lei na Itália

Roma — Segundo juristas, a nova orienta-çflo da Igreja Católica para o tratamento dedoentes desenganados poderá criar problemaslegais para os médicos italianos. O jornal roma-no II Messaggero afirma que os médicos queobedecerem à nova orientação poderão ser pre-sos na Itália.

A Sagrada Congregação da Doutrina e da Fédivulgou documento afirmando que médicos epacientes podem renunciar a medidas artlfi-ciais extremas destinadas unicamente a adiar amorte. Mas reafirmando a proibição ecleslásti-ca contra a eutanásia por razões de mlsericór-dia. Salientando que a tecnologia modernaapresenta hoje uma ameaça ao direito à mortepacífica e com dignidade.

Problemas

De acordo com II Messaggero, o advogadoFrancesco Vassalo explicou que a eutanásiaativa é homicídio pelo Código Penal italiano,enquanto a eutanásia passiva poderia ser con-siderada uma instigaçào ao suicídio.

Giovanni Berlinguer, advogado comunista.

Irmão do secretário-geral do Partido Comunis-ta Italiano Enrico Berlinguer. sugeriu a elabo-ração de um Código de Ética para regular aconduta dos médicos em casos de manutençãoda vida por meios arti8ciais.

A posição da Igreja distingue entre permitira um doente morrer em paz è a eutanásia, emque o médico causa diretamente a morte porintervenção ou omissão. "Quando a morte ine-vitável é iminente apesar dos meios utilizados,se permite tomar a decisão de recusar as formasde tratamento que só assegurariam uma pro-longaçáo precária e onerosa da vida. enquantoa atenção médica devida a um enfermo emcasos semelhantes não se interrompa", diz odocumento do Vaticano.

Autoridades eclesiàticas explicaram que oobjetivo da Igreja é manter-se em dia com osrápidos avanços da Medicina, que agora perniitem, freqüentemente com grandes gastos, pro-longar a vida de doentes por meses e até anos.Explicaram também que particularmente osbispos norte-americanos pediram orientaçãosobre como tratar dos chamados "testamentosvivos", nos quais os doentes renunciam aoapoio artificial a vida

Cúria romana tem novos PrefeitosCidade do Vaticano — Numa importante

reorganização da Cúria, o Papa designou novosprefeitos para quatro congregações da adminis-tração central da Igreja, substituindo três car-deais que apresentaram suas renúncias porterem completado a idade de jubilaçáo (75anos) ou estarem próximos dela.

Um quarto prelado substitui um Cardealque morreu há uma semana. Estas nomeaçõesprecedem à grande audiência que o Papa con-cede hoje a toda Cúria romana na véspera desua viagem para o Brasil.

O Cardeal francês Paul Phillppe, 75 anos, foisubstituído pelo Cardeal polonês WladislawRubin, 62 anos, na Sagrada Congregação paraas Igrejas Orientais. D Waladislaw foi nomeadoCardeal ano passado, depois de trabalhar comoAuxiliar do Cardeal Stefan Wyszynski.

O Cardeal italiano Corrado Basile, 77 anos,foi substituído pelo Cardeal Pietro Palazzini, 68

anos, na Sagrada Congregação para as Causasdos Santos,

O Cardeal austríaco Franz Koenig, 75 anos,foi substituído na direção da Secretaria para osNão Crentes pelo Monsenhor Paul Poupard. 50anos, BisDO-AuxiUar e Reitor do Instituto Cato-lico de Parte. Por não ser Cardeal, levará otítulo de Pró-Presldente. D Franz continuarácomo Arcebispo de Viena.

O Papa também designou Pro-Presidente doSecretariado para os Náo Cristãos o Arcebispobelga Jean Jadot, 70 anos, qua atualmente eDelegado Apostólico nos Estados Unidos e naOrganização dos Estados Americanos. Elesubstitui o Cardeal italiano Sérgio Pignedoli,que morreu semana passada. Náo foi anuncia-do o sucessor de D Jean.

Também foi designado secretário da Comis-sáo de Justiça e Paz o Prelado belga Jan8chotte, em substituição ao Padre Roger Hec-kel, novo Co-Adjunto de Estrasburgo.

Papa dispensa de voto 50 padres

Cidade do Vaticano — O Papa João Paulo IIcomeçou a rever cerca de 4 mil pedidos dedispensa de voto de padre no início destasemana e já atendeu a cerca de 50, mas segundoo Vaticano adotará uma nova política, difleul-tando a obtenção da dispensa.

Logo após ser eleito, em outubro de 1978,João Paulo n suspendeu a consideração dospedidos numa tentativa de diminuir a tendèn-cia, depois que em redor de 30 mil padres sedesfizeram de seus votos durante o Pontificadode Paulo VI.

Nova política

"A reação do Concilio Vaticano Et foi darliberdade para qualquer pessoa mudar sua de-

cisão", disse o vice-secretário de uma grandeordem religiosa. "Parece que João Paulo H êmais tradicional e está tentando informar-seantes de agir. Ele quer estudar a questão,estabelecer um precedente e adotar uma novapolítica".

Segundo Norman St Jones Stevas, um doscatólicos britânicos mais conhecidos, um novocódigo de dispensa está sendo preparado paraser submetido à consideração da congregaçãoapropriada do Vaticano. Para ele, a decisãosobre a dispensa de um padre deveria sertomada pelos bispos e náo enviadas automâti-camente ao Vaticano.

Quanto aos pedidos atendidos por JoáoPaulo n, não se sabe se incluem os votos decastidade além dos sacerdotals. Os dois sãotratados separadamente pela Congregação, daDoutrina e da Fé.

Lefebvre ordena mais 11 sacerdotesEcone, Suíça—O Arcebispo rebelde francês

Mareei Lefebvre ordenou solenemente 11 novossacerdotes, ignorando mais uma vez a sançãovaticana que o suspendeu a divinls em 1976. Acerimônia, assistida por três mil fiéis, se reall-zou no Seminário de Econe, fündado por Lefeb-vre para a formação de sacerdotes no espíritodo Concilio de Trento.

Na homília, Monsenhor Lefebvre salientouconfiar em que a Santa Sé reconheça em breve

seu movimento. Disse que a solução de conflitocom o Vaticano "está mais próxima que"ntlfl:ca". Desde a eleição do Papa João Paulo n, èín1978, o Arcebispo viajou várias vezes a Roma,reunindo-se com altas autoridades ecleslásti-cas da Cúria romana.

O movimento tradicionalista católico surgi-do em Econe completou 10 anos. Já foramordenados 103 sacerdotes. O movimento teffl'40centros em todo o mundo.

Pastoral acusa Governo

reprimir Igreja de oprimidos

Salvador — A Comissáo Pastoral da Terra(CPT), da CNBB, divulgou uma nota intituladaDenúncia da Repressão Contra a Igreja dizen-do que o Governo favorece com todos os meiosmateriais a visita do Papa, mas reprime ostrabalhos da Igreja comprometidos com osoprimidos, na linha da opção pelos pobresafirmada em Puebla e assumida pelo Papa.

A nota manifesta preocupação com a tenta-tiva do Governo e de alguns grupos de dividir equeimar as forças de apoio ao movimento po-pular (incluindo setores da Igreja católica) para"deter a luta pelos direitos e necessidades bási-cas do povo". É assinada também pela CPT daRegional Nordeste-m da CNBB, Centro deEstudos e Ação Social (CEAS) e o CBA-Bahia.

Oito fatosO documento alinha oito fatos que "revelam

uma política de intimidação e de tentativa dedivisão da Igreja. Marginalizando forças que secomprometem com os pobres e oprimidos." Oprimeiro deles é o assassinato do agente depastoral e presidente da chapa de oposição doSindicato dos Trabalhadores Rurais de Concei-çáo do Araguaia (PA), Raimundo Lima.

Na mesma Conceição do Araguaia, prosse-gue a nota, o vice-presidente da CPT Regional,diácono Ricardo Rezende, foi ameaçado demorte juntamente com líderes camponeses, e aJustiça atada não esclareceu o seqüestro deNicola Arponi, secretário da CPT do Pará que apolícia tentou prender novamente.

No Município de Santarém, na RodoviaTransamazõnica, há poucos dias, segundo aComissáo Pastoral da Terra da CNBB, houve aprisáo de dois delegados sindicais e ameaças àchapa vencedora da eleiçào para o Sindicato de

Trabalhadores Rurais. As mesmas ameaças,acrescenta, foram dirigidas à CPT de Belém(PA).

A nota reproduz a afirmação do Secretárioda Prefeitura de Xapuri (Acre), publicada re-centemente pelos jornais, de que a solução paraos problemas de posse da terra "é matai,opresidente do Sindicato, o delegado da Contage os padres que vivem instigando os serin-gueiros". "As investidas contra o trabalho da Arquidiò-cese de São paulo de apoio aos operários,segundo a CPT da CNBB, demonstram repres-são à Igreja."O Presidente da República chegou a afir-mar que não se trata da Igreja, mas de certossegmentos". Denuncia também as pichaçòesdeIgrejas em João Pessoa, Belo Horizonte, Recifee outras cidades.

Segundo a CPT, durante a greve dos traba-lhadores do pólo cafeeiro de Vitória da Con-qulsta, "houve ameaças contra padres, advoga-dos, representantes da Fetag e Contag. Asses-sores da CPT Regional e do CEAS foram amea-çados e chamados de "conhecidos agitadores".Relata por fim que grupos se aproveitaram danota do Cardeal Avelar Brandão Vilela sobre oCEAS, "para transmitir mentiras e difamaçõescontra membros do CEAS e CPT."

No final da nota, a Comissão Pastoral,daTerra da CNBB, a comissão Pastoral da Terrada Regional Nordeste-HI da CNBB, o CEASdaOrdem dos Jesuítas e o Comitê Brasileiro pelaAnistia reafirma: Nosso compromisso, que é oda Igreja e de todas as forças democráticas,.6servir aos trabalhadores rurais e urbanos, aosmoradores da periferia e a todo povo na sualuta pela justiça." n »u

Foto de Carlos Metqurta

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Presentes para o Papa chegam ao Palácio São Joaquim, que os receberáaté terça-feira. Quadros, paramentos e discos constituem a maioria das

oferendas, entre as quais há um Missale Romanuin, de 1820

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JORNAL DO BRASH ? sdbado, 26/6/80 ? 1" Caderno VISITA DO PAPA— 15

Papa inclui no roteiro encontro com intelectuais brasileiros

teifieStmSS&SS MWOM&SBmStf'*'" Chagas garante Supermercatbs abrern ate mew-dia

ffi'lm!SS?onwSSeS»eSt£ ISBBgalr deSapfOpriaQOO ( d di |sed. enuKoras-T^pl.Naclonnl.Caplta], Globo

tas brasUelros. A reuniao, com cerca de 100 .(„^,Han.tnnn«4™riW rip w^n^miPfa7Pmaso(^rasdom?ra Rio e Globo Sao Paulo-obtiverampermls-clentlstas, escritores, artlstas e personalidades " ifW1'1 Segunda-feira, as lOhs, o Go- Ss^i^ho^MRemllSfciS tttfcfo de stSercados^ecicluque sSo ap6S credenciamento Radlobrfis,da 4rea cultural, sera no Rio, dia 1°de julho, as JPP«§|^/ vernador Chagas Freitas assl- fSclSo em Segundo os iunc onfcios da Cetel, as 11-a0h30m, logoapdsojantarno Palftclo Sumart. fa JUfei: mil Pfll i; nart urn decreto, no Palficlo nSSemffleateai2hem™oEsta- nhas que «riam instaladas dentro da Cape-

O professor Carlos Chagas Filho recebeu o ME;*I Sao Joaquim, de desapropria- to tem se interessado pelo as- do na tercaS la de Sao Francisco de Assls, que. a princi-telegrama quinta-felra a nolte atravfes do Nun- pfeJKmapBB yMMjMf I L ?ao da Favela do Vidlgal, por • . tarrio Honnta rto A FedwacSo do Comttclo Varejlsta, Sin- Pl0' utUteadas P°,r todos osjornalls-clo Apostolico, Dom Carmine Rocco. A mensa- ^9 JkHhI ' J i lnteresse social. A fdrmula de No ^a tarde, depois de I . ^ . Aiictas Associacao Comercial e tas credenclados e, inclusive. o Papa em {gem veto assinada pelo Secretariode Estado da pK

™ entregadosterrenosaospossei- reunlr-se j^r qu^ duas horas I Dlretores Lollstas apelam ao co- caso de necessldade, foram retiradas porSanta 86, Cardeal Agostino Casaroll. Ontem, o IMS 'S ros sera uma etapa posterior com o Governador Chagas L£Sdia sugestao da representante da Pastoral deprofessor Carlos Chagas Fllho alnda nfto havla para atender aos procedlmen- ^ vjffl e^rel^^e 1°. a exemplo dos bancos e repartlQdes pii- KltuquidloceM do RiI D ^feito todos os contatos para a llsta de convida- ffl tos juridlcos pertinentes a es- iVldlgad,e Borel,, disse bUcas federals, estaduais e municipals. Maria Noronha.dos que estara pronta segunda-feira a nolte. .• 5 p£cie. Secretario de Justlgaque rece- 1 H Emboranaohouvessegarantlaoflclal,os

r, TT I' WlWmUdm ^ . , beu do Sr Chagas Freitas o pro- T1 « tr^s orelhoes nao devem permnnecer naComo na Unesco I

' A Informagao fol dada pelo cesso referente a questao do IranSltO Favela do Vidigal apds a visita do Papa.•<n Pnnn nnpr rinr a sua oniniao sobre a P- < 1 T > \f'PSTTIMUiT^BH Secretario de Justiga, Erasmo Morro do Borel. . _ .,.„ a„ n_.c„ Apenas um deles,o Instaladona blrosca do

PiiU«rBP«nS ri^fezMUneMtf1 disse o I f'Sft 'l Martins Pedro, que explicou ]& OSr Erasmo Martins Pedro A plsta externa des^id^a^.Brasil Xfoislo, deve ser mantido. Este fol o motivol!SS???.f ^aex^r a I ; '"'ill i

'«HH haver um decreto tornando o expUcou que sobre esta 4rea «ertaunicapossibUldadedese^lxaroRto alegado por DConcei?ao para cobrar CrS l^u^am^McaMDron^d^^Daoal L V M Vidigal toa de lnteresse publi- nadapoderia adiantp, uma vez de carro oudeaeesso aoAeroporto ^tema- mals caro que o normal pela flcha, que e CrS

^PntT^pm^loaoP^on^ L HHI co, mas que nao permlte sob o quehaviaacabadoderecebero cion^ no dia da chegadado Papa das 12h 2. Ela comprou 500 fichas com dinheiroIvanM PiP fn^^^lmeSe Dara MM Mbre 1HH aspecto Juridico a desapropria- processo das maos do Govema- I as Mh. Tod^as outras pista^ cstarao mter- emprestado e teme que. depois da visita. e

J i ri^n I Jg|r cao e slm a utlllzaQSo da area dor: "Recebi recomendacfio do j ditadas, do Km 0 (Caju) ao Km 10 (Ramos). sem oreMo, haja encalhe.este aKjmto & Unesco. :mBL para obrasouincorporacao ao SecretAriodeGovemo,Marclal I Tamb6m as passarelas neste trecho.Os criterios para os convites a personmida- v . oatrimftnio do prdprio Estado. DiasPequeno.paraexaminara I A Policia Rodovi&ria colocara em pontesdesdacomunidadetatelMtu^b^eiraserao ,;MBk %'<KSS amedlda materia" estrategicos400homense60viaturas,alto Hospita Ssegundo 0 professor Carlos Chagas Filho, "os oeBunuouow.reuuiu.a.i.cvuua ««« .a. de

20 carrosdo DER, na operacao de transi- "

Nomes como Carlos Drummond de An- . Sll "3m& CflDcilflfltt 6St& I sutoSio)3p^^vRaf'que^'s'vetoJosVa0- Com 30 leitosespeciais no Hospital Getu-drade, professor? ^ mil MIIIMBHI KjUpClUUlU, VHIU rem Em caso de engui?o. hft 20 reboques Uo Vargas esemplantaoouesquemasespe-

Estou telefonando para ele — respondeu, $£,'•/ Wt/W> '?,'om ~Pn SP ftp nintllffl I dispostos ao longo do trecho. Nao h6 faixapara conflrmar que 0 poeta sera um dos convi- GUT TttSB UC U If Villi I pvpiusiva tiara onibus mento mfdico a populagao sera feito por 10dados. ,% '

y^WHI I As vias de acesso, nos dols sentidos, Postos de Comando Avan?aco (PCAV) naOs presidentes das entidades cientlficas ou Faltam apenas a plntura e pols, para uma volta e meia no I prtximas ao Galeao, serao fechadas cinco terca-feira e outros seis na quarta-feira, ao

literiirias, como Academia Brasiieira de Letras 4 f 5» ^^u|| alguns re toques para que a Ca- Maracana, 0 EE-15, 6 uma I minutos antes do Papa desembarcar. De- f?J?0 lI^et0 a.5611? ^a'e Sociedade Brasileira para 0 Progresso da # | peia de Sao Francisco de Assls, adaptagao especial do Merce- pols que a comitiva passar, os viadutosCifencia, al6m de outras instituiQoes representa- WwMMWMaserbenzldapeloPapanavlsl- des-Benz motor 608, utillzado serao Uberados. hJqSS5£?tivas da culture nacional, poderao estar entre ^M ta d Favela do Vidigal, fique portropasemopera?6esmlllta- j populares, 0 SeaeWno EstaduiU de Saude,os convidados. / ¦: ja B pronta. As obras de constru;ao res. Ao chegar no Rio, ganhou I AviflO Silvio Barbosa da Cruz, aconselha calma e

O professor Jos^ Goldemberg (presidente fattMHWMMi estto enTerradas e as ultimas um apeUdo - Gi-Papal. Cor de acha que nao havera acidentes graves por-da SBPC) ia confinnou sua presenga? duas maos de ttata vao ser da- areia cobrlndo 0 verde-ollva de I As companhias a£reas manterao a pro- que t^os estarao em estado de graca .

Ele esta nos Estados Unidos e s6 podere- das pelos prtprios moradores, antes, tem trfis banqulnhos grama?ao horaria mas pedem aos passagei- O Secretario Municipal de Saude. Rid-mos conversar segunda-feira quando ele voltar ; em mutiiao neste — final de acolchoados, uma escada m6- I ros para se dirigir 0 mals cedo possivel ao mundo Moreira, desmentiu que os hospitals— disse 0 professor Carlos Chagas Filho. ' semana vel e um tapete vermelho for- I aeroporto. Um policiamento ostensivo ten- municipals nao estejam lnternando os doen-

Monsenhor Marcinkus chegou ontem A coriclusao da maior parte rando a carrocerla protegida I tafa organlzar o~ congestionamento previsto tes menos graves para hberar leitos preven-O 1 a .1 dnltabaltasfolacomDM^da por um corrimao. para 0 percurso. do problemas nos primeiros dlas de julho. OSublda de onibus 0 professor candid0 MendeSi membro da ontem^faXresdSto riseu motorista, Ant6nlo Lu- o Departamento.de Avia?ao CivU asse- mesmo mformouo 1Sr SUv^o Barbosa para

O Cardeal Eucenlo Sales ao informar a Comissao Pontificia Justica e Paz, que devera arquitetos Carmem e Andrt Lo- |J"fCTO SUva, M anos, ala- gura que nao havera multas por atraso dos totatapnte ?iMlimdnsaltwacao no prowama a pedldo do pr6prlo seencontar com Joao Paulo Hem Brasilia com pes, que desenharam a Capela, „ onSjL^ passageiros. cadaPCAVtera^caoacidade Dara aten-Papa, disse que os co^dados subWo ate o

p^^v^^m^meioSto^a^ M^Mbw^SecreS MuJ ofabricouedoou a Diocese. "Ja Niteroi e Paqueta der 10 pessoas simultaneamente, tratandov^Nelum sert

^pe^do de apre^nto Joaqutai e

^ demoreu algum tempo O

f tote?~s^^K O transporte de passageiros entre Rio e dlsTo^ScdesfVamS^^: .

sentante dos kitelectuais brasUelros fara uma clpwu ^^mareui^c^ae^oaas

as comissoes rn^a ultima a entregar seu enquant0 expUcava com I com mtervalos de ctaco minutos entre cada ulcere perfuradajisera transportado imedla-saudacao de tres minutos." Que preparam a visita ao fapa. traDamo. desenvoltura 0 ftmclonamento saida, nos dois sentidos. tamente para 0 hospital mais prbximo.

CRISTO DE VERGALHAO do veiculo e posava para os I A presidSncia da Companhia de Navega- O caminho que a ambultacia deveratit 1 a • n •! /-fifi D* fotografos, no PaMcio Sao Joa- I gao do Rio aflrma que esta preparada para pereorrer esta tra?ado: sao as^ rotas de fu-Innilltn hPYIPtirifl.> mil uUU MO tx.10 Apenas segunda-feira seus Quim. I atender a todos osusuarios em necessldade 83 ; Emalguns casos, nao vaiao hospitalIIIUUUU UVnVJlislW O mil iw fuKcioXios acabam a pavl- deesquemaespecial.Opre<;odaspassagens mais pr6ximo, Exemplo, 0PCAV instalado

^ mentacao (ta Rua Cardeal Eu- SEIS KM, UM LTTRO - Cr$ 3 - sera mantido. Todos os gulches na UstaadeAsfalto da Rua Francisco Bica-Cerca de 100 condenados presos (32 com presos que nunca foram beneflciados com qual- cgnlo Sales. A Light colocou os I para venda de passagens estarao fUncio- Iho. O hospital mais projdmo 60 Souza

mais de 60 anos de Idade) e 3 mil em liberdade quer tipo de medlda. 115 pogj^g estendeu os cabos O carro salu de Sao Jos6 dos I nando. Agular, mas como a ambultacia iria encon-condicional ou sob sursis serao beneflciados no O Juiz Horta citou duas importantes con- da eletriflcacao elfetrica e faz Campos as 18h de quinta-feira, j a , trar grande concentra?ao popular, os casos ,Rio pelo decreto assinado quinta-felra pelo quistas: a. de indultar os maiores de 60 anos e a agora 0 servico de instalacdo na carrocerla de um caminhao, OniDUS mterestadliais graves serao enviados para 0 Salgado FilhoPresidente Joao Figueiredo Indultando presos dereduzirp8ra30anostodasaspenassuperio- dos medidores nos barracos. chegando ao Rio nove horas I ..^1^,, ,imB ^hp dpmedl- SL9Uf«!^fSS!?.2S ^por ocasido da visita do Papa ao Brasll. Os 10 res a esse tempo, atendendo 0 Artigo 55 do o Crista de vergalhao, que depois.fi movido a Oleodiesele I V 0m.i(H •primeiros devem ser liberados segunda-feira. C6digo Penal, que ele diz decor: "Em nenhuma flcara na fiichada da Capela, consome, em mfedla, um lltro I ^ 512??? ,1, mon ^ n mHi n Cada poslo teni cardlotonicos, amalitl-

A estimatlva 6 do Juiz Francisco Horta, da hipotese algu&m pode flcar preso por mals de 30 nao foi colocado ontem porque cada seis qull6metros e, ate I e mterriacionais, que vi^ram entre mri dia cos, analgfesicos, antiespasmodicos, gase, es-Vara de Execugoes Criminals que, como autor anos". Sdn«SSr£>tfwda5 agora, so rodou 450 quil6me- ^LXtSpfa^s^bMCMn^Xl Paradrapo. bomba de oxigMo, entre outros.da sugestao do mdulto, encamlnhada ao Go- Segundo ele, multos advogados ignoram es- ainda estava molhado. A16m do tros. Entre elas, desembarcar passageiros Na terga-felra, os PCAV funcionam dasverno federal por D Eug§nio Sales, acha que 0 se preceito e a ideia de condenagoes superiores 0 artista Silverio, autor ^ foP utiUzado para trans- <Jos «nnmaa ... d 12h as 19h em (entre parenteses os hospitalsdecreto exclulu multos presos que ele preten- sempre apavora. Mas, pela legislagao brasileira, do trabalho e morador no Vldl- portar tropas, poderia carregar I Outras^medidas. revauaar passagens ae para onde segulrao os acidentados graves):diaalcangar, mas foi multo importante porque ela nao £e efetiva. AsSin 6 que, se fosse vivo, ^i^ara os mUrnosretoques 10 homens sentados em cada que:loSriffi Base ASrea do Galeao (Hospital Galeao),tem duas inovagoes: 0 indulto a pessoas com Lucio Fiavio, mesmo condenado a 406 anos, Jom vernlz para evltar a mare- Jado da carrocena, al&mdo mo- I Institute de Puericultura (Hospital Univer-malsde60anosearedugaoa30anosdepenas passaria apenas 30 anos na prisao. sia Os vldrosnlntados nor ou- torista e comandante. Mas, na I horarios, qu^eteI^°deMrcommcadMpKS sitano), Escola Ciotilde Gulmaraes na Ave-siiperlores a esse tempo, o que dart fUturamen- Pelo caiculo do Juiz Horta, al6m dos que tra artista piastlco, Hilda Ga- missao para que foi especial- I n^hMM^echei^ n|da Brasil (Hospital Getulio Vargas), Hos-te chances de indultos a condenados a essas tem mais de 60 anos (32 tratados na Clinica bru 14 estao no ingr mente fabricado, transportara | E?1?1 EN^MPJ3 de Bonsucesso (o mesmo),penas. Geriatrica da Lemos de Brito), ha outros 70 o itMeosbancosdaCapela Joao Paulo n, ao lado de Dom da ou saida de uma cidade cujo trdnsito ^efinaria de Mangulnhos (Hospital -

presos que serao beneflciados pelo indulto, estao recebendo acabamento Eugfinio Salles e uma terceira I esteja alterado. IN AMPS de Bonsucesso), Uslna de ABtoltoTnrliiltA rpstritn todos condenados a menos de quatro anos, na casa de um dos moradores pessoa, ainda nao deflnida. Seu I Segundo o pNER, MempresM devem na Rua Francisco Bicalho (Hospital Salga-lndulto restrito prlmarioscomumtercodapenaourelncidente Segundo a arqulteta Carmem veloctaetro vai aos 130, e I do Filho), CampodeSantana (Hospital Sou-

* com a metade da pena cumprida. Lones as obras nao atrasaram painel 6 simples, com os dizeres I faixas de horario em que Moircraorestn za Agular). ,. ,Inslstindo oue a colsa mais vereonhosa do Tamb6m serao beneflciados os condenados e nem terminaram antes do emcadabotaoespeciflco.escrl- I goes de cireulagao de trtnslto estxadas e jjo Parque do Flamengo havera trtspos-

8^oteffiaTri^S°c"m^rM hoje em liberdade. S|otrts mil entre os que P'SStos to^mportugueseingles(seria MosX^K^taMaSeSlDirelto altamente repressivo, 0 Juiz Francisco f>zam de sursis (primtaos, com pena inferior a trabalhando aqui fi bom lem- ei^ortado). ante os atrasosque como hospitaljaeapok^oRocto Jtola eos

ssssss^rxiss n.v^e"ss^f<sais,KSido Atiijilmpnt/no Rio ffasta-se Crt 14 mil Santos (que trabalha com mais 15 condenados balhava de acordo com sua dis- lares pelo Jeep que transportou I passageiros, atraidos pela vinda do P®Pa» Hotel Nacional em Sao Conrado, no VIP smSi«K™Sre» AKlobttdac^S mlibeMadecondlcional)podertserbeneflcla- Smttadfdrtem^ o Papa. Dom Eug^nio SaUes eternO'Motel na Avenlda Niemeyere no Motelvariacdes

'entre ate Crt 18 mil na Lemos de do. Ele esta condenado a cumprir pena ate o ainda nao sabe o que fara com I mil Onibus estao a dispodgtio dos ^aiClube do Brasil, no Leblon. Os casos maJsvanagoesenire awva m milna x*mob ae «no 2 024 mas ia cumpriu 26 anos "Gi-Papal". A sugestao da I que nao terao problemas com faltadepassa- graves serao removidos para o Hospital Ml-

offillfcdrta e prlvativa "GI-PAPAL" cSJrdeSadora da Sao Pa- gens. Informou ^da qu^eventualmente, |^1 Couto; das 8h as llh dote postos pertocompetence do^^den^d^epUbUcaque T JliPrrlaHp rani da pa, Sr* Maria Cristina Sa, 6 de serao colocados dnibus extras. da Catedral: na Avenida Chile com RuakaSm juiz Horta ouv"se quiser, os drpios Liberdade rapida Q ^ aberto leyard ..flque guardado, va para Para reduzir o numero de veiculos em Senador Dantas e na mesma Avenida na«Sli^dos,o que, por tradigao, ocorrl. PapaafaveladoVidlgale.de- ummuseu". cto^gaonoCentro aCoderteannouesquina. caniRiado'Lavradto^das lShaa

, ., . u ,, . T . . Orttnm 6 +orHo n tiiIt Tivonnicnn Wnrfo ron I esquema operacional criando areas de esta* 19h, nas Termas Continental, na AvenidaO atual tadulto foi sugerido pelo JuizHorta OnitemiiMe oJ^ Francisco Hortareu- _ I clonamento em pontes estrategicos, a flmde Maracana, 307. No Maracana ainda estara

5^e»a tadicaQao °oPJ®?oG«ow pnmmfinptardrmmarl ViXPTCltO dpSTtlGTltG I dar facilidade de locomogao do publico. funcionando o atendimento medico do Esta-Kastalsky, trabalhou dois meses no anteproje- I Nas to as de estacionamento integradas dio. Todos os casos graves serao transfer!-to e o encaminhou ^s autoridades atrav6s do tamento do Sistema Penitenci^rio, Antonio Vi- * ? • | ivrptrYS no Pmpfl 11 p Pstirio os paitor Hor nara n Hosoital Souza AmiiarArcebispo do Rio, D Eugenio Sales. O antepro- cente, e com o presidentedoConselho Peniten- V etO a JOmUttStOS Pjeto era mais amplo e atingiria talvez metade ciirio, professor Benjamin de Moraes. Foram | ^c^ptesdoMetr6volta) Dos19h 0dapopulagao carcertria do pais, hoje calculada providenciadas as medldas concretes para o Marro Ant/smo Menezes nue de sS^feta Is 7h de m^-feta as JUlzado de menores

ros .indultados (entre os quais cinco presos com cobeff to ^Sta do ^ol O assessor de Imprensa do Onlco de Cr$ 10 por periodo. Koi^dSHonofiniailna p pvplnfdnQ mais de 60 anos) segunda-feira, paraque pos- joao Paulo nao Rio de Janeiro Governo mineiro, Manoel Fa- I A Coderte mantera em funcionamento e2das8has24hcomexcegaodoscarteriosBeneilCiadOS e excluidos sam ver o Papa, segmndo-sea Ubertagao de eatribmuoat^sodooK^I^ gundes Murta, se recusou a for- suas areas da Avenida Presidente Vargas, | iervico^cM Por todo o perclSo deJotogrupos de 10. Para os ja em liberdade a rotina ea™mu^ti^do process- a ^'d0s nomes, que I lado impar, no sentido de descida, trecho voSeTos toos

O decreto indulta os presos primariosconde- ®SSffid2f?diK- es^a«nu»?isse<lue g^'Sdfnte&m^SflS serao na RodovlMa, na sede do Juizado eaStoS^teo^K^Cav^ gaosdecomunlcagao. nada poderia informar. &AvS£?mKK "fSft

chamada Operacao-Papa -

SwSoStaKSW^ CaiA

Pretoria de°Justiga de Pernambuco, ao DOM JOAO DESCONHECE ^eTo^oTe^^ —s^dl

^ittexcM&condenadosporroulw A SKfi!»Sftt ^Ei^^lTZ'sU^nod nfio armada extorsao estuuro ou atentado ao go Penltenciario do Estado, Major JosfeSiquel- clals pedldas. A assessoria de Globo, um da Rede Globo, dols I Funcionaraoalnda as ^as situadas no procurem. Os menores delinquentes se-ra p^feerolevantamentodosqueatendem lmpS da Arquldiocese ^FolhadeSto Paulo dote do K^ShJ^^ »para a Dlvisao de ^guran^e&a a semr&nca nacional e os traflcantes de aos requisltos. quarta-feira, ao entregar as 530 Estado de S. Paulo, um do Es- I Meio tranco. Aveniaa Marecnai V/amara, pretecao de Menores. Os postos m6veis doteHSSSOSr , Hoje xTao divulgados os nomes dos presos credenclals Uberadasjraienve- tado doTrltogulo, deUberlto- I Avenida NUo PeganM, tocho entre a Rua Jui^0 estara0 sempre acoplados aos da "

O Juiz Francisco Horta advertiu que nao lndultados.0 Major Siqueirapassou a tarde de lopes fechados, informou que "6 dia, um do Diario da Tarde, de I Quitanda e Avenida Rio Branco, Rua do Defesa Civil, PM e bombeiros.corresponde a realidade a id6la que multos ontem nos presidios de Itamaraca, onde esta a possslvel que alguns nao ere- Belo Horizonte, umdo Joroal I Ou^dor, entre a Hua do Mercado e Avenitia no dia da chegada do Papa, havera pos-fezem do mdulto: "Nao se trata de abrir as ^or parte dos detentos, e uma equlpe da denclados nesta primeira re- de Casa, tambfem de Belo Hori- I Alfredo Agache, Rua Santa Luzia, entre tos m6veis do Julzado no Hospital do INP8oortas da cadela e delxar salr todo o mundo". Superintendencia esteve no presidio Mourao messa possam alnda receb6-las zonte, e um da Radio Socieda- I Avenida Antonio Carlos e Ttavessa Santa em Bonsucesso, outrona Reflnariade Asfal-Lembrou que ha uma sferiede requisites rigoro- FUho- nas pradmas horas". de Norte de Mlnas. I Luzia, Praga dos ExpedlcionMos, entre Av to (Rua Francisco Bicalho) e dois no Aterrostesimos para oue o preso possa ser tadultado. Cerca de 10 mil presos foram beneflciados O Arcebispo de Belo Horizon- I Antonio Carlos e Avenida Alfredo Agache; do piamgngo (um do lado direito do altar e

Embora o considere restrltlvo, por nao pelo tadulto em todo opals. SegundooMlnistro EMMINAS te, Dom Joao Resende Costa, I Travessa Santa Luzia, entre Avenida Gene- outro do lado esquerdo), alem dos postosabrangeronttmerode presos que ele desejava, da Justiga, Ibrahim Abl-Ackel, o decreto "per- informou a noite que nao sabia I ral Justo e Rua Santa Luzia; Avenida Fran- flx0s:sededoJuizadonaPragall,Rodovia-a decreto, para o Juiz Horta, assimilou a Idfela mitlra que todos participem do congragamento Belo Horizonte — A 4» Dlvl- nada a respelto e que apenas I Win Roosevelt, entre Avenldas Marechal ^ Novo Rlo e Paris ^ dependen-maior, a de alcancar, agora ou mais tarde, os cm torno do Uder espirltual cat61ico". sao de Ex6rcito se recusou a assinou as credenciais que lhe I Camara e Antonio Carlos; Av. Presidente Metro.

fomecer credenciais para 17 re- foram remetidas pela IV Divi- I Wilson, entre as Avenidas Antdnio Carlos e no segundo dia de visita os postos m6--K'w w i f r«i # • ^ * f ptirteres de 10 empresas jorna- E^jpito, &trav6s do Se- I ^0tr®^50^nQHQoo„.'1u1ino veisflcaraonoMotelMinasGerais(noin!cio

Inn nine rt n m fnfi/i sn f\ n In (Yfl fin 6 usticas que deveriiun fiazer a cretario Adjunto de Estado do I _ E mais. Praga da Repimuca, em ftwiteao da sublda da Avenida Nlemeyer), Hotel Na- J CLTlGluS aa yjlAjilUi SCt'O ULltimUUllo cobertura da visita do Papa a Governo, Hugo Ptaheiro Soa- I Hospital Souza Agular; Rua Miguel Couto, clonal, Avenida Chile esquina com Rua Se-

esta Capital, terga-feira. Entre res. "Nao houve veto as creden- I ™tre Av. ftesidente Vargas eAv. Marechal nador Dantas, Avenida Chile esquina comOPapacelebrara,asl8hdeterga-feiramlssa O apartamento tem sala e dois quartos, Isto eles, estao um padre da Radio ciais dos padres que pedlmos. I Ftoriano, mga Tiradentes,Ay^RepupuM Rua do Lavradio e na parte externa do hall

campal no Parque do Flamengo: por Ci$ 3 mil, e, tres janelas para frente do pr£dlo, em dlregao Aparecida,contratadopelaRa- Quanta as credenciais de pes- I ao raragiai, Rua Pearo rameiro, iKa- dos elevadores no Maracana. O linico postose podera assisti-la do restaurante de um hotel ao Monumento aos Mortos da n Guerra Mun- dio Capital especialmente para soas de fora da Igreja, eu nada I maino orugao, Kua ao LanM, mia ae flxo sera na sede do Julzado.com direlto a buffet frio, torta de nozes e dial, onde, em um altar especialmente monta- a cobertura, o correspondent® sei. Eu apenas asstaei as que w^gM^^o Machado_Praga»8<a Durante a missadeordenacao dos diaco-sKttcasss

«-»¦ si^ssssstotsu -HSSSiics

lf^rre£°qufacetadeese^ Swa^M ^AMmdeS^uco1^ Mg ins^to£ta^^&^S^ena tltaSndfqu^scomSpe^S)de

as outras janelas sao em pradios da Rua Augus- ?£^Terminals ga. Os Menores que infrigirem qualquer arti-Severn a cerca de 200 metros de dlstancia do 50 mil, mas somente para quem tlver docu- k.1, go do C6digo Penal serao ievados para o

jSSTpw mentos" Esse prego e o mesmo pago pelo NaRodoviaria Novo Rio, estard em vigor ^drez do Wtoacanae depois para a Divlsdol^trer^nte i^s^ido^ue^aorient^ ap^tamenta ha 15 anos. ...£..$«»> um esquema especial que consUte num de seguranga e Protegao de Menores. Os2S Preocupado porque a mlssa valser* nolte, SI? rTlT2Tr^ra®tI plantao administrativo. Este atendert pelo peniidos vao para oMaracanazinho, onde os^^C^oemSaoPautoaliiKmelal ele Ja ^lefonou para o Palacio Sao Joaquim , jJ&$¦ ** [ < r 1 •- • telefone 223-8080 para orlentar os usufeos Sspo^vels deverao procuri-los. Os que

Siii aim,!rJpara saber sobre a ilumlnagao do altar: "Quem f t' ! ¦ I < sobre eventuais irregularidades ocorridas naoforem reclamados serao ievados para aSugar o quarto vera muito bem pols me infor- * fPik s nos terminals rodovllrios da Coderte, que S^doEdoMpa nao estao aceitando a primeira oferta. maram que sera um verdadeiro dia. Se vlerem ^ sao ossegulntes: Terminal Rodoviarlo Novo se<te

- , uns 10 amigos, por exemplo, saira barato para 1 - !• S ? Rio; Menezes Cortes, no Castelo; Mariano J }Z Jantar papal cadaum." procdito. ldentmca§ao

O Hotel Empire flea a Rua da G16ria, 46. e Numero 202 toS^veira? em WterW.6 ®odovi6ria 801)61 O Juiz de Menores, Campos Netta, fezum

nesta 6poca do ano, proximo das Krias, seus ^TL" "j Imu Ainda na Rodoviaria Novo Rlo estara de apelo aos pais e respwrisaveis que^ forem

quartos sfio arrendados para uma empresa de O ediflcio de numero 202 da mesma rua flea wmk ' plantao um servigo de atendimento mMlco levar seus flihos P^ ^a'ivl™d^ Pr°S®;turismo a pregos normals que variam de Cr$ 1 bem na direcao doiSiiniento^os^adPl^ if ^(gt de emetg^ncla e o policiamento sera reforga- madas. que dentiflquem as cnangas^ Pc^

R!caodo P^oa" reservada em ria apartamentos de tipo conjugado quase Cnstovao. Ospostos mb^eis distribuidos pelo per-1UUV p toaos ocupados por casais ou familias de baixa ^tiMM T0l«f«nec curso do Papa em cairo aberto. serao desati-

Masnesse hotel de 13 andares, do restauran- renda. leieioneis vados cerca de duas horas ap6s a passagemte localizado no terrago. se podere • assistir a Na portaila do predio o porteiro vai logo A Cetel acabou de instalar no Morro do do Sumo Pontince. Os menores que naomissa campai a uma distancia de ceica de 300 avisando que "ha aiorartores uiteressados em Vidigal o sistema de telecomunic&Qoes para forem reciamados nesse periodo serao enca-metros. E ja esta tudo organizado pelo maltre alugar janeias" Empurrando um carrinho com a visita do Papa. E, para a imprensa, alem minhados para a sede do Juizaao. que esU-Antero, que aceita reserves para mesas de uma crianga de colo, uma jovem que saia pela # wm\ das cinco linhas que vao ser operadas por ra sob o comando do Juiz do 2° Oflcio,Quatro lugares a Cr$ 12 mil, com direlto a um portaria.pto, volta epergunta "Voces querem / > ^emissoras

de radio, restaram tres orelhoes. Alberto Craveiro de Almeida, em substitui-biiffet frio especial (peru, saladas), torta de alugar janelas?" Seu nome e Marleue e e casada #. Os

jomaiistas vao comprar as fichas nas gao ao Juiz Campos Netto, que entra deoozes como sobremesa e ainda uma garraia ae com Carlos. "Em Sao Paulo estau pedindo 200 f : biro seas da Conceigao ou do Aloisio, pr6xi- ferias no dia da chegada do Papa,vinho nacional Baron ae Laritier Das 25 mesas ni|] Qlah 0 ^nhor me der Cr$ 100 mil e der w i mas a Capela de Sao Francisco de Assis, Quem tiver dificuldade em iocalizar um^p.restaurante cinco jd estao reservadas. referencias. podemos aceitar" ' pagando, a pre<?o de ontem, CrS 3. menor perdido. deve se diritar a sede do~ A nrtmrtw. oiwlto da Rua Aumwto Severn t Em um cfcs apartamentos do predio. outra '

A companhia instalou ainda duas linhas julzado na Praga llde Julho. 403, na esqui-rtnien nms .wn iS* mhwia* rfifrivii senhora esta-lnteressuda, mas nao sabe quanta <.. * * diretas de comumcagao com o Centre de na da Rua'MarquesdeSapucai.ou procurer

o marido quer pelo aluguel da unica janela: Imprensa do Hotel Gloria, enquanto um mfonnagoes pelos telefonfes. 224-7303, 221-apartamento 80J u radlalLste Jau'carneuo o * Vm bom lugar para quem quiser asmtir a missa encarregado de servigos dizia que as cinco 6563 e 224-8967.sub-smdico. que o adquiriu ha 15 anob poi 50 ^ ^ dunieatHI' sua renda." no Aterro do Flamengo, so que custa CrS 3 mil y

VISITA DO PAPA— 15JORNAL DO BRASIL ? sábado, 26/6/80 ? I9 Caderno

Supermercados abrem até meio-dia—emissoras — Tupi, Nacional, Capital, GloboRio e Globo Sáo Paulo — obtiveram permls-sâo após credenciamento Radiobrás.

Segundo os funcionários da Cetel, as 11-nhas que seriam instaladas dentro da Cape-la de São Francisco de Assis, que, a princí-pio, seriam utilizadas por todos os jornalls-tas credenciados e, inclusive, o Papa emcaso de necessidade, foram retiradas porsugestáo da representante da Pastoral deFavelas da Arquidiocese do Rio, D AnaMaria Noronha.

Embora não houvesse garantia oficial, ostrês orelhões não devem permanecer naFavela do Vidigal após a visita do Papa.Apenas um deles, o instalado na blrosca doAloislo, deve ser mantido. Este foi o motivoalegado por D Conceição para cobrar Cr$ lmais caro que o normal pela ficha, que é CrS2. Ela comprou 500 fichas com dinheiroemprestado e teme que. depois da visita, esem orelhão, haja encalhe.

Como em todo dia Io é grande o número ¦de pessoas que fazem as compras do mês, aAssociação de Supermercados deciclu queesses estabelecimentos funcionarão em .meio-expediente, até à 12h, em todo o Esta-do, na terça-feira.

A Federação do Comércio Varejista, Sin-dicato dos Lojistas, Associação Comercial eClube de Diretores Lojistas apelam ao co-mércio varejista para não abrir as portas diaIo, a exemplo dos bancos e repartições pú-bllcas federais, estaduais e municipais.

TrânsitoA pista externa de subida da Av. Brasil

será a única possibilidade de se deixar o Riode carro ou de acesso ao Aeroporto Interna-clonal no dia da chegada do Papa, das 12hás 20h. Todas as outras pistas estarão tater-ditadas, do Km 0 (Caju) ao Km 10 (Ramos).Também as passarelas neste trecho.

A Polícia Rodoviária colocará em pontosestratégicos 400 homens e 60 viaturas, alémde 20 carros do DER, na operação de tránsi-to da pista lateral de subida (em direção aosubúrbio), para evitar que os veículos pa-rem Em caso de enguiço, há 20 reboquesdispostos ao longo do trecho. Não há faixaexclusiva para ônibus.

As vias de acesso, nos dois sentidos,próximas ao Galeão, serão fechadas cincominutas antes do Papa desembarcar. De-pois que a comitiva passar, os viadutosserão liberados.

AviãoAs companhias aéreas manterão a pro-

gramação horária mas pedem aos passagei-ros para se dirigir o mais cedo possível aoaeroporto. Um policiamento ostensivo ten-taía organizar o" congestionamento previstopara o percurso.O Departamento de Aviação Civil asse-gura que não haverá multas por atraso dospassageiros.

Niterói e PaquetáO transporte de passageiros entre Rio e

Niterói e Rio—Paquetá não sofrerá altera-gáo. Na hora do rush circularão oito barcas,com intervalos de cinco minutos entre cadasaída, nos dois sentidos.

A presidência da Companhia de Navega-ção do Rio afirma que está preparada paraatender a todos os usuários em necessidadede esquema especial. O preço das passagens— Cr$ 3 — será mantido. Todos os guichèspara venda de passagens estarão fúncio-nando.

Ônibus interestaduaisO DNER estabeleceu uma série de medi-

das para os ônibus de linhas interestaduaise internacionais, que vigoram entre um diaantes e um dia após a visita do Papa a cadacidade. Entre elas, desembarcar passageirosfora dos terminais.

Outras medidas: revalidar passagens dequem tenha perdido ou desistido da viagemem razão das alterações de itinerários ehorários, que terão de ser comunicadas pre-viamente aos usuários; usar as alternativasrodoviárias disponíveis nas horas de chega-da ou salda de uma cidade cujo trânsitoesteja alterado.

Segundo o DNER, as empresas devemprogramar as viagens evitando as saldas nasfaixas de horário em que ocorrerão restri-ções de circulação de trânsito nas estradas ejunto aos terminais. Recomenda ainda que,ante os atrasos que poderão ocorrer, sódevem ser mantidas as viagens que nãopuderem ser transferidas para outros dias ehorários.

A Coderte informou que cerca de 325 milpassageiros, atraídos pela vinda do Papa,chegarão ao Rio até quarta-feira. Mais de 11mil ônibus estáo à disposição dos viajantes,que não terão problemas com falta de passa-gens. Informou ainda que, eventualmente,serão colocados ônibus extras.

Para reduzir o número de veículos emcirculação no Centro, a Coderte armou umesquema operacional criando áreas de esta-clonamento em pontos estratégicos, a fim dedar facilidade de locomoção do público.

Nas áreas de estacionamento integradasao Metrô, na Praça 11 e Estácio, os carrospodem estacionar por Ci$ 40, com direito adois bilhetes do Metrô (ida e volta). Das 19hde segunda-feira às 7h de quarta-feira, asvagas do Edificio-Garagem Menezes Cortesoperarão em baixa rotatividade, ao pregoúnico de Cr$ 10 por período.A Coderte manterá em funcionamentosuas áreas da Avenida Presidente Vargas,lado ímpar, no sentido de descida, trechoentre a Praça da República e Avenida Pas-sos; Av. Presidente Vargas, 1819; Av. Presl-dente Vargas, esquina com Praça da Repú-blica e na esquina com Rua Thomé deSouza; Av. Presidente Vargas, 963, na esqui-na com Rua Regente Feljó e na esquina comAvenida Passos.

Funcionarão ainda as áreas situadas noLargo de São Francisco; Praça Virgílio deMelo Franco; Avenida Marechal Câmara,Avenida Nilo Peçanha, trecho entre a Ruada Quitanda e Avenida Rio Branco; Rua doOuvidor, entre a Rua do Mercado e AvenidaAlfredo Agache; Rua Santa Luzia, entreAvenida Antonio Carlos e Travessa SantaLuzia; Praça dos Expedicionários, entre AvAntonio Carlos e Avenida Alfredo Agache;Travessa Santa Luzia, entre Avenida Gene-ral Justo e Rua Santa Luzia; Avenida Fran-klin Roosevelt, entre Avenidas MarechalCâmara e Antonio Carlos; Av. PresidenteWilson, entre as Avenidas Antônio Carlos eRio Branco.

E mais: Praça da República, em frente aoHospital Souza Aguiar; Rua Miguel Couto,entre Av. Presidente Vargas e Av. MarechalFloriano; Praga Tiradentes; Av. Repúblicado Paraguai; Rua Pedro Primeiro; Rua Ra-malho Ortlgão; Rua do Carmo; Praia deBotafogo; Largo do Machado; Praça N S daPaz e Praça General Osório, de onde opúblico poderá se deslocar até o Aterro a péou de ônibus.

O Coderte interditou todas as suas áreasinstaladas junto ao Museu de Arte Moderna,Av. Beira Mar e Av. Antonio Carlos.

TerminaisNa Rodoviária Novo Rio, estará em vigor

um esquema especial que consiste numplantào administrativo. Este atenderá pelotelefone 223-8080, para orientar os usuáriossobre eventuais irregularidades ocorridas

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diretas de comunicaçào com'o^Centro de11 MMWHmMMMH >s Imprensa do Hotel Gloria, enquanto um

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no Aterro do Flamengo, só que custa CrS 3 mil V

a ser tomada pelo Governador"serã uma homenagem especiala Dom Eugênio Sales, que tan-to tem se interessado pelo as-sunto".

No final da tarde, depois dereunir-se por quase duas horascom o Governador ChagasFreitas, para tratar dos proble-mas Vidigal e Borel, disse oSecretário de Justiça que rece-beu do Sr Chagas Freitas o pro-cesso referente à questão doMorro do Borel.

O Sr Erasmo Martins Pedroexplicou que sobre esta áreanada poderia adiantar, uma vezque havia acabado de receber oprocesso das mãos do Governa-dor: "Recebi recomendação doSecretário de Governo, MarcialDias Pequeno, para examinar amatéria." Hospitais

Com 30 leitos especiais no Hospital Getú-lio Vargas e sem plantão ou esquemas espe-ciais nos oito hospitais escalados, o atendi-mento médico à população será feito por 10Postos de Comando Avançaco (PCAV) naterça-feira e outros seis na quarta-feira, aolongo do trajeto a ser percorrido pelo Papa.

Apesar de confessar que é difícil prever oque acontecerá nas grandes concentraçõespopulares, o Secretário Estadual de Saúde,Sílvio Barbosa da Cruz, aconselha calma eacha que não haverá acidentes graves por-que todos estarâo "em estado de graça".O Secretário Municipal de Saúde, Ral-mundo Moreira, desmentiu que os hospitaismunicipais não estejam internando os doen-tes menos graves para liberar leitos preven-do problemas nos primeiros dias de julho. Omesmo informou o Sr Sílvio Barbosa, paraquem os hospitais são feitos para seremtotalmente utilizados.

Cada PCAV terá capacidade para aten-der 10 pessoas simultaneamente, tratandode casos que geralmente ocorrem nas gran-des concentrações: traumatismos, des-maios, esfoladuras, crises nervosas. Qual- .quer situação mais grave (um infarto, umaúlcera perfurada) será transportado imedia-tamente para o hospital mais próximo.

O caminho que a ambulância deverápercorrer está traçado: sáo as"rotas de fti-ga". Em alguns casos, não vai ao hospitalmais próximo, Exemplo, o PCAV instaladona Usina de Asfalto da Rua Francisco Bica-lho. O hospital mais próximo é o SouzaAguiar, mas como a ambulância iria encon-trar grande concentração popular, os casosgraves serão enviados para o Salgado Filhoo que, segundo o Dr Felipe Cardoso, poderáser feito em sete ou oito minutos.

Cada posto terá cardlotônicos, amalítl-cos, analgésicos, antiespasmódicos, gase, es-paradrapo, bomba de oxigênio, entre outros.

Na terça-feira, os PCAV funcionam das12h às 19h em (entre parênteses os hospitaispara onde seguirão os acidentados graves):Base Aérea do Galeão (Hospital Galeão),Instituto de Puericultura (Hospital Univer-sitário), Escola Clotilde Guimarães na Ave-nlda Brasil (Hospital Getúlio Vargas), Hos-Sital

INAMPS de Bonsucesso (o mesmo),iefinaria de Mangulnhos (Hospital -

INAMPS de Bonsucesso), Usina de Asfalto ~na Rua Francisco Bicalho (Hospital Salga- -do Filho), Campo de Santana (Hospital Sou-za Aguiar).

No Parque do Flamengo haverá três pos-tos, sendo que o localizado mais ao Sul terácomo hospital de apoio o Rocha Maia e osoutros dois o Souza Aguiar. Estes três pos-tos füncionaráo das 8h até quando for neces-sârio.

No dia 2; funcionando de 7h às lOh naHotel Nacional em São Conrado, no VIP'sMotel na Avenida Niemeyer e no MotelClube do Brasil, no Leblon. Os casos maisgraves seráo removidos para o Hospital Ml-guel Couto; das 8h às llh dois postos pertoda Catedral: na Avenida Chile com RuaSenador Dantas e na mesma Avenida naesquina com Rua do Lavradio; das 15h às19h, nas Termas Continental, na AvenidaMaracanã, 307. No Maracanã ainda estaráfuncionando o atendimento médico do Está-dio. Todos os casos graves serão transferi-dos para o Hospital Souza Aguiar.

Juizado de menoresPara atender ao grande número previsto

de menores perdidos e menores delinqüen-tes, o Juizado de Menores funcionará dias Ioe 2 das 8h às 24 h com exceção dos cartóriose serviço social. Por todo o percurso de JoáoPaulo n haverá postos volantes. Os fixosserão na Rodoviária, na sede do Juizado ena Praça Paris.

O centro da chamada Operação-Papaque mobilizará 80 homents por dia, será asede do Juizado, que receberá menores detodos os postos móveis, encaminhando-ospara casa ou esperando que os responsáveisos procurem. Os menores delinqüentes se-râo levados para a Divisão de Segurança ePreteção de Menores. Os postos móveis doJuizado estarão sempre acoplados aos daDefesa Civil, PM e bombeiros.

No dia da chegada do Papa, haverá pos-tos móveis do Juizado no Hospital do INPSem Bonsucesso, outro na Refinaria de Asfal-to (Rua Francisco Bicalho) e dois no Aterrodo Flamengo (um do lado direito do altar eoutró do lado esquerdo), além dos postosfixos: sede do Juizado na Praça 11, Rodoviá-ria Novo Rio e Praça Paris nas dependén-cias do Metrô.

No segundo dia de visita os postos mó-veis ficarão no Motel Minas Gerais (no Início' da subida da Avenida Niemeyer), Hotel Na-

; clonal, Avenida Chile esquina com Rua Se-nador Dantas, Avenida Chile esquina com1 Rua do Lavradio e na parte externa do halldos elevadores no Maracanã. O único postofixo serã na sede do Juizado,

i Durante a missa de ordenação dos dláco-f nos no Maracanã, o Juizado preparou uma

esquema contra os menores delinqüentes:i seis carros circularão na parte externa do

estádio, sendo que três com equipamento de' rádio em permanente comunicação com asede do Juizado e outros órgãos de seguran-ça. Os Menores que infrigirem qualquer arti-go do Código Penal serão levados para oxadrez do Maracanã e depois para a Divlsào1 de Segurança e Proteção de Menores. Os' perdidos vão para o Maracanãzinho, onde osresponsáveis deveráo procurá-los. Os quenão forem reclamados serão levados para asede do Juizado.

Identificação

Monsenhor Marcinkus chegou ontem

O professor Cândido Mendes, membro daComissão Pontifícia Justiça e Paz, que deveráse encontar com João Paulo n em Brasília comos dirigentes nacionais da Comissão Justiça ePaz, esteve ontem ao meio-dia no Palácio SáoJoaquim e lá se demorou algum tempo. Oprofessor Tarcísio Padilha, filósofo e vice-presidente do Centro Dom Vital, também parti-cipou da última reunião de todas as comissõesque preparam a visita do Papa.

Indulto beneficia

presos que nunca foram beneficiados com qual-quer tipo de medida.

O Juiz Horta citou duas Importantes con-qulstas: a de indultar os maiores de 60 anos e ade reduzir para 30 anos todas as penas superio-res a esse tempo, atendendo o Artigo 55 doCódigo Penal, que ele diz de cor: "Em nenhumahipótese alguém pode ficar preso por mais de 30anos".

Segundo ele, muitos advogados ignoram es-se preceito e a idéia de condenações superioressempre apavora. Mas, pela legislação brasileira,ela não se efetiva. Assim é que, se fosse vivo,Lúcio Flávio, mesmo condenado a 406 anos,passaria apenas 30 anos na prisão.

Pelo cálculo do Juiz Horta, além dos quetêm mais de 60 anos (32 tratados na ClinicaGeriátrica da Lemos de Brito), há outros 70presos que serão beneficiados pelo indulto,todos condenados a menos de quatro anos,primários com um terço da pena ou reincidentecom a metade da pena cumprida.

Também serão beneficiados os condenadoshoje em liberdade. São três mil entre os quegozam de sursis (primários, com pena inferior adois anos) e os que estão em liberdade condi-cional.

Um dos auxillares do Juiz Francisco Hortana Vara de Execuções Criminais, Wilson dosSantos (que trabalha com mais 15 condenadosem liberdade condicional) poderá ser beneficia-do. Ele está condenado a cumprir pena até oano 2.024, mas já cumpriu 26 anos.

Liberdade rápida

Cerca de 100 condenados presos (32 commais de 60 anos de Idade) e 3 mil em liberdadecondicional ou sob sursis serão beneficiados noRio pelo decreto assinado quinta-feira peloPresidente João Figueiredo indultando presospor ocasião da visita do Papa ao Brasil. Os 10primeiros devem ser liberados segunda-feira.

A estimativa é do Juiz Francisco Horta, daVara de Execuções Criminais que, como autorda sugestão do indulto, encaminhada ao Go-verno federal por D Eugênio Sales, acha que odecreto excluiu muitos presos que ele preten-<Ua alcançar, mas foi muito importante porquetem duas inovações: o indulto a pessoas commais de 60 anos e a redução a 30 anos de penassuperiores a esse tempo, o que dará fUturamen-te chances de indultos a condenados a essaspenas.

Indulto restrito

. Insistindo que a coisa mais vergonhosa doséculo XX é a prisão celular, mantida por umDireito altamente repressivo, o Juiz FranciscoHorta salientou os objetivos humanitários doindulto, não apenas o de diminuir a super-população carcerária, e destacou que a medidaprovavelmente significará economia para o Es-tado. Atualmente, no Rio, gasta-se Cr$ 14 mil,em média, com um preso. A média é obtida comvariações entre até Cr$ 18 mil na Lemos deBrito a Cr$ 4 mil na Agua Santa.

O indulto é um ato de exclusiva e privativacQmpeténcia do Presidente da República que,lembra Juiz Horta, ouve, se quiser, os órgãosespecializados, o que, por tradição, ocorre.

O atual indulto foi sugerido pelo Juiz Hortaque, a partir de uma indicação ao preso GeorgeKastalsky, trabalhou dois meses no anteproje-tõ e o encaminhou às autoridades através doArcebispo do Rio, D Eugênio Sales. O antepro-jeto era mnia amplo e atingiria talvez metadeda população carcerária do pais, hoje calculadaem 80 mil pessoas. D Eugênio chegou a achá-loum pouco longo, segundo o Sr Francisco Horta.

Ontem à tarde o Juiz Francisco Horta reu-niu-se com o Secretário de Justiça do Estado,Erasmo Martins Pedro, com o diretor do Depar-temento do Sistema Penitenciário, Antonio Vi-cente, e com o presidente do Conselho Peniten-ciário, professor Berçjamin de Moraes. Foramprovidenciadas as medidas concretas para ocumprimento do decreto presidencial.

O Juiz Horta pretende libertar os 10 primei-ros indultados (entre os quais cinco presos commais de 60 anos) segunda-feira, para que pos-sam ver o Papa, seguindo-se a libertação degrupos de 10. Para os já em liberdade a rotinanão precisará ser imediata, mas a vantagem éque "ninguém precisa requerer nada: é tudoautomático", garante o Juiz Francisco Cavai-canti da Cunha Horta.

A Secretaria de Justiça de Pernambuco, aotomar conhecimento do decreto de Indulto,pediu ao diretor da Superintendência do Servi-ço Penitenciário do Estado, Major José Siquel-ra, para fazer o levantamento dos que atendemaos requisitos.

Hoje serão divulgados os nomes dos presosIndultados. O Major Siqueira passou a tarde deontem nos presídios de Itamaracá, onde esta amaior parte dos detentos, e uma equipe daSuperintendência esteve no presídio MourãoFilho.

Cerca de 10 mil presos foram beneficiadospelo Indulto em todo o país, Segundo o Ministroda Justiça, Ibrahim Abl-Ackel, o decreto "per-mitirá que todos participem do congraçamentoem torno do lider espiritual católico".

Exército desmente

veto a jornalistasMarco Antônio Menezes, queacompanhará a comitiva papale um vereador do MDB.

O assessor de imprensa doGoverno mineiro, Manoel Fa-gundes Murta, se recusou a for-necer a lista dos nomes, queestava em seu bolso, e disse quenada poderia informar.DOM JOÃO DESCONHECE

Não receberam credenciais,ainda, cinco jornalistas de OGlobo, um da Rede Globo, doisda Folha de São Paulo, dois doEstado de S. Paulo, um do Es>tado do Triângulo, de Uberlãn-dia, um do Diário da Tarde, deBelo Horizonte, um do Jornalde Casa, também de Belo Hori-zonte, e um da Rádio Socieda-de Norte de Minas.

O Arcebispo de Belo Horizon-te, Dom João Resende Costa,informou à noite que não sabianada a respeito e que apenasassinou as credenciais que lheforam remetidas pela IV Divl-são de Exército, através do Se-cretário Adjunto de Estado doGoverno, Hugo Pinheiro Soa-res. "Não houve veto às creden-ciais dos padres que pedimos.Quanto às credenciais de pes-soas de fora da Igreja, eu nadasei. Eu apenas assinei as queme foram enviadas."

Foto VkJol áê Andradt

A 5' Seção do I Exército infor-mou que não deixou de creden-ciar qualquer jornalista para acobertura da visita do PapaJoão Paulo n ao Rio de Janeiroe atribuiu o atraso do processa-mento ao grande volume de pe-didos encaminhados pelos ór-gaõs de comunicação.

Segundo ainda a 5a Seção doI Exercito, até a tarde de ontemjá tinham sido liberadas cercade 530 das mais de 600 creden-ciais pedidas. A assessoria deimprensa da Arquidiocese,quarta-feira, ao entregar as 530credenciais liberadas, em enve-lopes fechados, informou que "éposssivel que alguns não cre-denciados nesta primeira re-messa possam ainda recebê-lasnas próximas horas".EM MINAS

Belo Horizonte — A 4' Divl-são de Exército se recusou afornecer credenciais para 17 re-Êrteres

de 10 empresas jorna-ticas que deveriam fazer a

cobertura da visita do Papa aesta Capital, terça-feira. Entreeles, estão um padre da RádioAparecida, contratado pela Rã-dio Capital especialmente paraa cobertura, o correspondenteda revista Veja no Vaticano,

Beneficiados e excluídos

O decreto indulta os presos primários conde-nados a menos de quatro anos que tenhamcumprido um terço da pena e, os reincidentes,que tenham passado metade da pena na prisão.Também são indultados os maiores de 60 anos,independente da pena." Ficaram excluídos os condenados por rouboA não armada, extorsão, estupro ou atentado aopudor contra menores e incapazes, crimes con-tra a segurança nacional e os traficantes detóxicos e entorpecentes."O Juiz Francisco Horta advertiu que nãocorresponde à realidade a idéia que muitosfazem do indulto: "Não se trata de abrir asportas da cadela e deixar sair todo o mundo".Lembrou que há uma série de requisitos rigoro-sísslmos para que o preso possa ser indultado.

Embora o considere restritivo, por nãoabranger o número de presos que ele desejava,o decreto, para o Juiz Horta, assimilou a idéiamaior, a de alcançar, agora ou mais tarde, os

Número 202 O Juiz de Menores, Campos Netta, faz umapelo aos pais e responsáveis que foremlevar seus filhos para as atividades progra-madas, que Identifiquem as crianças: "Po-nhain no bolso um cartão com o nome dacriança, o do responsável e o endereço".

Os postos móveis distribuídos pelo per-curso do Papa em carro aberto, serão desati-vados cerca de duas horas após a passagemdo Sumo PontLãce Os menores que nãoforem reclamados nesse período seráo enca-minhados para a sede do Juizado, que esta-rá sob o comando do Juiz do 2o Oficio,Alberto Craveiro de Almeida, em substitui-ção ao Juiz Campos Netto, que entra deférias no dia da chegada do Papa.

Quem tiver dificuldade em iocalwar ummenor perdido, deve se dirigir a sede doJuizado na Praça li de Julho. 403. na esqui-na da Rua Marques de Sapucai, ou procurarinformações pelos telefones. 224-7393, 221-6563 e 224-8967.

O Hotel Emplre fica à Rua da Glória, 46. enesta época do ano, próximo das férias, seusciuartos são arrendados para uma empresa deturismo a preços normais que variam de Cr$ 1mil 530 a Cr$ 1 mil 920. Ao todo são 70 aparta-méntos, a maioria já reservado, alguns "emfUnção do Papa".

Mas nesse hotel de 13 andares, do restauran-te localizado no terraço, se poderá "assistir" àmissa campai a uma distancia de ceica de 300metros. E Já esta tudo organizado pelo maltreAhtero, que aceite reservas para mesas deQuatro lugares a Crí 12 mil, com direito a umbnffet frio especial (peru, saladas), torta denozes como sobremesa e ainda uma garrafa devinho nacional Baron de Lantler Das 25 mesas

restaurante cinco já estão reservadas.O primeiro prédio da Rua Augusto Severo é

Um bloco único, mas com três entradas dileren-tes. No terceiro deles, o de número 272, mora rioapartamento 80J o radialista Jair Carneiro, osub-sindico. que o adquiriu ha 15 anui; poi 50

O edifício de número 202 da mesma rua ficabem na direção do Monumento aos Pracinhas.De construção antiga, tem em sua grande maio-ria apartamentos do tipo conjugado, quasetodos ocupados por casais ou famílias de baixarenda.

Na portaria do prédio o porteiro já vai logoavisando que "há moradores uiteressados emalugar janelas" Empurrando um carrinho comuma criança de colo, uma jovem que saia pelaportaria, pára, volta e pergunta: "Vocês queremalugar janelas?" Seu nume é Marleue e é casadacom Carlos. "Em Sáo Paulo estão pedindo 200mil mas s? o senhor me der Cr$ 100 mil e derreferências, podemos aceitar "

Em uin dos apartamentos do prédio, outrasenhora está interessada, mas náo sabe quantoo marido quer pelo aluguel da única janela:"Moro só com o meu marido aqui ele é contra-venroí isto e, bicheiro mas ganha pouco e porisso quei aumentai sua renda."

16 JORNAl OO BRASÜ ? sobado, 28/6/80 G Io Caderno

Fundo de Exaustão garante futuro niTiflA primeira cjdade em arrecada-

ção de Imposto Único sobre Mineraisnó Brasil sofre ho|e com a injustiçatributária, que distribui de formadesigual a arrecadação do IUM, dei-xando poro o município apenas20%, enquantoa Uniãoeo Estado,

que não reinvestem em Itabira, fi-tam com 10% e 70% respectiva-mente. A reclamação é do PrefeitoJoiro Magalhães Alves.

Itabira é detentora das maioresjazidas de ferro em exploração noPois, que lhe valeram em 1976 aparticipação de 19,4% da arrecada-ção nacional do Imposto Único sobreMinerais e de 38,5%, se consideradaapenas a arrecadação no Estado deMinas Gerais ou de 43,2% na re-gião. Mas a arrecadação da Prefeitu-ra em IUM nâo passa de CrS 20milhões por mês, em média, o quenâo lhe garante uma invejável posi-ção, afirma o Prefeito.

FUTURO

No opinião do Prefeito Jairo Ma-

galhães Alves, a mudança tributária

gorantiria o futuro de Itabira, se a

participação do município se elevas-se o 50%, por exemplo. Desta forma,tlisse, ela teria condições de instalarmais indústrias, financiar empreen-dimentos industriais, resolvendo as-sim o problema futuro de empregopara a população da cidade."' "O traço dominante na cidade éa mineração, que caracteriza, alémda economia, o aspecto físico e gran-de parte do espaço psicológico deseus habitantes", concorda o pre-feito.

A Companhia Vale do Rio Doce éo principal empregadora da região,ocupando cerca de 5 mil itabiranos,

que significa que cerca de 20 milpessoas dependem diretamente daempresa na cidade, sem contar ain-da um grande número de trabalha-dores de empreiteiras contratadas

pela CVRD.Por outro lado, a atividade mine-

ráría defraudo o patrimônio natural,polui sob todos as formas e aspectosp meio ambiente, destrói violenta-mente os caracteres paisagísticos,deformando o habitat natural, se-gundo lembra o Prefeito Jairo Maga-lhões Alves. E confirma: "Se o verdedo campo, da natureza, descansa, overmelho escuro e o preto do minériocgridem".

Preocupado, o Prefeito afirmaique os danos causados à naturezapela incessante exploração minera-,ria são incomensuráveis, "pois anatureza jamais irá repor aquilo deque foi desvestida pela inconse-qüência da orgia consumística quemedra em meio à humanidade." Elecompara esta à época do ciclo doouro, uma vez que o minério de ferronada deixa no município em termosde investimento para o futuro. Elembra um dito popular corrente: "o

minério não dá duas safras."

; - FUNDO DE EXAUSTÃO

O modelo proposto pelo itabira-¦no Paulo Camillo de Oliveira Penna,.quando Secretário do Planejamento:de Minas no Governo Aureliano•Chaves, é considerado o mais ade-"quaáo,

porque possibilita a indeni-jzaçâo parcial aos municípios e Esta--dos pela exaustão de suas riquezas•minerais e, em conseqüência, recur-'sos para a pteparuçáo para umperíodo de transição a novas ativi-

»dades econômicas.; O chamado Fundo Nacional derrExaustão dos Recursos Minerias visa'"a impedir que imensas regiões do"País sejam rranformadas em desola-doras paisagens de crateras e assuas populações fiquem submissas aum melancólico estiolamento econô-

Imico e social, "assente o Prefeito'Jairo Magalhães Alves.' • — "Submetido a um regime fis-cal de exceção — disse — o minériode ferro carreia para a União mi-lhões de dólares, mas deixa muitopouco do Imposto Único sobre Mine-rais para ser rateado entre o Estado e"o Município."

"Soluções diferentes têm sidopropostas para substituir o fundo de

: exaustão imaginado pelo Dr PauloCamillo, destacando-se entre essas,"a

modificação do regulamento doimposto Único sobre Minerais, ajus-tando-o aos princípios da verdade

.tributária. Mas isto fica prejudicado,diante do que o Governo Federal

-considera a sua verdade tributária,;em termos mais amplos, na qual avariação de um dólar em tonelada

, pode prejudicar uma estratégia de¦exportação agressiva." Cita outroitabirano, o poeta Carlos Drummondde Andrade:"

« "O Fundo Nacional de Exaustãodos Recursos Minerais prevê o qua-dro que fatalmente advirá à medida

,que se for esgotando a exploraçãomineira: populações acordando de

•=um sonho de riqueza paia a realida-de do desemprego, do desmantelodos serviços básicos de saúde, sa-

. neamento, educação, abastecimen-ro A austero, apagada, vil tristeza

«das cidade que conheceram a circu-fiação intenso do dinheiro e o vêern'Sumir puro nunca mais Fm geiol o"que

d dinheiro deixa nesses casos del iucro cessante é a lembrança acre de• suo volubilidade ÍJesinstnlaçpes,,torno-se vacante a mou de-obra, li-''-quidom os negócios, vão-se os anéis

^^mm&mmm:mm^

Trecho da Rua Tiradentes hoje...

e no tempo em que o poeto Carlos Drummond de Andrade andava pelas ruas de Itabira

e como eles os dedos. Cultura, re-creação, lazer? Toda murcha, pois aindústria extrativa de mineraçãonão costuma deixar senão um rastrode pó e tristeza".

REALIZAÇÕES

Apesar da falta de recursos, aPrefeitura vem trabalhando no senti-do de ajudar as áreas carentes. Oplano de desenvolvimento urbanoda Fundação João Pinheiro, vemorientando o comportamento daatual administração, que espera veraté o final do ano 85% das previsõesexecutadas. Já foram feitos o CódigoTributário, Código de Obras, Códigode Posturas e a Reforma Administra-tiva.

O Departamento de Saúde foiampliado, com o aumento de trêspara 10 médicos na Prefeitura einstalados vários mini-postos, estan-do oito já funcionando. Foi tambémcriada a Seção de Assistência Social,com duas profissionais. E doadosterrenos, num total de 17 mil metrosquadrados, para a construção dosprédios da Febem, APAE e o Ortana-to Nosso Lar.

No setor educacional, o cursopré-escolar recebeu particular aten-ção e hoje a cidade conta com 28unidades uma em cada bairro. Emconvênio com o Secretaria de Educa-çào, o Curso Supletivo funciona emtrês horários, o que permite que osoperários do Vale, poi exemplo, fre-qüentem estes cursos, em horáriosem que não estejam escalados paro

o trabalho. Foram reformados 35prédios de grupos escolares da ZonaRural.

OBRAS

A Prefeitura de Itabira está le-vando infra-estrutura a todos osbairros: água, esgoto e energia elé-trica, paralelamente à pavimenta-ção. O Bairro João XXIII, um dosmais pobres, recebeu 28 mil 120metros quadrados de pavimentação,o Bairro da Praia 22 mil 200, o BelaVista 19 mil 264, oCônegb Guilher-mino 13 mil 008, a Vila São Geraldo6 mil 443, o São Tome 17 mil lOOeo 14 de Fevereiro 5 mil 425 metrosquadrados, dentre outros.

Além disto, foram realizadasobras consideradas tabu, no Centroda Cidade. A Avenida das Rosas,ligando a Praça Acrísio Alvarengaao Bairro Bela Vista, está sendoconstruída, obedecendo ao planoviário traçada pela Fundação JoãoPinheiro, visando a desviar o trânsitodo Centro, onde as ruas são muitoestreitas.

As ruas São José e Santana, detrânsito pesado, que há muito nãorecebiam melhoramentos, desafian-do administrações sucessivas, nãoforam esquecidas. A Santana rece-beu a pavimentação em 4 mil 095 ea São José em 2 mil 320 metrosquadrados Aiém disso, a Rua NossaSenhora da Penha foi beneficiadacom 1 mil 402 metros quadrados depavimentação asfáltica.

O Plano de Obras da Prefeiturafoi considerado corno um dos melho-res do gênero no País pelo Superin-tendente Geral do Instituto Brasileirode Administração Municipal —

IBAM, Diogo Lordello de Melo, lem-bra o Prefeito Jairo MagalhãesAlves.

CULTURA E LAZER

Só este ano, Cr$ 135 milhõesforam empenhados em obras, sendoque a principal é a construção daCasa da Cultura, com um Teatro,Biblioteca e Sala de Artes Plásticas.O teatro possui 430 lugares e deveser inaugurado em janeiro. A Biblio-teca colocará à disposição dos itabi-ranos 20 mil livros. Os arquitetosZenon Lago e Paulo Guimarães sãoos responsáveis pela obra, avaliadaem Cr$ 63 milhões.

Ainda este ano, a Prefeitura deveentregar aos moradores de Itabirauma quadra de esporte, das cincoque estarão funcionando ano quevem. As áreas, avaliadas hoje emCr$ 200 milhões, foram doadas pelaVale do Rio Doce, com a finalidadeexclusiva de serem transformadasem áreas de iazer.

Itabira tem hoje um Coral Muni-cipal e um grupo teatral, que deveestreai no VII Festival de Inverno deItabira, que será realizado em julho.Uma das principais metas do Gover-

no Municipal é o desenvolvimentode atividades artísticas, culturais ede lazer. Segundo o Prefeito, o arnorà arte está na natureza do itabirano,o que muito contribuiu para o passa-do artístico que a cidade tem paracontar.

O FESTIVAL

Criado na administração passa-da, o Festival de inverno de Itabiraserá realizado pela sétima vez, em

julho deste ano, sem qualquer parti-cipaçâo de recursos estaduais. Ocantor e compositor Luís GonzagaJúnior abrirá a série de apresenta-

ções musicais do festival, no dia 7. Odiretor de teatro Jota Dângelo daráum curso sobre Teatro Brasileiro Con-femporâneo, no Colégio ComercialItabirano, nos dias 8, 9 e 11. Tam-bém no Colégio Comercial Itabirano,Ronald Clever falará sobre Criativi-dade em Composição, nos dias 14,15, 16, 17, 18, 19 e 20. A atrizMamélia Dornelles continuará nosdias 21, 22, 23, 24 e 25 encerrandoo curso.

Já no Colégio Nossa Senhora dasDores será apresentada a peçaDelito Carnal, do mineiro Eid Ribei-ro, no dia 8; e Jota Dângelo dirigiráQualó Brasil no dia 14. Haverátambém um espetáculo musical como Grupo Muda, no dia 9, e a estréiado Grupo Municipal de Teatro Vi-vendo, numa criação coletiva.

A programação continuo com oBollet Confidencias Mineiras no ciin17, o Quiteto Violado no dia 18, Sá eGuarabira no dia 19 e 14 Bis no dia22 No dia 24, também no GinásioCoberto do Valériodoce. será apre-sentada a peça Mãos Sujas de Terra,dirigida por Pedro Paulo Cava.

Mas o festival não se limita aoscolégios e clubes, chegando a muitosbairros do cidade O Grupo Recife-;Palco e Ruo mostrará espetáculo in-fontil de teatro de bonecos, naspraças públicas. O cantor mineiroJoãozinho terra dará show gratuitona Praça Acrísio oe Alvarenga, nosBairros da Praia, Água Fresca e JoãoXXIII O Coral Municipal de Itabira— Grupo Contates — também farouma série de apresentações pelosbairros da cidade.

A FOTOGRAFIA NA PAREDE .»•

De um verse de Drummond veioo título da revista A Fotografia naparede, com poemas do itabiranoRenoto Sampaio e fotografia de Mirguel Bréscia, editada pela PrefeituraMunicipal de Itabira, ano passadu,quando a cidade completou seus131 anos. O poeta Renato Sampaiolembra em Lições de Pedremor olugar onde nasceu Drummond:

Lá longe, em pedramor,nasceu o poeta,Dizem que ele passeia -•¦nas noites itabiranossua poesia mais bela

O Prefeito Jairo Magalhães Alvesconsidera como frustração do seugoverno não poder, por falto deverbas, reurbonizar o conhecido Picodo Amor, um dos pontos mais altosda cidade. Nele, seria reconstruída aFazenda do Pontal, onde viveuopoeta Carlos Drummond de Andrq-de. A Companhia Vale do Rio Doce,há alguns anos, desmontou a casade Drummond, tomando antes o cui-dado de numerai as peças para'aremontagem. Chegou a prometeruma ajuda financeira, paro a re-construção, mas sem definir o valor.A obra custaria hoje cerca de Cr$-I5milhões.

O orçamento irreal, o perda dopoder aquisitivo do Prefeitura e ainflação, entre outros motivos, íâoresponsáveis também pelo adia-mento da construção do MatadouroMunicipal.

PROBLEMA HABITACIONAL

Um dos maiores problemas dacidade hoje, o habitacional, óe^eiáter solução a curto prazo, segundoespera o Prefeito. O Sr Jairo Maga-Ihães Alves informa contar para asolução desse problema corn a parti-cipação da Diocese, "que muito temtrabalhado para ajudar os pobres nacompra de suas moradius".

Outro problema é a falta derecursos da Prefeitura, que, já esternês, não dispõe de qualquer quan-tia para fornecer incentivos às fábri-cas da cidade ou que nela preten-dem se instalar. O município náopode emprestar Cr$ 100 milhões,entre terreno e capital de giro, àuma fábrica de confecções. E tam-bém não pode aumentar sua cota departicipação na Cerâmica Itabira,que atravessa uma fase difícil. (

Outro tipo de preocupação paraoprefeito são os prédios mais antigosde Itabira, que dão a paisagem dacidade o ar histórico e que ainda nãoforam tombados pelo lnslituto.dePatrimônio Histórico e Artístico Na-cional, como sugeriu o Plano deDesenvolvimento Urbano.

HISTÓRIA

Itabira teve sua origem nas ex-

plorações do ouro. Guarda até hojeem seu nome a lembrança dos ín-dios tupis, que a conheciam (Ita-pedra, Bira-lisa). Ern 1702, partiu daSerra da Piedade uma Bandeira emdemanda do Pico do Itarnbém ouCabeça do Boi, chefiada pelo Sar-

gento-Mor Francisco Faria Alberhàz,

que avistou uma serra mais par,a,,oSul, de forma piramidal.

Já em 1720, esses bandeirantesrumaram em direção àquela serro,onde descobriram um córrego ,.e

grande quantidade de ouro de fino

quilate. O bandeirante FranciscodeFaria Albernaz iniciou ali a constru-

ção de casas toscas.Em 1808, D. João VI autorizou

aos Capitães Paulo José de Sousa eJoão da Moto Ribeiro que instalas-sem uma fábrica de ferro, o queprovocou o aumento da população.O Monsenhor José Felicíssimo che-

gou à Vila, em 1840, fundando aIrmandade do Santíssimo. £ maugu-rou em 1858 o Hospital Nossa Se-nhora das Dores.

O Governo de Minas decretou acriação du Vila de Itabira ern 1833e, 15 anos maistorde, foi elevadaacidade, pela Lei N° 374. Itabira si-tua-se nu -'.ona Metalúrgica do Esta-do, a 108 Km de Selo Horizonte perasfalto. Possui um clima temperadoe sua popuiaçoo chega rnjjt: a quase100 mil habitantes.

JORNAL DO BRASIL D sábado, 28/6/80 D Io Caderno -17

Itabira luta para superar problemascausados pela exploração de minérioItabira, MO — A pouco

mais de 100 quilômetros daCapital e sobre ricas reservasde minério de ferro da Serrado Espinhaço, Itabira é hojeuma cidade bem diferente da-quela em que nasceu o poetaCarlos Drummond de Andra-de, mas se recusa a transfor-mar-se apenas num retratona parede, Ela luta pela suasobrevivência, exigindo acriação de um Fundo deExaustão Mineral ou pelomenos maior participação noIUM — Imposto Único sobreMinerais.

Na opinião do Prefeito Jai-ro Magalhães Alves, se o mu-nlcípio tiver sua participaçãono IUM aumentada de 20 pa-ra 50%, poderá assegurar ofuturo de Itabira como clda-de, pois a Prefeitura terá con-dições de criar incentivos ãinstalação de indústrias paraa absorção da mão-de-obraque será em poucos anos libe-rada pela Cia. Vale do. RioDoce, quando suas reservasminerais se esgotarem. Atual-mente, a empresa empregacerca de 5 mil pessoas na ei-dade.

O DESAFIO

Itabira enfrenta graves pro-blemas urbanos, que repre-sentam um desafio para a cl-dade, mesmo considerandoque atualmente é uma dasque mais arrecadam no Esta-do. Só de IUM, a Prefeiturarecebe por mês cerca de Cr$20 milhões. Mas a atividademineradora é em si mesmoexigente em termos de cria-çáo de infra-estrutura.

Os problemas urbanos Jus-tificaram um planejamentoespecial da Fundação JoãoPinheiro, órgão da Secretariade Planejamento do Governode Minas, feito há quatroanos.

A evolução urbana, nos úl-timos 20 anos — e principal-mente nos anos mais recentesquando se acelerou a explora-çáo mineral—provocou umamudança multo grande napaisagem, tornando-a irreco-nhecível pelo seu filho maisfamoso, o poeta Carlos Drum-mond de Andrade. Que po-rém não a esqueceu e há doismeses dedicou-lhe um poe-ma: "Mesmo a essa altura dotempo/ um tempo que já seestira/ contínua em mim res-soando/ uma canção de Itabi-ra", começa, para depois lem?brar o bambuzal nos fundosdo quintal, o sino maior daigreja, as lavadeiras por entreas lajes da Penha e a serraque agora só existe na lem-branca, pois feita de minério,transformou-se em aço no es-trangeiro.

Hoje, grandes aterros e cor-tes interferem na paisagemnatural de Itabira, afetadapela atividade mlneratóriarealizada nas suas elevaçõessalientes a Oeste, conformedescreveram os técnicos daFundação João Pinheiro.

Eles constataram, comoproblema difícil, a pouca dis-ponlbilidade de terrenos fa-voráveis á urbanização nasimediações da cidade. E che-garam até a sugerir, como ai-tentativa imediata, a escolhade novo sitio em condiçõespropicias para a relocalizaçáoda cidade.

Verificaram ainda que apresença da CVRD impôsprofundas transformações navida municipal, entre asquais as modificações domeio fisico e a oferta de em-pregos, que elevou o padrãode vida do itablrano. Parale-lamente, o rápido crescimen-to populacional provocou ou-tro problema sério, o habita-cional.

LAZER

São poucas as opções delazer, segundo os jovens itabi-ranos, que reclamam da exis-téncia de apenas dois cine-mas, dois clubes e poucosbarzinhos, onde nos fins desemana, principalmente, aspessoas costumam se reunirlevando violões.

ção itabirana, o Prefeito JairoMagalhães está construindoa Casa da Cultura, com umTeatro, Biblioteca e Sala deArtes Plásticas — um projetoavaliado em Cr$ 63 milhões.A biblioteca contará com 20mil volumes e o teatro com430 lugares.

Em áreas doadas pelaCVRD e que hoje estão valen-do cerca de Cr$ 200 milhões, aPrefeitura está construindocinco quadras de esporte. Se-gundo o Prefeito, uma dasprincipais metas de sua ad-ministraçáo é o desenvolvi-mento de atividades artlsti-cas, culturais e de lazer. Eleafirma que o amor á arte estána natureza do itabirano.

AMOR A ARTE

Esse culto à arte é prova-velmente o que faz o itabira-no admirar e desculpar seumais famoso concidadão, queali não compareceu nem mes-mo para inaugurar a princi-pai avenida da cidade, quetem o seu nome. Mas o poetaCarlos Drummond de Andra-de não esqueceu Itabira, por

pojada de sua paisagem hls-tórica, sua cultura, os seushábitos simples, a sua fisiono-mia moral e material, o seumodo de ser. Ele chega a pen-sar que Itabira vendeu suaalma à Companhia que, aoretirar-se, mal tem tempo pa-ra saber da existência do po-vo itabirano. E indaga:"Quando se tomará realidadeo Fundo de Exaustão Mine-ral, destinado a socorrer mu-nicípios como Itabira? De-pois que o socorro nào adian-tar mais nada?".

FUNDO DE EXAUSTÃO

Quando Secretário do Pia-nejamento de Minas no Go-verno Aureliano Chaves, oitaliano Paulo Camilo de OU-veira Penna desenvolveu aidéia da criação do Fundo deExaustão Mineral, que pas-sou a defender no âmbito Fe-deral. Mas ele veio a falecer,no exercício do cargo, semqualquer sucesso e a idéia foidesde então colocada nolimbo.

Não, porém, pelos munici-pios, que enfrentam direta-mente o problema e a verda-

J INFORME ESPECIAL

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da cidadeEm muitos pontos

A exceção fica com o mêsde julho, quando se realiza—este ano pela sétima vez — oFestival de Inverno de Itabi-ra. Ele será aberto este anopelo cantor e compositor LuísGonzaga Júnior. Até o fim domês haverá apresentações deshows, como o do cantor ml-neiro Joáozinho Terra ou o doCoral Municipal de Itabira,de peças teatrais—como De-lito Carnal, de Eld Ribeiro,Qual é Brasil, dirigida porJota Dângelo e Máos Sujasde Terra, dirigida por PedroPaulo Cava. Além de várioscursos de arte.

O Festival é muito concor-rido pela própria populaçãolocal e a Prefeitura não sepreocupa em divulgá-lo paraoutras cidades, pois temeproblemas criados pela pe-quena capacidade hoteleirade Itabira,

Para amenizar um pouco ascondições de lazer da popula-

• se pode, ainda, encontrar algumas construções do maisautêntico estilo colonial.

mais que queira fazer delaapenas um retrato na parede.

Há dois meses escreveuuma crônica — e um poema— comentando o pedido querecebera dos jovens itabira-nos para que fizesse algumacoisa em favor da sobrevivên-cia da cidade, ameaçada deruína econômica pela exaus-tão breve das reservas de mi-nério de ferro.

"Nos últimos 40 anos de ex-ploração de minério, Itabiragozou de uma situação deaparência de riquezas, supor-tando simultaneamente osmuitos incômodos que a su-posta riqueza costuma pro-duzir", descreveu o poeta ita-birano.

Segundo ele, a riqueza exis-tia, mas vem sendo exporta-da em troca de benefícios fis-cais que não correspondiamao vulto do bem que o muni-cípio perdia. E hoje ele vèItabira como uma cidade des-

de de que "minério não dásafras", conforme acentua oPrefeito de Itabira, Sr JairoMagalhães. Segundo ele, essefundo impediria que "imen-

sas regiões do Pais sejamtransformadas em desolado-ras paisagens de crateras e assuas populações fiquem sub-missas a um melancólico es-tlolamento econômico e so-ciai".

Ele reclama que o Estado ea União ficam com a maiorparte da arrecadação do IUM— deixando aos municípiosapenas 20% — sem aplicarnada em retorno. Ele lembraque a atividade mineradora,além de dissipar o patrimônionatural, polui sob todas asformas e aspectos o meio-ambiente e nada deixa aomunicípio em termos de in-vestimenta para o futuro. Re-corda o exemplo histórico dociclo do ouro, que ao findarcondenou muitas cidades

prósperas à.condição de ver-dadeiras cidades-fantasmas.

A perspectiva de Itabira émais dramática, tendo emvista que durante muito tem-po era a detentora das maio-res jazidas de ferro em expio-ração no Pais. Em 1976, elaparticipava em 19,4% da arre-cadação nacional do IUM oude 38,5%, se considerada ape-nas a arrecadação mineira.Mas o município ficava ape-nas com um quinto dessa par-ticipação.

O Prefeito Jairo Magalhães .acredita que Itabira teriacondições de sobrevivência,se sua participação do IUMaumentasse de 20 para 50%.Pois até que a CVRD desati-vasse suas atividades minera-doras no município, ele teriacondições de incentivar a ins-talação de indústrias.

Ele reclama da falta de re-cursos para esse tipo de ativi-dade, já que o dinheiro doscofres municipais está todoempenhado em obras consi-deradas prioritárias.

Além dos jovens itabiranos,com seu movimento em favorda cidade, outros organismosrevelam também sua preocu-pação com o futuro de Itabi-ra. Entre eles se destaca aAssociação Comercial, quemais trabalhou para a reali-zação da assinatura, há 10meses, do convênio entre aCVRD, a CDI — Companhiade Distritos Industriais deMinas, a Prefeitura Municipale o Govemo do Estado, paraa implantação em Itabira doCentro Industrial Sócio Inte-grado. Ela realizou este ano11 cursos de aperfeiçoamentoda mão-de-obra comercial econseguiu, junto ao Senac,aprovação para a implanta-ção, a partir do ano que vem,do Ciforp—Centro Integradode Formação Profissional.

PATRIMÔNIO

Com fachada semelhante àigreja de Nossa Senhora do Ó,em Sabará, a Matriz de NossaSenhora do Rosário, cons-traída em 1775, é a única deItabira tombada pelo IPHAN— Instituto do PatrimônioHistórico e Artístico Nacio-nal. A Prefeitura e a comuni-dade lutam para que outros12 prédios considerados his-tóricos e de importância paraa cidade sejam também tom-bados.

O Prefeito Jairo Magalhãespretende também reurbani-zar o Pico do Amor. E sonhaem reconstruir a casa ondeviveu o poeta Carlos Drum-mond de Andrade, que ao serdesmontada pela CVRD, pa-ra a extração do minério sobseus alicerces, foi peça porpeça cuidadosamente nume-rada e guardada, â espera dotérmino da mineração e, ago-ra, de recursos financeiros pa-ra sua reconstrução. A obraestá orçada em cerca de Cr$15 milhões.

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18 - ECONOMIAJORNAL 00 BRASIL O .sábado, 28/6/80 ?

" V Caderno''

rInforme EconômicoBanho-maria

Realmente, a cada dia que passa, aimpressão que se tem é que tudo o que serefere à apuração da verdade no caso Valeesbarra em uma cortina de formalismosburocráticos que, no fundo, tem o objetivonão declarado de protelar ao máximo adivulgação dos fatos.

Depois de a Bolsa de Valores ter consi-derado como "quebra de sigilo" o envio dalista dos compradores da Vale entre os dias5 e 11 de março para o Juiz Anuindo Gue-des da Silva, da 6a Vara Federal, ondecorre uma ação popular contra o Ministérioda Fazenda, e solicitado reconsideração dadeterminação judicial, chega a vez do Judi-ciãrio dar a sua colaboração obscurantista.E o faz de forma quase inacreditável.

Como o Juiz Armindo Guedes da Silvaentrou em férias, o juiz substituto simples-mente comunicou à Bolsa de Valores quenão desejava julgar a petição da Bolsa,alegando que estava à frente do caso ape-nas transitoriamente e preferia deixar tudocomo está, "até o Dr Armindo voltar".

É preciso que todas as partes envolvi-das no inquérito sobre o caso Vale se cons-cientizem da importância de promover umaampla divulgação dos fatos, a fim de quepossa ser resguardado o interesse do publi-co investidor e também do contribuinte que,deforma definitiva, viu o patrimônio nado-nal ser drenado em alguns milhões de cru-zeiros pela má condução de uma operação.Não se pode admitir a paralisação de umaação apenas porque o juiz titular se encon-tra em férias. Se assim fosse, seria muitofácil para os interessados manter o casoVale como está: bastaria determinar aoMinistério da Fazenda, ao Banco Central, àCVM, à Bolsa e à Corretora Ney Carvalhoque entrassem em férias.

Em tempo

Quando as ações da Vale do Rio Docechegaram a Cr$ 5,50, o Governo achou queera chegada a hora de esfriar o mercado.Decidiu, então, vender em. rumorosa opera-ção, 150 milhões de ações a Cr$ 4,50.

Ontem, no mercado à vista, estas açõesatingiram a cotação máxima de Cr$ 11,03.Para vencimento em agosto, bateram emCr$ 11,85.

Em outras palavras: quem comprou nodia 11 de março do Governo ganhou, atéontem, 145%.

Projeções

O Ministro do Planejamento, Delfim Ne-to, afirmou ontem que, se projetarmos aelevação dos preços dos primeiros cincomeses, chegaremos ao final do ano comuma taxa de inflação inferior à anual demaio de 79 a maio de 80, que foi de 94,7%. E,também, menor do que a do períodojunho/junho, prevista em 98%.

De fato, considerada uma taxa acumu-Ioda de 30% de janeiro a maio (percentualadotado pelo Ministro); tem-se uma taxamédia mensal de inflação em torno de 5,4%,pois o cálculo da inflação é cumulativo: astaxas incidem uma sobre a outra a cadamês. E, com 5,4% ao mês, a inflação dejaneiro a dezembro de 1980 seria de 87,9%.

Linha direta

No dia seguinte ao fechamento da ven-da de 10% das ações que o Grupo MonteiroAranha possuía na Volkswagen, OlavoMonteiro de Carvalho, seu presidente, rece-beu, às 7 horas da manhã, um telefonemado Ministro da Indústria e do Comércio,Camilo Penna.

Camilo perdeu poucos segundos noscumprimentos e revelou logo o objetivo doseu chamado: — Olha, Olavo, acho quevocês devem considerar seriamente emaplicar esses 115 milhões de dólares emprojetos aqui do Ministério. Tenho umaporção deles, muito interessantes, e possogarantir que não haverá qualquer entraveburocrático. Tentaremos ser tâo rápidosquanto os árabes.

Aconteceu

Em Brasília, antes de se iniciar a reu-nião do Conselho Monetário Nacional, en-contraram-se o ex-Ministro Octávio Gou-vêa de Bulhões e o presidente do BancoCentral, Carlos Geraldo Langoni. Cumpri-mentos de praxe, e Bulhões ouve de Lango-ni a afirmativa de que "estou muito conten-te com o controle dos meios de pagamento".' Bulhões não escondeu o seu espanto eindagou: — Mas, como? E obteve de Lango-ni a resposta: — Porque a expansão dosmeios de pagamento no mês de maio foimenor do que a registrada no mesmo mêsno ano anterior.

Como a taxa anual até maio foi de 85,6,Bulhões continuou sem entender a alegriade Langoni e, tampouco, a sua explicação.E mais não disse.

Réplica

A afirmativa do Embaixador RobertoCampos no sentido de que a crise econômi-ca poderia ter sido solução em 1974, comadoção drástica de um corte nos subsídios,gastos públicos e medidas de restrição aocrédito, complementada com o comentáriode que isso "não deixaria o Delfim com aalternativa de optar entre a inflação corre-tiva e a inflação espiral", não se perdeu noéter.

No mesmo dia. o professor Mário Henri-que Sirnonsen lhe telefonou - Ê Campos,você tem wüü o razão Essas medidas pode-riam sei u.onaaas ai,e pui algum auxiliar deCubmi uüáriáv uuwi ulittgàrajn Infelizmen-tt nirtüuém tevt esiu ideiü

Democratas imitamReagan e pedem 10%de corte nas taxas

Washington — Depois que aCasa Branca admitiu examinarem julho a redução da cargatributária, a bancada democra-ta no Senado surpreendeu on-tem ao encomendar â comissãode tributos a elaboração de umprojeto de lei que permitiria aredução de 10% no ônus sobreos contribuintes.

Mas o fizeram não sem antesrechaçar projeto semelhanteapresentado pela Minoria repu-bllcana, em consonância com oque tinha anunciado seu prova-vel candidato â Presidência,Ronald Reagan. Os democra-tas classificaram a proposta deReagan "Irresponsáveis e irrea-lizâvels", embora ele tambémpedisse um corte de 10% doImposto de Renda.

Políticos e economistas agemagora com um olho nos indica-dores econômicos e dois nas

eleições de novembro. Todo es-se debate sobre a carga tributa-ria animou empresários e invés-«dores, apesar de o país atra-vessar uma séria recessão, poisgeneralizou-se a crença de queestá a caminho forte estimulofiscal e monetário.

Segundo The New York Ti-mes, em se tratando de Carter,cortes de 20 a 30 bilhões dedólares na carga tributária sãotudo o que se pode esperar. Jáos cortes propostos por Reaganpoderiam totalizar pelo menos36 bilhões de dólares no prõxi-mo ano fiscal (que começa emoutubro). Os assessores de rea-gan, Arthur Burns (ex-presidente do Banco Central) eGeorge Schultz (ex-Secretáriodo tesouro), tem chamado suaatenção para a necessidade deequilibrar a redução dos impôs-tos com o corte nos gastos esta-tais.

Câmara limita políticaenergética de Carter

Washington — Apenas umdia depois do Congresso apro-var a criação da empresa esta-tal que produzira combustívelsintéticos, a Câmara vetou umdos principais pontos da politi-ca energética do PresidenteCarter: a instituição de umacomissão de mobilização, queteria poderes para derrogar to-da e qualquer legislação queatrasasse a execução do pro-grama.

Todos os grandes grupos depressão em defesa da natureza,bem como diversos outros,principalmente ligados aos Es-tados, foram ao Congresso paralutar pelo combate ao projeto."A lei ê má, pois representa umatentado à soberania dos Esta-

dos", sintetizou o DeputadoMorris Udall, democrata peloArizona.

Nào só as leis estaduais, mastambém federais, poderiam serderrogadas pela comissão, parapermitir a rápida execução doprograma energético de Carter,principalmente da parte relati-va ã aplicação de 20 bilhões dedólares no desenvolvimento decombustíveis sintéticos.

A Câmara usou de um recur-so técnico — devolver o projetoa uma comissão conjunta, parareexame — o que levou a CasaBranca a assegurar que a causanão está perdida. No dia ante-rior, o Congresso aprovara aempresa estatal para combustl-veis sintéticos.

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¦NHuii^tninii-iE.PRQGfiRMA QE tXPANSAl t HtlUQRlA

nn-MiAVISO DE CONCORRÊNCIA

PARA VENDA DE VEICULO

A Comissão designada pela Portaria nP

10/80 de 29/05/80 do Coordenador do Programa

de Expansão e Melhoria do Ensino - PREMEN,

torna público, para conhecimento de quantos

possam interessar, que se acha aberta a

Concorrência nP 04/80 SSA para venda de 1

(um) veículo pertencente ao Órgão.

Os interessados poderão obter, na Subse-

cretaria de Apoio do PREMEN, à Av. Pasteur,

368, Urca, Rio de Janeiro-RJ, nos dias úteis

das 9:00 às 11:00 hs e das 14:00 às 16:00 hs,

o Edital e demais esclarecimentos a respeito

da referida Concorrência.

Rio de Janeiro, 27 de junho de 1980

A Comissão

Ameaça à co-gestãocausa uma crise noGoverno da Alemanha

William WaackCorres pondtnf*

Bonn — Questões trabalhistas — a preservação daco-gestão operários-empresários—desencadearam umaforte crise entre o Partido Social-Democrata e o Liberal,que formam a coligação governista na Alemanha. Con-tra a vontade dos liberais, os soclais-democratas queremapresentar um projeto de lei Impedindo que as empresasdo setor siderúrgico e de mineração encontrem maneirasde fugir à aplicação integral da co-gestão, que é oprincipal experimento alemão de conciliação entre ocapital e o trabalho, após a Segunda Guerra Mundial.

A crise começou com os planos de reestruturaçãoanunciados pela Mannesmann, que pretende separarnuma filial isolada os setores de produção de aços etubos. Com isto, o restante da empresa nào precisaria sesubmeter â co-gestão válida para todo o campo siderúr-glco, aprovada em 1950, e que garante de fato a paridadeentre empresários e operários no conselho administrati-vo das grandes empresas. Através de uma Intervençãopessoal, o Chanceler Helmut Schmidt conseguiu que aMannesmann pelo menos adiasse para o final do ano psplanos de reestruturação, impedindo um racha na coli-gação apenas três meses antes das eleições gerais decinco de outubro. Egon Overbec, presidente da empresa,disse ao sair de um encontro com Schmidt que suadiretoria não irá discutir o problema no próximo dia,conforme estava previsto.

Opostos

Enquanto isto, as bancadas dos sociais-democratase dos liberais chegavam unanimente a resultados total-mente opostos. Os soclais-democratas, pressionados pe-Io Sindicato dos Metalúrgicos, aprovaram um projeto delei para fechar qualquer brecha que permita as empre-sas escapar da co-gestão. Os liberais não acham necessá-rio qualquer alteração na legislação vigente.

Revoltados com os planos da Mannesmann, os me-talúrgicos e a poderosa Central Sindical Alemã estãoprogramando protestos para a próxima semana. A co-gestão aplicada no ramo siderúrgico é um modelo que ossoclais-democratas e os líderes sindicalistas gostariamde estender em toda a economia alemã, só não o tendoconseguido devido à resistência do Partido Liberal, oque representa os interesses empresariais. Se a Mannes-mann tiver sucesso em sua iniciativa, os sindicatosalemães acreditam que a instituição da co-gestão estaráem perigo.

A co-gestão existe para todas as empresas com maisde 1 mil funcionários no país, mas é bastante diferenteem relação ao modelo da indústria siderúrgica. A co-gestão de 1976 considera os executivos como represen-tantes também dos operários e determina que a presi-dêncla dos conselhos administrativos deva ser exercidasempre por um representante do capital.

Na indústria siderúrgica, ao contrário, a paridadeem prática desde 1950 entre operários e empresários noconselho administrativo é total e a presidência do órgãoestá a cargo de uma pessoa neutra. Os procedimentoseleitorais garantem grande influência aos sindicatos,que podem também vetar a nomeação de um diretor dotrabalho, pessoa encarregada das relações entre a dire-ção da empresa e os operários, caso não seja de suaconfiança.

Pressionado pelos sindicatos, e pela iniciativa ousa-da do chefe da bancada parlamentar do SPD em Bonn,Herbert Wehner, que introduziu o projeto de lei semsequer consultar o parceiro de coligação, o ChancelerHelmut Schmidt adiou a crise através de suas boasrelações com o mundo empresarial alemão. Antes deoutubro deste ano o SPD e o liberais não mais terãotempo para briga a não ser que ambos transformem a co-gestão em tema eleitoral.

Empresários detidosacusam Argentina deapoiar multinacionais

Buenos Aires — Empresáriosargentinos, detidos sob aacusação de fraudes financeirasque afetaram a economia, estãodispostos a denunciar uma ma-nobra da política econômica doGoverno militar, destinada afavorecer as "empresas multi-nacionais", segundo afirma-ram, em Buenos Aires, fontesjudiciais.

Tanto os responsáveis pelogrupo financeiro Greco, como oos diretores do grupo Oddone,encarcerados por "captar fun-dos públicos para utilizá-loscom fins de lucro pessoal", esta-riam dispostos a provar queexiste uma manobra destinadaa eliminar do mercado os "gru-pos econômicos nacionais",precisaram as fontes.

Os bancos Oddone e Los An-des (este último pertencente aogrupo Greco) são acusados deoperar como holdings, empres-tando dinheiro a juros privile-giados às suas próprias empre-sas. O Governo decidiu intervirem ambos os bancos em abrilpassado, após a quebra do Ban-co de Intercâmbio Regional(BIR), que era o mais importan-te banco privado argentino.

Tanto Greco como Oddonesão grupos empresariais degrande porte, cujo desmorona-mento, após um desenvolvi-mento explosivo nos últimosanos, compromete seriamentea economia de vastas regiõesdo país. O grupo Greco é o maisimportante de Mendoza, centroempresarial do setor vinícolaque, por sua vez, é a terceiraindústria mais importante daArgentina.

O grupo Oddone é formadopor 57 empresas, incluindo fi-nancelras, estabelecimentos

agropecuários, empresas reflo-restadoras. instalaçõesagro industriais, fábricas decosméticos e de alimentos, gru-pos dedicados à construção ei-vil e firmas especializadas naextração, processamento e co-mercializaçâo de chumbo eprata.

Para confirmar sua tese, osresponsáveis pelo grupo Oddo-ne sustentam que "o grupo eco-nômlco do Governo aponta osbancos que devem sofrer inter-venção, apesar de existiremversões segundo as quais ou-trás instituições bancárias es-teriam em situação similar,mas sendo auxiliadas com cre-ditos e refinanciamentos a lon-go prazo".

Segundo este enfoque, a poli-tica financeira desenvolvida pe-Io Ministro José Martinez deHoz seria a responsável pelaatual crise, cujo objetivo seriaesmagar certos grupos empre-sarials e financeiros, em benefi-cio de outros.

No documento estariam in-cluídas outras revelações, comopor exemplo, a de que os inter-ventores nos bancos Oddone eLos Andes sáo funcionários degrupos financeiros competido-res. Tal seria o caso dos inter-ventores do banco Oddone, quepertenceriam aos quadros dirl-gentes do poderoso banco deBoston, cujo gerente-geral ecunhado do vice-presidente doBanco Central, AlejandroReynal.

No mesmo caso se enquadra-ria o interventor no banco deLos Andes (grupo Greco), queestaria vinculado ao banco es-panhol Corfln, principal compe-tidor daquele na Zona Oeste daArgentina.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA

UNIVERSIDADEDO RIO DE JANEIRO

(UNI-RIO)rEmbaixador do Kuwait vêcom otimismo entradade petrodólares no Brasil

Brasília -rO Embaixador do Kuwait no Brasil, AliZakarias Al-Ansari, acredita que a intensificação dointercâmbio técnico, econômico e político entre o Bra-sil e os países árabes é ainda um "caminho que deveráser pavimentado". Mas não existem obstáculos para aentrada de um maior volume de petrodólares sob aforma de capital de risco, investimentos que interessama ambos os países, o que ele espera sinceramente queocorra após a grande operação de compra, pelo Gover-no do Kuwait, de 10% das ações da Volkswagen doBrasil ao Grupo Monteiro Aranha.

Oficialmente, contudo, a viagem que o Ministro daIndústria e do Comércio, Camilo Pena, realizará aoIraque e ao Kuwait em julho — podendo estender o.,roteiro para Varsóvia e Lisboa — não deverá resultarem transações de vulto segundo ponto-de-vista exter-nado pelo assessor de Assuntos Internacionais do MIC,Rogério Sabóia. O roteiro preliminar preparado por eleprevê a estada do Ministro Camilo Pena em Bagdáapenas no dia 16 de julho, para a assinatura da linha decrédito de 100 milhões de dólares para o BNDE.

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O Sr Rogério Sabóia conside-ra pouco provável que o Gover-no do Kuwait abandone suatradicional política de grandefornecedor de capitais aos ban-cos europeus, que os repassa alongo prazo para países toma-dores de empréstimos, porquesua grande preocupação é re-solver as graves deficiências nainfra-estrutura urbana do pais ea carência de alimentos. O Ku-wait é o maior cliente da Asso-ciaçào Brasileira Exportadorade Frangos—ABEF. Por outro

wait e o BNDE, que anunciou aprivatização de sua parte naassociação, ainda nào cumpriusuas finalidades.

O Embaixador Al-Ansari dis-se que, "por ser o Kuwait umpaís livre, aberto, oferece aco-lhida à participação do Brasil,com quem mantém relaçõesamistosas, em seus planos dedesenvolvimento, de acordocom as normas e sistemas se-guldos pelo Governo kuwaitia-no e esse respeito".

Disse, também, "esperar sln-ceramente" que o Kuwait faça

lado^ele lembra que a Abico noy°s toyMtoentos no Brasil.Arab Brazllian Invesüment pois

"nao há obstáculos no ca-Company, formada por um con- mlnh° e Isto é de Interesse desórcio de três empresas do Ku- «nbos os países .

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Não existe meio de tornar o mundo melhorsem conhecê-lo bem. Feio ou bonito, este é o seumundo.E você precisa estar sintonizado com ele, sobre-tudo se pretende mudá-lo para melhor.Por isso,aCaixaEconômicaPederal patrocina, diariamente,os informa-tira da Rádio Jornal do BrasiLQuando se trata de darinformação, a Caixa faz questão de não economizar:41 vezes por dia,a informação rápida e precisa chega avocê,de todas as partes do mundo. A cada 20 minutos,desegun(teasexta,v()cêéinf(nrinados()breguerras,es-portes, passeatas,deiçdes, personalidades, estudantes,política, manifestações artísticas, trânsito, religião,economia e tudo que diz respeito ao mundo em que vocêvive.Àsvezesanotíciapodenãosoarbemaosseusouvi-dos. Mas sempre você pode fazer algo para torná-lamaisagradávéLTenha o mundo ao pé do ouvido.

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AVISO AOS ACIONISTASINTEGRAUZAÇÃO DE AÇÕES SUBSCRITAS

1. Convidamos aos senhores acionistas que subscreveram ações com realização

parcelada, no aumento de capital social aprovado na Assembléia GeralExtraordinária de 19 de novembro de 1979, a integralizarem os restantes 88%

(oitente e oito por cento) a partir de 30.06.80 e até 29.07.80, impreterivel-mente.

2. O atendimento dos acionistas será efetuado de segundas as sextas-feiras das8:00 as 12:00 e das 14:00 as 16:30 horas, nos mesmos locais em que asubscrição foi realizada, abaixo mencionados:

São Paulo—SP Av.lnterlagos,4455Rio de Janeiro—RJ Av. Nossa Senhora de Fátima, 25São Paulo, 26 de junho de 1980Paulo Diederichsen VillaresPresidente do Conselho de Administração

COMPANHIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAISCOPASA-MG

AVISOINSCRIÇÃO NO CADASTRO OE FIRMAS

FORNECIMENTO OE VÁLVULAS - BORBOLETASISTEMA SERRA AZUL

A COPASA-MG faz saber que estão abertas as inscrições para cadastramentode firmas fornecedoras de válvulas borboleta nos diâmetros de 3Q0mm a1200mm a serem adquiridas por licitação entre as firmas inscritas, comfinanciamento do Banco Mundial.

As inscrições serão recebidas até o dia 07 de julho de 1980 e as instruçõespoderão ser obtidas na Seção de Concorrências da COPASA-MG, à Rua Carangola500, Belo Horizonte — MG.

As firmas já inscritas no Cadastro de Firmas da Copasa e habilitadas para ofornecimento de válvulas borboleta, são consideradas qualificadas para o objetivodeste anúncio.

Belo Horizonte, 26 de junho de 1980.(P

JORNAI DO BRASIl D sóborte, gfl/6'BO D 1« Cortejo CCONOMIA - 10

Cel Bonzoné o autor dodocumento

Brartilla — O autor do docu-mento de Dl visão dp Segurançae Informações do Ministériodas Minas p Energia que apon-ta os "inimigos do programanuclear" e que foi causa da re-núncia dos quatro membros daoposição na CPI nuclear e oCoronel Geraldo Bonzon, ana-lista da DSI. A revelação foifeita ontem por uma fonte dopróprio Ministério.

O nome do coronel, entretan-to, já havia chegado aos mem-bros da comissão parlamentar,e o Senador Dirceu Cardoso(ES. sem Partido), chegou aperguntar ao Ministro CésarCais, no dia de seu depoimento,quarta-feira, sobre se ele conhe-cia aquela pessoa. O Ministrorespondeu que sim e que traba-lhava na DSI, mas se negou arevelar suas funções e se tinhaalguma relação com o docu-mento.

MISSÃO

A mesma fonte do Ministériodas Minas e Energia acrescen-tou que o chefe da DSI, CoronelJosé Aragão Cavalcanti (que foisecretario de Segurança doCeará no Governo do Sr CésarCiUsi, deu ao Coronel GeraldoBonzon a missão de acompa-nhar todos os depoimentos ecomportamento dos senadoresnas sessões da CPI nuclear.

Ontem, o Senador DirceuCardoso disse que, quando umfuncionário do Ministério lheforneceu o nome do coronel esuas características físicas, elerealmente lembrou-se da pre-sença assídua do funcionárioda DSI do Ministério nas ses-soes abertas da comissão. "OCoronel sentava-se sempre emum dos cantos da mesa do pie-nário da comissão e anotavasem parar tudo o que se falava ese discutia durante os depoi-mentos", disse o Sr Dirceu Car-doso.

SEM CERTEZA

O Senador Dirceu Cardosoexplicou que, ainda que tenhainformações muito seguras deque o autor do documento é oCoronel Geraldo bonzon, prefe-re continuar apontando comoresponsável o Coronel AragãoCavalcanti, "porque, embora oMinistro tivesse afirmado queele náo foi o autor, disse que eleera o responsável e é a assinatu-ia dele que consta do documen-to, como chefe da DSI".

O Senador Dirceu Cardoso la-mentava-se ontem de que te-nha ficado sozinho na petição•que fará ao Ministro da Justiça,Ibrahim Abi-Ackel, para que fa-ça, via Procurador-Geral daJustiça, uma queixa-crime con-tra o Coronel Aragão para quecie responda, perante a lei, pe-Ias afirmações contidas no do-cumento a respeito da condutado senador. Disse que entrega-rá a peUção na próxima terça-feira ao Ministro. Os SenadoresRoberto Saturnino (PMDB-RJ)e Franco Montoro (PMDB-SP)viajaram ontem para seus Es-tados.

CONTINUIDADE

Embora o Senador FrancoMontoro houvesse afirmado,quinta-feira, ao JORNAL DOBRASIL, que a CPI poderiacontinuar apenas com os cincomembros do PDS, levantou-seontem no Senado uma dúvidaquanto a isso. Para que a co-missão delibere sobre qualquerassunto, é preciso contar com apresença da metade de seusmembros e mais um Como aCPI foi originalmente criadacom nove membros, de acordocom o regimento, a maioria ab-soluta são seis membros, nume-ro com que não conta o PDS.

Entretanto, caso a CPI voltea funcionar em agosto (seu pra-zo se esgota a 20 de outubro), oSenador Dirceu Cardoso dissequê, mesmo sem ser mais mem-bro, comparecerá aos depoi-mentos, particularmente no dopresidente da Nuclebrás, Em-baixador Paulo Nogueira Batis-ta, e com ele debaterá na condi-ção de senador.

Leia "Fuga"na pág. 10

Deputado criticaacordos nucleares

São Paulo — O Deputado es-tadual Evandro Mesquita(PMDB-SP), único parlamentarda Oposição que participou dacomitiva que ontem visitou oInstituto de Pesquisas Energé-ticas e Nucleares (IPEN), daUSP, afirmou que muitas eta-pas da produção de combustl-vel nuclear poderiam ser desen-volvidas no país, sem acordosinternacionais como o firmadocom a empresa francesa nopais, sem acordos internacio-nais como o firmado com a em-presa francesa Péchiney, paraprodução de hexafluoreto.

Ele fez muitas restrições aoacordo nuclear com a Alemã-nha, mas disse que, se o acordofor cumprido, ate a oitava usinaos brasileiros já terão domina-dó todas as fases do ciclo nu-clear, desde o enriquecimentode urânio até a produção deenergia.

MAIS DIVULGAÇÃO

O presidente da Comissão deEnergia da Câmara, DeputadoGenésio de Barros (PDS-GO), eo Senador Alberto Lavinas(PDS-RJ) defenderam a divul-gação de forma ampla para apopulação do programa e doacordo nuclear. Segundo osparlamentares, essa seria umaforma de o Governo vencer aresistência que ainda existe porpartí de tuna parcela da comu-r.itíaüt ao desenvolvimento nu-cleai do pais Destacaram que ornioido nuuleaj e necessário,uma i/e^qut o Brasil precisa teracesso a essa iecauiuiíla daqüai tatalmehfce dependeráquando esgotai seu potencialhidnco.

Atlântica lidera ativo Denúncia contra

dos grupos seguradoresA Atlântica Bnavista assumiu a lide-

rança no ranking dos maiores ativoslíquidos dos principais grupos segurado-res. no primeiro trimestre -deste ano,quando passou a deter 15,MWfe de todo omercado segurador, com um total de Cr$6 bilhões 573,8 milhões de ativo. O grupoSul América perdeu a primeira posição,somando Cri S bilhões 707,5 milhões deativo e concentrando apenas 13,81% domercado.

O ativo total do mercado seguradorsomou Cr$ 41 bilhões 9653 milhões doprimeiro trimestre, cujos balancetes ser-viréo de base para o calculo do limiteoperacional das seguradoras para o se-gundo semestre do ano. Em relação aoterceiro trimestre do ano passado, quan-do o ativo total do mercado atingiu Cr»29 bilhões 437,1 e os balancetes serviramde base para o limite operacional desteprimeiro semestre, o volume alcançadoem março representa um aumento de42,58%—indice pouco acima da inflaçãodo período outubro/79 e março/80, que sesituou em 40,85%.

DisputaAs novas posições no ranking caracte-

rizam mais um ronnd na disputa pelaliderança entre os dois maiores gruposseguradores brasileiros: Atlântica-Boavista e Sul América. Até outubro doano passado, a Atlântica liderava a pro-duçáo de prêmios do mercado segurador,mas passou a ocupar a segunda posiçãoapós a compra da Bandeirantes pela SulAmérica, que consolidou a liderança dogrupo.

Agora, a Atlântica assumiu a Uderan-ça no ranking dos maiores ativos liqui-dos do mercado, com acentuado cresci-mento em relação ao terceiro trimestrede 79, quando concentrava 14,88% domercado, com um volume de Cr$ 4 bi-lhões 381,3% milhões de ativo. A SulAmérica, que detinha 15,34% com Crt 4bilhões 517,1 milhões de ativo, passou adeter apenas 13,81%. Para este compor-tamento, muito contribuíram os resulta-

dos Industriais dos dois grupos, que emdezembro último atingiram apenas 1%para a Sul América e 11,4% para a Atlân-tica.

Mas essa troca de posições nâo foi aúnica mudança no ranking do volume deativos enquanto o Grupo Itaú mantevesub terceira posição - apesar de regis-trar um declínio de 7,62%, em setembrode 79, pare 6,67%, em março último, nopercentual que concentra do mercado —o Grupo Internacional trocou de posiçãocom o Bamerindus e passou do 4° para o5a lugar no ranking dos maiores ativoslíquidos

O Grupo Bamerindus aumentou de4,18% para 5,16% o percentual que con-centra do mercado e o Internacional de-clinou de 5,05% para 4,31%, de setembroa março O Nacional, por sua vez, rnante-ve-se como o 6° maior grupo, no volumede ativos, com crescimento de 3,52% pa-ra 4,12% da concentração do mercado,comparados as mesmos períodos.

Entre as seguradoras independentes,a Aliança da Bahia, cujo volume do ativoliquido passou a superar o alcançadopelo quarto maior grupo (o Bamerindus),consolidou sua liderança, concentrando5,22% do mercado. A seguradora Comindultrapassou a Motor Union e passou a sera segunda maior, elevando de 2,71% para3,47% sua concentração do mercado. AMotor Union, agora na terceira posição,declinou de 2,83% para 2,27%.

De setembro de 79 a março último, oGrupo Real, que manteve a 7* posiçãodentre os maiores grupos, aumentou sen-sivelmente sua posição no ranking geral.Enquanto no terceiro trimestre do anopassado, seu volume de ativo líquido erasuperado por 12 seguradoras indepen-dentes, neste ano, o volume atingido só ésuperado por quatro independentes. OGrupo elevou seu ativo de Cr$ 423 paraCr$ 814 milhões, ampliando de 1,44%para 1,85% a concentração do mercado,sem contar com a compra da seguradoraBrasileira, que aumentaria este percen-tual para 1,94%.

IRB leva Uoyd's a__mudar forma de agir

Robert Dervel EvansCorrespondente

Londres — A famosa instituiçãoseguradora britânica Lloyd's está pa-ra sofrer as maiores mudanças emseus 300 anos de tradição, como resul-tado da decisão tomada pelo Institu-to de Resseguros do Brasil (IRB), em1978, de não pagar reclamações de umdos sindicatos de corretoras que ope-ram com o Lloyd's — o FrederickSasse and Co.

A recusa lançou luz sobre umasérie de irregularidades dos que seaproveitavam do sistema informal denegociação do Lloyd's, o que deu ori-gem â instituição de uma comissãoespecial de investigação. Depois de 18meses de trabalho, ela concluiu que oIJ.oyd'8 deve ser adaptado ãs atuaiscondições do mercado, passando afuncionar segundo normas mais es-tritas.

Boa-féO relatório Fisher (nome do presi-

dente da Comissão) foi bem-recebidopelos diretores do Lloyd*s e uma novalegislação, cuja iniciativa pertence aoParlamento, parece inevitável. Entreos membros do Lloyd's, contudo, o arde tristeza é indisfarçável, pelo desa-parecimento de um sistema que crês-ceu a partir do velho aforismo de que"a palavra de um inglês é seu titulo".

O Lloyd's começou como um siste-ma de seguro de navios e cargas na-vais. As transações eram informais,freqüentemente apenas orais, entrenegociantes, donos de navios e finan-cistas, que se encontravam no café damanhã, no restaurante do próprioLloyd's. Baseava-se na boa-fé e naconfiança mútua. Os riscos eram co-bertos por acordos de cavalheiros, oque permaneceu como princípio bási-co por trás do sucesso de Londrescomo centro financeiro internacionalaté os nossos dias.

Mas, com a fenomenal expansãodo ramo segurador, e especialmentede suas ramificações internacionais, osistema começou a revelar falhas nosanos 70. A que causou mais sensação— e deu origem à investigação — foijustamente o caso IRB/Sasse, em1978, quando presidia o primeiro o SrJosé Lopes de Oliveira.

Por suspeitar de fraudes, como aocorrência de sinistros antes da emis-

são da apólice do seguro, o IRB resis-tiu ao pagamento dos reclamos doSasse, que havia repassado à institui-çáo brasileira seguros de prédios nocentro de Nova Iorque. Esses prédiosforam destruídos ou danificados porincêndios.

Sem escrúpulosAlém de causar sensação, pois até

então vigorava o sistema do Lloyd'sde pagar integralmente primeiro, dei-xando as investigações para depois, adecisão do IRB precipitou a criaçãoda comissão, um processo de autocri-tica dos diretores da instituição segu-radora inglesa, a suspensão da Sasse(que depois dexou o mercado). Duran-te as investigações, veio à luz umasérie de irregularidades e outros casosde transações duvidosas, com asquais nem a Sasse nem o IRB tinhamqualquer relação.

A maior fraqueza do antigo siste-ma do Lloyd's revelou-se no cresci-mento dos intermediários — agentesde seguros e corretores, que atual-mente fazem mais dinheiro do que aspróprias seguradoras. Grupos deles sejuntaram para assumir o controle desindicatos de seguradoras com licen-ça para operar no Lloyd's.

Sua pouca tradição no setor e faltade escrúpulos fez desmoronar o anti-go sistema, baseado na confiança mú-tua e no acordo de cavalheiros. Asuspeita espalhou-se como rastilho depólvora pela City (os meios flnancei-ros de Londres) e alarmou o próprioGoverno, que temia pela sorte de doisdos setores (o segurador e o rlnancei-ro) que mais divisas estrangeiras ob-têm para o pais na venda de serviços— as exportações invisíveis.

Outro princípio vigente, tanto noLloycVs como na City, é o da auto-regulamentação,.segundo o qual asInstituições pollciam-se através de co-missões nomeadas por elas mesmas.Ele tem-se conservado, em consonãn-cia com a recomendação do estudoespecial feito sob a orientação do ex-Premier trabalhista Harold Wilson,que pediu sua manutenção.

Para alívio dos cavalheiros, na Ci-ty e no Lloyd's, a comissão Fisheracha que o sistema deve ser mantido,apesar de toda a modernização.

Galvêas já temrelator no STF

Brasilia—O Supremo Tribunal Fede-ral sorteou ontem o Ministro Soares Mu-noz relator de denúncia oferecida peloDeputado Alberto Goldman (PMDB-SPicontra o Ministro da Fazenda, EmaneGalvêas, por crime de responsabilidadeem face de ter este autorizado a venda deações da Companhia Vale do Rio Doce"sem as cautelas legais"

Duas medidas o Ministro Soares Mu-noz—gaúcho, indicado para o SupremoTribunal Federal no Governo Geisel —poderá tomar: encaminhar o processo aoProcurador-Geral da República, a fim deque este dê parecer sobre o recebimentoou nâo da denúncia, ou arquivar osautos.

O arquivamento teria base no enten-dimento de que, segundo o Artigo 40 daConstituição Federal, "compete privati-vãmente â Câmara dos Deputados: de-clarar, por dois terços dos seus membros,a procedência da acusação contra o Pre-sidente da República e os Ministros deEstado".

A mesma Carta determina em seuArtigo 42 que "compete privativamenteao Senado Federal: julgar o Presidenteda República nos crimes de responsabili-dade e ob Ministros de Estado nos crimesda mesma natureza conexos comaqueles".

Acontece que a denúncia oferecidapelo Deputado Alberto Goldman já foiapresentada â Câmara dos Deputados,que a rejeitou, daí o parlamentar te-laencaminhado ao STF, argumentando es-tar "convencido que agira acertada-mente."

Ele configurou o crime de responsabl-lidade do Ministro da Fazenda no Artigo11 da Lei 1079/50, sustentando que eleficou caracterizado "pela negligenciacom que se houve o Sr Ernane Galvêasno que respeita â conservação do patri-mõnio nacional, diante da confessadaautorização para a venda em bolsa, semas cautelas legais".

Em sua denúncia ao STF ele pediuainda a produção de provas testemu-nhals das seguintes pessoas: Carlos Lan-goni (Presidente do Banco Central); RuyLage (Presidente da Comissão Nacionalde Bolsas de Valores); Fernando Carva-lho (presidente da Bolsa de Valores doRio de Janeiro); Jorge Hilário GouveiaVieira (presidente da Comissão de Valo-res Mobiliários); José Paes Rangel (chefeda Divida Pública do Banco Central); edo advogado José Luis Bulhões Pedreira.

Eletrobrás tomaempréstimo deUS$ 375 milhões

O diretor-financelro da Eletrobrás, SrNorberto Medeiros, anunciou que termi-nou ontem o prazo para formação dopool de bancos que vão subscrever oempréstimo para a Eletrobrás no merca-do do eurodólar. Segundo o Sr NorbertoMedeiros, a posição até quinta-feira indi-cava um total de 375 milhões de dólaressubscritos por 39 bancos, dos quais 10como lideres, 11 gerentes, seis co-gerentes e 12 participantes.

Ainda este ano a Eletrobrás deverálançar entre 100 e 150 milhões de marcosem bônus no mercado da Alemanha Oci-dental. Para isso, aguarda autorizaçãodo Banco Central (é a primeira da fila). OSr Norberto Medeiros admitiu que a ade-são de tantos bancos ao empréstimo nomercado do eurodólar só foi possível por-que a Eletrobrás "foi ao mercado emcondições compatíveis com as que o mer-cado estava disposto a oferecer". Ou seja,prazo de oito anos, com quatro de carên-cia, e spread de 13/8 sobre o Libor.

O diretor-financeiro da Eletrobrásconsiderou que "náo adianta forçar o queo mercado nâo está aceitando". Na suaopinião, o empréstimo tomado pela Ele-trobrás serve como indicador do que osbancos estão dispostos a aceitar e mos-tra que' 'dá para o Brasil tomar emprésti-mos lá fora, desde que nessas condições,que são boas para os bancos e são boaspara nós".

Ele destacou o fato de dois bancosjaponeses — o The Dai-Ichi KangyoBank e o Sumitomo Trust Finance —terem decidido subscrever o empréstimo,pois bancos japoneses não estão receben-do permissão para atuarem no mercadodevido ao déficit previsto no balanço depagamentos do Japão este ano, que de-verá ser de 20 bilhões de dólares.

O diretor-geral da Itaipu Binacional,general Costa Cavalcanti, segue amanhãpara a Suíça, onde vai assinar três con-tratos de financiamento e empréstimopara a hidrelétrica de Itaipu. Os doisprimeiros, no valor de 94 milhões 913 mil160 francos suíços, são contratos de fi-nanciamento vinculado à compra deuma subestação que será fornecida pelaBrown Boveri, e o terceiro é um contratode empréstimo de 200 milhões de dólares,sem vínculo com qualquer espécie decompra de equipamento.

(Este comunicado tem finalidade exclusivamente informativa)

Bolsa de Valores do Rio de JaneiroA Bolsa de Valores do Rio de Janeiro

certifica que, em 27 de junho de 1980, foramnegociadas pela primeira vez em seu.

pregão as ações da

FAROL S/A INDUSTRIA GAÚCHADE FARELOS E ÓLEOS

1 KmümMmmmc

Sede: Av. Borges de Medeiros, 659 -12? andar - Porto Alegre-RSCapital social: CrS 317.000.000,00, dividido em 217.000.000 de ações

ordinárias e 100.000.000 de ações preferenciais, ambas escriturais, semvalor nominal.

Exercício social: 01/11 a 31/10Valor patrimonial. CrS 2,81 (balanço em 31/10/79)

Lucro líquido: CrS 107.975.000,00 (balanço em 31/10/79)Venda líquida: CrS 1.556.452.000,00 (balanço em 31/10/79)

Últimos eventos: bonificação: 180,00% (AGE 20/12/79)subscrição: AGE 02/05/80 - 46,08% - preço de emissão CrS 1,90 (em

ações preferenciais)Atividade: Industrialização e comercialização, exportação e importação deoleaginosas, cereais, produtos agrícolas, rações e derivados, bem como, o

que correlatarnente convn com esses ramos.

Diretoi de Relações com o Mercado:Sergiu Lindeninánn

wwmmmmmmmãm

O PETROBRÁSDISTRIBUIDORAS A.

CGC Nr 34 274233' 0001-02

AVISO AOS ACIONISTAS

PAGAMENTODE DIVIDENDO

Comunicamos aos Senhores Acionistas que teráini'cio no dia 30 de junho próximo o pagamento dodividendo do exercício de 1979, aprovado pela Assem-bléia Geral Ordinária de 03.03.80.2. O dividendo será pago à base de Cr$ 0,3832,integralmente à todas as ações componentes do CapitalSocial da BR, ou seja, 38,32% sobre a quantidade deações possuídas, conforme o disposto no Parágrafo2o do Artigo 202 da Lei n° 6.404 de 15.12.76 e noArtigo 9 do Estatuto da Companhia que prevê a dis-tribuição mínima obrigatória de 25% do lucro líquidoajustado.3. Os acionistas deverão procurar seus dividendos nosAgentes Bancários abaixo indicados, pelo prazo de 90(noventa) dias decorridos da data inicial reportada noitem 1 do presente aviso, ou seja até 30.09 80.4. Os acionistas residentes em localidades onde nãoexistam Agências dos Bancos credenciados, deverão sedirigir à Agência Central, na Capital de seu Estado,onde os dividendos estarão à disposição.5. Após o prazo fixado, os acionistas deverão pro-curar seus dividendos em um dos Escritórios da Com-panhia a seguir indicados.6. No ato do pagamento, será feita a retenção doImposto de Renda na fonte. A retenção será feitaobservando-se os percentuais de 25% quando o benefi-ciário for pessoa física e 15% quando o beneficiáriofor pessoa jurídica sobre o valor do rendimento apagar. As pessoas Jurídicas de Capital Aberto, Isentasou Imunes deverão fornecer no ato, documento quecomprove esta condição.7. Os acionistas da BR não gozam dos favores fiscaisconcedidos aos possuidores de ações de Sociedade deCapital Aberto.

t

AGENTES BANCÁRIOS/ÁREA DE ATENDIMENTO

BANCO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO S.A. —BANERJ

Todas as Cidades do Estado do Rio de Janeiro ondetenha Agências

BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO S.A. -BANESPA

Todas as Cidades do Território Brasileiro onde tenhaAgências, exceção feita à área atendida pelo BANERJ.

OBS:

- SÂO PAULO - SP.

-BELO HORIZONTE-MG.

a) — Nas Capitais dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo. Minas Gerais

e Rio Grande do Sul o atendimento será leito nas seguintes Agências:

RIO DE JANEIRO — RJ. BANERJ — Agência CentralAv Nilo Peçanha. 175 — 1° SS

BANESPA — Agência PatriarcaPraça Patriarca. s/n°

BANESPARua Goitacazes, 55

PORTO ALEGRE — RS BANESPA — Agência CentralRua Sete de Setembro. 1136

b) _ Nas Cidades do interior onde existem mais de uma Agência dos

Bancos acima credenciados, serão utilizadas as seguintes:

ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Niterói — Av Amaral Peixoto. 1 a 15

Duque de Caxias — Av Presidente Kennedy. 1511 e 1515

Petrópolis — Av XV de Novembro, 1060' 1066

Campos — Rua Santos Dumont. 67

Volta Redonda — Av. Amaral Peixoto, 287/291

- ESTADO DE SÃO PAULO

Campinas

JundiaíPiracicaba

Pres. Prudente

Ribeirão Preto

Santos

_ Central — Av. Francisco Glicéno. 947

_ Central — Rua Barão de Jundiai. 868

_ Central — Rua Moraes Barros, 848

— Central — Rua Maior Felicio Tarabai, 519

_ Central — Rua Amador Bueno. 605

_ Central - Rua João Pessoa, 45.47

ESCRITÓRIOS DA BRRIO DE JANEIRO - RJ.Gerência de Operações FinanceirasTesourariaPraça 22 de Abril, 36 — TérreoHorário: 9:00 às 11:00 e 14:00 às 16:00 horas

SÃO PAULO - SP.Distrito de São PauloAv. Duque de Caxias, 408/414Horário: 09:00 às 11:00 e 14:00 às 16 00 horas

BELO HORIZONTE - MG.Distrito de Belo HorizonteAv dos Andradas, 302Horário: 09.00 às 11 00 e 14 00 as 16 00 horas

Rio de Janeiro, abril de 1980

20 - ECONOMIAJORNAl 00 BRASIL ? sábodo. 28/6/80 ? 1° Caderno

Figueiredo Ferraz e

Internacional farão

aeroportos de S.Paulo

Sfto Paulo — O Ministro daAeronáutica, Brigadeiro DélioJardim de Matos, e o Governa-dor Paulo Maluf anunciaramontem que o Escritório TécnicoFigueiredo Ferraz e a Interna-cional de Engenharia S/A sãoas empresas vencedoras daconcorrência para elaboraçãodo plano diretor do novo aero-porto metropolitano desta Ca-pitai (em Cumbica-Guarulhos)e do aeroporto internacional deViracopos, em Campinas.

Inicialmente havia sido feitauma pré-qualificação, quandohouve a escolha de seis empre-sas em condições de executarprojetos no setor aeroportuã-rios. Três delas (Internacional eHidroservice e Themag) El abo-raram planos diretores para oaeroporto metropolitano e asoutras três (Figueiredo Ferraz,Engivix-Proplasa e Promon)para o aeroporto internacional.A escolha final, ontem divulga-da pelo Ministro e pelo Gover-nador, foi feita pela ComissãoCoordenadora do Projeto Siste-ma Aeroportuário da Are a Ter-minai de São Paulo — Copasp.METROPOLITANO

A Internacional de Engenha-ria S/A elaborou o plano diretordo novo aeroporto metropolita-no. O consórcio de empresasconstituído pela Camargo Cor-t^a e Constran foi escolhido pa-re implantação das obras civis— terraplenagem, drenagem epavimentação—em Cumbica einiciará os trabalhos no próxi-mo mês.

A área total do novo aeropor-to metropolitano da Capital se-rá de 14 quilômetros quadrados

e em valores de fevereiro de1980 a obra foi orçada em Cr$ 5bilhões O plano-plloto do Es-critório Figueiredo Ferraz pre-vê a construção de três pistas:duas com 3 mil 500 metros cadauma e a terceira com 2 mil 025metros, esta última a ser cons-truída por volta de 1998.

A estação de passageiros des-se aeroporto terá o formato dearco aberto e será constituídapor cinco módulos, a seremconstruídos paulatinamente.Cada módulo terá capacidadepara atender a 6 milhões depassageiros/ano. Atualmente, omovimento de passageiros emSão Paulo é o mais elevado dopaís: 6 milhões por ano.

A área de estacionamento deveículos do novo aeroporto me-tropolitano totalizará 700 milmetros quadrados e, quando es-tiver concluído, esse aeroportooferecerá 83 posições de esta-cionamento ae aeronaves.INTERNACIONAL

O plano diretor da ampliaçãode aeroporto internacional deViracopos, elaborado pelo Es-critório Figueiredo Ferraz pre-vê a implantação também detrês pistas: a primeira com 2mil 500 metros, a segunda com3 mU metros, e a terceira com 2mil metros.

O terminal de passageiros se-rá constituído por oito módu-los, a serem construídos paula-tinamente, cada um com capa-cidade para 4 milhões de passa-geiros/ano. Quando concluído oplano diretor elaborado, porvolta do ano 2020, o aeroportode Viracopos disporá de umaárea para estacionamento si-multáneo de 96 aviões.

Cruzeiro recebe hoje

seu primeiro Airbus

O Airbus A—300, primeiro daencomenda de três aviões destetipo feita pela Cruzeiro do Sul àAirbus Industrie, chega hoje, às12h30m, ao Aeroporto Interna-cional do Rio de Janeiro, proce-dente da fábrica em Toulouse.Ele entrará em serviço comer-ciai no dia primeiro de julho narota Rio de Janeiro—BuenosAires, e, a partir do dia 15, atra-vês de intercâmbio a Varig, in-terligará as cidades do Rio, SãoPaulo, Brasília, Belém, Ma-naus, Caracas, Miami e As-sunção... Dois Airbus foram entreguesontem, em Toulouse à Cruzeirodo Sul, que isto se converte naprimeira empresa latino-americana que conta com estetipo de avião de transporte. Osdois aviões fazem parte da en-

comenda de três aparelhos comopção para a compra de umquarto. Com a entrega dos doisAirbus, a frota total dos A-300nos cinco continentes é de 300.A Cruzeiro do Sul é a 19* empre-sa a utilizá-lo.

A versão do Airbus da Cruzei-ro pode transportar 234 passa-geiros, sendo que 24 na primei-ra classe e 210 na classe econò-mica. Além do conforto — por-tas largas, corredores amplos,poltronas anatômicas, janelasgrandes — o Airbus apresentauma segunda vantagem o bai-xo indice de ruído de suas tur-binas. Outro ponto positivo é aeconomia de combustível, umavez que o consumo do Airbus éde 30% menor do que o deaviões do mesmo porte.

Venda da

Light-SP é

avaliadaSão Paulo — A compre da

Light pela Companhia Energé-tica de São Paulo (CESP) nãopoderá ser feita pelo mesmopreço que a Eletrobrás pagoupela empresa distribuidora deenergia do grupo canadenseBrascan, pois o valor da suaação subiu de Crt 0,59, para Cr$1,72, segundo consta do últimorelatório da diretoria da Eletro-brás Se a venda à CESP ocor-rer pelo valor de Cr$ 0,59, osacionistas da Eletrobrás terão odireito de reclamar e impedir anegociação.

o Governo paulista já decidiuque a Light não será fündida àCESP, mas permanecerá comosubsidiária dessa empresa. Umestudo preliminar indicou quehoje o valor da ação da Light.para venda, é de cerca de Cr#2,20. Ainda não se encontrou afórmula financeira para essatransação, e as negociações nãoestão sendo feitas pela diretoriada companhia energética, massim por secretários da área eco-nômica paulista e representan-tes do Governo federal.

BOA COMPRAA compra da Light foi consi-

derada "muito boa" no relató-rio da Eletrobrás distribuídonesta semana. O valor de suaação de Cr$ 0,59, na ocasião dacompra pela Eletrobrás, no re-latório foi reavaliado, chegandoa Cr$ 1,72. O lucro da Eletro-brás no último exercício subiua Cr$ 54 milhões contra os Cr$14 milhões do período anterior.A Eletrobrás náo pode admitira venda da Light por valor infe-rior a Cr$ 1,72 a ação.

Várias fórmulas continuamem exame. Uma delas seria a degarantir ao Governo de SãoPaulo, um empréstimo externode Cr$ 250 milhões de dólares,além de permitir a elevação daparticipação da Eletrobrás nocapital da CESP, passando de12%, para 18%, o que eqüivale-ria a alguns bilhões de cruzeiros(o capital da CESP é de Cr$ 71bilhões).

Outro ponto em análllse éque seria impossível, em ter-mos administrativos, constituiruma empresa com um capitalao redor de Crt 100 bilhões queseria originada pela füsão deLight com CESP, para gerar edistribuir energia ao mesmotempo. A CESP tem oito usinashidrelétricas, gerando 8 mi-lhões de quiiowates e receberátambém 50% da energia a sergerada pela hidrelétrica de Itai-pu. Está em estudo a hipótesede a Light ficar apenas com adistribuição e a CESP com ageração.

Lucro de empresa cresce

apenas 14%, diz Ibmec

EMPRESAS

O ano de 79 foi desfavorável para as empre-sas abertas, não devido aos efeitos de umapolítica econômica que reduziria a atividadeeconômica, mas ás políticas governamentaisque reduziram efetiva ou contabllmente osresultados das empresas. O endividamentocresceu de 78 para 103% em relação ao patri-mônio liquido, e o aumento do lucro liquidofoi apenas de 14%. A conclusão é do professorWalter Ness, do Ibmec (Instituto Brasileiro doMercado de Capitais), em análise conjunturalde 71 instituições financeiras e 103 náo finan-celras registradas em Bolsas.

Apenas dois setores foram classificadospor Ness como "excepcionalmente bons": ma-deira e material de transporte, com fortaleci-mento da maioria dos índices financeiros. Asmaiores dificuldades foram enfrentadas pelossetores de domínio governamental, como si-derurgia, mineração e comunicações.

Ò estudo mostra que as receitas operacio-nais das empresas financeiras aumentarampara 88% e o das náo financeiras para 67%,enquanto para todas as classes de empresásos dividendos cresceram 43% e o lucro liquidoapenas 14%. "A queda em dividendos e lucrosnáo foi ocasionada por aumentos em custosoperacionais", afirma Ness, mas por aumen-tos das taxas de juros de financiamento, àredução nos retornos de aplicações no merca-do aberto, à maxidesvalorizaçâo de dezem-bro, ao aumento do Imposto de Renda, corre-ções monetária e cambial mais altas, e maior

dedução do lucro liquido para a correção dopatrimônio liquido e do ativo permanente.

A relação lucro liquido/patrimônio líquido,que dá a taxa de retomo sobre o montanteinvestido pelo acionista, caiu de 18,1% para11,1% A margem de lucro liquido sohre ven-das teve comportamento paralelo excetua-das as empresas financeiras, a margem caiude 13,2% para 8.3%. A análise acentua que umsetor com alta margem de lucro é energiaelétrica, e abaixo de 3% estão mineração,siderurgia e comunicações.

O endividamento das empresas náo finan-celras aumentou de 76% para 103% em rela-çáo ao patrimônio líquido, ano passado: asestatais passaram de 79% para 113%, as decontrole estrangeiro de 71% para 85%,e das nacionais privadas de 88% para 72%.Transporte, siderurgia, petróleo, material elé-tricô e construção foram os setores com endi-vldamento maior que o patrimônio liquido.

O índice de cobertura revela os recursosgerados para pagamento das despesas finan-celras, e 100% indica que os recursos foramapenas suficientes para cobrir esses gastos.As empresas privadas tiveram índices acimade 200% e as estatais tiveram uma redução de307% para 77%. Entre os 20 setores analisa-dos, apenas oito aumentaram o indice, comdestaque para indústrias diversas, comércio eprodutos de madeira.

A Jamyr Vasconcellos 8' AComércio e Representações en-cerrou 79 com tuna receita bru-ta de Crt 665 milhões 700 mil.que eqüivale a mais 135% sobreo ano anterior, e um lucro liqul-do de CrS 12 milhões 400 mil —um acréscimo de 135%, já con-siderada a inflação, segundodados da empresa Ao longo doano passado, foram inaugura-das três lojas, em Campos. Ma-duretra e no Centro, estandoprogramada mais uma filial emSão Jofto de Meriti.

O Bradesco enviou telex *Bolsa informando sobre atransferência do controle acio-nário da Bradesco Rio S/A Crê-dito Imobiliário para o BancoBrasileiro de Descontos S/A. Ovalor da transação foi de Ct$537 mil 285,45 e "não represen-ta nos termos da Lei 6 404 in-vestimento relevante para ovendedor ou para o com-prador"A Ught deverá homologarno próximo dia 8, em assem-bléia a ser realizada em SãoPaulo, o aumento do seu capi-tal de Cr$ 36 bilhões 352 mi-'lhões 147 mil para Cr$ 37 bi-lhôes 443 milhões 539 mil, atra-

vês da subscrição da Eletrobráse de Prefeituras das cidades deNilópolis. Volta Redonda. SãoJose dos Campos e Cubatão. Adecisão do aumento do capitalocorreu antes da aprovação, pe-lo Presidente da República, dodesmembramento da Light-SPda Light

A Embratel weheu o pri-meim conjunto de instrumen-tos utilizados para testes doasistemas de microondas tabrí-cado no pais: até agora, esseequipamento era totalmenteimportado. Os aparelhos foramentregues pela Empresa Ele-trônica de Precisão Ltda.

A Construtora M. Roscoeobteve, no primeiro trimestredeste ano, um lucro liquido deCrt 30 milhões 137 mil, segundoseu balancete. A empresa temainda cerca de CrS 576 milhõesa receber de clientes e assinou,no período, sete contratos deexecução de obras. Entre eles!um para obras civis de constru-çào do laminador de Tubarão,no valor de CrS 954 milhões, euma carta de intenção da Açq^minas, referente á fundação déarea da siderurgia, no valor deCrS 525 milhões.

CVM desconhece cartel em emissões

Vigor nega problemase continua expansão

O presidente da CVM—Comlssáo de Valo-res Mobiliários, Jorge Hilário Gouvèa Vieira,disse ontem "desconhecer" a existência deum cartel de tomadores das emissões deações e debêntures, como denunciou estasemana a Lopes Filho e Associados Consulto-res Financeiros, mostrando-se também "des-preocupado" com os lançamentos de empre-sas multinacionais.

Segundo ele, ê multo pequena a faixa detomadores institucionais para papéis de em-presas estrangeiras, já que os fündos de invés-timentos sâo obrigados por lei a aplicar 80%de sua carteira em empresas nacionais priva-das, percentual pouco menor para os fundosde previdência. "A faixa de tomadores é es-treita e tem absorvido os lançamentos", ex-plicou.

Como 'o volume de emissões de ações edebêntures já está em torno de Cr$ 5 bilhões

este ano, Gouvèa Vieira foi questionado sobreas dificuldades de colocação no mercado, fatomencionado há três dias pelo diretor Francis-co Gross: "Se houve dificuldade de colocação,é apenas questão de preço. O próprio merca-do regula isto", comentou.

Ele anunciou para "curto prazo" a voltadas operações day-trade no mercado füturo, etambém a carteira própria das corretoras —ambas, com alterações que preferiu não deta-lhar, classificando-as de "novos balizamen-tos". Adiantou que na próxima semana entra-rá em processo de hearing (audiência pública)as alterações da Resolução 39, que regula-menta o funcionamento das Bolsas, e quevisam "fortalecer a administração proflssio-nal nas Bolsas e aumentar o número de conse-lheiros", incluindo representantes de investi-dores privados e institucionais.

Bolsa fecha em alta de 3,1%

O índice de lucratividade da Bolsa do Riorompeu ontem a barreira dos 15 mil pontos,valorizando-se 3,1% na média e atingindo 15mil 231 pontos, o maior da história em termosnominais. No segundo dia após a prefixaçáoda correção em 50% até julho do próximo ano,medida tida como benéfica para o mercado deações, não houve nem uma baixa e o volumeultrapassou Crt 1 bilhão.

Tomados os cinco pregões da semana, oIBV mostrou alta média de 5,1% sobre asemana anterior, com média diária de negó-cios em torno de Cr$ 985 milhões. O papel que

mais subiu no período foi Açonorte PP (23,8%)e, o que mais caiu, Light OP (-15%). Supergas-brás, que só ontem negociou 18 mil ações aCrt 4,50, liderando com 9,76% as altas, valori-zou-se na semana 20,7%.

Através de análise da União Distribuidora,vê-se porque Brasiljuta é a terceira maiorlucratividade do ano (277%): o lucro passoude Cr$ 5,2 milhões para Cr$ 57,3 milhões, de 78a 79, com o lucro por ação saindo de CrS 0,12para Cr$ 0,55. A projeção para 80 é de Cr$ 1,62por ação.

Sáo Paulo — "A situação fl-nancelra da Vigor ê a mais sóli-da possível e náo procedem osrumores de que nos estaríamosdefrontando com problemas deordem econômica", afirmou on-tem o dlretor-presidente da em-presa, Ricardo Mansur.— Na realidade, o que ocorreu— disse o empresário — foi arealização de um plano de refor-mulaçào, com que nõs desati-vamos algumas pequenas usi-nas não rentáveis e vendemosalguns imóveis deficitários. Tu-do isso ocorreu nos últimos 12meses e em locais onde a bacialeiteíria deixou de ser atrativa.Talvez a desativação dessas pe-quenas usinas tenha motivadoesses rumores, totalmente in-fundados".INVESTIMENTOS

Para comprovar a boa situa-çáo financeira da S.A. Fábricade Produtos Alimentícios Vi-gor, o diretor da empresa, Vlní-cius Vieira Ramos, disse queCr$ 300 milhões estão sendoInvestidos na implantação deuma fábrica de leite em pó,manteiga, leite in natura equeijos na Bahia, além da ins-talação de mais cinco postos dedistribuição de leite naqueleEstado, cada um representan-do um investimento de Cr$ 10milhões.

Detendo o segundo lugar nadistribuição de leite e na fabri-

cação de iogurtes no Estado èprimeiro na fabricação de quei-jo tipo parmezao. a Vigor tem18 unidades de distribuição deleite in natura em São Paulo,sendo uma das maiores empre-sas do pais no setor.FATURAMENTO E LUCRO

Depois de trabalhar no ver»melho no ano passado e ver suarentabilidade prevista para eu-te ano reduzida em razão dáescassez do leite, a maioria dasempresas passou a diversificara produção e entrar no mercadode iogurtes, leite em pO e quei-jos. setores em que a Nestlê,,empresa multinacional, liderano país.

No caso especifico da Vigor,segundo disse o diretor ViníciusVieira Ramos, "a empresa em1979 náo obteve lucros e ásperspectivas para este ano es-tão abaixo das estimativas ini-ciais".

O faturamento previsto paraeste ano é de Cr$ 3,5 a Crt 4bilhões, dos quais se espera umlucro de, no máximo. 4% a 5%,"que náo será nada de excep-cional", assinalou o Sr ViníciusVieira Ramos.

A mão-de-obra representa umpeso de 10% a 12% na empresaque tem um capital integrada-do de CrS SUO milhões e umpatrimônio, a preço de hoje, daordem de CrS 2 bilhões.

Cotações da Bolsa de São Paulo

Açáo Abert. M6d. Foch. Ouanl.1000 Açòo Abwt. Méd. Foctv Quant1000Cotações <la Bolsa do Rio

Acesitn opÀços Vill opAços Vi II opvA£os Vi II ppA<,os Vi II ppAlporgatos op<Alpoigotas ppAmazônia ou^ntarct Nord ppAntatctica opAntarctica ppAmo pp.Artex opArte* ppAlma opAuxiliar pnBandeirantes onBandeirantes pprbanespc onBanespa pnBanespa ppBardellcj pp'Belgo Minei r opBMG Fmanc onBic Monark opBrad Invest pnBradesco onBradesco pn•Brahma opBrahma ppBrasil onrBrasil ppBrasil on tBrasil ppBrasilit opBrasmotor opÔrinq. Mimo pp£. Fabrini ppC. Fobiíni ppCacique ppCaf. Brasilio pp,Cam Corrêa ppCasa Anglo opCasa Anglo pp-Casa J Silvo pp.CBV Inds Mec pp-Cenng ppXerv Polar ppCesp ppChapeco pp„ Ctca on' Cica ppfCim Aratu opn Cim Caue pp'v. Cim Gaúcho onCim Gaúcho pnv Cim Itau ppt Cimetal opG metal pp' Cobrasfer ppCobrosn>a ppl Coest Const pp, Com e Ind SP on' Com e Ind SP pnv Contno ppConst Beter pp

, Cônsul pp1 Copas op£ Copas pp; Cruzeiro Sul ppF Vasconc pp*• Diâmetro Emp opI Docas Santos opDurotex op| Durate* pp1 Economico pnh Elekeiroz pp, Eletromcr opEluna pp¦ Emili Romani pp» Engesa ppEricsson opEstrela ppEstrela pp, feternit opEucale.x op

Eucatex ppF N V ppL Farol pnFer Iam Bras pp' Ferbasa pp, Ferro Bras ppFerro Ligas ppFibam ppFin Bradesco onFord Brasil opf Francês Bras onFund lupy ppfund Tupy pp' Heleno Fons opHeleno Fons ppHercules pp" lap opInd Henng ppInd Villares ppInd Villares pp' IikÍs Rotni op» *nds Romi pp, Hop PPttnubanco oii' Itaubanco pn, J H Santos ppKaisten pp

2,201,551.061,931.306.005.800,802,-151,852,195,903,904 702.800.900,650,620,860.941,004,454,602,602.503.512.352,351.651,603.904.403.904.404,215.293,002,001.705,902551.752,802,603.494800 561,900,876,001,023.301,173.102.502,504.800,831.151,602 800,807,251.053,000,468 003,704,454,291 801.383,405.005002.003,051.743,10l.oO

13,001,567.405305 05

2.201,551,061,981,365,965.840.802,451.852.215 863.904,702,800,900,650,620,870,940,994.494.582,602.503.512,352,351,651,603.914,453,914,454,215,253,002,001,705,902,511,752,782573.504,600,551,860,686,001.023.301.163.102,502,504,850,831.111,602.780,807.251.053,000,467,823,784.474,33

1 601,383.485,005,001.803,051.743,101.6013,441.617.465,305,0512.00 12,0012.00 12.003,70 3,654 002.343.501.35

2.202,892,029.701.652.202,201,401.402.703057,302,501 751,351,509 001.711.416 006 6Ó

4,342.343,501,372.222892,029,701.852.202.211.401.352.703.047.302 491,771,35i 369 00! 711 416 00o 60

2,201,551.061,961.355.905.600,802,451.852,305,803,904 702,800.900,650,620900,940,994,504,452,602.503.512,352,351.651,603,904,403,904,404.215,203,002,001,705,902,501,752,802,553,504,80.0,551,850,906,001,023,301,153,102,502.504,850.831,101,602.750,807,251.053,000,437,803,804.404,401 801.383.455,005,001,803,051,743,101.6014,301.617.505.305,0512,0012,003,644,402,343 501.402.502,892,029,701.852 202,251.40302.703,007,30

471.751,351.359,00

5 339725001.5147067434

435220'8101417510105489100101714995364 2791 0201.37921.397

61325

1 436006,80

1732.1401.0757.1321.0757.132300203180101.000

50060614.38815300020934760

50173201.26051710119

22304071.9001.813201 0093201.735

58111697313931.16775100552.785401924.2321.00310

2201.060172I.40520950'20101002765II.28610204163030101

27066121.65036111504131304721 01082520700706390100

Lacta opLark Maqs ppLight onLight opLo|as Arneric oplaias Renner ppLo|as Renner ppMcideirit opMadeirit ppManah ppMan asa opMan asa ppMaqs Pirat opMaqs Pirat ppMarcopolo ppMec Pesada ppMendes Jr. ppMesbla opMetal Leve ppMicheletto ppMoinho Flum. opMoinho Sant. opMontreal opMontreal ppNacional onNord Brasil onNord. Brasil ppNordon Met opNoroeste Est. ppNylonsul ppOrniex ppPerdigão ppPérsico pnPet Ipiranga ppPetrobrás on'Petrobrás ppPhebo ppPir Brasília opPir Brasília ppPirelli opPerelli ppPia Monsanto opPia Monsanto ppPremesa ppPremesa ppProsdocimo ppReal onReal pnReal Cia Inv ppReal Cons pnReal Cons pnReal Cons pnReal Cons pnReal Cons onReal de Inv onReal de Inv pnReal de Inv P PReal Part pnReal Part pnReal Part onReal Cafe ppRefripar pp \Sadia Avicol ppSadia Concor ppSadia Joacab ppSamitri opSchlosser ppServix Eng opSharp ppSid Açonorte opSid Açonorte ppSid Coferraz opSid Guaira ppSid Nacional ppSid Riogrand ppSifco Brasil ppSimesc ppSolorrico opSolorrico ppSondotecnica ppSopava ppSouza Cruz opSpringer Adm ppSta Olímpio ppSupergasbras op ,Supergasbras ppTecei S Jose ppTechnos Rei opTecnosolo ppleko ppTelerj onleleri oelelesp oeTelesp oníelesp pele* G Caltat ppTraio ppTransbtasil ppTransparano ppUnibanco on ,Unibanco pnUrubanco ppUnipar peVale R Doce ppValmet opVarig onVcirig pp

Vidr Smarina opVigorelli opWagner opWagner ppWhit Martins opZonini ppZjjVi pp

3,751.721.101.222.403.003.052,502,354,105,105,302,002,304.801,853,723,655,501,604,504,201,401,481.721.251,683.901,802,092.856,002,306,202,704,301,804,506,201,431,305,305,201.861,002,651,301,303,201,801,801,821,921.792,052,122,151,591,651,637,002,905,005,852,554,702,750,672,301.802,751,004,100,904,201,401,801,902,453.397,003,201,505,004,504,593,501,751,705,250,310,800,500501,63I.256,003,702.000,920,991,755,20II.053,722,504 254.2036

402,402,501,784,25

3.751,721.101.252,403,003,052,502,564,105,175.302,002,304,821,893,743,655,541.604.504.341.471.481,721,251,683,921.76.2,042,856,002.326,202,724.351,804,916.291,441.335,465,311.881,002,651.301,303,201.801,841,821,841.812.062,122,151.651.661,657,022.905,005,812,614,702,750,632,301,932,881,004.070,934,201,401,801.912,543,397.003.281,505,004.504,593,501.751.835,250,310,600,500,501,65I,256.003,752.080 920.991.755,20II.003.722,504,204,231,382,402 402.501.774.25

2001.07519739018903503001.0001.6301.181120701073

3504.178620521641006008887029910160

1.1353851.10410083.435104268.4902.055291.2002.7551.428261.0891.396303019415717814114715510530311802731983241.20010

555841.8821903006.160685740

3.5651.0854013179100335742,50 11.470

3,751.701,101,302.403,003.052,502.754,055,505,302,002,304,851,903,753,655,601,604,504,351.501.481.721,251,684,001,701,982,856,002,356,202,704,281,805,106,301,401,305,505,502,001,002,651,301,303,201,801,851,851,901,852,152,152,151,751,75

1,757,002,905,005,802,674,702,750,652,301,952,951,004,100,954.201,401,801,95

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Var. Luc.•m80Jan:Qoarrt.(1000)100

Acesita c/d opAçonorte opAçonorte pnAçonorte ppCim. Aratu opAt ma ppCosas Banha opBarbara c/db opB Amazônia onB. Brasil onB. Brasil ppB Boavisto pnBaneb ppBelgo Min. opBanespa onBanespa pnBanespa ppB. Financial pnB. Itaú onB. Itaú pnB. Nacional pnB. Nordeste ppBoz. Simonsen opBoz. Simonsen ppBrahma opBrahma pnBrahma ppBras. Eng. Ind. opCerj op¦Cemig ppSouza Cruz opCaf. Brasilia ppS. Nacional ppImcosul ppDocas Santos c/d opA. Eberle ppElekeiroz ppBangu P. indl ppFibam ppFirbasa ex/dbs ppFerro Br. Nov. ppFerro Bras. ppFinam ciFinoi ciFril mbFiset Pesca ciFiset Reflor. ciFiset Tur. ciHercules ppBrasiljuta ppLight onLight opL. Americanafc opLobras opLobras pp

2.22 2,21 2,21 2,79 202,75 8671,50 1,50 1 50 115,39 72.00 2,00 2,00 161,82 32,95 2,90 2,97 8.79 181.10 7701 10 1,13 1,13 1,80 168,66 253,00 3,00 3,00 3.45 1008,00 8,00 8,00 14,29 216,22 I2,30 2,35 2,30 Est. 184,00 1130.80 0,80 0,80 -2,44 150,94 103,92 3,90 4,92 2,08 189.37 1.1534,38 4.43 4,46 3,24 188,19 16.2210,92 0,92 0,9? 103,37 161.23 1,25 1,25 1,63 142,05 1514,65 4,55 4,58 2,92 242,33 5 1040,85 0.85 0,85 111,84 60,85 0,85 0,85 111.84 33100 0.99 1,00 4,17 109.89 252,00 2,00 2,00 61.71 1.71 1,71 110,32 151,42 1,43 1.42 0,71 1521.72 1,72 1.72 Est. 129.32 1921,63 1.70 1,65 1,23 133,07 362,10 2.10 2,10 -4,55 133,76 52.75 2,80 2,79 1,45 146,84 251,65 1,67 1,66 0.61 180,44 5431,40 1,40 1,40 -- 92,72 111,60 1,60 1,60 1,27 172.04 11.0590,15 0,15 .0,15 100,00 3840,66 0,70 0,67 148,89 1980,55 0,54 0,54 1,89 207,69 1703,20 3,28 3,27 4,14 113,54 1.8162,46 2,46 2,46 0,41 83,39 101,00 1,00 1,00 Est 196,08 5243,80 3,95 3,83 0,79 159,58 903.45 3,42 3.48 3,26 241,67 8112,60 2,60 2,60 117,65 43,00 3,00 3,00 1.0001.20 1,20 1,20 4,35 153,85 2002,31 2,31 2,31 1-0003,30 3,30 3,30 Est 286,96 16128 1,28 1,28 2.40 112.28 100

I 1,41 1,35 1,39 3,73 136.28 1.4000,30 0,30 0,30 30,40 0,40 0,40 Est 148,15 7704,20 4,20 4,20 5,00 200 25 0,25 0.25 100,00 2!0,32 0,31 0.32 145,46 1380,47 0,47 0,47 134,29 52,57 2,57 2,57 2 0005,30 5,30 5,36 1,13 377.47 1001,15 1,15 1,15 267.44 701,25 1.24 1,25 5,04 271.74 7732 38 2,38 2,39 0.84 110,65 2.8457,00 7,00 7,00' — 120.69 132.40 2,74 2,41 2,12 102,12 1 303

Manguinhos ppMannesmann opMannesmann ppMetalfle* opMelalflex ppMesbla 55 pi opMesbla 55 pi ppMoinho Flum. opMetisa ppNova America opNova America ppNitrocarbono onSid. Pains ppCim. Püraiso opPetrobrás onPetrobrás pnPetrobrás ppPaul. F. Luz opMarcopolo C/DB ppPet. Ipiranga C/DB ppPet. Ipir. PRT C/DB ppRiograndense opRiograndense ppSamitri opSupergasbrás opSupergasbrás ppSpringer PRT ppITelerj onTelerj peTelerj pnT. Janer ppUnibanco pnUnilponco ppUnipar oeUnipar peVale R. Doce ppVale R. Doce ppWhit. Martins op

1,06 1,06 1,06 2,91 111.58 932,30 2,30 2,34 9,35 214,68 7.1451.70 1 67 1,67 9.15 172,17 6330.55 0,55 0.55 10,99 1.00 1,00 Est 285,71 1103,85 3.84 3.84 2.40 128,00 2824,00 4,00 4,00 2,56 129.03 1.0004.45 4,50 4,50 2,04 143.77 1821.80 1,80 1,80 501,60 1,70 1.64 1,86 125.19 3.0181,68 1,68 1.68 125.37 61.35 1,35 1.35 101,65 1,65 1.65 5,77 166,67 672,00 2,00 2,00 Est 100.00 32,75 2,75 2,75 2,23 250,00 9034,02 4.02 4,02 4.42 321.60 14.36 4,30 4,39 4.52 302,76 139900.55 0,55 0.55 -1,79 122,22 1284,80 4.80 4,80 206 49 6.10 6,24 4,70 195.00 316.00 6,00 6.00 1003,40 3,40 3,40 141,67 1004.20 4.20 4,18 3,98 179.40 1.1124 80 4,55 4,75 1.71 427.93 2 6854 50 4,50 4,50 9,76 140.63 44,70 4,70 4,70 1,73 151,61 50I,50 1,50 1,50 130,44 1630,29 0,29 0,29 -3,33 131,82 2740,88 0,90 0,90 3,45 136,36 1970,86 0,85 0,85 -2,30 146,55 2523,20 3,30 3,27 -- 235,25 1640.96 0,96 0,96 104,35 41,70 1,70 1,70 -1.73 274,19 754,10 4,10 4,10 -2,38 99,52 15,20 5,15 5,17 0,39 103,40 14II.05 11,00 11,05 3,17 381,03 60

11.0211,0011.01 3,87 386,32 2 5092,40 2,40 2,44 0,83 163,76 1.375

Cotações da Bolsa de Valores de Nova"Iorque

Foi a seguinte a Média Dow Jones na Bolsa de Valores de Nova lofqu».-JMáxima889,08277.88115.15

320.70

Nova lorquoontemAçóot30 Industriais20 Ironsportes15 Serviços Públ,65 Açòes

Foram os seguintes os preços finais ikj Bolsa de Valores de Nova Iorque, ontem, erndólares-

Abertura880.12276,07114.46318,00

Mínima874 49273.99113.4731575

Fechamento881,8$275.96T114,60'318,38'

Mercado Futuro

Titulos Venc. Ult. M6d. Quant(mil)Acesita ex/d op Ago 2,32 2,35 1.100B. Brasil pp Ago 4,70 4,78 51.650Belgo Min. op Ago 4,95 5,02 3.850Brahma pp Ago 1,75 1,75 5 680Docas Santos ex/d op Ago 3,80 3,80 1.930L. Americanos op Ago 2,62 2,62 430Mannesmann op Ago 2,41 2,53 2.300Petrobras pp Ago 4,68 4,70 94.410Petrobras pp Out 5,15 5,08 300Riograndense op Ago 3,70 3,70 100Samitri op Ago 5.00 5,08 2 280Vale R. Doce ex/d pp Ago 11,50 11,69 10.390

Os números do pregão

Aircolnc.Alcan AlumAIliedChemAIlisChalmersAlcoaAm AirlinesAmCynamidAm Tel&TelAmf IncAnacondoAsarcoAtIRichfieddAvcoCorpBertdix CorpBenCpBethlehem SteelBoeingBoi se CascadeBord WarnerBraniffBourroughsCorpCampbell SoupCaterpillar TracCBSCelaneseChase ManhatBkChessieSystemmChrysler CorpCiticorpCoca ColaColgate PalmColumbiaPictCom SatelliteCons EdisonContinental OilControl DataComingGlassCpc IntilCrown ZellerbachDow ChemicalDresser Ind

331/427 1/8491/826591/878 7/8301/452 7/815 7/8271/838 1/494 1/421 J/444 1/823 1/822 1/835 7/8371/834 1/863/464 3/83053 1/248 3/447 7/832

32 3/463/433 1/44 7/814 1/4293/4373/82655 1/854 7/853 3/8694634 3M63

DupontEastern AirEastman KodakEl PassoCompanynEosmarkExxonFirestoneFord MotorGenDynarpicsGenElwtncGenFoodsGen MotorsGteGen IireGettyOilGoodrickGoodyearGracewGt Atl&PacGulfOilGulf& WesternIBMInt Ha rvesterInt PaperInt Tel & TelJohnson & JohnsonKaiser AluminKennecott Copliggett&MyersLitton IndustLockheed AircLTV CorpManafact HanoverMcDonellDougMerckMobi I Oi IMonsanto CoNabiscoNatDistilliersNCR CorpNL Indust

423/8 Northeast Airline* 331/88 7/8 Occidental Pet 27

56 3 Olin Corp 24 3/8201/8 Owenslllinois 233/848 1/8 PacificGas&EI 24 1/4681/4 Pan Am World Air 4 1/2

Pespsicolnc 24 T/424 7/8 Pfizer Chas 4 V1/8663/4 PhillipMorris 40 7/8513/4 Phillips Pel 47 5/8311/4 Polaroid 23 W247 1/4 Procter & Gamble 74 1/2281/8 RCA 223/4'15 5/8 Reynolds Ind 32421/8 Reynolds Met 30191/2 Rockwell Intl 265/813 1/8 Royal Dutch Pet 86

39 Safeway Strs 33 3/45 1/8 Scott Paper 17

421/8 Sears Roebuck 541/4161/4 Shell Oil 39593/4 Singer Co 7 3/4

29 SmithkelineCorp 5937 5/8 SperryRand 7928 STDOil Calif 591/279 5/8 STDOil Indiana 5922 7/8 Stown 53,3/8277/8 Teledyne 1201/667 5/8 Tenneco 397/850 3/4 lexaco 373/624 3/4 Te*aslnstrurr»ents 92 5/o10 Textron 24 7/833 1/8 Twent Cent Fox 36'3/429 1/8 Union Carbide 44 1/271 16 Uni royal 3 3M

73 United Brands 1317253 Us Industries " ^

24 3/8 Us Steel 15 1/427 5'8 West Union Corp 24 5/p

57 Westh Elect 231/248 3/4 Woolworth 26 I '8

Mercado externoChicago e Nova lorquo — Cotaçoes futu'as nas Bolsas de mercadorias de Chicago#

Nc.a loraue. ontemMES FECHAMENTO VARIAÇAODIA

ANTERIORMES FECHAMENTO VARIAÇAODIA »

ANTERIOR 1

AÇÚCAR (NI)cents por libro (454 grt)N° 11COBRE (NI)conts por libro (454 gri)

3,397,003,301,505,004,504,593,501.751,855,250,310,800,510481,66I.256,003,802,150.920,991,785,20II.003,712.504 204,25362.40402,501.754.25

1006870202659500932501.160•35646

56185560825498231520

3.5046023144461731.6351.1903201010101.45210

Papéis mait nogociodos à viita, tm dinheiro: B. Brasil pp (23,44%),Petrobrás pp (19,93%), Vale pp/ex (8,94%), Belgo op (7,56%) eBrahmo pp (5,73%)

Na quanlidodo dt titulo*; B. Brasil pp (18,05%), Petrobrás pp (15,54%),Brahma pp (12,28%), Mannesmann op (7,93%) e Belgo op (5,67%).

IBV: médio 15 mil 231 ( + 3,1%); final 15.090 (-0,9%)IPBV: 1 mil 185 (+1,8%)Média SN: ontem: 227.602; anteontem; 222.874; há uma semana:

215.409; há um més: 210140; há um ano: 89.215OKilaçõO: Das 40 ações do IBV, 31 subiram, nenhuma caiu, 3 ficaram

estáveii e 6 náo foram negociadasMaiorn atlas do IBV; em relação ao pregão anterior.- Supergasbrás op

(9,76%), Mannesmann op (9,35%) e pp (9,15%), Açonorte pp(8,79%) e Light op (5,04«,ò)

Maiof» baixas do IBV, em relação ao pregão anterior:NOTA: O IBV médio toda fechomento são calculadot p»lo Bolsa

levando em conta sua oscilação sobre o pregão anterior, o gráficorepresenta a média do IBV a cado meio hora, no pregão do dia

Volume negociado

IBV1*0 ""j

16800-14900- S14300- V13700-V X". ' v-13100- \ /1850O ¦¦ AiM

i1 i23/5 30/5 6/6 13/6 20/8 27/8

A vistaA termoM FuturolotaiMais alto do ano (21/5)Mais baixo do ano (2/1)

Quant Cr$89 992 712 300 787 581 53

174 420 000 871836 200 00264 412 712 l .180.625 761 53764 426 759 4 002.421.113.70

56 185750 123 249 433,16

1 OUT en I15300.15250- g^000,>15300-15150- /15100-/15050t

II JO—,—uoo

—p_1230

TIXOO

JulhoSetembroOutubroJaneiroMarço

32.8534 9535.8236 8337,79

31 8334,0534.8235.8336.79

aigodXo indcents por libra (454 gr»)

Julho 74,35 74.66Outubro 71.20 71,30Dezernbro 70,36 70.46Mar;o 71.65 71.70Maio 72,75 72,75

Julho 90.50 9030Agosto 91.25 91.25Setembro 91,70 9195Dezernbro 93 90 94,10Janeiro 94,80 98,90Mori;o 95.50 * —

FARELO DE SOJA (Chicago)ddlares por tonelodo*

Julho 17.72 17.68Agosto 18,06 18,01Setembro 18,35 !8.'31Outubro 18,61 18.*61Dewmbro 19.12 19,11

MILHO (Chicago)cents por bushel (25,46 Kg)

CACAU (NI)cents por libro (454 grs)

julho 99.25 102.00Setembro 101,50 105,00Dezernbro 123.30 123.86Mc r;o 124,26 124,65Ma,o 124.91 125.24

CAfE (Nl)cents por libro (454 grs)

Julho 180.00 180.75Se'ernbro 183,50 '83,92Dezernbro 187 50 187,61Mar<;o 182 25 162 82Maio 185.50 '65,75

Julho 283 284Setembro 268 ' 289Dezernbro 295 296Mar<;o 307 308Ma.o 315 315

ÔUO K SOJA (Chicago)cents pof libra (454 grs)

JulhoAgostoSetembroDezembroJaneiro

23,1223 3523.5023,7024.! 5

22>422,9723,1923,4223,76

SOJA (Chicago)dólares por toneladas

JulhoAgostoSetembro

03Ú669675650659667

JORNAL DO BRASIL ? sábado, 28/6/80 D 1° Caderno ECONOMIA - 21

SERVIÇO FINANCEIRO

Cadernetas somam emmaio CrS 722 bilhões

Delfim diz que petróleo permanecerá no IN PC

Os depósitos em cadernetasde poupança atingiram, no fl-nal de maio, um total de Cr$ 722bilhões .490 milhões, o que re-presenta. um aumento de 2,4%em relação ao final de abril,quando o volume, somou Cr|705 bilhões 535 milhões, segun-do dados divulgados ontem pe-Io BNH.-0 aumento, entretan-to, não foi acompanhado pelaexpansão do numero de contasde caderneta, que atingiu ape-nas 6\W%, somando 28 milhões351 mil contas.

O maior crescimento no volu-me de depósitos foi observadonas sociedades de crédito imo-biliário (3,26%), que passaramde Cr$ 213 bilhões 578 milhões,em abril,' para Cr$ 220 bilhões554 milhões, em maio. Essasinstituições também revelaramo maior, aumento no numero decontas, que alcançou 1,23% noperíodo.

Enquanto as associações depoupança e empréstimo regia-iram elevação de 2,58% em seusdepósitos, apesar da queda de1,05% em seu número de con-tas, as caixas econômicas esta-duals tiveram expansão de2,06% no volume depositado ede somente 0,62% nas contas decadernetas. Já a Caixa Econo-mlca Federal registrou aumen-to de somente 1,95 nos deposl-tos, mantendo Inalterado seunúmero de contas (6 milhões481 mil), que representa 2236%do numero total de cadernetas,contra os 45,61% de seus depó-sitos em relação ao saldoglobal.Segundo os dados divulgadospelo BNH, até maio, não foiobservado aumento nos saquesdos depósitos em caderneta,em função da prenxaçao da cor-reção monetária, que deveráser inferior â taxa de inflaçãoeste ano.

LTNFINANCIAMENTO

%ajoano-último»6diaK

120-

80-

ORTNFINANCIAMENTO

«.auano-últimosediaH

120 •

MO-

40'

°k A A LA a* o* 3a 4a 6a ONU*

40- ..

N——r>^g30O^niii,,, i.it FiinniMfi.Máii,8a 5à 4à 5a 8a UNTFM

Os aumentos dos preços do pe-tróleo não seráo expurgados doINPC (índice Nacional de Preçosao Consumidor), base de cálculopara os aumentos salariais semes-trais, conforme anunciou ontem noRio o Ministro do Planejamento,Delfim Neto. A regionalização dosÍndices será possivelmente a únicaalteração a ser introduzida naatual política salarial.

O Ministro anunciou, ainda, queos subsídios ao trigo começarão aser corrigidos agora e que em se-tembro deve terminar o do petro-leo."Falta ainda uma pequena cor-reção interna que devemos fazerem um ou dois meses e depoisapenas as correções cambiais é queterão de ser "transferidas", afir-mou com relação aos preços dagasolina.

ReuniãoO Ministro do Planejamento,

após reunião da manhã com 18empresários de diversos Estadosrealizada no gabinete do Ministé-rio do Rio, disse que "a políticamonetária ainda corre frouxa, masestá começando a ser apertada.

Certamente no segundo semestre asituação será bem melhor e náo hánecessidade de pacote nenhum,pois agora as coisas começam acaminhar normalmente".

— Temos uma inflação alta quevai começar a ser diminuída. Setomarmos o semestre como refe*renda, ela já está sendo reduzida.Se pudéssemos retirar todos ossubsídios agora, daqui a seis mesesa inflação cairia drasticamente. I»felizmente náo podemos tirar to*dos, mas os grandes estão sendoeliminados.

Expansão

Sobre a possibilidade de um no-vo aumento do Imposto de Rendasobre os salários, caso não tenhaêxito a tentativa de capitalizaratravés das empresas, o Ministrolembrou que o importante é ade-quar o Imposto de Renda às atuaisnecessidades do pais "e é isso queestamos fazendo".

— Não há expansão excessivados meios de pagamento. Realmen-te houve uma pequena ampliaçãono multiplicador, mas é fato que

essa expansão dos meios de paga-mento é corrigida pela expansãoda base, que está consideravelmen-te menor, afirmou.

Ao anunciar que não será feito oexpurgo dos preços do petróleo doINPC, o Ministro do Planejamentodisse que "nós estivemos fazendouns cálculos corrigindo o efeito dopreço do petróleo no custo de vida.Como estamos subsidiando o GLPe a querosene Uuminante, conclui-mos que o expurgo náo será neces-sário".

Após lembrar que "tem muitoformulador de política econômicafora do Governo", o Ministro Del-fim Neto lembrou que os cortesimpostos às estatais foram parareduzir a demanda excedente .Concordou que isso poderá causarproblemas para os setores de bensde capital "e para que não ocorranenhum efeito importante estamosmontando dois mecanismos: O pri-metro deles em relação ao finan-ciamento externo para exportaçãode bens de capital e o outro umaforma que assegure aos exportado-res do setor "uma garantia comrelação a causas de reajustes quesáo obrigados a dar para seusclientes."

feto d» Owaldo Violo

Mercado de LTNO mercado aberto de Letras do Tesouro

Noclonòl-mònteve-se com poucos negócios,apesar,do baixo custo do dinheiro parafinanciamentos de posição por um dia. Osnegócios oecilaram entre 7,90% e 5,10%oo ano, com a media dos negócios a 5,80%ao ano. Ai LTNs permaneceram sem cota-oóes flnadai pelo mercado. O volume denegocie* •sróu CrS 44 bilhões 5 milhões,wgundoV íjí da Andima. A seguir, aslonas me'iOJ.anuais de desconto de todosoi ve' ..nentos.

Vendo29;902°;5030;3830;4030;253I;I031,60'3I;5531;5031:4331:4031:65

Venclmw*» Compro02/07. ,..„, 30:1509/07 31:7516/07 32:6318/07 32:6023/07.' 32:5030/07 "•• 32:5006/08 32:5013/08- 32;4520/08

32:40

22/08""u" 32:3327/08iSiljrij 32:3003/09 ., 32:30

10/0917/0919/0924/0901/1008/1015/1017/1022/1029/1005/1112/1119/1121/1126/1103/1210/1217/1219/1224/1216/0113/0220/0317/0415/0519/06

32:2332:1532:0832:0031:9031:8331,7531:7431:1331:0530:9530:8530,7030:5830:4530,3030:1530:1029:8829:7529,7029:6029:5029,4029,3029:20

31:5831:5031:4331:3531:2531:1831:1031:0930:9830:9030:8030,7030:5529:9329:8029:6529:5029,3529:2329:0529:0028:9028:8028,7028:6028:45

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_ Títulos públicosP mercado secundário de títulos públicos e privados

de renda fixa manteve-se parado onterrfpara negóciosefetivos de compra e venda, com a maior parte dasinstituições financeiras procurando concentrar seus ne-gócios nos financiamentos de posição para segunda-feira. As operações oscilaram entre 8,10% e 5,00%, emmercado equilibrado durante todo o período. A médiadós negócios girou a 6,30% ao ano. As ORTNs, valornominal fixado em Cr$ 586,13, não tiveram seus preçoscotados entre as instituições financeiras. Segundo dadosda Andima, o volume de negócios somou Cr$ 51 bilhões65 milhões.

Bolsa Pratatendi*» — A Boi» de londres sofreu .

umo baixa geral, arroitodo pelos valorespetroKfarot.

Estes perderam vòrioi pontos principal-mente Brilii Petroleum e losmo, devido o•tatfticai oflclali, segundo ai quais houveuma queda do consumo de produtos refina-aos entre fevereiro e abril por causa daleceuão e a político de conservação de•nergia.

Entre at valorei induitrioii, lei, Unilever,leechom Guwt Keen e Glaxo perderam•ntr»4 e 6 pontal.

Nova Iorque — Na bolsa de mercadoria»de Nova Iorque (Comex), oi contrate* fulu-ros com prata atingiram ontem o limite ae50 centavos de olta, enquanto ca contrate*para vencimento em julho («pai) subiam 65snlovos, para 16,65 dólares por ongo.

Apesar da tendência francamente altisto

Metaislondrw: Cotocpes dos metais em londres,onterri:'

Cotoà vlitb' 637,00tiAsméiet 662,00blanho (Standort)à vista 74,60três'metes 73,85

) (high grade)74,6073,95

à vista«rés meie»Zinco ¦avistotrês r

aviltotrês

282,00295,00

720,00

837,50662,50

74,8073,90

74,8074,10

283,00296,00

722,00

692,00

ò vistatrês mese»AfUfnnHBà viita«rês

à viitotffttOure „'«à viito 636,00 (londres), 637,50 (Zurique)Soo ft>uto(Deguuo lingote dei 000 gr.> -O J 1.236,00/ 1.315,00 a gramaNata: Cobre, fttanho, Chumbo e Zinco —em libro» por tonebdoi.tato —«m pene* por troy (31.103 grs.)Ouro - em dólares por onco.

324,00333,00

718,00708,00

27,5527.85

325.00334,00

720,00709,00

27,7027,95

do mercado, o volume de negócios permo-neceu baixo, com a negocioçoo de apenas3 mil 300 contratos. Sem qualquer aronle-cimento relevante no mercado, a prata foiinfluenciada pelo ouro, que tofreu umarenovada onda especulativo que levou no-vamenfe o» preço» poro cimo,

Interbancário .O mercado interbancário de câmbio paro

contratos pronto» apresentou-se oferecidoontem, registrando um bom volume d*negócios. As taxas paro telegrama» e che-que» situaram-se entre Cr$ 52,240 e CrS52,165.0 bancário futuro esteve oferecido,com volume regular de negócio», realiza-dosaCr$52,310mol» 2,60% até 3,30% aomis poro contratai com proa» de 30 até180 ala», respectivamente.

•¦¦•^¦«¦«¦¦^¦¦^MM^MMMMHavkMMaMaaimaMBB

Dólar e ouroFrankfurt — Depois de uma semana em

baixa, o dólar norte-americano fechou emalia em Frankfurt, Zurique, Milão e lon-dres. Um fator adverso à moeda norte-americana foi o corte nas taxas de jurosprimários dos Estados Unido». Já em 16-quio, a moeda foi cotada a 217,60 Ienes,representando baixa de 0,55 ienes sobre odio anterior. Em Frankfurt, sua cotação foide 1,7639 marce* e em Zurique de 1,6289francos suíços.

O preço do ouro superou no Europa amarco dos 630 dólares a onça pela primei-ra vez am três metes, o que foi atribuídopelos comerciantes e uma forte demandade ouro procedente do Oriente Médio. EmZurique, o metal leve afia de 13 dólar*»(637,50) e de 14 dólares em londres.Segundo um corretor de Zurique, "o au-mento dos tensões políticos no Sudeste daÁsia parece ter feitocom que, mais de umavez, o ouro sofresse influencio política,subindo devido aos problemas mundiais".

Taxas do EnroraercadoTaxo do Euromercado

A tcwo interbancária de câmbio de londres, no mercado do eurodólar, fechouontem, para o período d* seis metes em 913/16%. Nos demais moedai foi otsguint*o t*u comportamento, segundo dados do Banco Central.M* Oc4or libra Morto Fr. Sulco fc. FrancetFlorrm

1 me» 9 5/16 17 11/16 9 3/4 5 15/16 12 9/16 10 3/43 meie» 9 3/4 16 15/16 9 9/16 12 9/16 10/5/8ómtsn 9 13/16 15 11/16 8 7/8 12 9/16 10 9/1612 mete» 9 1/2 14 1/4 8 1/4 5 3/3 12 9/16 10 1/4

- OBS.: Taxo» válida» a partir dos próximos dois dias úteis.

Taxas de câmbioTaxas de Câmbio

MOf DAS COMPRA VENDA REPASSE COBERTURADólar 52.115 52,315 52.165 52,265Dólar australiano 60,260 60,669 60,318 60,634Ubnr»»t*rtino 122,55 123,32 122.67 123,25Coroo Dinamarqueto 9,5288 9,5774 9,5379 9,5719Coroa norueguesa 10,753 10.808 10,763 10,802Coroo sueco 12.506 12,571 12,518 12.564DólôTcariãdense 45.333 45,566 45,376 45,540Escudo português 1,0645 1,0718 1,0655 1,0712Florir» holandês 26,976 27,175 27,001 27,159Franco belgo 1,8464 1,8567 1.8482 1,8556Franco francês 12,710 12.791 12.722 12,783France ,uico 32,078 32,295 32,109 32,276len laponés 0,23964 0,24121 0,23987 0,24107liro italiano 0,061863 . 0.062310 0.061922 0,062275Marco olemóo 29,597 29,805 29,625 29 788¦•seio espanholo 0 74306 0,74773 0.74377 0,74730Kelm lUStríaco ' '572 a 1805 4 1612 4,1781

*Kí 'oxos jeimo Maxiüos onlen, pele Banco Central, òs t6h30m do Rio nofeihumentc. do .neriudi de cambie biosileifc. As demais, lomom poi bote asccmn,oef de fecTximttiMi »tc mereack J* ^iovo "orque

Delfim afirma que sua, política já está em execução

Empresários notam segurançaApós a reunião realizada pelo Mi-

nistro Delfim Neto com 19 empresa-rios, pela manhã, o presidente da Abi-nee, Firmino Rocha de Freitas, quefalou pelos empresários em relação aoencontro, disse que "senti que pelaprimeira vez o Ministro está muitoseguro dos dados que transmitiu emuito tranqüilo com relação aos efei-tos das medidas que ele está apli-cando".

— Hoje transmitiu uma certa segu-rança, de tal forma que a sensaçãoque tenho é de que houve um razoávelgrau de expectativa otimista, que euchamaria de cautelosa, responsávelMas é o início de uma expectativaotimista na área do empresariado,que realmente andava preocupado.Estamos começando a sentir uma de-finição, uma perspectiva de investi-mento. Há uma política abrangente eque cobre todos os setores e agoracomeça-se a sentir que há uma dire-ção para onde se está caminhandocom segurança.

Problemas

partir de setembro, porque por en-quanto ainda não se atingiu esse li-mite".

Seriedade

Para o setor eletro-eletrônico, o SrFirmino Rocha Freitas lembrou queexistem dois problemas "mais impor-tantes até que a falta de matéria-prima, que é geral". Na industria pe-sada foram os cortes nas estatais.

Na indústria eletro-domêstica "oque nós antecipamos é que com asmedidas recessivas haverá uma redu-ção na compra de bens de consumoduráveis no segundo semestre, queainda não se iez sentir, mas é espera-da. Não deverá ocorrer desempregoporque estamos procurando compen-sar com as exportações".

Como exemplo o presidente daAblnee citou a exportação de 220 milaparelhos de TV preto-e-branco paraa Argentina, este ano. Sobre o limitede expansão do crédito em 45%, prefe-riu esperar quando a medida começara produzir efeitos, "que deverá ser a

Antes do início da reunião o presi-dente da Associação Comercial doParaná, Carlos Alberto Pereira Olivei-ra, na antesala, classificou o problemaenergético como a segunda priorida-de do país — após a inflação — "e oBrasil precisa levar a sério a busca defontes renováveis de energia".

Para ele, o Governo "deve e podeutilizar os empresários como seus as-sessores e que esses não vão cobrarnada por isso. É preciso que o empre-sário seja ouvido e entendido. Somosotimistas, acho que o Governo podesair dessa situação desde que hajacooperação total, de todos os setores,a começar pelo próprio Governo".

Sobre a redução da taxa de lucro opresidente da Associação Comercialdo Paraná disse que o problema nãopode ser estudado de forma genérica"porque grande parte dos empresa-rios não estão obtendo lucros, princi-palmente os ligados a pequenas emédias empresas".

Processo socialO empresário Rodrigo Rocha Lou-

res, da Pescai, e que representou aAssociação Brasileira das Indústriasde Alimentação na reunião com oMinistro Delfim Neto, lebrou à saídaque a inflação "é um processo socialextensivo a todos os setores e a indus-tria alimentícia está com lucrativida-de negativa «orno um todo".

Isso, segundo ele, tem colaboradopara a redução da produtividade earrefecimento na obtenção de melho-res tecnologias e desestimulos aos in-vestimentas. "Em última análise oprejudicado é sempre o consumidor".Ele admitiu o controle do lucro, "des-de que não leve o empresário a terprejuízo".

Industrial levaqueixa a Ministro

O presidente da Associação dosFabricantes de Móveis do Brasil, Ma-nuel Leite Magalhães, encaminhou aoMinistro Delfim Neto levantamentodos preços de suas matérias-primas,demonstrando que nos últimos cincomeses tem ocorrido aumento médiono conjunto de 8,82% ao mès, bastan-te superior á inflação. De fevereiro ajulho (os moveleiros já receberam asnovas tabelas de seus fornecedores) aespuma subiu 112,6%, o verniz 59,5%,o compensado 49%, e a madeira aglo-merada 45.18%.

Os industriais do mobiliário disse-ram á saída da entrevista com o Mi-nistro do Planejamento que ele pediu"paciência e esforço adicional no sen-tido de ampliar a exportação". Umdos empresários acrescentou que "es-tamos todos nesse barco; é precisocerrar fileira para resolver os proble-mas maiores do pais". Lembrou, en-tretanto, que das 11 mil 500 fábricasde móveis, 11 mil 100 são microempre-sas que dão empregos a 350 mil pes-soas, e "mobília é compra adiável".

Quanto à exportação, disseram osempresários que as dificuldades avencer são muitas, a começar pelaembalagem adequada, para evitarque "se tente exportar caixas de ar"— referindo-se à necessidade de des-montar os móveis para enviá-los aoexterior, de forma a ocupar menosespaço.

— Mas além da dificuldade de ma-téria-prima, nossa indústria tem co-mo característica o fato de pagar aosfornecedores em 60 dias e receber daslojas que comercializam os móveis em120 dias. E o financiamento à exporta-ção teve os juros elevados de 8% para23% — concluiu um industrial.

Incêndio quase{ cancela reunião

A segunda reunião do Minis-tro do Planejamento, DelfimNeto, com empresários iniciou-se às 15 horas e só terminou às17h30m. Além do presidente doGrupo Monteiro Aranha, OlavoMonteiro de Carvalho, partíxA-param mais 18 empresários,entre eles, o presidente da As-sociaçào Paulista-dos Fabri-cantes de Papel e Celulose, Ho-rácio Cherkasski, e o presiden-te da Cimentai Siderurgia, Ro-mero Machado Corrêa.

O encontro correu sériaameaça de ser interrompidopor um inicio de incêndio nosétimo andar do prédio do Mi-nistério da Fazenda. O audüó-rio da Escola de AdministraçãoFazendária foi parcialmentedestruído, após um curto-circuito no ar-condicionado.Com a chegada dos bombeiros,a situação se normalizou. Masa água utilizada para apagar ofogo poderia se infiltrar nafta-ção ao sexto andar, onde fica oGabinete do Ministro do Plane-jamento. Por isso, pensou-se emcortar a força e luz do andar, oque náo foi necessário.

Monteiro de Carvalho quercorte no programa nuclear

O empresário Olavo Monteiro deCarvalho, presidente do grupo Mon-teiro Aranha, sugeriu ontem ao Minis-tério do Planejamento que o Governoreduza os investimentos no programanuclear, construindo apenas quatrousinas, em lugar das oito que constamdo acordo com a Alemanha. Segundoele, "o programa nuclear é importan-te, mas, quem sabe, possamos nego-ciar um ritmo menor de implan-taçâo". *

• Durante a reunião do Ministro àtarde com 19 empresários, o Sr OlavoMonteiro de Carvalho, depois de ouviras informações sobre a contenção dosinvestimentos públicos, disse ao Mi-nistro: "Gostaria que o Governo con-tinuasse dando apoio ao Proálccol eque, também, dirigisse os recursosque estão sendo aplicados em áreasnão prioritárias para Investimentosem carvão e babaçu".

O comentário foi reproduzido pelopróprio presidente do grupo MonteiroAranha, após a reunião, quando deuuma entrevista em nome dos 19 em-presarios que se encontraram com oMinistro do Planejamento. Ao respon-der, o Sr Delfim Neto reafirmou aimportância de o Brasil participar doacordo nuclear. Ele acredita que oprograma nuclear é importante e ne-cessário. É um preço a pagar pelodesenvolvimento.

O 8r Olavo Monteiro de Carvalhodisse que o Ministro analisou as dire-trizes do Governo em relação a trêspontos fundamentais: a inflação, obalanço de pagamentos e as altemati-vas energéticas. Quanto à inflação oSr Delfim Neto explicou que os nume-ros podem ser interpretados de ma-neira diferente. Admitiu que a analisedas estatísticas no preiodo de 12 me-ses ê ascendente. Mas ressaltou que acomparação do primeiro semestredeste ano com o mesmo período doano passado mostra uma melhorasensível.

Ao tratar do balanço de pagamen-tos, o Ministro do Planejamento des-tacou que as exportações estão apre-sentando um resultado quase sur-preendente, para os que, no início doano, não esperavam um total de 20bilhões de dólares em exportações. OMinistro ratificou, ainda, que deve-mos fechar o ano com um empate nabalança comercial ou, no máximo,com um pequeno déficit. E, sobre obalanço de pagamentos, anunciouque o Brasil já captou 6 bilhões dedólares no exterior, á média de 1bilhão ao mês. Logo, não terá difleul-dades de captar os 12 bilhões de dóla-que de que necessita.

Quanto ã estratégia energética, oSr Delfim Neto demonstrou aos em-presarios a viabilidade do plano emandamento para 1985. Assim, dentrode cinco anos, o Brasil estará produ-

ztado 600 mil barris/dia de petróleo,175 mil litros/dia de álcool e 135 miltoneladas de carvão. Como a necessl-dade do pais será de 1 milhão 400 milbarris/dia de petróleo, o percentual deimportação, segundo o Ministro, serámenor.

Na reunião da tarde, havia muitosempresários do Nordeste. Um dos te-mas abordados pelo Ministro do Pia-nejamento foi exatamente o apoio doGoverno à melhor distribuição regio-nal da renda. Na opinião do presiden-te do grupo Monteiro Aranha,"oscompanheiros do Nordeste expuse-ram seus problemas prementes, massaíram convencidos e satisfeitos coma firme Intenção do Ministro de exa-minando melhor forma de apoio àregião, especialmente através de crê-ditos para atender o problema daseca.

O Sr Delfim Neto analisou, ainda, apolítica salarial. Repetiu que este temsido um dos fatores responsáveis pelamanutenção de índices crescentes deinflação: "Os reajustes salariais repre-sentam uma componente importanteda inflação atual." Entretanto, escla-receu que "se justificam por necessl-dade social. É o preço que pagamospor uma situação cuja revisão se fazianecessária."

Ao examinar a política monetária,o Ministro do Planejamento informouque "as medidas que deviam ser ado-tadas já estão em prática. Mas osresultados não ocorrem no dia seguin-te. A política está bem definida e nãoexiste preocupação nesse sentido".Reconheceu, porém, que a industriaestá crescendo a uma taxa anual de11% e a agricultura a 18%, ritmo In-compatível com as disponibilidadesdo pais. Logo, considerou que é preci-so adequar o crescimento aos recur-sos disponíveis. O que significa, paraele, um ritmo de crescimento menor, enão a recessão.

Para o Sr Olavo Monteiro de Car-valho, os empresários receberam"muito bem" as explicações do Minis-tro. Ele constatou a "opinião unanimede que Delfim transmitiu sua políticacom muita objetividade. O que falta êconsenso, pois os canais não são sufi-cientes para levar o delineamento dapolítica que está sendo adotada".

Na reunião, quando o Sr DelfimNeto falou sobre a política de comba-te à inflação, foi apoiado pelo presi-dente do Grupo Monteiro Aranha,com o exemplo da confiança dos téc-nlcos do Kuwait na economia brasi-leira. "Eu nunca pensei que viesseminvestir com a inflação em tomo de100%, pois se trata de um grupo detécnicos altamente sofisticados. Con-tudo, basearam-se nas perspectivas.E se decidiram investir, é porque fica-ram confiantes na política do Go-vemo."

Construtor naval alertaGoverno para ociosidade

O Industrial da construção naval(estaleiro Mauá) e armador Paulo Fer-raz chamou atenção das autoridades,ontem, para as dificuldades que o paisenfrentará no futuro, se não fizer ago-ra os navios de que necessitará paraampliar o seu comércio internacional.Ao lançar ao mar o casco do granelei-ro Graziela Ferraz, que leva o nomede sua môe.oSr Paulo Ferraz afirmouque para manter a produtividade nasentregas o estaleiro deveria ter recebi-do nova encomenda há 7 meses.

O representante da Sunamam —Superintendência Nacional da Mari-nha Mercante, à solenidade, Coman-dante Mário Palhares, disse que aoassumir a entidade o ComandanteJoão Carlos Palhares dos Santosmandou fazer um levantamento econstatou que somente em 1982 volta-ria a dispor de recursos para financiarnovas embarcações. "A situação é es-ta. O Governo está ciente de todo esseproblema de fluxo de caixa. O fatodecorre de atrasos no n Plano deConstrução Naval, que por sua vezgeraram atrasos no retomo de divi-sas" — assinalou, em seu discurso noestaleiro Mauá, o dirigente da Su-namam

Em nome da empresa que contra-tou a construtora do navio, Compa-nhia Brasileira de Transporte de Gra-néis, falou o presidente do Sindicatodos Armadores, Wllfred Penha Bor-ges. Ele assinalou a necessidade dedobrar a frota mercante nacional, pa-

ra que o programa de exportação nãoseja afetado, "na década de 50, PauloFerraz foi o baluarte da construçãonaval no pais. Ele e mais uns poucosnão permitiram a simples repetiçãodo que ocorreu na indústria automo-bilistica. Não sou xenófobo, respeito ovalor capital estrangeiro, mas o de-senvolvimento da tecnologia nacionalcontribui para o crescimento harmô-nlco do Brasil, do nosso povo" —frisou o armador.

Em conversa com jornalistas, opresidente do Sindicato Nacional daIndústria da Construção Naval, Sera-phim Donato, do Caneco, disse que asaída está em encontrar uma fórmulaque permita aos estaleiros conseguirfontes alternativas de recursos com-patlveis com o programa de constru-çáo naval, enquanto a Sunamam nãose recupera

O vice-presidente da Associaçãode Exportadores Brasileiros, SouzaLima, transferiu-se da empresa de na-vegação Aliança para o grupo PauloFerraz e, ontem, garantia que os Mi-nlstros Eliseu Resende e Emane Gal-vêas já concordaram com a criação deum comitê executivode linhasplonel-ras, a funcionar junto a Sunamam.Disse, ainda, que Laerte Setúbal, napresidência, ele, na vice, e Jorge Os-car de Mello Flores, como diretor fl-nancelro, foram indicados para a ree-leição na AEB, em setembro, peloconselho diretor da entidade.

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DOMINGOJORNAL DO BRASIL^

(Este comunicado tem finalidade exclusivamente informativa)

Bolsa de Valores do Rio de JaneiroA Bolsa de Valores do Rio de Janeiro

certifica que, em 27 de junho de 1980, foramnegociadas pela primeira vez em seu

pregão as ações da

METISA-METAUÜRG1CATIMBOENSE S/ASede: Av. Nereu Ramos, 93 - Timbó - SC

Capital social: CrS 13S.700.000.00, dividido em 39.100.000 de açõesordinárias e 75.900.000 de ações preferenciais, ambas nominativas ou ao

portador, do valor nominal de Cri 1,18 cada uma.Exercício social: 01/07 a 30/06

Valor patrimonial: CrS 3,47 (balanço semestral em 31/12/79)Lucro líquido: CrS 13.109.514,56 (balanço semestral em 31/12/79)

Venda líquida: CrS 263.310.811,00 (balanço semestral em 31/12/79)Últimos eventos: dividendo: CrS 0,07 por ação (referente aos exercícios de

1977/1978)bonificação: 50,00% (AGE 05/01/79)subscrição: 53,33% (AGE 20/05/80)

Atividade: Indústria metalúrgica, comércio por atacado e varejo deferragens, materiais de construção, artigos domésticos e análogos.

Diretor de Relações com o Mercado:Oswaldo Trisotto

?stf

22 — JORNAL DO BRASIL ? sábado, 28/6/8C D 1° Caderno

FalecimentosRio de Janeiro

Antônio Carlos Vtaru» d» Sil-va, 56, de lnfarto, na residênciaem Copacabana Carioca, co-merciante casado com LúciaHelena Mendes da Silva, tinhadois filhos: Cecília e Maria deFátima, uma neta. Será sepul-tado as lOh no Cemitério SáoJoão Batista.

Berenice Oalvao dos Santos,5 67, de insuficiência cardíaca, no.i Hospital da Lagoa. Carioca,

viúva de Francisco Lima dosSantos, morava em Ipanema.

, Será sepultada as llh no Cerni-tério São João Batista.

Sérgio Pereira da Costa, 34,de insuficiência cardíaca, naCasa de Saúde São Judas Ta-deu. Carioca, corretor de imô-veis, casado com Marlsa Diasda Costa, tinha três filhos:

i Humberto, Hélio e Helena, mo-rava em Botafogo. Será sepul-tado ás 9h no Cemitério SãoJoão Batista.

CUudionor Corrêa de Carva-lho, 76, de Insuficiência carola-ca, na Clinica Santa Maria. Ca-rioca, comerciante, viúvo deSolange Bezerra de Carvalho,tinha uma filha: Valéria Carva-lho de Souza, dois netos, mora-va em Santo Cristo. Será sepul-tado as lOh no Cemitério SãoFrancisco Xavier.

Sidney Queira de Macedo,58, de acidente vascular cere-bral, nó Hospital Evangélico.Carioca, farmacêutico, solteiro,morava na Ttjuca. Será sepul-tado às lOh no Cemitério SãoFrancisco Xavier.

Jorgina Peixoto de Oliveira,66, de câncer, no Hospital deBonsucesso. Carioca, casada:Jayme Oliveira Filho, tinhaduas filhas — Rosane e Rose,três netos, morava em Higienó-polis. Será sepultada às 9h noCemitério São Francisco Xa-vier.

Pedro Amorim de Altraquer-que, 81, arteriosclerose, na real-

, dêncla na Ilha do Governador.Carioca, era viúvo de GilmaraCardoso de Albuquerque. Serásepultado às 9h no Cemitérioda Caçula.

Nilo Fortes Filho, 59 de Infar-to, no Prontocor. Carioca, grafi-co, desquitado, tinha um filho— Paulo, uma neta, morava noGrajaú. Será sepultado às llhno Cemitério Jardim da Sau-dade.

Maria Teresa Pinto dos San-tos, 67, de insuficiência respira-torta, no Hospital Cardoso Fon-tes. Carioca, solteira, moravaem Jacarepaguá. Será sepulta-da às 9h no Cemitério Jardimda Saudade.

I

EstadosAmaro de Sousa Leite, 49, de

lnfarto, no Hospital Migueli Couto, no Recife. Pemambuca-

no de Barreiros, zona da Mata, Sul do Estado, escriturário, era

casado e tinha três filhos.Benedito Ferreira dos San-

tos, 85, de insuficiência cardia-ca, no Hospital Jaime da Fonte,no Recife. Pernambucano, fer-reiro, morava na Vila do Ibura,na Capital pernambucana. Ca-sado, tinha cinco filhos e netos.

Mauro Barbosa da Fonseca,> 65, de problemas cardíacos. De-| sempenhou diversos cargos na

Secretaria de Segurança Públi-ca de Pernambuco, de onde sedesligou para ocupar o cargo deassistente jurídico da Secreta-ria de Saneamento e Obras Pú-blicas. Casado com AusemiraBarbosa Fonseca, tinha dois fi-lhos.

Francisco de Oliveira Mar-quês, 83, de problemas respira-tortos, em São Paulo. Viúvo deMaria Francisca da Costa Mar-

, quês, tinha filhos, noras e netos.Francisco Garcia Guirao, 81,

de parada cardíaca, em SãoPaulo. Era casado com JosefaGarcia e tinha filhos, genros,noras, netos e bisnetos.

Belr. HorlmntWFnti- ri» Woldnmor Snblno

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mês*?'-- " *-i-<-:Além da bomba, os terroristas picharam a Casa dos Jornalistas

Bomba explode na Casa doJornalista de Minas Gerais

Belo Horizonte — Menos deduas horas após o Secretário doPlanejamento de Minas, SrPaulo Haddad, terminar umcurso de planejamento e desen-volvimento para jornalistaseconômicos, na sede da Casa doJornalista o prédio sofreu umatentado a bomba, às lh30m damadrugada de ontem, que da-nlficou a porta principal, Jane-las e o teto da sala de reuniões.

A casa, onde funciona comoinquilino o Sindicato dos Jor-nalistas Profissionais de MinasGerais, teve muros e fachadapichados — "casa de comunis-tas", "hora é chegada, fora, fo-ra, comunistas", "este é um a vi-so à imprensa comunista", "vi-va o papa anticomunista". OGovernador Francelino Pereiradeterminou ao Secretario deSegurança "um rigoroso inqué-rito". Pessoas que passavampela rua e vizinhos de prédiospróximos viram quando cincopessoas invadiram a casa, nocentro da cidade, para ali colo-car a bomba.DÉCIMO ATENTADO

Este é o décimo atentadoocorrido em menos de 18 mesesem Belo Horizonte contra reda-ções de jornais, igrejas, entida-des de classe e residências delideres comunitários, mas emnenhum dos casos, após inqué-rito policial, se chegou aos au-tores.

O atentado à Casa do Jorna-lista de Minas Gerais, ao con-trario dos demais, não foi assu-mtdo por nenhuma das organi-zaçóes de extrema direita queagem em Minas—GAC (GrupoAnticomunista), MAC (Movi-mento Anticomunista) e CCC(Comando de Caça aos Comu-nistas) — que sempre deixarasuas Iniciais.

O jornalista José Maria Rabe-Io, ex-asllado, mesmo depois doatentado, fez questão de man-ter o lançamento do livro Me-mortas do Exílio em co-autoriacom sua mulher Teresinha Ra-belo e com José de Souza eMarta do Carmo de Brito, quejá estava programado para on-tem à noite na Casa do Jorna-lista.

Segundo Leilio Fabiano dosSantos, um dos diretores doSindicato dos Jornalistas deMinas, apesar de o grupo deextrema direita náo se ter iden-tifleado, as pichaçôes os identi-ficam, pela semelhança comaquelas deixadas na igreja deSão José e no jornal Em Tem-po, dois atos terroristas que fo-ram assumidos pelo GAC.

O presidente do Sindicatodos Jornalistas de Minas, Wa-

shlngton Tadeu de Melo, disseque, antes mesmo de ele chegarao Sindicato, a Policia Técnicajá havia cercado o prédio e mi-ciado o levantamento, tendo re-colhido fragmentos da bomba eopayio.

O Deputado Ademir Lucas(PMDB), que apresentou noano passado requerimento soli-citando ao Governador a apu-ração dos 19 atentados ocorri-dos em Minas desde 1977 atéaquela época, e que só teve suaaprovação pela Assembléia mi-neira no mês passado, disse on-tem que o número de atentadosjá se eleva a 24 e que o Governa-dor náo deu ainda resposta aorequerimento encampado peloLegislativo mineiro.

O Deputado Cícero Dumont(PDS) disse que o atentado àCasa do Jornalista é um casomuito sério e lastimável, "é umdever do Governador apurarimediatamente a ocorrênciacora rigor".

O Deputado Silo Costa, tam-bém do PDS, disse que "essesatentados, que me parecem ori-ginários da extrema-dlreita,não são mais graves que os veri-ficados e provocados pela ex-trema-esquerda. Entendo queisto, lamentavelmente, sempreexistirá. Claro que a ação extre-mista se dá com mais intensi-dade na medida em que a impu-nidade é uma certeza. A insegu-rança por que atravessa atual-mente o pais, em todos os senti-dos, estimula e prolifera estesatentados".

O Deputado Jorge Ferraz(PP-MG) disse que tais atos sáodesenvolvidos por organismosanticomunistas que não dese-jam que o país possa ter a possi-billdade de voltar ao regimedemocrático: "A responsabili-dade é do próprio Governo, queseria o indicado para evitar queisto possa levar a atos maisextremos, que de certa formatrazem dificuldades para a rea-bertura. Tais atos têm o objeti-vo principal de atemorizar aimprensa livre do país."NOTA OFICIAL

Em nota oficial, os diretoresdo Sindicato dos Jornalistas deMinas e da Casa do Jornalistaafirmam que "continuarão tra-balhando normalmente, sem sesentirem intimidados por atoscovardes como o atentado con-tra a nossa sede. Continuaránossa luta em favor da valoriza-ção profissional do jornalista ena busca incessante da implan-tação de uma democracia noBrasil"."A Casa do Jornalista de Ml-nas continuará sendo uma casa

AVISOS RELIGIOSOS

CAROLINAPAULINA SANTOS

(MISSA DE 30° DIA)

tSua

família convida parentes e amigos para amissa que fará celebrar em intenção de suaalma, 2a feira, dia 30, às 19:30 na Capela doColégio São Vicente de Paulo, à Rua Cosme

Velho, 241. (P

JORGE MANÇUR BASTANI(36° ANO) i

PROF" SARAH ZAIDAN BASTANI(13° ANO)

JOANA JORGE ZAIDAN(12° ANO)

SOPHIA HAUAISS BASTANI(5° ANO)

tTanus

Jorge Bastani e Famflia, convidam seus parentes eamigos para a Santa Missa a ser realizada dia 30 do corrente,às 10 horas, no altar mór da Igreja de N. S. da Boa Morte à Ruado Rosário, esquina da Avenida Rio Branco, "in memorian"aos seus sempre queridos e inesquecíveis entes: Pai, Espo-

sa, Sogra e Màe, agradecendo de antemão a todos os que compare-cerem a este ato de fé Cristã e traterna comunhão de sentimentos.

(P

ODETE PEREIRA LOMBAAltamir Castanheira, esposa e filhos agradecem asmanifestações de pesar por ocasião do falecimentode sua sogra, mãe e avó, e convidam para a missade 7° dia que será celebrada no dia 1°/7/80 — 3afeira às 10:30 hs na igreja do Divino Espirito, noEstácio.

t

VERA BEATRIZCOSTA CERQUEIRA

Seus pais. irmãos, cunhados e sobrinhos, convidam parentes e amigospara a missa a ser celebrada hoje às. 18.30 hs . na capela do Colégio NitreDame a Rua Barão da Torre, 308

A família dispensa pêsames IP

aberta á discussão e a recebertodos os convidados que acharque deve, como fez ontem como Secretário de Planejamentodo Estado, professor Paulo Ro-berto Haddad, que, apenas ai-gumas horas antes do atenta-do, participara de um debatecom jornalistas da área econo-mica, e como fará hoje (ontem),quando receberá brasileirosque foram obrigados a viver noexílio para o lançamento de 11-vro com seus depoimentos."

Os diretores das duas entida-des encaminharam a nota ofl-ciai ao Presidente da Repúbli-ca, ao Ministro da Justiça e aoGovernador Francelino Perei-ra, dizendo "por ser esta a se-gunda invasão de nossa sede econsiderando estar se tomandotradição entre nós a omissãooficial diante de atentados con-tra entidades de categorias pro-fissionais, é absolutamente in-dispensável a apuração dos fa-tos, o que aguardamos com origor e a urgência que o casorequer, porque toda a categoriaprofissional foi ofendida e todaa tradição cívica de Minas, ma-culada".

Também uma nota em repú-dio ao atentado e solidariedadeàs entidades ofendidas foi di-vulgada ontem pelo Centro dosCronistas Políticos de Minas,que passará a partir de hoje amobilizar os parlamentares dabancada federal do Estado nosentido de que o Governo ve-nha a apurar o atentado. Tam-bém os líderes do PP e doPMDB no Legislativo Mineiroprotestaram contra o atentadoà Casa dos Jornalistas. Às 18horas, todas as redações de Be-Io Horizonte fizeram uma grevesimbólica de cinco minutos, emprotesto contra a omissão ofl-ciai para apurar os atos terro-ris tas.

RigorAo tomar conhecimento, no

fim da tarde de ontem, do ateu-tado a bomba á sede da Casa doJornalista de Minas Gerais, oMinistro da Justiça, IbrabimAbi Ackel, se comunicou com odiretor do Departamento dePolicia Federal, Coronel Moa-cir Coelho, e lhe recomendou"imediata e rigorosa apuraçãodos fatos".' O Ministro da Justiça tomouconhecimento do atentadoatravés de telefonema do jor-nalista Geraldo Elislo. A res-ponsabilidade pela apuraçãodos fatos foi delegada à PoliciaFederal devido ao tipo de ocor-réncia — atentado — que fazparte da esfera de atribuiçõesdaquele órgão.

YONNE IGREJAS(MISSA DE 7° DIA)

tVenâncio

Igrejas agradece as manifestaçõesde pesar recebidas por ocasião do falecimentode sua esposa YONNE DE CAVALCANTI PES-SOA IGREJAS LOPES, e juntamente com a

família convida para a missa que será celebrada emintenção de sua alma, no dia 30 de junho docorrente, segunda-feira, às 11,30 horas, na Igreja deN.S.doCarmoàRua1°deMarço(PraçaXV). (P

Policial da12a DP podeser punido

"Náo tenho dúvidas de que ofato ocorreu. Já estamos apu-rando e o responsável será pu-nido, para que sirva de exem-pio" afirmou, ontem, o diretordo Departamento de PoliciaMetropolitana, Delegado He-raldo Gomes, referindo-se ã de-núncia do estudante Sérgio Ca-ringi. que quase foi agredidopor um policial da 12* DP, emCopacabana, ao apresentarqueixa do roubo de sua car-telra.

À tarde, Sérgio esteve na 1»Coordenadoria Operacional deÁrea, onde foi ouvido pelo Dele-gado Jorge Martins, responsa-vel pela sindicância Instauradapor ordem do Secretário de Se-gurança, General EdmundoMurgel. A apuração é sigilosa,mas, até terça-feira, será conhe-cido o policial faltoso e a puni-ção aplicada com base no Re-gulamento da Policia Civil.

IMAGEM

O fato ocorreu no dia 7, ás2h30m, quando o estudante deComunicação Sérgio Caringiteve sua carteira roubada emum ônibus, em Copacabana. Aochegar á 12* DP para apresen-tar queixa, encontrou o policialde plantão dormindo, que aca-bou se irritando com a lnsistên-cia de Sérgio, que estava preo-cupado com seus documentos.

Depois de informar que ne-nhuma providência poderia sertomada até segunda-feira, o po-licial se exaltou com o estudan-te, gritou que já havia tomado"umas cachaças" e chegou amostrar-lhe uma arma que es-tava na gaveta, para intimida-Io e forçá-lo a se retirar.

Ontem, Sérgio Caringi esteveno Departamento de PolíciaMetropolitana, em companhiado pai, o jornalista Paulo Carin-gi, tendo sido ouvido reservada-mente pelo Delegado JorgeMartins. Mais tarde, ao comen-tar o caso, o Delegado HeraldoGomes afirmou que "assim naodá para se fazer uma políciadigna do respeito da popula-ção. No meu departamento nãoadmito tais fatos, pois do aten-dimento ás partes depende aimagem da policia."

Rio ganhaIo prêmioda Loterj

Os 7 milhões do 1° prêmio da240* extração da Loteria do Es-tado do Rio de Janeiro saírampara o bilhete 01 835, vendidona capital,'que também teve osbilhetes 18 541,05 109 e 32 294,referentes aos 2o, 4o e 5o pre-mios, sorteados com Cr$ 350mil, Cr$ 120 mil e Cr$ 70 mil. O3° prêmio, de Cr$ 200 mil, coubeao bilhete 32 136, vendido emCampos.

O Chevette coube ao Io vige-simo do bilhete 17 016. Trêsmotocicletas Honda foram sor-teadas para o 15° vigésimo dobilhete 00 730 (Cabo Frio), 16°vigésimo do bilhete 04173 (Bar-ra Mansa) e Io vigésimo do bi-lhete 03 579 (Alcântara). Outrasseis Honda foram sorteadas pa-ra os bilhetes 10 994 (11° vigési-mo), 00 461 (14°), 34 019 (Io),32 551 (11°), 16 728 (20°) e 09 715(5°), todos vendidos no Rio dejaneiro.

Médica deixaagulha e gazeem paciente

Maceió — Depois de três me-ses sofrendo fortes dores nabarriga, a Sra Maria das Graçasdescobriu que estava com umaagulha de sutura e pedaços degaze, esquecidos pela médicaMarta Marsiglia, que a operarade cesariana em abril, na ma-temidade da Santa Casa de Mi-sericórdia. Agora, ela está inter-nada, entre a vida e a morte.

Os médicos ainda não retira-ram os objetos de sua barriga,porque aguardam que sua re-ststência orgânica melhore, afim de ver se ela pode ser sub-metida a nova operação. Mariadas Graças voltou á Santa Casae ameaçou processar a médica.

TempoINPEíCNtvi,, Rio-Sul QhlQm (Vk- »mul)

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O Nordeste brasileiro aparece com a área escura indicou-do tempo bom, temperatura elevada. Nota-se lambem, umagrande área branca sobre o Oceano Atlântico estendendo-seaté a litoral do Bahia, cobrindo parte de Minas. Goiás e MatoGrosso. Esta área branco indico o nebulosidade e chuvasassociados à frente frio que continua movimentando-se paroo Nordeste.

O Estado de São Paulo, o Mato Grosso do Sul. a região Suldo Brasil, Paraguai e o Norte da Argentina aparecem comuma tonalidade cinza claro, indicando que estos áreas estáosob a influência da circulação da massa de ar polar,responsável pelo acentuado declínio de temperatura que

NO RIONublado ainda sujeitoa instabilidade,melhorando no decorrer do período.Temperatura estável. Ventos: Sul a Estefracos a moderados. Máx: 24.6, emJacarepaguá; min: 14.0, no Alto doBoa Vuia.

está ocorrendo Unia nova frentefnci pode ser observada "OSul da Argentina

A fotografia do Satélite Meteorológico é recebidadiariamente pelo InttHuto dt Pesquisas Espaciais (IN-PE/CNPq) em São José dos Campos (SP). As imagens doSatélite sào transmitidas em infravermelho. As areosbrancas indicam temperaturas baixas e as áreas escu-ras temperaturas elevados. Determinando-se a tempero-tura das áreas brancas e das áreas pretas, pode-se comuma escala cromátka conhecer as temperaturas dassuperfície da terro, das massas de ar o do topo ciasnuvens.

O MAR

A CHUVAÚltimos 24 horasAcumulada este mèsNormal mensalAcumulada esteanoNormal o nua I

Nascer:Ocaso:

O SOL

16,261.343,2

330,71075.8

6h34m17h!8m

Rio/ Niterói: Preamar: 02h3W I 2me15h23m/ 1 3m. Bai»amar 0°h57rWO.Om e 22h27m/ 0.4m,Angra dos Rei»: Preaman 01h47m/l,2m e I4h32m/ l.3m. Baixamor.09h24m/ 0.2m e 22h03m/ 0 4mCobo Frio: Preomar. 02hl0mr l.2m e15h05m/ 1.3m. Boixorror: 08h52m/0.2m e 2lh22m/ 0.5m.

TemperaturaDentrodabaio: 21ForadeborrO' 21Mar meio agitadoCorrente teste para Sul

OS VENTOSSul a Este frocos a moderados

ALUA

D DCHEIA MINQUANTEAl* 4r7 5/7

NOVA12/7

CRESCtNTE20/7

NOS ESTADOSAmo tonos parcialmente nublado a nublado sujeito a chu-vas nas regiões Nordeste do Estado e Alto Amazonas.Temperatura estável. Roraima: parcialmente nublado anublado sujeito a chuvas. Temperatura estável. Acre/Rond-ònio: parcialmente nublado a nublado com chuvas ocasio-nois. Temperatura estável, ftiro; parcialmente nublado anublado com chuvas ocasionais. Temperatura estável. Piauí*/Ceará: parcialmente nublado a nublado. Temperatura está-vel. Máx: 30.0; min: 23.6. Rio Grandt do Norte: porcialmen-te nublado o nublado. Temperatura estável. Amapá: parcial -mente nublado a nublado com chuvas esparsas oo Norte doEstado. Temperatura estável. Maranhão: parcialmente nu-blado a nublado com chuvas isolados. Temperatura estável.Paraíba/Pernambuco: parcialmente nublado a nublado comchuvas no litoral e Zona da Mata. Temperatura estável. Máx:28.0; min: 21.9. Alagoas/Sergipe: parcialmente nublado anublado com chuvas isoladas. Temperatura estável. Mó«*27.6; min: 23.4. Bahia: parcialmente nublado a nubladosujeito a chuvas no litoral do Estado. Temperatura estável,em ligeiro declínio ao sul do Eslado. Máx: 27.2; min. 22.8.Mato Grosso parcialmente nubladoa nublado. Temperaturaem declínio. Máx: 25.9; min: 14.0. Moto Grottodo Sul claroa parcialmente nublado. Temperatura em declínio. Goiás:parcialmente nublado o nublado com chuvas esparsas aoNorte. Claro a parcialmente nublado com névoa úmida enevoeiros esparsos pela manhã nas demais regiões. Tempe-ratura estável. Em ligeiro declínio ao Sul. Máx: 26.0; min:16.7. Brasília: claro o parcialmente nublado, com névoaúmida pelo monhô. Temperatura em ligeiro declínio. Máx:24.8; min: 13.8. Espirito Santo: instável com chuvas esparsasmelhorando no período. Temperatura estável. Máx: 24.7;min: 20.7. Minas Gerais: nublado ainda sujeitoa instabili-dade no início no Sudeste, Este e Nordeste do Estado,passando a parcialmente nublado. Demais regiões claro aparcialmente nublado, nevoeiros esparsos pela manhã.Temperatura estável. Máx: 21.5; min: 14.2. São Paulo: claroa parcialmente nublado, condições favoráveis de geadas nosregiões Oeste, Sudeste e Vale do Alto Paranapanema.Temperatura em declínio. Máx: 14.1; min: 8.9. Paraná/SantoCatarina- claro a parcialmente nublado sujeito a geados.Temperatura estável. Máx: 12.8; min: 0.4. Rio Grande doSul: claro a parcialmente nublado ainda sujeito o geados.Temperatura estável. Máx: 11.6; min: 3.0.

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ANÁUSE SINÓTKA DO MAPA DO INSTITUTO NACIONAL DEMETEOROLOGIA — Frento fria no liroral Sul do Bahia eNorte do Espírito Santo, penetrando como quente om MinasGorais. Anliciclono polar de 1029MB em 28° — 30S e 51°30'W.

NO MUNDOAmsterdã — 14, encoberto, Assunção - 8. dam, Atenot —31, claro, Berlim — 16, encoberto. Birminghan — 14,nublado, Bonn — 14, nublado, Bruxelas — 13, nublado,Buenos Aires — 6, encoberto, Casablanca — 22, cloro,Chicago — 27, encoberto, Copenhague -- 14, encoberto,Oalloi — 33, sol, Dublin — 14, encoberto. E«tocolmo — 18.encoberto, Genebra — 12, chuva, Hong Kong — 27,encoberto Jerusalém -r- 31, claro, Lima — 16, instável,Lisboa — 26, claro, Londres — 16, encoberto, Miami • - 31,encoberto, Montevidéu -- 2. nublado, Montreal 21, claro.Moscou - - 16, encoberto, Nice—21 .claro, Nova Deli — 34,nublado, Nova Iorque — 28, claro.

Secretária acusada de ter Assaltantesmatado ex-Miss Jacarepaguá roubam bancoé absolvida por 5 votos a 2 Penha

Depois de 18 horas de sessão, o Conselho de Jura-dos do 4o Tribunal do Júri absolveu, por cinco votos adois, a secretária Ninuccia Bianchi, acusada de teratirado da janela do 4o andar a ex-Miss Jacarepaguá,Vânia da Silva Batista, com quem mantinha casoamoroso. O Promotor Gil Castelo Branco, que defen-deu a tese de homicídio provocado pelos ciúmes deNinuccia, vai requerer anulação do julgamento, noTribunal de Justiça.

A sessão foi bastante concorrida, principalmentepor ser a primeira vez na história do júri que um crimeenvolvendo relacionamento amoroso entre duas mu-lheres foi levado a plenário. Mesmo depois de teremsido apresentadas todas as provas de acusação, 14cartas de amor escritas por Ninuccia a Vânia e duascertidões de casamento, prevaleceu a tese do advogadoGloriano Muller: suicídio de Vânia.

JACQUES ROTHSTEIN — Z'L— DESCOBERTA DE MATZEIVA —

A Sônia Rothstein, Sylvain Rothstein e família,X a convidam parentes e amigos, a assistirem à-^T^ cerimônia da Descoberta de Matzeiva de seu

sempre lembrado e estimado JACQUES RO-THSTEIN, que será realizada na parte antiga doCemitério Israelita em Vila Rosali, no próximo dia29 de junho (domingo), às 10 horas.

JACQUES R0THSTEIN-Z1DESCOBERTA DE MATZEIVA

a A Diretoria da Brasil Holanda de Industria S.A.,con-Y\ vida seus amigos, a assistirem à cerimônia da'XA Descoberta da Matzeiva de seu estimado Diretor,

JACQUES ROTHSTEIN, a ter lugar na parte antigado Cemitério Israelita em Vila Rosali, no próximo dia 29 dejunho (domingo) as 10 horas.

ENGENHEIROS

A morte da ex-Miss Jacaré-paguá—na madrugada de 1°de novembro de 1977 — foiregistrada pela 3* DP comosuicídio. Porém, devido à am-pia divulgação pela impren-sa, foi instaurado inquérito.Ninuccia foi denunciada peloPromotor Gil Castelo Brancocomo "invertida sexual" quevivia com Vânia da Silva Ba-tista — no apartamento 404da Avenida Miguel SalazarMendes de Moraes, 291 — co-mo se fossem casadas e, "pormotivo torpe, vingança abje-ta, egoísmo e prepotência, jo-gou a vítima, que estava grá-vida, pela janela".

O assistente de acusação,advogado João Carlos Mallet,tentou provar aos sete jura-dos — quatro homens e trêsmulheres — a tese do homicí-dio qualificado, provocadopelos ciúmes de Ninuccia, pe-Io fato de Vânia estar grávida.Disse, ainda, que, na reconsti-tuição do crime, por dois en-genheiros do Instituto de Cri-minalistica, foi afastada a hi-potese do suicídio, devido àpouca distância da parede doprédio em que foi encontradoo corpo da ex-Miss Jacarepa-guá e, também, pela sua altu-ra em relação ao tamanho dajanela.NERVOSISMO

O advogado de defesa, Glo-riano Muller,.conseguiu pro-var ao Conselho de Jurados oestado de nervosismo e dedepressão em que Vânia se

encontrava ás vésperas desua morte. Depois de deixarde viver com Ninuccia, a ex-Miss Jacarepaguá voltou grá-vida e desempregada, dizen-do ter sido expulsa da casados pais, tendo Ninuccia aacolhido por humanidade,principalmente por ela ter de-monstrado tanta depressão,já que era muito ligada â fa-mília.

Na noite de 31 de outubrode 1977, Ninuccia sairá e,quando retomou ao aparta-mento, encontrou Vânia mui-to nervosa. Ela saiu de casa,sem dizer para onde e, aovoltar, aproximadamente às23h, Ninuccia notou que Vâ-nia havia chorado muito. Porcontinuar muito nervosa, Ni-nuccla ainda tentou dar-lheum calmante, mas uma vM-nha enfermeira o desaconse-lhou a dar qualquer remédio.

Por isso, fez Vânia tomarum copo de água com açúcare foi dormir. Por volta da 2hda madrugada de Io de no-vembro, foi acordada pelosindico do prédio, que lhe dis-se ter encontrado o corpo deVânia no pátio. O advogadoGloriano Muller também sebaseou no laudo de local doperito do Instituto de Crimi-nalística, Luís Leite Santia-go, que declarou ter sido amorte de Vânia provocadapor suicídio.

Ás 6h de ontem, o Juiz pre-sidente do 4o Tribunal do Jú-ri, Paulo Roberto Leite Ven-tura, leu o resultado do Con-selho de Sentença: absolvi-ção por cinco votos a dois.

naApós seqüestrarem o conta-

dor Godofredo Neves Aguiar,que acabara de deixar o filho naporta da escola, e, no carro dele,percorrerem, durante cerca deduas horas, algumas ruas daPenha, seguidos de perto porum outro carro que lhes davacobertura, cinco homens arma-dos de metralhadoras, revolve-res e granadas assaltaram, on-tem de manhã, o Banco Sul-Brasileiro, levando mais de Cr$3 milhões.

Na agência—que fica na RuaLobo Júnior, 1.788, não muitodistante da 22a Delegacia Poli-ciai — três deles imobilizaram15 funcionários, que foram obri-gados a deitar no chão; o geren-te, e dois guardas de segurança.Antes de fugirem disse um dosassaltantes: "Esse dinheiro émulto pouco para a nossacausa".

Segundo contou o contadorao delegado Jorge Mario, da 22*DP, e ao inspetor Marinho daDivisão de Roubos e Furtos, oseqüestro foi por volta das7h30m, na Rua Delflna Enes,logo após ele ter deixado o Olhona porta do Colégio Frei Fabia-no. O carro dele, o Chevetteplaca RJWP-2410, foi intercep-tado por um Opala branco, comcinco homens armados.

Veiga Britopede habeascorpus

Habeas corpus em favor doex-presidente do Flamengo,Luiz Roberto de Veiga Brito —que teve, com mais oito pes-soas, prisão preventiva decreta-da pela Juíza da 27a. Vara Cri-minai, Marta Vasconcelos, soba acusação de estelionato con-tra o antigo Banco de CréditoTerritorial — foi Impetrado na2a. Câmara Criminal do Tribu-nal de Justiça, pelo advogadoJairo Alves de Barros.

Caso o habeas corpus sejaconcedido pelos Desembarga-dores da 2a. Câmara Criminaldo Tribunal de Justiça, por ex-tensão, beneficiará os outrosacusados no processo: Srs JoséAlberto de Oliveira Cabeda,Paulo Jesus Grossi, Valter Bi-calho, Maurício Aronovick,Luiz Vieira de Carvalho, Geral-do Moreira, Washington AlvesMoreira e Carlos Augusto deMoura.

22 — 2o Clichê JORNAL DO BRASIL D sóbado, 28/6/80 D 1° Caderno

FalecimentosRio de Janeiro

AntOnio Carlos Viana da Sil-va, 56, de Infarto, na residênciaem Copacabana. Carioca, co-merciante, casado com LúciaHelena Mendes da Silva, tinhadois filhos: Cecília e Maria de .Fátima, uma neta. Será sepul-tado às lOh no Cemitério São .Joáo Batista.

Berenice Galvao dos Santos,67, de insuficiência cardíaca, noHospital da Lagoa. Carioca,viúva de Francisco Lima dosSantos, morava em Ipanema.Será sepultada às llh no Cerni-tério Sào Joào Batista

Sérgio Pereira da Costa, 34,de Insuficiência cardíaca, naCasa de Saúde São Judas Ta-deu. Carioca, corretor de lmó-veis, casado com Marisa Diasda Costa, tinha três filhos:Humberto, Hélio e Helena, mo-rava em Botafogo. Será sepul-tado às 9h no Cemitério SãoJoão Batista.

Claudlonor Corrêa de Carva-lho, 76, de insuficiência cardia-ca, na Clinica Santa Maria. Ca-rioca, comerciante, viúvo deSolange Bezerra de Carvalho,tinha uma filha: Valéria Carva-lho de Souza, dois netos, mora-va em Santo Cristo. Será sepul-tado às lOh no Cemitério SãoFrancisco Xavier.

Sidney Queirot de Macedo,58, de acidente vascular cere-bral, no Hospital Evangélico.Carioca, farmacêutico, solteiro,morava na Tijuca. Será sepul-tado às lOh no Cemitério SãoFrancisco Xavier.

Jorgina Peixoto de Oliveira,66, de câncer, no Hospital deBonsucesso. Carioca, casada:Jayme Oliveira Filho, tinhaduas filhas — Rosane e Rose,três netos, morava em Higienó-polis. Será sepultada às 9h noCemitério São Francisco Xa-vier.

Pedro Amorim de Albuquer-que, 81, arteriosclerose, na resi-dència na Ilha do Oovernador.Carioca, era viúvo de GilmaraCardoso de Albuquerque. Serásepultado às 9h no Cemitérioda Caçula.

Nilo Fortes Filho, 59 de infar-to, no Prontocor. Carioca, gráfl-co, desquitado, tinha um filho— Paulo, uma neta, morava noGrajaú. Será sepultado às llhno Cemitério Jardim da Sau-dade.

Maria Teresa Pinto dos San-tos, 67, de insuficiência respira-tória, no Hospital Cardoso Fon-tes. Carioca, solteira, moravaem Jacarepaguá. Será sepulta-da às 9h no Cemitério Jardimda Saudade.

EstadosAmaro de Souza Leite, 49,, de

Infarto, no Hospital MiguelCouto, no Recife. Pemambuca-no de Barreiros, zona da MataSul do Estado, escriturado, eracasado e tinha três filhos.

Benedito Ferreira dos San-tos, 85, de insuficiência cardia-ca, no Hospital Jaime da Fonte,no Recife. Pernambucano, fer-reiro, morava na Vila do Ibura,na Capital pernambucana. Ca-sado, tinha cinco filhos e netos.

Mauro Barbosa da Fonseca,55, de problemas cardíacos. De-sempenhou diversos cargos naSecretaria de Segurança Públi-ca de Pernambuco, de onde sedesligou para ocupar o cargo deassistente jurídico da Secreta-ria de Saneamento e Obras Pú-blicas. Casado com AusemiraBarbosa Fonseca, tinha dois fl-lhos.

Francisco de Oliveira Mar-quês, 83, de problemas respira-tortos, em Sáo Paulo. Viúvo deMaria Franclsca da Costa Mar-quês, tinha filhos, noras e netos.

Francisco Garcia Guir&o, 81,de parada cardíaca, em SãoPaulo. Era casado com JosefaGarcia e tinha filhos, genros,noras, netos e bisnetos.

Bolo Horiionle/Folo o> Waldímar Sabino

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Além da bomba, os terroristas picharam a Casa dos Jornalistas

Bomba explode na Casa doJornalista de Minas Gerais

Belo Horizonte — Menos deduas horas após o Secretario doPlanejamento de Minas, SrPaulo Haddad, terminar umcurso de planejamento e desen-volvimento para jornalistaseconômicos, na sede da Casa doJornalista o prédio sofreu umatentado a bomba, às lh30m damadrugada de ontem, que da-nlflcou a porta principal, Jane-Ias e o teto da sala de reuniões.

A casa, onde funciona comoinquilino o Sindicato dos Jor-nallstas Profissionais de MinasGerais, teve muros e fachadapichados — "casa de comunls-tas", "hora é chegada, fora, fo-ra, comunistas", "este é um avi-so à imprensa comunista", "vi-va o papa anticomunista". OGovernador Francelino Pereiradeterminou ao Secretário deSegurança "um rigoroso inqué-rito". Pessoas que passavampela rua e vizinhos de prédiospróximos viram quando cincopessoas invadiram a casa, nocentro da cidade, para ali colo-car a bomba.DÉCIMO ATENTADO

Este é o décimo atentadoocorrido em menos de 18 mesesem Belo Horizonte contra reda-ções de jornais, igrejas, entida-des de classe e residências delideres comunitários, mas emnenhum dos casos, após inqué-rito policial, se chegou aos au-tores.

O atentado à Casa do Jorna-lista de Minas Gerais, ao con-trário dos demais, não foi assu-mido por nenhuma das organi-zações de extrema direita queagem em Minas—GAC (GrupoAnticomunista), MAC (Movi-mento Anticomunista) e CCC(Comando de Caça aos Comu-nistas) — que sempre deixamsuas iniciais.

O jornalista José' Maria Rabe-lo, ex-asilado, mesmo depois doatentado, fez questão de man-ter o lançamento do livro Me-morias do Exílio em co-autoriacom sua mulher Teresinha Ra-belo e com José de Souza eMaria do Carmo de Brito, quejá estava programado para on-tem à noite na Casa do Jorna-lista.

Segundo Leilio Fabiano dosSantos, um dos diretores doSindicato dos Jornalistas deMinas, apesar de o grupo deextrema direita não se ter iden-tiflcado, as pichações os identi-

.ficam, pela semelhança comaquelas deixadas na igreja deSão José e no jornal Em Tem-po, dois atos terroristas que fo-ram assumidos pelo GAC.

O presidente do Sindicatodos Jornalistas de Minas, Wa-

shlngton Tadeu de Melo, disseque, antes mesmo de ele chegarao Sindicato, a Polícia Técnicajá havia cercado o prédio e Im-ciado o levantamento, tendo re-colhido fragmentos da bomba eo pavlo.

O Deputado Ademir Lucas(PMDB), que apresentou noano passado requerimento soli-citando ao Governador a apu-ração dos 19 atentados ocorri-dos em Minas desde 1977 atéaquela época, e que só teve suaaprovação pela Assembléia mi-neira no mès passado, disse on-tem que o número de atentadosjá se eleva a 24 e que o Governa-dor não deu ainda resposta aorequerimento encampado peloLegislativo mineiro.

O Deputado Cícero Dumont(PDS) disse que o atentado àCasa do Jornalista é um casomuito sério e lastimável, "é umdever do Governador apurarimediatamente a ocorrênciacom rigor".

O Deputado Silo Costa, tam-bém do PDS, disse que "essesatentados, que me parecem ori-ginários da extrema-direlta,não são mais graves que os veri-ficados e provocados pela ex-trema-esquerda. Entendo queIsto, lamentavelmente, sempreexistirá. Claro que a ação extre-mista se dá com mais intensi-dade na medida em que a impu-nidade é uma certeza. A insegu-rança por que atravessa atual-mente o país, em todos os senti-dos, estimula e prolifera estesatentados".

O Deputado Jorge Ferraz(PP-MG) disse que tais atos sãodesenvolvidos por organismosanticomunistas que não dese-jam que o país possa ter a possi-bilidade de voltar ao regimedemocrático: "A responsabili-dade é do próprio Governo, queseria o indicado para evitar queisto possa levar a atos maisextremos, que de certa formatrazem dificuldades para a rea-bertura. Tais atos tèm o objeti-vo principal de atemorizar aimprensa livre do pais."NOTA OFICIAL

Em nota oficial, os diretoresdo Sindicato dos Jornalistas deMinas e da Casa do Jornalistaafirmam que "continuarão tra-calhando normalmente, sem sesentirem intimidados por atoscovardes como o atentado con-tra a nossa sede. Continuaránossa luta em favor da valoriza-ção profissional do jornalista ena busca incessante da implan-tação de uma democracia noBrasil"."A Casa do Jornalista de Mi-nas continuará sendo uma casa

AVISOS RELIGIOSOS

CAROLINAPAULINA SANTOS

(MISSA DE 30° DIA)

tSua

família convida parentes e amigos para amissa que fará celebrar em intenção de suaalma, 2*> feira, dia 30, às 19:30 na Capela doColégio São Vicente de Paulo, à Rua Cosme

Velho, 241. (P

JORGE MANÇUR BASTANI(36° ANO)

PROF0 SARAH ZAIDAN BASTANI(13° ANO)

JOANA JORGE ZAIDAN(12° ANO)

SOPHIA HAUAISS BASTANI(5° ANO)

tTanus

Jorge Bastani e Família, convidam seus parentes eamigos para a Santa Missa a ser realizada dia 30 do corrente,às 10 horas, no altar mór da Igreja de N. S. da Boa Morte à Ruado Rosário, esquina da Avenida Rio Branco, "in memorian"aos seus sempre queridos e inesquecíveis entes: Pai. Espo-

sa, Sogra e Mãe, agradecendo de antemão a todos os que compare-cerem a este ato de fé Cristã efraterna comunhão de sentimentos.

(P

ODETE PEREIRA LOMBAAltamir Castanheira, esposa e filhos agradecem asmanifestações de pesar por ocasião do falecimentode sua sogra, mãe e avó, e convidam para a missade 7o dia que será celebrada no dia 1°/7/80 — 3afeira às 10:30 hs na igreja do Divino Espírito, noEstácio.

tVERA BEATRIZ

COSTA CERQUEIRASeus pais. irmãos, cunhados e sobrinhos, convidam parentes e amigos,para a missa a ser ceierjiacla hoje ás 18,30 hs . na capela do Colégio NolreDame a Rua Barão da Torre. 308 . .

aberta à discussão e a recebertodos os convidados que acharque deve, como fez ontem como Secretário de Planejamentodo Estado, professor Paulo Ro-berto Haddad, que, apenas ai-gumas horas antes do atenta-do, participara de um debatecom jornalistas da área econo-mica, e como fará hoje (ontem),quando receberá brasileirosque foram obrigados a viver noexílio para o lançamento de li-vro com seus depoimentos."

Os diretores das duas entida-des encaminharam a nota oB-ciai ao Presidente da Repúbli-ca, ao Ministro da Justiça e aoGovernador Francelino Perei-ra, dizendo "por ser esta a se-gunda invasão de nossa sede econsiderando estar se tomandotradição-entre nós a omissãooficial diante de atentados con-tra entidades de categorias pro-fissionals, é absolutamente in-dispensável a apuração dos fa-tos, o que aguardamos com origor e a urgência que o casorequer, porque toda a categoriaprofissional foi ofendida e todaa tradição cívica de Minas, ma-culada".

Também uma nota em repú-dlo ao atentado e solidariedadeàs entidades ofendidas foi di-vulgada ontem pelo Centro dosCronistas Políticos de Minas,que passará a partir de hoje amobilizar os parlamentares dabancada federal do Estado nosentido de que o Governo ve-nha a apurar o atentado. Tam-bém os lideres do PP e doPMDB no Legislativo Mineiroprotestaram contra o atentadoà Casa dos Jornalistas. Às 18horas, todas as redações de Be-lo Horizonte fizeram uma grevesimbólica de cinco minutos, emprotesto contra a omissão ofl-ciai para apurar os atos terro-ristas.

RigorAo tomar conhecimento, no

fim da tarde de ontem, do aten-tado a bomba à sede da Casa doJornalista de Minas Gerais, oMinistro da Justiça, IbrahimAbi Ackel, se comunicou com odiretor do Departamento dePolicia Federal, Coronel Moa-cir Coelho, e lhe recomendou"imediata e rigorosa apuraçãodos fatos".

O Ministro da Justiça tomouconhecimento do atentadoatravés de telefonema do jor-nalista Geraldo Elísio. A res-ponsabilidade pela apuraçãodos fatos foi delegada à PoliciaFederal devido ao tipo de ocor-rência — atentado — que fazparte da esfera de atribuiçõesdaquele órgão.

Policial da12a DP podeser punido

"Não tenho dúvidas de que ofato ocorreu. Já estamos apu-rando e o responsável será pu-nido, para que sirva de exem-pio" afirmou, ontem, o diretordo Departamento de PoliciaMetropolitana, Delegado He-raldo Gomes, referindo-se à de-nüncla do estudante Sérgio Ca-ringi, que quase foi agredidopor um policial da 12* DP, emCopacabana, ao apresentarqueixa do roubo de sua car-feira;

à tarde, Sérgio esteve na 1*Coordenadoria Operacional deÁrea, onde foi ouvido pelo Dele-gado Jorge Martins, responsa-vel pela sindicância instauradapor ordem do Secretário de Se-gurança, General EdmundoMurgel. A apuração é slgilosa,mas, até terça-feira, será conhe-cido o policial faltoso e a puni-ção aplicada com base no Re-gulamento da Policia Civil.

IMAGEM

O'fato ocorreu no dia 7, às2h30m, quando o estudante deComunicação Sérgio Caringiteve sua carteira roubada emum ônibus, em Copacabana. Aochegar à 12* DP para apresen-tar queixa, encontrou o policialde plantão dormindo, que aca-bou se irritando com a insistèn-cia de Sérgio, que estava preo-cupado com seus documentos.

Depois de informar que ne-nhuma providência poderia sertomada até segunda-feira, o po-licial se exaltou com o estudan-te, gritou que Já havia tomado"umas cachaças" e chegou amostrar-lhe uma arma que es-tava na gaveta, para intimida-lo e forçá-lo a se retirar.

Ontem, Sérgio Caringi esteveno Departamento de PoliciaMetropolitana, em companhiado pai, o Jornalista Paulo Carin-gl, tendo sido ouvido reservada-mente pelo Delegado JorgeMartins.

Rio ganhaIo prêmioda Loterj

Os 7 milhões do Io prêmio da240a extração da Loteria do Es-tado do Rio de Janeiro saírampara o bilhete 01 835, vendidona capital, que também teve osbilhetes 18 541, 05 109 e 32 294,referentes aos 2o, 4o e 5o pré-mios, sorteados com Cr$ 350mil, Cr$ 120 mil e Cr$ 70 mil. O3o prêmio, de Cr$ 200 mil, coubeao bilhete 32 136, vendido emCampos.

O Chevette coube ao Io vige-slmo do bilhete 17 016. Trêsmotocicletas Honda foram sor-teadas para o 15° vigésimo dobilhete 00 730 (Cabo Frio), 16"vigésimo do bilhete 04173 (Bar-ra Mansa) e Io vigésimo do bi-lhete 03 579 (Alcântara). Outrasseis Honda foram sorteadas pa-ra os bilhetes 10 994 (11° vigési-mo), 00 461 (14°), 34 019 (Io),32 551 (11°), 16 728 (20°) e 09 715(5°), todos vendidos no Rio deJaneiro.

YONNE IGREJAS(MISSA DE 7" DIA)

tVenâncio

Igrejas agradece as manifestaçõesde pesar recebidas por ocasião do falecimentode sua esposa YONNE DE CAVALCANTI PES-SOA IGREJAS LOPES, e juntamente com a

família convida para a missa que será celebrada emintenção de sua alma, no dia 30 de junho docorrente, segunda-feira, às 11,30 horas, na Igreja deN. S. do Carmo à Rua 1°de Março (Praça XV). (P

Políciaapreendemaconha

José Carlos de Oliveira, oBurro da Duda, 36 anos, consi-derado pela polícia como umdos maiores traficantes de tóxi-cos da Zona Norte, foi presoontem à noite por policiais da26* DP, no Engenho Novo, com100 quilos de maconha prensa-da, uma balança de precisão euma escopeta. A prisão foi naAv. Amaro Cavalcante, 1869,onde mora o traficante.

Burro da Duda, que foi autua-do por tráfico de tóxicos e portede arma, confessou ter adquiri-do a maconha de "um matuto".Disse ainda que distribuía otóxico em bocas-de-fumo doMéier, Todos os Santos, Lins eEngenho de Dentro, ao preçode Cr$ 8 mil o quilo, para serrevendida a Cr$ 100 cada clgar-ro. E explicou que um quilo demaconha prensada, misturadacom estrume, folhas secas detomate e capim, dá para fazer250 cigarros.

JACQUES ROTHSTEIN — Z'L— DESCOBERTA DE MATZEIVA —

a Sônia Rothstein, Sylvain Rothstein e família,XX convidam parentes e amigos, a assistirem à^^ cerimônia da Descoberta de Matzeiva de seu

sempre lembrado e estimado JACQUES RO-THSTEIN, que será realizada na parte antiga doCemitério Israelita em Vila Rosali, no próximo dia29 de junho (domingo), às 10 horas.

Alamilia dispensa pêsames (P

JACQUES ROTHSTEIN-ZLDESCOBERTA DE MATZEIVA

A Diretoria da Brasil Holanda de Industria SA.con-vida seus amigos, a assistirem à cerimônia daDescoberta da Matzeiva de seu estimado Diretor,JACQUES ROTHSTEIN, a ter lugar na parte antiga

do Cemitério Israelita em Vila Rosali, no próximo dia 29 dejunho (domingo) as 10 horas.

$

TempoINPE/CNPq Ylo a«.Sul9hl6rr,(ViQRiOTul)

ora» si&í^/iJÊÊm?. '¦ \i£$JmtXmmWF^^'' L*-:V^M ^B ytJamWí^.

Jfl SVjr **4K. LwS

O Nordeste brasileiro aparece com íj área esjcürá mdicando tempo bom. temperatura elevada Nota-se também, umogrande área branco sobre o Oceano Atlântico estendendo waté o litoral da Bahia cobrindo parte de Minas, Goiás e MatoGrosso Esta área branca Indica a nebulosidade p chuvasassociados à frente fria que continuo movimentando-se parao Nordeste

O Estado deSãoPnulo. o Mato Grosso do Sul, o região Suldo Brasil, Paraguai e o Norte da Argentina aparecem comuma tonalidade cinza claro indicando que estas áreas «ninosob a influência da circulação da massa de ar polar.responsável pelo acentuado declínio de temperatura que

está ocorrendo Uma t-ova frenfe-frto pode *et observada noSul da Argentina

A fotografia do Satélrt* Metooroiogko è ntcebidadtariaf-rwnto pato Inilituto de Pwtqurtas Etpockm (IN-Pf/CNPq) em Sáo Joté doe Campo» (SP). A» imagem doSatélrtt tâo trantmrridai em infravermelho, A> áreoibrancas indicam temperatura» baixas e as áreas etcu-ras temperaturas elevadas. Derermmando-se a tempera-tura das áreas brancas e dns áreas pretas, pode-se comuma escalo cromático conhecer as temperaturas dassuperfície da terra, das massas de ar e do topo dasnuvens.

NO RIONublado ainda suieitoo instabilidade,melhorando no decorrer do período. .Temperatura estável Ventos Sul a fcstefracos a moderados Ma» 2>i 6 emJocarepaguá, min: 14.0, no Alto daBoa Vista

A CHUVAUlltmas24horasAcumulada este mêsNormal mensalAcumulado esteanoNormalanual

O SOLNascerOcoso;

16261 343 2

33071075 8

6h34rriI7hl8m

O MARR»/Nitoroi. Preomar 02h34m< 1 2meI5h23m/ I 3m Baixamar 09h57m'OOm e 22h27m/ 0.4m.Angra oo» Rth: Preamar. 0IM7m/l,2m e 14h32m' 1 3m. Baixamar:0°ri24m/ 0.2m e 22h03m/ 0.4mCabo Frio. Pieamoi:- O2hl0rW 1 2m eI5h05m' l.3m. Baixamar, 08h52ml0.2m e 2lh22m/ 0.5m

TemperaturaDentro da baia 21r-orade barra 2!Mar meio agitadoCorrente Leste para Sul

OS VENTOSSul a Este fracos a moderados

A LUADCHEIA MINGUANTEAM 4/7 517aNOVA12/7

CRESCENTE20/7

NOS ESTADOSAmorooas. parcialmente nublado a nublado su|eito a chu-vas nas regiões Nordeste do E-stado e Alto Amaionos.Temperatura estável. Roraima: parcialmente nublodo anublado su[eitoa chuvas. Temperatura estável Acre/Rond-ônia- parcialmente nublado a nublado com chuvas ocasio-nais. Temperatura estável. Pará: parcialmente nublado anublado com chuvas ocasionais. Temperatura estável. Pioui-/Ceará: parcialmente nublado a nublado. Temperatura está-vel. Máx: 30.0; min. 23 6. Rio Grande do Norte: parcialmen-te nublado a nublado. Temperatura estável. Amapá: parcial-mente nublado a nublado com chuvas esparsas ao Norte doEstado. Temperatura estável, Maranhão: parcialmente nu-blado a nublado com chuvas isoladas. Temperatura estável.Paraíba/Pernambuco: parcialmente nublado a nublado comchuvas no litoral e Zona óa Mata Temperatura estável. Má*:2B 0, min 21 9. Alogoas/Sergipe: parcialmente nublado anublado com chuvas isoladas. Temperatura estável. Max-27 ó; mirir 23.4. Bahia: parcialmente nublado a nubladosu-eito a chuvos no litoral do Estado. Temperatura estável,em ligeiro declínio ao sul do Estado. Máx: 27.2; min; 22.8.Mato Grosso* parcialmente nublado a nublado. Temperaturaem declínio. ítóx. 25.9; min: 14.0. Moto Grato do Sul: claroa parcialmente nublado. Temperatura em declínio. Gotas:parcialmente nublado a nublado com chuvas esparsas aoNorte. Claro o parcialmente nublado com nevoa úmida enevoeiros esparsos pela manhã nas demais regiões. Tempe-ratura estável. Em ligeiro declínio ao Sul. Máx: 26.0,- min:16.7. Brasília: claro a parcialmente nublado, com névoaúmida pelo manhã. Temperatura em ligeiro declínio, Máx:24.8; min: 13.8. Espirito Santo: instável com chuvas esparsasmelhorando no período. Temperatura estável. Máx: 24,7;min: 20.7. Minas Gerais: nublado ainda sujeito a instabiti-dade no inicio no Sudeste, Este e Nordeste do Estado,passando a parcialmente nublado. Demais regiões claro oparcialmente nublado, nevoeiros esparsos pela manhã.Temperatura estável. Máxi 21.5; mfni 14.2, Sâo Paulo- claroa parcialmente nublado, condições favoráveis de geadas nosregiões Oeste, Sudeste e Vale do Alto

"Para na pane ma.

Temperatura em declínio. Máx: 14.1 ,* mín: 8.9. Paraná/SantaCatarina: claro a parcialmente nublado sujeito a geadas.Temperatura estável. Máx: 12.8; min: 0.4. Rio Grande doSul: claro a parcialmente nublado ainda sujeito a geados.Temperatura estável Máx: 11.6; min: 3.0.

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D FflENlE fllA4«M* ^^m^mWm^^T%M^J^UÊm chuvas y-r-v. lt . J. .1^21 WÊwmmjíjuSUli^À^Ên

ANAUSE SINÓT1CA DO MAPA DO INSTITUTO NACIONAL DEMfTEOROlOGIA - Frenre fria no litoral Sul da Bahia eNorte do Espírito Santo, penetrando como quente em MinasGerais. Anliciclono polar de 1029MB em 28° • 305 c 51°30W.

NO MUNDOAmsterdã — 14, encoberto, Assunção - 8, claro, Atenas -31, claro, Berlim — lá, encoberto, Birminghan • 14,nublado, Bonn - 14, nublado, Bruxelas 13, nublado,Buenos Aires - 6, encoberto, Casablanca 22, claro,Chicago — 27, encoberto, Copenhogue — 14, encoberto,Dallat — 33, sol, Dublin — 14. encoberto, Eitocolmo— 16,encoberto. Genebra 12, chuva, Hong Kong ~ 27,encoberto Jerusalém - 31, claro. Limo -- 16, instável,Lisboa — 26, claro, Londres 16, encoberto, Miami — 31,encoberto, Montevidéu 2, nublado, Montreal 21, cloro,Motcou 16. encoberto. Nice 21, claro, Novo Deli — 34,nublado, Nova forque 28, claro,

Secretária acusada de ter Assaltantesmatado ex-Miss Jacarepaguá roubam bancoé absolvida por 5 votos a 2 na Penha

Depois de 16 horas de sessão, o Conselho de Jura-dos do 4o Tribunal do Júri absolveu, por cinco votos adois, a secretária Ninuccia Bianchi, acusada de teratirado da janela do 4o andar a ex-Miss, Jacarepaguá,Vânia da Silva Batista, com quem mantinha casoamoroso. O Promotor Gil Castelo Branco, que defen-deu a tese de homicídio provocado pelos ciúmes deNinuccia, vai requerer anulação do julgamento, noTribunal de Justiça.

A sessão foi bastante concorrida, principalmentepor ser a primeira vez na história do júri que um crimeenvolvendo relacionamento amoroso entre duas mu-lheres foi levado a plenário. Mesmo depois de teremsido apresentadas todas as provas de acusação, 14cartas de amor escritas por Ninuccia a Vânia e duascertidões de casamento, prevaleceu a tese do advogadoGloriano Muller: suicídio de Vânia.

encontrava às vésperas desua morte. Depois de deixarde viver com Ninuccia, a ex-Miss Jacarepaguá voltou grá-vida e desempregada, dizen-do ter sido expulsa da casados pais, tendo Ninuccia aacolhido por humanidade,principalmente por ela ter de-monstrado tanta depressão,já que era muito ligada à fa-milia.

Na noite de 31 de outubrode 1977, Ninuccia saíra e,quando retomou ao aparta-mento, encontrou Vânia mui-to nervosa. Ela saiu de casa,sem dizer para onde e, aovoltar, aproximadamente as23h, Ninuccia notou que Vâ-nia havia chorado muito. Porcontinuar muito nervosa, Ni-nuceia ainda tentou dar-lheum calmante, mas uma vizi-nha enfermeira o desaconse-lhou a dar qualquer remédio.

Por isso, fez Vânia tomarum copo de água com açúcare foi dormir. Por volta da 2hda madrugada de Io de no-vembro, foi acordada pelosíndico do prédio, que lhe dis-se ter encontrado o corpo deVânia no pátio. O advogadoGloriano Muller também sebaseou no laudo de local doperito do Instituto de Crirni-nalística, Luís Leite Santia-go, que declarou ter sido amorte de Vânia provocadapor suicídio.

ENGENHEIROS

A morte da ex-Miss Jacaré-paguá—na madrugada de 1°de novembro de 1977 — foiregistrada pela 3* DP comosuicídio. Porém, devido à am-pia divulgação pela impren-sa, foi instaurado inquérito.Ninuccia foi denunciada peloPromotor Gil Castelo Brancocomo "invertida sexual" quevivia com Vânia da Silva Ba-tista — no apartamento 404da Avenida Miguel SalazarMendes de Moraes, 291 — co-mo se fossem casadas e, "pormotivo torpe, vingança abje-ta, egoísmo e prepotência, jo-gou a vítima, que estava grá-vida, pela janela".

O assistente de acusação,advogado João Carlos Mallet,tentou provar aos sete jura-dos — quatro homens e trêsmulheres — a tese do homicí-dio qualificado, provocadopelos ciúmes de Ninuccia, pe-lo fato de Vânia estar grávida.Disse, ainda, que, na reconsti-tuição do crime, por dois en-genheiros do Instituto de Cri-minalística, foi afastada a hi-pótese do suicídio, devido àpouca distância da parede doprédio em que foi encontradoo corpo da ex-Miss Jacarepa-guá e, também, pela sua altu-ra em relação ao tamanho dajanela.NERVOSISMO

O advogado de defesa, Gio-riano Muller, conseguiu pro-var ao Conselho de Jurados oestado de nervosismo e dedepressão em que Vânia se

Após seqüestrarem o conta-dor Godofredo Neves Aguiar,que acabara de deixar o Olho naporta da escola, e, no carro dele,percorrerem, durante cerca deduas horas, algumas ruas daPenha, seguidos de perto porum outro carro que lhes davacobertura, cinco homens arma-dos de metralhadoras, revolve-res e granadas assaltaram, on-tem de manhã, o Banco Sul-Brasileiro, levando mais de CrS3 milhões.

Na agência—que fica na RuaLobo Júnior, 1.788, não muitodistante da 22* Delegacia Poli-ciai — três deles'imobilizaram15 funcionários, que foram obrl-gados a deitar no chão; o geren-te, e dois guardas de segurança.Antes de fugirem disse um dosassaltantes: "Esse dinheiro émuito pouco para a nossacausa".

Segundo contou o contadorao delegado Jorge Mário, da 22*DP, e ao inspetor Marinho daDivisão de Roubos e Furtos, oseqüestro foi por volta das7h30m, na Rua Delflna Enes,logo após ele ter deixado o filhona porta do Colégio Frei Fabia-no. O carro dele, o Chevetteplaca RJWP-2410, foi intercep-tado por um Opala branco, comcinco homens armados.

Veiga Britopede habeascorpus

As 6h de ontem, o Juiz pre-sidente do i° Tribunal do Jú-ri, Paulo Roberto Leite Ven-tura, leu o resultado do Con-selho de Sentença: absolvi-ção por cinco votos a dois.

Habeas corpus em favor doex-presidente do Flamengo,Luiz Roberto de Veiga Brito —que teve, com mais oito pe*-soas, prisão preventiva decreta-da pela Juíza da 27a. Vara Cri-minai. Marta Vasconcelos, soba acusação de estelionato con-tra o antigo Banco de CréditoTerritorial — foi impetrado na2a. Câmara Criminal do Tribu-nal de Justiça, pelo advogadoJairo Alves de Barros.

Caso o habeas corpus sejaconcedido pelos Desembarga-dores da 2a. Câmara Criminaldo Tribunal de Justiça, por ex-tensão, beneficiará os outrosacusados no processo: Srs JoséAlberto de Oliveira Cabeda.,Paulo Jesus Grossi, Valter Bi-calho, Maurício Aronovick,Luiz Vieira de Carvalho, Geral-do Moreira, Washington AlvetMoreira e Carlos Augusto deMoura.

JORNAL DO BRASIL Ü sábado ?R'ft'80 U '' Caderno TURFE — 23

Tríplice tem no ^avfíazapronto

GP melhor ponto muito bomNagarm, nondujdrlo por,

com a coluna um

Fole o* lott Camilo do Sirvo

1* Pâjreo Nu primeira prov»do Tríplice deste semana umaprova equilibrada, onde, na' areia pesada. Sabia Laranjeira.

: Elevage e Bolive como qual-quer uma dela* pode vencer eestáo colocadas em chaves dife-rentes o que faz com que umpalpite triplo seja o mais se-guro

2" Páreo: Logo na segunda. carreira, outro páreo dos mais

equilibrados, onde o mais segu-ro, para se prosseguir com tran-qüilidade no Tríplice é um pai-

j pite com duas chaves, pois nachave um, Vascao é o puro re-trospecto de páreo, e nu chaveTrês, Lord e Sistema tem chan-ce. auxiliados por Foites vosJeux, que aprontou bem

3° Páreo Mate urna carreiraonde é particularmente difícildar um palpite simples mas achave dois parece ter ligeiravantagem sobre as outras pelaspresenças de Sineta, que es-treou bem, e Mis.? Sambola, quemostrou melhoras Muita chan-ce para Venge, chave três, eTípica, chave um

4o Páreo Talvez a primeiraindicação segura dn Tríplice se-ja a chave um nessa carreira,onde a parelha número um,com Eei Bárbaro e Piumiccino,principalmente esse último,aparece dominando a prova.Dos outros, chance para Cala-vadós, que deve encontrar maisterreno para atropelar.

5o Páreo: Muito forte a chaveum, onde o alazão Duke Shel-ton deve se apresentar melhordo que em sua última corrida e

. Yrhallo pode confirmar sua boaestréia Alem disso, há o tordi-lho Joeiro, que está em páreofraco.

6o Páreo: Vindo de duas der-rotas incríveis em mi) metros, aalazã Meluza deve se favorecerdo aumento da distancie e da

, mudança de pista para a areia,. podendo ser a vencedora, fazen-

do vingar a chave um. Outrosque têm chance sào ZLkilam eDogesa.

7o Páreo: A mudança de pistatransformou esse páreo em algodigno de bola de cristal, sendodifícil indicai' um vencedor.Portanto um palpite triplo comXadir, pela chave um, Bravio,pela chave dois, e Freitas eMais pela chave três parece sero mais acertado.

8o Páreo: Uma indicação apa-rentemente tranqüila nessa ter-ceira prova da Tríplice Coroa é

! a da chave um, com o tordilhoNagami que, se corifirmar suaatuação no Derby vencido porDark Brown, dificilmente én-contrará quem o derrote ao fi-nal dos três quilômetros. Colu-na um.

8° Páreo: Carreira de potran-cas vencedoras de uma corrida,

- onde o melhor é um palpiteI duplo, com as chaves dois eí três. Pela chave dois aparececom chance Careless Love, que

venceu bem, e pela chave três atordüha Lymph, que está em

. grande forma, auxiliada, ainda,por Tuyutine.

10° Páreo: Mais uma vez duaschaves têm pr^omínio de car-reira, a dois e a um. Pela chaveum, a parelha Big Passior e AnaTanga é muito forte, mesmoporque Big Passion tem boacorrida na areia pesada em SãoPaulo. Pela chave dois, chancepara Irishwoman.

11° Páreo: Uma carreira deanimais muito fracos, onde aúnica égua inscrita, pode se sairvencedora: Rien, que está colo-cada na chave três. Mesmo as-sim, ainda têm chance, Guatós,Tarquinio e Kharkov.

12° Páreo: Um páreo aparen-temente equilibrado, onde achave três leva ligeira vanta-gem pela presença de Emeril-lon, que vem de vencer comextrema facilidade. Mas aindatèm chance Iambic e Radi.

r. 13° Páreo: Para encerrai, umaindicação das mais seguras,com a chave três, encabeçadapor Cam LAnthony e Quick,que devem acabai decidindo a

í - carreira entre si. ,

SÁBADOtf PÁREO — o« 16h30m — 1 100 metros

Rainha da Noite M Niclevi 6Cigamnha.A.Ramos 7Borgnosse.C.Valgos 8OldTown, W.Gonçalves 9Elevage, J. Ricardo 10

Calnvados.G F Almeido... 3 57Borrot W Coito 5 57Bot.M C Porto 6 57

ReidoNoite.U Meireto» 7 57Esquadto.J Ricardo 8 57MaestroPoblo.J.Pinto 9 57

10" PÁREO — Ai 16h.30 — 1.000 mirai

Sabiá laranjeira, J. Pinto 56Niceanu.E.B.Queira* 56Sambarella,I.Oliveiro 56Fil.F.Esteves 56Bivertida.E.R. ferreiro 56

Buick.f Esteves 57Joeiro.Juo Gatcio 10 57DukeShelllon.R Freire 57.Yrhallo,F. «.Ferreiro 57Vivo-Vido.A Ferreiro 57Umotõ.P.. Marques 56

GreatBlíss,E.B.Queiroz 56FavorableJ.F. Fraga 57laço Firme, A. Souzo 57EscudoReol T.B.Pereiro 57Hei Joutdan.M.C. Porto 11 57

FritíKlonner.E.Marinho.... 12 56Huyuens.J Malta 13 56

Pon/ito, P Cardoso 14 57Épiro.M.Vaz 15 57Floiero,J. B. Fonseca 16 57

DOMINGO3"> PÁREO—Ai 15h.00m — 1.300 metro»

Carabambo.M.C.Porto li 56LaPatruIboiraJ.Queiroz 13 56Bolive, J.M. Silvo 12 53Águia da Pátria G Meneses 14 56Dodayo,!!.Macedo 15 56Natif.R.Marques 16 56

Beibi, J.Queiroz 1 56Meluzo.G. Alves 3 56Sodalçiio.F.Esteves 2 57

Dogesa.J.R.OIIveira 4 58Muzino Oocha, J. L Morin» 5 57Blo Bla-Brás.W Cosia 6 55

Phelita.l.Brasiliense 7 58Zikilom.J.M.SIIva 8 56Zofette.G.F. Almeida 9 57

4o PÁREO — Às 15h30m —1.500 metro»

Xadir, J. Queiroz 1 51Gerki.J.M.Silva 2 57SuzanneLenglen.R Macedo 3 51

Velietri.E. Ferreiro 4 52Bravio,È. Ferreira 5 53Aragonais,G.Meneses 9 5B

Freitas, U. Meireles 6 54Elais.J.Ricardo 7 55Homard,G.F.Almeida 8 58

5C PÁREO — Ái 16h00m — 3.000 metro»T

RockRIdge, A. Oliveira 1SholLancer,E.R. Ferreira 2Nagami, J. Pinto 3

JorgePinto realizou o melhor apron-to pare a terceira prova de Trtplice Coroa GP Jóquei ClubeBrasileiro assinalandoIml5s3/ft pare oí 1 ml) 200 metros com excelente ação, sob adireção do bridão Jorge Pinto.O tordilho treinado por JoáoAssis Limeira treinou em pistade areia que estava multo pesa-da. mas boa para marcas.

Chevillard, com campanhano turfe gaúcho, aprontou naGávea, conduzido pelo bridãoJuvenal Machado da Silva,marcando lml8s3/5 para os 1mil 200 metros, com boa dispo-Rlçâo, terminando em 13s paraos 200 metros finais, em clarademonstração de boa forma.

' OUTROS APRONTOS

Ugago. com P Pereira Pilho,terminou em ImOSs para o qui-lômetro. com reservas, em 39spara os últimos 600 metros;Match Point Again, com W.Gonçalves, percorreu os 1 mil200 metros em lm21s2/5 sem serexigido, mas também sem im-pressionar muito; Blue Betting,com J Queirós, só galopou lar-go, sem maior preocupação detempo, gastando lml4s para oquilômetro final.

Na manhã de anteontem an-teciparam Rock Ridge (A Oli-veira), 1 mil 200 metros emlm24s, de galope largo; Brigh-ton (J Ricardo), 1 mil 200 me-tros em lml7s3/5, terminandocom ação das mais positivas;Shot Lancer (E. R Ferreira), 1mi) 200 metros em lml8s3/5,terminando com boa ação, ape-sar de um pouco solicitado,

HANDICÀP

Para o Handicap Extraordi-nário em 1 mil 500 metros, pro-va que antecede o GP, apronta-ram Suzanne Lenglen, com R.Macedo, em 49sl/5 para os 800metros, com disposição; Arago-nais, com G. Meneses, 800 me-tros em 51s, sem dar tudo;Elais, com J. Ricardo, 800 me-tros em 51s, saindo e chegandocom boa ação; Homard, com G.F. Almeida, passou os 800 me-tros em 49s mostrando bompreparo.

Anteciparam anteontem paraessa carreira, Gerki, com J. MSilva, no starting-gate; Bravio,com E. Ferreira, em 48s3/5 paraos 800 metros, com ação dasmelhores; Freitas, com U. Mei-reles, 700 metros em 46s, semser apurado em momentoalgum.

W$Pívw£'W'*Ww»i*WW0v'ír'.'jx&nSHE^IIg^Klcfl&y ^sttáH rViVürM£&'-£lrii^E£Qwfc' ' '*IÉfa. '' ' ^ffl3l^Pg?f^aJ?S8fr'''''' '<Òfcr- ' . '•MKk^^^N** ' ¦. 'Â'"'

56| Sbotloncer.E.R.Ferreiro 2 56

Nagami, J. Pinto 3 56 i

Cânter56

Brighlun, J. Ricardo 4Exótico,J.Fagundes 5Leão do Norte, G.F. Almeido 6Match Point Again,

W.Gonçolves 56BlueBelling.J.Quelroz 56Busiris.E. Ferreira 56Ugogo.F. Pereira 10 56ChevilIard.J.M.Silvo 11 56

6° PÁREO—Às 16h.30m —1.300 metros

Jocosler.J. Pinto 55Vissoge,J.Ricardo 55Segundo, R. Freire 55Sallwda.A.Oliveiro 11 55Solteirono/F.R. Ferreira 55Bolo, A. Ramos 55

Careless Love, G.Meneses... 5 55Filnlova.J.M.Silva 6 55PrintessChild.G.AIves 9 55

j Migó.G.F.Almeida 7 55i Lymph,W.Gonçalves 8 55) Tuyutina,F. Esteves 10 55

7° PÁREO —Às 1/h.üOm —1.200 metros

Bfeezy, G.Meneses 1 56Ana Tanga, J.Ricardo 2 55Big Passion, J.M. Silva 4 55

2 LaAnah,G.F.Almeida 3 55Irishworiian, U. Meireles 5 55Cote, F. Esteves 6 56

GoodQueen,A.Oliveira 7 55Ussage.J.Pinlo 8 55Wellcome,A. Ramos 9 55

8" PÁREO—Às 17h.30in —1.100 metro»

Cirgento,V.OIÍveira 1 551 Feno.J.R. Oliveira 2 54

Gualós.E.R. Ferreira 3 58

Kharkov,F. Esteves 4 55DanAugust.M.Peres 5 57Tarquinio,M.Andrade ó 58

T PÁREO — Às 17h.00 — 1.500 metros

£1 Passaporte, A. Ferreira 57Otlwrwise.J.Escobar 56OeepRiver,J.Mendes 51RienJ.Queiroz 10 56

Matisse.J. Pinto 1 55Cbondon.W Costa 2 55Vascão.F. Esteves 3 55

9" PÁREO — oi 18h.00m —1.600 metro»

Phoiçal.A.Ronxjs 1 54Jurista, M.C. Porto 2 56Kavalier.J.Ricardo 3 57

Furore.E.R Ferreira 4 55Estol.G. Meneses 5 55Valid,G.F.Almeida 6 55 ¦ iambic, H Cunha F° 4 55

! Puulõo.T.B.Pereira 5 51i Radi,G.F. Almeido 6 57

FoitesVosJeux.P.Cardoso. 7 55Lord.J.M.Silva 8 55Sistemo, A. Oliveira 9 55

tf PÁREO -À» !7h.30 - 1.000 metros

Cayenne.W.Gonçalves.... 55Croviola,M. Andrade 55Dinara,G.F.Almeida 55Típico,J.M.Silva 55

EmeriHon, F. Esteves 7Lob.JMSilva 8Toulon.G, Menezes 9

Sineta,A.OIiveiro 55Eletriz.P Cardoso 55MissSombolo,A.Ferreira. 55Colorata.J.Escobar 55

TalQual I.B.Pereiro 9 55Faniona,F. Esteve» 10 55VtJrtqo.J.Ricoidc H 55

9°PÁREO—Às iSh.OCi —ZOOnwtri»

10° PÁREO—òs 18h.30m—1.300metro»

Takanir, J.M. Silva 1Anotil.V Oliveira 2Kabul.J. Ricardo 3Canbonoço.J. Malta 4Selo Verde, A. Oliveira 15

Jouvol.W.Costa 5XisOod.G.F Almeido 6Storlighi.J. Pinto 7DonaBeiy, J Queiroz. 8ArabiatKO,D Guignoni 10Dobro, F Esteves 9

555657

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58 3 m ii i57 , U -sus» "^ uum —

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X

ReiBorburu,!- titevesFinmuccinü.M Voí.Sir Lancei/J Mal to .EICarameío.H Curdo&o.

5o575657

Titov.C. Moigodo 11 56üuruvilIt.E R* Ferreira 12 55

Cai*' L'Anthony,W.Gonçolves 16 58BãbySinrxR.Freire 13 58Qmd j Esroboi 14 56

Lui/jForTt,R Carmo 16 54

iOCKtY CLUB BRASILEIROCONCURSO TRÍPLICE

p2''1»»'08-f360i0q

Vascão é um dos bons candidatos à vitória no sétimo páreo desta tarde

Moina é força na prova especial1° PÁREO— à« 14H00 — 1600 metro» — luccoino — !m33»4/5 —(Grama)

1—I Recuodo, A. Oliveira 562—2 Cadenciado,T.B. Pereiro 55

3 Bi-Cobalt.J.Ricardo 553—4 Lobis.F.Esleves 56

5 Baccio D'Agnolo, J. Escobor 564—6 DoVinci.J.Pinto 55

7 PotoBranco.G.F.Almeida.... 56

5o 7) Abalo e Pato Branco3o 7) Escalo e Aroch4o 7) Abala e Pato Branco2° 7) Arrivo e Bedouin3o 7) Abalo e Pato Bronco9o 9) Lonça Perfume e Albernoj2o 7) Abalo e Bacelo D'Agnolo

2000110020001300200016002000

GlNIGtGUGLAUGL

2m02sl.Im07s2m02sl.1m17s3.2m02sl.1m40s1.2m02sl.

A. MoralesL Coelho

A. AraújoG. FeijôR. Tripodi.R. CarrapltoJ. Silva

2° PÁREO — à» 14h00 — 1500 metro» — Tirafogo -DUPLA EXATA

•lm31 «4/5 — (Areia)

1—1 Bolodo.A.Ramos 54 1» ( 8) Trifle e Seven Seos 1600 NL lm42s) J.M. Aragão2 Gaius.J.Ricardo 54 1» (10) Trifle e Kuki Bar 1300 AP Im21s2. A. Morale»

2—3 Forahoun.P.Vignolas 57 3o (14) Pirlápolls e Cinderelo 1300 NI Im20s2 A. Araújo" MislerYata.A.Oliveira 56 8° 14) Plriàpolis e Cinderelo 1300 NL Im20s2 A. Araújo

3—4 Filmador.G.F. Almeida 57 8° ( 8) Lanço Perfume e Bogdan 2100 NL 2ml4s O.M. Fernonde»GrandVille.W.Goncolves... 54 1° (10) Lord Simpatia e Colaborador 1300 NL !m2ls E. CoutinhoNightCup,P.Cardoso 57 10° (12) Carcossone e Dine BIrd 1300 NU Im2ls2. O. Cardoso

4—7 Cinderelo, J. Pinto 55 2° (14) Pirlápolis e Farahoun 1300 NL Im20s2. Z.D.Guedes" Escardillo.R.Mocedo 57 5° ( 7) Bouc e Filmador 1600 NP Im40s4 Z.D. GuedesFambino.E.R.Ferreiro 10 54 3° ( 6) Escardillo e Bouc 1600 NL lm4ls W. AlianoBambur.J.MiSilvo 11 54 7° ( 8) Terroqueto e Debussy (CJ) 1500 AL Im35s4. S.Moroles

3» PÁREO — o« 15K00 — 1000 metro» — SolyluJ — 56» 275 — (GRAMA)

1—I llong,J.Queiroz 542 FlightOfFancy.E.Ferreiro... 52

2—3 Moina, J. Ricardo 573—4 Quadratura.A.Oliveira 594—5 Tuyupesa,R.Macedo 53" LadyFirst,G.F.Almeido 52

6 Aniela,J.Mendes 50

1- ( 6) .1° (11) I5° (5 ,

I Janarino e Equidadei Ussage e Belle Griffei Atop Sin e Arrabalero

3° ( 9) Royal Nordic e Plus Ultra8° (10) Moino e Anielo9° (16) Bicuda e Quadratura4" ( 9) Royol Nordic e Plus Ultra

1100 NL Im07s3 P. Morgado1400 GL Im24s4 W. P. Lavor1300 AP lm20s A. Vieira1000 GL 57s4. A. Morale»1000 GL 58s G. Fei|61000 GL 57sl. G. Fei|61000 GL 57s4. F. Sovoiva^^

4° PÁREO —ás ISh30 — 1400 metro» —Urge — lm24s4/5 —(AREIA)

A Comissão de Corridas doJóquei Clube Brasileiro, na suaúltima reunião, suspendeu porinfração do Artigo 160. do códi-go de corridas (prejudicar oscompetidores), a partir do dia1° de Julho, os profissionais Ed-son Marinho (Tio João) por 16corridas, Renan Marques (Zai-zau), por seis corridas, Gildá-sio Alves (Grou) e Ezequias B.Queiroz (Esbro) por quatro cor-ridas, Jorge Escobar (Sávio),Jorge Pinto (Mil Folhas) e Ro-geria Macedo (Melvin e Ban)por duas corridas, e Adail Oli-veira (Sumaré), Austin Abreu(Quiet Now) e Gonçalino Feijode Almeida (Sino) por uma cor-rida. Ainda na mesma reunião,por infração do Artigo 155 (nãoobedecer ã sinalização de anu-lação de partida) suspendeu,também a partir do dia 1° dejulho, Almir Souza (Bojardo) eGildãsio Alves (Vianès), poruma reunião.

Para as reuniões dos dias 5,6 ou 7 de julho, a Comissão deCorridas já tem reservados osseguintes páreos: a) 1 mil 200metros, Cr$ 95 mil, peso 56 qui-los — Cabulero, Flamar, PasD'Amour, Elllhas, Caribou, SinEncargo, Renzo, Lucrativo,Ethero, Yuval, Trajan, Segall,Virtuoso, Tacitum, Fiero, Hus-tler, Campim e Mister Joe. b) 1mil metros, Cr$ 78 mil, peso 57quilos — Balbi, Lord Zico, Fo-bus, Chano, Dignio, Despistar,Tozeto, Amodel Ringo, Rei Be-Io, Esbro, Ox Tail, Mirão, Selva-gem, Truque, Sufoco, GranCastilho, Bacanto, Nolan eBold Prince, este com 55 quilos.

Com as inscrições da próxi-ma semana antecipadas paradomingo, a Comissão de Corri-das avisa que os compromissosde montaria daquelas corridasserão recebidos na manhã desegunda-feira, dia 30, no localhabitual, também no horárionormal de toda terça-feira

O alazão Busiris, que defen-dera os Haras São José e Expe-dictus no Grande Prêmio Jó-quei Clube Brasileiro, chegouontem de Cidade Jardim, deonde veio pronto, para as co-cheiras de Francisco Saraiva.

Open, vencedor do clássicoCordeiro da Graça em 1979, se-rá novamente apresentado nes-sa carreira esse ano, segundoinformou o treinador IvanirCruz Borioni, dependendo so-mente de sua atuação amanhãem Cidade Jardim em umaProva Especial no quilômetro,igual distancia do clássico daGávea.

1—1 LoPasionoro,E.B.Queiroz.. 552 La Marquise, G F. Almeida 55

2—3 Lompezia, P. Vignolas 554 Tongkeí.F. Esteves 55

3—5 AlmanarJ.Ricardo 55Adelaide, W. Gonçalves 55laia, A. Ramos 55

4—8 HorethaJ.M.Silva 559 Essa,T.B.Pereira 55

10 AguiaBorbaroJ.Queiro;.... 10 55

Estreante2° (10) Vot e Hichory4o (10) Very Orbit e SumaréEstreante8° (10) Vote La Marquise2° (10) Tour LTArgent e Sulista7° (10) Vot e La Marquise9° (10) Vot e La Marquise4° ( 9) Mil Folha» e Proud6o ( 7) Holk e Sonoto

Estreante13001100Estreante130013001300130013001300

NPNL

NPNLNPNPGLAP

tm22sIm09s

!m22sIm22s2Im22s1m22»lm20slm22»4

A. P. SilvoW. P. LovorA. Arau|oW. AlianoO. UlloaE. P. CoutinhoJ. A. limeiraJ. A. LimeiraL. CoelhoJ. Pedro P

5° PÁREO —o» lòhOO — 1500 metro» — Stlek Poker — 1m29» —(GRAMA)

1—1 Vingo, F. Esteves 552 Em Kifalá.M.G. Santos 55

2—3 Quinn,J.Queiroz 554 Bei.M.Alves 55

3—5 Adorado.J.R.Oliveira 55Lucas, E. Ferreiro 55BregalJ. Pinto 55

4—8 Revano.E.R. Ferreira 559 FimdePapo.J.M.Silvo 55

10 Sapporo.G.F.Almeido 10 55

9° (12) Al-Jabbare Ivan Flauto3° ( 5) Acciglioto e F. Maid (8H)8° (13) Overtown e Vila Royale

13° (13) Overtown e Vila Royale14" (15) Lucksor e LátexEstreante9° (13) Overtown e Vila Royale4o ( 8) Leonino e Lefs Run3° ( 8) Leonino e Lefs RunEstreante

10001100140014001200Estreante140015001500Estreante

APALGLGLNP

GLGLGL

lm02sl.Iml0s3.Im24s4.Im24s4.Iml5s3.

Im24s4.Im3ls4.Im31«4.

R. TripodlE. P. CbutiphoG. UlloaE. CoutinhoJ. Pedro PW. P. LavorJ. L. PedrosaJ. Coutinho

S. MoralesG. F. Santo»

6o PÁREO —6» 16h30m — 1100 metro» —Galego — lm06»2/5-Io PÁREO DO CONCURSO TRlPUCE — DUPLA-EXATA

- (AREIA)

1—1 SabióLaranieiroJ.Pinto 56 5o (14) layuco e Tuyuneto 1200 NL lml5»2 J. A. LimeiraNiceona E B Queiroz 56 10° (10) Palmo de Majorca e Full Glrl 1000 GL 58s4. J. B. SilvoSombaréllo.i.Oliveira 56 6o (14) Layuca e Tuyuneto 1200 NL Iml5s2 L. Ferreiro

Fil F Esteves . 56 3o (13) R. Tuesday e Royal Chance 1300 GU Im20s2 A. Nohld2—5 Bivertida E R Ferreiro 56 5o ( 9) Full GirI e Sabiá Laranielro 1000 AL lm02sl W. Aliano

Rainha da Noite, M. Niclevi 56 8° ( 9) Birbosa e Garian 1400 AU Im29s3 F. MadalenaCigarrinha A Ramos 56 8o ( 8) West Bird e Kimber 1000 NP lm02sl O. Serra

BoranosseX.Valgas 56 Estreante Estreante A. Vieira3—9 OldTown W.Gonçolves 56 8o (10) C. Sun e Ema Lovolliere 1200 NI Iml6s4 G. Fei|6

10 Elevaqe J Ricardo 10 56 4o (14) Layuca e Tuyuneto 1200 NL Iml5s2 S. P. Gome»11 Carabambo,M.C.Porto 11 56- 13° (14) Layuca e Tuyuneto 1200 NL Iml5s2 G. Ulloa

" LaPatrulheira,J.Queiroz 13 56 Estreante Estreante G. Ulloa4-12 Bolive J M Silva 12 53 4o ( 9) Bollistic e Dignio 1100 NL lm09s R. Tripodl

13 AguiadaPátrio,G.Meneses 14 56 3o (14) Layuca e Tuyuneto 1200 NL Iml5s2. J. Pedro P14 DSdaya,R.Macedo 15 56 10° (10) Dá e On Marche 1000 NL Im02s4. I. C. Borioni15 Natif R Marques 16 56 7o ( 8) Big Passion e Royal Chanca 1400 GL Im25s2. A. P. Lavor

7» PÁREO —à» 17K00 — 1500 metro» — Stlek Poker -2° PÁREO DO CONCURSO TRÍPLICE

- Im29» (Gramo)

1—1 Matisse.J. Pinto 12 Chandon.W. Costa 2

2—3 Voscâo.F. Esteves 34 Furore,E.R. Ferreira 4

3—5 Estol,G.Meneses 56 Valid.G.F.Almeida 6

4—7 Faites Vos Jeux, P.Cardoso.. 7Lord,J.M.Silva 8Sistema.A.Oliveira 9

4o (13) Superávit e LucksorEstreante2° ( 9) M. Arch e N. Man12° (12) Al-Jabbar e Ivan FlautoEstreanteEstreante

6o ( 6) S. King e Sorteado4o (12) Al-Jabtor e Ivan Flauto7° (13) Overtown e Vila Royale

1000Estreante16001000EstreanteEstreante110010001400

AP lm02s

Im06s3lm02sl

Im09s2lm02slIm24s4

R. CarrapltoJ. A. LimeiraG. Fei|6S. P. GomesL. CoelhoG. F. Santo»R. CostoL FerreiroA. Morales

8° PÁREO- •àt 17h30 — 1000 metro» —Tom Sqwyer -3o PÁREO DO CONCURSO TRÍPLICE

lmOOi—(Areio)

1-1 Cayenne, W.Gonçolves 55 S,"??^ e „_, T,^S?n,e«,, , no, .«^"T02 Craviola.M. Andrade 55 7= (10) C. Love e Ery Park 1000 AU Im02s3. W. Melrelles

2-3 Dinara.G.F.AImeido 55 6» (10) C. Love e Ery Park 1000 AU Im02s3 Z. D. Guedes" Típico J M Silva 55 5° (10) Lymph e La Auroro 1000 NU Im02s4. Z. D. Guede»4 Sinetá Á Oliveira 55 3o (10) C. Love e Ery Park 1000 AU Im02s3. A. Morales

3—5 Eletriz.P.Cordoso 55 6o (10) Very Orbit e Sumaré 1100 NL lm09s O. CardosoMissSambolo,A.Ferreira.... 55 2o ( 8) Cleobelo e Gija 1000 NP Im03s4 A. P. LovorColoroto.J.Escobar 55 7o (10) Lymph e La Aurora 1000 NU Im02s4. L. Acuno

4—8 Tal Qual, T.B. Pereira 55 Estreante Estreante L Ferreira9 Faniona.F.Esteves 10 55 7° ( 8) Migá e Venga 1000 NU Im03s2. O. J. M. Oias

10 Venga.J.Ricardo 11 55 2o ( 8) Migá e Osane 1000 NU 1m03s2. A. Araújo

9o PÁREO — à» IShOO — 2000 metro» —Recorde —Grou —2m06»1. (Areia)4° PÁREO DO CONCURSO TRlPUCE

1—1 Rei Bárbaro, FTSeves 56" Fiumuccino.M.Vaz 572—2 Sir Lancer, J. Malta 56" ElCaramelo,P.Cardoso 10 573—3 Calavados.G.F.Almeida 57

BarrocW. Costa 57Boc,M.C.Porto 57

4—6 Rei da Noite, U.Meireles 577 Esquadro,J.Ricardo 57¦ 8 Maestro Poblo.J. Pinto 57

6° (10) Rond|ar e CalovadásIo ( 7) Telon e MetebroncaEstreante1° (13) Cargo e Limão Galego2o (10) Rondjar e Altènia3° ( 5) Anglicano e Jaddo2° ( 5) Rompsor e Great Blood8° (15) Escamoso e Turno5o ( 5) Rampsar e Boc9o (10) Rondjar e Calovodo»

16001600Estreante1300160020002100130021001600

lm43sl2m43s

lm23sl1 m43s12m07s22ml8s1ml9sl2ml8slm43sl.

L. AcunoL AcufioW. G. OliveiraW. G. OliveiraG. L Ferreira

A. A. SilvoJ. M. ArogáoJ. MarchantA. NahidR. Carrapito

10° PÁREO —ò« 18h30 — 1000 metro» —Tom Sowyer — ImOO» —(Areio)5° PÁREO DO CONCURSO TRlPUCE — DUPLA EXATA

1—1 Buick.F.Esleves 57" Joeiro, Juo. Garcia 10 57DukeShellton.R. Freire 57Yrhallo.E.R.Ferreira 57'

2—4 Viva-Vida, A. Ferreira 57" Umatá.R. Marques 56GreatBliss,E.B.Queiroz 56Favorable.J.F. Frogo 57

3—7 Laço Firme, A. Souza 57Escudo Real, T.B. Pereiro 57Hei Jourdan.M.C. Porto 11 57

10 FritzKlanner.E. Marinho 12 564—11 Huygens.J.Malta 13 56

12 Panzito.P.Cardoso 14 5713 Épiro.M.Voz 15 5714 FloreroJ.B. Fonseca 16 57

2° (10) Quitasco e Jakeeven (CJ)8o (13) Actlnio e Yrhallo4„ (13) Actinioe Yrhallo2o (13) Actlnio e Fovoroble8o ( 8) Duke Mac e Flush (RS)

10° (15) Escamoso e Turno5° (13) Actlnio e Yrhallo3° (13) Actinioe Yarhallo9° (10) Circeu e Nicolino6° (15) Escamoso e Turno7° (10) Circeu e Nicolino6° (II) Jerécoe Bolshvick8° ( 9) Blackama e Forment1° (10) Capitão Már e Justinian

12° (13) Actlnio e Yrhallo14° (15) Escomoso e Turno

1100110011001100120013001100110012001300120010001300110011001300

ALNLNLNLALGLNLNLNLGLNLNLAUNLNLGL

Im09s1Im09s3Im09s3Im09s3Iml4s41mí9sl

Im09s3.Im09s3.Iml5s3.Iml9sl.1m15s3.Im03s3.Im23sIm09s3.1m09s3.1ml9sl.

A. OrciuoliA. OrciuoliS. P. GomesJ. CoutinhoA. P. LavorA. P. LovorE. C. PereiraP. M. PiotoA. V. NevesS. MoralesJ. M AragãoP. DurantiW. Pedersen

O. CardosoJ. B. SilvoJ. Pedro P

r

Io páreo: Recuado — Baccio d'Agnolo — PatoBranco

2o páreo: Grand Ville — Escardillo — Bambur3° páreo: Moina — Tuyupesa — Flight of Fancy

4° páreo: La Marquise — Tangkhet — Haretha

5° páreo: Vingo — Ravano — Lucas

Retrospecto6' páreo: Sabiá Laranjeira — Sambarella —

Bolive7° páreo: Lord — Chandon — Valid8° páreo: Típica — Cayenne — Síneta9° páreo: Fiumiccino — Calovadós — Rei Bár-

baro10° páreo: Duke Shellron — Buick — Escudo Real

Volta fechadaEscoriai

COMO

quase tudo no mundo das.courses e do élévage, a história do-St Leger Stakes começa na Ingla-terra do século XVIII em meio a

uma bucólica paisagem, ainda não in-fluenciada pela incipiente Revolução In-dustrial Desta vez, nâo foi um Lord nemuma Lady, como Lord Derby e Lady Ha-mitton. nem tampouco um aristocráticocasamento. Um militar de sólida paixão^pelos cavalos, um respeitável esquire daregião de Doncaster, resolveu criar umaprova para animais de três anos que pu-'desse abrilhantar os programas de um'campo de corridas igualmente fundadopor ele em seus domínios campestres. Onome deste esquire era. Major St. Leger. ¦

Esta prova, que acabou, mui mereci-'damente recebendo o nome de seu criador,,(donde St Leger Stakes), foi posteriormen-..te incluída em outra fundamental criaçãoinglesa, a Tríplice-Coroa, exatamente co- ¦mo o páreo que a encerra. Como nãopoderia deixar de. acontecer, como o Der-,byeas Two Thousand Guineas, o St. Leger'.tornou-se matriz de uma série de provasdisputadas em todo o mundo, caso do Prix:Royal Oak, na França, até o ano passado,do St. Leger Italiano, do Deustches St.Leger. -

E é a versão carioca deste grandeclássico inglês, onde, pelo menos teórica-mente, a resistência é a característica^principal que um corredor deve possuir, aprincipal atração deste fim de semana no-Hipódromo da Gávea, o Grande Prêmio •Jóquei Clube Brasileiro (Grupo I), 3 milmetros, pista de grama.

¦ ¦ ~

INFELIZMENTE,

este ano, o nosso St£Leger não servirá de palco para a;.consagração de um tríplice-coroado,ao contrário do ano passado quando.,

African Boy (Felicio em Liselotte, por Ma-ki), criação e propriedade dos Haras São-José e Expedictus, com extraordinária fa-.cilidade, percorreu vitoriosamente os lon-gos três quilômetros de ponta a ponta sob ja direção do freio Edson Ferreira, e reali-.izou a grande façanha anteriormente alcan-cada por Criolan, Talvez, Quiproquó, Ti-mão e Escoriai. E, como curiosidade, nenro belo vencedor das Two Thousand Gui-neas deste ano, Baronius, nem seu domi-nador por pequeníssima diferença no Der-.by, o poderoso Dark Brown, de longe o» •melhores potros da geração 76, tiveram-seus nomes confirmados para o grandeclássico de amanhã.

Se, por um lado, esta dupla ausência,••>obviamente, retirou em grande parte o-brilho e o interesse que a disputa do St.'Leger 1980 poderia ter, por outro lado elapermitiu a formação de um campo interes-sante e numericamente bastante razoável. -Onze potros (nenhuma potranca se aven- -turou à difícil tarefa) tiveram seus nomes'confirmados o que, nos últimos anos, à-'exceção de 1974 que contou com a presen-ça de 13 animais, não era visto na terceira.prova de nossa Tríplice-Coroa.

¦ ¦

DOS

11 corredores inscritos, cincotêm que ser considerados, pelo frio.e objetivo valor de resultados dl-cançados anteriormente, de nível

clássico, um número mais do que interes-sante para uma prova de fundo no Brasil.:É claro que, entre estes cinco, há que secolocar em destaque, Nagami (St. Ives em-Naide, por Waldmeister), criação e pro--priedade do Haras Verde e Preto, ganha-dor do importante clássico Conde de Harz-berg (Grupo II), Criterium de Potros, ter-.,ceiro no grandíssimo clássico Cruzeiro do *Sul (Grupo I, o Derby), e no grande clássi- -co Estado do Rio de Janeiro (Grupo I), as'Two Thousand Guineas. Trata-se, sem a"menor discussão, do concorrente de me-,lhores títulos e com uma performance mais jdo que interessante, exatamente seu ter- iceiro no Derby. Caso repita o padrão de';carreira exibido nos clássicos 2 mil 400:metros do primeiro domingo de junho, o:descendente de Hyperion tem que ser colo-cado, normalmente, como um vencedor ^certo. E se correr como na primeira prova]da tríplice-coroa ou como em seu quarto,no grande clássico Taça de Ouro-potros,,mesmo assim, tem que ser colocado no rol •dos mais sérios candidatos à vitória.

Exótico (Negroni em Show GirI, por]Xadrez), criação e propriedade do Haras ]Ipiranga, parece ser o maior adversáriode Nagami. Trata-se de potro de bonitomodelo, aliando poderio e elegância, vin-do de segundo lugar nas duas milhas daGold Cup paulista. Logo, nome já aprova- jdo em provas de fundo, caso único entre osconcorrentes de amanhã. Blue Betting(Blue Jet em Bettita, por Idaho), criação ¦do Haras Limoeiro e propriedade do Stud;A.M., Brighton (St. Ives em Brigitte II, porGood Time II), criação do Haras Verde ePreto e propriedade do Stud Montese, eShot Lancer (Snow Puppet em Bagatela II, \por Luzeiro), criação do Haras Fronteira e.propriedade Stud Rio Antigo, completam.a relação dos concorrentes de nível clássi-co e, conseqüentemente, dos nomes maisinteressantes ao St. Leger de amanhã. Ebom lembrar, no entanto, que, diante dolongo percurso (quem sabe qualquer dosoutros potros se revele, amanhã, umstayer como aconteceu com Feu de Paülena Gold Cup paulista deste ano), da gra-ma encharcada e do duvidoso perfil técni-co que a carreira pode (e deve) tomar,nenhum dos outros candidatos deve sersubestimado. Afinal, no mundo das cour-ses e do élévage, o mistério e a surpresavez por outra comparecem. E como!

24 - ESPORTE JORNAL 00 BRASIL ü sóbodo, 28/ft/BO ? Io Caderno

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Apesar das dificuldades provncadas pelo vento forte, Laffite melhorou o records no 1" treino para o GP da Franga

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Jaeger (EUA) 6/2(EUA) 3/6,

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Moscou inaugura Vila Olímpica e recebe Ia equipe

Borg passa sem

esforço por mais

tím em Wimbledon

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3 Wimbledon, Inglaterra — Osueco Bjom Borg prosseguetranqüilo em sua tentativa dechegar ao quinto titulo conse-eutivo de Wimbledon. Em suapartida pela segimda rodada,ele derrotou o israelense Shlo-mo Glicksteln por 6/3,6/1 e 7/5,dominando inteiramente o Jo-go. Ollcksteln foi o responsávelpor uma das maiores surpresasda primeira rodada, ao eliminaro mexicano Raul Ramirez.

„ Borg enfrentará agora, o aus-traliano Rod Frawley, em maisuma partida que se apresentasem problemas para o sueco.Frawley, que não está entre os-100 melhores do mundo, paravencer Tony Graham, na roda-•da de ontem, teve que disputarcinco sets, só decidindo a parti-da a seu favor com 13/11 noúltimo.JOGO DIFÍCIL

O cabeça-de-chave números2, o americano John McEnroe,quase é surpreendido por TerryRocavert, também dos EstadosUnidos e na 92* colocação daATP. McEnroe perdeu dos setsmas acabou vencendo por 4/6,.7/5, 6/7, 7/6 e 6/3.

„ McEnroe, que na estréia ha-via derrotado com facilidadeoutro americano, Butch Walts,jogará na terceira rodada com oveterano holandês Tom Okker,um dos mais experientes e peri-gosos em Wimbledon, pois Jogamuito bem em quadra de gra-ma, apesar de vir de uma parti-da muito difícil, também, con-tre. o francês Patrice Domin-guez.

Os outros dois jogadores quedevem estar nas semifinais, se

não houver surpresas, tambémvenceram Vltas Gerulaltls, de-pois de um mau primeiro set,venceu ao indiano Sashl Menonpor 6/7, 6/4,7/5 e 6/2, enquantoConnors Jé havia asseguradosua vitória anteontem, contra8herwood Stewart. Gerulaitisagora enfrenta Bruce Manson eJimmy Cannors o suíço HeinzOunthardt

John Fitzgerald, da Austrá-11a, que eliininou o brasileiroTomas Koch na rodada inicial,foi derrotado pelo americanoRoscoe Tanner. O resultado fl-nal foi de 6/1, 3/6, 6/3 e 7/6.FEMININO

O torneio feminino continuasem qualquer surpresa A se-gunda cabeça de chave, a ame-ricana Tracy Austin. de 17anos. passou sem problemaspor sua adversária, a austrlianaNerida Gregory, poi 6/1 e 6/2.Usando seu jogo de fundo dequadra, ela nao deixou Grego-ry, em hora alguma, sequerequilibrar a partida.Austin enfrentará agora Bar-bara Potter, dos Estados Uni-dos, que ontem, em partidaequilibrada, venceu RenéeBlount por 7/6 e 7/5.

A americana Andréa Jaeger,de 15 anos, a cabeça de chavemais nova do torneio, passoufacilmente por sua adversária ecompatriota Marita Redondo,por 6/2 e 6/3.

A campeão dos dois últimosanos, Martina Navratilova, ta-bém não teve problema de pas-sar por mais uma adversária,Reynai Fox, por 6/1 e 6/1. Na-vratilova agora jogará contra aamericana Tanya Hardford.

Nastase irritadoagride jornalista

v mie Nastase se comportou demaneira primorosa na quadradurante a partida em que ellmi-nou o americano Dick Stock-ton, numa atitude que chegou asurpreender, por seu tempera-mento reconhecidamenteagressivo. Mas, ao sair da qua-dra, Nasty (sujo em inglês), co-mo é conhecido, deixou regts-trada a sua marca, agredindoum jornalista.Nastase ficou Irritado com asdeclarações dos jornais ingle-ses, que disseram que ele esta-va se separando de sua mulher,Dominique, e só não massacrou

?»¦ "¦ ;4Vs" '"a %-afctó k'?4*MApesar das dificuldades provocadas pelo vento forte, Laffite melhorou o recorde no Io treino para o GP da França

Gama Filho

defende

liderança

JOGOSUNIVERSITÁRIOS

o jornalista porque seu guarda-costas, conhecido como Bambi-no, conseguiu acalmá-lo.

Depois do incidente, Nastasefoi à sala de imprensa, onde deudeclarações a todos os jornalis-tas credenciados, mas pedindoque só fossem feitas perguntassobre o jogo, pois não responde-ria sobre sua vida particular.

Em Wimbledon, onde Nastyfoi vlce-campeão em 1972 e1976, os tenistas, derrotados ouvencedores, são obrigados a darentrevistas depois dos jogos,sob pena de pesada multa.

DELFIN

JORNAL DO BRASIL

Brun vence sexta

regata na Alemanha

e é o vice-líder

Laffite bate o

recorde no treino

de Paul Ricard

ResultadosSimpWt masculino — 2o rodadajllie Nastase (Romênia) 4/6, 6/2, 5/7, 6/2 e 6/2 Dick Slockton (EUA)Roscoe Tanner (EUA) 6/1, 3/6, 6/3 e 7/6 John Filzaerald (Austrália)Gene Mayer (EUA) 6/4, 6/4 e 6/2 Andrew Jarrel (Inglaterra)Peter Fleming (EUA) 4/6, 6/3, 6/4 e 6/2 Stanislav Birner (Tchec.)Hank Pfister (EUA) 6/2, 6/3, 6/1 Bob Luiz (EUA)Kevin Curren (África do Sul) 7/6, 6/7, 6/4 e 6/4 Brad Drewett (Austrália)Tim Gullikson (EUA) 3/6, 6/3, 612 e 7/6 Kim Warwick (Austrália)Nick Saviano (EUA) 6/7, 7/6, 6/3, 4/6 e 13/11 Buster Mottram (Inglaterra)Bruce Manson (EUA) 7/6, 7/6 e 7/5 Ross Case (Austrália)Bwan Teacher (EUA) 4/6, 6/2, 6/1 e 6/1 Sfeve Krulevitz (EUA)Tom Okker (Holanda) 7/6, 7/6, 1/6, 2/6 e 6/3 Patrice Dominguez (Franço)Heinz Gunthardt (Suíça) 7/5, 6/4 e 6/2 Warren Maher (RFA)Bjom Borg (Suécia) 6/3, 6/1, 7/5 Shlomo Glickstein (Israel)Wojtek Fibak (Polônia) 3/6, 6/2, 6/3 e 6/2 Russel Simpson ( Nova Zelândia)John McEnroe (EUA) 4/6, 7/5, 6/7, 7/6 e 6/3 Terry Rocavert (EUA)Colin Dibley (Austrália) 2/6, 6/2, 7/6, 6/7 e 8/6 Geoff Masters (Austrália)Victor Pecci (Paraguai) 6/3, 6/4 e 6/4 Jan Kodes (Tchec.)Rod Frawley (Austrália) 6/7, 2/6, 6/1, 6/2 e 13/11 Tony Graham (EUA)Stan Smith (EUA) 4/6, 6/1, 7/6 e 6/1 Peter Feigl (Áustria)Brian Gottfried (EUA) 6/3, 6/4 e 6/2 Chris Lewis (Nova Zelândia)Jose Luiz Clerc (Argentina) 6/4, 7/6, 3/6 e 6/0 Bernard Fritz (França)Vitas Gerulaitis (EUA) 6/7, 6/4, 7/5, 6/2 Sashi Menon (índia)simples feminina — 2o rodadaMartina Navratilova (EUA) 6/1 e 6/1 Re* Fox (EUA)Hana Mandlikova (Tchec.) 6/4, 6/7 e 6/4 Wendy White (EUA)Andréa Jaeger (EUA) 6/2 e 6/3 Marita Redondo (EUA)Oeanut Louie (EUA) 3/6, 6/3 e 6/4 Ann Kiyomura (EUA)Tracy Austin (EUA) 6/1 e 6/2 Nerida Gregory (Austrália)Chris Evert Uoyd (EUA) 6/0 e 6/1 Christine Jolissain! (Suíça)Sherry Acker (EUA) 6/1, 3/6 e 6/2 Debbie Jevans (Inglaterra)Wendy Turnbull (Austrália) 6/1 e 6/4 Elizabeth Eklbom (Suécia)Betty Ann Dent (EUA) 3/6, 7/5 e 6/2 Sue Baker (Inglaterra)Sue Saliba (Austrália) 6/3, 3/6 e 6/1 Regina Marsikova (Tchec.)Joanne Russel (EUA) 6/2, 3/6 e 6/4 Virgínia Rucizi (Romênia)Çarbara Potter (EUA) 7/6 e 7/5 René Blount (EUA)lele Forrod (EUA) 6/4 e 6/1 Duk Hee Lee (Coréia do Sul)èetsy Nagelsin (EUA) 4/6, 6/1 e 6/4 Kate Latham (EUA)Kathy Jordan (EUA) 6/3 e 6/1 Kay McDaniel (EUA)Janya Hardforx (África do Sul) 6/3, 4/6 e 8/6 Rosie Casais (EUA)Pam Shriver (EUA) 6/3, 1/6 e 9/7 Sylvia Hanika (RFA)Virgínia Wade (Inglaterra) 6/1 e 6/3 Helena Anliot (Suécia)Greer Stevens (África do Sul) 6/3 e 6/1 Marjolie Blackwood (Canadá)Terry Holladay (EUA) 6/1 e 6/0 Sue Mascarin (EUA)Pam Teeguarden (EUA) 6/0 e 7/6 Marcella Mesker (Holanda)Dianne Formholtz (Austrália) 6/2 e 6/0 Brigitte Uimon (França)Stacy Margolin (EUA) 2/6, 7/6 e 6/3 Lesley Charles (EUA)

Quatro atletas que re-presentarão o Brasil nasOlimpíadas de Moscou es-tarão hoje, a partir das 14horas, no Célio de Barros,defendendo a equipe daGama Filho, líder do cam-peonato de atletismo dosjogos JORNAL DO BRA-SIL/Delfin: Altevir Araújo(200m), Nélson Rocha dosSantos (lOOm), Cláudio daMatta Freira (salto em al-tura) e Geraldo Pegado(400m).

Antônio Eusébio (400mcom barreiras), que tam-bém vai aos Jogos Olímpi-cos, não defenderá a Ga-ma Filho por não ser ain-da universitário. Agbertoda Conceição (800m) e Mil-ton Costa Carvalho(4xl00m), ambos da equi-pe olímpica, competirão;o primeiro para manter aforma e o segundo defen-dendo a UERJ. Por pos-suir os melhores atletas eem maior número que asoutras universidades, aGama Filho é a favoritatambém desta etapa.

O programa prevê parahoje as seguintes provas:arremesso do peso, lança-mento do dardo, lOOmcom barreiras, 800m,4x400m, 200m e salto emaltura, todas para mulhe-res, e salto com vara, 1500m, salto em distância,400m, lOOm, arremesso dopeso, 4xl00m, e 5 OOOm,para homens. Haverá ain-da provas do pentatlo(mulheres) e decatlo (ho-mens). A segunda etapada competição prossegueamanhã, no mesmo local,a partir das 8 horas.

Kiel, Alemanha Ocidental —O brasileiro Vicente Brun, ex-campeão mundial da Classe 8o-llng e escalado para os JogosOlímpicos juntamente com seuirmão Gastão e Roberto LuísMartins, venceu ontem a sextaregata da Semana de Kiel. Coraeste resultado, Vicente, oDruvls, assumiu a vice-liderança da competição, quereúne os melhores iatistas domundo.

Na Classe Flylng Dutchman,a tripulação brasileira formadapor Reinaldo Conrad, medalhade bronze em Montreal, e Man-fred Kauftnan, terminou a sex-ta etapa em segundo lugar eagora ocupa a quarta colocaçãogeral Na classe Tomado, AlexWelter e Lars Bjokstrom, com-pletaram o percurso na quartaposição e na contagem geralcontinuam em quinto lugar. -

A CLASSIFICAÇÃOEduardo Souza Ramos e seu

proeiro Peter Erzberger obtive-ram a sétima colocação na sex-ta regata da Classe Star, subin-do, em conseqüência, para ooitavo lugar geral. A equipebrasileira está mal colocada naClasse 470, com Marcos Soarese Eduardo Penido, e na ClasseFinn, com Clãudlo Biekarck.Eles não estão classificados en-tre os 10 primeiros.Classificação geral — ClasseSoling — 1° Robert Haines (Es-tados Unidos), 6 pontos perdi-dos; 2° Vicente Brun (Brasil),24,7; 3° Boudouris Anastasios(Grécia), 33,7; 4o Erich Hirt (Di-namarca), 36,1; 5° James Cog-gan (Estados Unidos), 42,1; e 6°Thomas Broker (Dinamarca),52,7..

Classe Flying Dutchman— 1°Erik Vollebregt (Holanda), 8,7;2° Jorg Diesch (Alemanha Oci-dental),10; 30 Jorgen Moller (Di-namarca), 29,4; 4° ReinaldoConrad (Brasil), 38; 5o MlchaelLoeb (Estados Unidos), 48,4; e6o Bruce Burton (Estados Uni-dos), 50,4.

Classe. Star—Io Hubert Rau-daschl (Áustria), 14; 2o Boudew-jis Biykhorst (Holanda), 35,4; 3oJochen Schwara (AlemanhaOcidental), 38,7; Jens Christen-sen (Dinamarca), 40,7; 5o PeterSundelln (Suécia), 51,4; 6o Voigt(Alemanha Ocidental), 58; 7oUwe Von Below (AlemanhaOcidental), 67,4; e 8o EduardoSouza Ramos (Brasil), 72.

Classe Finn — Io Guy Lilje-gren (Suécia), 25,7; 2° LasseHjortnaes (Dinamarca), 34,4; 3°Kent Carlsson (Suécia), 39,7; 4°Andrew Menkart (Estados Uni-dos) e Otto Pohlmann (Alemã-nha Ocidental), ambos com 49;e 6o Van Leeuwen (Holanda),87,4.

O Carioca Iate Clube promo-ve amanhã, na Enseada de Ra-mos, a Regata Marinha do Bra-sll, aberta a todas as classes eclubes nãuticos do Rio. A larga-da está prevista para as 13h.Também amanhã, a ClasseStar vai disputar a Regata SãoPedro do Mar. Com largadaprogramada para as lOh, naUrea.

A Classe Dingue, que ultima-mente se tem revelado muitocompetitiva levando sempreum bom número de barcos paraa rala em todas as regatas aber-tas, foi reconhecida ontem peloConselho Nacional de Despor-tos como classe oficial.

Le Castellet — O francêsJacques Laffite, com seu Li-gier, bateu ontem o recordedo circuito de Paul Ricard noprimeiro dia de treino oficialpara o GP da França, queserá disputado amanhã, apartir das lOh, em 54 voltas.Nélson Piquet (Brabham), li-der do Mundial de Pilotos deFórmula-1, fleou em sétimo,enquanto Emerson Fittipal-di, com o F-7, se colocou em24° lugar.

O principal problema en-frentado pelos pilotos no trei-no foi para equilibrar suspen-sóes, apoio aerodinâmico epotência, para dominar a for-te incidência do vento que,segundo previsões meteoroló-gicas, deve continuar atéamanhã. Mesmo assim, Laffl-te foi o mais rápido e fez otempo de Im38s88,10 segun-dos abaixo do recorde ante-rior de Carlos Reutemann.

O segundo melhor tempofoi obtido pelo também fran-cês René Arnoux (Renault),com a marca de Im39s49, se-guido pelo segundo carro daLigier, pilotado por Didier Pi-roni. Os Williams do argenti-no Carlos Reutemann e doaustraliano Alan Jones ocu-param a quarta e quinta colo-cações, enquanto o Renault

de Jean Pierre Jabouille ficouem sexto, na frente de Piquet.

Exceto Jabouille, todos ospilotos que se colocaram àfrente de Piquet no treino dèontem estão em condições delhe tirar a liderança do cam-peonato. Mas Piquet acreditaque pode melhorar bastanteseu tempo no treino de hoje,pois seu carro sofreu algumasmodificações e ontem ele ain-da sentia pequenas dores es-tomacais, iniciadas fortemen-te no começo da semana.

— Se o vento fosse maisfraco, poderia ter feito umtempo melhor. Outro proble-ma foi cóm o carro, que sofreusutis inovações aerodinâmi-cas nas últimas três semanase ainda não está rendendo omáximo. Eu confio no Bra-bham, que vai ser um dosmelhores desta temporada.

Durante o treino de ontem,o francês Patrick Depaillerdestruiu outro Alfa Romeo epela segunda vez, em menosde uma semana, saiu ileso deum feio acidente. Ele bateuno guard rail, ao derraparnuma curva, a uma velocida-de de aproximadamente 280quilômetros por hora. Seuprimeiro acidente ocorreu emBrands Hatch, na Inglaterra,durante os testes de pneus.

OS TEMPOS

Torneio de hipismo

tem muitas atrações

Tendo Elizabeth Assaf — com Para Bellum e Primo —Cláudia Itajahy — com Puma — Carlos Vinícius Gonçalvesda Mota—com Leão e Foxtrote—e Antônio Alegria Simões

com Estlo, Don Luiz e Jus d'Orange — como atrações,prossegue hoje, na pista da Hípica, o 2o Torneio Gama Filhode Hipismo com a realização de três provas, uma das quaisválida pelo Campeonato Estadual de Juniores.

A primeira prova de hoje começa às lOh e é do tiponormal, tabela mista, obstáculos a l,30m x l,70m, e umdesempate. Às 16h haverá uma prova para cavaleiros novose cavalos em formação com obstáculos a l,20m x l,60m,tabela A, ao cronômetro. A prova seguinte é válida peloCampeonato de juniores e terá obstáculos a l,30m x l,70m,tabela mista e um desempate.

Amanhã serão disputadas mais três provas: uma às lOhl,20m x l,60m, tabela A, ao cronômetro—uma às 15h30ml,40m x l,80m, tabela A ao cronômetro e a última do

campeonato de juniores — dois percursos idênticos a l,40mx 1,80 e um desempate.

1. Jacques Laffite(Ligier)2 René Arnoux (Renault)3. Didier Pironi (Ligier)4 . Carlos Reutemann (Williams)5. Alan Jones (Williams)6. JeanPierreJabouille(Renault)7. Nélson Piquet(Brabham)8. Alain Prost (McLaren)9. Bruno Giacomelli (Alfa Romeo)

10. Patrick Depailler (Alfa Romeo)11. John Watson (Maclaren)12. Eliode Angelis (Lotus)13. Jean Pierre Jarier (Tyrrell)14. Gilles Villeneuve (Ferrari)15. Ricardo Patrese (Arrows)16. JodyScheckter (Ferrari)17. Mario Andretti (Lotus)18. Derek Daly (Tyrrel)19. Jochen Mass (Arrows)20. Keke Rosberg(Skol-Fittipaldi)21 .Ricardo Zunino (Brabham)22. MarcSurer(ATS)23.EddieCheever(Osella)24. Emerson Fittipoldi (Skol-FHtipaldi)25. Jan Lammers(Ensign)26. David Kennedy(Shadow)27. Geoff Lees(Shadow)

CLÁSSICOS

EM FM

Diariamente

de 23:00a 01:00 hora

Rádio JB

FM 997 MHz

Patrocínio da

JEITO BRASILEIRO,PADRÃO INTERNACIONAL.

Emerson justifica por

que F-8 não estreará

Um pouco aborrecido com orendimento do Skol-FittipaldlF-7, Emerson afirmou apôs otreino que nunca mais seráobrigado a justificar suas másatuações, pois confia no F-8que teve mais uma vez sua es-tréia adiada. Segundo Emer-son. o F-8 não correrá o GP daFrança, como estava previsto,porque o conflito entre FISA eFOCA acabou prejudicando odesenvolvimento dos trabalhosno carro.

Durante os treinos para o GPdo Brasil, segundo desta tem-porada, a Skol-Fittipaldi anun-ciou o lançamento do F-8 para'o GP da Bélgica. Durante ostreinos em Zolder, a equipe jus-tificou a ausência do F-8 e mar-cou seu lançamento para o GPde Mônaco. Novo adiamento foianunciado na época e WilsonFittipaidi irmão de Emerson,afirmou que o F-8 correria naFrança

O propno Emerson reconhe-ceu ontem a necessidade de es-trear o novo carro pois o F-7nao cem condiçoes dt acompanha; os melhores canos da

1 m38s881 m39s491 m39s55I m39s601 m39s701 m40s631 m40s671 m40s731 m40s901 m41 s511 m41 s631m4ls661 m41 s78Im42s211 m42s281 m42s381m42s50Im42s771m43s071 m43s32l ni43s331 m43s551 m43s601 m43s741 m44s741 m45s911 m48s85

atual fase da Fórmula-1 e seusobjetivos (brigar pelas primei-ras colocações contra as melho-res marcas) vão sendo coloca-dos em segundo plano. Ele não.anunciou quando será a data.exata da estréia do F-8.

GP DA ITÁLIAO GP da Itália vai ser dispu-'

tado dia 14 de setembro no cir-culto Dino Ferrari, em Imola, eos organizadores já estabelece-ram a data de 16 a 23 de julhopara as equipes treinarem seuscarros. O circuito está sendosubmetido a uma série de tes-tes e melhorias e sua pista esta-rá definitivamente pronta dia10 de julho.

Dia 16 de julho estarão trei-nando a Alfa Romeo. Skol-Fittipaidi Ligier Osella e asprincipais, escuderias inglesas(Brabham, Lotus, McLarenTyrrell e Williams) A Fenan ea Renaut reservaram os dias 22e 23 para testai oh pneu.-- Miehe-lln. encerrando o prazo de reconhecimento da nova pista deImola

Moscou — Com breves dl»cursos, desfile militar e hás-teamento da bandeira doCOI, foi lnagurada ontem aVila Olímpica que alojará to-¦' dos os atletas que participa»rfto dos JogoB de Moscou, arealizarem-se de 19 de julho a3 de agosto.

Situada na zona Sudoesteda Capital soviética, a Vila éconsiderada "a melhor da hla>tôria dos Jogos", segundo opresidente do Comit£ Organt»zador, Ignaty Ivkov, citandoopinião do presidente doCOI, Lord Klllanin.

A cerimônia de inaugura»çâo durou 20 minutos e seusprimeiros ocupantes foram 19atletas das Ilhas Seycheles. Aprimeira bandeira a ser ha»teada na praça das Nações,(rente à qual está a Vila, fbi ada URSS. À medida que aadelegações forem chegandosuas bandeiras serão tambémhasteadas no mesmo locaL

— Este complexo é estu-pendo—disse o pugilista Pa-trick Zialor, peso-pena de 19anos, um dos integrantes dadelegação de Seychelles quechegou a Moscou ontem pelamanhã.

A Vila está situada nos sti*búrblos de Moscou, a três qui*lômetros do Estádio Lénine,onde se realizará, no próximodia 19. a cerimônia de abertu-ra dos Jogos Olímpicos, ficomposta de 18 edifícios, umcentro de recreação e culturacomércio, ginásios e camposde treinamentos para os atle-tas. Na solenidade de inaugu-ração, uma banda do Exércl-to Vermelho executou os hi*nos olímpico e soviético.

Padilha podeentrar no COI

San Juan — O presidentedo Comitê Olimpico Brasilel-ro, Major Silvio de MagalhãesPadilha, também membro daOrganização Desportiva Pan-Americana, Odepa, estáapoiado pelos dirigentes lati-no-americano8 para integraro Comitê Executivo do COI aser eleito no próximo dia 14de julho.

A Informação é do presl-dente do Comitê Porto-Riquenho,. German Ric-kehoff, que confirmou o iniciode um campanha entre os di-rigentes latino-americanospara que um desportista daregião possa integrar o Comi-té Executivo do COI. Além dePadilha, que já se lançou can-dldato, o outro postulante la-tino-americano é o paname-nho Virgilio de Leon.

O Comitê Executivo atual éformado pelo irlandês LordKillanln (presidente), pelo tu-nisino Mohamed Mzali (Io vi-ce), pelo soviético VitalySmirnov (2o vice), pelo japo-nês Masaji Kiyokawa (3o vi-ce), e pelos seguintes mem-bros: Conde Jean de Beau-ment (França), Lance Crosa(N. Zelândia), Louis Guiran-dou-N'Diaye (C. do Marfim),Juan Antonio Samaranch(Espanha) e Alexandru Siper-co (Romênia).

Segundo o dirigente porto-riquenho, os latino-americanos têm 19 delegadosno COI e estes deverão votarem bloco em Padilha ouLeon. Na opinião dos analis-tas esportivos da região, Pa-dilha é o que reúne maisapoio. Os latino-americanostambém apoiarão em massao espanhol Samaranch para apresidência do COI, em subs-titulção a Lord Killanln, quepreferiu não concorrer à reé-,leição. Samaranch é apoiadopor João Havelange.

De Vicenzo

joga em

Petrópolis

Os argentinos Fidel de Luca e -Roberto De Vicenzo são algu-mas das principais atrações en-tre os convidados para o Cam-peonato Aberto da Cidade dePetrópolis, que se realizará esteano integrado na Semana In-temacional de Oolfe, oficializa-da pela Flumltur, de 5 a 13 dejulho, no campo do PetrópolisCountry Club, em Nogueira. Acompetição reunirá cerca de200 jogadores — do Rio, SãoPaulo, Curitiba e Recife.

A Semana começa com adisputa de duas competições —a Taça dos Patrocinadores e oTorneio de Veteranos. Nos dias8 e 9 será realizado o AbertoFeminino; de 10 a 12, o Io Pro-Am; de 10 a 13 de julho, oAberto Masculino, disputandoa última volta apenas os 20melhores profissionais e os 10melhores amadores do campei-nato, que distribuirá cerca BeCr$ 500 mil em prêmios.

Hoje, no campo do Gávea,esta prevista a disputa da roda-da iniciai ds Taç» Gerx.-rai Jus-to. em 36 buracos stroke-play,categoria 0 a 28 de handiuap Acompetição cerrniruj amanhã.No Itanhaugã esta programa-da a realização da Taça da Anil-zade, também em 36 buracos,struke-pla.v categorias 0 a 9. 10a Ir< C 18 a 24.

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JORNAL DO BRASIL D sábado, 28/6/80 D Io Caderno ESPORTE 25

Lato diz que encerra a carreira depois da CopaSão Paulo—Capitão da Sele-

çaò Polonesa, Lato ainda é, aos30 anos, um jogador vigoroso ede grande importância no es-quema do técnico Ryszard Napartida de amanhã, contra oBrasil, ele terá a função de sem-pre': desempenhar o papel deum ponta-direita veloz, quecostuma fechar pára o meio etentar os chutes a gol. Assim,ele pretende jogar até a Copado Mundo da Espanha, porquedepois encerrará a carreira:

— Pretendo defender a Polo-nia na Copa de 1982 e depoisparar, por causa de idade. Mas,por enquanto, me sinto emboas condições físicas, o queme deixa a certeza de estarsempre colaborando com aequipe. Sou capitão da Seleçãoe, dentro do possível, procurotransmitir alguma coisa de útilaos mais novos. Nào me consi-dero, porém, um líder, um ho-mem que impóe suas idéias.

Gregorz Lato pertence ao clu-be Stal de Mlelec, e já disputou88 jogos pela Seleção da Polo-nia; tendo marcado 42 gols. Foio artilheiro da Copa do Mundoda Alemanha, realizada em1974, quando fez sete gols. Jo-gador de grande velocidade,por duas temporadas foi o go-leador do Campeonato Polo-nès, marcando 110 vezes, o quefaz com que seja sempre vigia-do de perto pelos zagueiros.

FUTURO TÉCNICO

Lato alega que desde a Copade 1978, quando o Brasil derro-tou a Polônia por 3 a 1, emMendonza, não viu mais a Sele-ção Brasileira jogar e por issonáo tém condições de fazer uma

análise da atual equipe. Masacha que o futebol brasileirocontinua possuindo bons valo-res e deve ser respeitado comoum dos mais fortes do mundo:

Perdemos na Argentina, e-o Brasil acabou sendo o tercei-ro colocado da Copa. Dal emdiante não sei mais nada, por-que nâo vi mais a Seleção Bra-sileira jogando. Mas é inegávela sua força, seus jogadores sâohabilidosos.

Estudante de Educação Fisi-ca, Lato pretende ser técnicoquando parar de jogar. Ao con-trário de alguns jogadores —Deyna, por exemplo, que antesde encerrar a carreira foi jogarno Manchester City, da Ingla-terra — Lato faz questão dependurar as chutefras defen-dendo a Seleção de seu pais.Sobre sua habilidade, preferedeixar o assunto de lado e falardo conjunto da equipe polo-nesa:

Apenas seis jogadores quedisputaram a Copa da Argenti-na continuam na equipe. Osdemais são novos e até 1982ganharão o entrosamento ne-cessário. Nõs jogamos em con-junto, evitando sempre o indivi-dualismo. Esse time que veio aoBrasil é bom, se empenharábastante nessa partida. Eu es-tou confiante.

Entre os jogadores existe umgrande respeito por Lato, cujopassado na Seleção da Polôniaé sempre lembrado pelos diri-gentes. Procurando evitar asentrevistas longas—é um joga-dor tímido—ele faz questão dedizer que não é a maior estrelada atual Seleção, embora saibaque a equipe depende muito deseu talento.

Sao Paulo/ Fato d* Arlovaldo dai Santos

Técnico polonêsmovimenta time

Sob intenso frio, os jogadoresda Polônia fizeram um treina-mento tático ontem à tarde, noMorumbi, quando o técnicoRyszard Kulesza preferiu utili-zar apenas metade do campo,alegando que seu objetivo eramovimentar a equipe. Hoje, emlocal ainda a ser escolhido, eledará o apronto e em seguidadefinirá o time que começa jo-gando contra o Brasil:-Náo sei ainda qual a equipeque. inicia a partida, deixareiisso para amanhã (hoje). Fize-mos alguns minutos de exerci-ciose em seguida um treina-mento com bola, mas sem umapreocupação especial. Afinal,os jogadores estão cansados,pois viajaram a noite inteira.

Para as poucas pessoas queforam ao Morumbi. o cansaço

alegado pelo técnico nào che-gou a ser notado. Ao contrário,os jogadores nâo ligaram para ofrio e demonstraram muita dis-posição, correndo e chutandoinsistentemente a gol. Lato per-maneceu a maior parte do tem-po na posição de goleiro.

A segunda partida da SeleçãoPolonesa na América do Sulestá prevista para quarta-feirapróxima, quando a equipe joga-rá na cidade de Santa Cruz deLa Sierra, contra a Bolívia. Es-tá sendo acertado atada um jo-go em Manaus, contra o FastClube. Depois do treino de on-tem, os jogadores voltaram aoHotel Comodoro, no centro dacidade, e hoje deverão visitar ospontos turísticos depois do ai-moço.

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Vigor e conjunto,os pontos fortes

Um futebol forte, onde se des-tocam o preparo básico e oconjunto, é o que a Polônia pre-tende apresentar na partida deamanhã à tarde, no Morumbi,contra a Seleção BrasUeira. Otécnico Ryszard Kulesza disseque sua equipe veio preparadapara fazer uma boa exibição etem no veterano Lato um deteus principais trunfos:

— O futebol brasileiro é maisna base da técnica individual,Mao para a vista — disse Ku-lesza.'¦'— O Polonês não é tãotécnico, mas tem uma prepara-cão fisica muito boa. Lato estábem, não perdeu nada de suacapacidade e gosta inclusive dejogar, no Brasil. Esse jogo servi-rá para tirarmos uma média decomo está agora nossa Seleção,que nao conseguiu se classifi-car'para a Copa Européia.

Ryszard Kulesza diz que nãoviu jogo da Seleção BrasUeiradepois da Copa da Argentina,em 1978, e não sabe como aequipe está atualmente. Masem seu conceito ainda pode serincluída entre as quatro melho-res do mundo " e mesmo se aCopa fosse agora não tenho dá-vida de que conseguiria umaboa colocação"RENOVAÇÃO

A delegação polonesa viajoua noite inteira e desembarcouontem de manhã em Viracopos,Campinas, de onde seguiu paraSãoPaulo. Os jogadores foramimediatamente para seus quar-tos'no Hotel Comodoro, e átarde fizeram um treino recrea-tivo no Morumbi A média deidade da Seleção e de 23 anos eapenas seis de seu* jogadoresdisputaram a Copa da Argen-tina

Para o técnico Ryszard Ku-lesza, a partido de amanhã,mesmo amistosa, será um bom *teste para a Seleção Polonesa

que, na ultima vez em que en-frentou o Brasil, na Copa doMundo de 1978, perdeu de 3 ai,em Mendoza. A equipe já nãoconta com o goleiro Tomas-zewski, o meia-esquerda Deynateve seu passe vendido ao Man-chester City, da Inglaterra elogo depois parou de jogar:— Só no treino de amanhã(hoje) definirei o time que come-ca jogando contra o Brasil. Osjogadores chegaram cansadose darei apenas uma movimen-tação leve. É sempre importan-te enfrentar a Seleção Brasilei-ra, mesmo não sendo um jogooficial, pois para nós esse é umadversário que sempre merecerespeito.

Os jogadores que estão à dis-posição de Ryszard Kulesza,para esse jogo contra a SeleçãoBrasileira, sáo: Zdzislau e PiotrMowlik (goleiros), Marek Dziu-ba (lateral-direito), Pawel Ja-nas (zagueiro), Piotr Skros-bowski (lateral-esquerdo), Ma-rek Motyka (zagueiro), Hiero-nin Barczak (lateral-esquerdo),Leszek Lipka, Adam Nawalka,Henryk Müoszewicz e Vflodzi-mierz Ciolek (meio-campo),Grzegorz Lato, Kaztmiedk, Ja-nusz Sybis, Stanislaw Terlecki,Andrzej Iwan e Andrzej Milc-zarski (atacantes).

A delegação é chefiada pelovice-presidente da União Polo-nesa de Futebol, Henryk Celak.A seleção Polonesa fará, alémdo jogo contra o Brasil, outraspartidas amistosas pela AméTi-ca do Sul. Mesmo sem Deyna,que foi um dos melhores daequipe (mais de 100 jogos peloselecionado) e outros elemen-tos que fizeram da Polônia umaseleção temida nas eliminató-rias aa Copa de 1978, o técnicoRyszard Kulesza confia na suaequipe, sobretudo na dedica-çáo de seus jogadores em espe-ciai na habilidade de Lato.

América enfrentaQatar no Andaraí

Com o objetivo de observar aequipe em movimentação an-tes da estréia na Taça Ouana-bará, no dia 6 de julho, contra oFlamengo e mostraj seu novoreforço o ponta-esquerda Car-los Henrique a torcida, o Améri-ca enfrenta a Seleçào do Qatar,treinada poi Evaristo Macedo,ás 15hl5m no Andarei

O técnico Luis Carlos Quinta-nilha pretende observar o novoesquema do time, mais ofensivoe com dois pontas abertos, oque vem agradando nos coleta-vos realizados durante a sema-na Joáo Luis ocupará o lugarde Heraldo. contundido na za-ga .entrando Celso no meio decampo

Quintanilha jô definiu o time

do América com: Jurandir;Aristeu. Marinho Peres, JoãoLuis e Álvaro, Nedo, Celso eNelson Borges e Serginho, Por-to Real e Carlos Henrique,üchoa. que deveria jogar, sen-tiu uma pancada na coxa e foipoupado por precaução.

Quintanilha pretende apro-vettar o amistoso, o último an-tes da estréia contra o Flamen-go, para observar o time execu-tando o sistema de marcaçãoque vem treinando insistente-mente, com pressão no campotodo e meia pressão. Ontem oclube contratou o ponta-direitaRogério, que atuava na Bolívia,e foi observado durante a recen-te excursão feita aquele pais.

........^^^^mmp^mm.Lato, aos 30 anos, é o artilheiro e o principal jogador da Polônia

VascoenfrentaOperário

Dourados, MS — O Vasco en-cerra hoje à noite sua excursãoa Mato Grosso, na partida como Operário, às 20h (21h no Rio),ho Estádio Napoleào Franciscode Souza. O time volta ao Rioamanha cedo, pois a diretoriadecidiu atender ao técnico Gil-son Nunes e não programar ou-tro amistoso, a fim de entrosarPaulo César na equipe para es-trear contra o Botafogo.

Depois de empatar com oUniáo, em Rondonópolis, noMato Grosso do Norte, o Vascotenta a reabilitação no Sui, con-tra um adversário de melhornível, campeão do Torneio In-centivo promovido pela Fede-ração Estadual. £ esperada ar-recadação superior a Cr$ 2 mi-lhões, batendo a da partida queo Santos jogou na cidade emfevereiro.

O juiz de Vasco x Operárioserá José Flor. Times: Operário— Cassiano, Paraná, Valdeci,Fauzer e Estefanelo; Varela,Marciano e Manteiga; Joãozi-nho, Adir e Serjão; Vasco —Mazaropi; Orlando, Ivan, Leo eMarco Antônio; Pintinho, Du-du e Paulo Roberto, Wilsinho,Roberto (Peribaido) e Aílton..

Botafogose despedeem Curaçáo

Com duas derrotas, três em-pates e apenas uma vitória, oBotafogo encerra hoje a suatemporada pelas Américas, jo-gando contra uma seleção deCuraçao e seguindo depois paraCaracas, de onde embarcará devolta ao Rio, chegando se-gunda-felra.

Segundo informou o Dr. Men-deli Hoelreger, que acompanhaa delegação, a maioria dos joga-dores sente-se cansada e mui-tos deles estão contundidos, jo-gando na base do sacrifício, fa-to, aliás.que apressou o retornodo time.

O fracasso total da excursão,levou o presidente Borer a au-torizar os empresários CarlosImperial e Osvaldo Sargentelli,que têm bons conhecimentosno Palmeiras, a entrarem emcontato com os dirigentes da-quele clube para tentarem umatroca de Mendonça por Baroni-nho, Pires ou Beto Fuscáo. OBotafogo quer dois deles.

Imperial já combinou um ai-moço para segunda-feira, emSão Paulo, com os dirigentesBrício Pompeu de Toledo e Ar-naldo Tirone e o técnico Osval-do Brandão, no restaurante deSargentelli, quando o assuntoserá decidio

A missa por alma de Genínhoserá hoje às lOh na igreja de N.S da Esperança, na Rua Condede Irajá em Botafogo

Fia perde doKuwait e jogapelo 3o lugar

S«l»*;ôo do Kuwait 6x5 Flatmngo

Local: bládio Mario Guinle, Friburgo. Renda: CrS 236 mil300. Público Pagante: 2037 pessoas. Juiz: Aluisio Felisberlo.Flamengo: Cantarellè; Carlos Alberto, Marinho, Manguíto eAntunes; Andrade, Carpeggiani e Tito (Vítor), Reinaldo.Anselmo e Adílio. Seleção do Kuwait: Toraboulsí (AbriuNavi), Fleitoh, Gmall, Mahaboud e Walled; Karan. Saad eBloshi, Fathi (Yussef), Faissol e Yossem. Gols: Decisão porpênaltis, Bloshi, Faissol, Yussef, Gmol, Ktiran e WalledReinaldo, Vitor, Anselmo, Adílio e Carlos Alberto.

Friburgo — Surpreendido pelo bom esquema defen-sivo armado pela Seleção do Kuwait, o Flamengo pres-sionou, mas não conseguiu superar seu adversário du-rante toda a partida e acabou sendo derrotado nadecisão por pênaltis, por 6 a 5, na estréia do time noTorneio de Inverno de Friburgo.

Apesar do intenso frio que fazia, duas mil pessoascompareceram ao estádio Mário Guinle e acabaram sedividindo entre torcer pelo Flamengo ou para o Kuwait,devido a garra demonstrada pelos jogadores árabes. Napreliminar o Serrano venceu por 3 a 1 o Friburguense efaz o jogo de fundo domingo contra o Kuwait, às 13h. OFlamengo enfrentará o Friburguense às llh.

O Jogo

WZ~> LIVRO SÁBADOCADERNOB

JORNAL DO BRASIL

Mesmo atuando desfalcado dos jogadores da Sele-ção, (Júnior, Zico e Nunes) de Rondinelli e Júlio César, oFlamengo iniciou a partida dominando o meio de cam-po, onde Carpeggiani, Andrade e Titã se entendiamperfeitamente e criavam várias situações de gol queeram desperdiçadas pelo ataque.

A Seleção do Kuwait armada por Carlos AlbertoParreira com um sistema defensivo, aos poucos foiequilibrando a partida e conseguindo criar algumassituações de perigo através de contra-ataques rápidosbem-conduzidos por Fath.

No final do primeiro tempo, Titã sentiu uma pança-da na perna e pediu para sair sendo substituído porVitor. O Flamengo perdeu um pouco o ritmo da partidae o Kuwait chegou a ameaçar várias vezes do gol deCantarelli.

No segundo tempo, o Flamengo voltou marcandopor pressão e tentando surpreender o goleiro Taraboulsi,com chutes de longa distância, o que acabou nào dandocerto devido a excelente atuação de Taraboulsi Neste.periodo Adílio chegou a chutar uma bola na trave mas oKuwait conseguiu resistir a pressão e ir para a decisãopor pênaltis.

Os Pênaltis

Bloshi foi o primeiro escolhido pela Seleçào doKuwait para cobrar o pênalti e chutou forte sem chancepara Cantarelli. Pelo lado' do Flamengo, Andrade des-perdlçava sua chance chutando para fora. Logo a seguir,Faissal, Yussef e Ornai marcavam para os árabes, en-quanto Reinaldo Vitor e Anselmo convertiam para oFlamengo.

O último pênalti da serie de cinco e que poderia dara vitória ao Kuwait foi perdido por Yassem. enquantoque Adilio marcava para o Flamengo Com o resultadoempatado de 4 a 4. foi miciada uma sene em que caso umtime convertesse e outro nao seria o vencedor

Karam cobrou para os> árabes e marcou CarlosAlberto também converteu sua cnnace, empatando em 5a 5. Uma nova disputa foi iniciada e Walieo marcouenquanto Antunes chutava para fora.

Futebol noBrasil tem60 minutos

Uma pesquisa cuidadosa-mente preparada pelo juizAmauri Ponclano, entregue a.Aulio Nazareno, presidente daCobraf, aponta um grande pro-blema no futebol brasileiro:descontadas as paralisações ostimes estão jogando em media60 minutos em cada partida,enquanto os europeus chegama 75 minutos. O presidente daCobraf pretende entregar aotécnico Telê Santana o estudo.

Segundo Amauri Ponciano,numa análise comparativa, ofutebol europeu leva vantagemsobre o brasileiro. Na decisãodo Campeonato Nacional, entreFlamengo e Atlético, houveapenas 53 minutos de jogo. Ra-zões que atrasaram o andamen-to da partida: 56 faltas, 6 impe-dlmentos, 5 tiros de canto, 19arremessos de lateral, além dacomemoração de cinco gols.

Também contribuíram pararetardar o jogo a aplicação de 6cartões amarelos e 3 vermelhos.Cada jogador teve em médiapouco mais de um minuto como domínio da bola. O relatóriovai a detalhes mínimos como opercurso do árbitro José AssisAragáo em campo: 4 mil 865metros, sendo 2 mil 520 andan-do e 1 mil 460 correndo emespaços curtos, além de 885 me-tros em piques rápidos.

O detalhe mais importanteda pesquisa: no confronto dire-to entre o futebol brasileiro e oeuropeu, aqui no Maracanã, nojogo entre Brasil e Uniáo Sovié-tica, foi exatamente a partidaem que a Seleçào saiu derrota-da e seus jogadores reclamandode cansaço físico. Foram dispu-tados 68 minutos de bola cor-rendo, com apenas 26 faltas,sete impedimentos, um pênalti,12 tiros de canto e 11 arremes-sos de lateral. Cada jogador te-ve em média a bola dominada 2minutos.

Na seqüência da sua compa-ração com o futebol europeu,Amauri Ponciano esclarece quena decisão da Copa Européiade Seleções, entre AlemanhaOcidental e Holanda, houve 70minutos de jogo. O árbitro res-salta que nào foram computa-dos os minutos perdidos pelosreplays, já que sua observaçãofoi feita através da televisão, oque significa que a partida tevemais tempo com a bola ro-lando.

ROTEIROHIPISMO

Após a realização da primeiraprova do Campeonato Esta-dual Júnior de Saltos, quatroconjuntos dividem a liderança,todos sem falta. Claude Papan-tonakis, com Pitagoras, PedroFigueira de Melo, com SanMartin e Eclipse, e Manoel Gal-liez Pinto, com Aquarius. Aprova (obstáculos de l,30m el,70m, ao cronômetro, TabelaA) foi realizada no SociedadeHípica Brasileira e valeu tam-bém pelo 2° Torneio Hípico Oa-ma Filho. A competição conti-nua hoje à tarde.

VOLEIBOLSerá realizada hoje a segunda

rodada do Plau-Volley-80,transferida de domingo passa-do por causa do mau tempo.Compreende um total de 16 jo-gos, programados para as redesarmadas na praia de Ipanema,em frente à rua Montenegro. Osjogos sáo estes:Quadra 1

Drjom Go (Pina e Cid) xDljon Set (Vantuil e Maurício)Hanover Recreio (Bomba e Fia-vio) x Hanover Arpoador (Má-rio e Keka) Ipanema Lights (Vi-tinho e Zé Maria) x HanoverIpanema (Carlão e Tanánan)Dijon Sun (Ester e Consuelo) xNeutrox (Célia e Ana Lilian)Ipanema Lights (Rose e Rosita)x Bibba (Valéria e Mônica) Bra-sil (Beto e Jacomo) x BCF (JoàoAlberto e Mauro) Dijon Star(Coqueiro e Marvel) x Dijon Net(Frederico e Edson) Dijon Race(Luciano e Miguel) x Breezin(Ari e Zezé)Quadra 2Rufero (Ailton e Maurício) xShell (Luis Alberto e Paulão)Hanover Leblon (Nuzman eÊnio) x Hanover Montenegro(Arlindo e Balarini) Dyra (Co-queiro e Belford) x Dljon Gold(Pina e Fred) Dijon Nice (Patri-cia e Rubia) x Dijon Sky (Eli eSueli) Company (Celma e Cris-tina) x Hanover Leme (Cristinae Ana) Company (Zezinho e Ca-reca) x Dijon Dig (Lino e LuisAmérico) Ipanema Lights (Pipi-rica e Edinho) x Neutrox (Bon-ga e Caveirinha) Hanover Fia-mengo (Inácio e Paulo) x Hano-ver Lagoa (Hélio e Fred)

As equipes masculinas do Bo-tafogo e da AABB disputamhoje, a partir das 14h30m, otitulo do Campeonato Cariocade voleibol juvenil, na quadrado Mourisco

VÔO LIVREKossen, Áustria — Como a

chuva e o frio (10 graus) impedi-ram a realização das provasprevistas para ontem, os brasi-leiros chegaram a conclusão deque todos os seis pilotos daequipe serão obrigados a fazerdois bons vôos hoje, para o Bra-sil descontar os 373 pontos quetem em desvantagem para aInglaterra e vencer o Campeo-nato Europeu Aberto de VôoLivre, que termina hoje.

WATER-PÓLOA equipe principal de water-

pólo do Botafogo, invicta, en-frenta hoje à tarde o Harmonia,de Sào Paulo, pela quinta roda-da do Torneio Aberto Cidadedo Rio de Janeiro, com iniciomarcado para as 15 horas Às16h o Tijuca joga com o Paulis-tano e tentará a vitoria para serecuperar da derrota sofrida pa-ra a Gama Filho Os jogos serãona piscina do Tijuca.

rCampo Neutro

o técnico Telè Santana vestiu a ja-pona de comando da Seleçào Bra-sileira embutido na imagem de umtipo tímido e lacônico.

Assustou a imprensa, com a perspecti-va do silêncio, ela que vive das palavrasalheias.

Mas não foi preciso muito tempo paraque o treinador se revelasse fonte de bomacesso, generosa até, e, principalmente,honesta em sua concepção de jorrar infor-mações e conceitos.

A elogiável espontaneidade verbal dotécnico é capaz, no entanto, de assustarpor algumas estridências de seu conteúdo.

Ela assusta, por exemplo, quando pro-cura justificar a fragilidade da defesa na-cional ao apontá-la basicamente como re-sultante natural de uma preocupaçãomais nobre de atacar. E enriquece a suatese com os lauréus conquistados nos cam-pos pela famosa Seleção Húngara de 54.

O Sr Telê Santana podia poupar-se detal paralelismo se tivesse atentado paradois pontos:

Em primeiro lugar, o primado do sen-tido ofensivo sobre a preocupação defensi-va criava, naquela época, intermitentesviabilidades de gol, o que permitia a umaequipe virar o marcador com certa fre-qüência. O próprio placar do Maracanãnão raro brindava a alma do torcedor comnúmeros bem mais alegres do que atual-mente compõem os índices da FundaçãoGetúlio Vargas. Convém considerar, ain-da, que a incompetência física de Nelinhonão havia contagiado a Seleção de GiulaMandi e que o policiamento central ma-giar nada tinha a ver com a incompetèn-cia de Amaral para subir nas bolas centra-das sobre a área do Brasil ou mesmo como reduzido equilíbrio emocional que já sehabituou a comprometer a boa técnica deEdinho.

Em segundo, que quem prefere operarcom uma matéria-prima ofensiva cujoamálgama é decomposto em Paulo Isido-ro, Serginho (ou Nunes, tanto faz), Zico eZé Sérgio, deve, no mínimo, prestar umpouco mais de reverência à memória deBudai, Kocsis, Hideguti, Ruskas e Czibor.

Ela assusta quando avalisa a diplo-macia de Figueroa a se mostrar surpresacom a combatividade da atual Seleção..

Ao carimbar as palavras doces dochileno, esqueceu-se ela de dois dados depeso: também em primeiro lugar, o caste-lhano que Figueroa verteu sobre os micro-fones da imprensa depois do jogo com oChile nâo pode ser dissociado da suaconfessa vontade de voltar a jogar noBrasil, igualmente em segundo, é obriga-ção geral reconhecer que combatividadefoi uma coisa que nunca faltou às últimasSeleções, sobretudo à última, do treinadorCláudio Coutinho.

Ela assusta, enfim, ao reclamar quenada foi escrito em regosijo pela "boavontade de todos em superar os problemasdentro do campo".

O Sr Telê Santana quer que o torcedorbata palmas para a boa vontade da Co-missão Técnica e dos jogadores.

Impossível atendê-lo.O palmômetro do torcedor está intei-

ramente comprometido com a boa vonta-de do Ministério do Planejamento em su-perar os problemas fora do campo.

¦ ¦

Avassalagem

botafoguen.se, curvadaà vontade incontrastável do suze-rano Charles Borer, decidiu quenenhum reforço será contratado

pelo clube, reswnindo-se as aquisições àreabilitação de estrelas já sem brilho e aolançamento de desconhecidos interio-ranos.

Este desamor às glórias colecionadaspelas equipes do Botafogo culmina com adevolução de Cláudio Adão ao Flamengoe, o que estarrece, à perda dos direitos dealforria sobre o lateral-esquerdo Vanderleypor mero decurso de prazo, já que seescoaram os 60 dias dentro dos quais oclube deveria comunicar à Federação aintenção de renovar-lhe o contrato.

Em compensação, a direçáo do Botafo-go promete mandar para campo uma equi-pe de Foguetes, moças em cujas pernas osdirigentes devem antever a faculdade depeneirar a visão do torcedor para a realida-de do time de futebol.

É pouco original. Melhor estão fazendoos dirigentes da vida humana na Rocinha.Vão botar até luz e telefone para o Papaver.

¦ ¦DE PRIMEIRA: O Vasco nào passoude 6 milhões por Silvinho. O América recu-sou-se a trocar um humano especialistapor um Sala e Três Quartos na baixaIpanema.

William Prado8xkrtor.Su Ml itvte

Telê cancela treino por causa do frio no EmbuSâo Paulo

João SaldanhaNo Brasil

e no Kuwait

ME

liga o Salim e pergunta agressi-vo: "É verdade que você afirmouque nossa Seleção anda rebolan-do?" Respondi: escrevi isto on-

tem. Tem gente rebolando sim. Não enten-di bem onde ele queria chegar mas fiqueisabendo logo em seguida. Salim não épolítico mineiro e não se contém: "E éverdade que você disse que os árabestambém são culpados disto?" Respondi:acho que numa certa medida são. Estão semetendo em tudo. Salim mandou bala:"Essa náo!" e assumiu: "Pois é. dennis quecompramos a Volkswagem passamos o. serresponsáveis por tudo o que acontece noBrasil, pombas! Nós compramos a Volksdepois da greve do ABC. Só falta nosresponsabilizarem também por isto". Man-dei a minha dose defelonia: diretamentetalvez não. Mas é bom não esquecer que oMaluf tinha acabado de vir de lá... não é?Aí ele atalhou:

"Quero saber do rebolado na Seleçáo.Quem está rebolando?" Falei: quasetodos.

O Nelinho quer bater todas as faltas echutar de qualquer distância. Desde aque-le chute que passou a marquise do Minei-ráo, depois do gol em cima do Zoffna Copae depois que ele esnobou vocês e não quisir para o Kuwait, sai debaixo! Parece odono da bola. O Raul, até que nem. OEdinho vem sendo o melhor de todos. Masfoi só isto acontecer que deu aquela debandeja para o chileno. Deu azar no lance,é verdade, mas náo era dele a bola. OAmaral, depois que salvou aquele gol dabola do Cardenosa... "Quem? quem é es-se?" Pacientemente ensinei: o Cardenosaé aquele espanhol... "Ah... sei, sei, vai emfrente". Mas depois daquela bola que elesalvou, agora só quer correr para dentrodo gol e salvar outra. O Júnior, depois quefalaram que ele é melhor do que o NütonSantos, não quermais fazerjogada fácil. OSócrates só no calcanhar e deu para jogardeitado. Prancha já dizia: "Levanta meufilho, levanta... de pé já é difícil quantomais deitado." E você viu quando fizeramo segundo gol no Chüe? Aí foi todo omundo. Menos o Zico. Este parece que temqualquer coisa. E um buracojogador bra-sileiro é fogo e jogando mais vezes estásempre sujeito a ter um troço. Muitos noscomparam com os europeus e dizem que látambém jogam muito. E diferente e lájogam menos. Mas eles têm muito maissaúde e tudo é mais perto. A fadiga nervo-sa é muito menor. Eles tèm mais seguran-ça de vida e são mais tranqüilos. Não sepode comparar. Salim quis logo aprovei-tar e começou a dizer: "Pois é, lá noKuwait também é assim, jogam pouco e..."Fera aí Salim. Estou falando da Europa.No Kuwait mulher não vai no estádio. Porqualquer coisa cortam a mão direita do' meliante, lá... Aí ele atalhou: "E você jápensou se aqui cortam as mãos de quemrouba? Quá... quá... quá... só dava manetaescrevendo com a canhota... quá... quá... evocêjápensou? Vaiapertaramãodeumelá vem o cara enviesado... quá... quá..."Não agüentei e também fiz provocação:Pois é, mas vocês são muçulmanos e a Ruada Alfândega está cheia de medalhinha,fotografias, fuinhas, decalques e outrostroços da vinda do Papa. Vocês sáo ésabidões, tá bom? Salim, ainda dandogargalhadas, parou sério e disse: "Volte-mos ao futebol. A discussão está caindo denível". Concordei e encerrei o assunto:Seleção Brasileira que foi campeã do mun-do sempre jogou com seriedade. Nuncarebolou. Nem em treino.

Edinho fica masnão vai jogar

Mesmo sem condições de enfrentar a Seleção da Polo-nia amanhã, no Morumbi, Edinho acabou sendo mantidona delegação brasileira, uma vez que o médico NeilorLasmar preferiu acompanhar sua recuperação para devol-vê-lo ao Fluminense praticamente recuperado do tornozelodireito.

O jogador, que não parecia disposto a permanecer nadelegação, aceitou as ponderações do médico e se integrou,satisfeito, ao grupo de jogadores. Durante toda a manhã deontem, permaneceu no Departamento Médico da Toca daRaposa, assistido pelo massagista Nocaute Jack, que osubmetia a aplicações de calor e gelo.

Esperança

O médico nào acredita que Edinho se recupere atéamanha, mas adiantou que o problema do tornozelo evo-luiu bastante de anteontem para ontem e, por isso, aindapretende examiná-lo hoje, no Rancho Silvestre.

Será muito difícil, mas como tem boa recuperaçãonão custa tentarmos até o final. As previsões náo sáootimistas e só náo o desligamos da delegação porque noRancho Silvestre continuará a se tratar de forma maisadequada pois estarei com ele durante todo o dia.

Edinho, que pensava em voltar para o Rio, ao saber queseria mantido na delegação náo escondia o desejo deenfrentar a Polônia.

Estava muito desanimado, mas agora que ficarei nadelegação farei tudo para ser escalado. O local melhoroumas ainda dói bastante Talvez com a continuação dostratamentos tenha condições de me recuperai e enfrentaros poloneses Ainda nao me considero vetado, emboratodos digam que dlficüniente me recuperarei a tempo.

O medico Neilor Lasmar acha que ate segunda-feira ojogador estará praticamente bom e se apresentará aoFluminense quase recuperado.

Os jogadores não treinarampor causa do frio de cinco graus e continuaram com seus agasalhos até na hora do jantar

Jogo não motiva os paulistasBatista garanteestar em forma

Alegando que não temqualquer problema de ordemfísica por causa do esforçodesenvolvido na partida con-tra o Velez Sarsfleld, disputa-da quarta-feira, em Porto Ale-gre, Batista se apresentou on-tem no Embu com muita dis-posição e espera jogar ama-nhã pela Seleção Brasileira.Diz que, se depender dele, omeio-campo manterá oritmo:

Não estou cansado porcausa daquele jogo do Inter-nacional. Se Telè quiser, pos-so atuar o tempo todo. Mas aopção de escalar é dele, eunão posso e nem devo anteci-par nada.

Sobre o interesse do futebolespanhol em contratá-lo, Ba-tista não demonstra maiorpreocupação e diz que estábem no Inter:

Soube que o Barcelonapretende me contratar. Masesse é um assunto para sertratado de clube para clube.Estou bem no Internacional,embora não tenha feito umcontrato para deixar minhafamília tranqüila, o que espe-

ro resolver no próximo com-promisso.

Na opinião de Batista, aSeleção Brasileira tem condi-ções de fazer uma exibiçãomelhor j á a partir de amanhã.Ele destaca que agora já exis-te entrosamento e a melhorado time dependerá do maiortempo de treinamento e dafreqüência de jogos interna-cionais.

— É claro que ainda exis-tem falhas, mas elas estãosendo corrigidas gradativa-mente. Contra o Chile a Sele-ção não chegou a fazer umagrande partida, mas apresen-tou alguma evolução em rela-ção ao jogo anterior, quandofoi derrotada pela Rússia.Não conheço bem a Polônia,mas acredito que ela sejarealmente um bom teste paranós. Certamente o melhor atéagora.

Batista evitou falar da com-posição do meio-campo queTelè .utilizará amanha. Elo-giou Toninho Cerezzo, masrevelou que está bem dispôs-to e seu desejo é jogar:

A julgar pelo descontentamento dostorcedores paulistas, inteiramente decep-cionados com as últimas atuações daSeleção Brasileira, e pelas severas críti-cas da imprensa, dificilmente a equipe deTelê deixará de ser recebida com vaiasquando entrar em campo amanhã paraenfrentar a Polônia, no Morumbi.

O entusiasmo dos paulistas é pequenoe, embora os ingressos estejam à vendadesde quarta-feira em vários locais, aprocura até ontem era insignificante, cau-sando dores de cabeça nos dirigentes daFederação Paulista de Futebol, que man-daram imprimir mais de 140 mil entradas.Calcula-se que a renda fique em tomo dosCr$ 5 milhões e mesmo assim se o tempofor bom e o frio menos rigoroso do que nosúltimos dias.

Os ingressos

Ginástica puxadafoi adeus à Toca

Foram impressos 140 mil 811 ingres-sos, nos seguintes preços: numeradasuperior, Cr$ 300; numerada inferior,Cr$ 200; arquibancada, Cr$ 80; cadeiracativa, Cr$ 80; geral Cr$ 50; senhoras emilitares, Cr$ 50. Os postos de vendasantecipadas são os seguintes: FederaçãoPaulista de Futebol, Parque Antártica(sede do Palmeiras), Estádio do Pacaem-

. bu, Juventus (sede social) e Esporte Clu-be Corintians (Parque Sáo Jorge).

Segundo informação da tesouraria daFPF, foram impressos 72 mil arquibanca-das, 12 mil cativas, 30 mil gerais, 15 mil613 numeradas superiores, 8 mil 208 nu-meradas inferiores e 3 mil entradas desta-

Belo Horizonte — Com umtreino físico que durou poucomais de meia hora, a SeleçãoBrasileira despediu-se ontempela manhã da Toca da Ra-posa, onde esteve treinandodesde o dia 10. Zico, aindasentindo um pouco a pança-da que levara na véspera, naregião ilíaca, participou ape-nas de corridas.

Apesar do pouco tempo, osjogadores foram bastante exi-gidos pelo preparador físicoGilberto Tim. E, ao contráriode duas semanas atras, quasenão sentiram o esforço, evi-denciando boa evolução naforma física e melhor adapta-çáo aos exercícios. Às14h20m, a delegação viajoupara São Paulo.

A viagem da Seleção para aCapital paulista esteve amea-cada até por volta de 13h,porque o Aeroporto da Pam-pulha não apresentava tetopara pousos ou decolagens.

Apesar de náo ser comumnesta época do ano, Belo Ho-

rizonte esteve muito nubladanos dois últimos dias, sendoque anteontem choveu forte.

Devido á esse problema, otreinamento de ontem só co-meçou por volta de 10h30m,quando a névoa diminuiu deintensidade na Toca da Ra-posa. Os jogadores entrarampara o campo pouco depoisdas lOh e alguns ficaram ba-tendo bola, como Cerezo, quese divertia com um menino,filho da lavadeira da concen-tração do Cruzeiro, que aca-bou virando uma espécie demascote da Seleção.

Os exercícios foram inicia-dos com corridas em volta docampo, seguidas de testes deflexibilidade, piques curtos esaltos. À exceção de Zico, to-dos os jogadores participa-ram sem reclamar de todos osexercícios. Edinho ficou noDepartamento Médico. O tec-nico Têle deixou os jogadorescom o preparador físico e fi-cou conversando animada-mente com os jornalistas.

nadas a senhoras e militares. Até ontemcedo a procura de ingressos era pequena,devendo aumentar um pouco hoje e evi-dentemente amanhã, quando a vendapassará a ser feita exclusivamente nasbilheterias do Estádio do Morumbi.

Hostilidade

A julgar pelas severas criticas da im-prensa e pelos comentários feitos nosbares e outros locais de reuniões popula-res, a Seleção Brasileira náo deverá con-tar com o apoio do público nessa partidade amanhã, a menos que desde o inicioconsiga se impor ao adversário e obtenhauma grande vitoria. Sua última exibição,transmitida pela televisão, deixou péssi-ma impressão, levando-se em considera-ção a fragilidade da Seleção Chilena.

Entre os torcedores do Sào Paulo háum certo contentamento pelo fato de oclube ter cedido quatro jogadores: Getú-lio, Renato, Serginho e Zé Sérgio, emborahaja reclamação quanto a um melhoraproveitamento de Renato, mantido atéagora na reserva. Os corintianos não pa-recém muito animados com Sócrates eAmaral, embora eles sejam as principaisestrelas do Corintians. Tudo indica que aSeleção Brasileira será vaiada quandoentrar no Morumbi, a exemplo do queocorreu terça-feira no Mineiráo, apesar dopouco interesse demonstrado até agorapor essa quarta partida amistosa da equi-pe brasileira.

B*lo HofltonterFoto d* Wald«mor Sobine

Oscar volta pensandoem defender Seleção

São Paulo — Com o pensa-mento na sua volta à SeleçãoBrasileira, onde era titular dazaga central, Oscar chegou on-tem dos Estados Unidos e se-gunda-feira inicia os examesmédicos no Sào Paulo, que estádisposto a pagar Cr$ 18 milhõesao Cosmos pelo seu passe Ojogador desembarcou em Vira-copos e foi direto para a Cidadede Monte Siào. onde mora suafamília

- Não vinha sendo aproveita-do no Cosmos porque o técniconào gosta de jogadores sul-americanos Poi isso prefirovoltar ao Brasil Estou bem eespero, inclusive, se contratado

pelo Sào Paulo, voltar a jogarpela Seleção. Aliás, desde quesaí daqui, há alguns meses,nunca deixei de pensar em ves-tir novamente a camisa do sele-cionado brasileiro.

Somente em caso de reprova-ção nos exames médicos é queo Sào Paulo desistirá da contra-tação de Oscar Todos os deta-lhes já foram acertados e o clu-be fará o pagamento à vista,inclusive porque ontem chegouo cheque da venda do passe deAilton Lira au futebol árabe, novaioi de Cr$ 20 milhões Oscarpretende ir ao Morumbi ama-nhã à tarde a um de assisti) aojogo Brasil x Polônia

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Nunes e Serginho continuam disputando a vaga titular para amanhã

Solon Campos

Sáo Paulo — Telê Santanacancelou o treino da SeleçãoBrasileira que estava previs-to para ontem à tarde, nocampo do Hotel Rancho SU-vestre, no município do Em-bu, onde a equipe está con-centrada. Como fazia multofrio—cinco graus—o técnicoachou melhor que os jogado-res'se recolhessem aos seusaposentos e deixou para darum coletivo de 30 minutosesta manhã, no Morumbi.

Temendo uma reação nega-tiva da torcida, Telè logo aochegar fez um apelo ao públi-co, pedindo que prestigie aSeleçáo e evite as vaias. Notreino de hoje ele definirá oesquema tático a ser empre-gado contra a Polônia e emseguida confirmará o timeque começa jogando. Suamaior preocupação pareceser mesmo com o comporta-mento dos torcedores:

Torcida precisa ter maiscompreensão, evitar vaiar aSeleção, mesmo porque esta-mos em fase de experiência.A imprensa eu peço tambémque evite determinados co-mentários, pois eles influen-ciam sempre no comporta-mento do público. Sobre aPolônia, Telè disse conhecersomente o time que jogou nomundial de 1978, na Ale-manha:

Não tenho maiores infor-maçòes a respeito dessa Sele-çáo Polonesa, o que sei é de78. Mas ela está no segundobloco entre as melhores eqüi-pes da Europa. Como se tratade um amistoso, sem maiorimportância, nào seria válidomandar olheiros para ver co-mo ela está jogando.

A MARCAÇÃO

A Seleçáo Brasileira poderáutilizar o sistema de marca-ção sob pressão para conterávelocidade da Polônia. Em-bora Telê não tenha definidototalmente o esquema a serutilizado pela equipe, deu aentender que vai orientá-lapara que evite dar espaços aoadversário. No coletivo destamanhã, ele deverá tambémconfirmar a escalaçáo de Ba-tista:

O esquema é pratica-mente o mesmo, vamos jogarofensivamente, com os late-rais avançando. Quando forpreciso marcar sob pressão ofaremos, tudo vai dependerdo andamento do jogo, damaneira como esteja atuandoo adversário. Conversei comBatista e ele me disse queestá bem, náo tem qualquerproblema. Mas não sei aindase começa jogando, decidireiisso amanhã (hoje).

Telé acha que está havendoprogresso na Seleção Brasi-leira e cita Sócrates como umbom exemplo, ao analisar aatuação do jogador do Corín-tians na partida de terça-feiraúltima contra o Chile. Para otécnico, já existe melhor en-trosamento, mais combativl-dade:

— Sócrates, por exemplo,contra o Chile já fez tudo oque eu pedi. Ele serviu demodelo para o restante dotime. É um craque, mas lutoulá atrás, não apareceu muitopara o público, mas foi umelemento de grande utili-dade.

Apesar dos elogios a Sócra-tes, Telè nào afirmou se ojogador cumprirá o mesmoesquema tático amanhã, aflr-mando sempre que somentehoje definirá como a SeleçáoBrasileira deverá se compor-tar em campo, pelo menos noinício da partida. É bem pro-vável que Sócrates desta vezfique mais na frente, para ex-piorar os lançamentos.

Time aindaé mistério

Com o técnico Telé Santa-na confirmando apenas a vol-ta de Carlos ao gol, no lugarde Raul, e negando-se a falarsobre as demais posições dotime, a Seleção Brasileirachegou ontem de Belo Hori-zonte e seguiu direto do Aero-porto de Congonhas para aconcentração no Rancho SU-vestre, no Embu.

O time que enfrenta a Polo-nia amanhã será definidoapós o coletivo marcado parahoje de manhã no Estádio doMorumbi. Um grande númerode crianças aguardava ontema Seieçáo. que desembarcouàs 15h3lim, coro meia hora deatraso. Os jogadores entra-ram rapidamente no ônibus,o que acabou dificultando otrabalho dos caçadores de au-tógraíos.

caderno JORNAL DO BRASIL__^H__|__^__^ Rio de Janeiro ti Sábado, 28 de junho de 1980 /_^E*Ü aa^.1 Wlmm\ i^ÍÍ^BWr^»^_BpPBk

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UM NEGOCIO DE40 BILHÕES DE DOURES,

MESMO DESTRUINDO VIDASRobert Coran

Tha Naw Y«k TimH

DURANTE

os últimos 13anos o Governo dos Esta-dos Unidos gastou cerca de40 milhões de dólares finan-ciando mais de 1 mil proje-

tos de pesquisa destinados a estudar amaconha, conhecer o quanto seu usoestá disseminado no país e saber, comexatidão, quais os seus efeitos, dadoque poria fim a uma longa e por vezesacalorada controvérsia científica.

Com todas as pesquisas — e comtodos os gastos —• algumas questõescontinuam sem resposta. Já se desven-daram muitos dos mistérios que anosatrás pareciam envolver a maconha,hoje cultivada em grftide escala noscentros que se ocupam de seu estudo.Já se sabe, também, quantos america-nos fazem dela uso regular: mais de 20milhões. Já se concluiu, ainda, que otráfico de maconha é hoje um dos nego-cios mais rendosos do país, movimen-tendo por volte de 40 bilhões de dólaresanuais, o que o situa ao nível da GeneralMotors, da Exxon e de outras superem-presas.

Mas a controvérsia científica persis-te. Parte dos pesquisadores classifica amaconha como algo extremamente pe-rigoso, enquanto outra parte, pelo con-trário, a considera inofensiva, relaxantee até mesmo "a maior de todas as pana-céias para muitos dos males que afligema humanidade". O fato de as estatísti-cas falarem de casos cada vez maisfreqüentes de morte e loucura de vicia-dos parece não afetar muito os defenso-res da maconha. Mais do que tudo, elesatribuem ao fumo um "indiscutível efei-

A idade em que os americanos seiniciam no uso da maconha — por elesmais conhecida como mari juana — bai-xa a cada dia. Seu consumo, pelo con-trário, cresce. As pesquisas revelaramque ele é, hoje, 20 vezes maior do que hácinco anos. Os dados em que se apoia-vam os cientistas, em 1970, para avalia-rem quantitativamente o consumo damaconha, já nada significam. Os últi-mos relatórios do Departamento deSaúde e Serviços Humanos informamque, nas salas de aula dos cursos secun-dários, o índice dos que já experimenta-ram maconha cresceu de 47,3%, em1975, para 60,4%, em fins do ano passa-do, Isso em praticamente todo o país,

Mas as estatísticas não param ai. Osestudantes do curso secundário que fa-zem uso diário de maconha tiveram seutotal aumentado em 72%, nesses cincoanos. Em números mais amplos, issosignifica que 10% dos alunos são vicia-dos. Em alguns Estados, como Maine eMaryland, um de cada seis estudantesdo curso secundário fuma maconha dia-riamente. Enquanto um relatório de1975 afirmava que 16,9% dos estudanteschegavam ao último ano já tendo expe-rimentedo maconha, essa percentegemsubiu para 30,4% no ano passado. Por-tanto, quase o dobro no curto espaço decinco anos.

Há dois tipos principais de maconha,segundo as pesquisas feitas em várioscentros dos Estados Unidos. Um delescresce com mais facilidade nos climasdo Norte do pais. Antigamente, eram desuas fibras que se fabricavam cordas ebarbantes. Com o tempo — e o adventodas fibras sintéticas — seu cultivo tor-nou-se quase inexistente. O segundotipo, o preferido dos puxadores, crescenos climas mais tropicais. Em sua com-

As pesquisas levaram 60 anos para provarque o tabaco provoca câncer e doenças

cardíacas. A maconha está sendo pesquisadahá 13 anos e já se tem um veredicto:

é 30 vezes pior que o tabaco

to liberador", taxando de extravagan-tes e exageradas as cenas vistas recen-temente no filme Reefer Madness, nar-rando a tragédia de um viciado.

Contudo—e disso só agora o públicocomeça a ter conhecimento—a maioriados cientistas não concorda com essaposição aparentemente liberal. Comoexplica o Dr Carlton Turner, responsa-vel pelo projeto de pesquisa da maço-nha realizado na Universidade do Mis-sissipi, onde o Governo investe altassomas de dinheiro no plantio e estudoda Cannabis sativa

Temos evidências suficientes paradesaconselharmos o uso, em qualquercircunstancia, da maconha e seus simi-lares.

Turner também não concorda com aopinião daqueles que acham a maconhamenos nociva que o álcool e o cigarrocomum. Aliás, alguns dos que pensa-vam assim já começaram a mudar deopinião, como é o caso do Dr RobertDupont, ex-diretor do Instituto Nacio-nal Contra o Abuso de Drogas:

Hoje já não existe grupo cientifico,nos Estados Unidos, que possa afirmar,conscientemente, que a maconha nãofaz mal. Para ser sincero, sinto meuestômago embrulhar toda vez que ouçodizerem tal coisa. A maconha é umagente poderosíssimo, que afeta o corpohumano de várias maneiras. Não sesabe dizer ainda, com precisão, a exten-são de seus efeitos, mas não tenho dúvi-das de que eles podem ser terríveis.

posição, há substâncias psicoativasque, uma vez fumadas, inaladas ou atéingeridas, causam efeitos tóxicos e em-briagantes.

Os cientistas continuam empenha-dos em saber cada vez mais sobre aCannabis sativa. Por exemplo, qual dosseus 421 componentes realmente causaaqueles efeitos? Até o momento, oscientistas estão de acordo quanto aofato de que cinco deles — do grupo doschamados canabinóides — produzemefeitos biológicos ou possuem proprie-dades alucinógenas.

Mas o número de canabinóides isola-dos na planta já atingiu o total de 61.Não teriam outros, além daqueles cinco,as mesmas propriedades? Sabem oscientistas que esse grupo de componen-tes só é encontrado na Cannabis sativa.Muitas de suas Características tambémsão bastante conhecidas, sobretudo ofato de serem altamente solúveis nagordura, o que provoca sua retençãopelo corpo humano (calcula-se que se-jam necessários pelo menos 21 dias paraque o organismo elimine uma simplesdose de THC, ou seja, delte-9-tetra-hidrocanabinol, o mais conhecido detodos os canabinóides, isolado em 1964e até hoje o principal agente tóxico damaconha, pois representa 6% a 7% desua composição).

A oposição à maconha, que se torna-ra um tanto tímida no inicio dos anos70, recrudesceu a partir de 1978, quandose realizou o Simpósio de Reims, naFrança. Nele, nada menos de 100 cien-

tistas de 14 países concordaram com ofato de ser o fumo da planta causador deinúmeros danos à saúde. Deve-se emparte à Conferência de Reims — comoficou conhecido aquele simpósio — ointeresse do Governo dos Estados Uni-dos em intensificar as pesquisas, invés-tindo nelas mais do que vinha fazendoaté ali.

A Conferência de Reims fez parte dovn Congresso Internacional de Farma-cologja. Um de seus organizadores foi oDr Gabriel G. Nahas, da Universidadede Columbia, em Nova Iorque. Na quali-dade de consultor especial da Comissãode Narcóticos das Nações Unidas, o DrNahas começou a estudar a maconha há10 anos. E desde seu relatório em Reims— apoiado pelas informações de 99 ou-tros colegas—têm aumentado, em todoo mundo, as evidências contra a maço-nha. Por exemplo: o retardamento queela provoca na reprodução e em outrasfunções celulares, afetando a memória eprovocando imprevisíveis alterações decomportamento.

Adminlstrando-se o THC a váriostipos de células humanas e animais,cultivadas em laboratório, constatamosque esse componente da maconha inibeo DNA (matéria genética essencial àreprodução celular) e outros elementosprotéicos igualmente vitais — diz o DrNahas, concordando com os últimos re-latórios do Departamento de Saúde eServiços Humanos.

Fumantes de maconha que se apre-sentaram voluntariamente aos centrosde pesquisas foram submetidos a exa-mes cujos resultados são reveladores:neles, constataram-se uma diminuiçãona formação de esperma e um aumentona produção de espermatozóides anor-mais. Mesmo se considerando que osefeitos da maconha variam muito deindivíduo para indivíduo, as conclusõesdo Dr Nahas são de que a maconha é,mesmo, nociva ao sistema reprodutorhumano.

E notem que nossas pesquisas sóforam realizadas com homens adultos,não atingindo nem as mulheres, nem osadolescentes, que estão entre os maio-res consumidores.

Mas pelo menos 26 mulheres — deum grupo de fumantes das ruas de NovaIorque — foram submetidas, há algunsanos, a uma série de entrevistas poroutro grupo de estudos. O resultado foiigualmente alarmante: todas elas apre-sentavam problemas menstruais, umassimplesmente não ovulavam, outras ti-nham reduzido consideravelmente seuperíodo fértil.

Dr Robert Heath, da Universidadede Tulane, registrou mudanças irrever-siveis no cérebro de macacos submeti-dos ao uso de dois cigarros por semana,durante três meses. Nesses mesmos ma-cacos, uma série de alterações celulares(incluindo a junção de células nervosasadjacentes, desagregação e desorienta-ção funcionais) também foi observada.

Pesquisas já conclusivas associam ouso da maconha aos hábitos de seusconsumidores, sempre anotando des-vios de comportamento. Por exemplo:todo fumante é um mau motorista, jáque o vicio acaba afetando, também, osreflexos e sentido de direção. Dezesseispor cento dos acidentes fatais de auto-móvel, ocorridos em Boston no ano pas-sado, foram causados por indivíduosque apresentavam traços de maconhano sangue. Na Califórnia, 24% dos moto-ristas presos por dirigirem embriagadostinham maconha — e não álcool — nosangue.

No caso particular de adolescentesviciados, as pesquisas falam de um con-junto de características que ficou co-nhecido como sídrome amotivacional.Dr Sidney Cohen, professor de Psiqula-tria Clinica na Universidade da Califór-

nia, em Los Angeles, diz que muitosmédicos, entre pediatras e psiquiatras,enfrentam casos de jovens que perde-ram o interesse em tudo, a não ser namaconha. Esses jovens romperam comos amigos, abandonaram os estudos,passavam o dia nada fazendo.

— Para crescer, para se desenvolver,para atingir a idade adulta, o adolescen-te tem de enfrentar todos os problemascomuns da tumultuada fase de adotes-cência. Se ele foge, buscando a maço-nha como solução para seus problemasde idade, dificilmente poderá reinte-grar-se à realidade. Enquanto esses pro-blemas parecem desaparecer numa nu-vem de fumaça, eles nem sequer apren-dem a lutar pela vida. E jamais atirigema maturidade—explica o Dr Mitchell S.Rosenthal, psiquiatra infantil e presi-dente da Fundação Phoenix, a maiorinstituição americana para tratamentode jovens viciados, tendo tratado maisde 15 mil desde 1968.

Outras pesquisas tentaram estebele-cer relação entre a maconha e o câncerno pulmão, levando em conte que seusfumantes respiram a fumaça mais vezese por mais tempo do que o fumantecomum. Não se chegou a uma conclusãoa respeito, mas algumas experiências jáprovaram que o resíduo da fumaça damaconha, conhecido por tar, provocatumores quando aplicado na pele deanimais. Análises de laboratório dizemque essa fumaça contém 70% mais debenzopireno — conhecido cancerígeno

—do que a do cigarro comum. Dr Nahasopina:

Foram necessários 60 anos paraque se provasse que o tabaco provocavacâncer nos pulmões, além de afeccòescardíacas. A afirmativa só foi aceitadepois que milhares de americanosmorreram. Não devemos esperar outros60 anos para aceitarmos a evidência deque a fumaça da maconha é 30 vezespior do que a dos outros cigarros.

O enfisema é outra questão. Moléstiageralmente ligada a pessoas de idadeavançada, torna-se cada vez mais co-mum entre os jovens que fumam mace-nha. O professor Michael Paton, chefedo Departamento de Farmacologia daUniversidade de Oxford, afirma:

Isso cria uma nova forma de doen-ça respiratória nos jovens.

Mas nenhuma área das pesquisas damaconha gera tanta discussão — e ten-tas esperanças falsas—do que a que dizrespeito aos possíveis efeitos benéficosdo THC. Médicos falam que essa subs-tância pode ser usada com êxito notratamento de náuseas resultantes decertas quimioterapias. Outros vêem ne-Ia um importante auxiliar químico nacura do glaucoma. Contudo, os distúr-blos emocionais que acompanham ouso dessa mesma substância têm torna-do praticamente nulos todos os seuseventuais benefícios, segundo a opinião

. do Dr Turner. Afinal, os pacientes quesofrem de náusea e glaucoma têm pro-

curado seus médicos pedindo-lhes ma-conha, o que, segundo as pesquisas,teria aumentado o consumo daqueletipo de cigarro.

— E, no entanto, não é a maconhaque pode ajudar na cura das náuseas edo glaucoma, mas o THC.

Dr Turner diz que há pelo menos 37centros de pesquisas em todo o paísdestinados ao estudo do THC e queapenas quatro deles aprovaram o uso depílulas daquela substância para trata-mento de náusea e do glaucoma. Pílulasde THC, nunca cigarros de maconha. Osquatro projetos foram autorizados, noentanto, a usar tais cigarros para com-parar seus efeitos com os das pílulas.

Dr Turner informa que a quimlotera-pia em pacientes com mais de 50 anos,por exemplo, dispensa o uso do THC, namedida em que os danos causados pelasubstância em pessoas dessa idade (so-bretudo a perda de reflexos) são maio-res do que os que essas pessoas sofre-riam com a náusea. E quanto ao glauco-ma, não há prova de que o benefício queos pacientes vêm obtendo se deva, real-mente, ao THC.

— Pensando bem — acentua o medi-co — o THC é usado ao mesmo tempoque outros métodos de tratamento. Equem pode garantir que o benefício écausado pelo THC e não pelos outrosmétodos? Desafio a que me apontemum só caso, nesse país, de sucesso notratamento do glaucoma apenas pelouso da maconha.

NO BRASIL, APENASUM SINAL DE ALERTA

LONDRINA—A

tese de douto-rado que a advogada e crimi-nologista Edice Paula Fer-nandes, 28 anos, está con-cluindo para apresentar naUniversidade Estadual de

Londrina, tem um tom quase de alerta.Refere-se ao aumento assustador doconsumo de drogas pelos jovens brasi-leiros, fala de um mal difícil de contro-lar, traça o que ela chama de "rota dostraficantes" e cita o exemplo de tragé-dias ocorridas em outros países:"O Brasil está demorando muito areagir a essa situação, de modo queacabará pagando um preço muito alio,com o risco de ver uma geração inteiracomprometida, como aconteceu em ai-gumas partes da Europa."

A advogada dá informações sobre ouso crescente de heroina e cocaína nopaís, além da procura cada vez maiordo óleo de maconha, resina altamentetóxica com sérios efeitos sobre a saúde.Tendo estudado no Centro de Drogas deRoma e feito um estágio na CriminalPol, Edice Paula Fernandes especiali-zou-se na matéria. De posse de algunsdados—em 1978 foram presos no Brasil1 mil 647 traficantes só de maconha,com um volume de apreensão de 278quilos de fumo — ela diz:"Esses números representam menosde um décimo do que realmente ocorreno país. Somos parte da rota do tráficointernacional de drogas pesadas. Poroutro lado, o consumo também aumen-tou muito aqui porque os traficantes oupassadores recebem seus pagamentosem drogas."

A advogada informa que, em geral,as drogas entram pelo Paraguai ouBolívia, via Mato Grosso. Depois, per-correm o país, vão até a América Cen-

trai e por fim chegam aos Estados Uni-dos através da fronteira mexicana.

Edice Paula Fernandes fala do óleode maconha, extraído do haxixe, ou florda maconha. Gotas desse óleo são adi-cionadas ao fumo do cigarro comum,numa prática cada vez mais freqüente.Segundo ela, é mil vezes mais forte doque qualquer fumo e pode tornar-semortal após três anos de uso continuo.Pulmões, todas as vias respiratórias,incluindo o cartüagem do nariz e, porúltimo, o cérebro são afetados.

"Em países como a Itália e a Ingla-terra, onde há uma luta pela liberaçãodo uso da maconha, houve uma ameaçapor parte dos traficantes: caso a maço-nha fosse realmente liberada, eles po-riam o óleo no mercado."

A advogada acrescentou que, em d-dades de médio porte como Londrina,Maringá e Curitiba, todas no Paraná, jáfoi constatada a introdução do óleo demaconha nas escolas. No Rio e em SãoPaulo, seu uso já é rotineiro. Fácil deser transportado, com um aroma seme-lhante ao do perfume Patchuli, ele émuito mais difícil de ser apreendido.

Edice Paula Fernandes disse quesua retomada de contato com a realida-de brasileira encontrou na toxicomaniaagravantes que não existem na Europa.A imaginação fértü do brasileiro, sem-pre inventando novas drogas, acaba setransformando num problema. E citoua saia branca (tipo de lírio cultivado emquase todos os quintais do Sul), o cogu-melo, a bucbJnha (também usada comoabortivo) e toda sorte de produtos vola-teia, dos desodorantes à cola de sapa-teiro."Em Londrina"—conta—"um garo-to de oito anos foi encontrado com osalveólos pulmonares aglutinados pelo

uso de cola, óleo de caminhão, tinner,benzina e esmalte, todos esses produtosinebriantes."

Londrina é citada como da rota dasdrogas pesadas. Nela, pelo menos, 200mil jovens. Segundo a advogada, os queestão em idade escolar são, todos, po-tencialmente a caminho do vício.

"O jovem não procura a droga porrebeldia e sim por querer um sentidopara sua vida."

Na luta contra a droga, o papel dafamília é fundamental. Recentemente,também no Paraná, ao descobrirem quea filha de 13 anos estava viciada, aprimeira reação dos pais foi surrá-la.Depois, entregaram-na ao Juizado deMenores. Por último, à Polícia Federal.

"Achando-se os melhores pais domundo, buscavam uma solução que su-misse com a menina, a qual não deseja-vam mais. Ora, a questão é saber comopode uma criança de 13 anos envolver-se com drogas, traficar, viajar muito atéo exterior, levar vida sexual intensa etudo mais, se não houver um mínimo deresponsabilidade dos próprios país?"

Na Itália, o toxicômano, antes vistocomo um criminoso, já é encarado pelalei como um doente. Precisa de trata-mento e não de prisão. O Brasil aindanáo atingiu esse estágio. E, com mais de70% da população formados por jovens,o problema ainda é mais sério.

— Estamos esperando demais parareagir -diz a advogada. Cometemos omesmo erro dos europeus, quando elesdizem: "Isso é problema dos america-nos". Os europeus achavam que as dro-gas eram uma moda que ia passar. Masnão passou. E uma geração inteira estásendo destruída.

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PÁGINA 2 D CADERNO B O JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, sábado, 28 de junho de 1980

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Cantolírico

A entrevista concedida pelobarítono Nelson Portella à Jer-nalista Mara Caballero (NelsonPortella Troca de Vez o BrasilPela Europa, Caderno B, 16 deJunho) enseja algumas observa-ções criticas.

1) A "sinceridade estontean:te" do artista é de fato sur-preendente, quando afirma quedeixou de fazer um papel naCenerentola, de Rossini, naópera de Colônia, somente pa-ra passar uns meses no Rio deJaneiro. Deixar um contratoem marcos alemães, moeda for-tíssima? Enfim, ele pode ter lásuas ponderáveis razões.

2) "Eu estive num hotel (emMiláo) que só tinha dois hóspe-des: eu e o Rudolf Nureyev". Aoque parece, um hotel sui ge-neris.

3) "Não se apresenta a Tra-viata no Scala há anos". Impôs-sivel crer que uma ópera derepertório deixe de ser encena-da no maior teatro lírico daItália em toda a temporada.

4) Perguntado pela jornalistada vaidade no mundo operisti-co, Portella respondeu: "É na-tural. O único simples da óperasou eu." Edificante assertiva,imediatamente contraditadapor ele próprio: "O cantor líricotem de ser vaidoso, tem tantagente bajulando". Equivoca-seredondamente, na medida emque confunde a vaidade com aconsciência do próprio valor.Sempre entendi que a vaidadeconstitui um dos signos funda-mentais da fraqueza humana.Como critico de música eruditade sete lustres a esta parte,privei com inumeráveis artis-tas, a ponto de habilitar-me adistinguir tais categorias.

Não estou aqui, porém, paradoutrinar, mas apenas apon-tando incongruências e desa-certos de um artista, a quem a"cachaça alemã, os charutoscubanos ou o licor francês" su-biram-lhe à cabeça. Concordoplenamente em que a vida mu-sical brasileira é péssima emseus vícios e deficiências cróni-cas, e não serei eu a tomardefesa do indefensável. Anto-lha-se-me que o barítono Nel-son Portella, que ouvi nos Tea-tros Municipais do Rio de Ja-neiro e de São Paulo, é apenasregular e aceitável. Sua entre-vista parece demonstrar o con-trario. Questão de opinião. Joséda Veiga Oliveira —¦ São Paulo(SP).

PP/jCII O ESPETÁCULO QUE CONTA TUDOO QUE NÃO PODIA E AGORA PODE

UA Camila AmadoCENSURA Marc0 Nanini

fímmSylvia BandeiraGeraldo Alvesi)i,tv.v Jô Soares

Texto de: Sebastião Nery Jô SoaresArmando Costa José Luiz Archanjo

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gostaria — de ser dietétlco. E oseria de singular maneira, Quandochegasse o cliente gordo, gorducho ouinfeliz, eu só faria — aproveitando-medessas aberturas. — entregar-lhe um

jornal. Se depois de ler o que se passa ainda tivesseapetite, é que Deus o forjara para gordo. Desígniocontra o qual não discuto por ser, como sói ser,freqüentemente, inescrutável o Dele como o deoutros, de menor gabarito.

Quanto a mim, confesso que os jornais metiram tanto o apetite, que acabo ficando faminto.São tais as manigancias que inventam os podero-sos para nos roubar, que afundo-me na poltrona epenso em viver eremita afundado, até que Mlle D.me cotuca, com a brasa do ciga-ro, para lembrar-me que a vida,também, tem seus direitos.

Foi o que aconteceu outrodia. Pulava eu do feijão com soja— este pecado contra a Nature-za, tão grave que precisa seringerido com bicarbonato — pa-ra um delito ainda mais estra-nho. Não contente com roubaros vivos, privando os autoresteatrais de ter uma entidade queos defenda, inverteram até rou-bar os mortos. Pois não é que,agora, toda obra que caiu emdomínio público tem que, paraser publicada pagar 5% aos se-nhores que ocuparam o Governodesta infeliz nação? Oh! Perfei-ção total! Eurípedes, Molière eShakespeare sem falar de Ca-mões, Goethe e Montaigne en-traram na vaquinha para pagaro Réveillon da sobrinha do pri-mo de um ministro cujo nome nem sei. Nunca seassumiu com tanto garbo e impudícia o Poder.

Mas se viro uma página, vejo que as coisas lãfora não andam melhores. O assessor de um possí-vel futuro presidente norte-americano diz—e o fazem público — que esse negócio de direitos huma-nos é coisa muito absurda. Por sua vez os russosnão deixam nem que um pobre presidente doAfeganistão se suicide em ímpeto de vergonha, porter entregue seu país a outros. Leio isso e mais meafundo na poltrona, quando Mlle D. me diz quenem tudo está perdido. "Os índios — conta-me —chegaram em Brasília, pegaram um diretor daFUNAI e quiseram jogá-lo pela janela de umsétimo andar".

Jogaram? Indaguei, com o peito cheio dejusta alegria.

Não. Era um coronel — confessou ela. Émulto andar para tanta patente.

Desgostoso da vida, afundei-me pela terceiravez na poltrona, pensando em nunca mais levan-tar-me, quando Mlle D. informou-me que, além dasdesgraças usuais, as folhas trazem, às vezes, noti-cias práticas. Por exemplo: tinham inauguradoum restaurante na Rua Sá Ferreira. "Chama-se LaPomme d'Or, acrescentou, e alguém me disse quelá se come razoavelmente."

E fomos almoçar. O ambiente é simpático,dividido em três espaços nos quais em dois se bebee se espera e no terceiro se come. Há dourados evidros, mas tudo de maneira comedida e honesta.Nos dias e nas horas de esperar-se, espera-se. Emulto. Mas se espera sentado. Enquanto o fazia-mos, pedimos um Whisky Sour. O cocktail velodesbotado de qualquer sabor. Setenciou Mlle D.que isto acontece quando o fazem com whiskieslicorosos como o VAT 69. Indagamos, então de suaorigem. Disse o garçon que, naturalmente, trata-va-se de whiskie nacional, já que nào havíamos

N *

pedido o escocês. Corrigindo o pedido, tivemosuma segunda dose decente, enquanto comíamosuns gordurosos bolinhos de bacalhau. Mas maisme agradou a honestidade do garçon—confessando a origem da bebida-que entristeceu agordura do aperitivo.

Conversávamos sobre coisas várias, quandofomos convidados para entrar no terceiro recintoonde, supúnhamos, já nos esperavam os pratos.No entanto, a única coisa que nos esperava erauma mesa com a toalha suja. Por que nos chama-ram, então? Pois se é justo esperarmos no bar,nada nos predispõe a ficar esperando depois denos convocar com promessas de servir comida.

Como esta nào chegava, consultei a lista devinhos. É bastante absurda. O mesmo preço nivelagarrafas de qualidade diversa e como nào estamosem célula comunista, supunho que se trata dachamado nivelamento por cima. Escolhi um Car-

rascal argentino, vinho bastante correto que apa-receu há pouco por aqui e que, graças às isençõesda ALALC, pode ser bebido. (Assim mesmo, co-bram por garrafa Cr$ 600,00).

Como a demora se eternizasse, fui detalhandopara Mlle D. os diversos suplícios aos quais pode-riamos submeter os garçons, inspirando-me emsugestões de habitantes de Quito de como deveriaser castigado o "Monstro dos Andes", que estran-guiava menlninhas, Poderiam eles ser enforcados,abatidos a pauladas, queimados vivos em fogo delenha verde ou perder os testículos. (As variadasidéias—leitor sensível—nào sào minhas. Limito-me a repetir o que li nos jornais.)

Assustados, talvez, com as perspectivas,apressaram-se os garçons. Ganhou Mille D. umaexcelente coquille de fruits de mer. Tinham todoo sabor desejável os camarões, as lulas, os maris-cos e não havia nenhum excesso de gratlnado. Evinha o prato como tal e nào sob o pseudônimo decoquille Saint Jacques, como acontece em tantosrestaurantes nos quais há de tudo nas conchas,exceto vieiras.

Infelizmente minha croúte scandinav (slc) eraum triste engano. Consiste ela em uma torradacom salmão em cima e sobre este uma crostagratihada.

Que cronte estranha! Dura e sem gosto, suaúnica virtude é ser tàc- compacta que pode serremovida de uma só vez para nos deixar provar opouco que sobra do gosto do salmão.

Foi esta, porem, a única tristeza da tarde. OsescaJoplnhos ao roqiiefort, que Mille D. pediu emseguida, estavam ótimos. A carne macia e —virtude mais rara — o gosto do queijo tão bemdosado que, por si só, constitui um elogio à precl-são da balança (ou dos dedos) do cozinheiro.

Temeroso, esperei meus filés de carneiro, commolho de vinho e menta. E o temor se explica: oscarneiros que morrem por aqui!... Este, no entanto,era da melhor qualidade; seu filé tenro e o molhobem feito. Por sinal, parece que os molhos do LaPomme d'Or tem o bom gosto de serem discretos.(De discreção, infelizmente, bem cara).

À sobremesa, reparti com MUe D umas crèpesSuzette excelentes. Mas nem tudo é perfeito. Aalgumas mesas de nós estavam o Sr. e a Sra. M.Soube, dias depois, que haviam comido de manei-ra detestável. O que nos prova que é coisa possívelque um mesmo restaurante seja, no mesmo dia e àmesma hora, péssimo e bom. Mas, como só falo doque provei, deixo o leitor na dúvida quanto àexcelência do La Pomme d'Or. Pois, nos restau-rantes, a dúvida e a desconfiança devem sercultt-vadas, por saudáveis.

Aberlo Iodos os dms para almoço e jantar. Aceitocheques e cailòs de crédito.

COTAÇÕESCozinha; <r ruim,- ick regular; iricit boa; +4tÍTÍtmuito boa; -k-k-k-k-k excelente. Ambiente: • simplesi

•confortável;* • • muitoconfortável;0 • • #10X01• • • • muilo luxo.

CINEMA

0 CORCEL DA IMAGINAÇÃOEly Azeredo

BELÍSSIMO

filme, sem situar-se entreas obras de importância cinematográ-fica Incomum, O Corcel Negro é sobre-tudo uma produção de habilidade esensibilidade admiráveis, digna de

atenção por qualquer faixa de público, apesar de ahistória sugerir em suas linhas gerais vocação deespetáculo para o público infanto-juyenil. Menorresultado nào seria lícito esperar de empreendi-mento patrocinado pelo produtor Francis FordCoppola (Apocalipse; O Poderoso Chefâo), queatuou também — mais diretamente — como pro-dutor executivo, deixando a direção a cargo deCarroll Ballard. Um filme com seqüências de obra-prima na primeira mela hora e que, depois, pois,sem perder a sensibilidade e a beleza visual dorelato, desce para altura mais próxima do cinemacorrente. Em tempo: parece-me crueldade nàolevar ao Corcel Negro qualquer criança de mais decinco anos. A Censura deu a classificação livre.Fechando os olhos, generosamente, quanto à cenado confronto entre uma serpente e o menino Alex(Kelly Reno), de arrepiar até adultos. Registre-se,de passagem, que o clímax, o momento de irresis-tível crispação nervosa da cena dura apenas ai-guns segundos.

Sem fazer um espetáculo datado, os responsa-veis pela realização resgatam um pouco do des-lumbramento e da magia dos filmes Jovens dosanos mais férteis de Hollywood, como O Príncipe eo Mendigo, o Tom Sawyer interpretado por Tom-my Kelly, ou As Aventuras de Robin Hood naversão com Errol Flynn. A Omni Zoetrope, acompanhia de Coppola, comprova novamente, emespetáculo que (ao contrário de Apocalipse) náopretende reinventar o cinema, que sua contribui-çáo para diversificar e rejuvenescer a produção édas mais expressivas de nossos dias,

Talento e excepcional capacidade técnica fa-sem toda a diferença quando se leva ao cinemauma história como a do livro The Black Stallionde Walter Farley. Imagine-se, por exemplo, o mea>mo livro na máquina das produções Disney. Pro-vavelmente não ae perderia o encanto do relato,mas, sem duvida, predominaria um sentimentalis-mo chão e o treinamento de Black para disputarcorridas teria desnecessária e ate indesejável ênfa-ae. Tanto nos desenhos quanto nos filmes comatores e, mais ainda, nos documentários da sérieMaravilhas da Natureia, Disney transmitiu Inesti-mâvel impulso de amor aos animais. Mas O CorcelNegro transcende o descritivo da afeição entre umgaroto e um cavalo. Vai além da exaltação aoaltruísmo que informa as relações entre Black eKelly Reno. Nas asas da Imaginação, instrumenta-azadas pela expressão do cinema (uma novidadeainda incompreendida por observadores presos auma decodificaçáo de experiência literária, pré-Lumiére), Black se torna muito mais que a repre-sentação de determinada espécie animal. Conside-rar o personagem Black apenas um apogeu dacriação de cavalos seria quase tão absurdo quantoaproximar O Violinista no Telhado to filme) e oviolinista alado de ChagalL

Ainda que perdendo força do melo para o fim,quando a historia ae aproxima de Inúmeras outras

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Alex (Kelly Reno) e o cavalo árabe, náufragos numa ilha deserta

do gênero, essa produção de Francis Coppola seimpõe (como em outra altitude, intensidade epretensão) como trabalho eminentemente visual,

um apelo à apreciação da obra cinematográficalivre da tão desfigurante rédea do cerebrallsmo.Basta que o espectador, sem entregar-se lnerme aomero fluxo da narrativa já encontrada no livro,libere sua ótica, seus sentidos, em qualquer se-qüência chave. Por exemplo: aquelas em que.omenino tenta cavalgar o animal, primeiro na areiada praia, depois dentro d'água. A expressão maisque literal de Black é tão evidente, tão indutorade liberdade de associações quanto exponenciaisInterpretações do cavalo encontradas nas artesplásticas. Isso nào seria possível sem a surpreen-dente direção de fotografia de Caleb Deschanel,que, sem dificuldades, poderia preencher o espaçode uma grande galeria com suas criações a partirda figura real do puro-sangue Cass Ole. Acima dafotografia, sem dúvida, está o cinema realizado porBallard e Coppola, com o concurso de DeschaneL

As qualidades plásticas de O Corcel Negrochegam, nas seqüências que reúnem os náufragoseqüino e humano na ilha deserta, à fronteira —nem sempre, a rigor, definivel — que separa abeleza estética e o precioslsmo, isto é, a riquezaexpressiva e o supérfluo brilhante. Mas, duranteaproximadamente um quarto de hora, as duascriaturas isoladas em cenários naturais esplendi-dos (estes, filmados na Sardenha) vibram em mo-mentos de características diversas. Sendo impôs-

sivel o diálogo, os dois náufragos se descobrem, seespantam, se temem e, finalmente, se amam e seentendem com aquela harmonia que deveria rei-nar no cotidiano se alguma ordem divina prevale-cesse na Babel de sempre. E náo se sabe o quemais apreciar em tais seqüências: se as pinturasde Caleb Deschanel, a escultura das rochas queparecem totens esculpidos pelo Mediterrâneo, ossolos do cavalo ou os movimentos quase coreográ-ficos efetuados por ele e Alex, ou, ainda, a fluênclada direção (com alguns belíssimos planos aéreos)ou a perícia da montagem orquestrando os ele-mentos naturais e o vaivém do dia e da noite.

O que precede as seqüências na ilha, o que sepassa no navio, lança as bases míticas da história— menos importantes para o filme que o conheci-mento sensorial entre os dois protagonistas eentre estes e a platéia. É o relato do pai de Alexsobre Bucéfalo, o cavalo que ajudou a fazer Ale-xandre o Grande, o cavalo que ninguém se atreviaa montar e, em conseqüência, escapou por poucodo pior destino. Ao longo de O Corcel Negro, ahistória de Alex e de Black se sobrepõe à grAlexandre e Bucéfalo. No entanto, mais importan-te que esse mito (que infelizmente, apesar daqualidade da realização, termina reprisadb em umprado de comdas), ê a força do cavalo comosímbolo de liberdade, de energia, da coragem deenfrentar obstáculos tem Flushing Nova Iorque,Black chega a fugir e enfrentar o trafego), enfim,daquelas virtudes que muitas vezes levam o ho-mem a construir seu destino contra todas asinjunçóes e limitações.

CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, sábado, 28 de junho de 1980 o PÁGINA S

MenoresEstá em estudos pelas autoridades um projeto

que permite a entrada de menores em espeta-culos a eles impróprios desde que acompanhadospelos pais ou responsável.

O projeto vai buscar como exemplo as socie-dades democraticamente constituídas e jurídica-mente organizadas nas quais a açáo tutelar doEstado se restringe às pessoas legalmente inca-pazes, No caso de menores, o Estado apenassuplementa o pátrio poder, jamais substituindoou sobrepondo-se a ele,* * *

Sendo juridicamente organizada, resta saberaté que ponto já se pode considerar o Brasil umasociedade democraticamente constituída.

Zózimo

Sem concorrênciaA concorrer com a chegada do Papa João

Paulo n ao Rio a direção do Teatro Municipalpreferiu adiar a estréia da ópera O Guarani para odia seguinte.

Assim, o espetáculo de estréia da obra deCarlos Gomes foi transferido para o dia 2, quarta-feira. A segunda apresentação, marcada para o dia3, foi igualmente deslocada para o dia 4, permane-cendo apenas na data original o espetáculo do dia6. * * *

Ainda sobre o Municipal: a apresentação única,dia 7 de julho, da Orquestra de Paris, regida porDaniel Baremboim, será seguida de um souper noSalão Assírio, ao qual comparecerão o maestro ealguns músicos.

Um souper aberto a todos os que se dispuserema pagar a módica quantia de Cr$ 500.

O sonhode LoseyNem o sucesso do filme

Don Qioyanni nem o fracassode Boris Godunov, montadana ópera de Paris, mexeramcom o humor e o ânimo dodiretor Joseph Losey, que,aos 71 anos, está partindopara um novo projeto, umnovo filme, Silêncio, cujoscript acaba de concluir.

Depois que rodar a novaprodução, Losey pretende re-tomar seu antigo e mais am-bicioso projeto, que muitosimaginavam que ele já tinhaabandonado—a filmagem, deÀ Procura do Tempo Perdi-do, de Mareei Proust.

O diretor não só não oabandonou como pretende le-vá-lo a cabo de qualquer ma-neira em 1981, em que pese osalgado orçamento de 20 mi-lhóes de dólares.

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Vida em famíliaA permanente e exaustiva investigação

pela imprensa dos candidatos à Presidênciados Estados Unidos raramente poupa qual-quer ângulo da carreira profissional ou davida privada daqueles que postulam a CasaBranca.

Por isso, até surpreendia a cortina demistério mantida em torno do filho maisnovo do candidato Ronald Reagan, de cujavida pouco ou nada se sabia.

O mistério finalmente se desfez esta se-mana: Ronald Reagan Júnior, de 22 anos, ébailarino. * *

Pertencendo ao corpo de baile do JoffreyBallet, de Nova Iorque, Ron, como é chama-do na intimidade, é uma das maiores pro-messas do grupo para se tornar no futuroum profissional de talento.

* * *Embora, como bailarino, exerça uma das

profissões mais dignas e bonitas, ReaganJúnior nunca é lembrado ou citado pelo pai,cujajmagem/cuidadosamente cultivada, decowboy durão e machão, destoa — segundoos dirigentes da campanha à Presidência —da do filho em sapatilhas alçando vóo numpalco. * *

"Os filhos de Reagan são um embaraço ácampanha dele exatamente porque sâo pes-soas interessantes" —já comentou o analis-ta político Robert Scheer, que escreve para oLos Angeles Times e acompanha de perto acarreira política do ex-Governador da Cali-fórnia.

Reagan tem quatro filhos, um casal decada casamento.

A filha mais velha, Maureen, é firmedefensora de questões importantes para omovimento feminista, comovo aborto e aemenda de direitos iguais para as mulheres(ERA) —posição totalmente oposta à de seupai.

A filha mais nova, Patrícia, vive com onamorado, com quem não é casada, arranjoque tampouco agrada aos pais, que evitamfalar no assunto, tão proibido quanto ocasamento anterior de Reagan com a atrizJane Wyman, que terminou em divórcio nofinal da década de 40.

No caso de Ron Jr., a imprensa demons-tra surpresa nâo diante da profissão dojovem, mas da resistência dos pais em tocarno assunto.

Descobriu-se até que Nancy Reagan eli-minou de sua autobiografia um trecho emque o ghost writer contratado para escrevero trabalho detalhava a atividade do rapaz,passando a defini-la vagamente como "ar-tística".

Quanto a Reagan pai, quando lhe per-guntam sobre o filho mais moço, costumaexplicar — reproduzindo na vida real opersonagem do "pai que é cego" encarnadona TV por Jô Soares — que Ron começou adançar nâo por inclinação artística mas por"impulso atlético", despertado quando o ra-paz, jogador de basquete na escola, comple-mentava seu treinamento com ginástica ca-listênica. * *

A diretora do Joffrey Ballet, Saüy Bliss,contou esta semana que vinha recebendotantos telefonemas da imprensa indagandosobre seu novo dançarino de pai famoso quemal conseguia trabalhar. Decidiu, entào,promover uma entrevista coletiva para es-clarecer tudo de vez, consultando antes Ron,que concordou.

Quando, porém, a entrevista estavapronta para se realizar, na última quinta-feira, os repórteres já presentes à sede doJoffrey Ballet, dirigentes da campanha tele-fonaram para a Sra BILis e pediram o cance-lamento de tudo até depois da realização daconvenção republicana, em Detroit.

"Mio estamos tentando esconder o garo-to" —justificou-se um porta-voz da campa-nha Reagan, sugerindo que o cancelamentoda entrevista visava apenas a proteger ojovem Ron de enfrentar a imprensa semestar preparado. * *

O fato é que, com o pai ao lado ou não,Ron Jr., que abandonou a Universidade deYale no primeiro ano para se tornar bailari-no, pretende prosseguir em sua carreira.

Se isto não for da conveniência do candi-dato Ronald Reagan, poderá vir a ser dointeresse da arte do próprio bale, pois comodisse a diretora do Joffrey Ballet, "Ron é tãotalentoso e inteligente que tem certamentepela frente uma carreira das mais promis-soras".

Novo endereçoMorador de uma bela cobertura na Bar-

ra da Tijuca, o jogador Zico deverá embreve mudar de endereço.

Está em negociações para a compra deuma casa, também na Barra, equipada comquatro amplas suítes, salões cinematográfi-cos e grande jardim, pela qual o proprietá-rio está pedindo Cr$ 13 milhões.

Se fechar negocio, passará a ser vizinhoda atriz Lucélia Santos,

Fogo e fumaçaNem um incêndio que consumia parte do an-

dar de cima do gabinete do Ministro Delfim Neto,no Rio, conseguiu interromper a reunião mantidana parte da tarde de ontem com o empresárioOlavo Monteiro de Carvalho.

Como o fogo era em cima, e a reunião impor-tantissima, Sua Excelência despachou algunsolheiros que de minuto em minuto relatavam oque estava acontecendo no 7° andar e a quantas iao trabalho dos bombeiros do Ministério no traba-lho de debelar as chamas.

Todo o prédio foi evacuado, menos o gabinetedo Ministro — o que caracterizou a importânciado encontro a portas fechadas.

Pré-estréiaMostrado esta semana pela primeira vez

nos Estados Unidos, o filme Bye Bye Brasil,de Caca Diegues, foi imediatamente convi-dado para representar o cinema brasileirono próximo New York Film Festival, depoisdo que entrará em circuito comercial.

Exibido quarta-feira no Preview Theater(sala especial destinada à projeção de pré-estréias), o filme foi saudado ao final pelaplatéia com palmas.

Embora a maioria dos presentes, quasetodos americanos, fosse formada de leigos,pelo menos dois críticos de cinema manifes-taram-se entusiasmados com o filme — o doNew York Magazine e o do Village Voice.

¦ ¦ ¦

PEIXESSEMIMORTOS

Os garis da Comlurb encarregados de retirar daLagoa os peixes mortos renunciaram ontem àtarefa, preferindo recolher apenas os que aindaapresentavam algum sinal de vida.

Uma vez separados, os peixes semimortos eramentregues a vendedores ambulantes, que ali mes-mo, na beira da lagoa, limpavam-nos e os coloca-vam em caixas de isopor.

Evidentemente, para vendè-los adiante à suaincauta clientela.

RODA-VIVA

O Embaixador e Sra Afrânio de MelloFranco abrem hoje o apartamento aos ami-gos recebendo para uni' grande cocktail.

No Rio, para uma temporada, a Sra Emi-ta Larragoitti, Condessa de Portales.

A nova Forma, em Ipanema, pretende ser,mais que uma loja de móveis, um novoespaço cultural na vida da cidade. E passan-do da intenção à ação começa por promoverno dia 10 de julho a exibição a um grupo deconvidados de um filme sobre a obra de LeCorbusier.

Esperados no Rio nos primeiros dias dejulho para uma temporada de férias o Em-baixador e Sra Paulo Paranaguá.

Como eles, também para férias, chegamem breve o Embaixador e Sra Antônio Bor-ges Leal de Castello Branco.

Foi transferido do dia Io para o dia 3 oinicio do curso sobre cirurgia plástica queserá dado no Hospital da Lagoa pelo DrAltamiro da Rocha Oliveira.

O presidente da FIFA e Sra João Have-lange festejando o nascimento de seu tercei-ro neto, filho de Lúcia e Ricardo Teixeira.

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to tratamento aos bichos d'a-gua. Dentre elas, destaca-se oChamego do Papai da Barra,que fica na Av. Min. Ivan Lins,314 —ali no início do elevado,perto da Igreja. O Chamego doPapai é filial do Real "O ReiLegítimo das Peixadas" — Ca-sa que há meio século trata depeixes. Quanto às carnes, oChamego do Papai prepara umChurrasco que é um "Ex-

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PÁGINA 4 D CADERNO B o JORNAL DO BRASIL ? Rio de Janeiro, «abado, 28 de junho de 1980

Estréiasda Semana

• O Corcel Negro

Nó!» Jogamos com osHipopótamosCaravanasO Porão das CondenadasOs Rapazes da Difícil VidaFácil _

Cinema*****

O ENCOURAÇADO POTEMKIN (BronenosetsPotyomkin), de Sergei Eisenstein. Com A.Antonov, G Alexandrov e W Barski Lido-2(Praia do Flamengo, 72 245-8904):14h30m, lóh 17h30m, 19h, 20h30m, 22h(10 anos). Filme russo de 1925 e proibido noBrasil desde 1964 O filme é consideradocomo uma das maiores obras cinematográfi-cas de todos os tempos Passado em 1905, noporto de Odessa, Rússia, conta o motim obordo do Potemkin e as manifestações popu-lares reprimidas com massacres. Reapresen-•ação

_____

A INTRUSA (Brasileiro), de Carlos HugoChristensen Com Mario Zilda. José deAbreu, Palmira Barbosa, Maurício Loyola,Arlindo Barreto, Fernando de Almeida, eRicardo Wanick Pathé (Praça Floriano, 45 —220-3135): de 2o a 6a às I2h, 14h. lóh,18h, 20h, 22h. Sábado e domingo, a partirdas 14h. Paratodos (Rua Arquias Cordeiro,350 - 281 3628): 14h. lóh, 18h, 20h, 22h.Art-Copacabana (Av Copacabana, 759235-4895). Art-Tijuca (Rua Conde de Bon-fim, 406 288-6898), Art-Madureira(Shopping Center de Madureira), Rio-Sul(Rua Marquês de São Vicente, 52 274-4532):- 14h40m, 16h30m, I8h20m,20hl0m, 22h. Coral (Praia de Botafogo, 316- 246-7218): 15h, I7hl0m, 19h20m,21h30m. Jacarepaguá Autocine 1 (Rua Cán-dido Benício, 2 973 — 392-6186): de 2a a 6o,òs 20h, 22h. Sábadoedomingo, às 18h30m,20h30m, 22h30m. Até terço- no Jacarepa-guá-1. (18 anos). Em Uruguaiano, por voltode 1890, viviam dois irmãos. A região ostemia: eram tropeiros, ladrões de gado e,uma ou outra vez, trapaceiros. O mais velholeva uma mulhei jovem para viver com eleO mais novo, torna-se carrancudo, embria-ga-se sozinho, não se dá com ninguém. Estáapaixonado pela mulher do irmão. Até queum dia passam a dividi-la, enquanto ela,submissa, atende os dois. Premiado no Festi-vai de Gramado como melhor diretor, melhorator (José de Abreu), melhor fotografia (An-tônio Gonçalves) e melhor trilha sonora (As-tor Piazzola). Baseado em um conto de JorgeLuiz Borges.

••*•GAIJIN —CAMINHOS DA LIBERDADE (Brasi-leiro), de Tizuka Yamasaki. Com Kyoko Tsu-kamoto, Antônio Fagundes, Jiro Kawarasaki,Gianfrancesco Guarnieri, Álvaro Freire e Jo-sé Dumont. Cinema-1 (Av. Prado Júnior. 281- 275-4546), Copacabana (Av. Copacaba-na, 801 ¦ 255-0953), leblon-2 (Av. Ataulfo

•de Paiva, 391 239-6019): 14h, lóh, I8h,20h, 22h Studio-Paissandu (Rua SenadorVergueiro, 35 - 265-4653), Lido-1 (Praia doFlamengo, 72 245^8904): lóh, 18h, 20h,22h. (14 anos). Premiado no Festival deGramado como o melhor filme, melhor atorcoadjuvante (José Dumont), melhor roteiro,melhor cenografia (Yurika Yamasaki) e me-lhor trilha sonora (John Neschling). No Festi-vai de Cannes ganhou o prêmio especial daAssociação dos Críticos Internacionais. Cercade 800 imigrantes japoneses chegam aoBrasil em 1908, durante o período da expan-sãocafeeira. Entreeles, Yamadae Kobayaskisão contratados para trabalhar na fazendaSanta Rosa, em São Paulo, onde enfrentam ahostilidade do capataz, que exige sempreum ritmo inalterável de trabalho. O trata-mento humano só é sentido através de outrosimigrantes — italianos e nordestinos. Semalternativas, os japoneses sofrem as conse-qüências de uma vida quase animal: amaleita, o suicídio e a degradação determi-nam o desaparecimento dos mais fracos.

. •**•A CLASSE OPERÁRIA VAI PARA O PARAÍSO(La Classe Operaia Va in Paradiso), de ElioPetri. Com Gian Maria Volonté, MariangelaMelato, Gino Pernice, l.uigi Diberti, DonatoCastellaneta e Salvo Randone. Bruni-Copacabana (Rua Barata Ribeiro, 502 —255-2908): 14h30, 16h50, 19hl0, 21h30.(16 anos). Produçáo italiana de 1972. NoBrasil, o filme chegou a ser exibido, depoisfoi censurado e agora novamente liberado.Massa (Gian Maria Volonté) trabalha numafábrica e é considerado, operário-padrão,chegando a ser hostilizado pelos colegas.Mas, depois de um acidente onde perde umdedo da mão, sua atitude na fábrica mudaradicalmente ao ver o gesto de solidariedadedos companheiros. Aos poucos torna-se mili-tante radical acabando por ser demitido.Novamente os companheiros mostram soli-dariedade, começando um movimento parasua readmissáo, com uma série de passeatase greves. Ganhador da Palma de Ouro noFestival de Cannes, 1972. Reapresentação.

****FESTIVAL HITCHCOCK Hoje-Trama Maeo-bra (Family Plot), de Alfred Hitchcock ComKaren Black Bruce Dern Bárbara Barris eWilliam Devane Baronesa (Rua CândidoBenício, 1 747 390-5745): lóh, 18h30m,21 h. (14 anos). Milionária encarrega umacharlatõ (falsa médium) de localizar seuúnico herdeiro, desaparecido desde criança.Este se tornou ladrão, traficante de diaman-tes e prefere passar por morto. Produçãoamericana Reaprentação

****

BYE BYE BRASIL (brasileiro), de .Carlos Diegues Com Betty Faria, José Wilker. FábioJúnior e Zoira Zambelli. Cirtema-3 (RuaConde de Bonfim, 229): 15h. I6h40m,18h20m, 20h, 21h40m. Ilha Autocine (Praiade São Bento - Ilha do Governador - 393-3211): de 2a a 6o, às 20h30m, 22h30m.Sábado e domingo, às 18h30m, 20h30m,22h30 Jacarepaguá Autocine 2 (Rua Cándi-do Benício, 2 973 - 392-6186): de 2o a 6o.às 20h, 22h. Sábadoedomingo, às 18h30m,20h30m, 22h30 Até terço no Ilha e Jacaré-paguá-2 (18 anos). Um grupo de artistasambulantes, a Caravana Rolidei. cruza decaminhão todo o sertão nordestino em dire-

ção à floresta amazônica, saindo de Pira-nhas, em Alagoas, até Altamira daí sedeslocando para Belém e em seguida paraBrasília. Diegues, o realizador de Xka daSilva e de Chuvas de Verão, segue a viagemao mesmo tempo interessado em retratar o

que se passa com os artistas ambulantes(que encontram público cada vez menor nascidades que contam com lelevisão)eoque se

passa com as pessoas que eles encontram aoacaso no meio da viagem. Candidato àPalma de Ouro no Festival de Cannes, 1980.

***Ò CORCEL NEGRO (The Black Slallion), deCarroll Ballord Com Kelly Reno, Teri Garr,Clarence Muse, Hoyt Axton, Michael Higginse Mickey Rooney. Venero (Av. Pasteur, 184

295-8349), Comodoro (Rua Haddock Lobo, '

145 264-2025): I5h, 17hl5m, 19h30m,21h45m (livre). O garoto Terry e um cavalopuro-sangue são os únicos sobreviventes deum naufrágio. Socorrem-se e sobrevivem trêsmeses numa ilha deserta. Resgatados, vãoviver em Flushing, Nova Iorque. O cavalofoge pelas ruas, mas é capturado por umtreinador profissional que o prepara a fim dedisputar corridos. Versão do livro de WalterFarley Produção americana de Francis FordCoppola.

***A GAIOLA DAS LOUCAS (La Cage auxFolies), de Edouard Molinaro. Com Ugo Tog-nazzi, Michael Serrault, Michael Galabru,Claire Maurier e Remy Laurent. Caruso (Av.Copacabana, 1.326- 227-3544): I4h, lóh,18h, 20h, 22h (16 anos). Comédia baseadana peça de Jean Poiret, sucesso de bilheteriaem inúmeros países (aqui interpretada porJorge Daria e Carvalhinho). O casamentoentre uma jovem, considerada modelo devirtude, e o filho do gerente de uma boate detravestis, La Cage aux Folies. Na festa, osanfitriões precisam representar o que nãosão: o gerente e a estrela do show, homosse-xuais, vivem juntos há 20 anos. MichelSerrault conquistou o Prêmio César, como"melhor ator" Realização francesa em co-produção franco-italiana.

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prostituição e |ogo clandestino O porão dotítulo ê o cenário onde mulheres seqüestradas são vítimas de violências sexuais etorturas

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Charles Chaplin, ator e diretor de 0 Grande Ditador, umasátira ao nazi-fascismo, no primeiro filme falado de Chaplin

interditado pela Censura desde 1972. Tendocomo pano de fundo uma cidade industrialno Norte da Itália agitada por greves dosoperários, conta a história de amor entreuma mulher do povo, viúva de um operárioassassinado durante manifestações políticas,e um rico empresário, aristocrata da cidade.Reapresentação.

•*POR QUE EU AGRADO OS HOMENS (LaMarge), de Walerian Borowczyk Com SylviaKristel, Joe Dallesandro, Mirelle Audibert,André Falcon e Denis Manuel Art-Méier (RuaSilva Rabelo, 20 T. 249-4544): 14h40m,16h30m, 18h20m, 20hl0m, 22h (18 anos).Um homem casado se apaixona por uma

prostituta parecido com sua mulher Esta,com o tempo, corresponde a este amor. masseu cáften o torna impossível. Borowczyk écineasta polonês radicado na França. Rea-

presentação.

*•MULHER, MULHER (Brasileiro), de Jean Gar-ret. Com Helena Ramos, Carlos Casan, PettyPesce, Paulo Leite e Zélia Toledo. Programacomplementar. Gigantes do Karate. Orly(Rua Alcindo Guanabara, 21): de 2o a 6o, àslOh, 13h35m, 17hl0m, 19hl0m. Sábado edomingo, a partir das 13h35m (18 anos).Produçáo de linha pornô. Reapresentação.

AVALANCHE (Avalanche), de Corey Allen.Com Rock Hudson, Mia Farrow. JeanetteNolan, Rick Moses, Steve Franken. Palácio(Campo Grande): 15h, 17h, 19h, 21 h, (14anos). Na encosta de uma montanha gelada,sem levar em consideração os riscos deavalanche, um homem ávido de lucros cons-trói o Ski Haven, milionário "paraíso

paraesportes de inverno" Entre os protagonistas:uma mulher cuja independência permaneceameaçada pelo possessivo amor do ex-marido; um campeão de esqui contratadopara promoção do hotel; um ator de TV àprocura de história e sua mulher atroida peloesquiador Produção americana.

OS RAPAZES DA DIFÍCIL VIDA FÁCIL (brasileiro), de losé Mizinro Com Ewerton deCastro Sílvia Salgado Elizabeth HartmanneGuilherme Corrêa Tijuea-Palace(Rua Condede Bonfim, 214 228 4610)- I6rj.l5.rn, I8h,I9h45m 2lh30m Astor (Rua Ministro EdgarRomero 236): Uh30m. I6hl5m, I9h45m,21 h30 Meiro Boavista (Ruo do Passeio, 63

240 119\>. Condor Copacabana (Rua Fi-

gueiredo Magalhães, 286 255-2610),Condor Largo do Machado (Largo do Macha-do 29 245-7374): I4hl0m. lóh,17h50m. !9h40m, 21h30 18 anos). Umrapaz pobre, com muitas dívidas e sempossibilidades de pagar as prestações doapartamento que comprara pelo BNH, resol-ve empreqar-se numa cantina italiana, onderapidamente possa a prostituir-se, para ga-nhai dinheiro.

ONAMORADOR(Brasileiro), de Adnor Pitan

ga e Lenine Ottoni Com Isolda Cresta NeilaTavares, Jotta Barroso, Gilson Moura, OtávioCezar e Maria Lúcia Schmidt Bruni-Tijuco(Rua Conde de Bonfim, 379 268-2325):14h30m, I6h20m. 18hl0m, 20h, 21h50m(18 anos). Comédia de dois episódios (IoQuem Casa Quer Casa, 2° A Noite de SáoJoão ou O Namorador) baseado em obras deMartins,Pena. No primeiro, um casal demeia-idade moro no subúrbio com dois fi-lhos. Quando estes se casam, continuam aviver sob o mesmo teto, o que mina aospouco a harmonia familiar No segundo, umnegociante emprega como motorista um afri-cano. Tempos depois chega da África a noivado motorista, uma bela negra cujos costumesperturbam os moradores da casa e seusconvidados.

SOPRO NO CORAÇÃO (Le SouHIe auCoeur) de Lóuis Molle Com Lea Massari,Daniel Gelin Benoit Forreux Michel Lonsda-|e P Ave Ninchi A meia-noite, no Cinema-1(Av Prado lúnlor 281)

NAZARIN (Nowrin) de Luis Bunuel. ComFrancisco Rabal e Marga Lopez Ás 21 h30m,no Ricamar lAv Copacabana. 360) Após asessão nnverá debates com Leon Hirszman,Leondrn «.ondei Gregorio Baremblítt e Ma-nuel Maurício Promoção do IBRAP e doSindicato dos Jornalistas

JÀRI (Brasileiro), documentário de Jorge Bo-dansky s Wolf Gauer Depoimentos de JoséLutzenberger Evandro Carreira e Modesto daSilveira Amanhã, às 21 h, no CineclubeMacunaima. Rua Araújo Porto Alegre, 71 —

9o andar Após a sessão haverá debates como Deputado Modesto da Silveira Domingo,às 18h30m no Cineclube Jean Renoir daAliança Francesa do Méier. Rua Jacinto, 7.Após a sessão haverá debates.

DIÁRIO DE UMA PROSTITUTA (Brasileiro), deEdward Freund. Com Helena Ramos, AlanFontaine, Ivete Bonfá, Roque Rodrigues,Américo Tarricano e Edward Freund. Jóia(Av. Copacabana, 680 — 237-4714):15h20m, I7h, 18h40m, 20h20m, 22h. Ola-ria, Cisne (Av Geremário Dantas, 1207-392-2860): 14h50m, 16h30m, 18hl0m,19h50m, 21h30m. Vitória (Bangu): 15h,16h30m, 18h, I9h30m, 21h; (18 anos).Intriga de sexo, jogo do bicho e chantagemenvolvendo o diário que uma prostitutapretende publicar.

•••O SÓCIO DO SILENCIO (The Silent Parlner),de Daryl Duke. Com Elliott Gould, Christo-pher Plummer, Susannah York, Mario Kassare Andrew Vajna. Roma-Bruni (Rua Viscondede Pirajá, 371 -287-9994): 15h, 17hl5m,19h30m, 21h45m (18 anos). Miles Cullen éum respeitado, mas tolo, solteirão com seus30 e poucos anos de idade, que trabalhacomo caixa-chefe num banco de Toronto. Elese interessa somente por peixe tropical e porsua atraente colega Julie, que tem por eleapenas um carinho especial, desde queiniciou um romance com o gerente do banco.Trilha sonora de Oscar Peterson. Produção

NÓS JOGAMOS COM OS HIPOPOTAMOS(Hippopotamus), de ítalo Zingarelli. ComBud Spencer e Terrence Hill. Odeon (PraçaMahatma Gandhi, 2 220-3835), América(Rua Conde de Bonfim, 344 - 248-4519):13h30m, 15h30m, 17h30m, 19h30m,21 h30m. Rian (Av. Atlântica, 2 964 — 236-6144), Leolon-I (Av. Ataulfo de Paiva, 391— 239-5048), Ópera-1 (Praia de Botafogo,340 — 246-7705): 14h, lóh, 18h, 20h, 22h.Imperator (Rua Dias da Cruz, 170 - 249-7982), Rosário (Ruo Leopoldina Rego, 52 —230-1889): 15h, 17h, 19h, 21 h. Madureira-I(Rua Dagmar da Fonseca, 54 — 390-2338):13h, 15h, 17h, 19h, 21h. Madureira-2 (RuaDagmar da Fonseca, 54 — 390-2338):I3h40m, 15h40m, 17h40m, 19h40m,21h40m. (Livre). Comédia de aventuras. Pa-ra descobrir contrabandistas dé marfim eanimais, Bud e Terence levam suas artima-nhas ao interior da África. O primeiro se fazguia de safáris enquanto o segundo faz ogiro das salas de jogo, atraindo atenções comsua perícia nas cartas.

ENCONTROS E DESENCONTROS (StartingOver), de Alan J. Pakuia. Com Burt Reynolds,Jill Clayburgh, Candice Bergen, Charles Dur-ning, Francês Sternhagen e Austin Pendle--ton. Palácio-2 (Rua do Passeio, 38 — T. 240-6541): 12h50m, 15h, 17hl0m, 19h20m,21 h30m. Studio-Catete (Rua do Catete, 228— T. 205-7194), Studio-Copacabana (RuaRaul Pompéia, 102-247-8900): 14h, lóh,18h, 20h, 22h(18anos). As coisas não estáobem nocasamentodePhile Jessica. Ela quero divórcio, pois que ser livre para se expres-sar através de suas composições musicais.Supondo que ela tem um caso com alguém,Phil sai de casa e procura seu irmão, emBoston, onde passa a freqüentar um círculode homens divorciados. Produçáo america-na. Reapresentação.

O DOADOR SEXUAL (Brasileiro), de Henri-que Borges Com Ubiratan Gonçalves, Dori-vai Coutinho, Zilda Mayo, Silvia Gless, Rena-to Bruno e Alan Fontaine. Méier (Av. AmaroCavalcanti, 105 229-1222): 15h,16h30m, 18h, 19h30m, 21h (18 anos). Por-nochanchada. Um atleta sexual é utilizadopor um médico que deseja promover onascimento de um "bebê de proveta" a fimde solucionar o dilema de um casal. Odoador passa a ser disputado pelas mu-lheres.

GIGANTES DO CARATÊ (Th* Slrongest Kara-te), de Takashi Nomura. Com Katsuaki Sa-toh, Hatsuo Royama, Toshikazu Satoh e Wil-liam Oliver. Programa complementar.- Mu-lher, Mulher. Orly (Rua Alcindo Guanabara,21): de 2a a 6o. às lOh, 13h35m, 17hl0m,19hl0m. Sábado e domingo, a partir das13h35m (18 anos). Produção japonesa quese anuncia como retrato de um campeonatode caratè, reunindo inclusive lutadores ame-ricanos e chineses de Hong-Kong. Reapre-sentação.

MATINÊS

CICLO DE CINEMA ITALIANO Exibição deA Burguesia, de Mauro Bolognini. Com Ca-therme Oeneuve. Às 19h, no Cineclube doSESC — Engenho de Dentro, Av AmaroCavalcanti 1 661 Após a sessào haverádebates Entrada franca.

Grande RioNITERÓI ___ ___ALAMEDA (718-6866) Diário de umoProstituta, com Helena Ramos Ás 15h30m,17h20m, I9hl0m, 21 h. (18 anos).

BRASIL Diário de uma Prostituta, comHelena Ramos Ás I4h50m, 16h30,l8M0m. I9h50m. 2lh30 (18 anos).

CENTER (711 -6909) Nós Jogamos com oiHipopótamos, com Terence Hill Ás 14h, lóh,18h, 20h, 22h (livre).

CENTRAL (718-3807)Michael Sarrazin As!8h30m, 21 h (10 anos).

Caravanas, com13h30m, lóh,

CINEMA —1 (711 1450) Gaijin—Comi-nhos da Liberdade, com GianfrancescoGuarnieri. Ás I4h, lóh, 18h, 20h, 22h (14anos).

ÉDEN (718-6285) O Porão das Condena-das, com Francisco Cavalcanti As 13h30m,15h30m, 17h30m, 19h30m, 21h30m (16anos).

SESSÃO COCA-COLA Bernardo • Bianca— Lagoa Drive-ln: às I8h30m (Livre).

CINDERELA E O PRÍNCIPE - Cine-ShowMadureira: 14h, lóh, 18h. (Livre).

NITERÓI (7199322) Nos Jogamos com o»Hipopótamos, com Terence Hill. Ás 13h30m,I5h30m, 1 7h30m, I9h30m, 21 h30m (livre).

ORIVE-IN fTAIPU —OS Sete Gatinho* comLima Duarte. Ás 20h30m, 22h30 (18 anos).Matinê: Festival de Desenhos. Ás 18h30m.(Livre).

ICARAÍ (718-3346) A Rebelde, com UgoTognazzi. Às 14h, lóh, I8h, 20h. 22h (18anos).

PETRÓPOLIS

Extra

••

A REBELDE (La Califfa), de Alberto Bevilac-qua. Com Ugo Tognazzi, Romy Schneider,Marina Berti e Roberto Bisacco. Roxi (Av.Copacabana, 945 - 236-6245): 14h, lóh,18h, 20h, 22h. Carioca (Rua Conde deBonfim, 338 — 228-8178): 13h30m,15h30m, 17h30m, 19h30m, 21 h30m. SantaAlice (Rua Barão de Bom Retiro, 1.095 —-

201-1299): de 2o a 6o, às 17h, 19h, 21 h.Sábado e domingo, a partir das 15h. (18anos). Produção italiana. O filme estava

CARAVANAS (Caravans), de James Fargo.Com Anthony Quinn, Jennifer 0'Neill, Mi-chael Sarrazin, Christopher Lee, Barry Sulli-can e Joseph Corten. Vitória (Rua SenadorDantas, 45 - 220-1783), Tijuca (Rua Condede Bonfim, 422 — 288-4999): I3h30m, lóh,18h30m, 21 h. Ópera-2 (Praia de Botafogo,340 - 246-7705): 14h, 16h30m, 19h,21h30m (10 anos). Em 1948, no OrienteMédio, um funcionário da embaixada ame-ricana recebe a incumbência de localizarEllen Jasper, filha de um político dos EstadosUnidos. Ellen desapareceu sem deixar pistase, segundo uma informação, teria casadocom um sobrinho de um potentado políticoda região. O funcionário se perde no desertoe vai encontrar Ellen ligada ao líder de umacaravana de beduínos, em cujo meio encon-trou uma forma de liberdade. Aceitandotransportar carregamento clandestino de ar-

, mas, a caravana é perseguida por tropasregulares. Produção Estados Unidos/Irã de1978.

O CONVITE AO PRAZER (Brasileiro), de Wal-ter Hugo Khouri. Com Sandra 8réa, RobertoMaya, Helena Ramos, Serafim Gonzalez,Kate Lyra, Aldine Muller e Rossana Ghessa.Studio-Tijuca (Rua Desembargador Isidro, 10-- 268-6014): 15h, 17h, 19h, 21 h. LagoaDrive-ln (Av. Borges de Medeiros, 1.426-274-7999): 20h, 22h30m. Até quarta noLagoa. (18 anos). Marcelo membro da altaburguesia e herdeiro da empresa paterna, éum quarentão aparentemente cínico e desi-ludido. Encontra-se, depois de muitos anos,com um amigo, Luciano, e relembram suassituações conjugais. Luciano declara-se em"liberdade vigiada" e Marcelo em "prisão

livre". No dia seguinte, Marcelo recebe Lu-ciano em seu apartamento de cobertura,mantido apenas para encontros amorosos.Reapresentação.

O PORÃO DAS CONDENADAS (Brasileiro) -Com Francisco Cavalcanti, Sônia Garcia eRuy Leal. Palácio-1 (Rua do Passeio, 38 -240-6541): 13h30m, 15h30m, 17h30m,19h30m, 21 h30m. Scala (Praia de Botafogo,320 — 246-7218): lóh, 18h, 20h, 22h (16anos). A distribuidora não forneceu o nomedo diretor do filme. Um rapaz cujo pai foiassassinado vive em função da vingança. Oassassino é de uma quadrilha que explora a

*****O GRANDE DITADOR (The Great Didator),de Charles Chaplin. Com Charles Chaplin,Jack Oakie e Paulette Godard. Ás I8h30m,na Cinemateca do MAM, Av. Beira-Mar, s/n°— bloco-escola. (Livre). Primeiro filme faladode Chaplin (realizado em 1940). Sátira aonazi-fascismo através dos personagens deHynkel (Chaplin) e Napolini (Oakie), ditado-res de dois países imaginários, a Tasmânia ea Bactéria.

ENCONTROS COM O CINEMA BRASILEIRO— Exibição de Eram-se Opostos, desenhoanimado de Chico Liberato, O Aleijadinho,documentário de Joaquim Pedro de Andradee Orixá Ninu He — Arte Sacra Negra,documentário de Juana Elbein dos Santos.Amanhã e domingo, às 16h30m, na Cine-mateca do MAM, Av. Beira-Mar, s/n° —bloco-escola.

MILAGRE EM MILÃO (Milagre a Milano), deVittorio de Sica. Com Francesco Gilosano.Amanhã, às 20h, na Cinemateca do MAM,Av. Beira-Mar, s/n° — bloco-escola. Legen-das em espanhol.

DOM PEDRO (2659) Nós Jogamos com o»Hipopótamos, com lerence Ás I5h, I 7h, 19h,21 h (livre).

PETRÓPOLIS (2296) Avalanche, com RockHudson. Às 15h. 17h. 19h. 2lh (14 anos).

TERESÓPOLIS

ALVORADA (742-2131) Diário de umoProstituta, com Helena Ramos. Ás I5h, 20h,22h (18 anos).

Curta-MetragemDEIXA FALAR - De lole de Freitas. Cinema:Roma-Bruni.

LINGUAGEM MUSICAL: ESPONTANEIDADE EORGANIZAÇÃO De Nelson Xavier. Cine-ma: Bruni-Copacabana.

A ARMADILHA - De Henrique Faulhaber.Cinema: Baronesa.

GOTEIRAS NA ALMA - De Ramon B. Slulbach Cinema: Ricamar (dia 23).

A MENINA E A CASA DA MENINA DeMaria Helena Saldanha. Cinema: Ricamar(dia 24).

TRIUNFO HERMÉTICO - De Rubens Gershman. Cinema: Ricamar (dia 26).

TeatroEL DIA QUE ME OUIERAS lexto de JoséIgnacio Cabrujas. Dir de Luís Carlos Ripper.Com Ada Chaseliov, Chico Ozanan, HelenoPrestes, Nildo Parente, Pedro Veras, TliaísPortinho, Yara Amaral. Teatro Dulcina, RuaAlcindo Guanabara, 17 (220-6997). Hoje, às20h e 22h30m, Ingressos a CrS 200.

NÓS - Colagem de textos de vários autores,compilado e organizada por Elyseu Maia.Com Marcelo Picchi, Lourdes de Moraes eHélio Makumba. Teatro Cândido Mendes,Rua Joana Angélica. 63. Hoje, .às 21h30m.Ingressos a CrS 180 e CrS 120, estudantes.Até amanhã.

O DESEMBESTADO Texto de AriovaldoMattos. Dir de Aderbal Júnior. Com GrandeOtelo, Rogério, Nelson Caruso, Marta PietroeIracema Borges Teatro do América F.C., RuaCampos Salles, 118 (234-8155). Hoje, às21h30m. Ingressos a Cr$ 200.

Hieart, Seymour Greenman, Col Allan, Mar-gareth ¦Thompkins, Fioná Brown, Bob Jones,Marione Seymour, David Cole e outros. Com-munity Hall, Rua Real Grandeza, 99 (reser-vas tel. 286-5008, 274-4506). Hoje, às20h30m. Ingressos CrS 200. Último dia

OS ÓRFÃOS DE JÂNIO - Texto de MillorFernandes. Dir. de Sérgio Britto. Com TerezaRachel, Suzana Vieira, Stella Freitas, CláudioCorrêa e Castro, Milton Gonçalves e HélioGuerra. Teatro dos Quatro, Ruo Marquês deSão Vicente, 52 - 2o (274-9895). Hoje, às20h e 22h30m. Ingressos a CrS 300.

UM GRITO PARADO NO AR - Texto de''Gianfrancesco Guarnieri Coord. de VictorVillar. Com Victor Villar Tânia Moraes, Ed-gai Hofmann Lurdes Naulor Humberto San-t'Anna, Maristela Veloso Músicas de LilianMaria Teatro Experimental Cacilda Becker,Rua do Catete, 338 (265 9933) Hoje, às 20he 22h. Ingressos a CrS 70. Alé amanhã.

O PÃO E O CIRCO - Texto de Wilson Sayáo.Dir. de Angela Bocchetti. Com Clarisse Terra,Cláudia Richer, Dal Ribeiro, Geovaldo Souza,José Mauro Carvalho, Lúcia Helena de Frei-tas, Lúcio Campos, Nina Rosa, Pedro Veludo,Rita de Cássia, Roberto Ribeiro, Viviane Bran-dão. Teatro Glauce Rocha, Av. Rio Branco,179 (224-2356). Hoje, às 21 h. Prova públicade alunos do Centro de Artes da Uni-Rio. Atéamanhã.

LES JUSTES Texto de Albert Camus produ-zido, em francês, pelo Théàtre de 1'AllianceFrançaise. Dii. de Étienne Le Meur. Com AnaLúcia Bruce, André Vandam, Richard Roux,Pierre Astrié, Henri Raillard. Aliança France-sa de Botafogo, Rua Muniz Barreto, 54 (286-4248). Hoje, às 21 li. Ingressos a Cr$ 50;entrada franca para estudantes.

ESTE BANHEIRO É PEQUENO DEMAIS PARANÓS DOIS — Duas comédias em um ato deZiraldo. Dir. de Paulo Araújo. Com StênioGarcia, Regina Viana, Clarice Piovesan, Mar-tin Francisco, Stepan Nercessian, ThelmaRestou, Vanda Lacerda. Teatro Princesa Isa-bel. Av. Princesa Isabel, 186 (275-3346).Hoje, às 20h30m, 22h30m. Ingressos a Cr$300!

Com Camila Amado, Marco Nanini, SílviaBandeira, Geraldo Alves. Teatro da Lagoa,Av. Borges de Medeiros, 1 426 (274-7999 e274-7748). Hoje, às 20h e 22h30m. Ingres-sos a CrS 300 (14 anos).

A SERPENTE —; Texto de Nelson Rodrigues.Direção de Marcos Flaksjnan. Com CláudioMarzo, Sura Berditchevsky, Carlos Gregorio,Xuxa Lopes, Yuruah. Teatro dó BNH (Av.República do Paraguai, (acesso pelo viadutoque liga o Passeio Público à Pça. Tiradentes).(262-4477). Hoje, às 20h, 22h. Ingressos aCrS 250. Até amanhã.

Macedo, Luiz Imbassahy, Sylvia Heller, Re-nato Pupo, Arnaldo Marques, Carlos Vieira,Henriqueta Moura e outros. Teatro GláucioGill, Praça Card. Arcoverde (237-7003). Ho-je, às 21 h. Ingressos a CrS 150 e CrS 100,estudante. Até amanhã.

LONGA JORNADA NOITE A DENTRO -Texto de Eugene 0'Neill. Dir. de RobertoVignatti. Com Nathália Timberg, MauroMendonça, Otávio Augusto, Wolf Maio,Cláudia Costa. Teatro Copacabana, Av. Co-pacabana, 327 (257-1818). Hoje, às21 h30m. Ingressos a CrS 300.

OS SOBREVIVENTES — Texto de RicardoMeirelles. Dir. de Vilma Dulcetti. Com Ansel-mo Vasconcellos, Elza de Andrade; JitmanVibranovski, Toninho Vasconcelos, Vera Set-ta. Teatro Opinião, Rua Siqueira Campos,143 (235-2119). Hoje, às 21h30m. Ingressosa CrS 200 e CrS .100, estudantes.

¦TOALHAS QUENTES - Comédia adaptadapor Bibi Ferreira de um original de MarcCamoletti. Dir. Bibi Ferreira. Com Suely Fran-co, Milton Moraes, Jonas Mello, Maria Pom-peu, Mila Moreira. Teatro Mesbla, Rua doPasseio, 42/56 (240-6141). Hoje, às 20h e22h30m. Ingressos a CrS 300.

TEU NOME É MULHER — Comédia de MareeiMithois. Dir. de Adolfo Celi. Com TôniaCarrero, Luis de Lima, Célia Biar, Hélio Ary,Ivan Mesquita, Maria Helena Velasco e Mar-cos Wainberg. Teatro Maison de France, Av.Pres. Antônio Carlos, 58 (220-4779). Hoje, às20h e 22h30m. Ingressos a CrS 300.

RIO DE CABO A RABO - Revista de GuguOlimecha. Direção de Luiz Mendonça. Dire-ção musical de Nelson Melin. Com ElkeMaravilha, Alice Viveiros de Castro, Isa Fer-nandes, Maria Cristina Gatti, Nadia Carva-lho, Marco Miranda e outros. Teatro Rival,Rua Álvaro Alvim, 33 (240-1135). Hoje, às!9h30m e 22h30m. Ingressos a CrS 250.

ARACELLI — Texto de Marcílio Moraes. Dir.de Carlos Murtinho. Com Rosamaria Murti-nho, Cláudia Martins, Deny Perrier, JoséAugusto Branco, Marco Antônio Palmeira,Mário Jorge. Teatro Senac, Rua PompeuLoureiro, 45 (256-2641). Hoje, às 22h. In-gressos a CrS 150.

DELITO CARNAL — Texto de Eid Ribeiro. Dir.

de Paulo Reis. Com Rosane Goffman, Sebas-

tião Lemos, Eduardo Lago, Paulo Renato

Braga, Charles Myara, Angela Rebello, Pau-

Io Carvalho. Aliança Francesa da Tijuca, Rua

Andrade Neves, 315 (268-5798). Hoje, às

21 h. Ingressos a CrS 150, e CrS 100, estu-

dantes. Até dia 30.

JOGOS NA HORA DA SESTA - Texto de

Roma Mahieu. Montagem do grupo MinhaMãe Não Vai Gostar. Dir. de Henrique Cuker-man e Janine Goldfeld. Teatro Ipanema, Rua

Prudente de Morais, 824 (247-9794). Hoje,

às 18h30m. Ingressos a CrS 100. Ate

amanhã.

MúsicaQUARTETO DE METAIS DA ESCOLA VILLA-LOBOS • Recital com a participação domaestro e compositor José Siqueira. SaioArnaldo Estrella, Casa Milton, Rua Hilário deGouveia, 88. Hoje, às 17h.

ORQUESTRA SINFÔNICA NACIONAL DA RÁ-DIÓ MEC - Concerto sob a regência domaestro Eleazar de Carvalho. Solista: LuisAscot (piano). No programa, obras de Almei-da Prado, Saint Saens, e Dvorak Sala CecíliaMeireles, Lgo. da Lapa, 47. Amanhã, às 21 hEntrado franca.

CONJUNTO DE MÚSICA ANTIGA DA RÁDIOMEC ¦ Concerto sob a regência do maestroBorislav Tschorbow. No programa, obras deHaendel, Telemann, Purcell, Daquin. Scarlat-ti e M. Franck. Museu Nacional de Belas-Artes, Av. Rio Branco, 199. Amanhã, às I8h.Entrada franca.

A FILHA DA... — Comédia de Chico Anísio.Dir. de Antônio Pedro. Com Yolanda Cardo-so, Lutero Luiz, Alcione Mazzeo. Teatro Va-nucei, Rua Marquês de São Vicente, 52-3°(274-7246).Hoje, às 20h e 22h30m. Ingres-sos a Cr$ 300.

GOTA DÁGUA — Texto de Paulo Pontes eChico Buarque. Mús. de Chico Buarque. Dir.de Dulcina de Moraes e Bibi Ferreira. ComBibi Feneira, Felipe Wagner, Adriano Reis,Oswaldo Neiva e outros.Teatro João Caeta-no, Praça Tiradentes (221-0305). Hoje às18h30m e 22h. Ingressos a CrS* 300 (platéia

e Io balcão) e CrS 200 (2o balcão).

A DIREITA DO PRESIDENTE - Comédia deMauro Rasi e Vicente Pereira. Dir. de ÁlvaroGuimarães. Com Gracindo Júnior, Araci Ba-labanian, Jorge Botelho, André Villon eBento. Teatro Glória, Rua do Russel, 632(245-5527). Hoje, às 20 e 22h30m. Ingressosa CrS 250 e CrS 150.

RASGA CORAÇÃO — Texto de OduvaldoVianna Filho. Dir. de José Renato, com RaulCortez, Débora Bloch, Sônia Guedes, JoãoJosé Pompeo, fomil Gonçalves, Isaac Barda;vid, Márcio Augusto, Guilherme Karan, Os-waldo Louzada. Sidney Marques Teatro Vil-

'la-Lobos, Av. Princesa Isabel, 440 (275-6695). Ho|e, às 19h45m e 22h45m. Ingres-sos a CrS 250.

ZÉ VASCONCELOS É O ESPETÁCULO -

Comédia com José Vasconcelos. Teatro Bri-

gitte Blair, Rua Miguel Lemos, 51 H. (521-2955). Hoje, às 20h e 22h. Ingressos a CrS250. Até amanhã.

TWELFTH NIGH1 Comédia de Shakespea-re, apresentada, em inglês, pelo grupo ThePlayers. Dir. de David Briggs Corn Chris

BRASIL: DA CENSURA A ABERTURA - Textode Jò Soares, Armando Costa, José LuizArchanjo e Sebastião Nery. Dir. de Jò Soares.

A ALMA BOA DE SETSUAN - Texto deBertolt Brechl. Dir. de Eric Nielsen. Dir. musi-cal de Ian Guest. Com Suzana Faini, Orlando

PAPO-FURADO Comédia de Chico Anísio.Dir. de Antônio Pedro. Com Ítalo Rossi, Eli-zangela, Ricardo Blat, Ivan de Almeida,Walter Marins, Vinícius Salvatori, José deFreitas. Teatro Ginástico, Av. Graça Aranha,187 (220-8394). Hoje, às 20h e 22h30m.Ingressos a CrS 300.

DançaDANÇA CONTEMPORÂNEA - Espetáculocom apresentação dos grupos de GracielaFigueiroa, Michel Robin, Regina Voz, Maria-no Muniz, e Rainer Viana. Escola de ArtesVisuais, Parque Lage, Rua Jardim Botânico,414. Hoje, às 21 h. Até amanhã. Ingressos aCrS 100.

O GUARANI De Carlos Gomes. Com oCoro, Orquestra e Bale do Teatro Municipal,sob a regência do Maestro Mário Tavares.Régisseur Sérgio Brito. Cenários e figurinos:Luiz Carlos Ripper e Coreógrafo: DennisGray. Intérpretes: Áurea Gomes, Benito Ma-resca, Paulo Fortes, Wilson Carraro e AminFeres. Teatro Municipal, Pça Mal. Floriano.(263-1717). Amanhã, òs I7h, dia 1° dejulho, as 21h30m. dio 3, as 21 h e dia 6, òs17h. ingressos para os dias 29 e 6: aCrS 2 100 frisa e camarote, a CrS 350. frisae camarote a CrS 200. balcão simples e a CrS100, galeria: paro o dia 1°: a Cr$3 300, frisae camarote, a CrS 550, poltrona e balcãonobre, CrS 300, balcão simples, e a CrS 200,galeria, para o dia 3-, a CrS 2 700, frisa ecamarote, a CrS 450, poltrona e balcãonobre, a Cr$250, balcão si mples e a CrS 150,galeria.

CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, sábado, 28 de junho de 1980 o PÁGINA 5

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TelevisãoManha

7.45 O Nosso Terra, Nossa Gente.Educativo.

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9.00 S15 rj30 O

E

A Conquista. Novela didá-tica.Mobral. Educativo.Jornal da Manhã.

10.00 m

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®O.

-Café da Manhã. Show eVariedades.Teleeurso 2° Grau.A Princesa e o Cavaleiro.Desenho.Teleeurso 2° Grau. Reprisedas aulas da semana.

A Bronca É livre. Programaesportivo com Denis Mi-randa.A Turma da Pesada. De-senho.Mamãe Calhambeque. Se-rindo.Mecânica do Automóvel.Os Caçadores de Fantas-mas. Desenho.

H.oo mÉIIaao rn3®

EIO

Uma Data Para Lembrar.Hoje: Maracanã.Calinero. Desenho.Bernard Johnson. Religioso.Beleza e Dureza. Desenho.

Desenhos.-Reencontro. Religioso.

O Mundo Animal. Do-cumentário.Reencontro. Religioso.Volantes Audazes. Desenho.

12.00 GD —Tudo é Música. Hoje: OsClássicos Populares e os Po-pulares Clássicos.Mulher Maravilha. Seriado.

-Grand Prix. Automobilísticocom Fernando Calmon.A Pantera Cor-de-Rosa. De-senho.

-Guerra, Sombra e ÁguaFresca. Seriado.Aerton Perlingeiro Show.Variedades.Maguila, o Gorila. Desenho.Bandeirantes Esporte.

O15 030 ®

45 I1.00

1530

O

-Globo Esporte. .-Primeira Edição. Jornalís-

tico.-Show de Comunicação.-Elo Perdido. Seriado.-Hoje. Noticiário.- Show de Turismo. Com Pau-

Io Monte.-Johnny Ouest. Desenho.

2.00 0

30

É Preciso Cantar. Hoje: Ote-Io e os Novos.

-Muppet Show. Seriado.Dom Pixote. Desenho.

-Ligeirinho e seus Amigos.Desenho.

-A Ilha da Fantasia.Propaganda e Mercodo.

3.00 0¦m

30

- Decisão Pública. Hoje:Aborto.

-Rio Dá Samba. Com João.Roberto Kelly'.

-O Pica-Pau. Desenho.-Os Wallons. Seriado.

A Família Do-Ré-Mi. De-senho.

4.00 ®

010

30

-Samba de Primeira. ComJorge Perlingeiro.

-Os Caçadores de Fantas-mas. Desenho.

-Encontro. Hoje: Festas Ju-ninas.

-Happy Days. Seriado.-Super Robin Hood. Desenho.

mm -

5.00 0 —Série Transtel. Hoje: Zooló-gicos do Mundo.

|Q] — Futebol. Jogo: Grêmio e Ri-ver Plate.Disneylândia 80.Caminhos Para a Arte. Hoje-.Portugal-Lisboa e seus Arre-dores.

E — Programa Mauro Montai-vão. Música e variedades.

O —A Turma do Pica-Pau. De-senho.

55 0 —Atenção. Jornalístico.

Noite6.00 0

0

0

45 _50 0

Caleidoscópio.-Marina. Novela de Wilson

Aguiar Filho, inspirada nolivro de Carlos Heitor Cony.Direção de Herval Rossano.Com Denise Dummont, Car-los Zara, Lauro Corona, Os-waldo Loureiro e outros.

-A Deusa Vencida. Novelade Ivani Ribeiro. Direção deSérgio Mattar. Com ElaineCristina, Neuci Lima, AltairLima e outros.

-Tarzan. Aventura.Atenção.

Cavalo Amarelo. Novela deIvani Ribeiro. Direção deHenrique Martins. Com Der-cy Gonçalves, Yoná Maga-lhões e Fúlvio Stefanini.

15 0

40 m_9.00 0

ou0

-Água Viva. Novela de Gil-berto Braga. Direção de Ro-berto Talma e Paulo Ubira-tan. Com Reginaldo Faria,Betty Faria e Raul Cortez.

-Jornal Bandeirantes.

- Vôo livre. Apresentação deFausto Rocha.Clube dos Artistas. Com Air-ton e Lolita Rodrigues.Discoteca do Chacrinha.Musical variado.

O — Chips. Seriado.05 0 - Primeira Exibição. Filme:

Sete Noivas Para Sete Ir-mãos.

10.00 0 —1980. Jornalístico.O — O Caçador de Gangster. Se-

riado.30 0 — Andança.Hoje: Maranhão.

11.00 0 - Concerto Sinfônico Esta-dual.

Longa-metragem. Filme: Pe-ripécias Caninas.Esquadrão Fantasma. Se-riado.Minuto Olímpico.Sessão de Gala. Filme: Con-ráck.Atenção. Noticiário.

Madrugada

0.00 0 — Vox Populi. Hoje: Ivo Pi-tanguy.

0 —Cinema na Madrugada. Fil-me: O Xerife da Cidade Ex-plosiva.

1.15 0 —Coruja Colorida — Filme:Meu Pecado Foi Nascer.

CriançasA MENINA QUE PEROEUOGATO... - Textode Marco Antônio Apolinário Santana. Dire-ção de Luis Mendonça. Com Nádia Maria,Silvia Maria, José Rocha, Márcio Luiz eoutros. Teatro do América F.C., Rua CamposSalles, 116. Hoje, às 17h. Ingressos a CrS 80.

UBEl, A SAPATEIRINHA - De Jurandyr' Pereira. Direção de Jorge Lúcio. Com Ruth

Machado, Luis Carlos Cavalcanti, Jorge Lú-cio, Alice Kocnow e Carlos Ferraz. Teatro daGaleria, Rua Senador Vergueiro, 93. Hoje, às16h. Ingressos a CrS 100.

Os filmes de hojeVíííií.^Wí.««r»*-trW>.:f.^.r'»»

Tarde

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Russ Tamblyn em Sete Noivas. Para Sete Irmãos (canal 4,21h05m)

ASEADO em Sobbln' Women,de Stephen Vicent Bennet,que por sua vez se inspiralivremente em O Rapto dasSabinas, de Plutarco, SeteNoivas Para Sete Irmãos foi

planejado inicialmente como um show daBroadway, mas acabou sendo adaptadoao cinema e sua direção confiada a Stan-ley Donen, que vinha de dois grandessucessos: Um Dia em Nova Iorque e Can-tando na Chuva. Assim como se entrosaraperfeitamente com Gene Kelly, com quemdividiu a autoria da coreografia dessesfilmes, adaptou-se sem problemas à mar-cação de Michael Kidd, que dá ênfase aolado acrobatico dos bales. O ponto oito doespetáculo è a cena do piquenique e cons-truçáo do celeiro, em que Kidd se mostrabrilhante, com uma criação eletrizante.Normalmente um canastrão, Howard Keelestá surpreendentemente convincente, Ja-ne Powell não enjoa e Russ Tamblyn é umbailarino tão bom que faz esquecer suapequena estatura. Sua flexibilidade leva-ria, mais tarde, a um convite para dançarno famoso West Side Story. o filme perdeum pouco por ter sido rodado em estúdio enão em cenários naturais no Oregon, co-mo pretendido, mas sua alegria conta-giante e seus números de dança, da maiorcriatividade, fazem dele um dos melhoresmusicais da fase áurea da Metro. Umareapresentaçâo sempre bem-vinda. (HU-GO GOMEZ)

SETE NOIVAS.PARA SETE IRMÃOSTV Globo - 21h05m

(Seven Brides for Seven Brothers) — Pro-dução norte-americana de 1954, dirigidapor Stanley Donen. Elenco: Howard Keel,Jane Powell, Russ Tamblyn, Jeff Richards,Tommy Hall, Mie New Meyer, VirgíniaGibson. Colorido.**** Ao chegar, casada, à fazenda deAdam Pontipee (Keel), Milly (Powell) des-cobre que ele tem seis irmãos solteiros ede maneiras rudes, a quem não demora apôr na linha. Impondo-se como dona-de-casa, leva os rapazes a procurar jovenscom suas qualidades para acabar com asolidão numa região remota do Oregon.

PERIPÉCIAS CANINASTV Tupi - 23h

(Dogpound Shuffie) — Produção norte-americana de 1975, dirigida por Jeffrey

Bloom. Elenco: Ron Moody, David Soul,Kay Medíbrd, Carol Wayne, Margaret Ha-milton, Noel Foumier, Russell Johnson.Colorido.** Dois fracassados na vida, ex-artistade vaudeville (Moody) e ex-campeão deboxe (Soul), encontram estimulo para re-fazer suas vidas ao salvarem juntos a vidade um cachorro. Feito para a TV.

CONRACKTV Globo - 23hl5m

(Conrack)—Produção norte-americana de1974, dirigida por Martin Ritt. Elenco: JonVoight, Paul Winfleld, Hume Cronyn, Mad-ge Sinclair, Tina Andrews, Antônio Far-gas, Ruth Attaway. Colorido.*** Ao chegar ã escola de ilha, nascostas da Carolina do Sul, professor(Voight) se espanta com o estado do pré-dio, a qualidade do ensino e a ignorânciados alunos, que nem sequer sabem pro-nunciar o seu nome corretamente. Aos.poucos, vai introduzindo novos métodoseducacionais, que acabam cativando ascrianças.

O XERIFEDA CIDADE EXPLOSIVA

TV Bandeirantes — 24h(Tick...Tick...Ttck) — Produção norte-americana de 1969, dirigida por RalphNelson. Elenco: Jlm Brown, George Ken-nedy, Fredric March, Lynn Carlin, DonStroud, Janet MacLachlan, Richard El-kins, Clifton James. Colorido.•• Um negro (Brown) é nomeado xerifenuma cidade sulista dominada por pre-conceitos raciais, contando com a omis-são de seu antecessor (Kennedy) e o libe-ralismo inócuo de um prefeito (March).

MEU PECADO FOI NASCERTV Globo - lhl5m

(Band of Angels) — Produção norte-americana de 1957, dirigida por.RaoulWalsh. Elenco: Clark Gable, Yvonne DeCario, Sldney Poitier, Efiem Zlmbalist Jr.,Rex Reason, Patrick Knowles, NoreenCorcoran. Colorido.* Durante a Guerra Civil norte-americana, homem de família conceitua-da de Nova Orléans (Gable) se apaixonapor uma aristocrata (Cario), que, somentecom a morte de pai, é que descobre serfilha de uma negra com um branco.

NovelasResumo das novelas apresentadas nas emissoras do Rio

7.00 0 — Stadium. Hoje: EsportesAquáticos, Atletismo e Tor-neio de Capoeira.

0 — Jornal das Sete. Noticiário.0 — Jornal Tupi. Noticiário.O —James West. Seriado.

15 0 —Chega Mais. Novela de Car-los Eduardo Novaes. Dir. deWalter Campos. Com TonyRamos, Sônia Braga, RenataSorrah e outros.

40 0 -Atenção.45 0 - O Todo-Poderoso. Novela

de Clovis Filhoe José Saffio-ti Filho. Com Eduardo Torna-ghi, Selma Egrei e outros.

50 0 Jornal Nacional. Noticiário.

8.00 0 História da Telenovela.0 A Viagem. Reprise da nove-

Ia de Ivany Ribeiro.[O — Kung Fu. Seriado.

Marina — TV Globo, 18h — A emissoranão forneceu o resumo.Chega Mais — TV Globo, 19h — Gely Ocaintrigada com a presença de Cris na salade Tom, que alega estarem tratando denegócios. Hércules se atrasa conversandocom Gely e não comparece ao encontroque marcara com Patrícia. Gely diz aodetetive que não conseguiu esquecê-lo eque quer vê-lo mais vezes. Hércules sejustifica com Patrícia que o perdoa e obeija. Ele diz a Tom que está indecisoentre as duas. Tom afirma que Gely estáquerendo usá-lo mas o outro não acredita.Gely diz a Cris que, em sua opinião, Tomse aproximou dela para obter informações.Insegura, Cris conta a Tom, que se enfure-ce. Agda procura Zoraida para falar sobreJacira e Paul e diz que achou Mme Cleve-land cafona. Tom, irritado, pede satisfaçãoa Gely que diz estar apaixonada por Hér-cules. Tom pede que ela o deixe em pazcom Cris. Amaro chega à casa de Lúcia.Água Viva — TV Globo, 20hl5m — Jaimediz a Stella que todas as suas Juras deamor eram verdadeiras e que o mesmo náoacontece com ele em relação a Lourdes.Stella diz que náo há policiais na saída doedifício e o manda embora. Lourdes traz apolícia. Edyr alerta Nelson sobre seu rela-cionamento insatisfatório com Suely. Nél-son náo quer falar sobre isso. Janete oprocura e pede desculpas. Miguel vai aagência mas não encontra o irmão. Brunonão deixa Lourdes convencê-lo a conquis-tar Janete e discute com ela. Jojô chega àcasa de Stella. Nelson diz a Antônia quenão atende ao telefonema de Miguel.Exausta, Jojô resolve ir à gravação danovela com a amiga. Miguel chega à casade Nelson.A Deusa Vencida, TV Bandeirantes, 18h—Dulcinea diz a Maldonado que Teo estáinteressado em Pepita. Maldonado chamaTéo e ele, ao saber o que acontecera,resolve contar a verdade ao pai. Dedé diz áSampaio que eles precisam marcar logo o

PEQUENINOS MAS RESOIVEM - Texto deLicia Manzo Direção coletivo do grupo Alémda Lua. Teatro Rio-Planetár», Rua Pe. LeonelFranca, 240. Hoje, às 1 óh e 17h30m. ingres-sos a CrS 70. Até dia 6 de julho.

CHAPEUZINHO QUASE VERMELHO - Textoe direção de Luiz Sorel. Com Nádia Nardini,Ângela Vieira, Sônia Machado e outros.Teatro da Aliança Francesa da Tijuco, RuaAndrade Neves, 315. Hoje, às 17h. Ingressosa CrS 100.

FALA PALHAÇO — Criação do Grupo Hom-bu. Com Beto Coimbra, Regina Linhares,Walkyria Alves, Sérgio Fidalgo e outros.Teatro do Sesc de S. João de Merrti, Rua Ten.Manoel Alvarenga Ribeiro, 06 (756-4615).Hoje, às 16h. Ingressos a CrS 50 e CrS 20,sócios. Até amanhã.

PENA SOLTA — Teatro de bonecos e masca-ras. Criação de Ricardo Howat e Gina Padus-ka. Sala Monteiro lobato, Teatro Villa-Lobos,Av. Princesa Isabel, 440. Hoje, às 17h30m.Ingressos a CrS 80. Até dia 30 de agosto.

O DIAMANTE DO GRÃO-MOGOL—Musical"capa e espada" de Maria Clara Machado.Dir. e coreografia de Wolf Maia. Com LupeGigliotti, Cininha de Paula e grande elenco.Cenários e adereços de Analu Prestes, figuri-nos de Kalma Murtinho. Teatro Vanucci, R.Marquês de São Vicente, 52-3° andar. Hoje,às 17hl5m. Ingressos a CrS 100.

QUERIDOS MONSTRINHOS—Texto de Pau-Io César Coutinho. Direção de Chico Terto.Com Suzana Queiroz, Vera Holtz, Mara Sou-to, Márcia Vasconcelos e Pedro Aurélio. Músi-ca de Paulo Romário. Teatro Casa - Grande,Av. Afrânio de Melo Franco, 290. Hoje, às17h. Ingressos a CrS 100.

ARCO-ÍRIS SEM COR — Texto de RaimundoAlberto. Direção de Fayvel Hohchman. Com ogrupo América. Teatro Glaucio Gill, Pça.Cardeal Arcoverde, s/n° (237-7003). Hoje, àslóh. Ingressos a CrS 60. Até dia 27 de julho.

QUEM FANTASMOCANTA... OS HOMENSESPANTA — Musical infanto-juvenil de Sér-gio Melgaço. Dir. do autor. Mus. de LúciaMaria Dantas, coreografia de Edien Lyra eCarla Chaves. Com Marthita Gonzales, Fer-nando Perez, Amélia Navarro, FernandoPontes e Antônio Pereira. Teatro Teresa Ra-chel, Rua Siqueira Campos ,143 (235-1113).Hoje, às 15h. Ingressos a CrS 100,00. Até dia12 de julho.

NUM LUGAR DISTANÍE, PERTINHO, PERTI-NHO DAQUI — Com o grupo Carreta. Teatrode Fantoches e Marionetes do Parque doFlamengo, entrada em frente à Rua Tucu-man. Hoje, às 10h30m. Entrada franca.

BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES — Textoe direção de Jair Pinheiro. Teatro Serrador,Rua Senador Dantas, 13 (220-5033). Hoje, àslóh. Ingressos a CrS 70.

CRESÇA E APAREÇA Texto de AlexandreMarques Direção de Marco Antônio Palmei-ra. Com Eduardo Azevedo, Ellana Dutra,Francisco Sztockman, Marco Antônio Palmei-ra e Maria Alice Mansur. Música de DirneyMachado e Mauro Dellal. Teatro dat laran-jeiras, Rua das Laranjeiras, 232. Hoje, àslóh. Ingressos a CrS 80.

DR. BALTAZAR, O TALENTOSO, NO MUNDODA IMAGINAÇÃO CONTRA O DR. DRASTI-CO — Musical de Neila Tavares. Direção doGrupo. Com Zemario limongi, Wagner Voz,Wagner Fontes e outros. Música de LuizGonzaga Júnior Teatro do Américo, RuaCampos Sales, 118. Hoje, às lóh. Ingressos aCrS 80 e CrS 60, sócios.

PASSAGEIROS DA ESTREIA - Texto deSérgio Fonta. Direção de Lauro Góes. ComUdia Brandi, Júlio Braga, Ruth de Souza,Sadi. Cabral e outros. Músicos de EgbertoGismonti. Teatro Vilta Lobos, Av. PrincesaIsnbel, 440 (275-6695). Hoje, às 17h. Ingres-sos a CrS 100.

FttCTS — Texto de Ziraldo e Aderbal Júnior.Direção de José Roberto Mendes. Músicas deSérgio Ricardo. Com Alby Ramos, Ligia Diniz,Caca Silveira, Maria Gisiene, Daniela Santi eoutros. Teatro Princesa Isabel, Av. PrincesaIsabel, 186 (275-3346). Hoje, às 17h30m.Ingressos a CrS 100.

EU CHOVO, TU CHOVES, ELE CHOVE -Texto e direção de Sylvia Orthof. Produção deAdalberto Nunes. Com Bia Sion, CláudiaRicher, Everardo Sena e Jorge Maurílio. Tea-tro SENAC, Rua Pompeu Loureiro, 45. Hoje,às 17h. Ingressos a CrS 100.

O SEGREDO DAS MÁGICAS — Texto deAlexandre Vieira e Maria Cristina Brito.Direção coletiva do grupo Olhos D'Agua.Com Alexandre Vieira, Arminda Amorim,Henrique Pires, e Inès Junqueira. Orientaçãocoreográfica de Graciela Figueiroa. TeatroOpinião, Rua Siqueira Campos 143 (235-2119). Hoje, às lóh. Ingressos a CrS 80.

O MAGO DAS CORES—Texto de VeronlqueRateou. Direção de Serge Ruest e Pato. ComDirceu Rabelo e José Roberto Mendes. TeatroPrincesa Isabel, Av. Princesa Isabel, 186.Hoje, às 15h45m. Ingressos a CrS 100.

OS TRÊS PORQUINHOS E O LOBO MAU —Texto e direção de Jair Pinheiro. TeatroBrigrtto Blair, Rua Miguel Lemos, 51. (521-2955), Hoje, às 17h. Ingressos a CrS 70.

OS TRÊS PORQUINHOS E GASPARZINHO, OFANTASMINHA LEGAL, CONTRA O LOBOMAU — Direção de Roberto de Castro. Com ogrupo Carrossel. Teatro do Colégio Laranjei-ras, Rua Cde de Baependi, 69. Hoje, às15h45m. Ingressos a CrS 60.

DUVI-DE-O-DÓ — Texto de Lúcia Coelho oCaique Botkai. Direção de Lúcia Coelho. Como grupo Navegando, Teatro Vanucci, RuaMarquês de S. Vicente, 52. Hoje, às 15h30m.Ingressos a CrS 100.

A GATA BORRALHEIRA — Texto e direção deJair Pinheiro. Teatro Teresa Raquel, RuaSiqueira Campos, 143 (235-1113). Ho|e, àslóh. Ingressos a CrS 100.

COM PANOS E LENDAS — Musical de JoséGeraldo Rocha e Vladimir Capella. Direçãode Ivan Merlino e Vladimir Capella. ComAngela Dantas, Marco Miranda, Nadia Car-valho, Otávio César e outros. Teatro do Seteda Tijuco, Rua Barão de Mesquita, 539.Hoje, às 17h. Ingressos a CrS 100.

CHAPEUZINHO AMARELO — Texto de ChicoBuarque. Adaptação e direção de Zeca Ligié-ro. Com Chico Sérgio, Jana Castanheiro,Juliana Prado, Mareio Galvão, Felipe Pinhei-ro e Zezé Polessa. Teatro Cândido Mendes,

Rua loano Angélica, 63. Ho|e, às lóh.Ingressos a CrS 100.

KAKAREKO BONEKO - Idéia M. Cena.Coordenação Marcondes Mesqueu. Com Izil-da Fraga. Marcondes Mesqueu e Rita deCássia Teatro Souza Lima, Rua Gal. Sezefre-do, 646. Hoje, às 10h30m. Ingressos a CrS35. Até amanhã.

SUPER-HERÓIS CONTRA—MULHER GATOECIA. — Musical com texto e direção deWilliam Guimarães. Com Fabiana Gouveia,Wagner José, Solange Gouveia e Jorge Elia-no. Teatro Alasca. Av. Copacabana 1.241.Hoje, às 17h. Ingressos a CrS 80.

CHAPEUZINHO VERMELHO E O LOBO MAUTexto e direção de Jair Pinheiro Teatro

Teresa Rachel, Rua Siqueira Campos, 143(235-1113). Hoje, às 17h. Ingressos a CrS100.

JOÃOZINHO E MARIA NA CASA DA BRUXATexto e direção de Jair Pinheiro. Teatro

Brigitte Blair, Rua Miguel Lemos, 51. (521-2955). Hoje, às lóh. Ingressos a CrS 70.

FESTIVAL DA CANÇÃO NA FIORESTA —Texto de Sidney Becker e direção de AlísloFalcato. Teatro Leopoldo Fráes, Rua ProfessorManoel de Abreu, 16, Niterói. Hoje, às 16 h.Até amanhã.

MKKEY, PATETA E A PANTERA COR DEROSA NA FIORESTA ENCANTADA - Dire-çào de Roberto de Castro. Com o grupoCarrossel. Teatro do Colégio Laranjeiras, RuaCde. de Baependi, 69. Hoje, às 17. Ingressosa CrS 60.

EMÍLIA, SACI E VISCONDE CONTRA ASTE-RIX, O GAULÊS — Musical com texto edireção de William Guimarães. Com KátiaRegina, Roberto dos Santos e Ricardo dosSantos. Teatro Alaska, — Av. Copacabana,1241 (247-9842). Hoje, às lóh. Ingressos aCrS 80.

EXTRA

HOLIDAY ON tCE—Espetáculo de patinaçãono gelo com a participação de 75 artistas.Moracanãzinho. Hoje, às 17h e 21 h. Ingres-sos: arquibancada a CrS 120 e CrS 60(crianças até 10 anos), cadeira de pista a CrS240, cadeira especial a CrS 300, camarote(quatro lugares), a CrS 1 mil, e frisa (cincolugares), a CrS 1 mil 800. Vendas no local,Guanatur Turismo (Rua Dias do Rocha, 53),Teatro Municipal e Loja A Samaritana.

PLANETÁRIO — Programação às lóh, Ami-guinho Sol, para crianças de quatro a seteanos; às 17h O Universo em que Vivemos,para crianças de oito a 12 anos; às 18h30m,Do Geocentrismo ao Heliocentrismo, paraadolescentes e adultos. Av. Pe. Leonel Fran-ca, 240, Gávea. Ingressos a CrS 20 e CrS 10,estudantes.

CIRCO ORLANDO ORFEI — Leões e cavalosamestrados, acrobatas, contorcionistas, gi-nastas, trapezistas e outras atrações. PraçaOnze (221-5531). Hoje, às 15h, 18h e 21 h.Ingressos na geral a CrS 170 e CrS 100(menores), na lateral a CrS 200 e CrS 130(menores), central a CrS 220 e CrS 160(menores), cadeira sem número a CrS 280 eCrS 200 (menores), cadeira numerada aCrS 350 e Cr$ 250 (menores) e camarote aCrS 500 por pessoa. Os ingressos estão àvenda no local, Mercadinho Azul e Guanatur(256-2383 e 255-1271).

Show

casamento de Maria do Carmo e Téo.Maldonado tem uma crise cardíaca e éhospitalizado. Porfirio conversa com Dul-cinéa, afirmando que está à procura damulher ideal, o que a deixa alegre, pois elapretende que Pepita inicie um romancecom ele. Dulcinea fica sabendo da crisesofrida por Maldonado e comenta comPepita que assim que ele morrer a famíliase dividirá por causa da herança.

Cavalo Amarelo, TV Bandeirantes,18h50m—Cecília é socorrida por um medi-co e Maciel, ao chegar a casa, não seconforma com o que aconteceu. Na fazen-da todos se preocupam com a demora deCecília. Barreto comenta com Maciel que omelhor seria avisar Fernando sobre oacontecido. Cecília discute com Edmundoque vai embora. Cecília pede a Narcisa queabra a janela e todos percebem que, naqueda, ela perdeu a visão. Amarante contaa Edmundo que Cecília está cega. Um dosmédicos sugere que Cecília seja examina-da pelo melhor especialista da cidade;Edmundo, mas ela diz a Maciel que náoquer Edmundo naquela casa outra vez.

O Todo Poderoso, TV Bandeirantes,19h45m—Marta está prestes a conseguir oque queria, mas é interrompida por Joãoque entra na casa. Antes que Queirozchegue à casa de Emmanuel, é atacado porCaio e Tiáo que o apunhalam. Emmanuelpressente o que está acontecendo. Martapergunta a Emmanuel se Queiroz lhe faloualguma coisa antes de morrer, mas elenega. Cristiano fica sabendo da morte deQueiroz, vai para casa e diz a Linda queeles precisam fugir. Mano confessa a Vltô-ria que, sem querer, trabalhou para a seitado diabo. Marta volta ao subsolo e pedeajuda ao demônio para possuir Emma-nuel. João comenta com Emmanuel que asala reformada do hospital está prontapara ser usada. Matilde diz a Caio que estána hora de Linda morrer, de Emmanuel serpossuído e do filho do demônio nascer.

E AGORA PRA VOCÊS —Show do cantor,compositor e guitarrista Robertinho de Recifeacompanhado de Pedrão (baixo), Segio DeliaMônico (bateria) e Givaldo Repolho(percussão). Teatro de Arena da UFRJ, Av.Pasteur, s/n° 300. Hoje, às 21 h. Ingressos aCrS 100.

CÉU DA BOCA — Show do grupo vocal einstrumental. Concha Acústica da UERJ, Av.Radial Oeste, Maracanã. Hoje, às 18h. In-gressos a CrS 50.

MUTIRÃO CULTURAL —Show do conjuntode choro Mistura e Manda. Parque União,Bonsucesso. Hoje, às !8h30m. Entradafranca.

HOJE É DIA DE FEIRA LIVRE — Show doconjunto Feira Livre. Faculdade Souza Mar-quês, Rua do Catete, esquina de Rua SantoAmaro. Hoje, às 19h. Universidade SantaUrsula, Rua Farani, 42. Hoje, às 21 h.

FREE CONCERT — Show com o conjunto derock Back Street, a cantora Diana Pequeno ea banda Black Rio. Praia do Pepino. Hoje, às12h. Entrada franca.

PERFIS —Show dos cantores e compositores,Agenor de Oliveira, Moacyr Luz e Luiz SérgioCruz, acompanhados de Fernando Merlino(teclados), Paulo Souza (contrabaixo) e Wel-lington Gusmão (bateria). Faculdade de Le-Iras Souza Marques, Av. Ernani Cardoso,335, Cascadura. Hoje, às 18h30m. Ingressosa CrS 50. '_LENY ANDRADE, TECA E RICARDO — Showdos cantores e instrumentistas. Sala Funarte,Rua Araújo Porto Alegre, 80. Hoje, às18h30m. Ingressos a CrS 80. Último dia.

NEGRA ELZA —Show da sambista acompa-nhada do grupo Amalá. Teatro do Sesc de S.João de Meriti, Rua Tenente Manoel Alvaren-ga Ribeiro, 66. Hoje, às 20h30m. Ingressos aCrS 150 e CrS 30, sócios. Até amanhã.

TRANSE TOTAL — Show db grupo A Cor doSom. Formado por Dadi (baixo), Armandinho(guitarra), Gustavo (bateria), Mu (teclados) eAry (percussão). Teatro Casa-Grande, Av.

Afrânio de Melo Franco, 290. Hoje, às 21 h.Ingressos a CrS 200. Até amanhã.

SENTIMENTAL DEMAIS — Show do cantorAlternar Dutra acompanhado do grupo OsSentimentais, formado por Dejair Ferreira(guitarra), Ubaldo de Oliveira (bateria) eJoão Tavares (baixo). Cine-Show Madureira,Rua Carolina Machado, 542. Hoje, às 21 h.Ingressos a CrS 200. Até amanhã.

MARrAUJCÍA GODOY E MIGUEL PROENÇA— Show da cantora e do pianista acompa-nhados de Rafael Rabelo (violão de setecordas), Neusa Prado (piano), Luiz Moura(violão), Afonso Machado (bandolim) e JoséMario Braga. Direção de Teresa Aragão. SaioFunarte, Rua Araújo Porto Alegre, 80. Hoje,às 21 h. Ingressos a CrS 100. Até dia 4 dejulho.

PARALELO À NERUDA Show do cantor ecompositor Cláudio Cartier, acompanhadode Darci de Paula (piano), Jacaré (contrabai-xo) e João Cortez (bateria). IBAM, Lgo. doIbam, 1, Humaitá. Hoje, às 2lh30m. Ingres-sos a CrS 150. Último dia.

VIVA O GORDO E ABAIXO O REGIME —Show do humorista Jô Soares. Texto de JôSoares, Millôr Fernandes, Armando Costa eJosé Luís Archanjo. Cenário e iluminação deArlindo Rodrigues. Direção de Jô Soares.Direção musical de Edson Frederico. Teatroda Praia, Rua Francisco Sá, 88 (267-7749).Hoje, às 20h30m e 22h30m. Ingressos a CrS350.

REVISTAS ~

GAY GIRLS — Revista musical com NeliaPaula, Veruska, Maria Leopoldina, Ana Lu-pez, Theo Montenegro, Stella Stevens e LaMiranda. Teatro Alasca, Av. Copacabana,1241. Hoje, às 22h. Ingressos a CrS 250.

MIMOSAS ATÉ CERTO PONTO W2—Showde travestis, com texto e direção de BrigitteBlair. Com Marlene Casanova, Camile, AlexMortos e outros. Teatro Serrador (R. SenadorDantas, 13 - (220-5033). Hoje, às 21 h.Ingressos a CrS CrS 200.

SONHE MAIS —Show de Martinho da Vila,acompanhado de Hélio Schiavo (bateria),Jorge Degas (contra baixo), Irene Mello (pia-no), Buda (surdo), Ovidio (percussão), RuiQuaresma (violão), Luciana (cavaquinho),Victor Netto (oboé) e Zeca do Trombone.Roteiro de Ferreira Gullar. Direção de TerezaAragão. Teatro Clara Nunes, Rua Marquêsde S. Vicente, 52 (274-9696). Hoje, às2!h30m. Ingressos a CrS 300.

SAUDADE DO BRASIL — Show da cantoraElis Regina com participação de 11 atores ebailarinos e acompanhamento da bandaformada por César Camargo Mariano (tecla-dos), Sérgio Henriques (teclados), Nono(trumpete), Faria (trumpete), Bangla (sax),Lino Simão (sax), Paulo (flauta), ChiquinhoBrandão (flauta), Chacal (percussão), Notam(guitarra), Kzam (baixo), Bocato (trombone) eSagica (bateria). Dir. Ademar Guerra, dir.musical e arranjos de César Camargo Maria-no, coreografia de Marika Gidali, figurinosde Kalma Murtinho, cenário de Marcos Flaks-man e programação visual de Carlos Verga-ra. Canecão,, Av. Wenceslau Brás, 215(295-3044 e 295-9747). Hoje, às 22h30m. Ingres-sos a CrS 500.

A cantoraMaria LúciaGodoy e opianista MiguelProença estãoapresentando,na SalaFunarte, showcom repertóriopopular

Rádio Jornaldo Brasil

FMEstéreo

ZYD-46099,7MHz

A programação de música clássicapara hoje é a seguinte:

HOJE20 h - Abertura Rei Estevão, Op. 117, deBeethoven (Bzell — 7:30) Konxertstfick emSol Maior, para Piano e Orquestra, Op. 92, deSchumann (Kempff e Kubeíik —16:49): Suite

b° 2, de Strawinsky (Orquestra da CBC e oautor - 6:05); Consolações n°s 1 a 6, de Liszt(Clccolinl —14:52); Samson et Dalila (a óperacompleta), de SalntrSaens (Plácido Domingo,Elena Obraztsova, Renato Bruson, RobertLloyd, Coro e Orquestra de Paris, regência deBaranboim — 2h05mm).

AMANHÃ10h — Abertura Iphigénle en Alulide, de

Gluck — Bev. Wagner (Klemperer — 11:33);Concerto n° 17, em Sol Maior, para Plano eOrquestra, K 453, de Mozart (Brendel e Marri-ner — 28:35); Sinfonia Inacabada, em SI Me-nor, D. 759, de Schubert (Filarmônica deBerlim e Karajan—25:27); Suite para Harpa,de Ruiz de Ribayas (Zabaleta — 7:30); DonJuan, de Richard Strauss (Sinfônica de Chlca-go e Oeorg Soltl —17:35); Introdução e Ron-do Caprichoso, para Violino e Orquestra, Op.28, de Saint-Saens(Zukerman — 9:11); Varia-coes e Fura sobre um tema de Haendel, Op.24, de Brahras (Arrau — 29:00); Sinfonia n° 4,em Li Menor, Op. 63, de Sibellus (Karajan—38:31).

20h — Abertura da Opera Peter ScbmoU,de Weber (Karajan -10:24); Concerto em DoMaior, para 2 Oboés, Cordas e Continuo, Op.7/11, de Alblnonl (Holllger e Ehorst - 8:09); 6Lendas Sertanejas, de Mlgnone (o autor aopiano — 20:59); Missa Saneti Nicolal, deHaydn (Simon Preston—27:47); Concerto emRé Maior, para Flauta e Orquestra, Op. 283,de Carl Reinecke (Rampal—21:30); AndanteSpianato e Grande Polonaise Brilhante, emMi Bemol, Op. 22, de Chopin (Arrau e Inbal—15:15); Sinfonia n° 4, em Fá Menor, Op. 36, deTchaikowsky (Karajan -- 41:44); Concerto n»14, em Mi Bemol Maior, para Piano e Orquea-tra, K 449, de Mozart (Brendel e Marriner —22:50).

PÁGINA 6 Q CADERNO B a JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, sábado, 28 de junho de 1980

ARTES PLÁSTICAS

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Um dos desenhos mais recentes de Rubens Gerchman,exposto no Foro de Arte Contemporânea da Cidade do

México

COMO NOSVÊEM LÁ FORARoberto Pontual

RECÉM-CHEGADO

de via-gem que se estendeu até No-va Iorque, Rubens Gerch-man fala com entusiasmode sua exposição na Cidadedo México. Ali, durante to-

do o mês de maio, ele teve cerca de 70trabalhos reunidos no Foro de Arte Con-temporanea, uma cooperativa subven-clonada pelo Estado. Dispostos em espa-ços generosos, esses trabalhos (a maioriade execução recente) dividiam-se entredesenhos, litografias, serigrafias, plntu-ras e objetos, tudo complementado pelofilme Triunfo Hermético e um video-tapedo artista. Embora o conjunto represen-tasse mais a sua produção nos últimoscincos ano — Inclusive uma série dedesenhos inédita no Brasil, aproveitandocenas da seção policial dos jornais cario-cas—nele estavam também obras ante-riores, vindas desde 1064.0 resultado eraum panorama quase completo das idéiase modos de Gerchman até hoje.

Além da satisfação natural de estarapresentando táo ampla e diversificada-mente a sua obra num pais de alta volta-gem cultural, como o México, Gerchmanexperimentou o prazer suplementar deuma resposta calorosa por parte da criü-ca. Ficou mesmo impressionado com aquantidade de matérias saídas nos jor-nais da cidade. E náo eram textos denoticiário puro e simples, leves e passa-geiras notas sociais. Pelo contrário, lon-gas análises procuravam pegar por angu-los distintos, e com profundidade, o sen-tido do trabalho exposto. Francisco Fer-nandez, em El Dia, encontrou na obra deGerchman perfis para um retrato daAmérica Latina. Ida Vitale, escrevendopara Uno Más Uno, desenvolveu o temada arte na rua. E Katya Mandoki, emdois textos também para Uno Más Uno,tratou da reconciliação de Gerchmancom a pintura. Isto para mencionar só ostrês principais exemplos de abordagemcritica que a sua exposição mexicanadesencadeou. Suficientes, aliás, para in-clicar como funciona com intensidade o• ambiente artístico local

Os textos de Katya Mandoki con-cluem-se com um parágrafo que merecetranscrição. Diz ela: "Gerchman apre-senta através da pintura aqueles aconte-cimentes que—no emaranhado de noU-cias da vida urbana—lhe parecem signi-flcaüvos: concursos de beleza, amantesfurtivos, o carnaval, a coislflcação doindivíduo, os grandes personagens dafavela, os heróis de quem a sociedade seenvergonha, os desaparecidos políticos,etc. Por que retoma neles os temas utili-zados no início de sua trajetória, quasefechando um circulo, e emprega a plntu-ra para expressar significados que talvezrequeressem outra linguagem como afotografia ou a gráfica? É claro que náohá razões econômicas subjacentes nestecaso, pois Gerchman não se submete aospadrões esteticistas e á vacuidade se-mântlca impostos pelo mercado. Seusquadros são feios no melhor sentido dapalavra, altamente expressivos, grossei-ros, com um conteúdo que não adoçanem adorna uma sala burguesa. Deixa-nos, assim, com uma dúvida: sua reconci-liaçáo com a pintura obedeceu a umcompromisso ético com a realidade ecom ele próprio — compromisso que aatividade pictórica podia cristalizar me-lhor do que qualquer outra — ou, aocontrário, decorreu do pavor de ver-sefrente a caminho inexplorado, que exige

descobrir novos meios de expressão? Êum ato de convicção ou um impulsoirracional, fincado no prazer do próprioato de pintar? Permanecemos na expec-tativa".

Se na maneira de chegar a seus temas,vive-los e transmiti-los, eles diferiam bas-tante, há, nos próprios temas escolhidospor ume outro, muitos pontos de contatoentre Gerchman e Hélio Oiücica. A mar-ginalidade, na sua expressão carioca, foium dos focos fundamentais de todo otrabalho final de Olttcica, desde meadosda década de 60. Sua eapas parangolé sóatingiam a plenitude de significadosquando vestidas e manipuladas pela gen-te do morro, passistas de escolas de sam-ba, como Nildo da Mangueira. E Oiücicaé outro dos artistas brasileiros a recebero comentário recente da critica interna-cional, três meses após a sua trágicamorte. Para o catálogo da mostra QuaseCinema — Vídeo-Tapes e Filmes de Ar-tistas no Brasil, que deve ainda estarsendo exibida no Centro Internacionalde Brera, na Itália, o critico italianoTommaso Trini preparou um texto naforma de oito perguntas póstumas a He-lio, por ele mesmo logo respondidas —evidentemente, sem pslcografla. "Pode aarte responder antecipadamente, comdúvidas posteriores, a perguntas Jamaiscolocadas ou mal-formuladas? Às vezes.Hélio Oiücica deu algumas respostas ásquais não soubemos ainda fazer seguir asnossas perguntas"—assim ele começa oseu texto.

Trini é conhecido nosso, mais direta-mente, pela participação que teve no júrida Bienal Internacional de São Paulo de1977. Antes, havia sido um dos curadoresda mostra Atualidade Internacional —1972/76, no âmbito da 37* Bienal de Vene-za, em 1976 (na mostra, Cildo Meirelesera o brasileiro presente). Foi tambémdiretor da revista Data de disposiçãovanguardeira, editada até pouco tempoatrás em Milão. Reencontrei-o agora, naatual Bienal de Veneza, fazendo um tra-balho de reportagem crítica para a rádioitaliana. E demonstrando um vivo inte-resse pelo que tem conhecido da pesqul-sa nova na arte brasileira, como era sen-sivel no seu contato com o trabalho deAntônio Dias, Anná Bella Gelger, CarlosVergara e Paulo Roberto Leal, no pavi-lhão que nos representa naquele evento.

O texto que Trini elaborou sobre umaparcela do trabalho de Oiücica é funda-mentalmente polêmico. Avança em certotrecho: "Qual é o náo que ele não disse?Se afirmasse que o quase-cinenu de Oiü-cica vem antes do cinema e depois dofilme de artista, isto não lhe interessaria,e nem à arte brasileira. Teria criado umnovo gênero? O seu quase, assim irredu-tível ao tudo, garante que não é este ointento. Seria mais o limite último deuma questão formal que me parece pro-fundamente assentada no trabalho dosartistas brasileiros, até nos mais euro-peus, como Dias, ou nos mais america-nos, como Hélio — ou seja, seu grandeuso voraz de todas as técnicas e formas".Aliás, para quem deseja um pouco maisde informação sobre cinema de artista, arevista italiana D* Are, no seu último nú-mero (92), traz matéria de Giorgio Sebas-tiano Brizio a respeito.

ANCHIETAACULTURAÇÃO E HEGEMONIA

MarceUo de Carvalho AzevedoS. J.

Nildo da Mangueira vestindo capa parangolé, de -HélioOiticica, no filme que Ivan Cardoso rodou sobre o artista

em 1979

ANChJETA

é no Brasil no-me de ruas e praças, decidade e de estrada, deescolas, teatros e blbliote-cas. Anchieta é sobretudoa figura, religiosa mais

emergente na História do Brasü Mas étambém personalidade chave na for-mação cívica da nação. Por séculosvenerado como taumaturgo, a ele seatribuem feitos notáveis e milagres.Entre os que tiveram a excelência devirtudes reconhecida pela Igreja, ele éo venerável Padre José de Anchieta.Sua beatificação, esperança diuturnade multa gente no Brasil, é o presenteque nos oferece o Santo Padre, umasemana antes de nos visitar.

José de Anchieta (19.3.1534 a9.6.1597) é um homem do século XVI.Confluem nele várias característicasdessa época que tanto marcou a civili-zação ocidental.

João Lopez de Anchieta, seu pai,era do pais basco espanhol Sua maê,Mencia Diaz de Clavrjo y Llarena, ü-nha ascendentes castelhanos e cris-taos-novos. Sao Cristóvão da Laguna,principal cidade da ilha de Tenerife,uma das Canárias, viu nascer José deAnchieta aos 19 de março de 1534. Deorigem espanhola, pois, Anchieta vaitomar-se figura relevante para a Igrejade Portugal Mas o Brasil é seu campode ação, a ponto de ser consideradoindissociável da formação nacionaldeste pais. Anchieta une assim, em simesmo, as duas nações ibéricas, prota-gonistas dos feitos históricos do séculoXVI no Ocidente, a este país jovemque surge das Américas como resulta-do das aventuras de descobrimento.

O Renascimento, florescente naItália, marcou presença também emPortugal Como Paris, na França, eSalamanca, na Espanha, Coimbra seráem Portugal o catalizador da culturahumanisUca que distingue essa fasecultural na Europa. Em 1548, o rei dePortugal, Dom João m, reorganizou oColégio das Artes na Universidade deCoimbra, convocando professores devários pontos da Europa.

José de Anchieta entra na adoles-cência nessa época. De acordo com atradição de tantas famílias de então,seus talentos manifestos de intellgên-cia e virtude fazem dele, entre 11 ir-mãos, candidato natural à vida deestudos. Em companhia do irmãomais velho que ia estudar Direito emCoimbra, Anchieta parte também afim de fazer o curso de Letras.

O ano do nascimento de Anchieta,é também o ano em que amadureceum primeiro núcleo de homens atrai-dos por Inácio de Loyola, um grupo decompanheiros na Universidade de Pa-ris. Na festa da Assunção, 15 de agosto,eles pronunciam em Montmartre osvotos religiosos e de dedicação ao ser-viço de Deus e da Igreja. Em 1540, oPapa Paulo m aprova a Companhiade Jesus como ordem religiosa.

Quando Anchieta chega a Coimbraem 1548, aquele grupo inicial de Ináciojá crescera e se tornara presença ativapor toda a Europa. Mas o que fazia dosJesuítas fonte de inspiração e apelopara a juventude mais generosa daépoca era sua missão evangelizadoranas regiões que a Europa descobriapelas caravelas ibéricas.

Ao terminar as humanidades em1551, em Coimbra, Anchieta entra naCompanhia de Jesus, que conheceraatravés de estudantes jesuítas, seusamigos e colegas. A Província dos Je-suítes em Portugal foi a primeira cir-cunscrição da Ordem, constituída pelomesmo fundador, Inácio de Loyola,apenas cinco anos antes.

Enquanto os jesuítas espanhóis seespalhariam por diversos pontos daAmérica Latina, os jesuítas portugue-ses iam concentrar sua ação no Brasil,na índia, particularmente a partir deOoa, e no Extremo Oriente, tendo Ma-cau como base. Em 1549, Portugalenvia ao Brasil seu primeiro Governa-dor Geral. Compele vêm alguns jesuí-tas. Levas sucessivas no anos seguiu-tes farão crescer os contingentes daMissão Jesuítas do Brasil Os jesuítasvão desempenhar papel tão decisivonos dois primeiros séculos de coloniza-ção (1550-1750) que um dos grandeshistoriadores brasileiros, Capistranode Abreu, dirá mais tarde ser impossi-vel escrever a História do Brasil nessafase, sem antes conhecer na mesmaépoca a história da Companhia deJesus neste pais. É, pois, nesse quadro,que devemos situar a figura de Anchie-ta para compreender-lhe o alcance e asignificação.

Há dois focos de tensão na açãomissionária da Igreja, em geral, e dosjesuítas, em particular, nos dois sécu-los que se seguiram aos descobrimen-tos de novas terras e populações peloscristãos do Ocidente europeu, na se-gunda metade do século XVL

O primeiro, é o confronto de cultu-ras e sua repercussão sobre o processode evangelização. A Igreja de hoje,sobretudo após a Fidei Donum (1958)de Pio Xü e, principalmente, depoisdo decreto Ad Gentes, do ConcilioVaticano n, tornou-se sensível ao pro-blema. A cristandade mediterrânea doRenascimento o era menos. A cons-ciência de hegemonia cultural, tão di-fundida nos centros ocidentais de de-cisão, unia-se a certeza da necessáriahegemonia católica, sobretudo de umcristianismo sob a roupagem exclusi-va de sua expressão ocidental e, parti-cularmente, latina.

Rapidamente serão desautorizadosos esforços pioneiros de grandes mis-sionários como Rlcci, de Nobili, SáoJoão de Brito, entre outros, de tentar aevangelização da China e da índia apartir de seus próprios valores cultu-rais e por dentro de suas respectivastradições. O traço universal que carac-terizou a semente evangélica lançadapor Jesus Cristo acanha-se assim noslimites estreitos de um enfoque ape-nas ocidental

Desse foco de tensão foram maisconscientes os missionários que se de-frontavam com grandes culturas mile-nares apoiadas pela estrutura náo me-nos milenar de sociedades tradicionaispoliticamente organizadas como a ín-dia, a China e o Japão. Foi pratica-mente inexistente a consciência dessatensão nos missionários que demanda-ram as Américas. Aqui, eles se encon-traram com sociedades tradicionais de

Anchieta desenvolveu também, co-mo instrumento pedagógico e evange-lizador, tanto para os indics como pa-ra os portugueses colonizadores, o tea-tro popular, numa fusão original decoreografia e rituais indígenas e deautos no estilo de OU Vicente. Res-tam-nos dele 12 peças entre maiores emenores, sendo as mais célebres aPregação universal, os Autos de S.Lourenço, Guaraparim e da Vila deVitória ou de S. Maurício.

Anchieta criou e propagou a can-çáo popular de fundo religioso, escre-vendo textos de inspiração brasileirapara músicas que lhe vinham de Por-tugal Essas canções, redigidas em tu-pi e português e algumas em espanholse cantavam tanto nas aldeias indige-nas, como nas ruas e praças das lnci-plentes aglomerações rurais ou noscampos e roças do Brasil. Algumasdelas perpetuaram-se no folclore na-

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Anchieta: exemplo de devoção à Maria

cunho tribal clisseminadas como uni-dades populacionais quase autõno-mas ao longo de extensos territórios(índios) ou, em poucos casos, com so-ciedades arcaicas de alto nível organi-zacional, mas de data relativamenterecente e incapazes de fazer frente áforça da potência européia. Assim asexpedições colonizadores sobretudoespanholas, baseadas na consciênciahegemônica a um tempo cultural ereligiosa, levaram à extinção as civili-zações Azteca (México) e Inca (Peru)que preexistiam à chegada dos espa-nhóis. No Brasil, os portugueses não seencontraram com um fenômeno análo-go. Não havia aqui civilizações sedi-mentadas como as dos Aztecas e In-cas. Predominavam os núcleos tribaisde indígenas, ricos de expressão sim-bólica em seus traços culturais, maspouco significativos, em sua fragmen-tada estrutura de organização políti-ca, para constituir um problema depoder ao colonizador.

Manifesta-se, pois, no Brasil, maisdo que o primeiro foco de tensão acl-ma mencionado, um segundo pólo deconflito: o próprio direito de sobrevi-vencia, reconhecimento e respeito daspopulações indígenas. Esse problemavem dos tempos de colônia mas perva-ga toda a História do Brasil. Ele avultahoje, muito mais fortemente, quando oprocesso de modernização do país, ras-gando estradas e ocupando industrial-mente as terras, se depara com popu-laçôes indígenas e se constitui paraelas numa tremenda ameaça à própriavida e cultura.

Esses dois focos nos ajudarão asituar e compreender a pessoa e asrealizações de Anchieta, no quadromais'amplo da missão dos jesuítas noBrasil.

Anchieta veio para o Brasil, decan-tado então nas cartas dos jesuítas porseu clima excelente, em razão da debi-lidade de saúde que manifestara logonos primeiros tempos de noviciado emPortugal. Aqui, Anchieta melhorou.Aqui viveu 44 anos de sua vida numaatividade extraordinária e heróica.

Sem os recursos modernos da lin-guística e da antropologia, estudou afundo a principal família de Língua dastribos indígenas, a tupi, e escreveusuas primeiras obras insignes: á Gra-mática da língua mais usada na costado Brasil, o primeiro Vocabulário (di-cionário), os Diálogos da Fé, para pos-sibilitar o conhecimento dos índios, acomunicação com eles e sua evangeli-zaçáo. Além disso redigiu vários opus-culos escritos todos em língua tupi.

cional e foram posteriormente assimi-ladas em parte pela população de ori-gem africana que aqui chegou um sé-culo mais tarde. Hoje ainda, algumaspodem ser ouvidas no interior do paíssobretudo no quadro das festas deCongados, Folias de Reis e outras quetematizam religiosamente anseiosprofundos de um povo simples.

Anchieta também Incentivou oufundou várias aldeias indígenas princi-palmente nas regiões de São Paulo eEspirito Santo, através das quais osnativos conseguiram manter-se aoabrigo das pressões destruidores denáo poucos colonizadores. Anchietadistinguiu-se ao longo de sua vida co-mo um defensor das liberdades indige-nas. Sua sensibilidade a esse pontotraduz-se bem nos traços que sublinhano terceiro Governador Geral do Bra-sil, Mem de Sá, protetor das aldeiasindígenas. De Gestis Mendi de Saa é otitulo do poema heróico que sobre elecompôs em 1560-81. São 3 mil 58 versosem hexâmetros latinos que cantamaspectos vários dos feitos desse que foiconsiderado o melhor entre os Gover-nadores Gerais.

Pouco tempo depois, em 1563, An-chieta, sendo estudante e ainda nãoordenado sacerdote, acompanhou oPadre Manuel da Nóbrega a Iperui.al-dela dos Tamoios. Nobrega, então Pro-vtaclal dos Jesuítas, é uma outra figu-ra que assoma no horizonte histórico ereligioso do Brasil, embora não se te-nha firmado na consciência populardas gerações posteriores com a mesmaaura de que desfruta Anchieta. O pro-fundo conhecimento do idioma indige-na fazia de Achieta um instrumentoimportante nos processos de pacifica-ção entre os portugueses e os índios.Em Iperui, Anchieta foi deixado comorefém, junto aos Tamoios, índios ml-migos dos portugueses e confederadoscom os franceses que ocupavam partedo litoral da Guanabara, enquantoNóbrega voltava a negociar com osportugueses. Sozinho e exposto à con-vivência diária com a tribo, onde eramoutros os padrões de comportamento,Anchieta fez voto à Virgem Maria deescrever-lhe a vida em verso, se ela opreservasse de toda falta contra a cas-tidade. Surge dai seu outro grandepoema latino, os quase 3 mil dísticosdo De Beata Virgine Dei Matre Maria.Ele os compôs mentalmente e memori-zou-os caminhando pela praia de Ipe-rui. Já libertado e de volta à aldeia deSão Vicente, transcreveu os versos,que nos dão uma idéia da qualidade desua formação humanistica mas, muitomais ainda, da profundidade de sua fée vivência religiosa.

Durante 10 anos promoveu a cate-quese dos índios Tupis e Tapuias naregião de São Paulo e São Vicente,iniciando a gramática e o dicionáriodos primeiros missionários ao Para-guai, a pedido do Bispo português deTucumán, Dom Francisco de Vitória.Ao partir, esses pioneiros levavamconsigo um precioso instrumento detrabalho, os escritos tupis de Anchie-ta, que lhes seriam úteis também, emparte daquela região.

Sua comunicação direta com os ín-dlos abriu-lhe caminho para conheceros segredos medicinais de muitas er-vas e plantas por eles usadas no trata-mento das enfermidades. A abundantefarmacopéia doméstica e popular bra-sileira, baseada no uso de chás e raízese táo logo difundida em todo o Brasil,tem ai as suas origens. Anchieta uniaao uso desses recursos da natureza suaforça espiritual de intercessão, a solicl-tude constante pelo bem dos índios,dos pobres e simples. Isso lhe valeurapidamente a fama de taumaturgo ede santo, conservada fielmente na me-mória das gerações sobretudo das re-gíões em que viveu.

Anchieta está ligado totimamenteá fundação das duas maiores metrópo-les brasileiras: São Paulo e Rio deJaneiro. Ele foi o primeiro mestre doColégio Piratinlnga (1554), hoje SãoPaulo, cuja fundação assegurou nascrises dos primeiros anos, até que fos-se elevada à categoria de vila peloGovernador Mem de Sá, em lugar deS. André da Borda do Campo (1560). OGoverno da Cidade de Sáo Paulo de-volveu aos jesuítas no ano de 1978 aárea chamada Páteo do Colégio comsua Igreja, em pleno coração da metro-pole, num gesto significativo de reco-nheclmento da vinculação da Ordemao berço da cidade.

Em 1565, Anchieta acompanhou eassistiu a Estáclo de Sá, sobrinho doGovemador-Geral Mem de Sá, na fun-dação do Rio de Janeiro, junto aoMorro do Páo de Açúcar (01.03.1565).

Dal, seguiu para a Bahia, ondecompletou seus estudos de teologia,começados em Piratinlnga sob a orien-taçáo do Pe. Luís da Grã. Ordenou-osacerdote Dom Pedro Leitão, segundoBispo do Brasil e seu antigo condiscí-jpulo em Coimbra. Regressando ao RioIde Janeiro, assistiu à derrota dos fran-ceses e dos Tamoios a eles coligados.'Presenciou a nova fundação da cidadeno Morro do Castelo (20.1.1567), porMem de Sá, e à morte de Estáclo de Sá.

Anchieta foi então superior dos je-suítes de Sao Paulo e São Vicentedurante 10 anos. Posteriormente, pro-vincial, (1577) visitou muitas vezes,durante os 10 anos de serviço nessafunção, todas as obras, residências emissões dos jesuítas, desde Olinda, noNordeste do Brasil, até São Vicente,no litoral Sul de São Paulo. Ficoucélebre o seu profundo conhecimentode nossos mares, dos diversos aciden-tes geográficos e dos riscos inerentesàs travessias, ciência em que sobrepu-java não poucos nautas de profissão.Por outro lado, a recente urbanizaçãode multas faixas litorâneas do Brasilhoje, especialmente nas costas de SãoPaulo, Rio de Janeiro e Espirito Santo,se fez em tomo de antigos redutos deJesuítas, que se distinguem pelo acertode sua localização em relação ao cli-ma, ventos e vários fatores naturais, ode beleza panorâmica entre outros.

Se Anchieta foi como fica dito aci-ma, pioneiro de aculturação sob mui-tos aspectos, ele não foi menos umtributário de seu tempo, partilhando aconvlção de que a hegemonia de cultu-ra e religião devia estender-se em suascaracterísticas históricas a esses no-vos povos, assim como ao crescentenúmero de colonizadores e de seusfilhos, estes últimos já nascidos noBrasil

Ê sob esse angulo que ele se desta-ca para os colonos e mamelucos comosacerdote zeloso e bom pregador, con-servando-se ainda o texto de dois deseus sermões. É na mesma trilha, eseguindo o modelo europeu dos jesuí-tas, que se configuram os colégios,com programas marcadamente numa-nisticos. Anchieta fomentou os estu-dos até mesmo de nível superior. Eletranspunha para a incipiente colôniaatos e cerimônias em uso na Universi-dade de Coimbra. Valorizava muito,como Instrumental pedagógico, a dan-ça, a música e a poesia.

Distinguiu-se por suas cartas, quese constituem em valiosos documen-tos para a História do Brasil Dele sãoas melhores relações sobre a fundaçãoe o desenvolvimento de São Paulo e doRio de Janeiro, o armistício de Iperui,bem como a informação do Estado doBrasil e de suas capitanias e a infor-mação dos Colégios.

Viveu seus últimos 10 anos, emgrande parte, na capitania do Estadodo Espirito Santo, como Superior dacasa de Vitória ou como missionáriodas aldeias indígenas. Foi o tempomais fecundo de seus autos teatrais ede seus escritos históricos chamadosApontamentos, perdidos em suamaior parte, infelizmente.

Morreu na aldeia de Reritiba, hojecidade de Anchieta, no Espírito Santo,aos 9 de junho de 1597. Pranteadomuitos dias pelos maios, seu corpo foilevado por eles até Vitória, a muitosquilômetros de distância. Ali, em sole-ne funeral, o administrador, SimõesPereira, o enalteceu como Apóstolo doBrasil, nome que lhe ficou entre osmaiores evangelizadores desta Terrade Santa Cruz.

CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL ° Rio de Janeira, sábado, 28 de junho de 1980 ?. PÁGINA 7

SIDNEY BECMET

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O VELHO SINATRA

QUER ENGANAR O TEMPO

UM PRECIOSO

DOCUMENTO

MUSICAL

José Domingos RaffaeUi

NA

abalizada opinião de DukeEllington, foram apenas quatroos músicos verdadeiramenteoriginais do Jazz: Louis Arms-trong, Sidney Bechet, CoiemanHawldns e Django Reinhardt.

Sidney Bechet (1897-1950) foi um dos pri-meiros improvisadores a tocar com genuínofeelíng em relação ao swing de execução.Clarinetista brilhante, foi, todavia, no sax-soprano que impôs a sua personalidade irre-sistível. Sua sonoridade ampla e vibrantecativa o ouvinte. Além das frases excitantesapoiadas no vibrato pronunciado, o ataquepoderoso e os arpégios emolduram suasidéias. Cada solo transborda de inspiração,emoção, veia melódica e força criativa. Co-mo Armstrong, ele também foi um emanei-pador do solista e dobrava os andamentos,criando solos dramáticos pelas acentuaçõesmajestosas do fraseado.

Pioneiro do Jazz, tocou com os legendá-rios Freddie Keppard, Buddy Petit e JackCarey. Integrando a orquestra de Will Ma-rion Cook, tocou na Europa em 1919, desper-tando a atenção e o entusiasmo do famosoregente Ernest Anseimet, que escreveu a seurespeito, num jornal inglês, provavelmente oprimeiro artigo publicado sobre um músicode jazi. Bechet estabeleceu a identidade dosax-soprano no jazz, sendo reconhecido co-mo o mestre supremo do instrumento. Elefoi um dos maiores músicos do estilo NewOrleans e de todos os tempos. Terminouseus dias na França, onde viveu como ídolo econheceu o sucesso comercial com sua com-posição Petite Fleur.

Jazz Classics é o primeiro volume da sérieJazz Classics Twins (Blue Note/EMI-Odeon), uma coletânea de gravações de Be-chet realizadas entre 1939 e 1951. A despeitoda variedade de pessoal e formato dos gru-pos, são altamente representativas do grauartístico de Bechet, sintetizando a própriamúsica de Nova Orléans. Na maioria dasfaixas há perfeitas definições da improvisa-ção coletiva—adotada e difundida, emboratotalmente modificada, pelos músicos devanguarda — que os pioneiros de NO prati-cavam desde os primórdios com naturalida-de, vigor e entusiasmo. Todas as fàcetas de8B estão presentes nessas faixas: lirismo,suavidade, ferocidade, definição de estilo ecompleta joie de vivre. Sua música cria erecria os tempos primitivos em preciososdocumentos musicais próprios do estilo NewOrleans.

Em se tratando de um álbum duplo com20 faixas, mencionaremos, de passagem,seus pontos mais notáveis. A gravação deSummertime tem ama história curiosa: im-pedido por ama companhia importante deperpetuar essa composição (julgada antico-mercial, pois na época náo era prática co-mum improvisar sobre standards), Bechetteve carta branca da Blue Note, resultandonuma versão clássica com um dos maioressolos de soprano de todos os tempos eobtendo surpreendente sucesso comercial.

Bechet e o clarinetista Albert Nicholasencontram-se em três faixas que se consti-tuem em estimulantes duetos, especialmen-te Blame Iton the Blues. _

Nas várias sessões de gravação do álbum,SB conta com diversos companheiros nalinha-de-frente. Com Sidney DeParis (trom-pete) e Vic Dickenson (trombone), produziuMuskrat Ramble (com algumas alteraçõesna Unha melódica e com o som do sopranodo lider lembrando, às vezes, um tenor), St.Louis Blues e o clássico Jazz me Blues sãointerpretações puramente improvisadas noestilo New Orleans. Ainda dessa sessão, des-tacamos Blue Horizon, com um solo deBechet dificilmente igualado em sua puralinguagem dos blues e de conteúdo essen-cialmente emocional. Outra sessão, comMax Kaminsky (trompete) e George Lugg(trombone), originou High Society (onde Be-chet baseia sua intervenção no fámoso solode Alphonse Picou, muito imitado pelosclarinetistas do estilo), Weary Blues (cujouníssono é alegre e vigoroso), Jackass Blues(Bechet veemente, Kaminsky com a surdinae um estimulante acompanhamento do bai-xista Pops Foster) e Salty Dog (cantado pelobaterista Freddy Moore e com excelentesolo de Kaminsky com a surdina). Todavia,as gravações com o legendário Bunk John-son (trompete) e o trombone barrelhouse deSandy Williams proporcionam uma idéiacompleta da pureza dos blues em Up InSidney's Fiat, contam com um belo solo deBechet no registro grave da clarineta emLord Let Me In The Lifeboat, o trombonegrowl de Williams em Milenberg Joys e oentendimento perfeito entre Johnson e Be-chet em Days Beyond Recall (no qual Wil-liams toca um contracanto emocionante pa-ra o solo de Sidney e depois tem uma inter-venção expressiva). Acompanhado somentepor uma seção rítmica, Bechet toca com rarasensibilidade e comedimento Dear Old Sou-thland, dobrando o andamento no chorasfinal. O ouvinte ainda tem oportunidade deconhecer o trompetista Frankie Newton, desonoridade mais delicada do que a de seuscontemporâneos, em Pounding Hcart Bluese Blues For Tommy Ladnier (a despedida aoamigo que falecera quatro dias antes, comsolos de trombone por J. C. Higginbotham ede guitarra por Teddy Bunn).

Para concluir, informamos que esse ál-bum foi eleito "o melhor disco de jazz edita-do em 1979" na votação realizada pela revis-ta Jazz Journal, contando com 25 dos maisconceituados críticos do mundo.

¦ ¦ ¦

Em pauta algumas modificações no pro-grama do Rio Jazz Monterey Festival. Den-tro de breves dias a programação será defi-nida.

Tárik de Souza

QUEM

assistiu ao filme The Rose(espera-se que não através damutilada cópia do ópera 2) en-tendeu um pouco mais a rela-ção, às vezes desesperada, quese estabelece entre o artista e

seu público. O paralelo traçado no roteiroentre a dependência de drogas e aplausoscausa indelével e verossímil impacto. Embo-ra odeie o rock e sèu ambiente, o velhoFrank Sinatra não escapa ao enquadramen-to do filme The Rose. Aos 58 anos de idade,em 1973, depois de uma fracassada tentativade desligar as turbinas, o cantor, bilionáriomas incapaz do silêncio da aposentadoria,voltou aos palcos. Mesmo arriscando seuconhecido perfeccionismo técnico. Mesmosubmetendo aos microfones sua vozdesgas-tada em noitadas nos cassinos e bares.

Afastou-se, porém, o mais que pôde dosregistros em disco, porque, despidos do ca-risma do cantor no palco, eles costumamdesnudar com multo maior eficiência o en-fraquecimento de sua voz abaritonada. De-pois de quase cinco anos sem novidades (noBrasil, o grande número de lançamentos deSinatra deve-se ao trabalho de reediçõescuidadosas do colecionador Roberto Quar-tin), enfim, o produtor Sonny Burke levouuma fórmula ao agrado de Sinatra. Umálbum triplo, que insinuasse transcendên-cia: Passado, Presente e Futuro, dessa car-reira de quase meio século. Gravado no finalde 79, com aparatosa produção, Trllogy (Re-prlse/ WEA) Já está nas lojas brasileiras, aosalgado preço de Cri 1 mil — de qualquerforma um vigésimo do que foi cobrado aosespectadores de seu show no Rio Palace, háalguns meses.

O primeiro disco, como swing orquestral,de Billy May, predominância de metais, lem-bra o Sinatra velho de guerra, de More ThanUou Know, Ali of You, But Not For Me, The

Song Is You, It Had to Be You e, principal*mente, a irresistível versão de Let's FaceThe Muslc and Dance. A canção americanae seus principais artífices (Cole Porter,Hemmergsteln, Ira & George Gershwin, Ir-ving Berlln, victor Yong) estava no auge ecom ela seu cantor oficial, esse mesmoSinatra. Até a pilhéria um tanto desengon-çada de They Ali Laughed, escrita peladupla Gerswin paa o musical Shall WeDance, de 37, soa bem nessa versão.

Ò segundo disco prova o profissionalismodo cantor. Apesar da aversão pelo rock(chegou a fazer campanha contra ele aindana década de 50) e por seu maior ídolo, ElvisPresley, Sinatra curva-se ao inegável êxitodo movimento, escolhendo um repertório dosetor mais compatível com o estado atual de

Frank Sinatra: partir cantando

sua voz. O resultado é um disco melo melan*eólico de baladas levadas em andamento àsvezes exageradamente lento, como Mac Ar-thur Park ou Song Sung Blue, esta do reper-tório de Neil Diamond. Em compensação arecente Just The Way You Are, de BilllyJoel, foi acrescida de balançados metais. Euma das raras composições assinadas porElvis Presly, Love Me Tender, ganhou umaversão lntimista para sua longa carreira degravações.

No disco referente ao futuro, no entanto,as coisas desandam para a grandiloqüência.Uma peça musical inteiramente compostapor um dos arranjadores favoritos de Sina-tra, Gordon Jenkhis, conta através de suasvolumosas cordas (45 violinos!), nada menosde 11 contrabaixos e outros tantos metais,além de enorme coral, a saga do cantor e doproprlo planeta. Algo místico e superprodu-zido como Os Dei Mandamentos de Cecil B.de Mille. Conversa o cantor com o coro,discorrendo sobre Vênus, Júpiter, Saturnoetc., depois que o cantor se apresenta: "Meunome é Francis Albert Sinatra, canto músi-cas de amor ao entardecer, na maioria dasvezes em sal oons. ..Gosto de me sentar dolado de fora de casa nas noites de verão, comum drink na mão e uma canção enluaradano estéreo, para olhar as estrelas." E Sinatraalça vôo. Ou, pelo menos, pretende, nas asasda paquidérmica orquestração e do libretoque, lá pelas tantas, reconhece: "Chega umtempo em que é necessário pensar nas crian-ças e no mundo em que viverão. Não estoucerto de poder fazer algo por elas. Mas euposso tentar, eu posso tentar."

Atravessadas as densas florestas de pie-guismo desse The Future, o ouvinte tem oirresistível impulso de voltar-se para o disco1, The Past, onde repousa o tesouro sinatria-no. Do füturo, talvez permaneça apenas apromessa final da enorme pantomima deGordon Jenkins: "Quando eu partir, aindaestarei cantando."

Resta saber como.

A CULTURA DOS MÍNIMOS NO

ESPETÁCULO CAIPIRA

José Nêumanne Pinto

NA

terceira eliminatória do Festi-vai MPB-80, da Rede Globo deTelevisão, o júri deixou de cias-sificar justamente a única can-ção concorrente que mereceriaalgum interesse dos críticos e do

público, representados por seus 200 compo-nentes. Com um arranjo de cordas multobonito, a moda de viola Que Terreiro é Esse?foi sacrificada para que encontrassem cincomúsicas que fatalmente se perderão no pan-tanal da indiferença, uma vez que sua tônicaé a mediocridade.

Só há uma explicação para a desclassifl-cação da música: continua a ser muito forteo preconceito contra a cultura caipira dointerior do Estado de São Paulo, atingindotambém Minas Gerais, Goiás e Mato Grossodo Sul. Ao contrário da música regionalnordestina, beneficiada pelo movimento derecuperação liderado junto aos intelectuaispelo grupo tropicalista baiano, a do Sudestedo país continua sendo sumariamente igno-rada e veemente nwrglnaH«irin Numa panade classe média, habitada por gente de níveluniversitário no Brasil, felizmente um discode Luiz Gonzaga jé é ouvido com prazer esinal de status cultural, ao contrário do queacontecia há uns 20 anos. Um disco deCascatinha e Inhana, contudo, merecerá, nomáximo, risos misericordiosos.

Para esse preconceltuoso público de cias-se média, portanto, Na Carrera do Divino, oespetáculo de Carlos Alberto Soffredini, compesquisa e interpretação do Pessoal do Vic-

b • !

tor, da Universidade Estadual de Campinas(Unicamp), formado por Adilson Barros,Eliane Giardini, Marcilia Rosário, MárcioTadeu (autor da cenografia), Maria ElisaMartins, Paulo Bett (também diretor), Rei-naldo Santiago e Wanderley Martins (diretormusical e autor das músicas), é uma revela-ção preciosa.

E agora, depois da excelente recepçãopor parte de critica e público de teatro, emSão Paulo e no Rio, o grupo lança, pela RCAVictor, a trilha sonora do espetáculo, levadoao palco no ano passado. O disco reúne umaantologia das músicas e dos textos conside-rados mato interessantes da apresentaçãoteatral. São os casos de Na Carrêra doDivino, de Adilson Barros, Sá Terra, NaCarrêra do Paiolão, Amanhecer, A Origem

da Roça, O Muchiráo da Colheita, A Caçada(Tema do Curupira), Na Carrêra do Anti-Cristo n°s 1 e 2 e Na Carrêra do Boi Assado,todas músicas de Wanderley Martins e Car-los Alberto Soffredini, Apuros de um SantoCasamenteiro, com tema musical de Wan-derley Martins e texto do autor da peça, OCuitelinho, tema do folclore de Mato Gros-so, adaptado por Paulo Vanzolini e já grava-do por Diana Pequeno, e Moreninha, Se Eute Pedisse, bela modinha também do folclo-re, adaptada pelo professor Rossini Tavaresde Lima e já registrada em gravação ante-rior.

Para entender bem a cultura caipira pau-lista e assim poder romper a barreira depreconceitos que impede seu acesso à classemédia urbana, é preciso, ao se ouvir o disco,lembrar-se das palavras escritas pela profes-sora Walnice Nogueira Galvão, em comentá-rio na revista Somtrês: "Nossos ouvidos,adestrados pelos mais sofisticados tipos desons, podem estranhar aquilo que nos apare-ce como pobre, fraco ou meramente ruim.Mas, e especialmente no presente caso,quando este som expressa justamente umacultura parca, constituída de mínimos, co-mo é o caso da cultura caipira, o som apre-senta uma adequação perfeita ao objeto doespetáculo."

Nas 14 faixas do disco, produzido porNonô Basílio, da dupla Nonô e Naná, oouvinte urbano encontrará razões de sobrapara passar a procurar discos de músicacaipira nas lojas, sabendo ser aquela umaexpressão válida da cultura rural brasileira enão uma forma inferior de expressão musi-cal, como sempre lhe foi ditado pelo precon-:ceito bobo.

O LADO

MAIS LEVE DE

VIENA

Luiz Paulo Hortar

E

certamenteuma pena que,por íalta de for-mulaçáo ou deoportunidade,

uma pessoa dotada de ou-vido musical chegue aoSm dos seus dias sem tertido contato real com umasó sinfonia de Beethoven.Mas também é uma penaque pessoas dotadas des-se mesmo ouvido, e tendotido toda a formação e asoportunidades necessá-rias, percam de vista cer-tos territórios da músicasob a desculpa de que setrata de "música ligeira".Bem-aventurados os quepercebem que entre umasinfonia de Beethoven euma valsa de Strauss —ou um choro de Pixingui-nha — não há, afinal, tan-ta diferença.

No que se refere às vai-

ABERTO RAS M VI UIA 1 Tf N. I

Ofípcsffe F í I arei í> n te a <! a V k'í 5yy í I v

1

sas de Strauss, há perma-nentes descobertas a se-rem feitas por um ouvidodesprevenido. Logo em se-guida à estréia de uma no-va sinfonia, em Viena,Brahms foi abordado poruma senhora da sociedadeque lhe entregou o seu le-que, pedindo que o mestrerabiscasse ali, a título desouvenir, o primeiro com-

passo da obra recém-apresentada Brahms, quetinha o seu peculiar sensode humor, rabiscou o pri-meiro compasso do Danú-bio Azul; escreveu porbaixo: "Pena que não sejameu". Na série Jubileu daEMI-Odeon, surgem ago-ra, com o selo da London,

mais algumas gravaçõesdessa boa música ligeira:obras de Strauss com aFilarmônica de Viena re-gida por Karajan; a músi-ca do Fausto, de Gounod,com a orquestra do Co-vent Garden e Sir GeorgeSolti; a Gaité Parisiense,de Offenbach, pelos mes-mos; e outras peças da ve-lha Viena com a Filarmô-nica local regida por WillyBoskovsky. Gravações deexcelente qualidade.

Drummond

DOIS CONTOS E

UM POEMINHA

HISTÓRIA GERAL

DOS TUKANO

n ERTA me contou:Pi Antes o mundo não existia,

eram só águas pretas onde passouuma canoa, Que também podia ser umacobra, sei lá. Dentro dela ia a humanidadefutura. Em pé, com seu bastão de coman•do, o fundador dos Tukano, chamadoEmekho Panlamim. Aportaram no lugardevido, e o mundo existiu, com danças, 28pratos de mandioca e uma vasta malocade 20 metros de frente por 20 de fundo,onde todos eram felizes, e cada homem sóamava sua mulher. Mas-vieram os missio-nários, acharam aquilo imoral e destruí•ram a maloca.

Hoje o mundo continua existindo, ouparece que, mas os Tukano vivem empequeninas casas isoladas, e vendem co-mo objetos industriais os antigos instru•mentos de culto. Umusin Panlon Kumu eseu filho Tolaman resolveram entretantocontar a história verdadeira da origem davida, tal como foi de verdade, e não comose pretende obrigá-los a crer. No AUo RioNegro, dois Tukano mostram a morada doGrande Morcego, que fica no alto da esfe-ra de quatro camadas, desenhada porTolaman, e só não vê essas coisas quem écego de olhos ou de coração.

DINHEIRO VOANTE

NO

interiof do carro, o homem abriua maleta cheia de dinheiro. Queriaver, sentir a presença das notas,

aquele prazer. Pra que foi fazer isto? Ovento, que era brisa na rua, engrossou,tornou-se rajada violenta e espalhou peloar o conteúdo da maleta, que saiu esvoa•çando.

Por mais que o homem gritasse ao motoris-ta: Pára! Pára! ou o motorista era surdoou não havia possibilidade de frear nomeio da multidão de veículos em dispara-da, ou as duas coisas juntas.

O dinheiro fazia graciosas evoluçõeslá fora, às vezes entrava nesse ou naquelecarro, pousava ou saía sem que ninguém opegasse. Eram notas de 500, 100, 10, 5cruzeiros, nenhum barão, mas todas ver-dadeiras. O homem levava dinheiro deempresa. Desesperado, já se via demitido,recolhido ao xadrez, desmoralizado emendigo. E o carro seguindo, inexorável,entre centenas de carros e ônibus.

No interior de um dos ônibus, o moto-rista gritou:

Essa eu não perco!

Em manobra rápida, jogou o veículosobre a calçada e, saltando como borbole-ta, atirou-se no mar de veículos, cami•nhando em direção contrária, agachando-se, pulando, tornado-se fininho, de borra-cha, espuma de sabão, folha de papel.Avançava, recuava, contornava, as mãosávidas recolhendo notas no asfalto, no ar,metendo-as atabalhoadamente nos bolsos,perdendo uma, arrecadando outras, infa•tigável e rodeado de mil oportunidades demorte.

Os passageiros do ônibus, calados, es-perando. Ninguém ousava dizer nada. É omelhor que se pode fazer, em circunstán-cias insólitas, num ônibus. Voltaria o mo-torista? Nunca mais? Quem sabe?

• Ele voltou, suado, sujo, empunhandoum monte de notas amarradas, outrasnotas espiando dos bolsos. Feliz da vida,exibia aos passageiros, mais do que odinheiro, a sua glória:

Essa eu não podia perder! Não étodo dia que Deus lembra assim da gente!

BRINQUEDOS PARA

HOMENS

Embora eu seja adulto,não me seduzem os brinquedos eletrônicosque a moda, irônica, me oferece.E excogito:Que brinquedo inventar para o adulto,privativo dele, sangue e riso dele,brinquedo desenganado mas eficiente?Tenho de inventar o meu brinquedo,mola saltando no meu íntimo,alegria gerada por mim mesmo,e fácil, fluida, pluma,pétala.

Sem o pedir às máquinas e aos deuses,que cada um invente o seu brinquedo.

Carlos Drummond de Andrade

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ISIDNEY BECHET

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PÁGINA 8 D CADERNO B D JORNAL DO BRASIL a Rio de Janeiro, sábado, 28 de junho de 1980

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DE FÁBIO CIÚNIOR?!

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PROBLEAAA N° 414

1. carnavalesco (7)2. convento (8)3. espantalho (7)4. feito de mirta (6)5. grande número de moscas (8)ó. grande saber (7)7. invertebrado de olhos peque-

nos (9)8. lembrança (7)9. maquinista de carro (9)

10. mastigar (8)

11. mau cheiro do mar (7)12. moededura (5)13. panela de lata (7)14. parte do pé entre o tarso e os

dedos (9)15. pequena onda (6)16. pequeno canal (5)17. relativo a metro (7)18. repetição do fonema M (9)19. rigoroso (8)20. tratar com mimo (8)

Palavra-chave: 14 letras

Soluções do problema <f 413: Palavra-chave: SELENOTOPOGRAFIAParciais: sáfaro; sôfrego,- santigor,- sagindr; selenografia; salientar,- senatoria,-sotopor,- santoro; sonífero,- sortílego,- saprófago; segetal, setígero,- sonial,- sapiente;sangria; solarengo; soportal,- saleiro.

Consiste o LCX30GRI-FO em encontrar-se de-terminado vocábulo,cujas consoantes já es-tão inscritas no quadroacima. Ao lado, à di-reita, é dada uma rela-ção de 20 conceitos,devendo ser encontra-do um sinônimo paracada um, com o nume-ro de letras entre pa-rênteses, e todos come-cados pela letra inicialda palavra-chave. Asletras de todos os sino-nimos estão contidasno termo encoberto, erespeitando-se as le-tros repetidas.

iif. m J> ^-««>>;ESPECIAL

DOMINGOJORNAL DO BRASIL

RUZADAS CARLOS DA SILVA

HORIZONTAIS — 1 — pequeno fatia depão, servida, em geral, como aperitivo,sobre a qual se põem diferentes pastasalimentícias condimentadas, ou pedaçosde ovo cozido, fatias de salmão defumado,de presunto, tomate ou outros ingredientes,-6 — processo usado em radioastronomia,no qual o utilização da reflexão de radio-freqüências permite medir a distância devários corpos celestes; 9 — aterro à beirade rio para proteger contra inundações oscampos ou lugares marginais; terra ajunta-da ao redor do tronco das árvores pararesguardar-lhes as raízes contra o calor,-10— ter dedicação ou devoção a; II — festajaponesa das lanternas, em honra dosantepassados; 12 — que não goza deliberdade; forçada á escravidão,- 13 —região tenebrosa que ficava por baixo daTerra e por cima do Inferno; IS — cerimô-nia religiosa que w celebra todos os dias,

durante um ano; 17 — o altar do testemu-nho (assim designado pelas tribos de Ru-bem e de Gad); 18 — material constituído,em grande parte, de monozita mescladacom grânulos de zirconito, o que lhe dáuma coloração amarela semelhante à doouro,- 21 —a parte anterior, transparente ede curvatura acentuada, do esclerótica; 24

cada um dos tubos suplementares emóveis, de cumprimentos diversos, que osinstrumentistas intercalavam no circuito so-noro da trompa lisa e do trompete simples,para obter novas séries harmônicas, me-diante a modificação do comprimento dotubo principal; 25 — pôr para dentro,- 26 —exaltar, engrandecer; 27 — (Bifo.) ladeiraque limita o deserto de Jeruel, onde foramdizimados antes de entrar em combate osexércitos que marchavam contra Josafá; 28

que têm muitos anos; velhos; 30 —velbacos; astutos; 31 — chão.

VERTICAIS — 1 —cado uma das festeirasdo banco sobre o qual trabalham marce--tetros e carpinteiros; cada uma das duaspecos de ferro que fixam o objeto que sttorneia; 2 — inclinaçõo ou apego profundoa algum valor ou a alguma coisa queproporcione prazer; 3 — família, linha-gem; 4—símbolo do astatínio; 5—pacotede papéis velhos que simulam papel-moeda, geralmente cobertos por uma notoverdadeira, e usado pelos vigaristos aopassarem o conto-do-vigário; 6 — queexcedem os outros; 7 — peça de ferro, comgume, adaptada à extremidade de umpau, com que te abrem buracos parasemente» no chão (pi.); 8 — realizado deviva voz; 10 — gênero de formigas a que

pertence a soúva; 14 — indivíduo de umotribo indígena extinta do MA; 16 — doRomênia; 19 —contorno inferior medianoe longitudinal do bico das aves; 20 —terceira divisão do estômago dos ruminon-tes; 21 — povos nômades do Norte daEuropa e da Ásia; 22 — fecundos emidéias, ou em imagens, que produzem emgrandes quantidades; 23—gás que consti-tui a atmosfera terrestre, constituído, apro-ximadamente, por oxigênio, nitrogênio, equantidades ligeiramente variáveis de va-por dágua, dióxido de carbono e argônio, eoutros gases nobres; 29 — o porceiro quenão compro cartas (no jogo do voltarete).léxicos: Melhoramentos, Aurélio e Cosa-novas.

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HORIZONTAIS — brucelose, rume; ubeba,- imemorados;gorilo, ata, ambo; dele, ileo; og; redente; rudimentar,-aio, ota, tros, larva.

VERTICAIS — brigador, rumo, umeral; cemitérios,- luro;obo, sedimentar, ebo; aspa, olo, alenta,- bota; eguar,ideal, erva, dia

Correspondência • remetia de livros e revistas para:Rua das Palmeiras, 57 ap. 4—Botafogo —CEP 22 270

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CARNEIRO — 213 a 20/4

Finanças — Trabalho — Com os astros bem-influenciados você poderá aumentai seus nego-cios em grande proporção. Umo proposta vai ser-lhe feita e você ficará muito lisonjeado(a). Via-gens boas. Amor — Você receberá boa noticiosobre uma pessoa que está afastada de você.Ótimos perspectivas no plano familiar. Cuide deseus filhos. Pessoal — Visitas e contatos benéficoscom uma pessoa útil. Saúde — Você rerá umaexcelente resistência.

TOURO — 21/4 a 20/5

Finanças —Trabalho — Não deixe seu empregosem ter outro. Dia pernicioso. Cuidado com osnegócios. No plano profissional discussões inúteiscom seus chefes. Evite as despesas supérfluasAmor — O dia será muito curioso: você procuraamiíade e encontrará o amor. Saiba oproveiiá-loPessoal — Sejo mais socióvel. Encontro feliz parao futuro de seus negócios. Saúde — Evite osexcitantes.

GÊMEOS — 21/5 a 20/6

Finanças —Trabalho — Não fale de seus projetosnem de seus negócios. Cuidado com certas pes-soas que náoeslorão dispostos a ajudá-lo(a). Adietodas as assinaturas. Viagens favorecidas. Amor

Um encontro poderá dar-lhe uma grande .satisfação. No seu ambiente familiar, alguémprocuro estragar a suo felicidade, mas, felizmen-te, não conseguirá. Pessoal — A amizade exigemuitas vezes sacrifícios e discrição. Saúde — .Pequenas indisposições passageiras.

CÂNCER - 21/6 o 21/7

Finanças — Trabalho — Vá em frente e podecomeçar um negócio novo. Você poderá até tomardecisões importantes para o seu futuro. Bom climafinanceiro. Chance se você é representante. Amor

O clima sentimental será neutro, mas há boasperspectivas de consolidação de um amor sério.Apesar de tudo, cuidado com certas pessoasciumenras. Pessoal — Olhe para trás e examineseus problemas com objetividade. Saúde — Sigaunia boa dieta.

LEÀO — 22/7 a 20/8

Finanças — Trabalho — Entre em contato comuma pessoa jovem e dinâmica. Durante o dia vocêdeve agir e pôr em execução os seus projetos.Comércios de luxo favorecidos. Pode viajar. Amor— Muito cuidado, pois você poderá ferir umapessoa que o(a) ama. Seja prudente. No planofamiliar, discussões e mal-entendidos. Pessoal —Você preciso distrair-se. Freqüente suas antigasrelações. Saúde — Boa: grande resistência física.

VIRGEM — 23/8 a 22/9

Finanças —Trabalho — Aborreci mentos f inancei-ros nos negócios litigiosos. Felizmente o domínioprofissional será bem-influenciado. Você podemudar de emprego Assine atos. Amor — Climade amor no qual a sua sensibilidade será grande.Você pode resolver todos os seus problemasfamiliares. Cuide bem de seus filhos. Pessoal —Acabe com o amor-próprio e dê o primeiro passopara se reconciliar com um amigo(a). Saúde —Vigie o seu estômago.

BALANÇA — 23/9 o 23/10

Finanças — Trabalho - Negócios nulos. Nãoassine documentos Aborrecimentos com os seuscolaboradores. Você encontrará dificuldades nasua vida social. Bom clima financeiro. AmorBom clima sentimental. Amor novo. Você tem a iseu redor amigos (as) excepcionais que procuramtornar a sua vida agradável. Satisfações no seular. Pessoal — Estude bem o caráter das pessoosque o rodeiam e você aprenderá muito. Saúde —Boa forma.

ESCORPIÃO- 24/10 o 21/11Finanças—Trabalho Todas as iniciativas vãodar bons resultados. Você terá bastante sorte noplano financeiro e no plano administrativo. Podeprocurar capitais para novos empreendimentos.Amor Pese bem suas palavras e seus atos. Eviteas brigas. Além disso, as aventuras são desacon-selhadas: há risco de aborrecimentos. Cuidadocom seus filhos. Pessoal Não procure fazer umtrabalho suplementar Saúde Dores nas articu-lações, cuidado.

SAGITÁRIO— 22/11 o 21/12

Finanças —Trabalho Excelente dia. Sorte nosnegócios no trabalho e nas finanças. Tudo seráfácil. Use a sua diplomacia para que suas iniciati-vas sejam admitidas Viagens favorecidas. Amor- Cuidado, pois o que você escondeu até agorapoderá ser brutalmente revelado e isto poderátrazer-lhe dificuldades junto a pessoa amada.Pessoal Excelente dia para você tomar provi ¦dèncio a respeito de suo correspondência. Saúde

Seu estado nervoso não será bom.

CAPRICÓRNIO — 22/12 o 20/1Finanças—Trabalho Idéias originais, soluçõesengenhosas e recebimento em dinheiro. Vocêsaberá assumir riscos sem cometer imprudências.Sorte se for comerciante ou artista Amor - Umconselho muito proveitoso sentimentalmente eque virá de uma pessoa sensata que só desejo asua felicidade. Pessoal Harmonia perfeita comseus melhores amigos (as). Aceite os suas suges-toes Saúde Cansaço sem importância.

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AQUÁRIO — 21/1 o 18/2

Finanças —Trabalho — Sorte se você for secreta-rio (a). Acordo, negociações e soluções moteriaisOs esforços serão recompensados e seus empreen-dimentos váo progredir. Estudos favorecidos.Amor — Você saberá comunicar a alegria de viveròs pessoas que ama. Neste excelente clima, podefazer proietos paro o seu futuro. Harmonia emfamília. Pessoal — Vido particular interessante.Consolide as suas relações, Saúde — Excelente:pratique esporte e ioga.

PEIXES - 19/2 o 20/3

Finanças — Trabalho - Você terá uma grandepossibilidade de valorizar o sua personalidade epodero trabalhar utilmente Plano financeiro per-nicioso infelizmente Não especule AmorVènus esto em quadrotura fenha cuidado poishavero um mol-enlendido com a pessoo amada,criado por você mesmo (a) Saibo reconhecer seuserros Pessoal Procure reorganizar o sua caso.Saúde Circulação sangüíneo defeituosa.

CADERNO B O JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, sábado. 28 de junho de IQRO D PÁGINA <>

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GUIA SEMANAL DE IDÉIAS E PUBLICAÇÕES

OS ESCRITORESDO CONGRESSO

A política é absorvente e às vezescria inibições. Mas todos eles estão

com livros a caminho do prelo

Abdias Silva

BRASÍLIA

— De um total de487 senadores e deputados,apenas seis podem real-mente ser considerados es-critores, e mesmo estespouca coisa produzem en-

quanto exercem mandatos, sob a alega-ção de que "a politica é muito absorven-te", conforme as palavras do Sr LuísViana Filho, presidente do Congresso emembro da Academia Brasileira de Le-trás, ou de que "temos tempo material,mas não temos tempo psicológico", se-gundo o Deputado Brnani Sátiro, daAcademia Paraibana de Letras.

O Senador Jarbas Passarinho, líderdo Governo na Câmara alta e membroda Academia Brasileira de Letras, temapenas um livro publicado, Terra En-charcada, e ao longo de tantos anos deatividade parlamentar só encontroutempo para "planejar" um ensaio sobrea Amazônia, que é aliás o ambiente doseu romance.

O Sr Passarinho confessa que "escre-ve pouco, porque não tem tempo". Elejá realizou uma observação sobre o fun-cionamento do telefone de sua residên-cia e constatou que o aparelho nuncapassa mais de três minutos em silêncio,em média. Por isso, instalou em seuapartamento uma secretária eletrônica.

Apago a rninha luz diariamentedepois de uma hora da manhã, e aindaassim não esgoto a matéria ligada aoSenado e ao Papa. Vè-se por ai que aatividade política compromete minhaatividade de escritor.

Acha que a condição de líder doGoverno cria alguma inibiçáo para acriação literária?

—Inibiçáo, não; restrições, sim, mes-mo para os meus artigos de jornal. Sem-pre há o perigo de tomarem a minhaopinião pela do Presidente da Repú-blica.

O Sr Luís Viana, que estreou nasletras em parceria com Aliomar Baleei-ro (O Direito dos Empregados no Co-mércio), indagado sobre que livros templanejados, responde:

—Aspirados, dois. Gostaria muito defazer a biografia de Eça de Queiroz, masando sem tempo. Sinto-me também se-duzido por biografar Euclides da Cunhae cheguei a levantar alguns dados, Oque me falta é uma visita a São José doRio Pardo. Já estive conversando comuma neta de Euclides e verifiquei quehá uma volumosa matéria inédita sobreele.

Seu próximo lançamento será umareedição das biografias de Rui, Nabucoe Rio Branco, em papel bíblia, na Cole-ção Alma do Tempo, dirigida por Afon-so Arinos na Editora José Olympio, Rio.O livro talvez ainda saia este ano.

O Sr Luís Viana confessa que, detodas as biografias que já fez, a que maisaprecia é a de Rio Branco; a que lhe deumais trabalho foi a de Machado de Assis("porque ele era um homem desorgani-zado"); mas a que obteve maior êxito(está na oitava edição) foi a de Rui.

- Escrever uma biografia—observao Senador—não é apenas narrar crono-logicamente a vida de alguém. Torna-senecessário criar um centro de interessepara o leitor em tomo do personagemque escolhemos. Criar um centro deinteresse sobre os fatos de sua época,tendo o cuidado de ser fiel á realidade.Se dissermos que em tal dia estavachovendo, não será apenas para falarbonito. Tudo o que dizemos deve servirpara reproduzir a época em que situa-mos a história, condicionando o biogra-fado aos fatos do seu tempo.

Afirma o senador biônico não terqualquer inibiçáo para escrever em de-corrència de ser homem do Govemo econsidera que a Academia "tonou-se oórgão mais representativo da culturanacional" Ele lamenta que homens co-mo Gilberto Freyre e Erico Veríssimonunca tenham batido às portas da Aca-

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T-! 5~ ~T !"j WÊ ficção sobre a seca __t _fl _¦ _*!Jarhas Passarinho: planejado ~^B _^_fl _^__

demia. Gilberto se queixa do regimento,que exige que o candidato requeira suainscrição e peça votos, mas o Sr LuísViana diz que isto já é uma tradição.

Rio Branco e Euclides da Cunha—lembra ele tiveram que ir de porta emporta pedir votos. Isto só não aconteceucom Getúlio Vargas, uma exceção quevista hoje à distância não parece tersido feliz. Fez-se uma modificação regi-mental pela qual qualquer candidatopoderia ser apresentado por 10 acade-micos. Resultou em atrito e por isso ocaso não se repetiu, o dispositivo foieliminado.

O Senador José Sarney, presidentedo PD8 — o Partido governamental —está atualmente realizando a via-sacraregimental, pedindo votos para sua elei-ção. Ele acha que a Academia "é umsímbolo"

A sociedade industrial — diz o SrSarney — cria valores materiais. O su-cesso é o dos negócios ou o do poder. AAcademia é o símbolo maior dos valoresespirituais. Eu, como político e escritor,vejo-a como afirmativa de que essesvalores —. os valores acadêmicos, osvalores espirituais — são maiores doque todos os outros. De sandálias, aspi-ro a ser naquela casa um dos que bus-cam manter os outros valores, os valo-res de criação literária. E ninguém es-queça que nasci no Maranhão.

José Sarney, como Passarinho, temuma bagagem literária reduzida: umlivro de contos (Norte das Águas) e umde poesias (Marimbondos de Fogo).—A vida nos fez aceitar—explica ele— um conflito permanente entre a voca-çáo de escritor e o chamamento dapolítica. Evidentemente que em mate-ria de distribuição do tempo uma ativi-dade-interfere decisivamente na outra.Mas, por outro lado, uma enriquece aoutra. A visão de escritor dá à políticauma realidade diferente. As pessoas efatos confundem-se com o mundo da

José Sarney: um romance em revisão

ficção e a flcçáo confunde-se com omundo da realidade política. A literatu-ra sempre me ajudou a suportar o ladoamargo da politica. Ela sempre foi omeu refúgio. A política sempre teve deminha parte um tratamento com valo-res mais altos. Quando fui eleito presi-dente da Arena, no meu discurso deposse disse que iria desempenhar o car-go "com uma gota de poesia". Quandogovernei o Maranhão todos falavam: Éum govemo de poetas. E, para felicida-de rninha, no Palácio dos Leões, naplaca de restauração, está escrito: "Estepalácio foi restaurado no governo felizdo poeta José Sarney." Esta é a glóriaque não murcha.

O Senador Sarney tem um romancepronto, que sairá.ainda este ano.

Mas estar pronto e pronto paraimprimir são coisas diferentes—diz ele.— Sempre trabalho muito sobre o texto.Escrever é sempre difícil e a arte dapalavra deve ser praticada como se fi-zéssemos uma escultura. O livro preten-de ser uma saga brasileira, trata doencontro e o conflito de duas culturas, anordestina, agreste, rude, humana, he-róica, introspectiva, e a do Sul, urbana,implacável, não telúrica, mas tecida portrágica destinaçâo. O nome provisório éMajor Sertório 17. Não gosto do título,estou garimpando outro. Mas foi o pri-meiro que me ocorreu e livro é comofilho, batizado se torna difícil mudar onome.

Como Passarinho, Sarney sofre tam-bém do processo de limitações decor-rentes do seu status político.Sáo limitações de toda natureza—observa ele. A criação literária fica con-tida pela condição política. Talvez sejaesta a grande barreira entre o político eo escritor. Um político publicar um livroé um gesto de coragem e audácia. Ascríticas são multiplicadas, e muitas ve-zes ninguém veste a indumentária daisenção para separar um do outro e

J.G. ile Araújo Jorge: poemas em espanhol

julgá-los. Tenho duas vivências: quandoentreguei o original de Maribondos deFogo a um amigo, ele leu e me disse:você como político não pode publicaresse livro. Vão destacar versos, detur-par, glosar etc. O livro publicado, oeditor de uma revista me disse quemandou tázer um registro. O responsa-vel pela seção literária voltou e disse: olivro é bom, excelente, mas o Sarney é opresidente do Partido do Govemo, evamos meter o pau. Evidentemente aresenha não saiu, mas a confissão deque ele achava o livro bom também nãosaiu. A rninha fidelidade a esta vocaçãoliterária nada tem a ver com o pragma-tismo da vida. Ela é um destino e eu mesinto feliz por cumpri-la. Ela é a grandemotivação de minha vida, esta outravida, sem mandatos, sem títulos, semluzes. A solidão de mim mesmo.

Sarney diz ainda que aos 17 anosescreveu um romance mas teve a cora-gem de rasgá-lo, embora "rasgar umlivro seja assim como matar um pedaçoda gente", ao mesmo tempo em que éum gesto de egoísmo, "achando que elenáo está à altura de nós mesmos".

E por fim, confessa:— Minha ambição é envelhecer no

Maranhão, escrever histórias e memô-rias. Afinal, velhos devem consumir ashoras remoendo o passado e escrevendomemórias. Os meus momentos livressão dos livros, ler e escrever é tudo paramim. E, quanto à poesia, ela é umaparte da existência de Deus. Criar semlimitações nem compromissos com oreal. A poesia é o milagre de colocarnum verso o sofrimento do mundo etransformá-lo num instante de alegria erealização.

Um romance sobre o Nordeste, inti-tulado Os Vivos, é o que o SenadorAderbal Jurema, vice-lider do Governo,promete para o próximo ano.

— Com a publicação desse romance— anuncia o Sr Jurema, membro daAcademia Pernambucana de Letras eda Brasiliense — pretendo voltar a termais assiduidade no campo literário, doqual nunca me desliguei inteiramente.A política interfere na criação literária,porque esta requer disponibilidade deespírito, e a política, megera ou donzela,é tâo absorvente quanto o amor. Averdade é que a política nos rouba otempo nào apenas cronológico comotambém psicológico.

Ainda assim, o Sr Jurema já estárascunhando outro romance, este sobrea vida atual do homem público, Umromance com toques autobiográficos.

Como o Senador pernambucano, Er-nani Sátiro, queixou-se da falta do tem-po psicológico para escrever. Tem pron-to para publicar, no entanto, um roman-ce intitulado Dia de Sâo José, ligado aepisódios na Paraíba, durante a seca de1958; e afloram também cenas da cam-panha política entre José Américo eRuy Carneiro.

O ex-Governador da Paraíba, autorde dois romances (Mariana e O QuadroNegro) tem também alguns contos, umdos quais aparecerá na Antologia deContistas do Congresso, a ser lançadabrevemente na Coleção Machado de As-sis, do Comitê de Imprensa do Senado.Mas ele também é poeta e promete umlivro de poemas: O Canto do Retarda-tário.

Em vendagem, o recordista no Con-gresso é o poeta J.G. de Araújo Jorge, 34obras publicadas, 2 milhões de exem-plares vendidos, ao longo de trinta anosde poesia. Os dois best-seller de suabagagem são Amo (16 edições) e o ro-mance Um Besouro Contra a Vidraça,na 12* edição.

Ele também concorda em que a poli-tica rouba o tempo, mas "de vez emquando o caboclo baixa". A propósito,lembra o que ocorreu com os dezessetepoemas em espanhol que incluiu nolivro Nosso Tempo, a ser publicado ain-da este ano. Certa noite foi despertadopor sua mulher, porque estava a falar.Levantou-se e de um jato passou para opapel os 17 poemas que lhe haviamchegado durante o sono.

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PÁGINA 10 D CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, sábado. 2fl de junho de 1980

OS INDESEJÁVEIS

UANDO em 1950 saiu pu-m m blioado o romance A¦ ¦ Canção da Relva (The

Grass Is Singing), da in-glesa Dorls Lessing, a co-' munidade branca da

África meridional, em particular a Ro-désia, onde ela vivera muitos anos,ficou indignada. O livro simplesmentemexia com todos os conceitos e pre-conceitos que haviam feito daquelaparte da África um paraíso para obranco disposto a juntar dinheiro e uminferno para os negros preteridos portoda e qualquer lei, castigados se co-metessem infração sexual, se ousas-sem transpor os limites da barreira dacor. Consciente de quais eram as feri-das, Doris Lessing não fez por menos:pôs o dedo, certeiramente, em cadauma delas.

A Canção da Relva começa com anotícia dada por um correspondenteespecial não identificado, possível-mente uma pessoa do local: "MaryTumer, esposa de Richard Turner, fà-zendeiro em Ngesi, foi encontrada as-sassinada, ontem de manhã, na varan-da de frente da habitação do casal. Ocriado da casa, ao ser preso, confessouo crime,-cujo motivo não foi apurado.Presume-se que a intenção do crimino-so tenha sido apossar-se de objetos devalor".

E é nesse tom muito exato, de umapessoa que observa sem tomar partenos fatos que é capaz de observar, masque narra a história com misto decuriosidade e compreensão, que vão

sendo refeitas as trajetórias da pobreMary, excelente secretária traumati-zada por uma infância infeliz, um paique explorava a mãe, Dlck Turner, umfazendeiro fracassado, e o negro Mo-ses, autoconflante, subserviente masnem tanto, consciente de um certotipo de poder que tinha e que Maryligava ao mato, aos pássaros, mas de-pendente da "lei dos brancos".

O sul-africano negro paga uma taxaadicional anual, além do Imposto deRenda. Uma prisão por posse ilegal debebida alcoólica sujeita-o até à remo-ção do lugar onde mora. As escolasestão proibidas de aceitar alunos ne-gros sem autorização do Ministro deEducação. Essas são algumas caracte-rísticas do apartheid, o grande proble-ma do passado, presente e provável-mente do futuro da África do Sul, queDoris Lessing usou como cenário doseu primeiro livro conhecido e só ago-ra publicado no Brasil (Editora Re-cord, 185 páginas, Cr$ 230). Um país,diz ela, onde os "negros, mesmo poli-ciais, não tocam em pele branca". Emque "é permissivel elogiar velhos cos-tumes desde que se acrescente o quan-to os nativos se tornaram deprava-dos", em que o medo dos nativos é"incutido desde a infância em todamulher branca". E em que uma daspoucas regalias concedidas ao negro,se é que pode chamar de regalia, é odireito de queixar-se à polícia no casode ser espancado.

Moses apanhou de Mary Turner, foiespancado por ela, com um sjambok,

No romance que a fez famosa, DorisLessing põe o deao nas feridas da sociedade

racista da África meridional

chicote de couro de rinocerante Mas averdade é que Mary não se adaptavaao padrão dos fazendeiros. Nem elanem o marido No ftindo, os Slattèr(Charlie sempre de olho na fazendados Turner. porque seu gado precisavade mais pastagem) viviam represen-tando para os outros brancos O jovemMarston cedo percebeu isso, o acordotácito no sentido de encobrir o crime,não dar-lhe uma solução rápida, por-que ninguém queria descobrir a verda-de, a possibilidade de haver uma rela-çáo humana de qualquer espécie entrenegro e branco, patrão e servo. "Vocêtem que se habituar às nossas idéiassobre o nativo" — diziam os fazendei-ros. Todo o mundo se adaptava. Quemnão conseguia, acabava morto comoMary Turner ou se mudava como opróprio Marston.

Mary Turner entrou no casamentocompelida. Porque tinha 30 anos, por-que era virgem, porque todos diziamque devia se casar. Acreditava na na-tureza, na necessidade de contato comela; e por isso aceitou ir para umafazenda no interior. Mas essa mudançalhe traria pouco proveito. Inadequa-dos, tanto ela quanto o marido Dick(um errado), Doris Lessing vai lhes daro fim que a sociedade destina poissente como eles: a morte e/ou a loucu-ra. Com uma linguagem direta, umritmo quase de conto, Doris descreve omonótono dia-a-dia de Mary numa ca-sa propensa à insolação, num casa-mento vazio em que as pessoas sóestão juntas porque se juntaram, nu-

ma fatalidade E em que Mary pensaque a solidão é "o desejo de compa-nhia de outras pessoas" coisa de quenão sente falta Mas não percebe quepode ser também "atroflamento doespírito pela faJU. de contato huma-no' Rompidfi a relação branco-preto,o preto é superior fisicamente na pró-pria segurança Man vai sp descobrin-docoquete insegura o que era impor-tante o capricho do serviço que Mosesexecutava passa a nao rei importân-cia Ele agora ousa perguntar "Maria-me tem medo de mira''

A partú do momento em que obranco fraqueja rieixa o negro sei su-perior, a comunidade percebe a suafalha; e tanto Mary quanto Oick pas-sam a ser indesejáveis Primeiro por-que são brancos pobres, uma situaçãomuito inoportuna, depois porque ca-pazes de aceitar a igualdade negra Ocrescendo sexual que conduz ao desfe-cho do livro, Lessing o esclarece, malesboça a situação: "tem que se com-preender o aspecto sexual da segrega-ção Uma das bases é o ciúme dohomem branco de .potência sexual donativo" Poi que séminus, quando osbrancos estão vestidos? Displicentesquando o branco protestante, colocao trabalho acima de tudo? Por que,enfim, sensuais quando Marv e Dickmesmo o provara o casamento foifeito só para dai à multo urn novo lare para gerar filhos? Mas não muitosMuitos filhos só os pobres têm

Preso Moses <> assassino confesso,põe-se o problema eit nau pode ii no

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Doris Lessing: o africanoexilado em sua própria terra

mesmo carro que a morta, branca.Tem que ir atrás, a pé. cercado porpoliciais de bicicleta.

Em A Canção da Relva já há muitoda Doris Lessing de füturos sucessos,como Memórias de uma Sobreviventeou O Verão Antes da Queda (tambémpublicados no Brasil). O mesmo estilo,a mesma limpidez com que disseca,radiografa paixões e suas motivaçõesAnos aepois de A Canção da Relva,

Lessing voltaria ao tema numa longareportagem intitulada Going Home,em que descreve exatamente o domí-nio branco escravocrata na Rodésia,onde viveu atè os 30 anos de idade.

Algo tão inaceitável para ela quan-to um casamento sem felicidade (elaprópria nunca conseguiu felicidade emseus casamentos), baseado em indife-rença, comodismo e hipocrisias.

XXX

títulos novos

slo PAULO, DO PRP A ARENA

LIÇÕES

AMARGAS

Os Partidos Paulistas e o Esta-do Novo, de Plínio de AbreuRamos. Editora Vozes, 213 pá-ginas, Cr$ 250.

EMBORA

date de dezembrode 1870 a primeira manifes-tação formal dos políticos deSão Paulo em prol da Repú-blica, o primeiro Partido re-publicano, dentre os vários

que ali apareceriam até o inicio da déca-da de 1930, só iria surgir em 1873, anun-ciado pelo famoso Manifesto de Itu. De1894 a 1930, essa agremiação, o PartidoRepublicano Paulista, governou 16 anos,elegeu quatro presidentes e por pouconão conseguiu abrigar-se outras três ve-zes à sombra das asas das águias doCatete. Os aspectos positivos e negativosda atuação ae tais organizações são oobjeto de estudo de Plínio de AbreuRamos em Os Partidos Paulistas e oEstado Novo.

Aos presidentes saídos das Oleiras doPRP o autor não nega méritos, exceto aoúltimo, Washington Luís. A Prudente deMorais, com sua "afirmação de autorida-de" e seus "gestos amplamente apazi-guadores", atribui o papel de verdadeiroconsolidador da República. De Rodri-gues Alves, diz que foi "dotado de sabe-doria política", serenidade e espírito mo-demizador. Campos Sales, embora nãomereça uma frontal condenação, é apon-tado como criador de "um modelo politi-

co que tinha como base a calculada de-formação da vontade eleitoral" Já a ima-gem de Washington Luís é a antítese dostrês; foi o intransigente que negou anis-tia aos revoltosos dos anos 20 e pós amáquina da União a serviço da fraudeeleitoral.

Para Ramos, a política desenvolvidapelo PRP foi, no mínimo, bem menossábia do que a do rival e eventualmentealiado com quem dividiu o Poder aolongo do ciclo do "café com leite": oPartido Republicano Mineiro. Este últi-mo, a partir do inicio da liderança deBernardes, "tentou ajustar seu programaaos fenômenos sociais" que irromperamapós a I Guerra Mundial. Defendeu posi-ções nacionalistas, propôs leis de previ-dência avançadas para a sua época e,sobretudo, "soube resistir, enquanto foipossível, à tempestade totalitária queprimeiro envolveu e depois devorou oPRP".

Atraindo para si boa parte da indigna-ção nacional que começava a incendiar opais nos anos 20, o PRP mostrou-se iner-te diante do fantasma gaúcho. A reaçãoda oligarquia paulista a essa passividadefoi a criação do Partido Democrático.Este, entretanto, ao invés de partir paraa inovação, deixou-se desde o princípiodominar pela idéia de que a únicamanei-ra de corrigir os desmandos perrepistas,de acabar com as imperfeições do regimerepressivo, "seria o distanciamento gra-dual do povo da boca das urnas". Assimisolou-se e, desencadeada a Revoluçãode 1930, só lhe caberiam as sobras.

Não podendo chegar ao Poder emhàrmonia com Vargas, o PD aliou-se aosseus antigos adversários do PRP e partiupara a Revolução de 1932. Vencidos mili-tarmente, os Partidos paulistas voltarama entender-se com Getúlio e desse enten-dimento surgiu a interventoria do civilArmando Sales de Oliveira. Para fortale-

cer a posição dos paulistas, ArmandoSales promoveu a formação de um novoPartido estadual, o Partido Constitucio-nalista. Mas os novos constitucionalistastambém se desencaminharam.

Ao invés de fincar pé na defesa dospostulados liberais e democráticos comque sempre se identificou o povo paulistadiz o autor—apoiaram Vargas, que osrecompensou com dois Ministérios, o doExterior e o da Justiça. Sobre este últi-mo, ocupado por Vicente Rao até 6 dejaneiro de 1937, caiu a responsabilidadee o ônus—"de elaborar a legislação deexceção que preparou a submissão dopaís à ditadura do Estado Novo".

Quando os homens do Partido Consti-tucionalista perceberam que a Lei deSegurança, o Tribunal de Exceção e oEstado de Guerra eram monstros desti-nados a se voltar contra eles próprios,que os haviam ajudado a criar, era tarde.Desligaram-se da Maioria do Congresso,mas já não podiam salvar a candidaturade Armando Sales de Oliveira à Pre si-dência da, República. Veio o golpe denovembro e eles tiveram, como o resto danação, de amargar a tirania do EstadoNovo.

Esta, em resumo, a história dos Parti-dos paulistas, na ótica do Sr Abreu Ra-mos. A sua mortificante conclusão é aque se negue: "Os sistemas autoritáriossó alcançam a consolidação de suas posi-ções e de seus domínios quando os Parti-dos renunciam à autonomia de suas deci-sôes, negociam os postulados de seusprogramas ou transigem com as finalida-des fundamentais da missão institucio-nal que exercem, que são a defesa dopluralismo das correntes de opinião, asustentação dos direitos humanos, a in-tangibilidade da ordem constitucional ea preservação das liberdades dentro dalei".

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Campos Sales, Prudente de Morais, Rodrigues Alves e WashingtonLuís: o PRP no poder para bem e para mal do Brasil

PERGUNTAS

ÀS URNAS"Voto de Desconfiança",organização de BolívarLamounier. Editora Vozes. 265páginas, Cr$ 380.

NUMA

obra de tantos autorescomo é Voto de Desconfiam-ça, atraídos à tarefa por mo-tivações diversas e orienta-dos para rumos que não sãoos mesmos, embora próxi-mos, as conclusões são necessariamente

muitas e haverá dificuldade em encon-trar leitor cuidadoso que concorde com amaioria delas. Principalmente porque oassunto é voto secreto, do qual diz oorganizador da coletânea em seu textointrodutório: "A principal característicado mecanismo eleitoral em sociedades delarga escala é sua capacidade de exerceruma pressão considerável sobre os de-tentores do poder ao mesmo tempo quetransmite apenas uma pequena quanti-dade de informações sobre os anseios,sentimentos e reivindicações que moti-vam essa pressão... Estas duas caracte-rísticas do voto conduzem com freqüèn-cia os atores políticos a erros de avalia-ção e, não menos importantes, a elabora-ções francamente mistificadoras".

Com seu domínio de metodologias so-fisticadas, os cientistas sociais estão, cer-tamente, mais preparados do que muitos

dirigentes e porta-vozes partidários parainterpretar a formidável massa de dadosque resulta de uma eleição num paiscomo o Brasil, com seus milhões de vo-tantes, disseminados por latitudes e am-bientes os mais diferenciados. Mas comonão são criaturas acima do beme do mal,é preciso estar alerta para o fato de quetambém podem cometer erros de avalia-ção, até conscientemente. Mesmo assim,a maioria reconhecerá em Voto de Des-confiança o mérito que consiste em reu-nir, Isolar, juntar e tentar descobrir signi-ficados menos óbvios para a montanhade números relativos às eleições brasilei-ras dos anos 70. Não foi tarefa pequena ados autores nem insignificante a contri-buição de entidades como a Finep e aFundação Ford à realização dessa pes-quisa.

Cinco ensaios compõem o livro orga-nizado por Bolívar Lamounier, um vete-rano em análises eleitorais. No primeiro,assinado por ele próprio, examinam-setendências eleitorais em São Paulo, de1970 a 1978. Constatando o desgaste daArena e o crescimento do partido oposi-cionista, o autor observa, entretanto, queo fenômeno não ocorre de maneira homo-gênea e por isso resiste a interpretaçõessimplistas, como a que tende a vincular ovoto sempre às bases sócio-econômicas'do eleitorado. A partir de entrevistas eobservações pessoais, Teresa Pires Cal-deira, no segundo ensaio do volume, fo-caliza o problema da participação politi-ca das populações de baixa renda, insur-gindo-se contra estereótipos como o daapatia e incapacidade do povo para exer-cer o voto, ou a pressuposição contráriade que estão prontas a "mostrar suaforça tão logo se desfaçam as teias da

repressão". Ao exercício consciente dacidadania, diz a autora, não se opõemapenas as limitações do regime, mastambém concepções "subjetivas profún-damente enraizadas".

As divisões internas dos partidos, asdificuldades para a escolha de candida-tos, a convivência, dentro de ambos ospartidos (Arena e MDB), de grupos popu-listas e clientilistas são analisadals porShiguenoli Miyamoto em estudo que fo-caliza a campanha elèitoral de 1978. Já oobjeto de estudo de Celina RiabelloDuarte são os antecedentes e o impactoda Lei Falcão, regulamentação que, noseu entender, "obedeceu muito mais ainjunçóes das diferentes conjunturas po-líticas e ao entrechoque de interessesvariados do que a preocupações de coe-rência formal". A autora chama a aten-ção para o fato de que o uso dos meios decomunicação de massa é um problemadelicado não só num regime autoritário,mas também naqueles onde se pratica aplenitude da democracia.

O último ensaio da série, de Maria D.Gil Kinzo, mostra de como a liquidaçãodo bipartidarismo, a principio uma ban-deira da oposição, passou com o tempo aser um projeto do Governo. Esse traba-lho, talvez o menos interpretativo doconjunto, oferece, no entanto, ao pesqui-sador, uma coerente narrativa de como aquestão evoluiu, terminando pela apre-sentação de uma minuciosa cronologiado debate sobre a reformulação partidá-ria, abrangendo o período de janeiro de1978 a maio de 1979.

Pensamento europeu,

imaginação brasileira

NA Coleção Grandes Cientistas Sociais., onde

já apareceram volumes dedicados a Dur-kheim, Febvre, Comte, Keynes, Webei e outros, aEditora Ática lança um agora sobre Delia Volpe,organizado por Wilson Jóia Pereira. Pouco conhe-cido no Brasil, Galvano Delia Volpe, nascido em1895 e morto em 1968, foi um pensador italianoque evoluiu lentamente do historicismo e neo-hegelianismo para o marxismo, que, no entanto,procurou estudar de maneira não rigidamenteortodoxa. Delia Volpe escreveu sobre diferentesaspectos da vida social, como se pode ver pelostextos reproduzidos nesta antologia; sua preocu-pação maior, no entanto, parece ter sido com aestética, campo em que foi uma espécie de anti-Lukács. 184 páginas, Cr$ 180.

yEOPOLDO Comitti, autor paranaense,

estréia em livro publicando pela CooEditora, de Curitiba, o volume de contosJornada. As 27 histórias curtas reunidas novolume têm um ponto em comum: cada umdos seus heróis está empreendendo umajornada, física ou espiritual, todos buscandoum caminho, dentro da proposta dos versos deAntônio Machado, citados como epígrafe dolivro: "Caminante, no hay càmino,/ se hacecamino al andar". 88 paginas.

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mGonçalves Dias J.M. de Macedo

TRÊS novos títulos editados pelo Serviço

Nacional de Teatro. Na Coleção Clássicósdo Teatro Brasileiro, aparece em um volume oTeatro Completo de Gonçalves Dias, reunindo osdramas Leonor de Mendonça, Beatriz Cenci,Patkull e Boabdil, além de uma tradução de ANoiva de Messina, de Schiller. A introdução é deMarlene de Castro Corrêa. 469 páginas. Na mesmacoleção, mas em dois volumes, o Teatro Completode Joaquim Manuel de Macedo, composto daspeças: Luxo e Vaidade, O Primo da Califórnia,Amor e Pátria, A Torre em Concurso, O Cego,Cobé, O Sacrifício de Isaac, Lusbela, O FantasmaBranco e O Novo Otelo. Introdução de MárcioJabour Yunes. 291 e 268 páginas. Na ColeçãoMemória, a reedição de O Ator Vasques, biografiade Correia Vasques por Procópio Ferreira. 457páginas.

A Editora Forense,Rio, encerra a

semana com quatronovos lançamentos.De L. FernandoWhitaker da Cunha,Direito Penal,coletânea de estudossobre fraude fiscal,adultério, transplantede órgãos e outrosassuntos. 153 páginas,Cr$450. Dois Gigantesdo Civismo Brasileirosão ensaios biográficosde Luiz Alves de Limae Silva e Antônio deCastro Alves, de

Paulino Jacques. 191páginas, Cr$525. NotasInterpretativas aoCódigo de Menores éobra coletiva,

, elaborada por 17membros daAssociação Brasileirade Juizes de Menores.170 páginas, Cr$330.Por último, a Editoraentrega ao público ovolume 1 de PráticaForense, de JoséOlympio de CastroFilho, ex-professor daUniversidade Federalde Minas Gerais. 495páginas, Cr$520.

DESCENDENTES

DE IMIGRANTES

Segunda Geração, de Howard Fast.Editora Record. 416 páginas, Cr$ 500.

ANO

passado, quando Howard Fast, escri-tor conhecido por sucessos como Sacco eVanzetti, Fronteira de Fogo e Meus Glo-riosos Irmãos, publicou Os Imigrantes,alguns críticos apontaram a possibilida-de de ser esse afinal o grande livro do

autor. Segunda Geração, que sai agora pela EditoraRecord, é a continuação dos Imigrantes, publicadono Brasil no principio deste ano. Conta a história dabela Barbara Lavette, filha de Dan, um filho depescadores sicilianos capaz de erigir um impérionaval em São Francisco, e perdè-lo, optando por LosAngeles e uma vida pacata ao lado da chinesa MayLing. Linda como Jean Seldon, sua maê, e inquietacomo o pai, Barbara trabalha numa cozinha ambu-lante para pobres, ligada ao Sindicato dos Estivado-res e o dos Marítimos. Paris é a próxima etapa na vidade Bárbara, que aos 23 anos conhece o amor na figurade Mareei Duboise, um jornalista que morre poucotempo depois, na Espanha, durante a Guerra Civil.

Todos os personagens criados por Howard Fastno seu primeiro livro aparecem nesse segundo, deuma maneira ou de outra. Martha, a filha dos Levy,morta em acidente, é relembrada aqui e ali; seu irmãoJake aparece na figura dos filhos: Sally, que acabaráse casando com Joseph Lavette (filho de Dan e MayLing) e Adam, que no final do livro, loucamenteapaixonado, será o marido da ex-mulher de ThomasLavette, Eloise. Os casamentos praticamente se re-solvem em família; mesmo Dan, com a morte de MayLing volta para os braços de Jean, má esposa, masamante ideal. Só Bárbara não tem essa mesma sorte.A procura de alguém que substitua Mareei, ela passa-rá pela Alemanha em guerra pela índia (como corres-pondente do Chronicle), pela cama de um dos astrosmais cotados e bonitos de Hollywood, Richard Dyler,para no fim reencontrar Bernie Cohen, um antigoamigo de Mareei, ex-combatente no exército inglês, ese casar com ele.

Ê muito difícil quando um escritor se propõe aescrever uma saga e manter o mesmo nível em todosos livros. Principalmente quando pretende, comoFast, compor um painel da história americana, para-lelamente ao desenrolar das histórias de cada perso-nagem. Se em Os Imigrantes havia a figura de proade Dan Lavette, sua ambição! sua luta para seadaptar às maneiras e vida de Jean, em SegundaGeração existe a figura de Barbara, charmosa e fortesem dúvida, mas a necessitar um pouco mais deaprofundamento nos seus problemas pessoais, dúvi-das, opções. Se em Dan as atitudes externas explica-vam tudo, em Bárbara elas parecem constituir umpano de fündo para um retrato que acaba não aconte-cendo.

Em comum com Os Imigrantes, esse segundolivro tem outra coisa, além das mesmas personagens:a insistência de Fast em mostrar uma América, queno dizer do personagem Mareei se caracteriza por"todo mundo que vive lá, mas não ser de lá". Chica-nos, chineses, italianos, judeus — enumera Fast naspáginas finais do livro. E faz Clair Levy (nora de MarkLevy, sócio de Dan) comentar: "Veja o que nósreunimos, Jake. Sally é judia, irlandesa, escocesa einglesa, e Joe é chinês, francês e italiano. Que filhosmaravilhosos eles vão ter!"

Howard Fast: urna geraçãomais fraca do que a primeira

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CADERNO B D JORNAL DO BRASIL D Rio de.Janeiro, «.abado. 28M..ninho He lono n pACÍNA 11

UM PAISCHAMADOPAS S AGEM

Poesia, política e muitossímbolos se misturam em A

Casa do Nada, novo romancede Gema Benedikt

LENDAS,

mitos, sistemas de poder, a fome dohomem, que não é singular, mas plural ("saciadaa básica passa-se a novas exigências"), umamulher com duas cabeças (uma série e a Raça,que na Bíblia significa cabeça estúpida), Cyro, o

dono de um país, e Betavem, "terra de inocentes combalanças falsas e sacos cheios de pesos enganosos." Tudoisso é A Casa do Nada, titulo do último livro de GemaBenedikt. Dita assim, a trama pode parecer confusa. Êcomplexa. A começar pelo fato de não ser linear, mas cheiade situações em que personagens simbólicos descobrem achave para outros simbolismos.

O primeiro livro que Gema Benedikt escreveu, aos 16anos, chamou-se Santa Prostituta e tentava provar que aschamadas mulheres de vida fácil são, na verdade, "respostaàs estruturas sociais prostituídas." Entre essa primeiraobra não publicada e O Grande Meio-Dia (1976), que paraGema marca sua iniciação na literatura, a autora permane-ceu basicamente a mesma. a?reocupada em discutir idéias,nem que sejam ambiciosas, como ela própria classifica asesmiuçadas no livro atual, publicação da Editora Antares,Rio (197 páginas).

A raiz de tudo foi uma equação do filósofo AndréGlucksman, em visita ao Brasil, 1977: Pinochet = Brejnev.A partir dessa constatação, da leitura do livro do próprioGlucksman, Gema elaborou A Casa do Nada, na verdadeum feixe de indagações, questionamentos, principalmentedo personagem Cyro, o dissidente, e da mulher cuja contra-dição está nas duas cabeças, mas também na cultura pelaqual é fiüada. A mulher que no princípio não tem nome,depois, toma consciência, caminha para a organização,descobre suas iniciais, finalmente o nome todo. Passa a serpessoa.

... Gema dobra os pés descalços sobre a cadeira de veludovermelho, sacode levemente os dedos da mão em quefulgura um anel.

: — Descobri nas pesquisas que fiz para esse livro quehão existe o socialismo no mundo. Simplesmente porque apassagem para essa forma de Governo é o próprio capitalis-mo, coisas que os países socialistas não experimentaram. Arevolução russa (na verdade mais de uma) foi frágil: asmassas não estavam preparadas para ela. Inclusive pelatática de aliciamento usada, a propaganda que dizia quecom a revolução os ricos sairiam de suas casas para ospobres entrarem. No meu livro, os personagens fundam umpaís chamado Passagem, onde a velha esquelética dechapéu grande, a fome da crendice popular nordestina, náotem vez. E tudo termina com milhares de pessoas, incluin-do Evangelina e Cyro, caminhando e cantando o últimoestatuto dos Estatutos do Homem de Thiago de Mello."Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual serásuprimida dos dicionários e do pântano enganoso dasbocas. A partir deste instante, a liberdade será algo vivo etransparente como um fogo ou um rio. Ou como a Sementedo Trigo, e a sua morada será sempre o coração doHomem."

Assistente social formada, Gema Benedikt voltou àUniversidade 19 anos depois, dois filhos já crescidos, para"abrir novas perspectivas". De matéria em matéria, acabouem Literatura; e uma frase de Affonso Romano de SantfAn-na levou-a de volta ao papel. Ao ler um trabalho seu sobreClarice Lispector, Affonso perguntou-lhe: "Você escreve hámuito tempo?"

Sei que a Literatura é dispensável num pais comproblemas de saúde, moradia e alimentação. Só teriavalidade se pudesse resolver problemas educacionais. Masela é valida também, no momento que é recurso paraquestionar. Um livro em si, náo acredito que tenha força derevolucionar nada. É uma forma meio egoísta de expressão,um trabalho solitário. Ele só se torna revolucionário namedida em que renova. Para denunciar apenas, existem osJornais.

Texto disritmico e esquizofrênico. É como Gema classi-tica o estilo de A Casa do Nada. Um livro em que Nemrod(na Bíblia, o homem mais poderoso, no livro o marido deEvangelina) transforma-se em Boitatá. Entre ele e suamulher não há diálogos: com o poder nào se dialoga. Daprisão que Evangelina vai enfrentar, brotará uma novamulher, liberta como a imagem de Trovoeiro, uma espéciede Pégaso, consciente que as duas cabeças sáo uma só.

Muitos dos símbolos usados por Gema vêm da Bíblia,assim como a insistência em usar formas verbais comodiziam, dizem. Outros são contingência da própria épocaem que foram escritos, 1977, quando "ainda era proibidotalar até o óbvio". Na narrativa há a presença constante decartas e da narrativa indireta. De Freud também, que paraGema foi o que faltou na revolução: "pois o corpo absolutonão pode ser separado da alma".

Premiada recentemente pela Academia Brasileira deLetras, pelo livro No Curral dos Mortos, "uma tentativa depainel do Brasil, das lutas travadas de 1972 a 1974", Gemasente-se de certa forma legiümizada, apagando agora umvelho trauma ligado a um foto de resto bastante corriqueironas nossas letras — o de ter custeado seu primeiro livro."Tudo isso é narrado com uma grande espontaneidade eobjetividade histórica, que empolga o leitor e revela umautêntico romancista político social" — avaliou o júri daAcademia, presidido por Alceu Amoroso Lima.

Consegui acasalar o simbólico, o real e o político deforma poética — diz Gema do livro inédito e do recém-publicado

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Wilson Martins

VOZES DA POESIA

Gema Benedikt:tudo começou

com Gluksman

FRAGMENTOhm| B Durante ai-Ha I gum tempo^p ^Pi houve tré-% ^ gua no

m \ país. De-pois de te-

rem sido encerradas ascomemorações do diada Cor Azul, a cor daindependência de Beta-vem, as ruas foram var-ridas, lavadas, os pra-dos penteados, as árvo-res lustradas, as floressprayadas com colori-dos mais vivos. Nemroddeja ordem tambémpara que todos os ca-chorros fossem perfu-modos, os pássaros(para não sujarem oque já estava limpo) en-jaulados. O que estavaestranho agora era anova mania de Nem-rod. Ele, que só andavacom coroa de brilhan-tes, surgiu de repente,em pleno dia, com ummanto de estopa nascostas largas e uma co-roa de papel rasgado edesbotado pelo tempo...O que aconteceu de no-vo também: as paredesexternas da Morada deMarfim, absolutamentebrancas, acordaramuma noite assustadascom as camadas deágua suja que escorre-ram durante longas ho-ras, Embora Nemrod eseus homens chamas-sem todos os sábios,eles não conseguiramexplicar de onde vinhatanta água,e, ainda pa-ra agravar,com aquelacor impró-pria. Àm

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Conversas de Amor ede Sexo

J. B. MegaleInseridos numa sociedade de consumo, onde a ordem ética éconsumir, o sexo entrou neste consumismo. Isto podemosperceber pelas própias propagandas que a televisão noscoloca, os jornais, os out-doors. etc O autor, deste livro,percebendo a degradação que se dá ao sexo. parte para umareflexão sobre si, e sobre o valoi do sexo afim de nos alertai dagravidade em que estamos penetrando, envolvido poi estemercado consumista Conversai» de amor e de sexo quei seipara você um guia que Iht dá a riqueza e o pra/ei doverdadeiro amor Isto porque sexo, no homem é rito Nos doiscorpos que se unem há o prazer e a ternura. O gozo e a poesia.A posse e o dom A carne e o espirito.

\A/ Rua México. 111 B Tel: 224-0059¦DjÇOKS PMMJNÂB R'° _g jjngiro - RJ

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Mauro Mota não é o famoso ecelebrado poeta pernambucanodos nossos dias, é, com certeza,um dos bons poetas brasileiroscontemporâneos: das Elegias

(1952), em suas diversas edições, a Per-nambucânia (Rio: José Olympio, 1979),passando por A Tecelã (1956), Os Epitá-fios (2959), O Oalo e o Catavento (1962) eCanto ao Meio (1964), sua obra é pouconumerosa tanto no que se refere ao volu-me material quanto à variedade de inspi-ração. Ele não tem na sua lira a famosa"corda de bronze" de que falavam oscríticos românticos nostálgicos de epo-péias, nem se compraz nos laboriososexercícios de aplicação cerebral que pas-sam atualmente por poesia. É o lírico, naexpressão original da palavra e, mesmono interior do territórios lírico, reserva-sea temática limitada e imensa da líricaamorosa, dentro da qual predomina aelegia, com algumas incursões pelo epi-grama e pelo madrigal.

O subtítulo da coletânea traça-lhecom fidelidade as coordenadas e a natu-reza: reunidos nas duas últimas partes, os"cantos da comarca" não são menos nos-tálgicos e evocativos que, na primeira, oscantos "da memória"; a "Arte poética",com que abre o volume, projeta a poesia,ao contrário, no plano dafecundação e dofuturo, deslocando a ênfase da técnicapara a substância da inspiração, em sen-sivel contraste com as correntes atuaisque tendem antes a reduzir a poesia aoartesanato escriturai. Isso tudo significaque Mauro Mota não é um poeta "devanguarda", mas, nascido em 1912 e es-treando em livro 40 anos mais tarde (30depois da Semana de Arte Moderna), ele étambém um pós-vanguardista, pertenceu-do àfase de consolidação do Modernismojá transformado em moderno (o que oresgatava da efemeridade dos modismospara conferir-lhe a permanência da atua-lidade). Vê-se que Mauro Mota é poetamarginal, ou poeta "à margem", em maisde um sentido: à margem do Modernismoortodmo e também da Geração de 45 quepoderio ter sido a sua e, agora, à margemdas vanguardas tipográficas que, do Con-cretismo ao Processo e aos processos,desfazem-se naquilo que poderíamos de-nominar, com licença de Claude Mauriac,a "aliteratura" contemporânea.

O prestígio sacralizado e sacralizantedas vanguardas enquanto novidade foi,de toda evidência, o subproduto de umaépoca que erigiu a juventude não emvalor supremo, mas em valor único dacivilização; no caso da poesia, aceitar avanguarda pela vanguarda correspondea aceitar o transitório e o fugaz, despre-zando a parte e a ambição de atemporali-dade e permanência que precisamente ajustificam. É curioso que os ultravanguar-distas náo percebessem a dupla contradi-ção que havia em escolher como mestres emodelos os poetas de outras vanguardas,as vanguardas do passado que, normal-mente, pelo simples fato de o terem sido,deveriam lançá-los antes em meditativasobriedade. A vanguarda é, por definição,um conceito ambiguamente sincrônico e

diacrônico, dependendo do ponto-de-vistaem que nos colocarmos e,. por isso, nãotem sentido fora do respectivo enquadra-mento de época. O escasso senso históricoe o deslumbramento com descobertas re-centes levaram muitos teóricos a encara-Ia como sincrônica, como valor indepen-dente do tempo cronológico e do temposocial. Ora, o que em todas as épocas temo mesmo caráter e a mesma validade é apoesia, náo como vanguarda, mas comopoesia: isso explica que possamos ler e

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MAURO Mota é poeta margi-

uai, ou poeta à margem, emmais de um sentido. A margemdo Modernismo ortodoxo e tam-bém da Geração de 45 que pode-ria ter sido a sua. E agora àmargem das vanguardas tipo-gráficas, que se desfazem na ali-teratura contemporânea.

reler. Mallarmé e Petrarca, Camões e Vil-Um, Shakespeare e Dante. Esperemos queo futuro também leia os nossos contempo-râneos, não por terem sido vanguardistasno seu tempo, mas por serem poetas detodos os tempos.

Nos quadros da poesia brasileira,Mauro Mota, tendo permanecido à mar-gem das grandes correntes e transforma-ções do gosto literário, abriu para si mes-mo um lugar à parte, mas deixou derenovar, no que lhe cabia, o idioma poéti-co e a gramática do verso. Nele, esteúltimo é o que se consolidou nos anos 30,depois de toda a febre experimentalista erenovadora da década anterior. Desde asua estréia, ele foi o poeta da nostalgia eda tristeza, levando ás evocações melan-eólicas e ao sentimentalismo lancinantede um mundo perdido e irrecuperável.

Todos os seus cantos são "rfa comarca" e"da memória", e mais da memória que dacomarca, porque mesmo estes últimos re-ferem-se a paisagens desaparecidas, figu-ras desfeitas, vozes que se desvanecerammas ainda vibram.

Não é por ter nascido em 1912 que MauroMota se situa à margem das vanguardascontemporâneas: nascido em 1944, JaciBezerra que, segundo a nota editorial,"pertence à geração 65 de escritores per-nambucanos (começamos a trivializar oconceito de geração que, em história lite-rária, é técnico e não cronológico), apare-ce desde logo como excelente poeta, nalinha da geração de... 1912 (Inventário doFundo do Poço. Recife: Pirata, 1979). É oano de nascimento de Mauro Mota, mas étambém o ano do poema germinal que foiaLes Pâques à New-York, do poeta nãomenos germinal que foi Blaise Cendrars(1887-1961). É desse poema que data, defato, a poesia moderna, inobstante todasas querelas de precedência com relação aApollinaire. Cendrars, como ele própriodeixou escrito nos Inédits Secrets, criou o"lirismo cósmico", mas o que distingueessa cosmicidade é justamente sua identi-ficação com o cotidiano mais imediato.Sua poesia é feita da "acumulação depequenas notações concretas e poéticas"(Jean-Carlo Flückiger), aludindo os criti-cos, com tanta freqüência quanto incorre-ção, aos seus "poemas em prosa". Contu-do, a especificidade das composições deCendrars, como das de Jaci Bezerra, estáem serem precisamente o contrário dopoema em prosa: neste último, a prosa seesforça, na maior parte dos casos em puraperda, por alcançar a linguagem poética;em Cendrars como em Jaci Bezerra, aexpressão é prosaica, constituída pelovocabulário comum e referente à vida detodos os dias, mas a sugestão é altamentepoética. Náo é sem razão, observa a esserespeito Walter Albert, que Cendrars de-nominou de "prosa" o seu texto maiscarregado de poesia (Prose du Transsibé-rien), pois desejava apagar as fronteirasque convencionalmente separam as duasformas de expressão. Jaci Bezerra, cons-ciente ou inconscientemente, através dareminiscência involuntária ou da simplescoincidência, encontrou em Cendrars omodelo e a lição, assim como não seriatemerário apontar em Vigny a lição e omodelo de que ambos provieram. A pere-nidade da poesia é também feita dessaslinhagens e famüias espirituais que serespondem e correspondem através dostempos.

Em nossa poesia contemporânea, JaciBezerra é uma voz nova, no sentido forteda palavra, não apenas por ser jovem,mas também, e acima de tudo, por trazerum timbre e um tom que só pertencem aosgrandes poetas. Ainda é cedo para dizerse existe, de fato, uma "geração 65" napoesia brasileira, mas é fácil prever desdelogo que nela, como em todas as outras,muitos serão os chamados e poucos osescolhidos, entre os quais Jaci Bezerradeve ser contado até prova em contrário.

Todos os livros do C.N.R.SLivro» fruncwses de Direito

Livraria das NaçõesAv Copacabana 610/sl 203 tel 2574969

TURISMOQUAÜTA-FEIRA

CADERNOBJORNAL DO BRASIL

SECRETARIA DE ESTADO DO GOVERNO

COORDENADORIA DE CULTURA DO ESTADO DE MINASGERAIS

PROGRAMA CULTURAL 1980 — CONCURSOS E PRÊMIOS. A Coordenadoria de Cultura do Estado de Minas Gerais comunica aos interessados a realização dos concursos anuais

de obras de ficção (romance, contos ou novela), de trabalhos sobre história mineira, de poesia e de filmes mineiros decurta-metragem, de acordo com o cronograma abaixo, encontrando-se os regulamentos à diposição dos interessados àRua Tome de Souza, 1399, Belo Horizonte,

I VI Prêmio Guimarães I Concurso Anual de I Concurso Anual de Concurso Anual deRosa Obras de fie- Trabalhos s/História Possia IV Prêmio Filmes Mineiros de

\ DBÊMinc ção: livros de contos. Mineira — IV Prêmio Emílio Moura. Porta- Curta-Metragem.v KHtMiUb romance ou novela. Diogo de Vasconce- ria n° 71, de 29.4.80: Portaria n° 74, de

Portaria n° 72, de los. Port. n° 73, Âmbito nacional. 5.5.80. Filmes Ade29.4.80, Âmbito na- 29.4.80. Âmbito na- 16mm e 35mm. Am-

cional. cional. bito estadual

\ Prêmios:\ 1° —Gov. doEst.de\ Prêmio: M. Gerais: 80.000,00

DimínnnQ \ Prêmio: 100.000,00 1o - 80.000,00 Prêmio: 100.000,00 2° - Sec. de Est, doPERÍODOS \ 2o — 50,000,00 Governo: 60.000,00

\ 3o — Assoc. Min. deCinema: 40.000,00

Abertura das Inseri-

ÍW dos Traba. r.05.80 1_80 1°.05.80 06.06.80Ihos

j Encerramento das 3107 80 31.07.80 31.07.80 08.08.80Inscrições

!£?_%!!_£ De 11.0850 De 1V0880 De 11.08*0 De 1108.80tes e dos títulos das a 29,08.80 a 29.08.80 a 29.08.80 a 29.08.80obras ——

De 09.09.80 De 09.09.80 De 09.09.80 De 09.09.80Julgamento Q 231080 a 23 10.80 a 23.10.80 a 23.10.80

Entrega dos Prêmios 05.11.80 05.11.80 05.11.80 05.11.80!_______________——»a______—_———^

CIVILIZAÇÃO ENFERMAEm A Montanha Mágica, obra-prima do romance

moderno, Thomas Mann diagnosticou á doença quecorroía o espírito do Ocidente e o levaria aos

desastres de 1914 e 1939

EM

1901 o público e a critica da Alemã-nha viram-se despertados e mobiliza-dos pelo aparecimento de uma obraliterária realmente marcante, um ro-mance de cerca de 800 páginas intitula-do Os Buddenbrooks. Seu autor, de

apenas 26 anos, era um desconhecido, mas o livrofoi o quanto bastou para que em poucos mesesadquirisse um extraordinário renome. ThomasMann — assim se chamava o jovem escritor —viveria mais 54 anos, o necessário para enriquecera sua biografia com umas duas dezenas de títulosque o tornariam famoso em numerosos paises domundo, inclusive no Brasil, onde acaba de serreeditado o mais importante dos seus livros, AMontanha Mágica.

Prêmio Nobel de Literatura em 1929, cavaleiroandante da luta contra o totalitarismo na décadade 30, Thomas Mann chegou relativamente cedoao conhecimento dos leitores brasileiros. Nos anos40, a Editora Globo, de Porto Alegre, incluiu duasobras do escritor alemão em sua excelente Cole-ção Nobel; a trilogia José e Seus Irmãos e este AMontanha Mágica, há tanto tempo transformadoem raridade, guardado como tesouro pelos blblió-filos. Agora, por iniciativa da Nova Fronteira, essaobra-prima da literatura mundial Já pode ser co-nhecida pela nova geração de leitores, na corretatradução de Herbert Caro (801 páginas, Cr$ 800).

Em Os Buddenbrooks, ao lado de outras preo-cupações que seriam constantes em tudo o queescreveu, Thomas Mann se empenhava fundamen-talmente em narrar o declínio da burguesia euro-péia no final do século XIX. Fazia-o através dahistória de uma família de Lübeck, e em certamedida era a sua própria história que contava.Pois foi em Lübeck que nasceu Mann, no ano de1875, filho de um comerciante que logo empobre-ceu e de uma bela brasileira descendente de ale-mães, nascida em Angra dos Reis e levada para aAlemanha aos sete anos de idade. Como rebentode burgueses decadentes, Mann teve de trabalhardesde cedo, primeiro em uma companhia de segu-ros, depois como redator de uma revista de humorintitulada Simplicisslmus.

Embora escrito e publicado mais de vinte anosdepois (1924), A Montanha Mágica é de certaforma um segulmento de Os Buddenbrooks. HansCastorp, herói de A Montanha Mágica, tem comoascendentes, também, burgueses em declínio. Nãovendo futuro no comércio, forma-se engenheiro eemprega-se numa firma de navegação marítima.Antes de assumir o cargo, porém, deixa sua Ham-burgo natal por uns dias e vai visitar o primoJoachin, internado em um sanatório para tubercu-losos nos Alpes suíços. Um pouco por curiosidade,um pouco porque se sente cansado, resolve sub-meter-se a um exame médico. E descobre que,como o primo, ele também está tuberculoso.

Castorp não volta a Hamburgo. Permanece noSanatório Berghof, certo de que dentro de algunsmeses estará recuperado. A cura, porém, é sempreadiada. E enquanto espera que o médicc-chefe oliberte finalmente para a vida, tudo o que ele tem afazer é conversar com os'outros internos. Assimvai surgindo um elenco de personagens inesquecí-veis e assim Castorp vai descobrindo que o sanató-rio é uma espécie de miniatura do próprio mundomoderno, carroído por uma enfermidade insidiosae praticamente incurável. Cada um dos indivíduoscom quem o jovem se relaciona mostra-lhe um

aspecto da doença: este o fanatismo, aquele airracionalidade, outro a dissolução moral e assimpor diante.

Esse acúmulo de elementos negativos, degra-dantes, não pode resultar senão de desastre. E aele não escapará nem mesmo Hans Castorp, ape-sar de todo o longo esforço que faz para conhecer-se, descobrir um sentido para a vida, superar osconflitos psicológicos, morais, filosóficos e politi-cos que o dilaceram. Sete anos depois de terchegado ao Sanatório, Castorp desce a montanhamágica. Mas não é para Hamburgo que se dirige,não para o seu emprego, o seu trabalho construti-vo de engenhario naval. A última visão que o autornos dá de Castorp, profundamente contrária àsexpectativas do leitor — é a de um recruta rece-bendo o seu batismo de fogo, avançando contra astrincheiras inimigas, numa planície enlameada, nomeio de um inferno de fogo e de explosões. Tam-bém ele parece ter sucumbido ao apelo dos mitos.Sobreviverá? Náo se sabe.

Como Hans Castorp, Thomas Mann tambémrendeu-se aos mitos que provocaram o horror emmeio ao qual abandona o seu herói. Apesar de serum critico — sutilmente irônico mas nem por issomenos implacável — da desorientada sociedadeburguesa européia, Mann permaneceu, nos 20 pri-meiros anos de sua carreira, fiel ao núcleo românti-co e protestante de sua formação. Desencadeada aI Guerra Mundial, pós de lado os problemas estéti-cos que tanto o haviam absorvido em obras comoA Morte em Veneza (1913) e dedicou-se a escreverensaios que no fundo eram uma defesa da políticados impérios da Europa central. Essas obras publi-cadas durante a guerra — Frederico e a GrandeCoalizão e Considerações de um Apolitico —como ele próprio reconheceria, são livros queexpressam posições nitidamente conservadoras enacionalistas.

Mas Hans-Thomas Castorp-Mann sobrevive àcarnificina. E de volta à pátria submete suas idéiasa uma profunda revisão. Em 15 de outubro de 1922,num discurso pronunciado em Berlim, o escritorrecolhe ao porão o seu anterior conservadorismo,faz profissão de fé democrática e declara o seuapoio à jovem República de Weimar, ameaçadapor radicalismos de todas as cores. "A introduçãodo regime republicano", insistiria algum tempodepois, "não democratizou ainda a Alemanha.Todo o conservadorismo alemão e toda a vontadede manter intacta a cultura alemã tradicionaldevem ser rechaçados e combatidos, por um regi-me republicano e democrático, como algo estra-nho ao país e ao povo, inautêntico e contrário àrealidade da alma alemã".

Esta declaração é muito mais importante doque à primeira vista parece. Com ela, Mann denun-ciava a submissão a mitos perigosos, cuja explora-ção iria levar ao Poder o mais feroz dos totalitaris-mos modernos. Mas ao mesmo tempo antecipavaa sua posição em uma luta que haveria de travartempos mais tarde, quando ouviria a acusação deque havia duas Alemanhas, uma boa e outra má."A má", diria então, "é a boa que enlouqueceu". Arealidade da alma alemã, apesar de tudo o quehavia acontecido de trágico, não eram os chauvi-nismo e o conservadorismo exacerbados pela febredo nazismo. Em 1928, como se falasse no deserto,profetizou que essa realidade estava mais próximadaquilo que chamava de uma democracia social,"isto é, com liberdade escrupulosa". Liberdade,esclarecia, significa "acentuar de maneira justa e

razoável o elemento individual e social, a suaparticipação na cultura e na vida".

Um homem com tais idéias não tinha lugar naAlemanha de 1933, que acabava de entregar opoder a Adolf Hltler. Principalmente se esse ho-mem tinha nas veias uma pitada de sangue latino,"inferior", e para cúmulo dos cúmulos era casadocom uma judia. Em 1934, Thomas Mann muda-separa a Suíça e de lá para os EUA, onde lheoferecem uma cátedra e condições para continuarescrevendo. Grato por esse acolhimento, adota acidadania americana e coopera — escrevendo,pronunciando discursos, falando em programas derádio dirigidos aos alemães — com o esforço detruerra dos EUA No momento, porém, em que omacarthismo dá início à caça às feiticeiras eleabandona o país e vai morar na Suíça. Morre emZurique no ano de 1955.

Foi nos EUA que Thomas Mann escreveu umade suas obras mais importantes, os três volumesde José e Seus Irmãos. Retomar a conhecidahistória do Velho Testamento, pôr em relevo osvalores da cultura judaica, era uma forma departicipar da luta contra o irracionalismo e o anti-semitismo do regime nazista. Mas o definitivoajuste de contas com o nazismo e a idéia decultura que a ele o conduziria foi Doktor Faustus,seu último grande romance, publicado em 1947.

Na versão de Mann, o Dr Fausto não é umfilósofo, um erudito, mas um artista. Chama-seAdrian Leverkhun e é um músico de talento.Seduzido, no entanto, pela idéia de alcançar umagenialidade jamais igualada, deixa-se voluntária-mente Invadir por um ba-cilo que o transformará emsuper-homem, mas depoiso matará. Esta a sua ma-neira de vender a alma aoDiabo em troca do poder.A metáfora é clara. Masnão vale apenas para o ca-so específico do nazismo.E nem só para a política. Éuma advertência tambémao intelectual e em parti-cular ao artista. A quem,numa de suas últimas ma-nifestações em público,um discurso pronunciado— significamente — noMozarteum de Salzburgo,em 1952, Mann lembrou asvirtudes do equilíbrio e damodéstia:

"A arte faz com que oshomens riam, mas não éum riso de sarcasmo queprovoca, é antes uma jo-vialidade queliberta e uni-fica. Renascendo inces-santemente na solidão,seu efeito é unificador. Ê aúltima a alimentar ilusõesno tocante a sua influênciasobre o destino dos ho-mens. Abominando o mal,jamais pôde deter o triun-fo do mal. Preocupado emdar um sentido, não pôdenunca impedir as maissanguinárias ausências desentido. Não é um poder, éapenas um consolo".

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Thomas Manne sua mãe, abrasileira Júliada SilvaBruhns

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Janeiro, mas seu pai eraalemão, de maneira quesó uma quarta parte donosso sangue misturou-se com sangue latino-americano. Ela nos fala-va da beleza edênica dabaia do Rio, das serpen-tes venenosas que apare-ciam na plantação deseu pai e que os escravosnegros matavam a pau.Com sete anos foi levadapara Lübeck (o primeiraneve que viu tomou poraçúcar). Ali cresceu emum pensionato para mo-ças dirigido por uma sá-bia corcundinha chama-da Teresa Bousset, e ca-sou-se ainda muito jo-vem com um homem ele-gante, cheio de vida, arn-bicioso e ativo, nosso pai.Nossa mãe era de umabeleza extraordinária,de inegável aspecto es-panhol (mais tarde reen-contrei esses traços deraça e porte em célebresdançarinas), tinha umaaítis sulista cor-de-mate,um nariz nobre e a bocamais encantadora quejamais vi" (O Retrato deMinha Mãe, 1930).

Além de A MontanhaMágica, Thomas Mannjá teve traduzidos noBrasil os seguintes li-vros: José e Seus Irmãos(três volumes), Os Bud-denbrooks, Morte em Ve-neza, Sua Alteza Real,Confissões de FelixKrull, Tonio Kroeger eMario o Mágico. DoutorFausto sairá em breve,também numa edição daNova Fronteira.

JACK WILLIAMSON,DUMAS DO ESPAÇO

Entre estrelas, mosqueteiros deescafandro lutam para salvar a

Terra ameaçada por medusas

FORMAS

de vida ex-traterrestres consti-tuem uma das preo-cupações de JackWilliamson em mui-tas de suas obras de

ficção cientifica. E essas formasestão presentes em A Legião doEspaço, um dos seus mais po-pulares romances, que acabade ser incluído na série Mundosda Ficção Científica, da EditoraFrancisco Alves (218 páginas,Cr$ 250). Nessa história elas sàoas Medusas, habitantes de umplaneta que agoniza, pois o solque as aquece está chegando aofim do seu ciclo.

Curioso é o caminho peloqual elas entram no conto. Vêmdo futuro para o presente, atra-vés do cérebro de um velhosoldado que, sem saber como,adquiriu o dom de antever oque ainda está por se passar.Escrevendo as suas memórias,ele o faz como um homem deséculos à frente. Integrante deum grupo de lutadores destemi-dos — mosqueteiros da operaspace — ele se bate para salvar

a Terra ameaçada pelas Me-dusas.

Como em tantas outras obrasdo gênero, a galáxia está dividi-da em impérios e há disnatiasem disputa pelo poder. O Siste-ma Solar, por exemplo, é domi-nado em parte pela Casa Verde,parte pela Casa Púrpura. Estaúltima, ambicionando o domi-mo completo, alia-se às Medu-sas, sem saber que estas, inte-ressadas apenas em sua sobre-vivência, tentarão destrui-la nomomento oportuno com assuas armas avançadísslmas,entre as quais o gás vermelho,que enloquece e mata.

Escrito há mais de 30 anos, ALegião do Espaço vem atraindogerações de leitores, apesar detodas as mudanças por quepassou, nos últimos tempos, aficção cientifica. Filho de umafamília de aristocratas arruina-dos, Williamson nasceu em 1908no Oeste dos EUA e hoje éprofessor universitário. Aos le-gionarios do espaço dedicououtro romance. The Cometeers,ainda medito no Brasil.

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"Cadinhos:farsa ouseqüestro?"Na próxima semana estará circu-lando a obra do advogado RuiMedeiros intitulada "O caso Carli-nhos farsa ou seqüestro?", queterá um coquetel de autógrafos às16 horas do sábado, dia 28, naLivraria Entrelivros da Rua Júlio deCastilhos, 23-A Segundo o apre-sentador, o escritoi e radialista

Carlos Renato, a obra resume tu-do o que de errado se fez e deconcreto se apurou sobre o casoe, embora escrita com isenção eimparcialidade, conduz o leitor aconclusões sobre as origens ecausas do crime. O autor apresen-ta indícios de que Carlinhos estávivo. Com 196 páginas (CrS 260),ilustrado e excelente feição gráfi-ca, o livro traz o selo da Editora Z.Valentim (Rua Barão de São Félix,138-A) A última obra do advogadoRui Medeiros, "A Rússia de ho-je" com impressões colhidas noLeste europeu, foi um dos melho-res lançamentos de 1979 e che-gou a dar três edições

(Edgard Duarte, O GLOBO de 22-06-80.)(P

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A BÍBLIA NAO MUDA. POR QUE?Analistas franceses buscam respostaspara esta e outras perguntas em sete ensaios

à luz da teoria dos signos

REUNINDO

textos de variadaprocedência, escritos em diver-sas línguas, ao longo de milé-nios, a Bíblia é um campo fértil epermanente para estudiosos dasmais diversas áreas, dando mar-

gem a interpretações calcadas em diferentesramos do conhecimento. A própria teologiase revitaliza, a cada época, com as ciênciasque se vão estruturando e criando novosmétodos de análise. Assim, por exemplo,enquanto de um lado a arqueologia compro-va a veracidade de muitos episódios narra-dos em antiqüissimos livros do conjunto, deoutro o desenvolvimento da lingüística per-mitia o restabelecimento de textos e a clari-ficação de obscuridades resultantes de umsem-número de transposições e traduções.

Nestes últimos decênios, embora nemsempre para satisfação de todos, as exegesesbíblicas têm-se valido em escala cada vezmaior da antropologia, da sociologia e dapsicanálise. Tão recente quanto a própriaafirmação das teorias do signo, são as tenta-tivas de ler os relatos do Antigo e do NovoTestamento à luz da semiótica. Uma dessastentativas, realizada na França durante osanos 70, é agora apresentada aos leitoresbrasileiros: Semiótica Narrativa dos TextosBíblicos, publicação da Editora Forense-Universitária, Rio, 133 páginas, Cr$ 200.

Os ensaios que compõem o volume sãosete, os autores apenas quatro. A C. Chabrolcoube escrever o texto introdutório, organi-zar a bibliografia e fazer uma das analises.Os outros são O. Vuillod, L. Marin e o jesuítaE. Haulotte. Em sua introdução, Chabrol,depois de explicar que o livro é em grandeparte "aplicação de modelos semióticos jáelaborados" apresenta as premissas, que sãotambém questões básicas a preocupar osautores: pode-se começar tal análise semconhecimento preciso do contexto etnográ-fico semita? Não deveria a analise partir doinventario das fontes arcaicas da literaturabíblica? Será possível fazer a análise traba-lhando sobre a sua tradução em uma línguamoderna? A essas perguntas a autora res-ponde afirmativamente. No caso da primei-ra, a que lhe parece a mais importante, eladeixa claro que interessa ao analista não é ocontexto sociológico, mas o contexto mito-lógico.

Passando à prática, G. Vuillod se debruçasobre as narrativas curtas do Antigo e doNovo Testamento, aquelas das quais se pos-sa realmente dizer ao fim da leitura: estahistória está terminada. Tais narrativas àsvezes tem apenas algumas linhas, alcançamquando muito uma página; e pertencem —lembra o autor — a gêneros literários tradi-cionalmente considerados como indepen-

dentes entre si, denominados milagre, para-bola e profecia. A contribuição de Vuillodlimita-se à análise de apenas uma dessasnarrativas, a que trata de cura de dois cegos.

Um pouco mais ambicioso, L. Marin sub-mete aos seus instrumentos de análise estru-tural a história das mulheres que chegam aosepulcro de Jesus e o encontram vazio. Acomplexidade maior, ai, decorre do fato deque a narrativa se encontra não apenas emum evangelho, mas em três, os de Mateus,Marcos e Lucas, podendo as duas últimasserem consideradas variantes da primeira. Oautor examina apenas o que chama de "es-truturas superficiais" do texto e conclui quese trata de uma "narrativa manifesta", istoé, dentro da qual, em surdina, uma outrahistória vai sendo contada.

Seguindo os mesmos critérios, Marin apa-rece no ensaio seguinte analisando a historiade Jesus diante de Pilatos, também existen-te em mais de um evangelho. Na sua conclu-sáo, agora um pouco mais ampla, ele obser-va que o problema geral da narrativa é o de"realizar a passagem de uma comunidadenacional e religiosa fechada a uma universa-lidade supranacional aberta" Essa conclu-são vai se ligar às do ensaio seguinte, deChabrol, sobre os textos que descrevem apaixão, e ao E. Haulotte, que trata da legibi-lidade das sagradas escrituras.

"A legibilidade desse conjunto", observaHaulotte, "levanta uma série de questões"que se situam no ponto de encontro de doisproblemas. Os textos da Bíblia circulavamoriginalmente separados e eram por vezes"Impermeáveis", isto é, sem relação entre si.Em virtude de uma série de fatores históri-cos, geográficos e ideológicos reuniram-se nocurso de sua transmissão aos povos que iamsendo catequisados. Nesse processo, poruma espécie de prática seletiva, foram pau-latinamente excluídos os textos que hojechamamos "apócrifos". Finalmente, por vol-ta do século II de nossa época, a seleção econjunção entre os textos antes dispersosresultou em um eorpus que vem sendotransmitido de forma estável, "em diversostipos de tradição e no seio de diferentesculturas, sem perder seu caráter original".

Haulotte vai procurar, então, descobrirpor que as sucessivas versões, comentários eglosas da Bíblia jamais chegaram a tomar olugar do texto original (aquele que se fechoupor volta do século II), como sucedeu com oCoráo. Por outro lado. tentará responder deonde vém o efeito de realidade e a dimensãotemporal dos textos, que tomam a sua leitu-ra tão cara àquele que procura interpretá-la,seja de que angulo for.