NOTAS DE POBLACION - Repositorio CEPAL

119
NOTAS DE POBLACION

Transcript of NOTAS DE POBLACION - Repositorio CEPAL

NOTAS DE POBLACION

Las o p in io n es y d a to s q ue figu ran en este vo lu ­m en son re ^ o n sa b ilid a d de los au to res , sin que el C en tro L a tin o am erican o de D em ografía (C ELA D E) sea n ecesariam en te p a r tíc ip e d e ellos.

CENTRO LATINOAMERICANO DE DEMOGRAFIA

NOTAS DE POBLACION

AÑO x r a , No. 38, SAN JOSÉ, COSTA RICA, AGOSTO 1985

ISSN 0303 - 1829

CENTRO LATINOAMERICANO DE DEMOGRAFIA Director interino: G u ille r m o A . M a c c ió

L a re v is ta N o ta s d e P o b la c ió n e s u n a p u b lic a c ió n d e l C e n tr o L a t in o a m e ­r ica n o d e D e m o g r a f ía (C E L A D E ), c u y o p r o p ó s it o p r in c ip a l e s la d if u ­s ió n d e in v e s t ig a c io n e s y e s t u d io s d e p o b la c ió n so b r e A m é r ic a L a tin a , a u n c u a n d o r e c ib e c o n p a r ticu la r in te r é s a r t íc u lo s d e e s p e c ia lis ta s d e fu er a d e la r e g ió n y , en a lg u n o s c a so s , c o n tr ib u c io n e s q u e se r e fie r e n a o tr a s r e g io n e s d e l m u n d o . Se p u b lic a tr e s v e c e s a l añ o (a b r il , a g o s to y d ic ie m b r e ) , c o n u n a o r ie n ta c ió n in te r d isc ip lin a r ia , p o r lo q u e a c o g e ta n ­t o a r t íc u lo s so b re d e m o g r a f ía p r o p ia m e n te ta l, c o m o o t r o s q u e a b o r d e n la s r e la c io n e s e n tr e lo s f e n ó m e n o s d e m o g r á f ic o s y lo s f e n ó m e n o s e c o n ó ­m ic o s , so c ia le s y b io ló g ic o s . .

Editor:J o rg e A rév a lo

C asilla 9 1 , S a n t ia g o , C h ile

Comité Editorial:G u ille r m o A . M a c c ió

M ig u e l V illa

Secretaría:S y lv ia K ra ch t

E n r iq u e P em jea n

Redacción y Administración:A p a r ta d o 5 2 4 9

S a n J o s é - C o s ta R ic a

P r e c io d e l e jem p lar: U S $ 8 S u sc r ip c ió n an u al: U S $ 2 0

S U M A R IO

M o r ta lid a d a d u lta y o r fa n d a d en e l p a sa d o : c in c oc a so s la t in o a m e r ic a n o s , Jorge Som oza 9

O rfa n d a d y m o r ta lid a d d e a d u lto s e n e l p a sa d o : u n a c r ít ic a d e lo s d a to s y p r o c e d im ie n to s d e e s t u d io s d e se is p o b la c io n e s d e la A m é r ic a Lsiúndi, R obert McCaa 5 5

L a p o b la c ió n y e l d e sa r r o llo . H e c h o s y r e f le x io n e s .CELADE 6 5

PRESENTACION

Entre los días 12 y 14 de diciembre de 1984, se llevó a cabo el “Seminario sobre la mortalidad adulta y la orfandad en el pasado”, en la subsede del CELADE en San José, Costa Rica. Este seminario fue patrocinado conjuntamente por la Universidad de Costa Rica, el Comité de Demografía Histórica de la Unión para el Estudio Científico de la Población y el CELADE. Se incluye un anexo con la lista de participantes.

En relación con los trabajos referentes a la América Latina, se decidió preparar un documento que se inte­gra, en una primera parte, con las secciones históricas de cinco de aquellos trabajos, y una segunda parte, común a todos ellos, en la que se describe la metodología uniforme empleada y se comentan los resultados alcan­zados.

Un sexto documento se publicó separadamente en nuestro número 37, del mes de abril, porque en su ela­boración demográfica se utilizó un procedimiento dife­rente al empleado en los otros cinco casos.

En un artículo separado, de esta misma revista, se in­cluye el informe del relator del seminario, Robert McCaa.

Con este material se espera poner en conocimiento de los estudiosos de la Demografía Histórica lo que fue la contribución latinoamericana al Seminario.

M O R T A L I D A D A D U L T A Y O R F A N D A D E N E L P A S A D O : C IN C O C A S O S L A T IN O A M E R IC A N O S

Jorge Som oza

RESUMEN

El docum ento presenta una descripción de la evolución histórica de cinco poblaciones y un examen de las circuns­tancias en las que se recogieron y compilaron datos sobre la orfandad, materna y paterna, de los contrayentes en el m o­m ento de su matrimonio.

Los estudios históricos comprenden: San Luis de La Paz, en M éxico, en el siglo XVIII; Valparaíso entre 1871 y 1875; Lima entre 1869 y 1871; un grupo luterano de Curi­tiba, entre 1880 y 1919 y, finalm ente, la ciudad de Corrien­tes, entre 1866 y 1875.

Merece destacarse que en ellos se señalan ya algunas de las deficiencias de la inform ación básica, que se pondrán en evidencia al analizar los datos.

Luego se describen los distintos pasos seguidos en el es­tudio de la inform ación recogida: a partir de proporciones de no huérfanos, dadas pór grupos quinquenales de edad de los contrayentes, se llega a la construcción de tablas de vida referidas a un período de vida entre los 25 y 75 años, en el caso de la mortalidad materna, y entre los 30 y 70 años, en el de la paterna.

El docum ento incluye comentarios sobre los resultados, advierte al lector sobre la cautela con que debe interpretar­los y presenta diferencias de mortalidad por sexo, las que resultan plausibles.

Es tan pobre el conocim iento que se tiene sobre la mor­talidad en el pasado que, pese a las limitaciones de los re­sultados, no puede desconocerse su valor.

<DEMOGRAFIA HISTORICA> <M O RTALID AD > D A D > <T A B L A S DE MOR TALIDAD>

<ORFAN-

A D U L T M O R T A L IT Y A N D O R P H A N H O O D IN T H E P A S T : F I V E L A T IN A M E R IC A N C A S E S

SUMMARY

This paper describes the historical evolution o f five po­pulations and analyzes the circumstances under which data on maternal and paternal orphanhood o f couples at the m om ent o f marriage were collected and compiled.

Historical studies include San Luis de la Paz, M exico, in the XVIII century; Valparaiso, between 1871 and 1875, Lima, Peru, between 1869 and 1871; a Lutheran group o f Curitiba (Brazil), between 1880 and 1919 and, finally, the city of Corrientes, Argentina, between 1866 and 1875. These studies already show some o f the basic inform ation deficiencies that became evident when analyzing the data.

The paper describes the different steps follow ed in the study of the inform ation collected: starting with the pro­portion of non-orphans on the basis o f quinquennial age groups of the couples, life tables are constructed for a period between ages 25 and 75, in the case o f maternal m ortality, and between ages 30 and 70, in the case o f paternal mor­tality.

The paper includes com m ents on the findings, recom­mends caution to interpret them and presents mortality differences by sex which appear to be plausible. Knowledge o f past m ortality is so deficient, that despite their lim ita­tions, these findings represent a valuable contribution.

CHISTORICAL DEMOGRAPHY> <M0RTAL1TY> KORPHAN- HOOD> <IJFE TABLES>

10

E ste d o c u m e n t o se c o m p o n e d e d o s p a r te s . L a p r im er a e s la r e c o p ila c ió n d e la s e c c ió n h is tó r ic a d e c in c o d e lo s e s t u d io s p r e s e n ­ta d o s a la r e u n ió n :

• “ L a m o r ta lid a d a d u lta d e la p o b la c ió n d e S an L u is d e la P az en e l s ig lo X V I I I ” , d e C e c ilia A n d r e a R a b e ll R o m e r o y N e r y N e c o - ch ea S e r n a , d e l I n s t i tu to d e I n v e s t ig a c io n e s S o c ia le s d e la U n i­v e r s id a d N a c io n a l A u tó n o m a d e M é x ic o ;

• “ B rev e h is to r ia d e la C iu d a d d e V a lp a r a íso y e s t im a c ió n d e la m o r ta lid a d a d u lta a b a se d e in fo r m a c ió n so b re o r fa n d a d ” , de C a r m en A r r e tx , d e l C E L A D E y R e n é S a lin a s , d e la U n iv e r s id a d C a tó lic a d e V a lp a r a íso ;

• “ L im a : E s t im a c ió n d e la m o r ta lid a d a d u lta , p o r s e x o , a p a rtir d e in fo r m a c ió n so b re o r fa n d a d r e c o g id a e n e x p e d ie n t e s m a tr im o ­n ia le s d e s ie te p a rro q u ia s e n tr e 1 8 6 9 y 1 8 7 1 ” , d e D e lic ia F er ra n ­d o , d e l I n s t i tu to N a c io n a l d e E s ta d ís t ic a y F e r n a n d o R o n c e , d e la U n iv e r s id a d d e l P a c íf ic o ;

• E s t im a tiv a s d a m o r ta lid a d e a d u lta n o g ru p o e v a n g é lic o lu te r a n o e m C u ritib a : 1 8 8 0 - 1 9 1 9 ” , d e A n a M aría d e O live ira B u r m e s te r , lara S im ile D e M a c e d o y S e r g io O d ü o n N a d a lin , d e la U n iv ers i- d a d e F e d e r a l d o P aran á;

• “ B rev e h is to r ia d e la c iu d a d d e C o r r ie n te s y e s t im a c ió n d e la m o r ta lid a d a d u lta , p o r s e x o , a p artir d e in fo r m a c ió n so b r e o r ­fa n d a d r e c o g id a e n a c ta s m a tr im o n ia le s d e la C a te d r a l d e C o ­r r ie n te s e n tr e 1 8 6 6 y 1 8 7 5 ” , d e A n a M .H . F o s c h ia t t i , d e l I n s t i­t u t o d e I n v e s t ig a c io n e s G e o h is tó r ic a s de R e s is te n c ia , C h a c o , y J o r g e S o m o z a , d e l C e n tr o d e E s tu d io s d e P o b la c ió n (C E N E P ), B u e n o s A ir e s .

L a se g u n d a p a r te e s u n a e x p lic a c ió n d e l c á lc u lo d e u n a tab la de v id a a p a rtir d e la in fo r m a c ió n s o b r e la in c id e n c ia d e la o r fa n d a d s e ­g ú n la e d a d d e lo s n o v io s e n e l m o m e n t o d e l c a s a m ie n to .

INTRODUCCION

11

I PARTESECCION fflSTORICA DE LOS CINCO DOCUMENTOS

Poblamiento de San Luis de la Paz

L a fu n d a c ió n d e S a n L u is d e la P a z h a c ia 1 5 9 0 fu e u n e p is o d io m á s d e la c o n q u is ta d e l n o r te d e la N u e v a E sp a ñ a ; la r e g ió n h a b ita d a p o r in d io s c h ic h im e c a s n ó m a d a s fu e p o b la d a g r a c ia s a l d e s c u b r im ie n ­t o d e r ica s v e ta s d e m e ta le s p r e c io s o s , q u e d e s e n c a d e n ó o le a d a s de g a m b u s in o s y lu e g o d e c o lo n iz a d o r e s d e d ic a d o s a la g a n a d e r ía , la a g r icu ltu ra y e l c o m e r c io .

E l c lim a se m iá r id o y la v e g e ta c ió n d e x e r ó f i ta s era n p a r t ic u la r ­m e n te p r o p ic io s al d e sa r r o llo d e la g a n a d e r ía m e n o r ; la s v a s ta s tierra s d e S a n L u is d e la P a z , d e m á s d e 1 0 0 0 km.^ d e e x t e n s ió n , se p o b la ­ro n d e r a n c h o s y h a c ie n d a s g a n a d e ra s . La c a b e c e r a d e l p u e b lo fu e h a b ita d a p o r fa m ilia s d e in d io s o t o m íe s s e d e n ta r io s q u e fu e r o n tr a í­d o s d e l c e n tr o d e l V ir r e in a to y fo r m a r o n c u a tr o b a r r io s . A s í , e n S a n L u is se d a n d o s t ip o s d e a s e n ta m ie n to d ife r e n te s : e n lo s r a n c h o s y h a c ie n d a s d is p e r s o s e n e l te r r ito r io d e la p a rro q u ia v iv e n e s p a ñ o le s , m e s t iz o s y ca sta s d e d ic a d o s a la c r ía y p a s to r e o d e l g a n a d o la n a r y c a p r in o , m ie n tr a s q u e e n la c a b e c e r a se c o n c e n tr a n lo s in d io s d e d i­c a d o s a l c u lt iv o d e la v id e n la s h u e r ta s d e l p u e b lo .

H a c ia m e d ia d o s d e l s ig lo d ie c io c h o , lo s h a b ita n te s d e S a n L u is e m p ie z a n a c u lt iv a r c e r e a le s . S e d a , e n u n a s c u a n ta s d é c a d a s , u n gran c a m b io e n e l p a isa je d e la z o n a ; se m u lt ip l ic a n la s t ier ra s d e d ic a d a s al c u lt iv o d e l m a íz , fr ijo l, tr ig o y c e b a d a . A d e m á s , se d e sa r r o lla la c r ía d e g a n a d o m a y o r , e s p e c ia lm e n te v a c u n o . S im u ltá n e a m e n te , v a n a p a ­r e c ie n d o d e c e n a s d e p e q u e ñ o s s it io s , p a ra jes y p u e s t o s , p o b la d o s p o r g r u p o s d e a r r e n d a ta r io s d e tier ra s d e la s h a c ie n d a s q u e se e s ta b le c e n c o n su s fa m ilia s .

A f in a le s d e l s ig lo d ie c io c h o , la p a rro q u ia d e S a n L u is e s y a u n a p ró sp era z o n a d e n s a m e n te p o b la d a , p e r o se s igu e m a n te n ie n d o e l p a tr ó n é t n ic o in ic ia l; lo s in d io s o t o m íe s d e la c a b e c e r a p e r d ie r o n sus tierra s p e r o c o n t in ú a n v iv ie n d o e n su s c u a tr o b a r r io s , y lo s e s p a ñ o le s , m e s t iz o s y ca s ta s se d e d ic a n a la a g r icu ltu ra y la g a n a d e r ía e n las o c h o g r a n d e s h a c ie n d a s y e n lo s m ú lt ip le s r a n c h o s q u e h a n su rg id o e n la s tierra s a rren d a d a s d e la s h a c ie n d a s .

E n lo s p r im e r o s a ñ o s d e l s ig lo d ie c is ie te lo s j e s u ita s q u e lle g a r o n a c a te q u iz a r c h ic h im e c a s in f ie le s b a u t iz a b a n a n u a lm e n te a lr e d e d o r d e tr e in ta n iñ o s ; d o s c ie n t o s a ñ o s d e s p u é s , e l p á r r o c o d e S a n L u is a se n ta b a a n u a lm e n te cerca d e m il a c ta s d e b a u t iz o .

12

Las fuentes

L a ser ie d e r e g is tr o s p a r r o q u ia le s d e la s a c ta s d e m a tr im o n io en S a n L u is d e la P a z se in ic ia e n 1 6 4 5 y te r m in a u n p a r d e m e s e s a n te s d e la gu erra d e in d e p e n d e n c ia , en 1 8 1 0 . L a p é r d id a d e v a r io s lib r o s d e e s ta ser ie o c a s io n a u n a larga la g u n a q u e a b a rca d e 1 6 5 2 h a sta 1 7 1 0 ; a p artir d e e se a ñ o , n o h a y n in g u n a o tr a in te r r u p c ió n .

E n d o s o c a s io n e s , 1 7 9 1 y 1 8 0 1 , lo s l ib r o s fu e r o n r e v isa d o s p o r la s a u to r id a d e s d io c e s a n a s , q u e e n c o n tr a r o n q u e t o d o e s ta b a “ c o n ­fo r m e a lo d is p u e s t o ” , se g ú n se le e e n lo s a u to s d e v is ita .

P ara la e la b o r a c ió n d e e s t e tr a b a jo , se to m a r o n las a c ta s d e 1 7 8 0 a 1 8 1 0 , p o r q u e en lo s a ñ o s a n te r io r e s la in f o r m a c ió n so b r e la e d a d d e lo s n o v io s a p a r e c e d e m a n e r a e sp o r á d ic a ; a d e m á s , la m e n c ió n a la s o b r e v iv e n c ia d e lo s p a d r es e s p o c o s is te m á tic a .

S e v a c ia r o n 4 1 9 0 a c ta s d e m a t r im o n io , c o n te n id a s e n s ie te l i ­b r o s n u m e r a d o s d e l X II al X V I I ; e n lo s cu a tr o p r im e r o s l ib r o s , q u e in c lu y e n d e sd e 1 7 8 0 h a sta 1 8 0 1 , e s tá n m e z c la d o s t o d o s l o s g r u p o s é t n ic o s , p e r o a p a r tir d e l l ib r o X V , e n 1 8 0 2 , se e s t a b le c e n tr e s c a t e ­g o r ía s d e c o n t r a y e n t e s y ca d a u n a e s a se n ta d a e n u n lib r o a p a r te : lo s in d io s , lo s e s p a ñ o le s y las “ c a sta s y d e m á s j a e z ” .

L a in f o r m a c ió n c o n te n id a en la s a c ta s d e m a tr im o n io e s la s i­g u ie n te :

— fe c h a : d ía , m e s , a ñ o— d a to s d e l cura: n o m b r e y ca rg o ( r e c t o r , a y u d a n te )— fe c h a d e la s a m o n e s ta c io n e s— d a to s d e l n o v io : n o m b r e

g r u p o é t n ic o e d a dlu g a r d e o r ig e nlu g a r d e r e s id e n c iat ie m p o d e r e s id e n c iale g it im id a de s ta d o c iv iln o m b r e d e lo s p a d r ess o b r e v iv e n c ia d e lo s p a d r es

— d a to s d e la n o v ia : ig u a le s a lo s d e l n o v io— d e c la r a c ió n d e m u tu o c o n s e n t im ie n to— d a to s d e lo s p a d r in o s ; n o m b r e

g ru p o é t n ic o p a r e n te s c o e n tr e e l lo s

— te s t ig o s : lo s m is m o s d e lo s p a d r in o s .

13

D e la s 4 1 9 0 a c ta s h u b o q u e e x c lu ir varias p o r d iv e rsa s r a z o n e s:

a) 4 6 4 a c ta s e r a n , e n r e a lid a d , ca rta s r e q u is ito r ia s e n la s q u e el cu ra d e S a n L u is d ec la ra b a q u e n o h a b ía im p e d im e n to a lg u ­n o p ara q u e se ce leb ra ra e l m a tr im o n io . E sta s cartas se e x ­p e d ía n c u a n d o u n o o a m b o s p r e t e n d ie n te s era n o r ig in a r io s d e S a n L u is p e r o r e s id ía n en o tr a p a r r o q u ia ; e x c lu im o s e s t o s c a so s p e r o in c lu im o s a q u ie n e s s ie n d o o r ig in a r io s de o tr a s p a r r o q u ia s r e s id ía n e n S an L u is al ca sa rse .

b) L a e x is t e n c ia de h ijo s i le g í t im o s p la n te ó p r o b le m a s ; lo s h ijo s i le g í t im o s lo eran c u a n d o a m b o s , o s ó lo u n o , d e lo s p a d r e s era “ d e s c o n o c id o ” . E n tre lo s n o v io s h u b o 1 7 0 h ijo s d e p a d re d e s c o n o c id o y 2 6 d e m a d re d e s c o n o c id a ; e n tr e las n o v ia s 1 8 4 n o c o n o c ie r o n a su p a d r e y 3 9 a su m a d r e . Para a p lic a r e l m é t o d o , h a y q u e s u p o n e r q u e la le g it im id a d d e lo s h ijo s n o e s tá r e la c io n a d a c o n la s o b r e v iv e n c ia d e lo s p o b r e s , y a s í e x c lu ir d e l a n á lis is a lo s h ijo s i le g í t im o s .

c ) M ás f r e c u e n te e s e l p r o b le m a d e la fa lta d e in f o r m a c ió n s o ­b re la s o b r e v iv e n c ia d e a lg u n o d e lo s p a d r e s; e n tr e lo s n o ­v io s e s ta s itu a c ió n se p r e s e n tó e n 1 6 0 4 c a s o s y e n tr e la s n o ­v ia s e n 1 3 1 3 a c ta s .

d) F u e n e c e sa r io ta m b ié n d esca r ta r a q u e llo s c a s o s e n q u e n o h a b ía in fo r m a c ió n so b r e la ed a d d e u n o d e lo s n o v io s ; e n e l 3 ,5 % d e las a c ta s r e s ta n te s n o a p a r e c ió la e d a d d e l n o v io y e n e l 8 ,7 % n o se a s e n tó la e d a d d e e lla . O b se r v a m o s q u e la o m is ió n d e la ed a d se p r e s e n tó fu n d a m e n ta lm e n te e n tr e n o ­v io s v iu d o s a p artir d e 1 7 8 7 .

F in a lm e n te , q u e d a r o n 2 5 3 0 n o v io s q u e t e n ía n in fo r m a c ió n c o m p le ta y 2 4 4 6 n o v ia s .

La población analizada

Antecedentes históricos de la ciudad de Valparaíso

S e g u n d a c iu d a d d e C h ile p o r su p o b la c ió n , V a lp a r a ís o e s e l p r i­m e r p u e r to d e l p a ís . A m e d ia d o s d e l s ig lo X IX fu e ta m b ié n —p o r su im p o r ta n c ia m e r c a n t i l - e l p r in c ip a l p u e r to d e l P a c í f ic o . E l e m p la z a ­m ie n to u r b a n o se d is tr ib u y e en to r n o a u n a a b ie r ta b a h ía , o c u p a n d o la s e s tr e c h a s p la n ic ie s in m e d ia ta s a la c o s ta y lo s c e r r o s y q u e b r a d a s

14

q u e r o d e a n e l área . S e u b ic a e n lo s 3 3 ° , 2 ’ d e la t itu d su r y 7 1 ° , 3 8 ’ de lo n g itu d o e s t e . S e c o m u n ic a c o n e l in te r io r d e l va lle ce n tr a l p o r v /a férrea y p o r u n a carretera de 1 3 0 k iló m e tr o s q u e lo u n e a S a n t ia g o .

D e sd e t ie m p o s a n tig u o s l la m ó la a te n c ió n d e lo s o b se r v a d o r e s la a r id ez e irreg u la r id a d d e l te r r e n o en q u e se le v a n tó la c iu d a d , e n v iv o c o n tr a s te c o n la im a g e n id í l ic a y p o é t ic a q u e e v o c a su n o m b r e : “ V a ­lle d e l p a r a ís o ” . T o d a v ía en 1 8 2 0 . la s d e s c r ip c io n e s d e a lg u n o s v is i­ta n te s d e s ta c a n la s p r o fu n d a s q u e b r a d a s y lo s ce rro s ca si e s té r ile s q u e r o d e a b a n e l fo n d e a d e r o , en t o r n o al cu a l h a b ía u n a so la ca lle “ lle n a d e t ie n d a s q u e e x p o n ía n su s m e r c a d e r ía s en fo r m a v is to sa y o r ig i­n al . . . c o lg a n d o m u e s tr a s d e sa s tr e s , z a p a te r o s , e t c .” ’

L a d iv is ió n e c le s iá s t ic a d e l s ig lo X V I I 1, q u e se c o n fu n d ía c o n la c iv il, in c lu ía a V a lp a r a íso en la p r o v in c ia d e Q u illo ta . La m á x im a a u to r id a d en la c iu d a d era e l G o b e r n a d o r M ilita r , d e s ig n a d o p o r e l R e y d e E sp a ñ a . La ju r is d ic c ió n d e l G o b e r n a d o r se e je r c ía en u n ra d io d e 1 6 k iló m e tr o s . En 1 8 2 7 fu e in c o r p o r a d o te r r ito r ia lm e n te a la p r o ­v in c ia d e A c o n c a g u a , p e r o la a d m in is tr a c ió n d e l d e p a r ta m e n to s ig u ió s ie n d o d e p e n d ie n te d e l g o b ie r n o ce n tr a l d e S a n t ia g o .

A m e d ia d o s d e l s ig lo X I X , V a lp a r a íso p a só a fo r m a r p a r te d e la p r o v in c ia d e l m is m o n o m b r e , crea d a e l 2 7 d e o c tu b r e de 1 8 4 2 . La e x t e n s ió n era d e 5 0 0 0 km^ y se d iv id ía en 4 d e p a r ta m e n to s : L im a - c h e , Q u il lo ta , C a sa b la n c a y V a lp a r a ís o . E ste ú lt im o , te n ía u n a s u p e r ­f ic ie d e 4 4 0 k m L in c lu y e n d o lo s te r r ito r io s in su la re s d e J u a n F e r n á n ­d e z , c o n u n a s u p e r f ic ie d e 3 5 4 k m h La c a p ita l d e l d e p a r ta m e n to —al ig u a l q u e d e la p r o v in c ia — era la c iu d a d d e V a lp a r a íso .

E l s it io o c u p a d o p o r la c iu d a d fu e d e s t in a d o a p u e r to d e s d e el m o m e n t o m is m o d e la c o n q u is ta h isp a n a . En 1 5 4 3 , P ed ro d e V a ld i­v ia d e c la r a b a la c o n v e n ie n c ia d e e s ta b le c e r a l l í “ e l p u e r to d e S a n t ia ­g o ” . S in e m b a r g o la c iu d a d s ó lo fu e d o ta d a d e u n C a b ild o - ó r g a n o d e lo s in te r e s e s d e la c o m u n id a d d e h a b ita n te s — r e c ié n a f in e s d e l s ig lo X V I I I , s ié n d o le c o n fe r id o e l t í t u lo d e c iu d a d e n 1 8 0 2 , m e d ia n ­te u n a R e a l C é d u la e m it id a e l 9 d e m a r z o d e e se a ñ o .

D u r a n te e l p e r ío d o c o lo n ia l la im p o r ta n c ia d e la c iu d a d e s tu v o l im ita d a a la s a c t iv id a d e s de e x p o r t a c ió n e im p o r ta c ió n d e c id id a s e n S a n t ia g o . E l e m p la z a m ie n t o d e la a ld e a c o lo n ia l se r e a liz ó en e l terre -

' M em orias de u n oficial inglés al servicio de O iile en los años 1 8 2 1 -1 8 2 9 ” . S tgo., 1923 , p. 34. R o b erto H ernández, Valparaíso en 1827, V alpso, 19 2 7 , pág. 11.

15

n o p ia n o y e n la s fa ld a s d e lo s ce rro s v e c in o s a l e x t r e m o n o r te d e la b a h ía . A l su r, e n c a m b io , h a b ía u n te r r e n o m ás e s p a c io s o y a b ie r to q u e s ó lo se p o b la r á a f in e s d e l s ig lo X V I I I , c r e a n d o e l b arrio d e l “ A lm e n d r a l” . H a sta e n t o n c e s , e l c e n tr o d e la s a c t iv id a d e s fu e e l m u e lle y la a d u a n a , y en to r n o a e l lo s se e d if ic a r o n l o s p r im e r o s e s ta ­b le c im ie n t o s c o m e r c ia le s , la s h a b ita c io n e s d e c iv ile s y m ilita r e s y la ig le s ia p a r r o q u ia l. D u r a n te e l s ig lo X I X , y lu e g o d e crea rse e l m u n ic i­p io lo c a l , e l área u rb a n a fu e d iv id id a en c in c o c o m u n a s , la s q u e a su v e z c o m p r e n d ía n 2 3 s u b d e le g a c io n e s .

A c o m ie n z o s d e l s ig lo X íX c o m ie n z a e n V a lp a r a ís o u n p r o c e s o d e p e r s is te n te e x p a n s ió n . S i b ie n la in d e p e n d e n c ia s ig n if ic ó la sa lid a d e l p a ís d e n u m e r o s o s e s p a ñ o le s y su s c a p ita le s ( c o n e l c o n s ig u ie n te e m p o b r e c im ie n t o ) , la c iu d a d se tr a n s fo r m ó e n e l e n tr e p u e r to g e n e r a l d e l P a c í f i c o , d o n d e p o d ía n arrib ar, a n c la r y su rg ir l ib r e m e n te t o d o s lo s b u q u e s e x tr a n je r o s d e en tr a d a y d e r e to r n o q u e c o m e r c ia r a n en lo s p a ís e s c o m p r e n d id o s d e s d e C h ile h a s ta C a lifo r n ia . E n tre o c tu b r e d e 1 8 1 8 y j u l io d e 1 8 2 2 r e ca la ro n e n V a lp a r a ís o 3 2 0 b a r c o s para d esca r g a r y cargar m e r c a d e r ía s .’

L a a p e r tu r a d e lo s “ a lm a c e n e s f r a n c o s ” e n 1 8 3 0 , y e l tr a s la d o d e sd e S a n t ia g o d e la a d u a n a p r in c ip a l, d ie r o n u n n u e v o im p u ls o a la e x p a n s ió n d e la c iu d a d . A m e d ia d o s d e l s ig lo X I X , t e n ía e l m a y o r n ú m e r o d e e s t a b le c im ie n to s c o m e r c ia le s y m a n u fa c tu r e r o s d e l p a ís , c o n m á s d e l 2 0 p o r c ie n to d e l to t a l . E n tr e 1 8 4 0 y 1 8 9 0 se p r o d u jo u n p e r m a n e n te c r e c im ie n to de la s a c t iv id a d e s y e n u n s o lo a ñ o — 1 8 7 1 —, se o to r g a r o n 2 0 6 p e r m iso s d e c o n s tr u c c ió n d e e d if ic io s en la c iu d a d .

U n a e c o n o m ía d in á m ic a , lig a d a a las f u n c io n e s c o m e r c ia le s , b an - car ia s y p o r tu a r ia s d e la c iu d a d , la tr a n s fo r m a r o n e n u n c e n tr o d e a tr a c c ió n p ara u n a s ig n if ic a t iv a m a sa d e in m ig r a n te s q u e b u sc a r o n - y e n c o n tr a r o n — tr a b a jo y m e jo r e s o p o r tu n id a d e s . P o r lo m e n o s h a sta 1 8 8 0 la a c t iv id a d g en er a l d e V a lp a r a íso fu e su p e r io r a la de S a n t ia g o , a u n q u e lu e g o d e c l in ó m u y r á p id a m e n te , e n e s p e c ia l lu e g o d e c o m p le ta r s e la red ferro v ia r ia d e l va lle c e n tr a l c u y o te r m in a l fu e S a n t ia g o .

D e s d e u n c o m ie n z o , la c iu d a d se c o n s t i t u y ó m a y o r ita r ia m e n te c o n p o b la c ió n m e s t iz o -b la n c a . L a s a c t iv id a d e s c o m e r c ia le s y d e serv i­c io n o r e q u e r ía n d e m a n o d e o b ra in d íg e n a , p e r o s í d e e s c la v o s n e-

V. D om ingo Súvz., Monografía histórica del Valparaíso, V alpara íso , 1910 , pág. 32.

16

g r o s , o c u p a d o s e s p e c ia lm e n te en e l se r v ic io d o m é s t ic o . A f in e s d e l s ig lo X V III eran m á s d e 2 0 0 y r e p r e se n ta b a n a lg o m e n o s d e l 1 0 p o r c ie n to d e la p o b la c ió n to t a l . P o r la m ism a é p o c a , e l 8 0 p o r c ie n to d e la p o b la c ió n a c t iv a se d e s e m p e ñ a b a e n a c t iv id a d e s te r c ia r ia s , p o r c e n ­ta je q u e se m a n tu v o d u r a n te e l s ig lo X I X .

L o s p r im e r o s d a to s r e la t iv a m e n te s e g u r o s so b r e la p o b la c ió n c o ­r r e s p o n d e n a 1 7 5 5 , e s t im á n d o s e e n 1 7 5 0 e l n ú m e r o d e h a b ita n te s . E n 1 7 7 0 er a n 2 1 5 1 .

P O B L A C IO N D E V A L P A R A I S O

A ño C iudad Provincia

1813 5 317 ___

1833 24 316 —

1854 5 2 4 1 3 63 4 5 01865 70 4 3 8 86 4 2 41875 97 737 119 5851885 104 952 134 1421895 122 447 157 138

F u en te s ; C ensos N acionales.

C o m o lo d e m u e str a n la s c ifr a s a n te r io r e s , e l c r e c im ie n to m á s fu e r te d e la p o b la c ió n se p r o d u jo a m e d ia d o s d e l s ig lo X I X , e s p e c ia l­m e n te a p a rtir d e 1 8 2 0 . E n tr e 1 8 1 3 y 1 8 3 3 la p o b la c ió n se q u in tu ­p lic ó . L a t e n d e n c ia a s c e n d e n te p r o s ig u ió y e n 1 8 5 4 la p o b la c ió n se h a b ía d u p lic a d o . A u n q u e n o e s fá c il d e te r m in a r lo , h a y e n e s te p e r ío ­d o u n a fu e r te in m ig r a c ió n . L a p o b la c ió n v o lv e r á a d u p lic a r se e n 1 8 8 5 .

L a p a r r o q u ia o r ig in a l d e V a lp a r a íso e x is t ía y a e n 1 5 5 8 . U n a p e ­q u e ñ a c a p il la , c o n s tr u id a d e m a te r ia l l ig e r o y a lh a ja d a m o d e s t a m e n t e , se r v ía d e s e d e al p á r r o c o . L a ig le s ia fu e r e e d if ic a d a e n 1 6 2 0 y , n u e v a ­m e n t e , e n 1 8 4 2 , p e r o s ie m p r e e n e l m is m o lu g a r . E sta ú lt im a r e e d if i ­c a c ió n e s la q u e c o n o c e m o s h o y . Ig n o r a m o s la fe c h a e x a c ta d e su fu n d a c ió n , p e r o a c o m ie n z o s d e l s ig lo X V l l se le c o n o c ía c o n e l n o m b r e d e “N u e s tr a S e ñ o r a d e P u e r to C la ro ” . A s í se ñ a m ó h a s ta 1 8 4 4 , c u a n d o se le c a m b ió e l t í t u lo p o r e l d e “ Ig le s ia M a tr iz d e l S a l­v a d o r ” . E l área d e su ju r is d ic c ió n c o m p r e n d ía t o d o e l p u e r to y lo s s it io s ru ra les d e la s v e c in d a d e s e n u n r a d io su p e r io r a lo s 3 0 k i ló m e ­tr o s .

E n 1 8 4 4 se o p e r ó la p r im era r e d u c c ió n d e esa á rea , c o n la c r e a ­c ió n d e la p a r r o q u ia de L o s D o c e A p ó s t o le s , er ig id a e l 1 3 d e d ic ie m ­

17

b re d e e s e añ o .^ L o s l ím i t e s d e la n u e v a p a rro q u ia in c lu y e r o n las áreas ru ra les y , e n c o n s e c u e n c ia , la p a rro q u ia M a tr iz q u e d ó l im ita d a al s e c to r e x c lu s iv a m e n te u r b a n o . L a n u e v a ig le s ia se le v a n tó e n e l b arrio “ A lm e n d r a l” .

U n a n u e v a p a rro q u ia se fu n d ó e l 11 d e ju U o d e 1 8 7 2 , c o n e l n o m b r e d e “ E l E sp ír itu S a n t o ” y c o n te r r ito r io s d e la s d o s a n te r io ­res. El t e m p lo se e d if ic ó e q u id is ta n te d e a m b o s , e n e l lu gar lla m a d o P laza d e la V ic to r ia .

L as tr e s p a rro q u ia s c o n se r v a n su s re g is tro s e n b u e n e s t a d o . O b ­v ia m e n te lo s m á s a n t ig u o s e s tá n e n la “ M a tr iz” . E l d e m a tr im o n io s se in ic ia e n 1 6 8 6 ; e l d e n a c im ie n to s e n 1 7 2 7 (p o r h a b e r se p e r d id o e l p r im er l ib r o c o r r e s p o n d ie n te al s ig lo X V I I ) , y e l d e d e fu n c io n e s en 1 6 8 5 . T a m b ié n c o n se r v a la s I n fo r m a c io n e s M a tr im o n ia le s (a u n q u e s ó lo d e s d e 1 8 4 8 ) , y lo s l ib r o s d e F á b r ica h a sta 1 8 6 0 . L as o tr a s p a rro ­q u ias in ic ia n su s r e s p e c t iv o s re g is tro s d e s d e e l a ñ o d e su fu n d a c ió n .

L o s lib r o s c o n t e n ie n d o la s I n fo r m a c io n e s M a tr im o n ia le s h a n s id o tr a s la d a d o s al A r c h iv o d e l a c tu a l O b isp a d o ( f u n d a d o e n 1 9 2 0 ) , d e sd e la s tr e s p a r r o q u ia s , p e r o s ó lo d e sd e 1 8 6 0 . P o r ta l m o t iv o , para la in v e s t ig a c ió n n o s h e m o s ser v id o d e e se A r c h iv o . L o s d a to s o b t e n i ­d o s a l l í fu e r o n v o lc a d o s e n f ic h a s e s p e c ia lm e n te a d a p ta d a s . C o m o d e a c u e r d o a la s d is p o s ic io n e s le g a le s era o b lig a to r io p ara la m u jer m e n o r d e 2 5 a ñ o s q u e d e se a b a c o n tr a e r m a t r im o n io , d e m o str a r la a u to r iz a c ió n o “ c o n s e n t im ie n t o ” d e su s p a d r e s , s a b e m o s c o n m a y o r p r e c is ió n si lo s p a d r es d e la n o v ia e s tá n v iv o s . C u a n d o n o lo e s tá n , e l “ c o n s e n t im ie n t o ” e s d a d o p o r u n t u to r o “ c u r a d o r ” , se ñ a lá n d o se e n e l a c ta e l fa l le c im ie n t o d e lo s p a d r e s . Para e l h o m b r e , la m ism a o b lig a c ió n s ó lo reg ía c o n lo s m e n o r e s d e 2 1 a ñ o s . D e a h í e n t o n c e s la in se g u r id a d o a u se n c ia d e e s te d a to e n la s f ic h a s r e sp e c t iv a s .

L o s r e su lta d o s q u e se o b t ie n e n so n p la u s ib le s p ara la m o r ta l i­d ad fe m e n in a d e p a r r o q u ia s d e V a lp a r a ís o . N o s u c e d e lo m is m o c o n lo s c o r r e s p o n d ie n te s a m o r ta lid a d m a sc u lin a : lo s d a to s , ta n to d e V a l­p a ra íso c o m o d e a lg u n a s p a r r o q u ia s d e S a n t ia g o , n o p e r m ite n h a c e r e s t im a c io n e s r a z o n a b le m e n te a c e p ta b le s . E n c o n s e c u e n c ia , e s t e tra ­b ajo h a d e b id o lim ita r se s ó lo a e s t im a r la m o r ta lid a d fe m e n in a . S e h a n a n a liz a d o n u m e r o s o s c a so s d e m a tr im o n io s r e g is tr a d o s e n d if e ­re n te s p a r r o q u ia s , ta n to d e S a n t ia g o (S a n L á za ro y S a n I s id r o ) c o m o * *

Boletín Eclesiástico, I, 164.

* Boletín Eclesiástico, V, 562 .

18

d e la c o m u n a d e V a lp a r a íso (C a sa b la n c a ). S in e m b a r g o , la m a la c a li­d ad d e e s ta in fo r m a c ió n im p id e u tiliz a r la p ara e s t im a r , a u n q u e sea en fo r m a b u r d a , la m o r ta lid a d a d u lta ta n to f e m e n in a c o m o m a sc u lin a .

C a b e d ejar s e ñ a la d o , sin e m b a r g o , q u e la in fo r m a c ió n u t iliz a d a para e s t im a r la m o r ta lid a d a d u lta f e m e n in a d e V a lp a r a íso a d o le c e de erro res im p o r ta n te s ; e n p a r ticu la r e x is t e u n a gran in c id e n c ia d e c a so s ig n o r a d o s d e la c o n d ic ió n d e o r fa n d a d m a te r n a . D e lo s 1 7 1 0 c a so s a n a liz a d o s , e n e l 6 5 p o r c ie n to n o se re g istró la c o n d ic ió n d e o r fa n ­d ad m a te r n a d e lo s n o v io s . La in c id e n c ia e s m u y im p o r ta n te a p artir de lo s 2 5 a ñ o s , e d a d d e sd e la q u e n o se r e q u e r ía la p r e se n c ia d e lo s p a d r es p ara e fe c tu a r lo s m a tr im o n io s , d e fo r m a q u e la fa lta d e reg is­tro d e la c o n d ic ió n d e o r fa n d a d p u e d e d e b e r se a e s ta r e g la m e n ta c ió n . P or o tr a p a r te , en e l ca so d e n o v ia s m e n o r e s d e 2 5 a ñ o s , se r e q u e r ía u n p r o c u r a d o r , n o n e c e sa r ia m e n te e l p a d r e o la m a d r e , d e m a n era q u e la in c id e n c ia d e n o h u é r fa n a s e n tr e n o v ia s d e 15 a 2 5 a ñ o s es m u y b aja . L o s d a to s u t i l iz a d o s , 1 7 1 0 m a tr im o n io s , se r e fie r e n al p e r ío d o 1 8 7 1 - 1 8 7 5 . S e h an sa c a d o m u e str a s d e ca d a a ñ o d e e se p e ­r ío d o .

L a m a la in fo r m a c ió n r e c o g id a en lo s re g is tro s p a r r o q u ia le s p u e ­d e d e b e r se en p a r te , a las r e g la m e n ta c io n e s le g a le s a q u e se ha h e ­c h o m e n c ió n , p e r o ta m b ié n se ha p o d id o o b serv a r q u e , d e p e n d ie n d o d el in te r é s d e l p á r r o c o en ca r g a d o d e llev a r e l r e g is tr o , é s te p o d ía ser m á s o m e n o s c o m p le t o . En m u c h o s c a so s se d eja c o n s ta n c ia q u e lo s t e s t ig o s —en g e n e r a l lo s p a d res d e lo s n o v io s — n o f ir m a r o n las a c ta s m a tr im o n ia le s c o r r e s p o n d ie n te s . E s te h e c h o n o im p lic a n e c e sa r ia ­m e n te q u e lo s p a d r es n o e stu v ier a n v iv o s .

F r e n te a e s ta s itu a c ió n y c o n e l p r o p ó s it o d e lleg a r a a lg u n a e s t i ­m a c ió n d e la m o r ta lid a d a d u lta , p o r c ie r to m u y b u r d a , se e s t a b le c ie ­ro n d o s h ip ó te s is e x tr e m a s; (a ) e l n ú m e r o d e ig n o r a d o s (e n r e la c ió n a la c o n d ic ió n d e o r fa n d a d ) se c o n s id e r a q u e c o r r e sp o n d e a la c a t e ­g o r ía ‘m a d re v iv a ’ y (b) lo s ig n o r a d o s se c o n s id e r a n en la c a te g o r ía ‘m a d re m u e r ta ’ . O b v ia m e n te , en tr e e s o s d o s e x t r e m o s ha d e u b ica rse e l v e r d a d e r o v a lo r d e la in c id e n c ia d e o r fa n d a d . S e c a lc u ló , para p r o ­p ó s it o s p r á c t ic o s , u n p r o m e d io d e a m b a s h ip ó te s is .

E s te c a p ít u lo e s tá c o n s t itu id o p o r lo s s ig u ie n te s p u n to s : ( / ) p r e ­s e n ta c ió n d e la in fo r m a c ió n b á s ic a , ( 2 ) d e r iv a c ió n d e las p r o b a b il id a ­d e s Us+n IKs m e d ia n te e l m é to d o d e Brass-H ill,® y s e le c c ió n d e u n a ta-

® W illiam Brass y Ken Hill, “ H stim ación de la m o rta lid ad ad u lta a p a rtir de in fo rm ac ió n sobre o rfa n d a d ” . Métodos para estimar la fecundidad i’ la mortalidad en poblaciones con datos limitados. Seleccicnt de trabajos de William Brass, CKLADH, Serie E /N o. 14, Santiago de Chile 1974.

19

too C uadro 1

IN FO RM A CIO N BASICA O R FA N D A D M ATERNA. 1 8 7 1 -1 8 7 5 (D eclaración de in fo rm an tes de am bos sexos)

P roporc ión de no huérfanos, según si la m adre de casos ignorados está viva- h ipótesis {a), o m uerta-h ipó tesis (Jb).

Con m adre

Edad T otal Viva M uerta Ignorado (a) ib) ] ¡2(a+b)

15-19 164 119 20 25 0 ,8780 0 ,7 2 5 6 0 ,8 0 1 8

20-24 294 177 63 54 0 ,7857 0 ,6 0 2 0 0 ,6 9 3 9

25-29 657 90 29 538 0 ,9 5 5 9 0 ,1 3 7 0 0 ,5465

30-34 321 21 17 283 0 ,9 4 7 0 0 ,0 6 5 4 0 ,5 0 6 2

35-39 105 7 11 87 0 ,8952 0 ,0667 0 ,4 8 1 0

40-44 98 2 21 75 0 ,7857 0 ,0 2 0 4 0 ,4031

45-49 31 — 9 22 0 ,7097 - 0 ,3 5 4 9

50-54 15 _ _ 3 12 0 ,8000 - 0 ,4 0 0 0

55-59 13 - 6 7 0 ,5385 - 0 ,2 6 9 3

Ignorado 12 1 1 10

T otal 1 710 417 180 1 113

Porcentaje de ignorados: 65%

C uadro 2IN FO R M A C IO N BASICA O R FA N D A D PA TERN A . 1871-

(D eclaración de in fo rm an tes de am bos sexos)1875

Edad Total

C on padre

P roporc ión pad re de h ipó tesis (a),

de no huérfanos, según si el casos ignorados está vivo- 0 m uerto -h ipó tesis (b).

H ipótesis(a) (ó) Il2(a^b)Vivo M uerto Ignorado

15-19 169 66 90 13 0 ,4675 0 ,3905 0 ,429020-24 323 114 169 40 0 ,4 7 6 8 0 ,3 5 2 9 0 ,4 1 4 925-29 655 50 52 553 0 ,9206 0 ,0 7 6 3 0 ,498530-34 301 5 23 273 0 ,9 2 3 6 0 ,0 1 6 6 0 ,470135-39 101 - 16 85 0 ,8 4 1 6 — 0 ,4 2 0 840-44 93 - 17 76 0 ,8 1 7 2 - 0 ,408645-49 28 1 5 22 0 ,8 2 1 4 0 ,0357 0 ,4286

50-54 15 - 3 12 0 ,8 0 0 0 - 0 ,4 0 0 0

55-59 13 - 6 7 0 ,5385 - 0 ,2 6 9 3

Ignorado 12 - 2 10

T otal 1 710 236 383 1 091

Porcentaje de ignorados: 6 4 “/o

b la m o d e lo d e v id a d e l c o n ju n to d e las c u a tr o fa m ilia s d e C o a le - D e m e n y , ( J ) d e te r m in a c ió n d e lo s p a r á m e tr o s a y ß en e\ s is te m a lo g ito y c o m p a r a c ió n e n tr e lo s v a lo r e s /^s+a /^is o b se r v a d o s y a ju sta ­d o s y f in a lm e n te (4) c á lc u lo d e u n a ta b la d e v id a fe m e n in a p ara el tr a m o d e e d a d e s c o m p r e n d id o e n tr e 2 5 y 7 0 a ñ o s , y c o m p a r a c ió n c o n o tr a s e s t im a c io n e s d is p o n ib le s ta n to p ara C h ile c o m o p ara o tr o s p a íse s .

Información básica

L o s c u a d r o s 1 y 2 m u e str a n la in fo r m a c ió n so b r e c o n d ic ió n de o r fa n d a d m a te r n a y p a te r n a r e sp e c t iv a m e n te d e lo s 1 7 1 0 m a tr im o ­n io s r e g is tr a d o s en V a lp a r a ís o . En e l lo s se h a c a lc u la d o la p r o p o r c ió n de n o h u é r fa n o s , se g ú n las d o s h ip ó te s is m e n c io n a d a s a n te r io r m e n te . El c u a d ro 3 p r e se n ta la in c id e n c ia d e ig n o r a d o s so b re e l t o t a l , s e g ú n g ru p o s d e e d a d e s .

C uadro 3IN CID EN CIA DE IG N O R A D O S

G ruposde

edades

O rfandadm ate rna

(p o r cien)

O rfandadp a te rn a

15-19 15,2 7,620-24 18,4 12,425-29 81,9 84,430-34 88 ,2 90,735-39 82 ,9 84,240-44 76,5 81,745-49 71 ,0 78,650-54 80,0 80,055-59 53 ,8 53 ,8

C a b e d e s ta c a r a lg u n o s h e c h o s im p o r ta n te s d e la in fo r m a c ió n b á s ic a , a lg u n o s d e lo s c u a le s y a se h a n a n t ic ip a d o e n la I n tr o d u c c ió n :

- L as p r o p o r c io n e s d e n o h u é r fa n o s , ta n to m a te r n o s c o m o p a te r n o s , se g ú n la s d o s h ip ó te s is e x tr e m a s , d e lo s m e n o r e s d e 2 5 a ñ o s n o d if ie r e n e n fo r m a ta n im p o r ta n te e n tr e las h ip ó te s is (a) y (b) c o m o la s p r o p o r c io n e s e n e d a d e s s u p e ­r io re s a lo s 2 5 a ñ o s .

— La in c id e n c ia d e o r fa n d a d e s m a y o r e n e l s e x o m a s c u lin o , h a sta lo s 4 0 a ñ o s , se g ú n la s d o s h ip ó te s is , (a ) y ( 6 ) .

22

— L as p r o p o r c io n e s d e n o h u é r fa n o s , e s t im a d a s seg ú n u n a y o tr a h ip ó te s is c o n s id e r a d a s se p a r a d a m e n te , n o p r e se n ta n u n a te n d e n c ia c o n la ed a d q u e p u e d a a c e p ta r se c o m o r a z o ­n a b le , ta n to p ara la o r fa n d a d m a te r n a c o m o la p a te r n a .

— E l p r o m e d io d e la s p r o p o r c io n e s d e n o h u é r fa n o s seg ú n las h ip ó te s is {a) y {b) p ara el c a so d e la o r fa n d a d m a te r n a p r e ­s e n ta u n a te n d e n c ia , c o n la e d a d , m á s r a z o n a b le h a sta lo s 4 0 a ñ o s . N o d eb e o lv id a rse , s in e m b a r g o , q u e e s te p r o m e d io r e su lta d e d o s v a lo r e s , q u e s o n in a c e p ta b le s e n m u c h a s e d a ­d e s y , p o r lo t a n t o , la a p a r e n te te n d e n c ia o c u lta errores m u y im p o r ta n te s .

— E l p r o m e d io p ara e l ca so d e la o r fa n d a d p a te r n a , n o t ie n e u n a te n d e n c ia a c e p ta b le y lo s v a lo r e s im p lic a n m o r ta lid a d e s , e n g e n e r a l, m u y a lto s y n o c o m p a t ib le s , a c a s o , c o n la q u e p u e d e d er ivarse d e la in fo r m a c ió n d e o r fa n d a d m a te r n a .

E n s ín t e s is se p u e d e d ec ir q u e la in fo r m a c ió n d is p o n ib le e s de m u y m a la c a lid a d y , e n c o n s e c u e n c ia , lo s r e s u lta d o s q u e se o b te n g a n d e b e r á n in te r p r e ta r se c o n m u c h a c a u te la . S u v a lid a c ió n d e b e a p o y a r ­se m á s b ie n e n e l s e n t id o c o m ú n y e n c o m p a r a c io n e s c o n e s t im a c io ­n es in d e p e n d ie n te s d e la s q u e a q u í se p r e se n ta n .

La ciudad de Lima

L a C iu d a d d e lo s R e y e s , fu n d a d a p o r F r a n c is c o P izarro c o m o se d e v ir r e in a l, se c a r a c te r iz ó p o r c e n tr a liz a r la s ta rea s a d m in is tr a tiv a s c o lo n ia le s , lo q u e le p e r m it ió c o n v e r tir se e n la m á s im p o r ta n te del c o n t in e n t e su d a m e r ic a n o . L o s tr a z o s p r e h is p á n ic o s d e sa p a r e c ie r o n para d ar lu g a r a u n a se d e c o lo n ia l ab igarrad a e n u n l im ita d o e sp a c io u r b a n o y r o d e a d a d e h a c ie n d a s y ch a cra s m e d ia n a s en e l e x t e n s o v a lle . L im a n o s ó lo c o n c e n t r ó lo s r e c u r so s y la s d e c is io n e s c o lo n ia le s , ta m b ié n fu e e l á m b ito d e m e s t iz a je p o r e x c e le n c ia . E n e lla c o n v e r g ie ­ro n p e r s o n a s d e to d a c o n d ic ió n s o c ia l y o r ig e n é t n ic o . La v a r ied a d d e l m e s t iz a je e n e l s ig lo X I X e s u n a n o ta e s e n c ia l d e e s ta c iu d a d c o n fu e r te a c e n t o c o lo n ia l . N in g u n a o tr a c iu d a d p eru a a n a d e la é p o c a se le a se m e ja b a .

A d e m á s , c a b e señ a la r q u e en e l s ig lo X I X L im a m a n tu v o u n a im ­p o r ta n te b a se agraria p r o p ia y u n a in te r r e la c ió n a c t iv a c o n áreas cer-

23

L a c iu d a d d e L im a , e n 1 7 8 0 , c o n u n á rea u r b a n a d e a lr e d e d o r d e 6 5 0 h e c tá r e a s , e s ta b a lo c a liz a d a a o r illa s d e l r ío R ím a c , r o d e a d a d e u n a z o n a a g r íc o la p la n a y d e b u e n a c a lid a d q u e r e la c io n a b a o tr o s d o s r ío s , e l C h ñ ló n (a l n o r te ) y e l L u r ín ( a l su r). E n la p r o v in c ia d e L im a , a lg o m á s d e l 8 0 p o r c ie n to d e su p o b la c ió n r e s id ió e n la p a r te u r b a n a . F o r m ó p a r te d e l r e in o C u ism a n c u ( s ig lo s X III a X V ) q u e fu e in te g r a ­d o a l I m p e r io In c a . T o d a la z o n a p r o v in c ia l c o n se r v a n o ta b le s r e s to s a r q u it e c t ó n ic o s , d o n d e so b r e sa le n C a ja m a rq u ü la , c e n tr o u r b a n o r e ­g io n a l p r e h is p á n ic o y P a c h a c a m a c , c e n tr o r e lig io s o c o s t e ñ o . D e h e ­c h o , la z o n a ce n tr a l u r b a n a , fu n d a d a e l 1 8 d e E n e r o d e 1 8 3 5 , fu e la se d e d e u n im p o r ta n te j e f e lo c a l p r e h is p á n ic o (T a u H c h u sco ).''

L a c iu d a d d e L im a , p o r ca si tr e s s ig lo s c e n tr o b u r o c r á t ic o , e c le ­s iá s t ic o y c o m e r c ia l d e l c o n t in e n t e su d a m e r ic a n o , a m e d ia d o s de 1 8 7 6 a lc a n z a b a a lg o m á s d e 1 0 0 m il h a b ita n te s ( 3 ,9 p o r c ie n to d e l país).® S e is c a p ita le s la t in o a m e r ic a n a s de a c e le r a d o c r e c im ie n to re ­c ie n te la su p e ra b a n : B u e n o s A ir e s ( 6 6 4 m il , se g ú n e l c e n s o d e 1 8 9 5 — 1 6 ,8 p o r c ie n to d e la p o b la c ió n n a c io n a l—) , R ío d e J a n e ir o ( 5 3 0 m il e n 1 8 9 0 —3 p o r c ie n to d e l t o t a l—) , M é x ic o ( 3 4 5 m il e n 1 9 0 0 —2 ,5 p o r c ie n t o —) , M o n te v id e o ( 2 6 8 m il e n 1 9 0 0 —2 8 ,7 p o r c i e n t o —) , S a n t ia ­g o d e C h ile ( 2 5 6 m il e n 1 8 9 5 —9 ,5 p o r c i e n t o —) y L a H a b a n a ( 2 3 6 m il e n 1 8 9 9 — 15 p o r c ie n t o —) . ’

A n iv e l n a c io n a l , L im a e x c e d ió la r g a m e n te a la s d e m á s c iu d a d e s p e r u a n a s . E n e f e c t o , se g ú n e l c e n s o de 1 8 7 6 , C a lla o la s e g u ía c o n 3 3 ,5 m il h a b ita n te s . A r e q u ip a 2 9 ,2 m il . C u z c o 1 8 ,4 m il y C h ic la y o 1 1 ,3 m il; la s d e m á s n o l le g a b a n a lo s 1 0 m il h a b ita n te s .

L a c iu d a d se u b ic a a 1 5 0 m e tr o s so b re e l n iv e l d e l m a r y a u n o s 1 0 k m s y 1 5 k m s d e l m ar e n la l ín e a h a c ia M ir a flo r e s ( s u r o e s t e ) y C a lla o ( o e s t e ) , r e s p e c t iv a m e n te . E l p u e r to d e l C a lla o e s ta b a e n la z a d o a la c iu d a d d e L im a p o r e l fe r r o c a r r il “ in g lé s ” , a d q u ir id o p o r e l E sta ­d o e n 1 8 7 0 y p r im e r o c o n s tr u id o e n A m é r ic a ( e n 1 8 5 1 ) , y p o r la lla ­m a d a , e n 1 8 7 0 , A v e n id a d e la U n ió n ( h o y A v e n id a A r g e n t in a ) , q u e

canas que determ inaron m icro circuitos e c o n ó m ic o s /

® P once , F. La Ciudad en el Perú. 1975.

’ IN E, Boletín de análisis demográfico.

® Censo Nacional de Población de 1876.

’ Sánchez A lbornoz, N. La Población de América Latina desde los tiempos pre-colombinos al ario 2000. 1977, segunda edición.

2 4

era u n a a m p lia ca lz a d a d e 3 7 m ts d e a n c h o y q u e o b e d e c ió a l tr a z o d e e x p a n s ió n u rb a n a h a c ia e l Callao.'®

L a n o ta b le m ig r a c ió n in te r n a c io n a l h a c ia A m é r ic a , r e p e r c u t ió e n m e n o r p r o p o r c ió n e n e l P erú q u e e n o tr o s p a ís e s la t in o a m e r ic a n o s . E n la s d é c a d a s d e m á s in t e n s o p r o c e s o m ig r a to r io in te r n a c io n a l ( 1 8 6 0 - 1 8 7 9 ) , a u m e n tó e n 5 0 m il p e r s o n a s (2 p o r c ie n t o a p r o x im a d a ­m e n te d e la p o b la c ió n n a c io n a l) . A r g e n t in a , e n c a m b io tu v o u n sa ld o m ig r a to r io e n tr e 1 8 5 7 a 1 8 8 0 d e a lr e d e d o r d e 1 7 5 m il p e r so n a s y , e n tr e 1 8 5 7 y 1 9 2 4 , d e 9 m il lo n e s . P o r su p a r te , B ra sü r e c ib ió ce rca d e 4 4 0 m il in m ig r a n te s e n tr e 1 8 5 1 y 1 8 8 0 y , d e 1 8 5 1 a 1 9 3 0 , 3 ,1 m illo n e s ." D e m o d o q u e c o n b a jo c r e c im ie n to v e g e ta t iv o ( a l t a n a ta ­lid a d , a lta m o r ta l id a d ) , e l p a ís tu v o u n a ta sa a n u a l d e 0 ,6 p o r c ie n to se g ú n la s c ifra s d e lo s c e n s o s d e 1 8 6 2 y 1 8 7 6 .

L a c iu d a d d e L im a , d iv id id a e n c in c o d is tr ito s e n 1 8 7 6 , su p e ra b a la ta sa n a c io n a l (s u p o b la c ió n a p r in c ip io s d e l s ig lo X X fu e d e 1 3 9 m il h a b ita n te s —se g ú n e l c e n s o d e L im a d e 1 9 0 2 —, e s d e c ir 1 ,3 8 p o r c ie n to anual),'® e n b a se a u n fu e r te p r o c e s o m ig r a to r io in te r n o . D e l t o t a l d e n o v io s c o n in fo r m a c ió n v e r if ic a d a , d e la s s ie te p a r r o q u ia s l i ­m e ñ a s c o r r e s p o n d ie n te s a lo s a ñ o s 1 8 6 9 , 1 8 7 0 y 1 8 7 1 , e l 5 2 p o r c ie n to d e c la r a r o n ser n a c id o s fu er a d e L im a y C a lla o ( e l 5 7 p o r c ie n ­t o d e n o v io s y e l 4 8 p o r c ie n to d e n o v ia s ) .

L a c a p ita l v irre in a l ( y lu e g o r e p u b lic a n a ) , g o z ó d e u n a a te n c ió n p r e d ile c ta e n su o b ra u rb a n a d u r a n te lo s a ñ o s s e t e n ta . S e reaÜ zaron tr a b a jo s c o m o lo s P u e n te s d e P ied ra y d e F ie r r o , p u e s t o s e n se r v ic io e n 1 8 7 1 , e l P u e n te d e P a lo ( 1 8 6 7 ) , e l M u e lle D á r se n a d e l C a lla o , la C o m p a ñ ía d e A g u a P o ta b le ( p o z a s d e a lm a c e n a m ie n to e n lo s m a n a n ­t ia le s d e A n s ie tà , c o n c a p a c id a d d e c u a tr o m il lo n e s d e l i t r o s y e l t e n ­d id o d e n u e v a s tu b e r ía s t r o n c a le s y d o m ic il ia r ia s ) , la c a n a liz a c ió n d e la s a c e q u ia s q u e c m z a b a n la P la za d e A r m a s , y e l a lu m b r a d o a gas h id r ó g e n o , q u e y a e x is t ía e n L im a , se a m p lía ta m b ié n a C a lla o .

E n 1 8 6 8 se re g is tró u n v io le n t o t e r r e m o to e n L im a y C a lla o , c o n lo q u e se in ic ia r o n a lg u n a s c o n s tr u c c io n e s im p o r ta n te s (P a la c io d e la

B asadre, Jorge. Historia de la República del Perú 1822-1933. S ex ta edi­ción a u m e n ta d a y corregida.

B eghaut, G. y o tros. Inm igración y desarro llo económ ico . 1961 , en Sán­chez A lbornoz , N. e I.L. M oreno , La Población de América Latina. Bos­quejo histórico, 1968.

O ficina M unicipal de E stad ística . Datos demográficos de la ciudad de Lima en el ano 1903, 1904.

25

E x p o s ic ió n , H o s p ita l D o s d e M a y o , J a r d ín B o tá n ic o , C o r te s d e J u s ­t ic ia ) . D e s ta c a a d e m á s , e n e s t o s a ñ o s , 1 8 6 8 - 1 8 7 2 , la fu n d a c ió n de c u a tr o h o s p ic io s p ara a te n d e r a p e r so n a s m e n e s te r o sa s ; d e A y a la (p a r a m u je r e s p o b r e s ) , d e in c u r a b le s , d e N u e s tr a S e ñ o r a d e C a n d a m o (p a r a n iñ o s p o b r e s ) y d e H e r b o z o . T a m b ié n c o r r e s p o n d e a e s te p e ­r ío d o la v is ió n d e sa r r o llis ta a b a se d e e m p r é s t ito s e x tr a n je r o s g a ra n ­t iz a d o s p o r lo s in g e n te s r e cu rso s n a tu r a le s (g u a n o , n it r a to , m in e r a le s ) . S e d is e ñ a r o n e n t o n c e s fe r r o c a r r ile s , e n tr e lo s q u e se re a liz a ro n ; M o - l le n d o -A r e q u ip a -P u n o -C u z c o e n e l S u r , C aU ao-L im a-L a O r o y a e n e l c e n t r o , y c o lo n iz a c io n e s a la S e lv a . S e c o n c lu y ó e l t e n d id o d e ca b le s u b m a r in o V a lp a r a iso -M o lle n d o -C h o r r illo s ( 1 8 7 0 ) y e n 1 8 7 1 se a u ­to r iz ó la n a v e g a c ió n a ru ed a e n e l T iticaca .'®

L a c a p ita l p e r u a n a a tr a v e só , en lo s a lb o r e s d e l o s a ñ o s s e t e n ta , u n m o m e n t o d if íc i l; la e p id e m ia d e f ie b r e am a r illa q u e a s o ló d e sd e a ñ o s a n te r io r e s la c o s ta a ú n p r o d u c ía e s tr a g o s e n 1 8 6 8 , se ñ a lá n d o se a lr e d e d o r d e 4 5 0 0 m u e r te s p o r e s ta ca u sa . A ú n p e r s is t ía n c o n d ic io ­n e s n e g a tiv a s d e sa n id a d , q u e in c lu y e r o n ; n u m e r o sa s a c e q u ia s a b ie r ­ta s , fa lta d e a gu a p o ta b le y d e f ic ie n te s s is te m a s d e d e sa g ü e , q u e in ­fe c ta b a n d iv e r so s b a rr io s , in c r e m e n ta n d o la m o r b il id a d d e n a tu r a le ­z a in f e c t o -c o n ta g io s a . E s p r o b a b le q u e h u b ie r a , p o r e s ta s r a z o n e s , u n p a tr ó n d e c r e c im ie n to irregu lar , d e r iv a d o d e la in c id e n c ia n o ta b le d e e v e n tu a le s f la g e lo s e p id é m ic o s .'^

Datos

S e h a n u t i l iz a d o p ara e l a n á lis is lo s e x p e d ie n t e s m a tr im o n ia le s d e la s s ie te p a r r o q u ia s d e la c iu d a d , q u e se h a lla n d e p o s it a d o s e n e l A r c h iv o A r z o b is p a l d e L im a , c o r r e s p o n d ie n te s a 1 8 6 9 - 1 8 7 1 . L o s l i ­b r o s d e M a tr im o n io s n o e s tu v ie r o n a c c e s ib le s , c o n e x c e p c ió n d e lo s d e la s p a r r o q u ia s d e S a n ta A n a y S an S e b a s t iá n . L o s d e la s r e s ta n te s c in c o p a r r o q u ia s se h a lla n e n p r o c e s o d e tr a n s fe r e n c ia al A r c h iv o . S i b ie n e l d o c u m e n t o reg istra l c o r r e s p o n d ie n te e s e l l ib r o d e m a tr im o ­n io s , la s p a r tid a s se p rep a ra b a n c o n fo r m e a lo s e x p e d ie n t e s m a tr im o ­n ia le s , q u e c o m p r e n d e n ; u n a s o l ic itu d f ir m a d a p o r e l n o v io ( y si é s t e n o sa b e f ir m a r , a lg ú n te s t ig o a su p e d id o ) , q u e in c lu y e ; n o m b r e y a p e l l id o , e d a d , lu g a r d e o r ig e n , e v e n tu a lm e n te o c u p a c ió n , n a c io n a ­lid a d si n o e s la p e r u a n a , y n o m b r e s y a p e l l id o s d e lo s p a d r e s d e ca d a c ó n y u g e c o n e s p e c if ic a c ió n d e s u p e r v iv e n c ia , e n la m a y o r ía d e c a so s .

'® B asadle, Jorge, op. cit.

IN E, op. cit.

2 6

A s im is m o , lo s c o n tr a y e n te s m a n ife s ta b a n su lib re v o lu n ta d d e c o n ­traer m a tr im o n io .

S e g u id a m e n te , el P á rro co o P ro v iso r r e m ite e l d o c u m e n to a la p a ­rro q u ia p ara q u e se r e c ib a n las p ru eb a s de lib re v o lu n ta d y ca p a c id a d d e c o n tr a e r m a tr im o n io d e cad a u n o d e lo s n o v io s . C ada s o l ic ita n te d ec la ra b a su s g e n e r a le s d e le y y su lib r e d e c is ió n d e d e sp o sa r se , a s í c o m o d o s te s t ig o s p o r c ó n y u g e , q u e a su id e n t id a d a ñ a d ía n e l t ie m p o q u e c o n o c ía n a lo s n o v io s y si e s t o s se h a lla b a n lib r e s d e o tr o c o m ­p r o m is o c o n y u g a l. E n c a so d e m in o r ía d e ed a d ( m e n o s d e 21 a ñ o s ) , lo s p a d r e s o tu to r e s a p r o b a b a n e l e n la c e . E n ca so d e p a r e n te s c o en se g u n d o g r a d o , se r e q u e r ía un p r o c e d im ie n to e sp e c ia l para o b te n e r la l ic e n c ia d e l o b is p o , p ara lo cu a l e l n o v io , en la m a y o r ía de c a s o s , a le ­gab a la s r a z o n e s q u e la fu n d a m e n ta b a n ( la z o e f e c t iv o , p e lig r o m o r a l d e la n o v ia , ca r en c ia d e s u s te n to e c o n ó m ic o o h e c h o c o n s u m a d o ) . E n t o d o s lo s c a s o s o b se r v a d o s ta l l ic e n c ia fu e o b te n id a . E x c e p c io n a l­m e n te se e n c u e n tr a r e fe r e n c ia a u n c o m p r o m is o d e e s p o n s a le s p r e v io o la e x is te n c ia d e h ijo s fu er a d e m a tr im o n io . C o n c lu ía e l p r o c e s o c o n la l ic e n c ia d e l o b is p o , en la q u e n o se h a ce r e fe r e n c ia a la o r fa n d a d d e lo s n o v io s .

H a y d o s t ip o s d e p r o c e d im ie n to s q u e , p o r su n a tu r a le z a u r g e n te o la c o n d ic ió n m a rg in a l de lo s s o l ic ita n te s , im p lic a n esca sa c e r te z a o in s u f ic ie n c ia in fo r m a tiv a d e la e d a d , id e n t if ic a c ió n d e lo s p a d r e s u o r fa n d a d . S e tr a ta d e m a tr im o n io s “ p ara arreglar su c o n c ie n c ia ” (d e lo s n o v io s ) , tr a tá n d o se d e p e r so n a s d e c o n d ic ió n m u y h u m ild e , ta l v e z c o m o c o n s e c u e n c ia d e la p r é d ic a sa c e r d o ta l o m is io n e s e c le s iá s ­t ic a s p rep a ra d a s para ta l e f e c t o . E x is t ió p r e o c u p a c ió n m a rca d a e n la Ig les ia p o r d ism in u ir e l a lto p o r c e n ta je de h ijo s i le g í t im o s (e s d e c ir n a c id o s al m a r g en d e l v ín c u lo m a tr im o n ia l) . S e a d v ie r te en e s te t ip o d e e x p e d ie n t e s m u c h o s c a so s a p resu ra d o s q u e e v a d e n a lgu n a id e n t i f i ­c a c ió n fu n d a m e n ta l ( e d a d , o r fa n d a d o id e n t if ic a c ió n d e lo s p a d r e s de lo s c o n tr a y e n te s ) .

El s e g u n d o t ip o , q u e acarrea fr e c u e n te m e n te in fo r m a c ió n in se r ­v ib le p ara e l p r e se n te tr a b a jo , e s el de lo s e n la c e s en “ a r t íc u lo m o r t is ” . E n e s t o s c a so s u n o d e lo s n o v io s se h a lla en s itu a c ió n d e gra­v e e n fe r m e d a d en a lg u n o d e lo s h o s p ita le s o en casa p a r tic u la r , d o n d e se tr a s la d a b a e l p á r r o c o . La in fo r m a c ió n re ca b a d a , a m e n u d o e s in s u f ic ie n t e . S e e x c lu y e r o n en 1 8 6 9 , 1 3 4 e x p e d ie n t e s , en 1 8 7 0 , 1 8 4 y e n 1 8 7 1 , 1 9 0 . Es d e c ir , u n to t a l d e 5 0 8 s o l ic itu d e s d e se c h a d a s p o r in fo r m a c ió n in c o m p le ta .

A d ic io n a lm e n te , lo s m a tr im o n io s en tr e e x tr a n je r o s (a m b o s ) f u e ­ro n d e s c a r ta d o s , e x is t ie n d o u n n ú m e r o im p o r ta n te d e e l lo s ; a d e m á s

27

lo s n o v io s (h o m b r e o m u je r ) d e o r ig e n fo r á n e o ta m b ié n fu e r o n e x ­c lu id o s . A c o n t in u a c ió n se p rec isa e l n ú m e r o d e e x p e d ie n t e s p o r a ñ o n o c o n s id e r a d o s , q u e in v o lu c r a n a lo s d o s c o n tr a y e n te s y e n r e n g ló n a p a rte lo s n o v io s .

1869 1870 1871 T o ta l

E xped ien tes 19 47 40 106

Novios 65 77 88 230

L a ra z ó n im p líc it a e n e l d e sc a r te d e lo s c o n tr a y e n te s n o p e r u a n o s fu e ev ita r la e x p e r ie n c ia d e o r fa n d a d a jen a a la v ig e n te e n e l p a ís , a s í c o m o la m e n o r p r o b a b ilid a d d e in fo r m a c ió n v e r a z , y a q u e m u c h o s n a c id o s e n o tr o p a ís ra d ic a b a n , p o r p r o p ia d e c la r a c ió n , m u c h o s a ñ o s e n e l P erú y a le ja d o s d e su s p a d r es . E n e s t o s c a s o s , e l p r o c e d im ie n to a ñ a d ió la p r o b a n z a d e ser c a t ó l ic o . M u y c o n ta d o s c a s o s d e p e r so n a s p u d ie n te s p r e c isa r o n l ic e n c ia e sp e c ia l para rea liza r m a tr im o n io d e d o b le r e lig ió n .

S e r e c o p ila r o n d a to s e n u n a f ic h a para ca d a s o l ic i tu d m a tr im o ­n ia l s e le c c io n a d a y se d e s c o n ta r o n lo s e x p e d ie n t e s q u e a d o le c ía n d e d e f e c t o s ju z g a d o s in sa lv a b le s p ara la a p lic a c ió n d e l m é t o d o .

E s to d e te r m in ó d esca r ta r u n to t a l d e 6 7 9 e x p e d ie n t e s ( 1 8 0 e n 1 8 6 9 ; 2 4 1 e n 1 8 7 0 y 2 5 8 e n 1 8 7 1 ) , p o r la s r a z o n e s q u e se in d ic a n ; e x tr a n je r o s , 1 0 6 e x p e d ie n te s ; en a r t íc u lo m o r t is , 5 0 8 ; d e f ic ie n c ia s e n la e d a d , 16 ; p o r d a to s in c o m p le to s , 2 6 ; p o r e d a d e s fu e r a d e a n á lis is , 5 ; p o r e x t r a v ío s y d u p lic a c ió n d e e x p e d ie n t e s , 1 8 .

L o s e x p e d ie n t e s s e le c c io n a d o s fu e r o n r e v isa d o s c u id a d o s a m e n te p ara d e f in ir la o r fa n d a d c o n la v e r a c id a d p o s ib le . D e m o d o q u e tr a ta ­d o s lo s n o v io s ( c a s o s ) in d iv id u a lm e n te p u d ie r a n ser a n a liz a d o s . S e e n u m e r ó a s í u n t o t a l d e 2 2 2 6 n o v io s ( 1 1 1 3 v a r o n e s y 1 1 1 3 m u je ­

re s). L o s d a to s fu e r o n v e r if ic a d o s , d e sc a r tá n d o se u n to ta l d e 9 0 9

n o v io s ( 5 5 6 h o m b r e s y 7 3 1 m u je r e s) p o r las r a z o n e s s ig u ie n te s : d e f i ­c ie n c ia s p o r o r fa n d a d , 4 9 0 ; e x tr a n je r o s , 2 3 0 ; p o r e d a d , 1 1 1 ; p o r ser m a y o r d e 4 9 a ñ o s o m e n o r d e 1 4 a ñ o s , 4 2 ; p o r n o e x is t ir in fo r m a c ió n d e l p a d r e o d e la m a d r e , 3 0 , y o tr a s ca u sa s (d u p lic id a d d e p a d r es c o m o e l ca so d e m a t r im o n io s d e d o s o m á s h e r m a n o s ) .

L o s c a so s v e r if ic a d o s , b a se d e l a n á lis is , c o r r e s p o n d ie r o n a la s s i­g u ie n t e s p a r r o q u ia s e n lo s tres a ñ o s in d ic a d o s ( 1 8 6 9 , 1 8 7 0 , 1 8 7 1 ) :

28

P arroquias

In fo r­m an tes T o ta l

Sagra­rio

SantaA na

SanLázaro

C erca­do

H uérfa­n o s

San Se­bastián

SanM arcelo

Novios 586 154 86 143 4 9 72 54 28

Novias 731 201 112 174 55 91 64 30

T o ta l 1 317 355 198 317 108 163 118 58

A lg u n a s p a r r o q u ia s tu v ie r o n , p o r é p o c a s , d e f ic ie n c ia s s is te m á t i­cas. P o r e j e m p lo , la p a r r o q u ia d e l C e r c a d o n o re g is tr ó f r e c u e n te m e n ­te la o r fa n d a d ; s in e m b a r g o , se to m a r o n lo s c a so s a c e p ta b le s . L a v e r i­f ic a c ió n p r e te n d ió e v ita r la in c lu s ió n d e d a to s in s e g u r o s s o b r e la su ­p e r v iv e n c ia d e lo s p a d r e s , q u e s ig u ie r o n la ru tin a d e s im p le m e n te id e n t if ic a r lo s p r o g e n ito r e s sin in q u ir ir si v iv ía n o n o . Es d e c ir , si n o se e x p l ic i ta b a si e s ta b a n v iv o s o s i n o se lo s se ñ a la b a c o m o fa l le c id o s , se d e sc a r ta b a e l c a so p o r n o e s ta r v e r if ic a d a la su p e r v iv e n c ia . E n c o n ­s e c u e n c ia , e n e l c o n t e x t o d e la in f o r m a c ió n d is p o n ib le , lo s d a to s u t i ­l iz a d o s r e f le ja n la e x p e r ie n c ia d e o r fa n d a d d e lo s v e r if ic a d o s y s e g u i­d a m e n te a n a liz a d o s . S in d u d a , la r iq u e z a in fo r m a t iv a d is p o n ib le en L im a ( e n e l A r c h iv o A r z o b is p a l) y en A r e q u ip a , p e r m ite n a lb erg a r la p o s ib il id a d d e f r u c t í f e r o s e s t u d io s c o m p a r a tiv o s d e a m b a s c iu d a d e s e n m o m e n t o s c o e t á n e o s , a s í c o m o e n tr e la p so s d iv e r so s . E n e f e c t o , n o s p r e g u n ta m o s a ce rca d e lo s fa c to r e s d e m o g r á f ic o s im p l íc i t o s e n c a m b io s en e l n ú m e r o d e m a tr im o n io s r e a liz a d o s e n L im a e n a ñ o s c o m o 1 8 6 6 , e n e l q u e e l n ú m e r o d e e x p e d ie n te s m a tr im o n ia le s e s 2 ,4 v e c e s m a y o r q u e e n lo s a ñ o s v e c in o s o la d is m in u c ió n e n 1 8 7 7 y 1 8 7 8 e n u n 2 0 p o r c ie n to e n r e la c ió n a lo s a ñ o s in m e d ia ta m e n te a n te r io r y p o s te r io r .

O grupo evangélico luterano de Curitiba

N u m a p e r s p e c t iv a e m in e n te m e n te r e g io n a l, a h is tó r ia d a so c ie - d a d e c u r it ib a n a c o n s t i t u í p a r te d a h is tó r ia d o B rasil M e r id io n a l q u e , a té f in á is d o s é c u lo X I X , a c o m p a n h a a o r g a n iz a 9 á o s o c ia l d o B rasil c o m o u m t o d o , a p r e s e n ta n d o , to d a v ía , c a r a c te r ís t ic a s q u e Uie sao e s p e c íf ic a s .

E s ta s c a r a c te r ís t ic a s r e p o u sa m n a in s t itu i^ á o e c o n ò m ic a e so c ia l d o la t i fu n d io c a m p e ir o , c o m urna a tiv id a d e e c o n ò m ic a p r in c ip a lm e n ­te v o lta d a p ara a cr ia g a o e o tr a n sp o r te de g a d o . A q u e s tá o d o tra- b a lh o r e m e te à e x p lo r a 9§ o da m á o -d e -o b r a escra v a e , n a fa lta d e s ta .

29

d o s in d io s s u b m isso s e e x p lo r a d o s , d o s b r a n c o s p o b r e s , d o s m e s t i90s d e s p o s s u íd o s .

N e s ta b a se , e s ta b e le c e -s e a g ra n d e e s tr u tu r a d as r e la n c e s se n h o r - e sc r a v o , e o s o u tr o s g ru p o s se lo c a l iz a n ! so c ia l e e c o n o m ic a m e n t e n o s in t e r s t ic io s d e s ta e s tr u tu r a p r im e ir a .

F u n d a d a n o f in a l d o s é c u lo X V I I , e a p ó s o s p r im e ir o s t e m p o s d if ic e is , d e p o b r e z a g e n e r a liz a d a , a v ñ a d e C u ritib a c r e sc e le n ta m e n t e , s e n t in d o o s e f e i t o s irra d ia d o res da e c o n o m ia m in e r a d o r a n a reg iá o ce n tr a l d o B rasil. C o m o d e s e n v o lv im e n to da a t iv id a d e c r ia tó r ia e d o a u m e n to s e n s iv e l da p o p u la g a o , C u r it ib a to r n a -se , e ia p r ò p r ia , u m c e n tr o irra d ia d o r , e a e x p a n s á o da p o p u la 9á o va i o c u p a r e in teg ra r to d a a re g ia o d o s C a m p o s G era is , n o c e n tr o d o a tu a l E s ta d o d o P ara­n á .

A c o m p a n h a n d o e s ta e x p a n s á o d a p o p u la 9á o , C u r itib a to r n a -se c e n tr o p o l i t i c o a d m in is tr a t iv o , o q u e se tr a d u z p o r urna in c ip ie n te u r b a n iz a 9á o , q u e será a firm a d a c o m m a io r é n fa se d u r a n te o s é c u lo X I X .

N e s t e p e r io d o , o c o r r e a le n ta d e sa g r e g a 9á o d a s o c ie d a d e c a m p e i- ra, n o P aran á , e m fu n 9á o d e n o v a s a t iv id a d e s e c o n ó m ic a s , c o m o a in - v e r n a g e m d as tr o p a s , q u e p r o v o c a a m u d a n 9a n a u t i l iz a 9á o d o la ti- fú n d io c a m p e ir o , q u e p a ssa a ser m e r o lo c a l p ara o d e s c a n s o e e n g o r ­da d o g a d o p r o v e n ie n te d o S u l d o B ra sil. A c o le ta e a e x p o r t a 9§ o da er v a -m a te to r n a m -se a t iv id a d e s m a is im p o r ta n te s , im p lic a n d o n u m a fa se p r o p r ia m e n te m e r c a n til d a e c o n o m ia e c o n s e q ü e n te m e n t e a c e ­le r a n d o o p r o c e s s o d e u r b a n iz a p á o .

E m r e la 9§ o a o tr a b a ll io , n o ta m -s e m o d if ic a 9Óes n a e s tr u tu r a da m á o -d e -o b r a , o e sc ra v o s e n d o p a u la t in a m e n te s u b s t i t u id o p e lo tra- b a lh a d o r liv r e , q u e se rev e la e m n ú m e r o in s u f ic ie n t e p ara a te n d e r ás n o v a s a tiv id a d e s e c o n ó m ic a s .

A c o n c e n tr a 9á o d o s e s f o r 90s n a e c o n o m ia e x p o r ta d o r a d o m a te le v a a urna cr ise d e s u b s is té n c ia , p r o v o c a n d o o a u m e n to d a im p o r ta - 9á o d e a r t ig o s e g é n e r o s a l im e n t ic io s .

N e s t e c o n t e x t o , m a is p r e m e n te a p artir d a s e g u n d a m e ta d e d o s é c u lo X I X , e a in d a a gravad o p e la in te r r u p 9á o d o tr á f ic o d o s escra- v o s , é q u e sá o c o lo c a d a s n o v a s o p 9Óes p ara o tr a b a ll io , c o m o e s t i ­m u lo o f ic ia l à v in d a d e im ig r a n te s e u r o p e u s , p ara c o lo n iz a p á o . E sta m o d a lid a d e d e im ig ra 9á o é t ip ic a d o P a ra n á , p o is e m o u tr a s r e g ió e s

30

d o B rasil a v in d a d e tr a b a lh a d o r e s e s tr a n g e ir o s re v e ste -se d e c a r a c te ­r ís t ic a s d if e r e n te s .

O s im ig r a n te s q u e se d ir ig em p ara o P aran á e , n e s te c a s o , para C u ritib a e a r r e d o r e s , sa o p r o v e n ie n te s d e v á r io s p a ís e s e u r o p e u s , m a s é a im ig r a 9§ o a le m a q u e n o s in te r e ssa p a r t ic u la r m e n te , v is to te r s id o a p r im e ir a , e m o r d e m c r o n o ló g ic a , e p o r ter-se c o n s t i t u id o na p o p u - la g á o d e r e fe r é n c ia p ara n o ssa a n á lise .

A im ig ra q á o a le m a p ara C u ritib a te m in ic io q u a n d o o s im ig ra n ­te s se d e s lo c a m da v iz in h a P r o v in c ia d e S a n ta C a ta r in a , n u m verd a- d e ir o p r o c e s s o d e r e m ig r a q lo . A p ó s a in s ta la g á o in ic ia l d e sse g r u p o , e m ch á ca r a s a o r e d o r d a c id a d e , o f lu x o im ig r a tó r io to r n a -se c o n t i ­n u o , c o m im ig r a n te s v in d o s d ir e ta m e n te da A le m a n h a o u a in d a de S a n ta C a ta r in a .

A a t iv id a d e e c o n ò m ic a in ic ia l c o n c e n tr a -se n a p r o d u f á o d e g é ­n e r o s d e su b s is té n c ia para o a b a s te c im e n to d a c id a d e e o a u to c o n s u ­m o . G r a d a tiv a m e n te , o g r u p o g e r m á n ic o va i-se d e s lo c a n d o d e s ta a t i­v id a d e p r im e ir a , a m p lia n d o o le q u e d e su as o c u p a ^ S e s , q u e p a ssa m a

ser t ip ic a m e n te u rb a n a s.

U rna p a r c e la im p o r ta n te d e s te s im ig r a n te s d e c u ltu r a a le m a sao lu te r a n o s . E x p lic a m -se d e s ta m a n e ira as o r ig e n s d a a tu a l C o m u n id a d e E v a n g é lic a L u te r a n a d e C u r itib a , fu n d a d a n o f in a l d o a n o d e 1 8 6 6 , p o r c e rca d e c in q ü e n ta fa m ilia s a le m a s . E ssas fa m ilia s d e c id ir a m n e sse m o m e n t o o rg a n iza r-se r e lig io s a m e n te , d e fo r m a p e r m a n e n te , c o n s t itu in d o -s e urna e x c e g á o na c id a d e a té e n tá o e x c lu s iv a m e n te ca ­tó l ic a .

A Igreja a ss im cr ia d a , a Deutsche Evangelische Kirchen Ger­meinde (Ig reja da C o m u n id a d e E v a n g é lic a A le m a ) , m a n té m e sta d e n o m in a q á o a té o s e g u n d o q u a r te l d o s é c u lo X X , o q u e tr a d u z o ca rá ter “ im ig r a tó r io ” d a Igreja L u te r a n a n o B ra sil, e e s s e n c ia lm e n te e m C u r itib a . M ais d o q u e is s o , r e la c io n a -se c o m o p a p e l d o lu te r a n is ­m o c o m o u m d o s e le m e n to s p e r p e tu a d o r e s d a c o n s c ié n c ia é tn ic a g e r ­m á n ic a (Deutschum). E sta fa se c o in c id e c o m urna re la tiv a e n d o g a ­m ia d o g r u p o , in d ic a d a p e lo n ú m e r o s ig n if ic a t iv o d e m a tr im ó n io s in tr a -é tn ic o s , a té p e lo m e n o s o s a n o s q u a r e n ta , m o d if ic a n d o -s e a p ar­tir d e sse m o m e n t o as c a r a c te r ís t ic a s d o p r o c e s s o in te g r a tó r io d o g ru ­p o n a s o c ie d a d e c u r it ib a n a .

31

O s r e g is tr o s d e c a sa m e n to d a c o m u n id a d e in ic ia m -se e m 1 8 6 7 , c o n t e n d o , d e m o d o g er a l, o s n o m e s d o n o iv o , da n o iv a , d o s r e s p e c ­t iv o s p a is , lo c a l id a d e e m q u e r e s id e m o s n o iv o s , lu g a r e d a ta d o n a s­c im e n t o ( o u id a d e ) , te s te m u n h a s , a lé m d e o u tr a s in fo r m a ç ô e s d e ca- rá ter e v e n tu a l. N o q u e c o n c e r n e à id a d e o u d a ta d e n a s c im e n to d o s n o iv o s , h á urna la c u n a s ig n if ic a t iv a ñ a s sér ie s e n tr e o s a n o s d e 1 9 0 2 e 1 9 3 3 , p a r c ia lm e n te p r e e n c h id a a p a r tir d a u tü iz a ç â o d o m é t o d o d e r e c o n s t itu iç â o d e fa m il ia s .

A g ra n d e d if ic u ld a d e e n fr e n ta d a p ara a ta b u la ç â o d o s d a d o s n e - ce ssá r io s à p r e s e n te in v e s t ig a ç â o r e s id e n o f a t o d e q u e o s r e g is tr o s de c a sa m e n to n a o p e r m ite m d e fin ir a p r e se n ç a o u n a o d o s p a is d o s n o i ­v o s n a c o m u n id a d e , urna v e z q u e a im ig r a ç â o é urna va riá v el im p o r ­ta n te n a d in á m ic a d o g r u p o .

D e s ta m a n e ir a , r e c o r r e m o s ás f ic h a s d e r e c o n s t itu iç â o d e f a m i­lia s q u e , c o n v e n ie n te m e n te a r t ic u la d a s , p e r m it ir a m c o n s ta ta r a p r e ­s e n ç a o u n a o d o s p a is d o s n o iv o s n o g r u p o . A ss im , o s d a d o s le v a n ta ­d o s r e fe r e m -se a p e n a s a o s c a s a m e n te s d e in d iv id u o s (n o iv o e /o u n o iv a ) c u jo s p a is e s ta v a m “ p r e s e n te s ” n o m o m e n t o da c e r im ò n ia , f a t o e s te c o m p r o v a d o p e lo e x a m e d o s d a d o s ñ as f ic h a s d e fa m ilia .

O p r o b le m a a c im a e x p o s t o c o n tr ib u iu fu n d a m e n ta lm e n te p ara a d e lim ita ç â o d as d a ta s b a lisa s da o b se r v a ç â o ; 1 8 8 0 - 1 9 1 9 . I n ic ia lm e n te , h o u v e a p r e o c u p a ç â o em d e f in ir o m o m e n t o d a o b se r v a ç â o n o f in a l d o s é c u lo X I X . T o d a v ia t e m o s o b r ig a d o s a ir m a is a lé m , n a m e d id a e m q u e er a m p o u c o s Os d a d o s c o m p le t o s p ara o s é c u lo X I X . P o r o u tr o la d o , in ic ia m o s as o b s e r v a ç ô e s e m 1 8 8 0 , p o is é n e sse m o m e n t o q u e c o m e ç a m a a p a r e c e r , d e m o d o m a is s ig n if ic a t iv o , c a sa is c u jo s p a is se e n c o n tr a v a m n a c o m u n id a d e . T e r m in a m o s a o b se r v a ç â o e m 1 9 1 9 , p o is o p e r io d o m a is lo n g o p o s s ib i l ità re u n ir u m m a io r n ú m e r o d e o b se r v a ç ô e s .

O t o t a l d e f ic h a s d e fa m il ia q u e p e r m it ir a m ca ra cter iza r a p r e ­se n ç a o u n â o d o s p a is d o s n o iv o s n a p a r ó q u ia é d e 1 9 9 7 , r e sp e c t iv a ­m e n t e 9 6 4 ficj;ias d o t ip o “ M ” e 1 0 3 3 d o t ip o “ E ” , r e fe r e n te s a c o o r te s d e ca sa is cu jo in i c io d e o b se r v a ç â o s itu a -se n o p e r ío d o d e 1 8 6 6 - 1 9 1 9 . A lé m d is t o , fo r a m u t il iz a d a s a lg u m a s f ic h a s q u e s o m e n te re g istra v a m o ó b it o d e in d iv id u o s , e q u e n â o fo r a m c o n ta b il iz a d a s .

A T a b e la 1 s in te t iz a , n a c o lu n a I, o n ú m e r o to ta l d e c a s a m e n to s o c o r r id o s n a c o m u n id a d e n o p e r ío d o c o n s id e r a d o e , n a c o lu n a II, o

Fontes e métodos

32

t o t a l d e f ic h a s e m q u e f o i p o s s ív e l c o m p r o v a r p e lo m e n o s a p r e s e n ta d o s p a is d e u m d o s n o iv o s :

T abela IR E L A Ç Â O E N T R E O T O T A L DE CASAM ENTOS E A Q U E L E S

U T IL IZ A D O S NA A N Á L ISE .C O M U N ID A D E E V A N G E L IC A DEC U R IT IB A1880-1919

D écada I II R elaçâo (% )

1880-89 237 122 51 ,51890-99 205 146 71 ,21900-09 177 142 80,21910-19 207 154 74,4

T o ta l 826 564 68 ,3

A s r e la ç ô e s e n tr e a s d u a s c o lu n a s ( I I / I ) p e r m it e m v isu a liza r g r o s s e ir a m e n te o a u m e n to d a e s ta b il id a d e d as fa m il ia s , d o p o n t o de v is ta da im ig r a ç â o , o q u e é e v id e n te p e la c r e s c e n te o r ig e m lo c a l e r e g io n a l d o s n o iv o s c a sa d o s da p a r ó q u ia . P assa-se d a fa s e e m q u e a m a io r ia d o s n o iv o s é e s tr a n g e ir a , n o s p r im e ir o s v in te a n o s , p ara urna fa se p r in c ip a lm e n te “ te u to -b r a s ile ir a ” , c a r a c te r iz a d a p e lo a u m e n to g r a d a tiv o d a p o p u la ç â o n a sc id a n o B ra s il, p r in c ip a lm e n te C u r itib a e a lg u m a s lo c a l id a d e s d a P r o v in c ia , d e p o is E s ta d o , d e S a n ta C atar in a . C o n t u d o , a s c a r a c te r is t ic a s “ im ig r a tó r ia s” d a c o m u n id a d e p e r m a n e - c e m , o q u e é v is ív e l p e la s ta x a s d e c r e s c im e n to d o g r u p o : 26 % ao a n o e n tr e 1 8 6 6 e 1 8 7 2 , 4 ,8 % a n u a is d e 1 8 7 3 a 1 8 9 1 , d im in u in d o a seg u ir p ara urna m é d ia a p r o x im a d a d e 2 ,3 % a té o a n o d e 1 9 2 9 . ”

A o d e ta U ia r m o s as o b s e r v a ç ô e s , v e r if ic a -se , q u e d o s 5 6 4 casa- m e n t o s a r r o la d o s n o t o t a l , s o m e n te 1 3 9 ( 2 4 ,6 % ) d e le s tr a z e m in fo r - m a ç ô e s p ara o s d o is c ô n ju g e s , a o m e s m o t e m p o , n o q u e se r e fe r e à p r e se n ç a d o s p a is n a d a ta d o c a s a m e n to .

É e v id e n te a p e q u e n e z d e s ta s c ifra s . S e c o n s id e r a r m o s , p o r é m , as in f o r m a ç ô e s so b r e o s p a is d o s n o iv o s , in d e p e n d e n te m e n te d as in fo r - m a ç ô e s so b r e o s p a is d a s n o iv a s , e v ic e -v e r sa , t e m o s c ifr a s m a io r e s , r e s p e c t iv a m e n te 2 8 1 n o iv o s (4 9 ,8 % d o to t a l) e 3 7 7 n o iv a s (6 6 ,8 % d o t o t a l) .

T rata-se de tax as m éd ias anuais calculadas a p a rtir de estim ativas d a po- pu lagáo , realizadas p a ra os anos de 1866 (276 in d iv id u o s), 1872 (1 100 in d iv id u o s), 1891 (2 700 in d iv iduos), 1929 (6 2 7 0 in d iv id u o s) e, final­m en te , p a ra 1969 (10 500 ind iv iduos).

33

D e sd e lo g o , é e v id e n te o fa to d e q u e a im igra g a o is o la d a m a s c u li­n a é m a is im p o r ta n te d o q u e a im ig r a g a o iso la d a fe m m in a , o q u e é c là s s ic o . N o e n t a n t o , a d ife r e n g a e n tr e o s d o is s e x o s n a o é m u ito g r a n d e , e is to é s ig n if ic a t iv o . N a o v e m a o ca so p r o b le m a tiz a r a res- p e it o n e sse m o m e n t o , p o is seria n e c e ssà r io u m r ig o r m a io r n e s ta a n á lise urna v e z q u e n a o c o n h e c e m o s to d a s as v a r iá v e is q u e in c id e m so b r e o fa t o . O s p a is d o s n o iv o s p o d e m esta r in c lu s iv e r e s id in d o e m C u ritib a m a s , se n a o sa o lu te r a n o s ( e n a o te m o s n o g a o p o r e n q u a n to d a q u a n t id a d e d e s te s ) , n a o h á p o s s ib il id a d e d e se o b te r e m in fo r m a - g ó e s a r e s p e ito .

La Ciudad de Corrientes

Ubicación

L a c iu d a d d e C o r r ie n te s , c a p ita l d e la p r o v in c ia a r g e n t in a d e l m is m o n o m b r e , u b ic a d a e n la m e s o p o ta m ia , fu e fu n d a d a s o b r e la m a r g e n iz q u ie r d a d e l r ío P aran á . O c u p a u n s e c to r d e lo m a s e n e l á n ­g u lo n o r o e s t e d e la p r o v in c ia , s u m a m e n te p r o p ic io p ara la in s ta la c ió n d e l p u e r to .

Fundación

L a fu n d a c ió n d e la c iu d a d , e l 3 d e abril d e 1 5 8 8 , fo r m ó p a r te d e l p r o c e s o d e c o n q u is ta y p o b la m ie n to de u n a m p lio s e c to r d e l l i ­to r a l f lu v ia l a r g e n t in o . I n ic ia lm e n te fu e d e n o m in a d a V e r a p o r su f u n ­d a d o r , e l a d e la n ta d o J u a n T o rre s d e V e ra y A r a g ó n .

E l v a lo r e s tr a té g ic o , c o m o a s í ta m b ié n la d e n s id a d a b o r ig e n d e l lu g a r , fu e r o n fa c to r e s a lta m e n te g r a v ita n te s e n la d e c is ió n d e su f u n ­d a d o r p ara fo r m a r u n a e x p e d ic ió n n u m e r o sa q u e , p r o v e n ie n te d e A s u n c ió n , l le g ó a l p araje d e n o m in a d o p o r lo s c o n q u is ta d o r e s d e “ la s s ie te c o r r ie n te s ” h a c ie n d o a lu s ió n a la s s ie te p u n ta s p e d r e g o s a s q u e e l te r r ito r io p r o lo n g a b a h a c ia e l r ío .

D e l c o n t in g e n te o r ig in a l s o la m e n te q u e d a r o n c o m o p o b la d o r e s 61 p e r s o n a s , e n tr e e s p a ñ o le s y m e s t iz o s .“

Em ilio R. C oni, La provincia de Corrientes (Rep. Argentina). Descripción general. Higiene. Saneamiento. Profilaxis práctica. Climatolopa médica. Epidemiología. Demografía y Estadística sanitaria. Asistencia pública y beneficencia, etc. Im p re n ta de P ablo E. C oni e h ijos, B uenos A ires, 1898. pág. 129.

34

C o r r ie n te s in te g r ó , d e sd e 1 6 1 8 , la g o b e r n a c ió n d e B u e n o s A ir e s , sep a ra d a d e l P a ra g u a y .

G r a d u a lm e n te , c o n e l s e ñ a la m ie n to d e las fr o n te r a s e x te r n a s , la c iu d a d de C o r r ie n te s fu e o c u p a n d o e l te r r ito r io d e su a c tu a l ju r is d ic ­c ió n , en la m e d id a q u e las a c t iv id a d e s e c o n ó m ic a s tu v ie r o n u n des*a- rr o llo im p o r ta n te y la e sc a sa p o b la c ió n en ca r g a d a d e la d e fe n sa a s í lo p e r m it ie r a n .

L a a p lic a c ió n d e l s is te m a de e n c o m ie n d a s c o n tr ib u y ó e n gran m e d id a a la c r e a c ió n d e u n c lim a h o s t i l p o r p a r te d e lo s in d io s en c o n tr a d e lo s n u e v o s p o b la d o r e s . D e esa f o m ia , la v id a c o lo n ia l se d e sa r r o lló p r e c a r ia m e n te y lo s c o n q u is ta d o r e s s o p o r ta r o n p o r m á s de u n s ig lo lo s e m b a t e s b é l ic o s d e lo s in d io s h a s ta lo g ra r la r e d u c c ió n t o ­ta l , p r o v o c a n d o a s í la p é r d id a de gran p a rte d e esa población.*®

E l ú lt im o te r c io d e l s ig lo X V III y la p r im era d é c a d a d e l s ig lo X I X p e r m it ie r o n a la c iu d a d , en p r o c e s o d e e x p a n s ió n , a lca n za r en casi 5 0 a ñ o s a tr ip lic a r su te r r ito r io , lo g r a n d o la m a y o r p a rte d e su s fr o n te r a s d e f in it iv a s .

L a r e v o lu c ió n d e m a y o in tr o d u jo c a m b io s m u y im p o r ta n te s para las p r o v in c ia s d e l v ir r e in a to d e l R ío d e la P la ta . C o r r ie n te s a d q u iere e n to n c e s su a u t o n o m ía p r o v in c ia l y se er ig e e n u n o d e lo s p r in c ip a le s e s ta d o s d e la C o n fe d e r a c ió n A r g e n tin a .

E n 1 8 1 4 se d ec la ra p r o v in c ia y q u e d a in te g r a d a a la L iga d e l l i t o ­ral q u e lu c h a b a c o n tr a e l d ir e c to r io p o r t e ñ o , p r o d u c ié n d o s e a ca u sa d e e se e n fr e n ta m ie n to n u m e r o sa s lu c h a s q u e m a n c h a r o n d e san gre a to d a la r e g ió n .

A p artir d e 1 8 2 1 , C o r r ie n te s se o r g a n iz a in s t it u c io n a lm e n t e y g o z a d e la p a z s u f ic ie n te c o m o para a lca n za r u n a c t iv o d e sa r r o llo .

L o s e n fr e n ta m ie n to s a r m a d o s r e c r u d e c ie r o n e n e l p e r ío d o 1 8 3 8 ­1 8 4 7 , e sta v e z c o n tr a J u a n M an u el d e R o s a s , a lte r a n d o n u e v a m e n te la v id a c o r r e n t in a c o n e l c o n s ig u ie n te a g o ta m ie n to f í s i c o y m o r a l de

Aspectos político-administrativos^'^

E rnesto J. A. M aeder, “C rónica h istó rica del N ordeste a rg e n tin o ” . Revista de Estudios regionales, voi. I año 1, Consejo N acional de Investigaciones C ien tíficas y T écnicas, C orrien tes, Nov.-Dic. 1976 , págs. 42 -48 .

Em ilio C oni, op. cit. pág. 96.

35

la p o b la c ió n , n o s ó lo p o r lo s fr a c a so s d e lo s a lz a m ie n to s s in o ta m ­b ié n p o r la s lu c h a s c iv ü e s in te r n a s .

R e c ié n a p a r tir d e 1 8 5 2 c o n la c o n c lu s ió n d e l g o b ie r n o d e R o s a s , la p r o v in c ia d e C o r r ie n te s p u d o re a c tiv a r su d e sa r r o llo , e s p e c ia lm e n te c o n lo s p la n e s d e a lie n to y r e n o v a c ió n im p le m e n ta d o s p o r la F e d e r a ­c ió n d e U r q u iz a .

D e sa p a r e c id a la C o n fe d e r a c ió n , e n 1 8 6 2 , la r e p ú b lic a fu e u n i f i ­ca d a b a jo la p r e s id e n c ia d e M itr e , m a n te n ié n d o s e C o r r ie n te s c o n la s m ism a s e n e r g ía s , a u n q u e la lu c h a p o l í t ic a in te r n a se in t e n s if ic ó ca d a v e z m ás.

E n 1 8 6 5 se p r o d u c e la gu erra c o n e l P a ra g u a y , q u e s ig n if ic ó u n d u r o g o lp e p ara la p r o v in c ia , p u e s e s ta s itu a c ió n in tr o d u jo u n p e r ío ­d o de in te n s a s lu c h a s y p r o fu n d o s d e s ó r d e n e s , ta n to e c o n ó m ic o s c o ­m o s o c ia le s , q u e se p r o lo n g a r o n p o r m u c h o t ie m p o .

R e sta u r a d a la p a z , h a c ia 1 8 7 0 , C o r r ie n te s r e v e r d e c e e n u n s o s t e ­n id o p r o g r e s o , a u n q u e m a r c a d o p o r la s lu c h a s p a rtid a r ia s e n tr e a u t o ­n o m is ta s y l ib e r a le s q u e p r o v o c a r o n , a p a rte d e la s r e v u e lta s y m o t i ­n e s , la in e s ta b ñ id a d p o l í t ic a g e n e r a l q u e d isg r eg a b a lo s e s f u e r z o s q u e tr a ta b a n d e a d e la n ta r a la p r o v in c ia .

Población

E l te r r ito r io o c u p a d o p o r lo s e s p a ñ o le s p ara la fu n d a c ió n d e la c iu d a d e s ta b a p o b la d o p o r u n a gran c a n tid a d d e tr ib u s in d íg e n a s , p e r t e n e c ie n te s e n su m a y o r ía a la raza g u a r a n í.

E sa p o b la c ió n a b o r ig e n n o in te g r a b a u n a s o c ie d a d c u ltu r a lm e n te h o m o g é n e a n i t a m p o c o so lid a r ia . I n ic ia lm e n te , se r e s is t ie r o n a n te lo s c o n q u is ta d o r e s , p e r o su s o m e t im ie n to c o n c lu y ó e n la p r im er a d é c a d a d e l s ig lo X V l l c o n la o c u p a c ió n e f e c t iv a d e la s tierra s conquistadas.*®

A m e d ia d o s d e l s ig lo X V III e l t ip o p r e d o m in a n te e n la m a sa p o - b la c io n a l era e l m e s t iz o , r e su lta d o d e la cru za d e l e s p a ñ o l c o n e l a b o ­r ig en . E l in d io p u r o era e x c e p c io n a l e n la c a p ita l y e s ta b a r e d u c id o a lo c a l id a d e s d e l in te r io r . L o s n e g r o s , in tr o d u c id o s p ara la e sc la v itu d

M anuel F lo ren c io M antilla, Crónica histórica de la provincia de Corrientes Banco de la Provincia de Corrientes (reeditado) T.I., Buenos Aires 1972, págs. 20-22.

36

e n e l p r im er te r c io d e l s ig lo X V I I , n o lle g a r o n a ser fa c t o r é t n ic o de im p o r ta n c ia .“

E n e sa é p o c a se p r o d u c e u n c r e c im ie n to s o s te n id o d e la p o b la ­c ió n . A s i , e n tr e 1 7 6 0 y 1 8 1 4 , la c ifr a d e h a b ita n te s se tr ip lic ó y d e

9 2 8 1 p a sa a 3 0 1 8 4 .

E l in c r e m e n to d e la p o b la c ió n s ig u ió c o n ese r itm o a s c e n d e n te , y h a c ia 1 8 4 1 d u p lic ó n u e v a m e n te e l t o t a l p r o v in c ia l.

E n 1 8 5 4 se r e a liz ó u n c e n s o p r o v in c ia l q u e d io u n t o t a l d e 8 2 7 0 8 h a b ita n te s , c o n 7 8 4 3 c o n c e n tr a d o s e n la c a p ita l .

E l c e n s o n a c io n a l d e 1 8 6 9 c o n ta b il iz ó 1 1 2 1 8 h a b ita n te s p a ra la c iu d a d d e C orrientes.^* L a c ifr a d ife r e n c ia l d e lo s s e x o s fa v o r e c ía a la s m u je r e s c o n 7 0 0 2 h a b ita n te s , h e c h o e x p lic a b le p o r la h is to r ia gu errera d e la p r o v in c ia .“

L a in m ig r a c ió n era m ín im a , p u e s su in c id e n c ia e n e l t o t a l n o s o ­b r e p a sa b a e n n in g ú n c a so e l 6 p o r c ie n t o .“

L a e c o n o m ía d e la c iu d a d e s tu v o a p o y a d a , d e s d e e l c o m ie n z o , e n la a g r ic u ltu r a y la g a n a d e r ía . E sta b a o r ie n ta d a p r in c ip a lm e n te h a c ia la s u b s is te n c ia , c o n u n c o m e r c io m u y p r e c a r io c o n e l P a ra g u a y y c iu d a d e s v e c in a s .

E n tre 1 8 6 5 y 1 8 8 1 se p r o d u jo u n gran au ge y e x p a n s ió n d e la s a c t iv id a d e s , ta n to a g ro p ec u a r ia s c o m o m e r c a n tile s , r e la c io n a n d o a c t i ­v a m e n te a la p r o v in c ia c o n t o d o e l l i to r a l .“

E l c e n s o n a c io n a l d e 1 8 9 5 c o n f ir m a e l c o n s ta n te in c r e m e n to p o - b la c io n a l d e la c a p ita l c o r r e n tin a c o n 15 9 3 4 h a b ita n te s .

A p e sa r d e lo s g r a n d e s p r o g r e so s q u e se p r o d u c ía n e n la p r o v in ­c ia , e n e l ú lt im o c u a r to d e l s ig lo X I X n o se o c u lta b a n a lg u n a s d if ic u l-

“ Em ilio R. C oni, op. cit. pág. 97.

“ E rnesto J. A. M aeder, op. cit. pág. 49 .

“ M anuel F. M antilla, op. cit. T. II, pág. 288.

“ E rnesto J. A. M aeder, op. cit.

“ Ibidem, pág. 42 .

37

ta d e s y l im ita c io n e s . L a p o b la c ió n rural era m u y e sc a sa y m a l d is tr i­b u id a , c o n u n n iv e l d e s u b s is te n c ia tr a d ic io n a l y u n a in s t r u c c ió n q u e n o so b r e p a sa b a e l 2 0 p o r c ie n to d e a l fa b e to s .“

C uadro 1E V O LU C IO N DE LA PO B LA C IO N DE LA PR O V IN C IA DE C O R R IE N T E S

(1814-1895)3

1814 ......................... 30 184 h a b ita n te s (Censo p rovincia l)1820 ......................... 36 697 h a b ita n te s (Censo provincial)1833 ......................... 55 897 h a b ita n te s (Censo provincial)1841 ......................... 61 782 h a b ita n te s (Censo provincial)1854 ......................... 82 708 h a b ita n te s (Censo provincial)1857 ......................... 85 447 h a b ita n te s (Censo confederal)1869 ..........................1 2 9 023 h ab ita n te s (Censo nacional)1895 ..........................2 3 9 618 h a b ita n te s (Censo nacional)

EV O LU C IO N DE LA PO B LA C IO N DE LA C IU D A D D E C O R R IE N T E S(1 7 6 0 -1 895)b

1760 ......................... 8 128 h a b ita n te s (C orrien tes y su ju risd icc ió n )1797 ......................... 4 5 0 0 h a b ita n te s (E stim ación de A zara)1 8 1 4 ......................... 4 7 7 1 h a b ita n te s (Censo provincia l)1820 ......................... 5 308 h a b ita n te s (Censo provincial)1833 . . . . . . . . 5 668 h ab ita n te s (Censo provincial)1841 ......................... 5 382 h a b ita n te s (Censo p rovincia l)1850 ......................... 7 907 h a b ita n te s (Censo u rb an o )1854 ......................... 8 335 h a b ita n te s (Censo provincial)1857 ......................... 8 626 h a b ita n te s Censo confederal)1 8 6 9 .......................... 11 218 h a b ita n te s (Censo nac ional)1 8 9 5 ......................... 1 5 9 3 4 h a b ita n te s (Censo nacional)

a. E rnesto J. A. M aeder, op. cit., pág. 50.b. V arias fu en te s ya c itadas y cifras censales o b ten id as en el A rchivo G eneral

de la p rov inc ia de C orrien tes (A rgentina).

Aspectos económicos^^

L as a c t iv id a d e s e c o n ó m ic a s d e la p r o v in c ia d e C o r r ie n te s se c e n ­tr a b a n e n la a g r icu ltu ra y la g a n a d e r ía . E sta ú lt im a , q u e tu v o su o r i­g e n e n la s tr o p a s d e v a c u n o s y e q u in o s tr a íd o s p o r H ern a n d a r ia s d e s ­d e e l P a ra g u a y , se c o n s t i t u y ó en e l e le m e n to fu n d a m e n ta l d e l d e sa r r o llo e c o n ó m ic o p r o v in c ia l.

I n ic ia lm e n te , la s v a q u e r ía s c o n s t i tu y e r o n e l p r in c ip a l s is te m a de a p r o v e c h a m ie n to d e l g a n a d o , p e r o y a e n e l p r im e r c u a r to d e l s ig lo X V II c o m ie n z a n a v is lu m b ra r se n u e v o s e s t a b le c im ie n to s c o n m a y o r

25 E rnesto J. A. M aeder, op. cit., pág. 50.

“ E rnesto J. A. M aeder, op. cit, págs. 42-55.

38

o r g a n iz a c ió n —la s e s ta n c ia s — q u e c o n c e n tr a n la m a y o r p a rte d e l g a ­n a d o e x is t e n t e , lo g r a n d o c o n so lid a r g r a d u a lm e n te e se t ip o d e a c t iv i­d a d .

E se s is te m a , a m p a ra d o en la p r o p ie d a d d e la tierra y d e l g a n a d o , c o n tr ib u y ó a la o c u p a c ió n d e l e sp a c io c o r r c n t in o y a su p o b la m ie n to .

A f in e s d e l s ig lo X V I I l , e l in c ip ie n te d e sa r r o llo d e la s a c t iv id a d e s c o m e r c ia le s se c e n tr a b a e n la e x p o r ta c ió n d e lo s s u b p r o d u c to s g a n a ­d e r o s a tra v és d e l p u e r to in s ta la d o en la c a p ita l. E sta fu e u n a d e las m ás d e c is iv a s c o n tr ib u c io n e s al d esa rr o llo p e c u a r io d e la r e g ió n , q u e n o s o la m e n te se c o n s o l id ó , s in o q u e a d e m á s le im p r im ió u n r itm o d i­n á m ic o c o n u n a m a r ca d a te n d e n c ia c r e c ie n te .

L a c o lu m n a v e r te b r a l d e la e c o n o m ía c o r r e n t in a , d u r a n te el s ig lo X I X , s ig u ió s ie n d o la g a n a d e r ía y , a u n q u e e n m u c h o s a s p e c to s la p r o v in c ia se m a n tu v o c o n u n a p r o d u c c ió n d e s u b s is te n c ia , lo s sa la d e ­ro s y la d e m a n d a d e c u e r o s p r o v o c a r o n u n r e n d im ie n to ca d a v e z

m a y o r .

H a cia 1 8 8 8 e l s to c k g a n a d e ro a sc e n d ía a 1 8 4 1 4 5 5 c a b e z a s v a ­c u n a s , c o lo c a n d o a C o r r ie n te s e n tr e las p r im er a s p r o v in c ia s ga n a d era s a r g e n tin a s . A p e sa r d e e l lo , e n e l ú lt im o c u a r to d el s ig lo X I X , e l g o ­b ie r n o p r o v in c ia l, c a r e n te d e re c u r so s , n o p o d ía su b sa n a r a lg u n a s l i ­m ita c io n e s d er iv a d a s d e la fa lta d e c a p ita le s q u e p e r m it ie r a n e l a p r o ­v e c h a m ie n to in te g r a l d e la tierra , e l m e jo r a m ie n to d e la s razas, e t c . T o d o e l lo , u n id o a la a u se n c ia d e v ía s d e c o m u n ic a c io n e s á g ile s y de tr a n sp o r te s a d e c u a d o s , d e tu v o e n a lg u n a m e d id a e l p r o g r e so y e l p e r ­f e c c io n a m ie n to d e e sa a c t iv id a d .

E l a is la m ie n to c o r r c n t in o , en e se s e n t id o , fu e c u b ie r to p o r la n a ­v e g a c ió n f lu v ia l, y r e c ié n e n 1 8 9 0 e l F C N E a lc a n z ó C u r u z ú C u a tiá y en 1 8 9 8 , C o r r ie n te s c a p ita l.

P ese a t o d o s lo s in c o n v e n ie n t e s a p u n ta d o s , d e lo s c u a le s e l a is la ­m ie n to se c o n s t i t u ía e n u n o d e lo s m á s g ra v e s , la p r o v in c ia d e C o ­r r ie n te s era e l e s ta d o m á s im p o r ta n te d e l N o r d e s te a r g e n t in o a f in e s d e l s ig lo X I X . S u e x t e n s a tr a y e c to r ia h is tó r ic a , su im p o r ta n c ia p o l í ­t ic a en e l o r d e n n a c io n a l , su p o b la c ió n c o n c e n tr a d a e n v a r io s n ú c le o s y su r iq u e z a p e c u a r ia c o n s o l id a d a , le p e r m it ie r o n lo g ra r u n a ser ie d e v e n ta ja s y la p r im a c ía so b r e lo s te r r ito r io s v e c in o s .

39

Archivo parroquial

E n e l a c ta d e fu n d a c ió n d e la c iu d a d se señ a la e x p r e s a m e n te e l s it io p ara la in s ta la c ió n d e la ig le s ia m a y o r y se la p u s o b a jo la a d v o ­c a c ió n d e N u e s tr a S e ñ o r a d e l R o s a r io .

L a c o n s tr u c c ió n d e l e d if ic io c o m e n z ó e n e l a ñ o 1 5 8 9 , f u n c io ­n a n d o a l l í h a sta f in e s d e 1 8 7 2 p ara lu e g o tra sla d a rse a l a c tu a l t e m p lo .

E s te ú lt im o c o m e n z ó a c o n s tr u ir se e n u n so la r d is t in to d e l a n te r io r a m e d ia d o s d e l s ig lo X I X y r e c ié n se c o n c lu y e a f in e s d e l m is m o , in a u ­g u r á n d o se e l 9 d e d ic ie m b r e d e 1872.^''

E l a r c h iv o d e la Ig le s ia C a te d r a l (m a tr iz ) d e C o r r ie n te s c o n t ie n e lo s l ib r o s d e b a u t is m o s , m a tr im o n io s y d e fu n c io n e s d e s d e 1 7 6 4 . L o s a n te r io r e s se h a n p e r d id o y se ig n o r a la fe c h a d e in ic io d e lo s reg is­tr o s .

S e g u a rd a n lib r o s r e la t iv o s a e s p a ñ o le s y n a tu r a le s , a v e c e s m e z ­c la d o s . A d e m á s h a y in fo r m a c ió n a d ic io n a l a lo s m is m o s r e fe r id a a las d isp e n sa s m a tr im o n ia le s d e sd e p r in c ip io s d e l s ig lo X I X . T a m b ié n e x is t e n l ib r o s d e c o n f ir m a c io n e s .

Los datos

Para e s te tra b a jo se u t i l iz a r o n in fo r m a c io n e s d e lo s m a t r im o n io s c e le b r a d o s e n tr e 1 8 6 6 y 1 8 7 5 e n la c iu d a d d e C o r r ie n te s .

S e u t ñ iz ó e l “ L ib r o d e m a tr im o n io s N o . 7 ” ( 1 8 6 3 - 1 8 8 2 ) d e l q u e se o b tu v ie r o n lo s d a to s so b re lo s a c o n t e c im ie n t o s m a tr im o n ia le s , rea ­l iz á n d o s e lo s p a s o s s ig u ie n te s :

1. F ic h a je d e l o s m a tr im o n io s e f e c t u a d o s e n tr e e l 7 d e e n e r o d e 1 8 6 6 y e l 2 8 d e n o v ie m b r e d e 1 8 7 5 . S e to m a r o n lo s n o m b r e s d e lo s n o v io s c o n a p e ll id o m a te r n o y p a te r n o , fe c h a d e la c e r e m o n ia , la c ir c u n s ta n c ia d e si lo s p a d r es e s ta b a n v iv o s o m u e r to s y la e d a d d e lo s n o v io s .

L o s lib r o s d e m a tr im o n io s c o n s ig n a n lo s c a s a m ie n to s d e e s p a ñ o ­le s y n a tu r a le s , p o r lo ta n to n o h a y s e le c c ió n d e c la se s so c ia le s .

Nuestra Señora del Santísimo Rosario y la Santa Iglesia Catedral. Im pren­ta N ueva E poca, C orrien tes, 1951 , págs. 29-31.

40

2. Del total de matrimonios consultados (356), en muchos ca­sos no aparecía la edad de los mismos o la existencia del padre y de la madre.

Todos esos casos fueron desechados, y así la cantidad de matri­monios computados fue de 270 con los datos completos.

3. Finalmente, se construyó un cuadro con la clasificación de los novios por condición de orfandad y según grupos quinquenales de edades.

4. Por último, se realizó el análisis demográfico de los datos se­leccionados.

II PARTE.DERIVACION DE UNA TABLA DE VIDA A PARTIR DE LA INFORMACION SOBRE INCIDENCIA DE LA ORFANDADSEGUN LA EDAD DE LOS NOVIOS AL MOMENTO DEL

CASAMIENTO

Introducción

En los cinco estudios, cuyo contenido histórico ha sido expues­to en la parte I, se utiliza el mismo procedimiento, ideado por Brass­Hill (1), para derivar una probabilidad de supervivencia, designada genéricamente l(x)¡l(B) (probabilidad de alcanzar con vida la edad exacta x de una persona en edad exacta B), partiendo de las proyec­ciones de no huérfanos clasificados por grupos de edades. Se prefiere este método, en lugar del más reciente de Hill-Trussell (2), porque este último es aplicable solamente a información sobre orfandad ma­terna, mientras que el procedimiento de Brass-Hill permite estimar tanto la mortalidad femenina, a partir de información de orfandad materna, como la masculina, de datos sobre orfandad paterna. Por otra parte, no está demostrado que el método más reciente, sobre orfandad materna, sea superior al anterior.

A continuación se distinguen los diferentes pasos seguidos a fin de pasar de las proporciones de no huérfanos a las tablas de mortali­dad, para tramos de vida definidos: 25-70 años, en el caso de las mu­jeres, 30-70, en el de los hombres.

41

Pasos seguidos en la elaboración de tablas de vida

Paso 1

Cálculo de las proporciones de no huérfanos, según grupos quin­quenales de edad, agrupando información referente a novios y novias. La información utilizada (total de novios y novias, y número de ellos con madre, y separadamente, padres vivos), asi como las proporcio­nes de no huérfanos resultantes, aparecen en la sección (a) de los cuadros 1 y 2, relativos a la elaboración de la tabla de vida de muje­res y de hombres, respectivamente.

Puede verse que el número de grupos quinquenales de edad varía de un estudio a otro, entre un mínimo de 4 grupos (Curitiba) y un máximo de 9 (San Luis de la Paz, en el caso de orfandad materna).

Paso 2

Transformación de las proporciones de no huérfanos en probabi­lidades de sobrevivencia de una tabla de vida. Mediante la utilización de las relaciones dadas por Brass-Hill (1), empleando para ese propó­sito una estimación de la edad media de las madres y de los padres (que aparecen en la sección (b) de los cuadros 1 y 2) se transforman las proporciones de no huérfanos en probabilidades l(x)/l(25), en el caso de la orfandad materna, y l(x)/l(32,5), en el de la paterna. No se presentan estos valores, que resultan próximos a las proporciones ob­servadas.

Paso 3

Selección de una tabla de vida,, dentro del conjunto de tablas modelo de vida de Coale-Demeny (3) que se asemeje más a los valo­res de las probabilidades de sobrevivencia obtenidas en el paso ante­rior.

Esa tabla será utilizada como estándar en el sistema logito de ta­blas de vida ideado por Brass (4). Esta labor se ve facilitada por los tabulados de la función l(x)!l(25) de sobrevivencia femenina y l(x)!l(32 ,5 ) de sobrevivencia masculina, correspondientes a las tablasmodelo de vida de Coale-Demeny, que aparecen en el Anexo 6, del Manual X de las Naciones Unidas (5).

42

C uadro 1M ORTALIDAD FEM ENINA (continúa)

(a) Datos básicos analizadosG rupos T otal Con P roporción G rupos T otal Con P roporción

de novios y m adre m adre de novios y m adre m adreedades novias viva viva edades novias viva viva

Corrientes (1866-1875) Valparaíso (1871-1875)*15-19 lio 83 0,755 15-19 164 131,5 0,80220-24 145 107 0,738 20-24 294 204,0 0,69425-29 130 82 0,631 25-29 657 359,0 0,54630-34 78 50 0,641 30-34 321 162,5 0,50635-39 36 23 0,639 35-39 105 50,5 0,481

40-44 98 39,5 0,403Curitiba (1880-1919) 45-49 31 11,0 0,355

15-19 170 161 0,947 San Luis de la Paz (1780-1810)20-24 324 291 0,89825-29 119 105 0,882 10-14 157 126 0,80330-34 31 26 0,839 15-19 2 684 2 161 0,805

20-24 1 398 1 039 0,74325-29 461 301 0,653

Lima (1869-1871) 30-34 148 68 0,45935-39 62 22 0,355

15-19 292 202 0,692 40-44 33 9 0,27320-24 418 273 0,653 45-49 17 5 0,29425-29 286 172 0,601 50-54 6 3 0,50030-34 184 89 0,48435-39 71 25 0,352

4U)

* El núm ero de novios con m adre viva resulta de sum ar a los declarados con m adre viva la m itad de los casos de fa lta de declaración,

(b) Edad media estimada de las madres:C orrientes; 29 ,0 - C uritiba; 28 ,8 - Lima; 27 ,0 - V alparaíso; 27,5 - San Luis de la Paz; 26,0.

Cuadro 1MORTALIDAD FEMENINA

(c) Resultados: tablas de vida, entre las edades 25 y 70 expresadas en el sistema logito a.

Caso:

(continuación)

Corrientes Curitiba Lima Valparaíso San Luis déla lEpoca 1866-1875 1880-1919 1869-1871 1871-1875 1780-1810Nivel en la familia Oeste 9 19,73 5,5 8 7Parámetro A -0,002 0,002 0,000 0,001 0,002Parámetro B 0,991 1,002 1,010 1,008 1,012Edad X : Sobrevivientes a edades exactas25 10 000 10 000 10 000 10 000 10 00030 9 511 9 890 9 309 9 450 9 39635 8 983 9 762 8 583 8 862 8 75540 8 433 9 608 7 849 8 256 8 09745 7 873 9414 7 128 7 642 7 44050 7 291 9 154 6 420 7 017 6 78055 6 589 8 791 5 599 6 272 6 00360 5 771 8 286 4 694 5 417 5 12565 4 733 7 552 3 609 4 353 4 04970 3 583 6 502 2518 3 210 2 921Símbolo Esperanzas de vida temporarias para edades seleccionadas (n x)'4S^J5 32,99 40,35 29,72 31,94 31,0535^35 26,15 31,21 23,80 25,38 24,7525^45 19,12 22,17 17,64 18,64 18,24a William Brass, ‘Sobre la escala de mortalidad’, Métodos para estimar la fecundidad y la mortalidad en poblaciones con datos limita­

dos. Selección de trabajos de William Brass, CELADE. Coale, Ansley J. y Demeny Paul, Regional Model Life Tables and Stable Populations, Second Edition, Academic Press, New York,

1983.c Representa el número promedio de años de vida, entre las edades x y x+n, que se espera que viva una persona que alcanza la edad x.

Cuadro 2MORTALIDAD MASCULINA

(a) Datos básicos analizados

(continúa)

Grupos Total Con Proporción Grupos Total Con Proporciónde novios y padre padre de novios y padre padre

edades novias vivo vivo edades novias vivo vivo

Corrientes (1866-1875) Curitiba (1880-1919)

15-19 l i o 51 0,518 15-19 170 132 0,77620-24 145 70 0,483 20-24 324 253 0,78025-29 130 57 0,438 25-29 119 90 0,75630-34 78 33 0,423 30-34 31 19 0,61235-39 36 14 0,389

Lima (1869-1871) San Luis de la Paz (1780-1810)

15-19 292 154 0,528 10-14 157 124 0,79020-24 418 189 0,452 15-19 2 684 2 019 0,75225-29 286 114 0,399 20-24 1 398 904 0,64730-34 184 65 0,353 25-29 461 248 0,53835-39 71 15 0,211 30-34 148 59 0,399

35-39 62 18 0,29040-44 33 6 0,18245-49 17 2 0,118

t/ i

(b) Edad media estimada de los padres:

Corrientes: 36,5 - Curitiba: 34,0 - Lima: 33,0 - San Luis déla Paz: 29,0

40 \

(c) Resultados: tablas de vida, entre las edades 30 y 70, expresadas en el sistema logito

Caso:

Cuadro 2MORTALIDAD MASCULINA

(continuación)

Corrientes Curitiba Lima San Luis de la P

Epoca 1866-1875 1880-1919 1869-1871 1780-1810

Nivel en la familia Oeste 9 16,55 5,5 7,6Parámetro A 0,010 0,049 0,003 0,0001Parámetro B 1,082 0,927 1,028 0,9949

Edad ;c: Sobrevivientes a edades exactas [l(xj]

30 10 000 10 000 10 000 10 00035 9 369 9765 9 175 9 33840 8 670 9 489 8 289 861345 7 879 9 146 7 325 7 80450 7 021 8 711 6 337 6 94255 6 037 8 139 5 263 5 96860 4 973 7 395 4 181 4 93265 3 786 6 423 3 039 3 77970 2 593 5 219 1 969 2 619

Símbolo Esperanza de vida temporaria para edades seleccionadas (n^x)40^30 27,02 33,34 24,80 26,8435^35 23,67 29,08 21,80 23,572 5^45 17,17 20,69 16,02 17,19

En todos los casos las tablas seleccionadas correspondieron a la famüia Oeste, Los niveles que resultaron en cada estudio, aparecen en la sección (c), de los cuadros 1 y 2.

Paso 4

Determinación de los parámetros a y |3.

Adoptada una tabla de vida estándar, que significa fijar aproxi­madamente el nivel de la mortalidad, se determina el parámetro del sistema logito. Cada valor observado implica un valor de /3. Se adopta como definitivo el promedio de todos los observados, cuyo número varía en los diferentes estudios. Obtenido /j, y aceptado también el valor l (B) de la tabla estándar, queda implícitamente definido el va­lor del otro parámetro, el a.

En la sección (c), de los cuadros 1 y 2, se muestran los valores resultantes de ambos parámetros.

Paso 5

Construcción de las tablas de vida.

La elaboración de las tablas de vida, dados la tabla estándar y los parámetros a y /3, resulta un paso rutinario cuyos resultados aparecen en la sección (c) de los cuadros 1 y 2. Se muestra allí la función l(x), que representa el número de personas que alcanzan la edad exacta x. Se adopta como raíz de la tabla el valor 10 000 para la edad inicial, que es 25 años, en el caso de las mujeres (cuadro 1) y 30 años, en el de los hombres (cuadro 2).

Finalmente, se presentan en la misma sección (c), valores sinté­ticos que sirven para resumir el nivel de mortalidad representado por cada tabla.

En todos los casos estos indicadores son la esperanza de vida temporaria, esto es, el número de años que viviría en el tramo de vi­da entre x y 70 una persona que cumpliera la edad x , si los años que han de vivir los componentes de la cohorte de la tabla de vida se dis­tribuyeran uniformemente entre aquellos individuos que alcanzan la edad exacta x.

47

En el caso de las tablas de vida femenina se presentan las espe­ranzas de vida temporarias para los tramos 25-70, 35-70 y 45-70 años, que se simbolizan 5 25, y respectivamente.

En el caso de las tablas de vida masculina los indicadores son: 40 30 5 35^35 y 2s 4s- Estos dos últimos están disponibles también para las tablas femeninas, lo que facilita la comparación de las estimacio­nes de mortalidad entre sexos.

Dada la función Ifx), pueden calcularse todas las otras funciones que componen una tabla de vida. No se las presenta aquí a fin de simplificar esta presentación.

Comentarios

Puede decirse que, si se deja a un lado el estudio relativo a Curi­tiba —sobre el que volveremos más adelante— los resultados mues­tran niveles de mortalidad bastante semejantes.

En las tablas de vida femenina, la esperanza de vida entre los 25 y 70 años, 45 25, varía entre 29,72 (la mayor mortalidad, registrada en el estudio de Lima) y niveles que van de 31,05 a 32,99, en los otros tres casos.

Algo similar ocurre en el caso de la mortalidad masculina: la es­peranza de vida entre los 30 y 70 años, 40 30, varía entre 24,80 (la mayor mortalidad, otra vez correspondiente a Lima) y 26,84 y 27,02 (en San Luis de la Paz y Corrientes, respectivamente).

No creemos que un nivel de mortalidad tan bajo —esperanzas de vida tan altas— sea válido para la población de Curitiba entre 1880 y 1919, aun tratándose de un núcleo seleccionado, como pudo serlo el grupo evangélico luterano. Pensamos, más bien, que en la compila­ción de los datos se produjo la omisión de casos de padres y madres muertos al momento del casamiento de la persona cuya orfandad se estudia.

Parecidos reparos, aunque en menor grado, nos merecen las esti­maciones sobre mortalidad de San Luis de la Paz, por tratarse de un estudio que cubre un período (1780-1810) muy alejado del corres­pondiente a los otros estudios. Si algún descenso se produjo en la mortalidad adulta a lo largo del siglo que va desde, aproximadamente, 1780 a 1880, las estimaciones de la mortalidad debieron ser las más altas entre los diferentes estudios.

4 8

Más plausibles son los resultados de Corrientes, Lima y Valpa­raíso, aunque en este último estudio conviene recordar que hubo una incidencia muy alta de casos con falta de información sobre la sobre­vivencia o muerte de los padres de los novios. Aunque los resultados son plausibles deben, por esa razón, tomarse con cautela.

Convendrá señalar también que en los ajustes, que conducen a un valor estimado del parámetro /3, se producen muy importantes desviaciones entre los valores observados y ajustados, poniendo en evidencia la dudosa validez de los datos básicos.

En el cuadro que sigue se comparan indicadores de mortalidad por sexo.

Indicador Indicadores de mortalidad por sexo

Corrientes Curitiba LimaSan Luis de la Paz

Esperanza de Muje­ Hom­ Muje­ Hom­ Muje­ Hom­ Muje­ Hom­vida entre ; res bres res bres res bres res bres

35 y 70 años 26,15 23,67 31,21 29,08 23,80 21,80 24,75 23,57

45 y 70 años 19,12 17,17 22,17 20,69 17,64 16,02 18,24 17,19

En todos los casos considerados, sin excepción, la mortalidad fe­menina resulta inferior a la masculina. En otras palabras, las esperan­zas de vida temporarias entre 35 y 70, y 45 y 70, son sistemática­mente mayores entre las mujeres. Es éste un resultado esperado, que confirma una característica universal, pese a que ocasionalmente, cuando el nivel de la mortalidad es muy alto, se dan casos de exceso de mortalidad femenina.

Como conclusión general puede decirse que la información sobre incidencia de la orfandad de los novios, en el momento del ma­trimonio, que se ha podido reunir en los cinco estudios considera­dos, merece reparos en cuanto a su validez. Las estimaciones que se han elaborado resultan en algunos casos plausibles, aunque deben to­marse con reserva porque en su derivación los valores observados han sido sometidos a importantes ajustes.

Pese a lo negativo de la conclusión anterior, cabe señalar que es tan pobre el conocimiento actual sobre la mortalidad en el pasado

49

que los resultados obtenidos, con todas las limitaciones que se han indicado, constituyen un valioso aporte en el avance de ese conoci­miento.

BIBLIOGRAFIA

(1) William Brass y Ken Hill, “Estimación de la mortalidad adulta a partir de información sobre orfandad”, en M é to d o s p a ra e s tim a r la fe c u n d id a d y la m o r ta lid a d en p o b la c io n e s co n d a to s l im ita d o s . S e le c c ió n d e tra b a jo s d e W illiam B rass, CELADE, Serie E, No. 14, Santiago de Chile, 1974.

(2) Ken Hill y Jam es Trussell, “ Further developm ents in indirect m ortality estim ation” , Popw/aifon S tu d ie s , Volum en 31, núme­ro 2, Londres, julio de 1977.

(3) Ansley J. Coale y Paul Dem eny, R e g io n a l m o d e l Ufe ta b le s a n d s ta b le p o p u la t io n . Academic Press, New York, 1983.

(4) William Brass, “Sobre la escala de la m ortalidad”, en M é to d o s para e s tim a r la f e c u n d id a d y la m o r ta lid a d en p o b la c io n e s con d a to s l im ita d o s . S e lecc ió n d e tra b a jo s d e W illiam B rass. CELA- DE, Serie E No. 14, Santiago de Chile, 1974.

(5) United Nations, M an ual X . I n d ir e c t te c h n iq u e s f o r d e m o g ra p h ic e s t im a tio n ST /E SA /SER .A /81, New York, 1983.

5 0

ANEXO

L I S T A D E P A R T IC IP A N T E S L I S T O F P A R T IC IP A N T S

A n a M a r ía H . F o s c h ia t t i I n s t i t u t o d e I n v e s t ig a c io n e s

G e o h is tó r i c a s — C O N IC E T A v e n id a C a s te l l i 9 3 0 — C .C . 4 3 8 3 5 0 0 R e s is te n c ia — C h a c o R e p ú b l i c a A r g e n t in a

M a rio B o le d a F a c u l t a d d e H u m a n id a d e s U n iv e r s id a d d e S a l ta B u e n o s A ire s 1 7 7 4 4 0 0 S a l ta R e p ú b l i c a A r g e n t in a

J o r g e L . S o m o z a C E N E PL a s H e r a s 1 6 3 5 P iso 9 B u e n o s A ire s ( 1 0 1 8 )R e p ú b l ic a A r g e n t in a

M a rc L e b r u m lU S S P3 4 R u e d e s A u g u s t in s 4 0 0 0 L ie g e B e lg iu m

V í c t o r M e z z a R o s s o A s o c ia c ió n B o liv ia n a — A B IE M P C a s illa 7 8 2 L a P a z , B o liv ia

J a c q u e s L e g a ré D e p a r t e m e n t d e D é m o g r a p h ie U n iv e r s i té d e M o n tr é a l C .P . 6 1 2 8 , S u c e . “ A ”M o n t r é a l H 3 C 3 J 7 C a n a d a

F r a n ç o is N a u l tD e p a r t e m e n t d e D é m o g r a p h ie U n iv e r s i té d e M o n tr é a l C .P . 6 1 2 8 , S u c e . “ A ”M o n t r é a l H 3 C 3 J 7 C a n a d a

G i lb e r t L a g ra n g e U n iv e r s i té d e M o n tr é a l 5 4 9 4 r u e C h a r le m a g n e N o . 2 M o n tr é a l , H I X 2 H 7 C a n a d a

H e c to r P é re z B r ig n o li D e p a r t a m e n to d e H is to r i a E s c u e la d e H is to r i a y G e o g r a f ía U n iv e r s id a d d e C o s ta R ic a A p a r t a d o 3 7 7 2 0 5 0 S a n P e d r o S a n J o s é , C o s ta R ic a

M a rio S a m p e r K u ts c h b a c h E s c u e la d e H is to r i a U n iv e r s id a d N a c io n a l A p a r t a d o 8 6 H e r e d ia , C o s ta R ic a

J o s é A n to n io S a la s V íq u e z E s c u e la d e H is to r ia U n iv e r s id a d N a c io n a l

A p a r t a d o 8 6 H e r e d ia , C o s ta R ic a

A r o d y s R o b le sC e n t r o R e g io n a l d e O c c id e n te U n iv e r s id a d d e C o s ta R ic a A p a r t a d o 1 4 7 — S a n P e d r o S a n J o s é , C o s ta R ic a

H e rv é L e B ras IN E D2 6 r u e V a v in P a r is 7 5 0 0 6 F r a n c e

J a c q u e s D u p a q u ie r E c o le d e s H a u te s E tu d e s e n

S c ie n c e s S o c ia le s 9 R e s id e n c e B e a u s o le il 9 2 2 1 0 S a in t - C lo u d F r a n c e

51

A la in B id e a uC e n t r e N a t io n a l d e la R e c h e r c h eU n iv e r s i té L y o n 21 8 , Q u a i C la u d e B e r n a r d6 9 3 6 5 L y o n C e d e x 2F r a n c e

F r a n s v a n P o p p e l N e th e r l a n d s I n t e r u n iv e r s i t y

D e m o g r a p h ic I n s t i t u t e P r in s e s B e a t r ix la a n 4 2 8 2 2 7 0 A Z V o o r b u r g T h e N e th e r l a n d s

A d v a n d e r W o u d e D e p a r t m e n t o f R u r a l H is to r y A g r ic u l tu r a l U n iv e r s i ty H o l la n d s e w e g 1 W a g e n in g e n T h e N e th e r l a n d s

J a n B a r t l e m aC a th o l i c U n iv e r s i ty o f T i lb u r g H o g e s c h o o l la n 2 2 5 T i lb u r gT h e N e th e r l a n d s

l a r a S im ile d e M a c e d o U n iv e r s id a d e F e d e r a l d o Pcuraná S a i n t ’H i la i r e 5 0 7 A p . 3 08 0 .0 0 0 C u r i t i b a — P a r a n á B ra s il

S e rg io O d ü ó n N a d a l in U n iv e r s id a d e F e d e r a l d o P a r a n á ( D e p a r t a m e n t o d e H is to r ia )R ú a G e n e r a l C a m e i r o , 4 6 0 — 6 “8 0 .0 0 0 C u r i t i b a — P a r a n á B ra s ü

A n a M a r ía d e O liv e ir a B u r m e s te r U n iv e r s id a d e F e d e r a l d o P a r a n á R ú a S a ld a n h a d a G a m a , 2 58 0 .0 0 0 C u r i t i b a — P a r a n á B ra s ü

D a v id J . D e w i t t P o p u l a t i o n S tu d ie s C e n t r e U n iv e r s i ty o f W e s te r n O n ta r io L o n d o n , O n ta r io N 6 G — 1 Z 2 C a n a d a

T h o m a s K . B u r c h P o p u l a t i o n S tu d ie s C e n t r e U n iv e r s i ty o f W e s te r n O n ta r io L o n d o n , O n ta r io N 6 G — 1 Z 2 C a n a d a

E l iz a b e th F o n s e c a C o r r a le s D e p a r t a m e n to d e H is to r i a E s c u e la d e H i s to r i a y G e o g r a f ía U n iv e r s id a d d e C o s ta R ic a D e la Ig le s ia d e S a n P e d r o 1 0 0 S u r y 1 5 O e s te S a n J o s é , C o s ta R ic a

A n to n io O r te g a M a n u e l J . R in c ó n D ir k J a s p e r s J o r g e L . C a n a le s D o m in g o P r im a n te V i lm a M é n d e z C E L A D E - S a n J o s é A p a r t a d o 5 2 4 9 S a n J o s é , C o s ta R ic a

R o la n d o M e lla fe D e p a r t a m e n to d e C ie n c ia s H is t . U n iv e r s id a d d e C h ile A g u s t in a s 1 8 3 1 S a n t ia g o , C h ile

R e n é S a l in a s M e z a I n s t i t u t o d e H is to r i a U n iv e r s id a d C a tó l i c a d e V a lp a r a ís o C a s illa 4 0 5 9 V a lp a r a í s o , C h ile

C a r m e n A r r e tx C E L A D E C a s ü la 9 1 S a n t ia g o , C h ile

52

R o g e r S c h o f ie ldC a l i f o r n ia I n s t i t u t e o f T e c h n o lo g yP a s a d e n a , C a . 9 1 1 0 6U .S .A .

R o b e r t M c C a a D e p a r t m e n t o f H is to r y U n iv e r s i ty o f M in n e s o ta M in n e a p o l i s , M in n e s o ta 5 5 4 5 5 U .S .A .

W illia m B ra ssC e n t r e f o r P o p u l a t i o n S tu d ie s 31 B e d f o r d S q u a r e L o n d o n W C I B 3 E L E n g la n d

A k ir a H a y a m iD e p a r t m e n t o f E c o n o m ic sK e io U n iv e r s i tyM ita M in a toT o k y o 1 0 8J a p a n

C e c il ia A . R a b e l l I n s t i t u t o d e I n v e s t ig a c io n e s S o c . U n iv e r s id a d N a l. A u t . d e M é x ic o C a lle T r iu n f o d e l a L i b e r t a d 7 8 C a sa 3 , T la lp a n C .P . 1 4 0 0 0 M é x ic o , D .F . , M é x ic o

F e r n a n d o P o n c e U n iv e r s id a d d e l P a c í f ic o D ie g o F e r r é 3 2 9 (M ira f lo re s ) L im a 1 8 , P e r ú

C a r io C o rs in i D ip a r t i m e n t o S t a t i s t i c o U n iv e r s i ty o f F lo r e n c e V ia C u r t a t o n e 1 5 0 1 2 3 F i r e n z e I t a ly

G e r a r d o A lb e r to M o r a B re n e s E s c u e la d e H is to r i a U n iv e r s id a d N a c io n a l A p a r t a d o 8 6 H e r e d ia , C o s ta R ic a

53

O R F A N D A D Y M O R T A L ID A D D E A D U L T O S E N E L P A S A D O : U N A C R IT IC A D E L O S D A T O S Y P R O C E D IM IE N T O S D E

E S T U D IO S D E S E IS P O B L A C IO N E S D E L A A M E R IC A L A T I N A

R o b er t McCaa D epartam ento de Historia,

Universidad de M innesota

R E S U M E N

R o b e r t M c C a a f u e e l r e l a t o r d e l s e m in a r io q u e s o b r e o r ­f a n d a d y m o r t a l i d a d e n el p a s a d o o r g a n iz a r o n e n S a n J o s é , C o s ta R ic a , la U n iv e r s id a d d e C o s ta R ic a , e l C o m ité d e D e ­m o g r a f í a H is tó r i c a d e la U n ió n I n te r n a c io n a l p a r a e l E s t u ­d io C ie n t í f i c o d e la P o b la c ió n y el C E L A D E , e n t r e lo s d í a s 1 2 y 1 4 d e d ic ie m b r e d e 1 9 8 4 .

E n su i n f o r m e se h a c e u n c u id a d o s o a n á l is is c r í t i c o d e lo s t r a b a jo s p r e s e n ta d o s s o b r e se is p o b la c io n e s l a t i n o a m e r i ­c a n a s ; se s e ñ a la n la s l im i ta c io n e s d e lo s d a to s a f e c ta d a s p o r d e f ic ie n c ia s a d m in i s t r a t iv a s , p o r u n a a l t a p r e v a le n c ia d e i le ­g i t im id a d , p o r la c o n f u s ió n e n t r e lo s p a d r e s n a tu r a l e s y lo s a d o p t iv o s , p o r la s ig n i f ic a c ió n d e l m a t r im o n io e n la s d i s t i n ­ta s p o b la c io n e s .

E l d o c u m e n t o n o se l im i ta a d e s c r ib i r lo h e c h o p o r lo s a u to r e s y lo d ic h o e n e l s e m in a r io , s in o q u e v a m á s a llá . A d e la n t a s u g e re n c ia s d e c ó m o p u e d e m e jo r a r s e e l t r a b a jo r e a l i z a d o . F r e n t e a la g e n e r a l iz a d a o p in ió n , u n t a n t o p e s i ­m is ta , d e lo s a u to r e s d e lo s e s tu d io s , M c C a a in v i t a a n u e v o s e n s a y o s q u e p e r m i t a n c o m p r o b a r la v e r o s im i l i tu d d e la s e s ­t im a c io n e s . A d o p t a u n a a c t i t u d c o n s t r u c t iv a y o p t im i s t a , a u n q u e es lo s u f i c i e n t e m e n te c a u to p a r a t e r m i n a r a f i r m a n ­d o q u e to d a v ía es p r e m a t u r o c o n c lu i r q u e d e l a i n f o r m a ­c ió n s o b r e o r f a n d a d , e n A m é r ic a L a t in a , p u e d e n e x t r a e r s e e s t im a c io n e s v á l id a s s o b r e la m o r t a l i d a d a d u l t a e n e l p a s a d o .

<D EM O G RA FIA H ISTO R IC A > < M O R T A L ID A D > < O R F A N ­D A D > K C A L ID A D D F L OS DA TO S>

55

O R P H A N H O O D A N D A D U L T M O R T A L IT Y IN T H E P A S T ;A C R IT IC A L A N A L Y S IS O N D A T A A N D P R O C E D U R E S F O R

T H E S T U D Y O F S IX P O P U L A T IO N S O F L A T IN A M E R IC A

S U M M A R Y

R o b e r t M c C a a w a s th e n a r r a t o r o f t h e s e m in a r o n o r ­p h a n h o o d a n d m o r t a l i t y in t h e p a s t , o r g a n iz e d in S a n J o s e , C o s ta R ic a b e tw e e n 1 2 a n d 1 4 D e c e m b e r 1 9 8 4 , b y th e U n i ­v e r s i ty o f C o s ta R ic a , t h e C o m m i t t e e o n H is to r ic a l D e m o ­g r a p h y o f t h e I n t e r n a t i o n a l U n io n f o r th e S c ie n t i f ic S t u d y o f P o p u l a t i o n a n d C E L A D E .

I n h is r e p o r t , M c C a a m a k e s a c a r e f u l c r i t i c a l a n a ly s is o f t h e p a p e r s s u b m i t t e d o n s ix L a t in A m e r ic a n p o p u l a t i o n s ; h e p o i n t s t o t h e l im i t a t i o n s o f d a t a a f f e c t e d b y a d m in i s t r a t iv e d e f ic ie n c ie s , t h e h ig h p r e v a le n c e o f i l l e g i t im a c y , th e c o n f u ­s io n b e tw e e n n a tu r a l p a r e n t s a n d a d o p t iv e o n e s , th e d i f ­f e r e n t m e a n in g s o f m a r r ia g e in th e v a r io u s p o p u la t i o n s .

T h e p a p e r g o e s b e y o n d t h e d e s c r ip t i o n o f t h e p a p e r s a n d t h e s t a t e m e n t s m a d e a t th e S e m in a r , m a k in g s u g g e s t io n s o n h o w t o im p r o v e t h e w o r k d o n e . In f r o n t o f t h e r a t h e r p e s s im is t ic g e n e ra l o p in io n o f th e a u th o r s , M c C a a in v i te s n e w r e s e a r c h t o t e s t t h e v e r i s im i l i tu d e o f th e e s t im a te s . H e a d o p t s a p o s i t iv e a n d o p t im is t i c a t t i t u d e , b u t is c a u t io u s in s t a t i n g t h a t i t is s t i l l p r e m a t u r e to c o n c lu d e t h a t v a l id e s ­t im a te s o n a d u l t m o r t a l i t y in t h e p a s t c a n b e d r a w n f r o m i n f o r m a t i o n o n o r p h a n h o o d in L a t in A m e r ic a .

CH ISTO RICAL D E M O G R A PH Y> < M O R T A L IT Y > <O R P H A N ­H O O D > K Q U A L IT Y O F D A T A >

5 6

J u o . E s te va n C ardoso , n a tiv o d e l R l. d e Sn. D ieg o d e M in as N u eva s, y v e z in o en e s te d e s e ñ o r Sn. J p h d e l Parral, h ijo le x m o . d e Phe. C a rd o so , d e fu n to , y d e M aria d e P in a de ca lid a d Y n d io s . . . d i g o . . . p r e te n d o c o n tra h e r e l S to . S a cra m to . d e l M a tr im o n io con J u a n a M aria d e C ru z, hija lex m o . d e D ieg o C ruz y d e M a. G e rtru d is d e M e n d e z , m es­t iz o s d e fu n to s , ve z in a d e e s ta ju r isd ic c ió n . 8 en ero 1 7 6 2 .

(A rchivo de la Parroquia de San José de Parrral, Chihuahua. Inform aciones M atrimoniales)

¿ P u e d e e s t im a r se la m o r ta lid a d d e a d u lto s a p artir d e lo s d a to s d e o r fa n d a d re g is tr a d o s e n in s c r ip c io n e s d e m a tr im o n io s c o m o la q u e f ig u r a e n e l e p íg r a fe ? E n e l se m in a r io lU S S P -C E L A D E , q u e se c e le ­b ró e n S a n J o s é , C o s ta R ic a , d e l 1 2 al 1 4 d e d ic ie m b r e d e 1 9 8 4 , u n o s tr e in ta h is to r ia d o r e s y d e m ó g r a fo s de E u r o p a y A m é r ic a e x a m in a r o n e s ta c u e s t ió n c o n a n á lis is e m p ír ic o s y t e ó r ic o s .* * L o s a u to r e s u tü iz a -

* • Jacques D upâqu ier, “P ro p o rtio n s d ’o rp h e lin s e t m esu re de la m o rta litédes ad u ltes dans les p o p u la tio n s trad itio n n e lles d ’après la re c o n s titu tio n des fam illes: Sources, m é th o d e s e t p ro b lèm es” .

• A na M. H. F o sc h ia tti y Jorge Som oza, “ Breve h is to ria de la c iudad de C orrien tes y estim ación de la m o rta lid a d adu lta , p o r sexo , a p a r tir de in­fo rm ac ió n sob re o rfan d ad recog ida en ac tas m atrim o n ia les de la C ated ra l de C orrien tes e n tre 1866 y 1 8 7 5 .”

• C arm en A rre tx y R ené Salinas, “Breve h is to ria de la c iudad de V alparaí­so y es tim ación de la m o rta lid a d a d u lta a base de in fo rm ac ió n sobre or­fa n d a d .”

• A na M aría de O liveira B urm ester, la ra Sim ile de M acedo y Sergio O di­lo n N adalin , “E stim ativas d a m o rta lid ad e a d u lta n o g ru p o evangélico lu te ­ran o em C uritiba : 1 8 8 0 -1 9 1 9 .” Sus estim aciones, co rresp o n d ien tes a u n a p o b lac ió n inm ig ran te alem ana, su b estim an excesivam ente la m o rta lid a d al considerar in c o rre c tam e n te la p a rtid a en observación.

• D irk Jaspers F a ije r y H éc to r Pérez B rignoli, “ E stim ac ió n de la m orta li­d ad a d u lta en seis p a rro q u ias del Valle C en tra l de C osta R ica (1 8 8 8 -1 9 1 0 ) a p a r tir de la in fo rm ac ió n sobre o rfa n d a d ” .

• D elicia F e rran d o y F e m a n d o Ponce, “ L im a: E stim ación de la m orta li­d ad ad u lta , p o r sexo, a p a r tir de in fo rm ac ió n sobre o rfa n d a d recog ida en ex p ed ien tes m atrim on ia les de siete p a rro q u ias en tre 1869 y 1 8 7 1 ” .

• Cecilia RabeU y N ery N ecochea, “ La m o rta lid a d a d u lta de la p o b lac ió n d e San Luis de la Paz en el siglo X V III” .

• A lain B ideau, “ O rphelins e t m o rta lité des adultes. L’ex am ple de la F ran ce de 1740 à 1 8 2 9 ” .

• F rans van P oppel y Jan B artlem a, “ Levels o f o rp h a n h o o d a n d m easure­m e n t o f a d u lt m o r ta lity in p o p u la tio n s o f th e p ast: th e case o f th e N ether­lands (T h e H ague, 1 8 5 0 -1 8 8 0 )” .

57

ro n m é t o d o s in d ir e c to s p ara ca lc u la r la s ta sa s d e m o r ta lid a d a p a r tir d e la in f o r m a c ió n so b r e o r fa n d a d , d e c o n fo r m id a d c o n las d ir e c tr ic e s p r o p u e s ta s p o r H e n r y e n 1 9 6 0 y a m p lia d a s p o r B rass y H ill e n 19 7 3 .^ A d e m á s d e s e is e s t u d io s d e c a so s la t in o a m e r ic a n o s , se p r e s e n ta r o n d o c u m e n to s r e la t iv o s a F r a n c ia , la r e g ió n d e l C a n a d á c o n p o b la c ió n d e a s c e n d e n c ia fr a n c e sa , L a H a y a e I ta lia . E n v a r io s d o c u m e n t o s t é c ­n ic o s se e x a m in ó e l v a lo r d e d iv e r so s m é t o d o s p ara e s t im a r la m o r ta ­lid a d u t i l iz a n d o d a to s ta n to e m p ír ic o s c o m o s im u la d o s . E l p r o fe s o r B rass c o n c lu y ó e l se m in a r io in s ta n d o p o r u n a p a r te a q u e la a te n c ió n se d ir ig iera h a c ia e l p r o b le m a d e lo s s e s g o s s o c ia le s (p o r e je m p lo , e x a m in a n d o la r e la c ió n e x is t e n t e e n tr e o r fa n d a d y m a t r im o n io ) y , p o r o tr a p a r te , a q u e lo s e s tu d io s d e la s p o b la c io n e s p e q u e ñ a s fu e s e n s o m e t id o s a n u e v a s p r u e b a s m e d ia n te la m ic r o s im u la c ió n .

L o s p a r t ic ip a n te s e u r o p e o s , u t i l iz a n d o lo s m a te r ia le s p a r r o q u ia ­le s y c e n s a le s e x tr a o r d in a r ia m e n te r ic o s d e q u e d is p o n e n , e n re a lid a d y a h a n h e c h o fr e n te al d e s a f ío . S u s c o la b o r a c io n e s e je m p la r e s d e ­m u e s tr a n la s o r p r e n d e n te r o b u s te z d e lo s m é t o d o s B rass-H h l. E n lo s c a so s e n q u e la s c o n je tu r a s m e t o d o ló g ic a s s o n c o r r e c ta s —d o n d e lo s d a to s so b r e o r fa n d a d se reg istra n s is te m á t ic a m e n te y la m o r ta lid a d d e lo s p a d r e s n o e s tá r e la c io n a d a n i c o n la su p e r v iv e n c ia in f a n t il n i la p r o b a b ilid a d d e c a sa r se — s ó lo se e n c u e n tr a n d ife r e n c ia s tr iv ia le s e n tr e las e s t im a c io n e s d ir e c ta s e in d ir e c ta s d e lo s n iv e le s d e m o r ta lid a d . A l •

(Continuación de nota 1 )

• F ranço is N au lt, M ario B oleda y Jacques Légaré, “ E stim a tio n de la m or­ta lité des ad u lte s à p a r tir des p ro p o rtio n s d ’o rphelin s: que lques vérifica­tio n s em p iriques a l ’aide de données canadierm es des X V Ile e t X V Ille siècles” .

• Ja n B artlem a, “ S im u la tio n o f th e e ffe c t o f m o r ta lity d iffe ren tia ls by p a r ity o n p ro p o rtio n s o rp h an ed using d a ta fro m T he H ague 1 8 7 0 -1 8 8 0 ” .

• C arlos A. C orsin i, “C arac téristiques sociales, économ iques e t dém ogra­p h iq u es de l ’o rphelinage dans les p o p u la tio n s trad itio n n e lle s : I ta lie ” .

• T h o m as B urch , “ Im plica tions an d co nsequences o f o rp h a n h o o d in po ­p u la tio n s o f th e p ast: N o rth A m erica” .

Louis H enry , “M esure in d irec te de la m o rta lité des a d u lte s” . Population, 1 5 :3 (1 9 6 0 ), 4 5 7 -4 6 6 . W illiam Brass y K e n n e th Hill, “ F u rth e r develop­m en ts in in d ire c t m o rta lity e s tim a tio n ” , en Proceedings o f the Interna­tional Population Conference, (L ieja, U n ió n In te rn ac io n a l p a ra el E stu d io C ie n tíf ic o de la P ob lac ión , 1973), 111-123 . V éase ta m b ié n A. P alloni, M. M assagü y J. M arco tte , “ E stim ating A d u lt M o rta lity w ith M aternal Or­p h a n h o o d D ata : A nalysis o f S ensitiv ity o f th e T ech n iq u es” , Population Studies, 3 8 :2 (1 9 8 4 ) , 25-279 .

58

m is m o t ie m p o , lo s m o d e lo s e u r o p e o s su g ie r e n la s d e b ñ id a d e s q u e p r e se n ta la a p lic a c ió n d e m é t o d o s in d ir e c to s e n A m é r ic a L a t in a , d o n ­d e la e f ic ie n c ia a d m in is tr a tiv a es m e n o r , la s ta sa s d e m o r ta lid a d so n m á s e le v a d a s , la i le g it im id a d e s tá g e n e r a liz a d a y e l m a tr im o n io c o n s ­t i t u y e u n p r iv ile g io .

L a m a y o r ía d e lo s c o la b o r a d o r e s la t in o a m e r ic a n o s c o n v ie n e n e n q u e su s e s t im a c io n e s d e la m o r ta lid a d s o n fr á g ile s . E l c u a d r o 1 m u e s ­tra u n a m o d a lid a d irregu lar d e la s p r o p o r c io n e s d e h u é r fa n o s y la p e ­q u e ñ a b a se a p a r tir d e la cu a l se c o m p u ta n a lg u n a s e s t im a c io n e s . N in ­g ú n a u to r a p lic a a c ieg a s e l m é t o d o o d eja d e c o n s id e r a r c ir c u n s ta n ­c ia s q u e p u e d e n h a b er d is to r s io n a d o la s e s t im a c io n e s . T o d o s e s p e c u ­la n q u e la ile g it im id a d , la m ig r a c ió n , la e f ic ie n c ia a d m in is tr a t iv a y o tr o s fa c to r e s se m e ja n te s d e b il ita n la c o n f ia n z a e n su s r e su lta d o s . R a b e ll y F e r r a n d o , p o r e je m p lo —al e x p lic a r e l c u id a d o p u e s to al e x tr a e r su s d a to s — a d v ie r te n q u e la v a lid e z d e la s e s t im a c io n e s d e la m o r ta lid a d m a te r n a p u e d e se r d e b il ita d a p o r e l h e c h o d e q u e lo s sa ­c e r d o te s h a y a n o m it id o u n a “ s” f in a l e n la p a la b ra difunto. P é r e z B r ig n o li y J a sp ers F a ijer , d e s p u é s d e r e c o p ila r u n c o n ju n to d e d a to s d e a p r o x im a d a m e n te 1 0 0 0 0 m a tr im o n io s , e x a m in a n la in fo r m a c ió n so b r e n a c im ie n to s y d e fu n c io n e s , y lo s d a to s c e n s a le s , p ara ca lc u la r la s p r o p o r c io n e s d e n a c im ie n to s i le g í t im o s so b r e e l t o t a l d e n a c i­m ie n t o s , la s p r o p o r c io n e s d e p e r so n a s q u e n u n c a se c a sa r o n y la e d a d m e d ia de las m a d re s a l te n e r su s h ijo s .

S in e m b a r g o , e n g e n e r a l, las c o la b o r a c io n e s la t in o a m e r ic a n a s rara v e z van m á s allá d e la e s p e c u la c ió n p ara re sp a ld a r la s c o n c lu s io ­n e s . A u n q u e S o m o z a c o n c lu y ó q u e e l m a r c a d o r f in a l era u n e m p a t e , c o n tres é x i t o s y tres fr a ca so s —c a u te lo s a m e n te a c e p ta c o m o a d e c u a ­d as la s e s t im a c io n e s c o r r e s p o n d ie n te s a L im a , C o r r ie n te s y C o sta R ic a (v é a s e e l c u a d r o 2 ) —, la m a y o r ía d e lo s la t in o a m e r ic a n o s fu e r o n

C uadro 1

H U E R F A N O S D E M A D R E: N O V IA S Y N O V IO S

P arroqu ia %

15-19 20-24 15 20

Lim a, Perú (7 parroqu ias, 1 8 6 9 -1871) 31 35 90 145San Luis de la Paz, M éxico (1 7 8 0 -1 8 1 0 ) 20 25 523 359V alpara íso , Chile (1871 -1875) 12 21 20 63C orrien tes, A rgen tina (186 6 -1 8 7 5 ) 25 26 27 38C osta R ica (6 pa rroqu ias , 1888 -1910) 13 16 193 4 0 3C uritiba , B rasü (1 8 8 0 -1 9 1 9 ) 5 10 9 33

59

C uadro 2

E SPE R A N Z A ESTIM A D A DE V ID A DE LAS M A D R ES CU Y O S H IJO SSE CA SA RO N

P arro q u ia 45 *^ 25 T abla m odelo

Lim a, Perú (1 8 6 9 -1 8 7 1 ) 30 O este 5San Luis de la Paz, M éxico (178 0 -1 8 1 0 ) 31 O este 7V alpara íso , Chile (1 8 7 1 -1 8 7 5 ) 32 O este 8C orrien tes, A rgen tina (1866 -1 8 7 5 ) 33 O este 9C osta R ica (1 8 8 8 -1 9 1 0 ) 37 Sur 12C uritiba , Brasil (188 0 -1 9 1 9 ) 40 O este 20

m e n o s g e n e r o s o s para ev a lu a r su p r o p io tr a b a jo . H a y tres e sfera s d o n d e lo s a n á lis is p o d r ía n m e jo ra r se . E n p r im er lu g a r , la s e s t im a c io ­n es c o n v in c e n te s e x ig e n u n u s o p r u d e n te de lo s a n á lis is e s t a d ís t ic o s y d e m o g r á f ic o s . L a l ín e a d e r a z o n a m ie n to d e b e r ía ser p o c o c o n v e n ­c io n a l , m á s b ie n d e t ip o B a y e s ia n o . E n se g u n d o lu g a r , e n v e z d e fó r ­m u la s m e c á n ic a s p ara m in im iz a r el “ erro r” , d e b e p o n e r s e m á s c u id a ­d o e n p rep arar lo s d a to s so b r e o r fa n d a d para e l a n á lis is y d e b e e x a ­m in a r se s is te m á t ic a m e n te e l s ig n if ic a d o d e l m a tr im o n io e n c o n t e x t o s la t in o a m e r ic a n o s e s p e c íf ic o s . E n te r c e r lu gar , e s n e c e sa r io ev a lu a r la s e n s ib ilid a d d e la s e s t im a c io n e s d e m o r ta lid a d en la s e le c c ió n de lo s c o m p o n e n t e s d e m o g r á f ic o s ( la e d a d m e d ia d e la s m a d r e s a l te n e r su s h ijo s y la r e g ió n d e las ta b la s d e v id a m o d e lo s ) .

C o n s id e r e m o s e l p r o b le m a d e lo s d a to s q u e fa lta n . La m a y o r ía de lo s c o la b o r a d o r e s e x c lu y e n , r ig u r o sa m e n te , t o d o s lo s d a to s d e m a ­tr im o n io s en q u e se c a r e c ía d e in d ic io s de la su p e r v iv e n c ia d e c u a l­q u ier a d e lo s p a d r e s (1 0 -3 5 % d e l to t a l) . En lo s c a s o s e n q u e lo s d a to s in c o m p le t o s se r e la c io n a n c o n la su p e r v iv e n c ia , e s ta e s tr a te g ia p r o d u ­c e r e su lta d o s s e sg a d o s . M ás b ie n , la d is to r s ió n p o d r ía re d u c ir se al m í ­n im o e x c lu y e n d o en p r im e r lu g a r t o d o s lo s c a s o s en q u e e x is t e u n a c o r r e la c ió n e n tr e a lg u n a v a ria b le in d e p e n d ie n te y la s p r o p o r c io n e s de su p e r v iv e n c ia d e s c o n o c id a , c o m p u ta n d o lu e g o la s e s t im a c io n e s m ín i ­m a s , m á x im a s y “ m e jo r e s ” ( s u p o n ie n d o q u e lo s d e s c o n o c id o s e s ta ­b a n r e s p e c t iv a m e n te t o d o s v iv o s , m u e r to s , o m u e r to s “ e n su m a y o ­r ía ” ) . A r r e tx y S a lin a s u t i l iz a n la se g u n d a d e e sa s o p c io n e s , p e r o c o n ­fu n d e n su s e s t im a c io n e s a l in c lu ir en la gran p r o p o r c ió n d e d e s c o n o ­c id o s (8 0 % ó m á s ) a a q u é llo s q u e n o e s ta b a n le g a lm e n te o b lig a d o s a o b te n e r p e r m iso d e lo s p a d r es para casarse (p o r te n e r 2 5 ó m á s a ñ o s d e e d a d ) . E l l im ita r la a te n c ió n al g r u p o de p e r so n a s d e m e n o s d e 2 5 a ñ o s d e e d a d c o n m e n o s d e l 20% d e d e s c o n o c id o s , ca s i r e d u c e a la m ita d su ra n g o d e v a r ia c ió n d e la s ta b la s de v id a m o d e lo s (d e s d e S u r 1 .6 , O e s te 1 0 .7 a S u r 4 .2 , O e s te 9 .2 ) . E n lo s c a s o s e n q u e u n a e lev a -

60

da p r o p o r c ió n d e d e s c o n o c id o s se d e b e a n e g lig e n c ia a d m in is tr a t iv a , u n o p u e d e v e r se fo r z a d o a re ch a za r t o d o s lo s m a t r im o n io s c e le b r a ­d o s p o r u n s a c e r d o te e n p a r tic u la r , e n u n a d e te r m in a d a c a p illa , o p ara u n a c la se e s p e c ia l de n o v ia s y n o v io s , a u n q u e n o lo s i le g í t im o s , p o r r a z o n e s q u e se e x p lic a n m á s a d e la n te . L o s d a to s s o b r e su p e r v i­v e n c ia d e lo s p a d r es d e b e r ía n r e c o p ila r se e x a c ta m e n te c o m o a p a re ­c e n e n e l r e g is tr o d e l e s ta d o c iv il ( d i f u n t o , d if u n to s , r e s id e n te s e n , p r e s ta r o n su c o n s e n t im ie n t o , e t c .) a f in d e p e r m it ir u n e x a m e n d e t a ­l la d o d e lo s c a s o s s o s p e c h o s o s , y se d e b e r ía n e x tr a e r y b u sc a r s i s t e ­m á t ic a m e n te la s v a r ia b les q u e n o r m a lm e n te se p a sa n p o r a lto ( lu g a r e x a c t o d e l m a t r im o n io , n o m b r e d e l s a c e r d o te , f e c h a d e l m a t r im o n io , lu g a r d e n a c im ie n to , p e r ío d o de r e s id e n c ia e n la p a r r o q u ia , o c u p a ­c ió n , raza , t e s t ig o s , e t c .) e n b u s c a d e m o d a lid a d e s d e o m is ió n .

L a c o s tu m b r e so c ia l p u e d e ser m á s d if íc Ü d e tra tar q u e e l p r o ­b le m a d e lo s d a to s q u e fa lta n . La i le g it im id a d y la a d o p c ió n p u e d e n c o n fu n d ir la s d e c la r a c io n e s d e su p e r v iv e n c ia . S o m o z a d io c u e n ta d e q u e se h a b ía a b a n d o n a d o u n e s tu d io c o r r e s p o n d ie n te a u n a p a r r o ­q u ia b o liv ia n a p o r q u e la p r o p o r c ió n d e h u é r fa n o s era in c r e íb le m e n t e b aja . E n lo s c a s o s e n q u e e l n ú m e r o d e h ijo s i le g í t im o s e s e le v a d o , o la m o r ta h d a d d e a d u lto s e s ta l q u e lo s p a d r e s a d o p t iv o s a m e n u d o se c o n s ig u e n e n fo r m a b a s ta n te lib e r a l, p e r o so n c o m ú n m e n te r e c o n o c i­d o s c o m o p a d r e s , la in fo r m a c ió n so b r e la su p e r v iv e n c ia e s e n g a ñ o sa . L a p r o b a b U id a d d e q u e lo s h ijo s i le g í t im o s sea n c o n s id e r a d o s c o m o l e g í t im o s p u e d e e s ta r e s tr e c h a m e n te r e la c io n a d a c o n la s u p e r v iv e n c ia d e u n o d e lo s p a d r e s , o d e lo s dos.^ L a o m is ió n d e lo s h ijo s i l e g í t i ­m o s agrava e l error; m á s b ie n , e s o s c a s o s d e b e n ser in c lu id o s e n e l r a n g o d e v a r ia c ió n d e la s e s t im a c io n e s . R a b e ü s o s p e c h a q u e e n S a n L u is d e la P a z la su p e r v iv e n c ia d e lo s p a d r es e s ta b a r e la c io n a d a c o n la s p o s ib i l id a d e s m a tr im o n ia le s d e lo s h ijo s , y d e e s te m o d o e s p e c u la q u e la s e s t im a c io n e s d e m o r ta lid a d p u e d e n ser c o r r e s p o n d ie n te m e n te b ajas. U t i l iz a n d o lo s d a to s p ara L a H a y a , V a n P o p p e l y B a r tle m a p r e s e n ta n la m e t o d o lo g ía a p r o p ia d a y u n a p r u e b a d e c o m p r o b a c ió n , p e r o d e sg r a c ia d a m e n te e s p r o b a b le q u e lo s d a to s n e c e s a r io s n o e x is ta n e n n in g u n a c o m u n id a d la t in o a m e r ic a n a .

A l g en er a r e s t im a c io n e s p o r se p a r a d o p ara la s n o v ia s y lo s n o v io s , u n a v e r if ic a c ió n in te r n a d e la c o n s is te n c ia d a r ía m a y o r fu e r z a a e s o s e x p e r im e n to s . ¿E s p r o b a b le q u e las m a d re s de la s n o v ia s d e , p o n g a -

P ara u n ex am en de los acop lam ien to s na tu ra les y n ac im ien to s p ren u p c ia ­les en u n c o n te x to chüeno , véase Marriage and Fertility in Chile: D em o­graphic Turning Points in the Petorca Valley, 1840-1976 (B oulder, C o.: W estview Press, 1983), 57-72.

61

m o s p o r c a s o , e n tr e 2 0 y 2 4 a ñ o s d e e d a d , te n g a n e x p e r ie n c ia s d e m o r ta lid a d d is t in ta s de la s m a d re s d e lo s n o v io s d e la m is m a ed a d ? L as p r o p o r c io n e s a n á lo g a s fo r ta le c e n la s e s t im a c io n e s ; la s d is ím ü e s p u e d e n re fle ja r la in f lu e n c ia d e la s c o s tu m b r e s m a tr im o n ia le s . P o r lo m e n o s e n tr e s d e lo s e s tu d io s (P e r ú , M é x ic o y C o s ta R ic a ) f ig u ra n s u f ic ie n te s c a s o s p ara lle v a r a c a b o e s ta p r u e b a c o n c o n f ia n z a .

L a s s u p o s ic io n e s d e m o g r á fic a s s o n m a n ip u la d a s c o n m a y o r fa c i­lid a d . A l p r o p o r c io n a r e s t im a c io n e s b a sa d a s e n o tr a s h ip ó te s is p o s i ­b le s se f o m e n t a u n a in te r p r e ta c ió n m á s e sp e c u la t iv a d e lo s r e s u lta d o s . ¿ C u á l s e r ía e l e f e c t o d e re d u c ir la e s t im a c ió n c o n je tu r a l d e la e d a d m e d ia d e la m a te r n id a d o p a te r n id a d e n d o s o tr e s a ñ o s? R e s p e c t o a la s p o b la c io n e s c a m p e s in a s e u r o p e a s c o n u n a e d a d m e d ia a l c o n tr a e r m a tr im o n io d e 2 5 a ñ o s , p u e d e ser a p r o p ia d a u n a e d a d m e d ia d e la s m a d r e s a l te n e r su s h ijo s d e 3 0 a ñ o s ; s in e m b a r g o , d o n d e la p r im e r a e d a d e s s o la m e n te 1 7 ( c o m o e n S a n L u is d e L a P a z ) , ¿ p u e d e la ú lt i ­m a e le v a r se h a s ta lo s 2 6 a ñ o s? A d e m á s , d o n d e e l n ú m e r o d e h ijo s i l e g í t im o s e s e le v a d o ( c o m o o c u r r e , a l p a rec er , e n L im a y V a lp a r a í­s o ) , la e d a d m e d ia d e la m a te r n id a d p u e d e e s ta r m u y c e r c a d e la e d a d m e d ia a l c o n tr a e r m a tr im o n io .

L a e le c c ió n d e la r e g ió n (d e e n tr e la s ta b la s d e v id a m o d e lo s ) c la r a m e n te t ie n e u n e f e c t o m u y im p o r ta n te e n lo s n iv e le s d e m o r ta l i­d a d e s t im a d o s (v é a se e l c u a d ro 3 ) , p e r o la s r a z o n e s in d ic a d a s p a ra fa ­v o r e c e r a u n a r e g ió n c o n r e s p e c to a o tr a so n d é b ile s y m e c á n ic a s . E n c u a lq u ie r n iv e l d e te r m in a d o d e m o r ta lid a d d e a d u lto s , la s ta b la s O e s te d e C o a le y D e m e n y g e n e r a n , e n u n in te r v a lo d e e d a d e s d e 2 0 a ñ o s , u n a m o r ta l id a d a p r o x im a d a m e n te u n te r c io m a y o r q u e la s c o ­r r e s p o n d ie n te s al S u r .“ A d e m á s , e n la s e d a d e s a d u lta s a lg u n a s le v e s

C uadro 3

V A L O R E S D E LA TA BLA DE V ID A M O D ELO D E M U JE R E S, D E CO A LE Y D EM ENY

N ivel (^o)

45*^25 en años 1 — P -29

Sur O este Sur O este

3 25 30 27 0 ,28 0 ,369 4 0 35 33 0 ,17 0 ,2 2

15 55 39 37 0 ,10 0 ,13

A nsely J. C oale y Paul D em eny, Regional Model Life Tables and Stable Populations (P rin ce to n : P rin ce to n U niversity Press, 1966).

62

d ife r e n c ia s e n las p r o b a b ilid a d e s d e su p e r v iv e n c ia se r e la c io n a n c o n c a m b io s m u c h o m a y o r e s e n lo s n iv e le s d e m o r ta lid a d . E n e l c a s o d e V a lp a r a ís o , la s e le c c ió n d e l S u r e n v e z d e l O e s te r e d u c ir ía la e s t im a ­c ió n d e la ta b la d e v id a d e l n iv e l 8 al 5 , c o r r e s p o n d ie n te a u n a d is­m in u c ió n d e la e sp e r a n z a d e v id a al n a cer d e 7 ,5 a ñ o s , p e r o d e s ó lo tr e s a ñ o s a lo s 2 5 a ñ o s d e ed a d .

F in a lm e n te , la s e s t im a c io n e s in d ir e c ta s la t in o a m e r ic a n a s d e b e ­r ía n c o m p a r a r se c o n la s c a lc u la d a s m e d ia n te o tr o s m é t o d o s . L as c o m p a r a c io n e s , in c lu s o la s d é b ile s , c u y a a u se n c ia e s n o to r ia e n tr e lo s d o c u m e n t o s d e l s e m in a r io , p r o p o r c io n a n u n a v e r if ic a c ió n ú t ü . A u n ­q u e e l m é t o d o d e e s tr u c tu r a d e e d a d e s ca si e s ta b le d e A rriaga es m u y c r it ic a d o , su s ta b la s d e v id a h is tó r ic a s d e la A m é r ic a L a t in a p r o p o r ­c io n a n u n c o n t e x t o p ara la com p aración .® L as c ifr a s q u e d a p ara C o s ta R ic a e n 1 8 9 2 so n in fe r io r e s e n u n o s o c h o a ñ o s a la s e s t im a d a s m e d ia n te m é t o d o s in d ir e c to s ( 2 9 e n c o m p a r a c ió n c o n 3 7 a ñ o s d e e s ­p e r a n z a d e v id a d e sd e lo s 2 5 h a s ta lo s 7 0 a ñ o s d e e d a d ) . S u s e s t im a ­c io n e s m u e s tr a n u n m e jo r a m ie n to gra d u a l d e la m o r ta l id a d e n C o s ta R ic a e n tr e 1 8 9 2 y 1 9 4 0 ; e l m é t o d o in d ir e c to su g ie r e u n a m e s e ta h a sta m e d ia d o s d e l s ig lo v e in te . D e l m is m o m o d o , su e s t im a c ió n c o ­r r e s p o n d ie n te a C h ü e e n 1 9 0 7 e s in fe r io r e n cu a tr o a ñ o s a la e s t im a ­c ió n c o r r e s p o n d ie n te a V a lp a r a íso u n o s 3 0 a ñ o s a n te s ( 2 8 e n c o m p a ­r a c ió n c o n 3 2 ) .

E l s e m in a r io d e C o s ta R ic a d e jó a v a r io s c o la b o r a d o r e s la t in o ­a m e r ic a n o s u n ta n to d e sa n im a d o s . L o s d a to s la t in o a m e r ic a n o s re p r e ­s e n ta n c ie r ta m e n te u n d e s a f ío m u c h o m a y o r q u e lo s d e E u r o p a . S in e m b a r g o , ta l c o m o se su g ir ió a n te r io r m e n te , se p u e d e n re a liz a r a lg u ­n o s n u e v o s e x p e r im e n to s c o n u n e s fu e r z o a d ic io n a l r e la t iv a m e n te p e ­q u e ñ o y q u e s o s p e c h o r e p o r ta r ía n c o n s id e r a b le s b e n e f ic io s . ¿ P u e d e e s t im a r se la m o r ta lid a d d e a d u lto s a p a rtir d e lo s d a t o s d e o r fa n d a d q u e fig u ra n e n lo s re g is tro s d e m a tr im o n io s la t in o a m e r ic a n o s ? L a r e sp u e s ta n o e s to d a v ía u n n o c a te g ó r ic o .

E duardo E. A rriaga, New Life Tables for Latin American Populations in the Nineteenth and Twentieth Centuries (B erkeley : In s titu te o f In te rn a ­tio n a l S tud ies, 1968).

63

L A P O B L A C IO N Y E L D E S A R R O L L O . H E C H O S Y R E F L E X IO N E S *

(CELAD E)

R E S U M E N

S e r e s e ñ a e l p a p e l a s ig n a d o a la p o b la c ió n e n la s te s is d e C E P A L s o b r e d e s a r r o l lo j u s t i f i c á n d o s e la i m p o r t a n c i a d e la d in á m ic a d e m o g r á f ic a e n la p la n i f ic a c ió n . S e p r e s e n t a n la s te n d e n c ia s d e m o g r á f ic a s , d e l c r e c im ie n to , c o m p o s ic ió n e ta - r ia y d i s t r i b u c ió n d e la p o b la c ió n , e n f a t i z á n d o s e c a m b io s o c u r r id o s e n t r e 1 9 6 0 y 1 9 8 5 y d i f e r e n c ia s e n t r e p a ís e s , se i d e n t i f i c a n d im e n s io n e s d e l d e s a r r o l lo y su s e f e c to s s o b r e e l c a m b io d e m o g r á f ic o . C o n s id e r a n d o la s t r a n s f o r m a ­c io n e s a c a e c id a s y e l g r a d o d e i n c e r t i d u m b r e s o b r e f u t u r o s c o m p o r t a m i e n t o s d e r e p r o d u c c ió n y s o b r e v iv e n c ia , se e x ­p l o r a n c a m b io s q u e a c o m p a ñ a r í a n e s c e n a r io s s o c io p o l í t i c o s a l t e r n a t iv o s , s e ñ a lá n d o s e s i tu a c io n e s p r e v is ib le s y d e s a f ío s .T ra s r e v is a r la e x p e r ie n c ia , se m e n c io n a n r e q u e r im ie n to s p a ­r a i n c o r p o r a r in s u m o s d e m o g r á f ic o s e n p la n i f i c a c ió n .

<DIN AM ICA D E LA PO BLACIO N > <JPLANIFICACION DEL DE­S A R R O L L O > <P0L1TIC A D E PO BLACIO N > <P A IS E N D ESA­R R O L L O >

D o cu m en to p re se n ta d o a la R eu n ió n de E x p e rto s sobre Crisis y D esarro­llo en A m érica L a tin a y el C aribe, o rganizada p o r la C EPA L y ce leb rada en Santiago de Chile (29 de abril al 3 de m ayo de 1985).

65

P O P U L A T IO N A N D D E V E L O P M E N T , F A C T S A N D R E F L E C T IO N S

S U M M A R Y

A n o u t l i n e o f t h e r o le a s s ig n e d t o p o p u l a t i o n in E C L A C ’s d e v e lo p m e n t th e s is is p r e s e n t e d h e r e t o g e th e r w i t h a j u s t i f i c a t i o n o f t h e im p o r t a n c e o f t h e d e m o g r a p h ic d y n a m ic s in p la n n n in g . D e m o g r a p h ic , g r o w th , a g e c o m p o ­s i t i o n a n d p o p u l a t i o n d i s t r i b u t i o n t r e n d s a re d e s c r ib e d h e r e , e m p h a z is in g c h a n g e s o c c u r r e d b e tw e e n 1 9 6 0 a n d 1 9 8 5 a n d d i f f e r e n c e s a m o n g c o u n t r i e s , i d e n t i f y in g d e v e lo p m e n t d i ­m e n s io n s a n d t h e i r e f f e c t u p o r j . d e m o g r a p h ic c h a n g e . C o n ­s id e r in g t h e t r a n s f o r m a t io n s t h a t h a v e t a k e n p la c e a n d th e d e g r e e o f u n c e r t a i n t y a b o u t ;f u t u r e r e p r o d u c t i o n a n d s u r ­v iv a l b e h a v io u r s , c h a n g e s t h a t w o u ld a c c o m p a n y a l t e r n a t iv e s o c io - p o l i t ic c o n d i t i o n s a re e x p lo r e d , p r e s e n t in g p r e d i c t a b l e s i t u a t i o n s a n d c h a l le n g e s . A f t e r r e v ie w in g th e e x p e r ie n c e , r e q u i r e m e n t s f o r i n c o r p o r a t in g d e m o g r a p h ic i n p u t s in to p l a n n in g a re m e n t io n e d .

<P O PU LA TIO N D Y N A M IC S> <D EVE LO PIN G P L A N N I N O <P O P U L A T IO N P O L IC Y > <D EVE LO PIN G C O U N T R Y >

6 6

E s te d o c u m e n t o c o n s t i tu y e u n e s fu e r z o c o le c t iv o c o n e l c u a l e l C E L A D E h a q u e r id o c o n tr ib u ir a a n im a r e l d iá lo g o d e la s s e s io ­n e s d e la C E P A L T é c n ic a y , e n c ie r to m o d o , a re sca ta r e l p a p e l q u e ju e g a n la s v a r ia b le s d e m o g r á fic a s e n e l p r o c e s o d e d e sa r r o llo .

S ie n d o in a g o ta b le s las m a n ife s ta c io n e s d e e sa d in á m ic a e n la e v o lu c ió n h is tó r ic a d e la s o c ie d a d , h a s id o n e c e sa r io , e n p r im er lu g a r , r e te n e r s ó lo a lg u n a s d e e lla s c o n e l r ie sg o n a tu r a l q u e ta l s e le c c ió n im p lic a .

P ara lo s d e m ó g r a fo s y o tr o s e s p e c ia lis ta s e n e l c a m p o d e p o b la ­c ió n , u n o d e lo s d e s a f ío s m á s a tr a y e n te s q u e se p r e se n ta n e n la a c ­tu a lid a d e s a q u e l q u e su p o n e d e sp r e n d e r se d e la id e a d e q u e la e v o lu ­c ió n d e m o g r á f ic a , e c o n ó m ic a y s o c ia l d e lo s p r ó x im o s 2 5 a ñ o s s e g u i­rá a p r o x im a d a m e n te la s p a u ta s d e lo a c o n te c id o e n lo s d o s d e c e n io s p r e c e d e n te s . H ab rá q u e te n e r m u y p r e se n te q u e lo q u e o c u r r ió en e s te ú lt im o la p s o r e s u ltó ser a b s o lu ta m e n te n o v e d o s o —y a u n im p e n ­s a b le — h a s ta p ara lo s e s tu d io s o s d e la re a lid a d q u e fo r m u la r o n las h ip ó te s is m á s a u d a c e s , a llá p o r lo s a ñ o s 5 0 .

E l tr a b a jo h a s id o o r g a n iz a d o e n c a p ítu lo s y cad a u n o d e e l lo s c o n se r v a e l e s t ü o d e lo s a u to r e s . C o m o c o m ú n d e n o m in a d o r , s in e m ­b a r g o , la p r e o c u p a c ió n p r in c ip a l h a s id o p r e se n ta r lo s e le m e n t o s d e ­m o g r á f ic o s sin t e c n ic is m o s y , a u n q u e m o d e s ta m e n te , se h a h e c h o u n in t e n t o p ara tr a sp o n e r e l á m b ito d e la d e m o g r a f ía c u a n t ita t iv a . La in t e n c ió n p r in c ip a l d e e s ta in ic ia t iv a n o e s o tr a q u e e l r e c o n o c im ie n ­t o im p l íc i t o d e la n e c e s id a d d e u n tr a b a jo in te r d is c ip lin a r io y e l d e s e o d e av ivar u n d iá lo g o e n tr e p r o fe s io n a le s d e in s t it u c io n e s c o m ­p r o m e t id a s to d a s e lla s e n e l d e sa r r o llo d e la s o c ie d a d la t in o a m e r ic a n a .

INTRO DUCCIO N

I. L A P O B L A C IO N E N L A S C O N C E P C IO N E S D E L D E S A R R O L L O L A T IN O A M E R IC A N O

I . l . R evisión d e las tesis sobre e l desarrollo latinoamericano y el papel asignado a la población.

E n lo s a n á lis is d e l d esa rr o llo la t in o a m e r ic a n o r e a liz a d o s p o r la C E P A L la c o n s id e r a c ió n d e lo s fa c to r e s d e m o g r á fic o s n o h a e s ta d o a u s e n te . Y a e n lo s p r im e r o s tr a b a jo s , e n lo s q u e se e x p o n e la r e la c ió n c e n tr o -p e r ife r ia , e l r á p id o c r e c im ie n to d e la p o b la c ió n e s c o n s id e r a d o

67

c o m o u n fa c to r im p o r ta n te e n e l a n á lis is d e lo s p r o b le m a s e c o n ó m i­c o s q u e e n fr e n ta n lo s p a ís e s d e la r e g ió n (C E P A L , 1 9 4 9 ) . A l e x p lic a r la te n d e n c ia a l d e te r io r o e n lo s té r m in o s d e in te r c a m b io se c o n c lu y e q u e su ca u sa fu n d a m e n ta l es e l e x tr a o r d in a r io c r e c im ie n to d e la o fe r ­ta d e m a n o d e o b ra d er iv a d o d e l rá p id o c r e c im ie n to d e la p o b la c ió n y d e l d e s p la z a m ie n to d e fu e r z a de tr a b a jo q u e la in c o r p o r a c ió n de n u e v a s t e c n o lo g ía s p r o v o c a e n lo s s e c to r e s m á s a tr a sa d o s , p a r tic u la r ­m e n te la a g r icu ltu ra . Se c o n s id e r a q u e e l e x c e s o d e m a n o d e o b r a e n la p r o d u c c ió n d e l se c to r p r im a rio d ep r im e lo s sa la r io s y io s p r e c io s d e lo s p r o d u c to s d e e se s e c to r q u e e x p o r ta la p e r ife r ia . E n c a m b io , la fu e r z a d e tra b a jo d e lo s c e n tr o s , r e la t iv a m e n te m á s e sc a sa y m á s o r ­g a n iz a d a , t ie n e u n m a y o r p o d e r d e n e g o c ia c ió n p a ra a u m e n ta r su re ­m u n e r a c ió n e n lo s p e r ío d o s d e a u g e y ev ita r su d e te r io r o e n la s c o n ­tr a c c io n e s c íc l ic a s .

T a m b ié n e n e sa é p o c a se e la b o r a u n a t e o r ía se g ú n la c u a l la t e n ­d e n c ia a l d e s e m p le o e n lo s p a ís e s d e la r e g ió n e s d e ca r á c te r e s tr u c ­tu ra l. P o r u n a p a r te , c o n s id e r a n d o la o fe r ta d e e m p le o , lo s b a jo s n iv e le s d e p r o d u c t iv id a d e in g r e so lim ita n e l r itm o d e a c u m u la c ió n , q u e se re a liz a a d e m á s m e d ia n te in v e r s io n e s d e e le v a d a d e n s id a d d e c a p ita l y gran e sc a la , in s u f ic ie n te s para a b so r b e r p r o d u c t iv a m e n te la fu e r z a d e tr a b a jo d is p o n ib le . P o r o tr a , e l r á p id o c r e c im ie n to d e la p o b la c ió n y la in c a p a c id a d d e lo s s e c to r e s m á s a tr a sa d o s p ara r e te n e r e l c r e c im ie n to v e g e ta t iv o d e su p o b la c ió n a c t iv a , c o n tr ib u y e n a a c e n ­tu a r la te n d e n c ia a l d e s e m p le o . E se e n f o q u e , q u e c o n s id e r a s im u ltá ­n e a m e n te la o fe r ta y la d e m a n d a d e e m p le o , h a c e d e p e n d e r a a m b a s d e la m a g n itu d d e la h e te r o g e n e id a d e s tr u c tu r a l (P r e b isc h , 1 9 6 3 ) .

E l p a sa je de la e ta p a d e d e sa r r o llo h a c ia a fu e r a a u n a fa se de in d u s tr ia liz a c ió n su s t itu t iv a c o n lle v a c a m b io s e n la e s tr u c tu r a so c ia l y en la d is tr ib u c ió n d e l in g r e so , q u e m o d if ic a n la c o m p o s ic ió n d e la d e m a n d a y la d im e n s ió n d e l m e r c a d o . L a u t i l iz a c ió n d e t é c n ic a s de a lta d e n s id a d d e c a p ita l p e r m ite a u m e n ta r la p r o d u c c ió n in d u s tr ia l y la p r o d u c c ió n a g r íc o la , p e r o e l u s o d e esa s t é c n ic a s l im ita e l p o d e r de a b s o r c ió n e n la in d u str ia y g e n e r a e x c e s o d e fu e r z a d e tr a b a jo e n e l c a m p o . E llo h a c e q u e lo s c a m p e s in o s y o b r e r o s te n g a n u n a p a r t ic ip a ­c ió n m u y l im ita d a e n lo s in c r e m e n to s d e la p r o d u c t iv id a d d e l tr a b a jo . L o s b e n e f ic io s d e lo s e m p r e sa r io s y las r e n ta s d e la p r o p ie d a d a u m e n ­ta n y lo m is m o o c u r r e c o n la c o n c e n tr a c ió n d e la r iq u e z a , lo q u e p e r ­m ite a e s o s g r u p o s m a n te n e r e le v a d o s ín d ic e s d e c o n s u m o . Y a u n ­q u e c o m o c o n s e c u e n c ia d e la d iv e r s if ic a c ió n d e la e c o n o m ía se p r o ­d u c e u n a u m e n to d e lo s e s tr a to s m e d io s , e n la e s tr u c tu r a s o c ia l p r e ­d o m in a n a m p lia m e n te lo s s e c to r e s d e m u y b a jo s in g r e s o s . E sa r ig id e z d e la s e s tr u c tu r a s , d e b id a c o m o se d ijo a la in c a p a c id a d d e l s is te m a

68

e c o n ó m ic o para a b so r b e r p r o d u c t iv a m e n te a la fu e r z a d e tra b a jo es u n o b s tá c u lo fu n d a m e n ta l p ara la a c u m u la c ió n y , de e sa fo r m a , o c a ­s io n a la p é r d id a de d in a m ism o d e l p r o c e s o de d e sa r r o llo su s t itu t iv o

(h a c ia d e n tr o ) .

S in e m b a r g o , a u n q u e lo s e je m p lo s a n te r io r e s m u e s tr a n q u e en lo s p r im e r o s a n á lis is d e la C E P A L n o se d eja r o n d e t e n e r e n c u e n ta lo s fa c to r e s d e m o g r á f ic o s , e s c la ro ta m b ié n q u e la fo r m a e n q u e se

h a n c o n s id e r a d o n o fu e d e ta lla d a y s u f ic ie n te m e n te e x p l íc i t a . N o h u b o , p o r u n a p a r te , u n a n á lis is p r e c iso d e lo s c o m p o n e n te s d e l c a m ­b io d e m o g r á f ic o . G e n e r a lm e n te , se h a c e r e fe r e n c ia al c r e c im ie n to de la p o b la c ió n sin c o n s id e r a r e l e f e c t o d e lo s c a m b io s e n la m o r ta lid a d , la fe c u n d id a d y la m ig r a c ió n in te r n a c io n a l q u e lo d e te r m in a r o n y las d ife r e n te s e s tr u c tu r a s e ta r ia s q u e r e su lta r o n . T a m p o c o se in c o r p o r a ­r o n e n e l a n á lis is r e la c io n e s e n tr e la p o s ic ió n en la e s tr u c tu r a s o c ia l y e l c o m p o r ta m ie n to d e m o g r á f ic o d e lo s in d iv id u o s . H a y a lg u n a s r e f e ­r e n c ia s a la in f lu e n c ia q u e , p o r e je m p lo , e l c a m b io en la t e c n o lo g ía m é d ic a y e l d e sa r r o llo , t ie n e n so b re e l c r e c im ie n to de la p o b la c ió n a tr a v és d e la d is m in u c ió n de la m o r ta lid a d , p ero n o se d is c u te n n i in ­te g r a n e n e se a n á lis is la s ca u sa s d e la p e r s is te n c ia d e lo s e le v a d o s ín ­d ic e s d e n a ta lid a d . P o r ú lt im o , y e s t o es q u iz á s lo m ás d e s ta c a b le , la e v o lu c ió n d e m o g r á fic a se c o n s id e r a c o m o u n fa c to r e x ó g e n o e n lo s a n á lis is y p r o y e c c io n e s , a u n q u e e s tá im p l íc it o q u e e l p r o c e s o de tr a n s ic ió n d e m o g r á fic a se r e la c io n a c o n e l d e sa r r o llo . L a c o n s id e r a ­c ió n e x ó g e n a d e la s te n d e n c ia s d e la p o b la c ió n se c o r r e sp o n d e c lara ­m e n te c o n u n a a u se n c ia t o t a l d e r e fe r e n c ia s a p o l í t ic a s d e m o g r á f i­ca s .

L a s itu a c ió n d e sc r ita n o ca m b ia fu n d a m e n ta lm e n te s in o h a s ta el a ñ o 1 9 7 0 , c u a n d o se p r e se n ta u n in fo r m e a l B ID (P r e b isc h , 1 9 7 0 ) , e n e l c u a l, p o r u n a p a r te , se da m u c h a m a y o r im p o r ta n c ia a l p a p e l q u e t ie n e e l rá p id o c r e c im ie n to d e la p o b la c ió n e n la g e s ta c ió n de a lg u n o s p r o b le m a s fu n d a m e n ta le s d e l d esa rr o llo y , p o r o tr a —y e s to e s lo m á s s ig n if ic a t iv o — se p la n te a la n e c e s id a d d e a d o p ta r m e d id a s t e n d ie n t e s a r e d u c ir e l r itm o d e c r e c im ie n to . Se r e c o n o c e q u e cad a v e z se h a n h e c h o m á s e v id e n te s la s c o n tr a d ic c io n e s q u e se o r ig in a n e n la a d o p c ió n d e lo s a d e la n to s c ie n t í f ic o s y t e c n o ló g ic o s y se d e s ta ­ca e n p a r tic u la r la q u e se o b serv a e n tr e e l rá p id o c r e c im ie n to d e la p o b la c ió n y e l r itm o d e a c u m u la c ió n d e c a p ita l. La in s u f ic ie n c ia d in á m ic a d e la e c o n o m ía , d e b id a a la le n ta a c u m u la c ió n y a o tr o s fa c to r e s e s tr u c tu r a le s , n o h a p e r m it id o a te n d e r la s n e c e s id a d e s d er i­v a d a s d e l c r e c im ie n to d e la p o b la c ió n , o r ig in á n d o se u n e n o r m e d e s ­p e r d ic io d e l p o te n c ia l h u m a n o , c o n d e te r io r o d e la d is tr ib u c ió n del

69

in g r e so y a u m e n to d e las t e n s io n e s s o c ia le s . T a les c o n d ic io n e s h a n m o s tr a d o u n n o ta b le g ra d o d e p e r s is te n c ia .

E n e s te e n fo q u e r e n o v a d o d e l d e sa r r o llo d e A m é r ic a L a tin a se se ñ a la q u e a u n q u e e l e x tr a o r d in a r io r itm o d e c r e c im ie n to d e la p o ­b la c ió n e s u n h e c h o r e la t iv a m e n te r e c ie n te , e l m is m o y a h a b ía e s ta d o in f lu y e n d o so b r e lo s g a s to s d e l E s ta d o , d e sd e la S e g u n d a G uerra M u n d ia l, e n in v e r s io n e s so c ia le s e n v iv ie n d a , sa lu d y e d u c a c ió n , lo s c u a le s d e t o d o s m o d o s h a b ía n s id o in s u f ic ie n t e s p ara s a t is fa c e r las d e m a n d a s d e la p o b la c ió n . A l m is m o t ie m p o , lo s e f e c t o s d e l cr ec i-

-m ie n to d e la p o b la c ió n so b r e la fu e r z a de tr a b a jo y la c r e c ie n te d if i ­c u lta d p ara a b so rb er a é s ta p r o d u c t iv a m e n te p a sa ro n a c o n s t i tu ir u n p r o b le m a fu n d a m e n ta l d e l d e sa r r o llo d e la r e g ió n . Y , a l e x a m in a r las ca u sa s d e la in s u f ic ie n c ia d in á m ic a d e la e c o n o m ía y lo s p la n te a m ie n ­t o s p ara su p o s ib le c o r r e c c ió n , se cr it ic a q u e , a p esa r d e esa s e v id e n ­c ia s , e l e le v a d o r itm o d e c r e c im ie n to d e m o g r á f ic o o b se r v a d o d u r a n te la d é c a d a d e lo s a ñ o s 6 0 n o fu e in c o r p o r a d o a d e c u a d a m e n te e n la in t e r p r e ta c ió n d e l p r o c e s o d e d e sa r r o llo d e la r e g ió n y se a fir m a q u e la s c o n s e c u e n c ia s d e l c a m b io d e m o g r á f ic o “ im p o n e n p e r e n to r ia m e n ­t e n u e v a s fo r m a s d e a c tu a r so b r e la s fu er za s d e l d e s a r r o llo ” . (P r e b isc h , 1 9 7 0 : 8 6 ) .

E n a lg u n o s d e lo s p la n te a m ie n to s r e la t iv o s a la s u p e r a c ió n d e la in s u f ic ie n c ia d in á m ic a se m u e str a q u e , a c o r to p la z o , e l c r e c im ie n to d e la p r o d u c t iv id a d p o r h o m b r e o c u p a d o d e p e n d e d e la a c u m u la c ió n d e c a p ita l y d e la c a p a c ita c ió n t é c n ic a , r e q u ir ié n d o s e e s f u e r z o s de in v e r s ió n p a ra a u m e n ta r la p r o d u c t iv id a d d e lo s o c u p a d o s y p a ra dar o c u p a c ió n a la fu e r z a d e tr a b a jo d e sp la z a d a p r e c is a m e n te p o r e se a u m e n to d e la p r o d u c t iv id a d . E n r e la c ió n a l c a so e s p e c í f ic o d e l s e c to r a g r o p e c u a r io e n A m é r ic a L a tin a , se e s t im a q u e la e x p u ls ió n de fu e r z a d e tr a b a jo n o s ó lo se d er iv a d e la in v e r s ió n q u e s u s t itu y e m a n o d e o b r a y d e l c r e c im ie n to d e m o g r á f ic o , s in o p r in c ip a lm e n te d e la s r ig id e c e s e n e l s is te m a d e t e n e n c ia d e lo s r e c u r so s , d e lo s c a m b io s e n la c o m p o s ic ió n d e la d e m a n d a y d e la m a y o r e f ic ie n c ia e n la u t i l i ­z a c ió n d e la tierra d isp o n ib le e n a lg u n a s á rea s. E n v ir tu d d e e s ta s c o n s id e r a c io n e s , se p r e se n ta u n d ü e m a , m u y difícil de r e so lv e r , entre e l lo g r o d e la r e te n c ió n d e fu e r z a d e tra b a jo e n la a g r ic u ltu r a y e l in ­c r e m e n t o d e l p r o d u c to p o r h o m b r e o c u p a d o e n e sa a c t iv id a d . D e l c o n s e n s o d e q u e la s i tu a c ió n d e a tr a so e n la s c o n d ic io n e s d e v id a d e la p o b la c ió n d e p e n d ie n te e n la a g r icu ltu ra d e b e r ía su p e ra rse , y - t e n i e n ­d o e n c u e n ta q u e la a p lic a c ió n d e la s re fo r m a s e n la t e n e n c ia d e la tierra p o d r ía p e r m it ir q u e e se o b je t iv o se a lca n za ra s ó lo p a r c ia lm e n ­t e — se d e d u c ía la n e c e s id a d d e c o n se g u ir u n a m a y o r a b s o r c ió n de m a n o d e o b r a e n la in d u str ia y lo s se r v ic io s . Se e s t im a b a q u e e s ta s

70

c o n d ic io n e s s ó lo p o d ía n sa tis fa c e r se c o n u n r itm o d e c r e c im ie n to e c o n ó m ic o su p e r io r a l 7 p o r c ie n to a n u a l.

S e g ú n o tr o d e lo s p la n te a m ie n to s e x p u e s to s e n 1 9 7 0 , se s u p o n ía q u e la ta sa d e c r e c im ie n to d e l p r o d u c to p o r h o m b r e a u m e n ta r ía g ra ­d u a lm e n te t a n t o e n e l s e c to r a g r o p e c u a r io c o m o e n e l g r u p o d e la in ­d u str ia ( in d u s tr ia , c o n s tr u c c ió n y m in e r ía ) ; r e f le ja n d o e sa e v o lu c ió n , e l r itm o d e c r e c im ie n to d e la e c o n o m ía se e le v a r ía p a u la t in a m e n te h a s ta e l 8 p o r c ie n to , m a n te n ié n d o s e e n e se n iv e l p o r v a r io s a ñ o s . Se r e c o n o c ía , a s im is m o , q u e la e x p e r ie n c ia h is tó r ic a , ta n to fu e r a c o m o d e n tr o d e la r e g ió n , señ a la q u e la p r o p o r c ió n d e la fu e r z a d e tr a b a jo t o t a l o c u p a d a e n a c t iv id a d e s a g ro p ec u a r ia s t ie n d e a d e c r e c e r e n r e la ­c ió n d ir e c ta c o n e l p r o g r e so t é c n ic o . E s to im p lic a b a q u e si e s t e p r o ­c e s o se a c e le r a r a , a u m e n ta n d o e l r itm o d e c r e c im ie n to d e l p r o d u c to p o r p e r s o n a o c u p a d a p o r e n c im a d e lo s n iv e le s s u p u e s to s , o q u e e l c r e c im ie n to d e la p o b la c ió n su p erara ai p r e v is to , e n to n c e s la a b s o r ­c ió n d e la fu e r z a d e tr a b a jo r e d u n d a n te n o se p o d r ía lo g ra r s in u n in c r e m e n to d e la ta sa d e a c u m u la c ió n d e c a p ita l q u e im p u lsa r a e l r itm o d e d e sa r r o llo .

T e n ie n d o e n c u e n ta lo s a n á lis is r e a liz a d o s e n e so s p la n te a m ie n ­t o s , se e x a m in a la a c c ió n de la s fu e r z a s e s p o n tá n e a s q u e d e te r m in a n la s b a se s e s tr u c tu r a le s d e l s is te m a y se p r o p o n e u n a e s tr a te g ia p a ra la t r a n s fo r m a c ió n d e esa s e s tr u c tu r a s y e l d e sa r r o llo d e l s is te m a e c o n ó ­m ic o . E n c u a n to a la e s tr u c tu r a agraria , se d e s ta c a q u e a u n q u e e l p r o ­g re so t é c n ic o a u m e n ta e l p r o d u c to p o r h o m b r e o c u p a d o e n la a g r i­c u ltu r a , e l in g r e so d e lo s tr a b a ja d o r es d e l c a m p o n o cr e c e e n la m ism a m e d id a . L a a b u n d a n c ia d e la m a n o d e o b ra y la c o n c e n tr a c ió n d e la p r o p ie d a d d e la tier ra h a c e n q u e lo s b e n e f ic io s d e l p r o g r e so t é c n ic o se a n a p r o p ia d o s p o r lo s te r r a te n ie n te s y e m p r e sa r io s m o d e r n o s a g r í­c o la s . A lg o s im ila r o c u r r e e n la s c iu d a d e s , d o n d e lo s p r o p ie ta r io s re ­t ie n e n la r e n ta d e l s u e lo , q u e se e le v a c o n e l d e sa r r o llo y e l in c r e m e n ­t o d e m o g r á f ic o .

E n lo s p la n te a m ie n to s d e la C E P A L e n e s o s a ñ o s se e f e c t ú a n c o n s id e r a c io n e s e x p l íc i t a s so b r e la p o b la c ió n . A s í , se r e c o n o c e q u e e l b a jo r itm o d e a c u m u la c ió n d e c a p ita l y e l e s tr a n g u la m ie n to e x t e r n o s o n , e n p a r te , d e te r m in a d o s p o r la a lta ta sa d e c r e c im ie n to d e m o g r á ­f ic o . D e ig u a l fo r m a , se señ a la q u e a s í c o m o e s n e c e sa r io in f lu ir so b r e la s t e n d e n c ia s e s p o n tá n e a s d e la s v a r ia b le s e c o n ó m ic a s , ta m b ié n d e b e n e m p r e n d e r se a c c io n e s e n c a m in a d a s a r e d u c ir e l c r e c im ie n to d e la p o b la c ió n m e d ia n te e l c o n tr o l d e la n a ta lid a d , a u n q u e se a d v ie r te q u e e s ta m e d id a n o a u m e n ta r á p o r s í so la la ta sa d e c r e c im ie n to e c o ­

71

n ó m ic o . T a m b ié n se a d v ie r te q u e e s n e c e sa r io c o n o c e r las in te r r e la ­c io n e s e n tr e la p o b la c ió n y e l d e sa r r o llo y q u e ta n to lo s c a m b io s e n e l c o m p o r ta m ie n to d e m o g r á f ic o c o m o la s c o n s e c u e n c ia s d e e s to s c a m b io s se g e s ta n y o c u r r e n e n p e r ío d o s d e t ie m p o v a r ia b le s . A s í , e l e f e c t o d e u n a d is m in u c ió n d e la n a ta lid a d so b r e e l ta m a ñ o d e la fu e r z a d e tr a b a jo s ó lo se p o d r á o b serv a r d e sp u é s d e u n o s 15 a ñ o s , c u a n d o c o m ie n c e n a in c o r p o r a r se la s c o h o r te s a fe c ta d a s p o r e sa d is ­m in u c ió n . S in e m b a r g o , a m á s c o r to p la z o , e l e f e c t o p o d r ía ser c o n ­tr a rre sta d o p o r u n e v e n tu a l a u m e n to d e la p a r t ic ip a c ió n e n la a c t iv i­d a d e c o n ó m ic a d e la s m u je r e s q u e d is m in u y e n su fe c u n d id a d .

E n c u a n to a l b ie n e s ta r fa m ilia r se señ a la q u e la r e d u c c ió n d e la n a ta lid a d , so b r e t o d o e n lo s e s tr a to s d e m e n o r e s in g r e so s , t e n d r ía u n e f e c t o m u y r á p id o so b r e e l r e n d im ie n to d e l p r e s u p u e s to fa m ilia r . La d is m in u c ió n d e la n a ta lid a d ta m b ié n c o n tr ib u ir ía a m e jo r a r la a te n ­c ió n e n lo s se r v ic io s d e sa lu d , e d u c a c ió n y v iv ie n d a , a u n q u e se a d v ie r ­t e q u e lo s d é f ic it a c u m u la d o s s o n e l p r o b le m a fu n d a m e n ta l. E n to d o c a so se r e c o m ie n d a n o p o s p o n e r las d e c is io n e s so b re la fo r m u la c ió n d e u n a p o l í t ic a d e m o g r á fic a . S e c o n s id e r a q u e e l lo g r o d e lo s o b je t i ­v o s g e n e r a le s d e d e sa r r o llo e c o n ó m ic o y s o c ia l q u e se p la n te a n lo s p a ís e s d e la r e g ió n p ara e l largo p la z o d e p e n d e r á e n b u e n a p a r te d e la p r o n ta a d o p c ió n d e m e d id a s te n d ie n te s a a fe c ta r d e lib e r a d a m e n te las v a r ia b le s d e m o g r á fic a s . Y , a n te la o p in ió n d e q u e la fe c u n d id a d d e s ­c e n d e r á n a tu r a lm e n te a m e d id a q u e lo s p a ís e s se d e sa r r o lla n , se s o s ­t ie n e q u e la in d u c c ió n d e e se c a m b io n o p o d r ía ser o b je ta d a s i se h a c e c o m o p a r te d e u n a e s tr a te g ia d e d e sa r r o llo e c o n ó m ic o y so c ia l .

S e r e c o n o c e q u e lo s p a ís e s d e A m é r ic a L a tin a p o d r ía n s u s te n ta r u n a p o b la c ió n m u c h o m a y o r q u e la q u e t ie n e n e n la a c tu a lid a d , p e r o se d e s ta c a q u e e s n e c e sa r io te n e r e n c u e n ta e l t ie m p o e n q u e se a l­ca n za e s e ta m a ñ o y la s c o n d ic io n e s d e v id a q u e te n d r ía n la p o b la c ió n . S e p la n te a n e n t o n c e s d o s o p c io n e s : a lca n za r r á p id a m e n te e se ta m a ñ o h ip o t é t ic o a u m e n ta n d o la in s u f ic ie n c ia d in á m ic a , o lle g a r a é l d is fr u ­ta n d o m ie n tr a s ta n to d e m e jo r e s n iv e le s de v id a . P ara e s t o ú lt im o se r e q u e r ir ía su p era r e l c r e c ie n te d e s e q u ilib r io e n tr e e l a u m e n to d e la p o b la c ió n y la a c u m u la c ió n ; sin e m b a r g o , se a d v ie r te , e n tr e la s c o n ­c lu s io n e s , u n a n o ta d e c a u te la : “ . . . l ib r é m o n o s d e ca er e n e l s im p lis ­m o d e c o n s id e r a r q u e la l im ita c ió n d e la n a ta lid a d e s u n a a lte r n a tiv a a u n a v ig o r o sa e s tr a te g ia d e d e sa r r o llo e c o n ó m ic o y s o c ia l . E sa e s tr a ­te g ia t ie n e d e sd e lu e g o q u e ser la e x p r e s ió n d e ir r e n u n c ia b le s d e c is io ­n e s n a c io n a le s e n la s c u a le s la p o l í t ic a d e m o g r á fic a sea u n e le m e n to c la r a m e n te d e f in id o a la lu z d e c o n s id e r a c io n e s d e largo a lc a n c e , q u e n o p u e d e n ser , p o r su n a tu r a le z a , e s tr ic ta m e n te e c o n ó m ic a s ” (P r e b isc h , 1 9 7 0 : 2 3 6 ) .

72

1.2. Justificación de p o r qué la dinámica dem ográfica debeser parte integrante de los planes de desarrollo.

E l e le v a d o r itm o d e c r e c im ie n to de la p o b la c ió n , su a c e le r a d o p r o c e s o d e r e d is tr ib u c ió n e sp a c ia l y la p ro g res iv a in c id e n c ia d e la ur­b a n iz a c ió n , f e n ó m e n o s q u e se m a n ife s ta r o n c o n m a y o r in te n s id a d y d e u n m o d o g en er a l e n lo s p a ís e s d e A m é r ic a L a tin a d e sp u é s de la S e g u n d a G u erra M u n d ia l, j u n t o c o n la p e r s is te n c ia y au n e l agrava­m ie n to d e lo s p r o b le m a s de p o b r e z a y d e s e m p le o q u e e s to s p a ís e s h a n e s ta d o e n fr e n ta n d o e n su s e s fu e r z o s p o r lo g ra r u n d e sa r r o llo e c o ­n ó m ic o y s o c ia l a u to s o s te n id o , h a n c o n tr ib u id o m u c h o p ara q u e en la s ú lt im a s d é c a d a s se h a y a d e sp e r ta d o u n gran in te r é s p o r e l c o n o c i ­m ie n t o d e la s r e la c io n e s e n tr e lo s fa c to r e s e c o n ó m ic o s , s o c ia le s y d e m o g r á f ic o s .

E l m e r o e x a m e n d e las te n d e n c ia s h is tó r ic a s d e l c r e c im ie n to de la p o b la c ió n y d e l p r o d u c to p er c á p ita e n A m é r ic a L a tin a n o p e r m ite , s in e m b a r g o , o b te n e r u n a im a g e n s u f ic ie n te m e n te d e f in id a a ce rca de su s r e la c io n e s . E n r ig o r , e s ta a p a r e n te a u se n c ia d e u n a a s o c ia c ió n n í ­t id a e n tr e a m b o s e le m e n to s se d e b e a q u e la s in te r a c c io n e s q u e se p r e se n ta n e n tr e lo s p r o c e s o s d e c a m b io e c o n ó m ic o y s o c ia l y la d in á ­m ic a d e m o g r á fic a so n m u y in tr in c a d a s y c o m p o r ta n e x p r e s io n e s e s p e c íf ic a s q u e n o se m a n if ie s ta n d e m a n era s im p le a e sc a la g lo b a l. D e b e te n e r s e p r e se n te q u e ta n to e l c r e c im ie n to de la p o b la c ió n c o m o e l d e l p r o d u c to so n v a r ia b le s m u y a g reg a d a s , d e u n a lto g ra d o d e a b s ­tr a c c ió n , q u e n o re fle ja n la gran c o m p le j id a d in h e r e n te a lo s p r o c e s o s in v o lu c r a d o s .

U n a e le v a d a ta sa d e c r e c im ie n to d e p o b la c ió n p u e d e d er ivarse de s i tu a c io n e s d e m o g r á fic a s m u y d ife r e n te s ( f e c u n d id a d m o d e r a d a , m o r ­

ta lid a d b a ja y u n sa ld o m ig r a to r io p o s it iv o im p o r ta n te ; o , fe c u n d id a d e le v a d a , m o r ta lid a d r e la t iv a m e n te b aja y u n sa ld o m ig r a to r io n u lo , p o r e j e m p lo ) q u e se r e fle ja n ta m b ié n en d is t in ta s e s tr u c tu r a s p o r e d a d d e la p o b la c ió n c o n im p o r ta n te s , a u n q u e d is ím ü e s , im p lic a n c ia s en e l d e sa r r o llo . E s m á s , ta sa s s im ila res de c r e c im ie n to d e la p o b la ­c ió n t o t a l d e u n p a ís p u e d e n d esp r e n d e r se d e la a c u m u la c ió n d e p r o ­c e s o s d e m o g r á f ic o s s ig n if ic a t iv a m e n te d is t in to s en d if e r e n te s g r u p o s o e s tr a to s so c ia le s y e n d ife r e n te s áreas g e o g r á fic a s d e n tr o d e l te r r i­to r io n a c io n a l. P o r c o n s ig u ie n te , u n a d e te r m in a d a ta sa de c r e c im ie n ­t o n o es m á s q u e e l r e su lta d o n e t o d e la in te r v e n c ió n d e m ú lt ip le s fa c to r e s q u e p u e d e n p rese n ta r c o m p o r ta m ie n to s d is ím ile s y h a sta a p a r e n te m e n te c o n tr a d ic to r io s . D e e l lo se in f ie r e q u e e l e m p le o d e c ifr a s agregad as e s in s u f ic ie n te p ara ex p re sa r lo s e v e n tu a le s e f e c t o s

73

que el grado de desarrollo de una sociedad pudiera ejercer sobre el cambio de población.

A su vez, las magnitudes y tendencias del ingreso per cápita de un país dependen de un conjunto de factores, incluyendo los recur­sos humanos y naturales, el capital disponible y la tecnología en uso, las modalidades de organización productiva y la estratificación social, las instituciones políticas y culturales y las pautas que adopten las relaciones internacionales. Cabe reconocer, además, que estos facto­res están vinculados entre sí de una manera extremadamente comple­ja. Por lo tanto, no resulta apropiado derivarlas eventuales implican­cias demográficas que se desprenderían de indicadores tan agregados como la tasa de crecimiento del producto o del ingreso per cápita; tampoco es adecuado inferir los posibles efectos que las tendencias demográficas ejercerían sobre la evolución de aquellos indicadores.

Tomando en cuenta estas consideraciones acerca de la comple­jidad inherente al comportamiento tanto de los procesos económicos y sociales como de los demográficos, no es extraño que el estudio de las relaciones entre ambos conjuntos se enfrente con serias dificulta­des. Muchos de los esfuerzos de investigación se han concentrado en el análisis por separado de los factores que determinan las tendencias demográficas y las consecuencias de estas útimas. Diversos estudios efectuados sobre países de América Latina muestran cómo los facto­res económicos y sociales influyen sobre los niveles y la evolución de la fecundidad, la mortalidad y la migración, es decir, sobre ios com­ponentes directos del cambio de población. También existen, aunque son mucho más escasas, las investigaciones que examinan las conse­cuencias o implicancias económicas y sociales de los cambios en el tamaño de la población nacional, su estructura por edad y su distribu­ción en el territorio. De ahí entonces que, en principio, la tasa de crecimiento de la población no pueda considerarse, por sí misma, como un factor positivo o negativo del desarrollo, sin examinar, en profundidad, el proceso concreto de cambio demográfico, atendien­do a sus dimensiones fundamentales (tamaño, composición, distribu­ción espacial), al ámbito económico, social y cultural en que ese pro­ceso tiene lugar, así como al complejo de valores orientado por el sis­tema político vigente. El análisis de la relación entre las tendencias de la población y el desarrollo no puede, por consiguiente, reducirse a un ejercicio de confrontación entre el crecimiento de la población y el del producto per cápita, sino que debería integrar los principales elementos intervinientes en ambos procesos de cambio.

La importancia del papel de las variables demográficas en la planificación se deriva precisamente del hecho que, no perteneciendo

7 4

ellas a un sistema que opera de modo independiente, su significación estriba en el establecimiento de sus interrelaciones con otros factores económicos, sociales y culturales. El proceso de desarrollo que es motivo de la planificación afecta, directa e indirectamente, a los agentes que determinan el tamaño, el crecimiento, la estructura, la composición y la distribución espacial de la población; a su vez, estas dimensiones influyen de diversas maneras sobre múltiples aspectos de la realidad que es objeto de la planificación. Ha sido justamente el reconocimiento de la existencia de esas interrelaciones y de la nece­sidad de trabajar con ellas, lo que ha conducido al planteamiento de la necesidad de formular políticas demográficas integradas en las es­trategias de desarrollo.

Todo intento de inserción de las variables demográficas en las es­trategias de desarrollo involucra ciertos requerimientos esenciales. En primer lugar, debe adquirirse el conocimiento acerca de las conse­cuencias que los cambios en el tamaño, el ritmo de crecimiento, la estructura por edad, la composición según diferentes categorías socioeconómicas y la distribución espacial de la población, tendrán sobre diferentes aspectos de la economía y la sociedad, en el caso concreto en que se lleva a cabo el proceso de planificación. Ese cono­cimiento permitirá plantear metas demográficas que, evidentemente (con la excepción de las que se refieren a la mortalidad), no son váli­das o deseables per se, sino que son instrumentales para el logro de los objetivos específicos del desarrollo. En segundo lugar, suponien­do que se han definido esas metas, corresponde diseñar las políticas (demográficas) para alcanzarlas, y en este caso es esencial el conoci­miento de los factores económicos, sociales y culturales que determi­nan el comportamiento demográfico, es decir, los niveles de mortali­dad, las pautas reproductivas y la propensión a migrar, también en la situación concreta objeto de planificación.

Aun cuando son muy pocos los países de la región que han esta­blecido metas demográficas en los planes de desarrollo y que han definido políticas explícitas para alcanzar tales metas, cabe señalar que la inserción de aquellas variables en la planificación representa una necesidad fundamental. Esta necesidad puede ser probada inclu­so con independencia de una política demográfica explícita, por cuanto el proceso de desarrollo que los planes y políticas económicas y sociales tratan de promover inducirá, de una forma u otra, cambios en las variables demográficas cuyos efectos revertirán sobre el even­tual impacto de las acciones diseñadas. Por lo tanto, aunque exista la convicción de que las variables demográficas (exceptuando el caso de la mortalidad) no deben ser objeto de políticas específicas destinadas

75

a modiñcar sus tendencias, ello no excluye que se considere impor­tante estimar sus probables modificaciones y evaluar las repercusio­nes de las mismas sobre diferentes aspectos del proceso de desarrollo en el futuro. Lo mismo puede señalarse con relación a otras etapas de la actividad de planificación. Así, por ejemplo, la integración de las variables demográficas en los análisis del diagnóstico que sirve de base para la elaboración de un plan puede significar una contribución muy valiosa para lograr una correcta interpretación de las causas de los problemas del desarrollo, para identificar comportamientos dife­renciados entre grupos sociales y áreas geográficas o para una evalua­ción más precisa de las estrategias y políticas que se ejecutaron en el pasado para enfrentar esos problemas.

II. LAS TENDENCIAS DEMOGRAFICAS EN EL PERIODO 1960-1985

Dada la vinculación que existe entre la dinámica de las variables demográficas y los procesos de desarrollo económico y social y, en particular, la necesidad de considerar esa dinámica como parte inhe­rente a los planes de desarrollo, en este capítulo se presenta una des­cripción de las tendencias demográficas de los países de la región la­tinoamericana y del Caribe durante el período 1960-1985.

Hasta ahora ha sido tradicional la inclusión, en los planes de desarrollo económico-social, de indicadores, en términos absolutos o relativos, sobre el crecimiento de la población, la estructura por edades y la distribución espacial dentro del país. Sin embargo, esas dimensiones, sean para un país o una región, no son más que conse­cuencias de la evolución histórica de los llamados componentes de­mográficos: la fecundidad, la mortalidad y la migración. Por lo tan­to, cualquier acción, gubernamental o privada, orientada a modificar las tendencias demográficas requiere, necesariamente, de la modifi­cación de alguna de esas dimensiones o de una combinación entre ellas, reconociendo de antemano que cambios en el comportamiento y la evolución de alguno de esos componentes pueden constituir, por sí mismos, metas de políticas. Por ejemplo, la reducción de tasas de mortalidad infantil es un objetivo permanente y universal de los pla­nes de salud, en especial en los países en vías de desarrollo.

Por las consideraciones anteriores, este capítulo comienza anali­zando el comportamiento, a través del tiempo, de los componentes del cambio demográfico, para luego examinar sus efectos sobre el crecimiento y la estructura por edad de la población. Se concluye el

76

capítulo con la presentación del proceso de urbanización experimen­tado, durante este período, por los países latinoamericanos.

Il.l.Z a fecundidad

La región latinoamericana ha presentado una tendencia decre­ciente de la fecundidad que se manifiesta en un descenso desde apro­ximadamente seis hijos por mujer (tasa global de fecundidad, TGF) en el quinquenio 1960-1965 a cuatro hijos por mujer en 1980-1985, es decir, una disminución de alrededor de dos hijos por mujer. Esta cifra, que es sólo un promedio de la región, no refleja la gran diversi­dad de tendencias entre los países. Atendiendo a la magnitud y la evolución de la fecundidad, estos países podrían agruparse en cinco categorías:

a) Fecundidad alta al comienzo del período, 1960-1965, esto es una TGF de más de seis hijos por mujer, y con un leve descenso de aproximadamente un hijo en la TGF, en los 20 años siguien­tes (Solivia, El Salvador, Guatemala, Haití, Honduras y Nicara­gua).

b) Fecundidad alta al comienzo, con una TGF mayor a seis hijos por mujer y un descenso importante de la fecundidad, alrededor de 2.5 hijos menos por mujer (Brasil, Colombia, Ecuador, Mé­xico, Panamá, Paraguay, Perú y Venezuela).

c) Fecundidad alta al inicio, con un descenso muy importante que implica una disminución mayor de tres hijos por mujer en la TGF en los 20 años (Costa Rica y República Dominicana).

d) Países con una TGF entre 4 y 6 hijos por mujer al inicio y que experimentaron un descenso de alrededor de 2.5 hijos por mujer, lo que constituye, en relación a la magnitud inicial, un descen­so muy importante (Cuba y Chile).

e) Países con fecundidad baja y con poca variación en el período considerado, con una TGF de alrededor de 3 hijos por mujer (Argentina y Uruguay).

Los países de habla inglesa de la región del Caribe, en su conjun­to, se ubican entre los de fecundidad moderada al comienzo del pe­ríodo y con un descenso muy importante. Las excepciones son Gu­yana, que corresponde al grupo de alta fecundidad con descenso pro­nunciado, y Suriname, con alta fecundidad y poca variación.

77

Además de la heterogeneidad observada entre los países, cabe destacar las diferencias en cuanto a los momentos en los cuales el descenso comienza a ser perceptible y registrado en las estadísticas, así como en cuanto a su velocidad. Por ejemplo, mientras en Costa Rica la fecundidad comienza a descender en los primeros años de la década del 60, en forma pronunciada, en México ese descenso se hace manifiesto a mediados de los 70.

Así como se observa heterogeneidad entre los países, también se advierten fuertes diferencias dentro de éstos, tanto entre áreas geo­gráficas como entre grupos socioeconómicos. Por ejemplo, en estu­dios sobre diferencias de la fecundidad llevados a cabo en distintos países de la región, se observa que la población con mayor nivel edu­cativo se reproduce con una TGF que es casi la mitad de la corres­pondiente a mujeres sin instrucción o con muy pocos años de estu­dios aprobados. Diferencias importantes se encuentran también cuando se examina la fecundidad de la mujer según su participación en las actividades económicas, su área de residencia y su pertenencia a distintos grupos socioeconómicos. Como un ejemplo de la variabi­lidad de este comportamiento, puede señalarse que, en 1976, para un mismo país las mujeres con mayor instrucción de la ciudad capi­tal tenían 2.7 hijos en promedio, mientras que las sin instrucción de una zona rural deprimida superaban, en promedio, los 9 hijos.

Los estudios antes mencionados ponen en evidencia también que los cambios de la fecundidad no ocurren en forma simultánea ni con la misma intensidad entre los diferentes sectores de pobla­ción. La información disponible para algunos países con descensos pronunciados de la fecundidad indica que éstos han ocurrido, en pri­mer lugar, entre los sectores urbanos, y de preferencia en los grupos sociales medios y altos. Aun en países con alta fecundidad, donde el promedio nacional no ha sufrido variaciones ostensibles en los últi­mos años, es posible detectar descensos concentrados en determina­dos grupos, particularmente urbanos.

Lo señalado en los párrafos precedentes representa una síntesis de lo acontecido en el período en estudio. Es conveniente, además, destacar que los cambios ocurridos en la fecundidad han superado lo que se anticipó en las proyecciones elaboradas a comienzos del 70. Las diferencias entre las estimaciones de las tendencias de la fecun­didad, efectuadas en torno a 1970, para el período 1960-1965, con las estimaciones más recientes pueden explicarse fundamentalmente por las siguientes razones:

78

a) Mayores y mejores fuentes de información y disponibilidad de nuevas técnicas de análisis.

b) Criterios utilizados para formular las hipótesis de proyección de la fecundidad.

Con relación al punto <2), la inclusión en censos y encuestas, cada vez con mayor frecuencia, de preguntas destinadas a recoger informa­ción dirigida al análisis de la fecundidad, permitió mejorar las estima­ciones nacionales, desagregarlas para subgrupos de población, y ubi­carlas con mayor precisión en el tiempo.

En relación a las bases de sustentación de las hipótesis estableci­das hacia 1970 cabe señalar que, si bien se utilizaron curvas matemá­ticas similares a las que actualmente se usan, la idea básica era que ios países en proceso de desarrollo tenderían en el futuro lejano a una fecundidad superior a la presentada por los países más desarro­llados, con fecundidades que tienen valores de reemplazo, es decir una tasa global de fecundidad (TGF) de alrededor de dos hijos por mujer. La fundamentación de esta idea estaba respaldada por el pen­samiento, muy difundido en esos años, en el sentido de que los países en desarrollo no podrían alcanzar situaciones demográficas similares a los países más avanzados sin antes lograr cierto grado, apre­ciable, de desarrollo económico y social. Los hechos observados en varios países han puesto en duda la validez del razonamiento por analogía que dio sustento a estas hipótesis. Cabe destacar, por ejem­plo, el caso de Cuba, cuya TGF para el período 1980-1985 es infe­rior a 2, por lo que de manternerse esta situación, la próxima genera­ción no alcanzaría a reemplazar a la actual.

Otro elemento que tuvo un efecto en la formulación de esas hi­pótesis más bien conservadoras de la evolución de la fecundidad fue la creencia que las políticas destinadas a la reducción de la misma (la planificación familiar) no tendrían un impacto tan manifiesto como el que efectivamente se ha observado. En rigor, no son pocos los paí­ses que, guardando ciertas diferencias, han llevado a cabo programas con un efecto importante sobre la fecundidad.

Otro de los supuestos, generalmente admitido hace unos años al elaborar proyecciones de población, tenía que ver con la convergen­cia, a plazos no muy lejanos, de las situaciones demográficas de los distintos países en tomo a un promedio común. La experiencia re­ciente muestra que si bien esa tendencia convergente subsiste, las desviaciones respecto del promedio son marcadas y de gran persis­tencia.

79

A título ilustrativo de los factores explicativos del rápido des­censo de la fecundidad en algunos países, se presentan a continua­ción algunos elementos relacionados con el caso de Costa Rica. Se­gún estudios recientes, la planificación familiar jugó un papel muy importante en el descenso extraordinario de la fecundidad en este país. De acuerdo a una encuesta (ENF, 1976), el 82 por ciento de las mujeres alguna vez casadas había practicado algún tipo de anti­concepción y cuatro de cada cinco mujeres expuestas en unión, fér­tiles, no embarazadas, eran usuarias de anticonceptivos al momento de la encuesta. Entre estos métodos aparece la esterilización femeni­na que, no siendo suministrada por los servicios de salud pública, in­volucraba a más de un 25 por ciento de las mujeres expuestas. Un argumento algunas veces esgrimido para restar importancia al efecto de este mecanismo de control en la caída de la fecundidad, es que se trata de mujeres que recurren a él luego que han tenido un cierto nú­mero de hijos. Otros estudios demuestran además (ADC, 1984) que la nupcialidad (proporción de mujeres casadas y unidas, edad a la pri­mera unión), y los hábitos de amamantamiento de los hijos (a través de su incidencia en el intervalo intergenésico) tienen menor impor­tancia en la reducción de la fecundidad.

El hecho de que en Costa Rica los programas de planificación familiar consiguiesen efectos más marcados que en otros países de la región se deriva de la existencia de ciertas precondiciones económi­cas, sociales, políticas y culturales, que facilitaron la aceptación y di­fusión de esos programas. Así, por ejemplo, se admite generalmente que el descenso de la fecundidad fue altamente favorecido por la intervención estatal, a través de los servicios de salud y educación, la integración territorial y la cobertura de los medios de comunicación, todo lo cual coadyuvó a acelerar el cambio en la escala de valores, in­cluyendo entre estos a los relacionados con el tamaño de la familia.

Para cada país de América Latina existe suficiente material esta­dístico e hipótesis que permitirían elaborar síntesis específicas de la evolución de la fecundidad, pero un ejercicio de esta índole excede­ría los límites de este documento. (IFHIPAL, 1980; 1984). El ejem­plo precedente no tiene otro propósito que el de llamar la atención sobre la conveniencia de no restringir los ejercicios interpretativos al reducido ámbito de las magnitudes demográficas.

II.2 La mortalidad

Los países de América Latina presentaron una tendencia decre­ciente en su mortalidad. Para la región en conjunto se estimaba una

80

esperanza de vida al nacer (e^) de alrededor de 57 años, al comienzo del período en estudio —1960 a 1965—, la que alcanzó, en el quin­quenio 1980-1985, un valor de 64,5 años; esto es, un aumento de7,5 años en dicho indicador. Este descenso de la mortalidad puede considerarse moderado teniendo en cuenta los relativamente bajos valores de la esperanza de vida al inicio del período. De acuerdo con experiencias en situaciones comparables en algunos países de la región y fuera de ella, esa ganancia pudo alcanzar alrededor de 10 años sin que mediaran esfuerzos extraordinarios, por lo que el pro­greso alcanzado ha sido más bien modesto.

Como en el caso de la fecundidad, la esperanza de vida al nacer promedio de la región no refleja la diversidad de comportamientos particulares observados en los países que la componen. Atendiendo a la magnitud alcanzada al comienzo del período en estudio y a la intensidad relativa del descenso de la mortalidad, pueden clasificarse los países en cinco categorías;

a) Baja mortalidad al inicio, e® de 65 años y más, con descensos leves que implican alrededor de tres años de ganancia en la espe­ranza de vida al nacer durante los 20 años considerados (Argenti­na y Uruguay).

b) Moderadamente baja mortalidad al inicio, más de 58 años de e“, con descensos relativamente importantes de alrededor de 10 años de ganancia en la esperanza de vida al nacer en esos 20 años (Costa Rica, Cuba, Chüe, Panamá y Venezuela).

c) Moderadamente alta, en torno a un e“ de 55 años, con descen­sos relativamente modestos que equivalen a ganancias en la espe­ranza de vida al nacer de alrededor de 7,5 años en el período analizado (Brasil, Colombia, Ecuador, México y Paraguay).

d) Mortahdad alta, alrededor de 50 años de e° en el quinquenio 1960-1965, con descensos que son bastante moderados en rela­ción con la experiencia histórica para esos niveles, situándose en unos 12 años de ganancia de esperanza de vida al nacer en 20 años (El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicaragua, Perú y Re­pública Dominicana).

e) Muy alta mortalidad, menos de 45 años de e“ en 1960-1965 y descensos muy exiguos, que corresponden a ganancias en la es­peranza de vida al nacer en torno a los 7 años en el período (Bo­livia y Haití).

81

Los países del Caribe de habla inglesa, como conjunto, se ubican entre los de mortalidad baja y moderadamente baja al inicio del pe­ríodo, con descensos importantes, que los conducen a una esperanza de vida al nacer en el quinquenio 1980-1985 superior a 69 años.

Dentro del panorama sintético señalado en los párrafos prece­dentes cabe destacar, por un lado, la esperanza de vida extraordina­riamente alta alcanzada por Cuba y Costa Rica en el quinquenio 1980-1985: de 73,5 y 73 años, respectivamente, valores que son aun mayores a los que se pueden observar en algunos países desarrollados en la actualidad. En el otro extremo, con una diferencia superior a veinte años en su esperanza de vida, están Boüvia y Haití: 50,7 y 52,7 años respectivamente. A la luz de la experiencia histórica acerca de la magnitud alcanzada por las ganancias anuales medias en la esperanza de vida al nacer, podría sostenerse que las diferencias entre estas situaciones extremas son equivalentes a un desfase de unos 40 años en la evolución de los sistemas de salud y de otros factores aso­ciados a la mortalidad.

La mortalidad infantil, que expresa la probabilidad que tiene un recién nacido de morir antes de su primer año de vida, muestra con nitidez la diversidad de situaciones entre los países de América Lati­na. Sus valores extremos, según los datos más recientes, varían entre un mínimo de alrededor de 20 por mil y 125 por mil y aun estos va­lores más altos podrían incluso estar subestimados debido a las defi­ciencias (particularmente omisiones en el registro de muertes) que afectan a los datos básicos empleados para su cálculo.

Existe una gran heterogeneidad de la mortalidad dentro de los países; en particular, la mortalidad infantil presenta diferencias muy marcadas entre grupos específicos de la población. Estudios realiza­dos en el CELADE (IMIAL, 1976; 1984) sobre la mortalidad de la niñez, permiten concluir que los niños de mujeres analfabetas tienen un riesgo de morir que supera en más de cuatro veces al de niños na­cidos de mujeres con estudios superiores, independientemente de la magnitud de la mortalidad vigente en el país. Como un ejemplo de contrastes extraordinarios- entre subpoblaciones de un país se puede decir que, según el censo de 1976 en Bolivia, los hijos de madres que sólo hablan lengua quechua —que aportan el 21 por ciento del total de nacimientos—, están expuestos a una mortalidad infantil de 218 por mil nacidos vivos mientras que para los hijos de mujeres que sólo hablan castellano esa mortalidad es de 107 por mil. Más del 50 por ciento de los nacimientos totales del país provienen de mujeres que hablan sólo alguna lengua indígena, estando sujetos a una mortalidad

82

infantil de más de 170 por mil. Estas cifras son el reflejo de las malas condiciones materiales de vida de la población (bajos niveles de ins­trucción, deficientes condiciones de la vivienda), factores culturales, y una elevada fecundidad. El ejemplo referido al caso particular de un país pone en evidencia lo que ocurre en la casi totalidad de los demás países de la región; aunque con magnitudes diferentes, cada vez que los datos han permitido la aplicación de estudios apropiados se han advertido diferencias extremadamente grandes en cuanto a la incidencia que presenta la mortalidad infantil entre distintos grupos socioeconómicos y áreas geográficas. Por lo tanto, el ejemplo men­cionado no ilustra un caso excepcional, sino que es indicativo de una situación generalizada en América Latina.

A diferencia de lo ocurrido con la fecundidad, los pronósticos sobre la evolución de la mortalidad elaborados al inicio de los años 70 no muestran serias discrepancias con la trayectoria efectivamente observada. Las diferencias constatadas para los países individualmen­te considerados no indican sesgos sistemáticos de subestimación o so­breestimación de la mortalidad (CELADE, Boletín Demográfico, No. 5; No. 32).

Entre los diversos intentos destinados a explicar la evolución de la mortalidad en los años recientes se encuentra la Uamada “teoría del umbral” , según la cual el valor de ciertos índices respecto de la salud y el bienestar de la población tienen como prerrequisito el lo­gro de una etapa superior del desarrollo económico y social. De acuerdo con este enfoque, si bien los países en desarrollo pueden mostrar importantes descensos en la mortalidad mediante la impor­tación de tecnologías médicas de bajo costo y campañas sanitarias de tipo masivo, que permiten reducir en gran medida las muertes por enfermedades infecciosas y parasitarias, tales descensos tienen un lí­mite establecido por las condiciones de vida. En América Latina, sin embargo, hay países que muestran que es posible superar ese umbral, sin llegar a constituirse en países desarrollados. Los casos de Costa Rica y Cuba son ejemplos de esta situación; en ellos la obtención de muy bajos niveles de mortalidad podría estar asociada, entre otros, a los siguientes elementos:

í) en el pasado gozaban de una situación relativamente privile­giada dentro de la región, lo que podría llamarse “tradición favora­ble” , en materia de salud;

ii) funcionamiento de un sistema político caracterizado por la continuidad y coherencia en la formulación de los programas de salud y su puesta en práctica;

8 3

ni) ejecución de una política social global integral, en que la baja de la mortalidad es un elemento destacado de la preocupación por el bienestar de la población y, así, los avances en mortalidad son acom­pañados de logros en educación, seguridad social, nutrición infantil y otros;

iv) establecimiento de políticas con énfasis en la redistribución del ingreso y el acceso más equitativo a todos los beneficios de la so­ciedad;

v) participación activa de la comunidad a través de diferentes canales.

II.3 La migración internacional

Hasta comienzos de la década de 1970, se prestaba poca aten­ción a la migración internacional en los estudios de la situación de­mográfica de los países latinoamericanos. Se ha producido un cam­bio importante desde entonces; ahora, cada vez en mayor número, y debido a la importancia que ha tomado esta variable, se han hecho intentos para estimar los saldos netos migratorios de cada uno de los países. Esta variable es la más difícil de estimar, por la escasez y poca confiabüidad de los datos disponibles, y es también la más compleja de proyectar, sea en el espacio o en el tiempo. De hecho, se han me­jorado las técnicas de medición, pero no se pueden anticipar las mag­nitudes y tendencias migratorias derivadas de acontecimientos desen­cadenantes, no obstante que, en algunos casos, pueden alcanzar ci­fras comparables a las muertes anuales. Reflejando la importancia ad­quirida por esta variable, en contraste con lo ocurrido hasta hace quince años, en las revisiones actuales de las proyecciones para 16 de los países latinoamericanos se han introducido estimaciones de la mi­gración internacional (CELADE, Boletín Demográfico, No. 32).

Es posible distinguir tres grupos de países según la incidencia de la migración internacional:

a) Países que no han tenido movimientos migratorios relativamente importantes en el período (Brasñ, Ecuador, Perú).

b) Países que mantuvieron movimientos migratorios de importan­cia a lo largo del período en estudio (Bolivia, Colombia, Cuba, Haití, México, Panamá, República Dominicana).

8 4

c) Países que tuvieron cambios extraordinarios, cuantitativos o cualitativos, en los movimientos migratorios, relacionados con aspectos políticos, bélicos y económicos ocurridos en los 20 años considerados (Argentina, Costa Rica, Chile, El Salvador, Honduras, Nicaragua, Paraguay, Uruguay y Venezuela).

En general, salvo las excepciones de Venezuela y Costa Rica, en el quinquenio 1975-1980, y de Argentina hasta la mitad de la década de 1970, que fueron receptores de migrantes, en la gran mayoría de los países el saldo neto migratorio es negativo, lo que hace que Amé­rica Latina como un todo sea una región de expulsión de migrantes fundamentalmente hacia los Estados Unidos y otros países desarro­llados.

Una característica persistente de la situación demográfica de los países de habla inglesa del Caribe es la alta incidencia de la emigra­ción internacional. Aunque se observan ciertas variaciones entre estos países, los mismos se distinguen por una sostenida corriente emigratoria que se orienta particularmente hacia Angloamérica y Europa Occidental.

II.4 El crecimiento de la población

La población latinoamericana, como un todo, aumentaba en el quinquenio 1960-1965, alrededor de 6,3 millones de personas anua­les, una tasa de 2,8 por ciento anual (CELADE, Boletín Demográfico, No. 32). Este incremento, según las estimaciones actualmente dispo­nibles en el CELADE, alcanza a 8,6 millones anuales en el quinque­nio 1980-1985, lo que equivale a una tasa de crecimiento anual de 2,3 por ciento. La aparente contradicción entre el sentido de cambio de los números absolutos y relativos se explica a través de la noción de potencial de crecimiento, el cual se encuentra estrechamente aso­ciado a la aún muy joven estructura por edad de la población:

“Si se dieran condiciones por las cuales la fecundidad y la mortalidad se combinaran de forma que produjesen una tasa de crecimiento nulo, esto es, una tasa intrínseca de cre­cimiento igual a cero, en algún año determinado, la pobla­ción de América Latina seguiría creciendo debido a que tiene aún una estructura por edades muy joven. La magni­tud a la que llegaría cuando la población dejara de crecer, esto es, cuando alcanzara el momento de la estabilización numérica, sería muy superior a la actual, y tanto mayor

85

cuanto más alejado fuera el momento en que se alcanzase la tasa de crecimiento intrínseca igual a cero.”

“Se ha elaborado un ejercicio para ilustrar este punto: una tasa intrínseca nula en 1980 haría que la población de Amé­rica Latina, de 352 millones estimados para 1980, alcanzara a 631 millones. Si en cambio la tasa nula se supusiera en el año 2000, los 535 millones de habitantes proyectados para entonces crecerían hasta estabilizarse en 859 millones. Fi­nalmente, si tal fenómeno ocurriera recién en 2025, la po­blación estimada de 769 millones crecería hasta estabilizar­se en 1 016 millones.” (CEPAL, 1983 a).

El crecimiento, ya sea medido en términos absolutos o relativos, no es más que el resultado de la combinación del comportamiento de los componentes del cambio de la población, esto es, de la fecundi­dad, la mortalidad y la migración internacional. Es fácil imaginar, por ejemplo, que una alta tasa de crecimiento de más de 3 por ciento anual puede provenir, y en general así es, de una elevada fecundidad combinada con una mortalidad moderada y, acaso, en descenso, siempre, claro está, que los flujos migratorios internacionales, no ten­gan magnitudes considerables, lo que sólo se ha observado en casos y períodos excepcionales. Por otra parte, puede ocurrir que una tasa moderada de crecimiento sea el resultado de la combinación de ele­vadas tasas de fecundidad y mortalidad incluyendo, en algunos ca­sos, flujos emigratorios que contribuyen a menguar aún más dicha tasa de crecimiento.

Las tasas de crecimiento que se aluden en lo que sigue, corres­ponden, en general, a las relativas al crecimiento natural o vegetativo de la población. EUas son la diferencia entre las tasas brutas de nata­lidad y de mortalidad. Estos dos indicadores están seriamente afec­tados por la distribución por edades de la población: así, por ejem­plo, puede ocurrir que, a pesar de que un país haya experimentado un descenso importante de la fecundidad, la tasa de natalidad no haya tenido una disminución paralela debido al alto número de mu­jeres en edades reproductivas. La sensibilidad que las tasas brutas presentan con relación a los elementos de composición de la pobla­ción hace aconsejable tener la mayor prudencia en su interpretación.

Es habitual que, atendiendo a las discrepancias que se presentan entre las tasas brutas de natalidad y mortalidad, los países se clasifi­quen según las “etapas” en que se encuentran dentro del esquema de la llamada “transición demográfica” (Notestein, 1945). Aunque la

86

validez de los supuestos involucrados y la aplicabílidad de este enfo­que a la evolución demográfica de América Latina puede cuestionar­se con abundantes razones, parece conveniente recurrir al mismo como un medio para ilustrar las diferencias que se presentan dentro de la región en materia de crecimiento natural de la población. Por consiguiente, una forma de agrupamiento de los países es la siguiente:

a) Países situados entre la primera y segunda etapas, con modera­das tasas de crecimiento y altas tasas de natalidad y mortalidad (Bolivia y Haití). ;

b) Países que en el período de estudio, 1960-1985, transitan por la segunda etapa, con crecimientos muy altos y en aumento debido a una natalidad elevada casi invariante y a una mortalidad con ciertos descensos (El Salvador, Guatemala, Honduras y Nicara­gua).

c) Países que ingresan a la tercera etapa durante este período, con un muy alto crecimiento al comienzo y con descensos modera­dos debido al inicio de la disminución de la fecundidad (Ecua­dor, Paraguay y Perú). El caso de Paraguay podría considerarse más avanzado en esta transición ya que tiene en la actualidad una mortalidad menor que el resto de los países de este grupo.

d) Países que están en la tercera etapa y que han tenido una evolu­ción más rápida que el resto de América Latina, pasando de muy altas tasas de crecimiento a moderadas. En este grupo se incluye el mayor número de países, entre ellos los más populosos de la región (Brasil, Colombia, Costa Rica, México, Panamá, Repúbli­ca Dominicana y Venezuela). Según la mortalidad y la fecundi­dad estimadas para Costa Rica, este país debería estar en una etapa más avanzada de la transición; sin embargo, debido a su potencial de crecimiento, aún mantiene una elevada tasa de na­talidad (más de 30 por mil).

e) Países que durante el período en estudio están entre la tercera y cuarta etapas (Cuba y Chile). Cuba tiene una tasa de crecimiento muy baja, pero aún positiva. Como quedó establecido cuando se comentó la fecundidad, este país presenta la fecundidad más re­ducida de la región y, de mantenerse esta situación, la próxima generación no llegaría a reemplazar a la actual, lo que en térmi­nos demográficos implica una tasa de crecimiento negativa, fenó­meno que aún no ocurre a causa de la todavía relativamente joven estructura por edades.

87

f) Países que durante todo el período se han mantenido en una fase avanzada de la transición, correspondiente, en cierta forma, a la cuarta etapa, con crecimientos bajos y sin grandes variaciones (Argentina y Uruguay).

La población de la región del Caribe de habla inglesa, en conjun­to, creció en alrededor de 160 mü personas por año durante 1960­1965, incremento que llegó a unos 250 mil en el quinquenio 1980­1985. Las tasas de crecimiento subyacentes fueron del orden del tres por ciento al inicio del período y del 2 por ciento al final del mismo. Se ha observado una persistente variabilidad entre los países de esta región en cuanto al ritmo de crecimiento y a su evolución en el tiem­po: mientras en 1960-1965 las tasas fluctuaban entre 2 y un poco más del 3 por ciento por año, en 1980-1985 la variación fluctuaba entre el 1,1 y el 2,9 por ciento por año.

II.5 La composición por edades de la población

Se ha señalado en la sección anterior que la combinación de la fecundidad, la mortalidad y la migración, da como resultado la mag­nitud de una población y su evolución en el tiempo, esto es, el cre­cimiento de la misma. Paralelamente, la acción conjunta de los com­ponentes de la dinámica de la población determina también la estruc­tura por edades. Una población será tanto más joven cuanto mayor sea su fecundidad e iniciará su envejecimiento especialmente en virtud de la reducción de su fecundidad. El análisis de los efectos que cada una de las variables tiene sobre la estructura de una población excede los propósitos de este trabajo. Se estima más apropiado esbo­zar un panorama de lo que ha sido, en el pasado reciente, desde el inicio de los años 60, la composición por edad en América Latina y cómo ésta ha evolucionado en los últimos veinte años.

Para facilitar el manejo de la composición por edades es habitual recurrir al agrupamiento en tres grandes segmentos vinculados apro­ximadamente a campos de la acción pública de la mayor importan­cia: educación, trabajo y seguridad social. Estos grupos son, respecti­vamente, los siguientes: población menor de 15 años; población en­tre 15 y 64 años; y, población de 65 años y más.

Antes de iniciar un examen de cada uno de los grupos en parti­cular, parece conveniente reseñar los principales cambios globales experimentados en la región en su composición por estos grandes grupos de edades. Desde este punto de vista, América Latina, en con­

88

junto, mantiene una estructura por edad joven, insinuándose hacia el final del período un leve envejecimiento. La proporción de pobla­ción menor de 15 años alcanzaba cerca del 43 por ciento en el quin­quenio 1960-1965 y disminuyó 4 puntos, es decir, alcanzó cerca del 39 por ciento en 1980-85. En el otro extremo de edades, la propor­ción de población de 65 años y más llegaba en 1960-65 a algo más de un 3 por ciento y creció, durante los veinte años, hasta alcanzar un valor ligeramente superior al 4 por ciento.

En las secciones anteriores se destacó, como una característica distintiva de la región, la heterogeneidad existente entre los países en cuanto a la magnitud y tendencias de los componentes del cambio de la población. Esa heterogeneidad vuelve a repetirse, como cabía anti­cipar, en las estructuras por edades de la población. Sólo a título de ejemplo puede decirse que el amplio intervalo en que variaba la pro­porción de población menor de 15 años en el quinquenio 1960-1965 estaba limitado por 48 y 23 por ciento, valores correspondientes a Nicaragua y Uruguay, respectivamente. El intervalo se mantiene prácticamente inalterado hasta el quinquenio 1980-85; de hecho, los valores máximos y mínimos son 47 (Honduras) y 26 (Cuba), que re­presentan ligeras disminuciones frente a los anteriores. En cuanto a la variabilidad de la población de 65 años y más, se presentaban por­centajes, en 1960-65, entre 2,2 y 8,3 por ciento correspondientes, otra vez, a Nicaragua y Uruguay, respectivamente. Hacia 1980-85 la situación cambia moderadamente: los porcentajes varían entre un2,4 y un 10,5 por ciento, que corresponden a Honduras y Uruguay, respectivamente.

La estructura por edades de los países de habla inglesa de la re­gión del Caribe era hacia 1960-65 también muy joven, como se. dedu­ce del hecho que los menores de 15 años superaban el 42 por ciento. En 1980-1985 quedan en evidencia cambios que, en algunos casos, son de importancia, pero hay que dejar claramente señalado que esta región, al igual que la latinoamericana, sigue manteniendo una pobla­ción joven. Las proporciones de personas de 65 años y más, en cam­bio, son superiores a las observadas en los países de América Latina: en 1960-65 alcanzaban alrededor de 4,5 por ciento y en 1980-1985 superaban, en el conjunto, el 5 por ciento.

a ) Población menor de 15 años

Es importante destacar que en la gran mayoría de los países, 16 entre 20, con más del 80 por ciento de los habitantes de la región latinoamericana, el 35 por ciento de la población tiene menos de 15

89

años, situación típicamente representativa de una estructura joven. Esta característica es esencial en lo que se refiere al potencial de cre­cimiento de la población y a sus consecuencias: la inercia de su creci­miento está asegurada para varios años. Por otra parte, la gran magni­tud de población menor de 15 años plantea demandas que, como quedó señalado antes, se vinculan con el sistema de educación y con la provisión de servicios de salud. Hay que tener presente, por otra parte, que esta población determina, a corto y mediano plazo, la oferta de mano de obra. Es entonces de gran importancia, tanto para el sistema educativo como para la planificación de recursos humanos, tener presente que en la actualidad los menores de 15 años aumentan anualmente en 2,4 millones de personas en América Latina, lo que implica un ritmo de crecimiento de 1,6 por ciento por año. La situa­ción ha tenido un cambio muy significativo en el período estudiado: hacia el quinquenio 1960-65 este grupo aumentaba en 3 millones de personas anuales, lo que significaba una tasa de crecimiento de algo más del 3 por ciento por año. Es por lo tanto un cambio enorme en términos de ritmo de crecimiento, cuya causa determinante es el descenso de la fecundidad.

Como ya se ha repetido en varios puntos de este documento, lo que sucede en la región como promedio no representa las condicio­nes particulares muy diversas que tienen los países. Algunos ejemplos permiten üustrar la heterogeneidad de la evolución del grupo de me­nores de 15 años. En Solivia se ha producido durante los veinte años, un aumento en la intensidad de crecimiento de este grupo: en 1960­65 la tasa de crecimiento era algo más del 2 por ciento por año; en la actualidad alcanza casi al 3 por ciento anual; este crecimiento es su­perior al de la población total y, de mantenerse tal situación, la po­blación de Solivia experimentaría, en el futuro cercano, un proceso de rejuvenecimiento. Tal aumento se deriva, en buena parte, de des­censos en la mortalidad. Una disminución en la intensidad del creci­miento de la población joven se observa en todos los países donde se han producido reducciones de la fecundidad. Estos cambios serán tanto más importantes cuanto mayor y más rápida haya sido la decli­nación de la fecundidad. Así, en México y Costa Rica la tasa de cre­cimiento de este grupo se ha reducido a la mitad en los veinte años considerados; tan importante reducción no se refleja todavía, sin embargo, en un envejecimiento significativo de la población y ambos países siguen presentando estructuras jóvenes. Cabe destacar que en el caso de Costa Rica, debido al proceso de cambio más rápido y sostenido de la fecundidad, la proporción de población menor de 15 años ha disminuido de 47 por ciento, en 1960, a 37 por ciento, en 1985; en México, en cambio, el descenso sólo ha sido de 4 puntos.

90

Durante el período analizado la población de este amplio grupo aumentó su importancia relativa, debido especialmente a la pérdida de algunos puntos en la proporción de menores de quince años a que se aludió anteriormente. En la actualidad, en la región, este grupo al­canza cerca del 58 por ciento de la población total. Por cierto, entre los países existe, como ya puede anticiparse, gran variabilidad. En 1960-65, la proporción variaba entre un 49 por ciento (República Dominicana) y un 64 por ciento (Uruguay). En la actualidad la am­plitud de variación no ha cambiado en forma significativa; el máxi­mo es nuevamente de 64 por ciento (Cuba) y, el mínimo, de 50 por ciento (Honduras).

La tasa de crecimiento del grupo, en la región en conjunto, se ha acentuado ligeramente. Es interesante destacar que en países donde ha habido una disminución importante de la fecundidad durante este período, por ejemplo en México y Costa Rica, la tasa de crecimiento de la población entre 15 y 64 años es prácticamente el doble de la del grupo de menores de 15 años. Esta situación representa una con­secuencia lógica del efecto del descenso de la fecundidad.

Ya se ha dicho que este grupo comprende a la población poten­cialmente activa, particularmente en el caso de los hombres. En efec­to, en la región, un 83 por ciento de la población masculina de este grupo participa en actividades económicas. La participación femeni­na, en cambio, es muchísimo menor: alcanza sólo a algo más del 25 por ciento. Durante el período en estudio, esta situación ha variado en algunos países y en algunos sectores de actividad, pero la brecha entre ambos sexos sigue siendo enorme. Considerando ambos sexos en conjunto, puede decirse que el porcentaje de población económi­camente activa en el grupo de 15 a 64 años es alrededor de un 55 por ciento.

Parece pertinente agregar algunas informaciones sobre el creci­miento de la población económicamente activa (PEA), con edades desde los 15 hasta más de 65 años. Su tasa de crecimiento actual es algo superior a la del total de la población, en la región en conjunto (CELADE, Boletín Demográfico, No. 32). Se ha estimado que en el quinquenio 1980-1985 hay un aumento anual de la PEA de unos 3,5 millones de personas, de las cuales 2,5 millones corresponden al sexo masculino. Dentro de este conjunto de 3,5 millones de personas se incluyen los desocupados y subempleados.

b) Población entre 15 y 64 años

91

Por último, ¿qué puede esperarse de la evolución de la pobla­ción económicamente activa en los próximos diez años? De acuerdo a la experiencia de algunos países que presentan un desarrollo econó­mico y social relativamente más avanzado que otros dentro de la re­gión, puede anticiparse que la proporción de activos en este grupo experimentará sólo ligeros aumentos, debido a que la mayor partici­pación de mano de obra femenina se verá compensada por un menor grado de intervención de la población masculina, particularmente de los hombres de edades más jóvenes y más avanzadas.

c) Población de 65 años y más

Se ha señalado que la población de América Latina es joven por tener una alta proporción de personas menores de 15 años, pero lo es también por tener un bajo porcentaje de mayores de 65 años. Sin embargo, no debe desestimarse el crecimiento de este contingente de población; en la actualidad, 1980-85, el aumento anual de este grupo es de alrededor de medio millón de personas; se trata del segmento de edades que crece a mayor ritmo en el conjunto de los países. Esto constituye un antecedente de importancia para la programación de los sectores de seguridad social y de salud. Como es obvio, existe gran diversidad de situaciones en cuanto al peso relativo de este grupo y a su evolución en los veinte años examinados. El envejecimiento, mayor o menor, que se advierte en algunos casos, no es más que el resultado de la disminución, con distintas intensidades, de la fecundi­dad. Sin embargo, los países que han experimentado fuertes declina­ciones de la fecundidad, como por ejemplo Costa Rica y México, aún no han llegado a una etapa de claro envejecimiento debido a que du­rante un período más o menos prolongado mantuvieron altas tasas de natalidad, lo que les ha configurado una estructura muy joven de población; en ambos casos las proporciones de población en edades superiores a los 65 años son menores que las de la región en su con­junto. Por otra parte, Argentina, Uruguay y, en menor medida, Cuba y Chile, presentan un proceso de envejecimiento más acentuado.

II.6 Tendencias de la distribución espacial de la población

Los cambios económicos, sociales, políticos y demográficos ex­perimentados por Améria Latina durante los años sesenta y setenta han tenido profundo efecto sobre las pautas de distribución geográfi­ca de la población. Tales cambios se han registrado de modo desigual entre los distintos países, acentuándose las disparidades entre los mismos. Estas últimas se derivan, en parte, de las magnitudes demo­

92

gráficas y territoriales, así como de los diferentes grados de desarro­llo y de las diversas estructuras económicas y sociales.

Como fruto del incremento demográfico ocurrido entre 1960 y 1980, la densidad de población de América Latina pasó de 10,5 a17,6 habitantes por km^. Aun cuando este aumento es un indicador de la mayor intensidad en la ocupación de los territorios nacionales, alude a una situación media regional que oculta una fuerte variabili­dad. Mientras los países sudamericanos continúan presentando densi­dades similares o menores que el promedio latinoamericano, los de la América Central y del Caribe muestran valores considerablemente más elevados, especialmente notorios en el caso de los países de la CARICOM, Haití y El Salvador. Otra manifestación de las desigual­dades con que se ha producido el incremento de la densidad la propor­ciona el hecho que mientras en 1960 sólo un tercio de la población regional residía en divisiones administrativas que tenían 50 y más personas por km^, en 1980 lo hacía más de la mitad de los habitan­tes de América Latina. Por otra parte, los espacios “vacíos” de la re­gión, con una densidad inferior a un habitante por km^, se vieron re­ducidos, en igual período, desde un tercio de la superficie de Améri­ca Latina a menos de la décima parte de la misma (CEPAL, 1983 b). De este modo, a la persistente tendencia concentradora de la pobla­ción se ha añadido un importante avance hacia las zonas tradicional­mente despobladas, particularmente en el interior y el sur de Améri­ca del Sur.

Resulta importante señalar que durante los años setenta se ha re­gistrado, para la mayoría de los países, una atenuación de la tenden­cia concentradora de la población. La información disponible permi­te señalar que el ritmo de concentración estaría declinando en virtud del efecto combinado de dos factores, a saber: la disminución de las tasas de crecimiento demográfico y el surgimiento de opciones para el emplazamiento de población en zonas periféricas de los territorios nacionales. Si bien este fenómeno se aprecia especialmente en algu­nos de los países de mayor tamaño, también se le observa en otros de magnitud intermedia o menor, como el Paraguay y Honduras. Parece indudable que este proceso de ocupación de espacios vacíos, ligado estrechamente a la expansión de las fronteras de recursos y a la in­corporación de tierras fiscales al mercado, ha jugado un papel de im­portancia en la activación de corrientes migratorias internas.

Uno de los rasgos distintivos de América Latina y el Caribe en el ámbito de las grandes regiones en desarrollo consiste en su grado relativamente alto de urbanización. Ya en 1960 la mitad de la pobla­

93

ción vivía en localidades definidas como urbanas; en 1980 lo hacían dos tercios y la mayoría de éstos habitaba en ciudades de cien mñ y más habitantes. Estimaciones indirectas permiten señalar que aproxi­madamente el 30 por ciento del aumento de la población urbana en los años setenta se debió a la transferencia de población desde las áreas rurales. No obstante lo anterior, durante ese decenio se apreció una disminución del ritmo de crecimiento urbano, alcanzándose tasas inferiores a las advertidas en las dos décadas precedentes. A pesar de este descenso, la población urbana creció a un ritmo tres ve­ces superior al de la rural, observándose declinaciones absolutas de la última en varios países. Esto es un reflejo de cierta incapacidad mos­trada por las actividades agroextractivas para generar puestos de tra­bajo y retener población.

La trayectoria seguida por los países en materia de urbanización presenta importantes variaciones. Los que tenían el más alto grado de urbanización al comienzo de los años setenta (Argentina, Uru­guay, Chile y Cuba) presentan las más bajas tasas de crecimiento ur­bano; por el contrario, los países menos urbanizados (Haití, Hondu­ras, El Salvador, República Dominicana y el Ecuador) exhiben tasas comparativamente elevadas. En todo caso, a lo largo de los años se­tenta no se observan tasas nacionales de crecimiento de la población urbana que superen el 5 por ciento anual, fenómeno que era bastante común en los dos decenios precedentes.

Como consecuencia de la evolución experimentada, las diferen­cias entre los países en cuanto al grado de urbanización alcanzado han tendido a reducirse. En 1960, sólo cuatro de ellos tenían más del 60 por ciento de su población en áreas urbanas, en diez, el porcenta­je urbano era menos de 40 y otros seis se situaban en una posición intermedia. Hacia 1980 son nueve los países con índices superiores al 60 por ciento y sólo cuatro se ubican por debajo del 40 por ciento. De este modo, países en los que el proceso de urbanización posee una más düatada tradición (Argentina, Uruguay, Chile y Cuba) tien­den a formar un solo grupo con otros en que la evolución ha sido más reciente (Venezuela, Colombia, México, Perú y Brasil). En tanto, algunos países centroamericanos (Panamá, Nicaragua, Costa Rica y El Salvador), andinos (Bolivia y Ecuador) y caribeños (República Dominicana) configuran un estrato intermedio en el que entre 40 y 50 por ciento de la población es urbana. Por último, otros cuatro países (Honduras, Paraguay, Guatemala y Haití) presentan una per­sistente mayoría rural.

Las escalas crecientes de concentración de la población urbana han dado lugar a un fenómeno novedoso; el surgimiento de ciudades

94

de un tamaño muy grande, que superan el millón de habitantes. Al comenzar el siglo veinte ninguna ciudad latinoamericana alcanzaba ese tamaño, en 1950 ya existían seis y en 1980 llegaron a ser 26, concentrando el 45 por ciento de los habitantes urbanos de la región (unos cien millones de personas). Sin embargo, durante los años se­tenta se observa una cierta declinación del grado de primacía deten­tado por la mayor ciudad de los sistemas urbanos nacionales; en algu­nos países, la ciudad preeminente creció a una tasa menor que la po­blación urbana nacional e incluso que la población total del país (Argentina y Cuba). Esta disminución relativa del predominio ejerci­do por la gran ciudad pudiera interpretarse como un indicio de inver­sión de la polarización urbana y de fortalecimiento de las ciudades de tamaño intermedio y menor, signo de una densificación de las re­des urbanas a través de los territorios nacionales.

En suma, el proceso de redistribución espacial de la población latinoamericana, activado por diferencias en el comportamiento de la fecundidad y la mortalidad y por la movilidad geográfica, ha condu­cido durante los años sesenta y setenta a una ampliación del espacio ocupado y a una mantención del grado de concentración de la pobla­ción. No obstante que ambos fenómenos parecieran apuntar hacia di­ferentes direcciones, su acontecer simultáneo involucra una yuxta­posición de los mismos: mucho de la expansión horizontal ligada a la ampliación de las fronteras internas de los países, tiene lugar conjun­tamente con el surgimiento y desarrollo de núcleos urbanos. Por otra parte, importantes porciones de las zonas centrales de antiguo asen­tamiento de varios países están perdiendo población en términos re­lativos; la descomposición de las economías campesinas y la intro­ducción de formas empresariales de organización de la producción agropecuaria, que tienden a sustituir fuerza de trabajo estable por mano de obra estacional y mecanización, se encuentran entre los fac­tores explicativos de tal situación.

Los años setenta testimonian también el hecho que la población latinoamericana tiende a una forma de asentamiento de tipo urbano. “Al urbanizarse la sociedad y la economía, los efectivos humanos se concentran en porciones reducidas de los espacios nacionales. Sin embargo, el ritmo de expansión de tal proceso, en su expresión de­mográfica, pareciera estar disminuyendo, como lo sugieren las tasas cada vez menores de crecimiento y la mayor dispersión de las mismas entre ciudades individuales y las medias nacionales. Se ha advertido, además, durante los años setenta, una cierta moderación del ritmo concentrador de la población urbana a la vez que un aumento en el número y la gravitación de las ciudades de talla menor e intermedia.

95

Por último, la gran ciudad o metrópoli, revela un cambio de fisono­mía en virtud de la aparición de formas suburbanas que interactúan, de modo continuo, con los núcleos centrales que, a su vez, han ido perdiendo población en términos relativos y, en algunos casos, abso­lutos.

III. ESTILOS DE DESARROLLO Y DINAMICA DEMOGRAFICA

La noción de desarrollo aparece sistemáticamente relacionada con la dinámica demográfica, ya sea que se intente explicar el com­portamiento de ésta, que se analicen sus efectos sobre aquel desarro­llo o que se quieran fijar los parámetros de una política demográfica. El tratamiento de estas relaciones requiere superar ciertas generalida­des en torno al desarrollo, sin lo cual la interacción de éste con la di­námica demográfica se hace poco inteligible, a veces insuficiente y otras, inadecuada. Esta superación de la generalidad abre dos líneas de reflexión: una, que apunta a elementos teóricos del desarrollo latinoamericano; y otra, que señala la necesidad de incorporar al análisis sociodemográfico elementos de la realidad que guardan una autonomía relativa respecto de la dinámica económica y que pueden tener una fuerte influencia en cambios demográficos. Como parte de esas especificaciones será necesario dar cuenta de la fuerte hetero­geneidad que presenta ese desarrollo, una de cuyas características se desea retener desde un principio, su carácter periférico. Luego de estas precisiones se abrirá un nuevo punto para relacionar las diversas características del desarrollo con la dinámica demográfica, específi­camente el crecimiento vegetativo y la distribución espacial de la po­blación.

in.l Las particularidades del desarrollo latinoamericano:sus diversas dimensiones

Las primeras interpretaciones del desarrollo económico latino­americano confundieron lo que fue un proceso histórico concreto -aquél que se dio en los países centrales— con lo que parecía consi­derarse un modelo universal, que se repetiría con las mismas caracte­rísticas en otros países de la periferia en cualquier momento de su evolución. Un segundo error consistió en suponer que el subdesarro- Uo, dependiente y periférico, estaba recorriendo aquel modelo uni­versal, con algún retraso evidente, pero que, con el tiempo, los países de la periferia alcanzarían inevitablemente los logros de los centrales.

96

Economistas y sociólogos de la región mostraron, hace años ya, la falacia de ambas interpretaciones (Stavenhagen, 1966). Mucho más que dos procesos análogos con un desfase en el tiempo, el subdesa- rroUo periférico es parte sustancial del desarrollo central, por lo que ambos deben considerarse partes inseparables y dialécticamente rela­cionadas de un mismo proceso coetáneo de desarrollo económico. La crisis que viven actualmente los países de América Latina y la estre­cha relación de la misma con la recesión que afecta a los países cen­trales, no hace más que mostrar la persistencia hasta la actualidad de esa integración dependiente entre el desarrollo de unos y el subdesa- rroUo de otros.

La caída de la falacia que suponía recorrer, con retraso, el mis­mo camino de los países desarrollados centrales, trae consecuencias muy importantes; una de ellas indica que no siempre es legítimo to­mar los acontecimientos que acompañan al proceso de desarrollo económico de los países centrales como predictores de lo que ocurri­rá en la periferia; otra, no menos importante, señala que algunos de los hechos sociales que acontecen en situaciones avanzadas de desa­rrollo, pueden encontrarse ya en países subdesarrollados periféricos, dada la fuerte interacción dialéctica entre ambos cursos de desarrollo.

Una segunda especificación necesaria para comprender mejor el proceso de desarrollo y sus relaciones con otros hechos sociales, se refiere al campo de fenómenos de la realidad social que quedan com­prendidos bajo dicho concepto. Son frecuentes las afirmaciones ge­nerales que hablan de los aspectos económicos, sociales, culturales y políticos del desarrollo, sin especificar el contenido de cada una de esas dimensiones y, más grave aún, sin definir el tipo de relaciones que existen entre ellas. Subyace como un supuesto generalizado la existencia de una armonía sincrónica, lo que plantea obstáculos se­rios al avance del conocimiento en la medida que las investigaciones empíricas suelen tomar indicadores de cualquiera de esas dimensio­nes para medir el grado de desarrollo. Así, por ejemplo, se ha llegado a considerar a la tasa de mortalidad infantil como uno de los indica­dores del desarrollo económico, cuando en realidad aquella puede comportarse con cierta independencia de éste, según lo ratifican evi­dencias empíricas reiteradas en el último tiempo. Como ocurre generalmente entre las disciplinas sociales, el mal uso de indicadores responde a una falta de claridad teórica respecto al contenido y com­plejidad de los conceptos que se manejan. Superando la noción de crecimiento económico, el concepto de desarrollo hace referencia a un conjunto de transformaciones estructurales. Pero esta declaración no basta por sí sola; se requiere, además, de la especificación de las

97

diversas dimensiones que la componen y la identificación de sus interrelaciones.

La primera de estas dimensiones, la económica, es la más fre­cuentemente asociada al concepto de desarrollo. Esta dimensión aprehende todos aquellos fenómenos que se relacionan fundamental­mente con la producción de los bienes, esto es, del cuánto, del qué y del cómo se producen los bienes en una sociedad nacional, para lo cual se ha usado y abusado de conceptos como los de “estructura productiva”, “productividad” , “sectores económicos”, “acumula­ción”, “mercado de trabajo”, “desarrollo de las fuerzas productivas” , “producto bruto interno, per cápita, por sectores” , etc. Sin embargo, la existencia de los otros componentes de la realidad social (políti­cos, sociales y culturales) obliga a independizar relativamente el con­cepto de desarrollo de lo estrictamente económico. Toda sociedad nacional recorre históricamente un proceso de reproducción de sí misma, incluyendo la reproducción material productiva, la reproduc­ción humana y la reproducción de su propia organización social y cultural, a través de cuyo devenir va sufriendo transformaciones en sus diferentes dimensiones. En otras palabras, es la sociedad nacional la que puede subdividirse analíticamente, para su mejor aprehensión, en dimensiones económicas, sociales, culturales y políticas; el proce­so de desarrollo será la forma histórica que va adoptando dicha socie­dad a través de sus diversas manifestaciones a lo largo de su proceso de reproducción y transformación.

La preocupación señalada aparece en el centro de los trabajos de la CEPAL que van a perfilar el nuevo concepto de “estilos de desa­rrollo” (Pinto, 1976). Las elaboraciones a partir de este nuevo con­cepto serán diferentes según el campo específico de la realidad que es estudiado por distintas disciplinas. En el campo económico se avanza a través de la preocupación por responder no sólo a “qué, cuánto y cómo se produce”, sino también al “para quién” se produ­ce. En el campo sociológico, el acento ha sido puesto en la política distributiva que sigue el Estado, más allá de sus características pro­ductivas. Con esto no sólo se alude a la distribución y al nivel de los ingresos de los dife/entes grupos sociales, sino también al acceso al consumo, la educación, la salud, la vivienda, la seguridad social y otros beneficios sociales que se distribuyen desigualmente dentro de la sociedad. No basta con destacar y comprender la importancia de esta dimensión social, sino que también se requiere advertir la forma particular que manifiesta en los países de la región, donde los avan­ces sociales guardan una relativa independencia de los logros pura­mente económicos.

98

El componente cultural, a su vez, es el que parece guardar una mayor autonomía relativa respecto de los aspectos económicos del desarrollo, especialmente cuando se observa que la experiencia de los países periféricos ha sido significativamente diferente a la registrada en los países centrales. Aquí, nuevamente, lo que se advierte en estos últimos países no sirve de modelo para interpretar la realidad latino­americana, lo que se debe, paradójicamente, al hecho de tratarse de dos procesos simultáneos e interrelacionados dependientemente. Al igual que lo señalado respecto de la dimensión social, el desfase de lo cultural con lo económico-productivo puede tener dos manifestacio­nes: una, la tradicional, seguida en su momento por los países de más temprana industrialización, que recorre la secuencia: desarrollo pro­ductivo, desarrollo social y modernización cultural, para armonizarse entre ellos en valores positivos altos después de superar ciertos um­brales productivos; otra, diferente y observable con mayor frecuen­cia en los países de la región, que presentan pautas avanzadas de mo­dernización cultural aún para desarrollos sociales ligeramente inferio­res y, mucho más, para un grado de desarrollo productivo retrasado, si se tiene en cuenta el alcanzado por los países centrales cuando pre­sentaban ese nivel de modernización cultural.

Esta autonomía relativa de lo cultural debe interpretarse caute­losamente, esto es, debe tenérsele en cuenta para el análisis de la rea­lidad social, pero no ha de olvidarse la similar importancia de lo “re­lativo” de esa autonomía. De hecho, dentro de cada sociedad nacio­nal, las áreas urbanas, que concentran un más alto grado de desarro­llo relativo de las fuerzas productivas, una mayor diversificación económica y un uso más intenso de capital y tecnología, son las que presentan pautas de conducta y valores culturales que se consideran más modernos por su proximidad a los vigentes en las sociedades centrales hegemónicas. Fiel a esta óptica, muy diferente será la si­tuación en las áreas rurales, acorde con el menor desarrollo económi­co de las mismas.

También esa mayor autonomía relativa de la dimensión cultural, se asienta en el menor costo de la modernización en las costumbres y los comportamientos. Simplificando la argumentación, esta moderni­zación sólo pareciera requerir de un sistema de comunicación de ma­sas de fácil acceso a través del cual se difundirían las pautas de com­portamiento en general, y de consumo en particular, de los grandes centros exportadores de mercancías elaboradas. La única barrera que parece levantarse, en los países dependientes, respecto de esas pautas culturales modernas provenientes del centro, es la existencia de for­mas de organización cultural férreas y cerradas, con una conciencia

99

natural muy lúcida, que no se deja permear por esos incentivos desde el centro. Es lo que parece ocurrir con las culturas indígenas (al me­nos en las generaciones más adultas), y por ello se las observa margi­nadas de la cultura blanca dominante, así como se las margina de la incorporación productiva moderna y de los beneficios sociales redis­tribuidos fundamentalmente por el Estado.

Finalmente, corresponde una breve referencia a la dimensión política del proceso de desarrollo. En términos generales, esta di­mensión se refiere a la estructura de dominación vigente, la que en última instancia va a imponer su ideología o concepción respecto de la organización de la sociedad nacional al conjunto de los dominados; esa ideología se reflejará en la estrategia de desarrollo, en las políti­cas sociales redistributivas y, en la medida que pueda aislar su socie­dad nacional de las comunicaciones masivas desde el exterior, podría imponer su propia cultura. En un ámbito más concreto, esta dimen­sión podría identificarse con el papel del Estado como agente redis­tribuidor de beneficios sociales, buscando satisfacer ciertas reivindi­caciones de grupos cuyo apoyo es importante para la legitimación del poder del sector dominante, aun a costa de distorsionar el mode­lo puro de las leyes económicas del capitalismo. En un nivel de abs­tracción aún menor, cabe pensar en programas específicos de parte de los organismos públicos destinados a satisfacer ciertas necesidades básicas de grupos marginales al sistema, si ello no significa un costo económico importante, particularmente en comparación con los be­neficios políticos que se derivarían de las mismas.

ni. 2 Efectos del desarrollo sobre el crecimiento y la distribución de la población

Los avances y transformaciones de la sociedad nacional afectan el comportamiento de las pautas reproductivas y de la mortalidad, así como los desplazamientos de población dentro y fuera del terri­torio nacional. Para una mejor comprensión de esas relaciones debe analizarse en forma separada la influencia de los componentes del desarrollo sobre el crecimiento y sobre la distribución de la pobla­ción, dado que la relativa independencia de las dimensiones extraeco­nómicas sobre la fecundidad y la mortalidad se hace casi inexistente en relación con la migración y la distribución espacial de la pobla­ción.

Cualquiera sea la unidad de análisis, se tomen países o familias, siempre se encontrará que son las sociedades nacionales más homogé­

100

neamente desarrolladas y las familias que se han insertado mejor en ese proceso de desarrollo, las que tienen un menor crecimiento demográfico o aportan un menor número de hijos a la sociedad. Esta evidencia empírica —que ha estado en la base de algunas generaliza­ciones que expresan la relación: a mayor desarrollo, menor fecundi­dad y menor mortalidad— tiene el inconveniente de tomar el desarro­llo de la sociedad como un todo, sin atender a las disparidades reales en los cambios de algunas dimensiones particulares de ese proceso global. Cuando el desarrollo se da en lo económico, lo social, lo cul­tural y lo político, no hay dudas que la fecundidad y la mortalidad serán bajas (siendo bajo el crecimiento total de la población pese a los efectos diferentes de ambas variables en dicho crecimiento), observándose lo mismo en las familias que han logrado compartir los logros de la sociedad nacional en cada una de esas dimensiones. Sin embargo, ocurre con frecuencia, y ésta es la situación no contempla­da en aquella afirmación general, que los cambios y avances en las diversas dimensiones son asincrónicos, así como es heterogénea la si­tuación en distintas regiones dentro de la sociedad nacional.

Si se quiere partir de una afirmación también general, pero de mayor validez que la anterior, puede decirse que cuando se está fren­te a un desarrroUo homogéneo tanto la fecundidad como la mortali­dad presentarán valores reducidos y, como consecuencia de esta afir­mación general, cuando algunas zonas del país no son alcanzadas, ó quedan marginadas, por ese proceso de desarrollo global, sus tasas de mortalidad y fecundidad serán relativamente más altas. Esta dife­renciación espacial se repite en relación con los grupos sociales, en­contrándose que aquellos grupos que no son incorporados plenamen­te, o quedan marginados de los beneficios del desarrollo, tendrán una fecundidad o una mortalidad relativamente más altas. Pero esta afirmación general, siendo más válida que la anterior, todavía necesita aclarar qué pasa en las diversas situaciones posibles de asincronía en los desarrollos de la sociedad.

La dimensión económica, tomada generalmente como sinónimo de desarrollo, puede ir acompañada o no de avances en lo social y en lo cultural; en todo caso, lo más previsible es una asincronía entre ellas. Además, esa asincronía puede manifestarse en un adelanto o un retraso relativo de lo económico respecto de las dimensiones social y cultural. Siguiendo el modelo de los países centrales se esperaba que el avance productivo precediera siempre a los otros, por lo que el componente económico del desarrollo aparecía como una condición necesaria, aunque no suficiente, de los descensos en la fecundidad y en n mortalidad. Necesaria dada su precedencia, pero no suficiente

101

porque, de no haberse difundido los efectos sociales de ese avance productivo y no habiéndose traducido en modificaciones de sus pau­tas culturales tradicionales, no produciría cambios en las menciona­das variables demográficas. Sin embargo, dadas las particularidades del desarrollo latinoamericano, las pautas culturales de los países avanzados se transmiten con fluidez a través de eficientes medios de comunicación de masas y son fácilmente asimilados por la población de las sociedades dependientes, por lo que puede encontrarse una so­ciedad con pautas modernas de conducta y aspiraciones relativamen­te más avanzadas que sus logros productivos, si se tiene como mode­lo comparativo lo ocurrido en el centro. Del mismo modo, el avance de la “civilización”, que se va consagrando en el reconocimiento creciente de derechos humanos básicos, hace que el Estado se preo­cupe de ciertos beneficios sociales, muchas veces como compensa­ción frente a las insuficientes condiciones generales por el mercado de trabajo, el que responde a la productividad insuficiente y a la incapacidad de incorporar el conjunto de la población activa al apa­rato productivo eficiente. Los logros educacionales y de salud, por ejemplo, suelen aventajar a lo que era previsible, dado el grado de desarrollo económico alcanzado, si nuevamente se utñiza como mo­delo lo sucedido en los países centrales.

Por supuesto, los beneficios sociales y la satisfacción mínima de las expectativas creadas por los medios de comunicación de masas no podrán realizarse sin algún grado de avance productivo, difícil de cuantificar a priori. Esto quiere decir que la independencia relativa de lo social y de lo cultural respecto de lo económico, hecha posible por la intervención política del Estado, para producir efectos sobre lo demográfico, no significa ausencia de desarrollo económico, sino más bien la caída de los supuestos “umbrales” productivos a partir de los cuales operarían aquellos fenómenos redistributivos y los cam­bios demográficos. Y esto no significa necesariamente una corrida en los valores de los “umbrales” económicos, sino más bien una indeter­minación de aquellos cambios a partir de la sola información econó­mica como consecuencia de diversas posibilidades de adelanto o re­tardo de lo social y cultural respecto de lo económico.

Los desfases entre los diversos componentes de un proceso de desarrollo en los países periféricos pueden además presentar combi­naciones de relaciones diferentes en diversas regiones y estratos de la sociedad nacional. Todo lo anterior apunta a entregar pautas para la comprensión (que no debe confundirse en absoluto con la explica­ción causal), de los niveles y tendencias demográficas observados en los países de la región, los cuales se apartan a veces de lo esperado

102

dada la situación económica de los mismos, ya sea respecto del nivel alcanzado o de la tendencia seguida en el último período intercensal. En lo relativo a la mortalidad, las políticas específicas de salud segui­das por gobiernos de diferentes concepciones ideológicas, y con inde­pendencia relativa del dinamismo económico de sus países, permiten influir sobre la esperanza de vida con un costo relativamente bajo, siempre que se cuente con un aparato de Estado eficiente.

En lo que respecta a la fecundidad, la difusión de pautas moder­nas de cultura va a influir sobre un papel diferente de la mujer en la familia y en la sociedad, así como va a incrementar las aspiraciones de consumo que se ven obstaculizadas por un número grande de hi­jos; todo esto hace parte de la conformación de un ideal de familia pequeña, que es promovido a través de los programas de planifica­ción familiar. Los cambios culturales modernizantes y la intenciona­lidad política del Estado, accionando a través de la planificación fa­miliar, pueden acelerar los descensos de la fecundidad más allá de lo esperado dado el logro económico alcanzado, comparando con el modelo de los países centrales; y, particularmente, pueden notarse descensos acelerados en un período determinado sin que los cambios económicos sean de la magnitud que aquellos pudieran hacer pensar.

En cuanto al comportamiento de las corrientes migratorias y la distribución espacial de la población, la dimensión económica del desarrollo parece difícil de oscurecerse por logros o modificaciones sociales o culturales. El tipo de desarrollo espaciahnente concentrado de los países periféricos, ligado a su vinculación dependiente con los países centrales ha llevado, desde tiempos lejanos, a una acentuada concentración de la población en la gran mayoría de los países de la región. Las posibilidades ocupacionales que ofrecen algunas grandes ciudades, con sus actividades altamente diversificadas, sus más altos niveles relativos de productividad con sus secuelas de mejores sala­rios relativos y aún las posibilidades de obtener ingresos en activida­des informales de las más diversas especies, muchas veces a partir de ocupaciones autocreadas, hacen difícü pensar en formas diferentes de distribución espacial de la población que las encontradas históri­camente.

Con todo, también en relación con este aspecto demográfico puede observarse la influencia convergente de otros componentes del desarrollo que no eclipsan la importancia de la distribución espacial productiva. Es posible encontrar algunos casos en que los factores atractivos de las grandes ciudades superen el elemento estrictamente económico, si se tienen en cuenta las facilidades educacionales, re­

103

creativas y de salud.-No debe olvidarse tampoco que muchas de las grandes ciudades concentradoras de población se formaron en los países de la región antes de concretarse el proceso diversificado de desarrollo económico, así como también el hecho real de que algunas zonas suelen ofrecer posibilidades económicas que no siempre logran atraer el número y la calidad de población que requieren. El caso de las zonas rurales donde se han puesto en práctica programas de desa­rrollo rural integrado que, finalmente no retienen población en la magnitud programada, constituye otro ejemplo de la insuficiencia relativa del aspecto económico para la comprensión total del fenó­meno migratorio.

IV. LA SITUACION DEMOGRAFICA ALREDEDOR DELAÑO 2000.

ELEMENTOS PARA ESCENARIOS PREVISIBLES

IV.l Conocimiento e incertidumbre en lastendencias demográficas

Existe una tendencia generalizada a considerar los aspectos de­mográficos de una sociedad como puntos fijos, o jalones en el tiem­po, cuando en realidad ésta es una abstracción que con frecuencia contribuye a olvidar lo que es esencial en toda evolución demográ­fica; su carácter dinámico.

Claro está que parte de este sesgo es imputable a la conveniencia de trabajar con “situaciones” demográficas y el hecho mismo que una de las principales fuentes de información provee, para la mayo­ría de los temas que se investigan, datos referidos a una fecha parti­cular. Por eso, conviene empezar recordando que una buena parte de la realidad demográfica que presentarán los países en los comienzos del nuevo siglo ya está determinada. Salvo que medien circunstancias excepcionales, en las proyecciones demográficas que hoy se manejan hay segmentos de la población cuya magnitud y algunas de sus carac­terísticas, como el sexo y la edad, se conocen desde ya.

Ningún planificador educativo, o de los recursos humanos, po­drá sorprenderse en el año 2000 de las demandas que deberá satisfa­cer. Ya están determinadas. Otro tanto ocurre, por ejemplo, con los efectos de las ganancias en la esperanza de vida o una postergación de la edad de retiro sobre el financiamiento de los sistemas de seguri­dad social. Igual cosa vale con referencia a las transformaciones cua­

104

litativas que se imponen en los servicios de asistencia médica destina­dos a responder a las modificaciones en la estructura de la morbili­dad y la mortalidad por causas.

En cambio es incierto, aunque entre extremos previsibles, lo que ocurrirá con respecto al comportamiento reproductivo, la constitu­ción y disolución de las famüias, los cambios de residencia de las per­sonas dentro de las fronteras nacionales y entre los países. Incierto también, pero quizás menos, es el curso que seguirán los patrones de sobrevivencia, tanto de los que ya han nacido y esperan celebrar el año nuevo del 2000, como de los que nacerán entre hoy y esa fecha casi mágica con su cambio de siglo y de milenio. Quince años en de­mografía es poco tiempo, pero mirando retrospectivamente, las dos últimas décadas dan testimonio de profundas transformaciones en la distribución espacial, en la nupcialidad y en la fecundidad. No puede, por cierto, decirse lo mismo con respecto a la evolución de la morta­lidad que rige para la mayoría de las poblaciones de América Latina, pese a los notables avances que acreditan las ciencias biológicas y médicas.

A pesar de la tantas veces reconocida íntima relación entre la di­námica demográfica y el desarrollo económico y la también repetida y reiterada declaración de que las políticas demográficas deben inser­tarse o formar parte indisoluble de estrategias de desarrollo, lo cierto es que la experiencia de los años recientes muestra no sólo que puede no ser así, sino que para la gran mayoría de los países de América Latina sencillamente no ha sido así. Las variables demográficas han constituido el centro de acciones específicas por parte de los gobier­nos con independencia o con desconexión de la existencia o no de los planes de desarrollo.

Exitos alcanzados en algunos campos de la salud, uno de cuyos ejemplos más conspicuos es la reducción de la mortalidad infantil aun bajo condiciones económico-políticas de estancamiento o marca­da recesión, ponen en evidencia que el manejo de variables demográ­ficas puede hacerse, dentro de ciertos límites, con independencia de la aplicación efectiva de planes y estrategias de desarrollo. Aunque los ejemplos no son muchos, podrían conducir a abrir una interro­gante o poner en tela de juicio la necesaria asociación que nadie ha negado, pero cuya traducción operativa es todavía muy modesta, entre la dinámica demográfica y el desarrollo económico.

105

rV. 2 Cambios demográficos y esquemas políticos

Un ejercicio tentador es tratar de insertar la situación demográ­fica de América Latina de hoy dentro de dos o tres esquemas econó­mico-políticos que se aceptan como predominantes en la región. Así, puede hablarse de una modalidad de economía liberal donde el Esta­do proclama un papel subsidiario con respecto a algunas esferas de acción, donde a la iniciativa privada se le confiere una función de primer orden como factor de progreso y desarrollo de esa sociedad. Como consecuencia de esta concepción, sectores tradicionalmente en manos del Estado han sido total o parcialmente transferidos al sector privado, como ocurre con ciertos servicios de salud, seguridad social, educación y comunicación. La pregunta natural es qué efectos tiene ima tal opción política sobre las tendencias demográficas. En algunos casos resulta difícil identificar la posible asociación, en otros no lo es tanto. Así, por ejemplo, en materia de desplazamientos territoriales, un Estado regido por tal concepción facilita y, podría decirse, esti­mula los movimientos migratorios como consecuencia necesaria de los flujos de oferta y demanda de mano de obra y oportunidades del mercado, porque cobra fuerza el supuesto del ajuste más o menos automático de los factores productivos.

Otro hecho que debe destacarse es que, aun cuando se exhiben progresos considerables en el descenso de la mortalidad, al proclamar su papel subsidiario en algunos sectores (como es el caso de la salud), y al no tener en sus programas como meta principal una distribución equitativa del bienestar, las diferencias en términos de esperanza de vida que caracterizan a los países de América Latina, no sólo se man­tienen sino que aun pueden acentuarse. Dicho en términos estadísti­cos, los promedios nacionales de algunos indicadores suelen mostrar importantes ganancias, pero las variancias que cada uno de ellos es­conde no sólo no se reducen sino que en ciertos casos aumentan.

Aunque Malthus tal vez no se lo propuso, su síntesis sobre esta forma de organización social sigue vigente: “Una vez establecidas estas dos leyes fundamentales de la sociedad, la seguridad de la pro­piedad y la institución del matrimonio, la desigualdad de condiciones viene por necesidad. Los que nacieron después del reparto de las pro­piedades se encontraron con un mundo ya ocupado” (Malthus, 1798).

Un segundo escenario fácilmente identificable es aquél que se asocia con una economía planificada y centralizada, con una fuerte intervención del Estado en numerosos campos de la actividad huma­

106

na donde, además, los medios de producción han pasado de manos privadas a la colectividad.

Aquí, siendo un objetivo principal de la gestión la redistribución del bienestar y la búsqueda de la igualdad en cuanto a beneficios so­ciales, la atención se centra en el mejoramiento de promedios nacio­nales cuidando de reducir las diferencias entre los distintos grupos o segmentos de la población. Buenos ejemplos son las ganancias en la esperanza de vida y en el descenso de la mortalidad infantü pero, sobre todo, la reducción de las diferencias entre áreas geográficas y grupos humanos.

Por otro lado, una serie de factores convergentes, como son la Uberalización del divorcio, de las prácticas anticonceptivas y el acce­so a ellas a través de los servicios de salud, los estímulos al mejora­miento de la instrucción y la capacitación de las mujeres y su incor­poración generalizada al proceso productivo formal, conducen casi de manera inevitable a una reducción sostenida y a veces muy marca­da de la fecundidad. Tanto, que en más de un país existe hoy preo­cupación pública por una reproducción neta que no asegura el reem­plazo de las cohortes femeninas.

La planificación de la economía, de los recursos físicos, de la lo­calización industrial y de los servicios conducen a su vez, a la adop­ción de políticas de redistribución espacial de la población, aunque por lo que se sabe, los éxitos a mediano plazo son relativos. No obs­tante, diversos mecanismos administrativos tienen la fuerza suficien­te como para desalentar los flujos migratorios internos y externos.

Un tercer esquema, dentro del cual cabe la mayor parte de la po­blación de América Latina, es el que responde a una concepción po­lítico-económica liberal con una participación activa del Estado, el que interviene directa o indirectamente en algunos sectores de la eco­nomía y subsidia, no importa ahora a través de qué mecanismos —con propósitos redistributivos— diversos tipos de servicios básicos para la población. Con altas y bajas y diversidad de matices —cuan­do menos uno por país, podría decirse— es en estos días el escenario dominante fortalecido con nuevas energías. Lo que hasta hace unos años había sido una situación dada y casi “natural” se ha convertido en no pocos casos en una meta arduamente buscada.

Otras dos características residen en el funcionamiento y partici­pación regular de partidos y agrupaciones políticas con pluralidad

107

ideológica, así como de mecanismos a través de los cuales quienes dirigen responden por su gestión administrativa.

A este régimen pueden atribuírsele, sin mucho riesgo de error, los progresos alcanzados en el descenso de la mortalidad en las últimas décadas, los grados de instrucción en ciertos sectores relativamente satisfactorios, la cobertura más o menos extendida de los servicios de salud y de la seguridad social, ciertos estímulos a la movilidad social ascendente, pero también hay que debitarle las marcadas diferencias entre sectores urbanos y rurales, y aun dentro de la población urbana, entre los que se consideran marginales, cuyas expresiones numéricas a través de medidas demográficas confieren a la región un sello carac­terístico y no muy honroso de desigualdades, no sólo entre los países sino principalmente dentro de cada uno de ellos.

Pero, esta esquematización en tres grandes escenarios —además de abarcar porciones muy diferentes del contingente demográfico de la región— resulta poco práctica para sacar a la luz diferencias más refinadas pasando de medidas o indicadores globales a otros con ma­yor sensibilidad. A menos que se haga un análisis más desagregado del comportamiento de la mortalidad, de la formación y funciona­miento demográfico de la familia, de los determinantes de la migra­ción, por ejemplo, y se estudien otros factores que convergen sobre estos procesos, resultará casi estéril la búsqueda de relaciones causales entre los extremos considerados. Y eUo es debido no sólo a la caren­cia de información, sino porque las teorías no tienen respuestas. Además, ni la demografía ni la sociología le han prestado la atención que merecen.

El cuadro se complica aún más al comprobar que en fechas re­cientes países con regímenes muy disímiles han alcanzado éxitos im­portantes en cuanto a la reducción de la mortalidad infantil, a tal punto que, agrupándolos en función de la tasa correspondiente, que­darían bajo una misma categoría. Una conclusión posible es que el conocimiento socio-demográfico que se maneja carece de la sutileza suficiente como para poner en evidencia las consecuencias que un de­terminado régimen tiene sobre la dinámica demográfica en el media­no plazo. Sin tener pruebas concluyentes podría decirse, en cambio, que en materia de redistribución espacial de la población, de concen­tración urbana, de modificaciones en el sistema de valores en cuanto a la constitución y tamaño de las familias, parece ser que esa asocia­ción buscada tiene una expresión más inmediata.

Proyectar estos esquemas hacia los próximos quince o veinte años y esbozar siquiera el futuro o dimensión de cada uno de ellos108

no resulta ser el camino más apropiado. Alas restricciones señaladas antes, hay que agregar la arbitrariedad que supone asignar una pon­deración al ingrediente demográfico dentro del funcionamiento del sistema económico y social.

IV. 3 Algo más que las tendencias demográficas

Entonces, otra forma de imaginar los escenarios es a través de la extrapolación del curso de algunos signos sobresalientes de las varia­bles que determinan la dinámica demográfica. Pero hay que tener siempre presente que se trata de un proceso con existencia real, que sólo cobra sentido en un tiempo y en un espacio dados, pasa —en el sentido de transitar— por marcos o situaciones políticas concretas. La gracia está en identificar qué cuota del cambio demográfico es im­putable a esa situación particular; pero, peor aún, los regímenes cam­bian de uno a otro y también dentro de sí, aunque conservan sus mismos rótulos. Por eso la duración de un cierto régimen y la pureza de su perfil son elementos que deben tomarse en cuenta para elucidar la herencia que, traducida en características demográficas, ellos dejan en el seno de una determinada comunidad.

Comenzando por la fecundidad no es difícü pronosticar que su proceso de reducción observado desde hace algunos años en varios países se extenderá a casi todos ellos; se trata de una experiencia convergente. Lo importante es imaginar el modo que habrá de tomar esa reducción en los años futuros y su plazo. Y habrá de ser así por varias razones:

— Los datos de la Encuesta Mundial de Fecundidad señalan que más de la cuarta parte de los hijos tenidos por las muje­res encuestadas fueron no deseados (EMF).

— Las autoridades de varios países han declarado estar insatis­fechas con lo que se consideran elevadas tasas de crecimien­to, y se proponen reducirlas (CELADE, 1984 a).

— Los centros de irradiación del poder internacional abogan, a través de distintas vías, por acciones cada vez más eficaces sobre el control de la natalidad, y una parte importante de la investigación científica se concentra en el desarrollo de técnicas más contundentes y baratas, aplicables tanto a las mujeres como a los hombres.

109

— Se asiste a una marcada promoción destinada a un cambio en la escala de valores con respecto a la familia y a los hijos.

En los últimos veinte años, una buena porción de la reducción de la fecundidad experimentada en América Latina puede atribuirse al funcionamiento de los programas de planificación famüiar volun­taria cuya consecuencia inmediata es la reducción del número de hijos tenidos por las mujeres. A este objetivo han contribuido tam­bién el aumento de la edad media al casarse, la postergación del naci­miento del primer hijo y la extensión de los intervalos intergenésicos.

Pero, en años recientes, la esterilización femenina,y en mucho menor grado la masculina, han ganado terreno, lo que implica una modificación cualitativa con respecto a los patrones de fecundidad hasta ahora imperantes. En efecto, siendo esta técnica por el momen­to irreversible, significa que un contingente creciente de mujeres en edad de procrear se sustraen del proceso reproductivo. Cuán rápido y en qué medida se difundirá este mecanismo de control depende de muchos factores difíciles de predecir pero, sin duda, el escenario po­lítico que se elija jugará un papel importante en esas dimensiones.

Aunque la información sobre esterilizaciones llevadas a cabo en América Latina es muy precaria y parcial, los datos disponibles per­miten concluir que esta práctica anticonceptiva ha ganado terreno muy rápidamente y no hay indicios para suponer que esa tendencia pudiera interrumpirse. Casi es innecesario señalar qüe sus consecuen­cias finales dependen del punto, en la historia reproductiva de las mu­jeres, en que la esterilización tiene lugar. Sumando información de los países para los que existen datos, se puede concluir que en torno a 1980 alrededor de un 5 por ciento de las mujeres en edad fértil ha­bían sido esterilizadas (CELADE, 1984 b). Por el momento, el grado de difusión de esta técnica es muy dispar; en algunos países práctica­mente no se aplica o su impacto está restringido a la clientela de unos pocos médicos; en el otro extremo, hay países donde este pro­cedimiento se ha hecho popular y es promovido, tanto que en esos casos se ha llegado a registrar entre un 25 y un 30 por ciento de este­rilizadas entre las mujeres casadas y unidas.

Entre los cambios posibles tampoco hay que descartar el que re­sultaría de la adopción coercitiva de una división de la responsabili­dad reproductiva en el seno de la sociedad. Los resultados numéricos de la planificación famüiar —poco satisfactorios para varios de sus más notables sostenedores— frente a sus costos, han reavivado los ar­gumentos a su favor. Por otra parte, no debiera sorprender, porque en

l io

cierta forma viene a ser la consagración formal y explícita de lo que ocurre con la esterilización inducida.

Con respecto a la mortalidad hay dos facetas que destacar. Todo indica que continuarán las ganancias en la esperanza de vida como consecuencia de avances en la lucha contra las enfermedades degene­rativas y cardiovasculares; es altamente probable que algunos países se aproximen a los límites biológicos de la vida humana cuya fron­tera se ha vuelto a correr varios años. Pero, paradójicamente, al mis­mo tiempo el terreno que resta para ganar a la mortalidad infantil en las regiones subdesarrolladas es enorme; si los países miembros de la CEPAL tuvieran hoy como promedio una tasa de mortalidad infantü no superior al 30 por mil —cifra modesta— las muertes de niños me­nores de 1 año que se evitarían sólo durante 1985 en el conjunto de la región ascenderían a unas 360 000, casi mil cada día.

Otra faceta, de la mayor importancia y con repercusiones políti­cas más profundas, tiene que ver con la reducción de las diferencias que se dan en la actualidad en términos de esperanza de vida entre distintos sectores de la población dentro de un mismo país. Para re­ducirlas no se requiere de nuevos avances en la ciencia médica; basta con establecer un programa político que conceda prioridad a la re­distribución y reasignación de recursos del sector salud, que siendo razonablemente avanzados están hoy muy concentrados, o cuyo acceso se rige por las reglas del mercado. Es sin duda en este campo donde el escenario que se imagine para el año 2000 tendrá un peso decisivo.

Las tendencias recientes indican que se experimenta una dismi­nución del ritmo de la concentración en las grandes urbes. A cambio, ha habido una reorientación de determinadas corrientes hacia nú­cleos intermedios. Lo cierto es que, de no mediar una transforma­ción radical en el aparato productivo y en la organización misma de la sociedad, el proceso de concentración urbana habrá de seguir su curso histórico.

Distinta es, por cierto, la orientación que siguen las corrientes migratorias internacionales sobre todo derivada de lo que podría calificarse como el “cierre de las fronteras nacionales” , que hace cada vez más difícil el desplazamiento de contingentes significativos hacia los que han sido centros tradicionales de atracción. La migra­ción masiva hacia América Latina parece también un ciclo cerrado, no tanto porque falte interés de parte de los gobiernos potencialmen­te receptores, sino por las implicancias financieras que una tal co­rriente lleva consigo.

111

Son bien conocidas las consecuencias demográficas de la reduc­ción sostenida de la fecundidad y de la prolongación de la vida hu­mana; las proyecciones ya disponibles presentan lo que podrá espe­rarse para los próximos años. Sin embargo, parece ser que los planifi­cadores no prestan todavía la atención que merece este proceso con relación a sus repercusiones sobre el financiamiento de los sistemas de seguridad social, las demandas por distintos tipos de servicios edu­cativos, las modificaciones cualitativas en los servicios de salud y el uso de energía, entre otros casos.

Es muy poco también lo que puede decirse con respecto a la nupcialidad, falencia notable de la demografía, porque siendo este mecanismo el que da origen a la familia, unidad sociológica natural donde se gestan la mayor parte de los fenómenos demográficos, ape­nas si es estudiada.

Ahora bien, los estudios demográficos de los últimos 30 años y las proyecciones para los próximos 20 ó 25 descansan en lo que se ha dado en llamar el modelo de la transición demográfica. Es bien sabido que este modelo conduce a situaciones estables o en su límite, estacionarias, las que según algunas conjeturas podrían alcanzarse, para una buena parte de la humanidad, dentro de unos 50 ó 70 años. ¿Qué sigue después? Suponer que la humanidad entrará en un estado de equilibrio permanente sería no sólo un error sino también negar el carácter esencialmente dinámico de la reproducción y la muerte. A esa etapa de transición demográfica cuyo fin parece acercarse, segui­rán otras fases de transición o modificación sobre las cuales ya exis­ten algunos indicios. Se anticipa, por ejemplo, una mayor longevidad y por ende nuevos aumentos en la población, lo que implica necesa­riamente el manejo de una tecnología que aún hoy está concentrada en muy pocas manos. Volviendo al comienzo, podría suceder que de no operar cambios sustanciales en los sistemas de reparto del bienes­tar, esos avances contribuirán una vez más a acentuar las brechas que hoy existen y cuyas expresiones demográficas son tan concluyentes.

Pero en todo el razonamiento precedente se ha dado por cierto que determinadas coordenadas de la organización social y del hom­bre frente a la naturaleza habrán de permanecer inalteradas. Se pien­sa que esto es erróneo. Las formas que el hombre ha utilizado para establecer su relación con ella y apropiarse de los bienes que asegura su subsistencia, su bienestar y su desarrollo tocan a su fin. Con inde­pendencia del sistema sociopolítico que hoy es dable reconocer en cualquier parte, la tecnología productiva, la organización empresa­rial, los patrones de consumo y el concepto mismo del desarrollo de

112

la humanidad han puesto a la naturaleza toda —el sistema ecológi­co— en incapacidad de reaccionar y recuperarse frente a las apropia­ciones abusivas que el hombre hace. De esta toma de conciencia tí­mida es que surgen las preocupaciones con respecto a la necesidad de establecer un punto de equilibrio, congelar las cuotas del reparto tal como se presenta hoy, equilibrio que alcanzaría también al creci­miento demográfico. La impresionante serie de ejercicios académicos de hace unos años, inspirados en esta preocupación, se quedaron en el camino, entre otras razones, porque la polarización de fuerzas ha sido muy rápida. Pero, es apenas el comienzo de una transformación que está más cercana de lo que se presume.

Bajo esta óptica, la cooperación internacional y muy en particu­lar los organismos regionales deberán interrogarse sobre la contribu­ción que se espera de ellos y el modo de comprometerse con las transformaciones necesarias. ¿Son agentes dinamizadores del cambio y la transformación o custodios del statu quo? Más de un programa tendrá que reorientarse sobre principios nuevos, dejando atrás otros que por el uso o la inercia han adquirido la categoría de entelequias. Los individuos —funcionarios— comprometidos con la cooperación técnica se verán casi inevitablemente enfrentados a la revisión de algunas posturas y conductas a menos, claro está, que el papel de vanguardia que se supone juegan pase en forma definitiva a otros ac­tores.

V. DE LA DECLARACION A LA PRACTICA EN LA RELACION ENTRE PLANIFICACION Y POBLACION

V. 1 E l con tenido dem ográfico en los actuales planesd e desarrollo

Probablemente el aspecto más visible y difundido de los planes de desarrollo sea su expresión como “plan-libro” que, si bien contie­ne las líneas maestras de un proyecto de racionalización de las deci­siones, suele omitir elementos fundamentales de las actividades que le sirvieron de fundamento. De este modo, el “plan-libro” debe ser interpretado como un producto final del proceso de planificación del desarrollo económico y social en el que se sacrifica la precisión cien­tífico-técnica en beneficio de una síntesis destinada a la divulgación.

113

Muchas de las observaciones que a continuación se realizan acer­ca del contenido demográfico de los planes de desarrollo se circuns­criben a lo que puede percibirse en el producto final al que se ha alu­dido. Para algunos países se ha dispuesto, además, de la experiencia acumulada en el CELADE en materia de asesoramiento técnico a oficinas nacionales de planificación.

La gran mayoría de los planes de desarrollo elaborados en la re­gión contienen alguna información demográfica a la que se hace refe­rencia en los diagnósticos generales y de sectores específicos, particu­larmente los vinculados a la prestación de servicios sociales. Entre los planes formulados hacia fines de la década de 1970 se ha podido apreciar que, en algunos casos, existe una cierta tendencia a tratar a la población en un capítulo separado —y a veces introductorio— en el que se resumen las tendencias demográficas y se presenta una pro­yección de población.

Habitualmente, la información demográfica contenida en los planes consiste en datos sobre tamaño y ritmo de crecimiento de la población, estructura por edad y distribución entre áreas urbanas y rurales. Es normal poner énfasis en la evolución de los efectivos de la población total del país. De modo menos frecuente se observan men­ciones a medidas de la fecundidad y la mortalidad, como acontece en los capítulos dedicados al sector salud. En ocasiones se hace alusión a la migración interna, o más exactamente a la migración rural-urba- na, en los acápites destinados a la planificación regional. Finalmente, aun cuando rara vez de modo explícito, los planes contienen referen­cias a proyecciones de población.

Del examen efectuado acerca del contenido demográfico de los planes emergen algunas apreciaciones críticas que guardan relación con el tipo de datos presentados y con el tratamiento que se hace de los mismos en los diagnósticos y en los análisis de las perspectivas de desarrollo. Estas apreciaciones no se refieren a cada plan en particu­lar, sino a lo que se ha detectado como situación frecuente en la práctica de los diversos países de la región.

Corrientemente, los datos demográficos que se presentan apare­cen sin indicación de su calidad y, en apariencia, son ofrecidos sin haber sido suficientemente evaluados en términos de su cabalidad y exactitud. Muchos de estos datos se refieren a la población total del país y representan cifras agregadas o valores medios que no permiten percibir el grado de heterogeneidad social y espacial existente. Ade­más, la información reunida suele ser parcial, en el sentido que no se

1 14

hace uso del conocimiento disponible sobre las tendencias demográ­ficas, dejando la impresión de que se omiten los hallazgos alcanzados por investigaciones y estudios específicos. No obstante que en unos pocos planes se muestran numerosas cifras de tipo demográfico, rara vez se hace un uso efectivo de ellas en las diferentes secciones con­templadas, produciendo el efecto de una mera recopilación estadísti­ca de escasa utilidad.

Las variables demográficas suelen ser tomadas como datos exó- genos al proceso de planificación. En efecto, como ellas no son con­sideradas de manera interrelacionada con las variables económicas y sociales que se incluyen en los diagnósticos, se pierde la potenciali­dad de analizarlas en su calidad de causas o de efectos de los proble­mas del desarrollo que se identifican. Algunos de los planes de más reciente formulación han tratado de superar esta deficiencia aunque de manera poco fructífera. Así, en estos casos se ha llegado al reco­nocimiento de problemas adjudicados a las tendencias demográficas sin que se trascienda el plano de la descripción de síntomas. Tal aproximación resulta ser bastante simplista, como suele ocurrir cuan­do no se explica por qué una determinada situación constituye un problema ni se precisa el mecanismo de causalidad que permitiría evaluar su gravitación. Como ejemplo de este tipo de enfoque se encuentran declaraciones acerca del problema que involucra un cre­cimiento muy acelerado de la población o una desequilibrada distri­bución de los habitantes en el territorio; no se indica cuáles son los criterios para definir lo que es un crecimiento muy acelerado o una distribución desequilibrada, ni tampoco se señala qué es lo que se es­timaría como adecuado.

En los análisis sobre las perspectivas del desarrollo se suele elu­dir el tratamiento de las eventuales influencias o efectos que aquéllas tendrían sobre las tendencias demográficas; tampoco se consideran las posibles implicancias de estas últimas sobre algunos aspectos de las primeras. A causa de esa omisión, los planes dejan de lado la posi­bilidad de evaluar distintas alternativas de evolución de la población; es decir, no se conciben proyecciones demográficas condicionadas por los cursos de acción previstos para las variables económicas y so­ciales. Por lo demás, las proyecciones de población contenidas en los planes generalmente se usan para estimar, de un modo más bien me­cánico, la magnitud de la fuerza de trabajo y las demandas agregadas de consumo y de servicios sociales básicos; no es frecuente que esas proyecciones se tomen en cuenta para evaluar otros posibles efectos de la futura evolución demográfica, particularmente sobre el ahorro, la inversión, la distribución del ingreso. De otro lado, los planes iden­

115

tifican diversas políticas que, sin duda, están llamadas a tener pro­fundos efectos sobre las variables demográficas; sin embargo, esos impactos no son considerados; aun cuando existen dificultades me­todológicas para realizar evaluaciones ex-ante, sería posible discernir, al menos en términos cualitativos, algunos de ellos.

Ahora bien, habría que insistir una vez más que los insumos demográficos son necesarios no sólo para las unidades centrales de planificación, sino que ellos resultan de fundamental importancia para las diversas instancias de gestión administrativa. Sin duda que los organismos de gobierno municipal o provincial, así como las múl­tiples entidades ejecutivas de los sectores productivos, de dotación de servicios y de provisión de infraestructura, requieren de antece­dentes bastante pormenorizados acerca de la situación demográfica. Todo este vasto campo de demandas se encuentra aún débilmente atendido.

V. 2 Lineamientos para incorporar los insumosdemográficos en la planificación

Una estrategia destinada a lograr una inserción explícita de los insumos demográficos en la planificación requiere del cumplimiento de ciertas condiciones básicas. La primera de ellas corresponde a la generación de un sistema de información que contemple la disponibi­lidad de datos y estudios sobre la situación demográfica. Una segun­da condición es la necesidad de integrar efectivamente esta informa­ción en la elaboración de los diagnósticos de los planes. De igual mo­do será preciso incorporar el conocimiento resultante de esos diag­nósticos en los análisis de tipo prospectivo. Por último, se requerirá garantizar la presencia de contenidos demográficos en el diseño de las políticas que se deriven de los planes.

Para la generación de un sistema de información demográfica capaz de proveer insumos válidos en el proceso de planificación es impreciso elaborar datos y análisis relativos a diversos temas particu­lares. En general, cabe reconocer dos áreas fundamentales: aquella que se refiere al estado de la población (que corresponde a especifi­caciones sobre tamaño, estructura y composición) y aquella otra que concierne a los componentes del proceso de cambio de población (comprendiendo las variables básicas: fecundidad, mortalidad y mi­gración). Con el objeto de superar las visiones de corte general y abs­tracto que se relacionan con la población total, será preciso que esta información (datos y estudios) sea organizada de manera que se reco-

116

n o z c a n tr es p la n o s d is t in to s d e e s p e c if ic a c ió n . P r im e r a m e n te , la id e n ­t i f ic a c ió n d e g r u p o s h u m a n o s d e f in id o s seg ú n a tr ib u to s s o c ia le s , e c o ­n ó m ic o s y é t n ic o s q u e r e f le je n la h e te r o g e n e id a d e x is t e n t e d e n tr o de ca d a fo r m a c ió n s o c ia l p a r ticu la r . E n se g u n d o lu g a r , la d e te r m in a c ió n d e u n id a d e s e sp a c ia le s q u e p o se a n s ig n if ic a c ió n e n té r m in o s d e a d m i­n is tr a c ió n , e j e c u c ió n y a s ig n a c ió n d e r e c u r so s (d iv is io n e s a d m in is tr a ­t iv a s , r e g io n e s ) . P o r ú lt im o , la a g r e g a c ió n de a n t e c e d e n t e s d e t ip o in ­d iv id u a l p ara r e c o n o c e r h o g a r e s y fa m ilia s . T a n to la in fo r m a c ió n de t ip o g lo b a l c o m o la de n a tu r a le z a m á s e s p e c íf ic a p o s e e n a lta f u n c io ­n a lid a d p ara la s d iv ersa s in s ta n c ia s d e l p r o c e s o d e p la n if ic a c ió n .

C o n e l o b je t o d e in te g r a r la in fo r m a c ió n d e m o g r á fic a e n la e la b o ­r a c ió n d e lo s d ia g n ó s t ic o s será n e c e sa r io a n a lizar la m ism a c o n ju n ta ­m e n t e c o n la r e la tiv a a lo s d iv e rso s p r o c e s o s e c o n ó m ic o s , so c ia le s y p o l í t ic o s q u e in te r a c tú a n d e n tr o d e ca d a s itu a c ió n o b j e t o d e p la n if i ­c a c ió n . E s to im p lic a e s ta b le c e r lo s d e te r m in a n te s d e lo s p r o c e s o s d e m o g r á f ic o s y d e te c ta r la s c o n s e c u e n c ia s q u e se d er iv a n d e lo s m is ­m o s y q u e c o n s t i t u y e n fa c to r e s c o n d ic io n a n te s d e lo s p r o b le m a s d e l d e sa r r o llo . D e m o d o m á s p a r ticu la r , se n e c e s ita r á d e te r m in a r lo s e f e c t o s d e l p r o c e s o d e c a m b io e c o n ó m ic o y s o c ia l y d e su s m ú lt ip le s c o m p o n e n t e s (d is tr ib u c ió n d e l in g r e so , s is te m a s d e e d u c a c ió n y sa lu d , c o n d ic io n e s d e v iv ie n d a , d im e n s io n e s c u ltu r a le s , p o s ic ió n d e la m u ­je r , t e c n o lo g ía ) so b r e ca d a u n a de la s v a r ia b les d e m o g r á fic a s b á sic a s ( f e c u n d id a d , m o r ta lid a d y m ig r a c ió n ) . P a r a le la m e n te , h a b rá q u e in ­dagar a c e r c a d e la e v o lu c ió n d e las c o n s e c u e n c ia s q u e re p o r ta rá n las te n d e n c ia s d e m o g r á fic a s so b re a s p e c to s d e te r m in a d o s d e l d e sa r r o llo e c o n ó m ic o y s o c ia l ( c o m o e l e m p le o , la sa lu d , la e d u c a c ió n , la v iv ie n ­d a , e l a h o r r o , la in v e r s ió n , e l c o n s u m o , la d is tr ib u c ió n d e l in g r e so ) . E n a lg u n o s ru b ro s p a r tic u la r e s , c o m o e l e m p le o , e l a n á lis is d e lo s p r o b le m a s d eb erá in te g r a r , d e n tr o d e m o d e lo s e x p l ic a t iv o s g lo b a le s o p a r c ia le s , a la s v a r ia b le s d e m o g r á fic a s ; de e s ta m a n er a d e b e r á c a u te ­la rse q u e la p o b la c ió n e s té e fe c t iv a m e n te in se r ta en e l e s tu d io de t ó ­p ic o s ta le s c o m o e l in c r e m e n to d e l p r o d u c to n a c io n a l , la e le v a c ió n d e la p r o d u c t iv id a d y e l c a m b io e s tr u c tu r a l d e la e c o n o m ía . D e la m ism a m a n e r a , e n e l ca so d e la sa lu d h abrá q u e e s p e c if ic a r , c o n e l m a y o r g ra d o d e d e ta lle p o s ib le , c ó m o o p era n la s c o n d ic io n e s c o n d u ­c e n te s a d e te r m in a d o s n iv e le s d e m o r ta lid a d y d e fe c u n d id a d para g r u p o s p a r tic u la r e s d e la p o b la c ió n .

T a n to lo s a n á lis is p r o c e d e n te s d e l d ia g n ó s t ic o c o m o la e v a lu a ­c ió n d e lo s p r o b le m a s y d is p o s ic io n e s p o lí t ic a s p ara e n fr e n ta r lo s c o n s t i t u y e n u n c o n o c im ie n t o fu n d a m e n ta l q u e d e b e r á ser in c o r p o r a ­d o e n la c o n s id e r a c ió n d e las p e r sp e c t iv a s fu tu r a s y e n la p r o y e c c ió n d e l p r o c e s o d e d e sa r r o llo . D e n u e v o será p r e c is o p o n e r e n p rá c tic a

117

e n f o q u e s d e t ip o in té g r a d o r q u e te n g a n e n c u e n ta la s in te r r e la c io n e s e n tr e v a r ia b le s d e m o g r á fic a s , e c o n ó m ic a s y s o c ia le s . A s í , se e sta rá en c o n d ic io n e s d e a d v ertir c ó m o a d if e r e n te s e v o lu c io n e s d e la d in á m ic a s o c ia l y e c o n ó m ic a p o d r á n c o r r e s p o n d e r d is t in to s tr á n s ito s d e m o g r á ­f i c o s , a s í c o m o ap rec ia r c u á le s p o d r ía n ser lo s r e c íp r o c o s c o n d ic io n a ­m ie n t o s p r e v is ib le s p ara e l fu tu r o . S o la m e n te s ig u ie n d o e s te c a m in o se p o d r á tr a d u c ir , d e m a n e r a p r e c isa , o b je t iv o s e n m e ta s c u a n tita t iv a s q u e te n g a n e n c u e n ta la s te n d e n c ia s d e m o g r á fic a s y su e x p r e s ió n en d is t in to s h it o s te m p o r a le s .

U n tr a ta m ie n to e n d ó g e n o d e la s v a r ia b le s d e m o g r á fic a s e n la d e ­te r m in a c ió n d e la s p e r sp e c t iv a s fu tu r a s d e l d e sa r r o llo p la n if ic a d o c o n d u c e a la p r e se n c ia d e a q u e lla s e n la d e f in ic ió n d e la s p o l í t ic a s p ú b lic a s . D e h e c h o , e s t o s ig n if ic a la e la b o r a c ió n d e u n a p o l í t ic a d e ­m o g r á fic a g e n e r a l q u e in v o lu c r e su in s e r c ió n e n la s d if e r e n te s a c c io ­n e s y p ro g ra m a s e s p e c íf ic o s q u e fo r m u le e l s e c to r p ú b l ic o . U n a p o l í ­t ic a d e e m p le o , p o r e je m p lo , d e b e r á te n e r e n c u e n ta , p o r lo t a n t o , la s c o n s id e r a c io n e s q u e e n m a te r ia d e m ig r a c ió n c o n te n g a la p o l í t ic a d e m o g r á f ic a e n la m e d id a q u e lo s b a la n c e s en tr e o fe r ta y d e m a n d a d e fu e r z a d e tr a b a jo , la in c o r p o r a c ió n d e t e c n o lo g ía y e l e s t a b le c i­m ie n t o d e d ife r e n c ia s sa la r ia le s , e s ta b le c e r á n o p o r tu n id a d e s o b je t iv a s p ara la m o v il id a d d e la p o b la c ió n a tr a v és d e l te r r ito r io ; p o r e n d e , será p r e c is o ev a lu a r su s e f e c t o s p ara d e c id ir a ce rca d e su a c e p ta b il i ­d a d . E n fo r m a s im ila r , la s p o l í t ic a s d e sa lu d h a b r á n d e v in c u la r se e s ­tr e c h a m e n te c o n lo s c o n te n id o s d e la p o l í t ic a d e m o g r á fic a e n c u a n to a fe c u n d id a d y m o r ta lid a d .

P o r o tr a p a r te , lo s e le m e n to s p r o p io s d e la p o l í t ic a d e m o g r á fic a y la in f o r m a c ió n d e b a se serv irán p ara la id e n t i f ic a c ió n d e la p o b la ­c ió n -o b je t iv o a la q u e se e n c a m in a r á n la s a c c io n e s p ú b lic a s , a s í c o m o p a ra ev a lu a r la e j e c u c ió n d e la s m ism a s y p ara d e te r m in a r lo s c o s t o s p e r t in e n te s . T o d o s e s t o s a s p e c t o s s o n , a su v e z , c o m p o n e n t e s e s e n ­c ia le s d e la e f ic ie n c ia y e f ic a c ia d e la s p o l í t ic a s y p ro g ra m a s . E n p a r ­t ic u la r , e l c o n o c im ie n t o d e m o g r á f ic o , a d e m á s d e a u x ilia r e n e l d is e ñ o d e p o l í t ic a s , p e r m ite ev a lu a r la p e r t in e n c ia y e fe c t iv id a d q u e p o d r ía n te n e r la s a c c io n e s p ú b lic a s , t e n ie n d o e n c u e n ta la s p o s ib il id a d e s d e in tr o d u c ir c a m b io s e n la s te n d e n c ia s d e la p o b la c ió n y d e c o n se g u ir e f e c t o s d e s e a d o s , o d e o b v ia r lo s n o d e se a d o s .

L o s l in e a m ie n to s e s tr a té g ic o s r e se ñ a d o s para la in c o r p o r a c ió n d e la s v a r ia b le s d e m o g r á fic a s e n p la n if ic a c ió n n o e s tá n e x e n t o s d e p r o ­b le m a s . E n rea lid ad , e l h e c h o d e q u e t a l in se r c ió n m u e s tr e ta n ta s d e f i ­c ie n c ia s e n la e x p e r ie n c ia la t in o a m e r ic a n a e s u n s ig n o c la ro d e e s ta s d if ic u lta d e s . C ab e señ a lar e n tr e é s ta s la s q u e se d er iv a n d e la s f u e n t e s

118

M u c h o s p a ís e s p r e se n ta n ser ias d e f ic ie n c ia s e n m a te r ia d e f u e n ­t e s d e d a to s d e m o g r á f ic o s q u e p e r m ita n g en er a r d a to s c o n f ia b le s d e m a n er a o p o r tu n a . A u n c u a n d o se h a n c o n s e g u id o a v a n c e s im p o r ta n ­te s e n té r m in o s d e la p e r io d ic id a d d e lo s c e n s o s , d e la v e lo c id a d d e l p r o c e s a m ie n to d e lo s d a to s y d e la in c o r p o r a c ió n e n lo s c u e s t io n a r io s d e p r e g u n ta s a p r o p ia d a s p ara la m e d ic ió n d e la s v a r ia b le s d e m o g r á f i­c a s , to d a v ía q u e d a u n la rg o c a m in o p o r r e co rr er . N o o b s ta n te q u e lo s c e n s o s s o n u n a fu e n t e d e p r im e r o r d e n p a ra e l e s t u d io d e lo s p r o c e ­so s d e la p o b la c ió n , e s im p o r ta n te q u e lo s m is m o s se c o m p le m e n te n c o n e n c u e s ta s p e r ió d ic a s d e la m a y o r r e p r e se n ta t iv id a d p ara m a n te ­n e r a c tu a liz a d a s la s b a se s d e d a to s . A s im is m o , se r e q u ie r e c o n t in u a r p r o fu n d iz a n d o la s p o s ib il id a d e s d e d e sa g r e g a c ió n d e la in fo r m a c ió n se g ú n g r u p o s s o c ia le s y u n id a d e s e sp a c ia le s . T a m b ié n se o b se r v a en lo s p a ís e s d e la r e g ió n u n a ser ie d e l im ita c io n e s e n lo s s is te m a s de e s t a d ís t ic a s v ita le s ; e n a lg u n o s c a so s e s fa c t ib le c o n se g u ir m e jo r a s a c o s t o s r a z o n a b le s . E n e s e n c ia , u n a ta r e a p e n d ie n te e s la d e f in ic ió n d e u n a p o l í t ic a d e in f o r m a c ió n d e m o g r á f ic a .

A p a r e n te m e n te , la c a r e n c ia d e d a to s a p r o p ia d o s , a d e m á s d e la e sc a sa d o t a c ió n d e r e c u r so s h u m a n o s c a l if ic a d o s , se e n c u e n tr a n e n tr e lo s fa c to r e s r e s p o n s a b le s d e la s d e f ic ie n c ia s q u e se a d v ie r te n e n e l á m b ito d e lo s e s t u d io s d e m o g r á f ic o s . P o r o tr a p a r te , se h a c e im p e r io ­so p e r fe c c io n a r la s m e t o d o lo g ía s p a ra e l a n á lis is d e la in fo r m a c ió n a f in d e g en er a r p r o d u c to s d e in v e s t ig a c ió n q u e , a d e m á s d e a c r e c e n ta r e l c o n o c im ie n t o so b r e la s te n d e n c ia s d e la s v a r ia b le s d e m o g r á fic a s , se a n d e u t i l id a d p ara la p la n if ic a c ió n . L o s e s t u d io s e n e s te c a m p o d e ­b ie ra n tr a sc e n d e r e l p la n o d e la s v a r ia b le s d e m o g r á fic a s e s p e c íf ic a s p ara a lc a n z a r a lo s d e te r m in a n te s p r ó x im o s d e la s m ism a s , in t e n ta n ­d o p re c isa r m a y o r m e n te lo s c o m p o r ta m ie n to s d e g r u p o s p a r tic u la r e s d e la p o b la c ió n . E n e s t e s e n t id o c a b e r e c o n o c e r q u e rara v e z lo s d e ­m ó g r a fo s h a n to m a d o e n c u e n ta lo s r e q u e r im ie n to s d e lo s p la n if ic a ­d o r e s e n e l d is e ñ o d e su s in v e s t ig a c io n e s ; p o r lo d e m á s , e n m u c h o s d e lo s tr a b a jo s d e m o g r á f ic o s se a lc a n z a n c o n c lu s io n e s p o te n c ia lm e n te ú t i le s p a ra s a t is fa c e r n e c e s id a d e s d e p la n if ic a c ió n , p e r o n o se la s p r e ­s e n ta d e u n a m a n er a a p r o p ia d a c o m o p ara p e r m it ir su e f e c t iv o e m p le o .

S i b ie n se re g istra u n a l im ita d a d o ta c ió n d e p e r s o n a l c a p a c ita d o e n d e m o g r a f ía y e s tu d io s s o c ia le s d e la p o b la c ió n , ta m b ié n re v is te im p o r ta n c ia la c o n v e n ie n c ia d e c a lif ic a r p e r so n a l d e lo s o r g a n ism o s d e p la n if ic a c ió n e n a lg u n o s a s p e c t o s d e la d e m o g r a f ía . D e e s ta m a n e -

de in form ación , el cón ocim ien to d isponib le, lo s recursos hum anosex isten tes , lo s arreglos institucionales y lo s e lem en tos m etod o lóg icos.

119

ra p o d r á crearse u n n e x o e n tr e d if e r e n te s e s p e c ia lis ta s q u e p e r m ita h a c e r v ia b le u n e f e c t iv o tr a b a jo in te r d is c ip lin a r io . C o n c o m it a n te ­m e n te c o n lo a n te r io r , será d e l m a y o r in te r é s e x p lo r a r lo s arreg lo s in s t it u c io n a le s n e c e sa r io s p ara e l e s t a b le c im ie n to y c o n s o l id a c ió n de u n id a d e s d e p o b la c ió n e n lo s o r g a n ism o s d e p la n if ic a c ió n .

R e s ta n a ú n n u m e r o sa s d if ic u lta d e s a d ic io n a le s , d e t ip o m e t o d o ­ló g ic o y o p e r a t iv o , p ara re so lv e r e l p r o b le m a d e la e fe c t iv a in s e r c ió n d e la s v a r ia b le s d e m o g r á fic a s e n la p la n if ic a c ió n . S e re q u iere c o n t i ­n u a r tr a b a ja n d o e n e l d is e ñ o d e m o d e lo s d e p o b la c ió n y d e sa r r o llo d e s u f ic ie n te c a lid a d c o m o p ara b r in d a r u n in s tr u m e n to c o n d u c e n te a la e la b o r a c ió n d e p r o y e c c io n e s e c o n ó m ic a s y d e m o g r á fic a s c o n ­g r u e n te s . T a le s m o d e lo s , g lo b a le s o p a r c ia le s , p e r m it ir ía n a lo s p la n i­f ic a d o r e s u n a a p r e c ia c ió n m á s n ít id a d e la s in te r d e p e n d e n c ia s e n tr e m o d a lid a d e s d e c a m b io d e p o b la c ió n y d e d e sa r r o llo . S in e m b a r g o , e s in d u d a b le q u e lo s m o d e lo s e c o n ó m ic o -d e m o g r á f ic o s d is p o n ib le s e n la a c tu a lid a d p r e se n ta n d e f ic ie n c ia s , lig a d a s a lg u n a s a d if ic u lta d e s o p e r a t iv a s y o tr a s a g ra d o s in a d e c u a d o s d e e s p e c if ic a c ió n . E sta s l im i­ta c io n e s h a n im p e d id o q u e lo s p la n if ic a d o r e s p e r c ib a n a e s to s in s ­t r u m e n to s c o m o h e r r a m ie n ta s d e tr a b a jo . Para su p era r e s ta s r e s is te n ­c ia s , ser ía n e c e s a r io c o n c e b ir e sq u e m a s q u e p e r m ita n d e te r m in a r la s p o s ib le s c o n s e c u e n c ia s , d ir e c ta s e in d ir e c ta s , d e la s d e c is io n e s p ú b li­ca s a n te s d e q u e se le s p o n g a e n p r á c t ic a . U n a a lte r n a t iv a p ara la in ­tr o d u c c ió n d e m o d e lo s e c o n ó m ic o -d e m o g r á f ic o s e n lo s p r o c e s o s d e p la n if ic a c ió n y d e d e f in ic ió n d e p o l í t ic a s c o n s is t ir ía e n la in t r o d u c ­c ió n d e c o m p o n e n t e s d e m o g r á f ic o s e n lo s m o d e lo s q u e a c tu a lm e n te se e n c u e n tr a n e n u s o . S in e m b a r g o , d e b e te n e r s e p r e s e n te q u e u n f a c ­to r in h ib ito r io ta n to p ara e l u s o d e lo s m o d e lo s e c o n ó m ic o -d e m o g r á ­f ic o s c o m o p ara la in t r o d u c c ió n d e c o m p o n e n te s d e m o g r á f ic o s e n lo s a c tu a le s m o d e lo s d e p la n if ic a c ió n , e s la d é b ü b a se e m p ír ic a c o n q u e se c u e n ta p ara ü u stra r m u c h a s r e la c io n e s fu n d a m e n ta le s en tr e va r ia ­b le s d e m o g r á fic a s , e c o n ó m ic a s y so c ia le s .

R e su lta im p o r ta n te señ a la r q u e la d is ta n c ia e n tr e la p r á c t ic a a c tu a l e n A m é r ic a L a tin a y lo q u e p a r e c e r ía n e c e sa r io rea liza r p ara u n a in s e r c ió n a p r o p ia d a d e la s v a r ia b le s d e m o g r á fic a s e n la p la n if ic a ­c ió n d e l d e sa r r o llo e s m u y a m p lia . L a p u e s ta e n p r á c t ic a d e u n a e s tr a te g ia q u e c o n tr ib u y a a su p era r e s t a l im ita c ió n d eb ie ra c o n t e m ­p la r a c c io n e s p ro g re s iv a s . Se tr a ta , e n r ig o r , d e u n p r o c e s o gra d u a l q u e n e c e s a r ia m e n te te n d r á q u e d e se n v o lv e r se e n fo r m a d e a p r o x im a ­c io n e s su c e s iv a s .

120

R E F E R E N C IA S B IB L IO G R A F IC A S

ADC, 1984, M o rta lid a d y F e c u n d id a d en C osta R ic a (San José, Asociación Demográfica Costarricense, 1984).

CELADE, 1984 a. C on feren cia In te rn a c io n a l d e P o b la c ió n (M é x ic o , 1 9 8 4 ) : D ec la ra c io n e s d e las d e le g a c io n e s d e A m é r ic a L a tin a y d e l C aribe en las se s io n e s p len a ria s (Santiago de Chile, CELADE, diciembre de 1984; LC/ DEM /G.22).

CELADE, 1984 b, “La Esterilización en América Latina’ en borrador (Santiago, CELADE, octubre de 1984).

informe

CELADE, B o le t ín D e m o g r á f ic o , No. 5, “América Latina, Población Total y Tasas Anuales de Natalidad, Mortalidad y Crecimiento según Proyecciones Recomendadas por CELADE, 1960-2000” (Santiago de Chile, CELADE, enero de 1970).

CELADE, B o le t ín D e m o g r á f ic o , No. 32, “Proyecciones de Pobla­ción para los Países de América Latina” (Santiago de Chile, CELADE, julio de 1983; E/CEPAL/CELADE/G.13).

CEPAL, 1949, E stu d io E c o n ó m ic o d e A m é r ic a L a tin a 1 9 4 9 (docto. E/CN. 12 /164/R ev. 1).

CEPAL, 1983 a. L a S itu a c ió n D e m o g rá fic a d e A m é r ic a L a tin a E va lu ada en 1 9 8 3 : E s tim a c io n e s p a ra 1 9 6 0 -1 9 8 0 y P ro y e c c io n e s p a ra 1 9 8 0 -2 0 2 5 (docto. E/CEPAL/CEGAN/POB.2/L.2, octubre de 1983).

CEPAL, 1983 b. P o b la c ió n y D esa rro llo en A m é r ic a L a tin a (docto. E/CEPAL/CEGAN/POB.2/L.3, octubre de 1983 ).

EME, Encuesta Mundial de Fecundidad. Programa de investigación que abarcó a una docena de países de América Latina y el Caribe.

ENE, E n c u e s ta N a c io n a l d e F e c u n d id a d (1 9 7 6 ) : C o s ta R ica (San José, Dirección General de Estadística y Censos, 1978).

IFHIPAL, 1980; 1984, Programa de investigación del CELADE destinado al estudio de la fecundidad en los países de América Latina mediante el m étodo de hijos propios. Se dispone de análisis publicados sobre Costa Rica (1980), Argentina (1980), Cuba (1981), Guatemala (1984) y Panamá (1984).

IMIAL, 1976; 1984, Programa de investigación del CELADE desti­nado al estudio de la mortalidad en los primeros ciños de vida en los países de América Latina. Se dispone de estudios publicados sobre Costa Rica (1976), Bolivia (1977), El Salvador (1977), Paraguay (1977), República Dominicana (1977), Perú (1977), Ecuador (1977), Chile (1977), Colombia (1977 ), Nicaragua (1977), Guatemala (1978), Argentina (1978), Honduras (1978), Cuba (1980), Panamá (1983) y Guatemala (1984).

121

Malthus, T .R ., 1798, P r im e r E n sa y o so b re la P o b la c ió n (Madrid, Alianza Editorial, 1970).

N otestein, Frank W., 1945, “Population: The Long V iew ” , en Schultz, Theodore W., ed., F o o d f o r th e W o rld (Chicago, University o f Chicago Press, 1945).

Pinto, Aníbal, 1976, “Notas sobre estUos de desarrollo en América Latina” , en: R e v is ta d e la C E P A L , primer semestre de 1976, pp. 97-128.

Prebisch, Raúl, 1963, H acia una D in á m ica d e l D e sa rro llo L a tin o a m e ­r ican o (M é x ic o , F o n d o d e C u ltu ra E co n ó m ic a , 1 9 6 3 ) .

Prebisch, Raúl, 1970, T ra n sfo rm a c ió n y D e sa rro llo , la G ran Tarea d e A m é r ic a L a tin a , informe presentado al BID (Washington, Banco Interamericano de Descirrollo, m ayo de 1970).

Stavenhagen, R odolfo, 1966, “Siete Tesis Equivocadas sobre Améri­ca Latina” , en: D esa rro llo (Bogotá), Año I, No. 4 (septiembre de 1966), pp. 23-27.

122

Este libro se terminó de imprmir, en los Talleres Gráficos de Trejos Hnos. Sucs. S.A., San José — C.R.