Módulo II.I Anatomia "Pseudo Sebenta"

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Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Curso de Mestrado Integrado em Medicina Módulo II.I Anatomia “Pseudo Sebenta” Carlota Ferreirinha Rodrigues Lopes 2014-2015

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Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

Curso de Mestrado Integrado em Medicina

Módulo II.I

Anatomia

“Pseudo Sebenta”

Carlota Ferreirinha Rodrigues Lopes

2014-2015

Nota Introdutória:

O que vos trago aqui não é bem uma sebenta, ou seja, não é um documento pelo qual vocês

possam estudar anatomia, não é um texto massudo, porque isso, na minha opinião, já vocês

têm o suficiente e não precisam de outro para vos atrapalhar mais a vida, até porque a única

coisa que poderia fazer era dizer a mesma coisa por outras palavras, era tirar uns pontos,

acrescentar outros, enfim, penso que não vos ia adiantar muito.

O que vos trago aqui é uma amostra de sebenta, um auxílio, um apoio, no fundo uma pseudo

sebenta. Esta consiste basicamente num conjunto de desenhos que fiz quando estava no vosso

lugar, uns desenhos esquemáticos que ilustram pontos principais da matéria e que talvez vos

ajude a memoriza-la melhor. Procurei não por muita informação numa mesma imagem para

reterem mesmo o que e essencial e ao pé de cada uma acrescentei uma pequena legenda para

perceberem que parte da matéria é que eu queria evidenciar.

Esta pseudo sebenta foi feita com base nos desenhos e esquemas do nosso tão grande amigo

Coscarelli e depois claro, com a informação dos tais documentos massudos a que me referia

(entenda-se Rouvière e Esperança Pina).

Queria deixar uma palavra de agradecimento a duas pessoas que me ajudaram muito, que

elogiaram os meus desenhos e quase que me obrigaram a disponibilizá-los com a esperança de

vir a dar jeito a outras pessoas como deu a elas. E depois claro, estiveram também envolvidos

em todo o processo logístico (as coisas chatas portanto!), desde do scâner das imagens ao

ajeitar o texto, sempre com aquele problema típico do Word em que se move uma coisa

mínima e todo o texto desformata.

Por fim gostava de dedicar esta pseudo sebenta a todos vocês caloirinhos, foi para vocês que a

fiz!

Lembrem-se que depois de muito “panicar” e chorar, todos aqueles que se dedicarem

conseguem! E não desesperem quando chegar o dia da oral e acharem que não sabem nada e

que podiam ficar a estudar pelo menos mais 2 meses (apesar de estarem fartos,

completamente fartos de anatomia). Se este for o sentimento, ótimo, também foi o meu e de

muitos colegas meus, e adivinhem? Passámos!

Mas agora a sério, espero genuinamente que esta pequena compilação que fiz vos ajude.

Resta-me desejar-vos boa sorte e mais importante, mantenham a calma. Como o meu monitor

dizia: No Worries! ;)

Nota: Sei que nesta fase do campeonato não querem saber mas também tenho desenhos de

anatomia do segundo semestre, se por acaso isto vos der jeito, não me importo de perder um

bocadinho das minhas férias (ou falta delas) a compilar as coisas do segundo semestre. Depois

dêem-me o feedback.

Índice

Etmóide………………………………………………………………………………………..04

Úmero………………………………………………………………………………………….06

o Extremidade Superior…………………………………………………………06

o Corpo ou Diáfise…………………………………………………………………07

o Extremidade inferior…………………………………………………………..08

Ilíaco…………………………………………………………………………………………….10

o Face Externa……………………………………………………………………….11

o Bordo Anterior……………………………………………………………………12

o Bordo Superior……………………………………………………………………12

o Bordo posterior…………………………………………………………………..13

o Bordo inferior……………………………………………………………………..13

Fémur…………………………………………………………………………………………..14

o Corpo ou Diáfise…………………………………………………………………14

o Extremidade Superior…………………………………………………………16

o Extremidade Inferior…………………………………………………………..17

Tíbia……………………………………………………………………………………………..18

o Corpo ou Diáfise…………………………………………………………………18

o Extremidade Superior ………………………………………………………..19

o Extremidade Inferior…………………………………………………………..20

Peróneo………………………………………………………………………………………..21

o Corpo ou Diáfise…………………………………………………………………21

o Extremidade Superior…………………………………………………………22

Artéria axilar…………………………………………………………………………………23

Artérias do Membro Inferior………………………………………………………...25

Veias do Membro Inferior…………………………………………………………….27

Os cornetos limitam com a parte correspondente da

face interna das massas laterais espaços designados

meatos.

No meato superior (MS) abrem-se o seio

esfenoidal e as células etmoidais posteriores.

No meato médio (M1/2) abrem-se o seio

frontal, o sei maxilar e as células etmoidais

anteriores.

No meato inferior abre-se o canal lacrimo-nasal.

A face Interna das massas Laterais dá origem a lamelas recurvadas, o corneto superior (CS) e o corneto médio

(CM).

Cada corneto está fixo ao etmóide pelo seu bordo superior, encontrando-se todo o resto da sua superfície livre nas

fossas nasais.

Fossas Nasais

Cavidade

Orbitária

Cavidade

Orbitária

É pentagonal

Faz parte do septo das

fossas nasais

O corneto médio (CM) implanta-se ao longo de toda a face interna do etmóide. A sua extremidade anterior articula-se

com a crista turbinal superior do maxilar superior e a sua extremidade posterior articula-se com a crista turbinal

superior do palatino.

O corneto inferior (CM) articula-se anteriormente com a crista turbinal inferior do maxilar superior e posteriormente

com a crista turbinal inferior do palatino.

Face Anterior

Face superior: Superfície etmoidal do frontal

Face Inferior

Face Posterior

Face Interna:

Faz parte da

parede externa

das fossas

nasais

Face Externa: Faz parte da parede interna da órbita

Úmero

Extremidade Superior:

Apresenta uma superfície articular, a cabeça do úmero. Esta encontra-se limitada externamente pelo colo

anatómico.

Para fora da cabeça observa-se uma saliência, o troquíter e, à frente da cabeça, outra saliência, o troquino.

o O troquiter é a saliência mais volumosa e apresenta 3 facetas:

Superior: Insere-se o músculo supra-espinhoso

Média: Insere-se o músculo infra-espinhoso

Inferior: Insere-se o músculo pequeno redondo

o O troquino dá inserção ao músculo infra-escapular.

Entre o troquino e o troquiter existe a goteira bicipital onde se aloja o tendão da grande porção do

bicípete.

o No lábio externo dessa goteira insere-se o músculo grande peitoral.

o No lábio interno dessa goteira inserem-se os músculos grande dorsal e grande redondo.

A transição entre o corpo e a extremidade superior é conhecida por colo cirúrgico.

Corpo ou Diáfise

É irregularmente cilíndrico, superiormente, e prismático triangular, inferiormente, o que permite a descrição de: Três faces:

o Face ântero-externa o Face ântero-interna o Face Posterior

Três bordos: o Bordo Anterior o Bordo externo o Bordo Interno

Face ântero-externa:

Apresenta, logo acima da sua porção média, a

impressão deltoideia ou V deltoideu que dá

inserção ao músculo deltóide.

Inferiormente ao V deltoideu a superfície

óssea dá inserção ao músculo braquial anterior

Face Posterior:

Divide-se em duas porções pela goteira radial (a roxo).

Na goteira radial passa o nervo radial e os vasos

umerais profundos.

Acima e para fora da goteira radial insere-se o

músculo vasto externo.

Abaixo e para dentro da goteira radial insere-

se o músculo vasto interno.

Extremidade Inferior:

Porção Média, encontra-se uma superfície articular, constituída:

o Porção externa (hemisférica): Côndilo Umeral

Articula-se com a cavidade glenoideia do rádio

Apresenta, por cima , na face anterior, a fosseta condiliana que se relaciona com a cavidade

glenoideia do rádio

o Porção Interna (em forma de roldana): Tróclea umeral

Articula-se com a grande cavidade sigmoideia do cúbito

Apresenta, por cima, na face anterior, a fosseta coronoideia que contacta com a apófise

coronoideia do cúbito

Redondo Pronador

Grande Palmar

Pequeno Palmar

Cubital Anterior

2º Radial

De cada lado da extremidade inferior destacam-se

duas saliências, a mais externa designa-se epicôndilo,

e a mais interna, epitróclea.

Epicôndilo: Dá inserção aos músculos epicondilianos.

Parte posterior: Músculo Ancóneo

Anteriormente ao músculo ancóneo: os outros

músculos epicondilianos, que se inserem por um

tendão comum.

o Porção superficial, formada, da frente para

trás, pelos músculos:

2ºRadial

Extensor Comum dos Dedos

Extensor Próprio do 5ºdedo

Cubital Posterior

o Porção profunda, formada pelo:

Músculo Curto Supinador

Epitróclea: Dá inserção aos músculos

epitrocleares, que se inserem por um tendão

comum com 2 porções:

Porção superficial: formada, de fora

para dentro e de cima para baixo pelos

músculos:

o Redondo Pronador

o Grande Palmar

o Pequeno Palmar

o Cubital Anterior

Porção profunda: formada pelo músculo

flexor comum superficial dos dedos.

Ilíaco

O ilíaco é constituído por três porções:

o Ílion

o Ísquion

o Púbis

A porção central apresenta uma cavidade articular, a cavidade cotiloideia ou

acetábulo.

Face Externa:

Na sua porção média: Acetábulo

o Articula-se com a cabeça do fémur

o Circunscrita pelo rebordo cotiloideu, ):que apresenta três chanfraduras. Estas chanfraduras correspondem aos

pontos de junção das 3 peças ósseas.

Chanfradura ílio-púbica ( ílion + púbis)

Chanfradura ílio-isquiática (ílion + ísquion)

Chanfradura ísquio-púbica (ísquion + púbis)

o 2 porções: uma não articular ( fundo da cavidade cotiloideia), e outra articular.

Por cima do acetábulo: Fossa ilíaca Externa

o Nesta superfície encontram-se a linha semicircular anterior e a linha semicircular posterior. Estas duas linhas

dividem a fossa ilíaca externa em 3 zonas:

Anterior: Insere-se o músculo pequeno glúteo (G<)

Média: Insere-se o músculo médio glúteo (GM)

Posterior: Insere-se o músculo grande glúteo (G>)

Por baixo do acetábulo: Buraco Obturador

Nota: EIPS (espinha ilíaca póstero-superior), EIPI (espinha ilíaca póstero-inferior), EIAS ( espinha ilíaca ântero-superior), EIAI ( espinha ilíaca

ântero-inferior).

Este bordo apresenta, de cima para baixo:

Espinha Ilíaca Ântero-Superior (onde se

insere o músculo costureiro e o tensor da

fáscia lata);

Chanfradura fémuro-cutânea (onde passa o

nervo fémuro-cutâneo;

Espinha Ilíaca Ântero-Inferior (onde se

insere o tendão direto do músculo reto

anterior)

Chanfradura do Psoas-ilíaco (onde passa o

psoas-ilíaco)

Eminência ílio-pectínea (onde se insere o

músculo pectínio)

Espinha do Púbis. Para dentro desta existe

uma superfície rugosa que dá inserção aos

músculos piramidal e grande reto do

abdómen.

Este bordo é também conhecido por crista ilíaca. Dá inserção a vários

músculos.

Na sua parte anterior insere-se os músculos:

o Pequeno Oblíquo

o Grande Oblíquo

o Transverso do Abdómen

Alguns feixes do músculo tensor da fascia lata

Na sua parte posterior inserem-se os músculos:

o Grande dorsal

o Quadrado Lombar

o Sacro Lombar

Este bordo apresenta, indo de cima para baixo:

Espinha Ilíaca Póstero-Superior;

Chanfradura Inominada;

Espinha Ilíaco Póstero-Inferior;

Grande Chanfradura Ciática (que dá

passagem ao músculo piramidal e

aramos do plexo sagrado);

Espinha Ciática (onde se insere o

pequeno ligamento sacro-ciático)

Pequena Chanfradura Ciática

(atravessada pelo músculo obturados

interno)

Tuberosidade Isquiática (dá inserção ao

grande ligamento sacro ciático e aos

músculos posteriores da coxa).

No bordo inferior podem distinguir-se 2 segmentos:

Segmento Anterior ou Articular: Apresenta uma superfície articular que se articula coma do ossos contra-lateral formando a sínfise púbica.

Segmento Posterior:

o Mais oblíquo na mulher do que no homem; o Apresenta:

Lábio externo no qual se insere:

Músculo reto interno

Músculo grande adutor da coxa Lábio interno no qual se insere:

Músculos transversos do períneo Interstício sobre o qual se fixam:

Corpos cavernosos

Músculo ísquio cavernoso

Segmento

Anterior

Fémur Corpo ou Diáfise:

Tem a forma de um prisma triangular, podendo distinguir-se 3 faces e 3 bordos.

Face Anterior: insere-se os músculos

o Crural

o Subcrural

Face Póstero-Externa: insere-se o músculo Crural

Face Póstero-Interna: não apresenta inserções musculares.

Bordo Posterior

Também conhecido por linha áspera.

Dá inserção :

o Lábio Interno: Vasto Interno

o Lábio Externo: Vasto Externo

o 3 Adutores

o Interstício: curta porção do bicípete

Em baixo, a linha áspera bifurca-se para dar 2 ramos

que alcançam os côndilos. Estes dois ramos de

bifurcação delimitam um espaço triangular de base

inferior, o triângulo Popliteu.

Em cima, a linha áspera trifurca-se, dando origem a 3

ramos

o Externo ou crista do grande glúteo (termina no

grande trocânter e dá inserção ao grande

glúteo);

o Médio ou crista pectínea (alcança o pequeno

trocânter e dá inserção ao músculo pectíneo);

o Interno ou crista do vasto interno (insere-se o

vasto interno).

Nota: Pode haver ainda outro ramo situado para

fora da crista pectínea, a crista do pequeno adutor,

onde se insere o pequeno adutor.

O buraco nutritivo principal do fémur encontra-se

também ao nível da linha áspera.

Extremidade Superior

A extremidade Superior compreende:

Cabeça do fémur

Representa 2/3 de uma esfera

Por baixo e atrás do seu centro: fosseta do ligamento redondo (onde se insere o ligamento redondo).

2 saliências volumosas

o Grande trocânter

2 faces e 4 bordos

Face Externa: Impressão do médio glúteo (onde se insere o médio glúteo)

Face Interna: Cavidade digital (onde se insere os 2 músculos obturadores e os 2 gémeos

pélvicos)

Bordo Superior: Inserção do músculo piramidal da bacia

Bordo Inferior: Crista do vasto externo (onde se insere o vasto externo)

Bordo posterior: Continua-se com a linha intertrocanteriana posterior

Bordo Anterior: Inserção do pequeno glúteo (G<)

o Pequeno trocânter

Dá inserção ao músculo psoas ilíaco

O pequeno trocânter está ligado ao grande trocânter pelas linhas intertrocanterianas.

À frente: Linha Intertrocanteriana Anterior; À trás: Linha Intertrocanteriana posterior

Entre a cabeça e os trocânteres encontra-se o colo anatómico e, entre o corpo e a extremidade

superior do fémur, o colo cirúrgico.

Colo Anatómico

Vista Anterior

Vista Posterior

Extremidade Inferior

Apresenta, à frente, uma superfície articular, a tróclea femural.

Na sua face posterior, observam-se os 2 côndilos femorais (1 interno e o outro externo), separados um do outro pela

chanfradura intercondiliana.

Cada um dos côndilos apresenta 6 faces:

Face superior: continua-se com o corpo do osso;

Faces Inferiores ( anterior e posterior): articulam-se com a cavidade glenoideia da tíbia

A face Externa do côndilo interno e a face interna do côndilo interno:

o Delimitam a chanfradura intercondiliana

o Dão inserção aos ligamentos cruzados

Face Interna do côndilo Interno:

o Dá inserção ao ligamento lateral interno da articulação do joelho;

o Apresenta o tubérculo do grande adutor (onde se insere o grande adutor)

o Apresenta uma pequena escavação para inserção do gémeo interno

Face Externa do côndilo externo:

o Dá inserção ao ligamento lateral externo da articulação do joelho

o Apresenta 2 escavações, 1 para o músculo gémeo externo, e outra, para o músculo popliteu

Por cima dos côndilos, observa-se os tubérculos supracondilianos, onde se inserem os músculos gémeos.

Apresenta:

À frente, e por cima da tróclea, o escavado supratroclear (onde se articula a porção superior da rótula)

Atrás, e por cima da chanfradura intercondiliana, o triângulo popliteu

Tíbia Corpo ou Diáfise

É prismático triangular e apresenta 3 faces e 3 bordos.

Face Externa: Dá inserção ao tibial anterior e ao

extensor próprio do 1ºdedo.

Face Interna:

Parte Superior: Inserem-se os 3

músculos que constituem a pata de

ganso:

o Costureiro

o Recto Interno

o Semitendinoso

Mnemónica: CRIST

Extremidade Superior

Constituída por 2 tuberosidades, uma interna e outra externa.

As 2 tuberosidades estão separadas uma da outra, à frente, por uma superfície triangular. No vértice desta superfície

encontra-se a tuberosidade anterior da tíbia onde se insere o ligamento rotuliano.

A tuberosidade interna apresenta a impressão de inserção do tendão directo do músculo semi- membranoso

A tuberosidade externa apresenta o tubérculo de Gerdy, onde se insere:

o Músculo Tibial Anterior o Tensor da Fascia Lata

Face Posterior É atravessada por uma crista rugosa: Linha oblíqua da tíbia sobre a qual se insere o músculo solhar. A linha oblíqua da tíbia divide a face posterior em 2 segmentos:

Segmento Superior: insere-se o músculo poplíteo Segmento Inferior: subdividido por uma crista vertical em

2 superfícies:

o Superfície interna: insere-se o músculo flexor comum dos dedos

o Superfície externa: relaciona-se com o músculo tibial posterior

O buraco nutritivo principal da tíbia situa-se, geralmente, um pouco abaixo da linha oblíqua da tíbia.

Extremidade Inferior:

Tem uma forma cuboide descrevendo-se por isso 6 faces.

Face Superior

Face Inferior

Face Anterior: relaciona-se com os tendões dos músculos extensores dos dedos.

Face Posterior: apresenta uma goteira muito marcada para tendão do flexor próprio do 1º dedo.

Face Externa: apresenta a chanfradura peroneal

Face Interna: apresenta um prolongamento, o maléolo interno, em cuja porção posterior se observam 2

goteiras oblíquas

o Goteira do Tibial Posterior

o Goteira do Flexor Comum dos Dedos

Peróneo

Corpo ou Diáfise:

É prismático triangular, descrevendo 3

faces e 3 bordos.

Face Externa:

Apresenta, na sua porção média, uma

depressão para os músculos peroneais

laterais (Curto e Longo Peroneal Lateral).

Na parte inferior, apresenta, a goteira

dos peroneais, que dá passagem aos

tendões desses músculos.

Face Interna:

Dividida em 2 porções pela crista

interóssea, onde se insere o ligamento

interósseo do antebraço.

Á frentes desta crista inserem-se os

músculos:

Extensor Próprio do 1ºdedo

Extensor Comum dos dedos

Peroneal Anterior

Mnemónica: “Gorda Come peras”

1ºdedo = dedo gordo

Atrás desta crista insere-se o músculo

tibial posterior.

Bordo Anterior: também é conhecido

como crista do peróneo.

Bordo Interno: dá inserção ao músculo

tibial posterior.

Face Posterior:

Em cima, dá inserção ao músculo Solhar.

Em baixo, dá inserção ao músculo flexor

próprio do grande dedo.

O buraco Nutritivo do osso encontra-se na

porção média desta face.

Extremidade Superior:

Também denominada cabeça do peróneo,

apresenta uma faceta articular, para se articular

com a faceta peroneal situada na tíbia.

Por fora, e atrás desta faceta existe uma

saliência piramidal, a apófise estiloideia do

peróneo.

Artéria Axilar

A artéria axilar segue-se à artéria subclávia. Estende-se da face inferior da clavícula ao bordo inferior do grande peitoral, onde se continua pela artéria umeral. Na região axilar a artéria passa atrás do pequeno peitoral o que permite dividi-la em 3 porções. Ramos colaterais: A artéria axilar têm sete ramos colaterais.

1. Artéria torácica superior: Distribui-se aos músculos peitorais e à mama.

2. Artéria acrómio-torácica: Depois da sua origem, um pouco por cima do pequeno peitoral, divide-se em dois ramos: um ramo torácico, para os músculos peitorais, e um ramo acromial, que vasculariza o deltoide.

3. Artérias pequenas torácicas de Sappey: Em número de 2 a 5, são artérias muito finas que se distribuem aos músculos peitorais e intercostais.

4. Artéria mamária externa ou torácica inferior: Vasculariza os músculos peitorais, o grande dentado e o músculos intercostais.

Ramo Torácico

Ramo Acromial

Músculo Grande Dentado

Músculo Intercostal

(entre as costelas)

Músculo Peitoral

5. Artéria escapular inferior: Nasce ao nível do bordo inferior do músculo infraescapular dando alguns ramos a este músculo e dividindo-se em três ramos:

o Ramo anterior, que se destina ao músculo infraescapular;

o Ramo posterior para o músculo infraespinhoso

o Ramo descendente, que segue o bordo axilar da omoplata vascularizando os músculos vizinhos.

6. Artéria circunflexa posterior: Contorna o colo cirúrgico do úmero fornecendo ramos ao deltoide e terminando por se anastomosar com a artéria circunflexa anterior

7. Artéria circunflexa anterior: Contorna o colo cirúrgico do úmero fornecendo ramos ao nível da goteira bicipital:

o Ramo ascendente, que segue a goteira bicipital e se distribui à articulação escápulo-umeral

o Ramo externo que continua para fora o trajeto da artéria, enviando ramos ao deltoide, anastomosando-se com a artéria circunflexa posterior.

Músculo Escapular

Músculo Deltóide

Ramos ao nível da goteira bicipital

Artérias do Membro Inferior

A artéria Femoral é a continuação da artéria ilíaca externa, estendendo-se do anel crural até ao anel do terceiro

adutor, onde passa a chamar-se artéria popliteia.

A artéria popliteia vai continuar a artéria femoral, estendendo-se do anel do terceiro adutor até ao anel do solhar,

onde vai terminar, bifurcando-se em dois ramos:

o Anterior: artéria tibial anterior

o Posterior: tronco tíbio-peroneal

A artéria tibial anterior origina-se ao nível do anel do solhar.Caminha depois na região anterior da perna, até

alcançar o ligamento anular anterior do tarso, onde passa a chamar-se artéria pediosa.

A artéria pediosa é a continuação da artéria tibial anterior, ao nível do ligamento anular anterior do tarso. Alcança a

região plantar, onde se vai anastomosar com a artéria plantar externa, um dos ramos terminais da artéria tibial

posterior.

Durante o seu trajeto, a artéria pediosa fornece três ramos principais.

Artéria dorsal do tarso

Artéria dorsal do metatarso

Artéria interóssea dorsal do 1º espaço

O tronco tíbio-peroneal é o ramo de bifurcação posterior da artéria popliteia. Inicia-se ao nível do anel do

solhar e, 3 ou 4 centímetros por baixo deste anel, bifurca-se dando origem à artéria tibial posterior e a artéria

peroneal.

o A artéria peroneal é o ramo de bifurcação externo do tronco tíbio-peroneal. Desce ao longo da face

posterior da perna até à extremidade inferior do ligamento interósseo, onde se bifurca, dando a artéria

peroneal anterior e a peroneal posterior.

o A artéria tibial posterior é o ramo de bifurcação interno do tronco tíbio-peroneal. Situa-se depois entre

os músculos superficiais e profundos da região posterior da perna, até alcançar a goteira calcaneana

interna, onde se bifurca, dando a artéria plantar interna e a artéria plan-tar externa.

Veias do Membro Inferior

A face dorsal do pé apresenta a arcada venosa dorsal, que vai receber as veias dos dedos. Das extremidades desta

arcada partem duas veias:

o Interna, a veia dorsal interna, que segue o bordo interno do pé e vai continuar-se com a veia safena interna

o Externa, a veia dorsal externa, que segue o bordo externo do pé e vai originar a veia safena externa.

A Veia Safena Interna origina-se na veia dorsal interna. Passa adiante do maléolo interno, subindo verticalmente nas faces interna da perna e da coxa, até à porção média do triângulo de Scarpa. A cerca de 5 centímetros por baixo da arcada femoral, perfura a aponevrose femoral, para se abrir na veia femoral. Nota: No triângulo de scarpa, situa-se de fora para dentro o nervo, a artéria e a veia popliteia. Mnemónica: NAVE (Nervo/Artéria/Veia)

A Veia Safena Interna continua a veia dorsal externa. Passa atrás do maléolo externo, relacionando-se com o bordo externo do tendão de Aquiles. Situa-se depois no sulco situado entre os dois gémeos e alcança o escavado popliteu. Inflete-se então para diante, para terminar na veia popliteia.