Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
Curso de Mestrado Integrado em Medicina
Módulo II.I
Anatomia
“Pseudo Sebenta”
Carlota Ferreirinha Rodrigues Lopes
2014-2015
Nota Introdutória:
O que vos trago aqui não é bem uma sebenta, ou seja, não é um documento pelo qual vocês
possam estudar anatomia, não é um texto massudo, porque isso, na minha opinião, já vocês
têm o suficiente e não precisam de outro para vos atrapalhar mais a vida, até porque a única
coisa que poderia fazer era dizer a mesma coisa por outras palavras, era tirar uns pontos,
acrescentar outros, enfim, penso que não vos ia adiantar muito.
O que vos trago aqui é uma amostra de sebenta, um auxílio, um apoio, no fundo uma pseudo
sebenta. Esta consiste basicamente num conjunto de desenhos que fiz quando estava no vosso
lugar, uns desenhos esquemáticos que ilustram pontos principais da matéria e que talvez vos
ajude a memoriza-la melhor. Procurei não por muita informação numa mesma imagem para
reterem mesmo o que e essencial e ao pé de cada uma acrescentei uma pequena legenda para
perceberem que parte da matéria é que eu queria evidenciar.
Esta pseudo sebenta foi feita com base nos desenhos e esquemas do nosso tão grande amigo
Coscarelli e depois claro, com a informação dos tais documentos massudos a que me referia
(entenda-se Rouvière e Esperança Pina).
Queria deixar uma palavra de agradecimento a duas pessoas que me ajudaram muito, que
elogiaram os meus desenhos e quase que me obrigaram a disponibilizá-los com a esperança de
vir a dar jeito a outras pessoas como deu a elas. E depois claro, estiveram também envolvidos
em todo o processo logístico (as coisas chatas portanto!), desde do scâner das imagens ao
ajeitar o texto, sempre com aquele problema típico do Word em que se move uma coisa
mínima e todo o texto desformata.
Por fim gostava de dedicar esta pseudo sebenta a todos vocês caloirinhos, foi para vocês que a
fiz!
Lembrem-se que depois de muito “panicar” e chorar, todos aqueles que se dedicarem
conseguem! E não desesperem quando chegar o dia da oral e acharem que não sabem nada e
que podiam ficar a estudar pelo menos mais 2 meses (apesar de estarem fartos,
completamente fartos de anatomia). Se este for o sentimento, ótimo, também foi o meu e de
muitos colegas meus, e adivinhem? Passámos!
Mas agora a sério, espero genuinamente que esta pequena compilação que fiz vos ajude.
Resta-me desejar-vos boa sorte e mais importante, mantenham a calma. Como o meu monitor
dizia: No Worries! ;)
Nota: Sei que nesta fase do campeonato não querem saber mas também tenho desenhos de
anatomia do segundo semestre, se por acaso isto vos der jeito, não me importo de perder um
bocadinho das minhas férias (ou falta delas) a compilar as coisas do segundo semestre. Depois
dêem-me o feedback.
Índice
Etmóide………………………………………………………………………………………..04
Úmero………………………………………………………………………………………….06
o Extremidade Superior…………………………………………………………06
o Corpo ou Diáfise…………………………………………………………………07
o Extremidade inferior…………………………………………………………..08
Ilíaco…………………………………………………………………………………………….10
o Face Externa……………………………………………………………………….11
o Bordo Anterior……………………………………………………………………12
o Bordo Superior……………………………………………………………………12
o Bordo posterior…………………………………………………………………..13
o Bordo inferior……………………………………………………………………..13
Fémur…………………………………………………………………………………………..14
o Corpo ou Diáfise…………………………………………………………………14
o Extremidade Superior…………………………………………………………16
o Extremidade Inferior…………………………………………………………..17
Tíbia……………………………………………………………………………………………..18
o Corpo ou Diáfise…………………………………………………………………18
o Extremidade Superior ………………………………………………………..19
o Extremidade Inferior…………………………………………………………..20
Peróneo………………………………………………………………………………………..21
o Corpo ou Diáfise…………………………………………………………………21
o Extremidade Superior…………………………………………………………22
Artéria axilar…………………………………………………………………………………23
Artérias do Membro Inferior………………………………………………………...25
Veias do Membro Inferior…………………………………………………………….27
Os cornetos limitam com a parte correspondente da
face interna das massas laterais espaços designados
meatos.
No meato superior (MS) abrem-se o seio
esfenoidal e as células etmoidais posteriores.
No meato médio (M1/2) abrem-se o seio
frontal, o sei maxilar e as células etmoidais
anteriores.
No meato inferior abre-se o canal lacrimo-nasal.
A face Interna das massas Laterais dá origem a lamelas recurvadas, o corneto superior (CS) e o corneto médio
(CM).
Cada corneto está fixo ao etmóide pelo seu bordo superior, encontrando-se todo o resto da sua superfície livre nas
fossas nasais.
Fossas Nasais
Cavidade
Orbitária
Cavidade
Orbitária
É pentagonal
Faz parte do septo das
fossas nasais
O corneto médio (CM) implanta-se ao longo de toda a face interna do etmóide. A sua extremidade anterior articula-se
com a crista turbinal superior do maxilar superior e a sua extremidade posterior articula-se com a crista turbinal
superior do palatino.
O corneto inferior (CM) articula-se anteriormente com a crista turbinal inferior do maxilar superior e posteriormente
com a crista turbinal inferior do palatino.
Face Anterior
Face superior: Superfície etmoidal do frontal
Face Inferior
Face Posterior
Face Interna:
Faz parte da
parede externa
das fossas
nasais
Face Externa: Faz parte da parede interna da órbita
Úmero
Extremidade Superior:
Apresenta uma superfície articular, a cabeça do úmero. Esta encontra-se limitada externamente pelo colo
anatómico.
Para fora da cabeça observa-se uma saliência, o troquíter e, à frente da cabeça, outra saliência, o troquino.
o O troquiter é a saliência mais volumosa e apresenta 3 facetas:
Superior: Insere-se o músculo supra-espinhoso
Média: Insere-se o músculo infra-espinhoso
Inferior: Insere-se o músculo pequeno redondo
o O troquino dá inserção ao músculo infra-escapular.
Entre o troquino e o troquiter existe a goteira bicipital onde se aloja o tendão da grande porção do
bicípete.
o No lábio externo dessa goteira insere-se o músculo grande peitoral.
o No lábio interno dessa goteira inserem-se os músculos grande dorsal e grande redondo.
A transição entre o corpo e a extremidade superior é conhecida por colo cirúrgico.
Corpo ou Diáfise
É irregularmente cilíndrico, superiormente, e prismático triangular, inferiormente, o que permite a descrição de: Três faces:
o Face ântero-externa o Face ântero-interna o Face Posterior
Três bordos: o Bordo Anterior o Bordo externo o Bordo Interno
Face ântero-externa:
Apresenta, logo acima da sua porção média, a
impressão deltoideia ou V deltoideu que dá
inserção ao músculo deltóide.
Inferiormente ao V deltoideu a superfície
óssea dá inserção ao músculo braquial anterior
Face Posterior:
Divide-se em duas porções pela goteira radial (a roxo).
Na goteira radial passa o nervo radial e os vasos
umerais profundos.
Acima e para fora da goteira radial insere-se o
músculo vasto externo.
Abaixo e para dentro da goteira radial insere-
se o músculo vasto interno.
Extremidade Inferior:
Porção Média, encontra-se uma superfície articular, constituída:
o Porção externa (hemisférica): Côndilo Umeral
Articula-se com a cavidade glenoideia do rádio
Apresenta, por cima , na face anterior, a fosseta condiliana que se relaciona com a cavidade
glenoideia do rádio
o Porção Interna (em forma de roldana): Tróclea umeral
Articula-se com a grande cavidade sigmoideia do cúbito
Apresenta, por cima, na face anterior, a fosseta coronoideia que contacta com a apófise
coronoideia do cúbito
Redondo Pronador
Grande Palmar
Pequeno Palmar
Cubital Anterior
2º Radial
De cada lado da extremidade inferior destacam-se
duas saliências, a mais externa designa-se epicôndilo,
e a mais interna, epitróclea.
Epicôndilo: Dá inserção aos músculos epicondilianos.
Parte posterior: Músculo Ancóneo
Anteriormente ao músculo ancóneo: os outros
músculos epicondilianos, que se inserem por um
tendão comum.
o Porção superficial, formada, da frente para
trás, pelos músculos:
2ºRadial
Extensor Comum dos Dedos
Extensor Próprio do 5ºdedo
Cubital Posterior
o Porção profunda, formada pelo:
Músculo Curto Supinador
Epitróclea: Dá inserção aos músculos
epitrocleares, que se inserem por um tendão
comum com 2 porções:
Porção superficial: formada, de fora
para dentro e de cima para baixo pelos
músculos:
o Redondo Pronador
o Grande Palmar
o Pequeno Palmar
o Cubital Anterior
Porção profunda: formada pelo músculo
flexor comum superficial dos dedos.
Ilíaco
O ilíaco é constituído por três porções:
o Ílion
o Ísquion
o Púbis
A porção central apresenta uma cavidade articular, a cavidade cotiloideia ou
acetábulo.
Face Externa:
Na sua porção média: Acetábulo
o Articula-se com a cabeça do fémur
o Circunscrita pelo rebordo cotiloideu, ):que apresenta três chanfraduras. Estas chanfraduras correspondem aos
pontos de junção das 3 peças ósseas.
Chanfradura ílio-púbica ( ílion + púbis)
Chanfradura ílio-isquiática (ílion + ísquion)
Chanfradura ísquio-púbica (ísquion + púbis)
o 2 porções: uma não articular ( fundo da cavidade cotiloideia), e outra articular.
Por cima do acetábulo: Fossa ilíaca Externa
o Nesta superfície encontram-se a linha semicircular anterior e a linha semicircular posterior. Estas duas linhas
dividem a fossa ilíaca externa em 3 zonas:
Anterior: Insere-se o músculo pequeno glúteo (G<)
Média: Insere-se o músculo médio glúteo (GM)
Posterior: Insere-se o músculo grande glúteo (G>)
Por baixo do acetábulo: Buraco Obturador
Nota: EIPS (espinha ilíaca póstero-superior), EIPI (espinha ilíaca póstero-inferior), EIAS ( espinha ilíaca ântero-superior), EIAI ( espinha ilíaca
ântero-inferior).
Este bordo apresenta, de cima para baixo:
Espinha Ilíaca Ântero-Superior (onde se
insere o músculo costureiro e o tensor da
fáscia lata);
Chanfradura fémuro-cutânea (onde passa o
nervo fémuro-cutâneo;
Espinha Ilíaca Ântero-Inferior (onde se
insere o tendão direto do músculo reto
anterior)
Chanfradura do Psoas-ilíaco (onde passa o
psoas-ilíaco)
Eminência ílio-pectínea (onde se insere o
músculo pectínio)
Espinha do Púbis. Para dentro desta existe
uma superfície rugosa que dá inserção aos
músculos piramidal e grande reto do
abdómen.
Este bordo é também conhecido por crista ilíaca. Dá inserção a vários
músculos.
Na sua parte anterior insere-se os músculos:
o Pequeno Oblíquo
o Grande Oblíquo
o Transverso do Abdómen
Alguns feixes do músculo tensor da fascia lata
Na sua parte posterior inserem-se os músculos:
o Grande dorsal
o Quadrado Lombar
o Sacro Lombar
Este bordo apresenta, indo de cima para baixo:
Espinha Ilíaca Póstero-Superior;
Chanfradura Inominada;
Espinha Ilíaco Póstero-Inferior;
Grande Chanfradura Ciática (que dá
passagem ao músculo piramidal e
aramos do plexo sagrado);
Espinha Ciática (onde se insere o
pequeno ligamento sacro-ciático)
Pequena Chanfradura Ciática
(atravessada pelo músculo obturados
interno)
Tuberosidade Isquiática (dá inserção ao
grande ligamento sacro ciático e aos
músculos posteriores da coxa).
No bordo inferior podem distinguir-se 2 segmentos:
Segmento Anterior ou Articular: Apresenta uma superfície articular que se articula coma do ossos contra-lateral formando a sínfise púbica.
Segmento Posterior:
o Mais oblíquo na mulher do que no homem; o Apresenta:
Lábio externo no qual se insere:
Músculo reto interno
Músculo grande adutor da coxa Lábio interno no qual se insere:
Músculos transversos do períneo Interstício sobre o qual se fixam:
Corpos cavernosos
Músculo ísquio cavernoso
Segmento
Anterior
Fémur Corpo ou Diáfise:
Tem a forma de um prisma triangular, podendo distinguir-se 3 faces e 3 bordos.
Face Anterior: insere-se os músculos
o Crural
o Subcrural
Face Póstero-Externa: insere-se o músculo Crural
Face Póstero-Interna: não apresenta inserções musculares.
Bordo Posterior
Também conhecido por linha áspera.
Dá inserção :
o Lábio Interno: Vasto Interno
o Lábio Externo: Vasto Externo
o 3 Adutores
o Interstício: curta porção do bicípete
Em baixo, a linha áspera bifurca-se para dar 2 ramos
que alcançam os côndilos. Estes dois ramos de
bifurcação delimitam um espaço triangular de base
inferior, o triângulo Popliteu.
Em cima, a linha áspera trifurca-se, dando origem a 3
ramos
o Externo ou crista do grande glúteo (termina no
grande trocânter e dá inserção ao grande
glúteo);
o Médio ou crista pectínea (alcança o pequeno
trocânter e dá inserção ao músculo pectíneo);
o Interno ou crista do vasto interno (insere-se o
vasto interno).
Nota: Pode haver ainda outro ramo situado para
fora da crista pectínea, a crista do pequeno adutor,
onde se insere o pequeno adutor.
O buraco nutritivo principal do fémur encontra-se
também ao nível da linha áspera.
Extremidade Superior
A extremidade Superior compreende:
Cabeça do fémur
Representa 2/3 de uma esfera
Por baixo e atrás do seu centro: fosseta do ligamento redondo (onde se insere o ligamento redondo).
2 saliências volumosas
o Grande trocânter
2 faces e 4 bordos
Face Externa: Impressão do médio glúteo (onde se insere o médio glúteo)
Face Interna: Cavidade digital (onde se insere os 2 músculos obturadores e os 2 gémeos
pélvicos)
Bordo Superior: Inserção do músculo piramidal da bacia
Bordo Inferior: Crista do vasto externo (onde se insere o vasto externo)
Bordo posterior: Continua-se com a linha intertrocanteriana posterior
Bordo Anterior: Inserção do pequeno glúteo (G<)
o Pequeno trocânter
Dá inserção ao músculo psoas ilíaco
O pequeno trocânter está ligado ao grande trocânter pelas linhas intertrocanterianas.
À frente: Linha Intertrocanteriana Anterior; À trás: Linha Intertrocanteriana posterior
Entre a cabeça e os trocânteres encontra-se o colo anatómico e, entre o corpo e a extremidade
superior do fémur, o colo cirúrgico.
Colo Anatómico
Vista Anterior
Vista Posterior
Extremidade Inferior
Apresenta, à frente, uma superfície articular, a tróclea femural.
Na sua face posterior, observam-se os 2 côndilos femorais (1 interno e o outro externo), separados um do outro pela
chanfradura intercondiliana.
Cada um dos côndilos apresenta 6 faces:
Face superior: continua-se com o corpo do osso;
Faces Inferiores ( anterior e posterior): articulam-se com a cavidade glenoideia da tíbia
A face Externa do côndilo interno e a face interna do côndilo interno:
o Delimitam a chanfradura intercondiliana
o Dão inserção aos ligamentos cruzados
Face Interna do côndilo Interno:
o Dá inserção ao ligamento lateral interno da articulação do joelho;
o Apresenta o tubérculo do grande adutor (onde se insere o grande adutor)
o Apresenta uma pequena escavação para inserção do gémeo interno
Face Externa do côndilo externo:
o Dá inserção ao ligamento lateral externo da articulação do joelho
o Apresenta 2 escavações, 1 para o músculo gémeo externo, e outra, para o músculo popliteu
Por cima dos côndilos, observa-se os tubérculos supracondilianos, onde se inserem os músculos gémeos.
Apresenta:
À frente, e por cima da tróclea, o escavado supratroclear (onde se articula a porção superior da rótula)
Atrás, e por cima da chanfradura intercondiliana, o triângulo popliteu
Tíbia Corpo ou Diáfise
É prismático triangular e apresenta 3 faces e 3 bordos.
Face Externa: Dá inserção ao tibial anterior e ao
extensor próprio do 1ºdedo.
Face Interna:
Parte Superior: Inserem-se os 3
músculos que constituem a pata de
ganso:
o Costureiro
o Recto Interno
o Semitendinoso
Mnemónica: CRIST
Extremidade Superior
Constituída por 2 tuberosidades, uma interna e outra externa.
As 2 tuberosidades estão separadas uma da outra, à frente, por uma superfície triangular. No vértice desta superfície
encontra-se a tuberosidade anterior da tíbia onde se insere o ligamento rotuliano.
A tuberosidade interna apresenta a impressão de inserção do tendão directo do músculo semi- membranoso
A tuberosidade externa apresenta o tubérculo de Gerdy, onde se insere:
o Músculo Tibial Anterior o Tensor da Fascia Lata
Face Posterior É atravessada por uma crista rugosa: Linha oblíqua da tíbia sobre a qual se insere o músculo solhar. A linha oblíqua da tíbia divide a face posterior em 2 segmentos:
Segmento Superior: insere-se o músculo poplíteo Segmento Inferior: subdividido por uma crista vertical em
2 superfícies:
o Superfície interna: insere-se o músculo flexor comum dos dedos
o Superfície externa: relaciona-se com o músculo tibial posterior
O buraco nutritivo principal da tíbia situa-se, geralmente, um pouco abaixo da linha oblíqua da tíbia.
Extremidade Inferior:
Tem uma forma cuboide descrevendo-se por isso 6 faces.
Face Superior
Face Inferior
Face Anterior: relaciona-se com os tendões dos músculos extensores dos dedos.
Face Posterior: apresenta uma goteira muito marcada para tendão do flexor próprio do 1º dedo.
Face Externa: apresenta a chanfradura peroneal
Face Interna: apresenta um prolongamento, o maléolo interno, em cuja porção posterior se observam 2
goteiras oblíquas
o Goteira do Tibial Posterior
o Goteira do Flexor Comum dos Dedos
Peróneo
Corpo ou Diáfise:
É prismático triangular, descrevendo 3
faces e 3 bordos.
Face Externa:
Apresenta, na sua porção média, uma
depressão para os músculos peroneais
laterais (Curto e Longo Peroneal Lateral).
Na parte inferior, apresenta, a goteira
dos peroneais, que dá passagem aos
tendões desses músculos.
Face Interna:
Dividida em 2 porções pela crista
interóssea, onde se insere o ligamento
interósseo do antebraço.
Á frentes desta crista inserem-se os
músculos:
Extensor Próprio do 1ºdedo
Extensor Comum dos dedos
Peroneal Anterior
Mnemónica: “Gorda Come peras”
1ºdedo = dedo gordo
Atrás desta crista insere-se o músculo
tibial posterior.
Bordo Anterior: também é conhecido
como crista do peróneo.
Bordo Interno: dá inserção ao músculo
tibial posterior.
Face Posterior:
Em cima, dá inserção ao músculo Solhar.
Em baixo, dá inserção ao músculo flexor
próprio do grande dedo.
O buraco Nutritivo do osso encontra-se na
porção média desta face.
Extremidade Superior:
Também denominada cabeça do peróneo,
apresenta uma faceta articular, para se articular
com a faceta peroneal situada na tíbia.
Por fora, e atrás desta faceta existe uma
saliência piramidal, a apófise estiloideia do
peróneo.
Artéria Axilar
A artéria axilar segue-se à artéria subclávia. Estende-se da face inferior da clavícula ao bordo inferior do grande peitoral, onde se continua pela artéria umeral. Na região axilar a artéria passa atrás do pequeno peitoral o que permite dividi-la em 3 porções. Ramos colaterais: A artéria axilar têm sete ramos colaterais.
1. Artéria torácica superior: Distribui-se aos músculos peitorais e à mama.
2. Artéria acrómio-torácica: Depois da sua origem, um pouco por cima do pequeno peitoral, divide-se em dois ramos: um ramo torácico, para os músculos peitorais, e um ramo acromial, que vasculariza o deltoide.
3. Artérias pequenas torácicas de Sappey: Em número de 2 a 5, são artérias muito finas que se distribuem aos músculos peitorais e intercostais.
4. Artéria mamária externa ou torácica inferior: Vasculariza os músculos peitorais, o grande dentado e o músculos intercostais.
Ramo Torácico
Ramo Acromial
Músculo Grande Dentado
Músculo Intercostal
(entre as costelas)
Músculo Peitoral
5. Artéria escapular inferior: Nasce ao nível do bordo inferior do músculo infraescapular dando alguns ramos a este músculo e dividindo-se em três ramos:
o Ramo anterior, que se destina ao músculo infraescapular;
o Ramo posterior para o músculo infraespinhoso
o Ramo descendente, que segue o bordo axilar da omoplata vascularizando os músculos vizinhos.
6. Artéria circunflexa posterior: Contorna o colo cirúrgico do úmero fornecendo ramos ao deltoide e terminando por se anastomosar com a artéria circunflexa anterior
7. Artéria circunflexa anterior: Contorna o colo cirúrgico do úmero fornecendo ramos ao nível da goteira bicipital:
o Ramo ascendente, que segue a goteira bicipital e se distribui à articulação escápulo-umeral
o Ramo externo que continua para fora o trajeto da artéria, enviando ramos ao deltoide, anastomosando-se com a artéria circunflexa posterior.
Músculo Escapular
Músculo Deltóide
Ramos ao nível da goteira bicipital
Artérias do Membro Inferior
A artéria Femoral é a continuação da artéria ilíaca externa, estendendo-se do anel crural até ao anel do terceiro
adutor, onde passa a chamar-se artéria popliteia.
A artéria popliteia vai continuar a artéria femoral, estendendo-se do anel do terceiro adutor até ao anel do solhar,
onde vai terminar, bifurcando-se em dois ramos:
o Anterior: artéria tibial anterior
o Posterior: tronco tíbio-peroneal
A artéria tibial anterior origina-se ao nível do anel do solhar.Caminha depois na região anterior da perna, até
alcançar o ligamento anular anterior do tarso, onde passa a chamar-se artéria pediosa.
A artéria pediosa é a continuação da artéria tibial anterior, ao nível do ligamento anular anterior do tarso. Alcança a
região plantar, onde se vai anastomosar com a artéria plantar externa, um dos ramos terminais da artéria tibial
posterior.
Durante o seu trajeto, a artéria pediosa fornece três ramos principais.
Artéria dorsal do tarso
Artéria dorsal do metatarso
Artéria interóssea dorsal do 1º espaço
O tronco tíbio-peroneal é o ramo de bifurcação posterior da artéria popliteia. Inicia-se ao nível do anel do
solhar e, 3 ou 4 centímetros por baixo deste anel, bifurca-se dando origem à artéria tibial posterior e a artéria
peroneal.
o A artéria peroneal é o ramo de bifurcação externo do tronco tíbio-peroneal. Desce ao longo da face
posterior da perna até à extremidade inferior do ligamento interósseo, onde se bifurca, dando a artéria
peroneal anterior e a peroneal posterior.
o A artéria tibial posterior é o ramo de bifurcação interno do tronco tíbio-peroneal. Situa-se depois entre
os músculos superficiais e profundos da região posterior da perna, até alcançar a goteira calcaneana
interna, onde se bifurca, dando a artéria plantar interna e a artéria plan-tar externa.
Veias do Membro Inferior
A face dorsal do pé apresenta a arcada venosa dorsal, que vai receber as veias dos dedos. Das extremidades desta
arcada partem duas veias:
o Interna, a veia dorsal interna, que segue o bordo interno do pé e vai continuar-se com a veia safena interna
o Externa, a veia dorsal externa, que segue o bordo externo do pé e vai originar a veia safena externa.
A Veia Safena Interna origina-se na veia dorsal interna. Passa adiante do maléolo interno, subindo verticalmente nas faces interna da perna e da coxa, até à porção média do triângulo de Scarpa. A cerca de 5 centímetros por baixo da arcada femoral, perfura a aponevrose femoral, para se abrir na veia femoral. Nota: No triângulo de scarpa, situa-se de fora para dentro o nervo, a artéria e a veia popliteia. Mnemónica: NAVE (Nervo/Artéria/Veia)
A Veia Safena Interna continua a veia dorsal externa. Passa atrás do maléolo externo, relacionando-se com o bordo externo do tendão de Aquiles. Situa-se depois no sulco situado entre os dois gémeos e alcança o escavado popliteu. Inflete-se então para diante, para terminar na veia popliteia.