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LUIZ AUGUSTO PINTO LEMOS
AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DO CLIENTE INTERNO: SERVIÇOS DE AQUISIÇÃO DE LIVROS DE UMA
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA
FLORIANÓPOLIS 2002
LUIZ AUGUSTO PINTO LEMOS
ii
AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DO CLIENTE INTERNO: SERVIÇOS DE AQUISIÇÃO DE LIVROS DE UMA
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Engenharia de Produção.
Orientador Prof. Gregório J. Varvakis Rados, PhD.
FLORIANÓPOLIS 2002
iii
Ficha catalográfica elaborada por Ursula Blattmann, CRB 14-430
Lemos, Luiz Augusto Pinto Avaliação da percepção do cliente interno: serviços de aquisição de livros em uma biblioteca universitária / Luiz Augusto Pinto Lemos. - Florianópolis, 2002. 166 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção) - Programa de Pós- Graduação em Engenharia da Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002. 1. Biblioteca Universitária 2. Serviços-avaliação 3. Sistemas de informação 4. Cliente interno 5. Avaliação da percepção. I. Titulo
CDU ed. Padrão Internacional Língua Portuguesa-
027.7:658.711
iv
Luiz Augusto Pinto Lemos
AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO DO CLIENTE INTERNO: SERVIÇOS DE AQUISIÇÃO DE LIVROS DE UMA
BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA
Esta dissertação foi julgada adequada para a obtenção do título de Mestre em
Engenharia de Produção e aprovada na sua forma final pelo Programa de Pós-
Graduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina.
Florianópolis, 03 de maio de 2002.
_______________________________ Prof. Ricardo Miranda Barcia, PhD.
Coordenador do Programa de Pós-Graduação
Banca Examinadora:
_______________________________ Prof. Gregório J. Varvakis Rados, PhD.
(orientador)
_______________________________
Prof. Paulo Maurício Selig, Dr.
_______________________________ Profa. Ursula Blattmann, Dr.
v
À minha esposa Norma e aos meus filhos Matheus e Lucas,
parceiros inseparáveis de mais esta jornada.
vi
AGRADECIMENTOS
À Universidade Federal de Santa Catarina.
À Fundação Universidade Federal do Rio Grande.
Ao meu orientador Prof. Gregório Jean Varvakis Rados, pelo apoio e amizade.
Aos membros da banca, pela contribuição e participação.
Aos meus colegas pelo apoio e incentivo.
Aos amigos, colegas, professores, aos bibliotecários do Núcleo de Informação e
Documentação e estudantes que, direta e indiretamente contribuíram para
realização deste trabalho e, que se citados nominalmente com certeza cometeria a
injustiça de omitir alguém.
SUMÁRIO
vii
LISTA DE FIGURAS.......................................................................... p. 8
LISTA DE QUADROS........................................................................
p. 9
LISTA DE ABREVIATURAS..............................................................
p. 10
RESUMO............................................................................................
p. 12
ABSTRACT........................................................................................
p. 13
1 INTRODUÇÃO............................................................................................... p. 14
1.1 Relevância e justificativa........................................................................ p. 14
1.2 Objetivos ................................................................................................. p. 18
1.2.1
1.2.2
2.1.1
2.1.2
2.1.3
2.1.4
2.6.1
Objetivo Geral........................................................................................... p. 18
Objetivos Específicos ............................................................................... p. 18
1.3 Metodologia ............................................................................................. p. 19
1.4 Estrutura do Trabalho ............................................................................. p. 20
2 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA ............................................................ p. 21
2.1 Conceitos................................................................................................. p. 21
Biblioteca................................................................................................ p. 21
Software.................................................................................................. p. 25
Serviços.................................................................................................. p. 32
Processos............................................................................................... p. 34
2.2 Processos de uma Biblioteca................................................................. p. 37
2.3 Momentos de Verdade e Ciclos de Serviço .......................................... p. 44
2.4 Clientes..................................................................................................... p. 46
2.5 Softwares no Processo de Aquisição: experiência brasileira ............ p. 47
2.6 Critério de Avaliação .............................................................................. p. 50
Qualidade Percebida pelo Cliente ......................................................... p. 54
viii
2.6.2
a
b.
b.
c
c
d.
3.3.1
3.3.2
3.9.1
3.12.1
Dimensões da Qualidade Percebida pelo Cliente ................................. p. 56
2.7 Considerações Finais.............................................................................. p. 61
3 METODOLOGIA E ESTUDO DE CASO p. 64
3.1 Introdução ................................................................................................ p. 64
3.2 Técnicas de Obtenção de Fatos ............................................................ p. 64
. Análise de Observações ............................................................................. p. 65
Entrevistas.................................................................................................. p. 65
1)Roteiro para Entrevista............................................................................. p. 67
. Questionário de pesquisa ....................................................................................... p. 68
. 1)Elaboração do Questionário .................................................................... p. 68
Revisão da documentação ..................................................................................... p. 72
3.3 Aquisição de Livros na Modalidade de Compra .......................................... p. 73
Nas IFES ................................................................................................................. p. 73
Na FURG ................................................................................................................. p. 76
3.4 A Automação do Serviço: O Software LIVROS ................................ p. 78
3.5 Sistemática de Avaliação ..................................................................................... p. 80
3.6 Determinantes Propostos para Análise de Serviços ............................. p. 82
3.7 Avaliação da Ferramenta Computacional que Suporta os Serviços .... p. 85
3.8 Visão Geral da Sistemática de Avaliação ............................................... p. 87
3.9 As Medidas e o Instrumento de Coleta de Dados ................................ p. 91
Os Determinantes Propostos e o Instrumento de Coleta de Dados ........ p. 92
3.10 O modelo de Medidas de Sucesso de SIG e o Instrumento de Coleta de Dados.......................................................................................
p. 93
3.11 Instrumentos de Análise e Coleta ........................................................ p. 94
3.12 Instrumento de Coleta de Dados: Questionário .................................. p. 94
As Medidas e o Instrumento de Coleta de Dados ................................. p. 94
4 A COLETA DE DADOS......................................................................... p. 96
4.1 Abrangência ............................................................................................ p. 96
4.2 Tabulação e Discussão dos Resultados Obtidos.................................. p. 97
4.3 Análise e Discussão ................................................................................. p.113
ix
4.4 Crítica dos Resultados ............................................................................. p.115
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS............................................................ p.116
5.1 Pontos Fortes da Avaliação da Satisfação do Usuário em relação ao Modelo Proposto .....................................................................................
p.116
5.2 Pontos Fracos da Avaliação da Satisfação do Usuário em relação ao Modelo Proposto ................................................................................
p.118
5.3 Sugestões de Modificação ..................................................................... p.119
6 CONCLUSÃO........................................................................................... p.120
6.1 Considerações sobre os resultados ..................................................... p.121
6.2 Conclusões ............................................................................................. p.123
6.3 Sugestões para Futuros Trabalhos......................................................... p.125
6.4 Limitações .......................................................................................... p.126
7 FONTES BIBLIOGRÁFICAS........................................................................ p.127
7.1 Obras Citadas.......................................................................................... p.127
7.2 Obras Consultadas ................................................................................. p.136
APÊNDICES .................................................................................................... p.143
Apêndice I Roteiros de entrevista ................................................................ p.144
Apêndice II Carta para obtenção de dados ................................................. p.145
Apêndice III Tabulação dos resultados obtidos com o questionário......... p.146
ANEXOS .......................................................................................................... p.166
Anexo I Tabela de distribuição de cotas por centro da UFSC/1999 ....... p.167
Anexo II Política de seleção para material bibliográfico, recebido por doação, pela Bibliotecária Universitária da UFSC ........................................
p.169
xi
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: Estágios do Processo de Mudança............................................. p. 30
FIGURA 2: Os Fluxos e o Feedback num Sistema Aberto e Modelo
Conceitual de um Sistema Operacional......................................
p. 35
FIGURA 3: Modelo de Evans de Desenvolvimento de Coleções.................. p. 38
FIGURA 4: Ciclo de Serviços......................................................................... p. 44
FIGURA 5: Percepção do Serviço Prestado.................................................. p. 45
FIGURA 6: Funções de Serviço Interno e Clientes Internos ......................... p. 47
FIGURA 7: Qualidade percebida................................................................... p. 55
FIGURA 8: Modelo Conceitual para Serviços de Qualidade......................... p. 60
FIGURA 9: Técnicas de Obtenção de Fatos ................................................. p. 61
FIGURA 10: Estrutura de perguntas segundo Kendall e Kendall .................. p. 66
FIGURA 11: Macroprocesso da Aquisição ..................................................... p. 74
FIGURA 12: Diagrama da Solicitação da Aquisição ....................................... p. 74
FIGURA 13: Diagrama da Aquisição e Fornecedores .................................... p. 75
FIGURA 14: Diagrama da Aquisição e Recebimento de Propostas e
Materiais .....................................................................................
p. 76
FIGURA 15: Relacionamentos do Ambiente de Aquisição Bibliográfica ........ p. 78
FIGURA 16: Estrutura do Método ................................................................... p. 81
FIGURA 17: Medidas do Sucesso do Sistema de Informação......................... p. 85
FIGURA 18: Medidas de Sucesso do Sistema ............................................... p. 87
FIGURA 19: Concepção da Sistemática de Avaliação.................................... p. 88
FIGURA 20: Modelo Proposto de Avaliação em Forma Esquemática............. p. 89
FIGURA 21: Estruturação do Modelo Proposto na Sistemática de Avaliação p. 90
FIGURA 22: Gráfico de Avaliação das Necessidades de Aquisição............... p. 97
FIGURA 23: Gráfico do Entendimento das Telas........................................... p.101
FIGURA 24: Gráfico de Verificação da Habilitação para Uso......................... p.108
FIGURA 25: Gráfico de Verificação do Nível de Auxílio ao Uso...................... p.109
xii
LISTA DE QUADROS
QUADRO 1: Softwares de Automação de Bibliotecas desenvolvidos “in
house”...................................................................................
p. 27
QUADRO 2: Diferenças entre Serviços e Bens Físicos............................. p. 34
QUADRO 3: Sistema de Operações em Bibliotecas.................................. p. 37
QUADRO 4: Identificação dos Diferentes Tipos de Bibliotecas................. p. 39
QUADRO 5: Ciclo de Serviço em uma BU e os Momentos de
Verdade.................................................................................
p. 46
QUADRO 6: Qualidade percebida Segundo os Autores............................ p. 55
QUADRO 7: Questões Fechadas .............................................................. p. 70
QUADRO 8: Questões Abertas ................................................................. p. 71
QUADRO 9: Resumo das Telas, Funções e Variáveis do LIVROS ........... p. 79
QUADRO 10: Determinantes de Qualidade de Serviços Segundo o
Autor......................................................................................
p. 84
QUADRO 11: Medidas de Sucesso de SI e Determinantes
Propostos .............................................................................
p. 91
QUADRO 12: Significado dos Determinantes Propostos e as Questões do
ICD ................................................................................
p. 92
QUADRO 13: Medidas de Sucesso de Sistema de Informações,
Determinantes Propostos e as Questões do
ICD.......................................................................................
p. 93
QUADRO 14: Medidas de Sucesso do SI, Modelo Proposto e
a Avaliação .........................................................................
p. 114
QUADRO 15: Avaliação da Percepção da Qualidade dos Serviços
pelo Cliente Através do Uso De Medidas de Sucesso
de SI e dos Determinantes Propostos Considerados
Pontos Fortes........................................................................
p. 117
QUADRO 16: Avaliação da Percepção da Qualidade dos Serviços
pelo Cliente Através do Uso De Medidas de Sucesso de
Si e dos Determinantes Propostos Considerados Pontos
Fracos...................................................................................
p. 118
xiii
LISTA DE ABREVIATURAS AEUDF - Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal
ALEPH - Automated Library Expandable Program
BASE DEMIQ - Base de Dados da Demanda de Material Bibliográfico do Instituto de
Química
BC - Biblioteca Central BS - Biblioteca Setorial
BU - Biblioteca Universitária COMCUR – Comissão de Curso
CPD - Centro de Processamento de Dados
CPU - unidade central de processamento
CTA/ITA - Centro Técnico Aeroespacial do Instituto Tecnológico da Aeronáutica
DP - Divisão de Patrimônio
EMFA - Estado Maior das Forças Armadas
FGV - Fundação Getúlio Vargas
FURG - Fundação Universidade Federal do Rio Grande ICD - Instrumento de Coleta de Dados IES - Instituição de Ensino Superior
IFES - Instituição Federal de Ensino Superior
ISA - Sistema de Gerenciamento para Seleção e Aquisição de Material Bibliográfico
ISBN - International Standart Book Number
LIVROS - Sistema de Aquisição de Livros LES - Instituições de Ensino Superior MEC - Ministério da Educação
MSSIDP - Medidas de Sucesso de Sistema de Informações e Determinantes
Propostos
MSSI - Medidas de Sucesso do Sistema de Informações NID - Núcleo de Documentação e Informática
PIB - Produto Interno Bruto
PROAD - Pró-Reitoria de Administração
PROPLAN - Pró-Reitoria de Planejamento
PUCCAMP - Pontifícia Universidade Católica de Campinas
xiv
PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná
PUCRJ - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do rio Grande do Sul
PZB - PARASURAMAN, A., ZEITHAML, Valerie A., BERRY, Leonard L. RATER - Reliability – Assurance – Tangibles – Empaty - Responsiveness
RFI - Request for Information RFP - Request for Proposals SAB2 - Sistema de Automação de Bibliotecas versão 2.0
SABi - Sistema de Automação de Bibliotecas da UFRGS
SAM - Superintendência de Administração de Material
SATI - Seção de Aquisição e Tratamento da Informação
SBCHLA - Subsistema de Bibliotecas de Ciências Humanas, Letras e Artes do
Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal do Ceará
SBD - Serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de Química Serviço de
Biblioteca e Documentação
SIB/UFES - Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade Federal do Espírito
Santo
SIBi/USP - Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo
SIG - Sistemas de Informações Gerenciais
SI - Sistemas de Informações
SPF - Serviço Público Federal
UE - Unidades de Ensino
UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais
UFPEL - Universidade Federal de Pelotas UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UNESCO - United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization
UNESP - Universidade Estadual de São Paulo
UNICAMP - Universidade de Campinas
VTLS 500 - Virgínia Tech Library System
xv
LEMOS, Luiz Augusto Pinto. Avaliação da percepção do cliente interno: serviços de aquisição de livros de uma biblioteca universitária. 2002. 166f. Dissertação
(Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em
Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
RESUMO Este trabalho consiste da revisão bibliográfica sobre a avaliação da percepção do
cliente com relação a serviços; identificação do processo de aquisição de livros: nas
Instituições Federais de Ensino Superior ( IFES ), e na Universidade Federal do Rio
Grande ( FURG ); adaptação e construção de um modelo de avaliação do sistema
de aquisição de livros, através do cliente interno. Avalia a percepção do cliente
interno sobre os serviços, através da identificação de pontos fracos e pontos fortes,
das medidas de avaliação do sistema de informações e de determinantes da
qualidade percebida, que fazem o suporte da aquisição de livros. Viabiliza a
oportunidade para que esse serviço tenha a qualidade definida pelo usuário. Pela
identificação do processo de aquisição de livros nas IFES possibilita sua
representação e torna visível a complexidade que envolve o processo de aquisição
no Serviço Público Federal ( SPF ). Identifica também elementos que possibilitam
melhorias no serviço oferecido aos clientes internos do processo de aquisição,
gerando dessa forma ganhos tanto em termos de eficiência quanto de eficácia. A
aplicação do modelo obtido realizou-se no Núcleo de Informação e Documentação (
NID ) da Fundação Universidade Federal do Rio Grande ( FURG ). Ressalta a
importância que o serviço oferecido ao processo da aquisição bibliográfica nas IFES
seja moderno, atual, apresente e se revista de características da atualidade, e
automatizado. Admite e incorpora os resultados de avaliações constantes por parte
de seus usuários, permitindo a sua revitalização, a melhoria de sua performance e a
sua constante atualização.
Palavras-chaves: Avaliação de Serviços; Avaliação pelo Cliente Interno; Biblioteca
Universitária; Percepção do Usuário; Sistema de Informações.
xvi
LEMOS, Luiz Augusto Pinto. Percepcion evaluation of the internal customer: the acquisition process of books for an academic library. 2002. 166f. Dissertation
(Masters Degree in Engineering of Production) – Pos-gaduation Program in
Engineering of Production, Federal University of Santa Catarina, Florianópolis, Brazil.
ABSTRACT This work consists of the bibliographical revision about the evaluation of the
customer's perception with relationship to services; identification of the process of
acquisition of books: in the Federal Institutions of Higher Education (IFES), and in the
Foundation Federal University of Rio Grande (FURG); adaptation and construction of
a model of evaluation of the system of acquisition of books, through the internal
customer. It evaluates the internal customer's perception on the services, through the
identification of weak points and strong points, of the measures of evaluation of the
system of information and of determinant of the noticed quality, that make the
support of the acquisition of books. It makes possible the opportunity for that service
to have the defined quality for the user. For the identification of the process of
acquisition of books in IFES makes possible your representation and it turns visible
the complexity that involves the acquisition process in the Federal Public Service
(SPF). it Identifies elements that make possible improvements in the service also
offered to the internal customers of the acquisition process, generating in that way
won so much in efficiency terms as of effectiveness. The application of the obtained
model took place in the Nucleus of information and Documentation (NID) of the
FURG. Points out the importance that the service offered to the process of the
bibliographical acquisition in IFES it is modern, current, present and it is covered of
characteristics of the present time, and automated. It admits and it incorporates the
results of constant evaluations on the part of your users, allowing your revitalize, the
improvement of your performance and your constant updating. Word-keys: Evaluation of Services; Evaluation for the Internal Customer;
Academical library; Perception of the User; System of Information.
1 INTRODUÇÃO Este capítulo apresenta a introdução, a definição do problema a ser tratado,
sua justificativa os objetivos e a estrutura do trabalho.
1.1 Relevância e justificativa A biblioteca Universitária ( BU ) na reforma do ensino superior brasileiro foi
considerada como sendo o suporte às atividades de ensino - pesquisa – extensão
nas universidades. Após a Reforma Universitária de 1968, que definiu a
indissociabilidade de atividades universitárias e com a sedimentação da pós-
graduação, deveria ter ocorrido uma demanda de BUs organizadas, principalmente
para atender a clientela mais exigente oriunda dos cursos de pós-graduação. A BU
passou a ter sua presença exigida pelo Conselho Federal de Educação como
condicionante para o reconhecimento de novos cursos. Na conjuntura atual tem sido
item de avaliação pela Comissão de Especialistas do Ministério de Educação e
Cultura ( MEC ) quando da análise do processo de reconhecimento de cursos.
No entanto, os problemas continuam e podem ser encontrados em BU, tais
como ausência de:
• definição de missão e objetivos;
• critério unificado quanto à estrutura administrativa;
• regimento interno;
• orçamento próprio e definido;
• regras para seleção, aquisição e descarte;
• catálogos atualizados e completos;
• compatibilidade de processos e atividades desenvolvidas pelas
várias bibliotecas do sistema;
• serviços pouco orientados à clientela;
• participação dos usuários na gestão e construção de soluções mais
duradouras;
• carências e despreparo de pessoal;
15
• atividades de planejamento e administração.
A BU é peça de primordial importância no sistema operacional da
universidade. Ela fornece ao meio acadêmico os recursos informacionais
indispensáveis ao ensino-pesquisa-extensão.
Como unidade de uma Instituição Federal de Ensino Superior (IFES) a
mesma não possui autonomia financeira. As necessidades em termos de recursos
(insumos), inclusive para aquisições, dependem da liberação de recursos pela
administração da universidade e/ou da existência de projetos governamentais aos
quais tenha acesso. Isso gera problemas no planejamento de novas aquisições, pois
depende de processos muito lentos e impositivos, que geram pendências nas
demandas detectadas - sugestões ou mesmo solicitações específicas de usuários ou
grupo de usuários. A legislação vigente, Lei Nº 8.666 (21/06/93), com as
modificações Introduzidas pela Lei Nº 8.883 (08/06/94) que regulamenta o art. 37,
XXI, da Constituição Federal e institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública e dá outras providências, contribui muito para essa situação,
pois, burocratiza, não permite flexibilização nas relações de aquisição entre as IFES
e os fornecedores de material bibliográfico.
O mercado é cruel, explora as deficiências da lei e disto se vale para obter
vantagens estratégicas. Sabe como utilizar as restrições legais de participação em
licitações públicas, pois poucos desse mesmo mercado estão habilitados a fornecer
o Serviço Publico Federal (SPF). Poucas ou raras são as editoras que participam, na
sua maioria são distribuidoras. Se os valores dos projetos pudessem ser utilizados
de forma parcelada possibilitando outras formas de aquisição, sem envolver
processos licitátorios de elevada complexidade, as aquisições poderiam ser
realizadas de forma mais vantajosas para as IFES. Embora constituam ocorrências
eventuais são encontrados, em uma licitação, preços de determinadas obras mais
elevados do que aqueles que uma pessoa física paga em uma livraria comercial. De
que valem recursos cuja aplicação é específica, liberados em volumes que exigem
processos licitátorios de alta complexidade e difícil acesso, com cronograma de
aplicação extremamente reduzido? É o ambiente externo à organização agindo, são
as restrições dos supersistemas agindo sobre o sistema universitário e limitando a
“autonomia universitária”. Nos EUA as bibliotecas são isentas de impostos, isto
16
facilita ampliar o acervo e proporcionar um acervo mais quantitativo e prover
condições melhores para o acesso à informação.
Para fazer frente a essa “gincana” estabelecida por quem provê parcos
recursos, “querendo e não querendo” que sejam utilizados, é indispensável que as
IFES disponham de ferramentas que otimizem as condições mínimas disponíveis
para acessá-los. Procurar formas de eliminar as possibilidades de ter que cumprir
dispositivos legais que determinam a devolução dos recursos não gastos no
exercício fiscal, isto é, aqueles recursos financeiros disponíveis em 31 de dezembro
de cada ano. Inclusive aqueles valores liberados durante o mês de dezembro.
Existe ainda, a necessidade constante da criação e manutenção de canais de
comunicação com os usuários para saber se as necessidades de informação dos
indivíduos estão sendo satisfeitas. Sob essa ótica é indispensável e de alta
relevância a atuação do corpo docente, pesquisadores, profissionais, que são os
conhecedores peritos da literatura em suas áreas e são tidos como importantes
referências.
A propósito disto Mercadante (1990, p.59) em estudo para o MEC,
recomenda, o aumento da participação dos usuários na gestão das BU, viabilizando
sua participação não apenas na seleção de livros e distribuição de recursos, mas
também na avaliação dos serviços, possibilitando o surgimento de um grupo capaz
de reivindicar mais verbas, melhores serviços e coleções mais completas.
A comunidade universitária, composta por docentes, discentes, técnicos e
pela comunidade em geral, são beneficiários diretos do sistema Biblioteca
Universitária ( BU ), de seus serviços e produtos. Falta ainda a muitos desses
beneficiários conscientizarem-se da responsabilidade que advém da condição
privilegiada que ocupam. A BU necessita que seus usuários e principalmente os da
comunidade universitária, invistam, busquem recursos que lhe propiciem
manutenção e as melhorias necessárias e indispensáveis ao desenvolvimento do
ensino, da pesquisa, da extensão e do lazer.
É necessário que a comunidade acadêmica, em especial a classe docente,
conscientize-se da importância estratégica da indicação da bibliografia. Na
conjuntura atual, contemplada com os benefícios da Tecnologia da Informação (TI ),
completamente entrelaçada nas teias da World Wide Web, privilegia a atualização
das indicações para aquisição bibliográfica na universidade, realizá-la constitui-se
apenas em questão de vontade: querer ou não. O acesso existe e é livre. Basta
17
acessar a homepage de uma editora na Internet para obter informações atualizadas
e completas sobre as publicações de sua área, a informação está literalmente “na
ponta dos dedos”. Com certeza os docentes não são o centro do saber, mas tem a
nobre função de facilitar aos estudantes o acesso ao conhecimento, a começar pela
referência bibliográfica indicada às atividades acadêmicas. Freqüentemente, os
estudantes invertem as posições, gerando novos cenários, onde aportam suas
experiências e vivências que se traduzem em importantes contribuições. Não só a
posição de membro da comunidade acadêmica, mas isto também os credencia
como participantes desse processo de seleção e indicação de bibliografia para
aquisição.
Por sua vez a BU está descobrindo que a solução de seus problemas, ou a
busca dessa solução, está na sua capacidade de identificação e arregimentação dos
interessados em suas atividades. Que são seus próprios funcionários, seus usuários
internos e externos, que através de participação colegiada, de forma representativa,
podem buscar e apontar os caminhos para sua reabilitação.
O foco no cliente com certeza vai além de dizer “o cliente é o rei”. A questão
central não é render-se a ele ou dizer amém, perder ou entregar poder. À propósito
que poder? Ao contrário, adquire poder ao aliar-se a ele e ganhar em importância.
Dividir com os beneficiários dos serviços e/ou produtos o controle dos processos é
acessar, descobrir, entender as reais necessidades e expectativas do usuário. É
socializar as responsabilidades do que fazer, como fazer e de definir quem e quando
o faz. Estabelecer prioridades, escolher caminhos. Dividir a responsabilidade da
aplicação de escassos recursos, mas ao mesmo tempo é descobrir a fórmula mágica
de como com menos comprar mais e com menos produzir mais. Comprar menos,
mas os itens corretos, possibilitando dessa forma que os conhecimentos adquiridos
a partir da utilização desses mesmos itens e as inovações deles decorrentes
agreguem valor a essa utilidade. Comprar na quantidade necessária exatamente
aquilo que o usuário necessita utilizar. Nem além do que necessita e tampouco
aquilo que não solicitou ou não foi detectada a necessidade pelo processo de
seleção. Dessa forma, com mais intensidade e com maior rapidez os objetivos são
atingidos e passam a produzir resultados eficazes e eficientes.
No processo de aquisição, que também é um processo interno, depois de
estabelecidos e distribuídos os valores disponíveis, segue-se a escolha do que
comprar. Essa fase do processo, a indicação de qual fonte de informação a ser
18
adquirida ( aplicação dos recursos ), é um dos pontos cruciais da aquisição, valoriza
o processo como um todo e é de extrema importância. Reconhecer na gestão de
processos a existência de macroprocessos e dos subprocessos que o compõem e
antecedem ressalta a necessidade de verificar e ter controle dessas operações
internas, antecedendo o controle do processo como um todo. Ter certeza de que o
serviço prestado em um subprocesso é o melhor, mais indicado, que atende às
expectativas dos clientes é mais racional do que aplicá-lo ao macroprocesso.
Assim sendo é importante que o serviço oferecido ao processo da aquisição
bibliográfica da BU seja moderno, atual, apresente e se revista de características da
atualidade, utilize o processo automatizado. Admita e incorpore os resultados de
avaliações constantes por parte de seus usuários, que permita a sua revitalização, a
melhoria de sua performance e a sua constante atualização.
1.2 Objetivos Adaptar e desenvolver um modelo de avaliação do sistema de aquisição de
livros, através do usuário, o cliente interno.
1.2.1 Objetivo geral Avaliar a percepção do cliente interno sobre os serviços, através da
identificação de pontos fracos e pontos fortes, de medidas de avaliação de sistema
de informações e de determinantes da qualidade percebida, que fazem o suporte da
aquisição de livros, aplicando-o ao Sistema de Aquisição de Livros (LIVROS), do
Núcleo de Informação e Documentação ( NID ) da Fundação Universidade Federal
do Rio Grande ( FURG ). A avaliação pelos usuários tem como finalidade detectar e
identificar necessidades que venham a subsidiar a proposição de melhorias no
sistema.
1.2.1 Objetivos Específicos Este trabalho tem como objetivos específicos:
• avaliar os serviços do processo de Aquisição;
• aplicar a metodologia de percepção de uso do serviço com clientes
internos: do processo de Aquisição;
• desenvolver uma sistemática de avaliação;
• detectar necessidades de melhorias;
• propor melhorias no sistema.
19
Para desenvolver esta pesquisa necessita-se:
• realizar uma revisão bibliográfica que forneça um embasamento relativo aos
conceitos básicos, possibilitando formas de abordagem que envolvam os
serviços, processos e critérios de avaliação relativos a qualidade dos serviços
como percebida pelos clientes;
• identificar determinantes da qualidade dos serviços como percebida pelo
cliente interno;
• identificar medidas de sucesso do sistema de informação;
• identificar o processo de aquisição de livros em uma BU de uma Instituição
Federal de Ensino Superior ( IFES ), tornando visível a complexidade que
envolve o processo de aquisição no Serviço Público Federal;
• elaborar um modelo de avaliação da qualidade percebida pelo cliente
interno e dos serviços oferecidos pelo sistema de aquisição de livros (LIVROS);
• elaborar e aplicar um Instrumento de Coleta de Dados que possibilite
avaliar a percepção do cliente interno dos serviços oferecidos pelo sistema de
aquisição de livros ( LIVROS );
• viabilizar a oportunidade para que o serviço tenha a qualidade definida pelo
usuário;
• evidenciar que o planejamento das BUs deve considerar a participação dos
seus usuários, para que os produtos e serviços prestados, sejam adequados as
suas necessidades.
1.3 Metodologia A metodologia utilizada consiste de revisão da bibliografia de forma a
subsidiar a fundamentação teórica e concernente aos conceitos básicos que
envolvem: bibliotecas, processos, serviços, qualidade percebida, sistemas. Análise
do problema e identificação dos processos envolvidos, variáveis pertinentes e de
importância através das técnicas de obtenção de fatos, proposição e construção de
modelo de avaliação; teste e aplicação de instrumento de coleta de dados utilizando
o correio eletrônico como meio de difusão junto ao cliente interno. Discussão e
avaliação dos resultados obtidos da avaliação pelos usuários (cliente interno).
Conclusões e sugestões.
20
1.4 Estrutura do Trabalho
Este trabalho enfoca a avaliação do sistema de aquisição de livros para
bibliotecas universitárias e está dividido em seis capítulos.
O primeiro capítulo apresenta a introdução, a definição do problema a ser
tratado, sua justificativa e os objetivos.
No segundo capítulo esta a fundamentação teórica, oriunda da pesquisa
bibliográfica enfoca os conceitos referentes a bibliotecas, software, serviços,
processos. Delineia os processos da biblioteca universitária, ciclos dos serviços,
clientes e especifica os critérios de avaliação.
No terceiro capítulo analisa os sistemas envolvidos e identifica os elementos
pertinentes, a sistemática de avaliação, estudo das medidas e de determinantes, de
serviço e metodologia utilizada na pesquisa seus instrumentos de análise e coleta.
Procedimentos utilizados na coleta dos dados, da aplicação do modelo proposto, da
consolidação do modelo e do questionário, especificação das questões e da
tabulação dos resultados obtidos.
No quarto capítulo refere-se aos resultados da aplicação do modelo proposto,
sua discussão conforme a análise do discurso dos clientes internos e as propostas
de melhorias para o sistema.
O quinto capítulo apresenta conclusões comparando os resultados obtidos
com os objetivos propostos além de oferecer sugestões para futuros trabalhos.
Na seqüência são apresentadas as fontes bibliográficas, ou seja as obras
citadas e as obras consultadas, os apêndices e anexos.
2 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA
Este segundo capítulo trata da fundamentação teórica que serve como
referencial ao trabalho.O objetivo é revisar os conceitos e técnicas que serão
utilizadas na elaboração do método de avaliação e na aplicação que será relatada.
2.1 Conceitos
Os conceitos básicos referem-se a bibliotecas, unidades de informação,
software como produção intelectual e como meio de automação, aplicativos
existentes para automação de bibliotecas, clientes, processos, ciclos dos serviços,
21
serviços, a experiência brasileira na automação de bibliotecas e processos de
aquisição; critérios de avaliação da qualidade, qualidade percebida e suas
dimensões. O objetivo é revisar os conceitos e técnicas que serão utilizadas na
elaboração do método de avaliação e no estudo de caso que será relatado.
2.1.1 Biblioteca
As bibliotecas, na qualidade de depósitos de informação bibliográfica,
surgiram onde nasceu a própria escrita: no Oriente Médio, entre 3.000 e 2.000 A.C.
Com a invenção da imprensa no século XV e a economia de expansão, os livros
tornaram-se mais acessíveis e o hábito da leitura aumentou. Durante os séculos XVII
e XVIII, foram criadas bibliotecas nacionais em toda a Europa. Também foi criada
uma nova modalidade de biblioteca, a circulante de literatura popular, administrada
por livreiros, com fins lucrativos, e que obteve a aceitação do público.
No Brasil, a Biblioteca Nacional foi fundada em 1810 por dom João VI, no Rio
de Janeiro, a partir de 60 mil volumes que pertenciam à Biblioteca Real da Ajuda. É
a maior biblioteca da América do Sul, com cerca de 3,5 milhões de peças. Em 1910
foi inaugurada no atual prédio que ocupa no centro do Rio de Janeiro.
A biblioteca divide seu trabalho em duas categorias: operações internas
(processamento técnico) e o atendimento ao público, que lida diretamente com os
usuários. As primeiras significam a aquisição, a catalogação e o tratamento físico do
acervo bibliotecário. E o atendimento ao público serviços tais como: circulação,
atendimento, empréstimo, entre outros.
Tradicionalmente, a BU é “a biblioteca de Instituições de Ensino Superior (
lES ) destinada a suprir as necessidades informacionais da comunidade acadêmica,
no desempenho de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão”. ( CARVALHO,
1981; p. 1).
Carvalho ( 1981; p. 35 ) ao definir as variáveis em seus estudo:
Estabelecimento de Padrões para Bibliotecas Universitárias; declara que utilizou
nessa pesquisa a definição da UNESCO para bibliotecas de ensino superior sendo
aqui entendidas como: “...bibliotecas dedicadas primordialmente ao serviço dos
estudantes e do pessoal docente das universidades e outras instituições de ensino
superior. Podendo estar abertas ao público...”.
Salienta ainda a mesma autora que as bibliotecas dos estabelecimentos de
22
ensino superior passaram a ser assim designadas: BU, a partir da reforma
Universitária. na forma da Lei n.0 5.540 de 28 de novembro de 1968, as bibliotecas
que servem a estabelecimentos de ensino superior possuindo ou não estrutura
universitária, serão referenciadas por bibliotecas universitárias - BU.
Entende-se por Biblioteca Central ( BC ) o órgão central da rede bibliotecária
da universidade responsável pela aquisição, processamento técnico,
armazenamento e divulgação dos materiais para seu próprio público e/ou para o
público das outras bibliotecas da rede bibliotecária de uma universidade.
Enquanto Biblioteca Setorial ( BS ) são as bibliotecas de institutos, faculdades,
centros e departamentos responsáveis ou não pela aquisição e o processamento
técnico de material bibliográfico, mas certamente responsáveis pelo seu
armazenamento e divulgação entre os leitor nela registrados.
Diversos pesquisadores salientam que as BUs trazem da origem de sua
criação ( Lei No. 5.540/68 ) a Reforma Universitária. As universidades então
formadas pela reunião de escolas isoladas de ensino superior, serviram de modelo
para a formação de suas bibliotecas. A absorção de acervos diferenciados, sem
critérios técnicos de aquisição – apenas incorporação, com ausência de cooperação,
eram instituídas mas não de forma cooperativa. Carvalho ( 1981 ) e Miranda ( 1978)
mencionam que as nossas pequenas, mal aparelhadas e pobres bibliotecas setoriais
existem porque algumas personalidades sentiram a necessidade de desenvolvê-las
e apoiá-las como instrumentos de apoio ao ensino e à pesquisa nas suas áreas de
atuação. Foram médicos, engenheiros, químicos, especialistas em sociologia, direito
e educação, coordenadores ou diretores de cursos que arregimentaram esforços,
reuniram obras, buscaram fundos e iniciaram suas coleções. ( CARVALHO, 1981,
p.16 ; MIRANDA, 1978, p.15 )
As bibliotecas universitárias se constituíram, pois, de iniciativas particulares
isoladas o que propiciou uma verdadeira proliferação de bibliotecas setoriais.
pequenas, que mantinham seus acervos fechados, inertes, organizados de forma
artesanal e intuitiva. Por se considerarem “auto-suficientes” qualquer esforço
cooperativo era reprimido, e todas elas enfrentavam a mesma sorte de carências,
sem voz, totalmente apagadas e alheias às atividades desenvolvidas por outras
bibliotecas e pela própria universidade.
Ao mesmo tempo a Reforma Universitária reestruturou o ensino superior
redefinindo seus objetivos e dotando-o de maior racionalidade, abriram-se novos
23
caminhos para a biblioteca universitária, muito embora o texto legal não tenha feito
alusão direta a ela. As atividades universitárias definidas como ensino-pesquisa-
extensão demandariam bibliotecas organizadas, principalmente para atender a
clientela mais exigente criada com a indissociabilidade entre o ensino e a pesquisa e
com a sedimentação da pós-graduação. ( CARVALHO, 1981 )
Toda e qualquer atividade da Universidade está intimamente relacionada com
as suas funções de ensino, pesquisa e extensão que só podem ser desenvolvidas
apoiadas em uma BU competente e organizada. O trabalho acadêmico necessita
dos serviços biblioteconômicos, suporte bibliográfico para poder evoluir, a
transmissão e aquisição do conhecimento tem como um dos elementos de apoio
bibliografia e referências bibliográficas. Nesse sentido, Mobrice ( 1991, p. 7 ) salienta que o desempenho da Universidade
para o cumprimento de suas funções demanda bibliotecas bem organizadas, pois a
evolução da ciência se faz por um processo acumulativo, visto que novas experiências e
conhecimentos são somados àqueles já existentes. Uma nova pesquisa, portanto, se inicia
com resultados obtidos em pesquisas anteriores, e ai reside uma fundamental importância
da biblioteca universitária, qual seja a de organizar e disseminar o conhecimento existente
de modo a permitir que novos conhecimentos possam ser gerados. Dessa forma, o trabalho
desenvolvido nas Universidades será mais relevante se estiver firmemente apoiado em um
sistema de informações que lhe sirva como fonte de alimentação e suporte teórico ao ensino
e a pesquisa.
Modernamente, as BUs podem ser consideradas como um portal de acesso
ao mundo de informações, dentro da era do conhecimento, a palavra chave é
acesso. Em outros períodos as bibliotecas se interessavam em armazenar o maior
número possível de títulos/assuntos/exemplares, primavam pela quantidade, a BU
era referida como depositária do conhecimento. Posteriormente passaram pela fase
em que a qualidade e a utilidade da informação armazenada passou a ter
importância e exigir um controle seletivo, reduzindo assim o volume de
armazenamento. Mudaram os conceitos sobre acesso e acesso no qual a diferença
consiste em saber localizar e acessar a informação que é requerida no momento
preciso. O enfoque está em saber como localizar a informação certa no momento
certo, e esse é um conceito contemporâneo de inteligência.
Maciel e Mendonça ( 2000; p.1 ) consideram que as BU não são organizações
autônomas, e sim organizações dependentes de uma organização maior - a
Universidade, portanto sujeitas a receberem influências externas e internas do
24
ambiente que as cercam. Mudanças que acontecem cada vez mais rápidas no
cenário mundial, nacional, regional, local e organizacional, como conseqüência do
desenvolvimento da ciência e tecnologia que vêm colocando no mercado cada vez
mais globalizado e competitivo, tecnologias que afetam as organizações no tocante
às estruturas e às formas de gerência.
Seetharama (1993) dentro do contexto de mudanças ocasionadas pela gestão
da qualidade considera a unidade de informação como um órgão cuja " função
especial é prover informação para o seu cliente através da seleção, aquisição,
avaliação, análise, síntese, reestruturação, formatação e reformatação".
É importante compreender que as bibliotecas são consideradas na literatura
como unidades de informação. Estas são instituições e, como tais, são constituídas
por um conjunto de funções responsáveis, que vão desde a implantação até a
recuperação da informação e o benefício social em que esta poderá se constituir. A
sua estrutura organizacional está formada por unidades menores. A cada parte do
todo cabe a responsabilidade pelo desenvolvimento de algum produto e pela
execução de algum serviço, formando uma cadeia de clientes e fornecedores
internos.
Atender às expectativas e necessidades dos clientes é, sem dúvida, o ponto
básico para que, segundo Luz (1994), as unidades de informação trabalhem a
qualidade. Salienta ainda a autora que isto implica no conhecimento efetivo de seus
dados sobre o desempenho operacional, na indicação de prioridades através do
conhecimento dos seus pontos fortes e fracos, na identificação de sua clientela
interna e externa, adotando medidas de desempenho para seus produtos e serviços,
motivando seus recursos humanos, além de mensurar seus serviços.
Barbalho ( 1996 ) alerta as unidades de informação para a pertinência da
matéria qualidade e as atividades das unidades de informação considerando que
essas são organizações essencialmente prestadoras de serviço. Nessa condição as
unidades informacionais necessitam valorizar e objetivar a satisfação do consumidor
– clientes internos e externos. Ter capacidade para avaliar os processos de
transferência da informação.
De acordo com Clair ( 1993, p.152 ), a qualidade em unidades de informação
é determinada pelo usuário e a administração deve reconhecer que somente níveis
elevados de qualidade propiciarão a excelência dos serviços e, conseqüentemente,
o sucesso almejado
25
2.1.2 Software
No Brasil existe uma definição oficializada através do artigo primeiro da “Lei
do Software”, Lei No. 9.609 de 19/02/1998, mencionando que o software:
...Programa de computador é a expressão de um conjunto organizado de instruções em linguagem natural ou codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas automáticas de tratamento da informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados em técnica digital ou análoga, para fazê-los funcionar de modo e para fins determinados...
No entanto, essa definição pode ser considerada muito ampla. Poderia ser
apenas o conjunto ou seqüência de procedimentos em uma determinada linguagem
lógica que expressassem determinações a um equipamento para excetuar
procedimentos determinados.
Pressman ( 1994 ), descreve formalmente software como sendo:
a. instruções (programas de computador) que, quando executadas,
produzem a função e o desempenho desejados;
b. estruturas de dados que possibilitam que os programas manipulem
adequadamente a informação; e
c. documentos que descrevem a operação e o uso dos programas".
Segundo Stair ( 1998, p. 13), o software “... consiste nos programas e nas
instruções dadas ao computador e ao usuário...” .
Genericamente, software é tido como: um conjunto de instruções arranjadas
de forma lógica, para serem inteligíveis pela unidade central de processamento
(CPU), podendo ser dividido, de acordo com Meirelles (1994), em:
• básico: sistema operacional; ambiente operacional; tradutores, interpretadores,
compiladores de linguagem; comunicação em rede, interface com o usuário,
etc...;
• aplicativo: programa escrito em uma linguagem para uma aplicação específica;
exemplo: editor de texto, programa estatístico, editor gráfico, gerenciador de
banco de dados, etc...
Certamente existem outras definições, mais completas, poderiam ser
oferecidas, no entanto é adequada e suficiente a este estudo a sua classificação
como um “aplicativo”.
26
Neste trabalho refere-se ao software como um aplicativo considerando
principalmente suas características de intangibilidade, de produção e consumo
quase que simultâneo. É um serviço que automatiza, seleciona, edita, ordena,
recupera, transmite, classifica, padroniza e processa as informações necessárias e
indispensáveis à aquisição de material bibliográfico.
Automatizar os serviços é uma tarefa que por sua própria natureza, valores
envolvidos, alterações de rotinas e “status” se reveste de complexidade e requer
uma intervenção técnica e especializada. Há impactos decorrentes da adoção de
novas tecnologias e/ou automação. Há necessidade de planejamento, a organização
necessita preparar-se para absorver essas alterações e calcular os seus impactos.
Com relação a adoção de medidas que levem a automação é imprescindível
que a instituição interessada tome a decisão certa quanto ao desenvolver ( “ in
house “ ) ou adquirir pronto o software a ser utilizado. Há vantagens e desvantagens
em ambos os caminhos, não há uma “receita de bolo” que ofereça solução perfeita e
infalível, há questionamentos, estudos e respostas a serem pesquisadas e que em
conjunto subsidiarão tecnicamente a tomada de decisão. A decisão quanto a que
hardware adquirir não se diferencia muito da do software. A especificação requer
conhecimentos técnicos multifuncionais, determinando assim a constituição de
equipe(s) multidisciplinar(es) para a sua elaboração. Lima ( 1999, p. 310 ) cita nove
softwares de automação de serviços de unidades informacionais desenvolvidos no
Brasil na sua grande maioria por IFES e/ou instituições públicas de pesquisa: Quadro 1: Softwares de Automação de Bibliotecas desenvolvidos “in house” - Brasil/1999
Software Instituição Ano
Sistema CALCO FGV 1982
BIB/Batch UNB 1982
BIB/DIALOGO UNB 1982
SAB BSM 1986
SABi UFRGS 1989
SAB2 FURG -FGV-IBM 1990
PATPLUS UFMG 1990
Gerbibli BPS 1994
Ainfo CNPTIA/EMBRAPA 1994
FONTE: Adaptado de Lima ( 1999; p.310 )
Com relação a aquisição de software para automação de bibliotecas, a
literatura internacional sobre o assunto é detalhada e exposta com muita
27
propriedade por Krzyzanowski et al. ( 1996 ), sendo recomendado o cumprimento
das etapas preliminares a fim de favorecer e valorizar a relação, incluindo a
elaboração do “Request for Proposals“ ( RFP ), recomendado pela literatura . O RFP
é um documento elaborado pela biblioteca ( = cliente ) apresentando o problema
suficientemente documentado, e o que pretende realizar em relação a ele. Solicita
ao fornecedor uma proposta, com os detalhes exatos para a sua solução. Pode ser
precedido, opcionalmente , por “Request for Information” ( RFI ). São abordados
artigos de autores que tratam da seleção de sistemas on-line e/ou relatam
experiências de automação, como: Epstein ( 1983), Meriless ( 1983 ), Bolef e
Gardner ( 1988), Predmore ( 1988 ), Johnson ( 1989), Thomas (1991), Porter-Roth
( 1991) e Jehl ( 1994 ). Todas as recomendações e especificações constantes
desses autores são apresentadas em quadros, assim como os modelos obtidos para
o Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade de São Paulo ( SIBi/USP ).
Uma opção aos computadores de grande porte surgiu em 1975 quando a
UNESCO lançou o CAS/ISIS. Em 1985, MicroISIS, desenvolvido a partir do ISIS,
para gerir bases de dados documentais a partir de microcomputadores. Segundo
Lima ( 1999, p. 316 ), a sua popularização, no Brasil, deu-se a partir de sua
distribuição.
Softwares de automação de bibliotecas utilizados no país, mais conhecidos,
são referidos por Almeida e Corte ( 2000, p. 19 a 46 ) quando do estudo e seleção
para suprir demanda da Presidência da República, são:
a. Software OrtoDocs
OrtoDocs da empresa Potiron Informática Sociedade Civil Ltda, adota o
formato USMARC. Software totalmente desenvolvido no Brasil Clientes: UFBA e
Universidade Estadual de Feira de Santana. É um sistema para informatização de
bibliotecas individuais ou interligadas em redes, com todas suas atividades
integradas.
b. Software VTLS 500 ( Virgínia Tech Library System)
É da Universidade da Virgínia, USA, no Brasil é representada pela Fundação
Getúlio Vargas ( FGV ), tem mais de vinte anos de existência. Usa o formato MARC.
No Brasil além das bibliotecas da FGV,também o utilizam, as bibliotecas de:
Universidade Federal de Minas Gerais ( UFMG ), Universidade Federal de Campinas
( UNICAMP ), Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP), Biblioteca
do Estado Maior das Forças Armadas ( EMFA ). É um software exclusivo para
28
automação de bibliotecas, desenvolvido para o ambiente universitário, objetivando a
melhoria na prestação dos serviços ao usuário. Certificação ISO-9002.
c. Software Sistema Thesaurus de Controle de Bibliotecas
Desenvolvido por um empresa de Brasília ( DF ), a Via Ápia Informática e é
voltado para automação de bibliotecas e centros de documentação. Tem menos de
dez anos de mercado. Utilizam-no: Associação de Ensino Unificado do Distrito
Federal ( AEUDF ), Universidade Católica de Goiás, entre outros.
d. Software Aleph ( Automated Library Expandable Program )
Da Ex Libris empresa ligada aa Universidade Hebréia de Jerusalém, criada especificamente para comercializá-lo. É vendido fora de Israel desde 1986. Desenvolvido para gerenciamento de bibliotecas e centros de documentação. É utilizado pelas bibliotecas da Universidade Metodista (SP), Universidade São Francisco, Faculdade Candido Mendes ( RJ ), Universidade Federal do Rio de Janeiro ( UFRJ ), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul ( PUCRS ), Universidade Federal do Rio Grande do Sul ( UFRGS ), entre outras tantas. Cerca de 60% de seus clientes são bibliotecas universitárias.
A PUCPR ressalta a importante participação da informática na agilização dos
processos técnicos: catalogação, indexação, seleção/aquisição,
empréstimo/devolução e relatórios estatísticos. No auxílio aos usuários do sistema a
utilizar e compreender melhor o processo de pesquisa de informações no acervo
existente na biblioteca. Desenvolveram e são responsáveis pelo Software
Pergamum, um sistema informatizado de controle de bibliotecas, e que contempla as
principais funções de uma biblioteca. Os resultados de pesquisa de satisfação junto
aos usuários do Sistema Pergamum são apresentados e comentados ( Dias, 1998 ).
Atualmente esse sistema tem sido adotado por inúmeras BUs.
A FURG desenvolveu nos anos 90, em parceria com a IBM e FGV um
software de automação de Bibliotecas para máquinas de grande porte ( mainframe ),
o Sistema de Automação de Bibliotecas ( SAB2 ). Esse sistema atingiu a segunda
versão, foi adotado por inúmeras instituições no país. Faz a automação dos
procedimentos de processamento técnico, controle de empréstimo, busca e
pesquisa. Ainda continua em uso, pelo menos na FURG e Universidade Federal de
Pelotas ( UFPEL ) na versão 2.0, não tendo sofrido atualização nos; últimos anos,
motivo pelo qual está sendo preterido.
Silva et al. (1994) descreveram o SABi (Sistema de Automação de Bibliotecas
da UFRGS) como um sistema integrado, desenvolvido pela UFRGS, que prevê
automação das funções de bibliotecas universitárias. Elaborado com base no Código
29
de Catalogação Anglo Americano ( CCAA2 ), esse software foi implantado em 1989
para organizar monografias e publicações seriadas, podendo também incluir
materiais especiais. Utiliza o MicroISIS para geração de alguns módulos, sendo
compatível com o Formato IBICT. O SABi foi disponibilizado à comunidade pela
Internet.
No mundo moderno, a automação tem proporcionado maior agilidade às
atividades do ser humano, de tal forma que não se pode mais prescindir de sua
participação. Para os profissionais da informação, sobretudo, existe um interesse
crescente e uma constante busca de soluções viáveis, nessa área, que possam vir
de encontro às suas expectativas para o atendimento dos usuários de modo
satisfatório. ( KRZYZANOWSKI et al., 1996 ). Apesar da mudança do paradigma da informação centrada no dado (data-centred
paradigm) para o centrado no usuário (user-centred paradigm), o foco nos usuários ainda
não tem sido tônica na área de biblioteconomia e documentação, além do que o próprio
cliente está consciente de seus direitos e do poder que detêm enquanto consumidor. A sua
participação pode ser questionada em relação a questões técnicas e que exijam
conhecimento especializado, como salienta Furnival ( 1995, p. 202 ). Deve-se considerar
também que um software genérico possibilita a sua adoção por diferentes usuários, a sua
customização de acordo com as necessidades de cada cliente torna-o singular, demanda
excessiva manutenção e pode implicar em prejuízo de funcionamento. A mesma autora
salienta:“...A ignorância da possibilidade de os usuários participarem de e contribuírem com
este processo muito provavelmente resultará em usuários insatisfeitos e, por conseqüência,
em baixa qualidade de trabalho. ...”
A automação quando faz estréia em uma organização necessita de todos os
cuidados de uma inovação. O modelo dos Estágios do Processo de uma Mudança de
Sankar ( 1991, adaptado de ROBEY, 1986 ), abaixo especificado, nos fornece uma visão
completa dessas etapas que são imprescindíveis ao sucesso da tarefa.
30
Decisão de Projetar a Infra-Estrutura para a Inovação
Decisão de Adotar uma Particular Inovação
Decisão de
Inovação
Rotinização
Implementação
Iniciação
Diagnóstico
Organizacional
Figura 1 - Estágios do Processo de Mudança ( SANKAR, 1991, adaptado de ROBEY, 1986).
Observando a automação como uma inovação e particularmente nas
unidades informacionais que tem características de um sistema de informação, não
se pode deixar de salientar as repercussões no âmbito da organização. A adoção de
novas tecnologias implica em alteração simultânea de outros componentes: tarefas,
estruturas e pessoas. As rotinas são alteradas e as pessoas passam a exercer
novas funções, o que requer treinamento; a estrutura organizacional necessita ser
adaptada e pessoas com novos conhecimentos, principalmente técnicos, podem ser
requeridas.( LAUDON e LAUDON, 1998, p. 103 ).
A simples adoção do código de barras em unidade de informação requer,
além do treinamento dos funcionários, divulgação aos usuários, aquisição de
software e equipamentos adequados: impressoras laser, leitoras de código de
barras, etc.
Automatizar não é simplesmente comprar uma licença de uso de um software
ou desenvolvê-lo “in house”, é uma mudança na organização que requer a
participação e preparação de todos os participantes do processo, quer sejam
clientes internos ou externos. Os sistemas são projetados e desenvolvidos com base
em necessidades dos clientes ( internos e externos ), geralmente ganhos ou
31
melhorias de processo podem ser decorrentes, o que não significa ser a automação
implantada para acelerar processos.
A automação pode trazer consigo, de forma invisível, muitas necessidades
que precisam ser identificadas quantificadas e/ou explicitadas de forma clara, correta
e adequada para cada caso. O volume dessas necessidades, às vezes, pode ser tão
expressivo que sugere a comparação a um “iceberg” que possui submerso três
quartos de seu volume. Isto geralmente ocorre quando ela não se faz acompanhar
de um projeto que contemple todas as suas etapas, o que irremediavelmente a leva
ao fracasso.
A adoção da automação por um número cada vez maior de unidades
informacionais tem salientado seu aspecto positivo, ao mesmo tempo ressalta a
necessidade da análise de processo como base para uma correta adoção. Para que
os sistemas possam operar adequadamente são requeridos recursos humanos –
materiais – financeiros, na quantidade demandada, com a qualidade requerida e no
momento exato de sua necessidade, nunca depois.
A BU da atual conjuntura debate-se entre a carência de recursos financeiros
suficientes para prover suas necessidades mínimas de operação e a sua função
existencial de preservação do conhecimento. A evolução científica e tecnológica tem
propiciado novas e diferentes formas de conhecimento: texto, imagem, gráfico, som,
algoritmo e simulação da realidade virtual, como também no éter, distribuído em
redes mundiais. Em representações digitais, acessíveis a qualquer indivíduo.
(CUNHA, 2000, p.73 ). A própria universidade tem vencido a barreira da distância e
rompido suas fronteiras levando a educação, em tempo real, a distâncias que
requerem tempo para serem percorridas. Ao ultrapassar suas próprias fronteiras a
universidade se faz acompanhar da BU que evolui e se transforma para atender as
demandas dos novos tempos. Estão atuantes na atualidade, exemplificando, o
“ensino à distância“, as bibliotecas eletrônicas – híbridas – digitais – polimídias, etc.
Divorciada da inovação e da tecnologia a biblioteca do terceiro milênio não poderia
sobreviver na conjuntura e atender as demandas atualizadas e oferecer, como
oferece, inclusive, biblioteca em código Braille. Planejada e equipada para atender
os portadores de deficiência visual, a Biblioteca Braille reúne em seu acervo obras
de assuntos diversos, inclusive didáticas, infanto-juvenis, de ficção e periódicos.
2.1.3 Serviços
32
Os serviços constituem-se em resultado de algum processo operacional ou
atividade humana. Tem natureza intangível, isto é não se materializam nem podem
ser armazenados, resultam de um processo, são produzidos e consumidos quase
que instantaneamente. Necessitam da presença do cliente ( ou representante, ou de
sua autorização para realização – em alguns casos ), visam sempre satisfazer uma
necessidade e sua medida é elementar.
O conceito de serviço segundo alguns autores:
• Regan (1963 ) ...Serviços representam ou satisfações intangíveis
apresentadas diretamente (transporte, acomodação), ou satisfações
intangíveis apresentadas indiretamente quando da compra de mercadorias ou
de outros serviços (crédito, entrega)...
• Stanton (1974) ...Serviços (são) atividades separadamente
identificáveis e intangíveis que provêem a satisfação de um desejo quando
colocados no mercado a consumidores e/ou usuários industriais e que não
estão necessariamente associados à venda de um produto ou de um outro
serviço...
• Lehtinen (1983, citado por GRÖNROOS, 1995, p. 35). ...Um serviço
é uma atividade ou uma série de atividades que tem lugar nas interações com
uma pessoa de contato ou com uma máquina física e que provê satisfação ao
consumidor...
• Código de Proteção e Defesa do Consumidor Art. 3º ; § 2º. , da Lei N.0
8.078 ( 11/09/1990 ) – “ 0 Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado
de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária,
financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de
caráter trabalhista. “
• Juran ( 1993, p. 17 ) “ Serviço é trabalho desempenhado para outra
pessoa. Existem indústrias inteiras para prover serviços nas formas de, por
exemplo, energia central, transporte comunicação e entretenimento. Serviço
também inclui trabalho desempenhado para outra pessoa dentro das
empresas, ou seja, preparação da folha de pagamento, recrutamento de
novos empregados e manutenção da fábrica. Esses serviços são geralmente
chamados serviços de apoio.”
33
• Grönroos (1995, p. 36) “ ... O serviço é uma atividade ou uma série de
atividades de natureza mais ou menos intangível – que normalmente, mas não
necessariamente, acontece durante as interações entre clientes e
empregados de serviço e/ou recursos físicos ou bens e/ou sistemas do
fornecedor de serviços – que é fornecida como solução ao(s) problema(s)
do(s) cliente(s). ...”
• Kotler ( 1998, p. 413 ) “ Serviço é qualquer ato ou desempenho que
uma parte possa oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e não
resulte na propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar vinculada a
um produto físico. “
Embora sejam muitos os conceitos a convergência é para características
básicas que evidenciem as diferenças entre “bens físicos” e os “serviços”, como
salienta Grönroos ( 1995; p.38 ) na tabela abaixo:
Quadro 2 : Diferenças entre Serviços e Bens Físicos Bens Físicos Serviços
Tangível Intangível Homogêneo Heterogêneo Produção e distribuição separadas do consumo
Produção, distribuição e consumo são processos simultâneos
Uma coisa Uma atividade ou processo Valor principal produzido em fábricas Valor principal produzido nas
interações entre comprador e vendedor
Clientes normalmente não participam do processo de produção
Clientes participam da produção
Pode ser mantido em estoque Não pode ser mantido em estoque Transferência de propriedade Não transfere propriedade
2.1.4 Processos
O processo operacional, modernamente chamado operações, é resultado da
visão sistêmica da organização, que a vê como um sistema constituído de partes,
subsistemas, que por sua vez também subdividem-se, interagindo entre si e
fazendo parte de um sistema maior, o ambiente externo, do qual é um subsistema.
As partes que compõem o sistema operacional são:
34
• Insumo, Input ou Entrada;
• Processo de transformação ou conversão;
• Produto ( Bens, Serviços, etc. ), Saída ou Output;
• Retroalimentação ( Feedback );
• Ambiente Externo.
AMBIENTE EXTERNO
FEEDBACK
INSUMO ( Recursos )
- Humano -Capital -Terreno -Equipamento -Construções -Tecnologia -Informação
PROCESSO DE
TRANSFORMAÇÃO OU DE
CONVERSÃO
PRODUTO
.Bens .Serviços .Outros
Figura 2: Os Fluxos e o Feedback num Sistema Aberto e Modelo Conceitual de um Sistema Operacional. Stoner e Freeman ( 1985, p. 34, fig.2.5 ; p. 464, fig. 21.1) Os produtos resultantes dessa operação podem ser serviços. Essas
transformações de insumos, através de um processo, em serviços exigem a
presença de um elemento indispensável que é o cliente e em alguns casos inclusive
a participação. Serviços são produzidos por processo.
As empresas de serviços necessitam desse “elemento indispensável”, o
cliente, para que possam manter e se possível ampliar as suas operações, nascendo
daí a necessidade de diferenciação e a tentativa de fidelização do cliente.
A diferenciação da oferta de serviços leva as empresas de serviços a
oferecerem o pacote de serviços : “... o serviço como um produto é descrito como
um pacote ou um conjunto de serviços diferentes, tangíveis e intangíveis que, juntos
formam o produto total. ...” O pacote básico de serviços, consiste no “...conjunto de
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serviços que se faz necessário para preencher as necessidades dos clientes ...” . Esse
“pacote” pode ser :
• serviço principal ( central ou substantivo ), em uma BU o serviço de
empréstimo domiciliar;
• serviços auxiliares ( extras, periféricos ou serviços facilitadores ),
em uma BU o acesso a Internet.
É importante fazer distinção entre os três grupos básicos serviços:
• Serviço central ( ou essencial): é a razão de estar no mercado;
• Serviços ( e bens ) facilitadores : serviços ou bem adicionais que
facilitam o uso do central, por exemplo em BU livros, revistas,
monografias, vídeos, mapas nos diversos suportes;
• Serviços ( e bens ) de suporte: são usados para aumentar o valor
e/ou para diferenciar o serviço dos concorrentes. ( GRÖNROOS,
1995, p. 97 ).
Os produtos tem sua existência e seus objetivos estão vinculados a satisfação
das necessidades e/ou expectativas dos clientes ( usuários em unidades de
informação ). As unidades de informação buscam nos componentes dos pacotes de
serviços, subsídios para atender ao conjunto de necessidades informacionais. Esse
pacote de serviços compõe-se de instalações de apoio, bens facilitadores e serviços
explícitos, segundo Gianesi e Corrêa (1996, p. 57 ).
instalações de apoio – Recursos físicos, instalações e equipamentos
necessários á prestação dos serviços. Em uma BU, suas instalações físicas e em
uma biblioteca não convencional, a homepage da biblioteca.
bens facilitadores – Materiais que são consumidos, adquiridos ou fornecidos
ao consumidor do serviço. Por exemplo, bens e serviços informacionais tanto
convencionais, como não convencionais; livros, revistas, filmes, mapas.
serviço explícito – Benefícios que são prontamente percebidos e que são
considerados como características essenciais aos serviços. Por exemplo o
atendimento, pesquisa, buscas, fornecimento de informações.
serviço implícito – Características acessórias aos serviços. São também
chamados de benefícios psicológicos, que muitas vezes não são identificáveis pelos
usuários, que podem ser caracterizados pela cortesia, a confiabilidade, a segurança,
a credibilidade, e a atenção.
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Gianesi e Corrêa ( 1996, p.42 ) definem o sistema de operações de serviços
como as partes que tem contato com o cliente e as que não tem, respectivamente,
Front Office e Back Room. As operações no Front Office têm contato direto com o
cliente, os funcionários necessitam de habilidades interpessoais para lidarem com os
mesmos. Nas do Back Room os funcionários tem baixo contato com os clientes,
eles necessitam de conhecimento estreito das necessidades e expectativas dos
usuários, uma vez que o planejamento de bens e serviços aí são executados. e
exigem a participação de toda a organização no processo. Ou seja, participação dos
clientes externos, internos e fornecedores, para que a prestação de serviços seja
oferecida de acordo com a qualidade esperada. Porém, com relação ao pessoal do
Front Office, devido ao aspecto crítico de estarem participando do momento da
verdade, na hora em que este ocorre, têm que estar mais preparados porque atuam
diretamente no relacionamento com o cliente. No Front Office o serviço vai ao
consumidor, há envolvimento tanto de marketing quanto de operações. Enquanto
que no caso da manufatura o bem é que vai ao encontro do consumidor e o
envolvimento é apenas do marketing. Em síntese pode-se resumir no Quadro 3 os
serviços da BU:
Quadro 3: sistema de operações de serviços em bibliotecas
FRONT OFFICE BACK ROOM Alto contato com o cliente Incerteza Variabilidade Difícil controle
Exemplo: Balcão de empréstimo
Baixo contato com o cliente Previsibilidade Padronização Melhor controle
Exemplo: Aquisição de livros
2.2 Processos de uma Biblioteca
Evans citado por Vergueiro (1989, p. 16 ) demonstra sua visão do
Desenvolvimento de Coleções como um processo onde as atividades não podem ser
encaradas isoladamente, figura abaixo :
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Figura 3: Modelo de Evans de Desenvolvimento de Coleções
a. Estudo da Comunidade
Vergueiro ( 1989 ) com uma abordagem estruturada, em primeiro lugar
salienta os diferentes tipos de bibliotecas existentes exatamente para salientar
que as clientelas, por definição podem diferentes, no entanto a biblioteca na
condição de entidade extremamente democrática não pode ater-se a um
único perfil de usuário, deve planejar tendo como objetivo atender a todos os
membros da comunidade em geral, visualizada no Quadro 4.
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Quadro 4: Identificação dos diferentes tipos de bibliotecas
TIPO DE BIBLITOTECA
COMUNIDADE
Pública Residentes na jurisdição política servida por ela.
Escolar Alunos matriculados na instituição, professores, funcionários.
Universitária Corpo docente/ discente/ de funcionários e a comunidade em geral.
Especializada A entidade que a criou: Fundação, empresa, órgão, etc.
Fonte: Adaptado de Vergueiro ( 1989, p. 29 )
Trabalhar com vistas às necessidades informacionais amplas, da comunidade
em geral, afasta o bibliotecário da tendência natural de atender demandas de
usuários que estão mais próximos, no entanto cria um dilema entre o que atender
com minguados recursos, quando disponíveis. Por isso é importante que as
bibliotecas possuam órgãos colegiados, com participação representativa, do qual
devem emanar as políticas. Kotler ( 1998, p. 72 ) reforça que como primeira etapa
em busca de alto desempenho as organizações devem definir seus “stakeholders”,
isto é, interessados na e pela organização, administradores, consumidores,
funcionários, fornecedores, distribuidores. À eles, “stakeholders”, deve a organização
visar o atingimento de níveis de satisfação acima do mínimo e que esses níveis
podem ser diferenciados para os diferentes elementos. Mesmo assim, é necessário
que a comunidade seja diagnosticada com precisão, e para tal são necessários
dados que demonstrem as características dessa comunidade:
i. Históricas;
ii. Demográficas ;
iii. Geográficas;
iv. Educativas;
v. Sócio-Econômicas;
vi. Transporte;
vii. Culturais e informacionais;
viii. Políticas e Legais.
A partir da coleta desses dados, de forma total ou parcial, podem ser
coletadas informações adicionais ou complementares que se fizerem necessárias
com a utilização de técnicas de pesquisa de campo tais como: as entrevistas e os
questionários.
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Obtidas as informações é possível diagnosticar o perfil da comunidade de
usuários e identificar suas necessidades bibliográficas, estabelecendo tecnicamente
um vínculo entre a coleção e a comunidade à qual se pretende que sirva. O
desenvolvimento da coleção pode ter estabelecido um plano predeterminado, que
deve ser seguido e modificado à medida em que as necessidades informacionais
dessa comunidade se alterem. Esse mesmo planejamento orientará a atividade de
Seleção e as demais atividades.
b. Avaliação
Andrade et al.( 1998, p. 4 ) salientam que
“a coleção deverá ser avaliada periodicamente, detectando lacunas,
possibilidades de substituição, duplicações, obsolescência, etc., com a finalidade
de manter a mesma atualizada e equilibrada de acordo com as necessidades da
comunidade acadêmica que atende.”
A avaliação ou “ collection evalution “ como propõe Figueiredo ( 1984 ) é
considerada a função de desenvolvimento da coleção, relaciona-se com
planejamento, seleção, revisão e desbastamento.
O modelo de Evans, na figura 3, enfatiza esse relacionamento constante e
cíclico, onde o início de um novo ciclo coincide com o fim de um ciclo anterior. A
avaliação pode detectar necessidades e/ou disponibilidades. Necessidades de
manutenção, de substituição. Disponibilidades evidenciadas pela baixa taxa de
utilização, pela disponibilidade excessiva em relação à demanda, por novas
aquisições oriundas de doações, permutas ou até mesmo da aquisição de edições
novas – mais recentes – revisadas. Todas essas situações ou ainda tantas outras
não evidenciadas só poderão ocorrer se ela, avaliação, for realizada com método
científico e de forma sistemática através da utilização de métodos quantitativos
validados.
Uma medida já testada por Lemos ( 1993 ) utilizou para demonstrar a
necessidade de aquisições na área de estatística foi a construção de índices que
mostravam a relação quantitativa, “Aluno/Exemplar”, número de alunos matriculados
na área divididos pelo número de exemplares disponíveis.
Outra medida que este autor testou no acervo do NID/FURG, com dados reais
de empréstimo dos anos 1992 a 1995, foi o Índice de Rotatividade de Empréstimo (
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IRE ). O seu cálculo corresponde ao quociente entre o Número de empréstimos no
período considerado pelo Número de Exemplares disponíveis no Acervo, fornecendo
um número de empréstimos por exemplar. Para a efetiva comparação os resultados
são ordenados em ordem decrescente sabendo-se então quais títulos apresentam
maior rotatividade. Na mesma linha de avaliação da utilização do acervo podem ser
construídos inúmeros indicadores que forneceriam informações quantitativas para
gerenciamento do acervo e análise da distribuição de valores para aquisição.
c. Seleção
A seleção é uma escolha fundamentada e realizada para que se realize uma
aquisição, deve considerar o valor intrínseco pertinente a cada item para o acervo
como um todo. O objetivo é selecionar exatamente aqueles itens que serão mais
utilizados e mais úteis aos usuários, aqueles que não ficarão parados nas estantes
sem utilização.
É uma das funções responsáveis pela formação e desenvolvimento das
coleções que irão compor o acervo, tanto quanto à forma quanto ao conteúdo, tanto
reais quanto virtuais. ( MACIEL; MENDONÇA, 2000, p. 19 ). Segundo Andrade et al.
( 1998, p. 5 ): A seleção, desenvolvimento e manutenção da coleção é de responsabilidade consensual dos especialistas da área e da equipe de bibliotecários. Os bibliotecários encarregados da seleção deverão promover o equilíbrio e consistência da mesma, por possuírem conhecimento global do acervo, da comunidade a que servem e dos instrumentos apropriados a essa finalidade.
Teoricamente, em uma biblioteca a atividade de Seleção está intimamente
ligada ao “Estudo da Comunidade” e “Avaliação da Coleção” e deverá levar em
consideração a política deles decorrentes e estabelecidas. Na prática, nem todas
conseguem funcionar assim.
d. Desbastamento
Segundo Figueiredo ( 1984, p. 144), “... ( Prunning / weeding / of selection ) –
processo de extrair títulos ou partes da coleção, quer para remanejamento, quer
para descarte. Significa retirada criteriosa de material bibliográfico após a devida
seleção. Os critérios que determinam o tipo de retirada que pode ser parcial,
temporária ou total e definitiva ( seleção negativa segundo Maciel; Mendonça (2000,
p.25) ).
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Na USP, segundo Andrade et al. (1998, p. 10), o descarte visa principalmente:
• adequar a coleção aos interesses dos usuários;
• evitar o crescimento desordenado da coleção;
• evitar desperdícios de recursos humanos, financeiros e de infra-
estrutura.
Há critérios básicos utilizados tanto para seleção como para descarte de
materiais dos acervos, como por exemplo a qualidade do conteúdo, adequação ao
currículo acadêmico e linhas de pesquisa, a autoridade do autor ou corpo editorial,
entre outros.
e. Política de Seleção
Constitui-se em um conjunto de regras que determinam os critérios para
incorporação de material informacional ao acervo, pode ser específico por área de
conhecimento; tipo de material ( periódicos – livros, etc. ), onde serão ainda
consideradas as variáveis: data, suporte-físico, idioma, estado físico, abrangência.
Um raro exemplo praticado e disponibilizado on-line é a Política de Seleção para o
Material Bibliográfico, Recebido por Doação, pela Biblioteca Universitária da UFSC,
disponível em sua homepage ( http://www.bu.ufsc.br/lista de duplicatas , veja no
Anexo V ). Ela é dependente dos resultados verificados pela Avaliação.
f. Aquisição
Em uma BU a aquisição é o resultado de um conjunto de atividades
intimamente relacionadas, é uma das etapas do processo de Desenvolvimento de
Coleções. Esse processo tem a característica de ser cíclico, o que permite afirmar
que as atividades que o compõem não acabam, apenas concluem uma fase e logo a
seguir tem prosseguimento iniciando um novo ciclo. Isto é, a cada aquisição que
ocorre o processo de desenvolvimento da coleção é realimentado. A aquisição
impacta o ciclo de serviços e é um processo interno com avaliação.
Fazendo analogia com o desenvolvimento de sistemas de processamento
eletrônico de dados ( YOURDON, 1992, p.133 ), em termos de produtividade do
sistema, é possível afirmar que existem demandas reprimidas ou pendências (
backlog ) por novos títulos as quais realimentam o processo. Essas pendências tem
origens diversas, sistema de aquisição complexo, morosidade na aquisição, falta de
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recursos, ausência no mercado ou de quem o forneça no processo licitatório, entre
outros. Podem ser caracterizadas como sendo:
• VISÍVEIS: são os novos títulos solicitados oficialmente pelos usuários -
aceitos - com verba aprovada e não adquiridos por falta de oferta pelos
fornecedores participantes da licitação;
• INVISÍVEIS: são os novos títulos que o usuário sabe que precisa mas não
solicita tendo em vista a existência de “pendência visível“;
• DESCONHECIDAS: são os novos títulos que o usuário ainda não sabe
que precisa, mas assim que sejam satisfeitas demandas anteriores elas
emergirão, novas edições, publicações, inovações, referências constantes
de obras ainda não adquiridas, assuntos decorrentes de estudos e/ou
leituras ainda não realizadas, entre outros.
A doação e a permuta também são consideradas formas de aquisição de
material informacional e como tal devem ter regras claras, previamente
estabelecidas, para sua realização pode ser específica por área de conhecimento;
tipo de material ( periódicos – livros, etc. ), onde serão ainda consideradas as
variáveis: data, suporte-físico, idioma, estado físico, abrangência.
Aquisição na concepção de Figueiredo (1984, p. 145 ): “... é o processo de agregar itens a uma coleção por meio de compra,
doação ou permuta. Aquisição é a operação que resulta da seleção, ou seja
que implementa as decisões da seleção ao incorporar à coleção os itens
selecionados. “
Segundo Vergueiro ( 1996, p. 17) “...As opções para adquirir os materiais são
basicamente três: compra, permuta e doação. ...” Reconhece o autor que a opção
“compra” se reveste de maior complexidade principalmente se tratando de BU de
uma IFES. O termo opções empregado pelo referido autor requer uma atenção
específica, considerando que significa “ato ou faculdade de optar; livre escolha”. Na
conjuntura das BUs das IFES essa livre escolha dificilmente ocorre, porque se for
apresentada será sempre, preferencialmente nessa ordem: doação – permuta –
compra, dada a falta de recursos financeiros.
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2.3 Momentos de Verdade e Ciclos de Serviço
Os diversos momentos de verdade ( NORMANN, 1984, citado por GIANESI e
CORRÊA, 1994, p.87 ) que ocorrem durante o ciclo de serviços, são os momentos
mais importantes do ciclo de serviço, são aqueles relacionados ao atendimento,
sendo assim, são os que mais contribuem para que percepção do cliente em relação
aos serviços. Por exemplo do usuário de uma BU:
Ciclo de Serviços
11. Utiliza e devolve o livro para a biblioteca.
7. Consegue encontrá-lo em uma das mesas, sendo utilizado por outro usuário;
10. Encontrando o livro, faz o empréstimo.
9. Retorna no dia seguinte e solicita o livro reservado;
8. Solicita a reserva do livro;
6. O bibliotecário de referência orienta-o para que procure nos carrinhos de livros devolvidos e/ou em cima das mesas;
5. Caso não o encontre solicita auxilio ao bibliotecário de referência;
4. Anota os dados do livro e vai às prateleiras procurá-lo;
3. Pesquisa o acervo e encontra-o ;
2. Acessa o sistema;
1. Entra na biblioteca;
Figura 4: Ciclo de Serviços: empréstimo do livro.
A seqüência de momentos de verdade que o consumidor enfrenta enquanto o
serviço está sendo prestado é chamada de ciclo de serviço. Albrecht (1998, p. 36)
define o ciclo de serviço como “ o serviço tal como experimentado pelo cliente ”. É
interessante observar que essa seqüência de atividades corresponde ao processo
de prestação de serviço no ponto de vista do cliente, e que o período decorrido do
início ao fim do ciclo de serviço corresponde ao encontro de serviço. Diz ainda, o
referido autor, que “... às vezes, o cliente é a única pessoa que vê todo o quadro. ...”
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Os serviços são produzidos por processos. O ciclo de serviços é a visão
processual sob a ótica do cliente. É a forma como o cliente consegue traduzir cada
fase, estágio ou ciclo do processo que ele experimentou. Os momentos de verdade podem ser considerados separadamente como
subprocessos do processo de produção do serviço. Danaher e Mattsson (1994) estudaram
que o nível de satisfação acumulada em cada estágio do processo (momentos de verdade)
pode influenciar o nível de satisfação do cliente nos estágios seguintes. Além disso, os
autores concluíram que os diferentes momentos de verdade têm impactos diferenciados na
satisfação do cliente. Por isso, é necessário observar quais características são consideradas
importantes pelos clientes em cada ponto de interação e quais momentos de verdade têm
maior impacto na satisfação do cliente. Como é possível ver abaixo ( Figura 5 ) os diferentes
“momentos” do “ciclo de serviços” são importantes no processo de formação da percepção
do cliente sobre os serviços a ele oferecidos. É importante ressaltar que essas constatações
são válidas tanto para cliente interno quanto externo.
P E R C E P Ç Ã O D O S E R V I Ç O P R E S T A D O
C ic lo d e S e r v iç o
M o m e n t o s f in a is
p e r m a n e c e m m a is f o r t e sn a m e m ó r ia d o c l ie n t e
M o m e n t o s in ic ia is
p r e p a r a m a p e r c e p ç ã od o c l ie n t e p a r a o q u e
v e m d e p o is
F in a l d o c ic lo In ic io d o c ic lo
Figura 5:Percepção do Serviço Prestado, Gianesi e Correa (1996, p. 88)
Em bibliotecas universitárias, essa análise pode ser feita em cada um dos
serviços prestados. Em uma típica atividade de empréstimo ao usuário, por exemplo,
ele vai passar pelas seguintes experiências:
Quadro 5: Ciclo de serviço em uma BU( 1) e os Momentos de Verdade
Estudante precisa retirar um livro em uma das bibliotecas setoriais: 1 Entra na biblioteca; 2 Acessa o sistema; 3 Pesquisa o acervo e encontra-o; 4 Anota os dados do livro, e vai às prateleiras procurá-lo; 5 Caso não o encontre solicita auxilio ao bibliotecário de referência;
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6 O bibliotecário de referência orienta-o para que procure nos carrinhos de livros devolvidos e/ou em cima das mesas;
7 Após procurar durante alguns minutos, o aluno consegue encontrá-lo em uma das mesas, sendo utilizado por outro usuário;
8 Solicita a reserva do livro; 9 Retorna no dia seguinte e solicita o livro reservado; 10 Encontrado o livro, faz o empréstimo; 11 Utiliza e devolve o livro para a biblioteca.
( 1) Elaborada considerando a realidade do NID/FURG
2.4 Clientes
São todas aquelas pessoas cujas decisões determinam o crescimento, a
prosperidade, o sucesso ou não da organização. Pessoas que compõem grupos,
podendo ou não se revestir de complexidade e/ou múltiplas dimensões, que
precisam ser identificados e servidos, todos ou a sua maioria. Quem determina se
uma organização alcançará sucesso, atingirá seus objetivos, se sobreviverá, se
sucumbirá ou não são os seus clientes através de suas decisões. Segundo Whiteley
(1999, p. 21) a maioria das pessoas nas organizações serve a três tipos de clientes:
• Clientes finais ou usuários finais: usarão seu produto ou serviço no
dia a dia;.
• Clientes intermediários:normalmente distribuem, revendem, tomam
seus produtos e serviços disponíveis para ao cliente final;
• Clientes internos: Pessoas ou unidades dentro da organização a quem
é repassado o trabalho concluído para que possam desempenhar a próxima
função na direção de servir os clientes intermediários e finais.
Cada operação de serviço está repleta de funções internas de serviços e elas
constituem-se de clientes internos a outros fornecedores internos de serviços que
são tão importantes quanto o serviço externo que atende ao cliente externo.
Nas operações de serviço é também considerada a existência de uma “linha de visibilidade” ( imaginária ) que serve de divisor entre as operações do Front
Office e Back Office. Isto é, uma linha que separa as partes das operações que o
cliente vê e percebe de imediato das que de forma indireta influenciam apenas a
percepção da qualidade do serviço. ( GRÖNROOS, 1995, p. 248 ).
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Figura 6 - Funções de Serviço Interno e Clientes Internos ( GRÖNROOS, p. 248 )
2.5 Softwares no Processo de Aquisição: experiência brasileira Na revisão bibliográfica verificou-se a existência de trabalhos semelhantes em
outras BUs. O processo de aquisição nas unidades informacionais tem recebido
especial atenção, o que ressalta a sua importância estratégica para a biblioteca,
além de especificar relatos de diversas pesquisas em avaliação dos serviços
prestados em unidades informacionais.
Dos sistemas isolados desenvolvidos no Brasil para controle do processo de
compra, o Guia de Softwares de Automação de Bibliotecas ( PROGRAMA
NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS ( PNBU ). Guia de Softwares de
Automação de Bibliotecas. Brasília, 1989. ) registra os softwares “in house systems”:
• LICITE, da Universidade Federal do Paraná;
• USIBI, da Universidade de São Paulo;
• A.M.B., da Universidade Federal do Ceará
Piazzarollo et al. ( 1991, p.504 ) analisam o Sistema de Aquisição de Livros
(AL), desenvolvido pela equipe da Divisão de Processamento Documental da
Biblioteca Central da Universidade do Rio de Janeiro ( UNI-RIO ), utilizando o
gerenciador de Base de Dados MICROISIS ( da UNESCO, versão 2.3 ). Segundo os
autores até aquele momento era o único software de gerenciamento dos
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procedimentos de apoio ao longo de todas as etapas das rotinas de seleção e
aquisição de livros que utilizava o MICROISIS.
Santos et al. (1996), relatam a experiência com o desenvolvimento da BASE
DEMIQ - Base de Dados da Demanda de Material Bibliográfico do Instituto de
Química, desenvolvida pela Seção de Aquisição e Tratamento da Informação (SATI)
do Serviço de Biblioteca e Documentação (SBD) do Instituto de Química Serviço de
Biblioteca e Documentação/UNESP, para automatizar o controle de solicitações de
compra de material bibliográfico, impresso ou eletrônico. Possibilita a qualificação do
gerenciamento do processo de aquisição. Foi iniciada em 1992, com o
cadastramento apenas de livros, exigiu para sua implantação recursos humanos,
treinamento e equipamentos apropriados, sendo programada em linguagem Clipper
5.01, para Sistema Operacional D.O.S. 6.01. Oferecendo como funções de apoio: 1. Inclusões: permite o cadastramento de pedidos de livros , dispondo de campos
obrigatórios (autor, título, ISBN [ International Standart Book Number ] e departamento do solicitante) e de campos opcionais (volume, editora, preço, solicitante, data da solicitação, observação e grupo)
2. Alterações: permite alterar todos os campos, quando necessário; 3. Exclusões: possibilita efetuar exclusões de dados cadastrados; 4. Relatórios: viabiliza a emissão de diferentes tipos de relatórios; 5. Utilitários: possibilita reorganizar, realizar backup, restaurar e definir senha para sua
utilização; 6. Portabilidade: além das funções acima especificadas, a DEMIQ apresenta esta
função que permite a importação e exportação dos arquivos de dados gerados para outro software.
Como produtos gera relatórios diversos que registram informações de
importância fundamental para as etapas do processo de aquisição. Como medida de
segurança foram adotados o uso de senhas e a gravação diária de backup.
Possibilitou a racionalização das rotinas de controle de solicitações e o
aprimoramento do serviço de aquisição de material bibliográfico, permitindo que um
maior número de solicitações fossem adquiridas.
Bessa e Pinheiro ( 1996 ) relatam a pesquisa realizada no ambiente do
Subsistema de Bibliotecas de Ciências Humanas, Letras e Artes do Sistema de
Bibliotecas (SBCHLA ) da Universidade Federal do Ceará. O ponto focal do relato é
a importância da avaliação pelos usuários do SBCHLA, como forma de identificar se
os produtos e serviços oferecidos estão atendendo às suas necessidades de
informação. São ressaltadas as questões relacionadas com a obtenção e utilização
da informação, satisfação das necessidades informacionais, ambiente, qualidade do
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serviço de referência, situação do acervo, dentre outras. Baseando-se nas
informações obtidas, fazem a análise e interpretação, acrescentando alternativas
para a solução dos problemas apresentados.
Quinsan, Soma e Sugimura ( 1996 ) visando solucionar problemas
decorrentes da seleção manual de material bibliográfico para a aquisição pela
Biblioteca Central do Centro Técnico Aeroespacial do Instituto Tecnológico da
Aeronáutica, CTA/ITA, propõem um sistema computacional, composto de quatro
módulos, cujo processo de seleção é feito de maneira automática, utilizando-se de
matemática computacional e programação inteira.
Becalli, Carvalho e Guimarães ( 1996 ) apresentam o aplicativo “Sistema de
Gerenciamento para Seleção e Aquisição de Material Bibliográfico” ( ISA ) do
Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade Federal do Espírito Santo
(IB/UFES ) desenvolvido e aplicado naquela instituição. A primeira versão data de
1994, é um sistema desenvolvido em ambiente com interface gráfica Windows,
composto de seis módulos: Tabelas, Material Bibliográfico, Sugestões, Aquisições,
Intercâmbio e Relatórios. O ISA suporta a diversidade de tarefas e a quantidade de
informações manuseadas num processo de seleção e aquisição de material
bibliográfico desde as sugestões até o registro patrimonial do acervo quando do
recebimento dos materiais.
Shaughnessy ( 1987 ) aponta os principais requisitos para a qualidade de um
serviço de informação: o entendimento das necessidades e expectativas dos
usuários; a segurança; a cortesia e a comunicabilidade; a adoção de linguagem
adequada pelos profissionais de informação; e um ambiente físico adequado.
Leitão e Vergueiro ( 2000 ) e Taylor e Wilson (1990), deslocaram o foco de
atenção da qualidade em serviços de informação, passando-o do controle dos
processos para os beneficiários dos serviços.
O autor deste trabalho contatando outras IFES, por e-mail, procurando
informações, verificou que possuem aplicativos “in house systems” os quais
auxiliam na aquisição de livros através de licitação no mercado nacional (desde a
solicitação de títulos, repasse aos fornecedores e apuração dos resultados, todo o
processo é on-line), como é o caso da UFPR. Infelizmente não há documentação e
manuais com o detalhamento destes programas, disponíveis para consulta, embora
haja disposição para fazer uma demonstração dos mesmos. A UFPA informa a
utilização de sistema próprio desenvolvido em sistema operacional DOS que está
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sendo substituído com a aquisição do software Pergamum. Em dezembro de 2000
foram realizadas apresentações dos softwares de automação Pergamun e Aleph, na
FURG, sendo que na apresentação ambos foram qualificados para realizar as
operações de aquisição. Sendo que pelo menos na PUCPR, UFRGS e PUCRS foi
confirmada a sua utilização na aquisição de material bibliográfico.
2.6 Critério de Avaliação Um critério de avaliação serve de base para comparação, julgamento ou
apreciação, para determinar o valor de alguma coisa. Neste caso o que se pretende
é medir, avaliar, ter alguma noção sobre a qualidade do serviço prestado pelo
sistema “ Livros”. Considerando que o cliente interno é a pessoa mais indicada,
efetua avaliação, pois vivencia todo o processo de produção do serviço e tem uma
visão crítica de cada um de seus momentos e do conjunto como um todo.
Carvalho e Vergueiro (2000) identificaram indicadores de qualidade aplicáveis
às BUs brasileiras, a partir dos artigos obtidos de busca bibliográfica retrospectiva
abrangendo o período de 1966 a 1997, elaboraram uma lista como 16 indicadores
que serviram como base para a confecção do instrumento de pesquisa. A coleta de
dados por questionário, enviado via postal, com 29 perguntas abertas e/ou fechadas,
respondidos por clientes externos da biblioteca, cerca de 2% do universo de cada
faculdade, resultando em 13 docentes e 63 alunos, das sete Faculdade de
Odontologia da USP.
Os dezesseis indicadores obtidos:
1. Comunicação: Cada funcionário deve comunicar-se com o cliente
externo em seu nível de entendimento.
2. Acesso: O cliente externo deve ter fácil acesso aos serviços (localização
conveniente, acesso físico, boas conexões telefônicas e outras
tecnologias da informação); facilidade de aproximação pessoal e
facilidade de contato.
3. Confiança: Habilidade para desempenhar de forma confiável, acurada e
consistente o que foi prometido ao cliente; desempenho confiável e
preciso, excluindo erros.
4. Cortesia: Cada funcionário deve ser educado, respeitoso e amigável com
o cliente externo.
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5. Efetividade: Proporção em que a organização atinge os objetivos e
propósitos estabelecidos.
6. Eficiência: Economia e adequação de recursos.
7. Qualidade: Redução da diferença entre as expectativas dos clientes e os
serviços prestados.
8. Resposta: Disponibilidade para prover serviço imediato e auxiliar os
clientes; prover o serviço no menor tempo possível.
9. Tangíveis: Facilidades físicas (prédio), equipamento, reparos/consertos
dos materiais, aparência do pessoal.
10. Credibilidade: o desempenho total deve fornecer ao cliente externo os
serviços mais apropriados.
11. Segurança: os serviços devem garantir segurança física e financeira e
assegurar material confidencial.
12. Extensividade: quantidade de serviços prestados em relação ao tamanho
da população servida.
13. Garantia: evidência do conhecimento dos funcionários sobre o produto,
cortesia e habilidade para inspirar confiança.
14. Satisfação do usuário: satisfação com os serviços e materiais
existentes; atendimento das necessidades do usuário com serviços e
materiais disponíveis no momento da solicitação.
15. Custo/benefício: Correlação dos serviços prestados com o custo total; do
total dos gastos com os serviços oferecidos por cliente externo (ou
potencial); do custo de um item com o valor ou utilidade desse item; dos
serviços fornecidos (incluindo custo total) pelo custo do tempo de
resposta.
16. Tempo de resposta: velocidade dos serviços.
Carvalho e Vergueiro ( 2000 ) concluíram que a medida em que foram
propostos e validados os indicadores possibilitaram a visualização das condições
tanto de excelência como daquelas que carecem de melhorias. Entendem ser
possível a sua adaptação e contextualização em outros ambientes de informação.
Whiteley ( 1999, p.123 ) chama atenção das organizações para a necessidade
de aprenderem a medir seus sucessos e fracassos do ponto de vista do cliente.
Alerta que as grandes empresas prosperaram “... tanto quantificando rigorosamente
51
os desejos dos clientes passíveis de quantificação como ajudando seu pessoal a
inovar para tenderem os desejos não-quantificáveis ... ” . O mesmo autor diz ser
possível medir, usando-se a medição para satisfazer ainda mais os desejos do
cliente, se os cinco princípios, abaixo relacionados forem seguidos:
1. Saiba por que está medindo.
2. Deixe os clientes lhe informarem que resultados finais medir.
3. Pergunte constantemente como está o seu desempenho — e o de
seus competidores.
4. Acompanhe os procedimentos internos que devem produzir os
resultados que os clientes dizem desejarem — assim como os
resultados finais.
5. Informe ao seu pessoal tudo que você constatar.
Cormier, Klaes e Tarapanoff ( 1996, p.12 ) comentam: Para uma organização de prestação de serviços informacionais o usuário é o
ponto focal de toda a sua atividade; é preciso que a qualidade dos seus serviços
satisfaça constantemente as exigências dos segmentos para os quais dirige os
seus esforços: alunos, pesquisadores e professores da universidade.
Moreira ( 1996, p. 59 ) salienta que medir o desempenho da atividade de
serviços implica em avaliar fatores que influenciam-na e dizem respeito aos bens
tangíveis que formam num serviço, outros ao serviço em si e outros ainda ao
ambiente no qual o serviço é prestado. É facilmente percebível que esses fatores
não se prestam a medidas quantitativas diretas, embora estas possam ajudar em
alguns casos. Dessa forma, os fatores de qualidade devem ser medidos através de
julgamento de adequação, seja de elementos internos, seja dos clientes.
Os fatores de qualidade a que se refere são produto de pesquisa de Fitzgerald
et al. ( 1993, p. 41 ) e são doze, a saber: acesso, estética e aparência,
disponibilidade, limpeza, conforto, comunicação, competência, cortesia, atitude
amigável, confiabilidade, poder de resposta, segurança. Salienta-se que com,
relação a sua aplicação em sistema de operações de serviços demonstram
concentrar-se maciçamente no “staff” e apenas onze fatores são aplicáveis. Acesso
não é aplicável aos serviços, mas só ao ambiente.
Albrecht ( 1998; p.170 ),em decorrência das exigências do mercado, colocou a
compreensão do cliente como ponto de partida de um processo de implantação da
administração de serviços. Segundo sua análise, a primeira fase abrange um estudo
52
dos dois “clientes” da empresa; o cliente que paga pelo serviço final, e o funcionário.
Não se pode de fato deixar de reconhecer que o atual contexto mercadológico
impulsiona as empresas para a valorização do ser humano: numa ponta o “cliente”
interno responsável pela produção e o oferecimento do produto ao “cliente” externo,
o consumidor final. Ele sugere alguns passos a serem seguidos na identificação das
percepções dos clientes e a adoção de boletim de avaliação pelo cliente. A
identificação das percepções do cliente, portanto, pode se realizar por intermédio de
três maneiras:
1. Entrevistas em Profundidade com Clientes Individuais - a
entrevista em profundidade se presta para a identificação da percepção
do cliente sobre o serviço prestado, quando se está partindo de zero; a
identificação de atributos importantes e desejáveis do produto, do ponto
de vista do cliente, bem como as suas atitudes em relação a esses
atributos.
2. Entrevistas com Grupos Selecionados de Clientes - o seu
funcionamento assemelha – se mais ou menos ao método anterior e
passa a existir, quando se deseja a coleta de informações manifestadas
em grupo; apresenta a vantagem de se colher posições fortes dos
consumidores, permitindo a sua completa compreensão; as posições
eminentemente pessoais, direcionam a pesquisa para as entrevistas em
profundidade com clientes individuais.
3. Análises Estatísticas de Populações Representativas de Clientes - insere - se no contexto da pesquisa quantitativa, cujo trabalho
se inicia pela elaboração e aplicação de um questionário a uma amostra
representativa de um grande número de pessoas ( população ); saliente –
se que a elaboração do questionário, a coleta, a análise e a interpretação
dos dados se respaldam em ferramentas do método estatístico.
O boletim de avaliação pelo cliente funciona como uma meta de chegada
dos métodos de pesquisa supracitados e se destina funcionar como um roteiro
organizado dos critérios para a obtenção da excelência do serviço, o qual deverá
conter três tipos de informação:
(1) Os atributos - chave da qualidade do serviço;
(2) A importância relativa de cada atributo para o cliente;
(3) Os escores da empresa estudada nesses atributos e - se estiverem
53
disponíveis - os escores dos concorrentes.
2.7.1. Qualidade percebida pelo cliente
Com o aumento da competição na indústria do serviço cresceu a noção de
qualidade de serviço, ficou altamente importante. Em um ambiente crescentemente
competitivo, qualidade de serviço é crítica para o sucesso corporativo. Qualidade de
serviço foi identificada como um determinante de parte do mercado, retorno em
investimento e redução de custo. A satisfação do cliente é que conduz a
comercialização e traz lucros.
Não há consenso entre os autores quanto se referem ao que deva ser
atendido, expectativas ou necessidades dos clientes. Dividem-se quanto a atender
uma ou outra e há alguns ainda, que recomendam que se procure atender ora uma
ora outra.
Sob o ponto de vista do cliente a qualidade é o que ele percebe ser o produto
ou serviço.
Assim segundo Slack et al. (1996, p.553) ”...a qualidade percebida é
governada pela lacuna entre as expectativas dos consumidores e sua percepção do
produto ou serviço ...”.
Figura 7: Qualidade percebida, adaptada de Slack et al. ( 1996; p. 553 )
Tanto o processo quanto o resultado do serviço influenciam a percepção do
cliente sobre o serviço prestado. Assim como também há a formação de uma
expectativa por parte do cliente antes da compra do serviço. O confronto da
percepção com as expectativas dos clientes apresentam uma lacuna, que de acordo
com o seu tamanho e direção definem o tipo de qualidade percebida pelo cliente do
produto ou serviço, segundo os autores:
Quadro 6: Qualidade percebida segundo os autores
RELAÇÃO
Gianesi e Corrêa ( 1996, p. 80 )
Kotler (1998 ) e
Slack et al. ( 1996, p.553 )
PERCEBIDA
QUALIDADE Percepções dos
consumidores
relativamente ao
produto ou serviço
Expectativas dos
consumidores
relativamente ao
produto ou serviço
54
Percepções > Expectativas
QUALIDADE IDEAL
A QUALIDADE PERCEBIDA É BOA
Percepções = Expectativas
QUALIDADE
SATISFATÓRIA
A QUALIDADE PERCEBIDA É ACEITÁVEL
Percepções < Expectativas
QUALIDADE
INACEITÁVEL
A QUALIDADE PERCEBIDA É POBRE
Slack et alii ( 1996 ), ressaltam que um problema passível de acontecer
quando se define a qualidade em função de expectativa é que ela apresenta
variabilidade para diferentes consumidores. A percepção também pode apresentar
variação, tanto para produto como para serviços e principalmente para diferentes
clientes, pois ambas baseiam-se em juízo de valor, em avaliação subjetiva.
Serviços são basicamente mais ou menos intangíveis e constituem processos
vivenciados bem subjetivamente, onde as atividades de produção e consumo
acontecem simultaneamente. Interações, incluindo uma série de contatos tipo hora
da verdade entre o cliente e o prestador de serviços, ocorrem.
A qualidade de um serviço conforme percebida pelos clientes tem duas
dimensões:
• uma dimensão ou resultado técnico: chamada de qualidade técnica do
resultado do processo de produção do serviço. É aquilo com que o cliente fica quando o processo de produção e as interações comprador-vendedor terminam. As vezes pode ser medida um
tanto objetivamente pelos clientes, por causa de seu caráter de
solução técnica a um problema. Ela não conta para a qualidade total o
que o cliente percebe que recebeu;
• uma dimensão funcional ou relacionada a processo: chamada de
qualidade funcional, como ele recebe o serviço e como ele vivencia o processo de produção e consumo simultâneos. Não pode ser
avaliada tão objetivamente porque é percebida subjetivamente.
(GRÖNROOS, 1984; PARASURAMAN, ZEITHAML e BERRY, 1985;
LEHTINEN, 1986)
2.7.2. Dimensões da Qualidade Percebida pelo Cliente
Para os diversos autores qualidade de serviço é mais difícil de definir e medir
que qualidade de produto porque serviços são intangíveis, heterogêneos (qualidade
55
de serviço pode variar por cliente, dia ou produtor ), e produção é inseparável de
consumo. Vários investigadores buscaram definir e medir o conceito de qualidade de
serviço ( PARASURAMAN, ZEITHAML e BERRY 1985; PARASURAMAN,
ZEITHAML e BERRY 1988; CARMAN 1990; PARASURAMAN, ZEITHAML e BERRY
1991; CRONIN e STEVEN 1992; TEAS 1993).
Muitos trabalhos inicialmente foram desenvolvidos e aplicados por
Parasuraman, Zeithaml, e Berry (1985), PZB ( utiliza-se esta expressão para
representar o modelo destes autores ), para definir um modelo e avaliar qualidade de
serviço.
Após a identificação das 10 dimensões que compõem o domínio da qualidade
de serviço percebida e da geração dos 97 itens representando as 10 dimensões, e
pelo uso de estatística multivariada, conceituando a qualidade de serviço básica o
modelo PZB, identificou dez determinantes de chave de qualidade de serviço
percebido pela companhia e o consumidor:
Determinantes da Qualidade Percebida do Serviço 1. Confiabilidade envolve coerência no desempenho e constância:
• A empresa desempenha o serviço de forma correta na primeira vez
• Precisão no faturamento
• Manutenção correta dos registros
• Execução do serviço no tempo previsto
2. Rapidez de resposta diz respeito à disposição e à rapidez dos
empregados para fornecerem o serviço:
• Serviço prestado em tempo adequado
• Transações por correio expedidas imediatamente
• Chamada telefônica rápida de volta ao cliente
• Prestação imediata de serviço
3. Competência significa possuir as habilidades e o conhecimento
necessários:
• Conhecimento e habilidades dos empregados de contato com clientes.
• Conhecimento e habilidades do pessoal de suporte operacional
• Capacidade de pesquisa da organização
4. Acesso envolve facilidade de abordagem e de contato:
• O serviço é facilmente acessível por telefone
56
• O tempo de espera para receber o serviço não é extenso
• Horas convenientes de operação
• Local conveniente de execução dos serviços
5. Cortesia envolve boas maneiras, respeito, consideração e contato
amigável do pessoal:
• Consideração pela propriedade do consumidor
• Aparência limpa e arrumada do pessoal de contato com o público
6. Comunicação significa manter os clientes informados em linguagem que
possam compreender, bem como ouvir os clientes:
• Explicar o serviço em si
• Explicar quanto custará o serviço
• Explicar as relações entre custo e serviço
• Assegurar aos consumidores que o problema vai receber atenção
7. Credibilidade envolve confiança, crédito, honestidade e envolvimento
com os interesses do cliente:
• Nome da empresa
• Reputação da empresa
• Características pessoais do pessoal de contato com clientes
• O grau de venda sob pressão envolvido nas interações.
8. Segurança é estar livre de perigos, riscos ou dúvidas:
• Segurança física
• Segurança financeira
• Confidenciabilidade
9. Compreender/Conhecer o Cliente envolve fazer um esforço para
compreender as necessidades do cliente:
• Conhecer as exigências específicas do cliente
• Fornecer uma atenção individualizada
• Reconhecer o cliente assíduo
10. Tangíveis incluem evidência física do serviço:
• Instalações físicas
57
• Aparência do pessoal
• Ferramentas e equipamentos utilizados para fornecer o serviço
• Representações físicas do serviço (cartões, etc.)
• Outros clientes na instalação dos serviços
Eles notaram que existiam discrepâncias entre as percepções da qualidade
do serviço entregue, da empresa e do cliente. Investigando estas discrepâncias,
Barbalho ( 1996, p.6 ) analisa o modelo PZB no qual enfoca-se a qualidade de
serviço pode ser avaliada medindo as discrepâncias, gaps, lacunas ou " aberturas "
entre o que o cliente espera e o que o consumidor percebe que ele recebe. Que as
características comuns às organizações de serviços são:
a) intangibilidade - serviços não podem ser medidos tão facilmente, sendo
necessário que estas organizações pesquisem a escala de valores dos clientes e a
utilizem de forma a produzir serviços de qualidade;
b) heterogeneidade - seu desempenho varia de acordo com o comportamento
do cliente;
c) simultaneidade - a execução e o consumo são praticamente realizados ao
mesmo tempo (o serviço não pode ser feito antes) e o contato pessoal é muito
importante para o resultado do serviço.
Por se tratar de um estudo clássico da criação de um modelo conceitual para
instituições prestadoras de serviços, os autores apresentam cinco dimensões
exigidas do sistema de qualidade:
• qualidade técnica (capacidade de manter serviços atualizados);
• qualidade funcional (capacidade de envolvimento total da instituição);
• qualidade física (relacionada a equipamentos e estrutura física);
• qualidade corporativa (relacionada à imagem que a instituição possui
no mercado) e qualidade interativa (capacidade de envolvimento entre
os fornecedores direto dos serviços e os consumidores);
O Modelo Conceitual para Serviços de Qualidade inclui a compreensão da
abrangência dos cinco Gaps, conforme apresentado na Figura 8.
No modelo apresentado, na Figura 8, os gaps significam pontos-chave onde
os sistemas de qualidade deverão agir para que os consumidores recebam serviços
de alta qualidade.
58
Figura 8: Modelo Conceitual para Serviços de Qualidade
FONTE: Parasuraman, A.; Zeithaml, V. A.; Berry, L. L., (1985).
C O M U N IC A Ç Ã O B O C A A B O C A
D E S E J O S E N E C E S S ID A D E S
P E S S O A IS B O C A A B O C A
E X P E R IÊ N C IA P A S S A D A
S E R V IÇ O
E S P E R A D O
S E R V IÇ O P E R C E B ID O
S E R V IÇ OF O R N E C ID O
P E R C E P Ç Õ E S D A G E R Ê N C IA S O B R E A S E X P E C T A T IV A S
D O C L IE N T E
E S P E C IF IC A Ç Õ E SD O
S E R V IÇ O
C O M U N IC A Ç Õ E S E X T E R N A S
C O M O C L IE N T E
G A P 2
G A P 3
G A P 5
G A P 4
G A P 1
C L IE N T E
E M P R E S A D E S E R V IÇ O S
Garvin ( 1988, p. 40-48 ) identificou oito dimensões da qualidade, embora
muitas dessas características possam ser aplicadas ao atendimento ou serviços, a
maioria derivou da experiência com bens manufaturados e menospreza claramente
o lado humano dos serviços:
1. Desempenho nas características operacionais básicas do produto
central;
2. Aspectos: características secundárias (complementos ou elementos
suplementares de atendimento ou serviços);
3. Confiabilidade: baixa probabilidade de mau funcionamento ou falha;
4. Conformidade às especificações: o grau ao qual a concepção de
produto e as características operacionais atendem a padrões
59
preestabelecidos;
5. Durabilidade: quanto tempo o produto continua a ser útil;
6. Funcionalidade do serviço: rapidez, cortesia, competência e
facilidade de conserto; resolução satisfatória das queixas;
7. Estética: atratividade do produto aos cinco sentidos;
8. Qualidade percebida: imagem e reputação do produto e da empresa
responsável por ele.
Parasuraman, Berry e Zeithaml ( 1988 ), desenvolveram o instrumento
SERVQUAL para avaliar a percepção dos clientes a respeito da qualidade do
serviço. Esse instrumento baseou-se em cinco critérios:
•
•
•
•
•
Confiabilidade ( Reliability ): habilidade de prestar o serviço de
forma confiável, precisa e consistente;
Garantia( Assurance ): competência, conhecimento e cortesia dos
funcionários e sua habilidade de transmitir confiança, segurança e
credibilidade;
Tangíveis ( Tangibles ): a aparência das instalações físicas, dos
equipamentos, dos funcionários e dos materiais de comunicação;
Empatia ( Empaty ): o fornecimento de atenção individualizada aos
clientes, facilidades de contato ( acesso ) e comunicação; e,.
Responsividade ( Responsiveness ): a disposição de prestar o
serviço prontamente e auxiliar os clientes.
Whiteley e Hessan ( 1996, p. 94 ) referem-se a mesma metodologia dizendo
que as cinco dimensões podem ser sintetizadas no acrônimo RATER: Reliability –
Assurance – Tangibles – Empaty – Responsiveness.
2.7 Considerações Finais A atividade principal da BU é a oferta de serviços e estes se caracterizam pela
sua intangibilidade; heterogeneidade; por constituir-se a sua produção, distribuição e
consumo em um processo simultâneo; por haver participação do cliente na sua
produção; pela impossibilidade de ser estocado; e, principalmente porque o seu
resultado se constitui em uma atividade ou processo e que pode ser avaliado, é
importante que se estabeleça métodos e critérios que viabilizem essa avaliação.
60
A avaliação apresenta a oportunidade de obter, de parte de quem demanda e
consome os serviços, respostas sobre as operações desenvolvidas, se elas
satisfazem-no, se estão atendendo ou não as suas expectativas. É vital para o
realinhamento, ou não, dos serviços oferecidos. Para detectar necessidade de
alocação, substituição ou treinamento de funcionários. Identifica demanda de novas
expectativas; especifica quais são as prioridades dos usuários. Subsidia a direção
com dados e informações para a tomada de decisão.
A avaliação de serviços por seus usuários pode ser encontrada em:
a. Lott e Rodarte ( 1982 ) realizaram pesquisa em 32 empresas de Belo
Horizonte, junto a Presidência e Cargos de Chefia, procurando conhecer a
valorização da Biblioteca através da opinião de seus usuários e com o objetivo de
descrever suas reações e expectativas em relação aos serviços que lhes são
prestados. O estudo concluiu que a biblioteca possui um nível médio de valorização
e foi considerada como fonte de informação que auxilia o seu trabalho mas não é
imprescindível;
b. Oliveira ( 1985 ) apresentou resultados de estudos de usuários com
100 usuários de uma BU. Sua metodologia baseou-se na elaboração de um
questionário onde os serviços a serem avaliados sãos os que os usuários elegeram
previamente como sendo os mais importantes de uma “boa” biblioteca que é
avaliada pelos seus próprios “usuários”;
c. O autor deste trabalho ( LEMOS, 2001), realizou a avaliação da BU do
NID/FURG, através de entrevista com os usuários, e salienta a necessidade de que
os usuários sejam vistos como clientes e como tal tenham a sua percepção sobre os
serviços recebidos avaliada. Portanto é possível através da pesquisa com os
usuários medir a satisfação percebida e aprender que variáveis dirigem a sua
satisfação. E, assim modificar as estratégias de atendimento, formação de coleções,
descarte, empréstimos, acesso, seu layout, etc. Nessa pesquisa foi possível
identificar e priorizar ações de melhoria no Ambiente ( ruído, mobiliário, limpeza,
ventilação, piso, espaço físico,sanitários, iluminação ); no Acervo ( qualidade e
sinalização ) e novas demandas tais como: acesso à Internet.
Assim sendo, revestem-se de importância avaliações realizadas pelos
usuários dos serviços oferecidos pela BU. Deve-se considerar que o número de
serviços oferecidos e a sua variedade ampliam a abrangência e dessa forma
61
aumentam a complexidade da tarefa. O sistema de aquisição de livros – LIVROS é
resultado de pesquisa e demonstra o estudo e o domínio desse processo,
qualificando-o para ser submetido a avaliação. A sua avaliação pelos clientes
internos garante a qualidade interna dos serviços, quer em termos de serviços
computacionais ou do atendimento das especificações do processo de aquisição. A
qualidade dos serviços internos é a garantia de uma requisição correta em tempo
hábil e mais econômica das necessidades aos fornecedores habilitados.
É também necessário considerar que um sistema de avaliação de serviços
possui critérios. Que software é um elemento que suporta a prestação de serviços.
Neste caso, do Sistema de Aquisição LIVROS, suporta a prestação dos serviços de
aquisição aos clientes internos – Unidades de Ensino – NID – Superintendência de
Administração de Materiais. Portanto é importante que o sistema seja avaliado nos
dois aspectos:
1) ter boas características de Sistema;
2) atender ao cliente.
A seguir trata-se da metodologia utilizada e da sistemática de avaliação.
62
3 METODOLOGIA E ESTUDO DE CASO
Neste capítulo será apresentado um detalhamento do método de pesquisa
desenvolvido neste trabalho, como também da análise e descrição do caso em
estudo onde o modelo proposto foi aplicado, o software ( LIVROS ) que automatiza o
sistema de aquisição de livros do NID/FURG.
3.1 Introdução
A pesquisa científica deve oferecer condições para que seja possível replicá-
la, ou seja deve fornecer os elementos metodológicos utilizados na sua realização
de forma que outros pesquisadores tenham acesso ao método utilizado na sua
realização. Conhecendo-se o método é possível reeditar o experimento e confirmar
os seus resultados.
Nesta pesquisa foram utilizadas as técnicas de obtenção de fatos,
identificados e analisados os processos de aquisição de livros, analisados
interpretados e escolhidas as medidas adequadas para comporem o modelo de
avaliação e então fosse possível construir um instrumento de coleta de dados.
3.2 Técnicas de Obtenção de Fatos
Segundo Lemos e Fernandez ( 1998, p. 2 ), invariavelmente, é preciso que se
tenha um entendimento amplo da situação a ser estudada, que deve ser
cuidadosamente avaliada por seu contexto apropriado. A Figura 9 apresenta
algumas das técnicas de obtenção de fatos que auxiliaram na elaboração da
metodologia para avaliar a o sistema.
63
Técnicas de obtenção de
fatos
Análise de observações
Questionários de pesquisaEntrevistas Revisão da
documentação
Figura 9 - Técnicas de obtenção de fatos.
a) Análise de Observações
Método de investigação em que o pesquisador procura separar ou desagregar
as diversas partes constituintes de tudo o que conseguiu através da observância dos
participantes e/ou partes antes, durante e/ou após a ocorrência do processo em
estudo. Corresponde a examinar cada parte do todo, com o objetivo conhecer sua
natureza, suas proporções, suas funções, suas relações. Yourdon ( 1992 ) considera
que tarefa extremamente difícil a especificação do que faz parte do sistema e o que
não faz parte. É importante delimitar a fronteira entre o sistema e o ambiente,
identificando o que está dentro do sistema e o que está fora dele, com também o é
identificar e definir as interfaces entre o sistema e o ambiente.
b) Entrevistas
As necessidades dos usuários podem ser definidas através de um conjunto de
entrevistas. A primeira etapa no processo de entrevistas consiste na identificação
dos usuários mais importantes, que devem, então, ser entrevistados.
Segundo Kendall & Kendall (1997), os tipos de perguntas mais
freqüentemente utilizadas em entrevistas são:
Perguntas abertas: o entrevistado está livre para relatar ou responder
algo. Não existe regra ou restrições à sua resposta;
64
Perguntas fechadas: neste tipo de pergunta as respostas são restritas,
ou seja, existe uma regra que precisa ser seguida;
Averiguações: o objetivo da averiguação é ir alem da resposta inicial do
entrevistado, para que se possa esclarecer mais o assunto. A pergunta
mais freqüente e simples é “porque”.
Também mostram a seqüência lógica das perguntas:
Estrutura de pirâmide: começa com perguntas detalhadas e
fechadas, e logo se expande o tema com perguntas abertas e mais
genéricas;
Estrutura de Funil: começa com perguntas abertas e genéricas, e
depois estreita-se as respostas possíveis com perguntas detalhadas e
fechadas. Este modo proporciona uma forma fácil de se começar uma
entrevista;
Estrutura de “Rombo”: é uma combinação das estruturas anteriores.
A entrevista começa de uma forma muito específica, com perguntas
fechadas, examinando logo temas gerais com perguntas abertas, e por
último especificando novamente o tema, com perguntas fechadas, para se
chegar a uma conclusão mais detalhada.
No Quadro abaixo é possível visualizar esquematicamente os três tipos de
estruturas:
FUNIL
PIRÂMIDE
ROMBO
Figura 10 – Estrutura de perguntas segundo Kendall e Kendall (1997)
65
b-1) Roteiro para Entrevista
A prévia preparação da Entrevista é indispensável para que se obtenha
resultados na entrevista, dessa forma o Roteiro impedirá que “lapsos” ocorram e
seguira uma seqüência natural. Interrupções freqüentes, decorrentes das
necessidades de serviço do entrevistado serão sanadas e possibilitarão uma
recuperação à partir do ponto de parada. Um dos maiores “dificultadores” e campeão
das interrupções é o telefone. Os roteiros aumentam as chances de atingir
plenamente os objetivos estabelecidos. Não devem ser considerados como uma
linha reta, ponto de partida – ponto de chegada. No transcorrer do evento novos
rumos ( ou alternativos ) podem ser necessários em decorrência de reações ou
posturas dos participantes ( entrevistador e entrevistado ). Nada impede que ao final
tenhamos questões abordadas que não foram previstas e questões previstas não
necessariamente ou inteiramente abordadas. Ela exige, naturalmente, do
entrevistador habilidades e cuidados diversos em sua condução, de forma a
contribuir para a criação de um ambiente cordial, agradável, propício a evolução do
assunto de interesse.
O registro das entrevistas pode ser gravação, de som e/ou imagem ou
anotação. Não é recomendável confiar apenas na memória. Além disso possibilita
que seja revisada e interpretada mais de uma vez para dirimir dúvidas.
A entrevista deve ser marcada com antecedência, com apresentação geral
dos seus objetivos, extensão e relevância do assunto.
A observância de horários, postura, cordialidade e a apresentação do
entrevistador também requerem cuidados especiais.
Neste estudo foram preparados três Roteiros de Entrevista: A, B e C (abaixo).
Em consideração a diferente natureza das atividades desenvolvidas dentro do
processo de aquisição pelos entrevistados, a saber: bibliotecários, administração de
compras e represente de unidade de ensino.
Não é comum, mas no decorrer deste trabalho foram realizadas, em algumas
etapas, entrevistas com vários participantes, bibliotecários ( docentes – técnicos ),
analista de sistemas, usuários do sistema; sendo necessária a utilização de um
mediador. O mediador fez as apresentações e estabeleceu limites, intervindo
sempre que necessário para esclarecer ou aprofundar observações. As entrevistas
fizeram parte de outros trabalhos, orientados pelo autor deste trabalho ( Prado e
Rangel, 2000 ), que visavam demonstrar a viabilidade da construção de um sistema
66
de aquisição de livros mais evoluído e utilizando a estratégia cliente–servidor, na
Web.
Roteiros de Entrevista( Apêndice I ):
♦ Roteiro de Entrevista – A; ♦ Roteiro de Entrevista – B; ♦ Roteiro de Entrevista – C.
c) Questionário de pesquisa
Essa ferramenta é conveniente quando há um grande número de usuários, o
que geralmente ocorre em grandes organizações. As questões devem ser
estruturadas de maneira que façam sentido para as pessoas que as responderão.
c.1) Elaboração do Questionário
Após a realização da(s) entrevista(s) e análise de observações são obtidos
elementos que contribuirão na elaboração do questionário, apesar de serem,
entrevista e questionário, técnicas semelhantes por fundamentarem-se na
interrogação. Existem diversas possibilidades a serem avaliadas em termos do tipo
de questionário.
Segundo Kotler ( 1998; p. 122 ) o questionário consiste de um conjunto de
questões para serem respondidas por entrevistados. Em função de sua flexibilidade,
é o instrumento mais comum para coletar dados primários. Precisam ser
cuidadosamente desenvolvidos, testados e corrigidos antes de serem administrados
em larga escala. Geralmente, pode-se detectar vários erros em um questionário
preparado ao acaso. Ao preparar um questionário, o profissional de pesquisa
escolhe cuidadosamente as questões, suas formas, tipo de redação e
seqüenciamento. Um erro comum é incluir questões que não podem ou não
precisam ser respondidas e omitir outras que devem ser respondidas. As questões
meramente interessantes devem ser eliminadas porque podem exaurir a paciência
do entrevistado.
Além disso, a forma da questão pode influenciar a resposta. Os pesquisadores
diferenciam entre questões fechadas e abertas. As questões fechadas pré-
especificam todas as respostas possíveis e os respondentes escolhem entre elas.
As questões abertas (grifo nosso) permitem que os respondentes usem suas
próprias palavras. Freqüentemente, as questões fechadas fornecem respostas mais
fáceis de interpretar e tabular. São bastante úteis no estágio exploratório da
pesquisa, quando o pesquisador está preocupado em saber como as pessoas
67
pensam, em vez de mensurar quantas pessoas pensam de determinada maneira.
Finalmente, deve-se tomar cuidado com a redação e o seqüenciamento das
questões. O pesquisador deve usar palavras simples, diretas e não viesadas. As
perguntas devem ser pré-testadas junto a uma amostra de respondentes antes de
serem usadas. A questão principal deve procurar criar interesse. As questões difíceis
ou pessoais devem ser apresentadas no final do questionário, para que os
respondentes não fiquem em posição defensiva. Finalmente, as questões devem
fluir em ordem lógica.
Logo a seguir (na página seguinte), estão os exemplos dos tipos de questões,
como nome de cada tipo, sua descrição sucinta e um exemplo de aplicação de uma
pesquisa em uma BU: Fechadas (Quadro 7, p. 70) ou Abertas (Quadro 8, p. 71).
68
Quadro 7: Questões Fechadas
NOME DESCRIÇÃO EXEMPLO
Dicotômica Uma questão com duas O software LIVROS facilitou o processo
respostas possíveis de Aquisição de Livros ? Sim Não
Múltipla escolha Uma questão com três ou Você recebeu algum tipo de treinamento.
mais respostas para utilizar o LIVROS? ( ) - Sim, individualmente; ( ) - Sim, em grupos de usuários. ( ) - Não, aprendi sozinho; ( ) - Não, um colega me ensinou.
Escala de Likert Uma declaração com a Geralmente, as bibliotecas pequenas prestam qual o respondente mostra melhor serviço do que as grandes.” o grau de concordância/ discordância. Discordo Discordo Nem concordo Concordo Concordo totalmente nem discordo totalmente 1 2 3 4 5 Diferencial semântico Uma escala que conecta A Mapoteca da BU é: duas palavras antagônicas Grande ------------Pequena onde o entrevistado assinala Experiente---------Inexperiente o ponto que representa sua Moderna----------- Antiquada opinião. Escala de Uma escala que classifica a Importância Importância de algum atributo. Para mim, o Serviço de Referência da BU é: Sem Extremamente Muito Um pouco Não muito importância importante importante importante importante 1___ 2___ 3___ 4___ 5___
Escala de avaliação Uma escala que avalia “Para mim, o serviço de Guarda Volumes da BU é:” algum atributo, de “ruim” Excelente Muito bom Bom Médio Ruim a “excelente”. Escala de intenção de Uma escala que descreve a “Se o acesso a Internet estiver disponível na BU, compra ou de uso. intenção do respondente. a um certo custo, eu:” seguramente, Provável- Não tenho Provável-
Certamente,
usaria mente, certeza mente, não usaria
usaria não usaria
1___ 2___ 3 ___ 4___ 5___
69
Quadro 8: Questões Abertas
NOME DESCRIÇÃO EXEMPLO Totalmente desestruturado
Uma questão que o entrevistado pode responder em numero quase ilimitado de maneiras.
“Qual sua opinião sobre a BU?”
Associação de palavras
As palavras são apresentadas uma por vez, e os respondentes mencionam a primeira que vem em mente.
“Qual a primeira palavra que vem em sua mente quando você ouve o seguinte:” Pesquisa
Informações Livros
Complemento de Frase
Apresenta-se uma frase incompleta para ser preenchida pelo respondente.
“Quando escolho um livro, a consideração mais importante em minha decisão é ....................
Complemento de história
Apresenta-se uma história incompleta que deve ser concluída pelo respondente.
“Utilizei a BU há poucos dias. Percebi que no seu interior o piso é revestido com forração. Isto despertou em mim os seguintes pensamentos e sentimentos.”
Complete a história.
Complemento de
ilustração
Mostra-se um desenho com
dois personagens, um fazendo uma afirmação.
Os respondentes devem
identificar-se com o outro e preencher o balão vazio
Teste de percepção temática
Os entrevistados devem criar uma história sobre o que acham que está ocorrendo na ilustração.
Nesta pesquisa optou-se pelo Questionário a ser preenchido e respondido
pelo usuário do sistema de aquisição de livros, o respondente dos questionamentos.
O meio de difusão escolhido foi a internet, através de “e-mail”. Tiveram influência
nessa decisão o fato de ser o correio eletrônico extremamente barato; terem todos
70
os respondentes endereço eletrônico; a facilidade de utilização por ambos os
extremos ( remetente e respondente ); a velocidade de propagação tanto de
remessa como de resposta, on-line.
Foi enviada uma correspondência explicando o trabalho e seus objetivos e
orientando quanto ao preenchimento e devolução do questionário e que foi reiterada
após três semanas aos que ficaram sem resposta :
d) Revisão da documentação
Toda a documentação resultante das tarefas de obtenção de fatos deve ser
descrita usando-se a terminologia do usuário. Todos os termos devem ser claros e
compreensíveis e deve-se evitar o uso de abreviaturas sempre que possível. Ao final
da fase de pesquisa de documentos, é possível construir incluir um glossário dos
termos, se necessário.
3.3 Aquisição de Livros na Modalidade de Compra
O serviço de aquisição de livros, na modalidade de compra, em uma BU de
uma IFES geralmente é diferente daquele que é praticado por uma instituição
particular. Nas particulares, o processo de compra pode ser mais simplificado, com
menor nível de complexidade, tanto na questão relativa ao processo de pagamento
quanto na seleção ou escolha dos fornecedores. A compra geralmente é direta. As
BUs das IFES não tem autonomia para realizar suas compras e estão sujeitas a
estrutura funcional da universidade e suas compras são centralizadas pelo órgão de
compras. Estão submetidas à Lei Nº 8.666, de 21 de Junho de 1993 e suas
alterações introduzidas pela Lei Nº 8.883, de 8 de Junho de 1994, que estabelece
normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras,
serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A exceção a
essas regras é a aquisição de pequenos valores que é feita de forma direta, mas
geralmente são recursos próprios e com valores inferiores a R$ 200,00.
Essa legislação, artigo 22 da Lei 8.666, permite as seguintes modalidades de
licitação: modalidades de licitação: concorrência, tomada de preços, convite,
concurso e leilão.
71
A modalidade de licitação será determinada em função do valor estimado da
contratação das compras ou serviços (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 27 de
Maio de 1998) :
a. convite - até R$ 80.000,00;
b. tomada de preços - até R$ 650.000,00 ;
c. concorrência - acima de R$ 650.000,00 .
A complexidade da aquisição através de compra em uma BU é decorrente de
várias características, dentre elas:
• as IFES fazem parte do SPF e como tal submetem-se à legislação que
determina a pratica de procedimentos administrativos de elevada
complexidade;
3.3.1 Nas IFES Em virtude das especificações legais a IFES só pode comprar de fornecedores
habilitados para o SPF, que não são muitos e na sua quase totalidade são
distribuidores, revendem produtos e com isto limitam as ofertas e agregam custos aos
produtos. Os custos e disponibilidade poderiam ser diferentes, possivelmente
menores, caso os produtos fossem negociados diretamente com quem edita os livros,
as editoras. Se isso fosse possível poder-se-ia com menos comprar mais e em
conseqüência disponibilizar-se-ia mais material para consulta, diminuir-se-ia também
o número de pendências e oportunizar-se-ia uma maior satisfação dos usuários.
MACROPROCESSO: IFES como cliente dos Fornecedores habilitados para
vender ao SPF representada pelo seu Órgão de Compra:
72
Figura 11: Macroprocesso da Aquisição
ÓRGÃO DE COMPRA
FORNECEDORES
DE MATERIAL BIBLIOGRÁFICO
do SPF
ÓRGÃO DE
COMPRA/IFES
Esse macroprocesso que a primeira vista parece ser extremamente simples e
totalmente externo, mas a sua decomposição demonstra que há subprocessos
envolvidos. Antes de ocorrer esse processo de compra existiram outros processos
e/ou tarefas, assim como a compra propriamente dita não se encerra com a escolha
do vendedor. É apenas o Front Office de toda a operação cujo sucesso é dependente
da qualidade das operações do Back Office.
A compra de livros é realizada na seguinte seqüência:
1º) Identificação de Necessidades Informacionais junto aos usuários pela BU;
2º) BU encaminha o pedido:
a) de liberação dos recursos e autorização para início do processo de
licitação, órgão responsável pelo “Orçamento –Programa”;
b) de compra para o “Órgão de Compra” da IFES, que inicia os preparativos
internos, aguardando a liberação dos recursos, para então desencadear os
procedimentos licitátorios;
B U Ó R G Ã O
d e C O M P R A
Ó R G Ã O O r ç P r gS O L IC IT A Ç Ã O
S O L IC IT A Ç Ã O
A U T O R IZ A Ç Ã O
Figura 12: Diagrama da Solicitação da Aquisição
73
3º) Liberados os recursos para a compra é iniciado o processo licitatório, pelo
Órgão de Compra, que contará com a participação efetiva de bibliotecários
da BU:
a) de acordo com o valor é definida a modalidade de licitação ( art. 22 da Lei
8.666 );
b) o processo de licitação é iniciado pelo Órgão de Compra, dentro da
modalidade definida, realizando a publicação de editais e observando os
prazos;
c) decorridos os prazos legais, a comissão licitante verifica os participantes
qualificados, as propostas recebidas são abertas e é realizado o
julgamento das mesmas, sendo então selecionado(s) o(s) vencedor(es);
d) havendo disponibilidade de verbas, ainda, ou propostas substitutivas de
materiais, são submetidas a BU que decidirá sobre a sua conveniência de
aceitação ou não;
BU ÓRGÃO de
COMPRA
FORNECEDORES HABILITADOS
ÓRGÃO OrçPrgSOLICITAÇÃO
SOLICITAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
Figura 13: Diagrama da Aquisição e Fornecedores
4º) o “Órgão de Compra” através da Área Patrimonial da IFES recebe o
material adquirido que é revisado pelos técnicos da BU em termos de
especificação e condições de preservação, aprovado, é incorporado ao
Patrimônio;
5º) a Área Patrimonial realiza a entrega do material adquirido a BU que faz o
Processamento Técnico incorporando-o ao Acervo e disponibilizando-o aos
usuários.
74
ACERVO BU ÓRGÃO DE COMPRA e ÁREA
PATRIMONIAL
FORNECEDORES HABILITADOS
PROPOSTA RECEBIMENTOS INFORMAÇÕES E MATERIAIS
PROCESSAMENTOTÉCNICO E DISPONIBILIZAÇÃO ENTREGA DO
MATERIAL
SOLICITAÇÃO LICITAÇÃO
Figura 14 – Diagrama da Aquisição e Recebimento de Propostas e Materiais
3.3.2 Na Furg
Na FURG o processo de aquisição de livros na modalidade de compra é
realizado na seguinte seqüência:
1º) as Unidades de Ensino ( UE ) e o NID constantemente fazem
“Identificação de Necessidades Informacionais “;
2º) disponibilizados os recursos próprios ou provenientes de projetos o NID
comunica e convoca o CONSELHO DE REPRESENTANTES ;
3º) reunido o CONSELHO DE REPRESENTANTES delibera sobre a
distribuição de quotas de valor a cada UE e estabelece cronograma
para entrega das solicitações através do Software LIVROS;
4º) as UEs utilizando-se do Software LIVROS informam ao NID, dentro do
cronograma e da quota de valor, as suas Solicitações de Aquisição,
5º) recebendo das UEs o disquete com as Solicitações de Aquisição o NID
junto com o Centro de Processamento de Dados ( CPD ) faz a
consolidação de todas as solicitações;
6º) realizada a consolidação o NID encaminha o pedido:
a) de liberação dos recursos e autorização para início do processo de
licitação à Pró-Reitoria de Planejamento ( PROPLAN ), Divisão de
Orçamento e Programa,
75
b) de compra para Pró-Reitoria de Administração ( PROAD ),
Superintendência de Administração de Material ( SAM ), que inicia os
preparativos internos, aguardando a liberação pela PROPLAN, para
então desencadear os procedimentos licitatórios;
7º) autorizada a compra pela PROPLAN é iniciado o processo licitatório
pela SAM/PROAD que contará com a participação efetiva de
bibliotecários do NID;
a) de acordo com o valor define a modalidade de licitação;
b) inicia o processo de licitação dentro da modalidade definida,
realizando a publicação de editais e observando os prazos;
c) decorridos os prazos legais, verifica os participantes qualificados,
abre propostas recebidas e realiza o julgamento das mesmas e
seleciona os vencedores;
d) havendo disponibilidade de verbas, ainda, ou propostas substitutivas
de materiais, retransmite ao NID que decidirá sobre a sua
conveniência ou não;
8º) a SAM através de sua Divisão de Patrimônio ( DP/SAM) recebe o
material adquirido que é revisado pelos bibliotecários do NID em termos
de especificação e condições de preservação, aprovado é incorporado
ao Patrimônio da IFES;
9º) a DP/SAM realiza a entrega do material adquirido ao NID que faz o
Processamento Técnico incorporando-o ao Acervo e disponibilizando-o
aos usuários.
76
UNIDADESDE
ENSINO NID PROAD SAM
FORNECEDORES HABILITADOS
IDENTIFICAÇÃO DE NECESSIDADES BIBLIOGRÁFICAS
COMPRA?
PROPOSTA
RECEBIMENTOS INFORMAÇÕES E MATERIAIS
PROCESSAMENTO TÉCNICO
E DISPONIBILIZAÇÃO
C O N F I R M A
RETRANSMITECOMUNICAACEITAÇÃO
OU REJEIÇÃO
DISTRIBUIÇÃO DAS QUOTAS DE VALOR
CONSELHO DE REPRESENTANTES
COMUNICA RECURSOS
ENTREGA DOMATERIAL
INFORMAQUESTIONA
PROPLAN
DivOrçPrgSOLICITAÇÃO
SOLICITAÇÃO
AUTORIZAÇÃO
Figura 15: Relacionamentos do Ambiente de Aquisição Bibliográfica
3.4 A Automação do Serviço: O Software LIVROS O software LIVROS ou Sistema de Aquisição de Livros é responsável pela
automação, sistematização e registro das solicitações de aquisição de livros das UE
da FURG. Esse software foi construído em sistema operacional MS-DOS e linguagem
Clipper. É distribuído em disquete às UE para preenchimento que posteriormente é
encaminhado ao NID.
No Quadro abaixo estão sintetizadas todas as telas que fazem parte do
LIVROS com as variáveis envolvidas em cada uma, bem como os produtos gerados.
77
Quadro 9: Resumo das Telas, Funções e Variáveis do LIVROS TELAS VARIÁVEIS
• Unidade • Edição No. • Número • Prioridade • Autor • Quantidade • Título • Valor Unitário • Local • Disponibilizar na Biblioteca • Editora • Disciplinas ( 1,2,3) • Ano de Publicação • Alunos Disciplina ( 1,2,3 )
Tela 1 – Pedidos – Processo de Aquisição
• No. de Páginas ou volumes • Justificativa
Tela 2- Processo de Cadastro de Disciplina
Acesso restrito ao administrador do sistema CPD, que faz os cadastros com base nos registros oficiais do Sistema de Oferta de Disciplinas da FURG: Nome Código
Tela 3- Processo de Cadastro de Editoras
Código Nome
Tela 4- Saídas do Processo
• Relação do pedido • Resumo do pedido • Retorna
• Quadro Resumo Indicadores da Solicitação
• Unidade • Exemplares/Título
Quantidade de títulos solicitados • Valor por exemplar
• Quantidade de exemplares • Valor por disciplina
• Quantidade de disciplinas atendidas • Aluno por exemplar
• Valor total em R$
Tela 5- Análise do Pedido
• Distribuição por prioridade e quantidade
• Valor por matrícula
• Reindexa • Restaura • Compacta • Atualizar
Tela 6- Utilitários disponíveis
• Backup • Retorna
Tela 7- Saídas do Processo
• Relação do pedido
• Resumo do pedido
• Totais por unidade
• Totais por tipo de processo
O software LIVROS foi desenvolvido em 1996 em parceria pelos
Departamentos de Matemática, Biblioteconomia e História e o Centro de
Processamento de Dados da FURG. Esse software agrega os resultados de anos de
pesquisas financiadas pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande
do Sul ( FAPERGS ) e pelo Conselho Nacional de Ensino e Pesquisa (CNPQ )
sendo que este autor foi um dos pesquisadores desses projetos. O objetivo dos
projetos de pesquisa que originaram o LIVROS era o estudo da aquisição de livros e
a utilização do acervo do NID. Sendo que a aquisição nessa época não era
automatizada e com o resultado da pesquisa foram propostas medidas e ações de
padronização da atividade. Padronização essa que foi a base do sistema LIVROS.
3.5 Sistemática de Avaliação
78
O homem contemporâneo convive com avaliações, medidas, e indicadores. É
a temperatura, o nível de colesterol, de glicose no sangue, pressão arterial,
qualidade do ar, inflação, variação no PIB, ascensão e queda de indicadores
econômicos na bolsa de valores, etc. Hronec ( 1994, p. 1 ) serve-se da metáfora
dos “sinais vitais” para descrever medidas de desempenho, diz que quantificam e
qualificam o modo como as atividades ou “outputs” de um processo atingem sua
metas, elas visam responder a pergunta “ como você sabe? ”.
A relação quantitativa entre o número de alunos matriculados em determinada
área e a quantidade de exemplares disponíveis para “consulta /empréstimos” em
uma BU, pode parecer desprovida de importância, sem capacidade de proporcionar
condições de analise. Mas é um engano, essa medida simples quando no conjunto
das áreas avaliadas indica o caminho e as prioridades para a aquisição. Pode ainda
alterar a percepção do usuário desses serviços, que depende desse material
bibliográfico para compor o conhecimento necessário a sua formação acadêmica.
Orr ( 1973 ) diz que o investimento em novas aquisições gera um aumento na
utilização mas não necessariamente na mesma proporção dos recursos aplicados. A
aquisição para ser bem exercida depende da seleção correta do que comprar e que
quantidade adequada comprar. O preço também indica a qualidade de uma
aquisição, mas a sua utilização é que determinará se ela foi boa ou não. Títulos que
custem mais, mas que tenham grande utilização agregam mais valor ao acervo pela
sua utilização do que títulos baratos e que não são utilizados. A falta de utilização do
acervo acarreta custos de manutenção, ocupa espaço disponível, dificulta o acesso
e manuseio, consome e disputa escassos recursos quando disponíveis.
Entende-se que há diferença entre avaliações técnicas, com critério explícito e
definido, de opiniões, juízo de valor, “acho que”, popularmente chamado de “
achômetro “. Aquilo que não tem base em método algum, nem mesmo em
experiência pessoal, ao longo do tempo, em operações similares. Lemos ( 1993, p.
171 ) construiu índices que mostram a relação “Aluno/Exemplar”, na área de
Estatística, durante seis anos, para demonstrar a necessidade de aquisições em
determinadas áreas. A área de conhecimento mais carente tinha em média 61
alunos por exemplar nos seis anos estudados. Esse índice ou essa relação
quantitativa entre o número de alunos matriculados na área e o número de
exemplares disponíveis pode ser melhor avaliada imaginando-se uma fila com esses
61 estudantes aguardando sua vez de tomar emprestado um exemplar. O poder ou
79
impacto dessa informação poderia ser avaliado perguntando-se ao sexagésimo
primeiro estudante da fila :
• Qual a sua opinião sobre a BU ?, ou;
• O que você acha dos serviços oferecidos pela BU?, ou,
• O que você pensa do Acervo da BU?
A avaliação é um processo realizado com o objetivo de aperfeiçoar aquilo que
está sendo avaliado. Neste caso o objetivo é avaliar, medir, quantificar os resultados
de um serviço através da manifestação de seus clientes, usuários ou consumidores.
É um processo de avaliação que está sendo realizado no decorrer de uma proposta
de automação da atividade de aquisição visando aperfeiçoá-lo. Necessita-se de um
método ou uma ferramenta que tenha a capacidade de integrar os critérios relativos
às medidas de avaliação do sistema e os determinantes da qualidade do serviço
percebida pelo cliente, usuário desses serviços.
Figura 16: Estrutura do Método
CCRRIITTÉÉRRIIOO DDEE
AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDEE
SSIISSTTEEMMAASS
CCRRIITTÉÉRRIIOO DDEE
AAVVAALLIIAAÇÇÃÃOO DDEE
SSEERRVVIIÇÇOOSS
MMÉÉTTOODDOO
Até mesmo porque:
... Se você não mede uma atividade,
então não pode controla-la.
Se não controla,
não pode gerencia-la ... ( USA-DoE, 1997 ).
Concorda-se com Kliemann Neto e Selig ( 2000, p.21 ) quando salientam que
o sucesso de um sistema de medição de desempenho está baseado em cinco
princípios:
• Medir somente o que é importante;
• Equilibrar o conjunto de medidas;
• Oferecer uma visão, tanto vertical quanto horizontal do desempenho
organizacional;
80
• Envolver os funcionários no desempenho e na implementação do sistema
de medidas;
• Alinhar as medidas com os objetivos e estratégias organizacionais.
Manter o foco, ser objetivo é importante no momento de construir o
instrumento a ser utilizado, bem como saber identificar os elementos que são
importantes no processo ou que detêm posição / informações / conhecimento
estratégicos na estrutura organizacional para poder agregá-las ao instrumento de
coleta de dados. Evitar a construção de medidas ou indicadores linearmente
dependentes é importante para evitar a constituição de cálculos cíclicos e
redundantes.
3.6 Determinantes Propostos para Análise de Serviços
A medição ou avaliação proporciona sempre ganhos em termos de benefícios
advindos de sua realização. Para atingir a sua implantação é necessário um
entendimento completo em todos os níveis da organização de todos processos
envolvidos direta ou indiretamente. Intrinsecamente está contida uma revisão dos
procedimentos passo à passo. A definição do que medir, como medir, dos objetivos
a serem alcançados, a identificação das variáveis a serem observadas e das
medidas adotadas permite atingir parte desses benefícios.
A opção pelo estabelecimento de avaliações e os processos inerentes à
atividade normalmente geram expectativas e alteram a rotina.
A escolha do instrumento de medida a ser utilizado sempre apresenta ao
pesquisador vantagens e desvantagens. Criar novos instrumentos de medidas
demanda tempo e recursos humanos – materiais – financeiros, nem sempre
disponíveis, além de exigir estudos prévios, amostragem probabilística e testes que
os validem. Por outro lado, a adoção de instrumentos existentes e que
historicamente tenham demonstrado suas qualidades naquilo que se propõem,
permite a realização de pesquisas com baixo custo, em tempos menores e com um
número de envolvidos mais reduzido. Com essa visão, ciente das limitações e
implicações decorrentes, com base nos estudos desenvolvidos por diversos autores,
abordados no capítulo anterior, pode-se então propor o seguinte conjunto de
determinantes para a qualidade percebida dos serviços pelos clientes:
1) Acesso
81
Facilidade de comunicação, de entrar em contato, acessar ou utilizar o
serviço. Parasumaran et al. ( 1985 ); Gianesi e Correa (1994); Johnston
(1995 ); Carvalho e Vergueiro ( 2000 ).
2) Confiabilidade
Capacidade, de oferecer o serviço prometido, com garantia, consistência e
segurança. Parasumaran et al. ( 1985 ); Gianesi e Correa (1994);
Johnston (1995 ); Carvalho e Vergueiro ( 2000 ).
3) Disponibilidade Qualidade ou estado do que é disponível; facilidade em encontrar
disponível atendimento. Johnston (1995 ); Carvalho e Vergueiro ( 2000 ).
4) Empatia
Facilidade de contatar, cordialidade, cuidado e atenção fornecida ao
cliente. Parasumaran et al. ( 1985 ); Gianesi e Correa (1994); Johnston
(1995 ); Carvalho e Vergueiro ( 2000 ).
5) Flexibilidade Capacidade de ser manejado, mudar e adaptar o serviço para se ajustar
às necessidades dos clientes; maleabilidade. Gianesi e Correa (1994);
Johnston (1995 ); Carvalho e Vergueiro ( 2000 ).
6) Rapidez
Ligeireza, velocidade de atendimento e prontidão para atender o cliente.
Parasumaran et al. ( 1985 ); Gianesi e Correa (1994); Johnston (1995 );
Carvalho e Vergueiro ( 2000 ).
Com relação a diferença entre os determinantes propostos pelos autores
estudados e aos que estão sendo propostos, deve-se considerar como parte dos
objetivos neste trabalho a avaliação da percepção dos clientes internos
relativamente aos serviços que envolvem o Sistema de Aquisição de Livros
(LIVROS), visando desenvolver uma sistemática de avaliação pelos usuários do
sistema.
Os determinantes “Tangíveis” ( = infraestrutura/equipamentos e acervo ),
assim como Estética, Limpeza e Conforto, não foram considerados. A inclusão na
avaliação, dos determinantes “Custo” e “Custo/Benefício”, implicaria em um aumento
significativo da abrangência do estudo, considerando ser o sistema desenvolvido “in
house” em uma IFES, com cliente interno. Quanto aos determinantes Extensividade
( = quantidade de serviços prestados em relação ao tamanho da população servida )
82
e Qualidade ( = políticas das bibliotecas, a infra-estrutura/equipamentos; o acervo, o
atendimento; as respostas às questões de referência e a utilização dos serviços ) os
mesmos foram considerados não pertinentes ao presente estudo.
O Quadro abaixo sintetiza e mostra a equivalência entre os determinantes propostos e os diferentes autores estudados:
Quadro 10: Determinantes de qualidade de serviços apresentados segundo o autor
Determinante propostos
Parasumaran et al. ( 1985 )
Gianesi e Correa (1994) 2
Johnston (1995 )3
Carvalho e Vergueiro 1
(2000 ) Acesso Acesso Acesso Acesso Acesso Confiabilidade
Confiabilidade, Competência, Credibilidade, Segurança
Consistência, Competência, Credibilidade, Segurança
Confiabilidade, Competência, Compromisso, Funcionalidade; Integridade; Segurança
Confiança Credibilidade Segurança Garantia Efetividade
Disponibilidade
-
-
Disponibilidade Satisfação do Usuário
Empatia
Entender/ Conhecer o cliente, Comunicação, Cortesia
Atendimento/ Atmosfera
Atenção, Cuidado, Comunicação, Cortesia, Amizade
Comunicação Cortesia
Flexibilidade
-
Flexibilidade
Flexibilidade
Eficiência
Rapidez
Rapidez de Resposta
Velocidade de atendimento
Rapidez de
Resposta
Resposta Tempo de Resposta
1Carvalho e Vergueiro; não correspondidos: Tangíveis;Qualidade; Extensividade;
Custo/Benefício 2 Gianesi e Correa, não correspondidos: Custo; Tangíveis. 3Johnston (1995 ), não correspondidos: Estética, Limpeza, Conforto.
3.7 Avaliação da Ferramenta Computacional que Suporta os Serviços
Aplicar o modelo de “Avaliação da Satisfação do Usuário” normalmente
utilizado na avaliação de Sistemas de Informações Gerenciais ( SIG ), nesta
pesquisa constitui a agregação de um ponto de vista adicional, além de facilitar a
avaliação ao permitir que se observe o problema de forma particionada, ou seja,
através das medidas de sucesso do sistema de informação.
83
Segundo Laudon e Laudon (1998, p.512 ) as Medidas de Sucesso do
Sistema de Informação são:
Figura 17: Medidas do Sucesso do Sistema de Informação
MEDIDAS DO SUCESSO DO SISTEMA DE
INFORMAÇÃO
Retorno financeiro
Atitudes favoráveis
sobre a função do Sistema
Alto nível de uso do Sistema
Satisfação do usuário com
o Sistema
Objetivos do
Sistema alcançados
Alto Nível de Uso do Sistema É avaliado pela votação dos usuários, utilizando questionários, ou
monitorando parâmetros como o volume de transações on-line.
No caso, o uso é compulsório, todas as Unidades de Ensino tem que utilizar
o LIVROS, não existe outra forma de participar da Aquisição de Livros. Por isso
essa dimensão tem prejudicada a sua aplicação.
Satisfação do Usuário Com o Sistema É avaliada com o uso de questionários ou entrevistas. Esta forma inclui a
opinião dos usuários na acurácia, " timeless ", e relevância da informação; na
qualidade de serviço; e talvez na seqüência de operações. Atitudes gerenciais são
especialmente críticas sobre o quanto as necessidades de informação são satisfeitas
( IVES, OLSON e BARONDI , 1983 ; WESCOTT, 1985) e opiniões de usuários sobre
o quanto o sistema tem contribuído com o desempenho do trabalho (DAVIS, 1989).
84
Atitudes Favoráveis Sobre a Função do Sistema de Informação Através de questionários ou entrevistas com os usuários é obtida a avaliação
sobre o Sistema de Informações e seu staff.
Objetivos do Sistema Alcançados A extensão de acertos do sistema é especificada em objetivos ( metas ),
como reflete através da melhoria do desempenho organizacional e pelos resultados
das decisões tomadas com o uso do sistema.
Retorno Financeiro É avaliado o retorno financeiro obtido com a adoção do sistema pela a
organização, seja pela redução de custos ou pelo incremento de vendas ou
lucratividade. Deixou de ser considerado por se tratar de uma organização
pertencente ao Serviço Público, sem fins lucrativos. Poderia ser utilizada essa
dimensão avaliando a redução de custos operacionais e por conseguinte na geração
de mais recursos disponíveis. Considerando a indisponibilidade desse tipo de
informação e o tempo necessário para obtê-la, não foi considerada.
Dessas cinco dimensões que compõem o modelo de avaliação do Sucesso de
um SI, três são plenamente aplicáveis ao caso em estudo, a saber:
Satisfação do Usuário Com o Sistema; Atitudes Favoráveis Sobre a Função do Sistema de Informação; e, Objetivos do Sistema Alcançados.
ATITUDES FAVORÁVEIS
SOBRE A FUNÇÃO DO SI
OBJETIVOS DO
SISTEMA ALCANÇADOS
SATISFAÇÃO DO USUÁRIO
COM O SISTEMA
MEDIDAS DE SUCESSO DO
SISTEMA
85
Figura 18: Medidas de Sucesso do Sistema
3.8 Visão Geral da Sistemática de Avaliação A avaliação da qualidade percebida pelos clientes internos, dos serviços
oferecidos pelo sistema de aquisição LIVROS, demonstra a percepção do usuário
dos serviços, avaliada pelos determinantes propostos e traduzindo-as através das
medidas de avaliação da ferramenta que dá suporte ao processo de aquisição.
A Sistemática de Avaliação traduz-se num instrumento de avaliação que
reúne as Medidas de Sucesso de Sistema de Informação e Determinantes da
Qualidade Percebida pelo cliente dos serviços oferecidos pelo sistema LIVROS.
A avaliação do sistema através de medidas de sucesso procura quantificar a
“Satisfação do Usuário com o Sistema”, “Atitudes Favoráveis Sobre a Função do SI “
e “Objetivos do Sistema Alcançados”. A utilização dos determinantes da qualidade
percebida pelo usuário do sistema traduz de forma mais direta a avaliação, facilita o
seu entendimento. Ao interpretar os resultados da Satisfação do Usuário com o
Sistema é possível fazê-lo através da Confiabilidade demonstrada ( ou não ) pelos
seus usuários ou através da Empatia resultante. As Atitudes Favoráveis Sobre a
Função do Sistema de Informação podem ser melhor compreendidas através do
Acesso - Confiabilidade - Empatia - Flexibilidade. Da mesma forma que os Objetivos
do Sistema Alcançados podem ser melhor explicados através da Confiabilidade -
Disponibilidade - Flexibilidade – Rapidez.
Servindo-se da forma esquemática, para traduzir em uma linguagem de mais
fácil compreensão o que está sendo proposto e, tomando-se como referência,
apoiando-se na figura 8, é possível representar a Sistemática de Avaliação na figura
19:
86
DETERMINANTES
DA
QUALIDADE
PERCEBIDA
♦ Acesso
♦ Confiabilidade
♦ Disponibilidade
♦ Empatia
♦ Flexibilidade
♦ Rapidez
MEDIDAS DE SUCESSO DE SI
♦ Satisfação do Usuário Com o Sistema.
♦ Atitudes Favoráveis Sobre a Função do Sistema de Informação.
♦ Objetivos do Sistema Alcançados
AVALIAÇÃO
Figura 19: Concepção da Sistemática de Avaliação
O que se está propondo fazer é adotar parte das Medidas de Sucesso de
Sistema de Informação, medindo-as através dos Determinantes da Qualidade
Percebida pelo Cliente. Dessa forma o Modelo Proposto aplica as medidas de
sistema aferindo-as através dos determinantes de qualidade percebida e com a
participação do usuário do sistema.
Na figura abaixo o Modelo Proposto está representado de forma esquemática,
para facilitar o seu entendimento:
MODELO PROPOSTO DE AVALIAÇÃO
Confiabilidade Satisfação do Usuário Com o Sistema Empatia
87
Acesso Atitudes Favoráveis Sobre a Confiabilidade Função do Sistema de Informação Empatia Flexibilidade
Confiabilidade Objetivos do Sistema Alcançados Disponibilidade Flexibilidade Rapidez
Figura 20 – O Modelo Proposto de Avaliação em forma esquemática
O Modelo Proposto de Avaliação também pode ser visualizado na estrutura
abaixo, o que pode facilitar o seu entendimento, embora corresponda exatamente
ao exposto na figura anterior.
88
Confiabilidade Disponibilidade Flexibilidade Rapidez
Acesso Confiabilidade Empatia Flexibilidade
Confiabilidade Empatia
MODELO PROPOSTO
Objetivos do Sistema
Alcançados
Atitudes Favoráveis
Sobre a Função do Sistema de
Informação
Satisfação do Usuário Com o
Sistema
Figura 21 - Estruturação do Modelo Proposto na Sistemática de Avaliação
O Quadro 11 abaixo, procura fornecer uma visão geral, da sistemática
empregada na avaliação dos serviços oferecidos pelo sistema LIVROS. Mostrar
como as medidas de sucesso do SI podem traduzir a avaliação realizada pelos
determinantes propostos.
89
Quadro 11 - Medidas de Sucesso de SI e Determinantes Propostos
Medidas Significado Determinantes Propostos
Significado
Confiabilidade
Capacidade, de oferecer o serviço prometido, com garantia, consistência e segurança.
Satisfação do Usuário
Com o Sistema
Inclui a opinião dos usuários na acurácia, "timeless", e relevância da informação; na qualidade de serviço; e talvez na seqüência de operações. Atitudes gerenciais são especialmente críticas sobre o quanto as necessidades de informação são satisfeitas.
Empatia
Facilidade de contatar,
cordialidade, cuidado e atenção
fornecida ao cliente.
Acesso Facilidade de comunicação, de
entrar em contato, acessar ou utilizar o serviço.
Confiabilidade Empatia
Atitudes
Favoráveis Sobre a
Função do Sistema de Informação
Dos usuários sobre o
Sistema de Informações
e seu staff. Flexibilidade
Capacidade de ser manejado, mudar e adaptar o serviço para se ajustar às necessidades dos clientes; maleabilidade.
Confiabilidade
Disponibilidade
Qualidade ou estado do que é disponível; facilidade em encontrar disponível atendimento.
Flexibilidade
Objetivos
do Sistema Alcançado
s
A extensão de acertos do sistema é especificada em objetivos ( metas ), como reflete através da melhoria do desempenho organizacional e pelos resultados das decisões tomadas com o uso do sistema. Rapidez Ligeireza, velocidade de
atendimento e prontidão para atender o cliente
3.9 As Medidas e o Instrumento de Coleta de Dados Com o instrumento de avaliação, pode-se avaliar o serviço oferecido –
Sistema de Aquisição de Livros - através dos determinantes propostos e o sistema
de informações através das Medidas de Sucesso do SI.
O Instrumento de Coleta de Dados escolhido para esta pesquisa, construído,
testado e aplicado foi o Questionário. Foi testado com dois usuários, previamente,
90
que entenderam-no perfeitamente, sendo que não foi necessário realizar correções
no modelo original. Foi veiculado através do “correio eletrônico” na Internet,
considerando as suas vantagem em relação aos meios tradicionais (veja no
Apêndice IV, a carta de encaminhamento e o questionário ).
Cada uma das medidas de sucesso do SI foi explicada utilizando-se para isto
os determinantes propostos. Dessa forma cada medida de avaliação do sucesso
passa a ser analisada sob a ótica dos determinantes considerados, obtendo-se
dessa forma uma leitura e uma avaliação mais objetiva e facilitada.
3.9.1 Os Determinantes Propostos e o Instrumento de Coleta de Dados
No Quadro abaixo ( Quadro 12 ) estão explicitados os determinantes
propostos, o significado de cada um, e os itens ou questões correspondentes no
Instrumento de Coleta de Dados ( ICD ). O ICD desenvolvido para esta pesquisa,
encontra-se no Apêndice II e suporta os determinantes propostos fornecendo
elementos para avaliar de forma indireta cada uma dessas dimensões.
Esses determinantes foram inspirados nos modelos existentes na literatura,
conforme está explicitado de comparada no segundo capítulo, sendo que foram
analisados em relação a sua adequação ou não ao serviço em estudo, o Sistema de
Aquisição de Livros ( LIVROS ).
Quadro 12 : Significado dos determinantes propostos e as questões do ICD
Determinante
Significado
Questão do ICD
Acesso
Facilidade de comunicação, de entrar em contato, acessar ou utilizar o serviço.
3 ( 3.1 );17; 22
Confiabilidade
Capacidade, de oferecer o serviço prometido, com garantia, consistência e segurança.
3 ( 3.4 ); 8; 13; 14; 16; 21.
Disponibilidade
Qualidade ou estado do que é disponível; facilidade em encontrar disponível atendimento.
19; 11; 12; 15
Empatia
Facilidade de contatar, cordialidade, cuidado e atenção fornecida ao cliente.
3( 3.3 ); 5; 18;
Flexibilidade
Capacidade de ser manejado, mudar e adaptar o serviço para se ajustar às necessidades dos clientes; maleabilidade.
1; 2; 6; 7 ; 20; 23
Rapidez
Ligeireza, velocidade de atendimento e prontidão para atender o cliente.
3( 3.2 ); 4; 9; 10
91
3.10 O modelo de Medidas de Sucesso de SIG e o Instrumento de Coleta de Dados
Na tabela abaixo são declarados de forma explícita os determinantes do
modelo de avaliação de sucesso de SIG proposto em Laudon e Laudon ( 1998, p.
512 ). Consta o significado de cada medida, sua equivalência com os
determinantes propostos e identificação com a com as questões ou itens do
Instrumento de Coleta de Dados que determinam sua avaliação de forma indireta.
No Quadro abaixo, procura-se demonstrar a equivalência entre os dois
métodos, ou seja a relação existente entre as Medidas de Avaliação de Sucesso de
SI e os Fatores Determinantes Propostos. As Medidas de Avaliação de Sucesso do
SI são mais fáceis de entender e melhor explicadas quando se agregam os fatores
determinantes propostos. Esses determinantes facilitam o entendimento das
medidas de avaliação, uma vez que ao particionar a medida em determinantes fica
mais fácil a avaliação e o seu entendimento através de um número maior de fatores.
Como por exemplo, a medida “Atitudes Favoráveis Sobre a Função do Sistema de
Informação” através dos determinantes:
- Acesso;
- Confiabilidade;
- Empatia; e,
- Flexibilidade.
Quadro 13: Medidas de sucesso de sistema de informações, determinantes propostos e as questões
do instrumento de coleta de dados
Medidas de Sucesso do SI DETERMINANTES
PROPOSTOS ICD IDENTIFICAÇÃO DA
QUESTÃO Satisfação do Usuário Com o Sistema
Confiabilidade Empatia
5; 8; 14; 21.
Atitudes Favoráveis Sobre a Função do Sistema de Informação
Acesso Confiabilidade. Empatia Flexibilidade
1;2;3( 3.1 );3( 3.4 ); 6; 7 ;17; 18; 19
Objetivos do Sistema Alcançados
Confiabilidade Disponibilidade. Flexibilidade Rapidez
3( 3.2 ); 3( 3.3 ); 4; 9; 10; 11; 12; 13; 15; 16; 20;
3.11 Instrumentos de Análise e Coleta
92
Definidos o conjunto de medidas e determinantes que avaliarão a qualidade
percebida dos serviços pelos clientes se faz necessário determinar que variáveis
comporão essa dimensão. A tarefa não é menor e requer o uso das “Técnicas de
Obtenção de Fatos” para sua realização, que são de extrema utilidade e foram
pesquisadas e utilizadas para desenvolver este trabalho:
3.12 Instrumento de Coleta de Dados: Questionário Após a aplicação das “Técnicas de Obtenção de Fatos” foi possível definir e
construir o Instrumento de Coleta de Dados ( Apêndice IV ). Neste estudo optou-se
pelo Questionário como instrumento de coleta e como meio de propagação o
“correio eletrônico” na Internet, considerando a vantagem de ser em tempo real,
“meio magnético” que é intangível, seu baixo custo, terem os representantes das
UEs endereço eletrônico e a facilidade que o meio oferece para resposta imediata. É
facilmente perceptível a desvantagem advinda da tangibilidade quando meios
tradicionais são utilizados, como o correio postal. Comparando-os, nesta situação,
os questionários teriam que ser impressos em “meio papel”; anexados a uma carta
de encaminhamento também impressa em ”meio papel”; envelopados; endereçados;
o envelope selado e postado. Tudo isto apenas na remessa. Conseguindo a
correspondência chegar até o endereçado, o respondente, vem a fase do seu
convencimento em participar da pesquisa e do desencadeamento das atividades de
entendimento, preenchimento do instrumento e devolução via correio postal; o que
se sabe de longa data ter uma taxa de sucesso extremamente baixa. Outra
característica importante, recomendada por Kendall e Kendall ( 1998, p. 84 ), e
preservada com o uso desta metodologia é diminuir o tempo total gasto pelo
respondente, o cliente interno.
3.12.1 As Medidas e o Instrumento de Coleta de Dados
Com o instrumento de avaliação, pode-se avaliar o serviço oferecido –
Sistema de Aquisição de Livros - através dos determinantes propostos e o sistema
de informações através das Medidas de Sucesso do SI.
O Instrumento de Coleta de Dados escolhido para esta pesquisa, construído,
testado e aplicado foi o Questionário. Foi testado com dois usuários, previamente,
que entenderam-no perfeitamente, sendo que não foi necessário realizar correções
93
no modelo original. Foi veiculado através do “correio eletrônico” na Internet,
considerando as suas vantagem em relação aos meios tradicionais.
Cada uma das medidas de sucesso do SI foi explicada utilizando-se para isto
os determinantes propostos. Dessa forma cada medida de avaliação do sucesso
passa a ser analisada sob a ótica dos determinantes considerados, obtendo-se
dessa forma uma leitura e uma avaliação mais objetiva e facilitada.
94
4. RESULTADOS OBTIDOS Coletados os dados, foi criado um banco de dados com essas respostas,
sendo posteriormente as mesmas tabuladas e então construídos os gráficos
apresentados e analisados neste capítulo.
4.1 Critérios de Abrangência da Pesquisa O Conselho de Representantes das Unidades de Ensino que atua junto ao
NID nas Aquisições de Bibliografia ( Livros ) é formado por 18 ( dezoito )
representantes de Unidades de Ensino, o Diretor do NID e um Bibliotecário do Setor
de Aquisições, são portanto vinte membros. A todos os membros foi remetido o
instrumento de coleta de dados, o questionário, sendo que 60,0% responderam e
enviaram suas respostas.
Uma característica adotada e observada neste trabalho é a recomendada por
Kendall e Kendall ( 1997 ), minimizar o tempo gasto pelo respondente, aumentando
assim as possibilidades de envolvimento do usuário com a pesquisa e o
conseqüente fornecimento das informações. Em consonância com essa diretriz
adotada e também considerando questões financeiras relativas aos custos do
material e da expedição do instrumento de coleta de dados, e ainda o tempo
necessário para essas operações, o autor optou pela utilização do correio eletrônico,
”e-mail”. O meio eletrônico traz vantagens em todos os aspectos apreciados, quer
sejam do tempo envolvido para envio – resposta, dos custos envolvidos e acima de
tudo pela facilidade tanto para quem envia como para quem recebe. Ressalte-se
também a capacidade de preservação ecológica do meio magnético em comparação
com o meio papel que exige desmatamento para sua elaboração e a ação dos
resíduos e rejeitos químicos da produção do papel sobre o meio-ambiente.
A amostragem foi intencional, somente aqueles indivíduos que utilizaram o
programa. É possível afirmar que a amostra é auto-selecionada, que foi enviada a
correspondência com o Instrumento de Coletada de Dados ( ICD), Questionário, a
todos os membros do Conselho de Representantes, mais de uma vez àqueles após
uma semana não haviam ainda respondido. Isto significa dizer que a exclusão da
amostra foi voluntária, não participaram da pesquisa aqueles membros do conselho
que não quiseram se manifestar, ou seja, excluíram-se. Responderam o ICD, 60%
95
são os que julgam importante o LIVROS, os que valorizaram, os demais não julgam
a atividade importante.
4.2 Tabulação e Discussão dos Resultados Obtidos Os dados coletados, que são as respostas fornecidas pelos usuários do
sistema, são apresentados e discutidos abaixo, por ordem de pergunta formulada no
ICD.
Pergunta No. 1 �����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������
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1 - A te nde a s ne c e s s ida de s da a quis iç ã o?
S IM58%
N Ã 042%
Figura 22 – Gráfico de Avaliação das Necessidades de Aquisição
A questão central associada ao sucesso ou fracasso de um sistema quando
colocado em funcionamento é saber se ele atende as necessidades do processo que
está sendo parcial ou totalmente automatizado. Neste caso, em que se esta
automatizando o processo de aquisição de livros, a maioria, 58,3% dos usuários do
sistema estão afirmando que “atende as necessidades da Aquisição”. O fato de não
se constituir em uma resposta unânime, 41,7 % dos respondentes acham que ele
não atende as necessidades da Aquisição, lembra que é preciso identificar quais
necessidades não estão sendo atendidas e dessas quais são passíveis de
atendimento. Assim como pode ser considerado resultado de uma análise
incompleta ou falha, pode também ser resultado da ausência de atualização. A
evolução da Tecnologia da Informação pode não ter sido acompanhada pelo sistema
que deixou de ser atualizado, explicando assim parte desses 41,7% .
Pergunta No. 2
96
2 - Caso não atenda. O que FALTA?
Essa questão era do tipo “Aberta”, totalmente desestruturada, uma questão
onde o respondente pode manifestar-se em um numero quase ilimitado de maneiras.
Permite que os respondentes usem suas próprias palavras. Fornecem respostas
mais difíceis de interpretar e tabular. São bastante úteis no estágio exploratório da
pesquisa, para saber como os usuários pensam, em vez de quantificar quantas
pessoas pensam de determinada maneira.
Das respostas obtidas é possível depreender que os usuários ressentem-se
da ausência de:
1º. uma interface amigável;
2º. disponibilização na Internet com todas a suas facilidades;
3º. atualização do software com incorporação de recursos tecnológicos
mais atualizados
4º. interface com sistemas operacionais atuais permitindo a importação
e exportação de arquivos.
41,7 % dos respondentes acham que o software não atende as necessidades
da Aquisição.
Pergunta No. 3:
1. Comparando a forma como a Aquisição de Livros é processada hoje
e como o era antes da utilização do LIVROS, você considera que ela tornou
a atividade:
Facilidade: ( ) - Mais fácil ( ) - Mais Difícil Rapidez: ( ) - Mais rápida ( ) - Mais demorada Simplicidade: ( ) - Mais simples ( ) - Mais complexa Precisão : ( ) - Oportunizou + erros ( ) - Diminuiu a oportunidade de cometer erros
Nesta questão procurou-se avaliar a atividade comparando a forma como era
processada anteriormente ao sistema LIVROS, em relação a: Facilidade – Rapidez –
Simplicidade – Precisão.
Pergunta No.3.1
97
3.1 - Facilidade % Mais Fácil 70,0 Mais Difícil 30,0 100,0
70 % dos respondentes acham que a atividade se tornou mais fácil, isto é,
aumentou o grau de Facilidade na operação de Aquisição com a utilização do
LIVROS. Esse percentual permite afirmar que a percepção do cliente é que a
atividade se tornou mais fácil.
Ao relembrar a atividade antes do LIVROS é fácil entender o porque. É
comparar uma atividade manual, sem padrão definido com uma operação
padronizada e automatizada.
Pergunta No. 3.2
3.2 - Rapidez % Mais Rápida 75,0 Mais Demorada 25,0 100,0
75 %, ou seja 3/4 dos respondentes disseram que a atividade aquisição se
tornou mais rápida. A percepção do cliente é que a atividade se tornou mais rápida.
Pergunta No. 3.3
3.3 - Simplicidade % Mais Simples 50,0 Mais Complexa 50,0 100,0
Pela manifestação dos usuários não houve alteração em termos de
simplicidade, não é possível afirmar se a operação se tornou mais simples ou mais
complexa, houve um empate. Por um lado é possível imaginar que o grau de
complexidade tenha aumentado para aqueles usuários que não estão habituados a
utilizar o computador. De outro, é possível também imaginar que sendo a operação
automatizada e padronizada ela se torna mais simples.
Pergunta No.3.4
98
3.4 -Precisão % Oportunizou + erros 14,3 Diminuiu oportunidade de cometer erros 85,7 100,0 A Precisão da operação de aquisição obtida com o LIVROS quando
comparada com a forma como era realizada antes, na percepção do usuário e
segundo os dados apurados, é de que o sistema diminuiu a oportunidade de
cometer erros. 85,7% dos usuários assim o afirmaram.
Pergunta No. 4
4 - Atividade burocrática % Diminui-a: 85,7 Aumentou-a 14,3
Na percepção de 85,7% dos usuários a “atividade burocrática” envolvida na
operação de aquisição quando comparada com a forma como era realizada antes,
diminuiu com a utilização do LIVROS. A emissão de listagens em cada UE não é
mais realizada, não há necessidade de remeter listas em “meio papel” para o NID,
entre outras facilidades que o sistema oferece. Os dados são armazenados em
“meio magnético”, disquetes, recolhidos ao NID, conferidos e agrupados pelo NID e
pelo CPD.
Pergunta No. 5
5 -As telas são facilmente entendidas? % Sim 63,6 Não 36,4 100,0
63,6% dos usuários afirmam que as telas são facilmente entendidas. A
maioria dos usuários, mais do que a metade deles, entendem as telas, no entanto
36,4% ainda não conseguem-no. Isto é um indicativo da necessidade de identificar
as dificuldades e obstáculos que esses usuários estão enfrentando e, após isso,
viabilizar uma solução.
99
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5 - As telas são facilmente entendidas?
Sim64%
Não36%
Figura 23 – Gráfico do Entendimento das Telas
Pergunta No. 6
6 - Alguma função precisa ser revisada?
Apenas 10,0% dos respondentes manifestaram-se nessa questão fornecendo
indicativos da necessidade de informações gerenciais associadas a tela de “Análise
do Pedido” e modernização do sistema LIVROS.
O caso da “Análise do Pedido” é dependente do fornecimento de informações
gerenciais da UE relativas ao número de disciplinas oferecidas, número de
matrículas realizadas nas disciplinas, número de disciplinas associadas àquela
compra, etc.
A modernização do sistema LIVROS depende de investimentos e
disponibilidade de recursos que possibilitem-na.
Nesta questão também deve ser considerado que ela está formulada de
forma aberta, necessitando o respondente especificar exatamente qual(is)
função(ões) necessitam de revisão, além de expor as razões que o levam a sugeri-
la. Kendall e Kendall ( 1997 ) sugerem minimizar-se o tempo de envolvimento do
respondente com a elaboração de respostas para evitar essas lacunas.
100
Pergunta No. 7
7 - Alguma coisa poderia ser melhorada?
Há unanimidade dos usuários do sistema LIVROS quanto a necessidade de
melhorias. A revisão das funções está intimamente relacionada com a necessidade
de melhorias. A questão foi formulada com característica dicotômica, mas também
aberta para considerações que normalmente facilitam o trabalho das revisões e
manutenções. As contribuições de parte dos respondentes, que foram registradas,
podem ser sumarizadas como:
facilidades de edição de dados e/ou informações digitadas;
capacidade de exportação/importação de dados;
facilitar cadastros ( editoras, disciplinas ) e/ou atualização de dados;
É possível que a maioria dos respondentes não tenham se manifestado
quando perguntados “ 6 - Alguma função precisa ser revisada? ” por optarem
por esta questão formulada de forma mais objetiva.
Pergunta No. 8
8 - A atividade Aquisição ficou mais transparente para: % NID 63,6 AMBOS 27,3 Departamento 9,1 não alterou nada 0 100,0
A atividade de aquisição, segundo 63,6% dos usuários do serviço, ficou mais
transparente para o NID. Essa questão tentava identificar o conhecimento dos
usuários sobre o processo de aquisição. Na visão deste autor a transparência da
atividade de aquisição deveria ser 100% para as UEs e NID. Há indicativos de que
nem todos conhecem todo o processo. Houve manifestação de parte de usuário
reivindicando a participação das Comissões de Curso no processo, quando estava
sendo avaliando o serviço oferecido aos usuários UE e NID, o que demonstra o seu
desconhecimento.
Pergunta No. 9
9 - Diminuiu o tempo total gasto na atividade em sua %
101
unidade?
SIM 58,3 Não 41,7 Total 100,0
58,3% dos usuários do sistema reconhecem que o tempo total gasto na
atividade de aquisição em sua unidade diminuiu. A expectativa do autor deste
trabalho era de um percentual mais elevado, considerando que a atividade em
épocas anteriores a implantação do LIVROS não era padronizada e nem
automatizada. Anteriormente as listagens eram datilografadas, elaboradas
individualmente por cada docente da UE, sem um padrão estabelecido, reunidas as
listas individuais era composta a lista da unidade. Todo esse processo demandava
tempo e acumulava erros, ocasionando atrasos pela ausência de informações
imprescindíveis na aquisição. O tempo total gasto na atividade do início ao fim é
muito inferior aos seis meses gastos anteriormente para chegar a fase de licitação.
O que também pode explicar essa diferença.
Pergunta No. 10
10 – Diminuiu o número de papéis emitidos durante a Aquisição de Livros? %
Sim 81,8 Não 18,2 Total 100,0
81,8% dos usuários reconhecem que o LIVROS diminuiu o número de papéis
emitidos durante a Aquisição.
Esse percentual, no entendimento deste autor, poderia ser bem mais
significativo caso o LVROS fosse dotado de condições de exportação/importação de
dados. Também o fato de alguns usuários não terem participado da aquisição antes
do sistema LIVROS, pode servir de explicação.
Pergunta No. 11
11 - Contribuiu para que mais títulos e/ou exemplares fossem adquiridos? %
102
Sim 60,0 Não 40,0 Total 100,0
60,0% dos usuários do sistema LIVROS afirmam que ele contribuiu para que
mais títulos e/ou exemplares fossem adquiridos.
A aquisição de livros na FURG com utilização do sistema LIVROS ocorreu a
partir de 1996, sendo que até 1999 foram adquiridos 10.885 exemplares totalizando
R$ 504.000,00. Isto significa a aquisição média de 2700 exemplares por ano, esse
volume de operações, com certeza, não teria sido atingido sem a automação do
processo. Além dos ganhos consideráveis no processo, no volume de aquisições,
quer em quantidade ou valor, processados nesses quatro anos, o movimento de
consulta e empréstimos aumentou consideravelmente nesse mesmo período.
Utilizando 1996 como base verificou-se que o movimento de empréstimos cresceu
30,9%, 71,2% e 118,7%, respectivamente. Com relação ao movimento de consultas também utilizando 1996 como base verifica-se um crescimento de 14,6%,
35,8% e 53,9%, respectivamente. Orr ( 1973 ), em um artigo clássico, diz que o
aumento de investimento em “recursos dedicados a um serviço” aumenta os seus
“efeitos benéficos” mas não necessariamente na mesma proporção. O que se
verificou foi um aumento considerável nos efeitos benéficos, isto é, os empréstimos
e as consultas cresceram mas não na mesma proporção dos recursos investidos
como salienta o referido autor. Essa medida, embora indireta serve para demonstrar
que o LIVROS contribuiu para a aquisição de mais exemplares e/ou títulos ao
padronizar, automatizar, agilizar e viabilizar a aquisição de livros em um tempo
menor do que era executado anteriormente, seis meses do pedido até a licitação. Os
recursos oriundos do Programa de Modernização e Qualificação do Ensino Superior
– Recuperação e Ampliação do Acervo Bibliográfico ( LIVROS ) destinados a
Graduação nas IFES tinham prazo para aplicação, caso contrário deveriam retornar
ao governo federal até trinta e um de dezembro – o que se conseguiu evitar.
Pergunta No. 12
12 - Facilitou o Processo de Aquisição? %
Sim 75,0
103
Não 25,0 Total 100,0
75% dos usuários entendem que o LIVROS facilitou o processo de aquisição.
Ao se estudar o processo de aquisição de livros praticado na FURG, anteriormente,
observa-se a ausência de critério, nem ao menos um padrão nos pedidos de
aquisição pode ser identificado. A adoção do sistema LIVROS proporcionou um
padrão mínimo, pode não ser o melhor ou o ideal, mas é um padrão e assim sendo
facilita o controle do processo.
Pergunta No. 13
13 - Padronizou as informações necessárias ao processo de Aquisição de Livros? % Sim 66,7 Não 33,3 Total 100,0
66,7% dos usuários declararam que o LIVROS padronizou as informações
necessárias ao processo de Aquisição de Livros. Na aquisição de livros realizada
anteriormente na FURG observa-se a ausência de critério, nem ao menos um
padrão nos pedidos de aquisição pode ser identificado. A adoção do sistema
LIVROS proporcionou um padrão mínimo, pode não ser o melhor ou o ideal, mas é
um padrão. A partir da definição de um padrão muitos dos entraves e atrasos que
eram comuns no processo de aquisição deixaram de existir e contribuíram para que
fosse reduzido o tempo total dispendido na operação desde o pedido até a licitação,
de seis meses para cerca de quinze dias.
Pergunta No. 14
14 -Contribuiu p/aproximar as Unidades Educacionais e o NID na solução de problemas pertinentes? % Justifique. Sim, _______________ 18,2 Não, ________________ 81,8
104
Total 100,0
81,8% dos usuários afirmam que o LIVROS não contribuiu para aproximar as
Unidades Educacionais e o NID na solução de problemas pertinentes. No entanto,
como esta questão foi formulada de forma semi aberta, oferecendo oportunidade do
usuário manifestar-se, observando-se então manifestações com relação a essas
razões:
NÃO, contribuiu para aproximação de UE e NID na solução de
problemas pertinentes, porque:
o é apenas um software;
o trata apenas de aquisição de livros;
o a aquisição é realizada de forma individualizada e obedece a
interesses individualizados;
o as diversas áreas não interagem.
SIM, reforçou a relação entre NID e representante, identificando
prioridades nas compras, mas deixou a desejar quanto a
responsabilidade dos pedidos (o representante continuou como único
responsável pelos pedidos, já que fica impossível identificar quem
pediu o quê).
Pergunta No. 15
15 - Facilitou a atividade permitindo que OBJETIVOS da Instituição fossem atingidos plenamente e de forma mais fácil? % Sim 40,0 Não 60,0 Total 100,0
60% dos usuários declarou que o LIVROS não facilitou a atividade permitindo
que OBJETIVOS da Instituição fossem atingidos plenamente e de forma mais fácil.
Pergunta No. 16
16 - Consegues realizar todas as operações necessárias a Aquisição de Livros nele? % Sim 18,2 Não 81,8 Total 100,0
105
Dos usuários do LIVROS, respondentes, 81,8% afirmam que não conseguem
realizar todas as operações necessárias a Aquisição de Livros nele. Esse é um forte
indicativo da necessidade de revisão e manutenção do sistema. Seria necessário
estabelecer contato com usuários para identificar quais as operações que os
usuários não estão conseguindo realizar.
Pergunta No. 17
17 - É um sistema fácil de operar? % Sim 25,0 Não 75,0 Total 100,0
Observa-se que 75,0 % dos respondentes afirmaram não ser o LIVROS um
sistema fácil de operar. Essa constatação quando considerada em conjunto com as
anteriores reforça a necessidade de revisão do sistema. A característica “user
friendly” tem se mostrado presente desde os anos noventa em software projetado
comercialmente, o usuário dos produtos da “família Microsoft” reclama da sua
ausência e geralmente é quem a detecta rapidamente.
Pergunta No. 18
18 - Recebeu algum tipo de treinamento p/ utilizar o LIVROS ?
106
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������������
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0
Sim,individualmente
Sim, em gruposde usuários
Não, aprendisozinho
Não, um colegame ensinou
Figura 24 - Gráfico de Verificação da Habilitação para Uso
Apenas 27,3% dos usuários participantes da pesquisa recebeu algum tipo de
treinamento individual para utilizar o LIVROS enquanto que 72,8% aprendeu sozinho
ou com algum colega. Aqui fica identificada a necessidade de dotar o LIVROS de um
“Help” e de fornecer treinamento adequado às necessidade do usuário. Uma coisa a
considerar é a periodicidade de uso do LIVROS, geralmente é utilizado uma vez ao
ano e num período de tempo curto e intensivo. Os usuários na maior parte do ano
não utilizam e não mantêm contato com o sistema. Contatos e utilização são
restritos ao momento da elaboração do pedido de compra, quando há verba
disponível para tal, sendo que nessas vezes em que foi utilizado foi quando da
existência de verba específica durante os anos de 1996 a 1999.
O autor deste trabalho tem convicção de que se o LIVROS fosse um sistema
que adotasse a arquitetura cliente servidor, estivesse disponível o ano inteiro na
Internet, poderia se não eliminar pelo menos diminuir isto. O fato de estar disponível
e poder ser acessado e utilizado a qualquer momento e de qualquer local teria
conseqüências benéficas. Essa opção já foi estudada e proposta por Prado e
Rangel ( 2000 ).
107
Pergunta No. 19
19 -Recorre a ajuda de alguém quando enfrenta problemas c/oLivros? Quem?
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������������������������
0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0
Não, nunca tiveproblemas
Sim, recorro a ...
Figura 25 - Gráfico de Verificação do Nível de Auxílio ao Uso
Os respondentes revelam que 90% recorre a ajuda de alguém quando
enfrenta problemas com o Livros. Segundo a maioria desses usuários, recorre ao
CPD e principalmente ao Analista de Sistemas responsável pelo sistema.
Pergunta No. 20
20 - O Livros alterou alguma rotina em sua atividade? % Não 70,0 Sim, ________________________ 30,0 Total 100,0
Dos usuários respondentes 70% afirmaram que o Livros não alterou rotina em
sua atividade.
O LIVROS não possui propriedades que possibilitem-no alterar rotinas de
atividade do usuário. O que poderia acontecer é que a padronização, a automação,
a velocidade de execução das tarefas proporcionassem condições tais que
gerassem alterações ou que propiciasse alteração de rotina de atividade, mas seria
em relação àquele usuário técnico. Aquele usuário do NID que fazia a consolidação
e verificava as solicitações no sentido de ocorrerem repetições excessivas, ausência
108
de informações básicas, retornando a UE para complementação de dados e que
implicava em atrasos. Com relação ao usuário da Unidade Educacional a
expectativa deste autor é que tivesse havido alteração no sentido de que não mais
precisava gerar uma lista manuscrita, depois datilografá-la ou encaminhar para a
secretaria datilografá-la e aí sim entrega-la ao representante da unidade para
compor o pedido de aquisição. Nesse sentido houve sim alteração de rotina, o
sistema proporcionou facilidades e vantagens eliminando etapas intermediárias.
Talvez a questão não tenha sido entendida dessa forma pelos usuários ou até
mesmo os usuários não tenham participado de aquisição anteriormente quando o
LIVROS não era utilizado.
Pergunta No. 21
21 - O LIVROS induziu-o a cometer algum tipo de erro? Especifique, caso afirmativo. % Não 70,0 Sim, ________________ 30,0 Total 100,0
Observa-se que 70% dos participantes responderam que o LIVROS não o
induziu a cometer erro. Aqueles casos em que ocorreram e que salientaram o erro
verifica-se que um é decorrente de ausência de capacidade de edição no
cadastramento de editoras e outro refere-se a ausência de uma variável importante
que é a edição do livro. Entretanto, na “ Tela 1 – Pedidos – Processo de Aquisição”
há o campo específico “ Edição No.”. Isto na verdade reforça a necessidade de
oferecimento de um treinamento mais aprimorado aos usuários e da construção de
um “HELP” com índice e que atenda a todos necessidades possíveis e imagináveis
de dificuldades a serem enfrentadas pelo usuário. O resultado desta pesquisa pode
e deve subsidiá-lo com essas informações.
Pergunta No. 22
22 -Acha que o e-mail é o melhor meio de comunicação para veicular esta pesquisa? %
Sim 90,0 Não 10,0
Total 100,0
109
Dos pesquisados 90% acha que o e-mail é o melhor meio de comunicação
para veicular esta pesquisa. O intuito deste questionamento era verificar disposição
e postura do usuário perante o uso da Internet. Sabia-se, era condição prévia desta
coleta de informações, que todos utilizassem a Internet e possuíssem “e-mail”. O
que não se sabia era o posicionamento dos usuários em relação a sua utilização e
como se pode ver é significativamente favorável. Não houve nenhuma manifestação
significativa em contrário. As vantagens em termos de disponibilidade, portabilidade,
atualização, acesso, economia em material, aumento da utilização da capacidade
instalada e ganhos em tempo que a utilização da Internet proporciona, adicionados
às vantagens da democratização das sugestões de aquisição levam a crer que a sua
adoção é simples questão de tempo. Algumas IFES já adotam essa política, como a
UFSC, UFMG, UFRJ, entre outras. Rangel e Prado ( 2000 ) apresentaram um
protótipo com essa solução para o NID/FURG.
Pergunta No.23
23 - Sugestões Os usuários do sistema LIVROS sugeriram, textualmente: • Pelas poucas vezes que usei o sistema, achei a tela com muitas
informações e imaginei que pudesse dificultar aos leigos. Minha sugestão única é de
que ele tenha uma interface mais amigável.
• Eu sou representante no NID há menos de 1 ano pelo que meu contacto
com o programa aconteceu só no ano passado o que faz com que não possa
responder o questionário com propriedade. O que posso te dizer é que foi bem
complicado usá-lo. Primeiro tive que chamar um técnico para fazê-lo funcionar;
depois de ter a lista dos livros quando intentei colocá-la no Livros foi complicado e
demorado já que se tu erras (e é fácil que aconteça já que não é um programa muito
amigável) tens que começar tudo de novo e adivinhar as vezes como se faz um
passo já que não te ajuda. A informação de editoras está desatualizada, etc. O que
te posso dizer é que eu sou um usuário bastante hábil de PC e quando tive que
preencher o pedido com Livros foi uma "tortura" e não uma ajuda. Qualquer planilha
teria sido mais fácil. Tem que ter um programa novo, em ambiente Windows, fácil de
usar, que permita voltar e corrigir, salvar, imprimir, etc. ou seja um programa do ano
2001, século XXI. Livros deve ter sido um programa excelente na sua época porém
110
está totalmente obsoleto, como tudo o que é de informática (que evolui rapidíssimo)
e tem quase 10 anos (não sei exato quanto tempo).
• Pelo fato de no momento não estar usando este software, acredito que não
tenha apontado todos os detalhes que o mesmo poderia ser modificado no sentido
de melhorar a sua aceitabilidade pelo usuário. O mesmo deveria ser mais amigável,
utilizando os recursos do Windows e não apenas os do DOS.
• Seria interessante que não se precisasse digitar todos os dados
diretamente no programa LIVROS
• Também acho importante que todos os dados necessários à aquisição de
livros seja fornecido pelo professor, daí o roteiro, assim como também outras
informações ( por exemplo, a clientela da bibliografia solicitada).
• Disponibilizar mecanismos de busca que facilitem aos usuários
encontrarem com a rapidez a bibliografia existente na área de interesse. Os
procedimentos de aquisição (alem da ferramenta LIVROS) devem ser modificados,
tanto no sentido de quem deve indicar os livros a serem adquiridos como nas
praticas administrativas adotada para as aquisições.
• Abandonar este programa, pois ele é absolutamente burro. A idéia do
programa é excelente, bem como os dados solicitados para avaliação, mas a
implementação foi completamente inadequado, demonstrando a incompetência do
funcionário do CPD que o desenvolveu.
• O e-mail é uma forma dinâmica, porém acredito que deva ser completada
com "entrevistas". Me considero "suspeita" para responder.
111
•
4.3 Análise e Discussão
Para que seja possível um entendimento de forma mais fácil os resultados e o
modelo proposto estão sintetizados no Quadro 14, abaixo, que apresenta-os na
forma tabular. Assim expostos permitem uma visualização do método, isto é, o
Modelo de Avaliação de Sistema de Informações com três de seus critérios
aplicáveis ao caso e que são explicitados através dos Determinantes Propostos,
possibilitando dessa forma um melhor entendimento. Na verdade o que se está
realizando é o fracionamento de cada um desses critérios e para tanto utiliza-se o
conjunto de determinantes que tem a sua dimensão justificada pelas perguntas do
ICD. Ao utilizá-los facilita-se o entendimento de cada um dos critérios que passa a
ser interpretado sob vários aspectos.
Ao avaliar, por exemplo “Atitudes Favoráveis sobre a Função do SI“ é possível
interpretá-la através do Acesso, da Confiabilidade, da Disponibilidade, da Empatia,
da Flexibilidade ou da Rapidez. Neste caso em particular a Empatia apresentou
características peculiares a inovação ou adoção de inovações, que podem traduzir a
“resistência a adoção do novo” ( cap. 1, p. 31 ).
Dos itens utilizados para avaliação dos Determinantes Propostos sobre a
percepção do cliente em relação ao serviço oferecido pelo LIVROS, observa-se que
apenas 33,0% são pontos considerados fracos ou indicando a necessidade de ações
corretivas. Enquanto que 66,0% são pontos considerados fortes e que satisfazem a
maioria dos usuários ( cliente interno ).
Com base nos resultados obtidos na coleta de dados ( Pontos Fortes ), é
possível afirmar com relação serviço oferecido pelo LIVROS que o modelo proposto
fornece elementos que permitem subsidiar a tomada de decisão em relação ações
corretivas, de manutenção e da demanda de novas funções ou da remodelação de
funções de que o sistema é dotado.
112
Quadro 14 - Medidas de Sucesso do SI, determinantes propostos e a Avaliação
A V A L I A Ç Ã O
MEDIDAS
EQUIVALÊNCIA COM OS
DETERMINANTES PROPOSTOS
PONTOS FORTES
PONTOS FRACOS
Confiabilidade
Aquisição mais transparente para o NID não o induz a erro
não contribuiu p/aproximar as UE e o NID na solução de problemas pertinentes.
Satisfação do Usuário Com o Sistema
Empatia telas facilmente entendidas
Acesso
tornou a atividade mais fácil
Confiabilidade
diminuiu oportunidade de cometer erros
Empatia
RECORRE a ajuda de alguém quando enfrenta problemas com o Livros não é fácil de operar é necessário treinamento para sua utilização
Atitudes
Favoráveis
Sobre a
Função do
Sistema de
Informação
Flexibilidade
atende as necessidades da Aquisição
alguma coisa pode ser melhorada
Confiabilidade
padronizou as informações
não consegue realizar todas as operações necessárias a Aquisição de Livros nele.
Disponibilidade
•
•
• contribuiu p/que mais títulos e/ou exemplares fossem adquiridos
facilitou a Aquisição
não facilitou a atividade permitindo que OBJETIVOS da Instituição fossem atingidos plenamente e de forma mais fácil.
Flexibilidade
• não alterou alguma rotina em sua atividade
Objetivos do
Sistema
Alcançados
Rapidez
•
•
•
•
a atividade ficou mais rápida
diminuiu a burocracia
diminuiu o tempo gasto na sua unidade
diminuiu o No. de papéis
113
4.4 Crítica dos Resultados
Com os resultados obtidos, após a tabulação dos dados é possível afirmar
que o instrumento de pesquisa foi eficaz na coleta de informações, conseguindo de
forma integrada viabilizar em uma só avaliação do Sistema ( software ) e dos
Critérios de Serviços. Foi capaz de detectar características dos serviços fornecidos,
bem como detectar a necessidade de ações corretivas, demandas e pendências.
114
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS
A Avaliação da Satisfação do Usuário, utilizando o Modelo Proposto, aplicado
ao caso em estudo, é melhor interpretada quando se agrupa esses resultados
segundo a sua natureza. Assim sendo, com a finalidade de facilitar o entendimento
e visualizar melhor os resultados, eles estão apresentados, nos quadros abaixo (
No. 14 e 15 ), em Pontos Fortes e Pontos Fracos.
5.1 Pontos Fortes da Avaliação da Satisfação do Usuário em relação ao Modelo Proposto
Os “Pontos Fortes” são aquelas questões do ICD que na manifestação dos
usuários do sistema LIVROS, foram escolhidos no mínimo pela maioria absoluta dos
respondentes. São os indicativos de aspectos ou pontos do serviço percebidos pelo
cliente quando da utilização desse serviço.
Por exemplo na medida “Satisfação do Usuário Com o Sistema “, com
relação ao determinante “Confiabilidade” ( ... capacidade de oferecer serviço
prometido, com garantia, consistência e segurança ... ), a percepção de no mínimo a
maioria absoluta dos usuários é que o sistema LIVROS:
não induz a cometer de erro;
a atividade Aquisição ficou mais transparente para o NID.
Os pontos são considerados fortes e revelam a identificação, pelo cliente, da
qualidade do serviço oferecido.
115
Quadro 15 - Avaliação da percepção da qualidade dos serviços pelo cliente através do uso de Medidas de Sucesso de SI e dos Determinantes Propostos considerados pontos fortes
MEDIDAS
DETERMINANTES PROPOSTOS
CONSIDERADOS PONTOS FORTES
Satisfação do Usuário
Com o Sistema
Confiabilidade: não induz a cometer de erro; a atividade Aquisição ficou mais transparente para o NID;
Empatia: as telas são facilmente entendidas
Atitudes Favoráveis Sobre a Função do Sistema de Informação
Acesso: a Atividade “Aquisição”se tornou mais fácil.
Confiabilidade: diminuiu oportunidade de cometer erros;
Flexibilidade: o LIVROS atende as necessidades da Aquisição.
Objetivos do Sistema Alcançados
Confiabilidade: padroniza as informações;
Disponibilidade: contribuiu para que mais títulos e/ou exemplares fossem
adquiridos. facilitou o Processo de Aquisição;
Flexibilidade: o Livros não alterou alguma rotina em sua atividade;
Rapidez: diminuiu o tempo total gasto na atividade em sua unidade; diminuiu o No. de papéis emitidos durante a Aquisição de
Livros. a atividade burocrática diminuiu;
a atividade de aquisição ficou Mais Rápida.
Assim é possível afirmar que o usuário crê que o LIVROS oferece
“Confiabilidade”, acreditando que a Aquisição está mais transparente para o NID,
que esse sistema não induz a erro e que entende com facilidade as suas telas.
As “Atitudes Favoráveis Sobre a Função do SI “ o usuário entende que a
atividade se tornou mais fácil, diminuiu a oportunidade de cometer erros e que o
sistema atende as necessidades da Aquisição.
116
No que se refere a alcançar os “Objetivos do Sistema” o usuário entendeu
que as informações foram padronizadas, que contribuiu para uma aquisição maior
em termos de títulos e exemplares; facilitou o processo, não alterou rotinas em sua
atividade, inclusive diminuindo o tempo total gasto por ela em sua unidade; diminuiu
também o número de papéis emitidos, reduzindo dessa forma a burocracia e
tornando essa atividade mais rápida.
5.2 Pontos Fracos da Avaliação da Satisfação do Usuário em relação ao Modelo Proposto Os “Pontos Fracos” são aquelas questões do ICD que na manifestação dos
usuários do sistema LIVROS, foram percebidos como necessidades, características
que deixaram de ser atendidas ou a serem supridas pelo serviço disponibilizado pelo
sistema LIVROS. São os indicativos de aspectos ou pontos do serviço percebidos
pelo cliente desse serviço que precisam ser revistos ou planejados para melhorar ou
oferecer. Quadro 16 - Avaliação da percepção da qualidade dos serviços pelo cliente através do uso de
Medidas de Sucesso de SI dos Determinantes Propostos considerados pontos fracos
MEDIDAS DETERMINANTES PROPOSTOS
CONSIDERADOS PONTOS FRACOS Satisfação do Usuário Com o Sistema
Confiabilidade: não contribuiu para aproximar as Unidades Educacionais e o
NID na solução de problemas pertinentes; Atitudes Favoráveis Sobre a Função do Sistema de Informação
Empatia: RECORRE a ajuda de alguém quando enfrenta problemas com
o Livros. é necessário fornecer treinamento para sua utilização. não é um sistema fácil de operar.
Flexibilidade: 100% acha que alguma coisa poderia ser melhorada no
LIVROS Objetivos do Sistema Alcançados
Confiabilidade: não consegue realizar todas as operações necessárias a
Aquisição de Livros nele; Disponibilidade: não facilitou a atividade permitindo que OBJETIVOS da Instituição fossem atingidos.
Com base nos Pontos Fracos detectados pelo Modelo Proposto e
identificando o determinante correspondente são identificadas as melhorias
propostas.
Observa-se que com relação a “Satisfação do Usuário com o Sistema’’ que o
usuário não vê o LIVROS como elemento de aproximação das UE e do NID na
117
solução de problemas pertinentes. Há inclusive manifestações de que o usuário
discerne claramente o que é ou não função do software.
Nas “Atitudes Favoráveis Sobre a Função do SI “ o usuário manifestou a
necessidade de melhorias ou dotar o sistema de AJUDA ( HELP), aumentar e
melhorar o treinamento. Como também, de forma unânime acham que alguma
coisa poderia ser melhorada no LIVROS.
Com relação a alcançar os “Objetivos do Sistema” os usuários afirmam que
“...não conseguem realizar todas as operações necessárias a Aquisição de Livros
nele ...”. é um indicativo da necessidade de revisão no processo e identificação junto
aos usuários de quais operações não são realizáveis.
5.3 Sugestões de Modificação A importância da participação do usuário na avaliação dos serviços que lhe
são oferecidos pode ser sentida com o retorno das informações que podem
contribuir para a melhoria do sistema. Essas questões tendem a melhorar o
desempenho da ferramenta e fazem com que o usuário sinta-se integrado nesse
processo de revitalização, de manutenção, que efetivamente contribuem para um
aumento do ciclo de vida do sistema.
As questões abertas no questionário forneceram algumas sugestões por parte
dos usuários do sistema, as mais freqüentes foram resumidas, agrupadas e
traduzidas como sendo:
Satisfação do Usuário com o Sistema
Banco de Dados com armazenagem de solicitações anteriores que
ainda não foram adquiridas;
Retorno de informações “pós-pedido”.
Atitudes Favoráveis Sobre a Função do SI
Recursos de “edição”;
Atualização do Software com recursos mais modernos;
Portabilidade e capacidade de importação e exportação de dados.
Objetivos do Sistema Alcançados Interface mais amigável;
Disponibilização na Internet.
6 CONCLUSÃO
118
Este capítulo apresenta as considerações sobre os resultados, as conclusões
sobre os objetivos, as sugestões sobre trabalhos futuros e as limitações.
6.1 Considerações sobre os resultados
Neste capitulo serão apresentadas as conclusões obtidas neste trabalho,
através da revisão bibliográfica, da pesquisa mediante entrevistas com técnicos da
área – bibliotecários – analista de sistemas – docentes da área de biblioteconomia e
com os usuários do sistema, os representantes das UE.
Para que seja possível comparar aquilo que foi proposto fazer com o que foi
realizado até o final deste trabalho, é preciso separar os objetivos propostos e as
ações desenvolvidas para que os mesmos fossem atingidos, reduzindo-os a um
nível de complexidade menor de forma a possibilitar a apreciação dos resultados
obtidos:
� Avaliar a percepção do cliente interno sobre os serviços, através
da identificação de pontos fracos e pontos fortes, de medidas de
avaliação de sistema de informações e de determinantes da qualidade
percebida, que fazem o suporte da aquisição de livros, aplicando-o ao
Sistema de Aquisição de Livros (LIVROS), do Núcleo de Informação e
Documentação ( NID ) da Fundação Universidade Federal do Rio
Grande ( FURG ).
Uma contribuição apresentada por este trabalho foi a aplicação de dois
modelos de avaliação, da percepção da qualidade e o de sucesso do sistema de
informações - que é uma avaliação da satisfação do usuário com o sistema –
utilizando um mesmo Instrumento de Coleta de Dados ( ICD ). Esse instrumento de
coleta de dados passa a ter uma dupla função, instrumento de coleta de dados para
avaliação da percepção sobre os serviços oferecidos e sobre o sistema em uso, ou
seja passa a ter a dupla finalidade de avaliação.
A sistemática de avaliação da percepção dos clientes internos com relação
aos serviços que envolvem o LIVROS foi obtida na medida em que foi proposta ( e
realizada ) a aplicação do Modelo de Determinantes da Qualidade Percebida dos
Serviços pelos Clientes ( MDQPSC ) desenvolvido com essa finalidade, em conjunto
com o modelo adaptado de Medidas de Sucesso do Sistema de Informações ( MSSI
119
). Os dois modelos não se excluem, ao contrário, podem ser adicionados e dessa
forma facilitam o atingimento dos objetivos estabelecidos. O Quadro 11 com
“Medidas de Sucesso de Si, Modelo Proposto e o ICD” descrito no Capítulo 3 e
evidencia a facilidade que essa união pode proporcionar na avaliação e
interpretação dos resultados obtidos. O MDQPSC ao ser adicionado ao MSSI
possibilita a avaliação não mais só sob a ótica de uma medida, mas sob a ótica de
dois e quatro determinantes, respectivamente. Esse desdobramento da dimensão da
avaliação em um número maior de itens permite mais objetividade e compreensão.
Avaliar a percepção do cliente interno dos serviços necessários
ao processo de aquisição de livros de uma Biblioteca
Universitária (BU);
Ao propor um modelo de avaliação da percepção sobre os serviços
oferecidos, o sistema de aquisição de livros em uso pela BU da FURG e aplicá-lo,
com participação dos representantes das UE, isto foi alcançado. No capítulo 5 os
itens 5.1.1 e 5.1.2 Pontos Fortes e Pontos Fracos do MDQPSC e MSSI demonstram
essa avaliação.
A avaliação pelos usuários tem como finalidade detectar e
identificar necessidades que venham a subsidiar a proposição de
melhorias no sistema.
A medida “Atitudes Favoráveis Sobre a Função do SI “, através do
determinante “Empatia”, do modelo proposto, acusou como Ponto Fraco. Isto é, a
empatia foi negativa e traduz o sentimento do usuário em relação ao sistema,
gerando um impacto negativo, resistência a utilização dentro da organização.
Destaca a necessidade de ser o sistema revisado nesses aspectos impactados para
que possam se transformados em Ponto Forte, indicativos de que :
Não é um sistema fácil de operar;
é necessário treinamento para sua utilização
RECORRE a ajuda de alguém quando enfrenta problemas;
Se o cliente interno está vivenciando essas experiências com o sistema, isto é
um imperativo da necessidade de melhorias ou de dotar o sistema de HELP e,
principalmente, aumentar e melhorar o treinamento dos usuários.
120
As questões abertas no questionário sugerem, de parte dos usuários do
sistema, melhorias a serem incorporadas, as mais freqüentes foram resumidas,
agrupadas e traduzidas como sendo:
Interface mais amigável;
Recursos de “edição;
Atualização do Software com recursos mais modernos;
Banco de Dados com armazenagem de solicitações anteriores que
ainda não foram adquiridas;
Retorno de informações “pós-pedido”;
Portabilidade e capacidade de importação e exportação de dados;
Disponibilização na Internet.
identificar o processo de aquisição de livros em uma BU de
uma Instituição Federal de Ensino Superior ( IFES ), tornando
visível a complexidade que envolve o processo de aquisição no
Serviço Público Federal;
A abordagem utilizada no capítulo 3, “3.3 - Método de Aquisição na
Modalidade Compra” retrata os subprocessos do macroprocesso Aquisição em uma
IFES e na FURG deixando visível a complexidade que envolve o procedimento de
Aquisição em uma BU. O processo tende a se perpetuar, se não de todo pelo menos
a maior parte, considerando ser decorrente de procedimentos legais estabelecidos
para o SPF em lei.
Viabilizar a oportunidade para que o serviço tenha a qualidade
definida pelo usuário;
A qualidade definida pelo usuário foi obtida a partir da classificação dos
serviços oferecidos pelo sistema, abordada no capítulo 5 os itens 5.1 e 5.1 Pontos
Fortes e Pontos Fracos do MDQPSC e MSSI que demonstram essa avaliação e
classificação do serviço. Os determinantes caracterizados com pontos fracos
indicam que a qualidade não satisfaz ao usuário e que o serviço precisa ser
melhorado.
121
Possibilitar a BU uma oportunidade de salientar a importância
da participação do usuário;
A participação do usuário ( cliente interno ) é evidenciada na Avaliação
através dos Pontos Fracos que orientam a necessidade de implantação de melhorias
e/ou correções, como as que foram sugeridas pelos usuários. Sem a manifestação
do cliente não é possível saber quais são os Pontos Fortes do sistema, como os que
foram identificados:
Evidenciar que o planejamento das BUs deve considerar a
participação dos seus usuários, para que os produtos e serviços
prestados, sejam adequados a essas necessidades.
Na tabulação de respostas abertas, no caso a pergunta de número 2 do ICD
aplicado aos clientes internos, foi ressaltada a necessidade de “retorno” ao
solicitante de informação sobre a situação da solicitação: comprada – a ser entregue
– não cotada na licitação – edição esgotada, etc. Demonstra assim a necessidade
de que a BU incorpore um serviço de acompanhamento “após solicitação”, o que o
sistema poderia vir a contemplar em uma versão mais atualizada.
6.2 Conclusões sobre os objetivos
Observou-se com a aplicação do modelo que o determinante Confiabilidade (
...prestar o serviço conforme o prometido, com precisão consistência e segurança...),
está presente nas três medidas de sucesso do SI. O que pode demonstrar a
consolidação de comportamento do usuário, cliente interno, como consumidor de
serviços. Isto é, as responsabilidades e relações presumidas pelo cliente interno com
o fornecedor dos serviços ( interno também ) são as mesmas que exerce como o
consumidor de qualquer serviço.
O Acesso ( “...Facilidade de comunicação, de entrar em contato, acessar ou
utilizar o serviço ...”) é identificada na medida “Atitudes Favoráveis Sobre a Função
do SI“. O usuário dos serviços oferecidos pelo LIVROS reconhece que a “Atividade
Aquisição” se tornou mais fácil.
122
A Disponibilidade ( “...facilidade em encontrar disponível atendimento...” ) é
observada na medida “Objetivos do Sistema Alcançados”. Na visão do usuário do
LIVROS os serviços que ele oferece facilitaram o “Processo de Aquisição”e
contribuíram para que mais títulos e/ou exemplares fossem adquiridos; mas também
deixaram de “facilitar a atividade permitindo que objetivos da instituição fossem
atingidos”. A Empatia ( “...Facilidade de contatar, cordialidade, cuidado e atenção
fornecida ao cliente....”) pode ser manifestar-se de forma positiva como um Ponto
Forte em “Satisfação do Usuário com o Sistema” através de “telas facilmente
entendidas”. Mas também pode ser negativa como Ponto Fraco em “Atitudes
Favoráveis Sobre a Função do Sistema de Informação” através de “Não é um
sistema fácil de operar”, “é necessário treinamento para sua utilização” ou
“RECORRE a ajuda de alguém quando enfrenta problemas”; indicando a
necessidade de ações corretivas no serviço oferecido.
Flexibilidade ( “...Capacidade de ser manejado, mudar e adaptar o serviço
para se ajustar às necessidades dos clientes...” ). Os usuários do LIVROS com
relação a “Atitudes Favoráveis Sobre a Função do SI“ entendem que ele atende as
necessidades de Aquisição, mas há unanimidade desses usuários quanto a
necessidade de melhorias. Quanto aos “Objetivos do Sistema Alcançados” o usuário
diz que os serviços oferecidos pelo LIVROS não alteraram nenhuma rotina em sua
atividade. Rapidez ( “...velocidade de atendimento e prontidão para atender o cliente...”
). Entenderam os usuários que a medida “Objetivos do Sistema Alcançados” revelou
muitas características fortes e positivas do LIVROS, afirmam que a aquisição ficou
mais rápida, a atividade burocrática diminuiu, assim como diminuíram o número de
papéis emitidos e o tempo gasto nessa atividade.
Do que se observou no desenvolvimento deste trabalho, uma das
características mais importantes é a reafirmação de que sem a participação do
cliente, consumidor dos serviços, a quem são destinados e dirigidos os resultados de
todos os esforços, seja ele interno ou externo, inexiste razão para produzi-los. Se os
esforços dispendidos na produção dos serviços oferecidos estiverem
123
inadequadamente direcionados e/ou dimensionados às necessidades dos clientes,
de nada valerão. Por isto é importante incorporar a avaliação do cliente. Considerar
no ciclo de vida do serviço oferecido a fase de avaliação do protótipo de forma a
viabilizar o seu ajuste ou aperfeiçoamento pelo cliente. Com certeza essa fase pode
contribuir e em muito com o aumento da vida útil do serviço oferecido, além de
também contribuir significativamente para aumentar a satisfação do cliente.
Este trabalho viabilizou a oportunidade de colocar em prática o conhecimento
teórico desenvolvido durante o Curso de Pós-Graduação em Engenharia de
Produção da UFSC. É importante registrar também que este trabalho tenta retribuir a
universidade os conhecimentos que ela propiciou, aplicando-os em BU das IFES.
Tenta oferecer um retorno de cunho social às atividades universitárias de ensino-
pesquisa-extensão desenvolvidas. Além disso, a sua aplicação é uma oportunidade
para salientar as dificuldades materiais e restrições legais que as BUs das IFES
enfrentam.
6.3 Sugestões para futuros trabalhos Futuros trabalhos podem explorar aspectos relacionados com a Avaliação da
Percepção dos Serviços pelo Cliente Interno de uma BU:
ampliando o número de indicadores ou determinantes;
especificando um maior número de determinantes e itens com poder
de explicação;
desenvolvendo um modelo a partir dos determinantes pesquisados por
Carvalho e Vergueiro ( 2000 ), específico para BUs.
Outro trabalho que pode ser desenvolvido seguindo a mesma linha é estudar
a Qualidade Percebida pelo Cliente, devendo antes realizar a Avaliação da
Expectativa do Serviço pelo Cliente, depois a Avaliação da Percepção dos Serviços
pelo Cliente e então compará-las. A diferença observada entre as duas avaliações
(Percebida X Esperada ) quantificará a Qualidade Percebida pelo Cliente se o
resultado for maior a Qualidade Percebida é Boa, se não houver diferença, é
aceitável e se for menor a Qualidade Percebida é pobre. Kotler (1998 ) e Slack et al.
( 1996; p.553 ).
124
6.4 Limitações Com relação a validade da pesquisa é preciso salientar que é interna uma vez
que nada está sendo inferido ou generalizando que não seja relativo e restrito a esse
caso em estudo do serviço oferecido pelo Sistema Livros.
O modelo obtido neste trabalho, que é restrito ao serviço oferecido ao cliente
interno de uma BU, também pode ser adaptado para estudos envolvendo o usuário
na avaliação do sistema de busca oferecido pela biblioteca. As mesmas sugestões
feitas no parágrafo anterior são aplicáveis.
125
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Brasília: Briquet de Lemos, 1995.
141
A P Ê N D I C E S
Apêndice I Roteiros de entrevista
Apêndice II Carta para obtenção de dados
Apêndice III Tabulação dos resultados obtidos com o questionário
1
Fundação Universidade Federal do Rio Grande Departamento de Matemática
Prof. Luiz Augusto Pinto Lemos
Pesquisa para Dissertação de Mestrado
Sistema de Aquisição de Livros do NID (LIVROS) Roteiro de Entrevista - A -:
1. O que é o LIVROS ( Sistema de Aquisição de Livros do NID )?
2. Quais os seus objetivos?
3. Com que periodicidade é executado?
4. Quando, quem e porque começou?
5. Foi elaborado um projeto ? Está documentado?
6. Que planejamento o antecedeu, em termos de alterações, treinamentos, revisão de processos
e/ou outras tratativas? Que tempo foi gasto? Que custos estavam envolvidos? Recursos envolvidos
(Humanos - Materiais - Financeiros).
7. Possui equipe de trabalho? Qual o perfil e papéis exercidos?
8. Quem exerce os papéis de:
• Proprietário/dono/decisor (es)?
• Mantenedor/Executor (es)?
• Usuário(s)?
9. Como o LIVROS é alimentado? Quais são as suas ENTRADAS?
10. Quem alimenta essas ENTRADAS?
11. Quem ,como e quando são especificadas ?
12. O que o LIVROS produz? Quais são as suas SAÍDAS ?
13. Quem, como e quando são especificadas ?
14. Qual processo envolvido no LIVROS, como são transformadas as ENTRADAS nas SAÍDAS
REQUERIDAS? Periodicidade?
15. Existe algum acompanhamento de seu desempenho?
16. Existem medidas de desempenho ? Quais?
17. Como o LIVROS é avaliado, por quem e quando ( com que periodicidade) ?
18. O LIVROS recebe manutenção? Com que periodicidade? Quem executa-a?
19. Quais os relacionamentos do LIVROS com os ambientes internos e externos da organização?
2
Fundação Universidade Federal do Rio Grande Departamento de Matemática
Prof. Luiz Augusto Pinto Lemos
Pesquisa para Dissertação de Mestrado
Sistema de Aquisição de Livros do NID (LIVROS)
Roteiro de Entrevista - B:
1. O que é o LIVROS ( Sistema de Aquisição de Livros do NID )?
2. Quais os seus objetivos?
3. Com que periodicidade é executado?
4. Quando, quem e porque começou?
5. Foi elaborado um projeto ? Está documentado?
6. Possui equipe de trabalho? Qual o perfil e papéis exercidos?
7. Qual a formação profissional dos membros da equipe?
8. Qual o tempo disponível de membro da equipe para o trabalho?
9. Que planejamento o antecedeu, em termos de alterações, treinamentos, revisão de processos e/ou
outras tratativas? Que tempo foi gasto? Que custos estavam envolvidos? Recursos envolvidos
(Humanos - Materiais - Financeiros).
10. Projeto - como foi executado?
11. Que documentação foi produzida ?
12. Qual o Ciclo de Vida do Projeto - Identificar.
13. Ambiente de trabalho da equipe.
14. Meios de Comunicação utilizados entre os participantes ( ambiente interno ) no projeto e com o
ambiente externo ao projeto ( usuários: COMCUR,Departamento ).
15. Há registro formal das atividades desenvolvidas?
16. Quem exerce os papéis de:
• Proprietário/dono/decisor (es)?
• Mantenedor/Executor (es)?
• Usuário(s)?
17. Como o LIVROS é alimentado? Quais são as suas ENTRADAS?
3
18. Quem alimenta essas ENTRADAS?
19. Quem ,como e quando são especificadas ?
20. O que o LIVROS produz? Quais são as suas SAÍDAS ?
21. Quem, como e quando são especificadas ?
22. Qual processo envolvido no SOF, como são transformadas as ENTRADAS nas SAÍDAS
REQUERIDAS? Periodicidade?
23. Existe algum acompanhamento de seu desempenho?
24. Existem medidas de desempenho ? Quais?
25. Como o LIVROS é avaliado, por quem e quando ( com que periodicidade) ?
26. O LIVROS recebe manutenção? Com que periodicidade? Quem executa-a?
27. Quais os relacionamentos do LIVROS com os ambientes internos e externos da organização?
4
Fundação Universidade Federal do Rio Grande Departamento de Matemática
Prof. Luiz Augusto Pinto Lemos Pesquisa para Dissertação de Mestrado
Sistema de Aquisição de Livros do NID (LIVROS)
Roteiro de Entrevista - C: 1. Como funciona o Sistema de Aquisição de Livros?
2. Qual a Legislação envolvida?
3. Qual é o seu “start” ?
4. Com que periodicidade é executado?
5. Quando, quem e porque começou?
6. Possui equipe de trabalho? Qual o perfil e papéis exercidos?
7. Qual a formação profissional dos membros da equipe?
8. Qual o tempo disponível de membro da equipe para o trabalho?
9. Que documentação é produzida ?
10. Ambiente de trabalho da equipe.
11. Meios de Comunicação utilizados entre os participantes ( ambiente interno ) no projeto e
com o ambiente externo ao projeto ( usuários: COMCUR, Departamento).
12. Há registro formal das atividades desenvolvidas?
13. Quem exerce os papéis de:
14. Proprietário/dono/decisor (es)?
15. Mantenedor/Executor (es)?
16. Usuário(s)?
17. Como o LIVROS é alimentado? Quais são as suas ENTRADAS?
18. Quem alimenta essas ENTRADAS?
19. Quem ,como e quando são especificadas ?
20. O que o LIVROS produz? Quais são as suas SAÍDAS ?
21. Quem, como e quando são especificadas ?
22. Qual processo envolvido no LIVROS, como são transformadas as ENTRADAS nas
SAÍDAS REQUERIDAS? Periodicidade?
23. Existe algum acompanhamento de seu desempenho?
24. Existem medidas de desempenho ? Quais?
25. Como o LIVROS é avaliado, por quem e quando ( com que periodicidade) ?
26. O LIVROS recebe manutenção? Com que periodicidade? Quem executa-a?
27. Quais os relacionamentos do LIVROS com os ambientes internos e externos da
organização?
2
From: [email protected] To: lista de e-mails Subject: SISTEMA DE AQUISIÇÃO DO NID 1 Reply-to: Priority: X-mailer:
Prezado(a) Professor(a),
Na qualidade de representante de sua Unidade de Ensino junto ao Núcleo de
Informação e Documentação ( NID, Biblioteca ) V.S. tem tido a oportunidade de participar da
Aquisição de Livros nos últimos anos. Sabe-se que essa atividade de 1996 a 1999
processou a aquisição de pelo menos 10.800 exemplares ( em média 2.700 exemplares
por ano ) num valor total de cerca de R$ 504.000,00 ( valores não corrigidos ), o que denota
a sua grande importância para a instituição.
O objetivo deste é colher subsídios para dar continuidade ao PROJETO SISTEMA
DE AQUISIÇÃO DE LIVROS do NID ( Biblioteca ) da FURG, resultado de pesquisas
acadêmicas desenvolvidas em parceria pelos departamentos DBH, DMT e NID que
também recebeu apoio decisivo do CPD. O volume das operações, a premência de tempo
para sua consecução, a segurança e redução do tempo dispendido do início ao fim do
processo – de 6 meses para cerca de 15 dias - justificam plenamente a sua continuidade.
É necessário que se avalie o software utilizado ( LIVROS ) com o objetivo de detectar a
necessidade ( ou não ) de melhorias no produto.
Sua participação é importante e decisiva. Para tal basta que envie sua resposta
mediante “REPLY“. Marque com um “X “ sua opção escolhida ou utilize o espaço indicado
para resposta aberta. Caso deseje manifestar-se e apresentar outras contribuições ou
discutir o assunto, utilize o e-mail [email protected] , utilizando o <REPLY > .
Antecipadamente são registrados agradecimentos a atenção que possa ser
dispensada a esta pesquisa, colocando-se o pesquisador ao seu inteiro dispor para as
manifestações que se façam necessárias, bem como estará retornando os resultados aos
respondentes.
Saudações Acadêmicas.
Prof. Luiz Augusto Pinto Lemos Departamento de Matemática
3
Fundação Universidade Federal do Rio Grande – Departamento de Matemática
Prof. Luiz Augusto Pinto Lemos
Sistema de Aquisição de Livros ( LIVROS ) - AVALIAÇÃO 2. O LIVROS atende as necessidades da Aquisição de Livros? ( ) - SIM ( ) - NÃO 3. Caso não atenda. O que você acha que está faltando?
____________________________________________________________________
4. Comparando a forma como a Aquisição de Livros é processada hoje e como o era antes da utilização do LIVROS, você considera que ela tornou a atividade:
Facilidade: ( ) - Mais fácil ( ) - Mais Difícil Rapidez: ( ) - Mais rápida ( ) - Mais demorada Simplicidade: ( ) - Mais simples ( ) - Mais complexa Precisão : ( ) - Oportunizou + erros ( ) - Diminuiu a oportunidade de cometer erros 5. Com relação a atividade burocrática, o LIVROS:
( ) - diminuiu-a ; ( ) - aumentou-a .
6. As telas do LIVROS são facilmente entendidas? ( ) - Sim ( ) - Não
7. Alguma função do LIVROS precisa ser revisada? Qual ? _______________________________________________________________ 8. Você acha que alguma coisa poderia ser melhorada no LIVROS?
( Caso ache especifique qual ou quais. ) (...) – Não ( ) - Sim, ______________________________
9. O LIVROS deixou a atividade de Aquisição de Livros mais transparente para: ( ) - Departamento ( ) - NID ( ) - ambos ( ) - não alterou nada.
10. O LIVROS diminuiu o tempo total gasto na atividade em sua unidade?
( ) - Sim ( ) - Não 11. O LIVROS diminuiu o número de papéis emitidos durante a Aquisição de Livros?
( ) - Sim ( ) - Não 12. O LIVROS contribuiu para que mais títulos e/ou exemplares fossem adquiridos?
( ) - Sim ( ) - Não 13. O LIVROS facilitou o processo de Aquisição de Livros?
( ) - Sim ( ) - Não 14. O LIVROS padronizou as informações necessárias ao processo de Aquisição de Livros?
( ) - Sim ( ) - Não
15. O LIVROS contribuiu para aproximar as Unidades Educacionais e o
NID na solução de problemas pertinentes? Justifique.
4
( ) - Sim , ______________________________ ( ) - Não , ______________________________
16. O LIVROS facilitou a atividade permitindo que OBJETIVOS da Instituição
fossem atingidos plenamente e de forma mais fácil? ( ) - Sim ( ) - Não
17. Você consegue realizar todas as operações necessárias a Aquisição de Livros no
LIVROS? ( ) - Sim ( ) - Não
18. O LIVROS é um sistema fácil de operar? ( ) - Sim ( ) - Não 19. Você recebeu algum tipo de treinamento para utilizar o LIVROS?
( ) - Sim, individualmente; ( ) - Sim, em grupos de usuários. ( ) - Não, aprendi sozinho; ( ) - Não, um colega me ensinou.
20. Você recorre a ajuda de alguém quando enfrenta problemas com o LIVROS? Quem?
( ) - Não, nunca tive problemas c/ o LIVROS. ( ) - Sim, recorro a _________________________________________
21. O LIVROS alterou alguma rotina em sua atividade ?
(...) – Não ( ) - Sim, ______________________________ 22. O LIVROS induziu-o a cometer algum tipo de erro? Qual? Especifique, caso afirmativo.
( ) - Não ( ) - Sim, ______________________________ 23. Você acha que o “e-mail” é o melhor meio de comunicação para veicular esta
pesquisa? ( ) - Sim ( ) - Não
24. Sugestões: ________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________
2
TABULAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS COM O QUESTIONÁRIO
Tabulação dos Resultados da pesquisa veiculada e recebida via “e-mail”:
Pergunta No. 1
1 - PERGUNTAS %
Atende as necessidades da Aquisição? 58,3 SIM 41,7 NÃ0 100,0
Pergunta No. 2
2 - Caso não atenda. O que FALTA?
Questão Aberta – Conjunto das Respostas (transcritos conforme original)
• Uma interface amigável, e a capacidade de assinalar títulos e autores iguais
na listagem de todos os departamentos ( o que eliminaria a possibilidade de
duplicação de livros iguais solicitados por vários departamentos ).
• Uma forma ágil de atualização, através de um site na Internet, de UMA
LISTA PERMANENTE de obras que cada usuário cadastrado possa levantar e
atualizar sem que precise ser feito o mesmo levantamento cada vez. Vou tentar
explicar melhor com um exemplo:
Suponha a Comissão deCurso. A gente faz listas e listas de livros. Uma vai
para a biblioteca, outra para um projeto especifico, enfim, acabamos duplicando,
triplicando esforços. Seria bom se a gente tivesse uma lista das nossas solicitações
e que pudesse fazer a manutenção dela remotamente.
Um usuário solicitante cadastrado poderia entrar neste site, e executar
algumas operações:
--- chamar a sua lista de compras a fazer;
--- incluir novas obras;
--- verificar quais as que já foram adquiridas;
3
--- remover obras que não mais interessam;
--- listar o levantamento feito;
--- outros.
Um usuário encarregado de compras (biblioteca, SUPLAN, Editora, sei lá)
poderia entra no site e:
--- listar cada levantamento;
--- marcar as obras adquiridas como adquiridas;
--- notificar, obra por obra, a aquisição ao interessado (solicitante);
--- notificar ao interessado (solicitante) a impossibilidade de adquirir
uma obra;
--- solicitar a um solicitante uma indicação de substituição ou sugerir
uma substituição;
--- etc.
• atualização do software LIVROS, introduzindo alguns comandos que
facilitem o contato com o usuário; 1. modificar a atual maneira de aquisição de livros, operando via compra
direta no caso de livros importados; 2. algumas reuniões para estudar se o atual modo de distribuição de
recursos é o mais adequado;
• Trata-se de uma ferramenta que não utiliza os recursos tecnológicos que
hoje encontram-se a disposição para se construir sistemas daquela natureza.
• Uma interface amigável com o usuário, que tenha flexibilidade na hora da
inserção dos pedidos, aceitando copia de editores de texto, que permita fazer
listagens parciais sob diferentes formas de agrupamento (por disciplina, por numero
de exemplares solicitados, por ordem de prioridade, ect.). Na realidade, creio que
um modelo de planilha do excel resolveria o problema (veja, por exemplo, os
modelos de planilha do excel usados pelos editais do C”X”, são facílimas de utilizar
4
• e tem toda a mobilidade necessária ao usuário).
• Interface com sistema operacional Windows (WORD, ECXEL, etc..) para
agilizar e permitir "importações" de outras máquinas, e-mails, etc. recebidos dos
professores.
• Software mais amigável.
Pergunta No. 3 3 - Aquisição tornou a atividade:
Pergunta No. 3.1
3.1 - Facilidade % Mais Fácil 70,0 Mais Difícil 30,0 100,0
Pergunta No. 3.2 3.2 - Rapidez % Mais Rápida 75,0 Mais Demorada 25,0 100,0
Pergunta No. 3.3
3.3 - Simplicidade % Mais Simples 50,0 Mais Complexa 50,0 100,0
Pergunta No. 3.4
3.4 -Precisão % Oportunizou + erros 14,3 Diminuiu oportunidade de cometer erros 85,7 100,0
5
Pergunta No. 4
4 - Atividade burocrática % Diminui-a 85,7Aumentou-a 14,3
Pergunta No. 5
5 -As telas são facilmente entendidas? % Sim 63,6 Não 36,4 100,0
Pergunta No. 6
6 - Alguma função precisa ser revisada? Quantidade Qual? 2
• Acho o programa meio "Pedra", as tabelas ou linha boas, mas a
alimentação da quantidade dos alunos por disciplina não foi feita, com isto gera
distorções.
• mais flexibilidade operacional, entrada, saída, salvamento parcial, acesso às
informações com mais flexibilidade, etc. Enfim um software mais moderno!!!
Pergunta No. 7
7 - Alguma coisa poderia ser melhorada? % Sim, _____ 100,0 Não 0,0 Total 100,0
• ( x ) - Sim, A necessidade de apagar os dados anteriores poderia ser
eliminada, os acréscimos de novas editoras poderiam ocorrer com facilidade,
poderia ser acrescentado o nome do professor e da disciplina que solicitou o
6
material (facilitaria quando surgisse a necessidade de entrar em contato para
resolver trocas ).
• Sim, deveria ser possível a inserção de dados em WORD. Deveria ser
aumentada a lista de editoras.
Deveria ser atualizada a lista de disciplinas, eliminando aquelas que há mais de 6 anos estão extintas e inserindo as novas, inclusive aquelas de cursos de pós-graduação.
Deveria operar no ambiente WINDOWS e não no DOS, para facilitar o contato
com o usuário.
• ( ) - Sim, alguns pontos sob a perspectiva da parte técnica da biblioteca.
Pergunta No. 8
8 - A atividade Aquisição ficou mais transparente para: % Departamento 9,1 NID 63,6 AMBOS 27,3 não alterou nada 0 100,0 • Obs. FALTA PARTICIPAÇÃO DOS CURSOS!!!
Pergunta No. 9
9 - Diminuiu o tempo total gasto na atividade em sua unidade? %
SIM 58,3 Não 41,7 Total 100,0
Pergunta No. 10
10 – Diminuiu o número de papéis emitidos durante a Aquisição de Livros? %
Sim 81,8 Não 18,2
7
Total 100,0
• ( x ) - Não, como ele não é amigável, é necessário que cada professor
elabore a sua lista, que tem que ser digitada por uma terceira pessoa, pois o
programa só pode estar instalado em um lugar, já que ele não salva resultados
parciais, só totais.
Pergunta No. 11
11 - Contribuiu p/que mais títulos e/ou exemplares fossem adquiridos? %
Sim 60,0Não 40,0Total 100,0
Pergunta No. 12
12 - Facilitou o Processo de Aquisição? %
Sim 75,0 Não 25,0 Total 100,0
Pergunta No.13
13 - Padronizou as informações necessárias ao processo de Aquisição de Livros? % Sim 66,7Não 33,3Total 100,0
Pergunta No. 14
14 - Contribuiu p/aproximar as Unidades Educacionais e o NID na solução de problemas pertinentes? % Justifique. Sim, _______________ 18,2 Não, ________________ 81,8 Total 100,0
8
• ( x ) - Não, tenho dúvidas em relação a esta questão. Conforme exposição
dos colegas os representantes se reúnem apenas para falar da aquisição, não existe
um encontro prévio para ver políticas ou posterior para discutir problemas. A
aproximação, se temporária, não resolve problemas.
• ( x ) - Não, por que sempre fui assídua no NID quando havia problemas
• ( x ) - Sim, reforçou a relação entre NID e representante, identificando
prioridades nas compras , mas deixou a desejar quanto a responsabilidade dos
pedidos (o representante continuou como único responsável pelos pedidos, já que
fica impossível identificar quem pediu o quê).
• ( X ) - Não, Porque isto dependeria de um política de relacionamento com o
usuário (aluno,professor, comunidade em geral) e não de uma ferramenta
tecnológica que não é diretamente voltada para o processo de comunicação.
• Não, pois os problemas que temos na aquisição de livros não são
apontados ou solucionados pelo simples uso deste software. É necessário que o
processo de aquisição de livros ocorra de uma forma mais flexível, oportunizando
em situações especiais a compra direta.
• ( x ) - Não, A compra de livros a partir de interesses individuais, como
atualmente, na grande maioria, é realizada, proporciona a compra de livros que não
atende aos interesses da instituição.
• ( x ) - Não, o NID não faz a mínima questão de consultar o conselho de
representantes para nada, só convoca reuniões de um dia para o outro para divulgar
decisões prévias ou prestar uns parcos esclarecimentos sobre o seu funcionamento.
9
• ( X ) - Não, cada professor só se envolve com sua área dentro do
departamento, se fosse também pelas comcur's haveria uma maior participação
devido a necessidade de atualização: avaliações do MEC.
Pergunta No. 15
15 - Facilitou a atividade permitindo que OBJETIVOS da Instituição fossem atingidos plenamente e de forma mais fácil? % Sim 40,0 Não 60,0 Total 100,0
Pergunta No. 16
16 - Consegues realizar todas as operações necessárias a Aquisição de Livros nele? % Sim 18,2 Não 81,8 Total 100,0
Pergunta No. 17
17 - É um sistema fácil de operar? % Sim 25,0 Não 75,0 Total 100,0
• Sim ( ) – Não Está faltando um Help para aqueles professores que não
estão familiarizados com o uso de softwares.
Pergunta No. 18
18 - Recebeu algum tipo de treinamento p/ utilizar o LIVROS ? % Sim, individualmente 27,3Sim, em grupos de usuários 0,0Não, aprendi sozinho 36,4Não , um colega me ensinou 36,4Total 100,0
10
Pergunta No. 19
19 -Recorre a ajuda de alguém quando enfrenta problemas c/oLivros? Quem? % Não, nunca tive problemas c/o LIVROS 10,0 Sim, recorro a __________________ 90,0 Total 100,0
Pergunta No. 20
20 - O Livros alterou alguma rotina em sua atividade? % Não 70,0 Sim, ________________________ 30,0 Total 100,0
• (X ) - Sim, A maioria dos prof que solicita bibliografia preenche a sua
solicitação diretamente no programa LIVROS.
Pergunta No. 21
21 - O LIVROS induziu-o a cometer algum tipo de erro? Especifique, caso afirmativo. % Não 70,0 Sim, ________________ 30,0 Total 100,0
• Não ( x ) - Sim, Não consegui colocar a editora correta, quando esta não
fazia parte da relação do programa.
• A impossibilidade de especificar a edição que se deseja comprar faz com
que os fornecedores, as vezes inclusive de ma fé, forneçam edições já superadas
Pergunta No. 22
22 -Acha que o e-mail é o melhor meio de comunicação para veicular esta pesquisa? %
Sim 90,0 Não 10,0
Total 100,0
11
• ( x ) - Não, ela poderia ser veiculado pelo informativo da universidade.
Pergunta No. 23
23 - Sugestões • Pelas poucas vezes que usei o sistema, achei a tela com muitas
informações e imaginei que pudesse dificultar aos leigos. Minha sugestão única é de
que ele tenha uma interface mais amigável.
• Eu sou representante no NID há menos de 1 ano pelo que meu contacto
com o programa aconteceu só no ano passado o que faz com que não possa
responder o questionário com propriedade. O que posso te dizer é que foi bem
complicado usá-lo. Primeiro tive que chamar um técnico para faze-lo funcionar;
depois de ter a lista dos livros quando intentei colocá-la no Livros foi complicado e
demorado já que se tu erras (e é fácil que aconteça já que não é um programa muito
amigável) tens que começar tudo de novo e adivinhar as vezes como se faz um
passo já que não te ajuda. A informação de editoras está desatualizada, etc. O que
te posso dizer é que eu sou um usuário bastante hábil de PC e quando tive que
preencher o pedido com Livros foi uma "tortura" e não uma ajuda. Qualquer planilha
teria sido mais fácil. Tem que ter um programa novo, em ambiente Windows, fácil de
usar, que permita voltar e corrigir, salvar, imprimir, etc. ou seja um programa do ano
2001, século XXI. Livros deve ter sido um programa excelente na sua época porém
está totalmente obsoleto, como tudo o que é de informática (que evolui rapidíssimo)
e tem quase 10 anos (não sei exato quanto tempo).
• Pelo fato de no momento não estar usando este software, acredito que não
tenha apontado todos os detalhes que o mesmo poderia ser modificado no sentido
de melhorar a sua aceitabilidade pelo usuário. O mesmo deveria ser mais amigável,
utilizando os recursos do Windows e não apenas os do DOS.
• Seria interessante que não se precisasse digitar todos os dados
diretamente no programa LIVROS.
12
• Também acho importante que todos os dados necessários à aquisição de
livros seja fornecido pelo professor, daí o roteiro, assim como também outras
informações ( por exemplo, a clientela da bibliografia solicitada). • Disponibilizar mecanismos de busca que facilitem aos usuários
encontrarem com a rapidez a bibliografia existente na área de interesse. Os
procedimentos de aquisição (alem da ferramenta LIVROS) devem ser modificados,
tanto no sentido de quem deve indicar os livros a serem adquiridos como nas
praticas administrativas adotada para as aquisições.
• Abandonar este programa, pois ele é absolutamente burro. A idéia do
programa é excelente, bem como os dados solicitados para avaliação, mas a
implementação foi completamente inadequado, demonstrando a incompetência do
funcionário do CPD que o desenvolveu.
• O e-mail é uma forma dinâmica, porém acredito que deva ser completada
com "entrevistas". Me considero "suspeita" para responder.
2
SELEÇÃO DO ACERVO BIBLIOGRÁFICO DO SISTEMA DA BU-UFSC SOLICITAÇÃO PARA COMPRA DE MATERIAL BIBLIOGRÁFICO (ESGOTADO)
COMPRA
Comissão de Seleção do Acervo Bibliográfico do Sistema da BU
Ministro da Educação Secretaria de Educação Secretaria de Educação Superior
Coordenação Geral de Suporte Técnico e Apoio Operacional
Programa de Modernização e Qualificação do Ensino Superior Implantado em 1997.
Recuperação e Ampliação do Acervo BIbliográfico (Livros) destinados a Graduação
nas IFES.
1997 = R$ 379.000,00 1998 = R$ 599.832,00 1999 = R$ 340.780,00
TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DE COTAS POR CENTRO/99
CENTROS
ALUNOS % ALUNOS
N. PROF.
% PROF.
CURSOS % CURSOS
MÉDIA
COTA/CENTRO
CCJ 7378 8,349648609
70 3,8209607 1 1,5625 4,577703 14.819,90
CFH 10795 12,21665177
165 9,00655022 10 15,625 12,28273 39.764,25
CED 6900 7,808698211
195 10,6441048 7 10,9375 9,796768 31.716,15
CCE 8954 10,13320055
147 8,02401747 9 14,0625 10,73991 34.769,48
BU 0 0 0 0 0 0 0 17.039,00 CCA 2741 3,10197707
2 113 6,16812227 2 3,125 4,1317 13.376,01
CCB 5200 5,884816043
136 7,42358079 2 3,125 5,477799 17.733,88
CCS 7975 9,025270758
326 17,7947598 7 10,9375 12,58584 40.745,54
CDS 2510 2,840555436
56 3,05676856 1 1,5625 2,486608 8.050,17
CFM 11090 12,55050191
159 8,6790393 7 10,9375 10,72235 34.712,63
CSE 8649 9,788033453
113 6,16812227 4 6,25 7,402052 23.963,48
CTC 16171 18,3006462 352 19,2139738 14 21,875 19,79654 64.089,52 TOTAL 88363 100 1832 100 64 100 100 340.780,00 ERRATA :
1. O percentual de + 0,20 para o CCJ, CFH, CED, e CCE foi corrigido e passou
a incidir sobre o número de alunos (valores arredondados).
2. Foram subtraidos R$ 17.039,00 (5%) para a BU. 3. O número de alunos do CCA foi corrigido para abrigar os Colégios Agrícolas. Disponível em: http://www.bu.ufsc.br/
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DOAÇÃO
POLÍTICA DE SELEÇÃO PARA O MATERIAL BIBLIOGRÁFICO, RECEBIDO POR DOAÇÃO, PELA BIBLIOTECA UNIVERSITÁRIA DA
UFSC.
Serão aceitos materiais bibliográficos reprografados (xerox), de acordo com a Lei n.
5988/73, Art. 49, inciso II. Por ainda não haver uma legislação especifica os
materiais bibliográficos "capturados" na Internet serão aceitos nos mesmos moldes
do material xerocopiado.
A divisão das áreas do conhecimento está baseada no "O índice geral das grandes áreas e das áreas do conhecimento" adotado pela CAPES. (Anexo 1). Para
nortear estes critérios de acordo com as especificidades de cada área, os cursos de
graduação e pós-graduação da UFSC, foram agrupados por áreas de conhecimento
(Anexo 2).
A definição da demanda e necessidades da coleção está baseada nos dados da
Base "Aquis". Esta base desenvolvida no soft Micro-Isis relaciona o código da
disciplina com a bibliografia básica e o número de alunos por disciplina.
Estas disposições são transitórias, e serão reavaliadas durante a elaborarão da
Política de Seleção Aquisição e Descarte.
1 PERIÓDICOS
Serão aceitos periódicos, nas seguintes condições:
a. para completar coleções já existentes, e
b. coleções completas quando de interesse da comunidade universitária.
SUPORTE FÍSICO: Impresso, CD-ROM e disquete.
IDIOMA: Português, espanhol, francês, alemão, inglês e italiano.
ESTADO FÍSICO DO MATERIAL: Só serão aceitos materiais em condições de uso, com exceção de títulos de extrema importância (material de alta demanda e/ou poucas publicações sobre o assunto) para a comunidade universitária, e materiais considerados Obra Rara. Não serão aceitos materiais rabiscados, com exceção de Obra Rara.
2 ACERVO GERAL
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NORMAS PARA SELEÇÃO DE ACORDO COM A ÁREA DE CONHECIMENTO
2. 1 - CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA (Cursos na UFSC: Matemática; Ciências da Computação; Física; Química)
Títulos que satisfaçam as necessidades informacionais (bibliografias básicas e complementares) dos cursos de graduação e pós-graduação.
DATA: Não há limite, com exceção dos livros de Ciências da Computação que serão aceitos aqueles com no máximo 2 (dois) anos (idade do material) salvo materiais de informação básica. Não serão aceitos livros de jogos e manuais de softwares e equipamentos.
SUPORTE FÍSICO: Impresso, CD-ROM e disquete.
IDIOMA: Português para a graduação, e outros idiomas definidos como prioritários pelos cursos de pós-graduação.
ESTADO FÍSICO DO MATERIAL: Só serão aceitos materiais em condições de uso, com exceção de títulos de extrema importância (material de alta demanda e/ou poucas publicações sobre o assunto) para a comunidade universitária, e materiais considerados Obra Rara. Não serão aceitos materiais rabiscados, com exceção de Obra Rara.
ABRANGÊNCIA: Limites estabelecidos de acordo com os critérios acima descritos.
NÚMERO MÁXIMO DE EXEMPLARES NO ACERVO: Definidos pela demanda e necessidade da coleção, de acordo com os dados constantes na Base Aquis.
2.2 - CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE (Cursos na UFSC: Medicina; Enfermagem; Odontologia; Nutrição; Educação Física; Farmacologia; Saúde Pública; Ciências Médicas; Ciências Biológicas; Biotecnologia; Neurociências e Comportamento)
Títulos que satisfaçam as necessidades informacionais (bibliografias básicas e complementares) dos cursos de graduação e pós-graduação.
DATA: Materiais publicados nos últimos cinco (05) anos, para materiais bibliográficos de medicina e publicados nos últimos quinze (15) anos para materiais bibliográficos de odontologia. Para os demais cursos serão aceitos materiais bibliográficos publicados nos últimos dez (10) anos.
SUPORTE FÍSICO: Impresso, CD-ROM e disquete.
IDIOMA: Português e inglês para os cursos de graduação de medicina e odontologia, e outros idiomas definidos como prioritários pelos cursos de pós-graduação. Para os demais cursos português para a graduação e outros idiomas definidos como prioritários pelos cursos de pós-graduação.
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ESTADO FÍSICO DO MATERIAL: Só serão aceitos materiais em condições de uso, com exceção de títulos de extrema importância (material de alta demanda e/ou poucas publicações sobre o assunto) para a comunidade universitária, e materiais considerados Obra Rara. Não serão aceitos materiais rabiscados, com exceção de Obra Rara.
ABRANGÊNCIA: Limites estabelecidos de acordo com os critérios acima descritos.
NÚMERO MÁXIMO DE EXEMPLARES NO ACERVO: Definidos pela demanda e necessidade da coleção, de acordo com os dados constantes na Base Aquis.
2.3 - CIÊNCIAS HUMANAS (Cursos na UFSC: Filosofia; História; Geografia; Psicologia; Sociologia Política; Antropologia Social; Ciências Sociais; Pedagogia; Educação; Ciências Humanas)
Títulos que satisfaçam as necessidades informacionais (bibliografias básicas e complementares) dos cursos de graduação e pós-graduação.
DATA: Por tratar-se de ciências humanas e dado ao seu caráter, de manter o embasamento de teorias, não há limite de data (idade do material).
SUPORTE FÍSICO: Impresso, CD-ROM e disquete.
IDIOMA: Português para a graduação, e outros idiomas definidos como prioritários pelos cursos de pós-graduação.
ESTADO FÍSICO DO MATERIAL: Só serão aceitos materiais em condições de uso, com exceção de títulos de extrema importância (material de alta demanda e/ou poucas publicações sobre o assunto) para a comunidade universitária, e materiais considerados Obra Rara. Não serão aceitos materiais rabiscados, com exceção de Obra Rara.
ABRANGÊNCIA: Limites estabelecidos de acordo com os critérios acima descritos.
NÚMERO MÁXIMO DE EXEMPLARES NO ACERVO: Definidos pela demanda e necessidade da coleção, de acordo com os dados constantes da Base Aquis.
2.4 - LINGÜÍSTICA LETRAS E ARTES (Cursos na UFSC: Letras: Alemão, Português, Inglês, Espanhol; Francês)
Títulos que satisfaçam as necessidades informacionais (bibliografias básicas e complementares) dos cursos de graduação e pós-graduação.
DATA: Sem limite.
SUPORTE FÍSICO: Impresso, CD-ROM e disquete.
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IDIOMA: Português, francês, espanhol, italiano, alemão e inglês.
ESTADO FÍSICO DO MATERIAL: Só serão aceitos materiais em condições de uso, com exceção de títulos de extrema importância (material de alta demanda e/ou poucas publicações sobre o assunto) para a comunidade universitária, e materiais considerados Obra Rara. Não serão aceitos materiais rabiscados, com exceção de Obra Rara.
ABRANGÊNCIA: Limites estabelecidos de acordo com os critérios acima descritos.
NÚMERO MÁXIMO DE EXEMPLARES NO ACERVO: Definidos pela demanda de uso. Quando tratar-se de literatura (lazer), no máximo 3 (três) exemplares de cada título, com exceção dos livros indicados para o vestibular.
2.5 - CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS (Cursos na UFSC: Direito; Administração Economia ; Ciências Contábeis; Arquitetura e Urbanismo; Biblioteconomia ; Comunicação Social; Serviço Social.
Títulos que satisfaçam as necessidades informacionais (bibliografias básicas e complementares) dos cursos de graduação e pós-graduação.
DATA: Somente serão aceitos livros com no máximo 05 (cinco) anos, salvo os de informação básica e/ou histórica e os considerados Obra Rara. Para obras das áreas de Direito, Arquitetura, Ciências Econômicas, Administração, Ciências Contábeis e Serviço Social serão aceitos TODOS os título que não estejam contemplados no acervo, independente da idade do material.
SUPORTE FÍSICO: Impresso, CD-ROM e disquete.
IDIOMA: Português para graduação, e outros idiomas definidos como prioritários pelos cursos de pós-graduação.
ESTADO FÍSICO DO MATERIAL: Só serão aceitos materiais em condições de uso, com exceção de títulos de extrema importância (material de alta demanda e/ou poucas publicações sobre o assunto) para a comunidade universitária, e materiais considerados Obra Rara. Não serão aceitos materiais rabiscados, com exceção de Obra Rara.
ABRANGÊNCIA: Limites estabelecidos de acordo com os critérios acima descritos.
NÚMERO MÁXIMO DE EXEMPLARES NO ACERVO: Definidos pela demanda e necessidade da coleção, de acordo com os dados constantes da Base Aquis.
2.6 - ENGENHARIAS (Cursos na UFSC: Engenharia Civil; Eng. Elétrica; Eng. Mecânica ;Eng. Química; Eng. Sanitária; Eng. De Produção; Eng. Ambiental; Ciência e Engenharia dos Materiais)
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Títulos que satisfaçam as necessidades informacionais (bibliografias básicas e complementares) dos cursos de graduação e pós-graduação
DATA: Somente livros com no máximo 05 (cinco) anos, salvo os de informação básica, obras consideradas Obras Raras.
SUPORTE FÍSICO: Impresso, CD-ROM e disquete
IDIOMA: Português, espanhol e inglês, e outros idiomas definidos como prioritários, pelos cursos de pós-graduação.
ESTADO FÍSICO DO MATERIAL: Só serão aceitos materiais em condições de uso, com exceção de títulos de extrema importância (material de alta demanda e/ou poucas publicações sobre o assunto) para a comunidade universitária, e materiais considerados Obra Rara. Não serão aceitos materiais rabiscados, com exceção de Obra Rara.
ABRANGÊNCIA: Limites estabelecidos de acordo com os critérios acima descritos.
NÚMERO MÁXIMO DE EXEMPLARES NO ACERVO: Definidos pela demanda e necessidade da coleção, de acordo com os dados constantes da Base Aquis.
2.7 - CIÊNCIAS AGRÁRIAS (Cursos na UFSC: Agronomia; Aquicultura; Eng. De Alimentos; Ciência dos Alimentos; Agroecosistemas)
Títulos que satisfaçam as necessidades informacionais dos cursos de graduação e pós-graduação.
DATA: Sem limite
SUPORTE FÍSICO: Impresso, CD-ROM e disquete
IDIOMA: Português, espanhol, inglês e francês para graduação e pós-graduação.
ESTADO FÍSICO DO MATERIAL: Só serão aceitos materiais em condições de uso, com exceção de títulos de extrema importância (material de alta demanda e/ou poucas publicações sobre o assunto) para a comunidade universitária, e materiais considerados Obra Rara. Não serão aceitos materiais rabiscados, com exceção de Obra Rara.
ABRANGÊNCIA: Limites estabelecidos de acordo com os critérios acima descritos.
NÚMERO MÁXIMO DE EXEMPLARES NO ACERVO: Definidos pela demanda e necessidade da coleção, de acordo com os dados constantes da Base de Aquisição.
Disponível em: http://www.bu.ufsc.br/lista de duplicatas