Linhares renuncia e pede favores

l IBLlOTtCA PÚBLICA DO PARÁSecção de Obras do Pará

Freud ressuscitadoSigmund Freud seria assassinado pelas forças

de Hitler caso a Alemanha tivesse êxito nainvasão da Grã-Bretanha na II Guerra Mundial.

Não só isso, entretanto, seria necessário: aressurreição de Freud seria fundamental, já que

o psicanalista faleceu em 1938. Esse é um errodo "Livro Negro", descoberto em 45 após a

derrota alemã, publicado anteontem. (Página 17)

Lucidéa MaioranaDiretor-Presidente

JORNAL DA AMAZÔNIASISTEMA ROMULO MAIORANA DE COMUNICAÇÃO

Assinatura Trimestral: NCzS 306,00 ANO XLIII Belém, Pará, Brasil, quinta-feira, 2 de .novembro de 1989 N° 22.476 Preço do exemplar: NCzS 6.00

Linhares renuncia e pede favoresA disposição de não renunciar

com que embarcou para Brasília nãotinha tanta consistência com que foideclarada e, hoje, deverá ser divul-gada a carta-renúncia com que o de-putado estadual Agostinho Linharesabre vaga para o vice do apresenta-dor de televisão Sílvio Santos que vaiconcorrer à Presidência da Repúbli-ca pelo PMB. Linhares não escondeuque queria ser o vice, mas o desejoele transformou num acordo para

ãue tenha uma "saída honrosa": que

ílvio Santos faça o seu primeiro co-mício em Belém e que o eleja no pró-ximo ano deputado federal peloPará. O apresentador prometeuatender a essas exigências, come-çando por subir num palanque, ao la-do de Linhares, na próxima semana,em Belém. Silvio Santos já começoua experimentar a artilharia dos ou-tros presidência veis. (Página 13)

Krenz diz que éilusão pensar naunidade alemãO muro de Berlim não será derru-

bado e os defensores da unificação daAlemanha vivem num "mundo de ilu-soes". A afirmação foi feita pelo diri-gente alemão oriental Egon Krenz,ontem em Moscou, onde manteve umencontro com o presidente Mikhail Gor-bachev. Krenz louvou Gorbachev por"tornar o socialismo mais atraente" erevelou que os dois "conseguiram che-gar a total acordo", depois de três ho-ras de reunião, apesar de seus antece-dentes de linha-dura e da posição deGorbachev como reformista númeroum do bloco oriental. Krenz afirmou queas manifestações da RDA são um sinal"muito bom". (Página 17)

NESTA EDIÇÃOMercado de opções

FECHADO HÁ quatro meses, em resultadodos efeitos causados pela ação do investidorNaji Nahas nas bolsas do Rio e São Paulo,o mercado de opções reabriu ontem com umresultado que beirou o fiasco. O volume denegócios realizados correspondeu a 0,01% dovolume total da bolsa do Rio. (Página 15)

Abonos do Pis/PasepNCz$ 4,3 bilhões, em valores de outubro, se-rão gastos na distribuição dos abonos doPis/Pasep, que começaram a ser pagos nodia 17 do mês passado. Ao todo, serão con-templados 5,6 milhões de trabalhadores eu-ja renda mensal média foi de até doissalários mínimos em 88. (Página 15)

88,01% sobre o FGTSJÁ ESTÃO creditados sobre o saldo das con-tas do FGTS 88,01% correspondentes à infla-ção de setembro e outubro. O trabalhadorque foi demitido e tem autorização para re-ceber deve fazê-lo o mais rápido possível.Caso contrário, é melhor aguardar a próxi-ma correção, no dia 1? de dezembro.

(Página 15)A Língua Portuguesa

OS PRESIDENTES de sete países de LínguaPortuguesa decidiram, ontem, em São Luís,no Maranhão, criar um Instituto Internacio-nal de Língua Portuguesa. Política, a deci-são depende ainda de detalhes que passampela consulta ao Parlamento português, se-gundo o presidente Mário Soares.(Página 2)

Luiza Erundina exoneraA PREFEITA de São Paulo, Luiza Erundi-na, exonerou, ontem, o vice-prefeito LuizEduardo Greenhalgh do cargo de secretáriode Negócios Extraordinários. Segundo notada prefeita, houve "quebra de relação deconfiança". (Página 3)

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i Jornal dos BairrosHOJE

PedreiraSacramenta

TelégrafoVal-de-Cães

AMANHAAnanindeua

leoaraciOuteiro

CoqueiroCidade NovaMarambaia

Bengui

MaréS eB0eu'^ro Mosqueiro Salinas

Preamar 00:24 e 13:23 23:59 e 12:27 20:58 e 08:57Baixamar 20:04 e 08:17 18:28 e 07:14 15:40 e 03:28

O pequeno zelador dá os últimos retoques na limpeza da sepultura que, como outras, recebe cuidados especiais

Cemitériosaguardam os

visitantesTodos os cemitérios de

Belém estão prontos para re-ceber grande número de vi-sitantes hoje, no Dia deFinados. O Corpo de Bom-beiros vai, inclusive, manterequipes no "Santa Izabel" eno "São Jorge", de 10 às 18horas, para que sejam evita-dos princípios de incêndios,que nos últimos anos se tor-naram comuns devido aogrande número de velas ace-sas, provocando calor. As-sim, bombeiros e viaturasficarão a postos para evitarqualquer problema do gene-ro. Os vendedores de floresesperam que o movimentomelhore hoje, já que ontem,Dia de Todos os Santos, pou-cas pessoas visitaram os ce-mitérios. O movimento foitão fraco que o Detran nemmesmo cogitou desviar otrânsito próximo aos cemité-rios de Santa Izabel e SãoJorge, os que deverão rece-ber, hoje, o maior número devisitantes. (Página 4)

Pistoleiro foge e deixa 8 mortosDirce Quadros acusapresidente da Bovespa

Até mesmo risco de vi-da o investidor Naji Nahasestá correndo, segundo a de-putada Dirce Tutu Quadros,e um dos principais suspei-tos, na possibilidade de quealgo venha a lhe acontecer,é o presidente da Bolsa deValores de São Paulo, Edu-ardo Rocha Azevedo. Elamanteve contatos telefôni-cos com Nahas — que seráouvido amanhã no Rio de

Nordeste: opior perfilbrasileiroUma sensível melhoria

na taxa de desemprego, con-trabalançada pela persistên-cia de uma alta concentra-ção de renda e de contrastesregionais entre Sul, Centro eSudeste em relação ao Nor-deste: estes dados compõemo perfil brasileiro traçadopelo IBGE na Pesquisa Na-cional de Amostras por Do-micílio, em que compara oBrasil de 1981 com o de 1988e conclui pela necessidadede investimentos na áreasocial. (Página 15)

Janeiro pelo juiz AugustoDiefenthaeler — enquantoesteve escondido e ouviu de-le informações "graves" so-bre Azevedo. Ela quer suareconvocação pela Câmarae promete processar a Co-missão de Valores Mobília-rios por não tê-lo incluídoentre os prováveis responsa-veis pela crise que Nahasdetonou nas bolsas de valo-res. (Página 15)

EMTU sugereNCz$ 1,22

para ônibusSerá de NCz$ 1,22 o novo

preço das passagens de ôni-bus urbanos, se o governadorhomologar a decisão tomadana noite de ontem pelo Con-selho de Administração daEmpresa Metropolitana deTransportes Urbanos. O rea-juste é de 74,2%. É de se es-perar uma redução, entre-tanto, do valor — com o qualconcordou o representantedos usuários, de acordo como hábito de Hélio Gueiros.Os empresários queriamNCz$ 1,32. (Página 2)

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' HOJE:

34 páginas em 4 cadernos

Aposentado, 64 anos, o torneiro mecânico Pedro Antônio Ramos, saiu cedo de casa, em BeloHorizonte, para receber seu minguado beneficio de NCz$362,00. Essa "felicidade" Pedro Ra-mos não teve: esperou tanto a sua vez que acabou morrendo na fila. E ali, o corpo ficou, du-rante quatro horas, esperando pelo Instituto Médico Legal. (Página 3)

Até o próximo dia 20 estará funcionando a usina de asfal-to da Prefeitura Municipal de Belém, localizada no Tapanã,que terá capacidade para produzir 80 ton/h. (Página 7)

Coritibaestá fora docampeonato

A CBF conseguiu a cas-sação da liminar que a 27?Vara Cível do Rio de Janei-ro havia concedido ao Cori-tiba, reincluindo-o no cam-peonato brasileiro. Inicial-mente, a CBF tentou conse-guir a cassação, mas o juizMarcus Túlio Alves não quisreconsiderar a decisão to-mada. A CBF, então, impe-trou um mandado de segu-rança na 7? Câmara Cível,contra a decisão da 27? Va-ra Cível do Rio, e conseguiuseu objetivo junto ao desem-bargador Youssef Sarker,que cassou a liminar do Co-ri tiba. Agora, o mérito daquestão será julgado pela 4?Vara Cível. Por enquantoo campeonato brasileiroterá prosseguimento sem aparticipação do clube para-naense. (Página 12)

Josimar Pereira deOliveira, o pistoleiro queanteontem matou um sol-dado, um sargento e um co-missáriò de polícia, nomunicípio de Pacajás, fezmais cinco vítimas, ontem,durante sua fuga. Um sol-dado da PM de Marabá foimorto a tiros de metralha-dora quando participavado cerco organizado pelapolícia para prender Jo-simar. Para escapar da po-lícia, o pistoleiro tomouuma família inteira comorefém e tentou sair da cida-de dirigmdo um automóvelGol em alta velocidade. Po-rém, o veículo desgover-nou-se e capotou: uma mu-lher e seus três filhos mor-reram no acidente; Josi-mar sofreu ferimentos masdesapareceu no mato. Ocomparsa do pistoleiro, umpreso que havia sido liber-tado dá delegacia de Pa-cajás, morreu no choquecom a polícia. (Página 20)

Energia e pão:novos aumentos

É de 34,61% o reajus-te autorizado ontem para opão. No domingo, as tari-fas de energia elétrica fi-cam 17,05% mais caras eum novo aumento, de37,62%, índice integral dainflação de outubro, já es-tá autorizado para o dia 20.O pão francês de 200 gra-mas passa de NCz$ 1,04 pa-ra NCz$ 1,40. (Página 16)

Campeonato Brasileiro de FutebolFase decisiva.

Palmeiras X Internacional.Ao vivo — hoje, três da tarde.

tePALMEIRAS

XNTERNACIONAL

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2 CIDADES OUBERAL Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989

Passagem pode passar para NCzS 1,22ROSA ELY QUINTELLA

DE OLIVEIRAMISSA DO 7? DIA — CONVITE

José Djalma de Oliveira, esposo; os filhosFrancisco de Canindé e esposa e AlexandreElias; os irmãos Luiz Otávio, Aníbal, Diniz Vi-tor, Sílvia, Rosalva, Ronald e Ronizete, cunha-das, cunhados e sobrinhos convidam demaisparentes e amigos para missa do 7.° dia de fa-lecimento de ROSA ELY QUINTELLA DE OLI-VEIRA, que será realizada nesta sexta-feira, às17:30 horas, na igreja da Sé.

A família agradece a todos os que compa-recerem e esse ato de fé e agradece, também,a solidariedade ao conforto que vem receben-do das pessoas sensíveis a esse momento dolo-roso, certa de que esse sentimento partilhado éfruto do quanto ROSA espalhou bondade eamor enquanto estava entre nós.

Prof. Dr. ABELARDO SANTOSMISSA — CONVITE

(1.° ANO DE FALECIMENTO)José Tupinambá e esposa, Maria do Car-

mo Rodrigues Tupinambá, em lembrança e co-mo tributo de saudade e reconhecimento ao seusempre querido benfeitor, Dr. ABELARDO SAN-TOS, convidam seus parentes e amigos, comoos deste, para a missa que mandam celebrar,em sufrágio de sua alma no transcurso do 1 ?aniversário de sua morte, na igreja do Rosárioda Campina, às 18:00 horas, do dia 3 do cor-rente, sexta-feira, antecipando seus agradeci-mentos a todos os que comparecerem a esse atode piedade cristã.

DOUTOR CÉLIORODRIGUES CAL

í

O CENTRO DE ESTUDOS JURÍDICOS DOPARÁ — CEJUP convida seus clientes e amigospara a missa pelo transcurso do 7? dia de fale-cimento do DR. CÉLIO RODRIGUES CAL, paie sogro de seus diretores Ana Rosa Cal Freirede Souza e Gengis Freire de Souza, a ser ceie-brada no dia 03 de novembro, 6.a feira, às 8horas, na igreja de N. Sra. do Rosário daCampina.

DOUTOR CÉLIORODRIGUES CAL

MISSA DO 7? DIA — CONVITEIrene Galvão Cal; Celina Cal Ponciano, esposo e filhas; Paulo

Sérgio Rodrigues Cal; esposa e filho; Pedro Nélio Rodrigues Cal,esposa e filha; Ana Cláudia Rodrigues Cal e filhos; Everardo Ro-drigues Cal, esposa e filhos; Ana Rosa Cal Freire de Souza, es-poso e filhos; Edmundo Rodrigues Cal, esposa e filhos; AnaSurgia Rodrigues Cal e filho; Francisco Rodrigues Cal, esposaé filhos; Celina Cal Vinagre e filhas; Abigail Benzecry Cal e fi-lhos (ausentes); e Áurea Lobo Cal e filha; esposa, filhos, genros,noras, netos, irmãos cunhados e sobrinhos do DOUTOR CÉLIORODRIGUES CAL agradecem o conforto e apoio recebidos pes-soalmente, por cartas, telegramas, telexes ou telefonemas, espe-cialmente os prestados pela direção do Hospital da Aeronáuticade Belém. Ao mesmo tempo convidam para a missa pelo trans-curso do 7? dia de falecimento a ser celebrada no dia 03 de no-vembro, 6.° feira, às 8 horas, na igreja de N. Sra do Rosário daCampina.

MISSA CONVITE2.° ANO DE FALECIMENTO

ZAIRA CÉSAR SANTOS PASSARINHOOs familiares de ZAIRA CÉSAR SANTOS PASSARINHO,

convidam os parentes e amigos para missa de 2.° ano de seu fa-lecimento à realizar-se na igreja da Trindade às 7:hs (HORA-RIO LOCAL) dia 3 de novembro.

Antecipadamente agradecem a todos que comparecerem aesse ato de fé.

AUSTICLINO BARBOSA SOARESMISSA 30°. DIA

CONVITEPINTO, SOARES & CIA. LTDA. convidam seus fun-

cionários, familiares e antigos daquele que em vida se cha-mou AUSTICLINO BARBOSA SOARES, seu ex-Sócio,

para a missa em sufrágio de sua alma a ser celebradadia 03/11/89, às 07:30 hs na Igreja das Mercês, agrade-cendo a todos que comparecerem.

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Corte paraas ForçasArmadasBrasíliu (AE) — A Situa-

ção difícil das finanças dogoverno determinou os cor-tes nos investimentos dasForças Armadas para 1990,disse ontem o relator de Or-çamento Geral da União pa-ra 90, deputado EraldoTinoco (PFLrBA). "Foi umadecisão técnica, dentro doslimites impostos pela Cons-tituição e pela lei das dire-trizes orçamentárias",afirmou o deputado, afãs-tando qualquer significadopolítico que quissesse atri-buir aos cortes.

Tinoco sugeriu, em seurelatório preliminar sobre aproposta de Ogu de 90, querecursos equivalentes a17,5% da previsão de invés-timentos das Forças Arma-das sejam cortadas eredistribuídos por outrasdestinações, principalmentepara os ministérios dosTransportes, Minas e Ener-gia, Interior e Agricultura.O relatório de Tinoco que se-rá votado na semana quevem, provocou reações con-traditórias na ComissãoMista de Orçamento do Con-gresso.

"Parece que há algumpreconceito contra o gastomilitar, como se o Brasilgastasse muito nessa área",disse o deputado Paes Lan-dim (PFL-PI), relator-setorial do Ministério doExército na comissão.

Já o deputado João Pau-lo (PT-MG), autor da maiorparte das propostas de cor-te dos investimentos milita-res, ao lado da deputadaIrmã Passoni (PT-SP) e Is-rael Pinheiro (PMDB-MG),acha que Tinoco cortou pou-co. "Foram cortes insignifi-cantes, comparados aoaumento dos recursos paraas Forças Armadas em 90",afirma o deputado.

O relator justifica suadecisão com base nos pedi-dos que recebem dos inte-grantes da comissão, nopróprio "aperto" do orça-mento enviado pelo executi-vo. ."Não podemos maisfinanciar obras e projetospor emissão de moeda, deacordo com a lei de diretri-zes orçamentárias, logo res-ta remanejar despesas",explica Tinoco.

O relator diz que sentiua prioridade que os parla-mentares atribuem aos seto-res de transportes e energia,além de obras contra a secae irrigação. Ao mesmo tem-po, identificou os investi-mentos militares comoaqueles que melhor suporta-ram os cortes. São de longoprazo e os atrasos terão ago-ra, com os cortes poderãoser compensados mais tar-de", afirma.

Renda mínima para a casaprópria é de NCzS 1.577,12

Brasilia (AJB) — Quem pretender umfinancimento dentro do Sistema Financei-ro da Habitação (SFH), de apenas 1.000VRF (um valor de referência de financia-mento eqüivale a NCz$ 50,80 no mês de no-vembro) vai ter que provar ao agentefinanceiro que possui renda mínima de NCz$1.577,12. O valor da primeira prestação, pa-ra um financiamento em 25 anos, é de NCz$389,62. 0 limite máximo de financiamentodo SFH, 5.000 VRF (NCz$ 254.000,00) exigeuma renda mínima de NCz$ 9.786,88. A pri-meira prestação, para um financiamentoem 20 anos, vai custar ao mutuário NCz$3.425,41.

O Valor de Referência de Financiamen-to (VRF) que substituiu a OTN como inde-xador do Sistema Financeiro da Habitaçãoé corrigido todo mês pela inflação. Para ob-ter o financiamento é preciso que o futuromutuário tenha alguma poupança, pois o va-lor do financiamento não corresponde a

SFH - TABELA INFORMATIVAVFB. NCzl JUROS1.000 50.800,00 4,3%2.000 101.600,00 7,7%2.500 127.000,00 8,5%3.000 152.400,00 8,9%4.000 203.200,00 9,7%5.000 254.000,00 10,5%

100% do valor do imóvel pretendido. A Cai-xa Econômica Federal financia, em deter-minados casos, até 90% do valor do imóvele os demais bancos que operam com o sis-tema financiam, em méalia, até 70% do va-lor do imóvel.

O financiamento, entretanto, está difí-cil mesmo para os pretendentes que conse-guem cumprir todas as exigências docontrato. Isso porque devido à queda da cap-tação da poupança a maioria dos agentes doSFH estão com suas operações fechadas. ACEF só está financiando projetos para aconstrução de novas unidades habitacionais,de preferência destinados à baixa renda (fi-nanciamento de até 2.500 VRF). Além dis-so, como o valor máximo de financiamentodo SFH corresponde a NCz$ 254 mil e os imó-veis de classe média custam muito mais doque isso, é necessário que o pretendente te-nha recurso próprio o bastante para cobriro preço final do imóvel.

PRAZO 1> PRESTAÇÃO RENDA25 anos 398,62 1.577,1225 anos 1.073,84 3.509,3025 anos 1.445,61 4.503,4923 anos 1.775,40 5.299,7220 anos 2.616,12 7.474,6520 anos 3.425,41 9.786,88

Será criado o Institutode Língua Portuguesa

S3o Luís (AG) — Os sete presi-dentes que participam do encontrodos chefes de Estado dos países delíngua oficial portuguesa, em SãoLuís, aprovaram ontem a criação doInstituto Internacional de LínguaPortuguesa. Alguns aspectos do fun-cionamento desse instituto, contudo,ficaram para ser definidos depois^porque os presidentes de países par-lamentaristas como Mário Soaresde Portugal, e Aristides Maria Pe-reira, de Cabo Verde, argumenta-ram que precisam ouvir seusparlamentos.

Mas a decisão política de criaro instituto está tomada, através deato constitutivo que será assinadopelos sete, hoje, e já está sendo cha-mado pelo presidente José Sarneyde ;'acordo de São Luís". O objetivodo instituto é propagar o portuguêscomo veículo de cultura, informaçãoe acesso ao conhecimento científicoe tecnológico. Mas os presidentes járesolveram que vão adicionar a es-sa perspectiva o desenvolvimentosocial para o bem-estar de seuspovos. i

Segundo previsões feitas ontempor assessores de Sarney, os paisesde língua portuguesa deverão usaro instituto para uma atuação maisampla no campo da cooperação in-ternacional, transcendendo a letrado acordo e utilizando ao máximo opotencial aberto pela reunião de SãoLuís.

De acordo com o discurso feito

por Sarney, a língua portuguesa nãoé apenas um meio para essas comu-nidades, nem tão somente um ele-mento aglutinador de suas culturas.Ela deve ser, acima de tudo, reflexoe veículo de amplos movimentos derenovação cultural. A intenção em-butida na decisão de criar o institu-to, especialmente pelos paísesafricanos, é de ter nessa instituiçãouma espécie de foro para questõescomuns. Conforme lembrou o presi-dente de Portugal, Mário Soares, ospaíses africanos de língua portugue-sa poderiam utilizar o instituto pa-ra incrementar sua própriacooperação continental, em buscada unidade e da paz na África. Má-rio Soares aproveitou para destacarque depois de 15 anos de descoloni-zação portuguesa essa era a primei-ra vez que todos os chefes de Estadose reuniam.

Depois de instalação do encon-tro, que foi precedido por uma reu-nião reservada dos sete presidentes,eles foram almoçarjiia casa.do pre-sidente Sarney, de'onde _rajt__am, já gsem paletó e gravata, vestidos emtràjeslévés como o Safari, enquan- .to Sarney usava uma "guaiabera"branca, para visitar o terminal Pon-ta de Madeira, da Companhia Valedo Rio Doce e o porto de Itaqui, poronde escoa o minério-de-ferro de Ca-rajás. A noite, foram recepcionadoscom um jantar, no Palácio dosLeões, oferecido pelo governador doMaranhão, Epitácio Cafeteira.

______i?_!___!_r_^__:^^^^^^__595&^^^" í^-f^evs-e-eãD-; l;E~___,ís*_iL-_Í-_n MÊt-__ J t L_~_. ¦____¦____¦ _____H___Í B"B1 ^_^^h__M^___ fck ABI __m IM __>_-, á*d ^Si\

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AGRADECIMENTOA família de ROSA ELY QUINTELLA DE

OLIVEIRA, falecida no dia 27/10/89, vem de pú-blico agradecer a toda equipe dos hospitais daBeneficente Portuguesa e do São Luiz, pela de-dicação e carinho dedicados a ela. Em especialagradece ao dr. Jorge Loureiro pela dedicaçãoprofissional, pela solidariedade e pela amizadegenerosas com que confortou nossa querida RO-SINHA. A todos eles, nosso reconhecimento egratidão e nosso desejo de que continuem ilumi-nados nessa difícil tarefa que é alimentar a vida.

losé Bonifácio, 1904. Fone: 229-2362v

-âfóMARIA MERCEDES DE

ALENCAR SILVAFALECIMENTO — ENTERRO - CONVITE

Conceição e esposo; Geraldo e esposa; José e espo-sa; Ana Maria e esposo; Ana Nery e esposo; CarmemSílvia e esposo; Regina e esposo; Luís Carlos, João Ba-tista, Pedro, Mareia e Suzana Alencar da Silva, comuni-cam o falecimento de MARIA MERCEDES DE ALENCARSILVA, ontem, e convidam os demais parentes e amigospara seus funerais que serão realizados hoje, às 9 horas,saindo o féretro da capela de Santo Antônio de Lisboa

para o cemitério de Santa Isabel.

EscritóriüOtávio MendonçaADVOGADOS

OTÁVIO MENDONÇACIC . 0OO4W39_/04

RONALDO VIÉGASCIC • 03I82495J/91

CARLOS POTIGUARCIC - CHMi21l:l7'_/IHl

Trav. Campos Sales ii:l - Jt!' andar.. VmwT; 1)1)1) illííli 2241.7HH (PHXlTVI-K OTAMKN ¦ Cx . usljil mu. lU-K-in. F jiríi. Ilrusil

FÃE

racemO NOSSO PAPEI

GERALDO MENEZES SILVA"1.° FINADOS"Em teu Io "Finados" terei morri-

do um pouco contigo... Ofereço-te ho-je, a homenagem de um ramalhetefeito de saudades, gratidão e pesar,enlaçado pelas orações que bem me-recém tua morte cristã, lembrança se-rena e edificante de nossa despedida.

// Requiescat in pace"Heliodina í1

FÁBRICA DE CELULOSE E PAPEL DAAMAZÔNIA S/A - FACEPA

CGC-MF N.° 04.909.479/0001-34ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

EDITAL DE CONVOCAÇÃOFicam convocados os senhores acionistas da FÁ-

BRICA DE CELULOSE E PAPEL DA AMAZÔNIAS/A — FACEPA, para comparecerem à AssembléiaGeral Extraordinária, que se realizará às 08:00 ho-ras do dia 13/11/89 na sede social à Pass. Três deOutubro n? 536 — Sacramenta, cidade de Belém,Estado do Pará, para tratar da seguinte Ordem doDia:

a. Aumento do Capital Social Autorizado deNCzS 18.320.000,00 para NCzS26.000.000,00 e criação de ações ordináriasao portador com alteração estatutária de-corrente;b. Outros assuntos de interesse da Sociedade.

Belém-PA, 31 de outubro de 1989G CGNSELHu ut Administração

A DIRETORIA

O Conselho de Ad-ministração da Empre-sa Metropolitana deTransportes Urbanos(EMTU) decidiu, ontemà noite, reajustar a tari-fa de ônibus para NCz$1,22, o que significa umaumento de 74,2% sobreo valor da atual tarifaque é NCz$ 0,70. O secre-tário de Transportes,Manoel Ribeiro, (juepreside o conselho, disseque o governador HélioGueiros vai receber to-da a documentação re-ferente à reunião ama-nhã, pois hoje é feriado."Se ele concordar, faráa homologação do au-mento; senão, vai dimi-nuir o valor apre-sentado".

O valor de NCz$ 1,22foi sugerido pela EMTUao conselho. O Sindicatodas Empresas de Trans-porte sugeriu NCz$ 1,32.O secretário, porém,disse que seria melhorapresentar ao governa-dor a planilha da EM-TU, pois o valor estavano mesmo nível que a in-fiação. Esse reajuste se-rá o décimo deste ano,que já está acumulando483,33% de aumento. O.secretário também vaidizer ao governador,que Francisco Xavier,representante dos usuá-rios, concordou com opercentual. "Franciscodiz que em todas as reu-

niões os empresários re-clamam.de defasagemnos valores de manuten- ;ção dos ônibus, que sãosomados à inflação. En- 1tão, a partir de agora, osaumentos terão um per-centual mais baixo doque 70% ou 80%, já queacompanharão os índi-ces inflacionários". Ma-noel Ribeiro ressaltouque durante a reunião,Augusto Nogueira, do :Setrans-Bel, disse que ,com esse aumento, to-dos os ônibus vão sair da .garagem, já que há ai-gumas empresas que re-colhem parte da frota apartir das 19 horas.

Durante a reunião,foi levantada a possibili-

',dade de aumentar em ¦ ,30% a mais da tarifa ur- ,bana, a tarifa dos ônibusexpressos, que fazem alinna Marituba-Belém eIcoaraci-Belém. O se-cretário foi informadoque as empresas pro-prietárias dessas linhasestão em estado pré-falimentar. "Esses ôni-bus não têm muito mo-vimento de trânsito depassageiros no interiordeles. Por exemplo, o in-terior do ônibus enchena saída, mas só páraem Belém, não fazendoqualquer parada no ca-'minho e isso está preju-dicando as empresas", ,disse Ribeiro.

Proibida a pescade arrasto da foz do

Parnaíba ao OiapoqueDesde a foz do rio Parnaíba, localizada na divi-

sa dos Estados do Maranhão e Piauí, até a foz doOiapoque, na divisa do Amazonas com a Guiana, apesca por arrasto está proibida desde ontem e se es-tende até o mês de fevereiro de 1990. A decisão foitomada pelo presidente do Instituto Brasileiro deMeio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis(Ibama), Fernando César Mesquita, e publicada,através de Portaria, no dia 25 do mês passado, noDiário Oficial da União.J • - J O réâpôrisável pelo setor de pesca do Ibama re- ¦gional, ítalo Vieira, disse que a proibição tem uma;explicação biológica. O camarão desova o ano intei-ro, porém de novembro a fevereiro é considerado operíodo mais intenso. O camarão faz o seguinte ca-minho: fica primeiro no fundo do mar, depois vaipara o estuário, que é a foz dos rios e retornam aojmar em novembro. Os que fazem esse retorno sãocamarões jovens e precisam -crescer, por isso, a Ipesca é proibida. Se isso não acontecesse, estes ca-marões iriam ser pescados, e não haveria mais areprodução.

ítalo Vieira explicou que de Io de novembro a 31de dezembro, as áreas em que os camarões jovensficam estão proibidas para a atividade pesqueira,mas as outras não. A partir de Io de janeiro, até 28de fevereiro, a proibição é geral. Geralmente, aárea de pesca é de 40 a 80 metros de profundidade.Essa proibição existe desde 1986 e segundo Vieira,não é ruim para os pesqueiros. "Durante esse pe-ríodo, as empresas de pesca promovem cursos dereciclagem para seus funcionários. A frota de bar-cos é levada para os estaleiros, para que todos osreparos sejam feitos", acrescentou. Vieira ressal-tou que os pescadores, nesse período, recebem seusalário da empresa que trabalha.

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Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989 O LIBERAL OPINIÃO 3

Luiza Erundina exonerou seuvice-prefeito após escândalo

S3o Paulo (AJB) — Duas semanasdepois da denúncia de suborno na Pre-feitura de São Paulo, feita pelo candi-dato Ronaldo Caiado, do PSD, no debatedos presidenciáveis na TV Bandeiran-tes, a prefeita Luiza Erundina exonerouontem de seus cargos o secretário deNegócios Jurídicos do município, ovice-prefeito Luis Eduardo Greenhagh,e seu chefe de gabinete, Luís Eduardode Almeida Curti, por envolvimento naconfusa história de corrupção já bati-zada de "Caso Lubeca". Greenhalgh, queadmitiu há três dias ter recebido umaproposta de dinheiro para a campanhaa presidente do petista Luís Inácio Lu-Ia da Silva, continuará no posto de vice-prefeito, do qual não pode haver exone-ração por se tratar de cargo eletivo.

-.VÍVou me afastar de todas as ativi-dades da Prefeitura", disse Greenhalgh,nervoso, dizendo que não queria dar en-trevistas, no final da tarde, ao deixar asede nacional do PT, no bairro de VilaMariana, após reunião com o presiden-te do partido, deputado federal LuizGushiken, e o secretário-geral nacionalda agremiação, deputado estadual Jo-sé Dirceu. "Vou viajar e esfriar a ca-beca", acrescentou Greenhalgh. Suaexoneração pela prefeita Erundina foifeita após uma reunião entre ambos,pela manhã, na qual concluíram de co-mum acordo pela exoneração.

Numa curta, porém dura nota deesclarecimento divulgada no início datarde, a prefeita Luiza Erundina infor-mou ter aceitado o pedido de exonera-ção de Greenhalgh "com base naavaliação dos depoimentos colhidos atéo momento pela comissão de averigua-ção que apura a denúncia". Ainda con-forme a nota, a decisão "se prende aoentendimento de que houve quebra darelação de confiança que tem por indis-pensável ao exercício das funções de as-sessora direta à chefia do executivo".No entendimento da administração mu-nicipal, Greenhalgh faltou com essaconfiança ao não revelar imediatamen-te a proposta ilegal recebida em mea-dos de outubro que só agora contouhaver recebido e ter negociado com osautores da oferta a troca desse dinhei-ro por uma creche para o município, se-

gundo ele mesmo narrou á comissão deaveriguação.

— Na última segunda-feira, o vice-prefeito contou à comissão de averigua-cão que seu chefe de gabinete, Almei-da Curti, fora procurado pelo advogadoJosé Firmo Ferraz Filho, representanteda Lubeca Empreendimentos Imobiliá-rios, que oferecia dinheiro para a cam-panha do PT num gesto de reconheci-mento à eficiência das negociações en-tre a Prefeitura e a empresa para apro-vação de um projeto imobiliário com 35prédios residenciais e 12 de escritóriosna valorizada zona sul da cidade Gree-nhalgh disse ter recusado prontamen-te a oferta e se prontificado a receberrepresentantes da empresa para obtera doação de uma creche ou outro equi-pamento à Prefeitura. Essa reuniãoocorreu dois dias depois do debate naTV Bandeirantes, em 6 de outubro, e ocontato do advogado Firmo Ferraz comCurti dera-se na semana anterior. Ou-vido ontem na Comissão Especial deInquérito da Câmara Municipal de SãoPaulo que apura as mesmas histórias,Firmo Ferraz negou que tenha faladoem dinheiro para o PT e atribuiu a nar-rativa de Greenhalgh a "um mal en-tendido".

Este foi apenas o episódio mais re-cente de uma intrincada trama que aCEI, a comissão de averiguação, as Po-licias Civil e Federal, a Promotoria doEstado e a Procuradoria Regional Elei-toral vêm tentando entender desde queRonaldo Caiado levou o funcionário daLubeca, Paulo Celso Albanese Argen-to à sede da Polícia Federal para de-nunciar corrupção na Prefeitura de SãoPaulo em pleno domingo, dia 22, às 22horas. Argento, que não apareceu maisno seu emprego na tesouraria da Dabe-ca, sem contar sua história em outro lu-gar além da Polícia Federal, denunciouter ouvido comentários pela construto-ra para pagamento de serviços que nãoexistiram. Seria, conforme ele relatou,uma maneira de desviar dinheiro pa-ra a campanha de Lula, cumprindo umacerto com a Prefeitura de São Paulo.Depois disso, Argento desapareceu.

— A Lubeca provou logo no inícioda semana passada que um desses che-quês, destinado, em princípio, à empre-

Aposentado morre na filasem receber o benefício

Belo Horizonte (AJB) — O tornei-ro mecânico aposentado Pedro AntônioRamos, 64 anos, morreu ontem cedonesta capital em uma fila do INPS, en-quanto esperava o pagamento de seuminguado benefício de NCz$ 362,00. Se-gundo as testemunhas, Pedro Antônionão demonstrou qualquer sinal de can-saco ou fraqueza antes de tombar aochão, já morto, ás 6h30min. O corpo dotorneiro mecânico ainda,permaneceumais quatro horas no focai, até ser re-movido para o Instituto Médico Legal,cujos funcionários aderiram ao movi-mento grevista da Polícia Civil, inicia-do terça-feira em todo o Estado deMinas Gerais. Outra greve que marcoua morte do aposentado foi a dos previ-denciários, que pararam ontem nasprincipais capitais do país.

Assim como as centenas de aposen-tados de baixa renda, residentes amaioria na periferia da capital, PedroAntônio fora convocado para receberseu benefício em um posto de INPS napraça Raul Soares, área central de BeloHorizonte, onde chegara às 5h30min.Lá, porém, não havia funcionários tra-balhando e um aviso na porta alertavapara a mudança do local do pagamen-to, devido à greve. Os aposentados epensionistas deveriam procurar umaagência do Banco Mercantil do Brasilno bairro Barro Preto, próximo dali.Conforme o aviso, era necessária a pre-sença do segurado com o documento deidentidade para que o benefício fosse li-berado.

O também torneiro mecânico apo-

sentado Hermes Clementino Rocha, 47anos, que chegou à agência bancáriajunto com Pedro Antônio, afirma que amorte do ex-colega de fila demonstrao pouco caso do governo com os aposen-tados de baixa renda, que têm de ma-drugar e se sujeitar a outros sacrifíciosse quiserem receber seus magros be-nefícios."O governo tinha que liberar aaberturade contas bancárias mesrrfópara os aposentados mais pobres e aca:bar com a exigência do depósito mini-mo", sugere Hermes.

Como o pagamento do INPS aos se-gurados de baixa renda só é efetuadopessoalmente, o drama aumenta quan-do se mora longa Vicente Alves Coelho,52 anos, conferente de armazém apo-sentado por invalidez — deficiência vi-suai — e hoje totalmente cego, faz, todoinício de mês, uma verdadeira marato-na devido ao atual sistema imposto peloMinistério da Previdência. Residenteem Ibirité, na região metropolitana, a23 quilômetros de Belo Horizonte, Vi-cente depende da solidariedade da mu-lher Luisa para vir à capital receberseu benefício de apenas NCz$ 230,00."Ser aposentado no Brasil é estar emconstante estado de calamidade", de-sabafa.

Celso Ramos, 22 anos, pintor de au-tomóveis, o mais novo dos oito filhosdeixados pelo torneiro mecânico fale-cido ontem, ainda não consegue escon-der sua revolta. Ao saber no IML da"causa mortis" do pai — insuficiênciacardíaca — não acreditou. Para ele, opai morreu "mesmo de raiva".

Incineração da baleiadepois de muita confusão

Recife (AJB) — Depois demuita confusão com os ecologis-tas da Universidade Federal Ru-ral de Pernambuco (UFRPE),duas guarnições do Corpo deBombeiros e uma equipe de sa-nitaristas da Secretaria de Saú-de de Pernambuco iniciaramontem à tarde, em situação deemergência, a incineração dabaleia branca que apareceumorta há seis dias na ilha de Ita-maracá (a 45 kms do Recife) eque estava tumultuando a vidados habitantes por causa domau cheiro. Os ecologistas que-riam que baleia — que pesa 20toneladas e tem 15,7 metros decomprimento — fosse enterradapara que sua "carcaça fosse re-cuperada em seguida, mas oprefeito do município, EveraldoCosta Galvão, optou pela incine-ração devido ao adiantado esta-do de putrefação do animal.— Esses ecologistas só vie-ram para cá causar confusão,disse o prefeito, afirmando quenada podia se fazer para preser-var a carcaça do animal: "A po-pulação não queria que a baleiafosse enterrada, sobretudo por-que não há meios para isso. Co-mo iríamos transportá-la se elaestá em decomposição? "Per-guntava indignado. O professorLuís Lira da UFRPE e que per-tence ao movimento ecológico"uma terra só", não se confor-mava com a queima porque, se-gundo ele, a espécie da baleia —Cachalote — está em extinção."Precisávamos ficar com essacarcaça na universidade parasaber a causa mortis", afirmouele, que se diz preocupado pelofato de, em menos de duas se-ronnos, terem nparooido'dussbaleias mortas na costa do Nor-

deste. A outra foi na Paraíba.— As duas são espécies quevivem em alto mar e que, pro-vavelmente, se defrontaramcom alguma contaminação naágua, pois duas mortes em tãopouco tempo é muita coincidên-cia e, assim, não devem sermortes naturais", disse Lira. Osupervisor regional do InstitutoBrasileiro de Meio Ambiente eRecursos Renováveis (Ibama),Luiz Vidal, foi contrário a deci-são: "A incineração poderá pro-vocar uma poluição ambientale marítima", disse ele que de-fendia o enterro da baleia. A di-retora do Departamento defiscalização Sanitária da Secre-taria de Saúde, Regina Lopes,deu outra versão: "Se o animalfosse enterrado, seria pior paraa população porque a própriaágua do mar poderia causarerosão e, assim ,toda área fica-ria contaminada, disse.

A operação para incinerara baleia foi iniciada por voltadas 13h de hoje, mas às 16h foiinterrompida por causa da ma-ré alta e será recomeçada hojepela manhã pelos 12 soldados doCorpo de Bombeiros e nove sa-nitaristas da Secretaria de Saú-de, além de 20 empregados daPrefeitura de Itamaracá. Foigasto metade do combustível le-vado pela Secretaria de Saúde— 200 litros de gasolina — e tal-vez até seja necessário mais. "Abaleia está cheia de água, hámuito óleo e isso dificulta a quei-ma", disse o prefeito do munici-pio. A primeira tentativa dequeimar a baleia feita pela pre-feitura foi anteontem com a co-locação de fogo em 70 pneusimpregnados de óleo diesel so-bre ela, mas não surtiu efeito.

sa de táxi aéreo Bei Air, jamais saiu desua tesouraria, pois o serviço contrata-do acabou não sendo usado, de acordocom o gerente-geral da construtora, Jo-sé Maria Simões. Já o outro cheque per-correu um caminho tão sinuoso quantoo fio condutor dessa novela. A Lubecadiz que o cheque, de NCz$ 900 mil, foidado à empresa Tertec, Comércio eTécnica de Serviços em pagamento aoras civis concluídas naquele projetoimobiliário, chamado Tangará-Panamby, em agosto. O dono da Tertec,Osmar Cássio Rossato, que após um sú-bito desaparecimento apresentou-se an-teontem para depor à comissão deaveriguação, sustenta a mesma coisa,mas há evidências no terreno da Lube-ca. constatadas entre outras pessoaspelo promotor público Drausio LúcioBarreto, de que esses trabalhos foramfeitos neste último final de semana, àspressas. Sábado passado, oito seguran-ças da Lubeca chegaram a colocar tra-fores diante da entrada do terreno paraimpedir que técnicos do Instituto deCriminalística colhessem material pa-ra determinar a idade dessas obras.Domingo a polícia conseguiu entrar. Oresultado dessa análise é aguardadopara os próximos dias.

Osmar Rossato também deixoumeia dúzia de dúvidas no ar, dizendoque não tem funcionários, trabalha comsubempreiteiras cujo nome não quis re-velar e preencheu um cheque de NCzJ837 mil (em cima dos NCzf 900 mil re-cebidos) entregue a um corretor de va-lores que também não identificou. Opromotor Lúcio Barreto aguardava on-tem do Banco Central informações so-bre o destino final deste cheque. "Játemos certeza de que a Tertec não o en-tregou a uma corretora", garantiu opromotor, lembrando que entre as duasoperações financeiras Rossato deduziudo valor inicial 7%. As esperanças deesclarecimentos dessa confusão resi-dem agora em dois caminhos. De umlado, descobrir o que Rossato pagoucom seu cheque. De outro, acarearGreenhalgh com o advogado FirmoFerraz e com o ex-chefe de gabinete desua secretaria, Curti, para avaliarquem está mentindo.

Serventuáriosda Justiçaem greve

Salvador (AG) — Cartórios,varas judiciais e até o fórum RuyBarbosa em Salvador estão com asatividades paralisadas há trêsdias, devido à greve dos 7.500 ser-ventuários da Justiça da Bahia. So-mente na capital, a paralisaçãoatinge 127 cartórios, impedindo arealização de casamentos, o reco-nhecimento de firmas, o protestode títulos e as audiências de pro-cessos de divórcio e criminais, den-tre outras atividades.

Não vou casar ninguém,pois tenho certeza de que esta gre-ve é justa. Os serventuários real-mente ganham muito mal — afir-mou a juíza Zaudith Silva Santos,da 4? vara de família de Salvador,que apoia a paralisação.

Apenas ontem 35 casamentosforam suspensos no Fórum RuyBarbosa em virtude da greve dosserventuários. Adelita Silva, noivade 16 anos, ficou revoltada por nãopoder casar, pois já havia progra-mado um almoço de recepção aosconvidados.

Eu esperei tanto por essedia — suspirou Adelita.

Somente atestados de óbito eguias de sepultamento estão sendoliberados pelos serventuários daJustiça em Salvador. Apesar dagreve, o serviço de entrega dos ti-tulos eleitorais não foi afetado.Mais de 500 títulos foram entre-gues no cartório da 10? Zona daJustiça Eleitoral.

A paralisação dos serventuá-rios atinge também os maioresmunicípios do interior da Bahia,como Feira de Santana, Vitória daConquista, Itabuna e Juazeiro.

REGISTROA diretora-presidente do Siste-

ma Romulo Maiorana de Comuni-cação, Lucidéa Maiorana, e odiretor-executivo Romulo Maiora-na Júnior receberam:

Convites:

Da Prefeitura Municipal deAltamira, para festividades come-morativas do 78" aniversário doMunicípio, no período de 3 a 6 denovembro, no Parque de Exposi-ções de Altamira.Da Secretaria de Estado deEducação/Departamento de Edu-cação Especial, para abertura so-Iene do VIII Seminário NacionalSobre Superdotados, que ocorreráno dia 7 de novembro, às 20 horasno Centur.Da Associação Paraense deSupermercados "Aspas", para ojantar de entrega do Diploma doFornecedor do Ano 1989 à NestléIndustrial e Comércio Ltda, dia 23de novembro, às 21 horas, no salãoKarajás do Belém Hilton.Da Escola Estadual de 1»Grau "General Gurjão", para par-ticipar da solenidade de Aberturados IV Jogos Internos Gurjenses ase realizar no dia 3 de novembro docorrente, às 19 horas, na quadra deesportes da própria escola.

Publicações:

Jornal da Constituinte de 5 a15 de outubro/89 *** ComunicadoUnespa edição de 23/10/89 **+ Re-vista Informação da IBM-Brasil.

órter TOEXEMPLO

O patrulheiro do Missouri, Estados Unidos,Al Lubker, veio falar sobre fiscalização do tráfegono seu país e começou relatando o impossívelde aqui acontecer: os patrulheiros de lá nãotinham, há 15 anos, credibilidade, mas hoje atêm em virtude dos serviços que prestam aoscidadãos.

No mesmo dia em que o patrulheiro Lub-ker dizia isso, a terça-feira passada, à noite doisassemelhados dele, nossos PMs do trânsito, da-vam ostensiva assistência ao motorista do tá-xi AT-4147, que causara um desastre sério nocruzamento da Alcindo Cacela com Pariquis,do qual felizmente não saíram mortos. Mas fi-caram feridas e sangravam bastante duas ater-rorizadas crianças, enquanto os pais sofriamferimentos mais leves. Todos, evidentemen-te, estavam do lado mais fraco: o Fiat parti-cular violentamente atingido pelo táxi queavançara o sinal no cruzamento. O choque foitão violento que o Fiat capotou por duas vezes.

SAQUEFoi preciso que chegasse a perícia do Detran para

que o equilíbrio fosse restabelecido, começando por ondedeveria ter começado qualquer ação policial: o moto-rista do táxi não portava carteira profissional, que eledisse ter-lhe sido roubada, mas teria o registro corres-pondente, o que procurou, não achou e disse que esta-va em casa.

Coisa tão triste quanto a manifesta parcialidade dosguardas de trânsito foi que, no curto espaço de tempoem que os donos do Fiat foram tratar de seus ferimen-tos e, principalmente, das crianças, o carro foi literal-mente pilhado, começando por um presente que serialevado a um parente que aniversariava.

SOCORROFelizmente, porém, houve exemplos opostos,

a partir da boa conduta de muitos motoristasque foram atraídos ao local do desastre e semantiveram como simples espectadores, semdescabidas manifestações de solidariedade aocolega.

Gesto de maior grandeza teve, porém, ocasal proprietário da Farmácia Christian, quefica em uma das esquinas do mesmo cruzamento.Os dois, atraídos pelo barulho da colisão, tra-taram de socorrer, em sua farmácia, os feri-dos, começando, naturalmente, pelas duascrianças, que depois foram hospitalizadas. Tam-bém, uma jovem enfermeira procurou verifi-car o estado em que se encontravam ospassageiros do Fiat.

Ao final, os donos da farmácia se recusa-ram a cobrar qualquer importância, mesmoo material gasto, pelo socorro prestado.

LIÇÃO0 táxi teve poucos danos e seu motorista nada so-

freu. Ele não terá, também, recursos para remediar,sequer, os danos materiais que causou ao Fiat. Maspergunta-se se nada sofrerá por causa dessa agressãoinsensata que cometeu ao violar em velocidade o sinalluminoso?

0 mais certo é que não. E aí é que se poderia espe-rar que a lição do patrulheiro Lubker fosse aprendida.É necessário que os guardas do Baptran, o Detran e apolícia processante mostrem não só que existem comoe principalmente que prestam serviço certo e justo.

Assim, voltarão ter credibilidade.

COLIGAÇÃOO deputado Ronaldo Passarinho, pelo te-

lefone, diz à coluna que não esteve, no domin-go passado, na fazenda do ministro daPrevidência Social, para o almoço por este ofe-recido a cerca de vinte convidados. O deputa-

do diz que não saiu de Belém e que é uma loucuraquem deu a informação colocá-lo a quase 200ou mais quilômetros da capital em fazenda queele ainda nem conhece. Também falando pe-lo vereador Joaquim Passarinho, diz Ronal-do que este não foi ao almoço e que passou odomingo nas Baixadas.

Já sobre uma candidatura sua a vice-governador na chapa do ministro da Previdência,Ronaldo diz que não foi sequer sondado por ele,como não foi sondado pelo senador Almir Ga-briel ou pelo prefeito Sahid Xerfan, que são osnomes que Ronaldo tem ouvido falar que se-rão candidatos ao governo do Estado.

Se for convidado, Ronaldo diz que isso éum assunto a ser estudado dentro do seu par-tido, que continua a ser o PDS, onde como dizo deputado, foi estudada e aprovada a coliga-ção com o PMDB em 1986.

PRESTÍGIOJá o deputado Zeno Veloso diz, igualmente, que não

foi à fazenda do ministro e até recebeu um telefonemado deputado Ronaldo Passarinho para almoçar com ele,mas em Belém. Só que não pôde atender porque esta-va almoçando com um amigo, Rui Seligman.

Zeno diz, porém, que se fosse convidado pelo mi-nistro aceitaria, tanto para conhecer o Capim, a fazendae a casa do ministro, como porque, se fosse convidado,estaria sendo eleitoralmente prestigiado.

Portanto, pelo menos no caso de Zeno, é como setivesse ido.

FERIADOFuncionários da Albrás vão ter expedien-

te normal, por todo o dia de hoje, Dia de Fina-dos. A direção da empresa preferiu obedecerà lei federal que manda antecipar para a segunda-feira feriado em dia útil, porque entendeu quea determinação municipal que mantém o 2 denovembro como feriado municipal é vaga e,na dúvida, preferiu ficar com a lei maior.

A empresa tem, também, um calendáriode jornada de trabalho traçado com bastanteantecedência, de tal modo que, por exemplo,na época do carnaval e festas de final de ano,folgam uma semana.

INAMPSUm funcionário do Inamps diz que seus colegas em

greve estão limitando o movimento a situações que eleconsidera secundárias — o aumento de salários e a me-lhoria de condições de trabalho — diante do mal maiore definitivo que será a extinção do próprio Inamps, eque é bem possível que venha a ser adotada apesar dosprotestos dos entendidos em assistência médica a po-pulação.

Que valor tem a greve se a extinção do Inamps es-tá em pauta para ser votada, no Congresso, até 15 denovembro? — pergunta ele e acrescenta que a oportu-nidade deve ser aproveitada para que se faça pressãovisando à aprovação da emenda do deputado Jorge Arbageao artigo 47 do projeto, excluindo o Inamps da extinção.

MARAJAISMONo "Bom Dia Pará", do canal 7, o presi-

dente da Celpa, Fernando Pinho, justificou comonatural a criação de novos cargos na empre-sa denunciada ao governador. Ocorre sempreque há uma nova administração. Sobre as chefiasque foram criadas, disse que há equívoco. Eà pergunta sobre se eram chefes burocratas,respondeu entender que não porque "chefe échefe" e a maioria dos chefes que tem são ge-rentes.

A respeito da denúncia de funcionários deque a Celpa continua pagando salário a um ex-presidente, respondeu, irritado:

— Pagava.

EM POUCAS LINHAS

A estrutura do quartel do 4? Batalhão daPolícia Militar, em Marabá, está comprome-tida. Alguns setores do prédio já foram inter-ditados por causa da ameaça de desabamento.O governador Hélio Gueiros, entretanto, já deuordens para a recuperação. ***** No primeiro ani-versário do falecimento do professor Abelardo Santos,o casal José Tupinambá e Maria do Carmo Tupinam-bá, que assistiu o saudoso pediatra até seus últimos dias,manda rezar missa, amanhã, às 18 horas, na igreja doRosário da Campina. ***** O atrito entre o presi-dente do Paissándú, Arthur Tourinho, e o con-selheiro Antônio Couceiro já está sendo superadaNenhum dos dois pretende deixar o clube. *****Entusiasmado com o crescimento da candidatura deMário Covas, o deputado Gabriel Guerreiro assim de-finiu o candidato: o Covas não é um tucano, mas simum tuiuiú, aquele pássaro pesadão, meio sem jeito, quepara levantar vôo tem que correr pela praia toda. Mas,no final, sobe mesmo. ***** Um terreno sem edifi-cação na Governador José Malcher, quase es-

auina da 14 de Março, serve para que um grupo

e menores passe parte do dia cheirando co-Ia. As assistentes sociais da Fbesp bem que po-deriam dar uma passadinha por lá. ***** o dr.Edmundo Oliveira, que venceu a eleição para representaros professores titulares no Conselho Universitário daUFPa, viajou para Manaus, onde foi colaborar para aimplantação da nova Polícia Judiciária do Amazonascriada pelo governador Amazonino Mendes. ***** Osconsultores jurídicos das várias secretarias doEstado vão se reunir na próxima segunda-feira,no auditório da OAB, para discutir a isonomiasalarial com os procuradores, prevista na no-va Constituição do Estado. ***** Incrível mas ri-gorosamente verdadeiro: roubaram um muro inteiro,e até o portão de ferro, que tinha sido mandado cons-truir pela Codem em um terreno no bairro do Guamá.***** O terreno vai ser destinado à FundaçãoPapa João XXIII para a construção de uma cre-che. ***** Agostinho Linhares, às 10 horas de hoje, vaidizer se renuncia ou não à sua candidatura a vice-

presidente da República pelo PMB. ***** Agostinhoestá hospedado, em Brasília, na casa de umirmão, abrindo mão de um apartamento no HotelNacional que lhe foi colocado à disposição pe-lo PMB. ***** Ontem, Linhares teve dois contatos te-lefônicos com o empresário Sílvio Santos. ***** Ocoordenador, em Santarém, do Partido de Re-construção Nacional, empresário Hilário Coim-bra, vai promover naquela cidade, sábadopróximo, uma carreata de apoio à candidatu-ra de Collor de Mello. ***** Logo depois das elei-ções, o governo deve anunciar um novo aumento doscombustíveis, desta vez em índices bem mais elevados.Os donos dos postos já estão apostando numa majora-ção em bases superiores a 25%. ***** O grupo "Amigosde Ariramba", que estava executando com re-cursos próprios as obras do muro de proteçãodaquela praia do Mosqueiro, vai se reunir nodomingo para decidir se continua ou não a cons-trução. ***** A Prefeitura está trabalhando para inau-gurar o novo cemitério, localizado no quilômetro 5 darodovia do Tapanã, no primeiro semestre do próximoano. ***** As obras de terraplenagem já estãoem fase final e, tão logo o novo cemitério en-tre em funcionamento, os de São Jorge e do Benguiserão fechados. ***** O embaixador do Líbano noBrasil enviou uma carta ao deputado Jorge Arbage, agra-decendo, em nome de seu governo, o artigo de autoriado parlamentar publicado em O LIBER AL e no qualArbage inseriu uma oração pela paz naquele país doOriente Médio. ***** O PMDB quer encher a ci-dade, a partir de hoje, de cartazes de seu can-didato à Presidência da República, UlyssesGuimarães. ***** A conclusão das obras da passa-rela em frente ao Colégio Lauro Sodré está atrasada porqueos cálculos estruturais tiveram que ser revistos. *****Desde ontem, as multas de trânsito passarama ser cobradas em BTN. ***** O Banco do Brasilestá formando um coral integrado por seus funciona-rios e que será regido pelo juiz do Trabalho José Wil-son Malheiros da Fonseca, que trabalhou durante 20 anosno BB.

4 CIDADE O LIBERAL Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989 -rã

In-MemoriamJoão Malato

Meu pai. Hoje é o dia que a cristandade reservou pa-ra relembrar os mortos. Mas tu sabes, pai, que nuncaprecisei do calendário para cultuar a tua memória. Osimples fato de viver como eu vivo, — arredio, cisma-,rento e triste — já é uma condição que a tua saudademe impõe, e dentro da qual me apraz permanecer. Na-da realizo e nada tento, que não seja inspirado em ti, oupor ti, com o coração a segredar-me de que o aprovas,

<ou desaprovas. E a participação que tens na minha vi-da é tão intensa e tão presente, que mesmo aquilo queescrevo, não o encaminho ao jornal sem antes lê-lo pa-ra ti, em voz alta, sentido, por uma secreta comunica-ção, se é do teu agrado ou desagrado.

E, quantas vezes um impulso que não sei explicar,mas que deve ser o teu juizo peregrino, Tne leva a sacri-ficar um trabalho que tanto desejara escrever e que tantome custara a formular, — somente porque a minha se-gunda consciência, que és tu, segredara-me da sua in-conveniência, ou da sua inoportunidade.

Jamais a vocação profissional de um filho, foi maisestimulada por um pai, do que esta, que abracei desdecriança, quando já redigia, na escola, os meus jornalzi-nhos manuscritos — e que tu a transformaste num velo-cino de ouro que eu devia perseguir a todo custo.Lembro-me sempre da tua alegria ingênua quando vis-lumbraste no jornal de renome em que comecei a tra-balhar, aos 17 anos, o meu primeiro artigo assinado,embora perdido na desimportância de uma sexta pági-na A singela produção pouco ou nada valia, como peçaliterária, mas, para tua expectativa de pai, era iá o pre-núncio das grandes páginas que esperavas de mim.Leste-a, primeiro para ti e para mamãe, e depois a re-leste para toda a família, reunida em torno da grandemesa de jantar, que simbolizava o regime patriarcal emque vivíamos no ambiente interiorano em aue tu te im-punhas como a figura principal. Mais tarde, releste omeu pobre artigo para não sei quantos amigos, que fo-ram participar do cavaco de todas as tardes. Verdadei-ramente, seria difícil calcular o número aproximado daspessoas que tomaram conhecimento do meu humilde tra-balho, através da tua voz bem timbrada e culta, que eracapaz de recitar, de cor, as melhores páginas de CamiloCastelo Branco, que deletreavas com freqüência..

E ainda guardo, até hoje, — 60 anos depois — a belacarta que me escreveste, dizendo do teu entusiasmo edos sonhos que alimentavas a meu respeito. E, daí emdiante, posso assegurar-te, tudo o que escrevi e produzi,foi ditado pela necessidade quase física de ser digno deti e da tua esperançosa expectativa. Eras um leitor es-.pecial, que me estimulava e me amava, e isso me leva-va a escrever muito mais, embora me viesse de ti umagudo senso de responsabilidade sobre os assuntos queabordava. Infelizmente, depois de uma vida inteira delutas, em que só procurei ser útil ao meu país e à minhaterra, pai querido, vejo que nada conseguir e que a mi-nha passagem pela vida, não foi mais do que um gros-seiro arremedo daquilo que sonhaste.

Mas não importa, pai. Se não te trouxe a glória quealmejavas, consola-me, ao menos, a consciência de quenão desmereci de ti. Aqueles exemplos diuturnos de dig-nidade de caráter e de pureza de coração, não caíramem terra estéril e acabaram por florir em meu coração.E essa é a razão por que, após 40 anos da tua ausência,permaneces nítido e puro em meu coração, e através de-le, diriges as minhas ações. E nenhum sonho pode seralimentado, e nenhum pensamento chega a ser formu-lado, sem que o prestígio da tua lembrança se imponhaatravés do teu sentido de paternidade e amor. Ainda hádias, visitando uma loja de livros usados, e perquirindoalgo que me falasse à minha incurável paixão pelos clás-sicos, deparei, a um canto, um velho e esbagaçado volu-me de Camilo Castelo Branco, e que era, justamente, oque faltava na tua preciosa coleção camiliana, que le-vasse 30 anos a reunir, volume a volume, e constituía oteu tesouro e o teu orgulho. Experimentei uma imensaemoção ao compulsar o velho livro, que já não poderiasmanusear. Mas, mesmo assim, senti uma enorme neces-sidade de comprá-lo, e de grafar nele o teu nome, — co-mo a homenagem que mais te sensibilizaria, em vida,por veres completada, enfim, a coleção do teu "grandee desditoso" Camilo, — como o chamavas.

* Dedico estas linhas ao meu eminente e compreen-sivo amigo, o professor Apio Campos.

Os participantes do curso, encerrado ontem

Projeto do CEB's jádiminuiu repetência,

segundo coordenadora

Finados: cuidados contra incêndiosi

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A Secretaria de Estadode Educação levará em1990 o projeto de Centros deEnsino Básico (CEB's) amais 91 municípios do inte-rior e 34 escolas da capital,informou ontem a coorde-nadora do projeto, profes-sora Regina Pantoja, du-rante o encerramento doEncontro de Alfabetizaçãodos Professores do CEB's,no auditório do Centur. Onível de repetência na Iasérie do Io grau nas escolaspúblicas, segundo ela, di-minuiu desde março desteano, quando o projeto foiimplantado. Os professoresavaliaram, durante trêsdias, a evolução dos Cen-tros de Ensino Básico, queagregam as duas primei-ras séries do 1° grau. Ao in-vés de o aluno fazer a 1" e a2a séries em anos diferen-tes, ele é matriculado noCEB's e passa dois anos sealfabetizando. No ensinoregular, explicou Regina, oaluno, se não alcançar as¦notas necessárias para aaprovação na Ia série, é re-provado. No CBE's isso nãoocorre: o aluno passa auto-maticamente para o 2o ano."Não temos percentuais,mas a constatação é de que

.os índices de repetênciasão bem menores em rela-

ção aos anos anteriores",disse Regina. No próximoano, uma avaliação maisprofunda dos CEB's poderáser feita quando encerra operíodo do projeto.

Experiências própriasAté mesmo a metodolo-

gia de ensino dos CEB's édiferente do ensino regu-lar. No projeto, os alunossão incentivados a apren-der a escrever e ler trazen-do de casa suas própriasexperiências. "Se o alunofala errado, o professorprocura, de acordo com oconhecimento, ensiná-lo afalar correto", explicouRegina. Por falta de verbaseste ano, a coordenadoriado CEB's foi obrigada a re-duzir o material destinadoao projeto. Os participan-tes do Encontro de Alfabe-tização trocaram experiên-cias sobre o desenvolvi-mento do projeto em suasescolas. No encerramento,eles ouviram a palestra dadiretora do Departamentode Ensino de Io grau da Se-duc, professora Rita Nery,sobre o objetivo dos CEB's.Segundo ela, o projeto deveser levado adiante, "pois éa melhor forma de se alfa-betizar um aluno de escolapública".

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O preço das flores dobrou nos últimos dias, afastando compradores

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.11 .J ODü';: (Ontem, o movimento ainda foi fraco nos cemitérios KKillíl

Quase 18 mil inscritosno vestibular da UFPaExatamente 17.827 candidatos

estarão concorrendo, em Belém, às2.490 vagas do concurso Vestibu-lar/90 da Universidade Federal doPará, informou o diretor do Depar-tamento de Apoio ao Vestibular(Daves), Sérgio Cancela. O Davesencerrou ontem a contagem dosformulários de inscrição. SérgioCancela disse que o número de can-didatos este ano superou o do anopassado, que foi de 16.810. A possi-bilidade de paralisação dos servi-dores da UFPa, no próximo dia 6,segundo ele provocará o adiamentodo vestibular se for prolongada pormais de um mês. "Caso contrário,o vestibular poderá ser realizadono período previsto anteriormen-te", assegurou.

A coincidência das datas e ho-rários das provas da UFPa com asda União das Escolas Superioresdo Pará (Unespa) foi, segundoCancela, um dos fatores que in-fluenciou o número total de inseri-ções na UFPa. "Muitos estudantesfazem, logo, a opção entre uma ins-tituição e outra", disse. Para ele, ovestibular há muito tempo deixoude ser encarado como um "fantas-ma", o que contribui para o au-mento do número de candidatos.

Quando o Daves encerrou acontagem dos formulários de ins-crição, os enviou ao Centro de Pro-cessamento de Dados da Universi-dade, que fará a leitura das fichas.Dentro de 20 dias, segundo Cance-la, o Daves poderá fornecer maisdados, como por exemplo o cursomais procurado. Ele antecipouapenas os locais onde serão reali-zadas as provas da primeira etapado concurso: campus profissional ecampi básico I e II da UFPa, Nú-cleo Pedagógico Integrado (NPI),Escola Técnica Federal do Pará ecolégios Augusto Meira, TenenteRego Barros, José Veríssimo, Jus-to Chermont, Paes de Carvalho,Santa Maria de Belém e Deodorode Mendonça. O candidato só sabe-rá o local onde fará as provas ao re-ceber sua notificação de inscrição.

LocaisOs locais de realização das pro-vas da segunda etapa serão divul-

gados junto com a lista de aprova-dos na primeira etapa do concurso.O período de confirmação da ma-trícula será a partir do próximo dia28 até o dia Io de dezembro. Com aCarteira de Identidade, uma foto3x4 e o comprovante de pagamentodo formulário, o candidato deveráreceber a notificação no mesmo lo-cal onde entregou a ficha de inseri-ção: no ginásio de esportes da UF-Pa, Escola Técnica Federal do Pa-

rá, Faculdade de Medicina e cole-gios Augusto Meira e José Veríssi-mo. Caso a notificação contenhaerros, o candidato deverá dirigir-seà Comissão Permanente de Apoioao Vestibular (Coperves) até o dia4 de dezembro. A segunda via danotificação será entregue ao candi-dato após o dia 5 de dezembro. Es-sa segunda via só será fornecidapara aqueles que receberem a noti-ficação com erros.

Mas a realização do Vestibu-lar/90 está ameaçada. Os servido-res da UFPa já prometeram umagreve por tempo indeterminado.Em assembléia geral, na últimaterça-feira, eles afirmaram que ovestibular será usado como "ins-trumento de pressão" para quesuas reivindicações sejam atendi-das. A primeira etapa do concursoestá marcada para os dias 7 e 8 dejaneiro. No primeiro dia será reali-zada a prova de ConhecimentosGerais I — englobando as discipli-nas Língua Portuguesa, LiteraturaBrasileira, Geografia, História eO.S.P.B — para as áreas de Ciên-cias Exatas e Naturais, CiênciasBiológicas, Filosofia e Humanas eLetras e Artes. Para o dia 8 estámarcada a prova de Conhecimen-tos Gerais II — com quesitos de Fí-sica, Química, Matemática, Biolo-gia e Língua Estrangeira — tam-bém para as quatro áreas. Até odia 15 de janeiro, o Daves esperadivulgar o resultado da primeiraetapa. Já a segunda etapa será de21 a 24 de janeiro, com as provasespecíficas de cada área. Dia 21,prova de Língua Portuguesa e Lite-ratura Brasileira para as quatroáreas; 22, prova de Física paraCiências Exatas e Naturais e Ciên-cias Biológicas, História e LínguaEstrangeira Moderna para Letrase Artes e História para Filosofia eHumanas; dia 23, Química paraExatas e Naturais e Biológicas;Geografia para Filosofia e Huma-nas; e Literatura Brasileira e Lite-ratura Portuguesa para Letras eArtes. A segunda etapa encerraráno dia 24 com as provas de Mate-mática para Exatas e Naturais eBiologia para Ciências Biológicas.

Todas as provas da UFPa se-rão realizadas das 8 às 12 horas.Sérgio Cancela disse que 1.100 fis-cais vão trabalhar no concurso. Asinscrições para fiscal terminaramontem e, de acordo com o profes-sor, há mais candidatos do que onecessário. "O critério de escolhaserá a experiência e a lista dos quetrabalharão no vestibular/90 seráafixada no pátio da reitoria, em da-ta ainda a ser definida", informou.

Para evitar ocorrênciasdessa natureza, geradaspelo acúmulo de velasnas sepulturas, oCorpo de Bombeiros vaideslocar equipes paracemitérios da cidade

Corpo de Bombeiros vai man-v ter, a partir das 10 até às 18I horas de hoje, equipes nos ce-fmitérios de Santa Izabel e São

__ Jorge, para evitar princípiosde incêndio. Nos últimos anos, o calorprovocado pelo grande número de ve-las acesas têm causado pequenos in-cêndios em alguns túmulos. Para evi-tar esse tipo de problema, no SantaIzabel ficarão duas equipes de pre-venção, com uma viatura com capaci-dade para 2.000 litros de água, um ofi-ciai e mais 5 homens, e no São Jorgeficará uma equipe, com uma viatura,um oficial e 5 soldados.

Ontem, Dia de Todos os Santos, omovimento nos cemitérios de Belémfoi fraco. Pela manhã, poucas pessoascompareceram ao Santa Izabel, Sole-dade, São Jorge, Santa Clara da Or-dem Terceira de São Francisco, e SãoJosé, no Bengui. No Soledade o nume-ro de visitantes é pequeno, porque hávários anos está desativado. No SantaIzabel, onde sempre é grande a vendade flores e velas, os vendedores recla-maram. Alguns disseram que o alto

preço das flores afastou os comprado-res ontem, mas esperam que hoje as ¦vendas aumentem. Um maço desorriso-de-Maria foi vendido ontem aNCz$ 7,00, quando até anteontem cus-tava NCz$ 3,00, e o de rosas foi vendi-do a NCz$ 20,00. Hoje, os vendedoresadiantaram que o maço de sorrisp-de-Maria pode ser vendido a NCz$ 10,00 eo de rosas a NCz$ 30,00. O maço de zí-nia já estava custando ontem NCz$5,00; a crista-de-galo, em pendões,NCz$ 5,00; o maço de cravos a NCzl5,00; o maço do gravata, com setependões, NCz$ 2,00; o monsenhor es-tava entre NCz$ 15,00 a NCz$ 20,00, e omaço de perpétua a NCz$ 7,00. As vé-las ainda estavam sendo vendidascom os mesmo preços do início da se-mana. Um maço da marca Econômi-ca, com oito unidades, custava NCz$5,00, e da marca Flama, com oito uni-dades, porém menores e mais finas,custava NCzS 3.00

Visitas tradicionaisDevido ao pouco movimento de

veículos em frente aos cemitérios deSanta Izabel e São Jorge, não foi ne-cessário desviar o trânsito. No SantaIzabel, os túmulos mais visitados fo-ram o do médico Camilo Salgado e deSevera Romana, a quem a populaçãoatribui milagres. Já no São Jorge foi oda menina Ellen, assassinada pelo paiquando tinha 10 anos. Hoje, os portõesdo Santa Izabel serão abertos às 6 ho-ras, e às 7 horas será celebrada umamissa na capela. Também haverámissas no São Jorge, Soledade e SãoJosé.

Reajuste dos planos desaúde sob fiscalização

A Sunab iniciou, ontem, uma fis-calização em todas as empresas deplanos de saúde da capital com o obje-tivo de verificar a forma de cobrançadas mensalidades usada por essasempresas. Segundo o delegado regio-nal da entidade, Harley Wanderley, afiscalização decorre de uma série dedenúncias que a Sunab vem receben-do contra a maioria das empresas,acusadas de estarem cobrando suasprestações de acordo com o valor doBTN Fiscal o que, segundo a Lei 7.799,é proibido.

Harley Wanderley explica que asempresas de plano de saude somentepodem cobrar as suas prestações emBTN Fiscal no caso de terem efetiva-do novos contratos, após o dia 12 de, úi-lho deste ano — data da publicação daLei. O qüe vem "ocorrendo; em Belém,de acordo com ele, é que as empresasestão reajustando as mensalidades deseus associados — daqueles que têmcontrato anterior à publicação da Lei— pela BTN Fiscal. "Isso é lesão aoconsumidor", diz o delegado. A Sunabchega a receber mais de dez denún-cias diárias contra as empresas deplano de saúde que cobram presta-ções pela BTN Fiscal. Uma outra de-núncia dos consumidores à Sunab équanto aos aumentos "exorbitantes"que algumas empresas aplicam àsmensalidades. Diz Harley que en-quanto umas empresas reajustam asprestações pela BTN Fiscal, outrasaumentam as mensalidades, além doque estava estabelecido nas cláusulascontratuais.

Diante das denúncias, a Sunab de-cidiu fiscalizar todas as empresas deplano de saúde existentes em Belém.A fiscalização iniciou pela GoldenCross, ontem, que foi autuada por es-tar cobrando as suas prestações emBTN Fiscal. Segundo o delegado, osfiscais da Sunab já chegaram à em-presa com o contrato de um consumi-dor, cujas prestações estavam sendocobradas em BTN Fiscal e pediram arevisão de outros contratos. A direto-ria da Golden Cross prometeu devol-

ver o valor cobrado a mais aos seusclientes. A fiscalização será estendidaa outras empresas da capital durantetodo o mès de novembro.

RemádiosComo o consumidor vai poder sa-

ber o verdadeiro preço de um medica-mento, após a aplicação de dois rea-justes em apenas um mês? A respos-ta quem dá é o presidente do Sindicatodo Comércio Varejista de ProdutosFarmacêuticos do Pará, José MariaMartins Dias: ao chegar a uma far-macia, o consumidor deverá solicitaro suplemento do Diário Oficial daUnião de 6 de setembro de 89, que pu-blicou a resolução 311, e aplicar o rea-juste de 34,50%, autorizado pelo Con-selho Interministerial de Preços,através da resolução 31, de 5 de outu-bro de 89. Em seguida, aplicar o rea-juste de 32,36%, autorizado pela Câ-mara Setorial de Produtos Farma-cêuticos, a partir de 26 de outubro de89.

Segundo José Maria Dias, issoaconteceu porque, quando o CIP auto- Irizou o reajuste de 34,50%, o D.O.U. 'não publicou o suplemento com a lista ídos novos preços dos remédios, obri- ',gando os varejistas a aplicarem o per- ;centual sobre os preços antigos. E,. iapós o reajuste de 32,26%, em vigordeste o dia 21 de outubro, novamente osuplemento não foi publicado, já que,com a criação da Câmara Setorial dosProdutos Farmacêuticos, o D.O.U.não ficou mais obrigado a fazer essapublicação. Agora, o reajuste dos pre-ços dos medicamentos é autorizado •pelo governo federal e pela Associa-ção Brasileira da Indústria Farma-,,cêutica, e comunicado aos sindicatos'.;estaduais do comércio varejista de.,''produtos farmacêuticos.

Para que a fiscalização possa serfeita, tanto pelo consumidor como pe-la Sunab, as farmácias terão que ter osuplemento do D.O.U. Essa forma se"aplica às 13.600 apresentações de me-dicamentos cipados, ficando de foraas 13 mil apresentações que estãó;com os preços liberados, disse José1Maria Martins. >;.n

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Belém, quinta-feira. 2 de novembro de 1989 O LIBERAL CIDADES 5

Cosanpa explica motivo dos aumentosO presidente dacompanhia, Haroldo JAraújo, disse que ía tarifa cobrada jno Pará ainda é amenor de toda aregião Norte

A concentração reuniu os grevistas na Praça da República

Ato público para mostrarsituação da Previdência

Os servidores da PrevidênciaSocial em greve realizaram ontem

, pela manhã um ato público na Pra-ça da República, para denunciar aspéssimas condições de trabalho ede atendimento no setor de saúdedo país. Com faixas e cartazes iro-nizando a situação dos postos desaúde, os servidores quiseram, se-gundo o vice-presidente do Sindica-to dos Trabalhadores na Previdên-cia Social, Fernando Pereira, sen-sibilizar a população. Os previdên-ciários, como as outras categoriasdo funcionalismo público federalque também paralisaram, reivin-dicam 151% de reposição salarial,"além da total melhoria das condi-ções de trabalho".

O movimento começou no últi-mo dia 30 no Pará e, segundo o co-mando de greve, já conta com aadesão de quase 100% da catego-

ria. "Até o lapas parou quase total-mente, ficando em funcionamentosó o setor de arrecadação e as che-fias", disse Fernando Pereira. Se-gundo ele, o reajuste de 26,06%anunciado pela ministra do Traba-lho, Dorothéa Werneck, não atendeàs reivindicações da categoria:"Isso nós já havíamos ganho naJustiça. A Medida Provisória 95aprofunda a hierarquização entre onível médio e superior, visto queconcede a isonomia federal com oMinistério das Minas e. Energia,chegando a 82% 6 reajuste cara onível superior e deixando em 30% oreajuste do trabalhador médio".Do ato público participou o GrupoFolclórico da Escola Camilo Salga-do. Foi anunciada, ainda, a divul-gação de um dossiê, na próximasegunda-feira, sobre a situação deatendimento nos postos de saúdeda Previdência.

Centro de Geociênciasdecide entrar em greveEm repúdio à decisão do Conselho Su-

perior do Centro de Geocências (CG) daUniversidade Federal do Pará (UFPa) emnão realizar eleições diretas para a direto-ria, os funcionários e estudantes do CG en-traram em greve, na terça-feira, por tem-po indeterminado. Com isso, o principalcentro de pesquisas da UFPa está parado,dificultando a realização de aulas práticase a continuidade dos convênios mantidoscom outras instituições de pesquisa do Es-tado e do país. O reitor da UFPa, professorNilson Pinto, segundo o atual diretor docentro, José Ricardo de Souza, vai decidirsobre a questão ainda esta semana.

A polêmica no CG iniciou em 1985,quando o centro ainda era Núcleo de Pes-quisa. Como tal, não necessitaria de dire-tòres, sendo dirigido pelo Centro de Ciên-qias Exatas de Naturais. No entanto, na-qüele ano, a reitoria elevou o Núcleo à con-dição de Centro de Geociências e nomeoupara dirigi-lo dois diretores pró-temporepara um mandato de dois anos: José Ri-cardo de Souza e seu vice. Terminado omandato em 87, realizou-se no centro elei-ções diretas para os cargos de diretor e vi-ce. No entanto, apenas a chapa do então di-retor — José Ricardo de Souza — concor-reu ao pleito, mas sem o apoio de váriosgrupos. O resultado da eleição foi sur-preendente: 97 votos para a chapa única e106 votos nulos. Diante da situação e como<5 regimento do Centro de Geociências nãoprevia tal eventualidade, os funcionários eestudantes pediram a anulação daseleições.

'; Porém, o diretor, segundo o represen-tante dos funcionários, Antônio Cândido,convocou o Conselho do centro — formadopor 13 professores, 4 funcionários e 4 estu-dantes — para decidir se a diretoria seriao)u não empossada. O Conselho decidiu darposse aos diretores para um mandato dedois anos, que expira em abril do ano quevem. Na semana passada, contudo, o rei-tor Nilson Pinto, de acordo com o diretordo CG, José Ricardo Souza, baixou umaportaria que antecipava o término do man-dato dos diretores para amanhã, dia 3. Odiretor decidiu, então, consultar novamen-te o Conselho de Centro, que homologou otérmino do mandato para abril de 90. Os'funcionários denunciam, porém, que hou-ve irregularidades na votação da últimareunião do Conselho. Segundo AntônioCândido, os representantes dos docentesrio Conselho não consultaram a categoriaantes de votar pela homologação do man-dato. "As pessoas estavam votando pelolado pessoal", diz Antônio Cândido. O dire-(br do centro, contudo, disse que passouuma circular assinada por todos os chefes

m Cosanpa virou mo-(( 1 da após o aumento

/l das tarifas", dissef\ ontem o presidente11 da Companhia de

Saneamento do Pará, HaroldoAraújo, que foi explicar aoConselho Estadual de Saúde,Saneamento e Meio Ambientea situação em que se encontrae empresa, sobretudo após oreajuste de 220% nas tarifas deágua e esgoto, autorizado emsetembro pelo governador Hé-lio Gueiros. Segundo ele, com aextinção do Banco Nacional deHabitação o setor não sabe aque ministério está subordina-do. "A Caixa Econômica Fede-ral não está preparada paraassumir o setor de saneamentono país", afirmou. HaroldoAraújo disse que, desde 1988,foram feitos 15 pedidos de fi-nanciamento para a execuçãode projetos, mas até hoje nãoforam aprovados.

Segundo Araújo, a tarifade água cobrada no Pará é amenor de toda a região Norte."Está sendo questionada até aconta mínima de água", decla-rou, explicando que a conta mi-nima — correspondente ao con-sumo de 0 a 10m3 por mês — éuma taxa paga pelo usuáriopor ter o serviço a sua disposi-ção. A conta, queera de NCz$1,90, com o reajuste passou pa-ra NCz$ 6,00. "Seria melhorque não se cobrasse nada, oque não nos parece justo", ob-servou. Ele ressaltou que comos preços antigos não podiaquitar os financiamentos oumanter o sistema de operaçõesda companhia. A legislaçãopermite, afirmou, que a tarifacobrada seja de até 15% do sa-lário mínimo. "Assim,considerou-se a viabilização dacompanhia, que ficou sob penade perder financiamentos e di-minuir a qualidade dos servi-

de departamento e colegiados do Centro,onde está garantido que não houve irregu-laridades na votação.

Alegando que o Centro de Geociênciasenfrenta dificuldades financeiras e de en-sino, os funcionários e estudantes do CGentraram em greve. Eles dizem, também,que a atual diretoria não "luta" por melho-rias no centro, "acomodando-se diante dasituação morosa". Segundo Cândido, o mo-vimento só será suspenso quando o Conse-lho de Centro decidir pela realização de.eleições diretas já. "Não queremos que oCG seja o único a não ter eleições diretasna universidade", diz.

O Centro de Geociências é formadopor 4 departamentos: Geoquímica, Geolo-gia, Geofísica e Meteorologia e, ainda, 15laboratórios. Tem mais de 60 funcionários,300 alunos e 50 professores. Os alunos deMeteorologia são contra a greve e não que-rem a saída da atual diretoria. A paralisa-ção tem o apoio do curso de Geologia, dosalunos de graduação e pós-graduação e de50% dos docentes. Na quarta-feira, funcio-nários do centro passaram um abaixo-assinado colhendo assinaturas favoráveisàs eleições, que será enviado ao reitor Nil-son Pinto.

"Ifso&x?

ços". No interior do Estado écobrado 80% da tarifa deBelém.

Haroldo Araújo informouainda que a Cosanpa recebia,por dia, mais de mil reclama-ções, que caíram em outubropara 400: "Mais de 50% destescasos são relacionados a vaza-mentos". Segundo ele, antes doaumento o usuário não eraobrigado a controlar seu consu-mo e desperdiçava água, expli-cando que o cálculo da contabaseia-se no "efeito cascata":quanto mais se consome maisse paga. "Detectamos muitoscasos de ligações onde um sósistema de água atende a di-versas casas. Isso ocorre, mui-tas vezes, em decorrência daprópria crise social", contou.Os relatórios finais sobre as re-clamações ainda não estãoprontos, mas o presidente daCosanpa se comprometeu asubmetê-los à apreciação doConselho o mais breve

possível.Correções

O presidente da Cosanpadisse que em setembro e outu-bro do ano passado e em feve-reiro, abril e maio deste ano astarifas de água não foram rea-justadas. "Em outubro tam-bém não houve correção", fri-sou. O aumento das tarifas,disse Araújo, tem de cobrirgastos com manutenção de es-gotos, depreciação de máqui-nas, encargos, pagamento depessoal e outros itens. "Só a fo-lha de pagamentos de novem-bro aumentará em 42%", afir-mou. Ele não soube informarse haverá novo aumento nospróximos meses, mas conside-rou "impraticável" não haverreajustes, acrescentando que òConselho de Administração es-tá tratando da questão. O pre-sidente da Cosanpa afirmou,também, que várias obras es-tão paradas devido à falta deinvestimentos: "No interior doEstado temos 15 cidades espe-

rando a realização de serviços,incluindo todo o sul". Os conse-lheiros aprovaram a propostado médico e ecologista CamilloVianna de fazerem uma visitaaos mananciais do Utinga,Agua Preta e Bolonha.

Haroldo Araújo, que tam-bém é conselheiro, foi ouvidopelo secretário de de Saúde Pú-blica e presidente do Conselho,Herundino Moreira, e pelosconselheiros Camillo Vianna,da Sopren; Walter da SilvaMonteiro, do Serviço de Saúdedas Forças Armadas; NilsonPinto de Oliveira, reitor da UF-Pa.; Humbertina Leão de Oli-veira e Oda Silva e Souza, doInamps; Rubens da SilveiraBrito, da Sudam; José Rodri-gues da Silveira Netto, do Insti-tuto Histórico e Geográfico doPará; José Homobono Paes deAndrade, da Fsesp; Paulo Ed-son Furtado, da Sucam, e LuisOtávio Mota Pereira, do.dnos. ;,,'„ .' \.;Z... :3!-

Nos cartazes, estudantes definem posição

Índice de casos demalária cresce nos

garimpos do AmapáNo Estado do Amapá, as doenças típicas de garimpo e

a metilação se associaram para debilitar a saúde da popu-lação rural. Nos dois casos, a situação é preocupante eagravada pela inexistência de um programa eficaz decombate e de prevenção. Assim, o Amapá já é um sériocandidato para assumir, nos próximos anos, a condição derecordista em casos de malária na Amazônia Legal, hojeocupada por Rondônia. Só no Hospital Geral de Macapáforam feitos 667 internamentos de adultos acometidos dadoença entre 1987 e o primeiro semestre deste ano. Um nú-mero aproximado de crianças foi tratado no Hospital dePediatria e 30 pacientes adultos foram tratados na Unida-de de Nefrologia, sendo registradas nove mortes.

O quadro, contudo, é impreciso, porque a Sucam nãotoma conhecimento de todos os casos, principalmente osocorridos na área de garimpo, onde a doença ganhou certograu de resistência devido à automedicação. Antônio Pi-nheiro Teles, médico da Secretaria de Saúde e do HospitalGeral de Macapá, vem realizando um cuidadoso estudoatravés da Unidade de Nefrologia (tratamento dos rins).Ele está preocupado, pois vem descobrindo situações cri-ticas entre a população. "A saúde no garimpo se configu-ra pela grande frenqüência de doenças tropicais. A mala-ria é a principal, mas são também preocupantes as doen-ças sexualmente transmissíveis, a leshimaniose, a hanse-níase, a tuberculose, as parasitoses intestinais e a hepati-te", explicou o médico. Ele disse que existem muitos ca-sos de garimpeiros contaminados de malária que necessi-tam de tratamento especializado, difícil de ser encontradono Amapá, e por isso acabam morrendo. "A doença podeevoluir, causando a falência de múltiplos órgãos, insufi-ciência cardíaca, insuficiência respiratória, coagulaçõesinterovasculares, infecção renal aguda ou crônica, e dis-túrbios de várias ordens", disse, acrescentando que a Su-cam faz um trabalho de campo e de maneira muitoprimária.

O médico informou que as cepas de plasmodium daAmazônia são altamente resistentes aos tratamentos ha-bituais e que a automedicação contribui para a gravidadedo quadro. Por isso, sugere que todas as ações básicas se-jam levadas aos garimpos, como já prevê o programa doInstituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Natu-rais Renováveis, como forma de obter maior eficácia nocombate à doença. Hoje, os Estados da Amazônia arcamcom a parte mais cara da malária, que é o atendimentomédico-hospitalar. "Estamos questionando a razão pelaqual os organismos internacionais não investem no Esta-do, para que as ações básicas sejam praticadas nos ga-rimpos, mais barato e racionalmente", declarou. Se nadafor feito, o médico acredita que no próximo ano a previsãode um milhão de casos de malária na Amazônia vai seconfirmar. "Nessa marcha, 10% dos 13 milhões de habi-tantes da Amazônia Legal vão ter malária no próximoano", calculou.Mercúrio também mata

No Amapá, contudo, não são apenas as doenças tropi-cais que dificultam a vida dos garimpeiros. O médico An-tônio Pinheiro Teles acredita que a contaminação pormercúrio é muito mais grave que as doenças típicas degarimpo, porque têm efeito devastador e de difícil recupe-ração. "Os estudos acerca da contaminação são precá-rios. Basta dizer que apenas cinco casos concretos foramidentificados no Amapá, mas aqui há mais de um século agarimpagem é feita com auxílio do mercúrio, que é lança-do à natureza e acaba contaminando tudo: homens, ani-mais e vegetais", disse. Os cinco casos detectados em ju-nho passado, contudo, confirmam que já existe um pro-cesso de evolução do mercúrio nos organismos vivos. Po-rém, o mais preocupante é que todos os meses são despe-jados 100 quilos de mercúrio nos mananciais do Amapá,um dos poucos Estados da Amazônia que preservam boaparte do seu ecossistema original.

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m galho de uma das mangueiras localizadas na avenida Nazaré, emfrente ao Colégio Nossa Senhora de Nazaré, desprendeu-se na noite de terça-feira, por volta das 23 horas. A queda do galho, que tinha mais de 25 metrosde extensão, provocou engarrafamento, corte no fornecimento de energiaelétrica e pane nos telefones dos prédios e residências situados no períme-tro. O sargento L. Santos, do Corpo de Bombeiros, que coordenou a operaçãode uma equipe no local,disse que o galho estava oco e quebrou na base deunião com o tronco, mas que não soube precisar se o dano foi provocado poração de cupins.

Utilizando machados e terçados, os bombeiros cortaram parte do galhoque estava obstruindo a avenida e depositaram no calçamento. O sargentodisse que a remoção seria feita ontem pelo Horto Municipal. A Celpa esteveno local para religar a energia, mas somente ontem o serviço deveria ser de-finitivamente concluído. O galho atingiu três fios de baixa tensão.

Passeata em defesa dosprédios históricos, hoje

Artistas, jornalistas, arquitetos, estu-dantes, sociólogos, historiadores e profes-sores realizarão hoje, a partir das 9 horas,uma passeata com velas e flores, em sinalde protesto contra as demolições de prédioshistóricos, que vêm sendo feitas em Belém.A passeata sairá da frente da casa do go-vernador, na avenida Magalhães Barata,onde dois chalés — apesar de muitas mani-festações da população —, foram destruídose até hoje nada foi erguido no local. Segun-do Elna Trindade, da Associação em Defe-sa de Belém, a manifestação é política, masnão partidária. "Queremos convocar a po-pulação a participar da passeata para quepossamos alertá-la para o que vem sendofeito com esses prédios, que são o registroda nossa memória. É a história de Belémque está sendo destruída", afirmou.

A passeata, segundo Elna, também ser-virá para mostrar aos proprietários o valordos prédios históricos. "A destruição estáocorrendo devido à especulação imobiliáriae o provincianismo de uma meia dúzia deempresários que, com a conivência de au-toridades constituídas, cometem erros queem nenhum lugar civilizado do mundo sãopraticados", observou, explicando que, narealidade, o protesto será mais um lamen-

to, pois todos os manifestantes estarão deluto. A passeata percorrerá a MagalhãesBarata, Nazaré, Assis de Vasconcelos, Os-valdo Cruz, Presidente Vargas, PresidentePernambuco, Gentil Bittencourt, terminan-do no cemitério da Soledade. No percurso,serão lembradas as 14 estações da Via Sa-era, que corresponderão aos 14 prédios queforam ou que podem ser destruídos, comoa antiga sede do Lions, residência da fami-lia Chaves, e o antigo Grande Hotel, entreoutros. Nesse momento, os manifestantesfarão, além das denúncias, algumas perfor-mances e leituras de textos baseados nas se-te últimas palavras de Cristo.

Belém viva

Ao tomar conhecimento da passeata fú-nebre o governador Hélio Gueiros estra-nhou, mas disse que não condena asmanifestações de protesto contra o que es-tá errado. "Não há necessidade de fazer ummelodrama para atingir o espirito da popu-lação paraense, que é vivo, ágil, entusias-mado", exclamou. "Belém nunca morrerá,nem agora, nem depois, porque ela está vi-va, vibrante, alegre, assim como todo o Pa-rá", disse Gueiros.

6 OPINIÃO O LIBERAL Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989

Se peru fala e boi voa,o oaís anda delirando

lubz pinto-

Novo personagem em cena.Nos bastidores correm cama-reiras, maquinistas, ilumina-dores, direção, assistentes,autores, o "ponto" anda tontoe a orquestra se atrapalha. To-dos se atropelam. Entre vaiase aplausos, a platéia se divide.No palco sobe Sílvio Santos eo espetáculo recomeça. Já per-to do ato final, ou da urna, vaimudar o quadro eleitoral.

A hora é da ópera bufa.Mas é tão transparente

que mostra como as articula-ções dos insatisfeitos, dos pre-viamente perdedores, dos de-sesperadamente frustradoscom seu distanciamento do po-der estão tentando fazer daeleição uma brincadeira demo-crática.

Ainda assim, quem con-corre está sabendo que Presi-dência da República é um bomnegócio — e não é brincadeira.Lamentável que assim seja,pois o cargo que deveria estarà disposição do país e não des-se ensaio messiânico que esta-mos assistindo, computado oúltimo voto, no primeiro ousegundo turnos, será proprie-dade de um homem e sua equi-pe e não da sociedade.

Não se discute o direitodos pretendentes à candidatu-ra ou à Presidência. Mas é fun-damental discutir-se a quali-dade do cidadão que está deolho no Planalto. Isso porque,candidato por candidato, po-deríamos ter também Xuxa,Pele, Faustão, Tieta do Agres-te e até Adelaide, a anã para-guaia, se o processo eleitoralnão deixasse de ser essa ficçãoem que o estão transforman-do.

O "fato novo" previsto pe-Ia vidente Neila Alkmin nes-sa eleição esotérica não estátão mergulhado no alguidardas pitonisas e, como denunciao empresário Antônio Ermírio

Nomes & Fatos—Transplante — Minas acaba de reali-

zar o seu primeiro transplante de fígado,que também é o segundo do país. A cirur-gia começou às 17h30m de anteontem e ter-minou aos 30 minutos de ontem. Segundoo chefe da equipe médica que realizou aoperação, Wilson Luiz Abrantes, o pacientereceptor do órgão, Reinaldo Rodrigues Du-tra, de 18 anos, está no CTI, mas passabem. Ali ele deve permanecer por 72 ho-ras, sendo tratado à base de corticóides pa-ra evitar rejeição.

Reinaldo Rodrigues sofria de cirrosehepática secundária, uma moléstia causa-da por distúrbio genético do metabolismodo cobre. O elemento acumulou-se em vá-rios tecidos do seu organismo provocandomuitas lesões, entre as quais a cirrose dofígado. Há cinco anos se tratando no Felí-cio Rocha, Reinaldo teria somente maisseis meses de vida se não recebesse o ór-gão transplantado.

A Fundação Felício Rocha foi quembancou os custos da operação que, segun-do informações do próprio hospital, custa-ria, nos Estados Unidos, cerca de US$ 300mil (NCz$ 1,5 milhão). O doador foi um ho-mem de 38 anos que morreu de acidentevascular cerebral hemorrágico. Ele doounão só o fígado, mas também os rins, cór-neas e coração beneficiando, ao todo, seispacientes.

Motim — Os boatos de um motim datripulação do "Kirov", o contratorpedeirolançador de mísseis de propulsão nuclear,um dos navios mais modernos da frota so-viética, foram desmentidos ontem pelo jor-nal "Estrela Vermelha", órgão das ForçasArmadas Soviéticas.

De acordo com esses rumores, a tri-pulação do "Kirov" teria se recusado aobedecer ordens do Estado Maior depoisde entrar em águas territoriais da Islân-dia. O jornal não esclarece quando ocor-reu esse suposto incidente.

Um repórter do "Estrela Vermelha"encontra-se a bordo do navio que, afirma,"está em porto e não saiu dele desdeagosto".

Punição — Toujan Faisal, uma jorda-niana que se candidatou às eleições par-lamentares do próximo 8 de novembro, emseu país, causou a ira dos muçulmanosfundamentalistas, que pediram a um tri-bunal religioso islâmico a declaração dasua incompetência (como mulher), a dis-solução do seu casamento e a concessãode imunidade para qualquer pessoa que amatar.

Toujan, candidata por Amman, a ca-pitai da Jordânia, afirmou que o caso notribunal islâmico — no qual é acusada deabjuração e blasfêmia — foi apresentadodepois que ela recebeu uma série de tele-fonemas anônimos, com seus interlocuto-res ameaçando-a de morte caso nãoretirasse a sua candidatura.

Observadores disseram que o caso deToujan Faisal foi dirigido contra uma va-riedade de tendências políticas que emer-giram no clima de liberdade e de aberturacaracterísticos da atual campanha eleito-ral jordaniana. Partidos políticos que seencontravam na clandestinidade desde1957 tiveram permissão para participar dopleito.

E em sinal do descontentamento ofi-ciai com o caso, o jornal

"Saut Al Shaab"de propriedade do governo, publicou umacritica severa aos fundamentalistas islã-micos, afirmando que enquanto o islã pre-ga o amor e a gentileza os extremistasusam a religião para levar adiante seuspróprios interesses.

A candidata, que tem defendido umaplataforma política contra a exploração de

de Moraes, é mais um "enten-te cordiale" com intençõesbem definidas.

Analistas políticos já es-tão classificando a candidatu-ra de Sílvio Santos como um"vírus oportunista" num paíssem defesas imunológicas nademocracia com ares de pa-ciente de uma equipe médicaque não sabe fazer diagnósti-cos. Mas a ilustração pode seroutra: o "fato novo" é estragara guerra com baladeira.

O candidato de inspiraçãodivina — o aiatolá Khomeinitambém o foi — chega à im-prensa se dizendo um neófitoem política e declarando quenão tem programa de governo.

Pura enteomania que re-vela o desrespeito com que es-tá sendo tratado o eleitor efruto da operação SS. O "fatonovo" pode até ser visto comoprograma de auditório, masestamos à caça de presidente.

Há razões demais paraque tenhamos essa eleição,mesmo admitindo erros de es-colha no futuro. Mas que essaescolha se faça com um mini-mo de bom senso.

Há razões demais, diantedesse enredo de malucos, paraque o eleitor prove que quemestá patrocinando essa brinca-deira não é ele e que se recu-sara a pagar a conta de dívidasque não contraiu.

Há razões demais parapressentir que se o peru fala eo boi voa, há algo de podrenesse reino, como pode haverna Dinamarca ou na Colôm-bia. Porque a corte tem algoque a identifica em qualquerpaís, em qualquer idioma, emqualquer realidade. Se há maucheiro, ainda que os narizesmais insensíveis não consigampercebê-lo com precisão, issonão modifica o fenômeno dadecomposição.

crianças e o espancamento de mulheres,declarou que o caso tem motivação poli-tica, e não religiosa.

O Partido da Irmandade Muçulmana,uma organização fundamentalista islâmi-ca, negou qualquer envolvimento no casocontra a candidata. Um porta-voz do gru-po, Ziad Abu Ghanimeh, afirmou que es-ta é uma tentativa de denegrir a imagemda irmandade, mas admitiu que alguns deseus candidatos são contra a entrada dasmulheres no mercado de trabalho poracreditarem que "o lugar delas é em ca-sa, cuidando das crianças e do lar".

Sanções — O México não apoiará ne-nhuma resolução da Organização dos Es-tados Americanos (OEA) contra oPanamá na próxima reunião hemisférica,disse o chanceler mexicano FernandoSolana.

O chanceler afirmou também que ogoverno da Nicarágua está fazendo um es-forço enorme para celebrar eleições "lim-

pas e transparentes"."O México não considera que deveapoiar sanções contra nenhum país... OMéxico não julga outros governos", decla-rou Solana, reafirmando assim a políticaexterior mexicana que às vezes esteve emconflito com acordos tomados na OEA pa-trocinados por outros países.

A OEA, segundo Solana, deverá seconcentrar mais em questões e problemashemisféricos e não regionais agora que oCanadá entrou para a organização paratransformá-la em um verdadeiro foro dasAméricas."A OEA deveria se preocupar maiscom a desigualdade econômica, o narco-tráfico, o meio ambiente, e com o fato deque nos últimos anos a brecha entre os quetêm e os que não têm aumentou", acres-centou o chanceler. "A OEA já dedicouquatro reuniões ao problema panamenhoe o México manifestou seu ponto de vista.O México acredita que os problemas doPanamá devem ser resolvidos pelos pana-menhos e não fora do Panamá".

O México é um dos quatro países queainda mantêm embaixadores no Panamá.Outros países chamaram de volta seus em-baixadores como demonstração de descon-tentamento com o general Manuel AntônioNoriega, comandante das Forças de Defe-sa e homem forte do país, que está sendoacusado de ter anulado as eleições presi-denciais de maio."Nós não usamos o reconhecimento ouo desconhecimento, a retirada ou o enviode embaixadores como instrumento deação internacional porque o consideramoscomo uma forma de intervenção", en-fatizou.

Turismo — Uma nova invasão de tu-ristas argentinos atingirá o Brasil no pró-ximo verão se o câmbio continuarfavorável ao austral na sua relação como cruzado novo. A estimativa é de que o to-tal chegue a um milhão de pessoas, nume-ro superior ao registrado em 1989, de 800mil pessoas. A previsão é do representan-te da Associação das Agências de Viagensde Buenos Aires e também do presidenteda Associação Latino-Americana de VideoTurístico, Osvaldo Alfredo Rovetto, que la-menta a relutância dos hoteleiros do Bra-sil em fechar pacotes turísticos.

Rovetto explica que a Associação dasAgências de Viagens de Buenos Aires re-presenta 1.500 empresas da capital argen-tina e é considerada um termômetro damovimentação turística do vizinho pais. Oconglomerado responde por 60 por centodos turistas que vêm ao Brasil e tem re-cebido muitos pedidos de informações so-bre preços e roteiros para o Brasil.

4,

(Coluna do Castello)

Sarney afinaltem candidato

O presidente José Sarney tem afinal umcandidato à sua sucessão, o apresentador Sil-vio Santos, sujeito embora a impugnações. Eleé o único que não se envergonha de desfrutarda intimidade do chefe do governo. "Gosto deSarney", disse. Ele gosta também de Figueire-do. Isso é o máximo de desafio à conjuntura po-li tica que pretendeu excluir o presidente da suasucessão, a pretexto de que Sarney não se des-vinculara dos processos do regime militar aque serviu e continuava a ser uma peça do ve-lho e corrupto sistema, embora tenha se alia-do ao PMDB e a 1_tncredo para derrotar ogoverno Figueiredo e seu candidato.

Como se sabe, quase todas as candidatu-ras presidenciais existentes foram montadas apartir da verificação de que o eleitorado repu-dia Sarney e tudo quanto dele se aproxima. Arejeição ao governo e ao que ele representa es-tá na base das campanhas vitoriosas de 1988e das campanhas atuais de Brizola e Lula. Fer-nando Collor de Mello armou uma legenda par-tidária para dar seqüência à sua luta contra osmarajás ampliada nacionalmente no combatea Sarney e ao que ele representa. AurelianoChaves, para ser admitido como candidato doPFL, teve de demitir-se do Ministério e afastar-se politicamente de Sarney. E Ulysses Guima-rães, para dominar as convenções do PMDB,repudiou sua aliança com o presidente, aliou-se a Waldir Pires e armou-se candidato de umacruzada anti-sarneyista, até aqui aliás semêxito.

O presidente vai continuar dizendo que émagistrado, que não tem candidato, etc. Tudobem, mas é humanamente compreensível queele esteja ao lado de quem não o repele e acei-ta sua intimidade e sua amizade. Afinal os de-mais fogem dele como o diabo da cruz. Paramaior felicidade de Sarney o 'showman' desfru-ta de popularidade, pode chegar ao segundoturno e ainda melhora as perspectivas eleito-rais do seu grupo no Maranhão. Collor, ali, éJoão Castello, que poderia por aí recuperar ascondições de enfrentar Sarney Filho na dispu-ta do governo. São razões subsidiárias mastambém válidas para justificar a irrecusávelsatisfação com que o chefe do governo, no oca-so do seu mandato, vê no páreo alguém que afi-nal se intitula seu amigo.

A suspeita de que o presidente da Repúbli-ca estava por trás do estímulo dado a cândida-tura de Sílvio Santos foi respaldada pelosempresários paulistas, principalmente por An-tônio Ermírio de Moraes, que revelou ter sidopessoalmente convidado por Sarney, no dia 4de setembro na granja do Torto, para

—O LIBERAL

candidatar-se. Convite que recusou por consi-derar inadequado ingressar numa disputa quejá ia avançada. Ermírio julga severamente opresidente. E seus pares paulistas, embora nãoo digam expressamente, também acham queSarney está por trás do concessionário de ca-nais de televisão. A fortalecer a suposição aíestá a presença de políticos da grei de Sarney,como o maranhense Lobão e o ministro JoãoAlves, na elaboração do infeliz episódio quevem perturbar uma sucessão já de si tão malcolocada.

A felicidade do presidente, no entanto, po-de não ser duradoura. A Justiça Eleitoral teráde examinar objeções fortes à consolidação dacandidatura aventureira do apresentador deprogramas. A primeira delas, que não será con-siderada explicitamente, de ordem moral, poiso princípio da substituição de candidatos emfinal de campanha existe para impedir que pormorte ou acidente grave partidos ou correntesde opinião fiquem sem poder disputar o gover-no. Razões morais não costumam ser levadasem conta. Mas há vedações legais que terão deiser examinadas. Sílvio Santos, como ninguémignora, é concessionário de canais de televisão.Pouco importa que ele seja formalmente dire-tor. Ele é dono, foi ele quem recebeu o benefí-cio do poder público, benefício que aConstituição rotula de "concessão". E a lei ve-da a pessoas com esse privilégio se cândida-tarem a presidente da República.

Correrão prazos e debates antes que os juí-zes decidam, se é que as habituais dilações daJustiça conduzam o assunto até uma decisão.Até Ia o empresário fica apenas na suposiçãode que o simples anúncio da sua candidatura,que o eleitor receberá sob o nome de um ricolíder religioso (aí todos são ricos, só o eleitorde Santos é pobre), emocione e mobilize os ou-vintes que não se limitam ao auditório da TVSem São Paulo mas se estendem às copas cozi-nhas de todo o país. O senador Marcondes Ga-delha por aí deverá ampliar muito sua faixa depopularidade na Paraíba.

O fim do PFLComo se sabe, o PFL está com todos os can-

didatos, menos com Aureliano Chaves. Há par-lamentares e ministros com Collor, com Afif,com Covas, com Maluf e agora com Sílvio San-tos. A filiação do senador Hugo Napoleão, seupresidente, e do senador Marcondes Gadelha,seu líder ao PMB, é o toque de silêncio na se-pultura do malogrado partido.

Carlos Castello BrancoAJB

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/ÜSJ ASSOCIAÇÃOSACIONAIIJfMRMAIS

Joelmir Beting

Um mercadopara 6,2% I

Com reajuste mensal de 46%, o sa-;lário mínimo deveria fazer a alegria de14,8 milhões de brasileiros. Aqueles cígdadãos de segunda classe que traba^lham por um salário mínimo. Olimenos. Acontece que nem todos os as-salariados dessa faixa de sub-rendatêm registro em carteira. A maioriatrabalha por menos de um mínimo ofi-ciai, sem qualquer centavo de segurosocial.

Os dados são do Anuário Estatis-tico do IBGE, edição 89. Com o aden-do do século passado: 6,2 milhões depatrícios mal ganham um dólar pordia. E outros 6,4 milhões sobrevivemsem dinheiro: trabalham por casa e co-mida. Provavelmente, uma vida menossofrida que a dos que não ganham se-quer o piso nacional.

Acima de 10 salários mínimos, pri-meiro pavimento da sociedade de con-sumo, trafegam apenas 3,7 milhões debrasileiros. Ou 6,2% da população eccpnomicamente ativa, estimada em 59,ámilhões. Um mercado interno real,mente subdesenvolvido.

Fábrica de serviçoJá imaginaram a Autolatina pa-

gando ISS no lugar do ICMS? São Berardo acabaria ungida pelo toque de Mi-das. Pois é o que ainda vai acontecer— se o Congresso Nacional deixar pas-sar, com casca e tudo, lei complemen-tar que reclassifica atividadeseconômicas na categoria de serviços,sujeitas à tributação do ISS. Entre ou-trás novidades da vasta lista, a "mon'rtagem industrial". Automóveis (teletrodomésticos, por exemplo, passa-riam a recolher ISS na condição de in-dústria de serviços.

Quem defende a lei complementaré a Frente Nacional de Prefeitos dasCapitais, "lobby" político que fez en-contro, esta semana, no Anhembi, eníSão Paulo.

Suicídio fiscal [Governadores torcem o nariz para

o atrevimento fiscal dos prefeitos. Cló-vis Panzarini, da Secretaria da Fazen-da paulista, resume a coisa: 1) Osprefeitos apostam na balbúrdia jurídi-ca do sistema tributário; 2) A nova lis-tagem de serviços é um assalto aoscofres estaduais e um autêntico suicí-dio fiscal; 3) Para os municípios maisvale participar com 25% do ICMS doque arrecadar de 10 a 5% do ISS — im-posto municipal mal cobrado.

Negócio amadorEmerson Fittipaldi vai convidar

Ayrton Senna para competir na Fórmu-Ia Indy. E justifica:"A Fórmula Indy é um negócio quevirou esporte e a Fórmula 1 é um es-porte que virou negócio. Para quem jáé campeão, já chegou lá, é melhor tra-balhar com profissionais e não comcartolas amadores. A punição de Sen-na, pela cartolagem da FIA, foi umapatriotada gaulesa".

Talento punidoQual foi o "grave acidente" provo-

cado até hoje por Ayrton Senna? Ne--nhum. Andar no limite da máquina - eda melhor máquina - não é para quemquer, é para quem sabe. Não basta co-ragem. É preciso talento. Rei da "po-le", Senna está sendo punido pelotalento.

Se a moda pega, o negócio da FIAé dar o título ao último colocado. Quemcorre lá atrás, sem carro e sem peito,não ameaça nem pressiona ninguém.

Em ponto mortoA capacidade instalada do setor

automotivo manteve-se praticamentecongelada nos anos 80. Os investimen-tos cobriram apenas a modernizaçãodas linhas e não a ampliação daspróprias.

Nas autopeças, os investimentos dadécada não chegaram a US$ 3 bilhões.

Secos e molhados1. Queda supimpa no "black" não

foi notícia. Na alta, a explicação é po-lítica. Na baixa, a justificativa étécnica.

2. A carona do animador SílvioSantos no bonde eleitoral alarga a in-certeza na composição da dobradinhapara o segundo turno.

3. No mercado financeiro, o cha-mado efeito baú vai ter de aguardar asprimeiras pesquisas eleitorais, na se-mana que vem.

4. O Conselho Curador do FGTS játem data para a posse solene: dia 8.Ontem, o FGTS faturou uma correçãorecorde de r

5. Primeiro presidente do BancoCentral sacramentado pelo Congresso,Wadico Bucchi promete lutar, no car-go, pela autonomia do BC.

6. Não houve mudanças na cader-neta. O governo preferiu esvaziar a bo-,Ia de aplicações que concorrem com acaderneta.

7. A União Soviética já tem metaspara 1990: expansão de 2,3%, inflaçãoexplícita de 12%. desemprego explíci-to de 3,5%.

8.1hmbém explícito, o déficit públi-co vai sofrer um choque fiscal: cairápela metade. De US$ 190 bilhões paraUS$ 95 bilhões.

Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989 O LIBERALBIBLIOTECA PÚBLICA DO PAf_A

Secçso de Obras do Pare&^^M_M__f* iníi' mm—aa—ki —.—- — .—.— .,....¦—^_-mm—--J.—éi1

CIDADES 7

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Os equipamentos vão produzir 80 toneladas por hora.

S! Usina representa 40%; de economia nos

gastos com asfalto_; A usina de asfaltoâa Prefeitura Municipaljle Belém estará funcio-hándo já no próximo dia20. A informação foi da-da ontem pelo secreta-rio municipal de Obras,Maurício Almeida. Comcapacidade de produçãode 80 toneladas por ho-ra, a usina representaredução de 40% nos gas-tos mensais que a Pre-feitura Municipal de Be-lém tem com a aquisi-ção de asfalto junto àsempresas privadas.Atualmente essa despe-sa está em cerca deNCz$ 500 mil.

Segundo MaurícioAlmeida, a usina de as-falto vem estabelecerum padrão de equilí-brio: "Com isso, a Pre-•feitura terá condiçõesde atender à adminis-tração direta e indire-ta". O secretário disseque a iniciativa nasceuda preocupação do pre-feito Sahid Xerfan coma concretização de todosos trabalhos relativos aoasfaltamento do siste-ma viário. "Após a veri-ficação da situação do"fornecimento de asfaltopara as obras munici-pais, reconheceu-se quea PMB estava muito de-pendente das empresas

privadas, o que contri-buía para torná-la de-pendente e conduzia aoatraso das obras, pois amatéria-prima provi-nha do Ceará", disse osecretário.

Embora a usina te-nha sido criada parafornecer asfalto única-mente para a PMB, ain-da vigoram contratoscom empresas fornece-doras do produto.

"A fi-nalidade não é estatizaro serviço e sim criarmais uma opção, visan-do atender aos 650 quilo-metros de vias asfalta-das de Belém", observaAlmeida. Utilizandoequipamentos de fabri-cação nacional, a usinaestá situada na rodoviado Tapanã, ao lado dofuturo cemitério-parquede Belém. Um técnicoda Semob, CândidoAraújo Filho, foi desta-cado para estágio de 15dias em São Paulo, ondecolherá subsídios sobreo funcionamento da usi-na de asfalto. A Semobtambém está progra-mando o treinamento depessoal especializadopara operar o novo equi-pamento, que segundoMaurício Almeidat, '-'en-.volve alta tecnologia".

FinadosAristóteles Miranda

Uma das grandes contribuições do imaginárioocidental-cristão aos nossos dias é o Dia de Finados. Suaorigem remonta, provavelmente, ao início das Eras, aoaparecimento do próprio homem. Estava presente nasantigas civilizações, como a egípcia, sob forte tutela doEstado, assim como nas sociedades ditas "primitivas",onde co-existe até hoje ao lado de modernos rituais fi-nisseculares.

(. Tentar interpretar aprofundadamente o significadodo Finados envolveria lançar mão de princípios filosó-ficos, religiosos, metafísicos e, até, morais, demandan-

. do um longo tempo para tal ou, quem sabe, toda aexistência de quem se aventurasse a penetrar neste in-trincado labirinto de significados, seus valores e pre-

.ceitos... Com sua aura de mistério e recolhimento, o dia con-..sagrado aos mortos envolve, acima de tudo, uma situa-( ção de meditação, onde o ser humano se procuraria ou' ;buscaria explicações para o mistério da vida cristalizado: na realidade inquestionável da morte. Apesar das mo-"dificações sofridas pela sociedade, com a massificação0 pelo consumo, pensar nos mortos, cultuá-los de alguma

maneira, resiste às transformações porventura pre-/sentes.n,- A dualidade morte/vida tem sido tema de inúmeras,,obras literárias. Poderíamos citar o "Hamlet", de Sha-rêspeare, com o seu famoso monólogo do "ser ou não'ser'; Machado de Assis, com "Dom Casmurro", onde o"defunto-autor", libertado da vida, libera sua verdadei-ra face; João Cabral de Melo Neto, com "Morte e Vida

_ Severina", onde questiona a própria vida e suas relações-„com o Estado e o Poder.cj ¦ Mais longa seria a citação de poetas e poemas. Fi-_, cariamos somente com Vinícius de Moraes e a "Balada

dos mortos dos campos de concentração" ou "A manhãdo morto" sem esquecer o "poeta da morte" Augusto dosAnjos e seus lúgubres versos como"Eu sou aquele que fizou sozinho

fi" Cantando sobre os ossos do caminho•' A poesia de tudo quanto é morto!"

Até há alguns anos atrás a programação das rádiosneste dia constava de homenagens a artistas já faleci-dos, com suas vidas e obras sendo repassadas aos ou-vintes, ou uma seleção de músicas eruditas, coisa rara0 de se ouvir em rádio. Com o advento das "FM" tudo isto'desapareceu, dando lugar a uma programação totalmen-

3 te "pasteurizada" .e alienante.Hoje em dia a celeridade do tempo vai deixando me-

nos espaço para questões existenciais como a questão" vida/morte. No máximo, o que se vê, utilizando um tro-cadilho infame, é que "a vida está pela hora da morte"._ O questionamento maior nos nossos dias restringe-se -

quanta pobreza - em saber se o feriado será antecipadoou não, nisto envolvendo uma querela política e religio-

:' sa. Aqueles que vao visitar as sepulturas de seus paren-•'tes ou amigos defrontam-se com um batalhão de¦ vendedores de flores, velas, areia, comida, etc, à portados cemitérios, tendo que se preocupar, também, coma sua segurança pessoal no interior destes, uma vez que; os "amigos do alheio", também lá, já exercem a sua "ati-o vidade profissional".

Mesmo assim, superior a tudo isto, resiste um sen-timento de recolhimento, piedade e meditação. E per-sistirá enquanto o homem tiver dentro de si uma fagulhade sensibilidade, enquanto não se embrutecer de vez.

No mais, é lembrar Manuel Bandeira e o seuPoema de Finados

Amanhã que é dia dos mortosVai ao cemitério. Vai

E procura entre as sepulturasA sepultura de meu pai.

_>Oi

_;

l_eva três rosas bem bonitas.Ajoelha e reza uma oração.

Não pelo pai, mas pelo filho:O filho tem mais precisão.

O que resta de mim na vidaE a amargura que sofri.

Pois nada quero, nada espero.E em verdade estou morto ali.

Xerfan anuncia benefícios ao gservidor durante solenidade

A instituição docheque-alimentaçãoé um deles. Outro,

a criação de umconcurso dirigidoao funcionalismo

do município.

1T"'"ir

A

instituição do cheque-alimentação para osfuncionários públicosmunicipais, os lança-mentos do jornal inter-

no e da campanhaFuncionário-Destaque 1990, aimplantação do plano diretordo sistema de informática paraos serviços do Instituto de Pre-vidência do Município de Be-lém e a inauguração de umasala especial para pequenas ci-rurgias fizeram parte da sole-nidade presidida na manhã deontem pelo prefeito de Belém,Sahid Xerfan, no IPMB. Apósdeclarar que

"graças ao apoiode todos os servidores munici-pais nesses dez meses de tra-balho à frente da PrefeituraMunicipal de Belém já esta-mos conseguindo reverter oquadro sombrio que encontra-mos ao assumir o nosso man-dato", Sahid Xerfan disse queo jornal do IPMB — que estarácirculando normalmente a par-tir deste mês — "surgiu da ne-cessidade de se estabelecer umcanal mais amplo e direto decomunicação entre os servido-res e beneficiários, fornecendoinformações atualizadas sobreos serviços oferecidos a todosos funcionários e obtendo sub-sídios para a melhoria da qua-lidade do atendimento".

Sobre a escolha doFuncionário-Destaque de 1990,o prefeito disse que

"tem por

finalidade promover a valori-zação e resgate da imagem

Profissional do servidor da

MB, estimulando-o a umaparticipação mais consistenteno desempenho de suas respon-sabilidades". O concurso terá

,duas etapas:,_na,prjmeira cada.,organismo da PMB apresenta-rá o seu funcionário-padrão e,na segunda, será feita a esco-lha final. A premiação será nodia 28 de outubro, dedicado aoFuncionário Público. Xerfanfez questão de enfatizar que ocheque-alimentação represen-ta "o

ganho mensal indireto decerca de 30%, devido ao prazomédio entre a aquisição de gê-neros alimentícios e o respecti-vo desconto. Esse benefício éestendido a todos os servido-res, aposentados e pensionistasda PMB". O valor do chequeeqüivale a 30% da renda brutado servidor, que poderá com-prar gêneros alimentícios em

*~ _____¦] ____SS___T9____£________*"-^ ''¦" ~ . ;sfcí

O prefeito observa a sala destinada a pequenas cirurgias.

qualquer supermercado da fir-ma Cardápio Ltda, que firmouconvênio com a PMB. Umavantagem adicional é o seguro-alimentação, no valor de 12 sa-lários mínimos, que será con-cedido à família do servidorque falecer. O prefeito falou,também, sobre a implantaçãodo plano diretor do sistema deinformática, o qual, segundoele, proporcionará maior eficá-cia e constante aperfeiçoamen-to das atividades do IPMB.

A sala destinada a peque-nas cirurgias, anexa ao postode urgência do Instituto, estaráà disposição dos servidores que

precisarem de atendimento deurgência, reduzindo gastosoperacionais. Segundo SahidXerfan, a sala faz parte de umprograma que pretende ofere-cer aos beneficiários um aten-dimento geral na área de saú-de. O prefeito encerrou a sole-nidade cumprimentando a di-reção do IPMB, em especial aodiretor, médico José RobertoVelho da Cruz, e a todos os fun-cionários, "que muito têm tra-balhado para melhorar o aten-dimento dos que buscam osseus serviços".

PrevidênciaJosé Roberto Velho da

Cruz destacou o trabalho doIPMB em procurar conheceras necessidades mais urgentesdo servidor, para que sejamatendidas da melhor formapossível. Ele informou que ojornal do IPMB — que serácoordenado por Jessé Guima-rães e assessorado pelo jorna-lista Aldemyr Feio —- circularátrimestralmente, com umaedição de 12 mil exemplares,que serão distribuídos a partirdeste mês junto ao contra-cheque de novembro a todos osfuncionários ativos, inativos epensionistas da PMB. José Ro-berto Cruz disse que o plano di-retor do sistema de informáti-ca, a ser implantado atravésde convênio com a Companhiade Informática de Belém, emsua primeira etapa vai funcio-nar apenas no Departamentode Finanças, e posteriormenteem todos os demais setores doIPMB.

Privilegiado

José Roberto também fa-lou sobre o Encontro Nacionalde Presidentes de Institutos dePrevidências Estaduais e Mu-nicipais realizado em Na-tal(RN), no mês passado. Se-gundo ele, o Pará está numa si-tuação privilegiada, pois é oúnico Estado a cumprir seusrepasses de encargos, tanto naesfera municipal como esta-dual. O governo do Estado e aPrefeitura, afirmou ele, vêmentregando mensalmente aosrespectivos institutos de previ-dência o valor descontado dossalários dos funcionários. Par-ticiparam da solenidade quemarcou também a comemora-ção do Dia do Funcionário Pú-blico os secretários municipaisde Obras, Maurício Almeida;de Administração, Clélia Oli-veira; da Saúde e Meio Am-biente, Carlos Vinagre; odiretor-geral da Sespa, PauloBarroso; a diretora do Hospi-tal das Clínicas do Pará, LauraRossetti; e o presidente daCompanhia de Informática deBelém, Luiz Paulo Malcher.

PMB vai realizar carnaval de 90Sobre a decisão da Liga das Escolas de

Samba de Belém de não participar do desfileoficial do carnaval de 1990, promovido pelaPrefeitura, o prefeito Sahid Xerfan disse on-tem que ' 'o cama vale do povo, não é proprie-dade de ninguém, por isso, acredito que em1990 será realizado normalmente, como vemacontecendo nos últimos anos". A programa-ção do carnaval, informou, está sendo elabo-rada pela Secretaria Municipal de Educaçãoe Cultura, que fará sua operacionalização.Xerfan fez questão de frisar que continuadisposto a dialogar com a Liga,pois acreditaque as duas partes chegarão a uma soluçãosatisfatória.

Segundo o prefeito, a decisão da Liga

ainda vai provocar muita polêmica, já que,segundo ele, a diretoria do "Quem São Eles"não está disposta a cumpri-la, mesmo cor-rendo o risco de ser expulsa da Liesb, confor-me teria afirmado o presidente da entidade,Mário Couto. Xerfan disse que não há conota-ção política nessa decisão da Liga e adiantouque, "após esfriados os ânimos", pode-sechegara um consenso para a viabilização docarnaval, principalmente o de rua. O prefei-to também afirmou que, no momento, é in-viável dar ao carnaval de Belém um caráterempresarial. "Tudo indica que chegaremoslá, já que a criação da Liesb foi o primeiropasso. Mas não agora ", disse Xerfan.

OAB aUma cópia do projetode Ronan Tito foientregue à entidade.

póia Estatuto da Criança

A

presidente da Fundação do Bem Es-tar Social do Pará, Adelayde LimaSoares, entregou ontem ao presidenteda Ordem dos Advogados do Brasil-

Seção Pará, Milton Nobre, uma cópia do pro-jeto de lei de autoria do senador Ronan Tito,que estabelece a criação do Estatuto daCriança e do Adolescente, que deverá ser vo-tado em dezembro pelo Congresso Nacional.Segundo Adelayde, existem duas correntestrabalhando para aprovar suas propostas:uma quer a permanência do Código de Meno-res e a outra — na qual se insere a Fbesp —pretende sua revogação pelo estatuto. "Cercade 69 mil crianças e adolescentes serão bene-ficiados com a aprovação integral do estatu-to; eles têm de ser entendidos como sujeitosde direitos. A questão do menor é puramentesocial e não policial", afirmou.

a cópia do projeto de lei foi entregue porseis crianças atendidas pela Fbesp. Repre-sentando a diretoria da instituição acompa-nharam os meninos, além da titular daFbesp, a coordenadora de Idosos, VitalinaFonseca; a diretora executiva e metropolita-na, Suleima Pegado; o assessor jurídico, Ro-berto Martins; o assessor de Relações Públi-cas, Moacir Drago Calandrini; e a gerente doCentro Social do Coqueiro, Celda Souza. Ade-layde Soares entregou, ainda, a moção de ir-restrito apoio ao Estatuto, aprovada duranteo XXIV Fórum Nacional de Secretários deEducação, que aconteceu em outubro emBelém.

Um documento dó Momento Nacional pe-lo Estatuto da Criança e do Adolescente —movimento de pressão que visa aglutinar oapoio principalmente de parlamentares emtorno da aprovação da iniciativa —, contendoexplicações básicas sobre o projeto, tambémfoi entregue a Milton Nobre. De acordo com odocumento, espera-se que o Estatuto seja"um instrumento jurídico da mobilização na-cional para que a maior riqueza do Brasil — ainfância e a adolescência — possa ser preser-vada e desenvolvida no sentido da construçãode uma nação próspera, livre, justa esolidária".

HuÉ-feraa/^ lá tjC —\W* mm\zm&i~'-^^Â*m BB ^fl**-™Bm-—i:am)L-iít( ftfjffi _ r\ ^{;:; BS&\\\ ' ^

Um grupo de menores esteve presente à reunião com Milton Nobre.Questão Política"Se nao investirmos no nosso futuro, esta-

mos liquidados", disse Milton Nobre, paraquem a questão do menor no Brasil é mais do

^Hàfcl

^Liém bater em mim,vai bater na Justiça.

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UW

Em ciso cie v__d_.ii dtinx.' um achx widaOAB-Pa

que social, "é política". O presidente da OAB-Pa disse que a entidade está atuando na de-núncia de graves problemas sociais e incenti-vando compromisso dos advogados com a de-fesa de crimes dessa natureza. "Estamos de-flagrando uma campanha sobre a violênciacontra a mulher. As pressões da família e dasociedade são enormes: elas foram criadasnum sistema de recato social falso",explicou.

Segundo Nobre, no caso da violência con-tra menores, a OAB fará uma campanhamais intensa. Já estão sendo distribuídos car-tazes com o slogan "Quem bater em mim vaibater na Justiça". "Não partimos para a ape-lação. A criança representa o tipo médio domenor brasileiro", observa Milton Nobre. Pa-ra ele, "fazer maquiagem no Código de Meno-res é um absurdo. Ele tem um enfoque poli-ciai, temos que lutar para a aprovação plenado Estatuto". Indagado pelos meninos sobre avia pela qual deve se garantir os direitos domenor, Milton Nobre disse que "é precisotransformar totalmente o mundo das leis".

Na ocasião, os meninos leram uma men-sagem dirigida ao presidente da OAB, que,por sua vez, comprometeu-se a tentar conse-guir um ônibus para levar menores e técnicosda Fbesp a Brasília na época da votação doEstatuto. Ele fornecerá, ainda, 200 camisascom o tema da campanha da OAB para a via-gem. Adelayde Soares solicitou a liberação deum advogado em nome da OAB para tratar docaso da morte do menor Jeremias Matos, es-pancado na Delegacia de Polícia de Muaná. Oconselheiro Glailson Figueiredo foi designadopara cuidar do assunto.

rova — O TribunalRegional do Trabalho es-tabeleceu para o próxi-mo sábado, dia 04, arealização da prova deDatilografia do concursoC-204 — Auxiliar Judicia-rio. Os interessados de-vem comparecer à sededo TRT para tomaremconhecimento do local,turma e horário onderealizarão as provas.V/onvençãò — Começahoje em Belém e prosse-gue até o dia 5 a 60? Con-venção Batista do Pará eAmapá. O evento reunirábatistas do dois Estados,que discutirão suas dou-trinas, normas e éticassociais, assim como suasatividades para o próxi-mo ano. As reuniões vãoacontecer no templo daPrimeira Igreja Batistado Pará, à av. Assis deVasconcelos, 817.

E._ncon.ro — Com ainauguração de uma ex-posição técnica na praçaKennedy, será abertoneste sábado, às 18:30 ho-ras, o VI Entepa — En-contro de Engenheiros,Arquitetos, Agrônomos,Geólogos, Geógrafos,Meteorologistas e Técni-cos de Nível Médio doPará e Amapá que, _íé odia 12 reunirá em Belémrepresentantes destascategorias profissionaisna discussão de assuntoscomo "A Evolução Tec-nológica no Pará e Ama-pá", tema central doencontro.

De"ebate — O DiretórioCentral dos Estudantesda UFPa vai realizaramanhã, um debate comrepresentantes de parti-dos que disputam a elei-ção presidencial. Odebate será no auditóriodo Centro de Ciências daSaúde, na Faculdade deMedicina, às 17 horas.Estão confirmados re-presentantes do PSDB,Frente Brasil Popular,PDT e PCB. A coordena-ção garante que enviouconvite aos demais par-tidos e os aguarda no de-bate. O tema será especí-fico, girando em torno dequestões de saúde.

JT estivai —A Paróquiade Santa Cruz, promoveneste domingo, mais umFestival de Sorvete, a terlugar na Fundação Pes-talozzi, na av. AlmiranteBarroso, em benefício desuas obras sociais. Naocasião serão sorteadosvaliosos prêmios, entreeles um aparelho de vi-deocassete, TV colorida eum som stereo. Haveráainda a participação decantores paraenses, atra-ções para a garotada evenda de comidas típi-cas, tendo como "piecede resistence" uma gos-tosa feijoada.V/oluna — A Santa Ca-sa de Misericórdia do Pa-rá, com a coordenaçãodo Serviço Social do hos-pitai, realizará nos dias8,9 e 10 de novembro, umcurso sobre tratamentona coluna, que será mi-nistrado pelo médicotraumatologista Wel-linghton Braun, junta-mente com a professoraLoren, massoterapeutacom especialização naAlemanha, que dará au-Ia prática de exercícios ereeducação postural. Asinscrições podem ser fei-tas no Serviço Social dohospital pelos fones:222-9022 ou 222-9213 (ra-mal - 23).

V/EAG — No período de06 a 14 de novembro oCentro de Apoio à Peque-na e Média Empresa doPará — CEAG, oferecedois cursos: "Habilida-des de Negociações emVendas", dirigido a su-pervisores, vendedores edemais interessados naatividade de vendas. Ooutro curso é "Apuraçãoe Controle de Custos emEmpresas Industriais eComerciais", que tem emseu conteúdo programa-tico os seguintes temas:"Controle de Custos",classificação dos custosde uma empresa comer-ciai", "Controle de custosem empresas industri-ais/comerciais", estudosde casos e exercícios prá-ticos. Os dois cursos se-rão ministrados noCentro de Treinamentodo CEAG (av. 1? de De-zembro, 632, fone:226-2055 ou 226-7607), nohorário de 19:00 às 22:00h.

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8 CIDADES O L/BEM/. Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989

CÂMARA DA CIDADE

Eloy pede esclarecimentode processos de licitação

0 vereador Eloy Santos (PDS)apresentou requerimento solicitandoao prefeito municipal de Belém, SahidXerfan, que informe à Câmara Muni-cipal de Belém se está sendo construí-da alguma obra de saúde pública nomunicípio com a participação dos re-cursos do SUDS (Sistema Único eDescentralizado de Saúde) e com dis-pensa de licitação. Caso a resposta se-ja positiva, o vereador pede a especi-ficação dos seus valores e, principal-mente, das razões que justifiquem talprocedimento. A atitude de Eloydeve-se à uma nota recentemente pu-blicada na imprensa local dando con-ta que no município de Cametá esta-ria sendo construído um hospital sema devida licitação, ao contrário do quedispõem a Constituição federal e esta-dual. Dizendo temer que o episódio serepita em Belém, o vereador pede aoprefeito esclarecimentos sobre a exis-tência ou não de fatos análogos.

Eloy afirma que verificou no Diá-rio Oficial se havia alguma veracida-de na informação e encontrou publi-cadc um ofício do secretário de Obrasdo Estado, "com justificativas falsaspara obter o despacho do governadorque, de boa ou má-fé, concordou com

a sua aprovação". Na opinião do ve-reador, para que uma licitação sejadispensada deve haver um processoespecial de fiscalização, inclusive dacomissão competente da AssembléiaLegislativa e do Tribunal de Contasdo Estado. Ele lembrou que a nota pu-blicada revela que já existem trêshospitais em Cametá, "todos necessi-tando com urgência de centros cirúr-gicos e de aparelhos de raios-X". Porisso, pergunta o vereador "qual omontante da verba, de onde provém,quem está envolvido na futura cons-trução desse hospital e de quem foicomprado o terreno para aconstrução".

Para obter respostas para essasquestões, Eloy Santos procedeu auma investigação pessoal e descobriuque o montante do projeto do hospitalde Cametá soma alguns milhões decruzados novos, mas não revelou a ei-fra exata. Uma grande parte dessesrecursos, segundo informações dasinstituições competentes, são doSUDS. O vereador lembrou que o di-nheiro do SUDS não pode ser aplica-do, nem pelo Estado nem pelo Munici-pio, em investimentos de capital sema devida licitação.

'Campanha do Quilo' gerapolêmica entre vereadores

O projeto-de-lei que cria a "Cam-

panha Municipal do Quilo", de auto-ria do vereador Cipriano Sabino(PDS), causou muita polêmica ontemna Câmara. A campanha, que seriapromovida pela Prefeitura,assemelha-se a de Emaús e seu obje-tivo, segundo o autor do projeto, é ar-recadar gêneros alimentícios junto àpopulação e fazer a distribuição des-ses produtos nos bairros pobres de Be-lém para famílias carentes durante oNatal. O vereador acredita que, dessaforma, poderá oferecer às pessoas debaixo poder aquisitivo um Natal me-lhor. "Toda a população seria mobili-zada através de um amplo trabalhode divulgação para colaborar com acampanha e as empresas privadastambém poderiam ceder veículos pa-ra a arrecadação dos alimentos",explicou.

O vereador José Carlos Lima(PT) nao concordou com a apresenta-ção de um projeto-de-lei para viabili-

zar a campanha. Segundo ele, não éatribuição da Prefeitura esse tipo deatividade, mas de entidades filantró-picas.

"Não se pode tratar o povo co-mo se este estivesse pedindo esmo-las", disse, apesar de elogiar a inicia-tiva de Cipriano Sabino. José Carlosaconselhou que o projeto fosse enca-minhado a entidades que trabalhamjunto à população. Para ArnaldoJordy (PCB), a Campanha do Quiloseria apenas um paliativo, que não re-solveria o problema da falta de ali-mentos para a população de baixarenda. Já o vereador Joaquim Passa-rinho (PDS) disse que a intenção deCipriano Sabino foi apenas a de pro-porcionar um Natal melhor paraaqueles que não têm condições finan-ceiras. "Se Sabino não pode resolver oproblema da pobreza, pelo menos aju-da a amenizá-la", acrescentou. O.pro-jeto, apesar das discussões, nãó foivotado ainda, o que deverá ocorrer nasessão de amanhã.

Supermercados estariamcom balanças manipuladas

O vereador José Priante (PMDB)apresentou requerimento solicitandoao Inmetro que providencie serviçode fiscalização em todos os supermer-cados e outros estabelecimentos co-merciais, para apurar a denúncia re-cebida por ele de que as balanças es-tão sendo manipuladas para alterar opreço das mercadorias. O vereadorsolicitou, ainda, que seja adaptadauma rampa na passarela em frente aocolégio Lauro Sodré para facilitar oacesso de deficientes físicos, que fi-cam impossibilitados de atravessaras quatro pistas da avenida Almiran-te Barroso.

Osvaldo Serrão (PSDB) apresentouprojeto-de-lei que dispõe sobre a pre-venção de deficiências física, senso-rial e mental, por parte do poder pú-blico municipal. O vereador propôstambém a implantação do sistemaBraille em estabelecimentos da redemunicipal de ensino, para atender àsnecessidades educacionais dos porta-dores de deficiência visual.O vereador Carlos Augusto Barbosa(PTB), através de requerimento, soli-citou a criação da Secretaria Munici-;pal de Defesa do Consumidor.;* A transferência dos serviços de| transportes coletivos para a Prefeitu-ira será supervisionada por uma co-!missão mista, formada por três depu-I tados estaduais e três vereadores. O; vereador Joaquim Passarinho (PDS)I apresentou requerimento solicitandoque os vereadores dos partidos com

í maior representatividade na Câmarasejam nomeados integrantes dessa

! comissão.

O vereador José Carlos Lima (PT)manifestou votos de congratulaçõesao fotógrafo Porfírio da Rocha pelotranscurso de seus 70 anos de idade,45 dos quais dedicados ao jornalismo.José Carlos solicitou a instalação deuma Comissão Parlamentar de In-quérito para apurar possíveis irregu-laridades cometidas pelo prefeito deAbaetetuba, João de Deus.

O presidente da Câmara Municipal,Nelson Chaves, manifestou votos depesar pelo falecimento do juiz CélioCal e de Armando Pingarilho, médicopediatra.Adamor Filho (sem partido) apre-sentou requerimento solicitando aodiretor do Procon que apure as denún-cias feitas contra a construtora Del-Rey, de que estaria cobrando taxasindevidas aos compradores deapartamentos.

Emanoel O' de Almeida (PMDB)manifestou votos de pesar pelo faleci-mento de Natanael Farias Leitão, ex-procurador de Justiça do Estado doPará.

Zenaldo Coutinho (PFL) solicitouque fosse inserido nos anais da Casa olançamento do exemplar n° 01 do Jor-nal da Lei Orgânica, "para

que fiquena história esse momento significati-vo de democracia".O vereador Jerônimo Filho (PDS)convidou a todos para participaremamanhã, no auditório da Escola Téc-nica Federal do Pará, às 19h30, deuma palestra proferida pelo pastorJoão Carlos Marques, com entradafranca.

Ex-estudantes da UFPaquerem criar associação

Uma entidade que possibilite ocongraçamento, união e desenvolvi-mento de atividades de cunho cultu-ral, social, esportivo e beneficenteestá sendo solicitada por alunos gra-duados da Universidade Federal doPará. O pedido levado ao reitor Nil-son Pinto de Oliveira, recebeu totalapoio da administração superior daUFPA. A vice-reitoria foi encarrega-da de organizar a entidade reivin-dicada.

O primeiro passo visando a cria-ção da Associação de Ex-Alunos daUFPA foi dado com a formação deuma comissão composta pelo pró-reitor de Extensão, Alex Bolonha deMello, vice-reitor Almir de MorissonFaria, prefeito do Campus João Pin-

to de Castro Filho, Edyr de Brito Al-ves, representando os professoresaposentados e Lúcia Bittencourt, as-sistente jurídica.

Nas primeiras reuniões dessacomissão foram estabelecidos osprimeiros passos para a implanta-ção definitiva da Associação, comoestudos para determinar o localmais apropriado para a construçãoda sede própria, que obedecerá aum concurso de idéias entre os alu-nos de Arquitetura, devendo ser de-senvolvido o projeto arquitetônicofinal em cima da idéia vencedora,aiém disto estão sendo desenvolvi-dos contatos com ex-alunos daUFPA.

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Triste exemplode má educação

A má educação dos motoristasde ônibus é a reclamação do leitorRoberto Ferreira. Ele conta que noúltimo domingo passou mais de 40minutos à espera de um coletivo dalinha Cidade Nova VI e quando o ôni-bus finalmente apareceu o motoristaparecia "estar apostando corridacom tartaruga". Advertido pelospassageiros de que seu procedimen-to não era correto e que muitos che-gariam atrasados a seus compro-missos devido ao atraso do ônibus eao vagar com que trafegava, o con-dutor do veículo limitou-se a respon-der com grosseria e prosseguiu ain-da mais lentamente do que vinha atéentão.

Ao chegar à altura da avenidaPresidente Vargas — segundo o lei-tor — o motorista passou a conduziro veículo em alta velocidade, geran-do ainda mais protestos. "A partirde então o condutor só parava o ôni-bus para a descida de passageiros e,mesmo assim, com tal má vontade,que pouco faltava para que os usuá-rios fossem jogados ao chão", afir-ma Roberto, protestando contra otratamento dispensado aos que utili-zam o transporte coletivo em Belém."Seria interessante que as empresasproprietárias de linhas de ônibusproporcionassem a seus funciona-rios cursos que os preparassem parao convívio diário com o público", su-gere o leitor.

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Barulho enlouquecedorTragicômica. Assim o leitor Arnaldo Admet define a si-

tuação em frente a seu escritório, localizado na Riachuelo,entre as avenidas Presidente Vargas e Io de Março. Naqueleperímetro está a entrada da garagem de um prédio de apar-tamentos: "Para entrar, os moradores fazem um verdadeiroescândalo com as buzinas, pois a porta é totalmente fechadae o porteiro só a abre se o barulho for muito grande. Com ademora para abrir a garagem, os carros dos moradores doprédio permanecem parados no meio da rua, gerando um co-ro de buzinas dos demais carros que vêm atrás", contaArnaldo."Para piorar as coisas — prossegue o leitor — há um lou-co de plantão na calçada que, ao iniciar o concerto de büzi-nas, passa logo a gritar como um desesperado, agravandoainda mais o panorama caótico daquela esquina". Arnaldoobserva que a situação ocorre durante todo o dia e que comtanto barulho torna-se impossível trabalhar. "Meu grandemedo é que esse barulho me faça ficar tão perturbado a pontode descer do escritório para gritar junto com o louco da cal-cada", diz o leitor, que apela ao síndico do prédio em questãopara que tome providências a fim de resolver o problema.

Império em decadência"O conjunto Império Amazônico não apresenta as condi-

ções mínimas de habitabilidade". A queixa do leitor NaderVilhena deve-se aos inúmeros problemas enfrentados pelosmoradores daquele local. Segundo Nader, além dos inúmerosburacos que deixam as transversais do conjunto intrafegá-veis, a lama e os esgotos obstruídos tornam "um inferno" avida dos residentes no conjunto."O carro coletor de lixo não passa nem perto do ImpérioAmazônico", diz o leitor, protestando também contra algunsvizinhos que depositam os resíduos no meio da rua e nos esgo-tos. Ele informa que, além de todas essas dificuldades, osmoradores ainda amargam uma crônica falta de água: "Nosraríssimos dias em que a água aparece, vem inservível parao consumo em virtude do alto teor de ferrugem".

A leitora Angélica Bastos reclama,da grande quantidade de lixo na Cida-de Nova VIII. Segundo Angélica, ocarro coletor não tem dia certo parapassar pelo conjunto e o lixo se acu-mula dia após dia, atraindo toda espé-cie de insetos e animais nocivos. "APrefeitura de Ananindeua há muitodeveria ter regularizado a coleta de li-xo, que sempre foi um dos grandesproblemas de todos os conjuntos daCidade Nova. As reclamações dos mo-radores se sucedem há anos e nenhumprefeito jamais tomou qualquer atitu-de para minimizar a gravidade da si-tuação", diz a leitora.u_1 ma luminária pública com defeitoé a reclamação de Ediléia Maria Fer-reira. Ela escreve à coluna para infor-mar que a lâmpada do poste situadona entrada da passagem São Sebas-tião (Pedro Alvares Cabral, próximoà avenida Dalva), na Marambaia, es-tá queimada há vários meses, semque a Celpa tome as providências ne-cessárias. "O mais grave é que os mo-radores da passagem têm sofridoconstantes assaltos e até agressões jáse verificaram", observa Ediléia, quemais uma vez apela à Celpa para quesubstitua as lâmpadas queimadas.

O leitor Adalcindo Cabral queixa-sedos ônibus que servem os conjuntoshabitacionais localizados na periferiada cidade. Adalcindo diz que para virao trabalho os usuários são obrigadosa "fazer verdadeiros malabarismos",já que entrar nos ônibus no horário de6 às 9 horas é "um autêntico milagre"devido ao grande número de passagei-ros. "Nesse horário os infelizes usuá-rios vão comprimidos como sardinhasem lata e se alguém espirrar há o ris-co de algum passageiro penduradodespencar do veículo", ironiza oleitor.

Revolta no ChacoGustavo Viana telefona para reclamar

da situação "vexatória" por que passamos moradores da travessa do Chaco, entrePedro Miranda e Duque de Caxias. Segun-do o leitor, a travessa em que mora foi aúnica a não ser asfaltada por ocasião doProjeto Cura, que beneficiou as ruas dosbairros da Pedreira e do Marco e a poeiraque se forma à passagem dos carros temrevoltado os moradores, que ontem inter-ditaram o local com pedaços de madeira,pneus e outros objetos."Duas coisas me revoltam. A primei-ra é falta de interesse das autoridadescompetentes e a outra relaciona-se com ospróprios moradores, que com sua atitudeprejudicaram os vizinhos que possuemcarro e não podem sair de casa", reclamaGustavo, apelando para o bom-senso dosque permitiram a obstrução da rua e suge-rindo à Secretaria Municipal de Obras quefaça a pavimentação asfáltica com brevi-dade, para evitar situações semelhantesno futuro.

CARTASEDUCAÇÃO

Senhor Redator,A conhecida afabilidade do povo pa-

raense já foi divulgada por diversas ve-zes pelos que nos visitam, mas tambémfaz-se mister alertar para o comporta-mento de boa parte dos que vivem aqui. Já dealgum tempo tenho observado comapreensão e tristeza as demonstrações defalta de educação, de respeito e até mes-mo de bons sentimentos de que dão pro-vas principalmente os mais jovens repre-sentantes da nossa população. Nos barese lanchonetes da moda, nas lojas, nosshows e nos coletivos são freqüentes oscasos de grupos de adolescentes que, sematentar para o mau gosto de suas atitu-des, perturbam com gritos, brincadeirase piadas os demais freqüentadores desseslocais.

Nos cinemas, a situação toma pro-

Eorções alarmantes e os apreciadores de

ons filmes são obrigados a suportar compaciência de chinês os ditos pretensa-mente espirituosos, as gargalhadas es-candalosas e, em alguns casos, as opi-niões grosseiras. Isso tudo coroado pelosom de assobios e pipocas sendo mastiga-das ruidosamente. Pergunto-me sempreque me deparo com tais situações: aquem se deve responsabilizar? família?escola? governo? A resposta não a tenho,mas acredito que pressões por parte depais extremamente benevolentes seriauma bela maneira de coibir essasdemonstrações.

Outro exemplo doloroso ocorreu du-rante o Círio de Nazaré, quando uma visi-ta ao arraial toma proporções de tentati-va de suicídio tal é a violência com que opovo se comprime no Conjunto Arquiteto-nico em frente à basílica. No último diade festividade, tive a infeliz idéia de levarum amigo de outro Estado para apreciaros fogos de vista e confesso que jamaisme arrependi tanto. Pisoteados, empur-rados e agredidos verbalmente, presen-ciamos estarrecidos crianças e senhorasidosas ou grávidas serem também víti-mas de grupos desvairados que a título de

"brincadeira" promoviam empurra-empurras entre o povo que espremia-seno local.

Confesso que jamais vi tanta falta desensibilidade, de educação e de preparopara a convivência social. Na ocasião,pareceu-me que meus conterrâneos maisse assemelhavam a animais enfurecidosou loucos evadidos de hospícios e, pelaprimeira vez, envergonhei-me de minhaterra. Em verdade, sofro por saber quenão só meu amigo como centenas de ou-tros visitantes voltam para suas cidadescom tão negativa imagem dos paraensese espero, sinceramente, não viver paraver coisas piores.

Manoel Januário da Silva

CARTA AOS PAIS

Senhor Redator,

Venho por meio desta informar e, aomesmo tempo, fazer aos pais um pedido:não deixem seus filhos irem ao cinema asós ou acompanhados por pessoas comobabás ou jovens de mesma idade, sem pre-paro psicológico ou instrução acerca de se-xo e ou permissividade! Vocês devemachar que estou sendo precipitada ou que-rendo colocá-los em pânico. Não, nãoestou!

Exatamente no dia 29 de outubro de1989, às 16:00 horas nesta cidade de Belémdo Pará, em um dos nossos cinemas, umacriança de apenas 7 anos de idade foi usa-da por um jovem para satisfazer seus de-sejos e instinto sexual de uma formadesumana e indecente para com um serem formação, violando os direitos da crian-ça em seus aspectos espiritual, psicológi-cos e moral. Usando de promessas baixas,o jovem abusou desse pequenino para suassatisfações carnais.

Vamos agora refletir sobre os nossoscinemas. Há em Belém, publicamente,cartazes da mais baixa expressão escritae fotográfica, levando ao ócio do prazer eà deliqüência sexual. Esta amostra aber-

rante ao público vem aguçar os que con-têm seus instintos em desvios, colocandoem prática os exemplos da tela.

Este é o retrato de nossa sociedade on-de, atualmente, os meios de comunicaçãotornam os seus espectadores alienantes,consumistas, agressivos e violentos. Pre-cisamos educar nossos filhos para a vin-.gança?. - "Olho por olho, dente por dente!"Acredito que não!

Mas devemos nós, pais, que queremosuma sociedade com liberdade de expres-são, justiça e igualdade, trabalhar para ,aue crianças como esta não sejam sevicia-das nem violadas em pleno cinema, no in-;terior de banheiros. Peço, aqui, aosgerentes dos cinemas de nossa cidade, umavigilância reforçada, dobrada e constante,colocando em cada banheiro inspetores pa-ra averiguar atos de extrema insensatez.

Que as autoridades procurem darmais importância ao número crescente de.desvios sexuais que andam acontecendopor influência dos nossos meios de comu-:nicação. Ressalto, aqui, o abuso indiscri-minado em bancas de revistas de nossacidade com a exposição de revistas comatos aberrantes de expressão sexual. Por-tanto, quero finalizar dizendo que a mãedesta criança sofreu muito e sofre com ainsegurança, por não poder confiar mais;no lazer de nossa cidade. Ficou uma feri-;da que, felizmente, está sendo tratada por;psicólogo. Porém, acredito que só a Mise->ricordia de Deus poderá apagar por com-"pleto a mancha que ficou no interior do.coração da mãe e da criança indefesa.

Pais, procurem amar e mostrar oamor e Deus a seus filhos, pois só o amoros fará crescer em liberdade e livres das:conseqüências das "bestas humanas" que:se encontram em nossa sociedade"

I

Maria Carmem Pereira.:'

Cartas para esta coluna devem ser envia-das à redação de O LIBERAL — rua Gaspar:Viana, 253, Comércio, Belém-Pará, CEP 66.000;— para as seções "Cartas" ou "Queixas", assi-nadas, em laudas datilografadas, com no má-íximo 20 linhas, contendo nome e endereço doremetente, número de identidade e telefone. \

Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989 O LIBERAL ESPORTES 9

^Abertura do Campeonato Norte Liberal\ Resultados\ das provas

Resultado da lf Prova, do Se-gundo Turno do Campeonato Pa-raense de Hipismo, realizada nodia 29 de outubro passado, sendo:Prova intermediária — 1? lugar —Diogo Viudes, montando '"Ieneri-fe", representando a Escola deEquitação Equilibrium. 2? lugar —Orvandil Rodrigues, montando'Príncipe", representando o CentroHípico de Belém. 3? lugar — YuriMoraes, montando "Lafitte", repre-sentando a Rymo Kodak. Provaprincipal — 1? lugar — Capitão An-tônio Cronemberger, montando"Tenerife", representando a PolíciaMilitar do Estado do Pará. 2? lugar— Ivan Moura, montando "Escla-vo", representando o Centro Hípi-co de Belém.

A próxima prova será realiza-da no Parque de Exposições San-ta Lúcia, no dia 12 de novembro, às10:00 horas.

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João Borges e Marcus Vinícius acertando detalhes

Liberal AM divulgaresultados: promoção

A Rádio Liberal "AM" divulgou o resultado da suapromoção do último domingo, por ocasião do clássico Re-mo e Paissandu. São as seguintes senhas sorteadas eseus respectivos prêmios: 0479,1238,1800 e 3832 (rádios);1999, 3144 e 4286 (churrascos corridos); 1946, 3896, 4237,6714 e6877 (discos); 1799, 3910, 3911 e 5958 (ingressos pa-ra cinema); 1182 (camisas da Liberal); 5639 (1 fogão qua-tro bocas). Os ouvintes que acertaram o placar doclássico, Jânio de Freitas, José Maria C. Pinheiro, Adil-son Menezes, Maria Emília Matos Ramos, Kelson doCarmo Freitas e Carlos Benedito Cabral, também de-vem comparecer à Rádio Liberal "AM", na avenida Na-zaré, para receber seus prêmios, conforme foi anunciadodurante a programação da emissora no último domingo.

Iate Clube promove torneiodos presidenciáveis, vôlei

Na próxima terça-feira, dia 7 do mês corren-te, o Iate Clube do Pará estará movimentandoseu vôlei feminino, realizando o Ibrneio dos Pre-sidenciáveis, na quadra de sua sede. Esse torneioterá a direção técnica de Edmierce Vasques ecoordenação da diretora de esporte Maria AliceSicsu. As equipes jogarão com camisas dos pre-sidenciáveis, havendo também distribuição debrindes aos presentes. A competição tem o pa-trocínio do Iate Clube do Pará, Sistema RomuloMaiorana de Comunicação e Banco Econômico.

Times: MC — Rosane, Liana, Nazaré, Neyla, He-liana, Maria Helena. Time LB — Nádia, Olene,Edilene, Maria Luiza, Adriana, Lídia, Rosana,Angelis. Time AF — Cleia, Thaca, Marina, Ci-ça, Rosemary, Vera. Time CM — Suzzy, Loura,Selma, Maria Vieira, Fátima, Marília e Vânia.Time ML — Regina, Cinthia, Damares, Léa, Iza-bel e Regina.

Devem também comparecer Pedrinha,Lourdinha, Silvia, Maria José, Lilia, Cibele, Al-ba, Betty, Márcia e Lucinha.

Com duas regatas, a primeiralargando às 12 horas e a segunda,30 minutos depois do último barcoa cruzar a linha de chegada, acon-tece hoje, na praia do Chapéu Vi-rado no Mosqueiro, a abertura doII Campeonato Norte LIBERAIde Classe Laser, que tem o patro-cínio da Brahma, e com as pre-senças dos campeões olímpicosbrasileiros Torbem e Laes Grael,.que ficaram de chegar ontem ànoite. Além deles, também parti-ciparão do Campeonato iatistasde Belém, Fortaleza, Paraíba ePernambuco.

Patrocinio — Como se tratade maior evento de laser do Nor-te, competição que inclusive con-ta pontos para o ranking brasilei-ro, a Flotilha Marajó do Iate Clu-be do Pará (reúne os velejadoresde laser) precisou de um suportefinanceiro para bancar as despe-sas de passagens dos velejadores,troféus camisas e outras coisas.Por isso encontrou na pessoa deMarcus Vinícius Pereira de Al-meida o apoio da Brahma deBelém.

Segundo o gerente da empre-sa, não é a primeira vez que aBrahma patrocina eventos espor-tivos. "Temos opções de eventos.Nossos apoios nada têm a vercom a mídia. Procuramos sim-

plesmente ajudar o esporte deacordo com o interesse da comu-nidade", disse.

Marcus Vinícius, natural doRio Grande do Sul, que está háseis meses em Belém, disse quena juventude foi um adepto da ve-Ia. Hoje, pratica muito pouco, po-rém procura diversificar suas ati-vidades desportivas.

Paraenses — Dentre os pa-raenses que participarão do IICampeonato Norte LIBERAL deClasse Laser estão João Borges,por sinal um dos organizadores docertame, Arthur Cláudio Melo - omais antigo velejador do Pará-,Zeni Machado, Cláudio Melo,além de Leila Ramos na catego-ria feminino e Flávio Acatauassúe Luiz Carioca. Aliás esses doisvelejadores são realmente os quemais têm condições de brigarempelo título com Torbem, Laes,Magalhães e com os cearenses.

Flávio e Luiz Carioca, por suavez, disputarão o título paraensee reviverão a rivalidade do anopassado, quando Luiz Carioca sesaiu bem. e derrotou Flávio.

Sexta-feira será disputada asegunda etapa do campeonato.No sábado o campeonato prosse-guirá e no domingo o encerra-mento com entrega de troféus ecoquetel para os vencedores.

Returno de celotexcomeçando domingo

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Treinos da Fórmula Forcomeçam hoje em Brasília

Os treinos para a penúltima etapa do Cam-peonato Brasileiro de Fórmula Ford começamhoje (02/ü) no Autódromo Internacional de Bra-sília. Com o título definido em favor do goianoAntônio Stefani Neto (equipe Ttexaco/Petrópolis),vencedor da disputa do domingo passado emGoiânia, a prova deste sábado (04/11) tem comoprincipal atração o piloto André Ribeiro (equi-pe Bruno Minelli), que pode chegar ao vice-campeonato antecipado caso vença a prova e Ru-bens Barrichello (equipe Arisco), terceiro colo-cado do certame, não chegue entre os quatroprimeiros lugares. Com 80 pontos (8 a mais doque Rubinho), André pode ser vice-campeão

também chegando em segundo lugar. Nesse ca-so, terá que torcer para que Barrichello não che-gue entre os seis primeiros e que o vencedor nãoseja o carioca Ricardo Mattos, companheiro deStefani na Ttexaco/Petrópolis.

Além de André Ribeiro e Rubens Barrichel-lo, outros concorrentes que podem chegar aovice-campeonato nas provas que restam para ofinal do certame são: Pedro Paulo Diniz (68 pon-tos), Djalma Fogaça (59), Ricardo Mattos (56)e José Renato Garcia (45 pontos). No entanto, ofavorito para vencer as provas de Brasília, nes-te sábado, e de Curitiba, no próximo dia 10 de de-zembro, é mesmo Stefani.

O returno do Campeonato Pa-raense de Celotex será iniciado nestepróximo domingo com três jogos. Nasala "Célio França" do ginásio SerraFreire" jogarão Vasco x Astros, comapito de João Batista. O time vascaí-no, campeão do primeiro turno, é ofranco favorito. Mas poderá haver su-presa, pois o time do Astro treinoumuito para esta partida.

Na sede do Santa Cruz, jogarão às8 horas Paissandu x Tuna, com a dire-ção de Rui Barros. As 10 horas, será avez de Sacramenta x Santa Cruz, jogocom apito de Guilherme Ô de Almei-da. Todos os iuízes que estarão emação na rodada de domingo são doRemo.

Futebol de Mesa — O Vasco daGama goleou o Flamília por 4 a 1 e fi-cou próximo de conquistar uma vagaao quadrangular decisivo do campeo-nato. No outro jogo o Aimoré empatoucom o Inter por 1 a 1.

O Vasco jogará contra o União napróxima terça-feira, quando precisa-rá do empate para garantir uma dasvagas. Por outro lado o Flamília vaienfrentar o Remo e precisa vencer pa-ra segurar também uma vaga, já queas duas pertencem ao Remo e Aimo-ré. O interessante é que o Flamília nosegundo turno do campeonato somamais pontos do que os outros concor-rentes, porém corre o risco de ficar fnra do quadrangular.

O tênis ganha maior dimensão no complexo, doTapanã.

Copa de tênis, atraçãono complexo Nagibão

A Copa interna de tênis, que vem sendo disputada naquadra do complexo esportivo do Tapanã, nas categoriasmasculina e feminina, terá andamento esta manhã, comdestaque para os jogos finalistas. Essa Copa, denominadade "Rewward" vem movimentando as matinais de domin-gos e feriados, dando um novo colorido nas programaçõesdo NT, que dessa maneira sai do futebol pelada para pro-mover outras modalidades esportivas.

Abrindo a programação desta manhã, no Nagibão, nacategoria feminina, jogarão Lúcia x Helany e Rosemary xMárcia. Nos jogos de fundo, masculino, jogarão Nagib x Ber-nardino e Zé Roberto x Guilherme.

Seleção viaja sábado1 Kio (AE) — A seleção brasileira masculina de vôlei se-

gue na madrugada de sábado para a Coréia do Sul, ondefará treinamentos e se adaptará ao fuso-horário, visandoa disputa da Copa do Mundo de 17 a 26 deste mês, no Ja-pão. Os jogadores se apresentarão ao técnico Bebeto de Frei-tas às 21 horas de sexta-feira, no aeroporto internacionalde Guarulhos, em São Paulo, e a partida do vôo JL 063, viaTóquio, está marcada para as 00h55 de sábado.

O técnico Bebeto de Freitas considera que a disputa daCopa do Mundo do Japão terá papel importante para darmaior experiência internacional aos jogadores jovens.

Deííis: grosseiramente incorretaLondres (AFP) — A imprensa britânica

em seu total, considera que o título mundial de1989 de Fórmula Um, atribuído anteontem emParis, ao piloto francês Alain Prost, depois deconfirmada a desclassificação do brasileiroAyrton Senna, ainda é provisório.

Vários jornais destacam que o diretor ge-ral da escuderia britânica McLaren-Honda,Ron Dennis, que tem sob contrato os dois pilo-tos, poderá levar o assunto à Justiça francesa.

O Daily Telegraph, por exemplo, publicadeclarações de Dennis, que classificou a deci-são do Tribunal de Apelações da Federação In-ternacional de Automobilismo (FIA),'grosseiramente incorreta'.

Calvin, o jornalista que assina a nota, dis-se que 'a McLaren, cujos advogados pensamque tem um caso sólido para defender ante umacorte civil, ignora talvez o peso de Jean-MarieBalestre, o presidente da FISA'.

O The Guardian' Alan Henry, anotou quea decisão da FIA era 'previsível' acrescentan-do que se Alain Prost foi oficialmente designadocampeão do mundo, a possibilidade de que aMacLaren leve o caso ante a Justiça deixa mui-tas dúvidas.

A situação poderá se complicar com umavitória de Senna no último Grande Prêmio naAustrália. Se este for o caso e se a Justiça anu-lar sua desclassificação no Japão, a coroa mun-dial poderá mudar de cabeça', afirmou.

Adelaide, Austrália (AP) — O piloto fran-cês de Fórmula Um, Alain Prost, afirmou que

seu companheiro de escuderia da McLaren, obrasileiro Ayrton Senna, é um perigo para osoutros pilote porque sua fé em Deus o faz crerque é indestrutível."A Fórmula Um já é muito arriscada e secorremos mais riscos existe a possibilidade denos matarmos", disse Prost, para logo depoisacrescentar: "Existe um problema: Ayrtonpensa que não pode morrer porque acredita emDeus".

Prost falou depois que a FISA impôs umamulta de 10.000 dólares a Senna e o suspendeupor seis meses por colocar em risco a seguran-ça de outros pilotos.

A decisão da FISA o transformou em vir-tual campeão mundial de 1989. Pela terceiravez, qualquer que seja o resultado da corridade domingo, no Grande Prêmio da Austrália,última competição da temporada.

A pena foi imposta depois que Senna ape-lou de sua desclassificação do Grande Prêmiodo Japão, no dia 22 de outubro, quando depoisde bater em Prost, voltou à prova e ganhou acorrida.

O incidente aumentou a animosidade en-tre os dois companheiros de equipes, que foi ini-ciada em maio quando o piloto francês disseque Senna rompeu um acordo de cavalheiros,de não ultrapassá-lo na primeira volta.

A escuderia McLaren afirmou que apela-rá da decisão junto a Justiça francesa, medi-da que foi criticada por Prost.

Infantil de judô serárealizado em São Paulo

• O Campeonato Infantil Brasileiro9/10 anos de judô, que seria realizadono dia 25 de novembro, na cidade dePetropolis, no Rio de Janeiro, foitransferido pela Confederação Brasi-leira de Judô (CBJ), para a cidade deSão Paulo, em data ainda por ser con-firmada pela entidade. O comunicadochegou anteontem à sede da Federa-ção Paraense de Judô (FPJ). O asses-sor especial da FPJ, Uadih Charonepassou logo a notícia para os clubesque possuem judocas na SeleçãoParaense.

Segundo Charone, a Federação deJusô do Rio de Janeiro não conseguiuapoio financeiro para promover acompetição, por isso desistiu de se-diar o campeonato. A CBJ deu autori-zação a Federação de São Paulo pararealizar o evento.

O Pará está com sua seleção trei-nando para participar do Campeonato

Sinuca no Free CarO Free Card Camping Club, esta-

rá realizando neste domingo, 5, o 1?Campeonato Paraense de Sinuca emsua sede campestre situada na alame-da, Olinto Meira, n? 120, na BR-316. Asinscrições podem ser feitas na sede ad-ministrativa do Free Card CampingClub, à rua Frutuoso Guimarães, n? 400.

Além do Campeonato de Sinuca,haverá também apresentação rlp mnrlp-

los com moda plástica transparenteatravés dos top model, Vanda Guima-rães e Edmirck Vasconcelos. Lamba-das e forrós também serão atraçõespara os participantes do Campeonatode Sinuca. O Free Card Camping Clubestará sorteando NCz$ 1.680,00 em prê-mios e mais a coleção completa da li-nha tour design.

PASSARAM O SENNA. Passaram pra trás.Foi a única maneira de parar um verdadeiro Campeão. O mais rápido.

Bateram na sua perícia e no seu profissionalismo. Foi atirado pra fora da pista.Ultrapassaram todos os limites do bom senso.

Desclassificaram o sonho do Bi-campeonato de Fórmula Um.O sonho de todos os brasileiros. O sonho de Ayrton Senna do Brasil.

Senna, pra nós você continua correndo solto.mTVUBERAL

RHXOOBO

Brasileiro. Aliás, que Uadih Charoneestá comunicando aos judocas que ha-verá treinamento no dojô da EscolaKennedy sob o comando do professorMinoru Massu.

Os treinos de conjunto serão reali-zados na sexta-feira das 20 às21h30min e no sábado das 9 àsllj30mim. Ninguém deve faltar aostreinos.

FestaComemorando o aniversário

transcorrido no último dia 1, a Asso-ciação dos Funcionários do InstitutoBrasileiro de Meio Ambiente e dos Re-cursos Naturais Renováveis (Ibama)realizara nesta sábado, 4, uma vastaprogramação esportiva em sua sedecampestre na rodovia da Ceasa.

À sensação da programação es-portiva será o jogo tiracisma entre osTécnicos e Nível Médio, quando serádisputado o troféu "Nuno Miranda".

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IO ESPORTE O LIBERAL Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989

Sampdoria derrota Borussiae avança na classificação

Gênova, Itália (UPI) — Com dois gols docraque da seleção nacional Gianluca Viallino segundo tempo, o Sampdoria derrotou on-tem o Borussia Dortmund, da AlemanhaOcidental, para conquistar uma vaga na ter-ceira fase da Copa dos Vencedores de Copasda Europa, a Recopa.

Vialli, considerado a chave do ataque daItália para o mundial de 1990, deu ao clubegenovês o placar global de 3 a 1, após os ti-mes terem empatado em 1 x 1 há duas se-manas na partida de ida.

A vitória, porém, não foi fácil. Somen-te aos 29 minutos do segundo tempo é queVialli abriu o marcador, cobrando o pênaltisofrido pelo espanhol Victor. A dois minu-tos do final do jogo, Vialli definiu o placar,completando o lançamento preciso do za-gueiro Fausto Salsano.

O excelente resultado na Copa Européiaera tudo o que o Sampadoria precisava pa-ra recuperar o ânimo após ter perdido a

vice-liderança do Campeonato Nacionalcom duas derrotas consecutivas.

O time conseguiu superar ainda uma sé-rie de desfalques, incluindo o recém-contratado iugoslavo Katanec e Luca Pelle-grini. O brasileiro Toninho Cerezo, em recu-peração de uma contusão, foi forçado aorganizar o ataque do Sampdoria criou óti-mas oportunidades de gol para Vialli e Ro-berto Mancini.

Cerca de 38 mil pessoas prestigiaram apartida.

As equipes jogara com:Sampdoria: Pagliuca; Mannini, Salsa-

no (Invernizzi) e Pari; Vierchowod, Pelle-grini, Lombardo, Cerezo, Vialli, Mancini,Dossena (Vitor).

Borussia Dortmund: De Beer; Lusch,Kutowski.Kroth (Schulz), e Helmer, Mcleod,Moeller, Zorc; Wegman (Driller), Rum-,menigge.

Equipe do Barcelona foieliminada da Recopa, ontem

Madrid (UPI) — O Barcelona, atualcampeão, foi eliminado ontem da Copa dosVencedores de Copas da Europa (Recopa)pelo Anderlecht, da Bélgica, apesar de ven-cer em casa por 2 a 1, um placar que nãofoi suficiente para superar a vantagem ai-cançada pelos adversários na partida deida.

Os cerca de 110 mil torcedores que lo-taram o estádio Nou Camp presenciaram,perplexos, um maior poder ofensivo por par-te do Anderlecht, responsável pela maiorparte dos ataques na primeira etapa.

No segundo tempo, o treinador JohanCruyff pareceu dar nova vitalidade ao time,que abriu o marcador aos cinco minutosatravés de Júlio Salinas. Sete minutos de-pois, Aitor Beguiristain converteu o segun-do gol, o qual colocaria os espanhóis emigualdade de condições com os belgas.

O Barcelona mantinha vivas as suas es-

peranças e, ao que tudo indicava, reeditavauma idêntica vitória contra o mesmo Ander-lecht ocorrida onze anos antes. Naquela oca-sião, os espanhóis descontaram o saldo detrês gols a favor dos belgas para provocaruma decisão na prorrogação.

Entretanto, o time de Cruyff, desfalca-do de sua estrela dinamarquesa Michael Lu-drup, foi incapaz de tirar proveito davantagem. A torcida ainda pode respirarcom alívio antes do grande golpe quando ojuiz não marcou um pênalti do goleiro Zu-bizarreta sobre um atacante do Anderlecht.

Os belgas enterraram o sonho dos espa-nhóis aos sete minutos do primeiro tempoda prorrogação, com um gol de Van Der Lin-den. Ronald Koeman e Eusebio Sacristanainda tentaram chutes de longa distância,mas o milagre de onze anos atrás não serepetiu.

RegataSantos/Riode JaneiroSantos, SP (AG) —Qua-

renta barcos deverão largarhoje às 14 horas, para maisuma regata Santos/Rio, a39? edição, num percurso de235 milhas náuticas, o equi-valente a 435 quilômetros,entre o Campo das Astúrias,no Guarujá, e o Forte de Co-pacabana, no Rio de Janei-ro.

Neste ano, ao contráriodos anteriores, a Santos/Rionão terá um percurso pré-estabelecido. Os tripulantesde cada embarcação pode-rão decidir, por exemplo, seatravessam ou não o canalentre São Sebastião e Ilha-bela. Uma decisão como es-sa pode representar umaredução de até 10 milhas nopercurso, mas o navegadorarrisca-se a pegar uma de-sastrosa calmaria.

Entre os favoritos paraa conquista da Fita Azuldessa competição, válidatambém para o Circuito Riode Veleiros de Oceano, estãoos barcos Staroup, coman-dado por Jorge Zarif, veleja-dor olimpico como TbrbenGrael, que comanda o Saga,barco já tradicional por suacompetitividade, decorrenteda tecnologia "de ponta"empregada em sua cons-trução.

Brasileiroslargam

na frenteA dupla Edio Fuchter/

Ricardo Costa com um gol1.6 da equipe Kluber/HGlargaram na primeira posi-ção do Rali do Pacífico,quarta etapa do sul-ameri-cano, em Santiago do Chile.Pela primeira vez a dupla li-der/campeã do sul-america-no 88 larga com o número 1.

— Procuraremos man-ter esta posição durante to-da a prova e sair de PuertoMontt com a liderança parasair em busca do tricampeo-nato na Argentina em de-zembro, afirmou Fuchter.

Estas serão as dez pri-meiras das 28 duplas a lar-gar: 1) Edio Fuchter/Ricar-do Costa (Brasil, Gol 1.6,Equipe HG/Kluber),; 2) Fa-biano Botelho/José Botelho(Brasil, Gol 1.6); 3) Fernan-do/Horácio Batista (Uru-guai, Renault 1.8); 4)Alejandro/Horta (Chile, AI-fa Romeo 1.8); 5) Fernan-do/Sanchez (Chile, Suzuki1.5); 6) Rolando/Jaime Ro-jas (Chile, Renaut 1.8).

CiclismoChillan, Chile (AFP) —

Quando só faltam 2 km pa-ra o término da 14? Volta Ci-dística do Chile, oscolombianos Júlio César Or-tegan e Edgar Ruiz se man-tóm nos primeiros lugares,depois de terminada ontema oitava etapa que foi ganhapelo brasileiro WanderleyMagalhães.

A oitava etapa ganhapor Magalhães, da equipeCaloi, íoi disputada entre ascidadeí. de Concepcion eCbillan num trecho de 110?n« "'jnometrando 2 horas,2? ainutos e 41 segundos,coi 1 uma méida de 42,19 kmpor hora.

Apesar de derrotado,time do Porto ganhavaga: quartas~de-finalValencia, Espanha (AFP) — O Porto, de Portugal,

classificou-se ontem à noite para as quartas-de-final da Co-pa da UEFA de Futebol, apesar de ser derrotado pelo Va-lência, por 3 a 2, na partida de volta. Na de ida, osportugueses haviam vencidos os espanhóis por 3 a 1. Os golsespanhóis foram marcados por FenolI, aos 38 do primeirotempo, 16 e 45 do segundo. Para o Porto, marcaram Mad-jer, aos 42 da primeira etapa e Jorge Couto, aos 35 dasegunda.

Turim, Itália (AFP) - O Juventus classificou-se ontemà noite, para as oitavas-de-final da Copa Européia de Fute-boi, ao yencer por 2 a 1 o Paris Saint-Germain, em partidade volta disputada em Turim.No jogo'de ida, o clube ita-liano havia ganho por 1 a 0. Os gols italianos foram marca-dos por Gália, aos 26 do primeiro tempo e de Agostini, aos37 do segundo. O gol francês foi marcado por Bravo, aos 30minutos da primeira etapa.

Moscou (AFP) — O FC Colônia, da Alemanha Ociden-tal, classificou-se, ontem à noite, para as oitavas-de-finalda Copa Européia de Futebol, ao empatar em 0 a 0 com oSpartak de Moscou. Na partida de ida, o FC Colônia ven-ceu por 3 a 1.

Romário faz 3 golsna vitória do PSV

Eindhoven, Holanda (UPI) — O brasileiro Romáriomarcou ontem três gols na goleada de 5 a 1 sobre o Estrelade Bucareste, para colocar o PSV Eindhoven nas quartas-de-finais da Copa dos Campeões da Europa.

O PSV, que havia perdido a partida de ida na Romêniapor 1 a 0, entrou em campo precisando vencer por dois golsde diferença. A tarefa parecia ficar impossível aos 16 mi-nutos do primeiro tempo, quando Lacatus marcou para oEstrela.

Seis minutos depois, porém, Ellerman devolveu as es-peranças para os cerca de 28 mil torcedores, empatando apartida. No segundo tempo, porém, o show foi de Romário,que mandou a bola para o fundo da rede do Estrela logono primeiro minuto e, depois, aos três e 36 minutos. Coubea Ellerman marcar também aos 19 da mesma etapa.

Com este resultado, o PSV Eindhoven avançou para apróxima fase com placar global de 5 a 2.

Nova derrota deWilander em Paris

__ .ra,í,is, (UPI) — Este não é definitivamente o ano deMatts Wilander, que após terminar a temporada de 1988 co-mo o número um do tênis mundial, mergulhou em uma on-da de ma sorte que parece não ter fim. Ontem, no Abertode Paris, nova derrota de Wilander: dois sets a zero parao argentino Alberto Mancini.No primeiro set, um jogo muito equilibrado, com Man-cini forçando um "tiebreak". O argentino, sétimo favoritodo torneio, levou a melhor após muita batalha: 10 a 8 Nosegundo set, entretanto, Mancini não facilitou e ganhou porEsta foi a terceira vitória de Mancini sobre Wilander

que, por ter caído do ranking dos dez melhores do mundo'nao foi pré-classificado para o Aberto de ParisO sueco encontrou uma explicação simples para maisesta derrota:"Eu estava jogando bem, mas hoje (ontem), ele (Man-cim) estava bom demais".Outro experiente tenista teve mais sorte, o polêmiconorte-americano John McEnroe. Terceiro cabeça-de-chave_ie usou um perfeito jogo de saque e voleio para eliminaro sueco Jonas Svensson com 6-3 e 6-3, subindo à rede em27 oportunidades."Senti estar batendo bem na bola e minha concentra-

çao estava boa" — disse McEnroe.Também passaram às quartas-de-finais o norte-americano Aaron Krickstein e o suíço Jakob Hlasek, am-bos tendo que enfrentar partidas de três sets.

Campeão venceKobe, Japão (UPI) — O campeão Supermosca da As-sociação Mundial de Boxe, o tailandês Kaosai Galaxy cas-tigou duramente o desafiante japonês Kenji Matsumuracom uma série de pesados golpes no último assalto parachegar ao nocaute técnico que lhe valeu a vitória em suadécima-segunda defesa de titulo. O campeão de 30 anos jáhavia aplicado terríveis golpes em Matsumura no terceiroassalto, atingindo diretamente sua face, e provocou a que-da do desafiante em duas oportunidades no oitavo assaltoNo assalto final, o árbitro norte-americano Rudv Bat-tle precisou parar a luta aos 2 minutos e 56 segundos, quandoMatsumura encontrava-se imprensado nas cordas, comple-tamente sem defesa.Este foi o segundo duelo entre os dois pugilistas Emabril passado, Galaxy derrotou Matsumura por decisão unã-mme em luta realizada em Yokohama, no Japão Com estenovo resultado, Galaxy melhorou seu registro para 38 vitó-rias — sendo 34 por nocaute — e apenas uma derrota

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-ÊBSSíàCareca em ação contra a defesa do time suíço

Napoli reage e alcança aclassificação na Copa: UEFA

Nápoles, Itália (UPI/AP) —A modesta equi- aDÓs o emnate de 1x1 mm n fiSnnv. ru>ln r*™. n .: ,i :_.. -,Nápoles, Itália (UPI/AP) — A modesta equipe suíça do Wettingen Muilo por pouco não mar-cou a maior zebra da Copa da UEFA, ao sair nafrente contra o atual campeão Napoli, que, ape-sar de jogar sem o capitão Diego Maradona, con-seguiu com muita luta virar o jogo para 2 a 1.

O resultado da dramática partida favoreceuos amadores suíços até os 29 minutos do segun-do tempo, quando Massimo Mauro cobrou um pê-nalti com perfeição para dar ao clube italiano osaldo de gols necessário para avançar à tercei-ra fase.

Há duas semanas, Wettingen e Napoli nãopassaram de um empate sem gols em Zurique,na partida de ida.

O Napoli entrou em campo desfalcado docraque argentino Maradona, inesperadamentesuspenso momentos antes da partida pelos furio-sos dirigentes napolitanos.

A imprensa italiana divulgou duas versõespara a suspensão da maior estrela do Napoli. Pa-ra uns, Maradona foi "barrado" pelos dirigentespor ter faltado às duas sessões de treinamentosde anteontem sem qualquer explicação. Para ou-tros, o jogador, que se casará na próxima sema-na em Buenos Aires, teve uma crise de bronquite

após o empate de lxl com o Gênova, pelo Cam-peonato Nacional no último domingo.

Deixando de lado as especulações, o fato éque o Wettingen entrou em campo disposto a jo-gar de igual para igual. Aos 16 minutos do pri-meiro tempo, Bertelsen deixou os cerca de 50 miltorcedores napolitanos presentes no estádio SanPaolo de cabelo em pé ao abrir o marcador apro-veitando um cruzamento da direita de Kundert.

O Napoli só chegou ao empate no segundotempo, após já ter perdido três chances de golno jogo. Marco Baroni começou a tirar o time dosufoco aos dois minutos, empatando a partidacom a cabeça.

Mas ainda não era o suficiente. O Napoli pre-cisava da vitória com qualquer placar e, final-mente, quando faltavam 16 minutos para otérmino da partida, Mauro cobrou o pênalti porele mesmo sofrido.

E para sorte do Napoli, os suíços desperdi-çaram duas ótimas oportunidades de gol.

O brasileiro Careca, recuperando-se de umacontusão sofrida no domingo, deixou o banco dereservas no segundo tempo para substituir Mas-simo Crippa. Mas agüentou somente 33 minutos.

•rp

O time teve ainda um terceiro desfalque, o con-.jtundido Alessandro Renica. jr)As equipes jogaram com: . jNapoli: Giuliani; Ferrara, Corradini, Crip-v,

pa (Careca e Biglardi); Alemão, Baroni, Fusi;^De Napoli, Zola, Mauro, Carnevale. q}

Wettingen: Stiel; Heldmann, Germann.MSchepull; Rueda, Kundert, Hausermann (Roma--,,no), Bertelsen; Lobman, Svensson, Comeliusson*,:(Baumgartner). *™

O gerente geral do Napoli, Luciano Moggi,.ídisse que o jogador argentino Diego Maradona:ínão jogou ontem à tarde na partida pela Copa''da UEFA contra o Wettingen, devido a uma san- \ção disciplinar que lhe foi imposta. -\

Moggi disse que o clube italiano castigou o"'*jogador porque não participou dos treinamentos'-'-'de segunda-feira e de anteontem e não se uniu'1-aos seus colegas antes do jogo de ontem. > I

Muito ocupado com os preparativos de seu^casamento e comemorações de seus 29 anos, Ma-.'iradona só chegou ao estádio San Paolo uma ho--íra antes da partida. Os funcionários do Nápoli-ío mandaram de volta. Maradona deixou trans-"parecer o fato de estar muito aborrecido.

Noitada de jogadores faztreinador pedir demissãoFalkirk, Escócia (UPI) — Jim

Duffy, treinador do Falkirk, equipe daprimeira divisão do futebol escocês, re-nunciou ontem ao seu cargo após váriosde seus jogadores terem supostamente seenvolvido em uma grande briga em fren-te a um clube noturno da cidade."Estamos realmente desolados. Elenão pôde contar com a cooperação e oprofissionalismo de alguns dos jogado-res. Um caso notório de indisciplina decertos jogadores entristeceu Duffy", dis-se um comunicado do clube.

0 comunicado acrescenta que o clu-be investigará o incidente e punirá cadajogador envolvido:"Não

pode haver lugar em Falkirkpara qualquer jogador que manche a boahonra do clube".

Duffy foi contratado pelo Falkirk natemporada passada e conseguiu promo-ver o time da segunda para a primeiradivisão.

Montpellier, França (UPI) — EricCantona, um dos maiores astros do fute-boi francês e cujo forte temperamento ocolocou em crise com quatro clubes, te-ve sua suspensão de uma semana can-celada pelo Montpellier, equipe daprimeira divisão.

Cantona foi suspenso por ter briga-do com um companheiro de time após aderrota sofrida pelo Montpellier diantedo Lille, no último dia 21.

Os dirigentes do clube que aplicarama sanção contra Cantona anunciaram on-tem em um comunicado escrito, sem darexplicação, que o jogador voltaria atreinar.

Segundo os comentaristas esporti-vos, uma rescisão de contrato com o ata-cante da seleção nacional traria grandesprejuízos ao clube e esta seria a princi-pai razão para os dirigentes desistiremda suspensão.

Quarenta feridos.Violência em Madrid,

Madri (AFP) — Qua-renta pessoas ficaram feri-das ontem à noite — amaioria levemente — emchoques entre torcedores doReal Madrid (espanhóis) edo Milan (italianos), nos ár-redores do estádio SantiagoBernabeu, uma hora antesde começar a partida pelasoitavas-de-final da Copa deCampeões.

Dois feridos, um delesno olho, foram levados parao hospital madrilhenho, dis-se a polícia. A maioria dosferidos tinham cortes provo-cados por pedras e garrafas.

O incidente aconteceu.,quando os italianos entra-',,vam no estádio. Um grupo,,de seguidores do Madrid es-7,condidos atrás de uma lan-i.chonete começou a atirar.jlpedras. Jjí

Até espanhóis que en-\travam no estádio naquele"';momento foram atingidos'"por garrafas.

¦->

O confusão terminou*,com a chegada da polícia. <;

Mais de mil e 200 poli?-,ciais faziam a segurança dór *estádio, já quase cheio, uma"hora antes do jogo.

Pela primeira vezparticipa do Mundial

Vitórias deNavratilovae SabatiniWorccster, Massachus-

setts (UPI) — Foi aberto an-teontem à noite o VirgíniaSlims de Nova Inglaterra,com a presença das estrelasMartina Navratilova e Ga-briela Sabatini, que vence-ram facilmente suas parti-das.

Navratilova, primeirafavorita, fez dois sets a zerona holandesa BrendaSchultz, com parciais de 6-2e 6-1. E Sabatini, segundacabeça-de-chave, não deixoupor menos: aplicou duasparciais iguais de 6-1 sobrea norte-americana CammyMacGregor.

Os outros resultados daprimeira rodada do torneioque distribuirá 300 mil dóla-res em prêmios foram os se-guintes:

Pam Shriver, EUA, (5) 2x 1 Mary Lou Daniels, EUA,3-6,6-2,6-3; Helen Kelesi (7),Canadá, 2 -1 Beverly Bowes,EUA, 2-(i, C-2, 6-2; AndréaLeand, EUA, 2x0 Erica deLone, EUA, 7-fi (8-6), 6-0; Ca-mille Benjamin, EUA, 2 x 1Iouise Aliena, EUA, 3-6,6-3,6-4; Sandy Collins, EUA, 2 x0 Lise Gregory, África doSul, 6-0, 7-6(7-4). Liz Smylie,Austrália, 2x0 Andea Tb-mesvari, Hungria, 6-2, 6-2.

Nota: os números entreparênteses indicam a pré-classificação das tenistas notorneio.

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Manam. (AFP) — Pelaprimeira vez na história, aSeleção dos Emirados Ara-bes Unidos participaram dafase final da Copa do Mun-do de futebol, após sua cias-sificação no torneio deCingapura, em grande par-te graças ao trabalho reali-zado pelo técnico brasileiroMário Zagalo.

A equipe aproveitou-seda má atuação da ArábiaSaudita, bicampeã asiáticae favorita para ir à Itália, eda derrota da China, outraséria candidata, que perdeusua última partida (1x2)para o Catar. Mas as suces-sivas quedas de seus adver-sários não tiram o méritodos Emirados Arábes, quetrilharam pacientementesua classificação.

Após a vitória sobre os

chineses, os companheiros,de Fahd Khamis, a estrela;da equipe, obtiveram quatroempates contra a Coréia de*-'Norte, Arábia, Catar e Co-1-réia do Sul. A seleção dpf£Emirados deixou a imageiü*de uma equipe com uma soàlida defesa, um bom mei<?campo, e um rígido ataquç,

Zagalo ocupou o cargano ano passado, em substi-tuição a seu compatriota^Carlos Alberto, que foi con^tratado pelos sauditas. NjPépoca, as bases financeirasdo contrato provocararr?muitas críticas por parte da;iimprensa local. Os jornaisacusaram a poderosa fede^íração saudita, presidida pe|ilo filho mais velho do rei"Fahd, príncipe Faissal, de:ter "dobrado aposta" pan?ter os serviços de Carlos1!Alberto. ,J

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Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989 O LIBERAL ESPORTE 11

Flamengo x Vasco terá aparato especialLazaroni procura um lugar

para Mozer na seleçãoRio (Sport Press) — Por mais que es-

teja satisfeito com o desempenho defensi-vo da Seleção Brasileira, o técnicoSebastião Lazaroni pretende encontrar umlugar na defesa para Mozer, do Olímpiquede Marselha. "Pode ser como libero ou co-mo zagueiro, pela direita ou pela esquer-da" — disse o treinador, que tem encon-trado dificuldades para conseguir a libe-ração do jogador para o amistoso com aIuguslávia, dia 14, em João Pessoa, naParaíba.

Desde que assumiu a Seleção Brasi-leira, em fevereiro, Lazaroni só testou Mo-zer uma vez, no amistoso contra Portugal,em abril, no Maracanã, quando o zaguei-ro ainda atuava pelo Benfica. "Preciso vê-lo mais", admite Lazaroni, que não escon-de seu desejo de ter Mozer e Ricardo —que formavam dupla no Benfica — juntos

na Seleção.As variadas opções na defesa, onde jo-

gadores se alternam com a mesma eficiên-cia, tranqüilizam Lazaroni para a Copa.Ele só pretende encontrar a formação quechegue quase a perfeição, como quer pa-ra a Seleção em 90, o que só deve aconte-cer após a série de amistosos preparató-rios que serão realizados na próxima tem-porada.

Com exceção de Mozer, cuja liberaçãoparece remota, Lazaroni deverá ter todosos titulares no amistoso com a Iugoslávia.O objetivo é manter a base da equipe queenfrentou e venceu a Itália, dia 14, em Bo-lonha. Sobre a Iugoslávia, diz que é umaequipe forte, formada por jogadores "mui-to habilidosos" que em sua maioria atuamfora do pais. "Sem dúvida, será um gran-de teste" — acredita.

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Neto confirma que nãoagrediu o juiz MarcosSão Paulo (Sport Press) — Neto,

que viveu momentos de tensão com apossibilidade de sofrer um ano de sus-pensão, agora se sente aliviado e vibroucom a decisão do Tribunal Especial daCBF, achando que ela foi das mais jus-tas. O jogador recebeu a punição mi-nima, ou seja, apenas dois amistososde suspensão. Entre feliz e aliviado, Ne-to confirmou que não agrediu o árbitroMarcos Vinícius dos Santos, no amis-toso do Corintians contra o América-MG, em Belo Horizonte, em agosto. NoCorintians, todos também ficaram ale-gres com a decisão do Tribunal Espe-ciai da CBF, que praticamente absol-veu Neto.

. São Paulo — O treinador do SãoPaulo, Carlos Alberto Silva, achou queseu clube foi beneficiado com a tabelada segunda fase do Campeonato Bra-silejro, pois atuará quatro vezes no Mo-rumbi, contra o Palmeiras, Santos,Cruzeiro (três jogos seguidos) e Flumi-nense. Como visitante, o São Paulo en-frentará o Grêmio, no Olímpico, aPortuguesa, no Canindé e o Goiás, noSerra Dourada.

Portuguesa — Roberto Dinamiteacha que a Portuguesa, se mantiver onível de suas atuações anteriores, terátudo para ser vencedora do grupo e de-cidir o Campeonato Brasileiro. O vete-rano atacante está feliz por jogar emseu novo clube e sonha em ser campeãobrasileiro. Na Portuguesa, todos gosta-ram da tabela da segunda fase, princi-palmente da marcação da partida con-tra a Inter-Limeira no Canindé.

Santos — Serginho, que vem apri-morando a sua forma física, tem es-tréia confirmada no Santos, domingo,na Vila Belmiro, contra o Internacio-nal-RS. Nesta partida, o Santos nãocontará com Heriberto e Davi, vetadospelo Departamento Médico, e Ditinho,suspenso pelo terceiro cartão amarelo.

Intei^SP — O treinador Levi Culpi,criticado pela derrota da Inter-Limeirapara o Grêmio, mudará a sua eguipepara o jogo de domingo no Canindé con-tra a Portuguesa. Ronaldo Marquesvoltará ao ataque para a saída do meiocampo Luís Fernando, pois o time jo-

Pará ofensivamente. Paulo Mendes e'aulo Matos, recuperados, retornarão.

Zagueiro Pinga volta aostreinos do InternacionalPorto Alegre (Sport Press) — O zaguei-

ro Pinga, que no início de 87 sofreu uma le-são grave — ruptura do tendão de aquilese dos ligamentos do tornozelo direito — nu-ma partida pelo Ibrneio Pré-Olímpico, naBolívia, está voltando ao futebol. Liberadopelos médicos, que a princípio consideraramdificil sua recuperação, o jogador tem par-ticipado dos treinos do Internacional e acre-dita que poderá voltar a jogar na próximatemporada. "Vontade é o que não falta" —afirma.

A disposição de Pinga chega a surpreen-der. Depois de passar a maior parte do pe-ríodo de recuperação fazendo fisioterapiapara melhorar a articulação, o zagueiro temtreinado antes do prazo previsto. Um dosseus objetivos também é retornar à SeleçãoBrasileira. Quem o viu jogando pelo Inter

e pela seleção, no Pré-Olímpico, não duvi-da disso. "Sempre foi um craque fantástico"— diz o técnico Carbone.

Atlético — O contrato de Jair Pereiracom o Atlético ainda não acabou, mas o pre-sidente Afonso Paulino já chamou o treina-dor para renová-lo, preocupado com aspropostas que este deverá receber após oCampeonato Brasileiro. Jair Pereira, po-rém, não tem pressa. "Meu contrato é ver-bal e só termina em dezembro. Até lá, muitacoisa pode acontecer" — argumenta.

Jair Pereira destacou seu bom relacio-namento com a imprensa mineira entre ou-tros fatores que o levam a pensar em ficarem Belo Horizonte. O maior empecilho é ofato de sua família morar no Rio. "Já estoudois anos longe e preciso encontrar uma so-lução para esse problema" — diz o treinador.

Evaristo decide ficar nadireção do time do Bahia

Salvador (Sport Press) — "Se é para obem do Bahia, diga ao povo que fico . Nãose trata de nenhuma frase histórica mas sima resposta que o técnico Evaristo Macedodeu ao presidente do Bahia, Paulo Maraca-

: já,'ao aceitar permanecer no cargo — pelo' menos até o próximo domingo, quando oatual campeão brasileiro enfrentará o Vitó-ria pelo torneio da morte do CampeonatoBrasileiro.

Depois de se reunir com Evaristo, Ma-racajá pediu a parte da imprensa e da tor-cida que fazem campanha contra apermanência do treinador no clube, paraque "dêem um crédito". O dirigente lembrouque a fase não é boa — "Temos vários joga-dores contundidos e quase não é possível re-petir a mesma escalação" — mas reafirmousua esperança na reabilitação.

Vitória — "Levantar a cabeça e partirpara a reabilitação em cima do Bahia". Es-te é o lema do técnico André Catimba, subs-tituto de João Francisco, no Vitória. Aderrota para o Atlético-PR na abertura dopentagonal, por 3 a 0, criou um clima de des-motivação entre os jogadores que o novotreinador pretende superar. "Foi apenas oprimeiro jogo e nós temos chances de rea-bilitação" — acredita. Mesmo já podendo.contar com Renato e Ederlaine, recupera-jdos, André não pretende alterar a equipe.

Sport — Os jogadores ficaram satisfei-tos com a contratação do técnico João Fran-cisco, ex-Vitória. Entre os que maiselogiaram o novo treinador estava o lateralAirton, que já trabalhou com ele no Cruzei-ro, e Barbosa, que considera João Francis-co "experiente e conhecedor profundo defutebol". O time para a partida com o Atlé-tico do Paraná, domingo, na Ilha do Retiro,só será definido sexta-feira.

Náutico — O presidente do Náutico, An-tônio Amante, beneficiado pela boa campa-nha do clube, anunciou que em dezembrotentará a reeleição no clube. Para a parti-da com o Grêmio, domingo, nos Aflitos, otécnico Paulo César Carpegiani espera tirarproveito do fato de conhecer bem o adver-sário — que enfrentou muitas vezes, comotécnicos e jogador — para conseguir maisdois pontos.

Atlético-PR — O técnico Borba Filhopretende escalar Wanderley na ponta-esquerda e deslocar Marquinhos para omeio campo visando a partida contra oSport, domingo, pelo pentagonal do Campeo-nato Brasileiro. E provável também que Vai-dir reapareça na equipe, saindo LuísFernando. Borba Filho esperaque a equiperepita o bom futebol que apresentou na vi-tória de domingo, sobre o VitórijpjkBahia,por 3x0.

!

Coritiba diz quenão fez pedido

ao Clube dos 13Curitiba (Sport Press)

— Causou estranheza ao•presidente do Coritiba, Ba-•yard Osna, as declaraçõesIdo presidente do Clube dos;13, Carlos Fachina, de que o'dirigente do clube paranaen-.'se o teria procurado para so-.liçjtar a solidariedade dos

. grandes clubes brasileiros; no confronto com a CBF. Se-

gundo Bayard Osna, nemLhe passou pela cabeça pro-1 curar Carlos Fachina, por

! entender que "solidariedadepão é algo que se faça, dáquem quer".

Além do mais, segundoò presidente do Coritiba, o

clube já conta com todo oapoio de que realmente ne-cessita: do governo do Esta-do do Paraná, da Câmara deVereadores de Curitiba (queinclusive considerou o presi-dente da CBF, Ricardo lei-xeira persona non grata àcidade) e de toda a torcidaparanaense.

O Coritiba, adiantou,ainda, que o deputado Mau-ricio Fruet (PMDB-PR) vaisolicitar a instalação deuma CPI para apurar as ir-regularidades na gestão dopresidente Ricardo Tteixeirana CBF.

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O LIBERALFONE: 222-0133

Rio (Sport Press) — A CBF,em operação conjunta com a Su-derj e com a Polícia Militar do Rio,montará um esquema especial desegurança no Maracanã, para apartida entre Flamengo e Vasco,'neste domingo, temendo possíveisconflitos entre as duas torcidas. Ojogo considerado de "alto risco",mobilizará 800 homens da PM e te-rá um aparato de segurança sócomparado ao da partida Brasil xChile, pelas Eliminatórias.

O presidente da CBF, RicardoTeixeira, considera necessário to-mar medidas especiais de segu-rança para o clássico em função doclima de rivalidade entre as duas

torcidas, que se acirrou a partir daida de Bebeto para o Vasco e doepisódio envolvendo o zagueiro An-dré Cruz, ambos jogadores da Se-leção Brasileira. "A nossapreocupação é garantir a seguran-ça dos torcedores que comparece-rão ao Maracanã" — afirmou.

Depois de se reunir com o co-mandante do 6? BPM, responsávelpela segurança no estádio, o presi-dente da Suderj, Medrado Dias,'disse que todas as providências jáforam tomadas. Nesta quarta-feirahaveria uma reunião dos líderes detorcidas dos dois clubes na PolíciaMilitar. Não será permitida a en-trada no estádio de qualquer obje-

to que possa ser lançado a campo— a PM utilizará detectores de me-tais em todos os portões.

Movimento — Mais do que me-didas específicas para uma parti-da, Medrado Dias defende a rea-lização de um movimento em todosos Estados do país contra a violên-cia no futebol. Na sua opinião, éexatamente a insegurança nos es-tádios que está provocando a eva-são de público. "O torcedor deixade ir por temer conflitos entre tor-cidas, grupos organizados forma-dos por vândalos. O futebol estádeixando de ser um lazer e setransformando em pancadaria" —afirmou.

Bebeto já vive a expectativaRio (Sport Press) -0- Personagem

central de uma guerra fria trava-da até hoje entre dirigentes do Vas-co e do Flamengo, Bebeto começaa viver momentos de grandeapreensão ao se aproximar o diade sua primeira partida em que jo-gará contra o Flamengo, vestindoa camisa do Vasco. O atacante nãoesconde isso e procura se automo-tivar com a idéia firme de mostraraos dirigentes rubro-negros queeles erraram ao tentardesvalorizá-lo perante à torcida naépoca da renovação do seu contra-to. E para completar e "dia da vin-gança" Bebeto espera fazer o golem homenagem se primeiro filho,Roberto Nilton, nascido no últimodia 27.

Problema mesmo Bebeto achaque terá para enfrentar a torcidade Flamengo que por muitos anos

Bebeto ainda guarda rancor dos di-rigentes do Fia..

o aplaudiu no Maracanã. O arti-lheiro admite que não será nada fá-cil para ele enfrentar seu ex-clube,principalmente por causa da torci-da. É indisfarçável sua emoçãoquando se refere ao Flamengo re-velante que parte do seu coraçãopertence ao clube da Gávea:

— Não posso esconder um sen-timento que chega a ser óbvio. Otempo em que passei no Flamen-go tive muitas alegrias e comple-to apoio da torcida. Não é nadafácil agir agora estando do outrolado. Mas, sinceramente, quando abolar rolar tudo acaba. Vou mar-car quantos gols forem possíveispara mostrar àqueles dirigentesque tentaram me prejudicar queeles estavam enganados a meu res-peito — comentou Bebeto, guar-dando ainda um certo rancor.(ASP).

Zico é novamente esperançaRio (Sport Press) — O clima

no Flamengo é de tensão total na >semana que antecede a partidacontra o Vasco que decidirá a sor-te rubro-negra neste CampeonatoBrasileiro. Os jogadores se acusammutuamente tentando encontrarjustificativa para a péssima faseque o time atravessa. O técnicoValdir Espinoza, quase entregan-do os pontos, já fala em arrumara equipe só para o ano que vem. Osdirigentes são acusados de incom-petentes, por terem permitido asaída de craques como Bebeto eJorginho e contratado jogadorescaros como Josimar e Renato Gaú-cho que não estão ajudando a tiraro Flamengo do atoleiro em que seencontra. Nesta barafunda toda sóo genial Zico conseguiu localizar oponto fraco da equipe. Segundo o"Galinho", o que falta ao Flamen-go é garra para superar a crise Zi-co afirma ainda que os jogadoresestão jogando sem brio e vibração

Mesmo veterano, Zico ainda é a es-perança do Fia.

e por isto o Flamengo ainda nãoachou o caminho da vitória!

Apesar dos 37 anos de idade,

Zico continua sendo a esperança demuita gente na recuperação do ti-rne ainda neste campeonato. De-pois da derrota para a Portuguesapor 2 a 0 (a terceira consecutiva)o ambiente na Gávea ficou aindamais tenso do que estava. Contudo,o atacante vê uma solução imedia-tada para os problemas da equipe:todos têm um que dar tudo o quepodem dentro do campo para sairda crise.

Juntamente com o técnico Es-¦ pinoza, Zico vai enfatizar para osseus companheiros de equipe, quealguns jogadores não vêm jogandodentro das características que atorcida exige, com raça e determi-nação; e que a vitória sobre o pró-ximo adversário é um únicoresultado que interessa ao Flamen-go. Apesar de tudo, Zico garanteque o convívio entre os jogadorese comissão técnica é bom e isto po-de facilitar as coisas.

Proposta a Espinoza, manobra vascaínaRio (Sport Press) — Enquanto os dirigentes atribuem a

notícia a uma manobra do Vasco para tumultuar o ambienteno clube, às vésperas do clássico de domingo, o técnico Vai-dir Espinosa desmentiu, com veemência, que tivesse rece-bido qualquer proposta do Belenenses para deixar oFlamengo. Segundo Espinosa, o único contato que mante-ve com o clube português foi há cerca de dois meses, quan-do ainda estava no Botafogo, e afastou completamente apossibilidade de trocar de clube.

Não sei de onde saiu esta notícia. Ninguém me procu-rou e se fosse procurado a minha resposta seria negativa.Tenho um contrato com o Flamengo, de longa duração, es-tou apenas iniciando o meu trabalho.

Desmentida a sua suposta saída, Espinosa dedica-seapenas a armar o time do Flamengo para enfrentar o Vas-co no domingo. Ontem, ele dirigiu um coletivo que os titu-lares venceram por 4 x 0, com boa atuação. Espinosa armoua equipe com Ailton Zico e Zinho no meio-campo e Alcin-do, Bujica e Luís Carlos no ataque, deixando Uidemar notime reserva. Mas não está afastada a possibilidade de elecolocar o goiano no lugar de Luís Carlos, armando a equi-pe com dois cabeças de área e dando maior liberdade aZinho.

Botafogo — O time do Botafogo para enfrentar o Goiás,no Serra Dourada, será muito diferente do que perdeu pa-ra o Cruzeiro no Maracanã. Edu não poderá contar com ozagueiro Mauro Galvão, suspenso, e com Criciúma, contun-dido, e já decidiu promover o retorno de Ricardo Cruz dogol, saindo Gabriel. No coletivo de ontem, a novidade foi

a presença de Mazolinha no comando do ataque, depois deum período de empréstimo ao Atlético-GO. O time treinoucom Ricardo Cruz; Paulo Roberto, Jocimar, Gonçalves eMarquinho; Carlos Alberto, Luisinho e Valdeir; Maurício,Mazolinha e Milton Cruz. Já está decidido que Gonçalvesserá o substituto de Mauro Galvão e Jocimar está de so-breaviso para entrar no lugar de Wilson Gotardo, com umalesão no tornozelo esquerdo. A escalação oficial somente se-rá definida no apronto de sexta-feira.

Fluminense — Por força das suspensões de Ricardo Pin-to, Donizete e Marcelo Henrique, Telê Santana fará váriasalterações no time do Fluminense para enfrentar o Atléti-co Mineiro, no Mineirão. Ele já decidiu pela escalação deJeferson no gol, Fernando Cruz no meio-campo e Cacau naponta direita e terá ainda, Cocada de volta à lateral direitae possivelmente também Marquinho na ponta-esquerda.Em lugar de Rinaldo, com o tornozelo esquerdo lesionado.No primeiro coletivo da semana, Telê escalou Jeferson; Co-cada, Vagner, Torres e Edgar; Vitor, Fernando Cruz, Van-der Luís e Marquinho; Cacau e Hélio.

Vasco — Ausente do amistoso que o time fez ontem ànoite contra o Goiás, no Serra Dourada, o atacante Bebetointensificou o tratamento da contusão no tornozelo direitoe certamente terá condições de atuar no clássico de domingocontra o seu ex-clube, o Flamengo. O zagueiro Marco Au-rélio é que está muito difícil, pois seu tornozelo está muitoinchado e a reação tem sido muito lenta ao tratamento. Parajogar, Marco Aurélio tem que participar do coletivo destasexta-feira.

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Telê e ZezéRio (AG) — Telê foi

subindo as escadas deva-gar, sem esconder a emo-ção. Sorriso largo. Braçoapertado e grande dosede respeito. Do campo, osjogadores queriam saberapenas quem era aquelevelhinho simpático e quefizera o treinador atra-sar a preleção, saindoapressado do vestiáriodireto para as sociais dasLaranjeiras. Quando sou-beram que se tratava deZezé Moreira, alguns atése aproximaram paraconhecê-lo de perto.

Palmeirasx Inter

esta tardeSão Paulo (AE) — O

Palmeiras promete exercerforte pressão sobre o Inter-nacional, hoje, às 16 horas,no Morumbi, quando tenta-rá voltar à liderança do gru-po B do Campeonato Brasi-leiro. Durante os treinos dasemana, o técnico Leão exi-giu marcação sobre os ad-versários no campo todo,para dificultar a saída debola e os contra-ataques.Outra preocupação foi me-lhorar o aproveitamento dasfinalizações. Dida. julgadoterça-feira pelo Tribunal Es-pecial da CBF, recebeu ape-nas um jogo de suspensão,já cumprido, e joga normal-mente. Júnior, que está recu-perado da contusão e trei-nou ontem, sem nada sentir,também está confirmado naequipe. O único desfalque se-rá Edson, com uma contra-tura muscular na coxa.

O Internacional, alémda má fase, está enfrentan-do problemas de disciplinae três jogadores foram afãs-tados do grupo: o ponta es-querda Edu, por causa dasbrigas com companheiros eo excesso de cartões amare-los e vermelhos; e Marcjui-nhos e Luiz Carlos Martins,que brigaram em campo eno vestiário terça-feira, du-rante o coletivo. A partida dehoje marca a estreia do téc-nico Carbone — o terceirodo Inter neste CampeonatoBrasileiro, depois de Bráulioe Carpegiani. Carbone quero time marcando forte, masainda nã» está satisfeitocom as subidas para o ata-que, lentas demais.

PalmeirasVeloso; Dida, Tbninho,

Marco Antônio e Abelardo;Júnior, Elzo e Bandeira; Ca-reca, Gaúcho e PaulinhoCarioca.

Internacional

Taffarel; Chiquinho,Norton, Aguirregaray e Jac-quet; Norberto, Bonamigo,Luvanor e Zé Carlos; Nelsone Roberto Carlos.

Jogadoresnão sefalam

Rio (AG) — A adver-tênbia que Maurício levouanteontem do vice-presi-dente futebol, Emil Pi-nheiro, fez com que Eduatentasse para um detalheno time do Botafogo: os jo-gadores praticamente nãose falam em campo e o fa-to de um não ouvir a voz dooutro acaba prejudicandoo posicionamento de todosnuma partida. Se o diri-gente cobrou do ponta asrazões de tanta reclama-ção e gestos sempre queum companheiro não lhepassa a bola, Edu querque, de agora em diante,todos os seus comandadostenham uma atitude se-melhante.

Quer conversa— Mas não quero algo

tão agressivo, até antipá-tico em alguns momentos,como vinha fazendo Mau-rício — destacou — Queromuita conversa, muita co-branca, mas num tomameno, de camaradagem.Até porque, se um grita,aquele que está com a bo-Ia já sabe que há um com-panheiro em condiçõesmelhores de atacar. Umberro desses serve tam-bém para chamar a aten-ção para um espaço vazioem campo.

Bando de papagaiosNa verdade, Edu quer

que seus jogadores setransformem num bandode papagaios faladores.Adeptos de ditado futebo-lístico "quem se desloca,recebe...; Quem pede, tempreferência", o técnicoacha até que alguns dosmaus momentos que o Bo-tafogo passa nas partidasdeve-se ao fato de um joga-dor não falar com o outro.

A Emave vai injetar uma novidade no seu carro.Aguarde só um pouquinho.

COMUNICAÇÃO

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12 ESPORTE O LIBERAL Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989

CBF, na Justiça comum,anula liminar do Coritiba

Rio (AG) — A CBF conseguiuontem na 7» Câmara Civil do Tri-bunal de Justiça do Estado cas-sar a liminar que obrigava ainclusão do Coritiba na segundarodada do Campeonato Brasilei-ro. Como já havia ameaçado an-teontem, o diretor jurídico daCBF, Carlos Eugênio Lopes, re-solveu apelar ao Tribunal de Jus-tiça como única maneira dereverter o quadro desfavorável àentidade.

O desembargador Youssif Sa-

lim Baker foi quem concedeu me-dida liminar no mandado desegurança — número 89.04.00749— que garante o andamento doCampeonato Brasileiro. Agoracabe ao juiz da 4* Vara Civil, Ed-son Queiroz Zezinho Dias, julgaro mérito da questão.

De qualquer maneira, o dire-tor jurídico Carlos Eugênio Lopespassou por maus momentos on-tem no Fórum. Bastou Cario, co-mo é conhecido, observar apresença de repórteres no Fórum

para mudar totalmente de fi-sionomia.

— O fato era previsível, jáque a posição da CBF neste casocom o Coritiba — se não tivessesido descoberto pela impri nsa —era a de divulgar a cassação daliminar somente na sexta-feira.Isto porque o Departamento Ju-rídico da entidade ainda temeque o Coritiba possa reverter oquadro na 4* Vara Civil, ondeainda vai ser julgado o mérito daquestão.

Grêmio goleia e Cruzeiro perdel.a Plitiii (Sport 1'ress-Kspcdal) — O Grêmio, de forma sen-

sacionul, venceu o Estudiantes por 3 a 0, no pequeno es-tadio Jorge Hirschi, e se classificou para a fase semifinalda II Supercopa dos Campeões a Taça Libertadores daAmérica. Seu adversário será o Boca Juniors, da Argen-tina. No primeiro tempo o Grêmio vencia por 1 a 0, comum gol de Paulo Egídio, aos 37 minutos. Na fase final, Ki-ta, aos 15, e Cuca, aos 36 minutos, fizeram mais dois golse garatiram a indiscutível classificação do Grêmio. Nosúltimos oito minutos, o time brasileiro teve dois jogado-res expulsos; Alfinete e Edinho.

O jogo foi dirigido por Gaston Castgro, auxiliado porSalvador Imperatore e Sérgio Vasquez, todos do Chile. Ti-mes: Grêmio — Mazaropi; AlfinettyLuis Eduardo, Edi-nho e Fábio; Jandir, Cuca, Adilson Heleno e Lino; Kila(Vilson) e Paulo Egidio. Estudiantes — Battaglia; Cris-tóvão, Trota, Aguero e Ramirez; Peinado, Vargas e Car-doso; Cariaca, Di Cario e Mac Allister.

Cruzeiro perdeBuenos Aires (Sport Press-Kspeiial) — O Cruzeiro,

ao perder de 2 a 0 para o Argentinos Juniors, foi elimina-do da II Supercopa dos Campeões da Taça Libertadores .'da América. O Cruzeiro só resitiu no primeiro tempo,quando segurou o 0 a 0. Mas o Argentinos Juniors voltouarrasador na fase final e liquidou o Cruzeiro, com gols deAyres, aos 13, e Caceres, de pênalti, aos 31.

Oscar Ortube dirigiu a partida, auxiliado por Renêürihuela e Pablo Pena, todos da Bolívia. Times — Argen-Unos Juniors — Goyen; Malvarez, Cejas, Osvaldo Rodri-guez e Mac Allister Allister; Caceres, Redonda e Castillo;Rudmam, Ayres e Gonzales. Cruzeiro — Paulo César; Ba-lu, Gilson Jáder, Gilmar Francisco (Ramon) e Eduardo;Ademir, Betinhoe Careca; Heider (Marcinho), Hamiltone Edson.

O Argentinos Juniors classificou-se para a fase semi-final e seu adversário será o Independente, também daArgentina.

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Edgar cobrando pênalti. O meiocampista azulino foi absolvido pelo STJD.

Macedo apita Moto x CearáRio (Sport Press) — A Cobraf — Co-

missão de Arbitragem de Futebol escalouos seguintes árbitros para os jogos deste fi-nal de semana pelo Campeonato Bra-sileiro:

Primeira Divisão (2a Fase)Corintians x Cruzeiro — Wilson Carlos

dos Santos, de São Paulo, auxiliado porAluisio Felisberto da Silva e João José Lou-reiro, ambos do Rio de Janeiro.

Goiás x Botafogo — Renato Marsilglia,auxiliado por Valdir Vioni e Justiniano Gou-lart, todos do Rio Grande do Sul.

Náutico x Grêmio — Pedro Carlos Bre-galda, auxiliado por Cláudio Vinícius Cer-deiro e Teodoro de Castro Lino.

Portuguesa x Internacional-SP — Os-valdo dos Santos, auxiliado por João Batis-ta Byron e Luís Antônio Barbosa, todos doRio de Janeiro.

São Paulo x Palmeiras — José de As-sis Aragão, auxiliado por Sérgio Fernandese Luís Alfredo Bianchi, todos de São Paulo.

Atlético Mineiro x Fluminense — Car-los Rosa Martins, auxiliado por José Mo-celin e Olinto Preussler, todos do RioGrande do Sul.

Santos x Internacional-RS — ManoelSerapião Filho, auxiliado por Cláudio Fal-cão Seixas e Manoel Lima Matos, todos daBahia.

Primeira Divisão (Torneio da Morte)Bahia x Vitória — Ulisses Tavares da

Silva, auxiliado por Pércio Leite e Modes-to Salviatto, todos de São Paulo.

Sport x Atlético Paranaense — Jerôni-mo Alves, auxiliado por César Zangrances-chi e Edson Paulino da Silva.

Divisão EspecialRio Negro x Anapolina — Joaquim

Gregório dos Santos, do Ceará.Ceará x Moto Clube — Antônio Mace-

do de Oliveira, do Pará.Confiança x Itaperuna — Charles Eliot

de Freitas, do Rio Grande do Norte.

Figueirense x Juventude — José Rena-to Fidalgo, de São Paulo.

Blumenau x Criciúma — Antônio Ro-gério Osório, de Santa Catarina.

Ceilândia x Rio Branco-AC — CarlosElias Pimentel, do Rio de Janeiro.

Fortaleza x Remo — José Araújo deOliveira, de Pernambuco.

ABC x Central — Luís Vieira Vilanova,do Ceará.

Treza x Santa Cruz — Wilson da Con-ceição Araújo, do Rio Grande do Norte.

Americano x Catuense — AlvimarGaspar dos Reis, de Minas Gerais.

São José x Botafogo-SP — Ilton José daCosta, de São Paulo.

Cataduvense x Bragantino — Silas San-tana, de São Paulo.

União São João x Juventus — JoaquimCarlos Caetano, de São Paulo.

XV de Piracicaba x América-RJ — Ed-son Rezende de Oliveira, do DistritoFederal. ¦

O Clube do Remo jogará nestepróximo domingo, contra o Fortaleza,no estádio "Presidente Vargas", pen-sando na vitória. O técnico interinoArmando Bracali — Carlinho foi aoRio de Janeiro — assegurou que o Re-mo não deverá se retrancar, sob penade sofrer um bombardeio do time doFortaleza, e acabar perdendo a parti-da fatalmente. O Remo deverá jogarbuscando o gol, mas com absolutacautela para não ser surpreendido noscontra-ataques.

O meiocampista Edgar, expulsono jogo contra a Tuna Luso Brasilei-ra, pelo segundo turno da primeira fa-se do Campeonato Brasileiro da Divi-são Especial, foi absolvido pelo Tribu-nal Especial da CBF, e estará firmano meio campo azulino na partida dopróximo domingo, contra o Fortaleza,na estréia do Leão na segunda fase doCertame.

Apesar do feriado de finados, osjogadores do Clube do Remo não te-rão folga nesta quinta-feira. O planteiremista treinará em tempo integral,visando a partida contra o Fortaleza,na estréia do Leão Azul na segundafase do Campeonato Brasileiro dajfii^visão Especial. Pela manhã haverátreino físico e à tarde técnico-tático,já com a presença do técnico Carli-nhos que foi ao Rio de Janeiro na últi-ma segunda-feira, rever familiares, eficou de chegar nesta madrugada aBelém.

Na manhã de ontem houve folgaaos atletas profissionais azulinos. Àtarde aconteceu o primeiro coletivoda semana com vistas ao Fortaleza,domingo, na capital cearense. O cole-tivo durou 90 minutos, onde os reser-vas venceram os titulares por dois aum, com gols de Eivaldo e Nenê, paraos reservas, descontando Edimilsonpara os titulares. O time de cima trei-nou com Wagner; Paulo Verdan, Chi-co Monte Alegre, Luiz Otávio e Pedri-nho; Edgar, Bebeto e Jorginho Maça-pá; Tiago, Edimilson e Rildon. Esteserá o provável time que entrará jo-

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W-^mmLWilPaissandú vai fechar a Curuzu para recuperação.

Paissandú vai jogar na Vigiae fecha o Leônidas Castro

O Paissandú jogará nestepróximo domingo na cidadeda Vigia, contra a seleção lo-cal, ganhando 15 mil cruzadosde cota, livres de despesas. Ainiciativa da diretoria bicolorvisa manter o time em movi-mentação, enquanto se pre-para para a decisão do Cam-

peonato Estadual deste ano,contra o Clube do Remo, emdata a ser estabelecida pelaFederação Paraense de Fute-boi. Enquanto isso, o timemisto do Paissandú, denomi-nado "Expressinho", poderájogar contra a seleção de Ca-meta, neste próximo domin-

go, por 5 mil cruzados novos,mas com o compromisso delevar alguns jogadores recen-temente contratados, como omeiocampista Alemão, o za-gueiro Joel e o lateral esquer-do Barbosa. Entendimentosneste sentido estão sendo con-cluídos entre a diretoria do

Paissandú e o representanteda liga esportiva de Cametá,em Belém, Jorge Veiga.

Na manhã desta quarta-feira, os jogadores bicoloresrealizaram um treino físicona Curuzu, com direção do fi-sicultor Benedito Gamboa,enquanto à tarde o técnico Gi-vanildo Oliveira dirigiu treinotécnico-tático para todo oplantei, a exceção do jogadorKleber, contundido no torno-zelo direito. Nesta quinta-feira, Dia dé Finados, o técni-co Givanildo Oliveira deu foi-ga total aos atletas bicolores.

O pagamento dos jogado-res e funcionários do Paissan-du deverá sair no próximo dia8 de novembro. A folha de pa-gamento deverá ultrapassara soma dos 70 mil cruzados,já que este mês serão acresci-dos salários de funcionáriosrecentemente contratados,como Edinaldo Biá, auxiliartécnico, e Marinho, treinadordo time de juniores.

O diretor de campo doPaissandú, Jorge Mubarakc,informa que o estádio "Leôni-das Castro" deverá ser fecha-do para reparos a partir dodia Io de dezembro. A idéia éaproveitar o início do invernopara o replantio do gramadoda Curuzu, que está bastantedesgastado, além de outrosmelhoramentos no estádiobicolor.

gando no próximo domingo contra óFortaleza. No decorrer do coletivo, oponteiro Eivaldo saiu de campo comum corte no supercílio, fruto de umchoque confuso com Chico Monte Ale- .gre e Roberto Tadielo. Após ter sidoliberado pelo pelo Departamento Mé-dico azulino pela segunda vez, o meio-campista Varela voltou a sentir doresna coxa esquerda e está praticamentefora da primeira partida do Remocontra o Fortaleza.

O coletivo apronto acontecerá natarde desta próxima sexta-feira, no"Evandro Almeida". A viagem à For- 'taleza está marcada para as 11:45 ho-ras, do próximo sábado. Na capitalcearense a delegação remista ficaráhospedada no Hotel São Pedro.

No Clube do Remo a alegria'daclassificação transformou-se em des-contentamentos, por parte de muitosjogadores e funcionários diretamenteligados à Comissão Técnica, com a in-formação de que somente os 16 joga-dores relacionados para a partida doúltimo domingo, contra o Paissandú,receberão o prêmio pela classificaçãodo time à segunda fase do Campeona- Ito Brasileiro da Divisão Especial. Por ,este motivo, o massagista Moacir Da-masceno ficou de pedir demissão doemprego, na noite de ontem. Moacirtem 36 anos como funcionário do Clu- [be e pretende fazer um acordo amiga- 'vel com a diretoria azulina.

O "gigante"Alcino, ex-jogador doClube do Remo, na década de 70, estátreinando no Baenão, às 5 horas da imanhã, com a orientação do fisicultorFrançois Thinj. Alcino quer readqui-rir a forma física com vistas ao jogo «de despedida que a diretoria de fute- !boi do Clube do Remo vai promover, >no próximo dia 16 de dezembro, com apossível presença dos jogadores Ju-nior, do Flamengo, Sócrates, Nélinho,Josimar, entre outras estrelas do fu- :<tebol brasileiro, amigos de Alcino,dispostos a colaborar com o jogo be-neficente, cuja renda será totalmentedo ex-atleta remista.

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WÊÊÊÊÊÊÊttmDema continua sem contrato com a Tuna Luso.

Tuna não acerta renovaçãode contratos com Dema e Ageu

Os jogadores da Tuna Luso Brasi-leira tiveram folga total nesta quarta-feira. Como o plantei também está fo-ra de qualquer competição, o técnicoNélio Pereira estabeleceu os dias deterça e sexta-feira para os treinamen-tos da semana, sempre pela parte datarde.

Até a noite de ontem a diretoriade futebol tunante estava em entendi-mentos com os dirigentes do Colora-do, do município de Redenção do Pa-rá, visando a realização de uma parti-da amistosa naquela cidade, no próxi-mo domingo. Enquanto isso, continuaa indefinição sobre a renovação doscontratos dos jogadores Dema eAgeu. Os jogadores estão irredutíveisem não aceitar as propostas feitas pe-la diretoria tunante, para a reformu-lação de seus contratos. Dema rece-

beu a proposta de 1.500 cruzados men-sais, com 1.000 cruzados de luvas. El,Ageu, 1.000 cruzados de salários semjluvas. Os atletas querem 3 mil cruza-dos de salários e uma boa luva. Com o;impasse, continuam fixados os valo-'res dos seus passes, em 5 mil cruza-jdos, do Dema, e 2.500 cruzados, deAgeu. Até agora nenhum clube mani-:festou interesse pelos atletas;cruzmaltinos. IA partir da próxima semana, o|atécnico Nélio Pereira deverá intensi-ficar os treinamentos dos jogadoresjuniores, com vistas aos preparativospara a Taça São Paulo de Futebol Ju-,nior, que começa em janeiro na capi-! |tal paulista, com a participação de ti;mes campeões desta categoria, deiBrasil e do exterior.

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Belém, quinta-feira. 2 de novembro de 1989 O LIBERAL política 13

Linhares já pensa na Câmara FederalBrasília (AJB) — A candidatura

do empresário Sílvio Santos à Presi-dência da República passou o dia deontem encalhada em dois empecilhosapresentados pelo deputado estadualAgostinho Linhares (PMDB-PA),candidato a vice na chapa que deixouHe ser encabeçada por Armando Cor-têa. Para renunciar, Linhares exigeijue Sílvio Santos faça o seu primeirocomício em Belém, e que o eleja nobr<Jximo ano deputado federal peloPar/i. As 18h30m, depois de falar meiahora ao telefone com o animador, oainda vice começou a redigir suacarta-renúncia.

,'> Desde que Sílvio Santos assinou aficha de filiação do PMB para dispu-tar a vaga do presidente Sarney, os li-deres pefelistas responsáveis por essamanobra lutavam para convencer Li-nhares a renunciar. O próprio Arman-do Corrêa, que encabeçava a chapa doPMB, atravessou a madrugada de on-tem no apartamento que o vice-governador João Alberto mantém emBrasília, tentando dobrar Linhares.Por esse apartamento passaram, namanhã de ontem, Marcondes Gadelha(PB), Edison Lobão (MA), Hugo Na-poleão (PI) e o ex-deputado MúcioAtaide, todos empenhados em fazerLinhares assinar uma de duas versõesde uma carta-renúncia que o cândida-to recusou-se até a ler."O Sílvio Santos terá que encon-trar uma saída honrosa para mim noPará. Imagina agora eu chegar nas.bases e dizer simplesmente que re-"minciei", comentava um inflexível Li-nhares, camisa bege deixando à mos-tra o umbigo e calça risca de giz..Ofendido porque em nenhum momen-rto foi consultado sobre as negociações•que estavam sendo conduzidas comSílvio Santos, ele dizia: "Pelo meu fo-

^jro íntimo, não pretendo renunciar".'Sentado no meio da sala da casa de"seu irmão, depois de explicar longa-"Snente que só com uma saída honrosa•âceitaria a renúncia, Linhares termi--nou abrindo o coração: "Eu gostariaí.priuito de ser o vice de Sílvio Santos.

Acho o Sílvio um grande homem e te-ria muita honra em ser o vice dele".

? Enquanto ele falava, o vice-'governador João Alberto atendia osinúmeros telefonemas disparados pa-'ra o apartamento principalmente por

•'Armando Corrêa e seus auxiliares. O.'candidato a vice tinha, ao lado do seuirmão, exposto as suas últimas exi-.gências para a renúncia: um comício'.de

Sílvio Santos em Belém para inau-

fr urar a campanha e a eleição dele pa-

, a a Câmara dos Deputados.As 18h30m, um telefone de Sílvio

Santos para Agostinho Linhares veio'abrir um sorriso no rosto desse pee-'..mebista, jogando por terra todas asresistências: o animador prometeu

âtender às exigências, começando por.ûbir num palanque, ao lado de Linha-..xes, na próxima semana, em Belém.^Linhares prometeu escrever imedia-"^Carrfehte uma carta-renúncia, que se-' ¦.

''Çrá divulgada hoje.n-li-c-

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-n:a--*_.O!

Sarney falou sobre candidaturamas não fez qualquer conviteS3o Luis (AG) — O presidente

Sarney confirmou ontem que teve umencontro com Antônio Ermírio de Mo-raes para conversar sobre a cândida-tura do empresário à sucessãopresidencial, mas disse que não lhefez nenhum convite para participar doprocesso."Tenho falado sobre sucessãocom muita gente e naturalmente odoutor Antônio Ermírio foi um dos ho-mens cogitados para presidente daRepública e um amigo comum me pe-diu que tivesse uma conversa com ele.Eu tive. Agora, ninguém convida nin-guém para ser candidato a presiden-te da República. Eu posso convidá-lopara ser ministro, mas para presiden-te, não", afirmou Sarney.

Durante a entrevista que conce-deu no hotel Vila Rica, onde foi levaro presidente de Portugal, Mário Soa-res, que chegou a São Luís na manhãde ontem para participar do encontrodos chefes de Estado dos países de lín-gua oficial portuguesa Sarney, queparecia pouco à vontade para tratardo problema criado com a declaraçãode Antônio Ermírio, resolveu contarque o único convite já feito ao empre-sário paulista foi para que ele parti-cipasse de seu ministério, por duasvezes. A primeira, em 1986, quando ochamou para o Ministério das Rela-ções Exteriores e o empresário nãoaceitou, alegando que pretendia serfiel ao pedido feito por seu pai, antesde morrer, para que nunca entrassena política.

Depois disse que voltou a convi-dar Antônio Ermírio de Moraes quan-

do pensou em organizar um governode união nacional. Dessa vez, o em-presário, de acordo com Sarney, recu-sou o convite alegando um "motivomuito grave", que o presidente disseque não revelaria. "Sempre fui um ho-mem que respeitou profundamente aconvivência humana", afirmou Sar-ney como argumento para não divul-gar as razões alegadas peloempresário.

Sem deixar claro se se referia àafirmação de Antônio Ermírio, segun-do a qual ele havia ponderado no en-contro com o presidente que o Brasilera mais importante do que seus pro-blemas com Fernando Collor, ou se fa-lava sobre os adjetivos usados peloempresário, que chamou-o de "mole-

que", Sarney preferiu considerar queos jornais não reproduziram com ve-racidade suas palavras."Essa frase em nunca ouvi dodoutor Antônio Ermírio. A nossa ami-zade sempre foi muito respeitosa, nãodando margem a que ele me transmi-tisse isso", afirmou o presidente, emsua declaração um pouco Iruncada.Depois dessa declaração, sem permi-tir interrupção da imprensa, Sarneydeixou o hotel e caminhou a pé, umadistância de cerca de 500 metros atéo Palácio do Governo do Estado, on-de seria instalado oficialmente o en-contro dos chefes de Estado.

IrresponsabilidadeO empresário Antônio Ermírio de

Moraes confirmou ontem ter sido cha-mado no dia 4 de setembro pelo pre-sidente José sarney, que o convidou a

ser candidato a presidente, e que elenão aceitou: "Um primo meu meacompanhou até a ante-sala onde hou-ve a conversa e me esperou até o fimdela". Ele salientou ainda esperar queSílvio Santos desista de sua cândida-tura e que o Tribunal Superior Elei-toral faça justiça, até impugnando acandidatura do empresário."Creio ainda que o presidenteSarney, antes de me convidar para sercandidato, tenha feito o mesmo con-vite para Jânio Quadros, que o recu-sou. Não vou me esquecer de que nodomingo que antecedeu o encontrocom o presidente Sarney, eu estavaem casa e minha filha me chamou pa-ra dizer que o presidente estava ao te-lefone", afirmou o superintendente doGrupo Votorantim.

Ermírio lembrou também quenão chamou o presidente de "mole-

que": "Mas achei que ele convidou oSílvio Santos para ser candidato emum momento de irresponsabilidade.Jamais o chamaria de moleque comochegou a ser divulgado. Seria umagrosseria muito grande para com umpresidente".

"Acho que o Sílvio não de-ve ser candidato. Não tem cabimen-to nesse momento. Lembro quefamílias tradicionais como os Dediniou Matarazzo nunca enfrentaram si-tuação semelhante, porque fugiramdos convites de última hora. Tenhorespeito pelo Sílvio que começou co-mo vendedor de rua e hoje tem um pa-trimônio razoável. É preciso muitojuízo agora. O TSE pode impugnarsua candidatura porque ela gera mui-tas contradições1', afirmou.

Repentinaot notoriedade~j O deputado Agostinho Linhares-'"'aguarda apenas uma decisão unâni-'"me da Executiva Nacional do PMB

solicitando que abra mão de sua can-''.didatura a vice-presidente para anun--•.ciar oficialmente sua renúncia em fa--;vor do senador Marcondes Gadelha

i/(ex-PFL), candidato escolhido aindar',na terça-feira pela mesma Executiva"~do

PMB para secundar o empresário''Silvio Santos na nova chapa articula-,

~E-!da por dissidentes do PFL. A Executi-

t°va Nacional se reuniria às 19 horas de-?bntem, em Brasília, para discutir e'.. .deliberar sobre o assunto, mas a deci-

. são significará, para Linhares, ape-nas uma "saída honrosa" para quem

n.vdeixou Belém na última terça-feiraife-declarando enfaticamente não estarí, disposto a renunciar à sua candidatu-í; ra. Hoje, a partir de 10 horas, Linha-','¦• 'res

promete tornar pública suadecisão.

Ainda sob o impacto da repentina: -'. notoriedade — o parlamentar ]á teria

atendido ontem a 50 jornalistas —,4 Âgostinho Linhares conversou no ini-jweio da noite com a reportagem de O

LIBERAL e, embora tenha reiteradoque manteria sua candidatura, de-monstrou estar indeciso e admitiu re-ceber pressões de toda ordem para re-nunciar. Por força de um atraso novôo que o levou a Brasília na última

i terça-feira, ele chegou a seu destinosomente no início da noite, quando to-' mou conhecimento da decisão da Exe-cutiva Nacional do PMB que referen-dará o nome do senador MarcondesGadelha para vice de Sílvio Santos.Linhares disse que chamou a atençãodos integrantes da Executiva para ofato de que não havia renunciado, oque tornaria a escolha ilegal, e as ne-gociações iniciaram.

Boa impressãoConforme Linhares, os integran-

tes da Executiva alegaram para justi-ficar sua decisão que o ingresso dadissidência do PFL reforçaria o PMB,uma vez que permitiria o ingresso nopartido de centenas de prefeitos e ve-readores, além de um número consi-derável de deputados estaduais e fe-derais. Alguns segmentos, segundo in-formou o parlamentar, avaliam queele inviabilizará o partido caso nãoabra mão de sua candidatura, umavez que Armando Corrêa já disse quenão se recandidata caso Sílvio Santosresolva abrir mão da legenda. Linha--o1 res classificou como "improceden-

-i' tes" as afirmativas do empresáriosn Antônio Ermírio de Moraes, para.;r quem a candidatura Sílvio Santos par-\ c tiu de uma articulação do Palácio do

Planalto.O deputado disse que guardou

,o uma boa impressão do empresário.,,. Sílvio Santos, com o qual manteveg, contato apenas por telefone. Segundo- Linhares, o empresário o impressio-'' nou sobretudo porque em nenhum mo-*H mento da conversa lhe pediu que re-~!c. nunciasse e ainda disse que, indepen-'ü dente da decisão que tomasse, o consi-ob deraria um homem honrado e estaria

sempre à disposição.

Renúncia do vice, segundoFerro Costa, é automáticaBrasília (AG) — A renúncia do

candidato do PMB à Presidência daRepública, Armando Corrêa, a favordo empresário Sílvio Santos, implicana renúncia automática do seu vice,Agostinho Linhares. A interpretaçãoé do consultor geral da República,Clóvis Ferro Costa, para que o arti-go terceiro da Lei 7.773, que dita quea "eleição do presidente importará ado vice com ele registrado", carac-teriza o atrelamento do vice aos fa-tos que atingem o titular da chapa.

"O vice-presidente é um apêndi-ce eleitoral. Ele não é um disputantediretoV-mas üm candidato.injpiícitoe, portanto? •depende tkFquíràconte-cer com o seu titular", explicou Fer-ro Costa, considerando ainda que,apesar de o caso especifico de renún-cia não estar previsto na Legislação,é "tranqüila" a interpretação jurídi-ca contra a permanência de Linha-res na disputa independente de Ar-mando Corrêa.

A vinculação do vice aos desti-nos do titular da chapa, segundo

Ferro Costa, vem da lei complemen-tar número 15 que, logo após do gol-pe de 1964, proibiu, mesmo em elei-ções indiretas, a votação indepen-dente dos integrantes das chapasque disputam cargos majoritários.

DúvidasO presidente José Sarney tem

dúvidas sobre a aprovação da candi-datura do empresário Sílvio Santospelo Tribunal Superior Eleitoral(TSE). Existem correntes no Pala-cio do Planalto que acreditam na im-pugnação do novo candidato doPMB, provocada por seus adversa-

.rios.e têm levado tais ponderações, ao presidente, segundo versão trans-mitida por um de seus amigos, emSão Luís.

Mas ainda persiste no Palácio achamada corrente "sonhadora", se-gundo a qual Sílvio Santos ainda vaitirar votos de Fernando Collor, LuísInácio Lula da Silva e de Paulo Ma-luf e, com isso, beneficiar os candi-datos do PSDB, Mário Covas, e doPDT, Leonel Brizola. De qualquer

forma, também sobrevive nas ava-liações palacianas, o grupo queacredita que o próprio Sílvio Santospoderá acabar desistindo da candi-datura, depois de esgotar toda a ca-pacidade de "markenting" que elalhe proporcionar.

De acordo com esses amigos dopresidente, a conversa reservada desetembro com Antônio Ermírio deMoraes não foi a única que Sarneyteve com o empresário, falando so-bre sucessão. Em outra oportunida-de, durante uma conversa da qualparticipavam diferentes empresa-rios, depois de ouvir Antônio Ermí-rio traçar um quadro desentusias-mado de todas as candidaturas jápostas no cenário sucessório, Sarneydisse a Antônio Ermírio que se nãofosse o "auto-impedimento" que seimpôs, ele seria o perfil adequadopara aparecer como o "fato novo",como o candidato que despertaria

frande interesse e teria viabilidade,

àmbém dessa vez o presidente nãoconseguiu motivá-lo.

Viagens, telefonemas eaté ameaças de morte

Brasília (AG) — Muitas viagenstelefonemas e até ameaças de mortemarcaram os seis dias de negociaçõesentre o PFL e o PMB que culminaramcom o lançamento da candidatura doempresário e animador de televisão,Sílvio Santos, à Presidência da Repú-blica. Os acertos finais para a forma-lização da nova candidatura foramconcluídos pouco antes das 14 horasde anteontem pela Executiva Nacio-nal do PMB, depois de seis dias de in-tensas negociações com os parlamen-tares do PFL que integram a chama-da "conexão maranhense", como estásendo chamado o grupo ligado ao pre-sidente José Sarney que conduziu osentendimentos.

A idéia de convidar Sílvio Santospara disputar a Presidência peloPMB partiu do primeiro-secretário dopartido, o deputado estadual pelo Pa-raná, José Felinto. Com a decisão docandidatado PFL, Aureliano Chaves,de não renunciar à candidatura em fa-vor do animador de televisão, Felintoimaginou que o PMB poderia aprovei-tar a oportunidade para crescer nacampanha patrocinando o ingresso deSílvio Santos na corrida sucessória."Por que não conversamos com SílvioSantos?", sugeriu Felinto ao presi-dente e então candidato do partido àPresidência da República, ArmandoCorrêa."Idéia excelente", respondeuCorrêa, dando sinal verde para queFelinto entrasse em contato com oempresário. As tentativas de contatocom Sílvio Santos começaram nomesmo dia, mas só na sexta-feira, de-pois de inúmeros telefonemas a SãoPaulo, Felinto recebeu a orientaçãode assessores do animador de televi-são para procurar, em Brasília, os se-nadores Hugo Napoleâo (PFL/PI),Marcondes Gadelha (PFL/PB) e Ed-son Lobão (PFL/MA) — os "três por-quinhos", como ficaram conhecidos.Segundo informaram, esses parla-mentares eram responsáveis pelasarticulações em torno do lançamento

de Sílvio Santos.Felinto conversou primeiro com

Napoleâo, que é o presidente nacionaldo PFL. No fim da sexta-feira, depoisde nova rodada de telefonemas, sem-pre intermediados pelos três senado-res, -Sílvio Santos concordou emreunir-se com todo o grupo na manhãde segunda-feira, na Academia Brasi-leira de Tênis. Mas chegou a Brasíliana noite de domingo para manter con-versas preliminares com osparlamentares.

A reunião de segunda-feira reuniuo empresário e candidato a candidato,Corrêa, Felinto e os três articuladoresdo PFL. Estava presente também oempresário Francisco Silva, proprie-tário da Rádio Melodia, do Rio de Ja-neiro, que presenciou uma das ame-ças de morte contra Corrêa, feita portelefone pelo senador Ney Maranhão,da Executiva Nacional do PMB, queapoia, formalmente, o candidato doPRN, Fernando Collor de Mello.

O relato sobre o telefonema foifeito por Felinto. Segundo ele, o sena-dor ligou para o apartamento de Lo-bão, onde se realizava o encontro, efalou a Corrêa: "Pára com essa nego-ciação, Armando. Você pode se arre-pender. Somos do Nordeste, cabra-da-peste. Toma cuidado conosco", teriadito Ney Maranhão ao presidente doPMB.

Indiferente às ameaças, o grupocontinuou negociando a candidaturaSílvio Santos. O empresário concor-dou com as propostas do PMB ecomprometeu-se a cumprir o progra-ma municipalista pregado pelo parti-do. Ficou acertado também que a es-colha do vice, saído das fileiras doPFL seria feita através de uma listatríplice a ser submetida à ExecutivaNacional do PMB. O empresário re-tornou no início da noite a São Pauloonde aguardou o sinal verde dos arti-culadores informando que todos os de-talhes estavam acertados para oanúncio oficial da candidatura.

O senhor dos bilhõesSão Paulo (AG) — O novo cândida-

to à Presidência da República, o empre-sário e apresentador de TV SílvioSantos, detém 98% das ações do grupoque leva o seu nome, porém não possuicargo de presidente nem da "holding"nem de qualquer uma de suas 30 em-presas. A "holding" Sílvio Santos Par-ticipações Ltda é comandada peloexecutivo Luís Sandoval.

O grupo Sílvio Santos, que englobaseis divisões, é administrado por pro-fissionais. Além do Sistema Brasileirode Televisão (SBT), as demais divisões

sao comercio e serviços, agropecuária,capitalização, previdência e medicinae veículos. Os 2% restantes das açõesdo grupo pertencem ao irmão do pre-sidenciável, Henrique Abravanel.

Com um total de 15 mil funciona-rios, o grupo Sílvio Santos prevê paraeste ano um faturamento de US$ 360 mi-lhões. Só o SBT deve faturar US$ 130 mi-lhões. enquanto US$ 20 milhões cabemao Baú da Felicidade, US$ 80 milhõesà Liderança Capitalização e US$ 50 mi-lhões à Vimave Veículos.

Não dá para improvisarAraraquara e Rio Claro, SP (AG)

— O candidato do PRN, Fernando Col-lor de Mello, numa clara alusão ao in-gresso do empresário Sílvio Santos nadisputa pela sucessão, acusou ontem opresidente Sarney de criar dificuldadesà consolidação do processo democráti-co, em vez de preocupar-se em acabarcom a inflação e a corrupção no país.Ele chegou a chamar Sarney de corrup-to e incompetente. "O momento não épara improvisar e permitir que se en-tre pela janela da eleição, para tentarconfundir o voto do povo. Este momen-to é da mais grave responsabilidade pa-ra o futuro do Brasil , disse Collor deMello.

O candidato lembrou que há tem-pos vinha denunciando que o Palácio doPlanalto preparava obstáculos para suacandidatura e apelou para que o povofique do seu lado rumo às eleições. Eleendureceu no discurso para quatro milpessoas, em Rio Claro, ao fazer acusa-ções ao presidente Sarney, que está sen-do apontado por vários setores dapolítica nacional de ter planejado acandidatura de Silvio Santos para ten-tar mudar o quadro sucessório na últi-ma hora.

Fernando Collor de Mello empol-gou na sua passagem por Rio Claro, 140mil habitantes, cidade natal do candi-dato do PMDB, Ulysses Guimarães. De-pois de participar de carreata pelocentro, foi até o Jardim Cervezion, on-de vivem 35 mil pessoas, e realizou co-mício. Em Araraquara comentou comassessores, num momento de descon-tração, o cheiro adocicado de laranja noar, já que a cidade é uma das maioresprodutoras de ci tricôs.

Nessa cidade de 200 mil habitantes,localizada no centro geográfico do Es-tado de São Paulo, o candidato fez co-

mício logo após o almoço reunindo empraça pública perto de 1.500 pessoas.Collor também fez campanha ontemem Araras, Limeira, Sumaré, America-na e Piracicaba. Não quis dar entrevis-tas e falar sobre a entrada de SílvioSantos na disputa sucessória.

EstratégiaO comando da campanha de Fer-

nando Collor de Mello, do PRN, já de-finiu a estratégia para bombardear acandidatura do animador Sílvio Santos,caso ela consiga vencer os obstáculosjurídicos que tem pela frente. A idéiaé dar ao apresentador de TV o mesmo"tratamento de luxo" dispensado aocandidato do PL, Afif Domingos, no ho-rário de propaganda gratuita, denun-ciando ao eleitorado a vinculação danova candidatura com o Palácio doPlanalto.

Nós vamos utilizar todos os espa-ços disponíveis na mídia para denun-ciar o golpe, a manobra e a tramadiabólica do Palácio do Planalto. Va-mos conscientizar os eleitores, anunciao líder do PRN na Câmara, Renan Ca-lheiros.

A primeira discussão sobre qual amelhor tática para atacar a candidatu-ra Sílvio Santos aconteceu na noite deanteontem, no Rio. Todos os integran-tes do comando da campanha foramconvocados por Collor para uma reu-nião, que aconteceu logo após a soleni-dade de adesão do jogador Bebeto, doVasco.

A orientação do candidato Fernan-do Collor a sua assessoria é não contri-buir com qualquer ato quesupervalorize a candidatura Sílvio San-tos, antes que ela percorra o caminhode impugnações que se desenha à suafrente.

Gargalhadasecoam noMaranhão

Brasília (AG) — O virtual cândida-to do PMB à Presidência da Repúbli-ca, Sílvio Santos, está sendodiscretamente apoiado por empresa-rios como Mário Garnero e Matias Ma-chline, da Sharp, que tiveram interessescontrariados em operações comerciaisrealizadas ao longo dos últimos anos eque desejam "construir" uma cândida-tura própria.

O presidente José Sarney tambémestá festejando o lançamento de Sílvioe o impacto que causou nos meios poli-ticos, antes mesmo de ter sua cândida-tura registrada na Justiça Eleitoral.Um dos aliados de Sarney no Congres-so Nacional, que integrou a sua equipeministerial, definiu ontem o estado deespírito do presidente: "Tenho certezade que ele está lá no Maranhão às gar-galhadas".

O projeto de Sarney, baseado nabusca de um fato novo capaz de mudaro curso da sucessão, foi referendado pe-Io Congresso Nacional. Foi um golpe desorte: os políticos, na expectativa deuma reviravolta na sucessão, acharamarriscado limitar as possibilidades detroca de candidatos aos nomes já filia-dos aos partidos, por isso, mantiveramo veto presidencial, permitindo a rea-bertura do prazo de filiação partidária.

Sarney trabalhou, segundo parla-mentares com trânsito no Planalto,com quatro alternativas: o então minis-tro da Justiça, Oscar Dias Corrêa, o ex-presidente Jânio Quadros e os empre-sários Antônio Ermírio de Moraes e Sil-vio Santos. Oscar foi excluído nomomento em que entrou em choquecom o ministro da Fazenda, Mailson daNóbrega, Jânio adoeceu, Ermírio recu-sou, restou Sílvio Santos, que tentouviabilizar sua candidatura pelo PFL eo PL e acabou filiado ao PMB.

Na bancada governista do Senado;Sílvio Santos já conseguiu o apoio de oi-to dos 14 senadores do PFL: além dopresidente do partido, Hugo Napoleâo(PI) e do ex-líder Marcondes Gadelha(PB), que deverá ser o vice, o empre-sário tem ao seu lado os senadores Edi-son Lobão e Alexandre Costa, ambos doMaranhão, João Lobo (PI), João Mene-zes (PA), Òdacir Soares (RO) e Louri-vai Batista (SE).

Com o candidato do PRN, Fernan-do Collor, estão os senadores CarlosChiarelli (RS), José Agripino Maia(RN) e Alacoque Bezerra (CE). JorgeBornhausen (SC) está empenhado nacampanha de Afif Domingos, do PL, en-quanto Marco Maciel (PE) e DivaldoSuruagy (AL) sustentam que manterãoo apoio ao esquecido candidato do par-tido, Aureliano Chaves.

Mineirice de AurelianoBelo Horizonte (AG) — Embora

procurando manter reservas em suasavaliações sobre a candidatura do em-presário Sílvio Santos à sucessão pre-sidencial, o candidato do PFL,Aureliano Chaves, não deixou de estra-nhar o fato de o candidato a vice-presidente, Marcondes Gadelha, ser li-der do governo no Senado. Lembrandodeclarações do empresário Antônio Er-mírio de Moraes, o ex-ministro suspei-ta que isso possa comprovar oenvolvimento do Palácio do Planalto nasucessão e desafiou: "È o presidenteque pode falar disso. Afinal, o senadoré líder do governo".

Mesmo reconhecendo o "prestígiopopular" de Sílvio Santos, o candidatodo PFL acha que ainda é cedo para

avaliar as repercussões de sua candi-datura na disputa sucessória. Contudo,assinalou, que além dos obstáculos ju-rídicos e o pouco tempo para a campa-nha, o animador de televisão temcontra a sua candidatura o fato de o seunome não constar na cédula eleitoral.Esse fato, para Aureliano, poderá criardificuldades para o voto dos eleitores debaixa instrução.

Determinado a continuar na dispu-ta, o candidato do PFL considerou "in-fundadas" as especulações de que olançamento de Sílvio Santos tenha si-do feito com o patrocínio do ex-presidente Ernesto Geisel. Ele desmen-tiu que tenha havido e que tenha parti-cipado de uma reunião na casa dogeneral, no Rio de Janeiro.

PT abrirá fogo cerradoBrasília (AG) — Os próximos pro-

gramas da Frente Brasil Popular no ho-rário gratuito de propaganda eleitoraldeverão ser dedicados ao combate àcandidatura Sílvio Santos. "Vamos des-mistificar o plano Sílvio Santos porqueé inadmissível que se deturpe desta for-ma o processo eleitoral, depois de 60dias de intensa campanha", garantiuontem o candidato Luís Inácio Lula daSilva, que também não descartou a hi-pótese de a executiva do Pr contestara candidatura do empresário na Justi-ça, alegando abuso do poder eco-nômico.

Embora Lula assegure que a entra-da de Sílvio Santos na corrida para Pre-

sidência da República prejudique maisas candidaturas de direita, disse quevai trabalhar para "que ele tire votosdos meus concorrentes, não meus". Eantecipou o primeiro passo para en-frentar o novo candidato: investigarseus bens e compará-los com as decla-rações à Receita Federal.

Para o candidato não há dúvidas deque a candidatura Sílvio Santos "temo dedo do Palácio do Planalto". Segun-do ele, os palacianos querem que doiscandidatos de direita (citou Sílvio San-tos, do PMB, e Fernando Collor de Mel-Io, PRN) cheguem ao segundo turnodas eleições presidenciais, para evitarvitória de um candidato de esquerda.

Caso para impeachmentPasso Fundo, RS (AG) — Indigna- Corrêa. Isso não pode acontecer sem

do com as manobras que resultaram no que se pense numa brincadeira. Mas olançamento da candidatura do empre- certo é este senhor será repudiado pe-sário Sílvio Santos, o candidato do PDT Io povo brasileiro — disse o candidato,à Presidência da República, Leonel Bri- Brizola falou emocionado sobre aszola, responsabilizou ontem o presiden- eleições. Ele estava chegando de um co-te José Sarney pela tentativa detumultuar o processo eleitoral. Brizo-Ia afirmou que, se o Congresso Nacio-nal tivesse mais coragem, investigaria

mício com cerca de 10 mil pessoas emErexim e tinha terminado uma visitaao túmulo de sua mãe no pequeno ce-mitério da localidade de São Bento, dis-

a atuação do presidente e até poderia trito de Carazinho (300 quilômetros dapedir o seu "impeachment". Segundo o capital). Por isso, estendeu ainda maisex-governador, a candidatura de última as críticas ao presidente Sarney, anteshora do apresentador de televisão só de iniciar uma carreata de 10 quilôme-servirá para confundir os eleitores e de- tros que o acompanhou ate o centro danegrir a imagem do país no contexto internacional.

— Parece até chacota e é bastantesurrealista a posição deste senhor quetem vergonha de usar o próprio nome.

cidade. Para ele, "o presidente da Re-pública deveria estar cuidando de ad-ministrar o país, que se debate namaior crise de sua história, e não fazen-do articulações eleitorais por causa de

Senor Abravanel. Mas quem quiser mágoas pessoais contra Fernando Col-elegê-lo terá que votar em Armando 'or de Mello".

PMDB não será atingido/S3o Paulo (AG) — O candidato do

PMDB, Ulysses Guimarães, e o gover-nador Orestes Quércia acreditam quea candidatura de Sílvio Santos não pre-judicará em nada o PMDB. Para eles,o prejuízo maior será do candidato doPRN, Fernando Collor de Mello, e dopetista Luís Inácio Lula da Silva, daFrente Brasil Popular.

Para Ulysses, que concedeu entre-vista na Academia de Polícia Militar doBarro Branco, a entrada de Sílvio San-tos na corrida sucessória "não pode ser

bem recebida, um lançamento de úlli-ma hora, quando a possibilidade que aLei admite é, por força maior, o faleci-mento de um candidato".

Ulysses descartou, porém, a idéiade entrar com recurso junto ao Tribu-nal Superior Eleitoral, antecipando umcomportamento de indiferença, na jus-tificativa de que "se até agora não con-seguiram tirar eleitores do PMDB, nãoserá o senhor Sílvio Santos que reuni-rá forças para fazê-lo".

Golpe do continuismoS3o Paulo (AG) — O escritor e jor-

nalista Fernando Gabeira, candidato doPV à Presidência da República, disseontem na Faculdade de Direito do Lar-go São Francisco que a candidatura doapresentador de televisão Silvio Santosé um "golpe armado com a perspecti-va de garantir a continuidade de quemestá no Planalto". Segundo ele, isso sóvem comprovar a falta de seriedade noprocesso democrático e o desrespeitocom o próprio país.

Gabeira concorda com o empresa-rio Antônio Ermírio de Moraes — pa-ra quem tudo não passa de uma "mano-bra oportunista" — acrescentando quea candidatura de S i ivio Santos é uma"trambicagem" que só vem reforçar aincredulidade da população nas insli-tuições e nos partidos, já que o prazopara desincompatilização, por lei, ter-minou. Além disso, acrescentou Gabei-

ra, Sílvio Santos é concessionário deum canal de televisão e só por isso suacandidatura não deveria ser permitidapelas autoridades eleitorais.

Se a candidatura Sílvio Santos nãofor impugnada pelo TSE, Gabeira acre-dita que o apresentador obtenha umgrande número de votos, principalmen-te nas camadas mais baixas da socie-dade: "O Bríiril é um país em que 20%da população uno sabem nem o nomedo atual presidente e Silvio Santos temgrande penetração nesse segmento,justamente por ser animador de pro-grama de televisão", justifica ele. Quan-to à possível desistência do PV em favorde outro candidato, Gabeira foi taxati-vo: "O PV não pretendo desistir no pri-meiro turno. Ele vai manter a suacandidatura e espera apoiar um candi-dato de esquerda no segunde turno",concluiu.

14 POLÍTICA O LIBERAL Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989

Deputado pede águaboa para Oriximiná

A falta de água potável em Oriximiná, denunciadapor 0 LIBERAL na semana passada, foi objeto de pronun-ciamento do deputado Durbiratan Barbosa (PMDB), quepediu providências urgentes por parte da Secretaria deEstado de Saúde Pública e Cosanpa no sentido de que se-jam dadas soluções para o problema, que vem provocan-do uma série de doenças, das quais as crianças têm sidoas principais vítimas. Ele atribuiu à falta de água potávelo surgimento do maior surto de diarréia sanguinolenta járegistrado no município, que teria provocado inclusiveuma morte. O problema, que não é recente, poderia serresolvido caso fosse instalada no município uma estaçãode tratamento de água, já projetada pela Cosanpa masainda não instalada por falta de recursos.

A implantação da estação de tratamento, de acordocom Bira Barbosa, seria apenas a primeira etapa do pro-jeto que incluiria, ainda, a construção de uma estação ele-vatória e a instalação de uma caixa d'água para atenderao consumo da população, bem como a criação de um es-critorio da Cosanpa no município. A empresa AP Enge-nharia foi encarregada de executar o projeto, que conta-ria com financiamentos da Caixa Econômica Federal,mas apenas a construção do elevatório de água chegou aser iniciada, sendo interrompida por falta de recursos. As-sim, a água consumida em Oriximiná continua sendo reti-rada diretamente do rio e recebe apenas o cloro, o quevem colocando em risco a vida de seus habitantes.

De acordo com o parlamentar, a Prefeitura não temmeios para erradicar o surto de diarréia, sobretudo por-que o sistema de distribuição de água no município é deresponsabilidade da Cosanpa. Ao final de seu pronuncia-mento, Bira Barbosa solicitou que a Companhia remeta àAssembléia Legislativa um dossiê explicando as razõesque a levaram a interromper a execução do projeto quesolucionaria o problema da água em Oriximiná.

Porto da AlbrásA notícia divulgada na edição de ontem de O LIBE-

RAL sobre a ameaça de um colapso nas operações docomplexo industrial de Vila do Conde, por força de umprocesso acelerado de corrosão microbiológica nas esta-cas metálicas do porto, conforme denúncia do engenheiro-chefe da Consultek, empresa responsável pela recupera-ção das estacas, provocou um pronunciamento indignadodo presidente da Assembléia Legislativa, Mário Cher-mont, que classificou a situação denunciada pelo enge-nheiro como "mais um crime que se comete contra a es-perança de um ruturo de desenvolvimento para o Estado.

Em sua opinião, o porto de Vila do Conde reúne todasas condições para atingir essa meta, "sobretudo se o go-vernador Hélio Gueiros concretizar o projeto da constru-ção de uma ponte sobre os rios Guamá, Acará e Moju paraligar a capital à Vila do Conde. Chermont disse ter recebi-do um telefonema de Àdaílton Souza, diretor da Albrás,que solicitou o e^npenho dos parlamentares paraenses pa-ra impedir que as ameaças de cortes de verbas pela Por-tobrás não sejam concretizadas.

Cacauicultor querdívidas prorrogadasProrrogação do prazo para o pagamento das dívidas

dos cacauicultores, liberação de recursos para custeiotécnico e abertura de linha de crédito para o refinancia-mento de cooperativas produtoras. Essas são as três rei-vindicações básicas defendidas pelo deputado Costa Filho(PFL) para solucionar o problema da falta de apoio insti-tucional, que segundo ele vem provocando uma crise semprecedentes à cacauicultura nacional, sobretudo depoisda seca ocorrida no período entre os anos de 86 e 87, res-ponsável pela redução da safra nos anos posteriores e pelaqueda dos preços.no mercado internacional.

A essa situação somaram-se os efeitos da políticacambial dos planos Cruzado, Bresser e Verão, que CostaFilho responsabiliza por terem provocado a estagnaçãodos preços internos do cacau, a despeito do crescimentodos custos de produção. Costa Filho identificou, também,outras dificuldades para novos investimentos e reinvesti-mentos na cacauicultura, provocadas sobretudo pelo im-pacto da escalada inflacionária nos encargos financeirosdo crédito rural e por ajustes constantes do preço da mão-de-obra e de insumos. Além de provocarem o desempregoem massa para trabalhadores e técnicos, esses problemasocasionaram ainda uma redução na aplicação de tecnolo-gias de produção, tais como a adubação e o combate àspragas, e deixaram o país na iminência de perder a parce-Ia já conquistada no mercado exterior.

Como alternativa, os cacauicultores propõem que ogoverno federal prorrogue para oito anos o prazo para opagamento de suas dívidas e querem que lhes seja conce-dido mais quatro anos de carência. Em relação à libera-ção de recursos para custeio técnico, querem mais NCz$60.050,00, a preço de agosto deste ano, com vencimento em31 de janeiro do próximo ano e margem de adiantamentocorrespondente a 100% dos gastos orçados. Esses recur-sos seriam distribuídos para a adubação de 150 mil hecta-res (NCz$ 48.650,00); para o combate às pragas em 150 milhectares (NCzf 7.950,00) epara o controle de doenças em10 mil hectares de plantação (NCz$ 3.450,00), sem prejuízodas operações já contraídas ou a contratar no banco.

Os produtores pretendem, também, a abertura deuma nova linha de crédito que refinancie as cooperativase as dote de recursos que possibilitem o financiamento dasdívidas contraídas pelos associados junto aos exportado-¦res e industriais, bem como possibilitem o custeio técnico!para o incremento da produtividade das lavouras decacau.

Covas discursa a 25 mil em Manaus

VESTIBULARCOMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO

Redação, leitura obrigatória e interpretação detexto (UFPa, Unespa e FEP).

Turmas intensivas com n" limitado de alunos porturma (início 09/11/89). r*Professores: Daniel/Trindade e Eloy Barbosa.

Matricula: NCz$ 100,00 (NF. Generalissimo Deodo-ro, 306, altos), com Diogo Móia e Antônio Barreto.

C URSO L ÂVOISIERGeneralissimo, 306 altos.

Entre Dioeo Móia e Antônio Barreto.

REDAÇÃO E C. GERAISManhã, tarde, noite e turma especial aos

fins de semana. Informações e matrículas nocurso CERES, P. Eutiquio 1184, próx. a Mesbla.

AULAS DE REFORÇOPara 1? e 2.° graus, manhã e tarde. Ho-

rário e preço a combinar.

BANCO CENTIEstatística e mat. financeira. 20 h/aula para

cada matéria. Preço único de NCzS 100,00 pormatéria. Apostilado. Início: 06/11/89. Manhã,tarde, noite e turma especial nos fins de semana.

5> FEDERAL (TXN.)Novas turmas. Manhã, tarde e noite. Matrí-

cuia NCzS 100,00. Mens. NCzS 100,00. Início:06/11/89. Curso Ceres, P. Eutiquio 1184, próx. aMesbla. F/224.1948.

Manaus (AG) — Apesar de não terconseguido arrancar vibração da platéia, ocandidato do PSDB, Mário Covas, saiu bas-tante impressionado com a recepção que te-ve e Manaus, bem mais colorosa que daprimeira vez que visitou a cidade no inícioda campanha.

Depois de puxar uma carreata com cer-ca de 300 carros, ele discursou para uma pia-teia estimada em 25 mil pessoas, quandoadmitiu que nenhuma outra cidade o como-veu tanto nessa capanha."Eu vim para fazer mais um comício e,no entanto, o que vejo é a própria festa an-tecipada da vitória", disse, eufórico.

momento antes, ainda no aeroporto, ocandidato Tucano disse que o quadro atualda campanha, que lhe dá o quinto lugar naspesquisas, ainda é alterável e condenou a le-gislação brasileira que permite a cândida-tura de alguém a exatamente 15 dias dopleito.

Os tucanos fizeram sua revoada sobrea avenida Djalma Batista, tradicional pai-co dos desfiles carnavalescos de Manaus.Alé da atriz Regina Duarte, que vem acom-panhando o candidato do PDS por todo opaís, participaram como atração o cantorBeto Barbosa e o grupo de rock Bikini Ca-vadão, junto a outras atrações locais. Má-rio Covas fez o seu discurso em 30 minutos,mas não conseguiu grande vibração da nu-merosa platéia, que o ouviu entre atenta ecalada.

Crateús (AE) — Inspirado nas vaias demilitantes petistas, o candidato do PSDB, se-nador Mário Covas, conseguiu ontem no co-mício na cidade de Sobral — primeira dasquatro cidades visitadas no Ceará no mes-mo dia — atender a uma das condições im-postas pelo empresário Antônio Ermírio deMoraes para manifestar publicamente seuapoio: atacou o Partido dos Trabalhadores.Em uma clara referência à administraçãopetista da Prefeitura de São Paulo, ele afir-mou: "Quandosaí da Prefeitura ninguém te-ve coragem de me acusar de qualquer coisa,muito menos de levantar dinheiro para qual-

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quer campanha". Durante o encontro de Co-vas com Ermírio na segunda-feira, em SãoPaulo, o empresário criticou o candidato porter admitido que ficará com Luís Inácio Lulada Silva (PT) no segundo turno.

Ao lado do governador Tasso Jereissatie do prefeito de Fortaleza Ciro Gomes, Co-vas procurou deixar sua posição mais cia-ra, ao reagir aos manifestantes quecarregavam cartazes de Lula. "Se para sairda ditadura temos que brigar também comele, então vamos brigar". Inconformado comas provocações o candidato encerrou o dis-curso, dizendo: "Não quero o voto desta gen-te fascista que grita porque tem medo deouvir".

O governador Tasso Jereissati, alvoprincipal das vaias, destacou antes em seudiscurso que os manifestantes formavam

uma estranha aliança de coronéis e o PT.Covas acrescentou que no Brasil há fascis-tas dos dois lados: "Os coronéis e os carasque se dizem de esquerda praticam a dita-dura para manter o povo na miséria".

Antes de chegar a Sobral, Covas tam-bém se mostrou irritado com o lançamentotardio da candidatura Sílvio Santos. "E umabsurdo que a 15 dias das eleições alguémsaia candidato em função de um veto do pre-sidente José Sarney", reclamou. Sem admi-tir ser o maior beneficiado com a entradado animador de televisão no páreo, Covas co-mentou que essa candidatura seria encer-rada como uma brincadeira em qualqueroutro país: "Fosse quem fosse a pessoa queentrasse na campanha nesse momento", co-mentou.'Se ele tira voto de alguém, só o futuropoderá mostrar".

Negociações para evitar queLula e Brizola se encontrem

Recife (AJB) — Sob o argumento de quea candidatura de Lula está crescendo mui-to em todo o Estado e só se responsabilizapelo controle da militância do partido, o PTde Pernambuco fez ontem um acordo como PDT estadual para evitar choques entreos militantes dos dois partidos na próximaterça-feira, quando os candidato Luís Iná-cio Lula da Silva e Leonel Brizola farão co-mícios quase simultâneos no Recife. Peloacordo, a programação de Ldla e Brizola foielaborada, evitando o encontro dos dois can-didatos e dos seus adeptos. Na última pes-quisa do DataFolha Lula tem 19% dasintenções de voto no Estado e Brizola 9%.

Ficou acertado que os partidários do PT .farão passeata a partir das 16 horas no cen-tro da cidade, saindo da Faculdade de Di-reito — zona norte — e dirigindo-se à PraçaNossa Senhora do Carmo, onde Lula falará,a partir das 18 horas. No mesmo horário, osmilitantes do PDT sairão do Forte das Cin-co Pontas — zona sul — dirigindo-se para aPracinha do Diário, também no Centro, dis-tante 300 metros do local onde Lula falará.O comício de Brizola às 19h30 será no bair-

'Boca de urna9de Freire já

em discussãoO comitê suprapartidário de apoio à

candidatura Roberto Freire (PCB) reuniuseus integrantes na noite de ontem, no pie-nário da Assembléia Legislativa do Esta-do, com a finalidade de traçar planos e es-tratégias de campanha de "boca de urna"para o próximo dia 15 de novembro, alémde esquemas de fiscalização nos dias deapuração das urnas. Os militantes do par-tido discutiram ainda alguns pontos dacampanha de Roberto Freire, junto com osintengrantes dos núcleos de bairros isola-dos de Belém, que dão apoio à candidaturacomunista.

Antes da montagem dos esquemas eelaboração dos sistemas de fiscalizaçãoeleitoral, o vereador Arnaldo Jordy, líderdo PCB na Câmara Municipal de Belém,teceu comentários sobre a candidaturaFreire. Entre as posições expressadas,Jordy disse que "nenhuma candidaturaconseguiu aglutinar a massa da intelectua-lidade brasileira como a»de Freire".

Comissão dejovens está'collorindo'

A comissão jovem do MovimentoPopular de Reconstrução Nacional doPRN (MPRN-PRN-Pará) realiza,desde o mês de junho, um trabalho deinteriorização da campanha do presi-denciável Fernando Collor de Melo(PRN). Formada na maioria por es-tudantes de Io e 2° graus, a comissãojá percorreu uma grande parte do in-terior do Estado do Pará, promoven-do carreatas, passeatas e distribuindomaterial de propaganda entre os ha-bitantes das cidades.

A intenção dos membros da co-missão jovem, agora, é fazer o mes-mo tipo de trabalho em Belém. Paratanto, estiveram na redação de O LI-BERAL os estudantes Socorro Souza,coordenadora geral da comissão jo-vem; Wanda Souza, assessora dacoordenadoria; Sílvia Pantoja, secre-tária geral; Maurílio Ferraz, 2o se-cretário; Israel Freitas, coordenadorde propaganda; Célio Oliveira, rela-ções públicas; Marcílio Pinto, 3o se-cretário, com o objetivo de divulgar ogrupo e convocar os jovens interessa-dos em fazer parte da comissão.Maiores informações podem ser obti-das no seguinte endereço: avenidaRoberto Camelier, 41, ou pelo telefone222-1659, no horário de 9 às 13 e de 15às 19 horas, com Socorro Souza.

ro de Casa Amarela, na zona norte, distan-te do centro, mas os partidários do PDTtambém tinham programado uma passea-ta e o jeito foi fazer roteiros diferentes.

Para evitar tumultos no aeroporto, Lu-Ia chegará às 17h30 e Brizola às 19 horas."Acho que não vamos nos encontrar no de-sembarque" diz Francisco Rocha, do Pr,coordenador da campanha de Lula no Es-tado. De qualquer forma, os dois partidosconcordaram em não enviar muita gente aoaeroporto para, no caso de atraso na progra-mação, não ocorrerem encontros inespera-dos. Pelo PT a negociação foi feita porFrancisco Rocha e, pelo PDT, por Alexan-dre Costa e Luciano Baltar, responsáveis.pe-,Ias manifestações de rua da candidatura deBrizola.

A iniciativa do acordo foi do PT. Segun-do rocha, "a campanha de Lula está crês-cendo de forma nunca vista" e, é preciso terprecauções. Ele diz que "quando existiamsó militantes o controle era mais fácil. Ago-ra é impossível e não nos interessa uma ba-talha de rua, muito menos com Brizola".

Para dar um exemplo do crescimento do

candidato do PT em Pernambuco, ele infor-mou que os comitês do Recife estão venden-do por dia 4 mil broches e em uma semanavenderam 60 mil estrelinhas. "Tem genteque nem espera que a gente pregue o alfi-nete na estrelinha. Leva assim mesmo", con-ta Rocha. O PT imagina colocar 30 milpessoas no centro do Recife na terça-feirapara o último comício de Lula em seu Es-tado. o PDT não fica atrás. Imagina em le-var o mesmo número de pessoas para verBrizola em Casa Amarela, onde o cândida-to do PRN, Collor de Melo, reuniu apenas 6mil pessoas no comício do último domingo.

Para fazer tamanha mobilização, o PTe o'PDT çsUld (arregimentando os militan-tes e os partidários dos seus candidatos eplanejam ocupar literalmente o centro dacapital a partir das 16 horas. Mas o enten-dimento entre os dois partidos está sendomais estreito do que poderia aparecer. Alémda programação conjunta dos roteiros deLula e Brizola, ficou acertado que o PDT eo PT farão conjuntamente em Pernambucoo acompanhamento da eleição e da aputa-ção dos votos.

Diferenças entre Lula eMenem são ressaltadas

Brasília (AG) — O candidato da Fren-te Brasil Popular (coligação do PT, PC doB e PSB), à Presidência da República,Luís Inácio Lula da Silva, empenhou-se emestabelecer diferenças fundamentais en-tre ele e o presidente da Argentina, Car-los Menem,, durante entrevista coletivaque concedeu ontem a correspondentes daimprensa internacional, no auditório Ne-reu Ramos, da Câmara de Deputados.Uma delas seria sua irredutível posiçãocontrária à privatização de empresas es-talais.

Lula também enfatizou aos jornalistasestrangeiros que não vai proceder comoMenen, se eleito presidente, na questão dadívida externa, reafirmando que pretendesuspender o pagamento aos credores inter-nacionais e tentar a formação de um blo-co monolítico dos países do TerceiroMundo, "para que o feudo de países ricos,criado pós-guerra, possa ser combatido".Indagado sobre onde vai obter recursos pa-ra executar os progrmas que pretende,principalmente nas áreas de saúde e edu-cação, Lula disse que a fonte será forma-da pela suspensão do pagamento dos jurosda dívida externa, da renegociação da dí-vida interna e do combate à sonegação de

impostos pelo empresariado.O candidato à Presidência da Repúbli-

ca também negou que tenha criado umaexpectativa, em seu eleitorado, de que po-dera promover mudanças radicais, comouma rápida redistribuição de renda, a cur-to prazo. Segundo ele, grande percentualde seus eleitores está consciente de que aprecária situação sócio-econômica do paísnão permite que sejam realizados mila-gres e disse que vai usar a expectativa daoutra parte do eleitorado, menos conscien-te da situação do país, para ganhos políti-cos no próprio processo de mudança. Paraele, governar por oito meses com um Con-gresso sem maioria de integrantes dospartidos que formam a coligação que oapresentou como candidato não vai preju-dicar sua atuação, caso seja eleito presi-dente. "Estaremos próximos das eleiçõespara renovação do Congresso e vão surgirmuitos parlamentares progressistas, vocêspodem crer", disse ele aos jornalistas. Lulaarrancou risos da platéia ao responder àindagação de um repórter que queria sa-ber se ele era marxista ou socialista. "Soutorneiro mecânico", disse de brincadeira,acrescentando logo em seguida que eraum "socialista democrático".

Ministério Público promovecurso sobre as eleições/89

Desrespeito e infração ao Código Elei-toral são comuns na maioria das eleições.Os crimes cometidos variam desde a pro-paganda política a menos de cem metrosdas mesas eleitorais no dia da eleição aoimpedimento do voto livre através de ex-pedientes escusos por parte de militantesde partido, passando pela alteração e adui-teração de votos na fase de apuração —quando a má fé de determinados escruti-nadores conduz à anulação de votos vali-dos. As fraudes são inúmeras em meio aotumulto das apurações. A atenção de fis-cais e promotores para todos os passosdesse processo pode significar, portanto, agarantia da idoneidade dos procedimentosde apuração. Por outro lado, o nível das in-frações conduz ao descrédito popular e àdesconfiança quanto à seriedade das apu-rações, abalando os alicerces da ordem democrática e gerando incertezas.

O Ministério Público do Pará, na ten-tativa de minimizar as irregularidades noprocesso eleitoral, vem procurando instru-mentalizar e capacitar seus promotorespara exercer a fiscalização severa das ati-vidades ligadas às eleições, de modo a nãopermitir casos de desrespeito à legislaçãovigente. Com esse objetivo, a entidade pro-moveu ontem um curso de reciclagem aseus promotores, para melhor orientá-lossobre como e quando impugnar urnas e vo-tos, fiscalizar e verificar tudo o que se refi-

ra à legalidade do pleito. O curso foi minis-trado pelo procurador de Justiça do RioGrande do Sul, Joel José Cândido, que de-tém experiência de mais de 15 anos noexercício da fiscalização eleitoral.

Jovens promotoresDe acordo com Joel Cândido, os pro-motores têm o poder de fiscalizar, impug-

nar e até recorrer da decisão de juizes elei-torais com o objetivo de manter a lisura ea correção dos procedimentos de votação eapuração, com autoridade para responsa-bilizar criminalmente os infratores. "Opromotor deve estar atento a tudo, verifi-cando a atuação de mesários e presidentesde mesa, observando a atuação de escruti-nadores e fiscais, a composição das juntaspara saber se têm competência para fun-cionar, por exemplo."

A procuradora geral de Justiça, Mari-lia Crespo, disse que a meta do MinistérioPúblico é aperfeiçoar seus membros técni-ca e culturalmente para atuar dentro donovo perfil assumido pela repartição apartir da promulgação da nova Constitui-ção Federal. No dia 15 de novembro, cadauma das 46 zonas eleitorais do Estado irácontar com um juiz e um promotor públicopara a votação. O número de promotores ejuizes irá praticamente triplicar na fase deapuração, pois todas as 101 juntas apura-doras a serem instaladas no Estado conta-rão com um promotor e um juiz.

PT obtém disqueteBrasília (AE) — O Partido dos Traba-

lhadores (PT) conseguiu ontem do TribunalSuperior Eleitoral (TSE) aprovação paraque os partidos interessados tenham umacópia, em disquete de computador, do cha-mado espelho de cada urna, que vem a sera gravação computadorizada dos dados de ;cada boletim de urna apurada.

Com base nesses espelhos é que o Pr !pretende controlar todo o processo de apu- iração da eleição de 15 de novembro, com a ;comparação por amostragem, de determi-;nados boletins de urna com alguns destes es-1pelhos. Segundo o deputado Plinio de Arruda !Sampaio (PT-SP), que esteve ontem com o |presidente do TSE, ministro Francisco Re- ;zek, a idéia do PT foi considerada "muito Iboa" em termos de fiscalização, da japuração.

O deputado disse que esse cuidado do •PT não significa desconfiança do partido naação da Justiça Eleitoral, mas apenas mais',um cuidado para garantir a transparência;do processo de apuração, o que, para Plínio;de Arruda Sampaio, demonstra o bom nível ¦democrático da eleição.

O PDT também procurou o ministro'Francisco Rezek, ontem, para uma suges-tão de controle sobre o processo de apura-ção dos votos. O consultor jurídico docandidato Leonel Brizola, Carlos Roberto Si-queira Castro, sugeriu ao TSE que somentesejam divulgados os resultados eleitorais de- jpois que os tribunais regionais confirma-rem, por escrito, que os dados,encaminhados a Brasilia são realmente,aqueles enviados via computador.

No entender do advogado do PDT, esse •procedimento em nada vai prejudicar o rit-:mo da apuração. De início, avalia o advoga-'do, esse processo poderá atrasar o resultado;entre duas a três horas, mas logo que a prá->tica se torne comum, esse tempo pode bai-1xar para uma hora.

Votos no Japão |Brasília (Radiobrás) — Os votos dos

brasileiros que moram no Japão serão osprimeiros apurados pelo Tribunal SuperiorEleitoral nas eleições do dia 15 de novem-bro. Na noite do dia da eleição já serão di-vulgados os resultados, uma vez que, emfunção do fuso horário, a votação no Japãoacontecerá no dia 14.

Votam no exterior, 18.750 eleitores ca-dastrados em 125 países. Os Estados Unidostêm o maior número de brasileiros cadas?trados para a eleição, 2.225, seguido da Itá-lia, com 1.883, a Alemanha Ocidental, com1.216 e a Inglaterra, com 1.171. Em 35 pai--ses há menos de 30 eleitores cadastrados, oque invibializa a votação, dado o risco de'identificação do voto. Na Suíça os 448 bra-sileiros cadastrados não poderão votar po-que a lei interna do país impede qualquerescolha de governante estrangeiro. Também jpodem ficar sem votar os dois eleitores ca>dastrados em Bangladesh e o único na Ro~,mênia. A eles resta a alternativa de que os-países se juntem para conseguir número mí-;>nimo de eleitores.

A apuração no exterior ficará por con-'ta das embaixadas brasileiras. Designadojuiz eleitoral, o embaixador escolherá OS'mesários entre os funcionários da própria,embaixada. Os resultados serã enviados aoBrasil pelo telex diplomático e a folha de vo- •tação pela mala diplomática.

Fim da propaganda-Brasília (Radiobrás) — Terminará no

próximo dia 12 de novembro, um domingo,,o horário gratuito no rádio e na televisão, no,qual os 22 candidatos à Presidência da Ré-'pública estão apresentando suas propostas.'de governo, sem censura, como manda a no-"va Constituição.

Ao todo, até o dia 12 serão gastas, no ré^.dio e na TV, 260 horas e 40 minutos na transrimissão dos programas, sendo duas horas e.;20 minutos divididas em dois blocos: na te-'levisão, das 13 às 14hl0 e das 20h30 às 21h4(j|no rádio, das 7 às 8hl0 e das 20h às 21hlÒ. _

'propaganda eleitoral está sendo veiculadadesde o dia 15 de setembro.

Segundo a Associação Brasileira oíé-Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), ohorário gratuito está dando aos candidatos)uma audiência de pelo menos 90 milhões dè.ouvintes e 75 milhões de telespectadores. Háno país, de acordo com a Abert, 60 milhõesde aparelhos de rádio e 32 milhões de tele-visores — 23 milhões em cores e 9 milhõesem preto e branco. ,„.

Os candidatos ao segundo turno tarçi:bém disporão de um espaço no rádio é náTV para divulgar suas plataformas. A par-tir do dia 28 de novembro, até o dia 14 de de-zembro, cada um terá 20 minutos diários np§dois veículos de comunicação. ,,:.'

Erundina responde^Brasília (AG) — A prefeita de São Pau-

lo, Luiza Erundina, ganhou dois minutosemeio no horário eleitoral gratuito do PDSpara responder às críticas feitas pelo can-didato Paulo Maluf, que afirmou que sua ad-ministração foi a responsável pelosoterramento de diversas pessoas e barra-cos na favela Nova República, ocorrida dia24.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) en-tendeu que Erundina foi ofendida, já queMaluf culpou a Prefeitura paulistana por"omissão criminosa" no episódio. Erundinatem o prazo de 72 horas para exercer o di-reito de resposta contra Maluf.

Ontem Erundina entrou com um noyopedido de resposta contra Maluf por ter cias-sificado sua administração na Prefeitura de"despreparada e incompetente", no horárioeleitoral gratuito do PDS.

TSE: só o coroneli

Brasília (AG) — O Tribunal SuperiorEleitoral decidiu ontem que apenas o coro-nei José César da Fonseca, da assessoria dpAureliano Chaves, está credenciado para ert-tregar na Radiobrás os programas de pro-paganda política do candidato do PFL. Adeisão foi tomada depois que a direção doPFL tentou, sem sucesso, exibir no horáriogratuito um programa contestando a versãode Aureliano Chaves sobre as negociaçõescom vistas à sua renúncia. <' >

Ontem o senador Marcondes Gadelha,agora disputando a vaga de vice-presidentena chapa do PMB, anunciou que vai ingres-sar no Tribunal Superior Eleitoral com umpedido de resposta contra Aureliano Chaves.Ele quer esclarecer o que aconteceu durantea negociação com vistas à renúncia do can-didato do PFL para abrir uma vaga para oempresário Silvio Santos.

TT-r***-"**^ -^ ¦»^j-»^'i^i4---ítt! *— *•-* ' • ^j- ítf-...ej-~.i4*.i*í1r- -JfjX^ff. .

Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989 O LIBERAL ECONOMIA 15

Deputada acusa presidente da BovespaQualidade de vida melhora.Mas o Nordeste ainda sofre.

Rio (AE) — No Brasil de 1988 em relaçãoao de 81, houve uma sensível melhoria na ta-xa de desemprego e na qualidade de vida, em-

. bora tenha persistido a alta concentração derenda e os contrastes regionais entre o Sul,Centro e Sudeste em relação ao Nordeste. Es-se é o perfil traçado pelo IBGE na PesquisaNacional de Amostras por Domicilio (PNAD),que apresenta as mais recentes informações'' sobre a população brasileira, grau de instru-•ção, tipo de habitação, rendimento e mão-de-obra.

O presidente do IBGE, Charles Curt Muel-'..ler, destacou que o Brasil continua num pro-'cesso de mudanças estrutural, que pode ser

traduzido num processo de mudança estrutu-. ral, que pode ser traduzido através de vários/indicadores sobre a população e a realidade

.;' sócio-econômica. Por outro lado, Mueller en-i' fatiza que a marcante desigualdade regional

e a concentração de rendas "deixa claro quei se a sociedade investisse na área social e não

no desenvolvimento econômico do país o qua-• dro seria outro".A PNAD de 1988 aborda um universo de 85

mil domicílios e 330 mil pessoas (com mais dedez anos de idade) em todo o país, com exce-ção da área rural dos Estados da antiga regiãoNorte (Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima eAmapá), que abriga 3% da população brasi-leira. Nesse ano, a população brasileira esta-va próxima dos 141,4 milhões de habitantes,dos quais 72 milhões eram mulheres.

A pesquisa revela que a taxa de desempre-go caiu de 3,75% em 1987, para 2,92% em 1988,e que nos últimos anos aumentou tanto a pro-porção de empregados com carteira assinada(de 37,3% para 38,8%) quanto a dos sem car-teira (26,9%). A proporção dos 'fconta-própria"permaneceu estável nos 23%, enquanto a dosnão remunerados caiu de 9,9% para 7,6%.

O rendimento mensal de todos os traba-lhos das pessoas ocupadas aumentou em 26%em relação a 1984, mas caiu 23,6% em compa-ração a 1985. Os salários atualizados para se-lembro de 1989 deixam nítida a perda do poder

aquisitivo: em 1984, o trabalhador ganhava emmédia mensalmente NCzf 1.081,00, e este anorecebe cerca de NCz$ 857,00. Já no Nordeste,o empregado tem atualmente um rendimentomensal de NCzf 587,00.

Diminuiu também a diferença salarial en-tre homens e mulheres. Em 1984, o sexo mas-culino recebia mais 98% do que as mulheres,já em 1988 essa diferença passou para 84%,sendo que a queda nesse período foi de 14%.A mulher tinha um rendimento médio-mensalde NCzf 517,00 em 1984, que passou para NCzf698,00 em setembro de 1989.

Os dados do IBGE apontam para a altaconcentração de renda: mais da metade da po-pulação brasileira ganhava em 1988 até doissalários mínimos. A proporção dos trabalha-dures sem rendimento ou que ganhavam atéum piso salarial caiu de 42,2% em 1984 para33,8% em 1987. Em 1988, esse percentual pas-sou para 36,9%, superando o de 1986 (35,35%),mas mantendo-se ainda abaixo do observadoem 1985 (42,00%). Na faixa de mais de 10 pi-sos salariais estavam em 1984. 4,7% dos tra-balhadores, e 6,6% em 1984 e 1985. Essa taxadesceu nos dois anos seguintes, atingindo 2,2%em 1989.

Os dados revelam ainda que o Sudeste tema menor porcentagem de pessoas ocupadaspor conta própria (18,1%) a maior de empre-gadores (4,1%), no Nordeste, os índices são de30,3% e 1,9%, respectivamente. A desigualda-de também fica evidenciada nos indicadoresque mostram que apenas 22,7% dos trabalha-dores do Nordeste têm carteira assinada emais de 70% das pessoas ocupadas não contri-buem para a Previdência.

Embora a taxa de analfabetismo conti-nuasse alta em 1988 existiam cerca de 20 mi-lhões de analfabetos com mais de dez anos deidade, o índice de analfabetismo caiu em 22,3%de 1981 para 1988. Também diminuiu a propor-ção de pessoas que terminaram o primeirograu: de 18,3% em 1981 para 23,8% em 1988. Jáno Nordeste, em 1988, cerca de 10,9 milhões debrasileiro não sabiam ler nem escrever.

Não existe a diferençacambial, segundo Mailson

São Paulo (AE) — O ministro da Fazen-da, Mailson da Nóbrega, disse ontem, emSão Paulo, que o governo não reconhece aexistência de diferença cambial. Para ele,as taxas arbitradas pelo governo são com-patíveis com os custos e suficientes para ga-rantir um superávit comercial adequadoneste ano. Mailson esclareceu também quese a situação cambial fosse diferente, nãoseria recomendável qualquer ajuste nestemomento. "A prioridade é a consolidação dademocracia. Não temos de inventar,nadarSó usar o conhecido para que se possa con-cluir a transição política".

o A declaração foi feita a um grupo demais de 50 empresários que participaramda Câmara Brasil-Israel de Comércio e In-dústria. O ministro procurou transmitirtranqüilidade. Disse que não há risco de hi-perinflação. Acredita ser possível conviverpor mais algum tempo com índices eleva-dos da inflação. Ele teme apenas os efeitosdas campanhas eleitorais sobre a economia."Ainda que no palanque, ninguém tem o di-riiito de pôr em dúvida a capacidade do go-verno em honrar a sua dívida interna, nemdisseminar a suspeita de que o futuro pre-sidente não irá cumprir seus compro-miss os".

O único risco de haver hiperinflação, se-gundo Mailson, é o pânico, o que acarreta-ria uma fuga para ativos reais. "Enquantohouver credibilidade, poderemos conduzira atual política econômica, embora a ma-nútenção do equilíbrio seja uma operaçãodelicada" —- afirmou. O conteúdo da pales-fra, feita durante almoço oferecido em SãoPaulo no Ceasar Park Hotel, estimulou osempresários a darem apoio formal ao mi-nistro da Fazenda. "Queremos

cumprimentá-lo pela brinlhante conduçãoda economia", afirmou Roberto Faldini, pre-sidente da Associação Brasileira das Em-presas de Capital Aberto (Abrasca), emnome dos presentes. Ele fez, porém, umaressalva quanto à atuação dos demais inte-grantes do Ministério do governo Sarney: "Amesma dedicação não se observa entre osdemais ministros, entre os quais, os interes-ses da Nação nem sempre estão acima dospessoais".

.i ^Mailson da Nóbrega acredita^ue a cria-ção' das1 câmaras setoriais deve contribuirpara reduzir o nível da tensão inflacionárianos últimos meses do atual governo. Segun-do afirmou, o Conselho Interministeriál dePreços dá sinais de fadiga e a expectativainflacionária vinha levando alguns setoresa exercitar política de preços defensiva."Nenhum desequilíbrio fiscal justifica infla-ção em níveis tão elevados". O ministro daFazenda atribuiu, ainda, à Constituição, oagravamento do déficit público. Ele calcu-Ia que o ônus do Tesouro em função da no-va Constituição foi de 3,5% do ProdutoInterno Bruto, seja pela perda de receita, oupelo aumento da despesa.

Durante a sessão de debates, Mailsondefendeu a instituição de um câmbio livre."Essa é uma providência que não se tomaem períodos de incerteza. Em situação nor-mal, o câmbio livre é útil, especialmenteporque evita as fraudes". Ingo Zadrosny, di-retor da Associação de Comércio Exteriordo Brasil, calculou que as perdas sofridaspelos exportadores com a atual políticacambial está em torno de 20%. Para ele, asperdas são relativas, pois câmbio irreal es-timula o subfaturamento e, com isso, a eva-sãode divisas.

Saldo pode passar de US$ 1 bilhãorh;"Rio (AG) — O diretor da Carteira de Co-rhercio Exterior, Namir Salek, acredita queò áaldo da balança comercial de outubro ul-tra passe USf 1 bilhão, já que as exportaçõesdò complexo soja somadas a dos produtosSiderúrgicos, aço minério e material detransporte apresentaram bom desempenholio mês, repetindo a performance registra-tíàem setembro. As atenções do diretor, noentanto, se voltam para as exportações denovembro e dezembro. Segundo ele, a Cacextem informações de que há exportadores dediversos setores postergando a colocação deseus produtos no mercada externo na expec-tativa de que o governo venha a promoveruma nova desvalorização do cruzado. —Quero aconselhar aos exportadores a não

postergarem as exportações. O ministroMailson da Nóbrega garantiu ontem que nãovai promover nova desvalorização — afir-mou Salek.

O diretor da Cacex se mostrou temero-so de que esse comportamento possa vir acomprometer de forma negativa o resulta-do das exportações nos dois últimos mesesdo ano. Apesar disso, ele mantém a previ-são feita pela carteira no início do ano comexportações atingindo a casa dos US$ 34 bi-lhões, importações de USf 18 bilhões e sal-do de USf 16 bilhões. — Apesar do impactonegativo, temos umas gordurinhas que nospermitirão manter a expectativa inicial —assegurou.

iAbono do Pis/Pasep para 5f milhões de trabalhadoresg Brasília (AE) — No dia 17 de outubro,a' Caixa Econômica Federal e o Banco doBrasil iniciaram o pagamento do abonoanual do PIS/Pasep para 5,6 milhões de.trabalhadores. Receberão o equivalente aUm salário mínimo NCzf 557,33 — as pes-rsbas que tiveram renda média mensal, emÍ988, até dois salários mínimos — NCzf1.114,66. No ano passado, o abono benefi-ciou 12 milhões de trabalhadores com ren-da média mensal de até cinco salários mi-nimos — NCzf 2.786,65.

A diminuição do número de pessoas

f' om direito ao benefício foi determinadaela Constituição, porque não haveria re-

cursos suficientes para pagar todo aquele•universo de cotistas do fundo do PIS-Pasep. A redução dos recursos também foideterminada pelo texto constitucional. OjpiS-Pasep deixou de receber a maior par-;te das contribuições cobradas sobre os fa-turamentos das empresas, que agora vaipara o fundo do seguro desemprego. O fun-'do passou a receber recursos suficientesapenas para o pagamento do abono para.trabalhadores com renda até dois saláriosmínimos.

füJt Serão gastos quase NCz 4,3 bilhões — a

valores de outubro de 1989 — na distribui-ção dos abonos. A Caixa Econômica efe-tuará o pagamento dos trabalhadores ca-dastrados pelo PIS, repassando quaseNCzf 3,6 bilhões. O Banco do Brasil repas-sara quase NCzf 700 milhões às pessoascadastradas pelo Pasep.

O pagamento se estenderá de 17 de no-vembro deste ano até 30 de abril de 1990.Os cadastrados pelo PIS deverão seguircronograma de liberação baseado na datade aniversário. Já o Pasep montou crono-grama a partir do número final do cadas-tramento do cotista. Quem perder o prazosó poderá efetuar o saque após o final doprograma de pagamento, em maio de 1990.Em média, será concedida uma semanapara os cotistas sacarem o abono.

Os cotistas deverão procurar as agên-cias da Caixa Econômica Federal e doBanco do Brasil onde receberam o abonono ano passado. Os que têm direito ao pa-gamento pela primeira vez deverão procu-rar o local exato através de informaçõesque serão prestadas por folhetos e carta-zes distribuídos pelas agências do BB eCEF, e funcionários das duas instituiçõesfinanceiras.

São Pauto (AG) — A deputadaDirce Tutu Quadros disse ontem quevinha mantendo contatos telefônicosdiários com o especulador Naji Ha-has durante o período em que ele seencontrava foragido e que chegou aaconselhá-lo no sentido de que se en-tregasse à Justiça apesar de temerpor sua vida: — Nahas sabe demaisa respeito do mercado de ações eagora que está preso pode ser elimi-nado — disse a deputada, acrescen-tando que caso algo venha aacontecer com Nahas, o principalsuspeito, em sua opinião, seria o pre-sidente da Bolsa de Valores de SãoPaulo, Eduardo Rocha Azevedo.

Dirce Quadros chegou a dizerque durante os longos contatos tele-fônicos que mantinha com Nahas es-te lhe teria passado informaçõessobre atividades do presidente daBovespa, que a deputada considerou"graves", o que a levou a enviar umtelex ao superintendente da PoliciaFederal, Romeu Tuma, pedindo ga-rantias de vida adicionais para o es-peculador: — Não vou adiantarnada. Estou aguardando a volta dodeputado Fernando Gasparian paraver se é possível a reconvocação dopresidente da Bovespa para esclare-cimentos — disse a deputada, queprometeu processar a Comissão deValores Mobiliários (CVM) por nãoter incluído o presidente da Boves-pa entre as pessoas apontadas pelaentidade como responsáveis pelacrise das Bolsas detonada por Na-has em junho passado.

Elmo: buscasem São Paulo

São Paulo (AJB) — A mesmaequipe de policiais — três delegadose 20 agentes federais — que prendeusegunda-feira à tarde o megaespe-culador Naji Nahas vai ser utiliza-da agora para caçar em São Pauloo diretor da Corretora Capitânea,Elmo Camões Filho, o "Elminho",que também está foragido e comprisão preventiva decretada pelaJustiça do Rio de Janeiro. O diretorda Polícia Federal, delegado RomeuTuma, disse que a investigação pa-ra prender Elminho estava centra-lizada no Rio, mas desde ontem— depois de uma reunião na sede daPF com o superintendente MarcoAntônio Veronezzi — a operação sedesenvolverá em duas etapas, combuscas em várias regiões no eixo

Rio-São Paulo.Tuma afirma que a PF tem so-

bre Elminho menos informaçõesque dispunha sobre Nahas, mas queas buscas serão intensificadas. Elelembrou que o melhor para Elminhonesse momento seria entregar-se àpolícia. "O Nahas entrou em pânicopor causa da pressão da Polícia Fe-deral", disse, acrescentando que seElminho entregar-se facilitará aação da Justiça na apuração do es-cândalo das Bolsas. "Não adiantaele ficar desafiando a policia, naclandestinidade, é melhorapresentar-se", observou. Tuma es-teve na sede do Serviço de PolíciaMarítima e Aérea de Fronteira(SPMAF), onde está a base da equi-pe que prendeu o magaespeculador,para cumprimentar os policiais.

Tuma conversou demorada-mente com Naji Nahas, de quem ou-viu a explicação de que é inocente.O megaespeculador disse que omesmo grupo que o acusou de tercometido irregularidades na com-pra de ações — cujas operações pro-vocaram quebradeiras nas Bolsasdo Rio e São Paulo — acabou fican-do com os papéis e está ganhando di-nheiro hoje. Ele afirmou tambémque tem condições de provar em juí-zo que não é o único culpado pelo es-cândalo. Nahas, segundo o próprioTuma, está muito abatido.

Naji Nahas seguirá para o Riode Janeiro amanhã pela manhãnum vôo da ponte aérea. Ele seráentregue pela escolta — apenas doisagentes federais — às 13 horas aojuiz Augusto Guilherme Diefentha-ler, que decretou sua prisão preven-tiva e deverá ouvi-lo no processo queinvestiga o rombo nas Bolsas do Rio.Até o final da tarde de ontem o de-legado Jaime Petra Filho — que in-vestiga o caso em São Paulo — aindanão havia recebido autorização dojuiz para ouvir Nahas.

O delegado Romeu Tuma afir-mou que a prisão de Naji Nahas pro-vocou um "processo angustiante naPolícia Federal, que tinha a granderesponsabilidade de prendê-lo. Atéeu tive de entrar na investigação.Dei uma de tira", disse o diretor daPF ontem à tarde. O homem quealugou o apartamento em que Na-has estava escondido, na rua da Con-solação, uma área chique dosJardins paulistanos, José AugustoMac-Dowel, será indiciado em in-quérito por favorecimento pessoal,cuja pena varia de 1 a 4 anos de de-

tenção. Mac-Dowel trabalhava paraNahas e sabia que o apartamento sedestinava a seu refúgio. A polícia es-tá investigando também a participa-ção do dono do apartamento,Roberto Bove, na cobertura da fuga,já que ele era o dono do apartamen-to. Se ficar provado que sabia que oimóvel serviria de esconderijo, se-rá indiciado no mesmo inquérito.

Some o donodo apartamento

Rio (AE) — O empresário JoséAugusto Mac Dowel Leite de Castro,que cedeu o apartamento para queNaji Nahas se escondesse dá polícia,em Sáo Paulo, "está temeroso coma repercussão do caso", garantiu on-tem um amigo íntimo do empresa-rio. Até a noite de segunda-feira —dia em que Nahas foi preso — eleainda se encontrava em seu aparta-mento na estrada da Gávea, 60, zo-na sul do Rio. No apartamento, noentanto, a informação transmitidapelos que atendem o telefone e deque o empresário viajou.

Em seu escritório, na rua Bue-nos Aires 93, sala 301 e 315, onde fun-ciona a Brasconpla — SociedadeCivil Brasileira de Consultoria e Pia-nejamento Ltda — no centro da ci-dade, os funcionários informaramque "o doutor José Augusto está via-jando e só deve voltar depois do fe-riado. Provavelmente na,segunda-feira".

Mac Dowell Leite de Castro é defamília tradicional do Rio, seu ir-mão Joaquim foi deputado federal,e seu primo Fernando, já presidiu oDepartamento de Estradas de Ro-dagem (DER). Além disso, a famí-lia controla a companhia CaminhoAéreo Pão de Açúcar, empresa quegere os bondinhos do Pão de Açúcare José Augusto é um de seus sócios.

Ele atuou também como diretordo Banco Sogeral, de 1981 a 1985,quando o especulador Naji Nahasera o presidente do conselho de ad-ministação. Nessa época trabalhoutambém no Sogeral com o ex-presidente do BC, Elmo Camões, paide Elminho, que teve prisão preven-tiva decretada pela Justiça juntocom Nahas. Elminho ainda se en-contra foragido.

Mac Dowell Leite de Castro par-ticipou também do conselho de ad-ministração da Delfin, que foiliquidada extrajudicialmente peloBanco Central em 1983.

Nahas depõeamanhã no Rio

S3o Paulo (AE) — Até anteon-.tem à noite, a Policia Federal emSão Paulo não sabia o que fazer com,Naji Nahas. O investidor será ouvi-do pelo juiz Augusto Guilherme Die-fenthaeler, da Justiça Federal do',Rio, amanhã. Entretanto, várias hi-:póteses sobre a ida de Nahas para >o Rio foram levantadas durante to-.-do o dia e uma definição dependia.da palavra final do juiz. A noite, o su-,perintendente da Polícia Federal em?São Paulo, Marco Antônio Veronez-.zi, conseguiu confirmar a viagempara a manhã de amanhã, em vôo.,da ponte-aérea. ,';•

Segundo o delegado Jaime Pe-;'dra Filho, que preside o inquérito daPolicia Federal em São Paulo sobre,o escândalo das Bolsas de Valores,;a intenção era a de ouvir Nahas an-.tes da sua ida ao Rio. Petra explicou/que, para tanto, precisava da auto-,rização do juiz carioca, responsável.•pela prisão do investidor. O pedido.foi feito, mas até a noite de ontem o.delegado não tinha resposta. "Nes-se inquérito gostaria de ouvi-lo an--tes que ele fosse para o Rio. Mas.estou na dependência do juiz. Se is-,so não for possível, farei o interro-gatório depois", explicou o delegado.

Durante o dia, alguns policiaiscogitaram levar Nahas ainda à noi-te para o Rio, de ônibus, por falta deverba para a passagem aérea. Masa informação não foi confirmada.Outra possibilidade levantada foi a,de o juiz carioca interrogar Nahasem São Paulo. Essa versão demoroua ser descartada pela Polícia Fede-ral, que não conseguiu contatar Ojjuiz da 13» Vara Federal do Rio deJaneiro — ontem não houve expe-diente nas repartições públicas.

O advogado paulista José Car-los Dias, que defende Naji Nahas,também não sabia quando e comoseu cliente viajaria. Dias tambémvai para o Rio, acompanhando Na-,has e o advogado carioca Nilo Ba-'tista no interrogatório. Segundo •Dias, o investidor ainda poderá ser-solto na semana que vem, quandoserá julgado o recurso no SuperiorTribunal de Justiça, com o pedido dehabeas-corpus. Outra chance de Na-has concentra-se no julgamento decompetência de instância do proces-so pelo Supremo Tribunal Federal.

Mercado de opções: fiasco na reaberturaRio (AE) — Em seu primeiro

dia de reabertura, após quatro me-ses de suspensão, o mercado de op-ções teve ontem no Rio, umresultado perto do fiasco: o volumede negócios realizados correspondeua 0,01% do volume total da Bolsa,que "também foi muito baixo, deNCzf 32,076 milhões (a Bolsa do Riofechou em baixa de 1,3%). Apenasuma série de uma única ação (a sé-rie CLF da Paranapanema prefe-rencial ao portador, ao preço deexercício de NCzf 800,00 e vencimen-to em 18 de dezembro) foi negocia-da, de um total de 32 ações comcinco séries cada uma com venci-mento em setembro e igual quanti-dade com vencimento em 19 defevereiro. Houve 42 negócios, envol-vendo 950 mil opções da Paranapa-nema e a cotação do último prêmiofoi de NCzf 28,00.

O mercado já esperava um re-sul tado pequeno em termos de volu-

.me. O presidente da Bolsa deValores do Rio de Janeiro, Francis-co Souza Dantas, apontou como osprincipais motivos da queda de vo-lume da Bolsa a elevada taxa de ju-ros — a taxa média do overnightestá em 60,42% — e a proibição deoperações day-trade (compracven'»da de uma mesma ação, num mes-mo pregão, pelo mesmo investidor)por parte das carteiras próprias dascorretoras, medida esta que come-çou a vigorar ontem. Segundo ele, obaixo volume "provou que a instru-ção da Comissão de Valores Mobi-liários (CVM) está errada". Omercado pode até se adaptar às no-vas regras para opções, "mas nãocom a proibição do day-trade",afirmou.

Souza Dantas reclamou que aproibição das operações day-tradeinibe os investidores, "principal-•mente num país cheio de incertezascomo o Brasil, em que a taxa de ju-

ros muda todo dia e, de repente, sur-ge um Sílvio Santos para complicarainda mais". A continuar vigorandoa proibição, disse ele, o mercado fi-cará sem grande liquidez, pois oday-trade "é que permitia seguran-ça quanto ao valor das opções", na

.-medida.em que possibilitava ao in-vestidor se desfazer dos papéis nomesmo dia, caso achasse isso con-veniente.

Apesar de Souza Dantas terafirmado que continuará discutindocom a CVM sobre a necessidade dese reformular esse ponto, o presiden-te da CVM, Martin Wimmer, náo es-tá tão convencido assim dos seusargumentos. "Não acho que essaoperação tenha conteúdo econômi-co", disse ele, para quem o day-tradefavorecia a alta artificial dos preçosdos papéis. "Vamos ver se o SouzaDantas apresenta os argumentos de-le para tentar nos convencer", com-pletou. Para Wimmer ainda é muitocedo para se avaliar o efeito da proi-

bicão do day-trade no mercado, prin-cipalmente no primeiro dia dereabertura e, ainda mais num diaatípico como o de ontem, quando astaxas de juros subiram e houve que-da no dólar e no ouro.

Muitos gerentes de Bolsa, con-tudo, acrescentaram outros motivosque também explicam a queda dovolume na Bolsa e o baixo resulta-do no mercado de opções, além dataxa de juros e da proibição do day-trade. O feriado de hoje, que prolon-ga o fim de semana para muita gen-te, é um deles, e a ausência dasfundações do mercado é outro, masapontaram, sobretudo, o alto rendi-mento do over em outubro e a pers-pectiva da manutenção das taxaselevadas, bem como as regras maisrestritivas que vigoram agora nomercado de opções para explicarporque o volume da Bolsa caiu e osnegócios nas opções foram irri-sérios.

Abecip quer maisincentivos do

governo à poupançaRecife (AG) — O presi-

dente da Abecip (Associa-ção Brasileira das Entida-des de Crédito Imobiliário ePoupança), Heráclito Fer-reira, considerou que o indi-ce de 10 por cento dos ativosdos fundos de curto prazo aserem recolhidos compulso-riamente em caderneta depoupança como um "bomnúmero", uma vez que fo-ram os próprios fundos quelevaram da caderneta amaior parte dos recursosque perdeu este ano.

— Não é o ideal, mas éalguma coisa — disse. Achoimportante que o governopasse a reconhecer que

além disso são necessáriasmedidas de incentivo aopoupador como as sugeridaspela Abecip como a voltados benefícios fiscais, rendi-mento mensal para as ca-dernetas de pessoas jurídi-cas, ativação da poupançapecúlio de forma a retomaratrativos do sistema.

Segundo Heráclito Fer-reira, o governo já começoua sentir que não pode aban-donar um sistema que temhoje 55 milhões de clientes eque por conta da conjuturaperdeu competividade e res-tringiu ainda mais as chan-ces dos trabalhadores adqui-rirem a casa própria.

Técnicos fazem arevisão da tabela

publicada no DOUBrasília (AE) —Os

técnicos da Secretaria deRecursos Humanos doMinistério do Planeja-mento e do Ministério doTrabalho estão recaleu-lando todos os salários egratificações dos funcio-nários públicos da admi-nistração direta. É queas tabalas com reajustesalarial repondo as per-das inflacionárias doPlano Bresser foram pu-blicadas (medida provi-sória n? 95) com erros.Segundo o assessor espe-ciai do Ministério, SérgioCutulo, os erros aconte-ceram na digitação dosvalores ou nos cálculos.

A explicação de Cu-

tolo é que com a ajudaem toda a estrutura degratificações — eram 100e passaram para 33 e astabelas de níveis sala-riais de 47 foram reduzi-das para 17 — descobriu-se que em muitas faixassalariais as gratificaçõesnão foram consideradaspara efeito do aumento.Isto deixou parte dos fun-cionários com saláriosmais baixos. A nova me-dida provisória não temprazo para ser publica-da, mas a demora nãovai prejudicar os funcio-nários que vão receber osnovos salários no finaldeste mês.

Contas do FGTS devem sermovimentadas com rapidez

Brasília (AJB) — O traba-lhador que foi demitido da em-presa e está com a autorizaçãode movimentação da sua contado FGTS (Fundo de Garantiapor Tempo de Serviço) já podeir ao banco depositário recebero seu dinheiro. É que já estãocreditados sobre o saldo dascontas do FGTS 88,01%, cor-respondentes à inflação de se-tembro e outubro e mais a par-cela de juros correspondentesaos dois meses (contas cujosjuros são de 3% ao ano).

Se o trabalhador já podemovimentar a sua conta devefazê-lo o mais rapidamentepossível para não perder di-nheiro. Isso porque a próximacorreção só vai ser feita no diaIo de dezembro ou no primeirodia útil após essa data. Se o tra-balhador deixar para sacar oFGTS no final do mês é melhoresperar o início de dezembropara retirar o dinheiro e ter acorreção mensal mais os juroscorrespondentes ao mês.

A correção de 88,01% (comtaxa de juros de 3% ao ano) épara as contas dos trabalhado-res abertas a partir de22/09/71. Para os trabalhado-res que optaram pelo FGTS noperíodo de 1967 a 1971, a taxade juros anuais é de 4% ao anoe a correção dos dois meses(setembro e outubro com os ju-ros) sobe para 88,32. Para ascontas com juros de 5% ao ano(referente a empregado queoptou de 1967 a 1971 e permane-ceu na mesma empresa por umperíodo de seis meses a menosde 11 anos) a taxa de correçãoé de 88,62%. Para as contascom taxa de juros anuais de6%, (empregado que permane-ceu na mesma empresa pormais de 11 anos tendo ontado

de 1967 a 1971) a correção é de88,91%.

ConselhoBrasília (AG) — Com bem

mais poderes do que o antigo, onovo Conselho Curador do Fun-do de Garantia do Tempo deServiço (FGTS) será instaladono próximo dia 8, às 15 horas. Asolenidade de posse deverá serpresidida pela ministra do Tra-balho e presidenta do Conse-lho, Dorothéa Werneck, queanteontem assinou portaria no-meando os demais conselheiros.

Como suplente da ministranas reuniões, foi nomeado o se-cretário geral do Ministério doTrabalho, Liscio Camargo. Mi-chai Gartenkrput, José RamosTeixeira e Mozart Foschete daSilva representarão, respecti-vãmente, os ministros da Fa-zenda, Interior e Planejamen-to. Como suplentes dos presi-dentes do Banco Central e daCaixa Econômica Federal(gestora do fundo), a portarianomeia respectivamente o di-retor de Mercado de Capitaisdo BC, Keyler Carvalho Rocha,e o chefe do Departamento deFGTS, da CEF, José JoaquimSantana.

A lei 7.839, que reformulouo FGTS, tirou da composiçãodo conselho; a Previdência So-ciai, mas manteve o número derepresentantes de trabalhado-res e empresários. Assim, to-mam posse como representan-tes dos empregadores, pelospróximos dois anos, Luis Feli-pe Soares Batista, da Confede-ração Nacional das Institui-ções Financeiras, Paulo Sa-tady Simão, da Confederaçãodas Indústrias, e Elias Bufail-cal, da Confederação do Co-méreic.

16 ECONOMIA O LIBERAL Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989

Homens &Negócios

GUARACY DE BRITOINFLAÇÃO

Não obstante as douradas promessas dos pre-sidenciáveis em acabar com a inflação, ela prós-segue na sua ascendente marcha estabelecendonovos recordes e tornando a vida do brasileiro umverdadeiro martírio. 0 mês de outubro findo apon-tou a marca de 37,62 por cento, proporcionando ototal de 758,79 por cento desde janeiro e a marcaespantosa de 1.303,78 por cento nos últimos dozemeses.

O salário mínimo passando para NCz$ 557,33correspondeu a um aumento global de 46 por cen-to (acima da inflação, portanto) sobre o valor deoutubro.

Decididamente o brasileiro "é antes de tudoum forte"...

NATALNão são apenas os preços das frutas natalinas

que estão se tornando proibitivos, mas tudo o maise sobretudo os brinquedos. Não obstante de fabri-cação nacional, todos estão a preços que exigemsacrifícios, notadamente de quem vive de saláriomínimo, mesmo que este já esteja no patamar dequase NCz$ 600,0 mensais.

No entanto, os que, mesmo com o comprome-timento de suas reservas financeiras, querem daraos filhos a grande alegria dos presentes do na-tal, precisam não se precipitar e fazer um levan-tamento de preços, porquanto no mercado local háuma disparidade muito grande. Figura ligada aocolunista não escondia a sua surpresa: uma bo-nita boneca que encontrou numa grande loja daPresidente Vargas a NCz$ 450,00, está sendo ven-dida num grande supermercado por NCz$ 1.358,00.Isto é, uma diferença de NCzt 958,001...

COMBUSTÍVEISO governo determinou novo reajuste nos pre-

ços dos combustíveis em todo o território nacio-nal, de modo a atender à defasagem reclamadapela Petrobrás, que se confessa em dificuldades,a ponto de reduzir todos os seus investimentos como sacrifício da produção de petróleo, impedindoque a projeção feita seja confirmada.

O aumento veio no momento em que o Minis-tério das Minas e Energia autorizou o aumento damistura de 5 por cento de gasolina ao álcool. Poroutro lado, foi aprovada a importação de álcool pa-ra fazer frente à crise prevista devido à reduçãoda produção, crise que poderá atingir seu pontomáximo no primeiro trimestre do ano vindouro.

AÇÃOOs funcionários da Petrobrás, em todo o Bra-

sil, estão se mobilizando para recuperar os 70,28%da inflação oficial de janeiro não incluídos em re-cuperação salarial do pessoal do Banco do Brasile Caixa Econômica Federal. Os petroleiros reali-zam, até o dia 7, assembléias gerais em todos osEstados para abir mão da cláusula econômica doacordo coletivo e reabrir negociação com a em-presa. Se a negociação falhar, já está definido: acategoria vai pleitear a recuperação através deação no TST. No Pará a assembléia será no dia se-te, às 18:00 horas, na sede do Sindipetro.

AUTUAÇÕESBaseada na lei delegada n? 4 e na portaria n?

7, da Sunab, a Secretaria de Defesa do Consumi-dor autuou, em agosto, 45 estabelecimentos comer-ciais que cobravam, ilegalmente, acréscimos de30 a 60% nas compras com cartão de crédito. Deacordo com a legislação, nenhuma mercadoria po-de ser praticada com dois preços e, as comprascom cartão de crédito são consideradas pagamen-tos a vista.

Segundo João Paulo Campeio, diretor do ser-viço de inspeção da Secretaria, os comerciantesbaseiam-se em nota técnica do Ministério do Pia-nejamento para cobrar o acréscimo, mas de açor-do com o Ministério o acréscimo no cartão decrédito só é permitido para a aplicação da tabli-ta. Os comerciantes alegam, ainda, que eles es-tão apenas fazendo uma "previsão inflacionária",já que as administradoras dos cartões efetuam opagamento depois de 30 dias. Por sua vez, as ad-ministradoras não querem reduzir o prazo de pa-gamento pois o consumidor não teria mais os 45dias de prazo.

Enquanto as duas partes não entram numacordo, cerca de 630 denúncias estão paradas naSecretaria e 45 processos já foram homologados.Campeio diz que está apenas esperando autoriza-ção do secretário Paulo Salvador de Frontin paravoltar às autuações e multar os infratores, a mui-ta varia de 200 mil a 500 mil BTN's e o diretor acre-dita que muitas lojas tenham que fechar apenaspara pagar a multa.

GrOSSÍpSNuma répíica da

cesta básica, os empre-sários da ConstruçãoCivil, tendo à frente osengenheiros Nagib Cha-rone e Jorge Cruz, cria-ram a "Betoneira Bási-ca", o índice para servirde parâmetro ao setor./// A "Betoneira Bási-ca" é agora, por assimdizer (com os variáveisdos custos dos princi-pais itens e insumosque ingressam na cons-trução civil) a "moeda"do construtor paraense.Outros Estados já estãointeressados nesses ín-dices para a formaçãode preços reais na cons-trução civil. /// O Policiamento da Capital(leia-se coronel Teodó-sio Machado) vai darapoio e policiamento ao

Parque dos Igarapés.É um empreendimentoturístico que os filhosde Cattete Pinheiro es-tão concluindo à beirado Rio Maguari. /// Vai-mir Zanutti lutando pa-ra trazer "big-shots"da empresa, quando aNestlé estará receben-do o título de Fornece-dor do Ano/89, a seroutorgado pela Associa-ção dos Supermerca-dos. /// A ABC Criado-res Associados (a pri-meira a aderir ao"Classerural" da TV-Liberal) já selecionou50 lotes ao 1» LeiloStardia 18 no Lapinha. Vaido Mangalarga Mar-chador ao Crioulo Gaú-cho, passando peloQuarto de Milha ePôneis.

Preço do pão aumenta 34,61% amanhãBrasilia (AJB) — Um dia após ter rea-

justado o leite tipo Cem 35%, o Ministérioda Ffezenda autorizou ontem um aumento de34,61% para o preço do pão, a partir de ama-nha. Com isso, desde o inicio do ano o pro-duto acumula um reajuste de 746,64%,enquanto a inflação até outubro ficou758,79%.

Conforme a portaria da Sunab (Superin-tendência Nacional de Abastecimento) queserá publicada no Diário Oficial da Uniãode hoje, o pãozinho de 50 gramas passa deNCzí 0,26 para NCzt 0,35, enquanto o de 100gramas passa a custar NCz$ 0,70, o de 200gramas NCz$ 1,40, o de 300 gramas NCz$2,10, o de 500 gramas NCz$ 3,50 e o de um qui-lo NCzí 7,00.

O aumento concedido pelo Ministério daFazenda, segundo a portaria da Sunab, temcomo objetivo compensar um reajuste de

35% autorizado para o preço da farinha detrigo no início do mês passado. Conforme aportaria, os estabelecimentos que não pos-suirem pão francês ou de sal, são obrigados,até as 20 horas, a vender outros tipos de pãopelo preço daquele, em quantidade de pesoigual ou solicitada pelo consumidor.

O reajuste do pão, assim como o do lei-te e farinha de trigo, não faz parte do açor-do firmado pelo governo com os empresa-rios para reajustar automaticamente os pre-ços que se limitarem em 90% do IPC (Indi-ce de Preços ao Consumidor). No aumentoautorizado ontem não foi computado o rea-juste de 32,36%, concedido no dia 30 de ou-tubro para a farinha de trigo. Com isso, opróximo reajuste para o pão deverá sermaior, na medida em que haverá mais umaumento para a farinha em novembro.

Energia elétrica fora do acordoBrasilia (AJB) — A partir deste domin-

go, o consumidor deve ficar atento com osgastos de energia elétrica. Dentro da poli-tica de recuperar as tarifas, o governo au-torizou ontem um aumento de 17,05%, alémdo IPC (Índice de Preços ao Consumidor)integral do mês de outubro — 37,62% — queserá concedido no dia 20 próximo para as ta-rifas residencial, industrial e rural. Com is-so, em um mês, o reajuste será de 61,08%.

No aumento de ontem, o Ministério daFazenda concedeu um reajuste ainda maiorpara as tarifas de iluminação pública, quesubirão 30% neste domingo, sem consideraros 37,62% do dia 20. O último reajuste parao setor aconteceu no dia 20 de outubro e foide 35,95% e ficou no mesmo patamar da in-fiação do mês anterior. Desde o inicio do anoaté agora, a energia já subiu 872,76%, com-

putando os reajustes de novembro, enquan-to a inflação até o mês passado ficou em758,79%.

Ao firmar o acordo com os empresáriospara administrar os preços controlados pe-lo governo nas câmaras setoriais, o gover-no havia se comprometido a seguir amesma regra para os preços públicos, libe-rando os reajustes que se limitassem em90% do IPC do mês anterior e jogando os va-lores acima desse patamar para a câmara.A energia elétrica, no entanto, foi exceção,diante da necessidade de recompor uma de-fasagem de 40% até janeiro. Segundo o se-cretário geral do Ministério da Fazenda,Paulo César Ximenes, sem essas correções,a Eletrobrás estaria impedida de obter fi-nanciamentos externos junto ao Banco Mun-diai, para viabilizar seus investimentos.

Febraban realça importânciada estabilidade monetáriaPorto Alegre (AE) — O presidente da

Confederação Nacional das Instituições Fi-nanceiras e da Federação Brasileira dosBancos, Léo Wallace Cochrane Júnior, dis-se ontem, em Porto Alegre, que o próximopresidente terá que começar a influir no go-verno já no dia imediato de sua eleição, por-que o país precisa ser motivado "em favordo soerguimento político, econômico, sociale moral". Para ele, o período entre a eleiçãoe a posse será muito importante e exigirádos responsáveis pela transição do governouma ação ponderada e de grande compe-tência.

Na sua opinião, a manutenção do regi-me democrático dependerá de três condi-ções fundamentais: estabilidade monetária,crescimento e liberdade econômica. "Nomomento em que o Brasil ordenar a sua eco-nomia, sanear o governo e estabilizar seubalanço de pagamentos, naturalmente osagentes econômicos e as instituições finan-

ceiras voltarão a operar com maturidademais longa de seus ativos e passivos,recuperando-se a demanda de crédito pelosetor privado", salientou.

Considerou, entretanto, que o segredo doquebra-cabeça econômico brasileiro está naestabilidade monetária. Para Cochrane,trata-se de um passo necessário para tornarviáveis as outras medidas. "Sem estabilida-de não haverá soluções duradouras, masapenas passes de mágica, a exemplos dosPlanos Cruzado e Verão, que se dissipam tãologo os agentes econômicos percebam o en-godo em que foram envolvidos", ponderou.

Cochrane, que participou do almoço naAssociação Comercial de Porto Alegre, afir-mou também que um governo novo, sério erespaldado pela população terá força paraconvencer o Congresso e a sociedade a acei-tar os sacrifícios necessários para alcançara retomada de crescimento.

Explosão ainda é possívelnos preços da construção

São Paulo (AE) — O Índice Pini de Cus-tos de Edificações (IPCE), em outubro, su-biu 36,44%, composto, em média, pela altade 15,36% nos materiais e 38,26% na mão-de-obra. A relação materiais/mão-de-obra,na composição do IPCE de outubro, foi de,respectivamente, 62,16 e 37,87%. O percen-tual de 36,44% apresentado foi, contudo, me-nor que os registrados em agosto (37,6%) esetembro (38,38%) e, também, menor queo índice de inflação de outubro (37,62%).

A queda na variação do IPCE, no entan-to, ainda não é suficiente para que seja des-cartada uma explosão nos preços dosmateriais da construção civil. Isso porque,em outubro, subiu significativamente o nú-mero de insumos que tiveram reajustes aci-ma de 50%. Em setembro, eles representa-vam 24,01% do total de insumos pesquisadospara a composição do IPCE, enquanto, em

BOLSA

outubro, esse número subiu para 41,05%.A distribuição dos reajustes entre os in-

sumos da construção civil é que permitiuuma variação menor do IPCE em outubro.Pela pesquisa de preço, constatou-se que amaioria dos insumos que tiveram reajustesacima de 50% situam-se na faixa dos quetêm menor peso no custo das edificações. Aomesmo tempo, verificou-se que os insumosutilizados na fase de acabamento tambémsofreram reajustes maiores do que os usa-dos nas estruturas e fundações.

Entre os principais insumos utilizadospela construção civil, a areia, a cal hidra-tada e a pedra apresentaram aumentos aci-ma da inflação, respectivamente de 68,20,46,51 e 50,84%. O cimento e o aço ficaramabaixo do IPC e do IPCE, com índices de26,23 e 31,54%, respectivamente.

RIOO mercado de ações da Bolsa de Va-

lores do Rio de Janeiro operou ontem embaixa. O IBV, com 1.127 pontos, caiu 1,3%.O índice Geral de Preços (IPBV) caiu1.0%, atingindo 1.663 pontos. O IBV-12 daBolsa Brasileira de Futuros caiu 1,5%,com 248.625 pontos no fina do pregão. Das87 ações componentes do EBV, 48 subiram,28 caíram, quatro permaneceram está-veis e sete nao foram negociadas.

No mercado a vista foram negociadas1.249.516 mil ações no valor de NCzf 32.046mil, 39,9% menor que o movimento deterça-feira, através do telepregão foramrealizados 2.510 negócios, envolvendo1.028.664 mil ações ações no valor de NCz$14.022 mil.

No mercado de opções foram nego-ciadas 950 mil ações no valor de NCzf 29mil. As séries mais negociadas no dia comseus respectivos prêmios foram: CFL-DEZ (NCzf 28,00) da Paranapanema PP.

Foram negociadas nas diversas mo-dalidades 1.250.466 mil ações no valor deNCzf 32.076 mi, 39,9% menor que o volu-me do último pregão.As maiores altas do IBV foram J.B.Duarte PP (17,23%), CibranPP (13,05%),Montreal PP (12,26%), Banco Econômi-co PP (11,23%) e Brahma PP (8,34%).

As maiores baixas do IBV foram:Agroceres PP (8,26%), Const. Beter PB(5,67), Mannesmann PP (5,62), MendesJúnior PB (4,20) e Barreto Araújo PB(4,10).

Das ações que não compõem o IBV:As maiores altas foram: J.B. Duarte OP(37,00%), brinquedos Mimo PP (31,28%),Maxion PA (20,71%), Micheletto PP(20,48%) e Itap PP (16,33%).

As maiores baixas foram: VidrariaSta. Marina PP (12,90%), Perdigão Ali-mentos PP (12,61%), Beta PA (9,72%), La-

nifício Sehbe PP (7,14%) e Paulista FbrçaLuz OP (7,76%).

Das ações que compõem o IBV-12:Não houve altas.

As maiores baixas foram: Paranapa-nema PP (5,01%) e Supergasbrás PP(3,72%). ^ 6

SÃO PAULOAo final das sessão, o Ibovespa revê-

lou desvalorização de 1,1%. O volume fi-nanceiro declinou 16,3%, perfazendoNCzf 147,275.3 mil.

Após exibir taxas positivas até às 21horas, o Ibovespa iniciou uma trajetóriadescendente que perdurou até o fecha-mento do pregão, quando registrou 33.751pontos.O Índice médio evoluiu 2%, atingin-do 34.421 pontos.As ações dos grupos I e II apresen-taram perdas de 0,7% e 1.2% respectiva-mente na média de duas cotações,"contribuindo, dessa maneira, para a que-.da do Ibovespa.

O valor negociado a vista (100% dovolume geral) foi 15,2% menor do que overificado no pregão anterior. Dessemontante, NCzf 146.397,1 mil são relati-vos a negócios com ações e NCzf 526,6mil, a operações com opções de compra.

Entre as ações do grupo I, as maio-res quedas foram observadas em Vale R.Doce PP (2,7%) e Belgo-Mineira OP(1,4%). Das ações do grupo II, as quemais evoluíram foram: Sifco PP (12,5%)e Ferro Bras. PP (9%), as que mais bai-xaram: Perbasa PP (7,1%) e Vidr. Sta,Maraina OP (4,4%).

No mercado de opções, realizaram-se 177 negócios, envolvendo 17 milhões detítulos. A série de maior volume, Para-napanema PP/dezembro/800,00, concen-trou 85,1 do valor dos prêmios.

Valor de Referênciasofre reajuste de

37,6% em novembroBrasilia (AE) — Os Valores de Referência para o mês

de novembro foram reajustados em 37,6%, índice equiva-lente à inflação de outubro. O MVR serve para corrigir osvalores de pensões alimentícias e contratos diversos men-salmente. A tabela divulgada ontem pela Secretaria do Pia-nejamento (Seplan) fixa em NCzf 90,07 o MVR para osEstados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Dis-trito Federal.

Para o Rio Grande do Sul, a 1* subregião do Paraná eSanta Catarina o MVR de novembro passou a NCzf 83,74.No Espírito Santo e 2' região dos Estados de Santa Catari-na e Paraná, para NCzf 76,74. Em Goiás, Mato Grosso, Pa-rá, Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, e 1» região daBahia e Pernambuco, o novo MVR vai a NCzf 70,44. E emtodos os Estados do Nordeste e 2»s subregiões de Pernam-buco e Bahia o MVR deste mês é de NCzf 63,58.

INDICADORESA partir da 1.° de julho, portaria do Ministério da Fazenda torna constante o

fator de convonòo de cruzadot para cruzadot novot (lablito). A conversão deveter realizada em obrigações com cláusulas de correção monetária prefixada, ousem cláusula de correção, contraída* em 1.° de janeiro de 198B e 15 de janeirod» 1969.

Dasicamonfo, este instrumento será aplicado sobro todas at dívidas referentesà aquisição de bent duráveis de consumo (eletrodomésticos, automóveis, etc.) e decrédito pettoal obtido na rede bancária, onde todas at prestações já eram co-nhecidas.

A aplicação do fator de conversão não vale para obrigações tributárias, con-tat de água, luz, telefone, esgoto e gát, nem para mensalidades de etcolas, clu-bes, attociaçõet e detpesat condominiais.

Fator de conversãoCruzado para Cruzado Novo

2.128,6935

CUSTO DE VIDA/INFLAÇÃO*

MESES ICV-BELÉM IPC

(INFLAÇÃO)Agosto 33,09% 29,34%Selombro 37,39% 35,95%Outubro 37,62%

Salário mínimo

Valor doReferência

MaiorPará

BTN

Poupanço

Aluguel anual

Aluguelsemestral

Contribuição

para o lapas:EmpregadaPatrão

Agosto

37,2229,11

2,0842

29,90%

162,36%

182,36%

Setembro

48,13

37,64

2,6956

36,63%

265,21%

265,21%

Outubro

NCzS 381,73

NCzS 65,46

NCzS 51,19

3,6647

38,31%

396,49%

39649%

NCzS 27,17

NCzS 40,75

BTN Fiscal (03/11/89)

Novembro

NCzS 557,33

NCzS 90,07

NCzS 70,44

5.0434

583,26

583,26

5,1246

JUROS

Libor (3m): 8 3/4 Prime: 10,5

UNIDADE FISCAL

Estado: NCzS 34,50Belém: NCzS 25,72

Barcarena: NCzS 3,89Ananindeua: NCz$ 2,00

MERCADOSDÓLAR - NCz$

Compra VendaOficiol NCzS 5,368 NCzS 5,394Paralelo NCzS 11,10 NCz$ 11,50Turismo NCzS 11,10 NCz$ 11,50

OUTRAS MOEDAS

Coroa Dinamarquesa...Coroa NorueguesaCoroa SuecaDólar CanadenseEscudoFlorimFranco BelgaFranco Belga Financ...Franco FrancêsFranco SuíçoYenLibraUraMarcoPesetaXelim

Compra Venda Repasse Cobertura0,73825 0,74315 0,73937 0,742450,76471 0,76980 0,76587 0,769070,82313 0,82865 0,82437 0,827874,4946 4,5233 4,5014 4,5190

0,033505 0,033747 0,033555 0,0337152,5469 2,5628 2,5507 2,56030,13680 0,13796 0,13701 0,137830,13680 0,13757 0,13642 0,137440,84778 0,85307 0,84906 0,852273,2736 3,2951 3,2786 3,2920

0,036913 0,037157 0,036969 0,0371228,3535 8,4084 8,3661 8,4005

0,0039171 0,0039434 0,0039230 0,00393972,8745 2,8922 2,8788 2,8895

0,045285 0,045634 0,045354 0,0455910,40808 0,41079 0,40870 0,41040

OURO

Brasil (Grama/Czl) Compra Venda

Safra —Ourobraz NCzS 138,65 NCzS 139,00Eldorado —

EXTERNO(Onça (31g) x USS)

Cidade Cotação (NCzl)Londres 373,75Paris 376,50Zurique 373,00Hong Kong 373,65Nova York:Handy and Harman 373,05Engelhard:Refinado i 393,05Bruto ' 374,33

O Senado instalou ontemComissão Parlamentar

de Inquérito (CPI) paraapurar irregularidades naindústria automobilísticanacional. O objetivo é veri-ficar a veracidade das cons-tantes reclamações do setorsobre defasagem de preços,embora neste ano os auto-móveis tenham sido reajus-tados 21,5% acima dainflação, até o dia 16 de ou-tubro, quando houve o últi-mo aumento.

A iniciativa de instalara CPI foi do senador GomesCarvalho, ex-presidente daFederação Nacional dasDistribuidoras de VeículosAutomotores (Fenabrave),que há 60 dias assumiu a va-ga de senador deixada porAfonso Camargo, licenciadopara disputar as eleiçõespresidenciais. Proprietáriode seis concessionárias noParaná, Carvalho esperacontar com o apoio da ban-cada do setor no Congresso,composta por 23 deputadose três senadores, para abrirCPI e divulgar a imprensaas planilhas de custo do se-tor automobilístico.

— Até o dia 15 de dezem-bro devemos ter concluído orelatório, que será entregueàs autoridades econômicas.

MERCADOEXTERNO

AçúcarNova York — Fecha-

mento do açúcar em NovaYork. Contrato 11. Mercadoem alta. Volume 31.325 con-tratos.Jan 14,20Mar 14,53Mai 14,26Jul 14,00Out 13,51Mar 13,03

13,9313,9713,7213,5013,0612,60-

AlgodãoNova York — Fecha-

mento do algodão em NovaYork. Mercado em alta. Vo-lume 12.000 contratos.Dez 75,82 75,23Mar 77,42Mai 78,17Jul 77,90Out 70,80Dez 67,95Mar 68,45

76,7577,3677,1070,3567,6368,33

Cacau• Nova York — Fecha-

mento do cacau em NovaYork. Mercado em baixa.Volume 4.354 contratos.Dez 974 977Mar 989 995Mai 999 1006Jul 1013 1018Set 1034 1038Dez 1060 1068Mar 1087 1092

MadoiraChicago — Mercado de

madeira em Chicago. Volu-me 1.048 contratos.Nov 180,80 181,50Jan 182,80 184,10.Mar 186,30 187,40Mai 189,80 190,60Jul 192,90 193,10Set 193,30 193,40Nov 192,00 192,50

MilhoChicago — Fechamento

do milho em Chicago emcentavos de dólar porbushel.Dez 237 Vi 237%Mar 242 241V4Mai 246% 245%Jul 250V4 249V4Set 242V4 240'/4Dez 238% 237V4

PrataNova York — Fecha-

mento da prata em NovaYork. Mercado em baixa.Volume 12.000 contratos.Nov 515,0 518,0Dez 518,8 521,8Jan 521,7 524,7Mar 530,8 540,8Jul 545,5 548,5Set 553,3 556,3Dez 564,6 567,6Jan 568,3 571,3Mar 576,0 579,0Mai 583,9 586,9Jul 592,3 595,3

SucoNova York — Fecha-

mento do suco de laranjaconcentrado em Nova York.Mercado em alta. Volume1.200 contratos.Nov 130,60 130,50Jan 125,95 125,05Mar 126,05 125,45Mai 126,50 126,00Jul 126,80 126,10Set 127,00 126,50Nov 126,20 125,70

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PROCESSO DO TRABALHOAutores: Waldemar Thomazinee José fErasmoCasellaDuração: 5 meses, com 8 módulos, equivalentes a 120

h/aulaGrátis: Pasta-arquivo e índice Geral

ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOSAutor: Antonio Vieira de CarvalhoDuração: 5 meses, com D módulos, equivalente a 120 h/aulaGrátis: Pasta-arquivo

Chefia e Liderança

Nome

Anaitse Transacional Treinamento dos RH

Cargo ¦

End _

l_.

T IVSDinformações objetivas

66030 - Rua Ô de Almeida. 780Reduto -Tel.: (091) 224-9508Belém. PA

*~»i ¦'^/¦-i^-^--^- '^'-¦*jf ¦*..;-,¦--.iií-*i:;(j|* ¦¦W *V **~'¦'**-"'«¦«¦'-H-,''* ¦f'l:;%;*-*j'!. *:'-.

Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989 O i/B£JMí. INTERNACIONAL 17

•05

f.,0'0,2:$>,;*¦:

0,0'

O "Livro Negro"Londres (AP) — Uma lista de bri-

tânicos que teriam sido assassinadospelas forças de Adolph Hitler caso aAlemanha chegasse a invadir com êxitoa Grã-Bretanha na II Guerra Mundial,apareceu em um livro publicado an-- teontem."' O "Livro Negro" descoberto em1945 após a derrota da Alemanha in-cluiu os nomes de até 2.820 pessoas im-portentos da vida política e artística da¦' Grã-Bretanha, entre as quais se in-cluiam o primeiro-ministro Wiustom-c Churchill e Anthony Ederr: que foi seuministro de Relações Exteriores.

Outros britânicos conhecidos que'' aparecem na liste se reuniram anteon-' tem no Museu de Guerra Imperial, on-de se guarda um dos dois tomos do

ifl livro. O outro livro se encontra nos Es-tados Unidos.'': No livro aparecem os endereços de

acicada uma das supostas vítimas e infor-mação de sindicatos e organizações que-deviam ser aniquilados após umainvasão.

io*] •• Contudo, um erro na liste foi a in-'.*• clusão de Sigmund Freud, que morreu<:*¦*• em 1938. "Um erro como esse manchaor ,-a imagem de eficiência dos alemães",C""! afirmou o escritor Lord Willis, que te-'>'* ve seu nome incluído na liste.

^, Grande massacre-•;¦¦ Colombo (AP) — Grupos de ho-i ¦*:¦. mens armados queimaram casas na re-.«igião central, de Sri Lanka e

assassinaram 31 pessoas. Ao que pare-... ce, o ataque foi em vingança contra a

. explosão de um veículo oficial que dei-[ xou quatro policiais mortos.

Muitos habitantes das redondezasdisseram que as vítimas eram mem-

•"•-* bros da Frente de Libertação Popular,um grupo cingalês que tenciona derru-bar o governo. As vítimas, entre elasvárias mulheres, receberam balas nacabeça e seus corpos foram queimadoslogo em seguida.

Autoridades militares informaramque pelo menos 31 corpos foram encon-

. trados nos povoados da Galanewa e,x Thambuttegama, a 165 quilômetros de

cv'. Colombo.oc Políticos da oposição e grupos dos¦.*¦* direitos humanos acusaram as forças

radicais na batalha desencadeada pe-lo governo, contra os cingaleses ultra-nacionalistas. O governo refutou asacusações, mas funcionários de cúpu-Ia admitiram secretamente que as for-ças de segurança possam estarcometendo excessos.

Ajuste de contasNápoles, Itália — Dois ajustes de

contes entre mafiosos causaram namanhã de ontem quatro mortos empoucas horas de intervalo: um deles emNápoles e os restantes em Agrigento(Sicília), informou uma fonte policial.

Uma das vítimas, Rosário Allegro,de 53 anos, figurava de maneira noto-ria numa liste da máfia publicada háum mês e vivia recluso desde então emsua casa.

Ontem de manhã saiu pela primei-ra vez de sua casa em companhia deum amigo para ir ao cemitério e "hon-rar seus mortos", declararam seus pa-rentes à polícia.

O amigo de Rosário, TraspadanoAnzalone, de 54 anos, chegado à máfia,foi morto a tiros à queima-roupa aomesmo tempo que Allegro, por dois des-conhecidos que dispararam de um au-tomóvel verde, segundo testemunhas.

Quase ao mesmo tempo, em Nápo-les, Gerardo Cipolletta de 28 anos, eCrescenzo Santegate de 26, ambos de-tidos em semiliberdade, foram abatidospor desconhecidos quando regressa-vam da penitenciária para casa ao nor-te da cidade O duplo homicídio não tevetestemunhos.

Segundo os carabineiros napolite-nos os assassinos teriam se aproxima-do de motocicleta das vítimas e matadoCipolletta que dirigia o carro, com umrevólver calibre 38 e uma escopeta. Seupassageiro, Santegate, que ficou ferido,recebeu um tiro ao procurar fugir.

Pele de mortoLondres (AP) — A pele de uma

pessoa morte pode ser usada 48 horasdepois para salvar a vidajde queima-duras graves, informou um médicolondrino.

A nova técnica de transplante depele, tirada de cadáveres e implantadanas vítimas, é usado só em casos emque não exista pele suficiente do pa-ciente para cobrir as queimaduras, ex-plicou o médico Roy Sandres, dohospital Maount Vernon, em um subúr-bio de Londres.

Os pacientes recebem ciclosporina,uma droga anti-rejeição, usada emtransplante de órgãos.

Os médicos disseram que os efei-tos tóxicos da droga impedem que sejaministrada por mais de três meses."todavia, Sandres declarou que,normalmente, três meses são suficien-tes para que a pele do paciente se re-cupere e cresça novamente. Uma vezseja suspenso o tratamento com a dro-ga, a pele transplantada cai.

O médico acrescentou que para re-duzir as probabilidades de rejeição, otransplante deve çer feito antes das 48horas depois de retirada do doador.

A primeira pessoa salva pela novatécnica foi Ferrial Sayed, uma meninade dois anos que sofreu queimadurasem 45 por cento do corpo em 11 de ju-lho. Sanders disse que aplicou a novatécnica, e que desde então já deu bonsresultados com outros seis pacientes.

Prova de fogoIslamabad, Paquistão (AP) — A

Erimeira-ministra Benazir Bhuto so-

reviveu ontem a seu primeiro confron-to político nos 11 meses de seu governodepois que a oposição parlamentar nãoconquistou os votos necessários paraaprovar uma moção de não-confiança.

A oposição somente conseguiu ob-ter 107 votos contra o partido populardo Paquistão na Assembléia Nacionalde 237 assentos. Contudo, necessitavamde 199 votos para conseguir umamaioria.

Seguidores do governo aplaudiramquando o presidente da Câmara Baixa,Meraj Khalid, leu os resultados davotação."Ê um momento histórico para opais", disse Khalid.

O debate durou apenas duas horase meia, embora houvesse uma previsãode que poderia se estender até hoje.

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Ortega ameaça suspender aseleições gerais na Nicarágua

Manágua (AFP) — O presidente daNicarágua, Daniel Ortega, ameaçouontem suspender as eleições gerais dopróximo dia 25 de fevereiro se os Es-tados Unidos mantiverem seu apoio àsguerrilhas dos contras e à agressãocontra o governo sandiniste.

A ameaça de Ortega aconteceu du-rante uma coletiva de imprensa queofereceu nas primeiras horas de ontemna casa de Governo, onde tambémanunciou a suspensão do cessar-fogounilateral que estava em vigor desdemarço de 1988."Se o governo e o congresso norte-americanos nos vêm agora com dure-za, serão eles os que estarão conspiran-do contra o processo eleitoral", disseele, depois de realizar o anúncio.

Também disse que "a boa marcha

do processo eleitoral depende da atitu-de que os Estados Unidos assumirem.Se assumirem uma atitude construti-va, se apoiarem a desmoralização doscontras e deixarem de agredir a Nica-rágua, estarão contribuindo para o es-forço de realizar eleições".

Ortega propôs realizar uma reu-nião nos dias 6 e 7 de novembro entreos governos da Nicarágua e Honduras,a Comissão de Apoio e Verificação(ACIAV) do Plano de Paz EsquipulasII e a Resistência Nicaragüense(RN/Contras) que mantém, em Hondu-ras, 13 mil guerrilheiros.

O encontro teria lugar na*sede dasNações Unidas e serviria, segundo Or-tega, para definir os aspectos técnicose logísticos da desmobilização dos con-trás, que segundo um acordo dos pre-sidentes centro-americanos deverá terculminado no próximo dia cinco de de-zembro.

Em tom enérgico, o governantereiterou que "se os EUA querem nosimpor pressões, ameaças e ações quevenham aumentar o conflito, então se-rão eles, será você, presidente Bush, oque colocará em risco o processo elei-toral na Nicarágua".

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Daniel Ortega anuncia suspensão do cessar-fogo

CínicosO presidente nicaragüense, classi-

ficou de "cínicos e eleitoreiros" os se-nadores dos Estados Unidos, aoanunciar, ontem, o rompimento docessar-fogo vigente há 19 meses por"imperiosa necessidade".

O Senado dos Estados Unidos con-denou, anteontem à noite, por unanimi-dade, as intenções do mandatárionicaragüense — confirmadas ontem —de acabar com a trégua, exigindo deOrtega que renove o cessar-fogo e rea-firme seu compromisso de realizareleições livres e honestas.

Visivelmente aborrecido, ontempela manhã, na coletiva que deu para

anunciar sua decisão, o dirigente san-diniste perguntou em voz alte se poracaso os congressistas norte-americanos acreditam que a Nicará-gua é uma estrela a mais dos EstadosUnidos.

E aumentando ainda mais seu tomde voz, Ortega se dirigiu a seu colegado Norte e seus senadores dizendo:"Não somos um Estado a mais de seupaís, senhor Bush, e entendam isso deuma vez por todas, senhorescongressistas"

Com o dedo sempre em riste, Or-tega afirmou que o Senado norte-americano "é imoral e responsável"pela crise da Nicarágua.

66 Contras'' nicaragüenses cessam fogoTegucigalpa, Honduras (UPI) —As

guerrilhas anti-sandinistes da Nicará-gua, conhecidas por "contras", decla-raram, ontem, um cessar-fogounilateral em sua guerra de nove anoscontra o governo do presidente DanielOrtega, mas advertiram que se reser-vam o direito de se defender, ein casode ataques de tropas governamentais.

O chefe militar dos contras, Enri-que Bermudez, disse em Honduras queos rebeldes estão preparados paraqualquer ataque sandiniste porqueacreditem que "algo está para aconte-cer já que eles não querem manter ocessar-fogo"."Se os sandinistas continuarem agüería*,"eomo faz crer o anúncirrdo-fimdo cessar-fogo, nós pediremos ajudaaos Estados Unidos", declarou Bermu-dez, acrescentando que essa ajuda se-

ria logística e militar.Ortega confirmou, ontem, a sus-

pensão de uma trégua declarada uni-lateralmente pelo governo há 19 meses,mas afirmou que reimporá o cessar-fogo se houver negociações internacio-nais que levem ao desmantelamentodos contras, acusados pelos sandinis-tes de serem apoiados por Washington.

O ex-líder dos contras, Adolfo Ca-lero, que vive exilado em Miami, dis-se que a decisão de Ortega significa umtotal desprezo pela democracia e a paz."O que mais deve ser destacado,hoje, é o fato de que os sandinistas mos-tram ao mundo o total desprezo quetêm pela democracia, pela paz, e que-a única coisa que eles sabem fazer, ouque sabem fabricar, é a guerra", dis-se ainda Calero, acrescentando: "Issoé brutal e ultrajante e mostra um total

desprezo pelos presidentes da Améri-ca Central e pela cúpula da Costa Ri-ca e que eles não são confiáveis".

Calero desmentiu a alegação deOrtega de que o governo estava suspen-dendo o cessar-fogo, devido a recentesinfiltrações de forças rebeldes na Nica-rágua, desde as bases que mantém nolado hondurenho da fronteira."Isso não é verdade, as nossas for-ças não têm o objetivo de realizar in-filtrações porque elas não têm nenhumpoder ofensivo", afirmou o ex-líder.

Calero disse ainda que estava con-tendo com a ajuda do presidente Geor-ge Bush aos contras, "tendo em vistaa declaração de terça-feira do presi-dente norte-americano, informandoque reavaliaria a situação em um mi-nuto se o cessar-fogo fosse rompido".

Casa Branca: Ortega teme eleiçõesWashington (UPI) —A Casa Bran-

ca criticou ontem o presidente da Ni-carágua, Daniel Ortega, por tersuspendido um cessar-fogo com asguerrilhas anti-sandinistes, conhecidaspor "contras", que já durava 19 meses,e afirmaram que ele tomou tal decisãopor temer uma derrote nas eleições ge-rais marcadas para 25 de fevereiro dopróximo ano.

O porta-voz da Casa Branca, Mar-lin Fitzwater, disse que a suspensão datrégua "reflete a falte de compromis-so do regime sandiniste com o proces-so de paz e a democratização naNicarágua".

Classificando-a de "uma afronte aohemisfério e às tradições democráti-cas", Fitzwater declarou que a medidafoi uma prova do "desejo do presidenteOrtega de manter o poder a todo custoe às expensas das aspirações do povonicaragüense"."Nós só podemos dizer que suasmedidas foram tomadas para bloqueara oposição democrática enquanto aseleições se aproximam", afirmou ain-

da o porta-voz, acrescentando: "óbvio,que Ortega está com medo das urnas".

Fitzwater ressaltou que a CasaBranca está "reavaliando toda a situa-ção" na Nicarágua, tendo em viste oanúncio de Ortega, mas também deixouclaro que o presidente George Bush nãoplaneja pedir de imediato ao Congres-so que aprove um reinicio da ajuda mi-litar aos contras.

No Congresso, o representante de-mocrate Thomas Foley, líder da Cama-ra, classificou a suspensão docessar-fogo de "muito lamentável" eafirmou que este foi um passo distantede qualquer compromisso com a reali-zaçáo de eleições livres na Nicarágua.

Foley também descartou a possibi-lidade do reinicio de ajuda militarnorte-americana aos contras, declaran-do: "Essa não é a direção do processode paz, nem a direção das eleiçõeslivres".

Na terça-feira o presidente Bush,respondendo a uma pergunta sobre umeventual reinicio da ajuda militar aos

rebeldes anti-sandinistes, afirmou que"reavaliaria a situação em um minu-to, se o cessar-fogo fosse rompido".

Fitzwater, recusando-se até mesmoa fazer especulações sobre essa opção,disse que os Estados Unidos desejamque o processo eleitoral na Nicaráguacontinue "sem nenhuma discussão queo desvie do caminho".

"É importante que o mundo enten-da que estamos dando ênfase aos pro-cessos eleitoral e democrático e quecontinuaremos nesse caminho", afir-mou o porta-voz, acrescentando: "Se osenhor Ortega deseja um conflito mili-ter, se ele deseja reiniciar a guerra, seele deseja recomeçar a matança, issoé problema dele".

O esforço da Casa Branca para des-viar as atenções da ajuda militar aoscontra também reflete uma realidadepolítica. O líder republicano no senado,Robert Dole, declarou a jornalistas que"não há votos" no Congresso para apro-var um eventual pedido de Bush nessesentido.

Colômbia continua asofrer com a violênciaMedellin (UPI) — A onda de

violência continua a varrer aColômbia: ontem foi assassina-do um agente da Polícia Secre-ta e duas pessoas foram feridaspor bomba em Medellin, en-quanto anteontem, na mesmacidade, foram mortas duas mu-lheres e um homem apontadocomo o "chefe militar" a servi-ço de José Rodriguez Gacha —o chefão do Cartel de Medellin— e em Puerto Lopez, perto deBogotá, um candidato a prefei-to e seu cunhado caíram mortospor balas disparadas de umcarro.

Em Bogotá, o presidenteVirgílio Barco voltou a afirmarque não negociará com os car-téis, que, disse, não querem paze sim impunidade para seus cri-mes, e informou-se que o Minis-tério da Justiça pedirá aogoverno dos Estados Unidos in-formações sobre Luís Carvajal,detido sob a acusação de sertraficante de cocaína, e que ou-tro acusado também preso, Ma-nuel Julian Palma, foinotificado de que será extradi-tado para aquele país.

O agente da Polícia Secre-ta, José Galindo Moreno, segun-do a imprensa, foi assassinadoontem pela manhã. A PolíciaSecreta não confirmou nem des-mentiu a notícia.

Os dois feridos foram viti-mas de uma pequena bombaque explodiu também ontem,pela manhã, numa casa decâmbio do povoado de Enviga-do. Desconhecidos jogaram abomba de um carro em mo-vimento.

As duas mulheres foram as-sassinadas em lugares diferen-tes, no momento em que eramsepultadas, outras duas criva-das de balas domingo.

A polícia acredita que am-bos os casos façam parte daguerra entre bandos juvenis, ge-ralmente ligados ao narco-tráfico.

O suposto "chefe militar",Victor Linares Cardenas, foi ba-

leado por pistoleiros suspeitosde pertencerem ao Cartel de Cá-li e que teriam agido motivadospela rivalidade com o Cartel deMedellin.

Em Puerto Lopez, o candi-dato a prefeito, Fábio Roa, doPartido Liberal, e seu cunhadoNorberto Saavedra foram atin-gidos por balas disparadas deum carro em movimento. Nes-te caso, ainda não se sabe se ocrime está ligado ao combate aonarcotráfico.

Centenas de correligioná-rios de Roa encheram as ruaspara protestar contra o crime,forçando o governo a proibir avenda de bebidas alcoólicas eimpor um toque de recolher dedez horas no povoado.

Em Bogotá, informou-seque o estado do jornalista Jor-ge Enrique Pulido, atingido porquatro tiros domingo, se compli-cou ontem, por falhas no únicopulmão que funciona.

Os médicos disseram quefoi necessário ministrar respi-ração artificial a Pulido.

O outro pulmão do jornalis-ta teve de ser extraído.

A polícia acha que Pulido,de 43 anos, foi atacado por pis-toleiros a serviço do narco-tráfico.

Também em Bogotá, a As-sociação dos Servidores da Jus-tiça anunciou, ontem, adeflagração de uma greveanunciada segunda-feira, de-pois de ser encontrado o corpode um segundo funcionário se-qüestrado na semana passada.

O corpo do funcionário, Gui-lhermo Mena, foi encontradoanteontem pela polícia, numazona industrial de Yumbo, pró-ximo de Cáli, com vários feri-mentos bala

Mena foi seqüestrado junta-mente com Guilhermo Quinte-ro, cujo corpo a políciadescobriu domingo numa dasmargens do rio Cauca, em Cáli.

A associação não revelou aduração da greve.

Denúncias de corrupçãoBogotá (AP) — O general

Miguel Gomez Padilha, diretorda Polícia Nacional, denuncioua corrupção nas Forças Arma-das, com o recebimento de di-nheiro e favores donarcotráfico. Autoridades tam-bém descobriram que um terro-rista morto na segunda, emBogotá, era um sub-oficial doExército.

Em carta enviada anteon-tem aos 80 mil homens da poli-cia, Gomez Padilha revelou quemuitos oficiais, sub-oficiais eagentes estão presos na Colôm-bia e no exterior, acusados deatuar a serviço dos cartéis dadroga. O terrorista morto noatentado foi identificado peloMinistério da Defesa como osargento do Exército CésarWinder Collazos. Ele portavadocumentos falsos e estavaacompanhado de outro terroris-ta armado. Um policial tambémmorreu ao participar de suacaptura.

O caso do sargento coincidecom as denúncias do generalGomez Padilha e de outros altosoficiais do Exercito sobre a in-filtração do narcotráfico nas fi-leiras das Forças Armadas e da

Paz no Líbano pode sofrer sabotageanama. Bahrain (UPI) — Trania- nraumriHnn no9i>nrvlnmrr,^t.i,/i;„in __. . - . . ^—'

polícia.Na sexta-feira, uma bomba

explodiu em um quartel da po-lícia no aeroporto de Guayama-ral, a 12 quilômetros de Bogotá.Um policial morreu. Nesse mes-mo dia, homens armados inva-diram, em Medellin, o edifíciomais guardado da cidade. É láque funciona o governo de An-tioquia e a Prefeitura de Medel-lin. O dirigente da oposiçãoesquerdista, Jaime Santama-ria, vice-presidente da assem-bléia de Antióquia, foiassassinado.

A União Patriótica (UP),partido ao qual pertencia Santa-maria, informou que episódioscomo este, atribuídos a terroris-tas a serviço do narcotráfico,evidenciam a cumplicidade demembros das Forças Armadase da segurança do Estado. Du-rante os oito primeiros meses doano foram expulsos da polícia867 oficiais e agentes, sob o ar-gumento de "má conduta". Ou-tros 1.208 pediram baixavoluntariamente. Mas segundoa polícia, muitos estavam sen-do investigados pela má condu-ta e corriam risco de seremexpulsos da corporação.

Manama, Bahrain (UPI) — Irania-nos radicais estão empenhados em sa-botar o acordo de paz do Líbano,patrocinado pela Liga Árabe, mesmoque isso cause ao Irã problemas comsua aliada Síria e isole ainda mais o go-verno de Teerã no cenário internacio-nal, revelaram ontem em Manamafontes iranianas e um representante dogoverno árabe."Os membros de linha-dura da li-derança iraniana" são radicalmentecontrários ao acordo de Taif, disse afonte árabe à United Press Internatio-nal. A fonte não esclareceu, contudo, co-mo os iranianos radicais pretendemsabotar o acordo, que conta com gran-de respaldo internacional. Anteontem,os cinco membros-permanentes doConselho de Segurança das NaçõesUnidas manifestaram apoio à iniciati-va da Liga.

__ A Síria, único país árabe aliado doIrã, concordou com o acordo históricoobtido entre cristãos e muçulmanos li-baneses, após três semanas de difíceisnegociações realizadas no mês passa-do em Taif, na Arábia Saudita.

Mas os muçulmanos xiitas libane-ses aliados do Irã, como o grupo Hez-bollah, os drusos liderados por WalidJumblatt e o comandante miliciano Na-bih Berri já manifestaram sérias res-triçòes com relação ao acordo de Taif,que eles vêem como uma perpetuaçãodos poderes dos cristãos maronitas edos muçulmanos sunites no Líbano."Se o Irã continuar se opondo aoacordo de paz no Líbano, isto poderápôr em risco sua importante aliançacom a Síria", admitiu a fonte árabe.

Um diplomata iraniano disse, porsua vez, que a ação dos radicais contrao acordo não conta, necessariamentecom o apoio do presidente Ali-AkbarHashemi Rafsanjani, considerado um

pragmático. De acordo com esse diplomata, Rafsanjani, não quer tomar qual-quer atitude que possa pôr em risco aaliança com a Síria.

Embora o ministro do Exterior doIra, Ali Akbar Velayati, muito chegadoa Rafsanjani, tenha manifestado suaoposição ao acordo de Taif, ele procu-rou reafirmar, com igual ênfase, aaliança entre o Ira e a Síria, que temgrande influência sobre os xiitas liba-neses. A Síria até agora não se mani-festou sobre a oposição iraniana aoacordo de paz no Líbano.

Perpetuar influênciaAo criticar o acordo, os iranianos

têm concentrado seus ataques na Ará-bia Saudita, a quem acusam de promo-ver uma paz que acabará perpetuando"a influência sionista e norte-americana" no Líbano. A Arábia Sau-dite rompeu relações diplomáticas como Irã em abril do ano passado, dias de-pois dos combates navais travados noGolfo Pérsico entre navios norte-americanos e iranianos.

Diplomatas baseados em Teerã euma importante fonte governamentalda região do Golfo afirmaram ontemque os radicais iranianos estão deter-minados a tornar impraticável umacordo de paz mediado pela ArábiaSaudita nn Líbano, mesmo que a suaatitude possa causar problemas com aSíria, o único aliado do regime funda-menteliste islâmico do Irã no mundoárabe.

A fonte árabe não disse como os ra-dicais iranianos planejam resistir aoacordo, mas acrescentou que gruposextremistas têm apelado para atenta-dos terroristas na tentativa de alcançaros seus objetivos.

A informação foi divulgada en-quanto um diplomata saudita era as-sassinado em Beirute, aparentemente

pela organização xiita pró-iraniana "Ji-had Islâmico", que reivindicou o aten-tado em comunicado acompanhado dafotografia de um refém norte-americano, Terry Anderson.

O apoio ao plano de paz árabe ga-nhou mais força na terça-feira, quan-do os cinco membros permanentes dasNações Unidas declararam que apro-vavam os esforços da Liga Árabe parapôr fim ao conflito libanês.

O próprio governo da Síria apoiouo acordo de reconciliação, que foi assi-nado a 23 de outubro, na cidade saudi-te de Tàif, por 58 dos 63 parlamentareslibaneses que participaram das conver-sações.

Mas os aliados do Irã no Líbano,tais como o movimento "Hezbollah" eo grupo "Amai" (xiitas) e o líder drusoWalid Jumblatt, manifestaram sériasreservas em relação ao plano, temen-do a perpetuação do domínio políticodos cristãos maronitas e dos muçulma-nos sunites no país.Diplomatas baseados em Teerãafirmaram que os radicais iranianostambém temem que o acordo de Tàifpossa diluir o poder do Hezbollah, apósa implantação de um forte governo cen-trai em Beirute.

RiscoO general cristão Michel Aoun, che-

fe do gabinete militar interino, dissol-verá o parlamento para impedir aeleição de um novo presidente e puni-rá os parlamentares que aprovaramum plano de paz na Arábia Saudita, se-gundo versões de imprensa.

Numa entrevite publicada ontempelo jornal conservador Addiyar, Aoundisse que os deputados exorbitaram desuas faculdades constitucionais quan-do aprovaram um acordo proposto pe-Ia Liga Árabe, no mês passado, numasessão extraordinária realizada na ci-

dade de Taif, Arábia Saudita.Os deputados "violaram a Consti-

tuição em Taif ao aprovar o acordo",afirmou o general, segundo o jornal."Porém em tenho uma arma mais for-te: dissolver o parlamento", acres-centou.

Aoun tem rechaçado o plano depaz, que foi recebido com beneplácitopela maioria dos grupos cristãos, por-que não incluiu um prazo específico pa-ra a retirada de 40.000 soldados síriosestacionados no Líbano desde 1976, sobo mandato da Liga Árabe. Propôs, emtroca, submeter o plano de paz a umplebiscito e disse que estava disposto arenunciar a sua autoridade se o povonão respaldar sua posição.Entretanto, o general não especifi-cou como poderia ser realizada a con-suite popular. Não há eleições no

Líbano desde 1972, devido à guerracivil.

As declarações de Aoun foram pu-blicadas seis dias antes do prazo espe-cifiçado por uma comissão mediadorada Liga Árabe para a eleição de um no-vo presidente libanês e a retificação dereformas políticas que atribuam maiornúmero de cadeiras no parlamento ecargos políticos aos muçulmanos.

O Líbano ficou sem chefe de Esta-do no dia 22 de setembro de 1988, quan-do o então presidente, Amin Gemayel,chegou ao final de seu mandato semque o parlamento conseguisse elegerseu sucessor. Gemayel nomeou o gene-ral Aoun como chefe de um gabinetemilitar interino que, desde então, vemdisputando o poder com um gabinetesemelhante muçulmano apoiado pelos

Muçulmano assassinadoBeirute (AP) — Três pistoleirosassassinaram ontem um funciona-

rio da Arábia Saudita no setor oci-dentei muçulmano deste capitei e ogrupo pró-iraniano "Islamic Jihad"(guerra santa islâmica), que man-tém cativos dois reféns norte-americanos pelo menos, assumiu aresponsabilidade pelo crime.

Em declaração, o grupo afir-mou que havia executado Moham-med Ali Marzoqui, de 42 anos,funcionário encarregado do pessoalda missão saudita em Damasco, Si-ria, para vingar a recente condena-ção à morte de 16 muçulmanosxiitas acusados de terrorismo.

A declaração em árabe escritaà máquina chegou acompanhadapor uma fotografia do refém norte-americano Terry Anderson para de-monstrar sua autenticidade. O ma-

terial foi entregue no escritório deuma agência ocidental de notíciasno setor ocidental muçulmano deBeirute.

A declaração diz: "Há algumassemanas os governantes da ArábiaSaudita, servidores do diabo, come;teram uma matança contra 16 pere-grinos muçulmanos.

Marzouki, acrescenta a declara-ção, era "um dos funcionários sau-ditas de segurança de mais altahierarquia no Líbano. Suas ativida-des não estavam ocultes aos olhosdos muiahedeen", palavra esta queem árabe significa "guerreiros sa-grados". O documento adverte que"outros estão no mesmo caminhonegro".

Os 16 terroristas condenados fo-ram decapitados no dia 24 de setem-bro passado.

V

18 INTERNACIONAL O LIBERAL Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989

Derrubar muro de Berlim é "ilusão >*

Moscou (UPI) — O dirigente ale-nião oriental Egon Krenz afirmou on-tem que o muro de Berlim não seráderrubado e ironizou os defensores daunificação da Alemanha, dizendo quevivem num "mundo de ilusões".

Declarou também que em primei-ro lugar é comunista e em segundoalemão.

Louvou Mikhail Gorbachev por"tornar o socialismo mais atraente" erevelou que os dois "conseguiram che-gar a total acordo" em um encontro detrês horas — apesar de seus anteceden-tes de linha-dura e da posição do lídersoviético como o reformista número umdo bloco oriental.

Durante movimentada entrevistacoletiva de hora e meia, Krenz alternouafirmações belicosas com hábeis atitu-des conciliatórias em relação ás rápi-das mudanças que ocorrem no mundocomunista.'lbmando emprestada uma posiçãode Gorbachev sobre política externa,expôs uma opinião benigna sobre a rá-pida mudança na Hungria e na Polôniae disse que "cada Estado (do Pacto deVarsóvia) tem o direito soberano de to-mar suas próprias decisões", mas de-fendeu a invasão da Thecoslováquia em1968, sob a liderança soviética, com estasimples explicação: "Não tenho de co-mentar nada pois estamos em 1989, nãoehi 1968". "

Antes de viajar para a União Sovié-tica, Krenz apontou como um "sinalmuito bom" as manifestações de deze-nas de milhares de alemães orientaisnó mês passado e afirmou que "eles es-táo nas ruas para mostrarem queapoiam a renovação do socialismo".

Krenz encontrou-se com Gorba-chev no que chamou de "uma atmosfe-ra que só pode existir entre doisamigos", em sua primeira viagem aoexterior desde que substituiu Erich Ho-necker há duas semanas. M; is, ao con-trário de Gorbachev, que disse aosalemães orientais em junho que o mu-ro de Berlim "poderá desaparecer se ascondições que requereram sua existên-cia forem eliminadas", Krenz acentuouque o muro simboliza as diferenças en-tre o capitalismo inferior e o socialis-mo superior.

r "E mais do que uma fronteira en-tre dois países", frisou. "Na verdade, éuma fronteira entre dois sistemas so-

ciais — entre dois blocos militares"."Devemos ter um ponto de vista realis-ta", observou. "Não devemos viver nummundo de ilusões". Em outro ponto daentrevista, declarou: "Estou profunda-mente convencido de que o socialismoé uma idéia melhor".

Perguntado por um repórter como,sendo alemão, podia opor-se ao objeti-vo da reunificação da Alemanha, res-pondeu: "Asseguro-lhe que esta questãonão faz parte da nossa agenda. Não po-demos fazer a reunificação agora por-que o socialismo e o capitalismo nuncacoexistiram no solo alemão". Krenz,que chegou a Moscou no fim da noitede terça-feira, disse que ele e Gorba-chev concordaram "que devemos acei-tar o fato de existirem dois Estadosalemães diferentes"."Ele prometeu "criar oportunida-des para que cada cidadão da Alemã-nha Oriental obtenha visto e passaportepara ir para qualquer país do mundo".A renúncia de Honecker em 18 de ou-tubro seguiu um êxodo de cinco sema-nas de alemães orientais para oOcidente. Krenz, de 52 anos, seis anosmais novo do que Gorbachev, projetoua nova imagem de um líder comunista

vigoroso quando acentuou repetida-mente suas afirmações golpeando o arcom os dedos ou socando-os com ospunhos.

Negou as notícias generalizadas deque Gorbachev desempenhou algumpapel na persuasão para que Honeckerrenunciasse, dizendo: "Quero rejeitaresta ligação. Mikhail Gorbachev nun-ca agiria desta maneira". Também des-cartou sua caracterização pelaimprensa como um linha-dura."Acho que vocês não têm o direitode me chamar de linha-dura", disse aum jornalista, a voz quase se elevandoao tom de grito. "Sou comunista. Sem-pre acreditei que sou um membro demeu partido para quem o ideal mais no-bre é trabalhar pela melhoria dos po-vos do mundo".

Informado por um repórter de que"soa como Gorbachev" em algumas desuas afirmações mais recentes, repli-cou: "Obrigado pelo elogio"."O destino da Perestroika na UniãoSoviética determinará o destino do so-cialismo no mundo", observou. "Hoje,desejei a Mikhail Gorbachev apenasêxito e não expressei qualquer preo-

Embaixada da RFA em Praga é"meca" de alemães orientais 3

cupaçao .

Contradição na AlemanhaBerlim (AP) — Johanes Chem-

nitzer, máxima autoridade comunis-ta da cidade de Neubrandenburg,deu indicações, hoje, pela primeiravez em público sobre a possibilida-de de o governo suavizar seu crité-rio a respeito da necessidade demanter o muro de Berlim.

Entretanto, quase à mesma ho-ra em que Chemnitzer formulavatais declarações na Alemanha Oci-dental, o chefe do partido comunis-ta, Egon Krenz, dizia em Moscouque o muro permaneceria em pé, aomenos por enquanto.

Construído em 1961, o muro deBerlim se converteu num dos indi-cios visíveis da divisão entre leste eoeste. Os funcionários da AlemanhaOcidental têm exortado reiterada-mente os alemães-orientais a derru-bar a barreira que divide em duasa cidade de Berlim.

Chemnitzer disse que a abertu-ra das fronteiras em outros paísesdo bloco soviético está convertendo

o significado do muro de Berlim emalgo "limitado e ilusório".

Em resposta a uma perguntasobre se isso implicava que o futu-ro do muro de Berlim estava abertoà discussão agora, afirmou: "cer-tamente".

De sua parte, Egon Krenz for-mulou um ponto de vista diferentesobre o muro de Berlim duranteuma entrevista à imprensa emMoscou.

"No que se refere ao muro, o au-tor da pergunta (um jornalista daAlemanha Ociental) sabe tambémcertamente os motivos pelos quaisesta fronteira é assim", disse o che-fe do partido comunista da Alemã-nha Oriental.

"Ambas as partes devem renun-ciar às suas demandas não realis-tas", disse Krenz, que falou aosjornalistas depois de uma prolonga-da reunião com o presidente sovié-tico Mikhail S. Gorbachev.

Berlim Ocidental (UPI) — O gover-no da Alemanha Oriental restaurou on-tem as viagens sem visto para a Ibhe-coslováquia, e centenas de alemães-orientais acudiram à embaixada daAlemanha Ocidental em Praga, no rasjtro de cerca de 67 mil refugiados queemigraram para o ocidente desde o fi-nal de agosto passado.

Testemunhas informaram à agên-cia de notícias alemã-ocidental DPAque cerca de 600 alemães-orientais en-traram na embaixada, até o final datarde.

Esse número deve aumentar, jáque a agência alemã-oriental ADN afir-mou à noite que cerca de oito mil turis-tas atravessaram a fronteira e entra-ram na Tchecoslováquia desde a noitede terça-feira. Horas antes, o governodo líder Egon Krenz suspendeu a proi-bicão de viagens que havia sido decre-tada a 3 de outubro com o objetivo deacabar com a fuga em massa para o

ocidente.Segundo a ADN, o tráfego ferrovia-

rio entre a cidade de Dresden e a Tfche-coslováquia foi restaurado e cerca detrês mil carros devem atravessar afronteira, com turistas, até o final dasemana.

O novo fluxo de refugiados estáocorrendo apesar da renúncia do líderErich Honecker, de linha-dura, e dasconcessões feitas por Krenz como for-ma de mostrar a disposição de seu no-vo governo de realizar reformas nopaís.

A polícia de fronteiras da Alemã-nha Ocidental informou que 312 ale-mães-orientais chegaram ontem aopaís, procedentes da Hungria. Cerca de1 mil refugiados se encontram em Var-sóvia, a capital da Polônia, à espera detransporte para continuar a sua viagemrumo ao ocidente.

Autoridades de Bonn informaramque, sob os termos de um acordo alcan-

çado no mês passado, o governo da Ale-.-manha Oriental permitirá a emigração; ^dos refugiados de Varsóvia bem como-';dos novos que estão indo para Praga./;

Um primeiro grupo de refugiados,seguiu de Praga para a Alemanha Oci-"dental, de ônibus, à tarde. A televisãoalemã-ociental apresentou imagens dePraga, mostrando os refugiados, em,'sua maioria jovens, com novos passa':

'•

portes da Alemanha Ocidental na mâaAlguns dos alemães-orientais qüe;

entraram na embaixada da Alemanha -Ocidental em Praga afirmarma quenão acreditam que a nova liderança déseu país introduzirá reformas realmen-te democráticas.

A Tchecoslováquia é o único país do,rbloco ocidental que os alemães-orientais podem visitar sem visto. O goj:verno de Krenz anunciou na sexta-feira¦¦que restauraria as viagens livres de vis-'to como uma medida de reforma.

Vasos de guerra vão sediarcúpula entre Bush e Gorbachev

Washington (UPI) — A cúpula doinicio do próximo mês entre os presi-dentes George Bush e Mikhail Gorba-chev será realizada a bordo de vasos deguerra dos Estados Unidos e da UniãoSoviética diante da ilha de Malta, anun-ciaram ontem a Casa Branca e oKremlin.

Baseando-se em critérios de neu-tralidade política, os dois lados disse-ram, em notas quase idênticas de umparágrafo, que a escolha se deu de co-mum acordo com as autoridadesmal tesas.

A versão divulgada em Moscou pe-Ia agência Tass salientou, a exemplo danota da Casa Branca, a natureza "in-formal" das conversações a serem tra-vadas pelos dois chefes de governo.

O anúncio foi feito ao mesmo tem-po em que funcionários da Casa Bran-ca começavam a delinear os planospara organizar a cúpula dos dias 2 e 3de dezembro, incluindo pelo menosuma agenda "informal" sobre as dis-cussões.

O porta-voz da chancelaria sovié-tica, Gennady Gerasimov, disse a jor-nalistas que o mais importante diantede Bush e Gorbachey será "jogar aguerra fria nas águas do Mediterrâneopara transformá-la num diálogo cons-trutivo".

Malta, um grupo de três ilhas, fica93 km ao sul da Sicília e 293 ao norteda Líbia. A ilha de Malta tem 316 kmquadrados. A ilha de Gozo, 68 km e a pe-

quena ilha de Comino 2 km quadrados.Hoje parte para a Europa uma ¦

equipe avançada de funcionários de-Washington para inspecionar a regiãoe os locais de acomodação do presiden-te Bush e de jornalistas de diversas par-

'tes do mundo. Estes provavelmenteficarão em terra.

Anunciada praticamente com oprazo de um mês, a surpreendente cú-pula de Malta será um teste para SigRogich, um publicitário de Nevada que .Bush contratou recentemente para cui-',1dar de sua imagem. Rogich terá muito,pouco tempo para resolver questões lo- -gísticas pra muita gente. Ele tambémcuidou da imagem de Bush e Ronald.!Reagan na campanha de 1984, de Bush .e seu vice Dan Quayle no ano passado. -

;'»pp*:jn..niinr<v » »2 queem vidae enamou.

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Há muitos anos, umescrevinhador perpetrouesta bobagem ao anunciaro falecimento de algumcidadão ilustre: "aquele

que em vida se chamouFulano de tal".

Como se, após a morte,Fulano perdesse o direitode se chamar Fulano.

Desgraçadamente, essafórmula pegou,como pegam certas ervasdaninhas nos cemitériossujos e abandonados.

Então, meu caro Sr.Que-em-Vida-se-Chamoue minha cara Sra. Queem-Vida-se-Chamou, láonde vocês estão, se aindativerem paciênciapara aturar essas coisinhasterrenas, leiam esta notade solidariedade.

Vocês não se chamaram.Vocês se chamam.

Chamam-se José, Joanaou Alcebíades. Monteiro,Abdalla ou Amorim.Romeu e Julieta. Abelardo

e Heloísa. Bentinhoe Capitu.

E sua memória merecemais do que um lugar-comum e uma sepulturasem a menor dignidade,amontoada com outrasnum cemitério superlotado.

De apertura, sujeira eabandono, já chega o quea gente passa na vida.

Aqueles-que-em-vida-ainda-se-chamam deviampensar naqueles que amame que um dia vão querer

continuar se chamando.Que tal reservar para

eles um recanto digno noRecanto da Saudade?

E quando um dia eles seforem (que isso seja daqui a100 anos!), não consintamque ninguém os chamede... aqueles que em vidase chamaram.

r^QJT^p)Funerária e cetnitério-parque

Tel.: 224-6100

Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989 O LIBERAL POLICIA in

Reconheceu0 Comerciante e lavrador presos_ assaltante

Em contato telefônicocom 0 LIBERAL, ontem, ànoite, Mauro Kleber, noivo dabancária Luizete Freitas, fun-cionária do Banco Econômico,negou que ela tivesse reconhe-cidò o assaltante "Ceará" co-mòsendo um dos homens queinvadiram a agência da ave-nidq Senador Lemos, an-tepntem.

';,-"Segundo Mauro Kleber,

Luizete Freitas esteve naDVG, no dia do assalto, chegoua olhar o álbum dos assaltan-tesjTnas não reconheceu nin-guém. A informação de queLijizete havia identificado"Ceará" foi transmitida peloinvestigador Benício, da DVG,que! disse ter ouvido a banca-riaéth depoimento logo apóso assalto ao Econômico da Se-nador Lemos. Duranie o assai-to,-cinco homens fortementearmados roubaram NCz$ 52mil. do Econômico. Eles con-tinuam foragidos.

Cheque

O corretor Augusto CésarBahia da Silva esteve ontem,em O LIBERAL, para contarsua versão sobre a notícia en-volvendo seu nome, publicadana edição de 31-10.

Disse Augusto que no dia27 de outubro vendeu para afirma L. A de Souza Limauma certa mercadoria, que foipaga com cheque do BancoReal no valor de NCz$ 4.330cruzados novos. Esse chequefoi entregue para a firma Dis-tribuidora de Caramelos, do-na da mercadoria. Disse ocorretor que no dia 30, quan-do foi buscar sua comissão,soube que o cheque era rouba-do. Através de diligências, dis-se ele que a pessoa queapanhou a mercadoria foi pre-sa, e que o caso foi encami-nhado à DVG. Augustoterminou declarando que na-da teve a ver com o chequeroubado.

por crimes de tortura e mortePorto Alegre (AJB) — O delegado

Almino Hepp, da 1? Delegacia de Poli-cia de Pelotas, encaminhou, ontem, pe-dido de prisão preventiva contra ocomerciante Sérgio Luiz Johansen e oagricultor José Carlos Vieira Nunes,autores de seqüestro e tortura seguidade homicídio por afogamento do mecâ-nico Ubirajara Rodrigues Coutinho e opescador Paulo de Paula da Cunha.Eles haviam roubado dois cavalos per-tencentes aos outros dois para vende-los e ganhar um dinheiro extra.

"Foi um crime bárbaro, que não sejustifica pois se tratava de um simplesroubo, e as pessoas envolvidas não rea-giram, nem esboçaram qualquer atitu-de violenta que justificasse o queaconteceu", disse o delegado. Ambos fo-ram surpreendidos pelos proprietáriosdos animais, quando tentavam venderos cavalos no bairro Fragata, emPelotas.

Sérgio Luiz Johansen, dono de umaloja de material de construção e insta-

lações sanitárias, acompanhado de Jo-sé Carlos Vieira Nunes e ainda NoedyBarros deteve os dois ladrões,obrigando-os a entrarem no porta-malas de seu Voyage. Aos curiosos quese acercaram atraídos pela confusãoidentificou-se como policial e disse queos levaria de volta a Rio Grande, onderesidiam.

Com várias fraturas, amordaçadose com pés e mãos amarradas com ara-me, os corpos de Paulo de Paula Cunha,27 anos, casado e de Ubirajara Couti-nho, 30 anos, também casado, 1 filho, fo-ram encontrados no fim de semana pormoradores das margens do rio SãoGonçalo, na periferia de Pelotas (255kms da capital). Na investigação, a po-lícia chegou a Noedy, que não demorouem relatar o homicídio.

Segundo ele, Sérgio Luiz e JoséCarlos levaram os dois ladrões para unscampos isolados, passando a agredi-losa pontapés e pauladas. Exaustos, vol-

taram a colocá-los no porta-malas docarro, circulando por Pelotas. Por vol-ta de 22h, sexta-feira passada,dirigiram-se para a ponte que através-sa o rio São Gonçalo unindo Pelotas àvizinha Rio Grande. Ao invés de faze-rem a travessia, pegaram uma via la-teral de acesso à ponte velha e, sobreela, voltaram a espancar Ubirajara ePaulo, já bastante debilitados.

Depois da nova sessão de tortura,os jogaram do alto da ponte. O primei-ro corpo foi encontrado sábado e o se-gundo na manhã de domingo. Ocomerciante Sérgio Luiz Johansen ne-ga sua participação no crime, acusan-do os outros dois parceiros, que, por suavez, dizem que ele foi o mentor de tu-do. O delegado define o crime como "sá-dico e brutal" e os dois indiciados játinham antecedentes por lesões corpo-rais. Todos moravam na praia do Cas-sino, a mais freqüentada da costa Sul,no município de Rio Grande, e eram vi-zinhos.

Missionário seqüestrado e baleadoSalvador (AJB) — Doze horas após

ter sido seqüestrado pelo fazendeiro Ar-lindo Rodrigues dos Santos, conhecidocomo "Arlindo Caica", o missionário lei-go da paróquia de Jacobina, JuvêncioAlves de Souza, 40 anos, foi encontra-do desacordado com quatro ferimentosa bala, num matagal próximo à cida-de de Mirangaba, a cerca de 20 quilo-metros do local onde ocorreu oseqüestro. Ele está internado no hospi-tal Antônio Teixeira Sobrinho, em Ja-cobina, e, segundo os médicos, seuestado é grave.

Juvêncio, juntamente com outromissionário leigo da paróquia, General-do Bomfim de Oliveira, foi emboscadopor um grupo de jagunços, lideradospor Arlindo Caica, na estrada que ligaJacobina a Várzea Nova. A Brasília depropriedade da igreja, em que viaja-vam, foi interceptada por uma camio-

nete Chevrolet D-20 dirigida pelofazendeiro, que desceu do carro atiran-do. Juvêncio, ferido na barriga., aindaconseguiu chegar a uma casa próxima,mas Caica arrombou a porta e arras-tou o missionário, jogando-o na carro-ceria da camionete, arrancando emseguida. O outro missionário, tambémferido a bala, conseguiu fugir, enquan-to o carro da paróquia era incendiado.

O pároco de Jacobina, José Hehen-berg, aponta como motivo para o aten-tado um antigo litígio com relação àfazenda Piedade, no distrito de Lagesdo Batata (a 360 quilômetros de Salva-dor). Caica não admite que os trabalha-dores ocupem uma parte dapropriedade, doada pelo seu letítimodono, Liberato Joaquim Alves. Os mis-sionários têm apoiado os posseiros, pas-sando, por isso, a ser ameaçados porCaica.

Uma comissão de 100 agricultorestentou um encontro com o governadorNilo Coelho e o secretário de Seguran-ça Pública Fernando Daltro, que ontemvisitaram Jacobina, para entregar umdocumento exigindo providências emrelação ao caso, mas não conseguiramsequer serem recebidos.

Antes de viajar, o secretário de Se-gurança Pública, designou o delegadoAltamirando Alves Rodrigues, paraconduzir as investigações. O padre He-henberg denunciou que Arlindo Caicafoi visto andando tranqüilamente pelasruas da cidade, inclusive na área pró-xima ao hospital onde Generaldo Bon-fim está internado. Ele teme que ofazendeiro pratique um novo atentadocontra a vida do missionário, que foisubmetido a uma cirugia para extrairduas balas do tórax, uma no braço es-querdo e outra na perna direita.

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Célia C-impos Cmtnioso LEILÃO PETROBRASDIA: 04/11/89

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l^82™ M-ôr YAMAR BP-38519-36434 - Carroceria de ferro p/caminhões SCANIA VABIS - Máquina desolda BP-45052 - Caixa c/materiais p/motores CATERPILLAR e MERCEDES BENZ - Motores elétri-cos - Caixa c/materiais MERCEDES BENZ e SCANIA - Radiadores diversos GM 6V / KOMATSU, CATERPILLARD6 e D6C, MERCEDES BENZ — Sapata esteira p/guindaste AMERICAN — Lonas de freio — Máquinas de soldaelétrica — Eixo caixa de marcha SCANIA — Eixo bomba d'água — Catracas SCANIA - Base de filtro combustí-vel completo — Cabo de freio de mão SCANIA — Conjunto moto-bomba MONTEGOMERY — Bombas injetorasBOSCH p/ caminhão MERCEDEZ BENZ e p/motor SCANIA - Moto-bomba TIETÊ - Eixo traseiro motor SCANIA

Bombas hidráulicas de transmissão — Injetores HV6, H-70, H-60, H-55, H-50 p/motores GM DETROIT — Retífi-ca sede de válvula — Distribuidor de 6 cilindros — Garfo p/embreagem SCANIA — Bomba de direção MERCÊ-DES BENZ — Compressores motor 8V e 6V - Roda do diferencial MERCEDES BENZ — Motor partida pneumáticoCarcaças p/bomba injetora p/caminhão MERCEDES BENZ — Baterias (no estado) — Motor GM 6V BUFALO(no estado) — Paletes — Vulcanizador — Pneus — Câmara de ar — Mangueiras c/dimensões diversas — Protetorde borracha — Caixa de ferramentas — Tanque cilíndrico e retangular para óleo — Aparelhos de ar condicionado

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Extintores C02 — Extintores espuma — Botijões de gás p/45 Kg. e outros efeitos presentes ao Leilão.AVISO: Solicitamos aos nossos clientes que se façam presentes ao Leilão c/01 hora de antecedência para ca-

dastramento, pois este será o Primeiro Leilão Informatizado no Estado do Pará.OB_.: . isifas no locai a partir do dia 30/10/89. Maiores informações no escritório da Leiioeira à Av. Assis

de Vasconcelos, 601 ou pelos telefones (091) 225-4968 e 223-1557.Portaria n° 111/89 — JUCEPA.

DIA 8 DE NOVEMBRO DE 1989ÁS 10 HORAS

LEILÃONO

ATRIO DA JUSTIÇA FEDERAIGonoralísslmo Deodoro • 697

deUM DISTURI ELÉTRICO AL-

TA CIRURGIA, MARCA SIE-MENS DO BRASIL, 110V.avaliado em 14Í9J88, emNCz$ 2.000,00 — Bem esteobjeto de penhora na açãoflical contra HOSPITAL S. JO-SE DE QUELUZ ajudado na 4°Vara do Juízo Federal.

Leiloeiro JOEL NEVESAlonção se referido bom não ai-

cançar o valor do avaliação, desdejá fica marcado o 2? leilão p/o dia22/11/89 no mesmo local e hora on-do será vendido pela maior oferta ai-cançada.

Grupo de extermínioexecuta mais cinco

rapazes no RioRio (AG) — Depois de amarrados e amordaçados, cin-

co rapazes foram executados a tiros na cabeça, com armasde grosso calibre, ontem de madrugada, na rua Imperatriz69, em Realengo. Os corpos estavam espalhados pela cozi-nha, sala e quarto, sendo que a casa fora revirada, indíciode que os criminosos procuravam alguma coisa. Os mor-tos são: Tavares da Costa, estudante, de 19 anos, Dielsonde Matos Maciel, corretor de imóveis, 19 anos, Mário Alvesdos Santos, recepcionista de uma rede de lanchonetes, 22anos, Fernando Jorge Nacul Menezes, 25 anos, e o auxiliarde produção Luiz Carlos Amorim Severo, 26 anos.

Familiares das vitimas disseram aos policiais da 33?DP (Realengo), que não sabem a que atribuir a execuçãodos rapazes, que eram trabalhadores. Para a polícia, a cha-cina teria sido praticada por algum grupo de extermínioda área, mas é estranho que as vítimas são trabalhadoressem antecedentes criminais.

Os criminosos roubaram um TV a cores, um aparelhode som e outros objetos da casa. Vizinhos confirmaram queouviram os estampidos dos disparos de armas, mas em ne-nhum momento ouviu-se barulho de motor de carros dei-xando o local do acidente. Os policiais acreditam que osassassinos fugiram por uma passarela da via férrea, pró-xima ao local.

CFM absolve médicosgaúchos da pena de

censura públicaPorto Alegre (AJB) — Numa reviravolta do caso, a 1?

Câmara do Tribunal Superior de Ética Médica do Conse-lho Federal de Medicina absolveu dois médicos gaúchos dapunição de censura pública, que havia sido imposta peloConselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul. Am-bos haviam denunciado a participação de um terceiro mé-dico, Lahore Rodrigues, "cooptando na tortura a presospolíticos durante o regime militar de 64", por saber de suaexistência e não denunciá-las, prestando até assistência mé-dica a presos políticos no intervalo de torturas.

A absolvição, concedida por unanimidade, por 10 votosa zero obrigará o Conselho Regional de Medicina a voltaratrás de uma punição como, provavelmente, republicandouma nota no jornal do Conselho, absolvendo-os. Além dis-so, o próprio conselho gaúcho foi censurado pela 1? Cama-ra por sua posição "imprudente e imprópria", já que oConselho não se considerou suspeito para julgar, apesar depossuir o mesmo Lahore como o seu 1? vice-presidente. OTribunal reclamou, também, contra o Conselho Regionalde Medicina por não ter apurado as acusações feitas pelosmédicos Bruno Costa e Franklin Cunha contra Lahore.

0 caso começou há três anos, quando duas chapas dis-putavam a presidência da Associação Médica do Rio Gran-de do Sul. Na ocasião, Franklin Cunha, da chapa da situação,alertado por Bruno Costa, denunciou que na chapa da si-tuação, liderada por Gerda Caleffi (atual presidente da as-sociação) havia um integrante que tinha participado darepressão política. O médico Bruno Costa confirmou, pu-blicamente a d.çíiúncia, revelando que na década de 70 foipreso político, ê que após 63 dias incomunicável, entre aOBAN em São Paulo e o DOPS da Polícia Civil gaúcha, foiatendido em Porto Alegre, num dos intervalos da torturano DOPS, por um colega médico (Lahore Rodrigues).

Mas como Lahore havia sido chamado pela própria po-lícia, Bruno recusou o atendimento, preferindo escolher ummédico particular. Há três anos, após a denúncia dos doismédicos, Lahore negou participação em qualquer tortura.Contou que, na época, era funcionário da União Gaúcha dePoliciais Civis (Ugapoci) — e funcionário de carreira naPolícia Civil até hoje. Disse que num dos seus plantões mé-dicos, num fim de semana, foi convocado a atender uiriàpessoa em dependência do DOPS. Ele sempre negou ter co-nhecimento de torturas que estavam sendo praticadas con-tra presos políticos.

Apesar da denúncia, a chapa da situação da Amrigsvenceu a eleição e Lahore Rodrigues ingressou com proces-so, por infringência da ética, contra seus dois colegas de-nunciantes. Paralelamente, impetrou ação por calúniacontra Bruno Costa na Justiça Comum. A ação penal ter-minou com a absolvição definitiva de Bruno, por 13 votoscontra um, pela Câmaras Criminais reunidas, diante da sé-rie de depoimentos de outros ex-presos políticos, que con-firmaramterem sido atendidos por Lahore Rodrigues.

Já no processo contra a Ética, Bruno e Franklin levan-taram a suspeição do Conselho Regional de Medicina, porser a maioria dos seus integrantes simpatizantes da situa-ção da Amrigs e por ser Lahore um dos seus vice-presidentes. Mas o Conselho rejeitou a alegação, e os con-denou à pena de censura pública (publicação de uma cen-sura em jornais do Conselho), agora anulada por decisãodo Conselho Federal de Medicina.

tvSml^wmrmvTELEPARÁ

»

—_ CGC 04S1_.11

98 SISTEMA TELEBRÁSMINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES

AVISOA TELEPARÁ leva ao conhecimento de seusassinantes que, em virtude de troca de doiscabos subterrâneos na Estação de Ananindeua,haverá paralisação, no periodo de 02 a

__ 07.11.89, dos telefones localizados na área daA Rodovia do Coqueiro, da entrada da Cidade

Nova até a Rodovia Augusto Montenegro,incluindo a Estrada do 40 horas; e na RodoviaAugusto Montenegro, da Passagem Custódiode Almeida alé a FBESP. Essa paralisaçãoatingirá nossos clientes especiais COCA-COLAECCIR, FBESP, IBIFAM, TREVO, TRACON,TELECLUBE e COPEM, e os conjuntos residenciaisVALPARAISO, PEDRO TEIXEIRA, JARDIMAMÉRICA e SATÉLITE.

A DIRETORIA

GOVERNO HEPCR ALTUDO PELO SOO Al

® Sali oooi-96 Z?m

C6

Dia de quem?!José de Paiva Netto

Dois de novembro é o Diados Mortos. Mas que 6 ser mor--'to ou vivo?

Muito mais falecido 6 aque--'le que passa indiferente ao sofri-'1mento alheio, esquecido de que'-o amanhã pode trazer-Ihe gran-de surpresa. Há muitas curvai»:na estrada... 'r,

Não estender auxílio a'criança desamparada, ao an«,cião com frio, não matar a fomçr,do faminto, não medicar o enfer,' jmo, não vestir os nus, não socor.-s_rer a viúva e o órfão, nãq-,alimentar, instruir e educar g£povo, mantendo-o na ignorânciacompleta, que é senão esUtr,vmorto em vida'.'... 'fbdos os que ;agem dessa maneira, que mai^se tornam além de cadáveres]!ambulantes, necessitados de~.libertar-se da morte moral an-1'tes que lhes seja tarde'.'

Bem a propósito estas pala--vras de Emmanuel: -'i"Choras por aqueles que te-antecederam na viagem do tCr-V:mulo. Refletes na morte cornaise teus passos não lhe demaiWidassem igualmente os portais;',de cinza. E misturas rogativa.;.e lágrimas, ignorando que a se_,pultura é a câmara renovadora-,em que todos nós retornamospara a eternidade da vida.,,;Sim, não te esqueças das almasqueridas que te precederam na-grande marcha. Endereça-lhes'teus pensamentos de esperançae carinho, que a mensagem doâmor é sempre facho de luz. Eií "tretanto, ora também pelos queestão mortos na estrada huma^-na...

Sepultados no Crime.../Ca-'daverizados na usura.../ Caídoí_'na ilusão.../ Anulados na pregui';ça.../ Acomodados no preconce;-to.../ Petrificados na indifif'rença.../ Cristalizados no desã;''nimo.../ Imobilizados no fanatisVmo.../ Tombados no desespe-ro.../ Segregados na violência..',' •

Ei-los que te defrontam pdi* •toda parte... Aqui repousam erfí'sarcófagos dourados, mostram-se adiante em ajardinados jazi!'gos... Acolá descansam narcotfzados em sepulcros de sombra,mais além dormem no visco dainércia... Ajuda-os e segue áfrente, ofertando-lhes o consolode tua prece, porque um dia,quando o sol da verdade rea-quecer-lhes o coraçã.o entorpeci-do nas trevas, lhes será doloro-so no mundo o estranho desper- itar". j

O grande equivoco da Hu- ¦manidade tem sido viver comose após a morte nada houvesseManter sob o véu do mistério oconhecimento maior do únicofato inarredável na existênciado Homem é uma terrível falha |das religiões na atualidade ma-terializante. E ninguém venha, ipor favor, apressadamente dizer |que estamos com a cabeça nasnuvens, como se desprezasse-mos o cotidiano da vida numa-na. Nada disso!

Como escrevemos nas Dire-trizes Espiritualistas da l.BVMundial, "temos plena cons-ciência de que o grande segre- ;do da vida é, amando a vida, jsaber preparar-se para a mor-1te, ou vida eterna. Por isso. com 'insistência, Zarur alertava que"o suicídio não resolve as angus-tias de ninguém". Quem se ma-ta terá que sofrer todas asconseqüências do seu ato im-pensado".

Tenho amigos ateus que nãocrêem na Eternidade. E nem!por isso deixaremos de ser ami-'gos. A todos eles a minha sauda-ição fraterna. Contudo, nadacusta pensar, um pouco que se-,ja, na possibilidade de a vida;prosseguir além do túmulo...porque a ocorrência da morte do'corpo é fato consumado. Todos;cruzaremos com ela. Ê de bomjsenso pois meditar no assunto,!que abre caminhos novos às ai-mas amantes do progresso em-todos os setores da existência]humana.

Isto é sinal de inteligência eide se possuir a mente livre dealgemas. Muita vez, a grandedescoberta tem como primeiro!passo a negação..

Antes de terminar, estasilustrativas duas últimas quajdrinhas do Poema do Imortalisjta, de Alziro Zarur:

Amigos, por favor, não supo?nhais / Que a morte seja o fimde nossa vida; / A vida conti,-nua, não jungida / Aos círculosdas rotas celestiais, — Os moç-tos não estão aí, cativos / Nos tt.mulos que tendes ante vós: Osfinados, agora são os vivos; / Fiínados, mais ou menos, somo?nós.

A Verdade é que, um dia;em variadas condições, uns beme outros nem tanto, todos nós',crentes ou incrédulos, nos en-contraremos lá na Pátria Espi-ritual a fim de prestarmojicontas do que fizemos na Terra.Então, ninguém poderá chegarjunto a mim para reclamar: —"Põ Paiva! Sabias das coisas efieastes calado!" Pois, estandoaqui, por amizade a todos, agra!-dando a uns, desagradando a ou-tros, botei a boca no mundo paraalertar, confortando: — Ei, ra-paziada, a morte nâo existe, elanâo acaba com nada!

Aquele abraço!

ppjÃNiy

COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ

TOMADA DE PREÇOS N.° 20/89- COSANPA

COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARÁ - COSANPA,?visa quo (ara realizar às 09:00 horas do dia 17.11.89 em sua se-de à avenida Magalhães Barala, 1.201 a TOMADA DE PREÇOSN? 20/89 — COSANPA, para fornecimento de formulários conti-nuos destinados ao CPD da Empresa de Belém — Pará.

B*»lén\ i ° ;je novembro do 1989A COMISSÃO DE LICITAÇÃO' M^&

¦¦ '' Governo do ^ParáC-_rt«K_.i«i_i _Tcort_oc_i.nl

Paraguaios presos com cocaCuritiba (AE) — Fiscais da Receita Federal prendei

ram anteontem, próximo ao município de Medianeira, a 580quilômetros de Curitiba, o casal paraguaio Rubens CarldBenitez Aguerro e Dora Nilda Felipe de Benitez. Eles car;regavam 2.750 quilos de cocaína pura em pequenos paço;tes presos ao corpo de Rubens com esparadrapo.

A prisão ocorreu no posto aduaneiro Boin Jesus, da Re-ceita Federal, na BR-277. O casal paraguaio encontrava-se no ônibus 3881 da viacão Princesa dos Campos que faziao trajeto Foz do Íguaçu-Caseavel. Dora Benitez íoi iiberatda após a detenção, mas Rubens Aguerro foi encaminhadaà Polícia Civil de Medianeira, onde ficará à disposição daJustiça.

<amBÊBmmmi&r»fTA!. ¦¦ST-r' yt^+f-â-..

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2Q POLICIA O LIBERAL Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989

Ao todo, ele já matou oito pessoas. E continua foragido.

ais 5 mortos na rota do pistoleiroFoto» Ítalo Gouvéa _jfl__,

Peixeirobaleado no

mercadoO peixeiro João Albertino Sa-

cramenta dos Santos, de 28 anos,residente na passagem Stelio Ma-roja, 509, deu entrada no Hospitaldo Pronto Socorro Municipal comuma bala no corpo. Contou ele quefoi baleado por um desconhecido,quando saía do mercado de peixedo Barreiro, tendo o acusado con-seguido fugir, sem seridentificado.

João Albertino disse que deveter sido baleado por engano, poisnão conhecia o acusado, que devetê-lo confundido com outra pessoa.

Qucdu de ônibusO menor Rogério Silva Soares,

de 13 anos, residente na rua F,Quadra 8, 136, caiu de um coletivoda empresa. Forte, número de or-dem 273, que trafegava pela aveni-da Senador Lemos. Rogério contouque quando ia subir no ônibus omotorista arrancou, e ele caiu coma perna embaixo da roda, que es-magou seu pé esquerdo. A vítimafoi levada ao Hospital do ProntoSocorro Municipal por populares,onde foi operado.

IML divulgalaudo sobre a

morte do menorO Instituto Médico Legal "Renato

Chaves" liberou, ontem, o laudo deexame necroscópico do menor Jere-mias de Souza Santos, 17 anos e queera surdo-mudo, morto no dia 25 deoutubro. De acordo com o laudo, a ca-beca e o corpo de Jeremias "não apre-sentavam nenhum vestígio de lesãotraumática, nem qualquer sinal de se-vicia". Ainda segundo o laudo, Jere-mias morreu de "choque cardiogêni-co, insuficiência cardíaca congesta ecardiopatia congênita".

Segundo declarações da mãe domenor, lida Martins Gonçalves, Jere-mias teria morrido em decorrência detorturas sofridas, por parte de PMs,na Delegacia de Polícia de Muaná, in-clusive com choques elétricos. Essaversão foi contestada pelo delegadode Muaná, em audiência com o secre-tário de Segurança Mário Malato. Odelegado afirmou, na ocasião, que acidade de Muaná estava sem energiaelétrica há três meses. Portanto, ain-da de acordo com o delegado, os cho-quês só poderiam ter sido dados "comlamparina ou vela".

Comando daPM esclareceinformação

O Comando da Polícia Militar doInterior enviou a O LIBERAL um pe-dido de retificação sobre uma notíciapublicada no dia 14 de setembro pas-sado. Segundo a notícia, que na oca-sião foi passada à reportagem por ummorador de Redenção, que se identifi-cou como João Ferreira, a mulher Zil-daquina dos Santos foi morta, a tirosde revólver, por José Alves Gonçalo, o

J'Zé Padeiro", e este, quando foi pre-' so, comprou a sua liberdade, na poli-cia, dando meio quilo de ouro ao capi-tão Régis, que o prendera.

Segundo o capitão Abdoral, "ZéPadeiro" foi preso após ter praticadoo crime, e, como a delegacia de Re-denção estava sem delegado, o acusa-do ficou detido, até o dia seguinte, nodestacamento da PM. Por ordem dojuiz de Direito Normando Borges, opreso foi entregue a seu advogado,Edidácio Gomes Bandeira, sob termode responsabilidade. Posteriormente,"Zé Padeiro" foi apresentado à poli-cia e ali se encontra preso, à disposi-ção da Justiça.

Caso Rebecaainda émistério

Salvador (AE) — Enquanto a garotaRebeca Candeias de Souza tenta esque-cer os 33 dias que passou em poder doshomens que a seqüestraram na cidadede Catu, a 70 quilômetros de Salvador,viajando para o Rio de Janeiro nasexta-feira para participar (provável-mente na próxima semana) do "Xou daXuxa", a polícia baiana não vem tendomuitos avanços nas investigações paraprender os seqüestradores.

O único suspeito preso até agora, oassaltante e homicida, Ademir Araújo,que cumpria pena na penitenciária Le-mos Brito, de Salvador, em rgime semi-aberto, como albergado, apesar das evi-dências que o envolvem com o caso con-tinua afirmando que apenas tentouextorquir NCz$ 300 mil da família deRebeca aproveitando-se indiretamentedo seqüestro.

Mas o coordenador das investiga-ções, o delegado João Laranjeira, dizter uma fita gravada com a primeiraconfissão de Araújo na qual ele admi-te ter participado do seqüestro e expli-cou detalhes do plano. Pessoalmente, odelegado Laranjeira acha que Ademirteve uma participação restrita no se-qüestro, tendo atuado nos primeirosdias, como contato entre os bandidos ea família de Rebeca. Mas, segundo odelegado, não revelou tudo o que sabesobre o caso para a policia.

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Soldados e oficiais da PM participaram da cerimônia de sepultamento do sargento Benedito.

PM sepultado com honras militaresCom grande acompanhamento, e atraso

de quase uma hora, foi realizado, ontem pelamanhã, o sepultamento do 3o sargento PMBenedito Gomes das Neves. Ele e mais o sol-dado PM Antônio Walmir Cirilo de Oliveira,sepultado em Tucuruí, e o comissário da de-legaria de Pacajás, Diomédes da Silva, fo-ram mortos a bala, na madrugada de an-teontem, por Josimar Pereira de Oliveira,pistoleiro que havia sido preso por aquelespoliciais e que estaria em parceria com umdoente mental ainda não identificado. Am-bos, fortemente armados, ontem de madru-gada mataram mais um soldado e feriramum tenente.

O velório do sargento Benedito foi reali-zado na residência de seus familiares, noconjunto Cidade Nova VI, WE-82,1052. O cai-xão, coberto com a bandeira do Pará, foi le-vado para o cemitério Recanto da Saudade,com grande acompanhamento de militares,além da viúva, Francisca Souza Neves, de 30anos, e os três filhos menores do casal.

Francisca, a viúva, era casada com a vi-tima há nove anos e com ele tinha três filhos,Edson, de 5 anos, Edilson, de 8, e Elton, de 4meses. Benedito serviu durante seis mesesem Tucuruí e depois foi mandado para Paca-jás, onde estava há dois meses apenas. Eleesteve em Belém dia 25 passado e pretendiachegar ontem à nossa capital. Até ontem,seus pais, que residem em Vila Concórdia,município de Bujaru, desconheciam o que ti-nha acontecido com o militar. Ontem, umparente do sargento foi até Vila Concórdiapara comunicar-lhes a morte do filho.

Na hora do sepultamento houve uma sal-va de vinte e um tiros, como homenagempóstuma ao militar assassinado no cumpri-nento do dever.

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Os colegas conduziram o corpo do militar.

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A esposa e os filhos do policial assassinado.

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Mais uma execução aconteceu nomunicípio de Castanhal, à margem darodovia BR-316. Um homem aparen-tando pouco mais de 50 anos, com 1,70metro de altura, compleição física ro-busta, branco, de cabelos grisalhos, foiencontrado morto, à altura do KM-100,pouco antes da entrada para a Colôniado Prata, no município de Igarapé-Açu.Trajando uma bermuda estampada ecamisa branca, tinha quatro perfura-ções de bala na cabeça. Ao seu lado, fo-ram encontradas três cápsulas dearma automática, calibre 6,35, e umprojétil amassado em uma pedra.

A equipe do Instituto Médico Legalde Castanhal, sob a direção do médicoMário Granhem, e com a participaçãodo perito Nelson, esteve no local paralevantar os indícios e remover o cada-ver para a autópsia em Castanhal. Ocorpo ficará no IML até que seja reco-nhecido.

Conforme os levantamentos efe-tuados no local pela equipe do dr. Má-rio, a vitima foi levada para o localamarrada — existem marcas visíveisem seu pulso e tornozelos — e foi sub-metida a espancamento, teve sua ore-lha direita cortada e, depois, recebeuquatro tiros, sendo dois atrás da orelha

O corpo encontrado na estrada ainda está sem identificação.

direita, um na têmpora esquerda e ou-tro pouco acima da orelha esquerda.

Após terem abatido a vitima, osmatadores atiraram o corpo na mar-gem da pista e passaram com um veí-culo sobre ele. Pelas característica:,,disse o perito, o carro deve ser uma ca-mioneta do tipo D.10 ou F.1000.

O cadáver foi localizado pela ma-

nhã de ontem, por lavradores que se di-rigiam ao trabalho. O fato foicomunicado à delegacia de polícia deSanta Maria do Pará e o delegado da-"iiclemu íicípiopitrnu •• n contato como IML de Castanhal, para que fosse efe-tuada a remoção do cadáver. A vítima,até às 22 horas de ontem, ainda estavasem identificação.

O pistoleiro e assaltante Josimar Pereira de Oliveira, que anteontem matou a tiros três poli

se separaram, tendo Josimar con-tinuado no Gol da Sagri, enquanto"Fogoió" roubou um Fusca e ten-

ciais — um soldado, um sargento tou fugir. Mas acabouPM e um comissário — fez mais defrontando-se com outra patru-vítimas na região do município de lha da PM, abandonou o Fusca ePacajás. Ontem, durante a fuga embrenhou-se no matagal queda cidade e juntamente com seu margeia a estrada. Foi persegui-comparsa no assalto ao posto da do pelos integrantes da patrulha eTelepará, ele matou um soldado tentou enfrentá-los com dois re-da PM do Batalhão de Marabá, vólveres nas mãos, sendo mortoferiu um tenente da mesma cor- durante o tiroteio,poração e provocou um acidente josimar, depois de atirar de2?.^-^^^.^f,..*0^!80-3.8 metralhadora na patrulha co-

mandada pelo tenente Sarmanho,de umaguida,

mesma família. Em se-os dois pistoleiros entra- conseguiu fugir e resolveu se pro-ram em confronto com a policia e legerBcom reféns. Foi até um peJoilton Jesus Brito, o "Fogoió", o

homem que estava com Josimar,foi morto.

O tenente-coronel PM LuizAlberto de Abdoral Lopes, co-mandante do Policiamento do In-terior da Polícia Militar, disse on-tem à tarde que, pelas informa-ções que tem recebido de seus co

queno sítio — Sombra da Mata,lo-calizado a 500 metros do trevocom Repartimento — e, sobameaça da metralhadora, forçoua família toda, composta de seispessoas, a entrar com ele no Gol,prosseguindo a fuga.

Com a família como refém —mandados da área de Tucuruí e o casal e seus quatro filhos - eleMarabá, o pistoleiro Josimar, de-continuou pela Transamazonica.pois de ter morto, perto da locali- Por volta das 3h30 de ontem, con-dade de Maracajá, o 3o sargento seguiu ultrapassar uma barreiraPM Benedito Gomes das Neves e comandada pelo tenente Lourei-o soldado PM Antônio Walmir Ci- ro, de Tucuruí. Quando Josimarrilo de Almeida, que o conduziam se aproximou da barreira, acen-para o 4o BPM de Tucuruí, retor- deu a luz interna do carro e os po-nou à delegacia de Pacajás e ma- üciais militares, vendo a família,tou a tiros o comissário Diomédes não puderam atirar. Mas saíramda Silva. Depois, libertou o preso em perseguição do pistoleiro,Joilton Jesus Brito, o "Fogoió", a mantendo uma distancia seguraquem se uniu na fuga. Para esca- para não serem atingidos pelos ti-par, a dupla roubou um automó- ros que ele disparava com dois re-vel Gol, de cor bege, dirigido por vólveres que mantinha nas mãos,uma pessoa não identificada. e com a metralhadora que estava

Josimar e "Fogoió", ainda entre as pernas, enquanto dirigia,segundo a polícia, utilizandotodas Alguns quilômetros adianteas armas roubadas da delegacia da barreira, Josimar perdeu ode polícia de Pacajás — uma me- controle do carro e capotou na es-tralhadora, três revólveres e um trada, caindo o veículo em umrifle -, e ainda no interior do Gol igarapé que margeia a rodovia. Obege, assaltaram um caminhão carro ficou parcialmente submer-que transportava um outro auto- so, mas o pistoleiro conseguiu fu-móvel Gol, branco, da Secretaria gir, levando todas as armas consi-de Agricultura, que ia para Alta- go. Pelo sangue que ficou no ban-mira, aos cuidados do dr. Clóvis co que ele ocupava, os policiaisVasconcelos, engenheiro agrôno- acreditam que esteja ferido,mo da Sagri. Quando a patrulha da PM

Os homens, então, trocaram chegou ao local do acidente, se-de carro, passando para o Gol da gundos depois, tentou retirar oSagri, e ainda roubaram também carro do igarapé e descobriu queobjetos pertencentes ao engenhei- a mãe, Maria Aldenira de Carva-ro Vasconcelos. A essa altura, jásabendo dos assassinatos dosPMs e do comissário, a PolíciaMilitar de Tucuruí e Marabá jáhavia montado barreiras em vá-rios pontos da rodovia Transama

lho, que tinha 38 anos, e seus fi-lhos Maria Cleudivânia, de 11anos, Gerland, de 6, e Marciano,de dois anos, estavam mortos, emdecorrência do choque ou por afo-gamento. Do acidente, escapa-

zônica, no sentido Pacajás- ram com ferimentos leves e conAltamira e Pacajás-Marabá.

Na madrugada de ontem, osfugitivos encontraram com umapatrulha da PM, comandada pelotenente Sarmanho, e abriram fo-go com uma metralhadora. Atin-giram o carro da patrulha e o sol-dado PM Salomão Tavares e o te-nente Edvaldo José Cunha Sar-manho, que comandava a equipe,ambos do Batalhão de Marabá, fi-caram gravemente feridos. O sol-dado Salomão morreu logodepois.

Em seguida, os dois bandidos

tusões o lavrador Manoel Lopesda Silva, de 42 anos, e seu filhoFrancisco Claudiomar Carvalhoda Silva, de. 12 anos.

A Polícia Militar transportouos mortos e os feridos para a cida-de de Marabá. A polícia continuana área, com quase cem homens,vasculhando cerca de 200 quilo-metros da Transamazônica, ondeJosimar está escondido na mata.Ferido, cansado e sem alimenta-ção, os policiais acreditam quesua prisão é apenas questão demais algumas horas.

Antes do sepultamento, no Recanto da Saudade, uma salva de 21 tiros em homenagem póstuma.

Homem aparece assassinado àsmargens da BR, em Castanhal

Coronel Abdoral indica o local onde o pistoleiro pode estar escondido.

Comerciante ferido abala, por investigador

O comerciante Carlos AlbertoSouza do Nascimento, casado, de25 anos, que reside na avenidaDr.Freitas, 353, foi baleado, ontemà tarde, pelo investigador Quirino,da Polícia Civil. O baleamentoaconteceu na avenida Senador Le-mos, entre Lomas e Angustura.

O investigador, depois daagressão, apresentou-se ao delega-do Rafael Bezerra Neto, da Divi-sao de Vigilância Geral, onde é lo-tado. Dali foi encaminhado para aDivisão de Crimes Contra a Pes-soa, onde foi submetido às formali-dades legais que o caso requer, pe-lo delegado Manoel Menezes, su-pervisor da Divisão Especializada.

Em seu depoimento, o investi-gador Quirino disse que atirou pa-ra não ser ferido com uma chavede fenda. Ele disse que estava emcompanhia de seu cunhado Wil-liams, que há cerca de 30 dias com-prou, de Carlos Alberto, um auto-móvel, do qual não recebeu docu-mentação hábil, mas apenas algu-mas xerox. Durante esse tempo,segundo o investigador, Williamstem tentado receber a documenta-ção do cam., mas recebe apenasevasivas do vendedor.

Ontem, depois de ter sido o ca-so registrado na Divisão de Furtos

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Investigador Quirino.de Veiculos, Williams novamentefoi procurar Carlos Alberto, acom-pannado de Quirino. Houve desen-tendimento entre o comerciante e oinvestigador. Segundo Quirino, ocomerciante tentou agredi-lo comuma chave de fenda, e ele apenasse defendeu, atirando primeiro pa-ra o alto e depois na perna docomerciante.

Enquanto Carlos Alberto foi le-vado para a Clínica dos Acidenta-dos, o investigador Quirino foi seapresentar na DVG.

O LIBERALcnpe&(vo D^H. ^^^ _____(¦/-• ___r I ¦ '•! xÜ fllft .__¦¦'••/"l^^HB^^^ ¦«"¦¦¦¦¦ ^^^^^^^^^^^

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A queda dos solares

2 de novèmlbíiS(

QUINTA-FEIRA

encerramento O^k 2em °H^ 22 Cs ^í^6^»» ° partir

,oruP° oema, às 23horas. I

a janela da minha mansarda,que já não mais existe, eu vejo,como via, os prédios de Belém.

Prédios que a cidade abrigou em seu solo,como ao colo, uma mulher a uma criançaadormecida. Prédios que fizeram, como ai-guns ainda fazem, com que a arquitetura danossa cidade tanto fosse admirada e sedu-zisse pessoas das mais variadas partes domundo e seduzisse estudiosos da estirpe deGermain Bazin.

A nossa arquitetura comporta projetosmagníficos que foram se tornando desde1621, residências sólidas, concretização deintelecto do próprio homem. A nossa arqui-tetura tem a glória de abrigar o gênio deLandi. Pelas ruas da Santa Maria de Belém,as igrejas testemunham a iventividade da-quele italiano que por paixão pela região,aqui ficou e morreu em 1791. A igreja deSanfAna, projeto do arquiteto, abriga o cor-po de Landi, abriga mais, abriga o testemu-nho da sua obra. É de extrema importan-cia preservarmos esse patrimônio. A manu-tenção é vital, não basta somente restaura-ções para depois esquecermos de que elesprecisam, os prédios, de cuidados constan-tes. Existe um de Landi, na Frutuoso Gui-marães com a .João Alfredo, em frente aolocal onde tkava o antigo prédio da Sapa-taria Carrapatoso, que precisa de cuidadose urgente. Como é urgente toda a nossa aten-ção ao patrimônio do Pará, constantémen-te ameaçado pela falta de interesse dapopulação. Por exemplo, os jornais da Bi-blioteca e Arquivo Público, fonte de pesqui-sa da nossa cidade, do nosso passado e que,çontinuadamente, são mutilados por pes-soas que não sabem como pesquisar e que,não satisfeitas com a simples consulta, re-solvem levar para casa um pedaço denotícia.

O problema é que a manutenção de to-do esse material torna-se praticamente im-praticável quando esbarra no podereconômico. O tempo, aliado à falta de umcuidado especial, faz com que os nossos re-ferenciais históricos, todos, um a um, caiam,socobrem e sejam esquecidos. O homemalia-se à ação do tempo no momento em quepensa ser desnecessário manter todas as re-líquias que plantadas foram em nosso solo.

A

evolução da cidade de Santa Maria deBelém do Grão-Pará, o progresso queo ciclo da borracha trouxe a toda re-

gião, tornaram nossas ruas mais belas, maisformosas. Projetos arrojados eram aqui rea-lizados, como se todo o sonho tivesse o di-reito à concretização. Na última metade doséculo XIX, Belém vai, paulatinamente, be-bendo de outras fontes, adotando outras cui-turas. A arte que começa a se desenvolverna Europa,_interessa aos riquíssimos senho-res da região. Importa-se idéias, compra-sesonhos. Neste ano, o mestre-de-obras quedestaca-se mais, não somente em númerosde projetos, como também em beleza e exe-cução dos mesmos, é João Antonio PinaSantos. Os mestres-de-obras, eram os arqui-tetos e é possível que João Pina seja o res-ponsável pela construção do "Solar" deCássio Reis, que se situava à av. São Jerô-nimo, quase em frente da atual JoaquimNabuco.

Começam a surgir, a irromper do solo,os palacetes. Um marco não só como arqui-tetura, mas principalmente, como documen-to de uma época fértil, é o Palacete Pinhoque está entregue à sorte, à mercê do tem-po, agüentando-se porque é forte. Outro, po-

O disco e oprimeiro dabanda queoptou pormúsicas delambadadevido osucesso queesse gêneroestá fazendono momento

"o '" -'-mií"1 ^i-i í n]J& i ¦¦' ¦' J -ijjS' '*' ¦ '.* r^^BM *; ^H 9HSi_E_ngÍb_k! *'ií ~- "> ^¦í^^i^^w^^^^V-*^- t

Residência de dona Rita Bezerrademos dizer, símbolo de uma época da nossaarquitetura, é a rocinha. Hoje, as inúmerasrocinhas de Belém foram varridas do ma-pa. As poucas que restam lutam contra o ho-mem, lutam contra o tempo para podercontinuar existindo.

Aproxima-se

um novo século. A nova ar-te é sólida, é pulsante e o Pará, na faltade uma Torre Eifell, tem uma caixa

d'água em belo ferro. O ferro é um elemen-to indispensável nessa nova fase. O ferro re-torcido e trabalhado em vôos fantásticos elivres. Belém então já possuía um museu,O Goeldi, um teatro, o da Paz, e recebeobras, livros, Ticianos, Murilos, desenvolve-se uma cultura exemplar, é um grande cen-tro. Os bondes desenham, sobre as ruas, oscaminhos dos paraoaras. Theodoro Braga,em um de seus estudos, relata uma viagem,

determinada por esses trilhos, e ele vai portoda a 15 de Agosto, hoje Presidente Vargas,observando os prédios; da farmácia Der-mol, o cinematógrafo Rio Branco, o Café daPaz, o Grande Hotel e o Olympia.

Imaginem um passeio pelos caminhosdos ônibus, construam na mente os prédiosque vocês tanto vêem. Vejam os contornos,os adornos e podem ir, soltos pela PresidenteVargas. O problema é que a descaracteri-zação e, pode-se dizer, o enfeiar da cidadenão deixam que nosso passeio seja tãoagradável.

Na Avenida Nazaré encontrava-se sededo Centro Galaico, uma casa curiosa que jáapresentava detalhes próximos do artdecor.Ficava situada onde hoje em dia existe umedifício que foi batizado de "Centro Galai-co". Esta sede, possivelmente, era um pro-

Santa Maria de Belém sem manto(lamentações em quase poesia)

Santa Maria de Belém,à sombra de mangueiras mortasos falsos beatos, pesados do ouroque extraíram do teu ventrete tecem u'a mortalha.

Como vendilhões do tempoeles te negociam como se fossesuma leviana prostituta.Com os olhos que já não vêem,teus algozes não te sabem santa.Seus ouvidos estão seduzidospelo fascínio das registradoras.Como estrangeiros ]á não falamo Tbpinambá e não entendemo Nheengatú: money is moneyé o que eles falamcom sotaque libanêse algumas variações do japonês.Eles não gostam de teus esteiosfeitos de Angelim-pedrae dos sonhos cabanos.

Apagar a memória dos azulejos:Eis a questão!Sombrear as praçaspara que delas não nasçam

os igarapés popularesque desaguam no rio da liberdade.Os beatos de promessas falsas,Santa Maria de Belém,estão pesados do ouroque extraíram do teu ventre,mas eles são insaciáveis.Cada teu tijololhes valerá um dólare mais um traço do que restade suas docências.

Em seus Palácioseles arquitetam a destruiçãodo teu mantoàs escondidaspor culpa de cometeremUm ato profano.Como mercadores,eles vão levando jóiasque não lhes pertencem.A Via-Sacra que te imputaramtalvez nos leve até Babilôniamas antes que a sorte do teu mantoseja lançada à nossa reveliadescansa ao menos hoje sob o prantode quem por não ter culpa te pede Perdão.

Emanuel Matos

Cláudio de La Rocque Leal

jeto de Sidrin, o arquiteto cearense que aofinal da primeira década deste século, quejá vai findando, povoou a cidade de Belémcom suas concepções elegantes, harmonio-sas, equilibradas. Exemplo desta elegânciaé a casa de D. Rita Bezerra, que ficava naav. Nazaré, em frente ao colégio que leva onome da Virgem que nos protege. Esta ca-sa foi demolida e onde era o seu sítio, respi-ra o vazio, do mesmo modo como respira nosítio da Fábrica Palmeira. Sidrim teve duasde suas obras destruídas, não faz muito tem-po, e que ficavam situadas na av. Indepen-dência, hoje Magalhães Barata, próximo àResidencial Governamental. Os dois pala-cetes foram demolidos na surdina e as rui-nas que restaram servem, hoje, de aterropara outros terrenos, outras construções. Asruínas são o atestado do descaso com quetratam, os paraenses, o seu patrimônio.

Com

o século vinte, Belém conheceu ofastio, ganhou praças muito bonitas,

prédios obras de arte de extrema im-portância que são ligadas ao nome de An-tonio Lemos. O nome de Lemos foi dado aopalácio da intendência, a nossa prefeitura,que precisa, como muitos prédios, de ajuda.Não adianta enumerarmos todos os que ne-cessitam de socorro, tão pouco os que já seforam, seria tarefa inglória. O que devemosfazer é cuidar para que não mais percamosqualquer uma peça do nosso patrimônio.Precisamos cuidar para que quadros nãocaiam fragmentados e destroçados pelotempo e pelo mal-trato; para que nossos li-vros continuem expondo nossa bela históriacom clareza e sem rabiscos; para que osjornais nos dêem a idéia do que era lido eabsorvido a cada manhã, há tanto tempoatrás; que os nossos objetos de decoração,continuem expondo as cores dos interioresdas casas, dos solares, dos palacetes; paraque não sintamos um arrepio na pele, umasaudade no coração quando a realidade as-salta nossos olhos.

Por

que não lutarmos para que os fias-hes dos turistas, em visita ao Teatro daPaz não sejam disparados porque é

prejudicial às pinturas de De Angelis? Porque não lutarmos para que o nosso museucontinue o trabalho maravilhoso que desen-volve? Por que não tentarmos conscientizaro homem que o que ele chama de progres-so, não é tão destrutivo quanto parece? O ho-mem esquece, mas o tempo sabe queprogredir, é preservar.

Hoje, dia 2, quinta-feira, nove horas damanhã, um grupo de pessoas de todas as ati-vidades, de todas as classes, sairá em pas-seata pelas ruas da nossa cidade,protestando contra a queda de nossos sola-res. Compreendamos que, no protesto, estãoincluídas a queda de nossos valores, de nos-sas riquezas, e a diminuição de nosso patri-mônio. Durante o percurso, o grupo farápronunciamentos e marcará o local de ai-guns prédios demolidos. Um poema deEmanuel Mattos, "Santa Maria de BelémSem Manto", será lido. Sem manto está aSanta Maria, a nossa Belém, descoberta,desprotegida, é certo que todos nós pode-mos, e devemos, ajudar aprotejer a SantaMaria de Belém do Grão Pará.

A

passeata de protesto pela demolição dosantigos casarões históricos de Belém sai-rá da frente à Casa do Governador, às 9

horas, com destino ao Cemitério da Soledade.Os organizadores pedem que os participanteslevem velas e flores.

r. D E L A M B A O \U RlTMOji^ _

Banda Inca lança disco de lambadaHá quase 25 anos o baterista Neto, da Ban-

da Inca, batalha para conseguir gravar um dis-co. Se a gravação ocorresse quando surgiu osonho, certamente seria um trabalho de rock.Em grande estilo, como pediam os anos 60. Ho-je a idéia se tornou realidade. Mas o som querola está longe de ser aquelas "coisinhas estú-pidas" produzidas pelo Renato (e seus indefec-ti veis Blue Caps). Agora o que toca, mesmo —até porque todo mundo quer mais é dançar, eé só — é a lambada, gênero que atualmente es-tá fazendo grande sucesso na Europa, sobre-tudo na França.

O primeiro elepê da Banda Inca, gravadonos estúdios da Gravodisco, em Belém (pren-sado em São Paulo) e com capa produzida pe-Ia Atalaia Veículos, será lançado no próximodia 11 de novembro, no baüe-show realizado nasede do Cassazum, com apoio da Antártica.

Quem comprar a mesa (para quatro pessoas)terá direito a levar o disco. A festa, que teráa participação do grupo Nova Dimensão, é umapromoção de Silva Jr. e Bela, começa a partirdas 23 horas. "Muito empenho e união dos com-ponentes do grupo foram fundamentais para arealização do trabalho", garante o bateristaNeto. A atual formação da Banda Inca é: Zeca(teclados); Deja (guitarra e voz); Madiel (bai-xo); Neto (bateria); Mongol e Georgete (per-cussão); e os vocalistas Sílvia, Nacif, Marianoe Cristovan "Negão".

Os músicos que participaram da gravaçãodo disco — que teve direção e produção de Di-di —, são Gerson (sax), Geraldo (piston), Gio-vani (sax) e Leal (trombone). Nos arranjos dosmetais o crédito é para o trompetista Marinho.As vocalistas Suelene e Silvinha também par-

ticiparam do primeiro disco da Banda Inca. Ocarro-chefe do LP é a lambadíssima "Dançada Lambada" (Deja), que está sendo tocadanas'rádios de Belém. "Nós contamos muitocom a ajuda da aparelhagem de som Ruby (deGilmar) para a divulgação do disco em Be-lém", conta Neto.

As outras iambadas do elepê são: "Ciga-na" (Nacif); "Se Chover" (Nacif); "Hula Hu-Ia" (Sílvia); "Loucuras" (Nacif-Deja); "AltaSacanagem" (Ferdinando, Deja eSilvia); "Fi-ca" (versão de Deja-Silvia); "Nancy" (versãoDeja-Sílvia); "Zorra Louca" (Ferdinando); e"Bumbum" (Ferdinando). Após o lançamen-to em Belém, o disco será divulgado na capitale interior do Pará, e depois em Macapá — on-de já tocam bastante as lambadas "Alta Saca-nagem", "Loucuras" e "Zorra Louca" —- eainda em cidades do Nordeste.

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2 ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS O LIBERAL Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989

Vera dá o seu bye-byeA sra. Vera Brandt ofereceu

um jantar de despedidas ao em-baixa dor da Áustria e sra. Niko-laus Horn. No salão o embaixa-dor da Venezuela e sra. Fernan-do Gerbasi, embaixador da Or-dem de Malta e sra. HarryGiglioli, o embaixador PauloTarso Flecha de Lima e Lúcia, osr. Hélio Macedo Soares e Mari-sa e o sr. e sra. Pedro Gorgulhoe outros.

Fugindo da culinária desua terra, Minas, a anfitriã rece-beu com um capeletti ao creme.

O Banco Atlântico, o Minis-tério da Cultura e o Consuladoda França no Rio serão os patro-

cinadores dos espetáculos quecomemorarão — antes tarde doque nunca — os duzentos anos daInconfidência mineira pratica-mente passados desapercebidos.

Para contrabalançar a mo-da absurda dos tons terrosos damoda atual, uma tendência co-meça a aparecer nas vitrinesdas lojas e vestida pelas pessoas(homens e mulheres) alinhados.

Azul claro do Chambray,para camisas, bermudas e cal-ças. Aliás, perfeito para um ve-rão carioca: na cote DAzursempre foi o "uniforme" dos mi-lionários, as calças e as camisasde Chambray.

Ibrahim SuedPaís falido,

país dosferiados

O presidente Sarneyque, no início do seu go-verno, assinou um ma-gistral decreto encos-tando os feriados, ematenção a uma campa-nha desta coluna de 20anos, foi muito aplaudidona ocasião, por todos epor mim.

Mas agora retiroalguns aplausos ao presi-dente, que assinou decre-tou de um parlamentarcasuístico do feriado definados de hoje... um pre-sidente não deve voltar.Não deve retroagir, so-bretudo quando recuacontra o progresso...A saudade dosmortos pode ser relem-brada em qualquer dia...O resto é lero-lero daigreja que está minadade padres "melancias depasseatas" (verdes porfora e vermelhos pordentro).

PS: A minha opiniãosobre a igreja, tem res-salva, como o cardealDom Eugênio Salles, umpadre extraordinário eponderado, cuja linha deconduta impecável eexemplar, como deviaser de todos os padres...

0.s- oitentãode dona

Maria AméliaDia 16, o sr. José Paulo Ma-

chado, um dos herdeiros do Co-pa e do Boavista, viaja to Paris,onde ficará até o final de novem-bro acompanhando a exposiçãode Zanine no museu do Louvre eorganizando o lançamento do li-vro do arquiteto, "Sentir e fazer",do qual é o editor.

Como proprietário da Agir,que agora se inicia no mercadode livros de arte, José vai dia 15de dezembro a Belém, lançar oálbum "Marajó".

As negociações de compra— venda da Metro Goldwyn Ma-ver pararam. É que a super em-presa Quintex, da Austrália,cobriu a oferta apresentada pe-lo milionário Rupert Murdoch,ou seja, 1,4 bilhão de dólares.

E os japoneses? Entrarãonessa?

Dia 9 de novembro a sra.Maria Amélia Souza Leão Bra-ga recebe para jantar comemo-rando seu oitenta e alguns anos.Com energia, saúde e seu tradi-cional savoir faire.

Roxette, mais uma novidadeno rock da Suécia

Os próprios suecos o confessam,o grupo Roxette é a melhor coisa que,musicalmente, aconteceu na Suéciadesde "ABBA". Com "The Look", fi-zeram uma entrada real no Top 50.E eles tem famosos precedentes.O moreno Per Geslle, era ocantor-autor-compositor de GylleneTiger, o primeiro grupo do início dosanos 80 na Escandinávia, e MarieFredenkson, cujas roupas sexy su-focam o público, foi contempladacom "Rock Bear" da melhor artis-ta feminina e do melhor álbum sue-co 1987.

Olivia Newton John ("Grease"

com John Travolta) acaba de ser no-meada embaixatriz das Nações Uni-das para o meio ambiente. Essetítulo honorífico coroa os esforçosda cantora e atriz em favor, especial-mente, dizem eles da floresta ama-zônica... Aliás não precisamos denenhuma embaixatriz.

• Foi um jantar de família o queo casal João Henrique Vieira da Sil-va ofereceu, para festejar o casa-mento da neta, Ana Lúcia Jardim,com Roberto Waddington. PresenteAdélia e o sr. Wladimir Alves de Sou-sa — avós do noivo.

Collor disse que vai acabar lei de GersonMagnum vem aí de homem inocenteConferência na Academia de Filosofia

+ Tom Seller, Magnum, queabandonou o gênero da comédiaestá rodando "O Inocente Ho-raem" com Peter Yates que diri-giu o excelente bullitt.

D D+ Quem fez um speech na

Academia Brasileira de Filoso-fia foi o acadêmico Almir Andra-de, que foi um dos primeiros adivulgar Freud no Brasil, quan-do editava uma revista cultural.

+ Ele é pai do excelente atorRoberto Bonfim que aparece emTieta.

D D4- O sr. Wilson Lemos de Mo-

raes Filho decolou para partici-par de um evento eqüino evisitar a filha, a cocadinha Julia-na Lemos de Moraes, que estu-da nos States.

D D+ Começa dia 7, na Escola

Superior de Desenho, a expo detalhas do mestre Martins.

D D• Collor de Mello falando a

este colunista: "vou acabar com

a lei de Gerson. Por falar nisso,é pena que o comercial de tevêanulei Gerson seja muito semgraça.

D DDe Vassouras para Iferesó-

Í>olis fechou o tempo e o helicóp-

ero de Collor de Mello teve quepousar num campo de futebol.Em cima da hora do comício.

D DCollor não vacilou: pediucarona, acompanhado de PauloOctávio Pereira e do deputadoNelson Sabra. Foi de Monza,com a eleitora Nilza Valença,que ainda pensa que o Collor quelevou, era miragem serrana.a a;

+ Nessa estória da cândida-tura nova, puxada por um grupode políticos superados, quem fi-cou mal foi o amigo mais impor-tante: José Sarney.

D D+ Filosofia: é sempre bom

amarrar o teu navio a duas an-coras. Três minutos de leituraselecionada. Eu volto.

Carlos Eduardo Novaes

A prisão de Snak NahasComo nos velhos tempos das diligências,

os federais, comandados pelój xerife O' MeuTuna Luso, moveram uma implacável caça-da a Snak Nahas também conhecido por Me-ga Kid. Snak Nahas sempre foi um doshomens mais procurados do país (antes pe-los investidores, depois pela polícia). Tãoprocurado quanto ele, somente o Italo-Sul-America no Mário Amado Mio, presidente daFiesp, para explicar a fuga de 800 mil em-presários caso o ferreiro Lullaby Silver sejaeleito alcaide do condado.

Snak Nahas tornou-se uma legenda,uma espécie de Jesse James do mercado fi-riànceiro. Depois de vários golpes internacio-nais procurado em vários lugares, foiaconselhado á tentar a vida em Brasiville.Disseram-lhe que repetia-se aqui a corridado ouro (e do dólar e do over) que no passa-do atraiu tantos aventureiros ao oeste ame-ricano. Snak desceu da diligência em St.Paul City dizendo-se recuperado.

— A partir de hoje — anunciou debruça-do no balcão do saloon — só me chamem sefor para jogar limpo.

E todos os negociantes acreditaram nohomem que vinha de longe, fazendo vistagrossa para sua folha, literalmente corrida.

Em junho deste ano, porém, perceben-do que em Brasiville todo homem é igual pe-rante a lei, mas nem toda lei é igual peranteos homens, Snak Nahas teve uma recaída eassaltou o mercado financeiro, apontandoum cheque de 39 milhões para os crédulosnegociantes que não tiveram tempo de sacar.Em outro país, Snak seria preso dia seguin-te, mas aqui, vocês sabem, a Justiça alémde cega, surda, muda, é lenta no gatilho; elecontinuou freqüentando o saloon até o dia emque a gazeta de Brasiville anunciou: "Snakserá preso amanhã". Quando os federais che-garam, Snak já tinha fugido para seu escon-derijo de cobertura, duplex, com piscina.

Há algumas diferenças entre Snak e osbandoleiros tradicionais do velho oeste. SnakNahas não usa revólveres. Sua única armaé um talão de cheques de grosso calibre quecostuma causar mais estragos do que qual-quer rifle automático. Naquele tarde calo-renta de junho em que Snak perpetuou o queimaginava ser seu grande golpe, pelo menos20 pessoas sairam mortalmente feridas emsuas finanças (fora as que receberam esti-lhaços). Outra diferença: os bandidos do ve-lho oeste — vemos nos filmes — escon-diam-se no mato, nas tocas, em casebres de

madeira no alto das montanhas, passandofrio e fome. Snak, nos 102 dias em que andouforagido, abrigava-se em mansões, fazendas,sofisticadas residências. Seu último escon-derijo foi um apartamento de andar inteirona mais valorizada zona de St. Paul, ondepromoveu uma festança que fez tremer osalicerces do prédio. Dizem que foi para co-memorar seus 100 dias de fuga.

Snak contou com a ajuda de dezenas depessoas para trocar de esconderijos, taí ou-tra diferença para seus companheiros do ve-lho oeste. Naqueles tempos os federaisofereciam uma recompensa para quem pe-gasse o bandido. Agora foi o próprio bandi-do quem ofereceu recompensa paramanter-se livre de polícia. Sabe-se, agora,que Snak Nahas circulava pela cidade coma desenvoltura de quem não tem nada a te-mer. Contam que, numa tarde de setembro,ele chegou a entrar no prédio dos federais embusca de informações sobre sua caçada.

Snak Nahas foi cercado às 8:30 horas desegunda-feira. Como acontece nos filmes,um dos seus rapazes foi seguido pelos fede-rais. Snak, no seu quarto, afasta a cortina dajanela e observa o cerco. Fosse no velho oes-te, ele teria chances de escapar, retiraria aarma do coldre, talvez quebrasse o vidro dajanela e começaria o bangue-bangue. Hojeos métodos são outros. Snak pensou em ati-rar um punhado de dólares pela janela paradistrair os federais. Depois pensou em fugirpelo telhado, mas lembrou-se que estavanum luxuoso Drédio de 18 andares. Preferiuse entregar. Quando os policiais entraram,Snak ergueu os braços e repetiu a famosa fa-Ia de Billy Kid ao ser apanhado em KansasCity:

Ok, vocês venceram. Foram melhoresque meus rapazes. Snak Nahas foi levado pa-ra a delegacia onde lhe serviram kibe e es-fiha quentinhos (outra diferença para osbandidos do velho oeste). Nahas deu umadentada no kibe, reclamou que estava frio edesabafou:

Foi bom vocês terem me apanhado.Eu já não agüentava mais essa vida de uis-que importado, telefonemas internacionais,ar condicionado central, piscina todos osdias, circuito interno de TV e canapés de ca-viar do Báltico. Por favor, levem-me parauma cela comum.

Agora só falta pegar o gordo Hellmann'sCamony, o segundo da lista.

Continuam

abertas atéamanhã, no Teatro daPaz, as inscrições para o

Laboratório Global "AláfiaOdara" — oficina de dicção,dança afro contemporânea ecantos yorubanos. O laborató-rio será ministrado por Fran-cisco Xavier dos Santos("Chico Odwdwa") e JocivalNascimento no período de 6 a 22de novembro, com aulas no ho-rário das 19 às 23 horas, sem-pre nos dias úteis. "AláfiaOdara" é a continuação de umtrabalho que teve inicio em Sal-vador, na Bahia, tendo comoobjetivo proporcionar aos seusparticipantes o desenvolvimen-to de seus dotes cênicos e tam-bém contribuir para o resgateda cultura afro-brasileira.

A

Rádio Estatal da África doSul proibiu duas canções doálbum "Crossroads" da can-

tora popular norte-americanaTracy Chapman, uma das quaisdedicada a Nelson Mandela, lídernacionalista negro encarcerado,informaram ontem autoridades domeio radiofônico.

O diretor de comercializaçãoda Tusk Records, Beny Mudie, dis-se que a distribuidora apelou dadecisão do Comitê de Gravaçõesda South African BroadcastingCorp. (SABC), a fim de que o ál-bum completo possa ser usado pe-Ias 23 emissoras da cadeia estatal.

Mudie acrescentou que nãovia motivos para a proibição damúsica "Freedom Now" (Liberda-de Agora), dedicada ao líder do

proscrito Congresso Nacional Afri-cano. A segunda canção, "MaterialWorld" (Mundo Material), a seuver, foi proibida por motivos reli-giosos.

O presidente do Comitê deGravações da SABC, Roelf Jacobs,disse ontem que as letras das duascanções foram consideradas im-próprias para a "audiência não se-lecionada" da rede.

"Não se trata de uma decisãocontra artistas como tais", expli-cou ele. Nas primeiras seis sema-nas da distribuição, 100.000 cópiasdo segundo álbum de Chapman fo-ram vendidas", disse Mudie. O pri-meiro álbum, apresentando trêscanções proibidas pela rede daSABC, vendeu 250.000 cópias.

FESTIVAL DE SUCESSOSJ EMISSÁRIO DE MACKINTOSH -00:10

Título Original: The Mackin-tosh Man

Nacionalidade: Inglesa. Ano deProdução: 1973. Direção: John Huston.Elenco: Paul Newman, Dominique San-da, James Mason, Harry Andrews, lanBannen, Michael Hordern, Nigel Patrick,Peter Vaughan, Roland Culver, LeoGenn, Noel Purcell, Niall MacGinnis.Com uma identidade falsa fornecida porMackintosh (Andrews), da Inteligência

Britânica, o agente Dearden (Newman)e o bela Smith (Sanda) cometem um rou-bo de diamantes, sendo e/e preso pos-teriormente. Na prisão, Dearden entraem contato com presos que pertencemao um grupo que planeja e executa umafuga na qual ele se inclui. Sua missãoagora é se aproximar do homem quecoordena as ações deste grupo de fora-de-lei, o influente parlamentar Sir Geor-ge Wheeler (Mason). Cor.

CORUJÃO I - NINHO DE COBRAS — 02:10

Título Original: There Was aCrooked Man

Nacionalidade: Americana. Ano deProdução: 1970. Direção: Joseph L.Mankiewicz. Elenco: Kirk Douglas,Henry Fonda, Hume Cronyn, WarrenOates, Burges Meredith, John Randolph,Arthur 0'Connell, Martin Gabei, AlanHale, Lee Grani, Pamela Hensiey, BertFreed, Barbada Rhoades, Gene Evans.Arizona, 1883. Depois de cometer umassalto e matar seus companheiros, Pa-ris Pitman Jr. (Douglas) esconde o dinhei-ro num ninho de cobras. Preso pelo xerife

Lopeman (Fonda, é mandado para a pri-são territorial, onde se acha um grupode prisioneiros da pior qualidade. Aospoucos, a malandragem de Pitman o tor-na um líder entre os demais presos.Quando Lopman assume a direção dopresidio, após o assassinato do corrup-to diretor, aproveita as qualidades de li-derança de man para melhorar ascondições da cadeia. Um novo refeito-rio é construído pelos prisioneiros e PU-man planeja uma fuga em massa parao dio em que o governador irá inaugura-lo. Cor.

(Si ®miGeoao

HoróscopoKiíT_ j . ._J

ARIES (de 21/o:i a 20/04) Regente:Marte. Marle forma aspecto com Mercú-rio, o que prenuncia um momento de sortepra os nativos deste signo. Vida amorosafavorecida, e que podem ocorrer malenten-didos e até separações, mas que serão omelhor para você. Confie no destino, queeslá a seu favor.

TOURO (de 21/07 a 20/05) Regente:Vênus. Momento profissional instável,principalmente se você precisa convencerou impressionar pessoas. Haverá exagerono falar e arte de impressionar com ges-tos, ameaçando a sua elegância. O melhoré ir perdendo a pose e confie no seu mag-netismo pessoal, sem make-up.

GÊMEOS (de 21/05 a 20/06) Regente:Mercúrio. Vênus transita pela sua sétimacasa, que representa a integração do serhumano com seu meio social. O relaciona-mento com as pessoas ganha um enfoquetodo especial nesta fase. Portanto, prefirao contato com as pessoas otimistas e posi-tivas. Nada de ficar ouvindo conversas debaixo astral.

8^^C__!___MH____________________ __íW_.'':'•'<

CÂNCER (de 21/06 a 22/07) Regente:Lua. Neste momento, você está com umatendência para sonhar demais, e conse-qüentemente se frustar. Além disso, alter-na momentos de entusiasmo com outros degrande preguiça. Procure levar o dia commoderação, tentando fazer a alquimia deequilibrar os opostos.

LEÃO (de 23/07 a 22/08) Regente: Sol.0 Sol se aproxima ''" p'"'ío, trazendo pa-i de introspeç-ra os leoninos unção. Aproveite: P1" «m ;i'uda á vira tona seu conflito in .. v-omie em simesmo, e na sua resistência física, mentale emocional. Não tenha medo do escuro.

VIRGEM (de 23/08 a 22/09) Regente:Mercúrio. O Sol está próximo do seu regen-te, o que é muito bom, pois aumenta a suaauto-estima e refresca as suas idéias. Po-rém outros aspectos poderão torná-lo im-paciente e intolerante para com as pessoasmenos brilhantes. Você está se achando omáximo. Procure a moderação.

LIBRA (de 23/09 a 22/10) Regente: Vê-nus. Momento de sucesso na vida profissio-nal. Pelo menos, você entrará em contatocom tudo o que precisa para isso, seja co-nhecendo pessoas ou recebendo propostasde trabalho interessantes. Aja com alegriae atenção, e tudo dará muito certo.

ESCORPIÃO (de 23/10 a 21/11) Regen-te: Plutão. Plutão recebe vibrações deMercúrio, planeta que rege o comércio en-tre outras coisas. Ele estará liberando asua mente e seus modos. Você age commais liberdade, mas pode tornar-se ma-quiavélico. Suas melhores chances são nosnegócios, desde que não ceda a tentação detrapaça.

SAGITÁRIO (de 22/11 a 21/12) Regen-te: Júpiter. Vênus terminando seu caminhopelo seu signo, recebendo vibrações de vá-rios planetas que garantem uma fase ale-gre e animada. Momento favorável para osromances em geral, e também para quemquer ganhar dinheiro. Há, entretanto, umaacentuada tendência para o exagero, quedeve ser controlada.

CAPRICÓRNIO (de 22/12 a 20/01) Re-gente: Saturno. Essa Lua poderá deixá-loum tanto melancólico. É uma energia mui-to para dentro de você que não esta dispôs-to a viajar por estas regiões obscuras dasua alma, e vai tentar resistir. Não force abarra. Há tempo para meditar e para se di-vertir.

AQUÁRIO (de21/01 a 19/02) Regente:Urano. Momento positivo para os nativosdeste signo, em termos de finanças e as-suntos pessoais. Momento favorável paratransação de qualquer espécie, investimen-tos, compras, vendas, etc. Entretanto, po-derão ocorrer problemas com amigos.Atenção: é você que está implicante.

«W-iíi AJlSÉSifci.PEIXES (de 20/2 a 20/03) Regente:

Netuno. A Lua poderá trazer uma certaconfusão para a sua cabeça. Você pode fi-car muito regredido e pensai- que e a úni-ca pessoa no mundo a ter problemas, e queportanto, merece atenção especial de to-dos. Assim, você acaba frustrado e magoa-do, Saia dessa já.

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Belêng_guinta-felra. 2 de novembro de 1989 O LIBERAL SOCILDADE

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Severino recepcionouTerminada a solenidade

no Plenário "Newton Miran-da', o novo "Cidadão do Pará"empresário Severino Simões,

i ao lado dos filhos Sílvio, So-corro, Simone, Suely e ÂngelaMaria, da nora, genros e ne-tos, ofereceu as autoridades,deputados, homenageados,convidados especiais, Cerimô-nial e Gabinete Civil, à frentea dra. Gal Ximenes, elegantecoquetel, no salão que antece-de o Plenário. Foi um encon-

I tro informal, descontraído ealegre, todos ali, vivendo mo-mentos agradáveis, cumula-dos das atenções do anfitriãoSeverino Simões e familiares.

O serviço e buffet foramgabaritados, com salgadinhosquentes deliciosos, acompa-nhados de scotch, vinho edrinks variados, a cargo daexpert Marilza Gomes, tudofarto.

.... x.x.xA grande ausente foi a ele-

gante senhora Lourdes Si-mões, esposa de SeverinoSimões, por motivo do atrasodo avião que regressava deManaus.

Severino Simões feliz ao lado da família. (Fotos de Mário Barbosa).

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O deputado Mário Chermont, presidente da AL e o colunista, por ocasião docoquetel oferecido pelo homenageado Severino Simões, parabenizaram o an-filrião.

O professor dr. Daniel Coelho de Souza (homenageado), no coquetel oferecido por Simões.

O médico cirurgião Afonso Faturelli, from Rio de Ja-neiro, e esposa, Amassy Palmeiras, e Anita Soares.

Vice-prefeito em "nat .-

Entre os nataliciantesdistinguidos de hoje, o em-presário Augusto Rezende,dinâmico vice-prefeito deBelém, destaque da classee figura benquista em nos1 sà sociedade, por sua sim-patia, inteligência ecapacidade administrativa.

Augusto, ao lado de sua ele-gante esposa Ruth, estarárecebendo durante o dia asfelicitações dos amigos, que«ao muitos. Daqui, o abraçoao colunista aos amigos Au-gusto e Ruth, um casalgente.

THyk** **%rfv ri

Noite gastronômicada Amazônia

Com destino ao Rio de Janeiro, a elegan-te Yolanda Fiúza de Mello, expert em culi-nária, viajou ontem, para representar o Parána Noite Gastronômica da Amazônia no Ot-ton Rio Palace Hotel, a realizar-se amanhã.O Pará está bem representando. (Foto deRaimundo Dias — 007)

Confraternização: agraciados e deputados.

Agraciados da ALA Assembléia Legislativa

do Estado do Pará, realizou dia31 último, reunião solene no pie-nário "Newton Miranda" sob apresidência do deputado MárioChermont, para a entrega dostítulos honoríficos de "Cidadãodo Pará" e "Honra ao Mérito".Os distinguidos foram: Severi-no Simões da Silva e José Ro-drigues Corrêa (Cidadão doPará); Daniel Coelho de SouzaAfonso Fatorelli, Congregaçãodo Preciosíssimo Sangue, Cíce-ro Rodrigues Cantuária, Rober-to Rodrigues da Fonseca,Voluntários da Santa Casa; ir-mã Carla Giussanti e padre An-gelo Maria Bernarde (Honra aoMérito), todos com assinaladosserviços prestados ao Pará.

A saudação aos homena-geados em nome do Poder Le-

gislativo, coube ao deputadoJosé Francisco, 1» secretário,que ressaltou os méritos de ca-da um, sob os aplausos dos pre-sentes. Dois homenageadosfizeram o agradecimento: omédico oftalmologista AfonsoFatorelli, from Rio de Janeiroe Cícero Cantuária, ambos mui-to aplaudidos.

Iniciando a programação,foi tocado o Hino do Pará pelabanda da Polícia Militar. De-pois da entrega dos títulos ho-noríficos, o valoroso coral daAL, interpretou dois excelentesnúmeros que mereceramaplausos gerais. Em seguida, opresidente encerrou a solenida-de, pedindo ao coral e à bandada Polícia Militar para tocaremo Hino Nacional.

A deputada Maria de Nazaré Barbosa, autora do projeto en-tregou o dtploma de "Cidadão do Pará" ao empresário Severi-no SimÕmões. (Foto de Márjo Barbosa)

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O deputado Wilson Schuber entregou o diploma de "HMérito" a Cícero Cantuária.

Amanhã, show-desfileno Iate Clube

Será escolhida nesta sexta-feira, dia03, na boate Convés do Iate Clube do Pa-rá, a Top Model paraense, que fará juntocom Alessandro Bebiano (Garoto Ellus)do Rio de Janeiro a capa da nova RevistaKnow How, n" 20, com produção e direçãode Mello Produções, com o apoio FM Li-beral. O desfile será das boutiques EllusSquashi e Penélope Fashion.

As concorrentes são as seguintes "ti-gresas" Andréa Batista, Karine CurvelloAnaPaula Braga, Suzye Furtado, DilmaCoutinho; Lihan Costa e Edilene Moura.

"Chá-de-panela"A jovem Jacqueline Melo de Souza Mou-

ra promoveu, no dia 31 último, na casa de re-' cepções "A Boneca", sua despedida desolteira. Na ocasião recebeu familiares, ami-gas e companheiras do Iterpa, onde secre-taria o presidente do órgão, jornalista esociólogo Walcyr Monteiro. Jacqueline casa-rá no próximo dia 1» de dezembro, na cape-Ia do Colégio Nazaré, com o jornalista NiltonGuedes. Foram patronesses do "chá-de-panela" as senhoras Zenilda Melo, CacildaMelo e outras amigas, recebendo as convi-dadas com atenções.

Bazar beneficenteNos dias 06 e 07 deste mês, no térreo do EdOuro (Av. Nazaré com Benjamin Constant)realiza-se um atraente bazar, organizado por um "

grupo de damas da caridade, cuja receita rever-'-terá em benefício do Abrigo São Vicente de Pau-lo. As coordenadoras do bazar aguardam a colabo-ração de todos para atender as obras assistenciaisque o abrigo realiza em prol das pessoas carentes.

Isaac SoaresFestival de saladas,

no CIP, foi "su"Prestigiado com a presen-

ça de destacados nomes da co-munidade israelita local ecçnvidados especiais, as pio-neiras "Cecília Meireles" rea-Usaram, terça-feira última, ànoite, com sucesso absoluto, oVT/Festival de Saladas, com aparticipação das seguintesconcorrentes: "Bacalhau Im-perial", de Merita Barcessat eEster Barros: "Waldorf", deCota Levy; 'Arco íris", deMyriam Bendahan; "Tropi-caly", de Rosemary Silva; "Sa-bor Marajoara", de NadjaSerruya; "Salada Agreste", deAlita Bensimon, e "Vitória Ré-gia", de Oro Rascovsky.

O júri constituído de An-dersen Willy Trindade, DavidTobelém, Lena Trindade, Ri-cardo Unger, Marcos Serruya,Clara Barcessat, Fábio Vas-concelos e o colunista, após sa-borear, todas as saladas doconcurso, proclamou comovencedoras: 1»lugar: "SaladaTropical", de Rosemery Silva,e em 2»lugar, "Vitória Regia",de Oro Rascovski.

Outra atração da bela noi-te das Pioneiras, foi o showsurpresa da cantora revelaçãoRachel Soares, muito aplaudi-

da pelos presentes. E nina docasal empresário Jaime e Ve-ra Alice Soares.

A presidente das Pionei-ras, Fortuna Bentes e AlegriaSerruya, Anita Soares, SandraNahon e muitas outras dedica-das diretoras, recebendo os as-sociados do CIP e convidadoscom a costumeira distinção.Foi uma festa bonita e bem or-ganizada, elogiada pelos pre-sentes.

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A bonita Elizabeth Lopes Lisboa e oseu charme (Foto de Reinaldo Silva Jr.)

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A bonita Rachel Soares,revelando-se grande cantora.

(Foto de Mário Barbosa).

A diretoria das Pioneiras, à frente a presidente Fortuna Bentes. (Fotode Mário Barbosa).

O jantar dos Fonseca

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Outro destacado home-nageado da Assembléia Le-gislativa do Estado, terça-feira última, foi o empresa-rio Roberto Fonseca que re-cebeu o honroso título de"Honra ao Mérito" num jus-to reconhecimento pelo tra-balho dinâmico que realiza,em prol do progresso denossa cidade.

As 21 horas, RobertoFonseca e elegante esposaFátima reuniram no aprazí-vel "Augusto", o restauran-te nota dez de Belém, sem-pre lotado de colunáveis, on-de tudo funciona com per-feição, um grande númerode amigos, para um jantarcomemorativo ao aconteci-mento. Pode-se ressaltarque foi um encontro de ami-gos do simpático casal. Ini-cialmente, foi servido umcoquetel e depois o jantar,ambos gabaritados e elogia-dos pelos presentes.Participando do jantar,lá se encontravam, senadorJoão Menezes, deputado fe-deral Fernando Velasco, de-putada Maria de Nazaré

Barbosa, Ronaldo Campos,presidente da CDP, verea-dores Emanuel 0 de Almei-da e Carlos Barbosa, Seve-rino Simões e Cícero Can-tuária (também homena-geados da AL), Alonso eHeliana Guimarães, Carlose Vera Bisi Teixeira, Gil eGraça Reis, José e Mily Lei-te, Carlos e Conceição Mo-reira, Gal Ximenes, SandraRezende, José Nilson, Má-rio Alcântara Roberto e Si-mone Chaves, dr. Mercês,Robério e Tânia Paiva, Sei-ma e Paulo Chaves, BetoQueiroz, funcionários da ALe muitos outros amigos. Ro-berto e Fátima foram anfi-triões perfeitos, recebendoos seus convidadeos comatenções.

O "tigrão" da hotelariaparaense, Orlandino Ventu-ra, dirigia pessoalmente oexcelente atendimento nojantar dos Fonseca.

O colunista esteve pre-.sente, cercado das atençõesdo simpático casal anfi-trião.

Duas figuras humanas maravilho-sas e estimadas no meio das respecti-vas classes pela inteligência ecapacidade profissional, em "nat" ho-je: o desembargador aposentado Ha-milton Ferreira de Souza, do TJE eprofessor do curso de Direito da UFPae o engenheiro Álvaro Coutinho, da Su-dam e presidente do Pará Clube Porcoincidência, ambos, os distinguidosnataliciantes há vários anos comemo-ram juntos o evento, com um jantar ín-Umo, na residência dos Ferreira deSouza, com a presença de um grupo deamigos mais chegados.

x.x.x.x.x....Bodas — Completando hoje, 24anos de feliz casamento, o simpático

casal Paulo Roberto e Adalgisa Watrin,nomes estimados no meio social local!Comemoração na intimidade. PauloRoberto é o benquisto subgerente localda Varig.

x.x.x.x.xAniversariando hoje, a bonita eeducada Rosa Campos, nossa estima-

da companheira de O LIBERAL, do se-tor de contatos. Rosa vai serhomenageada por suas colegas de tra-balho. Ela -^eroi-e

Elegante cháO "niver" da médica pediatra Léa Cos-ta, estimada no meio de seu círculo de ami-zade, foi comemorado dia 31 último, comelegante chá na aprazível Charlote (Almi-rante Vandenkolk), oferecido para um gru-po de amigas da simpática aniversariante.

Foi um encontro feminino concorrido e ani-ma.do' d(yEuita alÃSria.e^fl-.fraternjzação.-Pl dra. Léa também comemorava os seteanos do filho querido Délio Mutran Jr quejá tem bossa de futuro "tigrinho".

Entre as participantes do chá estavam:Edna Mutran, Graça Reis, Heloisa MaiaLúcia Esteves, Walda Macedo, Maria JoséMendonça, Graça Lima, Noêmia LobatoMaria do Carmo Riodades, Rose Endeman,'Ruth Scerne, Safira Benzecry, LourdesScaff, R_sa Pojucan, Margareth Aguiar Aze-vedo, Célia Pinheiro de Souza, Josane Mo-ta, Leomira Affonso, Sílvia Costa, SocorroBezerra, Erenice Souza, Suely BenzecryJoana Scerne, Tacemir Gama, Gilse Bastia-ni, Vera Costa e outra amigas da natali-ciante.

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Heloisa Maia, Maria do Carmo Riodades, Gra-ça Lima,'Léa Costa, Walda Macedo, Maria Jo-sé Mendonça, Lúcia Esteves e o garoto bonitãoDélio Mutran Jr. (Foto de Mário Barbosa).

~— -"-•—*-—^ "-- ¦ -__al | .'! é[.aré (ífci _i_ _8 mRoberto e Fgtima Fonseca (anfitriões), deputada Maria de NazBarbosa e deputado Fernando Velasco. (Foto de Mário Barbosa).

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A "moranguinho" Seanale Costa de "niver". (Foto de Luiz Braga).

Essa é para os "baixinhos". O cantor e compositor pa-raense Marco Monteiro é a atração de hoje no programa "Xouda Xuxa", que a televisão LIBERAL transmite a partir das 8horas.

Léa Costa (aniversariante) feliz ao lado do fi-lho Délio Jr., Graça Reis, Edna Mutran e SílviaCosta. (Foto de Mário Barbosa).

Os prêmiosdo Festivaldo Sorvete

Foi um grande sucesso o Festi-vai do Sorvete, promovido neste finalde semana, pelas Fundações PapaJoão XXIII e Romulo Maiorana naPraça Brasil. Houve sorteio de vá-rios brindes valiosos, mas os porta-dores dos cartões 0957 (BonecaFofinha), 1933 (um videocassete) e1181 (um aparelho de TV em cores)não foram receber os seus prêmiosA presidente em exercício da Funda-cão Papa João XXIII, economistaSoma Renda, está feliz com o êxito dapromoção, e aguarda, a partir dapróxima segunda-feira, durante duassemanas, os portadores dos cartõespara receberem os seus prêmios naFundação, até as 13:30 horas

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ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS O LIBERAL Belém, quinta-feira. 2 de novembro de 1989

Danny De Vittoe Amole.

Schwarzeneggerem 'irmãos

Gêmeos".O filme

chega estemês no

pacote da CIC.

DEo

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Vídeo Filmes

Vídeo NotasA FJ Lucas continua lançando em

vídeo clássicos do cinema inglês. Nopacote que aí vem a vez é de "Um Ho-mem e Dois Mundos", com Phyllis Cal-vert, que foi a "Madona das 7 Luas".***No mesmo pacote vem uma novaversão da descoberta da América:"Cristóvão Colombo". O interessante éa opção por uma versão para a tv,quando a Lucas podia lançar o filme de1949 com Fredric March feito para a"Rank" inglesa. Neste novo filme tem,no elenco. Max Von Sidow, Virna Lisi,Faye Dunaway, Oliver Reed e GabrielByrne como Colombo. A direção é doveterano Alberto Lattuada. ***E amesma companhia continua na ediçãodas chanchadas nacionais. Depois de"O Camelo da Rua Larga" a vez é de"Quem Roubou Meu Samba? " com An-

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zismo nunca antes mostradas num fiime de Ion-ga metragem!

Domingo: SACRIFÍCIO, de Andrei Tarkoviski.

CINE OPERAHORÁRIO

15:30- 17:00- 18:30-20:00 21:30irititititititititititititititititttitiritiriiitititittt

"MOÇAS SEM VÉU" - Irmanados, o Bonzão-Bonitãoe a Centerfilms estão importando da França uma cópia novadeste arrasa quarteirão que será apresentado neste cinema.

¦Cr it -tr -tr it it -tr -ir * ir ir it ir ir ir it ir it it it ir * * it ir ir ir irCicciolina viajou tristonha, deixando os seus espectado-

res desolados. Prometeu voltar em breve.ititititititititititiritirititiritit-üititititititiiitit

Hoje, o grande clássico do cinema erótico nacional. So-mente para adultos.itititiritiriiiritititititititiritititiriritititiriritit

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kito. ***A Abril Vídeo tem promoçõespara as locadoras que compraremmaior número de cópias de "Uma Ci-lada Para Roger Rabbit", o grande lan-çamento da empresa para este fim deano. Distribuição de camisas com dis-tico do filme é um dos brindes, meno-res. Os maiores são passagens aéreas,até para a Disneylândia.***"Spartacus", o espetáculo grandio-so de Stanley Kubrick com produção deKirk Douglas é a "cabeça" do pacotede outubro da CIC. O filme é um dos ra-ros, do gênero, que agrada a todo mun-do. ***No mesmo pacote tem "ClienteMorto, Não Paga", comédia com SteveMartin lembrando os velhos sucessosdo "film noir", e o recente "Irmãos Gê-meos", com Arnold Schwarzenegger eDanny de Vitto. ***Ponto final.

DANÇANDO NO ESCURO(Dancing in the Dark)

Canadá, 1986. Direção de Leon Marr. ComMartha Henry, Neil Mühro e Rosemary Dunsmo-re. Mundial Vídeo, 96'.'

Uma dona de casa "assumida", que vive emfunção das chegadas e saídas do marido, traba-lhando o dia inteiro na limpeza do lar e na cozi-nha. sente um grandeabalo quando, por umtelefonema, sabe queo tão querido esposotem outra mulher.A história se passaem dois tempos: numhospital, onde a mu-lher apresenta-se emestado catatônico,com lenta recupera-ção, e em casa, na vi-da rotineira, cobertapor uma narrativaoral que evidencia osdetalhes desta rotinae também o que sepassa na mente dapersonagem.0 filme é um modelode roteiro, de direçãoe de interpretação. Aatriz Martha Henry éum prodígio, conse-guindo um "close" dequase cinco minutos,com uma expressãoparada, fazendo bro-tar, lentamente, lágri-mas dos olhos.Lembra o final de"Luzes da Ribalta",quando Chaplin faz amesma coisa comoCarlitos ao ser desço-berto pela floresta ou-trora cega.Quem não conhece ocinema canadense, ouquem conhece poucocomo nós, brasilei-ros, vai sentir umagrata surpresa com

este filme minucioso, onde a preocupação coma estrutura da heroina vai às raias da análise psi-cológica, ganhando o difícil campo onde poucosfilmes conseguiram manter-se (lembro "0 Diá-rio de uma Mulher Esquizofrênica").

Excelente programa para um público que es-colhe bastante o que aluga para ver em casa. Po-de experimentar. (Mr Movie).

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Srasí/ía éa capitai

do cinemaComeçou ontem às 20

horas, no Cine Brasilia, oXXII Festival de Brasília doCinema Brasileiro, de âmbi-to nacional, com a apresen-tação do filme de longa-metragem "Uma AvenidaChamada Brasil", de dire-ção, argumento e roteiro deOtávio Bezerra, e do curta"Dia de Visita, de ReinaldoPineiro e Humberto Mar-tins. Mantendo a tradiçãodos anos anteriores, o festi-vai foi apresentado por doisatores, o gaúcho MarcosBreda e a brasiliense Mar-ta Benevolo.

Este ano o evento chegaao público sem recursos dosanos anteriores com umaverba de NCz$ 500 mil, se-gundo seus coordenadores.Dos seis longas escolhidos,apenas dois são inéditos,"Minas Texas", do mineiroPrates Correia, e "Os Ser-mões", de Júlio Bressane.Dos filmes em curta-metra-gem, foram escolhidos seis,ao invés dos 12 inicialmenteprevistos.

Segundo o coordenador-geral Marco Antônio Gui-marães, o evento se trans-formou num festival nacio-nal modesto, e a simplesmanutenção da mostra jásignifica uma vitória. Ao la-do da exibição competitiva,o festival apresentará umaoutra, informativa, onde ai-guns títulos importantes es-tarão presentes. É o caso de"Primeiro de Abril: Brasil",de Maria Letícia, e "Festa",de Ugo Giogetti, o grandevencedor de Gramado desteano. Serão vistos ainda"Ori", de Raquel Gerber,"Lua Cheia", de Alain Fres-not, e "Corpo em Delito", deNuno César de Abreu.

A programação para osdias de festival é a seguinte:hoje (2), o curta "Musika",de Rafael Conde, e o longa"Lili, a Estrela do Crime",de Luís Farias; sexta-feira(dia 3), o curta "Canal Clic",de Sandra Werneck, e o Ion-ga "Que Bom Te Ver Viva",de Lúcia Murat; sábado (dia4), o curta "O Amor nosAnos 90", dos alunos do cur-so de cinema da Casa de Ci-nema de Porto Alegre e aUniversidade Federal doRio Grande do Sul, e o Ion-§a

"Os Sermões",de Júlioíressane. No domingo (dia '

5), será apresentado o cur-ta "Pós-Modernidade", deMirella Martinelli, e o longa"Jardim de Alah, de DavidNeves.

Francaiwèmin 3.°Video Trade

A Francal — Feirase Empreendimentos es-tara promovendo, de 17 a22 de julho do próximoano, a terceira edição da"Vídeo Trade Show",que reúne anualmente asprincipais distribuidorase produtoras de vídeo eáudio do Brasil. O even-to será realizado no Pa-vilhão da Bienal, noParque do Ibirapuera,em São Paulo, ocupandouma área física de 9,1mil metros quadrados —30% maior do que a ocu-pada pela segunda edi-ção da mostra,acontecida no últimomês de março.

A última feira atraiumais de 90 mil pessoas econtou com a participa-ção de 120 empresas que,juntas, faturaram apro-ximadamente US$ 1,8milhão, correspondentesa mais de 400 mil fitas devídeo vendidas. A geren-te de Comunicações daFrancal, Adriana de Li-ma Mestres, acreditanum crescimento signifi-cativo da feira no próxi-mo ano, e estima que opúblico visitante atinjacerca de 120 mil pessoas.Segundo ela, a organiza-ção e promoção de umevento desse porte signi-fica o reconhecimentodas empresas do setorperante a estrutura ope-racional e o "know-how"da Francal, que há 21anos vem realizandomostras no Brasil.

Além da "ViedeoTrade Show", a empresapromove a "Abrin" —Feira Nacional de Brin-quedos, "Francal" —Feira Nacional de Calça-dos e Artefatos, Feira daMúsica, "Interóptica" —Feira Brasileira de ôpti-ca, Foto, Equipamentose Afins, "Escolar" —Feira Nacional de Pro-dutos para Escola, Es-critório e Papelaria e"Conai" — Exposição deAutomação Industrial.

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Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989 O LIBERAL

Opinião Alheia:Os Deuses São Eternos": Cronologia

dos Que Já Foram Para o Olimpo

ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS 5

O trabalho de pesquisa do leitor Adalberto Limae uma homenagem dele e da coluna, neste dia dedi-cado aos mortos, aos famosos intérpretes do cinemaque já se foram desta vida. — LMA1917: Buffalo Bill. 1920: Olive Thomas. 1921: Virei-ma Rappe.. 1922: William Desmond Taylor. 1923: Wal-lace Reid. 1924: Thomas H. Ince, Louis Delluc. 192G:Rudolph Valentino. 1928: Fred Thomson. 1929: Dus-un Farnum. 1930: Lon Chaney, Mabel Normand. 1931:Alma Rubens. 1932: Paul Bern. 1933: Roscoe FattieArbuckle, Renee Adoree. 1934: Lew Cody. 1935: Ma-ne Dresler, Will Rogers. 1936: John Gilbert, Henry B.Walthall. 1937: Jean Harlow, Ross Alexander. 1938:Conway Tearle, Warner Oland, Tom Forman, Pauli-ne Frederick, Pearl White. 1939: Douglas Fairbanks.1940: Tom Mix, Charles Chase, Walter Connoly, BenTurpin. 1941: Julian Eltinge. 1942: John Barry more,Carole Lombard, Joe Jackson, Buck Jones. 1943:Charles Ray, Conrad Veidt, Leslie Howard. 1944:Harry Langdon, Lupe Velez. 1946: William S. Hart,George Arliss, W.C. Fields, Slim Summerville, NoahBeery; 1947 Harry Carey. 1948: Elissa Landi, CaroleLandis, David Wark Griffith, Sergei Eisenstein, C. Au-brey Smith, Warren William, May Whitty, Greg To-land. 1949: Wallace Beery, Richard Dix, FrankMorgan. 1950: Warner Baxter, Emil Jannings, Al Jol-son, Walter Huston, Rex Ingram, Alan Hale, CorineLuchaire. 1951: Maria Montez, Robert Walker. 1952:John Garfield, Jack Conway, Carmem Santos. 1953:Lewis Stone, Roland Young, Norma Shearer. 1954: Lio-nei Barrymore, Sydney Greenstreet. 1955: Theda Ba-ra, Lloyd Bacon, James Dean, Dixie Lee, CarmenMiranda. 1956: Bela Lugosi, Aleksander Dovjenko,George Bancroft, Guy Kibbee, Robert Newton, JeanHersholt. 1957: Oliver Hardy Norma Talmadge, ErichVon Stroheim, Humphrey Bogart, Sacha Guitry, Ro-bert Alton. 1958: Ronald Colman, Robert Donat, Tyro-ne Power, Paul Douglas, H.B. Warner . 1959: VictorMc Laglen, Errol Flynn, Lou Costello, Kay Kendall,Ethel Barrymore, Cecil. B. deMille, James Gleason,Mario Lanza, Edmund Gwenn, George Reeves, Una0'Connor. 1960: Ward Bond, Clark Gable, Mack Sen-nett, Margaret Sullavan, Jacques Deray. 1961: JeffChandler, Charles Coburn, Gary Cooper, Marion Da-viés, Barry Fitzgerald, Chico Marx, Gail Russell, An-na May Wong, Ruth Chatterton, Joan Davis, GeorgeFormby, Nita Naldi, Ray Del Ruth, Mona Goya, Be-linda Lee. 1962: Marilyn Monroe, Ernie Kovacs, Char-.les Laughton, Frank Lovejoy, Thomas Mitchell, HottGibson, Henry Garat. 1963: Richard Barthelmess,Monte Blue, Jack Carson, Adolphe Menjou, Zazu PittsDick Powell, Sabu, Pedro Armendariz, Jean Cocteau1964: William Bendix, Eddie Cantor, Sir Cedric BenHardwicke, Alan Ladd, Peter Lorre, Harpo Marx, Dia-na Wynyard, Pina Pellicer, Ben Hecht, Ari Barroso.1965: Constance Bennett, Mary Bolland, Clara BowNancy Carrol, Steve Cochran, Dorothy Dandridge'Linda Darnell, Louise Dresser, Judy Holliday, StanLaurel, Jeannette Mac Donaid, Mae Murray ZacharyScott, David Selznick, Maria Mc Donaid, Nat King Co-le, Sydney Chaplin, Mady Berry. 1966: Buster Keaton,Montgomery Clift, Walt Disney, Herbert MarshallRobert Rossen, Clifton Webb, Ed Wynn, Francis XBushman. 1967: Mischa Auer, Charles Bickford, Ja-ne Darwell, James Dunn, Nelson Eddy, Jayne Mans-field. Aontonio, Moreno, Paul Muni, Claude RainsBasil Rathbone, Ann Sheridan, Spencer Tracy VivieríLeigh, Aonton Walbrook, Modesto de Souza. 1968: Tal-lulah Bankhead, Dan Duryea, Kay Francis, DorothyGish, Mae Marsh, Fay Bainter, Ramon Novarro, De-

Panorama

¦ HF%_ ámm\ ""«¦^Í-Js.t- :j,i BAflÁSgS. ^ A31

Roftiy Schneider, uma das estrelasdesaparecidas, ao lado de KarlBoehm na série "Sissi".

nis 0'Keefe, Franchot Tone, Virginia Valli, Albert Dek-kef, Amilton Fernandes, Vicente Celestino, SérgioPorto, Sally 0'Neil, Hunt Stromberg, Jean Yonnel.1969: Judy Garland, Rod La Rocque, Sonja Henie, Bo-ris Karloff, Robert Taylor, Thlema Ritter, Sharon Tate,Josef Von Sternberg, Cacilda Becker, Eric Portman,Hugh Williams, Jeffrey Hunter, Charles Brackett,Barton MacLane, Fortunio Bonanova, John Boles.1970: Oscarito, Albert Lamorisse, William Daniels,Frank Silveira, Sonny Tufts, Preston Foster, JuanoHernandez, Luiz Mariano, Marjorie Rambeau, Fran-ces Farmer, Theo Sarapo, Edward Everett Horton,Mary Clare, Chester Morris, Ângelo Rizzoli, 1970: Ge-raldine Hall, Louise Glenn, Charles Ruggles, BillieBurke, Anita Louise, Patrick Aherne, Robert Barrat,Ed Begley, Maria Blanchard, Bourvil, James Ed-wards, Fernand Gravey, Gipsy Rose Lee, Conrad Na-gel, Cathy 0'Donnell, Inger Stevens, Lonore Ulric,Edich Maria Remarque. Claude Allister, Silvie, JimiHendrix. 1971: John Dali, Bronco Billy Anderson, Ker-mit Maynard, Bebe Daniels, Cecil Parker, EdmundLowe, Audie Murphy, Jean Vilar, Granda Farrel, Ha-rold Lloyd, Van Heflin, Píer Angeli, Glauce Rocha,Louis Armstrong, Fernandel, Michael Rennie, DitaParlo, Gladys Cooper, Martha Wickers, Chester Conk-lin; Alice Tissot, Romeo Caries, Spring Byngton, Dia-na Lynn, Sean Flynn. 1972: William Boyd, MauriceChevalier, Miriam Hophins, Brian Donlevy, Marga-ret Rutherford, George Sanders, Akim Tamiroff, LeilaDiniz, Brandon De Wilde, Oscar Levant, Pierre Brás-seur, Leo G. Carrol, Pagano Sobrinho, Jean Gabin,Milton Ribeiro, Sérgio Cardoso, Jorge Mistral, Ma-rilyn Maxwell, Asta Nielson, Gia Scala, Bruce CabotDan Bloker, Claude Cerval, Lucien Nat, Tom Neal, JoiLansing. 1973: Ken Maymard, Sessue Hayaakawa,Edward G. Robinson, Los Charney Jr. Betty Grable,Tim Holt, Verônica Lake, Jack Hawkins, LaurencèHarcey, Robert Ryan, Robert Armstrong, Noel Co-ward, Anna Magnani, Arturo de Cordova. 1974:Johnny Mack Brown, Bud Abbott, Vittorio de Sica,Jack Benny, Walter Brennan, Agnes Moorehead TexRitter, Donaid Crisp, Howard ST. John. 1975: SusanHayward, Pier Paolo Pasolini, Fredric March, Ri-

chard Conte, Adriana Frieto, Josephine Baker. 1976:Busby Berkeley, Richard Arlen, Rosalind Russel, SalMineo, Edith Evans Stanley Baker, Lee J. Cobb. 1977:Charles Chaplin, Elvis Presley, Ricardo Cortez, BingCrosby, Graucho Marx, Peter Finch, Joan Crawford,Richard Long. 1978: Charles Boyer, Jack Oakie, DanDailey, Robert Shaw, Tim Mccoy, Gid Young. 1979:John Wayne, Merle Oberon, Zeppo Marx, GeorgeBrent Joan Blodelll, Mary Pickford, Procópio Ferrei-ra, Gracie Fields, Jean Seberg, Michael Wilding, JonHall.. 1980: John Lennon, Steve Mc Queen, AlfredHithcock, Peter Sellers, Mae West, George Raft, Ra-chel Robert, Rodolfo Arena, Duncan Renaldo, DavidJanssen. 1981: Glauber Rocha, William Holden, Maz-zaropi, Natalie Wood, Vera Ellen Ann Harding. Ro-bert Montgomery, Melvyn Douglas, Renê Clair,Rainer Werner Fassbinder, Keefe Brasselle, Hoagy,Carmichael, Abel Gance, Sara Haden, William Wyler!Watson Macedo, Bob Marley, Lola Brah. 1982: Fer-nando Lamas, Isa Miranda, Dolores Moran, Vic Mor-row, Jacques Tatu, Lima Barreto, Ingrid Bergman,Henry Fonda, Rommy Schneider, Curd Jurgens, Al-berto Cavalcanti, Grace Kelly, Patrick Dewaere, Eleo-nor Powell, Gloria Grahama, Célia Johnson, KenethMore, John Belushi, Virginia Bruce, Sue Carrol, Sa-rah Churchill, Helmut Dantine, Ruth Donnelly, TomDrake, Marty Feldman, Ulla Jacobson, Victor Jory,Lee Patrick, Leigh Snowden, Tom Tully, Jack WeebHugh Marlowe, Diana Napier, Nigel Patrick, JamesBroderick, Domenique Dunne. 1983: Glóra Swanson,Maurice Ronet, Jack Demsey, Harry James, DavidNiven, Luis Brunuel, Pat 0'Brien, Tennessee Wil-liams, Jardel Filho, Buster Crabbe, Dolores Del RioRaymond Massey, Gale Page, Joan Valeria, AliceWhite, Eduard Franz, Faye Emerson, Marian NixonArthur Space. 1984: Richard Burton, Johnny Weismul-ler, François Truffaut, Joseph Losey, Jackie Coogan,William Powell, James Mason, Flora Robson, DianaDors, Richard Widmark, Luther Aldler, Richard Ba-sehart, Jeanne Cagney, Truman Capote, Eduardo DeFilippo, June Duprez, Peggy Ann Garner, Janet Gay-nor, Mary Miles Minter, Ivon Montegu. 1984: Sam Pec-kinpah, Walter Pidgeon, Oskar Werner, RalphRichardson, Pierre Kast, Estelle Winwood. 1985: RockHundson, Simone Signoret, Yull Brinner, Orson Wel-les, Rodolfo Mayer, Francesca Bertini, Anne Baxter,Teixeirinha, Ema DAvila, Michael Redgrave, Loui-se Brooks, Dawn Addams, Scott Brady, Connie Gil-chnst, Richard Greene, Margaret Hamilton, LouisHayward, Leatrice Joy, Edmund O' Brien, KirbyGrant, Donna Reed. 1986: Cary Grant, Jeat Gent,Adolfo Celi, James Cagney, Desi Arnaz, Charles Star-ret, Bessie Love, Ray Milland, Susan Cabot. Geraldi-ne Page. 1987: Bob Fosse, Madeleine Carrol, LinoVentura, Randolph Scott, Danny Kaye, Andy Warhol,Rita Hayworth, Fred Astaire, Roberto Santos, Lee"Marvin, Pola Negri, Viola Dana, Lorne Greene, JohnHuston, Mary Astor, Liberace. 1988: Trevor Howard,Ella Raines, Fernando Coni Campos, John Carradie-ne, John Loder. Joaquim Pedro de Andrade, PaulineLafont, Bob Steele. 1989: John Cassayetes, André Ca-yatte, Gerd Oswald, Lucille Bal, Laurencè Olivier, Bet-te Davis, Cornei Wilde. (Adalberto Lima).

LUZIA MIRANDA ALVAREZPanorâmica

Extra '. '

|§ -Ser, Uma Carreira", deÍOa$Kí3S matinal: «A Dança

^S^^u». de RobertWise.

"Uma Avenida Chamada Brasil", filme de Otá-vio Bezerra que está concorrendo agora no Festivalde Brasília, estreará em Belém, no Cinema I, na pró-xima 5a. feira. E um documentário sobre a famosaavenida carioca, "protejando os seus gritantes con-trastes, como um microcosmo do próprio Brasil" xxxBezerra esteve entre nós recentemente filmando umaco:produção com os ingleses, e apresentou no Centuro filme Memória Viva", de sua autoria, premiado noFestival de Brasi lia do ano passado, xxx O maior su-cesso atualmente nos Estados Unidos é a comédia "OTiro Não Saiu Pela Culatra" (Parenthood), com Ste-ve Martin. O diretor é Ron Howard, um raro segui-dor das comédias antigas, e o cenário das piadas éa vida familiar da classe média americana. Se o fil-me manter a sua posição de líder no "box office" épossível que chegue ao mercado brasileiro pelo Na-tal xxx A Argos Filmes comprou os direitos de dis-tribuição no Brasil de "Asas do Desejo", o já famosofilme de Win Wenders sobre um anjo que desce à Ter-ra e acaba amando como um mortal. A mesma em-presa distribuiu por aqui "Paris, Texas", do mesmo

diretor. Como ela não tem uma produção muito gran-de, o comum é ver suas fitas redistribuídas em terri-tórios como o nosso, Vamos torcer para que "Asas doDesejo chegue logo por aqui. Alias, comercialmen-te o filme permanece inédito no Sul. xxx Martin Scor-cese, famoso depois de "A Ultima Tentação de Cristo"virou produtor de filmes "de arte". É ele quem pro-duz "The Crew", o novo filme de Michelangelo Anto-nioni, e The Grifters", o novo trabalho de StephenFrears, o diretor inglês de "Minha Adorável Lavan-dena" e "Ligações Perigosas". No elenco do filme deFrears estão Melanie Griffith e Gena Davis. xxx Ho-ie, uma carreata dos estudantes de Arquitetura vailembrar os prédios de Belém que deveriam ser tom-bados por representarem marcos de nossa HistóriaNo roteiro da carreata está o cinema Olímpia queapesar de não estar à venda como se dizia ainda nãoesta isento da ameaça de desaparecer diante da es-peculação imobiliária. Neste caso particular, não éa arquitetura que se homenageia, mas a própria His-tona, o cmanto aquele espaço representa para a ci-dade de Belém, xxx Por hoje só; até amanhã

ÍrÃpíío!

RAMO ÜBBÜU AM00:00 PASSO A PASSO COM

CRISTO00:30 SHOW DA MADRUGADA -

Com Jota Batista — Horacerta todo instante — Músi-cas de ontem e hoje — Cu-riosidades — Brindes —Utilidade Pública.

04:00 RELÓGIO MUSICAL DOTRABALHADOR com Este-fânio Nauar — Tutti-Fruti:receitas de frutas — Conhe-ça o Mundo: informações so-bre as nações, suas cidades,suas moedas, religiões, idio-mas, rodovias, etc. — Músi-ca brasileira em todos osritmos — O Flash da Saúda-de: música de ontem —Aparições da Virgem Mariaem Medjugorge na Iugoslá-via — Receitas de ervas me-dicinais.

05:20 PROGRAMA DA AVEMARIA

05:45 ALVORECER DA ES-PERANÇA

06:00 COSTA FILHO SHOW — Ho-róscopo — Bolsa de Empre-gos — Pedidos musicaisdo Rio de Janeiro.

17:00 BOA TARDE SAUDADE(Arquivo da Juventude) comatravés de cartas — Home-nagem aos aniversariantes

do Dia — Hora certa a todoinstante — Roleta da SorteInformações do Pará,Brasil e do Mundo — Repor-tagens externas (polícia egeral).

09:00 BOM DIA TOTAL comThompsom Mota — Seleçãomusical em todos os gênerosReportagens externas emtodos os quadrantes da cida-de (polícia e geral) — Aten-dimento de reclamações dopúblico — Horóscopo — No-ticiário do Mundo Peladeirode Belém.

11:45 LIBERAL NA POLÍCIA comAdamor Filho e Equipe —Resenha Policial — Tacando-lhe a "Pua" — Mesa Redon-da — No Fundo da Cela — ATribuna é Livre (O Povo noRádio) — Noticiário Hos-pitalar.

12:45 A BOLA É NOSSA13:30 BOA TARDE BELÉM com

Santino Soares — Roteiro deatrações, com sucessos detodos os tempos — Reporta-gens externas (polícia e ge-ral) — Utilidade Pública —Resultado (em cima do lan-ce) do "Jogo do Bicho" —Prêmio em dinheiro paraquem acertar o primeiroprêmio do "Jogo do Bicho"

16:00 SUA TARDE FAVORITAcom Adonay do Socorro —Programa popular — Cri ti-cas — Brincadeiras - Repor-tagens externas (polícia egeral) — participação espe-ciai da "Mãe Raimundinha"— Zefinha da Rádio GlohnAdonay do Socorro — Pro-grama focalizando os suces-sos de ontem.

18:00 PRECE DA AVE MARIAcom Clodomir Colino

18:05 ATUALIDADES ES-FURTIVAS

20:30 MOTORISTA BRASILEIROcom Raymar Bentes — Pro-

22:00

23:30

grama popular dedicado emespecial à classe motorizada— Música em todos osgêneros.A VOLTA DO BOÊMIO comLuiz Euclides — Música deSGFGStsRESENHA FINAL - Pro-grama esportivo.

$005:0006:0010:0014:0018:0022:00

LIBERALMusical 94ClaudecyMarkãoAlaysio PintoAluísio PaixãoNey Rocha

Rádio Cultura FM06:00 Horário Político07:10 Musical07:30 Jornal da Manhã08:00 Musical13:00 Jornal da Tarde13:30 Feira do Som15:00 Musical16:30 Brasil Sertanejo17:30 Bit-Bit18:00 Balanço da Bossa19:00 Horário Político20:10 Grandes Orquestras21:00 Vestibular 90 (Reprise)22:00 Cantores do Rádio23:00 FMPB00:00 Classe Especial

Rádio Modelo FM06:00 Festival de Sucessos (Sílvio

Jr.)10:00 Show dos Bairros (Nonato

Pereira)14:00 Ligue Liberal (Paulo Victor)18:00 Trânsito Livre/Emoções Li-

beral (Binho Dillon)22:00 Good Times (Paulo Brasil)02:00 Madrugada Liberal

(operador)

Hoie na TV(SiTV LIBERAL

CANAL 7 - BELÉMCANAL 2 - MARABÁ

03:05Faro Fino - Não se podeenganar a si mesmo05:00 Turma Genial

05:15Padrão Em Cores -Abertura

05:30Telecurso 2? Grau - Bio-logia - História

06:00 Bom Dia Brasil06:30 Bom Dia Pará07:00 Xou da Xuxa11:10 Jornal Liberal11:20 Liberal Esporte11:35 Jornal Hoje12:00 Horário Político Gratuito13:10 Globo Esporte13:15 Vale A Pena Ver de Novo

- Brega & Chique14:00 Sessão da Tarde - Banze

no Oeste' 16:00 Sessão Aventura - QueRei Sou Eu?

16:50 Novela I - O Sexo dos An-jos - Cap. 034

— Gigi aceita se casar com ZéPaulo. Jair conta a Antônio que ai-guns funcionários da sua idade fi-caram trabalhando e ele suspeitaque o patrão o despediu de pro-pósito. Zé Paulo volta a convidarOtávio para ser seu padrinho. Elerecusa. Roge e Isabela vão almo-çar e ela estranha suas atitudes. ZéPaulo pede a padre Aurélio paracelebrar seu casamento. Ruth achao testamento que Tomaz escondeu.Ele a flagra com os documentos namão.

17:40 Novela II - Top Model -Cap. 40

Silas ve Duda e lhe fala dabolsa. Ela pede que ele a devol-va pessoalmente. Simone comen-ta com Silas que acha que Júniorfoi seqüestrado. Gaspar e Marisareatam. Saldanha avisa Gasparque Marisa só o quer porque eleé dono da Conery. Silas chega acasa de Gaspar quando Marisaacabou de achar uma mão ensan-guentada. Ela a reconhece, achaJúnior e o entrega a Silas. Lucasvai jantar com Carla e encontraDuda com Felipe.

18:40 Jornal Liberal18:55 Jornal Nacional19:30 Horário Político Gratuito19:40 Novela III - Tieta - Cap.

071Tieta, Leonora e Filo conse-

guem fazer Imaculada voltar a si.Carol pede a Osnar que não imi-te mais a forma que Modesto achama. Tieta descerra placa emsua homenagem e Perpétua ficazangada porque seu sobrenomenão está lá. Fila revela à Imacula- .da que Ricardo é quase padre. Ti-móteo volta para Santana. Imacu-lada desiste de contar histórias.Gladstone abre o caminhão e re-vela vários eletrodomésticos. Elisafica encantada com as televisões.

21:40 Globo de Ouro22:40Minissérie - Crime Sem

Perdão - Cap. 0323:40 Jornal da Globo24:10 Festival de Sucessos - O

Emissário Mackintosh02:10 Corujão - Ninho de

Cobras04:05 Faro Fino - Não se pode

enganar a si mesmo06:00 Turma Genial

TV TapajósCanal 4 {Santarém)

Cores

Bio-

04:15 Padrão EmAbertura

04:30 Telecurso 2? Graulogia - História

05:00 Bom Dia Brasil05:30 Bom Dia Pará06:00 Xou da Xuxa10:10 Jornal Tapajós10:20 Tapajós Esporte10:35 Jornal Hoje11:00 Horário Político Gratuito12:10 Globo Esporte12:15 Vale A Pena Ver de Novo

- Brega & Chique13:00 Sessão da Tarde - Banze

no Oeste15:00 Sessão Aventura - Que

Rei Sou Eu?15:50 Novela I - O Sexo dos An-

jos - Cap. 03416:40 Novela II - Top Model -

Cap. 4017:40 Jornal Tapajós17:55 Jornal Nacional18:30 Horário Político Gratuito19:40 Novela III - Tieta - Cap.

07120:40 Globo de Ouro21:40Minissérie - Crime Sem

Perdão - Cap. 0322:40 Jornal da Globo23:10 Festival de Sucessos - O

Emissário Mackintosh01:10 Corujão - Ninho de

Cobras

TV GuajaráCanal 4

07:00Brasil Hoje-Jornalismo07:300 Gordo e o Magro -

Humor08:000 Despertar da Fé -

Evangélico08:30 Uma visita em seu lar -

Evangélico08:45Dia a Dia - Jornalismo09:45X'ozinha Maravilhosa da

Ofélia10:15 A Deusa Vencida -

Novela11:00 Boas Novas no Lar -

Evangélico11:30 Alberto Barbosa na TV11:55 L.B.V12:00TVShop12:30 Esporte Total - C/Lucia-

no do Valle e equipe13:00Horário Político14:00 Gil Reis Especial - C/Gil

Reis14:30TV Cidade - C/Everaldo

Lobato15:00Cidade Alerta

C/Amaury Silveira15:30 Ananindeua em Foco15:35TV Cidade - Cont. show16:15 Lopo na Cidade16:30 Casa de Irene - Seriado17:15 Canal Livre-Jornalismo19:00Cidade Notícia - C/Gil-

berto Danin19:05 Jornal do Pará - C/Fer-

nando Navarro19:20 Agrojornal19:30Jornal Bandeirantes20:00 Rituais da Vida - Novela20:30Horário Político21:40Dallas - Novela22:40 Ney Gonçalaves Dias -

C/Ney Gonçalves00:40 Vanguarda01:10 Thompson Sem Censura

- C/Thompson Mota

TV StúdiosCanal 5

05:30 Color Bars c/Música05:44 Abertura05:45Qualificação Profis-

sional06:00 Mãos Mágicas06:15 TJ Manhã - Noticiário — -06:30 Show da Simony - Infantil07:30Oradukapeta - Infantil09:30 Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si

com Mariane - Infantilll:30Chapolin - Comédia12:00 Horário do TSE13:10Bozo - Infantil15:00Show Maravilha - In-

fantil17:05 Chaves - Comédia17:34 Jornal da Cidade - San-

dro Valle/Gisele Pinheiro17:57 Economia Popular - Per-

gunte ao Tamer18:00TJ Brasil - Boris Casoy18:40 Cortina de Vidro - Novela19:30 Horário do TSE20:40 Jô Soares - Entrevistas21:30A Praça É Nossa -

Humor23:00TJ Noite - Noticiário23:30 Perfil - Otávio Mesquita

TV RBACanal 13

05:45 Programação Educativa06:00 Sessão Animada06:30 Brasi lia 07:30h07:00 Cometa Alegria10:55 Vota Brasil11:00 Manchete Esportiva11:30 Jornal da Manchete -

Edição da Tarde12:00 T.S.E.13:10 Mulher 9015:00Futebol "Palmeiras x

Inter-RS18:00 RBA em Manchete - 3a.

Edição18:15 RBA Esporte18:25Grid de Largada18:30Especial - Sebastião

Tapajós19:30TS.E.20:40 Jornal da Manchete - Ia.

Edição21:40 Kananga do Japão - 91°.

Capítulo22:35 Vota Brasil22:40 RBA Debates23:40 Momento Econômico23:50 Jornal da Manchete - 2a.

Edição00:30Torneio de Tênis -

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6 ARTE/ESPETÁCULOS - CADERNO DOIS O LIBERAL Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989

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Em cena, a crise existencial

Edgar Castro

Quantas vezes você disse bom-dia hoje? Cumprimentou alguémdizendo: "Oi, tudo bem?, e esse alguém respondeu "Tudo bem", as-sim automaticamente, como uma coisa pré-cstabelccida. Você nempensou nisso, não é? Pois o Edgar Castro sim. Durante um ano,quando morou em Fortaleza, ele travava um embate consigo mes-mo com uma caneta e um papel. Foi aí que, ele descobriu que tudoisso podia virar teatro. Como virou. A peça do grupo de teatro Péna Estrada, um monólogo intitulado "Garatuja", que vai estrear, ho-je, às 21hl5m, pontualmente, no Teatro Waldemar Henrique, mos-tra César "Garatuja", personagem criado por Edgar para serporta-voz dessas interpretações, diante dos problemas da comuni-cação humana, no mundo de hoje. A peça vai ficar em cartaz atéo dia cinco (domingo), sempre no mesmo horário.

César se encontra em meio a uma crise existencial, onde as coi-sas lhe soam como interrogações sempre: a comunicação superfi-ciai e automática entre as pessoas, a vida, o mundo, as crises, o caos,enfim, uma série de questionamentos que ele vai traçando, despro-vido de um discurso claro, lógico (ou pelo o que se considera serno mundo dos normais). "Garatuja" começa contando a história desua vizinha que se torna vi tima fatal de um plano armado por uma

TVaJBL-- W Tetê Nahaz

Agitos em "Top Model"Ela já disse sim e, quando janeiro chegar, Re-

gina Duarte desembarca em "Ibp Model" para vi-ver Florinda, a mãe de Olívia, cujo futuro começaa ser bolado mas já tem seu passado delineado.Fotógrafa internacional, ex-guerrilheira, ex-caçadora de elefantes no Senegal, passou os últi-mos meses fotografando no Líbano e na Praça daPaz Celestial. Por sugestão da própria Regina, éalegre, de mente aberta, tem outros filhos espa-lhados pelo mundo com outros como Gaspar, eacha que filho tem mais é que se virar para crês-cer como indivíduo. Vai agitar a novela, a mo-derninha.

i empolgante sucesso de "Tieta" talvez pro-| longue por mais algum tempo seu;, pas-sinhos agitadores pelo agreste. E que,

igualando os recordes de outras novelas, apesardo horário tardio em que é apresentada, imagina-se o estouro quando voltar ao horário normal, apósas eleições. E assim, 178 capítulos não serão o li-mite. Não se tira de campo time que está ganhan-do, né?

Com

a história girando em tor-no de Fernanda, uma mulherfechada em si mesma até que

uma gravidez vem mudar sua vida,"quem fica em casa é caramujo" é o"iteletema" que inicia suas gravaçõesna segunda-feira. Dirigidos por JoséCarlos Pieri estão Cássia Kiss, LuizGuilherme, Maria Isabel de Lisandra,Paulo Goulart, Maria Gladys, FelipeMartins, Silvia Salgado, Procópio Ma-riano, Renata Roriz e Mara Sandes, vi-vendo a trama em que Antonio Pedroserá um assaltante.

Mensagem do fim de anoEm função da mensagem de fim de ano se mo-

vimenta a Globo, esta semana, convocando seuelenco para a gravação do dia 7. Artistas e jorna-listas, incluindo Pedro Bial, especialmente solici-tado em Londres, e Lucas Mendes, em Nova York,já recebem a letra da canção que devem decorare entoar frente às cameras em grupos que se mis-turam com as cores do arco-iris. Saudando o tem-po novo e os 25 anos da emissora, e no refrão quea música de Roberto Nascimento e E. Santos ga-nha mais e mais animação: "Não tem pra nin-guém/a Globo 90 é nota 100/A Globo 90 não tempra ninguém/É nota 100".

Entretanto*..Emocionada, Tete Pritzl prepara para o dia

20 o lançamento de seu livro de poesias "Rabis-cos de Fuga". A coisa acontece na Trator a Gam-bino do Castrinho que, entusiasmado com osrabiscos da mocinha, empresta a casa e ofereceos comes e os bebes. ***"0 Caso da Dobra 9" é oepisódio do "Projeto Aventura" que entra em gra-vação dia 18, com Bruna Lombardi e Carlos Al-berto Ricelli, e vira especial de fim de ano. Adireção é de Luiz Fernando Carvalho. ***Em 18 denovembro, Mike Tyson volta à telinha da Bandei-rantes enfrentando Razor Ruddock, o segundo doranking. ***Pelos bochichos, César Filho quer sairda Manchete. Os muitos adiamentos de seu pro-metido programa o deixaram furioso. ***A fomeera tanta que, na ânsia de engolir um sanduíche,num intervalo das gravações de "Desejo" na Aca-demia Brasileira de Letras, o figurante engoliutambém o bigode postiço. Um sufoco.

???Endereços diferentes: Claudia Raia e Alexan-dre Frota, apesar dos desmentidos. ???Enquantoisso, Malu Mader e T_aumaturgo Ferreira atendemno mesmo telefone, apesar dos boatos. ***É Cidi-nha Milan quem vai viver Cora, a empregada deTieta na casa nova. Hilária, dizem. ???Antônio Cal-mon e Walter Negrão, felizes, têm üm Fax em suasvidas, que todas as manhãs desova idéias cá e lápara "Tbp Model". ???Especial de Chico Anysio pa-ra o final de ano foi cancelado para poupá-lo. Masda mensagem de Natal ele não abre mão.???Coleguinha Marly Schall é a nova assessora deimprensa da louríssima Angélica, e vai cuidar pa-ra valer da sua imagem. ???Radiante o Edson Sil-va. O audacioso que trombou seu carro, que poranos transportou Francisco Cuoco, tem que pagaro prejuízo. Sentença do Tribunal de Pequenas Cau-sas. ???Nair Belo, pelos rumores, está deixando aBandeirantes para sentar-se na praça do SBT.

HE-MAN G. Forton & J. Shull

POR PAVOR. MIRANDA... I SINA. MIRANOA... SEUNÃO OUP.R.O QUE SE- ftR-j LUGAR E' AÇ>UlRISQUE POR MINHA- —ÕCAUSA Or^n- ¦*T_Tf ^

[chega1. E*\A mbz\ sesumpoCE D1SCÜYIR.VA-/ADAM,ELE

(___ _x-—>^ MOS PROCURAR/poi ima oi-

.1 k^^JMrWK /^TTMÊÜ LUGAR E/7/* 1\XA \'f^f[JL w\"'A( LO 1 1 <-4( ".O SEU _.DO ! LM -JO-? -L/jZ_-Cjo oUUuA Maurício de Souza/T"7" *" T*'"* \T7" " "* """"_ **" " "*\ ii \sin$c4v*c<&— ip] ~j 's?

/ PARABÉNS, W O SENHOR E UM EXEMPLO DE >\ /^— 3__NV SEU SOUZA! n PONTUALIDADE -, ( m9

J/ «s(fe} | --J ^PARA A FIRMA! J ($CT\ \ \

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BIDU Maurício de Souza

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CHICO BENTO iMaurício de Souza

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dupla de pessoas insanas; depois, conta uma história que se passanuma lanchonete dc um encontro seu com uns pivetes e assim vaifalando sem parar e aleatoriamente. "A primeira vista, tudo pare-ce ser ininteligível, mas há muita coisa a ser captada em meio àshistórias confusas que César conta", afirma Edgar.

Segundo Edgar, o personagem é autobiográfico, porém um pou-co diferente. "O César é o Edgar não revelado na vioda rotineira.O lugar dele é no paldo do teatro, pois lá ele se permite". Mas Ed-gar faz questão que o César ocupe seu lugar devido, pois se consi-dera bem mais equilibrado, principalmente no seu oficio de ator."O César tem suas peculiaridades, seu gestos e reações que são tra-balhados na minha técnica como ator. Não compondo um persona-gem intuitivamente, feito apenas de emoção, pois esta é variávelintuitivamente, feito apenas de emoção, pois esta é variável. Há queter um pouco de razão neste fazer, pois assim o trabalho sai bemmais elaborado". E esta é uma marca do grupo Pé na Estrada nasua trilha teatral.

Para Edgar, fazer um monólogo sempre esteve em seus planos.Há quatro anos começou a dar impulso à sua tentativa. Assistiu amuitas montagens no gênero como "Artaud" e Meu Tio, o Iauare-té", para citar as mais recentes. Há um ano ele se deparou com ummaterial farto de experiência interessantes que poderiam ser mon-tadas para o teatro, embora algumas tenham nascido com a inten-

ção de virarem contos c depois, livros, mas parece que suasrespostas sempre se encontram no teatro. Fez uma espécie de cri-vo, criou uma base teatral para dar unidade aos textos e ptonte, es-tava feito um novo trabalho. Passou a ensaiá-lo ainda cm Fortaleza,,mas a montagem começou depois que voltou a Belém, este ano. liou-ve até um certo receio, revela, de fazer uma peçla em que ele seexpõe com tanta intensidade, mas sua intenção é de parecer o maissincero possível com o público e de passar sua mensagem satisfa-toriamente.

No palcoPara expor ao máximo o personagem César "Garatuja" cm seus

conflitos, o cenário foi idealizado com muita simplicidade. Há umcanto de parede branca, onde foi colocada uma cadeira. Nesse es-paço, o personagem desenvolve suas ações, mas fica praticamentepreso. A cenografia foi idealizada por Lúcia Chedieck e Nando Li-ma. Lúcia também assina a iluminação juntamente com Edgar.Igualmente simples, há apenas efeitos de luz e sombra com umaluz comum e direta. A sonoplastia ficou a cargo de Evandro Pateloe Leonardo Bitar; a produção visual a cargo de Uirandé Mendon-ça: a consultoria musical para sonoplastia com Luís Paulo Mar-quês; material de divulgação com Aníbal Pacha; apoio geral, docafezinho ao apartamento para os ensaios, de Oreana Bitar; o tex-to, a direção e interpretação, de Edgar Castro.

III Sessão Espaçorevela novos talentos

Os espaços para os artistas se abrem erevelam, entre outras coisas, o esforço de-les em produzir trabalhos de qualidade. Éassim que se vê, por exemplo, na III Ses-são Espaço, uma das programações feitaspela Fundação Cultural do Pará TancredoNeves, que visa revelar novos talentos nasartes plásticas. A exposição vai até o dia 8deste mês e pode ser visitada no horário das8 às 22 horas, no hall Ismael Nery. São 16artistas que estão mostrando trabalhos empintura, desenho e escultura. A maioria co-meçou há pouco tempo, alguns estão es-treando agora nessa mostra. Em todos eles,porém, o mesmo desejo: revelar seu talen-to ao público.

Ricardo Alves faz sua estréia nessa ex-posição. Ele trabalha desde criança expe-rimentando o grafite e a técnica mista. Sãocinco trabalhos com figuras surrealistasque ele classifica como simples. Ricardo éautodidata e pretende agora desenvolvernovas técnicas em seu trabalho como artis-ta. Gina Siqueira fazia arte por encomen-da. Ela pinta desde os 14 anos, semprebuscando o surrealismo para conquistar no-vos conhecimentos. Essa é a segunda expo-sição da qual participa onde mostra quatrotrabalhos em óleo sobre tela.

Nina Matos faz um trabalho, segundoela, "meramente intuitivo, gestual", ondejá não se vê a preocupação com temas so-ciais, que marcou sua estréia nas artes piás-ticas, quando ainda era estudante deEducação Artística, na UFPa. Na coletiva,mostra quatro trabalhos em técnica mista.Nina já expôs na Biblioteca da UFPA, par-ticipou de uma coletiva na então galeria Ar-te Liberal intitulada "Transcolagens", e naDon Pablo, no final de 88 e início de 89. Con-correu na promoção da Prefeitura de Belémno último projeto Pintarte, com o tema "Cí-rio" e está planejando fazer uma individualno próximo ano.

A. Carneiro pinta há 30 anos. Para ele,um de seus trabalhos marcantes, a seu ver,foi ter participado da construção da cidadede Brasília, onde realizou pinturas artisti-cas para o Departamento de Educação e Di-fusão Cultural do Novacap. Nessa exposiçãoapresenta seis trabalhos em óleo sobre te-Ia com a temática Amazônia, buscando avalorização do verde. Atualmente, ele tra-balha na área de editoração. Cuité trabalhahá 10 anos com artes plásticas. Já expôs naUFPa, na "César Moraes Leite" e no pro-jeto "Dilúvio Cultural". No ano passadoparticipou do Festival do Caranguejo em

São Caetano de Odivelas e mais recente-mente da exposição "Relação", na galeriada Caixa Econômica Federal. Na mostra doCentur ele prossegue com a linha de traba-lho de "Relações": desenhos sobre papel,onde busca a origem do universo, a nature-za, sem seguir uma linha ecológica.

Sônia Lasserre é uma arquiteta argen-tina que encontrou em Belém um espaço pa-ra mostrar sua arte. Já expôs no projetoPraça Aberta por duas vezes. Desta vez elamostra sete trabalhos em aquarela, óleo,pastel e colagem, com temas arquitetônicose um quadro da situação econômica e social,que considera como um compromisso. Ronyé cartunista há três anos. Este ano recebeuuma premiação na Bienal da AssociaçãoBrasileira de Engenharia Sanitária. Na Ses-são mostra sete trabalhos em quadrinhosbem humorados que retratam a situaçãoatual do pais. Já expôs na mostra Arte Pai-xão, no Dilúvio Cultural e está expondo tam-bém, pela segunda vez, na IV FeiraUniversitária, da UFPa.

Rilke faz sua segunda mostra coletiva,a primeira "Relação", onde buscava a Ter-ra como um infinito palpável. Na Sessão eledá prosseguimento a essa temática comquatro trabalhos em aquarela. Vai partici-par de 6 a 9 deste mês da Amazonarte, noClube dos Maristas. Já Paulo Guimarãesfaz sua quarta exposição com técnica mis-ta, somente este ano. Seu trabalho tem mui-to a ver com música, aliás todo seu processotem que passar pela música para obter umresultado satisfatório. Ele também vai par-ticipar da Amazonarte.

Marcos Carvalho iniciou como artistaplástico durante um curso feito no ano pas-sado na galeria Don Pablo, onde fez primei-ra exposição. Nesta segunda, utiliza temassobre índios e natureza morta, todos em téc-nica mista. Seus trabalhos também vão es-tar expostos na I Amazonarte. ParaRonaldo Vilhena, seu trabalho é um exer-cício permanente. Com muita liberdade, eleusa a técnica nanquin sobre papel, mas semseguir nenhum padrão. "Pinto só o que que-ro", assegura. Nessa mostra expõe cincotrabalhos sobre o tema mulher. Ele já tra-balha com artes plásticas há três anos e fazagora sua quarta exposição. A primeira foino Arte Paixão, depois no projeto PraçaAberta. Paralelamente a essa mostra, eleestá expondo seus trabalhos na escola de 2?grau "Renato Conduru", no bairro da Pro-vidência..

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cantor ecompositorgaúcho Nei

Lisboa estará se apre-sentando em Belémnos dias 3,4 e 5 de no-vembro, no palco doTeatro MargaridaSchiwazzappa, doCentur. O espetáculoé uma promoção daEccr~> Produções, deMourão Júnior e Cie-mente Faria. No re-pertório do show,muito blues, rock,MPB e baladas de au-toria do cantor. NeiLisboa, 30 anos, natu-ral de Caxias do Sul,é, juntamente com Vi-tor Ramil, uma dasmaiores revelaçõesque o Rio Grande doSul trouxe à músicabrasileira nos últimostempos. Em seus dezanos de carreira, jálançou os discos "Praviajar no Cosmos nãoprecisa gasolina","Noves fora", "Care-cas da Jamaica" e"Hein?!", desenvol-vendo um trabalhoem que se observa in-fluências de CaetanoVeloso, Gilberto Gil,Pink Floyd e, princi-palmente, do ritmonegro do Mississipi, oblues.

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HORIZONTAIS — 1- Grosseiros; 8- Comuna da Itália, naprov. de Novara; 9- A Santa de Cássia; 10- Boa disposi-ção moral; 13- Nota musical; 14- Planta liliácea oriun-da da China; 15- A primeira mulher; 17- Sigla do Estadode Mato Grosso; 19- Título abissínio; 21- Planta lábia-da; 23- Cidade das Filipinas, na ilha de Samar; 25- No-me de uma ave aquática; 27- (Mit. eg.) Esposa atribuídaa Ra; 29- Uma das ilhas Yap; 30- Para os alquimistas:sol, ouro; 32- Departamento da França; 34- A ti; 35- At-mosfera; 37- Não resistir; 39- Produzir efeito; 41- Rio daLetônia e da Lituânia; 42- Escarnecer de.

VERTICAIS — 1- Que tem lustro; 2- Lagarta nocivaàs folhas das árvores; 3- Qualquer tecido de malha: 4-Abrev. de senhor; 5- Literato francês, de origem polo-nesa (1845-1924); 6- Pedreiro, no Malabar; 7- Espécie devioloncelo tai; 11- Soltar queixumes; 12- Palavra bibli-ca: desejo; 16- Na língua tupi: cabelo; 18- Adubar; 20-Palavra persa: cabeça; 22-Divindade egípcia, represen-tava o ocaso do Sol; 24- Condimento; 26- Embarcaçãode recreio; 28- Nome de uma ave do Senegal; 31- Qual-quer guisado; 33- Instrumento para tecer; 36- Medidahebraica de comprimento; 38- Para os calons: mãe; 39-O resto; 40- A légua japonesa.

Solução do problema anterior (N° 4.890): HOR -A.C. — amatar — ás — um — se — opus — er —- Egcu

ero — Ole — refém — puri — seca — édito — ror —rod — cair — os — Idro — Sá — Ta — oe — omitir — ré.

VER. — capeludo — mu — ame — ás — retomar —sugerido — se — referido — Ur — recorrer — operoso

PS — it — oc — ai — set— A.M. - Ai.

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O LIBERAL

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Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989 OUBBtaL índice - 2- página

>OCf>4f.Graça GusmãoPor todos esses dias tenho

pensado no que dizer, mas hojesó sei dizer te amo. Feliz

aniversário Mauri 9ioGusmão — 02/11/89

Dilson de Jesus Corrêa Pantoja(In Memorian) — Sor Viajante

Que faz de seu barco, seus pés. Que faz dos rios, seu asfalto. Que faz de suavisão, seu céu. Do que fica o que parte, apenas o querer. Esquecer-te, jamais.(Um poema sem retórica ao mais viajante dos viajantes, ao mais sonhador dos

sonhadores, ao mais homem dos homens). De seus pais, esposa, filhos e irmãos.

Lenilde 2/11/89A fe.ía maior é ter você ao nosso

convívio, hoje que completas mais umano de feliz existência nos alegra emver o bom exemplo como jovem que

é. Teus pais. Anesio e Elivae.

Bené Chaves (Sfludadss)Em cada amizade existe momento de simplicidade, e no momento, lembro de você amigo negro,

humilde que com fé ensinou-me a verdadeira palavra de vida. Alegre, com sorriso sempre largo riaesperança de mudar tudo que estava ao seu alcance. Lembrança, saudade, tristeza, pois no

momento guardo na mente o irmão, amigo, mestre e pastor que tostes. Hoje tenho a certeza queno horizonte você surgirá um dia. As coisas materiais, lições, pensamento que deixaste aquiconosco, não dá para (icar pensando na sua partida, e sim ficar no pôr do sol em orações,esperando tua volta na eternidade, eternidade, eternidade. Jorge Oliveira Formlgosa

(Rio de Janeiro) 02.11.89

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2 CLASSIFICADOS O LIBERAL Belém, quinta-feira. 2 de novembro de 1989

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Educação e Cursos / Medicinae Saúde / Assessoria Jurídica/ Serviços Diversos.

UTILIDADES PARA 0 LAR:

Decoração / Serviços para oLar / Antigüidades e Artes /Festas, Animação e Alimenta-ção / Animais e Planfas / Cine,Foto e Som / Diversos.

UTILIDADE PURLIGA:

Telefones úteis / Empregos Dis-poníveis no SI NE / Achados ePerdidos

COMUNICADOS:

Documentos Perdidos / Mu-danças de Endereços / Duversos.

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NEOÓCIOS; INVESTIMENTOSE OPORTUNIDADES:

Estabelecimentos Comerdais eIndustriais / Jóias / Emprésti-mos e Finanças / Telefones / Di-versos

tsktéésàMATERIAIS DE CONSTRUÇÃO:

Serviços, Obras e Reformas /Materiais Diversos

<3È>MAQUINAS EEQUIPAMENTOS:

Assistência Técnica e Instala-ções / Aluguel, Compra, Ven-das e Leasing / Diversos

VEÍCULOS:

Volkswagen / Chevrolet / Ford/ Caminhão / Fiat / Moto /Acessórios, Peças e Serviços /Transportadoras / Locadoras eMudanças / Diversos.

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AMANHÃ EM BELÉMApós permanência de uma sema-

na no porto de Manaus, onde deu apoioa um bom número de participantes doEncontro dos Ministros dos Transpor-tes, já está regressando a Belém o ca-tamarã "Amazonas" da ENASA, sob ocomando do Capitão-Fluvial José Ra-mides, cuja chegada em nossa capitalestá prevista para amanhã por voltadas 20,00 horas, com um bom númerode passageiros na classe turística.

Essa mesma embarcação já está

programada para realizar nova viagempara Manaus no próximo dia 16, já es-tando inclusive com sua lotação esgo-tada, segundo informações da própriaENASA.

E ENASA agora, está também ope-rando normalmente com o ferry-boat"Jurujuba" na linha de Manaus notransporte de carga geral, devendo bre-vemente lançar também nessa mesmarota e ferry-boat "Boa Viagem", que nomomento recebe a revisão necessária.

AForoH,, a ^ ¦*• Secretaria dehi?,^2 de Transportes, está pu-bhçando aviso, comunicando quefará realizar no próximo dia 17 denovembro do corrente tomada d*preços para contratação de em-presa naval (estaleiro) para exe-cuçao de serviços de recupera-

vaundOnas vistorias Çem's°eTe

No mesmo aviso também acontratação de serviços Mraconstrução dos acesVoSÇ rampllPortou £,es^°naientoPdo

ContratoA Linave, empresa que pouco

a pouco vem se destacando no ce-nario regional da nossa navegaçãofluvial, acaba de assinar um novocontrato com o estaleiro ETN, pa-ra a construção de uma possantebalsa de 2.000 toneladas, com re-cursos próprios.

Como se sabe, a Linave, ante-riormente operava exclusivamentepara Porto Trombetas com via-gens reguiares no sistema conven-cional, e no transporte de carretas,hoje devidamente habilitada, estátambém entrando para as opera-ções no sistema ro-ro/caboclo narota de Manaus.

Podemos também informarque a Linave, dentro de mais ai-guns dias estará também incorpo-rando à sua frota um novoempurrador com capacidade deempurro para 2.000 toneladas.

DestaqueO estaleiro Bacia-Amazônica S/A,

que tem recebido as mais destacadasvisitas, inclusive de autoridades, rece-beu os melhores elogios do vice-almi-rante Sérgio Alves Lima, Comandan-te do 4? Distrito Naval, que esteve re-centemente ali, pela excelente apre-sentação, dispondo dos mais sofistica-dos equipamentos e devidamente ha-bilitado para a construção de qualquertipo de embarcação.

0 EBAL, como é conhecido, temna sua presidência o jovem engenhei-ro-naval David Serruya (foto), quevem desenvolvendo um extraordináriotrabalho, com destaque nacional.

Em fase de construção adiantada,se encontra ali o navio "Sonja Guedes",com recursos financeiros do Fundo da

DOCASImpressionante sobre todos os

aspectos o grande trabalho quevem sendo desenvolvido pelo atualpresidente da Companhia Docasdo Pará, Ronaldo Campos, objeti-vando a organização das finançasdessa empresa, cujos resultados jácomeçam a surtir os efeitos espe-rados, prova sem dúvida de suacompetência administrativa, jun-tamente com alguns diretores des-sa controlada da Portobrás.

Na próxima semana, com da-dos concretos da situação da CDP, ¦Ronaldo Campos, segue para Bra-sília, onde manterá um demoradoencontro com o presidente da Por-tobrás, engenheiro Carlos Théóf i-'lo, podendo até chegar ao ministro'dos Transportes José Reinaldo Ta-vares, reivindicando inclusive umasérie de melhoramentos para oporto de Belém.

Marinha Mercante, cuja entrega sedará dentro do primeiro semestre dopróximo ano, e será um orgulho paraa indústria naval da Amazônia.

A V AN TEVISITA — Os dirigentes do Sin-

dicon — Sindicato dos Conferentese Consertadores do Pará e Amapá,ficaram bastante sensibilizados coma visita do ilustre presidente daCompanhia Docas do Pará, Ronal-do Campos em sua sede social. Istojamais aconteceu, como disse Luci-dio. Gomes, é um bom prenuncio. -xxxxxx- DIRETOR — O novo diretorfinanceiro da CDP, dr. Rubens N.Brito, é também grande expert emfinanças, já tendo exercido outrasimportantes funções públicas. -xxxxxx- BEM INFORMADA — Estacoluna, modéstia a parte, semprebem informada, confirma para bre-ve movimentação de um dos maiscapacitados executivos do setor daarmação fluvial, -xxxxxx- ENASA —Ontem corria solto na beira do cais,que por força de um contrato, o no-vo diretor de navegação da Enasa,seria mesmo indicado pelo senadorJoão Menezes.. Olho vivo Herminio.-xxxxxx- DENÚNCIA — Comprome-tedora denúncia envolvendo três ser-vidores dc conhecida empresa dosetor. Repetimos, lembrai-vos 64. -xxxxxx- ABRAÇO — Daqui meuabraço ao prezado Confúcio Nina Ri-beiro, que se encontra em rápido re-lax na capital cearense. Tudo OKamigo, -xxxxxx- NAVIO — Com a en-trada de mais um navio no transpor-te de passageiros na linha deMacapá poderá haver saturação demercado, segundo informações che-gadas ao colunista, -xxxxxx- POLI-TICA — De boa vizinhança é o quepretende fazer Ronaldo Camposcom as entidades representativas dosetor portuário. Isto è muito bom. -xxxxxx- DRAGA — A sofisticadadraga "Maranhão" que recentemen-te foi entregue ao tráfego, vai ficarprestando serviços por tempo inde-terminado no porto de Itaqui em SãoLuis do Maranhão, -xxxxxx- RECU-PERAÇÃO — A Jonasa que possueuma grande frota de embarcações,está revisando todas as suas balsase empurradores, para atender futu-vãmente um imporicmte contrato in-clusive com a utilização dasuper-balsa "Rainha da Amazônia".

-xxxxxx- APARELHOS — Os moder-nos navios mercantes, estão sendodotados dos mais sofisticados equi-pamentos, inclusive telefax. -xxxxxx- FINANCrAMENTO — Até ofinal deste ano estarão sendo libera-dos diversos financiamentos paraconstrução de embarcações paraempresas fluviais, cabotagem e delongo curso, cujos pedidos estão ro-lando há bastante tempo, -xxxxxx-SUCESSO — Foi sucesso absoluto aprimeira viagem do ferry-boat "Jo-sé Humberto" da Reicon para o rioXingu. José Rebelo agora está rea-lizado. -xxxxxx- VIAGEM — O "Ba-rão de Teffé", de apoio oceanográficoda Marinha do Brasil, partindo pa-ra mais uma viagem de pesquisa naAntártica, devendo permanecer naIlha George seis meses, -xxxxxx-ENCONTRO — A distinta MarileneRocha, representante da Portus emBelém, participou do I Encontro eCurso de Desenvolvimento dc Re-presentantes, realizado no Rio deJaneiro, onde por sinal teve atuaçãodestacada. Maiores detalhes na pró-xima coluna, -xxxxxx- ALMOÇO —Confirmado para o próximo dia 8 oalmoço promovido pelo Clube de Na-vegação, em homenagem aos 100anos do Lloyd Brasileiro, já confir-mamos nossa presença, -xxxxxx- IN-TERDIÇÃO — A sindica do EdifícioInfante de Sagres, que é funcionáriatambém do Inamps, interditou qual-quer operação do elevador desseprédio para o 17? andar, onde justa-mente funciona a delegacia da STA— Secretaria dos Transportes Aqua-viários do Ministério dos Transpor-tes, cujo andar é próprio. Essamedida está prejudicando seria-mente, não só os funcionários, comotambém as próprias empresas denavegação que mantêm contatosdiários com esse importante órgãodo Governo Federal, -xxxxxx- PRE-SENTE — Meu estimado irmão eamigo Luiz Rocha, no bureau do co-lunista trazendo "Minhas Serestas",de autoria de seu irmão Loris Perei-ra, nõo esquecendo também do co-mandante Gilberto Gouvéa. Grátis-simo. -xxxxxx- PÁRA.

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ORAÇÃO A SÃOC0SMÈ E DAMIÃO

Ohl São Cosmee Damião, vós queperdestes a vida pe-los que necessitam deamparo, Vós que de-dicastes toda a exis-tência ao bem,valei-mo neste instan-te de provação. A vósimploro que me aju-de a conseguir estagraça (fazer o pedi-do) em nome do Pai,do Filho, do EspíritoSanto. Rezar commuita fé a oração se-guida de 3 Pai Nos-so e 3 Ave-Maria,durante 3 dias. No4? dia mandar publi-car no jornal e darcom muito carinho umpresente a uma crian-ça carente. Se tiver féserá atendido.

L. S. S.

ORACAO DOSAÍLI10SAflita se viu a

Virgem aos pés dacruz, aflito me vejoeu valei-me Mãede Jesus. Confioem Deus com todasas minhas forçaspor isso peço aDeus que iluminemeus caminhosconcedendo-me agraça que tantodesejo.

Faça o pedido,mande publicar no3? dia, observe oque ocorrerá no 4?dia.L.S.S

SUPLICA AOCORAÇÃO DE JESUS(ACENDIÊ UMA VELA 9 DIAS)

Meu Sagrado Co-ração de Jesus em Vósdeposito toda a minhaconfiança e esperança.

Vós que sabeis tu-do, sois o Senhor doUniverso, sois o Rei dosReis, Vós que fazeis oicego ver, o paralíticoandar, o morto voltar a

wiver, 8'leproso curar.Vós que vedes as minhas í'¦'aflições, as minhas an-Jgústias, os lágrimas dos ique choram, bem sabeis \Divino Coração de co-mo preciso alcançar de:Vós esta grande graça'(peca a graça). A minhasúplica me dá ânimo eialegria para viver, só de'Vós espero com fó e con-jfiança (peça a graça no--vãmente).

Fazei Sagrado Co-iração de Jesus, quo an-tes de terminar estanovena alcance esta tãogrande graça.

Para Vós agrade-cer, mandarei publicarpara que os homens'aprendam a tor fé e con-fiança em Vós.

Iluminai os meuspassos Sagrado Cora-ção de Jesus assim como;esta vela está nos ilumi-nando e testemunhandoa nossa súplica.

Sagrado Coraçãode Jesus, aumentai a mi-nha fé.

Agradece uma gra-ça alcançada.

Aurora Almeida

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Jornal dos D NÂO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTEaiFrOS V-^Nz-Ajn \~\

Belém, quinta-feira, 07. He nnwmhm rie 10«0 \_^_^__WBm«^^ ha po gumapa %^ f

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O LIBERALSacramentaTelégrafoVal-de-Cães

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Ano III, edição n? 555

Val-de-Cãesjá tem seu

Complexo deAbastecimento

Financiado pelo governo doEstado através da Cohab, o Com-plexo de Abastecimento do Provi-dència, no conjunto de mesmonome, em Val-de-Cães, ainda nãofoi oficialmente inaugurado. Ape-sar disso, 60% de sua capacidade jáestá em funcionamento. O Comple-xo vai servir os moradores dos di-versos conjuntos residenciaisexistentes no bairro, através de umsistema moderno e higiênico quesubstitui as feiras livres. O local se-rá administrado pela PrefeituraMunicipal de Belém (PMB) e seráinaugurado pelo governador do Es-tado. Pág. 7

Centro Social promove cursosPag. 4

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Bi I

:Plantão nos Bairros":São Benedito"A passagem São Benedito,

na Sacramenta, cortada peloigarapé São Joaquim, jã nãosabe a quem recorrer para so-luclonar o problema da ponteque dã acesso a pessoas e car-ros sobre o Igarapé. Construída

em madeira, a ponte jã nãooferece as condições de segu-rança necessárias. O constantetrafego de vefculos pesados fezcom que, aos poucos, a pontefosse se deteriorando. Todos pe-dem soluções. Pãg. 8

Umbanda ganha cada vezmais adeptos: Pedreira

Pág. 6 .

2 O LIBERAL

ServiçosTelefones úteis

e de emergênciaAeroporto — 223-4122;Alcoólicos Anônimos

224-2965; Banco deSangue — 229-4511;Celpa-Plantão196/Informações 120;Corpo de Bombeiros

193; Cosanpa —195; Detran 194; Pre-vidência Social --191; INAMPS-ProntoAtendimento —231-0003; Prefeitura

156; Pronto Socor-ro Municipal — 192;Rádio-Patrulha —190; Sunab — 198;Terminal Rodoviário

228-0500; Trans-portes Urbanos —158.Telefones públicos

comunitáriosAvenida Pedro

Miranda, esquina datravessa Timbó (PM-box) — 233-0144; ruaStélio Maroja (PM-box) — 233-2000; eavenida Sul, quadra23 (PM-box) — Con-junto Providência —233-1500.

HospitaisCentro de Saúde

da Sacramenta —avenida Senador Le-mos, 4321, esquina daDoutor Freitas; Cen-tro de Saúde Pedrei-ra — avenida PedroMiranda com Mauri-ti; Unidade Munici-pai da Pratinha —rodovia Arthur Ber-nardes; e Centro deSaúde Providência —Conjunto Pro-Morar,Q. 76, avenida Norte.

Jornal dos Bairros Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989

Estivas trocadas na Vila da BarcaDentro de mais 15 dias,

os trabalhos de recupera-ção das estivas da Vila daBarca, no bairro do Tele-grafo, devem ser concluí-dos. A previsão é de WadyHomci, secretário Munici-pai de Saneamento. Segun-do ele, serão recuperadosmais de 1.200 metros de es-tivas. Todo o trabalho estásob a responsabilidade dafirma P. Pimenta, que con-seguiu ganhar a concorrên-cia aberta pela PrefeituraMunicipal de Belém.

As obras foram inicia-das no último dia 21. Cincodias depois o prefeito deBelém, Sahid Xerfan, foi àVila da Barca ver de pertoo andamento dos trabalhose visitou a comunidadeacompanhado de WadyHomci. A recuperação dasestivas da Vila da Barcadeve custar aos cofres pú-blicos aproximadamente

0 LIBERAL

Jornal dosBairros

RuaGaspar Viana

223 a 253Editora

Lorena SouzaTelefone

222-3000 (PABX)RedaçãoRamal 177

PublicidadeRamais 117 e 135

Telex(91) 026 e 1826

Shtxxna Rotnuto Maioranade Carraricaçdo.

NCz| 150 mil, de acordocom as informações do se-cretário de Saneamento. Atravessa Coronel Luís Ben-tes, principal via de acessoà Vila da Barca, tambémserá totalmente recupera-da pela-Prefeitura de Be-lém, atendendo uma antigareivindicação dacomunidade."Na próxima semana,serão iniciados os traba-lhos de pavimentação as-fáltica da Coronel LuísBentes e da rua Belém",afirmou Maurício Almeida,titular da Secretaria Muni-cipal de Obras (Semob).

Trocar os esteiosImpacientes, alguns

moradores da Vila da Bar-ca querem que a Prefeituratroque imediatamente osesteios de madeira que sus-tentam as estivas da vila."Não adianta mudar a ma-deira de cima da passarela

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4 "— z: IOs moradores queiem que os esteios de sustentação sejamtrocados

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Mais de 1.200 metros de estivas estarão recuperados ao Iinal dos trabalhos

e deixar o resto podre. Issonão vai agüentar muitotempo", disse o moradorJoelson Luís, 19 anos deidade. Rosemary Pantoja,28 anos, também pediu quea PMB substitua a base dasestivas. Maria do SocorroFeitosa, 28 anos, acreditaque com os esteios apodre-cidos as passarelas não fi-

carão inteiras por muitotempo. Já para FernandoTavares, a Prefeitura estáfazendo o possível paramostrar um bom trabalho.

Por telefone, WadyHomci explicou que "todosos esteios apodrecidos se-rão trocados pela firma P.Pimenta, e os trabalhos derecuperação das estivas

devem estar concluídosdentro do prazo previstopelo contrato". Segundo osecretário, a Prefeitura es-tá utilizando maçarandubana restauração das pontesda vila por ser madeira demaior resistência. "As esti-vas vão durar mais tempoe não apodrecerão com fa-cilidade", concluiu.

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Fernando Tavares: bom trabalho Joelson luis: madeira podre

Comer bem-As carnes — boi, porco, frango e peixe —

são alimentos importantes, pois possuem pro-teínas responsáveis pelo crescimento dascrianças, desenvolvimento e manutenção doorganismo. Além das proteínas, as carnes têmtambém vitamina A e complexo B, responsa-veis pela boa visáo, um bom crescimento e pelesadia, evitando infecções. Também são ricasem mir ferro, cálcio e fósforo, importan-tes pai» jrtalecimento dos ossos, dentes esangue, protegendo contra as anemias.

São importantges também para a alimen-tação os miúdos e vísceras — moela, fígado ecoração — que sáo tão ou mais ricos que a car-ne bovina, pois fornecem maior quantidade devitaminas, principalmente vitamina A e mine-rais, além de serem mais baratos.

Como prepararDobradinha ou bucho: o bucho pode ser

limpo, deixado de molho em água com limãodurante uma hora. Depois, lave bem, esfreguesuco de limão e afervente. Ma ferrara, você po-

de colocar um limão e uma cebola inteiros oucom casca, para tirar o odor forte. Após essafervura, tempere normalmente e deixe cozi-nhar. Pode preparar com cenoura em tiras erodelas de lingüiça.

Rim: Pode ser servido sozinho ou mistura-do com outras carnes. Para guardar, convémdeixar o rim de molhoi em água com limão porduas horas, trocando a água por duas ou trêsvezes. Em seguida, coloque numa vasilha comsuco de limão e guarde nma geladeira por nomáximo um dia. O seu preparo básico consiterem retirar a pela e o excesso de gordura comuma faca ou tesoura pequena. A seguir, deixe orim de molho em água gelade por 45 minutos,tempere e cozinhe normalmente.

Língua: deve ser levada em água morna edepois escovada em água corrente, com escovade cerdas duras. A seguir, deixe de molho emágua com limão por meia hora; coloque emuma panela, cubra com água e acrescente umacolher (chá) de pimenta e cominho. Quando a

língua estiver macia, tire da água de cozimentoe mergule rapidamente em água fria. Isto faci-lita bastante a retirada da pele e das raízes.

Coração: limpe com uma faca, abrindo ocoração até a metade. Depois, corte as veias decima, assim como as membranas divisórias,para deixar a cavidade limpa. Lave bem emágua mornma e deixe de molho em lugar frio,numa solução de água e vinagre em partesiguais, por duas horas antes de cozinhar.

Fígado: Retire a membrana externa e asveias. Corte em fatias finas, passe em umamistura de sal, pimenta e comino. Leve ao fogoe doure rapidamente dos dois lados em poucagordura. Depois, acrescente água ou caldo decarne e deixe cozinhar lentamente em panelatampada. Se desejar, pode também tempetarcom limão.

Mais informações na Sagri, na travessa doChaco, 2232, bairro do Marco, com a nutricio-nista Adaneide Martha Malheiros Pereira.

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Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989 Jornal dos Bairros¦'¦<i»ammtmis»Aaíst^m»6B^sisaSsMm

O LIBERAL 3

Barulho tira o sono do TelégrafoFoto., Miro Jolene ^^ ^"^ """ ^^&*--**¦ *<¦¦. X^is moradores da avenida Sena- B» ===^=-^^1 *mJ>Os moradores da avenida Sena

dor Lemos, às proximidades da pas-sagem das Flores, no bairro do Telé-grafo, estão revoltados com a gerên-cia do clube de festas dançantes co-nhecido como "Galpão". Segundoeles, os proprietários das aparelha-gens de som contratadas para animaras festas do "Galpão" todos os sába-dos e domingos não dão a mínima im-portância para a paz da comunidade.

Os moradores dizem que as apa-relhagens colocam o som das músicasno mais alto volume, infernizando avida de quem deseja ter paz e sossegonum final de semana depois de tertrabalhado durante cinco dias. Outrairregularidade apontada pelos mora-dores é a localização das caixas desom no interior da sede. Segundo eles,as caixas são colocadas estratégica-mente de frente para o portão princi-pai, para aumentar ainda mais a po-tência do inferno sonoro.

Brigas e barulhoMas as queixas contra a gerênciado "Galpão" não param por aqui. A

comunidade denunciou ainda as bri-gas entre os freqüentadores do clube.

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Edna Mello: dentro de casa

"É comum que turmas de rapazessaiam aos socos e pontapés de dentroda sede. A briga só termina no meioda rua", protestou a moradora EdnaMelo Pires, que vive na avenida Sena-dor Lemos há mais de três anos. Ednadisse que durante as festas no "Gal-

Severino Barros: bagunça

pão'', tem a impressão "de que o somdas músicas está dentro de casa"."Ninguém da área consegue pegar nosono durante os finais de semana Obarulho é insuportável. Alguns mora-dores chegam a chamar a polícia pa-ra acabar com a bagunça, mas nem

mesmo a polícia atende os chama-dos", contou a moradora.Outro morador prejudicado com oabuso praticado pela gerência do"Galpão" é Severino Barros, 82 anosde idade. Ele mora há 19 anos no mes-mo quarteirão do clube dançante.'Sabe, até que eu entendo a juventu-de; os rapazes estão querendo diver-são. Mas o que não pode acontecer é abagunça geral dentro do 'Galpão', co-mo vem acontecendo. É impossível

dormir durante os finais de semanapor causa do som alto das aparelha-gens", protestou Severino.

Quem também protesta contra afalta de respeito com a comunidadedo bairro é José Napoleão Mendes, 36anos de idade, que vive há 14 na Sena-dor Lemos. Ele disse que alguns mo-radores já procuraram falar com oproprietário do "Galpão" — não sou-be informar o nome dele — para pro-por a venda do imóvel para algumarede de supermercados. "A comuni-dade lucraria muito mais com um su-permercado do que com um clube defestas", concluiu o morador.

No galpão, as festas entram pela madrugada

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Ao abordar o tema da poluição sonoraprovocada por aparelhagens de som emBelém, Sérgio Pina, diretor do Departa-mento de Meio Ambiente da SecretariaMunicipal de Saúde e Meio Ambiente (Ses-ma), disse que aquela secretaria mantémuma equipe de três funcionários atuandoconjuntamente com policiais do Departa-mento de Polícia Administrativa (DPA)da Secretaria de Estado de Segurança Pú-blica (Segup) no trabalho de fiscalizaçãopara evitar a poluição sonora na cidade.As equipes das duas secretarias atendem,em média, a quatro denúncias por sema-na. "Essas reclamações não são apenascontra as sedes de festas dançantes. Nóstemos recebido também denúncias de pes-soas criticando o alto volume utilizado naspregações religiosas em praças e nos tem-pios", contou.

O diretor da Sesma lembrou que o Có-digo de Posturas do Município prevê, atra-vés do Decreto n" 14.371/78, que regula-menta o artigo 63, "a adoção de medidaspara impedir, disciplinar eproibir ativida-des, visando reduzir a poluição provenien-te de sons e ruídos excessivos". O decretoconsidera ainda como nível sonoro supor-tável 80 decibéis, medidos através do apa-relho conhecido como decibilimetro. "Mui-tas dessas aparelhagens chegam a atingir100 decibéis, desrespeitando o Código dePosturas do Município", completou Pina.

MultasSobre as penalidades previstas peloCódigo, Pina disse que a primeira provi-dência das equipes de fiscais é a de adver-tir por escrito o proprietário da aparelha-

gem sobre os abusos que estão sendo co-metidos, conscientizando-o da infração. Areincindência pode levar a multas que va-riam entre 3 a 10 Unidades Fiscais do Mu-nicípio (UFM). Uma UFM eqüivale hoje aNCz$ 18,69. "Se o dono da aparelhagem oudo local onde são realizadas as festas nãocumprir nossas determinações, podemosinterditar o local", alertou Pina.Um local recentemente interditado pe-Ia Sesma, junto com o DPA, foi o "Casarão

do Samba", localizado à avenida SenadorLemos n° 2381. O interdito atendeu às rè-clamações dos moradores da área próxi-ma, que denunciaram à Sesma a poluiçãosonora provocada pela aparelhagem desom do "Casarão". Agora, Gerson Noguei-ra Nascimento, proprietário da boate, pre-tende vender o negócio.

Código de Posturas existe,mas nunca foi respeitado

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Nas casas noturnas que promovemfestas, o som das aparelhagens

chega a atingir 100 decibéis

4 O UMBâL Jornal dos Bairros Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989

Centro Social: 46 anos de atividadesDe acordo com as esti-

mativas do Instituto de De-senvolvimento Econômicoe Social do Pará (Idesp), apopulação do bairro do Te-légrafo, atualmente em65.597 habitantes, chegaráa 67.147 em 1990. Nessa da-ta provalmente estará defi-nido o projeto de municipa-lização, em que será trans-ferida para o município acoordenadória política e so-ciai de uma das mais im-portantes entidades de as-sistência médica e socialno bairro: a Legião Brasi-leira de Assistência (LBA),através de seu Posto 2.

A chefe do posto, insta-lado na avenida SenadorLemos, 1431, ConstançaMaria Porto, prefere nãocomentar o assunto, masreconhece que com a trans-ferência as mudanças se-rão substanciais e altera-rão um trabalho desenvol-vido há 46 anos junto à po-pulação carente dos muni-cípios do Pará. "As prefei-turas não terão condiçõesde arcar com essas despe-sas. Não falo da Prefeiturade Belém, mas dá paraimaginar o que será feitoem épocas de eleições comas verbas da LBA em mui-tos municípios". ConstançaPorto não quis ir além des-sa declaração, preferindoesperar pelas definições doCongresso Nacional.

Incentivo aos microsNa execução indireta,

o Posto 2, o mais antigo ins-talado em Belém, desen-volve contratos com enti-dades particulares, públi-cas e filantrópicas. Com amudança da estrutura ad-ministrativa da LBA, ocor-

Constança Porto

rida em 1988, as atividadespassaram a ser desenvolvi-das por áreas de abrangên-cia. Assim, o Posto 2responsabiliza-se peloatendimento às populaçõesdos bairros da Sacramen-ta, Telégrafo, Umarizal,Reduto, Nazaré, Centro e

Cidade Velha, totalizando36 entidades assistidas emações de creche, Formaçãoe Reciclagem Profissional(FRP), educação social,apoio aos idosos, auxílioeconômico e outros. Cons-tança Porto sustenta que osserviços "proporcionammelhores condições de vidaaos usuários e à comunida-de, através de concessão debenefícios".

Junto à comunidade éestimulado o Projeto deApoio às Unidades Produti-vas (AUP), que visa ò fi-nanciamento aos micropro-dutores. "Caso a atividadeseja de carpintaria, os ob-jetos produzidos — cartei-ras, bancos e mesas — se-rão repassados às crechese entidades carentes. Nadaé feito com o valor em di-nheiro. Nosso objetivo éacabar com ò paternalismoe assistencialismo em quea LBA viveu por muitosanos", explicou.

fotot: Rautg Amorim

O contro Social n.° 2 ô o mali antigo da LBA Instalado em Bolem

No Centro, cursos de manicure animam as tardes

Sem leiteOutra mudança ocor-

reu no apoio nutricional.Atualmente somente ascrianças de seis meses atrês anos (com risco nutri-cional) são atendidas nesseprojeto, que antes se esten-dia a todos os menores ca-dastrados na LBA. As ou-trás passaram a receberleite em pó integral, masdesde junho passado nãoestá sendo feito o repasse."Falta o produto no merca-do e por esse motivo as dis-tribuições foram suspen-sas. As últimas notícias sãode que no período de no-vembro a dezembro os be-

nefícios serão regulariza-dos", informou a chefe doPosto 2.

A maior procura aospostos da LBA, depois dacota do leite, que durante adistribuição é responsávelpela formação de filas qui-lométricas nos postos daentidade, é causada pelaassistência dada pela exe-cução direta. O programaatinge ações básicas desaúde, como assistênciamédica, odontológica, en-fermagem, imunização,controle de nascimento edesenvolvimento, terapiade reidratação oral, distri-buição de medicamentos e

incentivo ao aleitamentomaterno. No Setor de Gine-cologia, com dois médicos,são atendidas diariamenteperto de 50 mulheres, tota-lizando aproximadamente1.500 por mês.

O Posto 2 conta comcinco pediatras, que aten-dem 100 crianças por dia. Aassistência se estende aoconsultório odontológico eao serviço de imunização."As pessoas preferem pro-curar o posto da LBA, devi-do principalmente ao aten-dimento que é feito nos pos-to de saúde do bairro e noInamps", declarouConstança.

JSSÊÊ Ha S u : ** ¦ • mr Mmg/m WW*? mwÁw ¦¦' '¦ '

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W: .-'heres aprendem uma profissão e ajudam na renda familiar

Cursos e palestras—dão condições de

competitividade àsmulheres do bairroA Legião Brasileira de Assistência (LBA) é um órgão

executor da política de assistência social no Brasil. A enti-dade assume hoje um novo caráter no que diz respeito asua prática de atendimento à população carente. Os servi-ços e programas deixaram a característica paternalista eagora, desenvolvidos em diversas áreas, proporcionam acada usuário uma discussão e reflexão sobre suas necessi-dades dentro de um contexto social mais amplo. Assim,como parte da execução direta, o posto mais antigo daLBA, o de número 2, no Telégrafo, realiza cursos profis-sionalizantes e um projeto de ação e educação social.

Os cursos, ministrados em dois turnos (manhã e tar-de), no Posto 2, beneficiam 100 pessoas. O programa é de-senvolvido por quatro professores, que dão aulas de mani-cure e cabeleireiro. Outras turmas passaram a ser atendi-das em outros locais, como a igreja de Nossa Senhora doPerpétuo Socorro, no mesmo bairro, com 50 alunos e doisinstrutores.

Programa familiarNo projeto de Ação e Educação Social, destinado à

mulher, a programação é diversificada. São proferidaspalestras sobre a condição da mulher na família e progra-ma familiar. "Atendemos as primíparas (as que terão oprimeiro filho) e as mui ti paras (mulheres com muitos fi-lhos). Nas discussões são debatidos assuntos como a ma-ternidade, parto, câncer, métodos anticoncepcionais e ou-tros", informou Constança Maria Porto, chefe do Posto 2."Os projetos são traçados de acordo com as necessi-dades do usuário em termos de saúde, alimentação e habi-tação; tudo dentro do possível", declarou a chefe do posto.Ela disse ainda que são efetuados registros de casamento,nascimento e óbitos.

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A procura e grande no Centro Social da LBA

Belém, quinta-feira, 2 de novembro de 1989 JornaLdos Bairros OJJBEaBAUt

Problemas do Acampamentoaumentam dia-após-dia

foton nwo Amorim

Sem infra-estrutura ade-quada, os moradores doAcampamento renovam a ca-da dia as esperanças de queainda viverão bem sem ter demudar de bairro. Até agora,as alterações sofridas pelaárea não foram para melhor.Muita gente ainda lembraque há mais de 10 anos a ruaera toda asfaltada, apesardos alagamentos, e contavacom linhas de ônibus. Hoje édifícil acreditar nesses rela-tos. O canal, que a cada diaengorda mais e começa a to-

mar conta de toda a rua, aoinvés de representar uma so-lução de saneamentoconstitui-se em um dos maio-res problemas que os mora-dores enfrentam."Eu acho que hoje está épior. Antigamente pelo me-nos não tinha todo esse lama-çal pelas ruas", comentouEuzira Gonçalves de Almei-da. Traçando um quadrocomparativo, o morador Eu-zébio Furtado Gomes lem-brou que o fato da rua ser as-faltada antigamente não

adiantava muito, já aue aárea não dispunha de sanea-mento básico. "Você precisa-va ver como era embaixo dascasas. Era só lama fedorentaque a gente tinha que supor-tár", recordou.

O canal sempre fez parteda vida dos moradores. Se-gundo Hildemar de OliveiraSilva, 72 anos, há 40 anos,quando se mudou para aquelelugar, o canal era um igarapébem estreito que com o tempofoi alargando. Para Hilde-mar, enquanto o canal não re-

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mmm^mma^mÁí i íWaWsBSaamLama»íW'mm-L.-Íí..iHlldemar de Oliveira: Igarapé Maria Nllce Bittencourt: lixo Deuzarina Souza: assaltos

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As ruas |ã não são asfaltadas e o mato toma conta de tudo

O canal, longe de ser uma solução para o problema de saneamento, ó o maior drama dos moradores

ceber a devida atenção dasautoridades municipais aárea continuará do mesmojeito ou pior.

Outro problema vividopelos moradores do Acampa-mento é a falta de recolhi-mento do lixo doméstico."Moro há oito meses aqui enunca vi carro de lixo", asse-gurou Maria Nilce Bitten-court da Rocha.

índiosA falta de segurança

junta-se ao problema do sa-neamento para fazer com queos moradores sejam discrimi-nados pela população de Be-lém. "Há muitos marginaisaqui. Assaltos acontecemcom freqüência e às vezesnem adianta muito a gente fa-zer queixa na delegacia", dis-

se Deuzarina Souza.Muita gente pensa que o

Acampamento é um bairro.Na verdade, aquela área temsua espinha dorsal em umarua que inicia na travessa Hu-maita e se estende até a Sena-dor Lemos. Assim, essa rua etodas as que ficam próximassão denominadas 'bairro' doAcampamento.

Outra questão que sem-pre esteve na cabeça dos mo-radores mas que nunca foipossível confirmar é a origemda denominação. A única mo-radora que soube dizer algu-ma coisa a respeito foi Deuza-rina Souza. Segundo ela,baseando-se em informaçõesde outras pessoas, há muitosanos a área foi um "acampa-mento de índios".

O

Centro Comunitário Miramar, loca-lizado à passagem Miramar n? 345,no bairro do Telégrafo, é uma dasmais antigas entidades do movimen-

to comunitário daquele bairro. O Miramarjá tem mais de 15 anos de fundação. Há dois,é presidido por Maria Domingas Dias dosSantos.

A entidade mantém uma escolinha dealfabetizaçãó para crianças entre quatro aseis anos de idade, com aulas divididas emdois turnos. Todo o acompanhamento didá-tico dos alunos é feito por sete monitoras, cu-jos pagamentos são feitos através deconvênio com a Secretaria Municipal deEducaçãoe Cultura (Semec). Cada uma de-las recebe mensalmente a irrisória quantiade NCz$ 75,00, bem abaixo do salário mini-mo de outubro, que é de NCz$ 381,73.

Fome: moradora mais antigaAntes do desaparecimento da merenda

escolar, que era uma reponsabilidade daFundação de Assistência ao Estudante(FAE), a escolinha atendia mais de 420 alu-nos. Hoje, esse número caiu para a metade.Segundo Maria Domingas, a merenda esco-

Freqüência na escola caicom fim da merenda da FAE

lar ainda é o principal fator que leva mui-tas crianças carentes a freqüentar umaescola. "Sem merenda, as crianças perdemo interesse pelo estudo", afirmou.

Boa parte das crianças que vão à esco-Ia mantida pelo Centro Comunitário Mira-mar não tem sequer o uniforme escolar."Elas são de famílias muito pobres. A ca-rencia da comunidade é muito grande", con-tou Maria Domingas. Segundo ela, há duassemanas uma aluna da escola desmaiou nasala de aula porque não comia há dois dias.Mas a área tem casos mais dramáticos doque essa "Como nossa comunidade ficabem próxima do canal do Una, muitas crian-ças daqui costumam ir brincar nas águasdo canal sem saber dos riscos que correm.Somente na passagem Miramar, três crian-

ças morreram afogadas depois de terem si-do arrastadas pelas águas do canal",denunciou.

A fome é a moradora mais antiga daárea onde se localiza o centro. Mais de 300famílias carentes do bairro procuram men-salmente a diretoria do Miramar em buscade vagas no Programa do Leite, organiza-do pela Secretaria Especial de Habitação eAção Comunitária da Presidência da Repú-blica (Sehac). "Nós só podemos atender a150 famílias. Cada uma delas recebe, pormês, uma carteia com 30 tickets que dá di-reito a 30 litros de leite", explicou Maria Do-mingas. Ela fez questão de esclarecer queo centro distribui as cartelas gratuitamen-te, como manda o governo federal. "Apenas

pedimos que elas contribuam se quiseremcom o trabalho do centro para continuarmosmantendo a escolinha", completou.

ProtestoA carência dessa área é enorme: as

ruas e passagens não têm valas e esgotosque permitam o escoamento das águas plu-viais; não existe iluminação pública; a co-leta de lixo é feita de maneira irregular; esegurança pública é termo que não constado dicionário da comunidade.

Hoje os moradores do Telégrafo fazemuma passeata pelas ruas do bairro e depoisseguem em direção à Prefeitura Municipalde Belém, em Nazaré. Segundo Maria Do-mingas, muitas comunidades do bairro es-tão enfrentando sérios problemas queprecisam ser resolvidos imediatamente pelaPMB. "Não queremos fazer uma manifes-tação de politicagem. Queremos apenas queo prefeito Sahid Xerfan veja que enfrenta-mos muitos problemas, como por exemplo,as enchentes provocadas pelas águas do ca-nal; enchentes que já têm feitos vitimas fa-tais e que cão omitidas pelas pessoas",concluiu a moradora.

6 O LIBERAL Jornal dos Bairros

Umbanda atrai muitosadeptos na Pedreira

Belém, quinta-feira. 2 de novembro de 1989Foto.: Miro Jatene

Em tempo de crise,muitos brasileiros estãoapelando para a umban-da, culto trazido para oBrasil pelos escravosafricanos durante o pe-ríodo colonial, com o in-tuito de melhorar de vi-da através das orienta-ções de entidades cul-tuadas largamente pe-Ios que professam a reli-gião. Dentro da visão re-ligosa, surgiram as fa-mosas casas que comer-cializam os artigos deumbanda. São banhos,defumações, amuletos eestatuetas que, de açor-do com as crenças dosseguidores do culto, aju-dam a manter a paz es-piritual e trazem saúde,dinheiro e amor.

No bairro da Pe-dreira, surgiu nas duasúltimas décadas meiadúzia de casas que co-mercializam artigos deumbanda. O numero deconsumidores de algu-mas delas tem crescidoconforme a inflação e acrise, comprovando quemuita gente tenta fugiraos problemas econômi-cos até apelando para osobrenatural. E, de uma

maneira invertida; a in-fiação que joga os pre-ços desses produtos pa-ra o alto acaba afastan-do muitos consumidores.

Atrativos de dinheiroNa loja "Paraíso

dos Orixás", localizadaà avenida Pedro Miran-da, os produtos vendidosvêm, em sua maioria,de Salvador, na Bahia.Segundo uma das pro-prietárias da loja. Mar-Iene dos Santos, que tra-balha no ramo há 16

anos, a venda de artigosde umbanda não é tãolucrativa quanto possaparecer de imediato.'Nós temos dificulda-des em manter umagrande variedade deprodutos para satisfazeros clientes. Isso acabainibindo as vendas", ex-plicou. Ela disse tam-bém que os distribuído-res desses artigos tam-bém aplicam constantesaumentos nos preços,contribuindo para afu-gentar a clientela. Na

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Nas casas de artigos de umbanda, o sincretismo religioso mistura os símbolos

João Cosme: "chama dinheiro' Marlene dos Santos: poucas vendas

Pagamentos atrasam ecreches podem acabar

A necessidade de trabalhar forafez com que as mulheres procuras-sem lugares seguros para deixar osfilhos. Além das creches das institui-ções particulares e públicas, o siste-ma de mães crecheiras, prestadorasde serviços em suas casas, tornou-seuma ótima opção para muita gente.Mas nem tudo saiu como o esperado,pois a Fundação do Bem Estar So-ciai do Pará (Fbesp), responsávelpelo pagamento das mães crechei-ras, está atrasada desde agosto pas-sado e não define uma data para sal-dar o débito. As mensalidades dascrecheiras não cobrem as despesase os serviços prestados: são NCz$80,00 para as mães e NCzf 80,00 para

a merenda das crianças. Em cadacasa ficam oito menores, na faixaentre zero e cinco anos, durante todaa manhã.No bairro da Sacramenta, naárea que inclui as passagens São Be-nedito, Camará e Jáder Barbalho,

perto de oito mães crecheirasencontram-se em dificuldades. Ape-sar de não receberem desde agostoelas continuam com as crianças."Com o dinheiro das minhas costu-ras, compro alguma coisa para es-sas crianças", declarou ConceiçãoMonteiro, há seis anos nessa ativida-de. Ela mantém em sua casa oitocrianças, inclusive bebês de três me-ses de idade.

As crianças brincam Indiferentes aos problemas entrentados

Poucas mudançasA mãe crecheira Angela Maria

reclamou porque a profissão não éreconhecida. "Uma babá, que cuidade apenas uma criança, recebe pelomenos Cz| 300,00. Nós, que trabalha-mos com oito menores, estamos ga-nhando NCz$ 80,00 e ainda atrasamos pagamentos", denunciou. Ela dis-se que não espera grandes mudan-ças no atendimento aos menores ca-so as creches domiciliares deixemde existir e passem para a FundaçãoPapa João XXIII.

Em alguns casos, as mães dascrianças passaram a ajudar nas des-pesas, pois preferem que os filhos fi-quem com as crecheiras do que nascreches da Papa João XXIII. "Ascrianças são bem tratadas e eu con-sidero muito pouco, um absurdo, opagamento das crecheiras. Prefiroque meu filho de três anos fique nacasa dessas mulheres do que em cre-ches coletivas. Com uma criança euestou gastando perto de NCz$200,00", disse a mãe Raimunda doSocorro Cardoso.

Explicações da Fbesp"As crianças não estão se ali-mentando direito. Mesmo assim eucontinuo tratando das oito que estãona minha casa há seis anos", decla-rou Nazaré Souza. Ela disse aindaque não sabe até quando poderámantê-las em casa. "As coisas estãomuito caras e muitas vezes somosobrigados a tirar do nosso para com-prar merenda para essas crianças",reclamou.

As crecheiras pedem providên-cias imediatas da Fbesp e exigempelo menos uma explicação para oatraso no pagamento. Também que-rem sua situação definida. "Apesardo baixo salário, nós gostamos dotrabalho e o dinheiro já nos serve pa-ra alguma coisa", disse AngelaMaria.

loja de Marlene, o clien-te pode encontrar tudo oque uma casa especiali-zada no assunto tem. Osprodutos mais procura-dos são banhos e velasque, para os que acredi-tam, atraem dinheiro.Um banho "atrativo"custa hoje NCz$ 4,50, eas estátuas de gesso, re-presentando entidadesda umbanda têm preçosque variam conforme otamanho; a menor estácustando NCz$ 30,00 e amaior NCz$ 1,8 mil."Os banhos só aju-dam a quem realmentetem fé nas entidades dareligião", disse Marle-ne. O consumidor CarlosAlberto Pimenta, 35anos de idade, pedreiro,contou que compra os

artigos para "buscarpaz de espírito e algumasorte nesta vida", mas,concordando com Mar-Iene, reconheceu que tu-do depende da fé.

O movimento na lo-ja "Cabana Pena Ver-de", localizada à traves-sa Mauriti, não sofreuqueda sensível no nume-ro de compradores. Aafirmação é do vende-dor João Cosme, filho doproprietário da loja. Eledisse que a crise até aju-da nas vendas. "É umnegócio lucrativo, sim",afirmou. João Cosmedisse ainda que os arti-gos que têm mais saidasão os banhos e defuma-ções, como "chama di-nheiro" e "comigo nin-guém pode".

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As diversas correntes da umbanda levam clientes âs lojas

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Belém, quinta-feira. 2 de novembro de 1989 Jornal dos Bairros O LIBERAL 7

Complexo deAbastecimentodo Providência

será inauguradoAinda náit foi definida a data

da inauguração oficial do Comple-xo de Abastecimento da Providên-cia, localizado na avenida Nortecom a rua 17-A, do Conjunto Pro-morar, no bairro de Val-de-Cães.Quem definirá a data da inaugura-ção será o governador Hélio Guei-ros, já que o construtor docomplexo foi o governo do Estado,através da Cohab. A administra-ção é da Prefeitura Municipal deBelém, através da Secretaria Mu-nicipal de Economia (Secon).

Apesar de não ter sido inaugu-rado oficialmente, o Complexo deAbastecimento da Providência jáfoi entregue ã comunidade de Vai-de-Cães e atenderá aos moradoresdos conjuntos Providência, Promo-rar, Bela Vista e Marex — uma po-pulação estimada em 80 milpessoas. A entrega do complexoaconteceu no último dia 12.

TVabalharão no complexo qua-se 100 feirantes. Mas por enquan-to, apenas 60% já estão instalados

na área. Segundo o diretor geral daSecon. José Ribeiro de Almeida, osoutros feirantes só começarão atrabalhar depois que adaptaremseus boxes às atividades que de-sempenham. O complexo tem bo-xes para venda dehortifrutigranjeiros e industriali-zados, comidas prontas, mercea-rias, mercado, animais vivos eoutros. Mais de 25% das vendas se-rão referentes à comercializaçãode hortifrutigranjeiros.

Concorrência dos irregularesPara os líderes comunitários

do bairro, o complexo melhorou ascondições de trabalho dos feiran-tes, que antes vendiam seus produ-tos em plena via pública, em umtrecho da avenida Sul entre as qua-dras 20 e 24 do Providência. Nes-sa área, o comércio era feito semas mínimas condições de higiene."O complexo é uma medida viá-vel; só que a administração temum problema pra resolver de ime-diato: a presença de feirantes ir-

O Complexo foi construído pelo governo do Estado através da Cohab, mas ainda nâo foi inaugurado

Apenas 60% dos feirantes jã estão instalados

Mário Sobrinho: viável

regulares na passagem Marajoara1, que fica na comunidade SantosDumont, bem próxima daqui", dis-se Mário do Vale Sobrinho, presi-dente do Centro ComunitárioProvidência.

Ele disse ainda que a presen-ça dos irregulares abre uma con-

corrência indesejada pelos^cadastrados que ocuparão o com-plexo. Segundo Mário, a venda decarnes e produtos hortifrutigran-jeiros em antigos boxes construí-dos na avenida Sul, aumentou aconcorrência entre os feirantes eos mais prejudicados com esta si-tuação são os que trabalham nocomplexo, construído em área dis-tante do pequeno centro comercialanterior.

O diretor geral da Secon expli-cou que os feirantes da passagemMarajoara 1 não aceitam o rema-nejamento para o complexo e quea PMB não pode obrigá-los a sairda passagem, porque eles ocupamum terreno particular. "Somentenos casos em que há feirantes ins-talados em vias públicas é que aPrefeitura pode agir, providencian-do o remanejamento. No caso daMarajoara 1 somente o proprietá-rio do terreno é que pode fazer ai-guma coisa". Sobre os boxes quecontinuam funcionando na aveni-da Sul, José Almeida disse que oscomerciantes têm alvarás de licen-ça expedidos pela PMB e que porisso não são obrigados a mudar deponto comercial.

Divulgar para venderPara Aloisio Ruy Secco, vice-

presidente do Centro ComunitárioProvidência, o complexo realmen-te melhorou as condições de traba-lho dos feirantes da área, mas há

reclamações sobre uma sensívelqueda no movimento de consumi-dores. Aloisio acredita que a que-da resulte da localização docomplexo. "A nova feira está numaárea onde não existem casas co-merciais por perto para atrairmais fregueses e também não con-ta com linhas de ônibus que pos-sam facilitar o acesso doscompradores", contou.

Mas para José Almeida so-mente dentro de três meses é queo movimento de consumidores de-ve voltar ao normal. "Esta quedaé porque a comunidade ainda nãoestá acostumada com a mudança,mas isto nao é um grande proble-ma", assegurou.

A presidente da Comissão deFeirantes do Providência, Ana Lú-cia da Silva Pastana, acredita quea mudança trouxe benefícios paraa categoria. Como Aloisio, Anatambém está preocupada com apouca quantidade de compradoresno complexo e acha que a Prefei-tura poderia investir numa peque-na campanha publicitária dentrodo bairro, divulgando o Complexode Abastecimento do Providência."Item muita gente que pensa quenós saimos da avenida Sul e fomosembora para outras feiras da cida-de. Precisamos dizer pra comuni-dade onde estamos agora", sugeriuAna.

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Aloisio Secco: melhora O Complexo vai atender os moradores dos conjuntos residenciais de Val-de-Cães

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A ponte já não apresenta as condições de segurança necessárias aos usuários

Pontetráfego

O estado da pontesobre o igarapéSão Joaquim gerapreocupação entreos moradores

Uma

extensa ponte demadeira na passa-gem São Benedito é aprincipal via de aces-

so para veículos e pedestres.Localizada no igarapé SãoJoaquim, no bairro da Sacra-menta, sua estrutura de ma-deira deteriora-se com facili-dade. Há poucos dias as vigasforam trocadas, mas de nadaadiantou. Os moradores ain-da temem que a ponte desabecom o peso de veículos. Aárea em torno do igarapé éum emaranhado de proble-mas que se originam na faltade saneamento e resultam emum enorme depósito de lixocoletivo.

A situação da passagempode ser considerada uma

ja nao suporta ode carros pesados

amostra do bairro nas áreasde baixadas. A qualidade devida é precária, notadamentenas ruas mais próximas aocanal. Inúmeras casas de jo-gos foram instaladas em todaa São Benedito, e é nelas queos menores ocupam seu tem-po, a maioria por falta de va-gas nas escolas. Também sãoturmas de menores que, apro-veitando o quase inexistentepoliciamento, aterrorizam aárea.

Mães crecheirasOs problemas são pareci-dos nas passagens Jáder Bar-

balho e Camará. Nesta últi-ma será instalada a feira daavenida Pedro Álvares Ca-bral, com mais de 50 feiran-tes. A quantidade de lixo e in-setos na Camará chega a serassustadora. Comprovandoque da miséria quase comple-ta pode surgir o lazer, nasportas das casas são vistaspessoas cuja maior diversão,até acima de uma necessáriapreocupação com a higiene

corporal, é catar piolhos nascrianças.

O que os moradores que-rem, com relação ao canal, éa drenagem imediata e aconstrução de uma ponte emconcreto, como reivindicou amoradora Cleide Mendonça.

Nessa área da Sacramen-ta há perto de oito mães cre-cheiras. Elas não são pagasdesde agosto, mesmo assimcontinuam atendendo ascrianças confiadas a sua res-ponsabilidade. Algumas cui-dam de bebês de colo e nãosabem mais como alimenta-los, pois os minguados NCz$160,00 que recebiam não fo-ram mais repassados pelaFundação do Bem Estar So-ciai do Pará (Fbesp). "Dizemque haverá mudanças e quevão acabar com as crechesdomiciliares, passando-as pa-ra a Fundação Papa JoãoXXIII. As mães das criançasque cuidamos não concor-dam", informou Ângela Ma-ria, crecheira há seis anos.

Insegurança e falta desaneamento na passagem

A ponte do canal São Joa-quim é o principal problemada passagem São Benedito.Segundo a moradora CleideMendonça, a ponte vive que-brada porque não tem estru-tura para suportar veículospesados. Além disso, aságuas contaminadas do canalestão sob suspeita de provo-car doenças nos morado-res das proximidades. Os ala-gamentos nas casas próxi-mas ao canal são inevitáveise o inferno de morar na SãoBenedito se completa com afalta de segurança.

A fama da insegurançada São Benedito vai longe eatrai muitos bandidos paraaquela área. Os assaltos ocor-rem mesmo durante o dia egeralmente na ponte. "Nãoexiste PM-box na passagem enem nessa parte do bairro.Queríamos policiamento pelomenos para assustar as tur-mas de bandidos", reclamouTereza Rodrigues dos Santos,há 30 anos no bairro. ParaJoão Monteiro ultimamenteas agressões têm aumentado.As muitas casas de jogos dapassagem estão sempre lota-das e as brigas são constan-tes. "Seria bom que essas ca-sas fossem todas fechadas",pediu Márcia Souza, morado-ra da passagem Camará.

Mais do que os assaltos ea falta de um PM-box, os ala-gamentos são a grande preo-

Cleide Mendonça: veículos

cupação dbs moradores. "Nafrente da minha casa existeuma verdadeira lagoa quenão seca nunca", reclamouRaimunda Oliveira, há 10anos no local. A Prefeiturapavimentou a área com pi-çarra, mas o aterro não foibem distribuído, persistindoas partes alagadas. A lamajunta-se agora o lixo, resulta-do de um serviço de coletaque foi interrompido sem ex-plicações. "A coleta não é fei-ta há tempos e para piorar olixo da feira da avenida Pe-dro Alvares Cabral é jogadodentro do canal", reclamouMário Cardoso.

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A falta de saneamento básico ê um grande drama na vida dos moradores"Plantão nos Bairros" respondeUm bairro de muitos problemas, a Sacramen-ta teve a chance de relatar apenas alguns delesno "Plantão nos Bairros" da edição 549 do Jornaldos Bairros, que hoje mais uma vez volta a enfo-car os problemas da área. Na ocasião, os casos devandalismo registrados no interior do bairro a si-tuação de duas escolas e o estado precário da pon-te localizada na passagem Jardim das Poncionasforam algumas das queixas apresentadas pelosentrevistados.

O vandalismo atinge, principalmente, a pra-ça J. Dias Paz, mais conhecida como praça do JaúOs moradores pedem a recuperação da área de'lazer com colocação de bancos e brinquedos in-fantis, bem como a limpeza completa da praçahoje transformada em depósito de lixoWady Homci, secretário municipal de Sanea-mento, garantiu que mandaria verificar a possi-bihdade de colocar caixas coletoras de lixo no local

para amenizar o problema. Já Maurício de Almei-da, secretário municipal de Obras, prometeu quemandaria uma equipe ao local, ainda esta sema-na, para fazer o levantamento orçamentário e ve-rificar a possibilidade de reformar a praça do JaúO problema das escolas comunitárias da Sa-cramenta — Escola da Mônica e Centro Educa-cional J. B. Monteiro Lobato —, sem qualquerapoio da Semec ou da Seduc, preocupa diretoresprofessores e pais de alunos do bairro. Sem umainfra-estrutura adequada, as escolas têm pouco aoferecer para as crianças carentes da Sacramen-ta. Além disso, os assaltos têm sido constante àsescolas e aos alunos, na saída das aulas.Segundo Gionanni Battista Tuveri, chefe daDivisão de Programas Especiais da Semec, expli-cou que por medida de contenção de despesas, aSemec não faz nenhum convênio com centros ôuescolas desde o início deste ano. Entretanto, está

em fase de avaliação o número de instituições quepossuem convênios com a Semec e até dezembroou janeiro próximo deve ser tirada algumaposição.

Giovanni Tuveri disse que para os interessa-dos em manter convênios com a Semec, o proce-dimento correto é dar entrada no protocolo daSecretaria com um ofício solicitando diretamen-te ao secretário de Estado que o convênio seja fir-mado. Em seguida, a Semec faz uma avaliação daentidade requerente para ver se tem condições deatender a solicitação. Segundo ele, as duas esco-las da Sacramenta devem encaminhar o ofício oquanto antes para serem atendidas, possivelmen-te, no próximo ano.

A ponte da passagem Jardim das Poncianaspode ser consertada em breve. Pelo menos foi oque garantiu Wady Homci. A partir desta sema-na, uma equipe da Sesan percorrerá a passageme verificará o problema. Caso ele seja conforma-do, a ponte será consertada.

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Linhares renuncia e pede favores

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